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Relatório – Visita Técnica UAN da Base Militar Aérea de Salvador - BA Adriana Silva Fabiana Sampaio Léia Borges Suzete Silene Novembro de 2012 Salvador -Ba

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Page 1: Relatório Visita a Base AÉREA (1) final

Relatório – Visita TécnicaUAN da Base Militar Aérea de Salvador - BA

Adriana SilvaFabiana Sampaio

Léia BorgesSuzete Silene

Novembro de 2012

Salvador -Ba

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Relatório – Visita TécnicaUAN da Base Militar Aérea de Salvador - BA

Adriana SilvaFabiana Sampaio

Léia BorgesSuzete Silene

Novembro de 2012

Salvador -Ba

Relatório apresentado à disciplina Planejamento e

Gestão de UANs do curso Bacharelado em Nutrição,

da Faculdade de Tecnologia e Ciências, como

requisito parcial de avaliação, sob orientação da

Prof.ª Mª Celeste Viana.

Page 3: Relatório Visita a Base AÉREA (1) final

SUMARIO

1.INTRODUÇÃO

2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

3. DESCRIÇÃO DA VISITA

4. ATIVIDADES

4.1 ANÁLISE DAS CONDIÇÕES FÍSICO-FUNCIONAIS DA UAN4.1.2 NÃO CONFORMIDADES OBSERVADAS EM RELAÇÃO À RDC 2164.2 FUNCIONAMENTO DA UAN4.3 AVALIAÇÃO QUALITATIVA DO CARDÁPIO4.4 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO4.5 FICHAS TÉCNICAS PADRONIZADAS 4.6 CONTROLE DE 4.7 PLANO DE AÇÃO

5. DESCRIÇÃO DE ATIVIDADES DE ROTINA

6. CONCLUSÃO

7. ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DA VISITA

8. REFERÊNCIAS

Page 4: Relatório Visita a Base AÉREA (1) final

1. INTRODUÇÃO

A unidade de alimentação e nutrição (UAN) é considerada como uma unidade de trabalho

ou órgão de uma empresa, que desempenha atividades relacionadas á alimentação e

nutrição, independente da situação que ocupa na escala hierárquica da entidade (TEXEIRA

et al 1999).

O objetivo de uma UAN é o fornecimento de uma refeição equilibrada nutricionalmente,

apresentando bom nível de sanidade, e que seja adequada ao consumo. Esta adequação

deve ocorrer tanto no sentido da manutenção e ou recuperação da saúde do cliente, além de

satisfazer o cliente no que diz respeito ao serviço oferecido: ambiente físico, conveniência,

condições de higiene das instalações, equipamentos disponíveis e contato pessoal entre os

operadores (PROENÇA E MATOS, 1996).

O padrão dos cardápios oferecidos pela UAN, obviamente, deve ser compatível com a sua

disponibilidade financeira e de mercado, hábitos alimentares, condições socioeconômicos

da clientela e peculiaridades de cada unidade.

Para que a UAN forneça refeições de qualidade nutricional, bem como higiênico -sanitária,

o profissional nutricionista apresenta papel de destaque na empresa. O Conselho Regional

de nutrição regulamenta que o nutricionista de produção de alimento tem como seguintes

atribuições: participar do planejamento, implantação e execução de projetos de estrutura

física da unidade de alimentação; elaboração de cardápio; manter atualizada as fichas

técnicas de todas as preparações culinárias, manter atualizado o quadro de analise de

valores nutricionais; rendimento e custo das refeições; implantar e acompanhar os

procedimentos previstos no manual de boas práticas; desenvolver pesquisas e estudos, na

área de atuação entre outros.

A padronização dos processos é fator determinante para o bom desempenho da equipe. O

padrão é o instrumento que indica a meta e os procedimentos para execução dos trabalhos,

capacitando cada pessoa a assumir a responsabilidade pelos resultados do seu trabalho. A

parti da necessidade da padronização, as empresas de alimentação tem investido no sistema

de analise de perigo e pontos críticos de controle (APPCC), Boas Praticas na Manipulação

de alimentos, Controle de Qualidade Total e outros sistemas de qualidade.

Page 5: Relatório Visita a Base AÉREA (1) final

2. OBJETIVOS

2.1

OBJETIVO GERAL

Integrar o estudante de nutrição a realidade de uma unidade de alimentação e nutrição, a

fim de possibilitar a aplicação das teorias vistas anteriormente, tornando-o um profissional

apto a assumir o mercado de trabalho.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Conhecer os instrumentos necessários para a solução de problemas na área de Alimentação

Institucional;

Conhecer a estrutura física, funcional e organizacional de uma Unidade de Alimentação e

Nutrição;

Conhecer as legislações e resoluções pertinentes a área de Alimentação Coletiva;

Caracterizar as etapas do processo produtivo em Unidades de Alimentação e Nutrição;

Identificar as respectivas atribuições do nutricionista gestor de Unidades de Alimentação e

Nutrição;

3. DESCRIÇÃO DA VISITA

A visita foi realizada na Base Aérea de Salvador -BA, que corresponde ao Governo

Federal, tendo como público alvo integrantes da força aérea do Brasil em Salvador,

atendendo o total de 750 refeições ao dia nos três turnos: manhã, tarde e noite, não

havendo padrão de cardápio pois depende do fornecimento que é feito através de licitação.

Tendo o total de 58 funcionários.

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4. ATIVIDADES

4.1 ANÁLISE DAS CONDIÇÕES FÍSICO-FUNCIONAIS DA UAN

A UAN da Base Aérea encontrava-se em ótimas condições físicas e de funcionamento.

4.1.2 NÃO CONFORMIDADES OBSERVADAS EM RELAÇÃO À RDC

216

As não conformidades encontradas foram estrados de madeira e papelão no local de

armazenamento dos alimentos;

Armazenamento inadequado de ovos – temperatura abaixo do recomendado;

Coleta de lixo – 2 vezes por semana apenas;

4.2 FUNCIONAMENTO DA UAN

Diário

4.3AVALIAÇÃO QUALITATIVA DO CARDÁPIO

O cardápio oferecido atende a todos os grupos alimentares da pirâmide alimentar, nas

quantidades adequadas para o público em questão, estando também de acordo com as leis

da alimentação.

4.4 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO

A licitação é realizada no início do ano, tendo validade de 12 meses e a partir dos produtos

recebidos são elaborados cardápios semanais com quantidade per capita evitando

desperdícios.

O planejamento de cardápios é acompanhado através das fichas técnicas e planilhas de

entrada e saída de alimentos.

O planejamento é importante para que não haja sobras desnecessárias e falta de alimentos

para o preparo das refeições.

4.4.1 PLANEJAMENTO SEMANAL

Há variação, a depender do processo de licitação.

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4.5 FICHAS TÉCNICAS PADRONIZADAS

A ficha técnica com a padronização de receitas controla a quantidade assim como a

qualidade da produção da cozinha. Consiste em normas e procedimentos a serem seguidos

na preparação e serviço de cada um dos itens do menu. A padronização da receita é a chave

da consistência do menu, e o sucesso operacional. A ficha técnica é um instrumento

fundamental em qualquer cozinha, e quanto maior for o grau de precisão da mesma, mais

fácil tende a ficar a administração.

Em geral, as fichas técnicas devem ter as seguintes informações:

Nome do item

Rendimento total – número de serviços

Tamanho da porção

Lista de ingredientes

Preparação e métodos

Tempo de cozimento e temperatura

Instruções especias se necessárias

Custo da receita

As razões para implantação do sistema de fichas técnica com receitas padronizadas

incluem, compras controladas, sem a ficha técnica seria impossível gerenciar os custos das

refeições e o estoque; se houver qualquer tipo de controle de dieta, os fornecedores das

refeições tem que saber a natureza dos ingredientes e a quantidade exata dos nutrientes em

cada item do menu; os fornecedores das refeições devem ser capazes de informar aos

comensais sobre o tipo e quantidade dos ingredientes em suas receitas; comparar a

quantidade de alimentos usados com a receita de vendas seria impossível sem a ficha

técnica; calcular o preço no cardápio em relação ao custo da receita seria impossível sem a

ficha técnica; empregados novos na cozinha não poderiam ser treinados sem a ficha

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técnica; a informatização da operação total de restaurante ou fornecimento de refeições

seria impossível sem os elementos de ficha técnica com receitas padronizadas implantados.

4.6 CONTROLE DE QUALIDADE

O controle de qualidade é feito através da análise de água que é realizado bimestralmente e

da análise do alimento que é feito mensalmente através da análise de mãos e bancadas.

Na UAN visitada é utilizado o Manual de Boas Práticas de Manipulação e realizado os

seguintes procedimentos Operacionais Padronizados – POPs:

POP de lavagem de mãos;

POP de limpeza e higiene de equipamentos ;

POP – Programa diário de Higienização – Aréa de cocção;

POP – Uso EPI;

POP – tábua de alimentos.

4.7 PLANO DE AÇÃO

Realizar ações de educação nutricional, capacitação de manipuladores, elaboração de

manual de boas práticas, elaboração de procedimentos operacionais padronizados,

elaboração e padronização de fichas técnicas.

5. DESCRIÇÃO DE ATIVIDADES DE ROTINA

Chefe de cozinha

Confeccionar, junto ao nutricionista, cardápios e receitas;

Coordenar a elaboração dos cardápios;

Supervisionar e orientar a equipe de trabalho durante a execução do cardápio;

Avaliar a qualidade da matéria-prima;

Controlar o tempo de preparo, conforme fluxo de clientes;

Garantir a higiene do local de trabalho;

Cuidar da apresentação dos pratos servidos;

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Realizar a degustação dos pratos antes de serem encaminhados à distribuição;

Auxiliar na capacitação de pessoal;

Avaliar a satisfação dos clientes e equipe.

Cozinheiro chefe

Conferir o kit de materiais para a execução do cardápio;

Solicitar materiais necessários ao estoquista;

Executar o cardápio do dia, junto à equipe de produção;

Coordenar a equipe de cozinheiros e auxiliares de cozinha;

Manter a higiene do local de trabalho;

Cuidar da apresentação dos pratos servidos.

Cozinheiro

Observar o cardápio diário e responsabilizar-se pela elaboração do mesmo;

Coordenar seus auxiliares, procurando sempre trabalhar em equipe;

Finalizar os pratos sob sua responsabilidade;

Observar paladar e apresentação dos pratos que forem de sua responsabilidade;

Zelar pela limpeza da sua área de trabalho;

Verificar o funcionamento de equipamentos e comunicar a necessidade de manutenção ou

conserto.

Auxiliar de cozinha

Auxiliar o cozinheiro no preparo das refeições;

Separar ingredientes e instrumentos necessários ao preparo;

Iniciar o preparo do cardápio;

Processar os alimentos conforme orientações do cozinheiro;

Organizar e manter limpa a área de trabalho.

Auxiliar de pré-preparo

Conferir o kit retirado do estoque;

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Pré-preparar os alimentos sob sua responsabilidade (hortaliças, frutas, cereais, sobremesas,

carnes, bebidas, entre outros);

Encaminhar para as áreas de destino;

Verificar o funcionamento de equipamentos e comunicar a necessidade de manutenção ou

conserto.

Organizar e manter limpa a área de trabalho.

Copeiro

Organizar e limpar a área de distribuição;

Arrumar os utensílios diretos;

Verificar se o balcão de distribuição está ligado e em funcionamento;

Manter limpo o balcão de distribuição;

Controlar a distribuição das refeições, realizando a reposição das preparações e de

utensílios;

Porcionar as preparações, quando necessário;

Auxiliar o cliente durante o servimento;

Realizar a colheita de amostras;

Controlar o fluxo de clientes;

Verificar o funcionamento de equipamentos e comunicar a necessidade de manutenção ou

conserto.

Ser educado e prestativo.

Estoquista

Realizar atividades relacionadas ao abastecimento da unidade;

Controlar a qualidade dos materiais durante o recebimento e armazenamento;

Arquivar notas fiscais provenientes de compras de materiais;

Realizar a cotação de preços junto a fornecedores;

Selecionar, contratar e avaliar fornecedores;

Conferir pedido realizado e entregue, checando quantidade, qualidade, preço e prazos;

Providenciar a devolução de mercadorias que não estiverem em condições de consumo;

Atender a requisição da unidade, realizando controle adequado;

Codificar as mercadorias em estoque;

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Preencher formulários próprios de controle do almoxarifado;

Realizar inventário mensal;

Realizar a guarda adequada dos materiais, conforme características próprias;

Manter o ambiente de trabalho limpo e sempre organizado;

Monitorar o controle de gás;

Inspecionar as atividades dos serventes ou responsáveis pela limpeza;

Controlar os estoques;

Avaliar os níveis de estoque;

Elaborar a curva ABC;

Controlar custos (métodos PEPS, UEPS ou preço médio);

Coordenar o auxiliar de estoquista.

Auxiliar de estoquista

Atender as requisições da cozinha;

Distribuir diariamente as mercadorias para os devidos setores;

Avaliar a qualidade das mercadorias entregues;

Avaliar o desempenho dos fornecedores;

Manter o estoque organizado;

Responsabilizar-se pela recepção e guarda de mercadorias;

Auxiliar na realização de inventário físico;

Auxiliar no preenchimento de planilhas de custos;

Manter arquivos organizados;

Controlar requisições;

Verificar o funcionamento de equipamentos e comunicar a necessidade de manutenção ou

conserto.

Servente

Proceder à limpeza de todos os ambientes da unidade;

Higienizar equipamentos e utensílios;

Zelar pela organização e limpeza dos sanitários no horário de atendimento.

Auxiliar de serviços gerais

Nutricionista

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Coordenar e controlar todas as atividades desenvolvidas na unidade;

Comandar a equipe de trabalho;

Elaborar cardápios de acordo com as necessidades da clientela;

Elaborar fichas técnicas das preparações disponíveis nos cardápios;

Encaminhar ordem de produção e requisições de compra ao estoque;

Coordenar as atividades de produção (pré-preparo, preparo e distribuição);

Realizar atendimento adequado aos usuários;

Capacitar o pessoal da unidade;

Controlar valores per capitas, resto/ingestão, fatores de correção e cocção e rendimento das

preparações e alimentos;

Coordenar a limpeza e higienização em todos os setores do restaurante;

Participar do processo de seleção e admissão de pessoal;

Elaborar rotinas de trabalho e escala de serviços dos funcionários;

Elaborar descrição de cargos;

Realizar pesquisa de satisfação junto aos clientes e funcionários;

Avaliar o desempenho dos funcionários;

Coordenar e zelar pela higiene e segurança dos funcionários;

Manter contato com os fornecedores;

Elaborar relatórios técnicos sempre que necessário;

Realizar inventário mensal junto ao estoquista;

Realizar todas as funções do estoquista, na inexistência do cargo.

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6. CONCLUSÃO

A visita realizada na unidade de alimentação e nutrição (UAN) da base aérea de Salvador-

Ba, nos permitiu conhecer a estrutura física, funcional e organizacional de uma UAN e foi

possível perceber que para o seu bom funcionamento é necessário que a equipe esteja bem

treinada e apta para a resolução dos problemas que estão sujeitos a acontecer. A visita

também nos proporcionou visualizar as etapas do processo produtivo, verificar o

cumprimento ou não cumprimento das legislações relacionada a produção de refeições e

perceber a importância do nutricionista preparado e comprometido em cumprir suas

atribuições para o bom e correto funcionamento de uma UAN.

7. ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS

Quanto aos aspectos positivos:

Com a visita foi possível ampliar, assim como explorar ainda mais o conhecimento dos

alunos em sala de aula, uma vez que muito da teoria pode ser atrelado ao visto na prática,

facilitando a explanação do conteúdo, aumentando a interpretação e memorização do

assunto pelas alunas do curso de nutrição.

Quanto aos aspectos negativos:

A distância foi considerada um fator negativo pois, dificultou a nossa chegada no local no

horário combinado. O fato da nutricionista da UAN está de férias também foi um fator

negativo pois, além de dificultar o agendamento da visita também nos tirou a chance de

obtermos mais informações sobre o funcionamento da UAN como também conhecermos

melhor as atribuições que fazem parte da sua rotina diária de uma nutricionista de

produção.

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8. REFERÊNCIA

TEXEIRA, A.B; LUNA, N.M.M. Técnicas Dietetica Fator de Correção em Alimentos de Origem Animal e Vegetal. Segunda edição. Cuiabá - Mato Grosso, 1999.

PROENÇA, R.P.C.; MATOS, C.H. Condições de Trabalho e Saude na produção de Refeições em creches Municipais de Florianápolis. Revista Ciencias da Saude, Volume XV n° 1 e 1, 1996.

Associação Brasileira das Industrias de Alimentação (ABIA), 2012. WWW.abia.gov.br

TEIXEIRA, S., et. al. Administração Aplicada às Unidades de Alimentação e Nutrição. Editora Atheneu, 2007.