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RELATÓRIO FINAL DE PROJETO DE PESQUISA TÉCNICOS RESPONSÁVEIS: Andréia Quixabeira Machado, Eng. Agrônomo, Mestre, Professora da Agronomia/Fitopatologia/UNIVAG, Crea n o 9731/D. Daniel Cassetari Neto, Eng. Agrônomo, Doutor, Professor do Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade FAMEV/UFMT, Crea n o 32535/D. VÁRZEA GRANDE – MT 2008

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RELATÓRIO FINAL DE PROJETO DE PESQUISA

TÉCNICOS RESPONSÁVEIS: Andréia Quixabeira Machado, Eng. Agrônomo, Mestre, Professora da Agronomia/Fitopatologia/UNIVAG, Crea no 9731/D. Daniel Cassetari Neto, Eng. Agrônomo, Doutor, Professor do Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade FAMEV/UFMT, Crea no 32535/D.

VÁRZEA GRANDE – MT 2008

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AVALIAÇÃO DO FUNGICIDA NATIVO NO CONTROLE DE DOENÇAS FÚNGICAS FOLIARES EM MILHO NO MATO GROSSO

A produção nacional do milho de 2ª safra em 2007/2008 está estimada em

17,61 milhões de toneladas, ou seja, 19,2% (2,80 milhões de toneladas) superior à

safra passada. Esse aumento ocorreu devido ao crescimento de 11,3% na área

plantada, motivado pelos bons preços da commoditie no mercado e de 7,1% na

produtividade, relacionado às boas condições climáticas (CONAB, 2008).

No Estado do Mato Grosso, condições climáticas favoráveis com chuvas

bem distribuídas contribuíram para uma produção de milho de 2ª safra expressiva

de 6,46 milhões de toneladas, superior em 27,3% à safra passada, elevando-o ao

patamar de maior produtor (CONAB, 2008).

Cultura relevante na alimentação humana e animal e como matéria prima na

indústria de alimentos, o milho em grãos e seus derivados ocupam um papel de

grande importância no mercado econômico brasileiro (CONAB, 2007).

A importância da cultura do milho (Zea mays L.) no cenário agrícola vem

aumentando nos últimos anos, devido à sua viabilidade econômica e por ser uma

opção no sistema de rotação de culturas nas extensas áreas do cerrado do Centro-

Oeste do Brasil (SILVA & SCHIPANSKI, 2007).

O potencial produtivo do milho pode ser afetado diretamente pela

interferência de fatores fitossanitários, a exemplo da matocompetição nos estágios

iniciais da lavoura e da ocorrência de pragas importantes incidindo sobre o colmo e

espigas. Recentemente, a ocorrência de fungos fitopatogênicos, tem se

apresentado como mais um fator limitante na obtenção de altos índices de

produtividade. Estas doenças fúngicas, em função da sua incidência, severidade e

modo de ataque (folhas, colmos, raízes e espigas) têm acarretado reduções

expressivas na produção, variando de acordo com as condições edafoclimáticas de

cada região (MACHADO & CASSETARI NETO, 2007).

O aumento da incidência e severidade dessas doenças têm sido relacionado

ao manejo da cultura, incluindo-se o plantio direto, cultivos sucessivos em extensas

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áreas, plantio de segunda safra (milho safrinha), cultivos irrigados e uso de

cultivares suscetíveis. Considera-se também o natural acúmulo de inóculo dos

principais fungos fitopatogênicos nas áreas dos cerrados, como fator de grande

importância na explosão de epidemias na cultura do milho (MACHADO &

CASSETARI NETO, 2007).

A mancha de phaeosphaeria tem sido associada à redução de produtividade

em diversas lavouras de milho, havendo relatos de perdas de até 60% da produção

(SILVA & SCHIPANSKI, 2007).

Devido ao longo período para o aparecimento dos sintomas após o processo

de inoculação, chamado tecnicamente de Período Latente de Infecção (PLI),

constatou-se que o controle químico desta doença com uso de fungicidas

apresenta maior eficiência quando aplicado preventivamente, a partir dos primeiros

sintomas visíveis que podem coincidir com o pré-florescimento (FANTIN, 2005).

Os sintomas são caracterizados pelo surgimento de lesões arredondadas,

com até 1,5 cm de diâmetro, de coloração amarelo-palha a parda, com bordo bem

definido de coloração escura. Os primeiros sintomas podem ser observados nas

folhas basais, evoluindo juntamente com o desenvolvimento do ciclo da cultura. Os

maiores níveis de dano, relacionados à maior perda de área foliar, são relatados de

acordo com o grau de suscetibilidade do cultivar e severidade do patógeno.

Regiões com altitude superior a 600 m, temperaturas elevadas e chuvas

freqüentes, condições normalmente encontradas nos cerrados de Goiás e Mato

Grosso, tendem a ser mais propícias à ocorrência de epidemias, principalmente a

partir da fase de maturação fisiológica (REIS et. al., 2004).

Considerada a doença mais agressiva do milho na região central do Brasil, a

ferrugem polysora tem ocorrido com freqüência nas regiões produtoras de milho no

estado do Mato Grosso, exigindo mais recentemente o uso de fungicidas para

minimizar os danos na produtividade, que podem chegar a 65% (PEREIRA et. al.,

2005).

A ferrugem polysora assume maior importância sob condições climáticas

favoráveis ao desenvolvimento da doença, com temperaturas médias diurnas

acima de 27°C e umidade relativa superior a 90%, no período de safra (SILVA &

SCHIPANSKI, 2007).

Os sintomas caracterizam-se por pequenas pústulas circulares, com

diâmetro de 0,2 a 2,0 mm e coloração laranja nas folhas e demais órgãos verdes.

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As pústulas desenvolvem-se com mais freqüência na face superior das folhas,

podendo ser observadas em qualquer fase do ciclo da cultura. Em cultivares

suscetíveis a alta severidade pode ocasionar a morte prematura das plantas

(CASA et. al., 2004).

O controle mais eficiente pode ser realizado pelo uso de variedades

resistentes, rotação de cultura, eliminação de plantas voluntárias e controle

químico. Misturas comerciais de triazóis e estrobilurinas, ainda não registradas no

MAPA, têm se mostrado eficiente no controle desta doença a nível experimental

(MACHADO & CASSETARI NETO, 2007).

A cercosporiose assumiu grande importância nas principais regiões

produtoras de milho no Brasil, principalmente no sudoeste de Goiás e noroeste de

Minas Gerais. Nessas regiões a cercosporiose é considerada uma das doenças

foliares do milho que mais causam reduções no rendimento de grãos, tendo sido

relatada perdas de até 50% (PINTO, 2006).

O aumento da severidade da cercosporiose tem sido associado ao aumento

da área de cultivo do milho em plantio direto, em regiões com altitudes superiores

600 m, plantio safrinha e sistema de monocultura. A adubação com nitrogênio,

fósforo e potássio em desequilíbrio também podem contribuir para o aumento da

severidade (PINTO, 2006).

Os sintomas podem ser visualizados em todas as partes da planta,

iniciando-se nas folhas inferiores, devido à proximidade da fonte de inóculo

primário (restos de cultura). As lesões nas folhas são alongadas (até 7 cm de

comprimento e 4 mm de largura), paralelas as nervuras, de coloração parda a

acizentada. Em cultivares suscetíveis os sintomas podem evoluir para o colmo

causando a podridão e posteriormente a quebra (REIS et. al., 2004).

O fungo sobrevive em restos culturais de milho infectados, sendo

considerado a principal fonte de inóculo no campo. A sobrevivência do fungo no

solo é equivalente ao período de permanência dos restos de cultura no solo, por se

tratar de um competidor fraco. A disseminação dos esporos é favorecida pela

associação de ventos e respingos de água da chuva, podendo ocorrer a curtas

distâncias (entre plantas) ou longas distâncias (lavouras vizinhas) (FANTIN, 2004).

Temperaturas entre 22°C e 30°C, períodos prolongados de orvalho, dias

chuvosos e umidade relativa acima de 90%, são condições extremamente

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favoráveis ao desenvolvimento da doença (SILVA & SCHIPANSKI, 2007; CASA et

al., 2004; FANTIN, 2004).

O controle deve ser realizado através do manejo integrado que envolve

várias técnicas. O uso de cultivares resistentes consiste em ferramenta

fundamental, devendo-se optar por materiais que garantam o desenvolvimento de

menor número e tamanho de lesões. A rotação de culturas por pelo menos um ano

contribui para a redução de inóculo do patógeno na área devendo ser associada à

destruição de restos de cultura. Nas regiões com risco de ocorrência de epidemias

recomenda-se o uso de fungicidas (FANTIN, 2004).

Quanto ao controle químico no Brasil somente o fungicida Stratego 250 EC

(propiconazole + trifloxystrobin) possui registro no MAPA para o controle da

cercosporiose. No entanto, segundo publicações oficiais, outros fungicidas

sistêmicos dos grupos químicos benzimidazóis, triazóis e/ou estrobirulinas, têm

sido eficientes no controle da doença, quando aplicados no início dos sintomas

(PINTO, 2006).

A helminthosporiose é a doença de maior ocorrência no Brasil, tendo como

principal agente causal o fungo Exserohilum turcicum. Em condições de alta

severidade antes do pendoamento, sua ocorrência pode ocasionar perdas no

rendimento da cultura de até 50% (SILVA & SCHIPANSKI, 2007).

Infecções severas podem ocorrer em condições de temperatura diurna entre

17°C e 27°C, temperatura noturna amena e umidade relativa superior a 80%, em

plantio de cultivares suscetíveis. Nessa situação o número elevado de lesões pode

levar a formação de espigas pequenas ou a morte prematura das plantas (SILVA &

SCHIPANSKI, 2007).

Os sintomas inicialmente nas folhas inferiores, caracterizam-se pelo

surgimento de lesões foliares de formato elíptico a alongado, coloração cinza e

com comprimento de 2,5-15,0 cm (PEREIRA et al., 2005).

Para o manejo da helminthosporiose, recomenda-se o uso do controle

genético, rotação de culturas e controle químico com fungicidas, principalmente

para cultivares suscetíveis (SILVA & SCHIPANSKI, 2007; MACHADO &

CASSETARI NETO, 2007).

Epidemias em lavouras de milho no cerrado, principalmente em Goiás e

Mato Grosso, têm sido relatadas por técnicos e produtores, ocasionadas

principalmente pelas doenças helmintosporiose, cercosporiose, mancha de

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phaeosphaeria e ferrugem polysora. Devido ao impacto econômico provocado pelo

potencial de redução na produtividade que estes patógenos podem causar, tem

sido observado um aumento na prática do uso de fungicidas no controle de

doenças foliares do milho no cerrado (MACHADO & CASSETARI NETO, 2007).

Segundo Machado & Cassetari Neto (2007), trabalhos recentes publicados

nos anais do XL Congresso Brasileiro de Fitopatologia, confirmaram a eficiência

das misturas de fungicidas dos grupos químicos triazóis e estrobirulinas na redução

da severidade da mancha de phaeosphaeria, cercosporiose (PIPOLI et. al., 2007) e

ferrugem polysora (GONÇALVES et. al, 2007), com incrementos significativos na

produtividade.

Este ensaio foi conduzido com o objetivo de aumentar o volume de

informações sobre o controle químico da mancha de phaeosphaeria

(Phaeosphaeria maydis), ferrugem polysora (Puccinia polysora), cercosporiose

(Cercospora zeae-maydis) e helminthosporiose (Exserohilum turcicum) no milho,

de forma a contribuir para uma recomendação agronomicamente mais ampla e

segura.

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MATERIAL E MÉTODOS O ensaio foi instalado em 03/05/2008, na fazenda Santo Expedito, no

município de Jaciara, MT, utilizando o milho, híbrido simples modificado P30K75,

plantado em 01/03/2008. Foram avaliados 7 tratamentos dispostos em blocos ao

acaso com 4 repetições. Para comparar os tratamentos foi utilizado o teste de F.

As médias entre os tratamentos foram comparadas pelo teste de Tukey (P ≤ 0,05).

As parcelas foram compostas por 5 linhas de 5,0 m de comprimento

espaçadas de 0,90 m. Área útil composta pelas 3 linhas centrais com 5,0 m de

comprimento.

A adubação, o tratamento de sementes e o controle de pragas foram feitos

de acordo com as recomendações técnicas para a cultura na região central do

Brasil. As aplicações dos tratamentos foram realizadas em 03/05/2008 (Pré-

pendoamento) e 17/05/2008. As avaliações dos tratamentos foram realizadas em

03/05/2008 (avaliação em T0), 10/05/2008, 17/05/2008, 24/05/2008 e 31/05/2008. A

colheita foi realizada em 20/06/2008.

Os tratamentos foram aplicados por meio de pulverizações com CO2 costal

de pressão constante, com barra de 2 m e 4 bicos tipo cone vazio, e um volume de

calda de 200 L/ha. As condições climáticas estavam favoráveis no momento das

pulverizações, com médias de umidade relativa do ar em 85% e temperatura em

25ºC.

Foram avaliados em cada parcela a porcentagem de tecido infectado

(severidade) pela mancha de phaeosphaeria, cercosporiose, ferrugem polysora e

helminthosporiose, AACPD (Área Abaixo da Curva de Progresso das Doenças) e a

produtividade da cultura.

Nome comum e científico dos alvos:

Nome comum da doença Nome científico do patógeno

Mancha de phaeosphaeria Phaeosphaeria maydis

Ferrugem polysora Puccinia polysora

Cercosporiose Cercospora zeae-maydis

Helminthosporiose Exserohilum turcicum

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Tratamentos avaliados:

Tratamentos Doses (g ou mLpc/ha) Época de aplicação

1 Nativo* 600 Pré-pendoamento

2 Nativo* 600 Pré-pendoamento e 15 dias após

3/1 PrioriXtra** 300 Pré-pendoamento

4/1 PrioriXtra** 300 Pré-pendoamento e 15 dias após

5/1 Opera 750 Pré-pendoamento

6/1 Opera 750 Pré-pendoamento e 15 dias após

7 Testemunha - - *Adição de Óleo Metilado de Soja a 0,30% v/v-1 (0,6 L/ha de Áureo); * *Adição de Nimbus a 0,3% v/v-1 (0,6 L/ha); /1padrões de comparação utilizados neste experimento.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados de severidade (% tecido infectado) da mancha de

phaeosphaeria (Phaeosphaeria maydis), cercosporiose (Cercospora zeae-maydis),

ferrugem polysora (Puccinia polysora) e helminthosporiose (Exserohilum turcicum),

AACPD (Área Abaixo da Curva de Progresso das Doenças) e produtividade da

cultura encontram-se nas Tabelas 1 a 6 e nas Figuras 1 e 10.

O híbrido simples modificado semiprecoce utilizado neste experimento,

P30K75, é descrito como moderadamente suscetível à ferrugem polysora,

moderadamente suscetível a moderadamente resistente à mancha de

phaeosphaeria e cercosporiose e suscetível a moderadamente suscetível à

mancha de Exserohilum turcicum (helminthosporiose).

No controle da ferrugem polysora, o fungicida Nativo destacou-se com maior

efeito observado na 5ª avaliação, nas folhas abaixo e acima da inserção da espiga.

Este tratamento proporcionou controle superior a 80% da ferrugem polyssora,

resultado semelhante ao observado apenas para o padrão de comparação

PrioriXtra.

O controle químico mais eficiente da ferrugem polysora têm sido obtido com

o uso de misturas comerciais de fungicidas dos grupos químicos triazóis e

estrobirulinas (MACHADO & CASSETARI NETO, 2007).

O fungicida Nativo com uma ou duas aplicações, comparou-se aos padrões

PrioriXtra (duas aplicações) e Opera (uma aplicação) no controle da

helminthosporiose em milho, somente na terceira avaliação. A partir deste estágio,

todos os tratamentos tiveram comportamento semelhante.

A mancha de phaeosphaeria foi mais bem controlada com uma e duas

aplicações de Nativo, estatisticamente semelhante aos padrões aqui utilizados.

Porém, apenas uma aplicação de Nativo proporcionou um controle desta doença

superior a 80%.

Este resultado é relevante para as condições de cultivo do milho de 2ª safra

no cerrado do Centro-Oeste, onde surtos epidêmicos de Phaeosphaeria maydis

têm reduzido expressivamente a produtividade, especialmente em anos de baixa

precipitação.

No controle da cercosporiose, apenas o fungicida Nativo com duas

aplicações destacou-se nas folhas abaixo da inserção da espiga na 5ª avaliação.

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Nesta fase de desenvolvimento da planta, a manutenção de plantas sadias

relaciona-se a um menor índice de acamamento na lavoura.

A maior redução da severidade da mancha de phaeosphaeria

(Phaeosphaeria maydis) e da helminthosporiose (Exserohilum turcicum) foram

obtidas com duas aplicações (a primeira no estádio vegetativo e a segunda no início

do estádio reprodutivo) de mistura de fungicidas dos grupos dos triazóis e

estrobirulinas por Veiga (2007), concordando com os resultados obtidos neste

experimento.

Misturas comerciais de fungicidas dos grupos químicos triazóis e

estrobirulinas, têm sido eficientes no controle da cercosporiose, quando aplicadas

no início dos sintomas (MACHADO & CASSETARI NETO, 2007).

Em trabalho realizado por Fantin (2006), verificou-se que a maior redução da

severidade da mancha de phaeospaeria e da cercosporiose foi proporcionada pela

mistura de fungicida dos grupos químicos triazóis e estrobirulinas, quando

aplicados no estádio vegetativo de nove folhas e no florescimento, comprovando os

resultados observados neste trabalho para o tratamento Nativo (em duas

aplicações).

Na avaliação da AACPD que reflete o comportamento dos fungicidas

durante todo o experimento, independente do momento de avaliação, pode-se

verificar que todos os fungicidas avaliados em uma e duas aplicações,

apresentaram eficiência no controle da ferrugem polysora (Puccinia polysora),

helminthosporiose (Exserohilum turcicum), cercosporiose (Cercospora zeae-

maydis) e mancha de phaeosphaeria (Phaeosphaeria maydis) em milho nas

condições do plantio de 2ª safra.

Níveis moderados de severidade das doenças fúngicas foliares do milho

(abaixo de 25% de infecção) indicam o bom desempenho das medidas de controle

adotadas. Nas Figuras 1 a 8, é possível observar este comportamento para os

fungicidas avaliados em uma e duas aplicações.

Todos os fungicidas avaliados proporcionaram ganhos em produtividade

quando comparados à testemunha, com destaque para o fungicida Nativo em

duas aplicações. Resultado semelhante foi obtido por Fantin (2006), Veiga (2007)

e Carregal et. al. (2008), que observaram maior ganho em produtividade com o

uso de mistura de triazol + estrobirulina em duas aplicações.

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De acordo com Juliatti & Nascimento (2008), o uso de fungicidas dos grupos

químicos triazóis e estrobilurinas contribui para melhorar a qualidade de produção e

reduzir a incidência de grãos ardidos, devido ao controle exercido nas doenças

foliares durante o ciclo da cultura.

O uso de fungicidas na parte aérea da cultura do milho, tem se mostrado

economicamente viável principalmente em lavouras bem conduzidas e com bom

potencial produtivo, sobretudo em regiões de risco de epidemias (FANTIN, 2006;

FANTIN & DUARTE, 2008; MENEGHETTI & HOFFMANN, 2007; MACHADO &

CASSETARI NETO, 2007).

De acordo com Fantin (2006), a aplicação de fungicidas na cultura do milho

para o controle de doenças foliares tem se mostrado mais eficiente quando iniciada

logo após o surgimento dos primeiros sintomas.

A eficiência das misturas comerciais dos fungicidas dos grupos químicos dos

triazóis e estrobilurinas no controle de doenças foliares no milho tem sido

comprovada por Fantin (2006), Meneghetti & Hoffmann (2007), Veiga (2007), Silva

& Schipanski (2007), Machado & Cassetari Neto (2007), Fantin & Duarte, (2008),

Carregal et. al. (2008) e Juliatti & Nascimento (2008).

Resultados de pesquisa têm mostrado que a aplicação de fungicidas deve ter

início na última entrada do trator com pulverizador convencional (geralmente para

controle da lagarta do cartucho) ou até o pré-pendoamento (aplicações

preventivas), e que normalmente, uma aplicação de fungicidas têm sido eficiente no

controle de doenças no milho safrinha (FANTIN & DUARTE, 2008).

Segundo Veiga (2007), para o controle de doenças foliares na cultura do

milho, o mais adequado seria realizar uma aplicação de fungicida precoce, durante

o período vegetativo da cultura, e reforçar esse controle quando a cultura encontrar-

se no estádio reprodutivo, quando se acentua a suscetibilidade às doenças.

A adoção de um bom programa de controle de doenças do milho, aliando a

utilização de um fungicida eficiente, em duas aplicações que protejam o período

mais crítico da cultura, garante ao produtor grande chance de alcançar lucro

considerável devido ao incremento em produtividade (VEIGA, 2007).

O uso de fungicidas para o controle de doenças fúngicas na parte aérea das

lavouras de milho apresenta-se como mais uma técnica a ser incorporada ao

manejo integrado visando à obtenção de altos índices de produtividade (MACHADO

& CASSETARI NETO, 2007).

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Tabela 1. Severidade (% tecido infectado) de ferrugem polysora em milho P30K75, submetido à aplicação de fungicidas. Jaciara, MT. 2007/2008.

Avaliações da severidade (% tecido infectado)

4ª*** 5ª*** Tratamentos

(doses mLpc/ha) 3ª Ab Ac**** Ab Ac**** 1 Nativox 1 (600)* 6,1 a 6,0 a 0,5 a 8,3 ab 0,5 ab 2 Nativox 2 (600)* 6,6 a 4,8 a 0,0 a 6,5 a 0,5 ab 3 PrioriXtrax 1 (300)** 8,0 a 4,3 a 0,0 a 6,8 ab 0,2 a 4 PrioriXtrax 2 (300)** 9,6 ab 4,8 a 0,0 a 6,5 a 0,0 a 5 Operax 1 (750) 6,0 a 6,5 a 0,4 a 8,8 ab 1,2 ab 6 Operax 2 (750) 6,8 a 5,4 a 0,4 a 8,3 ab 1,5 ab 7 Testemunha 13,6 b 16,5 b 3,5 b 11,8 b 4,6 b

DMS 4,61 2,73 - 5,23 - CV (%) 24,25 16,49 33,57 27,53 46,07

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (5%); *Adição de Óleo Metilado de Soja a 0,30% v/v-1 (600 mL/ha de Áureo); **Adição de Nimbus a 0,25% v/v-1 (500 mL/ha);*** Ab = folhas abaixo da inserção da espiga, Ac = folhas acima da inserção da espiga; **** dados transformados para (x + 0,5)1/2; x 1 = uma aplicação no pré-pendoamento; x 2 = duas aplicações (pré-pendoamento e 15 dias após); 1ª e 2ª leituras = não significativo. Tabela 2. Severidade (% tecido infectado) de helmintosporiose em milho P30K75,

submetido à aplicação de fungicidas. Jaciara, MT. 2007/2008.

Avaliações da severidade (% tecido infectado) 4ª *** 5ª ***

Tratamentos (doses mLpc/ha) 2ª 3ª Ab Ac Ab Ac

1 Nativox 1 (600)* 10,3 a 8,5 ab 7,8 a 4,1 a 9,8 a 2,5 a 2 Nativox 2 (600)* 11,2 a 6,6 ab 8,0 a 3,8 a 10,0 a 4,6 a 3 PrioriXtrax 1 (300)** 11,5 a 9,9 b 9,3 a 3,0 a 8,0 a 3,9 a 4 PrioriXtrax 2 (300)** 10,7 a 7,4 ab 5,5 a 3,3 a 11,8 a 4,0 a 5 Operax 1 (750) 11,4 a 4,9 a 7,5 a 3,5 a 6,4 a 3,3 a 6 Operax 2 (750) 11,9 a 9,6 b 9,3 a 3,0 a 8,8 a 1,9 a 7 Testemunha 25,3 b 21,4 c 29,0 b 19,3 b 21,8 b 10,4 b

DMS 3,16 4,23 11,39 5,77 9,26 5,09 CV (%) 9,43 18,49 44,56 43,17 36,20 49,87

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (5%); *Adição de Óleo Metilado de Soja a 0,30% v/v-1 (600 mL/ha de Áureo); **Adição de Nimbus a 0,25% v/v-1 (500 mL/ha);*** Ab = folhas abaixo da inserção da espiga, Ac = folhas acima da inserção da espiga; x 1 = uma aplicação no pré-pendoamento; x 2 = duas aplicações (pré-pendoamento e 15 dias após); 1ª leitura = não significativo.

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Tabela 3. Severidade (% tecido infectado) de cercosporiose em milho P30K75, submetido à aplicação de fungicidas. Jaciara, MT. 2007/2008.

Avaliações de severidade (% tecido infectado)

4ª*** 5ª*** Tratamentos

(doses mLpc/ha) 3ª Ab Ac**** Ab Ac**** 1 Nativox 1 (600)* 5,4 a 12,5ns 0,0 ns 11,3 ab 0,0 ns

2 Nativox 2 (600)* 5,1 a 10,3 0,0 8,5 a 0,0 3 PrioriXtrax 1 (300)** 5,4 a 11,8 0,0 10,5 ab 0,0 4 PrioriXtrax 2 (300)** 5,0 a 11,5 0,0 10,5 ab 0,0 5 Operax 1 (750) 4,5 a 11,8 0,0 10,0 ab 0,0 6 Operax 2 (750) 5,5 a 11,0 0,0 11,3 ab 0,0 7 Testemunha 13,4 b 14,5 0,0 15,0 b 0,0

DMS 4,18 6,06 - 6,16 - CV (%) 28,20 21,71 - 23,88 -

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (5%); *Adição de Óleo Metilado de Soja a 0,30% v/v-1 (600 mL/ha de Áureo); **Adição de Nimbus a 0,25% v/v-1 (500 mL/ha);*** Ab = folhas abaixo da inserção da espiga, Ac = folhas acima da inserção da espiga; **** dados transformados para (x + 0,5)1/2; x 1 = uma aplicação no pré-pendoamento; x 2 = duas aplicações (pré-pendoamento e 15 dias após). ns = não significativo

Tabela 4. Severidade (% tecido infectado) de mancha de Phaeosphaeria em milho P30K75, submetido à aplicação de fungicidas. Jaciara, MT. 2007/2008.

Avaliações da severidade (% tecido infectado)

4ª*** 5ª*** Tratamentos

(doses mLpc/ha) 3ª Ab Ac**** Ab Ac 1 Nativox 1 (600)* 7,9 a 6,5 ns 0,0 ns 7,5 a 1,1 a 2 Nativox 2 (600)* 7,4 a 7,5 0,0 6,9 a 2,3 ab 3 PrioriXtrax 1 (300)** 7,3 a 6,3 0,0 4,1 a 3,3 b 4 PrioriXtrax 2 (300)** 7,6 a 7,8 0,0 14,4 b 3,1 ab 5 Operax 1 (750) 5,1 a 9,0 0,0 6,5 a 2,0 ab 6 Operax 2 (750) 8,4 a 7,0 0,0 7,0 a 1,8 ab 7 Testemunha 15,9 b 10,5 0,0 15,4 b 7,9 c

DMS 5,39 4,71 - 6,73 2,08 CV (%) 27,01 25,8 - 32,51 29,03

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (5%); *Adição de Óleo Metilado de Soja a 0,30% v/v-1 (600 mL/ha de Áureo); **Adição de Nimbus a 0,25% v/v-1 (500 mL/ha);*** Ab = folhas abaixo da inserção da espiga, Ac = folhas acima da inserção da espiga; **** dados transformados para (x + 0,5)1/2; x 1 = uma aplicação no pré-pendoamento; x 2 = duas aplicações (pré-pendoamento e 15 dias após). ns = não significativo.

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Tabela 5. AACPD de doenças foliares em milho P30K75, submetido à aplicação de fungicidas. Jaciara, MT. 2007/2008.

Tratamentos

(doses mLpc/ha) Ferrugem Helmint. Mancha de Phaeosphaeria Cercosporiose

1 Nativox 1 (600)* 217,9 a 242,4 a 192,5 a 164,5 a 2 Nativox 2 (600)* 191,6 a 238,4 a 189,4 a 137,4 a 3 PrioriXtrax 1 (300)** 188,1 a 261,2 a 156,2 a 156,6 a 4 PrioriXtrax 2 (300)** 225,8 a 229,4 a 213,1 a 152,3 a 5 Operax 1 (750) 218,8 a 210,0 a 173,3 a 148,8 a 6 Operax 2 (750) 213,5 a 257,7 a 182,9 a 154,9 a 7 Testemunha 349,1 b 633,9 b 302,3 b 247,6 b

DMS 70,77 97,07 70,83 58,18 CV (%) 13,16 13,97 14,99 14,94

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (5%); *Adição de Óleo Metilado de Soja a 0,30% v/v-1 (600 mL/ha de Áureo); **Adição de Nimbus a 0,25% v/v-1 (500 mL/ha); x 1 = uma aplicação no pré-pendoamento; x 2 = duas aplicações (pré-pendoamento e 15 dias após); Tabela 6. Produtividade em milho P30K75, submetido à aplicação de fungicidas.

Jaciara, MT. 2007/2008.

Tratamentos (doses L/ha)

Produtividade (sc/ha)

Ganho (sacas)

1 Nativox 1 (600)* 109,3 ab 41,1 2 Nativox 2 (600)* 116,0 b 47,8 3 PrioriXtrax 1 (300)** 72,5 a 4,3 4 PrioriXtrax 2 (300)** 103,7 ab 35,5 5 Operax 1 (750) 82,6 ab 14,4 6 Operax 2 (750) 81,3 ab 13,1 7 Testemunha 68,2 a -

DMS 42,34 - CV (%) 19,94 -

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (5%); *Adição de Óleo Metilado de Soja a 0,30% v/v-1 (600 mL/ha de Áureo); **Adição de Nimbus a 0,25% v/v-1 (500 mL/ha); x 1 = uma aplicação no pré-pendoamento; x 2 = duas aplicações (pré-pendoamento e 15 dias após);

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it. 12

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Leituras

Seve

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e (%

)

Nativo Priori X

Opera Test.

Figura 1. Curvas de progresso da ferrugem polysora em milho P30K75, submetido a

uma aplicação de fungicidas (pré-pendoamento). Jaciara, MT. 2007/2008.

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Leituras

Seve

ridad

e (%

)

Nativo Priori X

Opera Test.

Figura 2. Curvas de progresso da ferrugem polysora em milho 30K75, submetido a duas

aplicações de fungicidas (pré-pendoamento e 15 dias após). Jaciara, MT. 2007/2008.

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eit. 2

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Leituras

Seve

ridad

e (%

)

Nativo Priori X

Opera Test.

Figura 3. Curvas de progresso da helmintosporiose em milho P30K75, submetido a uma

aplicação de fungicidas (pré-pendoamento). Jaciara, MT. 2007/2008.

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Leituras

Seve

ridad

e (%

)

Nativo Priori X

Opera Test.

Figura 4. Curvas de progresso da helmintosporiose em milho P30K75, submetido a

duas aplicações de fungicidas (pré-pendoamento e 15 dias após). Jaciara, MT. 2007/2008.

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Leituras

Seve

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e (%

) Nativo Priori X

Opera Test.

Figura 5. Curvas de progresso da mancha de Phaeosphaeria em milho P30K75,

submetido a uma aplicação de fungicidas (pré-pendoamento). Jaciara, MT. 2007/2008.

0

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eit. 1

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Leituras

Seve

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e (%

)

Nativo Priori X

Opera Test.

Figura 6. Curvas de progresso da mancha de Phaeosphaeria em milho P30K75,

submetido a duas aplicações de fungicidas (pré-pendoamento e 15 dias após). Jaciara, MT. 2007/2008.

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Leituras

Seve

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e (%

)

Nativo Priori X

Opera Test.

Figura 7. Curvas de progresso da cercosporiose em milho P30K75, submetido a

uma aplicação de fungicidas (pré-pendoamento). Jaciara, MT. 2007/2008.

0

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eit. 2

8/03

5a le

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Leituras

Seve

ridad

e (%

)

Nativo Priori X

Opera Test.

Figura 8. Curvas de progresso da cercosporiose em milho P30K75, submetido a

duas aplicações de fungicidas (pré-pendoamento e 15 dias após). Jaciara, MT. 2007/2008.

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020406080

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Nativo 1

Nativo 2

Priori

X 1

Priori

X 2

Opera 1

Opera 2

Test.

FerrugemHelmintosporiosePhaeosphaeriaCercosporiose

Figura 9. Área abaixo da curva de progresso de doenças foliares em milho

P30K75, submetido à aplicação de fungicidas. Jaciara, MT. 2007/2008.

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Nativo

1

Nativo

2

Priori X

1

Priori X

2

Opera 1

Opera 2

Test.

Produtiv.Ganho

Figura 10. Produtividade e ganho em produtividade (sc/ha) em milho P30K75,

submetido à aplicação de fungicidas. Jaciara, MT. 2007/2008.

Page 21: RELATÓRIO FINAL DE PROJETO DE PESQUISA · Cultura relevante na alimentação humana e animal e como matéria prima na indústria de alimentos, o milho em grãos e seus derivados

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARREGAL, LH.; SILVA, J.R.C.; CAMPOS, H.D. Falha no planejamento. Revista Cultivar – Grandes Culturas. n.103, p.06-08. 2008. CASA, R.T.; MOREIRA, E.N.; REIS, E.M. Garantia de qualidade. Revista Cultivar – Grandes Culturas. Caderno Técnico. n.67, p.03-10. 2004. COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO (CONAB). Décimo levantamento de avaliação da safra 2007/2008. julho/2008, 39p. COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO (CONAB). Sétimo levantamento de avaliação da safra 2006/2007. Abril/2007, 20p. FANTIN, G.M. Avanço da cercospora. Revista Cultivar – Grandes Culturas. n.59, p.28-31. 2004. FANTIN, G.M. Mancha na safrinha. Revista Cultivar – Grandes Culturas. n.74, p.06-09. 2005. FANTIN, G.M. Tratar ou não? Revista Cultivar – Grandes Culturas. n.88, p.28-31. 2006. FANTIN, G.M.; DUARTE, A.P. Manejo ampliado. Revista Cultivar – Grandes Culturas. n.108, p.26-27. 2008. GONÇALVES, R.A.; ANSELMO, J.L.; ANDRADE, D.F.A.A. Efeito da mistura comercial de azoxystrobin + ciproconazole no controle da ferrugem polysora do milho em 3 híbridos. Fitopatologia Brasileira. v.32, Suplemento, p.148. 2007. JULIATTI, F.C.; NASCIMENTO, C. Menos ardidos. Revista Cultivar – Grandes Culturas. n.107, p.09-13. 2008. MACHADO, A.Q.; CASSETARI NETO, D. Mais produtividade. Revista Cultivar – Grandes Culturas. Caderno Técnico. n.100, p.05-07. 2007. MAGALHÃES, P.C.; DURÃES, F.O.M. Cultivo do milho – Ecofisiologia. Versão eletrônica, 3º edição. Sete Lagoas, MG. EMBRAPA/CNPMS. 2007. (Sistemas de Produção, 2). MENEGHETTI, R.C.; HOFFMANN, L.L. Pústulas de prejuízo. Revista Cultivar – Grandes Culturas. n.101, p.08-09. 2007. PEREIRA, O.A.P.; CARVALHO, R.V. de.; CAMARGO, L.E.A.. Doenças do milho (Zea mays). In: KIMATI, H. et al. Manual de Fitopatologia, v. 2. Doenças das plantas cultivadas. 4 ed. Ceres, São Paulo, p.477-488. 2005.

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PINTO, N.F.J. de A. Sem trégua. Revista Cultivar – Grandes Culturas. n.85, p.06-08. 2006. PIPOLI, D.E.; RIBEIRO, G.C.; NEVES, D.L.; CESCA, K.B.; CAMPOS, H.D.; SILVA, L.H.C.P. Eficácia de fungicidas no controle de doenças foliares do milho. Fitopatologia Brasileira. v.32, Suplemento, p.309. 2007. REIS, E.M.; CASA, R.T.; BRESOLIN, A.C.R. Manual de diagnose e controle de doenças do milho. 2 ed. Lages:Graphel, 2004. 144p. SILVA, O.C. da.; SCHIPANSKI, C.A..Obstáculo à produção. Revista Cultivar – Grandes Culturas. Caderno Técnico. n.94, p.03-06. 2007. VEIGA, J. Quando controlar. Revista Cultivar – Grandes Culturas. Caderno Técnico. n.94, p.07-10. 2007.

B

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Fases Fenológicas do Milho (MAGALHÃES & DURÃES, 2007).

Estádio Descrição VE Germinação e emergência. V3 Três folhas desenvolvidas. V6 Seis folhas desenvolvidas. V9 Nove folhas desenvolvidas. V12 Doze folhas desenvolvidas. V15 Quinze folhas desenvolvidas. V18 Dezoito folhas desenvolvidas. Vt Pendoamento R1 Embonecamento e polinização R2 Grão bolha d’água R3 Grão leitoso R4 Grão pastoso R5 Formação de dente R6 Maturidade fisiológica

Escala de avaliação de severidade de manchas foliares em milho

ESCALA PADRÃO SEVERIDADE

(% área foliar infectada) 0 Ausência de sintomas 0 1 Infecção leve até 5% 2 Infecção moderada 5 a 25% 3 Infecção severa 25 a 50% 4 Infecção muito severa Mais de 50 %