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Avaliação do Grau de Satisfação dos Utilizadores dos Refeitórios Escolares no Ano Lectivo 2010/11
Departamento de Educação
1
Relatório
Apresentação e Análise de Dados dos Inquéritos por Questionário Aplicados nos Refeitórios Escolares
sob Gestão Municipal para Avaliar o Grau de Satisfação dos Utilizadores, no Ano lectivo 2010/2011.
1.- Introdução
Atendendo as competências e atribuições do DE, nomeadamente no que diz respeito à gestão dos
refeitórios escolares, quer na vertente das infra-estruturas (equipamento e manutenção), quer nas
acções e/ou medidas que visam garantir e melhorar a prestação do serviço prestado nos
estabelecimentos escolares com refeitório de modo a que as crianças tenham uma refeição
equilibrada e adequada às suas necessidades nutricionais.
Este trabalho foi desenvolvido com a colaboração inestimável e prestimosa de todos os Coordenadores
dos refeitórios escolares, assim como dos Prof.ºs titulares das turmas do 4.º Ano de escolaridade, a
quem muito agradecemos.
Neste sentido e, com o intuito de aferirmos o grau de satisfação dos utilizadores regulares dos
refeitórios escolares sob Gestão Municipal, foram aplicados inquéritos por questionário aos alunos do
4.º ano e a todos os adultos, nomeadamente, Coordenadores Escolares, professores e pessoal auxiliar
que frequentam e/ou utilizam os 30 refeitórios escolares, que servem em média 4. 165 Refeições/dia.
Assim, considerando que a nossa população alvo foi o total de alunos que almoçavam nos refeitórios
escolares, optamos por trabalhar com uma amostra estratificada proporcional, de modo a que o peso
do n.º de alunos que almoçavam em cada unidade (refeitório escolar), fosse proporcional ao universo
total dos alunos que almoçavam nos refeitórios escolares e, dentro desta amostra, inquirimos apenas
alunos do 4.º Ano, correspondendo a 7,8 % do total dos alunos utilizam diariamente o refeitório.
Deste modo, foram seleccionados dentro de cada um dos estratos, por um processo aleatório
(amostragem aleatória simples, efectuada pelo Coordenador Escolar).
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Os inquéritos foram aplicados aos alunos pelos Prof.ºs titulares da turma e a escolha deste nível de
escolaridade, deveu-se ao facto de considerarmos estar perante uma população escolar que já revela
uma capacidade de apreciação e de resposta às questões.
Por outro lado, a aplicação dos inquéritos a todos os coordenadores escolares (30) quer
acompanhassem a hora de almoço ou não, teve o intuito de obter informação e apreciação destes
agentes privilegiados face ao serviço prestado pela empresa concessionária e ao serviço de fiscalização e
acompanhamento efectuado pelo Departamento de Educação do Município de Oeiras.
O mesmo se pretendeu, com a aplicação dos inquéritos aos funcionários (pessoal auxiliar) e/ou
professores que dessem apoio à hora de almoço aos alunos nos refeitórios escolares ou que fossem
utilizadores do serviço.
Neste âmbito, pretendemos também compreender de que forma alguns factores de ordem estrutural,
organizativa, comportamental e de atitudes (hábitos e rotinas), podem ou não, ser determinantes e
influenciar as preferências e as rejeições das crianças e alunos face a determinados alimentos e pratos.
Importa ainda referir que, os inquéritos por questionário foram aplicados no período compreendido
entre 15 de Março a 28 de Abril do corrente Ano Lectivo a 100 Alunos (7,8 %), de acordo a amostra
definida dentro dos pressupostos anteriormente referidos, a 30 coordenadores Escolares e a 158
adultos utilizadores (pessoal docente e não docente), num total de 188 Adultos que corresponde à
totalidade do universo dos adultos que utilizam os refeitórios escolares. Assim sendo, foram
efectuados no total 288 questionários.
Subsequentemente, e a partir do tratamento e análise estatística dos dados recolhidos através da
aplicação dos inquéritos, obtemos os resultados e a informação que passamos apresentar:
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2.- Análise de dados obtidos e informação a partir dos inquéritos por questionário aplicados
aos Alunos
Gráfico - A1. Idade dos Alunos Inquiridos
A partir do gráfico A1, constatamos que a
idade dos 100 alunos inquiridos, se
distribui entre os 8 e os 10 anos de idade,
sendo que a grande maioria dos alunos, ou
seja, 62 têm 9 anos de idade, 34 alunos
têm 10 anos e 4 têm 8 anos. No entanto,
ressalva-se o facto de todos estes alunos
frequentarem o 4.º de escolaridade do
ensino básico.
Gráfico - A2- Sexo dos Alunos Inquiridos
No universo total dos alunos inquiridos
aleatoriamente, temos 62 raparigas, e 38
rapazes, tendo todos respondido a questão
relativamente ao género. O que corresponde
respectivamente a 62% e 38%, no universo total
dos inquiridos.
Gráfico- A3. Frequentas o Refeitório Escolar
Num Total de 100 alunos inquiridos todos
frequentam o refeitório escolar.
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Gráfico - A4- Com Que Frequência Utilizas o Refeitório Escolar
A partir do gráfico A4, constatamos que 95% dos
alunos utilizam o refeitório escolar todos os dias,
as restantes frequências são residuais e
correspondem a 5%, distribuídas da seguinte
forma: 2% utilizam-no + 2 de duas vezes
p/semana e esporadicamente e 1%, pelo menos,
duas vezes p/semana.
Gráfico - A5 – Simpatia e Atendimento dos Funcionários
Relativamente à simpatia e atendimento dos
funcionarios, 50% dos alunos consideram-no Bom,
36% Muito Bom, 12% Aceitável e 2% Mau.
Face aos resultados apresentados podemos afirmar
que 86% dos alunos têm uma apreciação bastante
favorável do serviço prestado pelos funcionários (as)
dos refeitorios no que diz respeito à simpatia,
atenção e disponibilidade do serviço prestado, se
considerarmos que 50% dos alunos o consideram Bom e 36% Muito Bom.
Gráfico- A6- Tempo de Espera p/ Obter a Refeição
Em face do tempo de espera para obter a
refeição, 43% dos alunos consideram-no Bom,
34% Muito Bom, 21% Aceitável e 2% mau.
Em média o tempo de espera situa-se entre os
5 a 8 minutos, nos refeitórios onde os alunos
são divididos em dois turnos, sendo que este
tempo de espera, se verifica apenas para o
segundo turno, em virtude da necessidade de
repor a situação inicial, após a saída do primeiro turno. Para este turno (1.º) o tempo de espera é nulo, uma
vez que quando entram no refeitório a refeição já está disponível.
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Gráfico -A7- Consideras o N.º de Funcionários (as) de Apoio à Refeição Suficientes
A partir do gráfico A7, constatamos que 80%
dos alunos consideram que o apoio à refeição é
suficente e 20% insuficiente, ressalvando-se
que este apoio é facultado por pessoal docente
e não docente das Escolas. Neste âmbito, o
Município concede como contrapartida e
incentivo para o apoio à refeição, o acesso
gratuito à refeição por parte do funcionário (a)
que concede o apoio.
Este apoio concedido para as refeições dos alunos é atribuido de acordo com um rácio que é determinado da
seguinte forma: para os alunos do 1.º Ciclo do ensino básico é facultado um apoio/adulto por cada 35 alunos e
para o Jardim-de-infancia um apoio/adulto para 22 crianças, rácios que não invalidam que outros apois sejam
facultados em cada estabelecimento escolar, se assim, for entendido.
Gráfico - A8 – Consideras os Pratos Servidos Variados
Relativamente a variedade dos pratos
servidos, constatamos que 86% dos alunos
estão satisfeitos com a diversidade da ementa,
por outro lado 14% gostariam de ver servidos
outros pratos.
Gráfico -A9 - Consideras a Quantidade de Comida Servida Adequada
Face à questão colocada relativamente à quantidade
de comida servida ser considerada adequada, 45%
dos alunos consideram ser Boa, 26% Muito Boa,
23% Aceitável e 6% Má.
Neste âmbito, é de salientar que as capitações
alimentares / quantidades servidas já se encontram
pré-definidas em função do grupo etária de
pertença do aluno e que estão em consonância com
as referências nutricionais exigidas.
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Contudo, não é uma questão que seja tratada de uma forma estanque, pois o aluno, pode e deve, sempre, que
assim o entender, repetir: a sopa, o prato, a salada ou a sobremesa, se tiver consumido de forma satisfatória a
refeição inicialmente servida.
Porque, também é na Escola que deve ser incutida uma cultura de bons hábitos e boas práticas alimentares e
de redução de desperdicios alimentares, hábitos e práticas que se devem inicar em ambiente familiar.
Realça-se ainda o facto de estarmos perante uma população, que por vezes, confunde ainda as quantidades
servidas com a apreciação que faz em função de uma, maior ou menor, aceitabilidade perante determinados
alimentos/pratos que gostam, em detrimento de outros.
Gráfico - A10- Quando Pedes para Repetir Sopa, o Pedido é Atendido
De acordo com o gráfico A10 – o pedido para
repetir a Sopa, é sempre atendido para 57%
dos alunos, em exequo para 17% às vezes e
nunca, 9% não responderam.
Gráfico - A11- Quando Pedes para Repetir o Prato, o Pedido è Atendido
Relativamente à repetição do prato principal,
55% dizem-nos que às vezes o pedido é
atentido, 39% Sempre, 3% Nunca e 3% não
responderam.
No que concerne à repetição do prato
principal, é de salientar que o aluno pode e
deve repetir o prato principal, se previamente
tiver comido a sopa, o peixe ou a carne, a
respectiva guarnição e salada, colocada no prato. Se estas condições se verificarem a repetição do prato
principal, pode e deve ser permitido, bem como qualquer outro alimento que faça parte da ementa do dia.
Salientamos que existe diariamente no refeitório, um prato dieta para os alunos ou adultos que por questões
de saúde, não possam consumir a refeição definida ou que de uma forma continuada seja prescrito pelo
médico.
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Gráfico - A12-Quando Pedes para Repetir a Salada, o Pedido è Atendido
Relativamente ao pedido de repetição de
salada, 46% dos alunos responderam que o
pedido é sempre atentido, 30% às vezes, 11%
nunca e 13% não responderam.
Gráfico - A13 – Quando Pedes P/Repetir a Sobremesa, o Pedido é Atendido
39% dos alunos respondem que o pedido
para repetição da sobremesa às vezes é
atendido, 28% é sempre atendido, 20%
nunca e 13% não responderam.
A partir dos resultados obtidos compreendemos que, embora a questão colocada “Quando Pedes Para
Repetir, o Teu Pedido é Atendido” esteja formulada de forma clara e coerente, alguns alunos fizeram
uma interpretação diferente da mesma, ou seja, responderam com as hipotéticas vezes que, pedem,
ou não, para repetir de forma espontânea: a Sopa, o Prato principal, a Salada e a Sobremesa.
Isto porque, o pedido de repetição da refeição ou parte é sempre atendido, desde que os critérios acima
referidos se verifiquem e porque também sabemos que a percentagem de alunos que pede regularmente e
espontâneamente para repetir a refeição ou parte é muito reduzida.
Gráfico - A14 – O Que Comes Habitualmente - Sopa
94% dos alunos dizem comer sempre a Sopa,
3% comem + de 2 vezes p/semana, 1% às vezes
e 2% nunca come sopa.
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Gráfico - A15- O Que Comes Habitualmente – Prato de Carne
36% dos alunos comem carne 2 vezes
p/semana, 31% comem carne + de 2 vezes
p/semana, também 31% comem sempre a
carne, 1% nunca come carne, e não
responderam 1%.
Gráfico -A16- O Que Comes Habitualmente – Prato de Peixe
50% dos Alunos come peixe 2 vezes p/semana,
25% + de 2 vezes p/semana, 22% come
sempre peixe e 2% nunca come peixe.
Ainda a propósito das questões que se prendem com a composição, a frequência de consumos dos
diferentes géneros alimentícios é importante referir que o plano de ementas escolares é definido
tendo por base os seguintes princípios:
1 Sopa de Vegetais Frescos tendo por base a batata, legumes ou leguminosa. São permitidas canja e
sopa de peixe, no máximo 2 vezes/mês, nas capitações previstas;
1 Prato de Carne ou de Pescado, em dias alternados, com os acompanhamentos básicos da
alimentação, mas tendo que incluir obrigatoriamente legumes cozidos ou crus adequados à ementa;
1 Pão de Mistura, embalado, de acordo com a Lista dos Alimentos Autorizados;
Sobremesa, constituída diariamente por fruta variada da época;
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Simultaneamente com a fruta pode ainda haver doce/gelatina/gelado de leite/iogurte ou fruta cozida
ou assada, duas vezes por semana, preferencialmente nos dias em que o prato principal é peixe;
Água (única bebida permitida);
SEMANALMENTE OBRIGATÓRIO 1 Prato de Carne tipo: bife/costeleta/escalope/carne assada ou estufada fatiada;
Um máximo de 2 vezes por semana de pratos com carne ou peixe fraccionados;
1 Prato de aves ou criação;
1 Prato à base de leguminosas;
1 Prato de peixe à posta
Gráficos - A17- O Que Comes Habitualmente – Salada / A18- O Que Comes Habitualmente – Legumes
Relativamente à questão se comes habitualmente a Salada, 40% dizem-nos que come sempre a salada, 30% 2
vezes p/semana, 17% + de 2 vezes p/semana, 10% nunca come salada e 2% não respondeu.
No que concerne aos Legumes, 39% comem-nos 2 vezes p/semana, 25% sempre, 19% + de 2 vezes
p/semana, 16% nunca e 1% não respondeu.
Constata-se que a percentagem de alunos que nunca come Legumes e salada é respectivamente de 16% e
10%, sendo taxas extremamente elevadas, face a importância que os legumes e vegetais assumem, num
crescimento saudável e equilibrado das nossas crianças.
Pelo que é de extrema importância incutir hábitos/práticas alimentares saudáveis nas nossas crianças, que
em primeira instância devem ser apreendidos em ambiente familiar e continuados na Escola.
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Gráficos - A19- O Que Comes Habitualmente – Gelatina/Doce - A20- O Que Comes Habitualmente – Iogurte
A partir do gráfico A19, verificamos que 35% dos alunos diz-nos que comem 2 vezes p/semana
Gelatina/doce, 27% sempre, 13% nunca, 6% + de 2 vezes p/semana, 1 vez p/semana 2% e 17% não
responderam.
De acordo com o gráfico A20, 59% dos alunos diz-nos que comem iogurte 2 vezes /semana, 24% sempre, 7%
+ de 2 vezes p/semana, 3% nunca, 2% 1 vez p/semana e 4% não respondem.
Relativamente as respostas dadas à opção sempre 27% (A19) e 24% (A20) respectivamente, importa
esclarecer que a respostas dadas não correspondem ao plano de ementas implementado, ou seja, as
sobremesa que têm por base doce, gelatina e/ou iogurte são servidas uma única vez por semana,
alternadamente com fruta, embora esta exista sempre como alternativa para quem não quer a primeira opção
(doce).
Portanto, os alunos não consumem nem existe diariamente gelatina/iogurte e/ou doce no plano de ementa, o
que se verifica é que, sempre que estas sobremesas são servidas, as mesmas não são rejeitadas pela
percentagem de alunos em referência.
Gráfico - A21- O Que Comes Habitualmente – Fruta
51% dos alunos come sempre fruta, 27% + de
2 vezes p/semana, 19% , 2 (duas) vezes
p/semana, 1% nunca e 1% não respondeu.
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Gráfico -A23 – Que Outros Pratos Gostarias que Fossem Servidos - Pergunta Aberta
A partir do gráfico A23 é possível compreender que 37 dos alunos inquiridos num universo de 100, colocam
no topo das sua preferências alimentares as Pizzas, seguindo-se as Massas e as lasanhas.
É, evidente que os pratos de carne, estão entre os preferidos dos alunos: o Bife com batatas fritas reúne a
preferência de 24 alunos, logo depois surge o Frango e o strogonoff.
Mas em grande medida as preferências vão para pratos a base de carne picada, nomeadamente
hambúrgueres com batatas frita para 14 alunos, seguem-se as salsichas, os croquetes e as Almôndegas com
massa.
Relativamente aos Pratos de Peixe, estes aparecem com pouca expressividade, ainda assim surge o bacalhau
com natas e/ou Brás com 9 alunos que referem apreciar estes pratos, seguem-se os carapaus/sardinhas com
8 alunos, tendo estes últimos peixes constituído uma surpresa, tendo em conta que a esmagadora maioria dos
alunos referem não gostam/apreciar peixe, pelo facto de ter muitas espinhas. Como sabemos, estes peixes
não são adequados para serem servidos em refeitórios escolares, tendo presente as características dos
mesmo e os modos de preparação e confecção que exigem.
Realçamos também o facto da maioria dos pratos “mais apreciados” e aqui sinalizados pelos alunos, já serem
servidos nos refeitórios escolares, excepção para as sardinhas, carapaus e esporadicamente as batatas fritas.
É, de salientar ainda a fraca expressividade, ou, a ausência de referências na ordem de preferências dos
alimentos dos alunos quer, ao nível dos legumes quer, das sopas, o que vem comprovar que a
alimentação das novas gerações é deficitária em matéria de produtos hortícolas e leguminosas.
Como sabemos, esta alimentação é pobre em legumes e fibras e rica em hidratos de carbono e açucares, e face
a estes hábitos alimentares errados e pouco saudáveis, assistimos a uma sociedade cada vez mais propensa
para a obesidade infantil e problemas de saúde associados.
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Gráfico - A24 – Quais os Pratos Que Menos Gostas - Pergunta Aberta
Efectivamente, e para não contrariar os
factos, os pratos de peixe são os menos
apreciados pelos alunos.
Todavia, esta questão sendo aberta,
permite ao inquirido(aluno) mais que uma
opção de resposta, o que explica as 118
resposta obtidas, para um universo de 100
alunos inquiridos.
Deste modo, no universo dos 100 alunos, 76 dizem-nos que não gostam de peixe, porque tem muitas
espinhas. Neste âmbito podemos afirmar que são excepção os douradinhos.
A seguir ao peixe surgem as batatas cozidas com 26 alunos que não apreciam este alimento, 10 também não
gosta de legumes, 6 não gosta de grão e feijão frade, nos pratos servidas e nas sopas.
Portanto, compreendemos que temos um longo caminho a percorrer de modo a incutir hábitos alimentares
saudáveis e equlibrados nas crianças e alunos, em primeira instância em ambiente familiar e que devem ser
continuados na escola.
3.-Lanche Consumido no Intervalo da Manhã pelos Alunos
Gráficos - A25- Comes Lanche de Manhã /A26 – A Que Horas Comem o Lanche da Manhã
Conforme se pode verificar no gráfico A25, 94% dos alunos comem o lanche da manhã entre as 10H30 e as
11H00, apenas 5% dizem que não comem lanche neste período da manhã e 1% não respondeu. De acordo
com o gráfico A26, 87% dos alunos comem o lanche da manhã às 10H30 e 9% às 11H00 e 4% não respondeu.
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Gráfico - A27 – Com Que Frequência Comes o Lanche
87% dos alunos comem o lanche todos os
dias, 3% esporadicamente, 3% nunca, sendo
que 2% comem-no 2 vezes p/semana, 1% + de
2 vezes p/semana, também 1% consumem-no 1
vez p/semana e 1% não respondeu.
Gráfico - A28 – Quem Escolhe o Teu Lanche Gráfico - A29 – Consideras o Teu Lanche Saudável
De acordo com o gráfico A28, 67% dos lanches dos alunos são preparados pela Mãe, 16% pelo próprio
aluno, 5% pelo Pai, 4% pelos Avós ou pela Escola, 1% por outros e 4% não responderam.
Tendo presente o conteúdo do gráfico A29, 82% dos alunos consideram o seu lanche saudável, por
sua vez 11% consideram-no pouco saudável e 7% não responderam.
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Gráfico - A30 – Qual a Constituição Habitual do Teu Lanche – Perunta Aberta
Como podemos constatar a partir do gráfico
A30 – o lanche de 44 dos alunos é
constituido à base de bolachas e bolos, o
de 29 por sandes de queijo e/ou fiambre,
o de 34 por pão com manteiga, 27
incluem na sua composição uma peça de
fruta e 3 batatas fritas.
Relativamente a componente liquida, o
leite entra diariamente em 30 dos
lanches dos alunos, Sumos/refrigerantes
em 28, iogurtes em 23 e 9 incluem leite
com chocolate, já a àgua é apenas
referida por 1 dos alunos.
Tratando-se de uma questão aberta, permite ao inquirido(aluno) mais que uma opção de resposta, o que
explica as 230 resposta obtidas, para um universo de 100 alunos inquiridos.
Atendendo a que 94% dos alunos consumem a meio da manhã, no intervalo entre às 10:30/11:00
(gráfico A25 e 26), um lanche extremamente calórico mas com baixo valor nutricional, preparado pelos pais,
na sua maioria pela mãe (67% - gráfico A28) e enviado para a escola e que é gerido pelas próprios alunos,
geralmente constituído por bolachas/bolos e/ou “bolicaos” e/ou batatas fritas, pão com manteiga, pão com
queijo e/ou fiambre, snacks, leite, sumos, entre outros. Tal situação ocasiona que à hora de almoço, as
crianças não tenham apetite suficiente para ingerir mais uma refeição, optando por vezes, pela
rejeição total ou parcial da mesma.
Assim, constatamos que a fraca aceitabilidade das n/crianças para algumas refeições menos apetecíveis e
apelativas e, que como sabemos, incidem nomeadamente no peixe e em algumas leguminosas, tem a ver com
a ausência de hábitos e rotinas alimentares saudáveis.
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4.- Sugestões/observações Apresentadas pelos Alunos
Gráfico - A31 – Linha de Self Gráfico - A32 – Menos Ruido
A partir do gráfico A31 verifica-se que dos 100 alunos inquiridos, 7 sugerem que os seus refeitorios deveriam
ser dotados de uma linha de self, para se auto servirem.
Efectivamente a maioria dos refeitorios escolares do pré-escolar e 1.º ciclo do ensino básico, não está
apetrechada com linhas de self, tendo presente que estamos em fase de uma faixa etária (entre os 3 anos e os
10 anos), que ainda não apresenta autonomia suficiente para se servir. Deste modo, a dispersão de idades
conduz a que, a maioria das escolas tenha optado por serviço directo e individual do aluno. Embora nas
novas escolas o serviço de self já esteja a ser implemantado para os niveis de ensino mais avançados (3.º e 4.º
anos do ensino básico). Todavia manter-se-á um serviço misto, tendo presente que as crianças do pré-escolar
continuam a necessitar de apoio individual.
Através do gráfico A32 constata-se que 3 dos alunos gostariam que o espaço de refeitorio fosse menos
ruidoso. Estamos em face de uma situação que poderá melhorar, se os próprios alunos fizerem um esforço, ou
seja, se a hora da refeição for entendida como tempo de convivio aprazivel.
Gráfico - A33 – Mais Doces nas Sobremesas
8 dos alunos gostariam que fossem servidos
mais doces nas sobremesas, todavia estas são
servidas de acordo com uma dieta alimentar
equlibrada e saudável, tendo em contas os
valores nuticionais das refeições e as faixas
etárias das crianças e alunos.
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Gráfico - A34- Não Obriguem os Alunos a Comerem o Que não Querem
1 dos alunos refere que os alunos não
deveriam ser chamados a atenção para
comer quando não querem,
nomeadamente o prato de peixe,
leguminosas e alimentos horticulas. Esta
é uma constatação que as técnicas do
Departamento têm verificado no
acompanhamento que fazem nas acções
inspectivas/ fiscalização do serviço
prestado nos refeitorios e à hora da refeição dos alunos nos diversos refeitorios escolares sob gestão
municipal.
Gráfico - A35- O Que Achas da Comida Servida este Ano em relação ao Ano Passado
51% dos alunos responderam que a comida
este Ano lectivo melhorou em relação ao Ano
passado, para 38% manteve-se igual, para
9% piorou e 2% não responde.
É, com enorme satisfação que a Equipa de trabalho do DE que acompanha os refeitórios escolares,
constata que mais de 50% dos alunos dizem que a confecção no seu refeitório escolar este ano
melhorou, relativamente ao ano passado.
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5.- Análise de dados obtidos e informação a partir dos inquéritos por questionário aplicados aos
Adultos – pessoal docente e não docente que faculta apoio à hora de almoço aos alunos ou que utiliza
o serviço de refeições escolares.
Pretende-se com as questões colocadas aos adultos avaliar o grau de satisfação dos mesmos, e
compreender, essencialmente, o grau de satisfação dos alunos, através das apreciações que os adultos
fazem dos hábitos, rotinas e comportamentos dos alunos e crianças na vertente alimentar.
Gráfico -B1. Idade dos Adultos Inquiridos
A partir do gráfico B1 podemos constatar
que a média das idades dos adultos
inquiridos é de 37,5 anos, sendo o grupo
etário entre os 30-39 anos o que detém o
n.º mais expressivo com 65 inquiridos,
seguindo-se o grupo 40-49 com 51, com
43 o grupo 50-59, entre os 20 - 29 temos
17 indivíduos e 12 com mais de 60 anos.
Gráfico - B2. Sexo dos Adultos Inquiridos
Relativamente ao sexo dos inquiridos e no
universo dos 188 inquiridos, 173 dos quais
pertencem ao género feminino e 15 ao
masculino, tendo todos respondido à questão
relativamente ao género. Importa neste âmbito
referir que todos os inquiridos são utilizadores
do refeitorio escolar.
Gráfico -B3. Funções Exercidas pelos Adultos Inquiridos
Relativamente à Função Exercida no Universo dos
188 inquiridos, temos 77 Assistentes Operacionais,
60 Professores, 27 Coordenadores Escolares, 12
Assistentes Técnicas, 1 Voluntário e Animador
Social respectivamente e 6 dos inquiridos não
responderam a esta questão.
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Gráfico B4- Considera-se um Utilizador Frequente do Refeitório Escolar
77% dos inquiridos consideram-se frequentadores
assíduos do refeitório escolar, 22% frequentam-no
esporadicamente e 1% Não respondeu à questão
colocada.
Gráfico B5 - Com que frequência Utiliza o Serviço de Refeitório
A maioria dos inquiridos, 61% frequenta o
refeitório todos os dias, 18%
esporadicamente, 9% mais de 2 vezes por
semana, 5% somente duas vezes por
semana, 3% uma vez por semana e 3%
nunca o frequenta. Não responderam a
esta questão, 1% dos inquiridos.
Gráfico B6- Acompanha o Serviço de Almoços no Refeitório
81% dos inquiridos, dão apoio aos alunos e
crianças na refeição, os restantes 18% são
utilizadores do refeitório escolar, mas não
dão apoio á refeição dos alunos. A esta
questão não responderam 1% dos
inquiridos.
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Gráfico B7 - Como Avalia a Simpatia e o Atendimento dos Funcionários da Uniself
50% dos inquiridos classifica a simpatia e o
atendimento dos funcionários da Empresa
Uniself de bom, 34% de muito bom, 14%
aceitável e 2% de mau.
Portanto, 84 % dos inquiridos avalia a
simpatia e o atendimento dos funcionários
da empresa acima do aceitável, estamos
perante uma avaliação muito positiva.
Gráfico B8 - Considera que o n.º de Funcionários da Uniself é Suficiente
A partir do gráfico B8, compreendemos
que 40% dos adultos considera o n.º de
funcionários da Empresa Uniself ao serviço
aceitável, 39% bom, 16% muito bom e 5%
mau. Todos os inquiridos responderam a
esta questão.
É de salientar que o n.º de horas de
trabalho e de funcionários afectos a cada
cozinha (refeitório escolar), obedece a um
rácio calculado e devidamente clausulado
no Caderno de Encargos que rege a relação comercial entre o adjudicante e o adjudicatário e como todas as outras
de cumprimento obrigatório.
Gráfico B9- Como Avalia o tempo de Espera da Refeição
As respostas dadas pelos inquiridos revelam que
45% dos mesmos avaliam o tempo de espera da
refeição de bom, 30% de muito bom, 23% de
aceitável, existindo uma percentagem residual de
2% que avalia este tempo de mau. No entanto,
podemos considerar que o grau de satisfação é
elevado com 98 % de inquiridos a avaliar o tempo
de espera acima do aceitável.
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Gráfico B10 - Como Avalia a Temperatura a que a Refeição é Servida Em concordância com a análise anterior
também o grau de satisfação
relativamente à temperatura a que a
refeição é servida é elevado, existindo 98
% dos inquiridos a responder acima do
aceitável.
Assim, 57% considera-a boa, 22% aceitável
e 19% de muito boa e 2% de má,
curiosamente esta última percentagem foi
obtida através das respostas dadas por adultos que pertencem à mesma unidade (EB1/JI Maria Luciana Seruca).
Gráfico B11 - Considera os Pratos Servidos Variados
Após análise podemos afirmar que 77 % dos
adultos inquiridos estão agradados com a
variedade e diversidade dos pratos servidos,
existindo no entanto, 20 % que gostaria de ter
um plano de ementas mais diversificado. Resta
3% que optou por não responder à questão
colocada.
Gráfico B12 - Qual a sua Opinião Relativamente à Quantidade de Comida Servida Relativamente à capitação da refeição servida
por prato, 48% dos adultos inquiridos
consideram-na boa, 29% aceitável, 17% muito
boa, 5% má e de 1 % não respondeu.
Verifica-se um elevado grau de satisfação se
considerarmos que mais 64 % dos inquiridos
avalia a quantidade de comida servida acima do
aceitável.
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Gráfico B13- Quando o aluno Pede Para Repetir Sopa, o Pedido é Aceite Relativamente ao pedido de
repetição, da sopa 73% dos
adultos, respondem que é sempre
atendido, 13% às vezes, 1% nunca e
13% não respondeu.
Gráfico B14 - Quando o Alunos Pede Para Repetir o Prato, o Pedido é Aceite
No que diz respeito ao pedido de
repetição do prato pelos alunos, 51% dos
inquiridos dizem-nos que é sempre aceite,
44% às vezes e 5% não responderam. Não
foi considerada por nenhum dos inquiridos
a opção do nunca relativamente à
repetição do prato e ao contrário do
observado na análise anterior. Concluindo-
se que nas 30 unidades de refeitório todas atendem o pedido de repetição do prato.
Gráfico B15 - Quando o Aluno Pede Para Repetir Salada, o pedido é Aceite
Após análise observa-se 48% dos adultos
inquiridos dizem-nos que o pedido de
repetição de salada efectuado pelo aluno
é sempre atendido, 35% às vezes, 2%
nunca e 15% não responde.
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Gráfico B16 - Quando o Aluno pede para repetir a Sobremesa, o Pedido é Aceite
Nesta questão entende-se por sobremesa, a fruta,
gelado, iogurte, gelatina ou doce.
Deste modo, para 39% dos inquiridos o pedido de
repetição às vezes é atendido, para 33% é sempre
atendido, nunca é atendido para 14% e curiosamente
também 14% não responderam.
Com estas questões quisemos perceber se de uma forma geral, a Empresa Concessionária dos refeitórios escolares
concede habitualmente repetições aos alunos que a solicitam. Sendo notório que o pedido de repetição quer de
sopa, prato, salada ou sobremesa é na maioria das vezes atendido.
Ressalva-se a este respeito que a repetição que está condicionada ao facto do aluno ou criança ter consumido a
sua refeição inicial: a sopa, o prato principal, a salada e/ou legumes, de modo a serem incutidos hábitos e rotinas
alimentares saudáveis que devem ser iniciados em casa e continuadaos na escola.
Gráfico B17- Com que Frequência os Alunos Habitualmente Comem a Sopa
Relativamente à frequência com que os alunos
comem a sopa, 92% dos inquiridos dizem-nos
que a consomem sempre, 2% respondem que
a consomem (+) de duas vezes por semana e
6% não responderam.
Gráfico B18 - Com que Frequência os Alunos Habitualmente Comem o Prato de Carne 46% dos inquiridos, dizem-nos que os alunos
comem (+) de duas vezes por semana carne,
para 32% o consumo de carne ocorre 2 vezes
por semana, 15% respondem que os alunos
comem sempre a carne, à opção 1 vez por
semana responderam 1% e 6% não responde.
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Gráfico B19 - Com que Frequência os Alunos Habitualmente Comem o Prato de Peixe Segundo o gráfico B19 - 44% dos
inquiridos responderam que os alunos
e/crianças comem peixe 2 vezes por
semana, 33% (+) 2 vezes por semana, 14%
dizem-nos que os alunos comem sempre o
peixe, 1% exequo consideram que os
alunos comem 1 e 3 vez por semana peixe
e 7% não respondeu.
Deste modo e partir do cruzamento da informação contida nos gráfico B18 e B19, compreendemos que 15% e 14%
dos inquiridos consideram que as crianças/alunos comem sempre a carne e o peixe respectivamente.
Importa ainda referir que Plano de Ementas formulado para as unidades de refeitório de gestão municipal inclui
alternadamente uma semana em que são servidos 3 dias de peixe e 2 de carne e uma semana em que são servidos
3 dias de carne e 2 de peixe. Os pratos de peixe e carne são também alternados.
Gráficos B20 - Com que Frequência os Alunos Habitualmente Comem a Salada /B21. Com que Frequência Habitualmente Comem os legumes
Relativamente ao consumo de saladas pelos alunos 32% dos inquiridos dizem-nos que comem salada + de 2 vezes
por semana, para 29% comem sempre a salada, para 23% comem salada 2 vezes por semana, para 1% nunca
consume salada e 14% não respondeu.
No que concerne aos consumo de legumes 28% dos inquiridos consideram que os alunos comem sempre os
legumes, para 30% comem duas (2) vezes por semana, para 29% consumem + de 2 vezes por semana legumes e
13% não responde.
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Gráficos B22- Com que Frequência Comem os Alunos Gelatina/B23 - Com que Frequência Comem os Alunos Iogurte
De acordo com 42% dos inquiridos, os alunos comem 2 vezes por semana gelatina, para 12% comem sempre a
gelatina, para 10% comem 1 vez por semana, para 4% nunca comem, para 2% mais de 2 vezes por semana e 30%
não responde (gráfico B22).
Para 51% dos inquiridos, os alunos comem 2 vezes por semana iogurte, para 12% comem sempre o iogurte, para
11% comem 1 vez por semana, para 4% mais de 2 vezes por semana e 22% não responde (Gráfico B23).
Gráfico B24 -Com que Frequência Comem os Alunos Fruta
46% dos inquiridos consideram que os
alunos comem fruta mais de 2 vezes por
semana, para 34% comem sempre a fruta,
para 14% duas (2) vezes por semana e 6%
não responde.
Constatamos que neste leque de questões que se prendem com a composição, a frequência de consumos dos
diferentes géneros alimentícios por parte dos alunos, houve uma elevada percentagem de adultos inquiridos que
não responderam e, que poderá ser justificada com o facto de 23% (gráfico B4) destes apenas utilizarem e
frequentarem esporadicamente o refeitório escolar e de 18% (gráfico B6) não facultar apoio à hora de almoço aos
alunos e crianças. Deste modo, desconhecem os hábitos e rotinas dos mesmos na vertente alimentar.
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Gráfico B25 - Que Outros Pratos Sugere Implementar no Plano de Ementas – Questão Aberta
Relativamente ao pedido de sugestões de
pratos que gostariam de ver
implementados no plano de ementas, na
ordem das preferências dos adultos
surgem os pratos à base de carne picada
para 26 dos inquridos, num universo de
188, para 21 inquiridos os pratos
grelhados, para 16 filetes, para 7 exequo
bacalhau com natas e empadão de carne,
croquetes de carne ou rissóis, para 6
bifes com batata frita, para 5 pratos de bacalhau, bolonhesa para 4, arroz à valênciana para 3 e lombo de porco
para 2.
Assim, muito dos pratos elencados pelos adultos, também se encontram na ordem das preferências dos alunos
(gráfico A23), embora existam algumas expecções e diferenças e das quais se demarcam as Pizzas que se
encontram no topo das solicitações/preferências dos alunos e para os adultos demarcam-se os pratos à base de
grelhados. Efectivamente os hábitos alimentares das diferentes gerações determinam e justificam as prinipais
diferenças e gostos alimentares dos mesmos.
Gráfico B26 - Quais os Pratos com Melhor Aceitação - Questão Aberta
De acordo com 61 dos inquiridos num
universo de188, os pratos de carne são os
que melhor aceitação recebem por parte
dos alunos, particularmente o frango com
batatas fritas é referido por 41 inquiridos,
como sendo muito apreciado pelos aluno,
53 também referem a boa aceitabilidade
para esparguete a bolonhesa, 24 inquridos exequo dizem-nos que as massas com peixe e carne e os hamburgures
são pratos bastante apreciados pelos alunos, o empadão de atum é salientado por 18 dos inquiridos como sendo
um prato muito apreciado, com 17 observações surgem os douradinhos de peixe, com 10 ovos mexidos c/salsichas
e com 5 lasanha.
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Gráfico B27- Quais os Pratos com Pior Aceitação - Questão Aberta
Relativamente a questão colocada
aos adultos em face aos pratos com
menor aceitação pelas crianças, são
referidos os pratos de peixe assado
e/ou cozido por 116 inquiridos, para
45 surgem as saladas com base de
grão, feijão-frade e a feijoada, com
17 observação surgem os
legumes/hortaliças – cenouras e
batatas, e finalmente 9 inquiridos
dizem-nos que as sopas de legumes e sem serem passadas são os pratos com pior aceitabilidade pelos alunos.
Relativamente a questão das sopas que são servidas sem serem passadas, podemos dizer que a sopa é, na
maioria dos dias servida passada, embora não possa, nem deva ser, todos os dias servida passada, pelas razões
que passamos a evidenciar:
As n/crianças tem que ser incentivadas para um exercício físico que desenvolva os músculos vitais no crescimento
infantil, a “mastigação”; se a musculatura craniofacial não mastigar, não se desenvolve e não existe um
crescimento dos ossos craniofaciais adequados;
Além das razões de desenvolvimento clinicamente explicadas, existem outras razões de ordem digestiva,
nomeadamente o facto da necessidade das crianças, a partir dos 3 anos de idade ingerirem fibra. E a trituração,
dos alimentos elimina a fibra presente nos vários legumes constituintes da sopa.
A fibra é também essencial na prevenção da obstipação intestinal, reduzindo o tempo de trânsito intestinal.
Por tudo isto, julgamos que é de elementar necessidade continuar a incentivar as nossas crianças a ingerirem
sopas, nomeadamente de legumes (não somente passadas, mas com todos os nutrientes vitais e essenciais para
um crescimento e desenvolvimento infantil saudável), bem como produtos hortícolas e frutícolas, embora sabendo
que não são alimentos apelativos para a crianças e que originam reclamações junto do serviço, mas preferimos ter
reclamações do que transformar as nossas crianças e alunos numa população obesa e subnutrida.
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6.- Lanches dos Alunos no Intervalo da manhã
Gráfico B28 - Os Alunos Comem um Lanche no Intervalo da Manhã
De acordo com 76% dos inquiridos os
alunos comem um lanche no intervalo da
manhã, para 19% não consumem lanche e
5% não respondeu.
Gráficos B29 - A que Horas os Alunos Habitualmente Lancham / B30 - Com que frequência Comem os Alunos o Lanche
De acordo com o gráfico B29, 69% dos alunos comem o lanche da manhã às 10:30H, 2% às 11H00, 1% exequo
10:15H e 11:30H e 28% não responde.
Conforme o gráfico B30, 73% dos alunos comem o lanche da manhã todos os dias, 10% nunca come lanche de
manhã e 17% dos inquirdos não responde.
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Gráficos B31 - Qual a Constituição Habitual dos Lanches dos Alunos – Pergunta Aberta
Quando perguntamos qual a composição
habitual dos lanches dos alunos,
constatamos que a maioria dos lanches é
composto por sandes de queijo e fiambre
com 51 de observações, seguem-se as
bolachas com 50 observações, de seguida
surge o pão com manteiga, os bolos, a fruta,
as batatas fritas e os cereais.
Na composição liquida surge o leite na ordem das preferências que é fornecido pela escola na maioria dos casos,
de seguida surgem os sumos, os iogurtes liquidos e o leite com chocolate.
7.- Avalição Global do Serviço Prestado pela Empresa Concessionária Comparativamente com o Ano
Anterior
Gráfico B32 - Como Avalia o Serviço Prestado pela Uniself Comparativamente Com o Ano Anterior
Para 42% dos inquiridos o serviço prestado
pela empresa concessionária dos refeitórios
escolares melhorou este ano
comparativamente com o ano passado, para
38% manteve-se igual, para 5% piorou e 15%
não responde.
Face aos resultados podemos considerar que grau de satisfação dos utilizadores do serviço de refeições escolares
melhorou relativamente aos anos transactos.
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7.1. Avalição Global do Serviço Prestado/Acompanhamento efectuado pelo Departamento de
Educação Comparativamente com o Ano Anterior
Gráfico B33- Como Avalia o Acompanhamento dado pelo Departamento de Educação Comparativamente ao Ano Anterior
Para 43% dos inquiridos o
acompanhamento dado pelo
Departamento de Educação este ano
comparativamente ao ano anterior
Melhorou, para 34% manteve-se igual,
para 2% piorou e 22% não respondeu.
Face aos resultados podemos afirmar que a aposta do Departamento de Educação no reforço dos seus Recursos
Humanos e na formação/constituição de uma equipa de trabalho multidisciplinar na vertente gestão, fiscalização e
acompanhamento dos refeitórios escolares têm vindo a surtir efeitos e atingir os objectivos que se pretendiam, ou
seja, proporcionar um serviço de refeições de qualidades aos alunos e crianças, bem como identificar as
problemáticas que envolvem esta área de actuação, apresentando propostas de melhoria e de resolução em
tempo útil dos problemas sempre em consonância com as competências do Municipio.
Avaliação do Grau de Satisfação dos Utilizadores dos Refeitórios Escolares no Ano Lectivo 2010/11 Departamento de Educação
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8-. Sugestões/Observações apresentadas pelos Adultos Inquiridos Gráfico B34 - Sugestões e Observações dos Inquiridos
Em face das sugestões/observações apresentadas pelos inquiridos salientam-se as de âmbito:
Organizativo e Estrutural como a necessidade de um espaço para o refeitório mais apropriado, criar linhas de self.
Organizativo e de Gestão Interna da escola:
Uma vez que é reconhecido que o acompanhamento da hora de almoço como sendo fundamental para manter
regras e comportamentos adequados dos alunos à hora de almoço e primordial para que as crianças comam a
refeição, acompanhamento este que é efectuado por pessoal docente e não docente da escola.
Ainda neste âmbito, os adultos referem que a gestão e recolha diária das senhas de almoço junto dos alunos
deveria ser da responsabilidade da empresa e não da escola.
Organizativo e de Gestão da Empresa Concessionária
Surgem também algumas observaçoes relativas à confecção dos alimentos ser, mais ou menos, apreciada e o
enfoque na qualidade de alguns produtos alimentares (materia – prima).
A este propósito o Municipio através do Departamento de Educação exerce uma acção de fiscalização de modo ao
cumprimento integral do Caderno de Encargos por parte da empresa concessionária, pelo que podemos afirmar a
partir de dados recolhidos (documentos) e das nossas acções de fiscalização e de acompanhemento do serviço de
prestação nos refeitórios que os fornecedores dos produtos (materias-primas) utilizados nos mesmos são
certificados, sendo esta uma exigência do Caderno de Encargos.
Avaliação do Grau de Satisfação dos Utilizadores dos Refeitórios Escolares no Ano Lectivo 2010/11 Departamento de Educação
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9.- Conclusão
A partir da análise e tratamento dos resultados aos inquéritos aplicados aos utilizadores regulares dos
refeitórios escolares, de forma a avaliar o grau de satisfação dos mesmos, face à utilização do serviço de
refeições escolares, conclui-se que:
No que concerne à prestação do serviço por parte da concessionária dos refeitórios escolares, para 42%
dos adultos inquiridos o grau de satisfação melhorou relativamente ao serviço prestado no ano anterior
para 38% manteve-se igual (gráfico B32). Já para 51% dos alunos as refeições servidas este ano face ao
ano passado melhoraram e para 38% mantiveram-se iguais (gráfico A35), assim, para a maioria dos
alunos o grau de satisfação melhorou face ao serviço prestado no âmbito das refeições escolares
servidas.
Também os parâmetros da Avaliação Global do Serviço de fiscalização e de acompanhamento dado pelo
Departamento de Educação, comparativamente com o ano passado, melhorou para 43% dos adultos
inquiridos e para 34% manteve-se igual (gráfico B33).
Consideramos que para esta Avaliação Global do serviço prestado comparativamente com anos
transactos e, que se reflecte num expressivo aumento do Grau de Satisfação dos alunos e adultos
utilizadores dos refeitórios escolares, contribuíram em grande medida alguns ajustamentos e
redefinições estruturais, organizativas e de gestão implementados pelo Departamento de Educação
neste ano lectivo 2010/11, e que têm premiado a partilha, a proximidade e o envolvimento de todos os
agentes educativos intervenientes neste processo.
• Posto isto, a Avaliação Global do Grau de Satisfação dos utilizadores do serviço de refeições
escolares sob gestão municipal, é compreendido a partir das seguintes evidências resultantes da
análise dos inquéritos, tais como:
• 95% dos alunos inquiridos utilizam o refeitório escolar todos os dias (gráfico A4), também 77%
dos adultos consideram-se frequentadores assíduos do refeitório (gráfico B4);
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• 80% dos alunos dizem-nos que se sentem acompanhados na hora de almoço (gráfico A6),
efectivamente este acompanhamento é facultado por 81% dos adultos que utilizam o refeitório
(gráfico B6);
• 50% dos alunos dizem-nos que o atendimento e simpatia das funcionárias da empresa é bom e
36% muito bom (gráfico A5), a este propósito 50% dos adultos inquiridos dizem-nos que é bom
e 34% muito bom (gráfico B7);
• 40% dos adultos consideram que o n.º de funcionários da empresa concessionária ao serviço é
aceitável, 39% bom e 16% muito bom (gráfico B8);
• 86% dos alunos estão satisfeitos com a variedade e diversidade dos partos servidos (gráfico A8),
também 77% dos adultos consideram que os pratos servidos são diversificados (gráfico B11);
• 45% dos alunos consideram a quantidade de comida servida boa, 26% de muito boa (gráfico
A9), também 48% os adultos consideram-na boa, 29% aceitável e 17% muito boa (gráfico B12);
• 51% dos adultos inquiridos dizem-nos que o pedido do aluno para repetição do prato principal é
sempre atendido (gráfico B14), por sua vez 39% dos alunos consideram que o seu o pedido para
repetir é sempre atendido (gráfico A11);
• 43% dos alunos consideram o tempo de espera para obter a refeição de Bom e 34% de muito
bom (gráfico A7), também para 45% dos adultos o tempo de espera é bom, para 30% muito
bom e para 23% aceitável (gráfico B9);
• 57% dos adultos consideram que a temperatura a que é servida a refeição é boa, para 22%
aceitável e para 19% muito boa (gráfico B10);
É, curioso constatar que embora os graus de apreciação e de atitude sejam diferentes entre alunos e
adultos, os níveis de satisfação para as diferentes questões são muito semelhantes, o que vem
consubstanciar os resultados obtidos.
Assim, realçamos a atenção e o enfoque numa gestão de proximidade, partilha e envolvimento dos
recursos humanos e, que se têm revelado como sendo factores de “eficiência” na prossecução dos
objectivos pretendidos, concedendo sustentabilidade a um trabalho de continuidade que é
determinante para uma melhoria continua do serviço prestado as nossas crianças, de forma a facultar-
lhes refeições equilibradas e de qualidade.
Avaliação do Grau de Satisfação dos Utilizadores dos Refeitórios Escolares no Ano Lectivo 2010/11 Departamento de Educação
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Por outro lado, quisemos compreender com a elaboração de um ciclo de perguntas abertas formuladas
aos adultos e alunos, obter a opinião dos mesmos relativamente aos alimentos e pratos que, mais ou
menos, apreciam (os alunos) razões das rejeições e das preferências, e que recaíram estas últimas sobre
os pratos de carne, nomeadamente pratos à base de carne picada, sendo arredados para um segundo
plano os pratos de peixe, leguminosas e hortícolas que surgem com sendo os menos apreciados pelos
alunos, de acordo com os gráficos A23, B25, 26 e 27.
Ainda no âmbito, dos pratos e alimentos preferidos pelos alunos, não podemos deixar de salientar que
surgem no topo de todas as preferências as pizzas com 37% dos alunos que nos dizem ser o prato que
mais gostam/apreciam, seguindo-se os pratos à base de massa com 24% das preferências e os de carne
picada (hambúrgueres, almôndegas, bolonhesa e lasanhas) também se encontram entre os pratos mais
apreciados pelos alunos (gráfico A23).
É de salientar, ainda a fraca expressividade, ou, a ausência de referências na ordem de preferências dos
alimentos dos alunos quer, ao nível dos legumes quer, das sopas, o que vem comprovar que a
alimentação das novas gerações é deficitária em matéria de produtos hortícolas e leguminosas. E, muito
em parte por falta de hábitos alimentares saudáveis e equilibrados.
Mas, para tal em muito têm contribuído, os ritmos e estilos de vida da sociedade actual, que estão a
originar alterações profundas nos hábitos e rotinas alimentares, preconizando preferencialmente uma
alimentação a base de fast-food (pratos rápidos), prontos e mais baratos, sendo estes sinónimo de
estilos de vida stressantes e de falta de tempo característicos das sociedades desenvolvidas e urbanas.
Como sabemos, esta alimentação é pobre em legumes e fibras e rica em hidratos de carbono e açucares,
e face a estes hábitos alimentares errados e pouco saudáveis, assistimos a uma sociedade cada vez mais
propensa para a obesidade infantil e com problemas de saúde associados.
Finalmente, com esta bateria de perguntas abertas compreendemos também que determinados
factores de ordem organizativa, comportamental e de atitude, influenciam de modo determinante a
propensão frequente para a falta de apetite que, por vezes os alunos apresentam e a fraca
aceitabilidade para refeições/almoços menos apelativos e apetecíveis, nomeadamente no que diz
respeito aos pratos de peixe, legumes e sopa.
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No entanto, no âmbito da fiscalização da prestação do serviço de fornecimento de refeições nas 30
unidades de refeitório escolares, foram efectuadas pelas técnicas do Departamento de Educação 90
acções inspectivas desde o inicio do ano lectivo e 136 visitas de acompanhamento realizadas antes,
durante e após as refeições escolares, no período compreendido entre as 11:00 H e as 15:00 H.
Pelo que, já se tinha constatado que havia alguma resistência por parte das crianças em aceitar alguns
pratos servidos, alguns constituintes (especialmente leguminosas e hortícolas) e em certos casos a sopa
e os pratos de peixe, factos que agora se comprovam a partir da análise dos resultados dos inquéritos.
Constatámos também que o problema se prende em grande medida, com o lanche/merenda que 96%
dos alunos consomem a meio da manhã, entre as 10H30 e as 11H00, sendo que às 12H00/12H30 iniciam
a hora de almoço, não apresentando apetite suficiente para ingerir mais uma refeição.
Assim, o que se verifica é que o intervalo que medeia o lanche a meio da manhã e a hora de almoço é
insuficiente para que ao almoço as crianças tenham apetite, por outro lado a constituição desta
“pequena” refeição é muitas vezes desajustada na quantidade e variedade, constituição esta, que tem
geralmente por base: um pão com manteiga, queijo ou fiambre, bolachas e/ou “bolicaos” e/ou batatas
fritas, leite, sumos e fruta entre outros (gráficos A30 e B31).
Portanto, os hábitos e rotinas alimentares dos alunos podem influenciar, determinantemente, a fraca
aceitabilidade para algumas refeições.
Como é sabido o Município, não gere estas situações (lanches), nem detém competências para
definir/estabelecer, quer os horários dos lanches da manhã, quer dos almoços, pelo que é,
determinante coexistir um trabalho de parceria e colaboração operacionalizado entre o Departamento
de Educação, Agrupamentos, Escolas, Associações de Pais e Encarregados de Educação, pois, só com o
envolvimento de todos, nas diferentes dimensões quer, da prestação e gestão do serviço, da fiscalização
do mesmo, quer na componente pedagógica da Escola e dos Pais, incutindo hábitos alimentares
saudáveis nas n/crianças, poderemos obter melhorias contínuas.
Neste sentido, temos vindo a solicitar quer, junto da Escola quer, dos Pais uma gestão acompanhada e
equilibrada dos referidos lanches, por forma a aumentar a aceitabilidade das refeições, por parte das
crianças, bem como a evitar desperdícios que, tais situações originam quer para a gestão do refeitório,
quer para a CMO, quer ainda para os pais que pagam as refeições.
Avaliação do Grau de Satisfação dos Utilizadores dos Refeitórios Escolares no Ano Lectivo 2010/11 Departamento de Educação
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Mas, também consideramos ser determinante para que se processe uma mudança de hábitos e
rotinas alimentares e, que poderia ser preconizada e iniciada a partir de pequenos ajustamentos
introduzidos, nomeadamente nos horários das principais refeições escolares, ou seja, se o lanche do
intervalo da manhã fosse consumido um pouco mais cedo, entre as 9H30 e as 10H00, e se, a hora de
almoço fosse retardada em cerca de 30 minutos, relativamente a hora actual para inicio da refeição.
Acresce aos factores alimentares, uma fraca propensão para a actividade física e desportiva no período
escolar da manhã, dado que os horários escolares não integram actividade física e desportiva neste
período. Assim, as crianças para além de ingerirem lanches altamente calóricos e nutricionalmente
desequilibrados também não despendem fisicamente de calorias acumuladas, antes da hora de almoço.
Sendo a obesidade infantil um dos maiores problemas da actualidade nas sociedades ocidentais, de
acordo com dados actuais, o número de crianças com excesso de peso continua a aumentar, o que traz
transtornos a vários níveis: na saúde, na auto-estima, no desenvolvimento físico e intelectual do
indivíduo.
Por tudo isto, o Departamento de Educação elaborou em parceria com a DASSJ um marcador de livros
com a composição e sugestão de dois lanches saudáveis e equilibrados para os alunos e crianças e, que
temos vindo a distribuir pelas escolas do ensino pré-escolar e do 1.º Ciclo do ensino básico, de forma a
sensibilizar os alunos e Pais para estas questões aparentemente tão simples, mas que podem marcar e
fazer a diferença em matéria de incutir hábitos e rotinas alimentares mais saudáveis nas nossas crianças.
Consideramos e reconhecemos que para além do fornecimento das refeições equilibradas e de
qualidade, existe uma função pedagógica da alimentação, pelo que a escola e o pessoal em serviço no
refeitório é responsável por estimular as crianças a comerem um pouco de tudo, mesmo os alimentos
que por vezes os alunos “dispensam e/ou rejeitam”, nomeadamente peixe e leguminosas.
Deste modo, a escola desempenha um papel fundamental na formação de hábitos de vida e de
personalidade da criança, sendo responsável por uma parcela importante dos conteúdos educativos
globais, inclusive do ponto de vista nutricional, mas que em primeira instância têm que ser incutidos no
ambiente familiar de inserção da criança.
Avaliação do Grau de Satisfação dos Utilizadores dos Refeitórios Escolares no Ano Lectivo 2010/11 Departamento de Educação
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Neste contexto, reveste-se de extrema importância incutir hábitos e rotinas alimentares saudáveis, quer
nas gerações mais novas, quer nas que actualmente educam as nossas crianças, de forma a
conseguirmos ter Pais e Filhos mais conscientes para questões que, não só se prendem com práticas e
hábitos alimentares diários, mas que podem marcar a diferença entre termos uma população saudável e
feliz ou subnutrida, obesa e infeliz.