relatÓrio anual da administraÇÃo e demonstraÇÕes...

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RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2016 Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 CNPJ/MF 83.878.892/0001-55 | Inscrição Estadual: 250166321 | Reg. CVM: 00246-1 | Nire:42300011274

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  • RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

    2016

    Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015CNPJ/MF 83.878.892/0001-55 | Inscrição Estadual: 250166321 | Reg. CVM: 00246-1 | Nire:42300011274

  • RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃOMensagem da Administração 5

    1. Apresentação 72. Perfil Empresarial 73. Ambiente Econômico 134. Ambiente Regulatório 145. Desempenho Operacional 206. Investimentos 267. Desempenho Econômico-Financeiro 318. Desempenho Social, Ambiental e Sustentabilidade 339. Relações Com Mercado Financeiro 4210. Governança Corporativa 4411. Balanço Social 4612. Auditores Independentes 4713. Agradecimentos 47

    DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASBalanços Patrimoniais 49Demonstrações de Resultados 51Demonstrações das Mutações do Patrimonio Líquido 52Demonstrações do Resultado Abrangente 53Demonstrações dos Fluxos de Caixa – Método Indireto 54Demonstrações do Valor Adicionado 55

    Sumário

  • NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS1. Contexto Operacional 572. Base de Preparação 573. Resumo das Principais Políticas Contábeis 594. Gestão de Risco Financeiro 785. Instrumentos Financeiros por Categoria 856. Qualidade do Crédito dos Ativos Financeiros 877. Caixa e Equivalente de Caixa 878. Títulos e Valores Mobiliários 889. Contas a Receber de Clientes 8910. Ativos Financeiros e Outros Ativos – Circulantes e não Circulantes 9211. Ativo/Passivo Financeiro 9312. Ativo Indenizatório – Concessão 9713. Tributos a Recuperar ou Compensar 9914. Transações com Partes Relacionadas 9915. Investimentos em Controladas e Coligadas 10216. Imobilizado 10617. Intangível 10918. Resultado com Imposto de Renda Pessoa Jurídica – IRPJ e com a Contribuição

    Social Sobre o Lucro Líquido – CSLL111

    19. Fornecedores 11420. Empréstimos e Financiamentos 11421. Debêntures 11722. Outros Tributos e Contribuições Sociais 11923. Taxas regulamentares 11924. Provisão para Contingência e Depósitos Judiciais 12125. Passivo Atuarial 12426. Patrimônio Líquido 13027. Seguros 13328. Informações por Segmento de Negócios 13429. Informações Complementares da Celesc D 14430. Informações Complementares da Celesc G 15131. Evento Subsequente 155

  • RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO

    2016

  • 5 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2016

    Mensagem da Administração

    Em um ano ainda marcado pelo cenário recessivo da economia nacional, o Grupo Celesc apresenta, no exercício findo em 31 de dezembro de 2016, Prejuízo Líquido de R$9,8 mi-lhões, comparado aos R$130,7 milhões de Lucro Líquido que a Companhia alcançou no ano de 2015.

    A piora no resultado da Companhia em 2016 decorre, principalmente, do desempenho da Celesc Distribuição. No ano, registrou-se fraco desempenho do mercado, queda de 5,4%, fator que impacta diretamente sobre o faturamento da Empresa. Porém, o que contri-buiu efetivamente para o resultado contábil negativo foi o reconhecimento de passivo fi-nanceiro no valor de R$256 milhões, referente à exposição contratual ocorrida no ano de 2014.

    Os números ajustados, porém, evidenciam os esforços que vêm sendo efetivados pela Companhia, de forma estratégica, visando maior eficiência operacional e redução de cus-tos, conforme estabelecem os objetivos traçados ainda em 2011, com o Plano Diretor Ce-lesc 2030.

    O trabalho desenvolvido em 2016 permitiu ao Grupo Celesc diversos avanços, com um in-vestimento total de R$685 milhões. No ano, na área da distribuição, foram realizados in-vestimentos de R$343,1 milhões, otimizados de forma a buscar o melhor retorno para a Empresa. O montante de recursos, que mantém a média anual dos últimos quatro anos, permitiu, além de outros investimentos, a energização de oito novas subestações, a refor-ma ou ampliação de outras onze e a construção de oito novas linhas de distribuição. Essas obras proporcionaram acréscimo de 186MVA à capacidade de atendimento do sistema de Alta Tensão, totalizando atualmente mais de 7 mil MVA.

    Esse, aliás, é um esforço que vem sendo envidado nos últimos anos de forma incisiva. Fru-to dessa busca pela melhoria contínua, registramos, no período de 2011 a 2016, a redu-ção de 25,2% o tempo médio que cada consumidor ficou sem energia elétrica a cada ano, medido pelo DEC – Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora; e em 27% o número de vezes, medido pelo FEC – Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora.

    Em paralelo à ampliação do sistema, que envolve planejamento robusto, investimos na melhoria dos processos, na adoção de novas tecnologias, em capacitação de pessoal, mo-dernização dos sistemas e revisão da logística operacional. Assim como todo o grupo, a Celesc Distribuição vem evoluindo na gestão de seus custos operacionais, e continua em uma trajetória de redução do PMSO (Pessoal, Material, Serviços e Outros) quando compa-rado aos patamares regulatórios, com redução de 26% desta diferença entre 2015 e 2016, equivalente a R$33 milhões. Este bom resultado tem como alicerce um programa de efi-ciência operacional em curso e a administração está comprometida em atingir o nível de eficiência regulatória no curto prazo, e, na sequência, superá-lo com novas medidas de eficiência.

  • 6 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2016

    Na Celesc Geração, mantivemos o foco em ampliar nosso parque de geração própria e as parcerias com investidores privados, garantindo presença em diversos empreendimentos no estado. Em 2016, destaque para a assinatura dos contratos de concessão para a Em-presa continuar explorando, pelos próximos trinta anos, os serviços de geração das usi-nas Salto Weisbach, em Blumenau; Cedros e Palmeiras, em Rio dos Cedros; Garcia, em Angelina; e Bracinho, no município de Schroeder, que totalizam 63,2 MW de capacidade instalada.

    Em 2016, também foram mantidos os investimentos para viabilizar ações de eficiência energética, que somaram R$53,6 milhões. Em virtude dos amplos resultados alcançados em prol do combate ao desperdício de energia elétrica, associado à proteção ao meio ambiente e à qualidade de vida das pessoas, nossos projetos têm se tornado referência nacional. Assim também acontece com nosso programa de Pesquisa & Desenvolvimento, onde temos investido na inovação consequente, aquela que se traduz em benefícios para toda a sociedade.

    Um reflexo dessas iniciativas se traduz em conquistas importantes, como nosso retorno, em 2016, ao seleto grupo de 40 empresas que fazem parte da carteira do Índice de Sus-tentabilidade Empresarial – ISE da BM&FBOVESPA, e o retorno ao topo do ranking das me-lhores distribuidoras do País, figurando em 5o lugar na pesquisa ABRADEE de satisfação do Cliente.

    Temos pela frente um cenário ainda nebuloso, mas seguimos otimistas em relação ao fu-turo de nossa Empresa e de nosso país. Ampliaremos nossos esforços de aumento de efi-ciência dos processos, redução de custos e ampliação dos negócios.

    Somos uma marca forte e com 61 anos de uma história extremamente valorosa. Com o es-forço e o comprometimento de cada um, será possível vencermos todos os desafios.

    Cleverson Siewert Pedro Bittencourt NetoDiretor Presidente Presidente do Conselho de Administração

  • 7 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2016

    1. Apresentação

    Senhores Acionistas,

    Apresentamos o Relatório Anual da Administração e as Demonstrações Financeiras da Cen-trais Elétricas de Santa Catarina S.A. – Celesc, relativos ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2016, acompanhados do Relatório dos Auditores Independentes, da Manifesta-ção do Conselho de Administração e do Parecer do Conselho Fiscal.

    As Demonstrações Financeiras foram elaboradas e são apresentadas de acordo com o padrão contábil estabelecido pelo International Accouting Standards Board – IASB, denominado Inter-national Financial Reporting Standards – IFRS, consubstanciado na Instrução da Comissão de Valores Mobiliários – CVM no 457 de 13 de julho de 2007, pelos pronunciamentos aprovados pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC e pelas normas específicas aplicáveis as concessionárias de serviço público de energia elétrica estabelecida pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL.

    2. Perfil Empresarial

    A Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A. – Celesc, é uma sociedade de economia mista, fun-dada em 09 de dezembro de 1955 por meio do Decreto Estadual no 22, para atuar nas áreas de geração, transmissão e distribuição de energia. A Companhia tem presença consolidada entre as maiores do setor de energia elétrica do País. Em 2006, em atenção ao modelo preconizado pela atual legislação que rege o Setor Elétrico Nacional, a Companhia foi estruturada como Holding, estreando como um dos 100 maiores grupos empresariais do País.

    Na atual estrutura societária, a Companhia possui duas subsidiárias integrais, a Celesc Geração S.A. – Celesc G e a Celesc Distribuição S.A. – Celesc D Além disso, detém participações na Compa-nhia de Gás de Santa Catarina S.A. – SCGÁS, na Empresa Catarinense de Transmissão de Energia Elétrica – ECTE, na Dona Francisca Energética S.A. – DFESA, na Companhia Catarinense de Água e Saneamento – Casan, e na Usina Hidrelétrica Cubatão, conforme figura a seguir:

  • 8 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2016

    Figura 1 – Estrutura Societária do Grupo CelescES

    TADO

    SC

    ANGR

    A VO

    LT F

    IA

    ELET

    ROBR

    AS

    CELO

    S

    NEO

    N

    LIBE

    RTY

    GF L

    PAR

    FIA

    POLA

    ND

    FIA

    OU

    TRO

    S

    O 50,2% 33,1% 0,0% 8,6% 0,0% 1,7% 0,0% 6,4%

    P 0,0% 1,9% 18,0% 1,0% 5,1% 10,4% 12,6% 51,0%

    T 20,2% 14,5% 10,7% 4,1% 3,0% 6,9% 7,5% 33,0%

    FREE FLOAT 75,5%O = ORDINÁRIAP = PREFERENCIAIST = TOTAL

    51,0% 15,5% O

    0,0% 15,5% P

    100,0% 100,0% 17,0% 30,9% 23,0% 40,0% 15,5% T

    CELE

    SC

    DIST

    RIBU

    IÇÃO

    CELE

    SC

    GERA

    ÇÃO

    SCGÁ

    S

    ECTE

    DFES

    A

    CUBA

    TÃO

    *

    CASA

    N

    100,0% ETSE

    26,1% Cia Energética Rio das Flores

    32,5% Rondinha Energética

    30,0% Campo Belo Energética*

    32,5% Painel Energética*

    40,0% Xavantina Energética

    49,0% Garça Branca*

    * Não Operacional/Projeto em Desenvolvimento Fonte: DEF/DPRI

  • 9 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2016

    2.1. Subsidiárias Integrais

    2.1.1. Celesc Distribuição S.A. – Celesc D

    Com presença consolidada entre as melhores do Setor Elétrico do País, a subsidiária inte-gral da Celesc é responsável pelos serviços de distribuição de energia elétrica em 92% do território de Santa Catarina. Seus serviços chegam a 264 dos 295 municípios catarinenses e ao município de Rio Negro, no Paraná, e atendiam a 2.831.997 unidades consumidoras em 31 de dezembro de 2016. A rede de distribuição estava constituída por 150.113 km de redes de distribuição (MT e BT), 4.598,23 km de linhas (AT), 165 subestações, 171.565 transforma-dores e 1.665.616 postes.

    A Celesc D atua ainda no suprimento de energia elétrica para o atendimento de 5 conces-sionárias e 17 permissionárias, responsáveis pelo atendimento dos demais 31 municípios catarinenses.

    Sua área de concessão corresponde a pouco mais de 1% do território nacional, mas seu market share corresponde a 4,7% da energia consumida no País. No ranking das maiores distribuidoras do Brasil, é a 6a em receita de fornecimento, 7a em volume de venda de ener-gia elétrica e a 10a em número de consumidores. O faturamento bruto em 2016 chegou a R$10,49 bilhões.

    2.1.2. Celesc Geração S.A. – Celesc G

    A Celesc G é a subsidiária integral que responde pela operação, manutenção, expansão e co-mercialização do parque gerador da Companhia, atualmente formado por 12 pequenas cen-trais hidrelétricas – PCHs, de propriedade integral da empresa e 5 PCHs desenvolvidas em parceria com investidores privados, no formato de Sociedade de Propósito Específico – SPE.

    O parque de geração própria possui 106,75MW de potência instalada, conforme quadro a seguir.

  • 10 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2016

    Quadro 1 – Parque Gerador Próprio – Usinas 100% Celesc G

    Geradora Localidade

    Potência Instalada

    (MW)

    Data de Vencimento da

    Concessão

    Palmeiras Rio dos Cedros/SC 24,60 07/11/2046

    Bracinho Schroeder/SC 15,00 07/11/2046

    Garcia Angelina/SC 8,92 05/01/2046

    Cedros Rio dos Cedros/SC 8,40 07/11/2046

    Salto Blumenau/SC 6,28 07/11/2046

    Celso Ramos Faxinal do Guedes/SC 5,40 17/03/2035

    Pery Curitibanos/SC 30,00 09/07/2017

    Caveiras Lages/SC 3,83 10/07/2018

    Ivo Silveira Campos Novos/SC 2,60 (i)

    Piraí Joinville/SC 0,78 (i)

    São Lourenço Mafra/SC 0,42 (i)

    Rio do Peixe Videira/SC 0,52 (i)

    Total da Capacidade Instalada 106,75

    Fonte: DGT/DPEG

    (i) As Centrais Geradoras Hidrelétricas – CGHs, com potência inferior a 5MW, estão dispensa-das do ato de concessão, não possuindo, portanto, data de vencimento. A conversão do regi-me de concessão de “serviço público” para “registro” junto à ANEEL já foi concluído.

    A Celesc G possui também projetos de ampliação do parque gerador próprio, em estágio de desenvolvimento dos estudos energéticos e de obtenção das licenças ambientais, conforme quadro a seguir:

    Quadro 2 – Projetos de Expansão da Geração – Parque Próprio Celesc G

    Investimentos em Ampliação e Novas Usinas

    PotênciaInstalada (MW)

    Acréscimo da Potência (MW)

    Potência Final (MW)

    PCH Celso Ramos 5,40 7,42 12,82

    UHE Salto 6,28 23,72 30,00

    UHE Cedros – Etapa I 8,40 3,60 12,00

    UHE Cedros – Etapa II 12,00 1,00 13,00

    UHE Palmeiras 24,60 0,75 25,35

    CGH Maruim - 1,40 1,40

    PCH Rio do Peixe 0,52 9,00 9,00

    UHE Caveiras 3,83 10,00 1,83

    Subtotal 61,03 56,89 105,40

    Fonte: DGT/DPEG

  • 11 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2016

    O parque de geração em parceria com investidores privados no formato de Sociedades de Pro-pósito Específico – SPE possui 25,28MW. A potência equivalente à participação societária da Ce-lesc G nesses empreendimentos é de 8,05MW de potência instalada, conforme quadro adiante.

    Quadro 3 – Novos Empreendimento em Operação – Participação Minoritária

    Usinas LocalizaçãoPrazo de

    Concessão

    Potência Instalada

    (MW)Participação

    Celesc Geração

    Equivalente Potência

    Instalada (MW)

    PCH Prata Bandeirante/SC 13/05/2039 3,00 26,07% 0,78

    PCH Belmonte Belmonte/SC 13/05/2039 3,60 26,07% 0,94

    PCH Bandeirante Bandeirante/SC 13/05/2039 3,00 26,07% 0,78

    PCH Rondinha Passos Maia/SC 14/10/2040 9,60 32,50% 3,12

    PCH Xavantina Xanxerê/SC 08/04/2040 6,08 40,00% 2,43

    Total - MW 25,28 8,05

    Fonte: DGT/DPNN

    A Celesc G possui participação societária em outros três empreendimentos, ainda em estágio de desenvolvimento, totalizando 25,7MW de potência instalada. A potência equivalente à par-ticipação societária da Celesc G nesses empreendimentos é de 9,18MW de potência instalada, conforme quadro:

    Quadro 4 – Novos Empreendimentos em Desenvolvimento – Participação Minoritária

    Usinas LocalizaçãoPrazo de

    Concessão

    Potência Instalada

    (MW)Participação

    Celesc G

    Equivalente Potência

    Instalada (MW)

    Estágio do Desenvolvi-

    mento

    PCH Garça Branca Anchieta/SC 26/08/2044 6,50 49,00% 3,19 Em obras

    PCH Painel São Joaquim/SC 19/03/2043 9,20 32,50% 2,99 Em projeto

    PCH Campo Belo Campo Belo do Sul/SC 20/05/2044 10,00 30,00% 3,00 Em projeto

    Total - MW 25,7 9,18

    Fonte: DGT/DPNN

  • 12 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2016

    2.2. Participações2.2.1. Companhia de Gás de Santa Catarina S.A. – SCGÁS

    A SCGÁS é a empresa responsável pela distribuição de gás natural canalizado em Santa Cata-rina. Criada em 1994, atua como uma sociedade de economia mista e tem como acionistas: Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A. – Celesc; Petrobrás Gás S.A. – Gaspetro, e a Mitsui Gás e Energia do Brasil Ltda – Mitsui Gás e Infraestrutura de Gás para a Região Sul S.A. – Infragás.

    A SCGÁS detém contrato de concessão para exploração dos serviços de distribuição de gás cana-lizado firmado em 28 de março de 1994, com prazo de vigência de 50 anos. Desde o início de sua operação, em 2000, a SCGÁS já distribuiu 8,5 bilhões de metros cúbicos de gás natural e concluiu 1.115 km de rede. É a segunda maior distribuidora nacional em número de municípios atendidos e Santa Catarina o terceiro estado com maior rede de distribuição de gás, terceiro estado em nú-mero de indústrias atendidas com gás natural e a terceira maior rede de postos com GNV do país.

    Destaque-se que, em 2013, a Procuradoria Geral do Estado de Santa Catarina – PGE, represen-tando o Governo do Estado de Santa Catarina e a Celesc, entrou com ação de obrigação de fa-zer cumulada com ressarcimento contra a SCGÁS, Petrobras Gás S.A. – Gaspetro, Mitsui Gás e Energia do Brasil Ltda. e Infragás S.A., questionando alteração no capital social e o Acordo de Acionistas em 1994, obtendo liminar favorável em juízo de 1o grau. Entretanto, os acionistas Mitsui Gás e Gaspetro ingressaram com agravos de instrumento, suspendendo os efeitos de tal liminar em 2a instância, apresentado os recursos judiciais cabíveis. Atualmente, os efeitos da sentença encontram-se suspensos até julgamento dos referidos recursos.

    2.2.2. Empresa Catarinense de Transmissão de Energia – ECTE

    A ECTE tem como objeto social principal a prestação de serviços de planejamento, implanta-ção, construção, operação e manutenção de instalações de transmissão de energia elétrica, incluindo os serviços de apoio e administrativos, programações, medições e demais serviços necessários à transmissão de energia elétrica.

    A ECTE detém a concessão de Serviço de Transmissão de Energia Elétrica, pelo prazo de 30 anos, para implantação, manutenção e operação da linha de transmissão de 525kV, com 252,5km de extensão, entre as subestação de Campos Novos e Blumenau, no estado de Santa Catarina. A Celesc é detentora de 30,88% de participação no Capital Social da ECTE.

    O sistema ECTE integra a Rede Básica do Sistema Interligado Nacional, cuja coordenação e controle da operação de transmissão de energia elétrica, sob a fiscalização e regulação da ANEEL, é de responsabilidade do Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS, autorizado pelo Ministério de Minas e Energia – MME.

    2.2.3. Dona Francisca Energética S.A. – DFESA

    A DFESA é uma concessionária produtora independente de energia elétrica, com contrato de con-cessão de 28 de agosto de 1998 e prazo de vigência de 35 anos, com capacidade instalada de 125MW e energia assegurada de 80MW. A Celesc detém 23,03% das ações ordinárias da empresa.

  • 13 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2016

    3. Ambiente Econômico

    3.1. Macroeconomia

    A projeção é que a economia brasileira encerre 2016 com queda de 3,39% do PIB, como refle-xo da crise que afeta o País. O Índice Nacional do Consumidor Amplo – IPCA, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, teve alta de 6,29% no ano e o Índice Ge-ral de Preços do Mercado – IGP-M, medido pela Fundação Getúlio Vargas, fechou em 7,17%.

    A taxa de juros Sistema Especial de Liquidação e Custódia – SELIC, determinado pelo Comitê de Política Monetária – COPOM, ficou em 13,75% ao ano. A taxa de juros real (juros nominal expurgado da inflação) fechou em 7,01%.

    3.2. Economia Catarinense

    No balanço do ano, o desempenho econômico de Santa Catarina esteve muito aquém do seu potencial, como reflexo ainda da recessão iniciada em 2015, mas seu resultado ficou acima da média nacional, segundo a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina – FIESC.

    Conforme dados acumulados, o recuo da indústria catarinense ficou em 4%, enquanto o índi-ce brasileiro foi 6,5%, e dois setores apresentaram avanço na produção: Alimentos (3%), e Má-quinas, Aparelhos e Materiais Elétricos (2,9%). As vendas externas catarinenses aumentaram 16% em dezembro de 2016 em comparação a novembro, mês anterior, e 23,2% em relação a dezembro de 2015.

    Esse desempenho foi apoiado essencialmente pela exportação de automóveis para os Esta-dos Unidos, de carne suína para a China e de soja para a Rússia. Com isso, o comércio interna-cional deu claros sinais de recuperação e Santa Catarina se posicionou, entre todos os esta-dos, como o 7o maior exportador nacional e o 5o maior importador.

    Na avaliação da FIESC, os níveis de atividade industrial e emprego de 2014 somente serão vis-tos novamente no decorrer dos próximos anos, dependendo da velocidade da recuperação da macroeconomia.

    No âmbito da distribuição de energia elétrica, o mercado total em Santa Catarina teve acrés-cimo de 0,9% em relação ao ano de 2015. O mercado residencial, que compõe 23,4% do mer-cado total, foi a classe que liderou esse crescimento, com taxa de 3,3% a.a.

  • 14 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2016

    4. Ambiente Regulatório

    4.1. Distribuição

    Em 09 de dezembro de 2015, em processo conduzido pelo Ministério de Minas e Energia, a Ce-lesc D assinou o 5o Termo Aditivo ao Contrato de Concessão no 56/99 prorrogando assim a con-cessão por mais 30 anos até 07 de julho de 2045.

    A assinatura dos Termos Aditivos implicou na alteração da periodicidade das revisões tarifá-rias sendo que a primeira foi realizada em 16 de agosto de 2016 e as subsequentes serão rea-lizadas a cada 5 (cinco) anos a partir desta data.

    Em 07 de junho de 2016, a Diretoria da ANEEL decidiu instaurar a Audiência Pública no 31/2016 com o objetivo de discutir com a sociedade a proposta de revisão tarifária.

    Em 15 de agosto de 2016, a ANEEL foi notificada do deferimento do pedido de tutela de urgên-cia para determinar a suspensão, até ulterior determinação em Juízo, do impacto financeiro referente à exposição voluntária da Celesc D no ano de 2014.

    Diante desse novo fato, a ANEEL recalculou o resultado do 4o Ciclo da Revisão Tarifá-ria Periódica da Celesc D desconsiderando o parcelamento desse componente financei-ro, assim como o recálculo com os efeitos da liminar por ora em vigor (Processo Judicial no 4805370.2016.4.01.3400/ 6a Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal).

    Tais alterações foram incluídas no cálculo do 4o Ciclo da Revisão Tarifária Periódica da Celesc D em 16 de agosto 2016, e o resultado final foi deliberado na 30a Reunião Pública Ordinária da ANEEL, na mesma data. Os resultados apresentados a seguir, consideram os efeitos da suspensão da aplicação do item financeiro referente como exposição involun-tária de 2014.

    4.1.1. Revisão Tarifária

    A revisão tarifária, definida pela ANEEL por meio de Resolução Homologatória no 287, de 16 de agosto de 2016, apresentou o seguinte efeito médio ao consumidor para as tarifas de energia elétrica dos consumidores atendidos na área de concessão da Celesc D:

    Quadro 5 – Variação Tarifária – Grupos AT e BT

    Grupo de Consumo Variação Tarifária

    AT - Alta Tensão (>2,3kV) -6,25%

    BT - Baixa Tensão (

  • 15 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2016

    O efeito médio de -4,16% representa uma variação de -6,25% para os consumidores conecta-dos em Alta Tensão (industriais) e de -2,62% para aqueles conectados em Baixa Tensão, em especial os consumidores residenciais.

    Os componentes com maior variação no cálculo do reajuste foram os encargos setoriais, com variação de -2,43% e os custos de aquisição de energia, variando em -0,49%, além dos efeitos da retirada dos componentes financeiros estabelecidos no último processo tarifário.

    O gráfico a seguir apresenta os principais itens que contribuíram para a formação do efeito médio ao consumidor de -4,16%.

    Gráfico 1 – Participação na Formação Tarifária de 2016

    -2,43%

    -0,71%

    -0,49% -0,47%

    -2,15%

    -4,16%

    -0,66%

    Enca

    rgos

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    or

    Fonte: DRG/DPRE

    4.1.2. Bandeiras Tarifárias

    O Governo Federal, por meio do Decreto no 8.401 de 04 de fevereiro de 2015, criou a Conta Centralizadora dos Recursos de Bandeiras Tarifárias e estabeleceu que as bandeiras tarifárias deverão considerar as variações dos custos de geração por fonte termelétrica e da exposição aos preços de liquidação no mercado de curto prazo que afetam os agentes de distribuição de energia elétrica conectados ao Sistema Interligado Nacional – SIN.

    As faixas de acionamento a partir de 1o de fevereiro de 2016 seguiram os critérios:

    I) bandeira tarifária verde: CVU da última usina a ser despachada for inferior ao valor de R$211,28/MWh;

    II) bandeira tarifária amarela: CVU da última usina a ser despachada for igual ou superior a R$211,28/MWh e inferior ao valor teto do PLD de R$422,56/MWh;

  • 16 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2016

    III) bandeira tarifária vermelha:

    Patamar 1: CVU da última usina a ser despachada for igual ou superior ao valor teto do PLD, de R$422,56/MWh, e inferior ao valor de R$610,00 /MWh;

    Patamar 2: CVU da última usina a ser despachada for igual ou superior ao valor de R$610,00/MWh.

    A Celesc D aplicou para seus consumidores nos meses de janeiro e fevereiro de 2016 a ban-deira tarifária vermelha. No mês de março, o governo decidiu desligar as usinas térmicas com custo de geração acima de R$420,00/MWh, permitindo a adoção da bandeira tarifária amare-la.

    Nos meses de julho a outubro de 2016, a ANEEL adotou a bandeira tarifária verde. Segundo a ANEEL, três fatores principais contribuíram para a bandeira verde: a evolução positiva do pe-ríodo úmido de 2016, que recompõe os reservatórios das hidrelétricas; o aumento de energia disponível com redução de demanda; e a adição de novas usinas ao sistema elétrico brasilei-ro.

    Em novembro de 2016, a condição hidrológica esteve menos favorável, o que determinou o acionamento de térmica com CVU acima de R$211,28.

    Em dezembro de 2016, a condição hidrológica voltou a ser mais favorável, o que determinou o acionamento de térmica mais cara em R$169,54/MWh, proporcionando a bandeira verde pa-ra os consumidores.

    4.1.3. Desempenho do Mercado na Área de Concessão

    O consumo total de energia elétrica na área de concessão da Celesc D somou 22.957,0 GWh em 2016, apresentado um crescimento de 0,9% no total de energia distribuída (mercado cati-vo + livre) em relação a 2015.

    Em relação ao consumo no mercado cativo em 2016, o consumo recuou 5,4% em relação ao ano anterior. A classe de consumidores industriais cativos, que em 2016 correspondeu a aproximadamente 20,8% do total consumido, somando 3.370,2GWh, apresentou redução de 21,3% em relação a 2015. Na classe comercial, que representa 20,8% do mercado, houve que-da de 5,3%, com consumo de 3.376,9GWh.

    Os consumidores livres localizados na área de concessão da Celesc D apresentaram consumo de 6.720,2GWh no ano de 2016, com crescimento de 20,0% em relação a 2015.

    O número de unidades consumidoras atendidas pela empresa atingiu o total de 2.831.997 em dezembro de 2016, representando aumento de 2,3% em relação a dezembro de 2015, confor-me detalhamento no quadro a seguir:

  • 17 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2016

    Quadro 6 – Número de Unidades Atendidas e Comparativos Anuais

    UC

    Variações% Comp %

    2016 2015 2016/2015 2015/2014 2016

    Residencial 2.213.215 2.157.059 2,6 3,7 78,2

    Industrial 102.284 102.281 0 1,8 3,6

    Comercial 255.146 249.167 2,4 3,3 9,0

    Rural 234.604 234.340 0,1 0,6 8,3

    Poder Público 22.472 22.048 1,9 3,3 0,8

    Iluminação Pública 685 612 11,9 5,7 0,0

    Serviço Público 3.164 2.956 7 6,4 0,1

    Próprio 379 385 -1,6 3,8 0,0

    Revenda 48 46 4,3 2,2 0,0

    Total do Número de UC 2.831.997 2.768.894 2,3 3,3 100,0

    Fonte: DCL/DPCM

    4.2. Geração

    4.2.1. Leilão 12/2015 – Conversão p/ Regime de Exploração Híbrido (Cotas + ACL)

    A Celesc G participou do Leilão no 12/2015 de Contratação de Concessões de Usinas Hidrelé-tricas em Regime de Alocação de Cotas de Garantia Física e Potência, realizado pela ANEEL no dia 25 de novembro 2015, readquirindo a concessão das PCHS Garcia, Palmeiras, Bracinho, Cedros e Salto, que foram abrangidas pela Lei Federal no 12.783, de 11 de janeiro de 2013, por não terem aderido aos termos de prorrogação antecipada das concessões e tiveram suas con-cessões licitadas.

    Os Contratos de Concessão para Serviço de Geração foram assinados em 05 de janeiro de 2016. A potência instalada das PCHs adquiridas soma 63,20MW e pela Bonificação de Outorga foi pago R$228,6 milhões.

    4.2.2. Concessão PCH Celso Ramos

    Em 03 de fevereiro de 2016, a Celesc G e a ANEEL assinaram o segundo Termo Aditivo ao Con-trato de Concessão de Uso do Bem Público no 006/2013 com o objetivo de formalizar a amplia-ção e a prorrogação da PCH Celso Ramos. As obras para ampliação da PCH Celso Ramos de-vem ter início ainda no ano de 2017.

    Tal processo teve início em 17 de março de 2015 quando, por meio da Resolução Autorizati-va no 5.078, a ANEEL autorizou a ampliação da potência instalada da PCH Celso Ramos, de 5,40MW para 12,82MW, e a prorrogação da concessão pelo prazo de 20 anos, a contar da da-ta de publicação da Resolução, condicionada à entrada em operação comercial das unidades geradoras 3 e 4 até a data de vencimento da atual concessão, que vence em 2021.

  • 18 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2016

    4.2.3. Concessão PCH Pery

    A Celesc G mantém, em âmbito judicial, a discussão sobre a concessão da Usina Pery, com a obtenção de liminar concedida pelo Tribunal Regional Federal da 4a Região, a qual suspen-deu o prazo para assinatura do Termo Aditivo ao Contrato de Concessão no regime de co-tas, até o trânsito em julgado da ação judicial ou o término do prazo atual de concessão (ju-lho/2017), o que ocorrer primeiro. A usina estaria entre os empreendimentos contemplados pela MP 579/12, Lei Federal no 12.783, de 11 janeiro de 2013.

    Recentemente, o Governo Federal publicou a Resolução no 03, de 13 de setembro de 2016, pre-vendo em seu Artigo 1o, Inciso X, a licitação da Usina Pery no âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos – PPI, da Presidência da República.

    Após análise dos fatores que levaram à inclusão da Usina Pery no rol dos ativos a serem licita-dos no PPI, constatou-se que a Procuradoria do MME, quando consultada pelo Ministério de Planejamento sobre a existência de impedimentos para a licitação da Usina Pery, não cons-tatou que a Celesc G estava amparada por liminar judicial. A Celesc G manifestou-se junto ao MME e ANEEL acerca de tal impossibilidade e, no momento, aguarda manifestação desses ór-gãos.

    4.2.4. Concessão PCH Caveiras

    Com promulgação da Lei Federal no 13.360, de 17 de novembro de 2016, vencido o prazo de concessão atual, a usina Caveiras não mais se submeterá ao regime de cotas, sendo mantida sua titularidade pela Celesc G, sem prazo de concessão definido, uma vez que será exigido pe-lo Poder Concedente apenas o registro da usina junto à ANEEL, por ter capacidade instalada inferior a 5MW.

    Em paralelo, a Celesc G vem trabalhando junto à ANEEL o encaminhamento de registro de es-tudos de inventário referente ao trecho do rio onde está situada a PCH Caveiras, objetivando contemplar a ampliação da capacidade de geração, atingindo o potencial ótimo de explora-ção, elevando a receita financeira da empresa e garantindo a titularidade sobre a usina.

    4.2.5. Fator de Ajuste da Garantia Física – GSF

    A Celesc G interpôs Ação Judicial contra a UNIÃO e ANEEL requerendo que as mesmas deter-minem à CCEE a revisão da forma de cálculo do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE, bem como que lhe seja garantido o aporte de energia equivalente à garantia física, Generation Scaling Factor – GSF, postura similar àquela adotada por outros agentes de geração, objeti-vando mitigar os riscos advindos do regime hidrológico desfavorável e da geração de energia abaixo da Garantia Física.

    Por meio da ação, a Celesc G busca a suspensão do registro dos custos incorridos pelos gera-dores hidrelétricos, decorrentes da aplicação do GSF, que é a divisão entre a energia gerada total e a soma das garantias físicas das usinas participantes do MRE. Esse fator é aplicado à garantia física de todas as usinas, resultando na chamada “garantia física ajustada”, uma vez

  • 19 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2016

    que a frustração da geração hidrelétrica no cenário atual decorre tanto de ordem estrutural quanto conjuntural.

    Em 05 de agosto de 2015, foi emitida a decisão judicial pela 5a Vara Federal, do Tribunal Regio-nal Federal da 1a Região, que deferiu o pedido liminar vindicado, concedendo parcialmente a tutela antecipada e determinando que a ANEEL e a CCEE abstenham-se de proceder ao ajuste do MRE, caso haja geração total do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE em montan-te inferior à garantia física desse mesmo conjunto, de forma a limitar a incidência do fator de ajuste GSF ao percentual máximo de 5% do total da garantia física das demandantes.

    Segundo declaração do diretor-geral da ANEEL, a Agência vai continuar trabalhando para sus-pender todas as demais liminares que impedem ou limitam a cobrança do risco hidrológico das usinas com contratos no mercado livre. A ANEEL vai usar a decisão do STJ para pedir tra-tamento similar em outras instâncias judiciais onde existem sentenças provisórias favoráveis aos geradores. Neste sentido, atualmente a Celesc G está realizando análise estratégica quan-to à atuação no caso, bem como avaliação das movimentações de mercado, a fim de anteci-par medidas, caso sejam necessárias.

  • 20 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2016

    5. Desempenho Operacional

    5.1. Celesc D

    5.1.1. Programa de Eficiência Operacional

    O padrão de qualidade dos serviços prestados pela Celesc D coloca a Empresa entre as mais eficientes do Setor Elétrico Brasileiro em decorrência de ações que envolvem planejamento robusto, investimentos eficazes e melhorias contínuas. Em 2016, as ações corporativas manti-veram foco em ampliar a eficiência de seus processos. Nos últimos quatro anos, esse esforço tem se destacado com a implementação do Programa de Eficiência Operacional, lançado em 2013. Desde então, mais de 120 projetos vêm sendo executados. Até 2016, 79 deles foram fina-lizados e representavam, em dezembro de 2016, economia de R$61 milhões/ano.

    Um dos destaques do Programa foi a iniciativa no 41, que tratou da revisão dos contratos de leitura, impressão e entrega simultânea, com o objetivo revisar requisitos técnicos e custo dos contratos de leitura, impressão e entrega simultânea. O projeto foi finalizado em novembro, com a assinatura dos respectivos contratos decorrentes do Pregão Presencial no 15/03005. O valor anual adjudicado totalizou R$38,1 milhões, o que representa uma economia anual esti-mada, a partir de 2017, de cerca de R$10 milhões, quando se compara com o valor gasto em 2016. Tais valores ainda estão sendo consolidados, pois dependem da realização da primeira medição de um período completo.

    5.1.2. Indicadores de Qualidade do Fornecimento de Energia

    Em relação a 2015, a Celesc D apresentou melhora significativa para os indicadores de Dura-ção Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora – DEC e de Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora – FEC, registrando redução de 12,50% no DEC e de 14,40% no FEC. O DEC de 2016 indica um sistema elétrico de confiabilidade, estando disponí-vel, em média, 99,85% das horas de um ano aos seus consumidores. O gráfico a seguir, mostra a evolução desses indicadores:

    Quadro 7 – DEC e FEC

    Indicador 2014 2015 2016

    DEC 1 15,15 14,67 12,83

    FEC 2 10,45 10,15 8,69

    Fonte: DDI/DPOP/ DVPO

    1 Quantidade de horas ao ano2 Quantidade de vezes ao ano

  • 21 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2016

    5.1.3. Perdas na Distribuição

    De acordo com o 4o Ciclo da Revisão Tarifária Periódica da Celesc D, a perda técnica foi defini-da pela ANEEL como 5,97% sobre o mercado TUSD e a perda não técnica sobre o mercado de baixa tensão foi definida como 3,73%. As perdas técnicas calculadas pela Celesc D com base nos dados de 2015 foram 6,03% sobre a energia injetada. Já as perdas e diferenças não técni-cas no ano 2016 foram apuradas como sendo 7,71% sobre o mercado de baixa tensão.

    Em 2016, a área de Automação da Medição realizou a operação das leituras remotas de apro-ximadamente 13 mil pontos, entre eles consumidores do grupo A e monômios, com taxa de sucesso nas leituras de aproximadamente 96%. Por meio dos alarmes gerados pelo sistema e análise crítica dos especialistas em perdas não técnicas, foram identificados diversos casos suspeitos de irregularidades técnicas e fraudes.

    5.1.4. Distribuição de Energia Elétrica no Mercado Cativo

    Em um ano no qual o consumo de energia elétrica apresentou ligeira elevação de 0,9% na área de concessão da Empresa, o mercado total medido, cativo + livre, da Celesc D teve acréscimo de 0,9% no ano de 2016 em relação ao ano de 2015. O mercado residencial que compõe 23,4% do mercado total foi a classe que alavancou este crescimento com taxa de 3,3% a.a. Apesar do primeiro bimestre ter sido com taxas de crescimento negativas, devido a temperatura amena no início do ano, houve uma recuperação a partir do segundo bimestre de 2016, conforme de-monstra o quadro a seguir.

    Quadro 8 – Desempenho do Mercado na Área de Concessão da Celesc DComparativo 2016 x 2015

    Acumulado Janeiro até Dezembro

    MWhVariações %2016 / 2015 Comp.% 2016

    2016 2015

    Residencial 5.362.344 5.188.797 3,30 23,40

    Industrial 9.299.509 9.316.843 -0,20 40,50

    Comercial 3.849.045 3.887.651 -1,00 16,80

    Outros 4.446.091 4.366.235 1,80 19,40

    Total 22.956.989 22.759.526 0,90 100,00

    Fonte: DCL/DPCM/DVCM

    No ano também foi possível registrar incremento significativo de migrações para o Ambiente de Contratação Livre – ACL. Assim, em 2016, o número de clientes livres na Celesc D passou de 292 para 676 unidades consumidoras. As migrações impactaram o mercado cativo em cerca de 900GWh, ou seja, 5% do mercado cativo tornou-se consumidor livre em 2016, em volume de energia.

  • 22 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2016

    5.1.5. Atendimento ao Cliente

    O Contact Center Celesc fechou 2016 com a primeira posição no ranking ANEEL de qualida-de do atendimento telefônico entre as distribuidoras que atendem mais de 500 mil unidades consumidoras, posição esta mantida desde fevereiro/2016. O Indicador de Nível de Serviço – INS chegou a 99,63%, o melhor índice da Celesc D, bem acima da meta estabelecida pela ANE-EL, que é de 85%.

    Nesse período, o Indicador de Nível de Serviço – INS ficou sempre acima de 90%, fechando média final de 98,02%.

    A operação do Contact Center é realizada em Joinville (sede principal) e em São Paulo, por 254 profissionais, dos quais 207 são atendentes.

    5.1.6. Gestão da Inadimplência

    A Inadimplência corresponde ao montante da receita faturada e não recebida pela Celesc D. O aumento ou diminuição da inadimplência são impactados pelas condições macroeconômi-cas vivenciadas no país, como elevado aumento tarifário, crise energética, crise econômica com crescimento do desemprego, entre outros.

    Em 2016, a Celesc D, apesar de toda crise que o Brasil atravessa, conseguiu uma redução de 9,23% na inadimplência medida de 31 a 90 dias e no acumulado da carteira total o índice ficou menor de 1% ao mês, 10,8% no ano, conforme figura a seguir.

    Figura 2 – Dados de Inadimplência – Comparativo 2016/2015

    Inadimplência por Classe de Consumo (R$ mil)

    Dezembro

    Total da Carteira 31 a 90 dias

    2015 2016 (%) 2015 2016 (%)

    Residencial 173.334 192.209 10,90% 34.985 34.095 -2,50%

    Industrial 233.814 257.684 10,20% 11.606 8.157 -29,70%

    Comercial 110.984 121.464 9,40% 10.302 9.923 -3,70%

    Rural 18.480 22.849 23,60% 3.112 4.299 38,10%

    Revenda 2.934 7.763 164,60% 616 1.855 201,10%

    Outros Créditos 32.679 39.353 20,40% 5.114 4.307 -15,80%

    Poder Público 19.573 14.580 -25,50% 3.605 330 -90,80%

    Iluminação Pública 16.610 17.619 6,10% 190 164 -13,70%

    Serviço Público 1.593 2.272 42,60% 115 85 -26,10%

    TOTAL 610.000 675.790 10,80% 69.645 63.215 -9,23%

  • 23 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2016

    % Inadimplência/Faturamento 2015 2016

    Residencial 5,67% 6,11%

    Industrial 7,50% 9,51%

    Comercial 4,91% 5,61%

    Rural 3,65% 4,61%

    Revenda 1,46% 4,00%

    Outros Créditos

    Poder Público 7,77% 5,78%

    Iluminação Pública 7,45% 8,09%

    Serviço Público 0,95% 1,34%

    TOTAL 6,23% 7,23%

    Fonte: DCL/ADCL

    Total Carteira

    Até 30 dias23,96%

    181 a360 dias

    9,05%

    91 a180 dias7,11%

    31 a90 dias9,35%

    >360 dias50,53%

    Na área de concessão, a inadimplência varia de região para região, pois está fortemente asso-ciada às características locais, como tipo de consumidor, aspectos culturais, fatores econômi-cos e sociais de cada área atendida.

    Dependendo da região o impacto da inadimplência se dá mais sobre uma classe de consumo do que em outra. Para mitigar os efeitos da inadimplência, e com isso atender os parâmetros estabelecidos pela ANEEL, a Celesc D trabalha com metas especificas para cada Agência Re-gional, onde avalia o desempenho de cada uma no combate à inadimplência.

    Além disso, a Empresa utiliza uma régua de cobrança, como rotina no combate à inadimplên-cia, diferenciada para os consumidores do Grupo A e B, conforme figuras 3 e 4, adiante.

    Figura 3 – Dados da Inadimplência no Grupo B

    Vcto. Reaviso (fatura)E-mail

    (a implementar)

    SMS Pré- Negativação NegativaçãoAviso

    de corte (Ligação,

    URA, e-mail)

    D D + 15 D + 20 D + 30 D + 45 D + 55 D + 58

    Até 30 dias 31 a 60 dias

    Vcto.Call Center

    Ativo (em fase de

    implementação)Corte 1 Corte 2

    E-mail (a

    implementar)Desmonte Ajuizamento

    D D + 61 D + 61 D + 75 D + 80 D + 91 a 120 D + 121

    61 a 90 dias mais de 120 dias

    91 a 120 dias

    Fonte: DCL/ADCL

  • 24 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2016

    Figura 4 – Dados da Inadimplência no Grupo A

    Vcto. Reaviso (e-mail)Pré-

    Negativação Negativação Corte 1 Corte 3 Ajuizamento

    D D + 3 D + 5 D + 15 D + 20 D + 61 a 90 D + 91

    Até 30 dias 61 a 90 diasmais de 90

    dias

    Fonte: DCL/ADCL

    5.1.7. Reconhecimentos

    Em julho, o Prêmio ABRADEE 2016 promovido pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica, voltou a posicionar a Celesc D entre as melhores do Setor no País. Finalista em cinco das oito categorias, a Celesc D conquistou o 5o lugar no ranking de Melhor distribui-dora de Energia Elétrica do País e o 2o lugar da Região Sul. Foi a melhor empresa pública no ranking nacional em Responsabilidade Social, ficando em 3o lugar. Outro destaque foi o re-sultado na categoria Avaliação pelo Cliente, a Celesc D figura como 4a melhor distribuidora de Energia Elétrica do Brasil com Índice de Satisfação com a Qualidade Percebida – ISQP de 83,2%, bem acima da média nacional de 74,4%.

    Em novembro de 2016, a Empresa foi destaque na América Latina, recebendo o Prêmio CIER de Qualidade – Satisfação de Clientes 2016, junto com outras quatro companhias brasilei-ras com mais de 500 mil unidades consumidoras. Esse Prêmio é outorgado anualmente pela Comissão de Integração Energética Regional – CIER às distribuidoras latino-americanas com maior nível de excelência na prestação de serviços.

    5.2. Celesc G

    5.2.1. Geração de energia

    Em 2016, foram gerados 68,416 MW Médios pelas 12 usinas próprias da Celesc G, o que equiva-le a 600,968GW Hora. Isso representa o aproveitamento de 64,09% da potência instalada total de 106,75MW e equivale a aproximadamente 102% da Garantia Física.

    O quadro a seguir detalha a geração de energia líquida (já descontadas todas as perdas e con-sumos internos das usinas) em 2016.

  • 25 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2016

    Quadro 9 – Geração de Energia

    USINASGeração de Energia Líquida

    em GWh (2016)Geração de Energia Líquida

    em GWh (2015)

    Bracinho 61,882 71,543

    Caveiras 25,938 27,521

    Cedros 65,333 60,771

    Celso Ramos 42,239 40,749

    Garcia 65,676 65,202

    Ivo Silveira 22,168 20,734

    Palmeiras 150,168 134,332

    Pery 130,226 128,946

    Piraí 3,905 4,180

    Rio do Peixe 4,139 3,659

    Salto 26,363 30,053

    São Lourenço 2,930 2,373

    Total 600,968 590,064

    Fonte: DCL/DPCM

    5.2.2. Centralização da Operação

    Em meados de 2016, entrou em operação o Centro de Operação próprio da Celesc G. Com a alocação de 6 técnicos, o COG opera e supervisiona todo o parque gerador próprio, em turnos que cobrem 24 horas por dia, sete dias por semana.

    5.2.3. Regularização Patrimonial

    Em 2016, foi lançado edital para contratação de empresa para prestação de serviço de apoio à gestão sócio patrimonial e à regularização imobiliária dos empreendimentos da Celesc G. A gestão sócio patrimonial possibilitará a regularização das ocupações indevidas no entorno dos reservatórios. A regularização imobiliária possibilitará o desmembramento de áreas não vinculadas à concessão e que poderão ser posteriormente alienadas.

  • 26 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2016

    6. Investimentos

    O volume de investimentos das subsidiárias integrais do Grupo Celesc, em 2016, foi de R$685.034 mil ante aos R$471.195 mil em 2015, sendo 45,38% superior a igual período do ano anterior.

    O quadro a seguir demonstra os investimentos realizados:

    Quadro 10 – Investimento por Segmento de Atuação – Grupo Celesc

    Investimento

    31.12.2016 31.12.2015Análise

    HorizontalR$ % R$ %

    Distribuição de Energia Elétrica 449.168 99,60% 457.008 96,99% -1,72%

    Geração de Energia Elétrica 235.866 0,40% 14.187 3,01% 1562,55%

    Total 685.034 100% 471.195 100% 45,38%

    Fonte: DEF/DPCO

    6.1. Celesc D

    O modelo de planejamento, cujas análises técnicas são focadas no horizonte dos próximos cinco a dez anos, é a base para dimensionar os investimentos fundamentais e assegurar que o sistema elétrico esteja adequado à demanda. Nas análises são avaliadas as estruturas do sistema de Alta e de Média Tensão que necessitam de reforços, substituição de equipamentos ou novas obras. Esses investimentos compõem o Plano de Desenvolvimento da Distribuição – PDD, submetido à avaliação e acompanhamento por parte da ANEEL.

    6.1.1. Expansão do Sistema Elétrico de Alta Tensão

    Para atender ao crescimento de mercado e cumprir os índices de qualidade definidos pela ANEEL, o sistema elétrico recebeu investimentos de R$343,1 milhões no ano de 2016.

    O sistema elétrico de Alta Tensão, composto pelas Linhas de Alta Tensão e Subestações, in-terligadas nas tensões de 69kV e 138kV, teve importantes investimentos que, ao final do ano, contabilizaram R$92,7 milhões.

    Foram concluídas, no ano, sete novas subestações; reformadas ou modernizadas outras on-ze e construídas oito novas linhas de distribuição. Essas obras proporcionaram acréscimo de 186MVA à capacidade de atendimento do sistema de Alta Tensão, totalizando atualmente 7.029,8MVA. Destaque, ainda, para a energização da SE Camboriú 138kV, que deverá estar to-talmente concluída em meados de 2017.

  • 27 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2016

    Subestações Novas:

    1) SE Tangará 138 kV

    2) SE Santa Cecília 69 kV

    3) SE Concórdia São Cristóvão 138 kV

    4) SE Presidente Getúlio 138 kV

    5) SE Blumenau Fortaleza 138 kV

    6) SE Florianópolis Ingleses 138 kV

    7) SE Palhoça Pinheira 138 kV

    Subestações Reformadas/Repotenciadas

    1) SE 69 kV São Cristóvão

    2) SE 138 kV Rio do Sul II

    3) SE 138 kV Lages Área Industrial

    4) SE 138 kV Trombudo Central

    5) SE 138 kV Navegantes

    6) SE 138 kV Chapecó II

    7) SE 138 kV Biguaçu Quintino Bocaiuva

    8) SE 34,5 kV Rio Negro

    9) SE 138 kV Ilha Norte

    10) SE 138 kV Itajaí Itaipava

    11) SE 138 kV Piçarras

    Novas Linhas de Distribuição de Alta Tensão:

    1) LT 138 kV Ponte Serrada – Concórdia São Cristóvão

    2) LT 138 kV Presidente Getúlio – Rio do Sul II

    3) LT 138 kV Entroncamento (Pinhalzinho – Xanxerê)

    4) LT 138 kV Entroncamento (Pinhalzinho – Quilombo)

    5) LT 138 kV Entroncamento (Gaspar – Indaial)

    6) LT 138 kV Florianópolis Ingleses – Ilha Norte

    7) LT 138 kV Camboriú – Itajaí Itaipava

    8) LT 69 kV Ermo – Turvo

  • 28 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2016

    6.1.2. Expansão do Sistema Elétrico de Média e Baixa Tensão

    O sistema elétrico de Média e Baixa Tensão recebeu investimento de R$250,4 milhões, desti-nado à construção de novos alimentadores, ampliação e melhoria das redes elétricas existen-tes em toda a área de concessão da Celesc D. No ano, tais recursos os investimentos possibi-litaram a instalação de mais 3.621 transformadores de distribuição e 17.433 postes, além de cerca de 1.000 km de redes.

    6.1.3. Automação e Novas Tecnologias

    Em 2016, a Celesc D deu continuidade aos investimentos no projeto de Automação da Distribui-ção, destacando a aquisição de uma ferramenta que visa automatizar construção de diagramas unifilares da rede de Distribuição para uso nos Centros de Operação da Distribuição – CODs.

    Outra frente importante foi a aquisição de religadores para uso nas redes de média tensão monofásicas. A Celesc D fechou o ano com 965 religadores sendo 875 trifásicos e 90 monofá-sicos e a previsão é de alcançar três mil religadores instalados na rede até 2022, com investi-mentos de R$85 milhões.

    6.1.4. Pesquisa e Desenvolvimento – P&D

    Na busca de inovações para superar os desafios tecnológicos e de mercado na área de energia elétrica, o Programa de P&D da Celesc D tem investido predominantemente no seu principal foco de negócio: a distribuição de energia elétrica. Em 2016, foram investidos R$10,58 milhões no Programa, com destaque para a implementação do projeto de instalação de eletropos-tos para o primeiro corredor elétrico de SC; o desenvolvimento de algorítmo para auxiliar na compra de energia; o desenvolvimento de ferramenta para otimização dos serviços de poda e roçada, e de chaves seccionadoras automatizadas de baixo custo para redes de distribuição.

    Por meio do programa de P&D, estão em desenvolvimento 14 projetos de pesquisas, com recursos de R$40 milhões. Também estão sendo avaliados os projetos apresentados na última chamada pública, para contratação no início de 2017 e além disso, a Celesc D está participando de três cha-madas estratégicas da ANEEL, relacionadas ao aprimoramento do setor elétrico e armazenamen-to de energia elétrica. Para as novas contratações de projetos, o foco será a geração de novos negó-cios e novas receitas para a Celesc D, visando tornar viável o processo autossustentável.

    6.1.5. Eficiência Energética

    Em 2016, foram investidos R$54,3 milhões para viabilizar ações de eficiência energética, be-neficiando principalmente comunidades de baixa renda, consumidores residenciais e indus-triais, além dos consumidores que tiveram seus projetos de eficiência energética aprovados via chamada pública. Estimativas apontam que as ações do Programa de Eficiência Energé-tica geraram, no ano, redução de aproximadamente 190.000MWh, o equivalente ao consumo mensal de 945 mil residências. Entre os projetos realizados em 2016, destaque para:

  • 29 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2016

    - Sou Legal, Tô Ligado! 2, que contemplou a substituição de 75 mil lâmpadas tradicionais por lâmpadas a LED, sendo o primeiro projeto de Eficiência Energética do Brasil a utilizar lâmpa-das LED com selo PROCEL, além da instalação de 115 sistemas de aquecimento solar de água e 8.500 sistemas de trocador de calor para chuveiro.

    - Energia do Bem, com a instalação de 5.000 sistemas de aquecimento solar de água, substi-tuição de 16.200 refrigeradores antigos por equipamentos novos com Selo Procel, instalação de 4.000 sistemas de trocador de calor para chuveiro, bem como a substituição de 187.500 lâmpadas incandescente por lâmpadas econômicas, destinado exclusivamente a consumido-res cadastrados na Celesc com o benefício da Tarifa Social de Energia.

    - Bônus Eficiente 3 – Linha Eletrodomésticos, que permitiu que consumidores residenciais tro-cassem 8.150 refrigeradores, 3.125 freezer, 3.750 aparelhos de ar condicionado e 56.250 lâm-padas com bônus de 50%.

    - Semáforos Joinville, com a substituição de 4.253 lâmpadas em 1.456 conjuntos semafóricos e economia de aproximadamente R$750 mil/ano;

    - Substituição de lâmpadas e instalação de sistema fotovoltaico nas universidades Unocha-pecó e Unisul/Palhoça; e FURB/Blumenau; a substituição de bombas e motores para eficien-tização das empresas BRF Capinzal, Trombini Embalagens e Cia. Canoinhas de Papel, além da Instalação de 1.000 sistemas de trocador de calor para fogão à lenha e substituição de 10.000 lâmpadas em residências das regiões mais frias do estado.

    Para 2017, o projeto Bônus Fotovoltaico, lançado este ano, vai subsidiar com 60% a aquisição de sistemas de fotovoltaicos de geração de energia para 1.000 consumidores residenciais de Santa Catarina. Com esse projeto a Celesc irá triplicar a quantidade de residências no esta-do que possuem sistemas de geração distribuída instaladas, por meio de fontes incentivadas (solar e eólico).

    6.2. Celesc G

    6.2.1. Ampliação da Geração Própria

    Na área de geração, foram investidos R$228,6 milhões em novas concessões, objetivando o crescimento da capacidade de geração própria. Os novos contratos foram assinados em ja-neiro e permitem à Celesc G continuar explorando, pelos próximos trinta anos, os serviços de geração das usinas Salto Weisbach, em Blumenau; Cedros e Palmeiras, em Rio dos Cedros; Garcia, em Angelina; e Bracinho, no município de Schroeder, que totalizam 63,2MW de capa-cidade instalada.

    A Celesc G aportou R$228,6 milhões à União a título de bônus da outorga e receberá, pelos serviços prestados, remuneração anual de R$68,9 milhões sendo que, a partir de 2017, po-derá vender 30% da garantia física de geração das usinas em ambiente de contratação livre.

  • 30 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2016

    6.2.2. Melhorias e Revitalização do Parque Gerador

    Em 2016 a Celesc G iniciou o processo de implantação da automação da UHE Bracinho, com investimentos de R$158 mil. O objetivo do projeto, que soma investimentos de R$3 milhões, é de reduzir o custo operacional da usina e tornar mais confiável a operação e a manutenção de suas unidades geradoras. No ano, também foi lançado edital para automação das CGHs Rio do Peixe, Piraí e São Lourenço. A execução desse contrato ocorrerá em 2017.

    Também foram investidos R$274 mil na implantação do limpa-grades na tomada d’água para a casa de força da usina Celso Ramos.

    6.2.3. Ampliação da Participação em SPEs

    Em parceria com investidores privados foram realizados investimentos para construção da PCH Garça Branca, reforço no caixa da PCH Xavantina e aumento de participação acionária na companhia Rio das Flores, totalizando R$5,5 milhões.

    No ano, a Celesc G também ampliou sua participação acionária na Companhia Energética Rio das Flores, formada pelas Pequenas Centrais Hidrelétricas Prata, Belmonte e Bandeirante, au-mentando seu capital social de 25,00% para 26,07%, contribuindo para o aumento da potên-cia instalada equivalente de 2,4MW para 2,5MW.

    Vale destacar a manutenção dos investimentos na construção da PCH Garça Branca, de 6,5MW de potência instalada. O empreendimento, localizada nos municípios de Anchieta e Guaracia-ba na região Extremo Oeste do Estado de Santa Catarina, teve início em abril de 2015 e a pre-visão de início da operação comercial da Usina é para o primeiro semestre de 2017. O orça-mento previsto da obra é de R$55 milhões, sendo que, em 2016, a Celesc G investiu R$2,45 milhões.

  • 31 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2016

    7. Desempenho Econômico-Financeiro

    O Grupo Celesc registra, no exercício findo em 31 de dezembro de 2016, Prejuízo Líquido de R$9.817 mil, que representa uma redução de 107,51% em relação ao apurado no ano de 2015, quando a Companhia alcançou Lucro Líquido de R$130.674 mil.

    O Grupo Celesc encerrou o exercício de 2016 computando Receita Operacional Bruta – ROB, de R$10.486.102 mil, volume 15,84% menor que o realizado em 2015 (R$12.459.740 mil).

    No período, a Receita Operacional Líquida – ROL apresenta redução de 13,37% em relação a 2015 (R$7.051.528 mil), fechando o exercício de 2016 em R$6.108.740 mil.

    Por meio dos indicadores econômicos, as informações consolidadas do desempenho da Com-panhia em 31 de dezembro de 2016 em relação ao mesmo período do ano anterior, são as se-guintes:

    Quadro 11 – Desempenho Econômico Financeiro

    Dados Econômico-Financeiros

    31 dedezembro

    2016

    31 dedezembro

    2015(Reapresentado) AH

    Receita Operacional Bruta – ROB 10.486.102 12.459.740 -15,84%

    Receita Operacional Líquida – ROL 6.108.740 7.051.528 -13,37%

    Resultado das Atividades 93.760 282.553 -66,82%

    EBITDA Ajustado 311.218 548.397 -43,25%

    EBITDA 329.336 541.637 -39,20%

    Margem EBITDA Ajustado (EBITDA/ROL) 5,09% 7,78% -2,68 p.p.

    Margem EBITDA (EBITDA/ROL) 5,39% 7,68% -2,29 p.p.

    Margem Líquida (LL/ROL) -0,16% 1,85% -2,01 p.p.

    Resultado Financeiro (120.313) (108.503) 10,88%

    Ativo Total 8.628.715 7.988.928 8,01%

    Imobilizado 158.495 174.856 -9,36%

    Patrimônio Líquido 2.075.843 2.224.728 -6,69%

    Lucro/Prejuízo Líquido (9.817) 130.674 -107,51%

    Fonte: DEF/DPCO

    O resultado negativo da Companhia em 2016 deve-se, principalmente, ao impacto do Reajus-te Negativo da Tarifa na Celesc D ocorrido em agosto de 2016 (efeito médio AT + BT de -4,16) e à queda do consumo de energia na área de concessão da Empresa. A Celesc D reconheceu, ainda, em seu resultado operacional, uma despesa de R$202 milhões referente aos valores de exposições contratuais involuntárias ocorridos em 2014.

  • 32 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2016

    O Resultado Financeiro Consolidado da Celesc em 2016 foi de (120.313) sendo 10,88% supe-rior a 2015 (108.503). Este acréscimo é decorrente principalmente da atualização monetária dos Passivos Financeiros, aos juros das Debêntures e a outras despesas financeiras.

    A queda do Preço de Liquidação das Diferenças – PLD no ano de 2016, alcançando uma média de R$92,40/MWh, enquanto que em 2015 a média foi de R$282,43/MWh, impactou no resulta-do da Celesc G.

    A movimentação do Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização – EBITDA/LAJIDA está detalhada a seguir:

    Quadro 12 – Conciliação Ebitda

    Conciliação do EBITDA - R$MIL

    31 dedezembro

    2016

    31 dedezembro

    2015(Reapresentado)

    Lucro Líquido (9.817) 130.674

    IRPJ e CSLL Corrente e Diferido (16.736) 43.376

    Resultado Financeiro 120.313 108.503

    Depreciação e Amortização 235.576 259.084

    (=) EBITDA 329.336 541.637

    (-) Efeitos Não Recorrentes

    Provisão Teste Impairment em Controlada 9.520 29.895

    Reversão Teste Impairment em Controlada (21.280) (12.056)

    Reversão da Provisão para Perdas do Imobilizado (6.358) (11.079)

    (=) EBITDA Ajustado por Efeitos Não Recorrentes 311.218 548.397

    Fonte: DEF/DPCO

  • 33 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2016

    8. Desempenho Social, Ambiental e Sustentabilidade

    8.1. Sustentabilidade

    A Sustentabilidade é o grande princípio do Plano Diretor Celesc 2030, que resume os obje-tivos e as metas de longo prazo estabelecidas para a administração sustentável da Compa-nhia. Seus pilares estratégicos são potenciar a geração de valor; criar valor com crescimento e transformar o Grupo por meio dos empregados. Com isso, a Sustentabilidade está focada no reforço e valorização de compromissos com Pessoas; Governança Corporativa; Responsabili-dade Socioambiental; e Gestão Pública.

    O compromisso com a Sustentabilidade está amparado em Políticas corporativas, Programa Socioambiental e Programa de Eficiência Energética e em planos de ação como o Programa de Eficiência Operacional. A Companhia também possui sua Declaração de Mudanças Climá-ticas, em que estabelece ações para promover a sustentabilidade em toda a cadeia produtiva. A adoção de medidas de eficiência energética, o uso de matérias-primas renováveis e a redu-ção na emissão de gases do efeito estufa e de resíduos poluentes estão entre os compromis-sos firmados.

    8.1.1. Reconhecimentos

    Em 2016, no período de julho a novembro, a Companhia participou do processo de seleção para o Índice de Sustentabilidade Empresarial e conquistou seu retorno à carteira do ISE da BMF&BOVESPA. A classificação reflete a evolução e compromisso de longo prazo da Compa-nhia com o desenvolvimento sustentável, decisivo para criação de valor para a sociedade e nossos acionistas.

    A nova carteira do ISE vigora de 2 de janeiro de 2017 a 5 de janeiro de 2018 e contempla 38 ações de 34 companhias. Ela representa 15 setores e soma R$1,31 trilhão em valor de merca-do, o equivalente a 52,14% do total do valor das companhias com ações negociadas na BM&-FBOVESPA, com base no fechamento de 22 de novembro de 2016.

    Em dezembro, a Celesc D conquistou duas categorias do 8o Prêmio Fritz Müller, cujo objetivo é homenagear corporações que desenvolvem ações relevantes na área ambiental. A Celesc D recebeu o prêmio nas categorias de Conservação de Insumos de Produção (energia), relacio-nada aos projetos de Eficiência Energética, e Gestão Socioambiental, voltada a ações de Res-ponsabilidade Social.

    No ano, a Companhia também foi destaque no Guia Exame de Sustentabilidade, que avalia o desempenho corporativo de empresas brasileiras considerando quatro dimensões: geral, eco-nômica, social e ambiental, com pontuação máxima de 100 pontos, em cada uma. Na dimen-são geral, a Celesc obteve nota 93,7, maior média entre as empresas da mesma categoria. Na dimensão social, a nota final foi 93,8, a maior entre todas as outras finalistas, que tiveram no-tas abaixo de 90,0.

  • 34 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2016

    A Celesc foi reconhecida, pelo Guia, como empresa que investe em soluções criativas como de-senvolver novas formas de geração de energia para as populações de baixa renda, com os pro-jetos Banho de Energia, que aproveita o calor das chaminés de fogão a lenha para aquecer água e promove economia média de 40% na conta de luz dessas residências; e o Energia do Futuro, que viabiliza a instalação de sistemas de aquecimento de água por meio de coletores de energia solar confeccionados com material descartável, no caso, embalagens tetra pak e garrafas pet.

    O conteúdo sobre Sustentabilidade no Grupo Celesc está disponível em link específico, a sa-ber: http://www.celesc.com.br/portal/index.php/celesc-holding/sustentabilidade

    8.2. Responsabilidade Social

    O Grupo Celesc mantém princípios e compromissos no sentido de ampliar a sua atuação so-cial e desenvolver processos de melhoria contínua na sua gestão. Dessa forma, a Empresa re-força e destaca os processos relativos à sustentabilidade em todos os seus aspectos.

    Em 2016, um grande destaque foi a realização do Celesc Portas Abertas, que contou com a participação de oito mil pessoas ao longo das dez horas em que foram prestados serviços de cidadania, saúde, lazer e cultura, na sede da Empresa, em Florianópolis. O SESI/SC prestou 2.790 atendimentos com exames de pressão arterial, glicemia, avaliação física, acuidade visu-al, orientação nutricional, além de oficina de grafite e atividades de recreação. Outro parceiro, o Instituto Geral de Perícias – IGP, atendeu 264 pessoas com pedido de Carteira de Identidade, concedendo 200 fotos de forma gratuita para confecção desse documento. Na organização do evento, a Celesc também contou com a parceria de OAB Cidadã, Procon/SC, SQE Luz, Funda-ção Celesc de Seguridade Social – Celos, Associação Beneficente de Empregados da Celesc/Administração Central, Núcleo de Truckeiros/CDL Florianópolis, Viva a Cidade/Feira de Orgâ-nicos e Prefeitura de Florianópolis.

    O Grupo também investe em outros projetos e ações de responsabilidade socioambiental:

    a) Energia do Futuro – Desde a implantação do projeto em 2006, foram realizadas mais de 500 oficinas e mais de 800 instalações de aquecedores solares fabricados com materiais reci-cláveis, somando mais de 240 mil garrafas pets e 240 mil caixas de leite tetra pak utilizadas na sua confecção. A iniciativa já proporcionou água quente com economia de energia para mais de 20 mil pessoas em comunidades empobrecidas. As famílias que instalaram o aquecedor solar em suas residências relataram uma redução de aproximadamente 30% no valor de sua fatura de energia elétrica.

    b) Jovem Aprendiz – É um programa permanente da Celesc D. Possui parceria com o Ministé-rio Público Estadual, que indica jovens moradores de entidades de acolhimento e casas lares que têm ingresso priorizado no projeto. De 2006, quando teve início, até o último ano, 1.141 jovens participaram do Programa pela Celesc.

    c) Celesc Voluntária – Este programa voluntariado possui iniciativas, desenvolvidas pelos empregados da Celesc, dedicadas a vários fins diversos como revitalização de creches, es-colas, asilos, comunidades terapêuticas, praças e quadras esportivas; limpeza de rios, praias e parques; plantio de árvores frutíferas e ornamentais; recuperação de mata ciliar; pintura e

  • 35 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2016

    produção de brinquedos com pneus; organização de hortas comunitárias; entre outras. Parti-ciparam dessas ações mais de 350 empregados da Celesc, somando 300 horas/ano de volun-tariado que beneficiaram cerca de 30 mil catarinenses.

    d) Campanha Contra o Trabalho Infantil – A Celesc é partícipe do Programa de Combate ao Trabalho Infantil, divulgando políticas de prevenção e incentivo à tramitação prioritária dos processos relativos ao tema.

    e) Projeto Hábito Legal – Para apresentar uma alternativa de descarte adequado à popula-ção, o projeto, organizado pela Agência Regional Videira e empresas da região, realiza a coleta de óleo de cozinha usado, providenciando a destinação adequada. Em 2016, o projeto arreca-dou 700 litros de óleo para a fabricação de sabão.

    f) Compromissos Voluntários:

    Programa na Mão Certa – Iniciativa da Childhood Brasil para enfrentamento da exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias brasileiras. A frota de veículos da Celesc possui adesivos com Disque 100, canal de denúncias exclusivo do Programa.

    Pacto Global – Iniciativa da Organização das Nações Unidas – ONU para encorajar políticas de responsabilidade social corporativa e sustentabilidade, com foco no desenvolvimento de um mercado inclusivo e sustentável. A Celesc é signatária desde 2016 e realiza suas ações e proje-tos com base em princípios do pacto: Direitos Humanos, Trabalho, Meio Ambiente e Combate à Corrupção.

    Objetivos de Desenvolvimento do Milênio – ODM – A Celesc assumiu o compromisso com o programa da ONU, que visa consolidar conceitos básicos de cidadania assim como melhorar a qualidade de vida de todos no planeta.

    Pacto Empresarial pela Integridade e Contra a Corrupção – Empresa Limpa – A Celesc D possui sua Política Anticorrupção, ferramenta para prevenir atos ilícitos em todas as opera-ções e níveis funcionais da companhia, além disso, divulga a legislação brasileira anticorrup-ção a seus funcionários e partes interessadas, a fim de que ela seja cumprida integralmente.

    InPACTO – A Celesc associou-se ao InPACTO, que pretende fortalecer e dar sustentabilidade às ações realizadas no âmbito do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo. Entre os objetivos, está a prevenção e erradicação do trabalho escravo no ambiente de negócios e suas cadeias produtivas.

    8.3. Responsabilidade Ambiental

    A integração do conceito de desenvolvimento sustentável à estratégia corporativa, a busca do melhoramento contínuo do desempenho ambiental de obras e serviços, e a oferta à socie-dade de serviços que contemplem de forma permanente as variáveis socioambientais são al-guns dos Princípios de Política Responsabilidade Socioambiental da Celesc incorporados no momento do planejamento e execução em planos e programas socioambientais, visando mi-nimizar e/ou mitigar os impactos de seus empreendimentos e atividades.

  • 36 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2016

    8.3.1. Grupo Celesc

    a) Inventário de Gases de Efeito Estufa – GEE: Anualmente a Companhia elabora o GEE, con-siderando a estrutura e forma de gestão da Companhia. Segundo as Especificações do Pro-grama Brasileiro GHG Protocol, podem ser utilizadas duas abordagens para consolidação dos limites organizacionais: controle operacional e participação societária.

    Os inventários do Grupo Celesc, com acreditação pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – Inmetro, o que rende à empresa o Selo Ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol, são realizados pela abordagem do controle operacional, o que compreende as emissões da Celesc e suas subsidiárias – Celesc G e Celesc D – por serem as empresas em que a companhia possui o controle 100% operacional e, consequentemente, a gestão sobre as fontes de emissões.

    O inventário está disponível no Registro Público de Emissões no portal:

    www.registropublicodeemissoes.com.br

    b) Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos: A Celesc, de acordo com o princípio Pre-venção de sua Política de Responsabilidade Socioambiental, possui uma Instrução Normativa com procedimentos e diretrizes para o gerenciamento de resíduos, a partir da qual foi elaborado o Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS. A normativa estabelece procedimentos que contemplam diretrizes desde a geração, passando pelo correto acondicionamento e armaze-namento temporário, até a destinação final ambientalmente adequada, por tipo de resíduo.

    Para a primeira etapa da implantação do PGRS foram adquiridos contentores para o correto acondicionamento de forma seletiva e outros equipamentos necessários para a quantificação e inventários da geração dos resíduos pela empresa. Foram também realizadas construções de espaços adequados para o armazenamento temporário de resíduos.

    Para contemplar as demais etapas do PGRS, a Celesc elaborou um edital para contratação de empresa especializada para a prestação de serviços de coleta, transporte e destinação final de resíduos classe I, IIA e IIB contemplando os 16 (dezesseis) almoxarifados das Agências Re-gionais da Celesc D, Almoxarifado Central e Administração Central com previsão do início dos serviços para fevereiro de 2017, que resultará em:

    - responsabilidade ambiental e atendimento à Política Nacional de Resíduos Sólidos;

    - quantificação e inventário dos resíduos gerados;

    - centralização do processo de contratação e gestão de contrato;

    - atividades de coleta, transporte e destinação final devidamente licenciadas.

    8.3.2. Celesc D

    8.3.2.1. Licenciamento para expansão e atendimento da Rede de DistribuiçãoNa Celesc D, a concepção de novos projetos tem se pautado pela melhoria contínua do de-sempenho socioambiental. Por isso, além do diagnóstico ambiental, o estudo contempla a identificação dos impactos sociais e econômicos que poderão ser gerados pela implantação do empreendimento. Após a identificação, são estudadas medidas para tratamento dos im-pactos ambientais e sociais, mediante a realização de ações para eliminar, minimizar e com-

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    pensar impactos negativos, consolidadas na forma de programas ambientais, que visam tam-bém assegurar a qualidade ambiental da área de influência, o monitoramento ambiental e a mitigação dos impactos negativos no entorno dos empreendimentos.

    O número de programas ambientais e suas extensões variam conforme as características de cada empreendimento como porte, abrangência e especificações técnicas. Em 2016, a Celesc D ampliou o sistema de alta tensão com a implantação de novas linhas e subestações nas ten-sões 69kV e 138kV, como visto no item Investimentos, e todas as obras estão devidamente li-cenciadas, com a realização da supervisão ambiental (execução dos programas ambientais) na fase de implantação dos empreendimentos.

    8.3.2.2. Destinação Final de Poluentes Orgânicos PersistentesEm 2016, Celesc D destinou de forma ambientalmente adequada por meio de um processo de reciclagem, 67.350 kg resíduos sólidos (transformadores e óleo mineral isolante) considera-dos contaminados com PCB (teor > 50 ppm de Bifenila Policlorada). O PCB é considerado um poluente orgânico persistente e o Brasil é signatário da Convenção de Estocolomo por meio do Decreto no 5.472/05 – Promulga o texto da Convenção de Estocolmo sobre POPs.

    Além disso, foram destinados 25.500 kg de outros resíduos sólidos contaminados. Todo o pro-cesso de execução dos serviços foi realizado por empresas devidamente licenciadas para as atividades de transporte e destinação final dos resíduos.

    8.3.2.3. Programa de Proteção de Aves na RedeAs principais atividades deste programa são a retirada de ninhos inativos de aves que apre-sentam risco potencial de acidentes com a rede elétrica de distribuição e, em seguida, a ins-talação de afastadores (inibidores) da formação de ninhos próximos aos isoladores da rede.

    O Programa de Proteção de Aves na Rede da Celesc de 2016 foi autorizado pela Fundação do Meio Ambiente – FATMA por meio da Autorização Ambiental – AuA no 28/2016. Os trabalhos de campo foram realizados no período de 08 de junho a 31 agosto de 2016, período da autoriza-ção ambiental.

    No período, foram retirados 1.091 ninhos inativos da ave de João-de-barro (Furnarius rufus), sendo 860 em rede trifásica de distribuição e 231 em rede monofásica de distribuição. Tam-bém foram instalados 2.323 afastadores, que inibem a construção de novos ninhos junto a equipamentos e estrutura da rede.

    8.3.3. Celesc G

    8.3.3.1. Execução de Programas AmbientaisEm atendimento às condicionantes das Licenças Ambientais de Operação das Usinas Pery, Cel-so Ramos e LT 138kV Pery-Curitibanos, foi contratada em 2016, empresa especializada para o auxílio e execução dos programas ambientais, tais como monitoramento de macrófitas, quali-dade da água, monitoramento da ictiofauna, controle de processos erosivos e entre outros. Re-latórios mensais e semestrais serão destinados ao órgão ambiental fiscalizador competente.

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    8.3.3.2. Gerenciamento de Resíduos SólidosA empresa possui profissional legalmente habilitado para a implantação, operacionalização e monitoramento de todas as etapas dos planos de gerenciamento de resíduos sólidos das usi-nas da Celesc G, nelas incluído o controle da disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, atendendo aos dispositivos estabelecidos na Lei Federal no 12.305/2010, a qual trata da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

    Em 2016, foram encaminhados para descarte 49,993 toneladas de resíduos entre óleo, bate-rias, equipamentos, lâmpadas e estopas, todos com certificado de destinação final adequa-da, conforme legislação ambiental pertinente. O descarte do material foi feito através de inci-neração, reciclagem ou doação.

    A Celesc G também está registrada no Sistema Eletrônico para Controle de Movimentação de Resíduos e Rejeitos – MTR, que permite rastrear o transporte de resíduos sólidos perigosos ao destino final, e utiliza materiais eficazes na contenção de óleo e seus derivados, denominada linha branca, fabricada em polipropileno e material hidrofóbico, que não absorvem água, não propagam fogo, flutuam na água e absorvem até vinte vezes o próprio peso.

    8.3.3.3. Monitoramento HidrológicoAs 25 estações de monitoramento hidrometeorológicas da Celesc G operaram regularmente durante o ano. No período, também foram executadas readequações tecnológicas em várias estações telemétricas para a transmissão dos dados via satélite em substituição ao sistema via sinal GPRS Tc65i.

    8.3.3.4. Manutenção da Estação Ecológica do BracinhoO Decreto Estadual no 22.768, de 16 de julho de 1984 autorizou a criação da Estação Ecológi-ca do Bracinho, área de 46 milhões de m², no município de Schoroeder – SC, onde situa-se a Usina Bracinho, de propriedade da Celesc G, com o objetivo de preservação da natureza e a realização de pesquisas científicas. O local preserva uma faixa de Mata Atlântica e não recebe visitação pública. Em sua área de abrangência, com relevo acidentado, há duas nascentes: os rios Bracinho e Piraí. A Celesc G é responsável por proteger a flora e a fauna do local, uma das regiões mais preservadas do norte de Santa Catarina. Outro objetivo simultâneo é a preser-vação do regime hidrológico dos rios locais, visando abastecimento regular das represas que atendem às usinas hidrelétricas da região. Toda a delimitação da área pertencente à conces-são foi realizada por meio do projeto Sistema de Informações Geográficas – SIG da Celesc G.

    8.3.3.5. Outorgas de Uso de ÁguaSegundo a Lei Federal no 9.433/1997, que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos, aproveitamentos hidrelétricos estão sujeitos à outorga pelo Poder Público, o que assegura o efetivo exercício dos direitos de acesso à água. Atualmente a empresa possui a outorga de uso da água das usinas conforme quadro a seguir:

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    Quadro 13– Portaria para Outorga do Uso da Água

    Usina Documento Validade

    PCH Pery Resolução ANA 289/2010 10/07/2017

    PCH Celso Ramos Portaria SDS 117/2015 23/03/2035

    PCH Bracinho Portaria SDS 082/2016 08/11/2046

    PCH Palmeiras Portaria SDS 071/2016 08/11/2046

    PCH Cedros Portaria SDS 072/2016 08/11/2046

    CGH Piraí Portaria SDS 0143/2016 26/07/2036

    PCH Salto Weissbach Portaria SDS 0144/2016 08/11/2046

    CGH Rio do Peixe Portaria SDS 0210/2016 11/10/2036

    PCH Caveiras Portaria SDS 0209/2016 10/07/2018

    PCH Garcia Portaria SDS 0263/2016 05/07/2046

    CGH São Lourenço Portaria SDS 0286/2016 19/12/2036

    CGH Ivo Silveira Pedido DSUST 1022 (20/05/2015) Análise Técnica junto a SDS

    Fonte: DVMN/DPEG/DGT

    8.3.3.6. Certificado do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA

    A Celesc G se encontra em conformidade com as obrigações cadastrais e de prestação de in-formações ambientais a respeito das atividades desenvolvidas sob o controle e fiscalização do IBAMA, por meio do Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras e Utilizadoras de Recursos Ambientais.

    8.4. Gestão de Pessoas

    Valorização das Pessoas, Ética e Segurança estão entre os valores corporativos do Grupo Celesc. Em atendimento a esses valores, são desenvolvidos diversos programas e projetos na área de Gestão de Pessoas, nos quais se destacam o compromisso com a capacitação de pessoas: a pro-moção da inclusão e valorização da diversidade; a prevenção de acidentes e adoecimentos dos trabalhadores; a prevenção de doenças ocupacionais; assistência à reeducação e readaptação profissional; vacinação contra a gripe; alimentação saudável; prevenção e tratamento das de-pendências químicas; apoio terapêutico; orientações para perspectivas após a aposentadoria.

    8.4.1. Capacitação Profissional

    Em 2016, a Celesc D somou mais de 13.200 participações de seus empregados em treinamen-tos internos e externos. O número total de horas/aula de treinamento ficou acima de 118 mil horas, com investimento de R$2,8 milhões em capacitação. As ações desenvolvidas são de ca-ráter empresarial, mas interferem positivamente nas questões comportamentais.

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    A Celesc D também investiu em 2016 em auxílio-educação aos seus empregados, reembolsan-do entre 75% e 100% dos valores gastos com formação escolar (ensino médio, médio-técnico, graduação, pós-graduação), como forma de incentivar a continuidade dos estudos estimulan-do a profissionalização e o aperfeiçoamento pessoal.

    Dentre os destaques das ações de capacitação, podemos citar o Programa de Desenvolvimen-to Gerencial – PDG, que é uma das ações estratégicas de Gestão de Pessoas, visando à amplia-ção e fortalecimento das competências internas do quadro gerencial da Celesc e tem como objetivo o desenvolvimento de uma visão gerencial estratégica e inovadora.

    Ainda foram customizados quatro cursos específicos para a Celesc D, na plataforma à Distân-cia, sendo eles: Avaliação de Desempenho, Prorrogação da Concessão, Política de Consequ-ências e Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

    Em continuidade ao Programa Individual de Desenvolvimento – PID, foram trabalhadas 4 (quatro) competências tendo 138 (centro e trinta e oito) participações. O Departamento de Gestão de Pessoas/Divisão de Conhecimento e Desenvolvimento – DPGP/DVCD também dis-ponibilizou vivencial com jogos, Encontro de áreas técnicas e administrativas, cursos exter-nos, treinamento para participação no Rodeio Nacional de Eletricistas, entre outros.

    Na área técnica, pode-se destacar: a realização dos Cursos de Eletricistas para Técnicos e En-genheiros, Curso para Operador do Sistema de Distribuição, Curso para Fiscais de Obras, Cur-so de Multiplicadores para Construção de Rede Compacta e Multiplexada de Baixa Tensão, além dos Cursos sobre NR-35(trabalho em altura) e NR-33 (espaço confinado) em todo o esta-do. Também foi iniciado o processo de Reciclagem para Eletricistas Multitarefas.

    8.4.2. Segurança no Trabalho

    Em relação à segurança do trabalho a Celesc promove o cumprimento do disposto na legisla-ção, em especial às Normas Regulamentadoras. Em relação à NR 10 – trabalhos em eletricida-de, existe um Comitê Permanente para tratar da aplicação desta norma, tratando atualmente da questão dos procedimentos operacionais.

    Em 2016 a empresa iniciou os estudos para dar início ao processo de implantação de um sis-tema de gestão baseado na Norma OHSAS 18001, com adequação de sua política e planeja-mento de ações. Em relação às empresas contratadas, foi realizado um encontro com os pro-fissionais de segurança destas empresas, repassando as principais diretrizes da empresa, jun-to com a entrega do manual de segurança para as empresas contratadas, a ser distribuído aos empregados. Foi iniciada uma campanha a ser desenvolvida em 2017 para efetiva conscien-tização das empresas que prestam serviço para a Celesc. Foi realizado em 2016 o Seminário de Segurança do Trabalho para elaboração do Plano de Ação da empresa, com a participação de avaliadores de segurança, representando 16 (dezesseis) Agências Regionais da Celesc D.

    A partir de 2016 iniciou-se um processo efetivo do Conselho de Administração frente à segu-rança do trabalho, que estabelece a apresentação na reunião mensal deste Conselho dos da-dos relativos a estatística de acidentes e ações realizadas visando a prevenção de acidentes. Visando a participação junto a setores externos a Celesc, possui representantes nas reuni-ões do Trabalho Seguro – Justiça do Trabalho; Fórum de Segurança e Saúde do Trabalhador

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    (FSST/SC) – MPT; GT Quedas – Rede Vida Florianópolis e no Comitê Brasileiro (CB 32) – ABNT – Equipamento de proteção Segurança.

    8.4.3. Gestão de Verbas Variáveis

    Resultado de mais uma iniciativa do Programa de Eficiência Operacional, a de número 56, as ações para a redução dos custos e controle da exposição dos empregados a jornadas ex-traordinár