relatório de gestão e contas consolidadas ano de...

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1 Relatório do Conselho de Administração “A Comissão do Mercado de Valores Mobiliarios, ao abrigo do disposto no nº3 do artigo 250º do codigo dos Valores Mobiliários, dispensou a publicação das contas individuais. Os documentos de prestação de contas alvo desta dispensa encontran-se disponíveis para consulta, juntamente com os restantes, na sede desta Sociedade.” Relatório de Gestão e Contas Consolidadas Ano de 2003 EFACEC CAPITAL, SGPS, SA Sociedade Aberta Capital Social Euros 41.641.416 Sede Social: Arroteia - Leça do Balio - Apartado 1018 - 4466-952 S. Mamede de Infesta Pessoa Colectiva n.º. 500 091 480 Registado na C.R.C. do Porto sob o n.º. 13 298 Índice Grupo EFACEC Mensagem do Presidente ..................................... 2 Evolução dos Principais Indicadores .................... 4 Síntese da Actividade ............................................. 6 Relatório de Gestão Enquadramento Macro-Económico ....................... 8 Análise Económica e Financeira ........................... 8 Actividades do Grupo ............................................ 11 Áreas de Negócio ................................................ 12 Áreas Corporativas .............................................. 15 Factos Relevantes ............................................... 16 Governo das Sociedades .................................... 17 Informação ao Investidor ..................................... 20 Perspectivas ......................................................... 20 Agradecimentos ................................................... 20 Proposta de Aplicação de Resultados ................ 20 Anexos Anexo ao Relatório do Conselho de Administração ................................................... 20 Balanço e Demonstração Consolidada dos Resultados .............................. 21 Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa ............................................. 24 Demonstração Consolidada dos Resultados por Funções ...................................... 26 Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas ................................... 27 Relatório e Parecer do Conselho Fiscal ............. 46 Certificação Legal e Relatório de Auditoria das Contas Consolidadas ............... 47 Extrato de Acta ...................................................... 47

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1Relatório do Conselho de Administração

“A Comissão do Mercado de Valores Mobiliarios, ao abrigo do disposto no nº3 do artigo 250º do codigo dosValores Mobiliários, dispensou a publicação das contas individuais.

Os documentos de prestação de contas alvo desta dispensa encontran-se disponíveis para consulta, juntamentecom os restantes, na sede desta Sociedade.”

Relatório de Gestão e Contas ConsolidadasAno de 2003

EFACEC CAPITAL, SGPS, SASociedade Aberta

Capital Social Euros 41.641.416Sede Social: Arroteia - Leça do Balio - Apartado 1018 - 4466-952 S. Mamede de Infesta

Pessoa Colectiva n.º. 500 091 480Registado na C.R.C. do Porto sob o n.º. 13 298

Índice

Grupo EFACECMensagem do Presidente ..................................... 2Evolução dos Principais Indicadores .................... 4Síntese da Actividade ............................................. 6

Relatório de GestãoEnquadramento Macro-Económico ....................... 8Análise Económica e Financeira ........................... 8Actividades do Grupo ............................................ 11Áreas de Negócio ................................................ 12Áreas Corporativas .............................................. 15Factos Relevantes ............................................... 16Governo das Sociedades .................................... 17Informação ao Investidor ..................................... 20Perspectivas ......................................................... 20Agradecimentos ................................................... 20Proposta de Aplicação de Resultados ................ 20

AnexosAnexo ao Relatório do Conselhode Administração ................................................... 20Balanço e DemonstraçãoConsolidada dos Resultados .............................. 21Demonstração Consolidadados Fluxos de Caixa ............................................. 24Demonstração Consolidada dosResultados por Funções ...................................... 26Anexo às DemonstraçõesFinanceiras Consolidadas ................................... 27Relatório e Parecer do Conselho Fiscal ............. 46Certificação Legal e Relatóriode Auditoria das Contas Consolidadas ............... 47Extrato de Acta ...................................................... 47

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Relatório do Conselho de Administração2

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOCONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOCONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOCONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOCONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOEng. António Afonso Lasso de La Vega Cardoso PintoEng. António Afonso Lasso de La Vega Cardoso PintoEng. António Afonso Lasso de La Vega Cardoso PintoEng. António Afonso Lasso de La Vega Cardoso PintoEng. António Afonso Lasso de La Vega Cardoso PintoPresidente do Conselho de Administração e Administrador DelegadoEng. Gui lherme Ricca GonçalvesEng. Gui lherme Ricca GonçalvesEng. Gui lherme Ricca GonçalvesEng. Gui lherme Ricca GonçalvesEng. Gui lherme Ricca GonçalvesVice-PresidenteDrDrDrDrDr. Alexandre Morais Guedes de Magalhães. Alexandre Morais Guedes de Magalhães. Alexandre Morais Guedes de Magalhães. Alexandre Morais Guedes de Magalhães. Alexandre Morais Guedes de MagalhãesVogalDrDrDrDrDr. F. F. F. F. Faustino José de Campos Taustino José de Campos Taustino José de Campos Taustino José de Campos Taustino José de Campos Taxa de Faxa de Faxa de Faxa de Faxa de FariaariaariaariaariaVogalDrDrDrDrDr. José Manuel Gonçalves de Morais Cabral. José Manuel Gonçalves de Morais Cabral. José Manuel Gonçalves de Morais Cabral. José Manuel Gonçalves de Morais Cabral. José Manuel Gonçalves de Morais CabralVogalDrDrDrDrDr. P. P. P. P. Pedro Macedo Santos Fedro Macedo Santos Fedro Macedo Santos Fedro Macedo Santos Fedro Macedo Santos Ferreira Perreira Perreira Perreira Perreira PintointointointointoVogalDrDrDrDrDr. João P. João P. João P. João P. João Paulo Seara Sequeira do Vaulo Seara Sequeira do Vaulo Seara Sequeira do Vaulo Seara Sequeira do Vaulo Seara Sequeira do Vale Pale Pale Pale Pale PeixotoeixotoeixotoeixotoeixotoVogal

Dr. Pedro da Costa MendesSecretário da Sociedade

CONSELHO FISCALCONSELHO FISCALCONSELHO FISCALCONSELHO FISCALCONSELHO FISCALDrDrDrDrDr. Ruy Octávio Matos de Car. Ruy Octávio Matos de Car. Ruy Octávio Matos de Car. Ruy Octávio Matos de Car. Ruy Octávio Matos de Car valhovalhovalhovalhovalhoPresidenteBernardes, Sismeiro & Associados, Sociedade deBernardes, Sismeiro & Associados, Sociedade deBernardes, Sismeiro & Associados, Sociedade deBernardes, Sismeiro & Associados, Sociedade deBernardes, Sismeiro & Associados, Sociedade deRevisores Oficiais de Contas, Lda, representada porRevisores Oficiais de Contas, Lda, representada porRevisores Oficiais de Contas, Lda, representada porRevisores Oficiais de Contas, Lda, representada porRevisores Oficiais de Contas, Lda, representada porDrDrDrDrDr. Manuel Heleno Sismeiro. Manuel Heleno Sismeiro. Manuel Heleno Sismeiro. Manuel Heleno Sismeiro. Manuel Heleno SismeiroVogalDrª Maria do Céu RibeiroDrª Maria do Céu RibeiroDrª Maria do Céu RibeiroDrª Maria do Céu RibeiroDrª Maria do Céu RibeiroVogal

MESA DA ASSEMBLEIA GERALMESA DA ASSEMBLEIA GERALMESA DA ASSEMBLEIA GERALMESA DA ASSEMBLEIA GERALMESA DA ASSEMBLEIA GERALDrDrDrDrDr. João Vieira de Castro. João Vieira de Castro. João Vieira de Castro. João Vieira de Castro. João Vieira de CastroPresidenteDrDrDrDrDr. P. P. P. P. Pedro Ledro Ledro Ledro Ledro Luís Meireles da Costa Mendesuís Meireles da Costa Mendesuís Meireles da Costa Mendesuís Meireles da Costa Mendesuís Meireles da Costa MendesSecretárioEng. Rui Miguel Cardinal da Costa ReisEng. Rui Miguel Cardinal da Costa ReisEng. Rui Miguel Cardinal da Costa ReisEng. Rui Miguel Cardinal da Costa ReisEng. Rui Miguel Cardinal da Costa ReisSecretário

1)O Exercício de 2003:

A EFACEC deu provas de grande agressividade comercial e eficácia operacional ao longo do exercício de 2003, apesar do clima de conflito internacional,economias arrefecidas, e da cotação desfavorável do dólar americano.As Vendas subiram +11,5%, e a EFACEC angariou 263 M€ de novas encomendas ao longo de 2003, o que assegura quase um ano de trabalho futuro. De notarque as Vendas no mercado Nacional da EFACEC cresceram 25,3%, em linha com objectivos de consolidação desejada para o mercado Doméstico.Em termos Económicos, o Cash Flow Operacional atingiu o maior valor de sempre da EFACEC; os Resultados Correntes subiram para mais do dobro do anotransacto; e os Resultados Líquidos subiram 38,3% atingindo 8,3 M€ (os maiores resultados de sempre na EFACEC), gerando 14% de ROE.A Capitalização Bolsista da EFACEC valorizou-se +35,5% ao longo do exercício de 2003, o que representa mais do dobro da valorização média do PSI 20 nomesmo período.

2)Perspectivas futuras para os Mercados da EFACEC:

a)EnergiaO Mercado Português oferece oportunidades favoráveis graças ao dinamismo das Utilities Nacionais, e a EFACEC deverá consolidá-lo como o seu mercadofundamental de retaguarda (home-market). A médio prazo este mercado poderá abrandar (EU madura), e o Mercado Internacional já aberto pela EFACEC nopassado, tornar-se-á relevante como fonte de economias de escala optimizador da actual estrutura, e fonte de dimensão necessária para uma competição facea concorrentes transnacionais e de maior escala.Acresce que a consolidação do sector será previsível, pelo que a exploração de estratégias supletivas ao crescimento orgânico são uma necessidadeface a um posicionamento a prazo desejável.

Mensagem do Presidente

aos Senhores Accionistas e Colaboradores da EFACEC

Órgãos Sociais

Grupo EFACEC Organigrama

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3Relatório do Conselho de Administração

Esclarece-se que esta consolidação a prazo é motivada por factores positivos: admite-se como previsível um investimento acima de 10 mil biliões de dólaresno sector energético mundial nos próximos anos – o que implica respectiva capacidade de produção de Equipamento e Sistemas para responder a tal procura:está reconhecido que os EUA, o Brasil, etc., necessitam de refazer as “auto estradas” de energia eléctrica face aos networks entretanto gerados pelajustaposição de crescimentos regionais; a Europa está a reconfigurar os circuitos para um mercado único de energia e suas ligações a terceiros; a América doSul deverá racionalizar as suas sub-regiões consequência do possível relançamento económico; e a China, a África etc. têm muito para desenvolver.Para o acima é necessário Projecto, Equipamento e respectivo Telecontrolo e Telecomando – áreas em que a EFACEC pode dar uma contribuição significativa,gerando valor para uma sociedade melhor.

b)TransportesO mercado nacional dos Transportes ferroviários apresenta um dinamismo crescente, não só pelo projecto TGV e seus antecedentes/preparatórios,como pelos metros e metros ligeiros das zonas urbanas da faixa litoral, cuja densidade se prevê venha a crescer significativamente no futuro.

c)ServiçosA EFACEC dispõe duma carteira de valências tecnológicas alargada. Esta capacidade, aliada ao “know how” a nível de Projecto, Fabrico deequipamento e respectivo Telecontrolo, confere uma vantagem competitiva palpável em grandes projectos de Electrificação Industrial e de Serviços,bem como no mercado crescente de “Outsourcing”, onde tais valências conjuntas são cada vez mais valorizadas.A protecção do meio Ambiente é uma realidade cada vez mais vigorosa e Portugal terá que acelerar os projectos de tratamento de água, efluentese ar, atendendo às directivas europeias.A EFACEC é “leader” neste mercado em Portugal que certamente terá forte desenvolvimento, seguindo-se-lhe outros mercados da Europa alargada,do Norte de África, Palop’s etc..

d) TelecomunicaçõesO mercado fulgurante de há algum tempo, passou um período de demasiado arrefecimento recentemente.Acreditamos no entanto, que estamos inequivocamente face a uma era digital crescente, em que as competências consolidadas da EFACEC nestasáreas terão um desenvolvimento com crescimento muito acima da média do Grupo.

3) A evolução desejável dos Pólos geográficos da EFACEC:

a) Engenharia, Ambiente e Serviços (Carnaxide)Os objectivos para Carnaxide para o curto prazo estão definidos pelo “benchmarking” com as melhores empresas de engenharia Espanholas, comquem temos que competir no dia a dia no Mercado Ibérico.A reorganização implementada em 2003 permite que estas funções acompanhem com maior flexibilidade e eficácia o mercado e o cliente, construindo eacrescentando valor nos grandes projectos enquanto sistemistas e desejavelmente liderando os respectivos consórcios, com saltos de crescimentodiscretos, nomeadamente nas áreas da Manutenção, Ambiente e Transportes.

b) Fabricação de equipamento para Transporte e Distribuição de Energia Eléctrica (Arroteia)A reorganização implementada em 2003, deverá proporcionar uma clara focagem da função Industrial do Grupo e respectivo Servicing capitalizandona preferência tecnologicamente sofisticada dos clientes dos EUA e equivalentes.Dinamizando a Inovação e as Tecnologias de Informação na cadeia industrial (encomenda/projecto/orçamento/compras/fabrico/encurso), pretende-se optimizar a rentabilidade dos recursos utilizados (comerciais, tecnológicos, operacionais, logísticos) por forma a que a flexibilidade e eficáciacontinuem a ultrapassar os baixos custos de fabrico de fontes alternativas globais, reavaliando as opções de fabricar/subcontratar e deslocalizar,face ao centro de gravidade dos mercados e eficácia dos centros de produção.

c) Automação, Telecomunicações, Electrónica e Logística (Maia)A expansão do pólo de novas tecnologias da Maia deverá ultrapassar as metas dos pólos anteriores, arrastando a venda de produtos de Arroteiae projectos de Carnaxide. A criação de condições ideais para um continuado fomento de novos produtos e sistemas é prioritária, e oaprofundamento de mercados que permitam replicar as soluções apuradas deverá ser uma consequência natural.

d) EFACEC InternacionalAglutinará as actividades externas ao mercado nacional antes dispersas por cada um dos negócios. Tal aumentará as economias de escala, e facultará oacesso a fontes de abastecimento de matérias-primas, componentes, produtos e serviços mais competitivos para integrar nas Vendas do Grupo.Esta internacionalização deverá apoiar-se em parcerias com entidades locais, ou/e grupos Nacionais/Ibéricos/Europeus exportadores, com objectivoscomplementares sinergizantes, por forma a aumentar a eficácia e a reduzir custos e riscos.

e) Serviços PartilhadosPassará a agrupar com sinergias a maioria das funções de apoio, deixando que cada negócio se concentre na Venda e Produção de serviços e produtos relativosao seu negócio principal.Visa-se a melhoria da qualidade de informação para gestão, consequente da melhor exploração do ERP agora instalado, nomeadamente a nível de custeio,margens, “pricing”, nível de utilização dos recursos escassos, etc. com consequentes economias/sinergias.

4) O futuro do Grupo EFACEC

O ano de 2003 foi o ano da Consolidação da recuperação iniciada em 2002, e foi o ano da preparação da etapa de Desenvolvimento sustentado que se seguirá,cujos objectivos de duplicar a performance e dimensão estão aceites, como implícito na Visão do Grupo.Foi feito um investimento significativo de formação em Marketing, nomeadamente de segmentação e focagem nos mercados e clientes de maior valor,apoiado pelas necessárias reorganizações dos Serviços Operacionais.Foi ainda feita uma aprofundada reflexão quanto às nossas capacidades face às oportunidades do mercado, explicitando Objectivos a médioprazo e consequentes estratégias, tácticas e recursos/organização necessários para alcançar tais objectivos/reposicionamento.Este plano de crescimento maioritariamente orgânico, está a ser complementado com a exploração de cenários de crescimento discretos.Propomos envolver no futuro um consultor externo no aprofundamento/ratificação ou exploração de cenários alternativos à estratégia actual da EFACEC para o seuportfolio de negócios, face à evolução da envolvente consolidante externa, e face às metodologias internas e respectiva eficácia/custos.No momento em que escrevemos esta mensagem constatamos que a EFACEC atingiu a cotação de 5 €, (facto já supraveniente ao exercício de 2003) o quecorresponde exactamente ao dobro da cotação no momento em que iniciámos funções. É com a maior honra, que ao lado de todos os nossos colegas daEFACEC, registamos pela segunda vez o reconhecimento pelo mercado do nosso esforço, o que constitui uma enorme motivação para as etapas futuras, aque em conjunto nos propomos: voltar a dobrar a capitalização da EFACEC, ultrapassando a capitalização máxima de sempre.As perspectivas a curto prazo do mercado Nacional são favoráveis, e o investimento feito no passado no desenvolvimento sistemista do Grupo e suaInternacionalização, posiciona a EFACEC confortavelmente face às perspectivas a médio prazo dos sectores onde opera.Temos a maior honra na cultura da EFACEC, e comprovada confiança nas capacidades comerciais e tecnológicas do Grupo, dada a inequívoca evoluçãofavorável dos seus resultados recentes.É com base na preferência dos nossos Clientes, nas perspectivas de mercados favoráveis e duma estrutura mais adequada aos desafios futuros, quesubscrevemos a proposta de regresso à prática habitual da EFACEC de distribuição de dividendos aos seus Accionistas, e continuada filosofia mobilizadorae participativa face aos colaboradores da EFACEC.

António Cardoso Pinto

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Relatório do Conselho de Administração4

Evolução dos Principais Indicadores

1999 2000 2001 2002 2003Encomendas em Carteira a 31/12 M € 236,6 285,1 270,4 236,2 231,2Encomendas Recebidas no ano M € 289,3 266,8 226,9 224,9 262,8Volume de negócios M € 242,2 225,6 234,4 244,1 272,0 * Mercado Interno M € 150,5 133,0 135,8 150,2 188,2 Mercado Externo M € 91,6 91,8 98,6 93,9 83,8

EBITD ( Cash Flow Operacional ) (a) M € 21,0 19,4 6,5 22,6 25,2 *Resultados Operacionais M € 7,9 6,3 -9,9 9,2 11,5 *Resultados Financeiros M € -1,9 -2,5 -8,0 -6,3 -5,1Resultados Correntes M € 6,0 3,8 -17,9 2,8 6,4Resultados Extraordinários M € -1,0 -19,5 -10,9 9,2 3,4EAT (Resultados Líquidos) M € 3,4 -10,8 -24,9 6,0 8,3 *EAT / Vendas % 1,4% -4,8% -10,6% 2,5% 3,0%Cash Flow ( RL + Amort + Prov ) M € 16,5 2,4 -8,5 19,4 22,0 *

Capitais próprios M € 93,1 79,8 50,0 55,6 59,0Passivo Total M € 155,1 191,2 203,7 195,8 185,3Activo Líquido M € 250,4 272,8 255,0 252,7 246,7Passivo Financeiro Líquido M € 51,0 73,8 83,0 65,0 60,3Dividas de Terceiros CP+MLP M € 103,4 105,8 112,1 129,5 120,4Dividas a Terceiros CP+MLP M € 121,5 134,1 159,2 141,2 125,4Autonomia Financeira % 37% 29% 20% 22% 24%

Vendas por Efectivo M € 109,0 103,3 126,2 130,9 147,9Rentabilidade Vendas ( EBITD/Vendas) % 8,7% 8,6% 2,8% 9,2% 9,3%Endividamento (Dív. Fin/Cap.Próp) % 54,8% 92,4% 166,2% 116,8% 102,2%Cob. Enc. Financ. (EBITD/Res.Finan.) x 11,2 7,7 0,8 3,6 4,9ROA ( Return On Assets ) % 1,4% -3,9% -9,8% 2,4% 3,4%ROE ( Return On Equity ) % 3,7% -13,5% -49,8% 10,8% 14,0%

Capitalização Bolsista M € 79,7 97,0 40,1 38,0 51,5Cotação (Euros) **Máxima € 6,88 10,90 7,47 3,17 3,92Mínima € 5,44 5,65 2,49 2,50 2,50 Final € 5,74 6,99 2,89 2,74 3,71

Notas:* Máximo de sempre do Grupo EFACEC** Em 2003 a cotação ainda não está influenciada pela operação de redução de Capital SocialO ano de 1999 inclui a actividade de fabrico de motores eléctricos, alienada no final de Junho de 1999.(a) EBITD = Resultados Operacionais + Amortizações e Provisões do Exercício

Análise Plurianual

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5Relatório do Conselho de Administração

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Relatório do Conselho de Administração6

Síntese dos Aspectos mais Positivos do Exercício de 2003

Aspectos QuantitativosO exercício de 2003 confirmou a evolução positiva, com a EFACEC a atingir máximos desde a sua criação em alguns dos mais importantes indicadoresde performance económico/financeira, que permitem ao Conselho de Administração propor o reatamento da distribuição de dividendos aos seusAccionistas, e passar a novas etapas do desenvolvimento da empresa.Destacam-se alguns aspectos relevantes do exercício:- Os Resultados Líquidos foram de 8,3 M€, mais cerca de 38% do que em 2002.- As Encomendas obtidas em 2003 atingiram o montante de 263 M€ (+17% do que em 2002).- As Encomendas em carteira correspondem a cerca de um ano de laboração.- O Volume de Negócios ascendeu a 272 M€, tendo crescido 11% em relação ao ano anterior.- O EBITD foi de 25,2 M€, mais 12% do que o verificado em 2002.- O Resultado Líquido/Vendas foi de +3,0% (2,5% em 2002), o que corresponde a uma melhoria de 24%.- Os Resultados Operacionais foram de +11,5 M€ (em 2002 foram 9,1 M€), o que corresponde a um aumento de 25.5%.- Os Resultados Extraordinários passaram de +9,2 para +3,4 M€ (em 2002 estava incluída a mais valia decorrente da alienação do edifício de Carnaxide).- Os Resultados Financeiros (negativos) melhoraram 19%.- Os Resultados Correntes mais do que duplicaram, passando de 2,8 para 6.4 M€.- O Cash Flow Operacional é de 25,2 M€ ( 22,6 M€ em 2002), correspondente a um aumento de 11.5%.- O Cash Flow é de 22 M€ ( 19,4 M€ em 2002), o que corresponde a um aumento de 13%.- O valor do capital social foi reduzido em 40% para cobertura de prejuízos.- Os Capitais Próprios aumentaram 6,1% (+3,4 M€)- O valor de Clientes reduziu 4,8%- Os empréstimosLiquidos reduziram-se em 7,2% (-4,7 M€)- Dividas de Terceiros de curto e médio/longo prazo reduziram em 9.1 M€, o que representa um decrescimo de 7%- Dividas a Terceiros de curto e médio/longo prazo diminuiram 15.8 M€, correspondente a uma redução de 11.2%- O passivo total reduziu 5,4% (-10.5M€)- A produtividade, media em termos de produção por efectivo, cresceu 11.5% em relação ao ano anterior

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7Relatório do Conselho de Administração

Aspectos Qualitativos

- Em 2003 foi lançada uma vasta operação visando o desenvolvimento a prazo dos negócios na Área Internacional, dando continuidade àfocagem em mercados e clientes alvo, e privilegiando a exportação de sistemas por oposição à tradicional abordagem de exportação deprodutos. Foram ainda objectivos chave do lançamento desta operação, acrescentar valor a partir dos mercados alvo através da criação debases locais próprias industriais e de engenharia, e da constituição de parcerias comerciais e/ou tecnológicas com entidades locais, permitindouma abordagem ao cliente mais adequada e integrada.

- Foi lançado o projecto de criação de uma Unidade de Serviços Partilhados que prestará serviços às empresas do Grupo numa óptica Cliente-Fornecedor, tendo como principal objectivo um elevado padrão de eficácia dos serviços de apoio às Vendas e à Produção, o que permitirá umamaior focagem das Áreas Operacionais nos seus negócios e a redução dos custos de funcionamento.

- Foi implementado o projecto de Inovação “EFAinova”, considerando a inovação como um processo sistemático, contínuo e sustentado e umimperativo para a contínua criação de valor.

Este projecto envolveu cerca de 200 colaboradores da EFACEC e deu origem, no 2º semestre de 2003, à criação do Gabinete de Inovação doGrupo, demonstrando claramente a aposta no investimento e no valor que a EFACEC confere à Inovação como factor chave do seudesenvolvimento.

- Foi lançado o projecto “EFACEC como Empregador de Referência” visando a melhoria contínua dos diferentes processos de Gestão dosRecursos Humanos na EFACEC, conduzindo a elevados níveis de confiança entre a gestão e os colaboradores, à equidade na compensaçãoe nos benefícios, ao desenvolvimento contínuo de oportunidades de aprendizagem e ao gosto pelo trabalho.

- O desenvolvimento profissional e pessoal de competências transversais dos nossos Quadros assume particular importância pelo que, em2003, continuámos a aposta no desenvolvimento de alto nível, nomeadamente em Gestão (pós graduações, MBA e Mestrados) e em Marketing.

- A liderança do Marketing continuou a ser uma das prioridades do Grupo EFACEC, tendo sido desenvolvido um programa interno de “imersão”em Marketing com o envolvimento de mais de 100 colaboradores (Gestores, Comerciais e Operacionais) dos 3 pólos geográficos e em especialdas áreas de actividade de Transportes, Ambiente e Energia. Este programa que continuará a ser aprofundado, visa sobretudo potenciar assinergias e transversalidade do Grupo e permitir a integração que o mercado exige.

- O projecto de integração dos Sistemas de Qualidade/Ambiente e Segurança do Grupo teve um progresso significativo, tendo oito empresas doGrupo transitado para a nova norma ISO9001:2000 e duas empresas, a EFACEC Serviços de Manutenção e Assistência, SA, e a EFACECMotores Eléctricos, SA, obtido a certificação.

Durante o ano de 2003 a EFACEC completou os diagnósticos de Segurança efectuados aos três Pólos e aprofundou os Sistemas de Ambientee Segurança.

Em 2003 o Grupo EFACEC investiu nos procedimentos para obter, nas suas diferentes sociedades, a certificação de Qualidade segundo aNorma ISO 9001:2000 e a certificação do Sistema de Gestão Ambiental segundo a Norma ISO 14001.

- Foram recuperadas quase todas as Unidades de Negócio que em 2002 haviam ainda tido uma insuficiente performance económico-financeira, restandoneste momento apenas dois negócios para relançar, cujos planos de acção já foram implementados, sendo já visíveis os primeiros sinais favoráveis.

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Relatório do Conselho de Administração8

RELATÓRIO DE GESTÃOEnquadramento Macro-Económico

A Economia Internacional em 2003 foi fortemente condicionada pelo conflito internacional no Iraque. Nos primeiros meses do ano manteve-se o clima deestagnação económica, caracterizado pela falta de confiança dos mercados e a incerteza do desfecho do conflito militar. Já na segunda metade do ano de2003, assistiu-se a uma retoma impulsionada pela economia norte americana, acompanhada pela consolidação da economia do Japão que cresceu cerca de2,5% em 2003 e por uma estabilização das economias dos países da zona do euro.

A economia dos Estados Unidos da América teve um crescimento de 3,1% (2,2% em 2002). As despesas em consumo privado tiveram um dinamismoapreciável, com destaque para o consumo de bens duradouros. O défice da Balança Comercial dos EUA manteve-se a um nível muito elevado, apesar docontributo positivo da forte depreciação do dólar.

Em 2003 a economia da Zona do Euro teve um crescimento de 0,4% (0,9% em 2002), reflexo do fraco dinamismo da procura interna. A diminuição dasimportações e o ligeiro crescimento das exportações contribuíram positivamente para a melhoria do PIB. No entanto, a valorização do Euro teve um impactonegativo nos preços das exportações. A inflação situou-se em cerca de 2,1% e a taxa de desemprego manteve-se elevada nos 8,8%.

O comportamento da Economia Portuguesa manteve-se negativo em 2003, com a retracção do investimento e do consumo privado, agravado pelapolítica de contenção da despesa pública. O PIB terá tido assim, em 2003, uma taxa de variação negativa de 1%. Registe-se, contudo, que no segundosemestre de 2003 se assistiu a uma evolução menos negativa do consumo privado e um aumento de 1% do Índice da Produção Industrial, após umaqueda de 1,7% na primeira metade do ano. A taxa de inflação homóloga baixou para 2,4%, tendo sido 3,6% em 2002, e a taxa de desemprego subiu de5,1% para 6,4% em 2003.

Análise Económica e FinanceiraA EFACEC atingiu os seus objectivos para o ano 2003, sustentando o aumento de produtividade e desempenho iniciados em 2002. Apesar da conjunturainternacional desfavorável e em especial da desvalorização do Dólar Americano, a EFACEC cresceu em 2003 mais de 11% nas Vendas, sendo osResultados Correntes de mais do dobro face a 2002.

Mantendo um forte investimento na Inovação, nos seus Recursos Humanos e no desenvolvimento de novas tecnologias em articulação com astecnologias de base, a EFACEC soube impor-se na linha da frente da indústria portuguesa, nos mercados nacional e internacional.

Em virtude destes factos a EFACEC reflecte uma imagem favorável no mercado, tendo sido referida em 2003 com elevada frequência e destaquepositivo nos principais meios de Comunicação Social e convidada pelos mesmos a participar na produção de informação relevante para o mundo dosnegócios. Estes factores contribuíram para que a valorização bolsista da cotação da EFACEC tenha sido em 2003 de 35,4%, o que representa mais dodobro da valorização do PSI20 (cuja valorização foi de cerca de 16%).

O desenvolvimento e consolidação do posicionamento que a EFACEC detém no mercado deriva, de igual modo, da continuação do esforço iniciado em2002 de focagem no desenvolvimento de uma cultura que privilegie a supremacia do Mercado e as necessidades específicas do Cliente e que conduziuà implementação de alterações estruturais e de organização e a uma maior enfase na abordagem transversal dos negócios do Grupo, nomeadamente noMercado Nacional.

Esta abordagem permite a concentração de esforços na consolidação do mercado doméstico/nacional da EFACEC, através do fomento de uma culturade Grupo sinergética em desfavor duma postura de conglomerado, bem como na preparação da expansão internacional futura.

Os factores referidos conduziram a uma melhor selecção de negócios, ao aumento da produtividade e a um controlo mais eficiente na execução das obrase projectos, contribuindo para a performance da EFACEC em 2003.

Neste exercício as contas consolidadas do Grupo EFACEC apresentam um resultado líquido de 8,3 milhões de euros, ultrapassando os objectivosdefinidos, o que corresponde a um acréscimo de cerca de 38% face a igual período do ano anterior. De salientar que o resultado do exercício anterior foiinfluenciado pelo reconhecimento de uma mais valia proveniente da alienação do edifício de Carnaxide.

Os resultados correntes sofreram um aumento em mais do dobro, passando de 2,8 para 6,4 milhões de euros.

As encomendas recebidas durante o ano de 2003 atingiram um montante de cerca de 263 milhões de euros, contra 225 milhões de euros no ano anterior,mantendo a carteira de encomendas em 31/12/03 o valor correspondente a uma boa parte de um ano de laboração.

O volume negócios aumentou 11%, passando de cerca de 244 milhões deeuros para 272 milhões de euros, dos quais cerca de 31% foram paraexportação. Saliente-se que a exportação de produtos é muito superior àexportação de serviços.

A produtividade do Grupo EFACEC, medida em termos de produção porefectivo, cresceu 11,5% (4% em 2002), tendo contribuído para isso,nomeadamente, a melhoria de processos na cadeia de produção e aonível de projecto, a utilização de novos métodos tecnológicos e o programade redimensionamento dos efectivos.

No plano financeiro, releva-se o valor despendido com rescisões decontratos de trabalho, no montante de 1,3 milhões de euros e osinvestimentos para modernização das unidades de produção, no montantede 5 milhões de euros.

A EFACEC continua a desenvolver diversos planos para reduzir oendividamento, sendo de realçar as acções de cobrança junto dos seusclientes, uma melhor selecção dos investimentos e uma contenção dasdespesas de estrutura. Desta forma foi possível reduzir o endividamentolíquido, passando de 65 milhões de euros para cerca de 60 milhões deeuros, o que representa um decréscimo de 7,2%.

A rentabilidade dos capitais próprios é de 14%, quando no final do exercícioanterior foi de 10,8%.

- Foi dada continuidade à concentração de esforços na consolidação do mercado doméstico/nacional da EFACEC, cujo volume de Vendas teveum crescimento de 25,3%, tendo passado de 150,2 milhões de euros para 188,2 milhões de euros, aspecto fundamental para o regresso àexpansão internacional.

- Foi de igual modo continuada a purificação da estrutura internacional e efectuado o saneamento financeiro das filiais com potencial.

- A EFACEC é um dos 30 maiores Grupos não financeiros Portugueses, um dos 10 Grupos Industriais de referência e a 5ª maior EmpresaPortuguesa quanto ao Valor Acrescentado Bruto (VAB) por trabalhador. (in Diário de Notícias de 2003-10-31)

São ainda de salientar duas importantes visitas efectuadas à EFACEC por parte de Suas Excelências o Senhor Presidente da República, Dr.Jorge Sampaio e o Sr. Ministro do Ambiente, das Cidades e do Ordenamento do Território, Dr. Amílcar Theias e que demonstram a consideraçãode que a EFACEC é alvo ao mais alto nível.

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9Relatório do Conselho de Administração

Também a autonomia financeira evoluiu favoravelmente, passando de22%, no final de 2002, para 24% no final do corrente exercício.

O cash flow operacional (antes de extraordinários, financeiros e IRC)ascendeu a 25,2 milhões de euros, contra 22,6 milhões de euros em 2002e os resultados financeiros foram negativos em 5,1 milhões de euros(negativos em 6,3 milhões de euros em 2002).

A dívida financeira do Grupo no final deste exercício encontra-se repartidada seguinte forma:

Risco Financeiro

Podemos identificar, na actividade do Grupo EFACEC, três principaistipos de risco: Cambial; de Taxa de Juro; e de Preço de “commodities”.

A exposição cambial do Grupo EFACEC resulta da grande vocaçãoexportadora que algumas empresas do Grupo têm tido nos últimosanos. Desta forma, acompanha-se de perto a evolução da cotaçãoEUR/USD e procura-se encontrar formas de cobertura deste riscoatravés dos vários tipos de instrumentos financeiros que o mercadonos coloca à disposição.

À data de 31/12/2003, o Grupo EFACEC tinha coberturas cambiais activasde 13.8 milhões de USD, através de forward´s e opções, o que representauma cobertura de 72% das cobranças em USD ao longo dos próximos 12meses.

Quanto ao risco de taxa de juro, o Grupo EFACEC tem acompanhado deperto, a evolução do mercado. A desace-leração económica a nível mundial,que se tem assistido desde 2001, tem levado os vários Bancos Centraisa proceder a cortes nas suas taxas directoras como forma de impulsionaro crescimento económico.

O Grupo EFACEC, à data de 31/12/2003, tem a totalidade da sua dívida ataxa variável, beneficiando desta forma, das descidas de taxas de juro quese têm verificado. No entanto, julgamos que o ciclo de descidas de taxas

de juro poderá estar próximo do fim. Neste sentido, durante o ano de 2003procedeu-se à cobertura de uma parte deste risco.

Assim, no final de 2003, o Grupo EFACEC tinha activas coberturas de28 milhões de euros através de opções e com um prazo médio de cercade 2.5 anos.

No que toca às “commodities”, o Grupo EFACEC tem em risco a variaçãode preço que o cobre possa ter nos mercados internacionais. Este tipo derisco tem sido coberto junto dos próprios fornecedores deste metal,colocando compras futuras com preço fixado.

Por fim, podemos referir que todas as operações enunciadas de coberturados riscos têm por objectivo cobrir riscos efectivos do Grupo, estandopois excluídas quaisquer operações de natureza especulativa. Enquantoactivas, todas as operações são acompanhadas de perto, procedendo-seperiodicamente à sua avaliação e à da continuidade da sua adequação aoobjectivo inicial que lhe deu origem.

Investimentos

O investimento global atingiu cerca de 6 milhões de euros, os quaisincluem, essencialmente, despesas de investigação e desenvolvimento,novos equipamentos e modernização das unidades fabris.

No respeitante a investimentos financeiros, a EFACEC reforçou aparticipação financeira das Águas de Cascais em cerca de 310 milharesde euros e alienou a totalidade da participação detida na Oniway pelomontante de 3,5 Milhões de euros.

A EFACEC e o Mercado de CapitaisSíntese do Mercado

O ano de 2003 caracterizou-se por valorizações expressivas nos principaismercados bolsistas internacionais. O mercado Português acompanhouesta tendência, embora com valorizações mais modestas.No período em análise, o índice bolsista PSI-20 registou ganhosacumulados de cerca de 16%, fechando em 31 de Dezembro, ao nível dos6.747 pontos.

Acções EFACEC

A EFACEC mantém cotadas no mercado oficial 13.880.472 acções, comum valor nominal de € 5 cada correspondente à totalidade do seu capitalsocial.

De notar que, apesar da EFACEC ter efectuado no final deste exercícioa redução do seu capital social, na Euronext esta operação ainda não foiconcretizada, pelo que o número de acções bem como os valores referidosneste capítulo não contemplam a citada operação.

As cotações da acção EFACEC tiveram uma performance melhor que abolsa portuguesa atingindo no final do ano € 3.71, contra € 2.74 no iníciodo ano, o que representa uma valorização de 35%. A sua cotaçãomáximano período foi de € 3.92 e a mínima de € 2.5. O volume de transacçõesneste exercício foi de cerca de 2.7 milhões de acções.

À data de 31 de Dezembro de 2003 a empresa mantinha em carteira300.000 acções próprias adquiridas durante o ano de 2000.

O comportamento das acções do Grupo EFACEC foi melhor que o do PSI-20 e acompanhou a tendência dos seus melhores concorrentes,relativamente aos quais tem demonstrado favorável rentabilidadeoperacional.

Obrigações: 15,0 M€,

empréstimo emitido em 1999

Empréstimos a M/L prazo: 14,0 M€

sendo 2 empréstimos emitidos no final de 2003

Papel comercial: 20,3 M€

Empréstimos bancários: 13,4 M€

Subsídios reembolsáveis: 0,6 M€

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Relatório do Conselho de Administração10

Obrigações EFACEC

Em Novembro de 1999, a Empresa emitiu um empréstimo obrigacionistano montante nominal de 15 milhões de euros, com um prazo máximo de 5anos e com uma opção de reembolso antecipado (call option) no final do3º ano. Estas obrigações foram emitidas à taxa de juro variável indexadaà Euribor 6m acrescida de 1%, com pagamento de juros semestral epostecipado. Este empréstimo encontra-se cotado no mercado oficial daEuronext Lisboa.

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11Relatório do Conselho de Administração

ACTIVIDADE DO GRUPO

Dadas as competências multidisciplinares que o Grupo EFACEC possui e que representam um forte factor diferenciador e de competitividade,a EFACEC foi uma vez mais escolhida, em 2003, como parceiro preferencial em obras emblemáticas e de referência nacional e internacional,como as seguintes:

MERCADO NACIONAL: Algumas Encomendas e Realizações

ESTÁDIO DO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL (Alvalade XXI): A EFACEC, a única empresa nacional com todas as competênciaspara construir as instalações electromecânicas de um moderno estádio de futebol, concorreu sem necessidade de consórcio aoEstádio Alvalade Sec. XXI e ganhou a encomenda. Uma obra que prestigia a engenharia nacional e a EFACEC. A EFACEC honrou todosos compromissos então assumidos com o Sporting, garantindo o cumprimento dos prazos e custos acordados, bem como elevadaqualidade nas suas prestações.

METRO DO PORTO: Num dos maiores projectos electromecânicos portugueses, a EFACEC participou na esmagadora maioria dasinstalações electromecânicas do Metro do Porto, cumpriu prazos e assegurou uma qualidade e fiabilidade que são parte integrantedos compromissos da empresa com os clientes e consigo própria.

BARRAGEM DE ALQUEVA: Com grandes referências na área de energia e hidráulica, a EFACEC também esteve presente numa dasmaiores obras de engenharia em Portugal.

METROPOLITANO DE LISBOA: Na sequência de um relacionamento construído desde a nascença do Metropolitano de Lisboa edurante o qual a EFACEC tem sabido merecer a prestigiante confiança deste exigente cliente, foram recebidas e realizadas em 2003várias obras.

BRISA: Fornecimento do maior Sistema de Telemática Rodoviária (STR) a instalar na sua rede de auto-estradas.

REFER: Colocação em serviço de vários sistemas no âmbito dos Sistemas Integrados de Telecomunicações.

REN - Rede Eléctrica Nacional: Encomenda de vários Transformadores de 400 KV, 220 e 150 kV e 2 ,Autotransformadores (450 MVA –400/220 e 150 kV). Foram ainda efectuadas encomendas significativas de Aparelhagem de Alta Tensão (Disjuntores e Seccionadores) dediversos níveis de tensão, até 400 kV, bem como a revisão e reparação ou beneficiação geral de três Transformadores.

EDP DISTRIBUIÇÃO: Ampliação da Rede de Telecomunicações Operacional, na zona centro do país.

MERCADO INTERNACIONAL: Algumas Encomendas e RealizaçõesMETRO LIGEIRO DE SUPERFÍCIE DE MESSINA: O Metro Ligeiro de Messina em Itália, em que a EFACEC foi o membro do consórcio construtorresponsável por todas as instalações electromecânicas, foi colocado em serviço, com a satisfação do cliente e o reconhecimento público Italiano comelogios nos media à EFACEC.

NPC-NEVADA POWER COMPANY (USA-Las Vegas): Fornecimento de diversos Transformadores de Potência.

PG&E (USA): Encomenda vários Auto-transformadores de 200 MVA (2 x 200MVA - 230/60kV + 1 x 200MVA - 230/70kV + 1 x 200MVA - 115/60kV). Estaencomenda surge na sequência das excelentes relações existentes com a PG&E. A EFACEC é um dos 3 únicos fabricantes de transformadores aceitespor esta reputada utility.

ALSTOM POWER (França): Fornecimento de Transformadores de Potência com destino à ampliação da Central de Ciclo Combinado MOIN IV na CostaRica, sendo “main contractor” o japonês MARUBENI.

CENTRAL TÉRMICA VASILIKOS (Chipre): Fornecimento dos Transformadores de Geração.

CERN - CENTRE EUROPÉEN DE RECHERCHE NUCLÉAIRE (Suíça): Contracto de fornecimento para 339 fontes de alimentação de quatro quadrantese respectivos racks (caixas normalizadas para equipamentos electrónicos). A EFACEC assegurará ainda todo o fornecimento e teste das cartaselectrónicas. Este contracto, que bateu técnica e comercialmente empresas oriundas do centro e norte da Europa, fornecedores tradicionais do CERN,reveste-se de especial importância, pois trata-se de uma nova área de negócio, para um cliente muito exigente e que permite boas referências parafuturos negócios neste segmento de mercado.

BANDEIRANTES (Brasil): Intenção de encomenda de 12 Sistemas de Controlo e Protecção do Sistema SCADA do Centro de Despacho incluindo acolocação em serviço.

SONELGAZ (Argélia): Contrato formalizado com um “Contractor” Argelino – Kahrakib, para o fornecimento de 3 Transformadores de 120 MVA, 220/60/10.5kV, destinados a uma Subestação e conclusão do fornecimento e colocação em serviço do Sistema de Telecomando da rede de energia da região de Argelna Argélia que serve 3,5 milhões de consumidores, e cujo início de fornecimento remonta a 2000. Este sistema, que resistiu ao recente terramoto, permitiuao cliente garantir uma rápida reposição do serviço após a catástrofe.

FORÇA AÉREA SINGAPURA: 4 Armazéns Automáticos.

RECALL: Contrato com esta multinacional especializada em arquivos, para o fornecimento de um Armazém na Noruega, que inclui o fornecimento de 2transelevadores “order-pickers”, de nova concepção, e um conjunto de periféricos de entrada / saída de armazém.

SCP-SVEROSLOVENSKÉ CELULÓZKI A PAPIERNE A.S.: A colocação em serviço do novo Armazém Automático de produto acabado da maior empresapapeleira na Eslováquia, participada em 50% pelo Grupo papeleiro austríaco Neusiedler. Trata-se da primeira obra de envergadura da EFACEC Automaçãoe Robótica SA, nos mercados do leste europeu.

Perfil das VendasA repartição total das vendas do Grupo, é a seguinte:

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Relatório do Conselho de Administração12

Área de Negócio ENGENHARIA, AMBIENTE E SERVIÇOS (EAS)

Apresentam-se a seguir alguns indicadores económicos no exercício de2003, relativos ao conjunto destas empresas e sua comparação com oexercício anterior, através das quais é possível constatar a evoluçãopositiva acentuada:

Milhares de Euros

2002 2003

Encomendas 76.902 97.464

Volume de Negócios 98.329 119.921

EBITD 2.911 3.812

Resultados antes impostos 2.027 3.033

Resultados líquidos 1.411 2.590

O volume de encomendas angariadas no corrente exercício cresceu 27%,passando de cerca de 77 para 97 milhões de euros.

O volume de negócios também apresenta um aumento de 22%, quandocomparado com igual período do ano anterior.A actual carteira de encomendas, no montante de cerca de 93 milhões deeuros, corresponde a cerca de um ano de actividade o que permiteencarar o ano de 2004 com grande optimismoOs resultados líquidos tiveram um crescimento de 84%, passando de1 411 para 2 590 milhares de euros.

MERCADO NACIONAL: Algumas Encomendas e RealizaçõesESTÁDIO DO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL (Alvalade XXI): AEFACEC e o Sporting assinaram, em 1 de Julho de 2002, o contrato basepara a construção das Instalações Eléctricas, Ventilação, Ar Condicionado,Rede de Águas, Rede de Drenagem, Rede do Serviço de Incêndios, Redede Gás, Gestão Técnica Centralizada e Manutenção das Instalações donovo Estádio, contribuindo decisivamente para o sucesso do SCP naconstrução do Alvalade XXI. A EFACEC honrou todos os compromissosentão assumidos com o Sporting, garantindo o cumprimento dos prazos ecustos acordados, bem como elevada qualidade nas suas prestações.A estas encomendas somaram-se novas encomendas efectuadas emSetembro de 2003 e que respeitaram à realização das InstalaçõesComplementares Eléctricas e Electromecânicas dos Restaurantes, BaresSalas de Sócios, Sala UEFA e BINGO do SCP, bem como à encomendaefectuada pela MEDEIA FILMES - CINEMAS MILLENIUM para a empreitadadas Instalações Electromecânicas das 16 Salas de Cinema e do MOVIELOUNGE do novo complexo social e desportivo do Estádio.METRO DO PORTO: Este projecto de elevada importância etransversalidade para a EFACEC tem envolvido várias empresas doGrupo. A EFACEC Engenharia com a colaboração da EFACEC Energia, éresponsável pelo projecto, fornecimento, montagem, ensaios e entradaem serviço de 33 Subestações de Tracção, 270 Km de Rede de MédiaTensão, Iluminação e Força Motriz de 58 Estações de Superfície e de 12Estações Subterrâneas, assim como pela montagem da rede aérea daCatenária para a tensão contínua de electrificação a 750 V dc. das novasvias ferroviárias, numa extensão de 118 Km. A EFACEC Ambiente, éresponsável pelo projecto, fornecimento e entrada em serviço dasinstalações de AVAC, de Ventilação e Desenfumagem de Estações eTúneis, de Redes de Incêndio e Bombagem e de Águas de Drenagem.

BARRAGEM DO ALQUEVA: Projecto e Estudos de Engenharia,Fornecimento e Montagem de Equipamentos e Comissionamento. A Cen-tral de Alqueva está equipada com 2 Grupos Reversíveis, de PotênciaUnitária 147 MVA interligada à Rede Eléctrica Nacional através dumaSubestação de Energia Eléctrica (2 x 150 MW, 15 / 400 KV) e saída delinha a 400 kV.

REN - Rede Eléctrica Nacional: Remodelação das Subestações deTunes (150/60 KV) e Palmela (400/150 KV).Central de Venda Nova II: Arrancaram e avançaram a bom ritmo ostrabalhos da Instalação Complementar de Produção da Central.Contratos de Manutenção: para além da renovação da maioria dosdiversos contratos em curso, verificou-se a adjudicação de outros, dosquais destacamos:

TAP ( Siemens & EFACEC, ACE) – Manutenção das Infra-estruturasno aeroporto de LisboaOGMA (ASMI, ACE) – Manutenção de Infra-estruturasREN Subestações de Vermoin, Ermesinde, Sacavém, Alto MiraManutenção do Estádio do SCP ( SPORTCER, ACE)CPPE Sines ( Consórcio O&M / MCT) – Manutenção do parque decarvãoHospital de Guimarães - EsterilizaçãoAir Luxor – Sistemas electromecânicosPT Comunicações – Manutenção de 170 PT’sHidroeléctrica do Zêzere – S/E e automatismo da centralCentral de Sines: Renovação do sistema de controlo das caldeiras.

Realização de diversas obras relevantes na área do Ambiente: ETARde Sobreiras e ETAR de Gaia Litoral (conclusão dos trabalhos de instalaçãoelectro-mecânica), Lactogal (sistema de tratamento de ar da nova fábricade leite), Unidades de Despoeiramento (encomendas para a Cimpor Alhandra,Cimpor Souselas CMP Maceira - Grupo Secil, entre outras).

ÁREAS DE NEGÓCIO

A EFACEC está estruturada em Áreas de Negócio, agrupadas por pólosde actividade. Apresentando-se, em seguida, uma análise resumida dasua actividade e e indicadores, não tomando em consideração osajustamentos entre elas, previstos nas demonstrações financeirasconsolidadas.

METROPOLITANO DE LISBOA: Execução dos acabamentos de baixatensão e AVAC (Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado) das Estaçõesda Quinta das Mouras (linha amarela) e do edifício terminal fluvial nointerface do Cais do Sodré (linha verde); Extensão da linha amarela –Campo Grande/Odivelas – incluindo o fornecimento e a instalação desubestações de tracção, redes de média tensão e de tracção eléctrica,bem como sistemas complementares de segurança nos troços CampoGrande – Odivelas e fornecimento e montagem das Instalações Eléctricase de Telecomunicações dos 49º ao 54º troços (Campo Grande/Odivelas).

MERCADO INTERNACIONAL: Algumas Encomendas eRealizações

METRO LIGEIRO DE SUPERFÍCIE DE MESSINA: Conclusão doFornecimento da Electrificação completa de toda a rede aérea em viadupla; Subestações de Tracção de 20 kV ca/750 V cc; Semaforização doscruzamentos rodoviários e ferroviários; Rede de B.T. (iluminação, painéisde mensagem variáveis, quadros gerais e outros ) em todas as paragense praças públicas integradas no traçado da Transvia Urbana de Messina;Iluminação Normal e de Emergência; Força Motriz; Quadros de MT; CircuitoCCTV (Circuito Controlo TV); Rede de Telecomunicações; Sistema deRádio Comando dos aparelhos de agulhas.

STEG (Tunísia): Foi concluída em 2003 a Subestação de Zarzis-El-Bibane.

ONE (Marrocos): Foi concluída a Central Mini Hidríca de AIT Messaoud.

CIMENTS JBEL OUST E AOZ ASMENT OULED ZIDANE: Unidades dedespoeiramento de ar na Tunísia e em Marrocos respectivamente.

Área de Negócio ENERGIA (EEN)

Destacam-se em seguida alguns indicadores económicos que caracterizama actividade desenvolvida pelo conjunto das três empresas deste pólo noexercício de 2003, comparativamente com o ano anterior:

Milhares de Euros

2002 2003

Encomendas 94.009 93.600

Volume de Negócios 88.804 100.058

EBITD 7.408 9.866

Resultados antes impostos 61 474

Resultados líquidos -898 1.039Pela análise destes indicadores é possível verificar que esta Área deNegócios sofreu uma evolução económico-financeira francamentepositiva, tendo o Volume de Negócios e o EBIT aumentado 13% e 33%,respectivamente, em comparação com igual período do exercício ante-rior. Apesar do efeito negativo que a desvalorização do USD e ainstabilidade político-económica internacional teve nesta área de grandeexportação, os Resultados Líquidos passaram de cerca de 1 M€ negativospara +1 M€ positivosPara esta notável recuperação muito contribuíram as medidas dereestruturação desenvolvidas, sendo de destacar as seguintes:- Focalização em mercados tecnicamente mais exigentes, mas commelhores margens- Reestruturação dos negócios e da organização interna do Grupo

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13Relatório do Conselho de Administração

- Inovação e desenvolvimento de novos produtos e tecnologias- Dinamização das equipas de trabalho e rejuvenescimento do quadro depessoal- Forte redução dos custos de estrutura e grande rigor na gestão financeiraO mercado de exportação representa actualmente para esta Área deNegócios 49% do total das suas vendas, para o que contribui a importanterede de agentes, delegações e filiais existentes no estrangeiro.

A Área de Negócios de ENERGIA mantém uma presença efectiva, entreoutros, nos seguintes mercados: França, República Checa, Tunísia,Argélia, Zimbabwe, Republica Popular da China, Vietnam, Argentina,Colômbia, Chile, E.U.A., Costa Rica, Marrocos, Angola e Moçambique.

MERCADO NACIONAL: Algumas Encomendas e Realizações

REN-REDE ELÉCTRICA NACIONAL: Encomenda de vár iostransformadores de 400 kV, 220 kV e 150 kV. Foram ainda efectuadasencomendas significativas de Aparelhagem de Alta Tensão, Disjuntoresde 60 kV e 160 Seccionadores de diversos níveis de tensão, até 400 kV.

EDP DISTRIBUIÇÃO: Encomenda e fornecimento de Transformadoresde Potência dest inados a Subestações das t rês Direcções deInfraestruturas da EDP Distr ibuição e de mais de um milhar deTransformadores de Distribuição. Foi também efectuado o fornecimentode Disjuntores e Seccionadores destinados a Subestações a construir eampliações de outras existentes. Foram ainda encomendados Quadrosextraíveis dos tipos Normacel e Qbn7, Celas modulares Normafix ecompactas em SF6 Fluofix GC.

EDA - ELECTRICIDADE DOS AÇORES: Contrato para o fornecimento deTransformadores de Potência e de Distribuição, para reforço das redes dedistribuição de energia eléctrica, a partir dos 60 kV e 30 kV.

METRO DO PORTO: Conclusão do fornecimento de Equipamento deDistribuição;

SIEMENS - Fornecimento e instalação de Transformador de Potência (438MVA – 22/410 kV) destinado ao Grupo 2 da Termoeléctrica do Ribatejo(TER), no Carregado.

TEJO Energia: Fornecimento e montagem de Transformador de Potência.

BARRAGEM DO ALQUEVA: Conclusão do fornecimento, com a montagemno local, de Transformadores de Potência (150 MVA – 400/15 kV) para osGrupos geradores da Central do Alqueva.

MERCADO INTERNACIONAL: Algumas Encomendas eRealizações

PG&E (USA): Encomenda de vários Auto-transformadores de 200 MVA.Esta encomenda surge na sequência das excelentes relações existentescom a PG&E. A EFACEC tem sido um dos poucos fabricantes detransformadores seleccionados por esta Utility. Paralelamente foi aindaentregue um Transformador Móvel, que é a maior unidade sob o ponto devista de características eléctricas que a EFACEC já realizou, com tensãoprimária 230 kV e a potência nominal de 45 MV.

NPC – Nevada Power Company (USA): Encomenda de Transformadoresde 33 MVA, no seguimento do Contrato Programa estabelecido no ano2000. Esta nova encomenda veio confirmar a confiança da Nevada Powerna qualidade EFACEC.

ICE (Costa Rica): Encomenda de vários Transformadores de 45 MVA ( 2x 45MVA. O ICE, elegeu mais uma vez a EFACEC como fabricante paraos Transformadores de Potência, tendo para isso contribuído fortementea reputação e presença na Costa Rica, onde temos já instalados umnúmero considerável de transformadores, com uma performance de altonível. O ICE encomendou ainda Quadros extraíveis de Média tensão.

BLP (Barbados): Encomenda de vários Transformadores.

UNION FENOSA (Espanha): Encomenda de Transformador de 75 MVApara a Subestação de Santiago Milladoiro e para a SOLUZIONA (UnionFenosa) de Transformador 50 MVA (Parque eólico de CORZÁN), bemcomo de cerca de uma centena de Transformadores de Distribuição,destinados a Parques Eólicos na Galiza.

FLORIDA POWER & LIGHT (Juno Beach): Encomenda de uma SubestaçãoMóvel de 40MVA. Esta encomenda reveste-se de importância acrescidavisto ser a primeira unidade vendida a esta utility, uma das maiores dacosta Este dos EUA. A competitividade, referências e qualidade EFACECditou o sucesso face à concorrência.

GEORGIA POWER (Atlanta): Encomenda de 3 subestações Móveis. Umavez mais as soluções técnicas apresentadas, as referências e acompetitividade asseguraram o sucesso da proposta EFACEC.

ALSTOM/ICE (França/Costa Rica): Fornecimento e colocação em serviçode Transformadores de 110 MVA destinados à ampliação da Central deCiclo Combinado MOIN IV na Costa Rica.

Área de Negócio TELECOMUNICAÇÕES, LOGÍSTICA E ELECTRÓNICA (TLE)

Destacam-se em seguida alguns Indicadores Económicos que caracterizama actividade desenvolvida no exercício de 2003, comparativamente como ano anterior.

É visível a evolução positiva da Área de Negócios com realce para asencomendas recebidas que tiveram um acréscimo de 57% e para os resultadosobtidos que apesar de uma redução conjuntural nas Vendas, tiveram umcrescimento de cerca de 25%.

A carteira de encomendas em 31.12.03 era de cerca de 115 milhões deeuros, superior, portanto, a um ano de actividade.

Milhares de Euros

2002 2003

Encomendas 66.602 104.791

Volume de Negócios 92.665 83.691

EBITD 8.603 8.019

Resultados antes impostos 4.311 5.503

Resultados líquidos 3.947 4.924

SONELGAZ (Argélia): Contrato, através de um “Contractor” Argelino –Kahrakib, para o fornecimento de Transformadores de 120 MVA e assinaturade contrato para fornecimento de celas Normafix 24 e 36.

ENE (Angola): Fornecimento e colocação em serviço de Transformadoresde Potência para Subestações e encomendas diversas de aparelhagemde corte e de seccionamento de Alta Tensão para o reforço ou reabilitaçãoda rede eléctrica, bem como Quadros extraível Qbn7 para a Subestaçãode Cazenga.

PREPA (Porto Rico): Encomenda de Quadros extraíveis de duplobarramento.

METRO DE BARCELONA: Encomenda de Quadros Modulares Normafix36;

SAINT GOBAIN (França): Encomenda de Quadro extraível Normacel.

STEG (Tunísia): Encomenda de Interruptores IATS automatizados.

PPC (Grécia): Assinatura de contrato para fornecimento de equipamentos,Normafix24 e Fluofix GC, para a rede de Distribuição.

MERCADO NACIONAL: Algumas Encomendas e Realizações

REN - Rede Eléctrica Nacional: Encomenda do Sistema de Comando eControlo da S/E de Palmela, uma das maiores da rede Nacional.

CP: Fornecimento de para a 2ª fase do projecto Train-Office.

METRO DO PORTO: Continuação dos fornecimentos que incluem ossistemas de Transmissão, Telefonia; Informação ao Público (visual esonora) e Bilhética.

GOP - GESTÃO DE OBRAS PÚBLICAS NACÃMARA MUNICIPAL DO PORTO:Fornecimento e Instalação das infraestruturas e equipamentoselectromecânicos necessários à exploração dos Túneis das Antas e quecompreenderam diversas especialidades como: Ventilação e Combate aIncêndios; Supervisão, Detecção de Incêndios e Painéis de Informação;Radiocomunicações e postos SOS. A empreitada envolve ainda o projectoe fornecimento de toda a sinalização semafórica dos novos cruzamentosexteriores e a sua integração nos sistemas SIGA e GERTRUDE, bemcomo os sistemas de informação ao utente das condições de tráfego porpainéis sinalizadores de mensagem variável dispostos nos acessos e aolongo das galerias dos túneis.

Brisa: Encomendado maior Sistema de Telemática Rodoviária (STR) ainstalar na rede de auto-estradas, incluindo a instalação de EstruturasEléctricas e Mecânicas para Sinalização e Telecomunicações, Transmissãoe Vídeovigilância, 144 painéis de Mensagem Variável e 450 UPS’s ePainéis Solares para o (STR). Esta última componente do fornecimentorepresenta a entrada no mercado de soluções solares fotovoltaicas,inserida numa forte aposta no mercado das energias renováveis.

REFER: Fornecimento de diversos Sistemas de Alimentação DC e ACpara alimentação dos equipamentos de telecomunicações e sinalizaçãono âmbito do projecto da Linha do Algarve, nomeadamente para os troçosTunes-Lagos e Funcheira-Faro e fornecimento e implementação do Sistemade Transmissão a 2 Mbit/s baseado em MUX2000 para as linhas deGuimarães do Minho.

LABORATÓRIOS BIAL (Trofa): Encomenda de Armazém Automático auto-portante com 22 metros de altura e capacidade para 3300 euro-paletes.

Continental Mabor (Lousado): Entrada em funcionamento do ArmazémAutomático com capacidade para 1120 paletes que alimenta a linha deprodução de pneus.

AEROPORTO INTERNACIONAL DE FARO: Entrada em funcionamentodas alterações realizadas no novo Terminal de Bagagens de Chegadas.

AEROPORTO INTERNACIONAL SÁ CARNEIRO: Entrega da totalidadedos equipamentos de transporte de bagagens para o novo Terminal doAeroporto.

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Relatório do Conselho de Administração14

MERCADO INTERNACIONAL: Algumas Encomendas e Realizações

CRUIKSHANKS (Escócia): Parceria com a empresa escocesa para ofornecimento de Sistemas de Controlo para S/E´s de Transporte no Bharain.

BANDEIRANTE (Brasil): Encomenda de mais de uma dezena de Sistemasde Comando, Controlo e Protecção para Subestações.

SONELGAZ (Argélia): Na sequência do fornecimento iniciado em 2000foi efectuada a recepção provisória de todo o Sistema de Telecomando darede de energia da região de Argel, na Argélia.STEG (Tunísia): Fornecimento de expansões de valor significativo aosSistemas de Scada/DMS.

CERN - Centre Européen de Recherche Nucléaire (Suíça): Contractode fornecimento de 339 fontes de alimentação de quatro quadrantes erespectivos racks, e de 1000 fontes de alimentação para o sistema deprotecção do acelerador principal do CERN – Large Hadron Collider –LHC.

ALSTOM: Continuação do contrato de fornecimento de Conversores deTracção para locomotivas diesel-eléctricas destinadas ao Irão e ao metroligeiro de Sidney.

ESA-EUROPEAN SPACE AGENCY: Contrato para o fornecimento de umsistema de medição de temperatura - EuTemp - que vai integrado numapalete de experiências da estação orbital Columbus, encomenda esta quemarca a entrada da empresa e do Grupo na área aeroespacial. Um outrocontrato foi efectuado para o desenvolvimento e fabrico de um sistemade certificação de componentes para utilização aeroespacial - ComponentTecnology Test Bed – CTTB.

FORÇA AÉREA DE SINGAPURA: Encomenda de 4 Armazéns Automáticos.

RECALL: Contrato com a multinacional especializada em arquivos, parao fornecimento de um armazém na Noruega.

SCP-Sveroslovenské Celulózki a Papierne a.s.: A colocação em serviçodo novo armazém automático de produto acabado da maior empresapapeleira na Eslováquia.

PROTON (Malásia): Entrada em funcionamento do Armazém Automáticopara a nova linha de montagem de automóveis.

AEROPORTO INTERNACIONAL DE BRASÍLIA: Entrada em serviço do SistemaAutomático de Transporte de Bagagens para o novo terminal do Aeroporto.

Como acontecimentos relevantes do exercício são ainda de realçar atomada de posição maioritária no Capital da Bauen-EFACEC (Argentina),agora integrada na estratégia do nosso negócio de Média Tensão. Também,a recuperação das expectativas na fábrica de transformadores da China,a LEEEC, com a substituição do anterior parceiro chinês por parceirosprivados e profissionais do sector, com quem renegociamos novos acordosmuito promissores, em paralelo com o redimensionamento da estrutura daEFACEC no Brasil, incluindo a nomeação de um novo responsável local.

Rede Internacional

São ainda objectivos chave desta operação, acrescentar valor nosmercados de destino, através da eventual criação de bases locais próprias,industriais e de engenharia, e da constituição das referidas parceriascomerciais e/ou tecnológicas com entidades locais, permitindo umaabordagem ao cliente mais integrada. O desenvolvimento de soluçõespara cada cliente, através de sistemas globais e integrando produtos ediferenciadores, sendo flexível e rápido, é claramente a nossa vocação eo caminho do sucesso.

EFACEC InternacionalA internacionalização do Grupo EFACEC assume, neste momento, umadas principais prioridades estratégicas para o seu desenvolvimento ecrescimento futuros, dado que a internacionalização dos negóciosrepresenta a melhor alternativa a prazo para a expansão da EFACEC.Assim, continuando a aproveitar as oportunidades conjunturais do mercadointerno, chegou a altura de voltar a estruturar o desenvolvimento daEFACEC no futuro, através da sua expansão internacional sustentada.

Em 2003 foi cr iada a EFACEC Internacional , como suporte aodesenvolvimento sustentado dos mercados e focagem em segmentosalvo no Magrebe, no Brasil, nos Palop’s e nas Américas, bem como àexploração e avaliação de novas oportunidades no mercado Espanhol eno Leste Europeu.

A vasta operação lançada visa um significativo apoio aos negócios doGrupo na área internacional, dando continuidade à referida preocupaçãoda escolha criteriosa das geografias da expansão, da constituição dealianças estratégicas e tácticas com parceiros internacionais e da partilhade recursos com outras entidades, preferencialmente ibéricas.

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15Relatório do Conselho de Administração

Serviços Partilhados

Em 2003 foi lançado o projecto de criação de uma Unidade de ServiçosPartilhados, que passará a agrupar a maioria das funções corporativas deapoio e que prestará serviços às empresas do Grupo numa óptica Cliente-Fornecedor, tendo como principais objectivos um elevado padrão de eficáciados serviços de apoio às Vendas e à Produção, uma maior focagem dasÁreas Operacionais nos seus negócios e a redução dos custos defuncionamento.Com a criação desta Unidade visa-se igualmente a melhoria da qualidade deinformação para gestão, consequente da melhor exploração do ERP agorainstalado, nomeadamente a nível de custeio, margens, “pricing”, nível deutilização dos recursos escassos, etc. com consequentes economias/sinergias.A Unidade de Serviços Partilhados agrupa várias Áreas Corporativas, comoa seguir se descreve:

Áreas Corporativas

Perfil Humano do Grupo

A EFACEC conta com uma equipa experiente e com elevadosníveis de qualificação, conforme ilustram os indicadores abaixo:

Níveis de escolaridade 2003

Ensino Básico (1º e 2º ciclo)..........................................25%

Ensino Secundário e 3º ciclo..........................................40%

Formação superior (licenciados, mestres e doutores)......35%

O número de efectivos reduziu ligeiramente face a 2002.

2001 2002 2003

N.º de Efectivos ............................1 857 1 865 1 839

Reconhecendo que o seu Capital Humano é o activo mais importante daorganização e que as pessoas são a principal vantagem competitiva nacriação de valor de forma sustentada, em 2003 o Grupo EFACEC apostou,mais do que nunca, no seu activo humano.

O ano 2003 foi assim considerado o “ano dos colaboradores EFACEC”,tendo sido lançado o projecto “EFACEC como Empregador de Referência”visando a melhoria contínua dos diferentes processos de Gestão dosRecursos Humanos na EFACEC, conduzindo a elevados níveis deconfiança entre a gestão e os colaboradores, à equidade na compensaçãoe nos benefícios, ao desenvolvimento contínuo de oportunidades deaprendizagem e ao gosto pelo trabalho.

Este período caracterizou-se, ainda, por uma aposta continuada naFormação e Desenvolvimento dos colaboradores do Grupo, tendo sidodada particular ênfase às áreas de formação Técnica, Marketing e Vendas,Gestão e Finanças, Línguas, Comportamento Humano e Informática,dirigidas a 850 participantes, num total de 29.750 horas.

Para além destas, foram igualmente planeadas e realizadas acçõessobretudo “on job “ nas áreas Técnica, da Qualidade, Higiene, Ambiente eSegurança.

O desenvolvimento profissional e pessoal de competências transversaisdos nossos Quadros assume particular importância, pelo que se continuoua aposta no desenvolvimento de alto nível, nomeadamente em Gestão(pós graduações, MBA e Mestrados) e Marketing.

A nossa responsabilidade social leva-nos a privilegiar fortemente osprogramas de inserção na vida activa que permitam criar emprego para osjovens recém formados pelas Universidades e Escolas Técnicas. Nessesentido, em 2003, os programas de formação inicial de jovens, sobretudo nocampo da Electrónica, da Electricidade e da Electromecânica, bem como osEstágios Profissionais até ao nível de Licenciados, continuaram de igualmodo a ser uma aposta, constituindo-se como uma das principais fontes derecrutamento e selecção de colaboradores qualificados.

Marketing

Sendo a liderança do MARKETING uma das prioridades do Grupo EFACEC,( pag 15) foi criada uma comissão transversal para a “Desenvolvimento daCultura e Metodologia de Marketing” (Pag. 50) que desenvolveu um programainterno com o envolvimento de mais de 100 colaboradores ( Gestores,Comerciais e Operacionais) dos três polos geográficos e com especialincidência nas áreas da actividade de Transportes, Ambiente e Energia.

Este programa continuará em actividade abrangendo a área de actividadedos Serviços, o posicionamento comercial do Grupo em diversas áreasgeográficas seleccionadas como mercados e/ou importantes clientes.

Entre os objectivos deste programa encontram-se a potencialização dassinergias da EFACEC, aumentando a capacidade de integração dasmultidisciplinares competências detidas, em resposta às necessidadesdos seus clientes e às actuais tendências e exigências dos mercados.Sistemas de Informação

Este serviço, que presta a poio a todas as Unidades do Grupo EFACECna área Informática, desempenhou um importante papel na consolidaçãoda utilização do BAAN. A continuação da implementação e adaptaçãodesta poderosa ferramenta de gestão à grande diversidade de actividadesda empresa, const i tuiu uma tarefa de grande dimensão que sedesenvolveu durante todo o ano de 2003.

Uma vez atingido o nível de operacionalidade adequado do BAAN, aEFACEC disporá de elementos de gestão totalmente integrados, obtidos“on line” e que, para além das óbvias vantagens operacionais, deverápermitir consideráveis reduções de custo e suportar de forma essencial aintegração dos Serviços de Contabilidade e Tesouraria nos ServiçosPartilhados do Grupo EFACEC.

Dada a diversidade geográfica das instalações da empresa, com os seuspólos principais localizados em Carnaxide, Arroteia e Maia, mas com estaleirosdispersos pelo território nacional e por vários países estrangeiros, a rede decomunicações para suportar a actividade, tem sofrido constantesactualizações e “up grades”, à medida que as exigências de tráfego e velocidadeaumentam.

É uma tarefa que se prevê não terminar no futuro próximo com acompeti t iv idade da empresa a depender muito da velocidade econfidencialidade com que a informação é processada.

As competências que o Grupo detêm nas áreas tecnológicas envolvidas(Comunicações, Segurança, Sistemas de Electrónica) têm sido essenciaisnão só para a eficácia das soluções adoptadas mas também para a reduçãodo respectivo custo.

A Segurança informática é umas das actividades deste serviço comgrande relevância na operacionalidade da empresa, perante os crescentesataques de vírus. Outras actividades, como a actualização do software,a manutenção de um parque que ultrapassa os 1000 computadores, amanutenção de centrais telefónicas, o desenvolvimento de programasespecíficos de apoio à produção e/ou à gestão, são exemplos dos serviçosprestados por esta, cada vez mais, importante serviço da EFACEC.

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Relatório do Conselho de Administração16

InovaçãoInvestigação e Desenvolvimento

A EFACEC continuou em 2003 a sua prática permanente de Investigaçãoe Desenvolvimento, numa procura de melhoria contínua das suasSoluções, Sistemas e Produtos.Como exemplo foi possível a obtenção de soluções mais compactas,fiáveis e económicas, para a fabricação de Transformadores imersos emlíquido isolante, que permitiram manter ou melhorar a competitividadeperante a crescente concorrência nos vários mercados, soluções essasjá em aplicação industrial.Prosseguiu-se o desenvolvimento duma gama de Transformadores até15 MVA, para tensões até 72,5 kV, dotados de regulação em carga, quevisa incorporar na gama EFACEC soluções de concepção mais adaptadaa esta faixa de mercado.Na área de Média Tensão foram feitos os seguintes desenvolvimentosainda não industrializados: Funções “double tier” e “contactor” para alargara oferta dos quadros Normacel; e Fluofix GC com função disjuntor.Na Área de Negócios TLE serão de destacar a conclusão dosdesenvolvimentos de uma nova URT de pequenas dimensões, aplicávelna rede de MT, assim como da implementação da interligação entre asUnidades Centrais e as Unidades de Aquisição via CEI 60870-5-104(ethernet).Está ainda em fase final o lançamento da nova gama de ProtecçõesX420.Na Gestão de Redes realce para os desenvolvimentos das novasfuncionalidades do GENEsys ED, merecendo também destaque especiala conclusão do desenvolvimento dos Indicadores de Destino em tecnologiaLED, já em comercialização.Projecto EFAinova

Para além do investimento contínuo em Investigação e Desenvolvimentonas áreas Tecnológicas, a EFACEC lançou em 2003 um Projecto Piloto deInovação, com a Missão de “Desenvolver na organização uma Cultura deInovação, tornando-a num Valor do Grupo EFACEC”.O Projecto Piloto decorreu entre Março e Julho de 2003, proporcionandouma tomada de consciência colectiva da importância que a Inovação temde modo global e, particularmente, na construção do futuro da EFACEC,através da actuação em 3 eixos fundamentais: Conteúdo, Aprendizageme Comportamento.

A Administração da EFACEC, elegeu como temas dois desafios:1) Melhoria do valor da oferta dos nossos produtos e serviços, através doreforço das sinergias do Grupo EFACEC no mercado da Energia;2) EFACEC, como empregador de referência.Foi então criada uma equipa para o desenvolvimento e implementação doprojecto de inovação "EFAinova".Com o objectivo de analisar o mundo dos negócios EFACEC com novasperspectivas e relançar uma nova paixão na forma de trabalhar, bemcomo traçar novos horizontes de oportunidades para o Grupo, foramrealizados uma série de Workshops e Laboratórios de Inovação, envolvendoaproximadamente 200 colaboradores, com diferentes experiências erepresentando as várias Áreas de Negócio.Foi desse modo criada uma base de conhecimento, através doenvolvimento activo da organização neste projecto que trouxe a Inovaçãopara a ordem do dia, sendo lançadas sementes para a criação de umaconsciência colect iva da necessidade de quest ionarmos,permanentemente, o “status quo”, pensarmos e agirmos contra a corrente,sermos revolucionários, em suma, sermos Inovadores.Independentemente da função ou tarefa que o colaborador desempenhe,ele tem conhecimentos que lhe permitem contribuir com ideias para Inovarcontinuamente. Envolver toda a organização para encontrar oportunidadesde crescimento que assegurem o futuro é, um objectivo da EFACEC.

Qualidade, Ambiente e Segurança (QAS)

Em 2003, a necessidade de efectuar a transição ISO9001:2000, levou àutilização de recursos significativos nas áreas de Qualidade. Oito empresastransitaram para a nova norma, duas delas foram certificadas pela primeiravez (EFACEC Serviços de Manutenção e Assistência, SA, e EFACECMotores Eléctricos, SA) e 6 empresas (3 da EEN e 3 do EAS) adoptaramum Sistema de Qualidade de Grupo.

A transição para a norma ISO9001:2000 exigiu a introdução de novaspráticas e alterações profundas nos Sistemas de Qualidade. Porém, asistemát ica t roca de informações e metodologias, contr ibuiusignificativamente para o sucesso atempado dos vários processos decertificação ocorridos ao longo do ano.

Entretanto, a participação da EFACEC no 28º Colóquio no ColóquioNacional da Qualidade (organizado pela APQ) e na Comissão Tecnico-Científica do colóquio de 2004, são dois exemplos que comprovam onosso progressivo envolvimento com as entidades que em Portugalpromovem a Qualidade.

Esta equipa tem como principais objectivos:- Prestar serviço a todas as empresas do grupo na área de Procurement,

potenciando o melhor “ Valor Aquisição “ quer nos genéricos quer nosespecíficos.

- Analisar melhores práticas de compras actualmente utilizadas eimplementá-las em todas as empresas do Grupo, garantindo eficácia eintegridade dos processos.

- Levantamento e consolidação dos mapas ABC compras por famílias efornecedores, ao nível do Grupo para avaliação e aproveitamento depotenciais Sinergias Compras.

Foram estabelecidas duas estratégias distintas na abordagem dascompras, subdividindo-as em duas áreas- Genéricos (produtos ou serviços de catálogo), utilizando a Mdados e a

sua plataforma tecnológica MGA.- Específicos (produtos ou serviços que exigem especificação, caderno

encargos ou desenho EFACEC), cr iando comités de comprasmultidisciplinares por AN , lideradas pelos focal-points e com coordenaçãoe consolidação das sinergias ao nível do Grupo. Foi também feita umaaposta no E-Procurement Global.

Esta aposta representa uma mudança cultural no Grupo. As Compras/Procurement passam a ter uma gestão profissional, com competênciasespecíficas, com imediatos reflexos no reforço da capacidade negocial.

ProcurementA EFACEC deu início em 2003, a um trabalho de implementação de umaestrutura transversal de Procurement, com um coordenador ao nível doGrupo, apoiado por focal-points em cada uma das Áreas de Negócio.

Factos Relevantes

Por escritura pública celebrada em 19 de Dezembro de 2003, foi reduzidoo capital social da EFACEC Capital SGPS, S.A, destinado à cobertura deperdas, pela modalidade de redução do valor nominal das acções comreagrupamento das mesmas através da substituição de cada acção detidapor t rês novas acções de valor nominal de um euro, sendoconsequentemente alterado o artigo 5º do contrato da sociedade, ficandoo novo capital social fixado no montante de EUR 41.641.416,00.

A nova estrutura de capitais fica assim mais adequada ao desempenhofuturo do Grupo e na comparação com os seus grandes concorrentesinternacionais.

Com efeito, esta operação, que em nada altera o Capital Próprio daSociedade, passa o rácio Capital Social/Volume de Negócios de 28% para17%, valor este que está ainda acima dos rácios normais do mercadopara empresas similares à EFACEC, que apresentam este rácio oscilando,aproximadamente, entre os 7 e os 15%.

Sendo o mercado internacional a área natural de expansão EFACEC, foidecidido em Dezembro de 2003 criar a EFACEC Internacional, comosuporte ao desenvolvimento sustentado nesse mercado e à focagem dainternacionalização em mercados alvo como os países Magrebe, Brasil eChile, Estados Unidos e alguns países da América Central e os Palop´s;foi iniciada a exploração de alguns mercados de Leste e do mercadoEspanhol.

Como acontecimentos relevantes serão ainda de realçar a obtenção porparte da EFACEC de posição maioritária no Capital da Bauen-EFACEC(Argentina).

Conforme recomendação da CMVM, informa-se que o grupo EFACEC deujá início aos trabalhos para a transição para as Normas Internacionais deRelato Financeiro a partir de Janeiro de 2005 na preparação dasDemonstrações Financeiras, tendo já programado acções de formaçãopara os primeiros meses de 2004. Alterações aos sistemas de informaçãodo grupo Efacec estão igualmente em estudo.

Tendo em conta as alterações significativas previstas para algumas normas,não é ainda possível descrever as principais diferenças e quantificar osefeitos da alteração do normativo contabilístico.

Ao nível do Conselho de Administração salientamos as seguintesalterações:

- Em virtude do pedido de demissão do Sr. Eng. João Jorge GonçalvesFugas, chamado a assumir outras responsabilidades no Grupo José deMello, foi cooptado o Sr. Dr. Pedro Ferreira Pinto.

Durante o ano de 2003, a EFACEC completou os diagnósticos de Segurançaefectuados aos três Pólos e melhorou os Sistemas de Ambiente eSegurança. No entanto, respondendo a objectivos crescentes , a EFACECtem aumentado progressivamente as actividades e os recursos humanosenvolvidos com o Ambiente, Higiene e Segurança. Os resultadoscomeçarão a ser visíveis a partir de 2004, quando ocorrerem as primeirascertificações integradas QAS em TLE.

De uma forma geral podemos dizer que as áreas QAS têm feito umprogresso significativo no sentido de adoptarem metodologias novas e dese aproximarem das restantes operações.

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17Relatório do Conselho de Administração

Capítulo 0. Declaração de Cumprimento

A Sociedade considera ter seguido fielmente os princípios inerentes àsRecomendações da CMVM, embora reconheça não ter ainda adoptado nasua plenitude a recomendação referente a uma eventual restrição doexercício activo do direito de voto em caso de haver “imposição de umaantecedência do depósito ou bloqueio das acções para a participação emassembleia geral superior a 5 dias úteis”, dado considerar que necessitade um maior prazo (dez dias) para as respectivas comunicações de bloqueiodas acções emitidas pelas entidades de depósito serem receptícias pelaSociedade. Acresce que, no historial da Sociedade, não há registo dealgum accionista não ter podido participar na Assembleia Geral porincumprimento desse prazo de dez dias. A sociedade também não adoptoua recomendação nº 8 relativa à remuneração individual dos membros doConselho de Administração.

Capítulo I. Divulgação de Informação

1. Organigramas ou mapas funcionais relat ivos à repart ição decompetências entre os vários órgãos e departamentos da sociedade noquadro do processo de decisão empresarial.

O Grupo evidencia uma organização centrada em áreas de negócio,complementares, mas com acompanhamentos específicos de gestão.

Todas as empresas reportam funcional e hierarquicamente à sua área denegócio e ao administrador designado para o efeito.

A orientação global estratégica, coordenação e comunicação é asseguradapela estrutura central residente na holding do Grupo, cujos serviços comunsestão organizados numa base funcional.As quatro áreas de negócio em que o Grupo se divide são:

EAS - Engenharia, Ambiente e ServiçosEEN - Energia (Indústria)TLE - Telecomunicações, Logística e Electrónica.INT - Área Internacional

A organização de cada uma destas áreas de negócio, como acima semencionam, é, no entender do Conselho de Administração, a que melhorresponde ao modelo considerado em cada caso, em conformidade comas características e condições específicas de exercício da actividade,procurando manter um equilíbrio de exigências e prioridades comuns, demodo a obterem-se as sinergias necessárias à angariação de maior valoracrescentado na gestão de cada um dos negócios. Cada uma destasáreas tem autonomia de gestão, planeamentoe controlo dos negócios e éresponsabilizada por toda a condução do seu orçamento anual realizado eactualizado ao longo do ano.

Todas as decisões estratégicas com maior relevo para a área específicae/ou com consequências para o Grupo, como um todo, são levadas àholding do Grupo para discussão alargada e deliberação ou ratificação.

2. Lista das comissões específicas criadas na sociedade.

Em 2003 foram criadas Comissões transversais, na dependencia daAdministração, para a implementação dos seguintes projectos:

- Desenvolvimento da cultura e metodologia de Marketing;

- Projecto “EFACEC como Empregador de Referência”;

- Projecto de Inovação - “EFAinova”;

- Sistema de Qualidade do Grupo;

- Unidade de Serviços Partilhados;

- Unificação dos Sistemas de Aprovisionamentos.

4. Evolução da cotação das acções do emitente tendo em conta osfactos relevantes para o efeito.

Ver Capítulo 5 ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA - A EFACEC e oMercado de Capitais

5. Política de distribuição de dividendos adoptada pela sociedade.

O Conselho de Administração da EFACEC Capital, S.G.P.S., S.A., semprepautou a distribuição de dividendos por um contínuo e progressivo incentivoao investimento no Grupo e nas suas competências. Em conformidade,foi submetendo à aprovação de assembleias gerais anteriores umaafectação à d ist r ibuição de div idendos que t ivesse presenteessencialmente: (i) a capacidade interna futura de geração de meioslibertos; ( i i) as perspectivas de investimento e necessidades definanciamento; e (iii) a estabilidade e o crescimento do payout ratio.

De acordo com os estatutos, os lucros líquidos apurados pelo balançoterão a seguinte aplicação: (i) Cinco por cento, pelo menos, para fundo dereserva legal, enquanto não estiver preenchido ou sempre que sejanecessário reintegrá-lo e (ii) o saldo para qualquer outra aplicação queseja votada pela Assembleia Geral por simples maioria.

Nos últimos 4 anos a Sociedade não distribuiu dividendos.

6. Planos de atribuição de opções de aquisição de acções adoptadosou vigentes no exercício em causa.

Neste exercício não foi adoptado qualquer plano de atribuição de opçõesde aquisição de acções.

- O Sr. Engº Alfredo do Nascimento Melo, após uma vida de reconhecidadedicação à Sociedade, também cessou funções, por reforma, tendosido nomeado, em sua substituição, o Sr. Dr. Alexandre Augusto MoraisGuedes de Magalhães.

Governo das Sociedades

Tendo presente os imperativos, nos mercados internacionais maisexigentes, de rigor e transparência da estrutura, organização, controlo egestão das sociedades, apraz-nos registar o respeito pelo conjunto deregras e normas instituídas desde 1999 pela CMVM.

Assim, e dando acolhimento ao Regulamento da CMVM nº 07/2001 sobreo Governo das Sociedades Cotadas com as alterações entretantoefectuadas, salientam-se a seguir elementos informativos sobre a estruturae as práticas de governo societário elaborado em obediência ao art. 7.º doCódigo dos Valores Mobiliários adoptados pela EFACEC Capital, SGPS,S.A., no respeito pelas Recomendações apresentadas pela Comissão doMercado de Valores Mobiliários.

Ao longo deste Relatório e Contas, outras informações referentes a estamatéria complementam aquelas aqui referidas.

3. Descrição do sistema de controlo de riscos implementado nasociedade.

Para além da obrigatoriedade de todos os documentos importantes comrelevância jurídica serem analisados pelos Serviços Jurídicos do Grupo,a Sociedade tem em desenvolvimento um sistema de controlo de riscosque assenta na preocupação com que o Conselho de Administração dasociedade e, de uma forma mais alargada, das empresas que compõe oGrupo EFACEC, vê a gestão do risco em todas as suas vertentes e oacompanhamento rigoroso da actividade das várias sociedades queintegram cada uma das unidades de negócio, a evolução das suas principaisvariáveis, as demonstrações financeiras mensais e as suas contas deexploração. Esta política e este rigor estão fortemente implementados noGrupo e todos os altos responsáveis pela gestão e quadros intermédiostêm uma postura que é conducente à análise atempada e detalhada dassituações potenciais geradoras de risco de negócio, financeiro, legal ououtro específico ou inerente à sociedade, actividade ou país.

Para isso o Conselho de Administração tem implementado no Grupo umsistema de gestão de risco e controlo interno, complementado por análisesperiódicas realizadas por entidades externas credíveis e vocacionadaspara este tipo de postura, tendente à minimização dos riscos associadosaos negócios e à gestão.

O Grupo, para os riscos financeiro, operacional e económico, adoptaainda, acções especí f icas de contro lo para minimizar as suasconsequências.

As formas de cobertura de risco vão variando e evoluindo de ano paraano e de negócio para negócio, estando o Grupo permanentemente atentoao desenvolvimento de novas formas de gestão de oportunidades e deriscos. Nenhuma actividade económica está isenta de riscos. Através deuma postura de gestão atenta e eficaz procura-se mitigar o risco associadoao negócio, pelo que em 2003 foi lançado um Sistema de Controlo doRisco em Contratos, a entrar em funcionamento em 1 de Janeiro de 2004.

7. Descrição dos elementos principais dos negócios e operaçõesrealizados entre, de um lado, a sociedade e, de outro lado, osmembros dos seus órgãos de administração e fiscalização, titularesde participações qualificadas.A Universal Motors, S.A. (UM) e a EFACEC Bombas e Ventiladores, S.A.(B&V) são sociedades detidas pelo Eng. António Ricca Gonçalves, filhodo Eng. Guilherme Ricca Gonçalves, este último administrador e Vice-Presidente do Conselho de Administração da EFACEC Capital, SGPS,S.A. Neste exercício foram efectuadas as seguintes operações envolvendoas duas sociedades acima indicadas e algumas sociedades do GrupoEFACEC:- Resolução do arrendamento no estabelecimento industrial sito em Ovar

e revogação de opção de compra do mesmo, ambos por parte da UM;- Revogação da opção de compra do edifício de Ovar, pelo Eng. Guilherme

Ricca Gonçalves e Eng. António Ricca Gonçalves;- A UM permanecerá, a título de comodato, no imóvel até 31 de Julho de

2004 ou, o mais tardar, até 31 de Dezembro de 2004.- Como contrapartida, a EFACEC procede ao re-escalonamento da dívida

existente da UM ao Grupo EFACEC, e outras condições;- UM procede ao abatimento parcial ao montante em dívida, na data de

assinatura do contrato, obtendo o distrate da hipoteca do imóvel daEFACEC em Madrid, Espanha;

- Celebração de contrato promessa de transferência de imóveis do GrupoEFACEC em Vila do Conde e Póvoa de Varzim à B&V;

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Relatório do Conselho de Administração18

8. Gabinete de Apoio ao Investidor ou a outro serviço similar.

A sociedade através do seu departamento de Comunicação Institucionale do seu Representante para as relações com o Mercado de ValoresMobiliários encontra-se sempre disponível para esclarecer, dentro doslimites legais, o investidor.

9. Indicação da composição da comissão de remunerações ou órgãoequivalente.

A Comissão de Remunerações da Sociedade é composta por três membroseleitos em Assembleia Geral:

A 31 de Dezembro de 2003 eram membros da referida comissão o Exmo.Sr. Dr. António Manuel Ferreira da Costa Gonçalves, Exmo. Sr. Dr. VascoMaria Guimarães José de Mello e o Exmo. Sr. Dr. Fernando Aguiar-Branco.Nenhum dos referidos membros acumula qualquer outro cargo em qualqueroutro órgão social.

10. Indicação do montante da remuneração anual paga ao auditor ediscriminação da percentagem respeitante a serviços.

O montante da remuneração anual paga ao auditor relativo a serviços derevisão legal de contas foi de 148 milhares de euros.

Capítulo II. Exercício de direito de Voto e Representação de Accionistas

1. Existência de regras estatutárias sobre o exercício do direito devoto, nomeadamente que afastem o exercício do direito de voto porcorrespondência.

Os Estatutos da Sociedade não contemplam qualquer regra que afaste oexercício do direito de voto por correspondência, sendo que em qualquerconvocatória se definem as regras que se passam a transcrever:

“É admitido o voto por correspondência, devendo as declarações de voto,que deverão ser dirigidas ao presidente da Mesa da Assembleia Geral edar entrada na sociedade até às dezassete horas do terceiro dia útilanterior ao dia designado para a Assembleia Geral, estar encerradas emenvelope lacrado do qual constará o nome do Accionista e a menção

“declarações de voto por correspondência para a Assembleia Geral daEFACEC Capital, SGPS, S.A., a realizar no próximo dia ___ de ______pelas ____ horas”. Cada declaração de voto deverá ser assinada peloAccionista, com reconhecimento notarial da sua assinatura, e encerradaem envelope separado e lacrado, com menção do nome do accionista eindicação do ponto da ordem do dia a que diz respeito.”

Os accionistas podem fazer-se representar na assembleia geral, desdeque o representante seja uma das pessoas mencionadas no artigo 380º doCódigo das Sociedades Comerciais, bastando para isso fazer-seacompanhar de uma carta assinada pelo accionista ou por quem o vinculelegalmente, dirigida ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral.

São colocados à disposição dos senhores accionistas, na sede social dasociedade, no prazo legal (quinze dias antes da assembleia geral), oselementos de prestação de contas, as propostas feitas pelo Conselho deAdministração e que serão submetidas à deliberação da Assembleia Geral,relatórios diversos que as devem acompanhar – os previstos na lei eeventualmente outros que se considerem possam melhorar a apresentaçãoda informação, os textos que conduzam a alterações societárias que estejamsujeitos à deliberação na assembleia.

A convocatória para a Assembleia Geral é divulgada antecipadamentenos meios de comunicação social e nos termos previstos na lei.

2. Existência de um modelo para o exercício do direito de voto porcorrespondência.

A Sociedade não acha relevante a definição de um modelo imutável parao exercício do direito de voto, pensando que o cumprimento das regrasindicadas no ponto acima será suficiente para a segurança jurídica dovoto por correspondência.

3. Possibi l idade de exercício do direito de voto por meioselectrónicos.

No presente estado da técnica, a Sociedade preferiu, neste exercício,não utilizar meios informáticos para o voto, dado os mesmos ainda nãogarantirem, com a mesma eficácia do voto por correspondência, asegurança jurídica necessária para a confirmação da autenticidade everacidade do voto nem garantirem a integridade e confidencialidade dorespectivo conteúdo.

4. Antecedência exigida para o depósito ou bloqueio das acçõespara a participação na assembleia geral.

Capítulo III. Regras Societárias

1. Códigos de conduta dos órgãos da sociedade ou outrosregulamentos internos.

Tem sido prática ao longo de todos estes anos o respeito e manutenção deum clima organizacional interno que suporte uma cultura e práticaempresarial e societária que permita e induza a obediência pelas boaspráticas de gestão e de conduta, a ética e o respeito pelas regras acimareferidas.

Acresce ainda que, através de algumas recomendações e regulamentaçõesinternas, o Conselho de Administração tem pautado a sua gestão porfacilitar a comunicação entre as várias empresas e colaboradores, ainstituição de um clima de transparência, lealdade e confidencialidade atodos os níveis da organização, a consciência da aplicação e o respeitopelas obrigações resultantes dos deveres de diligência e prevenção e asalvaguarda e prevenção da incorrecta utilização das oportunidadesnegociais e dos activos da sociedade.

Esta forma de condução dos negócios e da gestão na sociedade tem sidoamplamente divulgada por todos os parceiros e colaboradores do Grupo.

A EFACEC desenvolveu assim em 2003, as bases para um Código deÉtica e Valores, que será implementado durante o ano de 2004.

2. Procedimentos internos adoptados para o controlo do risco naactividade da sociedade.

Ver ponto 3 do Capítulo I desta Secção.

3. Limites ao exercício dos direitos de voto, de direitos especiais dealgum accionista e de acordos parassociais.

Em consequência da alteração de Estatutos levada a cabo no exercíciode 2003, foi suprimida a regra segundo a qual não seriam contados osvotos emitidos em Assembleia Geral de Accionistas por um só accionista,em nome próprio ou também como representante de outros, quandoexcedessem 10 % do capital social.Não existem consagrados nos estatutos da Sociedade quaisquer restriçõesà transmissibilidade de acções nem direitos especiais de algum accionistae desconhece-se a existência de acordos parassociais entre accionistasda Sociedade.

Capítulo IV. Órgão de administração

1. Caracterização do órgão de administração.

Tal como estabelecido estatutariamente a administração da sociedade éexercida por um Conselho de Administração composto por um Presidentee dois a catorze administradores, eleitos em Assembleia Geral, cujosmandatos têm a duração de 4 anos. Dos sete administradores quepresentemente compõem o Conselho de Administração, sendo emboratodos independentes nos termos do regulamento 7/2001, com a redacçãodada pelo Regulamento 11/2003, ambos da CMVM, três não foram indicadosem particular por accionistas de mais expressiva representação. OConselho de Administração pode delegar a gestão corrente da sociedadenuma Comissão Executiva, composta por um número ímpar de membros,obrigatoriamente inferior a metade do número de membros do Conselhode Administração, ou um ou mais administradores. Esta possibilidade foiexercida, existindo actualmente um Administrador-Delegado, o qual éigualmente o Presidente do Conselho de Administração, sendo os restantesadministradores, com excepção do Vice-Presidente, administradores nãoexecutivos.

Ao Conselho de Administração, são conferidos pelos estatutos os maisamplos poderes, sem outras limitações e reservas que não sejam aslegais, para superior orientação dos negócios da sociedade.

O Conselho de Administração deliberou conceder ao Administrador-delegadopoderes de gestão e administração corrente de todos os negócios daSociedade e de efectuar todas as operações e actos relativos ao seuobjecto social incluindo, no respeito pelos limites de poderes que lhe sãoconferidos, o exercício e a promoção do exercício dos direitos daSociedade nas sociedades em que participe e também o direito de dar àadministração destas, instruções vinculantes, nos termos da lei. OConselho de Administração deliberou ainda excepcionar da delegação depoderes que confere ao Administrador-Delegado as matérias enumeradasa seguir, além daquelas que, legalmente, não são susceptíveis de serem

- Revogação da opção de compra do edifício EFACEC sito na póvoa deVarzim, pela B&V;

- Encomenda do Grupo EFACEC à UM de equipamentos;- Encomenda do Grupo EFACEC à B&V de equipamentos.Estas operações foram realizadas com o parecer favorável do ConselhoFiscal, nos termos do artigo 397º, nº2 e nº3 do Código das SociedadesComerciais.

Tem direito a voto o Accionista, que dez dias antes do designado para arealização da Assembleia Geral prove ser possuidor de, pelo menos, cemacções registadas, depositadas ou inscritas em seu nome, nos termos dalei.

5. Exigência de prazo que medeie entre a recepção da declaração devoto por correspondência e a data da realização da assembleiageral.

Ver ponto 1 deste Capítulo.

6. Número de acções a que corresponde um voto.

A cada cem acções corresponde um voto.

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19Relatório do Conselho de Administração

Durante o ano, o Administrador-Delegado vai informando o Conselho deAdministração através de reuniões periódicas convocadas para o efeito,sendo porém, antecipadas de informação preparada sobre os temas adiscutir.

O Conselho de Administração reúne pelo menos, uma vez por trimestre,salvo os casos previstos na Lei, ou necessidade correntes que o justifique.

As deliberações do Conselho de Administração constam de acta, assinadapor todos os que nela participam, e são tomadas por maioria dos votosdos membros presentes ou representados, salvo quando a Lei ou osestatutos exigirem maioria qualificada, cabendo ao Presidente voto dequalidade.

A) A Identidade de membros que compõem o órgão de administraçãoa 31 de Dezembro de 2003 é a seguinte:

Eng. António Afonso Lasso de la Vega Cardoso PintoPresidente e Administrador-Delegado

Eng. Guilherme Ricca GonçalvesVice-Presidente

Dr. Alexandre Augusto Morais Guedes de MagalhãesVogal

Dr. Faustino José de Campos Taxa de FariaVogal

Dr. José Manuel Gonçalves de Morais CabralVogal

Dr. Pedro Macedo Santos Ferreira PintoVogal

Dr. João Paulo Seara Sequeira do Vale PeixotoVogal

B) Funções dos administradores em outras sociedades:

Eng. António Afonso Lasso de La Vega Cardoso Pinto exerce cargossociais nas seguintes sociedades:

EFACEC Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A - Presidentedo Conselho de Administração

EFACEC Energia - Máquinas e Equipamentos Eléctricos, S.A - Presidentedo Conselho de Administração.

EFACEC AMT – Aparelhagem de Média tensão, S.A. - Presidente doConselho de Administração

EFACEC DT – Transformadores de Distribuição, S.A. - Presidente doConselho de Administração

ENT- Empresa Nacional de Telecomunicações, S.A. - Presidente doConselho de Administração.

EFACEC- Engenharia, S.A. - Presidente do Conselho de Administração.

EFACEC Motores Eléctr icos, S.A - Presidente do Conselho deAdministração

EFACEC Ambiente, S.A. - Presidente do Conselho de Administração emrepresentação da EFACEC SGPS, S.A.

EFACEC Sistemas de Electrónica, S.A. - Presidente do Conselho deAdministração em representação da EFACEC SGPS, S.A.

EFACEC Automação e Robótica, S.A. - Presidente do Conselho deAdministração em representação da EFACEC Capital SGPS, S.A.

EFACEC International Financing, SGPS, S.A. - Presidente do Conselhode Administração em representação da EFACEC Capital SGPS, S.A.EFACEC Investimentos e Concessões, SGPS, S.A.- Presidente doConselho de Administração em representação da EFACEC Capital SGPS,S.A.GEMP- Empreendimentos Imobiliários, S.A. – Presidente do Conselho deAdministração.EFACEC SINGAPORE Ltd – GerenteEng. Guilherme Ricca Gonçalves exerce cargos sociais nas seguintessociedades:EFACEC- –Bombas Hidráulicas e Ventiladores S.A – Presidente doConselho de AdministraçãoEFACEC- Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. - Administradore Vice-PresidenteEFACEC Energia - Máquinas e Equipamentos Eléctricos, S.A. –Administrador e Vice-Presidente.EFACEC AMT – Aparelhagem de Média tensão, S.A. - Administrador eVice-PresidenteEFACEC DT – Transformadores de Distribuição, S.A. - Administrador eVice-PresidenteEFACEC Sistemas de Electrónica, S.A. - Administrador e Vice-PresidenteDr. José Manuel Gonçalves de Morais Cabral exerce cargos sociaisnas seguintes sociedades:EDP – Electricidade de Portugal, S.A. - AdministradorSOPONATA, S.A. – AdministradorJOSÉ DE MELLO, Participações, S.A. – AdministradorSOINPER, S.A. - AdministradorJOSÉ DE MELLO, Serviços, Lda. – GerenteDr. Faustino José de Campos Taxa de Faria exerce cargos sociaisnas seguintes sociedades:Têxtil Manuel Gonçalves, SGPS, S.A. – Administrador ExecutivoFundação Cupertino de Miranda - Administrador ExecutivoDr. João Paulo Seara Sequeira do Vale Peixoto exerce cargos sociaisnas seguintes sociedades:CAPNET - Capital Network, S.G.P.S., SA - Presidente do Conselho deAdministraçãoFUTOP S.G.P.S., SA - Presidente do Conselho de AdministraçãoFUTOP Engenharia Económico Financeira Unipessoal, Lda. - GerenteFUTOP III - Consultores de Gestão, Lda. - GerenteTec Supply Distribuição, Hardware e Software, Lda. - GerenteEspaço Atlântico - Publicações e Marketing, Lda. - GerenteCiberbit - Produções de Software, SA - Vogal do Conselho de AdministraçãoDr. Pedro Macedo Santos Ferreira Pinto exerce cargos sociais nasseguintes sociedades:ADAMASTOR CAPITAL, SGPS, S.A. – AdministradorINNOVAGENCY – Consultoria, Tecnologia e Comunicação, S.A. -AdministradorVIA INTERNACIONAL – Produtos e Conteúdos Universitários, Lda -Gerente

decididas a não ser pelo Conselho de Administração, todas as quais semanterão exclusivamente na esfera de decisão do Conselho deAdministração, sendo obrigação do Administrador-Delegado a de assubmeter à apreciação deste Conselho: Aprovação do Plano deDesenvolvimento Estratégico consolidado do Grupo; Aprovação doOrçamento Anual consolidado do Grupo; Aprovação de alianças e parceriasestratégicas do Grupo com terceiros; Aprovação de investimentos iguaisou superiores a 1.250.000 Euros (incluídos no Orçamento); Aprovação deinvestimentos extraordinários, i.e. não incluídos no Orçamento, iguais ousuperiores a 500.000 Euros; Aprovação de operações de financiamento amédio/longo prazo; Aprovação de modificações importantes no modelo deorganização do Grupo; Nomeação e/ou demissão dos gestores responsáveispelos sectores estratégicos da actividade da Sociedade e/ou dassociedades suas participadas do Grupo; Aprovação da Política Global deremunerações e benefícios dos recursos humanos do Grupo; Aprovaçãoda prestação de garantias e/ou a celebração de contratos de valoressuperiores a 25 milhões de euros; Aquisição, venda, permuta ou qualquerforma de alienação de bens e direitos imobiliários; Arrendamento dequaisquer prédios e trespasse de qualquer estabelecimento ou escritórios;Constituição de penhor ou hipoteca ou outra qualquer forma de oneraçãode quaisquer bens da sociedade ou prestação de garantias especiais parapagamento de dívidas da sociedade ou das suas participadas; Compra ouvenda de títulos de outras sociedades e subscrição de participaçõesnoutras sociedades.

EFACEC Sistemas de Informação, S.A. - Presidente do Conselho deAdministração.

EFACEC Serviços de Manutenção e Assistência, S.A. - Presidente doConselho de Administração.

2. Comissão executiva ou de outras comissões com competência emmatéria de gestão.No exercício de 2003, a Sociedade não teve em funcionamento umaComissão Executiva, tendo o Presidente do Conselho de Administração,também Administrador-Delegado, gerido o Grupo com o apoio de umaintitulada Comissão Directiva que reúne no seu seio os Administradores-Delegados e Gestores de cada Área de Negócios do Grupo.3. Modo de funcionamento do órgão de administração.Ver descrição nos pontos acima.a) Delimitação de competências entre o Presidente do órgão de administraçãoe o Presidente da comissão executiva, caso exista;Não aplicável no exercício em questão.b) Lista de matérias vedadas à comissão executiva, se existente;Não aplicável no exercício em questão. Quanto ao Administrador-Delegado, ver pontos acima.c) Informação aos membros do órgão de administração relativamente àsmatérias tratadas e decisões tomadas pela comissão executiva, casoexista;Quanto ao Administrador-Delegado, ver pontos acima.d) Lista de incompatibilidades definida internamente pelo órgão de

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Relatório do Conselho de Administração20

Informação ao Investidor

Sociedade cotada na Bolsa de Valores de Lisboa e Porto:EFACEC Capital, SGPS, S. A.Representante para as relações com o Mercado de Valores Mobiliários:Dra. Maria Elisa Loureiro Moreira Pereira de Oliveira

Tel: 229562575Fax: 229562885E-mail: [email protected]

Divulgação de Informação:O Grupo EFACEC promove a divulgação da informação financeira tri-mestral, semestral e anual, bem como outras informações eventualmenterelevantes para investidores e público em geral,através da Internet (www.EFACEC.pt).

Perspectivas

A empresa possui agora as bases para construir o seu desenvolvimento ecrescimento de uma forma sustentada e sólida.A mudança realizada nos dois últimos anos e a redefinição dos seusobjectivos e estratégias, cujos primeiros resultados aparecem já em 2002 eganham visibilidade em 2003, são os elementos mestres estruturais dessaperspectiva.Ciente das dificuldades que se lhe deparam, mas confiante em si própria eapoiada em recursos humanos de elevada qualidade e em produtos eserviços que ganharam a confiança dos mais exigentes clientes nacionais eestrangeiros, a EFACEC propõe-se duplicar a sua performance Económico-Financeira e dimensão nos próximos 5 anos, entre outros através de:- Capitalização na competência técnica e brio dos colaboradores da

EFACEC (empowerment);- Filosofia participativa quanto à partilha de criação de valor;- Forte aposta no desenvolvimento da Inovação como competência chave

da organização;- Focagem em mercados e clientes alvo;- Ênfase no sentido económico e controlo financeiro e fomento de uma

“cultura de baixos custos” a curto prazo;- Continuado investimento no desenvolvimento Tecnológico, Qualidade e

formação em Gestão e Marketing: Maior tecnocracia na abordagemcomercial, maior criatividade/inovação nos processos e métodosindustriais, e maior rigor/rentabilidade na utilização dos recursos;

- Fomento duma cultura de Grupo Sinergética, em desfavor duma posturade conglomerado;

- Desenvolvimento duma base para alianças e parcerias comerciais etecnológicas, nomeadamente nos negócios em que a EFACEC necessitade complementaridades para enfrentar um mercado cada vez maisconsolidado e globalizado.

AgradecimentosAs realizações da EFACEC são feitas a pensar nos nossos Clientes,Fornecedores, Banqueiros e Accionistas a quem agradecemos uma vezmais a confiança que depositam nas capacidades e potencialidades daEFACEC, demonstrada pela importância e complexidade das missões erealizações que nos são confiadas.Os nossos agradecimentos são igualmente dirigidos às entidades PúblicasEstatais e Locais, pela forma como acompanharam e incentivaram aEFACEC.Aos nossos Colaboradores, parceiros especiais no engrandecimento danossa empresa, dirigimos um especial agradecimento e um forte louvorpelo elevado empenho, dedicação esforço e competência, principaisfactores para o elevado nível de êxito do desempenho do Grupo e para aconstrução sustentada do seu futuro.

À Mesa da Assembleia Geral e ao Conselho Fiscal, por toda a aplicação ecompetência de que uma vez mais deram prova no desempenho dasrespectivas funções, queremos igualmente deixar expressos a nossaapreciação e agradecimentos.

Proposta de Aplicação de Resultados

O Conselho de Administração propõe que os resultados líquidos positivosdo exercício da EFACEC Capital SGPS, SA, no montante de € 8.273.855,88,tenham a seguinte aplicação:

ANEXO AO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

No cumprimento do disposto no artigo 447º do Código das SociedadesComerciais os membros do Conselho de Administração comunicaram osmovimentos abaixo discriminados e as quantidades detidas (tendo emconta a operação de redução do capital social já referida) em 31 deDezembro de 2003, quanto a títulos da Sociedade:

- Engº GUILHERME RICCA GONÇALVES, detinha no final do ano,1.920.000 acções, tendo adquirido durante o exercício 108.795 acçõespor € 112.674,76.

- Dr. JOÃO PAULO SEARA SEQUEIRA DO VALE PEIXOTO, detinha nofinal do ano, 747 acções, não tendo transaccionado acções durante oexercício.

Nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 448º do Código dasSociedades Comerciais e na alínea e) do nº 1 do artigo 6º do Regulamento11/2000 da CMVM, informamos que, à data de 31 de Dezembro de 2003,as sociedades:

- JOSÉ DE MELLO SGPS, SA conjuntamente com a sua participadaTecnocapital, SGPS, SA (ex – SPPO) detinha 10.576.893 acções,representando 25,40% do capital social, correspondente a 25,96% dosdireitos de voto, sendo 6.475.671 acções da José de Mello SGPS, SA e4.101.222 acções da Tecnocapital, SGPS, SA;

- TÊXTIL MANUEL GONÇALVES, S.A., através das suas associadas,Têxtil Manuel Gonçalves, SGPS, SA e SPE - Sociedade de Produção deElectricidade e Calor SA, detinha 10.577.514 acções, representando25,40% do capital social, correspondente a 25,96% dos direitos de voto,sendo 10.167.951 acções da Têxtil Manuel Gonçalves, SGPS, SA e409.563 acções da SPE - Sociedade de Produção de Electricidade eCalor SA;

- EDP Participações – SGPS, Sa, detinha 2.125.821 acções, representando5,11% do capital social, correspondente a 5,22% dos direitos de voto.

- Fundação Ernesto Lourenço Estrada, Filhos, detinha 3.054.789 acções,representando 7,34% do capital social, correspondente a 7,5% dos direitosde voto.

Reserva legal 413 692,79Resultados Transitados 852 043,75Lucros não atribuídos 874 157,00Dividendos 3 123 106,20Reservas livres 3 010 856,14Propõe também transferir: € 125 253,65 (Prémios de emissão deacções) e € 3 286 453,30 (Outras Reservas) para cobertura deprejuízos.

Leça do Balio, 15 de Março de 2004CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Eng. António Afonso Lasso de La Vega Cardoso PintoEng. Guilherme Ricca GonçalvesDr. Alexandre Augusto Morais Guedes de MagalhãesDr. Faustino José de Campos Taxa de FariaDr. José Manuel Gonçalves de Morais CabralDr. Pedro Macedo Santos Ferreira PintoDr. João Paulo Seara Sequeira do Vale Peixoto

Leça do Balio, 15 de Março de 2004

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Eng. António Afonso Lasso de La Vega Cardoso Pinto

Eng. Guilherme Ricca Gonçalves

Dr. Alexandre Augusto Morais Guedes de Magalhães

Dr. Faustino José de Campos Taxa de Faria

Dr. José Manuel Gonçalves de Morais Cabral

Dr. Pedro Macedo Santos Ferreira Pinto

Dr. João Paulo Seara Sequeira do Vale Peixoto

administração e número máximo de cargos acumuláveis pelosadministradores em órgãos de administração de outras sociedades, casoexistam;Não aplicável no exercício em questão.e) Número de reuniões do órgão de administração durante o exercício emcausa.O Conselho de Administração da Sociedade efectuou dez reuniões noexercício de 2003.4. Política de remuneração.Compete à Comissão de Remunerações da Sociedade a atribuição dasremunerações dos orgãos sociais, em função do cumprimento anual dedeterminados objectivos.5. Indicação da remuneração, individual ou colectiva.As remunerações auferidas durante o exercício de 2003 pelos membros doConselho de Administração foram de 385 milhares de euros correspondentesa remunerações fixas, 328 milhares de euros a remunerações variáveis e 116milhares de euros a seguros.

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21Relatório do Conselho de Administração

EFACEC Capital, S.G.P.S., S.A. e Empresas SubsidiáriasBalanços Consolidados em 31 de Dezembro de 2003 e 2002

Os valores monetários estão expressos em euro2003 2002

ACTIVO Notas Activo Amortizações Activo ActivoBruto e provisões Líquido Líquido

IMOBILIZADOImobilizações incorpóreas: Despesas de instalação 25 , 27 6 037 337 5 893 944 143 393 296 427 Despesas de investigação e desenvolvimento 25 , 27 36 959 488 32 593 643 4 365 844 3 357 321 Propriedade industrial e outros direitos 27 922 286 533 210 389 076 306 806 Imobilizações em curso 25 , 27 301 269 301 269 4 771 224 Diferenças de Consolidação 10 1 251 486 566 046 685 440 313 767

45 471 865 39 586 843 5 885 022 9 045 545Imobilizações corpóreas: Terrenos e recursos naturais 27 , 41 17 327 571 17 327 571 17 942 457 Edifícios e outras construções 27 54 367 876 36 406 909 17 960 967 18 863 678 Equipamento básico 27 44 392 147 32 933 293 11 458 854 11 543 237 Equipamento de transporte 27 7 536 937 6 273 314 1 263 623 1 242 248 Ferramentas e utensílios 27 4 444 656 3 994 438 450 218 481 309 Equipamento administrativo 27 17 151 898 12 552 547 4 599 351 2 678 174 Imobilizações em curso 27 729 072 729 072 1 542 391

42 145 950 157 92 160 501 53 789 656 54 293 495Investimentos financeiros: Partes de capital em empresas do grupo 2 , 27 6 060 027 5 985 575 74 452 661 166 Empréstimos a empresas do grupo 27 1 397 917 1 397 917 1 397 917 Partes de capital em empresas associadas 3 , 4 , 18 , 27 6 543 128 2 259 554 4 283 574 3 897 216 Empréstimos a empresas associadas 27 472 448 472 448 472 448 Partes de capital em outras empresas participadas 6 , 27 1 501 117 4 933 1 496 184 4 508 404 Empréstimos a outras empresas participadas 27 627 488 627 488 471 364 Titulos e outras aplicações financeiras 27 698 885 698 885 699 937

17 301 011 8 250 062 9 050 949 12 108 453 REALIZAVEL A MÉDIO E LONGO PRAZO

Outros devedores 50 3 247 907 3 247 907 4 232 7563 247 907 3 247 907 4 232 756

CIRCULANTEExistências: Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 8 837 468 95 625 8 741 843 8 290 123 Produtos e trabalhos em curso 37 22 737 461 344 964 22 392 497 16 857 763 Produtos acabados e intermédios 2 597 300 34 916 2 562 384 3 539 696 Mercadorias 559 752 36 759 522 994 350 322

34 731 981 512 264 34 219 718 29 037 904Dívidas de terceiros - curto prazo: Clientes, c/c 108 691 882 1 486 900 107 204 982 113 275 871 Clientes, títulos a receber 940 705 940 705 212 517 Clientes de cobrança duvidosa 4 916 008 4 744 926 171 082 318 653 Empresas do grupo - Empréstimos Concedidos 0 0 839 443 Empresas do grupo 436 400 436 400 795 753 Empresas associadas 970 860 970 860 563 704 Empresas participadas 195 009 195 009 267 531 Outros accionistas 19 446 19 446 0 Adiantamentos a fornecedores 1 367 288 1 367 288 1 138 444 Adiantamentos a fornecedores de imobiliz. 1 291 1 291 1 291 Estado e outros entes públicos 52 934 506 934 506 1 017 174 Outros devedores 51 10 854 633 5 970 147 4 884 486 6 831 983

129 328 029 12 201 973 117 126 056 125 262 365Títulos negociáveis: Outros títulos negociáveis 0 0 16 Outras aplicações de tesouraria 122 847 122 847 42 051

122 847 122 847 42 066Depósitos bancários e caixa: Depósitos bancários 2 675 869 2 675 869 1 845 647 Caixa 227 675 227 675 167 002

2 903 544 2 903 544 2 012 649 ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

Acréscimos de proveitos 53 11 678 637 11 678 637 6 466 534 Custos diferidos 53 271 649 271 649 624 830 Impostos Diferidos Activos 38 8 396 302 8 396 302 9 566 337

20 346 588 20 346 588 16 657 701

Total de amortizações 131 747 344 Total de provisões 46 20 964 299 Total do activo 399 403 929 152 711 643 246 692 286 252 692 934

O Anexo apresentado à frente faz parte integrante destes balanços consolidados

O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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Relatório do Conselho de Administração22

EFACEC Capital, S.G.P.S., S.A. e Empresas SubsidiáriasBalanços Consolidados em 31 de Dezembro de 2003 e 2002

Os valores monetários estão expressos em euroCAPITAL PRÓPRIO, INTERESSES MINORITÁRIOS E PASSIVO Notas 2003 2002

CAPITAL PRÓPRIOCapital 55 , 57 41 641 416 69 402 360Acções Próprias - Valor nominal 57 ( 900 000) (1 500 000)Acções Próprias - Descontos e prémios 57 (1 094 719) ( 494 719)Prémios de emissão de acções 125 254 125 254Diferenças de consolidação 10 3 080 052 3 080 052Ajustamentos de partes de capital em filiais associadas 57 (5 739 118) (5 286 922)Reservas de reavaliação 41, 42, 57 15 899 429 20 755 644Reservas: Reservas legais 57 2 696 573 2 395 929Resultados transitados 57 (4 968 431) (38 849 103)

Sub-total 50 740 455 49 628 496Resultado líquido do exercício 8 273 856 6 012 878 Total do capital próprio 59 014 311 55 641 374

INTERESSES MINORITÁRIOS 59 2 338 467 1 217 510

PASSIVO

Provisões para riscos e encargos: Provisões para pensões 46 319 576 390 881 Provisões para part. financ 46 260 873 152 591 Outras provisões para riscos e encargos 46 5 234 477 3 510 248

5 814 925 4 053 720Dívidas a terceiros - médio e longo prazo: Dívidas a instituições de crédito 54 14 630 043 746 753 Empréstimos por Obrigações 54 0 15 000 000 Outros accionistas 420 121 0 Outros credores 132 398 0

15 182 562 15 746 753Dívidas a terceiros - curto prazo: Empréstimos por Obrigações 54 15 000 000 15 000 000 Dívidas a instituições de crédito 54 33 659 445 36 275 091 Fornecedores, c/c 36 700 339 36 267 051 Fornecedores - Facturas em recepção e conferência 13 217 102 8 209 272 Empresas do grupo 208 285 982 Empresas associadas 268 0 Empresas participadas 1 833 0 Outros accionistas 95 798 301 540 Adiantamentos de clientes 3 663 269 17 777 746 Outros empréstimos obtidos 39 543 0 Fornecedores de Imobilizado, c/c 928 503 1 148 596 Estado e outros entes públicos 52 5 430 089 6 808 222 Outros credores 1 312 151 3 682 639

110 256 626 125 471 140Acréscimos e diferimentos Acréscimos de custos 53 11 925 702 11 452 953 Proveitos diferidos 53 38 598 825 39 109 484 Impostos Diferidos Passivos 3 560 868 0

54 085 395 50 562 437

Total do passivo 185 339 509 195 834 050

Total do capital próprio, interesses minoritários e passivo 246 692 286 252 692 934

O Anexo apresentado à frente faz parte integrante destes balanços consolidadosO TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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23Relatório do Conselho de Administração

EFACEC Capital, S.G.P.S., S.A. e Empresas Subsidiárias

Demonstração Consolidada dos Resultados por Naturezas para os períodos findos em 31 de Dezembro de 2003 e 2002

Os valores monetários estão expressos em euroNotas 2003 2002

CUSTOS E PERDAS

Custo merc. vendidas e das matérias consumidas: Mercadorias 2 914 083 6 693 765 Matérias 118 691 987 121 606 070 112 824 579 119 518 344

Fornecimentos e serviços externos 58 70 862 479 53 388 353

Custos com o pessoal: Remunerações 43 927 985 41 770 213 Encargos sociais 12 692 204 56 620 189 12 644 135 54 414 348

Amortizações do imobilizado corpóreo incorpóreo 27 11 646 860 12 731 788Provisões 46 2 072 183 13 719 043 665 568 13 397 356

Impostos 388 121 347 819Outros custos e perdas operacionais 1 026 002 1 414 123 905 417 1 253 236

(A) 264 221 904 241 971 637

Perdas relativas a empresas associadas 44 218 004 182 527Juros e custos similares: Outros 44 9 618 505 9 836 509 8 437 577 8 620 104

(C) 274 058 413 250 591 740

Custos e perdas extraordinárias 45 4 526 478 5 047 219

(E) 278 584 891 255 638 959

Imposto sobre o rendimento do exercício 52 1 460 106 6 081 344

(G) 280 044 998 261 720 304

Interesses minoritários 59 70 056 ( 56 945)Resultado consolidado líquido do exercício 8 273 856 6 012 878

288 388 910 267 676 237PROVEITOS E GANHOS

Vendas: Mercadorias 36 3 207 591 7 908 767 Produtos 36 242 176 665 208 129 269Prestações de serviços 36 , 43 26 619 875 272 004 131 28 046 100 244 084 135

Variação da produção 964 451 3 706 621Trabalhos para a própria empresa 985 037 2 110 412Proveitos suplementares 1 071 567 388 802Subsídios à exploração 6 580 127 827Outros proveitos e ganhos operacionais 688 446 1 766 594 715 657 1 232 286

(B) 275 720 213 251 133 454

Ganhos de participações de capital:Relativos a empresas associadas 44 266 980 367 213Rend. de títulos negoc. e outras aplic. financeiras: Outros 235 99 772Outros juros e proveitos similares: Outros 44 4 452 831 4 720 046 1 833 608 2 300 592

(D) 280 440 259 253 434 046

Proveitos e ganhos extraordinários 45 7 948 651 14 242 191

(F) 288 388 910 267 676 237

Resumo:

Resultados operacionais: (B)-(A) 11 498 308 9 161 817Resultados financeiros: (D-B)-(C-A) (5 116 463) (6 319 512)Resultados correntes: (D)-(C) 6 381 845 2 842 305Resultados antes de impostos: (F)-(E) 9 804 018 12 037 278Resultado cons. com os interesses minoritários do exe.: (F)-(G) 8 343 912 5 955 933

O Anexo apresentado à frente faz parte integrante destas demonstrações consolidadas de resultados

O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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Relatório do Conselho de Administração24

EFACEC Capital, S.G.P.S., S.A. e Empresas Subsidiárias

Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa para os períodos findos em 31 de Dezembro de 2003 e 2002

Os valores monetários estão expressos em euro

2003 2002ACTIVIDADES OPERACIONAIS:

Recebimentos de clientes 286 139 016 246 561 726Pagamentos a fornecedores 180 048 029 148 576 716Pagamentos ao pessoal 48 612 169 46 480 738 Fluxo gerado pelas operações 57 478 818 51 504 272Pagamento / recebimento do imposto sobre o rendimento ( 475 765) ( 76 519)Outros recebimentos / pagamentos relativos à actividade operacional (48 603 705) (36 838 672) Fluxos gerados antes das rubricas extraordinárias 8 399 347 14 589 081Recebimentos relacionados com rubricas extraordinárias 0 120 458Pagamentos relacionados com rubricas extraordinárias 2 307 755 4 192 814 Fluxos das actividades operacionais [1] 6 091 592 10 516 725

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO

Recebimentos provenientes de:

Investimentos financeiros 4 321 443 0Imobilizações corpóreas 49 819 17 615 935Imobilizações incorpóreas 0 0Subsídios de investimento 437 831 13 960Juros e proveitos similares 276 616 210 165Dividendos 56 100 48 000

5 141 810 17 888 060Pagamentos respeitantes a:

Investimentos financeiros 1 515 147 3 417 511Imobilizações corpóreas 2 457 340 3 361 959Imobilizações incorpóreas 115 967 9 201

4 088 454 6 788 671 Fluxos das actividades de investimento [2] 1 053 356 11 099 388

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO

Recebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos de médio e longo prazo 15 242 244 753 477Empréstimos obtidos/concedidos de curto prazo 11 977 715 21 808 973Aumentos de capital, prestações suplementares e prémios de emissão 0 2 000Subsídios e doações 0 139 545Venda de acções próprias 0 0Cobertura de prejuízos 0 0

27 219 959 22 703 995Pagamentos respeitantes a:

Empréstimos obtidos de médio e longo prazo 15 116 710 1 237 949Empréstimos obtidos/concedidos de curto prazo 14 963 228 38 533 405Amortizações de contratos de locação financeira 107 585 161 734Juros e custos similares 3 719 787 4 098 322Dividendos 4 098 145Reduções de capital e prestações suplementares 0 0Aquisição de acções próprias 0 0

33 911 407 44 031 555 Fluxos das actividades de financiamento [3] (6 691 448) (21 327 560)

Variação de caixa e seus equivalentes [D]-[C]-[B]+[A]=[1]+[2]+[3] 453 500 288 554Efeito das diferenças de câmbio [A] 107 376 1 774Efeito da variação do perimetro [B] 625 552 0Caixa e seus equivalentes no início do periodo [C] 2 054 715 1 767 935Caixa e seus equivalentes no fim do periodo [D] 3 026 391 2 054 715

O Anexo apresentado à frente faz parte integrante destas demonstrações consolidadas dos fluxos de caixa

O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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25Relatório do Conselho de Administração

EFACEC CAPITAL SGPS, S.A. e Empresas Subsidiárias

ANEXO À DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003 E 2002

1.1) PRINCIPAIS MOVIMENTOS OCORRIDOS NAS PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS E RESPECTIVO

FLUXO DE CAIXA (Euros)

SOCIEDADE VALOR DE VALOR DE VALOR VALORAQUISIÇÃO ALIENAÇÃO PAGO RECEBIDO

ONIWAY - Infocomunicações, S.A. 3.543.443 3.543.443NORMED - Med. Técn. de Seguros Industriais, S.A. 210.000 25.000EFACEC Sistemas de Electrónica, S.A. 699.475 699.475ENT - Emp. Nacional de Telecomunicações, S.A. 50.525 50.525TECH M5 Gestão de Tecnologia, SGPS, S.A. 260.500 260.500TECH M5 Capital, SGPS, S.A. 750.000 750.000BAUEN, S.A. 158.995 158.995ÁGUAS DA COSTA DE CASCAIS, S.A. (a) 310.360

(a) Refere-se a prestações acessórias

1.2) VALORES DE CAIXA E EQUIVALENTES A CAIXA NO INICIO DO PERIODO DAS FILIAIS ADQUIRIDAS E DAS NOVAS ENTRADAS

SOCIEDADE NUMERÁRIO DEPOSITOS OUTRAS APLIC. TOTALÀ ORDEM TESOURARIA

TECH M5 Gestão de Tecnologia, SGPS, S.A. 725 725TECH M5 Capital, SGPS, S.A. 75 16.906 16.981TECH M5 Tecn. p/ Operadores de Redes, SA 1.727 61.846 63.573MAP Consultoria e Gestão, Lda. 14.119 14.119TECH M5 Comunicações Celulares, Lda. 524 4.376 4.900BAUEN, S.A. 36.520 55.829 92.349EFACEC FLORIDA INC. 143 142.112 6.303 148.557EFACEC MALAYSIA SDN. BHD 1.246 1.246MARROCOS 44.186 23.992 68.178ETIOPIA 1.812 213.111 214.923TOTAL 84.985 534.264 6.303 625.552

Estes valores foram relevados na Demonstração dos Fluxos de Caixa na rúbrica Efeito de variação do perimetro.

2) RECONCILIAÇÃO DOS VALORES DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES

Descrição 31 /12 /03 31 /12 /02CAIXANumerário 227.675 167.002Depósitos à ordem 2.675.869 1.845.647

2.903.544 2.012.649EQUIVALENTES A CAIXAOutros depósitos bancários 0 0Títulos negociáveis 0 16Outras aplicações de tesouraria 122.847 42.051

122.847 42.066

CAIXA E SEUS EQUIVALENTES 3.026.391 2.054.715

3) OUTRAS INFORMAÇÕES

O montante de créditos bancários concedidos mas não utilizados é de cerca de 30,5 milhões de euros.Em 2002, a rubrica de Recebimentos provenientes de Imobilizações Corpóreas inclui o valor recebido pela venda do edificio de Carnaxide.A rubrica de pagamentos provenientes de empréstimos obtidos de médio e longo prazo inclui o pagamento de 15.000.000 do empréstimoobrigacionista EFACEC 2001.A rubrica de recebimentos provenientes de empréstimos obtidos de médio e longo prazo inclui 14.000.000 euros relativos a dois contratosmutuados celebrados em 2003.

NOTA: A omissão dos números de ordem seguintes significa ausência de matéria a declarar.

O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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Relatório do Conselho de Administração26

EFACEC Capital, S.G.P.S., S.A. e Empresas Subsidiárias

Demonstração Consolidada dos Resultados por Funções para os períodos findos em 31 de Dezembro de 2003 e 2002

Os valores monetários estão expressos em euro

Notas 2003 2002

Vendas e prestação de serviços 272 004 131 244 084 135

Custo das vendas e prest. serviços 61 ( 230 644 461) (186 171 895)

Resultados brutos 41 359 670 57 912 241

Outros proveitos e ganhos operacionais 5 773 322 13 070 540

Custos de distribuição ( 17 766 371) (14 192 929)

Custos administrativos ( 9 928 703) (10 044 907)

Outros custos e perdas operacionais ( 4 445 898) (28 274 265)

Resultados operacionais 14 992 020 18 470 679

Custo líquido de financiamento ( 5 165 440) (6 504 198)

Ganhos (perdas) em filiais e associadas 48 976 184 686

Ganhos (perdas) em outros investimentos 418 219 0

Resultados não usuais ou não frequentes ( 629 869) 0

Resultados correntes 9 663 906 12 151 167

Impostos sobre os resultados correntes ( 1 460 106) (6 081 344)

Resultados correntes após impostos 8 203 800 6 069 823

Resultados extraordinários 0 0

Impostos sobre os resultados extaordinários 0 0

Interesses minoritários ( 70 056) 56 945

Resultados líquidos excluindo interesses minoritários 8 273 856 6 012 878

Resultados por acção * 0,20 0,44

* Em 2003 calculado em função de 41.641.416 acções de 1€ cada.

* Em 2002 calculado em função de 13.880.472 acções de 5€ cada.

O Anexo apresentado à frente faz parte integrante destas demonstrações consolidadas de resultados

O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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27Relatório do Conselho de Administração

EFACEC Capital, S.G.P.S., S.A.

Anexo às demonstrações financeiras consolidadas para os períodosfindos em 31 de Dezembro de 2003 e 2002

(Os valores monetários estão expressos em Euros)

Introdução e Descrição do Negócio

As actividades das empresas do Grupo EFACEC compreendem uma extensagama de produtos e serviços de elevado nível tecnológico. Esta diversidade,com competências aos níveis produtivos e de engenharia, possibilitam aoferta de soluções técnicas a um leque muito variado de sectores de actividadetanto no mercado interno como no externo, onde é dirigida uma fatia importantedos nossos produtos e do suporte de apoio a ferramentas de controlooperacional e de gestão, pensadas e elaboradas de acordo com as maissofisticadas exigências do consumidor. A variedade de serviços e produtosincluem equipamentos diversos destinados ao apoio na produção, transportee distribuição de energia eléctrica, sistemas de comando e controle, tracçãoeléctrica, electrónica industrial, telecomunicações, automatização e robóticae projectos de engenharia visando complexos industriais, transportes emanutenção industrial.O Grupo insere-se num mercado altamente competitivo, sendo necessárioestar preparado e atento às constantes evoluções e mutações das preferênciasdos clientes e das novas tecnologias. Atento a isto, o Grupo tem vindo aadaptar a sua estrutura tendo em vista a melhor resposta. Depois de nosúltimos anos ter apostado na internacionalização e na diversificação dassuas actividades, que culminaram com a criação de sucursais, filiais eagentes espalhados por mais de 30 países, desde o ano de 2000 oposicionamento tem sido o de analisar e avaliar as estratégias desenvolvidas,apostar nas áreas de maior valor acrescentado e dotar as estruturas dogrupo de competências adequadas para os novos desafios, inerentes aomercado e às organizações.

No ano de 2000 foram tomadas algumas decisões de reestruturação peloConselho de Administração, que culminaram na realização de provisõessignificativas nas contas das várias empresas do Grupo. Nomeadamente,foram constituídas provisões para as participações detidas ainda no finalde 2000 na Liaoyang EFACEC Electrical Equipment, Co, as quais se mantêmainda nas rubricas de Provisões.

Durante o ano de 2001 e 2002, deu-se continuidade ao plano dereorganização e reestruturação interna, culminando com a redefinição dealgumas estruturas orgânicas do grupo. No último trimestre de 2001, aonível dos investimentos e das participações, foi tomada uma decisãoimportante que culminará na desactivação e desinvestimento na unidadede produção mantida no Oriente – Macau desde 1993 e que, estrategicamentenão se mostrava viável, atendendo a outros investimentos no grupo namesma zona do mundo mais competitivos. A decisão teve por consequênciaa eliminação completa da até então empresa do grupo – EFACEC Oriente,Lda., que saiu do perímetro de consolidação em Setembro de 2001, ficandoapenas registada como Parte de capital em empresa do grupo. Dada aimprobabilidade de se receber qualquer tipo de benefício desta participada,foi registada no exercício de 2001 uma provisão de 100% para o efeito.

As acções da EFACEC Capital encontram-se cotadas no mercado oficialda Euronext Lisboa.

As notas seguintes estão organizadas em conformidade com o Decreto-Leinº 238/91 de 2 de Julho que aprovou o Plano Oficial de Contabilidade, paraa apresentação das Demonstrações Financeiras Consolidadas. Os númerosdas notas não indicados neste Anexo significam que as mesmas não seaplicam ou a sua apresentação não é relevante para a leitura e interpretaçãodas demonstrações financeiras consolidadas anexas.

I - Informações relativas às empresas incluídas na consolidação e a outras

1. Empresas Incluídas na ConsolidaçãoAs empresas incluídas na consolidação, as suas sedes sociais e a fracção de capital detido pela EFACEC Capital, directa ou indirectamente, são as seguintes:

Denominação Social Sede Fracção de Capital detido (%)

EFACEC Capital, S.G.P.S., S.A. Matosinhos Empresa - mãeEFACEC, S.G.P.S., S.A. Matosinhos 100,0EFACEC Energia – Máquinas e Equipamentos Eléctricos, S.A. Matosinhos 100,0EFACEC Engenharia, S.A. Oeiras 100,0EFACEC AMT – Aparelhagem de Média Tensão, S.A Matosinhos 100,0EFACEC DT – Transformadores de Distribuição de Energia, S.A. Matosinhos 100,0EFACEC Motores Eléctricos, S.A (a) Ovar 100,0EFACEC Ambiente, S.A. Matosinhos 100,0EFACEC Sistemas de Electrónica, S.A. (i) Maia 96,89EFACEC Automação e Robótica S.A. Matosinhos 100,0EFACEC Serviços de Manutenção e Assistência, S.A. Matosinhos 100,0EFACEC Sistemas de Informação, S.A. Matosinhos 100,0MOLDIAMLEVA – Soc. Instaladora de Elevadores, Lda Oeiras 100,0MICROPROCESSADOR – Sistemas Digitais, S.A. Maia 54,3ENT – Empresa Nacional de Telecomunicações, S.A. (b) (i) Maia 99,03EFACEC International Financing, S.G.P.S., S.A.(c) Matosinhos 55,0EFACEC Investimentos e Concessões, S.G.P.S., S.A.(d) Oeiras 75,0GEMP – Empreendimentos Imobiliários, S.A. (e) Matosinhos 100,0SVEP – Segurança e Vigilância Electrónica de Pessoas, Lda Oeiras 92,0EFACEC do Brasil, Lda. S. Paulo (Brasil) 100,0EFACEC Angola, Lda Luanda (Angola) 100,0EFACEC - Sistemas do Brasil, Lda Salvador da Baía (Brasil) 99,0EFACEC – Sistemas Venezuela, C.A Caracas (Venezuela) 65,0EFACEC – Colômbia, S.A. Bogotá (Colômbia) 70,0EFACEC Malaysia, SDN. BHD (f). Kuching (Malásia) 61,0EFACEC FLORIDA Miami (Flórida) 100,0BAUEN, S.A.(g) Córdoba (Argentina) 53,33TECH M5 – Gestão de Tecnologia, SGPS, S.A.(h) Maia 100,0TECH M5 CAPITAL, SGPS, S.A (h) Maia 100,0TECH M5 – Tecnologia para Operadores de Rede, S.A. (h) Maia 100,0TECH M5 – Comunicações Celulares, Lda (h) Maia 74,0MAP – Consultoria e Gestão, Lda (h) Maia 100,0

(a) A partir de 1999, após a alienação da actividade de produção e comercialização de motores eléctricos, esta empresa passou a concentrar a sua actividadena reparação de motores e transformadores de distribuição;

(b) A participação era no final de 1999 de 50,8%. No exercício de 2000 e 2001 foram adquiridos mais 21,2% e 28(%, respectivamente, os quais geraram umadiferença de consolidação (nota 10) no montante de 522.945 Euros. A partir de 2001 a participação passou a ser de 100%, tendo em 2003 sido alienado0,97% para fora do grupo ver nota (i);

(c) Empresa participada em 45% pelo IPE – Investimentos e Participações Empresariais, tendo por objectivo a gestão de algumas participações no Oriente.À data de 31 de Dezembro de 2003, detém 60% da sociedade EFACEC Malaysia SDN. BHD que, por sua vez, detém 23% da sociedade Sesco EFACEC,residente no mesmo país;

(d) Os restantes 25% são detidos pela Caixa Investimentos – Sociedade de Investimentos, S.A.. Esta sociedade foi constituída com a finalidade de gerir participaçõessociais, como forma indirecta de exercício de actividades económicas, podendo igualmente prestar serviços técnicos de administração e gestão, nos termos legais,nomeadamente o acompanhamento de concessões;

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Relatório do Conselho de Administração28

Informação completa sobre o negócio e actividades desenvolvidas das empresas acima referidas encontram-se na sede, podendo ser disponibilizadas sesolicitado.Todas as empresas referidas no mapa acima, foram consolidadas pelo método integral, de acordo com o estabelecido na alínea a) do nº 1 do Artigo 1º do DecretoLei nº 238/91 de Julho, o qual estabelece a detenção da maioria dos direitos de voto como obrigação de consolidação.Para além da integração das empresas acima referidas, foram ainda integradas nas demonstrações financeiras consolidadas, as contas das sucursais daRepública Checa e Tunisia. Estas sucursais estão afectas a obras em realização nesses países.

2. Empresas do Grupo Excluídas da Consolidação

As empresas registadas em Partes de capital em empresas do grupo e que foram excluídas da consolidação, em 31 de Dezembro de 2003, as suas sedessociais e a fracção de capital detido, directa ou indirectamente, eram as seguintes:

(e) Sociedade adquirida em 1999 para gestão de património imobiliário do grupo;(f) Esta empresa é detida pelo grupo, através da EFACEC International Financing, S.G.P.S., S.A., em 60% e pela EFACEC Capital, S.G.P.S., S.A., em 1%.

Pelo facto daquela sociedade ser detida em 55% por esta, há controlo da EFACEC Malaysia. A 31 de Dezembro de 2002, esta participação não foi integradapor ser imaterial, tendo sido apresentada pelo Método de Equivalência Patrimonial;

(g) Em Junho de 2003, foi adquirida 23.33% aos minoritários, ficando o grupo a deter 53.33%. Esta filial passou assim a ser integrada pelo Método Integral aocontrário do ano anterior em que foi apresentada pelo Método de Equivalência Patrimonial com base nas demonstrações financeiras a 31 de Dezembro de2001, dado que em 31 de Dezembro de 2002 não foram disponibilizadas contas.

(h) O capital da Tec M5 GT foi adquirido em Julho de 2003 aos seus fundadores por 260.500, tendo os 49,7% da Tech M5 Capital sido adquiridas à PME Capital –Sociedade de Capital de Risco, SA e FRIE PME CAPITAL GLOBAL por troca de acções da Efacec – Sistemas de Electrónica, SA (3,11%) e ENT – EmpresaNacional de Telecomunicações, SA (0,97%), diminuindo assim a percentagem detida pelo grupo, pelo valor de 750.000.

(a) Esta participação está registada pelo Método de Equivalência Patrimonial, sendo excluída da consolidação por ser imaterial para a apresentação de uma imagemverdadeira e apropriada da posição inanceira e dos resultados das suas operações no Grupo, seguindo o exposto no nº1 do artigo 4º do Decreto-Lei 238/91, por seencontrar com uma actividade muito pouco relevante.(1) A meio do último trimestre do exercício de 2001 foi tomada a decisão pelo Conselho de Administração da EFACEC de desactivar/desinvestir a actividadeprincipal de produção desenvolvida pela EFACEC Oriente, Lda., passando apenas a dar algum apoio a outros investimentos e projectos do grupo naquela zona domundo. Assim, para efeitos de consolidação de contas, a empresa foi integrada nos seus custos e proveitos até ao mês de Setembro de 2001, altura em que foramapresentadas as contas do terceiro trimestre, tendo até essa data contribuídonegativamente para os resultados do grupo consolidados em 3.153.445 Euros (semajustamentos de consolidação 2.357.050 Euros). A decisão entretanto tomada inviabilizou qualquer transferência de fundos desta participada para Portugal podendoo investimento ser desactivado ou vendido. Tendo isto em consideração, o Conselho de Administração decidiu de imediato excluí-la do perímetro de consolidaçãodo grupo, fazendo referência ao nº 3 do artigo 4º do Decreto Lei nº 238/91 de 2 de Julho, passando a tratá-la nas demonstrações financeiras comouma parte decapital em empresas do grupo. Por outro lado, e em conformidade com o capítulo 5.4.3.5 dos Critérios de Valorimetria do Plano Oficial de Contabilidade foi decididoconstituir uma provisão para a totalidade do investimento nessa participada.

Denominação Social Sede Fracçãode Capita detido (%)l Valor na Contabilidade

MSEG – Sistemas de Segurança, Lda. (a) Porto 54,0 2.076EFACEC Oriente, Lda. (1) Macau 100,0 5.988.951Outros 69.000

6.060.027Provisão para a EFACEC Oriente (nota 46) -5.985.575

74.452

3. Empresas Associadas Incluídas na Consolidação através do Método de Equivalência Patrimonial

As empresas associadas, respectivas sedes sociais, e fracção do capital detido pela EFACEC Capital, em 31 de Dezembro de 2003, incluídas na consolidaçãopelo Método de Equivalência Patrimonial, de acordo com o disposto no nº 13.6 das normas de consolidação previstas no Decreto Lei nº 238/91, são como segue:

Denominação Social Sede Fracção deCapital detido (%) Valor na Contabilidade

Godrej EFACEC Automation & Robotics LT. (a) Mumbai (India) 50 194.877NORMED – Med. Téc. De Seguros Industriais, S.A. (f) Matosinhos 30 0EID - Emp. de Inv. e Desenv. de Electrónica, S.A. (b) Lisboa 25,1 1.946.637EFACEC Moçambique, Lda. (c) Maputo (Moçambique) 49 0O&M Serviços, S.A. Mortágua 31 339.074SESCO EFACEC SDN BHD (d) Kuching (Malásia) 20 1.081.425Águas da Figueira, S.A. (e) Figueira da Foz 20 722.673

4.284.686Empresas assoc. excluídas da consolidação (nota 4) 2.258.442

6.543.128Provisão para Investimentos financeiros (notas 4, 46) -2.259.554

4.283.574

(a) Empresa localizada na Índia, constituída em 8 de Janeiro de 1999 na dependência operacional da EFACEC Automação e Robótica. Foi aplicado o métodode equivalência patrimonial a 31 de Dezembro de 2003.

(b) Esta empresa foi adquirida no início do último trimestre de 2000. Foi reconhecida uma diferença negativa entre o valor de aquisição e o montante do capitalpróprio, registada em Proveitos diferidos, no valor de 580.012 Euros (nota 10).

(c) O Método de Equivalência Patrimonial foi aplicado com referência à data de 30 de Setembro de 2003, por indisponibilidade das respectivas DemonstraçõesFinanceiras à data de 31 de Dezembro de 2003, sendo o respectivo ajustamento registado em Provisões para Outros Riscos e Encargosem virtude de ovalor da participação ser negativa com a proporção dos resultados acumulados (Nota 46);

(d) Esta empresa é detida em 12,2% directamente pela EFACEC Energia, sendo a parte restante indirectamente através da participação directa na EFACECInternational Financing, SGPS que detém o controlo da EFACEC Malaysia que por sua vez detém 23% da Sesco EFACEC. O valor aqui apresentado resultada aplicação do Método de Equivalência Patrimonial via EFACEC Energia, uma vez que os outros efeitos estão considerados via EFACEC Malaysia (nota2). Não foram obtidas atempadamente contas auditadas desta associada com referência a 31 de Dezembro de 2003, tendo sido obtidas com referênciaa 31 de Dezembro de 2002.

(e) Esta sociedade tem como objecto social a exploração em regime de concessão de sistema de captação, tratamento e distribuição de água para consumopúblico e do sistema de recolha, rejeição dos afluentes do conselho da Figueira da Foz. O valor da participação no grupo foi aumentado em 2001 em 102.079Euros, resultante da valorização da participação em consequência da venda da EFACEC Ambiente à EFACEC Investimentos e Concessões, a qual, édetida em 75%.

(f) Esta participação foi alienada durante o exercício de 2003 à Solução – Corretores de Seguros.

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29Relatório do Conselho de Administração

4. Empresas Associadas Excluídas da ConsolidaçãoAs empresas incluídas em Partes de capital em empresas associadas excluídas da consolidação, registadas ao custo de aquisição, são as seguintes:

Denominação Social Sede Fracção de Capital detido (%) Valor na Contabilidade

Liaoyang EFACEC Electrical Equipment Co. (nota 3) Liaoyang (China) 22,6 2.258.442

Não foi considerado o método de equivalência patrimonial nesta associada dada a pouca probabilidade de transferência de fundos no futuro. Foi constituída umaprovisão no valor de 2.259.554 euros, a qual tendo em conta a projecção de fluxos de caixa futuros pressupõe uma perda total.

6. Outras Empresas ParticipadasAs empresas participadas pelo Grupo EFACEC não referidas nas notas anteriores são como segue:

31.12.2003 31.12.2002Valor da Participação Percentagem aproximada Valor da Participação

Biorope, Soc. Europeia de Biotecnologia, S.A. (a) 0 5,00% 195.603Portugália – Comp. Port. Transportes Aéreos, S.A. 99.760 - 99.760Águas da Costa de Cascais, S.A (b) 1.050.919 10,00% 740.558Portugal Space – Tecn. Serv. Espaciais, S.A. 325.002 16,25% 325.002Oniway – Infocomunicações, S.A. (c) 0 1,00% 3.399.500Outras 25.436 - 22.265

1.501.117 4.782.688 Provisão (a) -4.933 -274.284

1.496.184 4.508.404

(a) Esta participação foi alienada durante o primeiro semestre e encontrava-se totalmente provisionada a 31 de Dezembro de 2002;(b) O valor desta participada inclui prestações acessórias (configurando suplementares) no valor de 700.918 Euros efectuadas em 2001 e 2003.(c) No final de 2002 estavam subscritas 3.000.000 acções no valor de 1 Euro cada. No valor da participação, estavam incluídas prestações acessórias no

valor de 399.500 Euros. Esta participação foi alienada no primeiro semestre de 2003.

A Águas da Costa de Cascais, S.A. tem sede na Av. do Ultramar, 18, 2754 – 525 Cascais. Quanto às restantes empresas, não estão referidas informaçõessobre a sede, capitais próprios eresultados do período, dada a imaterialidade das mesmas, de acordo com o disposto no nº 13.2.2 das normas das normas deconsolidação.

7. Número Médio de Trabalhadores ao ServiçoO número médio de pessoas nos quadros das empresas do Grupo, incluídas no perímetro de consolidação pelo método integral, durante o exercício findoem 31 de Dezembro de 2003 e 31 de Dezembro de 2002, foram, respectivamente, 1.972 e 1.863, com a seguinte repartição:

II – Informações Relativas à Imagem verdadeira e Apropriada8. Aplicação das Normas de Consolidação

As demonstrações financeiras consolidadas do período findo em 31 de Dezembro de 2003, foram preparadas em todos os seus aspectos materiais, emconformidade com as Normas de Consolidação estabelecidas pelo Decreto Lei nº 238/91 de 2 de Julho, com o objectivo de dar uma imagem verdadeira eapropriada da situação financeira e dos resultados do conjunto das empresas incluídas na consolidação.

III – Informações Relativas aos Procedimentos de Consolidação10. Diferenças de Consolidação

Nas participações em filiais e associadas existentes em 31 de Dezembro de 1990 (anteriores à primeira consolidação de contas), a diferença entre o valor daparticipação financeira e o valor proporcional do capital próprio na mesma data, foi registada no capital próprio sob a designação “Diferenças de consolidação”.

Em aquisições posteriores a 1 de Janeiro de 1991, a diferença entre o valor da participação financeira e o valor proporcional do capital próprio, calculada à datade aquisição, sendo positiva é inscrita no activo incorpóreo na rubrica “Diferenças de consolidação”, e sendo negativa é inscrita no capital próprio ou no passivo,no caso de se prever, à data de aquisição, uma evolução dos resultados futuros desfavorável, ou à previsão de encargos que a participação ocasionará, namedida em que a referida previsão se realize, de acordo com o disposto na alínea g2) do parágrafo 13.4.1 das Normas de Consolidação de Contas.

O saldo desta rubrica no final de Dezembro de 2003, compreende as diferenças de consolidação – Good Will, no caso de positivas, e Bad Will, no caso denegativas - decorrentes da aplicação dos métodos acima referidos.O detalhe do seu valor, líquido das amortizações acumuladas, é conforme segue:

31.12.03 31.12.02Quadros Superiores e licenciados 627 605

Técnicos e Administrativos 681 676Operários 664 582

Total 1.972 1.863

31.12.03 31.12.02

Rubrica Valor Bruto Amort. V. Líq.ACTIVOENT - Empresa Nacional de Telecomunicações (a) 517.896 -313.161 204.735 313.767EFACEC Florida (b) 14.400 -14.400 0 0TECH M5 – Gestão de Tecnologia, SGPS, S.A.(c) 62.038 -5.170 56.868 0TECH M5 CAPITAL, SGPS, S.A (c) 71.060 -5.921 65.139 0TECH M5 – Tecnologia para Operadores de Rede, S.A. (c) 201.034 -16.753 184.281 0TECH M5 – Comunicações Celulares, Lda (c) 233.988 -198.052 35.936 0MAP – Consultoria e Gestão, Lda (c) 151.070 -12.589 138.481 0

1.251.486 -566.046 685.440 313.767

CAPITAL PRÓPRIO (e)

EFACEC Motores Eléctricos 3.029.329 0 3.029.329 3.029.329EFACEC Ambiente 47.690 0 47.690 47.690Outras 3.033 0 3.033 3.033

3.080.052 0 3.080.052 3.080.052PROVEITOS DIFERIDOSEID – Empresa de Investigação e Desenvolvimento (d) 580.012 -435.012 145.000 319.009

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Relatório do Conselho de Administração30

(a) Esta empresa do Grupo estava integrada na consolidação detendo a EFACEC Capital 50,8% desde a data da sua constituição. Em Dezembro de 2000,foram adquiridos aos minoritários mais 21,2%, contendo estes good will que será amortizado no Grupoem 5 anos, de acordo com a política do grupo (nota27). No início de 2001, foram adquiridos os restantes 28%, sendo apurado o montante de good will afecto a esta percentagem de aquisição. O cálculo inicialfoi assim apurado:

Empresa Valor de Aquisição 49,2% do Capital Diferença Consolidaçãodos 49,2% Próprio (Good Will)

ENT – Empresa Nacional de Telecomunicações, S.A. 1.224.050 701.105 522.945

A variação face a 31 de Dezembro de 2002 prende-se com o ajustamento decorrente da alienação de 0.97% à PME Capital – Sociedade de Capital de Risco,SA e FRIE PME CAPITAL GLOBAL e a amortização do ano de 103.983 euros.(b) Este good will foi apurado no final de Dezembro de 2003 após a aquisição da participação a minoritários.(c) O capital da Tec M5 GT foi adquirido em Julho de 2003 aos seus fundadores por 260.500, tendo os 49,7% da Tech M5 Capital sido adquiridas à PME Capital

– Sociedade de Capital de Risco, SA e FRIE PME CAPITAL GLOBAL por troca de acções da Efacec – Sistemas de Electrónica, SA (3,11%) e ENT –Empresa Nacional de Telecomunicações, SA (0,97%), tendo gerado este good will, a amortizar em 5 anos.

(d) Esta empresa passou a associada no último trimestre de 2000, após a aquisição de mais 5,6% do capital desta sociedade dedicada à investigação e aodesenvolvimento. No momento da aquisição foi apurado um bad will, registado em Proveitos diferidos no montante acima referido. No exercício de 2000a 2002 foram imputados a resultados 261.004 Euros, estando o remanescente evidenciado em Proveitos diferidos (nota 53). No período findo em 31 deDezembro de 2003, foi feita uma afectação adicional a proveitos financeiros, correspondente a 20% do valor inicialmente registado em Proveitos diferidos– 116.004 Euros.

(e) O saldo incluído no Capital próprio foi originado pela aplicação, pela primeira vez em 1 de Janeiro de 1991, da consolidação das demonstrações financeiras,e decorre da compensação efectuada entre o custo de aquisição das partes de capital detidas e a proporção dos capital próprio que elas representavam,reportadas àquela data.

Os valores atribuíveis às partes do capital próprio nas empresas filiais incluídas na consolidação, detidas por pessoas que não sejam as empresasconsolidadas, foram inscritos no balanço consolidado na rubrica “Interesses minoritários”.

Relativamente aos resultados (corrigidos sempre que necessário por ajustamentos de homogeneização de critérios de valorimetria) atribuíveis às partes doscapital próprio nas empresas filiais, detidas por pessoas que não sejam as empresas compreendidas na consolidação, foram apresentados na demonstraçãoconsolidada dos resultados na rubrica “Interesses minoritários” (nota 59).

14. Alterações ao perímetro de consolidação

TECH M5 GT, TECH M5 CAPITAL, TECH M5 TOR, TECH M5 CEL, MAP, EFACEC FLORIDA, BAUEN E EFACEC ETIÓPIA

Conforme referido na Nota 1, foram adquiridas diversas participações fora do grupo (Tech M5 GT, Tech M5 Capital, Tech M5 TOR, Tech M5 Cel, Map, EFACECFlorida e Bauen) e integradas pelo método integral, sendo os valores apresentados por essas sociedades com ajustamentos de consolidação, para efeitoscomparativos os demonstrados no quadro abaixo. Por outro lado, foi integrada pela primeira vez as contas da sucursal, EFACEC Etiópia, cujos efeitos foramigualmente apresentados abaixo:

- Os investimentos em empresas associadas são registados pelo método de equivalência patrimonial (Equity Method). Por este método, as participações sãoinicialmente registadas ao custo de aquisição, o qual é acrescido ou reduzido pela diferença para o valor proporcional à participação no capital próprio dessasempresas, reportado à data da primeira aplicação do método, à data de aquisição, ou no momento em que a empresa se tornou numa empresa associada,se posterior.

- As diferenças resultantes da aplicação do método, se positivas (casos em que o valor da aquisição é superior à proporção no capital próprio), são tratadascomo Good Will no Activo (nota 3) estando incluídos na rubrica de partes de capital em empresas associadas, se negativas (casos em que o valor daaquisição é inferior à proporção no capital próprio) são registadas no capital próprio ou em Proveitos diferidos, sendo este último caso para as situações ondesão estimadas as perdas futuras derivadas da participação. A análise do custo de aquisição e a sua comparação com a percentagem do capital próprio daassociada tem em conta o conceito de justo valor dos activos e dos passivos, quando este se mostrar disponível e a sua análise for relevante para a leituradas demonstrações financeiras.

- O valor do investimento financeiro é ajustado anualmente pelo valor correspondente à proporção nos resultados líquidos das empresas ou noutras variaçõesdas restantes rubricas do capital próprio dessas empresas, por contrapartida de ganhos ou perdas financeiros (nota 44) ou como ajustamentos de partesde capital em associadas, respectivamente. Adicionalmente,os dividendos recebidos dessas empresas são registados como uma diminuição do valor doinvestimento.

- A diferença verificada no exercício seguinte ao do reconhecimento do proveito ou perda financeira entre estes e o montante atribuído de dividendos é levadaà rubrica de “Ajustamentos de partes de capital em empresas associadas”, no capital próprio.

- Os ganhos e perdas financeiros decorrentes de operações de aumentos de capital em empresas associadas, não subscrito pela EFACEC Capital, bem comoos resultantes de outras operações que originem alteração da percentagem de participação, são registados na demonstração dos resultados, no período emque ocorrem.

- Os empréstimos concedidos a empresas associadas são registados pelo seu valor nominal, ou o valor estimado de realização, quando mais baixo, na rubrica de“Empréstimos a empresas Associadas”. Tratando-se de Prestações suplementares ou acessórias (tendo estas as mesmas condições que aquelas, preconizadas noCódigo das Sociedades Comerciais) são registadas na rubrica de Partes de capital em empresas associadas.

- As perdas estimadas na realização e/ou recuperação destes investimentos financeiros encontram-se registados na rubrica de provisões para investimentosfinanceiros em associadas.

- Este método de contabilização não é aplicado no caso de existirem restrições severas e duradouras que prejudiquem significativamente a capacidade detransferência de fundos para a empresa detentora ou estas partes de capital sejam adquiridas e/ou detidas com a finalidade de venda num futuro próximo.

TECH M5 Etiópia Malásia Flórida Bauen TotalTotal do Activo 3.084.040 242.874 751.642 2.455.314 1.679.446 8.213.316Total do Passivo 1.801.140 476.984 89.166 124.856 217.155 2.709.301Total de Proveitos 2.327.095 64.072 7.806 3.373.359 752.606 6.524.938Total de Custos 1.990.160 34.204 427 3.313.665 385.260 5.723.716Resultado Líquido 336.935 29.868 7.379 -92.194 72.759 354.747

Em contrapartida deixou de aparecer na rubrica de Partes de capital em empresas do grupo a quantia de 655.108 Euros e em Ajustamentos de Partes de Capitalem Associadas, 65.725 Euros.

18. Critério de Contabilização das Participações Financeiras em Associadas

O Grupo EFACEC adopta a política contabilística que segue, para registar, nas suas demonstrações financeiras os investimentos financeiros em empresasassociadas:

IV – Informações Relativas a Compromissos

21. Compromissos Financeiros Assumidos e Não Incluídos no Balanço ConsolidadoUma parte importante dos negócios do Grupo EFACEC desenvolve-se nos mercados internacionais, dando origem a exposições ao risco de flutuação das taxas decâmbio, tanto na compra como na venda. O Grupo utiliza alguns instrumentos financeiros com o objectivo único de reduzir esses riscos, que incidemfundamentalmente sobre as receitas líquidas em dólares americanos.

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31Relatório do Conselho de Administração

À data do balanço, os contratos cambiais em vigor totalizavam 13,8 milhões de dólares, com um câmbio médio USD/Euro 1.16, e com maturidades entre Janeiro eJulho de 2004, de acordo com o prazo de execução dos negócios que lhes estão subjacentes.Os referidos contratos têm por base o conjunto dos negócios em divisas do Grupo firmes, encarados nos seus diferentes estádios de desenvolvimento: (i) contasa receber e(ii) encomendas em carteira ainda não facturadas.A contabilização dos contratos está em conformidade com as normas em vigor. São reconhecidas no balanço todas as fixações de câmbio que respeitam afacturação emitida e ainda não recebida (contratos no valor global de 7,8 M.USD).Na data do Balanço o grupo mantinha contratos de Aluguer de Longa Duração (“Renting”) considerados como locação operacional cujo valor das rendas vincendasascendiam a 2.467.327 Euros.

22. Garantias Prestadas, Responsabilidades e Outras Contingências

Em 31 de Dezembro de 2003, o Grupo EFACEC tinha assumido responsabilidades perante terceiros que podem ser resumidas como segue:31.12.2003 31.12.2002

Letras, outros títulos descontados e outras responsabilidades 955.474 596.092Garantias e Cauções 145.594.638 145.103.129

146.550.112 145.699.221

Adicionalmente, a EFACEC Capital, S.G.P.S., emitiu “side letters” garantindo o pagamento de valores não cobertos pela apólice de seguro de crédito num contratode fornecimento efectuado a um cliente. Em 31 de Dezembro de 2003, a responsabilidade ascendia a 359.958 Euros.

V – Informações Relativas a Políticas Contabilísticas

23. Bases de Preparação, Princípios de Consolidação e Critérios Valorimétricos AdoptadosAs principais políticas e critérios de contabilidade adoptados na preparação destas demonstrações financeiras, são como segue:

Bases de ApresentaçãoAs demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal. Foram aindapreparadas no pressuposto da continuidade das operações, e com base nos livros e registos das empresas incluídas na consolidação, referidas nas notas 1 a 3.

Princípios de Consolidação

Investimentos em Subsidiárias (filiais)Investimentos em subsidiárias onde o Grupo tem direitos de voto superiores a 50% ou, sem o ter, exerce, directa ou indirectamente, controlo sobre as operaçõesda empresa, são consolidadas pelo método de integração global (nota 1). A consolidação inicia-se desde a data cujo controlo passou para o Grupo e termina quandoeste cessa. Este critério não é adoptado quando se tratem de empresas com pouco significado, cuja contribuição para o agregado não é importante. O controloexiste quando o Grupo tem o poder de orientar as políticas financeiras e operacionais da empresa, em ordem a obter os benefícios económicos das suasactividades. Por este método de consolidação, as transações, saldos e fluxos de caixa entre essas empresas foram eliminados, bem como os ganhos nãorealizados. As perdas não realizadas são igualmente anuladas, salvo se o custo não possa ser recuperado. O valor correspondente à participação dos terceirosnessas empresas, nos capital próprio e nos resultados do exercício, é apresentado no balanço e na demonstração dos resultados na rubrica de “Interessesminoritários”. As diferenças de consolidação, decorrentes da diferença entre o valor contabilístico das partes de capital e o valor da proporção no capital próprio,corrigido para o justo valor dos activos e passivos, que elas representam, reportadas à data da primeira consolidação ou de aquisição, foram registadas na rubricade “Diferenças de consolidação” (nota 10).Quando necessário, as políticas de contabilidade existentes nestas subsidiárias, poderão ser alteradas de modo a que haja consistência nas políticas do Grupo.Investimentos em AssociadasOs investimentos financeiros representando partes de capital em empresas associadas encontram-se valorizados no balanço consolidado pelo método deequivalência patrimonial (nota 18). Estes são investimentos onde o Grupo tem normalmente direitos de voto entre 20% a 50%, ou tem, de outro modo, umainfluência significativa na gestão, mas não tem o controlo, como referido acima. Os ganhos não realizados são eliminados até à proporção da participação naassociada. As perdas são igualmente eliminadas na mesma proporção, salvo se as perdas possam ser irrecuperáveis. Os investimentos do Grupo emassociadas podem incluir um valor de “Trespasse” – Good Will, que pode ser activo, capital próprio ou proveito diferido, de acordo com a nota 18. A aplicaçãodo método de equivalência patrimonial deixa de existir quando o valor contabilístico da participação atinja um montante nulo, salvo se o Grupo tiver assumidoo compromisso de compensar as perdas e todas as responsabilidades da empresa associada, momento em que constituirá uma provisão para essasparticipadas. Os resultados das operações destas empresas associadas são registados na demonstração dos resultados financeiros do Grupo, desde a dataem que foi assumida a influência significativa até ao seu desaparecimento.

Conversão das Demonstrações Financeiras em Moeda EstrangeiraAs diferenças de câmbio originadas pela conversão para Euros das demonstrações financeiras de empresas subsidiárias e associadas expressas em moedaestrangeira, foram incluídas no capital próprio, na rubrica de Outras reservas. A conversão dos activos, passivos, rubricas dos capital próprio e dademonstração dos resultados é efectuada pela aplicação da taxa de câmbio vigente à data do balanço.Para as subsidiárias ou associadas que operem em locais com economias com inflação muito elevada, é feita a conversão de acordo com a Norma Internacionalde Contabilidade nº 29, usando índices adequados previamente à conversão para Euros.

Critérios Valorimétricos Adoptados

a) Imobilizações incorpóreasAs imobilizações incorpóreas incluem fundamentalmente despesas de investigação e desenvolvimento assentes no melhoramento contínuo de métodos etécnicas afectos à actividades das diversas empresas do Grupo. Estes custos são capitalizados até ao momento em que exista a expectativa de virem a gerarbenefícios económicos futuros. Despesas incorridas na investigação são registadas em custos quando ocorrem. As despesas com desenvolvimento que foramcapitalizadas são amortizadas pelo método das quotas constantes durante um período de três anos, com início no momento em que o produto ou técnicadesenvolvida produz os benefícios esperados.Estas imobilizações incluem igualmente as diferenças de consolidação geradas em conformidade com as notas 10 e 18, as quais estão a ser amortizadas numperíodo de cinco anos.As despesas com o desenvolvimento e manutenção de programas de software são na generalidade incluídos em custos aquando da sua ocorrência. Contudo,despesas que estão directamente relacionadas com programas de software específico controlados pelo Grupo e existem fortes probabilidades que os seusbenefícios ultrapassem um ano, são reconhecidos como imobilizado incorpóreo, bem como outras despesas de desenvolvimento posterior que complementema aplicação informática.Do mesmo modo, as despesas incorridas com estudos diversos no Grupo são habitualmente registadas em custos do exercício. Porém, as que se referem aestudos e análises referentes à organização e expansão do Grupo, desde que existam fortes probabilidades que os seus benefícios económicos ultrapassemum ano, são imobilizadas e amortizadas no seu período de vida útil, o qual não deverá ultrapassar 5 anos.Quando existem indicações credíveis de que o activo inicialmente considerado como imobilizado incorpóreo sofreu uma desvalorização, incluindo diferençasde consolidação, o valor da mesma é apurado e eliminado até ao seu valor recuperável.

b) Imobilizações corpóreasOs Terrenos, onde estão instaladas as fábricas e os escritórios das empresas incluídas na consolidação, a partir do exercício de 1998, estão registados ao valorde mercado, com base em avaliações bienais realizadas por uma entidade independente de avaliadores. De acordo com o plano, durante o exercício de 2000 foiefectuada nova reavaliação dos terrenos. O aumento ou diminuição para o valor actual, quando materialmente relevante, é registado no excedente originadoaquando da primeira avaliação e incluído nos capital próprio, em conformidade com a Directriz Contabilística nº 16 – Reavaliação de activos imobilizados tangíveis.

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Relatório do Conselho de Administração32

Rubrica AnosTerrenos -Edifícios e Outras Construções 25 – 50Equipamento Básico 8 - 12Equipamento de Transporte 4 – 5Ferramentas e Utensílios 4 – 8Equipamento Administrativo 4 – 6

Os ganhos e/ou perdas nas alienações ou abates são determinados pela diferença entre o seu valor líquido contabilístico (activo bruto – amortizaçõesacumuladas) e o seu valor de alienação ou abate, sendo neste último caso nulo. Os resultados são incluídos nos resultados do período.

Pela amortização ou venda de bens reavaliados, é calculada a parte da reserva realizada, a qual é sujeita a um registo contabilístico interno separado, uma vezque a sua utilização para incorporação em capital social ou para cobertura de prejuízos passa a ser possível.

Quando o valor líquido de um activo registado em imobilizações corpóreas é superior ao seu valor recuperável, por utilização na actividade corrente de cada umadas empresas ou por venda, a diferença é registada em custos do período.

Os encargos com reparações e manutenções de natureza corrente são registados como custos no período em que ocorreram. As reparações relacionadas coma substituição de partes de equipamentos quando representem aumentos dos benefícios económicos futuros, são registadas como imobilizações corpóreas eamortizadas de acordo com a sua vida útil esperada.

c) Investimentos FinanceirosNas empresas cujas participações são em associadas é seguida a política contabilística referida na nota 18. Os restantes investimentos financeiros estãoregistados ao mais baixo valor entre o seu custo de aquisição e o seu valor líquido de realização. Este último é calculado tendo por base o valor daproporção no capital próprio e/ou os fluxos de tesouraria previstos que provenham do investimento.

d) LocaçõesAs empresas do Grupo seguem os critérios preconizados na Directriz Contabilística nº 25 – Locações, tendo presente o principio da substância sob a forma. Namaior parte dos casos, os activos imobilizados adquiridos sob a forma de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, sãocontabilizados pelo método financeiro. De acordo com este método, o custo do bem é registado em imobilizado corpóreo, a responsabilidade assumida com alocadora é registada no passivo em “Fornecedores de Imobilizado”, os juros incluídos nas rendas são levados a resultados financeiros e a amortização do activoa “Amortizações do exercício”, nos resultados operacionais, de acordo com a política estabelecida na nota 23 b).

As locações que forem consideradas operacionais, nomeadamente pela inexistência de intenção de ficar com o activo sujeito à locação, entre outras condiçõesprevistas naquela directriz, são apenas registadas pelo valor da renda em custos operacionais.

e) ExistênciasAs existências estão registadas ao mais baixo valor entre o custo e o valor líquido de realização. Este último representa a melhor estimativa de preço de vendano decurso normal da actividade de cada uma das empresas, deduzido dos custos de acabamento e colocação no cliente final. Matérias Primas, Mercadoriase Produtos Acabados estão registados ao custo padrão, apurado de acordo com princípios técnicos e contabilísticos periodicamente revistos. Os materiaisadquiridos a terceiros especificamente para a produção em curso são contabilizados pelo respectivo custo de aquisição. Os custos padrões utilizados nasmatérias-primas, subsidiárias e de consumo e nas mercadorias consideram-se adequadamente representativos dos respectivos custos reais de aquisição,incluindo despesas de compra. No que respeita aos produtos acabados e semiacabados e aos produtos e trabalhos em curso, os custos padrão aplicadosreflectem adequadamente os respectivos custos reais directos e indirectos de produção. Na determinação do valor em curso são usadas estimativas relativasaos graus de acabamento e facturação das respectivas obras ou instalações em curso.

f) Reconhecimento de Proveitos e Custos nos Contratos PlurianuaisO proveito relativo a contratos que ultrapassam um ano é reconhecido de acordo com o método da percentagem de acabamento ou de facturação, dos doiso mais baixo ou o mais fielmente apurado, medido pelas entregas parciais, identificação de segmentos, autos de medição ou outras formas que permitamestimar com fiabilidade os custos a incorrer para que a obra se dê por terminada ou as facturas a emitir para o cliente. Quando não é possível estimar comrazoável fiabilidade, os proveitos bem como os custos, são reconhecidos apenas com a entrega do produto, adoptando-se aqui o critério da obra completa.Neste caso, os custos incorridos ficam registados em Existências – Produtos e trabalhos em curso. O reconhecimento pelo grau de facturação e não pelograu de acabamento, nalguns casos, não produz efeitos substanciais nos proveitos a reconhecer nem, consequentemente, nos resultados apurados.Os custos dos contratos incluem matérias primas e materiais directos, mão de obra directa e também a imputação de custos indirectos, distribuídos deacordo com a especificidade do contrato. Despesas com vendas e administrativas são registadas em custos quando ocorrem. São constituídas provisõespara as perdas previsíveis decorrentes da realização do contrato, no período em que elas são determinadas, sendo reconhecidas de imediato nosresultados. Alterações aos contratos ou a estimativas e previsões de custos e/ou proveitos e margens, decorrentes de renegociação das condições comos clientes ou de produtividade interna, são reconhecidos em resultados a partir do período em que ocorrem e atendendo aos graus de acabamento. Noscontratos cujo custo de serviços pós-venda não esteja coberto por seguros específicos, é diferido parte do proveito a reconhecer (2 a 5% do total deproveitos), que só é reconhecido aquando da ocorrência do custo ou no fim do período dado como garantia. Noutros casos, a empresa reconhece provisõespara fazer face a eventuais perdas no serviço pós-venda.

Quando o grau de acabamento é superior ao grau de facturação, ou existem materiais que não foram ainda objecto de utilização e aplicação na obra ouinstalação, o balanço apresenta saldo na rubrica de Produtos e trabalhos em curso, correspondendo no primeiro caso a uma situação de crédito sobre osclientes que não está ainda facturada e, portanto, não reconhecido a margem daí decorrente. Quando ocorre a situação contrária, o grau de facturação ésuperior ao grau de acabamento, existe um proveito diferido, do lado do passivo, o qual, representa um crédito do cliente perante a obra desenvolvida.

g) Dívidas a ReceberAs contas a receber estão relevadas pelos valores das facturas correspondentes, diminuídas das estimativas feitas para créditos de cobrança duvidosa,tendo por base as análises a facturas vencidas e ainda não cobradas, a antiguidade do crédito e a situação ou natureza do devedor. As dívidasconsideradas como incobráveis são eliminadas das contas a receber no período em que forem identificadas.

h) Transacções em moeda estrangeiraTodos os activos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos para euros às taxas de câmbio vigentes à data do balanço.Os activos e passivos em moeda estrangeira cobertos por operações de venda ou compra de moeda a prazo “forwards”, são convertidos inicialmente àtaxa de câmbio da data de fecho do período, afectando directamente cada uma das rubricas incluídas no activo ou no passivo, por contrapartida de custosou proveitos financeiros. Posteriormente, tendo em atenção os câmbios contratados com as instituições financeiras, faz-se nova actualização, surgindonas demonstrações financeiras um activo ou um passivo sobre a instituição de crédito, tendo por contrapartida custos ou proveitos financeiros,evidenciando o ganho ou a perda potencial resultante da fixação. As vendas e outros custos ou proveitos operacionais para os quais existe fixação demoeda a prazo, indexadas às notas de encomenda ou mesmo às propostas, estão registadas ao câmbio fixado com as instituições financeiras.

Todas as restantes imobilizações corpóreas, são originalmente contabilizadas pelo respectivo valor histórico de aquisição ou de produção. O custo de aquisiçãoou de produção inclui o preço da factura, despesas de transporte e montagem, diferenças de câmbio e encargos financeiros de empréstimos contraídosespecificamente para o investimento e suportados durante o período de construção. Alguns destes bens foram posteriormente reavaliados segundo diplomaslegais, de acordo com as disposições referidas na nota 41 (ver também nota 42).As amortizações e reintegrações do imobilizado corpóreo são calculadas segundo o método das quotas constantes por duodécimos sobre o valor de custo oude reavaliação. As taxas anuais aplicadas reflectem satisfatoriamente a vida útil dos bens, situando-se entre os limites mínimo e máximo indicados no DecretoRegulamentar nº. 2/90, de 12 de Janeiro.O processo de depreciação inicia-se no mês seguinte àquele em que o bem entrou em funcionamento, de acordo com a sua vida útil estimada, como segue:

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33Relatório do Conselho de Administração

As transacções em moeda estrangeira são convertidas em euros aos câmbios oficiais vigentes à data da operação. As diferenças de câmbio realizadasno exercício, favoráveis e desfavoráveis, bem como as potenciais apuradas nos saldos existentes na data do balanço, por referência às paridadesvigentes nessa data, integram os resultados correntes do exercício.

i) Especialização de ExercíciosOs proveitos e custos, relativos a receitas e despesas, são registados de acordo com o princípio do acréscimo ou da especialização de exercício, peloqual, aqueles são reconhecidos na medida em que são gerados, independentemente do momento em que sejam recebidos ou pagos. As diferenças entreos dois momentos dá origem a um registo nas rubricas de Acréscimos e Diferimentos (nota 53).

j) Uso de EstimativasA preparação das demonstrações financeiras consolidadas, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites, requer que osmembros da gestão de cada uma das empresas que integram o consolidado, façam estimativas e previsões, os quais afectam os valores dos activos edas responsabilidades expressos no balanço, a apresentação e divulgação de activos e passivos nos relatórios e notas anexas, bem como os proveitose custos reconhecidos no período. A gestão revê as suas estimativas e pressupostos em todos os períodos e na data do balanço tendo por base acontinuidade das operações e segundo a informação que tem disponível. As alterações de factos e circunstâncias podem resultar na revisão dasestimativas e os resultados actuais serem diferentes dos estimados.

Uma parte significativa das actividades das empresas do Grupo refere-se a contratos de longo prazo. Adicionalmente, alguns produtos e serviços do Gruposão negociados com os clientes envolvendo a constituição de garantias por mais de um ano. A preparação das demonstrações financeiras consolidadasenvolve assim o uso de estimativas relacionadas com aquelas actividades, incluindo as que se relacionam com os custos a incorrer para o acabamentoda obras e com a manutenção e custos das garantias. O Grupo é assim obrigado a rever e a acompanhar com muita regularidade a informação disponívelpor forma a que as estimativas sejam o mais realísticas possíveis.

k) Complemento de pensões de reforma e invalidezOs complementos de pensões de reforma e invalidez, concedidos facultativamente pela sociedade foram, em conformidade com aDirectriz Contabilística nº. 19, objecto de um estudo actuarial da respectiva responsabilidade assumida. Para tal, foi constituída em 1998, uma provisãopara riscos e encargos, cuja contrapartida foi levada directamente ao capital próprio. O valor desta provisão vai variando em função da estimativa depagamentos futuros e dos pagamentos efectuados durante o exercício.

l) Subsídios ao Investimento relacionados com Imobilizações Incorpóreas e CorpóreasOs subsídios para aquisição de imobilizado corpóreo e para estudos de desenvolvimento classificados como imobilizado incorpóreo são diferidos nobalanço, na rubrica de “Proveitos diferidos”(nota 53), sendo posteriormente reconhecidos como proveitos de acordo com a vida útil dos bens adquiridosou dos projectos de desenvolvimento, sob a rubrica de “Proveitos e ganhos extraordinários”(nota 45), em conformidade com o Plano Oficial deContabilidade.

m) Imposto sobre o Rendimento e Impostos DiferidosA EFACEC Capital, S.G.P.S. optou pelo regime de tributação pelo lucro consolidado a partir do exercício de 1993, actualmente denominado de RegimeEspecial de Tributação dos Grupos de Sociedades (Artigo 63º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (CIRC). Foram incluídasno perímetro da consolidação fiscal todas as sociedades do Grupo com sede em território nacional e sujeitas ao regime geral do Imposto sobre oRendimento das Pessoas Colectivas (IRC), nas quais a participação directa ou indirecta é superior a 90%, de acordo com a legislação aplicável. O impostosobre o rendimento consolidado é determinado a partir da matéria colectável consolidada do conjunto de empresas acima descrito, e da matéria colectávelde cada uma das restantes filiais consideradas isoladamente, nomeadamente as externas.

Os impostos diferidos são calculados para cada uma das entidades quando existam diferenças temporárias entre os valores considerados para efeitosfiscais e os montantes relevados na contabilidade em activo ou passivo, custos ou proveitos. O imposto diferido passivo representa impostos a pagarno futuro, dependendo a sua realização do valor na contabilidade que o originou. O imposto diferido activo é reconhecido no activo não corrente erepresenta um crédito de imposto futuro, cuja realização dependerá igualmente da realização do valor no balanço e/ou na demonstração dos resultados queoriginou a existência deste imposto diferido. Alterações do valor de imposto diferido decorrente de alterações nas taxas de IRC são reconhecidas nosresultados no momento em que ocorrem. Impostos diferidos provenientes de diferenças temporárias relacionadas com investimentos em subsidiárias eassociadas são registados, excepto se a reversão da diferença temporária for controlada e não seja provável que a reversão se dê num futuro previsível.As principais diferenças temporárias no Grupo resultam de provisões para reestruturação e outras cujo encargo dedutível não é considerado no momentoem que o custo é registado nas demonstrações financeiras, as quais só quando se materializarem os respectivos custos e as perdas fiscais reportáveisserão consideradas para efeitos fiscais (nota 46). A taxa de imposto que tem servido de base à determinação dos impostos diferidos é a prevista nalegislação actual – 25%, acrescida da derrama – 2,5%.

De acordo com a Norma Internacional de Contabilidade nº 12 (Revista), e por força da Directriz Contabilística nº 18, de 18 de Dezembro de 1996, e maisrecentemente da Directriz Contabilística nº 28 – Impostos sobre o Rendimento, que só se tornou efectiva a partir de 1 de Janeiro de 2002, são reconhecidosimpostos diferidos activos e passivos sempre que os respectivos efeitos sejam significativos para a melhoria da imagem verdadeira e apropriada dasdemonstrações financeiras da entidade.

n) ProvisõesAs provisões são reconhecidas quando o Grupo tem um compromisso legal ou decorrente de uma decisão formal de gestão, relacionada com eventospassados, seja provável que venha a resultar num despender de recursos para cumprir esse compromisso, e a estimativa possa ser calculada comrazoável fiabilidade.

Provisões para reestruturação, incluindo indemnizações a pagar ao pessoal, perdas com a desactivação ou alienação de imobilizado corpóreo, e outrasque sejam previsíveis são reconhecidas no período em que o Grupo passa a assumir o compromisso ou exista uma grande probabilidade de um exfluxode recursos incorporando benefícios económicos seja exigido para liquidar a obrigação e possa ser feita uma estimativa fiável da quantia da obrigação.O seu reconhecimento no exercício pressupõe um grau de irreversibilidade elevado, incluindo a existência de um plano formal que identifique o negócioou parte dele, as localizações, as funções e os números de empregados que serão retribuídos por terminarem os seus serviços, os dispêndios queserão suportados e a data em que o plano irá ser implementado.

São igualmente realizadas provisões sempre que no decorrer de uma obra plurianual se estime com algum grau de fiabilidade uma perda potencial parao final dessa obra. A provisão é feita pelo valor total da perda e de imediato em resultados, independentemente do grau de acabamento da mesma.

o) Facturação e Adiantamentos de ClientesNas actividades correntes de produção e venda de produtos ou prestação de serviços a curto prazo, as facturas emitidas pela empresa são registadasem proveitos operacionais – Vendas ou Prestações de serviços. Quando se tratam de facturas emitidas por respeito a facturações parciais previstasnos contratos de longa duração, como não representam obrigatoriamente os proveitos respectivos a reconhecer (nota 23 f)), são relevadas emProveitos diferidos.

Os adiantamentos dos clientes relacionados com fornecimentos futuros são reconhecidos na rubrica de “Adiantamentos de clientes” no passivocorrente, traduzindo uma fase inicial da obra (com a adjudicação p.e.), cujos custos incorridos são poucos ou mesmo inexistentes e/ou quandorespeitam a recebimentos efectivos dos clientes. O montante é posteriormente regularizado de acordo com o referido no parágrafo anterior.

p) Cobertura de Riscos Financeiros e CambiaisO Grupo opera internacionalmente dando origem a exposições de mercado, alterações de taxas de juro e taxas de câmbio.Alguns instrumentos financeiros são usados pelo Grupo para reduzir estes riscos. Porém, o Grupo não utiliza qualquer tipo de instrumentos financeirosque não sejam para se assegurar de riscos do seu negócio e actividades (“hedging purposes”).

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Relatório do Conselho de Administração34

24. Cotações Utilizadas para a Conversão em Euros das Principais Moedas Estrangeiras

Na consolidação das sociedades do Grupo sediadas no estrangeiro, os valores constantes das demonstrações financeiras relativos a activos epassivos e incluídos na demonstração de resultados, foram convertidos para Euro pela aplicação de taxas de câmbio em 31 de Dezembro de 2003como segue:

VI – Informações Relativas a Determinadas Rubricas

25. Comentário às rubricas de Despesas de Instalação, Despesas de Investigação e Desenvolvimento e ImobilizaçõesIncorpóreas em Curso

As despesas de instalação referem-se fundamentalmente a despesas com aumentos de capital, emissão de obrigações e com a organização e expansão dasempresas do Grupo. As despesas de investigação e desenvolvimento referem-se essencialmente a gastos relacionados com o estudo e desenvolvimento denovos produtos que são capitalizados em conformidade com a política referida na nota 23 a). As imobilizações incorpóreas em curso, respeitam em grande partea despesas com desenvolvimento de produtos e técnicas e estudos no âmbito da organização e expansão do Grupo, as quais não estão ainda terminadas nemrepresentam para já benefícios económicos.

A natureza das imobilizações incorpóreas mais importantes, em 31 de Dezembro de 2003, pode ser apresentada do seguinte modo:

Nas Vendas e Prestações de serviços, o Grupo tem realizado operações significativas com países fora da zona Euro, nomeadamente em divisascomo os Dólares Americanos (USD). As empresas do Grupo tem vindo a proceder a uma gestão cuidada da cobertura cambial tendo presente amargem operacional dos negócios, desde a data da proposta, em alguns casos, ou da encomenda noutros casos (quando a proposta é mais duvidosa),até às vendas ou facturações parciais. Deste modo, não só os valores registados no activo ou no passivo no balanço estão na sua maioria cobertospor estas fixações a prazo, mas também as vendas futuras, indexadas às propostas (considerando uma margem aceitável de sucesso) e às notasde encomenda. Surge assim uma cobertura que pode decorrer durante vários anos, enquanto o projecto ou instalação estiver a decorrer, dada aplurianuidade das obras realizadas pelo Grupo ou pelas empresas individuais. O tratamento dado a estes “forwards”, como referido acima (alínea h),não segue o previsto na Norma Internacional de Contabilidade nº 39 – Instrumentos Financeiros, dadas as dúvidas ainda não esclarecidas pelaComissão de Normalização Contabilística quanto à sua aplicação no normativo nacional. Segundo esta norma, se forem satisfeitas as condições quesuportam instrumentos de cobertura, a porção do ganho ou perda do instrumento de cobertura, deve ser reconhecida directamente no capitalpróprio. Caso não se traduza em instrumento de cobertura, a parte de ganho ou perda é imediatamente reconhecida nos resultados do período. Porfalta de normalização e informação completa e rigorosa nesta matéria contabilística, a contrapartida do passivo, no caso em que sejam admitidasperdas futuras, é a de Provisões para outros riscos e encargos. No momento em que o ganho ou perda se realizar, será feita a regularização daprovisão (no caso de perda) ou activo (no caso de ganho), afectando directamente o capital próprio, não tendo qualquer efeito em resultados. Aanálise será feita no final de cada período, sendo acertada a provisão ou activo correspondente. Uma vez que não foi realizado qualquer registocontabilístico para o tratamento destes “forwards” apenas estão divulgadas as situações de compromisso assumido (nota 21), sendo destacada adiferença, consubstanciada num custo de oportunidade, entre duas situações: a taxa de câmbio fixada e a taxa do dia 31 de Dezembro de 2003 e osrecebimentos previstos e as responsabilidades já registadas nas empresas.

q) Resultados por AcçãoEstes resultados obtêm-se pela divisão dos resultados líquidos do período (deduzidos dos correspondentes às acções preferenciais) pelo númeromédio ponderado de acções ordinárias em circulação durante o mesmo período.

r) Activos e Passivos contingentesOs activos contingentes surgem normalmente de eventos não planeados ou outros esperados que darão origem à possibilidade de um influxo debenefícios económicos para a empresa. A empresa não reconhece activos contingentes nas suas demonstrações mas apenas procede à suadivulgação se considerar que os benefícios económicos que daí poderão resultar para a empresa forem prováveis. Quando a realização do proveitofor virtualmente certa, então o activo não é contingente e o reconhecimento é apropriado.

Os passivos contingentes são reconhecidos quando a entidade está conjunta e severamente comprometida a uma obrigação que se espera sejasatisfeita. É reconhecida uma provisão pela parte da obrigação em que seja provável um exfluxo de recursos incorporando benefícios económicos,excepto nas circunstâncias raras em que nenhuma estimativa fiável possa ser calculada.

31.12.03 31.12.02Para uma unidade monetária – Euro Fecho FechoDólares Americanos (USD) 1,260 1,049Rep. Checa - Coroa (CZK) 32,038 31,601Tunísia – Dinar (TND) 1,5327 1,404Brasil – Real (BRL) 3,6657 3,714Colômbia – Peso (COP) 3.508,0 3.007,5Venezuela – Bolívar (VEB) 2.017,6 1.457,85Argentina – Peso (ARS) 3,6947 3,5355

Valor Amort. ValorBruto Acumuladas Líquido

Despesas de Instalação:Licenças e estudos na instalação de Software 780.200 744.006 36.194Análise estratégica à organização e expansão do Grupo 270.277 203.565 66.712Aumentos de capital e empréstimos obrig. na EFACEC Capital 641.821 617.420 24.401Estudos de organização e expansão 4.345.039 4.328.953 16.086

6.037.337 5.893.944 143.393Despesas de Investigação e Desenvolvimento:Projecto Atlantis na área das telecomunicações 3.148.572 3.148.572 0Projecto SARA – Solução Avançada para Redes de Acesso 1.659.618 1.659.618 0Desenvolvimento de produtos na área das telecomunicações 3.637.547 2.684.990 952.557Projectos na área da elect., centros de comando e redes digitais 7.728.387 6.352.067 1.376.320Projectos de desenvolvimento na área de energia 13.776.613 12.724.683 1.051.930Projectos na área da robotização e armazéns automáticos 2.412.801 2.127.854 284.947Outros 4.595.950 3.895.859 700.091

36.959.488 32.593.643 4.365.845Imobilizações Incorpóreas em Curso:Desenvolvimento de sistemas e produtos na energia 4.656 0 4.656Projectos de produtos na área da electrónica e centros de comando 163.589 0 163.589Licenças e estudos de implementação de software 431 0 431Projecto EFAINOVA 120.974 0 120.974Outros 11.619 0 11.619

301.269 0 301.269

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35Relatório do Conselho de Administração

Para os investimentos incorpóreos em despesas de investigação e desenvolvimento é possível identificar em cada uma das empresas do Grupo a viabilidadeeconómica de cada um dos projectos. Grande parte dos projectos incorpóreos têm vindo a ter associados recebimentos de subsídios a fundo perdido os quaisestão evidenciados na nota 53.

27. Movimentos ocorridos nas Rubricas de Activo Imobilizado e Amortizações

Durante o período findo em 31 de Dezembro de 2003, os movimentos ocorridos nas rubricas de imobilizado incorpóreo, corpóreo e investimentos financeiros,assim como nas correspondentes amortizações, estão apresentados nos quadros seguintes e comentados nas situações consideradas mais importantes.

Activo Bruto Rubricas Saldo Inicial Aumentos Alienações Transf. e Abates Saldo Final

Imobilizações incorpóreas (nota 25):Despesas de instalação 5.948.706 171.023 0 -82.392 6.037.337Despesas de investigação e desenvolvimento 33.078.618 1.110.087 0 2.770.783 36.959.488Propriedade Industrial e outros direitos 707.248 93.655 0 121.383 922.286Imobilizações em curso 4.771.224 403.303 0 -4.873.258 301.269Diferenças de consolidação (nota 10) (a) 522.945 733.590 5.049 0 1.251.486

45.028.741 2.511.658 5.049 -2.063.484 45.471.866Imobilizações corpóreas:Terrenos e recursos naturais (nota 41) (h) 17.942.457 8.960 623.846 0 17.327.571Edifícios e outras construções 54.964.719 664.962 1 443.715 181.910 54.367.876Equipamento básico 43.482.744 525.661 388.427 772.169 44.392.147Equipamento de transporte 7.701.057 443752 532.279 -75.593 7.536.937Ferramentas e utensílios 4.359.845 158.877 413 -73.653 4.444.656Equipamento administrativo 14.132.975 1.762.001 19.310 1.276.231 17.151.897Imobilizações em curso 1.542.391 683.751 0 -1.497.070 729.072

144.126.188 4.247.964 3 007.990 583.994 145.950.156Investimentos financeiros:Partes de capital em empresas do Grupo (b) 6.646.741 1.358.293 0 -1.945.007 6.060.027Empréstimos a empresas do grupo (c) 1.397.917 0 0 0 1.397.917Partes capital em empresas associadas (d) 6.156.771 0 3.306 389.663 6.543.128Empréstimos a empresas associadas 472.448 0 0 0 472.448Partes capital em empresas participadas (e) 4.782.688 313.533 3.595.104 0 1.501.117Empréstimos a empresas participadas 471.364 156.124 0 0 627.488Títulos e outras aplic. financeiras (nota 6) (f) 699.937 159 0 -1.211 698.885

20.627.866 1.828.109 3.598.410 -1.556.555 17.301.010

Os movimentos ocorridos nas amortizações e provisões podem ser vistos como segue:

(a) Estas diferenças de consolidação dizem respeito ao goodwill relativos às seguintes aquisições:

31.12.2002 31.12.2003ENT (1) 522.945 517.896Efacec Florida 14.400TECH M5 GT (2) 62.038TECH M5 CAP SGPS (2) 71.060TECH M5 TOR (2) 201.034TECH M5 MAP (2) 233.988TECH M5 CEL (2) 151.070

522.945 1.251.486

Amortizações e ProvisõesRubricas Saldo Inicial Reforço Transf. e Regularizações Saldo Final

Imobilizações incorpóreas:Despesas de instalação 5.652.279 315.916 -74.251 5.893.944Despesas de investigação e desenvolvimento 29.721.297 4.290.920 -1.418.574 32.593.643Propriedade Industrial e outros direitos 400.442 139.456 -6.688 533.210Diferenças de consolidação (a) 209.178 356.868 566.046

35.983.196 5.103.160 -1.499.513 39.586.843Imobilizações corpóreas:Edifícios e outras construções 36.101.040 1.814.439 -1.508.571 36.406.908Equipamento básico 31.939.507 2.709.204 -1.715.418 32.933.293Equipamento de transporte 6.458.809 337.890 -523.385 6.273.314Ferramentas e utensílios 3.878.536 162.422 -46.520 3.994.438Equipamento administrativo 11.454.801 1.519.745 -421.999 12.552.547

89.832.693 6.543.700 -4.215.893 92.160.501Provisões para investimentos financeiros (g) 8.519.413 0 -269.351 8.250.062

(1) Este goodwill respeita à aquisição de 49,4% da ENT – Empresa Nacional de Telecomunicações, SA (21,2% em Dezembro de 2000 e mais 28% em 2001),deduzido do acerto efectuado em 2003 no seguimento da alienação de 0.97% do capital desta filial à PME Capital – Sociedade de Capital de Risco, SAe FRIE PME CAPITAL GLOBAL (ver nota 1);

(2) Este goodwill foi gerado na aquisição do grupo Tech M5 em 2003 (ver nota 1).

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Relatório do Conselho de Administração36

(1) A EFACEC Capital, através da EFACEC International Financing, SGPS, tem subscrito um capital representativo de 60% da EFACEC Malaysia, tendodirectamente mais 1%. A realização da percentagem subscrita tem vindo a ser feita por tranches. Foi aplicado o Método de Equivalência Patrimonial pelaprimeira vez em 2001. A 31 de Dezembro de 2003, foi incluída pelo método integral.

A principal sociedade incluída em Partes de capital em empresas do grupo mostrava a seguinte decomposição (não consolidados):

Participação no Capital Valor na

Investimento Capital Activos Proveitos Próprio Resultado totais Liquido % Montante ContabilidadeEFACEC Oriente(31.12.03) * (a) 6.666.557 (1.435.140) 886.087 (458.182) 100 (1.435.140) (a) -

* Contas disponíveis não auditadas.(a) Esta participação foi totalmente provisionada a partir de Outubro de 2001 (notas 2 e 14).(c) Esta rubrica inclui empréstimos concedidos à Efacec – Oriente,não integrada, conforme referido na nota 2, decorrentes nomeadamente da transferência em

2002 para a Efacec Capital de empréstimos obtidos por esta filial no Finibanco (conta caucionada, créditos à importação e créditos documentários).(d) Os movimentos verificados nas Partes de capital em empresas associadas podem ser assim justificados:

Partes de capital em empresas do Grupo: 31.12.02 Movimentos 31.12.03MSEG – Sistemas de Segurança, Lda. 2.682 -606 2.076EFACEC Oriente, Lda. (nota 2) 5.988.951 0 5.988.951EFACEC Malaysia, SDN. BHD. (1) 655.108 -655.108 0Outros 0 69.000 69.000

6.646.741 -586.714 6.060.027

Partes de capital em empresas associadas: 31.12.02 Movimentos 31.12.03NORMED – Mediação Téc. de Seguros Industriais, S.A. (6) 3.306 -3.306 0Liaoyang EFACEC Electrical Equipment Co. (1) 2.258.442 0 2.258.442BAUEN, S.A. (2) 341.281 -341.281 0Godrej EFACEC Automation & Robotics (2) 211.398 -16.521 194.877Águas da Figueira, S.A. (2) 564.069 158.605 722.674Sesco EFACEC SDN. BHD. (3) 460.971 620.454 1.081.425O&M Serviços (4) 243.956 95.117 339.073EID – Empresa de Investigação e Desenvolvimento, S.A. (5) 2.073.348 -126.711 1.946.637

6.156.771 386.357 6.543.128 Provisão (1) (nota 46) -2.259.554 0 -2.259.554

3.897.217 386.357 4.283.574(1) Durante o primeiro semestre de 2000 o capital desta empresa foi aumentado, passando a sociedade a ser detida em 22,58% e assumindo no balanço a

condição de empresa associada. Porém, e dadas as restrições às transferências de fundos da China, foi decidido não aplicar o método de equivalênciapatrimonial, estando assim apresentada ao seu custo de aquisição. Esta participação encontra-se ainda totalmente provisionada;

(2) A diferença face a Dezembro de 2002 resultou da apropriação dos resultados do ano e o restante de outras variações de capital próprio;(3) Esta sociedade é detida pelo Grupo EFACEC em 20,2%, sendo parte detida directamente pela EFACEC Energia – 12,2% e o restante indirectamente pela

EFACEC Capital (via EFACEC Malaysia que é controlada pela EFACEC International Financing, S.G.P.S.). Esta sociedade está em fase de investimentoe expansão esperando-se que nos próximos anos venha a constituir um importante veículo para o crescimento da actividade global do Grupo EFACEC naMalásia, onde é igualmente detida a EFACEC Malaysia, referida no quadro anterior, que serve de sociedade financeira veículo para os investimentosfinanceiros. O método de equivalência patrimonial foi aplicado pela primeira vez em 2001. O movimento do ano decorre de variações cambiais, variaçõesde capitais próprios e quota-parte dos resultados de 2003;

(4) O movimento do ano decorre da aplicação do Método de Equivalência Patrimonial, apropriação do resultado positivo do ano (92.949 euros) e outrasvariações de capitais próprios;

(5) Esta sociedade passou a associada durante o exercício de 2000, após a aquisição de mais percentagem de capital, passando o Grupo a deter 25,1%. Foiaplicado o método de equivalência patrimonial tendo gerado um bad will (nota 10). Durante este ano foi apurado um resultado negativo de 118.538 Euros.A Administração prevê aumentos nas vendas e nos resultados futuros.

(6) Esta participação foi alienada em 2003 à Solução – Corretores e Consultores de Seguros, tendo gerado uma mais-valia de 206.694.

Em 31 de Dezembro de 2003, as principais sociedades incluídas em Partes de capital em empresas associadas mostravam a seguinte decomposição:Participação no Capital

Investimento Capital Activos Proveitos Próprio Resultado totais Liquido % Montante Valor na ContabilidadeEID – Emp.

Inv. e Des. (a) (c) 21.337.000 7.786.550 11.370.159 (474.160) 25,00 1.946.637 1.946.637LiaoyangEFACEC E.E. (a) (b) 31.689.992 5.959.278 7.494.079 (4.355.094) 22,58 1.345.607 -

Sesco, SA (a) (b) 4.911.667 3.072.232 5.575.788 33.946 35,2 1.081.425 1.081.425

(a) contas não auditadas.(b) A informação sobre a Liaoyang EFACEC E.E. e Sesco, SA é relativa a 31 de Dezembro de 2000 e 31 de Dezembro de 2003, respectivamente.(c) A actividade da empresa passa quase exclusivamente pela realização de projectos de investigação e desenvolvimento ligados à electrónica, sendo neste

momento credível a viabilidade global desses projectos, pelo que o Conselho de Administração não admite perdas significativas inerentes a essesprocessos.

(e) As Partes de capital em outras empresas participadas tiveram a seguinte evolução:

(b) Os movimentos verificados nas Partes de capital em empresas do grupo não integradas podem ser assim justificados:

31.12.2002 31.12.2003Partes de capital em empresas participadas: Valor da Participação Variação Valor da Participação

Biorope, Soc. Europeia de Biotecnologia, S.A. (c) 195.604 -195.604 0Portugália – Comp. Port. Transportes Aéreos, S.A. 99.760 0 99.760Águas da Costa de Cascais, S.A (b) 740.559 310.360 1.050.919Portugal Space – Tecn. Serv. Espaciais, S.A. 325.000 0 325.000Oni Way – Infocomunicações, S.A. (nota 6)(a) 3.399.500 -3.399.500 0Outras 22.265 3.173 25.438

4.782.688 -3.281.571 1.501.117 Provisão (c) -274.284 -269.351 -4.933

4.508.404 -3.550.922 1.496.184

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37Relatório do Conselho de Administração

(a) No final do ano de 2002 estão subscritas 3.000.000 acções no valor de 1 Euro cada e 399.500 Euros referentes a prestações acessórias. Esta participaçãofoi alienada em Janeiro de 2003 pelo valor de 3.543.443, tendo gerado uma mais-valia de 143.943 euros.

(b) Prestações acessórias efectuadas em 2003;(c) Esta participação de 5% foi alienada no decurso do ano tendo gerado uma menos-valia de 192.605 euros, tendo, no entanto, sido utilizada a respectiva

provisão de cerca de 269.351 euros.(f) O valor incluído em Títulos e outras aplicações financeiras respeita a edifícios não afectos à actividade da empresa. Estão registados ao valor de aquisição.(g) As Provisões para investimentos financeiros reflectem essencialmente a provisão criada no exercício de 2001 para a EFACEC Oriente, pelas razões

apontadas em (a) e nota 2.(h) Em 31 de Dezembro de 2003, o valor dos Terrenos, inclui a avaliação independente realizada nos exercícios de 1998 e 1999, a qual, provocou um aumento

no montante de 15.916.875 Euros. No final de 2000, foi realizada nova reavaliação aos terrenos por uma entidade independente (nota 41), tendoaumentado aquele excedente em 2.284.494 Euros. Com a alienação das instalações de Carnaxide no exercício de 2002 e a amortização de parte doimobilizado, o montante correspondente ao excedente decorrente da reavaliação independente no valor de 3.379.690 Euros foi transferida paraResultados Transitados em 2002 e 1.295.737 Euros em 2003, de acordo com o estabelecido na Directriz Contabilística nº 16 (nota 57).

36. Distribuição das Vendas e Prestação de Serviços por Actividades e Mercados Geográficos

O Grupo tem vindo a fazer a gestão das várias empresas tendo em atenção o sector de actividade em que se insere. A composição de cada um dos sectores,referidos no inicio das Notas, pode variar com o tempo, podendo, inclusivamente, alterar a forma como o Grupo se posiciona em cada um desses sectores ouactividades e como mede a rentabilidade e o interesse em cada um deles.

Segmento de negócioSegmento de negócio é um componente distinguível do Grupo, comprometido em fornecer um produto ou serviço individual, e que está sujeito a riscos eretornos diferentes dos de outros segmentos de negócio.Segmento geográficoSegmento geográfico é uma área individualizada do Grupo comprometida em prover produtos ou serviços dentro de um ambiente económico particular e queestá sujeita a riscos e retornos que são diferentes de outras áreas que operam em outros ambientes económicos.Reporte por segmentos de actividadeA informação por segmentos é apresentada em relação aos segmentos geográfico e de negócio do Grupo. Os resultados, activos e passivos de cada segmentocorrespondem àqueles que lhes são directamente atribuíveis assim como os que numa base razoável lhes podem ser atribuídos.

Nos anos de 2003 e 2002, a informação não consolidada por actividades ou segmentos, pode ser vista como segue:

(a) Este valor acaba por ser na sua maioria repartido pelas várias empresas do Grupo, e inclui os serviços de consolidação, jurídicos, fiscais, financeiros,administração e outros serviços gerais de gestão das participações.

Nos mesmos períodos, a informação geográfica reparte-se do seguinte modo:

Portugal Resto Ext. Méd. África América Outros (a) TotalEuropa. Oriente Oriente Lat.

01.12..03 a 31.12.03Vendas +Pres.de Serviços 188.172.052 18.823.652 3.615.817 2.871.412 24.801.362 8.809.646 24.910.190 272.004.131

01.01.02 a 31.12.02Vendas +Pres.de Serviços 150.153.524 28.997.813 9.435.147 2.265.241 17.401.168 22.801.832 13.029.412 244.084.135

(a) Essencialmente América do Norte

37. Efeitos da Utilização de Critérios de Valorimetria de Base Fiscal ou não previstos nas Normas de Consolidação

Como referido nos critérios valorimétricos, notas 23 e) e f), o Grupo tem vindo a registar os seus proveitos e as margens decorrentes das obras de carácterplurianual, tendo por base genérica os critérios protagonizados na Circular 5/90, emanada da Direcção Geral de Contribuição e Impostos, a qual prevê o registodos proveitos de acordo com a comparação entre os graus de facturação e graus de acabamento, sendo o registo feito na maioria dos casos pelo mais baixodos dois. Por outro lado, os custos decorrentes da progressão das obras que ainda não foram sujeitos a qualquer reconhecimento de margem estãoapresentados em Existências – Produtos e trabalhos em curso, valorizados ao preço de custo. De acordo com os critérios contabilísticos geralmente aceites,nomeadamente a Directriz Contabilística nº 3 – Tratamento contabilístico dos contratos de construção e o parágrafo 5.3.17. do Plano Oficial de Contabilidade,é previsto que nas actividades de carácter plurianual, os produtos e trabalhos em curso sejam valorizados, no fim do exercício de 2002, pelo método dapercentagem de acabamento ou, alternativamente, mediante a manutenção dos respectivos custos até ao acabamento. A não utilização dos critérios adequadosnão terá efeitos significativos em resultados mas apenas na apresentação do Balanço.

Serviços de Energia Engenharia Electrónica Automação Outros Consoli- TotalGestão (a) e Serviços Telecomun. e Robótica dação

01.12.03 a 31.12.03Vendas Líquidas 0 88.953.330 107.055.616 67.473.569 10.944.903 12.067.607 -41.110.770 245.384.256Prestação de Serviços 5.812.999 11.104.382 12.865.503 790.263 0 4.424.601 -8.377.872 26.619.875

5.812.999 100.057.712 119.921.119 68.263.832 10.944.903 16.492.208 -49.488.642 272.004.131Result. Operacional 2.605.510 2.991.121 2.540.147 3.728.101 -172.302 168.414 -362.683 11.498.308Resultado Líquido 8.273.856 988.671 2.686.155 3.698.898 -159.365 5.925.877 -13.140.236 8.273.856Investimentos Brutos 838.628 2.610.420 1.230.615 1.951.304 46.532 3.026.853 -1.121.672 8.582.680Activo Líquido 125.495.971 102.813.319 95.459.494 62.959.389 11.233.857 58.825.900 -210.095.644 246.692.286Passivo 66.481.660 64.758.768 64.737.276 33.999.710 10.815.372 25.977.777 -81.431.054 185.339.509

01.12.02 a 31.12.02Vendas Líquidas 0 81.944.196 79.310.138 78.687.905 11.044.840 24.545.096 -59.494.138 216.038.037Prestação de Serviços 5.324.609 6.859.505 19.292.875 485.248 0 2.866.634 -6.782.773 28.046.099

5.324.609 88.803.701 98.603.013 79.173.153 11.044.840 27.411.730 -66.276.911 244.084.136Result. Operacional 2.442.771 2.021.291 962.138 3.402.816 -91.204 2.173.564 -1.749.559 9.161.817Resultado Líquido 6.012.878 -825.984 1.460.064 3.535.400 -436.432 1.961.060 -5.694.109 6.012.877Investimentos Brutos 4.072.097 13.974.048 631.456 2.929.995 345.659 1.757.398 -13233639 10.477.014Activo Líquido 120.260.884 115.082.605 95.413.306 66.630.622 11.207.996 45.816.401 -201.718.879 252.692.935Passivo 64.619.510 77.795.335 66.493.612 42.530.720 10.264.928 21.357.291 -87.227.346 195.834.051

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Relatório do Conselho de Administração38

38. Diferenças entre Impostos imputados ao Exercício ou a Exercícios Anteriores e pagos ou a pagar

Em virtude da adopção da Norma Internacional de Contabilidade nº 12 (Revista), no exercício de 1998, o Grupo passou a relevar nas suas demonstraçõesfinanceiras, quando relevante para a sua compreensão, os impostos diferidos (nota 23 m)).Deste modo, independentemente do momento do pagamento ou liquidação do imposto, desde que ocorra o facto gerador, e quando reversível, ele é registadonas demonstrações financeiras da empresa, ou, neste caso, do Grupo.O saldo dos impostos diferidos no grupo EFACEC pode ser analisado como segue:

Descrição MontanteProvisões para investimentos financeiros:Empresas associadas: Liaoyang EFACEC, Elect. E Co (1) 621.377Empresas do grupo: EFACEC Oriente (2) 1.646.033Provisões para perdas potenciais em obras em curso 586.368Provisões para Outros Devedores:Liaoyang EFACEC, Elect. E Co 1.283.906Outros Devedores 621.736Provisões para clientes 348.097Outras provisões 250.345

5.357.862Prejuízos fiscais reportáveis (3) 3.038.440

8.396.302

(1) A provisão relativa à participação na Liaoyang EFACEC, Elect. E Co no valor de 2.259.554 euros foi registada em Capital Próprio, assim como o respectivoimposto diferido activo de 795.582 euros e a actualização da taxa para 27,5%, sendo o valor líquido registado de 1.638.177 euros;

(2) A depreciação para a participação detida na EFACEC Oriente (notas 2 e 46), constituída em 2001 no montante de 5.985.575 euros foi registada directamenteem Capital Próprio. O respectivo imposto diferido activo no montante de 1.975.240 euros e a actualização da taxa para 27,5% (329.207 euros) foi igualmenterelevado em Capital Próprio;

(3) Este montante corresponde aos prejuízos fiscais que o grupo considera puder vir a recuperar nos próximos períodos.O apuramento deste imposto diferido relativamente às provisões surge dado que o grupo não contará com estas provisões para efeitos fiscais nestesexercícios mas apenas nos próximos, quando os custos ou despesas efectivas forem evidenciados nas contas da sociedade. Deste modo, quando os custosdecorrentes das provisões agora efectuadas se tornar definitivos nas contas das empresas, os impostos diferidos activos serão regularizados, aumentandoo valor da estimativa para o Imposto sobre o Rendimento (i.e. tornando-a mais negativa). De igual modo, os prejuízos fiscais representam um crédito de impostosobre os resultados dos exercícios futuros em que forem apurados lucros tributáveis.Todos os impostos diferidos activos registados têm por base uma taxa de imposto de 27,5%.

Descrição: ValorImpostos Diferidos – Activo ( nota 53)Valor proveniente de 31 de Dezembro de 2002 9.566.337Utilização de Provisões e actualização da taxa para 27,5% -4.090.284 Actualização da taxa de imposto (provisões levadas a capital próprio) -503.193Reforço de provisões em 2003 385.002Prejuizos fiscais a reportar 3.038.440 Impostos diferidos activos em 31 de Dezembro de 2003 (quadro anterior) 8.396.302

Os movimentos ocorridos durante o ano de 2003 são os seguintes:

A regularização dos impostos diferidos activos do ano ascendem assim a 1.021.259 euros e encontram-se reflectidos na linha do Imposto sobre o rendimentodo exercício na demonstração dos resultados consolidados.Na regularização do imposto diferido activo está igualmente inerente a condição de benefício económico como em qualquer outro activo. O facto do grupoapresentar resultados económicos e fiscais positivos, implicou em 2003 a utilização de imposto diferido no montante de 609.484 Euros. Tendo em conta asperspectivas futuras positivas sobre a evolução das vendas do grupo e dos respectivos resultados consolidados, foram registados neste exercício cerca de2.800.000 euros de impostos diferidos activos relativos a prejuízos fiscais acumulados reportáveis à data de 31 de Dezembro de 2003, sendo expectativa daAdministração a sua recuperabilidade através dos resultados dos próximos exercícios.Os impostos diferidos activos restantes afectos a provisões serão proporcionalmente regularizados, à medida que vão sendo utilizadas as respectivasprovisões.No final do ano, existem nas contas do Grupo EFACEC 8.396.302 Euros de impostos diferidos activos os quais, vão influenciar o montante de estimativa paraImposto sobre Rendimento registada na Demonstração dos Resultados futura, através de uma compensação do valor a decrescer na matéria colectável decada um dos exercícios seguintes, não afectando porém os encargos a pagar de imposto sobre o rendimento mas sim a apresentação e a especializaçãoeconómica dos resultados.De salientar que aquele activo pressupõe a realização de proveitos futuros que impliquem uma matéria colectável de pelo menos 30.532.007 Euros(8.396.302Euros/27.5%). Foi utilizada a taxa de IRC planeada para o ano em curso. Alterações de taxas de imposto deverão afectar os resultados em queocorrerem. Pela análise dos planos de actividades o Conselho de Administração assume ser possível atingir aqueles resultados no período de máximo de 6anos, limite imposto pelas regras fiscais.

39. Remunerações Atribuídas aos Órgãos Sociais no PeríodoO montante de remunerações auferido pelos membros dos órgãos sociais das diversas empresas do grupo, durante o período findo em 31 de Dezembro de2003, foi como segue:

31.12.03 31.12.02Conselho de Administração 828.632 464.639Conselho Fiscal e Fiscal Único 154.590 222.133

41. Legislação utilizada para a Reavaliação do Imobilizado Corpóreo

As empresas incluídas na consolidação, procederam em anos anteriores à reavaliação do seu activo imobilizado corpóreo (nota 23 b)), ao abrigo dos seguintesdiplomas legais:- Decreto-Lei 126/77, de 2 de Abril- Decreto-Lei 219/82, de 2 de Junho- Decreto-Lei 399-G/84, de 28 de Dezembro- Decreto-Lei 118-B/86, de 27 de Maio- Decreto-Lei 111/88, de 2 de Abril- Decreto-Lei 49/91, de 25 de Janeiro- Decreto-Lei 264/92, de 24 de Novembro- e, Decreto-Lei 31/98, de 11 de Fevereiro.

Os bens transferidos em Junho de 1990 para as empresas afiliadas foram reavaliados para preços de mercado.

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39Relatório do Conselho de Administração

Como referido na nota 23 b), os Terrenos foram avaliados ao preço de mercado durante o exercício de 1998, por uma entidade independente, credenciada nestetipo de avaliações. No final de 2000 foi feita nova avaliação pela mesma entidade. As avaliações tiveram por pressupostos:- no cálculo do valor dos terrenos afectos às instalações actualmente em uso, foi considerada a avaliação pelo método do Uso Continuado. Entende-se por

valor em uso continuado como sendo o valor pelo qual uma propriedade pode ser transaccionada entre um possível comprador e um possível vendedor,ambos tendo conhecimento de todos os factos pertinentes sem agirem sob pressão indevida e com equidade para ambas as partes, podendo ser assimdefinido pelo montante que se justifica a posse. Considera-se ainda que haverá uma continuação dos usos e actividades para as quais a propriedade foicriada no pressuposto de que a propriedade tem capacidade para gerar benefícios actualmente e no futuro. Assim, a definição de valor em uso continuado,pressupõe que os benefícios previstos serão suficientes para gerar o reembolso do investimento efectuado com uma justa rentabilidade;

- para os terrenos que não estão no momento afectos à actividade principal ou representam remanescentes de espaço das instalações em utilização foiconsiderada a avaliação pelo método do Uso Alternativo. Nesta modalidade, o valor actual considera que o imóvel poderá ser utilizado para fins diferentesdaquele para que foi inicialmente concebido ou para o qual se encontra adaptado. Nestas circunstâncias foi adoptada uma metodologia de rendimentosendo a propriedade avaliada considerando a sua máxima e melhor utilização, em conformidade com as condicionantes legais e os regulamentos deplaneamento municipal em vigor. O valor de mercado contempla assim não só as construções existentes e adaptadas ao uso alternativo mas também ovalor residual do terreno afecto às construções potenciais e adicionais possíveis.

Os principais terrenos avaliados decorrem do primeiro método, sendo a aplicação deste segundo de forma residual.

O efeito destas reavaliações no valor líquido dos terrenos e do restante imobilizado do Grupo pode ser visto na nota seguinte.

42. Efeito das Sucessivas Reavaliações no Valor Líquido do Imobilizado Corpóreo

O aumento no imobilizado corpóreo líquido, condicionado pelas sucessivas reavaliações, ao abrigo da legislação aplicável, e, no caso dos terrenos, de avaliaçãolivre, em 31 de Dezembro de 2003, é apresentado como segue:

Custos Reavaliações Valores

Rubricas históricos (a) (b) contabilísticos

(a) reavaliados (a) (b)Imobilizações Corpóreas:Terrenos e recursos naturais 610.375 16.717.196 17.327.571Edifícios e outras construções 16.313.482 1.647.485 17.960.967Equipamento básico 10.469.278 989.576 11.458.854Equipamento de transporte 1.166.959 96.664 1.263.623Ferramentas e utensílios 425.713 24.505 450.218Equipamento administrativo 4.593.204 6.147 4.599.351

33.579.011 19.481.573 53.060.584

(a) Líquido de amortizações.(b) Englobam as sucessivas reavaliações.No final de 31 de Dezembro de 2002, o efeito das sucessivas reavaliações no imobilizado corpóreo ascendia a 20.824.290 Euros.O valor incluído na coluna das Reavaliações, diminui de ano para ano, mediante a alienação ou abate de bens reavaliados não totalmente amortizados e peloexcesso das amortizações do exercício sobre o imobilizado corpóreo, decorrente das reavaliações. Deste excesso, calculado anualmente aquando dasamortizações do exercício, 40% não é aceite fiscalmente como custo para determinação da matéria colectável, em sede do Imposto sobre o Rendimento dasPessoas Colectivas (CIRC) (nota 52). Atendendo ao valor resultante deste aumento no valor do imposto anual, entendeu-se não registar impostos diferidospassivos, os quais, no final do ano de 2003, ascenderiam a cerca de 304.080 Euros.

A reavaliação económica realizada sobre os terrenos do Grupo, apenas será sujeita ao imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas se forem vendidos,sendo realizada a reserva incluída no capital próprio decorrente da mais valia gerada. De outro modo, ao contrário dos bens amortizáveis cuja realização decorreda sua utilização e reintegração correspondente, apenas haverá imposto a pagar no futuro decorrente da reavaliação caso o terreno seja alienado. De acordocom o estipulado na Directriz Contabilística nº 28, foram registados neste exercício os passivos por impostos diferidos resultantes das reavaliações passadasdos terrenos. Estes impostos diferidos passivos ascendem a 31 de Dezembro de 2003 a cerca de 3.560.868 Euros (com correcção monetária), tendo sidoapresentados em rubrica própria na rubrica de Acréscimos e Diferimentos - Passivo.

43. Comentário às Contas das Demonstrações Financeiras, cujo conteúdo não é Comparável

Os efeitos da alteração do perímetro em termos de Activo, Passivo e Proveitos encontram-se referidos na Nota 14.

44. Demonstração dos Resultados FinanceirosOs resultados financeiros consolidados nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, podem ser demonstrados como segue:

Custos e Perdas 2003 2002Juros suportados 2.982.836 4.179.766Perdas em empresas do Grupo e associadas (a) 218.004 182.527Diferenças de câmbio desfavoráveis (b) 5.965.162 3.834.972Descontos de pronto pagamento concedidos 124.821 84.471Outros custos e perdas financeiros 545.686 338.368 Total dos Custos Financeiros 9.836.509 8.620.104Resultados financeiros -5.116.463 -6.319.512

4.720.046 2.300.592Proveitos e GanhosJuros obtidos 290.162 267.032Ganhos em empresas do Grupo e associadas (a) 266.980 367.213Rendimentos de participações de capital 0 0Diferenças de câmbio favoráveis (b) 2.884.828 1.347.397Descontos de pronto pagamento obtidos 170.006 225.826Outros proveitos e ganhos financeiros 1.108.070 93.124 Total dos Proveitos Financeiros 4.720.046 2.300.592

(a) As perdas em empresas do grupo e associadas correspondem essencialmente à aplicação do método de equivalência patrimonial, respectivamente à empresado grupo EFACEC Moçambique (62.166 euros) (notas 3 e 27) e EID (118.537 euros). Os ganhos em empresas do grupo e associadas incluem os ajustamentos doMétodo de Equivalência Patrimonial, nomeadamente relativamente à participação na O&M Serviços (92.949 Euros) e Águas da Figueira (19.222 Euros), assim comoa amortização do badwill da EID no valor de 116.002 (nota 10).(b) A gestão cambial do Grupo decorre do descrito nas notas 23 h) e p). Seguindo o aí exposto, as empresas registam as suas vendas e prestações de serviçosjá ao câmbio fixado com a instituição de crédito. No final de cada período actualizam os saldos incluídos nos activos e passivos ao câmbio “fixing” reportadoà data, excepto aqueles registados ao câmbio fixado com a Instituição de Crédito.

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Relatório do Conselho de Administração40

Custos e Perdas 2003 2002Donativos. 40.200 2.996Dívidas incobráveis 59.316 230.347Perdas em existências 10.597 0Perdas em imobilizações (a) 703.030 370.148Multas e penalidades 33.547 646.890Aumentos de amortizações e provisões (c) 480.000 1.494.759Outros custos e perdas extraordinárias (b) 3.199.786 2.302.079 Total dos Custos Extraordinários 4.526.476 5.047.219Resultados Extraordinários 3.422.173 9.194.972

7.948.649 14.242.191Proveitos e GanhosGanhos em existências 279.214 404.889Ganhos em imobilizações (d) 1.055.857 7.220.169Reduções de provisões (e) 4.206.309 4.388.479Outros proveitos e ganhos extraordinários (f) 2.407.269 2.228.654 Total dos Proveitos Extraordinários 7.948.649 14.242.191

(a) Esta rubrica inclui a menos-valia apurada na venda da participação de 5% na Biorope no valor de 192.604 (nota 27), sendo o restante essencialmenterelativo a alienações de imobilizado corpóreo;

(b) Esta rubrica inclui custos com rescisões no valor de 1.233.790 euros no âmbito da reestruturação das diversas unidades industriais e actividades (nota46). A anulação da respectiva provisão de 550.000 euros encontra-se registada em Reduções de Provisões. Esta rubrica inclui ainda provisões parapenalidades no valor de 215.500 euros, assim como uma indemnização de cerca de 1.000.096 euros paga à Universal Motors pela filial, Efacec –Motores Eléctricos, SA, arrendatária das instalações de Ovar, para deixar estas últimas.O montante registado em 2002 respeita quase na totalidade a indemnizações pagas por rescisões de contratos de trabalho (4.080.563 euros) deduzidos daprovisão criada em 2001 de 1.496.303 euros, assim como anulação de provisões para outros riscos e encargos de 275.000 euros.

(c) Esta rubrica inclui uma provisões para penalidades decorrentes de obras em curso. No exercício anterior, esta rubrica incluía uma provisão parareestruturação no valor de 550.000 euros no âmbito da reestruturação das diversas unidades industriais e actividades (nota 46).

(d) Esta rubrica inclui as mais-valias geradas na alienação das participações na Normed (206.694 euros) e Oniway (143.943 euros).

(e) Esta rubrica inclui a redução das seguintes provisões:

Provisão para reestruturação 550.000Provisão para investimentos financeiros (Biorope) 269.350Provisão para desvios em obras em curso 1.695.480Provisões para garantias 316.333Provisões para outros riscos e encargos 698.317Provisões para Outras Perdas 676.829

4.206.309

Em 2002 esta rubrica incluía cerca de 2.180.950 euros relativos à utilização de provisões para perdas verificadas em obras em curso e desvalorização deincorpóreo e 847.062 euros pela alienação de alguns equipamentos desactivados.

(f) Neste montante estão incluídos 1.438.197 Euros referentes à afectação a proveitos de subsídios ao investimento (em 2002, 1.935.379 Euros (nota 23 l)).A diminuição prende-se com subsídios que ficaram completamente amortizados.

46. Movimentos Ocorridos nas Contas de Provisões

Os movimentos verificados nos saldos das rubricas de provisões durante o exercício foram como segue:

Rubricas Saldo Inicial Aumento Redução Saldo FinalProvisões para cobranças duvidosas: Clientes de cobrança duvidosa 5.229.291 1.507.662 505.127 6.231.826 Outros devedores 4.248.604 2.485.311 763.768 5.970.147Total Provisões para cobranças duvidosas 9.477.895 3.992.973 1.268.895 12.201.973Provisões para riscos e encargos: Provisões para pensões não cobertas por fundo 390.881 0 71.305 319.576 Provisões para participações financeiras 152.591 108.282 0 260.873 Outros riscos e encargos 3.510.248 1.724.229 0 5.234.477Total Provisões para riscos e encargos 4.053.720 1.832.511 71.305 5.814.926Provisões para depreciação de existências: Produtos e trabalhos em curso 3.655.844 330.000 3.640.880 344.964 Matérias primas e materiais diversos 95.625 0 0 95.625 Produtos acabados 34.916 0 0 34.916 Mercadorias 36.759 0 0 36.759Total Provisões para depreciação de existências 3.823.144 330.000 3.640.880 512.264Provisões para investimentos financeiros: Potenciais perdas em investimentos 8.519.413 0 269.350 8.250.062

25.874.172 6.155.484 5.250.430 26.779.225

Provisões para cobranças duvidosasOutros devedoresNesta rubrica estão incluídos saldos relativos à actividade do Grupo no mercado chinês bem como provisões para fazer face a montantes a receber decompanhias de seguros (1.646.033 euros), penalidades e desvios negativos em obras em curso.

O montante apresentado em redução de provisões corresponde à utilização das respectivas provisões à medida que os respectivos custos vão sendoreconhecidos, ou relativas a outras situações que deixaram de existir.

Provisões para Participações FinanceirasO reforço da provisão diz respeito à aplicação do Método de Equivalência Patrimonial à participação na EFACEC – Moçambique, tendo a contrapartidaparcialmente sido registada em Perdas em Empresas Associadas (62.166 euros).

O aumento verificado deve-se à evolução do câmbio da divisa USD.

45. Demonstração dos Resultados ExtraordináriosOs resultados extraordinários consolidados no final do ano de 2003 e 2002, podem ser demonstrados como segue:

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41Relatório do Conselho de Administração

Valor dos Rendas pagas RendasContratos neste exercício a pagar (nota 21)

Contratos de Locação Financeira 404.342 133.731 159.401Contratos de Aluguer de Longa Duração (a) 6.609.103 1.572.581 2.467.327

7.013.445 1.706.312 2.626.728

(a) Estes contratos não se encontram registados em Imobilizado.

VII – Outras Informações49. Outras Informações Requeridas por Diplomas Legais

Para além do que está referido ao longo das diversas notas deste anexo, é de acrescentar que o Grupo EFACEC tem a sua situação de contribuições perantea Segurança Social, devidamente regularizada (DL 411/91 de 17/10).

50. Dívidas de Terceiros a Médio e Longo Prazo

Em 31 de Dezembro de 2003, as dívidas com a natureza de médio e longo prazo são as seguintes:31.12.2003 31.12.2002

(1) Empréstimo à EFACEC Unaiversal Motors – Equip. Eléctricos, S.A. 2.818.203 3.815.804(2) Empréstimo à EFACEC Bombas Hidráulicas e Ventiladores, S.A. 247.024 416.952(3) Dívida Liftech 57.675 0(4) Solução – Corretores e Consultores de Seguros 125.000 0

(1) Durante o exercício de 1999 a EFACEC Capital, S.G.P.S. procedeu à reestruturação das suas actividades de reparação, fabrico e comercialização demotores eléctricos. Neste contexto, foi constituída a 4 de Maio desse ano a EFACEC Universal Motors, S.A., a qual se dedica à actividade de produção demotores eléctricos. Assim, foram trespassados para esta nova sociedade todos os activos e passivos afectos a essa actividade, mantendo, contudo, naEFACEC Motores Eléctricos, S.A., o negócio de reparação e beneficiação de motores e transformadores eléctricos. Em consequência, o valor dos empréstimosefectuados até àquela data à afiliada EFACEC Motores Eléctricos, S.A., no montante de 4.489.181 euros, foram também transferidos para a nova sociedadeentão criada.Inicialmente, o empréstimo concedido era amortizado em parcelas semestrais e sucessivas durante 10 anos com início no 4º ano, inclusive. Os juros eramcalculados à taxa de 3% durante os três primeiros anos e nos períodos subsequentes à taxa “Euribor” a seis meses, relativamente à quantia em dívida, na datarespectiva. Em Julho de 2003 com base num acordo celebrado com data de 22 de Julho de 2003, foi acordado proceder a um re-escalonamento da dívida atéJulho de 2012 após o pagamento de 1.000.000 euros, tendo a dívida sido reescalonada com base neste acordo.Para garantia de cumprimento da obrigação do pagamento daquele empréstimo, foram dadas à EFACEC Capital garantias como, penhor mercantil sobreequipamento incluído no imobilizado corpóreo, existências e saldos de clientes.

Provisões para outros riscos e encargosEstes montantes são relativos a situações que têm vindo a ser objecto de análise continuada pela gestão das diversas empresas e que se referem a problemasem discussão com os clientes relacionados com a imputação de responsabilidades e cujo desfecho desfavorável para a empresa se tornou neste exercício maisverosímil. Desde 2000 que tem sido feita uma análise rigorosa ao comportamento e andamento de todas as obras a decorrer no Grupo. Em resultado destaanálise exaustiva às obras e instalações em curso foram verificadas algumas situações que podem vir no futuro a determinar perdas. Para estas perdas, e norespeito dos princípios de prudência preconizados na Directriz Contabilística nº 3, foi decidido proceder à constituição de provisões.Durante os vários exercícios o Grupo tem vindo a incorrer em custos de manutenção e assistência pós-venda. Desde 2000 que os custos com este serviçotêm vindo a ser analisados e se significativos tem vindo a ser constituídas provisões para estas perdas futuras, apresentando de forma mais apropriada asresponsabilidades potenciais futuras do Grupo.Provisões para investimentos financeirosO saldo desta provisão está relacionado com as participações na Liaoyang EFACEC Electric Equipment Corp. (notas 4 e 27) e EFACEC Oriente (nota 2) no valorde, 2.259.554 euros e 5.985.575 euros, respectivamente.Os cálculos para as perdas de valor foram efectuados tendo por base os valores de mercado e a estimativa de fluxos de caixa futuros, dos dois o mais baixo.Provisões para depreciação de existênciasO montante apresentado em redução de provisões corresponde à utilização das respectivas provisões à medida que os respectivos custos vão sendoreconhecidos, ou relativas a outras situações que deixaram de existir.

47. Valor Contabilístico de Bens Utilizados em Regime de Locação Financeira e Aluguer de Longa DuraçãoEm 31 de Dezembro de 2003, o Grupo mantinha os seguintes contratos de locação financeira e aluguer de longa duração, registados de acordo com a políticareferida na nota 23 d):

(2) No final de 2000, o Conselho de Administração considerou o negócio de produção e comercialização de bombas e ventiladores não estratégico. Em Fevereirode 2001 foi feita a alienação da totalidade do capital da empresa que se dedicava àquele objecto social. Na altura da venda, existia um empréstimo no montanteglobal de 648.437 Euros feito pela EFACEC Capital àquela entidade, o qual foi considerado em dívida pelos novos accionistas.Este empréstimo não vence juros e deveria ser amortizado em 42 mensalidades iguais e sucessivas, após 18 meses de carência, a contar da data de celebraçãodo contrato de venda das acções, em 16 de Fevereiro de 2001, ou seja Agosto de 2002.Para garantia do cumprimento, foi feito um penhor de créditos sobre clientes até ao montante de 748.197 Euros, à escolha da EFACEC, sendo disponibilizadoa qualquer momento relação dos terceiros para execução da penhora, nos termos da lei civil e comercial.(3) Este valor refere-se ao montante a receber pela filial, EFACEC – Sistemas de Electrónica, SA resultante da venda da divisão de elevadores à Liftech –Tecnologia Elevadores, Lda. O valor da venda ascendeu a 793.061 Euros, tendo sido recebido 100.000 Euros na assinatura do contrato e o restante seráliquidado em 24 prestações mensais.

(4) Este montante diz respeito ao montante a receber da Solução – Corretores e Consultores, Lda pela venda da participação da Normed.

51. Outros Devedores

A rubrica de Outros Devedores em 31 de Dezembro de 2003 e 31 de Dezembro de 2002 apresentava o seguinte detalhe:31.12.2003 31.12.2002

Outros Devedores – Activo Circulante: Pessoal 238.850 376.744 Liaoyang EFACEC E. E. Co. Ltd (a) 4.806.959 4.228.746 EFACEC Universal Motors 149.639 460.380 Seguros a receber por perdas em existências 1.480.095 1.831.060 Liftech (b) 360.583 582.838 EFACEC Oriente, Lda. 512.689 512.689 Outros – diversas entidades (c) 3.305.818 3.088.130

10.854.633 11.080.587 Provisão realizada (d) -5.970.147 -4.248.604

4.884.486 6.831.983

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Relatório do Conselho de Administração42

31.12.03 31.12.02Saldos a favor do Grupo – Activo:Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas - IRC (a) 484.955 183.816Imposto sobre o Valor Acrescentado a Recuperar 0 833.358Outros impostos a recuperar 449.551 -

934.506 1.017.174Saldos a favor do Estado – Passivo:Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas - IRC (a) - -Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares – Retenções 1.061.754 883.809Imposto sobre o Valor Acrescentado – a Pagar 2.366.018 4.007.424Contribuições para a Segurança Social (b) 1.868.390 1.828.486Outras 133.927 88.503

5.430.089 6.808.222

A regularização de impostos diferidos activos decorre da utilização de provisões não consideradas para fins fiscais no ano da sua constituição e que estiveramsubjacentes à constituição dos activos por impostos diferidos, tendo neste ano sido suportados os respectivos encargos, pelo que se efectuou a reversão dosrespectivos impostos diferidos no valor de 4.090.284 euros. Por outro lado, foram registados os impostos diferidos activos relativos às provisões criadas em2003 (385.000 euros), assim como os impostos diferidos activos relativos aos prejuízos fiscais acumulados reportáveis à data de 31 de Dezembro de 2003,tendo em conta as novas perspectivas de recuperabilidade através dos resultados futuros.Para além do referido na nota 38, as situações que podem afectar os impostos sobre o rendimento a pagar no futuro, são as seguintes:

(a) Este saldo tem sido calculado em conformidade com os princípios e normas fiscais relacionadas com a determinação do lucro consolidado, a partir de2001, regime especial de tributação de grupos de sociedades, para a maior parte das empresas do Grupo e segundo as regras normais de apuramento da matériacolectável para as restantes empresas, deduzido dos valores pagos por conta durante o exercício. O montante apurado diz respeito ao IRC a pagarrelativamente à tributação autónoma do grupo no valor de 334.000 Euros deduzida das retenções na fonte e pagamentos especiais por conta da EFACEC Capitale das empresas que não integram o grupo para efeitos fiscais.Dados os resultados negativos apurados, não foi constituída qualquer estimativa para pagamento de IRC, excepto no que respeita às tributações autónomasno montante de 334.000 Euros como referido anteriormente. O montante para as filiais que não se encontram incluídas no regime especial de tributação imaterialfoi registado com base na estimativa efectuada nessas sociedades.

As divergências entre critérios contabilísticos e fiscais, no que respeita às diferenças permanentes ou temporárias, tem originado diferenças entre o valor apagar de IRC e o encargo referido na demonstração dos resultados e no balanço (nota 38), cuja reconciliação pode ser vista como segue:

EurosTributação Autónoma 334.000Anulação Impostos Diferidos Activos - Utilização de Provisões 4.090.284Impostos Diferidos Activos - Provisões constiuídas em 2003 -385.000Impostos Diferidos Activos - Prejuízos Fiscais Reportáveis -2.800.000Outros ( entradas de novas empresas ) 220.822Total 1.460.106

i) De acordo com a legislação vigente, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão por correcção por parte das autoridades fiscais durante um períodode quatro anos (para os exercícios de 1998 e seguintes) ou cinco anos (para os exercícios até 1997), excepto quando tenham havido prejuízos fiscais,tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspecções, reclamações ou impugnações, cujos, em determinados casos previstos nalei, podem ver os prazos prolongados ou a contagem suspensa. Deste modo, as declarações fiscais apresentadas pelo Grupo referentes aos exercíciosde 2000 a 2003 podem vir ainda a ser sujeitas a revisão (já efectuadas pela Administração Fiscal até 1999). A Administração do Grupo EFACEC consideraque, as correcções que poderão surgir decorrentes de revisões ou inspecções por parte da administração fiscal àquelas declarações, não poderão ter umefeito significativo nas demonstrações financeiras apresentadas a 31 de Dezembro de 2003.

ii) Como consequência da não aceitação como custo, para efeitos de determinação da matéria colectável em sede de IRC, da parte correspondente a 40%do excesso nas amortizações do exercício decorrentes das reavaliações efectuadas (nota 42), a matéria colectável para os exercícios futuros seráaumentada em 1.105.750 Euros.

iii) De acordo com a legislação em vigor, os ganhos e perdas resultantes da apropriação de resultados de empresas participadas pelo método de equivalênciapatrimonial não são considerados como proveitos e custos, respectivamente, para efeitos de determinação da matéria colectável em sede de IRC, noexercício em que são reconhecidos contabilisticamente, sendo apenas tributados os dividendos no exercício em que são atribuídos. A Norma Internacionalde Contabilidade nº 12 (revista) – Imposto sobre o Rendimento, obriga a que estes sejam registados na contabilidade, independente da sua aceitação fiscal,desde que se verifique simultaneamente os seguintes critérios: a reversão seja verificada num período futuro previsível e a empresa mãe controle areversão dessa diferença temporária.

iv) Como referido na nota 23 m), a empresa adoptou desde 1998, o tratamento preconizado na Norma Internacional de Contabilidade nº 12 (revista) (NIC), porforça da Directriz Contabilística nº 18, a qual refere aquela como adoptável quando a situação não esteja devidamente tratada no Plano Oficial deContabilidade ou nas Directrizes Contabilísticas e, mais recentemente, a Directriz Contabilística nº 28 – Impostos sobre o Rendimento, com aplicaçãoprevista a partir de exercícios com início em 1 de Janeiro de 2002. Os impostos diferidos, previstos naquela NIC e nesta directriz, têm sido registadosapenas nas situações cujo efeito seja considerado significativo na leitura das demonstrações financeiras do Grupo (nota 38).

(b) Estas contribuições, incluem o valor a pagar correspondente à parcela retida aos trabalhadores (taxa geral de 11% sobre os rendimentos sujeitos) e a partecorrespondente à empresa (taxa geral de 23,75% sobre os rendimentos atribuídos sujeitos a este imposto).

53. Acréscimos e Diferimentos

Os saldos destas rubricas, incluídas no Activo e no Passivo, em 31 de Dezembro de 2003 e 31 de Dezembro de 2002, apresentavam a seguinte:

(a) O aumento desta rubrica deve-se nomeadamente à transferência de saldos da rubrica de Clientes para Outros Devedores.

(b) O saldo com a Liftech refere-se ao montante a receber pela filial EFACEC – Sistema de Electrónica, resultante da venda da divisão de elevadores (nota 50).

(c) São várias entidades com saldos de diversa natureza que no seu conjunto, apesar do aumento verificado no ano, são considerados aceitáveis atendendoàs actividades operacionais do Grupo.(d) A provisão realizada está constituída essencialmente para os saldos em dívida da Liaoyang E. E. E. Co. registados em Outros Devedores no valor de4.806.959 euros, Efacec Oriente no valor de 512.000 euros e montantes a receber de companhias de seguros no valor de 540.000. O aumento verificado deveu-se à transferência de uma provisão para outros devedores incluída no exercício anterior em Provisões para Outros Riscos e Encargos (nota 46) e ao reforçoda provisão relativamente aos montantes a receber das companhias de seguros.

52. Estado e Outros Entes PúblicosAs rubricas incluídas nos saldos com o Estado e outros entes públicos, tinham em 31 de Dezembro de 2003 e 31 de Dezembro de 2002, a seguintedecomposição:

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43Relatório do Conselho de Administração

31.12.03 31.12.02Acréscimos de Proveitos – Activo: Valores a facturar (a) 11.666.213 6.395.214 Outros 12.424 71.320

11.678.637 6.466.534Custos Diferidos – Activo: Encargos com obras e conservação plurianual 59.823 97.765 Custos a imputar a vários períodos 133.801 37.409 Custos com obras em curso 0 293.948 Outros 78.023 195.708

271.647 624.830

Impostos Diferidos – Activo (nota 38) 8.396.302 9.566.3378.396.302 9.566.337

Acréscimos de Custos – Passivo: Encargos com Remunerações 6.659.247 6.567.403 Encargos com obras (b) 2.954.422 2.184.197 Juros a Pagar 103.985 437.938 “Redevances” a pagar 571.499 646.683 Outros (c) 1.636.549 1.616.732

11.925.702 11.452.953Proveitos Diferidos – Passivo: Subsídios ao Investimento (d) 2.959.522 3.978.548 Facturação diferida (e) 35.217.547 34.773.694 Diferença de consolidação bad will – (nota 10) 264.873 319.008 Outros 156.883 38.234

38.598.825 39.109.484

Impostos Diferidos – Passivo (nota 38) 3.560.868 03.560.868 0

(a) Estes montantes referem-se a projectos e obras em curso, cujo grau de acabamento é superior ao grau de facturação ou encontram-se numa fase cujaobra esteja substancialmente concluída. Continuando o Grupo a reconhecer os proveitos relacionados com as suas obras segundo critérios maioritariamentede base fiscal, nota 23 f), apenas as situações em que o grau de acabamento é próximo dos 100% no final do período estão aqui reconhecidas.

(b) Algumas das empresas do Grupo reconheceram nas suas obras em curso custos adicionais com a conclusão de alguns trabalhos que foram registadosnesta conta de acréscimos de custos.

(c) Em 2002, esta rubrica incluía cerca de 649.641 Euros referentes a rescisões a liquidar em 2003 no âmbito do processo de reestruturação do grupo.(d) Durante este ano foram recebidos subsídios relativos a projectos de investimento no valor de 437.833 euros, tendo sido transferido para proveitos

1.438.197 Euros (nota 45), segundo o exposto na nota 23 l).(e) Os planos de facturação acordados com os clientes não respeitam estritamente os graus de acabamento que acabam por ser reconhecidos nas obras daí

que sempre que são emitidas facturas para clientes elas são primeiramente registadas nesta conta, indo sendo regularizadas na medida dos graus deacabamento dado pelas engenharias de produção e que traduzem os graus de reconhecimento das obras (notas 23 f) e o)).

54. Dívidas de Financiamento

Em 31 de Dezembro de 2003 e 31 de Dezembro de 2002, os empréstimos e os descobertos bancários, as suas taxas anuais médias e outras condiçõespodem ser assim apresentados:

O segundo foi contratado em 31 de Dezembro de 2003, no valor de 6.000.000 euros. Vence juros semestrais à taxa Euribor acrescido de 1,45% de spread. Esteempréstimo tem um período de carência de capital de 18 meses, 10 reembolsos semestrais de capital e uma vida útil máxima de 5 anos.

Empréstimo por obrigações

À data do balanço, o Grupo tem emitido um empréstimo obrigacionista, com um valor global em dívida de 15.000.000 Euros. Este empréstimo foi emitidoem 25 de Novembro de 1999 e é representado por 1.500.000 obrigações comuns com o valor nominal de 10 Euros cada uma. Este empréstimo vence jurossemestralmente à taxa Euribor a 6 meses, acrescida de 1%, e tem uma vida útil máxima de 5 anos (31 de Dezembro de 2004), podendo ser reembolsadoantecipadamente no final do 3º ano, por iniciativa da Sociedade (call option).

Este empréstimo encontra-se cotado no mercado oficial da Euronext Lisboa.

No final do ano de 2003, o Grupo EFACEC tinha uma cobertura de taxa de juro para este empréstimo no valor de 10 milhões de euros através de opções, cujoprazo termina em Novembro de 2004.

Financiamento bancarioNo final do presente exercício, o Grupo tem contratado dois empréstimos de Médio e Longo Prazo em duas \Instituições de Crédito.O primeiro foi contratado em 4 de Dezembro de 2003, no valor de 8.000.000 euros. Vence juros semestrais à taxa Euribor a 6 meses, acrescido de 1,5% despread. Este empréstimo, com uma vida útil máxima de 5 anos, tem previsto 10 reembolsos semestrais de capital a partir do 18º mês. O risco de taxa de jurodeste empréstimo foi completamente coberto até ao fim da sua vida útil, através de opções no valor de 8.000.000 euros.

31.12.03 31.12.02Médio e Longo Prazo: Empréstimos por obrigações 0 15.000.000 Subsídios reembolsáveis 593.505 538.385 Financiamento bancário 14.036.538 208.368

14.630.043 15.746.753 Curto Prazo: Empréstimo por obrigações 15.000.000 15.000.000

Papel comercial 20.252.906 20.091.610 Contas correntes bancárias 13.376.752 15.749.279 Subsídios reembolsáveis 29.787 434.202

33.659.445 36.275.091

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Relatório do Conselho de Administração44

Papel comercialO Grupo EFACEC dispõe de um Programa de Papel Comercial grupado e multidivisas no montante de cerca de 25.000.000 Euros, incluindo o montante afectoà EFACEC – Oriente, não integrada a partir de Outubro de 2001 (nota 2). Em 31 de Dezembro de 2003, o programa estava integralmente utilizado, repartido pordiversas emissões, em euros e em dólares, colocadas em diversas sociedades do Grupo. O reembolso destas emissões verifica-se até Maio de 2004, podendoser renovadas mediante solicitação à instituição de crédito líder da operação. A taxa média de colocação das últimas emissões corresponde à Euribor acrescidade 0,08%.No final deste exercício, existe uma cobertura de taxa de juro no valor de 10 milhões de euros através de opções e com prazo de cerca de uma ano e meio.Subsídios reembolsáveisResultam de contratos de projectos de investimento financiados por fundos comunitários e nacionais no âmbito de PEDIP’s e/ou POE´s. O valor está repartidopor várias empresas do Grupo tendo vários prazos de reembolso previstos.Contas correntes bancáriasEstas contas correntes bancárias não têm prazo de reembolso definido podendo este renovar-se em vários períodos, embora assumam a natureza de curtoprazo. A taxa média destas contas correntes assenta na Euribor acrescida de um spread de cerca de 1,1%.

55. Composição do Capital SocialEm 31 de Dezembro de 2003, o capital social é de 41.641.416 Euros, estando representado por 41.641.416 acções escriturais com o valor nominal unitário de1 Euro cada.

56. Entidades com Participação Igual ou Superior a 20% no Capital Social da EFACEC CapitalEm 31 de Dezembro de 2003, as entidades com uma percentagem directa ou indirecta, igual ou superior a 20%, eram as seguintes:

Têxtil Manuel Gonçalves, S.A. 25,4%José de Mello – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. 25,4%

57. Movimentos na Rubricas do Capital próprioOs movimentos ocorridos nas contas de capital próprio durante o período findo em 31 de Dezembro de 2003, foram como segue:

Rubricas Saldo Inicial Aumento Reduções Saldo Final

Capital social (a) 69.402.360 0 27.760.944 41.641.416Acções Próprias – Valor nominal (b) -1.500.000 0 -600.000 -900.000Acções Próprias – Desc. e prémios (b) -494.719 0 600.000 -1.094.719Prémios de emissão de acções 125.254 0 0 125.254Diferenças de consolidação (nota 10) 3.080.052 0 0 3.080.052Ajustamentos de partes decapital em filiais e associadas (c) -5.286.922 0 452.196 -5.739.118Reservas de reavaliação (notas 41 e 42) 20.755.644 0 4.856.215 15.899.429Reservas: Reservas legais 2.395.929 300.644 0 2.696.573 Outras reservas 0 0 0 0Resultados Transitados (d) -38.849.103 5.712.234 -28.168.438 -4.968.431 Subtotal 49.628.495 6.012.878 4.900.917 50.740.455Resultados consolidados líquidos 6.012.878 8.273.856 -6.012.878 8.273.856 Total do Capital próprio 55.641.373 14.286.734 -1.111.961 59.014.311

(a) Em Dezembro de 2003 foi efectuada uma redução de capital em 27.760.944 euros, para cobertura de prejuízos, e substituição das acções por 3 novasacções com valor nominal de um euro. O capital passou assim a ser representado por 41.641.416 acções de um euro cada.

(b) No final do ano, mantinha em carteira 900.000 acções, valorizadas ao preço de custo unitário de 2.22 Euros. O movimento do período deve-se à reduçãode capital efectuada em Dezembro de 2003.

(c) Os movimentos em Ajustamentos de partes de capital podem ser assim explicados:

Euros Ajustamentos c/ Participações 503.578 Provisões para Investimentos (1) -5.474.307 Ajustamentos no Capital próprio da associada EID (notas 3 e 27) -510.425 Ajustamentos relacionados com o Método de Aplicação Patrimonial 194.232 Saldo em 31.12.02 -5.286.922 Movimento de 2003: Correcção da taxa de imposto para 27,5% (1) -503.193 Ajustamentos c/ Participações 50.995 Total -5.739.120

(1) Em 31 de Dezembro de 2003 as provisões levadas directamente ao Capital próprio nos exercícios anteriores são:

Descrição EurosAjustamentos para custos de reestruturação e conversão cambial -4.788.914Transferência dos resultados líquidos de 2000 e 2001– aplicação dos resultados -35.662.472Alienação da EFACEC Bombas Hid. e Vent. – transfª de Ajust. de Partes de Capital -571.124Transferência de reservas de reavaliação 3.379.690Outros movimentos de consolidação -1.206.283 Saldo em 31.12.02 -38.849.103Transferência dos resultados líquidos de 2002– aplicação dos resultados 5.712.234Redução de capital 27.760.944Reservas de reavaliação disponíveis 1.295.737Outros movimentos de consolidação -888.243 Saldo em 31.12.03 -4.968.431

Provisão constituída para a participação detida na Liaoyang EFACEC E. E. Co. 2.259.554Provisão constituída para a EFACEC Oriente, Lda (notas 2 e 46) 5.985.575Dedução de Impostos diferidos activos (nota 38) -2.770.822Correcção da taxa de imposto (27,5%) -503.193Total 4.971.114

Assim, no final do ano de 2003, a rubrica de Resultados transitados apresentou as seguintes evoluções:

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45Relatório do Conselho de Administração

As reservas de reavaliação, resultam da reavaliação do imobilizado corpóreo efectuada nos termos de legislação aplicável e livre no caso dos terrenos (notas41 e 42). De acordo com a legislação em vigor e as práticas contabilísticas aceites em Portugal, estas reservas não são distribuíveis aos accionistas, sópodendo ser utilizadas para aumentar o capital ou cobrir prejuízos, mas tal só se pode verificar quando estiverem realizadas, o que acontece via reintegraçãodos bens ou pela alienação dos mesmos. Assim no seguimento da alienação do edifício de Carnaxide em 2002, a respectiva reserva livre no valor de 3.379.690Euros foi transferida para Resultados Transitados, assim como a parte já amortizada da reserva de reavaliação de 1998 em 2003 no valor de 1.295.737 Euros.Por outro lado, foram transferidos para Impostos Diferidos Passivos os impostos relativos aos terrenos no valor de 3.560.868 euros.

As reservas legais, bem como os montantes relativos a prémio de emissão, não estão disponíveis para distribuição, apenas podendo ser utilizadas paraaumentar o capital ou compensar prejuízos. De acordo com a legislação comercial, as empresas do Grupo, são obrigadas a transferir para esta reserva, nomínimo 5% do resultado líquido anual até que a mesma atinja os 20% do capital social.

58. Fornecimentos e Serviços ExternosDurante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, os principais fornecimentos e serviços externos, foram os seguintes:

31.12.03 31.12.02Subcontratos 26.888.446 17.950.974Trabalhos especializados 9.981.845 10.251.032Deslocações e estadas 4.742.857 4.667.471Transporte de mercadorias 6.241.238 4.380.362Rendas e Alugueres 4.109.416 2.365.986Conservação e Reparação 2.286.451 2.042.562Seguros 2.122.798 1.480.915Comunicação 1.306.699 1.416.269Electricidade 1.013.667 1.059.800Publicidade e propaganda 1.003.529 516.203Outros fornecimentos e serviços 11.165.533 7.256.780

70.862.479 53.388.353

Atendendo à actividade do grupo, não se consideram existir variações anormais dignas de realce, excepto,relativamente aos Subcontratos onde se verifica umaumento com algum significado, devido aos tipos de projectos em curso. Esta subcontratação é inerente aos vários projectos do grupo e pode variar em funçãodo tipo de projectos em curso.

59. Interesses Minoritários

Em 31 de Dezembro de 2003 e 31 de Dezembro de 2002, o detalhe dos interesses minoritários é como segue:

Int. Min. (%) 31.12.03 31.12.02Microprocessador 45,75 794.358 767.862Investimentos e Concessões 25,00 122.420 139.854International Financing, S.G.P.S., S.A. 45,00 199.379 255.816EFACEC - Sistemas de Electrónica, S.A. 3,11 645.660 0ENT - Empresa Nacional de Telecomunicações, S.A. 0,97 54.997 0SVEP 8,00 5.509 3.610M5 CEL 26,00 13.383 0EFACEC Colômbia 30,00 -78.352 18.528EFACEC Sistemas Venezuela 35,00 1.420 31.840EFACEC Malaysia 39,00 277.489 0BAUEN 46,67 302.204 0

2.338.467 1.217.510

Os resultados atribuíveis aos interesses minoritários durante o ano findo em 31 de Dezembro de 2003 e o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, têm aseguinte composição:

31.12.03 31.12.02Microprocessador 31.603 63.985Investimentos e Concessões -66.280 -109.907International Financing, S.G.P.S., S.A. 875 347EFACEC - Sistemas de Electrónica, S.A. 150.521 0ENT - Empresa Nacional de Telecomunicações, S.A. 7.088 0SVEP 1.901 1.609M5 CEL 13.383 0EFACEC Colômbia -89.695 256EFACEC Sistemas Venezuela -16.175 -13.235EFACEC Malaysia 2.879 0BAUEN 33.956 0

70.056 -56.945

60. Informações sobre matérias ambientaisEm conformidade com o disposto na D.C. nº 29, a síntese dos investimentos de carácter ambiental concluídos e/ou em curso, assim como os dispêndiosambientais de carácter corrente imputados durante o primeiro semestre e anos anteriores, podem ser apresentados da seguinte forma:

Área MontanteDiagnósticos ambientais 80.500ETARI e redes efluentes 962.000Resíduos industriais 31.500

- Incentivos públicos recebidos/atribuídos: Foram recebidos 520.000 Euros a fundo perdido e cerca de 1.080.000 Euros a título de empréstimos à taxa zero.- Passivos de carácter ambiental incluídos nas contas: Não existem- Passivos de carácter contingente de carácter ambiental: Não existem- Despesas com multas e outras penalidades: Não foram incorridas quaisquer despesas desta natureza;- Despesas extraordinárias de carácter ambiental: Não foram incorridas quaisquer despesas extraordinárias;

61. Notas Explicativas à Demonstração por FunçõesO custo das vendas e prestação de serviços apresentado na demonstração dos resultados por funções foi calculado como segue:

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Relatório do Conselho de Administração46

A Demonstração dos resultados por funções foi preparada em conformidade com a Directriz Contabilística nº 20, a qual apresenta um conceito de resultadosextraordinários diferente do que está definido no Plano Oficial de Contabilidade para a Demonstração dos resultados por naturezas. Assim, o valor total de3.422.173 Euros, apresentado em resultados extraordinários na Demonstração dos resultados por naturezas, foi reclassificado na Demonstração dos resultadospor funções, e na sua totalidade, para resultados correntes.

62. Eventos subsequentesNão são conhecidos eventos subsequentes que possam influenciar a apresentação e interpretação das demonstrações consolidadas reportadas a 31 deDezembro de 2003.

O TÉCNICO OFICIAL DE CONTASDrª Maria Elisa Loureiro Moreira Pereira de Oliveira

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOEngº António Afonso Lasso de La Vega Cardoso Pinto – PresidenteEngº Guilherme Ricca GonçalvesDr Alexandre Augusto Morais Guedes de MagalhãesDr Faustino José de Campos Taxa de FariaDr José Manuel Gonçalves de Morais CabralDr Pedro Macedo Santos Ferreira PintoDr. João Paulo Seara Sequeira do Vale Peixoto.

Relatório e Parecer do Conselho FiscalSenhores Accionistas,

1 Nos termos da lei e do mandato que nos conferiram, apresentamos o relatório sobre a actividade fiscalizadora desenvolvida e damos parecer sobreo Relatório Consolidado de Gestão e as Demonstrações Financeiras Consolidadas apresentados pelo Conselho de Administração de EFACECCapital, S.G.P.S, S.A. relativamente ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2003

2 No decurso do exercício acompanhámos, com a periodicidade e a extensão que considerámos adequada, a actividade da empresa e das suas filiaise associadas mais significativas. Verificámos a regularidade da escrituração contabilística e da respectiva documentação, bem como a observânciada lei e dos estatutos.

3 Acompanhámos igualmente os trabalhos desenvolvidos por Bernardes, Sismeiro & Associados, S.R.O.C., Lda e apreciámos a Certificação Legal dasContas, em anexo, com a qual concordamos. Tomámos também conhecimento do teor do Relatório sobre a Fiscalização endereçado por aquelaSociedade ao Conselho de Administração, nos termos do artº 451º do Código das Sociedades Comerciais.

4 A pedido do Conselho de Administração, o Conselho Fiscal emitiu, em 11 de Julho de 2003, um parecer favorável relativo a dois acordos, celebradoscom as sociedades, Efacec Bombas Hidráulicas e Ventiladores, S.A. e Universal Motors, S.A., detidas pelo senhor Engenheiro António Badre de FariaRicca Gonçalves, filho do senhor Engenheiro Guilherme Ricca Gonçalves, administrador e vice-presidente do Conselho de Administração da EfacecCapital, S.G.P.S., S.A.

5 No âmbito das nossas funções verificámos que:

i) o Balanço Consolidado, as Demonstrações Consolidadas dos Resultados por naturezas e por funções, a Demonstração Consolidada dos Fluxos deCaixa e os correspondentes Anexos permitem uma adequada compreensão da situação financeira do grupo e dos seus resultados;

ii) as políticas contabilísticas e os critérios valorimétricos adoptados são adequados;

iii) o Relatório Consolidado de Gestão é suficientemente esclarecedor da evolução dos negócios e da situação da sociedade e do conjunto das filiaisincluídas na consolidação evidenciando os aspectos mais significativos;

6 Nestes termos, tendo em consideração as informações recebidas do Conselho de Administração e Serviços e as conclusões constantes daCertificação Legal das Contas, somos do parecer que:

i) seja aprovado o Relatório Consolidado de Gestão;

ii) sejam aprovadas as Demonstrações Financeiras Consolidadas;

Porto, 15 de Março de 2004O Presidente do Conselho FiscalRuy Octávio Matos de CarvalhoO VogalMaria do Céu Fernandes RibeiroO Vogal Revisor Oficial de ContasBernardes, Sismeiro & Associados, S.R.O.C., Ldarepresentada por: Manuel Heleno Sismeiro, R.O.C.

Produtos acabados, Prestaçõesintermédios e em curso de serviços

Existências iniciais 24.088.219 0Entradas da produção 209.012.014 19.964.907Existências finais 25.334.761 0Custo das vendas e dasprestações de serviços 207.765.472 19.964.907

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47Relatório do Conselho de Administração

Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria sobre aInformação Financeira Consolidada

Introdução

1 Nos termos da legislação aplicável, apresentamos a Certificação Le-gal das Contas e Relatório de Auditoria sobre a informação financeiracontida no Relatório consolidado de gestão e nas demonstraçõesfinanceiras consolidadas anexas da EFACEC Capital, S.G.P.S, S.A.,as quais compreendem o Balanço em 31 de Dezembro de 2003, (queevidencia um total de 246.692.286 euros, um total de interessesminoritários de 2.338.467 euros e um total de capital próprio de59.014.311 euros, incluindo um resultado líquido de 8.273.856 euros),as Demonstrações consolidadas dos resultados, por naturezas e porfunções, e a Demonstração consolidada dos fluxos de caixa do exercíciofindo naquela data, e os correspondentes Anexos.

Responsabilidades

2 É da responsabilidade do Conselho de Administração da empresa (i) apreparação do Relatório consolidado de gestão e de demonstraçõesfinanceiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira eapropriada a posição financeira do conjunto das empresas incluídasna consolidação, o resultado consolidado das suas operações e osfluxos de caixa consolidados; (ii) que a informação financeira históricaseja preparada de acordo com os princípios contabilísticos geralmenteaceites em Portugal e que seja completa, verdadeira, actual, clara,objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários;(iii) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados; (iv) amanutenção de sistemas de controlo interno apropriados; e (v) adivulgação de qualquer facto relevante que tenha influenciado aactividade do conjunto das empresas incluídas na consolidação, a suaposição financeira ou resultados.

3 A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeiracontida nos documentos de prestação de contas acima referidos,designadamente sobre se é completa, verdadeira, actual, clara,objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários,competindo-nos emitir um relatório profissional e independente baseadono nosso exame.

Âmbito

4 O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as NormasTécnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos RevisoresOficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado eexecutado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitávelsobre se as demonstrações financeiras consolidadas não contêmdistorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exameincluíu: (i) a verificação de as demonstrações financeiras das empresasincluídas na consolidação terem sido apropriadamente examinadas e,para os casos significativos em que o não tenham sido, a verificação,numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgaçõesnelas constantes e a avaliação das estimativas, baseadas em juízose critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na suapreparação; (ii) verificação das operações de consolidação e daaplicação do método da equivalência patrimonial; (iii) a apreciaçãosobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a suadivulgação, tendo em conta as circunstâncias; (iv) a verificação daaplicabilidade do princípio da continuidade; (v) a apreciação sobre seé adequada, em termos globais, a apresentação das demonstraçõesfinanceiras consolidadas; e (vi) a apreciação se a informação financeiraconsolidada é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.

5 O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância dainformação financeira consolidada constante do relatório consolidadode gestão com os restantes documentos de prestação de contas.

6 Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitávelpara a expressão da nossa opinião.

Opinião

7 Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras consolidadasapresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectosmaterialmente relevantes, a posição financeira consolidada da EFACECCapital, S.G.P.S, S.A. em 31 de Dezembro de 2003, o resultadoconsolidado das suas operações e os fluxos consolidados de caixa noexercício findo naquela data, em conformidade com os princípioscontabilísticos geralmente aceites em Portugal e a informação nelasconstante é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.

Porto, 15 de Março de 2004Bernardes, Sismeiro & Associados, S.R.O.C., Lda.representada por: Manuel Heleno Sismeiro, R.O.C.

SECRETÁRIO, DOUTOR PEDRO DA COSTA MENDES DA FACEC CAPITAL,SGPS, S.A

EXTRACTO DE ACTA

CERTIFICO, que me foi apresentado o livro de actas da sociedade, “EFACECCapital, SGPS, S.A.” , com sede na Arroteia, freguesia de Leça do Balio,concelho de Matosinhos, o qual tem termos de abertura e de encerramentodatados de vinte e cinco de Março de dois mil e três, e do qual me foirequerido verbalmente, que extraísse em forma parcial, a acta númerooitenta e quatro datada de trinta de Março de dois mil e quatro, mas na parteapenas seguinte:

(…)Aos trinta de Março de dois mil e quatro, pelas dezassete horas,na sua sede social sita à Arroteia, freguesia de Leça do Balio, concelhode Matosinhos, reuniram-se os accionistas desta empresa emAssembleia Geral Anual.

Assumiu a presidência da Mesa da Assembleia o Presidente eleito,Senhor Doutor João Vieira de Castro, tendo secretariado a reunião oSenhor Doutor Pedro da Costa Mendes, secretário eleito. (…) o SenhorPresidente submeteu à votação o relatório de gestão e contas doexercício de 2003 da EFACEC Capital, SGPS, SA, que foramaprovados por unanimidade.Seguidamente o Senhor Presidente pôsem votação o relatório consolidado de gestão e as contas consolidadasdo exercício de 2003, documentos estes que foram aprovados porunanimidade.

Passando ao terceiro ponto da Ordem do Dia, o Senhor Presidente leua seguinte proposta: “O Conselho de Administração propõe que osresultados líquidos positivos do exercício da EFACEC Capital, SGPS,S.A., no montante de EUR 8.273.855,88 tenham a seguinte aplicação:Reserva Legal – EUR 413.692,79, Resultados Transitados – EUR852.043,75, Lucros não atribuídos – EUR 874.157,00, Dividendos –3.123.106,20, Reservas Livres – EUR 3.010.856,14, transferindo EUR125.253,65 (Prémios de Emissão de Acções) e EUR 3.286.453,30(Outras Reservas), para cobertura de prejuízos.”. Como nenhumaccionista pretendeu usar da palavra, foi a mesma posta à votação,tendo sido aprovada por unanimidade.(…).

- É O EXTRACTO DE ACTA, parcial que fiz extrair e vai conforme ooriginal.

Matosinhos, Secretário da “EFACEC Capital, SGPS, S.A.”, aos trinta deMarço de dois mil e quatro.

(Pedro da Costa Mendes)