relatório técnico de análise de imóvel do torreão para caps - completo(1)

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  • 7/24/2019 Relatrio Tcnico de Anlise de Imvel Do Torreo Para Caps - Completo(1)

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    Relatrio tcnico de

    anlise de imvelImvel da Rua DjalmaFarias, n 385 - Torreo,Recife/PE

    Anlise do imvel quanto a Portaria n 615 para instalaodo CAPS III - Jos Carlos Souto - Arquiteta FtimaCoimbra

    16/09/2015

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    A secretaria de Infraestrutura da Sade, recebeu no dia 18/08/2015, a CI n573/15 da Chefia de Diviso Distrital DS II, encaminhada pelo Dr. RobertoTeles. A citada CI trata da solicitao de se realizar uma avaliao tcnica do

    Imvel situado na Rua Djalma Farias, n 385, Bairro do Torreo, Recife/PE,para se instalar no local o CAPS Jos Carlos Souto, trata-se de um CAPS dotipo III. A CI informa que o imvel j est contratualizado.

    A Secretaria de Infraestrutura da Sade, visando atender ao solicitado,encaminhou no dia 15/09/2015, a Arquiteta Ftima Coimbra em visita tcnicaao citado imvel. A visita foi realizada na companhia de: Dr. Roberto Teles,Chefe de Diviso do DS II e Dra. Maria do Carmo Pinheiro, esta gerentesupracitado CAPS.

    A metodologia adotada para a elaborao do Relatrio Tcnico foi:

    1 - Visita ao local com registro fotogrfico para conhecimento geral do imvel eobservao do entorno;

    2 - Anlise da planta baixa do Trreo e 1 Pavimento;

    3 - Elaborao de Estudo Preliminar com base nas Portarias 615 e 336;

    4 - Elaborao de relatrio comparativo entre as Portarias e o Estudo proposto,com concluso se atende ou no as Leis;

    5 - Elaborao de Relatrio Tcnico conclusivo.

    Na visita ao local foi discutido vrios pontos relevantes que impactaria nainstalao e o bom funcionamento do CAPS, como tambm nos foi informadoque o Proprietrio do imvel Sr. Sebastio Orlando do Nascimento, no permitealterao na estrutura fsica da casa, ou seja, no autoriza demolies econstrues significativas. Em se tratando de imvel de uso familiar residencial, quase que obrigatrio adaptaes na estrutura para que se atenda ao novo

    uso. Neste caso foi tomado como parmetro a Portaria n 615, de abril de2013, do Ministrio da Sade, que dispe sobre o incentivo financeiro deinvestimentos para construo dos Centros de Ateno Psicossocial (CAPS) eUnidades de Acolhimento e a Portaria 336/2002 que o programa foi elaboradoem funo do dimensionamento e quantificao da Resoluo da ANVISA RDCn 50 de 2002. Outro ponto relevante a NBR 9050 que trata deAcessibilidade.

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    RELATRIO TCNICO

    1 - O IMVEL

    Trata-se de uma casa com 354,00m de rea construda, sua construo dadade 1978, ou seja edificada a 37 anos, porm em timo estado de conservao.Localiza-se numa rua asfaltada, prxima a Av. Agamenon Magalhes,importante corredor de transporte, em uma rea residencial. O imvel hojeapresenta dos seguintes ambientes:

    rea Externa com espao para 4 carros, jardim amplo com piscina; terrao Ampla sala para 3 ambientes Copa/Cozinha Lavabo rea de Servio (lavanderia, quarto, wc) Garagem 4 Quartos (sendo 2 suites) 2 varandas 1 WC social Sala ntima

    Observaes gerais:

    Chama a ateno, e um ponto preocupante, as diferenas de nveis queexistem na sala e na circulao na rea trrea. Esse aspecto dificulta aacessibilidade. Porm de um modo geral o imvel adapta-se bem paraacomodar as instalaes de um do tipo CAPS III. A maior dificuldadeencontrada fica por conta de acomodar os quartos para repouso eobservaes, colocando 2 camas por quarto como recomendado e que cadaquarto tenha um WCB anexo. Esse ponto ser melhor explicado mais a frente.Outro ponto que se deve levar em considerao a quantidade de esquadriasde vidro existentes, para o tipo de usurio dos CAPS um ponto preocupante,pois pode se transformar em reas de risco. Por se tratar de uma casa de doispavimentos, onde o acesso para o pavimento superior realizado por umaescada, o imvel no considerado acessvel. E para torn-lo acessvel serianecessrio a instalao de uma plataforma elevatria, elevador e ou rampa.Fatos totalmente inexequveis no momento. A construo de uma rampa, notem espao suficiente para atender a NBR 9050, e a instalao de elevador ouplataforma tem um alto custo. A diferena de nvel entre o jardim e o terrao, hcondies de se construir uma rampa, porm com custo de obra.

    2 - O Estudo Preliminar

    Como j foi citado, o Estudo Preliminar, para se adaptar a residncia em

    questo para um CAPS do tipo III, foi tomado como base as Portarias n 615 en 336. A Portaria N 615/2013, trata-se de normativa para construo, onde o

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    programa bem mais extenso e completo. A Portaria 336/2002, onde tambmestabelece programa mnimo para funcionamento de CAPS, porm trata-se deum programa mais compacto. Por se tratar de uma reforma e no deconstruo, e ainda, levando em considerao as dificuldades de se fazerobras, e ainda, esbarrando na proibio do proprietrio de no se mexer na

    estrutura, o Estudo Preliminar foi elaborado de forma a atender da melhorforma possvel a Portaria n 615, que mais completo e restritiva, porm naimpossibilidade adotou-se a portaria 336. Em anexo, segue relatriocomparativo entre as duas Portarias e o Estudo Preliminar. Fica claro nosrelatrios que a maior dificuldade por conta de no se conseguir acomodar 4quartos cada um com duas camas, totalizando 8 pacientes, e que cada quartotenha um WC anexo. At seria possvel, mas, seria necessrio se mexer naestrutura, j foi dito no ser possvel. Alm disso impactaria num alto custo dese alterar reas de banheiros, principalmente na atual conjuntura econmicaque passa o nosso municpio. Todo o Estudo para a reforma foi pensado em seadaptar o imvel o mnimo possvel, visando um baixo custo de obra, porm

    sem comprometer o fluxo de funcionamento e a segurana. No andar trreo foilocado os ambientes de maior fluxo, e que atende aos pacientes externos. Nopavimento superior ficaram os ambientes que atendem aos funcionrios,administrao e a pacientes internos.

    Trreo:

    Recepo e acolhimento, consultrios, salas de atividades coletivas, refeitrio,copa cozinha, sala para os tcnicos, almoxarifado, DML, quarto de motoristas,wcs funcionrios, sala para aplicao de medicamentos e posto deenfermagem.

    1 Pavimento:

    Sala de Reunio, quartos, sala administrativa, espao para convivncia, quartode planto com wc.

    2.1 - rea Externa

    Existe um desnvel entre o piso externo e o acesso ao terrao, sendonecessrio a construo de uma rampa de acesso, dentro do que recomenda a

    NBR 9050. Proteger a piscina com uma tela. Apresenta espao para 4veculos.

    2.2 - rea de Recepo de Pacientes com WC's Acessveis

    Esse ambiente foi projetado no terrao da casa. Necessrio gradear, fazerinstalaes eltricas para a rea de registros. Os WC's tero que serconstrudos, pois no h no trreo nenhum banheiro que tenha dimenses paraatender a NBR 9050. Atende as duas Portarias.

    2.3 - Sala de Atendimento Individual

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    So 3 salas de Atendimento Individual, esses ambientes foram locados logo aolado da Recepo, ou seja na sala e uma parte do terrao. Ser necessrio seconstruo de paredes divisrias, instalao de tomadas, luminrias eaparelhos de ar condicionados. Atende as duas Portarias.

    2.4 - Salas de Atividades Coletivas

    So necessrias 2 Salas (uma para oficinas e outra para atendimento emgrupo), pela Portaria 615, cada sala teria que ter 24m, e pela 336 recomendaque se projete uma sala para 15 pacientes, sendo 1,2m por pessoa,totalizando 18,00m para cada. Foi projetado uma para atendimento em grupono trreo com 19,35m e outra para oficinas no primeiro pavimento, com20,40m, todas no trreo. Ou seja, neste caso se atende a portaria 336.

    2.5 - Refeitrio

    Esse espao est atendendo a Portaria n 336, na proporo de 1m porpessoa, dimensionado para 34 pessoas por refeio, j que o espaoreservado para esse uso ter 34,80m. No atendendo a portaria n 615 quedetermina uma rea mnima de 60,00m. Cabe a Gerencia definir protocolo deuso desse ambiente, e verificar se a demanda por refeio fica dentro destamargem, de 34 pessoas. O espao foi escolhido por estar logo junto da cozinhae ser arejado pela presena de um pergolado. Essa rea poder ser utilizadapara realizao de atividades coletivas, ou reunies que agreguem um maiornmero de participantes, nos horrios fora das refeies.

    2.6 - Copa - Cozinha

    A copa e cozinha est locado onde j existia a cozinha da residncia, nosendo necessrio fazer obra. No entanto os armrios necessitam demanuteno.

    2.7 - Sala dos tcnicos

    A sala dos tcnico foi locada num espao que liga a rea interna com a

    externa, sendo necessrio se criar uma circulao, resultou numa rea de5,75m. Esse ambiente no solicitado por nenhuma portaria, foi solicitadopela gerencia, que afirma ser necessrio para que os profissionais possam terum local reservado para evoluo dos pacientes, emitir relatrio, etc.

    2.8 - Farmcia

    Esse outro espao que foi solicitado pela gerncia, est na portaria. Se agerencia concordar que se pode colocar a farmcia junto com aplicao demedicamentos, esse local poder se transformar no quarto dos motoristas.Evitando que se mexa na rea de servio.

    2.9 - Sala de Aplicao de medicamentos e posto de enfermagem

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    No projeto esses dois ambientes esto localizados mesma sala, com 12m derea. Os servios realizados por ambos so da mesma natureza, e realizadopelo mesmo profissional. A sugesto como j foi citado acima no item 2.8, colocar a farmcia compartilhando tambm esse mesmo local. Precisamosdiscutir esse ponto com a gerencia da unidade.

    2.10 - Almoxarifado

    Esse local foi locado onde era a dispensa da cozinha. Onde a rea exigida pelaPortaria 615 de no mnimo 5m mas a 336 no exige esse local. Fica acritrio da gerencia a deciso se o local est adequado e atende a demanda.

    2.11 - Arquivo

    Para o arquivo o espao destinado um local abaixo da escada, onde podemser colocado arquivos para pastas suspensas e ou armrios com portas echaves. Neste caso similar ao Almoxarifado, a portaria 336 no solicita e a615 pede um espao com 5m.

    2.12 - Sala Administrativa

    Locada no primeiro pavimento, foi aproveitado um dos quartos j existentes,com uma rea de 11,90m. Pela portaria 615 a rea necessria 22m, masno diz para quantos funcionrios. Pela Portaria 336, exemplifica que esta saladeve ser projetada na relao de 5,5m por pessoa. Neste caso a salaprojetada atenderia a 2 pessoas. Se somarmos essa rea a rea da sala dostcnicos teremos 17,65m, atendendo a 3 funcionrios. Neste caso precisamossaber da gerencia o nmero de funcionrios que trabalhariam nesta sala.

    2.13 - Quartos de acomodao individual

    Este o ponto mais complicado para adaptao do imvel ao programa exigidopelas portarias. Na Portaria 615, exige 4 quartos (9m) com wc (3,6m), e cadaquarto com duas camas no mximo. No projeto original da casa, temos s duassutes, e dois quartos mais um wc social, e para transformar esse wc social em

    uma sute, teramos que mexer na estrutura, o que no est sendo permitido.Apesar de termos 2 suites, uma delas foi reservada para o quarto dosplantonistas. Ficou projetado uma sute com 18,45m com 4 camas, e umquarto com 3 camas, no sendo sute, mas o wc est logo ao lado do quarto.Seria possvel acomodar 7 usurios. Pela Portaria 336, recomendado que seprojete 2 quartos, tendo cada um 4,5m por cama, mais no claro no nmerode camas por cada quarto. Fica claro que neste caso dos quartos o projeto noatende a nenhuma das portarias. A no ser que se fizesse uma grande obra, seconstruindo mais banheiros. O que no possvel, por no ser permitido semeer na estrutura da casa, e pelo alto custo. Mesmo que coloquemos a outrasute para usurios, e um quarto com wc social para os plantonistas,

    continuaramos sem atender as Portarias, pois ficariam 2 quartos com 4 camascada, e ainda sem atender a relao de 4,5m por cama.

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    2.14 - Sala de Convivncia

    O espao escolhido para se locar a Sala de Convivncia uma das sutes, poistem acesso a duas varandas, que amplia o espao, e agradvel arejado eclaro, sendo necessrio claro que se instale telas de proteo nas varandas.

    2.15 - Quarto de Planto

    Para o quarto de planto foi aproveitado o que ela o closet, que fica logo aolado do WC. necessrio se instalar um aparelho de ar condicionado, retirararmrios e se instalar uma porta. Os armrios podem ser utilizados paraguarda de pertences de funcionrios, j que no foi projetado local paravestirios de funcionrios.

    2. 16 - Sala de Reunio

    A sala de reunio foi locada na sala ntima do 1 pavimento, sendo necessrioa instalao de paredes divisrias, e aparelho de ar condicionado. Pela Portaria615, necessrio que a sala de reunio tenha 20m, a projetada est com10,50m. J a Portaria 336 diz que esse espao funciona em funo dademanda das salas de atividades coletivas, ou seja, a sala de atividadescoletivas ser tambm sala de reunio. E por estar projetado duas salas deatividades coletivas e ainda um refeitrio, esse ponto pode no ser umproblema. Inclusive no espao reservado a sala de reunio, pode ser a salaadministrativa e o quarto ser de usurio, com duas camas, ficando 2 quartoscom duas camas e 1 quarto com 4.

    2. 17 - Rouparia

    Concluso

    Mediante tudo que foi exposto nos itens acima, bem como o que est descritonas planilhas em anexo, podemos definir que o imvel de um modo geralpoderia atender as necessidades do CAPS (III) Jos Carlos Souto, se nofosse por conta de dois pontos relevantes: 1 Acessibilidade, 2 - Quartos comacomodaes individuais com no mximo duas camas.

    Quanto a Acessibilidade, principalmente por se tratar de uma casa com doispavimentos, onde o acesso ao 1 pavimento se d exclusivamente por umaescada. Como tambm a casa apresenta diferenas de nveis no pavimentotrreo. Para tornar a casa acessvel era necessrio se instalar uma plataformaelevatria, o que impactaria em um alto custo, e seria necessrio se mexer na

    estrutura do imvel, o que no ser permitido pelo proprietrio.

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    Quanto as quartos com acomodao individual, o item 2.13, descreve comdetalhes as impossibilidades de se atender ao programa estabelecido pelasPortarias. Sim, seria at possvel atender, mas acontece o mesmo quando sefala em se instalar uma plataforma elevatria, impactaria em um alto custo, eseria necessrio se mexer na estrutura do imvel, o que no ser permitido

    pelo proprietrio.

    As demais dificuldades encontradas seriam certamente contornadas comrelatrio perante Memorial Descritivo do Projeto, onde se justificaria asdificuldades por se tratar de uma reforma, da quase impossibilidade de seencontra um imvel que atenda a todos os ambientes do programaestabelecidos pelas citadas Portaria. Porm conclumos que pelos dois pontosdestacados acima, Acessibilidade e os Quartos, sem obras de adaptao no possvel que o CAPS Jos Carlos Souto funcione adequadamente nesteimvel, assim como recomenda as Portarias n 615 e 336.

    Ser entregue uma planta com o Estudo Preliminar, para que a engenharia daSecretaria de Infraestrutura possa fazer levantamento de custo dos serviosnecessrios para a reforma. Essa planta segue anexa a este relatrio.

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    3 Documentao Fotogrfica

    Foto 01 Mostra a diferena de nvel para se ter acesso ao terrao

    Foto 02 Mostra que a casa tem muitas esquadrias envidraadas

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    Foto 03 e 04 Mostra a diferena de nvel entre as salas e no corredor dopavimento trreo

    Foto 05 Mostra a cozinha existente

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    Foto 6 Mostra a rea com pergolados que ficar para o refeitrio

    Foto 07 Foto mostra a escada que liga o trreo ao 1 pavimento

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    Foto 08 Mostra a varanda do 1 pavimento, onde ser necessrio a instalaode tela protetora.

    Foto 09 Foto da sute, mostra que assim como na sala, tem muitasesquadrias envidraadas, que pode ser um elemento de risco para os usurios

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    Foto 10 Essa foto mostra a rea externa frontal da casa, com a piscina, quenecessita ser protegida com tela para proteo dos usurios.