relatÓrio2005 certo · corte de verbas e, principalmente, a imprevisibi-lidade das liberações...
TRANSCRIPT
Relató
rioA
ne
eL2
005
Mensagem da Diretoria Colegiada pág. 06
A ANEEL e sua missão pág. 10
Principais Resultados pág. 14
Tarifa de Energia Elétrica pág. 24
Regulação do setor elétrico pág. 46
Crescimento da oferta de energia pág. 32
Qualidade e Eficiência pág. 58
Fiscalização dos Serviços pág. 68
Relacionamento com a sociedade pág. 74
A Aneel, seu funcionamento e sua gestão pág. 82
Informações Institucionais pág. 94
pág. 06 pág. 10 pág. 14 pág. 24 pág. 32
pág. 46 pág. 58 pág. 68 pág. 74 pág. 82
Foto: Marcelo Brandt
Em 2005 a Agência Nacional de Energia totaliza uma potência outorgada de 2,8 mil MW e
Elétrica - ANEEL concluiu o primeiro ciclo de de expansão da rede de transmissão em mais de
revisão tarifária periódica das concessionárias de 3 mil Km de linhas. Na fiscalização, a ANEEL atuou
distribuição de energia. A sistemática adotada no controle da geração e do consumo de
abrangeu três pontos principais: Empresa de combustível nos sistemas isolados com o objetivo
Referência, que estabelece custos operacionais de reduzir as deficiências no controle e o valor da
eficientes; Base de Remuneração, que apura os Conta de Consumo de Combustíveis Fósseis (CCC).
investimentos prudentes efetuados na
concessão; estrutura ótima de capital, que O trabalho da Ouvidoria e a disseminação
minimiza o custo do capital; e Fator X, que de informações técnicas, com a criação da área de
compartilha com os consumidores os ganhos de Educação com Textos para Discussão, manuais
produtividade do prestador do serviço. Durante técnicos, Cadernos Temáticos e da abertura de um
três anos foram realizadas audiências públicas na canal de comunicação e debate direto com a
principal cidade da área de concessão de 61 sociedade: o Fórum Técnico de Integração entre a
distribuidoras, para ouvir as contribuições da ANEEL e a sociedade, reafirmam o compromisso
sociedade e proporcionar maior transparência no da Agência em promover a interação e o
processo decisório da ANEEL. Para o próximo ciclo equilíbrio entre consumidores, agentes regulados
de revisões - com início em 2007 e término em e governo, em prol do interesse público.
2010 - os técnicos vão reavaliar a metodologia e
inserir possíveis aprimoramentos, como parte de Ao longo de 2005, a ANEEL enfrentou
processo de evolução do setor e da Agência. quatro desafios. Primeiro, a transição da direção
geral da Agência, conduzida com brilhantismo,
Outros avanços marcaram o ano que desde o início de sua criação e ao longo de sete
passou: a definição das regras para a anos, por José Mário Abdo.
comercialização de energia e de metodologia
para avaliação de perdas técnicas, além do Segundo, a implementação do processo de
estabelecimento de novos critérios para formação do quadro próprio de pessoal e de
avaliação dos programas de eficiência energética repasse do conhecimento técnico e parte da
das concessionárias. Os leilões realizados para memória institucional à nova geração.
empreendimentos de geração e transmissão
representaram a perspectiva de mais energia Terceiro, o funcionamento da Diretoria
para o Brasil, com concessões e autorizações para Colegiada, por oito meses, com apenas três
novos empreendimentos de geração, o que diretores, em decorrência do não preenchimento
das vagas abertas pelo fim dos mandatos dos realização de diversas atividades, principalmente
diretores Paulo Pedrosa e Eduardo Ellery. Houve a fiscalização das concessionárias.
sobrecarga de trabalho para os diretores-
relatores remanescentes, Jaconias de Aguiar e Os detalhes e os dados de cada área e de
Isaac Pinto Averbuch, e o quórum mínimo cada conquista poderão ser conhecidos nas
limitava o processo decisório visto a necessidade próximas páginas desse Relatório. Dessa
de decisão por unanimidade. maneira, a ANEEL torna ainda mais transparentes
as decisões da diretoria, sempre substanciadas
Quarto, as dificuldades de execução orça- por notas técnicas realizadas por profissionais de
mentária decorrentes do contingenciamento extraordinária competência. Aliás, esses são os
orçamentário imposto à Agência, a despeito do principais patrimônios da Agência: a qualidade de
fato de que os recursos necessários ao seu seus técnicos e a independência decisória de seus
funcionamento decorrem de taxa de fiscalização dirigentes.
paga por consumidores e não por contribuintes. O
corte de verbas e, principalmente, a imprevisibi-
Diretoria da ANEELlidade das liberações financeiras, impossibilitou a
Marcelo Brandt
MensagemdaDiretoriaColegiada
MensagemdaDiretoriaColegiada MensagemdaDiretoriaColegiada
MensagemdaDiretoriaColegiada
8 9
Foto: Milena Medeiros
A ANEEL tem por finalidade regular e que alteram as leis anteriormente mencionadas.
fiscalizar a produção, transmissão, distribuição e Os processos básicos definidos na concepção da
comercialização de energia elétrica, de acordo ANEEL, conforme Decreto nº 2.335/1997, são os
com a legislação e em conformidade com as seguintes:
diretrizes e as políticas do governo federal. Sua
missão é “proporcionar condições favoráveis para
que o mercado de energia elétrica se desenvolva (I) Estabelecimento dos valores iniciais,
com equilíbrio entre os agentes e em benefício da reajustes e das revisões tarifárias;
sociedade”. (II) Supervisão do mercado com vista à
competição e ao equilíbrio entre oferta e
A diretoria da ANEEL - constituída por demanda;
cinco diretores, entre eles um Diretor-geral e um (III) Estabelecimento de regras e procedi-
Diretor-ouvidor - é responsável por planejar, mentos para encargos intra-setoriais;
analisar, discutir e decidir sobre o assunto de (IV) Consultas aos agentes, aos consumidores
competência da autarquia, sempre em regime de e à sociedade;
colegiado. (V) Atendimento de reclamações de agentes
e consumidores;
A estrutura administrativa é composta de (VI) Informação e educação institucionais dos
diretoria colegiada, gabinete do Diretor-geral, agentes e consumidores;
assessores da diretoria, Secretaria-Geral, (VII) Comunicação com os agentes setoriais,
Procuradoria Federal, Auditoria Interna e vinte consumidores e demais segmentos da sociedade;
superintendências de processos organizacionais. (VIII) Aprovação de estudos e determinação do
A gestão administrativa segue a Lei nº 8.987, de aproveitamento ótimo dos potenciais de energia
13 de fevereiro de 1995, que dispõe sobre o hidráulica;
regime de concessão e permissão da prestação (IX) Licitação para contratação de concessões
de serviços públicos; a Lei nº 9074/ 1995, sobre a e outorga de autorizações de geração;
concessão de serviços públicos de energia (X) Controle e fiscalização das concessões e
elétrica; a nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, autorizações de geração;
que trata sobre a instituição da ANEEL; o Decreto (XI) Regulamentação, normatização e
nº 2.335, de 6 de outubro de 1997, que regu- padronização referentes à geração de energia
lamenta a última lei, e a Portaria MME nº 349, de elétrica;
28 de novembro de 1997, que aprova o regimen- (XII) Gestão dos potenciais de energia
to interno da Agência Nacional de Energia Elétrica hidráulica;
(ANEEL). São também importantes: a Lei nº 9.648, (XIII) Planejamento, licitação e contratação de
de 27 de maio de 1998, a Lei nº 9.986, de 18 de concessões, permissões e autorizações de
julho de 2000, a Lei nº 10.871, de 20 de maio de serviços de transmissão e distribuição;
2004 e a Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004 - (XIV) Controle e fiscalização das concessões,
permissões e autorizações de serviços de das funções descentralizadas aos estados e ao
transmissão, distribuição e comercialização; Distrito Federal;
(XV) Estabelecimento de critérios e supervisão (XVIII) Controle de gestão;
do acesso aos sistemas de transmissão e (XIX) Gestão da informação;
distribuição; (XX) Gestão de recursos humanos;
(XVI) Regulamentação, normatização e (XXI) Gestão de recursos financeiros;
padronização, referentes aos serviços de (XXII) Gestão de materiais e patrimônio;
transmissão, distribuição e comercialização; (XXIII) Auditagem da qualidade dos processos
(XVII) Estabelecimento de critérios, elaboração organizacionais.
de convênios, supervisão e acompanhamento
Marcelo Brandt
AANEELesuamissão
AANEELesuamissão
AANEELesuamissão
AANEELesuamissão
12 13
Organograma da ANEEL
Foto: Ana Beatriz Barroso
O desafio do 1º Ciclo da Revisão Tarifária O novo desafio é o aprimoramento da
metodologia para o próximo ciclo que começa Periódica de Energia Elétrica
em 2007 com a revisão de sete concessionárias:
Bandeirante Energia S/A (Bandeirante), Centrais O desafio da construção do primeiro ciclo da
Elétricas do Pará S/A (Celpa), Companhia Ener-Revisão Tarifária Periódica das concessionárias de
gética do Ceará (Coelce), Eletropaulo Metropo-distribuição de energia elétrica e o esforço de aplicá-
litana Eletricidade de São Paulo S/A (Eletropaulo), la está vencido. Para a ANEEL, isso significou enfren-
Espírito Santo Centrais Elétricas S/A (Escelsa), tar jornadas de trabalho em busca da metodologia
Elektro, Companhia Piratininga de Força e Luz mais acertada, assegurando o equilíbrio econômico-
(CPFL-Piratininga)financeiro das empresas previsto nos contratos de
concessão. Esse primeiro ciclo teve início em abril de
2003 e foi concluído em fevereiro de 2006.
Aumento da capacidade de geração de
Esse trabalho resultou na Revisão Tarifária energia
Periódica de 61 empresas. Todas as revisões foram
antecedidas por audiências públicas e a Agência
foi à principal cidade da área de concessão de cada
uma das distribuidoras, fazendo-se presente de
Boa Vista (RR) a Faxinal do Soturno (RS), ouvindo entos. Isso
as pessoas para obter contribuições e aprimorar significa uma expansão real de 2.186,95 MW de
todo o processo, de forma pública e transparente. potência, já considerando a importação.
A ANEEL registrou em 2005 a entrada em
operação de sete usinas hidrelétricas, seis ter-
melétricas e 11 Pequenas Centrais Hidrelétricas
(PCHs), totalizando 24 empreendim
Principaisresultados
PrincipaisresultadosPrincipaisresultados
Principaisresultados
TipoNúmero de
EmpreendimentosPotência
(MW)(%)
Central Geradora Hidrelétrica - CGH 188
Central Geradora Eólica - EOL 10
Pequena Central Hidrelétrica - PCH 260
Central Geradora Fotovoltáica - SOL 1
Usina Hidrelétrica - UHE* 149
Usina Termelétrica - UTE** 870
Usina Termonuclear - UTN 2
SUBTOTAL 1.480
Importação*** 8
TOTAL 1.488
CAPACIDADE INSTALADA NACIONAL EM 31/12/2005
* Consideradas as máquinas do lado brasileiro da Itaipu Binacional (6.300 MW)** Consideradas as usinas remanescentes do Programa Emergencial*** Considerada importação de Itaipu (5.600 MW)
99,28
28,55
1.329,91
0,02
69.631,05
19.769,67
2.007,00
92.865,47
8.170,00
101.035,47
0,10%
0,03%
1,32%
0,00%
68,92%
19,57%
1,99%
91,91%
8,09%
100,00%
Leilões de empreendimentos novos e
existentes representam mais energia para o
Brasil
A ANEEL em 2005 realizou dois leilões de
energia elétrica proveniente de empreendi-
mentos existentes, também denominados de
“energia velha”. O primeiro leilão, realizado em
abril, contratou energia com início de suprimento
em 2008, pelo período de oito anos. Foram
comercializados 1.325 MW médios no valor de R$
7 bilhões. O segundo, em outubro, tratou do
suprimento a partir de 2006, em contratos de três
anos de duração. E a partir de 2009, em contratos
de oito anos. Foram comercializados 1.268 MW
médios, o que corresponde a R$ 8 bilhões.
No leilão de compra de energia elétrica
proveniente de novos empreendimentos de
geração, também chamado de “energia nova”,
realizado em dezembro, foram negociadas sete
novas usinas hidráulicas e seis novas usinas
térmicas, além da energia de 38 usinas com
outorga de concessão ou autorização anterior a
16 de março de 2004, com início da operação
comercial após 1º de janeiro de 2000 e energia Esse trabalho foi fundamentado no Pro-
não contratada até março de 2004, totalizando grama Determinativo da Expansão da Transmis-
um volume de energia comercializada de 3.284 são coordenado pelo Ministério de Minas e Ener-
MW médios. Os valores dos contratos gia (MME). São obras destinadas à expansão da
correspondem a R$ 68,4 bilhões. rede básica do Sistema Interligado Nacional (SIN)
e para o atendimento do mercado, segundo crité-
rios de qualidade vigentes e definidos pelos Pro-
Linhas de transmissão têm novas licitações e cedimentos de Rede homologados pela ANEEL.
autorizações
As linhas de transmissão licitadas e
autorizadas em anos anteriores e que entraram A ANEEL licitou e autorizou em 2005 um
em operação em 2005 somam 3.035,691 km e total de 3.134,8 km de linhas de transmissão,
um investimento da ordem de R$ 2 bilhões.sendo 3.055,8 km licitados e 79 km autorizados.
16 17
Foto: Ana Beatriz Barroso
Marcelo Brandt
Principaisresultados
Item EmpreendimentosTensão
kVUF
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
LT Presidente Medici - Pelotas 3*
LT Campos Novos - Barra Grande*
LT Barra Grande - Lagoa Vermelha*
LT Lagoa Vermelha - Santa Marta*
LT Tucuruí - Marabá*
LT Marabá - Açailândia*
LT Coxipó - Cuiabá*
LT Cuiabá - Rondonópolis*
LT Ouro Preto - Vitória
LT Fortaleza II - Pici
LT Assis - Londrina - Maringá (Seccionamento)
LT Sobral II - Sobral III
LT Salto Santiago - Ivaiporã*
LT Ivaiporã - Cascavel Oeste*
LT Londrina - Assis*
LT Assis - Araraquara*
LT Camaçari - Sapeaçu*
LT Montes Claros - Irapé*
LT Teresina - Sobral C2 - Fotaleza C2*
LT Dona Francisca - Itaúba
LT Fortaleza II - Fortaleza
LT Ibiporã - Londrina
Seccionamentos e outros
LINHAS DE TRANSMISSÃO ENERGIZADAS EM 2005(Contratados em anos anteriores)
RS 01/05/05
24/07/05
24/07/05
17/04/05
04/02/05
12/02/05
19/08/05
21/08/05
25/03/05
05/05/05
24/05/05
03/07/05
05/10/05
31/10/05
08/10/05
27/10/05
30/10/05
18/12/05
19/12/05
02/10/05
04/10/05
17/12/05
2005
127,1
34,654
57,494
95,309
223
246
34
171
382,00
55,094
26
13,85
168,45
204
122
243
106
139
541
23
0,35
20,3
3,09
3.035,691
230
230
230
230
500
500
230
230
345
230
500
230
525
525
525
525
500
230
500
230
230
230
230-345
Extensãokm
Data de OperaçãoComercial
SC/RS
PA/MA
MT
MG/ES
CE
PR
BA
MG
PI/CE
RS
CE
PR
PR/SP
SP/PR
CE
Totais
* Contrato de Concessão (Licitadas)
A cultura de investir no conhecimento tais ao exercício da regulação foram discutidas
contribuindo para fortalecer o setor elétrico. Os
A atividade de regulação na administração Textos para Discussão são um bom exemplo.
pública brasileira é recente. As mudanças Consistem em estudos e trabalhos desenvolvidos
decorrentes da reformulação do Estado e do setor por colaboradores da Agência Nacional de Ener-
elétrico implicam desenvolver práticas que gia Elétrica, todos impressos e disponíveis no site
possibilitem a discussão e a consolidação do da ANEEL (www.aneel.gov.br).
conhecimento no dia-a-dia.
Na mesma linha estratégica estão os
Cadernos Temáticos, que procuram reduzir a O ano de 2005 foi marcado pela discussão
assimetria de informações. A idéia é que todos de temas importantes que favoreceram a busca
consumidores, empresas do setor e outros do conhecimento, a cultura do debate e o inves-
segmentos da sociedade possam entender timento no aprendizado. Questões fundamen-
aspectos de regulação do setor que têm impacto o funcionamento da Câmara de Comercialização
em suas vidas. Os cadernos também foram im- de Energia Elétrica (CCEE), e publicou as regras
pressos e seus textos podem ser encontrados no que tratam de pontos importantes como a
site da ANEEL. definição do preço de liquidação de diferenças,
contratos de compra e venda de energia, cálculo
Outra inovação é o investimento na criação do excedente financeiro e encargos de serviços
e realização de reuniões e audiências para o do sistema, apuração dos dados de medição e
público interno. O objetivo é aprimorar os arranjo dos processos de contabilização e
processos por meio de discussão com os técnicos liquidação financeira.
da Agência antes de tornar o debate público - é a
construção do consenso interno. Foi emitido também ato normativo,
Resolução nº 168, de 2005, que alterou a forma
Esse instrumento contribui para o bom de cálculo das garantias financeiras, conferindo
resultado da regulação. Os Procedimentos de Distri- maior segurança às operações de compra e
buição de Energia Elétrica (Prodist) foram os pri- venda de energia elétrica realizadas no mercado
meiros assuntos tratados nas audiências internas - de curto prazo.
oito módulos foram discutidos com os cola-
boradores da ANEEL. Concluído o aprimoramento, Em cumprimento às disposições estabele-
os procedimentos de distribuição já estão prontos cidas para o setor elétrico, a Agência aprovou as
para o debate com o público externo. regras de comercialização referentes aos
módulos de penalidades (Resolução nº 168, de
A ANEEL também está aperfeiçoando o seu 2005) e de compensação financeira de sobras e
processo de gestão aproximando-se, cada vez déficits nos contratos celebrados em ambiente
mais, das expectativas e necessidades dos regulado (Resolução nº 161, de 2005).
agentes do setor elétrico e dos consumidores. O
mapeamento e o redesenho dos processos
organizacionais têm como ponto de partida uma O furto de energia elétrica representa R$ 5,1
visão sistêmica e integrada do trabalho realizado e bilhões de perdas anuais
o objetivo de tornar mais ágil a tomada de decisão.
Esse esforço envolverá todos os colaboradores, O volume das perdas com furtos e fraudes
incentivando a gestão por processo, o aprendizado representa um grande prejuízo para a sociedade.
e o compartilhamento dos conhecimentos. O total das perdas não-técnicas, contabilizadas
pela ANEEL junto às distribuidoras, chega a R$ 1,2
bilhão (15.298 GWh), valor rateado por todos os
Regras para a comercialização de energia que efetivamente pagam a tarifa de energia
consolidam modelo do setor elétrico elétrica.
Em 2005 a Agência expediu a Convenção Há também o custo do investimento na
de Comercialização, estabelecendo a estrutura e manutenção e ampliação da rede para atender
Principaisresultados
18 19
Eficiência energética valoriza projetos para ao consumo real. Esse investimento, reconhe-
cido pela ANEEL, soma R$ 2,3 bilhões ao ano. o consumidor de baixa renda
Além disso, acrescentando a parcela de impostos
como PIS, COFINS e ICMS perdidos em função do A Resolução Normativa da ANEEL nº 176,
não-faturamento, o prejuízo anual chega a R$ 5,1 de 15 de dezembro de 2005, de acordo com a Lei
bilhões. nº 9.991/2000, estabelece que as concessio-
nárias e permissionárias de distribuição de
Esse valor torna-se ainda mais significativo energia elétrica deverão aplicar 0,25% de sua
quando comparado com o recém-criado Fundo receita operacional líquida no desenvolvimento
da Educação Básica (Fundeb), que prevê um de programas para o incremento da eficiência
investimento anual de R$ 3,8 bilhões. energética no uso final da energia elétrica.
Por reconhecer que o desafio do combate Entre os critérios estabelecidos pela
ao furto de energia elétrica não é só da resolução estão, por exemplo, a utilização de
concessionária de distribuição, a ANEEL investiu equipamentos que tenham o selo do Procel de
em uma série de iniciativas para informar, Eficiência e Procel / Inmetro de Desempenho, e
orientar e envolver segmentos importantes da metodologia de avaliação capaz de comprovar
sociedade - como por exemplo, o Ministério objetivamente a economia de energia e a
Público, órgãos de segurança e de justiça demanda retirada do horário de ponta. Outro
federais e estaduais. Um dos resultados desse item refere-se à exclusão de gastos com
trabalho foi o programa de capacitação de marketing, já que o objetivo é garantir a
policiais fluminenses para combater a prática de utilização da maior parte dos recursos na
furtos no Rio de Janeiro, realizado pelas obtenção de resultados práticos de economia de
empresas Light e Ampla em parceria com a energia. Também será necessário apresentar um
Secretaria de Segurança do Estado. resultado de economia de, pelo menos, 0,10%
do mercado consumidor atendido pela
Esse é um desafio que está mobilizando e concessionária. Outro ponto importante define
envolvendo as distribuidoras de todo o Brasil. que as empresas terão que aplicar no mínimo
Reunidas durante o I Fórum de Comunicação na 50% dos recursos destinados à eficiência
Distribuição de Energia Elétrica, promovido no energética em projetos que contemplem as
mês de novembro de 2005, as concessionárias comunidades de baixa renda.
planejaram ações conjuntas que poderão
contribuir para a redução dos furtos.
Processo de fiscalização é importante para
Outro importante caminho é o da avaliação da Conta Consumo de Combustível
adequação dos regulamentos. Para isso, a ANEEL
tem autorizado a implantação de novas O trabalho de fiscalização consiste,
tecnologias para medição e registro do consumo principalmente, em avaliar a estrutura de
que dificultam o furto e a fraude de energia. controles internos relacionados com a Conta de
Consumo de Combustíveis Fósseis dos Sistemas A seleção das deficiências, em especial,
Isolados (CCC-Isol), além dos critérios e teve como resultado uma matriz de riscos que
procedimentos adotados pela Eletrobrás na classificou as diferentes situações, a exemplo
gestão financeira desses recursos. daquelas indicando alto risco - inexistência ou
deficiência nos controles internos - o que pode
Esse trabalho teve a primeira fase provocar forte impacto financeiro.
destinada ao planejamento. A segunda etapa
cuidou do levantamento, documentação e dos A criação desses procedimentos facilita a
testes de controles internos dos processos atuação da ANEEL por meio de propostas para a
realizados na Eletrobrás, na Ceron, na Eletronorte, redução dos riscos de deficiências nos processos
na Manaus Energia e na Ceam. Em um terceiro de controle da CCC.
momento, a Agência avaliou a eficácia dos
controles, revisando toda a documentação,
identificando e selecionando as deficiências.
Principaisresultados Principaisresultados
20 21
Foto: Marília Assumpção
Interrupção no fornecimento de energia é qualidade “Duração Equivalente de Interrupção
por Unidade Consumidora” (DEC) e “Freqüência monitorada pela Fiscalização
Equivalente de Interrupção por Unidade de
Serviço” (FEC).Comparado com o ano de 2004, as médias
na freqüência e na duração das interrupções de
Esse resultado indica uma alteração na energia elétrica aumentaram em 2005. Esse
trajetória de índices positivos no período de 1996 dado foi constatado pela ANEEL junto com as 13
a 2004.Agências Estaduais conveniadas durante o
levantamento anual que avalia os indicadores de
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005**
26,09
27,19
24,05
19,85
17,44
16,57
18,07
16,63
15,81
16,63
21,91
21,68
19,88
17,59
15,29
14,56
14,84
13,10
12,13
12,50
PeríodoDEC Apurado(horas/ano)
FEC Apurado(número de interrupções)
EVOLUÇÃO DOS ÍNDICES DE QUALIDADE
** Dados preliminares (não contemplam a empresa CEEE)
Principaisresultados Principaisresultados
Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total
AUDIÊNCIAS PÚBLICAS REALIZADAS PELA ANEEL - 1998/2005
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
TOTAL
0
1
0
1
0
1
2
1
0
0
0
0
1
6
3
3
0
1
0
0
0
8
6
4
0
0
1
2
0
2
3
1
0
1
2
1
2
2
6
3
0
1
1
0
2
3
3
3
4
0
1
4
6
3
8
6
0
0
0
3
4
0
2
3
0
4
4
0
2
0
3
4
0
0
0
0
7
6
3
6
2
1
0
0
5
7
4
2
0
1
1
2
7
8
2
8
6
10
10
13
36
46
45
44
210
Relacionamento com a sociedade é objetivo Em 2005 o principal assunto tratado pelas
audiências públicas foi a Revisão Tarifária Perió-estratégico
dica (RTP). Das 44 audiências realizadas, 16 fo-
ram sobre a RTP. As 26 reuniões presenciais Um dos objetivos estratégicos da ANEEL é o
contaram com uma participação média de 100 de “ter um diálogo sistemático e com ampla co-
pessoas, além das contribuições de 450 partici-municação com a sociedade.” E uma das inicia-
pantes - expositores.tivas que mais aproxima a Agência dos cidadãos
é a audiência pública, instrumento que contribui
para a atividade de regulação aperfeiçoando
atos elaborados pela ANEEL.
Central de Teleatendimento questão e a criação de ambiente adequado à
negociação.
Uma importante forma de atendimento ao
O resultado dessa ação é importante para público é a Central de Teleatendimento (CTA),
as áreas de regulação na medida em que que possibilita a comunicação pontual com o
identifica pontos na legislação que precisam ser cidadão, por meio do serviço de discagem
esclarecidos ou mesmo tratados em resolução. gratuita 144. Em 2005, a CTA da ANEEL recebeu
Em 2005, foram mediados 44 processos, na 609.900 ligações. Desse total, 591.407 (97%)
maioria das vezes, sobre a interpretação de das ligações são atendidas ao primeiro toque do
contratos e migração para o ambiente de telefone e resolvidas de imediato. E 18.493, pela
contratação livre de energia elétrica.maior complexidade envolvida, são encaminha-
das para análise e solução.
Reuniões Públicas de Diretoria
Mediação
Em 2005, a ANEEL investiu na consolidação
do processo de tornar públicas as reuniões da A maioria das questões trabalhadas na
diretoria. Foram realizadas 72 reuniões com a mediação tem origem em assuntos não
participação de agentes e consumidores do setor regulados, dificuldades na interpretação ou
elétrico e deliberados 991 processos. A Agência, lacunas na legislação do setor e na obtenção de
por meio do site, informa as datas e pautas e dados que comprovem as posições dos
transmite ao vivo as reuniões, numa demons-envolvidos. Essa atividade é realizada por meio
tração de transparência.de técnicas que prevêem o esclarecimento da
22 23
Foto: Milena Medeiros
Encerrado o primeiro ciclo de Revisão Desde o início do processo de revisão
tarifária, a ANEEL envolveu, além das Tarifária Periódica
concessionárias, os conselhos de consumidores e
as agências estaduais. Os procedimentos, A ANEEL concluiu a Revisão Tarifária
roteiros e prazos necessários para os processos Periódica (RTP) de 61 concessionárias de
de RTP foram discutidos em conjunto com esses distribuição do serviço público de energia
segmentos. O esforço resultou na construção de elétrica, de acordo com o cronograma definido
um cronograma detalhando as etapas até a contratualmente, encerrando assim o primeiro
homologação dos valores do reposicionamento ciclo de RTP. Das 64 distribuidoras de energia
tarifário e do Fator X, conforme avisos publicados elétrica existentes no Brasil, apenas três
no Diário Oficial da União (DOU).(Companhia Energética do Amazonas - CEAM,
Companhia Energética de Roraima - CER,
As tarifas de energia elétrica são Companhia de Eletricidade do Amapá - CEA) não
estabelecidas no momento da assinatura do passaram pelo processo de revisão tarifária, já
contrato de concessão e atualizadas com base que não assinaram os contratos de concessão.
em indexador previsto nesses contratos por um
período previamente determinado, em geral
quatro anos. Ao final desse tempo, a ANEEL
procede à Revisão Tarifária Periódica.
O fundamento da RTP é a definição de um
novo valor de receita que possa garantir o
equilíbrio para o serviço de distribuição. Esse
intervalo entre revisões tarifárias é uma
oportunidade para a concessionária aumentar
sua remuneração mediante ganhos de eficiência,
observado o nível de qualidade exigido na
prestação do serviço.
As novas tarifas são fundamentadas em
custos eficientes e na adequada remuneração
sobre os investimentos. Dessa forma, a
remuneração do capital investido não é pré-Foto: Pedro Ladeira
TarifadeEnergiaElétrica TarifadeEnergiaElétrica
TarifadeEnergiaElétricaTarifadeEnergiaElétrica
determinada, mas pode ser acrescida como Em 2005, a ANEEL realizou o processo de
resultado da redução de custos para que as Revisão Tarifária Periódica de 16 concessionárias
tarifas permaneçam constantes em termos reais. de distribuição, alcançando a meta prevista: Cia
Energética da Borborema (Celb), Cia de Eletrici-
As atuais regras jurídicas e econômicas dade de Pernambuco (Celpe), Muxfeldt Marin &
relativas ao regime tarifário dos contratos de Cia Ltda (Muxfeldt), Centrais Elétricas de Cara-
concessão do serviço público de distribuição de zinho S/A (Eletrocar), Departamento Municipal
energia elétrica no Brasil constituem uma ver- de Ijuí (Demei), Hidroelétrica Panambi S/A
tente do regime de regulação por incentivos. Sua (Hidropan), Cia Energética do Piauí (Cepisa), Cia
principal finalidade é o aumento da eficiência e Energética do Maranhão (Cemar), S.A de
da qualidade na prestação do serviço, atendendo Eletricidade da Paraíba (Saelpa), Cia. Energética
ao princípio de modicidade tarifária, conforme de Alagoas (Ceal), Cia. Energética de Goiás
estabelecido pelo art. 14 da Lei n° 9.427, de 26 (Celg), Manaus Energia S.A. (Manaus), Boa Vista
de dezembro de 1996. E para tornar o processo Energia S.A. (Boa Vista), Centrais Elétricas de
de Revisão Tarifária Periódica mais transparente Rondônia S/A (Ceron), Companhia de Eletri-
e participativo, a ANEEL realizou audiência públi- cidade do Acre (Eletroacre), Usina Hidroelétrica
ca na principal cidade da área de concessão de Nova Palma Ltda (Uhenpal).
cada concessionária para obter contribuições da
sociedade.
ConcessionáriaLocal da
Audiência Pública
REVISÃO TARIFÁRIA DAS CONCESSIONÁRIAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA (2003 A 2005)
Data daAudiência
Pública
Data daRevisão
Percentual deReposicionamento
CJE
CNEE
CELG
CAIUÁ
CFLO
CEB
LIGHT
EEB
CERON
CEEE
EEVP
CELB
MUXFELDT
EFLUL
DEMEI
ELETROACRE
Jaguari - SP
Catanduva - SP
Goiânia - GO
Presidente Prudente - SP
Guarapuava - PR
Brasília - DF
Rio de Janeiro - RJ
Bragança Paulista - SP
Porto Velho - RO
Porto Alegre - RS
Assis - SP
Campina Grande - PB
Tapejara - RS
Urussanga - SC
Ijuí - RS
Rio Branco - AC
27/nov/03
03/dez/03
04/ago/05
19/nov/03
17/dez/03
29/jul/04
14/out/03
28/nov/03
20/out/05
22/set/04
20/nov/03
15/dez/04
12/mai/05
11/mar/04
01/jun/05
19/out/05
3/fev/04
3/fev/04
10/set/05
3/fev/04
3/fev/04
26/ago/04
7/nov/03
3/fev/04
30/nov/05
25/out/04
3/fev/04
4/fev/05
29/jun/05
30/mar/04
29/jun/05
30/nov/05
-6,17%
-4,13%
-2,83%
-1,54%
-1,48%
-1,23%
-0,09%
0,33%
2,58%
2,64%
4,25%
4,68%
4,71%
5,04%
5,77%
7,94%
26 27
TarifadeEnergiaElétrica TarifadeEnergiaElétrica
Concessionária ConcessionáriaLocal da
Audiência PúblicaLocal da
Audiência Pública
Data daAudiência
Pública
Data daAudiência
Pública
Data daRevisão
Data daRevisão
Percentual deReposicionamento
Percentual deReposicionamento
ESCELSA
CEAL
COOPERALIANÇA
COPEL
HIDROPAN
BOA VISTA
CELESC
BANDEIRANTE
SAELPA
COCEL
PIRATININGA
ELETROPAULO
CSPE
ELETROCAR
DMEPC
AMPLA
FORCEL
COSERN
AES SUL
CEMAR
MANAUS ENERGIA
SANTA CRUZ
JOÃO CESA
IGUAÇU
CPEE
CELPA
CPFL
CELPE
CFLCL
CLFM
SULGIPE
CEPISA
CENF
RGE
ELEKTRO
SANTA MARIA
CEMAT
CELTINS
ENERGIPE
COELCE
COELBA
CEMIG
ENERSUL
CHESP
UHENPAL
Vitória - ES
Maceió - AL
Içara - SC
Curitiba - PR
Panambí - RS
Boa Vista - RR
Florianópolis - SC
S. J. dos Campos - SP
João Pessoa - PB
Campo Largo - PR
Sorocaba - SP
São Paulo - SP
Itapetininga - SP
Carazinho - RS
Poços de Caldas - MG
Niterói - RJ
Coronel Vivida - PR
Natal - RN
São Leopoldo - RS
São Luiz - MA
Manaus - AM
Ourinhos - SP
Siderópolis - SC
Xanxerê - SC
S. J. R. Pardo - SP
Belém - PA
Campinas - SP
Recife - PE
Cataguases - MG
Mococa - SP
Estância - SE
Teresina - PI
Nova Friburgo - RJ
Caxias do Sul - RS
Limeira -SP e Três Lagoas - MS
Colatina - SP
Cuiabá - MT
Palmas - TO
Aracaju - SE
Fortaleza - CE
Salvador - BA
Belo Horizonte - MG
Campo Grande - MS
Ceres - GO
Faxinal do Soturno - RS
15/jul/04
28/jul/05
30/nov/05
20/mai/04
02/jun/05
07/out/05
08/jul/04
02/out/03
27/jul/05
12/mar/04
01/out/03
18/jun/03
26/nov/03
13/mai/05
19/mai/04
09/dez/03
22/jul/04
25/mar/03
19/mar/03
22/jul/05
06/out/05
21/nov/03
10/mar/04
07/jul/04
4/dez/03
09/jul/03
07/mar/03
13/abr/05
05/mai/04
05/dez/03
05/nov/04
21/jul/05
06/mai/04
20/mar/03
29/jul/03
18/dez/03
26/fev/03
28/mai/04
27/mar/03
24/mar/03
28/mar/03
06/mar/03
27/fev/03
25/ago/04
02/dez/05
7/ago/04
26/ago/05
7/fev/06
24/jun/04
29/jun/05
1/nov/05
7/ago/04
23/out/03
26/ago/05
30/mar/04
23/out/03
4/jul/03
3/fev/04
29/jun/05
28/jun/04
30/dez/03
26/ago/04
22/abr/03
19/abr/03
26/ago/05
1/nov/05
3/fev/04
30/mar/04
7/ago/04
3/fev/04
7/ago/03
8/abr/03
29/abr/05
18/jun/04
3/fev/04
14/dez/04
26/ago/05
18/jun/04
19/abr/03
27/ago/03
7/fev/04
8/abr/03
4/jul/04
22/abr/03
22/abr/03
22/abr/03
8/abr/03
8/abr/03
12/set/04
28/dez/05
8,58%
8,74%
9,01%
9,17%
9,22%
9,88%
9,89%
10,51%
11,12%
11,37%
11,52%
11,65%
12,29%
12,83%
13,21%
13,87%
14,62%
14,99%
15,92%
15,95%
17,39%
17,49%
18,25%
18,77%
20,10%
20,21%
20,29%
21,50%
21,67%
21,73%
22,55%
22,85%
25,24%
27,96%
28,69%
28,80%
29,48%
30,53%
33,64%
34,65%
38,78%
44,41%
50,81%
51,56%
57,71%
Mudanças na legislação alteram o cálculo de O mesmo procedimento foi adotado para
as Receitas Anuais Permitidas (RAP) das trans-tarifas
missoras de energia. Para isso, a Agência san-
cionou as resoluções nº 149 e nº 150, de 30 de As tarifas de energia elétrica fixadas pela
junho de 2005, que estabeleceram os valores ANEEL contemplavam os percentuais de 0,65%
referentes às Receitas Anuais Permitidas (RAPs), para o PIS/PASEP e 3% para o COFINS. As leis n°
o reajuste das Tarifas de Uso do Sistema de Trans-10.637/2002 e 10.833/2003 alteraram esses per-
missão (TUST), componentes da rede básica do centuais para 1,65% (PIS/PASEP) e 7,60% (CO-
Sistema Interligado Nacional (SIN), e a tarifa de FINS), além da metodologia de apuração desses
transporte da energia elétrica, proveniente de tributos (sistema não-cumulativo) em que as alí-
Itaipu Binacional, para o período tarifário de julho quotas efetivas passaram a ter variações mensais.
de 2005 a junho de 2006.
No momento de cada reajuste e revisão
Foram incluídos, ainda, no cálculo da RAP, tarifária das distribuidoras de energia elétrica, a
os empreendimentos de transmissão licitados ANEEL calculou a diferença entre os percentuais
que entrarão em operação comercial até 30 de que compõem a tarifa de energia elétrica (0,65%
junho de 2006. O valor da receita foi atualizado e 3%) e os praticados pelas empresas. A nova
conforme o Índice Geral de Preços de Mercado legislação permite às concessionárias repor os
(IGP-M) entre junho de 2004 e maio de 2005. A custos decorrentes do PIS/PASEP e COFINS que
arrecadação ultrapassará o valor de R$ 7 bilhões.estavam sem previsão tarifária.
Na mesma data em que ocorrem os A Agência realizou uma audiência pública
reajustes das RAPs das concessionárias de em busca de contribuições para o aprimora-
transmissão, é realizado o reajuste das Tarifas de mento dessa metodologia. Assim, as distri-
Uso do Sistema de Transmissão (TUST). O período buidoras passaram a destinar os custos relativos
tarifário também vai de 1º de julho do ano em às contribuições do PIS/PASEP e COFINS às tarifas
que são publicadas até 30 de junho do ano reguladas pela ANEEL. Por meio de aditivo ao
subseqüente.contrato de concessão de distribuição, a ANEEL
atribuiu às empresas a responsabilidade pela
inclusão dos valores dessas alíquotas no preço
final da energia.
28 29
TarifadeEnergiaElétrica
A RAP corresponde à remuneração das condições de utilização da capacidade suportada
concessionárias de transmissão pelo uso de suas pela rede elétrica até determinado ponto. Esse
instalações e em operação até 30 de junho de cálculo considera o número de circuitos a serem
2005, integrantes da rede básica ou das (DITs) percorridos para escoar a energia gerada, suprir a
demais instalações de transmissão. A TUST é carga e o nível de carregamento. Todos os agen-
calculada a partir da simulação do Programa tes que acessam a rede básica - geradores, distri-
Nodal, sistema informatizado que implementa a buidores e consumidores livres - pagam a TUST,
metodologia para estabelecer tarifas levando em que é utilizada na remuneração da RAP.
conta a demanda, a geração de energia e as
VALORES DAS PARCELAS DE RECEITA UTILIZADAS NO PERÍODO 2005/2006 (R$)
RAP-RB (rede básica)
ONS
Parcela de Ajuste
Parcela de Ajuste - PIS / COFINS
Previsão de Novas Obras
Total para cálculo da TUST-RB (rede básica)
RAP-FR *(transformadores da rede básica de fronteira)
RAP-DIT *(DITs compartilhadas)
Total para cálculo da TUST-FR
5.901.162.135,45
321.285.400,00
- 181.442 .726,73
265.436.146,17
101.291.840,38
6.407.732.795,26
636.175,90
194.968,79
831.144,70
30
Foto: Sinara Bertholdo
31
TarifadeEnergiaElétrica
Foto: Aline Spézia
CrescimentodaOfertadeEnergia CrescimentodaOfertadeEnergia
CrescimentodaofertadeenergiaCrescimentodaofertadeenergia
Rede de transmissão é ampliada atingem 3.035,691 km de novas linhas. O
investimento de mais de R$ 2 bilhões reforçou a
malha básica do Sistema Interligado Nacional Em 2005, de um total de 3.134,8 km de
(SIN) em todas as regiões do Brasil. Os destaques linhas de transmissão, foram licitados 3.055,8 km e
são a nova interligação do estado do Espírito autorizados outros 79 km pela ANEEL. O leilão foi
Santo, com a construção da LT Ouro Preto - realizado em novembro e ofereceu a concessão de
Vitória, em 345 kV, com 382 km de extensão, e a sete lotes com 21 linhas de transmissão e oito
interligação Sul - Sudeste pela Linha de subestações. As linhas arrematadas passarão pelos
Transmissão Londrina - Assis - Araraquara, em estados do Pará, Tocantins, Goiás, Minas Gerais,
525 kV, com 365 km de extensão.São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e
Distrito Federal. Deverão entrar em operação
Também foram assinados os contratos de comercial em prazos que variam entre 18 e 24
concessão dos empreendimentos licitados em meses a partir da assinatura do contrato de
2004. As linhas licitadas até 2004 estão em concessão. Os investimentos estão estimados em
construção e compreendem 3.805 km de linhas e R$ 2,8 bilhões e vão gerar 8.800 empregos diretos
investimentos da ordem de R$ 3 bilhões. Além e 22 mil indiretos.
de possibilitar a ampliação da rede, os
empreendimentos geraram 8.150 empregos Os empreendimentos licitados e autori-
diretos e cerca de 20 mil indiretos.zados que entraram em operação em 2005
A
C
B
D
F
2424
24
2424
24
20
Empreendimento
Empreendimento
Empreendimento
Tensão(kV)
Tensão(kV)
Tensão(kV)
Extensão(km)
Extensão(km)
Extensão(km)
Prazo deExecução Meses
Prazo deExecução Meses
Concessionária
LT Marabá - Itacaiunas
LT Itacaiunas - Colinas
LT Itacaiunas - Carajás
SE Itacaiunas - Transformação
LT Serra da Mesa II - Luziânia
LT Luziânia - Samambaia
LT Luziânia - Paracatu
LT Paracatu - Emborcação
SE Luziânia
SE Paracatu - 4
LT Anhanguera - Guarulhos
LT Florianópolis Ilha - Palhoça
LT Biguaçu - Palhoça
1
2
3
LT Colinas - Miracema
LT Miracema - Gurupi
LT Gurupi - Peixe Nova
LT Peixe Nova - Serra da Mesa II
LT Emborcação - Nova Ponte
LT Nova Ponte - Estreito
LT Nova Ponte - Itumbiara
LT Nova Ponte - São Gotardo
LT São Gotardo - Bom Despacho
SE Estreito
LT Barra Grande - Lages - Rio do Sul
SE Lages
SE Rio do Sul
LT Campos Novos - Pólo
LT Tijuco - Itapeti - Nordeste
Total
Total
PA
TO/PA
PA
PA
GO
DF/GO
GO/MG
MG
GO
MG
SP
SC
SC
TO
TO
TO/GO
GO
MG
MG
MG
MG
MG
MG
SC
SC
SC
SC/RS
SP
39,8
304
110
310
65
118
188
-
-
22
40
17
CTEEP
ELETROSUL
ELETROSUL
173
255
72
195
88
147
182
198
93
195
273
50
3.055,8
79
500
500
230
500/230
500
500
500
500
500
500/138
345
230
230
500
500
500
500
500
500
500
500
500
500/345
230
230/138
230/138
525
345
Lote
Lote
Item
EMPREENDIMENTOS LICITADOS EM 2005
EMPREENDIMENTOS AUTORIZADOS EM 2005
EMPREENDIMENTOS DE TRANSMISSÃO - AUTORIZADOS EM 2005
UF
UF
UF
Leilão no 001/2005
E
G
20
18
34 35
R$ 1.237.949,79 3300 1.148,8
Investimento3(R$x10 )
EmpregosGerados
Extensão(km)
CrescimentodaOfertadeEnergia CrescimentodaOfertadeEnergia
MAPA DE EXPANSÃO DO SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL Hidrelétricas representam quase 70% da
potência instalada
As usinas hidrelétricas são a principal fonte
geradora de energia elétrica do Brasil. Até
dezembro de 2005, o país atingiu a capacidade
de gerar 71.060MW por meio de hidrelétricas, o
que representa uma parcela de 76,5% de toda
potência nacional instalada.
Para manter o compromisso com um
desenvolvimento sustentável do setor, a ANEEL
registra, analisa e aprova inventários de bacias
hidrográficas, estudos de viabilidade e projetos
básicos para construção de Pequenas Centrais
Hidrelétricas (PCHs) e de usinas de médio e
grande portes.
Em 2005, a ANEEL tornou disponíveis
inventários hidrelétricos que totalizaram a
potência de 3.399 MW. Os estudos de inventário
permitem a avaliação do potencial hidrelétrico
de uma bacia hidrográfica e identificam os
melhores locais nos rios onde a vazão e queda
favorecem a instalação de usinas que gerem o
máximo de energia, a um menor custo, com
impacto mínimo sobre o meio ambiente
A fase posterior aos inventários é a dos
estudos de viabilidade, aplicáveis aos empre-
endimentos com potência instalada superiores a
30 MW e necessários ao planejamento das
usinas hidrelétricas passíveis de licitação pelo
poder público. Esses estudos compreendem o
dimensionamento da produção energética e
otimizam as variáveis técnico-econômicas e am-
bientais. Para o programa de licitações de usinas
hidrelétricas ocorrido em 2005, a ANEEL analisou
e aprovou 13 estudos de viabilidade.
36 37
R$ 1.339.763,31
R$ 407.659,27
R$ 2.985.372,37
4300
1200
8800
1.461
525
3.134,8
Investimento3
(R$x10 )
Investimento3(R$x10 )
Obs.: Valores dos EmpreendimentosLicitados e Autorizados no ano de 2005
Investimento3(R$x10 )
EmpregosGerados
EmpregosGerados
EmpregosGerados
Extensão(km)
Extensão(km)
Extensão(km)
Norte / Nordeste
Centro-Oeste / Sudeste
Sul
Brasil
Leilão nº 001/2005-ANEEL
Linhas Licitadas/Autorizadasem Construção
Linhas Licitadas/Autorizadasem Operação
CrescimentodaOfertadeEnergia CrescimentodaOfertadeEnergia
38 39
Concluída a etapa de estudos de viabi- Concluída a reorganização institucional do
lidade, inicia-se o projeto básico. O objetivo setor de energia elétrica e aprovado o novo
principal dessa fase é detalhar e definir, entre marco regulatório com a promulgação das leis nº
outros aspectos, o orçamento para a construção 10.847/04 e 10.848/04, foram definidas as
da usina, de forma a subsidiar a contratação das regras para a efetiva garantia do suprimento para
obras pelos investidores. o mercado e a expansão das atividades de
geração, transmissão e distribuição.
Em 2005, a ANEEL analisou e aprovou
1.132 MW de projetos básicos, incluídos nesse Essas regras estabelecem que os novos
total as PCHs, com potências de até 30 MW, projetos de geração sejam licitados com licença
dispensadas dos estudos de viabilidade em ambiental prévia e declaração de reserva de
função do seu pequeno porte e do impacto disponibilidade hídrica. E para facilitar o processo
ambiental reduzido por causa da limitação de licenciamento ambiental de empreendi-
imposta às áreas de seus reservatórios. mentos do setor elétrico, a ANEEL, em conjunto
com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
O cumprimento desses requisitos é dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e os
fundamental para identificar de modo eficiente órgãos estaduais de meio ambiente, acompanha
futuros empreendimentos de geração esses licenciamentos.
hidrelétrica. Os estudos e projetos são anteriores
à autorização e à concessão para investidores Já em relação à declaração de reserva de
privados ou estatais e contribuem para o disponibilidade hídrica, a ANEEL promove a
planejamento estratégico do governo na área de obtenção do documento junto à Agência
infra-estrutura do setor elétrico. Nacional de Águas (ANA) e aos órgãos estaduais
gestores de recursos hídricos, além de atuar
Além das atividades descritas, a gestão do como entidade articuladora entre empre-
potencial hidráulico brasileiro envolve: endedores e esses órgãos.
o monitoramento do processo de licença
ambiental de empreendimentos a serem
Leilões contribuem para aumentar a oferta licitados
a promoção da reserva de disponibilidade de energia elétrica
hídrica para licitação ou autorização de
aproveitamentos hidrelétricos Os leilões tornaram-se o principal
o acompanhamento da evolução dos mecanismo de mercado utilizado para a
modelos hidrológicos de previsão de vazões comercialização de energia elétrica. Além de
utilizados pela Supervisão de Hidrologia do promover a eficiência e a competição, os leilões
Operador Nacional do Sistema Elétrico de energia conferem maior transparência às
a auditagem de custos de estudos e projetos, transações comerciais efetivadas e possibilitam a
com vista aos ressarcimentos para os leilões definição do preço da energia no mercado de
de concessões longo prazo.
Esse processo foi ampliado a partir das 2004, totalizando um volume de energia de
regras definidas pela Lei nº 10.848, de 15 de 3.284 MW médios, o que representa R$ 68,4
março de 2004, e pelo Decreto nº 5.163, do mes- bilhões. Os contratos por quantidade têm
mo ano. A lei estipula que as empresas de duração de 30 anos e os contratos por disponi-
distribuição devem garantir o atendimento a bilidade têm prazo de duração de 15 anos, com
toda a sua área de cobertura, mediante contra- início de suprimento entre 2008 e 2010.
tação regulada estabelecida por licitação.
O leilão foi dividido em três casos: outorgas
A ANEEL realizou em 2005 dois leilões de de concessão para usinas hidrelétricas; outorgas
energia elétrica existente, também chamada de autorização para termelétricas, PCHs, projetos
“energia velha”, para início de suprimento entre de ampliação ou importação; e empreendi-
2006 e 2009. Os leilões tiveram o objetivo de mentos enquadrados nos termos do art. 17 da Lei
firmar contratos de compra e venda entre nº 10.848, de março de 2004, que instituiu o
agentes de distribuição e geração. O primeiro novo modelo de comercialização de energia
leilão ocorreu em abril e estabeleceu contratos elétrica.
com duração de oito anos e início de suprimento
A Lei nº 10.848 e o Decreto nº 5.163 em 2008. Foram negociados 1.325 MW médios
definem que, até 31 de dezembro de 2007, de energia a um preço médio R$ 83,13/MWh,
poderá haver oferta proveniente de geradoras movimentando R$ 7 bilhões.
existentes ou de projetos de ampliação nos
O segundo leilão de energia existente, em leilões para contratação de energia nova, desde
outubro, negociou contratos com duração de três que atendam cumulativamente aos seguintes
anos, com início de suprimento em 2006, e com requisitos:
obtenção de outorga de concessão ou duração de oito anos para suprimento a partir de
autorização até 16 de março de 20042009. Foram vendidos 102 MW de energia, a méd
ter iniciado a operação comercial a partir de um preço médio de R$ 62,95/MWh, para 2006, e
1º de janeiro de 2000um montante de 1.166 MW médios de energia
não ter tido energia contratada até 16 de foi comercializado a R$ 94,91/MWh. O total
março de 2004.negociado foi de R$ 8 bilhões.
O Decreto nº 5.163 estabelece que a ANEEL O leilão de energia “nova” foi realizado em
deve promover leilões específicos para dezembro de 2005. Nele, foram negociadas sete
contratação de ajuste pelos agentes de novas usinas hidráulicas, na modalidade
distribuição, com prazo de suprimento de até quantidade, e seis novas usinas térmicas, na
dois anos. Os leilões de ajustes têm a finalidade modalidade disponibilidade, além de energia de
de complementar o montante de energia 38 usinas com outorga de concessão ou
elétrica necessário para atender ao total das autorização anterior à 16 de março de 2004, iní-
cargas do mercado de distribuição de energia.cio da operação comercial após 1º de janeiro de
2000 e com energia não contratada até março de
CrescimentodaOfertadeEnergia
Vencedor
Vencedor
ENERGIA DE USINAS HIDRELÉTRICAS LICITADAS EM 2005 (NOVAS USINAS)
ENERGIA DE USINAS TERMELÉTRICAS AUTORIZADAS EM 2005 (NOVAS USINAS)
PotênciaInstalada
(MW)
Garantiafísica
(MW médios)
EnergiaContratada
(MW médios)
EnergiaContratada
(MW médios)
Preço deVenda
(R$/MWh)
ReceitaFixa
(R$/ano)
Total
Total
451
404
804,6
575,515
Usina
Usina
Ano deSuprimento
Ano deSuprimento
UHE Foz do Rio Claro
UHE São José
UHE Passo São João
UHE Paulistas
UHE Simplício
UHE Retiro Baixo
UHE Baguari
UTE Goiânia II
UTE Candiota III
(Ampliação)
UTE Costa Pinto
UTE Interlagos
UTE Quirinópolis
UTE Lasa
Consórcio BR Benco (Petrobrás
Distribuidora S.A. (10%) e Benco
Engenharia Ltda. (90%))
Companhia de Geração Térmica
de Energia Elétrica - CGTEE
Cosan S.A. Bioenergia
Usina Interlagos Ltda.
U.S.J. Açúcar e Álcool S.A.
LASA - Linhares Agroindustrial S.A.
2010
2010
2010
2010
2010
2009
2010
68,4
51
77
52,5
333,7
82
140
39
30
37
47
185
36
77
108,04
115,80
113,22
114,70
115,88
114,36
115,68
Alusa Engenharia Ltda.
Alusa Engenharia Ltda.
ELETROSUL S.A.
Furnas Centrais Elétricas S.A.
Furnas Centrais Elétricas S.A.
Orteng Equip. e Sistemas Ltda.
Consórcio Baguari (Cemig Geração e Transmissão S.A. (34%), Furnas Centrais Elétricas S.A. (15%) e Neoenergia S.A. (51%))
2009
2010
2009
2008
2009
2008
2009
70
350
56,140
40
40
19,375
65
292
19
6
2
6
14
25.650.000,00
331.250.640,00
26.929.609,19
6.582.600,19
2.369.400,06
6.684.757,76
15.086.882,41
40 41
CrescimentodaOfertadeEnergia
Vencedor
ENERGIA DE USINAS HIDRELÉTRICAS COM OUTORGA EM ANOS ANTERIORES
EnergiaHabilitada/
GarantiaFísica*
(MW médios)
EnergiaContratada
(MW médios)
ReceitaFixa
(R$/ano)
Total 555,000865,973
Usina Ano deSuprimento
UHE Queimado
UHE 14 de Julho
UHE Castro
Alves
UHE Monte
Claro
UHE Porto
Primavera
PCH Porto Góes
UHE Luís
Eduardo
Magalhães
UHE
Mascarenhas
UHE Manso
PCH Goiandira
PCH Nova
Aurora
UHE Luís
Eduardo
Magalhães
UHE Luís
Eduardo
Magalhães
UHE Ita
UHE
Machadinho
Companhia Energética de
Brasília – CEB
Companhia Energética Rio das
Antas – CERAN
Companhia Energética Rio das
Antas – CERAN
Companhia Energética Rio das
Antas – CERAN
Companhia Energética de São
Paulo - CESP
Empresa Metropolitana de Águas
e Energia S.A. – EMAE
EDP Lajeado S.A.
Energest S.A.
Furnas Centrais
Elétricas S.A.
PCH Performance Centrais
Hidrelétricas Ltda.
PCH Performance Centrais
Hidrelétricas Ltda.
Paulista Lajeado Energia S.A.
Rede Lajeado Energia S.A.
Tractebel Energia S.A.
Tractebel Energia S.A.
2008
2010
2010
2010
2010
2008
2009
2010
2008
2009
2008
2008
2010
2010
2010
2008
2009
2010
2010
10,15
10,604
13,573
12,513
230
10,44
4,517
23,9
92
17,09
12,4
1,018
7,408
336,263
84,097
9
10
13
12
148
1
1
8
2
2
23
35
55
16
12
1
7
116
84
115,98
129,67
129,44
129,41
116,00
116,00
116,00
115,99
114,98
115,98
115,98
97,89
112,89
99,95
99,95
110,00
108,00
115,90
114,00
CrescimentodaOfertadeEnergia
Vencedor
ENERGIA DE USINAS TERMELÉTRICAS COM OUTORGA EM ANOS ANTERIORES
EnergiaHabilitada*
(MW médios)
EnergiaContratada
(MW médios)
ReceitaFixa
(R$/ano)
Total 1874,0002.460,246
Usina Ano deSuprimento
UTE Rafard
UTE Xavantes
Aruanã
UTE Jacuí
UTE Daia
UTE Altos
UTE Aracati
UTE Baturité
UTE Campo
Maior
UTE Caucaia
UTE Crato
UTE Iguatu
UTE Jaguarari
UTE Juazeiro do
Norte
UTE Marambaia
UTE Nazária
UTE Pecém
UTE Cubatão
UTE Eletrobolt
UTE Termoceará
UTE TermoRio
UTE Três Lagoas
UTE Cocal
UTE PIE-RP
Cosan S.A. Bioenergia
Aruanã Termoelétrica S.A.
Elétrica Jacuí S.A.
Empresa de Energia Elétrica do
Brasil Ltda. – ENGEBRA
Enguia GEN PI Ltda.
Enguia GEN CE Ltda.
Enguia GEN CE Ltda.
Enguia GEN PI Ltda.
Enguia GEN CE Ltda.
Enguia GEN CE Ltda.
Enguia GEN CE Ltda.
Enguia GEN BA Ltda.
Enguia GEN CE Ltda.
Enguia GEN PI Ltda.
Enguia GEN PI Ltda.
Enguia GEN CE Ltda.
Baixada Santista Energia Ltda.
SFE – Sociedade Fluminense de
Energia Ltda.
Termoceará Ltda.
TermoRio S.A.
Petróleo Brasileiro S.A.
Cocal Termelétrica S.A.
PIE-RP Termelétrica S.A.
2009
2008
2009
2009
2008
2008
2008
2008
2008
2008
2008
2008
2008
2008
2008
2008
2008
2010
2009
2009
2010
2008
2010
2009
2008
2009
2008
2009
17,869
22,2
254
19,7
7,9
6,7
6,7
7,9
8,5
7,9
8,5
59,3
8,5
7,9
7,9
8,5
205
285,237
147,84
986,6
335,8
19,7
20,1
12
21
1
254
19
7
6
6
7
8
7
8
59
8
7
7
8
141
278
64
77
352
352
127
10
9
9
10
16.819.200,00
5.071.949,00
241.521,00
289.295.149,10
6.817.080,81
2.057.277,00
1.962.554,00
1.962.554,00
2.057.277,00
2.735.518,00
2.057.277,00
2.735.518,00
19.104.794,00
2.735.518,00
2.057.277,00
2.057.277,00
2.735.518,00
85.411.314,00
128.923.723,20
25.015.757,80
26.623.304,40
199.842.931,20
165.893.376,00
56.938.773,60
4.059.000,00
4.810.500,00
3.685.500,00
4.950.000,00
Capacidade Instalada é expandida em mentos. Isso significou aumento da capacidade
instalada do país em 2.425,10 MW. Entretanto, 2.186 MW
os processos de regularização, repotenciação,
reativação e desativação levaram a um Em 2005, a ANEEL registrou a entrada em
decréscimo de 238,15 MW nessa capacidade operação de sete usinas hidrelétricas (UHEs), seis
instalada. A expansão real foi de 2.186,95 MW de termelétricas (UTEs) e 11 Pequenas Centrais Hi-
potência.drelétricas (PCHs), totalizando 24 empreendi-
42 43
CrescimentodaOfertadeEnergia
TOTAL 2.186,95 100,00%-238,152.425,10
Usinas comUnidades motorizadas
EXPANSÃO DA CAPACIDADE INSTALADA REGISTRADA EM 2005
ExpansãoReal da
CapacidadeInstalada
%Tipo
Regularização,repotenciação,
reativação edesativação
Usina Hidrelétrica – UHE
Usina Termelétrica – UTE
Pequena Central Hidrelétrica – PCH
Central Geradora Hidrelétrica – CGH
Central Geradora Eólica – EOL
7
6
11
0
0
1.732,85
565,89
126,36
0,00
0,00
120,45
-351,74
-16,06
9,20
0,00
1.853,30
214,15
110,30
9,20
0,00
84,74
9,79
5,05
0,42
0,00
Quant. Pot. (MW) Pot. (MW) Pot. (MW)
Novas usinas eólicas em construçãoEntraram em operação 18 empreendi-
mentos hidrelétricos, sendo sete UHEs e 11 PCHs,
o que corresponde a 89,79% do acréscimo A geração de eletricidade a partir de fonte
verificado no ano. Esses dados demonstram a eólica tem se mostrado viável, principalmente
importância da geração hidrelétrica para a ex- em lugares onde as condições ambientais são
pansão da oferta de energia. favoráveis e há pouca disponibilidade de
potencial hídrico para geração de energia. Em
Além disso, a ANEEL autorizou 23 novas 2005, foram iniciadas as obras de implantação de
PCHs e a ampliação de outras sete, conta- cinco usinas, com previsão de entrada em
bilizando 269.929 MW de potência instalada. A operação comercial em 2006. As novas centrais
Agência também registrou 30 Centrais Geradoras eólicas estão sendo construídas no Rio Grande do
Hidrelétricas (CGHs), somando 18,708 MW de Norte, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
potência. As CGHs são empreendimentos pro-
A ANEEL também autorizou a ampliação de venientes de fonte hidráulica com potência ins-
outras duas centrais eólicas, outorgadas em anos talada igual ou menor a 1 MW. A ANEEL registra e
anteriores. Quando entrarem em operação, as regulariza as CGHs por meio de despachos de
centrais representarão um acréscimo de 114,9 registros, conforme disposto na Lei nº 9.074, de
MW de potência instalada. São passíveis de julho de 1995, e no Decreto nº 2.003, de setem-
autorização os empreendimentos provenientes bro de 1996.
de fonte eólica com potência maior que 5 MW. O
quadro mostra usinas eólicas em fase de im-
plantação em 2005.
-Pequenas Centrais Hidrelétricas são empreen
dimentos provenientes de fonte hidráulica com
potência instalada maior que 1 MW e menor ou
igual a 30 MW, com reservatório de área igual ou 2 inferior a 3 km e que atendam o disposto na
Resolução nº 652, 9 de dezembro de 2003.
CrescimentodaOfertadeEnergia
Potência Outorgada (kW)
USINAS DO TIPO EOL EM CONSTRUÇÃO
Usina Município
RN 15 - Rio do Fogo
Eólica Água Doce
Parque Eólico de Osório
Parque Eólico Sangradouro
Parque Eólico dos Índios
Total: 5 Usinas
49.300
9.000
50.000
50.000
50.000
Rio do Fogo - RN
Água Doce - SC
Osório - RS
Osório - RS
Osório - RS
Novas usinas termelétricas são autorizadas como carvão mineral, gás natural e de refinaria,
óleo combustível, diesel e outros como gás de e outorgadas
biomassa.
A ANEEL autorizou em 2005 a construção,
Até 2005, uma parcela das usinas terme-em todo o Brasil, de 22 usinas termelétricas
létricas era emergencial para suprir eventuais fa-(UTEs) com potência acima de 5 MW, permitiu a
lhas no abastecimento do Sistema Interligado ampliação de outras 20 e registrou outros 68
Nacional. Com o fim da cobrança do encargo de empreendimentos com potência menor ou igual
capacidade emergencial, as usinas foram des-a 5 MW. Com isso, 949.643 MW novos de gera-
contratadas e a capacidade instalada da geração ção termelétrica foram outorgados.
termelétrica cresceu apenas 9,79%.
A geração termelétrica representa a
Destaca-se, no ano de 2005, o volume segunda maior fonte de energia elétrica no
expressivo de regularizações de usinas autori-Brasil, correspondendo a 19,57% da capacidade
zadas em anos anteriores. Foram efetivadas instalada nacional. Nos estados do norte do país
aproximadamente 300 regularizações de PCHs, e em parte do Mato Grosso, a geração terme-
usinas termelétricas de biomassa e de usinas létrica é a principal fonte de energia elétrica
eólicas, principalmente para fins de mudança de devido às condições ambientais. Além disso,
titularidade e ajustes de cronogramas de implan-essas localidades não estão conectadas à malha
tação de empreendimentos, devido a necessida-de transmissão de energia do Sistema
de de adequações das usinas ao Programa de Interligado Nacional (SIN) e dependem exclusi-
Incentivo às Fontes Alternativas de Energia vamente dessa fonte de energia.
(PROINFA).
As usinas termelétricas incluem unidades
geradoras que utilizam combustíveis fósseis
44 45
CrescimentodaOfertadeEnergia
Foto: Aline Spezia
Potência Total: 208.300 kW
Foto: Marília Assumpção
Marcelo Brandt
RegulaçãodoSetorElétrico RegulaçãodoSetorElétrico
RegulaçãodosetorelétricoRegulaçãodosetorelétrico
A cobrança do encargo de capacidade
emergencial é encerrada
Desde dezembro, o consumidor passou a
pagar uma taxa a menos em suas contas de luz: a
do encargo de capacidade emergencial (ECE).
O encargo foi criado em 2002 para evitar Metas de universalização são antecipadas
riscos de desabastecimento de energia. Sua
arrecadação foi usada na cobertura dos custos de O Ministério de Minas e Energia (MME), por
contratação de usinas termelétricas emergen- meio do programa Luz para Todos, antecipou
ciais instaladas no país, disponíveis para gerar para até 2008 o acesso à energia elétrica para
energia em caso de necessidade. A Comercia- toda a população rural ainda não atendida por
lizadora Brasileira de Energia Emergencial (CBEE) esse serviço. A expectativa é a de atender
é a estatal responsável pelo repasse aos proprie- aproximadamente dois milhões de domicílios.
tários de usinas emergenciais dos valores reco- Para isso estão sendo destinados recursos da
lhidos mensalmente pelas concessionárias na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), na
conta de energia de seus consumidores. forma de subvenção, e também da Reserva
Global de Reversão (RGR), por meio de finan-
O encerramento do ECE foi fundamentado ciamento. Há ainda a participação dos estados e
na análise do fluxo de caixa da CBEE e em das concessionárias de distribuição de energia
projeções que indicaram a necessidade de elétrica. Foram assinados termos de compro-
arrecadação até dezembro de 2005. Eventuais misso entre o MME, concessionárias e estados,
excessos de arrecadação serão devolvidos aos com a interveniência da Eletrobrás, gestora
consumidores. financeira do Programa, e da ANEEL.
Em função da antecipação das metas rurais
para 2008, a ANEEL emitiu a Resolução Normati-
va n° 175, de 28 de novembro de 2005, que es-
tabelece a necessidade de revisão dos planos de
universalização, antecipa para esta mesma data
a meta urbana, e determina o acompanhamento
Energia Elétrica Emergencial (AEEE), que
paga as usinas quando elas efetivamente
geram energia. Como não havia necessida-
de de geração, apenas a ECE vinha sendo co-
brada até dezembro.
A ECE faz parte do chamado “seguro-
apagão”, criado na época do racionamento
para possibilitar a construção e operação de
usinas termelétricas emergenciais. Remu-
nera a disponibilidade de geração das usi-
nas. O outro encargo é o de Aquisição de
trimestral das atividades. Está previsto ainda que, caixa, para abrigar somente o disjuntor. O sis-
até o final de 2006, o Programa Luz Para Todos tema ainda reduz os erros de leitura, pois centra-
deverá totalizar 1.205.435 novas ligações de liza as informações de cada unidade consumi-
energia elétrica. dora em um único ponto. A leitura passa a ser
feita rapidamente por meio de comunicação
As metas de universalização relativas às remota.
áreas urbanas também terão acompanhamento
trimestral. Enquanto na área rural a concessio-
nária procura o futuro consumidor, no meio urba-
no a iniciativa deve partir do interessado. O fu-
turo consumidor deverá formalizar seu pedido de
ligação junto à concessionária e, desde que res-
peitados os requisitos da universalização, será
atendido conforme prazos regulamentares esta-
belecidos pela Resolução n° 456, de 29 de no-
vembro de 2000.
Criada metodologia para tratar perdas de
energia elétrica
Medidores eletrônicos possibilitam redução As perdas globais de energia na distri-
de perdas não-técnicas buição referem-se à diferença entre a energia
requerida pela concessionária e a estimada para
Com o objetivo de reduzir as perdas não- venda aos consumidores. As informações sobre
técnicas - furtos e fraudes - a ANEEL autorizou, as perdas são obtidas pela ANEEL junto às con-
por meio das resoluções nº 383 e nº 201, as cessionárias de distribuição de energia e ex-
distribuidoras Coelce e Ampla a instalarem em pressas em megawatt-hora por ano (MWh/ano).
unidades consumidoras medidores eletrônicos Essas perdas são divididas, normalmente, em
externos em caráter experimental. No caso da duas categorias: as perdas técnicas, que ocorrem
Ampla, a instalação foi feita em 230 mil em razão da interação da corrente elétrica e seus
residências e, nas áreas testadas, o índice de campos eletromagnéticos com o meio físico de
perdas caiu de 53% para até 2%. transporte da energia; e as perdas não-técnicas,
relativas a erros de medição, fraudes no consu-
Além desta, outras vantagens foram mo e ligações clandestinas.
identificadas como, por exemplo, a economia na
fase de instalação de ramais de ligação e do Com a publicação do Decreto nº 4.562 de
padrão de medição substituído por uma simples 2002, que estabeleceu os custos e encargos de
A ANEEL condicionou a autorização da subs-
tituição dos medidores de consumo de ener-
gia elétrica à criação de meios para priorizar
a informação ao cidadão. Assim, o consumi-
dor deve ser informado com cinco dias de
antecedência sobre a substituição, e a fatu-
ra mensal deve ser detalhada indicando o
consumo diário da unidade. A concessioná-
ria também deve oferecer à comunidade o
atendimento telefônico gratuito.
A universalização já é realidade em 2.287
municípios, equivalente a 41,45% do total
no país.
48 49
RegulaçãodoSetorElétrico RegulaçãodoSetorElétrico
Elaborados os procedimentos para responsabilidade do segmento de consumo, as
perdas de energia elétrica passaram a compor as distribuição de energia elétrica
tarifas de fornecimento das distribuidoras de
energia elétrica. Os Procedimentos de Distribuição (Prodist)
estabelecem os requisitos técnicos mínimos ne-
Em função do impacto na tarifa e na cessários ao planejamento, acesso, uso e ope-
qualidade dos serviços, a ANEEL tem se concen- ração dos sistemas de distribuição e as responsa-
trado na busca de mecanismos para o combate à bilidades de cada agente do setor elétrico.
prática de fraudes e furtos. A Agência desenvol-
veu ações como o Plano ANEEL de Redução de Para fazer esse trabalho, incluindo a elabo-
Perdas Não-Técnicas, visando ao aprimoramento ração dos documentos, o consórcio formado por
da regulação sobre o tema, uniformização e cinco empresas - Promon Engenharia, Promon
disseminação das informações. E iniciou estudos Tecnologia, Fupai, ConEnergia e Advocacia Wal-
para definição de uma trajetória regulatória e de tenberg - foi contratado por meio de um proces-
investimentos eficientes pelas concessionárias so licitatório. O Prodist é composto por oito
de distribuição para o combate às perdas de módulos:
energia.
1 - Introdução
Além disso, foi consolidada uma metodo- 2 - Planejamento da expansão do sistema de
logia para avaliar as perdas técnicas das dis- distribuição
tribuidoras, que permite o cálculo de indicadores 3 - Acesso aos sistemas de distribuição
de perdas de cada segmento e nível de tensão. A 4 - Procedimentos operativos do sistema de
definição correta das perdas técnicas é fun- distribuição
damental para quantificar as perdas não- 5 - Sistemas de medição
técnicas. Essa metodologia está incluída nos 6 - Informações requeridas e obrigações
Procedimentos de Distribuição (Prodist) e já foi 7 - Disposições gerais
testada em quatro distribuidoras. 8 - Qualidade da energia elétrica
Durante o ano, foram realizadas reuniões
com agentes do setor elétrico e técnicos da
ANEEL para discussão de cada módulo. O módulo
3, por sua complexidade, contou também com a
participação de consultores internacionais duran-
te realização do workshop.
As perdas não-técnicas no Brasil são da or-
dem de 15,3 TWh/ano, o que representa R$
5,1 bilhões, incluindo a incidência de im-
postos e os custos necessários à geração,
transmissão, distribuição e comercialização
dessa energia.
Aceitas
Nº de agentesDataLocal
PARTICIPAÇÃO E CONTRIBUIÇÕES DOS AGENTES DO SETOR ELÉTRICO
Em análise
Contribuições / Sugestões
TotalParcialEvento
Módulo 2
Discussão das Premissas
Discussão da 1ª versão
Módulo 3
Discussão das Premissas
Discussão da 1ª versão
Workshop Internacional
Módulo 4
Discussão de Premissas
Discussão da 1ª versão
Reuniões com ONS
Módulo 5
Discussão das Premissas
Reunião Técnica com CCEE
Discussão 1ª versão
Reunião Fab. Medidores
Módulo 8
2Discussão de Premissas
Discussão 1ª versão
Total
São Paulo
São Paulo
B. Horizonte
B. Horizonte
Brasília
1Vários
B. Horizonte
R. de Janeiro
São Paulo
São Paulo
R. de Janeiro
São Paulo
São Paulo
São Paulo
13/07/2005
04/10/2005
15/04/2005
09/06/2005
14/09/2005
08/07/2005
22/09/2005
29/07/2005
27/07/2005
02/08/2005
11/10/2005
20/10/2005
13/07/2005
31/08/2005
70
47
34
76
140
53
45
20
15
12
56
30
0
53
651
-
47
-
255
78
-
115
-
-
-
256
-
-
107
858
-
7
-
51
30
-
0
-
-
-
55
-
-
43
186
-
45
-
120
37
-
77
-
-
-
87
-
-
89
455
-
109
-
426
145
-
192
-
-
-
398
-
-
239
1509
1 Visitas ao ONS, CEMIG, COELBA e CPFL2 Realizada em conjunto com Módulo 2 em 13/07/05
Regulação contribui para melhorar as A publicação da Resolução Normativa
nº 158, de 23 de maio de 2005, após realização instalações de transmissão
de audiência pública, teve como objetivo escla-
recer e orientar as transmissoras quanto à dis-As ampliações e os reforços em instala-
tinção entre os reforços e as melhorias em suas ções de transmissão do Sistema Interligado Na-
instalações.cional têm o objetivo de assegurar o adequado
desempenho da rede e o funcionamento pleno
A norma estabelece que as substituições do mercado de energia elétrica. Essas obras são
ou reformas de equipamentos que tenham como indicadas em planos de expansão do setor, ca-
objetivo manter a regularidade, continuidade, bendo à ANEEL definir a forma como serão imple-
segurança e atualidade do serviço sejam imple-mentadas pelas concessionárias de transmissão.
50 51
mentadas diretamente pelas concessionárias de transportada nas linhas de transmissão ou às
transmissão. Os investimentos associados, ten- curvas de carga passíveis de aplicação aos trans-
do em vista sua natureza de manter a prestação formadores. O estabelecimento das capacidades
do serviço adequado, somente serão consi- operativas garante flexibilidade operacional ao
derados nas revisões periódicas contratuais da Sistema Interligado Nacional (ONS) e sua utiliza-
Receita Anual Permitida (RAP). Por outro lado, os ção racional, sem comprometer a segurança dos
reforços nessas instalações destinam-se à pres- equipamentos, além de propiciar a redução dos
tação de serviço público adicional e devem ser custos com ampliações e reforços de rede e con-
remunerados por uma Receita Anual Permitida e tribuir para a modicidade tarifária.
autorizados por meio de resolução específica
Recursos de compensação financeira
ANEEL fixa critérios para capacidade cresceram em 2005
operativa de linhas de transmissão
Mais de R$ 1 bilhão arrecadado com o
pagamento de compensação financeira pela A regulamentação específica das capa-
utilização de recursos hídricos foi repassado para cidades operativas das instalações do serviço
598 municípios, 21 estados, o Distrito Federal e público de transmissão de energia elétrica foi
órgãos da União. O volume total de recursos consolidada na Resolução Normativa nº 191, de
cresceu 28,74% em relação a 2004, além de ter 12 de dezembro de 2005. Essa resolução estabe-
beneficiado 15 municípios a mais.lece os procedimentos para determinar a capaci-
dade operativa das instalações de transmissão
A compensação financeira foi paga, nesse integrantes da rede básica, e das demais ins-
ano, por 50 concessionárias de geração hidre-talações de transmissão do Sistema Interligado
létrica. O encargo é cobrado pelo uso dos rios Nacional, para os períodos em que operam em
para a geração de energia elétrica. A ANEEL condições normais e acima do valor de carrega-
gerencia a arrecadação e a distribuição dos mento nominal. Inclui, ainda, definições técnicas
recursos entre os beneficiários.para Função Transmissão e Pagamentos Base,
necessárias para a cobrança de encargos refe-
A legislação determina que as concessio-rentes às indisponibilidades das instalações e às
nárias paguem 6,75% do valor da energia pro-cargas que provocam perda adicional de vida útil
duzida. Do montante arrecadado, 6% são ratea-nos transformadores. Antes de consolidar o do-
dos entre os municípios, estados, o Ministério de cumento, a ANEEL ouviu os agentes do setor e
Minas e Energia, do Meio Ambiente e o Fundo recebeu suas contribuições em audiência
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecno-pública.
lógico, administrado pelo Ministério de Ciência e
Tecnologia. O restante (0,75%) destina-se à As capacidades operativas em condições
Política Nacional de Recursos Hídricos e ao de operação normal e de emergência correspon-
Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos dem aos valores máximos de corrente elétrica
RegulaçãodoSetorElétrico RegulaçãodoSetorElétrico
Hídricos. As Pequenas Centrais Hidrelétricas
(PCHs) são isentas de encargos referentes à
compensação financeira.
Fluxograma da compensação financeira
6,00%LEI 7990 de 1989
6,75%FATOR PERCENTUALAPLICADO À ENERGIAGERADA6,75% x TAR x GERAÇÃO MENSAL
(Decreto 3739 de 2001)
ARRECADAÇÃO DACOMPENSAÇÃO FINANCEIRA (R$)
DISTRIBUIÇÃO
0,75%LEI 9984 de 2000
MMA
MMA (3%)MME (3%)FNDCT (4%)ESTADOS (45%)MUNICÍPIOS (45%)
A Tarifa Atualizada de Referência (TAR) é um da arrecadação da compensação financeira
valor utilizado no cálculo da compensação pela utilização de recursos hídricos.
financeira. Em 2005, a tarifa foi de R$ 52,67.
Mas, no mês de dezembro, ela foi corrigida
em 6,22%, percentual definido pela ANEEL
na Resolução Normativa nº 192/05. Com
a correção, esse valor ficou em R$ 55,94,
e estará em vigor durante o ano de 2006.
O reajuste da TAR reflete a variação do Índi-
ce de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
nos últimos 12 meses e resulta em aumento
Além da compensação financeira há o
repasse de royalties pagos pela usina hidrelétrica
de Itaipu. Em 2005, R$ 433,47 milhões foram
recolhidos, valor 21,98% menor que o
correspondente ao ano anterior. A redução no
valor dos royalties de um ano para outro se deve
à variação cambial, uma vez que o pagamento é
feito em dólares.
2004 20051.308.355.357,99 1.437.154.578,45
Compensação financeira + Royalties (R$)
Total Distribuído (R$)
Compensação financeira
Beneficiados
Estados
Municípios
MMA* (0,75%)
FNDCT
MMA
MME
311.836.982,81
311.836.982,81
86.612.721,98
27.675.532,22
20.815.118,60
20.815.118,60
779.592.457,03
401.471.031,21
401.471.031,21
111.508.578,92
35.630.554,02
26.798.191,33
26.798.191,33
1.003.677.578,03
237.943.305,43
237.943.305,43
----
21.150.516,04
15.862.887,03
15.862.887,03
528.762.900,96
195.064.650,19
195.064.650,19
----
17.339.080,02
13.004.310,01
13.004.310,01
433.477.000,42
2004 20042005 2005
Royalties
52 53
MMA* Ministério do Meio Ambiente, para aplicação na implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.
RegulaçãodoSetorElétrico RegulaçãodoSetorElétrico
Distribuição aos Municípios (R$)
Distribuição aos Municípios (R$)
Compensação financeira
Compensação financeira
Valor
Valor
Valor
Valor
Valor
Valor
Valor
Valor
NºMun.
NºMun.
NºMun.
NºMun.
NºMun.
NºMun.
NºMun.
NºMun.
TOTAL
AL
AM
AP
BA
DF
ES
GO
MA
MG
MS
MT
PA
PE
PI
PR
RJ
RO
RS
SC
SE
SP
TO
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
311.836.982,81 583 598 342 341401.471.031,21
401.471.031,21
8.444.037,39
1.524.656,97
457.709,82
41.086.715,92
291.392,01
1.747.019,73
39.614.774,04
945.070,45
92.111.497,24
22.748.372,96
4.426.147,42
37.925.163,81
5.900.749,46
821.961,52
48.929.536,18
5.130.088,23
895.330,79
15.000.406,40
8.438.760,14
6.123.204,12
54.074.216,84
4.834.219,79
—-
—-
—-
—-
26.989,61
—-
5.419.710,70
—-
18.908.451,50
4.096.784,02
—-
—-
—-
—-
200.799.804,54
—-
—-
—-
—-
—-
8.691.565,05
—-
237.943.305,43
2.487
4.526.524
15.674.308
3.042.425,67
164.633.206
7.165.699
195.064.650,19
—-
—-
—-
—-
2
—-
—-
—-
—-
—-
—-
—-
—-
—-
—-
—-
—-
237.943.305,43 195.064.650,19
2004
2004
2005
2005
2004
2004
2005
2005
Royalties
Royalties
6.765.271,09
936.643,30
461.573,80
29.122.024,22
214.876,41
1.382.548,77
33.948.709,93
814.652,22
67.374.211,72
17.536.436,83
3.071.591,43
32.311.935,84
4.186.816,15
708.532,12
38.095.405,46
4.128.374,62
865.598,23
11.653.888,93
6.745.527,93
4.992.523,25
42.127.737,34
4.392.103,26
311.836.982,81
4
2
1
23
1
6
38
3
129
10
10
8
6
4
64
11
4
41
17
1
190
10
583
4
2
1
33
1
6
38
3
130
11
10
8
6
4
65
12
4
42
17
1
190
10
598
—-
—-
—-
—-
1
—-
26
—-
90
12
—-
—-
—-
—-
46
—-
—-
—-
—-
—-
167
—-
342
—-
—-
—-
—-
1
—-
26
—-
90
11
—-
—-
—-
—-
46
—-
—-
—-
—-
—-
167
—-
341
Regulação e Defesa da Concorrência para Nesse papel, a Agência firmou convênios
com a Secretaria de Direito Econômico (SDE), a fortalecer o setor elétrico
Secretaria de Acompanhamento Econômico
(SEAE) e o Conselho Administrativo de Defesa A ANEEL desempenha um papel impor-
Econômica (CADE) com o objetivo de solucionar tante na promoção da concorrência ao trabalhar
de forma harmônica questões que possam afetar na criação e preservação de um ambiente com-
a concorrência no setor elétrico brasileiro.petitivo no setor elétrico. Desenvolve essa ati-
vidade não só quando define regras específicas
Dentro desse processo, a ANEEL é respon-para o setor, mas também quando utiliza sua
sável pela análise das condutas anticompetitivas e autoridade reguladora, legalmente estabelecida,
atos de concentração. Isso envolve o estudo dos para atuar em caráter preventivo e evitar o
aspectos fiscais e financeiros para obtenção de surgimento de práticas restritivas à competição.
anuência prévia à operação desses atos, e a (CCEE), as obrigações e direitos dos agentes en-
elaboração de pareceres técnicos que subsidiem volvidos, a forma de liquidação financeira das
os processos instaurados pela SDE, que é vincula- operações de compra e venda, os casos de apli-
da ao Ministério da Justiça. A SEAE também emite cação de penalidades e as competências da Câ-
pareceres observando aspectos fazendários e, de- mara de Arbitragem, entidade eleita para solu-
pois de instruído, o processo é julgado pelo CADE. cionar conflitos.
No ano de 2005, a Agência recebeu 13 Outros pontos importantes foram a modifi-
atos de concentração, dos quais nove já foram cação da metodologia de cálculo das garantias
analisados e podem ser encontrados na página da financeiras que os agentes do setor devem apre-
ANEEL (www.aneel.gov.br). Os demais estão na sentar para atuar no mercado de curto prazo e a
dependência de anuência prévia. Dessa forma, a aprovação das regras de penalidades. As mudan-
Agência contribui para a aplicação da Lei nº 8.884, ças foram feitas por meio da Resolução nº 168,
de junho de 1994, conhecida como Lei Antitruste, de 10 de outubro de 2005, e caracterizam uma
que define os mecanismos de prevenção de atitude preventiva da ANEEL para evitar que a
infrações contra a ordem econômica. segurança do mercado possa ser comprometida.
As penalidades serão aplicadas nos casos
de insuficiência de lastro para venda de energia e
potência (agentes de geração e comercialização)
e insuficiência de cobertura contratual do
consumo (agentes de consumo).
A ANEEL também estabeleceu na
Resolução nº 167, de 10 de outubro de 2005, as
condições para a contratação da energia elétrica Aprovadas novas regras para a comercia-
proveniente de geração distribuída. A nova regu-lização de energia elétrica
lamentação atende ao Decreto nº 5.163/04, que
prevê a separação das atividades de geração e Em fevereiro de 2005, a ANEEL aprovou as
transmissão do serviço de distribuição de energia regras de comercialização de energia elétrica
elétrica.referentes à convenção instituída pela Resolução
nº 109, de 26 de outubro de 2004. A aprovação
Antes da desverticalização, a empresa das regras da convenção foi estabelecida pela o detinha a atividade de geração como parte da Resolução n 145, de 1º de fevereiro de 2005.
concessão de distribuição, e podia utilizar a
energia gerada para abatimento no mercado de Além de definir as condições de comercia-distribuição sem firmar contrato. Hoje, com a lização, a convenção determina as bases de or-separação das atividades, a empresa pode ganização, funcionamento e atribuições da Câ-continuar abastecendo esse mercado, desde que mara de Comercialização de Energia Elétrica
O ato de concentração visa a qualquer forma
de concentração econômica (horizontal,
vertical ou conglomeração), seja por meio
de fusão ou incorporação de empresas,
constituição de sociedade ou outra forma de
agrupamento societário.
54 55
TOTAL
RegulaçãodoSetorElétrico RegulaçãodoSetorElétrico
o contrato de compra e venda seja registrado na comercialização de energia elétrica referentes
ANEEL e na Câmara de Comercialização de Ener- ao Mecanismo de Compensação de Sobras e
gia Elétrica (CCEE). Déficits com a publicação da Resolução nº 161 de
18 de julho de 2005. O mecanismo é aplicado nos
Nesse caso, algumas condições devem ser casos relativos à saída de consumidores poten-
observadas. O montante contratado deve corres- cialmente livres do ambiente regulado, de acrés-
ponder ao total da energia proveniente dos em- cimos nos contratos anteriores a 16 de março de
preendimentos próprios de geração distribuída e a 2004 e de outras variações de mercado.
vigência do contrato deve coincidir com o prazo
final da concessão da compradora. Além disso, a Esse mecanismo de compensação está em
energia contratada tem de ser considerada como conformidade com o disposto no decreto nº 5.163,
geração própria no momento do reajuste e da e com a Convenção de Comercialização. O decreto
revisão tarifária feitos pela ANEEL. estabelece que nos contratos de comercialização
de energia elétrica no ambiente regulado, o decorrentes dos leilões de energia elétrica O Decreto n 5.163, de 2004, considera
provenientes de empreendimentos existentes, empresas de geração distribuída as Pequenas
deverá ser prevista a possibilidade de redução e Centrais Hidrelétricas (PCHs), as termelétricas a
compensação dos montantes contratados, a biomassa e co-geração de energia que atuem
critério exclusivo dos agentes de distribuição.diretamente no sistema elétrico de distribuição.
A compensação desses montantes entre Outra opção de comercialização para o
distribuidoras é feita por meio de declaração agente de distribuição é o processo de chamada
voluntária de sobras e déficits e formalizada em pública, que assegura a igualdade de acesso aos
termos de cessão entre os agentes de distribuição interessados ao dar publicidade às operações
cedentes e cessionários. As sobras eventualmente comerciais. Nele, o montante contratado não
não compensadas são devolvidas aos geradores.poderá exceder a 10% da carga do agente. Esse
limite é verificado no momento da contratação e
Também compete à ANEEL verificar, para com base na carga dos últimos 12 meses.
efeito de homologação, se as compensações
solicitadas pelos agentes de distribuição foram Os contratos decorrentes do processo de
processadas de acordo com as premissas chamada pública terão seus valores atualizados
estabelecidas na legislação vigente.pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA). A ANEEL limitará o repasse do preço da
energia adquirida ao consumidor. O teto do
repasse será dado pelo Valor Anual de Referência Tarifas de energia e de serviços são
atualizadas(VR), que é estabelecido com base nos preços
negociados nos leilões de energia elétrica.
A Tarifa de Energia de Otimização (TEO) e a
A ANEEL ainda aprovou as regras de Tarifa de Serviços Ancilares (TSA) foram
atualizadas em 2005 pelas resoluções nº 194 e encargo de serviços ao sistema pelas
195, respectivamente. A TEO passou para R$ 7,25 distribuidoras e consumidores livres.
por MWh e a TSA foi reajustada para R$ 3,53
MVArh (megavar-hora unidade que mede a
Tarifa de Energia Hidráulica Equivalente é quantidade de energia reativa existente na rede).
Ambas as tarifas entraram em vigor em 1º de corrigida
janeiro de 2006 e tiveram seus itens de custo
corrigidos pela variação do IPCA de novembro de A Tarifa de Energia Hidráulica Equivalente
2004 a dezembro de 2005. (TEH) é empregada no cálculo do desconto do
valor da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC),
A TEO estabelece o valor da energia que é repassado para as usinas termelétricas dos
transferida entre as usinas participantes do sistemas isolados. Com a correção, o subsídio às
Mecanismo de Realocação de Energia (MRE), usinas termelétricas será menor e os agentes
criado para ressarcir as geradoras não-despacha- terão que arcar com um custo maior de suas
das pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico operações. A medida beneficia os consumidores
(ONS), e gerenciado pela Câmara de Comercia- do Sistema Interligado Nacional (SIN), que
lização de Energia Elétrica (CCEE). A TEO é paga pagarão menos encargos em suas contas de
como encargo pelos próprios integrantes e é energia, pois o índice total de 59,60%, aprovado
destinada a cobrir custos de operação e pela ANEEL, será dividido em cinco vezes.
manutenção das hidrelétricas e de algumas PCHs.
A Tarifa de Energia Hidráulica Equivalente
Já a TSA é aplicada para remunerar as (TEH) foi corrigida em 16,94%. O índice entrou
geradoras pelo tempo em que prestam serviços em vigor em 1º de janeiro de 2006 e a TEH
ancilares à rede de transmissão. Nessa condição, passou de R$ 42,19 para R$ 49,07 por MWh.
deixam de gerar energia ativa e passam a operar
para o controle da tensão e freqüência da rede, o
que contribui para a confiabilidade do sistema. O
período em que oferecem suporte reativo é
identificado pelo ONS e os custos da operação
são levantados pela CCEE. A tarifa é paga como
A energia hidráulica equivalente poderia
substituir toda a geração térmica se os siste-
mas estivessem completamente interliga-
dos.
Índice Parcelado
ÍNDICES PARCELADOS DE TEH ATÉ 2010
Ano Índice Acumulado
2006
2007
2008
2009
2010
9,8% + IPCA
9,8% + IPCA
9,8% + IPCA
9,8% + IPCA
9,8% + IPCA
9,8% + IPCA
20,56% + IPCA
32,38% + IPCA
45,35% + IPCA
59,60% + IPCA
Valores corrigidos anualmente pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
56 57
Foto: Leo Minucci
QualidadeeEficiência QualidadeeEficiência
QualidadeeEficiênciaQualidadeeEficiênciaQualidade dos serviços de distribuição é Consumidora (DEC) indica o número de horas
que, em média, as unidades consumidoras de avaliada
determinado conjunto ficaram sem energia elé-
trica durante um período: mensal, trimestral ou Para padronizar a forma de apurar, tratar e
anual. Quanto menor for o DEC, melhor a conti-informar os dados relativos à continuidade do
nuidade da prestação do serviço. Já a Freqüência serviço prestado pelas distribuidoras de energia
Equivalente de Interrupção por Unidade Consu-elétrica, a ANEEL editou a Resolução nº 024 em
midora (FEC), de maneira semelhante, indica 19 de janeiro de 2000, que estabelece indica-
quantas vezes, em média, as unidades consumi-dores de caráter coletivo e individual. Três as-
doras de determinado conjunto tiveram interrup-pectos são observados nessa avaliação: o aten-
ção. As concessionárias também são avaliadas dimento ao consumidor, o “produto” energia elé-
por indicadores individuais: a Duração de Inter-trica e a continuidade na prestação do serviço
rupção Individual por Unidade Consumidora ou (considerando a manutenção da tensão dentro
por Ponto de Conexão (DIC), a Freqüência de de limites preestabelecidos).
Interrupção Individual por Unidade Consumidora
ou Ponto de Conexão (FIC) e a Duração Máxima Com relação à qualidade do produto ener-
de Interrupção Contínua por Unidade Consumi-gia elétrica, há a Resolução Normativa n° 505, de
dora ou Ponto de Conexão (DMIC).26 de novembro de 2001, estabelecendo os ní-
veis de tensão adequados que as distribuidoras
Em 2005, a Resolução nº 177, de 28 de no-devem entregar às unidades consumidoras.
vembro, alterou a de nº 024/00, para que o pro-
cesso de acompanhamento e fiscalização fosse Em 2005, durante o processo de elabora-
aperfeiçoado. Ficou estabelecido que até 31 de de-ção do Prodist - documentos que irão estabelecer
zembro de 2006 as distribuidoras devem certificar os requisitos mínimos necessários ao planeja-
o processo de coleta dos dados e de apuração dos mento, acesso, operação, medição e qualidade
indicadores de qualidade (DEC, FEC, DIC, FIC e DMIC) do sistema de distribuição de energia elétrica -
para garantir a confiabilidade e tornar mais trans-outros aspectos relativos à qualidade desse pro-
parente a apuração dos indicadores. O ato estabe-duto foram incorporados e serão avaliados, tais
lece também que as concessionárias deverão in-como flutuação de tensão, harmônicos e varia-
formar, nas contas de luz de todos os consumi-ção de tensão de curta duração (VTCD).
dores residenciais, de forma clara e auto-explica-
tiva, sobre o direito à compensação de valores caso Já o desempenho das concessionárias
ocorra violação dos padrões de continuidade. Pelas quanto à continuidade do serviço de distribuição
regras anteriores, as metas de DEC e de FEC so-de energia elétrica é avaliado pela ANEEL com
mente poderiam ser revisadas no ano corres-base em indicadores de conjunto DEC e FEC. A
pondente à revisão tarifária de cada distribuidora. Duração Equivalente de Interrupção por Unidade
Outro ponto inserido na regulamentação é para a própria concessionária que, ao investir no
o que atribui às transmissoras que detêm ins- seu sistema e buscar novas tecnologias para
talações na fronteira entre a rede básica do Sis- atender aos requisitos mínimos de qualidade
tema Interligado e a rede das distribuidoras - as definidos pela ANEEL, alcançará, além da
chamadas Demais Instalações de Transmissão - a satisfação dos consumidores, maiores lucros pela
responsabilidade pela apuração dos indicadores prestação de um serviço de melhor qualidade.
individuais nos pontos de conexão.
Em 2005, as metas de 15 concessionárias
As novas metas de continuidade estabele- de distribuição foram revistas, restando apenas a
cidas representam um sinal de melhoria cons- definição dos indicadores da Companhia
tante dos serviços prestados pelas concessioná- Energética do Maranhão - Cemar (MA). Até hoje,
rias de distribuição, em suas unidades consumi- 53 concessionárias já passaram pelo processo de
doras, com ganho tanto para o consumidor como revisão de metas.
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
Manaus Energia S/A
Departamento Municipal de Energia de Ijuí
Boa Vista Energia S/A
Centrais Elétricas de Carazinho S/A
Muxfeldt Marin e Cia. Ltda
Companhia Energética da Borborema
Centrais Elétricas de Rondônia S/A
Companhia de Eletricidade do Acre
Usina Hidroelétrica Nova Palma LTDA
Companhia Energética de Goiás S/A
Hidroelétrica Panambi S/A
Companhia Energética do Piauí
S/A de Eletrificação da Paraíba
Companhia Energética de Alagoas
Companhia Energética de Pernambuco
MANAUS ENERGIA
DEMEI
BOA VISTA
ELETROCAR
MUX ENERGIA
CELB
CERON
ELETROACRE
UHENPAL
CELG
HIDROPAN
CEPISA
SAELPA
CEAL
CELPE
# Concessionária de Distribuição Sigla
CONCESSIONÁRIAS COM METAS DEFINIDAS EM 2005
60 61
QualidadeeEficiência QualidadeeEficiência
ÍNDICES DE DEC e FEC
Evolução do Indicador DEC (Média Nacional)
26,0927,19
24,05
19,85
17,4416,57 16,63
15,8116,4018,07
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Ho
ras
Evolução do Indicador FEC (Média Nacional)
21,91 21,68
19,88
17,59
15,2914,56
12,5012,1312,91
14,84
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Nú
mero
de
Inte
rru
pçõ
es
Programas de pesquisa e desenvolvimento de energia elétrica. A pesquisa desenvolvida pelas
empresas deve ter metas e cronogramas bem têm subsídios
definidos, diferentemente daquelas puramente
acadêmicas, que têm mais liberdade de inves-As empresas concessionárias, permissio-
tigação. Cabe à ANEEL a avaliação, aprovação, nárias e autorizadas do setor elétrico brasileiro
acompanhamento, controle e fiscalização dos pro-devem aplicar anualmente um percentual míni-
gramas de P&D.mo de sua receita operacional líquida (ROL) na
execução de projetos de pesquisa e desenvol-
Segundo a Lei nº 9.991, de julho de 2000, vimento tecnológico brasileiro - Programas de
as empresas devem aplicar, anualmente, o P&D, segundo regulamentos estabelecidos pela
montante mínimo de 1% da sua Receita Opera-ANEEL. Estão excluídas dessa obrigação as em-
cional Líquida (ROL) em programas de P&D e presas que geram energia a partir de pequenas
eficiência energética. Esse percentual é aplicado centrais hidrelétricas, biomassa, co-geração
conforme regulamentação da ANEEL.qualificada, usinas eólicas ou solares.
Os projetos devem buscar inovações para
fazer frente aos desafios tecnológicos do mercado
Processo de fiscalização acompanha timentos das distribuidoras que se retraíram
com a diminuição no consumo verificada duran-interrupções no fornecimento de energia
te o período de racionamento.elétrica
Essa queda na qualidade do fornecimento As médias da freqüência e da duração das
de energia elétrica constatada em 2005 deve-se interrupções no fornecimento de energia elé-
também ao contingenciamento de recursos or-trica aumentaram em 2005, o que mostra uma
çamentários que comprometeram as ações de inversão na tendência de queda verificada
fiscalização da ANEEL. durante o período de 1996 a 2004.
Todas essas informações resultaram do Esse é o resultado verificado pelo levanta-
levantamento anual da ANEEL e serão utilizadas mento anual realizado pela fiscalização da ANEEL,
para aferir o cumprimento das metas de DEC e FEC com o apoio das 13 agências reguladoras conve-
das concessionárias que atendem aproximada-niadas. Em 2005, os indicadores de qualidade da
mente 55 milhões de unidades consumidoras. Duração Equivalente de Interrupção por Unidade
Todas as 64 concessionárias têm metas espe-Consumidora (DEC) e Freqüência Equivalente de
cíficas de qualidade para cada um dos seus Interrupção por Unidade de Serviço (FEC), tiveram
conjuntos de consumidores - que podem ser os índices de 16,63 e 12,50, respectivamente.
agrupados por bairros ou cidades.Esses dados não contemplam a distribuidora CEEE
e demonstram um aumento de 4,93% e de
O descumprimento injustificado dessas 2,96% em relação aos resultados de 2004.
metas pode resultar em ações punitivas que vão
de notificação até multa correspondente a 1% De 1998, ano em que a ANEEL iniciou suas
do faturamento anual das concessionárias. Os atividades, até 2004, os indicadores DEC e FEC
indicadores de qualidade são obtidos a partir de apresentaram uma diminuição de 31,6% e
informações das concessionárias e, posterior-34,8%. Essa trajetória foi interrompida em 2002
mente, auditadas pela ANEEL.em decorrência dos dois grandes desligamentos
na Região Sudeste, além da redução dos inves-
SEGMENTO
Programa deEficiênciaEnergética
(PEE)
(% da ROL)
Distribuição:
Geração
Transmissão
Até 31/12/2005
após 31/12/2005
PERCENTUAIS DE CADA SEGMENTO PARA P&D E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
0,20
0,30
0,40
0,40
0,10
0,15
0,20
0,20
0,20
0,30
0,40
0,40
0,50
0,25
Pesquisa eDesenvolvimento
(P&D)ANEEL (% da ROL)
Fundo NacionalDesenvolvimento
Científico eTecnológico
(FNDCT)(% da ROL)
Ministério das Minase Energia
(MME)(% daROL)
62 63
QualidadeeEficiência QualidadeeEficiência
Em conformidade com o Manual de Pes- pode ser ampliado para 0,5% no caso de empre-
quisa e Desenvolvimento Tecnológico do setor sas que vendam menos de 1.000 GWh de energia
elétrico brasileiro, aprovado pela Resolução por ano.
nº 502/2001, e o estabelecido nas resoluções o - A resolução também determina que a n 271/2000, 185/2001 e 650/2003, as empre
concessionária aplique pelo menos 50% dos sas devem apresentar os seus Programas de P&D
recursos destinados aos programas em projetos por meio dos formulários eletrônicos disponíveis
para comunidades de baixa renda. O programa na página da ANEEL, que são avaliados pelos
pode ser composto por um ou mais projetos e consultores especialistas na área do projeto pro-
deve apresentar metas de economia de energia posto, considerando a diversidade, ineditismo e
elétrica e benefícios ao consumidor a serem complexidade dos temas sugeridos pelas empre-
constatados por meio de indicadores de sas.
intensidade energética ou medição direta.
Em 2005 foi realizado workshop para
O custo para o desenvolvimento do pro-apresentação de aplicativo implementado para
grama de eficiência energética poderá ser parcial-coleta de dados e análise dos resultados obtidos
mente recuperado. Para isso, é necessário celebrar na execução dos projetos de P&D. Outro evento
um contrato de desempenho ou convênio com o na área foi o III Congresso de Inovação Tecnoló-
consumidor beneficiado. O montante máximo a gica em Energia Elétrica (Citenel), criado pela
ser aplicado em projetos com recuperação de ANEEL para divulgação de resultados obtidos
investimento é de 50% do valor total do pro-com os projetos de P&D e promover a discussão
grama, não se aplicando essa recuperação nos sobre temas de interesse do setor. A comissão
projetos do tipo residencial e de comunidades de técnica recebeu 257 artigos, dos quais 132 foram
baixa renda, com exceção daqueles que con-selecionados para apresentação durante o
templem condomínios de prédios. evento.
A resolução ainda estabelece que as
concessionárias têm de criar uma conta especí-Programas de Eficiência Energética têm
fica para movimentar os recursos destinados ao novos critérios
programa. O objetivo é garantir a transparência
dos gastos dos PEEs e permitir uma fiscalização A ANEEL estabeleceu, por meio da
mais eficaz da ANEEL. Os critérios estabelecidos Resolução nº 176 de 28 de novembro de 2005, os
pela Agência visam, entre outros aspectos, ade-critérios para aplicação de recursos em programas
quar o consumo do segmento de baixa renda à de eficiência energética (PEE). Em conformidade
sua realidade econômica para diminuir os índices com a Lei nº 9991, de 24 de julho de 2000, o texto
de inadimplência.estabelece que, a partir de 2006, as empresas
deverão empregar anualmente no mínimo 0,25%
O desenvolvimento dos PEEs, além de de sua Receita Operacional Líquida (ROL) no de-
seguir as orientações do Manual Para Elaboração senvolvimento desses programas. Esse percentual
�d�o� �P�r�o�g�r�a�m�a� �d�e� �E�f�i�c�i�ê�n�c�i�a� �E�n�e�r�g�é�t�i�c�a�,� �d�e�v�e� �p�r�o�v�a�r� �a� �e�c�o�n�o�m�i�a� �d�e� �e�n�e�r�g�i�a� �e� �a� �d�e�m�a�n�d�a�
�o�b�s�e�r�v�a�r� �o�s� �s�e�g�u�i�n�t�e�s� �c�r�i�t�é�r�i�o�s�: �r�e�t�i�r�a�d�a� �d�o� �h�o�r�á�r�i�o� �d�e� �p�o�n�t�a
�a�p�r�e�s�e�n�t�a�r� �u�m�a� �r�e�l�a�ç�ã�o� �c�u�s�t�o�-�b�e�n�e�f�í�c�i�o� �n�ã�o� �i�n�c�l�u�i�r� �g�a�s�t�o�s� �c�o�m� �a�ç�õ�e�s� �d�e� �m�a�r�k�e�t�i�n�g
�(�R�C�B�)� �i�g�u�a�l� �o�u� �i�n�f�e�r�i�o�r� �a� �0�,�8�% �a�p�r�e�s�e�n�t�a�r� �r�e�s�u�l�t�a�d�o�s� �d�e� �e�c�o�n�o�m�i�a� �d�e�
�a� �t�a�x�a� �d�e� �d�e�s�c�o�n�t�o� �a�n�u�a�l� �u�t�i�l�i�z�a�d�a� �n�a� �e�n�e�r�g�i�a� �d�e� �p�e�l�o� �m�e�n�o�s� �0�,�1�0�%� �d�o� �m�e�r�c�a�d�o�
�a�v�a�l�i�a�ç�ã�o� �e�c�o�n�ô�m�i�c�a� �d�e�v�e� �s�e�r� �i�g�u�a�l� �o�u� �c�o�n�s�u�m�i�d�o�r� �d�a� �c�o�n�c�e�s�s�i�o�n�á�r�i�a
�s�u�p�e�r�i�o�r� �a� �1�2�% �o�s� �p�r�e�ç�o�s� �d�e� �a�q�u�i�s�i�ç�ã�o� �d�o�s� �e�q�u�i�p�a�m�e�n�t�o�s�,�
�q�u�a�n�d�o� �f�o�r� �o� �c�a�s�o�,� �o�s� �e�q�u�i�p�a�m�e�n�t�o�s� �u�t�i�l�i�z�a�- �p�r�e�s�t�a�ç�ã�o� �d�e� �s�e�r�v�i�ç�o�s� �e� �c�o�n�t�r�a�t�a�ç�ã�o� �d�e�
�d�o�s� �n�o�s� �p�r�o�j�e�t�o�s� �d�e�v�e�m� �t�e�r� �o� �s�e�l�o� �P�r�o�c�e�l� �d�e� �m�ã�o�-�d�e�-�o�b�r�a� �p�r�ó�p�r�i�a� �o�u� �d�e� �t�e�r�c�e�i�r�o�s� �n�ã�o�
�E�f�i�c�i�ê�n�c�i�a�,� �o�u� �o� �s�e�l�o� �P�r�o�c�e�l�/�I�n�m�e�t�r�o� �d�e� �D�e�- �p�o�d�e�m� �e�x�c�e�d�e�r� �o�s� �p�r�e�ç�o�s� �m�é�d�i�o�s� �d�e�
�s�e�m�p�e�n�h�o �m�e�r�c�a�d�o�
�m�e�t�o�d�o�l�o�g�i�a� �d�e� �a�v�a�l�i�a�ç�ã�o�,� �m�o�n�i�t�o�r�a�m�e�n�t�o� �p�o�d�e�m� �s�e�r� �i�n�c�l�u�í�d�o�s� �p�r�o�j�e�t�o�s� �p�l�u�r�i�a�n�u�a�i�s�.
�e� �v�e�r�i�f�i�c�a�ç�ã�o� �d�e� �r�e�s�u�l�t�a�d�o�s� �c�a�p�a�z� �d�e� �c�o�m�-
Ciclo Número deConcessionárias
METAS PREVISTAS PARA OS PEEs
Demandaretirada dePonta (MW)
Economia deEnergia
(GWh/ano)
Investimento(1.000.000 x R$)
1998/1999
1999/2000
2000/2001
2001/2002
2002/2003
2003/2004
2004/2005*
2005/2006**
TOTAL
17
42
64
64
64
64
64
29
—
250
370
251
85
54
110
275
—
1.395
755
1.020
894
348
222
489
925
—
4.653
196
230
152,5
141,8
154
313
175
228
1.590
* Empresas que entregaram os planos até 31/12/2005, com 0,5% da Receita Operacional Líquida (ROL) e alguns programas ainda em fase de implantação
** Números preliminares, pois os programas estão na fase de aprovação. Empresas que entregaram os planos até 31/12/2005, com 0,5% da receita operacional líquida
Mais informações na página da ANEEL www.aneel.gov.br no item Eficiência Energética.
A partir da aprovação da Lei 9.991/2000 (ciclo
2001/2002), houve um investimento total de
R$ 761,5 milhões em programas de eficiência
energética. Os projetos de iluminação pública
são responsáveis por 41,75% desse valor. A
energia economizada nesse período foi de 1,95
milhão de MWh por ano e a demanda retirada do
horário de ponta foi de 498,8 kW.
64 65
QualidadeeEficiência QualidadeeEficiência
66 67
IASC indica queda na satisfação do cada concessionária pelo seu número de
consumidores. Esse procedimento foi adotado consumidor
para se ter uma avaliação da realidade brasileira,
considerando o porte de cada concessionária.A ANEEL divulgou os índices finais da
pesquisa de avaliação da satisfação do
Em julho de 2005, a ANEEL premiou as consumidor residencial com as concessionárias
distribuidoras de energia elétrica mais bem distribuidoras de energia elétrica do Brasil no ano
avaliadas pelos consumidores. As empresas de 2004. Criada em 2000, a pesquisa IASC - Índice
premiadas receberam um certificado e um selo ANEEL de Satisfação do Consumidor - tem o
IASC que identifica o reconhecimento dos objetivo de avaliar, a partir da percepção dos
consumidores. O Prêmio é concedido clientes, o grau de satisfação com os serviços
anualmente desde 2002 para incentivar a prestados pelas distribuidoras de energia
melhoria do serviço de distribuição no país.elétrica, gerando indicadores comparáveis por
região e por porte de empresa.
Para o Prêmio, as concessionárias foram
agrupadas em sete categorias, por critérios A pesquisa contribui para produzir
regionais e de porte de mercado residencial indicadores específicos para o setor, possibilitar
atendido. A concessionária que apresenta o a comparação entre as distribuidoras de energia
maior crescimento em relação ao índice do ano elétrica e o acompanhamento de medidas
anterior e a que apresenta o maior índice do país implantadas pelas empresas visando à melhoria
também são premiadas. dos serviços. Os resultados obtidos no IASC 2004
apontaram queda em relação a 2003: de 63,63
O Prêmio IASC BRASIL 2004 foi conquistado (2003) para 58,88 (2004) pontos percentuais. A
pela concessionária Eletrocar - Centrais Elétricas partir da comparação dos resultados ao longo das
de Carazinho, pertencente à categoria “Sul/ cinco edições pode-se inferir que o nível de
Sudeste/Centro-Oeste até 30 mil unidades exigência dos consumidores é cada vez maior,
consumidoras”. A empresa fornece energia para apesar dos serviços de energia elétrica terem
29,7 mil unidades consumidoras nos municípios avançado em qualidade nos últimos anos.
de Carazinho, Chapada, Coqueiros do Sul,
Colorado e Santo Antônio do Planalto e Selbach, A pesquisa foi aplicada entre 06/12/2004
todos no Rio Grande do Sul. O IASC 2004 da e 17/01/2005 e ao todo foram realizadas
empresa foi de 72,65%. Com esse resultado, a 19.289 entrevistas na área de concessão das 64
Eletrocar tornou-se a referência nacional até a distribuidoras de energia elétrica, com o mesmo
realização da pesquisa IASC 2005. modelo utilizado nos anos anteriores. Os
aspectos mensurados na pesquisa foram
O quadro a seguir apresenta a evolução do índice qualidade percebida, valor percebido, satisfação
de desempenho global (IASC Brasil) de 2000-global, confiança no fornecedor e fidelidade. O
2004.IASC foi obtido ponderando-se os indicadores de
Total Brasil
62,81 63,23 64,51 63,63
58,88
Taxa de CrescimentoAnual: -0,746 pontos
30
40
50
60
70
80
2000 2001 2002 2003 2004
%
DESEMPENHO GLOBAL IASC BRASIL 2000-2004
Foto: Marília Assumpção
Controle da CCC é aprimorado Os recursos da Conta são administrados
pela Eletrobrás e o papel da ANEEL é fixar os
valores das cotas anuais da CCC, recolhidas A Conta de Consumo de Combustíveis
mensalmente nas contas de luz pelas (CCC) é composta de recursos pagos por todos os
distribuidoras de energia elétrica. Em 2005, a consumidores de energia elétrica do país. Esses
cota estabelecida pela Resolução nº 144, de 24 recursos são destinados à cobertura de custos de
de janeiro de 2005, foi de R$ 3,4 bilhões, valor combustíveis fósseis para a geração térmica nos
2,91% superior ao último ajuste, em 2003. Desse sistemas elétricos isolados - concentrados, em
total, R$ 3,316 bilhões foram destinados à sua maior parte, na região Norte. Seu principal
cobertura dos custos de geração de usinas objetivo é permitir que comunidades afastadas
integrantes dos sistemas isolados e R$ 102,8 possam ter acesso à energia elétrica da mesma
milhões para as usinas que compõem o Sistema forma que os grandes centros do país.
Interligado Nacional (SIN).
O impacto sobre as tarifas ao consumidor
foi de 0,18%, considerando a receita de forne-
cimento do período de novembro de 2003 a
outubro de 2004. A CCC é um dos itens de custo
considerados nos reajustes tarifários anuais das
distribuidoras de energia elétrica.
A Agência atua em diversas frentes de
trabalho. Acompanha o planejamento, a progra-
mação mensal e a gestão da conta, a geração e o
consumo de combustível das usinas benefi-
ciadas, a compra e entrega dos combustíveis nos
locais de geração, bem como o pagamento dos
combustíveis aos fornecedores dos produtos. Em
2005, o acompanhamento da CCC compreendeu
o monitoramento da geração e do consumo de
combustíveis em todas as localidades dos siste-
mas isolados.Foto: Sinara Bertholdo
FiscalizaçãodosServiçosFiscalizaçãodosServiços
A fiscalização da CCC é feita em diversos
momentos da operacionalização. Começa
pela aprovação do Plano Anual de Com-
bustíveis, elaborado pela Eletrobrás, e pros-
segue com o acompanhamento dos Progra-
mas Mensais de Operação (PMOs), que defi-
nem as quantidades de combustível que se-
rão autorizadas por localidade, além de ou-
tros aspectos da operação. É feita também a
checagem da geração e consumo de cada
localidade por meio de planilhas enviadas
pela Eletrobrás e visitas de fiscalização.
A Eletrobrás e o Grupo Técnico Operacional
da região Norte deverão especificar os requisitos
técnicos mínimos para a implantação do SCD. Os
prazos para a instalação do sistema variam de 6 a
24 meses, a contar da data de publicação da
resolução. A Eletrobrás também deve tornar
público e enviar à ANEEL o relatório mensal de
desempenho operacional de cada usina terme-
létrica. Os mecanismos de rateio da CCC para
geração de energia elétrica nos sistemas isola-
dos serão mantidos até abril de 2022.
O SCD deverá informar corrente, tensão,
potência e energia ativa, potência reativa, Em agosto de 2005, a ANEEL estabeleceu
energia reativa, freqüência e consumo de com a Resolução nº 163, de 1º de agosto de
combustível.2005, as condições para a implantação do Sis-
tema de Coletas de Dados Operacionais (SCD)
No segundo semestre de 2005, a Agência nas usinas termelétricas localizadas em sistemas
iniciou auditoria do procedimento de gestão e isolados e beneficiadas pela Conta de Consumo
implementação da Conta, com trabalhos de de Combustíveis (CCC). O objetivo da Agência é
fiscalização na Eletrobrás e em algumas conces-aprimorar o controle dos recursos provenientes
sionárias. Os resultados dessa auditoria permi-da CCC.
tirão a obtenção de um diagnóstico completo e
conclusivo sobre toda a estrutura de gestão, Com a resolução, o agente de geração que
implementação e consolidação dos resultados tenha termelétrica instalada em algum sistema
relativos à CCC. Como conseqüência, a regula-isolado fica obrigado a implantar o SCD, que vai
mentação será aprimorada para melhor controle medir, registrar, armazenar e tornar disponíveis
da Conta. dados referentes às grandezas elétricas e ao
consumo de combustível da unidade geradora.
O monitoramento dos estoques de com-
bustíveis é outra linha de atuação da fiscalização No caso das usinas com potência instalada
da Agência que verifica as ordens de compra por inferior a 1.000 KW, o gerador não é obrigado a
localidade e acompanha as quantidades mensais implantar o sistema de medição do consumo de
programadas e consumidas. O objetivo da ativi-combustível. As UTEs que operam como reserva
dade é conscientizar as empresas sobre a impor-de linha de transmissão ou de outra usina
tância de serem desenvolvovidos procedimentos também não precisam implantar o SCD, desde
de controle mais rigorosos para a conta e sua que essa modalidade de operação esteja previs-
administração, permitindo desta forma a otimi-ta no Plano Anual de Combustíveis (PAC).
zação dos recursos destinados à CCC.
70 71
Elementos econômicos e financeiros são missão e de comercialização de energia, assim
como a separação das participações acionárias em validados para o processo tarifário
outras empresas e atividades que não pertençam
à concessão do serviço de distribuição.A ANEEL faz o acompanhamento e a vali-
dação de vários elementos econômicos e finan-
A identificação clara dos ativos e ativida-ceiros para o processo tarifário. Entre eles se
des do segmento de distribuição possibilita um destacam a base de remuneração, a conta de
acompanhamento mais efetivo do equilíbrio eco-compensação das variações de itens da parcela
nômico e financeiro das concessões e facilita a “A” (CVA) e o acompanhamento da recuperação
validação de elementos para o processo tarifário. nas tarifas da recomposição tarifária extraordi-
Isso tem relação direta com a qualidade do serviço nária (RTE). Em 2005 foi concluído o ciclo de
prestado, ao contribuir para a determinação de revisão tarifária das distribuidoras de energia
tarifas justas, que remunerem adequadamente as elétrica, com a validação, inclusive, de bases de
empresas e possibilitem novos investimentos remuneração aprovadas em caráter provisório
necessários para a continuidade dos serviços den-em anos anteriores. A base de remuneração tem
tro dos padrões estabelecidos.um peso muito significativo na determinação do
valor final da tarifa: 28% em média, sendo 19,3
% referente à remuneração propriamente dita e
8,7% referente à depreciação. Anuência prévia é importante instrumento
de fiscalização
A exigência de anuência prévia da ANEEL Desverticalização possibilita acompanha-
mento mais efetivo para determinadas operações é um importante
instrumento de fiscalização preventiva, como
mostra o quadro a seguir com a distribuição e A análise dos processos de reestrutu-
situação dos 250 processos analisados em 2005. ração societária de 25 concessionárias foi conclu-
Das solicitações analisadas, 28 (11% do total) não ída em 2005 com o objetivo de atender à exigên-
foram aprovadas. Os outros 222, parcela significa-cia da desverticalização das distribuidoras do sis-
tiva dos processos, somente puderam ser aprova-tema interligado. O modelo do setor elétrico de-
dos após ajustes para atendimento as exigências.termina que as concessionárias façam distinções
entre os empreendimentos de geração, de trans-
72 73
PROCESSOS ANALISADOS - 2005
Não AprovadosAprovadosPedidosAnuência prévia
Contrato de Compra e Venda de Energia
Dação em Garantia
Contrato entre Partes Relacionadas
Aprovação de Atos Constitutivos
Desvinculação de Bens / Doação
Emissão de Títulos (Debêntures)
Contrato de Mútuo Financeiro
Outros
TOTAIS
26%
3%
30%
38%
40%
6%
11%
74%
97%
70%
100%
63%
100%
60%
94%
89%
15%
43%
11%
10%
3%
2%
2%
14%
100%
10
3
8
3
2
2
28
28
104
19
24
5
6
3
33
222
38
107
27
24
8
6
5
35
250
FiscalizaçãodosServiçosFiscalizaçãodosServiços
Foto: Sinara Bertholdo
Foto: Johanna Nublat
Relacionamentocomasociedade
Relacionamentocomasociedade Relacionamentocomasociedade
Relacionamentocomasociedade
�A�N�E�E�L� �i�n�v�e�s�t�e� �n�a� �c�u�l�t�u�r�a� �d�o� �c�o�n�h�e�c�i�m�e�n�t�o �A�l�é�m� �d�e� �i�m�p�r�e�s�s�o�s�,� �o�s� �t�e�x�t�o�s� �d�o�s� �C�a�d�e�r�-
�n�o�s� �T�e�m�á�t�i�c�o�s � �p�o�d�e�m� �s�e�r� �e�n�c�o�n�t�r�a�d�o�s� �n�o� �s�i�t�e�
�O�s� �T�e�x�t�o�s� �p�a�r�a� �D�i�s�c�u�s�s�ã�o� �e� �o�s� �C�a�d�e�r�n�o�s� �w�w�w�.�a�n�e�e�l�.�g�o�v�.�b�r� �c�o�m� �o�s� �s�e�g�u�i�n�t�e�s� �a�s�s�u�n�t�o�s�:
�T�e�m�á�t�i�c�o�s � �s�ã�o� �i�n�s�t�r�u�m�e�n�t�o�s� �i�m�p�o�r�t�a�n�t�e�s� �q�u�e� �a�
�D�e�s�c�e�n�t�r�a�l�i�z�a�ç�ã�o� �d�e� �A�t�i�v�i�d�a�d�e�s�A�N�E�E�L� �d�e�s�e�n�v�o�l�v�e�u� �p�a�r�a� �i�n�c�e�n�t�i�v�a�r� �o� �e�x�e�r�c�í�c�i�o�
�C�o�m�p�e�n�s�a�ç�ã�o� �F�i�n�a�n�c�e�i�r�a� �p�e�l�a� �U�t�i�l�i�z�a�ç�ã�o� �d�o� �c�o�n�h�e�c�i�m�e�n�t�o�.� �E�d�i�t�a�d�o�s� �e�m� �2�0�0�5�,� �r�e�p�r�e�-
�d�e� �R�e�c�u�r�s�o�s� �H�í�d�r�i�c�o�s� �p�a�r�a� �G�e�r�a�ç�ã�o� �d�e� �s�e�n�t�a�m� �u�m�a� �i�m�p�o�r�t�a�n�t�e� �f�e�r�r�a�m�e�n�t�a� �d�e� �t�r�a�b�a�l�h�o�
�E�n�e�r�g�i�a� �E�l�é�t�r�i�c�a�p�a�r�a� �e�n�t�e�n�d�e�r� �m�e�l�h�o�r� �o� �s�e�t�o�r� �e�l�é�t�r�i�c�o�,� �p�o�i�s�
�E�n�e�r�g�i�a� �A�s�s�e�g�u�r�a�d�a�a�n�t�e�c�i�p�a�m� �o� �d�e�b�a�t�e� �t�é�c�n�i�c�o� �d�a�s� �q�u�e�s�t�õ�e�s�
�T�a�r�i�f�a�s� �d�e� �F�o�r�n�e�c�i�m�e�n�t�o� �d�e� �E�n�e�r�g�i�a� �f�u�n�d�a�m�e�n�t�a�i�s� �a�o� �e�x�e�r�c�í�c�i�o� �d�a� �r�e�g�u�l�a�ç�ã�o�.� �O�s�
�E�l�é�t�r�i�c�a� � �T�e�x�t�o�s� �p�a�r�a� �D�i�s�c�u�s�s�ã�o� �c�o�n�s�i�s�t�e�m� �e�m� �e�s�t�u�d�o�s� �e�
�A�c�e�s�s�o� �e� �U�s�o� �a�o�s� �S�i�s�t�e�m�a�s� �d�e� �T�r�a�n�s�m�i�s�s�ã�o� �t�r�a�b�a�l�h�o�s� �d�e�s�e�n�v�o�l�v�i�d�o�s� �p�o�r� �c�o�l�a�b�o�r�a�d�o�r�e�s� �d�a�
�e� �d�e� �D�i�s�t�r�i�b�u�i�ç�ã�o�.�A�N�E�E�L� �o�u� �e�s�p�e�c�i�a�l�i�s�t�a�s� �d�o� �s�e�t�o�r� �e�l�é�t�r�i�c�o�.� �F�o�r�a�m�
�i�m�p�r�e�s�s�o�s� �e� �t�a�m�b�é�m� �e�s�t�ã�o� �d�i�s�p�o�n�í�v�e�i�s� �e�m�
�O� �A�t�l�a�s� �d�e� �E�n�e�r�g�i�a� �E�l�é�t�r�i�c�a� �d�o� �B�r�a�s�i�l� �é� �o�u�t�r�a� �v�e�r�s�ã�o� �e�l�e�t�r�ô�n�i�c�a� �n�o� �s�i�t�e� �d�a� �A�g�ê�n�c�i�a� �c�o�m� �o�s�
�p�u�b�l�i�c�a�ç�ã�o� �r�e�l�e�v�a�n�t�e�.� �A� �p�r�i�m�e�i�r�a� �e�d�i�ç�ã�o� �a�l�c�a�n�ç�o�u� �s�e�g�u�i�n�t�e�s� �t�e�m�a�s�:
�n�ú�m�e�r�o�s� �e�x�p�r�e�s�s�i�v�o�s�: � �c�e�r�c�a� �d�e� �t�r�ê�s� �m�i�l �
�e�x�e�m�p�l�a�r�e�s� �i�m�p�r�e�s�s�o�s�,� �c�i�n�c�o� �m�i�l� �C�D�-�R�O�M�s� �e� �u�m�a� �D�e�s�a�f�i�o�s� �d�a� �r�e�g�u�l�a�ç�ã�o� �d�o� �s�e�t�o�r� �e�l�é�t�r�i�c�o�,�
�m�é�d�i�a� �m�e�n�s�a�l� �d�e� �1�2� �m�i�l� �d�o�w�n�l�o�a�d�s�.� �R�e�c�e�b�e�u� �d�o�i�s� �m�o�d�i�c�i�d�a�d�e� �t�a�r�i�f�á�r�i�a� �e� �a�t�r�a�ç�ã�o� �d�e� �i�n�v�e�s�t�i�-
�p�r�ê�m�i�o�s�:� � �P�u�b�l�i�c�a�ç�ã�o� �E�s�p�e�c�i�a�l � �,� �d�a� �A�s�s�o�c�i�a�ç�ã�o� �m�e�n�t�o�s� �(�P�a�u�l�o� �P�e�d�r�o�s�a�,� �e�x�-�d�i�r�e�t�o�r� �d�a�
�B�r�a�s�i�l�e�i�r�a� �d�e� �C�o�m�u�n�i�c�a�ç�ã�o� �E�m�p�r�e�s�a�r�i�a�l�,� �e� � �O�p�i�n�i�ã�o� �A�N�E�E�L�)
�P�ú�b�l�i�c�a� �2�0�0�2 � �, � �d�o� �C�o�n�s�e�l�h�o� �R�e�g�i�o�n�a�l� �d�e� �C�o�n�v�e�r�g�ê�n�c�i�a� �t�a�r�i�f�á�r�i�a�,� �r�e�m�é�d�i�o� �r�e�g�u�l�a�t�ó�-
�P�r�o�f�i�s�s�i�o�n�a�i�s� �d�e� �R�e�l�a�ç�õ�e�s� �P�ú�b�l�i�c�a�s�.�r�i�o� �p�a�r�a� �o� �l�i�v�r�e� �a�c�e�s�s�o� �(�D�a�v�i� �A�n�t�u�n�e�s� �L�i�m�a�,�
�s�u�p�e�r�i�n�t�e�n�d�e�n�t�e� �d�a� �A�N�E�E�L�)
�A� �A�N�E�E�L� �l�a�n�ç�o�u� �e�m� �2�0�0�5� �a� �s�e�g�u�n�d�a� �e�d�i�ç�ã�o� �D�e�s�a�f�i�o�s� �n�a� �d�e�f�i�n�i�ç�ã�o� �d�a� �b�a�s�e� �d�e�
�a�t�u�a�l�i �z�a�d�a�,� �c�o�m� �u�m�a� �f�o�r�m�a�t�a�ç�ã�o� �g�r�á�f�i �c�a� �r �e �m�u�n�e�r �a �ç �ã �o � �d �e � �A�t �i �v �o �s � �( �F �r �a �n �c �i �s �c �o �
�a�p�r�i�m�o�r�a�d�a� �p�a�r�a� �f�a�c�i�l�i�t�a�r� �a� �c�o�n�s�u�l�t�a� �e� �t�o�r�n�a�r� �a� �G�o�m�i�d�e�,� �e�x�-�m�i�n�i�s�t�r�o� �d�e� �M�i�n�a�s� �e� �E�n�e�r�g�i�a�)�.
�l�e�i�t�u�r�a� �m�a�i�s� �a�g�r�a�d�á�v�e�l�.� �O� �t�r�a�b�a�l�h�o� �c�o�n�t�o�u� �c�o�m� �o�
�a�p�o�i�o� �d�a� �O�r�g�a�n�i�z�a�ç�ã�o� �M�u�n�d�i�a�l� �d�e� �M�e�t�e�o�r�o�l�o�g�i�a� �J�á� �o�s� �C�a�d�e�r�n�o�s� �T�e�m�á�t�i�c�o�s � �t�ê�m� �o� �p�r�o�p�ó�s�i�t�o�
�(�O�M�M�)�,� �d�o� �P�r�o�g�r�a�m�a� �d�a�s� �N�a�ç�õ�e�s� �U�n�i�d�a�s� �p�a�r�a� �o� �d�e� �d�e�m�o�c�r�a�t�i�z�a�r� �a�s� �i�n�f�o�r�m�a�ç�õ�e�s� �e� �i�n�c�e�n�t�i�v�a�r� �a�
�D�e�s�e�n�v�o�l�v�i�m�e�n�t�o� �(�P�N�U�D�)� �e� �d�e� �o�u�t�r�a�s� �i�n�s�t�i�t�u�i�ç�õ�e�s� �c�u�l�t�u�r�a� �d�a� �r�e�g�u�l�a�ç�ã�o�,� �c�o�n�t�r�i�b�u�i�n�d�o� �p�a�r�a� �a� �m�e�l�h�o�r�
�g�o�v�e�r�n�a�m�e�n�t�a�i�s� �e� �n�ã�o�-�g�o�v�e�r�n�a�m�e�n�t�a�i�s�.� �c�o�m�p�r�e�e�n�s�ã�o� �d�o� �t�r�a�b�a�l�h�o� �d�a� �A�g�ê�n�c�i�a�.
O Atlas procura sistematizar e tornar A iniciativa, uma oportunidade para
disponíveis, para toda a sociedade, dados e compartilhar práticas na área de comunicação,
informações básicas a respeito de tecnologias teve como ponto central o debate sobre ações de
de geração de energia elétrica, de empreen- combate ao furto e fraudes e a segurança no uso
dimentos de geração e transmissão, assim como da energia elétrica.
de aspectos socioeconômicos relacionados com
o setor elétrico brasileiro. Além da troca de experiências e idéias,
houve apresentação e exposição dos trabalhos
São informações que podem subsidiar realizados pelas distribuidoras.
empreendimentos de forma que cada recurso
energético seja estrategicamente aproveitado, Também como invest imento no
potencializando os benefícios e diminuindo os conhecimento e no consenso interno, a ANEEL
impactos negativos sobre o meio ambiente e a vem realizando audiências para o público interno.
sociedade. Essa iniciativa contribui para o bom resultado da
regulação, pois organiza e define previamente o
Ainda com o propósito de valorizar o debate das questões técnicas com a sociedade. O
conhecimento, a ANEEL, juntamente com a Prodist (Procedimentos de distribuição de
Associação Brasileira dos Distribuidores de Ener- energia elétrica) é um bom exemplo. Seus oito
gia Elétrica (ABRADEE), promoveu em novembro módulos foram discutidos com os colaboradores
de 2005 o I Fórum de Comunicação na Distri- da Agência e, concluído o seu aprimoramento, os
buição de Energia Elétrica para integrar os procedimentos de distribuição ficaram prontos
esforços de comunicação desenvolvidos pelas para o debate com o público externo. Foram
realizadas sete audiências para o público interno.empresas do setor.
API001/2005
API002/2005
API003/2005
API004/2005
API005/2005
API006/2005
31/05/2005
28/07/2005
19/08/2005
31/08/2005
20/09/2005
23/09/2005
28/11/2005
Prodist - Módulo 3 - Acesso aos Sistemas de DistribuiçãoosAlteração dos dispositivos nas resoluções n 281 de 01/10/1999, 715 de
os29/12/2001, 513 de 16/09/2002 e nas resoluções normativas de n 67 e 68.
Prodist - Módulo 8 - Qualidade da Energia Elétrica
Prodist - Módulo 4 - Procedimentos Operativos do Sistema de Distribuição
Prodist - Módulo 2 - Planejamento da Expansão do Sistema de Distribuição
Prodist - Módulo 5 - Sistemas de Medição
Prodist - Módulos: 1 - Introdução, 6 - Informações Requeridas e Obrigações,
7 - Disposições Gerais
76 77
AUDIÊNCIAS REALIZADAS
Esse trabalho se estendeu para as A estratégia incluiu visitas de mobilização
audiências dirigidas ao público externo que a entidades de classe, como a Ordem dos
continuaram a contar com os investimentos no Advogados do Brasil (OAB), sindicatos,
trabalho de mobilização de importantes associações de moradores e de bairros, órgãos e
segmentos da sociedade na participação efetiva conselhos de defesas dos consumidores, escolas,
das audiências. universidades. As visitas têm também o objetivo
Relacionamentocomasociedade Relacionamentocomasociedade
TV Data Realização
TV
TV
Rádio Tema
Rádio
Rádio
Jornal Autor
Jornal
Jornal
Audiências Públicas RTP Comissão
Outras
TOTAL 2005
CEAL (AL)
SAELPA (PB)
CEMAR (MA)
CEPISA (PI)
CELG (GO)
BOA VISTA (RR)
MANAUS (AM)
CERON (RO)
ELETROACRE (AC)
COOPERALIANÇA (SC)
UHENPAL (RS)
TOTAL
Comissão de Minas e Energia (CME)
Comissão de Finanças e Tributação (CFT)
Comissão de Minas e Energia (CME)
Comissão de Fiscalização Financeira
e Controle (CFFC)
Comissão de Minas e Energia (CME)
AP 33 (Comercialização)
ARSAM (Convênio Suspenso)
TOTAL
1
1
1
1
1
2
4
4
4
3
2
24
12
5
17
41
160
160
160
160
112
300
300
300
200
240
200
2.292
-
360
360
2.652
41
59
60
38
45
62
66
77
79
-
-
527
-
4
4
531
Relacionamento com o Poder Legislativo relacionamento com a sociedade. A Agência
também está sempre presente desenvolvendo esclarece atuação da ANEEL
atividades como a formulação das respostas às
solicitações dos parlamentares ou na É por meio da participação em audiências
contribuição, com subsídios técnicos, para as públicas realizadas no Congresso Nacional que a
mais de 500 proposições de interesse da ANEEL. ANEEL tem a oportunidade de esclarecer seus
Além disso, também há os convênios para processos decisórios de interesse dos cidadãos
intercâmbio de conhecimentos entre os brasileiros. Por constituir um importante espaço
colaboradores das duas instituições.que reúne representantes de todo o Brasil, o
Congresso possibilita uma forma estratégica de
AUDIÊNCIAS E QUESTÕES DEBATIDAS NO CONGRESSO NACIONAL EM 2005
Fernando Ferro PT/PE
Luiz Carlos HaulyPSDB/PR
Dep. Paulo FeijóPSDB/RJ
Dep. Elaine CostaPTB/RJ
Dep. Hélio EstevesPT/AP
Debater o reajuste tarifário de energia elétrica das distribuidoras.
Prestar esclarecimentos sobre o aumento das tarifas públicas de energia elétrica acima dos índices de inflação.
Debater a situação de falhas constantes e irregularidades nos serviços prestados pela AMPLA.
Debater os abusos alegadamente cometidos contra os consumidores e sobre as medidas tomadas para garantir o cumprimento do contrato de prestação de serviços adequados à população.
Debater questões sobre a dívida da CEA junto a Eletronorte e o processo de caducidade da sua concessão.
26/04/2005
31/05/2005
25/08/2005
25/08/2005
26/10/2005
78 79
INSERÇÕES PUBLICITÁRIAS EM 2005 E OS MEIOS UTILIZADOS
de orientar as pessoas com informações e Além disso, a Agência manteve sua
esclarecimentos sobre os temas tratados nas parceria com a Radiobrás, investindo em mais
audiências. uma campanha de publicidade de utilidade
pública para convocação da sociedade na
participação das audiências públicas.
A ANEEL ainda participa, junto às mente nas questões sobre revisão tarifária, tarifa
Assembléias Legislativas e Câmaras Municipais, social e universalização dos serviços de energia
de audiências públicas, reuniões técnicas e elétrica. Nesse trabalho conta com o apoio de
outras atividades, no sentido de esclarecer especialistas e técnicos das agências estaduais
dúvidas relacionadas à sua atuação, especial- conveniadas.
AssuntoAutor
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕES - 2005
Dep. Givaldo Carimbão - PSB/AL
Dep. Edson Duarte - PV/BA
Dep. Francisco Garcia - PP/AM
Dep. Francisco Garcia - PP/AM
Dep. Vanessa Graziotin - PCdoB/AM
Dep. João Caldas - PL/AL
Atividade de fiscalização da ANEEL em defesa dos consumidores
Informações sobre os impostos pagos pelas concessionárias (compensação financeira)
Implicações da eventual eliminação da Conta Consumo de Combustível (CCC)
Informações sobre o Inventário do Rio Ituxi
Revisão tarifária da Manaus Energia
Contratos de serviços de propaganda
Relacionamentocomasociedade Relacionamentocomasociedade
Portal da ANEEL investe na prestação de O acompanhamento de processos e
documentos também passou a contar com um serviço público
recurso que permite aos usuários externos
verificar a situação dos seus protocolos. Assim, Reconhecido como um dos melhores sites
qualquer pessoa pode saber o que está do Brasil na categoria minas e energia pelo iBest,
acontecendo com o seu processo na ANEEL.a página da ANEEL está de acordo com os princí-
pios de acessibilidade definidos pela Lei nº 5.296,
Além disso, foi desenvolvido um aplicativo de dezembro de 2004, e em consonância com as
que possibilita ao consumidor a consulta e recomendações-padrão para a construção ou ade-
pesquisa ao histórico das tarifas vigentes de cada quação de sites e portais do governo brasileiro,
concessionária.possibilitando o acesso do conteúdo a todas as
pessoas, independentemente de suas capacida-
des físico-motoras e perceptivas.
Em 2005, a ANEEL iniciou o programa para
construção do Sistema de Gestão Integrada da
Geração que apóia as atividades de estudo de
inventários, elaboração de projetos básicos,
concessão e autorização para empreendimentos
de geração e o acompanhamento de obras,
somando ao BIG - Banco de Informações de
Geração - dados para a gestão do processo de
geração e conseqüentemente o apoio a outras
atividades da Agência e outros órgãos, como o
Ministério Minas e Energia (MME) e o Operador
Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Além disso, está disponível o sistema de
acesso ao acervo documental constituído de 62
mil processos e projetos técnicos de outorga de
concessões emitidos no período de 1934 a
1997.
Também já estão disponíveis para os
públicos interno e externo os arquivos de vídeos
das audiências e reuniões públicas ordinárias e
extraordinárias de diretoria, além da segunda
edição do Atlas de Energia do Brasil.
O portal ainda permite aos cidadãos
acompanhar o resultado dos leilões de energia e
de linhas de transmissão.
Ouvidoria atenta à qualidade dos serviços
de energia
Por reconhecer a importância da Ouvido-
ria, a ANEEL coloca sempre um dos seus diretores
na coordenação dessa atividade. A cada seis
meses essa função é exercida por um dos
integrantes da diretoria colegiada.
Um importante trabalho da Ouvidoria é a
realização de audiências públicas sobre temas
que influenciam direta ou indiretamente a
sociedade. A ANEEL utiliza essa iniciativa para
ouvir as pessoas envolvidas com a questão e
como instrumento de apoio para o processo
decisório nas ações de regulação.
A Central de Teleatendimento (CTA) é
outra ferramenta de comunicação com os usuá-
rios do serviço de energia elétrica. A CTA atende
pelo serviço gratuito 144 para informar, escla-
recer e orientar os cidadãos, além de registrar e
encaminhar para providências as queixas desses A ANEEL também recebe pedidos de
usuários com os serviços prestados pelas conces- informações, reclamações e sugestões por e-
sionárias. mail, carta e fax. O total de solicitações recebidas
pela Agência por todos os meios, em 2005, foi de
A CTA registrou 609.900 ligações em 2005. 626.188 atendimentos.
A Central atende a chamadas de todo o Brasil e
tem investido em inovações tecnológicas e As informações obtidas a partir do trabalho
operacionais para melhorar a qualidade do serviço da Ouvidoria são encaminhadas para as áreas de
e tornar mais ágil a resposta às solicitações. O regulação e de fiscalização para o aprimora-
tempo de atendimento foi melhorado em 2005, mento das atividades e atos emitidos. O tempo
tornando possível atender a 97,7% das ligações médio de tratamento das solicitações enca-
ao primeiro toque do telefone. minhadas a essas áreas vem melhorando, tendo
alcançado em 2005 a marca de 17 dias.
SOLICITAÇÕES ENCAMINHADAS À OUVIDORIA DA ANEEL - 2000 A 2005
ReclamaçõesInformações TotalAno
2000
2001
2002
2003
2004
2005
%
58,2
12,1
5,2
3,6
3,4
4,0
%
38,9
87,5
94,2
95,8
95,9
95,6
%
100
100
100
100
100
100
Total
46.589
148.287
55.613
28.018
21.676
25.236
Total
31.140
1.072.323
1.017.724
755.024
618.086
598.698
Total
80.050
1.225.513
1.079.493
788.331
644.497
626.188**
Outros*
%
2,9
0,4
0,6
0,6
0,7
0,4
Total
2.321
4.903
6.156
5.289
4.735
2.254
(*) Inclui sugestões, elogios e críticas.(**) Inclui solicitações pela Internet, cartas e fax recebidas somente pela Aneel
Mediação dispositivos ou obtenção de dados, o que
contribui para a identificação de lacunas na
legislação que precisam ser esclarecidas ou É atribuição legal da Agência esclarecer,
mesmo explicitadas em resolução. Em 2005, no âmbito administrativo, as divergências entre
foram tratados 44 processos de mediação, a concessionárias, permissionárias, autorizadas,
maior parte deles sobre a interpretação de produtores independentes e autoprodutores,
contratos e migração para o ambiente de bem como entre esses agentes e seus consu-
contratação livre de energia elétrica.midores.
Grande parte das questões e solicitações
de mediação tem origem em assuntos não re-
gulados, dificuldades na interpretação de seus
80 81
Foto: Milena Medeiros
AANEEL,seufuncionamentoesuagestão AANEEL,seufuncionamentoesuagestão
AANEEL,seufuncionamentoesuagestãoAANEEL,seufuncionamentoesuagestão
Parcerias institucionais representam Energy Association), e o USAID (United States
Agency For International Development). O work-intercâmbios importantes
shop tratou de temas como o processo regula-
tório global, o mercado de energia elétrica no A ANEEL tem investido em parcerias com
Brasil, a comercialização de energia, preços e ta-instituições nacionais e internacionais com o
rifas, o relacionamento com os consumidores, a objetivo de compartilhar conhecimentos. Em
supervisão e inspeção das licenças ambientais 2005, foi assinado o primeiro termo aditivo ao
para a implantação dos projetos de novas usinas acordo de cooperação com a Câmara dos
hidrelétricas, a atuação e intervenção nos pro-Deputados. O termo dá continuidade por mais
cessos legais interestaduais.um ano ao intercâmbio técnico, científico e
cultural para o desenvolvimento institucional e
A ANEEL participou, ainda, da IX Reunião da de recursos humanos da Agência.
Associação Ibero-americana de Entidades Regula-
doras do Setor Elétrico (ARIAE), ocorrido de 6 a 18 A Agência também celebrou um Acordo de
de abril em Punta Del Este, no Uruguai. O evento Cooperação com o Instituto Regulador do Setor
teve a participação de 21 agentes reguladores Elétrico de Angola (IRSE). O objetivo desse acordo
ibero-americanos, que debateram o papel da é a troca de informações e experiências voltadas
entidade reguladora, os modelos para regulação para a regulação do setor de energia elétrica. A
dos setores da eletricidade e do gás natural, a re-partir de 2006 serão desenvolvidas várias ativi-
gulação de mercados energéticos transnacionais e dades entre as duas agências, com ênfase nos
do setor de combustíveis líquidos. A Agência é temas sobre a organização e funcionamento dos
membro da ARIAE desde 2000. reguladores, intercâmbio de documentação téc-
nica e legal, capacitação de pessoal, realização
Os encontros promovidos pela associação de estudos técnicos e legais.
são anuais e têm como objetivo compartilhar
experiências e informações sobre regulamentação Em agosto de 2005, a Agência promoveu o
do setor de energia elétrica, visões para futuras VI Workshop ANEEL - USEA - USAID com a pre-
atuações das entidades reguladoras e principais sença de representantes da Illinois Commerce
desafios a serem enfrentados.Commission (ICC), da Federal Energy Regulatory
Agency (FERC) e das agências reguladoras esta-
duais. O encontro marcou o término da parceria
de oito anos entre a ANEEL, o USEA (United States
Agências de outros países, a exemplo das
delegações da África do Sul, da Argélia,
Angola e também de técnicos da Universi-
dade de Harvard, nos Estados Unidos, esti-
veram na ANEEL para conhecer o seu traba-
lho no campo da regulação do setor elétrico
brasileiro.
Para alcançar o objetivo geral foram de-
finidos os seguintes objetivos específicos:
avaliar o ganho das previsões de vazões
afluentes aos reservatórios hidrelétricos
por meio de previsões hidroclimáticas,
estudadas mensalmente com horizonte
de até seis meses na bacia do rio São Cooperação contribui para o conhecimento
Franciscona área de hidrologia
comparar esses resultados com as previ-
sões desenvolvidas atualmente pelo ONSEm 2005 foi concluído o projeto de “Previ-
avaliar as tendências climáticas e hidroló-são de Vazões na Bacia do Rio São Francisco com
gicas de longo prazoBase na Previsão Climática”. Trata-se de um
apresentar uma sistemática para imple-estudo que integra conhecimentos das áreas de
mentação e operacionalização, incluindo a climatologia e hidrologia para a vazão natural
viabilidade técnica e econômica de um dos principais empreendimentos hidrelétricos
sistema de previsão de vazões a partir de da bacia do rio São Francisco. O projeto avalia o
previsões climatológicas para toda a bacia ganho das previsões de vazões por meio de esti-
do rio São Franciscomativas hidroclimáticas, e compara esses resul-
tados com os obtidos com os modelos atual-
A integração interdisciplinar e de entidades mente utilizados pelo ONS.
de diferentes estados brasileiros com compe-
tência nas disciplinas citadas permitiu ampliar o O projeto foi contratado pela Organização
conhecimento dos processos climáticos e hidroló-Meteorológica Mundial (OMM) e pela ANEEL
gicos na bacia do rio São Francisco.junto à Fundação de Apoio a Universidade Fede-
ral do Rio Grande do Sul (FAURGS). Os executores
foram o Instituto de Pesquisas Hidráulicas da
Descentralização busca agilidade na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IPH-
solução dos problemasUFRGS), o Instituto de Astronomia, Geofísica e
Ciências Atmosféricas da Universidade de São
Fundamentada na Lei nº 9.427, de 26 de Paulo (IAG-USP) e o Centro de Previsão de Tempo
dezembro de 1996, a ANEEL descentraliza suas e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de
atividades complementares de regulação, con-Pesquisas Espaciais (CPTEC/INPE).
trole e fiscalização dos serviços e instalações de
energia elétrica nas unidades da Federação, por O objetivo geral foi desenvolver a capa-
meio de celebração de convênios de cooperação cidade integrada de modelos climáticos e hidro-
com as agências estaduais de regulação de lógicos para melhorar a previsão de longo prazo,
serviços públicos.denominada nesse projeto de hidroclimática.
84 85
Os recursos financeiros repassados pela elétrica (TFSEE), arrecadada na respectiva
ANEEL às agências conveniadas são provenientes unidade federativa e transferida para custeio dos
da taxa de fiscalização de serviços de energia serviços descentralizados.
Valor Transferidopela ANEEL em 5005
(R$)Convenente
REPASSES DE RECURSOS FINANCEIROS DA DESCENTRALIZAÇÃO EM 2005
CSPE
AGERGS
ARCON
ARCE
ARSEP
AGERBA
AGER
ARSAL
ARPE
AGR
AGEPAN
ARPB
ARSAM
Comissão de Serviços Públicos de Energia
Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul
Agência Estadual de Regulação e Controle de Serviços Públicos do Estado do Pará
Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará
Agência Reguladora de Serviços Públicos do Rio Grande do Norte
Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia
Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos do Estado de Mato Grosso
Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Alagoas
Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Estado de Pernambuco
Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos
Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos do Mato Grosso do Sul
Agência Estadual de Energia da Paraíba
Agência Reguladora dos Serviços Públicos Concedidos do Estado do Amazonas
Sigla
7.653.175,67
1.258.440,41
1.293.095,87
1.084.540,41
612.372,57
1.556.406,32
909.235,37
573.567,93
713.228,48
613.589,89
635.424,15
578.458,45
548.546,96
A ANEEL acompanha as atividades dele- março e maio de 2005. Após a homologação, fo-
gadas por meio das rotinas de prestação de con- ram preenchidas 212 das 290 vagas abertas, dis-
tas, visitas e auditorias, para avaliar os resultados tribuídas entre os cargos de Especialista em Re-
decorrentes das ações descentralizadas. A gulação de Serviços Públicos de Energia, Analista
iniciativa compõe um processo de gestão que e Técnico Administrativo.
tem por objetivo o permanente aprimoramento
das atividades de descentralização, com a ampla A homologação marcou também o início
participação da ANEEL e das Agências Estaduais do cumprimento do Termo de Compromisso de
conveniadas. Ajustamento de Conduta (TCAC), que estabele-
ceu o compromisso de a ANEEL realizar o provi-
Entre as atividades realizadas com essa mento, entre 2004 e 2006, dos cargos das carrei-
finalidade estão os workshops de Descentraliza- ras criadas pela Lei n° 10.871/04, com a conse-
ção, dos quais foi realizada, em 2005, a quarta qüente substituição do pessoal terceirizado e
edição. Durante o evento foram trocadas expe- contratado em caráter temporário.
riências, avaliados os trabalhos das agências
estaduais e definidas novas diretrizes visando ao Em dezembro de 2005, a Medida Provi-oaprimoramento do processo de descentrali- sória (MP) n 269 autorizou a prorrogação dos
zação. contratos temporários para 31/03/2007. Mas a
ANEEL optou, inicialmente, por prorrogá-los até -
dezembro de 2006 e deu continuidade às provi
dências para a realização do 2° concurso público,
ANEEL investe na efetivação de seus visando ao provimento de 355 vagas a serem
profissionais preenchidas no biênio 2006/2007, conforme
Portaria nº 347 de 02/12/2005 do Ministério do
Com a homologação, em 2005, do primei- Planejamento, Orçamento e Gestão.
ro concurso para provimento de servidores do
quadro efetivo, a ANEEL começa a atender ao A mesma MP alterou a gratificação de de-
objetivo estratégico de ter um quadro próprio de sempenho de atividade de regulação (GDAR) pa-
pessoal. ga aos especialistas e criou a gratificação de de-
sempenho de atividade técnico-administrativa
O concurso, iniciado em 2004, foi compos- (GDATR), paga aos analistas e técnicos adminis-
to de provas e títulos na primeira etapa e curso trativos.
de formação na segunda fase, realizada entre
86 87
AANEEL,seufuncionamentoesuagestãoAANEEL,seufuncionamentoesuagestão
QUADRO PRÓPRIO
QUADRO EXTERNO
Diferença20052004
QUADRO COMPARATIVO DE PESSOAL (2004 X 2005), POR TIPO DE VÍNCULO
Vínculo
Contrato temporário
Especialistas em regulação
Comissionados (s/ vínculo)
Analistas administrativos
Técnicos administrativos
Requisitados (c/ vínculo)
Quadro específico
Procuradores federais
SUBTOTAL
Terceirizados - apoio administrativo
Terceirizados - informática
Estagiários
SUBTOTAL
TOTAL GERAL
207
–
97
–
–
45
20
13
382
182
129
25
336
718
145
89
80
53
44
36
20
12
479
130
103
25
258
737
62
89
17
53
44
9
–
1
97
52
26
–
78
19
Formação dos servidores consolida plano de Processo Decisório da ANEEL é transparente
educação corporativa
Em 2005, a ANEEL realizou 72 reuniões
públicas de diretoria para deliberação de assun-A capacitação dos servidores em 2005 foi
tos que envolveram interesses da sociedade e do realizada em consonância com o Plano de Educa-
setor elétrico. Mais de 1000 pessoas estiveram ção Corporativa, elaborado para proporcionar
presentes nas reuniões públicas de diretoria. Ao serviços educacionais que promovam a exce-
todo foram deliberados 991 processos sobre a lência no desempenho das responsabilidades da
regulação do setor elétrico, como realização de ANEEL.
leilões de energia, revisões e reajustes tarifários,
autorizações para funcionamento de usinas ter-Foram capacitados, em 2005, 360 servi-
melétricas, de pequenas centrais hidrelétricas, dores de um total de 479 (entre efetivos, requisi-
ou de outras fontes alternativas de energia, tados, redistribuídos, temporários, comissionados
pagamentos de compensações financeiras e e procuradores federais), o que corresponde a
royalties aos municípios e emissão de declaração 75% do quadro de pessoal. Ao todo, foram 234
de utilidade pública para construção dos empre-ações de treinamento, com 793 participações. En-
endimentos de geração, transmissão e distribui-tre as diversas ações, 95% incluíram participações
ção.de curta e média duração.
Além de transmitidas ao vivo no site da civil pública, o índice apresentado pela
ANEEL, todos os interessados têm livre acesso às ANEEL. Recorrendo ao STJ, a Procuradoria
reuniões públicas, com possibilidade de apresen- Federal conseguiu reverter a situação, res-
tar seus argumentos e contribuições, além de tabelecendo a decisão da diretoria da
solicitar preferência na ordem de deliberação de Agência.
seus processos. A lista dos processos sorteados Nos casos de reajustes tarifários anuais al-
com seus respectivos relatores, a pauta de cada gumas ações civis públicas foram ajuiza-
reunião e os relatórios que fundamentam a deci- das com o objetivo de substituir o resul-
são são também publicados na página da Agên- tado do reajuste tarifário homologado pela
cia. Essas ações visam e garantem o respeito aos ANEEL, desconsiderando as disposições
direitos dos cidadãos, à qualidade do serviço de dos contratos de concessão. Três limina-
energia elétrica e o permanente diálogo com a res, duas no Ceará e uma no Rio Grande do
sociedade. Norte, foram concedidas. Em ambos os ca-
sos, o TRF da 5ª Região manteve as de-
cisões fundamentadas em primeira ins-
tância. Novamente, a Procuradoria conse-Procuradoria fortalece ato regulatório
guiu suspender as liminares no âmbito do
STJ.Em 2005, a Procuradoria Federal na ANEEL
elaborou 521 pareceres que subsidiaram as
decisões da diretoria e superintendências. Atuou
ANEEL aumenta transparência e economia na defesa da Agência em mais de 4000 ações
judiciais, o que foi essencial para assegurar a es- dos processos licitatórios
tabilidade da regulação do setor elétrico. Tam-
bém conseguiu suspender liminares obtidas em Em 2005, a ANEEL passou a trabalhar com
ações judiciais propostas por diversas institui- pregão eletrônico, modalidade de licitação que
ções, como por exemplo: utiliza as novas tecnologias de informação e seus
recursos, especialmente a internet, para com-
No leilão de energia nova apresentou pras de bens e serviços comuns - aqueles que
pedido de suspensão da liminar impetrada podem ser oferecidos por diversos fornecedores
pela Associação Brasileira de Energia Flexí- e comparáveis entre si.
vel (ABRGEF) que impedia a realização do
leilão. A solicitação foi deferida pelo Presi- O pregão eletrônico amplia a competiti-
dente do Tribunal Regional Federal da 1ª vidade e dá rapidez ao processo licitatório. Etapas
Região, que autorizou a realização do como análise documental são simplificadas, uma
evento em 16/12/2005. vez que, para disputar o certame, os concorren-
Nas revisões tarifárias, especialmente no tes devem estar previamente cadastrados e ter
caso da Companhia de Eletricidade de Per- os documentos em dia no SICAF (Sistema de
nambuco, o Ministério Público Federal e Cadastramento Unificado de Fornecedores). Um
Estadual contestaram, por meio de ação aspecto importante é a participação sem
88 89
AANEEL,seufuncionamentoesuagestão AANEEL,seufuncionamentoesuagestão
necessidade de deslocamento, que garante gão eletrônico possibilita a participação de
mais isonomia e propicia redução de custo nos qualquer fornecedor que tenha acesso à inter-
processos licitatórios, por exemplo, a economia net. Quem vai contratar não conhece os licitan-
com instalações físicas e viagens dos participan- tes porque a habilitação é feita na hora, o que dá
tes que repassam estes custos para suas pro- mais credibilidade ao processo. A transparência
postas. é mais um ponto forte, pois qualquer cidadão po-
de acessar o site e assistir em tempo real a toda a
Outras vantagens do sistema são a im- negociação.
pessoalidade e economia de instalações. O pre-
Gestão orçamentária é avaliada A arrecadação dessa receita aumentou de
forma considerável nos últimos anos, mas o or-
çamento da Agência e os limites autorizados pa-A principal fonte de receita da ANEEL é a
ra empenho foram reduzidos. Isso decorre das Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétri-
restrições impostas ao gasto público, e resulta na ca (TFSEE), instituída pela Lei nº 9.427, de dezem-
indisponibilidade de parcela significativa da taxa. bro de 1996. Corresponde a 0,5% do benefício
econômico de cada uma das concessionárias,
O quadro demonstra a evolução da receita permissionárias ou autorizadas, incluindo os pro-
arrecadada, da despesa fixada no Projeto de Lei dutores independentes e autoprodutores. O
Orçamentária Anual (PLOA) e dos limites de em-montante considera a modalidade e o porte da
penho autorizados no período de 2001 a 2005.empresa que realiza o serviço.
COMPARATIVO ENTRE RECEITA ARRECADADA, PROJETO DE LEI ORÇAMENTÁRIA E LIMITE DE EMPENHO
-
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
300.000
Ano
R$
1.0
00
Arrecadação Receita PLOA Limites
Arrecadação Receita 168.458 172.129 201.593 223.115 271.323
PLOA 161.182 174.948 165.073 171.534 150.148
Limites 161.182 174.948 122.716 122.140 116.734
2001 2002 2003 2004 2005
OBS : Os valores do PLOA e dos limites incluem todas as despesas da Agência e excluem a reserva de contingência prevista nos orçamentos.
Para 2005, a LOA autorizou para a ANEEL cia. Em 2005, os limites autorizados para em-
um orçamento de R$ 179,6 milhões, que somado penho representaram menos de 50% do valor
aos créditos suplementares aprovados durante o arrecadado.
ano atingiu o valor de R$ 184,5 milhões. Desse
montante, R$ 120,7 milhões foram destinados O quadro apresenta a composição do or-
aos grupos Outras Despesas Correntes e Inves- çamento de 2005 (incluídos os créditos suple-
timentos, R$ 34,3 milhões ao grupo de Despesa mentares), os limites autorizados, os empenhos
Pessoal e Encargos Sociais e R$ 29,4 milhões realizados no ano e os percentuais de execução.
para a Reserva de Contingência própria da Agên-
90 91
AANEEL,seufuncionamentoesuagestão AANEEL,seufuncionamentoesuagestão
EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA GLOBAL
Valores em reais (Dados de 31/12/2005)
A B C D
DOTAÇÃO
ORÇAMENTÁRIA (LOA + CRÉDITOS)
LIMITE DE
EMPENHOEMPENHADO
% DE EXECUÇÃO
(C)
1 - DESPESAS DISCRICIONÁRIAS 120.710.000 82.420.143 75.405.800 91,49%
1.1 - QUALIDADE DO SERVIÇO DE ENERGIA ELÉTRICA
115.890.000 81.081.623 74.804.981 92,26%
1.2 - ABASTECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
4.820.000 1.338.520 600.819 44,89%
2 - DESPESAS OBRIGATÓRIAS PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS
34.314.063 34.314.063 32.794.812 95,57%
3 - RESERVA DE CONTINGÊNCIA 29.479.404
TOTAL GERAL 184.503.467 116.734.206 108.200.612 92,69%
Notas:(1) Despesas Discricionárias (Contingenciáveis); e
(2) Despesas Obrigatórias (Não Contingenciáveis).
PROGRAMAÇÃO
121
83
75
66
Empenhado / Limite Orçamentário = 91%
Pago / Limite Orçamentário = 80%
O Decreto nº 5.379, de fevereiro de 2005, e Em relação ao grupo Outras Despesas
as Portarias Interministeriais nº 131 e nº 132 dos Correntes e Investimentos - que não inclui as
Ministérios do Planejamento, Orçamento e Ges- despesas com pessoal - a ANEEL encerrou o ano
tão e da Fazenda, ambas de junho de 2005, com o limite autorizado de R$ 82,4 milhões, que
definiram os limites de empenho referentes às representa um corte orçamentário de 31,72%
despesas discricionárias dos órgãos. dessas despesas, sem considerar a reserva de
contingência. Foram empenhados R$ 75,4 mi-
Do total do orçamento da ANEEL, foram lhões, 91,49% do valor autorizado.
autorizados empenhos até o valor de R$ 116,7
milhões, o que representa um contingenciamen O gráfico mostra, em milhões de reais, os
to global de 36,73% Desse valor, foram empe valores correspondentes às dotações, o limite or-
nhados R$ 108,2 milhões, que correspondem a çamentário disponibilizado, o valor empenhado
92,69 % do limite autorizado. e os valores liquidados (e pagos) no exercício de
2005.
-
. -
0
20
40
60
80
100
120
140
LOA + CRÉDITOS LIMITE DISPONÍVEL EMPENHADO PAGO
�A� �p�r�o�g�r�a�m�a�ç�ã�o� �o�r�ç�a�m�e�n�t�á�r�i�a� �d�a� �A�g�ê�n�c�i�a� �Q�u�a�l�i�d�a�d�e� �d�o� �S�e�r�v�i�ç�o� �d�e� �E�n�e�r�g�i�a� �E�l�é�t�r�i�c�a�
�c�o�m�p�r�e�e�n�d�e� �d�o�i�s� �p�r�o�g�r�a�m�a�s� �d�e� �g�o�v�e�r�n�o�: �q�u�e� �t�e�m� �a� �f�i�n�a�l�i�d�a�d�e� �d�e� �a�s�s�e�g�u�r�a�r� �a� �p�r�e�s�-
�t�a�ç�ã�o� �d�o� �s�e�r�v�i�ç�o� �d�e� �e�n�e�r�g�i�a� �e�l�é�t�r�i�c�a� �e�m�
�A�b�a�s�t�e�c�i�m�e�n�t�o� �d�e� �E�n�e�r�g�i�a� �E�l�é�t�r�i�c�a� �q�u�e� �c�o�n�d�i�ç�õ�e�s� �a�d�e�q�u�a�d�a�s� �d�e� �q�u�a�l�i�d�a�d�e� �e� �p�r�e�ç�o
�t�e�m� �o� �o�b�j�e�t�i�v�o� �d�e� �a�s�s�e�g�u�r�a�r� �c�o�n�d�i�ç�õ�e�s� �p�a�-
�r�a� �o� �p�l�e�n�o� �a�t�e�n�d�i�m�e�n�t�o� �d�e� �e�n�e�r�g�i�a� �e�l�é�t�r�i�- �D�o�s� �R�$� �1�1�5�,�8� �m�i�l�h�õ�e�s� �a�p�r�o�v�a�d�o�s� �n�a� �L�O�A�
�c�a� �a�o�s� �c�o�n�s�u�m�i�d�o�r�e�s �2�0�0�5� �p�a�r�a� �o� �p�r�o�g�r�a�m�a� �Q�u�a�l�i�d�a�d�e� �d�o� �S�e�r�v�i�ç�o� �d�e�
Energia Elétrica foram autorizados limites para Para acompanhar a execução e assegurar
empenho de R$ 81,1 milhões (69,96%), conside- o alcance das metas, a ANEEL adota como sis-
rando o ajuste final do limite orçamentário. A exe- temática a realização de reuniões periódicas de
cução orçamentária, no valor de R$ 74,8 milhões, avaliação do desenvolvimento do plano e do pro-
foi de 92,26% do valor autorizado. gresso das atividades associadas à execução de
cada ação. O gerenciamento dos programas e
Em relação ao programa Abastecimento ações é apoiado no Sistema de Informações Ge-
de Energia Elétrica foram autorizados R$ 1,3 mi- renciais da ANEEL (SIGANEEL).
lhões (27,77%) dos R$ 4,8 milhões aprovados na
LOA. Ao todo, R$ 600,8 mil foram empenhados, o A Agência também vem agilizando os
que corresponde a 44,89% do limite do progra- procedimentos de licitações e contratos, me-
ma ao final do exercício. diante aprimoramento dos processos internos. O
objetivo é ampliar a capacidade de execução e,
com isso, ter mais eficiência na realização das
atividades.O que a ANEEL está fazendo?
Como resultado desse esforço, as contra-A ANEEL está adotando uma série de
tações na modalidade de credenciamento de medidas para minimizar os efeitos da atual escassez
empresas para terceirização de serviços, que exi-de recursos e solucionar as disfunções estruturais
giram um longo prazo de análise e implemen-decorrentes das restrições orçamentárias. Nesse
tação, foram homologadas em agosto de 2005. A sentido, a Agência vem fortalecendo as ações de
medida conferiu maior agilidade aos processos planejamento, com o foco em resultados, e aprimo-
de fiscalização, especialmente nos últimos três rando a articulação entre essas ações.
meses do ano.
No âmbito do gerenciamento dos progra-
Outras medidas adotadas são a sensibili-mas e ações relacionados à Agência, foi desen-
zação dos Ministérios do Planejamento, Orça-volvido o Plano Gerencial - Plano de Trabalho
mento e Gestão e da Fazenda, o fortalecimento Anual, que apresenta o detalhamento e desdo-
da articulação entre as agências reguladoras, a bramento das ações do PPA. O plano proporciona
busca de maior sinergia com o Ministério de Mi-maior visibilidade do conjunto de processos as-
nas e Energia e a reestruturação dos programas sociados ao desenvolvimento da ação, contri-
do Plano Plurianual (PPA) 2006. buindo, de forma direta ou indireta, para o su-
cesso no cumprimento da meta fixada.
92 93
AANEEL,seufuncionamentoesuagestão AANEEL,seufuncionamentoesuagestão
Foto: Aline Spezia
Marcelo Brandt
InformaçõesInstitucionais InformaçõesInstitucionais
InformaçõesInstitucionaisInformaçõesInstitucionais
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ATÉ 31/12/2005
Diretor-Geral
Jerson Kelman - a partir 12/01/2005
Eduardo Henrique Ellery Filho (interinamente) - até 11/01/2005
Diretores
Eduardo Henrique Ellery Filho - até 23/05/2005
Edvaldo Alves de Santana - a partir 23/12/2005
Isaac Pinto Averbuch - até 10/01/2006
Jaconias de Aguiar - até 27/12/2005
Joísa Campanher Dutra Saraiva - a partir 23/12/2005
Paulo Jerônimo Bandeira de Mello Pedrosa - até 23/05/2005
Gabinete do Diretor-Geral
Omar Alves Abbud - até 17/01/2005
Pauliran Resende - a partir de 18/01/2005
Secretaria-Geral
Frederico Lobo de Oliveira - a partir de 01/07/2005
Márzio Ricardo Gonçalves de Moura - até 27/06/2005
Procuradoria Federal – ANEEL
Cláudio Girardi
Auditoria Interna
José Renato Pinto da Fonseca
Assessoria de Imprensa
Salete Cangussu - a partir de 29/03/2005
Lauro Leandro Rutkowski - até 28/03/2005
UNIDADES ORGANIZACIONAIS POR MACROPROCESSOS
REGULAÇÃO ECONÔMICA DO MERCADO E ESTÍMULO À COMPETIÇÃO
Superintendência de Regulação Econômica
Cesar Antônio Gonçalves
Superintendência de Estudos Econômicos do Mercado
Edvaldo Alves de Santana - até 22/12/2005
Dilcemar de Paiva Mendes - a partir de 22/12/2005
RELAÇÕES COM O MERCADO E OUVIDORIA
Superintendência de Mediação Administrativa Setorial
José Augusto da Silva
Superintendência de Comunicação Social
Maria Alice Dalledone Machado
GESTÃO DOS POTENCIAIS HIDRÁULICOS
Superintendência de Gestão e Estudos Hidroenergéticos
Amilton Geraldo
OUTORGAS DE CONCESSÕES E AUTORIZAÇÕES
Superintendência de Concessões e Autorizações de Geração
Maria Rosângela Medeiros Faria do Lago Cruz
Superintendência de Concessões e Autorizações de Transmissão e Distribuição
Jandir Amorim Nascimento
FISCALIZAÇÃO DA GERAÇÃO, DA QUALIDADE DO SERVIÇO E ECONÔMICO-FINANCEIRA
Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Geração
Jamil Abid
Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Eletricidade
Paulo Henrique Silvestri Lopes
Superintendência de Fiscalização Econômica e Financeira
Romeu Donizete Rufino
REGULAÇÃO TÉCNICA E PADRÕES DE SERVIÇOS
Superintendência de Regulação dos Serviços de Geração
Cristiano Abijaode Amaral - até 10/01/2005
Rui Guilherme Altieri Silva - a partir de 12/01/2005
Superintendência de Regulação dos Serviços de Transmissão
Davi Antunes Lima
Superintendência de Regulação dos Serviços de Distribuição
Manoel Eduardo Miranda Negrisoli
Superintendência de Regulação da Comercialização da Eletricidade
Gilberto Morais Pimenta - até 01/04/2005
Ricardo Vidinich - a partir de 01/04/2005
96 97
InformaçõesInstitucionais
PLANEJAMENTO E GESTÃO ADMINISTRATIVA
Superintendência de Planejamento da GestãoJoão Cadamuro Neto - até 29/07/2005Anna Flávia de Senna Franco - a partir de 29/07/2005
Superintendência de Gestão Técnica da InformaçãoSérgio de Oliveira Frontin
Superintendência de Relações InstitucionaisÁlvaro Augusto Pereira Mesquita - até 05/10/2005Maria Karla Batista - a partir de 07/10/2005
Superintendência de Recursos HumanosCíntia Regina Pezzi - até 29/07/2005João Cadamuro Neto - a partir de 29/07/2005
Superintendência de Administração e FinançasÁlvaro Henrique Matias Pereira - até 19/02/2005Eliomar Wesley Ayres da Fonseca Rios - a partir de 21/02/2005
Superintendência de Licitações e Controle de Contratos e ConvêniosHélvio Neves Guerra
COORDENAÇÃO EDITORIALAna Maria Rezende MirandaJoseanne AguiarRegina Lucia Coelho Cavalcante Lima
LEVANTAMENTO DE INFORMAÇÕES E TEXTOGuto MeloFernanda Argolo DantasGabriel Maimoni Faria
DADOS TÉCNICOS E TEXTOS INICIAISSuperintendentes da ANEEL
PROJETO GRÁFICOMarcio Pacheco dos Guaranys
DIAGRAMAÇÃO, REVISÃO, IMPRESSÃO E ACABAMENTOScala Gráfica (62) 3271-1822
AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL
ENDEREÇOSGAN 603 – Módulos “I” e “J” – Brasília – DF – CEP: 70830-030
PORTALwww.aneel.gov.br
OUVIDORIACentral de Teleatendimento - 144 Fax (61) [email protected]
98