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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2016

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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO

2016

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Mensagem da Administração

Em 2016, a Celesc Distribuição foi impactada pelo fraco desempenho do mercado cativo de energia. No entanto, o que contribuiu efetivamente para o resultado contábil negativo foi o reconhecimento do montante de R$256milhões, referente à exposição contratual ocorrida em 2014.

Destaque-se, todavia, que o total de energia distribuída no ano pela Celesc D (mercado livre e cativo) somou 22.957 GWh, volume 0,9% maior do que o registrado em 2015. Essa variação positiva reverteu trajetória de queda do mercado, que ocorreu até o fechamento do segundo trimestre, permitindo crescimento da receita e, consequentemente, do EBITDA.

Além disso, o esforço empreendido ao longo do ano garantiu outros avanços. Foram realiza-dos investimentos de R$449,1 milhões, entre ativos elétricos e não elétricos, o que mantém a média anual dos últimos quatro anos. Esse montante permitiu aperfeiçoar a eficiência opera-cional, garantindo a expansão e melhoria do serviço de distribuição e dos processos ineren-tes ao negócio, com a aquisição de novas tecnologias, maquinários, equipamentos e veículos.

Como principais obras, podemos citar a conclusão de oito subestações, a reforma ou amplia-ção de outras onze subestações, a construção de oito linhas de distribuição e 1.000 novos qui-lômetros de redes de Média e Baixa Tensão. As obras proporcionaram acréscimo de 186MVA à capacidade de atendimento do sistema de Alta Tensão, totalizando hoje mais de 7 mil MVA.

Em paralelo à ampliação do sistema, investimos na melhoria dos processos, na adoção de no-vas tecnologias, em capacitação de pessoal, modernização dos sistemas e revisão da logísti-ca operacional.

Como resultado da busca contínua por melhoria, no período 2011-2016, tivemos redução de 25,2% no tempo médio que cada consumidor ficou sem energia elétrica a cada ano, medido pelo DEC – Duração Equivalente por Consumidor; e redução de 27% no número de vezes, me-dido pelo FEC – Frequência Equivalente por Consumidor.

Também foram feitos os investimentos de R$ 53,6 milhões para viabilizar ações de eficiência energética. Por conta dos êxitos alcançados no combate ao desperdício, na proteção ao meio ambiente e na qualidade de vida dos catarinenses, os nossos projetos se tornaram referência nacional. Isso, a exemplo do que acontece com o Programa de P&D e da inovação estratégica, reverte em benefícios para toda a sociedade.

Outro esforço recompensado resultou da gestão das verbas variáveis: houve redução de cus-tos com horas-extras (-21%) e sobreaviso (-8%) em relação a 2015. A readequação do cus-teio de planos previdenciários diminuiu o percentual médio de contribuição que passou de

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10,24% para 7%. Foram realizadas ações para otimização do quadro de pessoal com desliga-mento incentivado, realocação e adequação interna. Com essas ações estruturais, houve re-dução do custo médio dos empregados; tudo em conformidade com as diretrizes do Progra-ma de Eficiência Operacional.

O mérito todo desse trabalho se traduz em relevantes conquistas como o alinhamento entre as melhores distribuidoras do País, ficando em 5º lugar geral no Prêmio ABRADEE 2016 e 2º lugar na Região Sul. Também foi a melhor empresa pública no ranking Responsabilidade So-cial, ficando em 3º. lugar nacional, e, no ranking Avaliação pelo Cliente, conquistou o 4ª lugar com Índice de Satisfação com a Qualidade Percebida (ISQP) de 83,2%, bem acima da média nacional de 74,4%.

Tudo isso corrobora com nosso principal objetivo, que é conservar a concessão, por meio da eficientização de processos, redução de custos e ampliação dos negócios, e garantir sempre muita energia para o desenvolvimento catarinense.

Cleverson SiewertDiretor Presidente

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1. Apresentação

Senhoras e Senhores Acionistas,

Apresentamos o Relatório Anual da Administração e as Demonstrações Financeiras da Celesc Distribuição S.A. – Celesc D, relativos ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2016, acompanhados do Relatório dos Auditores Independentes, da Manifestação do Conse-lho de Administração e do Parecer do Conselho Fiscal.

As Demonstrações Financeiras foram elaboradas e são apresentadas de acordo com o padrão contábil estabelecido pelo International Accouting Standards Board – IASB, denominado Inter-national Financial Reporting Standards – IFRS, consubstanciado na Instrução da Comissão de Valores Mobiliários – CVM no 457 de 13 de julho de 2007, pelos pronunciamentos aprovados pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC e pelas normas específicas aplicáveis as concessionárias de serviço público de energia elétrica estabelecida pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL.

2. Perfil EmpresarialCom presença consolidada entre as melhores do Setor Elétrico do País, a Celesc D é respon-sável pelos serviços de distribuição de energia elétrica em 92% do território de Santa Ca-tarina. Seus serviços chegam a 264 dos 295 municípios catarinenses e ao município de Rio Negro, no Paraná, e atendiam a 2.831.997 unidades consumidoras em 31 de dezembro de 2016. A rede de distribuição estava constituída por 150.113 km de redes de distribuição (MT e BT), 4.598,23 km de linhas (AT), 165 subestações, 171.565 transformadores e 1.665.616 postes.

A Celesc D atua ainda no suprimento de energia elétrica para o atendimento de 5 concessio-nárias e 17 permissionárias, responsáveis pelo atendimento dos demais 31 municípios cata-rinenses.

Sua área de concessão corresponde a pouco mais de 1% do território nacional, mas seu market share corresponde a 4,7% da energia consumida no País. No ranking das maiores distribuido-ras do Brasil, é a 6a em receita de fornecimento, 7a em volume de venda de energia elétrica e a 10a em número de consumidores. O faturamento bruto em 2016 chegou a R$10,49bilhões.

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3. Ambiente Econômico

3.1. Macroeconomia

A projeção é que a economia brasileira tenha encerrado 2016 com queda de 3,39% como reflexo da crise que afeta o País. O Índice Nacional do Consumidor Amplo – IPCA, calcula-do pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, teve alta de 6,29% no ano e o Índice Geral de Preços do Mercado – IGP-M, medido pela Fundação Getúlio Vargas, fechou em 7,17%.

A taxa de juros Sistema Especial de Liquidação e Custódia – SELIC, determinado pelo Comitê de Política Monetária – COPOM, ficou em 13,75% ao ano. A taxa de juros real (juros nominal expurgado da inflação) fechou em 7,01%.

3.2. Economia Catarinense

No balanço do ano, o desempenho econômico de Santa Catarina esteve muito aquém do seu potencial, como reflexo ainda da recessão iniciada em 2015, mas seu resultado ficou acima da média nacional, segundo a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catari-na – FIESC.

Conforme dados acumulados, o recuo da indústria catarinense ficou em 4%, enquanto o índi-ce brasileiro foi 6,5%, e dois setores apresentaram avanço na produção: Alimentos (3%), e Má-quinas, Aparelhos e Materiais Elétricos (2,9%). As vendas externas catarinenses aumentaram 16% em dezembro de 2016 em comparação a novembro, mês anterior, e 23,2% em relação a dezembro de 2015.

Esse desempenho foi apoiado essencialmente pela exportação de automóveis para os Esta-dos Unidos, de carne suína para a China e de soja para a Rússia. Com isso, o comércio interna-cional deu claros sinais de recuperação e Santa Catarina se posicionou, entre todos os esta-dos, como o 7o maior exportador nacional e o 5o maior importador.

Na avaliação da FIESC, os níveis de atividade industrial e emprego de 2014 somente serão vis-tos novamente no decorrer dos próximos anos, dependendo da velocidade da recuperação da macroeconomia.

No âmbito da distribuição de energia elétrica, o mercado total em Santa Catarina teve acrés-cimo de 0,9% em relação ao ano de 2015. O mercado residencial, que compõe 23,4% do mer-cado total, foi a classe que liderou esse crescimento, com taxa de 3,3% a.a.

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4. Ambiente RegulatórioEm 09 de dezembro de 2015, em processo conduzido pelo Ministério de Minas e Energia, a Ce-lesc D assinou o 5o Termo Aditivo ao Contrato de Concessão no 56/99 prorrogando assim a con-cessão por mais 30 anos até 07 de julho de 2045.

A assinatura dos Termos Aditivos implicou na alteração da periodicidade das revisões tarifá-rias sendo que a primeira foi realizada em 16 de agosto de 2016 e as subsequentes serão rea-lizadas a cada 5 (cinco) anos a partir desta data.

Em 07 de junho de 2016, a Diretoria da ANEEL decidiu instaurar a Audiência Pública no 31/2016 com o objetivo de discutir com a sociedade a proposta de revisão tarifária.

Em 15 de agosto de 2016, a ANEEL foi notificada do deferimento do pedido de tutela de urgên-cia para determinar a suspensão, até ulterior determinação em Juízo, do impacto financeiro referente à exposição voluntária da Celesc D no ano de 2014.

Diante desse novo fato, a ANEEL recalculou o resultado do 4o Ciclo da Revisão Tarifá-ria Periódica da Celesc D desconsiderando o parcelamento desse componente financei-ro, assim como o recálculo com os efeitos da liminar por ora em vigor (Processo Judicial no 4805370.2016.4.01.3400/ 6a Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal).

Tais alterações foram incluídas no cálculo do 4o Ciclo da Revisão Tarifária Periódica da Celesc D em 16 de agosto 2016, e o resultado final foi deliberado na 30a Reunião Pública Ordinária da ANEEL, na mesma data. Os resultados apresentados a seguir, consideram os efeitos da sus-pensão da aplicação do item financeiro referente como exposição involuntária de 2014.

4.1. Revisão Tarifária

A revisão tarifária, definida pela ANEEL por meio de Resolução Homologatória no 287, de 16 de agosto de 2016, apresentou o seguinte efeito médio ao consumidor para as tarifas de energia elétrica dos consumidores atendidos na área de concessão da Celesc D:

Quadro 1 – Variação Tarifária – Grupos AT e BT

Grupo de Consumo Variação Tarifária

AT - Alta Tensão (>2,3kV) -6,25%

BT - Baixa Tensão (<2,3kV) -2,62%

Efeito Médio AT + BT -4,16%

Fonte: ANEEL

O efeito médio de -4,16% representa uma variação de -6,25% para os consumidores conecta-dos em Alta Tensão (industriais) e de -2,62% para aqueles conectados em Baixa Tensão, em especial os consumidores residenciais.

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Os componentes com maior variação no cálculo do reajuste foram os encargos setoriais, com variação de -2,43% e os custos de aquisição de energia, variando em -0,49%, além dos efeitos da retirada dos componentes financeiros estabelecidos no último processo tarifário.

O gráfico a seguir apresenta os principais itens que contribuíram para a formação do efeito médio ao consumidor de -4,16%.

Gráfico 1 – Participação na Formação Tarifária de 2016

-2,43%

-0,71%

-0,49% -0,47%

-2,15%

-4,16%

-0,66%

Enca

rgos

Seto

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Fonte: DRG/DPRE

4.2. Bandeiras Tarifárias

O Governo Federal, por meio do Decreto no 8.401 de 04 de fevereiro de 2015, criou a Conta Centralizadora dos Recursos de Bandeiras Tarifárias e estabeleceu que as bandeiras tarifárias deverão considerar as variações dos custos de geração por fonte termelétrica e da exposição aos preços de liquidação no mercado de curto prazo que afetam os agentes de distribuição de energia elétrica conectados ao Sistema Interligado Nacional – SIN.

As faixas de acionamento a partir de 1o de fevereiro de 2016 seguiram os critérios:

I) bandeira tarifária verde: CVU da última usina a ser despachada for inferior ao valor de R$211,28/MWh;

II) bandeira tarifária amarela: CVU da última usina a ser despachada for igual ou superior a R$211,28/MWh e inferior ao valor teto do PLD de R$422,56/MWh;

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III) bandeira tarifária vermelha:

Patamar 1: CVU da última usina a ser despachada for igual ou superior ao valor teto do PLD, de R$422,56/MWh, e inferior ao valor de R$610,00 /MWh;

Patamar 2: CVU da última usina a ser despachada for igual ou superior ao valor de R$610,00/MWh.

A Celesc D aplicou para seus consumidores nos meses de janeiro e fevereiro de 2016 a bandeira tarifária vermelha. No mês de março, o governo decidiu desligar as usinas térmicas com custo de geração acima de R$420,00/MWh, permitindo a adoção da bandeira tarifária amarela.

Nos meses de julho a outubro de 2016, a ANEEL adotou a bandeira tarifária verde. Segundo a ANEEL, três fatores principais contribuíram para a bandeira verde: a evolução positiva do pe-ríodo úmido de 2016, que recompõe os reservatórios das hidrelétricas; o aumento de energia disponível com redução de demanda; e a adição de novas usinas ao sistema elétrico brasileiro.

Em novembro de 2016, a condição hidrológica esteve menos favorável, o que determinou o acionamento de térmica com CVU acima de R$211,28.

Em dezembro de 2016, a condição hidrológica voltou a ser mais favorável, o que determinou o acionamento de térmica mais cara em R$169,54/MWh, proporcionando a bandeira verde pa-ra os consumidores.

4.3. Desempenho do Mercado na Área de Concessão

O consumo total de energia elétrica na área de concessão da Celesc D somou 22.957,0GWh em 2016, apresentado um crescimento de 0,9% no total de energia distribuída (mercado cativo + livre) em relação a 2015.

Em relação ao consumo no mercado cativo em 2016, o consumo recuou 5,4% em relação ao ano anterior. A classe de consumidores industriais cativos, que em 2016 correspondeu a aproximadamente 20,8% do total consumido, somando 3.370,2GWh, apresentou redução de 21,3% em relação a 2015. Na classe comercial, que representa 20,8% do mercado, houve que-da de 5,3%, com consumo de 3.376,9GWh.

Os consumidores livres localizados na área de concessão da Celesc D apresentaram consumo de 6.720,2GWh no ano de 2016, com crescimento de 20,0% em relação a 2015.

O número de unidades consumidoras atendidas pela empresa atingiu o total de 2.831.997 em dezembro de 2016, representando aumento de 2,3% em relação a dezembro de 2015, confor-me detalhamento no quadro a seguir:

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Quadro 2 – Número de Unidades Atendidas e Comparativos Anuais

UC

Variações% Comp%

2016 2015 2016/2015 2015/2014 2016

Residencial 2.213.215 2.157.059 2,6 3,7 78,2

Industrial 102.284 102.281 0 1,8 3,6

Comercial 255.146 249.167 2,4 3,3 9,0

Rural 234.604 234.340 0,1 0,6 8,3

Poder Público 22.472 22.048 1,9 3,3 0,8

Iluminação Pública 685 612 11,9 5,7 0,0

Serviço Público 3.164 2.956 7 6,4 0,1

Próprio 379 385 -1,6 3,8 0,0

Revenda 48 46 4,3 2,2 0,0

Total do Número de UC 2.831.997 2.768.894 2,3 3,3 100,0

Fonte: DCL/DPCM

5. Desempenho Operacional

5.1. Programa de Eficiência Operacional

O padrão de qualidade dos serviços prestados pela Celesc D coloca a empresa entre as mais eficientes do Setor Elétrico Brasileiro em decorrência de ações que envolvem planejamen-to robusto, investimentos eficazes e melhorias contínuas. Em 2016, as ações corporativas mantiveram foco em ampliar a eficiência de seus processos. Nos últimos quatro anos, es-se esforço tem se destacado com a implementação do Programa de Eficiência Operacio-nal, lançado em 2013. Desde então, mais de 120 projetos vêm sendo executados. Até 2016, 79 deles foram finalizados e representavam, em dezembro de 2016, economia de R$61mi-lhões/ano.

Um dos destaques do Programa foi a iniciativa nº 41, que tratou da revisão dos contratos de leitura, impressão e entrega simultânea, com o objetivo revisar requisitos técnicos e cus-to dos contratos de leitura, impressão e entrega simultânea. O projeto foi finalizado em no-vembro, com a assinatura dos respectivos contratos decorrentes do Pregão Presencial no 15/03005. O valor anual adjudicado totalizou R$38,1 milhões, o que representa uma econo-mia anual estimada, a partir de 2017, de cerca de R$10 milhões, quando se compara com o valor gasto em 2016. Tais valores ainda estão sendo consolidados, pois dependem da reali-zação da primeira medição de um período completo.

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5.2. Indicadores de Qualidade do Fornecimento de Energia

Em relação a 2015, a Celesc D apresentou melhora significativa para os indicadores de Du-ração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora – DEC e de Frequência Equiva-lente de Interrupção por Unidade Consumidora – FEC, registrando redução de 12,50% no DEC e de 14,40% no FEC. O DEC de 2016 indica um sistema elétrico de confiabilidade, estan-do disponível, em média, 99,85% das horas de um ano aos seus consumidores. O gráfico a seguir, mostra a evolução desses indicadores:

Quadro 3 – DEC e FEC12

Indicador 2014 2015 2016

DEC 1 15,15 14,67 12,83

FEC 2 10,45 10,15 8,69

Fonte: DDI/DPOP/ DVPO

5.3. Perdas na Distribuição

De acordo com o 4o Ciclo da Revisão Tarifária Periódica da Celesc D, a perda técnica foi defini-da pela ANEEL como 5,97% sobre o mercado TUSD e a perda não técnica sobre o mercado de baixa tensão foi definida como 3,73%. As perdas técnicas calculadas pela Celesc D com base nos dados de 2015 foram 6,03% sobre a energia injetada. Já as perdas e diferenças não técni-cas no ano 2016 foram apuradas como sendo 7,71% sobre o mercado de baixa tensão.

Em 2016, a área de Automação da Medição realizou a operação das leituras remotas de apro-ximadamente 13 mil pontos, entre eles consumidores do grupo A e monômios, com taxa de sucesso nas leituras de aproximadamente 96%. Por meio dos alarmes gerados pelo sistema e análise crítica dos especialistas em perdas não técnicas, foram identificados diversos casos suspeitos de irregularidades técnicas e fraudes.

5.4. Distribuição de Energia Elétrica no Mercado Cativo

Em um ano no qual o consumo de energia elétrica apresentou ligeira elevação de 0,9% na área de concessão da Empresa, o mercado total medido, cativo + livre, da Celesc D teve acréscimo de 0,9% no ano de 2016 em relação ao ano de 2015. O mercado residencial que compõe 23,4% do mercado total foi a classe que alavancou este crescimento com taxa de 3,3% a.a. Apesar do primeiro bimestre ter sido com taxas de crescimento negativas, devido a temperatura amena no início do ano, houve uma recuperação a partir do segundo bimestre de 2016, conforme de-monstra o quadro a seguir.

1 Quantidade de horas ao ano2 Quantidade de vezes ao ano

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Quadro 4 – Desempenho do Mercado na Área de Concessão da Celesc D

Comparativo 2016 x 2015

Acumulado Janeiro até Dezembro

MWhVariações %2016 / 2015

Comp.% 2016

2016 2015

Residencial 5.362.344 5.188.797 3,30 23,40

Industrial 9.299.509 9.316.843 -0,20 40,50

Comercial 3.849.045 3.887.651 -1,00 16,80

Outros 4.446.091 4.366.235 1,80 19,40

Total 22.956.989 22.759.526 0,90 100,00

Fonte: DCL/DPCM/DVCM

No ano também foi possível registrar incremento significativo de migrações para o Ambiente de Contratação Livre – ACL. Assim, em 2016, o número de clientes livres na Celesc D passou de 292 para 676 unidades consumidoras. As migrações impactaram o mercado cativo em cerca de 900GWh, ou seja, 5% do mercado cativo tornou-se consumidor livre em 2016, em volume de energia.

5.5. Atendimento ao Cliente

O Contact Center Celesc fechou 2016 com a primeira posição no ranking ANEEL de qualida-de do atendimento telefônico entre as distribuidoras que atendem mais de 500 mil unidades consumidoras, posição esta mantida desde fevereiro/2016. O Indicador de Nível de Serviço – INS chegou a 99,63%, o melhor índice da Celesc, bem acima da meta estabelecida pela ANE-EL, que é de 85%.

Nesse período, o Indicador de Nível de Serviço – INS ficou sempre acima de 90%, fechando média final de 98,02%.

A operação do Contact Center é realizada em Joinville (sede principal) e em São Paulo, por 254 profissionais, dos quais 207 são atendentes.

5.6. Gestão da Inadimplência

A Inadimplência corresponde ao montante da receita faturada e não recebida pela Celesc Dis-tribuição. O aumento ou diminuição da inadimplência são impactados pelas condições ma-croeconômicas vivenciadas no país, como elevado aumento tarifário, crise energética, crise econômica com crescimento do desemprego, entre outros.

Em 2016, a Celesc, apesar de toda crise que o Brasil atravessa, conseguiu uma redução de 9,23% na inadimplência medida de 31 a 90 dias e no acumulado da carteira total o índice ficou menor de 1% ao mês, 10,8% no ano, conforme figura a seguir.

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Figura 1 – Dados de Inadimplência – Comparativo 2016/2015

Inadimplência por classe de consumo (R$ mil)

Dezembro

Total da Carteira 31 a 90 dias

2015 2016 (%) 2015 2016 (%)

Residencial 173.334 192.209 10,90% 34.985 34.095 -2,50%

Industrial 233.814 257.684 10,20% 11.606 8.157 -29,70%

Comercial 110.984 121.464 9,40% 10.302 9.923 -3,70%

Rural 18.480 22.849 23,60% 3.112 4.299 38,10%

Revenda 2.934 7.763 164,60% 616 1.855 201,10%

Outros Créditos 32.679 39.353 20,40% 5.114 4.307 -15,80%

Poder Público 19.573 14.580 -25,50% 3.605 330 -90,80%

Iluminação Pública 16.610 17.619 6,10% 190 164 -13,70%

Serviço Público 1.593 2.272 42,60% 115 85 -26,10%

TOTAL 610.000 675.790 10,80% 69.645 63.215 -9,23%

% Inadimplência/Faturamento 2015 2016

Residencial 5,67% 6,11%

Industrial 7,50% 9,51%

Comercial 4,91% 5,61%

Rural 3,65% 4,61%

Revenda 1,46% 4,00%

Outros Créditos

Poder Público 7,77% 5,78%

Iluminação Pública 7,45% 8,09%

Serviço Público 0,95% 1,34%

TOTAL 6,23% 7,23%

Fonte: DCL/ADCL

Total Carteira

Até 30 dias23,96%

181 a360 dias

9,05%

91 a180 dias7,11%

31 a90 dias9,35%

>360 dias50,53%

Na área de concessão, a inadimplência varia de região para região, pois está fortemente asso-ciada às características locais, como tipo de consumidor, aspectos culturais, fatores econômi-cos e sociais de cada área atendida.

Dependendo da região o impacto da inadimplência se dá mais sobre uma classe de consumo do que em outra. Para mitigar os efeitos da inadimplência, e com isso atender os parâmetros estabelecidos pela ANEEL, a Celesc D trabalha com metas especificas para cada Agência Re-gional, onde avalia o desempenho de cada uma no combate à inadimplência.

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Além disso, a empresa utiliza uma régua de cobrança, como rotina no combate à inadimplên-cia, diferenciada para os consumidores do Grupo A e B, conforme figuras 2 e 3, adiante.

Figura 2 – Dados da Inadimplência no Grupo B

Vcto. Reaviso (fatura)

E-mail(a

implementar)SMS Pré-

Negativação NegativaçãoAviso

de corte (Ligação,

URA, e-mail)

D D + 15 D + 20 D + 30 D + 45 D + 55 D + 58

Até 30 dias 31 a 60 dias

Vcto.Call Center

Ativo (em fase de

implementação)Corte 1 Corte 2

E-mail (a

implementar)Desmonte Ajuizamento

D D + 61 D + 61 D + 75 D + 80 D + 91 a 120 D + 121

61 a 90 dias mais de 120 dias

91 a 120 dias

Fonte: DCL/ADCL

Figura 3 – Dados da Inadimplência no Grupo A

Vcto. Reaviso (e-mail)

Pré- Negativação Negativação Corte 1 Corte 3 Ajuizamento

D D + 3 D + 5 D + 15 D + 20 D + 61 a 90 D + 91

Até 30 dias 61 a 90 dias mais de 90 dias

Fonte: DCL/ADCL

5.7. Reconhecimentos

Em julho, o Prêmio ABRADEE 2016 promovido pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica, voltou a posicionar a Celesc D entre as melhores do Setor no País. Finalista em cinco das oito categorias, a Celesc D conquistou o 5o lugar no ranking de Melhor distribui-dora de Energia Elétrica do País e o 2o lugar da Região Sul. Foi a melhor empresa pública no ranking nacional em Responsabilidade Social, ficando em 3o lugar. Outro destaque foi o re-sultado na categoria Avaliação pelo Cliente, a Celesc D figura como 4a melhor distribuidora de Energia Elétrica do Brasil com Índice de Satisfação com a Qualidade Percebida – ISQP de 83,2%, bem acima da média nacional de 74,4%.

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Em novembro de 2016, a Celesc D foi destaque na América Latina, recebendo o Prêmio CIER de Qualidade – Satisfação de Clientes 2016, junto com outras quatro companhias brasilei-ras com mais de 500 mil unidades consumidoras. Esse Prêmio é outorgado anualmente pela Comissão de Integração Energética Regional – CIER às distribuidoras latino-americanas com maior nível de excelência na prestação de serviços.

6. InvestimentosO volume de investimentos da Celesc D, em 2016, foi de R$449.168 mil ante aos R$457.008 mil em 2015, sendo -1,75% inferior a igual período do ano anterior.

O modelo de planejamento, cujas análises técnicas são focadas no horizonte dos próximos cinco a dez anos, é a base para dimensionar os investimentos fundamentais e assegurar que o sistema elétrico esteja adequado à demanda. Nas análises são avaliadas as estruturas do sistema de Alta e de Média Tensão que necessitam de reforços, substituição de equipamentos ou novas obras. Esses investimentos compõem o Plano de Desenvolvimento da Distribuição – PDD, submetido à avaliação e acompanhamento por parte da ANEEL.

6.1. Expansão do Sistema Elétrico de Alta Tensão

Para atender ao crescimento de mercado e cumprir os índices de qualidade definidos pela ANEEL, o sistema elétrico recebeu investimentos de R$343,1 milhões no ano de 2016.

O sistema elétrico de Alta Tensão, composto pelas Linhas de Alta Tensão e Subestações, in-terligadas nas tensões de 69kV e 138kV, teve importantes investimentos que, ao final do ano, contabilizaram R$92,7 milhões.

Foram concluídas, no ano, sete novas subestações; reformadas ou modernizadas outras on-ze e construídas oito novas linhas de distribuição. Essas obras proporcionaram acréscimo de 186MVA à capacidade de atendimento do sistema de Alta Tensão, totalizando atualmente 7.029,8MVA. Destaque, ainda, para a energização da SE Camboriú 138kV, que deverá estar to-talmente concluída em meados de 2017.

Subestações novas:

1) SE Tangará 138 kV

2) SE Santa Cecília 69 kV

3) SE Concórdia São Cristóvão 138 kV

4) SE Presidente Getúlio 138 kV

5) SE Blumenau Fortaleza 138 kV

6) SE Florianópolis Ingleses 138 kV

7) SE Palhoça Pinheira 138 kV

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Subestações Reformadas/Repotenciadas

1) SE 69 kV São Cristóvão

2) SE 138 kV Rio do Sul II

3) SE 138 kV Lages Área Industrial

4) SE 138 kV Trombudo Central

5) SE 138 kV Navegantes

6) SE 138 kV Chapecó II

7) SE 138 kV Biguaçu Quintino Bocaiuva

8) SE 34,5 kV Rio Negro

9) SE 138 kV Ilha Norte

10) SE 138 kV Itajaí Itaipava

11) SE 138 kV Piçarras

Novas Linhas de Distribuição de Alta Tensão:

1) LT 138 kV Ponte Serrada – Concórdia São Cristóvão

2) LT 138 kV Presidente Getúlio – Rio do Sul II

3) LT 138 kV Entroncamento (Pinhalzinho – Xanxerê)

4) LT 138 kV Entroncamento (Pinhalzinho – Quilombo)

5) LT 138 kV Entroncamento (Gaspar – Indaial)

6) LT 138 kV Florianópolis Ingleses – Ilha Norte

7) LT 138 kV Camboriú – Itajaí Itaipava

8) LT 69 kV Ermo – Turvo

6.2. Expansão do Sistema Elétrico de Média e Baixa Tensão

O sistema elétrico de Média e Baixa Tensão recebeu investimento de R$250,4 milhões, desti-nado à construção de novos alimentadores, ampliação e melhoria das redes elétricas existen-tes em toda a área de concessão da Celesc D. No ano, tais recursos os investimentos possibi-litaram a instalação de mais 3.621 transformadores de distribuição e 17.433 postes, além de cerca de 1.000 km de redes.

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6.3. Automação e Novas Tecnologias

Em 2016, a Celesc D deu continuidade aos investimentos no projeto de Automação da Distribui-ção, destacando a aquisição de uma ferramenta que visa automatizar construção de diagramas unifilares da rede de Distribuição para uso nos Centros de Operação da Distribuição – CODs.

Outra frente importante foi a aquisição de religadores para uso nas redes de média tensão monofásicas. A Celesc D fechou o ano com 965 religadores sendo 875 trifásicos e 90 monofá-sicos e a previsão é de alcançar três mil religadores instalados na rede até 2022, com investi-mentos de R$85 milhões.

6.4. Pesquisa e Desenvolvimento – P&D

Na busca de inovações para superar os desafios tecnológicos e de mercado na área de energia elétrica, o Programa de P&D da Celesc D tem investido predominantemente no seu principal foco de negócio: a distribuição de energia elétrica. Em 2016, foram investidos R$10,58 milhões no Programa, com destaque para a implementação do projeto de instalação de eletropos-tos para o primeiro corredor elétrico de SC; o desenvolvimento de algorítmo para auxiliar na compra de energia; o desenvolvimento de ferramenta para otimização dos serviços de poda e roçada, e de chaves seccionadoras automatizadas de baixo custo para redes de distribuição.

Por meio do programa de P&D, estão em desenvolvimento 14 projetos de pesquisas, com recur-sos de R$40 milhões. Também estão sendo avaliados os projetos apresentados na última chama-da pública, para contratação no início de 2017 e além disso, a Celesc D está participando de três chamadas estratégicas da ANEEL, relacionadas ao aprimoramento do setor elétrico e armazena-mento de energia elétrica. Para as novas contratações de projetos, o foco será a geração de no-vos negócios e novas receitas para a Celesc D, visando tornar viável o processo autossustentável.

6.5. Eficiência Energética

Em 2016, foram investidos R$54,3 milhões para viabilizar ações de eficiência energética, be-neficiando principalmente comunidades de baixa renda, consumidores residenciais e indus-triais, além dos consumidores que tiveram seus projetos de eficiência energética aprovados via chamada pública. Estimativas apontam que as ações do Programa de Eficiência Energé-tica geraram, no ano, redução de aproximadamente 190.000MWh, o equivalente ao consumo mensal de 945 mil residências. Entre os projetos realizados em 2016, destaque para:

» Sou Legal, Tô Ligado! 2, que contemplou a substituição de 75 mil lâmpadas tradicionais por lâmpadas a LED, sendo o primeiro projeto de Eficiência Energética do Brasil a utilizar lâmpadas LED com selo PROCEL, além da instalação de 115 sistemas de aquecimento so-lar de água e 8.500 sistemas de trocador de calor para chuveiro.

» Energia do Bem, com a instalação de 5.000 sistemas de aquecimento solar de água, subs-tituição de 16.200 refrigeradores antigos por equipamentos novos com Selo Procel, insta-lação de 4.000 sistemas de trocador de calor para chuveiro, bem como a substituição de

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187.500 lâmpadas incandescente por lâmpadas econômicas, destinado exclusivamente a consumidores cadastrados na Celesc com o benefício da Tarifa Social de Energia.

» Bônus Eficiente 3 – Linha Eletrodomésticos, que permitiu que consumidores residen-ciais trocassem 8.150 refrigeradores, 3.125 freezer, 3.750 aparelhos de ar condicionado e 56.250 lâmpadas com bônus de 50%.

» Semáforos Joinville, com a substituição de 4.253 lâmpadas em 1.456 conjuntos semafóri-cos e economia de aproximadamente R$750 mil/ano;

» Substituição de lâmpadas e instalação de sistema fotovoltaico nas universidades Uno-chapecó e Unisul/Palhoça; e FURB/Blumenau; a substituição de bombas e motores para eficientização das empresas BRF Capinzal, Trombini Embalagens e Cia. Canoinhas de Pa-pel, além da Instalação de 1.000 sistemas de trocador de calor para fogão à lenha e subs-tituição de 10.000 lâmpadas em residências das regiões mais frias do estado.

Para 2017, o projeto Bônus Fotovoltaico, lançado este ano, vai subsidiar com 60% a aquisição de sistemas de fotovoltaicos de geração de energia para 1.000 consumidores residenciais de Santa Catarina. Com esse projeto a Celesc irá triplicar a quantidade de residências no esta-do que possuem sistemas de geração distribuída instaladas, por meio de fontes incentivadas (solar e eólico).

7. Desempenho Econômico-FinanceiroA Celesc D registrou, no exercício findo em 31 de dezembro de 2016, Prejuízo Líquido de R$52.530 mil, que representa uma redução de 164,6% em relação ao apurado no ano de 2015, quando a Companhia alcançou Lucro Líquido de R$81.346 mil.

A Celesc D encerrou o exercício de 2016 computando Receita Operacional Bruta – ROB, de R$10.351.578 mil, volume 15,9% menor que o realizado em 2015 (R$12.312.488 mil).

No período, a Receita Operacional Líquida – ROL apresenta redução de 13,5% em relação a 2015 (R$6.919.875 mil), fechando o exercício de 2016 em R$5.985.666 mil.

Por meio dos indicadores econômicos, as informações do desempenho da Companhia em 31 de dezembro de 2016 em relação ao mesmo período do ano anterior, são as seguintes:

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Quadro 5 – Desempenho Econômico Financeiro

Dados Econômico-Financeiro (R$ Mil)

31 deDezembro

de 2016

31 deDezembro

de 2015(Reapresentado) AH

Receita Operacional Bruta – ROB 10.351.578 12.312.488 -15,9%

Receita Operacional Líquida – ROL 5.985.666 6.919.875 -13,5%

Resultado das Atividades 21.833 242.932 -91,0%

EBITDA 219.049 439.274 -50,1%

Margem EBITDA (EBITDA/ROL) 3,66% 6,35% -2,7 p.p

Margem Líquida (LL/ROL) -0,9% 1,2% -2,1 p.p

Resultado Financeiro (105.037) (135.855) -22,7%

Ativo Total 7.722.620 7.202.344 7,2%

Patrimonio Líquido – PL 1.311.796 1.501.051 -12,6%

Lucro (Prejuízo) Líquido (52.530) 81.346 -164,6%

Fonte: DEF/DPCO

O resultado negativo da Celesc D em 2016 deve-se, principalmente, ao impacto do Reajuste Negativo da Tarifa de Energia ocorrido em agosto de 2016 (efeito médio AT + BT de -4,16) e à queda do consumo de energia na sua área de concessão. A Celesc D reconheceu, ainda, em seu resultado operacional, um Passivo Financeiro (CVA) de R$202 milhões referente aos valo-res de exposições contratuais involuntárias ocorridos em 2014.

O Resultado Financeiro em 2016 (-R$105.037) mil se comparado com o resultado financeiro de 2015 (-R$135.855) teve uma queda de -22,68%. As rubricas que contribuíram com esta queda foram decorrente principalmente do aumento significativo das Aplicações Financeiras e das Variações Monetárias/Juros sobre faturas de energia em atraso. Tivemos ainda a rubrica de atualização monetária dos Ativos/Passivos Financeiros que contribuíram negativamente para que essa queda não fosse mais significativa.

A movimentação do Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização – EBITDA/LAJIDA está detalhada a seguir:

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Quadro 6 – Conciliação Ebitda

Conciliação do EBITDA - R$ Mil

31 de Dezembro

de 2016

31 de Dezembro

de 2015 (Reapresentado)

Lucro (Prejuízo) líquido (52.530) 81.346

IR e CSLL corrente e diferido (30.674) 25.731

Resultado Financeiro 105.037 135.855

Depreciação e amortização 197.216 196.342

EBITDA 219.049 439.274

Fonte: DEF/DPCO

8. Desempenho Social, Ambiental e Sustentabilidade

8.1. Sustentabilidade

A Sustentabilidade é o grande princípio do Plano Diretor Celesc 2030, que resume os obje-tivos e as metas de longo prazo estabelecidas para a administração sustentável da Compa-nhia. Seus pilares estratégicos são potenciar a geração de valor; criar valor com crescimento e transformar a Celesc D por meio dos empregados. Com isso, a Sustentabilidade está focada no reforço e valorização de compromissos com Pessoas; Governança Corporativa; Responsa-bilidade Socioambiental; e Gestão Pública.

O compromisso com a Sustentabilidade está amparado em Políticas corporativas, Programa So-cioambiental e Programa de Eficiência Energética e em planos de ação como o Programa de Efi-ciência Operacional. A Companhia também possui sua Declaração de Mudanças Climáticas, em que estabelece ações para promover a sustentabilidade em toda a cadeia produtiva. A adoção de medidas de eficiência energética, o uso de matérias-primas renováveis e a redução na emis-são de gases do efeito estufa e de resíduos poluentes estão entre os compromissos firmados.

8.1.1. Reconhecimentos

Em dezembro, a Celesc D conquistou duas categorias do 8o Prêmio Fritz Müller, cujo objetivo é homenagear corporações que desenvolvem ações relevantes na área ambiental. A Celesc D recebeu o prêmio nas categorias de Conservação de Insumos de Produção (energia), relacio-nada aos projetos de Eficiência Energética, e Gestão Socioambiental, voltada a ações de Res-ponsabilidade Social.

No ano, a Celesc também foi destaque no Guia Exame de Sustentabilidade, que avalia o desempe-nho corporativo de empresas brasileiras considerando quatro dimensões: geral, econômica, social e ambiental, com pontuação máxima de 100 pontos, em cada uma. Na dimensão geral, a Celesc obteve nota 93,7, maior média entre as empresas da mesma categoria. Na dimensão social, a nota final foi 93,8, a maior entre todas as outras finalistas, que tiveram notas abaixo de 90,0.

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A Celesc foi reconhecida, pelo Guia, como empresa que investe em soluções criativas como desenvolver novas formas de geração de energia para as populações de baixa renda, com os projetos Banho de Energia, que aproveita o calor das chaminés de fogão a lenha para aquecer água e promove economia média de 40% na conta de luz dessas residências; e o Energia do Futuro, que viabiliza a instalação de sistemas de aquecimento de água por meio de coletores de energia solar confeccionados com material descartável, no caso, embalagens tetra pak e garrafas pet, projetos esses desenvolvidos pela Celesc D.

O conteúdo sobre Sustentabilidade no Grupo Celesc está disponível em link específico, a saber:

http://www.celesc.com.br/portal/index.php/celesc-holding/sustentabilidade

8.2. Responsabilidade Social

A Celesc D mantém princípios e compromissos no sentido de ampliar a sua atuação social e desenvolver processos de melhoria contínua na sua gestão. Dessa forma, a Empresa reforça e destaca os processos relativos à sustentabilidade em todos os seus aspectos.

Em 2016, um grande destaque foi a realização do Celesc Portas Abertas, que contou com a participação de oito mil pessoas ao longo das dez horas em que foram prestados serviços de cidadania, saúde, lazer e cultura, na sede da Empresa, em Florianópolis. O SESI/SC prestou 2.790 atendimentos com exames de pressão arterial, glicemia, avaliação física, acuidade visu-al, orientação nutricional, além de oficina de grafite e atividades de recreação. Outro parceiro, o Instituto Geral de Perícias – IGP, atendeu 264 pessoas com pedido de Carteira de Identidade, concedendo 200 fotos de forma gratuita para confecção desse documento. Na organização do evento, a Celesc também contou com a parceria de OAB Cidadã, Procon/SC, SQE Luz, Funda-ção Celesc de Seguridade Social – Celos, Associação Beneficente de Empregados da Celesc/Administração Central, Núcleo de Truckeiros/CDL Florianópolis, Viva a Cidade/Feira de Orgâ-nicos e Prefeitura de Florianópolis.

A Celesc D também investe em outros projetos e ações de responsabilidade socioambiental:

a) Energia do Futuro – Desde a implantação do projeto em 2006, foram realizadas mais de 500 oficinas e mais de 800 instalações de aquecedores solares fabricados com materiais reci-cláveis, somando mais de 240 mil garrafas pets e 240 mil caixas de leite tetra pak utilizadas na sua confecção. A iniciativa já proporcionou água quente com economia de energia para mais de 20 mil pessoas em comunidades empobrecidas. As famílias que instalaram o aquecedor solar em suas residências relataram uma redução de aproximadamente 30% no valor de sua fatura de energia elétrica.

b) Jovem Aprendiz – É um programa permanente da Celesc D. Possui parceria com o Ministé-rio Público Estadual, que indica jovens moradores de entidades de acolhimento e casas lares que têm ingresso priorizado no projeto. De 2006, quando teve início, até o último ano, 1.141 jovens participaram do Programa pela Celesc.

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c) Celesc Voluntária – Este programa voluntariado possui iniciativas, desenvolvidas pelos empregados da Celesc, dedicadas a vários fins diversos como revitalização de creches, es-colas, asilos, comunidades terapêuticas, praças e quadras esportivas; limpeza de rios, praias e parques; plantio de árvores frutíferas e ornamentais; recuperação de mata ciliar; pintura e produção de brinquedos com pneus; organização de hortas comunitárias; entre outras. Parti-ciparam dessas ações mais de 350 empregados da Celesc, somando 300 horas/ano de volun-tariado que beneficiaram cerca de 30 mil catarinenses.

d) Campanha Contra o Trabalho Infantil – A Celesc é partícipe do Programa de Combate ao Trabalho Infantil, divulgando políticas de prevenção e incentivo à tramitação prioritária dos processos relativos ao tema.

e) Projeto Hábito Legal – Para apresentar uma alternativa de descarte adequado à popula-ção, o projeto, organizado pela Agência Regional Videira e empresas da região, realiza a coleta de óleo de cozinha usado, providenciando a destinação adequada. Em 2016, o projeto arreca-dou 700 litros de óleo para a fabricação de sabão.

f) Compromissos Voluntários:

Programa na Mão Certa – Iniciativa da Childhood Brasil para enfrentamento da exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias brasileiras. A frota de veículos da Celesc possui adesivos com Disque 100, canal de denúncias exclusivo do Programa.

Pacto Global – Iniciativa da Organização das Nações Unidas – ONU para encorajar políticas de responsabilidade social corporativa e sustentabilidade, com foco no desenvolvimento de um mercado inclusivo e sustentável. A Celesc é signatária desde 2016 e realiza suas ações e proje-tos com base em princípios do pacto: Direitos Humanos, Trabalho, Meio Ambiente e Combate à Corrupção.

Objetivos de Desenvolvimento do Milênio – ODM – A Celesc assumiu o compromisso com o programa da ONU, que visa consolidar conceitos básicos de cidadania assim como melhorar a qualidade de vida de todos no planeta.

Pacto Empresarial pela Integridade e Contra a Corrupção – Empresa Limpa – A Celesc D possui sua Política Anticorrupção, ferramenta para prevenir atos ilícitos em todas as opera-ções e níveis funcionais da companhia, além disso, divulga a legislação brasileira anticorrup-ção a seus funcionários e partes interessadas, a fim de que ela seja cumprida integralmente.

InPACTO – A Celesc associou-se ao InPACTO, que pretende fortalecer e dar sustentabilidade às ações realizadas no âmbito do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo. Entre os objetivos, está a prevenção e erradicação do trabalho escravo no ambiente de negócios e suas cadeias produtivas.

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8.3. Responsabilidade Ambiental

A integração do conceito de desenvolvimento sustentável à estratégia corporativa, a busca do melhoramento contínuo do desempenho ambiental de obras e serviços, e a oferta à so-ciedade de serviços que contemplem de forma permanente as variáveis socioambientais são alguns dos Princípios de Política Responsabilidade Socioambiental da Celesc D incorporados no momento do planejamento e execução em planos e programas socioambientais, visando minimizar e/ou mitigar os impactos de seus empreendimentos e atividades.

8.3.1. Inventário de Gases de Efeito Estufa – GEE:

Anualmente a Companhia elabora o GEE, considerando a estrutura e forma de gestão da Com-panhia. Segundo as Especificações do Programa Brasileiro GHG Protocol, podem ser utiliza-das duas abordagens para consolidação dos limites organizacionais: controle operacional e participação societária.

O inventário está disponível no Registro Público de Emissões no portal: www.registropublicodeemissoes.com.br

8.3.2. Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos:

A Celesc D, de acordo com o princípio Prevenção de sua Política de Responsabilidade Socio-ambiental, possui uma Instrução Normativa com procedimentos e diretrizes para o gerencia-mento de resíduos, a partir da qual foi elaborado o Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS. A normativa estabelece procedimentos que contemplam diretrizes desde a geração, passando pelo correto acondicionamento e armazenamento temporário, até a des-tinação final ambientalmente adequada, por tipo de resíduo.

Para a primeira etapa da implantação do PGRS foram adquiridos contentores para o correto acondicionamento de forma seletiva e outros equipamentos necessários para a quantificação e inventários da geração dos resíduos pela empresa. Foram também realizadas construções de espaços adequados para o armazenamento temporário de resíduos.

Para contemplar as demais etapas do PGRS, a Celesc D elaborou um edital para contratação de empresa especializada para a prestação de serviços de coleta, transporte e destinação fi-nal de resíduos classe I, IIA e IIB contemplando os 16 (dezesseis) almoxarifados das Agências Regionais da Celesc D, Almoxarifado Central e Administração Central com previsão do início dos serviços para fevereiro de 2017, que resultará em:

- responsabilidade ambiental e atendimento à Política Nacional de Resíduos Sólidos;

- quantificação e inventário dos resíduos gerados;

- centralização do processo de contratação e gestão de contrato;

- atividades de coleta, transporte e destinação final devidamente licenciadas.

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8.3.3. Licenciamento para expansão e atendimento da Rede de Distribuição

Na Celesc D, a concepção de novos projetos tem se pautado pela melhoria contínua do de-sempenho socioambiental. Por isso, além do diagnóstico ambiental, o estudo contempla a identificação dos impactos sociais e econômicos que poderão ser gerados pela implantação do empreendimento. Após a identificação, são estudadas medidas para tratamento dos im-pactos ambientais e sociais, mediante a realização de ações para eliminar, minimizar e com-pensar impactos negativos, consolidadas na forma de programas ambientais, que visam tam-bém assegurar a qualidade ambiental da área de influência, o monitoramento ambiental e a mitigação dos impactos negativos no entorno dos empreendimentos.

O número de programas ambientais e suas extensões variam conforme as características de cada empreendimento como porte, abrangência e especificações técnicas. Em 2016, a Celesc D ampliou o sistema de alta tensão com a implantação de novas linhas e subestações nas ten-sões 69kV e 138kV, como visto no item Investimentos, e todas as obras estão devidamente li-cenciadas, com a realização da supervisão ambiental (execução dos programas ambientais) na fase de implantação dos empreendimentos.

8.3.4. Destinação Final de Poluentes Orgânicos Persistentes

Em 2016, Celesc D destinou de forma ambientalmente adequada por meio de um processo de reciclagem, 67.350 kg resíduos sólidos (transformadores e óleo mineral isolante) considera-dos contaminados com PCB (teor > 50 ppm de Bifenila Policlorada). O PCB é considerado um poluente orgânico persistente e o Brasil é signatário da Convenção de Estocolomo por meio do Decreto no 5.472/05 – Promulga o texto da Convenção de Estocolmo sobre POPs.

Além disso, foram destinados 25.500 kg de outros resíduos sólidos contaminados. Todo o pro-cesso de execução dos serviços foi realizado por empresas devidamente licenciadas para as atividades de transporte e destinação final dos resíduos.

8.3.5. Programa de Proteção de Aves na Rede

As principais atividades deste programa são a retirada de ninhos inativos de aves que apre-sentam risco potencial de acidentes com a rede elétrica de distribuição e, em seguida, a ins-talação de afastadores (inibidores) da formação de ninhos próximos aos isoladores da rede.

O Programa de Proteção de Aves na Rede da Celesc de 2016 foi autorizado pela Fundação do Meio Ambiente – FATMA por meio da Autorização Ambiental – AuA no 28/2016. Os trabalhos de campo foram realizados no período de 08 de junho a 31 agosto de 2016, período da autoriza-ção ambiental.

No período, foram retirados 1.091 ninhos inativos da ave de João-de-barro (Furnarius rufus), sendo 860 em rede trifásica de distribuição e 231 em rede monofásica de distribuição. Tam-bém foram instalados 2.323 afastadores, que inibem a construção de novos ninhos junto a equipamentos e estrutura da rede.

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8.4. Gestão de Pessoas

Valorização das Pessoas, Ética e Segurança estão entre os valores corporativos da Celesc. Em atendimento a esses valores, são desenvolvidos diversos programas e projetos na área de Gestão de Pessoas, nos quais se destacam o compromisso com a capacitação de pessoas: a promoção da inclusão e valorização da diversidade; a prevenção de acidentes e adoecimen-tos dos trabalhadores; a prevenção de doenças ocupacionais; assistência à reeducação e re-adaptação profissional; vacinação contra a gripe; alimentação saudável; prevenção e trata-mento das dependências químicas; apoio terapêutico; orientações para perspectivas após a aposentadoria.

8.4.1. Capacitação Profissional

Em 2016, a Celesc D somou mais de 13.200 participações de seus empregados em treinamen-tos internos e externos. O número total de horas/aula de treinamento ficou acima de 118 mil horas, com investimento de R$2,8 milhões em capacitação. As ações desenvolvidas são de ca-ráter empresarial, mas interferem positivamente nas questões comportamentais.

A Celesc D também investiu em 2016 em auxílio-educação aos seus empregados, reembolsan-do entre 75% e 100% dos valores gastos com formação escolar (ensino médio, médio-técnico, graduação, pós-graduação), como forma de incentivar a continuidade dos estudos estimulan-do a profissionalização e o aperfeiçoamento pessoal.

Dentre os destaques das ações de capacitação, podemos citar o Programa de Desenvolvimen-to Gerencial – PDG, que é uma das ações estratégicas de Gestão de Pessoas, visando à amplia-ção e fortalecimento das competências internas do quadro gerencial da Celesc e tem como objetivo o desenvolvimento de uma visão gerencial estratégica e inovadora.

Ainda foram customizados quatro cursos específicos para a Celesc D, na plataforma à Distân-cia, sendo eles: Avaliação de Desempenho, Prorrogação da Concessão, Política de Consequ-ências e Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

Em continuidade ao Programa Individual de Desenvolvimento – PID, foram trabalhadas 4 (quatro) competências tendo 138 (centro e trinta e oito) participações. O Departamento de Gestão de Pessoas/Divisão de Conhecimento e Desenvolvimento – DPGP/DVCD também dis-ponibilizou vivencial com jogos, Encontro de áreas técnicas e administrativas, cursos exter-nos, treinamento para participação no Rodeio Nacional de Eletricistas, entre outros.

Na área técnica, pode-se destacar: a realização dos Cursos de Eletricistas para Técnicos e En-genheiros, Curso para Operador do Sistema de Distribuição, Curso para Fiscais de Obras, Cur-so de Multiplicadores para Construção de Rede Compacta e Multiplexada de Baixa Tensão, além dos Cursos sobre NR-35(trabalho em altura) e NR-33 (espaço confinado) em todo o esta-do. Também foi iniciado o processo de Reciclagem para Eletricistas Multitarefas.

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8.4.2. Segurança no Trabalho

Em relação à segurança do trabalho a Celesc promove o cumprimento do disposto na legisla-ção, em especial às Normas Regulamentadoras. Em relação à NR 10 – trabalhos em eletricida-de, existe um Comitê Permanente para tratar da aplicação desta norma, tratando atualmente da questão dos procedimentos operacionais.

Em 2016 a empresa iniciou os estudos para dar início ao processo de implantação de um sis-tema de gestão baseado na Norma OHSAS 18001, com adequação de sua política e planeja-mento de ações. Em relação às empresas contratadas, foi realizado um encontro com os pro-fissionais de segurança destas empresas, repassando as principais diretrizes da empresa, jun-to com a entrega do manual de segurança para as empresas contratadas, a ser distribuído aos empregados. Foi iniciada uma campanha a ser desenvolvida em 2017 para efetiva conscien-tização das empresas que prestam serviço para a Celesc. Foi realizado em 2016 o Seminário de Segurança do Trabalho para elaboração do Plano de Ação da empresa, com a participação de avaliadores de segurança, representando 16 (dezesseis) Agências Regionais da Celesc D.

A partir de 2016 iniciou-se um processo efetivo do Conselho de Administração frente à segu-rança do trabalho, que estabelece a apresentação na reunião mensal deste Conselho dos da-dos relativos a estatística de acidentes e ações realizadas visando a prevenção de acidentes. Visando a participação junto a setores externos a Celesc, possui representantes nas reuni-ões do Trabalho Seguro – Justiça do Trabalho; Fórum de Segurança e Saúde do Trabalhador (FSST/SC) – MPT; GT Quedas – Rede Vida Florianópolis e no Comitê Brasileiro (CB 32) – ABNT – Equipamento de proteção Segurança.

8.4.3. Gestão de verbas variáveis

Resultado de mais uma iniciativa do Programa de Eficiência Operacional, a de número 56, as ações para a redução dos custos e controle da exposição dos empregados a jornadas extraor-dinárias tiveram início ainda em 2013. Findado 2016, a Celesc registra redução de mais de 35% no número de horas extras e em 8% no sobreaviso quando comparado a 2012. O percentual equivale a 215 mil horas extras a menos no ano e à economia de quase R$40 milhões no cus-to de pessoal no período, impulsionado fortemente pela melhoria ocorrida entre 2015 e 2016.

8.4.4. Programa de Desligamento Incentivado - PDI

Entre as ações para redução de custos de pessoal destaca-se, ainda, a realização do Plano de Desligamento Incentivado. Esse plano provoca forte impacto nos resultados da empresa e é fator importante na constituição das metas de redução dos custos de pessoal, conforme ne-cessidade de alcance de metas financeiras para o período 2017-2020, previstas no contrato de concessão da Celesc D.

No ano, 61 empregados aderiu ao Plano em 2016. O custo das indenizações é da ordem de R$16 milhões, a ser pago nos próximos quatro anos. O Valor Presente Líquido do PDI 2016, analisado para cinco anos, é da ordem de R$48 milhões. Cabe destacar que em 2016 o desligamento ocor-reu para grupos de empregados de cargos que não estão previstos mais no Plano de Cargos e Salários da empresa, não havendo, portanto, reposições para compensar estas saídas.

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9. Governança Corporativa

9.1. Gestão de Riscos e Controle Interno

A Celesc D possui uma Política de Gestão Estratégica de Riscos e Controles Internos disponível em http://celesc.firbweb.com.br/wp-content/uploads/2016/06/Politica_Gestao-de-Riscos-e--Controles-Internos.pdf.

O documento orienta a alta administração, gestores e demais empregados na prevenção e mi-tigação de riscos inerentes aos processos e negócios da Companhia, apontando as diretrizes a serem observadas para a execução da Gestão Estratégica de Riscos e Controles Internos e define as responsabilidades do Conselho de Administração, do Comitê Jurídico e de Auditoria e da Diretoria Executiva.

A estrutura de governança de controles e riscos da Celesc D é organizada da seguinte forma:

O Conselho de Administração, órgão máximo na estrutura organizacional da Companhia e de gestão estratégica de riscos, tem como responsabilidade específica acompanhar e avaliar os reportes de riscos e não conformidades e o nível de conformidade dos processos da organi-zação.

Como órgão de Assessoramento ao Conselho de Administração e também integrando a es-trutura organizacional de gestão de riscos, há o Comitê Jurídico e de Auditoria, cujas respon-sabilidades principais são: acompanhar e avaliar a eficácia dos mecanismos do processo de gestão estratégica de riscos e controles internos relatando ao Conselho de Administração os resultados do acompanhamento dos riscos.

Como parte integrante do processo de gestão de riscos, a Diretoria Executiva tem papel funda-mental na identificação, avaliação, controle, mitigação, monitoramento, proposta de limites de riscos e desenvolvimento de planos de ação para mitigação de riscos, acompanhar a exe-cução dos pontos de controle em suas áreas.

A Companhia conta com uma Diretoria de Planejamento e Controle Interno – DPL, que tem em suas atribuições o desenvolvimento da gestão estratégica de riscos e controles internos, obje-tivando assegurar a execução da estratégia de longo prazo do Grupo Celesc.

Na aba Governança Corporativa do portal de Relações com Investidores (www.celesc.com.br/ri), estão disponíveis todas as informações relativas a Estrutura, Estatuto Social, Políticas, Regimentos, Código de Conduta Ética e Contrato de Concessão.

9.2. Conselho de Administração

O Conselho de Administração é o primeiro nível da escala administrativa. O Conselho tem a missão de cuidar e valorizar o patrimônio bem como maximizar o retorno dos investimentos realizados.

É formado por treze membros, com mandato de 1 (um) ano, sendo sete representantes do acionista majoritário, dos quais três são independentes; quatro representantes dos acionis-

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tas minoritários, um representante dos acionistas preferencialistas e um representante (elei-to) pelos empregados.

9.3. Conselho Fiscal

Esse Conselho tem como principais funções analisar as Demonstrações Financeiras e discutir esses resultados com os Auditores Independentes.

É formado por cinco membros, sendo três representantes do acionista majoritário, um repre-sentante dos acionistas preferencialistas e um representante dos acionistas minoritários or-dinaristas.

9.4. Diretoria Executiva

Como parte integrante do processo de gestão de riscos, a Diretoria Executiva tem papel funda-mental na identificação, avaliação, controle, mitigação, monitoramento, proposta de limites de riscos e desenvolvimento de planos de ação para mitigação de riscos, acompanhar a exe-cução dos pontos de controle em suas áreas.

A Diretoria Executiva da Companhia é formada por sete diretores, indicados e aprovados pe-lo Conselho de Administração. Em 31 de dezembro de 2016, estava assim formada por Diretor Presidente, Diretor de Gestão Corporativa, Diretor de Assuntos Regulatórios e Jurídicos, Dire-tor Comercial, Diretor de Distribuição, Diretor de Finanças e Relações com Investidores e Dire-tor de Planejamento e Controle Interno.

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10. Balanço Social1 - BASE DE CÁLCULO 2016 – Valor (mil reais) 2015 – Valor (mil reais)- Receita Líquida (RL) 5.985.666 6.733.042

- Resultado Operacional (RO) 21.833 56.099

- Folha de Pagamento Bruta (FPB) 641.119 543.304

2 - INDICADORES SOCIAIS INTERNOS Valor (mil reais) % sobre FPB % sobre RL Valor (mil reais) % sobre

FPB % sobre RL

- Alimentação 33.887 5,29 0,57 30.748 5,66 0,46

- Encargos Sociais Compulsórios 116.866 18,23 1,95 108.739 20,01 1,62

- Previdência Privada 29.105 4,54 0,49 28.075 5,17 0,42

- Saúde 43.112 6,72 0,72 42.969 7,91 0,64

- Segurança e saúde no trabalho 2.941 0,46 0,05 2.678 0,49 0,04

- Educação 601 0,09 0,01 504 0,09 0,01

- Cultura 0 0,00 0,00 0 0,00 0,00

- Capacitação e Desenv. Profissional 1.456 0,23 0,02 1.292 0,24 0,02

- Creches ou Auxílio-creche 1.395 0,22 0,02 1.353 0,25 0,02

- Participação nos Lucros ou Resultados 15.204 2,37 0,25 22.610 4,16 0,34

- Outros 7.250 1,13 0,12 5.617 1,03 0,08

Total - Indicadores Sociais Internos 251.817 39,28 4,21 244.585 45,02 3,63

3 - INDICADORES SOCIAIS EXTERNOS Valor (mil reais) % sobre RO % sobre RL Valor (mil reais) % sobre

RO % sobre RL

- Educação 3.068 14,05 0,05 1.813 3,23 0,03

- Cultura 3.720 17,04 0,06 28.080 50,05 0,42

- Saúde e Saneamento 0 0,00 0,00 169 0,30 0,00

- Esporte 622 2,85 0,01 28.080 50,05 0,42

- Combate à Fome e Segurança Alimentar 0 0,00 0,00 603.440 1.075,67 8,96

- Outros 1.234 5,65 0,02 1.190 2,12 0,02

Total das Contribuições p/ a Sociedade 8.644 39,59 0,14 662.772 1.181,43 9,84- Tributos (excluídos os encargos sociais) 2.865.682 13.125,46 47,88 3.133.430 5.585,54 46,54

Total - Indicadores Sociais Externos 2.874.326 13.165,05 48,02 3.796.202 6.766,97 56,38

4 - INDICADORES AMBIENTAIS Valor (mil reais) % sobre RO % sobre RL Valor (mil reais) % sobre

RO % sobre RL

- Investimentos Relac.c/ a Produção/Operação da Empresa 4.809 22,03 0,08 4.660 8,31 0,07

- Investimentos em Programas e/ou Projetos Externos 241.905 1.107,98 4,04 244.648 436,10 3,63

Total dos Investimentos em Meio Ambiente 246.714 1.130,01 4,12 249.308 444,41 3,70- Quanto ao estabelecimento de “metas anuais” para

minimizar resíduos, o consumo em geral na produção/operação e aumentar a eficácia na utilização de recursos naturais, a empresa:

( ) não possui metas ( ) cumpre de 51 a 75 %

(X) cumpre de 0 a 50 % ( ) cumpre de 76 a 100 %

( ) não possui metas ( ) cumpre de 51 a 75 %

(X) cumpre de 0 a 50 % ( ) cumpre de 76 a 100 %

5 - INDICADORES DO CORPO FUNCIONAL 2016 2015- Nº de empregados(as) ao final do período 3.348 3.329

- Nº de admissões durante o período 55 86

- Nº de empregados(as) terceirizados 1.371 1.784

- Nº de estagiários(as) 276 218

- Nº de empregados(as) acima de 45 anos 1.906 1.846

- Nº de mulheres que trabalham na empresa 614 602

- % de cargos de chefia ocupados por mulheres 27,00 24,62

- Nº de negros(as) que trabalham na empresa 53 51

- % de cargos de chefia ocupados por negros(as) 1,00 1,01

- Nº de pessoas com deficiência ou necessidades especiais 17 17

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6 - INFORMAÇÕES RELEVANTES QUANTO AO EXERCÍCIO DA CIDADANIA EMPRESARIAL 2016 Metas 2017

- Relação entre a maior e a menor remuneração na Empresa 30,0 28,0

- Número total de acidentes de trabalho 111 0

- Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela empresa foram definidos por:

[ ] direção [X] direção e gerências [ ] todos os empregados

[ ] direção [X] direção e gerências [ ] todos os empregados

- Os padrões de segurança e salubridade no ambiente de trabalho foram definidos por:

[X] direção e gerências [ ] todos os empregados [ ] todos+ Cipa

[X] direção e gerências [ ] todos os empregados [ ] todos+ Cipa

- Quanto à liberdade sindical, ao direito de negociação coletiva e à representação interna dos(as) trabalhadores(as), a empresa:

[ ] não se envolve [ ] segue as normas da OIT [X] incentiva e segue a OIT

[ ] não se envolve [ ] segue as normas da OIT [X] incentivará e seguirá a OIT

- A previdência privada contempla: [ ] direção [ ] direção e gerências [X] todos os empregados

[ ] direção [ ] direção e gerências [X] todos os empregados

- A participação nos lucros ou resultados contempla: [ ] direção [ ] direção e gerências [X] todos os empregados

[ ] direção [ ] direção e gerências [X] todos os empregados

- Na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões éticos e de responsabilidade social e ambiental adotados pela empresa:

[ ] não são considerados [ ] são sugeridos [X] são exigidos

[ ] não são considerados [X ] são sugeridos [ ] são exigidos

- Quanto à participação de empregados(as) em programas de trabalho voluntário, a empresa:

[ ] não se envolve [ ] apoia [X] organiza e incentiva

[ ] não se envolve [ ] apoiará [X] organizará e incentivará

- Número total de reclamações e críticas de consumidores(as):

na Empresa: 1.339.672

no Procon: 1.325

na Justiça: 2.864 na Empresa: 0 no Procon:

0na Justiça:

0

- % de reclamações e críticas solucionadas: na Empresa: 100%

no Procon: 0%

na Justiça: 0,1% na Empresa: - no Procon:

- na Justiça:

-

- Distribuição do Valor Adicionado (DVA) e sua distribuição:

Em 2016: 5.557.689

82.76% governo 9.89% colaboradores

0.00% acionistas 8.30% terceiros (0.95)% retido

Em 2015: 6.510.206

86,44% governo 7,03% colaboradores

0,36% acionistas 5,28% terceiros

0,89% retido

7 - OUTRAS INFORMAÇÕES

CNPJ: 08.336.783/0001-90 | UF: SC - Setor Econômico: Serviço Público de Energia Elétrica

Coordenação: Regina Schlickmann Luciano - Fone: (48) 3231-5520 E-mail: [email protected]: José Braulino Stähelin - CRC/ SC: 18.996/O-8 - Fone: (48) 3231-6030 - E-mail: [email protected]

“Esta empresa não utiliza mão-de-obra infantil ou trabalho escravo, não tem envolvimento com prostituição ou exploração sexual de criança ou adolescente e não está envolvida com corrupção”

“Nossa empresa valoriza e respeita a diversidade interna e externamente”

11. Auditores IndependentesConforme disposições contidas na Instrução CVM no 381, de 14 de janeiro de 2003, e ratifica-das pelo Ofício Circular CVM/SEP/SNC no 01, de 25 de fevereiro de 2005, a Celesc informa que o Auditor Independente não prestou qualquer tipo de serviço além daqueles estritamente re-lacionados à atividade de auditoria externa.

12. AgradecimentosRegistramos nossos agradecimentos aos membros da Administração e do Conselho Fiscal pe-lo apoio prestado no debate e encaminhamento das questões de maior interesse. Nossos re-conhecimentos à dedicação e empenho do quadro funcional, extensivamente a todos os de-mais que, direta ou indiretamente, contribuíram para o cumprimento da missão da Celesc.

Florianópolis, 28 de março de 2017.

A Administração