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RELATÓRIO E CONTAS
Exercício de 2009
Porto, Abril de 2010
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EdiçãoFundo de Garantia do Crédito Agricola Mútuo
Praça da Liberdade, 92
4001-806 PORTO
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Design e Pré-ImpressãoBanco de Portugal
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Av. Almirante Reis, 71
1150-012 Lisboa
ImpressãoBanco de Portugal
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Área de Apoio Logístico
Lisboa, 2010
Tiragem130 exemplares
ISSN 0874-1549
Depósito Legal n.º 113564/97
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RELATÓRIO E CONTAS 2009
1. Conforme disposto no artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 345/98,
de 9 de Novembro, a Comissão Directiva apresentou ao Senhor
Ministro de Estado e das Finanças para aprovação o Relatório e
Contas do Fundo referentes ao exercício de 2009 acompanhados
do parecer do Conselho de Auditoria do Banco de Portugal.
2. Os referidos Relatório e Contas do Fundo foram aprovados
pelo Despacho n.º 328/10-SETF do Senhor Secretário de
Estado do Tesouro e Finanças de 16 de Abril de 2010.
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Relatório e Contas do FGCAM | 2009
Índice
Relatório de Actividade e Contas do Exercício de 2009
Relatório Anual
1. Introdução .................................................................................................................................................. 7
2. Actividade do FGCAM ............................................................................................................................... 8
3. Informação sobre as Caixas do SICAM ................................................................................................... 10
4. Análise das Contas do FGCAM do Exercício de 2009 ............................................................................. 20
5. Síntese do Plano de Actividades do FGCAM para o ano de 2010 ........................................................... 26
6. Proposta de Aplicação do Resultado do Exercício de 2009 ..................................................................... 27
Contas do Exercício de 2009
• Balanço em 31 de Dezembro de 2009 ................................................................................................ 31
• Demonstração de Resultados de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2009 ...................................... 32
Anexos
I – Notas às Demonstrações Financeiras ............................................................................................ 35
II – Informação sobre a CREDIVALOR – Exercício de 2009 ................................................................ 43
III – Lista das Instituições Participantes no FGCAM em 31/12/2009 ...................................................... 49
IV – Alterações no Enquadramento Jurídico do FGCAM e do Crédito Agrícola Mútuo ......................... 55
Parecer do Conselho de Auditoria do Banco de Portugal .................................................................. 59
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Relatório e Contas do FGCAM | 2009
1. Introdução
O Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (FGCAM) foi criado pelo Decreto-Lei n.º 182/87,
de 21 de Abril, tendo o seu Regime Jurídico sido redefi nido pelo Decreto-Lei n.º 345/98, de
9 de Novembro, com as alterações introduzidas pelos Decreto-Lei n.º 126/2008, de 21 de Julho,
Decreto-Lei n.º 211-A/2008, de 3 de Novembro e Decreto-Lei n.º 162/2009, de 20 de Julho, tendo-lhe
sido atribuídas as seguintes fi nalidades:
– garantir o reembolso, nos termos e condições legalmente defi nidos, de depósitos constituídos
na Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM)
participantes no Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM), entidades que
entregam anualmente ao FGCAM uma Contribuição de valor determinado nos termos do
Aviso n.º 14/2003 do Banco de Portugal.
– promover e realizar as acções consideradas necessárias para assegurar a liquidez e a
solvabilidade das Caixas participantes.
No âmbito do seu objecto, o FGCAM celebrou, em 2009, dois novos Contratos de Assistência
Financeira (CAF) que não implicaram desembolso de fundos. Ao longo do ano de 2009, o FGCAM
concedeu subsídios ao Crédito Agrícola Mútuo (CAM) e continuou a acompanhar a actividade da
Comissão Liquidatária da CREDIVALOR – Sociedade Parabancária de Valorização de Créditos,
S.A. (em liquidação desde 09/11/2006), Sociedade através da qual foram, em anos anteriores,
adquiridos créditos e outros valores no âmbito de acções de assistência fi nanceira ao SICAM.
O FGCAM funciona no Banco de Portugal, que presta o necessário apoio técnico e material,
é dirigido por uma Comissão Directiva, tendo como Presidente um Administrador do Banco de
Portugal e sendo os dois Vogais nomeados um em representação do Ministério das Finanças e
da Administração Pública e outro em representação da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo1.
Ao Conselho de Auditoria do Banco de Portugal competem, nos termos legais, as funções de
fi scalização do FGCAM. O parecer do Conselho de Auditoria do Banco de Portugal ao Relatório e
às Contas do FGCAM relativos a 2009 é incluído em anexo ao presente Relatório. Ao Tribunal de
Contas, que fi scaliza a actividade do FGCAM, é enviada anualmente toda a informação exigível,
de acordo com as disposições legais em vigor.
(1) O Despacho n.º 22346/2008, de 31 de Julho, do Secretário de Estado do Tesouro e das Finanças, publicado no Diário da República, 2ª série, n.º 167 de 29 de Agosto:(i) Reconduziu como Presidente da Comissão Directiva o Dr. José António da Silveira Godinho, que integra o Conselho de Administração do
Banco de Portugal; (ii) Reconduziu, como vogal da Comissão Directiva e em representação da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, o Eng.º Licínio Manuel
Prata Pina; e (iii) Nomeou, como vogal da Comissão Directiva, a Dr.ª Maria Helena Maio Ferreira de Vasconcelos.
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2009 | Relatório e Contas do FGCAM
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2. Actividade do FGCAM
No exercício de 2009 o FGCAM prosseguiu as acções de acompanhamento e assistência fi nanceira
ao Crédito Agrícola Mútuo dando continuidade à política seguida nos anos anteriores.
As intervenções do Fundo traduziram-se:
– Na celebração de dois novos Contratos de Assistência Financeira com CCAM que, no
entanto, não implicaram qualquer desembolso de fundos, apenas a prorrogação do prazo
dos respectivos Empréstimos Subordinados;
– Na atribuição à FENACAM de um subsídio no valor de 250 mil euros, em compensação pela
realização de auditorias a CCAM a solicitação do FGCAM.
Em 31 de Dezembro de 2009 estavam em vigor Contratos de Assistência Financeira envolvendo
empréstimos concedidos pelo FGCAM no valor de 116,7 milhões de euros, bem como aquisições
de créditos realizadas, em anos anteriores, através da CREDIVALOR – Sociedade em Liquidação
(adiante designada “CREDIVALOR”) no montante de 23 milhões de euros.
Desde a sua constituição, o FGCAM concedeu ao SICAM empréstimos no montante global de
239,7 milhões de euros: 33,5 milhões à Caixa Central e 206,2 milhões a CCAM, tendo já sido
integralmente reembolsados empréstimos por 33 CCAM no valor de 107,9 milhões de euros e
parcialmente reembolsados empréstimos por duas Caixas, no valor de 15,2 milhões de euros.
CONTRATOS DE ASSISTÊNCIA FINANCEIRA (CAF) em 31-12-2009unidade: mil euros
CAF N.ºCCAM
FGCAM(Empréstimos Subordinados)
CREDIVALOR(aquisição créditos
e/ou capital)
Em vigor 12 116 661 22 957
– Reembolsos Parcelares 2 15 181 n.a.
Terminados 33 107 887 68 089
TOTAL 45 239 728 91 046
O FGCAM procede, periodicamente, à análise e acompanhamento da evolução das CCAM
pertencentes ao SICAM, com enfoque nas benefi ciárias da Assistência Financeira do Fundo, no
intuito de avaliar o cumprimento dos objectivos fi xados nos respectivos Planos de Recuperação,
parte integrante dos Contratos de Assistência Financeira que consubstanciam a assistência
concedida. O FGCAM analisa ainda outras CCAM cuja situação económica e fi nanceira merece
um acompanhamento preventivo.
Anualmente, o FGCAM procede ao apuramento e cobrança da Contribuição anual das CCAM
participantes no SICAM, em duas prestações (Abril e Outubro).
De acordo com o Aviso n.º 14/2003 do Banco de Portugal, o valor da Contribuição é obtido pela
aplicação de uma taxa contributiva de base e de um factor multiplicativo ao valor médio dos
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Relatório e Contas do FGCAM | 2009
depósitos elegíveis, para cada Caixa. A taxa contributiva de base é função do Rácio de Cobertura
do FGCAM e assume, desde 2004, o valor mínimo de 0,20%, em resultado de, desde esse ano,
o Rácio de Cobertura do FGCAM ser superior a 0,60%. O factor multiplicativo aplicado a cada
CCAM e à Caixa Central é função do respectivo Rácio de Solvabilidade, sendo aplicado o factor
multiplicativo menor às CCAM com Rácio de Solvabilidade mais elevado. A repartição das CCAM
do SICAM por factor multiplicativo, nos últimos 3 anos, é a que consta do Quadro seguinte:
Repartição das CCAM do SICAM por Factor Multiplicativo
FactorMultiplicativo
Rácio de Solvabilidade
Médio (RS)Ano 2007 Ano 2008 Ano 2009
1,20 RS < 8% 5 1 1 1,0%
1,10 8% < RS< 10% 2 6 2 2,2%
1 10% < RS< 12% 12 6 5 5,4%
0,90 12% < RS< 14% 18 20 13 14,0%
0,80 RS > 14% 69 68 72 77,4%
TOTAL 106 101 93* 100%
* Apesar de, em 31-12-2009, serem 91 as CCAM participantes no SICAM, o cálculo das Contribuições do ano de 2009 foi efectuado enquanto existiam 93 CCAM, incluindo a Caixa Central.
Com referência ao cálculo das Contribuições de 2009, a 72 (77,4%) das 93 CCAM do SICAM foi
aplicado o factor multiplicativo mínimo de 0,80%, que corresponde a CCAM que apresentaram
um Rácio de Solvabilidade médio igual ou superior a 14%, tendo apenas uma CCAM apresentado
um Rácio de Solvabilidade médio inferior a 8%. Comparativamente ao ano de 2008, constatou-se
uma diminuição do número de CCAM abrangidas pelos factores multiplicativos mais elevados e
um acréscimo do número de CCAM abrangidas pelo factor multiplicativo mínimo de 0,80% (de
68 CCAM em 2008, para 72 CCAM em 2009).
Anualmente, e com periodicidade semestral, o FGCAM procede ao apuramento do montante
dos Depósitos por si garantidos. À semelhança de anos anteriores, no exercício em análise não
ocorreu qualquer situação de indisponibilidade de depósitos2 no SICAM.
Foram, ainda, desenvolvidos outros estudos técnicos relacionados com o funcionamento do
FGCAM, enquanto instrumento de protecção dos depositantes e elemento que pode contribuir
para a estabilidade do sistema bancário.
Durante o ano de 2009, o Fundo participou, no âmbito do European Forum of Deposit Insurers
(EFDI), organismo do qual é membro desde 2006, em diversos projectos com vista à recolha e
tratamento de informação sobre Garantia de Depósitos e à cooperação entre organizações similares.
(2) Situação prevista no n.º 4 do art. 14º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro e da qual decorre o reembolso pelo FGCAM dos depositantes.
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2009 | Relatório e Contas do FGCAM
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3. Informação sobre as Caixas do SICAM
Na data de elaboração deste relatório não eram ainda conhecidas as contas consolidadas do
SICAM; por tal razão, a análise foi feita a partir das contas da Caixa Central e das contas do
conjunto das CCAM do SICAM.
Em 31 de Dezembro de 2009 o SICAM era constituído pela Caixa Central e por 90 Caixas de
Crédito Agrícola Mútuo suas associadas3 (menos 8 do que no ano anterior, em resultado da
conclusão, no decorrer do exercício, de 6 processos de fusão, 5 dos quais tiveram início no
ano de 2008, envolvendo 14 CCAM).
3.1 Caixa Central do Crédito Agrícola Mútuo
De acordo com as contas apresentadas, a situação da Caixa Central era a seguinte em 31 de
Dezembro de 2009:
• O Activo Líquido da Caixa Central ascendia a 4,7 mil milhões de euros, mais 188 milhões
de euros do que em 31 de Dezembro de 2008, e tinha a seguinte composição:
CAIXA CENTRAL(em 106 euros)
ACTIVO 31 Dez. 2009 31 Dez. 2008 Variação
Disponibilidades 211 282 -71
Aplicações em I.C. 928 1 443 -515
Crédito sobre Clientes (V. Líq.) 1 762 1 747 15
Activos Financeiros 1 525 832 693
Outros Activos 243 177 66
ACTIVO LÍQUIDO TOTAL 4 669 4 481 188
Fonte: ProClarity
– O Crédito sobre Clientes, no valor de 1,8 mil milhões de euros, representava 38%
do total do Activo, sendo o valor do Crédito Vencido de 68 milhões de euros, mais
15 milhões de euros do que em 31 de Dezembro de 2008.
Das Provisões, no valor global de 104,6 milhões de euros, 43,4 milhões são Provisões
para Crédito Vencido e correspondem a 64% do valor desse crédito (em 31 de Dezembro
de 2008 o valor correspondente era de 67%).
(3) Apresenta-se, no Anexo III ao presente Relatório, a lista das Caixas pertencentes ao SICAM em 31/12/2009, Instituições que, ao abrigo do art.º 3.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro, participam obrigatoriamente no FGCAM.
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Relatório e Contas do FGCAM | 2009
– O valor das Aplicações em Instituições de Crédito, 928 milhões de euros, registou um
decréscimo de 515 milhões de euros relativamente a 2008.
– A rubrica Activos Financeiros, no valor de 1,5 mil milhões de euros, representava 33%
do Activo Líquido Total e registou um aumento de 693 milhões de euros relativamente a
31 de Dezembro de 2008.
• Em 31 de Dezembro de 2009 o Passivo da Caixa Central correspondia a 97% do Activo,
ascendendo a 4,5 mil milhões de euros, valor superior em 186 milhões de euros ao registado
em 31 de Dezembro de 2008.
CAIXA CENTRAL(em 106 euros)
PASSIVO 31 Dez. 2009 31 Dez. 2008 Variação
Recursos de I.C. 4 069 3 911 158
Recursos de Clientes 267 268 -1
Passivos Subordinados 102 88 14
Provisões 21 17 4
Outros Passivos 60 50 10
PASSIVO TOTAL 4 520 4 334 186
Fonte: ProClarity
– Os Recursos de Instituições de Crédito, no valor de 4,1 mil milhões de euros, representavam
90% do total do Passivo e correspondiam, na sua maioria, 80%, a Recursos de Caixas
associadas.
– A Dívida Subordinada ascendia a 102 milhões de euros, dos quais 12,3 milhões respeitam
a empréstimos subordinados concedidos pelo FGCAM: 7,5 milhões de euros no quadro
da participação da Caixa Central na operação de saneamento das CCAM da Região
do Algarve e 4,8 milhões de euros no âmbito da intervenção da Caixa Central na operação
de saneamento financeiro do Central Banco de Investimento. Em 2009 a Caixa Central
reembolsou o empréstimo subordinado de 6,3 milhões de euros que tinha sido conce-
dido pelo FGCAM, no ano de 2001, no âmbito da operação de saneamento das CCAM
da Região do Algarve e, ainda, reembolsou parcialmente, em 7,2 milhões de euros, o
empréstimo subordinando concedido pelo FGCAM em 2003, no âmbito da intervenção
da Caixa Central na operação de saneamento financeiro do Central Banco de Investimento.
• O valor do Capital Próprio, 3% do Activo da Caixa Central, ascendia a 149 milhões de
euros, mais 2 milhões do que em 31 de Dezembro de 2008.
O Capital Social, 221 milhões de euros, aumentou 1 milhão de euros relativamente ao
final do ano 2008.
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2009 | Relatório e Contas do FGCAM
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Os Resultados Transitados eram negativos em 72 milhões de euros, em 31 de Dezembro
de 2009.
CAIXA CENTRAL(em 106 euros)
CAPITAL PRÓPRIO 31 Dez. 2009 31 Dez. 2008 Variação
Capital Social 221 220 1
Reservas -1 -2 1
Resultados Transitados -72 -76 4
Resultado do Exercício 1 5 -4
CAPITAL PRÓPRIO 149 147 2
Fonte: ProClarity
• Em 2009, o Resultado Líquido do Exercício foi de 1 milhão de euros, valor inferior em 4 milhões
de euros ao registado em 2008.
• Análise do Resultado do Exercício da Caixa Central
CAIXA CENTRAL(em 106 euros)
CONTA DE RESULTADOS Ano 2009 Ano 2008 Variação
Juros e Rendimentos Similares 156 220 -64
Juros e Encargos Similares 109 169 -60
MARGEM FINANCEIRA 47 51 -4
Rendimentos de Serviços e Comissões Líquidos 15 14 1
Resultados de Operações Financeiras 2 -4 6
Outros Resultados Operacionais 3 6 -3
PRODUTO BANCÁRIO 67 67 0
Custos de Funcionamento 44 43 1
– Gastos com Pessoal 23 22 1
– Gastos Gerais Administrativos 21 21 0
Amortizações 1 1 0
Variação de Provisões, Correcções de Valor e Imparidade 21 15 6
RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS 1 8 -7
Impostos 0 3 -3
RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 1 5 -4
CASH-FLOW LÍQUIDO DE IRC 23 21 2
Fonte: ProClarity
No ano 2009, o Produto Bancário ascendeu a 67 milhões de euros, valor semelhante ao
registado em 2008. A Margem Financeira, 47 milhões de euros, foi determinada por Juros e
Rendimentos Similares de 156 milhões de euros e Juros e Encargos Similares da ordem dos
109 milhões de euros.
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Relatório e Contas do FGCAM | 2009
Os Custos de Funcionamento, 44 milhões de euros, foram superiores em 1 milhão de euros aos
de 2008, pelo aumento de igual montante nos Gastos com Pessoal. Em 2009, a dotação para
Provisões foi de 21 milhões de euros, superior em 6 milhões de euros à registada em 2008.
O Resultado Líquido do Exercício de 2009 é de 1 milhão de euros, inferior em 4 milhões de
euros ao do Exercício anterior, sendo nulo o valor dos Impostos a pagar.
O Cash-fl ow Líquido do Exercício foi de 23 milhões de euros, superior em 2 milhões de euros
ao obtido no ano anterior.
3.2 CCAM do SICAM
A análise da evolução das CCAM do SICAM foi efectuada com base no universo das Caixas Agrícolas
pertencentes ao SICAM em 31 de Dezembro de 2009.
• Em 31 de Dezembro de 2009, o Balanço resultante do somatório não consolidado dos Balanços
individuais das CCAM participantes no SICAM4 ascendia a 11,2 mil milhões de euros, mais
475 milhões de euros do que o valor homólogo de 31 de Dezembro de 2008, apresentando o
Activo a seguinte composição:
CCAM do SICAM(em 106 euros)
ACTIVO 31 Dez. 2009 31 Dez. 2008 Variação
Disponibilidades 306 290 16
Aplicações em I.C. 3 239 3 317 -78
Crédito sobre Clientes (V. Líq.) 6 706 6 273 433
Activos Financeiros 180 141 39
Outros Activos 801 736 65
ACTIVO LÍQUIDO TOTAL 11 232 10 757 475
Fonte: ProClarity
• O Crédito sobre Clientes ascendia a 6,7 mil milhões de euros, representando 60% do Activo Líquido Total. O valor do Crédito Vencido, 336 milhões de euros, aumentou 33 milhões de euros em relação ao ano anterior e as respectivas Provisões, 212 milhões de euros, aumentaram 39 milhões de euros relativamente a 2008. O Crédito Vencido encontrava-se, assim, provisionado em 63%, mais 6 p.p. do que em Dezembro de 2008.
• As Aplicações em Instituições de Crédito totalizavam 3,2 mil milhões de euros e correspon-diam, quase na totalidade, a Aplicações na Caixa Central, as quais representam 29% do total do Activo das CCAM e cerca de 72% do Passivo total da Caixa Central.
• A rubrica Outros Activos ascendia a 801 milhões de euros e representava 7% do Activo Líquido Total. Esta rubrica agrega Outros Activos Tangíveis e Intangíveis, cujo valor bruto era
(4) No fi nal de 2009 as CCAM participantes no FGCAM eram 90, encontrando-se, porém, em curso dois processos de fusão envolvendo 4 CCAM. Apesar de, em ambos os casos, já estar concretizada a escritura de fusão, ainda não se encontrava concluído o processo de registo junto do Banco de Portugal. Na medida em que, com referência a 31-12-2009, as CCAM em causa já apresentaram as suas contas consolidadas, e dado que a informação apresentada neste Capítulo é de carácter contabilístico, optou-se por considerar, para este fi m, a existência de 88 CCAM, à data de 31-12-2009.
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de 419 milhões de euros e Amortizações Acumuladas de 161 milhões de euros, bem como Investimentos, com valor bruto de 228,6 milhões de euros, que abrangem, nomeadamente, as participações no Capital Social da Caixa Central, no valor de 221 milhões de euros e na CREDIVALOR, no valor de 2 mil euros. A rubrica de Investimentos encontrava-se provisionada em 4,6 milhões de euros.
• O valor das Disponibilidades era de 306 milhões de euros, representando 2,7% do Activo.
• O Passivo do conjunto das CCAM do SICAM ascendia a 10,2 mil milhões de euros, mais 451 milhões de euros do que em 31 de Dezembro de 2008, e tinha a seguinte composição:
CCAM do SICAM(em 106 euros)
PASSIVO 31 Dez. 2009 31 Dez. 2008 Variação
Recursos de I.C. 10 5 5
Recursos de Clientes 9 802 9 341 461
Passivos Subordinados 184 187 -3
Provisões 68 66 2
Outros Passivos 100 114 -14
PASSIVO TOTAL 10 164 9 713 451
Fonte: ProClarity
• Os Recursos de Clientes, que representam 96% do total do Passivo, ascendiam a 9,8 mil milhões de euros, mais 5% do que em 31 de Dezembro de 2008.
• O valor dos Passivos Subordinados era de 184 milhões de euros, dos quais 104,4 milhões
respeitam a Empréstimos Subordinados concedidos pelo Fundo às CCAM do SICAM.
• O Capital Próprio do conjunto das CCAM do SICAM ascendia, em 31 de Dezembro de 2009, a
1,1 mil milhões de euros e a cobertura do Activo por Capitais Próprios era de 9,5%, menos
0,2 p.p. do que em 31 de Dezembro de 2008.
No fi nal do ano 2009, a composição dos Capitais Próprios era a seguinte:
CCAM do SICAM(em 106 euros)
CAPITAL PRÓPRIO 31 Dez. 2009 31 Dez. 2008 Variação
Capital Social 777 730 47
Reservas 307 279 28
Resultados Transitados -59 -76 17
Resultado do Exercício 43 111 -68
CAPITAL PRÓPRIO 1 068 1 044 24
Fonte: ProClarity
• O montante do Capital Social ascendia a 777 milhões de euros e o das Reservas a
307 milhões de euros;
• Os Resultados Transitados eram negativos em 59 milhões de euros;
![Page 17: RELATÓRIO E CONTASRELATÓRIO E CONTAS 2009 1. Conforme disposto no artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro, a Comissão Directiva apresentou ao Senhor Ministro de](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022040502/5e29b3b42941d8396a4ea4f1/html5/thumbnails/17.jpg)
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Relatório e Contas do FGCAM | 2009
• O Resultado Líquido do Exercício, no montante de 43 milhões de euros, foi inferior em 68
milhões de euros ao apurado no ano 2008.
O acréscimo de Capitais Próprios foi de 24 milhões de euros, destacando-se o acréscimo do
Capital Social em 47 milhões de euros, o reforço do valor das Reservas em 28 milhões de euros e
a cobertura de parte dos Prejuízos Transitados, 17 milhões de euros.
• A conta de Resultados obtida pela agregação das contas de exploração do conjunto das CCAM do
SICAM evidencia um Resultado Líquido do Exercício não consolidado de 43 milhões de euros.
CCAM DO SICAM(em 106 euros)
CONTA DE RESULTADOS Ano 2009 Ano 2008 Variação
Juros e Rendimentos Similares 442 582 -140
Juros e Encargos Similares 177 238 -61
MARGEM FINANCEIRA 265 343 -78
Rendimentos de Serviços e Comissões Líquidos 75 71 4
Resultados de Operações Financeiras 0 0 0
Outros Resultados Operacionais 14 18 -4
PRODUTO BANCÁRIO 354 432 -78
Custos de Funcionamento 234 222 12– Gastos com Pessoal 131 124 7
– Gastos Gerais Administrativos 103 98 5
Amortizações 14 13 1
Variação de Provisões, Correcções de Valor e Imparidade 56 62 -6
RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS 50 135 -85
Impostos 8 24 -16
RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 43 111 -68
CASH-FLOW LÍQUIDO DE IRC 114 186 -72
Fonte: ProClarity
O Produto Bancário ascendeu a 354 milhões de euros, menos 78 milhões do que em 2008,
aproximadamente menos 18%. A Margem Financeira, 265 milhões de euros, foi determinada por
Juros e Rendimentos Similares de 442 milhões de euros e Juros e Encargos Similares no valor de
177 milhões de euros.
Os Gastos com Pessoal e os Gastos Gerais Administrativos, 234 milhões de euros, registaram em
2009 um agravamento de 12 milhões de euros, aproximadamente 5%.
O reforço de Provisões foi de 56 milhões de euros (inferior em 6 milhões de euros ao registado no
ano 2008), dos quais 51 milhões de euros correspondem a Provisões e Correcções de Valor para
Crédito.
O Resultado antes de Impostos, 50 milhões de euros, registou um decréscimo de 85 milhões
de euros relativamente a 2008, sobretudo devido à redução do valor do Produto Bancário e ao
aumento dos Custos de Funcionamento. O montante global de Impostos a pagar foi de cerca de
8 milhões de euros.
![Page 18: RELATÓRIO E CONTASRELATÓRIO E CONTAS 2009 1. Conforme disposto no artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro, a Comissão Directiva apresentou ao Senhor Ministro de](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022040502/5e29b3b42941d8396a4ea4f1/html5/thumbnails/18.jpg)
2009 | Relatório e Contas do FGCAM
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O conjunto das CCAM do SICAM registou, em 2009, um Resultado Líquido do Exercício5 de
43 milhões de euros, inferior em 68 milhões de euros ao de 2008.
O Cash-fl ow Líquido do Exercício foi de 114 milhões de euros, valor inferior em 72 milhões de euros
ao obtido no ano anterior.
• O quadro seguinte apresenta alguns indicadores relativos ao conjunto das 88 CCAM do SICAM
(das quais 11 tinham, no fi nal do ano, Contrato de Assistência Financeira com o FGCAM),
agrupadas em classes de acordo com o valor do seu Activo Líquido em 31 de Dezembro de 2009.
88 CCAM do SICAM - 31 de Dezembro de 2009(em 106 euros)
VALOR DO ACTIVO LÍQUIDO
[0;40[ [40;60[ [60;80[ [80;100[ [100;160[ >=160 Total CCAM
N.º de CCAM 7 17 12 9 17 26 88
N.º de Caixas com Result. Líq. Exercício < 0 1 1 0 0 0 3 5
N.º de Caixas Assistidas 0 1 1 0 5 4 11
Activo Líquido* (106 euros) 28 49 73 89 117 252 128
Intervalo de variação máximo 38 58 80 96 153 507 507
mínimo 16 40 65 83 100 160 16
Capitais Próprios* (106 euros) 4 6 7 11 9 23 12
Intervalo de variação máximo 7 9 13 18 18 57 57
mínimo 2 2 -3 6 -8 0 -8
N.º de CCAM (% no Total de Caixas do SICAM) 8% 19% 14% 10% 19% 30% 100%
Rec. de Clientes/Rec. de Clientes das CCAM do SICAM (%) 2% 7% 8% 7% 18% 58% 100%
Crédito Total/Crédito Total das CCAM do SICAM (%) 1% 7% 7% 7% 18% 60% 100%
Crédito Vencido/Crédito Vencido das CCAM do SICAM (%) 2% 5% 11% 6% 21% 55% 100%
Crédito Total/Recursos de Clientes* (%) 63% 66% 69% 69% 71% 73% 71%
Intervalo de variação máximo 72% 82% 86% 78% 82% 92% 92%
mínimo 52% 51% 55% 56% 53% 59% 51%
Crédito Total/Activo* (%) 52% 57% 60% 59% 62% 64% 62%
Intervalo de variação máximo 61% 72% 71% 66% 73% 76% 76%
mínimo 40% 45% 46% 46% 46% 44% 40%
Crédito Vencido/Crédito Total* (%) 7% 4% 7% 4% 6% 4% 5%
Intervalo de variação máximo 28% 9% 17% 8% 11% 19% 28%
mínimo 1% 2% 3% 0,7% 2% 2% 0,7%
Custos de Funcionamento/Produto Bancário* (%) 65% 67% 63% 60% 68% 67% 66%
Intervalo de variação máximo 108% 89% 78% 82% 90% 89% 108%
mínimo 52% 57% 49% 41% 55% 27% 27%
Fonte: ProClarity* Valor médio por classe
(5) Obtido pela agregação do Resultado Líquido do Exercício de cada uma das CCAM do SICAM, dado não serem ainda conhecidas as contas consolidadas do Sistema.
![Page 19: RELATÓRIO E CONTASRELATÓRIO E CONTAS 2009 1. Conforme disposto no artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro, a Comissão Directiva apresentou ao Senhor Ministro de](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022040502/5e29b3b42941d8396a4ea4f1/html5/thumbnails/19.jpg)
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Relatório e Contas do FGCAM | 2009
Da informação apresentada destacam-se os seguintes aspectos:
• O valor médio do Activo das 88 CCAM é de 128 milhões de euros e 7 CCAM têm Activo de
valor inferior a 40 milhões de euros.
Do número total de Caixas, 17, 19% do total, têm Activo de valor entre 40 e 60 milhões de
euros.
As 7 CCAM com Activo inferior a 40 milhões de euros representam 8% do número total de
CCAM e apenas 2% da captação de Recursos e 1% da concessão de Crédito do SICAM,
excluindo a Caixa Central. Este conjunto de CCAM é ainda responsável por 2% do valor do
Crédito Vencido do conjunto de CCAM do SICAM.
Neste grupo encontra-se 1 das 5 CCAM que em 2009 apuraram Resultado do Exercício
negativo e que, no entanto, não beneficia da Assistência Financeira do FGCAM.
• As 26 CCAM com Activo superior a 160 milhões de euros representam 30% do número
total de CCAM e detêm 58% dos Recursos de Clientes, 60% do Crédito do conjunto das
CCAM do SICAM e 55% do total de Crédito Vencido. Das 5 CCAM que em 2009 apuraram
Resultado do Exercício negativo, 3 CCAM apresentam Activo de valor superior a 160 milhões
de euros.
Esta classe inclui a CCAM com maior valor de Capital Próprio, 57 milhões de euros.
Deste conjunto de CCAM, 4 têm Contrato de Assistência com o FGCAM, sendo que 11%
do total de Crédito Vencido do conjunto das CCAM do SICAM é detido por estas 4 CCAM
com Contrato de Assistência Financeira.
• As CCAM com Activo entre 40 e 160 milhões de euros representam 62% do número total
de CCAM do SICAM, detêm 40% dos Recursos captados, 39% do Crédito Concedido e
43% do Crédito Vencido do conjunto de CCAM do SICAM. A este grupo pertencem as
restantes 7 das 11 CCAM que têm Contrato de Assistência com o FGCAM. Das 5 CCAM
que em 2009 apuraram Resultado do Exercício negativo, 1 CCAM apresenta Activo entre
40 e 160 milhões de euros.
• Em média, a taxa de transformação de Recursos captados em Crédito Concedido foi de
71%.
• Em relação aos indicadores Crédito Total / Recursos Alheios, Crédito Total / Activo e Crédito
Vencido / Crédito Total destaca-se a heterogeneidade de valores verificados dentro de
cada classe.
• Os Custos de Funcionamento absorveram em média 66% do Produto Bancário das CCAM.
Uma vez mais se verifica grande heterogeneidade dentro de cada classe, sendo na classe
de CCAM com Activo inferior a 40 milhões de euros que se encontra a Caixa cujos Custos
de Funcionamento absorvem a maior percentagem do respectivo Produto Bancário e
na classe de CCAM com Activo superior a 160 milhões de euros que se encontra a Caixa
cujos Custos de Funcionamento absorvem a menor percentagem do respectivo Produto
Bancário.
![Page 20: RELATÓRIO E CONTASRELATÓRIO E CONTAS 2009 1. Conforme disposto no artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro, a Comissão Directiva apresentou ao Senhor Ministro de](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022040502/5e29b3b42941d8396a4ea4f1/html5/thumbnails/20.jpg)
2009 | Relatório e Contas do FGCAM
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• O quadro seguinte apresenta alguns indicadores relativos ao conjunto das 88 CCAM do
SICAM agrupadas em classes de acordo com o valor do seu Capital Próprio em 31 de
Dezembro de 2009.
88 CCAM do SICAM - 31 de Dezembro de 2009(106 euros)
VALOR DO CAPITAL PRÓPRIO
< 0 [0;2,5[ [2,5;5[ [5;7,5[ [7,5;10[ >=10 Total CCAM
N.º de CCAM 4 2 11 18 13 40 88
N.º de Caixas com Result. Líq. Exercício < 0 0 1 1 0 0 3 5
N.º de Caixas Assistidas 4 0 3 1 1 2 11
Capitais Próprios* (106 euros) -3 2 4 6 9 20 12
Intervalo de variação máximo 0 2 5 7 10 57 57mínimo -8 2 3 5 8 10 -8
Activo Líquido* (106 euros) 123 29 57 60 87 196 128
Intervalo de variação máximo 200 41 153 107 182 507 507mínimo 76 16 21 26 53 65 16
N.º de CCAM (% no Total de CCAM do SICAM) 5% 2% 13% 20% 15% 45% 100%
Rec. de Clientes/Rec. de Clientes das CCAM do SICAM (%) 4% 1% 5% 10% 10% 70% 100%
Crédito Total/Crédito Total das CCAM do SICAM (%) 5% 1% 5% 9% 10% 70% 100%
Crédito Vencido/Crédito Vencido das CCAM do SICAM (%) 6% 1% 8% 6% 14% 65% 100%
Crédito Total/Recursos de Clientes* (%) 75% 67% 68% 68% 72% 72% 71%
Intervalo de variação máximo 77% 71% 82% 82% 81% 92% 92%mínimo 71% 58% 51% 52% 56% 53% 51%
Crédito Total/Activo* (%) 65% 59% 60% 59% 62% 63% 62%
Intervalo de variação máximo 67% 63% 72% 72% 71% 76% 76%mínimo 60% 47% 45% 40% 47% 44% 40%
Crédito Vencido/Crédito Total* (%) 7% 8% 7% 3% 7% 4% 5%
Intervalo de variação máximo 13% 9% 28% 8% 15% 19% 28%mínimo 4% 2% 2% 0,7% 2% 2% 0,7%
Custos de Funcionamento/Produto Bancário* (%) 68% 85% 71% 64% 66% 66% 66%
Intervalo de variação máximo 77% 89% 108% 82% 78% 90% 108%
mínimo 60% 79% 59% 52% 48% 27% 27%
Fonte: ProClarity* Valor médio por classe
Da informação apresentada destacam-se os seguintes aspectos:
• O valor médio do Capital Próprio das CCAM é de 12 milhões de euros embora 20% do
conjunto das CCAM do SICAM ainda tivesse um Capital Próprio inferior a 5 milhões
de euros.
• Do número total de CCAM do SICAM, 4 tinham Capital Próprio Negativo, sendo que todas
benefi ciam de Contrato de Assistência com o FGCAM.
![Page 21: RELATÓRIO E CONTASRELATÓRIO E CONTAS 2009 1. Conforme disposto no artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro, a Comissão Directiva apresentou ao Senhor Ministro de](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022040502/5e29b3b42941d8396a4ea4f1/html5/thumbnails/21.jpg)
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Relatório e Contas do FGCAM | 2009
As CCAM com Capital Próprio Negativo detinham 6% da carteira de Crédito Vencido do
conjunto das CCAM do SICAM e apenas 5% do Crédito Total Concedido.
• As CCAM com Capital Próprio superior a 5 milhões de euros representam 80% do conjunto
de CCAM do SICAM, detêm 90% dos Recursos captados, 89% do Crédito Concedido e ainda
85% da carteira de Crédito Vencido.
• As CCAM com Capital Próprio superior a 10 milhões de euros são 40, representando 45%
do total, das quais 3 CCAM apuraram, em 2009, Resultado do Exercício negativo. Neste
grupo encontram-se 2 CCAM que benefi ciam de Contrato de Assistência com o FGCAM.
A análise das informações referentes a 31 de Dezembro 2009 relativas ao conjunto das 88 CCAM
do SICAM permite salientar a evolução favorável dos seguintes indicadores:
– aumento em 11 M.€ do valor médio do Activo;
– aumento do Capital Social em 6%, 47 M.€;
– aumento da cobertura do Crédito Vencido por Provisões específi cas, mais 6 p.p.;
– redução em 3 M.€ do valor global da insufi ciência de Capital Próprio, que ascendia a
19 M.€, em 31 de Dezembro de 2009.
Subsistem, porém, alguns problemas económicos e fi nanceiros, dos quais se destacam os seguintes:
– menor valor do Resultado do Exercício, inferior em 61% ao de 2008, 68 M.€;
– redução do Produto Bancário em 18%, 78 M.€, e do Cash-fl ow em 39%, 72 M.€;
– aumento, em 2, do número de Caixas com Resultado do Exercício negativo;
– aumento do Crédito Vencido em 11%, 33 M.€;
– aumento, em 0,2 p.p., do valor médio do indicador Crédito Vencido/Crédito Total, para
4,8%;
– aumento em 5 M.€, 1%, do valor dos Créditos Abatidos ao Activo.
![Page 22: RELATÓRIO E CONTASRELATÓRIO E CONTAS 2009 1. Conforme disposto no artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro, a Comissão Directiva apresentou ao Senhor Ministro de](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022040502/5e29b3b42941d8396a4ea4f1/html5/thumbnails/22.jpg)
2009 | Relatório e Contas do FGCAM
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4. Análise das Contas do FGCAM do Exercício de 2009
A contabilidade do FGCAM obedece ao Plano de Contas proposto pelo Departamento de
Contabilidade e Controlo do Banco de Portugal e aprovado pela Comissão Directiva do FGCAM.
4.1. Balanço em 31 de Dezembro de 2009
Em 31 de Dezembro de 2009 e conforme Balanço em anexo:
• O Activo Líquido do Fundo ascendia a 283,9 milhões de, mais 19,5 milhões de euros do que em
31 de Dezembro de 2008, e tinha a seguinte composição:
FGCAM - Activo em 31 de Dezembro(em 103 euros)
ACTIVO 31 Dez. 2009 31 Dez. 2008 Variação
Imobilizações Financeiras (v. líquido) 0 0 0Imobilizações Financeiras (v. bruto) 3 406 3 406 0Ajustamentos p/ Imobilizações Financeiras 3 406 3 406 0
Empréstimos ao SICAM 116 661 140 189 -23 528
Suprimentos Concedidos (v. líquido) 0 0 0
Suprimentos Concedidos (v. bruto) 2 269 1 999 270
Ajustamento p/ Suprimentos Concedidos 2 269 1 999 270
Aplicações Livres 48 950 30 646 18 304
Aplicações p/ Garantia de Depósitos 117 000 91 000 26 000
Acréscimos e Diferimentos 1 255 2 553 -1 298
TOTAL ACTIVO BRUTO 289 541 269 793 19 748
TOTAL ACTIVO LÍQUIDO 283 866 264 388 19 478
• As Imobilizações Financeiras ascendiam a 3,4 milhões de euros:
• Participação no capital da CREDIVALOR: 46 mil euros
• “Empréstimos de Financiamento” à CREDIVALOR: 3 360 mil euros, sob a forma de Prestações
Acessórias.
A participação no capital da CREDIVALOR e o valor dos “Empréstimos de Financiamento”
prestados encontram-se totalmente ajustados.
• O saldo dos Empréstimos ao SICAM atingia o valor global de 116,7 milhões de euros, menos
23,5 milhões de euros do que em 31 de Dezembro de 2008, dado que no ano 2009 foram
reembolsados empréstimos no montante de 23,5 milhões de euros, não tendo sido concedidos
novos empréstimos.
• Os Suprimentos Concedidos à CREDIVALOR ascendiam a 2,3 milhões de euros, valor
totalmente ajustado. Durante o ano de 2009 os Suprimentos concedidos pelo FGCAM foram
de 270 mil euros.
![Page 23: RELATÓRIO E CONTASRELATÓRIO E CONTAS 2009 1. Conforme disposto no artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro, a Comissão Directiva apresentou ao Senhor Ministro de](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022040502/5e29b3b42941d8396a4ea4f1/html5/thumbnails/23.jpg)
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Relatório e Contas do FGCAM | 2009
• O valor das Aplicações Livres, 48,95 milhões de euros, está repartido em Depósitos à ordem
e a prazo e aplicações em Certifi cados Especiais de Dívida de Curto Prazo6 (CEDIC).
• As Aplicações para Garantia de Depósitos constituídos nas Caixas do SICAM ascendiam a
117 milhões de euros – mais 26 milhões de euros do que no fi m de 2008 – e o seu valor
correspondia a aproximadamente 1,25% do valor médio mensal dos saldos dos Depósitos
Elegíveis7 constituídos nas Caixas do SICAM, no ano de 2009. Estas Aplicações estão
constituídas nos termos e para os efeitos do art. 11.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de
Novembro e têm por objectivo permitir que o FGCAM garanta, até 100 000 euros8, por depo-
sitante e por instituição de crédito, o reembolso dos depósitos constituídos na Caixa Central
de Crédito Agrícola Mútuo e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas.
O reforço efectuado no valor das Aplicações para Garantia de Depósitos – 26 milhões de euros
– engloba cerca de 2,7 milhões de euros correspondentes ao rendimento proporcionado, no
ano de 2009, pela aplicação do capital afecto a Garantia de Depósitos.
Estas aplicações têm assumido a forma de Depósitos a Prazo em Instituições de Crédito e
investimentos em CEDIC. O prazo de constituição dessas aplicações, entre 3 e 6 meses, é
escolhido com base em considerações de liquidez e rentabilidade para o FGCAM.
Em 31 de Dezembro de 2009 o valor destas Aplicações para Garantia de Depósitos respeitava
o mínimo fi xado no artigo 11.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro, correspondendo
a cerca de 40% do valor do Activo Bruto do FGCAM.
FGCAM - Recursos Próprios e Passivo em 31 de Dezembro(em 103 euros)
RECURSOS PRÓPRIOS E PASSIVO 31 Dez. 2009 31 Dez. 2008 Variação
Recursos PrópriosContribuições 260 915 246 617 14 298
Reservas 18 065 11 141 6 924
Resultado Líquido 4 634 6 119 -1 485
283 617 263 877 19 737
Passivo
Dívidas a Terceiros 1 0 1
Acréscimos e Diferimentos 251 511 -260
252 511 -259
TOTAL RECURSOS PRÓPRIOS E PASSIVO 283 866 264 388 19 478
(6) Emitidos ao abrigo da Resolução do Conselho de Ministros n.º 157/2006.(7) Os depósitos elegíveis correspondem aos depósitos que constituem a base de incidência da contribuição anual para o FGCAM, não tendo
em conta o limite de garantia legalmente estabelecido, actualmente de 100 mil euros por depositante. (8) De acordo com a conjugação do n.º1 do art. 12.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro e do n.º1 do art. 12.º do Decreto-Lei
n.º 211-A/2008, de 3 de Novembro.
![Page 24: RELATÓRIO E CONTASRELATÓRIO E CONTAS 2009 1. Conforme disposto no artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro, a Comissão Directiva apresentou ao Senhor Ministro de](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022040502/5e29b3b42941d8396a4ea4f1/html5/thumbnails/24.jpg)
2009 | Relatório e Contas do FGCAM
22
• Em 31 de Dezembro de 2009 os Recursos Próprios do FGCAM ascendiam a 283,6 milhões
de euros:
• Contribuições9 de 260,9 milhões de euros, recebidas nos anos 1998 a 2009, dos quais
15,1 milhões recebidos no ano de 2009, a título de Contribuição Anual do SICAM. Em 2009,
foram transferidos para Reserva Geral 805 mil euros relativos às Contribuições pagas por
uma CCAM que se exonerou do SICAM em 2003.
Nos termos do disposto no art.º 9.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro, o valor
da contribuição anual é determinado em função do valor dos saldos médios mensais
dos depósitos do ano anterior que para o efeito forem elegíveis, sendo o pagamento da
contribuição anual feito em duas prestações, a primeira durante o mês de Abril e a segunda
durante o mês de Outubro do ano a que respeita.
• Reserva Geral no valor de 18 milhões de euros.
Do acréscimo de 6 924 mil euros no valor da Reserva Geral no ano de 2009, 6 119 mil
euros correspondem à transferência do Resultado do Exercício de 2008, conforme proposta
de aplicação de resultados aprovada por Despacho do Senhor Secretário de Estado do
Tesouro e Finanças e os restantes 805 mil euros correspondem à transferência do valor
das Contribuições pagas por uma CCAM que se exonerou do SICAM em 2003.
• Resultado do Exercício de 2009 positivo em 4 634 mil euros.
O Resultado do Exercício de 2009 corresponde a um decréscimo de 1 485 mil euros
relativamente ao valor homólogo do Exercício de 2008, conforme explicitado na análise
da Demonstração de Resultados.
• O Passivo ascendia, em 31 de Dezembro de 2009, a apenas 252 mil euros, correspondendo
quase integralmente a Acréscimos e Diferimentos.
• No exercício de 2009 registou-se, em termos globais:
• aumento do valor dos Recursos Próprios, em 19,7 milhões de euros;
• aumento do valor do Activo em 19,5 milhões de euros:
• empréstimos ao SICAM: menos 23,5 milhões de euros;
• fundos afectos à Garantia de Depósitos: mais 26 milhões de euros;
• valor das Aplicações Livres: mais 18,3 milhões de euros;
• acréscimos e diferimentos: menos 1,3 milhões de euros.
Assim, a situação do FGCAM em 31 de Dezembro de 2009 era, em termos globais, a seguinte:
• Passivo de valor diminuto,
(9) O montante das Contribuições é contabilizado, desde 1998, como Recurso Próprio.
![Page 25: RELATÓRIO E CONTASRELATÓRIO E CONTAS 2009 1. Conforme disposto no artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro, a Comissão Directiva apresentou ao Senhor Ministro de](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022040502/5e29b3b42941d8396a4ea4f1/html5/thumbnails/25.jpg)
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Relatório e Contas do FGCAM | 2009
• Recursos Próprios de 283,6 milhões de euros,
• Empréstimos ao SICAM no montante de 116,7 milhões de euros e Aplicações Financeiras de
165,95 milhões de euros.
4.2. Demonstração de Resultados do Exercício de 2009
FGCAM(em 103 euros)
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS Ano 2009 Ano 2008 Variação
Proveitos Financeiros (V. líq.)
Juros Líq. Aplicações Financeiras. 4 008 4 715 -707Juros Líq. Empréstimos ao SICAM 1 215 1 564 -349
5 223 6 279 -1 056
Custos e Perdas FinanceirosOutros Custos e Perdas Financeiros 0 0 0
Resultado Financeiro 5 223 6 279 -1 056
Subsídios 250 250 0Custos de Funcionamento 41 7 34Ajustamentos p/ Suprimentos (Líq. de Reversões) 270 -95 365
561 162 399
Resultado Corrente 4 662 6 117 -1 455
Resultado Extraordinário -28 2 -30
RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 4 634 6 119 -1 485
O Resultado Líquido do Exercício de 2009, positivo em 4 634 mil euros, foi obtido a partir de um
Resultado Financeiro no valor de 5 223 mil euros, deduzido do montante dos subsídios concedidos,
das despesas de funcionamento do FGCAM e dos ajustamentos para Suprimentos concedidos.
No exercício de 2009, os Proveitos líquidos do FGCAM ascenderam a 5 223 mil euros, rendimentos
gerados pelas aplicações fi nanceiras e pelos Empréstimos ao SICAM. A rendibilidade (antes de IRC)
das aplicações fi nanceiras foi, no ano 2009, de 3,69% (a que corresponde uma rendibilidade líquida
de 2,95%).
Os Custos Financeiros foram nulos e o valor dos Subsídios foi de 250 mil euros, correspondente
ao subsídio concedido à FENACAM pela realização das auditorias solicitadas a pedido do FGCAM.
Foram ajustados, integralmente, os Suprimentos concedidos à CREDIVALOR durante o ano de 2009,
no valor global de 270 mil euros.
As Despesas de Funcionamento, 41 mil euros, englobam Custos com Pessoal (remuneração da
Comissão Directiva10), Fornecimento e Serviços Externos e Outros Custos e Perdas Operacionais
(quotização anual para o EFDI), conforme discriminado no anexo às demonstrações fi nanceiras.
(10) A remuneração mensal dos membros da Comissão Directiva do FGCAM foi estabelecida pelo Despacho do Secretário de Estado do Tesouro e das Finanças n.º 7226/2009, de 10 de Março, com início de aplicação em Abril de 2009.
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2009 | Relatório e Contas do FGCAM
24
Os Resultados Extraordinários foram negativos, em 28 mil euros, devido ao reembolso, à Caixa
Central, da diferença apurada relativamente ao IRC retido na fonte sobre os empréstimos
subordinados concedidos pelo FGCAM, valor parcialmente compensado pelo recebimento de
coima aplicada pelo Banco de Portugal a uma CCAM em processo de contra-ordenação.
Da análise comparativa das Contas referentes aos exercícios de 2009 e 2008 conclui-se que a
diferença entre o Resultado apurado no ano 2009 e o do ano anterior, no montante de 1 485 mil
euros, é explicada por:
• decréscimo dos Proveitos Financeiros em 1 056 mil euros, essencialmente em resultado da
signifi cativa redução das taxas de juro durante o ano de 2009;
• maior valor dos Ajustamentos para Suprimentos (mais 365 mil euros);
• acréscimo de 34 mil euros nas Despesas de Funcionamento do FGCAM;
• menor valor do Resultado Extraordinário (menos 30 mil euros).
A Margem Financeira foi essencialmente determinada pela remuneração das aplicações fi nanceiras,
em média 2,3 p.p. acima da taxa Euribor.
![Page 27: RELATÓRIO E CONTASRELATÓRIO E CONTAS 2009 1. Conforme disposto no artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro, a Comissão Directiva apresentou ao Senhor Ministro de](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022040502/5e29b3b42941d8396a4ea4f1/html5/thumbnails/27.jpg)
25
Relatório e Contas do FGCAM | 2009
4.3. A utilização dos Recursos do FGCAM
A análise da evolução do valor dos Recursos Próprios do FGCAM e da sua utilização revela
que, ao longo dos vinte e dois anos da sua existência:
• o FGCAM recebeu Contribuições e Juros no valor global de 397 milhões de euros:
– 111 milhões de euros de Contribuições entregues pelo Banco de Portugal;
– 280 milhões de euros de Contribuições pagas pelo SICAM, dos quais:
– 332 milhões de euros pela Caixa Central
– 248 milhões de euros pelas CCAM
– 6 milhões de euros de juros líquidos pagos pelo SICAM, no âmbito de assistência fi nanceira
concedida.
• o SICAM recebeu do FGCAM 253 milhões de euros a título de assistência fi nanceira:
– 117 milhões de euros de empréstimos ainda não reembolsados, dos quais 12,2 milhões
concedidos à Caixa Central;
– 91 milhões de euros através de apoio fi nanceiro à CREDIVALOR para compra de créditos
e títulos de capital no âmbito de Contratos de Assistência Financeira a CCAM;
– 45 milhões de euros de subsídios, dos quais 2 milhões concedidos à Caixa Central, no
período de 1999 a 2002.
O valor das Aplicações Financeiras existentes, 166 milhões de euros, corresponde:
• 111 milhões de euros, ao valor total das Contribuições entregues pelo Banco de Portugal;
• 33 milhões de euros, à parte do valor total das Contribuições entregues pelo SICAM
(280 milhões de euros) que não foi reaplicada no SICAM;
• 22 milhões de euros, à criação de valor pelo FGCAM, isto é, a parte dos Proveitos Financeiros
de Aplicações em Depósitos (59 milhões) não absorvida pelas Despesas de Funcionamento
(1 milhão), pelas Despesas de Financiamento da actividade corrente da CREDIVALOR
(32 milhões) e pelos Subsídios à FENACAM (4 milhões).
Dos 166 milhões de euros de Aplicações Financeiras do FGCAM:
• 117 milhões são Aplicações para Garantia dos Depósitos constituídos nas Caixas do SICAM e
• 49 milhões são Aplicações Livres.
O valor médio mensal dos Depósitos constituídos nas Caixas do SICAM, no ano de 2009, foi
de 9 627 milhões de euros, e o correspondente valor médio dos Depósitos Elegíveis estima-se
em cerca de 9 386 milhões de euros, pelo que o valor do Rácio de Cobertura de Depósitos
(quociente entre o valor total das Aplicações Totais do FGCAM e o valor médio dos Depósitos
elegíveis), em 31 de Dezembro de 2009, é de 1,77%, sendo de 1,25% o quociente entre o
valor das Aplicações para Garantia de Depósitos e o valor médio dos Depósitos elegíveis
(mais 0,38 p.p. e 0,21 p.p., respectivamente, face ao período homólogo do ano anterior).
![Page 28: RELATÓRIO E CONTASRELATÓRIO E CONTAS 2009 1. Conforme disposto no artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro, a Comissão Directiva apresentou ao Senhor Ministro de](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022040502/5e29b3b42941d8396a4ea4f1/html5/thumbnails/28.jpg)
2009 | Relatório e Contas do FGCAM
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5. Síntese do Plano de Actividades do FGCAM para o ano de 2010
No ano 2010, o FGCAM dará continuidade a acções de apoio ao saneamento fi nanceiro do
SICAM, sob proposta da Caixa Central e em articulação com o Banco de Portugal, prevendo-se
a prorrogação das condições de assistência fi nanceira concedidas a uma CCAM, sem implicar
qualquer desembolso de recursos por parte do Fundo.
Prevê-se ainda o pagamento à FENACAM de cerca de 250 mil euros, relativo a auditorias a
realizar por solicitação do FGCAM.
Deste modo, o apoio fi nanceiro ao CAM previsto para o ano 2010, unicamente o pagamento do
subsídio à FENACAM, provocará uma afectação de recursos do Fundo em valor da ordem dos
250 mil euros.
Estima-se que, no ano 2010, o montante das Contribuições do SICAM, principal fonte de
fi nanciamento da actividade do FGCAM, venha a atingir cerca de 16 milhões de euros, nos
termos do Aviso n.º 14/2003 do Banco de Portugal, sendo de 0,2% a taxa contributiva de base.
Ao longo do ano de 2010, estima-se que o apoio financeiro do FGCAM à liquidação da
CREDIVALOR ainda possa mobilizar a utilização de um valor da ordem dos 200 mil euros, que
será integralmente ajustado.
Em 2010 prevê-se, igualmente, continuar a participar nas actividades do EFDI.
![Page 29: RELATÓRIO E CONTASRELATÓRIO E CONTAS 2009 1. Conforme disposto no artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro, a Comissão Directiva apresentou ao Senhor Ministro de](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022040502/5e29b3b42941d8396a4ea4f1/html5/thumbnails/29.jpg)
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Relatório e Contas do FGCAM | 2009
6. Proposta de Aplicação do Resultado do Exercício de 2008
O Resultado do Exercício de 2009 ascendeu a 4 634 019,82 euros, propondo a Comissão Directiva
que seja transferido na totalidade para Reserva Geral.
Porto, 17 de Março de 2010
A COMISSÃO DIRECTIVA
José António da Silveira Godinho
Licínio Manuel Prata Pina
Maria Helena Maio Ferreira de Vasconcelos
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CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2009
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2009 | Relatório e Contas do FGCAM
32
DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS(euros)
CÓDIGODAS NOTAS
CONTAS 2009 2008
CUSTOS E PERDAS
61 Subsídios ao Crédito Agrícola Mútuo 9 250 000 250 000
62 Fornecimentos e Serviços Externos 10 5 390 6 133
64 Custos com Pessoal 11 34 847 -
67 Ajustamentos e Provisões 12 270 000 -
63 Impostos 13 1 305 910 1 557 116
65 Outros Custos e Perdas Operacionais 14 850 850
A 1 866 998 1 814 098
68 Custos e Perdas Financeiros 67 76
C 1 867 065 1 814 174
69 Custos e Perdas Extraordinários 15 29 967 30 055
E 1 897 032 1 844 229
88 Resultado Líquido do Exercício 4 634 020 6 119 187
6 531 052 7 963 416
PROVEITOS E GANHOS
77 Reversão de Ajustamentos 12 - 95 000
D - 95 000
78 Proveitos e Ganhos Financeiros 16 6 529 551 7 836 462
F 6 529 551 7 931 462
79 Proveitos e Ganhos Extraordinários 15 1 500 31 954
G 6 531 052 7 963 416
RESUMO
Resultados Operacionais: (D - A) = -1 866 998Resultados Financeiros: (F - D) - (C - A) = 6 529 484Resultados Correntes: (F - C) = 4 662 487Resultado Líquido do Exercício: (G - E) = 4 634 020
O Director do Departamento de Contabilidade e Controlo A Comissão Directiva
EXERCÍCIOS
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ANEXOS
I. Notas às Demonstrações Financeiras
II. Informação sobre a CREDIVALOR - Exercício de 2009
III. Lista das Instituições participantes no FGCAM em 31/12/2009
IV. Alterações no Enquadramento Jurídico do FGCAM e do Crédito Agrícola Mútuo
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I. Notas às Demonstrações Financeiras
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Relatório e Contas do FGCAM | 2009
NOTA 1 – IMOBILIZAÇÕES FINANCEIRAS
A rubrica “Partes de Capital” regista a participação de 92% no capital social da CREDIVALOR – Sociedade Parabancária de Recuperação de Créditos, S.A., SOCIEDADE EM LIQUIDAÇÃO, a qual corresponde a 9 200 acções de valor nominal de 5 euros cada, registadas ao valor de aquisição. O valor desta participação encontra-se ajustado na sua totalidade.
A rubrica “Empréstimos de Financiamento” regista os créditos concedidos à CREDIVALOR sob a forma de Prestações Acessórias. O montante destes créditos encontra-se ajustado na sua totalidade.
NOTA 2 – DÍVIDAS DE TERCEIROS
O agregado de “Dívidas de Terceiros” apresenta, em relação a 31 de Dezembro de 2008, um decréscimo de 23 528 239 euros, exclusivamente justifi cado pela redução verifi cada na rubrica “Empréstimos concedidos SICAM”. Os movimentos ocorridos nesta rubrica, no exercício de 2009, encontram-se detalhados no quadro seguinte:
(euros)
Início- Fim Prazo 31-12-2008 Empréstimosconcedidos Reembolsos Transferências
por fusão 31-12-2009
Empréstimos Concedidos Caixas de Crédito Agrícola Mútuo
Albergaria e Sever 2002 - 2010 8 anos 4 500 000 - - - 4 500 000
Alcácer do Sal e Montemor-o-Novo 2006 - 2015 9 anos 12 000 000 - - - 12 000 000
Alcobaça 1996 - 2011 15 anos 14 963 937 - 4 987 979 9 477 160 9 975 958
Alentejo Central 1994 - 2011 21 anos - - - -9 477 160 9 477 160
Alto Guadiana 1994 - 2011 17 anos 9 477 160 - - - -
Área Metropolitana do Porto 1996 - 2011 15 anos 3 491 585 - - - 3 491 585
Bairrada e Aguieira 2005 - 2021 16 anos 16 000 000 - - - 16 000 000
Baixo Vouga 2001 - 2009 8 anos 3 000 000 - 3 000 000 - -
Beira Baixa (Sul) 2006 - 2013 7 anos 4 000 000 - - - 4 000 000
Costa Verde 2008 - 2018 10 anos 11 000 000 - - - 11 000 000
Entre Tejo e Sado 1996 - 2014 18 anos 20 956 724 - - - 20 956 724
Moravis 2005 - 2015 10 anos 8 000 000 - - - 8 000 000
Silves 2004 - 2009 5 anos 2 000 000 - 2 000 000 - -
Vale do Sousa e Baixo Tâmega 2005 - 2013 8 anos 5 000 000 - - - 5 000 000
114 389 407 - 9 987 979 - 104 401 428
Caixa Central
2000 - 2009 8 anos 6 340 260 - 6 340 260 - -
2002 - 2010 8 anos 7 459 134 - - - 7 459 134
2003 - 2011 8 anos 12 000 000 - 7 200 000 - 4 800 000
25 799 394 - 13 540 260 - 12 259 134
Total 140 188 801 - 23 528 239 - 116 660 562
Nota: A CCAM do Alentejo Central foi criada em virtude da fusão por integração da CCAM do Alto Guadiana e da CCAM de Évora.
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2009 | Relatório e Contas do FGCAM
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A rubrica “Suprimentos concedidos” corresponde aos créditos concedidos à CREDIVALOR sob a
forma de suprimentos, tendo-se registado um acréscimo de 270 000 euros em relação a Dezembro
de 2008. Este acréscimo originou um reforço do ajustamento ao valor de suprimentos concedidos,
no mesmo montante (ver Nota 12).
(euros)
31-12-2009 31-12-2008
Suprimentos à CREDIVALORSaldo inicial 1 999 000 2 094 000
Valor concedido 270 000 105 000
Valor devolvido - 200 000
Saldo fi nal 2 269 000 1 999 000
AjustamentosSaldo inicial 1 999 000 2 094 000
Reforços 270 000 -
Reversões - 95 000
Saldo fi nal 2 269 000 1 999 000
NOTA 3 – APLICAÇÕES PARA GARANTIA DE DEPÓSITOS
De acordo com o disposto na primeira parte do n.º 1 do art.º 2.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de
Novembro, esta rubrica apresenta, a 31 de Dezembro de 2009, um montante de 117 000 000 euros
(2008: 91 000 000 euros) relativo a aplicações, com prazo médio de 5 meses, que servem de garantia
dos depósitos constituídos nas CCAM participantes no FGCAM.
(euros)
31-12-2009 31-12-2008
Aplicações para garantia de depósitos
Depósitos a Prazo 108 500 000 91 000 000
Certif. Especiais de Dívida de Curto Prazo (ver Nota 4) 8 500 000 -
Total 117 000 000 91 000 000
NOTA 4 – OUTRAS APLICAÇÕES DE TESOURARIA
Esta rubrica releva, em 2009, a aplicação de 1 500 000 euros junto do Instituto de Gestão da
Tesouraria e do Crédito Público (IGCP), na forma de Certifi cados Especiais de Dívida de Curto
Prazo (CEDIC) emitidos ao abrigo da Resolução do Conselho de Ministros n.º 157/2006.
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Relatório e Contas do FGCAM | 2009
NOTA 5 – DEPÓSITOS BANCÁRIOS
A rubrica “Depósitos Bancários” releva os depósitos à ordem e a prazo pelos seguintes montantes:
(euros)
31-12-2009 31-12-2008
Depósitos Bancários
Depósitos à Ordem 249 975 245 985
Depósitos a Prazo 47 200 000 30 400 000
Total 47 449 975 30 645 985
NOTA 6 – ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS
A rubrica “Acréscimos e Diferimentos” representa os montantes relativos a juros e à respectiva
carga fi scal, reconhecidos em resultados do exercício e a liquidar no exercício seguinte:
(euros)
31-12-2009 31-12-2008
Acréscimos de ProveitosJuros a Receber
Empréstimos concedidos SICAM 196 884 435 105
Depósitos bancários 396 242 909 027
Aplicações afectas à garantia de depósitos 661 691 1 208 758
Outras aplicações de tesouraria 752 -
Total 1 255 568 2 552 889
Acréscimos de CustosIRC sobre juros recebidos
Empréstimos concedidos SICAM 39 377 87 021
Depósitos bancários 79 163 181 600
Aplicações afectas à garantia de depósitos 132 338 241 752
Outras aplicações de tesouraria 150 -
Total 251 028 510 373
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2009 | Relatório e Contas do FGCAM
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NOTA 7 – CONTRIBUIÇÕES
A rubrica “Contribuições” regista as contribuições entregues ao FGCAM desde 1998 pelas
seguintes entidades:
(euros)
Saldo em31-12-2008 Contribuições Transferência
para reservasSaldo em
31-12-2009
Banco de Portugal 78 411 349 - - 78 411 349
Caixa Central 15 279 471 173 542 - 15 453 013
CCAM Associadas 152 925 983 14 929 536 -804 893 167 050 625
Total 246 616 802 15 103 078 -804 893 260 914 986
O montante das contribuições efectuadas pela CCAM de Mafra até ao ano de 2003 (804 893 euros)
foi, neste exercício, transferido para reservas em virtude da exoneração daquela Caixa do SICAM
e da sua integração no Fundo de Garantia de Depósitos no decorrer daquele ano.
NOTA 8 – RESERVA GERAL
A rubrica “Reserva Geral” registou, no ano de 2009, um acréscimo de 6 924 081 euros resultante
da aplicação do Resultado Líquido do exercício de 2008 (6 119 187 euros) e da transferência das
contribuições efectuadas pela CCAM de Mafra (804 893 euros), mencionada na Nota 7.
NOTA 9 – SUBSÍDIOS AO CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO
Regista, em ambos os exercícios, os subsídios compensatórios concedidos à FENACAM
– Federação Nacional das CCAM, CRL, pelo valor de 250 000 euros, correspondente à
comparticipação nos custos de auditorias efectuadas a CCAM por solicitação do FGCAM.
NOTA 10 – FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS
Nesta rubrica encontram-se refl ectidas despesas com deslocações e estadas no montante de
5 390 euros (2008: 6 133 euros).
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Relatório e Contas do FGCAM | 2009
NOTA 11 – CUSTOS COM PESSOAL
Em cumprimento do despacho n.º 7226/2009 do Ministério das Finanças e da Administração
Pública, a Comissão Directiva passou a ser remunerada, com efeitos a partir de Abril de 2009.
Desta forma, a rubrica “Custos com Pessoal” releva as despesas relativas ao vencimento dos
membros remunerados da Comissão Directiva, assim como os respectivos encargos do Fundo
para com a Segurança Social.
(euros)
31-12-2009 31-12-2008
Custos com Pessoal
Remunerações da Comissão Directiva 31 500 -
Encargos sobre remunerações 3 347 -
Total 34 847 -
NOTA 12 – AJUSTAMENTOS E PROVISÕES
No exercício de 2009, o montante de 270 000 euros traduz o reforço de ajustamentos ao valor de
suprimentos concedidos à CREDIVALOR (ver Nota 2). No exercício anterior, em virtude de os valores
reembolsados terem excedido os valores concedidos sob a forma de suprimentos, verifi cou-se uma
reversão desses ajustamentos no valor de 95 000 euros.
NOTA 13 – IMPOSTOS
Regista o custo relativo ao imposto sobre rendimentos de aplicações de capitais:
(euros)
31-12-2009 31-12-2008
Imposto sobre Juros
Empréstimos concedidos SICAM 303 784 378 304
Depósitos bancários 313 007 441 324
Aplicações afectas à garantia de depósitos 688 029 737 488
Outras aplicações de tesouraria 1 090 -
Total 1 305 910 1 557 116
NOTA 14 – OUTROS CUSTOS E PERDAS OPERACIONAIS
A rubrica de “Outros Custos e Perdas Operacionais” refl ecte a quotização anual do FGCAM como
membro do EFDI – European Forum of Deposit Insurers (850 euros).
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NOTA 15 – RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS
A rubrica “Proveitos e Ganhos Extraordinários” regista, no exercício de 2009, o recebimento de
uma coima a favor do FGCAM (1 500 euros), aplicada pelo Banco de Portugal, no exercício das suas
funções de supervisão bancária, a uma instituição pertencente ao SICAM. No exercício de 2008, esta
rubrica regista uma correcção relativa a exercícios anteriores (31 954 euros), decorrente da anulação
da especialização de emolumentos pela apreciação, por parte do Tribunal de Contas, das contas do
FGCAM relativas a 2004 e 2005.
A rubrica “Custos e Perdas Extraordinários” diz respeito ao reembolso, à Caixa Central, do valor da
retenção na fonte do imposto, calculado sobre juros recebidos pelo Fundo referentes a empréstimos
concedidos à Caixa Central, considerado em falta pela DGCI pelo facto de a taxa utilizada ter sido
abaixo da legalmente estabelecida (2009: 29 967 euros; 2008: 26 925 euros). Em 2008, esta rubrica
regista ainda a regularização da especialização do imposto sobre juros de empréstimos a CCAM,
correspondente ao exercício de 2007, efectuada em 2008 (3 129 euros).
NOTA 16 – PROVEITOS E GANHOS FINANCEIROS
Os “Proveitos e Ganhos Financeiros” apresentam a seguinte decomposição:
(euros)
31-12-2009 31-12-2008
Juros Obtidos
Empréstimos concedidos SICAM 1 518 922 1 942 403
Depósitos Bancários 1 565 034 2 206 621
Aplicações afectas à Garantia de Depósitos 3 440 147 3 687 438
Outras aplicações de tesouraria 5 448 -
Total 6 529 551 7 836 462
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II. Informação sobre a CREDIVALOR - Exercício de 2009
Sociedade em liquidação maioritariamente participada pelo
Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (92% do Capital).
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Relatório e Contas do FGCAM | 2009
1. Actividade da CREDIVALOR no ano 2009
A CREDIVALOR - Sociedade Parabancária de Valorização de Créditos, S.A. – Sociedade em
Liquidação, foi constituída na sequência da autorização conferida pela Portaria n.º 6/93 (2ª Série)
da Presidência do Conselho de Ministros e Ministério das Finanças publicada em 7 de Janeiro
de 1993. No seguimento das orientações oportunamente defi nidas pela Comissão Directiva do
FGCAM, accionista maioritário, foi deliberada por unanimidade, em Assembleia-Geral realizada
em 9 de Novembro de 2006, a dissolução voluntária da CREDIVALOR, iniciando-se, assim,
o processo de liquidação desta Sociedade.
Não tendo sido concluído o processo de liquidação da CREDIVALOR no prazo de dois anos
previsto no n.º 1 do art.º 150.º do Código das Sociedades Comerciais, que expirava em 9 de
Novembro de 2008, foi o mesmo prorrogado por mais um ano, nos termos do n.º 2 do referido
art.º 150.º, conforme deliberação da Assembleia Geral extraordinária de accionistas, realizada
em 31 de Outubro de 2008.
Dada a impossibilidade de encerrar a liquidação dentro do novo prazo, que expirou em 9 de
Novembro de 2009, a Comissão Liquidatária requereu, à Conservatória do Registo Comercial
de Lisboa, que a liquidação prosseguisse os seus termos por via administrativa, conforme
o n.º 3 do art.º 150.º do Código das Sociedades Comerciais e o art.º 7.º do Decreto-Lei
n.º 199/2006.
Na sequência da própria recomendação constante da resposta obtida a esse requerimento,
a Comissão Liquidatária solicitou ao Banco de Portugal orientação sob a forma como deverá
prosseguir a liquidação da sociedade, aguardando ainda por uma resposta dessa entidade.
No exercício de 2009 foram encerrados, por terem sido considerados incobráveis, 47 Processos
de Crédito e por recuperação parcial ou total de Créditos outros 12 Processos, tendo sido
ainda propostas 2 novas acções judiciais, ambas decorrentes de Processos de Assistência
Financeira.
Em 31 de Dezembro de 2009, a participação do FGCAM no capital da Sociedade ascendia a
46 mil euros (92%) e o valor acumulado dos Suprimentos prestados e das Prestações Acessórias
efectuadas pelo Fundo era de 2.269 mil euros e 3.360 mil euros, respectivamente. Estes valores
encontram-se integralmente ajustados.
Durante o ano de 2009, o FGCAM concedeu à CREDIVALOR suprimentos no valor de 270 mil
euros.
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2009 | Relatório e Contas do FGCAM
46
2. Contas da CREDIVALOR do Exercício de 2009
CREDIVALOR (em 103 Euros)
ACTIVO
31-12-2009 31-12-2008 Variação2009/2008
Disponibilidades 100 137 -37
Aplicações I.C. 0 0 0
Crédito sobre Clientes (Líq.) 49 43 6
V. Bruto 15 281 25 608 -1 3270
Provisões 15 232 25 565 -10 333
Activos Tangíveis e Intangíveis (Líq.) 1 2 -1
V. Bruto 439 440 -1
Amortizações 438 438 0
Activos não Correntes Detidos p/Venda (Líq.) 2 872 2 942 -70
V. Bruto 9 535 9 535 0
Provisões 6 663 6 593 70
Outros Activos 127 120 7
ACTIVO BRUTO 25 482 35 840 -10 358
ACTIVO LÍQUIDO 3 149 3 244 -95
Em 31 de Dezembro de 2009 o Activo Líquido da CREDIVALOR ascendia a 3,1 milhões de euros,
de cuja composição se destacam:
– 100 mil euros de Disponibilidades;
– 15,3 milhões de euros de Créditos adquiridos a CCAM (menos 10,3 milhões de euros do que
no fi nal de 2008, dos quais apenas 173 mil euros foram efectivos recebimentos), provisionados
em 99,7% do seu valor;
– 5,2 milhões de euros de Provisões para Créditos sobre Clientes (menos 10,3 milhões de euros
do que no fi nal de 2008);
– 9,5 milhões de euros de Activos não Correntes Detidos para Venda, provisionados em 70%,
correspondentes a imóveis recebidos em processos de recuperação de créditos.
No ano 2009 o Activo Líquido da CREDIVALOR registou um decréscimo de 95 mil euros determinado,
essencialmente, pela:
– diminuição de 70 mil euros no valor dos Activos não Correntes Detidos para Venda;
– diminuição de 37 mil euros no valor das Disponibilidades.
![Page 49: RELATÓRIO E CONTASRELATÓRIO E CONTAS 2009 1. Conforme disposto no artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro, a Comissão Directiva apresentou ao Senhor Ministro de](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022040502/5e29b3b42941d8396a4ea4f1/html5/thumbnails/49.jpg)
47
Relatório e Contas do FGCAM | 2009
CREDIVALOR (em 103 Euros)
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
31-12-2009 31-12-2008Variação
2009/2008
CAPITAL PRÓPRIO 508 851 -343
Capital Social (V. Realiz.) 50 50 0
Passivos Subordinados (a) 3 360 3 360 0
Reservas 0 0 0
Resultados Transitados -2 559 -2 869 310
Resultado do Exercício -343 310 -653
PASSIVO 2 641 2 393 248
Outros Recursos (b) 2 269 1 999 270
Recursos de Clientes 224 224 0
Provisões 35 35 0
Outros Passivos 113 135 -22
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 3 149 3 244 -95
a) Prestações Acessórias, por conversão, pelo FGCAM, de parte dos Suprimentos prestados.(b) Suprimentos prestados pelo FGCAM.
Em 31 de Dezembro de 2009, o Passivo da CREDIVALOR ascendia a 2,6 milhões de euros, sendo:
– 2,3 milhões de euros de Outros Recursos, suprimentos efectuados pelo FGCAM (mais 270 mil
euros do que no fi nal de 2008);
– 0,2 milhões de euros de Recursos de Clientes, débitos a CCAM por aquisições de Crédito no
âmbito da Área Negocial;
– 0,1 milhões de euros de Outros Passivos e Provisões.
O valor do Capital Próprio em 31 de Dezembro de 2009, 508 mil euros, decorre:
– do valor dos Passivos Subordinados, 3,4 milhões de euros, correspondente a prestações
acessórias com contrato de subordinação, efectuadas, em anos anteriores, pelo FGCAM, por
conversão de parte do montante de suprimentos prestados à CREDIVALOR;
– do valor do prejuízo do Exercício de 2009, -0,3 milhões de euros e
– do montante dos Resultados Transitados, -2,6 milhões de euros.
![Page 50: RELATÓRIO E CONTASRELATÓRIO E CONTAS 2009 1. Conforme disposto no artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro, a Comissão Directiva apresentou ao Senhor Ministro de](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022040502/5e29b3b42941d8396a4ea4f1/html5/thumbnails/50.jpg)
2009 | Relatório e Contas do FGCAM
48
CREDIVALOR (em 103 Euros)
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
Ano 2009 Ano 2008 Variação2009/2008
Juros e Rendimentos Similares 7 5 2
Juros e Encargos Similares 0 0 0
MARGEM FINANCEIRA 7 5 2
Outros Resultados Operacionais -27 298 -325
PRODUTO BANCÁRIO -20 303 -323
Gastos com Pessoal 121 69 52
Gastos Gerais Administrativos 275 259 16
Amortizações do Exercício 1 3 -2
Variação de Provisões, Correcções de Valor e Imparidade -74 -343 269
RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS -343 315 -658
Impostos 0 5 -5
RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO -343 310 -653
No ano de 2009 a CREDIVALOR apurou um Resultado do Exercício negativo em 343 mil euros, por
oposição a um Resultado do Exercício positivo, de 310 mil euros, no ano anterior.
A Margem Financeira foi de 7 mil euros, superior em 2 mil euros relativamente a 2008.
Os Custos de Funcionamento (Gastos com Pessoal e Gastos Gerais Administrativos) ascenderam a
396 mil euros, mais 68 mil euros do que no ano de 2008.
No Exercício de 2009, a Margem Financeira e a reposição líquida de Provisões foram insufi cientes
para compensar o valor dos Gastos Gerais Administrativos e o valor negativo dos Outros Resultados
Operacionais.
Desde a constituição da CREDIVALOR, até à data, o FGCAM transferiu para a sua participada
123,6 milhões de euros, valor líquido de reembolsos, a título de Capital e Suprimentos, tendo estes
últimos sido posteriormente utilizados, em grande parte, para conversão em Prestações Acessórias
e para cobertura de Resultados Transitados negativos.
Dos 123,6 milhões de euros entregues à CREDIVALOR, 91 milhões destinaram-se a cobrir intervenções
no âmbito de Contratos de Assistência Financeira e 32,6 milhões a adquirir activos a instituições do
SICAM, fora do âmbito de Contratos de Assistência Financeira, a pagar juros associados a débitos
às CCAM, bem como a fi nanciar a actividade corrente da CREDIVALOR.
![Page 51: RELATÓRIO E CONTASRELATÓRIO E CONTAS 2009 1. Conforme disposto no artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro, a Comissão Directiva apresentou ao Senhor Ministro de](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022040502/5e29b3b42941d8396a4ea4f1/html5/thumbnails/51.jpg)
III. Lista das Instituições participantes no FGCAM em 31/12/2009
![Page 52: RELATÓRIO E CONTASRELATÓRIO E CONTAS 2009 1. Conforme disposto no artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro, a Comissão Directiva apresentou ao Senhor Ministro de](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022040502/5e29b3b42941d8396a4ea4f1/html5/thumbnails/52.jpg)
![Page 53: RELATÓRIO E CONTASRELATÓRIO E CONTAS 2009 1. Conforme disposto no artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro, a Comissão Directiva apresentou ao Senhor Ministro de](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022040502/5e29b3b42941d8396a4ea4f1/html5/thumbnails/53.jpg)
51
Relatório e Contas do FGCAM | 2009
LISTA DAS INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES NO FGCAM EM 31/12/2009
1 CAIXA CENTRAL DO CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO
2 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da ÁREA METROPOLITANA DO PORTO
3 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da BAIRRADA E AGUIEIRA
4 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da BATALHA
5 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da BEIRA BAIXA (SUL)
6 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da BEIRA CENTRO
7 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da COSTA AZUL
8 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da COSTA VERDE
9 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da PÓVOA DE VARZIM, VILA DO CONDE E ESPOSENDE
10 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da REGIÃO DE BRAGANÇA E ALTO DOURO
11 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da REGIÃO DO FUNDÃO E SABUGAL
12 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da SERRA DA ESTRELA
13 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da ZONA DO PINHAL
14 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo das SERRAS DE ANSIÃO
15 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de ALBERGARIA E SEVER
16 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de ALBUFEIRA
17 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de ALCÁCER DO SAL E MONTEMOR-O-NOVO
18 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de ALCANHÕES
19 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de ALCOBAÇA
20 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de ALENQUER
21 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de ALJUSTREL E ALMODÔVAR
22 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de AMARES
23 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de ANADIA
24 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de AROUCA
25 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de ARRUDA DOS VINHOS
26 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de AZAMBUJA
27 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do BAIXO MONDEGO
28 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de BEJA E MÉRTOLA
29 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de BORBA
30 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de CADAVAL
31 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de CALDAS DA RAINHA, ÓBIDOS E PENICHE
32 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de CAMPO MAIOR
33 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de CANTANHEDE E MIRA
![Page 54: RELATÓRIO E CONTASRELATÓRIO E CONTAS 2009 1. Conforme disposto no artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro, a Comissão Directiva apresentou ao Senhor Ministro de](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022040502/5e29b3b42941d8396a4ea4f1/html5/thumbnails/54.jpg)
2009 | Relatório e Contas do FGCAM
52
34 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de COIMBRA
35 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de CORUCHE
36 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de ELVAS
37 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de ENTRE TEJO E SADO
38 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de ESTARREJA
39 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de ESTREMOZ, MONFORTE E ARRONCHES
40 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de FERREIRA DO ALENTEJO
41 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de LAFÕES
42 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de LAMEGO E CASTRO DAIRE
43 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de LOURES, SINTRA E LITORAL
44 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de LOURINHÃ
45 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de MOGADOURO E VIMIOSO
46 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de MORAVIS
47 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de OLIVEIRA DE AZEMÉIS
48 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de OLIVEIRA DO BAIRRO
49 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de OLIVEIRA DO HOSPITAL
50 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de PAREDES
51 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de PERNES
52 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de POMBAL
53 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de PORTO DE MÓS
54 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de S. BARTOLOMEU DE MESSINES-S.MARCOS DA SERRA
55 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de S. JOÃO DA PESQUEIRA
56 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de SALVATERRA DE MAGOS
57 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de SANTO TIRSO
58 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de SÃO TEOTÓNIO
59 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de SÁTÃO E VILA NOVA DE PAIVA
60 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de SILVES
61 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de SOBRAL DE MONTE AGRAÇO
62 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de SOUSEL
63 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de TAROUCA
64 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de TERRA QUENTE
65 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de TERRAS DE MIRANDA DO DOURO
66 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de TERRAS DE SOUSA, AVE, BASTO E TÂMEGA
67 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de TERRAS DE VIRIATO
68 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de TRAMAGAL
![Page 55: RELATÓRIO E CONTASRELATÓRIO E CONTAS 2009 1. Conforme disposto no artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro, a Comissão Directiva apresentou ao Senhor Ministro de](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022040502/5e29b3b42941d8396a4ea4f1/html5/thumbnails/55.jpg)
53
Relatório e Contas do FGCAM | 2009
69 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de VAGOS
70 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de VALE DE CAMBRA
71 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de VALE DO DÃO
72 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de VALE DO DOURO
73 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de VALE DO SOUSA E BAIXO TÂMEGA
74 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de VALE DO TÁVORA E DOURO
75 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de VILA FRANCA DE XIRA
76 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de VILA NOVA DE FAMALICÃO
77 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de VILA VERDE E TERRAS DE BOURO
78 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do ALENTEJO CENTRAL
79 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do ALGARVE
80 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do ALTO CÔRGO, TÂMEGA E BARROSO
81 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do BAIXO VOUGA
82 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do CARTAXO
83 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do GUADIANA INTERIOR
84 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do MINHO
85 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do NORDESTE ALENTEJANO
86 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do NOROESTE
87 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do NORTE ALENTEJANO
88 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do RIBATEJO NORTE
89 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do RIBATEJO SUL
90 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do SOTAVENTO ALGARVIO
91 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo dos AÇORES
![Page 56: RELATÓRIO E CONTASRELATÓRIO E CONTAS 2009 1. Conforme disposto no artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro, a Comissão Directiva apresentou ao Senhor Ministro de](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022040502/5e29b3b42941d8396a4ea4f1/html5/thumbnails/56.jpg)
![Page 57: RELATÓRIO E CONTASRELATÓRIO E CONTAS 2009 1. Conforme disposto no artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro, a Comissão Directiva apresentou ao Senhor Ministro de](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022040502/5e29b3b42941d8396a4ea4f1/html5/thumbnails/57.jpg)
IV. Alterações no Enquadramento Jurídico
do FGCAM e do Crédito Agrícola Mútuo
![Page 58: RELATÓRIO E CONTASRELATÓRIO E CONTAS 2009 1. Conforme disposto no artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro, a Comissão Directiva apresentou ao Senhor Ministro de](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022040502/5e29b3b42941d8396a4ea4f1/html5/thumbnails/58.jpg)
![Page 59: RELATÓRIO E CONTASRELATÓRIO E CONTAS 2009 1. Conforme disposto no artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro, a Comissão Directiva apresentou ao Senhor Ministro de](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022040502/5e29b3b42941d8396a4ea4f1/html5/thumbnails/59.jpg)
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Relatório e Contas do FGCAM | 2009
ALTERAÇÕES NO ENQUADRAMENTO JURÍDICO DO FGCAM E DO CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO
No ano 2009, registaram-se algumas alterações ao enquadramento jurídico do FGCAM e do Crédito
Agrícola Mútuo, nomeadamente as decorrentes da publicação dos seguintes diplomas:
A) Alterações relativas ao FGCAM:
• Decreto-Lei do Ministério das Finanças e da Administração Pública n.º 162/2009, de 20 de Julho, que procede à transposição da Directiva n.º 2009/14/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 11 de Março (que altera a Directiva n.º 94/19/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 30 de Maio), relativa aos sistemas de garantia de depósitos, com as fi nalidades de, por um lado, reforçar e harmonizar a cobertura dos depósitos e, por outro lado, encurtar os prazos de reembolso.
• Despacho do Secretário de Estado do Tesouro e das Finanças n.º 7226/2009, de 10 de Março, que estabelece a remuneração mensal dos membros da Comissão Directiva do FGCAM.
B) Alterações relativas ao Crédito Agrícola Mútuo:
• Decreto-Lei do Ministério das Finanças e da Administração Pública n.º 142/2009, de 16 de Junho, que introduz alterações ao Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo (RJCAM), tendo em vista adaptar o modelo de governação das Caixas Agrícolas às estruturas previstas no Código das Sociedades Comerciais. As principais alterações consistem no alargamento da base de associados e da possibilidade de as Caixas realizarem operações de crédito com não associados ou com fi nalidades de âmbito não agrícola. Relativamente à Caixa Central, é alargado o âmbito das operações activas, são aumentados os requisitos mínimos de capital social e é reforçado o seu poder no processo de registo dos órgãos sociais das CCAM associadas, bem como no âmbito das intervenções. As CCAM do SICAM passam, ainda, a estar obrigadas à certifi cação legal de contas e à contratação de revisor ofi cial de contas.
• Portaria do Ministério das Finanças e da Administração Pública n.º 746/2009, de 14 de Julho, que altera a Portaria n.º 95/94, de 9 de Fevereiro, aumentando o valor de Capital Social mínimo aplicável à Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo.
• Aviso do Banco de Portugal n.º 1/2009, que introduz alterações ao Aviso n.º 5/2007 do Banco de Portugal, relativo ao enquadramento regulamentar dos fundos próprios e do rácio de solvabilidade.
• Aviso do Banco de Portugal n.º 2/2009, que introduz alterações ao Aviso n.º 12/92 do Banco de Portugal, relativo ao cálculo dos fundos próprios.
• Aviso do Banco de Portugal n.º 4/2009, que estabelece um conjunto de deveres de informação a prestar pelas instituições de crédito (I.C.) no âmbito da actividade de recepção de depósitos bancários simples. Defi ne, ainda, o modelo da fi cha de informação normalizada para depósitos.
• Aviso do Banco de Portugal n.º 5/2009, que estabelece os deveres de informação a observar pelas I.C. na comercialização de produtos fi nanceiros complexos e defi ne os modelos de prospecto informativo que devem ser disponibilizados aos clientes.
• Aviso do Banco de Portugal n.º 6/2009, que estabelece as regras relativas às características a que devem obedecer os depósitos bancários, actualizando as normas relativas à data-valor e data de disponibilização de operações decorrentes dos contratos de depósito.
![Page 60: RELATÓRIO E CONTASRELATÓRIO E CONTAS 2009 1. Conforme disposto no artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro, a Comissão Directiva apresentou ao Senhor Ministro de](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022040502/5e29b3b42941d8396a4ea4f1/html5/thumbnails/60.jpg)
2009 | Relatório e Contas do FGCAM
58
• Aviso do Banco de Portugal n.º 7/2009, que veda a concessão de crédito a entidades sediadas em jurisdição offshore considerada não cooperante ou cujo benefi ciário último seja desconhecido, defi nindo, ainda, jurisdição offshore e jurisdição offshore não cooperante.
• Aviso do Banco de Portugal n.º 8/2009, que estabelece os requisitos mínimos de informação que devem ser satisfeitos na divulgação das condições gerais dos produtos e serviços fi nanceiros disponibilizados ao público pelas I.C.S.F. com sede ou sucursal em território nacional. Revoga o Aviso n.º 1/95, do Banco de Portugal.
• Aviso do Banco de Portugal n.º 12/2009, que altera o Aviso n.º 6/99, do Banco de Portugal, reformulando as condições em que a autorização para a realização das operações previstas no n.º 1 do art.º 36.º-A do RJCAM é concedida.
![Page 61: RELATÓRIO E CONTASRELATÓRIO E CONTAS 2009 1. Conforme disposto no artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro, a Comissão Directiva apresentou ao Senhor Ministro de](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022040502/5e29b3b42941d8396a4ea4f1/html5/thumbnails/61.jpg)
PARECER DO CONSELHO DE AUDITORIADO BANCO DE PORTUGAL
![Page 62: RELATÓRIO E CONTASRELATÓRIO E CONTAS 2009 1. Conforme disposto no artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro, a Comissão Directiva apresentou ao Senhor Ministro de](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022040502/5e29b3b42941d8396a4ea4f1/html5/thumbnails/62.jpg)
![Page 63: RELATÓRIO E CONTASRELATÓRIO E CONTAS 2009 1. Conforme disposto no artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro, a Comissão Directiva apresentou ao Senhor Ministro de](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022040502/5e29b3b42941d8396a4ea4f1/html5/thumbnails/63.jpg)
61
Relatório e Contas do FGCAM | 2009
PARECER DO CONSELHO DE AUDITORIA DO BANCO DE PORTUGAL
Em conformidade com as disposições aplicáveis do Regime Geral das Instituições de Crédito e
Sociedades Financeiras (RGICSF) e com o disposto nos artigos 20.º e 21.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de
9 de Novembro, o Conselho de Auditoria do Banco de Portugal emite o seu parecer acerca do Relatório
e Contas do Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (FGCAM), referentes ao exercício de 2009.
As demonstrações fi nanceiras do FGCAM foram elaboradas tendo em atenção o estipulado no
artigo 19.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro, sobre a organização do plano de contas
do FGCAM. Este tem por base o Plano Ofi cial de Contabilidade com os ajustamentos implícitos à
natureza específi ca da actividade do FGCAM.
O FGCAM tem por objecto garantir, dentro dos limites fi xados, o reembolso de depósitos constituídos
na Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo (CCCAM) e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM)
suas associadas, bem como promover e realizar as acções que considere necessárias para assegurar
a solvabilidade e liquidez das referidas instituições com vista à defesa do Sistema Integrado de Crédito
Agrícola Mútuo (SICAM).
Em 31 de Dezembro de 2009, o SICAM era constituído pela CCCAM e por 90 CCAM suas associadas.
O Conselho de Auditoria, no desempenho das suas competências, acompanhou o funcionamento do
FGCAM, através da documentação periodicamente remetida pela Comissão Directiva, complementada
por informações e esclarecimentos pontuais necessários para o desenvolvimento da sua acção.
Durante o exercício fi ndo, o FGCAM continuou com a sua política de acompanhamento e assistência
fi nanceira ao SICAM.
Durante o ano de 2009, o FGCAM foi reembolsado em 23,5 milhões de euros, dos empréstimos
existentes, tendo sido celebrados dois novos contratos de empréstimos, sem desembolso de fundos,
por se tratar de prorrogações de prazos de empréstimos anteriormente existentes. No fi nal de 2009
estavam em vigor Contratos de Assistência Financeira envolvendo empréstimos concedidos pelo
FGCAM no valor de 116,7 milhões de euros (104,4 milhões de euros às CCAM e 12,3 milhões de
euros à CCCAM).
As aplicações efectuadas pelo FGCAM, para garantir o reembolso dos depósitos constituídos na
CCCAM e nas CCAM suas associadas, nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 2.º e no artigo 11.º
do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro, atingiram os 117 milhões de euros; essas aplicações
correspondem a aproximadamente 1,25% do valor médio dos depósitos constituídos no âmbito do
SICAM e abrangidos pela garantia do FGCAM, e atingem mais de 40% do Activo Bruto do FGCAM,
respeitando o limite mínimo previsto no art.º 11.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro.
As aplicações livres, que assumem a forma de Depósitos à Ordem (250 mil euros) e a Prazo
(47,2 milhões de euros) em Instituições de Crédito, com prazo entre 3 e 6 meses, e Certifi cados
Especiais de Dívida de Curto Prazo – CEDIC (1,5 milhões de euros), são escolhidas com o objectivo
de diversifi car o risco e maximizar a rendibilidade.
No que concerne à participação no capital da CREDIVALOR, o FGCAM detém 9.200 acções no
valor nominal de 5 euros cada, totalizando 46.000 euros e representando 92% do capital social da
Credivalor, S.A.; esta participação está integralmente provisionada.
![Page 64: RELATÓRIO E CONTASRELATÓRIO E CONTAS 2009 1. Conforme disposto no artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro, a Comissão Directiva apresentou ao Senhor Ministro de](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022040502/5e29b3b42941d8396a4ea4f1/html5/thumbnails/64.jpg)
2009 | Relatório e Contas do FGCAM
62
Os empréstimos concedidos à CREDIVALOR encontram-se integralmente provisionados (prestações
acessórias com carácter de subordinação no montante de 3.360 mil euros e suprimentos no montante
de 2.269 mil euros). Em 2009 foram concedidos empréstimos (suprimentos) àquela entidade no valor
de 270 mil euros.
A Comissão Directiva continuou a acompanhar o processo em curso de liquidação da CREDIVALOR.
Os recursos próprios do FGCAM ascendem a 283,6 milhões de euros, constituídos por contribuições
do Banco de Portugal, da CCCAM e das CCAM associadas no montante de 260,9 milhões de euros,
pela reserva geral de 18,1 milhões de euros e pelo resultado do exercício de 2009, positivo em 4,6
milhões de euros.
A Comissão Directiva propõe que o resultado líquido do exercício, positivo em 4.634.019,82 euros,
seja transferido na totalidade para Reserva Geral.
Com base na análise efectuada, tendo presentes as considerações anteriores e o relatório do
Departamento de Auditoria do Banco de Portugal, o Conselho de Auditoria nada tem a objectar à
aprovação do Relatório e Contas do FGCAM referentes ao exercício de 2009, bem como à proposta
de aplicação de resultados, apresentados pela Comissão Directiva.
Lisboa, 29 de Março de 2010
O CONSELHO DE AUDITORIA
Emílio Rui da Veiga Peixoto Vilar
Rui José da Conceição Nunes
Amável Alberto Freixo Calhau