relatÓrio do xiv encontro nacional do setor...

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1 Circular nº 321/16 Brasília, 3 de outubro de 2016 Às seções sindicais, secretarias regionais e aos Diretores do ANDES-SN Companheiro(a)s Estamos encaminhando o Relatório do XIV Encontro Nacional do Setor das IEES/IMES realizado de 16 a 18 de setembro do corrente ano, em Salvador/BA. Sem mais para o momento, aproveitamos a oportunidade para renovar nossas cordiais saudações sindicais e universitárias. Prof. Epitácio Macário Moura 3º Tesoureiro

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Circular nº 321/16 Brasília, 3 de outubro de 2016

Às seções sindicais, secretarias regionais e aos Diretores do ANDES-SN

Companheiro(a)s

Estamos encaminhando o Relatório do XIV Encontro Nacional do Setor das

IEES/IMES realizado de 16 a 18 de setembro do corrente ano, em Salvador/BA.

Sem mais para o momento, aproveitamos a oportunidade para renovar nossas cordiais saudações sindicais e universitárias.

Prof. Epitácio Macário Moura

3º Tesoureiro

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RELATÓRIO DO XIV ENCONTRO NACIONAL DO SETOR DAS IEES/IMES

TEMA: “RESISTÊNCIA À OFENSIVA CONSERVADORA. DISPUTA DO

FUNDO PÚBLICO, CONTRA O SUCATEAMENTO DAS IEES/IMES E O

ARROCHO SALARIAL”.

16, 17 e 18 de setembro de 2016

Local: Hotel Catussaba, Salvador/BA

Início: 16/9/2016 - 14h

Término: 18/9/2016 – 13h

Coordenadore(a)s do setor: Alexandre G. Carvalho, Caroline de Araújo Lima, Juliana Fiúza Cislaghi, Mary Sylvia Miguel Falcão e Roseli Rocha

Seções Sindicais e demais Entidades presentes e seus representantes: ADUEMS (Rubens Barbosa Filho); ADUERN (Alexsandro Donato Carvalho e Lemuel Rodrigues da Silva); ADUEZO

(Luanda Moraes); ADUFS-BA (Gean Claudio de Souza Santana, Neima Oliveira e Gracinete Souza, Geraldo Ferreira de Lima); ADUNEB (Everton Nery Carneiro, Itamar Silva de Souza, Josevandro Chagas Soares, Jean Cleverson Afonso Rêgo, Milton Pinheiro, Naira Souza Moura,

Josevandro Chagas Soares, Ediane Lopes, Tadeu Bello, Camila Oliveira, Luciana Souza, Vitor Fonseca); ADUSB (Sofia Pádua Manzano, Marcos Tavares, Soraya Mendes Adorno, Andréa

Gomes, Talita Madeira, Nelma Gusmão); ADUSC (Carlos Vitório, Emerson Lucena); APRUDESC (Adalberto de A. Barreto Filho); APUG (Gilberto Correia da Silva); SINDUEAP (Maria do Carmo Lobato da Silva); SINDUECE (Maria Goretti Lopes); SINDUEPA (Emerson

Duarte); SINDUERR (Glória Mário); SINDUNESPAR (Márcio Mattana); ADUEPB (Edson Holanda Júnior, Cristiane Nepomuceno); ADUENF (Maria Angélica da Costa Pereira); ASDUERJ (Maria Luíza Tambelini); Docentes da Unitins (Eduardo Josí, Eric José Migani), ADOPEAD

(Rogério Duarte), ADUNICAMP (Paulo César Centoducatte), ADUEMG (Emmanuel Almad), ADCESP-PI (Lina Santana), ADUFPEL (Luiz Henrique Schuch), ASDUERJ (René Foster),

SESDFESG-FAFCH(GO) (Pauletti Rocha), ADUERGS (Gilmar de Azevedo).

15h: Abertura do XIV ENCONTRO DO SETOR DAS IEES/IMES

A presidente do ANDES-SN, Eblin Farage saudou os membros presentes ao Encontro Nacional do Setor das IEES-IMES e convidou os seguintes representantes para a composição da mesa:

Coordenação do setor das IEES-IMES: Alexandre Galvão Carvalho; Regional Nordeste III:

Caroline de Araújo Lima; Aduneb: Milton Pinheiro e CSP-Conlutas: Gean Santana. Em seguida passou a palavra aos componentes da mesa e após a saudação dos membros da mesa, a presidente

do ANDES-SN, fez a fala final da mesa de abertura, apontando os grandes desafios do Sindicato Nacional na conjuntura atual e a importância do setor das IEES-IMES no Sindicato Nacional. Em

seguida, a mesa de abertura foi desfeita e instalou-se a coordenação da mesa seguinte.

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16h - Mesa redonda: A conjuntura e a resistência à ofensiva conservadora

Convidados: Milton Pinheiro (ADUNEB) e Ediane Lopes (ADUNEB)

O professor Milton Pinheiro discorreu sobre o momento de crise sistêmica que vive a sociedade capitalista que tem como consequência o avanço do capital sobre os direitos dos trabalhadores e a intensificação da exploração do trabalho. Para ele o principal desafio posto nesta quadra histórica é construir um projeto dos

trabalhadores que dispute a hegemonia na sociedade.

Em seguida, Ediane Lopes abordou o tema geral, explorando o subtema: “A ofensiva conservadora: programa “escola sem partido”, “ideologia de gênero” e BNCC”. Eis os tópicos da apresentação:

A) O QUE É GÊNERO: ELABORAÇÃO DOS MOVIMENTOS FEMINISTAS E SUAS

NUANCES

1- A História do conceito:

O conceito se desenvolveu nos marcos dos estudos sobre mulher, mas buscou solucionar alguns problemas no uso de categorias centrais nos estudos sobre mulher.

Uma dessas categorias foi o patriarcado;

O termo identidade de gênero foi usado pela primeira vez pelo psicanalista Robert

Stoller, em 1964;

Em 1975, Gayle Rubin aprofunda a discussão no seu livro “O Tráfico das mulheres:

Notas sobre a Economia política do sexo”;

Rubin definiu o sistema sexo/gênero como o conjunto de arranjos através dos quais uma sociedade transforma a sexualidade biológica em produtos da atividade humana;

Perguntava-se sobre as relações sociais que transformavam fêmeas em mulheres;

2- As suas diversas concepções:

Sistema sexo/gênero;

Gênero como uma relação social de poder construído socialmente e historicamente;

Gênero como performance: noção de fluidez e unidades provisórias;

3- O feminismo: movimento plural

4- A partir da década de 1970: O conceito de gênero foi elaborado dentro de uma perspectiva de luta por igualdade de direitos, pensando os direitos humanos universais (dentro dos limites liberais);

5- De acordo com o caderno de Orientação Sexual do PCN, o debate sobre educação sexual

nos currículos tem seu início desde 1970;

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6- Em 1980 essa discussão se intensifica em função do debate sobre o HIV e o aprofundamento do debate sobre o conceito de relações de gênero. Contribuíram para isso, também, a

organização dos movimentos de mulheres/feministas/gays e lésbicos;

7- De acordo com uma pesquisa do Instituto Datafolha, realizada em dez capitais brasileiras, em 1993, 86 por cento dos pais e mães concordavam com a discussão de orientação sexual nos currículos escolares.

B) O QUE É A IDEOLOGIA DE GÊNERO NA PERSPECTIVA DO MOVIMENTO ESCOLA SEM PARTIDO

1- Como esse debate cresceu: em junho de 2014 foi instituído o prazo de um ano para que os estados e municípios aprovassem os documentos para sua educação nos próximos dez anos

(Os Planos de Educação dos Municípios e Estados e o Plano Nacional de Educação);

2- O que é o Movimento Escola sem partido?

O Movimento Escola Sem partido surgiu em 2004. É composto por diversos membros da sociedade civil, dentro os quais destacam-se adeptos de diversos agrupamentos do

cristianismo e juristas. O advogado e coordenador da organização é Miguel Nagib. De acordo com o mesmo, o movimento surgiu contra o que eles consideram como práticas

ilegais do ensino brasileiro: De um lado, a doutrinação política e ideológica em sala de aula, e de outro, a usurpação do direito dos pais dos alunos sobre a educação moral e religiosa dos filhos. (Observemos que moral e religião, apesar de estarem juntos na mesma frase, não se

tratam de uma coisa só). De acordo com o advogado Miguel Nagib, o programa do Movimento não pretende impor nenhuma moral e religião, valendo o princípio do meu filho,

minhas regras. Entretanto, uma rápida leitura em documentos produzidos pelo próprio advogado do movimento (no site do movimento Escola sem partido: Quem disse que educação sexual é conteúdo obrigatório?) nos dá a noção do compromisso dessa organização

com a moral cristã, valendo a regra de que a moral é inseparável da religião/a maioria do povo brasileiro é cristão/as discussões de gênero e sexualidade são discussões morais. Diferente do que pensam as feministas, cujas discussões de gênero e sexualidade são ligadas

aos direitos essenciais humanos, direito à cidadania (inclusão) ou emancipação humana (estruturam a sociedade). (www.ebc.com.br)

3- Em que os/as seguidores do Movimento Escola sem partido se apoiam:

Primeiro, em uma perspectiva jurídica:

A convenção Americana de Direitos humanos (CADH) de novembro 1969 (San José da Costa Rica) e a sua promulgação, no Brasil, através do decreto 678 de 6 de novembro de

1962. (Itamar Franco) – Art 12 (Liberdade de Consciência e de religião) e Art. 17 (Proteção da família. Ou seja, casamento)

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O caderno de orientação sexual do PCN (Parâmetro Curricular Nacional): críticas ao mesmo/ O caderno de Orientação sexual é explícito na divisão de papéis (Família e escola) e

não-concorrentes, mas complementares. O caderno também explícita que o objetivo é trazer os diversos olhares acerca das temáticas, não cabendo ao/a docente fazer atendimentos

individuais (salvo encaminhar casos que necessitem desse atendimento)

Críticas ao PNE (Plano Nacional de Educação/Lei 13005/14), especialmente Inciso III do Art. 2º - Superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e

na erradicação de todas as formas de discriminação;

Art. 5º, VI, da Constituição federal: Liberdade de consciência e de crença do indivíduo; Mas, no mesmo artigo temos: Art. 5º, IX, é livre a expressão da atividade intelectual,

artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;

Reclamam uma suposta laicidade do Estado, entretanto, utilizam-se do dispositivo do documento da CADH que menciona, no seu art. 12 que os pais têm direito a que seus filhos

recebam educação religiosa e moral que esteja de acordo com suas próprias convicções (Ressalte-se que o próprio documento coloca religião e moral em locais diferenciados, diferente do que defende o Movimento Escola sem partido, que considera moral e religião

como uma coisa só).

Segundo, em uma perspectiva religiosa: (Art. 17 da CADH, Proteção à família)

(Análise do texto da Conferência Episcopal Peruana, Ideologia de gênero: Seus perigos e

alcances, publicado em 2008, divulgado pelo site do Instituto Plínio Correia de Oliveira (Fundador da TFP em SP no ano de 1928).

A década de 1990 e as novas questões sobre sexualidades (Judith Butler e as novas noções

de gênero fluído)

1990 e o fortalecimento das discussões de gênero e sexualidades nos currículos (E programas de pós-graduação)

1995: Feministas na conferência de Pequim e as discussões de gênero como uma construção

social;

1998: A igreja católica começa a acirrar a ofensiva contra essa noção de gênero;

Críticas ao movimento feminista radical (que considera que a origem da subordinação da

mulher ao homem está na função reprodutiva da mulher): visto pela Igreja católica como sendo o único movimento feminista (feministas de gênero);

Nessa concepção o fim da família é uma consequência inevitável da ditadura feminista e

homossexual;

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Retomada de uma construção que não começa na década de 1990: Os debates de Rodrigo Patto Sá Motta no livro Em Guarda contra o Perigo Vermelho (Indústria anticomunista);

Anticomunismo latino, Marcha da Família (1962-1964), TFP.

O feminismo comparado ao comunismo a partir das críticas ao livro A origem da Família, da propriedade privada e do Estado, de Marx e Engels;

Art. 17 da CADH, Proteção à família: Entende família como homem, mulher e filhos/as

4- As decorrências, em leis, do Programa Escola sem partido: Em 26 de abril de 2016, os deputados da Assembleia Legislativa de Alagoas derrubaram o veto do governador Renan Filho (PMDB) ao Projeto Escola Livre e, com isso, o estado se tornou o primeiro no Brasil a

ter uma lei (7800/16) que exige a neutralidade do professor. Há 19 projetos de lei espalhados pelo Brasil, inspirados no Programa do Movimento Escola sem partido buscando a

neutralidade do/da professor/a em sala de aula; (www.ebc.com.br)

C- ANÁLISE DO PROGRAMA ESCOLA SEM PARTIDO (Lei 193/16 de autoria do senador Magno Malta (PR-ES) E BNCC NUMA PERSPECTIVA DE GÊNERO E RAÇA/ETNIA: INTERSECCIONALIDADE E CONSUBSTANCIALIDADE;

1- Partem do suposto que os/as estudantes são a parte frágil e isentos de uma vivência e acúmulo anterior e familiar; (Entretanto, o autor do projeto é a favor da maioridade penal)

2- Neste sentido, invertem o vetor: Ao invés de considerar as mudanças processuais histórico-dialéticas (nas relações de gênero, sexualidades), consideram que essas mudanças reais só

estão ocorrendo pois há uma imposição de uma suposta ditadura feminista e homossexual;

3- A solução dada: Cartazes informativos (pois estudantes têm direito de serem informados/liberdade de consciência) e censura com denúncia ao MP;

4- O racismo disfarçado: Debate sobre religiões só levam em consideração a moral cristã;

5- Sexo biológico X Identidades sexuais e as novas dimensões das sexualidades que não são

aprendidas ou apreendidas nas escolas;

C) OS CONCEITOS DE INTERSECCIONALIDADE E CONSUBSTANCIALIDADE E OS DESAFIOS DOS E DAS LUTADORES/AS SOCIAIS DA EDUCAÇÃO PÚBLICA;

1- Buscar saídas para além dos direitos humanos burgueses;

2- A disputa é pelo projeto de sociedade e o horizonte estratégico que defendemos;

3- Kimberle Crenshaw (1970) /Kergoat/Elisabeth Souza-Lôbo/Helena Hirata/Heleieth Saffiot

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19h – Mesa Temática 2:

Tema 1. Ajuste Fiscal, Dívida Pública e Financiamento das IES Públicas Palestrante: Marcos Antônio Tavares Soares (ADUSB)

Tema 2. Direitos Trabalhistas e LRF Palestrante: Luiz Henrique Schuch (ADUFPEL)

A palestra do professor Marcos Antônio Tavares Soares (ADUSB) foi intitulada:

(DES)AJUSTE FISCAL, DÍVIDA PÚBLICA E FINANCIAMENTO DAS IES PÚBLICAS. Eis o texto de sua apresentação:

Orçamento Geral da União (Executado em 2014) – Total = R$ 2,168 trilhão

Orçamento de 2015 foi de R$ 2.268 bilhões e o estoque da dívida interna: R$ 3.936.680.800.962,35 A dívida consumiu 42% do gasto federal até dez de 2015 (R$ 962.210.391.323 = 2,63 bi / dia)

De 2002/13 o governo economizou 1 trilhão

2014 = - 0, 57 % --> R$ - 32,5 bilhões; 2015 = déficit de R$ 111 bilhões (1,88% do PIB). 2016 = 175 BILHÕES*

Ajuste fiscal em bilhões de Reais em diversos anos Desonerações de tributos

PIB do BRASIL IBGE

Taxa de desemprego

2004 – aposentados passam a contribuir com a previdência social; Avança o emprego formal, contudo empregos de baixos salários e em larga medida terceirizados;

Manutenção da DRU - Desvinculação de Receita Plano de previdência complementar (FUNPRESP) A remuneração do capital financeiro é feita com as maiores Taxas de juros do mundo

DESACELERAÇÃO DA ECONOMIA E O DÉFICIT PÚBLICO

De 2002 a 2013 o governo economizou 1 trilhão para o pagamento de juros da dívida pública interna;

2014 = 0, 57 % negativo --> R$ - 32,5 bilhões;

2015 = déficit de R$ 111 bilhões, ou 1,88% (PIB);

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2016 = 175 BILHÕES DÉFICIT PÚBLICO COMO JUSTIFICATIVA PARA REFORMAS

2015/16 – escolha pela via recessiva

Elevação dos juros (Selic e TJLP)

Mais cortes no orçamento de 2015

Redução nos investimentos (governo e estatais)

Ajuste do valor da força de trabalho exigido pelo capital: via liberação dos preços

administrados

PLP 257 – Programa de renegociação das dívidas dos Estados e de ataque ao funcionalismo

público

Reforma da previdência

Taxa de desemprego – 1981/2002

Nova ofensiva do capital em 2015-2016

Adoção de políticas recessivas

Eleva a taxa de juros. Fim do processo de valorização dos salários e de expansão dos gastos do

governo

Potencialização do Imposto inflacionário Reforma trabalhista PLP 257

PEC 241 Reforma da previdência social

Privatizações + venda de ativos das Estatais PLP 257 (Governo Dilma)

Programa de renegociação das dívidas dos Estados e de ataque ao funcionalismo público

O Estado que aderir ao programa se compromete, no curto e médio prazo, em reduzir o gasto com pessoal, a instituição de regime de previdência complementar de contribuição definida, elevação da

alíquota de contribuição do servidor para pelo menos 14%. Negociações em plenário, anteriores à votação levaram o governo a concordar com a retirada do texto da exigência de os estados congelarem por dois anos as remunerações dos servidores públicos.

Ficou estabelecida a limitação, aplicável nos dois exercícios subsequentes à assinatura do termo aditivo, do crescimento das despesas primárias correntes à variação da inflação.

PEC 241

Proibição de qualquer medida que amplie a despesa, como: de reajuste salarial; de criação de novos cargos; de reestruturação de carreira; e de realização de concursos públicos.

Desvincula do percentual da receita de impostos as despesas com educação e saúde; Revoga a Emenda Constitucional 86/2015, que determina o repasse de mínimos com saúde: 13,3%

da RCL para 2016; 13,7% para 2017; 14,1% para 2018; 14,5% para 2019; e 15% a partir de 2020. O órgão ou ministério que não atender fica vedado a concessão, a qualquer título, de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração de servidores públicos, inclusive do previsto no

inciso X do caput do art. 37 da Constituição;

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A proposta que já foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) no dia 9 de agosto

III - Financiamento das IEES-IMES Públicas

Disputa pelo fundo público estadual e federal; Atenção especial para a dívida pública – cobrar e participar da auditoria;

Desonerações e os impactos no financiamento da IEES-IMES públicas; Atentar para o projeto de adesão ao programa de reestruturação da dívida estadual.

Em seguida, o professor apresentou dados da Política de ajuste fiscal e rentismo parasitário do Estado da Bahia, informações da Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF e Consumo das famílias –

variação anual em % do PIB. Em seguida, Luíz Henrique Schuch (ADUFPEL) iniciou sua exposição, abordando os seguintes

aspectos:

Pacto Constituinte de 88: costura elementos para sustentar o amálgama social, mesmo na desigualdade.

● Papel do Estado, fundos públicos e políticas sociais;

● Regramento do Trabalho e da seguridade; ● Servidores públicos;

Mutação constitucional branda e emendas à Constituição

● Quanto ao papel do Estado e destinação do fundo público (DRU, remessa de lucros, isenção

impostos versus criação de contribuições, LRF, privatizações, além das manobras para enfraquecer as vinculações e sub-vinculações de recursos para Educação e Saúde....);

● Quanto à administração, cargos e funções públicas – Reforma do Estado (emenda 19 de 1998, Adin 2135);

Alguns emblemas utilizados para justificar modificações – fetiches

● Caça aos marajás; ● Ajuste/austeridade fiscal (como em nossa casa, não se pode gastar mais do que ganha);

● Custo Brasil, carga tributária e competitividade das empresas, peso da folha dos servidores; ● Sem “flexibilizar” os jovens não terão emprego; ● Reforma do Estado (de burocrático à eficiência gerencial).

Concomitantemente no mundo: ● Consenso de Washington e o envolvimento dos Estados nacionais;

● O império do Capital e o reinado do mercado: a história acabou! (Jorge Gerdau anunciou que essa Constituição duraria pouco, na semana seguinte à sua promulgação)

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● Cresce a hegemonia do rentismo transnacional cada vez mais apartado de lastro, mas dominando as grandes agências como FMI e BM (impondo aval dos Estados nacionais e

Bancos Centrais) ● Bolsas de valores e de commodities por sobre fronteiras ● Novas formas de dominação do território, da tecnologia e das marcas: blocos, oligopólios,

recursos naturais estratégicos, propriedade intelectual, mercados inclusive do setor de serviços e do agenciamento de trabalho humano

MOVIMENTO PÓS CONSTITUINTE: ● A prioridade foi privatizar diretamente, reduzir drasticamente a seguridade social e os

direitos dos servidores públicos, além de transferir o bloco de atividades chamadas de

“serviços competitivos”, dentre elas as escolas, universidades, creches, ambulatórios, hospitais, instituições científicas, museus, etc., que não seriam mais, a rigor, obrigações do

Estado! MOVIMENTO PÓS CONSTITUINTE dirigidos à educação:

● nesse período ocorreu paulatina mas profunda modificação conceitual:

● o direito individual e coletivo à educação passou a ser tratado como a aquisição de um serviço educacional, contratado pelas regras de mercado e o dever do Estado transferido

para a regulação de um espaço fluido geralmente denominado de organizações sociais (ou fundações de direito privado)

O PLP 92 É EMBLEMÁTICO no período pós-Bresser: O PLP 92 É EMBLEMÁTICO no período

pós-Bresser: ● Foi encaminhado pelo Executivo ao Congresso Nacional, em agosto de 2007, esse projeto

de lei complementar de caráter privatista com a finalidade de propiciar cobertura jurídica à transferência das instituições públicas encarregadas das atividades que Bresser Pereira classificou como “serviços competitivos” para o regime jurídico privado!!

O PLP 92 É EMBLEMÁTICO: ● Em agosto de 2007, logo depois de enviar o projeto ao Congresso, o Secretário de Gestão do

Ministério do Planejamento, Francisco Gatani, indagado sobre como seria a captação de

recursos dessas fundações, respondeu: ● “não farão parte do orçamento da união. Os recursos serão repassados a elas mediante a

prestação de serviços e o cumprimento de certas metas”. ● Acrescentando em seguida: ● “o governo precisa assegurar contrapartida pelo menos para o básico, isto é, o pão e a água.

A geleia, a manteiga, o queijo e a fruta dependem do desempenho da instituição, de sua capacidade de captar mais recursos....”

(Em Questão - Palácio do Planalto) Observar o paralelismo

● A DRU, agora em vias de reedição, ampliando o índice e o prazo, teve esse nome em 2000,

mas efetivamente foi instituída em 1994 como Fundo Social de emergência para “estabilizar a economia logo após o Plano Real”

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● Depois de tramitar por 3 anos no Congresso Nacional, a Lei de “Responsabilidade Fiscal”(LRF) - Lei Complementar nº 101, foi bancada pelo governo FHC, promulgada em 4

de maio de 2000 – sob muita controvérsia, e anunciada como “... parte do esforço em reformas do Estado promovido pelo governo federal para estabilizar a economia brasileira, reduzir o risco país e estimular investimentos externos no país, a partir do Plano Real̈

LRF: CONTROVÉRSIA ● Bancadas como a do PT e os presidentes da Câmara, Michel Temer, e do Senado, Antônio

Carlos Magalhães, por motivos diferentes, também se opuseram e impetraram Ações Diretas de Inconstitucionalidade no STF, propugnando pela anulação da lei (os processos nunca foram julgados)

● Em 2010, Antônio Palocci disse que estava errado quando combateu a LRF em 2000 e agora Dilma repetiu posição semelhante em sua defesa no Senado.

LRF: O que se passa afinal? ● Assume preponderância à Lei anterior sobre orçamentos, de 1964, assinada ainda por João

Gulart

● Se interpõe, para toda a Federação (inicialmente estava destinada a “conter exageros” de governadores e prefeitos), entre as regras constitucionais e a correlação de forças anual, da

qual resulta a LDO e a LOA para o ano seguinte, já que o Plano Plurianual é fraco em impor a destinação de meios

● No primeiro plano, unifica detalhadamente a orçamentação e a execução dos recursos

públicos nas três esferas, mas traz consigo uma rehierarquização fundamental:

● a responsabilidade social é secundarizada na função do Estado e na priorização dos recursos, passando a ser caudatária (se der e quando der) de um outro valor imposto como prioritário

● (isto é elevado exponencialmente agora com o PLP 257 e a PEC 241)

LRF, DRU, REFORMA DO ESTADO: O que se passa afinal ?

Assim como no caso da “reforma gerencial do Estado”, a “responsabilidade fiscal” é

apresentada como se fosse apenas técnica, matemática, modernizadora, democrática, impessoal, quase higiênica... mas, contrariando o sentido ordenado pela Constituição, passa a apresentar o Estado (e as receitas públicas), antes de tudo, como o fiador que garante a alta remuneração dos

principais setores do Capital, especialmente os rentistas (no discurso, as crises são reduzidas a problemas gerenciais e a culpabilização jogada sobre os

trabalhadores) QUEM SE BENEFICIA, afinal?

● Setores do Capital que são os mesmos beneficiados pelos desembolsos diretos e indiretos do

erário público que geraram e geram a chamada dívida pública, como socorros e securitizações de toda a ordem, debentures, swap’s cambiais, financiamentos subsidiados

ou a fundo perdido pelo fundo público, isenções....... Exemplo na LRF:

Artigo 9 Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da

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receita poderá não comportar o cumprimento das metas..... promoverão.... limitação de empenho e movimentação financeira....

● § 2º Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias.

● Art. 19. Para os fins do disposto ... a despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da receita

corrente líquida, a seguir discriminados: I – União: 50% (cinquenta por cento); II – Estados: 60% (sessenta por cento);

III – Municípios: 60% (sessenta por cento) O varejo e o atacado:

● Em suma, assim como a “reforma gerencial do Estado” no caso brasileiro, a chamada “responsabilidade fiscal” é principalmente uma construção gerencial modernizante para o VAREJO, que facilita, amplia e oferece retórica justificadora, ao velho e ao novo

patrimonialismo no ATACADO: azeita o Estado para funcionar no sentido exigido pelo Capital

Não minimizar a dimensão de poder:

EM 2007 – PLP 01, de iniciativa do Poder Executivo no âmbito do PAC, propôs emenda à LRF que pretendia limitar, a partir do exercício de 2007 e até o término do exercício de 2016, a

despesa com pessoal e encargos sociais da União, para cada Poder e órgãos da União, ao valor liquidado no ano anterior, corrigido pela variação acumulada do INPC

Não minimizar a dimensão de poder:

● Jornal “Estado de São Paulo”, 9/2/2010, sobre o PLP 01, agora já na versão PLP

549/2009

“Mantega considera o projeto importante para dar ao mercado mais um sinal de

austeridade fiscal e sustentabilidade das contas públicas”

“Vamos aprovar o projeto, todo mundo quer isso”Cândido Vaccarezza, PT/SP, Líder do

governo na Câmara A tramitação só foi contida pq “encurralamos” o relator na Câmara durante um ato

público em BSB (Dep. Busato) ● Além de tudo o que é praticado pelos três poderes no processo de mutação constitucional

branda (sem alterar a constituição), vamos encontrar movimentos de alteração legal, com justificativas e sentidos ocultos semelhantes, se repetindo nos momentos de aperto fiscal desses quase 30 anos pós-constituinte seja com Collor, FHC, Lula,

● ....e recentemente com Dilma/Levi/Barbosa ao enviar para o Congresso Nacional o emblemático PLP 257, que faz chantagem com os Estados e também propõe alterações na

LRF, em patamares ascendentes contra os trabalhadores segundo as metas de superavit ● .....além do golpe ao pacto constituinte de 88 representado pela PEC 241 de Temer/Meirelles ● ......tudo isso sem que quaisquer desses governos sequer cogitassem em auditar a dívida

pública, enfrentar a injustiça de um sistema fiscal progressivo, a taxação das grandes fortunas, do lucro e do patrimônio, rigidez no combate a sonegação e no ressarcimento dos

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débitos fiscais.....(falam em “ajuste” tratando somente da poeira sem enfrentar a estrutura verdadeiramente desajustada)

● Além disso, tem ficado evidente que todo o detalhamento introduzido na execução das finanças públicas não tem sido eficiente sequer para deter a corrupção direta !

● As oligarquias se associam aos novos ditames do grande Capital, montando seus bunkers de poder nos parlamentos, no executivo e no judiciário, sob a proteção dos grandes monopólios

da imprensa

Quadro internacional denota graves fissuras do sistema

● É grave o momento em que se agudiza a guerra econômica em âmbito planetário, com efeitos destruidores aos direitos sociais (abrindo espaço para belicismo)

● Entrando em período inexoravelmente regressivo ● Esgotamento do limite de exploração neo-colonial e mesmo da capacidade de manter

segurança à banca por ancoragem na capacidade fiscal dos Estados nacionais

Na dimensão real denota inconsistência argumentativa do fetiche

● Observar a plataforma anti neoliberal dos novos dirigentes conservadores dos países centrais do capitalismo quando se trata dos seus próprios territórios

● Observar que o sistema deslanchou a partir da derrubada do muro de Berlin, agora levanta

imensos muros por todo o lado Na dimensão real se escancara um esgarçamento insustentável:

● Da mesma forma, no Brasil fica cada vez mais evidente que a nação funciona sob a subversão do aparato formal do estado de direito, das regras democráticas, das leis orçamentárias, protagonizada por outra dimensão, na qual perpassa o poder real em

benefício privado. (o grande jogo, o grande golpe) Na dimensão real a regra passa a ser:

USURPAÇÃO DO FUNDO PÚBLICO pelo capital privado:

Os lucros e os bônus são individuais. Os riscos e os prejuízos são socializados.

A quadra histórica é de extrema exploração e injustiça

Tem ocorrido muitas lutas, mas precisamos responder (para agir) pq as massas não se revoltam e não tem dado mostras de que acreditam na possibilidade de mudanças concretas que motivem a

vinda para a rua...(a não ser em situações localizadas) ....inclusive nas nossas bases sindicais !

Frentes de luta:

● Dia 22 ● Dia 29

● Greve geral

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● (o desvendamento do que está acontecendo para nossas bases e para as massas é tarefa revolucionária e condição para que se levantem venham as ruas exigindo mudanças de

modelo) ● Enfrentar, conjuntamente, a dualidade existente entre a política no atacado (oculta) e a

política no varejo (propagandeada a partir de contorno ideológico), da estrutura tributária, da

chamada dívida pública, das relações federadas e dos paradigmas em disputa sobre o papel do Estado.

● Luta pelos direitos e salários, em defesa das condições concretas para ampliação universal com qualidade das políticas públicas, será preciso associar como tarefa política indispensável: Revelar o que esconde por trás do FORMAL para da lá exercer o PODER em

beneficio privado, contra os interesses da população. ● Para tal, é preciso especializar equipes, nas seções sindicais de cada Estado, que estudem e

acompanhem o orçamento público ao longo do tempo, com o objetivo de produzir instrumentos para a luta política local e nacional ..... com tanta atenção para os artigos dos textos das leis (LRF, LDO e LOA) como para os números.

● (nem sempre a Lei de acesso a informação é suficiente para desnudar as camuflagens e armadilhas)

● Lutar pela garantia de financiamento público das universidades públicas, enfrentando internamente a democracia, a participação da comunidade, a visibilidade no planejamento e execução dos recursos, para exercício da autonomia e da responsabilidade social da

instituição (sem cair na armadilha das reitorias quando só convocam quando é para ratear a miséria)

É possível aperfeiçoar os instrumentos de sub-vinculação que reforcem politicamente a garantia estável e crescente de recursos públicos em sua esfera federada, nacionalizando o movimento ao máximo (sem perder a perspectiva de que as iniciativas legislativas que envolvem orçamento são

sempre exclusivas do poder executivo) ● É evidente o surgimento de fissuras e contradições que, uma vez apreendidas, revelariam a

falência do sistema. ● Não podemos aceitar que as mazelas sociais sejam tratadas como se fossem resultantes de

problemas de gestão ou de insuficiência no desempenho individual dos protagonistas,

especialmente dos servidores públicos.

17/09/2016

Sábado

09 às 12h - Informes das Seções Sindicais

Durante toda a manhã foram dados os informes das seções sindicais. Os informes enviados pelas

seções sindicais estão no anexo 1.

14h às 18h - Grupos de Trabalho (GT):

Foram formados dois grupos de trabalho. O grupo 1 discutiu os seguintes temas:

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1. Disputa do Fundo Público e Formas e Financiamento IEES/IMES;

2. Arrocho Salarial, Direitos Trabalhistas e Previdência.

O grupo 2 discutiu os temas:

3. Condições de Trabalho e Assédio Moral.

4. Projeto “Escola Sem Partido”, “Ideologia de Gênero” e BNCC.

Os resultados da discussão dos GTs foram sistematizados pela equipe de coordenadores do setor,

compondo o relatório a ser discutido na plenária final.

Domingo

18/09/2016

9h às 13h30 – Plenária final e indicação para o Plano de Lutas do Setor das IEES/IMES

Os participantes do XIV Encontro Nacional do setor das IEES-IMES discutiram e aprovaram a

carta do XIV Encontro Nacional do Setor das IEES-IMES com o seguinte teor:

CARTA DO XIV ENCONTRO DO SETOR DAS IEES E IMES DO ANDES-SN

Os docentes participantes do XIV Encontro do Setor das IEES e IMES do ANDES-SN,

reunidos de 16 a 18 de setembro, em Salvador/BA, em acordo com as últimas deliberações coletivas do ANDES-SN, manifestam seu repúdio ao governo ilegítimo de Michel Temer e todos os ataques anunciados de retirada de direitos dos trabalhadores e favorecimento do capital.

As universidades estaduais, por meio de seus trabalhadores e trabalhadoras e estudantes

organizados, vêm construindo intensas lutas contra os ataques desferidos pelos governos estaduais à educação, à falta de financiamento e condições de trabalho e estudo. O discurso da suposta crise

fiscal dos estados esconde o sucateamento e a destruição das universidades públicas em prol da prioridade que os governos têm dado às isenções fiscais para as grandes empresas e ao pagamento de juros da dívida pública.

As contrarreformas do governo Lula, principalmente quanto à previdência social, tiveram

continuidade no governo Dilma. O ilegítimo governo Temer veio para consolidar o projeto neoliberal iniciado desde os anos 1990, no mundo capitalista e no Brasil, institucionalizando os

arrochos salariais e o desmonte do serviço público por meio de projetos como a PEC 241, a PLS 204, a PLP 257 (PLC 59), e as anunciadas contrarreformas das leis trabalhistas e da Previdência Social. Essas medidas afetam não só o serviço público federal, estadual e municipal, mas o conjunto

dos trabalhadores e trabalhadoras. Outra importante agenda de luta é a intensificação das ações do Movimento Escola sem Mordaça no enfrentamento do Movimento Escola sem Partido, na verdade

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de partido único, que visa hegemonizar o pensamento conservador nas escolas, criminalizando os docentes, retirando a autonomia didático pedagógica dos trabalhadores e trabalhadoras da educação.

Este movimento reforça as opressões contra as mulheres, a população negra e indígena e a LGBTIfobia ao defender a retirada dos currículos das discussões de gênero, raça e sexualidade.

Assim, o setor de IEES e IMES do ANDES-SN referenda a necessidade da unidade de ação entre todos os trabalhadores, sindicatos e centrais sindicais, em todas as lutas, greves e nas ruas para

derrotar o governo Temer e toda tentativa de retirada de direitos. Indicamos às assembleias de base do setor os dias 22 e 29 de setembro, como dias de luta com paralisações, mobilizações, construção

de atos, debates e participação em todas as atividades nos estados. As seções sindicais devem fomentar em todas as universidades a criação de comissões com todos os segmentos da comunidade para organizar a greve geral!

Fora Temer! Contra a política de conciliação de classes, o ajuste fiscal e a retirada de direitos!

Pela Auditoria da dívida pública! Rumo à Greve Geral!

Salvador, 18 de setembro de 2016

Em seguida, foram aprovadas as seguintes recomendações para compor o plano de lutas do setor das IEES-IMES:

Em relação aos temas:

1. Disputa do fundo público e formas de financiamento de IEES e IMES;

2. Arrocho Salarial, Direitos trabalhistas e previdência.

Foram aprovados os seguintes encaminhamentos:

a. Financiamento das IEES e IMES

. Elaborar materiais, cartilhas e vídeos sobre a apropriação de fundo público, o financiamento das

universidades, a conjuntura, a crise e os ataques aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras;

. Aprofundar o debate sobre a subvinculação orçamentária das IEES;

. Construir espaços de formação e debates para instrumentalizar os docentes para fazer o debate

sobre o financiamento das universidades;

. Atualizar os dados sobre o orçamento das IEES e IMES com o apoio de grupos de pesquisa;

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. Indicar ao GT verbas que paute o levantamento do financiamento das IEES e IMES e construir materiais sobre esse tema e estimular que as seções sindicais estaduais participem desse GT para

fazer estudos sobre o setor

. Discutir na reunião do setor a possibilidade da criação de uma comissão nacional do setor para

fazer o levantamento dos dados sobre o financiamento das IEES e IMES;

. Fomentar o debate nas universidades entre diversas áreas para a construção de materiais sobre

financiamento;

. Ampliar a ação do Dieese nos estados para auxiliar as seções sindicais a fazer levantamentos sobre o financiamento das universidades;

. Fomentar a construção de GT verbas nas seções sindicais de IEES e IMES

b. Privatização das universidades

. Lutas contra todas os PLs que propõem o pagamento de mensalidades, taxas e anuidades nas universidades

c. Disputa do fundo público

. Denunciar as inúmeras isenções fiscais que são concedidas pelos estados e pela União;

. Socializar os dados apresentados sobre o orçamento no XIV Encontro Nacional do Setor;

. Mobilizar as universidades estaduais e municipais para a luta contra a PLP 257 e a PEC 241, fazendo paralisações, participando dos atos e organizando atos nas universidades nos dias 22 e 29

de setembro;

. Ampliar a discussão sobre a reforma tributária progressiva e a necessidade de auditoria da dívida;

d. Divulgação de iniciativas das seções sindicais

. Ampliar a socialização entre as seções sindicais de materiais produzidos sobre temas comuns ao conjunto do movimento docente;

e. Luta contra a contrarreforma da previdência nos estados

. Estimular a ida das seções sindicais estaduais e municipais no GTSS/A para avançar na construção das cartilhas sobre os fundos de previdência complementar nos estados;

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. Promover debates sobre a dívida pública e a previdência social nos estados;

. Aproveitar os dias de paralisação e mobilização de 22 e 29 para discutir a privatização da previdência nos estados e fomentar a construção das cartilhas sobre a previdência complementar;

f. Luta contra o arrocho salarial e a contrarreforma trabalhista

. Combater o discurso da mídia corporativa e realizar debates sobre a contrarreforma trabalhista;

. Debater a possibilidade de judicialização em casos em que não tenha ocorrido nenhum tipo de revisão dos salários no ano, como preconiza a legislação.

Em relação aos temas:

1. Condições de Trabalho e Assédio Moral;

2. Projeto “Escola Sem Partido”, “Ideologia de Gênero” e BNCC.

Foram aprovados os seguintes encaminhamentos:

1. Cartilha do ANDES-SN

a) Ampliar a divulgação nas seções sindicais, das cartilhas do ANDES-SN, “Em defesa dos direitos das mulheres, dos indígenas, dos (as) negros (as) e dos (as) LGBT”, produzida pelo GTPECGDS e a cartilha de assédio moral produzida GTSS/A, nas

seções sindicais, com realização de debates envolvendo a comunidade acadêmica e a sociedade.

b) As secretarias regionais e sessões sindicais devem produzir eventos para a divulgação das cartilhas e intensificar a sua distribuição.

c) Denúncia do crescimento do reacionarismo que alimenta uma postura racista, homofóbica e machista nas IES.

2. A intensificação do conservadorismo e assédio ao docente se manifesta de várias

formas:

a) Em relação à matéria de sua disciplina: Andes-SN deve intensificar o debate sobre o que é ciência, para dar mais conteúdo sobre o que significa o “Movimento Escola

sem Partido”;

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b) Em relação ao assédio moral na relação de trabalho e na relação interpessoal: Ação mais incisiva das assessorias jurídicas do sindicato. Pautar no encontro jurídico:

tema de discussão;

c) Oficina de aparelhamento jurídico com a finalidade de levantar dados e a partir disto

construir ferramentas de combate ao assédio moral, sexual, via os GTSS/A ou GTPCEGDS;

d) Observatórios locais contra violência em cada IEES IMES e) Após a construção desses observatórios locais constituir o observatório nacional do

ANDES

f) Consequência do assédio moral – adoecimento da categoria: Verificar as situações que levam ao adoecimento e perseguições no interior da IES. Enfrentar com bastante

contundência essas situações: chamada dos responsáveis para a compreensão da situação.

g) Nas universidades multicampi as sessões sindicais devem visitar os campi, com o

objetivo de conhecer suas realidades e as formas de assédios e opressões. A finalidade é constranger o assediador.

h) Produção de materiais do Sindicato: Pensar materiais que abordem a situação dos docentes idosos que sofrem assédio; o Andes-SN solicitará as seções sindicais informações para produção de dossiê, devendo ser publicizado a toda comunidade

acadêmica e reitores (as).

i) Ações e articulações: Interligação entre setor das IEES-IMES e GTSS/A; Que o

Andes-SN estimule e abra um debate sobre ideologia e ciência.

3. Movimento “Escola sem Partido”, “ideologia de Gênero” e BNCC

1. Divulgação de materiais:

Divulgar, com a impressão e distribuição da cartilha “projeto do capital para a educação: análise e

ação para as lutas” produzida pelo ANDES-SN.

Realizar debates no interior das IEES-IMES e nas escolas da educação básica sobre o projeto

movimento sem partido, questões de gênero e BNCC. Diálogo com a educação básica por meio do

fortalecimento dos comitês estaduais de Educação;

Intensificar as lutas nos estados e municípios contra os projetos guarda-chuva do Escola sem partido

e todos os PL que estão sendo apensados, além de seus congêneres.

2. Ações e política

a) Ir nas escolas da educação básica denunciar o projeto escola sem partido que está

sendo fragmentado;

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b) Promover debates e questionamentos para docentes e estudantes para apresentar as contradições dessas leis, que a sociedade está tentando encobrir;

c) Fortalecer e encaminhar as deliberações do 61º Conad relacionadas com a política educacional:

d) Articular, e quando não houver, criar, com a coordenação nacional das entidades em defesa da educação, pública e gratuita, nos estados e municípios, ações de

enfrentamento ao movimento Escola sem partido e a lei 867/2015, e suas diferentes versões estaduais e municipais, para barrar a retirada dos termos "orientação sexual", "gênero" e denunciando a restrição de pluralismo de concepções pedagógica, entre

outros, nos planos estaduais de educação, intensificando a luta contra todo tipo de opressão contra mulheres, negros (as), LGBTI e indígenas;

e) Integrar, junto com outros sindicatos, movimentos sociais e entidades nos estados e municípios, a Frente Nacional contra o Movimento Escola com Mordaça (PL

867/2015);

f) O Andes-SN deve criar um vídeo com o histórico sobre o processo de criação do

movimento escola sem partido, as contradições e os problemas que isso já ocasionam e a ausência de discussão sobre o tema;

g) Denunciar que o Estado sempre teve partido e que, nessa quadra histórica, a classe social detentora do poder de Estado utiliza a sua ideologia para avançar sobre o conhecimento.

h) Produzir pequenos vídeos com situações de assédio moral e preconceito, em parcerias.

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MOÇÕES APROVADAS NO XIV ENCONTRO NACIONAL DO SETOR DAS IEES-IMES

1 - MOÇÃO DE REPÚDIO AO GOVERNADOR RUI COSTA (PT)

Os participantes do XIV Encontro Nacional do Setor das Instituições Estaduais e Instituições Municipais do ANDES-Sindicato Nacional (Setor das IEES/IMES), realizado de 16 a

18 de setembro de 2016, em Salvador/BA manifestam repúdio à violência do governo Rui Costa (PT) contra os movimentos populares e em especial contra o movimento docente das Universidades

estaduais da Bahia.

Salvador, 18 de setembro de 2016

XIV Encontro Nacional do Setor das Instituições Estaduais e Instituições Municipais do

ANDES-Sindicato Nacional

Destinatário: Governo do Estado da Bahia

2 - MOÇÃO DE APOIO À PROFESSORA MARLENE DE FÁVERI

Os participantes do XIV Encontro Nacional do Setor das Instituições Estaduais e

Instituições Municipais do ANDES-Sindicato Nacional (Setor das IEES/IMES), realizado de 16 a 18 de setembro de 2016, em Salvador/BA manifestam apoio à professora Marlene de Fáveri, da

Universidade do Estado de Santa Catarina, que vem sendo assediada – no que é desrespeitada em seus direitos e atribuições da condição de cidadã e professora – por Ana Caroline Campagnolo, que usando de meios ilegais, como exposição não autorizada da professora e procedimentos jurídicos,

sem fundamento.

Ao se vincular a procedimentos e ações assumidos no âmbito do projeto “Escola sem partido”, a agressora despreza princípios fundamentais dos direitos humanos e transgride as normas

e atitudes condizentes com a tolerância e cidadania esperados nas relações humanas harmoniosas e respeitosas.

Esta Moção foi apresentada, discutida e aprovada pelos professores presentes na seção deliberativa, plenária, XIV encontro das Instituições Educacionais de Ensino Superior e Instituições

Municipais de Ensino Superior ANDES-SN, realizada em Salvador, Bahia, entre 16 e 18 de setembro de 2016.

Salvador, 18 de setembro de 2016

XIV Encontro Nacional do Setor das Instituições Estaduais e Instituições Municipais do

ANDES-Sindicato Nacional

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Endereçada a: APRUDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC / Av. Madre Benvenuta, 2007 -

Itacorubi - Florianópolis – SC. CEP: 88.035-901 / Telefones: (48) 36647951; (48) 96489927;

Roberta Torres de Melo Scassa (advogada) – Rua Marechal Guilherme, nº 103, Sala 704, Centro, Ed. Canadá – Florianópolis/SC.

CEP 88.015-000 / Telefones: (48) 3304-3186; (48) 9909-9046.

3 - MOÇÃO DE REPÚDIO À ANA CAROLINE CAMPAGNOLO

Os participantes do XIV Encontro Nacional do Setor das Instituições Estaduais e

Instituições Municipais do ANDES-Sindicato Nacional (Setor das IEES/IMES), realizado de 16 a 18 de setembro de 2016, em Salvador/BA manifestam repúdio às ações, atitudes e procedimentos jurídicos movidos por Ana Caroline Campagnolo, dirigidos contra a pessoa da professora Marlene

de Fáveri, da Universidade do Estado de Santa Catarina. Os procedimentos contra a professora correspondem a franco desrespeito aos direitos e atribuições da sua condição de cidadã, abrigada

pelos diretos humanos.

Ao vincular seus procedimentos e ações assumidos no âmbito do projeto “Escola sem

partido”, a agressora, Ana Carolina Campagnolo, despreza princípios fundamentais dos direitos humanos e transgride as normas e atitudes condizentes com a tolerância e cidadania esperados nas

relações humanas harmoniosas e respeitosas.

Salvador, 18 de setembro de 2016

XIV Encontro Nacional do Setor das Instituições Estaduais e Instituições Municipais do

ANDES-Sindicato Nacional

Endereçada a:

APRUDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC / Av. Madre Benvenuta, 2007 - Itacorubi - Florianópolis – SC.

CEP: 88.035-901 / Telefones: (48) 36647951; (48) 96489927;

Roberta Torres de Melo Scassa (advogada) – Rua Marechal Guilherme, nº 103, Sala 704, Centro, Ed. Canadá – Florianópolis/SC.

CEP 88.015-000 / Telefones: (48) 3304-3186; (48) 9909-9046.

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4 – MOÇÃO DE REPÚDIO À UNITINS

Os participantes do XIV Encontro Nacional do Setor das Instituições Estaduais e Instituições Municipais do ANDES-Sindicato Nacional (Setor das IEES/IMES), realizado de 16 a 18 de setembro de 2016, em Salvador/BA manifestam repúdio à Universidade do Tocantins-

UNITINS, pois sofrem com assédio moral.

Professores da UNITINS, aprovados no concurso público para mestres e doutores, edital 001 APEMS 2014, têm enfrentados sérios problemas no seu cotidiano dentro da universidade. Além do

fato de que os docentes aprovados em concurso público só terem sido convocados mediante liminar judicial, os mesmos são obrigados a conviver com assédio moral por parte da atual gestão da UNITINS.

Desde que adentraram na instituição sofrem com recusa de projetos de extensão, negativas

de exercer a prática docente sob a justificativa do “código de vagas”. Segundo a gestão, os professores só poderiam ministrar as disciplinas relacionadas ao código de vaga no qual foram

aprovados. Entretanto, isso se configura em uma interpretação particular e equivocada do edital, que no item 16.8 menciona: “A descrição da ÁREA DE CONHECIMENTO será objeto de formatação das disciplinas para efeito da atuação do professor junto ao curso, obedecendo a ordem de

classificação dos candidatos e às NECESSIDADES e ao interesse da Instituição.” E no item 16.13 consta que “os classificados para uma determinada VAGA/ÁREA DE CONHECIMENTO poderão

ser nomeados para outra ÁREA CORRELATA obedecendo aos seguintes critérios: ordem de classificação dos candidatos, área de conhecimento/disciplinas, formação exigida para o cargo, necessidade e interesse do candidato e da UNITINS.” Assim, o discurso proferido pela atual gestão

de que os professores APENAS poderiam ministrar as disciplinas descritas no “código de vaga” constitui-se em um discurso falacioso, uma vez o próprio edital do concurso garante o

remanejamento do profissional de acordo com as necessidades da instituição.

Em descumprimento ao Programa de Desenvolvimento Institucional (PDI UNITINS 2012-2016) a atual gestão se nega a aumentar o número de vagas dos cursos já existentes no campus Palmas (Agronomia, Direito, Serviço Social e Sistema de Informação), como também a criação de

dois novos cursos previstos no PDI: Letras e Pedagogia, uma vez que o edital do referido concurso foi realizado com base neste PDI. Existem cerca de 10 professores aprovados para os colegiados de

Letras e Pedagogia que estão sendo desviados de função na universidade.

A situação se agrava diariamente, pois temos professores desenvolvendo, inclusive, problemas de saúde devido ao estresse provocado pela instituição, que prefere contratar

apaniguados, SEM EDITAL para professor substituto, em detrimento dos docentes efetivos, e na maioria das vezes, melhor qualificados, e sem acesso ao exercício docente.

Nestes termos, reiteramos nossa solicitação de apoio à oferta de exercício docente de qualidade e de uma Universidade mais democrática.

Salvador, 18 de setembro de 2016

XIV Encontro Nacional do Setor das Instituições Estaduais e Instituições Municipais do

ANDES-Sindicato Nacional

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ENDEREÇO DA REITORIA UNITINS: 108 SUL, ALAMEDA 11, LOTE 03, CAIXA POSTAL 173

CEP: 77020-122 PALMAS TO FONES (63)3218-4936 / 2902 / 2974

5 - MOÇÃO DE REPÚDIO

Os participantes do XIV Encontro Nacional do Setor das Instituições Estaduais e

Instituições Municipais do ANDES-Sindicato Nacional (Setor das IEES/IMES), realizado de 16 a 18 de setembro de 2016, em Salvador/BA, manifestam-se em defesa à Reserva Extrativista (RESEX) de Canavieiras na Bahia que é oriunda de um movimento de luta histórico dos moradores,

agricultores familiares, marisqueiras e pescadores de diversas localidades dos municípios de Canavieiras, Una e Belmonte. A sua criação nesse modelo de Unidade de Conservação (UC), se deu

com o objetivo de proteger objetos especiais de preservação e minimizar a degradação das áreas estuários, alagados temporários, matas ciliares, restingas, ambientes coralinos e manguezais ainda existentes nessa região, garantido a utilização de seus recursos naturais de forma sustentável pelas

comunidades extrativistas, com base nos seus saberes tradicionais e empoderamento, acumulado durante anos por estas populações.

A RESEX de Canavieiras tem garantido a legitimação de espaços públicos democráticos no âmbito das políticas de conservação e proteção do território e permitido o compartilhamento de

responsabilidades na proteção da UC através do desenvolvimento das relações entre a UC a comunidade do entorno, buscando integrar questões que ampliam a compreensão da realidade,

resolvendo problemas de forma mais efetiva. Além disso, valoriza a cultura local e os modos alternativos e sustentáveis de organização e produção, garantindo o diálogo e o acesso a informações estratégicas aos agentes sociais envolvidos com a gestão, assim como aqueles afetados

pela criação da UC por passar obedecer a legislação. Há o entendimento de que a democratização das decisões respaldou o poder público e fortaleceu os agentes sociais que passaram a participar em

igualdade de condições, minimizando as discrepâncias instaladas pelo capital sociopolítico. Dessa forma, a tranformação da RESEX numa Área de Proteção Ambiental (APA), conforme proposto pelo Projeto de Lei nº 3.068/15, fragilizará a proteção do território e expropriará as populações

tradicionais de suas áreas de uso, tendo em vista que o “Estado” poderá instalar empreendimentos particulares (nacionais e internacionais) sobre áreas onde o uso é público e há toda uma sociedade

estruturada no uso sustentável dos recursos naturais. Não podemos esquecer que a gestão da unidade já alcançou diversos resultados, inclusive já iniciou processo de regularização fundiária, bem como elaborou outros instrumentos de gestão para o manejo sustentável dos recursos naturais.

Dessa forma, os membros participantes do XIV ENCONTRO NACIONAL DO SETOR DAS IEES – IMES são contra o Projeto de Lei nº 3.068/15, que dispõe sobre a criação da Área de

Proteção Ambiental de Canavieiras, com abrangência nos municípios de Canavieiras, Belmonte e Una, no Estado da Bahia. Entendemos que isso será um retrocesso a conservação da unidade e um

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imenso ataque a propositura inicial da unidade de conservação aprovada há mais de 10 anos pela comunidade (RESEX CANAVIEIRAS) e enfraquecerá o poder da gestão participativa da

comunidade local na UC, onde os diferentes atores sociais e instituições públicas participam da discussão e do plano de manejo da mesma, sendo estes os atores principais nas decisões e criação do seu Plano de Manejo. Além disso, com a criação da RESEX de Canavieiras já foram cadastradas

cerca de 2.100 famílias beneficiárias, as quais sendo criada a APA estarão socialmente mais vulneráveis, evidenciando que esse PL visa atender apenas os especuladores de terra e a expansão

da fronteira imobiliária.

Salvador, 18 de setembro de 2016

XIV Encontro Nacional do Setor das Instituições Estaduais e Instituições Municipais do

ANDES-Sindicato Nacional

Essa moção dirige-se:

A exmo. Sr. Michel Temer (Presidência da República)

Ao exmo. Sr. Rodrigo Janot Monteiro de Barros (Procurador Geral da República)

Ao exmo. Sr. Alexandre de Moraes (Ministro da Justiça)

Ao exmo. Sr. Rui Costa (Governador do Estado da Bahia)

A exmo. Sr. Rômulo José Fernandes Barreto Melo (Instituto Chico Mendes de Conservação da

Biodiversidade - ICMBIO)

6 - MOÇÃO DE REPÚDIO AO GOVERNADOR INTERINO DO RIO DE JANEIRO

FRANCISCO NEVES DORNELLES

Os participantes do XIV Encontro Nacional do Setor das Instituições Estaduais e Instituições Municipais do ANDES-Sindicato Nacional (Setor das IEES/IMES), realizado de 16 a 18 de setembro de 2016, em Salvador/BA manifestam repúdio às ações do governo do estado do

Rio de Janeiro, que não atende as legítimas e emergenciais reinvindicações dos docentes das universidades estaduais do estado do Rio de Janeiro: UEZO, UENF, UERJ E CEDERJ.

Salvador, 18 de setembro de 2016

XIV Encontro Nacional do Setor das Instituições Estaduais e Instituições Municipais do

ANDES-Sindicato Nacional

Destinatário: Governo do Estado do Rio de Janeiro

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ANEXO

INFORMES DAS SEÇÕES SINDICAIS

1. Adufs-BA

Relatado por Gracinete Luta das estaduais baianas:

- A permanente construção do Fórum das Ads; - 18 de dezembro - protocola-se a pauta das Ads; - Assim, tivemos atos, rodadas de assembleias;

- 02 de julho de 2016; Luta mais interna: término da estatuinte; hoje a UEFS tenta uma participação da comunidade

universitária nas várias atividades, por meio de comissões (CPA, CAA, Bandejão, COP, conselho superiores), nas quais os 3 setores estão presentes; A ADUFS promove também “quinta encontros”, que muitas vezes temos debates, como o como

sobre a história da ADUFS, afinal estamos fazendo 35 anos; Estamos tentando fazer uma luta conjunta entre os setores (estudantes, professores e técnicos);

Participação nas atividades do ANDES-SN: Congresso, CONADs, reunião do setor, encontros regionais, reuniões de Gts (GTPAUA, GTSSA, GTPCEGDS), na jornada de lutas, curso de formação sindical;

Construção do comitê estadual de educação, e participação no ENE e estamos também construindo o comitê local;

Participação nas atividades de CSP-Conlutas: coordenações estaduais e nacionais; SEE e atos de rua; Participação nos movimentos sociais de Feira de Santana, como atos e discussão sobre o BRT,

debates sobre conjuntura e participação do grito dos excluídos; Debate com os candidatos a prefeito, dia 21.

Nova eleição para ADUFS-BA em Novembro. 2. ADUEMG

Relatado por Emmanuel Perda de 40% do salário desde 2012.

Greve 2016: 106 dias de greve, iniciada em 03 de maio, conjuntamente com a UNIMONTES. O governo judicializou-se a greve dos docentes da UNIMONTES e não da UEMG. Em reunião ocorrida no dia 12 de Agosto de 2016 com o Governo de MG - SEPLAG; pela

SECTES; UEMG representada pelo Reitor Dijon Morais e outros gestores e pela ADUEMG e comando de greve. Após discussões, ficaram acordados os seguintes pontos:

DA PARTE DO GOVERNO:

1) Garantir que a SEPLAG fará as nomeações dos professores aprovados em concurso SEPLAG/UEMG nº 008/2014 e publicará no ano de 2016. Editais de novos concursos previstos na

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Resolução conjunta SEPLAG/SECTES/UEMG nº 9.518/2016 para provimento de 723 vagas; (ponto de consenso)

2) Manutenção da mesa de discussão permanente do ensino superior; (ponto de consenso) 3) Garantia da SEPLAG que os professores do ensino superior possam se licenciar para a capacitação, mantendo os vencimentos. Para tal, as respectivas horas-aulas dos licenciados serão

redistribuídas entre os pares, de forma a não ocorrer aumento de gasto de pessoal. Garantir também a manutenção das licenças de capacitação vigentes, até o final dos respectivos cursos, desde que

seja mantida a redistribuição da hora-aula entre os pares; (ponto de consenso) 4) Garantia que a SEPLAG encaminhará à AL o PL de incorporação do Pó de Giz e da GDPES, com aumento de 40 para 50% no valor nas DEs de mestres e doutores, após a superação das

vedações do impedimento da LRF; (ponto de consenso) 5) No prazo de 30 dias, a contar da data da assinatura do acordo, deverá ser aprovada na mesa de

discussão permanente de ensino superior a proposta da nova carreira. Na sequência, no prazo de 60 dias, a SEPLAG deliberará, com base nos estudos técnicos, jurídicos e financeiros, para a implantação da nova carreira, considerando que a implantação se dará após a superação das

vedações do impedimento da LRF, bem como, a aprovação do PL na Assembleia Legislativa, sanção do Governador e publicação no DOE; (ponto de consenso)

6) Continuidade de negociação SEPLAG/UEMG para ampliação do regime de trabalho de 20 para 40 horas dos professores aprovados no concurso do ISEAT/Fundação Helena Antipoff, que já se encontrava com 19 professores comtemplados e foi interrompido quando restavam outros 16

professores, em razão do impacto financeiro gerado. Garantir a prioridade para os 16 professores em virtude das possíveis reduções de gasto com a folha, a partir das nomeações do Concurso

SEPLAG/UEMG nº 008/2014 tendo encontros mensais específicos para este ponto, até dezembro de 2016. Neste prazo, caso não haja o atendimento total do pleito, o governo assume o compromisso de buscar soluções alternativas que não seja somente a redução de gastos com

pessoal, referentes às posses do Concurso SEPLAG/UEMG nº 008/2014. Será constituída uma comissão específica (SECTES/UEMG/SEPLAG/ADUEMG) para este caso; (ponto de consenso)

7) Concessão de Dedicação Exclusiva aos professores empossados como previsto na Lei nº 15.463/2005; (ponto de consenso) 8) Estudo pela procuradoria da UEMG do processo de nomeação da professora Luciana Bicalho da

Cunha cujo processo está judicializado, bem como os de outros professores que trabalham em designação. (ponto de consenso)

9) Garantir que todas as decisões ou acordos administrativo ou judiciais que resultem em melhoras com relação as negociações com servidores da carreira de professor de educação superior, serão extensivas aos professores da UEMG; (ponto de consenso)

10) O governo seguirá negociando as perdas salariais acumuladas em mesas de negociação plenas e permanentes; (ponto de consenso)

11) A SEPLAG responderá, em até 15 dias, sobre dúvidas quanto a fórmula de cálculo da GDPES. Tal dúvida foi tratada no Ofício ADUEMG 05/2015. (ponto de consenso) DA PARTE DO MOVIMENTO GREVISTA:

1)- Os professores levarão, para uma nova assembleia, no dia 16/08/2016 os pontos acima acordados nessa reunião. Caso a assembleia concorde com os pontos e paralise o movimento, o

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retorno do trabalho será imediato e a proposta de calendário de reposição será encaminhando à reitoria, em até 15 dias a contar da data da assembleia. Fica acordado, também, o compromisso das

partes que o calendário de reposição garanta a integralidade da carga horária, sem nenhum prejuízo ao semestre letivo. (ponto de consenso).

3. SESDFESG - Goiatuba/GO Relatado por Pauletti Rocha

A seção SESDFESG da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas de Goiatuba. Municipal. Criada em 2008, não tiveram avanços, mas a seção não está ativa. Temos ao todo 179 professores, sendo 60 efetivos e os demais contratados.

São 2500 alunos oriundos de 15 cidades da região. Estamos num processo de reativar esta seção, conversando com os professores para a constituição

de uma chapa. 4. SINDUEPA

Campi da UEPA (20 – 5 na capital), 170 docentes filiados. 90 docentes em nível de doutorado aguardam progressão.

Atuação SINDICAL: CSP-Conlutas; Espaço Unidade de Ação; Comitê em Defesa da Educação; II ENE; Fórum dos Servidores Estaduais; Comissões internas da UEPA; Reestruturação da UEPA; Resolução de Lotação Docente; PCCR; Concurso.

Greves: 2016 - primeiro semestre Articulação dos SPE para GREVE GERAL; Descumprimento do acordo da greve de 2015 pelo

Governo Jatene; Ampliação do sucateamento da UEPA; GREVE impulsionada pela capital com adesão de 11 campi do interior. GREVE dos Técnicos; Pauta econômica com foco na estrutura da Universidade, Piso e Concurso; Centro no financiamento da UEPA; Intransigência do Governo

Jatene (PSDB); Vitórias parciais na GREVE. Hoje: Estado de GREVE; Iniciar arrecadação dos filiados; Realizar nova campanha de filiação;

Impulsionar o FORA TEMER e FORA JATENE – INIMIGO DA EDUCAÇÃO; Ações conjuntas com o SINTEPP (piso, financiamento da educação); Audiências Públicas sobre a UEPA. Pautas da GREVE: PCCR, Progressão Vertical; Concurso; Lotação Docente; Investimentos.

5. SINDUECE

Relatado por Maria Goretti Audiência com Governador Camilo Santana na 1ª semana de governo/2015: Afirmação de Acordos;

03/05/2016: Início da Greve na UECE após 16 meses de governo / acordos não cumpridos; UECE unificada com os servidores públicos; Descaso do governo com as Universidades Estaduais;

abandono, sobretudo das Faculdades do Interior; panfletagem em aeroporto, praia e beira mar; Governo Apresenta 1ª Proposta ao Movimento Grevista em 11 de agosto após 98 dias de greve: 1. Reajuste: 0% para 2016 e nenhuma sinalização para anos posteriores;

2. Processos: publicação com o fim da greve; entretanto, concessão de D.E. somente com disponibilidade financeira;

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3. Concursados: nomeação e posse dos 84 professores com o fim da greve; 4. Novos Concursos: autorização de vagas remanescentes; omite o compromisso com os certames

2016/2017/2018; 5. Equiparação salarial professores substitutos - criação de GT para estudo comparativo; 6. Cortes no custeio: tratará com a reitoria;

7. Resolução 17/2016: não se aplicam às universidades; 8. Lei de Autonomia: incorporação dos sindicatos nas discussões;

9. Infraestrutura de Itapipoca: aprova R$ 8,79 milhões a ser executado entre 2016 a 2018; após aprovação de plano técnico e fim da greve; 10. Infraestrutura de Crateús: cessão do CVT, compromisso de submeter verba de R$ 250 mil ao

governador (tesouro/emenda); 11. Lei de Insalubridade e Periculosidade: retomada do GT para elaborar Lei.

Em Assembleia os docentes da Uece e Uva rejeitam proposta do governo, porque: a) Inflação acumulada 2015-2016: 15,61%; b) Perdas salariais do servidor público de 1999-2016: 61,94%;

c) Situação financeira da Uece em 2015: dívida de 3,2 milhões e previsão para 2016: 9 milhões; d) Balanço orçamentário do Estado no 1º semestre de 2016: 3,72 bilhões.

Quadro atual da greve: 1. COM POUCOS AVANÇOS: Publicação de alguns processos dos professores; Autorização de verbas para infraestrutura, mas falta assinatura de ordem de serviço.

2. SEM AVANÇOS: Não apresentou proposta de reposição/equiparação salarial; Não nomeou os 84 professores concursados; Não assegurou concessão de D.E.; Não assegurou próximos certames de

concursos (2016/2017/2018). 3. Próxima reunião com o governo: GT Salário, 20 de setembro; Expectativa: governo apresentar alternativa de reposição salarial; Consolidar/apresentar 2ª proposta ao movimento grevista,

corrigindo os pontos considerados insuficientes pela categoria.

6. ADOPEAD SSind RJ

Relatado por Alexandre Herculano Com objetivo de combater a precarização da educação e da docência na modalidade Educação a

Distância, realizou em 03/09/2016 a 1ª Plenária de discussões e reflexões sobre a temática “EaD Pública no RJ: 16 anos”.

O evento contou com as participações de professores tutores presenciais, professores tutores à distância, coordenadores de disciplinas e de cursos de forma física, também com participação virtual por canal de videoconferência

A plenária foi orientada por três temas: 1) Propostas legais, e o mais justas possíveis, de vínculo empregatício dos professores tutores; 2) Condições de trabalho dos professores presenciais e à

distância; 3) Que Ead efetivamente queremos: aspectos políticos e pedagógicos. 7. ASDUERJ

Relatado por Maria Luiza Tambelini

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A atual diretoria da ASDUERJ, eleita em 2015, completa 1 ano agora num quadro de muitas lutas e enfrentamento com o Governo do Estado do Rio de Janeiro. Esse enfrentamento tem sido

reconhecido pela comunidade docente, o que se materializa no crescente número de filiações com 37 apenas no último mês. Nos mobilizamos a partir de março numa dura greve por melhoria das condições de trabalho e pela estruturação da carreira. Por um lado, de um orçamento de custeio de

mais de 300 milhões previstos para 2016, tivemos um orçamento realizado que até o momento não alcança 10% dessa cifra, o que inviabiliza o funcionamento da Universidade pela falta de serviços

de manutenção, como serviços de limpeza. No campo salarial, estamos desde 2001 sem reajuste linear, acumulando mais de 100% de perdas inflacionárias. Além disso, temos um regime de Dedicação Exclusiva fragilizado, uma vez que está instituído como adicional, não sendo

incorporado na aposentadoria e correndo risco de extinção diante dos pacotes de PLs que prejudicam o funcionalismo. A preparação para o movimento grevista se inicia em 2015 com a

realização de assembleias e reuniões do Conselho de Representantes, o que leva a decisão pela paralisação das atividades em março de 2016 e dura cerca de 5 meses. Apesar da resistência do governo, a realização de diversos atos, caminhadas e vigílias na Assembleia Legislativa, obrigou

lideranças estaduais do executivo e do legislativo a negociar nossos pleitos. Conquistamos, nesse processo, a reestruturação do nosso plano de carreira, corrigindo distorções históricas e injustiças

contra nossos aposentados. A fragilidade da nossa DE, contudo, continua sendo ameaçada pelo governo, que num duro golpe, retirou a pauta de mesa de negociação um dia antes de a Assembleia Legislativa entrar em recesso para os Jogos Olímpicos. Apesar das conquistas do movimento

grevista, o governo tem descumprido suas promessas, pois não cumpriu o compromisso de regularizar os repasses à Universidade para o pagamento dos custos de manutenção. Assim, a luta

dos professores da UERJ deve continuar, em razão de um contexto extremamente adverso. Enfrentamos um governo estadual que concedeu mais de 185 bilhões em isenções fiscais nos últimos anos, que gastou mais de 8 bilhões com os Jogos Olímpicos e que levou mais de 66 bilhões

em calote grandes empresas sem qualquer esforço para cobrança desses impostos. Esse mesmo governo, sob a alegação de crise financeira, atrasa e parcela, desde o ano passado, o pagamento de

seus servidores, e chegou até mesmo a decretar estado de calamidade financeira. Nesse cenário, permanecemos em estado de greve e mobilizados na luta pela Educação Pública gratuita, de qualidade e socialmente referenciada.

8. ADUENF

Relatado por Angélica Atividades: abaixo assinado: 14 mil assinaturas; entrega deste no Palácio Guanabara; Ida a vários municípios para pedir ajuda a câmara de vereadores e na ALERJ culminando com o surgimento

da Frente Parlamentar; Exposição do problema na mídia local e no Rio de Janeiro. PCV sendo realizado em ainda não foi apresentado a ALERJ; somos duzentos associados; temos

sede própria; a contribuição não é retirada da folha; os associados que quiserem têm possibilidade de se aderirem a um Plano de saúde Unimed Empresa, temos advogado contadora e uma secretaria. O número de associados inativos é cerca de vinte; a contribuição e de 60,00 reais. Início da greve

em quatro de abril e o retorno das aulas em primeiro de setembro de 2016.

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Sem repasse do custeio pelo governo estamos sem pagamento dos terceirizados; a Segurança é o principal problema, pois os vigilantes reduziram suas atividades e o número de pessoas também.

ATO UENF EXISTE NA ALERJ. Duzentos e cinquenta pessoas alunos técnicos e docentes na Alerj em dia 01 de setembro. DEPUTADOS DA FRENTE PARLAMENTAR PRÓ UENF. Estão elaborando um documento para ser entregue ainda nesta semana ao governo do estado para

tentar solucionar o contingênciamento da verba de custeio da Uenf. Desde outubro de 2015 sem verba para custeio. A volta às aulas sem custeio impossibilita muitas atividades e a falta de

segurança faz com que fiquemos vulneráveis. 9. UEZO

Relatado por Luanda Silva Greve na UEZO: A UEZO ainda existe, mas os sinais indicam que ela vai acabar!

Os docentes da Uezo entraram em greve em 17 de março reivindicando condições de trabalho, financiamento para a universidade e um campus próprio para a UEZO, demanda que se arrasta desde a fundação da universidade. O reitor da UEZO suspendeu o início do semestre 2016/1 em

23/02/2016 em virtude de falta de um contrato com empresa de serviço de limpeza. Os funcionários da segurança ficaram sem receber seus salários de dez/2015 até abril/2016. A ADUEZO promoveu

diversas atividades da grave de ocupação. Além disso, os docentes da UEZO reivindicam um PCC que inclua o regime de trabalho em dedicação exclusiva, reajuste salarial, adicionais de insalubridade e periculosidade, a posse de apenas 15 professores que aguardam há 2 anos, além de

demandas a nível institucional, como concurso para técnicos administrativos. Depois de muita luta e mobilização em 3 agosto de 2016 os docentes da UEZO suspenderam a greve sem nenhuma

conquista. A única coisa é um compromisso do deputado Edson Albertassi, líder do Governo da ALERJ. Mantemos a mobilização da base e as tentativas de negociação com o Governo. No dia 01/09/2016 ocorreu Ato conjunto UEZO e UENF.

10. APRUDESC:

Relatado por Adalberto

Participações em atividades conjuntas ANDES-SN APUFSC/APRUDESC: Auditoria Cidadã da Dívida - Palestra: Maria Lúcia Fatorelli; Coordenação da ENE Estadual junto

com a APUFSC; Defesa de perseguição - ação movida, “lei da mordaça”; Interação com outros Sindicatos: Contra a majoração da contribuição previdenciária dos servidores públicos do Estado de

Santa Catarina - Centrais Sindicais (evento em 16/08/2016); Lutas de pautas comuns com o Sindicato dos Servidores Técnicos da UDESC- SINTUDESC. Lutas e mobilizações atuais: Recomposição do valor da sub-vinculação dos recursos do Estado de

Santa Catarina - atualmente, 2,41% - solicitação de 2,66%; Reversão das perdas pela fusão de fundos previdenciários - acréscimo de 11% para 14% de contribuição previdenciária oficial;

Recuperação de desvio de R$ 18.000.000,00 (a dotação total da UDESC hoje corresponde a aproximadamente R$ 1.000.000,00); Reposição de 10,67 % data-base abri-2015/abril-2016.

11. ADUEMS

Relatado por Rubens

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Após grandes vitórias dos docentes da UEMS como a aprovação dos novos Índices dos níveis docentes em 2013, hoje temos um cenário de ameaças a direitos adquiridos por parte do atual

Governo do Estado. Desde 2014 estamos sem reajuste salarial, onde a perda acumulada passa dos 27%. Em 2016 o Governador do Estado Reinaldo Azambuja - PSDB - deu apenas R$ 220,00 reais a título de abono

salarial. E mesmo depois de inúmeras reuniões de negociação com a equipe do Governo do Estado ainda não temos uma sinalização de regulamentação dos valores devidos.

No momento atual, temos pontos que merecem total atenção dos docentes da Universidade Estadual de Mato Grasso do Sul (UEMS) como, por exemplo, a implantação de remuneração por meio de subsídio. Esta armadilha tem como objetivos limitar a progressão dos docentes, isto é, por meio da

criação de classes com percentual bem definido ficará mais difícil aos docentes progredirem em suas carreiras.

Outro ponto prejudicial que compõe essa armadinha de subsídio diz respeito a critérios de merecimento para progressão nas classes. Vale ressaltar que o quinquênio deixa de existir nesse novo formato.

E finalmente, temos mais uma manobra de interferência governamental na autonomia universitária por meio de um projeto de gestão intitulado “Gestão por Competência”. Estamos atentos de olho

nessas intenções governamentais. Não vamos desistir e lutaremos até o fim. 12. ADCESP - PI

Relatado por Lina Santana

1. DADOS DA UESPI

12 campi; 6 centros; 109 cursos; 510 docentes substitutos/ temporários; 938 docentes efetivos; Total de 1.448 professores; Lei 124/09 garante até 1.699 professores efetivos. Para 2017 - 2,33 % do orçamento ou R$ 254 milhões de reais; para 2016 R$ 227 milhões de reais.

2. Dados da ADCESP: Sindicalizados - 443 docentes;

3. ATIVIDADES REALIZADAS 2016: 1. Fevereiro - Debate sobre o Projeto Escola sem partido; 2. Estado de greve de 15/04 a 18/04;

3. 18/04 - deflagração da greve que durou 66 dias; 4. Construção e mobilização para o dia 1º de maio (levar pautas/ reivindicações);

5. Elaborada carta aberta à sociedade, estudantes e pais tratando sobre as demandas/ reivindicações, especialmente a lei 6.772 de 02 de março de 2016; 6. Realização da eleição para o ANDES-SN (10 e 11.05)

7. Solicitação de audiências públicas junto à Assembleia Legislativa, Ministério; Público Estadual, Defensoria Pública Estadual e câmaras municipais;

8. Solicitada audiência com o governador do Estado; 9. Discussão com professores e técnicos administrativos sobre a lei 6.772 e exigir do governo e da reitoria a implementação imediata das progressões, promoções e mudança de regime, dos

professores e técnicos administrativos. 10. Retomar a campanha #SOSUESPI;

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11. Julho/1016 - TJ declara ilegalidade da greve; 12. Participação do ato Fora Temer;

13. Semana de Mobilização A UESPI acaba nos trinta? (31.08 a 02.09) 14. Debate sobre PDI, Orçamento, salário, 15. Calendário de mobilização de visitas aos campi da UESPI;

16. Conselho Estadual de Educação denega 52 cursos; 17. Solicitar junto ao Ministério Público informações sobre os 52 cursos em via de

extinção/denegação; 18. Fixados outdoors em Teresina denunciando o descaso do governo Wellington Dias (PT) com a UESPI;

19. Realizado durante a greve os dois maiores twitaço do Brasil; 20. Reunião e Debate (08.08): UESPI e a conjuntura;

21. ADCESP promoveu a Semana de Mobilização (31.08 a 02.09) com o tema: A UESPI acaba

nos trinta?

13. APUG-Ssind

Relatado por Gilberto

Participamos de todos os eventos nacionais seja conad, congresso nacional, encontro nacional de comunicação, encontro nacional da Educação encontro nacional do Setor das IEES e IMES, inclusive tendo organizado a reunião em Palmas, no mês de maio, que contou com mais de 20

pessoas de várias seções sindicais representantes das estaduais e municipais, com a primeira participação do pessoal da associação dos docentes da Unitins.

Participação também na Semana Nacional de Mobilização; Várias reuniões com presidente da Fundação Unirg e prefeito municipal, com a conquista da reposição salarial a partir de janeiro deste ano, sendo uma vitória importante, independente de ainda

estarmos brigando pelo índice de 25% de perda salarial, referente ao período de 2009 a 2013; Reunião do setor em março deste ano em Brasília

Promovemos o Ciclo de Debates nos meses de abril e maio, e Semana Nacional de Lutas, debatendo Autonomia Universitária, Aposentadoria e Retirada dos Direitos Trabalhistas, que estão sendo apresentados e votados no Congresso Nacional.

Apug participou também das marchas, caravanas e protestos contra o PLP 257 em abril, maio, agosto e setembro

Realização da Reunião do Setor em Palmas, no mês de maio; Várias ações na Justiça, algumas com sucesso, como a de garantir a posse de professor concursado, e ainda aguardamos a decisão do juiz local sobre sete ações que estão judicializadas pela Apug-

Ssind, todas conclusas, aguardando tão somente a boa vontade do magistrado. Duas delas estão conclusas há mais de um ano...;

Encontro regional em Jataí e Brasília, com a da Apug; Curso de extensão de Filosofia e Cinema forma duas turmas por ano há vários anos, ultrapassando mais de 1200 participantes;

Desde maio, após reunião do Setor da IEES e IMES, que a Apug, em concordância, conhecimento e aprovação da Regional Planalto e coordenador do Setor das IEES e IMES, se dispôs a colaborar no

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sentido de ajudar a diretoria da Associação da Unitins, inclusive na formulação da Moção de Repudio, aprovada na reunião e enviada posteriormente, bem como apoio até jurídico na briga para

que o projeto de mudança de Fundação Unitins para Autarquia, produzindo um vídeo que foi enviado para a direção nacional do Andes e encaminhado para os professores da Unitins, além da ampla divulgação na mídia tocantinense na intolerância da reitoria e da gestão da Unitins, que não

está considerando os professores concursados, com repetidas ações de assédio moral e de buling, o que tem provocado diversos confrontos judiciais na expectativa de garantir os mínimos direitos dos

professores. Todos os 40 professores que só conseguiram tomar posse via liminar, ainda vivem na insegurança e convivem com o descaso da administração, que contrata deliberadamente professores que sequer estão em sala de aula e alguns deles recebem há mais de um ano sem trabalhar.

A apug também está representada por vários diretores no Conselho Superior Acadêmico, no conselho curador da fundação Unirg, nos conselhos municipais de Educação, do sistema

previdenciário municipal e no conselho do meio ambiente, além do conselho federal da OAB e conselho estadual da Educação e outras atividades coordenadas por outras entidades congêneres ou não na cidade ou no estado;

Segundo Encontro nacional da Educação também teve a participação da Apug, via seus diretores e ou representantes;

Também participamos do lançamento e fazemos parte do comitê de combate ao caixa dois das campanhas eleitorais, E finalizando, fizemos agora no final de agosto, uma reunião ampliada da diretoria, que definiu

algumas ações visando alertar a categoria docente com participação ampliada de outros seguimentos de trabalhadores, seja público ou privado. Entre elas, que em setembro, outubro e novembro

intensificaremos o debate com análise de conjuntura, pela escola sem mordaça, contra a perda dos direitos e FORA TEMER, não necessariamente nessa ordem; Produzimos cartazes com as fotos e nomes dos deputados federais tocantinenses que votaram a

favor do PLP 257 e enviamos a todos os servidores, seja da unirg, do estado e ainda colocamos no facebook, no site da seção sindical e também produzimos um programa especial sobre isso na Rádio

WEB, que tem sido uma fundamental ferramenta na divulgação das nossas propostas e ações de luta de classe.

14. SINDUNESPAR

Relatado por Márcio Luiz

CONTEXTO HISTÓRICO A Sindunespar – Seção Sindical dos Docentes da Universidade Estadual do Paraná é a mais jovem entre as ADs do Paraná, assim como a Unespar é a mais jovem entre as IEES paranaenses. A

Unespar – Universidade Estadual do Paraná foi criada em 2012-2013, a partir da fusão de sete faculdades isoladas do estado. A Sindunespar nasceu em 2013 em Paranaguá e, já no início, teve

atuação intensa nas lutas pela reitoria e pela autonomia de gestão. De fevereiro a junho de 2015, em conjunto com as outras associações docentes e ao lado do conjunto dos servidores públicos estaduais, a Sindunespar deflagrou duas grandes greves para

enfrentar os PLs 60/15 e 252/15 (que atacaram o fundo previdenciário dos servidores); enfrentar um projeto de autonomia financeira gestado sem consulta aos docentes; garantir o pagamento do terço

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de férias; garantir os quinquênios e anuênios; garantir a reposição salarial (que o governo ameaçava descumprir).

Tais lutas, marcadas pela ocupação da ALEP em 12 de fevereiro e pelo massacre dos servidores em 29 de abril, tiveram como efeito a expansão da base da Sindunespar para seis dos sete campi da universidade. Também levaram à articulação entre a Sindunespar e as outras seções sindicais do

ANDES-SN no sistema público paranaense de ensino superior. E o contexto formado por aqueles ataques define muitas das lutas atuais da seção sindical.

Em dezembro de 2015, foi eleita a 2ª. gestão da diretoria da Sindunespar, formada por docentes de seis dos sete campi da universidade. LUTAS EM CURSO

O calendário da seção sindical em 2016 inclui uma série de embates: luta contra o sucateamento e a precarização (cortes e contingenciamentos de custeio); luta pela saída do sistema Meta4 (um

sistema de gestão de recursos humanos que coloca nas mão da secretaria da fazenda o controle da implantação de todos os direitos específicos dos docentes (progressões, promoções, FG, TIDE, etc); luta pelo TIDE (Dedicação Exclusiva) como Regime de Trabalho (e contra o acórdão 2847/16 do

TC, que tenta defini-lo como gratificação); luta pelo cumprimento da reposição salarial (que o governo ameaça não pagar). Além destas pautas de âmbito estadual, a Sindunespar tem

intensificado suas ações de enfrentamento às ameaças vindas da esfera federal, em especial o PLP 257/16, a PEC 241/16 e o projeto Escola sem “Partido”. A Sindunespar participa do Fórum das ADs, uma ferramenta de articulação entre as seções

ANDES-SN das estaduais paranaenses. Trata-se de uma associação sem caráter deliberativo que reúne Adunicentro, Adunioeste, Sesduem, Sinduepg e Sindunespar e permite articular estratégias

conjuntas entre as diversas seções sindicais. O Fórum tem permitido, entre outras coisas, a articulação de atos públicos sincronizados e um produtivo compartilhamento de informações, documentos e imagens para as ações das seções sindicais.

As estratégias de luta incluem a atuação em uma série de frentes. A Sindunespar atua na Frente em

Defesa do Funcionalismo Público, que se dedica a enfrentar os diversos ataques aos serviços

públicos, e participa da Comissão da Escola sem Mordaça, que busca fazer frente ao Projeto Escola sem “Partido”. Além disso, as associações docentes vêm organizando uma série de atos públicos, mesas de debate e ações de conscientização sobre estas pautas, durante todo o ano de

2016, com mais intensidade a partir de julho. No momento, para enfrentar todos estes ataques, há assembleias convocadas indicando paralisação da categoria no dia 22 de setembro.

15. APJI-UNITINS

Relatado Por Eduardo José Silva Lima

Denunciamos as práticas abusivas por parte da atual gestão da Universidade do Tocantins: Professores da UNITINS, aprovados no concurso público para mestres e doutores, edital 001

FAPEMS 2014, têm enfrentados sérios problemas no seu cotidiano dentro da universidade. Além do fato de que docentes aprovados em concurso público só foram convocados mediante liminar judicial, sendo os mesmos obrigados a conviver com assédio moral por parte da atual gestão da

UNITINS.

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Desde que adentraram na instituição sofrem com recusa de projetos de extensão, negativas de exercer a prática docente sob a justificativa do “código de vagas”. Segundo a gestão, os professores

só poderiam ministrar as disciplinas relacionadas ao código de vaga no qual foram aprovados. Entretanto, isso se configura em uma interpretação particular e equivocada do edital, que no item 16.8 menciona: “A descrição da ÁREA DE CONHECIMENTO será objeto de formatação das

disciplinas para efeito da atuação do professor junto ao curso, obedecendo a ordem de classificação dos candidatos e às NECESSIDADES e ao interesse da Instituição.” E no item 16.13 consta que “os

classificados para uma determinada VAGA/ÁREA DE CONHECIMENTO poderão ser nomeados para outra ÁREA CORRELATA obedecendo aos seguintes critérios: ordem de classificação dos candidatos, área de conhecimento/disciplinas, formação exigida para o cargo, necessidade e

interesse do candidato e da UNITINS.” Assim, o discurso proferido pela atual gestão de que os professores APENAS poderiam ministrar as disciplinas descritas no “código de vaga” constitui-se

em um discurso falacioso, uma vez o próprio edital do concurso garante o remanejamento do profissional de acordo com as necessidades da instituição. Tal interpretação onera os custos da universidade, pois subutiliza todos os professores da instituição sejam concursados ou contratados.

Em descumprimento ao Programa de Desenvolvimento Institucional (PDI UNITINS 2012-2016) a atual gestão se nega a aumentar o número de vagas dos cursos já existentes no campus Palmas

(Agronomia, Direito, Serviço Social e Sistema de Informação), como também a criação de dois novos cursos previstos no PDI: Letras e Pedagogia, uma vez que o edital do referido concurso foi realizado com base neste PDI. Existem cerca de 10 professores aprovados para os colegiados de

Letras e Pedagogia que estão sendo desviados de função na universidade. A situação se agrava diariamente, temos professores desenvolvendo, inclusive, problemas de saúde

devido ao estresse provocado pela instituição, que prefere contratar apaniguados, SEM EDITAL para professor substituto, em detrimento dos docentes efetivos, e na maioria das vezes, melhor qualificados, e sem acesso ao exercício docente.

Nestes termos, reiteramos nossa solicitação de apoio à oferta de exercício docente de qualidade e de uma Universidade mais democrática.

Relato da situação da UNITINS por Eric José Migani. Contextualizando o tema: Em 1991 ocorreu o primeiro concurso da UNITINS, ocorre que desde então houve um início de

uma formação da SESDUNITINS, no entanto, não tenho maiores informações sobre os motivos pelos quais não prosperou o aludida seção sindical, mas provavelmente os problemas enfrentados

hoje não teria tomada a proporção que está caso houvesse sido criada e se estivesse em funcionamento a SESDUNITINS. Ingressei na instituição por intermédio de processo seletivo simplificado em 2009 no qual possuo

um contrato de trabalho por prazo indeterminado que fora considerado nulo e, estando na instituição até hoje.

No ano de 2014 a gestão do Reitor Joaber publicou o edital do concurso para o quadro de professores da UNITINS, sendo encerrado todo o certame ainda na sua gestão, mas não concedeu posse aos professores.

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Em 2014/2015 na Gestão da Reitora Elizangela Glória continuou o edital do certame e após alguns indícios de "fraude" fora formada uma comissão com a finalidade de se verificar a ocorrência de

fraude, assim, a administração pública concluiu pela nulidade do concurso. Cumpre salientar que havia um TAC realizado junto ao Ministério Público do Trabalho no qual a UNITINS não cumpriu, e dentre outros motivos, transformou a Fundação Pública de Direito

Privado em Autarquia. ATÉ 2016 REGIME JURÍDICO: Fundação Pública de Regime Privado concursados Celetistas.

TRANSFORMAÇÃO DE FUNDAÇÃO PARA AUTARQUIA Os candidatos aprovados se inflam com a aludida decisão socorrendo-se do Poder Judiciário no qual concede liminar para que os candidatos tomassem posse, o problema ocorreu em razão de não se

verificar a necessidade da administração pública com todos os candidatos. A maioria dos professores havia a demanda na instituição, as não de TODOS, sendo que atualmente

existem “professores concursados” que não estão em sala de aula PELO FATO DE NÃO EXISTIR VAGA. O concurso está suspenso, bem como todas as regras do edital e a questão está judicializada.

DESDE ENTÃO, inúmeros desgastes entre os “professores concursados.”

16. ADUEPB - S. Sind

2015 - 10 anos de Autonomia Administrativo-financeira: cerca de 46 cursos de graduação e 2 de nível técnico, 03 doutorados, 03 Dinter, 15 mestrados, várias especializações gratuitas, vários polos

de EAD e PARFOR; conta com cerca de 1.300 docentes, entre 25 mil estudantes e 800 técnicos em 08 campus.

2015: 1% e greve 85 dias; 2016: Lei 10.660/2016: congelamento salários e progressões funcionais; perdas acumuladas: 25,3% (Dieese); paralisações e mobilizações mensais; Frente Paraibana Escola sem Mordaça; Comitê

Estadual em Defesa da Educação Pública; Fórum dos Servidores Públicos PB.

17. SINDUERR

Histórico da seção:

Criada a aproximadamente 4 anos; realizamos duas eleições; fizemos greve em 2013 (30 julho de

2013); motivação: baixos salários, falta de dedicação exclusiva, falta de eleições para a reitoria, estrutura física e etc.); resultados da greve: Equiparação salarial com a educação básica, troca da

reitoria pró-tempore e início da confecção do regimento geral da UERR que estipulava 2 anos para as eleições para a reitoria. Planos 2016-2018:

Campanha de sindicalização (Filiação); Organização administrativa e financeira do Sindicato; Projeto financeiro para obtenção de sede própria do sindicato; buscar apoio do ANDES para o

desenvolvimento da formação sindical dos professores; lutar por adicionais de Insalubridade; Reformulação do PCCR; Melhores condições de trabalho; revitalização da Estrutura física do Campus.