relatorio pronto organica 2

7
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI DEPARTAMENTO DE QUIMICA-FACET DISCIPLINA: QUIMICA ORGÂNICA II ATIVIDADE V-B: OBTENÇÃO DO VERMELHO DE MONOLITE (P-NITROFENILAZO)-2-NAFTOL Docente: Roqueline Discentes: Bruno Aguiar Felipe Cruz Tais dos Reis Diamantina 2015

Upload: filipe-cruz

Post on 09-Nov-2015

66 views

Category:

Documents


12 download

DESCRIPTION

Obtencao da paranitroanilina

TRANSCRIPT

  • UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI

    DEPARTAMENTO DE QUIMICA-FACET

    DISCIPLINA: QUIMICA ORGNICA II

    ATIVIDADE V-B: OBTENO DO VERMELHO DE MONOLITE

    (P-NITROFENILAZO)-2-NAFTOL

    Docente: Roqueline

    Discentes:

    Bruno Aguiar

    Felipe Cruz

    Tais dos Reis

    Diamantina

    2015

  • Sumrio

    1 Introduo ................................................................................................................ 1

    1.1 Obteno do Vermelho de Monolite (p-Nitrofenilazo) 2 Naftol ................. 1

    2 Objetivo .................................................................................................................... 2

    3 Materias e Reagentes .............................................................................................. 2

    4 Procedimento Experimental ................................................................................... 2

    4.1 - Parte 1: Preparo do cloreto de p-Nitrobezenodiaznio ......................................... 2

    4.2- Parte 2: Emprego em tecidos ................................................................................. 2

    5 Resultados e Discusso ............................................................................................ 2

    6 Concluso ................................................................................................................. 3

    7 Referencias Bibliogrficas ...................................................................................... 4

  • 1

    1 Introduo

    1.1 Obteno do Vermelho de Monolite (p-Nitrofenilazo) 2 Naftol

    O primeiro corante sinttico foi descoberto por acidente pelo cientista Willian

    EnryPerkin em 1856. PerKi estudava a oxidao da fenilamina, (conhecida como

    anilina), com dicromato de potssio, em seu laboratrio, quando obteve um corante

    sinttico hidrossolvel, ele deu o nome de malvena, este corante adequado ao

    tingimento da seda. Desde ento, os corantes que eram frequentemente utilizados

    naquela poca, isolados de fontes naturais, foram sendo substitudos por substncias

    sintticas. Atualmente a maioria dos corantes utilizados na indstria e comrcio so

    substncias sintticas orgnicas [2]. De acordo com Menda (2011):

    [...] Corantes so substncias que quando aplicadas a um

    material lhe conferem cor. [...] So usados principalmente na

    indstria txtil, mas tambm nas indstrias de artefatos de couro,

    papel, alimentos, cosmticos, tintas e plsticos. Dentre os

    corantes, os derivados de anilina so empregadas para colorir

    tecidos, madeiras e outros produtos. Elas so retidas no material

    por adsoro, dissoluo, reteno mecnica ou por ligaes

    qumicas inicas ou covalentes. [...]

    Compostos qumicos que carregam o grupo funcional R-N=N-R, sendo um grupo

    alquila ou arila, so conhecidos e denominados como azo-compostosou corantes azo.

    Estes corantes constituem uma classe importante desubstancias que promovem a cor

    devido facilidade com que eles podem sersintetizados. Todas as aminas aromticas

    diazotizadas podem ser acopladascom qualquer sistema nucleoflico insaturado para

    fornecer o produto azocolorido. Dentre os azo-compostos existem os alifticos,

    formadores deiniciadores de polmeros quando aquecidos e os aromticos, como o

    vermelho de monolite, corante estvel [2].

  • 2

    O Vermelho de Monolite um corante sinttico amplamente utilizado naindstria

    qumica e txtil, sendo utilizado como pigmento em plsticos, papis,lpis de cor e

    tecidos [2].

    2 Objetivo

    Objetivo desse experimento foi trabalhar tcnicas de sntese orgnica, atravs

    da obteno do vermelho de monolite a partir da p-nitroanilina.

    3 Materiais e Reagentes

    Bquer de 125 ml

    Proveta de 25 ml

    Bquer de 100 mL

    cido clordrico concentrado

    p-nitroanilina

    Iodeto de potssio

    2-Naftol

    Amido solvel

    Nitrito de sdio

    Etanol (comercial)

    Basto de vidro

    Papel filtro

    Gelo picado

    Banho de gelo

    Balana analtica

    Chapa aquecedora

    Termmetro

    4 Procedimento Experimental

    4.1 - Parte 1: Preparo do cloreto de p-Nitrobezenodiaznio

    Para a realizao da primeira parte da prtica, colocou-se em bquer de 125 ml, 1g de p-

    nitroanilina, 3 ml de gua destilada e 2 ml de acido clordrico concentrado. Em seguida

    resfriou e adicionou-se 6g de gelo picado, quando a temperatura do meio reacional

    atingiu-se uma temperatura de 5C adicionou-se, lentamente sob agitao, uma soluo

    resfriada de 0,5g de nitrito de sdio em 3 ml de gua destilada. Deixou-se em repouso

  • 2

    por 10 minutos. Posteriormente verificou-se o final da diazotao atravs de ensaio com

    papel de amido iodetado.

    4.2- Parte 2: Emprego em tecidos

    Diluiu-se a soluo de cloreto de p-nitro-bezenodianznico em 400 ml de gua e

    mergulhou-se o tecido nessa soluo.

    5 Resultados e Discusso

    A sntese do composto proposto foi realizada a partir da diazotao da p-nitro-

    anilina. Para tanto, duas etapas so realizadas: na primeira, formado o on nitrnio

    (NO+) com a reao entre o cido clordrico e o nitrito de sdio, e o on atacado pela

    amina aromtica, originando o sal de diaznio. Na segunda etapa, ocorre o acoplamento

    do sal de diaznio e a formao do corante de colorao vermelho intenso, o composto

    1-(p-nitro-fenil-azo)2-naftol. O mecanismo para tal rora sinttica pode ser visualizado

    na Figura 1.

    NO2

    NH2

    HCl

    NaNO2

    NO2

    N NH2+

    +

    OH

    N N

    C+

    OH

    HOH2+

    N N

    OH

    + OH3+

    Figura 1: Mecanismo da reao de formao do Vermelho de monolite

  • 3

    Aps a adio do tecido na soluo observou-se a mudana da colorao para

    um vermelho caracterstico do corante de interesse o vermelho de monolite onde foi

    utilizado para o tingimento de um pedao de pano previamente embebido em 2-naftol.

    (Figura 2)

    Figura 2: Emprego em tecido

    Entre as principais, as ligaes intermoleculares esto presentes nas ligaes

    fibra-corante. Tanto as fibras como os corantes possuem grupos, com tomos O, N ou S,

    altamente polares. Grupos -OH so capazes de fazer ligaes hidrognio, a mais forte

    interao intermolecular. Os grupos fenlicos, nos corantes, tem dupla funo: atuam

    como auxocromos e fornecem stios para ligaes hidrognio.

    A ligao entre a fibra e o corante pode ser, ainda, do tipo covalente: o caso da

    interao nos corantes reativos, que so ligados a um grupo eletroflico, capaz de reagir

    quimicamente com a fibra.

    6. Concluso

    Conclui-se com este experimento que a obteno do vermelho de monolite a

    partir destas rotas sintticas foi realizada com sucesso. Atravs deste experimento

    tambm foi possvel aprimorar nossos conhecimentos quanto ao manuseio de

    equipamentos e aparatos no laboratrio desenvolvendo uma capacidade de analisar e

    caracterizar os produtos formados pelas snteses.

  • 4

    6 Referencias Bibliogrficas

    [1] SOLOMONS, T. W. Graham; FRYHLE, Graig B. Qumica orgnica. 8.ed.

    Rio deJaneiro: LTC, 2009. v.2;

    [2] Abiquim - Associao Brasileira da Indstria Qumica e Produtos Derivados., 1997.

    Anurio da Indstria Qumica.

    [3] MENDA, Mari, et al. Corantes e Pigmentos, 2011. Disponvel em:

    http://www.crq4.org.br/quimicaviva_corantespigmentos. Acessado em: 22-MAIO-2015