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RelatórioAneeL2005

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Page 1: RELATÓRIO2005 CERTO · corte de verbas e, principalmente, a imprevisibi-lidade das liberações financeiras, impossibilitou a Diretoria da ANEEL Marcelo Brandt Mensagemda DiretoriaColegiada

Relató

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Mensagem da Diretoria Colegiada pág. 06

A ANEEL e sua missão pág. 10

Principais Resultados pág. 14

Tarifa de Energia Elétrica pág. 24

Regulação do setor elétrico pág. 46

Crescimento da oferta de energia pág. 32

Qualidade e Eficiência pág. 58

Fiscalização dos Serviços pág. 68

Relacionamento com a sociedade pág. 74

A Aneel, seu funcionamento e sua gestão pág. 82

Informações Institucionais pág. 94

pág. 06 pág. 10 pág. 14 pág. 24 pág. 32

pág. 46 pág. 58 pág. 68 pág. 74 pág. 82

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Foto: Marcelo Brandt

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Em 2005 a Agência Nacional de Energia totaliza uma potência outorgada de 2,8 mil MW e

Elétrica - ANEEL concluiu o primeiro ciclo de de expansão da rede de transmissão em mais de

revisão tarifária periódica das concessionárias de 3 mil Km de linhas. Na fiscalização, a ANEEL atuou

distribuição de energia. A sistemática adotada no controle da geração e do consumo de

abrangeu três pontos principais: Empresa de combustível nos sistemas isolados com o objetivo

Referência, que estabelece custos operacionais de reduzir as deficiências no controle e o valor da

eficientes; Base de Remuneração, que apura os Conta de Consumo de Combustíveis Fósseis (CCC).

investimentos prudentes efetuados na

concessão; estrutura ótima de capital, que O trabalho da Ouvidoria e a disseminação

minimiza o custo do capital; e Fator X, que de informações técnicas, com a criação da área de

compartilha com os consumidores os ganhos de Educação com Textos para Discussão, manuais

produtividade do prestador do serviço. Durante técnicos, Cadernos Temáticos e da abertura de um

três anos foram realizadas audiências públicas na canal de comunicação e debate direto com a

principal cidade da área de concessão de 61 sociedade: o Fórum Técnico de Integração entre a

distribuidoras, para ouvir as contribuições da ANEEL e a sociedade, reafirmam o compromisso

sociedade e proporcionar maior transparência no da Agência em promover a interação e o

processo decisório da ANEEL. Para o próximo ciclo equilíbrio entre consumidores, agentes regulados

de revisões - com início em 2007 e término em e governo, em prol do interesse público.

2010 - os técnicos vão reavaliar a metodologia e

inserir possíveis aprimoramentos, como parte de Ao longo de 2005, a ANEEL enfrentou

processo de evolução do setor e da Agência. quatro desafios. Primeiro, a transição da direção

geral da Agência, conduzida com brilhantismo,

Outros avanços marcaram o ano que desde o início de sua criação e ao longo de sete

passou: a definição das regras para a anos, por José Mário Abdo.

comercialização de energia e de metodologia

para avaliação de perdas técnicas, além do Segundo, a implementação do processo de

estabelecimento de novos critérios para formação do quadro próprio de pessoal e de

avaliação dos programas de eficiência energética repasse do conhecimento técnico e parte da

das concessionárias. Os leilões realizados para memória institucional à nova geração.

empreendimentos de geração e transmissão

representaram a perspectiva de mais energia Terceiro, o funcionamento da Diretoria

para o Brasil, com concessões e autorizações para Colegiada, por oito meses, com apenas três

novos empreendimentos de geração, o que diretores, em decorrência do não preenchimento

das vagas abertas pelo fim dos mandatos dos realização de diversas atividades, principalmente

diretores Paulo Pedrosa e Eduardo Ellery. Houve a fiscalização das concessionárias.

sobrecarga de trabalho para os diretores-

relatores remanescentes, Jaconias de Aguiar e Os detalhes e os dados de cada área e de

Isaac Pinto Averbuch, e o quórum mínimo cada conquista poderão ser conhecidos nas

limitava o processo decisório visto a necessidade próximas páginas desse Relatório. Dessa

de decisão por unanimidade. maneira, a ANEEL torna ainda mais transparentes

as decisões da diretoria, sempre substanciadas

Quarto, as dificuldades de execução orça- por notas técnicas realizadas por profissionais de

mentária decorrentes do contingenciamento extraordinária competência. Aliás, esses são os

orçamentário imposto à Agência, a despeito do principais patrimônios da Agência: a qualidade de

fato de que os recursos necessários ao seu seus técnicos e a independência decisória de seus

funcionamento decorrem de taxa de fiscalização dirigentes.

paga por consumidores e não por contribuintes. O

corte de verbas e, principalmente, a imprevisibi-

Diretoria da ANEELlidade das liberações financeiras, impossibilitou a

Marcelo Brandt

MensagemdaDiretoriaColegiada

MensagemdaDiretoriaColegiada MensagemdaDiretoriaColegiada

MensagemdaDiretoriaColegiada

8 9

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Foto: Milena Medeiros

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A ANEEL tem por finalidade regular e que alteram as leis anteriormente mencionadas.

fiscalizar a produção, transmissão, distribuição e Os processos básicos definidos na concepção da

comercialização de energia elétrica, de acordo ANEEL, conforme Decreto nº 2.335/1997, são os

com a legislação e em conformidade com as seguintes:

diretrizes e as políticas do governo federal. Sua

missão é “proporcionar condições favoráveis para

que o mercado de energia elétrica se desenvolva (I) Estabelecimento dos valores iniciais,

com equilíbrio entre os agentes e em benefício da reajustes e das revisões tarifárias;

sociedade”. (II) Supervisão do mercado com vista à

competição e ao equilíbrio entre oferta e

A diretoria da ANEEL - constituída por demanda;

cinco diretores, entre eles um Diretor-geral e um (III) Estabelecimento de regras e procedi-

Diretor-ouvidor - é responsável por planejar, mentos para encargos intra-setoriais;

analisar, discutir e decidir sobre o assunto de (IV) Consultas aos agentes, aos consumidores

competência da autarquia, sempre em regime de e à sociedade;

colegiado. (V) Atendimento de reclamações de agentes

e consumidores;

A estrutura administrativa é composta de (VI) Informação e educação institucionais dos

diretoria colegiada, gabinete do Diretor-geral, agentes e consumidores;

assessores da diretoria, Secretaria-Geral, (VII) Comunicação com os agentes setoriais,

Procuradoria Federal, Auditoria Interna e vinte consumidores e demais segmentos da sociedade;

superintendências de processos organizacionais. (VIII) Aprovação de estudos e determinação do

A gestão administrativa segue a Lei nº 8.987, de aproveitamento ótimo dos potenciais de energia

13 de fevereiro de 1995, que dispõe sobre o hidráulica;

regime de concessão e permissão da prestação (IX) Licitação para contratação de concessões

de serviços públicos; a Lei nº 9074/ 1995, sobre a e outorga de autorizações de geração;

concessão de serviços públicos de energia (X) Controle e fiscalização das concessões e

elétrica; a nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, autorizações de geração;

que trata sobre a instituição da ANEEL; o Decreto (XI) Regulamentação, normatização e

nº 2.335, de 6 de outubro de 1997, que regu- padronização referentes à geração de energia

lamenta a última lei, e a Portaria MME nº 349, de elétrica;

28 de novembro de 1997, que aprova o regimen- (XII) Gestão dos potenciais de energia

to interno da Agência Nacional de Energia Elétrica hidráulica;

(ANEEL). São também importantes: a Lei nº 9.648, (XIII) Planejamento, licitação e contratação de

de 27 de maio de 1998, a Lei nº 9.986, de 18 de concessões, permissões e autorizações de

julho de 2000, a Lei nº 10.871, de 20 de maio de serviços de transmissão e distribuição;

2004 e a Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004 - (XIV) Controle e fiscalização das concessões,

permissões e autorizações de serviços de das funções descentralizadas aos estados e ao

transmissão, distribuição e comercialização; Distrito Federal;

(XV) Estabelecimento de critérios e supervisão (XVIII) Controle de gestão;

do acesso aos sistemas de transmissão e (XIX) Gestão da informação;

distribuição; (XX) Gestão de recursos humanos;

(XVI) Regulamentação, normatização e (XXI) Gestão de recursos financeiros;

padronização, referentes aos serviços de (XXII) Gestão de materiais e patrimônio;

transmissão, distribuição e comercialização; (XXIII) Auditagem da qualidade dos processos

(XVII) Estabelecimento de critérios, elaboração organizacionais.

de convênios, supervisão e acompanhamento

Marcelo Brandt

AANEELesuamissão

AANEELesuamissão

AANEELesuamissão

AANEELesuamissão

12 13

Organograma da ANEEL

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Foto: Ana Beatriz Barroso

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O desafio do 1º Ciclo da Revisão Tarifária O novo desafio é o aprimoramento da

metodologia para o próximo ciclo que começa Periódica de Energia Elétrica

em 2007 com a revisão de sete concessionárias:

Bandeirante Energia S/A (Bandeirante), Centrais O desafio da construção do primeiro ciclo da

Elétricas do Pará S/A (Celpa), Companhia Ener-Revisão Tarifária Periódica das concessionárias de

gética do Ceará (Coelce), Eletropaulo Metropo-distribuição de energia elétrica e o esforço de aplicá-

litana Eletricidade de São Paulo S/A (Eletropaulo), la está vencido. Para a ANEEL, isso significou enfren-

Espírito Santo Centrais Elétricas S/A (Escelsa), tar jornadas de trabalho em busca da metodologia

Elektro, Companhia Piratininga de Força e Luz mais acertada, assegurando o equilíbrio econômico-

(CPFL-Piratininga)financeiro das empresas previsto nos contratos de

concessão. Esse primeiro ciclo teve início em abril de

2003 e foi concluído em fevereiro de 2006.

Aumento da capacidade de geração de

Esse trabalho resultou na Revisão Tarifária energia

Periódica de 61 empresas. Todas as revisões foram

antecedidas por audiências públicas e a Agência

foi à principal cidade da área de concessão de cada

uma das distribuidoras, fazendo-se presente de

Boa Vista (RR) a Faxinal do Soturno (RS), ouvindo entos. Isso

as pessoas para obter contribuições e aprimorar significa uma expansão real de 2.186,95 MW de

todo o processo, de forma pública e transparente. potência, já considerando a importação.

A ANEEL registrou em 2005 a entrada em

operação de sete usinas hidrelétricas, seis ter-

melétricas e 11 Pequenas Centrais Hidrelétricas

(PCHs), totalizando 24 empreendim

Principaisresultados

PrincipaisresultadosPrincipaisresultados

Principaisresultados

TipoNúmero de

EmpreendimentosPotência

(MW)(%)

Central Geradora Hidrelétrica - CGH 188

Central Geradora Eólica - EOL 10

Pequena Central Hidrelétrica - PCH 260

Central Geradora Fotovoltáica - SOL 1

Usina Hidrelétrica - UHE* 149

Usina Termelétrica - UTE** 870

Usina Termonuclear - UTN 2

SUBTOTAL 1.480

Importação*** 8

TOTAL 1.488

CAPACIDADE INSTALADA NACIONAL EM 31/12/2005

* Consideradas as máquinas do lado brasileiro da Itaipu Binacional (6.300 MW)** Consideradas as usinas remanescentes do Programa Emergencial*** Considerada importação de Itaipu (5.600 MW)

99,28

28,55

1.329,91

0,02

69.631,05

19.769,67

2.007,00

92.865,47

8.170,00

101.035,47

0,10%

0,03%

1,32%

0,00%

68,92%

19,57%

1,99%

91,91%

8,09%

100,00%

Leilões de empreendimentos novos e

existentes representam mais energia para o

Brasil

A ANEEL em 2005 realizou dois leilões de

energia elétrica proveniente de empreendi-

mentos existentes, também denominados de

“energia velha”. O primeiro leilão, realizado em

abril, contratou energia com início de suprimento

em 2008, pelo período de oito anos. Foram

comercializados 1.325 MW médios no valor de R$

7 bilhões. O segundo, em outubro, tratou do

suprimento a partir de 2006, em contratos de três

anos de duração. E a partir de 2009, em contratos

de oito anos. Foram comercializados 1.268 MW

médios, o que corresponde a R$ 8 bilhões.

No leilão de compra de energia elétrica

proveniente de novos empreendimentos de

geração, também chamado de “energia nova”,

realizado em dezembro, foram negociadas sete

novas usinas hidráulicas e seis novas usinas

térmicas, além da energia de 38 usinas com

outorga de concessão ou autorização anterior a

16 de março de 2004, com início da operação

comercial após 1º de janeiro de 2000 e energia Esse trabalho foi fundamentado no Pro-

não contratada até março de 2004, totalizando grama Determinativo da Expansão da Transmis-

um volume de energia comercializada de 3.284 são coordenado pelo Ministério de Minas e Ener-

MW médios. Os valores dos contratos gia (MME). São obras destinadas à expansão da

correspondem a R$ 68,4 bilhões. rede básica do Sistema Interligado Nacional (SIN)

e para o atendimento do mercado, segundo crité-

rios de qualidade vigentes e definidos pelos Pro-

Linhas de transmissão têm novas licitações e cedimentos de Rede homologados pela ANEEL.

autorizações

As linhas de transmissão licitadas e

autorizadas em anos anteriores e que entraram A ANEEL licitou e autorizou em 2005 um

em operação em 2005 somam 3.035,691 km e total de 3.134,8 km de linhas de transmissão,

um investimento da ordem de R$ 2 bilhões.sendo 3.055,8 km licitados e 79 km autorizados.

16 17

Foto: Ana Beatriz Barroso

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Marcelo Brandt

Principaisresultados

Item EmpreendimentosTensão

kVUF

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

LT Presidente Medici - Pelotas 3*

LT Campos Novos - Barra Grande*

LT Barra Grande - Lagoa Vermelha*

LT Lagoa Vermelha - Santa Marta*

LT Tucuruí - Marabá*

LT Marabá - Açailândia*

LT Coxipó - Cuiabá*

LT Cuiabá - Rondonópolis*

LT Ouro Preto - Vitória

LT Fortaleza II - Pici

LT Assis - Londrina - Maringá (Seccionamento)

LT Sobral II - Sobral III

LT Salto Santiago - Ivaiporã*

LT Ivaiporã - Cascavel Oeste*

LT Londrina - Assis*

LT Assis - Araraquara*

LT Camaçari - Sapeaçu*

LT Montes Claros - Irapé*

LT Teresina - Sobral C2 - Fotaleza C2*

LT Dona Francisca - Itaúba

LT Fortaleza II - Fortaleza

LT Ibiporã - Londrina

Seccionamentos e outros

LINHAS DE TRANSMISSÃO ENERGIZADAS EM 2005(Contratados em anos anteriores)

RS 01/05/05

24/07/05

24/07/05

17/04/05

04/02/05

12/02/05

19/08/05

21/08/05

25/03/05

05/05/05

24/05/05

03/07/05

05/10/05

31/10/05

08/10/05

27/10/05

30/10/05

18/12/05

19/12/05

02/10/05

04/10/05

17/12/05

2005

127,1

34,654

57,494

95,309

223

246

34

171

382,00

55,094

26

13,85

168,45

204

122

243

106

139

541

23

0,35

20,3

3,09

3.035,691

230

230

230

230

500

500

230

230

345

230

500

230

525

525

525

525

500

230

500

230

230

230

230-345

Extensãokm

Data de OperaçãoComercial

SC/RS

PA/MA

MT

MG/ES

CE

PR

BA

MG

PI/CE

RS

CE

PR

PR/SP

SP/PR

CE

Totais

* Contrato de Concessão (Licitadas)

A cultura de investir no conhecimento tais ao exercício da regulação foram discutidas

contribuindo para fortalecer o setor elétrico. Os

A atividade de regulação na administração Textos para Discussão são um bom exemplo.

pública brasileira é recente. As mudanças Consistem em estudos e trabalhos desenvolvidos

decorrentes da reformulação do Estado e do setor por colaboradores da Agência Nacional de Ener-

elétrico implicam desenvolver práticas que gia Elétrica, todos impressos e disponíveis no site

possibilitem a discussão e a consolidação do da ANEEL (www.aneel.gov.br).

conhecimento no dia-a-dia.

Na mesma linha estratégica estão os

Cadernos Temáticos, que procuram reduzir a O ano de 2005 foi marcado pela discussão

assimetria de informações. A idéia é que todos de temas importantes que favoreceram a busca

consumidores, empresas do setor e outros do conhecimento, a cultura do debate e o inves-

segmentos da sociedade possam entender timento no aprendizado. Questões fundamen-

aspectos de regulação do setor que têm impacto o funcionamento da Câmara de Comercialização

em suas vidas. Os cadernos também foram im- de Energia Elétrica (CCEE), e publicou as regras

pressos e seus textos podem ser encontrados no que tratam de pontos importantes como a

site da ANEEL. definição do preço de liquidação de diferenças,

contratos de compra e venda de energia, cálculo

Outra inovação é o investimento na criação do excedente financeiro e encargos de serviços

e realização de reuniões e audiências para o do sistema, apuração dos dados de medição e

público interno. O objetivo é aprimorar os arranjo dos processos de contabilização e

processos por meio de discussão com os técnicos liquidação financeira.

da Agência antes de tornar o debate público - é a

construção do consenso interno. Foi emitido também ato normativo,

Resolução nº 168, de 2005, que alterou a forma

Esse instrumento contribui para o bom de cálculo das garantias financeiras, conferindo

resultado da regulação. Os Procedimentos de Distri- maior segurança às operações de compra e

buição de Energia Elétrica (Prodist) foram os pri- venda de energia elétrica realizadas no mercado

meiros assuntos tratados nas audiências internas - de curto prazo.

oito módulos foram discutidos com os cola-

boradores da ANEEL. Concluído o aprimoramento, Em cumprimento às disposições estabele-

os procedimentos de distribuição já estão prontos cidas para o setor elétrico, a Agência aprovou as

para o debate com o público externo. regras de comercialização referentes aos

módulos de penalidades (Resolução nº 168, de

A ANEEL também está aperfeiçoando o seu 2005) e de compensação financeira de sobras e

processo de gestão aproximando-se, cada vez déficits nos contratos celebrados em ambiente

mais, das expectativas e necessidades dos regulado (Resolução nº 161, de 2005).

agentes do setor elétrico e dos consumidores. O

mapeamento e o redesenho dos processos

organizacionais têm como ponto de partida uma O furto de energia elétrica representa R$ 5,1

visão sistêmica e integrada do trabalho realizado e bilhões de perdas anuais

o objetivo de tornar mais ágil a tomada de decisão.

Esse esforço envolverá todos os colaboradores, O volume das perdas com furtos e fraudes

incentivando a gestão por processo, o aprendizado representa um grande prejuízo para a sociedade.

e o compartilhamento dos conhecimentos. O total das perdas não-técnicas, contabilizadas

pela ANEEL junto às distribuidoras, chega a R$ 1,2

bilhão (15.298 GWh), valor rateado por todos os

Regras para a comercialização de energia que efetivamente pagam a tarifa de energia

consolidam modelo do setor elétrico elétrica.

Em 2005 a Agência expediu a Convenção Há também o custo do investimento na

de Comercialização, estabelecendo a estrutura e manutenção e ampliação da rede para atender

Principaisresultados

18 19

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Eficiência energética valoriza projetos para ao consumo real. Esse investimento, reconhe-

cido pela ANEEL, soma R$ 2,3 bilhões ao ano. o consumidor de baixa renda

Além disso, acrescentando a parcela de impostos

como PIS, COFINS e ICMS perdidos em função do A Resolução Normativa da ANEEL nº 176,

não-faturamento, o prejuízo anual chega a R$ 5,1 de 15 de dezembro de 2005, de acordo com a Lei

bilhões. nº 9.991/2000, estabelece que as concessio-

nárias e permissionárias de distribuição de

Esse valor torna-se ainda mais significativo energia elétrica deverão aplicar 0,25% de sua

quando comparado com o recém-criado Fundo receita operacional líquida no desenvolvimento

da Educação Básica (Fundeb), que prevê um de programas para o incremento da eficiência

investimento anual de R$ 3,8 bilhões. energética no uso final da energia elétrica.

Por reconhecer que o desafio do combate Entre os critérios estabelecidos pela

ao furto de energia elétrica não é só da resolução estão, por exemplo, a utilização de

concessionária de distribuição, a ANEEL investiu equipamentos que tenham o selo do Procel de

em uma série de iniciativas para informar, Eficiência e Procel / Inmetro de Desempenho, e

orientar e envolver segmentos importantes da metodologia de avaliação capaz de comprovar

sociedade - como por exemplo, o Ministério objetivamente a economia de energia e a

Público, órgãos de segurança e de justiça demanda retirada do horário de ponta. Outro

federais e estaduais. Um dos resultados desse item refere-se à exclusão de gastos com

trabalho foi o programa de capacitação de marketing, já que o objetivo é garantir a

policiais fluminenses para combater a prática de utilização da maior parte dos recursos na

furtos no Rio de Janeiro, realizado pelas obtenção de resultados práticos de economia de

empresas Light e Ampla em parceria com a energia. Também será necessário apresentar um

Secretaria de Segurança do Estado. resultado de economia de, pelo menos, 0,10%

do mercado consumidor atendido pela

Esse é um desafio que está mobilizando e concessionária. Outro ponto importante define

envolvendo as distribuidoras de todo o Brasil. que as empresas terão que aplicar no mínimo

Reunidas durante o I Fórum de Comunicação na 50% dos recursos destinados à eficiência

Distribuição de Energia Elétrica, promovido no energética em projetos que contemplem as

mês de novembro de 2005, as concessionárias comunidades de baixa renda.

planejaram ações conjuntas que poderão

contribuir para a redução dos furtos.

Processo de fiscalização é importante para

Outro importante caminho é o da avaliação da Conta Consumo de Combustível

adequação dos regulamentos. Para isso, a ANEEL

tem autorizado a implantação de novas O trabalho de fiscalização consiste,

tecnologias para medição e registro do consumo principalmente, em avaliar a estrutura de

que dificultam o furto e a fraude de energia. controles internos relacionados com a Conta de

Consumo de Combustíveis Fósseis dos Sistemas A seleção das deficiências, em especial,

Isolados (CCC-Isol), além dos critérios e teve como resultado uma matriz de riscos que

procedimentos adotados pela Eletrobrás na classificou as diferentes situações, a exemplo

gestão financeira desses recursos. daquelas indicando alto risco - inexistência ou

deficiência nos controles internos - o que pode

Esse trabalho teve a primeira fase provocar forte impacto financeiro.

destinada ao planejamento. A segunda etapa

cuidou do levantamento, documentação e dos A criação desses procedimentos facilita a

testes de controles internos dos processos atuação da ANEEL por meio de propostas para a

realizados na Eletrobrás, na Ceron, na Eletronorte, redução dos riscos de deficiências nos processos

na Manaus Energia e na Ceam. Em um terceiro de controle da CCC.

momento, a Agência avaliou a eficácia dos

controles, revisando toda a documentação,

identificando e selecionando as deficiências.

Principaisresultados Principaisresultados

20 21

Foto: Marília Assumpção

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Interrupção no fornecimento de energia é qualidade “Duração Equivalente de Interrupção

por Unidade Consumidora” (DEC) e “Freqüência monitorada pela Fiscalização

Equivalente de Interrupção por Unidade de

Serviço” (FEC).Comparado com o ano de 2004, as médias

na freqüência e na duração das interrupções de

Esse resultado indica uma alteração na energia elétrica aumentaram em 2005. Esse

trajetória de índices positivos no período de 1996 dado foi constatado pela ANEEL junto com as 13

a 2004.Agências Estaduais conveniadas durante o

levantamento anual que avalia os indicadores de

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005**

26,09

27,19

24,05

19,85

17,44

16,57

18,07

16,63

15,81

16,63

21,91

21,68

19,88

17,59

15,29

14,56

14,84

13,10

12,13

12,50

PeríodoDEC Apurado(horas/ano)

FEC Apurado(número de interrupções)

EVOLUÇÃO DOS ÍNDICES DE QUALIDADE

** Dados preliminares (não contemplam a empresa CEEE)

Principaisresultados Principaisresultados

Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total

AUDIÊNCIAS PÚBLICAS REALIZADAS PELA ANEEL - 1998/2005

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

TOTAL

0

1

0

1

0

1

2

1

0

0

0

0

1

6

3

3

0

1

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0

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8

6

4

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0

1

2

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2

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1

2

2

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1

0

2

3

3

3

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0

1

4

6

3

8

6

0

0

0

3

4

0

2

3

0

4

4

0

2

0

3

4

0

0

0

0

7

6

3

6

2

1

0

0

5

7

4

2

0

1

1

2

7

8

2

8

6

10

10

13

36

46

45

44

210

Relacionamento com a sociedade é objetivo Em 2005 o principal assunto tratado pelas

audiências públicas foi a Revisão Tarifária Perió-estratégico

dica (RTP). Das 44 audiências realizadas, 16 fo-

ram sobre a RTP. As 26 reuniões presenciais Um dos objetivos estratégicos da ANEEL é o

contaram com uma participação média de 100 de “ter um diálogo sistemático e com ampla co-

pessoas, além das contribuições de 450 partici-municação com a sociedade.” E uma das inicia-

pantes - expositores.tivas que mais aproxima a Agência dos cidadãos

é a audiência pública, instrumento que contribui

para a atividade de regulação aperfeiçoando

atos elaborados pela ANEEL.

Central de Teleatendimento questão e a criação de ambiente adequado à

negociação.

Uma importante forma de atendimento ao

O resultado dessa ação é importante para público é a Central de Teleatendimento (CTA),

as áreas de regulação na medida em que que possibilita a comunicação pontual com o

identifica pontos na legislação que precisam ser cidadão, por meio do serviço de discagem

esclarecidos ou mesmo tratados em resolução. gratuita 144. Em 2005, a CTA da ANEEL recebeu

Em 2005, foram mediados 44 processos, na 609.900 ligações. Desse total, 591.407 (97%)

maioria das vezes, sobre a interpretação de das ligações são atendidas ao primeiro toque do

contratos e migração para o ambiente de telefone e resolvidas de imediato. E 18.493, pela

contratação livre de energia elétrica.maior complexidade envolvida, são encaminha-

das para análise e solução.

Reuniões Públicas de Diretoria

Mediação

Em 2005, a ANEEL investiu na consolidação

do processo de tornar públicas as reuniões da A maioria das questões trabalhadas na

diretoria. Foram realizadas 72 reuniões com a mediação tem origem em assuntos não

participação de agentes e consumidores do setor regulados, dificuldades na interpretação ou

elétrico e deliberados 991 processos. A Agência, lacunas na legislação do setor e na obtenção de

por meio do site, informa as datas e pautas e dados que comprovem as posições dos

transmite ao vivo as reuniões, numa demons-envolvidos. Essa atividade é realizada por meio

tração de transparência.de técnicas que prevêem o esclarecimento da

22 23

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Foto: Milena Medeiros

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Encerrado o primeiro ciclo de Revisão Desde o início do processo de revisão

tarifária, a ANEEL envolveu, além das Tarifária Periódica

concessionárias, os conselhos de consumidores e

as agências estaduais. Os procedimentos, A ANEEL concluiu a Revisão Tarifária

roteiros e prazos necessários para os processos Periódica (RTP) de 61 concessionárias de

de RTP foram discutidos em conjunto com esses distribuição do serviço público de energia

segmentos. O esforço resultou na construção de elétrica, de acordo com o cronograma definido

um cronograma detalhando as etapas até a contratualmente, encerrando assim o primeiro

homologação dos valores do reposicionamento ciclo de RTP. Das 64 distribuidoras de energia

tarifário e do Fator X, conforme avisos publicados elétrica existentes no Brasil, apenas três

no Diário Oficial da União (DOU).(Companhia Energética do Amazonas - CEAM,

Companhia Energética de Roraima - CER,

As tarifas de energia elétrica são Companhia de Eletricidade do Amapá - CEA) não

estabelecidas no momento da assinatura do passaram pelo processo de revisão tarifária, já

contrato de concessão e atualizadas com base que não assinaram os contratos de concessão.

em indexador previsto nesses contratos por um

período previamente determinado, em geral

quatro anos. Ao final desse tempo, a ANEEL

procede à Revisão Tarifária Periódica.

O fundamento da RTP é a definição de um

novo valor de receita que possa garantir o

equilíbrio para o serviço de distribuição. Esse

intervalo entre revisões tarifárias é uma

oportunidade para a concessionária aumentar

sua remuneração mediante ganhos de eficiência,

observado o nível de qualidade exigido na

prestação do serviço.

As novas tarifas são fundamentadas em

custos eficientes e na adequada remuneração

sobre os investimentos. Dessa forma, a

remuneração do capital investido não é pré-Foto: Pedro Ladeira

TarifadeEnergiaElétrica TarifadeEnergiaElétrica

TarifadeEnergiaElétricaTarifadeEnergiaElétrica

determinada, mas pode ser acrescida como Em 2005, a ANEEL realizou o processo de

resultado da redução de custos para que as Revisão Tarifária Periódica de 16 concessionárias

tarifas permaneçam constantes em termos reais. de distribuição, alcançando a meta prevista: Cia

Energética da Borborema (Celb), Cia de Eletrici-

As atuais regras jurídicas e econômicas dade de Pernambuco (Celpe), Muxfeldt Marin &

relativas ao regime tarifário dos contratos de Cia Ltda (Muxfeldt), Centrais Elétricas de Cara-

concessão do serviço público de distribuição de zinho S/A (Eletrocar), Departamento Municipal

energia elétrica no Brasil constituem uma ver- de Ijuí (Demei), Hidroelétrica Panambi S/A

tente do regime de regulação por incentivos. Sua (Hidropan), Cia Energética do Piauí (Cepisa), Cia

principal finalidade é o aumento da eficiência e Energética do Maranhão (Cemar), S.A de

da qualidade na prestação do serviço, atendendo Eletricidade da Paraíba (Saelpa), Cia. Energética

ao princípio de modicidade tarifária, conforme de Alagoas (Ceal), Cia. Energética de Goiás

estabelecido pelo art. 14 da Lei n° 9.427, de 26 (Celg), Manaus Energia S.A. (Manaus), Boa Vista

de dezembro de 1996. E para tornar o processo Energia S.A. (Boa Vista), Centrais Elétricas de

de Revisão Tarifária Periódica mais transparente Rondônia S/A (Ceron), Companhia de Eletri-

e participativo, a ANEEL realizou audiência públi- cidade do Acre (Eletroacre), Usina Hidroelétrica

ca na principal cidade da área de concessão de Nova Palma Ltda (Uhenpal).

cada concessionária para obter contribuições da

sociedade.

ConcessionáriaLocal da

Audiência Pública

REVISÃO TARIFÁRIA DAS CONCESSIONÁRIAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA (2003 A 2005)

Data daAudiência

Pública

Data daRevisão

Percentual deReposicionamento

CJE

CNEE

CELG

CAIUÁ

CFLO

CEB

LIGHT

EEB

CERON

CEEE

EEVP

CELB

MUXFELDT

EFLUL

DEMEI

ELETROACRE

Jaguari - SP

Catanduva - SP

Goiânia - GO

Presidente Prudente - SP

Guarapuava - PR

Brasília - DF

Rio de Janeiro - RJ

Bragança Paulista - SP

Porto Velho - RO

Porto Alegre - RS

Assis - SP

Campina Grande - PB

Tapejara - RS

Urussanga - SC

Ijuí - RS

Rio Branco - AC

27/nov/03

03/dez/03

04/ago/05

19/nov/03

17/dez/03

29/jul/04

14/out/03

28/nov/03

20/out/05

22/set/04

20/nov/03

15/dez/04

12/mai/05

11/mar/04

01/jun/05

19/out/05

3/fev/04

3/fev/04

10/set/05

3/fev/04

3/fev/04

26/ago/04

7/nov/03

3/fev/04

30/nov/05

25/out/04

3/fev/04

4/fev/05

29/jun/05

30/mar/04

29/jun/05

30/nov/05

-6,17%

-4,13%

-2,83%

-1,54%

-1,48%

-1,23%

-0,09%

0,33%

2,58%

2,64%

4,25%

4,68%

4,71%

5,04%

5,77%

7,94%

26 27

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TarifadeEnergiaElétrica TarifadeEnergiaElétrica

Concessionária ConcessionáriaLocal da

Audiência PúblicaLocal da

Audiência Pública

Data daAudiência

Pública

Data daAudiência

Pública

Data daRevisão

Data daRevisão

Percentual deReposicionamento

Percentual deReposicionamento

ESCELSA

CEAL

COOPERALIANÇA

COPEL

HIDROPAN

BOA VISTA

CELESC

BANDEIRANTE

SAELPA

COCEL

PIRATININGA

ELETROPAULO

CSPE

ELETROCAR

DMEPC

AMPLA

FORCEL

COSERN

AES SUL

CEMAR

MANAUS ENERGIA

SANTA CRUZ

JOÃO CESA

IGUAÇU

CPEE

CELPA

CPFL

CELPE

CFLCL

CLFM

SULGIPE

CEPISA

CENF

RGE

ELEKTRO

SANTA MARIA

CEMAT

CELTINS

ENERGIPE

COELCE

COELBA

CEMIG

ENERSUL

CHESP

UHENPAL

Vitória - ES

Maceió - AL

Içara - SC

Curitiba - PR

Panambí - RS

Boa Vista - RR

Florianópolis - SC

S. J. dos Campos - SP

João Pessoa - PB

Campo Largo - PR

Sorocaba - SP

São Paulo - SP

Itapetininga - SP

Carazinho - RS

Poços de Caldas - MG

Niterói - RJ

Coronel Vivida - PR

Natal - RN

São Leopoldo - RS

São Luiz - MA

Manaus - AM

Ourinhos - SP

Siderópolis - SC

Xanxerê - SC

S. J. R. Pardo - SP

Belém - PA

Campinas - SP

Recife - PE

Cataguases - MG

Mococa - SP

Estância - SE

Teresina - PI

Nova Friburgo - RJ

Caxias do Sul - RS

Limeira -SP e Três Lagoas - MS

Colatina - SP

Cuiabá - MT

Palmas - TO

Aracaju - SE

Fortaleza - CE

Salvador - BA

Belo Horizonte - MG

Campo Grande - MS

Ceres - GO

Faxinal do Soturno - RS

15/jul/04

28/jul/05

30/nov/05

20/mai/04

02/jun/05

07/out/05

08/jul/04

02/out/03

27/jul/05

12/mar/04

01/out/03

18/jun/03

26/nov/03

13/mai/05

19/mai/04

09/dez/03

22/jul/04

25/mar/03

19/mar/03

22/jul/05

06/out/05

21/nov/03

10/mar/04

07/jul/04

4/dez/03

09/jul/03

07/mar/03

13/abr/05

05/mai/04

05/dez/03

05/nov/04

21/jul/05

06/mai/04

20/mar/03

29/jul/03

18/dez/03

26/fev/03

28/mai/04

27/mar/03

24/mar/03

28/mar/03

06/mar/03

27/fev/03

25/ago/04

02/dez/05

7/ago/04

26/ago/05

7/fev/06

24/jun/04

29/jun/05

1/nov/05

7/ago/04

23/out/03

26/ago/05

30/mar/04

23/out/03

4/jul/03

3/fev/04

29/jun/05

28/jun/04

30/dez/03

26/ago/04

22/abr/03

19/abr/03

26/ago/05

1/nov/05

3/fev/04

30/mar/04

7/ago/04

3/fev/04

7/ago/03

8/abr/03

29/abr/05

18/jun/04

3/fev/04

14/dez/04

26/ago/05

18/jun/04

19/abr/03

27/ago/03

7/fev/04

8/abr/03

4/jul/04

22/abr/03

22/abr/03

22/abr/03

8/abr/03

8/abr/03

12/set/04

28/dez/05

8,58%

8,74%

9,01%

9,17%

9,22%

9,88%

9,89%

10,51%

11,12%

11,37%

11,52%

11,65%

12,29%

12,83%

13,21%

13,87%

14,62%

14,99%

15,92%

15,95%

17,39%

17,49%

18,25%

18,77%

20,10%

20,21%

20,29%

21,50%

21,67%

21,73%

22,55%

22,85%

25,24%

27,96%

28,69%

28,80%

29,48%

30,53%

33,64%

34,65%

38,78%

44,41%

50,81%

51,56%

57,71%

Mudanças na legislação alteram o cálculo de O mesmo procedimento foi adotado para

as Receitas Anuais Permitidas (RAP) das trans-tarifas

missoras de energia. Para isso, a Agência san-

cionou as resoluções nº 149 e nº 150, de 30 de As tarifas de energia elétrica fixadas pela

junho de 2005, que estabeleceram os valores ANEEL contemplavam os percentuais de 0,65%

referentes às Receitas Anuais Permitidas (RAPs), para o PIS/PASEP e 3% para o COFINS. As leis n°

o reajuste das Tarifas de Uso do Sistema de Trans-10.637/2002 e 10.833/2003 alteraram esses per-

missão (TUST), componentes da rede básica do centuais para 1,65% (PIS/PASEP) e 7,60% (CO-

Sistema Interligado Nacional (SIN), e a tarifa de FINS), além da metodologia de apuração desses

transporte da energia elétrica, proveniente de tributos (sistema não-cumulativo) em que as alí-

Itaipu Binacional, para o período tarifário de julho quotas efetivas passaram a ter variações mensais.

de 2005 a junho de 2006.

No momento de cada reajuste e revisão

Foram incluídos, ainda, no cálculo da RAP, tarifária das distribuidoras de energia elétrica, a

os empreendimentos de transmissão licitados ANEEL calculou a diferença entre os percentuais

que entrarão em operação comercial até 30 de que compõem a tarifa de energia elétrica (0,65%

junho de 2006. O valor da receita foi atualizado e 3%) e os praticados pelas empresas. A nova

conforme o Índice Geral de Preços de Mercado legislação permite às concessionárias repor os

(IGP-M) entre junho de 2004 e maio de 2005. A custos decorrentes do PIS/PASEP e COFINS que

arrecadação ultrapassará o valor de R$ 7 bilhões.estavam sem previsão tarifária.

Na mesma data em que ocorrem os A Agência realizou uma audiência pública

reajustes das RAPs das concessionárias de em busca de contribuições para o aprimora-

transmissão, é realizado o reajuste das Tarifas de mento dessa metodologia. Assim, as distri-

Uso do Sistema de Transmissão (TUST). O período buidoras passaram a destinar os custos relativos

tarifário também vai de 1º de julho do ano em às contribuições do PIS/PASEP e COFINS às tarifas

que são publicadas até 30 de junho do ano reguladas pela ANEEL. Por meio de aditivo ao

subseqüente.contrato de concessão de distribuição, a ANEEL

atribuiu às empresas a responsabilidade pela

inclusão dos valores dessas alíquotas no preço

final da energia.

28 29

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TarifadeEnergiaElétrica

A RAP corresponde à remuneração das condições de utilização da capacidade suportada

concessionárias de transmissão pelo uso de suas pela rede elétrica até determinado ponto. Esse

instalações e em operação até 30 de junho de cálculo considera o número de circuitos a serem

2005, integrantes da rede básica ou das (DITs) percorridos para escoar a energia gerada, suprir a

demais instalações de transmissão. A TUST é carga e o nível de carregamento. Todos os agen-

calculada a partir da simulação do Programa tes que acessam a rede básica - geradores, distri-

Nodal, sistema informatizado que implementa a buidores e consumidores livres - pagam a TUST,

metodologia para estabelecer tarifas levando em que é utilizada na remuneração da RAP.

conta a demanda, a geração de energia e as

VALORES DAS PARCELAS DE RECEITA UTILIZADAS NO PERÍODO 2005/2006 (R$)

RAP-RB (rede básica)

ONS

Parcela de Ajuste

Parcela de Ajuste - PIS / COFINS

Previsão de Novas Obras

Total para cálculo da TUST-RB (rede básica)

RAP-FR *(transformadores da rede básica de fronteira)

RAP-DIT *(DITs compartilhadas)

Total para cálculo da TUST-FR

5.901.162.135,45

321.285.400,00

- 181.442 .726,73

265.436.146,17

101.291.840,38

6.407.732.795,26

636.175,90

194.968,79

831.144,70

30

Foto: Sinara Bertholdo

31

TarifadeEnergiaElétrica

Page 18: RELATÓRIO2005 CERTO · corte de verbas e, principalmente, a imprevisibi-lidade das liberações financeiras, impossibilitou a Diretoria da ANEEL Marcelo Brandt Mensagemda DiretoriaColegiada

Foto: Aline Spézia

Page 19: RELATÓRIO2005 CERTO · corte de verbas e, principalmente, a imprevisibi-lidade das liberações financeiras, impossibilitou a Diretoria da ANEEL Marcelo Brandt Mensagemda DiretoriaColegiada

CrescimentodaOfertadeEnergia CrescimentodaOfertadeEnergia

CrescimentodaofertadeenergiaCrescimentodaofertadeenergia

Rede de transmissão é ampliada atingem 3.035,691 km de novas linhas. O

investimento de mais de R$ 2 bilhões reforçou a

malha básica do Sistema Interligado Nacional Em 2005, de um total de 3.134,8 km de

(SIN) em todas as regiões do Brasil. Os destaques linhas de transmissão, foram licitados 3.055,8 km e

são a nova interligação do estado do Espírito autorizados outros 79 km pela ANEEL. O leilão foi

Santo, com a construção da LT Ouro Preto - realizado em novembro e ofereceu a concessão de

Vitória, em 345 kV, com 382 km de extensão, e a sete lotes com 21 linhas de transmissão e oito

interligação Sul - Sudeste pela Linha de subestações. As linhas arrematadas passarão pelos

Transmissão Londrina - Assis - Araraquara, em estados do Pará, Tocantins, Goiás, Minas Gerais,

525 kV, com 365 km de extensão.São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e

Distrito Federal. Deverão entrar em operação

Também foram assinados os contratos de comercial em prazos que variam entre 18 e 24

concessão dos empreendimentos licitados em meses a partir da assinatura do contrato de

2004. As linhas licitadas até 2004 estão em concessão. Os investimentos estão estimados em

construção e compreendem 3.805 km de linhas e R$ 2,8 bilhões e vão gerar 8.800 empregos diretos

investimentos da ordem de R$ 3 bilhões. Além e 22 mil indiretos.

de possibilitar a ampliação da rede, os

empreendimentos geraram 8.150 empregos Os empreendimentos licitados e autori-

diretos e cerca de 20 mil indiretos.zados que entraram em operação em 2005

A

C

B

D

F

2424

24

2424

24

20

Empreendimento

Empreendimento

Empreendimento

Tensão(kV)

Tensão(kV)

Tensão(kV)

Extensão(km)

Extensão(km)

Extensão(km)

Prazo deExecução Meses

Prazo deExecução Meses

Concessionária

LT Marabá - Itacaiunas

LT Itacaiunas - Colinas

LT Itacaiunas - Carajás

SE Itacaiunas - Transformação

LT Serra da Mesa II - Luziânia

LT Luziânia - Samambaia

LT Luziânia - Paracatu

LT Paracatu - Emborcação

SE Luziânia

SE Paracatu - 4

LT Anhanguera - Guarulhos

LT Florianópolis Ilha - Palhoça

LT Biguaçu - Palhoça

1

2

3

LT Colinas - Miracema

LT Miracema - Gurupi

LT Gurupi - Peixe Nova

LT Peixe Nova - Serra da Mesa II

LT Emborcação - Nova Ponte

LT Nova Ponte - Estreito

LT Nova Ponte - Itumbiara

LT Nova Ponte - São Gotardo

LT São Gotardo - Bom Despacho

SE Estreito

LT Barra Grande - Lages - Rio do Sul

SE Lages

SE Rio do Sul

LT Campos Novos - Pólo

LT Tijuco - Itapeti - Nordeste

Total

Total

PA

TO/PA

PA

PA

GO

DF/GO

GO/MG

MG

GO

MG

SP

SC

SC

TO

TO

TO/GO

GO

MG

MG

MG

MG

MG

MG

SC

SC

SC

SC/RS

SP

39,8

304

110

310

65

118

188

-

-

22

40

17

CTEEP

ELETROSUL

ELETROSUL

173

255

72

195

88

147

182

198

93

195

273

50

3.055,8

79

500

500

230

500/230

500

500

500

500

500

500/138

345

230

230

500

500

500

500

500

500

500

500

500

500/345

230

230/138

230/138

525

345

Lote

Lote

Item

EMPREENDIMENTOS LICITADOS EM 2005

EMPREENDIMENTOS AUTORIZADOS EM 2005

EMPREENDIMENTOS DE TRANSMISSÃO - AUTORIZADOS EM 2005

UF

UF

UF

Leilão no 001/2005

E

G

20

18

34 35

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R$ 1.237.949,79 3300 1.148,8

Investimento3(R$x10 )

EmpregosGerados

Extensão(km)

CrescimentodaOfertadeEnergia CrescimentodaOfertadeEnergia

MAPA DE EXPANSÃO DO SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL Hidrelétricas representam quase 70% da

potência instalada

As usinas hidrelétricas são a principal fonte

geradora de energia elétrica do Brasil. Até

dezembro de 2005, o país atingiu a capacidade

de gerar 71.060MW por meio de hidrelétricas, o

que representa uma parcela de 76,5% de toda

potência nacional instalada.

Para manter o compromisso com um

desenvolvimento sustentável do setor, a ANEEL

registra, analisa e aprova inventários de bacias

hidrográficas, estudos de viabilidade e projetos

básicos para construção de Pequenas Centrais

Hidrelétricas (PCHs) e de usinas de médio e

grande portes.

Em 2005, a ANEEL tornou disponíveis

inventários hidrelétricos que totalizaram a

potência de 3.399 MW. Os estudos de inventário

permitem a avaliação do potencial hidrelétrico

de uma bacia hidrográfica e identificam os

melhores locais nos rios onde a vazão e queda

favorecem a instalação de usinas que gerem o

máximo de energia, a um menor custo, com

impacto mínimo sobre o meio ambiente

A fase posterior aos inventários é a dos

estudos de viabilidade, aplicáveis aos empre-

endimentos com potência instalada superiores a

30 MW e necessários ao planejamento das

usinas hidrelétricas passíveis de licitação pelo

poder público. Esses estudos compreendem o

dimensionamento da produção energética e

otimizam as variáveis técnico-econômicas e am-

bientais. Para o programa de licitações de usinas

hidrelétricas ocorrido em 2005, a ANEEL analisou

e aprovou 13 estudos de viabilidade.

36 37

R$ 1.339.763,31

R$ 407.659,27

R$ 2.985.372,37

4300

1200

8800

1.461

525

3.134,8

Investimento3

(R$x10 )

Investimento3(R$x10 )

Obs.: Valores dos EmpreendimentosLicitados e Autorizados no ano de 2005

Investimento3(R$x10 )

EmpregosGerados

EmpregosGerados

EmpregosGerados

Extensão(km)

Extensão(km)

Extensão(km)

Norte / Nordeste

Centro-Oeste / Sudeste

Sul

Brasil

Leilão nº 001/2005-ANEEL

Linhas Licitadas/Autorizadasem Construção

Linhas Licitadas/Autorizadasem Operação

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CrescimentodaOfertadeEnergia CrescimentodaOfertadeEnergia

38 39

Concluída a etapa de estudos de viabi- Concluída a reorganização institucional do

lidade, inicia-se o projeto básico. O objetivo setor de energia elétrica e aprovado o novo

principal dessa fase é detalhar e definir, entre marco regulatório com a promulgação das leis nº

outros aspectos, o orçamento para a construção 10.847/04 e 10.848/04, foram definidas as

da usina, de forma a subsidiar a contratação das regras para a efetiva garantia do suprimento para

obras pelos investidores. o mercado e a expansão das atividades de

geração, transmissão e distribuição.

Em 2005, a ANEEL analisou e aprovou

1.132 MW de projetos básicos, incluídos nesse Essas regras estabelecem que os novos

total as PCHs, com potências de até 30 MW, projetos de geração sejam licitados com licença

dispensadas dos estudos de viabilidade em ambiental prévia e declaração de reserva de

função do seu pequeno porte e do impacto disponibilidade hídrica. E para facilitar o processo

ambiental reduzido por causa da limitação de licenciamento ambiental de empreendi-

imposta às áreas de seus reservatórios. mentos do setor elétrico, a ANEEL, em conjunto

com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e

O cumprimento desses requisitos é dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e os

fundamental para identificar de modo eficiente órgãos estaduais de meio ambiente, acompanha

futuros empreendimentos de geração esses licenciamentos.

hidrelétrica. Os estudos e projetos são anteriores

à autorização e à concessão para investidores Já em relação à declaração de reserva de

privados ou estatais e contribuem para o disponibilidade hídrica, a ANEEL promove a

planejamento estratégico do governo na área de obtenção do documento junto à Agência

infra-estrutura do setor elétrico. Nacional de Águas (ANA) e aos órgãos estaduais

gestores de recursos hídricos, além de atuar

Além das atividades descritas, a gestão do como entidade articuladora entre empre-

potencial hidráulico brasileiro envolve: endedores e esses órgãos.

o monitoramento do processo de licença

ambiental de empreendimentos a serem

Leilões contribuem para aumentar a oferta licitados

a promoção da reserva de disponibilidade de energia elétrica

hídrica para licitação ou autorização de

aproveitamentos hidrelétricos Os leilões tornaram-se o principal

o acompanhamento da evolução dos mecanismo de mercado utilizado para a

modelos hidrológicos de previsão de vazões comercialização de energia elétrica. Além de

utilizados pela Supervisão de Hidrologia do promover a eficiência e a competição, os leilões

Operador Nacional do Sistema Elétrico de energia conferem maior transparência às

a auditagem de custos de estudos e projetos, transações comerciais efetivadas e possibilitam a

com vista aos ressarcimentos para os leilões definição do preço da energia no mercado de

de concessões longo prazo.

Esse processo foi ampliado a partir das 2004, totalizando um volume de energia de

regras definidas pela Lei nº 10.848, de 15 de 3.284 MW médios, o que representa R$ 68,4

março de 2004, e pelo Decreto nº 5.163, do mes- bilhões. Os contratos por quantidade têm

mo ano. A lei estipula que as empresas de duração de 30 anos e os contratos por disponi-

distribuição devem garantir o atendimento a bilidade têm prazo de duração de 15 anos, com

toda a sua área de cobertura, mediante contra- início de suprimento entre 2008 e 2010.

tação regulada estabelecida por licitação.

O leilão foi dividido em três casos: outorgas

A ANEEL realizou em 2005 dois leilões de de concessão para usinas hidrelétricas; outorgas

energia elétrica existente, também chamada de autorização para termelétricas, PCHs, projetos

“energia velha”, para início de suprimento entre de ampliação ou importação; e empreendi-

2006 e 2009. Os leilões tiveram o objetivo de mentos enquadrados nos termos do art. 17 da Lei

firmar contratos de compra e venda entre nº 10.848, de março de 2004, que instituiu o

agentes de distribuição e geração. O primeiro novo modelo de comercialização de energia

leilão ocorreu em abril e estabeleceu contratos elétrica.

com duração de oito anos e início de suprimento

A Lei nº 10.848 e o Decreto nº 5.163 em 2008. Foram negociados 1.325 MW médios

definem que, até 31 de dezembro de 2007, de energia a um preço médio R$ 83,13/MWh,

poderá haver oferta proveniente de geradoras movimentando R$ 7 bilhões.

existentes ou de projetos de ampliação nos

O segundo leilão de energia existente, em leilões para contratação de energia nova, desde

outubro, negociou contratos com duração de três que atendam cumulativamente aos seguintes

anos, com início de suprimento em 2006, e com requisitos:

obtenção de outorga de concessão ou duração de oito anos para suprimento a partir de

autorização até 16 de março de 20042009. Foram vendidos 102 MW de energia, a méd

ter iniciado a operação comercial a partir de um preço médio de R$ 62,95/MWh, para 2006, e

1º de janeiro de 2000um montante de 1.166 MW médios de energia

não ter tido energia contratada até 16 de foi comercializado a R$ 94,91/MWh. O total

março de 2004.negociado foi de R$ 8 bilhões.

O Decreto nº 5.163 estabelece que a ANEEL O leilão de energia “nova” foi realizado em

deve promover leilões específicos para dezembro de 2005. Nele, foram negociadas sete

contratação de ajuste pelos agentes de novas usinas hidráulicas, na modalidade

distribuição, com prazo de suprimento de até quantidade, e seis novas usinas térmicas, na

dois anos. Os leilões de ajustes têm a finalidade modalidade disponibilidade, além de energia de

de complementar o montante de energia 38 usinas com outorga de concessão ou

elétrica necessário para atender ao total das autorização anterior à 16 de março de 2004, iní-

cargas do mercado de distribuição de energia.cio da operação comercial após 1º de janeiro de

2000 e com energia não contratada até março de

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CrescimentodaOfertadeEnergia

Vencedor

Vencedor

ENERGIA DE USINAS HIDRELÉTRICAS LICITADAS EM 2005 (NOVAS USINAS)

ENERGIA DE USINAS TERMELÉTRICAS AUTORIZADAS EM 2005 (NOVAS USINAS)

PotênciaInstalada

(MW)

Garantiafísica

(MW médios)

EnergiaContratada

(MW médios)

EnergiaContratada

(MW médios)

Preço deVenda

(R$/MWh)

ReceitaFixa

(R$/ano)

Total

Total

451

404

804,6

575,515

Usina

Usina

Ano deSuprimento

Ano deSuprimento

UHE Foz do Rio Claro

UHE São José

UHE Passo São João

UHE Paulistas

UHE Simplício

UHE Retiro Baixo

UHE Baguari

UTE Goiânia II

UTE Candiota III

(Ampliação)

UTE Costa Pinto

UTE Interlagos

UTE Quirinópolis

UTE Lasa

Consórcio BR Benco (Petrobrás

Distribuidora S.A. (10%) e Benco

Engenharia Ltda. (90%))

Companhia de Geração Térmica

de Energia Elétrica - CGTEE

Cosan S.A. Bioenergia

Usina Interlagos Ltda.

U.S.J. Açúcar e Álcool S.A.

LASA - Linhares Agroindustrial S.A.

2010

2010

2010

2010

2010

2009

2010

68,4

51

77

52,5

333,7

82

140

39

30

37

47

185

36

77

108,04

115,80

113,22

114,70

115,88

114,36

115,68

Alusa Engenharia Ltda.

Alusa Engenharia Ltda.

ELETROSUL S.A.

Furnas Centrais Elétricas S.A.

Furnas Centrais Elétricas S.A.

Orteng Equip. e Sistemas Ltda.

Consórcio Baguari (Cemig Geração e Transmissão S.A. (34%), Furnas Centrais Elétricas S.A. (15%) e Neoenergia S.A. (51%))

2009

2010

2009

2008

2009

2008

2009

70

350

56,140

40

40

19,375

65

292

19

6

2

6

14

25.650.000,00

331.250.640,00

26.929.609,19

6.582.600,19

2.369.400,06

6.684.757,76

15.086.882,41

40 41

CrescimentodaOfertadeEnergia

Vencedor

ENERGIA DE USINAS HIDRELÉTRICAS COM OUTORGA EM ANOS ANTERIORES

EnergiaHabilitada/

GarantiaFísica*

(MW médios)

EnergiaContratada

(MW médios)

ReceitaFixa

(R$/ano)

Total 555,000865,973

Usina Ano deSuprimento

UHE Queimado

UHE 14 de Julho

UHE Castro

Alves

UHE Monte

Claro

UHE Porto

Primavera

PCH Porto Góes

UHE Luís

Eduardo

Magalhães

UHE

Mascarenhas

UHE Manso

PCH Goiandira

PCH Nova

Aurora

UHE Luís

Eduardo

Magalhães

UHE Luís

Eduardo

Magalhães

UHE Ita

UHE

Machadinho

Companhia Energética de

Brasília – CEB

Companhia Energética Rio das

Antas – CERAN

Companhia Energética Rio das

Antas – CERAN

Companhia Energética Rio das

Antas – CERAN

Companhia Energética de São

Paulo - CESP

Empresa Metropolitana de Águas

e Energia S.A. – EMAE

EDP Lajeado S.A.

Energest S.A.

Furnas Centrais

Elétricas S.A.

PCH Performance Centrais

Hidrelétricas Ltda.

PCH Performance Centrais

Hidrelétricas Ltda.

Paulista Lajeado Energia S.A.

Rede Lajeado Energia S.A.

Tractebel Energia S.A.

Tractebel Energia S.A.

2008

2010

2010

2010

2010

2008

2009

2010

2008

2009

2008

2008

2010

2010

2010

2008

2009

2010

2010

10,15

10,604

13,573

12,513

230

10,44

4,517

23,9

92

17,09

12,4

1,018

7,408

336,263

84,097

9

10

13

12

148

1

1

8

2

2

23

35

55

16

12

1

7

116

84

115,98

129,67

129,44

129,41

116,00

116,00

116,00

115,99

114,98

115,98

115,98

97,89

112,89

99,95

99,95

110,00

108,00

115,90

114,00

Page 23: RELATÓRIO2005 CERTO · corte de verbas e, principalmente, a imprevisibi-lidade das liberações financeiras, impossibilitou a Diretoria da ANEEL Marcelo Brandt Mensagemda DiretoriaColegiada

CrescimentodaOfertadeEnergia

Vencedor

ENERGIA DE USINAS TERMELÉTRICAS COM OUTORGA EM ANOS ANTERIORES

EnergiaHabilitada*

(MW médios)

EnergiaContratada

(MW médios)

ReceitaFixa

(R$/ano)

Total 1874,0002.460,246

Usina Ano deSuprimento

UTE Rafard

UTE Xavantes

Aruanã

UTE Jacuí

UTE Daia

UTE Altos

UTE Aracati

UTE Baturité

UTE Campo

Maior

UTE Caucaia

UTE Crato

UTE Iguatu

UTE Jaguarari

UTE Juazeiro do

Norte

UTE Marambaia

UTE Nazária

UTE Pecém

UTE Cubatão

UTE Eletrobolt

UTE Termoceará

UTE TermoRio

UTE Três Lagoas

UTE Cocal

UTE PIE-RP

Cosan S.A. Bioenergia

Aruanã Termoelétrica S.A.

Elétrica Jacuí S.A.

Empresa de Energia Elétrica do

Brasil Ltda. – ENGEBRA

Enguia GEN PI Ltda.

Enguia GEN CE Ltda.

Enguia GEN CE Ltda.

Enguia GEN PI Ltda.

Enguia GEN CE Ltda.

Enguia GEN CE Ltda.

Enguia GEN CE Ltda.

Enguia GEN BA Ltda.

Enguia GEN CE Ltda.

Enguia GEN PI Ltda.

Enguia GEN PI Ltda.

Enguia GEN CE Ltda.

Baixada Santista Energia Ltda.

SFE – Sociedade Fluminense de

Energia Ltda.

Termoceará Ltda.

TermoRio S.A.

Petróleo Brasileiro S.A.

Cocal Termelétrica S.A.

PIE-RP Termelétrica S.A.

2009

2008

2009

2009

2008

2008

2008

2008

2008

2008

2008

2008

2008

2008

2008

2008

2008

2010

2009

2009

2010

2008

2010

2009

2008

2009

2008

2009

17,869

22,2

254

19,7

7,9

6,7

6,7

7,9

8,5

7,9

8,5

59,3

8,5

7,9

7,9

8,5

205

285,237

147,84

986,6

335,8

19,7

20,1

12

21

1

254

19

7

6

6

7

8

7

8

59

8

7

7

8

141

278

64

77

352

352

127

10

9

9

10

16.819.200,00

5.071.949,00

241.521,00

289.295.149,10

6.817.080,81

2.057.277,00

1.962.554,00

1.962.554,00

2.057.277,00

2.735.518,00

2.057.277,00

2.735.518,00

19.104.794,00

2.735.518,00

2.057.277,00

2.057.277,00

2.735.518,00

85.411.314,00

128.923.723,20

25.015.757,80

26.623.304,40

199.842.931,20

165.893.376,00

56.938.773,60

4.059.000,00

4.810.500,00

3.685.500,00

4.950.000,00

Capacidade Instalada é expandida em mentos. Isso significou aumento da capacidade

instalada do país em 2.425,10 MW. Entretanto, 2.186 MW

os processos de regularização, repotenciação,

reativação e desativação levaram a um Em 2005, a ANEEL registrou a entrada em

decréscimo de 238,15 MW nessa capacidade operação de sete usinas hidrelétricas (UHEs), seis

instalada. A expansão real foi de 2.186,95 MW de termelétricas (UTEs) e 11 Pequenas Centrais Hi-

potência.drelétricas (PCHs), totalizando 24 empreendi-

42 43

CrescimentodaOfertadeEnergia

TOTAL 2.186,95 100,00%-238,152.425,10

Usinas comUnidades motorizadas

EXPANSÃO DA CAPACIDADE INSTALADA REGISTRADA EM 2005

ExpansãoReal da

CapacidadeInstalada

%Tipo

Regularização,repotenciação,

reativação edesativação

Usina Hidrelétrica – UHE

Usina Termelétrica – UTE

Pequena Central Hidrelétrica – PCH

Central Geradora Hidrelétrica – CGH

Central Geradora Eólica – EOL

7

6

11

0

0

1.732,85

565,89

126,36

0,00

0,00

120,45

-351,74

-16,06

9,20

0,00

1.853,30

214,15

110,30

9,20

0,00

84,74

9,79

5,05

0,42

0,00

Quant. Pot. (MW) Pot. (MW) Pot. (MW)

Novas usinas eólicas em construçãoEntraram em operação 18 empreendi-

mentos hidrelétricos, sendo sete UHEs e 11 PCHs,

o que corresponde a 89,79% do acréscimo A geração de eletricidade a partir de fonte

verificado no ano. Esses dados demonstram a eólica tem se mostrado viável, principalmente

importância da geração hidrelétrica para a ex- em lugares onde as condições ambientais são

pansão da oferta de energia. favoráveis e há pouca disponibilidade de

potencial hídrico para geração de energia. Em

Além disso, a ANEEL autorizou 23 novas 2005, foram iniciadas as obras de implantação de

PCHs e a ampliação de outras sete, conta- cinco usinas, com previsão de entrada em

bilizando 269.929 MW de potência instalada. A operação comercial em 2006. As novas centrais

Agência também registrou 30 Centrais Geradoras eólicas estão sendo construídas no Rio Grande do

Hidrelétricas (CGHs), somando 18,708 MW de Norte, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

potência. As CGHs são empreendimentos pro-

A ANEEL também autorizou a ampliação de venientes de fonte hidráulica com potência ins-

outras duas centrais eólicas, outorgadas em anos talada igual ou menor a 1 MW. A ANEEL registra e

anteriores. Quando entrarem em operação, as regulariza as CGHs por meio de despachos de

centrais representarão um acréscimo de 114,9 registros, conforme disposto na Lei nº 9.074, de

MW de potência instalada. São passíveis de julho de 1995, e no Decreto nº 2.003, de setem-

autorização os empreendimentos provenientes bro de 1996.

de fonte eólica com potência maior que 5 MW. O

quadro mostra usinas eólicas em fase de im-

plantação em 2005.

-Pequenas Centrais Hidrelétricas são empreen

dimentos provenientes de fonte hidráulica com

potência instalada maior que 1 MW e menor ou

igual a 30 MW, com reservatório de área igual ou 2 inferior a 3 km e que atendam o disposto na

Resolução nº 652, 9 de dezembro de 2003.

Page 24: RELATÓRIO2005 CERTO · corte de verbas e, principalmente, a imprevisibi-lidade das liberações financeiras, impossibilitou a Diretoria da ANEEL Marcelo Brandt Mensagemda DiretoriaColegiada

CrescimentodaOfertadeEnergia

Potência Outorgada (kW)

USINAS DO TIPO EOL EM CONSTRUÇÃO

Usina Município

RN 15 - Rio do Fogo

Eólica Água Doce

Parque Eólico de Osório

Parque Eólico Sangradouro

Parque Eólico dos Índios

Total: 5 Usinas

49.300

9.000

50.000

50.000

50.000

Rio do Fogo - RN

Água Doce - SC

Osório - RS

Osório - RS

Osório - RS

Novas usinas termelétricas são autorizadas como carvão mineral, gás natural e de refinaria,

óleo combustível, diesel e outros como gás de e outorgadas

biomassa.

A ANEEL autorizou em 2005 a construção,

Até 2005, uma parcela das usinas terme-em todo o Brasil, de 22 usinas termelétricas

létricas era emergencial para suprir eventuais fa-(UTEs) com potência acima de 5 MW, permitiu a

lhas no abastecimento do Sistema Interligado ampliação de outras 20 e registrou outros 68

Nacional. Com o fim da cobrança do encargo de empreendimentos com potência menor ou igual

capacidade emergencial, as usinas foram des-a 5 MW. Com isso, 949.643 MW novos de gera-

contratadas e a capacidade instalada da geração ção termelétrica foram outorgados.

termelétrica cresceu apenas 9,79%.

A geração termelétrica representa a

Destaca-se, no ano de 2005, o volume segunda maior fonte de energia elétrica no

expressivo de regularizações de usinas autori-Brasil, correspondendo a 19,57% da capacidade

zadas em anos anteriores. Foram efetivadas instalada nacional. Nos estados do norte do país

aproximadamente 300 regularizações de PCHs, e em parte do Mato Grosso, a geração terme-

usinas termelétricas de biomassa e de usinas létrica é a principal fonte de energia elétrica

eólicas, principalmente para fins de mudança de devido às condições ambientais. Além disso,

titularidade e ajustes de cronogramas de implan-essas localidades não estão conectadas à malha

tação de empreendimentos, devido a necessida-de transmissão de energia do Sistema

de de adequações das usinas ao Programa de Interligado Nacional (SIN) e dependem exclusi-

Incentivo às Fontes Alternativas de Energia vamente dessa fonte de energia.

(PROINFA).

As usinas termelétricas incluem unidades

geradoras que utilizam combustíveis fósseis

44 45

CrescimentodaOfertadeEnergia

Foto: Aline Spezia

Potência Total: 208.300 kW

Page 25: RELATÓRIO2005 CERTO · corte de verbas e, principalmente, a imprevisibi-lidade das liberações financeiras, impossibilitou a Diretoria da ANEEL Marcelo Brandt Mensagemda DiretoriaColegiada

Foto: Marília Assumpção

Page 26: RELATÓRIO2005 CERTO · corte de verbas e, principalmente, a imprevisibi-lidade das liberações financeiras, impossibilitou a Diretoria da ANEEL Marcelo Brandt Mensagemda DiretoriaColegiada

Marcelo Brandt

RegulaçãodoSetorElétrico RegulaçãodoSetorElétrico

RegulaçãodosetorelétricoRegulaçãodosetorelétrico

A cobrança do encargo de capacidade

emergencial é encerrada

Desde dezembro, o consumidor passou a

pagar uma taxa a menos em suas contas de luz: a

do encargo de capacidade emergencial (ECE).

O encargo foi criado em 2002 para evitar Metas de universalização são antecipadas

riscos de desabastecimento de energia. Sua

arrecadação foi usada na cobertura dos custos de O Ministério de Minas e Energia (MME), por

contratação de usinas termelétricas emergen- meio do programa Luz para Todos, antecipou

ciais instaladas no país, disponíveis para gerar para até 2008 o acesso à energia elétrica para

energia em caso de necessidade. A Comercia- toda a população rural ainda não atendida por

lizadora Brasileira de Energia Emergencial (CBEE) esse serviço. A expectativa é a de atender

é a estatal responsável pelo repasse aos proprie- aproximadamente dois milhões de domicílios.

tários de usinas emergenciais dos valores reco- Para isso estão sendo destinados recursos da

lhidos mensalmente pelas concessionárias na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), na

conta de energia de seus consumidores. forma de subvenção, e também da Reserva

Global de Reversão (RGR), por meio de finan-

O encerramento do ECE foi fundamentado ciamento. Há ainda a participação dos estados e

na análise do fluxo de caixa da CBEE e em das concessionárias de distribuição de energia

projeções que indicaram a necessidade de elétrica. Foram assinados termos de compro-

arrecadação até dezembro de 2005. Eventuais misso entre o MME, concessionárias e estados,

excessos de arrecadação serão devolvidos aos com a interveniência da Eletrobrás, gestora

consumidores. financeira do Programa, e da ANEEL.

Em função da antecipação das metas rurais

para 2008, a ANEEL emitiu a Resolução Normati-

va n° 175, de 28 de novembro de 2005, que es-

tabelece a necessidade de revisão dos planos de

universalização, antecipa para esta mesma data

a meta urbana, e determina o acompanhamento

Energia Elétrica Emergencial (AEEE), que

paga as usinas quando elas efetivamente

geram energia. Como não havia necessida-

de de geração, apenas a ECE vinha sendo co-

brada até dezembro.

A ECE faz parte do chamado “seguro-

apagão”, criado na época do racionamento

para possibilitar a construção e operação de

usinas termelétricas emergenciais. Remu-

nera a disponibilidade de geração das usi-

nas. O outro encargo é o de Aquisição de

trimestral das atividades. Está previsto ainda que, caixa, para abrigar somente o disjuntor. O sis-

até o final de 2006, o Programa Luz Para Todos tema ainda reduz os erros de leitura, pois centra-

deverá totalizar 1.205.435 novas ligações de liza as informações de cada unidade consumi-

energia elétrica. dora em um único ponto. A leitura passa a ser

feita rapidamente por meio de comunicação

As metas de universalização relativas às remota.

áreas urbanas também terão acompanhamento

trimestral. Enquanto na área rural a concessio-

nária procura o futuro consumidor, no meio urba-

no a iniciativa deve partir do interessado. O fu-

turo consumidor deverá formalizar seu pedido de

ligação junto à concessionária e, desde que res-

peitados os requisitos da universalização, será

atendido conforme prazos regulamentares esta-

belecidos pela Resolução n° 456, de 29 de no-

vembro de 2000.

Criada metodologia para tratar perdas de

energia elétrica

Medidores eletrônicos possibilitam redução As perdas globais de energia na distri-

de perdas não-técnicas buição referem-se à diferença entre a energia

requerida pela concessionária e a estimada para

Com o objetivo de reduzir as perdas não- venda aos consumidores. As informações sobre

técnicas - furtos e fraudes - a ANEEL autorizou, as perdas são obtidas pela ANEEL junto às con-

por meio das resoluções nº 383 e nº 201, as cessionárias de distribuição de energia e ex-

distribuidoras Coelce e Ampla a instalarem em pressas em megawatt-hora por ano (MWh/ano).

unidades consumidoras medidores eletrônicos Essas perdas são divididas, normalmente, em

externos em caráter experimental. No caso da duas categorias: as perdas técnicas, que ocorrem

Ampla, a instalação foi feita em 230 mil em razão da interação da corrente elétrica e seus

residências e, nas áreas testadas, o índice de campos eletromagnéticos com o meio físico de

perdas caiu de 53% para até 2%. transporte da energia; e as perdas não-técnicas,

relativas a erros de medição, fraudes no consu-

Além desta, outras vantagens foram mo e ligações clandestinas.

identificadas como, por exemplo, a economia na

fase de instalação de ramais de ligação e do Com a publicação do Decreto nº 4.562 de

padrão de medição substituído por uma simples 2002, que estabeleceu os custos e encargos de

A ANEEL condicionou a autorização da subs-

tituição dos medidores de consumo de ener-

gia elétrica à criação de meios para priorizar

a informação ao cidadão. Assim, o consumi-

dor deve ser informado com cinco dias de

antecedência sobre a substituição, e a fatu-

ra mensal deve ser detalhada indicando o

consumo diário da unidade. A concessioná-

ria também deve oferecer à comunidade o

atendimento telefônico gratuito.

A universalização já é realidade em 2.287

municípios, equivalente a 41,45% do total

no país.

48 49

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RegulaçãodoSetorElétrico RegulaçãodoSetorElétrico

Elaborados os procedimentos para responsabilidade do segmento de consumo, as

perdas de energia elétrica passaram a compor as distribuição de energia elétrica

tarifas de fornecimento das distribuidoras de

energia elétrica. Os Procedimentos de Distribuição (Prodist)

estabelecem os requisitos técnicos mínimos ne-

Em função do impacto na tarifa e na cessários ao planejamento, acesso, uso e ope-

qualidade dos serviços, a ANEEL tem se concen- ração dos sistemas de distribuição e as responsa-

trado na busca de mecanismos para o combate à bilidades de cada agente do setor elétrico.

prática de fraudes e furtos. A Agência desenvol-

veu ações como o Plano ANEEL de Redução de Para fazer esse trabalho, incluindo a elabo-

Perdas Não-Técnicas, visando ao aprimoramento ração dos documentos, o consórcio formado por

da regulação sobre o tema, uniformização e cinco empresas - Promon Engenharia, Promon

disseminação das informações. E iniciou estudos Tecnologia, Fupai, ConEnergia e Advocacia Wal-

para definição de uma trajetória regulatória e de tenberg - foi contratado por meio de um proces-

investimentos eficientes pelas concessionárias so licitatório. O Prodist é composto por oito

de distribuição para o combate às perdas de módulos:

energia.

1 - Introdução

Além disso, foi consolidada uma metodo- 2 - Planejamento da expansão do sistema de

logia para avaliar as perdas técnicas das dis- distribuição

tribuidoras, que permite o cálculo de indicadores 3 - Acesso aos sistemas de distribuição

de perdas de cada segmento e nível de tensão. A 4 - Procedimentos operativos do sistema de

definição correta das perdas técnicas é fun- distribuição

damental para quantificar as perdas não- 5 - Sistemas de medição

técnicas. Essa metodologia está incluída nos 6 - Informações requeridas e obrigações

Procedimentos de Distribuição (Prodist) e já foi 7 - Disposições gerais

testada em quatro distribuidoras. 8 - Qualidade da energia elétrica

Durante o ano, foram realizadas reuniões

com agentes do setor elétrico e técnicos da

ANEEL para discussão de cada módulo. O módulo

3, por sua complexidade, contou também com a

participação de consultores internacionais duran-

te realização do workshop.

As perdas não-técnicas no Brasil são da or-

dem de 15,3 TWh/ano, o que representa R$

5,1 bilhões, incluindo a incidência de im-

postos e os custos necessários à geração,

transmissão, distribuição e comercialização

dessa energia.

Aceitas

Nº de agentesDataLocal

PARTICIPAÇÃO E CONTRIBUIÇÕES DOS AGENTES DO SETOR ELÉTRICO

Em análise

Contribuições / Sugestões

TotalParcialEvento

Módulo 2

Discussão das Premissas

Discussão da 1ª versão

Módulo 3

Discussão das Premissas

Discussão da 1ª versão

Workshop Internacional

Módulo 4

Discussão de Premissas

Discussão da 1ª versão

Reuniões com ONS

Módulo 5

Discussão das Premissas

Reunião Técnica com CCEE

Discussão 1ª versão

Reunião Fab. Medidores

Módulo 8

2Discussão de Premissas

Discussão 1ª versão

Total

São Paulo

São Paulo

B. Horizonte

B. Horizonte

Brasília

1Vários

B. Horizonte

R. de Janeiro

São Paulo

São Paulo

R. de Janeiro

São Paulo

São Paulo

São Paulo

13/07/2005

04/10/2005

15/04/2005

09/06/2005

14/09/2005

08/07/2005

22/09/2005

29/07/2005

27/07/2005

02/08/2005

11/10/2005

20/10/2005

13/07/2005

31/08/2005

70

47

34

76

140

53

45

20

15

12

56

30

0

53

651

-

47

-

255

78

-

115

-

-

-

256

-

-

107

858

-

7

-

51

30

-

0

-

-

-

55

-

-

43

186

-

45

-

120

37

-

77

-

-

-

87

-

-

89

455

-

109

-

426

145

-

192

-

-

-

398

-

-

239

1509

1 Visitas ao ONS, CEMIG, COELBA e CPFL2 Realizada em conjunto com Módulo 2 em 13/07/05

Regulação contribui para melhorar as A publicação da Resolução Normativa

nº 158, de 23 de maio de 2005, após realização instalações de transmissão

de audiência pública, teve como objetivo escla-

recer e orientar as transmissoras quanto à dis-As ampliações e os reforços em instala-

tinção entre os reforços e as melhorias em suas ções de transmissão do Sistema Interligado Na-

instalações.cional têm o objetivo de assegurar o adequado

desempenho da rede e o funcionamento pleno

A norma estabelece que as substituições do mercado de energia elétrica. Essas obras são

ou reformas de equipamentos que tenham como indicadas em planos de expansão do setor, ca-

objetivo manter a regularidade, continuidade, bendo à ANEEL definir a forma como serão imple-

segurança e atualidade do serviço sejam imple-mentadas pelas concessionárias de transmissão.

50 51

Page 28: RELATÓRIO2005 CERTO · corte de verbas e, principalmente, a imprevisibi-lidade das liberações financeiras, impossibilitou a Diretoria da ANEEL Marcelo Brandt Mensagemda DiretoriaColegiada

mentadas diretamente pelas concessionárias de transportada nas linhas de transmissão ou às

transmissão. Os investimentos associados, ten- curvas de carga passíveis de aplicação aos trans-

do em vista sua natureza de manter a prestação formadores. O estabelecimento das capacidades

do serviço adequado, somente serão consi- operativas garante flexibilidade operacional ao

derados nas revisões periódicas contratuais da Sistema Interligado Nacional (ONS) e sua utiliza-

Receita Anual Permitida (RAP). Por outro lado, os ção racional, sem comprometer a segurança dos

reforços nessas instalações destinam-se à pres- equipamentos, além de propiciar a redução dos

tação de serviço público adicional e devem ser custos com ampliações e reforços de rede e con-

remunerados por uma Receita Anual Permitida e tribuir para a modicidade tarifária.

autorizados por meio de resolução específica

Recursos de compensação financeira

ANEEL fixa critérios para capacidade cresceram em 2005

operativa de linhas de transmissão

Mais de R$ 1 bilhão arrecadado com o

pagamento de compensação financeira pela A regulamentação específica das capa-

utilização de recursos hídricos foi repassado para cidades operativas das instalações do serviço

598 municípios, 21 estados, o Distrito Federal e público de transmissão de energia elétrica foi

órgãos da União. O volume total de recursos consolidada na Resolução Normativa nº 191, de

cresceu 28,74% em relação a 2004, além de ter 12 de dezembro de 2005. Essa resolução estabe-

beneficiado 15 municípios a mais.lece os procedimentos para determinar a capaci-

dade operativa das instalações de transmissão

A compensação financeira foi paga, nesse integrantes da rede básica, e das demais ins-

ano, por 50 concessionárias de geração hidre-talações de transmissão do Sistema Interligado

létrica. O encargo é cobrado pelo uso dos rios Nacional, para os períodos em que operam em

para a geração de energia elétrica. A ANEEL condições normais e acima do valor de carrega-

gerencia a arrecadação e a distribuição dos mento nominal. Inclui, ainda, definições técnicas

recursos entre os beneficiários.para Função Transmissão e Pagamentos Base,

necessárias para a cobrança de encargos refe-

A legislação determina que as concessio-rentes às indisponibilidades das instalações e às

nárias paguem 6,75% do valor da energia pro-cargas que provocam perda adicional de vida útil

duzida. Do montante arrecadado, 6% são ratea-nos transformadores. Antes de consolidar o do-

dos entre os municípios, estados, o Ministério de cumento, a ANEEL ouviu os agentes do setor e

Minas e Energia, do Meio Ambiente e o Fundo recebeu suas contribuições em audiência

Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecno-pública.

lógico, administrado pelo Ministério de Ciência e

Tecnologia. O restante (0,75%) destina-se à As capacidades operativas em condições

Política Nacional de Recursos Hídricos e ao de operação normal e de emergência correspon-

Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos dem aos valores máximos de corrente elétrica

RegulaçãodoSetorElétrico RegulaçãodoSetorElétrico

Hídricos. As Pequenas Centrais Hidrelétricas

(PCHs) são isentas de encargos referentes à

compensação financeira.

Fluxograma da compensação financeira

6,00%LEI 7990 de 1989

6,75%FATOR PERCENTUALAPLICADO À ENERGIAGERADA6,75% x TAR x GERAÇÃO MENSAL

(Decreto 3739 de 2001)

ARRECADAÇÃO DACOMPENSAÇÃO FINANCEIRA (R$)

DISTRIBUIÇÃO

0,75%LEI 9984 de 2000

MMA

MMA (3%)MME (3%)FNDCT (4%)ESTADOS (45%)MUNICÍPIOS (45%)

A Tarifa Atualizada de Referência (TAR) é um da arrecadação da compensação financeira

valor utilizado no cálculo da compensação pela utilização de recursos hídricos.

financeira. Em 2005, a tarifa foi de R$ 52,67.

Mas, no mês de dezembro, ela foi corrigida

em 6,22%, percentual definido pela ANEEL

na Resolução Normativa nº 192/05. Com

a correção, esse valor ficou em R$ 55,94,

e estará em vigor durante o ano de 2006.

O reajuste da TAR reflete a variação do Índi-

ce de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)

nos últimos 12 meses e resulta em aumento

Além da compensação financeira há o

repasse de royalties pagos pela usina hidrelétrica

de Itaipu. Em 2005, R$ 433,47 milhões foram

recolhidos, valor 21,98% menor que o

correspondente ao ano anterior. A redução no

valor dos royalties de um ano para outro se deve

à variação cambial, uma vez que o pagamento é

feito em dólares.

2004 20051.308.355.357,99 1.437.154.578,45

Compensação financeira + Royalties (R$)

Total Distribuído (R$)

Compensação financeira

Beneficiados

Estados

Municípios

MMA* (0,75%)

FNDCT

MMA

MME

311.836.982,81

311.836.982,81

86.612.721,98

27.675.532,22

20.815.118,60

20.815.118,60

779.592.457,03

401.471.031,21

401.471.031,21

111.508.578,92

35.630.554,02

26.798.191,33

26.798.191,33

1.003.677.578,03

237.943.305,43

237.943.305,43

----

21.150.516,04

15.862.887,03

15.862.887,03

528.762.900,96

195.064.650,19

195.064.650,19

----

17.339.080,02

13.004.310,01

13.004.310,01

433.477.000,42

2004 20042005 2005

Royalties

52 53

MMA* Ministério do Meio Ambiente, para aplicação na implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.

Page 29: RELATÓRIO2005 CERTO · corte de verbas e, principalmente, a imprevisibi-lidade das liberações financeiras, impossibilitou a Diretoria da ANEEL Marcelo Brandt Mensagemda DiretoriaColegiada

RegulaçãodoSetorElétrico RegulaçãodoSetorElétrico

Distribuição aos Municípios (R$)

Distribuição aos Municípios (R$)

Compensação financeira

Compensação financeira

Valor

Valor

Valor

Valor

Valor

Valor

Valor

Valor

NºMun.

NºMun.

NºMun.

NºMun.

NºMun.

NºMun.

NºMun.

NºMun.

TOTAL

AL

AM

AP

BA

DF

ES

GO

MA

MG

MS

MT

PA

PE

PI

PR

RJ

RO

RS

SC

SE

SP

TO

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

311.836.982,81 583 598 342 341401.471.031,21

401.471.031,21

8.444.037,39

1.524.656,97

457.709,82

41.086.715,92

291.392,01

1.747.019,73

39.614.774,04

945.070,45

92.111.497,24

22.748.372,96

4.426.147,42

37.925.163,81

5.900.749,46

821.961,52

48.929.536,18

5.130.088,23

895.330,79

15.000.406,40

8.438.760,14

6.123.204,12

54.074.216,84

4.834.219,79

—-

—-

—-

—-

26.989,61

—-

5.419.710,70

—-

18.908.451,50

4.096.784,02

—-

—-

—-

—-

200.799.804,54

—-

—-

—-

—-

—-

8.691.565,05

—-

237.943.305,43

2.487

4.526.524

15.674.308

3.042.425,67

164.633.206

7.165.699

195.064.650,19

—-

—-

—-

—-

2

—-

—-

—-

—-

—-

—-

—-

—-

—-

—-

—-

—-

237.943.305,43 195.064.650,19

2004

2004

2005

2005

2004

2004

2005

2005

Royalties

Royalties

6.765.271,09

936.643,30

461.573,80

29.122.024,22

214.876,41

1.382.548,77

33.948.709,93

814.652,22

67.374.211,72

17.536.436,83

3.071.591,43

32.311.935,84

4.186.816,15

708.532,12

38.095.405,46

4.128.374,62

865.598,23

11.653.888,93

6.745.527,93

4.992.523,25

42.127.737,34

4.392.103,26

311.836.982,81

4

2

1

23

1

6

38

3

129

10

10

8

6

4

64

11

4

41

17

1

190

10

583

4

2

1

33

1

6

38

3

130

11

10

8

6

4

65

12

4

42

17

1

190

10

598

—-

—-

—-

—-

1

—-

26

—-

90

12

—-

—-

—-

—-

46

—-

—-

—-

—-

—-

167

—-

342

—-

—-

—-

—-

1

—-

26

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90

11

—-

—-

—-

—-

46

—-

—-

—-

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—-

167

—-

341

Regulação e Defesa da Concorrência para Nesse papel, a Agência firmou convênios

com a Secretaria de Direito Econômico (SDE), a fortalecer o setor elétrico

Secretaria de Acompanhamento Econômico

(SEAE) e o Conselho Administrativo de Defesa A ANEEL desempenha um papel impor-

Econômica (CADE) com o objetivo de solucionar tante na promoção da concorrência ao trabalhar

de forma harmônica questões que possam afetar na criação e preservação de um ambiente com-

a concorrência no setor elétrico brasileiro.petitivo no setor elétrico. Desenvolve essa ati-

vidade não só quando define regras específicas

Dentro desse processo, a ANEEL é respon-para o setor, mas também quando utiliza sua

sável pela análise das condutas anticompetitivas e autoridade reguladora, legalmente estabelecida,

atos de concentração. Isso envolve o estudo dos para atuar em caráter preventivo e evitar o

aspectos fiscais e financeiros para obtenção de surgimento de práticas restritivas à competição.

anuência prévia à operação desses atos, e a (CCEE), as obrigações e direitos dos agentes en-

elaboração de pareceres técnicos que subsidiem volvidos, a forma de liquidação financeira das

os processos instaurados pela SDE, que é vincula- operações de compra e venda, os casos de apli-

da ao Ministério da Justiça. A SEAE também emite cação de penalidades e as competências da Câ-

pareceres observando aspectos fazendários e, de- mara de Arbitragem, entidade eleita para solu-

pois de instruído, o processo é julgado pelo CADE. cionar conflitos.

No ano de 2005, a Agência recebeu 13 Outros pontos importantes foram a modifi-

atos de concentração, dos quais nove já foram cação da metodologia de cálculo das garantias

analisados e podem ser encontrados na página da financeiras que os agentes do setor devem apre-

ANEEL (www.aneel.gov.br). Os demais estão na sentar para atuar no mercado de curto prazo e a

dependência de anuência prévia. Dessa forma, a aprovação das regras de penalidades. As mudan-

Agência contribui para a aplicação da Lei nº 8.884, ças foram feitas por meio da Resolução nº 168,

de junho de 1994, conhecida como Lei Antitruste, de 10 de outubro de 2005, e caracterizam uma

que define os mecanismos de prevenção de atitude preventiva da ANEEL para evitar que a

infrações contra a ordem econômica. segurança do mercado possa ser comprometida.

As penalidades serão aplicadas nos casos

de insuficiência de lastro para venda de energia e

potência (agentes de geração e comercialização)

e insuficiência de cobertura contratual do

consumo (agentes de consumo).

A ANEEL também estabeleceu na

Resolução nº 167, de 10 de outubro de 2005, as

condições para a contratação da energia elétrica Aprovadas novas regras para a comercia-

proveniente de geração distribuída. A nova regu-lização de energia elétrica

lamentação atende ao Decreto nº 5.163/04, que

prevê a separação das atividades de geração e Em fevereiro de 2005, a ANEEL aprovou as

transmissão do serviço de distribuição de energia regras de comercialização de energia elétrica

elétrica.referentes à convenção instituída pela Resolução

nº 109, de 26 de outubro de 2004. A aprovação

Antes da desverticalização, a empresa das regras da convenção foi estabelecida pela o detinha a atividade de geração como parte da Resolução n 145, de 1º de fevereiro de 2005.

concessão de distribuição, e podia utilizar a

energia gerada para abatimento no mercado de Além de definir as condições de comercia-distribuição sem firmar contrato. Hoje, com a lização, a convenção determina as bases de or-separação das atividades, a empresa pode ganização, funcionamento e atribuições da Câ-continuar abastecendo esse mercado, desde que mara de Comercialização de Energia Elétrica

O ato de concentração visa a qualquer forma

de concentração econômica (horizontal,

vertical ou conglomeração), seja por meio

de fusão ou incorporação de empresas,

constituição de sociedade ou outra forma de

agrupamento societário.

54 55

TOTAL

Page 30: RELATÓRIO2005 CERTO · corte de verbas e, principalmente, a imprevisibi-lidade das liberações financeiras, impossibilitou a Diretoria da ANEEL Marcelo Brandt Mensagemda DiretoriaColegiada

RegulaçãodoSetorElétrico RegulaçãodoSetorElétrico

o contrato de compra e venda seja registrado na comercialização de energia elétrica referentes

ANEEL e na Câmara de Comercialização de Ener- ao Mecanismo de Compensação de Sobras e

gia Elétrica (CCEE). Déficits com a publicação da Resolução nº 161 de

18 de julho de 2005. O mecanismo é aplicado nos

Nesse caso, algumas condições devem ser casos relativos à saída de consumidores poten-

observadas. O montante contratado deve corres- cialmente livres do ambiente regulado, de acrés-

ponder ao total da energia proveniente dos em- cimos nos contratos anteriores a 16 de março de

preendimentos próprios de geração distribuída e a 2004 e de outras variações de mercado.

vigência do contrato deve coincidir com o prazo

final da concessão da compradora. Além disso, a Esse mecanismo de compensação está em

energia contratada tem de ser considerada como conformidade com o disposto no decreto nº 5.163,

geração própria no momento do reajuste e da e com a Convenção de Comercialização. O decreto

revisão tarifária feitos pela ANEEL. estabelece que nos contratos de comercialização

de energia elétrica no ambiente regulado, o decorrentes dos leilões de energia elétrica O Decreto n 5.163, de 2004, considera

provenientes de empreendimentos existentes, empresas de geração distribuída as Pequenas

deverá ser prevista a possibilidade de redução e Centrais Hidrelétricas (PCHs), as termelétricas a

compensação dos montantes contratados, a biomassa e co-geração de energia que atuem

critério exclusivo dos agentes de distribuição.diretamente no sistema elétrico de distribuição.

A compensação desses montantes entre Outra opção de comercialização para o

distribuidoras é feita por meio de declaração agente de distribuição é o processo de chamada

voluntária de sobras e déficits e formalizada em pública, que assegura a igualdade de acesso aos

termos de cessão entre os agentes de distribuição interessados ao dar publicidade às operações

cedentes e cessionários. As sobras eventualmente comerciais. Nele, o montante contratado não

não compensadas são devolvidas aos geradores.poderá exceder a 10% da carga do agente. Esse

limite é verificado no momento da contratação e

Também compete à ANEEL verificar, para com base na carga dos últimos 12 meses.

efeito de homologação, se as compensações

solicitadas pelos agentes de distribuição foram Os contratos decorrentes do processo de

processadas de acordo com as premissas chamada pública terão seus valores atualizados

estabelecidas na legislação vigente.pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo

(IPCA). A ANEEL limitará o repasse do preço da

energia adquirida ao consumidor. O teto do

repasse será dado pelo Valor Anual de Referência Tarifas de energia e de serviços são

atualizadas(VR), que é estabelecido com base nos preços

negociados nos leilões de energia elétrica.

A Tarifa de Energia de Otimização (TEO) e a

A ANEEL ainda aprovou as regras de Tarifa de Serviços Ancilares (TSA) foram

atualizadas em 2005 pelas resoluções nº 194 e encargo de serviços ao sistema pelas

195, respectivamente. A TEO passou para R$ 7,25 distribuidoras e consumidores livres.

por MWh e a TSA foi reajustada para R$ 3,53

MVArh (megavar-hora unidade que mede a

Tarifa de Energia Hidráulica Equivalente é quantidade de energia reativa existente na rede).

Ambas as tarifas entraram em vigor em 1º de corrigida

janeiro de 2006 e tiveram seus itens de custo

corrigidos pela variação do IPCA de novembro de A Tarifa de Energia Hidráulica Equivalente

2004 a dezembro de 2005. (TEH) é empregada no cálculo do desconto do

valor da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC),

A TEO estabelece o valor da energia que é repassado para as usinas termelétricas dos

transferida entre as usinas participantes do sistemas isolados. Com a correção, o subsídio às

Mecanismo de Realocação de Energia (MRE), usinas termelétricas será menor e os agentes

criado para ressarcir as geradoras não-despacha- terão que arcar com um custo maior de suas

das pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico operações. A medida beneficia os consumidores

(ONS), e gerenciado pela Câmara de Comercia- do Sistema Interligado Nacional (SIN), que

lização de Energia Elétrica (CCEE). A TEO é paga pagarão menos encargos em suas contas de

como encargo pelos próprios integrantes e é energia, pois o índice total de 59,60%, aprovado

destinada a cobrir custos de operação e pela ANEEL, será dividido em cinco vezes.

manutenção das hidrelétricas e de algumas PCHs.

A Tarifa de Energia Hidráulica Equivalente

Já a TSA é aplicada para remunerar as (TEH) foi corrigida em 16,94%. O índice entrou

geradoras pelo tempo em que prestam serviços em vigor em 1º de janeiro de 2006 e a TEH

ancilares à rede de transmissão. Nessa condição, passou de R$ 42,19 para R$ 49,07 por MWh.

deixam de gerar energia ativa e passam a operar

para o controle da tensão e freqüência da rede, o

que contribui para a confiabilidade do sistema. O

período em que oferecem suporte reativo é

identificado pelo ONS e os custos da operação

são levantados pela CCEE. A tarifa é paga como

A energia hidráulica equivalente poderia

substituir toda a geração térmica se os siste-

mas estivessem completamente interliga-

dos.

Índice Parcelado

ÍNDICES PARCELADOS DE TEH ATÉ 2010

Ano Índice Acumulado

2006

2007

2008

2009

2010

9,8% + IPCA

9,8% + IPCA

9,8% + IPCA

9,8% + IPCA

9,8% + IPCA

9,8% + IPCA

20,56% + IPCA

32,38% + IPCA

45,35% + IPCA

59,60% + IPCA

Valores corrigidos anualmente pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

56 57

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Foto: Leo Minucci

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QualidadeeEficiência QualidadeeEficiência

QualidadeeEficiênciaQualidadeeEficiênciaQualidade dos serviços de distribuição é Consumidora (DEC) indica o número de horas

que, em média, as unidades consumidoras de avaliada

determinado conjunto ficaram sem energia elé-

trica durante um período: mensal, trimestral ou Para padronizar a forma de apurar, tratar e

anual. Quanto menor for o DEC, melhor a conti-informar os dados relativos à continuidade do

nuidade da prestação do serviço. Já a Freqüência serviço prestado pelas distribuidoras de energia

Equivalente de Interrupção por Unidade Consu-elétrica, a ANEEL editou a Resolução nº 024 em

midora (FEC), de maneira semelhante, indica 19 de janeiro de 2000, que estabelece indica-

quantas vezes, em média, as unidades consumi-dores de caráter coletivo e individual. Três as-

doras de determinado conjunto tiveram interrup-pectos são observados nessa avaliação: o aten-

ção. As concessionárias também são avaliadas dimento ao consumidor, o “produto” energia elé-

por indicadores individuais: a Duração de Inter-trica e a continuidade na prestação do serviço

rupção Individual por Unidade Consumidora ou (considerando a manutenção da tensão dentro

por Ponto de Conexão (DIC), a Freqüência de de limites preestabelecidos).

Interrupção Individual por Unidade Consumidora

ou Ponto de Conexão (FIC) e a Duração Máxima Com relação à qualidade do produto ener-

de Interrupção Contínua por Unidade Consumi-gia elétrica, há a Resolução Normativa n° 505, de

dora ou Ponto de Conexão (DMIC).26 de novembro de 2001, estabelecendo os ní-

veis de tensão adequados que as distribuidoras

Em 2005, a Resolução nº 177, de 28 de no-devem entregar às unidades consumidoras.

vembro, alterou a de nº 024/00, para que o pro-

cesso de acompanhamento e fiscalização fosse Em 2005, durante o processo de elabora-

aperfeiçoado. Ficou estabelecido que até 31 de de-ção do Prodist - documentos que irão estabelecer

zembro de 2006 as distribuidoras devem certificar os requisitos mínimos necessários ao planeja-

o processo de coleta dos dados e de apuração dos mento, acesso, operação, medição e qualidade

indicadores de qualidade (DEC, FEC, DIC, FIC e DMIC) do sistema de distribuição de energia elétrica -

para garantir a confiabilidade e tornar mais trans-outros aspectos relativos à qualidade desse pro-

parente a apuração dos indicadores. O ato estabe-duto foram incorporados e serão avaliados, tais

lece também que as concessionárias deverão in-como flutuação de tensão, harmônicos e varia-

formar, nas contas de luz de todos os consumi-ção de tensão de curta duração (VTCD).

dores residenciais, de forma clara e auto-explica-

tiva, sobre o direito à compensação de valores caso Já o desempenho das concessionárias

ocorra violação dos padrões de continuidade. Pelas quanto à continuidade do serviço de distribuição

regras anteriores, as metas de DEC e de FEC so-de energia elétrica é avaliado pela ANEEL com

mente poderiam ser revisadas no ano corres-base em indicadores de conjunto DEC e FEC. A

pondente à revisão tarifária de cada distribuidora. Duração Equivalente de Interrupção por Unidade

Outro ponto inserido na regulamentação é para a própria concessionária que, ao investir no

o que atribui às transmissoras que detêm ins- seu sistema e buscar novas tecnologias para

talações na fronteira entre a rede básica do Sis- atender aos requisitos mínimos de qualidade

tema Interligado e a rede das distribuidoras - as definidos pela ANEEL, alcançará, além da

chamadas Demais Instalações de Transmissão - a satisfação dos consumidores, maiores lucros pela

responsabilidade pela apuração dos indicadores prestação de um serviço de melhor qualidade.

individuais nos pontos de conexão.

Em 2005, as metas de 15 concessionárias

As novas metas de continuidade estabele- de distribuição foram revistas, restando apenas a

cidas representam um sinal de melhoria cons- definição dos indicadores da Companhia

tante dos serviços prestados pelas concessioná- Energética do Maranhão - Cemar (MA). Até hoje,

rias de distribuição, em suas unidades consumi- 53 concessionárias já passaram pelo processo de

doras, com ganho tanto para o consumidor como revisão de metas.

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

Manaus Energia S/A

Departamento Municipal de Energia de Ijuí

Boa Vista Energia S/A

Centrais Elétricas de Carazinho S/A

Muxfeldt Marin e Cia. Ltda

Companhia Energética da Borborema

Centrais Elétricas de Rondônia S/A

Companhia de Eletricidade do Acre

Usina Hidroelétrica Nova Palma LTDA

Companhia Energética de Goiás S/A

Hidroelétrica Panambi S/A

Companhia Energética do Piauí

S/A de Eletrificação da Paraíba

Companhia Energética de Alagoas

Companhia Energética de Pernambuco

MANAUS ENERGIA

DEMEI

BOA VISTA

ELETROCAR

MUX ENERGIA

CELB

CERON

ELETROACRE

UHENPAL

CELG

HIDROPAN

CEPISA

SAELPA

CEAL

CELPE

# Concessionária de Distribuição Sigla

CONCESSIONÁRIAS COM METAS DEFINIDAS EM 2005

60 61

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QualidadeeEficiência QualidadeeEficiência

ÍNDICES DE DEC e FEC

Evolução do Indicador DEC (Média Nacional)

26,0927,19

24,05

19,85

17,4416,57 16,63

15,8116,4018,07

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Ho

ras

Evolução do Indicador FEC (Média Nacional)

21,91 21,68

19,88

17,59

15,2914,56

12,5012,1312,91

14,84

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

mero

de

Inte

rru

pçõ

es

Programas de pesquisa e desenvolvimento de energia elétrica. A pesquisa desenvolvida pelas

empresas deve ter metas e cronogramas bem têm subsídios

definidos, diferentemente daquelas puramente

acadêmicas, que têm mais liberdade de inves-As empresas concessionárias, permissio-

tigação. Cabe à ANEEL a avaliação, aprovação, nárias e autorizadas do setor elétrico brasileiro

acompanhamento, controle e fiscalização dos pro-devem aplicar anualmente um percentual míni-

gramas de P&D.mo de sua receita operacional líquida (ROL) na

execução de projetos de pesquisa e desenvol-

Segundo a Lei nº 9.991, de julho de 2000, vimento tecnológico brasileiro - Programas de

as empresas devem aplicar, anualmente, o P&D, segundo regulamentos estabelecidos pela

montante mínimo de 1% da sua Receita Opera-ANEEL. Estão excluídas dessa obrigação as em-

cional Líquida (ROL) em programas de P&D e presas que geram energia a partir de pequenas

eficiência energética. Esse percentual é aplicado centrais hidrelétricas, biomassa, co-geração

conforme regulamentação da ANEEL.qualificada, usinas eólicas ou solares.

Os projetos devem buscar inovações para

fazer frente aos desafios tecnológicos do mercado

Processo de fiscalização acompanha timentos das distribuidoras que se retraíram

com a diminuição no consumo verificada duran-interrupções no fornecimento de energia

te o período de racionamento.elétrica

Essa queda na qualidade do fornecimento As médias da freqüência e da duração das

de energia elétrica constatada em 2005 deve-se interrupções no fornecimento de energia elé-

também ao contingenciamento de recursos or-trica aumentaram em 2005, o que mostra uma

çamentários que comprometeram as ações de inversão na tendência de queda verificada

fiscalização da ANEEL. durante o período de 1996 a 2004.

Todas essas informações resultaram do Esse é o resultado verificado pelo levanta-

levantamento anual da ANEEL e serão utilizadas mento anual realizado pela fiscalização da ANEEL,

para aferir o cumprimento das metas de DEC e FEC com o apoio das 13 agências reguladoras conve-

das concessionárias que atendem aproximada-niadas. Em 2005, os indicadores de qualidade da

mente 55 milhões de unidades consumidoras. Duração Equivalente de Interrupção por Unidade

Todas as 64 concessionárias têm metas espe-Consumidora (DEC) e Freqüência Equivalente de

cíficas de qualidade para cada um dos seus Interrupção por Unidade de Serviço (FEC), tiveram

conjuntos de consumidores - que podem ser os índices de 16,63 e 12,50, respectivamente.

agrupados por bairros ou cidades.Esses dados não contemplam a distribuidora CEEE

e demonstram um aumento de 4,93% e de

O descumprimento injustificado dessas 2,96% em relação aos resultados de 2004.

metas pode resultar em ações punitivas que vão

de notificação até multa correspondente a 1% De 1998, ano em que a ANEEL iniciou suas

do faturamento anual das concessionárias. Os atividades, até 2004, os indicadores DEC e FEC

indicadores de qualidade são obtidos a partir de apresentaram uma diminuição de 31,6% e

informações das concessionárias e, posterior-34,8%. Essa trajetória foi interrompida em 2002

mente, auditadas pela ANEEL.em decorrência dos dois grandes desligamentos

na Região Sudeste, além da redução dos inves-

SEGMENTO

Programa deEficiênciaEnergética

(PEE)

(% da ROL)

Distribuição:

Geração

Transmissão

Até 31/12/2005

após 31/12/2005

PERCENTUAIS DE CADA SEGMENTO PARA P&D E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

0,20

0,30

0,40

0,40

0,10

0,15

0,20

0,20

0,20

0,30

0,40

0,40

0,50

0,25

Pesquisa eDesenvolvimento

(P&D)ANEEL (% da ROL)

Fundo NacionalDesenvolvimento

Científico eTecnológico

(FNDCT)(% da ROL)

Ministério das Minase Energia

(MME)(% daROL)

62 63

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QualidadeeEficiência QualidadeeEficiência

Em conformidade com o Manual de Pes- pode ser ampliado para 0,5% no caso de empre-

quisa e Desenvolvimento Tecnológico do setor sas que vendam menos de 1.000 GWh de energia

elétrico brasileiro, aprovado pela Resolução por ano.

nº 502/2001, e o estabelecido nas resoluções o - A resolução também determina que a n 271/2000, 185/2001 e 650/2003, as empre

concessionária aplique pelo menos 50% dos sas devem apresentar os seus Programas de P&D

recursos destinados aos programas em projetos por meio dos formulários eletrônicos disponíveis

para comunidades de baixa renda. O programa na página da ANEEL, que são avaliados pelos

pode ser composto por um ou mais projetos e consultores especialistas na área do projeto pro-

deve apresentar metas de economia de energia posto, considerando a diversidade, ineditismo e

elétrica e benefícios ao consumidor a serem complexidade dos temas sugeridos pelas empre-

constatados por meio de indicadores de sas.

intensidade energética ou medição direta.

Em 2005 foi realizado workshop para

O custo para o desenvolvimento do pro-apresentação de aplicativo implementado para

grama de eficiência energética poderá ser parcial-coleta de dados e análise dos resultados obtidos

mente recuperado. Para isso, é necessário celebrar na execução dos projetos de P&D. Outro evento

um contrato de desempenho ou convênio com o na área foi o III Congresso de Inovação Tecnoló-

consumidor beneficiado. O montante máximo a gica em Energia Elétrica (Citenel), criado pela

ser aplicado em projetos com recuperação de ANEEL para divulgação de resultados obtidos

investimento é de 50% do valor total do pro-com os projetos de P&D e promover a discussão

grama, não se aplicando essa recuperação nos sobre temas de interesse do setor. A comissão

projetos do tipo residencial e de comunidades de técnica recebeu 257 artigos, dos quais 132 foram

baixa renda, com exceção daqueles que con-selecionados para apresentação durante o

templem condomínios de prédios. evento.

A resolução ainda estabelece que as

concessionárias têm de criar uma conta especí-Programas de Eficiência Energética têm

fica para movimentar os recursos destinados ao novos critérios

programa. O objetivo é garantir a transparência

dos gastos dos PEEs e permitir uma fiscalização A ANEEL estabeleceu, por meio da

mais eficaz da ANEEL. Os critérios estabelecidos Resolução nº 176 de 28 de novembro de 2005, os

pela Agência visam, entre outros aspectos, ade-critérios para aplicação de recursos em programas

quar o consumo do segmento de baixa renda à de eficiência energética (PEE). Em conformidade

sua realidade econômica para diminuir os índices com a Lei nº 9991, de 24 de julho de 2000, o texto

de inadimplência.estabelece que, a partir de 2006, as empresas

deverão empregar anualmente no mínimo 0,25%

O desenvolvimento dos PEEs, além de de sua Receita Operacional Líquida (ROL) no de-

seguir as orientações do Manual Para Elaboração senvolvimento desses programas. Esse percentual

�d�o� �P�r�o�g�r�a�m�a� �d�e� �E�f�i�c�i�ê�n�c�i�a� �E�n�e�r�g�é�t�i�c�a�,� �d�e�v�e� �p�r�o�v�a�r� �a� �e�c�o�n�o�m�i�a� �d�e� �e�n�e�r�g�i�a� �e� �a� �d�e�m�a�n�d�a�

�o�b�s�e�r�v�a�r� �o�s� �s�e�g�u�i�n�t�e�s� �c�r�i�t�é�r�i�o�s�: �r�e�t�i�r�a�d�a� �d�o� �h�o�r�á�r�i�o� �d�e� �p�o�n�t�a

�a�p�r�e�s�e�n�t�a�r� �u�m�a� �r�e�l�a�ç�ã�o� �c�u�s�t�o�-�b�e�n�e�f�í�c�i�o� �n�ã�o� �i�n�c�l�u�i�r� �g�a�s�t�o�s� �c�o�m� �a�ç�õ�e�s� �d�e� �m�a�r�k�e�t�i�n�g

�(�R�C�B�)� �i�g�u�a�l� �o�u� �i�n�f�e�r�i�o�r� �a� �0�,�8�% �a�p�r�e�s�e�n�t�a�r� �r�e�s�u�l�t�a�d�o�s� �d�e� �e�c�o�n�o�m�i�a� �d�e�

�a� �t�a�x�a� �d�e� �d�e�s�c�o�n�t�o� �a�n�u�a�l� �u�t�i�l�i�z�a�d�a� �n�a� �e�n�e�r�g�i�a� �d�e� �p�e�l�o� �m�e�n�o�s� �0�,�1�0�%� �d�o� �m�e�r�c�a�d�o�

�a�v�a�l�i�a�ç�ã�o� �e�c�o�n�ô�m�i�c�a� �d�e�v�e� �s�e�r� �i�g�u�a�l� �o�u� �c�o�n�s�u�m�i�d�o�r� �d�a� �c�o�n�c�e�s�s�i�o�n�á�r�i�a

�s�u�p�e�r�i�o�r� �a� �1�2�% �o�s� �p�r�e�ç�o�s� �d�e� �a�q�u�i�s�i�ç�ã�o� �d�o�s� �e�q�u�i�p�a�m�e�n�t�o�s�,�

�q�u�a�n�d�o� �f�o�r� �o� �c�a�s�o�,� �o�s� �e�q�u�i�p�a�m�e�n�t�o�s� �u�t�i�l�i�z�a�- �p�r�e�s�t�a�ç�ã�o� �d�e� �s�e�r�v�i�ç�o�s� �e� �c�o�n�t�r�a�t�a�ç�ã�o� �d�e�

�d�o�s� �n�o�s� �p�r�o�j�e�t�o�s� �d�e�v�e�m� �t�e�r� �o� �s�e�l�o� �P�r�o�c�e�l� �d�e� �m�ã�o�-�d�e�-�o�b�r�a� �p�r�ó�p�r�i�a� �o�u� �d�e� �t�e�r�c�e�i�r�o�s� �n�ã�o�

�E�f�i�c�i�ê�n�c�i�a�,� �o�u� �o� �s�e�l�o� �P�r�o�c�e�l�/�I�n�m�e�t�r�o� �d�e� �D�e�- �p�o�d�e�m� �e�x�c�e�d�e�r� �o�s� �p�r�e�ç�o�s� �m�é�d�i�o�s� �d�e�

�s�e�m�p�e�n�h�o �m�e�r�c�a�d�o�

�m�e�t�o�d�o�l�o�g�i�a� �d�e� �a�v�a�l�i�a�ç�ã�o�,� �m�o�n�i�t�o�r�a�m�e�n�t�o� �p�o�d�e�m� �s�e�r� �i�n�c�l�u�í�d�o�s� �p�r�o�j�e�t�o�s� �p�l�u�r�i�a�n�u�a�i�s�.

�e� �v�e�r�i�f�i�c�a�ç�ã�o� �d�e� �r�e�s�u�l�t�a�d�o�s� �c�a�p�a�z� �d�e� �c�o�m�-

Ciclo Número deConcessionárias

METAS PREVISTAS PARA OS PEEs

Demandaretirada dePonta (MW)

Economia deEnergia

(GWh/ano)

Investimento(1.000.000 x R$)

1998/1999

1999/2000

2000/2001

2001/2002

2002/2003

2003/2004

2004/2005*

2005/2006**

TOTAL

17

42

64

64

64

64

64

29

250

370

251

85

54

110

275

1.395

755

1.020

894

348

222

489

925

4.653

196

230

152,5

141,8

154

313

175

228

1.590

* Empresas que entregaram os planos até 31/12/2005, com 0,5% da Receita Operacional Líquida (ROL) e alguns programas ainda em fase de implantação

** Números preliminares, pois os programas estão na fase de aprovação. Empresas que entregaram os planos até 31/12/2005, com 0,5% da receita operacional líquida

Mais informações na página da ANEEL www.aneel.gov.br no item Eficiência Energética.

A partir da aprovação da Lei 9.991/2000 (ciclo

2001/2002), houve um investimento total de

R$ 761,5 milhões em programas de eficiência

energética. Os projetos de iluminação pública

são responsáveis por 41,75% desse valor. A

energia economizada nesse período foi de 1,95

milhão de MWh por ano e a demanda retirada do

horário de ponta foi de 498,8 kW.

64 65

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QualidadeeEficiência QualidadeeEficiência

66 67

IASC indica queda na satisfação do cada concessionária pelo seu número de

consumidores. Esse procedimento foi adotado consumidor

para se ter uma avaliação da realidade brasileira,

considerando o porte de cada concessionária.A ANEEL divulgou os índices finais da

pesquisa de avaliação da satisfação do

Em julho de 2005, a ANEEL premiou as consumidor residencial com as concessionárias

distribuidoras de energia elétrica mais bem distribuidoras de energia elétrica do Brasil no ano

avaliadas pelos consumidores. As empresas de 2004. Criada em 2000, a pesquisa IASC - Índice

premiadas receberam um certificado e um selo ANEEL de Satisfação do Consumidor - tem o

IASC que identifica o reconhecimento dos objetivo de avaliar, a partir da percepção dos

consumidores. O Prêmio é concedido clientes, o grau de satisfação com os serviços

anualmente desde 2002 para incentivar a prestados pelas distribuidoras de energia

melhoria do serviço de distribuição no país.elétrica, gerando indicadores comparáveis por

região e por porte de empresa.

Para o Prêmio, as concessionárias foram

agrupadas em sete categorias, por critérios A pesquisa contribui para produzir

regionais e de porte de mercado residencial indicadores específicos para o setor, possibilitar

atendido. A concessionária que apresenta o a comparação entre as distribuidoras de energia

maior crescimento em relação ao índice do ano elétrica e o acompanhamento de medidas

anterior e a que apresenta o maior índice do país implantadas pelas empresas visando à melhoria

também são premiadas. dos serviços. Os resultados obtidos no IASC 2004

apontaram queda em relação a 2003: de 63,63

O Prêmio IASC BRASIL 2004 foi conquistado (2003) para 58,88 (2004) pontos percentuais. A

pela concessionária Eletrocar - Centrais Elétricas partir da comparação dos resultados ao longo das

de Carazinho, pertencente à categoria “Sul/ cinco edições pode-se inferir que o nível de

Sudeste/Centro-Oeste até 30 mil unidades exigência dos consumidores é cada vez maior,

consumidoras”. A empresa fornece energia para apesar dos serviços de energia elétrica terem

29,7 mil unidades consumidoras nos municípios avançado em qualidade nos últimos anos.

de Carazinho, Chapada, Coqueiros do Sul,

Colorado e Santo Antônio do Planalto e Selbach, A pesquisa foi aplicada entre 06/12/2004

todos no Rio Grande do Sul. O IASC 2004 da e 17/01/2005 e ao todo foram realizadas

empresa foi de 72,65%. Com esse resultado, a 19.289 entrevistas na área de concessão das 64

Eletrocar tornou-se a referência nacional até a distribuidoras de energia elétrica, com o mesmo

realização da pesquisa IASC 2005. modelo utilizado nos anos anteriores. Os

aspectos mensurados na pesquisa foram

O quadro a seguir apresenta a evolução do índice qualidade percebida, valor percebido, satisfação

de desempenho global (IASC Brasil) de 2000-global, confiança no fornecedor e fidelidade. O

2004.IASC foi obtido ponderando-se os indicadores de

Total Brasil

62,81 63,23 64,51 63,63

58,88

Taxa de CrescimentoAnual: -0,746 pontos

30

40

50

60

70

80

2000 2001 2002 2003 2004

%

DESEMPENHO GLOBAL IASC BRASIL 2000-2004

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Foto: Marília Assumpção

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Controle da CCC é aprimorado Os recursos da Conta são administrados

pela Eletrobrás e o papel da ANEEL é fixar os

valores das cotas anuais da CCC, recolhidas A Conta de Consumo de Combustíveis

mensalmente nas contas de luz pelas (CCC) é composta de recursos pagos por todos os

distribuidoras de energia elétrica. Em 2005, a consumidores de energia elétrica do país. Esses

cota estabelecida pela Resolução nº 144, de 24 recursos são destinados à cobertura de custos de

de janeiro de 2005, foi de R$ 3,4 bilhões, valor combustíveis fósseis para a geração térmica nos

2,91% superior ao último ajuste, em 2003. Desse sistemas elétricos isolados - concentrados, em

total, R$ 3,316 bilhões foram destinados à sua maior parte, na região Norte. Seu principal

cobertura dos custos de geração de usinas objetivo é permitir que comunidades afastadas

integrantes dos sistemas isolados e R$ 102,8 possam ter acesso à energia elétrica da mesma

milhões para as usinas que compõem o Sistema forma que os grandes centros do país.

Interligado Nacional (SIN).

O impacto sobre as tarifas ao consumidor

foi de 0,18%, considerando a receita de forne-

cimento do período de novembro de 2003 a

outubro de 2004. A CCC é um dos itens de custo

considerados nos reajustes tarifários anuais das

distribuidoras de energia elétrica.

A Agência atua em diversas frentes de

trabalho. Acompanha o planejamento, a progra-

mação mensal e a gestão da conta, a geração e o

consumo de combustível das usinas benefi-

ciadas, a compra e entrega dos combustíveis nos

locais de geração, bem como o pagamento dos

combustíveis aos fornecedores dos produtos. Em

2005, o acompanhamento da CCC compreendeu

o monitoramento da geração e do consumo de

combustíveis em todas as localidades dos siste-

mas isolados.Foto: Sinara Bertholdo

FiscalizaçãodosServiçosFiscalizaçãodosServiços

A fiscalização da CCC é feita em diversos

momentos da operacionalização. Começa

pela aprovação do Plano Anual de Com-

bustíveis, elaborado pela Eletrobrás, e pros-

segue com o acompanhamento dos Progra-

mas Mensais de Operação (PMOs), que defi-

nem as quantidades de combustível que se-

rão autorizadas por localidade, além de ou-

tros aspectos da operação. É feita também a

checagem da geração e consumo de cada

localidade por meio de planilhas enviadas

pela Eletrobrás e visitas de fiscalização.

A Eletrobrás e o Grupo Técnico Operacional

da região Norte deverão especificar os requisitos

técnicos mínimos para a implantação do SCD. Os

prazos para a instalação do sistema variam de 6 a

24 meses, a contar da data de publicação da

resolução. A Eletrobrás também deve tornar

público e enviar à ANEEL o relatório mensal de

desempenho operacional de cada usina terme-

létrica. Os mecanismos de rateio da CCC para

geração de energia elétrica nos sistemas isola-

dos serão mantidos até abril de 2022.

O SCD deverá informar corrente, tensão,

potência e energia ativa, potência reativa, Em agosto de 2005, a ANEEL estabeleceu

energia reativa, freqüência e consumo de com a Resolução nº 163, de 1º de agosto de

combustível.2005, as condições para a implantação do Sis-

tema de Coletas de Dados Operacionais (SCD)

No segundo semestre de 2005, a Agência nas usinas termelétricas localizadas em sistemas

iniciou auditoria do procedimento de gestão e isolados e beneficiadas pela Conta de Consumo

implementação da Conta, com trabalhos de de Combustíveis (CCC). O objetivo da Agência é

fiscalização na Eletrobrás e em algumas conces-aprimorar o controle dos recursos provenientes

sionárias. Os resultados dessa auditoria permi-da CCC.

tirão a obtenção de um diagnóstico completo e

conclusivo sobre toda a estrutura de gestão, Com a resolução, o agente de geração que

implementação e consolidação dos resultados tenha termelétrica instalada em algum sistema

relativos à CCC. Como conseqüência, a regula-isolado fica obrigado a implantar o SCD, que vai

mentação será aprimorada para melhor controle medir, registrar, armazenar e tornar disponíveis

da Conta. dados referentes às grandezas elétricas e ao

consumo de combustível da unidade geradora.

O monitoramento dos estoques de com-

bustíveis é outra linha de atuação da fiscalização No caso das usinas com potência instalada

da Agência que verifica as ordens de compra por inferior a 1.000 KW, o gerador não é obrigado a

localidade e acompanha as quantidades mensais implantar o sistema de medição do consumo de

programadas e consumidas. O objetivo da ativi-combustível. As UTEs que operam como reserva

dade é conscientizar as empresas sobre a impor-de linha de transmissão ou de outra usina

tância de serem desenvolvovidos procedimentos também não precisam implantar o SCD, desde

de controle mais rigorosos para a conta e sua que essa modalidade de operação esteja previs-

administração, permitindo desta forma a otimi-ta no Plano Anual de Combustíveis (PAC).

zação dos recursos destinados à CCC.

70 71

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Elementos econômicos e financeiros são missão e de comercialização de energia, assim

como a separação das participações acionárias em validados para o processo tarifário

outras empresas e atividades que não pertençam

à concessão do serviço de distribuição.A ANEEL faz o acompanhamento e a vali-

dação de vários elementos econômicos e finan-

A identificação clara dos ativos e ativida-ceiros para o processo tarifário. Entre eles se

des do segmento de distribuição possibilita um destacam a base de remuneração, a conta de

acompanhamento mais efetivo do equilíbrio eco-compensação das variações de itens da parcela

nômico e financeiro das concessões e facilita a “A” (CVA) e o acompanhamento da recuperação

validação de elementos para o processo tarifário. nas tarifas da recomposição tarifária extraordi-

Isso tem relação direta com a qualidade do serviço nária (RTE). Em 2005 foi concluído o ciclo de

prestado, ao contribuir para a determinação de revisão tarifária das distribuidoras de energia

tarifas justas, que remunerem adequadamente as elétrica, com a validação, inclusive, de bases de

empresas e possibilitem novos investimentos remuneração aprovadas em caráter provisório

necessários para a continuidade dos serviços den-em anos anteriores. A base de remuneração tem

tro dos padrões estabelecidos.um peso muito significativo na determinação do

valor final da tarifa: 28% em média, sendo 19,3

% referente à remuneração propriamente dita e

8,7% referente à depreciação. Anuência prévia é importante instrumento

de fiscalização

A exigência de anuência prévia da ANEEL Desverticalização possibilita acompanha-

mento mais efetivo para determinadas operações é um importante

instrumento de fiscalização preventiva, como

mostra o quadro a seguir com a distribuição e A análise dos processos de reestrutu-

situação dos 250 processos analisados em 2005. ração societária de 25 concessionárias foi conclu-

Das solicitações analisadas, 28 (11% do total) não ída em 2005 com o objetivo de atender à exigên-

foram aprovadas. Os outros 222, parcela significa-cia da desverticalização das distribuidoras do sis-

tiva dos processos, somente puderam ser aprova-tema interligado. O modelo do setor elétrico de-

dos após ajustes para atendimento as exigências.termina que as concessionárias façam distinções

entre os empreendimentos de geração, de trans-

72 73

PROCESSOS ANALISADOS - 2005

Não AprovadosAprovadosPedidosAnuência prévia

Contrato de Compra e Venda de Energia

Dação em Garantia

Contrato entre Partes Relacionadas

Aprovação de Atos Constitutivos

Desvinculação de Bens / Doação

Emissão de Títulos (Debêntures)

Contrato de Mútuo Financeiro

Outros

TOTAIS

26%

3%

30%

38%

40%

6%

11%

74%

97%

70%

100%

63%

100%

60%

94%

89%

15%

43%

11%

10%

3%

2%

2%

14%

100%

10

3

8

3

2

2

28

28

104

19

24

5

6

3

33

222

38

107

27

24

8

6

5

35

250

FiscalizaçãodosServiçosFiscalizaçãodosServiços

Foto: Sinara Bertholdo

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Foto: Johanna Nublat

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Relacionamentocomasociedade

Relacionamentocomasociedade Relacionamentocomasociedade

Relacionamentocomasociedade

�A�N�E�E�L� �i�n�v�e�s�t�e� �n�a� �c�u�l�t�u�r�a� �d�o� �c�o�n�h�e�c�i�m�e�n�t�o �A�l�é�m� �d�e� �i�m�p�r�e�s�s�o�s�,� �o�s� �t�e�x�t�o�s� �d�o�s� �C�a�d�e�r�-

�n�o�s� �T�e�m�á�t�i�c�o�s � �p�o�d�e�m� �s�e�r� �e�n�c�o�n�t�r�a�d�o�s� �n�o� �s�i�t�e�

�O�s� �T�e�x�t�o�s� �p�a�r�a� �D�i�s�c�u�s�s�ã�o� �e� �o�s� �C�a�d�e�r�n�o�s� �w�w�w�.�a�n�e�e�l�.�g�o�v�.�b�r� �c�o�m� �o�s� �s�e�g�u�i�n�t�e�s� �a�s�s�u�n�t�o�s�:

�T�e�m�á�t�i�c�o�s � �s�ã�o� �i�n�s�t�r�u�m�e�n�t�o�s� �i�m�p�o�r�t�a�n�t�e�s� �q�u�e� �a�

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�E�n�e�r�g�i�a� �E�l�é�t�r�i�c�a�p�a�r�a� �e�n�t�e�n�d�e�r� �m�e�l�h�o�r� �o� �s�e�t�o�r� �e�l�é�t�r�i�c�o�,� �p�o�i�s�

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�A�c�e�s�s�o� �e� �U�s�o� �a�o�s� �S�i�s�t�e�m�a�s� �d�e� �T�r�a�n�s�m�i�s�s�ã�o� �t�r�a�b�a�l�h�o�s� �d�e�s�e�n�v�o�l�v�i�d�o�s� �p�o�r� �c�o�l�a�b�o�r�a�d�o�r�e�s� �d�a�

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�p�u�b�l�i�c�a�ç�ã�o� �r�e�l�e�v�a�n�t�e�.� �A� �p�r�i�m�e�i�r�a� �e�d�i�ç�ã�o� �a�l�c�a�n�ç�o�u� �s�e�g�u�i�n�t�e�s� �t�e�m�a�s�:

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�e�x�e�m�p�l�a�r�e�s� �i�m�p�r�e�s�s�o�s�,� �c�i�n�c�o� �m�i�l� �C�D�-�R�O�M�s� �e� �u�m�a� �D�e�s�a�f�i�o�s� �d�a� �r�e�g�u�l�a�ç�ã�o� �d�o� �s�e�t�o�r� �e�l�é�t�r�i�c�o�,�

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�P�r�o�f�i�s�s�i�o�n�a�i�s� �d�e� �R�e�l�a�ç�õ�e�s� �P�ú�b�l�i�c�a�s�.�r�i�o� �p�a�r�a� �o� �l�i�v�r�e� �a�c�e�s�s�o� �(�D�a�v�i� �A�n�t�u�n�e�s� �L�i�m�a�,�

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�g�o�v�e�r�n�a�m�e�n�t�a�i�s� �e� �n�ã�o�-�g�o�v�e�r�n�a�m�e�n�t�a�i�s�.� �c�o�m�p�r�e�e�n�s�ã�o� �d�o� �t�r�a�b�a�l�h�o� �d�a� �A�g�ê�n�c�i�a�.

O Atlas procura sistematizar e tornar A iniciativa, uma oportunidade para

disponíveis, para toda a sociedade, dados e compartilhar práticas na área de comunicação,

informações básicas a respeito de tecnologias teve como ponto central o debate sobre ações de

de geração de energia elétrica, de empreen- combate ao furto e fraudes e a segurança no uso

dimentos de geração e transmissão, assim como da energia elétrica.

de aspectos socioeconômicos relacionados com

o setor elétrico brasileiro. Além da troca de experiências e idéias,

houve apresentação e exposição dos trabalhos

São informações que podem subsidiar realizados pelas distribuidoras.

empreendimentos de forma que cada recurso

energético seja estrategicamente aproveitado, Também como invest imento no

potencializando os benefícios e diminuindo os conhecimento e no consenso interno, a ANEEL

impactos negativos sobre o meio ambiente e a vem realizando audiências para o público interno.

sociedade. Essa iniciativa contribui para o bom resultado da

regulação, pois organiza e define previamente o

Ainda com o propósito de valorizar o debate das questões técnicas com a sociedade. O

conhecimento, a ANEEL, juntamente com a Prodist (Procedimentos de distribuição de

Associação Brasileira dos Distribuidores de Ener- energia elétrica) é um bom exemplo. Seus oito

gia Elétrica (ABRADEE), promoveu em novembro módulos foram discutidos com os colaboradores

de 2005 o I Fórum de Comunicação na Distri- da Agência e, concluído o seu aprimoramento, os

buição de Energia Elétrica para integrar os procedimentos de distribuição ficaram prontos

esforços de comunicação desenvolvidos pelas para o debate com o público externo. Foram

realizadas sete audiências para o público interno.empresas do setor.

API001/2005

API002/2005

API003/2005

API004/2005

API005/2005

API006/2005

31/05/2005

28/07/2005

19/08/2005

31/08/2005

20/09/2005

23/09/2005

28/11/2005

Prodist - Módulo 3 - Acesso aos Sistemas de DistribuiçãoosAlteração dos dispositivos nas resoluções n 281 de 01/10/1999, 715 de

os29/12/2001, 513 de 16/09/2002 e nas resoluções normativas de n 67 e 68.

Prodist - Módulo 8 - Qualidade da Energia Elétrica

Prodist - Módulo 4 - Procedimentos Operativos do Sistema de Distribuição

Prodist - Módulo 2 - Planejamento da Expansão do Sistema de Distribuição

Prodist - Módulo 5 - Sistemas de Medição

Prodist - Módulos: 1 - Introdução, 6 - Informações Requeridas e Obrigações,

7 - Disposições Gerais

76 77

AUDIÊNCIAS REALIZADAS

Esse trabalho se estendeu para as A estratégia incluiu visitas de mobilização

audiências dirigidas ao público externo que a entidades de classe, como a Ordem dos

continuaram a contar com os investimentos no Advogados do Brasil (OAB), sindicatos,

trabalho de mobilização de importantes associações de moradores e de bairros, órgãos e

segmentos da sociedade na participação efetiva conselhos de defesas dos consumidores, escolas,

das audiências. universidades. As visitas têm também o objetivo

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Relacionamentocomasociedade Relacionamentocomasociedade

TV Data Realização

TV

TV

Rádio Tema

Rádio

Rádio

Jornal Autor

Jornal

Jornal

Audiências Públicas RTP Comissão

Outras

TOTAL 2005

CEAL (AL)

SAELPA (PB)

CEMAR (MA)

CEPISA (PI)

CELG (GO)

BOA VISTA (RR)

MANAUS (AM)

CERON (RO)

ELETROACRE (AC)

COOPERALIANÇA (SC)

UHENPAL (RS)

TOTAL

Comissão de Minas e Energia (CME)

Comissão de Finanças e Tributação (CFT)

Comissão de Minas e Energia (CME)

Comissão de Fiscalização Financeira

e Controle (CFFC)

Comissão de Minas e Energia (CME)

AP 33 (Comercialização)

ARSAM (Convênio Suspenso)

TOTAL

1

1

1

1

1

2

4

4

4

3

2

24

12

5

17

41

160

160

160

160

112

300

300

300

200

240

200

2.292

-

360

360

2.652

41

59

60

38

45

62

66

77

79

-

-

527

-

4

4

531

Relacionamento com o Poder Legislativo relacionamento com a sociedade. A Agência

também está sempre presente desenvolvendo esclarece atuação da ANEEL

atividades como a formulação das respostas às

solicitações dos parlamentares ou na É por meio da participação em audiências

contribuição, com subsídios técnicos, para as públicas realizadas no Congresso Nacional que a

mais de 500 proposições de interesse da ANEEL. ANEEL tem a oportunidade de esclarecer seus

Além disso, também há os convênios para processos decisórios de interesse dos cidadãos

intercâmbio de conhecimentos entre os brasileiros. Por constituir um importante espaço

colaboradores das duas instituições.que reúne representantes de todo o Brasil, o

Congresso possibilita uma forma estratégica de

AUDIÊNCIAS E QUESTÕES DEBATIDAS NO CONGRESSO NACIONAL EM 2005

Fernando Ferro PT/PE

Luiz Carlos HaulyPSDB/PR

Dep. Paulo FeijóPSDB/RJ

Dep. Elaine CostaPTB/RJ

Dep. Hélio EstevesPT/AP

Debater o reajuste tarifário de energia elétrica das distribuidoras.

Prestar esclarecimentos sobre o aumento das tarifas públicas de energia elétrica acima dos índices de inflação.

Debater a situação de falhas constantes e irregularidades nos serviços prestados pela AMPLA.

Debater os abusos alegadamente cometidos contra os consumidores e sobre as medidas tomadas para garantir o cumprimento do contrato de prestação de serviços adequados à população.

Debater questões sobre a dívida da CEA junto a Eletronorte e o processo de caducidade da sua concessão.

26/04/2005

31/05/2005

25/08/2005

25/08/2005

26/10/2005

78 79

INSERÇÕES PUBLICITÁRIAS EM 2005 E OS MEIOS UTILIZADOS

de orientar as pessoas com informações e Além disso, a Agência manteve sua

esclarecimentos sobre os temas tratados nas parceria com a Radiobrás, investindo em mais

audiências. uma campanha de publicidade de utilidade

pública para convocação da sociedade na

participação das audiências públicas.

A ANEEL ainda participa, junto às mente nas questões sobre revisão tarifária, tarifa

Assembléias Legislativas e Câmaras Municipais, social e universalização dos serviços de energia

de audiências públicas, reuniões técnicas e elétrica. Nesse trabalho conta com o apoio de

outras atividades, no sentido de esclarecer especialistas e técnicos das agências estaduais

dúvidas relacionadas à sua atuação, especial- conveniadas.

AssuntoAutor

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕES - 2005

Dep. Givaldo Carimbão - PSB/AL

Dep. Edson Duarte - PV/BA

Dep. Francisco Garcia - PP/AM

Dep. Francisco Garcia - PP/AM

Dep. Vanessa Graziotin - PCdoB/AM

Dep. João Caldas - PL/AL

Atividade de fiscalização da ANEEL em defesa dos consumidores

Informações sobre os impostos pagos pelas concessionárias (compensação financeira)

Implicações da eventual eliminação da Conta Consumo de Combustível (CCC)

Informações sobre o Inventário do Rio Ituxi

Revisão tarifária da Manaus Energia

Contratos de serviços de propaganda

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Relacionamentocomasociedade Relacionamentocomasociedade

Portal da ANEEL investe na prestação de O acompanhamento de processos e

documentos também passou a contar com um serviço público

recurso que permite aos usuários externos

verificar a situação dos seus protocolos. Assim, Reconhecido como um dos melhores sites

qualquer pessoa pode saber o que está do Brasil na categoria minas e energia pelo iBest,

acontecendo com o seu processo na ANEEL.a página da ANEEL está de acordo com os princí-

pios de acessibilidade definidos pela Lei nº 5.296,

Além disso, foi desenvolvido um aplicativo de dezembro de 2004, e em consonância com as

que possibilita ao consumidor a consulta e recomendações-padrão para a construção ou ade-

pesquisa ao histórico das tarifas vigentes de cada quação de sites e portais do governo brasileiro,

concessionária.possibilitando o acesso do conteúdo a todas as

pessoas, independentemente de suas capacida-

des físico-motoras e perceptivas.

Em 2005, a ANEEL iniciou o programa para

construção do Sistema de Gestão Integrada da

Geração que apóia as atividades de estudo de

inventários, elaboração de projetos básicos,

concessão e autorização para empreendimentos

de geração e o acompanhamento de obras,

somando ao BIG - Banco de Informações de

Geração - dados para a gestão do processo de

geração e conseqüentemente o apoio a outras

atividades da Agência e outros órgãos, como o

Ministério Minas e Energia (MME) e o Operador

Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Além disso, está disponível o sistema de

acesso ao acervo documental constituído de 62

mil processos e projetos técnicos de outorga de

concessões emitidos no período de 1934 a

1997.

Também já estão disponíveis para os

públicos interno e externo os arquivos de vídeos

das audiências e reuniões públicas ordinárias e

extraordinárias de diretoria, além da segunda

edição do Atlas de Energia do Brasil.

O portal ainda permite aos cidadãos

acompanhar o resultado dos leilões de energia e

de linhas de transmissão.

Ouvidoria atenta à qualidade dos serviços

de energia

Por reconhecer a importância da Ouvido-

ria, a ANEEL coloca sempre um dos seus diretores

na coordenação dessa atividade. A cada seis

meses essa função é exercida por um dos

integrantes da diretoria colegiada.

Um importante trabalho da Ouvidoria é a

realização de audiências públicas sobre temas

que influenciam direta ou indiretamente a

sociedade. A ANEEL utiliza essa iniciativa para

ouvir as pessoas envolvidas com a questão e

como instrumento de apoio para o processo

decisório nas ações de regulação.

A Central de Teleatendimento (CTA) é

outra ferramenta de comunicação com os usuá-

rios do serviço de energia elétrica. A CTA atende

pelo serviço gratuito 144 para informar, escla-

recer e orientar os cidadãos, além de registrar e

encaminhar para providências as queixas desses A ANEEL também recebe pedidos de

usuários com os serviços prestados pelas conces- informações, reclamações e sugestões por e-

sionárias. mail, carta e fax. O total de solicitações recebidas

pela Agência por todos os meios, em 2005, foi de

A CTA registrou 609.900 ligações em 2005. 626.188 atendimentos.

A Central atende a chamadas de todo o Brasil e

tem investido em inovações tecnológicas e As informações obtidas a partir do trabalho

operacionais para melhorar a qualidade do serviço da Ouvidoria são encaminhadas para as áreas de

e tornar mais ágil a resposta às solicitações. O regulação e de fiscalização para o aprimora-

tempo de atendimento foi melhorado em 2005, mento das atividades e atos emitidos. O tempo

tornando possível atender a 97,7% das ligações médio de tratamento das solicitações enca-

ao primeiro toque do telefone. minhadas a essas áreas vem melhorando, tendo

alcançado em 2005 a marca de 17 dias.

SOLICITAÇÕES ENCAMINHADAS À OUVIDORIA DA ANEEL - 2000 A 2005

ReclamaçõesInformações TotalAno

2000

2001

2002

2003

2004

2005

%

58,2

12,1

5,2

3,6

3,4

4,0

%

38,9

87,5

94,2

95,8

95,9

95,6

%

100

100

100

100

100

100

Total

46.589

148.287

55.613

28.018

21.676

25.236

Total

31.140

1.072.323

1.017.724

755.024

618.086

598.698

Total

80.050

1.225.513

1.079.493

788.331

644.497

626.188**

Outros*

%

2,9

0,4

0,6

0,6

0,7

0,4

Total

2.321

4.903

6.156

5.289

4.735

2.254

(*) Inclui sugestões, elogios e críticas.(**) Inclui solicitações pela Internet, cartas e fax recebidas somente pela Aneel

Mediação dispositivos ou obtenção de dados, o que

contribui para a identificação de lacunas na

legislação que precisam ser esclarecidas ou É atribuição legal da Agência esclarecer,

mesmo explicitadas em resolução. Em 2005, no âmbito administrativo, as divergências entre

foram tratados 44 processos de mediação, a concessionárias, permissionárias, autorizadas,

maior parte deles sobre a interpretação de produtores independentes e autoprodutores,

contratos e migração para o ambiente de bem como entre esses agentes e seus consu-

contratação livre de energia elétrica.midores.

Grande parte das questões e solicitações

de mediação tem origem em assuntos não re-

gulados, dificuldades na interpretação de seus

80 81

Page 43: RELATÓRIO2005 CERTO · corte de verbas e, principalmente, a imprevisibi-lidade das liberações financeiras, impossibilitou a Diretoria da ANEEL Marcelo Brandt Mensagemda DiretoriaColegiada

Foto: Milena Medeiros

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AANEEL,seufuncionamentoesuagestão AANEEL,seufuncionamentoesuagestão

AANEEL,seufuncionamentoesuagestãoAANEEL,seufuncionamentoesuagestão

Parcerias institucionais representam Energy Association), e o USAID (United States

Agency For International Development). O work-intercâmbios importantes

shop tratou de temas como o processo regula-

tório global, o mercado de energia elétrica no A ANEEL tem investido em parcerias com

Brasil, a comercialização de energia, preços e ta-instituições nacionais e internacionais com o

rifas, o relacionamento com os consumidores, a objetivo de compartilhar conhecimentos. Em

supervisão e inspeção das licenças ambientais 2005, foi assinado o primeiro termo aditivo ao

para a implantação dos projetos de novas usinas acordo de cooperação com a Câmara dos

hidrelétricas, a atuação e intervenção nos pro-Deputados. O termo dá continuidade por mais

cessos legais interestaduais.um ano ao intercâmbio técnico, científico e

cultural para o desenvolvimento institucional e

A ANEEL participou, ainda, da IX Reunião da de recursos humanos da Agência.

Associação Ibero-americana de Entidades Regula-

doras do Setor Elétrico (ARIAE), ocorrido de 6 a 18 A Agência também celebrou um Acordo de

de abril em Punta Del Este, no Uruguai. O evento Cooperação com o Instituto Regulador do Setor

teve a participação de 21 agentes reguladores Elétrico de Angola (IRSE). O objetivo desse acordo

ibero-americanos, que debateram o papel da é a troca de informações e experiências voltadas

entidade reguladora, os modelos para regulação para a regulação do setor de energia elétrica. A

dos setores da eletricidade e do gás natural, a re-partir de 2006 serão desenvolvidas várias ativi-

gulação de mercados energéticos transnacionais e dades entre as duas agências, com ênfase nos

do setor de combustíveis líquidos. A Agência é temas sobre a organização e funcionamento dos

membro da ARIAE desde 2000. reguladores, intercâmbio de documentação téc-

nica e legal, capacitação de pessoal, realização

Os encontros promovidos pela associação de estudos técnicos e legais.

são anuais e têm como objetivo compartilhar

experiências e informações sobre regulamentação Em agosto de 2005, a Agência promoveu o

do setor de energia elétrica, visões para futuras VI Workshop ANEEL - USEA - USAID com a pre-

atuações das entidades reguladoras e principais sença de representantes da Illinois Commerce

desafios a serem enfrentados.Commission (ICC), da Federal Energy Regulatory

Agency (FERC) e das agências reguladoras esta-

duais. O encontro marcou o término da parceria

de oito anos entre a ANEEL, o USEA (United States

Agências de outros países, a exemplo das

delegações da África do Sul, da Argélia,

Angola e também de técnicos da Universi-

dade de Harvard, nos Estados Unidos, esti-

veram na ANEEL para conhecer o seu traba-

lho no campo da regulação do setor elétrico

brasileiro.

Para alcançar o objetivo geral foram de-

finidos os seguintes objetivos específicos:

avaliar o ganho das previsões de vazões

afluentes aos reservatórios hidrelétricos

por meio de previsões hidroclimáticas,

estudadas mensalmente com horizonte

de até seis meses na bacia do rio São Cooperação contribui para o conhecimento

Franciscona área de hidrologia

comparar esses resultados com as previ-

sões desenvolvidas atualmente pelo ONSEm 2005 foi concluído o projeto de “Previ-

avaliar as tendências climáticas e hidroló-são de Vazões na Bacia do Rio São Francisco com

gicas de longo prazoBase na Previsão Climática”. Trata-se de um

apresentar uma sistemática para imple-estudo que integra conhecimentos das áreas de

mentação e operacionalização, incluindo a climatologia e hidrologia para a vazão natural

viabilidade técnica e econômica de um dos principais empreendimentos hidrelétricos

sistema de previsão de vazões a partir de da bacia do rio São Francisco. O projeto avalia o

previsões climatológicas para toda a bacia ganho das previsões de vazões por meio de esti-

do rio São Franciscomativas hidroclimáticas, e compara esses resul-

tados com os obtidos com os modelos atual-

A integração interdisciplinar e de entidades mente utilizados pelo ONS.

de diferentes estados brasileiros com compe-

tência nas disciplinas citadas permitiu ampliar o O projeto foi contratado pela Organização

conhecimento dos processos climáticos e hidroló-Meteorológica Mundial (OMM) e pela ANEEL

gicos na bacia do rio São Francisco.junto à Fundação de Apoio a Universidade Fede-

ral do Rio Grande do Sul (FAURGS). Os executores

foram o Instituto de Pesquisas Hidráulicas da

Descentralização busca agilidade na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IPH-

solução dos problemasUFRGS), o Instituto de Astronomia, Geofísica e

Ciências Atmosféricas da Universidade de São

Fundamentada na Lei nº 9.427, de 26 de Paulo (IAG-USP) e o Centro de Previsão de Tempo

dezembro de 1996, a ANEEL descentraliza suas e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de

atividades complementares de regulação, con-Pesquisas Espaciais (CPTEC/INPE).

trole e fiscalização dos serviços e instalações de

energia elétrica nas unidades da Federação, por O objetivo geral foi desenvolver a capa-

meio de celebração de convênios de cooperação cidade integrada de modelos climáticos e hidro-

com as agências estaduais de regulação de lógicos para melhorar a previsão de longo prazo,

serviços públicos.denominada nesse projeto de hidroclimática.

84 85

Page 45: RELATÓRIO2005 CERTO · corte de verbas e, principalmente, a imprevisibi-lidade das liberações financeiras, impossibilitou a Diretoria da ANEEL Marcelo Brandt Mensagemda DiretoriaColegiada

Os recursos financeiros repassados pela elétrica (TFSEE), arrecadada na respectiva

ANEEL às agências conveniadas são provenientes unidade federativa e transferida para custeio dos

da taxa de fiscalização de serviços de energia serviços descentralizados.

Valor Transferidopela ANEEL em 5005

(R$)Convenente

REPASSES DE RECURSOS FINANCEIROS DA DESCENTRALIZAÇÃO EM 2005

CSPE

AGERGS

ARCON

ARCE

ARSEP

AGERBA

AGER

ARSAL

ARPE

AGR

AGEPAN

ARPB

ARSAM

Comissão de Serviços Públicos de Energia

Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul

Agência Estadual de Regulação e Controle de Serviços Públicos do Estado do Pará

Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará

Agência Reguladora de Serviços Públicos do Rio Grande do Norte

Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia

Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos do Estado de Mato Grosso

Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Alagoas

Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Estado de Pernambuco

Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos

Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos do Mato Grosso do Sul

Agência Estadual de Energia da Paraíba

Agência Reguladora dos Serviços Públicos Concedidos do Estado do Amazonas

Sigla

7.653.175,67

1.258.440,41

1.293.095,87

1.084.540,41

612.372,57

1.556.406,32

909.235,37

573.567,93

713.228,48

613.589,89

635.424,15

578.458,45

548.546,96

A ANEEL acompanha as atividades dele- março e maio de 2005. Após a homologação, fo-

gadas por meio das rotinas de prestação de con- ram preenchidas 212 das 290 vagas abertas, dis-

tas, visitas e auditorias, para avaliar os resultados tribuídas entre os cargos de Especialista em Re-

decorrentes das ações descentralizadas. A gulação de Serviços Públicos de Energia, Analista

iniciativa compõe um processo de gestão que e Técnico Administrativo.

tem por objetivo o permanente aprimoramento

das atividades de descentralização, com a ampla A homologação marcou também o início

participação da ANEEL e das Agências Estaduais do cumprimento do Termo de Compromisso de

conveniadas. Ajustamento de Conduta (TCAC), que estabele-

ceu o compromisso de a ANEEL realizar o provi-

Entre as atividades realizadas com essa mento, entre 2004 e 2006, dos cargos das carrei-

finalidade estão os workshops de Descentraliza- ras criadas pela Lei n° 10.871/04, com a conse-

ção, dos quais foi realizada, em 2005, a quarta qüente substituição do pessoal terceirizado e

edição. Durante o evento foram trocadas expe- contratado em caráter temporário.

riências, avaliados os trabalhos das agências

estaduais e definidas novas diretrizes visando ao Em dezembro de 2005, a Medida Provi-oaprimoramento do processo de descentrali- sória (MP) n 269 autorizou a prorrogação dos

zação. contratos temporários para 31/03/2007. Mas a

ANEEL optou, inicialmente, por prorrogá-los até -

dezembro de 2006 e deu continuidade às provi

dências para a realização do 2° concurso público,

ANEEL investe na efetivação de seus visando ao provimento de 355 vagas a serem

profissionais preenchidas no biênio 2006/2007, conforme

Portaria nº 347 de 02/12/2005 do Ministério do

Com a homologação, em 2005, do primei- Planejamento, Orçamento e Gestão.

ro concurso para provimento de servidores do

quadro efetivo, a ANEEL começa a atender ao A mesma MP alterou a gratificação de de-

objetivo estratégico de ter um quadro próprio de sempenho de atividade de regulação (GDAR) pa-

pessoal. ga aos especialistas e criou a gratificação de de-

sempenho de atividade técnico-administrativa

O concurso, iniciado em 2004, foi compos- (GDATR), paga aos analistas e técnicos adminis-

to de provas e títulos na primeira etapa e curso trativos.

de formação na segunda fase, realizada entre

86 87

AANEEL,seufuncionamentoesuagestãoAANEEL,seufuncionamentoesuagestão

Page 46: RELATÓRIO2005 CERTO · corte de verbas e, principalmente, a imprevisibi-lidade das liberações financeiras, impossibilitou a Diretoria da ANEEL Marcelo Brandt Mensagemda DiretoriaColegiada

QUADRO PRÓPRIO

QUADRO EXTERNO

Diferença20052004

QUADRO COMPARATIVO DE PESSOAL (2004 X 2005), POR TIPO DE VÍNCULO

Vínculo

Contrato temporário

Especialistas em regulação

Comissionados (s/ vínculo)

Analistas administrativos

Técnicos administrativos

Requisitados (c/ vínculo)

Quadro específico

Procuradores federais

SUBTOTAL

Terceirizados - apoio administrativo

Terceirizados - informática

Estagiários

SUBTOTAL

TOTAL GERAL

207

97

45

20

13

382

182

129

25

336

718

145

89

80

53

44

36

20

12

479

130

103

25

258

737

62

89

17

53

44

9

1

97

52

26

78

19

Formação dos servidores consolida plano de Processo Decisório da ANEEL é transparente

educação corporativa

Em 2005, a ANEEL realizou 72 reuniões

públicas de diretoria para deliberação de assun-A capacitação dos servidores em 2005 foi

tos que envolveram interesses da sociedade e do realizada em consonância com o Plano de Educa-

setor elétrico. Mais de 1000 pessoas estiveram ção Corporativa, elaborado para proporcionar

presentes nas reuniões públicas de diretoria. Ao serviços educacionais que promovam a exce-

todo foram deliberados 991 processos sobre a lência no desempenho das responsabilidades da

regulação do setor elétrico, como realização de ANEEL.

leilões de energia, revisões e reajustes tarifários,

autorizações para funcionamento de usinas ter-Foram capacitados, em 2005, 360 servi-

melétricas, de pequenas centrais hidrelétricas, dores de um total de 479 (entre efetivos, requisi-

ou de outras fontes alternativas de energia, tados, redistribuídos, temporários, comissionados

pagamentos de compensações financeiras e e procuradores federais), o que corresponde a

royalties aos municípios e emissão de declaração 75% do quadro de pessoal. Ao todo, foram 234

de utilidade pública para construção dos empre-ações de treinamento, com 793 participações. En-

endimentos de geração, transmissão e distribui-tre as diversas ações, 95% incluíram participações

ção.de curta e média duração.

Além de transmitidas ao vivo no site da civil pública, o índice apresentado pela

ANEEL, todos os interessados têm livre acesso às ANEEL. Recorrendo ao STJ, a Procuradoria

reuniões públicas, com possibilidade de apresen- Federal conseguiu reverter a situação, res-

tar seus argumentos e contribuições, além de tabelecendo a decisão da diretoria da

solicitar preferência na ordem de deliberação de Agência.

seus processos. A lista dos processos sorteados Nos casos de reajustes tarifários anuais al-

com seus respectivos relatores, a pauta de cada gumas ações civis públicas foram ajuiza-

reunião e os relatórios que fundamentam a deci- das com o objetivo de substituir o resul-

são são também publicados na página da Agên- tado do reajuste tarifário homologado pela

cia. Essas ações visam e garantem o respeito aos ANEEL, desconsiderando as disposições

direitos dos cidadãos, à qualidade do serviço de dos contratos de concessão. Três limina-

energia elétrica e o permanente diálogo com a res, duas no Ceará e uma no Rio Grande do

sociedade. Norte, foram concedidas. Em ambos os ca-

sos, o TRF da 5ª Região manteve as de-

cisões fundamentadas em primeira ins-

tância. Novamente, a Procuradoria conse-Procuradoria fortalece ato regulatório

guiu suspender as liminares no âmbito do

STJ.Em 2005, a Procuradoria Federal na ANEEL

elaborou 521 pareceres que subsidiaram as

decisões da diretoria e superintendências. Atuou

ANEEL aumenta transparência e economia na defesa da Agência em mais de 4000 ações

judiciais, o que foi essencial para assegurar a es- dos processos licitatórios

tabilidade da regulação do setor elétrico. Tam-

bém conseguiu suspender liminares obtidas em Em 2005, a ANEEL passou a trabalhar com

ações judiciais propostas por diversas institui- pregão eletrônico, modalidade de licitação que

ções, como por exemplo: utiliza as novas tecnologias de informação e seus

recursos, especialmente a internet, para com-

No leilão de energia nova apresentou pras de bens e serviços comuns - aqueles que

pedido de suspensão da liminar impetrada podem ser oferecidos por diversos fornecedores

pela Associação Brasileira de Energia Flexí- e comparáveis entre si.

vel (ABRGEF) que impedia a realização do

leilão. A solicitação foi deferida pelo Presi- O pregão eletrônico amplia a competiti-

dente do Tribunal Regional Federal da 1ª vidade e dá rapidez ao processo licitatório. Etapas

Região, que autorizou a realização do como análise documental são simplificadas, uma

evento em 16/12/2005. vez que, para disputar o certame, os concorren-

Nas revisões tarifárias, especialmente no tes devem estar previamente cadastrados e ter

caso da Companhia de Eletricidade de Per- os documentos em dia no SICAF (Sistema de

nambuco, o Ministério Público Federal e Cadastramento Unificado de Fornecedores). Um

Estadual contestaram, por meio de ação aspecto importante é a participação sem

88 89

AANEEL,seufuncionamentoesuagestão AANEEL,seufuncionamentoesuagestão

Page 47: RELATÓRIO2005 CERTO · corte de verbas e, principalmente, a imprevisibi-lidade das liberações financeiras, impossibilitou a Diretoria da ANEEL Marcelo Brandt Mensagemda DiretoriaColegiada

necessidade de deslocamento, que garante gão eletrônico possibilita a participação de

mais isonomia e propicia redução de custo nos qualquer fornecedor que tenha acesso à inter-

processos licitatórios, por exemplo, a economia net. Quem vai contratar não conhece os licitan-

com instalações físicas e viagens dos participan- tes porque a habilitação é feita na hora, o que dá

tes que repassam estes custos para suas pro- mais credibilidade ao processo. A transparência

postas. é mais um ponto forte, pois qualquer cidadão po-

de acessar o site e assistir em tempo real a toda a

Outras vantagens do sistema são a im- negociação.

pessoalidade e economia de instalações. O pre-

Gestão orçamentária é avaliada A arrecadação dessa receita aumentou de

forma considerável nos últimos anos, mas o or-

çamento da Agência e os limites autorizados pa-A principal fonte de receita da ANEEL é a

ra empenho foram reduzidos. Isso decorre das Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétri-

restrições impostas ao gasto público, e resulta na ca (TFSEE), instituída pela Lei nº 9.427, de dezem-

indisponibilidade de parcela significativa da taxa. bro de 1996. Corresponde a 0,5% do benefício

econômico de cada uma das concessionárias,

O quadro demonstra a evolução da receita permissionárias ou autorizadas, incluindo os pro-

arrecadada, da despesa fixada no Projeto de Lei dutores independentes e autoprodutores. O

Orçamentária Anual (PLOA) e dos limites de em-montante considera a modalidade e o porte da

penho autorizados no período de 2001 a 2005.empresa que realiza o serviço.

COMPARATIVO ENTRE RECEITA ARRECADADA, PROJETO DE LEI ORÇAMENTÁRIA E LIMITE DE EMPENHO

-

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

Ano

R$

1.0

00

Arrecadação Receita PLOA Limites

Arrecadação Receita 168.458 172.129 201.593 223.115 271.323

PLOA 161.182 174.948 165.073 171.534 150.148

Limites 161.182 174.948 122.716 122.140 116.734

2001 2002 2003 2004 2005

OBS : Os valores do PLOA e dos limites incluem todas as despesas da Agência e excluem a reserva de contingência prevista nos orçamentos.

Para 2005, a LOA autorizou para a ANEEL cia. Em 2005, os limites autorizados para em-

um orçamento de R$ 179,6 milhões, que somado penho representaram menos de 50% do valor

aos créditos suplementares aprovados durante o arrecadado.

ano atingiu o valor de R$ 184,5 milhões. Desse

montante, R$ 120,7 milhões foram destinados O quadro apresenta a composição do or-

aos grupos Outras Despesas Correntes e Inves- çamento de 2005 (incluídos os créditos suple-

timentos, R$ 34,3 milhões ao grupo de Despesa mentares), os limites autorizados, os empenhos

Pessoal e Encargos Sociais e R$ 29,4 milhões realizados no ano e os percentuais de execução.

para a Reserva de Contingência própria da Agên-

90 91

AANEEL,seufuncionamentoesuagestão AANEEL,seufuncionamentoesuagestão

EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA GLOBAL

Valores em reais (Dados de 31/12/2005)

A B C D

DOTAÇÃO

ORÇAMENTÁRIA (LOA + CRÉDITOS)

LIMITE DE

EMPENHOEMPENHADO

% DE EXECUÇÃO

(C)

1 - DESPESAS DISCRICIONÁRIAS 120.710.000 82.420.143 75.405.800 91,49%

1.1 - QUALIDADE DO SERVIÇO DE ENERGIA ELÉTRICA

115.890.000 81.081.623 74.804.981 92,26%

1.2 - ABASTECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA

4.820.000 1.338.520 600.819 44,89%

2 - DESPESAS OBRIGATÓRIAS PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS

34.314.063 34.314.063 32.794.812 95,57%

3 - RESERVA DE CONTINGÊNCIA 29.479.404

TOTAL GERAL 184.503.467 116.734.206 108.200.612 92,69%

Notas:(1) Despesas Discricionárias (Contingenciáveis); e

(2) Despesas Obrigatórias (Não Contingenciáveis).

PROGRAMAÇÃO

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121

83

75

66

Empenhado / Limite Orçamentário = 91%

Pago / Limite Orçamentário = 80%

O Decreto nº 5.379, de fevereiro de 2005, e Em relação ao grupo Outras Despesas

as Portarias Interministeriais nº 131 e nº 132 dos Correntes e Investimentos - que não inclui as

Ministérios do Planejamento, Orçamento e Ges- despesas com pessoal - a ANEEL encerrou o ano

tão e da Fazenda, ambas de junho de 2005, com o limite autorizado de R$ 82,4 milhões, que

definiram os limites de empenho referentes às representa um corte orçamentário de 31,72%

despesas discricionárias dos órgãos. dessas despesas, sem considerar a reserva de

contingência. Foram empenhados R$ 75,4 mi-

Do total do orçamento da ANEEL, foram lhões, 91,49% do valor autorizado.

autorizados empenhos até o valor de R$ 116,7

milhões, o que representa um contingenciamen O gráfico mostra, em milhões de reais, os

to global de 36,73% Desse valor, foram empe valores correspondentes às dotações, o limite or-

nhados R$ 108,2 milhões, que correspondem a çamentário disponibilizado, o valor empenhado

92,69 % do limite autorizado. e os valores liquidados (e pagos) no exercício de

2005.

-

. -

0

20

40

60

80

100

120

140

LOA + CRÉDITOS LIMITE DISPONÍVEL EMPENHADO PAGO

�A� �p�r�o�g�r�a�m�a�ç�ã�o� �o�r�ç�a�m�e�n�t�á�r�i�a� �d�a� �A�g�ê�n�c�i�a� �Q�u�a�l�i�d�a�d�e� �d�o� �S�e�r�v�i�ç�o� �d�e� �E�n�e�r�g�i�a� �E�l�é�t�r�i�c�a�

�c�o�m�p�r�e�e�n�d�e� �d�o�i�s� �p�r�o�g�r�a�m�a�s� �d�e� �g�o�v�e�r�n�o�: �q�u�e� �t�e�m� �a� �f�i�n�a�l�i�d�a�d�e� �d�e� �a�s�s�e�g�u�r�a�r� �a� �p�r�e�s�-

�t�a�ç�ã�o� �d�o� �s�e�r�v�i�ç�o� �d�e� �e�n�e�r�g�i�a� �e�l�é�t�r�i�c�a� �e�m�

�A�b�a�s�t�e�c�i�m�e�n�t�o� �d�e� �E�n�e�r�g�i�a� �E�l�é�t�r�i�c�a� �q�u�e� �c�o�n�d�i�ç�õ�e�s� �a�d�e�q�u�a�d�a�s� �d�e� �q�u�a�l�i�d�a�d�e� �e� �p�r�e�ç�o

�t�e�m� �o� �o�b�j�e�t�i�v�o� �d�e� �a�s�s�e�g�u�r�a�r� �c�o�n�d�i�ç�õ�e�s� �p�a�-

�r�a� �o� �p�l�e�n�o� �a�t�e�n�d�i�m�e�n�t�o� �d�e� �e�n�e�r�g�i�a� �e�l�é�t�r�i�- �D�o�s� �R�$� �1�1�5�,�8� �m�i�l�h�õ�e�s� �a�p�r�o�v�a�d�o�s� �n�a� �L�O�A�

�c�a� �a�o�s� �c�o�n�s�u�m�i�d�o�r�e�s �2�0�0�5� �p�a�r�a� �o� �p�r�o�g�r�a�m�a� �Q�u�a�l�i�d�a�d�e� �d�o� �S�e�r�v�i�ç�o� �d�e�

Energia Elétrica foram autorizados limites para Para acompanhar a execução e assegurar

empenho de R$ 81,1 milhões (69,96%), conside- o alcance das metas, a ANEEL adota como sis-

rando o ajuste final do limite orçamentário. A exe- temática a realização de reuniões periódicas de

cução orçamentária, no valor de R$ 74,8 milhões, avaliação do desenvolvimento do plano e do pro-

foi de 92,26% do valor autorizado. gresso das atividades associadas à execução de

cada ação. O gerenciamento dos programas e

Em relação ao programa Abastecimento ações é apoiado no Sistema de Informações Ge-

de Energia Elétrica foram autorizados R$ 1,3 mi- renciais da ANEEL (SIGANEEL).

lhões (27,77%) dos R$ 4,8 milhões aprovados na

LOA. Ao todo, R$ 600,8 mil foram empenhados, o A Agência também vem agilizando os

que corresponde a 44,89% do limite do progra- procedimentos de licitações e contratos, me-

ma ao final do exercício. diante aprimoramento dos processos internos. O

objetivo é ampliar a capacidade de execução e,

com isso, ter mais eficiência na realização das

atividades.O que a ANEEL está fazendo?

Como resultado desse esforço, as contra-A ANEEL está adotando uma série de

tações na modalidade de credenciamento de medidas para minimizar os efeitos da atual escassez

empresas para terceirização de serviços, que exi-de recursos e solucionar as disfunções estruturais

giram um longo prazo de análise e implemen-decorrentes das restrições orçamentárias. Nesse

tação, foram homologadas em agosto de 2005. A sentido, a Agência vem fortalecendo as ações de

medida conferiu maior agilidade aos processos planejamento, com o foco em resultados, e aprimo-

de fiscalização, especialmente nos últimos três rando a articulação entre essas ações.

meses do ano.

No âmbito do gerenciamento dos progra-

Outras medidas adotadas são a sensibili-mas e ações relacionados à Agência, foi desen-

zação dos Ministérios do Planejamento, Orça-volvido o Plano Gerencial - Plano de Trabalho

mento e Gestão e da Fazenda, o fortalecimento Anual, que apresenta o detalhamento e desdo-

da articulação entre as agências reguladoras, a bramento das ações do PPA. O plano proporciona

busca de maior sinergia com o Ministério de Mi-maior visibilidade do conjunto de processos as-

nas e Energia e a reestruturação dos programas sociados ao desenvolvimento da ação, contri-

do Plano Plurianual (PPA) 2006. buindo, de forma direta ou indireta, para o su-

cesso no cumprimento da meta fixada.

92 93

AANEEL,seufuncionamentoesuagestão AANEEL,seufuncionamentoesuagestão

Page 49: RELATÓRIO2005 CERTO · corte de verbas e, principalmente, a imprevisibi-lidade das liberações financeiras, impossibilitou a Diretoria da ANEEL Marcelo Brandt Mensagemda DiretoriaColegiada

Foto: Aline Spezia

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Marcelo Brandt

InformaçõesInstitucionais InformaçõesInstitucionais

InformaçõesInstitucionaisInformaçõesInstitucionais

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ATÉ 31/12/2005

Diretor-Geral

Jerson Kelman - a partir 12/01/2005

Eduardo Henrique Ellery Filho (interinamente) - até 11/01/2005

Diretores

Eduardo Henrique Ellery Filho - até 23/05/2005

Edvaldo Alves de Santana - a partir 23/12/2005

Isaac Pinto Averbuch - até 10/01/2006

Jaconias de Aguiar - até 27/12/2005

Joísa Campanher Dutra Saraiva - a partir 23/12/2005

Paulo Jerônimo Bandeira de Mello Pedrosa - até 23/05/2005

Gabinete do Diretor-Geral

Omar Alves Abbud - até 17/01/2005

Pauliran Resende - a partir de 18/01/2005

Secretaria-Geral

Frederico Lobo de Oliveira - a partir de 01/07/2005

Márzio Ricardo Gonçalves de Moura - até 27/06/2005

Procuradoria Federal – ANEEL

Cláudio Girardi

Auditoria Interna

José Renato Pinto da Fonseca

Assessoria de Imprensa

Salete Cangussu - a partir de 29/03/2005

Lauro Leandro Rutkowski - até 28/03/2005

UNIDADES ORGANIZACIONAIS POR MACROPROCESSOS

REGULAÇÃO ECONÔMICA DO MERCADO E ESTÍMULO À COMPETIÇÃO

Superintendência de Regulação Econômica

Cesar Antônio Gonçalves

Superintendência de Estudos Econômicos do Mercado

Edvaldo Alves de Santana - até 22/12/2005

Dilcemar de Paiva Mendes - a partir de 22/12/2005

RELAÇÕES COM O MERCADO E OUVIDORIA

Superintendência de Mediação Administrativa Setorial

José Augusto da Silva

Superintendência de Comunicação Social

Maria Alice Dalledone Machado

GESTÃO DOS POTENCIAIS HIDRÁULICOS

Superintendência de Gestão e Estudos Hidroenergéticos

Amilton Geraldo

OUTORGAS DE CONCESSÕES E AUTORIZAÇÕES

Superintendência de Concessões e Autorizações de Geração

Maria Rosângela Medeiros Faria do Lago Cruz

Superintendência de Concessões e Autorizações de Transmissão e Distribuição

Jandir Amorim Nascimento

FISCALIZAÇÃO DA GERAÇÃO, DA QUALIDADE DO SERVIÇO E ECONÔMICO-FINANCEIRA

Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Geração

Jamil Abid

Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Eletricidade

Paulo Henrique Silvestri Lopes

Superintendência de Fiscalização Econômica e Financeira

Romeu Donizete Rufino

REGULAÇÃO TÉCNICA E PADRÕES DE SERVIÇOS

Superintendência de Regulação dos Serviços de Geração

Cristiano Abijaode Amaral - até 10/01/2005

Rui Guilherme Altieri Silva - a partir de 12/01/2005

Superintendência de Regulação dos Serviços de Transmissão

Davi Antunes Lima

Superintendência de Regulação dos Serviços de Distribuição

Manoel Eduardo Miranda Negrisoli

Superintendência de Regulação da Comercialização da Eletricidade

Gilberto Morais Pimenta - até 01/04/2005

Ricardo Vidinich - a partir de 01/04/2005

96 97

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InformaçõesInstitucionais

PLANEJAMENTO E GESTÃO ADMINISTRATIVA

Superintendência de Planejamento da GestãoJoão Cadamuro Neto - até 29/07/2005Anna Flávia de Senna Franco - a partir de 29/07/2005

Superintendência de Gestão Técnica da InformaçãoSérgio de Oliveira Frontin

Superintendência de Relações InstitucionaisÁlvaro Augusto Pereira Mesquita - até 05/10/2005Maria Karla Batista - a partir de 07/10/2005

Superintendência de Recursos HumanosCíntia Regina Pezzi - até 29/07/2005João Cadamuro Neto - a partir de 29/07/2005

Superintendência de Administração e FinançasÁlvaro Henrique Matias Pereira - até 19/02/2005Eliomar Wesley Ayres da Fonseca Rios - a partir de 21/02/2005

Superintendência de Licitações e Controle de Contratos e ConvêniosHélvio Neves Guerra

COORDENAÇÃO EDITORIALAna Maria Rezende MirandaJoseanne AguiarRegina Lucia Coelho Cavalcante Lima

LEVANTAMENTO DE INFORMAÇÕES E TEXTOGuto MeloFernanda Argolo DantasGabriel Maimoni Faria

DADOS TÉCNICOS E TEXTOS INICIAISSuperintendentes da ANEEL

PROJETO GRÁFICOMarcio Pacheco dos Guaranys

DIAGRAMAÇÃO, REVISÃO, IMPRESSÃO E ACABAMENTOScala Gráfica (62) 3271-1822

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL

ENDEREÇOSGAN 603 – Módulos “I” e “J” – Brasília – DF – CEP: 70830-030

PORTALwww.aneel.gov.br

OUVIDORIACentral de Teleatendimento - 144 Fax (61) [email protected]

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