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Avaliação do Grau de Satisfação dos Utilizadores dos Refeitórios Escolares no Ano Lectivo 2010/11 Departamento de Educação 1 Relatório Apresentação e Análise de Dados dos Inquéritos por Questionário Aplicados nos Refeitórios Escolares sob Gestão Municipal para Avaliar o Grau de Satisfação dos Utilizadores, no Ano lectivo 2010/2011. 1.- Introdução Atendendo as competências e atribuições do DE, nomeadamente no que diz respeito à gestão dos refeitórios escolares, quer na vertente das infra-estruturas (equipamento e manutenção), quer nas acções e/ou medidas que visam garantir e melhorar a prestação do serviço prestado nos estabelecimentos escolares com refeitório de modo a que as crianças tenham uma refeição equilibrada e adequada às suas necessidades nutricionais. Este trabalho foi desenvolvido com a colaboração inestimável e prestimosa de todos os Coordenadores dos refeitórios escolares, assim como dos Prof.ºs titulares das turmas do 4.º Ano de escolaridade, a quem muito agradecemos. Neste sentido e, com o intuito de aferirmos o grau de satisfação dos utilizadores regulares dos refeitórios escolares sob Gestão Municipal, foram aplicados inquéritos por questionário aos alunos do 4.º ano e a todos os adultos, nomeadamente, Coordenadores Escolares, professores e pessoal auxiliar que frequentam e/ou utilizam os 30 refeitórios escolares, que servem em média 4. 165 Refeições/dia. Assim, considerando que a nossa população alvo foi o total de alunos que almoçavam nos refeitórios escolares, optamos por trabalhar com uma amostra estratificada proporcional, de modo a que o peso do n.º de alunos que almoçavam em cada unidade (refeitório escolar), fosse proporcional ao universo total dos alunos que almoçavam nos refeitórios escolares e, dentro desta amostra, inquirimos apenas alunos do 4.º Ano, correspondendo a 7,8 % do total dos alunos utilizam diariamente o refeitório. Deste modo, foram seleccionados dentro de cada um dos estratos, por um processo aleatório (amostragem aleatória simples, efectuada pelo Coordenador Escolar).

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Avaliação do Grau de Satisfação dos Utilizadores dos Refeitórios Escolares no Ano Lectivo 2010/11

Departamento de Educação

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Relatório

Apresentação e Análise de Dados dos Inquéritos por Questionário Aplicados nos Refeitórios Escolares

sob Gestão Municipal para Avaliar o Grau de Satisfação dos Utilizadores, no Ano lectivo 2010/2011.

1.- Introdução

Atendendo as competências e atribuições do DE, nomeadamente no que diz respeito à gestão dos

refeitórios escolares, quer na vertente das infra-estruturas (equipamento e manutenção), quer nas

acções e/ou medidas que visam garantir e melhorar a prestação do serviço prestado nos

estabelecimentos escolares com refeitório de modo a que as crianças tenham uma refeição

equilibrada e adequada às suas necessidades nutricionais.

Este trabalho foi desenvolvido com a colaboração inestimável e prestimosa de todos os Coordenadores

dos refeitórios escolares, assim como dos Prof.ºs titulares das turmas do 4.º Ano de escolaridade, a

quem muito agradecemos.

Neste sentido e, com o intuito de aferirmos o grau de satisfação dos utilizadores regulares dos

refeitórios escolares sob Gestão Municipal, foram aplicados inquéritos por questionário aos alunos do

4.º ano e a todos os adultos, nomeadamente, Coordenadores Escolares, professores e pessoal auxiliar

que frequentam e/ou utilizam os 30 refeitórios escolares, que servem em média 4. 165 Refeições/dia.

Assim, considerando que a nossa população alvo foi o total de alunos que almoçavam nos refeitórios

escolares, optamos por trabalhar com uma amostra estratificada proporcional, de modo a que o peso

do n.º de alunos que almoçavam em cada unidade (refeitório escolar), fosse proporcional ao universo

total dos alunos que almoçavam nos refeitórios escolares e, dentro desta amostra, inquirimos apenas

alunos do 4.º Ano, correspondendo a 7,8 % do total dos alunos utilizam diariamente o refeitório.

Deste modo, foram seleccionados dentro de cada um dos estratos, por um processo aleatório

(amostragem aleatória simples, efectuada pelo Coordenador Escolar).

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Os inquéritos foram aplicados aos alunos pelos Prof.ºs titulares da turma e a escolha deste nível de

escolaridade, deveu-se ao facto de considerarmos estar perante uma população escolar que já revela

uma capacidade de apreciação e de resposta às questões.

Por outro lado, a aplicação dos inquéritos a todos os coordenadores escolares (30) quer

acompanhassem a hora de almoço ou não, teve o intuito de obter informação e apreciação destes

agentes privilegiados face ao serviço prestado pela empresa concessionária e ao serviço de fiscalização e

acompanhamento efectuado pelo Departamento de Educação do Município de Oeiras.

O mesmo se pretendeu, com a aplicação dos inquéritos aos funcionários (pessoal auxiliar) e/ou

professores que dessem apoio à hora de almoço aos alunos nos refeitórios escolares ou que fossem

utilizadores do serviço.

Neste âmbito, pretendemos também compreender de que forma alguns factores de ordem estrutural,

organizativa, comportamental e de atitudes (hábitos e rotinas), podem ou não, ser determinantes e

influenciar as preferências e as rejeições das crianças e alunos face a determinados alimentos e pratos.

Importa ainda referir que, os inquéritos por questionário foram aplicados no período compreendido

entre 15 de Março a 28 de Abril do corrente Ano Lectivo a 100 Alunos (7,8 %), de acordo a amostra

definida dentro dos pressupostos anteriormente referidos, a 30 coordenadores Escolares e a 158

adultos utilizadores (pessoal docente e não docente), num total de 188 Adultos que corresponde à

totalidade do universo dos adultos que utilizam os refeitórios escolares. Assim sendo, foram

efectuados no total 288 questionários.

Subsequentemente, e a partir do tratamento e análise estatística dos dados recolhidos através da

aplicação dos inquéritos, obtemos os resultados e a informação que passamos apresentar:

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2.- Análise de dados obtidos e informação a partir dos inquéritos por questionário aplicados

aos Alunos

Gráfico - A1. Idade dos Alunos Inquiridos

A partir do gráfico A1, constatamos que a

idade dos 100 alunos inquiridos, se

distribui entre os 8 e os 10 anos de idade,

sendo que a grande maioria dos alunos, ou

seja, 62 têm 9 anos de idade, 34 alunos

têm 10 anos e 4 têm 8 anos. No entanto,

ressalva-se o facto de todos estes alunos

frequentarem o 4.º de escolaridade do

ensino básico.

Gráfico - A2- Sexo dos Alunos Inquiridos

No universo total dos alunos inquiridos

aleatoriamente, temos 62 raparigas, e 38

rapazes, tendo todos respondido a questão

relativamente ao género. O que corresponde

respectivamente a 62% e 38%, no universo total

dos inquiridos.

Gráfico- A3. Frequentas o Refeitório Escolar

Num Total de 100 alunos inquiridos todos

frequentam o refeitório escolar.

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Gráfico - A4- Com Que Frequência Utilizas o Refeitório Escolar

A partir do gráfico A4, constatamos que 95% dos

alunos utilizam o refeitório escolar todos os dias,

as restantes frequências são residuais e

correspondem a 5%, distribuídas da seguinte

forma: 2% utilizam-no + 2 de duas vezes

p/semana e esporadicamente e 1%, pelo menos,

duas vezes p/semana.

Gráfico - A5 – Simpatia e Atendimento dos Funcionários

Relativamente à simpatia e atendimento dos

funcionarios, 50% dos alunos consideram-no Bom,

36% Muito Bom, 12% Aceitável e 2% Mau.

Face aos resultados apresentados podemos afirmar

que 86% dos alunos têm uma apreciação bastante

favorável do serviço prestado pelos funcionários (as)

dos refeitorios no que diz respeito à simpatia,

atenção e disponibilidade do serviço prestado, se

considerarmos que 50% dos alunos o consideram Bom e 36% Muito Bom.

Gráfico- A6- Tempo de Espera p/ Obter a Refeição

Em face do tempo de espera para obter a

refeição, 43% dos alunos consideram-no Bom,

34% Muito Bom, 21% Aceitável e 2% mau.

Em média o tempo de espera situa-se entre os

5 a 8 minutos, nos refeitórios onde os alunos

são divididos em dois turnos, sendo que este

tempo de espera, se verifica apenas para o

segundo turno, em virtude da necessidade de

repor a situação inicial, após a saída do primeiro turno. Para este turno (1.º) o tempo de espera é nulo, uma

vez que quando entram no refeitório a refeição já está disponível.

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Gráfico -A7- Consideras o N.º de Funcionários (as) de Apoio à Refeição Suficientes

A partir do gráfico A7, constatamos que 80%

dos alunos consideram que o apoio à refeição é

suficente e 20% insuficiente, ressalvando-se

que este apoio é facultado por pessoal docente

e não docente das Escolas. Neste âmbito, o

Município concede como contrapartida e

incentivo para o apoio à refeição, o acesso

gratuito à refeição por parte do funcionário (a)

que concede o apoio.

Este apoio concedido para as refeições dos alunos é atribuido de acordo com um rácio que é determinado da

seguinte forma: para os alunos do 1.º Ciclo do ensino básico é facultado um apoio/adulto por cada 35 alunos e

para o Jardim-de-infancia um apoio/adulto para 22 crianças, rácios que não invalidam que outros apois sejam

facultados em cada estabelecimento escolar, se assim, for entendido.

Gráfico - A8 – Consideras os Pratos Servidos Variados

Relativamente a variedade dos pratos

servidos, constatamos que 86% dos alunos

estão satisfeitos com a diversidade da ementa,

por outro lado 14% gostariam de ver servidos

outros pratos.

Gráfico -A9 - Consideras a Quantidade de Comida Servida Adequada

Face à questão colocada relativamente à quantidade

de comida servida ser considerada adequada, 45%

dos alunos consideram ser Boa, 26% Muito Boa,

23% Aceitável e 6% Má.

Neste âmbito, é de salientar que as capitações

alimentares / quantidades servidas já se encontram

pré-definidas em função do grupo etária de

pertença do aluno e que estão em consonância com

as referências nutricionais exigidas.

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Contudo, não é uma questão que seja tratada de uma forma estanque, pois o aluno, pode e deve, sempre, que

assim o entender, repetir: a sopa, o prato, a salada ou a sobremesa, se tiver consumido de forma satisfatória a

refeição inicialmente servida.

Porque, também é na Escola que deve ser incutida uma cultura de bons hábitos e boas práticas alimentares e

de redução de desperdicios alimentares, hábitos e práticas que se devem inicar em ambiente familiar.

Realça-se ainda o facto de estarmos perante uma população, que por vezes, confunde ainda as quantidades

servidas com a apreciação que faz em função de uma, maior ou menor, aceitabilidade perante determinados

alimentos/pratos que gostam, em detrimento de outros.

Gráfico - A10- Quando Pedes para Repetir Sopa, o Pedido é Atendido

De acordo com o gráfico A10 – o pedido para

repetir a Sopa, é sempre atendido para 57%

dos alunos, em exequo para 17% às vezes e

nunca, 9% não responderam.

Gráfico - A11- Quando Pedes para Repetir o Prato, o Pedido è Atendido

Relativamente à repetição do prato principal,

55% dizem-nos que às vezes o pedido é

atentido, 39% Sempre, 3% Nunca e 3% não

responderam.

No que concerne à repetição do prato

principal, é de salientar que o aluno pode e

deve repetir o prato principal, se previamente

tiver comido a sopa, o peixe ou a carne, a

respectiva guarnição e salada, colocada no prato. Se estas condições se verificarem a repetição do prato

principal, pode e deve ser permitido, bem como qualquer outro alimento que faça parte da ementa do dia.

Salientamos que existe diariamente no refeitório, um prato dieta para os alunos ou adultos que por questões

de saúde, não possam consumir a refeição definida ou que de uma forma continuada seja prescrito pelo

médico.

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Gráfico - A12-Quando Pedes para Repetir a Salada, o Pedido è Atendido

Relativamente ao pedido de repetição de

salada, 46% dos alunos responderam que o

pedido é sempre atentido, 30% às vezes, 11%

nunca e 13% não responderam.

Gráfico - A13 – Quando Pedes P/Repetir a Sobremesa, o Pedido é Atendido

39% dos alunos respondem que o pedido

para repetição da sobremesa às vezes é

atendido, 28% é sempre atendido, 20%

nunca e 13% não responderam.

A partir dos resultados obtidos compreendemos que, embora a questão colocada “Quando Pedes Para

Repetir, o Teu Pedido é Atendido” esteja formulada de forma clara e coerente, alguns alunos fizeram

uma interpretação diferente da mesma, ou seja, responderam com as hipotéticas vezes que, pedem,

ou não, para repetir de forma espontânea: a Sopa, o Prato principal, a Salada e a Sobremesa.

Isto porque, o pedido de repetição da refeição ou parte é sempre atendido, desde que os critérios acima

referidos se verifiquem e porque também sabemos que a percentagem de alunos que pede regularmente e

espontâneamente para repetir a refeição ou parte é muito reduzida.

Gráfico - A14 – O Que Comes Habitualmente - Sopa

94% dos alunos dizem comer sempre a Sopa,

3% comem + de 2 vezes p/semana, 1% às vezes

e 2% nunca come sopa.

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Gráfico - A15- O Que Comes Habitualmente – Prato de Carne

36% dos alunos comem carne 2 vezes

p/semana, 31% comem carne + de 2 vezes

p/semana, também 31% comem sempre a

carne, 1% nunca come carne, e não

responderam 1%.

Gráfico -A16- O Que Comes Habitualmente – Prato de Peixe

50% dos Alunos come peixe 2 vezes p/semana,

25% + de 2 vezes p/semana, 22% come

sempre peixe e 2% nunca come peixe.

Ainda a propósito das questões que se prendem com a composição, a frequência de consumos dos

diferentes géneros alimentícios é importante referir que o plano de ementas escolares é definido

tendo por base os seguintes princípios:

1 Sopa de Vegetais Frescos tendo por base a batata, legumes ou leguminosa. São permitidas canja e

sopa de peixe, no máximo 2 vezes/mês, nas capitações previstas;

1 Prato de Carne ou de Pescado, em dias alternados, com os acompanhamentos básicos da

alimentação, mas tendo que incluir obrigatoriamente legumes cozidos ou crus adequados à ementa;

1 Pão de Mistura, embalado, de acordo com a Lista dos Alimentos Autorizados;

Sobremesa, constituída diariamente por fruta variada da época;

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Simultaneamente com a fruta pode ainda haver doce/gelatina/gelado de leite/iogurte ou fruta cozida

ou assada, duas vezes por semana, preferencialmente nos dias em que o prato principal é peixe;

Água (única bebida permitida);

SEMANALMENTE OBRIGATÓRIO 1 Prato de Carne tipo: bife/costeleta/escalope/carne assada ou estufada fatiada;

Um máximo de 2 vezes por semana de pratos com carne ou peixe fraccionados;

1 Prato de aves ou criação;

1 Prato à base de leguminosas;

1 Prato de peixe à posta

Gráficos - A17- O Que Comes Habitualmente – Salada / A18- O Que Comes Habitualmente – Legumes

Relativamente à questão se comes habitualmente a Salada, 40% dizem-nos que come sempre a salada, 30% 2

vezes p/semana, 17% + de 2 vezes p/semana, 10% nunca come salada e 2% não respondeu.

No que concerne aos Legumes, 39% comem-nos 2 vezes p/semana, 25% sempre, 19% + de 2 vezes

p/semana, 16% nunca e 1% não respondeu.

Constata-se que a percentagem de alunos que nunca come Legumes e salada é respectivamente de 16% e

10%, sendo taxas extremamente elevadas, face a importância que os legumes e vegetais assumem, num

crescimento saudável e equilibrado das nossas crianças.

Pelo que é de extrema importância incutir hábitos/práticas alimentares saudáveis nas nossas crianças, que

em primeira instância devem ser apreendidos em ambiente familiar e continuados na Escola.

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Gráficos - A19- O Que Comes Habitualmente – Gelatina/Doce - A20- O Que Comes Habitualmente – Iogurte

A partir do gráfico A19, verificamos que 35% dos alunos diz-nos que comem 2 vezes p/semana

Gelatina/doce, 27% sempre, 13% nunca, 6% + de 2 vezes p/semana, 1 vez p/semana 2% e 17% não

responderam.

De acordo com o gráfico A20, 59% dos alunos diz-nos que comem iogurte 2 vezes /semana, 24% sempre, 7%

+ de 2 vezes p/semana, 3% nunca, 2% 1 vez p/semana e 4% não respondem.

Relativamente as respostas dadas à opção sempre 27% (A19) e 24% (A20) respectivamente, importa

esclarecer que a respostas dadas não correspondem ao plano de ementas implementado, ou seja, as

sobremesa que têm por base doce, gelatina e/ou iogurte são servidas uma única vez por semana,

alternadamente com fruta, embora esta exista sempre como alternativa para quem não quer a primeira opção

(doce).

Portanto, os alunos não consumem nem existe diariamente gelatina/iogurte e/ou doce no plano de ementa, o

que se verifica é que, sempre que estas sobremesas são servidas, as mesmas não são rejeitadas pela

percentagem de alunos em referência.

Gráfico - A21- O Que Comes Habitualmente – Fruta

51% dos alunos come sempre fruta, 27% + de

2 vezes p/semana, 19% , 2 (duas) vezes

p/semana, 1% nunca e 1% não respondeu.

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Gráfico -A23 – Que Outros Pratos Gostarias que Fossem Servidos - Pergunta Aberta

A partir do gráfico A23 é possível compreender que 37 dos alunos inquiridos num universo de 100, colocam

no topo das sua preferências alimentares as Pizzas, seguindo-se as Massas e as lasanhas.

É, evidente que os pratos de carne, estão entre os preferidos dos alunos: o Bife com batatas fritas reúne a

preferência de 24 alunos, logo depois surge o Frango e o strogonoff.

Mas em grande medida as preferências vão para pratos a base de carne picada, nomeadamente

hambúrgueres com batatas frita para 14 alunos, seguem-se as salsichas, os croquetes e as Almôndegas com

massa.

Relativamente aos Pratos de Peixe, estes aparecem com pouca expressividade, ainda assim surge o bacalhau

com natas e/ou Brás com 9 alunos que referem apreciar estes pratos, seguem-se os carapaus/sardinhas com

8 alunos, tendo estes últimos peixes constituído uma surpresa, tendo em conta que a esmagadora maioria dos

alunos referem não gostam/apreciar peixe, pelo facto de ter muitas espinhas. Como sabemos, estes peixes

não são adequados para serem servidos em refeitórios escolares, tendo presente as características dos

mesmo e os modos de preparação e confecção que exigem.

Realçamos também o facto da maioria dos pratos “mais apreciados” e aqui sinalizados pelos alunos, já serem

servidos nos refeitórios escolares, excepção para as sardinhas, carapaus e esporadicamente as batatas fritas.

É, de salientar ainda a fraca expressividade, ou, a ausência de referências na ordem de preferências dos

alimentos dos alunos quer, ao nível dos legumes quer, das sopas, o que vem comprovar que a

alimentação das novas gerações é deficitária em matéria de produtos hortícolas e leguminosas.

Como sabemos, esta alimentação é pobre em legumes e fibras e rica em hidratos de carbono e açucares, e face

a estes hábitos alimentares errados e pouco saudáveis, assistimos a uma sociedade cada vez mais propensa

para a obesidade infantil e problemas de saúde associados.

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Gráfico - A24 – Quais os Pratos Que Menos Gostas - Pergunta Aberta

Efectivamente, e para não contrariar os

factos, os pratos de peixe são os menos

apreciados pelos alunos.

Todavia, esta questão sendo aberta,

permite ao inquirido(aluno) mais que uma

opção de resposta, o que explica as 118

resposta obtidas, para um universo de 100

alunos inquiridos.

Deste modo, no universo dos 100 alunos, 76 dizem-nos que não gostam de peixe, porque tem muitas

espinhas. Neste âmbito podemos afirmar que são excepção os douradinhos.

A seguir ao peixe surgem as batatas cozidas com 26 alunos que não apreciam este alimento, 10 também não

gosta de legumes, 6 não gosta de grão e feijão frade, nos pratos servidas e nas sopas.

Portanto, compreendemos que temos um longo caminho a percorrer de modo a incutir hábitos alimentares

saudáveis e equlibrados nas crianças e alunos, em primeira instância em ambiente familiar e que devem ser

continuados na escola.

3.-Lanche Consumido no Intervalo da Manhã pelos Alunos

Gráficos - A25- Comes Lanche de Manhã /A26 – A Que Horas Comem o Lanche da Manhã

Conforme se pode verificar no gráfico A25, 94% dos alunos comem o lanche da manhã entre as 10H30 e as

11H00, apenas 5% dizem que não comem lanche neste período da manhã e 1% não respondeu. De acordo

com o gráfico A26, 87% dos alunos comem o lanche da manhã às 10H30 e 9% às 11H00 e 4% não respondeu.

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Gráfico - A27 – Com Que Frequência Comes o Lanche

87% dos alunos comem o lanche todos os

dias, 3% esporadicamente, 3% nunca, sendo

que 2% comem-no 2 vezes p/semana, 1% + de

2 vezes p/semana, também 1% consumem-no 1

vez p/semana e 1% não respondeu.

Gráfico - A28 – Quem Escolhe o Teu Lanche Gráfico - A29 – Consideras o Teu Lanche Saudável

De acordo com o gráfico A28, 67% dos lanches dos alunos são preparados pela Mãe, 16% pelo próprio

aluno, 5% pelo Pai, 4% pelos Avós ou pela Escola, 1% por outros e 4% não responderam.

Tendo presente o conteúdo do gráfico A29, 82% dos alunos consideram o seu lanche saudável, por

sua vez 11% consideram-no pouco saudável e 7% não responderam.

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Gráfico - A30 – Qual a Constituição Habitual do Teu Lanche – Perunta Aberta

Como podemos constatar a partir do gráfico

A30 – o lanche de 44 dos alunos é

constituido à base de bolachas e bolos, o

de 29 por sandes de queijo e/ou fiambre,

o de 34 por pão com manteiga, 27

incluem na sua composição uma peça de

fruta e 3 batatas fritas.

Relativamente a componente liquida, o

leite entra diariamente em 30 dos

lanches dos alunos, Sumos/refrigerantes

em 28, iogurtes em 23 e 9 incluem leite

com chocolate, já a àgua é apenas

referida por 1 dos alunos.

Tratando-se de uma questão aberta, permite ao inquirido(aluno) mais que uma opção de resposta, o que

explica as 230 resposta obtidas, para um universo de 100 alunos inquiridos.

Atendendo a que 94% dos alunos consumem a meio da manhã, no intervalo entre às 10:30/11:00

(gráfico A25 e 26), um lanche extremamente calórico mas com baixo valor nutricional, preparado pelos pais,

na sua maioria pela mãe (67% - gráfico A28) e enviado para a escola e que é gerido pelas próprios alunos,

geralmente constituído por bolachas/bolos e/ou “bolicaos” e/ou batatas fritas, pão com manteiga, pão com

queijo e/ou fiambre, snacks, leite, sumos, entre outros. Tal situação ocasiona que à hora de almoço, as

crianças não tenham apetite suficiente para ingerir mais uma refeição, optando por vezes, pela

rejeição total ou parcial da mesma.

Assim, constatamos que a fraca aceitabilidade das n/crianças para algumas refeições menos apetecíveis e

apelativas e, que como sabemos, incidem nomeadamente no peixe e em algumas leguminosas, tem a ver com

a ausência de hábitos e rotinas alimentares saudáveis.

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4.- Sugestões/observações Apresentadas pelos Alunos

Gráfico - A31 – Linha de Self Gráfico - A32 – Menos Ruido

A partir do gráfico A31 verifica-se que dos 100 alunos inquiridos, 7 sugerem que os seus refeitorios deveriam

ser dotados de uma linha de self, para se auto servirem.

Efectivamente a maioria dos refeitorios escolares do pré-escolar e 1.º ciclo do ensino básico, não está

apetrechada com linhas de self, tendo presente que estamos em fase de uma faixa etária (entre os 3 anos e os

10 anos), que ainda não apresenta autonomia suficiente para se servir. Deste modo, a dispersão de idades

conduz a que, a maioria das escolas tenha optado por serviço directo e individual do aluno. Embora nas

novas escolas o serviço de self já esteja a ser implemantado para os niveis de ensino mais avançados (3.º e 4.º

anos do ensino básico). Todavia manter-se-á um serviço misto, tendo presente que as crianças do pré-escolar

continuam a necessitar de apoio individual.

Através do gráfico A32 constata-se que 3 dos alunos gostariam que o espaço de refeitorio fosse menos

ruidoso. Estamos em face de uma situação que poderá melhorar, se os próprios alunos fizerem um esforço, ou

seja, se a hora da refeição for entendida como tempo de convivio aprazivel.

Gráfico - A33 – Mais Doces nas Sobremesas

8 dos alunos gostariam que fossem servidos

mais doces nas sobremesas, todavia estas são

servidas de acordo com uma dieta alimentar

equlibrada e saudável, tendo em contas os

valores nuticionais das refeições e as faixas

etárias das crianças e alunos.

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Gráfico - A34- Não Obriguem os Alunos a Comerem o Que não Querem

1 dos alunos refere que os alunos não

deveriam ser chamados a atenção para

comer quando não querem,

nomeadamente o prato de peixe,

leguminosas e alimentos horticulas. Esta

é uma constatação que as técnicas do

Departamento têm verificado no

acompanhamento que fazem nas acções

inspectivas/ fiscalização do serviço

prestado nos refeitorios e à hora da refeição dos alunos nos diversos refeitorios escolares sob gestão

municipal.

Gráfico - A35- O Que Achas da Comida Servida este Ano em relação ao Ano Passado

51% dos alunos responderam que a comida

este Ano lectivo melhorou em relação ao Ano

passado, para 38% manteve-se igual, para

9% piorou e 2% não responde.

É, com enorme satisfação que a Equipa de trabalho do DE que acompanha os refeitórios escolares,

constata que mais de 50% dos alunos dizem que a confecção no seu refeitório escolar este ano

melhorou, relativamente ao ano passado.

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5.- Análise de dados obtidos e informação a partir dos inquéritos por questionário aplicados aos

Adultos – pessoal docente e não docente que faculta apoio à hora de almoço aos alunos ou que utiliza

o serviço de refeições escolares.

Pretende-se com as questões colocadas aos adultos avaliar o grau de satisfação dos mesmos, e

compreender, essencialmente, o grau de satisfação dos alunos, através das apreciações que os adultos

fazem dos hábitos, rotinas e comportamentos dos alunos e crianças na vertente alimentar.

Gráfico -B1. Idade dos Adultos Inquiridos

A partir do gráfico B1 podemos constatar

que a média das idades dos adultos

inquiridos é de 37,5 anos, sendo o grupo

etário entre os 30-39 anos o que detém o

n.º mais expressivo com 65 inquiridos,

seguindo-se o grupo 40-49 com 51, com

43 o grupo 50-59, entre os 20 - 29 temos

17 indivíduos e 12 com mais de 60 anos.

Gráfico - B2. Sexo dos Adultos Inquiridos

Relativamente ao sexo dos inquiridos e no

universo dos 188 inquiridos, 173 dos quais

pertencem ao género feminino e 15 ao

masculino, tendo todos respondido à questão

relativamente ao género. Importa neste âmbito

referir que todos os inquiridos são utilizadores

do refeitorio escolar.

Gráfico -B3. Funções Exercidas pelos Adultos Inquiridos

Relativamente à Função Exercida no Universo dos

188 inquiridos, temos 77 Assistentes Operacionais,

60 Professores, 27 Coordenadores Escolares, 12

Assistentes Técnicas, 1 Voluntário e Animador

Social respectivamente e 6 dos inquiridos não

responderam a esta questão.

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Gráfico B4- Considera-se um Utilizador Frequente do Refeitório Escolar

77% dos inquiridos consideram-se frequentadores

assíduos do refeitório escolar, 22% frequentam-no

esporadicamente e 1% Não respondeu à questão

colocada.

Gráfico B5 - Com que frequência Utiliza o Serviço de Refeitório

A maioria dos inquiridos, 61% frequenta o

refeitório todos os dias, 18%

esporadicamente, 9% mais de 2 vezes por

semana, 5% somente duas vezes por

semana, 3% uma vez por semana e 3%

nunca o frequenta. Não responderam a

esta questão, 1% dos inquiridos.

Gráfico B6- Acompanha o Serviço de Almoços no Refeitório

81% dos inquiridos, dão apoio aos alunos e

crianças na refeição, os restantes 18% são

utilizadores do refeitório escolar, mas não

dão apoio á refeição dos alunos. A esta

questão não responderam 1% dos

inquiridos.

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Gráfico B7 - Como Avalia a Simpatia e o Atendimento dos Funcionários da Uniself

50% dos inquiridos classifica a simpatia e o

atendimento dos funcionários da Empresa

Uniself de bom, 34% de muito bom, 14%

aceitável e 2% de mau.

Portanto, 84 % dos inquiridos avalia a

simpatia e o atendimento dos funcionários

da empresa acima do aceitável, estamos

perante uma avaliação muito positiva.

Gráfico B8 - Considera que o n.º de Funcionários da Uniself é Suficiente

A partir do gráfico B8, compreendemos

que 40% dos adultos considera o n.º de

funcionários da Empresa Uniself ao serviço

aceitável, 39% bom, 16% muito bom e 5%

mau. Todos os inquiridos responderam a

esta questão.

É de salientar que o n.º de horas de

trabalho e de funcionários afectos a cada

cozinha (refeitório escolar), obedece a um

rácio calculado e devidamente clausulado

no Caderno de Encargos que rege a relação comercial entre o adjudicante e o adjudicatário e como todas as outras

de cumprimento obrigatório.

Gráfico B9- Como Avalia o tempo de Espera da Refeição

As respostas dadas pelos inquiridos revelam que

45% dos mesmos avaliam o tempo de espera da

refeição de bom, 30% de muito bom, 23% de

aceitável, existindo uma percentagem residual de

2% que avalia este tempo de mau. No entanto,

podemos considerar que o grau de satisfação é

elevado com 98 % de inquiridos a avaliar o tempo

de espera acima do aceitável.

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Gráfico B10 - Como Avalia a Temperatura a que a Refeição é Servida Em concordância com a análise anterior

também o grau de satisfação

relativamente à temperatura a que a

refeição é servida é elevado, existindo 98

% dos inquiridos a responder acima do

aceitável.

Assim, 57% considera-a boa, 22% aceitável

e 19% de muito boa e 2% de má,

curiosamente esta última percentagem foi

obtida através das respostas dadas por adultos que pertencem à mesma unidade (EB1/JI Maria Luciana Seruca).

Gráfico B11 - Considera os Pratos Servidos Variados

Após análise podemos afirmar que 77 % dos

adultos inquiridos estão agradados com a

variedade e diversidade dos pratos servidos,

existindo no entanto, 20 % que gostaria de ter

um plano de ementas mais diversificado. Resta

3% que optou por não responder à questão

colocada.

Gráfico B12 - Qual a sua Opinião Relativamente à Quantidade de Comida Servida Relativamente à capitação da refeição servida

por prato, 48% dos adultos inquiridos

consideram-na boa, 29% aceitável, 17% muito

boa, 5% má e de 1 % não respondeu.

Verifica-se um elevado grau de satisfação se

considerarmos que mais 64 % dos inquiridos

avalia a quantidade de comida servida acima do

aceitável.

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Gráfico B13- Quando o aluno Pede Para Repetir Sopa, o Pedido é Aceite Relativamente ao pedido de

repetição, da sopa 73% dos

adultos, respondem que é sempre

atendido, 13% às vezes, 1% nunca e

13% não respondeu.

Gráfico B14 - Quando o Alunos Pede Para Repetir o Prato, o Pedido é Aceite

No que diz respeito ao pedido de

repetição do prato pelos alunos, 51% dos

inquiridos dizem-nos que é sempre aceite,

44% às vezes e 5% não responderam. Não

foi considerada por nenhum dos inquiridos

a opção do nunca relativamente à

repetição do prato e ao contrário do

observado na análise anterior. Concluindo-

se que nas 30 unidades de refeitório todas atendem o pedido de repetição do prato.

Gráfico B15 - Quando o Aluno Pede Para Repetir Salada, o pedido é Aceite

Após análise observa-se 48% dos adultos

inquiridos dizem-nos que o pedido de

repetição de salada efectuado pelo aluno

é sempre atendido, 35% às vezes, 2%

nunca e 15% não responde.

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Gráfico B16 - Quando o Aluno pede para repetir a Sobremesa, o Pedido é Aceite

Nesta questão entende-se por sobremesa, a fruta,

gelado, iogurte, gelatina ou doce.

Deste modo, para 39% dos inquiridos o pedido de

repetição às vezes é atendido, para 33% é sempre

atendido, nunca é atendido para 14% e curiosamente

também 14% não responderam.

Com estas questões quisemos perceber se de uma forma geral, a Empresa Concessionária dos refeitórios escolares

concede habitualmente repetições aos alunos que a solicitam. Sendo notório que o pedido de repetição quer de

sopa, prato, salada ou sobremesa é na maioria das vezes atendido.

Ressalva-se a este respeito que a repetição que está condicionada ao facto do aluno ou criança ter consumido a

sua refeição inicial: a sopa, o prato principal, a salada e/ou legumes, de modo a serem incutidos hábitos e rotinas

alimentares saudáveis que devem ser iniciados em casa e continuadaos na escola.

Gráfico B17- Com que Frequência os Alunos Habitualmente Comem a Sopa

Relativamente à frequência com que os alunos

comem a sopa, 92% dos inquiridos dizem-nos

que a consomem sempre, 2% respondem que

a consomem (+) de duas vezes por semana e

6% não responderam.

Gráfico B18 - Com que Frequência os Alunos Habitualmente Comem o Prato de Carne 46% dos inquiridos, dizem-nos que os alunos

comem (+) de duas vezes por semana carne,

para 32% o consumo de carne ocorre 2 vezes

por semana, 15% respondem que os alunos

comem sempre a carne, à opção 1 vez por

semana responderam 1% e 6% não responde.

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Gráfico B19 - Com que Frequência os Alunos Habitualmente Comem o Prato de Peixe Segundo o gráfico B19 - 44% dos

inquiridos responderam que os alunos

e/crianças comem peixe 2 vezes por

semana, 33% (+) 2 vezes por semana, 14%

dizem-nos que os alunos comem sempre o

peixe, 1% exequo consideram que os

alunos comem 1 e 3 vez por semana peixe

e 7% não respondeu.

Deste modo e partir do cruzamento da informação contida nos gráfico B18 e B19, compreendemos que 15% e 14%

dos inquiridos consideram que as crianças/alunos comem sempre a carne e o peixe respectivamente.

Importa ainda referir que Plano de Ementas formulado para as unidades de refeitório de gestão municipal inclui

alternadamente uma semana em que são servidos 3 dias de peixe e 2 de carne e uma semana em que são servidos

3 dias de carne e 2 de peixe. Os pratos de peixe e carne são também alternados.

Gráficos B20 - Com que Frequência os Alunos Habitualmente Comem a Salada /B21. Com que Frequência Habitualmente Comem os legumes

Relativamente ao consumo de saladas pelos alunos 32% dos inquiridos dizem-nos que comem salada + de 2 vezes

por semana, para 29% comem sempre a salada, para 23% comem salada 2 vezes por semana, para 1% nunca

consume salada e 14% não respondeu.

No que concerne aos consumo de legumes 28% dos inquiridos consideram que os alunos comem sempre os

legumes, para 30% comem duas (2) vezes por semana, para 29% consumem + de 2 vezes por semana legumes e

13% não responde.

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Gráficos B22- Com que Frequência Comem os Alunos Gelatina/B23 - Com que Frequência Comem os Alunos Iogurte

De acordo com 42% dos inquiridos, os alunos comem 2 vezes por semana gelatina, para 12% comem sempre a

gelatina, para 10% comem 1 vez por semana, para 4% nunca comem, para 2% mais de 2 vezes por semana e 30%

não responde (gráfico B22).

Para 51% dos inquiridos, os alunos comem 2 vezes por semana iogurte, para 12% comem sempre o iogurte, para

11% comem 1 vez por semana, para 4% mais de 2 vezes por semana e 22% não responde (Gráfico B23).

Gráfico B24 -Com que Frequência Comem os Alunos Fruta

46% dos inquiridos consideram que os

alunos comem fruta mais de 2 vezes por

semana, para 34% comem sempre a fruta,

para 14% duas (2) vezes por semana e 6%

não responde.

Constatamos que neste leque de questões que se prendem com a composição, a frequência de consumos dos

diferentes géneros alimentícios por parte dos alunos, houve uma elevada percentagem de adultos inquiridos que

não responderam e, que poderá ser justificada com o facto de 23% (gráfico B4) destes apenas utilizarem e

frequentarem esporadicamente o refeitório escolar e de 18% (gráfico B6) não facultar apoio à hora de almoço aos

alunos e crianças. Deste modo, desconhecem os hábitos e rotinas dos mesmos na vertente alimentar.

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Gráfico B25 - Que Outros Pratos Sugere Implementar no Plano de Ementas – Questão Aberta

Relativamente ao pedido de sugestões de

pratos que gostariam de ver

implementados no plano de ementas, na

ordem das preferências dos adultos

surgem os pratos à base de carne picada

para 26 dos inquridos, num universo de

188, para 21 inquiridos os pratos

grelhados, para 16 filetes, para 7 exequo

bacalhau com natas e empadão de carne,

croquetes de carne ou rissóis, para 6

bifes com batata frita, para 5 pratos de bacalhau, bolonhesa para 4, arroz à valênciana para 3 e lombo de porco

para 2.

Assim, muito dos pratos elencados pelos adultos, também se encontram na ordem das preferências dos alunos

(gráfico A23), embora existam algumas expecções e diferenças e das quais se demarcam as Pizzas que se

encontram no topo das solicitações/preferências dos alunos e para os adultos demarcam-se os pratos à base de

grelhados. Efectivamente os hábitos alimentares das diferentes gerações determinam e justificam as prinipais

diferenças e gostos alimentares dos mesmos.

Gráfico B26 - Quais os Pratos com Melhor Aceitação - Questão Aberta

De acordo com 61 dos inquiridos num

universo de188, os pratos de carne são os

que melhor aceitação recebem por parte

dos alunos, particularmente o frango com

batatas fritas é referido por 41 inquiridos,

como sendo muito apreciado pelos aluno,

53 também referem a boa aceitabilidade

para esparguete a bolonhesa, 24 inquridos exequo dizem-nos que as massas com peixe e carne e os hamburgures

são pratos bastante apreciados pelos alunos, o empadão de atum é salientado por 18 dos inquiridos como sendo

um prato muito apreciado, com 17 observações surgem os douradinhos de peixe, com 10 ovos mexidos c/salsichas

e com 5 lasanha.

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Gráfico B27- Quais os Pratos com Pior Aceitação - Questão Aberta

Relativamente a questão colocada

aos adultos em face aos pratos com

menor aceitação pelas crianças, são

referidos os pratos de peixe assado

e/ou cozido por 116 inquiridos, para

45 surgem as saladas com base de

grão, feijão-frade e a feijoada, com

17 observação surgem os

legumes/hortaliças – cenouras e

batatas, e finalmente 9 inquiridos

dizem-nos que as sopas de legumes e sem serem passadas são os pratos com pior aceitabilidade pelos alunos.

Relativamente a questão das sopas que são servidas sem serem passadas, podemos dizer que a sopa é, na

maioria dos dias servida passada, embora não possa, nem deva ser, todos os dias servida passada, pelas razões

que passamos a evidenciar:

As n/crianças tem que ser incentivadas para um exercício físico que desenvolva os músculos vitais no crescimento

infantil, a “mastigação”; se a musculatura craniofacial não mastigar, não se desenvolve e não existe um

crescimento dos ossos craniofaciais adequados;

Além das razões de desenvolvimento clinicamente explicadas, existem outras razões de ordem digestiva,

nomeadamente o facto da necessidade das crianças, a partir dos 3 anos de idade ingerirem fibra. E a trituração,

dos alimentos elimina a fibra presente nos vários legumes constituintes da sopa.

A fibra é também essencial na prevenção da obstipação intestinal, reduzindo o tempo de trânsito intestinal.

Por tudo isto, julgamos que é de elementar necessidade continuar a incentivar as nossas crianças a ingerirem

sopas, nomeadamente de legumes (não somente passadas, mas com todos os nutrientes vitais e essenciais para

um crescimento e desenvolvimento infantil saudável), bem como produtos hortícolas e frutícolas, embora sabendo

que não são alimentos apelativos para a crianças e que originam reclamações junto do serviço, mas preferimos ter

reclamações do que transformar as nossas crianças e alunos numa população obesa e subnutrida.

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6.- Lanches dos Alunos no Intervalo da manhã

Gráfico B28 - Os Alunos Comem um Lanche no Intervalo da Manhã

De acordo com 76% dos inquiridos os

alunos comem um lanche no intervalo da

manhã, para 19% não consumem lanche e

5% não respondeu.

Gráficos B29 - A que Horas os Alunos Habitualmente Lancham / B30 - Com que frequência Comem os Alunos o Lanche

De acordo com o gráfico B29, 69% dos alunos comem o lanche da manhã às 10:30H, 2% às 11H00, 1% exequo

10:15H e 11:30H e 28% não responde.

Conforme o gráfico B30, 73% dos alunos comem o lanche da manhã todos os dias, 10% nunca come lanche de

manhã e 17% dos inquirdos não responde.

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Gráficos B31 - Qual a Constituição Habitual dos Lanches dos Alunos – Pergunta Aberta

Quando perguntamos qual a composição

habitual dos lanches dos alunos,

constatamos que a maioria dos lanches é

composto por sandes de queijo e fiambre

com 51 de observações, seguem-se as

bolachas com 50 observações, de seguida

surge o pão com manteiga, os bolos, a fruta,

as batatas fritas e os cereais.

Na composição liquida surge o leite na ordem das preferências que é fornecido pela escola na maioria dos casos,

de seguida surgem os sumos, os iogurtes liquidos e o leite com chocolate.

7.- Avalição Global do Serviço Prestado pela Empresa Concessionária Comparativamente com o Ano

Anterior

Gráfico B32 - Como Avalia o Serviço Prestado pela Uniself Comparativamente Com o Ano Anterior

Para 42% dos inquiridos o serviço prestado

pela empresa concessionária dos refeitórios

escolares melhorou este ano

comparativamente com o ano passado, para

38% manteve-se igual, para 5% piorou e 15%

não responde.

Face aos resultados podemos considerar que grau de satisfação dos utilizadores do serviço de refeições escolares

melhorou relativamente aos anos transactos.

Avaliação do Grau de Satisfação dos Utilizadores dos Refeitórios Escolares no Ano Lectivo 2010/11 Departamento de Educação

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7.1. Avalição Global do Serviço Prestado/Acompanhamento efectuado pelo Departamento de

Educação Comparativamente com o Ano Anterior

Gráfico B33- Como Avalia o Acompanhamento dado pelo Departamento de Educação Comparativamente ao Ano Anterior

Para 43% dos inquiridos o

acompanhamento dado pelo

Departamento de Educação este ano

comparativamente ao ano anterior

Melhorou, para 34% manteve-se igual,

para 2% piorou e 22% não respondeu.

Face aos resultados podemos afirmar que a aposta do Departamento de Educação no reforço dos seus Recursos

Humanos e na formação/constituição de uma equipa de trabalho multidisciplinar na vertente gestão, fiscalização e

acompanhamento dos refeitórios escolares têm vindo a surtir efeitos e atingir os objectivos que se pretendiam, ou

seja, proporcionar um serviço de refeições de qualidades aos alunos e crianças, bem como identificar as

problemáticas que envolvem esta área de actuação, apresentando propostas de melhoria e de resolução em

tempo útil dos problemas sempre em consonância com as competências do Municipio.

Avaliação do Grau de Satisfação dos Utilizadores dos Refeitórios Escolares no Ano Lectivo 2010/11 Departamento de Educação

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8-. Sugestões/Observações apresentadas pelos Adultos Inquiridos Gráfico B34 - Sugestões e Observações dos Inquiridos

Em face das sugestões/observações apresentadas pelos inquiridos salientam-se as de âmbito:

Organizativo e Estrutural como a necessidade de um espaço para o refeitório mais apropriado, criar linhas de self.

Organizativo e de Gestão Interna da escola:

Uma vez que é reconhecido que o acompanhamento da hora de almoço como sendo fundamental para manter

regras e comportamentos adequados dos alunos à hora de almoço e primordial para que as crianças comam a

refeição, acompanhamento este que é efectuado por pessoal docente e não docente da escola.

Ainda neste âmbito, os adultos referem que a gestão e recolha diária das senhas de almoço junto dos alunos

deveria ser da responsabilidade da empresa e não da escola.

Organizativo e de Gestão da Empresa Concessionária

Surgem também algumas observaçoes relativas à confecção dos alimentos ser, mais ou menos, apreciada e o

enfoque na qualidade de alguns produtos alimentares (materia – prima).

A este propósito o Municipio através do Departamento de Educação exerce uma acção de fiscalização de modo ao

cumprimento integral do Caderno de Encargos por parte da empresa concessionária, pelo que podemos afirmar a

partir de dados recolhidos (documentos) e das nossas acções de fiscalização e de acompanhemento do serviço de

prestação nos refeitórios que os fornecedores dos produtos (materias-primas) utilizados nos mesmos são

certificados, sendo esta uma exigência do Caderno de Encargos.

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9.- Conclusão

A partir da análise e tratamento dos resultados aos inquéritos aplicados aos utilizadores regulares dos

refeitórios escolares, de forma a avaliar o grau de satisfação dos mesmos, face à utilização do serviço de

refeições escolares, conclui-se que:

No que concerne à prestação do serviço por parte da concessionária dos refeitórios escolares, para 42%

dos adultos inquiridos o grau de satisfação melhorou relativamente ao serviço prestado no ano anterior

para 38% manteve-se igual (gráfico B32). Já para 51% dos alunos as refeições servidas este ano face ao

ano passado melhoraram e para 38% mantiveram-se iguais (gráfico A35), assim, para a maioria dos

alunos o grau de satisfação melhorou face ao serviço prestado no âmbito das refeições escolares

servidas.

Também os parâmetros da Avaliação Global do Serviço de fiscalização e de acompanhamento dado pelo

Departamento de Educação, comparativamente com o ano passado, melhorou para 43% dos adultos

inquiridos e para 34% manteve-se igual (gráfico B33).

Consideramos que para esta Avaliação Global do serviço prestado comparativamente com anos

transactos e, que se reflecte num expressivo aumento do Grau de Satisfação dos alunos e adultos

utilizadores dos refeitórios escolares, contribuíram em grande medida alguns ajustamentos e

redefinições estruturais, organizativas e de gestão implementados pelo Departamento de Educação

neste ano lectivo 2010/11, e que têm premiado a partilha, a proximidade e o envolvimento de todos os

agentes educativos intervenientes neste processo.

• Posto isto, a Avaliação Global do Grau de Satisfação dos utilizadores do serviço de refeições

escolares sob gestão municipal, é compreendido a partir das seguintes evidências resultantes da

análise dos inquéritos, tais como:

• 95% dos alunos inquiridos utilizam o refeitório escolar todos os dias (gráfico A4), também 77%

dos adultos consideram-se frequentadores assíduos do refeitório (gráfico B4);

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• 80% dos alunos dizem-nos que se sentem acompanhados na hora de almoço (gráfico A6),

efectivamente este acompanhamento é facultado por 81% dos adultos que utilizam o refeitório

(gráfico B6);

• 50% dos alunos dizem-nos que o atendimento e simpatia das funcionárias da empresa é bom e

36% muito bom (gráfico A5), a este propósito 50% dos adultos inquiridos dizem-nos que é bom

e 34% muito bom (gráfico B7);

• 40% dos adultos consideram que o n.º de funcionários da empresa concessionária ao serviço é

aceitável, 39% bom e 16% muito bom (gráfico B8);

• 86% dos alunos estão satisfeitos com a variedade e diversidade dos partos servidos (gráfico A8),

também 77% dos adultos consideram que os pratos servidos são diversificados (gráfico B11);

• 45% dos alunos consideram a quantidade de comida servida boa, 26% de muito boa (gráfico

A9), também 48% os adultos consideram-na boa, 29% aceitável e 17% muito boa (gráfico B12);

• 51% dos adultos inquiridos dizem-nos que o pedido do aluno para repetição do prato principal é

sempre atendido (gráfico B14), por sua vez 39% dos alunos consideram que o seu o pedido para

repetir é sempre atendido (gráfico A11);

• 43% dos alunos consideram o tempo de espera para obter a refeição de Bom e 34% de muito

bom (gráfico A7), também para 45% dos adultos o tempo de espera é bom, para 30% muito

bom e para 23% aceitável (gráfico B9);

• 57% dos adultos consideram que a temperatura a que é servida a refeição é boa, para 22%

aceitável e para 19% muito boa (gráfico B10);

É, curioso constatar que embora os graus de apreciação e de atitude sejam diferentes entre alunos e

adultos, os níveis de satisfação para as diferentes questões são muito semelhantes, o que vem

consubstanciar os resultados obtidos.

Assim, realçamos a atenção e o enfoque numa gestão de proximidade, partilha e envolvimento dos

recursos humanos e, que se têm revelado como sendo factores de “eficiência” na prossecução dos

objectivos pretendidos, concedendo sustentabilidade a um trabalho de continuidade que é

determinante para uma melhoria continua do serviço prestado as nossas crianças, de forma a facultar-

lhes refeições equilibradas e de qualidade.

Avaliação do Grau de Satisfação dos Utilizadores dos Refeitórios Escolares no Ano Lectivo 2010/11 Departamento de Educação

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Por outro lado, quisemos compreender com a elaboração de um ciclo de perguntas abertas formuladas

aos adultos e alunos, obter a opinião dos mesmos relativamente aos alimentos e pratos que, mais ou

menos, apreciam (os alunos) razões das rejeições e das preferências, e que recaíram estas últimas sobre

os pratos de carne, nomeadamente pratos à base de carne picada, sendo arredados para um segundo

plano os pratos de peixe, leguminosas e hortícolas que surgem com sendo os menos apreciados pelos

alunos, de acordo com os gráficos A23, B25, 26 e 27.

Ainda no âmbito, dos pratos e alimentos preferidos pelos alunos, não podemos deixar de salientar que

surgem no topo de todas as preferências as pizzas com 37% dos alunos que nos dizem ser o prato que

mais gostam/apreciam, seguindo-se os pratos à base de massa com 24% das preferências e os de carne

picada (hambúrgueres, almôndegas, bolonhesa e lasanhas) também se encontram entre os pratos mais

apreciados pelos alunos (gráfico A23).

É de salientar, ainda a fraca expressividade, ou, a ausência de referências na ordem de preferências dos

alimentos dos alunos quer, ao nível dos legumes quer, das sopas, o que vem comprovar que a

alimentação das novas gerações é deficitária em matéria de produtos hortícolas e leguminosas. E, muito

em parte por falta de hábitos alimentares saudáveis e equilibrados.

Mas, para tal em muito têm contribuído, os ritmos e estilos de vida da sociedade actual, que estão a

originar alterações profundas nos hábitos e rotinas alimentares, preconizando preferencialmente uma

alimentação a base de fast-food (pratos rápidos), prontos e mais baratos, sendo estes sinónimo de

estilos de vida stressantes e de falta de tempo característicos das sociedades desenvolvidas e urbanas.

Como sabemos, esta alimentação é pobre em legumes e fibras e rica em hidratos de carbono e açucares,

e face a estes hábitos alimentares errados e pouco saudáveis, assistimos a uma sociedade cada vez mais

propensa para a obesidade infantil e com problemas de saúde associados.

Finalmente, com esta bateria de perguntas abertas compreendemos também que determinados

factores de ordem organizativa, comportamental e de atitude, influenciam de modo determinante a

propensão frequente para a falta de apetite que, por vezes os alunos apresentam e a fraca

aceitabilidade para refeições/almoços menos apelativos e apetecíveis, nomeadamente no que diz

respeito aos pratos de peixe, legumes e sopa.

Avaliação do Grau de Satisfação dos Utilizadores dos Refeitórios Escolares no Ano Lectivo 2010/11 Departamento de Educação

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No entanto, no âmbito da fiscalização da prestação do serviço de fornecimento de refeições nas 30

unidades de refeitório escolares, foram efectuadas pelas técnicas do Departamento de Educação 90

acções inspectivas desde o inicio do ano lectivo e 136 visitas de acompanhamento realizadas antes,

durante e após as refeições escolares, no período compreendido entre as 11:00 H e as 15:00 H.

Pelo que, já se tinha constatado que havia alguma resistência por parte das crianças em aceitar alguns

pratos servidos, alguns constituintes (especialmente leguminosas e hortícolas) e em certos casos a sopa

e os pratos de peixe, factos que agora se comprovam a partir da análise dos resultados dos inquéritos.

Constatámos também que o problema se prende em grande medida, com o lanche/merenda que 96%

dos alunos consomem a meio da manhã, entre as 10H30 e as 11H00, sendo que às 12H00/12H30 iniciam

a hora de almoço, não apresentando apetite suficiente para ingerir mais uma refeição.

Assim, o que se verifica é que o intervalo que medeia o lanche a meio da manhã e a hora de almoço é

insuficiente para que ao almoço as crianças tenham apetite, por outro lado a constituição desta

“pequena” refeição é muitas vezes desajustada na quantidade e variedade, constituição esta, que tem

geralmente por base: um pão com manteiga, queijo ou fiambre, bolachas e/ou “bolicaos” e/ou batatas

fritas, leite, sumos e fruta entre outros (gráficos A30 e B31).

Portanto, os hábitos e rotinas alimentares dos alunos podem influenciar, determinantemente, a fraca

aceitabilidade para algumas refeições.

Como é sabido o Município, não gere estas situações (lanches), nem detém competências para

definir/estabelecer, quer os horários dos lanches da manhã, quer dos almoços, pelo que é,

determinante coexistir um trabalho de parceria e colaboração operacionalizado entre o Departamento

de Educação, Agrupamentos, Escolas, Associações de Pais e Encarregados de Educação, pois, só com o

envolvimento de todos, nas diferentes dimensões quer, da prestação e gestão do serviço, da fiscalização

do mesmo, quer na componente pedagógica da Escola e dos Pais, incutindo hábitos alimentares

saudáveis nas n/crianças, poderemos obter melhorias contínuas.

Neste sentido, temos vindo a solicitar quer, junto da Escola quer, dos Pais uma gestão acompanhada e

equilibrada dos referidos lanches, por forma a aumentar a aceitabilidade das refeições, por parte das

crianças, bem como a evitar desperdícios que, tais situações originam quer para a gestão do refeitório,

quer para a CMO, quer ainda para os pais que pagam as refeições.

Avaliação do Grau de Satisfação dos Utilizadores dos Refeitórios Escolares no Ano Lectivo 2010/11 Departamento de Educação

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Mas, também consideramos ser determinante para que se processe uma mudança de hábitos e

rotinas alimentares e, que poderia ser preconizada e iniciada a partir de pequenos ajustamentos

introduzidos, nomeadamente nos horários das principais refeições escolares, ou seja, se o lanche do

intervalo da manhã fosse consumido um pouco mais cedo, entre as 9H30 e as 10H00, e se, a hora de

almoço fosse retardada em cerca de 30 minutos, relativamente a hora actual para inicio da refeição.

Acresce aos factores alimentares, uma fraca propensão para a actividade física e desportiva no período

escolar da manhã, dado que os horários escolares não integram actividade física e desportiva neste

período. Assim, as crianças para além de ingerirem lanches altamente calóricos e nutricionalmente

desequilibrados também não despendem fisicamente de calorias acumuladas, antes da hora de almoço.

Sendo a obesidade infantil um dos maiores problemas da actualidade nas sociedades ocidentais, de

acordo com dados actuais, o número de crianças com excesso de peso continua a aumentar, o que traz

transtornos a vários níveis: na saúde, na auto-estima, no desenvolvimento físico e intelectual do

indivíduo.

Por tudo isto, o Departamento de Educação elaborou em parceria com a DASSJ um marcador de livros

com a composição e sugestão de dois lanches saudáveis e equilibrados para os alunos e crianças e, que

temos vindo a distribuir pelas escolas do ensino pré-escolar e do 1.º Ciclo do ensino básico, de forma a

sensibilizar os alunos e Pais para estas questões aparentemente tão simples, mas que podem marcar e

fazer a diferença em matéria de incutir hábitos e rotinas alimentares mais saudáveis nas nossas crianças.

Consideramos e reconhecemos que para além do fornecimento das refeições equilibradas e de

qualidade, existe uma função pedagógica da alimentação, pelo que a escola e o pessoal em serviço no

refeitório é responsável por estimular as crianças a comerem um pouco de tudo, mesmo os alimentos

que por vezes os alunos “dispensam e/ou rejeitam”, nomeadamente peixe e leguminosas.

Deste modo, a escola desempenha um papel fundamental na formação de hábitos de vida e de

personalidade da criança, sendo responsável por uma parcela importante dos conteúdos educativos

globais, inclusive do ponto de vista nutricional, mas que em primeira instância têm que ser incutidos no

ambiente familiar de inserção da criança.

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Neste contexto, reveste-se de extrema importância incutir hábitos e rotinas alimentares saudáveis, quer

nas gerações mais novas, quer nas que actualmente educam as nossas crianças, de forma a

conseguirmos ter Pais e Filhos mais conscientes para questões que, não só se prendem com práticas e

hábitos alimentares diários, mas que podem marcar a diferença entre termos uma população saudável e

feliz ou subnutrida, obesa e infeliz.