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RELATÓRIO ANUAL DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL RSA

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RELATÓRIO ANUAL DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL – RSA

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Mensagem do Presidente

O ano de 2015 foi marcado por importantes desafios e conquistas para a CELG GT, em especial

pelo aspecto da consolidação de nossa estratégia de expansão e estruturação da Companhia,

inclusive em termos de pessoal e infraestrutura, não obstante a instabilidade vivenciada pelo

setor elétrico, bem como a economia e política nacional.

Dentre as conquistas, ressaltamos o progresso dos encaminhamentos dos projetos de

investimentos assumidos corporativamente ou em sociedade, bem como o sucesso no Leilão de

Geração, em que a CELG GT arrematou o Lote A – Usina de Rochedo, a qual foi construída,

operada e mantida pela CELG GT desde a década de 50, possuindo assim um valor histórico

para a Companhia.

Arrematamos também, o Lote K no Leilão 001/2015, o que somente foi possível pelo preço

viabilizado pelo fornecedor que, em conjunto com a estratégia e sinergia com nosso negócio,

permitiu o deságio de 13,58%. O Lote K representa um reforço estratégico em nível nacional,

pois irá possibilitar a maior integração energética das grandes usinas que estão sendo

construídas no norte, com outras regiões do País. Além deste lote, arrematamos também no

segmento de transmissão, via Consórcio Firminópolis Transmissão, o Lote L, no Leilão

005/2015. O Lote L é responsável pela implantação de uma LT 230 kV, que aumentará muito

a confiabilidade do suprimento energético para a região Oeste do Estado de Goiás.

Esperamos em 2016, a homologação do Laudo de Avaliação para Indenização de RBSE, a

definição dos critérios e início do recebimento desta rubrica. Isso será imprescindível para a

realização de novos investimentos, inclusive no que tange à participação da CELG GT nos

Leilões de Transmissão e de Geração.

De outro lado, seguimos com os projetos de estruturação da CELG GT. Destaque para a área

de Tecnologia da Informação, Centro de Operação da Transmissão, Recursos Humanos e

construção de uma nova sede para a companhia.

Goiânia, xx de xxx de 2016.

José Fernando Navarrete Pena

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A CELG GT atua nos segmentos de geração e transmissão de energia elétrica. A empresa foi

criada a partir da desverticalização imposta ao setor elétrico. Inicialmente, a Geração e a

Transmissão integravam os negócios da Companhia Energética do Estado de Goiás – CELG,

que contava também com o segmento de Distribuição, cujas atividades iniciaram em agosto de

1955.

A CELG GT renovou o Contrato de Concessão 063/2001, através do Segundo Termo Aditivo

firmado em 04 de dezembro de 2012 e, através da participação nos Leilões 004/2014 e

001/2015, firmou ainda, no segmento de transmissão, os Contratos de Concessão 003/2015 e

004/2016. No segmento de Geração venceu o lote A do Leilão 012/2015, e, em consequência,

o Contrato 002/2016, os quais constam resumidos na tabela abaixo:

Tabela 1 – Contratos de Concessão da CELG GT em Dezembro/2015

Leilão Lote Data

Leilão Segmento

Contrato de

Concessão Descrição

Receita

Estabelecida em

Contrato

Instalações Existentes

alcançadas pela MP 579/2012 Transmissão

CONTRATO

063/2001

12 Subestações e 725 km de

Linhas de Transmissão no

Estado de Goiás

R$ 16.468.803,68

004/2014 F 18/11/2014 Transmissão CONTRATO

003/2015

– LT 230 kV Itumbiara -

Paranaíba - C2. R$ 1.640.000,00

001/2015 K 26/08/2015 Transmissão CONTRATO

004/2016

– SE 500 kV Luziânia -

Compensador Estático 500 kV -

(-150/+300) Mvar.

R$ 17.849.000,00

012/2015 A 25/11/2015 Geração CONTRATO

002/2016

PCH Rochedo R$ 5.006.000,00

Atualmente, a CELG GT possui participação acionária em duas Sociedades de Propósito

Específico – SPE na área de Geração (Energética Corumbá III e Energética Fazenda Velha),

além de participar de mais de 20 projetos de usinas hidrelétricas (UHEs e PCHs) em andamento.

Participa, ainda, de quatro SPEs no segmento de Transmissão (Vale do São Bartolomeu,

Pantanal Transmissão, Lago Azul Transmissão e Firminópolis Transmissão), como pode se

observar na representação da estrutura societária da CELG GT em dezembro/2015:

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A CELG GT possui uma estrutura enxuta e conta com diretrizes focadas na sustentabilidade e

expansão dos negócios de forma segura e consolidada, com ênfase na valorização e promoção

da excelência dos profissionais e processos, bem como o respeito ao meio ambiente.

Para concretizar a expansão dos negócios, a Companhia tem participado de leilões nos

segmentos de Geração e Transmissão, optando estrategicamente por participar sozinha,

corporativamente, ou através de parcerias com a formação de Sociedades de Propósito

Específico – SPEs. Além dos Leilões, atua na gestão da carteira de investimentos no segmento

de geração e avalia, quando surgem oportunidades, novos negócios.

Adota um modelo de negócios pautado na maximização de resultados envolvendo todos os

recursos disponíveis, tanto os que integram os objetos de concessões quanto aqueles de

propriedade da concessionária, mas não vinculados à concessão, buscando o redirecionamento

dos referidos recursos para novos investimentos no setor elétrico.

O alicerce para tal é a transparência dos negócios, incentivo à conduta ética em todos os níveis

na empresa e valorização dos talentos, focando o desenvolvimento de lideranças, incentivando

e viabilizando treinamentos para colaboradores, implementando iniciativas para gestão do

conhecimento, mantendo sempre o respeito e valorização dos demais stakeholders, inclusive

aos que emitem normas ao setor elétrico. Para tanto, os referenciais estratégicos da Companhia

são:

ELETROBRÁS

0,0701%

ESTADO DE GOIÁS

99,7029%

CELG GT

ENERGÉTICA CORUMBÁ III

37,5%

VALE DO SÃO BARTOLOMEU

TRANSMISSORA10,0%

PANTANALTRANSMISSÃO

49,0%

LAGO AZUL TRANSMISSÃO

50,1%

ENERGÉTICA FAZENDA VELHA

20,0%

CONSÓRCIO FIRMINÓPOLIS

49,0%

CELGPAR

100%

OUTROS

0,2270%

Figura 1 - COMPOSIÇÃO SOCIETÁRIA CELG GT

Visão

Ser uma empresa de excelência nos negócios de geração e

transmissão de energia elétrica.

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VALORES

A CELG GT adota como premissa fundamental para o bom desempenho, o diálogo com todas

as partes relacionadas, seja com empregados, clientes, fornecedores, acionistas, órgãos de

fiscalização e controle, comunidade e demais instituições, que de uma forma ou de outra se

relacionam com a empresa.

A companhia se encontra em processo de aperfeiçoamento dos canais de comunicação, cujo

objetivo é cada vez mais, facilitar e encurtar caminhos. Atualmente, uma grande vantagem para

os gestores e também stakeholders, é a facilidade e agilidade no contato direto com

representantes da Companhia.

Consta na Tabela 2 as principais partes que se relacionam com a Companhia:

Profissionalismo e comportamento

ético

Responsabilidade social e respeito ao

ambiente

Busca permanente da excelência

Confiabilidade junto a todas as partes

interessadas

Segurança e qualidade de vida

no trabalho

Missão

Atuar de forma empreendedora e inovadora nas áreas de

geração, comercialização e transmissão de energia,

promovendo o desenvolvimento sustentável.

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Tabela 2 - Relacionamentos da CELG GT na Sociedade

PARTES

INTERESSADAS DETALHAMENTO CANAIS DE COMUNICAÇÃO

Acionistas e Investidores A CELG GT é subsidiária integral da

CELGPAR

Assembleias Ordinárias e

Extraordinárias

Clientes

414 geradoras/transmissoras

56 distribuidoras

103 Consumidores livres

Site CELG GT, endereços

eletrônicos e presenciais além dos

canais de telecomunicação.

Fornecedores

136 fornecedores, envolvendo

prestadores de serviços contínuos,

fornecedores de materiais e outros.

Site CELG GT, endereços

eletrônicos e presenciais além dos

canais de telecomunicação.

Empregados,

Colaboradores,

Estagiários, Parceiros

143 empregados;

18 Estagiários;

5 menores do Programa Jovem

Cidadão Aprendiz;

181 colaboradores vinculados a

Empresas Prestadoras de Serviços;

Stiueg (Sindicato dos Trabalhadores

nas Indústrias Urbanas no Estado de

Goiás);

Site CELG GT, endereços

eletrônicos e presenciais além dos

canais de telecomunicação.

Órgãos e Programas

públicos

ANEEL (Agência Nacional de

Energia Elétrica);

EPE (Empresa de Pesquisa

Energética);

MME (Ministério de Minas e Energia)

ANA;

IBAMA;

ONS;

CGE (Controladoria Geral do Estado);

TCE (Tribunal de Contas do Estado);

SEGPLAN (Secretaria de Estado de

Gestão e Planejamento);

SECIMA (Secretaria de Meio

Ambiente, Recursos Hídricos,

Infraestrutura, Cidades e Assuntos

Metropolitanos)

Prefeituras Municipais

Site CELG GT, endereços

eletrônicos e presenciais além dos

canais de telecomunicação.

Organizações Sociais,

Ambientais e

Comunidades

Comitês de Bacias Hidrográfica do

Estado de Goiás;

Conselho Estadual de Recursos

Hídricos;

Comitê Brasileiro de Grandes

Barragens;

Associação Brasileira de Recursos

Hídricos;

Associação Brasileira das Empresas

de Transmissão de Energia Elétrica

Site CELG GT, endereços

eletrônicos e presenciais além dos

canais de telecomunicação.

A CELG GT encontra-se em processo de retomada de investimentos e expansão dos negócios

de geração e transmissão, depois de aproximadamente duas décadas sem foco nos referidos

negócios já que, enquanto empresa integrada (que envolvia as atividades de distribuição,

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transmissão e geração), registrou-se um direcionamento maior de esforços para a distribuição,

o que será melhor detalhado no item específico sobre investimentos.

Em termos gerais, seguem informações que refletem a atuação da CELG GT no encerramento

do exercício de 2015:

Indicadores Operacionais e de Produtividade

Dados Técnicos Ano 2015 Ano 2014 Ano 2013

Nº De Localidade Atendida (municípios) De forma indireta todos os Municípios de Goiás ao

atender CELG Distribuição e CHESP

Nº De Empregados Próprios 143 92 92

Nº Empregados Terceirizados 181 60 84

Energia Gerada MWh 81.044,94 78.068,70 77.383,61

Subestações (em unidades) 12 12 12

Capacidade Instalada (MVA) 2.711,6 2.611,6 2.386,6

Linhas de Transmissão (em km) 725,04 725,04 723,2

Venda de energia por capacidade instalada

(GWh/MVA*Nº horas/ano) 44.372,102 42.742,613 42.367,526

Para os próximos três anos, após serem implantados os objetos dos contratos de concessões

e/ou Reforços, em termos de Capacidade Instalada MVA a Companhia adicionará ao seu

portfólio mais 1.906MVA e, em sociedade, mais 1.020MVA, o que representará um

crescimento de 70% corporativamente e, mais 38% em sociedade.

Em termos de Linhas de Transmissão, o que já consta contratado, representará um acréscimo

de 11km, implicando em um crescimento de 2% deste tipo de ativo, e, em sociedade, serão

acrescidos ao sistema 327km, o que representa 45% da extensão de linha de transmissão gerida

pela CELG GT.

Hoje, a empresa opera e mantém ativos de geração que totalizam 16MW de potência instalada

e, em sociedade, 94,6MW. Está em fase final a construção da PCH Fazenda Velha, cuja

capacidade instalada será de 16,5MW, sociedade em que a CELG GT possui 20% de

participação, o que representará um acréscimo de 17% nos investimentos em sociedade.

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A CELG GT é uma empresa de economia mista, subsidiária integral da CELGPAR, que possui

como principal acionista, o Estado de Goiás, com participação de 99,7%, seguido pela

Eletrobrás (0,07%) e outros (0,23%).

Em primeira instância, as deliberações na CELG GT são tomadas pela Diretoria e, em

consonância com condições estatutárias e especificidade de cada tema, por exemplo,

movimentações patrimoniais superiores a 5% do capital social, deliberados em Assembleia

Geral de acionista única, ou seja, pela diretoria da CELGPAR. A instalação de Conselho Fiscal

depende da deliberação da Assembleia Geral.

A diretoria da CELG GT é composta por:

Diretor-Presidente: José Fernando Navarrete Pena

Diretor Vice-Presidente: Braulio Afonso Morais

Diretor Técnico e Comercial: Augusto Francisco da Silva

Segue quadro informativo de remuneração da diretoria da CELG GT:

REMUNERAÇÃO DIRETORIA EXECUTIVA 2015 2014 2013

N° DE MEMBROS 3 3 3

REMUNERAÇÃO FIXA ANUAL (R$ MIL) 1.528,02 1.356,39 1.251,36

SALÁRIO OU PRÓ-LABORE (R$ MIL) 1.490,00 1.490,00 1.490,00

BENEFÍCIOS DIRETO OU INDIRETO (R$ MIL) 38,01 38,01 38,01

A CELGPAR é uma Companhia de capital aberto, registrada na Bovespa, sujeita aos

regramentos, inclusive, da Comissão de Valores Mobiliários. Os níveis de Governança da

Companhia são: Diretoria, Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Assembleia e, da

mesma forma, obedecem condições estabelecidas em estatuto. Veja composição de Diretoria,

Conselho de Administração e Conselho Fiscal:

Composição da Diretoria da CELGPAR

José Fernando Navarrete Pena

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Elie Issa El Chidiac

Braulio Afonso Morais

Composição do Conselho de Administração da CELGPAR

Simão Cirineu Dias (Presidente)

José Fernando Navarrete Pena

Ana Carla Abrão Costa

Nion Albernaz

Elie Issa El Chidiac

Ademir Ismerim Medina

Alladio Teixeira Alvares Neto

Wagner Alves Vilela Junior

Paulo Fernando Monteiro de Queiroz

Composição do Conselho Fiscal da CELGPAR

Ênio Pascoal (titular)

José Taveira Rocha (titular)

Rene Pompeu de Pina (titular)

José Sóter Arantes de Faria (titular)

Luiz Eduardo dos Santos Monteiro (titular)

Divino Fernandes dos Reis (Suplente)

Eduardo Pimentel Santos (Suplente)

Gesmar José Vieira (Suplente)

Marcelo Castro Lippi (Suplente)

Por sua vez, as diretrizes para a CELGPAR são instituídas pela Secretaria de Meio Ambiente,

Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos – SECIMA.

Tanto a CELG GT, quanto a CELGPAR e também a SECIMA, à qual, indiretamente, a CELG

GT está subordinada, estão submetidas à prestação de contas aos órgãos de controle e

fiscalização em nível estadual, tais como: Controladoria do Estado de Goiás, Tribunal de Contas

do Estado de Goiás e Ministério Público do Estado de Goiás.

Em síntese, segue esboço da estrutura de Governança da CELG GT e das instituições a que

direta ou indiretamente está subordinada, bem como às entidades fiscalizadoras ou a que se

deve prestar contas:

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A CELG GT mantém um esforço contínuo no que se refere ao aperfeiçoamento da

transparência. Para tanto, vem aprimorando disponibilidade de informações em seu site.

Ademais, adota medidas estratégicas no que refere ao gerenciamento, controle e monitoramento

dos riscos, de forma que, além do Código de Ética divulgado entre os empregados, diretoria e

assessores, encontra-se em fase de elaboração Termo de Referência para a contratação de

empresa especializada, com vistas à reestruturação organizacional e mapeamento de riscos.

A empresa conta com um quadro qualificado de empregados e colaboradores, com 143 pessoas,

se fazendo necessário, novas convocações do Quadro de Reservas do Concurso realizado e/ou

promoção de novos concursos para contratação de mais empregados, visando suprir a

necessidade de pessoal para o adequado atendimento às demandas atuais.

O cenário econômico no ano de 2015 foi bastante conturbado, tendo a economia brasileira

apresentado resultados poucos satisfatórios. Por exemplo, o crescimento da atividade

econômica mensurado pelo PIB sofreu retração de 3,8% em relação a 2014 como consequência

da deterioração de inflação, juros, crédito, renda e emprego, fiscal e política ao longo do ano.

CELG GT

• Deliberações: ASSEMBLEIA GERAL E CONSELHO FISCAL QUANDO INSTALADO

• Controle/Fiscalização Externos: PRESTAÇÃO DE CONTAS/CONTROLES EXTERNOS (CGE, TCE E MPE)

CELGPAR

Deliberações:

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, CONSELHO FISCAL E ASSEMBLEIAS GERAIS

Controle/Fiscalização Externos: PRESTAÇÃO DE CONTAS/CONTROLES EXTERNOS (CGE, TCE E MPE)

SECIMA

Deliberações: Governo do Estato de Goiás

Controle/Fiscalização Externos: PRESTAÇÃO DE CONTAS/CONTROLES EXTERNOS (CGE, TCE E MPE)

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O índice oficial da inflação demonstrou resiliência durante todo o ano de 2015, fechando em

10,67% e descumprindo a meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. Aponta-se

como fatores que influenciaram esta trajetória da inflação, de ordem interna, os preços

administrados, entre os quais energia e petróleo, que foram flexibilizados para expressar maior

realismo econômico de seus preços. Os fatores externos, em decorrência do fortalecimento do

dólar e a recorrente sinalização de aumento da taxa de juros pelo FED, com a posterior elevação

da taxa básica para 0,5%, afetaram a desvalorização do real que, por sua vez, pressionou a

inflação.

Diante desta perspectiva de inflação, a execução de política monetária ao longo de 2015 foi de

aumentar gradualmente a taxa de juros SELIC, sendo o último registro do COPOM igual ao

percentual de 14,15%, sendo que o propósito dos aumentos foi no sentido de arrefecer a pressão

inflacionária.

Como efeitos deste aumento da taxa básica de juros da economia, as operações de crédito

tornaram-se mais onerosas em decorrência da migração de recursos financeiros para os títulos

da dívida pública. Por conseguinte, os níveis de investimento e consumo sofreram retração e

afetaram o nível de atividade econômica que, por sua vez, registrou aumento na taxa de

desemprego em 6,8%.

Quanto ao comportamento de Bancos fomentadores do desenvolvimento, caso do BNDES,

verifica-se que o custo básico para financiamentos (TJLP) subiu de 5% para 7%, tendo em vista

a diretriz da equipe econômica em reduzir os subsídios do governo. Destarte, o Governo Federal

comprimiu os projetos de financiamento em infraestrutura, visando reequilibrar as contas

públicas.

Observou-se ainda, alterações no regramento para os Leilões de Contratação de Concessões de

Usinas Hidrelétricas em Regime de Alocação de Cotas de Garantia Física e Potência, alteração

esta, proposta na MP 688/2015, posteriormente convertida na Lei 13.203/2015, que tratou

também da repactuação do risco hidrológico de geração de energia elétrica, ocorrido em 2015

e instituiu a bonificação pela outorga para as usinas cuja concessão não havia sido renovada em

Janeiro de 2013.

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Ademais, os Leilões de Transmissão também sofreram alguns ajustes, em que o Regulador

buscou melhorar a atratividade dos empreendimentos a partir da ampliação dos prazos para

entrada em operação das instalações, com alteração dos parâmetros do custo de capital para fins

de definição da Receita Anual Permitida. Tais providências ainda não se mostraram suficientes

para atrair agentes investidores, visando o cumprimento do planejamento energético de longo

prazo, o que restou evidenciado diante da ausência de propostas para 63% dos lotes leiloados

no ano de 2015.

Embora o cenário vigente seja pouco favorável, a CELG GT conseguiu fluir a sua atividade fim

e obteve aumento do seu nível de receita operacional, passando de R$ 60.119 mil em 2014, para

R$ 68.781 mil em 2015, como pode ser visualizado na Demonstração do Valor Adicionado

(DVA) na tabela abaixo:

Em

milhares

de reais

2015

Em

milhares

de reais

2014

1 – RECEITAS 68.781 60.119

1.1) Vendas de mercadorias, produtos e serviços 56.289 46.004

1.2) Outras receitas - 688

1.3) Receitas relativas à construção de ativos próprios 12.514 13.404

1.4) Provisão para créditos de liquidação duvidosa – Reversão /

(Constituição) (22) 23

2 - INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS

(inclui os valores dos impostos – ICMS, IPI, PIS e Cofins) (25.497) (28.241)

2.1) Custos dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos

2.2) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (20.423) (25.848)

2.3) Perda/Recuperação de valores ativos (3.660) -

2.4) Outros custos operacionais (1.414) (2.393)

3 - VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2) 43.284 31.878

4 - DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO (3.286) (3.463)

5 - VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA

ENTIDADE (3-4) 39.998 28.415

6 - VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA 29.338 17.423

6.1) Resultado de equivalência patrimonial 45 1.331

6.2) Receitas financeiras 29.118 15.861

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Em

milhares

de reais

2015

Em

milhares

de reais

2014

6.3) Receita de dividendos e aluguéis 175 231

7 - VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5+6) 69.336 45.838

8 - DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 69.336 45.838

8.1) Pessoal 24.743 20.786

8.1.1 – Remuneração direta 19.214 13.994

8.1.2 – Benefícios 4.050 4.739

8.1.3 – F.G.T.S 1.479 2.053

8.2) Impostos, taxas e contribuições 26.585 14.714

8.2.1 – Federais 25.639 14.597

8.2.2 – Estaduais 20 94

8.2.3 – Municipais 926 23

8.3) Remuneração de capitais de terceiros 1.774 12.836

8.3.1 – Juros 1.732 12.792

8.3.2 – Aluguéis - -

8.3.3 – Outras 42 44

8.4) Remuneração de Capitais Próprios 16.234 (2.498)

8.4.1 – Juros sobre o Capital Próprio

8.4.2 – Dividendos

8.4.3 – Lucros retidos / Prejuízo do exercício 16.234 (2.498)

8.4.4 – Participação dos não-controladores nos lucros retidos (só p/

consolidação)

O dispêndio referente aos materiais, energia, serviços de terceiros e outros, diminuíram 21%,

passando de R$ 25.848 mil em 2014 para R$ 20.423 mil em 2015, o que contribuiu

decisivamente para menores valores pagos aos insumos adquiridos de terceiros, de R$

28.241mil em 2014 para R$ 25.497 mil no ano de 2015.

Em relação ao Valor Adicionado Recebido em Transferência, a conta Receita Financeira

registrou R$ 29.338 mil no ano de 2015 vis-à-vis o montante de R$ 15.861 mil em 2014.

Ademais, em relação à distribuição de riqueza gerada pela empresa observa-se aumento de 19%

da distribuição para Pessoal, passando de R$ 20.786 mil em 2014, para R$ 24.743 mil em 2015,

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o que se deve principalmente ao aumento de 55% no número de empregados da Companhia,

saltando de 92 para 143 ao longo do ano de 2015.

Ainda em relação à Distribuição do Valor Adicionado observa-se um acréscimo expressivo, da

ordem de 81% na rubrica Impostos, Taxas e Contribuições que passou de R$ 14.714 mil no ano

de 2014, para R$ 26.585 mil em 2015. Já em termos de Remuneração de Capitais de Terceiros

registrou-se uma redução de R$ 12.836 mil, para R$ 1.774 mil no ano de 2015.

Por fim, houve uma inversão da Remuneração de Capitais Próprios, registrando-se em 2015

lucro retidos no montante de R$ 16.237 mil no ano de 2015, frente ao prejuízo do exercício de

2.498 mil em 2014.

Em 2015, a CELG GT investiu no sistema de Transmissão R$ 12,514 milhões, ante R$ 13,404

milhões no ano de 2014.

Investimentos 2015

Mil R$ 2014

Mil R$ Variação

%

Expansão e Reforços na Transmissão 12.514 13.404 6,64%

Modernização e melhorias nas Instalações de Geração - - -

Para os próximos anos, em decorrência de novos Contratos de Concessão e Resoluções

Autorizativas, a Companhia deverá investir no sistema de transmissão mais de R$ 270 milhões,

conforme exposto abaixo:

REA ou Contrato de

Concessão Subestações/Linhas de Transmissão

Valor Investimento

Previsto

REA 4891/2014

SE ANHANGUERA, SE PALMEIRAS, SE

XAVANTES e SE PARANAÍBA R$ 48.446.978,00

REA 5444/2015

SE ANHANGUERA, SE PLANALTO e SE

FIRMINÓPOLIS R$ 79.285.014,03

REA 3170/2011 SE CARAJÁS R$ 4.472.993,07

REA 4417/2013 SE GOIÂNIA LESTE R$ 9.654.090,21

REA 3217/2011 SE ITAPACI e SE PIRINEUS R$ 18.601.414,22

REA 3914/2013 SE ITAPACI R$ 5.188.137,11

CONTRATO 004/2016 SE LUZIANIA R$ 87.788.393,08

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CONTRATO 003/2015 LT ITUMBIARA - PARANAÍBA, EM 230kV R$ 17.296.517,20

TOTAL R$ 270.733.536,92

Em sociedade a CELG GT participa de quatro concessões de transmissão, cujo valor total de

investimentos previsto é da ordem de aproximadamente R$ 423 milhões, conforme

Empreendimento Descrição Empreendimento Investimento

Previsto (mil R$)

Participação CELG GT

SPE São Bartolomeu

LT 500 kV Brasília Leste - Luziânia - C1 e C2;

SE Brasília Leste 500/138 kV -

(6+1)X180MVA; LT 230 kV Brasília Geral -

Brasília Sul - C3 (subterrânea);LT 345 kV

Brasília Sul - Samambaia - C3

275.758 10%

SPE Pantanal SE Campo Grande II 230/138 kV, 2x150 MVA 55.251 49%

SPE Lago Azul LT 230 kV Barro Alto - Itapaci, C2 (70km) 34.687 50,1%

SPE Firminópolis LT 230kV Trindade – Firminópolis( 88km) 57.171 49,0%

TOTAL 422.868.333

No segmento de Geração a CELG GT possui participação em duas sociedades, Energética

Corumbá III, a qual já se encontra em operação desde 2009 e na Energética Fazenda Velha,

com previsão de início de operação para 2016:

Empreendimento Descrição Empreendimento Investimento

Previsto (mil R$)

Participação CELG GT

PCH Fazenda Velha

PCH no Município de Jataí com Capacidade Instalada de 16,5 MW e Garantia Física

8,9MWmed 70.460 20,0%

Além da participação nos empreendimentos acima, a CELG GT participa, através de consórcio

ou sociedade, em estudos de outros 27 projetos de geração, os quais somam investimentos

previstos da ordem de R$ 4 bilhões e 722 MW de potência instalada.

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Consta a seguir, o quadro resumo dos projetos de geração hidroelétricas em estudo, com

capacidade instalada prevista superior a 50MW, cujo investimento total estimado é da ordem

de R$ 2,47 bilhões:

QUADRO RESUMO DAS PARCERIAS EM NOVOS ATIVOS DE GERAÇÃO

ESTUDOS DE VIABILIDADE DE UHEs > 50MW

USINAS RIO ESTADO

Potência

Prevista

(MW)

Potência

Proporcional

Prevista

MW

Participação

CELG GT

São Domingos *

PARANÃ

TO 48 12 25%

Nova Roma * GO 45 11,25 25%

Paranã TO 90 22,5 25%

Foz do Atalaia * GO 42 10,5 25%

Arraias *

PALMA

TO 70 13,3 19%

Barra Do Palma* TO 85 16,15 19%

TOTAL 380 85,7

* Estudos em fase de reavaliação da Potência

A preços de dezembro de 2015, para empreender os projetos com capacidade instalada prevista

inferior a 50MW, o investimento total estimado é da ordem de R$ 2,17 bilhões, cujos projetos

constam no quadro abaixo:

QUADRO RESUMO DOS PROJETOS BASICOS COM ACEITE DA ANEEL < 50MW

USINAS RIO ESTADO Potência

(MW)

Potência

Proporcional

Prevista

MW

Participação

CELG GT

PCH Mota

Meia Ponte

GO 26 2,6 9,9%

PCH Chapéu GO 27 2,7 9,9%

PCH Aloândia GO 19 1,9 9,9%

PCH Cach. do Meia

Ponte GO 29 2,9 9,9%

PCH Meia Ponte GO 22 2,2 9,9%

PCH Campo Limpo GO 25,5 2,5 9,9%

PCH Sta. Rosa 2 GO 26 2,6 9,9%

UHE Érico B.

Freitas

Rio Claro

(Paranaíba) GO 39,5 7,9 20%

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UHE Salto Duran GO 39,5 7,9 20%

PCH Ari Franco GO 26,5 5,3 20%

PCH Pontas GO 18 3,6 20%

PCH Boa Vista

Rio

Mosquito

GO/TO 5,1 1,5 30%

São Bartolomeu GO/TO 6 1,8 30%

Toco Preto GO/TO 6 1,8 30%

Mosquito GO/TO 6,4 1,9 30%

PCH SaLto Rio

Piracanjuba GO 21 4,2 20%

PCH Caldeirão

Rio Claro

(Araguaia)

GO 9,5 0,9 9,9%

PCH Esmeril. GO 14,2 1,4 9,9%

PCH Israelandia. GO 11,5 1,1 9,9%

PCH T Campo. GO 17,9 1,8 9,9%

PCH Matrinchã GO 23,0 2,3 9,9%

TOTAL 342,5 60,8

A CELG GT adota uma política voltada para o adequado atendimento do público afetado pelas

atividades da empresa, nos ambientes interno e externo, ao mesmo tempo busca desenvolver,

dentro de suas limitações, atividades sociais voltadas para a comunidade onde atua. São

demonstrados a seguir os riscos sociais, impactos econômicos relacionados às ações, bem como

a criação de valor direto com esses públicos.

A companhia tem incorporado em sua gestão práticas socialmente responsáveis, levando em

consideração a heterogeneidade do público interno, desenvolvendo o estreitamento de suas

relações com os empregados, de forma a permitir diálogo e participação. Indicamos a seguir,

de forma quantitativa e qualitativa, os compromissos com a saúde, segurança, desenvolvimento

pessoal e profissional, incentivos à inovação e criatividade, e igualdade de oportunidades sem

discriminações, de forma a possibilitar qualidade de vida aos empregados. Estão destacadas as

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políticas sobre questões de remuneração, benefícios, carreira e empregabilidade,

comportamento frente as demissões e preparação para a aposentadoria:

Empregados e colaboradores

a) Informações Gerais:

Estão relacionados a seguir, o perfil dos empregados e demais colaboradores

(estagiários, aprendizes, terceirizados) – cargos ocupados, sexo, escolaridade,

portadores de necessidades especiais, distribuição por localidade e faixa etária. Quanto

a faixa etária, adotou-se como critério a categorização para cada 10 anos (até 30 anos,

até 40, até 50, e acima de 50 anos). Referente à categoria funcional, foram consideradas

aquelas previstas no Plano de Carreira e Remuneração – PCR, vigente desde 2014.

Anualmente, há um compromisso da Companhia quanto aos acordos de negociação

coletiva, que têm assegurado aos trabalhadores a manutenção de benefícios e vantagens.

Referente ao Programa de contratação de aprendizes, a CELG GT mantém convênio

com a Fundação Pró-Cerrado, entidade responsável pela seleção, capacitação técnica do

aprendiz, desenvolvimento da iniciativa, da autonomia, da criatividade e de

encaminhamento profissional.

Em razão da forma de organização societária, sociedade de economia mista, a seleção

dos empregados da CELG GT ocorre por meio de concurso público. Por outro lado, a

contratação de trabalhadores terceirizados se efetiva por meio de seleção realizada pelas

empresas vencedoras das licitações. Em todos os casos, a CELG GT mantém um

Programa de Medicina e Segurança do Trabalho, com fiscalização permanente das

atividades desenvolvidas, com procedimentos que visam garantir a saúde, segurança,

capacitação e melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores, inclusive terceirizados.

Mensalmente, por meio de um processo de fiscalização dos processos de pagamento das

empresas terceirizadas, são verificadas além dos aspectos de habilitação para prestação

dos serviços, se os direitos trabalhistas estão sendo cumpridos.

b) Remuneração, benefícios e carreira

O Plano de Carreira e Remuneração – PCR, devidamente homologado, representou um

passo importante para a Companhia, visto que de forma clara e transparente, disciplinou

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as políticas de remuneração e os respectivos benefícios, bem como aqueles resultantes

de negociações coletivas entre as categorias.

c) Saúde e segurança no ambiente de trabalho

A CELG GT mantém o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO,

mantido por meio de Contrato com a Empresa 3A Consultoria, que tem por finalidade

cumprir a norma NR-7 do Ministério do Trabalho e Emprego, via Portaria no. 24 de

29/12/1947.

Além disso, pelo Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA, em

atendimento a NR-9 do Ministério do Trabalho e Emprego, a Portaria no. 25, de

29/12/1994, tem por objetivo a preservação da saúde e integridade dos trabalhadores,

através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência

de riscos ambientais de trabalho, considerando ainda a proteção do meio ambiente e dos

recursos naturais.

d) Desenvolvimento profissional e empregabilidade

A CELG GT, preocupada com o desenvolvimento de seus profissionais, fomenta

políticas e programas de investimento em capacitação e desenvolvimento profissional

dos empregados. Por meio do benefício “Incentivo a Educação”, fornece uma ajuda de

custo correspondente a 50 % (cinquenta por cento) do valor da mensalidade, limitado a

um teto estabelecido anualmente, via Acordo Coletivo de Trabalho. No que se refere ao

fortalecimento de sua empregabilidade, permanentemente são disponibilizados cursos e

treinamentos, possibilitando um melhor aperfeiçoamento das práticas funcionais;

e) Comportamento frente a demissões

A CELG GT promoveu em 2015 o Programa de Desligamento Incentivado – PDI – em

que primou pela transparência no processo, avaliação socioeconômica para definição de

prioridades e pagamentos de benefícios durante o período de indenização.

Apresentamos a seguir os principais indicadores sociais internos:

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Indicadores Sociais Internos

Empregados/empregabilidade/administradores

a) Informações gerais 2015 2014 2013

Número total de empregados 143 92 92

Número de terceirizados (terceirizados,

subcontratados, autônomos) por tipo de emprego,

contrato de trabalho e região)

181 60 84

Empregados até 30 anos de idade (%) 18,88% 5,43% 6,53%

Empregados com idade entre 31 e 40 anos (%) 35,66% 34,78% 27,17%

Empregados com idade entre 41 e 50 anos (%)

22,38% 23,91% 25%

Empregados com idade superior a 50 anos (%) 23,08% 35,87% 41,30%

Número de mulheres em relação ao total de

empregados (%) 10,49% 11,96% 13,04%

Mulheres em cargos gerenciais – em relação ao total

de cargos gerenciais (%) 18,60% 22,22% 21,21%

Empregadas negras (pretas e pardas) – em relação ao

total de empregados (%) 2,10% 1,09% 1,09%

Empregados negros (pretos e pardos) – em relação ao

total de empregados (%) 37,76% 43,48% 42,39%

Empregados(a) negros (pretos e pardos) em cargos

gerenciais em relação ao total de cargos gerenciais % 23,26% 27,78% 30,30%

Estagiários em relação ao total de empregados (%) 12,59% 33,70% 29,35%

Empregados do programa de contratação de aprendizes

(%) 4,20% 5,43% 7,61%

Empregados com deficiência 1 1 1

b) Remuneração, benefícios e carreira 2015 2014 2013

Remuneração

Folha de Pagamento Bruta 18.674.029,15 16.397.734,15 14.793.633,02

Encargos sociais compulsórios 6.299.932,43 5.758.512,14 5.331.489,66

Benefícios

Educação 161.049,00 95.681,98 31.676,97

Alimentação 1.487.501,71 1.0212.00,33 916.368,13

Transporte 203.513,67 83.587,73 94.438,03

Saúde 759.833,95 558.169,47 501.812,87

Fundação 0 0 0

Segurança e medicina do trabalho 41.000,00 16.100,00 17.570,00

Cultura 0 0 0

Capacitação e desenvolvimento profissional 116.043,11 61.064,73 33.637,35

Creches ou auxílio-creches 103.718,45 81.761,72 64.771,87

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b) Remuneração, benefícios e carreira 2015 2014 2013

Outros (especifique)

Bonificação de Férias 156.126,70 162.522,60 167.056,56

Clube Jaó 2.266,25 0 0

Bonificação por Formação Além da Exigida 24.774,28 0 0

Recuperação Acidentado 0 408.900,00 0

Categorias (salário médio no ano corrente) – R$

Analista de gestão 9.312,54 12.993,09 12.122,88

Analista técnico 10.396,17 12.822,21 11.236,28

Assistente de gestão 4.165,69 4.040,64 3.640,29

Técnico em operações 3.449,40 3.721,04 3.291,10

Assistente de operações 4.368,86 4.016,70 3.562,72

Operador de Usina.1 4.401,92 3.988,00 3.509,69

Operador de Subestação.1 4.405,30 3.985,51 3.603,13

Operador de Subestação.2 6.515,90 5.296,29 4.399,26

Diretor 18.660,07 17.228,35 15.570,35

Assessor Especial 8.650,17 7.196,30 6.114,46

Assessor de Gabinete 4.082,91 3.039,63 2.402,33

c) Saúde e segurança no trabalho 2015 2014 2013

Média de horas extras por empregado/ano 212,93 267,71 253,01

Índice TF (taxa de frequência) total da empresa no

período, para empregados 3,56 0 14,95

Índice TG (taxa de gravidade) no período, para

terceirizados/contratados 1.847,14 1.804,50 1.066,17

Índice TF (taxa de frequência) total da empresa no

período, para terceirizados/ contratados 0 0 6,49

Índice TG (taxa de gravidade) no período, para

terceirizados/ contratados 0 0 194,81

Índice TF (taxa de frequência) da empresa no

período, para a força de trabalho (próprios +

terceiros)

1,58 0 11,28

Índice TG (taxa de gravidade) no período, para a

força de trabalho (próprios + terceiros) 870,08 1.168,85 707,6

Óbitos- próprios 0 0 0

Óbitos- terceirizados 0 0 0

d) Desenvolvimento profissional 2015 2014 2013

Perfil da escolaridade - discriminar, em percentagem,

em relação ao total dos empregados

- Ensino fundamental

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d) Desenvolvimento profissional 2015 2014 2013

- Ensino médio 1,40% 2,17% 3,26%

- Ensino técnico 13,99% 18,48% 18,48%

- Ensino superior 34,27% 19,57% 21,74%

- Pós-graduação (especialização, mestrado,

doutorado) 38,46% 45,65% 43,48%

Valor investido em desenvolvimento profissional e

educação (%) 11,89% 14,13% 13,04%

Média de horas de treinamento por ano, por

empregado, discriminadas por categoria funcional.

Analista de gestão 21,91 16 32

Analista técnico 44,38 18,67 25

Assistente de gestão 27,41 16,54 18,71

Técnico em operações 48,72 20,72 20,67

Assistente de operações 24,22 11,38 18,67

Operador de usina. 1 16 0 0

Operador de subestação.1 16 0 0

Operador de subestação.2 20 8 0

Diretor 16 16 0

Assessor especial 15 16 27,8

Assessor de gabinete 28,00 47,50 24,00

e) Comportamento frente a demissões 2015 2014 2013

Taxa de rotatividade 14 11 14

Reclamações trabalhistas

Valor provisionado no período R$ 1.480.697,57 R$ 1.785.000,00 R$ 411.669,00

Número de processos trabalhistas movidos contra a

empresa no período 7 10 15

Número de processos trabalhistas julgados procedentes

no período 3 3 6

Número de processos trabalhistas julgados

improcedentes no período 0 3 7

Valor total de indenizações e multas pagas por

determinação da justiça no período R$ 308.032,36 R$ 14.116,21 R$ 74.370,31

f) Preparação para a aposentadoria 2015 2014 2013

Investimentos em previdência complementar

(ELETRA) 875.000,00 602.000,00 578.000,00

Número de beneficiados pelo programa de previdência

complementar 115 67 67

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O perfil de uma transmissora, por natureza do negócio, implica em uma relação subjetiva com

todos os consumidores finais de energia elétrica, ou seja de forma indireta. Assim, não há um

contato direto com os consumidores de energia, com exceção daqueles conectados à alta tensão,

porém o reflexo da não disponibilidade do sistema operado e mantido pela transmissora pode

atingir muitos consumidores concomitante.

Assim, temos especial atenção ao contato e monitoramento junto aos nossos fornecedores,

clientes, governo e sociedade, além de acompanhar indicadores operacionais em cada

segmento, ao tempo que em cumprimento de determinações legais, buscamos aplicar da forma

mais produtiva e com o maior alcance os recursos destinados à Pesquisa e Desenvolvimento.

Seguem considerações sobre as ações da CELG GT em relação aos referidos segmentos:

● Fornecedores

Os fornecedores são selecionados mediante processo de licitação, em regra, são exigidas

qualificações técnicas comprovadas mediante atestados e certidões. Atendendo ao princípio de

ampla concorrência e busca da contratação mais vantajosa. São ainda exigidos, além da

habilitação jurídica e econômico-financeira, o atendimento da legislação trabalhista, atestada

através da certidão negativa específica, além das declarações quanto ao trabalho infantil e afins.

Considerando o porte da CELG GT, são contratadas empresas que prestam serviços contínuos,

destacando-se:

Serviço de limpeza e conservação;

Serviço de Vigilância Armada;

Serviço de Manutenção de Linha Viva;

Serviço Médico-ocupacional;

Para fins de monitoramento para verificação do cumprimento de normas legais relativas aos

produtos fornecidos e aos empregados terceirizados, são promovidas a cada pagamento a

verificação do preenchimento dos requisitos de habilitação para a contratação.

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Os canais e políticas de relacionamento com fornecedores priorizam o contato direto com os

respetivos gestores, que monitoram a fornecimento dos materiais e serviços e acompanham o

adequado cumprimento das disposições contratuais e legais.

Para as licitações realizadas pela CELG GT, quando aplicáveis, adota-se o regime de

priorização de pequenas e microempresas, nos termos da legislação, representando apoio ao

desenvolvimento de fornecedores e auxiliando-as a desenvolverem seus processos produtivos

e de gestão.

● Clientes

Os ativos de transmissão operados e mantidos pela CELG GT encontram-se vinculados à Rede

Básica, cujo agente responsável pelo monitoramento e controle é o Operador Nacional do

Sistema – ONS, inclusive no que se refere à apuração dos valores a faturar e/ou penalidades a

serem abatidas via parcela variável. Destacam-se as seguintes empresas, dentre as mais de

quatrocentas para as quais a CELG GT emite faturas: Mineração Maracá-P, CELG-D,

CARAMURU-P, CHESF-G, SAESA(UHE Santo Antônio), ESBR (UHE Jirau), Eletronorte-

G, Eletropaulo, FURNAS-G, CESP-G, CEMIG-D, COPEL-D, CPFL-D, CEMIG-G, COPEL-

G, TRACTEBEL, LIGHT-D, CELESC, UHE TELES PIRES e ELEKTRO.

A CELG GT opera e mantém ainda, ativos de geração inseridos no contexto da Lei

12.783/2013, em que o faturamento ocorre via Cotas, cujos valores são homologados

anualmente pela ANEEL e, mensalmente repassados através da Câmara de Comercialização de

Energia.

● Governo e Sociedade

Como concessionária de um serviço público busca compatibilizar os interesses da Companhia

com os da sociedade e do poder público, cumprindo as leis e normas regulamentares setoriais,

mantendo interações dinâmicas com seus representantes.

A CELG GT, juntamente com a Controladoria Geral do Estado de Goiás, e em atendimento ao

Decreto nº 7.905/2013, semestralmente apresenta ao Exmo. Sr. Governador o Relatório

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Analítico do Mapeamento de Riscos de Corrupção. Trata-se de mapeamento dos processos

organizacionais e de serviços de seus respectivos órgãos e entidades, de forma a identificar

fragilidades que possibilitem a ocorrência de atos de corrupção. Deste processo resulta um

Plano de Melhoria, sendo todas as atividades monitoradas por um colegiado setorial e pela

própria Controladoria Geral.

A identificação minuciosa dos passos decisórios e a própria elaboração do Plano de Melhoria

demonstram à toda sociedade, a intenção de melhoria contínua dos serviços prestados.

Desta forma, conforme destacado nos últimos relatórios emitidos pela Superintendência Central

de Transparência Pública da Controladoria Geral do Estado, a Celg GT alcançou satisfatórios

resultados no ranking estadual.

Indicadores do setor elétrico

No segmento de Transmissão a CELG GT apresentou índice médio de disponibilidade das

Funções Transformadores, no período de 2008 à 2014, de 99,89%. No ano de 2015, o referido

índice caiu para 97,11% impactado principalmente pela indisponibilidade do Trafo 2 da

Subestação Anhanguera. Segue gráfico de disponibilidade total FT Transformadores no período

de 2008 à 2015:

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O índice de disponibilidade dos transformadores foi reduzido devido a problemas em um

transformador de uma subestação em específico, cujas providências foram tomadas pela CELG

GT que, após intenso trabalho da transmissora junto a ANEEL, MME, EPE e ONS, houve a

aprovação por parte da Agência para a substituição dos citados transformadores conforme

Resolução Autorizativa REA 5444/2015.

Nesse caso, enfatizamos que além dos transformadores novos os mesmos irão possuir mais do

que o dobro da capacidade dos transformadores existentes, oferecendo maior segurança ao

suprimento energético no Estado e principalmente para a capital Goiânia. Veja a seguir, o nível

do desempenho do transformador mencionado:

Em termos de Disponibilidade Total da Função de Transmissão LT/LI a CELG GT também

apresenta desempenho histórico acima de 99,79% como se observa no gráfico abaixo:

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No segmento de Geração, um índice representativo para acompanhar o desempenho por

unidade geradora pode ser a proporção entre a geração de energia e a garantia física. Assim,

segue tabela com o desempenho das PCHs geridas pela CELG GT no ano de 2015.

Energia Gerada/Garantia Física

Rochedo São Domingos Total

2013 93,2% 89,7% 90,7%

2014 88,3% 87,0% 87,4%

2015 95,7% 82,8% 86,6%

● Pesquisa e desenvolvimento tecnológico e científico

A CELG GT possui atualmente somente um projeto de P&D em andamento, o qual encontra-

se na premência de ser iniciado. O projeto foi intitulado “Arranjos Técnicos e Comerciais para

a Inserção da Geração de Energia Elétrica a partir do Aproveitamento Energético do Biogás

proveniente de Efluentes Líquidos” - código ANEEL PD-5703-0001/2012.

Este projeto faz parte de um projeto estratégico da ANEEL, que identificou a necessidade de

pesquisa nesta área. A CELG Geração e Transmissão S.A. demonstrou interesse no projeto face

à necessidade de diversificação das suas fontes de geração de energia elétrica, bem como uma

oportunidade de investimento em Geração Distribuída através de fontes alternativas de energia.

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A indústria alimentícia Heinz do Brasil S.A. trata os seus resíduos através de sistema de

biodigestão, no entanto o biogás é apenas queimado nos flares. Com a implementação da Usina

Piloto, proposta no projeto, o biogás produzido será aproveitado para a geração de energia

elétrica de forma sustentável. Este fato, aliado aos interesses comuns supracitados, justifica a

realização desta pesquisa, que é estratégica para o país, região Centro Oeste, IFG, USP e demais

partícipes e sociedade em geral.

A Celg Geração e Transmissão S.A busca atender a legislação e mantem todas as licenças

ambientais regulares, conforme recomendação legal e do órgão ambiental atendendo todas as

condicionantes ambientais descritas na concessão da licença.

A Companhia estuda a implantação de um sistema de Gestão Ambiental, conforme determina

a norma ABNT NBR ISO 14001:2004. Esta implantação ainda não tem data prevista para

ocorrer e a direção aguarda a equipe que estuda o assunto, para definir o planejamento de sua

implantação.

Durante o ano de 2015, além das atividades de operação e manutenção regulares do sistema que

são de baixo impacto ambiental, as atividades que trouxeram aumento de risco ambiental foram

as ampliações de subestações existentes, dentro de áreas já energizadas e construídas, não

ocorrendo aumento de ocupação de terrenos. Para estas ampliações, todo o resíduo de obra

produzido foi devidamente disposto, conforme previsto na legislação ambiental.

Como parte de seu projeto de expansão a Celg GT, em parceria com outros agentes, elaborou

os Estudos de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-RIMA) de 4 (quatro)

empreendimentos de geração hidrelétrica no Rio Meia Ponte no Estado de Goiás, estudos estes

que estão sob análise da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Recursos Hídricos,

Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (SECIMA).

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Além disso a Celg GT é membro do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Meia Ponte, que,

atualmente está contratando empresa especializada para elaboração do plano da bacia

hidrográfica do Rio Meia Ponte, plano este que visa orientar todos os usos múltiplos da água

no Rio Meia Ponte.

A Celg GT também participa no Estudo Integrado da Bacia do Rio Claro, afluente da margem

direita do Rio Araguaia no Estado de Goiás. Tais estudos tem o objetivo de levantar e

diagnosticar todo o meio físico, biótico e socioeconômico na área de influência direta e indireta

dos aproveitamentos e das bacias hidrográficas em foco, além de um diagnóstico de impacto

sobre patrimônio arqueológico, histórico e cultural existente.

A Celg GT ainda é membro titular do Conselho Estadual de Recursos Hídricos, órgão estadual

vinculado à Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades

e Assuntos Metropolitanos (SECIMA) que regulamenta todos os usos de águas no Estado de

Goiás.

Investimentos Ambientais (R$)

No ano de 2015 foi executado o monitoramento de ictiofauna, macrófitas aquáticas nos

reservatórios e ainda o monitoramento limnológico e de qualidade da água nos pontos a

montante do remanso, no reservatório e imediatamente a jusante do reservatório das PCHs

Rochedo e São Domingos. Por outro lado, a empresa não monitorou seus custos de empregados

próprios e nos contratos de obras de ampliação dispendidos para a gestão ambiental.

2014 2015

Monitoramento Reservatórios - 74.430

Consumo de Energia e emissões de gases de efeito estufa

O consumo de energia elétrica nas subestações e usinas não é medido, considerando que todo

o consumo é oriundo dos serviços auxiliares não existem medidores nas instalações. A Celg

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GT não efetuou controle de seu consumo de energia no ano de 2015, mas colocou em prática

um plano para que durante o ano de 2016 estes dados sejam monitorados.

A emissão de gases de efeito estufa no ano de 2015 foi feita exclusivamente pela utilização dos

veículos de sua frota, mas seu controle e registro não foi executado no ano de 2015, mas colocou

em prática um plano para controle e registro destas emissões no ano de 2016.

Água

A CELG GT não possui nenhuma instalação que demanda grandes volumes de água para

consumo, toda a água consumida pela empresa é utilizada para consumo humano de seus

trabalhadores ou prestadores de serviço em suas instalações. Não foi realizado controle do

consumo de água no ano de 2015, mas a empresa colocou em prática um plano para que durante

o ano de 2016 estes dados sejam monitorados.

Nas PCHs Rochedo e São Domingos toda a água utilizada na geração de energia é

imediatamente devolvida ao Rio. O pequeno volume utilizado na refrigeração das turbinas são

devolvidos ao Rio imediatamente, não representando significância quanto a evaporação.

Preservação de áreas de Patrimônio da União e Biodiversidade

A CELG GT não possui nenhuma instalação localizada ou que afeta áreas de preservação de

Patrimônio da União ou Unidades de Conservação.

Educação e Saúde Ambiental

A Celg GT não possui nenhum programa de educação ou saúde ambiental em execução, para o

ano de 2016. Conforme determinação dos órgãos ambientais serão necessários a implantação

de programas em função dos novos empreendimentos adquiridos, via leilão de transmissão, nos

anos de 2014 e 2015.

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Geração de Energia

Fonte de Geração

Indicadores de Desempenho Unidade

Hidráulica

Consumo de energia elétrica (kWh)

Consumo de água por KWh gerado (m3)

Restauração de mata ciliar NA

Resgate de peixes em turbinas NA

Repovoamento de peixes NA

Vazamento de óleos lubrificante e hidráulico nas turbinas Não

monitorado

Recuperação de áreas degradadas pela extração de carvão e seus resíduos gerados

Zero

Consumo de água de reposição durante a geração de energia (m3)

Transmissão de Energia

Indicador Unidades de Medida Volume

Supressão Vegetal Há/trimestre Zero

Poda m3/kg/mês

Vazamento de óleo Pontos/mês Zero