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RELATÓRIO E CONTAS | 2007 Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo

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RELATÓRIO E CONTAS | 2007

Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo

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RELATÓRIO E CONTAS

Exercício de 2007

Porto, Maio de 2008

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Fundo de Garantia do Crédito Agricola MútuoPraça da Liberdade, 92

4001-806 PORTO

ExecuçãoOfi cinas Gráfi cas do Banco de Portugal

Tiragem160 exemplares

ISSN 0874-1549

Depósito Legal n.º 113564/97

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RELATÓRIO E CONTAS 2007

1. Conforme disposto no artigo 21º do Decreto-Lei

n.º 345/98, de 9 de Novembro, a Comissão Directiva

apresentou ao Senhor Ministro de Estado e das Finanças

para aprovação o Relatório e Contas do Fundo referentes

ao exercício de 2007 acompanhados do parecer do

Conselho de Auditoria do Banco de Portugal.

2. Os referidos Relatório e Contas do Fundo foram

aprovados pelo Despacho n.º 430/08-SETF do Senhor

Secretário de Estado do Tesouro e Finanças de

23 de Maio de 2008.

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Relatório e Contas do FGCAM | 2007

Índice

Relatório de Actividade e Contas do Exercício de 2007

Relatório Anual

1. Introdução ........................................................................................................................................................... 7

2. Actividade do FGCAM ......................................................................................................................................... 8

3. Informação sobre as Caixas do SICAM ............................................................................................................. 9

4. Análise das Contas do FGCAM do Exercício de 2007 ....................................................................................... 19

5. Síntese do Plano de Actividades do FGCAM para o ano 2008 ......................................................................... 25

6. Proposta de Aplicação do Resultado do Exercício de 2007 .............................................................................. 26

Contas do Exercício de 2007

• Balanço em 31 de Dezembro de 2007 ......................................................................................................... 29

• Demonstração de Resultados de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2007 ............................................... 30

Anexos

I – Notas às Demonstrações Financeiras ..................................................................................................... 33

II – Informação sobre a CREDIVALOR – Exercício de 2007 ......................................................................... 41

III – Lista das Instituições Participantes no FGCAM em 31/12/2007 .............................................................. 47

IV – Alterações no Enquadramento Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo ......................................................... 53

Parecer do Conselho de Auditoria do Banco de Portugal ........................................................................... 59

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Relatório e Contas do FGCAM | 2007

1. Introdução

O Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (FGCAM) foi criado pelo Decreto-Lei n.º 182/87, •

de 21 de Abril tendo o seu Regime Jurídico sido redefi nido pelo Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de

Novembro, tendo-lhe sido atribuídas as seguintes fi nalidades:

– garantir o reembolso, nos termos e condições legalmente defi nidos, de depósitos constituídos

na Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM)

participantes no Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM), entidades que entregam

anualmente ao FGCAM uma Contribuição de valor determinado nos termos de Aviso do Banco

de Portugal (Aviso n.º 14/2003, de 23 de Dezembro).

– promover e realizar as acções consideradas necessárias para assegurar a liquidez e a solvabilidade

das Caixas participantes.

No âmbito do seu objecto, o FGCAM celebrou, em 2007, dois novos Contratos de Assistência

Financeira (CAF) que, apesar de não implicarem desembolso de fundos, originaram a cessão de parte

de um empréstimo subordinado inicialmente concedido a uma Caixa Agrícola para outra CCAM. Ao

longo do ano de 2007, o FGCAM concedeu subsídios ao Crédito Agrícola Mútuo (CAM) e continuou

a acompanhar a actividade da Comissão Liquidatária da CREDIVALOR – Sociedade Parabancária

de Valorização de Créditos, S.A. (em liquidação desde 09/11/2006), Sociedade através da qual

foram, em anos anteriores, adquiridos créditos e outros valores no âmbito de acções de assistência

fi nanceira ao SICAM.

O FGCAM funciona no Banco de Portugal, que presta o necessário apoio técnico e material, é dirigido

por uma Comissão Directiva, tendo como Presidente um Administrador do Banco de Portugal e sendo

os dois Vogais nomeados um pelo Ministério das Finanças e da Administração Pública e outro pela

Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo. O vogal da Comissão Directiva representante do Ministério

das Finanças e da Administração Pública, nomeado pela primeira vez em 24/07/1990, desempenhou

funções até 30/06/2007, não tendo sido substituído até à data. Ao Conselho de Auditoria do Banco

de Portugal competem, nos termos legais, as funções de fi scalização do FGCAM.

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2007 | Relatório e Contas do FGCAM

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2. Actividade do FGCAM

No exercício de 2007 o FGCAM prosseguiu as acções de acompanhamento e assistência fi nanceira

ao Crédito Agrícola Mútuo dando continuidade à política seguida nos anos anteriores.

As intervenções do Fundo traduziram-se:•

– Na celebração de dois novos Contratos de Assistência Financeira com CCAM que, no entanto,

não implicaram qualquer desembolso de fundos, apenas a transferência de uma CCAM para

outra, de parte de um empréstimo subordinado concedido em 29/10/1999, no âmbito do programa

global de reorganização do SICAM;

– Na atribuição à FENACAM de um subsídio no valor total de 287 mil euros, em compensação

pela realização de auditorias a CCAM a solicitação do FGCAM.

Em 31 de Dezembro de 2007 estavam em vigor Contratos de Assistência Financeira envolvendo •

empréstimos concedidos pelo FGCAM no valor de 147,9 milhões de euros, bem como aquisições

de créditos realizadas, em anos anteriores, através da CREDIVALOR – Sociedade em Liquidação

(adiante designada “CREDIVALOR”) no montante de 25 milhões de euros.

Desde a sua constituição, o FGCAM concedeu ao SICAM empréstimos no montante global de

228,8 milhões de euros: 33,5 milhões à Caixa Central e 195,3 milhões a CCAM, tendo já sido

reembolsados empréstimos no valor de 80,9 milhões de euros.

O FGCAM procede, periodicamente, à análise e acompanhamento da evolução das Caixas Agrícolas

benefi ciárias da Assistência Financeira do Fundo e à avaliação do cumprimento dos objectivos fi xados

nos respectivos Planos de Recuperação, parte integrante dos Contratos de Assistência Financeira

que consubstanciam a assistência concedida.

Em colaboração com o European Forum of Deposit Insurers (EFDI), organismo do qual o FGCAM é

membro desde 2006, o Fundo participou em diversos projectos com vista à recolha e tratamento de

informação sobre Garantia de Depósitos e à cooperação entre organizações similares.

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Relatório e Contas do FGCAM | 2007

3. Informação sobre as Caixas do SICAM

Na data de elaboração deste relatório não eram ainda conhecidas as contas consolidadas do SICAM;

por tal razão, a análise foi feita a partir das contas da Caixa Central e das contas do conjunto das

CCAM do SICAM.

Em 31 de Dezembro de 2007 o SICAM era constituído pela Caixa Central e por 101 Caixas de Crédito

Agrícola Mútuo suas associadas1 (menos 4 do que no ano anterior, em resultado da conclusão, no

decorrer do exercício, de 4 processos de fusão, 1 dos quais teve início no ano de 2006, envolvendo

8 CCAM).

3.1 Caixa Central do Crédito Agrícola Mútuo

De acordo com as contas apresentadas, a situação da Caixa Central era a seguinte em 31 de

Dezembro de 2007:

• O Activo Líquido da Caixa Central ascendia a 4,2 mil milhões de euros, mais 132 milhões de

euros do que em 31 de Dezembro de 2006, e tinha a seguinte composição:

CAIXA CENTRAL(em 106 euros)

ACTIVO 31 Dez. 2007 31 Dez. 2006* Variação

Disponibilidades 678 212 466

Aplicações em I.C. 1 104 983 121

Crédito sobre Clientes (Líquido) 1 536 1 380 155

Activos Financeiros 676 1 332 -656

Outros Activos 179 133 46

ACTIVO LÍQUIDO TOTAL 4 172 4 040 132

Fonte: ProClarity* Os valores apresentados foram reconvertidos das rubricas originais do Plano de Contas Para o Sistema Bancário (PCSB) para

as novas rubricas de acordo com as normas de Contabilidade Ajustadas (NCA).

– O Crédito sobre Clientes, no valor de 1,5 mil milhões de euros, representava 37% do total

do Activo, sendo o valor do Crédito Vencido de 33 milhões de euros, menos 11,5 milhões

de euros do que em 31 de Dezembro de 2006.

Das Provisões, no valor global de 83,4 milhões de euros, 27,2 milhões são Provisões

para Crédito Vencido e correspondem a 83% do valor desse crédito, percentagem que em

31 de Dezembro de 2006 era de 68%.

– O valor das Aplicações em Instituições de Crédito, 1,1 mil milhões de euros, registou um

acréscimo de 121 milhões de euros relativamente a 2006.

– A rubrica Activos Financeiros, no valor de 676 milhões de euros, representava 16% do Activo

Líquido Total.

(1) Apresenta-se, no Anexo III ao presente Relatório, a lista das Caixas pertencentes ao SICAM em 31/12/2007, Instituições que, ao abrigo do art.º 3º do Decreto-Lei nº 345/98, de 9 de Novembro, participam obrigatoriamente no FGCAM.

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2007 | Relatório e Contas do FGCAM

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• Em 31 de Dezembro de 2007 o Passivo da Caixa Central correspondia a 97% do Activo,

ascendendo a 4 mil milhões de euros, valor superior em 113 milhões de euros ao registado

em 31 de Dezembro de 2006.

CAIXA CENTRAL(em 106 euros)

PASSIVO 31 Dez. 2007 31 Dez. 2006* Variação

Recursos de I.C. 3 619 3 519 100

Recursos de Clientes 228 217 11

Passivos Subordinados 93 69 24

Provisões 16 43 -27

Outros Passivos 73 68 5

PASSIVO TOTAL 4 029 3 916 113

Fonte: ProClarity* Os valores apresentados foram reconvertidos das rubricas originais em PCSB para as novas rubricas em NCA.

– Os Recursos de Instituições de Crédito, no valor de 3,6 mil milhões de euros, representavam

90% do total do Passivo e correspondiam, quase na sua totalidade, 96%, a Recursos de

Caixas associadas.

– A Dívida Subordinada ascendia a 93 milhões de euros, dos quais 33,5 milhões respeitam a

empréstimos subordinados concedidos pelo FGCAM: 21,5 milhões de euros no quadro da

participação da Caixa Central na operação de saneamento das CCAM da Região do Algarve e

12 milhões de euros no âmbito da intervenção da Caixa Central na operação de saneamento

fi nanceiro do Central Banco de Investimento.

• O valor do Capital Próprio, 3% do Activo da Caixa Central, ascendia a 143 milhões de euros,

mais 19 milhões do que em 31 de Dezembro de 2006.

O Capital Social, 219 milhões de euros, manteve o valor registado no fi nal do ano 2006.

Os Resultados Transitados eram negativos em 87 milhões de euros, em 31 de Dezembro

de 2007.

CAIXA CENTRAL(em 106 euros)

CAPITAL PRÓPRIO 31 Dez. 2007 31 Dez. 2006* Variação

Capital Social 219 219 0

Reservas 0 2 -2

Resultados Transitados -87 -107 20

Resultado do Exercício 11 11 0

CAPITAL PRÓPRIO 143 124 19

Fonte: ProClarity* Os valores apresentados foram reconvertidos das rubricas originais em PCSB para as novas rubricas em NCA.

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Relatório e Contas do FGCAM | 2007

• Em 2007, o Resultado Líquido do Exercício foi de 11 milhões de euros, valor idêntico ao

registado em 2006.

• Análise do Resultado do Exercício da Caixa Central:

CAIXA CENTRAL(em 106 euros)

CONTA DE RESULTADOS Ano 2007 Ano 2006* Variação

Juros e Rendimentos Similares 193 n.d. -

Juros e Encargos Similares 142 n.d. -

MARGEM FINANCEIRA 51 n.d. -

Rendimentos de Serviços e Comissões Líquidos 14 n.d. -

Resultados de Operações Financeiras -5 n.d. -

Outros Resultados Operacionais 8 n.d. -

PRODUTO BANCÁRIO 68 60 8

Custos de Funcionamento 40 35 5- Gastos com Pessoal 20 19 1

- Gastos Gerais Administrativos 20 16 4

Amortizações 1 3 -2

Variação de Provisões, Correcções de Valor e Imparidade 12 3 9

RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS 14 19 -5

IMPOSTOS 3 8 -5

RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 11 11 0

CASH-FLOW LÍQUIDO DE IRC 24 17 7Fonte: ProClarity* Os valores apresentados foram reconvertidos das rubricas originais em PCSB para as novas rubricas em NCA.

No ano 2007 o Produto Bancário ascendeu a 68 milhões de euros, valor superior em 8 milhões

de euros ao registado em 2006. A Margem Financeira, 51 milhões de euros, foi determinada

por Juros e Proveitos Equiparados de 193 milhões de euros e Juros e Custos Equiparados

da ordem dos 142 milhões de euros.

Os Custos de Funcionamento, 40 milhões de euros, foram superiores em 5 milhões de euros

aos de 2006 pelo aumento de 1 milhão de euros nos Gastos com Pessoal e de 4 milhões de

euros nos Gastos Gerais Administrativos. Em 2007, a dotação para Provisões foi de 12 milhões

de euros, superior em 9 milhões de euros à registada em 2006.

Ao Resultado antes de Impostos, de 14 milhões de euros, foi deduzido o valor dos Impostos

a pagar, 3 milhões de euros, o que determinou um Resultado Líquido de 11 milhões de euros,

no Exercício de 2007.

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2007 | Relatório e Contas do FGCAM

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3.2 CCAM do SICAM

A análise da evolução das CCAM do SICAM foi efectuada com base no universo das Caixas Agrícolas

pertencentes ao SICAM em 31 de Dezembro de 2007.

• Em 31 de Dezembro de 2007, o Balanço resultante do somatório não consolidado dos Balanços

individuais das CCAM participantes no SICAM2 ascendia a 10,3 mil milhões de euros, mais 626

milhões de euros do que o valor homólogo de 31 de Dezembro de 2006, apresentando, o Activo,

a seguinte composição:

CCAM do SICAM(em 106 euros)

ACTIVO 31 Dez. 2007 31 Dez. 2006* Variação

Disponibilidades 335 331 4

Aplicações em I.C. 3 483 3 246 237

Crédito sobre Clientes (V. Líquido) 5 652 5 305 347

Activos Financeiros 140 236 -96

Outros Activos 640 506 134

ACTIVO LÍQUIDO TOTAL 10 250 9 624 626

Fonte: ProClarity* Os valores apresentados foram reconvertidos das rubricas originais em PCSB para as novas rubricas em NCA.

• O Crédito sobre Clientes ascendia a 5,7 mil milhões de euros, representando 55% do Activo

Líquido Total. O valor do Crédito Vencido, 258 milhões de euros, diminuiu 48 milhões de

euros e as respectivas Provisões, 152 milhões de euros, diminuíram 40 milhões de euros.

O Crédito Vencido encontrava-se, assim, provisionado em 59%, menos 4 p.p. do que em

Dezembro de 2006.

• As Aplicações em Instituições de Crédito totalizavam 3,5 mil milhões de euros, e correspondiam,

quase na totalidade, a Aplicações na Caixa Central, as quais representam 34% do total do

Activo das CCAM e cerca de 86% do Passivo total da Caixa Central.

• A rubrica Outros Activos ascendia a 640 milhões de euros e representava 6,2% do Activo

Líquido Total. Esta rubrica agrega Outros Activos Tangíveis e Intangíveis, cujo valor bruto era

de 378 milhões de euros e Amortizações Acumuladas de 143 milhões de euros, bem como

Investimentos, com valor bruto de 226 milhões de euros, que abrangem as participações no

Capital Social da Caixa Central - 219 milhões de euros e na CREDIVALOR - 2 mil euros, e

estavam provisionados em 62 milhões de euros.

• O valor das Disponibilidades era de 335 milhões de euros, representando 3,3% do Activo.

(2) A No fi nal de 2007 encontrava-se em curso um processo de fusão envolvendo 2 CCAM. Apesar de já concretizada a escritura de fusão, ainda não se encontrava concluído o processo de registo junto do Banco de Portugal. Na medida em que, com referência a 31-12-2007, as CCAM em causa já apresentaram as suas contas consolidadas, e dado que a informação apresentada neste Capítulo é de carácter contabilístico, optou-se por considerar, para este fi m, a existência de 100 CCAM, à data de 31-12-2007.

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Relatório e Contas do FGCAM | 2007

• O Passivo do conjunto das CCAM do SICAM ascendia a 9,3 mil milhões de euros, mais

576 milhões de euros do que em 31 de Dezembro de 2006, e tinha a seguinte composição:

CCAM do SICAM(em 106 euros)

PASSIVO 31 Dez. 2007 31 Dez. 2006* Variação

Recursos de I.C. 10 3 7

Recursos de Clientes 8 926 8 412 514

Passivos Subordinados 209 175 34

Provisões 64 69 -5

Outros Passivos 129 103 26

PASSIVO TOTAL 9 338 8 762 576

Fonte: ProClarity* Os valores apresentados foram reconvertidos das rubricas originais em PCSB para as novas rubricas em NCA.

• Os Recursos de Clientes, que representam 96% do total do Passivo, ascendiam a 8,9 mil

milhões de euros, mais 6% do que em 31 de Dezembro de 2006.

• O valor dos Passivos Subordinados era de 209 milhões de euros, dos quais 114,4 milhões

respeitam a Empréstimos Subordinados concedidos pelo Fundo às CCAM do SICAM.

• O Capital Próprio do conjunto das CCAM do SICAM ascendia, em 31 de Dezembro de 2007,

a 912 milhões de euros e a cobertura do Activo por Capitais Próprios era de 8,9%, menos

0,1 p.p. do que em 31 de Dezembro de 2006.

No fi nal do ano 2007, a composição dos Capitais Próprios era a seguinte:

CCAM do SICAM(em 106 euros)

CAPITAL PRÓPRIO 31 Dez. 2007 31 Dez. 2006* Variação

Capital Social 681 678 3

Reservas 225 205 20

Resultados Transitados -95 -107 12

Resultado do Exercício 101 86 15

CAPITAL PRÓPRIO 912 862 50

Fonte: ProClarity* Os valores apresentados foram reconvertidos das rubricas originais em PCSB para as novas rubricas em NCA.

• O montante do Capital Social ascendia a 681 milhões de euros e o das Reservas a

225 milhões de euros;

• Os Resultados Transitados eram negativos em 95 milhões de euros;

• O Resultado Líquido do Exercício, no montante de 101 milhões de euros, foi superior em

15 milhões de euros ao apurado no ano 2006.

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2007 | Relatório e Contas do FGCAM

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O acréscimo de Capitais Próprios foi de 50 milhões de euros, dos quais 20 milhões de euros

correspondem ao reforço do valor das Reservas e 12 milhões de euros à cobertura de parte dos

Prejuízos Transitados.

• A conta de Resultados obtida pela agregação das contas de exploração do conjunto

das CCAM do SICAM evidencia um Resultado Líquido do Exercício não consolidado

de 101 milhões de euros.

CCAM DO SICAM(em 106 euros)

CONTA DE RESULTADOS Ano 2007 Ano 2006* Variação

Juros e Rendimentos Similares 534 n.d. -

Juros e Encargos Similares 200 n.d. -

MARGEM FINANCEIRA 334 n.d. -

Rendimentos de Serviços e Comissões Líquidos 61 n.d. -

Resultados de Operações Financeiras 0 n.d. -

Outros Resultados Operacionais 15 n.d. -

PRODUTO BANCÁRIO 410 363 47

Custos de Funcionamento 205 193 12- Gastos com Pessoal 114 109 5

- Gastos Gerais Administrativos 91 84 7

Amortizações 13 15 -2

Variação de Provisões, Correcções de Valor e Imparidade 57 47 10

RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS 135 108 27

IMPOSTOS 34 22 12

RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 101 86 15

CASH-FLOW LÍQUIDO DE IRC 171 148 23Fonte: ProClarity* Os valores apresentados foram reconvertidos das rubricas originais em PCSB para as novas rubricas em NCA.

O Produto Bancário ascendeu a 410 milhões de euros, mais 47 milhões do que em 2006. A Margem

Financeira, 334 milhões de euros, foi determinada por Juros e Rendimentos Similares de 534 milhões

de euros e Juros e Encargos Similares no valor de 200 milhões de euros.

Os Gastos com Pessoal e os Gastos Gerais Administrativos, 205 milhões de euros, registaram em

2007 um agravamento de 12 milhões de euros, aproximadamente 6%.

O reforço de Provisões foi de 57 milhões de euros, superior em 10 milhões de euros ao registado

no ano 2006, dos quais 54 milhões de euros correspondem a Provisões e Correcções de Valor

para Crédito.

O Resultado antes de Impostos, 135 milhões de euros, registou um acréscimo de 27 milhões de

euros relativamente a 2006, devido ao facto de o aumento do Produto Bancário ter mais do que

compensado o maior nível de Provisionamento e o aumento dos Custos de Funcionamento.

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Relatório e Contas do FGCAM | 2007

O montante global de Impostos a pagar foi de cerca de 34 milhões de euros, apesar da existência de

Resultados Transitados negativos, uma vez que foi abandonado o regime de consolidação de contas

para efeitos fi scais, pelo que deixou de ser possível deduzir os prejuízos gerados por algumas CCAM.

O conjunto das CCAM do SICAM registou, em 2007, um Resultado Líquido do Exercício3 de

101 milhões de euros, superior em 15 milhões de euros ao de 2006.

O Cash-fl ow Líquido do Exercício foi de 171 milhões de euros, valor superior em 23 milhões de

euros ao obtido no ano anterior.

• O quadro seguinte apresenta alguns indicadores relativos ao conjunto das 100 CCAM do SICAM

(das quais 14 tinham, no fi nal do ano, Contrato de Assistência Financeira com o FGCAM),

agrupadas em classes de acordo com o valor do seu Activo Líquido em 31 de Dezembro de 2007.

100 CCAM do SICAM - 31 de DEZEMBRO DE 2007

(em 106 euros)

VALOR DO ACTIVO LÍQUIDO

[0;20[ [20;40[ [40;60[ [60;80[ [80;100[ >=100 Total CCAM

N.º de CCAM 4 11 22 17 16 30 100

N.º de CCAM com Result. Líq. Exercício < 0 0 2 2 0 1 1 6

N.º de CCAM Assistidas 0 0 1 3 3 7 14

Activo Líquido* (106 euros) 18 30 48 72 90 204 103

Intervalo de variação máximo 20 40 57 79 100 476 476mínimo 17 21 40 64 81 103 17

Capitais Próprios* (106 euros) 3 4 5 6 8 17 9

Intervalo de variação máximo 4 7 11 16 15 51 51mínimo 2 2 -7 -5 -10 -3 -10

N.º de CCAM (% no Total de CCAM do SICAM) 4% 11% 22% 17% 16% 30% 100%

Rec. de Clientes/Rec. de Clientes das CCAM do SICAM (%) 1% 3% 10% 12% 14% 60% 100%

Crédito Total/Crédito Total das CCAM do SICAM (%) 1% 3% 9% 12% 14% 61% 100%

Crédito Vencido/Crédito Vencido das CCAM do SICAM (%) 1% 4% 9% 16% 18% 52% 100%

Crédito Total/Recursos de Clientes* (%) 67% 62% 61% 67% 66% 66% 66%

Intervalo de variação máximo 89% 74% 78% 80% 93% 77% 93%mínimo 40% 38% 45% 55% 54% 43% 38%

Crédito Total/Activo* (%) 53% 52% 52% 58% 57% 58% 57%

Intervalo de variação máximo 69% 65% 68% 70% 82% 69% 82%mínimo 32% 32% 43% 46% 46% 38% 32%

Crédito Vencido/Crédito Total* (%) 6% 6% 4% 6% 6% 4% 4%

Intervalo de variação máximo 12% 22% 16% 14% 14% 19% 22%mínimo 1% 0,3% 1% 1% 3% 1% 0,3%

Custos de Funcionamento/Produto Bancário* (%) 44% 51% 52% 51% 49% 50% 50%

Intervalo de variação máximo 94% 66% 72% 61% 62% 64% 94%

mínimo 31% 27% 39% 32% 32% 25% 25%

Fonte: ProClarity* Valor médio por classe

(3) Obtido pela agregação do Resultado Líquido do Exercício de cada uma das CCAM do SICAM, dado não serem ainda conhecidas as contas consolidadas do Sistema.

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2007 | Relatório e Contas do FGCAM

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Da informação apresentada destacam-se os seguintes aspectos:

• O valor médio do Activo das 100 CCAM é de 103 milhões de euros e 4 CCAM têm Activo de valor

inferior a 20 milhões de euros.

33 CCAM, 33% do total, têm Activo de valor entre 20 e 60 milhões de euros.

• As 4 CCAM com Activo inferior a 20 milhões de euros representam 4% do número total de CCAM

e apenas 1% da captação de Recursos e da concessão de Crédito do SICAM, excluindo a Caixa

Central. Este conjunto de CCAM é ainda responsável por 1% do valor do Crédito Vencido do

conjunto de CCAM do SICAM.

• As 30 CCAM com Activo superior a 100 milhões de euros representam 30% do número total

de CCAM e detêm 60% dos Recursos de Clientes, 61% do Crédito do conjunto das CCAM do

SICAM e 52% do total de Crédito Vencido.

Esta classe inclui a CCAM com mais elevado valor de Capital Próprio, 51 milhões de euros.

7 destas CCAM têm Contrato de Assistência com o FGCAM, sendo que 16% do total de Crédito

Vencido do conjunto das CCAM do SICAM é detido por estas 7 CCAM com Contrato de Assistência

Financeira.

Das 6 CCAM que em 2007 apuraram Resultado do Exercício negativo, 1 CCAM apresenta

Activo de valor superior a 100 milhões de euros e não benefi cia da Assistência Financeira do

FGCAM.

• As CCAM com Activo entre 20 e 100 milhões de euros representam 66% do número total de

CCAM do SICAM, detêm 39% dos Recursos captados, 38% do Crédito Concedido e 47% do

Crédito Vencido do conjunto de CCAM do SICAM. A este grupo pertencem as restantes 7 das

14 CCAM que têm Contrato de Assistência com o FGCAM.

• Em média, a taxa de transformação de Recursos captados em Crédito Concedido foi de 66%.

• Em relação aos indicadores Crédito Total / Recursos Alheios, Crédito Total / Activo e Crédito

Vencido / Crédito Total destaca-se a heterogeneidade de valores verifi cados dentro de cada

classe. O valor máximo e o valor mínimo do indicador Crédito Vencido / Crédito Total ocorrem

na classe de CCAM com Activo entre 20 e 40 milhões de euros.

• Os Custos de Funcionamento absorveram em média 50% do Produto Bancário das CCAM.

Uma vez mais se verifi ca grande heterogeneidade dentro de cada classe, sendo na classe

de CCAM com Activo inferior a 20 milhões de euros que se encontra a Caixa cujos Custos de

Funcionamento absorvem a maior percentagem do respectivo Produto Bancário e na classe de

CCAM com Activo superior a 100 milhões de euros que se encontra a Caixa cujos Custos de

Funcionamento absorvem a menor percentagem do respectivo Produto Bancário.

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Relatório e Contas do FGCAM | 2007

• O quadro seguinte apresenta alguns indicadores relativos ao conjunto das 100 CCAM do

SICAM agrupadas em classes de acordo com o valor do seu Capital Próprio em 31 de

Dezembro de 2007.

100 CCAM do SICAM - 31 de DEZEMBRO DE 2007(106 euros)

VALOR DO CAPITAL PRÓPRIO

< 0 [0;2,5[ [2,5;5[ [5;7,5[ [7,5;10[ >=10 Total CCAM

N.º de CCAM 6 4 24 19 13 34 100

N.º de CCAM com Result. Líq. Exercício < 0 1 1 2 0 0 2 6

N.º de CCAM Assistidas 5 1 3 0 1 4 14

Capitais Próprios* (106 euros) -5 2 4 6 9 18 9

Intervalo de variação máximo -1 2 5 7 10 51 51mínimo -10 2 3 5 8 11 -10

Activo Líquido* (106 euros) 101 34 44 60 86 182 103

Intervalo de variação máximo 195 53 90 116 138 476 476mínimo 40 17 17 34 54 54 17

N.º de CCAM (% no Total de CCAM do SICAM) 6% 4% 24% 19% 13% 34% 100%

Rec. de Clientes/Rec. de Clientes das CCAM do SICAM (%) 6% 1% 10% 11% 11% 61% 100%

Crédito Total/Crédito Total das CCAM do SICAM (%) 6% 1% 10% 11% 12% 60% 100%

Crédito Vencido/Crédito Vencido das CCAM do SICAM (%) 12% 1% 10% 13% 12% 52% 100%

Crédito Total/Recursos de Clientes* (%) 71% 52% 64% 64% 72% 65% 66%

Intervalo de variação máximo 78% 62% 89% 77% 93% 77% 93%mínimo 45% 38% 38% 52% 58% 43% 38%

Crédito Total/Activo* (%) 63% 45% 56% 55% 63% 56% 57%

Intervalo de variação máximo 68% 54% 70% 67% 82% 65% 82%mínimo 51% 32% 32% 43% 52% 38% 32%

Crédito Vencido/Crédito Total* (%) 8% 6% 4% 5% 5% 4% 4%

Intervalo de variação máximo 16% 8% 22% 9% 8% 19% 22%mínimo 3% 1% 0,3% 1% 3% 1% 0,3%

Custos de Funcionamento/Produto Bancário* (%) 55% 63% 52% 48% 53% 49% 50%

Intervalo de variação máximo 72% 94% 64% 58% 62% 64% 94%

mínimo 50% 56% 27% 32% 42% 25% 25%

Fonte: ProClarity* Valor médio por classe

Da informação apresentada destacam-se os seguintes aspectos:

• O valor médio do Capital Próprio das CCAM é de 9 milhões de euros embora 34% do conjunto

das CCAM do SICAM tivessem um Capital Próprio inferior a 5 milhões de euros.

• 6 CCAM tinham Capital Próprio Negativo, das quais 5 benefi ciam de Contrato de Assistência

com o FGCAM.

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2007 | Relatório e Contas do FGCAM

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As CCAM com Capital Próprio Negativo detinham 12% da carteira de Crédito Vencido do conjunto

das CCAM do SICAM e apenas 6% do Crédito Total Concedido.

• As CCAM com Capital Próprio superior a 5 milhões de euros representam 66% do conjunto de

CCAM do SICAM, detêm 83% dos Recursos captados e do Crédito Concedido e ainda 77%

da carteira de Crédito Vencido.

• As CCAM com Capital Próprio superior a 10 milhões de euros são 34, representando 34%

do total.

A análise das informações referentes a 31 de Dezembro 2007 relativas ao conjunto das 100 CCAM

do SICAM permite salientar a evolução favorável dos seguintes indicadores:

– redução do Crédito Vencido em 16%, 48 M.€.;

– aumento em 11 M.€ do valor médio do Activo;

– aumento do Capital Social em 0,4%, 3 M.€.;

– maior valor do Resultado do Exercício, superior em 17% ao de 2006, 15 M.€;

– aumento do Produto Bancário em 13%, 47 M.€, e do Cash-fl ow em 16%, 23 M.€.;

– redução, em 2, do número de Caixas com Resultado do Exercício negativo;

– redução, em 2 p.p., do valor médio do indicador Crédito Vencido / Crédito Total, 4%;

– redução em 13,3 M.€ do valor global da insufi ciência de Capital Próprio, que ascendia a

36 M.€, em 31 de Dezembro de 2007, dada a exigência de Capital Social mínimo (1,496 M.€.)

às CCAM, nos termos da Portaria n.º 1197/2000 do Ministério das Finanças.

Subsistem, porém, alguns problemas económicos e fi nanceiros, dos quais se destacam os

seguintes:

– aumento em 47 M.€, 17%, do valor dos Créditos Abatidos ao Activo;

– redução da cobertura do Crédito Vencido por Provisões específi cas, em menos 3 p.p..

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Relatório e Contas do FGCAM | 2007

4. Análise das Contas do FGCAM do Exercício de 2007

A contabilidade do FGCAM obedece ao Plano de Contas proposto pelo Departamento de

Contabilidade e Controlo do Banco de Portugal e aprovado pela Comissão Directiva do FGCAM.

4.1. Balanço em 31 de Dezembro de 2007

Em 31 de Dezembro de 2007 e conforme Balanço em anexo:

• O Activo Líquido do Fundo ascendia a 243,3 milhões de euros, mais 18,5 milhões de euros

do que em 31 de Dezembro de 2006, e tinha a seguinte composição:

FGCAM - Activo em 31 de Dezembro(em 103 euros)

ACTIVO 31 Dez. 2007 31 Dez. 2006 Variação

Imobilizações Financeiras (v. líquido) 0 0 0Imobilizações Financeiras (v. bruto). 5 500 5 615 -115

Provisões p/ Imobilizações Financeiras 5 500 5 615 -115

Empréstimos ao SICAM 147 876 158 363 -10 487

Aplicações Livres 29 232 15 750 13 482

Aplicações p/ Garantia de Depósitos 65 000 50 000 15 000

Acréscimos e Diferimentos 1 210 735 475

ACTIVO BRUTO 248 819 230 462 18 357

ACTIVO LÍQUIDO 243 319 224 847 18 472

• As Imobilizações Financeiras ascendiam a 5,5 milhões de euros:

• Participação no capital da CREDIVALOR: 46 mil euros

• “Empréstimos de Financiamento” à CREDIVALOR: 5 454 mil euros sob a forma de Suprimentos,

dos quais 3 360 mil foram transformados em Prestações Acessórias.

A participação no capital da CREDIVALOR e o valor dos “Empréstimos de Financiamento”

prestados encontram-se totalmente provisionados.

• O saldo dos Empréstimos ao SICAM atingia o valor global de 147,9 milhões de euros, menos

10,5 milhões de euros do que em 31 de Dezembro de 2006, dado que no ano 2007 foram

reembolsados empréstimos no montante de 10,5 milhões de euros, não tendo sido concedidos

novos empréstimos.

• O valor das Aplicações Livres, 29,2 milhões de euros, está repartido em Depósitos à ordem e a

prazo.

• As Aplicações para Garantia de Depósitos constituídos nas Caixas do SICAM ascendiam a

65 milhões de euros – mais 15 milhões de euros do que no fi m de 2006 – e o seu valor correspondia

a aproximadamente 0,76% do valor médio mensal dos saldos dos Depósitos Elegíveis

constituídos nas Caixas do SICAM, no ano de 2007. Estas Aplicações estão constituídas nos

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2007 | Relatório e Contas do FGCAM

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termos e para os efeitos do art. 11º do Decreto-lei n.º 345/98 e têm por objectivo permitir que

o FGCAM garanta, até 25 000 euros4, por depositante e por instituição de crédito, o reembolso

dos depósitos constituídos na Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo e nas Caixas de Crédito

Agrícola Mútuo suas associadas.

O reforço efectuado no valor das Aplicações para Garantia de Depósitos – 15 milhões de euros

– engloba cerca de 2 milhões de euros correspondentes ao rendimento proporcionado, no ano

de 2007, pela aplicação do capital afecto a Garantia de Depósitos em Depósitos a Prazo.

Estas aplicações têm assumido a forma de Depósitos a Prazo em Instituições de Crédito. O

prazo de constituição desses depósitos, entre 3 e 6 meses, é escolhido de forma a maximizar a

rendibilidade e a adequar a liquidez do FGCAM às suas necessidades de tesouraria.

Em 31 de Dezembro de 2007 o valor destas Aplicações para Garantia de Depósitos respeitava

o mínimo fi xado no artigo 11º do DL 345/98, correspondendo a cerca de 26% do valor do Activo

Bruto do FGCAM.

FGCAM - Recursos Próprios e Passivo em 31 de Dezembro(em 103 euros)

RECURSOS PRÓPRIOS E PASSIVO 31 Dez. 2007 31 Dez. 2006 Variação

Recursos PrópriosContribuições 231 907 217 669 14 238

Reservas 7 014 5 566 1 447

Resultado Líquido 4 127 1 447 2 680

243 048 224 683 18 365

Passivo

Acréscimos e Diferimentos 270 164 106

270 164 106

TOTAL REC. PRÓPRIOS E PASSIVO 243 319 224 847 18 472

• Em 31 de Dezembro de 2007 os Recursos Próprios do FGCAM ascendiam a 243 milhões

de euros:

• Contribuições5 de 231,9 milhões de euros, recebidas nos anos 1998 a 2007, dos quais

14,2 milhões recebidos no ano de 2007, a título de Contribuição Anual do SICAM.

Nos termos do disposto no art.º 9º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro, o valor

da contribuição anual, é determinado em função do valor dos saldos médios mensais dos

depósitos do ano anterior que para o efeito forem elegíveis, sendo que o pagamento da

contribuição anual é feito em duas prestações, a primeira durante o mês de Abril e a segunda

durante o mês de Outubro do ano a que respeita.

(4) De acordo com a conjugação do n.º1, do art. 12º do Decreto-Lei n.345/98, da Portaria n.º 1340/98 e da Directiva 1999/60/CE.(5) O montante das Contribuições é contabilizado, desde 1998, como Recurso Próprio.

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Relatório e Contas do FGCAM | 2007

• Reserva Geral no valor de 7 milhões de euros.

O acréscimo de 1 447 mil euros no valor da Reserva Geral no ano de 2007 corresponde à

transferência do Resultado do Exercício de 2006, conforme proposta de aplicação de resultados

aprovada por Despacho do Senhor Ministro de Estado e das Finanças.

• Resultado do Exercício de 2007 positivo em 4 127 mil euros.

O Resultado do Exercício de 2007 corresponde a um acréscimo de 2 680 mil euros relativamente

ao valor homólogo do Exercício de 2006, conforme explicitado na análise da Demonstração

de Resultados.

• O Passivo ascendia, em 31 de Dezembro de 2007, a apenas 270 mil euros.

• No exercício de 2007 registou-se, em termos globais:

• aumento do valor dos Recursos Próprios, em 18,4 milhões de euros;

• aumento do valor do Activo em 18,5 milhões de euros:

• empréstimos ao SICAM: menos 10,5 milhões de euros;

• fundos afectos à Garantia de Depósitos: mais 15 milhões de euros;

• valor dos Depósitos Livres: mais 13,5 milhões de euros;

• acréscimos e diferimentos: mais 0,5 milhões de euros.

Assim, a situação do FGCAM em 31 de Dezembro de 2007 era, em termos globais, a seguinte:

• Passivo de valor diminuto,

• Recursos Próprios de 243 milhões de euros,

• Empréstimos ao SICAM no montante de 147,9 milhões de euros e Depósitos em Instituições

de Crédito de 94,2 milhões de euros.

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2007 | Relatório e Contas do FGCAM

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4.2. Demonstração de Resultados do Exercício de 2007

FGCAM(em 103 euros)

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS Ano 2007 Ano 2006 Variação

Proveitos Financeiros (V. líq.)Juros Líq. Depósitos em I.C. 2 920 1 886 1 034Juros Líq. Empréstimos ao SICAM 1 393 1 044 349

4 313 2 930 1 383

Custos e Perdas FinanceirosOutros Custos e Perdas Financeiros 0 0 0Provisões para Aplic. Financeiras 0 1 038 -1 038

0 1 038 -1 038

Resultado Financeiro 4 313 1 892 2 421Subsídios 287 425 -138

Custos de Funcionamento 20 19 1

307 444 -137

Resultado Corrente 4 006 1 447 2 559

Resultado Extraordinário 121 0 121

RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 4 127 1 447 2 680

O Resultado Líquido do Exercício de 2007, positivo em 4 127 mil euros, foi obtido a partir de um

Resultado Financeiro no valor de 4 313 mil euros, deduzido do montante dos subsídios concedidos

e das despesas de funcionamento do FGCAM.

No exercício de 2007, os Proveitos líquidos do FGCAM ascenderam a 4 313 mil euros, rendimentos

gerados pelas aplicações em Depósitos em I.C. e em Empréstimos a CCAM. A rendibilidade média,

antes de IRC, dos Depósitos em I.C. foi, no ano 2007, de 4,96% (a que corresponde uma rendibili-

dade líquida de 3,97%).

Os Custos Financeiros foram nulos, dado que no exercício de 2007 não foi necessário reforçar as

Provisões para os “Empréstimos de Financiamento” concedidos à CREDIVALOR, uma vez que o

reembolso de suprimentos efectuado pela CREDIVALOR, no fi nal do ano, foi superior ao montante

de suprimentos prestados ao longo de 2007, o que deu, inclusivamente, origem a uma redução de

Provisões pela diferença entre os dois valores.

O valor dos Subsídios foi de 287 mil euros, correspondente ao subsídio concedido à FENACAM

pela realização das auditorias solicitadas a pedido do FGCAM.

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Relatório e Contas do FGCAM | 2007

As Despesas de Funcionamento, 20 mil euros, englobam Fornecimento e Serviços Externos e Outros

Custos e Perdas Operacionais (emolumentos a pagar ao Tribunal de Contas e quotização anual para

o EFDI), conforme discriminado no anexo às demonstrações fi nanceiras.

Os Resultados Extraordinários foram positivos, em 121 mil euros, devido à redução de Provisões

para os “Empréstimos de Financiamento” concedidos à CREDIVALOR e ao recebimento de coima

aplicada pelo Banco de Portugal a uma CCAM em processo de contra-ordenação.

Da análise comparativa das Contas referentes aos exercícios de 2007 e 2006 conclui-se que a

diferença entre o Resultado apurado no ano 2007 e o do ano anterior, no montante de 2 680 mil

euros, é explicada por:

• acréscimo dos Proveitos Financeiros em 1 383 mil euros, quer pelo aumento do valor médio

do capital aplicado durante o ano, quer pelo aumento verifi cado nas taxas de juro;

• menor valor das Provisões constituídas (menos 1 038 mil euros);

• decréscimo de 138 mil euros no montante de Subsídios atribuídos em 2007;

• maior valor do Resultado Extraordinário (mais 121 mil euros);

• muito ligeiro acréscimo das Despesas de Funcionamento do FGCAM (mais mil euros).

O Resultado apurado pelo FGCAM corresponde fundamentalmente ao valor da Margem

Financeira deduzido dos Subsídios concedidos, dado o valor pouco signifi cativo dos Custos de

Funcionamento.

A Margem Financeira foi essencialmente determinada pela remuneração das Aplicações em Instituições

de Crédito, em média 0,6 p.p. acima da taxa Euribor.

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2007 | Relatório e Contas do FGCAM

24

4.3. A utilização dos Recursos do FGCAM

A análise da evolução do valor dos Recursos Próprios do FGCAM e da sua utilização revela que,

ao longo dos vinte anos da sua existência:

• o FGCAM recebeu Contribuições e Juros no valor global de 365 milhões de euros:

- 111 milhões de euros de Contribuições entregues pelo Banco de Portugal;

- 251 milhões de euros de Contribuições pagas pelo SICAM, dos quais:

- 32 milhões de euros pela Caixa Central

- 219 milhões de euros pelas CCAM

- 3 milhões de euros de juros líquidos pagos pelo SICAM, no âmbito de assistência fi nanceira

concedida.

• o SICAM recebeu do FGCAM 284 milhões de euros a título de assistência fi nanceira:

- 148 milhões de euros de empréstimos ainda não reembolsados, dos quais 34 milhões

concedidos à Caixa Central;

- 91 milhões de euros através de apoio fi nanceiro à CREDIVALOR para compra de créditos

e títulos de capital no âmbito de Contratos de Assistência Financeira a CCAM;

- 45 milhões de euros de subsídios, dos quais 2 milhões concedidos à Caixa Central, no

período de 1999 a 2002.

O valor dos Depósitos existentes, 94 milhões de euros, corresponde:

• 80 milhões de euros, à parte do valor total das Contribuições entregues pelo Banco de Portugal

(111 milhões de euros) que não foi aplicada para o SICAM;

• 14 milhões de euros, à criação de valor pelo FGCAM, isto é, a parte dos Proveitos Financeiros

de Aplicações em Depósitos (50 milhões) não absorvida pelas Despesas de Funcionamento

(1 milhão), pelas Despesas de Financiamento da actividade corrente da CREDIVALOR

(32 milhões) e pelos Subsídios à FENACAM (3 milhões).

Dos 94 milhões de euros de aplicações em Instituições de Crédito:

• 65 milhões são Aplicações para Garantia dos Depósitos constituídos nas Caixas do SICAM e

• 29 milhões são Aplicações Livres.

O valor médio mensal dos Depósitos constituídos nas Caixas do SICAM, no ano de 2007, foi de

8 768 milhões de euros, e o correspondente valor médio dos Depósitos Elegíveis estima-se em cerca

de 8 586 milhões de euros, pelo que o valor do Rácio de Cobertura de Depósitos (quociente entre

o valor total das Aplicações e o valor médio dos Depósitos elegíveis), em 31 de Dezembro de 2007,

é de 1,1%, sendo de 0,76% o quociente entre o valor das Aplicações para Garantia de Depósitos e

o valor médio dos Depósitos elegíveis (mais 0,3 p.p. e 0,14 p.p., respectivamente, face ao período

homólogo do ano anterior).

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Relatório e Contas do FGCAM | 2007

5. Síntese do Plano de Actividades do FGCAM para o ano 2008

No ano 2008 o FGCAM dará continuidade a acções de apoio ao saneamento fi nanceiro do SICAM,

sob proposta da Caixa Central e em articulação com o Banco de Portugal, através de celebração de

novos contratos de assistência fi nanceira com CCAM, sempre que necessário à sua viabilização,

em especial CCAM envolvidas em novos processos de fusão ou cisão. Estima-se em 15 milhões de

euros o valor dos Empréstimos a conceder em 2008.

Prevê-se ainda o pagamento à FENACAM de cerca de 0,3 milhões de euros, relativo a auditorias a

realizar por solicitação do FGCAM.

O apoio fi nanceiro ao SICAM previsto para o ano 2008 provocará, assim, uma afectação de recursos

do Fundo em valor da ordem dos 15,3 milhões de euros.

Estima-se que, no ano 2008, o montante das Contribuições do SICAM, principal fonte de fi nancia-

mento da actividade do FGCAM, venha a atingir cerca de 14,8 milhões de euros, nos termos do Aviso

n.º 14/2003 do Banco de Portugal, sendo de 0,2% a taxa contributiva de base.

Ao longo do ano de 2008, estima-se que o apoio fi nanceiro do FGCAM à liquidação da CREDIVALOR,

que se continua a pretender célere, conforme orientações oportunamente defi nidas pelo FGCAM

(accionista maioritário da Sociedade), ainda possa mobilizar um montante, líquido de reembolsos,

da ordem dos 0,3 milhões de euros, que será integralmente provisionado.

Em 2008 prevê-se, igualmente, dar continuidade ao projecto de colaboração com o EFDI.

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2007 | Relatório e Contas do FGCAM

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6. Proposta de Aplicação do Resultado do Exercício de 2007

O Resultado do Exercício de 2007 ascendeu a 4 127 314 euros, propondo a Comissão Directiva

que seja transferido na totalidade para Reserva Geral.

Porto, 17 de Março de 2008

A COMISSÃO DIRECTIVA

José António da Silveira Godinho

Licínio Manuel Prata Pina

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BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

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Relatório e Contas do FGCAM | 2007

Bal

anço

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2007 | Relatório e Contas do FGCAM

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Demonstração de Resultados Janeiro a Dezembro de 2007

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ANEXOS

I Notas às Demonstrações Financeiras

II Informação sobre a CREDIVALOR - Exercício de 2007

III Lista das Instituições participantes no FGCAM em 31/12/2007

IV Alterações no Enquadramento Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo

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I Notas às Demonstrações Financeiras

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Relatório e Contas do FGCAM | 2007

NOTA 1 – IMOBILIZAÇÕES FINANCEIRAS

A rubrica “Partes de Capital” regista a participação de 92% no capital social da CREDIVALOR –

Sociedade Parabancária de Recuperação de Créditos, S.A., SOCIEDADE EM LIQUIDAÇÃO, a qual

corresponde a 9 200 acções de valor nominal de 5 euros cada, registadas ao valor de aquisição. Esta

participação encontra-se totalmente provisionada.

A rubrica “Empréstimos de Financiamento” regista os créditos concedidos à CREDIVALOR sob a

forma de Suprimentos e Prestações Acessórias:

(euros)

31-12-2007 31-12-2006

Prestações Acessórias 3 360 000 3 360 000

Suprimentos 2 094 000 2 209 000

Total 5 454 000 5 569 000

A rubrica de Suprimentos, apresenta, em relação a Dezembro de 2006, um decréscimo líquido de

115 000 euros, justifi cado pelo efeito conjugado de: (i) constituição, ao longo de 2007, de novos suprimentos

à CREDIVALOR no montante de 115 000 euros, (ii) reembolso, por parte desta entidade, de suprimentos

no valor de 230 000 euros. Refi ra-se ainda que os “Empréstimos de Financiamento” encontram-se

totalmente provisionados, o que originou que a redução do montante total de suprimentos se traduzisse

num decréscimo de provisões em igual valor (ver Nota 14).

NOTA 2 – DÍVIDAS DE TERCEIROS

O agregado de “Dívidas de Terceiros” apresenta, em relação a Dezembro de 2006, um decréscimo

global de 10 486 777 euros, totalmente justifi cado pela redução verifi cada na rubrica “Empréstimos concedidos às Caixas de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM)”, uma vez que a rubrica “Empréstimos concedidos à Caixa Central” apresenta uma variação nula. Estes empréstimos encontram-se

detalhados no quadro seguinte:

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2007 | Relatório e Contas do FGCAM

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(euros)

Início- Fim Prazo 31-12-2007 31-12-2006

Empréstimos Concedidos às CCAMAlbergaria e Sever 2002 - 2010 8 anos 4 500 000 4 500 000

Alcácer do Sal e Montemor-o-Novo 2006 - 2015 9 anos 12 000 000 12 000 000

Alcobaça 1996 - 2011 15 anos 14 963 937 17 956 724

Alto Guadiana 1994 - 2011 17 anos 9 477 160 9 477 160

Área Metropolitana do Porto 1996 - 2011 15 anos 3 491 585 3 491 585

Bairrada e Aguieira 2005 - 2013 8 anos 16 000 000 16 000 000

Baixo Vouga 2001 - 2009 8 anos 3 000 000 3 000 000

Beira Baixa (Sul) 2006 - 2013 7 anos 4 000 000 4 000 000

Beira Centro 1998 - 2008 10 anos 3 990 383 3 990 383

Caldas da Rainha, Óbidos e Peniche 1996 - 2007 11 anos - 748 197

Costa Azul 2007 - 2011 4 anos 7 000 000 -

Entre Tejo e Sado 1996 - 2014 18 anos 20 956 724 27 956 724

Lafões 1997 - 2007 10 anos - 748 197

Moravis 2005 - 2015 10 anos 8 000 000 8 000 000

Região do Fundão e Sabugal 1997 - 2007 10 anos - 997 596

Salvaterra de Magos 2001 - 2007 6 anos - 5 000 000

Silves 2004 - 2009 5 anos 2 000 000 2 000 000

Vale do Sousa e Baixo Tâmega 2005 - 2013 8 anos 5 000 000 5 000 000

114 379 790 124 866 567

Empréstimos Concedidos à Caixa Central

2000 - 2008 8 anos 7 696 800 7 696 800

2001 - 2009 8 anos 6 340 260 6 340 260

2002 - 2010 8 anos 7 459 134 7 459 134

2003 - 2011 8 anos 12 000 000 12 000 000

33 496 194 33 496 194

Total 147 875 984 158 362 761

A. Empréstimos concedidos no ano 2007

Costa Azul 7 000 000 (1)

7 000 000

B. Empréstimos amortizados no ano 2007

Alcobaça (17%) 2 992 787

Caldas da Rainha, Óbidos e Peniche (100%) 748 197

Entre Tejo e Sado (25%) 7 000 000 (1)

Lafões (50%) 748 197

Região do Fundo e Sabugal (18%) 997 596

Salvaterra de Magos (100%) 5 000 000

17 486 777

C. Variação do saldo da conta

"Empréstimo ao SICAM" Ano 2007 -10 486 777

(1) Empréstimo cedido pela CCAM ENTRE TEJO E SADO à CCAM COSTA AZUL, por cisão de balcões.

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Relatório e Contas do FGCAM | 2007

NOTA 3 – DEPÓSITOS BANCÁRIOS

A rubrica “Depósitos Bancários” releva os depósitos à ordem e a prazo pelos seguintes montantes: (euros)

31-12-2007 31-12-2006

Depósitos à Ordem 282 273 250 088

Depósitos a Prazo 28 950 000 15 500 000

Total 29 232 273 15 750 088

NOTA 4 – APLICAÇÕES PARA GARANTIA DE DEPÓSITOS

De acordo com o disposto na primeira parte do n.º 1 do art.º 2º do Dec.- Lei n.º 345/98, de 9 de

Novembro, esta rubrica apresenta um montante de 65 000 000 euros (2006: 50 000 000 euros)

relativo a aplicações, com prazo médio de 3 meses, que servem de garantia dos depósitos

constituídos nas CCAM participantes no FGCAM.

NOTA 5 – ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

(euros)

31-12-2007 31-12-2006

Acréscimos de ProveitosJuros a Receber

De Depósitos a Prazo 386 129 143 443

De Empréstimos Subordinados 396 321 295 013

De Aplicações afectas à Garantia de Depósitos 426 977 296 142

Outros Acréscimos de Proveitos 1 039 -

Total 1 210 467 734 597

Acréscimos de CustosDe IRC sobre Aplicações de Capitais 162 621 87 917

De IRC sobre Juros de Empréstimos Subordinados 59 448 44 252

Outros Acréscimos de Custos 48 292 31 954

Total 270 361 164 123

Relativamente à rubrica “Acréscimos de Custos”, o montante de 48 292 euros, registado em “Outros

acréscimos de custos”, refere-se a (i) 15 858 e 16 096 euros, que transitam respectivamente de 2005

e 2006, relativos à especialização da estimativa de emolumentos a pagar ao Tribunal de Contas

pela apreciação das contas anuais do exercício de 2004 e 2005, os quais não foram ainda pagos no

exercício de 2007 e (ii) 16 338 euros, registados no mês de Dezembro de 2007, por contrapartida de

“Outros Custos e Perdas Operacionais”, referentes à especialização de emolumentos pela apreciação

das contas de 2006 (ver Nota 11).

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2007 | Relatório e Contas do FGCAM

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NOTA 6 – CONTRIBUIÇÕES

A rubrica “Contribuições” regista, desde o início de 1998, as contribuições entregues ao FGCAM

por:

(euros)

31-12-2006 Recebidas no exercício de 2007 31-12-2007

Banco de Portugal 78 411 349 - 78 411 349

Caixa Central 14 940 024 181 353 15 121 377

CCAM Associadas 124 318 105 14 056 372 138 374 477

Total 217 669 477 14 237 725 231 907 202

NOTA 7 – RESERVA GERAL

A rubrica “Reserva Geral” registou, no ano de 2007, um acréscimo de 1 447 396 euros resultante

da aplicação do Resultado Líquido do exercício de 2006.

NOTA 8 – SUBSÍDIOS AO CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO

Regista os subsídios compensatórios concedidos à FENACAM – Federação Nacional das CCAM, CRL,

pelo valor de 287 500 euros, correspondente à comparticipação nos custos de auditorias efectuadas

a CCAM por solicitação do FGCAM.

NOTA 9 – FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS

Nesta rubrica encontra-se incluído:

(euros)

31-12-2007 31-12-2006

Despesas com Contencioso e Notariado - 331

Deslocações e Estadas 2 508 2 479

Outros Fornecimentos e Serviços 108 -

Total 2 617 2 810

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Relatório e Contas do FGCAM | 2007

NOTA 10 – IMPOSTOS

Regista o custo relativo ao IRC sobre rendimentos de aplicações de capitais:

(euros)

31-12-2007 31-12-2006

IRC à taxa de 15% - Juros de empréstimos a CCAM 245 887 184 267

IRC à taxa de 20% - Juros Aplicações de Capitais

De Depósitos Bancários 233 410 177 037

De Aplicações afectas à Garantia de Depósitos 496 600 294 349

Total 975 896 655 653

NOTA 11 – OUTROS CUSTOS E PERDAS OPERACIONAIS

Os “Outros Custos e Perdas Operacionais” incluem as verbas relativas à estimativa do valor dos

emolumentos, a pagar ao Tribunal de Contas, para verifi cação das Contas de Gerência de 2006

(16 338 euros, ver Nota 5) e à quotização anual do FGCAM como membro do EFDI – European

Forum of Deposit Insurers (850 euros).

NOTA 12 – CUSTOS E PERDAS FINANCEIROS

A acentuada redução verifi cada na rubrica de “Custos e Perdas Financeiros” deve-se ao facto de,

no exercício de 2006, se encontrarem reconhecidos custos referentes ao reforço de provisões de

“Empréstimos de Financiamento”, situação sem correspondência em 2007.

NOTA 13 – PROVEITOS E GANHOS FINANCEIROS

Os “Proveitos e Ganhos Financeiros” apresentam a seguinte decomposição:

(euros)

31-12-2007 31-12-2006

Juros Obtidos

De Depósitos Bancários 1 167 049 885 187

De Empréstimos Subordinados 1 639 245 1 228 443

De Aplicações afectas à Garantia de Depósitos 2 482 999 1 471 745

5 289 293 3 585 375

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2007 | Relatório e Contas do FGCAM

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NOTA 14 – PROVEITOS E GANHOS EXTRAORDINÁRIOS

Este agregado regista, essencialmente, a redução de provisões relativas a “Empréstimos de

Financiamento” à CREDIVALOR (115 000 euros) e a coima aplicada à CCAM do Alto Minho

(6 000 euros), em resultado do processo de contra-ordenação instaurado pelo Departamento de

Supervisão Bancária do Banco de Portugal.

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II Informação sobre a CREDIVALOR - Exercício de 2007

Sociedade em liquidação maioritariamente participada pelo

Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (92% do Capital).

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Relatório e Contas do FGCAM | 2007

1. Actividade da CREDIVALOR no ano 2007

A CREDIVALOR - Sociedade Parabancária de Valorização de Créditos, S.A. – Sociedade em

Liquidação, foi constituída na sequência da autorização conferida pela Portaria 6/93 (2ª Série)

da Presidência do Conselho de Ministros e Ministério das Finanças publicada em 7 de Janeiro

de 1993. No seguimento das orientações oportunamente defi nidas pela Comissão Directiva do

FGCAM, accionista maioritário, foi deliberada por unanimidade, em Assembleia-Geral realizada

em 9 de Novembro de 2006, a dissolução voluntária da CREDIVALOR, iniciando-se, assim, o

processo de liquidação desta Sociedade, que conta, desde essa data, com um Quadro de pessoal

de apenas dois Trabalhadores.

Em 31 de Dezembro de 2007, encontravam-se activos 168 processos de Crédito, menos 7 do

que à data de início da liquidação da Sociedade, dos quais 157 decorrentes de Processos de

Assistência Financeira e 11 da Área Negocial. A CREDIVALOR detinha ainda imóveis relacionados

com 13 processos de Crédito.

Em 31 de Dezembro de 2007, a participação do FGCAM no capital da Sociedade ascendia a

46 mil euros (92%) e o valor acumulado dos Suprimentos prestados e das Prestações Acessórias

efectuadas pelo Fundo era de 2 094 mil euros e 3 360 mil euros, respectivamente. Estes valores

encontram-se integralmente provisionados.

Durante o ano de 2007, o FGCAM concedeu à CREDIVALOR 115 mil euros de suprimentos

tendo, no fi nal do ano, a CREDIVALOR reembolsado 230 mil euros.

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2007 | Relatório e Contas do FGCAM

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2. Contas da CREDIVALOR do Exercício de 2007 6

CREDIVALOR (em 106 Euros)

ACTIVO

31-12-2007 31-12-2006Variação

2007-2006

Disponibilidades 63 60 3

Aplicações I.C. 0 0 0

Crédito sobre Clientes (Líq.) 44 45 -1

V. Bruto 26 118 26 566 -448

Provisões 26 074 26 521 -447

Activos Tangiveis e Intangiveis (Líq.) 3 7 -4

V. Bruto 438 477 -39

Amortizações 435 470 -35

Activos não Correntes Detidos p/Venda (Líq.) 2 756 1 915 841

V. Bruto 9 315 9 315 0

Provisões 6 559 7 400 -841

Outros Activos 116 144 -28

ACTIVO BRUTO 36 050 36 562 -512

ACTIVO LÍQUIDO 2 982 2 171 811

Em 31 de Dezembro de 2007 o Activo Líquido da CREDIVALOR ascendia a 3 milhões de euros, de

cuja composição se destacam:

– 63 mil euros de Disponibilidades;

– 26,1 milhões de euros de Créditos adquiridos a CCAM (menos 448 mil euros do que no fi nal

de 2006), provisionados em 99,8% do seu valor;

– 26 milhões de euros de Provisões para Créditos sobre Clientes (menos 447 mil euros do que

no fi nal de 2006);

– 9,3 milhões de euros de Activos não Correntes Detidos para Venda, provisionados em 70%,

correspondentes a imóveis recebidos em processos de recuperação de créditos.

No ano 2007 o Activo Líquido da CREDIVALOR registou um acréscimo de 811 mil euros determinado,

essencialmente, pela:

– anulação de 841 mil euros de Provisões para Activos não Correntes Detidos para Venda;

– redução em 28 mil euros do valor dos Outros Activos.

(6) Contas Provisórias.

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Relatório e Contas do FGCAM | 2007

CREDIVALOR (em 106 Euros)

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

31-12-2007 31-12-2006Variação

2007-2006

CAPITAL PRÓPRIO 541 -370 911

Capital Social (V. Realiz.) 50 50 0

Passivos Subordinados (a) 3 360 3 360 0

Reservas 0 0 0

Resultados Transitados -3 779 -2 672 -1 107

Resultado do Exercício 910 -1 108 2 018

PASSIVO 2 442 2 541 -100

Outros Recursos (b) 2 094 2 209 -115

Recursos de Clientes 224 224 0

Provisões 35 35 0

Outros Passivos 89 73 16

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 2 982 2 171 811

a) Prestações Acessórias, por conversão, pelo FGCAM, de parte dos Suprimentos prestados(b) Suprimentos prestados pelo FGCAM

Em 31 de Dezembro de 2007, o Passivo da CREDIVALOR ascendia a 2,4 milhões de euros,

sendo:

- 2,1 milhões de euros de Outros Recursos, suprimentos efectuados pelo FGCAM (menos 115 mil

euros do que no fi nal de 2006);

- 0,2 milhões de euros de Recursos de Clientes, débitos a CCAM por aquisições de Crédito no

âmbito da Área Negocial;

- 0,1 milhões de euros de Outros Passivos e Provisões.

O valor do Capital Próprio em 31 de Dezembro de 2007, 541 mil euros, decorre:

- do valor dos Passivos Subordinados, 3,3 milhões de euros, correspondente a prestações

acessórias com contrato de subordinação, efectuadas, em anos anteriores, pelo FGCAM, por

conversão de parte do montante de Suprimentos prestados à CREDIVALOR;

- do valor do Resultado do Exercício de 2007, 0,9 milhões de euros e

- do montante dos Resultados Transitados, -3,8 milhões de euros.

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2007 | Relatório e Contas do FGCAM

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CREDIVALOR (em 106 Euros)

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

Ano 2007 Ano 2006 Variação2007-2006

Juros e Rendimentos Similares 5 7 -2

Juros e Encargos Similares 0 0 0

MARGEM FINANCEIRA 5 7 -2

Outros Resultados Operacionais 257 256 1

PRODUTO BANCÁRIO 262 263 -1Gastos com Pessoal 66 753 -687

Gastos Gerais Administrativos 240 520 -280

Amortizações do Exercício 4 8 -4

Variação de Provisões, Correcções de Valor e Imparidade -998 89 -1 087

RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS 951 -1 106 2 057

Impostos 41 2 39

RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 910 -1 108 2 018

No ano de 2007 a CREDIVALOR apurou, pela primeira vez desde há seis anos, um Resultado

positivo do Exercício, o qual ascendeu a 910 mil euros, determinado, essencialmente, pela anulação

de Provisões, no valor global de 998 mil euros e pelos Outros Resultados Operacionais, de 257 mil

euros.

A Margem Financeira foi de 5 mil euros, inferior em 2 mil euros relativamente a 2006.

Os Custos de Funcionamento (Gastos com Pessoal e Gastos Gerais Administrativos) ascenderam a

306 mil euros, menos 967 mil euros do que no ano de 2006.

Desde a constituição da CREDIVALOR, até à data, o FGCAM transferiu para a sua participada

123 milhões de euros, valor líquido de reembolsos, a título de Capital e Suprimentos, tendo estes

últimos sido posteriormente utilizados, em grande parte, para conversão em Prestações Acessórias

e para cobertura de Resultados Transitados negativos.

Dos 123 milhões de euros entregues à CREDIVALOR, 91 milhões destinaram-se a cobrir intervenções

no âmbito de Contratos de Assistência Financeira e 32 milhões a adquirir activos a instituições do

SICAM, fora do âmbito de Contratos de Assistência Financeira, a pagar juros associados a débitos

às CCAM, bem como a fi nanciar a actividade corrente da CREDIVALOR.

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III Lista das Instituições participantes no FGCAM em 31/12/2007

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Relatório e Contas do FGCAM | 2007

LISTA DAS INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES NO FGCAM EM 31/12/2007

1 CAIXA CENTRAL DO CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO

2 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da ÁREA METROPOLITANA DO PORTO

3 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da BAIRRADA E AGUIEIRA

4 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da BATALHA

5 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da BEIRA BAIXA (SUL)

6 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da BEIRA CENTRO

7 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da COSTA AZUL

8 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da COSTA VERDE

9 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da GUARDA E CELORICO DA BEIRA

10 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da PÓVOA DE VARZIM, VILA DO CONDE E ESPOSENDE

11 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da REGIÃO DE BRAGANÇA

12 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da REGIÃO DO FUNDÃO E SABUGAL

13 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da ZONA DO PINHAL

14 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo das SERRAS DE ANSIÃO

15 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de ALBERGARIA E SEVER

16 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de ALBUFEIRA

17 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de ALCÁCER DO SAL E MONTEMOR-O-NOVO

18 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de ALCANHÕES

19 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de ALCOBAÇA

20 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de ALENQUER

21 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de ALJUSTREL E ALMODÔVAR

22 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de AMARES

23 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de ANADIA

24 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de ARMAMAR E MOIMENTA DA BEIRA

25 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de AROUCA

26 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de ARRUDA DOS VINHOS

27 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de AZAMBUJA

28 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de BAIXO MONDEGO

29 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de BARCELOS

30 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de BEJA E MÉRTOLA

31 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de BORBA

32 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de CADAVAL

33 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de CALDAS DA RAINHA, ÓBIDOS E PENICHE

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2007 | Relatório e Contas do FGCAM

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34 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de CAMPO MAIOR

35 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de CANTANHEDE E MIRA

36 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de COIMBRA

37 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de CORUCHE

38 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de ELVAS

39 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de ENTRE TEJO E SADO

40 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de ESTARREJA

41 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de ESTREMOZ, MONFORTE E ARRONCHES

42 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de ÉVORA

43 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de FAVAIOS

44 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de FERREIRA DO ALENTEJO

45 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de FORNOS DE ALGODRES

46 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de GUIMARÃES

47 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de LAFÕES

48 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de LAMEGO E CASTRO DAIRE

49 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de LOURES, SINTRA E LITORAL

50 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de LOURINHÃ

51 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de MORAVIS

52 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de OLIVEIRA DE AZEMÉIS

53 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de OLIVEIRA DO BAIRRO

54 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de OLIVEIRA DO HOSPITAL

55 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de OVAR

56 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de PAREDES

57 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de PERNES

58 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de POMBAL

59 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de PONTE DE SÔR

60 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de PORTALEGRE E ALTER DO CHÃO

61 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de PORTO DE MÓS

62 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de S. BARTOLOMEU DE MESSINES-S.MARCOS DA

SERRA

63 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de S. JOÃO DA PESQUEIRA

64 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de SALVATERRA DE MAGOS

65 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de SANTO TIRSO

66 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de SÃO TEOTÓNIO

67 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de SÁTÃO E VILA NOVA DE PAIVA

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Relatório e Contas do FGCAM | 2007

68 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de SEIA

69 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de SILVES

70 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de SOBRAL DE MONTE AGRAÇO

71 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de SOUSEL

72 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de TAROUCA

73 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de TERRA QUENTE

74 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de TERRAS DE MIRANDA DO DOURO

75 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de TERRAS DE SOUSA, AVE, BASTO E TÂMEGA

76 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de TERRAS DE VIRIATO

77 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de TRAMAGAL

78 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de VAGOS

79 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de VALE DE CAMBRA

80 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de VALE DO DÃO

81 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de VALE DO DOURO

82 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de VALE DO SOUSA E BAIXO TÂMEGA

83 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de VALE DO TÁVORA

84 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de VILA FRANCA DE XIRA

85 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de VILA NOVA DE FAMALICÃO

86 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de VILA NOVA DE TÁZEM

87 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de VILA VERDE E TERRAS DE BOURO

88 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do ALGARVE

89 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do ALTO CÔRGO, TÂMEGA E BARROSO

90 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do ALTO DOURO

91 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do ALTO GUADIANA

92 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do ALTO MINHO

93 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do BAIXO VOUGA

94 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do CARTAXO

95 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do CONCELHO DE MOGADOURO E VIMIOSO

96 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do GUADIANA INTERIOR

97 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do MINHO

98 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do NORTE ALENTEJANO

99 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do RIBATEJO NORTE

100 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do RIBATEJO SUL

101 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do SOTAVENTO ALGARVIO

102 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo dos AÇORES

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IV Alterações no Enquadramento Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo

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Relatório e Contas do FGCAM | 2007

ALTERAÇÕES NO ENQUADRAMENTO JURÍDICO DO CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO

No ano 2007, registaram-se algumas alterações ao enquadramento jurídico do Crédito Agrícola Mútuo,

nomeadamente as decorrentes da publicação dos seguintes diplomas:

Decreto-Lei do Ministério das Finanças e da Administração Pública n.º 103/2007• , de 3 de Abril de 2007, que estabelece os requisitos de adequação de fundos próprios, bem como as respectivas regras de cálculo e o regime de supervisão prudencial relativos às empresas de investimento e às instituições de crédito.

Decreto-Lei do Ministério das Finanças e da Administração Pública n.º 104/2007• , de 3 de Abril de 2007, que introduz alterações ao Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF), nomeadamente no que respeita ao acesso à actividade das instituições de crédito e ao seu exercício.

Na sequência destes diplomas foram, ainda, publicados, em 27 de Abril de 2007:

Aviso do Banco de Portugal n.º 4/2007• , que introduz alterações ao Aviso n.º 12/92 do Banco de Portugal, relativo ao cálculo dos fundos próprios.

Aviso do Banco de Portugal n.º 5/2007• , que defi ne as obrigações das instituições relativamente ao nível dos fundos próprios e aos limites dos riscos de crédito, bem como os ponderadores das posições de risco e a fórmula de cálculo dos requisitos mínimos de fundos próprios. Através deste Aviso foi revogado o Aviso n.º 1/93 do Banco de Portugal.

Aviso do Banco de Portugal n.º 6/2007• , que estabelece os limites à concentração de riscos por parte das instituições e revoga o Aviso n.º 10/94 do Banco de Portugal.

Aviso do Banco de Portugal n.º 10/2007• , que estabelece as regras de divulgação pública de informações por parte das instituições de crédito e empresas de investimento.

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PARECER DO CONSELHO DE AUDITORIADO BANCO DE PORTUGAL

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Relatório e Contas do FGCAM | 2007

PARECER DO CONSELHO DE AUDITORIA DO BANCO DE PORTUGAL

Em conformidade com as disposições aplicáveis do Regime Geral das Instituições de Crédito e

Sociedades Financeiras (RGICSF) e com o disposto nos artigos 20º e 21º do Decreto-Lei n.º 345/98,

de 9 de Novembro, o Conselho de Auditoria do Banco de Portugal emite o seu parecer acerca do

Relatório e Contas do Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (FGCAM), referentes ao exercício

de 2007.

As demonstrações fi nanceiras do FGCAM foram elaboradas tendo em atenção o estipulado no

artigo 19º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro, sobre a organização do plano de contas

do FGCAM. Este tem por base o Plano Ofi cial de Contabilidade com os ajustamentos implícitos à

natureza específi ca da actividade do FGCAM.

O FGCAM tem por objecto garantir, dentro dos limites fi xados, o reembolso de depósitos constituídos

na Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo (CCCAM) e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM)

suas associadas, bem como promover e realizar as acções que considere necessárias para assegurar

a solvabilidade e liquidez das referidas instituições com vista à defesa do Sistema Integrado de Crédito

Agrícola Mútuo (SICAM).

Em 31 de Dezembro de 2007, o SICAM era constituído pela CCCAM e por 101 CCAM suas

associadas.

O Conselho de Auditoria, no desempenho das suas competências, acompanhou o funcionamento do

FGCAM, através da documentação periodicamente remetida pela Comissão Directiva, complementada

por informações e esclarecimentos pontuais necessários para o desenvolvimento da sua acção.

Durante o exercício fi ndo, o FGCAM continuou com a sua política de acompanhamento e assistência

fi nanceira ao SICAM.

Em 2007, o FGCAM não desembolsou fundos para novos empréstimos tendo sido reembolsados

10,5 milhões de euros dos empréstimos existentes.

Em 31 de Dezembro de 2007 estavam em vigor Contratos de Assistência Financeira envolvendo

empréstimos concedidos pelo FGCAM no valor de 147,9 milhões de euros (114,4 milhões de euros

às CCAM e 33,5 milhões de euros à CCCAM).

As aplicações efectuadas pelo FGCAM, para garantir o reembolso dos depósitos constituídos na

CCCAM e nas CCAM suas associadas, nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 2º e no artigo 11º do

Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro, atingiram os 65 milhões de euros; essas aplicações

correspondem a aproximadamente 0,76% do valor médio dos depósitos constituídos no âmbito do

SICAM e abrangidos pela garantia do FGCAM.

Aquelas aplicações assumem a forma de Depósitos a Prazo em Instituições de Crédito, sendo os

prazos compreendidos entre 3 a 6 meses e são escolhidas com o objectivo de diversifi car o risco e

maximizar a rendibilidade, respeitando o limite mínimo previsto no artº 11º do DL 345/98; atingem

cerca de 26% do Activo Bruto do FGCAM.

No que concerne à participação no capital da CREDIVALOR, o FGCAM detém 9 200 acções no

valor nominal de 5 euros cada, totalizando 46 000 euros e representando 92% do capital social da

CREDIVALOR, S.A., estando esta participação integralmente provisionada.

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2007 | Relatório e Contas do FGCAM

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O saldo de empréstimos de fi nanciamento refere-se integralmente à CREDIVALOR, totalizando

5 454 mil euros e encontrando-se integralmente provisionado (prestações acessórias com carácter

de subordinação no montante de 3 360 mil euros e suprimentos no montante de 2 094 mil euros).

Em 2007 foram concedidos empréstimos de 115 mil euros tendo a CREDIVALOR reembolsado, no

mesmo período, 230 mil euros.

A Comissão Directiva continuou a acompanhar a actividade de liquidação da CREDIVALOR.

Os recursos próprios do FGCAM ascendem a 243 milhões de euros, constituídos por contribuições

do Banco de Portugal, da CCCAM e das CCAM associadas no montante de 231,9 milhões de

euros, pela reserva geral de 7 milhões de euros e pelo resultado do exercício de 2007, positivo em

4,1 milhões de euros.

A Comissão Directiva propõe que o resultado líquido do exercício, positivo em 4 127 314 euros, seja

transferido na totalidade para Reserva Geral.

Com base na análise efectuada, tendo presentes as considerações anteriores e o relatório do

Departamento de Auditoria do Banco de Portugal, o Conselho de Auditoria nada tem a objectar à

aprovação do Relatório e Contas do FGCAM referentes ao exercício de 2007, bem como à proposta

de aplicação de resultados, apresentados pela Comissão Directiva.

Lisboa, 25 de Março de 2008

O CONSELHO DE AUDITORIA

Emílio Rui da Veiga Peixoto Vilar

Rui José da Conceição Nunes

Amável Alberto Freixo Calhau