relatÓrio do monitoramento da ictiofauna da pch peti · estates, responsável pela construção da...

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MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA PCH PETI RELATÓRO FINAL 2011/2012 1 RELATÓRIO DO MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA DA PCH PETI RELATÓRIO FINAL 2011/2012 DATAS DAS COLETAS: 02 e 03 de setembro de 2011 e 29 de fevereiro e 01 de março de 2012 DATA DO RELATÓRIO: 21 de maio de 2012 N° DO CONTRATO: 4570012215/510 PATOS DE MINAS 2012 CEMIG GERAÇÃO E TRANSMISSÃO S.A.

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MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA PCH PETI

RELATÓRO FINAL 2011/2012

1

RELATÓRIO DO MONITORAMENTO DA

ICTIOFAUNA DA PCH PETI

RELATÓRIO FINAL 2011/2012

DATAS DAS COLETAS: 02 e 03 de setembro de 2011 e 29 de fevereiro e 01 de

março de 2012

DATA DO RELATÓRIO: 21 de maio de 2012

N° DO CONTRATO: 4570012215/510

PATOS DE MINAS

2012

CEMIG GERAÇÃO E TRANSMISSÃO

S.A.

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MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA PCH PETI

RELATÓRO FINAL 2011/2012

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RESPONSABILIDADE TÉCNICA

Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda.

Equipe Técnica

Técnico Responsável pela elaboração do Relatório

Regina Célia Gonçalves Bióloga – CRBio 44.468/4D

Equipe técnica colaboradora

Nome Formação Função

Adriane Fernandes Ribeiro Bióloga Biometria / Análise gonadal / Elaboração de Relatório / Conteúdo estomacal

Adil Gomes Pereira - Arraiz / Aquaviário

José Fernando Pinese Biólogo Dr. em

Ecologia e Recursos Naturais

Coletas / Biometria / Análise gonadal / Conteúdo estomacal

Erika Fernandes Araújo Vita Bióloga Biometria / Análise gonadal / Elaboração de Relatório / Conteúdo estomacal

Rubens Paiva de Melo Neto Biólogo Coletas / Elaboração de Relatório

ENDEREÇO: Av. Padre Almir Neves de Medeiros, 650 - Sobradinho

Patos de Minas - MG. 38701-118

(034)3818-8440 / 9975-5014 / 9975-1280

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ÍNDICE

APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................... 5

1 CARACTERIZAÇÕES DO EMPREENDIMENTO .......................................................................... 6

2 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 7

2.1 ÁREA DE ESTUDO ................................................................................................................. 8

3 OBJETIVOS .................................................................................................................................. 10

3.1 OBJETIVO GERAL................................................................................................................ 10

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................................. 10

4 METODOLOGIA ........................................................................................................................... 11

4.1 COLETA DE PEIXES, EQUIPAMENTOS, IDENTIFICAÇÃO E ACONDICIONAMENTO .... 11

4.2 AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE REPRODUTIVA ..................................................................... 14

4.3 COLETA DE OVOS E LARVAS ............................................................................................ 15

4.4 DIETA .................................................................................................................................... 16

4.5 COLETA DE MATERIAL GENÉTICO ................................................................................... 16

4.6 ÍNDICE DE SIMILARIDADE (IS) ........................................................................................... 17

4.7 ESTIMATIVA DA DIVERSIDADE ICTIOFAUNÍSTICA (H’) ................................................... 17

4.8 EQUITABILIDADE (E) ........................................................................................................... 17

4.9 RIQUEZA DE ESPÉCIES (D) ............................................................................................... 18

4.10 ÍNDICE DE IMPORTÂNCIA PONDERAL - IP ................................................................... 18

4.11 AVALIAÇÃO DA PESCA PROFISSIONAL E AMADORA NO RESERVATÓRIO ............ 18

4.12 TOMBAMENTO DO MATERIAL COLETADO .................................................................. 19

5 RESULTADOS ............................................................................................................................. 21

5.1 CONSIDERAÇÕES SOBRE AS COLETAS ......................................................................... 21

5.2 ANALISE QUALITATIVA ....................................................................................................... 24

5.3 COMPOSIÇÃO ICTIOFAUNÍSTICA ...................................................................................... 24

5.4 ABUNDÂNCIA ....................................................................................................................... 34

5.5 DIVERSIDADE E EQUITABILIDADE .................................................................................... 39

5.6 SIMILARIDADE ..................................................................................................................... 39

5.7 RIQUEZA DE ESPÉCIES ..................................................................................................... 40

5.8 BIOMETRIA ........................................................................................................................... 40

5.9 CAPTURA POR UNIDADE DE ESFORÇO (CPUE) ............................................................. 45

5.10 AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE REPRODUTIVA ................................................................. 50

5.11 ÍNDICE GONADOSSOMÁTICO ........................................................................................ 57

5.12 ÍNDICE DE REPLEÇÃO DOS ESTÔMAGOS E ANÁLISE DA DIETA ............................. 59

5.13 ÍNDICE PONDERAL DE DOMINÂNCIA (IP)..................................................................... 66

5.14 ANÁLISE DE OVOS E LARVAS ....................................................................................... 67

5.15 PESCA PROFISSIONAL ................................................................................................... 67

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6 DISCUSSÃO ................................................................................................................................. 68

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................................... 72

8 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................. 73

9 ANEXOS ....................................................................................................................................... 78

ANEXO A ............................................................................................................................................... 78

ANEXO B ............................................................................................................................................... 88

ANEXO C .............................................................................................................................................. 94

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APRESENTAÇÃO

O presente relatório reporta os resultados obtidos durante o período de 2011/2012

para o Monitoramento da Ictiofauna da PCH Peti, empreendimento da CEMIG Geração e

Transmissão S.A., sendo a primeira campanha de amostragem realizada no mês de

setembro/2011 e a segunda em fevereiro-março/2012, pela equipe técnica da Água e Terra

Planejamento Ambiental Ltda, conforme contrato n° 4570012215/510.

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1 CARACTERIZAÇÕES DO EMPREENDIMENTO

Empreendedor : CEMIG GERAÇÃO E TRANSMISSÃO S.A.

CNPJ: 06.981.176/0001-58

Gerência de Manutenção de Ativo de Geração do Leste – MG/LE

Endereço : Avenida Carlos Chagas, 674

Bairro Cidade Nobre – Ipatinga / MG

CEP: 35.162-359

Empreendimento:

Pequena Central Hidrelétrica Peti, localizada no Rio Santa Bárbara, pertencente à

bacia hidrográfica do rio Doce, município de São Gonçalo do Rio Abaixo / MG

Empresa Elaboradora:

Água e Terra Planejamento Ambiental

Avenida Padre Almir Neves de Medeiros, 650

Bairro: Sobradinho – Patos de Minas / MG

CEP: 38.701-118 – Tel./Fax: (34) 3818-8440

Contato: Biólogas Regina Célia Gonçalves e Adriane Fernandes Ribeiro.

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2 INTRODUÇÃO

A energia é uma das principais preocupações mundiais, vetor de desenvolvimento

responsável pelo crescimento da produção, sendo indispensável para a manutenção e

desenvolvimento dos países. A rápida elevação da densidade demográfica em várias

regiões do Brasil tem exigido um aumento constante na geração de energia elétrica, tendo

suas necessidades suplantadas através da construção de barragens (CAVENAGHI et al.,

2003), assim é necessário que haja a expansão na geração de energia, já que esta é

essencial para o desenvolvimento socioeconômico (PEPTEIRA, 2004).

A rápida alteração do ambiente lótico para lêntico, quando do fechamento de uma

barragem, provoca grandes modificações abióticas e bióticas, que irão consequentemente

gerar distúrbios nas comunidades aquáticas. Isto porque se sabe que a ocorrência e

sobrevivência das populações em um determinado biótipo estão condicionadas a um

conjunto de fatores inter-relacionados, tais como condições físico-químicas da água,

hidrológicas, hidrogeológicas, presença ou não de mata ciliar, disponibilidade de nutrientes e

relações inter e intra-específicas (ROLLA et al., 1992).

As barragens modificam a intensidade, duração e época das cheias, reduzem os

nutrientes disponíveis e as áreas sazonalmente alagáveis, com impactos sobre a

capacidade biogênica do sistema e disponibilidade de alimento e abrigo para formas jovens

de peixes (AGOSTINHO et al., 1992). Para a comunidade de peixes, o resultado inevitável

desses empreendimentos é a alteração na abundancia das espécies com a eventual

eliminação de alguns componentes ictiofaunísticos (ARAÚJO & NUNAM, 2005).

Outro aspecto bem definido nos barramentos é a interrupção dos ciclos migratórios

alimentares e reprodutivos de algumas espécies de peixes reofílicas de alto valor comercial

e a presença de uma ictiofauna menos complexa que dos seus rios formadores (CASTRO &

ARCIFA, 1987; LOWE-McCONNELL, 1987; FERNANDO & HOLCIK, 1991;

WOYNAROVICH, 1991; PETRERE JR., 1996).

O monitoramento da ictiofauna em rios é fundamental para identificar o modo como o

ambiente tem respondido aos impactos antrópicos (OLIVEIRA & BENNEMANN, 2005;

TEIXEIRA et al., 2005; VIEIRA & SHIBATTA, 2007). Além disso, o estudo da diversidade de

peixes e seus padrões de variações espacial e temporal são de extrema relevância para a

análise da qualidade ambiental, possibilitando o desenvolvimento de planos que minimizem

a degradação dos rios e regulamentem a utilização dos recursos hídricos (TEIXEIRA et al.,

2005).

Diante destes fatores, a obtenção de informações básicas como composição,

riqueza, diversidade e abundância da ictiofauna de reservatórios, bem como a detecção dos

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fatores determinantes destes parâmetros é fundamental para o conhecimento adequado das

populações de peixes aí residentes e, consequentemente, o desenvolvimento de políticas e

ações de restauração e conservação da ictiofauna local.

2.1 ÁREA DE ESTUDO

A Bacia Hidrográfica do rio Doce possui 83.400 km2, dos quais 86% em Minas Gerais

e 14% no Espírito Santo, sendo 222 municípios. No Médio rio Doce, que vai do rio

Piracicaba até o rio Manhuaçú na cidade de Aimorés, é uma região diversificada de

atividades econômicas, prevalecendo as grandes indústrias no vale do aço e as atividades

agropecuárias. É o trecho mais degradado e crítico da Bacia, existindo estudos que

apontam ser uma região em acelerado processo de desertificação devido à rápida retirada

de suas matas, grandes monoculturas de eucaliptos e grandes áreas de pastagens, assim

como a má utilização do solo e o rápido aparecimento das erosões, que assoream o leito do

rio, lixos e esgotos industriais e domésticos.

A PCH Peti está situada no rio Santa Bárbara, afluente do rio Piracicaba e

contribuinte do rio Doce, no município de São Gonçalo do Rio Abaixo, na região central de

Minas Gerais.

O potencial hidrelétrico do rio Santa Bárbara no trecho próximo às cachoeiras de Peti

foi aproveitado inicialmente pela empresa de mineração inglesa The São Bento Gold

Estates, responsável pela construção da antiga usina de Peti, inaugurada em fevereiro de

1905. A atual usina entrou em operação em 1946 com base em novo aproveitamento do rio

Santa Bárbara. Na casa de força da antiga usina desativada, a Cemig instalou o centro de

pesquisa da estação ambiental de Peti.

A antiga usina foi construída para auxiliar a exploração do ouro da mina subterrânea

de São Bento, uma das maiores do país. Consta que os trabalhos da mineradora inglesa

foram suspensos no ano de inauguração da hidrelétrica. Em trabalho publicado em 1914, o

historiador mineiro Nelson de Senna informou que Peti dispunha de ótimas instalações e

fornecia energia e luz elétrica para a cidade de Santa Bárbara.

Em 1929 a usina contava com uma pequena barragem de derivação e três unidades

geradoras com potência total de 980 kW, servindo Santa Bárbara e o distrito de São

Gonçalo por intermédio de linhas de 13,8 kV que somavam menos de 20 km de extensão.

No ano de 1942, a capacidade total da nova usina foi dimensionada em 15 MW a

serem instalados em duas etapas, segundo o projeto original aprovado pelo governo federal

em junho de 1943. O projeto básico da usina e seu sistema de transmissão associado

levaram em conta não apenas o rápido crescimento de carga de Belo Horizonte mas

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também o atendimento das necessidades de energia elétrica da exploração de minério de

ferro na região de Itabira, de responsabilidade da Companhia Vale do Rio Doce.

Em julho de 1946, a usina de Peti foi inaugurada com duas unidades geradoras de

60 Hz, somando 9.400 kW. Possui geradores de 5.000 e 4.400 kW de potência e Turbinas

tipo Francis com eixo vertical. O sistema de transmissão associado à usina contou

inicialmente com uma linha de 66 kV até Belo Horizonte, com 67 km de extensão, e uma

subestação na capital mineira com capacidade de 3.750 kVA.

O aproveitamento de Peti contém uma barragem de concreto armado em arco com

85 m de comprimento na crista e 46 m de altura máxima. O vertedouro conta com seis

comportas verticais e 6 m de largura por 5 m de altura. a casa de força, situada a 1,3 km a

leste da barragem, é servida por um túnel adutor, que liga a tomada d’água à chaminé de

equilíbrio.

Em 1951, foi promovida a interligação entre Peti e a hidrelétrica Sá Carvalho,

mediante a construção de uma linha de transmissão com 70 km de extensão, na tensão de

66 kV. Essa interligação permitiu a utilização de parte da capacidade instalada na usina Sá

Carvalho para o servido de eletricidade de Belo Horizonte. em 1957, o sistema de

transmissão associado a Peti ganhou uma nova configuração com a instalação de uma

segunda linha de 66 kV, uma subestação de entrocamento em Sabará e um subestação

abaixadora de 15 MVA na capital mineira.

Atualmente possui uma potência instalada correspondente a 9,4 MW, duas turbinas e

um reservatório com área igual a 6,78 km2.

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3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

O Monitoramento da Ictiofauna da PCH Peti teve como objetivo o conhecimento das

características ecológicas, reprodutivas e alimentares de sua ictiofauna, bem como,

informações que subsidiarão subsequentes programas de conservação e manejo da fauna

ictica.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Avaliação da diversidade, riqueza e abundância das espécies de peixes que ocorrem

na área de influência indireta do empreendimento, bem assim suas variações

sazonais;

• Avaliação da produtividade em número e biomassa de espécies, pontos e períodos

amostrados através da captura por unidade de esforço (CPUE), analisando as

tendências ao longo do tempo;

• Avaliação da reprodução dos peixes na área de influência do empreendimento

através de análise da maturação gonadal e amostragem de ictioplâncton, buscando-

se uma caracterização sazonal da reprodução das espécies com caracterização de

eventuais sítios reprodutivos;

• Avaliação dos hábitos alimentares (ecologia trófica) das principais espécies

existentes na área de influência indireta do empreendimento;

• Coleta de material para análises genéticas a serem realizadas com as principais

espécies existentes na área de influência da usina, assim como para

armazenamento em banco genético da CEMIG Geração e Transmissão

• Diagnóstico das atividades de pesca amadora e profissional no reservatório;

• Formulação de um banco de dados ictiológicos dos reservatórios da CEMIG;

• Indicações de sugestões de manejo e conservação da ictiofauna para cada

reservatório, com propostas mitigadoras de eventuais impactos.

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4 METODOLOGIA

4.1 COLETA DE PEIXES, EQUIPAMENTOS, IDENTIFICAÇÃO E

ACONDICIONAMENTO

Para a PCH Peti foram efetuadas duas campanhas anuais, realizadas

semestralmente, sendo a primeira amostragem realizada nos dias 02 e 03 de setembro de

2011 e a segunda entre os dias 29 de fevereiro e 01 de março de 2012. Neste

empreendimento são monitorados quatro pontos, conforme disposto na Tabela 1.

Tabela 1: Localização dos Pontos de amostragem Identificação do Ponto Localização Localização geodésica

PT-IC 01 Reservatório, terço longe da Barragem 19°54'54.41"S 43°23'57.91"O

PT-IC 02 Reservatório, terço próximo da Barragem 19°53'51.05"S 43°21'48.64"O

PT-IC 03 TVR, no trecho central 19°52'56.29"S 43°22'16.03"O

PT-IC 04 Rio Santa Bárbara a jusante do canal de fuga 19°52'49.88"S 43°22'3.71"O

Cada uma destas estações de amostragem é visualizada nas fotos e figura a seguir.

Foto 1: PT-IC-01 – Reservatório (terço longe da barragem). – setembro/2011

Foto 2: PT-IC-01 – Reservatório (terço longe da barragem). – fevereiro-março/2012

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Foto 3: PT-IC-02 – Reservatório (terço perto da barragem) – setembro/2011

Foto 4: PT-IC-02 – Reservatório (terço perto da barragem) – fevereiro-março/2012

Foto 5: PT-IC-03 – Trecho de vazão reduzida – setembro/2011.

Foto 6: PT-IC-03 – Trecho de vazão reduzida – fevereiro-março/2012.

Foto 7: PT-IC-04 Rio Santa Bárbara – setembro/2011.

Foto 8: PT-IC-04 Rio Santa Bárbara – fevereiro-março/2012.

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Figura 1: Localização das estações de amostragem .

Em todos os pontos, foram efetuadas coletas quantitativas e qualitativas.

Para as coletas quantitativas, cujos dados foram usados para cálculo da CPUE,

foram utilizadas redes de emalhar com tamanhos de 3, 4, 5, 6, 7,8, 10 centímetros entre nós

opostos, empregando-se por ponto o esforço de 140 m lineares no total, sendo 20 m para

cada rede. As redes foram colocadas ao entardecer e retiradas na manhã seguinte, ficando

expostas durante 12-14 horas aproximadamente. Importante ressaltar que, caso sejam

capturados indivíduos na malha de maior tamanho, foi adicionada mais uma malha maior.

Esta medida visa incluir todos os possíveis tamanhos de indivíduos na captura. Para que

isso aconteça, a maior malha não deve capturar nenhum peixe.

Para as coletas qualitativas foram utilizadas:

• Rede de arrasto de tela mosquiteira abertura de 2,0 mm;

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• Puçás/peneiras;

• Tarrafas com malha 2,4 cm.

Em cada ponto, com puçás/peneiras, o esforço foi de, no mínimo, uma hora/homem,

utilizando-se duas ou três pessoas; para os espinheis, foram utilizados pelo menos 25

anzóis em 50 metros de linha; para as tarrafas, pelo menos 15 tarrafadas na região em torno

do ponto.

Todos os peixes capturados foram identificados, medidos, pesados e quantificados.

Em campo, os exemplares foram fixados em formol 10% (por no mínimo 72 horas) e

acondicionados em sacos plásticos etiquetados, separados por ponto de coleta e malha e

colocados em bombonas tampadas.

Em laboratório, os peixes foram lavados, triados, conservados em solução de álcool

etílico a 70° GL e identificados taxonômicamente.

4.2 AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE REPRODUTIVA

Para a avaliação da atividade reprodutiva, em campo, os peixes foram submetidos à

incisão ventral para determinação do sexo e do diagnóstico macroscópico de maturação

gonadal. Para os diagnósticos duvidosos, foram coletados fragmentos de uma das gônadas,

os quais foram fixados em líquido de Bouin e conservados em álcool 700 GL após 24 horas

para posterior processamento histológico.

Foram realizados registros fotográficos com todos os estádios de maturação

encontrados para as principais espécies.

A análise macroscópica foi baseada, principalmente, no volume relativo da gônada

na cavidade abdominal, integridade da rede sanguínea (machos e fêmeas), presença e

tamanho dos diversos tipos de ovócitos (ovócitos I, II, III e IV) e integridade das lamelas

ovarianas (fêmeas). Para esta análise foram considerados os seguintes estádios de

maturação, seguindo-se as características propostas por Vono et. al. (2002):

• Repouso – 1: ovários delgados e íntegros, translúcidos, sem ovócitos visíveis a olho

nu; testículos delgados e íntegros, predominantemente hialinos.

• Maturação inicial – 2A: ovários com discreto aumento de volume e poucos ovócitos

vitelogênicos (ovócitos II, III e IV) evidentes; testículos com discreto aumento de

volume e com aparência leitosa.

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• Maturação intermediária – 2B: ovários com maior aumento de volume, grande

número de ovócitos IV evidentes, porém, ainda com áreas a serem preenchidas;

testículos com maior aumento de volume, leitosos.

• Maturação avançada – 2C: ovários com aumento máximo de volume, ovócitos

vitelogênicos distribuídos uniformemente; testículos com aumento máximo de

volume, túrgidos, leitosos.

• Esgotado (desovado ou espermiado) – 3: ovários flácidos e sanguinolentos, com

número variável de ovócitos vitelogênicos remanescentes; testículos flácidos e

sanguinolentos.

Antes da transferência dos peixes para o álcool 70º GL, as gônadas foram pesadas

para avaliação do índice gonadossomático, calculado pela seguinte fórmula:

IGS = PG / PC x 100

Onde

PG = peso da gônada

PC = peso corporal

4.3 COLETA DE OVOS E LARVAS

Nos pontos de amostragem, foram feitas coletas ativas de ovos e larvas. A coleta foi

realizada através de rede de plâncton de malha de 0,5 mm. Foi instalado um fluxômetro no

centro da boca da rede para medir a velocidade e pelo conhecimento da área da boca tem-

se o volume filtrado.

A rede foi colocada 50 cm abaixo da superfície da água, permanecendo por

aproximadamente 30 minutos. Elas foram armadas ao amanhecer e ao entardecer, de

preferência poucos dias após chuvas fortes. Em locais onde não há correnteza, a rede foi

usada na forma de arrasto, manual ou com auxílio de barco, sempre próximo da margem.

O material coletado foi fixado em solução de formalina a 4%, tamponada com

carbonato de cálcio (1 g de CaCO3 para 1000 mL de solução de formalina, segundo

proposto por NAKATANI et al, 2001) e levado ao laboratório para identificação e

quantificação.

No entanto, no presente monitoramento não foram capturados ovos e/ou larvas e,

por esse motivo, não apresentamos informações relacionadas ao cálculo das densidades.

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4.4 DIETA

Após fixação em formalina a 10% por cerca de cinco dias e conservação em álcool

70º GL, os peixes foram eviscerados para dissecção dos estômagos. O conteúdo estomacal

foi analisado em estereomicroscópio e microscópio óptico. Os itens alimentares foram

identificados até o menor nível taxonômico possível. Para cada item foram calculados a

frequência de ocorrência (Fi = nº de estômagos em que ocorre o item i / total de estômagos

com alimento) e seu peso relativo (Pi = peso do item i / peso total de todos os itens),

combinados no Índice Alimentar (IAi) modificado de KAWAKAMI & VAZZOLER(1980):

N

IAi = (Fi. Pi) / Σ Fi. Pi

I = 1

Onde:

IAi = índice alimentar do item i,

Fi = frequência de ocorrência do item i,

Pi = peso proporcional do item i.

O IAi foi calculado para cada espécie separadamente, e então usado para calcular a

similaridade entre as espécies utilizando um índice quantitativo (ex. Morisita-Horn). A matriz

de similaridade foi utilizada para a caracterização de guildas tróficas, utilizando uma análise

de agrupamento pelo método de ponderadas dos grupos (UPGMA). O coeficiente cofenético

deve ser superior a 0,8. As abundâncias em número e biomassa das guildas foram

estimadas com base na captura por unidade de esforço (CPUE), expressas em suas

respectivas frequências de ocorrência.

4.5 COLETA DE MATERIAL GENÉTICO

Estava prevista a coleta de tecidos (fragmentos de nadadeiras, fígado ou tecido

muscular) de espécies de interesse, por serem migradoras, ameaçadas de extinção ou

exóticas. Como o empreendimento está localizado na bacia do rio Doce, foram destacadas

as seguintes espécies-alvo:

• Leporinus copelandii (piau vermelho);

• Leporinus conirostris (piau branco);

• Prochilodus vimboides (curimatá);

• Steindachneridion doceanum (surubim-do-doce).

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17

Como neste período de amostragem não foram capturados nenhum indivíduo

pertencente a estas espécies, a coleta de material genético não foi realizada.

4.6 ÍNDICE DE SIMILARIDADE (IS)

As composições das comunidades dos diferentes pontos de coletas foram

comparadas através do Índice de Similaridade de Sorensen (MAGURRAM, 1988) utilizando

a fórmula:

IS = 2j/(a+b)

Onde:

IS = índice de similaridade;

j = número de espécies em comum;

a + b = número de espécies em dois pontos.

4.7 ESTIMATIVA DA DIVERSIDADE ICTIOFAUNÍSTICA (H’)

Para o cálculo da diversidade de espécies foram empregados os dados quantitativos

obtidos através das capturas com redes de emalhar (CPUE). Foi utilizado o índice de

diversidade de Shannon (MAGURRAN, 1988), descrito pela equação:

S

H' = - ∑ (pi) x (logn pi),

i = 1

Onde:

S = número total de espécies na amostra;

i = espécie 1, 2, 3 ...i na amostra;

pi = proporção do número de indivíduos da espécie i na amostra, através da CPUE em número.

4.8 EQUITABILIDADE (E)

A equitabilidade (E) de distribuição das capturas pelas espécies, estimada para cada

período de captura foi calculada através da equação de Pielou (1975).

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18

E = H’ / log N

Onde:

H’ = Índice de Diversidade de Shannon;

N = número de espécies.

4.9 RIQUEZA DE ESPÉCIES (D)

A riqueza de espécies (D) foi estimada segundo Odum (1985).

D = (S-1)/logN

Onde:

S = número de espécies;

N = número de indivíduos.

4.10 ÍNDICE DE IMPORTÂNCIA PONDERAL - IP

O Índice Ponderal (IP) é aqui utilizado para estabelecer as espécies de maior

representatividade durante o período amostral considerado. Visto tratar-se de um índice que

associa a abundância numérica à biomassa específica, nem sempre as espécies mais

numerosas são classificadas como as mais importantes. O IP segue o seguinte modelo:

IP= NiPi/ΣNiPi x 100

Onde,

Ni = número de exemplares da espécie i;

Pi = peso dos exemplares da espécie.

4.11 AVALIAÇÃO DA PESCA PROFISSIONAL E AMADORA NO RESERVATÓRIO

Esta avaliação tem como objetivo verificar a existência de qualquer atividade de

pesca profissional e amadora nos reservatórios, através de inspeções de campo e visitas à

órgãos envolvidos. Foram desenvolvidas as seguintes atividades:

• Inspeções no lago e no entorno do reservatório visando à identificação de atividade

de pesca profissional como: presença de embarcações, concentração de pescadores

e locais de comercialização do pescado;

• Obtenção de dados desta atividade junto ao IEF e Polícia Ambiental.

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19

• Avaliação do desembarque pesqueiro proveniente da atividade de pesca profissional

e amadora no reservatório através da aplicação de questionários estruturados;

• Obtenção de dados de atividades ligadas à piscicultura na área de influência das

usinas junto ao IEF e avaliação do risco de introdução de espécies exóticas a partir

destas atividades.

4.12 TOMBAMENTO DO MATERIAL COLETADO

O material coletado foi enviado para a Universidade Federal de Uberlândia, estando

aos cuidados do professor Dr. José Fernando Pinese, conforme carta de aceite apresentada

na sequência.

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21

5 RESULTADOS

5.1 CONSIDERAÇÕES SOBRE AS COLETAS

Neste relatório são apresentados os resultados obtidos durante o monitoramento

realizado no período 2011/2012 na PCH Peti, sendo a primeira campanha foi realizada nos

dias 02 e 03 de setembro/2011 e a segunda amostragem nos dias 29 de fevereiro e 01 de

março/2012.

As condições gerais e climáticas observadas no momento das coletas estão

representadas na Tabela 2.

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Tabela 2: Condições climáticas por ponto de amostra gem (continua). Setembro /2011

Localidade Tipo de ambiente

Tipo de Corrente

Tipo de fundo

Inclinação da margem

Vegetação seca/submersa

Vegetação marginal

Mata ciliar

Condições do tempo Observações

PT-IC-01 Lêntico Imperceptível Silte, lodo Suave Submersa Ausente Presente Ensolarado

Reservatório, terço longe da Barragem, com profundidade variando de 2,0 a 3,0 m, onde se visualiza leito argiloso. Água parada e limpa. Mata ciliar preservada. Presença de resquícios de pesca amadora.

PT-IC-02 Lêntico Imperceptível Lodo Suave Submersa Presente (Gramíneas) Presente Ensolarado

Reservatório, terço próximo da Barragem, local com profundidade variando de 1,0 a 5,0 m, onde se visualiza leito argiloso e rochoso. Água parada e limpa. Ventos fortes. Mata ciliar preservada. Presença de resquícios de animais silvestres. Localizado próximo ao pequeno porto, onde a polícia ambiental guarda os barcos.

PT-IC-03 Lótico Moderada Lodo/areia Suave Submersa Ausente Presente Ensolarado

TVR, trecho central, com profundidade variando de 0,5 a 1,0 m, onde se visualiza leito argiloso e rochoso. Água esverdeada, com pouca correteza. Mata ciliar preservada e presença de animais silvestres.

PT-IC-04 Lótico Moderada Lodo/areia Abrupta Submersa Ausente Presente Ensolarado

Rio Santa Barbara a jusante do canal de fuga, com profundidade variando de 1,0 a 2,0 m, onde se visualiza leito argiloso e rochoso. Água limpa e muito corrente com remansos. Mata ciliar preservada e presença de animais silvestres.

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Tabela 2: Condições climáticas por ponto de amostra gem (continuação). Fevereiro /2012

Localidade Tipo de ambiente

Tipo de Corrente

Tipo de fundo

Inclinação da margem

Vegetação seca/submersa

Vegetação marginal

Mata ciliar

Condições climáticas Observações

PT-IC-01 Lêntico Imperceptível Silte, lodo Suave Submersa Ausente Presente Ensolarado

Reservatório, terço longe da Barragem, com profundidade variando de 2,0 a 3,0 m. Leito argiloso, água parada esverdeada e com nível mais alto do que a campanha anterior. Mata ciliar preservada. Presença de resquícios de pesca amadora.

PT-IC-02 Lêntico Imperceptível Lodo Suave Submersa Presente (Gramíneas) Presente Ensolarado

Reservatório, terço próximo da Barragem, local com profundidade variando de 1,0 a 5,0 m. Leito argiloso e rochoso, água parada esverdeada e com nível mais alto. Mata ciliar preservada. Presença de resquícios de animais silvestres. Localizado próximo ao pequeno porto, onde a polícia ambiental guarda os barcos.

PT-IC-03 Lótico Moderada Lodo/areia Suave Submersa Ausente Presente Ensolarado

TVR, trecho central, com profundidade variando de 0,5 a 1,0 m. Leito argiloso e rochoso, água esverdeada, com pouca correnteza e com nível mais alto que na amostragem anterior. Mata ciliar preservada. Presença de animais silvestres.

PT-IC-04 Lótico Moderada Lodo/areia Abrupta Submersa Ausente Presente Ensolarado

Rio Santa Barbara a jusante do canal de fuga, com profundidade variando de 1,0 a 2,0 m. Leito argiloso e rochoso, água esverdeada, muito corrente com remansos e nível oscilando durante a noite. Mata ciliar preservada. Presença de animais silvestres.

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24

Na tabela a seguir, são apresentados os horários em que as redes foram colocadas

e retiradas, em cada uma das campanhas.

Tabela 3: Dados referentes à realização das coletas .

Pontos Setembro/2011

Colocação Retirada Data Hora Data Hora

PT-IC-01 02/set. 16:25 03/set. 09:30 PT-IC-02 02/set. 16:50 03/set. 09:10 PT-IC-03 02/set. 17:00 03/set. 08:40

PT-IC-04 02/set. 17:30 03/set. 07:30

Pontos Fevereiro-Março/2012

Colocação Retirada Data Hora Data Hora

PT-IC-01 29/fev. 17:20 01/mar. 09:00 PT-IC-02 29/fev. 17:00 01/mar. 08:00 PT-IC-03 29/fev. 16:30 01/mar. 07:05 PT-IC-04 29/fev. 16:50 01/mar. 07:40

5.2 ANALISE QUALITATIVA

Com a finalidade de complementar o inventário realizado foram realizadas coletas

qualitativas, com o uso dos seguintes petrechos: tarrafas, redes de arrasto tipo picaré e

peneiras em todos os pontos.

Apenas na amostragem realizada em fevereiro-março/2012 foi observado o sucesso

de captura com o auxílio do petrecho peneira, sendo capturados 44 (quarenta e quatro)

indivíduos, todos pertencentes a espécie Astyanax sp. e amostrados no ponto PT-IC-02.

Todos os representantes dessa espécie foram coletados exclusivamente na coleta

qualitativa.

5.3 COMPOSIÇÃO ICTIOFAUNÍSTICA

Durante o monitoramento realizado no período de 2011/2012, foram capturados 277

(duzentos e setenta e sete) indivíduos na PCH Peti, pertencentes a 03 (três) ordens

(Characiformes, Siluriformes e Perciformes), e distribuídos em 06 (seis) famílias e 11 (onze)

espécies distintas. Resultados similares foram obtidos no monitoramento realizado entre

2010/2011, visto que nesse período foram coletados 270 (duzentos e setenta) indivíduos,

porém distribuídos em 05 (cinco) ordens (Characiformes, Perciformes, Cyprinodontiformes,

Gymnodontiformes e Siluriformes), 08 (oito) famílias e 18 (dezoito) espécies distintas.

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25

Em setembro/2011, foram amostrados 140 (cento e quarenta) indivíduos,

pertencentes a 03 (três) ordens (Characiformes, Perciformes e Siluriformes), e distribuídos

em 06 (seis) famílias e 10 (dez) espécies distintas.

Já em fevereiro-março/2012, foram capturados 137 (cento e trinta e sete)

exemplares, pertencentes à 03 (três) ordens (Characiformes, Siluriformes e Perciformes), e

distribuídos em 06 (seis) famílias e 09 (nove) espécies.

A distribuição das espécies por ponto de amostragem encontra-se representada na

tabela a seguir.

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Tabela 4: Composição ictiofaunística nos pontos de amostragem (continua).

Ordem Família Espécie Nome comum Categoria Comportamento migrador Set./2011

PT-IC-01 PT-IC-02 PT-IC-03 PT-IC-04

CHARACIFORMES

Characidae

Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo Nativa Não 4 10 12

Astyanax sp. lambari Nativa Não Oligosarcus argenteus lambari bocarra Nativa Não 9 12 3 7

Erythrinidae Hoplias intermedius Trairão Exótica Não 2 4

Hoplias malabaricus Traíra Nativa Não 10 4

PERCIFORMES Cichlidae Cichla sp. tucunaré Exótica Não 2 4

Geophagus brasiliensis Cará Nativa Não 6 14 8 8

SILURIFORMES

Clariidae Clarias gariepinus bagre africano Exótica Não 2 Heptapteridae Rhamdia quelen bagre Nativa Sim 2 3 2

Loricariidae Hypostomus sp cascudo Nativa Sim 4

Hypostomus sp2 cascudo Nativa Sim

8

Total de espécies 4 7 6 6 Total de indivíduos 27 42 34 37

Tabela 4: Composição ictiofaunística nos pontos de amostragem (continuação).

Ordem Família Espécie Nome comum Categoria Comportamento migrador

Fev.-Mar./2012 PT-IC-01 PT-IC-02 PT-IC-03 PT-IC-04

CHARACIFORMES

Characidae

Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo Nativa Não 1 Astyanax sp. lambari Nativa Não 44

Oligosarcus argenteus lambari bocarra Nativa Não 6 9 7

Erythrinidae Hoplias intermedius Trairão Exótica Não 1 2

Hoplias malabaricus Traíra Nativa Não 2

PERCIFORMES Cichlidae Cichla sp. tucunaré Exótica Não

Geophagus brasiliensis Cará Nativa Não 8 9 4

SILURIFORMES

Clariidae Clarias gariepinus bagre africano Exótica Não 1 Heptapteridae Rhamdia quelen bagre Nativa Sim 1 1

Loricariidae Hypostomus sp cascudo Nativa Sim

Hypostomus sp2 cascudo Nativa Sim 2 24 15

Total de espécies 3 7 4 3 Total de indivíduos 15 68 33 21

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RELATÓRO FINAL 2011/2012

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Conforme observado na tabela anterior, na primeira campanha, o ponto PT-IC-02

apresentou a maior quantidade de indivíduos, com 42 (quarenta e dois) exemplares

capturados, seguido pelo PT-IC-04 e pelo PT-IC-03, com 37 (trinta e sete) e 34 (trinta e

quatro) espécimes, respectivamente. O ponto PT-IC-02 também apresentou a maior

diversidade, com 07 (sete) espécies distintas.

Na segunda amostragem, na estação PT-IC-02 também foi evidenciada a maior

abundância de indivíduos, com 68 (sessenta e oito) exemplares, seguido pela PT-IC-03 com

33 (trinta e três) indivíduos. A maior riqueza de espécies também foi evidenciada no PT-IC-

02, correspondendo a 07 (sete) espécies distintas.

Por outro lado, nas duas amostragens realizadas no período 2010/2011, a maior

abundância foi evidenciada na estação PT-IC-03.

Em setembro/2011, exemplares de Geophagus brasiliensis foram encontrados em

todos os pontos de amostragem, enquanto que em março/2012, nenhuma espécie foi

comum a todos os pontos. Exemplares das espécies Cichla sp e Hypostomus sp., foram

encontrados apenas em setembro/2011, enquanto que Astyanax sp. foi capturada apenas

em fevereiro-março/2012.

As fotos a seguir referem-se a algumas espécies amostradas neste monitoramento.

Foto 9: Astyanax bimaculatus Foto 10: Cichla sp.

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RELATÓRO FINAL 2011/2012

28

Foto 11: Clarias gariepinus Foto 12: Geophagus brasiliensis

Foto 13: Hoplias intermedius Foto 14: Hoplias malabaricus

Foto 15: Hypostomus sp. Foto 16: Hypostomus sp.2

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MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA PCH PETI

RELATÓRO FINAL 2011/2012

29

Foto 17: Rhamdia quelen

A composição ictiofaunística dos pontos amostrais está representada nos gráficos a

seguir.

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MONITORAMENTO DA

RELATÓRO

A Gráfico 1 : Composição ictiofaunística do ponto

33%

37%

8%

22% Oligosarcus argenteus

Hoplias malabaricus

Cichla sp.

Geophagus brasiliensis

ONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA PCH PETI

ELATÓRO FINAL 2011/2012

B

: Composição ictiofaunística do ponto PT-IC-01, A refere- se a amostragem de setembro/2011 e B a de

Oligosarcus argenteus

Hoplias malabaricus

Cichla sp.

Geophagus brasiliensis

40%

7%

53%

30

se a amostragem de setembro/2011 e B a de fevereiro-março/2012.

Oligosarcus argenteus

Hoplias intermedius

Geophagus brasiliensis

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MONITORAMENTO DA

RELATÓRO

A Gráfico 2 : Composição ictiofaunística do ponto

9%

29%

9%10%

33%

5% 5%Astyanax bimaculatus

Oligosarcus argenteus

Hoplias malabaricus

Cichla sp.

Geophagus brasiliensis

Clarias gariepinus

Rhamdia quelen

ONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA PCH PETI

ELATÓRO FINAL 2011/2012

B

: Composição ictiofaunística do ponto PT-IC-02, A refere- se a amostragem de setembro/2011 e B a de fevereiro

Astyanax bimaculatus

Oligosarcus argenteus

Hoplias malabaricus

Cichla sp.

Geophagus brasiliensis

Clarias gariepinus

Rhamdia quelen

65%13%

3% 13%

2%1%

3%

31

se a amostragem de setembro/2011 e B a de fevereiro -março/2012.

Astyanax sp.

Oligosarcus argenteus

Hoplias malabaricus

Geophagus brasiliensis

Clarias gariepinus

Rhamdia quelen

Hypostomus sp2

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MONITORAMENTO DA

RELATÓRO

A Gráfico 3 : Composição ictiofaunística do ponto

29%

9%

6%

23%

9%

24% Astyanax bimaculatus

Oligosarcus argenteus

Hoplias intermedius

Geophagus brasiliensis

Rhamdia quelen

Hypostomus sp2

ONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA PCH PETI

ELATÓRO FINAL 2011/2012

B

: Composição ictiofaunística do ponto PT-IC-03, A refere- se a amostragem de setembro/2011 e B a de fevereiro

Astyanax bimaculatus

Oligosarcus argenteus

Hoplias intermedius

Geophagus brasiliensis

Rhamdia quelen

Hypostomus sp2

3%

21%

73%

32

se a amostragem de setembro/2011 e B a de fevereiro -março/2012.

3%Astyanax bimaculatus

Oligosarcus argenteus

Rhamdia quelen

Hypostomus sp2

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MONITORAMENTO DA

RELATÓRO

A Gráfico 4 : Composição ictiofaunística do ponto

32%

19%11%

22%

5% 11% Astyanax bimaculatus

Oligosarcus argenteus

Hoplias intermedius

Geophagus brasiliensis

Rhamdia quelen

Hypostomus sp

ONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA PCH PETI

ELATÓRO FINAL 2011/2012

B

: Composição ictiofaunística do ponto PT-IC-04, A refere-se a amostragem de setembro/2011 e B a de fevereiro

Astyanax bimaculatus

Oligosarcus argenteus

Hoplias intermedius

Geophagus brasiliensis

Rhamdia quelen

Hypostomus sp

10%

19%

71%

33

B a de fevereiro -março/2012.

19% Hoplias intermedius

Geophagus brasiliensis

Hypostomus sp2

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MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA PCH PETI

RELATÓRO FINAL 2011/2012

34

5.4 ABUNDÂNCIA

De acordo com Lowe-McConnell (1999), a dominância de Ostariophysi é comum em

rios neotropicais. A superordem Ostariophysi é composta pelas seguintes ordens:

Characiformes, Siluriformes, Gymnotiformes, Cyprinoformes e Gonorynchiformes. Esse fato

foi evidenciado na PCH Peti, visto que esse grupo correspondeu a 70% e 85% do total

capturado em setembro/2011 e fevereiro-março/2012, respectivamente. Os Ostariophysi

também foram mais abundantes no monitoramento realizado em 2010/2011.

Em relação à abundância das ordens, os Characiformes foram mais representativos

nas duas campanhas realizadas, apresentando 77 (setenta e sete) exemplares coletados

(55% do total amostrado) na primeira amostragem; e 72 (setenta e dois) indivíduos (52,5%

do total) na segunda. Resultados similares foram evidenciado em 2010/2011.

No Gráfico 5, a seguir, é apresentada a abundância das ordens.

Gráfico 5: Abundância relativa das ordens.

O alto percentual de Characiformes e Siluriformes em relação ao número total de

espécies encontradas reflete um padrão geral característico dos rios da América do Sul

(LOWE-MCCONNELL, 1987).

Analisando a abundância das ordens por ponto de amostragem, verificou-se que, na

primeira amostragem os Characiformes foram mais abundantes em todos os pontos

monitorados, enquanto que, na segunda campanha, essa ordem foi mais representativa

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

Set./2011 Fev.-Mar./2012

nº d

e in

diví

duos

Campanhas

Characiformes

Perciformes

Siluriformes

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MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA PCH PETI

RELATÓRO FINAL 2011/2012

35

apenas no PT-IC-02. Nas demais estações, os Perciformes foram mais abundantes no PT-

IC-01 e os Siluriformes no PT-IC-03 e PT-IC-04, conforme evidenciado no gráfico a seguir.

Gráfico 6: Abundância relativa das ordens por ponto de amostragem.

Conforme observado no gráfico a seguir, em ambas as campanhas, a família

Characidae foi predominante, com 57 (cinquenta e sete) indivíduos capturados (41% do

total) em setembro/2011, e 67 (sessenta e sete) exemplares (49% do tatal) em fevereiro-

março/2012. Essa família foi representada pelas espécies Astyanax bimaculatus, Astyanax

sp. e Oligasarcus argenteus. Characidade também foi mais abundante durante as

campanhas realizadas em 2010/2011.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

PT

-IC

-01

PT

-IC

-02

PT

-IC

-03

PT

-IC

-04

PT

-IC

-01

PT

-IC

-02

PT

-IC

-03

PT

-IC

-04

Set./2011 Fev.-Mar./2012

nº d

e in

diví

duos

Campanhas

Siluriformes

Perciformes

Characiformes

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MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA PCH PETI

RELATÓRO FINAL 2011/2012

36

Gráfico 7: Abundância relativa das famílias.

A família Characidae é uma das mais complexas dentro da ordem Characiformes e

seus representantes apresentam uma grande diversidade de forma que lhes permitiu ocupar

os mais diferentes habitats e desenvolver as mais diferentes estratégias alimentares e

reprodutivas. Essa família possui o maior número de espécies dentro de Characiformes,

cerca de 700, somando mais que as outras famílias que compõe a ordem.

Em relação à abundância relativa e absoluta de cada uma das espécies capturadas,

os resultados obtidos estão representados na Tabela 5.

Tabela 5: Abundância absoluta e relativa das espéci es amostradas na PCH Peti.

Espécie Nome comum Set./2011 Fev.-Mar./2012

Abundância absoluta

Abundância relativa

Abundância absoluta

Abundância relativa

Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo 26 0,19 1 0,007

Astyanax sp. lambari - - 44 0,321

Cichla sp. tucunaré 6 0,04 - -

Clarias gariepinus bagre africano 2 0,01 1 0,007

Geophagus brasiliensis Cará 36 0,26 21 0,153

Hoplias intermedius Trairão 6 0,04 3 0,022

Hoplias malabaricus Traíra 14 0,1 2 0,015

Hypostomus sp cascudo 4 0,03 - -

Hypostomus sp2 cascudo 8 0,06 41 0,299

Oligosarcus argenteus lambari bocarra 31 0,22 22 0,161

Rhamdia quelen bagre 7 0,05 2 0,015

Total 140 1 137 1

57

42

2

20

7

12

67

21

1

5

2

41

0 20 40 60 80

Characidae

Cichlidae

Clariidae

Erythrinidae

Heptapteridae

Loricariidae

nº de indivíduos

Fev.-Mar./2012

Set./2011

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MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA PCH PETI

RELATÓRO FINAL 2011/2012

37

Conforme observado na tabela anterior, na primeira campanha, a espécie mais

abundante foi Geophagus brasiliensis com 36 (trinta e seis) indivíduos, perfazendo 26,0%

dos exemplares capturados; seguida por Oligasarcus argenteus que apresentou 31 (trinta e

um) espécimes coletados.

Já na segunda amostragem, Astyanax sp. foi a espécie mais representativa, com 44

(quarenta e quatro) exemplares capturados, correspondendo a 32% do total amostrado;

seguido por Hypostomus sp.2 que apresentou 41 (quarenta e um) indivíduos capturados.

No monitoramento realizado em 2010/2011, as espécies mais abundantes foram

Geophagus cf. altifrons e Hypostomus affinis em agosto/2010 e janeiro/2011,

respectivamente.

Segundo Abelha & Goulart (2004), Geophagus brasiliensis possui hábitos diurnos,

preferência por ambientes lênticos e encontra-se amplamente distribuída nos reservatórios

brasileiros, onde comumente torna-se uma espécie abundante devido à elevada plasticidade

trófica. Em setembro/2011, representantes dessa espécie foram encontrados em todos os

pontos monitorados, sendo mais abundante no ponto PT-IC-02, localizado no reservatório

da PCH Peti, no terço próximo a barragem.

Já os indivíduos do gênero Astyanax caracterizam por serem onívoros pertencentes

à subfamília Tetragonopterínae, que vem a ser a subfamília de maior número de espécies

dentro da família Characidae, sendo considerado o maior gênero entre os peixes tropicais

de água doce (LOWE-McCONNELL, 1999). Apresenta ampla distribuição geográfica,

fazendo-se presente em diversos cursos d’água na América do Sul. São muito diversificados

na dieta alimentar, forrageia em todos os níveis tróficos, e são muito ágeis ao mudar de

presa em resposta a mudanças ambientais (LOBÓN-CERVIÁ E BENNEMANN, 2000 apud

GOMIERO E BRAGA, 2003). Em fevereiro-março/2012, foram encontrados indivíduos de

Astyanax sp. apenas no ponto PT-IC-02 (reservatório).

O gráfico a seguir apresenta a abundância absoluta das espécies.

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Gráfico

Em relação à abundância absoluta de cada ponto de amostragem, verificou

em ambas as campanhas,

dois) indivíduos capturados

março/2012. No monitoramento realizado em 2010/2011,

evidenciada na estação PT

No Gráfico 9, a seguir, é apresentada a abundância relativa

de amostragem.

Gráfico 9 : Abundância absoluta

0

Astyanax bimaculatus

Astyanax sp.

Cichla sp.

Clarias gariepinus

Geophagus brasiliensis

Hoplias intermedius

Hoplias malabaricus

Hypostomus sp

Hypostomus sp2

Oligosarcus argenteus

Rhamdia quelen

27

15

0

10

20

30

40

50

60

70

80

PT-IC-

nº d

e in

diví

duos

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

PCH PETI

RELATÓRO FINAL 2011/2012

Gráfico 8: Abundância das espécies encontradas.

Em relação à abundância absoluta de cada ponto de amostragem, verificou

em ambas as campanhas, o PT-IC-02 foi o mais abundante, apresentando

) indivíduos capturados em setembro/2011, e 68 (sessenta e oito) em fevereiro

março/2012. No monitoramento realizado em 2010/2011, a maior abundância foi

PT-IC-03 em agosto/2010 e na PT-IC-02 em janeiro/2011

, a seguir, é apresentada a abundância relativa de cada um dos

: Abundância absoluta dos pontos de amostragem.

0 10 20 30

26

6

2

6

14

4

8

31

7

1

1

21

3

2

22

2

Nº de indivíduos

Mar./2012 Set./2011

42

3437

15

68

33

21

-01 PT-IC-02 PT-IC-03 PT-IC-04

Set./2011

Fev.-

CTIOFAUNA ETI

2011/2012

38

Em relação à abundância absoluta de cada ponto de amostragem, verificou-se que,

foi o mais abundante, apresentando 42 (quarenta e

ssenta e oito) em fevereiro-

a maior abundância foi

02 em janeiro/2011.

de cada um dos pontos

dos pontos de amostragem.

40 50

36

44

41

Set./2011

-Mar./2012

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MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA PCH PETI

RELATÓRO FINAL 2011/2012

39

5.5 DIVERSIDADE E EQUITABILIDADE

O índice de Shannon assume que os indivíduos foram amostrados ao acaso e que

todas as espécies estão representadas na amostra (MAGURRAN, 1988). Como exposto na

metodologia, a análise leva em conta dois fatores, a riqueza absoluta de espécies e suas

abundâncias relativas ou a equitabilidade. Desta forma, quanto mais equitativa a distribuição

do número de indivíduos por espécie, maior a diversidade. Por outro lado, quanto menos

equitativa, menor o índice, o que pode indicar uma condição de estresse ou alteração

ambiental a partir da condição original (ODUM, 1985).

Na Tabela 6, a seguir, são apresentados os resultados obtidos em cada ponto de

amostragem.

Tabela 6: Índice de diversidade de Shannon (H’) e i ndice de equitabilidade (E) para os locais de coleta.

Parâmetros Setembro/2011

PT-IC-01 PT-IC-02 PT-IC-03 PT-IC-04 H’ 0,548 0,732 0,710 0,717 E 0,910 0,866 0,913 0,921

Parâmetros Fevereiro -Março/2012

PT-IC-01 PT-IC-02 PT-IC-03 PT-IC-04 H’ 0,383 0,499 0,335 0,339 E 0,803 0,590 0,557 0,710

Conforme observado na tabela anterior, verificou-se que, nas duas campanhas de

amostragem, o ponto PT-IC-02 apresentou a maior diversidade de espécies. Em relação a

distribuição mais equitativa, , os maiores resultados foram evidenciados no ponto PT-IC-04,

em setembro/2011, e no PT-IC-01 em fevereiro-março/2012.

Diante dos resultados apresentados, pode-se afirmar que a maioria dos pontos

apresentaram bons resultados para a equitabilidade, demonstrando a ocorrência de

quantidades muito próximas dentro das espécies capturadas. Já os valores obtidos para o

índice de Shannon demostram que esses ambientes apresentam-se alterados.

5.6 SIMILARIDADE

De acordo com o índice de similaridade, foram obtidos os seguintes resultados:

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RELATÓRO FINAL 2011/2012

40

Tabela 7: Índice de similaridade dos pontos de amos tragem .

Setembro/2011

PT-IC-01 PT-IC-02 PT-IC-03 PT-IC-04 PT-IC-01 * 0,73 0,40 0,40 PT-IC-02 * * 0,61 0,61 PT-IC-03 * * * 0,83

Fevereiro -Março/2012

PT-IC-01 PT-IC-02 PT-IC-03 PT-IC-04 PT-IC-01 * 0,40 0,29 0,67 PT-IC-02 * * 0,54 0,40 PT-IC-03 * * * 0,29

Diante dos resultados obtidos, constatou-se que, na primeira amostragem, os pontos

PT-IC-03 e PT-IC-04 apresentaram-se como os mais similares entre si; enquanto que entre

o PT-IC-01 e PT-IC-03 e o PT-IC-01 e PT-IC-04 foi evidenciada a menor similaridade. Já na

segunda campanha, as estações PT-IC-01 e PT-IC-04 foram as mais similares entre si,

enquanto que entre a PT-IC-03 e a PT-IC-04 foi observada a menor similaridade.

5.7 RIQUEZA DE ESPÉCIES

Através do cálculo da riqueza de espécies, proposto por Odum (1980), verificou-se

que, o ponto PT-IC-02 apresentou-se como o mais rico nas duas campanhas realizadas. Em

2010/2011, as estações PT-IC-03, na primeira amostragem e no PT-IC-02, na segunda,

foram consideradas de maior riqueza.

Os resultados para a riqueza de espécies por ponto de amostragem são

apresentados na Tabela 8, a seguir.

Tabela 8: Número de espécies (S), abundância (N) e riqueza de espécies (D)

PONTOS Set./2011 Fev.-Mar./2012

S N D S N D PT-IC-01 4 27 2,1 3 15 1,7 PT-IC-02 7 42 3,7 7 68 3,27 PT-IC-03 6 34 3,26 4 33 1,98 PT-IC-04 6 37 3,19 3 21 1,51

5.8 BIOMETRIA

Os resultados referentes ao comprimento máximo e mínimo das espécies

amostradas estão descritas na tabela a seguir. Cabe ressaltar que, em setembro/2011, não

foi possível determinar valores biométricos para 11 (onze) exemplares de Astyanax

bimaculatus, 01 (um) de Geophagus brasiliensis e 01 (um) de Oligasarcus argenteus, uma

vez que estes encontravam-se bastante deteriorados.

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MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA PCH PETI

RELATÓRO FINAL 2011/2012

41

Tabela 9: Comprimento corporal padrão máximo, mínim o, médio e desvio padrão.

Espécie Nome comum Set./2011 Fev.-Mar./2012

CP Máx. CP Mín. CP Méd. Desvio Padrão CP Máx. CP Mín. CP Méd. Desvio Padrão Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo 91 54 15,2 26,16 72 72 - -

Astyanax sp. lambari - - - - 28 12 20,73 11,31 Cichla sp. tucunaré 165 153 156,7 8,48 - - - -

Clarias gariepinus bagre africano 55 55 55 0 575 575 - - Geophagus brasiliensis Cará 150 61 113,2 62,93 147 82 122,43 45,96

Hoplias intermedius Trairão 377 305 339 50,91 317 260 288,33 40,3 Hoplias malabaricus Traíra 325 112 219,43 150,61 285 164 224,5 85,56

Hypostomus sp cascudo 239 208 230,25 21,92 - - - - Hypostomus sp2 cascudo 266 128 215,5 97,58 265 141 207,95 87,68

Oligosarcus argenteus lambari bocarra 158 86 107,27 50,91 111 92 101,59 13,43 Rhamdia quelen bagre 1174 109 338,43 753,07 336 134 235 142,84

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Conforme observado na tabela anterior,

comprimento corporal coletado foi um espécime de

padrão. Já um exemplar de

apresentando um comprimento corporal

Em fevereiro-março/2012,

padrão, correspondendo a

exemplar da espécie Astyanax sp.

mm.

Considerando o comprimento padrão médio,

intermedius apresentou o maior

observada a menor média, com 15,2 m

apresentou novamente o maior comprimento padrão médio (

Astyanax sp. foi obtida a menor média,

No gráfico a seguir, está representado o comprimento padrão médio das espécies

amostradas em cada campanha.

Gráfico 10: Comprimento padrão médio das espécies amostradas.

Durante o monitoramento realizado em 2011/2012

gramas de material ictiológico na

16.370,2 gramas em fevereiro

0

50

100

150

200

250

300

350

CP

méd

io (

mm

)

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

PCH PETI

RELATÓRO FINAL 2011/2012

Conforme observado na tabela anterior, em setembro/2011, o indivíduo com maior

comprimento corporal coletado foi um espécime de Rhamdia quelen, com

padrão. Já um exemplar de Astyanax bimaculatus foi o menor espécime capturado,

comprimento corporal correspondente a 55 mm.

março/2012, Clarias gariepinnus apresentou o maior

575 mm, seguido por Rhamdia quelen com 336 mm. Já para um

Astyanax sp. foi evidenciado o menor CP amostrado, com

Considerando o comprimento padrão médio, na primeira campanha,

apresentou o maior valor (339 mm), enquanto que em Astyanax bimaculatus

a menor média, com 15,2 mm. Já na segunda amostragem,

o maior comprimento padrão médio (288,33 mm), enquanto

a menor média, correspondendo a 20,73 mm.

No gráfico a seguir, está representado o comprimento padrão médio das espécies

campanha.

Comprimento padrão médio das espécies amostradas.

monitoramento realizado em 2011/2012, foi coletado um total de

de material ictiológico na PCH Peti, sendo 20.051,0 gramas

16.370,2 gramas em fevereiro-março/2012.

Set./2011 Fev.-Mar./2012

CTIOFAUNA ETI

2011/2012

42

o indivíduo com maior

, com 1.174 mm de CP

foi o menor espécime capturado,

o maior comprimento

com 336 mm. Já para um

o menor CP amostrado, com apenas 12

na primeira campanha, Hoplias

Astyanax bimaculatus foi

Já na segunda amostragem, Hoplias intermedius

mm), enquanto que em

No gráfico a seguir, está representado o comprimento padrão médio das espécies

Comprimento padrão médio das espécies amostradas.

, foi coletado um total de 36.421,2

em setembro/2011 e

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MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA PCH PETI

RELATÓRO FINAL 2011/2012

43

Na primeira campanha, a maior biomassa total coletada foi evidenciada para a

espécie Hoplias intermedius com 4.642,0 gramas, seguida por Hoplias malabaricus que

apresentou 3.638,0 gramas capturadas. Já Astyanax bimaculatus apresentou a menor

biomassa total coletada, correspondendo a 228,0 gramas.

Já na segunda amostragem, Hypostomus sp.2 apresentou a maior biomassa total

capturada, correspondendo a 9.063,0 gramas, seguida por Clarias gariepinnus com 2.106,0

gramas. Por outro lado, a menor biomassa total foi obtida para Astyanax bimaculatus, com

12,0 gramas, sendo que para essa espécie foi coletado apenas um exemplar.

Os resultados referentes à biomassa total, máxima e mínima, bem como a média e o

desvio padrão são apresentados na Tabela 10.

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RELATÓRO FINAL 2011/2012

44

Tabela 10: Biomassa corporal total, máxima, mínima, média e desvio padrão das espécies capturadas.

Espécie Nome comum Set./2011 Fev.-Mar./2012

Bio. Total Bio. Máx. Bio. Mín. Bio. Méd. Desvio Padrão Bio. Total Bio. Máx. Bio. Mín. Bio. Méd. Desvio Padrão

Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo 228 27 7 15,2 14,14 12 12 12 - -

Astyanax sp. lambari - - - - - 16,2 1 0,1 0,37 0,64

Cichla sp. tucunaré 572 102 82 95,3 14,14 - - - - -

Clarias gariepinus bagre africano 3350 1675 1675 1675 0 2106 2106 2106 - -

Geophagus brasiliensis Cará 2438 121 10 69,66 78,49 1979 144 25 94,24 84,15

Hoplias intermedius Trairão 4642 967 535 773,67 305,47 1376 625 296 458,67 232,64

Hoplias malabaricus Traíra 3638 542 31 259,86 361,33 636 547 89 318 323,86

Hypostomus sp cascudo 1155 314 227 288,75 61,52 - - - - -

Hypostomus sp2 cascudo 2106 438 60 263,25 267,29 9063 393 69 221,05 229,11

Oligosarcus argenteus lambari bocarra 793 79 15 26,43 45,25 493 33 17 22,41 11,31

Rhamdia quelen bagre 1129 336 21 161,29 222,74 697 659 38 348,5 439,11

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Em relação à média da biomassa corporal,

gariepinus apresentou a maior biomassa capturada (

foi obtida para Astyanax bimaculatus

maior biomassa capturada

Astyanax sp. foi observada

No gráfico a seguir, está representada a biomassa corporal média das espécies

amostradas.

Gráfico 11 : Biomassa corporal média das espécies amostradas

5.9 CAPTURA POR UNIDADE DE ESFORÇO

Diante da quantidade e da biomassa dos indivíduos capturados, foi efetuado o

cálculo da CPUEn e CPUEb.

exempalres capturados na PCH Peti foram amostrados com o auxílio de redes de

emalhar, enquanto que, na segunda amostragem, foram coletados através desse

petrecho 93 (noventa e três) indivíduos.

Os dados brutos para os cálculos da CPUEn e CPUEb estão apresentados na

Tabela 11.

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

1800

Bio

mas

sa m

édia

(g)

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

PCH PETI

RELATÓRO FINAL 2011/2012

Em relação à média da biomassa corporal, em setembro/2011,

apresentou a maior biomassa capturada (1.675 g), enquanto que a menor média

Astyanax bimaculatus, com 15,2 gramas. Já em fevereiro

maior biomassa capturada foi obtida para Hoplias intermedius (458,67

observada a menor média, com apenas 0,37 gramas.

No gráfico a seguir, está representada a biomassa corporal média das espécies

: Biomassa corporal média das espécies amostradas

CAPTURA POR UNIDADE DE ESFORÇO (CPUE)

Diante da quantidade e da biomassa dos indivíduos capturados, foi efetuado o

cálculo da CPUEn e CPUEb. Na primeira campanha, todos os 140 (cento e quarenta)

exempalres capturados na PCH Peti foram amostrados com o auxílio de redes de

enquanto que, na segunda amostragem, foram coletados através desse

petrecho 93 (noventa e três) indivíduos.

Os dados brutos para os cálculos da CPUEn e CPUEb estão apresentados na

Set./2011 Fev.-Mar./2012

CTIOFAUNA ETI

2011/2012

45

em setembro/2011, a espécie Clarias

g), enquanto que a menor média

em fevereiro-março/2012, a

(458,67 g), enquanto que em

No gráfico a seguir, está representada a biomassa corporal média das espécies

: Biomassa corporal média das espécies amostradas .

Diante da quantidade e da biomassa dos indivíduos capturados, foi efetuado o

, todos os 140 (cento e quarenta)

exempalres capturados na PCH Peti foram amostrados com o auxílio de redes de

enquanto que, na segunda amostragem, foram coletados através desse

Os dados brutos para os cálculos da CPUEn e CPUEb estão apresentados na

Page 46: RELATÓRIO DO MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA DA PCH PETI · Estates, responsável pela construção da antiga usina de Peti, inaugurada em fevereiro de 1905. A atual usina entrou em

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA PCH PETI

RELATÓRO FINAL 2011/2012

46

Tabela 11: Dados brutos utilizados para o cálculo d a CPUEn e CPUEb.

Malhas

Set./2011 Fev.-Mar./2012

PT-IC-01 PT-IC-02 PT-IC-03 PT-IC-04 PT-IC-01 PT-IC-02 PT-IC-03 PT-IC-04

N Bio N Bio N Bio N Bio N Bio N Bio N Bio N Bio

M3 4 0,08 8 0,12 11 0,14 12 - 6 0,14 6 0,13 9 0,19 2 0,05

M4 7 0,16 12 0,42 8 0,2 8 0,2 3 0,21 6 0,31 4 0,35 5 0,76

M5 4 0,4 8 0,9 5 0,4 9 0,58 2 0,25 8 0,94 9 1,69 3 0,51

M6 7 1,18 - - - - 5 1,69 4 0,68 - - - - - -

M7 - - 12 1,6 6 1,51 3 2,71 - - - - - - 2 0,22

M8 5 2,2 - - 4 2,22 - - - - 3 1,57 11 2,92 - -

M10 - - 2 3,35 - - - - - - 1 2,11 - - 9 3,33

Total 27 4,02 42 6,39 34 4,47 37 5,18 15 1,28 24 5,06 33 5,15 21 4,87

Com base nos dados obtidos foram calculados os valores da CPUEn e da CPUEb e os resultados obtidos estão representados na tabela a

seguir.

Tabela 12: Resultados obtidos para a CPUEn e CPUEb.

Malhas

Set./2011 Fev.-Mar./2012

PT-IC-01 PT-IC-02 PT-IC-03 PT-IC-04 PT-IC-01 PT-IC-02 PT-IC-03 PT-IC-04

N Bio N Bio N Bio N Bio N Bio N Bio N Bio N Bio

M3 12,5 0,25 25 0,37 34,37 0,44 37,5 - 18,75 0,44 18,75 0,41 28,12 0,59 6,25 0,16

M4 21,87 0,5 37,5 1,31 25 0,62 25 0,62 9,37 0,66 18,75 0,97 12,5 1,09 15,62 2,37

M5 12,5 1,25 25 2,81 15,62 1,25 28,12 1,81 6,25 0,78 25 2,94 28,12 5,28 9,37 1,59

M6 21,87 3,69 - - - - 15,62 5,28 12,5 2,12 - - - - - -

M7 - - 37,5 5 18,75 4,72 9,37 8,47 - - - - - - 6,25 0,69

M8 15,62 6,87 - - 12,5 6,94 - - - - 9,37 4,91 34,37 9,12 - -

M10 - - 6,25 10,47 - - - - - - 3,12 6,59 - - 28,12 10,4

Total 12,05 1,79 18,75 2,85 15,18 1,99 16,52 2,31 6,7 0,57 10,71 2,26 14,73 2,3 9,37 2,17

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RELATÓRO FINAL 2011/2012

47

Em termos de número, verificou-se que, em setembro/2011, para os pontos PT-IC-03

e PT-IC-04 o maior sucesso de captura foi obtido na malha M3, enquanto que no PT-IC-02

esse sucesso foi verificado nas malhas M4 e M7. Já na estação PT-IC-01 a maior CPUEn foi

obtida nas malhas M4 e M6.

Já na amostragem realizada em fevereiro-março/2012, verificou-se o maior sucesso

de captura, em termo de número, na malha M3 para a estação PT-IC-01, na malha M5 para

a PT-IC-02, na M8 para a PT-IC-03 e na M10 para a PT-IC-04.

O gráfico a seguir representa a CPUEn das malhas, por pontos de amostragem.

Gráfico 12: CPUEn das malhas por ponto de amostrage m.

Com relação à biomassa, os resultados obtidos em cada campanha encontram-se

representados no gráfico a seguir.

0

5

10

15

20

25

30

35

40

PT-IC-01 PT-IC-02 PT-IC-03 PT-IC-04 PT-IC-01 PT-IC-02 PT-IC-03 PT-IC-04

Set./2011 Fev.-Mar./2012

nº d

e in

d./1

00 m

² de

red

e

M3 M4 M5 M6 M7 M8 M10

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RELATÓRO FINAL 2011/2012

48

’ Gráfico 13: CPUEb das malhas por ponto de amostrage m.

Conforme observado no gráfico anterior, na primeira campanha, nos pontos PT-IC-01

e PT-IC-03 a malha M8 foi a que apresentou maior biomassa capturada, enquanto que no

PT-IC-02, o maior sucesso foi evidenciado na malha M10. Já para o ponto PT-IC-04, a maior

CPUEb foi obtida na malha M7.

Já na segunda amostragem, nos pontos PT-IC-02 e PT-IC-04 a malha M10

apresentou o maior sucesso de captura, em termos de biomassa, enquanto que no PT-IC-01

e PT-IC-03 esse sucesso foi observado nas malhas M6 e M8, respectivamente.

Quando considerados os dados obtidos em cada um dos pontos, como um todo,

foram encontrados os seguintes resultados:

0

2

4

6

8

10

12

PT-IC-01 PT-IC-02 PT-IC-03 PT-IC-04 PT-IC-01 PT-IC-02 PT-IC-03 PT-IC-04

Set./2011 Fev.-Mar./2012

kg/1

00 m

² de

red

e

M3 M4 M5 M6 M7 M8 M10

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RELATÓRO FINAL 2011/2012

49

Gráfico 14: CPUEn dos pontos de amostragem.

Gráfico 15: CPUEb dos pontos de amostragem.

Conforme observado nos gráficos anteriores, em setembro/2011, o ponto PT-IC-02

apresentou o maior sucesso de captura, tanto em termos de número quanto de biomassa.

Já em fevereiro-março/2012, a maior CPUEn e CPUEb foi evidenciada no ponto PT-IC-03.

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

PT

-IC

-01

PT

-IC

-02

PT

-IC

-03

PT

-IC

-04

nº d

e in

diví

duos

/100

de m

alha

Set./2011 Fev.-Mar./2012

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

PT

-IC

-01

PT

-IC

-02

PT

-IC

-03

PT

-IC

-04

kg/1

00 m

² de

mal

ha

Set./2011 Fev.-Mar./2012

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RELATÓRO FINAL 2011/2012

50

5.10 AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE REPRODUTIVA

Com relação à atividade reprodutiva, é importante ressaltar que os indivíduos

mantidos inteiros não foram considerados. Os indivíduos inteiros são aqueles conservados

como indivíduos-testemunho. A escolha da quantidade dos mesmos foi relacionada com a

tentativa de se retratar da melhor forma as possíveis alterações morfológicas e do estágio

de desenvolvimento existentes dentro de uma mesma espécie.

No intuito de fornecer indícios sobre a atividade reprodutiva de populações de

diferentes espécies capturadas na PCH Peti, na primeira campanha, foram dissecados 136

(cento e trinta e seis) exemplares, distribuídos em 10 (dez) espécies; enquanto que, na

segunda amostragem, foram analisados 92 (noventa e dois) exemplares, pertencentes a 08

(oito) espécies.

A distribuição dos sexos dos indivíduos amostrados está representada na tabela e

nos gráficos a seguir.

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RELATÓRO FINAL 2011/2012

51

Tabela 13: Distribuição dos sexos nas espécies capt uradas.

Espécie Nome comum Set./2011 Fev.-Mar./2012

Fêmea Macho Juvenil Não identificado Fêmea Macho Juvenil Não identificado Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo 9 4 13 1

Cichla sp. tucunaré

6

Clarias gariepinus bagre africano

2

1

Geophagus brasiliensis Cará 5 10 2 19 8 7

6 Hoplias intermedius Trairão 3 3

1 1

1

Hoplias malabaricus Traíra 7 4 3

1 1

Hypostomus sp cascudo 3

1

Hypostomus sp2 cascudo 4

4 30 4

6 Oligosarcus argenteus lambari bocarra 14 6

7 8 14

Rhamdia quelen bagre 2 3

2 2

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MONITORAMENTO DA

RELATÓRO

A

Gráfico 16 : Distribuição dos sexos nas espécies

0% 20% 40% 60%

Astyanax bimaculatus

Cichla sp.

Clarias gariepinus

Geophagus brasiliensis

Hoplias intermedius

Hoplias malabaricus

Hypostomus sp

Hypostomus sp2

Oligosarcus argenteus

Rhamdia quelen

Fêmea Macho Juvenil Não identificado

ONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA PCH PETI

ELATÓRO FINAL 2011/2012

B

: Distribuição dos sexos nas espécies , A refere-se a amostragem de setembro/2011 e B a de fevereiro

60% 80% 100%

Não identificado

0% 20%

Astyanax bimaculatus

Clarias gariepinus

Geophagus brasiliensis

Hoplias intermedius

Hoplias malabaricus

Hypostomus sp2

Oligosarcus argenteus

Rhamdia quelen

Fêmea Macho Juvenil

52

a amostragem de setembro/2011 e B a de fevereiro -março/2012.

40% 60% 80% 100%

Juvenil Não identificado

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MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA PCH PETI

RELATÓRO FINAL 2011/2012

53

Conforme exposto no gráfico anterior, em setembro/2011, para as espécies Cichla

sp., Clarias gariepinus e Geophagus brasiliensisfoi encontrada uma maior proporção de

machos, enquanto que para Astyanax bimaculatus, Hypostomus sp, Hypostomus sp2 e

Oligosarcus argenteus observou-se o predomínio de fêmeas. Nas demais espécies,

verificou-se uma razão sexual muito próxima da razão clássica (NILOLSKY, 1969), ou seja,

de 1:1.

Já em fevereiro-março/2012, nas espécies Hypostomus sp.2 e Rhamdia quelen,

observou-se uma maior proporção de fêmeas, enquanto que para Geophagus brasiliensis,

enquanto que para Oligosarcus argenteus os machos estiveram em maior proporção. Para

as demais espécies, verificou-se uma razão sexual muito próxima da razão clássica

(NILOLSKY, 1969).

As fêmeas são abundantes, normalmente, quando a quantidade de alimento

disponível no local é suficiente. Quando ocorre escassez de alimento, é comum uma maior

quantidade de machos.

Com relação ao estágio de desenvolvimento gonadal, na primeira campanha, os

indivíduos em estágio de maturação esgotado avançada (2C) foram mais representativos

correspondendo a 21% do total amostrado, enquanto que, na segunda amostragem, os

indivíduos em com gonôdas esgotadas (3) foram mais abundantes, perfazendo 46% do

total, conforme observado no gráfico a seguir.

Gráfico 17: Distribuição dos estágios de desenvolvi mento gonadal.

A grande quantidade de indivíduos não identificados (NI), em ambas as campanhas,

está relacionada à presença de peixes com hábitos alimentares detritívoros nas redes de

05

101520253035404550

Set./2011 Fev.-Mar./2012

nº d

e in

diví

duos

Campanhas

1 2A 2B 2C 3 Juvenil Não identificado

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54

espera, que, em virtude do tempo que permanecem na rede e o aquecimento das águas

apresentaram conteúdo bastante deteriorado, impossibilitando a avaliação da atividade

reprodutiva.

A distribuição dos estágios de desenvolvimento gonadal, em cada uma das espécies,

está representada no gráfico e tabela a seguir.

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RELATÓRO FINAL 2011/2012

55

Tabela 14: Distribuição dos estágios de desenvolvim ento gonadal nas espécies capturadas.

Espécie Nome comum Set./2011 Fev.-Mar./2012

1 2A 2B 2C 3 Juvenil Não identificado 1 2A 2B 2C 3 Juvenil Não identificado Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo 2 1 10 13 1

Cichla sp. tucunaré

3 1

2

Clarias gariepinus bagre africano

2

1

Geophagus brasiliensis Cará

7 3 5

2 19 3

3 9

6 Hoplias intermedius Trairão

3 3

1 1

1

Hoplias malabaricus Traíra 2 1 4 1

3

1

1

Hypostomus sp cascudo

1

2

1

Hypostomus sp2 cascudo

1 3

4 12

1 8 13

6 Oligosarcus argenteus lambari bocarra

3 6 11

7 3

13 18

Rhamdia quelen bagre

1 4

2

1 1

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MONITORAMENTO DA

RELATÓRO

A

Gráfico 18: Distribuição dos estágios de desenvolvimento gonadal

0% 20% 40% 60%

Astyanax bimaculatus

Cichla sp.

Clarias gariepinus

Geophagus brasiliensis

Hoplias lacerdae

Hoplias malabaricus

Hypostomus sp

Hypostomus sp2

Oligosarcus argenteus

Rhamdia quelen

1 2A 2B 2C 3 Juvenil Não identificado

ONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA PCH PETI

ELATÓRO FINAL 2011/2012

B

estágios de desenvolvimento gonadal nas espécies, A refere-se a amostragem de setembro/2011 e B a de fevereiro

março/2012.

60% 80% 100%

Não identificado

0% 20% 40%

Astyanax bimaculatus

Clarias gariepinus

Geophagus brasiliensis

Hoplias lacerdae

Hoplias malabaricus

Hypostomus sp2

Oligosarcus argenteus

Rhamdia quelen

1 2A 2B 2C 3 Juvenil

56

a amostragem de setembro/2011 e B a de fevereiro -

40% 60% 80% 100%

Juvenil Não identificado

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57

5.11 ÍNDICE GONADOSSOMÁTICO

Conforme observado na Tabela 15, em setembro/2011, o maior IGS foi registrado

para a espécie Astyanax bimaculatus, enquanto que o menor foi obtido para Clarias

gariepinus. Já em fevereiro-março/2012, o maior índice gonadossomático foi evidenciado

para Oligosarcus argenteus, enquanto que o menor foi encontrado para Hypostomus sp.2.

Tabela 15: Valores máximos e mínimos do IGS das esp écies.

Espécie Nome comum Set./2011 Fev.-Mar./2012

IGS Máx. IGS Mín. IGS Máx. IGS Mín.

Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo 42,86 0,67 0,83 -

Cichla sp. tucunaré 0,37 0,1 - -

Clarias gariepinus bagre africano 0,24 0,24 0,07 -

Geophagus brasiliensis Cará 3,06 0,11 2,48 0,08

Hoplias intermedius Trairão 2,79 0,13 1,28 0,1

Hoplias malabaricus Traíra 8,09 0,04 0,13 0,11

Hypostomus sp cascudo 0,41 0,13 - -

Hypostomus sp2 cascudo 2,34 0,14 3,88 0,04

Oligosarcus argenteus lambari bocarra 12,5 0,43 9,1 0,36

Rhamdia quelen bagre 7,75 0,82 2,73 0,53

Os valores obtidos para o IGS estão relacionados ao período reprodutivo da maioria

das espécies, e ao consequente aumento do volume das gônadas.

A partir do cálculo dos valores médios de IGS para as populações de diferentes

espécies, foi verificado que dentre as espécies que ocorreram em mais de um grupo de

localidades, apenas algumas apresentaram diferenças espaciais expressivas nos valores.

Na figura a seguir é apresentado o IGS em cada trecho da área de influência da PCH

Peti.

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RELATÓRO FINAL 2011/2012

58

Figura 2: IGS das espécies por trecho (setembro/201 1).

Conforme observado na figura anterior, em setembro/2011, para os pontos PT-IC-01

e PT-IC-02, localizados no reservatório, Oligosarcus argenteus apresentou o maior valor

médio de IGS, enquanto que no PT-IC-03 (TVR) foi evidenciado para Astyanax bimaculatus.

Já na estação PT-IC-04, localizada a jusante do canal de fuga, o maior IGS médio foi

observado para Hoplilas intermedius.

Diante destes resultados verificou-se que as espécies Hoplias malabricus e

Geophagus brasiliensis apresentam um maior investimento energético em reprodução na

localidade PT-IC-01, enquanto que Astyanax bimaculatus e Rhamdia quelen investiram mais

na localidade PT-IC-03. Para Oligasarcus argenteus o maior investimento energético

também foi evidenciado na estação PT-IC-02.

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Cic

hla

sp.

Geo

phag

us b

rasi

liens

is

Hop

lias

mal

abar

icus

Olig

osar

cus

arge

nteu

s

Ast

yana

x bi

mac

ulat

us

Cic

hla

sp.

Cla

rias

garie

pinu

s

Geo

phag

us b

rasi

liens

is

Hop

lias

mal

abar

icus

Olig

osar

cus

arge

nteu

s

Rha

mdi

a qu

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Ast

yana

x bi

mac

ulat

us

Geo

phag

us b

rasi

liens

is

Hop

lias

inte

rmed

ius

Hyp

osto

mus

sp2

Olig

osar

cus

arge

nteu

s

Rha

mdi

a qu

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Hop

lias

inte

rmed

ius

Hyp

osto

mus

sp.

PT-IC-01 PT-IC-02 PT-IC-03 PT-IC-04

IGS

méd

io

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RELATÓRO FINAL 2011/2012

59

Figura 3: IGS das espécies por trecho (fevereiro-ma rço/2012).

Em fevereiro-março/2012, nas estações PT-IC-03 (TVR) e PT-IC-01, trecho no

reservatório (terço longe da barragem), Oligosarcus argenteus apresentou valor médio de

IGS, enquanto que na PT-IC-02, terço próximo da barragem, a maior média foi observada

para Hypostomus sp.2. Já no ponto PT-IC-04 (à jusante do canal de fuga), o maior IGS

médio também foi evidenciado para Hoplias intermedius.

De modo geral, observou-se que a espécie Oligosarcus argenteus apresentou um

maior investimento energético em reprodução na localidade PT-IC-01, enquanto que

Hypsotomus sp.2 e Rhamdia quelen investiram mais na localidade PT-IC-02. Para a estação

PT-IC-04, o maior investimento energético foi evidenciado para Geophagus brasiliensis.

5.12 ÍNDICE DE REPLEÇÃO DOS ESTÔMAGOS E ANÁLISE DA DIETA

Os estudos referentes ao hábito alimentar de peixes, é de extrema importância,

principalmente para a conservação em ambiente natural. A questão fundamental diz respeito

à flexibilidade observada na dieta de muitas espécies. Devido principalmente a este fato, o

estudo dos itens alimentares encontrados no conteúdo estomacal de diferentes espécies da

ictiofauna, tem se tornado freqüente e de fundamental importância para conservação de

diferentes espécies (FELIPE et al., 2007).

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

4,5

Geo

phag

us b

rasi

liens

is

Hop

lias

inte

rmed

ius

Olig

osar

cus

arge

nteu

s

Cla

rias

garie

pinn

us

Geo

phag

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rasi

liens

is

Hop

lias

mal

abar

icus

Hyp

osto

mus

sp2

Olig

osar

cus

arge

nteu

s

Rha

mdi

a qu

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Ast

yana

x bi

mac

ulat

us

Hyp

osto

mus

sp2

Olig

osar

cus

arge

nteu

s

Rha

mdi

a qu

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Geo

phag

us b

rasi

liens

is

Hop

lias

inte

rmed

ius

Hyp

osto

mus

sp2

PT-IC-01 PT-IC-02 PT-IC-03 PT-IC-04

IGS

méd

io

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MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA PCH PETI

RELATÓRO FINAL 2011/2012

60

De acordo com diversos autores os peixes podem ocupar vários níveis tróficos

dentro de um ecossistema, entretanto, a classificação dos mesmos em categorias tróficas

definidas, tem sido dificultada em função da enorme variedade de espécies conhecidas,

além do amplo espectro de itens alimentares ingeridos pelas mesmas.

As espécies com estômagos coletados em condições para análise da dieta (grau de

repleção acima de zero) foram: Astyanax bimaculatus, Cichla sp., Clarias gariepinus,

Geophagus brasiliensis, Hoplias intermedius, Hoplias malabaricus, Hypostomus sp2,

Oligosarcus argenteus e Rhamdia quelen, em setembro/2011, e Astyanax bimaculatus,

Clarias gariepinus, Geophagus brasiliensis, Hoplias intermedius, Hoplias malabaricus,

Oligosarcus argenteus e Rhamdia quelen, em fevereiro-março/2012.

É importante ressaltar que espécies predadoras (piscívoras), na maioria das vezes

quando coletadas estão com estômago vazio salvo algumas exceções. As espécies

pertencentes a este grupo funcional ou guilda trófica, costumam regurgitar o alimento em

situação de perigo.

Analisando-se o conteúdo estomacal dos indivíduos capturados, foram obtidos os

resultados apresentados na tabela a seguir.

Tabela 16: Graus de repleção dos estômagos analisad os

Espécie Nome comum Set./2011 Fev.-Mar./2012

A B C D A B C D Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo 6 7 1

Cichla sp. tucunaré 2 1 3 Clarias gariepinus bagre africano 2 1

Geophagus brasiliensis Cará 2 9

6 4 3

8

Hoplias intermedius Trairão 1 2 3 1 1 Hoplias malabaricus Traíra 6 8 2

Hypostomus sp cascudo 3 Hypostomus sp2 cascudo 1 3 34

Oligosarcus argenteus lambari bocarra 5 3 12 7 5 1 9

Rhamdia quelen bagre 3 2 1 1 Legenda : Ocupação do conteúdo estomacal, em relação ao volume total do estômago = A = 71-100% (estômago cheio); B = 31-70%; C = 1-30% e D = 0% (estômago vazio)

Conforme observado na tabela anterior, verificou-se, para a maioria das espécies, o

predomínio de indivíduos com estômagos vazios (D), correspondendo a 52% e 66% do total

de indivíduos analisados na primeira e na segunda amostragem, respectivamente.

No gráfico a seguir, é apresentada a distribuição dos graus de repleção estomacal

das espécies encontradas.

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MONITORAMENTO DA

RELATÓRO

A

Gráfico 19: Graus de repleção dos estômagos, A refere

0% 20% 40% 60%

Astyanax bimaculatus

Cichla sp.

Clarias gariepinus

Geophagus brasiliensis

Hoplias intermedius

Hoplias malabaricus

Hypostomus sp

Hypostomus sp2

Oligosarcus argenteus

Rhamdia quelen

A B C D

ONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA PCH PETI

ELATÓRO FINAL 2011/2012

B

Graus de repleção dos estômagos, A refere -se a amostragem de setembro/2011 e B a de fevereiro

60% 80% 100% 0% 20%

Astyanax bimaculatus

Clarias gariepinus

Geophagus brasiliensis

Hoplias intermedius

Hoplias malabaricus

Hypostomus sp2

Oligosarcus argenteus

Rhamdia quelen

A B C

61

se a amostragem de setembro/2011 e B a de fevereiro -março/2012.

40% 60% 80% 100%

C D

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RELATÓRO FINAL 2011/2012

62

Durante as análises do conteúdo estomacal dos indivíduos capturados, foram

evidenciados os seguintes itens alimentares: inseto, material digerido, material vegetal,

sedimentos, moluscos e artrópodas, peixes e detritos, na primeira amostragem, e inseto,

material vegetal, sedimentos e peixes, na segunda campanha.

As tabelas a seguir, apresentam as frequências e a massa dos itens alimentares

encontrados em cada uma das espécies.

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RELATÓRO FINAL 2011/2012

63

Tabela 17: Frequência e massa dos itens alimentares encontrados na análise do conteúdo estomacal (cont inua). Setembro/2011

ESPÉCIE NOME COMUM Inseto Sedimento Peixe Material digerido Detritos Moluscos Artropodes Material vegetal

F P F P F P F P F P F P F P F P

Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo 6 1,1

Cichla sp. Tucunaré 2 2,6 1 0,2 Clarias gariepinus bagre africano 2 23 2 23

Geophagus brasiliensis Cará 1 1 5 0,8 3 0,5 2 2 Hoplias intermedius Trairão

3 30,5

Hoplias malabaricus Traíra 6 108

Hypostomus sp Cascudo Hypostomus sp2 Cascudo 1 0,4

Oligosarcus argenteus lambari bocarra 1 10,8 1 1,7 Rhamdia quelen Bagre

1 1,5 2 17,5

1 1,8

Total 1 1 9 25,7 14 169,4 1 0,2 3 0,5 2 23 4 5,5 6 1,1

Tabela 17: Frequência e massa dos itens alimentares encontrados na análise do conteúdo estomacal (cont inuação). Fevereiro-Março/2012

ESPÉCIE NOME COMUM Inseto Sedimento Peixe Material vegetal

F P F P F P F P

Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo

1 0,2

Clarias gariepinus bagre africano

1 32

Geophagus brasiliensis Cará

7 4,1

Hoplias intermedius Trairão

2 22

Hoplias malabaricus Traíra

2 27

Oligosarcus argenteus lambari bocarra 1 2

12 8

Rhamdia quelen Bagre

1 0,6

Total 1 2 7 4,1 18 89,6 1 0,2

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Considerando-se os dados obtidos, efetuou-se o cálculo do Índice Alimentar (IAi). Em

setembro/2011, para a espécie Cichla sp., Rhamdia quelen, Oligasarcus argenteus, Hoplias

intermedius e Hoplias malabaricus os peixes apresentaram-se mais abundantes, sendo que

para as duas últimas espécies a dieta foi composta exclusivamente por esse item. Já para

Geophagus brasiliensis os sedimentos e artrópodes ocorreram na mesma frequência,

enquanto que para Charias gariepinus os sedimentos e moluscos apresentaram a mesma

proporção. A dieta de Astyanax bimaculatus foi composta apenas por material vegetal,

enquanto que para Hypostomus sp.2 foi constituída exclusivamente de sedimento.

Já em fevereiro-março/2012, os peixes foram predominantes na dieta de Oligosarcus

argenteus. Para as demais espécies, a dieta foi composta apenas por um único item, sendo

material vegetal para Astyanax bimaculatus, sedimento para Geophagus brasiliensis e

peixes para Clarias gariepinus, Hoplias malabaricus, Hoplias intermedius e Rhamdia quelen.

Na tabela, a seguir, são apresentados os resultados obtidos em cada campanha de

amostragem.

Tabela 18: IAi das espécies amostradas (continua) Setembro/2011

ESPÉCIE Inseto Sedimento Peixe Material digerido Detritos Moluscos Artropodes Material vegetal

Astyanax bimaculatus 1

Cichla sp. 0,96 0,04 Clarias gariepinus 0,5 0,5

Geophagus brasiliensis 0,09 0,38 0,14 0,38 Hoplias intermedius 1 Hoplias malabaricus 1

Hypostomus sp2 1 Oligosarcus argenteus 0,86 0,14

Rhamdia quelen 0,04 0,9 0,05 Total 0,001 0,25 2,62 0,0002 0,002 0,05 0,02 0,01

Tabela 18: IAi das espécies amostradas (continuação )

ESPÉCIE NOME COMUM Fev.-Mar./2012

Inseto Sedimento Peixe Material vegetal Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo

1

Clarias gariepinus bagre africano

1

Geophagus brasiliensis Cará

1

Hoplias intermedius Trairão

1

Hoplias malabaricus Traíra

1

Oligosarcus argenteus lambari bocarra 0,02

0,98

Rhamdia quelen Bagre

1

Total 0,001 0,018 0,981 0,0001

Verificou-se que, em ambas as campanhas, a maioria dos estômagos selecionados

para análise da dieta das espécies de peixes da PCH Peti é de peixes oportunistas e

generalistas como as espécies, que apresentam grande capacidade de se ajustar a

qualquer tipo de ambiente.

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Na Tabela 19, a seguir, observa-se o comparativo entre os itens alimentares

observados nos resultados e o disposto na literatura, sobre os hábitos alimentares das

espécies capturadas na PCH Peti.

Tabela 19: Informações referentes à dieta alimentar das espécies

Espécie Itens alimentares

encontrados Dieta alimentar descrita na literatura 1ª Camp. 2ª Camp.

Astyanax bimaculatus Material vegetal.

Material vegetal.

Nos estudos realizados por Gurgel ET al. (2007) para a espécie Astyanax bimaculatus, verficou-se o predomínio de insetos, pertencentes às ordens “Coleoptera”, “Hemiptera” e “Diptera” e em menor escala “Odonata”, “Hymenoptera” e “Ephemeroptera”, além da categoria “Restos de Inseto” onde foram englobados partes de insetos não identificáveis. Dentre as outras categorias encontradas que possuíam menor importância destacaram-se “Restos de Peixes”, “Material Vegetal”, “Crustáceos” e exemplares de Biomphalaria straminea. Os itens de destaque na dieta de A. bimaculatus, em especial insetos terrestres, remetem à importância da manutenção da mata ciliar ao redor destes corpos d’água, visto que itens de origem alóctone foram importantes em sua alimentação.

Geophagus brasiliensis

Inseto, sedimento,

detrito e artrópodes.

Sedimento.

Dieta composta predominantemente por vegetais, invertebrados aquáticos, larvas de peixes e escamas, caracteriza um forrageamento diversificado desta espécie sobre os recursos bentônicos na lagoa estudada (STEFANI, et al., s/d).

Hoplias malabaricus Peixe. Peixe.

Para Block (1794), os adultos de Hoplias malabaricus alimentam-se preferencialmente de peixes; enquanto os juvenis usualmente se alimentam de larvas de crustáceos, de insetos e outros invertebrados pequenos.

Hoplias intermedius Peixe. Peixe. Segundo estudos realizados por Luz (2002), Hoplias lacerdae e também, Hoplias intermedius apresenta hábito alimentar carnívoro.

Cichla sp. Peixe e material digerido.

-

São carnívoros e alimentam-se preferencialmente de peixes e camarões. Formam casais e cuidam da prole. Após iniciarem um ataque, não desistem até conseguirem capturar as presas (PNDPA, 2008).

Clarias gariepinus Sedimento e moluscos. Sedimento

Alimentam-se de qualquer coisa que se mova, não somente as presas usuais (caracóis, insetos, crustáceos, peies e mesmo os plânctons), mas também de itens não usuais, tais como: frutas, plantas, pássaros jovens e carne podre. Na maioria dos estudos para essa espécie, Clarias gariepinus é descrita como um comedor de fundo, que, ocasionalmente, alimenta-se na superfície (TEUGELS, 1986 apud PALHARES, 2004).

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Espécie Itens alimentares

encontrados Dieta alimentar descrita na literatura 1ª Camp. 2ª Camp.

Hypostomus sp.2 Sedimento. -

Segundo Manna e colaboradores (2007), existem alguns estudos sobre a alimentação desse grupo, onde destaca-se a presença de detritos ou sedimento como item principal na sua dieta, enquanto que Alvim (1999) classifica esse grupo como iliófoga.

Rhamdia quelen Sedimento,

peixe e artrópodes.

Peixes.

Adultos de R. quelen são onívoros, com uma clara preferência por peixes, crustáceos, insetos, restos vegetais, e detritos orgânicos (GUEDES, 1980; MEURER & ZANIBONI FILHO, 1997).

Oligosarcus argenteus - Insetos e peixes.

Segundo Silva et al. (2009) Oligosarcus argenteus é uma espécie carnívora e alimentam-se também de insetos, sendo esta última uma fonte extra de proteínas.

Com relação à análise da dieta alimentar, verificou-se que, em ambas as

campanhas, a maioria das espécies analisadas possui hábitos alimentares semelhantes

àqueles diagnosticados em outros estudos.

5.13 ÍNDICE PONDERAL DE DOMINÂNCIA (IP)

Quanto ao índice de importância ponderal, os resultados evidenciados em cada uma

das espécies amostradas estão descritos a seguir na Tabela 20.

Tabela 20: Índice de importância ponderal para indi víduos capturados. As espécies em destaque são consideradas importantes (IP> 1%).

Setembro/2011 Espécie Nome comum N Bio IP

Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo 26 228 2,5 Cichla sp. Tucunaré 6 572 1,5

Clarias gariepinus bagre africano 2 3350 2,8 Geophagus brasiliensis Cará 36 2438 37,1

Hoplias intermedius Trairão 6 4642 11,8 Hoplias malabaricus Traíra 14 3638 21,5

Hypostomus sp Cascudo 4 1155 2 Hypostomus sp2 Cascudo 8 2106 7,1

Oligosarcus argenteus lambari bocarra 31 793 10,4 Rhamdia quelen Bagre 7 1129 3,3

Fevereiro-Março/2012 Espécie Nome comum N Bio IP

Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo 1 12 0,003 Astyanax sp. lambari 44 16,2 0,164

Clarias gariepinus bagre africano 1 2106 0,486 Geophagus brasiliensis Cará 21 1979 9,585

Hoplias intermedius Trairão 3 1376 0,952 Hoplias malabaricus Traíra 2 636 0,293 Hypostomus sp2 Cascudo 41 9063 85,695

Oligosarcus argenteus lambari bocarra 22 493 2,501 Rhamdia quelen Bagre 2 697 0,321

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Em setembro/2011, todas as 10 (dez) espécies capturadas na área de influência da

PCH Peti foram consideradas de importância ponderal (> 1%). Geophagus brasiliensis

apresentou a maior IP desta amostragem, com 37,1% do total de exemplares capturados,

seguido por Hoplias malabaricus, com 21,5% do total coletado.

Já em fevereiro-março/2012, das 09 (nove) espécies amostradas, apenas 03 (três)

apresentaram importância ponderal, sendo o maior valor obtido para Hypostomus sp. 2

perfazendo 85,69% do total capturado, seguido por Geophagus brasiliensis com 9,58%.

5.14 ANÁLISE DE OVOS E LARVAS

O material para análise de ovos e larvas foi coletado em todas as estações de

amostragem. No entanto, em nenhuma das amostras foram encontrados ovos ou larvas de

peixes, sendo detectada apenas a presença de insetos e/ou larvas de insetos.

No período de estiagem, mesmo em reservatórios, a reprodução tende a zero, uma

vez que a esta época não abrange o período de desova da maioria das espécies de peixes

de água doce (VAZZOLER, 1996).

5.15 PESCA PROFISSIONAL

O Art. 26 do Código Nacional de Pesca diz que "Pescador profissional é aquele que

matriculado na repartição competente (SEAP) segundo as leis e regulamentos em vigor faz

da pesca sua profissão ou meio principal de vida”.

Para levantamento da pesca profissional, foram entrevistados pescadores na Área

de Influência Direta (AID) do empreendimento. As coletas dos dados foram realizadas de

maneira a contemplar as informações das comunidades de pesca ao longo de todo o trecho

de estudo que estivessem na Área de Influência Direta do empreendimento.

Para as análises serão utilizados formulários simples, observando a importância do

pequeno pescador para a economia e qualidade de vida local, de forma a caracterizar a

pesca na área da PCH Peti.

Durante as vistorias realizadas, não foi constatada atividade de pesca profissional.

Também não foi observada a presença de nenhum pescador amador na área de influência

da PCH Peti, sendo observada apenas a presença de resquícios de pesca no ponto PT-IC-

01, tanto em setembro/2011 como em fevereiro-março/2012.

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6 DISCUSSÃO

O represamento de um rio determina consideráveis modificações nas comunidades

de sua área de influência, alterando a distribuição longitudinal da fauna ictía e,

consequentemente a estrutura da comunidade dentro e a montante do reservatório

(AGOSTINHO et al., 1992). Neste sentido, Branco e Rocha (1977) discutem as implicações

das construções de represas, como a transformação de ambientes lóticos (rios) em lênticos

(lagos), onde ocorre uma reestruturação do biótopo em todos os aspectos.

O principal objetivo do presente estudo foi realizar o levantamento e monitoramento

da composição ictiofaunística, além de avaliar possíveis impactos ambientais causados as

populações de peixes na área de influência da PCH Peti.

Durante o monitoramento realizado no período de 2011/2012, foram capturados 277

(duzentos e setenta e sete) indivíduos na PCH Peti, pertencentes a 03 (três) ordens

(Characiformes, Siluriformes e Perciformes), e distribuídos em 06 (seis) famílias e 11 (onze)

espécies distintas.

Em setembro/2011, foram amostrados 140 (cento e quarenta) indivíduos,

pertencentes a 10 (dez) espécies distintas, enquanto que, em fevereiro-março/2012, foram

capturados 137 (cento e trinta e sete) exemplares, distribuídos em 09 (nove) espécies.

Comparando-se os resultados obtidos neste monitoramento, com aqueles

encontrados em 2009/2010 e 2010/2011, foram observados os resultados apresentados na

Tabela 21.

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Tabela 21: Composição ictiofaunística das PCH Peti. ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE NOME COMUM 2009/20101 2010/20112 2011/2012

Characiformes

Characidae

Astyanax bimaculatus lambari-do-rabo-amarelo x X x

Astyanax sp. lambari x - x

Astyanax sp.1 lambari - X -

Astyanax sp.4 lambari - X -

Astyanax sp.5 lambari - X -

Oligosarcus argenteus lambari-cachorro x - x

Galeocharax knerii peixe-cadela - X -

Erythrinidae

Hoplias intermedius trairão - X x

Hoplias intermedius trairão x - -

Hoplias malabaricus traíra x X x

Siluriformes

Heptapteridae Ramdia quelen bagre x X x

Clariidae Clarias gariepiinus Bagre africano - - x

Loricariidae

Hypostomus affinis cascudo x X -

Hypostomus sp. cascudo x - x

Hypostomus sp.2 cascudo - - x

Trichomycteridae Trichomyterus sp.1 bagrinho - X -

Cyprinodontiforme Poeciliidae Phalloceros sp.1 barrigudinho x X -

Poecilia reticulata guppy - X -

Gymnotiformes Gymnotidae Gymnotus cf. pantherinus tuvira - X -

Cypriniformes Ciprinidae Cyprinus carpio carpa x - -

Perciformes Cichlidae

Australoheros facetus acará x X -

Cichla piquiti tucunaré - X -

Cichla sp. tucunaré - - x

Geophagus brasiliensis cará x X x

Geophagus cf. altifrons acará - X -

Oreochromis niloticus Tilápia do nilo - X -

Tilapia rendalli tilápia x X - Total de espécies 13 12 11

1 Monitoramento realizado pela Empresas PRB Ambiental Consultoria e Projetos no período 2009/2010. 2 Monitoramento realizado pela Empresas Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda no período 2010/2011.

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Em 2009/2010, foram capturados 628 (seiscentos e vinte e oito) indivíduos,

distribuídos em 13 (treze) espécies distintas. Em 2010/2011, foram capturados 270

(duzentos e setenta) indivíduos pertences a 12 (doze) espécies. Já no período 2011/2012

foram coletados 277 (duzentos e setenta e sete) espécimes, distribuídos em 11 (onze)

espécies distintas.

A PCH Peti localiza-se em uma região bastante preservada, caracterizada pela

presença de mata ciliar. No entanto, a região carece de estudos prévios para avaliação da

composição da ictiofauna torna-se difícil a identificação dos principais fatores que possam

ter contribuído para uma redução da riqueza e simplificação da ictiofauna registrada

atualmente. Para a bacia do rio Doce, o conhecimento acerca da distribuição das espécies

de peixes não se encontra sistematizado e o maior número de trabalhos disponíveis na

literatura foi realizado para o seu trecho médio, na região das lagoas que, atualmente,

formam o Parque Estadual do Rio Doce (VIEIRA, 2009).

Diante destes resultados, verificou-se que essa região apresenta uma baixa riqueza

de espécies, uma vez que, de acordo com Vieira (2009), estima-se para toda a região do

alto rio Doce a ocorrência de cerca de 70 (setenta) espécies de peixes, sendo 19 delas

espécies exóticas à bacia. No presente monitoramento foram identificadas 03 (três)

espécies exóticas, pertencentes às espécies: Hoplias intermedius, Clarias gariepinus e

Cichla sp..

A composição dos pontos amostrais encontra-se ainda indefinida, visto que algumas

espécies tiveram um representante capturado em um único ponto ou campanha, enquanto

que outras foram mais abundantes.

Em relação às ordens, nas duas amostragens os Characiformes foram mais

abundantes, sendo a família Characidae a que apresentou um maior número de

representantes, correspondendo a 57 (cinquenta e sete) espécimes capturados em

setembro/2011; e 67 (ssessenta e sete) exemplares em fevereiro-março/2012.

Em relação a abundância de espécies, Geophagus brasiliensis e Astyanax sp. foram

mais representativas, com 36 (trinta e seis) e 44 (quarenta e quatro) exemplares coletados,

na primeira e na segunda amostragem, respectivamente.

De modo geral, os peixes capturados apresentaram tamanho corporal variando de

pequeno a médio porte, predominantemente. Segundo Castro (1999), o número e a

composição das espécies variam muito de acordo com o porte e porção do riacho, da região

ou bacia. Já para Vazzoler (1996) incluem-se na categoria "pequeno porte" aquelas

espécies com comprimento total máximo menor que 200 mm, "médio porte" aquelas entre

200 e 400 mm, e "grande porte" aquelas maiores que 400 mm. Entretanto, não há consenso

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quanto ao limite de tamanho de um peixe de pequeno porte, pois Castro (1999) atribui o

comprimento igual ou inferior a 150 mm como limite máximo.

Evidenciou-se o predomínio de indivíduos em estágio de maturação avançada (2C)

em setembro/2012, e de indivídos em estágio esgotado (3) em fevereiro-março/2012. De

acordo com a autoecologia das espécies, esses resultados estão relacionados com o

período reprodutivo de algumas espécies capturadas.

Quanto ao hábito alimentar, em ambas as campanhas, verificou-se o predomínio de

espécies generalistas e oportunistas. A disponibilidade dos itens alimentares no ambiente

favorece a permanência dessa espécie no habitat, visto que os itens encontrados são

abundantes. É importante ressaltar que, o estudo dos itens alimentares encontrados no

conteúdo estomacal de diferentes espécies da ictiofauna, tem se tornado de fundamental

importância para conservação das diferentes espécies.

Segundo os dados brutos e o IP as espécies predadoras de topo e oportunistas, são

as principais espécies coletadas nas localidades da PCH Peti. Provavelmente por ser uma

localidade mais preservada, as espécies nativas que evolutivamente ocupam estas regiões

são competitivamente favorecidas, inclusive com oferta de recursos.

Em relação à pesca, não foram detectadas colônias ou associações de pescadores.

Durante as vistorias realizadas também não foi observada a presença de pescadores

amadores na região de entorno da PCH Peti, sendo identificados apenas resquícios de

pesca no ponto PT-IC-02.

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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A transformação do ambiente lótico em lêntico é o primeiro impacto observado na

construção de empreendimentos hidrelétricos ou de qualquer barramento de um rio. A

hidrologia local é severamente alterada, significando que as condições químicas e físicas da

água são modificadas (alteração limnológica) e, com isso há formação de um novo

ambiente, com novos habitats e à perda de outros.

Mediante as inspeções de campo, verificou-se que as localidades nas áreas sob

influência da PCH Peti apresentaram elevado grau de conservação. Diante dos resultados

apresentados ressalta-se que não foram evidenciados impactos significativos na ictiofauna

na área de estudo que apresentassem ligação direta com as atividades desenvolvidas na

PCH Peti. Provavelmente, os maiores impactos se deram quando do enchimento do

reservatório e da transformação do ambiente lótico em lêntico.

É importante a realização de mais estudos na área de influência da PCH para que se

possa realizar o direcionamento de ações referentes à conservação da fauna ictía, visto que,

algumas espécies apresentaram poucos indivíduos capturados, alguns restritos a uma única

estação de amostragem, dificultando a obtenção de informações referentes a essas

espécies.

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8 BIBLIOGRAFIA

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9 ANEXOS

ANEXO A DADOS BRUTOS – SETEMBRO/2011

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Ponto Malha Ordem Família Espécie Nome comum wt Ls sexo EMG WG IGS ERE WE PT-IC-01 M3 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 26 104 F 2C 0,8 3,076923 D 0 PT-IC-01 M3 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 20 101 F 2C 1 5 B 2 PT-IC-01 M3 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 17 92 F 2B 0,7 4,117647 D 0 PT-IC-01 M3 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 17 91 F 2C 1,3 7,647059 D 0 PT-IC-01 M4 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 27 113 M 2C 0,4 1,481481 A 3 PT-IC-01 M4 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 25 105 F 2A 0,4 1,6 D 0 PT-IC-01 M4 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 20 96 F 2C 2,5 12,5 D 0 PT-IC-01 M4 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 16 91 M 2C 0,3 1,875 D 0 PT-IC-01 M4 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 17 95 F 2B 0,5 2,941176 A 0,6 PT-IC-01 M4 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias malabaricus Traíra 31 112 J Juvenil NA na D 0 PT-IC-01 M4 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis Cará 27 87 F 2B 0,2 0,740741 B 0,2 PT-IC-01 M5 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias malabaricus Traíra 160 205 F 2B 4 2,5 A 13 PT-IC-01 M5 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis Cará 49 108 F 2B 1,5 3,061224 D 0 PT-IC-01 M5 PERCIFORMES Cichlidae Cichla sp. tucunaré 98 165 M 2A 0,1 0,102041 C 0,2 PT-IC-01 M5 PERCIFORMES Cichlidae Cichla sp. tucunaré 82 159 M 2B 0,3 0,365854 D 0 PT-IC-01 M6 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias malabaricus Traíra 309 238 F 2C 25 8,090615 D 0 PT-IC-01 M6 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias malabaricus Traíra 299 235 M 3 0,3 0,100334 A 19 PT-IC-01 M6 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias malabaricus Traíra 285 236 F 2B 16 5,614035 D 0 PT-IC-01 M6 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis Cará 84 132 M 2C 1,5 1,785714 D 0 PT-IC-01 M6 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis Cará 72 118 x x x x x x PT-IC-01 M6 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis Cará 66 119 M 2B 0,1 0,151515 B 0,1 PT-IC-01 M6 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis Cará 66 114 x x x x x x PT-IC-01 M8 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias malabaricus Traíra 542 325 F 1 2,5 0,461255 A 23 PT-IC-01 M8 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias malabaricus Traíra 476 284 M 2A 0,2 0,042017 A 26 PT-IC-01 M8 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias malabaricus Traíra 468 275 F 2B 12 2,564103 D 0 PT-IC-01 M8 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias malabaricus Traíra 375 260 M 2B 4 1,066667 A 14 PT-IC-01 M8 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias malabaricus Traíra 341 246 M 1 0,5 0,146628 A 13 PT-IC-02 M3 CHARACIFORMES Characidae Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo 12 72 F 2C 1 8,333333 B 0,1 PT-IC-02 M3 CHARACIFORMES Characidae Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo 12 72 F 2C 2 16,66667 B 0,2 PT-IC-02 M3 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 20 94 n.a n.a n.a na n.a n.a PT-IC-02 M3 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 15 86 M 2B 0,3 2 D 0 PT-IC-02 M4 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 24 101 F 2B 1,5 6,25 A 1,6 PT-IC-02 M4 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 25 106 F 2C 2 8 D 0 PT-IC-02 M4 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 20 97 n.a n.a n.a na n.a n.a PT-IC-02 M4 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 17 92 F 2C 1,5 8,823529 B 1 PT-IC-02 M4 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias malabaricus Taíra 49 136 J Juvenil NA na D 0

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Ponto Malha Ordem Família Espécie Nome comum wt Ls sexo EMG WG IGS ERE WE PT-IC-02 M4 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 76 122 X X X x X X PT-IC-02 M5 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias malabaricus Taíra 127 192 F 3 2,5 1,968504 D 0 PT-IC-02 M5 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 121 136 x x x x x x PT-IC-02 M5 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 108 129 F 2A 0,8 0,740741 B 0,2 PT-IC-02 M5 PERCIFORMES Cichlidae Cichla sp. tucunaré 94 155 M 3 0,1 0,106383 D 0 PT-IC-02 M7 SILURIFORMES Heptapteridae Rhamdia quelen bagre 336 281 M 2C 6 1,785714 D 0 PT-IC-02 M7 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 106 129 M 2C 0,3 0,283019 B 0,2 PT-IC-02 M7 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 110 134 X X X x X X PT-IC-02 M7 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 77 118 X X X x X X PT-IC-02 M7 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 68 112 M 2A 0,1 0,147059 D 0 PT-IC-02 M7 PERCIFORMES Cichlidae Cichla sp. tucunaré 102 153 M 2A 0,2 0,196078 B 1,3 PT-IC-02 M10 SILURIFORMES Clariidae Clarias gariepinus bagre africano 1675 55 M 2A 4 0,238806 A 23 PT-IC-02 M3 CHARACIFORMES Characidae Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo 12 72 F 2C 1 8,333333 B 0,1 PT-IC-02 M3 CHARACIFORMES Characidae Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo 12 72 F 2C 2 16,66667 B 0,2 PT-IC-02 M3 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 20 94 n.a n.a n.a na n.a n.a PT-IC-02 M3 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 15 86 M 2B 0,3 2 D 0 PT-IC-02 M4 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 24 101 F 2B 1,5 6,25 A 1,6 PT-IC-02 M4 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 25 106 F 2C 2 8 D 0 PT-IC-02 M4 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 20 97 n.a n.a n.a na n.a n.a PT-IC-02 M4 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 17 92 F 2C 1,5 8,823529 B 1 PT-IC-02 M4 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias malabaricus Taíra 49 136 J Juvenil NA na D 0 PT-IC-02 M4 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 76 122 X X X x X X PT-IC-02 M5 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias malabaricus Taíra 127 192 F 3 2,5 1,968504 D 0 PT-IC-02 M5 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 121 136 x x x x x x PT-IC-02 M5 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 108 129 F 2A 0,8 0,740741 B 0,2 PT-IC-02 M5 PERCIFORMES Cichlidae Cichla sp. tucunaré 94 155 M 3 0,1 0,106383 D 0 PT-IC-02 M7 SILURIFORMES Heptapteridae Rhamdia quelen bagre 336 281 M 2C 6 1,785714 D 0 PT-IC-02 M7 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 106 129 M 2C 0,3 0,283019 B 0,2 PT-IC-02 M7 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 110 134 X X X x X X PT-IC-02 M7 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 77 118 X X X x X X PT-IC-02 M7 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 68 112 M 2A 0,1 0,147059 D 0 PT-IC-02 M7 PERCIFORMES Cichlidae Cichla sp. tucunaré 102 153 M 2A 0,2 0,196078 B 1,3 PT-IC-02 M10 SILURIFORMES Clariidae Clarias gariepinus bagre africano 1675 55 M 2A 4 0,238806 A 23 PT-IC-03 M3 CHARACIFORMES Characidae Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo 15 73 M 2C 0,2 1,333333 D 0 PT-IC-03 M3 CHARACIFORMES Characidae Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo 15 71 M 2C 0,1 0,666667 D 0 PT-IC-03 M3 CHARACIFORMES Characidae Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo 15 70 M 2A 0,1 0,666667 D 0

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Ponto Malha Ordem Família Espécie Nome comum wt Ls sexo EMG WG IGS ERE WE PT-IC-03 M3 CHARACIFORMES Characidae Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo 14 69 F 2C 6 42,85714 B 0,3 PT-IC-03 M3 CHARACIFORMES Characidae Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo 14 70 F 2C 5,2 37,14286 D 0 PT-IC-03 M3 CHARACIFORMES Characidae Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo 12 68 F 2C 4,5 37,5 B 0,2 PT-IC-03 M3 CHARACIFORMES Characidae Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo 13 70 F 2B 2 15,38462 D 0 PT-IC-03 M3 CHARACIFORMES Characidae Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo 7 54 F 2A 1 14,28571 D 0 PT-IC-03 M3 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 14 66 M 2C 0,1 0,714286 D 0 PT-IC-03 M3 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 11 62 J Juvenil na na B 0,1 PT-IC-03 M3 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 10 61 J Juvenil na na B 0,1 PT-IC-03 M4 CHARACIFORMES Characidae Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo 25 87 x x x x x x PT-IC-03 M4 CHARACIFORMES Characidae Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo 23 78 M 2C 0,2 0,869565 D 0 PT-IC-03 M4 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 23 110 M 2A 0,1 0,434783 D 0 PT-IC-03 M4 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 18 102 M 2C 0,1 0,555556 D 0 PT-IC-03 M4 SILURIFORMES Heptapteridae Rhamdia quelen bagre 21 109 M 2C 0,3 1,428571 A 3 PT-IC-03 M4 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 35 93 M 2A 0,1 0,285714 B 1 PT-IC-03 M4 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 30 88 F 2A 0,6 2 D 0 PT-IC-03 M4 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 29 86 x x x x x x PT-IC-03 M5 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 79 158 F 2A 1,1 1,392405 A 1,7 PT-IC-03 M5 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 60 128 F 3 0,4 0,666667 A 0,4 PT-IC-03 M5 SILURIFORMES Heptapteridae Rhamdia quelen bagre 73 1174 F 2A 0,6 0,821918 A 1,8 PT-IC-03 M5 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 94 136 M 2C 0,3 0,319149 A 1 PT-IC-03 M5 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 92 131 M 2A 0,1 0,108696 A 1 PT-IC-03 M7 SILURIFORMES Heptapteridae Rhamdia quelen bagre 284 248 F 2C 22 7,746479 A 16 PT-IC-03 M7 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 368 252 F 2C 8,6 2,336957 D 0 PT-IC-03 M7 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 258 225 F 3 0,4 0,155039 D 0 PT-IC-03 M7 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 227 221 x x x x x x PT-IC-03 M7 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 235 208 x x x x x x PT-IC-03 M7 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 142 170 F 3 0,2 0,140845 D 0 PT-IC-03 M8 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias intermedius Trairão 715 332 F 2B 5,5 0,769231 B 6 PT-IC-03 M8 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias intermedius Trairão 685 330 M 2B 1,6 0,233577 A 14 PT-IC-03 M8 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 438 266 x x x x x x PT-IC-03 M8 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 378 254 x x x x x x PT-IC-04 M3 CHARACIFORMES Characidae Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo x x x x x x x x PT-IC-04 M3 CHARACIFORMES Characidae Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo x x x x x x x x PT-IC-04 M3 CHARACIFORMES Characidae Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo x x x x x x x x PT-IC-04 M3 CHARACIFORMES Characidae Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo x x x x x x x x PT-IC-04 M3 CHARACIFORMES Characidae Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo x x x x x x x x

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Ponto Malha Ordem Família Espécie Nome comum wt Ls sexo EMG WG IGS ERE WE PT-IC-04 M3 CHARACIFORMES Characidae Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo x x x x x x x x PT-IC-04 M3 CHARACIFORMES Characidae Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo x x x x x x x x PT-IC-04 M3 CHARACIFORMES Characidae Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo x x x x x x x x PT-IC-04 M3 CHARACIFORMES Characidae Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo x x x x x x x x PT-IC-04 M3 CHARACIFORMES Characidae Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo x x x x x x x x PT-IC-04 M3 CHARACIFORMES Characidae Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo x x x x x x x x PT-IC-04 M3 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra x x x x x x x x PT-IC-04 M4 CHARACIFORMES Characidae Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo 27 91 x x x x x x PT-IC-04 M4 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 42 131 x x x x x x PT-IC-04 M4 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 35 128 x x x x x x PT-IC-04 M4 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 16 102 x x x x x x PT-IC-04 M4 SILURIFORMES Heptapteridae Rhamdia quelen bagre 24 123 x x x x x x PT-IC-04 M4 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 29 93 x x x x x x PT-IC-04 M4 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 25 85 x x x x x x PT-IC-04 M4 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará x x x x x x x x PT-IC-04 M5 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 56 154 x x x x x x PT-IC-04 M5 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 56 151 x x x x x x PT-IC-04 M5 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 41 142 x x x x x x PT-IC-04 M5 SILURIFORMES Heptapteridae Rhamdia quelen bagre 55 153 x x x x x x PT-IC-04 M5 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 117 150 x x x x x x PT-IC-04 M5 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 86 136 x x x x x x PT-IC-04 M5 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 87 137 x x x x x x PT-IC-04 M5 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 42 94 x x x x x x PT-IC-04 M5 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 41 106 x x x x x x PT-IC-04 M6 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias intermedius Trairão 535 305 M 2A 0,7 0,130841 D 0 PT-IC-04 M6 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp cascudo 314 237 F 2A 1,3 0,414013 D 0 PT-IC-04 M6 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp cascudo 313 239 F 3 0,4 0,127796 D 0 PT-IC-04 M6 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp cascudo 301 237 x x x x x x PT-IC-04 M6 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp cascudo 227 208 F 3 0,3 0,132159 D 0 PT-IC-04 M7 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias intermedius Trairão 967 377 F 2B 27 2,792141 B 10,5 PT-IC-04 M7 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias intermedius Trairão 912 355 M 2A 2 0,219298 D 0 PT-IC-04 M7 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias intermedius Trairão 828 335 F 2A 6,5 0,785024 D 0

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DADOS BRUTOS – FEVEREIRO-MARÇO/21012

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Ponto Malha Ordem Família Espécie Nome comum wt Ls sexo EMG WG IGS ERE WE PT-IC-01 M3 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 33 105 F 2C 3 9,090909 D 0 PT-IC-01 M3 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 29 105 M 2C 0,2 0,689655 D 0 PT-IC-01 M3 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 22 100 M 2C 0,1 0,454545 D 0 PT-IC-01 M3 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 22 99 F 2C 2 9,090909 B 0,6 PT-IC-01 M3 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 20 97 M 2C 0,1 0,5 D 0 PT-IC-01 M3 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 19 93 M 2C 0,1 0,526316 C 0,1 PT-IC-01 M4 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 81 104 X X X X X X PT-IC-01 M4 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 71 113 X X X X X X PT-IC-01 M4 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 62 109 X X X X X X PT-IC-01 M5 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 144 147 F 1 0,2 0,138889 D 0 PT-IC-01 M5 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 105 126 M 3 0,1 0,095238 A 0,6 PT-IC-01 M6 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias intermedius Trairão 296 260 M 2C 0,3 0,101351 A 11 PT-IC-01 M6 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 135 137 F 3 0,2 0,148148 D 0 PT-IC-01 M6 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 127 144 F 3 0,2 0,15748 D 0 PT-IC-01 M6 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 123 142 X X X X X X PT-IC-02 M3 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 28 111 M 1 0,1 0,357143 A 1 PT-IC-02 M3 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 26 107 F 3 0,2 0,769231 A 1 PT-IC-02 M3 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 22 103 F 2C 0,9 4,090909 B 0,7 PT-IC-02 M3 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 19 97 F 3 0,2 1,052632 D 0 PT-IC-02 M3 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 17 94 M 3 0,1 0,588235 D 0 PT-IC-02 M3 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 17 92 M 3 0,1 0,588235 B 0,5 PT-IC-02 M4 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 28 109 M 2C 0,2 0,714286 A 2 PT-IC-02 M4 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 24 102 F 2C 1 4,166667 A 1 PT-IC-02 M4 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 23 102 M 2C 0,1 0,434783 A 1 PT-IC-02 M4 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias malabaricus Traíra 89 164 M 1 0,1 0,11236 A 6 PT-IC-02 M4 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 72 107 M 1 0,1 0,138889 D 0 PT-IC-02 M4 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 72 110 F 3 0,1 0,138889 D 0 PT-IC-02 M5 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 231 213 na na na na na na PT-IC-02 M5 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 126 138 M 3 0,1 0,079365 B 0,2 PT-IC-02 M5 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 124 135 F 2C 3 2,419355 A 0,5 PT-IC-02 M5 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 105 132 F 3 0,1 0,095238 D 0 PT-IC-02 M5 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 94 126 M 3 0,1 0,106383 D 0 PT-IC-02 M5 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 92 124 M 1 0,1 0,108696 B 1,3 PT-IC-02 M5 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 87 122 X X X X X X PT-IC-02 M5 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 85 119 X X X X X X PT-IC-02 M8 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias malabaricus Traíra 547 285 F 3 0,7 0,127971 A 21

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Ponto Malha Ordem Família Espécie Nome comum wt Ls sexo EMG WG IGS ERE WE PT-IC-02 M8 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 361 233 F 2C 14 3,878116 D PT-IC-02 M8 SILURIFORMES Heptapteridae Rhamdia quelen bagre 659 336 F 2C 18 2,731411 D PT-IC-02 M10 SILURIFORMES Clariidae Clarias gariepinnus Bagre africano 2106 575 F 1 1,5 0,071225 B 32 PT-IC-02 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 0,5 28 na na na na na na PT-IC-02 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 0,5 28 na na na na na na PT-IC-02 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 0,5 28 na na na na na na PT-IC-02 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 0,5 28 na na na na na na PT-IC-02 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 0,5 28 na na na na na na PT-IC-02 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 0,3 25 na na na na na na PT-IC-02 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 0,3 25 na na na na na na PT-IC-02 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 0,3 25 na na na na na na PT-IC-02 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 0,3 25 na na na na na na PT-IC-02 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 0,2 23 na na na na na na PT-IC-02 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 0,2 23 na na na na na na PT-IC-02 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 0,2 23 na na na na na na PT-IC-02 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 0,2 23 na na na na na na PT-IC-02 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 0,2 23 na na na na na na PT-IC-02 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 0,2 23 na na na na na na PT-IC-02 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 0,2 23 na na na na na na PT-IC-02 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 0,2 23 na na na na na na PT-IC-02 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 0,2 23 na na na na na na PT-IC-02 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 0,2 23 na na na na na na PT-IC-02 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 0,2 23 na na na na na na PT-IC-02 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 0,2 23 na na na na na na PT-IC-02 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 0,2 23 na na na na na na PT-IC-02 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 0,2 23 na na na na na na PT-IC-02 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 0,2 23 na na na na na na PT-IC-02 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 0,2 23 na na na na na na PT-IC-02 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 0,2 23 na na na na na na PT-IC-02 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 0,2 23 na na na na na na PT-IC-02 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 0,1 18 na na na na na na PT-IC-02 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 0,1 18 na na na na na na PT-IC-02 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 0,1 18 na na na na na na PT-IC-02 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 0,1 18 na na na na na na PT-IC-02 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 0,1 18 na na na na na na PT-IC-02 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 0,1 18 na na na na na na

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Ponto Malha Ordem Família Espécie Nome comum wt Ls sexo EMG WG IGS ERE WE PT-IC-02 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 0,1 18 na na na na na na PT-IC-02 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 0,1 18 na na na na na na PT-IC-02 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 0,1 18 na na na na na na PT-IC-02 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 1 12 na na na na na na PT-IC-02 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 1 12 na na na na na na PT-IC-02 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 1 12 na na na na na na PT-IC-02 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 1 12 na na na na na na PT-IC-02 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 1 12 na na na na na na PT-IC-02 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 1 12 na na na na na na PT-IC-02 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 1 12 na na na na na na PT-IC-02 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 1 12 na na na na na na PT-IC-03 M3 CHARACIFORMES Characidae Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo 12 72 M 3 0,1 0,833333 A 0,2 PT-IC-03 M3 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 27 108 F 2C 2 7,407407 A 0,8 PT-IC-03 M3 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 24 106 M 1 0,1 0,416667 D 0 PT-IC-03 M3 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 22 104 M 2C 0,2 0,909091 D 0 PT-IC-03 M3 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 19 103 M 3 0,1 0,526316 A 0,6 PT-IC-03 M3 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 18 101 F 2C 1 5,555556 D 0 PT-IC-03 M3 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 17 99 M 3 0,1 0,588235 B 0,3 PT-IC-03 M3 CHARACIFORMES Characidae Oligosarcus argenteus lambari bocarra 17 98 M 1 0,1 0,588235 B 0,4 PT-IC-03 M3 SILURIFORMES Heptapteridae Rhamdia quelen bagre 38 134 F 3 0,2 0,526316 B 0,6 PT-IC-03 M4 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 107 170 F 1 0,2 0,186916 D 0 PT-IC-03 M4 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 100 165 F 1 0,2 0,2 D 0 PT-IC-03 M4 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 72 146 F 3 0,3 0,416667 D 0 PT-IC-03 M4 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 69 141 F 1 0,2 0,289855 D 0 PT-IC-03 M5 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 231 215 F 3 0,3 0,12987 D 0 PT-IC-03 M5 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 229 210 F 3 0,2 0,087336 D 0 PT-IC-03 M5 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 195 196 F 1 0,2 0,102564 D 0 PT-IC-03 M5 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 192 194 F 2C 4 2,083333 D 0 PT-IC-03 M5 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 183 192 M 3 0,4 0,218579 D 0 PT-IC-03 M5 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 166 193 F 3 0,2 0,120482 D 0 PT-IC-03 M5 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 165 192 M 3 0,3 0,181818 D 0 PT-IC-03 M5 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 164 192 M 1 0,3 0,182927 D 0 PT-IC-03 M5 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 163 190 F 1 0,1 0,06135 D 0 PT-IC-03 M8 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 317 248 F 2C 4 1,26183 D 0 PT-IC-03 M8 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 300 243 F 3 0,6 0,2 D 0 PT-IC-03 M8 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 286 241 F 1 0,5 0,174825 D 0

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Ponto Malha Ordem Família Espécie Nome comum wt Ls sexo EMG WG IGS ERE WE PT-IC-03 M8 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 282 234 F 3 0,7 0,248227 D 0 PT-IC-03 M8 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 265 227 F 3 0,8 0,301887 D 0 PT-IC-03 M8 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 266 225 F 2C 3 1,12782 D 0 PT-IC-03 M8 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 258 219 F 2C 3 1,162791 D 0 PT-IC-03 M8 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 253 217 M 1 0,1 0,039526 D 0 PT-IC-03 M8 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 232 206 X X X X X X PT-IC-03 M8 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 230 205 X X X X X X PT-IC-03 M8 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 228 199 X X X X X X PT-IC-04 M3 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 27 88 F 3 0,2 0,740741 A 0,6 PT-IC-04 M3 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 25 82 M 3 0,1 0,4 B 0,4 PT-IC-04 M4 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 222 216 F 3 0,2 0,09009 D 0 PT-IC-04 M4 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 193 196 F 2C 3 1,554404 D 0 PT-IC-04 M4 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 124 185 F 3 0,2 0,16129 D 0 PT-IC-04 M4 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 112 163 F 1 0,1 0,089286 D 0 PT-IC-04 M4 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 106 154 F 1 0,1 0,09434 D 0 PT-IC-04 M5 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 197 204 X X X X X X PT-IC-04 M5 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 175 198 F 3 0,2 0,114286 D 0 PT-IC-04 M5 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 142 177 F 1 0,2 0,140845 D 0 PT-IC-04 M7 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 121 140 F 2C 3 2,479339 A 0,5 PT-IC-04 M7 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 101 126 M 2C 0,1 0,09901 D 0 PT-IC-04 M10 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias intermedius Trairão 625 317 F 2B 8 1,28 B 11 PT-IC-04 M10 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias intermedius Trairão 455 288 X X X X X X PT-IC-04 M10 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 393 265 F 2C 5 1,272265 D 0 PT-IC-04 M10 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 354 257 F 2B 1 0,282486 D 0 PT-IC-04 M10 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 322 246 F 1 1 0,310559 D 0 PT-IC-04 M10 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 303 245 X X X X X X PT-IC-04 M10 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 297 241 X X X X X X PT-IC-04 M10 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 295 238 F 2C 4 1,355932 D 0 PT-IC-04 M10 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 283 235 F 3 0,3 0,106007 D 0

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ANEXO B ANOTAÇÕES DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA – ART’S

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ANEXO C LICENÇA DE PESCA

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