relatÓrio e contas de 2004[1] · 1 relatÓrio e contas do exercÍcio de 2004 i introduÇÃo a...

47
1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce para as que têm natureza pública, é o momento mais nobre no que respeita ao relacionamento entre aqueles a quem foi incumbida a responsabilidade de gerir o seu destino e os directamente interessados nessa gestão. É o momento em que se confronta o que se concebeu num Plano de Actividades e Orçamento, isto é, entre aquilo que se prometeu e aquilo que se realizou. Não obstante as preocupações de aderência à realidade daqueles documentos, porque dispõem para o futuro, pela sua própria natureza são sujeitos a factores que os contingentam. Da leitura que fizemos sobre a evolução da profissão e da necessidade de dar resposta às diversas situações entretanto surgidas, procuramos a necessária readaptação da nossa acção àquilo que julgamos ser os interesses da nossa profissão. Na acção que desenvolvemos procuramos conciliar o interesse público inerente à profissão, com a defesa dos membros da instituição, componentes com algum antagonismo e nem sempre de fácil conciliação. Na medida das nossas possibilidades e na compreensão das necessidades dos profissionais, procuramos conceber e dar continuidade a um conjunto de acções e iniciativas, com vista a uma efectiva consolidação da profissão na sociedade em que nos inserimos. Algumas dificuldades pontuais, não nos permitiram ir mais além, mas é nossa convicção que lançamos as bases sólidas em que, de uma forma sustentada, a profissão evoluirá no futuro, tornando-a coesa e forte para resistir aos bons e maus momentos que o dia a dia nos aporta.

Upload: others

Post on 25-Jul-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce

1

RELATÓRIO E CONTAS

DO EXERCÍCIO DE 2004 I

INTRODUÇÃO

A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce para as que têm natureza pública, é o momento mais nobre no que respeita ao relacionamento entre aqueles a quem foi incumbida a responsabilidade de gerir o seu destino e os directamente interessados nessa gestão. É o momento em que se confronta o que se concebeu num Plano de Actividades e Orçamento, isto é, entre aquilo que se prometeu e aquilo que se realizou. Não obstante as preocupações de aderência à realidade daqueles documentos, porque dispõem para o futuro, pela sua própria natureza são sujeitos a factores que os contingentam. Da leitura que fizemos sobre a evolução da profissão e da necessidade de dar resposta às diversas situações entretanto surgidas, procuramos a necessária readaptação da nossa acção àquilo que julgamos ser os interesses da nossa profissão. Na acção que desenvolvemos procuramos conciliar o interesse público inerente à profissão, com a defesa dos membros da instituição, componentes com algum antagonismo e nem sempre de fácil conciliação. Na medida das nossas possibilidades e na compreensão das necessidades dos profissionais, procuramos conceber e dar continuidade a um conjunto de acções e iniciativas, com vista a uma efectiva consolidação da profissão na sociedade em que nos inserimos. Algumas dificuldades pontuais, não nos permitiram ir mais além, mas é nossa convicção que lançamos as bases sólidas em que, de uma forma sustentada, a profissão evoluirá no futuro, tornando-a coesa e forte para resistir aos bons e maus momentos que o dia a dia nos aporta.

Page 2: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce

2

Na execução daquela tarefa colocamos o melhor do nosso saber, empenho e esforço e por não termos conseguido mais, apresentamos aos membros da Instituição as nossas desculpas.

II

ESTRATÉGIA GLOBAL DE ACÇÃO

Independentemente da sua natureza ou forma, as acções desenvolvidas pela Instituição no decurso do ano anterior, no seguimento de outras, tiveram como objectivo fundamental a consolidação e credibilização social da profissão de Técnico Oficial de Contas. Objectivo meritório, mas que, não passará de um desígnio se não tivermos a coragem e a capacidade de o materializar com acções práticas dirigidas e orientadas no sentido da sua concretização. Não obstante termo-nos deparado com algumas dificuldades inesperadas, as quais nos consumiram importantes energias, aquele objectivo, atentos os interesses em confronto, em nosso entender, não sofreram alterações no rumo que foi traçado. O ano de 2004 representou, estamos convencidos, o início da consolidação da nossa Instituição e, conexamente, a nossa profissão. A capacidade de intervenção da Instituição, a clareza das nossas atitudes e a determinação esclarecida com que agimos em questões de elevado melindre, granjearam para a Instituição uma posição creditícia que, estamos convencidos, constitui um importante factor para a credibilização da nossa profissão. O esforço que continuamos a desenvolver quer por iniciativas isoladas, quer com acções previamente programadas, convenceram a sociedade do mérito dos nossos propósitos e hoje, não obstante ter apenas oito anos de existência, a Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas é vista como uma Instituição credível. Não temos a veleidade de afirmar que tudo está feito. Muito, mas mesmo muito ainda falta fazer, mas temos consciência que no curto espaço da nossa existência, conseguimos lançar as bases fundamentais para prosseguir em frente nos propósitos de construirmos uma grande profissão de Técnico Oficial de Contas.

Page 3: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce

3

Nem tão pouco nos arrogamos ao privilégio de sermos os únicos capazes de construir algo de positivo. Tivemos a felicidade de, em momento tão importante para a profissão, termos granjeado a confiança dos profissionais e, consequentemente, sermos os protagonistas da acção desenvolvida. Protagonismo que tem exigido muito de nós em tempo dedicação e esforço, mas que também é largamente gratificante por nos permitir estar ao serviço de uma causa tão nobre como é estarmos ao serviço de todos os profissionais, construindo uma profissão que também é a nossa. Na sua execução aplicamos o nosso melhor saber, esforço e dedicação, materializado através das seguintes acções:

III

NOVAS REGRAS DE INSCRIÇÃO NA CÂMARA

As condições de inscrição na Câmara constantes da primeira versão do nosso Estatuto, todos tínhamos consciência de que se encontravam desajustadas da necessária e eficaz preparação dos profissionais para o desempenho da profissão. Embora a sua concepção e definição tivesse ocorrido em exercícios anteriores, o de 2004, foi aquele em que as novas condições de inscrição tiveram a sua aplicação prática e, pela primeira vez, a Instituição levou por diante a realização dos exames de ética e deontologia profissional, para além da implementação dos estágios nas suas diversas formas, quer através da realização de protocolos com as Escolas do Ensino Superior no que respeita aos Estágios curriculares ou Disciplina de Projecto de Simulação Empresarial, quer através da certificação e acompanhamento de Patronos e Estagiários na ministração de estágios. No domínio da aplicação das novas regras de inscrição merecem destaque as seguintes acções: III.1 EXAMES DE ÉTICA E DEONTOLOGIA A Ética e Deontologia profissional, elemento tão importante numa profissão com as características e responsabilidades como a nossa, mereceu da nossa parte um carinho muito especial, quer na exigência que ela fosse incluída na estrutura curricular dos cursos que dão acesso à inscrição na

Page 4: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce

4

Câmara ou, na sua ausência, na exigência aos candidatos a TOC da realização de um exame sobre aquela temática. Para tanto havia a necessidade de encontrar uma personalidade que, através do seu exemplo de vida, conduzisse os actos de avaliação dos candidatos a Técnicos Oficiais de Contas e, em simultâneo, credibilizasse e materializasse as preocupações da Instituição neste domínio. Essa personalidade, grande amigo dos Técnicos Oficiais de Contas, por tudo o que nos tem legado, pelos elevados valores éticos que sempre nos comunicou, pela sua vida de luta na humanização da gestão, só podia ser Rogério Fernandes Ferreira, a quem convidamos e confiamos a nobre tarefa de organizar e realizar os exames de Ética e Deontologia profissional. Para tanto constituiu-se um grupo coordenado pelo Professor e constituído por personalidades conhecedoras da realidade profissional tendo-se realizado no ano de 2004 três exames nos quais foram avaliados 745 candidatos a TOC, tendo reprovado 11. Já no decurso de 2005, 29 de Janeiro, realizou-se um novo exame, no qual participaram 264 candidatos, tendo reprovado 24. III.2 ESTÁGIOS PROFISSIONAIS Conforme consta do respectivo Regulamento o estágio pode revestir três formas, podendo ser curricular, isto é, integrando a estrutura do próprio curso, situação em que é acompanhado pelo corpo docente da Escola e realizado em empresa que tenha contabilidade organizada nos termos do POC, cuja aceitação por parte da Câmara é antecedida de protocolo com a Escola, a frequência da disciplina de Projecto de Simulação Empresarial, cuja forma de funcionamento também é protocolada com a Câmara ou o estágio tradicional em que o candidato indica um patrono à Câmara, para, nos termos e no âmbito do plano definido no Regulamento, ser ministrado pelo patrono o estágio ao candidato. Nos dois primeiros casos, atendendo a que existe uma responsabilidade da Escola na ministração do Estágio, o que o credibiliza, a intervenção da Câmara dá-se ao nível da verificação das condições da disciplina ministrada, materializada com a realização de um protocolo e no acompanhamento da sua execução. Atendendo à novidade dos estágios e á necessidade da sua credibilização, quer no que respeita aos estagiários, quer no que respeita aos patronos, a

Page 5: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce

5

Câmara entendeu que, pelo menos nesta primeira fase, deveria acompanhar mais de perto os estágios profissionais. Para aquele efeito, constituiu-se uma comissão eventual, para com base nas sedes de distrito, proceder a visitas e acompanhamento daqueles estágios. Aquela comissão procedeu à visita e acompanhamento de 362 candidatos a frequentar estágio profissional, tendo-se inteirado da forma como os estágios estavam a decorrer, bem como levar até patronos e estagiários uma mensagem de alento e conforto da Instituição, para além de ter tido a oportunidade de esclarecer diversas dúvidas que na circunstância uns e outros colocaram. Na sua esmagadora maioria, os estágios, conforme foi constatado pela comissão, decorreram dentro dos objectivos delineados para o efeito, constituindo-se como um elemento fundamental de preparação dos profissionais para o efectivo exercício da profissão. Neste domínio a Câmara quer prestar público agradecimento a todos os profissionais que se disponibilizaram para ministrar estágios profissionais e sensibiliza todos os colegas para a importância que os estágios têm na formação, não só profissional, mas também deontológica dos futuros profissionais. III.3 EXAMES DE AVALIAÇÃO PROFISSIONAL Nos termos das novas normas de inscrição na Câmara, mais especificamente no Regulamento de Estágio e Exame, a partir de 2004.12.31, os candidatos a Técnicos Oficiais de Contas, para além da exigência do curso reconhecido, frequência ou exame de ética e deontologia e estágio, serão ainda sujeitos a um exame de avaliação de conhecimentos profissionais. Aquele exame, nos termos do referido Regulamento, é constituído por quatro provas escritas versando matérias relacionadas com a contabilidade financeira, analítica, fiscalidade e, no caso de não beneficiar da dispensa, de ética e deontologia profissional. Do descrito depreende-se, que os exames de ética e deontologia realizados em 2003 e 2004, tiveram como objectivo, atendendo a que são exigidos desde 2003.03.31, colmatar o período de transição até à exigência dos exames globais.

Page 6: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce

6

Conforme se compreende toda a estrutura concebida para a admissão de novos candidatos é uma estrutura nova, que exige a sua ponderada e devida preparação. Para o efeito, por volta de Setembro de 2004, tomou posse o Júri de exame, presidido por Pedro Roque e constituído por Leonor Fernandes Ferreira, Pires Caiado, Pinheiro Pinto, Domingos Cravo e Avelino Antão, a quem foram atribuídas as tarefas de preparação e realização dos exames profissionais de admissão na Câmara. No âmbito daquelas funções foram constituídas comissões eventuais especializadas, cuja missão consiste na elaboração de um conjunto de cem perguntas sobre as matérias objecto de exame. Os exames de avaliação profissional, realizar-se-ão nos meses de Abril, Setembro e Dezembro em seis locais do país, com vista a facilitar aos candidatos a respectiva frequência. Refira-se que, quer as datas, quer os locais de realização dos exames de avaliação profissional foram consertados com os alunos, futuros profissionais, através da Federação Nacional dos Alunos do Ensino Superior Politécnico (FNAESP).

IV

CONTROLO DE QUALIDADE

A qualidade dos serviços prestados pelos profissionais é um elemento fundamental para a implementação de práticas de igualdade entre todos os profissionais. Concebido numa óptica pedagógica e não de cariz disciplinar, esta importante iniciativa, na medida em que procura universalizar as exigências do exercício da profissão, constituirá, assim o esperamos, também um importante meio para diminuir a concorrência desleal, através da prática de preços excessivamente baixos, que o aumento da oferta de profissionais aliado a dificuldades económicas na nossa economia, tem propiciado. Para a sua execução, o Conselho Técnico elaborou e a Direcção aprovou o Regulamento de Controlo de qualidade.

Page 7: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce

7

Esta importante iniciativa que entrará em funcionamento pleno no próximo mês de Abril, tem como particular preocupação avaliar se o modo, condições e forma do exercício da profissão, se adequa ou não às exigências estatutárias, bem como da adequação dos meios materiais, humanos e técnicos, às responsabilidades assumidas pelos Técnicos Oficiais de Contas. De entre as diversas condições exigidas no âmbito daquele Regulamento, pela sua importância, destaca-se a obrigatoriedade de formação permanente dos profissionais que exercem efectivamente a profissão, tendo, no decurso de cada ano, de acumular um determinado número de créditos em formação profissional. Para gerir toda a temática inerente ao controlo de qualidade, está prevista a constituição de uma comissão eventual a funcionar na dependência do Conselho Técnico em colaboração com a Direcção, cuja constituição e posse se espera esteja concluída até ao final do mês de Março.

V

MANUAL DO TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS

Depois de uma profunda reflexão conjunta entre a Direcção e o Conselho Técnico, no que respeita à estrutura do manual do Técnico Oficial de Contas, atendendo aos objectivos que com o mesmo se pretendiam atingir, foi unânime o entendimento de que aquele manual deveria ser conectado com a actual base de dados constante do CD-ROM que a Câmara distribui mensal e gratuitamente a todos os Técnicos Oficiais de Contas. Na verdade, concluiu-se não fazer sentido menosprezar a informação contida naquele CD, pertinente na constituição do manual, e estar a proceder à sua duplicação. Assim, optou-se por elaborar um manual constituído por temas relevantes para a profissão, integrando-o no CD, fazendo a remissão automática para as normas reguladoras e orientadoras que a regem. Aquele manual, até pela sua função, é um trabalho permanentemente em aberto, o qual carece de actualização conforme a evolução do quadro normativo aplicável à profissão. Numa primeira fase, o Conselho Técnico propôs e a Direcção aprovou o desenvolvimento de três temas por especialistas de renome na matéria,

Page 8: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce

8

ficando concluídos em 2004 e que foram: Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados, Operações de Capital e Concentrações Empresariais. Já se encontram em desenvolvimento mais três temas que, segundo julgamos, estarão concluídos até ao mês de Julho, passando a integrar aquele manual.

VI

FORMAÇÃO

A formação contínua dos profissionais, atenta a dinâmica evolutiva da profissão e a permanente mutação das normas que a regem, é, em nosso entender, a única via eficaz para uma profissão com melhor qualidade. Compreendendo esta importância, desde sempre fizemos uma grande aposta na formação directa e indirecta dos profissionais, tendo para o efeito concebido e desenvolvido acções de formação sobre diversos temas, tendo concebido e realizado as seguintes acções de formação: VI.1 FORMAÇÃO EVENTUAL A formação eventual tem como objectivo sensibilizar os profissionais para a interpretação e aplicação das alterações surgidas nos normativos legais que regem o exercício da profissão, assim como o relembrar questões ou temáticas que o Conselho Técnico julgue relevantes para os profissionais. No decurso do ano de 2004, conforme previsão no Plano de Actividades, com base nas sedes de distritos do Continente e Regiões Autónomas, realizaram-se as seguintes acções: Nos meses de Janeiro e Fevereiro, realizou-se uma acção de formação em que participaram 11.379 profissionais, tendo sido tratados os seguintes temas:

a) Encerramento e Prestação de Contas de 2003; b) Orçamento do Estado para 2004; c) Estrutura Conceptual do IASB.

Nos meses de Junho e Julho, nos mesmos locais, realizou-se uma acção de formação, na qual participaram 4.172, tendo-se versado os seguintes temas:

Page 9: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce

9

a) Aspectos particulares dos capitais próprios – Análise contabilística societária e fiscal;

b) Locações financeiras (v.s.) locações operacionais – Aspectos contabilísticos e fiscais;

c) A função preditiva da função contabilística. Nos meses de Outubro e Novembro, nos mesmos locais, realizou-se uma acção de formação, na qual participaram 2.896 profissionais, tendo sido tratadas as seguintes matérias:

a) Controlo interno na Administração Pública; b) O Mecenato e outros benefícios fiscais; c) A incidência da reforma da tributação do património na

contabilidade e nos restantes impostos. VI.2 FORMAÇÃO SEGMENTADA A formação segmentada com a duração entre oito a dezasseis horas, tem como objectivo propiciar aos profissionais uma análise mais pormenorizada e aprofundada de temas que o Conselho Técnico considere mais pertinentes para o exercício da profissão. Estas acções que no ano de 2004 foram frequentadas por 9.678 profissionais, são realizadas nos locais onde se consiga reunir no mínimo trinta participantes. A sua programação no decurso de 2004, teve a preocupação de não fazer coincidir a sua realização com períodos tradicionais de maior ocupação dos profissionais. Assim, realizaram-se as seguintes acções:

a) Código do Trabalho; b) Sistemas de Informação da Segurança Social; c) Impostos Diferidos; d) Constituição, Dissolução, liquidação e transformação de sociedades; e) NIC n.º 37 – Provisões Passivos e Activos Contingentes e

Problemática das Provisões na Óptica Contabilística e Fiscal. VI.3 FORMAÇÃO PERMANENTE A formação permanente tem de duração um mínimo de 32 horas e como objectivo, a análise profunda da interpretação e aplicação de temas que,

Page 10: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce

10

pela sua importância ou complexidade o Conselho Técnico entenda como relevantes para o exercício da profissão. Estas acções, no ano de 2004, foram frequentadas por 4.896 profissionais, realizam-se em qualquer local, desde que aí se reúna um número de interessados na sua frequência superior a trinta profissionais. No decurso do ano de 2004, neste tipo de acção, foram tratados os seguintes temas:

a) Contabilização das Existências; b) Aspectos Instrumentais da Acção do TOC perante a Administração

Fiscal; c) Elaboração das Demonstrações Financeiras; d) Obrigações Legais das Empresas.

Nas diversas acções de formação realizadas pela Câmara no decurso do ano de 2004, participaram 33.021 profissionais, pelo que, se tivermos em atenção que, segundo elementos constantes de um levantamento efectuado pela Inspecção Geral de Finanças, exercem a profissão 31.826 profissionais, podemos concluir que, pelo menos, uma acção de formação foi frequentada pelos profissionais no decurso de 2004.

VII

AQUISIÇÃO DA NOVA SEDE

Nos termos do mandato aprovado em Assembleia Geral, deu-se continuidade à Comissão já constituída para a aquisição da nova sede e que é constituída pelos Presidentes da Direcção, Conselho Fiscal e Conselho Técnico. Naquele âmbito tornou-se público através de publicidade nos meios de comunicação social das pretensões da Câmara, convidando potenciais candidatos a apresentarem as respectivas propostas. Surgiu a possibilidade de adquirir um prédio sito na Avenida da República, cujas características arquitectónicas satisfaziam o perfil que se desejava para as instalações da Instituição. Não obstante terem-se efectuado diversos contactos, a entidade proprietária do edifício veio a declarar que não pretendia de momento proceder à sua

Page 11: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce

11

alienação, pelo que houve a necessidade de proceder à análise de outras propostas. De momento o prédio que reúne as melhores condições para a nova sede é um prédio sito na Avenida du Bocage com cujos proprietários já se realizaram algumas reuniões exploratórias, estando-se a discutir o preço de aquisição, o qual rondará, sensivelmente os nove milhões de euros.

VIII

GABINETE DE ESTUDOS

O Gabinete de Estudos, até ao mês de Junho de 2004 foi coordenado pelo grande e saudoso amigo dos Técnicos Oficiais de Contas António Pacheco de Sousa Franco. A morte, essa eterna desconhecida que ninguém sabe como, quando, ou onde nos selecciona, retirou da nossa convivência o saudoso Professor. Sob a sua coordenação o Gabinete de Estudos concebeu, elaborou e entregou à Direcção diversas propostas que brevemente serão apresentadas aos organismos legislativos do país, das quais se releva uma alteração ao Código Comercial para acabar com a obrigatoriedade dos livros selados nas empresas, uma proposta sobre a reformulação do depósito de Contas e um estudo sobre a reformulação dos regimes de tributação das empresas e empresários. Conforme é do conhecimento público, foi feito o convite ao Professor Daniel Bessa para coordenar o Gabinete de Estudos, o qual aceitou, estando agendada a sua tomada de posse para o próximo dia 9 de Março.

IX

MEIOS DE COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO

A comunicação e informação numa Instituição com as características e dimensão da Câmara é um factor de elevada importância para a criação de uma grande família dos TOC, bem como um precioso elemento de divulgação de ideias e saberes de grande importância para os profissionais. Neste domínio, no decurso do ano de 2004, apraz-nos relatar o seguinte: IX.1 REVISTA TOC

Page 12: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce

12

A revista TOC, meio privilegiado de comunicação da Instituição com os seus membros, foi publicada com regularidade durante os doze meses do ano, nela se vertendo os aspectos mais importantes da profissão e temas de elevado interesse para os profissionais. As entrevistas de fundo continuaram subordinadas a uma estratégia de reconhecer o mérito da profissão ou versando factos e situações inerentes à vida da Instituição. Os números publicados foram distribuídos mensal e gratuitamente a todos os membros inscritos na Câmara que não tenham quotas atrasadas por período superior a noventa dias. Para além daquela distribuição a revista TOC tem sido ainda distribuída com regularidade a todas as Instituições de ensino que ministram cursos que dão acesso à inscrição na Câmara. Pelo seu rigor, pela sua regularidade e pelo interesse dos artigos que publica, não obstante a sua curta existência, a revista TOC é já uma referência para profissionais, alunos, professores e sociedade em geral, sendo por diversas vezes citada em muitos meios de comunicação social. No próximo mês de Abril completar-se-ão cinco anos sobre a publicação do seu primeiro número, pelo que está em estudo uma reformulação da sua apresentação, mantendo-se no entanto a sua estrutura, a qual, pensamos, vai de encontro às necessidades dos profissionais. IX.2 PÁGINA (SITE) DA CÂMARA NA INTERNET A Câmara orgulha-se de ter sido a grande pioneira no lançamento e implementação de novos meios de comunicação entre a Administração Fiscal e os contribuintes que veio a culminar com a desmaterialização das declarações fiscais. É nosso entendimento que a Internet é de facto o meio de comunicação mais eficaz entre a Câmara e os seus membros, pelo que tem vindo a introduzir diversas alterações no seu site, com vista a que, através dele, se possam efectuar diversas funcionalidades administrativas directamente pelos profissionais. Na implementação daquele facto, no decurso de 2004 procederam-se a diversas alterações e implementações de novas funcionalidades no Site da

Page 13: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce

13

Câmara, com o objectivo de permitir a execução de algumas tarefas de índole administrativa pelos próprios membros, das quais destacamos:

a) Pagamento de quotas: b) Inscrição nas acções de formação; c) Actualização do artigo 10.º do Estatuto; d) Criação da News Letter ; e) Informação sobre o seguro de responsabilidade civil.

Muitos outros desenvolvimentos ocorreram não só na funcionalidade, mas também no conteúdo do Site da Câmara, do qual, pela sua dinâmica é justo destacar a grande utilização que o fórum está a ter no sentido de entre ajuda entre os membros, constituindo-se como um importante meio de troca de experiências e ajuda às dúvidas dos profissionais. Encontra-se já em fase de estudo de implementação um sistema, nos termos do qual, as comunicações dos membros com a Câmara e desta com os membros se faça exclusivamente pela Internet. Para tanto, cada membro terá no sistema informático da Câmara uma pasta própria, onde só o membro, mediante prévia identificação, tem acesso, permitindo-lhe não só aceder às respostas da Câmara, mas também aí colocar as questões que queira ver esclarecidas por parte da Instituição. Segundo as nossas previsões o novo sistema estará funcional por volta do mês de Maio, constituindo-se como uma verdadeira revolução no domínio da comunicação entre a Câmara e os seus membros. IX.3 – REVISTA CIENTÍFICA CONTABILIDADE E GESTÃO Procurando colmatar um vazio existente de carácter científico no que concerne às temáticas da Contabilidade, Gestão e Fiscalidade, existente em Portugal, a Câmara em colaboração com a Associação dos Docentes de Contabilidade do Ensino Superior (ADCES), concebeu e criou uma revista de índole científica, na qual, com carácter científico fossem, publicados as ideias e estudos desenvolvidos por profissionais ou estudiosos daquelas áreas de saber. Concebido o seu lay out, definido o seu nome, procedeu-se ao seu registo na autoridade competente, tendo-se feito a sua apresentação pública no mês de Maio de 2004. Os artigos aí publicados são todos analisados por especialistas independentes, os quais avaliam do mérito ou demérito científico dos temas

Page 14: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce

14

tratados e só após a sua aprovação é que aqueles artigos são publicados na revista. Para o funcionamento deste novo órgão de comunicação foi definida uma estrutura, a qual compreende uma Direcção e um Conselho Editorial. A Direcção é composta por quatro elementos, sendo presidida pelo Presidente da Direcção e constituída ainda por Pires Caiado, João Carvalho e pelo Presidente do Conselho Técnico, Avelino Antão. O Conselho Editorial é constituído por três elementos, sendo presidido por Lúcia Lima Rodrigues, do qual fazem ainda parte Marques de Almeida e Rui Vieira. Atendendo ao elevado nível de exigência e rigor que colocamos nesta iniciativa, ainda não foi possível publicar o primeiro número desta revista, evento que se espera ser possível para o próximo mês de Maio. O primeiro número, conforme deliberação da Direcção da Câmara será gratuitamente distribuído a todos os membros da Câmara e Escolas que ministram cursos que dão acesso à inscrição na Câmara, sendo os restantes apenas distribuídos a quem proceder à sua assinatura.

X

A CÂMARA NA COMUNICAÇÃO SOCIAL O dinamismo que a Câmara tem imprimido às acções que desenvolve, o sentido de responsabilidade que tem assumido nas posições que toma quanto às mais diversas questões, têm granjeado a simpatia e o interesse da Comunicação Social. Aquele sentido de responsabilidade e o equilíbrio desde sempre manifestado nas posições tomadas, constitui-se como um elemento fundamental para a visibilidade social da profissão e da Instituição. Julgamos não merecer qualquer contestação que no decurso do ano de 2004 a mensagem da Câmara, as suas acções e iniciativas passaram com relativa facilidade na comunicação social, facto também muito relevante para dar a conhecer à sociedade em geral, não só o dinamismo da nossa profissão, mas também os diversos e complexos problemas com que ela se debate.

Page 15: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce

15

Consequência e, talvez em grande parte, por via disso, a Câmara tem acarinhado e desenvolvido diversas colaborações semanais, quinzenais ou esporádicas com diversos meios de comunicação social. Patrocina o programa televisivo da SIC, “Negócios da Semana”, no qual tem semanalmente de três a cinco minutos para divulgação das suas iniciativas, ideias e acções, o que se tem revelado uma excelente oportunidade para um melhor e maior conhecimento da profissão. Colabora com regularidade semanalmente com o “Semanário Económico”, em cujas folhas expressa o seu pensamento sobre as mais diversas questões, normalmente conexas com o exercício da profissão. Colabora semanalmente com o Semanário “A Vida Económica”, onde publica diversas questões de índole técnica ou expressa o seu pensamento sobre temas ou questões relacionadas com a profissão. Colabora com diversos outros órgãos de comunicação social do Continente e Regiões Autónomas, difundindo a sua mensagem, levando aos profissionais e sociedade em geral o seu pensamento sobre questões que reputamos de interesse para os profissionais.

XI

APOIO AOS MEMBROS

Na persecução de uma política de apoio aos membros desde há muito delineada e posta em prática pela Instituição, no exercício de 2004, não só se mantiveram as acções já implementadas, como se tomaram outras iniciativas, com o objectivo de propiciar melhores condições para o exercício da profissão. Não obstante desde há muito a Instituição se debater com a manifesta falta de espaço físico das suas instalações, graças ao denodado esforço, empenho e dedicação dos seus colaboradores, foi possível manter níveis de resposta razoáveis às diversas solicitações que os membros formulam à Câmara. O CD-ROM da Câmara, ferramenta imprescindível para um bom desempenho profissional, foi distribuído mensal e gratuitamente durante doze meses a todos os membros da Instituição. As reuniões livres das Quartas-Feiras, nas quais participaram 11.821 profissionais, a exemplo dos outros anos, com excepção do mês de Agosto,

Page 16: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce

16

realizaram-se quinzenalmente em vinte e dois lugares diferentes do Continente e Regiões Autónomas, propiciando por essa via um meio de consulta rápida e directa aos profissionais, recebendo dos coordenadores daquelas reuniões o conselho mais seguro para dar cumprimento às disposições legais e práticas inerentes à profissão. Nos distritos de Braga, Porto, Aveiro, Leiria, Santarém, Setúbal e Lisboa quinzenalmente, às Sextas - Feiras, os membros tiveram à sua disposição um jurista com o qual, puderam esclarecer quaisquer dúvidas jurídicas relacionadas com o exercício da profissão. Nos distritos de Braga, Porto e Aveiro a Câmara contratou um jurista conhecedor da realidade dos Técnicos Oficias de Contas e, nos restantes distritos, o aconselhamento foi assegurado por juristas da Instituição. Para o preenchimento das declarações modelo 3 de IRS e 22 de IRC a Câmara acordou com especialistas de renome e créditos firmados a elaboração de um manual que editou e distribuiu em CD, gratuitamente, a todos os membros inscritos na Instituição, bem como aos Serviços de Finanças Centrais, Regionais e Locais. Porque se concluiu que seria um importante meio de reavivar conhecimentos já adquiridos e tratados nas acções de formação da Câmara, no decurso de 2004, compilou-se e distribui-se gratuitamente a todos os membros em CD, contendo na integra as brochuras das acções de formação ministradas pela Câmara, desde a sua fundação até 31 de Dezembro de 2003, o qual permitia uma busca por temas acções e datas em que as referidas acções foram realizadas. Foi uma iniciativa que, segundo a informação chegada à Câmara, se revelou de enorme utilidade para os profissionais, pelo que, brevemente, será enriquecida com a inclusão naquele trabalho das acções de formação realizadas no decurso do ano de 2004.

XII

ALGUNS ELEMENTOS DE FUNCIONALIDADE

Uma instituição com 75.675 profissionais inscritos, últimos números disponíveis, conforme se depreende gera um enorme fluxo de situações que é necessário dar resposta.

Page 17: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce

17

Não é possível, pela sua variedade, quantidade ou complexidade, descrever de forma elucidativa o que constitui o dia a dia da Câmara e, consequentemente, os números que aqui expressamos, são aqueles que mais se evidenciam. O nosso objectivo com a transcrição deste capítulo é tentar, mesmo que por defeito, transmitir a todos os membros o que é a realidade do dia a dia da nossa Instituição. Para tanto transcrevemos algumas informações, aquelas que nos pareceram mais relevantes, para que de uma forma mais participativa os membros possam compreender melhor a realidade do dia a dia da nossa Instituição. Seleccionamos a informação por departamentos ou serviços, para que a sua leitura assim desagregada permita uma melhor compreensão. DEPARTAMENTO DE CONSULTORIA: Neste departamento trabalham em permanência nove consultores, no decurso do ano de 2004, em termos globais tiveram a seguinte actividade:

a) Participaram em diversos colóquios em representação da Instituição, nos quais desenvolveram temas previamente acordados com os respectivos Organizadores;

b) Para além da sua presença permanente nas reuniões livres de Lisboa, realizaram uma na Covilhã, por impossibilidade inesperada do coordenador habitual;

c) Atenderam 20.763 chamadas telefónicas, o que dá uma média mensal de 1.730,25, nas quais responderam a cerca de 51.907 perguntas técnicas colocadas pelos membros;

d) Elaboraram 3.122 pareceres escritos, a que correspondem cerca de 7.805 respostas técnicas, representando uma autonomia de resposta de 93,34%, dependendo os pareceres de relatores externos apenas em 6,66%

DEPARTAMENTO JURÍDICO: Este departamento, em termos gerais, no decurso de 2004, desenvolveu as seguintes acções:

a) No âmbito da Lei 27/98 e do despacho do Sr. Ministro das Finanças que excepcionalmente permitiu a inscrição na Câmara, analisou 1536 processos;

Page 18: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce

18

b) Daqueles processos 1.147 foram arquivados e 389 foi formulada a denúncia ao Ministério Público, dos quais, este formulou a acusação em 139 e arquivou 106;

c) Foi requerida a abertura de instrução em 15 processos da qual resultou a pronúncia em 5, quatro não houve pronuncia e 6 ainda se encontram em curso;

d) Dos 139 processos em que foi formulada a acusação 60 foram condenados, 10 foram absolvidos e 69 encontram-se em curso;

e) Das 60 condenações a CTOC procedeu ao cancelamento compulsivo da inscrição a 30 profissionais, 12 procederam ao cancelamento voluntário da inscrição, um aguarda decisão de recurso e 17 encontram-se em curso;

f) Instaurou 194 acções executivas por falta de pagamento das multas aplicadas pelo Conselho Disciplinar ou débitos não satisfeitos à Câmara, dos quais 18 foram pagas e 176 encontram-se em curso;

g) Analisou e remeteu para a Comissão de Inscrição 4.371 processos de inscrição;

h) Elaborou 31 projectos de resposta a recursos impróprios sobre as decisões tomadas pela Comissão de Inscrição que remeteu à Direcção, dos quais 22 foram indeferidos, 7 obtiveram provimento parcial, 1 provimento total e outro aguarda decisão da Direcção;

i) Instruiu 833 processos disciplinares por falta de pagamento de quotas que remeteu ao Conselho Disciplinar, dos quais 569 estão concluídos e 252 encontram-se em curso;

j) Recebeu 16.221 Chamadas sobre diversas questões, sendo as mais frequentes relacionadas com questões deontológicas, tendo respondido, naquele domínio a cerca de 42.553 perguntas;

k) Atendeu presencialmente nas instalações da Câmara 781 membros a quem deu consulta jurídica e respondeu a questões ou atendeu presencialmente 2.422 cidadãos que não são membros da Câmara;

l) Nos processos julgados em tribunal a Câmara constituiu-se assistente, tendo os advogados da Instituição, intervido nos julgamentos como elementos de acusação.

A título de curiosidade refira-se que no ano de 2003 este departamento recebeu 9.187 chamadas telefónicas, tendo-se verificado um aumento entre 2003 e 2004 de 43,3%. A partir de Setembro a Câmara admitiu ao seu serviço dois juristas com a função de tratar exclusivamente das quotas em atraso dos membros. DEPARTAMENTO DO FUNCIONAMAMENTO:

Page 19: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce

19

No decurso de 2004, desenvolveu as seguintes acções: a) Recebeu, tratou e integrou na base dados 152.674 declarações do

artigo 10.º do Estatuto; b) Tratou e encaminhou 1.081 requisições de compra do ATD; c) Atendeu 420 chamadas telefónicas; d) Recebeu, tratou e enviou 824 brochuras das acções de formação

adquiridas pelos membros; e) Recebeu, analisou e expediu 1.956 cédulas profissionais de

membros; f) Recebeu, tratou e expediu os correspondentes ingressos de 33.021

membros que participaram nas diversas acções de formação realizadas pela Câmara;

g) Procedeu à alteração de moradas ou nomes de 27.801 membros; h) Analisou, tratou e remeteu para o Departamento Jurídico 4.371

processos de inscrição de novos membros; i) Elaborou e emitiu 118.174 recibos de recebimento de quotas dos

membros; j) Recebeu, tratou e expediu 725.410 vinhetas, a que corresponderam

11.116 requisições. Para além do descrito este departamento é o responsável por toda a logística de funcionamento das acções de formação ou quaisquer outros eventos realizados pela Câmara, bem como a emissão das comunicações aos membros relacionadas com as acções de formação ou outros eventos. DEPARTAMENTO DE APOIO AOS ÓRGÃOS DA CÂMARA, ECONOMATO E REPRESENTAÇÕES PERMANENTES: No decurso do ano de 2004, este departamento desenvolveu as seguintes acções:

a) Orientou e acompanhou a produção e expedição de 755.590 Revistas TOC enviadas aos membros em 2004;

b) Procedeu à expedição de 250.119 cartas emitidas pela Instituição; c) Recebeu 3.272 cartas destinadas à Direcção; d) Elaborou e expediu 2.032 cartas provenientes da Direcção; e) Após o respectivo despacho da Direcção reencaminhou para os

respectivos departamentos 11.573 documentos; f) Elaborou e enviou para o DIAP 300 denúncias ao abrigo do artigo

58.º do Estatuto da CTOC; g) Recepcionou, tratou e reencaminhou para a biblioteca da Câmara 46

livros oferecidos à Instituição; h) Secretariou 23 reuniões da Direcção;

Page 20: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce

20

i) Recepcionou, registou e encaminhou 3.272 cartas registadas. Para além do descrito este departamento tem sob a sua responsabilidade o aprovisionamento do economato e o funcionamento das representações permanentes. Outros Serviços e Departamentos onde os números, pela natureza das funções que desempenham, não são tão expressivos cumpriram na medida em que é humanamente possível, a sua missão. Para termos uma noção da dimensão da Instituição refira-se que no cômputo geral no ano de 2004 expediram-se pelo correio 1.443.000 cartas.

XIII

FUNCIONAMENTO DOS ÓRGÃOS DA CÂMARA

As funções de cada Órgão encontram-se definidas no Estatuto da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas, aí se elencando quais as áreas de actuação de cada Órgão. Não obstante aquela definição, numa Instituição como a Câmara, é necessário criar-se condições e meios para que as diversas acções dos Órgãos se articulem com a Direcção, pois sendo esta a responsável pela definição da estratégia da Câmara, é lógico que procure adequar o desempenho daquelas funções aos objectivos definidos para a Instituição. Competindo à Direcção a elaboração do Relatório e as Contas, seria injusto não mencionar neste documento o excelente relacionamento existente entre os diversos Órgãos e a preocupação que todos têm manifestado em articular a sua acção com a Direcção. Só assim, na conjugação de esforços, foi possível chegar ao ponto em que nos encontramos e, continuando a canalizar as nossas energias na construção da nossa Instituição, estamos convencidos, que iremos ainda mais longe. Refira-se que o legislador, ao incumbir à Direcção a elaboração do Relatório e as Contas, atribui-lhe, em nosso entender, também funções de zelar pela unidade da Instituição, pois não é crível que pretendesse a apresentação de um relatório apenas das acções da Direcção, mas sim um relatório que englobasse a actividade da Instituição no seu todo global e,

Page 21: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce

21

consequentemente, abrangendo também as acções que são específicas de outros Órgãos. Assim, pela primeira vez, inclui-se no presente Relatório uma súmula da actividade desenvolvida por cada Órgão da Câmara, que foi: Nos termos do Estatuto, o Conselho Fiscal apresenta relatório próprio à Assembleia, pelo que não nos referiremos à sua actividade no presente. CONSELHO DISCIPLINAR Este Órgão da Câmara tem como missão o exercício do poder disciplinar sobre os Técnicos Oficiais de Contas, no decurso de 2004 teve ao seu serviço até Setembro, três juristas e a partir daquela data 5 juristas e dois administrativos. Reúnem todas as semanas e, não raras vezes, mais do que uma vez. Os processos, conforme a sua natureza, antes de formulada a acusação são objecto de uma fase de inquérito, com vista a avaliar o mérito ou demérito das questões suscitadas, isto é, se tem ou não justificação instruir o processo disciplinar ou se o contencioso se soluciona nesta fase preliminar. Conforme se depreende o Conselho Disciplinar, porque administrador da justiça profissional e tendo esta uma relação directa com o direito ao trabalho, carece no seu funcionamento de muito rigor e objectividade. No decurso do ano de 2004 o Conselho Disciplinar recebeu 5.103 participações, das quais 4.795 respeitavam a quotas em atraso dos membros, tendo procedido a 1.952 julgamentos, dos quais 1.854 foram arquivados, um cancelamento compulsivo, uma suspensão, seis penas de advertência e oitenta e nove penas de multa. No âmbito das suas funções elaborou e expediu 12.166 cartas, 9.102 ofícios de instrução, analisou 23 requerimentos de revisão de acórdãos, dos quais indeferiu 15 e deferiu 8. COMISSÃO DE INSCRIÇÃO: A Comissão de Inscrição é o Órgão da Câmara a quem são cometidas as funções das decisões inerentes à inscrição de novos membros na Câmara. Órgão que, nesta fase de implementação das novas normas de inscrição, assume uma enorme responsabilidade.

Page 22: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce

22

Não obstante a existência de um espírito de solidariedade e partilha de entre todos os Órgãos da Câmara, compete à Comissão de Inscrição, de entre outras funções, a condução, verificação da regularidade e realização dos actos conducentes à inscrição de novos candidatos a membros. Inerentes àquelas funções estão a realização dos respectivos exames, propor à Direcção o reconhecimento dos cursos e protocolos com os estabelecimentos de ensino. É presidida por Ezequiel Fernandes e composta por cinco membros. No âmbito das suas funções, analisou e propôs à Direcção o reconhecimento de 146 cursos que dão acesso à inscrição na Câmara. Propôs à Direcção a criação do Júri de Ética e Deontologia e o Júri que está a preparar o exame de avaliação profissional. Propôs à Direcção e orientou as diversas equipas de acompanhamento dos estágios e procedeu a diversas visitas a Escolas e estagiários, com vista à verificação do cumprimento dos protocolos e à forma como estão a decorrer os estágios profissionais. Analisou, elaborou e propôs à Direcção 44 protocolos a celebrar com estabelecimentos do ensino superior, com vista à dispensa de estágio. Propôs à Direcção a alteração do Regulamento de Estágio e Exame, com vista a prever neste a possibilidade dos estagiários oriundos do curso de Administração Pública poderem realizar o Estágio nos organismos públicos. Ainda no âmbito das suas funções analisou e procedeu à deliberação sobre 4.371 processos de inscrição, 1.493 suspensões voluntárias, 3.075 cancelamentos voluntários, 1.029 cancelamentos por óbito, 2 suspensões compulsivas, 2 cancelamentos compulsivos e 2 expulsões. Procedeu à elaboração e aprovação para publicação no Diário da República, III Série, das listas intercalares dos Técnicos Oficiais de Contas, que se inscreveram, suspenderam ou cancelaram a sua inscrição na Câmara. CONSELHO TÉCNICO:

Page 23: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce

23

As competências do Conselho Técnico encontram-se elencadas no artigo 44.º do Estatuto e, em termos globais compete-lhe gerir os aspectos de natureza técnica relacionados com a profissão. Naquele domínio, no decurso de 2004, desenvolveu as seguintes acções:

a) Concebeu, seleccionou e propôs à Direcção os temas a tratar nas acções de formação eventual, segmentada e permanente;

b) Elaborou em colaboração com a Direcção os calendários das acções de formação;

c) Procedeu à selecção e propôs à Direcção a encomenda aos respectivos autores dos manuais para as acções de formação;

d) Conduziu, através dos seus membros o funcionamento das acções de formação eventual;

e) Participou na organização e realização das acções de formação Segmentada e Permanente;

f) Elaborou e propôs à Direcção uma proposta de Regulamento das acções de formação;

g) Elaborou e propôs à Direcção o Regulamento de Controlo de Qualidade;

h) Definiu, seleccionou, orientou e propôs à Direcção a estratégia a seguir quanto à elaboração do Manual, bem como dos convites aos autores para a elaboração dos respectivos textos;

i) Propôs à Direcção uma proposta de interpretação, no sentido de dispensar de créditos na formação os professores de Contabilidade;

j) Emitiu diversos pareceres, destacando-se de entre eles a alteração do Plano de Contas a aplicar às sociedades Anónimas Desportivas;

k) Integra, em representação da Câmara, a Comissão Executiva e o Conselho Geral da Comissão de Normalização Contabilística;

l) Os seus membros têm estado presentes e, em termos institucionais, orientado as reuniões livres em diversos distritos;

m) Os seus membros estiveram presentes em diversos eventos, em representação da Instituição ou integrando as respectivas comitivas, destacando-se o 10.º Congresso de Contabilidade, promovido pelo ISCAL e o 17.º Congresso Brasileiro de Contabilidade, realizado em S. Paulo no Brasil, tendo também estado presente o Presidente da Direcção e do Conselho Fiscal.

n) Participou com diversos artigos sobre os mais variados temas, os quais foram publicados nos meios de comunicação Social ou na revista da Câmara.

XIV

Page 24: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce

24

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Relatar a actividade de um ano intenso de trabalho de uma Instituição como é a Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas num espaço que não se mostre fastidiosa a sua leitura, não é tarefa fácil. Ousamos aumentar o relato, mas conforme compreenderão, muitas coisas ficam por dizer. Vertemos no presente relatório os factos que se nos afiguraram como mais relevantes, ocorridos no decurso do ano de 2004. Provavelmente deixamos por relatar outros que até poderiam ter maior importância, daí a possibilidade de podermos estar a ser injustos para com os seus executores. Mas quem relata tem que decidir quanto ao conteúdo do relato, correndo o risco daquela injustiça. Vertemos no presente documento a nossa visão, aquilo que nos pareceu mais relevante para os profissionais e para a Instituição e, se praticamos qualquer injustiça, ela foi involuntária e apresentamos as nossas desculpas. Esta é a nossa visão do evoluir da nossa profissão, outros poderiam ter uma visão diferente ou até apresenta-la de forma diferente da nossa. Não obstante a possibilidade daquela diferença, o que fizemos, no que tem de bom e no que tem de menos bom, fizemo-lo na convicção de que era o melhor e nele colocamos o nosso melhor empenhamento, esforço, saber, dedicação e criatividade. Resta-nos uma palavra de agradecimento a todos os membros que compõem os restantes Órgãos da Instituição, pelo excelente ambiente de trabalho e dedicação em que se viveu no ano de relato, aos colaboradores da Instituição pelo abnegado esforço à causa dos Técnicos Oficiais de Contas e a todos aqueles que, directa ou indirectamente, se relacionaram com a Câmara.

XV

PROPOSTA

Page 25: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce

25

Nos termos do relatado, a Direcção da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas propõe à Assembleia Geral o seguinte:

1. Que seja aprovado o Relatório e as Contas do exercício de 2004; 2. Que os resultados obtidos no montante de 651.030,18€ tenham a

seguinte distribuição: a. – A importância de 7.699,62€ para o fundo de Solidariedade

Social; b. – A importância de 643.330,56€ para o fundo social.

3. Que seja aprovado um voto de louvor a todos os colaboradores, internos e externos da CTOC, sem os quais a gestão relatada dificilmente seria conseguida.

Lisboa 28 de Fevereiro de 2005 A Direcção Presidente

(António Domingues Azevedo

Vice-Presidente

(Armando Pereira Marques) Secretário

(Jaime Soares dos Santos

Secretária

(Rosa Teresa Reis Pinto Santos)

Tesoureiro

(Mário de Sousa Azevedo)

Page 26: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce

Análise da situação económica e financeira Análise da situação económica A situação económica da Câmara, no exercício de 2004, apresenta uma evolução em termos de proveitos e custos, a qual reflecte a actividade desenvolvida pela CTOC, concretização dos objectivos e o planeamento idealizado. O resultado líquido do exercício, depois de impostos, cifrou-se em € 651.030,18 Em termos de estrutura de Proveitos e Ganhos e Custos e Perdas, a decomposição é a seguinte: Análise da situação financeira Analisado o balanço, constata-se o equilíbrio da estrutura financeira relativamente ao ano corrente, sustentado no rácio da autonomia financeira em cerca de 77 por cento. Em termos de liquidez, regista uma variação positiva relativamente a 2003, passando o rácio de liquidez geral de 6.30 para 10.82 Em termos de investimentos, a CTOC prosseguiu a política dos anos anteriores, no que diz respeito à renovação do seu equipamento administrativo e informático. Podemos traduzir este nível de investimentos, com base num quadro onde se demonstra os montantes aplicados em cada uma das rubricas. Os valores aí constantes traduzem os investimentos realizados neste exercício comparativamente com o exercício anterior, ressalvando-se que o valor global apresentado traduz o investimento realizado, não contemplando, por isso, os abates e transferências efectuadas durante o exercício. No que diz respeito às variações orçamentais em termos de investimentos, destacamos o facto de não ter sido ainda oportuno a aquisição da nova sede durante o ano de 2004. Comparativamente a 2003, os activos e passivos financeiros reflectem a operacionalidade da Câmara, destacando-se os valores das quotas emitidas e ainda não recebidas, os quais mantêm um montante significativo, apesar da redução em termos dos valores em dívida superiores a um ano. O passivo financeiro situa-se dentro dos prazos normais de pagamento previstos.

Page 27: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce

Anexo à Demonstração dos Fluxos de Caixa Em anexo a esta demonstração devem ser feitas as seguintes divulgações: 2 – Discriminação dos componentes da caixa e seus equivalentes, reconciliando os montantes evidenciados na demonstração dos fluxos de caixa com as rubricas do balanço: 2004 2003 Numerário Dep.bancários imediatamente mobilizáveis Equivalentes a caixa: Caixa e seus equivalentes Outras disponibilidades: Depósitos bancários Caixa

5.400,00 2.071.060,11

85.469,60

2.071.060,11

90.869,60

4.900,00 1.388.895,29

27.602,09

1.388.895,29

32.502,09 5 – Na divulgação dos fluxos de caixa, foi utilizado o método directo, o qual nos dá a informação acerca dos componentes principais de recebimentos e pagamentos brutos, obtidos pelos registos contabilísticos da Instituição.

Page 28: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce

1/9

RELATÓRIO ANUAL DA ACTIVIDADE FISCALIZADORA

1. INTRODUÇÃO

Nos termos da alínea d) do art.º 37.º do Estatuto da CTOC (ECTOC), o Conselho Fiscal (CF) deve elaborar, sempre que o julgue conveniente, relatórios da sua actividade fiscali-zadora, sendo obrigatoriamente elaborado um, anualmente, que será apresentado à Assembleia Geral de aprovação de contas.

Este relatório visa, portanto, dar cumprimento à última parte daquele articulado.

Considerando que o ECTOC não define o conteúdo deste Relatório, o CF entendeu que justificaria manter, de uma forma geral, o formato dos Relatórios do CF anterior, pelo que se procede a uma exposição analítica da actividade desenvolvida.

Neste contexto, consideramos útil manter a descrição da forma de actuação e de organi-zação interna do CF.

2. ÂMBITO

Efectuámos a fiscalização da actividade administrativa da Direcção, de acordo com o dis-posto na alínea c) do art.º 37.º do ECTOC e examinámos os documentos e os registos contabilísticos, face ao estatuído na alínea b) do mesmo artigo. Nesta análise tivemos em consideração as normas técnicas aplicáveis à auditoria às contas e com a profundidade considerada necessária nas circunstâncias.

Em consequência do exame efectuado emitimos o PARECER SOBRE O RELATÓRIO E CONTAS DA DIRECÇÃO, nos termos da mencionada alínea c) do art.º 37.º do ECTOC, com data de 28 de Fevereiro de 2005, cujo conteúdo deve ser tido como integralmente reproduzido.

3. TRABALHOS REALIZADOS

3.1 Organização interna do CF

A organização interna do CF obedece a um “Regulamento de Funcionamento para o trié-nio 2002-2004” que foi aprovado em reunião do CF de 20 de Fevereiro de 2002.

A palavra “fiscalizar” significa “verificar o bom cumprimento de normas, leis ou quaisquer regras ou disposições” ou “observar atentamente o cumprimento dos deveres, obrigações de alguém” (in Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciên-cias de Lisboa e da Fundação Calouste Gulbenkian, Ed. Verbo, Lisboa, 2001, pg. 1759).

Page 29: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce

2/9

Neste contexto, para a qualificação do cumprimento das actividades dos Órgãos da Câma-ra, o CF entende que deverá desenvolver a sua acção fiscalizadora numa dupla perspecti-va:

− À posteriori ou reactiva – Em função da realização efectiva das actividades, em que o CF apresenta sugestões/recomendações e relatórios/memorandos visando a evidenciação dos resultados e a melhoria do desempenho dessas actividades no futuro, especialmente nas que são recorrentes (v.g. acções de formação).

− Apriorística ou proactiva – Sempre que o CF apresenta suges-tões/recomendações antes da realização das actividades, constantes ou não expressamente do Plano de Actividades;

Nesse Regulamento esclarece-se que as funções do CF, contempladas no art.º 37.º do ECTOC estão, de uma forma geral, previstas no art.º 420.º do CSC, nomeadamente a “fis-calização da gestão” prevista na alínea a) do n.º 1 desse articulado do CSC.

Para a prossecução dessas competências estatutárias, o CF, desenvolveu, entre outros, os seguintes procedimentos:

a) Reuniões

Em 2004 o CF realizou 14 reuniões perfazendo um total de 35 no mandato de 2002/2004 (12 em 2002 e 9 em 2003) e participou em reuniões com os Órgãos da Câmara.

b) Acompanhamento da actividade dos outros Órgãos da Câmara

Como já referimos, o CF deve fiscalizar o cumprimento do plano de actividades e orçamento da Câmara, face ao preceituado na alínea a) do art.º 37.º do ECTOC.

Nos termos da alínea b) do art.º 30.º do ECTOC, realizou-se em 18 de Dezembro de 2004, a Assembleia Geral Ordinária para discussão e aprovação do Plano de Activida-des e do Orçamento da Câmara para o ano de 2005, elaborados pela Direcção.

Page 30: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce

3/9

O art.º 37.º do ECTOC não estabelece que o CF deve emitir parecer sobre aqueles documentos, mas somente fiscalizar o seu cumprimento, ou seja, deve pronunciar-se sobre a execução e não sobre as projecções da actividade e respectivo orçamento.

No entanto, a exemplo dos anos anteriores, o Presidente da Mesa da Assembleia Geral solicitou a intervenção do Presidente do CF que teceu alguns comentários técni-cos sobre o documento.

A fiscalização do Plano de Actividades e do Orçamento da Câmara pressupõe, em nosso entender e salvo melhor opinião, que o CF deve supervisionar a actividade de todos os Órgãos da Câmara da CTOC, pelo que a actuação do CF teve em conta esse pressuposto.

Uma das formas que o CF se serviu para fiscalização da actividade foi a de solicitar as actas das reuniões da Assembleia Geral, da Direcção, da Comissão de Inscrição e do Conselho Técnico que foram analisadas nas reuniões do CF. O Conselho Disciplinar, de acordo com documento enviado ao CF, não tem disponibilizado as actas das res-pectivas reuniões, por considerar que as características da sua actividade assumem um carácter sigiloso, conforme documento enviado ao CF e que, de uma forma geral, obteve a concordância do CF.

De uma forma geral os Órgãos da Câmara têm exercido as competências estatutárias.

c) Notas de Recomendações

O CF apresentou algumas sugestões aos Órgãos da Câmara, especialmente à Direc-ção, que foram traduzidas em sete Notas de Recomendações (nove em 2002 e cator-ze em 2003).

d) Memorandos

Durante o ano de 2004 foram elaborados sete Memorandos (zero em 2002 e três em 2003) sobre reuniões e ou assuntos de relevo.

e) Relatórios e outros documentos

Durante o ano de 2004 foram elaborados três relatórios (dois em 2002 e três em 2003) dirigidos aos Órgãos da Câmara.

Em 2003, o CF elaborou, pela primeira vez, um Relatório de Actividades e da Acção Fiscalizadora (Interno), não exigido nos Estatutos, divulgado a todos os Órgãos da

Page 31: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce

4/9

Câmara, a fim de os mesmos terem uma melhor percepção da actividade do CF, o mesmo acontecendo relativamente ao exercício de 2004.

Na sequência de algumas dúvidas sobre a actividade fiscalizadora, o CF elaborou um relatório intitulado “Documento para Debate” enviado a todos os Órgãos da Câmara, no qual clarificou as suas competências e suscitou a opinião dos restantes Órgãos visando diminuir o “expetaction gap” da acção fiscalizadora.

3.2 Procedimentos de Fiscalização

Na sequência da acção fiscalizadora desenvolvemos diversos trabalhos de campo que levaram à execução de vários procedimentos de fiscalização, além dos referidos no item anterior, designadamente:

a) Reuniões e/ou entrevistas com os responsáveis pela área contabilística e financeira e outros colaboradores da CTOC;

b) Verificação da conformidade das demonstrações financeiras, que compreendem o Balanço, as Demonstrações dos Resultados por Naturezas e por Funções, a Demons-tração dos Fluxos de Caixa, bem como os correspondentes Anexos, com as normas constantes do Plano Oficial de Contabilidade e das Directrizes Contabilísticas;

c) Verificação da conformidade daquelas demonstrações financeiras com os registos contabilísticos e documentos que lhes servem de suporte;

d) Apreciação da adequação e consistência das políticas contabilísticas da Câmara, bem como da sua divulgação no Anexo, designadamente no que concerne a amortizações, provisões, acréscimos e diferimentos activos e passivos e outras políticas contabilísti-cas consideradas relevantes;

e) Análise do sistema de controlo interno contabilístico e administrativo existente na Câ-mara;

f) Análise da informação financeira divulgada, tendo sido efectuados os testes substanti-vos seguintes, que considerámos adequados em função da materialidade dos valores envolvidos:

Page 32: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce

5/9

f1) Inspecção física dos principais elementos do imobilizado corpóreo, confirmação directa da titularidade de bens sujeitos a registo e dos eventuais ónus ou encargos incidentes sobre tais bens;

f2) Análise e teste das reconciliações bancárias preparadas pela Câmara;

f3) Análise das situações justificativas da constituição de provisões para redução de activos, para passivos ou responsabilidades contingentes ou para outros riscos;

f4) Verificação da situação fiscal e da adequada contabilização dos impostos, bem como da situação relativa à Segurança Social;

f5) Análise e teste dos vários elementos de custos, proveitos, perdas e ganhos regis-tados no exercício, com particular atenção ao seu balanceamento, diferimento e acréscimo;

f6) Sugestões de ajustamentos e reclassificações contabilísticos em factos patrimo-niais materialmente relevantes. As demonstrações financeiras traduzem tais ope-rações.

3.3 Alguns Assuntos de Destaque

3.3.1 Seguro de Responsabilidade Civil

O primeiro CF emitiu um Parecer, datado de 24 de Fevereiro de 1999, no qual manifestou a sua discordância com a assunção pela Direcção do pagamento do Seguro de Respon-sabilidade Civil, tendo apresentado sugestões para uma outra utilização dos encargos incorridos.

Então, o CF argumentou que o n.º 4 do art.º 52.º dos Estatutos prevê como “dever geral” que os TOC devem subscrever um contrato de seguro de responsabilidade civil profissio-nal, pelo que, salvo melhor opinião, está direccionado para uma subscrição individual e não para uma subscrição colectiva neste caso realizada pela Direcção da CTOC.

A Direcção deliberou manter o pagamento do seguro para os exercícios de 2002 a 2004.

Entretanto, no ano de 2002, o CF anterior solicitou à Direcção a emissão de um parecer jurídico para clarificação da situação que veio a ser emitido em 15 de Março de 2002 por Luiz Gomes & Associados, Sociedade de Advogados.

No entanto, o CF tem mantido e mantém a discordância quanto ao pagamento do seguro pela CTOC e alerta para os efeitos de tais custos nos resultados.

Page 33: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce

6/9

3.3.2 Auditoria Externa

Considerando que os Órgãos da Câmara da CTOC são eleitos em lista apresentada a sufrágio, incluindo, portanto, o CF, opinamos que se justifica a manutenção da auditoria externa por uma entidade independente, pelo que concordamos com a deliberação da Direcção na permanência desses Serviços, que tem sido adjudicada, desde a constituição da CTOC, à sociedade “Oliveira, Reis & Associados”, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas n.º 23, com sede em Lisboa.

O CF mantém o entendimento de que se justifica uma rotatividade desses serviços. No entanto, a Direcção manteve a decisão de seleccionar a mesma SROC, argumentando que a mesma tem cumprido as suas responsabilidades.

Finalmente, o CF elaborou uma Nota de Recomendações à Direcção no sentido de no contrato com os auditores externos ser contemplada uma cláusula que os vincule à elabo-ração de um Relatório Anual da Fiscalização Efectuada (facultativo de acordo com as normas da Ordem dos ROC), no qual se pronunciem sobre o Relatório de Actividades da Direcção, o que, até a data, não se concretizou.

3.3.3 Acções de Formação

Considerando que as acções de formação constituem actividades em que existe um maior contacto directo entre os dirigentes da CTOC e os profissionais, o CF tem desenvolvido algumas acções de fiscalização traduzidas em Notas de Recomendações e Relatórios.

Apesar de as acções de formação revelarem um histórico positivo na actividade da CTOC, o CF mantém o entendimento de que as mesmas ainda registam algumas deficiências organizacionais que urge colmatar, esperando-se, nomeadamente, uma maior intervenção do Conselho Técnico. O CF tem conhecimento que o Conselho Técnico e a Direcção estão a ultimar um Regulamento das Acções de Formação que deverá ser implementado em 2005.

3.3.4 Revista “TOC” e Revista Científica

Apesar de existirem indicadores positivos quanto à receptividade dos profissionais à revis-ta “TOC”, o CF mantém o entendimento de que a Direcção e o Conselho Técnico ainda não desenvolveram todas as acções tendentes ao cumprimento da alínea j), do n.º 1, do art.º 3.º e da alínea d), do n.º 1, do art.º 44.º, ambos do ECTOC.

O CF enaltece, porém, os esforços desenvolvidos pelos dois Órgãos da Câmara no senti-do da concepção de uma nova publicação (Revista Científica) que deverá constituir um

Page 34: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce

7/9

pilar importante de afirmação da CTOC no desenvolvimento da teoria e da prática contabi-lísticas, nomeadamente junto do meio académico universitário.

3.3.5 Manual do TOC

O CF elaborou Notas de Recomendações sobre o Manual do TOC e nos relatórios anterio-res manifestou a opinião de que o mesmo não estava a ter o desenvolvimento esperado. No entanto, o CF regista o facto positivo de as primeiras matérias terem sido disponibiliza-das em CD no ano de 2004, embora o CF entenda que ainda está aquém dessas expecta-tivas.

4. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As demonstrações financeiras contemplam os ajustamentos e reclassificações contabilísti-cos e as sugestões e correcções sugeridos pelo CF. Registamos, porém, os seguintes factos:

a) As políticas contabilísticas estão devidamente divulgadas no Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados salientando-se as resultantes da aplicação dos prin-cípios contabilísticos fundamentais “Da especialização (ou do acréscimo)” e “Da prudência”, o que denota uma preocupação de rigor técnico-contabilístico em prol da imagem verdadeira e apropriada da Câmara;

b) Os resultados líquidos dos exercícios têm registado sempre valores positivos. Após um acréscimo significativo no ano anterior em que atingiu o valor de 1.983.232 euros, em 2004 registou uma diminuição significativa para 651.030 euros, devido essencialmente à diminuição das prestações de serviços das quotizações dos membros;

c) O valor das dívidas dos membros em 31/12/2004 cifra-se em 2.224.371 euros, do qual se considera de cobrança duvidosa o montante de 1.006.487 euros, que se encontra provisionado em cerca de 40% (408.154 euros), tendo havido no exer-cício de 2004 um reforço de 69.034 euros., conforme divulgação nas notas 1, 2 e 3 do Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados. Os reforços das provi-sões de cobrança duvidosa de membros tem vindo a diminuir significativamente desde 2001, o que se justifica pelas acções da Direcção no recebimento de quotas.

Uma das justificações para tal evolução, refere-se à política de contabilização das prestações de serviços inerentes às quotizações, na medida em que se consubs-tancia no registo dos proveitos (réditos) independentemente do recebimento, de

Page 35: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce

8/9

acordo com o princípio “Da especialização” e não o de “regime de caixa”. Ou seja, por força de aplicação das disposições estatutárias, as quotas são processadas anualmente independentemente do membro se encontrar em dívida de quotas nos anos anteriores. Tal como referimos nos Relatórios dos anos de 2003 e 2004, o Presidente do CF elaborou um estudo sobre esta temática para discussão interna.

5. RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

O CF procedeu à analise do Relatório de Actividades da Direcção (RAD) de 2004, que contempla algumas sugestões e ou correcções apresentadas pelo CF.

No entanto, o CF salienta o seguinte:

a) De acordo com recomendações do CF em anos anteriores, o RAD contempla, finalmente, informações mais detalhadas sobre as actividades dos restantes Órgãos da Câmara;

b) O RAD refere as diligências desenvolvidas pela Direcção no que diz respeito à aquisição das novas instalações. O presidente do CF integra a Comissão para Aquisição das Novas Instalações que tem reunido periodicamente e procedido à análise de várias propostas e visitas de instalações. Conforme é referido no Plano de Actividades e Orçamento para 2005 e no RAD, a Comissão está a ultimar a negociação de umas instalações que correspondem às exigências da Câmara.

6. EXECUÇÃO ORÇAMENTAL

Relativamente aos mapas de execução orçamental, o CF regista o seguinte:

a) Nos custos totais não se registaram desvios significativos. Os proveitos regista-ram um desvio negativo total de 13%, devido essencialmente à referida dimi-nuição do valor das quotas dos membros efectivos (desvio negativo de 8%);

b) No que concerne à componente de investimento em imobilizações corpóreas, o desvio justifica-se pela não realização dos investimentos previstos na aquisição das instalações para a sede da Câmara, como consta do RAD e do Plano de Actividades e Orçamento da Câmara para 2005.

Page 36: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce

9/9

Lisboa, 28 de Fevereiro de 2005

O CONSELHO FISCAL,

Presidente: ____________________________________ (Joaquim Fernando da Cunha Guimarães - Presidente)

Vogal: _____________________________

(Alberto Carlos Morais Braz – 1.º Vogal) Vogal: _____________________________

(Tomás Pires Vieira dos Santos – 2.º Vogal)

Page 37: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce

��

PARECER DO CONSELHO FISCAL SOBRE O RELATÓRIO E CONTAS DA DIRECÇÃO

INTRODUÇÃO 1. Em cumprimento do disposto na alínea c) do art.º 37.º do Estatuto da Câmara dos Técnicos Ofi-

ciais de Contas (ECTOC), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 452/99, de 5 de Novembro, examiná-mos o Relatório e Contas da Direcção, compreendendo estas últimas as demonstrações finan-ceiras anexas da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas, as quais incluem o Balanço em 31 de Dezembro de 2004 (que evidencia um total de balanço de 8.300.566,77 euros e um total do fundo social de 7.020.741,63 euros, incluindo um resultado líquido de 651.030,18 euros), as Demonstrações dos Resultados por Naturezas e por Funções, a Demonstração dos Fluxos de Caixa e os correspondentes Anexos.

RESPONSABILIDADES 2. Nos termos da alínea f) do n.º 1 do art.º 35.º do ECTOC, é da competência da Direcção da

Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas a apresentação do Relatório e Contas e respectivas demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição finan-ceira da Câmara, o resultado das suas operações, bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado.

3. Considerando que a Direcção deliberou manter a auditoria às contas, realizada por “Oliveira, Reis & Associados”, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas n.º 23, com sede em Lisboa, entendemos que o trabalho desenvolvido por essa Sociedade incorre nas responsabilidades ine-rentes à respectiva certificação das contas, nos termos do art.º 45.º do Decreto-Lei n.º 489/99, de 16 de Novembro (Estatutos da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas).

4. A nossa responsabilidade encontra-se consagrada na citada alínea c) do art.º 37.º do ECTOC e consiste na emissão de parecer sobre o Relatório e Contas da Direcção e, de um modo geral, na fiscalização da sua actividade administrativa.

ÂMBITO 5. Não definindo o ECTOC o conteúdo do parecer nem as normas subjacentes, a fiscalização a

que procedemos foi efectuada de acordo com as normas gerais de auditoria aplicáveis, as quais exigem que a mesma seja planeada e executada com o objectivo de obter um grau de seguran-ça aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes.

6. O Relatório Anual da Actividade Fiscalizadora, elaborado por este Conselho Fiscal no âmbito da alínea d) do art.º 37.º do ECTOC, relata, com o pormenor que julgamos adequado às circunstân-cias, o trabalho e o âmbito da nossa actividade fiscalizadora.

7. Entendemos que a fiscalização efectuada proporciona uma base aceitável para expressão do nosso parecer sobre o Relatório e Contas.

PARECER 8. Somos de parecer que o Relatório e Contas da Direcção e as demonstrações financeiras referi-

das apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevan-tes, a posição financeira da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas em 31 de Dezembro de 2004 e o resultado das suas operações no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites.

Lisboa, 28 de Fevereiro de 2005 O Conselho Fiscal:

Presidente: ___________________________________ (Joaquim Fernando da Cunha Guimarães - Presidente)

Vogal: ___________________________________ (Alberto Carlos Morais Braz – 1.º Vogal)

Vogal: ___________________________________ (Tomás Pires Vieira dos Santos – 2.º Vogal)

Page 38: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce
Page 39: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce
Page 40: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce

CustosCustos Orçamento Real Variação(%)

Materiais de consumo 50.122,00 32.807,03 -35Brochuras 702,00 2.901,57 313Livros "Encruzilhadas" 192,00 14,40 -93Aplicação Informática "ATD" 270.000,00 152.793,00 -43Vinhetas 3.530,00 11.375,28 222Formação informática 29.460,00 0,00 -100Projecto e-TOC 1.210,00 274,34 -77Revista TOC 978.725,00 1.089.493,48 11SITOC 452.390,00 463.888,27 3IAS 24.860,00 0,00 0CD-ROOM 0,00 51.099,98 100Electricidade 28.667,00 26.798,49 -7Combustíveis 3.325,00 3.167,60 -5Água 2.220,00 2.816,27 27Ferramentas e utensílios de desgaste rápido 200,00 0,00 -100Livros e documentação técnica 1.790,00 2.905,32 62Material de escritório 111.007,00 88.103,87 -21Artigos para oferta 500,00 0,00 -100Rendas e alugueres 82.835,00 62.150,18 -25Despesas de representação 6.066,00 13.091,44 116Comunicação 706.061,00 733.623,17 4Seguros 25.995,00 42.221,96 62Seguros responsabilidade civil 535.390,00 525.205,50 -2Transportes de mercadorias 100,00 1.478,67 1.379Transportes de pessoal 300,00 0,00 -100Deslocações e estadas 168.737,00 184.778,03 10Honorários 633.776,00 561.783,74 -11Contencioso e notariado 17.005,00 17.158,14 1Conservação e reparação 71.066,00 86.553,74 22Publicidade 105.790,00 161.796,42 53Limpeza higiene e conforto 61.669,00 55.319,71 -10Vigilância e segurança 55.491,00 48.930,51 -12Trabalhos especializados 409.682,00 332.733,75 -19Formação Global 631.508,00 599.276,34 -5Publicações obrigatórias 26.100,00 6.786,00 -74Acções de formação permanente 184.924,00 217.648,73 18Encontro Nacional TOC´s 31.000,00 20.978,96 -32Formação Segmentada 135.782,00 224.046,57 65Revista Científica 102.150,00 0,00 -100Outros fornecimentos 16.587,00 11.458,41 -31Imposto s/valor acrescentado 301,00 0,00 -100Imposto do selo 50,00 15,00 -70Imposto sobre transportes rodoviários 127,00 107,95 -15Taxas 198,00 188,87 -5Contribuição autárquica 4.559,00 5.217,75 14Vencimentos - orgãos sociais 665.380,00 757.441,34 14Encargos - orgãos sociais 133.940,00 143.185,15 7Vencimentos - pessoal 1.260.950,00 1.183.583,32 -6Encargos - pessoal 259.756,00 241.355,52 -7Subsídio de alimentação - pessoal 84.563,00 88.772,25 5Seguros acidentes de trabalho 3.250,00 15.261,43 370Custos acção social 4.458,00 9.271,83 108Formação 69.991,00 20.913,08 -70Outros custos c/pessoal 0,00 23.087,83 100Outros custos e perdas operacionais 0,00 302,40 100Amortizações edifícios 219.921,00 61.097,85 -72Amortizações equipamento de transporte 12.500,00 0,00 0Amortizações ferramentas e utensílios 844,00 858,26 2Amortizações equipamento administrativo 214.385,00 198.976,25 -7Amortizações outras imobilizações corpóreas 1.536,00 1.398,98 -9Amortizações propriedade industrial 244,00 56,50 -77Provisões - dívidas de membros - quotização 41.608,00 69.034,01 66Juros suportados 0,00 0,00 0Serviços bancários 44.975,00 42.060,66 -6Gratificações e donativos 0,00 370,00 100Dívidas Incobráveis 0,00 0,00 0Perdas em existências 0,00 9.178,39 100Perdas em imobilizações 2.086,00 2.639,93 27Correcções exercícios anteriores 47.555,00 371.594,83 681Outros custos e perdas extraordinários 25.916,00 9.613,31 -63

Totais 9.066.007,00 9.091.041,56 0

Page 41: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce
Page 42: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce

ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS DO EXERCÍCIO DE 2004

Nota Introdutória A Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas é uma pessoa colectiva pública criada por Decreto Lei n.º 452/99 de 5 de Novembro, titular do cartão n.º 503 692 310, com sede na Av. 24 de Julho, nº 58 em Lisboa.

As demonstrações financeiras relativas ao exercício de 2004, foram preparadas de acordo com os princípios contabilísticos fundamentais previstos no Plano Oficial de Contabilidade. As notas que a seguir se desenvolvem respeitam a numeração definida pelo Plano Oficial de Contabilidade, relativamente ao modelo desenvolvido. As notas não referenciadas não são aplicáveis. 1. Foi derrogado o princípio contabilístico “Da consistência” relativamente à política de contabilização das provisões para dívidas dos membros consideradas de cobrança duvidosa, conforme nota 3, visando uma melhor aplicação do princípio “Da prudência” em prol da imagem verdadeira e apropriada. 2. Foi alterado o critério das percentagens e prazos relativos à contabilização das provisões para dívidas dos membros consideradas de cobrança duvidosa, conforme nota 3, pelo que as respectivas contas não são comparáveis com o exercício anterior. 3. Os critérios valorimétricos utilizados relativamente às rubricas do balanço e da demonstração dos resultados são: a) Imobilizado corpóreo Os bens do activo imobilizado foram registados ao custo de aquisição (IVA incluído, por não ser dedutível). As amortizações foram efectuadas pelo método das quotas constantes em sistema de duodécimos e às taxas máximas legalmente fixadas no Decreto-Regulamentar nº 2/90, de 12 de Janeiro. Os bens do activo imobilizado adquiridos no ano 2004, de valor inferior a € 199,52, foram amortizados a 100%, de acordo com o nº1 do art.20º do referido diploma legal. b) Materiais diversos Os bens aprovisionáveis destinados ao consumo nas acções de formação e livro “Encruzilhadas”, são registados ao custo de aquisição (IVA incluído, por não ser dedutível), através do sistema de inventário permanente, utilizando o FIFO como método de custeio das saídas.

Page 43: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce

2

c) Provisões Critério adoptado relativamente às dívidas de cobrança duvidosa: 2004 2003 Entre 13 e 18 meses - 15% do valor em dívida 10% do valor em dívida Entre 19 e 24 meses - 25% do valor em dívida 15% do valor em dívida Entre 25 e 36 meses 35% do valor em dívida Superior a 36 meses - 50% do valor em dívida 50% do valor em dívida d) Acréscimos e diferimentos Em obediência ao princípio “Da especialização” registam-se as seguintes situações: Os encargos com férias (v.g. férias, subsídios de férias, seguros) foram contabilizados em 2004 e com base na estimativa dos encargos a pagar no próximo exercício. Dado que o primeiro número da revista científica será publicado em 2005, os custos (v.g. honorários, despesas de deslocação) foram diferidos e serão reconhecidos nesse exercício. Os valores relativos a material de economato (v.g. subscritos, folhas de papel) são reconhecidos como custo do exercício de acordo com o seu consumo. 6. Relativamente ao cálculo da estimativa do imposto sobre o rendimento do exercício, é apurada de acordo com o método do imposto a pagar, previsto no POC, por inaplicabilidade da Directriz Contabilística nº 28, tendo em conta os rendimentos comerciais (comercialização dos manuais das acções de formação, aplicações informáticas, livro “Encruzilhadas” e a publicidade na revista TOC), não havendo, por isso, situações que afectem os impostos futuros. 7. Durante o ano de 2004, a C.T.O.C. teve ao seu serviço, no regime de trabalho dependente, em média, cerca de 96 colaboradores, sendo:

Janeiro 95 Julho 96Fevereiro 95 Agosto 96Março 95 Setembro 96Abril 96 Outubro 95Maio 96 Novembro 98Junho 96 Dezembro 98

Page 44: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce

3

10. Os movimentos ocorridos nas rubricas do activo imobilizado constantes do balanço e nas respectivas amortizações, encontram-se devidamente evidenciadas nos seguintes mapas: Activo Bruto:

Rubricas

Saldo Inicial

Reavaliação/ Ajustamento

Aumentos

Alienações

Transferências e

Abates

Saldo Final

Imobilizações incorpóreas: Prop.industrial e outros direitos

1.450,26

28.431,48

28.431,48 a)

1.450,26

1.450,26

28.431,48

28.431,48

1.450,26

Imobilizações corpóreas: Terrenos e recursos naturais Edifícios e outras construções Equipamento de transporte Ferramentas e utensílios Equipamento administrativo Outras imobilizações corpóreas Imobilizações em curso Adiantamentos p/c/Imob. Corpóreas

540.781,82 3.252.384,24

80.659,50 4.029,96

1.193.128,17 140.161,52

0,00 6.104,70

138,00 225.218,81

50.506,96

138,00 28.733,53

49.471,66

540.781,82 3.252.384,24

80.659,50 4.029,96

1.389.613,45 140.161,52

0,00 7.140,00

5.217.249,91

275.863,77

78.343,19

5.414.770,49

Investimentos financeiros: Títulos e out. aplic. Financeiras (Fundo Social)

100.000,00

100.000,00

100.000,00

100.000,00

a) A explicitação dos valores encontram-se na nota 48.2

Amortizações:

Rubricas

Saldo inicial

Reforço

Regularizações

Saldo Final

Imobilizações incorpóreas: Prop.industrial e out.direitos

1.393,76

56,50

1.450,26

1.393,76

56,50

1.450,26

Imobilizações corpóreas: Edifícios e outras construções Equipamento de transporte Ferramentas e utensílios Equipamento administrativo Out imobilizações corpóreas

435.329,62 80.659,50 1.923,14

783.401,21 8.915,25

61.097,85 0,00

858,26 198.976,25

1.398,98

(26.093,60)

496.427,47 80.659,50 2.781,40

956.283,86 10.314,23

1.310.228,72

262.331,34

(26.093,60)

1.546.466,46

Page 45: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce

4

23. Valor global das dívidas de cobrança duvidosa

25.5.9 - Membros de cobrança duvidosa – € 1.006.487,19 34. Apresentação e explicitação dos movimentos ocorridos no exercício na conta de provisões acumuladas de acordo com o quadro seguinte:

Contas

Saldo inicial

Aumento

Redução

Saldo final

28-Provisões para cobrança duvidosa

339.119,17

69.034,01

408.153,88

35. Movimentos ocorridos no Fundo Social O Fundo Social da CTOC, sofreu um aumento devido à incorporação do resultado líquido do exercício de 2003 no valor de € 1.983.231,88, sendo distribuídos da seguinte forma: Fundo Social € 1.977.240,05 Reforço da Reserva do Fundo Social € 5.991,83. 40. Explicitação e justificação dos movimentos ocorridos no exercício em cada uma das rubricas de capitais próprios, constantes do balanço:

Contas

Saldo inicial

Aumentos

Diminuições

Saldo final

51 - Fundo Social 57 - Reservas 57.4 - Reservas livres 57.6 - Reservas fundo social 59 - Resultados transitados 59.1 - Resultados transitados

4.300.171,02

94.008,17

1.977.240,05

5.991,83

1.983.231,88

7.699,62

1.983.231,88

6.277.411,07

92.300,38

De salientar que durante o exercício de 2004, cinco Membros beneficiaram do Fundo Social. 41. Demonstração do custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas, como segue:

Movimentos

Mercadorias

Matérias-primas Subsidiárias e de consumo

Existências iniciais Compras Descontos e abatimentos em compras Regularizações Existências finais

18.155,01

214.438,89

(48.400,00)

(18.999,69)

9.485,24

57.590,52

0,00

0,00

(825,42)

23.958,07

Custos no exercício

155.708,97

32.807,03

Page 46: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce

5

43. As remunerações atribuídas aos Membros dos Órgãos da Câmara As remunerações atribuídas aos Órgãos da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas (25 elementos) no presente exercício, foram de € 757.441,34, distribuindo-se do seguinte modo:

Remunerações Orgãos da Câmara

Direcção Conselho Técnico

Conselho Fiscal

Conselho Disciplinar

AssembleiaGeral

Comissão Inscrição

Total

Vencimentos Sub.Férias e Férias 2004 Subsídio de Natal

175.247,16

a)50.123,68

15.576,20

115.849,92

20.107,97

9.996,24

37.961,53

6.604,42

3.237,32

96.025,21

16.673,04

8.250,32

25.124,02

4.514,25

2.228,92

138.857,34

20.747,70

10.316,10

589.065,18

118.771,06

49.605,10

Total Geral 240.947,04 145.954,13 47.803,27 120.948,57 31.867,19 169.921,14 757.441,34

a) A explicitação dos valores encontram-se na nota 48.5 45. Demonstração dos resultados financeiros:

Custos e perdas

2004

2003

Proveitos e ganhos

2004

2003

681 – Juros suportados 685 – Diferenças de cambio 688 – Outros custos e perdas financeiros Resultados financeiros

0,00

33,56

42.027,10

(2.176,70)

0,00

0,00

37.383,26

(21.952,02)

781 – Juros obtidos 785 – Diferenças de cambio

39.882,78

1,18

15.431,24

0,00

39.883,96

15.431,24

39.883,96

15.431,24

46. Demonstração dos resultados extraordinários:

Custos e perdas

2004

2003

Proveitos e ganhos

2004

2003

691 – Donativos 692 - Dívidas incobráveis 693 – Perdas em existências 694 – Perdas em imobilizações 697 – Correcções relativas a exercícios anteriores 698 – Out. custos e perdas extraordinários Resultados extraordinários

370,00

0,00

9.178,39

2.639,93

371.594,83

9.613,30

(378.051,93)

1.055,00

473,86

296,54

2.026,56

44.345,82

686,93

(40.275,06)

796 - Redução de amortizações e provisões 797 – Correcções relativas a exercícios anteriores 798 – Outros proveitos e ganhos extraordinários

0,00

9.340,94

6.003,58

87,00

8.065,82

456,83

15.344,52

8.609,65

15.344,52

8.609,65

48. Informações relevantes para melhor compreensão da posição financeira e dos resultados:

Page 47: RELATÓRIO E CONTAS DE 2004[1] · 1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 I INTRODUÇÃO A apresentação do Relatório e contas de qualquer instituição, com especial realce

6

• 48.1 A conta 11 - Caixa - suporta em 31/12/2004 um saldo de 90.869,60 € que

corresponde a: caixa Sede 86.469,60 € (dos quais 1.000,00 € de fundo fixo de caixa e 85.469,60 € de valores para depósito), e 4.400,00 € referentes ao fundo fixo dos caixas das representações da CTOC. • 48.2 Os movimentos a débito e a crédito na conta 433 Propriedade industrial e outros

direitos, no valor de 28.431,48 € resulta da aquisição de licenças Windows durante o exercício, registado inicialmente nesta, e posteriormente por, razões de critério contabilístico adoptado em exercícios anteriores, foi transferida para a conta 426 Equipamento administrativo – programas informáticos, tratando-se por isso de uma transferência interna entre contas.

• 48.3 A conta 697 – Correcções relativas a exercícios anteriores, apresenta um saldo de 371.594,83 €, sendo mais significativo o valor de 330.784,00 € pago à Companhia de Seguros Fidelidade, a título de devolução da participação nos resultados de 2001 e 2002. Apesar de ser considerada uma regularização de grande significado no ano corrente, não põe em causa as demonstrações financeiras anteriores, dada a política contabilística adoptada ser a correcta na altura, e nos exercícios a que se reporta, não ser expectável a ocorrência destes encargos.

• 48.4 No que diz respeito aos acréscimos e diferimentos, apresentamos o seguinte quadro comparativo:

Acréscimos e diferimentos

2004

2003

Activos: 271 Acréscimos de proveitos Juros a receber Outros ( Patrocínios, Multas) 272 Custos diferidos Contratos Manutenção Software Material de economato Outros Revista científica Seguro de doença Outros - Acção de formação eventual Passivos: 273 Acréscimos de custos Remunerações a liquidar Outros ( Honorários, IMI) 274 Proveitos diferidos Jóias, Quotização, Inscrições - Formação

4.911,94 21.745,72

17.472,25 39.121,45

48.740,49 11.037,00 18.188,22

338.898,98 140.852,65

376.827,23

2.049,43 25.891,07

4.062,54

48.125,82

0,00 0,00

40.407,81

294.193,94 45.605,66

197.010,32

• 48.5 A conta 2732 inclui as remunerações no valor total de 19.348,11 €, devidos por

motivo de férias e subsídio de férias relativos ao ano de 2004 a pagar em 2005 a três elementos dos orgãos da Câmara que cessaram funções no dia 04 de Janeiro do corrente ano.

Lisboa, 28 de Fevereiro de 2005 O Técnico Oficial de Contas n.º 7.605 A Direcção _______________________________ ___________________________ (Ana Teresa Pina) (A.Domingues de Azevedo) Presidente