relatorio sulfetos

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Relatório de flotação de sulfetos e grafita contendo ouro

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  • MINISTRIO DA EDUCAO UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS. UNIFAL-MG

    ENGENHARIA DE MINAS

    FLOTAO DE SULFETOS

    Guilherme Vilela Ferreira Branquinho

    2010.2.35.092

    POOS DE CALDAS

    OUTUBRO / 2014

  • RESUMO

    _____________________________________________________________________

    Este relatrio contm informaes sobre a flotao de grafita e sulfeto contendo

    ouro. Primeiramente flotou-se a grafita utilizando coletor e espumante, querosene e

    MIBC respectivamente. Para a flotao do sulfeto alm do coletor e espumante, foi

    utilizado um ativador e tambm fez-se necessrio o ajuste de pH, nesta etapa os

    reagentes utilizados foram cal, sulfato de cobre, PAX e MIBC. Aps a realizao do

    experimento, foi possvel calcular as recuperaes que foi de 6,88% para o flotado

    Rougher, 2,40% para o flotado Scavenger, 3,67% para Grafita e 87,03% para o

    afundado.

    _____________________________________________________________________

    1. Introduo

    A flotao pode ser entendida como uma operao de concentrao, que tem como

    condio de diferenciabilidade, a hidrofobicidade. Essa condio est atrelada a

    interface das fases slido, liquido e gs dos materiais e sua interao com a gua. uma

    propriedade considerada verstil por ser possvel introduzi-la ao material que se deseja

    flotar. Para introduzir ou potencializar as caractersticas de interesse afim de se realizar

    a flotao da forma mais eficiente possvel, so utilizados reagentes como coletores,

    ativadores e espumantes.

    H duas possibilidades de rotas para flotao, a primeira consiste em flotar o mineral

    de interesse e deprimir a ganga, essa chamada de flotao direta. A outra rota possvel

    tem como objetivo flotar a ganga e deprimir o mineral de interesse, chamada de

    flotao reversa. Alm disso o processo de flotao est associado a trs possveis

    etapas:

    Rougher: a primeira fase, recebe a alimentao nova e direciona seus

    produtos para outras duas fases.

    Cleaner: a fase alimentada pelo flotado da etapa Rougher e tem como

    objetivo limpar esse material, seu flotado o concentrado final e o que

    deprime encaminhado novamente para etapa Rougher.

    Scavenger: alimentada pelo afundado da primeira etapa, encaminha o

    seu produto concentrado para etapa Rougher e a frao afundada

    considerada o rejeito final.

    Para flotao de sulfetos como a realizada no experimento descrito neste relatrio

    comumente aplicada a flotao direta. Essas partculas no so naturalmente

    hidrofbicas e para que o resultado seja satisfatrio necessrio a aplicao de

    coletores, por exemplo xantatos e marcaptanas. Tais coletores possuem um nmero

    baixo de carbonos em sua composio e por isso necessita-se a aplicao de um

    espumante afim de se reduzir a tenso superficial da gua, facilitando o processo de

    arraste do material, devido ao aumento de estabilidade da bolha.

  • 2. Objetivo

    O objetivo desse experimento fixar e aprimorar os conhecimentos sobre flotao

    de sulfetos, vistos teoricamente em sala de aula, como as principais caractersticas dessa

    famlia tecnolgica e quais srie de processos e etapas deve-se acompanhar.

    3. Materiais e Mtodos

    Para este experimento foram realizadas trs diferentes operaes. Sendo a primeira

    etapa a de moagem, seguida de duas etapas de flotao.

    3.1. Etapa de moagem

    A etapa de moagem foi realizada a mido em um moinho de barras, utilizando-se

    um jarro mdio. O moinho foi programado para a velocidade de 60 RPM e o tempo de

    moagem foi de 2624. Quanto a carga de bolas utilizada, foram empregadas 30 barras

    de comprimento 24,5 cm. Sendo 10 barras de dimetro 1,5 cm, outras 10 com dimetro

    de 1,8 cm e mais 10 com dimetro de 2,4cm. O padro de minrio escolhido foi 1280g,

    com isso para uma moagem com 60% de slidos foi adicionado 853 mL de gua e

    posteriormente mais 1867 mL foram empregados para limpar o moinho e para que a

    flotao fosse realizada 32% de slidos.

    3.2 Etapa de flotao da grafita

    A flotao da grafita requer o uso de coletor e espumante, para este experimento

    foram utilizados querosene e MIBC. O querosene com funo de reforar a

    hidrofobicidade do material e o MIBC para diminuir a tenso superficial da gua, dando

    mais estabilidade a bolha. Esses reagentes precisaram ser dosados em solues

    conforme as concentraes desejadas, que foram informadas na prtica. O espumante

    foi pr-estabelecido como 8 gotas de uma seringa calibrada. Segue os clculos para

    querosene:

    200g/t de querosene:

    200g 1000 kg

    X 1,280 kg

    X =0,256 g 0u 256 mg.

    Obs.: Todas solues foram preparadas com concentrao 1%.

    Ento seguiu-se os seguintes passos:

    Transferncia do minrio j modo e com 32% de slidos para a cuba de

    flotao.

  • Condicionamento com o querosene por quatro minutos.

    Adio de oito gotas de MIBC.

    Flotao por quatro minutos, retirando toda a espuma.

    Remoo e Identificao da bandeja com o flotado GRAFITA.

    3.3 Flotao de Sulfeto e Au

    Para a flotao do sulfeto contendo ouro, necessrio fazer um ajuste de pH

    para 9,5 utilizando CaO. Alm disso foram aplicados reagentes como 4, com funo de ativador, PAX como coletor e MIBC como espumante. O MIBC para essa

    flotao tambm foi pr-estabelecido com base na seringa calibrada e foi aplicado em

    duas etapas, sendo 8 gotas para cada uma. O clculo de dosagem dos reagentes est

    apresentado a seguir:

    80 g/t de 4:

    80g 1000 kg

    X 1,280 kg

    X =0,1024 g ou 102,4 mg.

    100g/t de PAX:

    100g 1000 kg

    X 1,280 kg

    X =1,28 g

    Obs.: Todas solues foram preparadas com concentrao 1%.

    Ento para a ltima flotao, realizada com afundado da flotao de grafita, seguiu-

    se os seguintes passos:

    Ajuste de pH utilizando CaO. Controle feito com pHmetro.

    Adio de 4

    Condicionamento com PAX por dois minutos.

    Adio de oito gotas de MIBC.

    Flotao do material com tempo entre um e trs minutos.

    Novamente adio de oito gotas de MIBC.

    Flotao do material com tempo entre dois e quatro minutos.

    Remoo e Identificao da bandeja com o flotado SULFETO.

    Remoo e Identificao do afundado.

    Todas as fraes foram levadas a estufa e posteriormente observado suas

    massas para que fosse possvel a realizao dos clculos de recuperao.

  • 4. Resultados e Discusso

    A massa inicial a ser considerada de 1283g de minrio. Aps a secagem do

    material os seguintes resultados foram obtidos para massas:

    Tabela 1: Massa das diferentes fraes aps a secagem.

    AFUNDADO FLOTADO

    ROUGHER I

    FLOTADO

    ROUGHER II

    GRAFITA

    1116,7 g 88,3 g 30,8 g 47,2 g

    Conhecendo os dados da Tabela 1, a massa inicial da alimentao e aplicando a

    equao 1 possvel obtermos a recuperao mssica para cada frao dos produtos

    finais.

    =

    100 (1)

    A Tabela 2 indica os valores de recuperao que foram calculados para cada

    produto da flotao:

    Tabela 2: Recuperao mssica para os diferentes produtos da flotao.

    AFUNDADO FLOTADO

    ROUGHER I

    FLOTADO

    ROUGHER II

    GRAFITA

    87,03 % 6,88 % 2,4% 3,67%

    Para este experimento foram calculados apenas valores de recuperao mssica.

    No foram observados valores de teor, ento no foi possvel executar os clculos de

    recuperao metalrgica e realizar posteriormente uma anlise qumica do material.

    5. Concluso

    Aps realizar o experimento e executar os clculos e discusses possvel concluir

    que os objetivos foram alcanados, uma vez que os conhecimentos passados

    teoricamente em sala de aula puderam ser colocados em prtica. Os resultados obtidos

    foram coerente com o esperado, porm no possvel concluir a respeito da eficincia

    dos reagentes porque no foi observado teor do minrio e consequentemente no foi

    feito um estudo sobre a recuperao metalrgica. Outra considerao importante o

    acrscimo de massa verificado na soma da massa dos produtos, isso pode ter ocorrido

    graas a falhas no processo e pouca experincia de operao.

  • 6. Referncias Bibliogrficas

    [1] CHAVES, Arthur Pinto. Teoria e Prtica do Tratamento de Minrios. 3. ed.

    So Paulo: Signus, 2009.

    [2] OLIVEIRA JUNIOR, Getlio Gomes de. DESENVOLVIMENTO DE UMA

    ROTA DE PROCESSO DE DESSULFURIZAO DE REJEITOS DE UM

    MINRIO AURFERO SULFETADO. 2011. 71 f. Dissertao (Mestrado) -

    Curso de Ps-graduao em Engenharia Metalrgica e de Minas, Departamento de

    Escola de Engenharia, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2011.

    Disponvel em:

    . Acesso em: 04

    nov. 2014.