relatório final 6ºano finalíssimo

RELATÓRIO

FINAL

Laura Sofia Ferreira Fortuna

Nº 2014259, 6º Ano

Orientador: Prof. Doutor Luís Campos

Regente: Prof. Doutor Rui Maio

Ano Letivo 2019/20

Estágio Profissionalizante

- Mestrado Integrado em Medicina -

Laura Fortuna Relatório Final - Estágio Profissionalizante do 6º Ano – Junho de 2020

1

ÍNDICE

INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 2

OBJETIVOS .......................................................................................................... 2

SÍNTESE DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS .............................................. 3

ESTÁGIO PARCELAR DE CIRURGIA GERAL ............................................................................... 3

ESTÁGIO PARCELAR DE MEDICINA INTERNA ........................................................................... 3

ESTÁGIO PARCELAR DE MEDICINA GERAL E FAMILIAR (MGF) ........................................... 4

ESTÁGIO PARCELAR DE PEDIATRIA ........................................................................................... 4

ESTÁGIO PARCELAR DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA ......................................................... 5

ESTÁGIO PARCELAR DE SAÚDE MENTAL .................................................................................. 5

EXPERIÊNCIAS VALORATIVAS ....................................................................... 5

REFLEXÃO CRÍTICA .......................................................................................... 6

ANEXOS ................................................................................................................ 9


2

INTRODUÇÃO A Unidade Curricular de Estágio Profissionalizante, regida pelo Professor Dr. Rui Maio, tem a função

de providenciar aos futuros médicos e médicas uma aproximação à realidade do que será a sua

atividade profissional, fomentando, assim, a aprendizagem em exercício.

O presente relatório destina-se a descrever sucintamente as atividades desenvolvidas em cada estágio

parcelar do 6º ano, a saber: Cirurgia Geral (realizado em França na modalidade ERASMUS+

Traineeships), Medicina Interna, Medicina Geral e Familiar, Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia e,

por último, Saúde Mental. O seu propósito será, igualmente, a exposição de aspetos práticos

relacionados com os estágios e a forma como contribuíram para este final de formação pré-graduada.

De notar que os últimos dois estágios mencionados foram realizados à distância sob limitações

impostas pela pandemia de Covid-19 em Portugal. No corpo do relatório, encontra-se adicionalmente

uma reflexão crítica que pretende transmitir de que forma foram atingidos os objetivos definidos

inicialmente e aspetos subjetivos relacionados com a aprendizagem neste último ano. Por fim,

exponho em anexo os certificados de algumas atividades complementares realizadas durante o 6º ano

ou anteriores a este, que considerei relevantes.

OBJETIVOS Para o último ano do Mestrado Integrado em Medicina, defini como objetivo geral a aquisição gradual

de autonomia e confiança, desenvolvendo, assim, as minhas competências práticas enquanto futura

profissional. Defini, igualmente, os seguintes objetivos específicos:

• Fazer com que o estudo teórico acompanhe tanto quanto possível a prática clínica, revendo a teoria

quando perante dificuldades ou em confronto com casos desafiantes nos estágios clínicos,

combinando as duas dimensões e, assim, expandir verdadeiramente o conhecimento;

• Aperfeiçoar técnicas como a colheita de anamnese, exame objetivo e, sempre que possível,

exercitar outros procedimentos práticos;

• Treino do raciocínio clínico, nomeadamente a hierarquização de hipóteses de diagnóstico,

reconhecimento de situações clínicas urgentes e formulação de propostas terapêuticas, pontos que

creio serem competências base da profissão;

• Na dimensão interpessoal, adquirir competências sociais e éticas, através da integração numa

equipa médica e interação com colegas, profissionais de saúde, doentes e seus familiares, com o

intuito de no futuro saber trabalhar em equipa e estabelecer relações médico-doente adequadas;

• Familiarização com diferentes formas de funcionamento dos serviços, programas informáticos e

até processos administrativos relacionados com os doentes.


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SÍNTESE DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

ESTÁGIO PARCELAR DE CIRURGIA GERAL • Rennes (França), de 2/09/2019 a 31/10/2020

O meu estágio de Cirurgia Geral foi realizado no âmbito do programa “ERASMUS+ Traineeships”

em França, na Université Rennes 1. A duração total do estágio (2 meses) foi dividida por dois serviços

e hospitais diferentes. O primeiro mês de estágio decorreu no Hôpital Pontchaillou do CHU (Centre

Hospitalier Universitaire) de Rennes em que estive integrada num Serviço de Cirurgia Digestiva,

mais concretamente na equipa de Urgência, acompanhada pelo Dr. Jean-Marie Beaurepaire. Deste

estágio fizeram parte visitas diárias aos doentes na enfermaria e seu acompanhamento e observação

de consultas de diferentes assistentes, embora sempre no contexto de Cirurgia Digestiva. Os dias

iniciavam-se com a reunião de passagem dos doentes da Urgência da noite anterior, que tinha lugar

todas as manhãs às 7:45h. Participei, também, em aulas lecionadas a alunos e internos do serviço. A

componente prática foi muito significativa e permitiu-me a participação ativa diária em cirurgias e

desenvolvimento de alguns gestos cirúrgicos básicos.

O segundo mês de estágio decorreu na especialidade de Anestesiologia, no Hôpital Sud, onde se

realizavam cirurgias pediátricas e ginecológicas. Não estando permanentemente com o mesmo

assistente, foi-me dada a oportunidade de integrar diferentes equipas de Anestesiologia em vários

tipos de cirurgia e realizar diferentes procedimentos como colocação de perfusões, preparação do

material anestésico, intubação endotraqueal e técnica de anestesia raquidiana. Foi, também, possível

assistir a consultas de anestesia pré-operatórias e a reuniões multidisciplinares.

O estágio terminou a 31 de Outubro de 2019, data em que regressei a Lisboa.

ESTÁGIO PARCELAR DE MEDICINA INTERNA

• Hospital de S. António dos Capuchos (HSAC), de 3/11/2019 a 11/01/2020

O estágio parcelar de Medicina Interna decorreu no Serviço 2.5 de Medicina do HSAC, sob orientação

do Dr. Paulo Barreto e coordenação da Dra. Catarina Salvado. A minha passagem pela enfermaria

constituiu a principal componente do estágio, sendo este o local de eleição para adquirir e aplicar

conhecimentos. Uma vez por semana, decorriam as visitas clínicas do serviço, nas quais participei na

apresentação e discussão de doentes. Tive a oportunidade de acompanhar o Dr. Paulo Barreto nas

consultas externas de Doenças Autoimunes, que me permitiram um contacto mais próximo com

patologias que não tinha observado anteriormente. Este estágio foi a oportunidade ideal para praticar

de forma autónoma a anamnese e o exame objetivo. Foi igualmente importante a interação com


4

pessoal de enfermagem para levantamento de intercorrências sobre o doente que me estava atribuído.

O Serviço 2.5. incorporou recentemente uma Unidade de Cuidados Intermédios, o que proporcionou

o contacto com outro tipo de doentes e observação de outras técnicas como a colocação de linhas

arteriais, por exemplo. No final do estágio apresentei, juntamente com duas colegas, um trabalho com

o título: “Sépsis: Abordagem ao doente” e, para além da apresentação, procedemos também à escrita

do trabalho sob forma de esboço de artigo.

ESTÁGIO PARCELAR DE MEDICINA GERAL E FAMILIAR (MGF)

• Beja - USF Alfabeja, de 18/01/2020 a 14/02/2020

Tive o privilégio de ter contacto com a Medicina Geral e Familiar fora de um contexto de grande

cidade, como é o caso de Lisboa. Na USF Alfabeja estive sob tutoria da Dra. Ana Margarida Sotero.

Assisti a consultas de diversas áreas como Saúde do Adulto, Planeamento Familiar, Saúde Infantil,

Saúde Materna e Intersubstituição. Durante a primeira semana, apenas assisti a consultas da tutora,

realizando o exame objetivo e procedendo a alguns gestos técnicos como a citologia esfoliativa. Foi

igualmente possível observar alguns procedimentos de Enfermagem. A partir da segunda semana de

estágio, comecei a conduzir as consultas sozinha num gabinete, o que me permitiu adquirir autonomia

de uma forma gradual. De realçar que estive sempre sob a supervisão da tutora, que se mostrou

disponível para esclarecer dúvidas e ultrapassar dificuldades. Para além disso, foi possível fazer

consultas numa pequena aldeia perto de Beja, Baleizão, acompanhada pelo médico coordenador da

USF, Dr. Luís Coentro. No final do estágio, apresentei numa das reuniões semanais dos médicos da

USF, um trabalho individual intitulado: “M.A.P.A.: Sua interpretação e prognóstico”.

ESTÁGIO PARCELAR DE PEDIATRIA • Hospital Dona Estefânia, de 17/02/2020 a 13/03/2020

O meu estágio de Pediatria desenrolou-se sob a tutoria da Dra. Paula Kjöllerström, pertencente à

unidade de Hematologia pediátrica. O dia iniciava-se com a passagem de novos doentes internados e

respetiva discussão entre as várias equipas de especialidades médicas. A enfermaria revelou-se,

novamente, a principal componente do estágio. As Urgências Pediátricas, nas quais participei em

quatro dias diferentes, foram também um elemento significativo, contribuindo para observação de

outras patologias interessantes. Para além de consultas de Hematologia Pediátrica com a tutora, pude

também acompanhar assistentes em consultas de Imunodeficiências Primárias, Estomatologia e

Imunoalergologia. Em grupo, realizei um trabalho sobre um caso clínico observado na enfermaria:


5

“Um caso peculiar de alergia alimentar”. Infelizmente, não pôde ser concretizada a sua apresentação,

devido ao começo do estado de calamidade anunciado na sequência da pandemia Covid-19.

ESTÁGIO PARCELAR DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA • Estágio não presencial de 16/03/2020 a 17/04/2020;

O início deste estágio coincidiu já com o período de confinamento decretado em Portugal, pelo que

foi realizado na sua totalidade à distância. Como trabalho desenvolvido ao longo deste período, em

conjunto com dois colegas, realizei uma apresentação com gravação de voz, que pretendeu explorar

guidelines e estudos recentes sobre a utilização de diferentes esquemas de Antibioterapia em caso de

rotura prematura pré-termo de membranas (RPPM) na gravidez. Nesta UC tive também que, em

grupo, responder a questões teóricas de escolha múltipla sobre alguns temas abordados nos

Workshops apresentados aos alunos via PowerPoint com voz.

ESTÁGIO PARCELAR DE SAÚDE MENTAL • Estágio não presencial de 20/04/2020 a 15/05/2020

Tal como o anterior, o estágio parcelar de Saúde Mental foi realizado na modalidade à distância. Dele

fez parte a realização de um relatório que incluiu duas histórias clínicas efetuadas a partir de vídeos

de entrevistas clínicas, disponibilizados na plataforma Moodle. Para além disso, grande parte do

trabalho consistiu, adicionalmente, em elaborar 6 vinhetas de casos clínicos originais, semelhantes ao

modelo de perguntas da Prova Nacional de Acesso. Cada vinheta continha três perguntas de escolha

múltipla associadas. Findo este período, foram entregues os trabalhos mencionados sob a forma de

relatório que incluiu uma reflexão crítica. No último dia de estágio, foi realizada uma brave chamada

com o Prof. Doutor Miguel Talina para discussão do mesmo.

EXPERIÊNCIAS VALORATIVAS Antes de me candidatar a Medicina, ouvi das pessoas mais próximas que iria ser difícil manter

outra atividade que não estivesse relacionada com o curso. Não demorou mais de um ano a perceber

que o tempo é criado por nós a partir do momento em que definimos prioridades. Este foi, aliás, um

dos maiores ensinamentos destes 6 anos.

Durante 3 anos do curso fiz parte, de forma voluntária, do Conselho Diretivo de uma associação

de campos de férias para crianças (MOCAMFE), enquanto tesoureira e durante o verão enquanto

monitora. Apesar de afastado da área da Medicina, foi algo que teve um peso acrescido como projeto


6

fora da faculdade, daí a pertinência de o expor no presente relatório. O envolvimento nesta atividade

teve o poder de satisfazer a minha motivação altruísta e possibilitou o desenvolvimento de diversas

soft skills, desde o sentido de responsabilidade pelo cumprimento de normas estritas de atuação

institucional, à integração em equipas, coordenação de atividades de grupo, entre outras.

Adicionalmente, para além da experiência do 6º ano, tive oportunidade de estudar na Rīga Stradiņš

University (Letónia) por 6 meses no 4º ano, através do programa ERASMUS+. Devo dizer que esta

foi também das vivências mais marcantes do meu percurso, tanto a nível pessoal como profissional.

Penso que a cultura extra-medicina deve ser sempre algo incentivado, de modo a construir uma visão

rica e inclusiva dos diferentes tipos de pessoas que poderemos ter à nossa frente enquanto doentes.

No final do documento, encontram-se em anexo os respetivos certificados das atividades

mencionadas, entre outros.

REFLEXÃO CRÍTICA Este relatório encerra o Estágio Profissionalizante do último ano do curso de Medicina e, com

ele, um percurso de 6 anos de aprendizagem. Foi interessante ver em mim própria a forma como o

bem-estar no hospital evoluiu ao longo do tempo, desde a sensação de pequenez nos primeiros anos

clínicos com a insegurança que a inexperiência acarreta, até à confiança de sentir que, a pouco e

pouco, pertencemos àquele lugar. Esta profissão tem uma relação especial com a palavra “cuidar”.

Não é apenas ao longo do curso que aprendemos totalmente o seu significado, mas acredito que esse

seja o primeiro passo para encontrar o retorno que esperamos sentir na profissão médica. De maneira

retrospetiva, creio ter atingido os objetivos propostos e faço um balanço muito positivo do que foi

esta progressão gradual com o intuito de desenvolver as competências necessárias para me tornar a

médica que aspiro ser. Foi possível consolidar conhecimentos adquiridos em anos anteriores e

conjugá-los com a prática clínica, assim como progredir em áreas como a comunicação, o trabalho

em equipa, a observação e a interação com o doente. Não obstante, penso que poderia ter aprofundado

mais e ter superado algumas dificuldades na prática de prescrição de fármacos, enquanto objetivo

específico. Realço, ainda, o importante papel que tem a aprendizagem através do erro e da autocrítica.

Desta forma, cada estágio parcelar contribuiu de maneira diferente para terminar em pleno esta fase

de ensino pré-graduado.

Gostaria de realçar a mais-valia que para mim representou o estágio de Cirurgia Geral com que

iniciei o 6º ano, em França. Foi muito enriquecedor conhecer uma forma de organização dos serviços

diferente, com métodos e questões culturais diferentes. No que toca à componente prática, foi

particularmente proveitoso para a minha aprendizagem o facto de a equipa de Urgência ser apenas


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constituída por dois cirurgiões, o que me permitiu obter alguma autonomia e participação ativa na

maioria das cirurgias. A barreira linguística revelou-se um acréscimo ao quão desafiante foi o estágio,

quer na interação com a equipa quer com doentes. O aperfeiçoamento da língua francesa foi, a nível

pessoal, um dos pontos mais positivos. Este estágio, cujo acordo com a Université Rennes 1 resultou

da minha iniciativa, apesar de curto, fez-me sentir muito realizada e com a certeza redobrada da

importância que tem o contacto com outros ambientes hospitalares no contexto da Medicina.

De regresso a Portugal, seguiu-se o estágio de Medicina Interna, do qual faço um balanço muito

positivo. Apesar de considerar não ter tido o acompanhamento que seria desejável por parte do tutor,

a integração numa equipa médica permite que haja constante debate de diferentes abordagens e

hipóteses de diagnóstico. Esta discussão, por vezes informal, constitui o momento de aprendizagem

ideal para um aluno do 6º ano, principalmente se houver espaço para colocação de dúvidas, como

aconteceu no meu caso. O estágio de Medicina Interna ajudou a tornar a enfermaria um local mais

familiar e reforçou a minha capacidade de exposição de casos de forma concisa, hierarquizando a

informação a ser transmitida em contexto de visita clínica ou aspetos mais práticos como o domínio

do SClínico e alguns gestos técnicos.

Através do estágio de Medicina Geral e Familiar, decorrido em Beja, foi-me proporcionado o

que diria ser uma das experiências de maior autonomia que tive ao longo do curso, com a

oportunidade de conduzir consultas sozinha. A verdade é que só conhecemos as nossas limitações

quando somos confrontados com elas. O facto de estar deslocada do meu local de residência permitiu-

me uma maior imersão no contexto da comunidade alentejana, percebendo estilos de vida, ocupações

e preocupações diferentes da população. Valorizei, particularmente, a experiência de realizar

consultas na aldeia de Baleizão. Aí, sem dúvida, foi revelador o papel que a USF e os seus

profissionais de saúde desempenham numa comunidade daquela dimensão. Reconheço que este

estágio foi uma valiosa surpresa, porque a experiência que tive de MGF no 5º ano tinha sido algo

limitada relativamente à interação com os utentes. Talvez por essa ausência de primeira experiência,

sentia insegurança com a perspetiva de orientar consultas sem apoio direto da tutora. Este foi, sem

dúvida, um momento de aprendizagem marcante na reta final, enquanto aluna.

Quanto ao estágio de Pediatria, o facto de ter decorrido no Hospital D. Estefânia, foi vantajoso

na medida em que me permitiu ver casos clínicos complicados, graças à separação existente em

subespecialidades. Como reverso da medalha, porém, esta fragmentação impediu um maior contacto

com outras patologias fora do domínio da Hematologia, ainda que tenha assistido a algumas consultas

de outras áreas. Assim, reconheço que as Urgências Pediátricas foram fulcrais na minha

aprendizagem, tendo sido um dos poucos momentos em que tive verdadeira oportunidade de interagir

com doentes e proceder à sua observação.


8

Os meus dois últimos estágios foram realizados na modalidade à distância. Jamais teria

imaginado este desfecho para o último ano do curso. A Covid-19 surpreendeu tudo e todos. Na

verdade, foi dececionante sentir que nos tenha sido retirado algo tão valioso na preparação clínica e,

até, a possibilidade de nos despedirmos da faculdade. “Vivemos em tempos líquidos”, considerava já

o sociólogo Zygmunt Bauman ao observar a capacidade da sociedade e de cada um se adaptar a

limitações, tal como um líquido se adapta ao recipiente que o envolve. Creio que as soluções

encontradas por estas Unidades Curriculares, de modo a colmatar as falhas inesperadas, conseguiram

criar um modelo de ensino ajustado, o mais próximo da prática clínica possível.

Foi especialmente infeliz, para mim, a impossibilidade de realização do estágio presencial de

Ginecologia e Obstetrícia, visto ser uma das minhas áreas de interesse na Medicina. No 4º ano, nesta

especialidade, assisti maioritariamente a consultas e cirurgias no âmbito da Oncologia Ginecológica,

pelo que pretendia desta vez ter tido uma visão mais orientada para a Obstetrícia, o que não foi

possível. De qualquer forma, dificilmente alguma tarefa proposta faria jus ao potencial de um estágio

prático, pelo que aguardarei a próxima oportunidade de contactar com a especialidade.

Relativamente às tarefas realizadas na UC de Saúde Mental, penso que as perturbações dos

doentes nos vídeos permitiram uma discussão extensa e foi surpreendentemente útil termos as

entrevistas clínicas em formato de vídeo, podendo retroceder a gravação e ouvir alguns excertos mais

que uma vez, o que concede uma visão diferente à entrevista e a possibilidade de observar outros

pormenores na forma como o doente transmite as informações. Foi igualmente desafiante o exercício

de aprender a teoria sobre uma perturbação e, posteriormente, saber aplicá-la e formular um caso

clínico coerente, colocando-nos na pele de quem examina.

Em jeito de conclusão, creio que a beleza deste percurso está fundamentalmente associada à

plasticidade de alguém que se encontra, ainda, a formar a sua própria identidade enquanto futuro/a

profissional. Afinal somos constantemente moldados pelo que nos rodeia e pelas experiências que

vivenciamos. Tal como o bom exemplo que me impressionou e que me deixou a pensar “Quando for

médica, vou querer ser assim”, assisti também ao que não vou querer reproduzir mais tarde. Penso

que este tenha sido um dos efeitos mais gratificantes proporcionados pela FCMUNL de oferecer um

curso tão rico em termos de diversidade de estágios e contacto com diferentes doentes, profissionais

e hospitais. Ao alcançar o términus deste percurso, penso ter reunido as ferramentas necessárias para

dar continuidade à minha formação em Medicina, agora enquanto Mestre. Termino agradecendo a

todos os meus amigos e familiares que contribuíram para o meu sucesso ao longo do curso e a esta

Faculdade por todas as experiências que me proporcionou.


9

ANEXOS

Anexo 1: Transcript of Records – Programa ERASMUS+ em Riga (Letónia) no ano letivo de 2017-

18;

Anexo 2: Transcript of Records – Programa ERASMUS+ Traineeships em França (Rennes) no 6º

ano – Estágio de Cirurgia;

Anexo 3: Certificado de participação no Workshop de “Alterações do equilíbrio ácido base” (Estágio

Parcelar de Medicina Interna do 6º ano);

Anexo 4: Certificado de participação no Workshop de “Decisões de fim de vida” (Estágio Parcelar

de Medicina Interna do 6º ano);

Anexo 5: Membro do Conselho Diretivo da Associação MOCAMFE – Tempo Livre, como

Tesoureira (2017-19) e monitora durante o Verão;

Anexo 6: Certificado de participação do congresso online “Future MD”, 2020;

Anexo 7: Certificado de participação na formação online “Inteligência Emocional”, 2020;

Anexo 8: Certificado de estágio CEMEF (Curtos Estágios Médicos em Férias) em Pediatria no

Hospital Francisco Xavier, 2018;


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Anexo 1: Transcript of Records – Programa ERASMUS+ em Riga (Letónia) no ano

letivo de 2017-18.


11

Anexo 2: Transcript of Records – Programa ERASMUS+ Traineeships em França

(Rennes) no 6º ano – Estágio de Cirurgia.


12

Anexo 3: Certificado de participação no Workshop de “Decisões de fim de vida”

(Estágio Parcelar de Medicina Interna do 6º ano)


13

Anexo 4: Certificado de participação no Workshop de “Alterações do equilíbrio ácido

base” (Estágio Parcelar de Medicina Interna do 6º ano)


14

Anexo 5: Membro do Conselho Diretivo da Associação MOCAMFE – Tempo Livre,

como Tesoureira (2017-19) e monitora durante o Verão.


15

Anexo 6: Certificado de participação do congresso online “Future MD”, 2020

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16

Anexo 7: Certificado de participação na formação online “Inteligência Emocional”,

2020.

Formação Inteligência Emocional— Certificado de Participação

EMITIDO POR:

AEFCM - Associação de Estudantes da NOVA Medical SchoolCampo Mártires da Pátria, 1301169-056 Lisboa

NOME

Laura Fortuna

DOCUMENTO DE IDENTIFICAÇÃO

14668897CÓDIGO DE CERTIFICADO

C-5e9990b0a952a

Evento

Formação Inteligência Emocional23-04-2020 11:00 ® 23-04-2020 12:30 - Duração: 1 horas

Formação | Inteligência EmocionalO médico e a sua relação com doentes e famílias: o papel fundamental da gestãoemocional

aefcm.up.eventsComprovativo de Emissão de Certificado Electrónico


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Anexo 8: Certificado de estágio CEMEF (Curtos Estágios Médicos em Férias) em

Pediatria no Hospital Francisco Xavier, 2018.

Código de Certificado / Certificate PIN 1 8 ą Ț Ș º Pesquisar na base de dados pública em http://151.236.60.17/certificados

Emitido porIssued by

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IdentificaçãoIdentification

Laura Sofia Ferreira FortunaB5: 1șțț8897

Atividade comparticipação certificada

Certified Activity

CEMEFs - Curtos Estágios Médicos em Férias

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Data da AtividadeDate of activity

10 / 10 / 2018

Outras AtividadesOther Activities

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Comprovativo de Emissão de Certificado ElectrónicoElectronic Certificate of Participation Issuance Receipt

Decreto-Lei n.o 290-D/99, de 2/08 (com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.o 62/2003, de 3/04- Directiva 1999/93/CE) Portuguese Law-decrees 290-D/99 and 62/2003 – European Union Directive 1999/93/CE

Documento Processado por Computador. A emissão do certificado electrónico não carece de assinatura. Este documento é válido desde que a informação nele contida seja coincidente com a apresentada na Base de dados Pública (identificação do aluno, Atividade com Participação Certificada e a Data da Actividade).

Eletronic Document. The issuing of eletronic certificates does not require a signature. This document is legitimate so long as the information it contains is subject to

validation in the Public Database (e.g.: Student Identity, Certified Activity and Date od Activity).

relatório final 6ºano finalíssimo

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