relatÓrio preliminar do mapeamento das instituiÇÕes … · sociedade civil. o seu êxito deve-se...

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RELATÓRIO PRELIMINAR DO MAPEAMENTO DAS INSTITUIÇÕES DO TERCEIRO SETOR DOS MUNICÍPIOS DE CATALÃO, GOIANDIRA E OUVIDOR Catalão - Goiás, setembro de 2016

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RELATÓRIO PRELIMINAR DO

MAPEAMENTO DAS INSTITUIÇÕES DO

TERCEIRO SETOR DOS MUNICÍPIOS DE

CATALÃO, GOIANDIRA E OUVIDOR

Catalão - Goiás, setembro de 2016

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AGRADECIMENTOS E CRÉDITOS

A realização do presente trabalho deve-se a um conjunto de esforços e de boa da

sociedade civil. O seu êxito deve-se a colaboração de pessoas singulares e coletivas, mas

como qualquer outra ação, existiram aqueles que se destacaram e não podemos deixar de

enaltecer o seu desempenho e empenho.

Agradecemos o Global Communities Brasil e sua equipe por ter proporcionado essa

oportunidade de realizar esse trabalho gratificante junto da sociedade civil.

Agradecemos os apoios institucionais da UFG e da UNICAT, pela infraestrutura

disponibilizada a realização das atividades, e aos discentes e docentes envolvidos nas

tarefas pela parceria na execução desse trabalho.

As Senhoras Adrianne Oliveira e Roseli pelas orientações durante o trabalho.

Aos Senhores Jon Allen e Stephan Kavitski pela prontidão, contribuição e orientação e

elo de ligação entre a equipe e a Global Communities Brasil e subsídios técnicos;

Às representantes de todas as organizações mapeadas pela disponibilidade, recepção e

prontidão em nos atender mesmo com o tempo escasso;

- A toda a equipe que trabalhou arduamente neste processo, muito obrigado;

Agradecimentos gerais e estendidos a todos os que direta ou indiretamente contribuíra m

para a realização deste trabalho.

“A nossa geração é a primeira com recursos e conhecimento para acabar com a

pobreza extrema e colocar nosso planeta em um curso sustentável, antes que seja

tarde demais”.

Ban Ki-moon, Relatório da ONU, 2014

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EQUIPE DE TRABALHO

EQUIPE DE DOCENTES

Prof. Serigne Ababacar Cissé Ba - Administrador e Doutor em Educação. Coordenador

da equipe.

Email: [email protected]

Prof. Rogério Bianchi de Araújo - Cientista Social - Doutor em Ciências Sociais

Email: [email protected]

Prof. Paulo Alexandre de Castro - Físico - Doutor em Física

Email: [email protected]

EQUIPE DE DISCENTES E PROFISSIONAIS

Gabriela Ferreira de Sousa - Graduanda em Ciências Sociais pela UFG.

E-mail: [email protected]

Joyce Lopes Ferreira - Bacharel em Administração pela UFG.

E-mail: [email protected]

Luísa Cerqueira Credi-Dio - Graduanda em Ciências Sociais pela UFG.

E-mail: [email protected]

Naionara Vieira da Silva - Graduanda em Ciências Sociais pela UFG.

E-mail: [email protected]

Paulo Alves - Graduando em Ciências Sociais pela UFG.

Email: [email protected]

Wilian Gabriel Mancini - Bacharel em Administração - Pós-graduando em Gestão de

Pessoas e Marketing pela UFG.

Email: [email protected]

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Sumário Lista de Tabelas ................................................................................................................... 6

Lista de Figuras.................................................................................................................... 7

Lista de Siglas e Acrônimos .................................................................................................. 9

Sumário Executivo ............................................................................................................. 10

Resumo ............................................................................................................................ 11

Introdução ........................................................................................................................ 12

1. Demografia do Estado de Goiás ...................................................................................... 12

2. Dados gerais da Microrregião de Catalão ........................................................................ 13

3. Objetivo geral ................................................................................................................ 14

4. Objetivos específicos ..................................................................................................... 14

5. Breve Referencial teórico sobre Terceiro Setor e Instituições do Terceiro Setor ................. 14

6. As Organizações não governamentais ............................................................................. 15

6.1. Definição ................................................................................................................ 15

6.2. Funções principais ................................................................................................... 15

6.3. Como conseguem recursos? .................................................................................... 16

6.4. Associação das Instituições do Terceiro Setor ........................................................... 16

7. Mapeamento, o que é e para que serve? ........................................................................ 16

8. Procedimentos metodológicos ....................................................................................... 16

8.1. Tipo de pesquisa ..................................................................................................... 16

8.2. Caráter da pesquisa................................................................................................. 17

8.3. Cunho da pesquisa .................................................................................................. 17

8.4. Procedimentos de coleta e análise dos dados ........................................................... 18

9. Lócus do trabalho .......................................................................................................... 22

10. Resultados e Discussões ............................................................................................... 22

10.1. Aspectos gerais sobre o município de Catalão ......................................................... 22

10.2. Aspectos gerais sobre o município de Goiandira...................................................... 24

10.3. Aspectos gerais sobre o município de Ouvidor ........................................................ 25

10.4. Análise descritiva conjunta dos dados obtidos ........................................................ 27

10.4.1. Dados gerais ................................................................................................... 27

10.4.2. Categorias de Instituições do Terceiro Setor estudadas ..................................... 28

10.4.3. Dados sobre faturamento ................................................................................ 29

10.4.4. Áreas de atuação das Instituições do Terceiro Setor estudadas .......................... 30

10.4.5. Informações gerais, administrativas e operacionais das Instituições do Terceiro

Setor estudadas ......................................................................................................... 32

10.4.6. Aspectos gerais sobre a Captação de recursos .................................................. 48

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10.4.7. Informações sobre Programas, Projetos, Atividades ou Ações............................ 50

10.4.8. Informações sobre Necessidade de Voluntariado .............................................. 57

10.4.10. Informações sobre social network .................................................................. 70

11. Conclusões e apontamentos de recomendações............................................................ 78

12. Algumas limitações da pesquisa.................................................................................... 79

12.1. Recomendações de ações pontuais para alcançar uma maior eficiência das ações das

Instituições do Terceiro Setor das cidades de Catalão, Goiandira e Ouvidor. ..................... 80

13. Recomendações para futuras pesquisas ........................................................................ 82

14. Referências.................................................................................................................. 83

15. Glossário ..................................................................................................................... 84

16. Apêndices e Anexos ..................................................................................................... 94

Apêndice 1 – Lista das Organizações Mapeadas............................................................... 94

Apêndice 2 –Organizações Listadas Que Não Foram Entrevistadas ................................... 96

Apêndice 3. Organizações Contatadas, Mas Não Foram Entrevistadas (Motivos) ............... 97

Anexo 1 – Modelo de Certificado de Registro fornecido pelo CRAS - Catalão ..................... 99

Anexo 2 – Equipe de trabalho em reunião ..................................................................... 100

Anexo 3 – Representantes de Instituições do Terceiro Setor sendo entrevistados ........... 102

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Lista de Tabelas

Tabela 1 - Dados censitários do município de Catalão-Goiás................................................. 23

Tabela 2 - Dados censitários do município de Goiandira-Goiás. ............................................ 24

Tabela 3 - Dados censitários do município de Ouvidor-Goiás. ............................................... 26

Tabela 4 - Instituições do Terceiro Setor estudadas e período de coleta das informações. ..... 27

Tabela 5 - Área de atuação das Instituições do Terceiro Setor estudadas. ............................. 32

Tabela 6 - Tabela com o detalhamento da captação de recursos de custeio para manutenção

das entidades estudadas.................................................................................................... 36

Tabela 7 - Tabela detalhada com a atuação na região das Instituições do Terceiro Setor

estudadas. ........................................................................................................................ 39

Tabela 8 - Tabela com as razões para a situação atual das Instituições do Terceiro Setor

estudadas. ........................................................................................................................ 41

Tabela 9 - Tabela com as principais virtudes (pontos fortes e oportunidades) das Instituições do

Terceiro Setor estudadas. .................................................................................................. 43

Tabela 10 - Detalhamento do levantamento sobre o recebimento, por parte das Instituições do

Terceiro Setor estudadas, de consultoria e/ou assessoria. ................................................... 45

Tabela 11 - Tabela com o levantamento sobre o recebimento, por parte das Instituições do

Terceiro Setor estudadas, de consultoria e/ou assessoria. ................................................... 45

Tabela 12 - Tabela com as informações das atividades/projetos/programas realizados pelas

Instituições do Terceiro Setor estudadas............................................................................. 52

Tabela 13 - Tabela com o levantamento de como as Instituições do Terceiro Setor estudadas

fazem a sensibilização/convocação de voluntários. ............................................................. 63

Tabela 14 - Respostas à questão sobre o conhecimento de outras instituições que realizam

trabalhos de voluntariado. ................................................................................................. 70

Tabela 15 - Lista das instituições que possuem parceiras com as Instituições do Terceiro Setor

entrevistadas. ................................................................................................................... 71

Tabela 16 - Ranking das 10 instituições mais desejadas para serem parceiras. ...................... 72

Tabela 17 - Razões pelas quais as Instituições do Terceiro Setor estudadas não possuem vínculo

com as organizações apontadas. ........................................................................................ 77

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Lista de Figuras

Figura 1 - Pequena rede com oito vértices e dez ligações. .................................................... 21

Figura 2 - Página de rosto do questionário do mapeamento das Instituições do Terceiro Setor

nas cidades de Catalão, Goiandira e Ouvidor. ...................................................................... 22

Figura 3 - Mapa do município de Catalão – Goiás................................................................. 23

Figura 4 - Mapa do município de Goiandira – Goiás. ............................................................ 25

Figura 5 - Mapa do município de Ouvidor – Goiás. ............................................................... 26

Figura 6 - Categorias das Instituições do Terceiro Setor estudadas. ...................................... 29

Figura 7 - Dados sobre o Faturamento das Instituições do Terceiro Setor estudadas.............. 30

Figura 8 - Área de atuação das Instituições do Terceiro Setor estudadas. .............................. 31

Figura 9 - Tempo de existência das Instituições do Terceiro Setor estudadas......................... 33

Figura 10 - Número de colaboradores (pessoal remunerado), que atualmente as Instituições do

Terceiro Setor estudadas possuem. .................................................................................... 34

Figura 11 – Detalhamento, para o caso de um número de colaboradores maior do que 15, que

atualmente as Instituições do Terceiro Setor estudadas possuem. ....................................... 34

Figura 12 - Captação de recursos de custeio para manutenção das Instituições do Terceiro

Setor estudadas. ............................................................................................................... 36

Figura 13 - Atuação na região das Instituições do Terceiro Setor estudadas. ......................... 38

Figura 14 - Situação atual das Instituições do Terceiro Setor estudadas. ............................... 40

Figura 15 - Razões para a situação atual das Instituições do Terceiro Setor estudadas. .......... 41

Figura 16 - Principais problemas (pontos fracos e ameaças) que as Instituições do Terceiro

Setor estudadas enfrentam. ............................................................................................... 42

Figura 17 - Principais virtudes (pontos fortes e oportunidades) das Instituições do Terceiro

Setor estudadas. ............................................................................................................... 43

Figura 18 - Levantamento sobre o recebimento, por parte das Instituições do Terceiro Setor

estudadas, de consultoria e/ou assessoria. ......................................................................... 44

Figura 19 - Levantamento sobre se as Instituições do Terceiro Setor estudadas aceitariam, caso

tivessem acesso a algum tipo de consultoria e/ou assessoria. .............................................. 47

Figura 20 - Levantamento sobre o interesse e disponibilidade de tempo e pessoal em participar

de palestras e/ou cursos para aperfeiçoamento. ................................................................. 48

Figura 21 - Formas como as Instituições do Terceiro Setor estudadas acessam recursos para

execução dos projetos de cunho social propostos pelas mesmas.......................................... 49

Figura 22 - Levantamento sobre os tipos de recursos necessários para as Instituições do

Terceiro Setor estudadas. .................................................................................................. 50

Figura 23 - Levantamento dos valores médios que as Instituições do Terceiro Setor estudadas

necessitam para executar os projetos, programas, atividades ou ações a que se propõem ao

longo do ano. .................................................................................................................... 51

Figura 24 – Levantamento das áreas, da gestão interna, das Instituições do Terceiro Setor

estudadas em que possui maior necessidade de voluntários. ............................................... 58

Figura 25 - Levantamento da periodicidade de maior necessidade de trabalhos voluntários para

a execução de projetos/atividades/ações das Instituições do Terceiro Setor estudadas. ........ 59

Figura 26 - Levantamento do tempo, médio, de envolvimento dos voluntários. .................... 60

Figura 27 - Informação da quantidade de voluntários mobilizados para a execução dos

projetos/atividades/ações das Instituições do Terceiro Setor estudadas. .............................. 61

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Figura 28 - Tipo dos voluntários que as Instituições do Terceiro Setor estudadas fazem uso... 62

Figura 29 - Levantamento de como as Instituições do Terceiro Setor estudadas fazem a

sensibilização/convocação de voluntários. .......................................................................... 63

Figura 30 – Levantamento sobre disponibilidade e realização de voluntariado das Instituições

do Terceiro Setor estudadas............................................................................................... 64

Figura 31 - Levantamento de como as Instituições do Terceiro Setor estudadas fazem a seleção

das ações a serem realizadas voluntariamente. ................................................................... 65

Figura 32 - Levantamento das áreas em que as Instituições do Terceiro Setor estudadas teriam

maior interesse em participar como voluntário. .................................................................. 66

Figura 33 - Levantamento da quantidade de colaboradores, em média, das Instituições do

Terceiro Setor estudadas que teriam interesse e disponibilidade para participar de ações

voluntárias. ....................................................................................................................... 67

Figura 34 – Levantamento da disponibilidade de tempo de colaboradores, das Instituições do

Terceiro Setor estudadas, para realização de trabalhos voluntário. ...................................... 68

Figura 35 - Levantamento dos dias da semana em que os colaboradores das Instituições do

Terceiro Setor estudadas teriam maior disponibilidade de tempo em participar do

voluntariado. .................................................................................................................... 69

Figura 36 - Levantamento do turno de disponibilidade para voluntariado. ............................ 70

Figura 37-Rede de conhecimento de (outras) instituições de voluntariado das Instituições do

Terceiro Setor entrevistadas. ............................................................................................. 74

Figura 38-Rede de parcerias/relacionamentos existentes das Instituições do Terceiro Setor

entrevistadas. ................................................................................................................... 75

Figura 39-Rede de parceria/relacionamentos desejados pelas Instituições do Terceiro Setor

entrevistadas. ................................................................................................................... 76

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Lista de Siglas e Acrônimos

ACIC/CDL: Associação Comercial e Industrial de Catalão/Câmara dos Dirigentes Lojistas

ADCAC: Associação dos Docentes do Campus Catalão

ADISGO: Associação dos Diabéticos do Sudeste Goiano

ADRMEC: Associação dos Docentes da Rede Municipal de Catalão

AEB: Associação Estradeiros do Bem

AGEHAB: Agência Goiana de Habitação

ASCATE: Associação Catalana de Equoterapia

ASCITE: Associação Catalana de Iniciação e Treinamento Esportivo

ASPAC: Associação Protetora dos Animais de Catalão

ASPDEC: Associação das Pessoas com Deficiência de Catalão

ASSAPEC: Associação dos Aposentados e Pensionistas de Catalão

ASSINCAT: Associação Infocentro e Cultura Digital de Catalão

CAMOR: Casa de Apoio ao Morador de Rua de Catalão

CEAE: Centro Espírita Amor Eterno

CECONJ: Centro de Educação e Convivência Juvenil

CMEI: Centro Municipal de Educação Infantil

CNAE: Classificação Nacional de Atividade Econômica

CRAS: Centro de Referência da Assistência Social

CREAS: Centro de Referência Especializado de Assistência Social

FENOVA: Fundação Espírita Nova Vida

MCP: Movimento Camponês Popular

NATA: Núcleo de Apoio aos Toxicômanos Anônimos

SESI: Serviço Social da Indústria

SICREDI: Sistema de Cooperativa de Crédito

SSVP: Sociedade São Vicente de Paulo

UNIMED: Sociedade Cooperativa de Trabalho Médico

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Sumário Executivo

O presente relatório apresentado por um grupo de pesquisadores da Universidade Federal

de Goiás - Regional Catalão e da UNICAT é fruto de uma parceria entre a Global

Communities Brasil com objetivo de realizar o mapeamento das organizações formais não

governamentais do terceiro setor dos municípios de Catalão, Goiandira e Ouvidor

localizados na região sudeste do estado de Goiás. Com base em um formulário composto

por um questionário semiestruturado, pretendeu-se fazer um levantamento geral sobre o

perfil e as condições de funcionamento das instituições. Os resultados das análises

descritivas poderão subsidiar o Programa Semeando o Futuro da Global Communities

Brasil em seus projetos nesta região do estado de Goiás em termo de auxílio para uma

sustentabilidade e gestão mais eficiente. Numa perspectiva de neutralidade científica os

pesquisadores fizeram o levantamento de dados junto de 48 Instituições do Terceiro Setor

num universo de 103 organizações recenseadas onde a tabulação dos dados demonstrou

instituições muito pouco preparadas em termos de captação de recursos para seu devido

funcionamento, problemas de gestão administrativa, condução das atividades de

voluntariado além de termos na região uma grande sobreposição nas atividades

desenvolvidas pelas Instituições do Terceiro Setor formais de cunho social.

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Resumo

O trabalho em questão visou o mapeamento das organizações não governamenta is

formais do terceiro setor de cunho social das cidades de Catalão, Goiandira e Ouvidor,

todos situadas no sudeste do estado de Goiás para conhecer seu perfil, capacidades e

formas de atuação. O estudo foi realizado nos meses de julho e agosto de 2016 tendo

como base de dados: prefeituras, CRAS, CREAS, internet, redes sociais e o boca-a-boca.

As organizações estudadas foram contatadas para agendar a visita para a aplicação de um

questionário contendo mais de 44 questões semiestruturadas. Devido ao fato dos dados

primários e secundários serem não confiáveis, os pesquisadores procederam a uma nova

classificação e organização dos mesmos, visto que muitas delas mudaram de endereço,

telefones ou eram extintas. Obtivemos retorno de 35 Instituições do Terceiro Setor

formais na cidade de Catalão, 08 na cidade de Goiandira e 05 na cidade de Ouvidor

totalizando 48 (46,6%) Instituições do Terceiro Setor num universo de 103 entidades

onde 17 (16,5%) foram listadas e não foram entrevistadas e 38 (36,8%) Instituições do

Terceiro Setor foram contatadas, mas não foram entrevistadas. Apesar das dificuldades

inerentes a este tipo de pesquisa relativo ao desinteresse em responder o questionário, não

retornar o mesmo, ou dificuldades em atender, o mapeamento revelou: a existência de

instituições muito pouco preparadas em termos de captação de recursos para seu devido

funcionamento, problemas de gestão administrativa, condução das atividades de

voluntariado além de termos na região uma grande sobreposição nas atividades

desenvolvidas pelas Instituições do Terceiro Setor formais de cunho social.

Palavras-chave: Instituições do Terceiro Setor; terceiro setor; mapeamento; sudeste de

Goiás.

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“A crise consiste

precisamente no fato de

que o velho está morrendo

e o novo ainda não pode

nascer. Nesse interregno,

uma grande variedade de

sintomas mórbidos

aparecem.”

Antônio Gramsci, filósofo italiano

Introdução

O conceito de Organização Não Governamental – ONG teve seu início em 1940,

pela Organização das Nações Unidas – ONU, para caracterizar as entidades, da sociedade

que atuavam com projetos humanitários ou de interesse público. Sua expansão ocorreu

nas décadas de 1960 e 1970, na América Latina, onde se começou a perceber seu

importante papel na luta contra os Estados, bem como sua importância na construção de

políticas públicas e na implementação de mudanças (DIAS, 2003, p.15). As Instituições

do Terceiro Setor são relacionadas ao chamado “terceiro setor”, contemplando agentes

privados que atuam com fins públicos, elas desenvolvem ações para um bem comum.

Dessa forma, percebe-se a abrangência das Instituições do Terceiro Setor, que podem ter

como norteadores temas diversos, como sociedade, meio ambiente, entre outros no

cenário global, pois essas são constituídas por pessoas privadas que atuam em prol do

bem comum da sociedade, contribuindo com ações para o presente e para o futuro de seus

locais de atuação.

1. Demografia do Estado de Goiás

Goiás é o Estado mais populoso do Centro-Oeste. Conforme a estimativa

populacional de 2014 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Goiás tem

6.523 milhões de habitantes e densidade demográfica de 19 habitantes/km². Entre 2000 e

2014, a taxa média anual de crescimento foi de 1,91%, maior que a nacional (1,28%) e

pouco abaixo da do Centro-Oeste (1,94%). Um dos principais fatores que explica o

crescimento da população é o crescente número de imigrantes que Goiás vem recebendo,

principalmente nas últimas décadas. O Censo Demográfico de 2010 revelou que

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aproximadamente 28% das pessoas residentes em Goiás são oriundas de outros Estados.

Em termos relativos, Goiás é o sétimo no ranking dos Estados brasileiros por residentes

não naturais do próprio Estado, e o quarto, em números absolutos. Em termos de gênero,

a população feminina é predominante em Goiás, são 99 homens para cada 100 mulheres

aproximadamente. Em termos de transformação demográfica, a mais expressiva foi o

deslocamento da população da zona rural para os espaços urbanos. Goiás conta com mais

de 90% de sua população vivendo em cidades. Também, a estrutura demográfica do

Estado de Goiás vem passando por consideráveis transformações nas últimas décadas.

Observa-se uma tendência de envelhecimento da população. Isso se deve, principalmente,

pelo contínuo declínio dos níveis de fecundidade, melhora nos indicadores de saúde e das

condições de vida, o que se reflete numa maior expectativa de vida.

2. Dados gerais da Microrregião de Catalão

ESTATÍSTICAS MUNICIPAIS

POPULAÇÃO CENSITÁRIA – TOTAL (HABITANTES)

MUNICÍPIOS 2015

Anhanguera 1.020

Campo Alegre de Goiás 6.060

Catalão 98.737

Corumbaíba 8.181

Cumari 2.964

Davinópolis 2.056

Goiandira 5.549

Ipameri 24.735

Nova Aurora 2.062

Ouvidor 6.142

Três Ranchos 2.819

Definição(s): Conjunto de pessoas constituídas pela população considerada como

residente (presentes e ausentes temporários), na data de referência

(considera-se data de referência a noite anterior ao primeiro dia do mês

em que se realiza a pesquisa). Dados do Censo Demográfico.

Fonte: IBGE, 2015 - Dados preliminares.

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3. Objetivo geral

Realizar um mapeamento das organizações do terceiro setor e o levantamento das

capacidades de intervenção das Instituições do Terceiro Setor formais dos municípios de

Catalão, Goiandira e Ouvidor.

4. Objetivos específicos

a) Realizar um mapeamento exaustivo que permita conhecer a existência,

localização e formas de atuação das Instituições do Terceiro Setor localizadas

nos municípios de Catalão, Goiandira e Ouvidor;

b) Aprofundar sobre a situação, legalização, capacidade de intervenção e resposta

das Instituições do Terceiro Setor às demandas sociais locais dos municíp io s

onde se encontram localizadas.

5. Breve Referencial teórico sobre Terceiro Setor e Instituições do

Terceiro Setor

O nome Terceiro Setor indica os entes que estão situados entre os setores

empresarial (primeiro setor) e estatal (segundo setor). Os entes que integram o Terceiro

Setor são entes privados, não vinculados à organização centralizada ou descentralizada

da Administração Pública, que não almejam entre seus objetivos sociais o lucro e que

prestam serviços em áreas de relevante interesse social e público.

Segundo a FASFIL (Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos no

Brasil - 2010), em Goiás existem 12.600 organizações no Terceiro Setor, que empregam

61.656 pessoas, com média salarial 25% superior à encontrada na iniciativa privada, entre

4,5 a 7 salários mínimos. Em comparação com a Fasfil de 2005, houve um aumento de

61,33% no número de organizações goianas e de 63,22% no incremento em geração de

postos de trabalho em cinco anos no Estado.

As principais cidades onde atuam a maioria das organizações do Terceiro Setor

no Estado de Goiás são Goiânia, com 4.406 organizações e mais da metade (61,75%) dos

profissionais empregados - 38.094, e 34,96% do total de organizações; Anápolis, com

693 (5,5%) organizações e 5.608 (9,09%) pessoas ocupadas e Aparecida de Goiânia, com

397 OSC (3,15%) e 1.504 (2,43%) pessoas empregadas. Outras cidades merecem

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destaque, tais como Caldas Novas (385); Rio Verde (308); Catalão (164); Luziânia (278);

Itumbiara (189); Jataí (170); Valparaíso de Goiás (137); Santo Antônio do Descoberto

(109); Trindade (109); Ipameri (104); Morrinhos (104). Ao mesmo tempo, não podemos

nos esquecer de que, de uma forma ou de outra, todos os 246 municípios goianos contam

com uma ou mais organizações da sociedade civil.

Entre as atividades com mais organizações, levantadas na Fasfil com base no

Cadastro Central de Empresas – CEMPRE, que atuam em território goiano encontram-se

2.661 (21,11%) com vínculos religiosos, 2.511 (19,92%) no setor da educação; 615

(4,88%) em atividades culturais e esportivas, 652 (5,17%) em Assistênc ia Social e 125

(0,9%) no setor de saúde, compondo, a soma das organizações citadas, 52,98% das

entidades goianas do Terceiro Setor.

Nestas atividades, estão distribuídas pessoas ocupadas da seguinte forma no

Estado de Goiás: 14.562 (23,61%) na Educação; 6.014 (9,75%) em entidades religiosas;

5.237 (8,49%) na área de assistência social, 5.955 (9,65%) em atividades vinculadas a

serviços de saúde e 4.990 (8,09%) no setor de cultura e esportes. Outras atividades que

merecem destaque são a de Desenvolvimento e Defesa de Direitos, com 510 (4,04%)

organizações e 1.959 (3,17%) pessoas ocupadas e Meio Ambiente, com 54 (0,4%)

organizações.

6. As Organizações não governamentais

6.1. Definição

ONG é um acrônimo usado para as organizações não governamentais (sem fins

lucrativos), que atuam no terceiro setor da sociedade civil. Estas organizações, de

finalidade pública, atuam em diversas áreas, tais como: meio ambiente, combate à

pobreza, assistência social, promoção da saúde, educação, reciclagem, desenvolvimento

sustentável, entre outras.

6.2. Funções principais

As Instituições do Terceiro Setor possuem funções importantes na sociedade, pois

seus serviços chegam a locais e situações em que o Estado é pouco presente. Muitas vezes

as Instituições do Terceiro Setor trabalham em parceria com o governo estadual.

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6.3. Como conseguem recursos?

As Instituições do Terceiro Setor obtêm recursos através de financiamento dos

governos, empresas privadas, venda de produtos e da população em geral (através de

doações). A maior parte da mão-de-obra que atua nas Instituições do Terceiro Setor é

formada por voluntários.

6.4. Associação das Instituições do Terceiro Setor

No Brasil, o termo ONG - Organização Não-Governamental refere-se a um tipo

peculiar de organização. Trata-se de um agrupamento de pessoas, estruturado sob a forma

de uma instituição da sociedade civil, que se declara sem fins lucrativos, tendo como

objetivo lutar por causas coletivas e/ou apoiá-las. A ABONG é a Associação brasileira de

organizações não governamentais.

As Instituições do Terceiro Setor representam um novo espaço organizador da

sociedade civil, de forma mais espontânea e menos burocratizada. São mecanismos

fundamentais de construção da cidadania, atuando como agentes de fiscalização da

sociedade civil sobre a sociedade política, no gerenciamento dos assuntos públicos. Mas

é preciso ter cuidado, pois ao mesmo tempo, as Instituições do Terceiro Setor podem

também ser utilizadas como espaços para abrigar grupos de pressão e lobbies,

interessados em lançar mão das verbas públicas, direcionando-as para interesses de

minorias privilegiadas.

7. Mapeamento, o que é e para que serve?

Entre as diferentes conceituações do termo mapear, destaca-se o ato ou ação de

situar algo num espaço geográfico, de forma a possibilitar a sua fácil localização; mapear

implica visitar, constatar “in loco”, inquirir, bem como contatar informantes chaves a fim

de se ter acesso aos dados necessários e provocar o surgimento de novas informações.

8. Procedimentos metodológicos

8.1. Tipo de pesquisa

A presente pesquisa caracteriza-se com um levantamento ou survey que segundo

Tripodi, Felin e Meyer (1981 p. 31) representa “pesquisas que procuram descrever com

exatidão algumas características de populações designadas são tipicamente representadas

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por estudos de survey”. Nesse sentido, os dados referentes a esse tipo de pesquisa podem

ser coletados com base em uma amostra retirada de determinada população ou universo

que se deseja conhecer. Deve-se, então, atentar para o fato de que nenhuma amostra é

perfeita, podendo variar o grau de erro ou viés.

O estudo de caso, como outras estratégias de pesquisa, representa uma maneira de

se investigar um tópico empírico seguindo-se um conjunto de procedimentos pré

especificados. (YIN, 2001: 25). Em poucas palavras, podemos dizer que, o estudo em

questão se classifica como multicascos (casos de Catalão, Ouvidor e Goiandira) que é um

método científico caracterizado por ser uma estratégia de pesquisa abrangente, ou seja, é

uma investigação empírica que investiga acontecimentos contemporâneos do contexto da

vida real, sobretudo, quando o limite entre acontecimento e contexto não se mostra

explicitamente, a estratégia de pesquisa de estudo de caso pode abarcar tanto estudo de

caso único quanto multicasos.

8.2. Caráter da pesquisa

Uma pesquisa exploratório-descritiva consiste em explorar um assunto até então

não conhecido e descrever os dados obtidos do estudo, visto que existem poucas

informações sobre. No caso, sobre as Instituições do Terceiro Setor de Catalão, não

existia um catálogo completo das mesmas, sendo assim os pesquisadores tiveram que

listá-las, com base em informações coletadas no CRAS, no CREAS, na internet, na

prefeitura, além de conhecimentos gerais da população catalana.

O cunho descritivo da pesquisa consiste em descrever os dados coletados, isto é,

as informações sobre o público alvo deste estudo, que são as instituições não

governamentais e que fazem trabalhos de cunho social.

8.3. Cunho da pesquisa

O presente estudo foi realizado a partir de métodos quantitativos e qualitativos,

com a aplicação de um questionário. O método quantitativo consiste em uma coleta de

dados mensuráveis, usando questões com opções de respostas padronizadas e que podem

posteriormente serem quantificadas, o que garante uma eficácia e precisão na análise dos

resultados.

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O método qualitativo consiste na coleta de dados não mensuráveis baseados em

narrativas, ou seja, cada instituição tem suas particularidades que devem ser levadas em

consideração isoladamente e que não podem ser calculadas e padronizadas como no

método anterior.

De posse do instrumento inicial repassado pelo órgão contratante, a equipe foi

treinada com uma leitura minuciosa do mesmo, como se comportar durante as entrevistas,

como enfrentar eventuais problemas que poderão ser encontrados, como se apresentar

durante o trabalho. Reuniões periódicas eram marcadas semanalmente para a avaliação

do andamento e os feedbacks devidos. Para as cidades de Goiandira e Ouvidor demos

prioridade a alunos que eram moradores e já familiarizados com as organizações locais.

8.4. Procedimentos de coleta e análise dos dados

Para a coleta dos dados foi utilizado um questionário trabalhado com o órgão

contratante com algumas sugestões de ajustes da contratada com 44 questões abertas e

fechadas, de caráter quantitativo e qualitativo. Não existe em nenhum órgão dos diversos

governos, uma lista completa das Instituições do Terceiro Setor e organizações do terceiro

setor dos municípios pesquisados. Os primeiros contatos foram tidos com as prefeituras

municipais, os CRAS e CREAS, as receitas estadual e federal. Nas prefeituras, nos foi

impossível fornecer o CNAE (Classificação Nacional de Atividade Econômica)

solicitados, pois os softwares utilizados não fazem a garimpagem dos dados quando são

solicitadas informações apenas com descritores (ONG, terceiro setor, associação,

fundação, etc.). Ao solicitar a lista das organizações do município isenta de tributos

municipais, a resposta tida foi que tal informação apenas poderia ser fornecida com a

autorização escrita do prefeito da cidade, algo impossível, pois segundo o prefeito da

cidade de Catalão contatado, as empresas que não gostam disso por razões não fornecidas.

No CRAS, apenas conseguimos uma lista (e até cópias dos certificados) das

organizações do terceiro setor que eram certificados anualmente por este órgão. Neste

certificado consta o nome, ramo de atuação, endereço, telefone, data de fundação da

ONG. Esses dados foram de grande valia, no entanto, foram poucas as Instituições do

Terceiro Setor que tinham tal registro municipal (12). Algumas razões políticas foram

avançadas por dirigente de organizações em pleno funcionamento. Porém, conseguimos

pegar a responsável a lei que determina a certificação assim os documentos e ações

requeridas das Instituições do Terceiro Setor que querem receber tal certificado.

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Outras informações sobre as Instituições do Terceiro Setor existentes na região

estudada foram conseguidas através do trabalho de uma mestranda1 em gestão

organizacional que estudou este setor, além da internet, redes sociais, e o boca-a-boca.

Num primeiro momento, todas essas informações sobre as organizações do

terceiro setor obtidas dos diversos meios acima citados foram reunidas e compiladas.

Aquelas que tinham números de telefones foram contatadas quando os mesmos

continuavam válidas (pois muitos haviam mudados ou pertenciam a outros donos), as que

tinham apenas endereços foram localizadas quando continuavam no mesmo local. Outras

foram visitadas pessoalmente, pois eram caminhos e já conhecidas por algum membro da

equipe. Reuniões foram agendadas com os responsáveis, algumas com facilidade outras

não. Em algumas ocasiões, os encontros marcados davam certo, em outras não, os

membros da equipe tinham de voltar no local mais de uma vez.

Na ocasião do encontro, primeiro o pesquisador se apresentava como aluno da

UFG, depois a carta de apresentação sobre o intuito da pesquisa era entregue e outras

dúvidas poderiam ser tiradas durante a entrevista. Aos pesquisadores era recomendado

insistir no preenchimento do questionário na hora, o que foi difícil devido ao tamanho do

instrumento e da falta de tempo sempre alegada pela maioria dos respondentes. Aqueles

mais instruídos pediam para que o questionário fosse enviado por e-mail.

Algumas dirigentes de Instituições do Terceiro Setor preferiram responder as

perguntas na hora levando cerca de trinta minutos, já outras pediram para voltar depois

(alguns levando até mais de 15 dias), pois consideravam o questionário extenso e muitas

das vezes não tinham tempo para respondê-lo no momento e/ou não tinham todos os

dados da instituição disponíveis para rápido acesso devendo recorrer a outros membros,

ao escritório de contabilidade, ou ao ex-dirigente. Ao visitar certas entidades quando não

era o momento adequado para realizar a investigação, por exemplo, nas igrejas e centros

espíritas tivemos de comparecer pouco antes do culto, o que resultou em sermos atendidas

rapidamente e apenas combinarmos outro dia para o retorno do formulário. Muitas

pessoas, sobretudo de organizações religiosas, prometeram retornar através de

telefonemas para a devolução do questionário, porém em quase nenhum caso foi o que

1 A aluna Ana Maria Resende é Mestranda no Programa de Pós-graduação de Mestrado Profissional stricto sensu em Gestão Organizacional da UFG – Regional Catalão e tem como projeto de dissertação: Plano de

Negócio para a Associação Infocentro e Cultura Digital de Catalão – GO.

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ocorreu, na maioria das vezes, a equipe teve de visitar novamente o lugar em busca do

questionário preenchido, sendo que, nessas ocasiões as pessoas se esqueceram de levar o

formulário ou nem sequer se lembraram de respondê-lo. Foi necessário visitar cada ONG

no mínimo três vezes em muitas ocasiões, o primeiro contato com o objetivo de propor a

pesquisa e deixar o formulário, a segunda para levar as três questões adicionadas ao

questionário que faltavam e a terceira para buscar o questionário preenchido, em algumas

instituições voltamos cerca de 4 a 5 vezes. De posso dos resultados preliminares, algumas

instituições foram novamente contatadas para dar maiores informações acerca de uma

pergunta que haviam deixado em branco.

Entrar em contato com os responsáveis por essas instituições também não foi

tarefa fácil visto que alguns deles tinham uma agenda repleta, além de não terem horários

fixos para estar em suas instituições, inclusive, a pesquisa foi realizada durante o período

de férias de algumas instituições como conselhos escolares, etc., o que impossibilitou o

contato com os responsáveis, dessas entidades, que estavam viajando. Todavia, em certos

lugares não encontramos imprevistos nem dificuldades para realizar a pesquisa. Em

muitas ocasiões, lidamos com pessoas atenciosas e dispostas a colaborarem conosco na

pesquisa.

Depois de ter o conteúdo do instrumento de pesquisa, composto por 44 questões,

aprovado por todas as partes envolvidas (gestores da Global Communities Brasil e grupo

de pesquisadores da Universidade Federal de Goiás e da Unicat) nesse projeto de

consultoria, os pesquisadores recriaram o questionário online, utilizando a ferramenta

chamada de Googleforms, com todas as questões do questionário aprovado. Logo depois

do retorno/devolução de 51 formulários devidamente respondidos pelos

responsáveis/respondentes das Instituições do Terceiro Setor das cidades de Catalão,

Goiandira e Ouvidor, seja diretamente no formato eletrônico do Googleforms (com aviso

de preenchimento aos pesquisadores por e-mail) via o endereço

https://goo.gl/forms/BkAFf6MNJOitVmpA2 (vide abaixo print da tela inicial do

instrumento) ou individualmente por meio do instrumento impresso, ou junto dos

pesquisadores, deu-se início a um processo verificação/validação, introdução no sistema

criado para em seguida proceder à análise dos dados coletados utilizando o software SPSS

(Statistical Package for the Social Sciences, Versão 21). Depois da tabulação dos dados,

foram realizadas as devidas análises por meio de estatísticas descritivas, usando tabelas

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de referências cruzadas e frequências cujo tratamento e discussões perpassarão os

resultados a ser apresentados a seguir.

Para a análise e interpretação da seção 6 do questionário sobre Rede Social (Social

Network), recorremos à Teoria de Redes Complexas, estuda por diversos pesquisadores,

entre eles Albert-László Barábasi, Stanley Wasserman, Mark E. J. Newman. Segundo

Newman, as redes complexas podem ser classificadas em 4 tipos: Redes Sociais, Redes

de Informações, Redes Tecnológicas, e Redes Biológicas. Nesse relatório foi utilizado o

conhecimento de Redes Sociais, que são compostas por um conjunto de pessoas ou grupos

de pessoas que possuem algum tipo de contato ou interação entre elas, sendo que as

pessoas fazem o papel de vértice (nós) e as interações (ou conexões) entre elas são as

ligações.

Figura 1 - Pequena rede com oito vértices e dez ligações.

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

Num primeiro momento, pensou-se em realizar análises separadas de cada

município, depois de conversas tidas no grupo, achou-se este procedimento poderia ser

repetitivo, logo depois se concordou em fazer a análise conjunta sem prejuízo aos

resultados.

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Figura 2 - Página de rosto do questionário do mapeamento das Instituições do Terceiro Setor

nas cidades de Catalão, Goiandira e Ouvidor.

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

9. Lócus do trabalho

O presente levantamento foi de âmbito microrregional, tendo incidido sobre as

Organizações Não Governamentais formais de cunho social de três municípios da região

de Catalão situada no sudeste do estado de Goiás, a saber: Catalão, Goiandira e Ouvidor.

10. Resultados e Discussões

Nesta parte do trabalho, serão apresentados de forma sucinta os dados gerais dos

municípios estudados a fim de contextualizar o leitor.

10.1. Aspectos gerais sobre o município de Catalão

Por volta de 1722 ou 1723, membros da comitiva de Bartolomeu Bueno da Silva

(filho), da qual faziam parte homens de armas, cavaleiros e religiosos, fizeram uma roça

nas paragens onde está hoje situada a cidade.

Sabe-se que um dos membros da comitiva, de origem catalã, teria abandonado a bandeira

tão logo atravessaram o rio Paranaíba.

Nos primórdios do município de Catalão, confundem-se a lenda e a história, não

podendo ser fixada a data da fundação do povoado. Dizem que, penetrando o território

goiano, Bartolomeu deixara, no local denominado Borda da Mata, uma cruz, que mais

tarde foi transferida para uma das praças da cidade de Goiás, antiga Capital do Estado.

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Gentílico: Catalano.

Tabela 1 - Dados censitários do município de Catalão-Goiás

Município de Catalão

Aspectos Sociais Valores

Área da unidade territorial – 2015 3.821,463 km2

Estabelecimentos de Saúde SUS 23 estabelecimentos

Matricula – Ensino Fundamental – 2015 12.595 matrículas

Matricula – Ensino Médio – 2015 3.612 matrículas

Número de unidades locais 3.612 Unidades

Pessoal ocupado total 29.679 pessoas

PIB per capita a preços correntes – 2013 65.235,86 reais

População residente 86.647 pessoas

População residente – Homens 43.647 pessoas

População residente – Mulheres 43.111 pessoas

População residente alfabetizada 75.700 pessoas

População residente que frequentava creche ou escola 25.243 pessoas

População residente, religião católica apostólica romana 54.015 pessoas

População residente, religião espírita 3.701 pessoas

População residente, religião evangélica 21.717 pessoas

Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – 2010 (IDHM 2010) 0,766

Fonte: IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2015.

Figura 3 - Mapa do município de Catalão – Goiás.

Fonte: IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2015.

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10.2. Aspectos gerais sobre o município de Goiandira

O território de Goiandira foi habitado primitivamente pela tribo dos Caiapós, da

região de Araxá, espalhada por quase todo o Triângulo Mineiro, e cuja existência é

comprovada pela família dos Bugres ali falecidos em 1940, além dos restos de utensílios

de barro encontrado sem escavações às margens do córrego adjacentes.

Em 1800, Tomás Garcia, vindo de Minas Gerais, tomou posse de vasta extensão

de terras que compunham a sesmaria de Campo Limpo, transmitindo metade das terras a

Jerônimo Teixeira, ao preço de cem réis o alqueire. Esses conquistadores e os tropeiros e

carreiros foram os devassadores da região.

O povoado de Campo Limpo crescia lentamente, até que chegaram os trilhos da

Estrada de Ferro Goiás dando-lhe vigoroso impulso econômico. Elevou-se a distrito, em

25 de janeiro de 1915, pela Lei Municipal nº 39, de Catalão.

Ao atingir um bom nível de desenvolvimento, gerado, mormente pela ferrovia,

deu-se sua emancipação, pelo Decreto-Lei 799, de 6 de março de 1931, instalando-se o

município em 6 de maio do mesmo ano, com a denominação de GOIANDIRA, nome da

Estação local.

Gentílico: Goiandirense

Tabela 2 - Dados censitários do município de Goiandira-Goiás.

Munícipio de Goiandira Aspectos Sociais Valores

Área da unidade territorial – 2015 564,687 km2

Estabelecimentos de Saúde SUS 4 estabelecimentos

Matricula – Ensino Fundamental – 2015 666 matrículas

Matricula – Ensino Médio – 2015 191 matrículas

Número de unidades locais 115 Unidades

Pessoal ocupado total 557 pessoas

PIB per capita a preços correntes – 2013 14.354,43 reais

População residente 5.265 pessoas

População residente – Homens 2.633 pessoas

População residente – Mulheres 2.632 pessoas

População residente alfabetizada 4.538 pessoas

População residente que frequentava creche ou escola 1.373 pessoas

População residente, religião católica apostólica romana 3.382 pessoas

População residente, religião espírita 279 pessoas

População residente, religião evangélica 1.282 pessoas

Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – 2010 (IDHM

2010)

0,760

Fonte: IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2015.

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Figura 4 - Mapa do município de Goiandira – Goiás.

Fonte: IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2015.

10.3. Aspectos gerais sobre o município de Ouvidor

Como aconteceu com várias outras cidades em Goiás, que tiveram o seu berço na

estrada de ferro, a povoação de Ouvidor teve início no ano de 1922, quando se inaugurou

em terras do município de Catalão uma estação da Estrada de Ferro Rede Mineira de

Viação, que liga Monte Carmelo, em Minas Gerais, a Goiandira neste Estado. Um dos

primeiros habitantes da localidade foi Antônio Ferreira Goulart, que construiu uma casa

perto da estação.

O povoado teve bastante desenvolvimento, o que o fez passar, em 19 de dezembro

de 1948, pela Lei nº 24, à categoria de distrito de Catalão. Mais tarde, em 18 de outubro

de 1935, pela Lei estadual nº 824, tornou-se município, sendo solenemente instalado em

primeiro de janeiro de 1954. Com a sua elevação a Município, passou a constituir Termo

da Comarca de Catalão. (IBGE, 2016).

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Tabela 3 - Dados censitários do município de Ouvidor-Goiás.

Município de Ouvidor

Aspectos Sociais Valores

Área da unidade territorial – 2015 413,784 km2

Estabelecimentos de Saúde SUS 2 estabelecimentos

Matricula – Ensino Fundamental – 2015 668 matrículas

Matricula – Ensino Médio – 2015 223 matrículas

Número de unidades locais 131 unidades

Pessoal ocupado total 1.153 pessoas

PIB per capita a preços correntes – 2013 57.621,58 reais

População residente 5.467 pessoas

População residente – Homens 2.811 pessoas

População residente – Mulheres 2.656 pessoas

População residente alfabetizada 4.752 pessoas

População residente que frequentava creche ou escola 1.434 pessoas

População residente, religião católica apostólica romana 3.735 pessoas

População residente, religião espírita 75 pessoas

População residente, religião evangélica 1.163 pessoas

Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – 2010 (IDHM 2010) 0,747

Fonte: IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2015.

Figura 5 - Mapa do município de Ouvidor – Goiás.

Fonte: IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2015.

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10.4. Análise descritiva conjunta dos dados obtidos

10.4.1. Dados gerais

Nas Instituições do Terceiro Setor estudadas, nossos respondentes foram na

maioria os dirigentes das instituições na ausência dos responsáveis com autorização para

atender aos pesquisadores. Em geral eram presidentes ou membros das diretorias.

Tabela 4 - Instituições do Terceiro Setor estudadas e período de coleta das informações.

nº Nome/SIGLA Período de

Coleta

1 Abutres Motoclube Brasil julho de 2016

2 Asilo São Vicente de Paula/Catalão/SSVP julho de 2016

3 Asilo São Vicente de Paula/Goiandira/SSVP julho de 2016

4 Associação Beneficente Evangélica Creche Recanto Infantil agosto de 2016

5 Associação Catalana de Iniciação e Treinamento Esportivo/ASCITE agosto de 2016

6 Associação Comercial Indústria e Serviços de Catalão/Câmara dos

Dirigentes Lojistas/ACIC/CDL agosto de 2016

7 Associação das Pessoas Portadoras de Deficiência de Catalão/ASPDEC julho de 2016

8 Associação de Moradores Manoel Albano Alves julho de 2016

9 Associação dos Aposentados e Pensionistas de Catalão e região/ASSAPEC julho de 2016

10 Associação dos Diabéticos do Sudeste Goiano/ADISGO julho de 2016

11 Associação dos Docentes do Campus Catalão/ADCAC julho de 2016

12 Associação dos Idosos Luz e Vida agosto de 2016

13 Associação dos Moradores do Bairro Castelo Branco e Adjacentes/ABC julho de 2016

14 Associação Estradeiros do Bem/AEB agosto de 2016

15 Associação Infocentro e Cultura Digital de Catalão/ASSINCAT agosto de 2016

16 Associação Pestalozzi de Catalão julho de 2016

17 Associação Proteção Maternidade Infância de Goiandira julho de 2016

18 Associação Protetora dos Animais de Catalão/ASPAC agosto de 2016

19 Casa de Apoio ao Morador de Rua de Catalão Marly Cardoso/CAMOR agosto de 2016

20 Centro de Educação e Convivência da Juventude - Geraldo Ferreira

Pires/CECONJ – Goiandira julho de 2016

21 Centro de Educação e Convivência da Juventude - Odette Faiad

Sebba/CECONJ – Catalão agosto de 2016

22 Centro Espírita Amor Eterno/CEAE julho de 2016

23 Centro Espírita Eurípedes Barsanulfo – Catalão julho de 2016

24 Centro Espírita Eurípedes Barsanulfo – Goiandira julho de 2016

25 CMEI - Alba Mathias Mesquita agosto de 2016

26 CMEI - João Margon Vaz agosto de 2016

27 CMEI - Professora Ruth Silva agosto de 2016

28 Conselho Central Sagrado Coração de Jesus/SSVP agosto de 2016

29 Conselho Escolar Frei João Francisco agosto de 2016

30 Conselho Escolar Maria da Luz agosto de 2016

31 Fundação Assistencial Dr. Willian Faiad agosto de 2016

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32 Fundação Espirita Antero da Costa Carvalho julho de 2016

33 Fundação Espirita Nova Vida/FENOVA julho de 2016

34 Fundação Frei João Batista Vogel OFM julho de 2016

35 Grupo Espírita Paulo de Tarso julho de 2016

36 Igreja Católica Apostólica Brasileira julho de 2016

37 Lions Clube de Catalão agosto de 2016

38 Lions Clube de Ouvidor agosto de 2016

39 Loja Maçônica Asilo da Virtude agosto de 2016

40 Obras Sociais Jorge Faim Filho julho de 2016

41 Pastoral da Criança com sede em Curitiba julho de 2016

42 Pastoral da Criança de Catalão julho de 2016

43 Pastoral da Criança de Ouvidor julho de 2016

44 Primeira Igreja Batista em Catalão agosto de 2016

45 Projeto Esporte Cultura e Lazer/ASCITE julho de 2016

46 Rotary Club de Catalão – Solidariedade agosto de 2016

47 Rotary Club de Catalão 1o de Novembro julho de 2016

48 Rotary Club de Goiandira julho de 2016

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

Os municípios sede das Instituições do Terceiro Setor estudadas se localizavam

nas próprias cidades à exceção das Instituições do Terceiro Setor - Pastoral da criança da

cidade de Goiandira com sede em Curitiba (Paraná) e o Motoclube Abutres com sede em

Ferraz de Vasconcelos (São Paulo).

10.4.2. Categorias de Instituições do Terceiro Setor estudadas

As categorias que mais aparecerem na pesquisa são: Associações (54%),

Fundações (11%), Conselhos Escolares (11%), Instituições religiosas (6%), Pastorais

(6%), Centros e Sociedades (6%), Casas de Apoio e Projetos (2%), Motoclubes (2%). (A

definição de todas as categorias citadas pode ser encontrada no Glossário deste

documento para elucidar o leitor).

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Figura 6 - Categorias das Instituições do Terceiro Setor estudadas.

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

10.4.3. Dados sobre faturamento

A obtenção de informações sobre o faturamento bruto representou um problema, pois

muitas Instituições do Terceiro Setor estudadas (62,5%) alegaram não as deter, não

podiam/queriam repassar cifras, ou não tinham faturamento. Dados obtidos das 37%

restantes sobre faturamento durante os exercícios contábeis dos anos de 2015 e 2016

variaram entre R$ 0,0 e R$ 9.000.000,00 tendo como destaque a Fundação Assistenc ia l

Dr William Faiad de Catalão representada pelo Hospital Materno infantil que presta

serviços gratuitamente para o público. Podemos inferir que as instituições estudadas não

entenderam faturamento com um componente das receitas obtidas ao longo do ano com

atividades que trazem recursos como festas beneficentes, doações, cotizações. Muitos

respondentes não tinham esse dado pronto, disponível, ou se eximiram de passar por se

tratar de questões financeiras.

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Figura 7 - Dados sobre o Faturamento das Instituições do Terceiro Setor estudadas.

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

10.4.4. Áreas de atuação das Instituições do Terceiro Setor estudadas

As áreas de atuação apontadas pelos respondentes foram das mais variadas tendo

como destaque as áreas de: educação e cultura (13,7%) e atendimento a crianças (14,9%);

atendimento a idosos (13%) atendimento a portadores de necessidades especiais (10,6%);

atendimento a adolescentes e jovens (11,8%); saúde e preservação (9,3%); esporte a lazer

(7,5%); atendimento a mulheres (5%) e proteção ambiental (4,3%); atendimento a

dependentes químicos (3,1%) e atendimento a gestantes (2%) etc.

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Figura 8 - Área de atuação das Instituições do Terceiro Setor estudadas.

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

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Tabela 5 - Área de atuação das Instituições do Terceiro Setor estudadas.

Área de Atuação Frequência % das

respostas % das

Instituições

Educação e Cultura 22 13,7 45,8%

Atend. a crianças 24 14,9 50,0%

Atend. a idosos 21 13,0 43,8%

Atend. a adolescentes e jovens 19 11,8 39,6%

Atend. a portadores de necessidades especiais 17 10,6 35,4%

Saúde e Preservação 15 9,3 31,3%

Esporte e Lazer 12 7,5 25,0%

Atend. a mulheres 8 5,0 16,7%

Ambiental 7 4,3 14,6%

Atend. a dep. químicos 5 3,1 10,4%

Gestantes 2 1,2 4,2%

Direito de defesa

Ou

tros

1 0,6 2,1%

Atendimento a pessoas carentes 1 0,6 2,1%

Comunicação 1 0,6 2,1%

Religiosa 1 0,6 2,1%

Assistência social 1 0,6 2,1%

Promoção do bem estar social e da paz 1 0,6 2,1%

Proteção aos animais 1 0,6 2,1%

Prestação de serviços para indústrias, prestadores de serviços, lojistas e consumidores

1 0,6 2,1%

Filantropia 1 0,6 2,1%

Total de respostas 161

Total de Instituições 48

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

10.4.5. Informações gerais, administrativas e operacionais das Instituições do Terceiro Setor

estudadas

As instituições pesquisadas foram fundadas entre os anos de 1935 e 2016 sendo

mais entre os anos 1989 a 2014. As cidades pesquisadas (Catalão, Goiandira e Ouvidor)

seguiram uma tendência nacional, pois foi nos anos 90 que assistimos ao auge dos

movimentos sociais em defesa das populações conjugada com o aumento do

envolvimento das instituições internacionais nas sociedades organizadas dos países

periféricos. A maioria das Instituições do Terceiro Setor estudadas nesta pesquisa

declarou ter mais de 7 anos (83,3%). Destaque aqui pode ser dada à ONG – Irmandade

Nossa Senhora do Rosário que tem mais de 100 anos e ainda se encontra na informalidade

sem CNPJ mesmo sendo respeitada e realizadora das famosas Congadas da cidade de

Catalão (numa conversa informal com um dos generais da Congada é que recebem

recursos através de doações). Em casos semelhantes podemos citar a Loja Maçônica Asilo

da Virtude de Goiandira fundada em 1935, o Centro Espírita Eurípedes Barsanulfo de

Goiandira que data de 1956, a Associação Comercial e Industrial e de Serviços de Catalão

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fundada em 1936, o Asilo São Vicente de Paula de Catalão fundado em 1949. No entanto,

temos Instituições do Terceiro Setor com 4 a 7 anos de idade (10,4%) e 1 a 4 anos (4,2%)

e outras criadas recentemente ainda nesse corrente ano de 2016 como é o caso da CAMOR

(Casa de Apoio ao Morador de Rua Marly Cardoso).

Figura 9 - Tempo de existência das Instituições do Terceiro Setor estudadas.

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

A respeito dos colaboradores e voluntários, vale antes ressaltar que neste

trabalho, consideramos colaboradores as pessoas que têm uma relação formal com as

instituições podendo ser remuneradas ou não (funcionários ou membros de diretoria ou

conselho) e voluntários aquelas que mantêm uma relação esporádica informal com as

mesmas. As organizações estudadas alegaram ter entre 1 a mais de 15 colaboradores

(58,3%) (entre funcionários, diretoria e estagiários). No entanto, todas as entidades

disseram poder contar com entre 22 e 99 voluntários em certas ocasiões (eventos, festas,

comemorações etc..) como é o caso do Rotary Club, Lions Club e algumas Associações

de bairro, Fundações ou Obras Sociais. As Obras Sociais Jorge Faim Filho se destacaram

com 69 voluntários seguidas pelos Conselhos Escolares. 41,7% das Instituições do

Terceiro Setor estudadas contam apenas com voluntários e associados.

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Figura 10 - Número de colaboradores (pessoal remunerado), que atualmente as Instituições do

Terceiro Setor estudadas possuem.

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

Figura 11 – Detalhamento, para o caso de um número de colaboradores maior do que 15, que

atualmente as Instituições do Terceiro Setor estudadas possuem.

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

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A maior parte dos colaboradores que tem algum tipo de remuneração é costumeiramente

composta por alunos das instituições escolares de segundo grau ou universidades que

realizam estágios curriculares obrigatórios ou não e remunerados através da prefeitura ou

do governo do estado (incluindo alunos bolsistas da OVG (Organizações dos Voluntár ios

de Goiás do governo estadual) tendo como contrapartida o cumprimento de uma carga

horária voluntária em alguma entidade do município) ou o pessoal contratado,

remunerado e cedido por um órgão público a essas entidades como é o caso da ASPDEC,

FENOVA, ADISGO, ASAPEC. De maneira geral, o mapeamento realizado revelou que

as Instituições do Terceiro Setor contam na sua maioria com trabalho voluntário não

fugindo da regra geral de funcionamento das mesmas.

Em relação aos recursos de custeio para manutenção das entidades (Materiais

de escritório, folha de pagamento dos colaboradores, combustível, entre outros) as

entidades pesquisadas afirmaram que a maior parte dos recursos provém de: mensalidades

espontâneas dos associados (22,5%); eventos beneficentes (13,8%); campanhas de

doação e de arrecadação de recursos (21,3%); fundos de iniciativa pública (20%); fundos

de iniciativa privada (6,3%) e recursos próprios (10%) (cotizações dos associados, venda

e revenda de produtos como os casos da ADISGO, FENOVA, Obras Sociais Jorge Faim

Filho que mantêm lojas de produtos fabricados ou adquiridos para revenda).

Encontramos entidades que tinham todas as suas contas (aluguel, água, luz, telefone,

internet e material de escritório) pagas pela prefeitura como no caso da ASPDEC,

ADISGO, algumas associações de bairro que têm relação com o poder público local.

Repasses dos governos estadual e federal foram também citados assim como aporte

financeiro da iniciativa privada como a CELG (Companhia Elétrica do Estado de Goiás).

Algumas Instituições do Terceiro Setor visitadas tinham sede própria (FENOVA, Obras

Sociais Jorge Faim Filho, ADISGO, Rotary, Lions, Conselhos escolares, Maçonaria,

Associação Pestalozzi, Asilo São Vicente de Paula) outras alugavam cômodas como a

ASPDEC e a ASSAPEC ou encontravam-se funcionando em sedes cedidas (Fundação

Antero da Costa Carvalho, algumas igrejas). Encontramos Instituições do Terceiro Setor

cuja documentação se encontrava sob a guarda dos atuais dirigentes em sua residência

como o caso da ABC.

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Figura 12 - Captação de recursos de custeio para manutenção das Instituições do Terceiro Setor

estudadas.

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

Tabela 6 - Tabela com o detalhamento da captação de recursos de custeio para manutenção

das entidades estudadas

Detalhamento da captação de recursos

Frequência % das

respostas % das

Instituições

Recursos próprios 8 10,0 16,7

Fundos de incentivo da iniciativa privada 5 6,3 10,4

Fundos de incentivo da iniciativa pública 16 20,0 33,3

Campanhas de doação e/ou arrecadação de recursos

17 21,3 35,4

Eventos beneficentes 11 13,8 22,9

Mensalidades espontâneas dos associados 18 22,5 37,5

Doações de gênero alimentícios

Ou

tros

1 1,3 2,1

Serviços a população, ex: plano funerário 1 1,3 2,1

Benefícios dos internos e doações - filantrópico 1 1,3 2,1

Promoções como Rifas, jantar, pedágios. 1 1,3 2,1

Cotizações 1 1,3 2,1

Total de respostas 80

Total de Instituições 48

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

As Instituições do Terceiro Setor estudadas têm uma atuação bem localizada na

cidade, no bairro na sua maioria (62,2%) como é o caso dos Conselhos escolares,

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Associações de bairro, existindo, portanto aquelas (37,8%) que têm uma abrangência

municipal (FENOVA), regional (ASPDEC. ADISGO, ASSAPEC, ASCITE) que

atendem e têm associados nas cidades vizinhas (Três Ranchos, Cumari, Pires do Rio,

Caldas Novas, Ipameri, Davinópolis, Araguari, Uberlândia, Anhanguera, Nova Aurora,

Urutaí e Campo Alegre) e até nacional como é o caso da Fundação Antero da Costa e

Asilo São Vicente de Paula que recebem pessoas dos estados de São Paulo, Minas Gerais

e até Curitiba, inclusive, encontradas in loco durante a pesquisa. Neste aspecto, vale

ressaltar que foram encontradas Instituições do Terceiro Setor que tinham sede em um

bairro, mas que contavam com extensões da entidade em outras como o caso das Obras

Sociais e de algumas igrejas inclusive usavam o mesmo CNPJ e tinham uma mesma

política social determinada desde a sede. Nem sempre as sedes das Instituições do

Terceiro Setor estudadas encontravam-se localizadas nas cidades estudadas(Pastoral de

Goiandira, Motoclube Abutres) ou o caso de algumas igrejas que tinham várias

congregações na mesma cidade como a Igreja Cristã-evangélica. Um fato importante

notado na cidade de Catalão é a existência de mais 6 centros espíritos que eram

confundidos com seus iniciadores tendo até apelidos de “Centro de Fulano tal”.

Encontramos associações de bairro como o caso da ABC - Associação dos moradores do

Bairro Castelo Branco e Adjacentes (Flamboyant, Estrela, Maria Amélia, Alvino Albino

etc..). Encontramos também na pesquisa uma instituição religiosa cujas obras sociais

eram totalmente direcionadas para cidades da Índia que, porém, não fez parte do nosso

universo por não realizar obra social no país fora os cultos. Nesta mesma ótica, a pesquisa

detectou Instituições do Terceiro Setor que atuavam em todos os estados do país como a

Pastoral da Criança e a Igreja Católica Apostólica Brasileira, nos Estados Unidos e na

Europa, em toda América Latina, na África, no México, na Guatemala e nas Filipinas,

caso das Igrejas Católica Apostólica Brasileira e as Igrejas Comunidade Evangé lica

Vinde.

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Figura 13 - Atuação na região das Instituições do Terceiro Setor estudadas.

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

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Tabela 7 - Tabela detalhada com a atuação na região das Instituições do Terceiro Setor estudadas.

Detalhamento da captação de recursos

Frequência % das

respostas

% das

Instituições

Recursos próprios 8 10,0 16,7

Fundos de incentivo da iniciativa privada 5 6,3 10,4

Fundos de incentivo da iniciativa pública 16 20,0 33,3

Campanhas de doação e/ou arrecadação de recursos

17 21,3 35,4

Eventos beneficentes 11 13,8 22,9

Mensalidades espontâneas dos associados 18 22,5 37,5

Doações de gêneros alimentícios

Ou

tros

1 1,3 2,1

Serviços a população, ex: plano funerário 1 1,3 2,1

Benefícios dos internos e doações - filantrópico 1 1,3 2,1

Promoções como rifas, jantar, pedágios. 1 1,3 2,1

Cotizações 1 1,3 2,1

Total de respostas 80

Total de Instituições 48

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

Os respondentes da pesquisa definiram suas entidades como atendendo

parcialmente seus objetivos na sua maioria (37,5%), seguido por em pleno

desenvolvimento de seus objetivos (31,3%) e enfrentando dificuldades em atingir seus

objetivos (29,2%). Poucos alegaram não estar atendendo seus objetivos (2,1%). No

entanto, força é de reconhecer o problema existente no alcance dos objetivos propostos

por essas Instituições do Terceiro Setor por estar passando por diversas dificuldades

atribuídas a: falta de recursos na sua maioria, bom planejamento e engajamento dos

colaboradores. A explicação pode ser encontrada nas fontes de recursos para a

manutenção que giram em torno aportes públicos, convênio, contribuições voluntárias e

cotizações esporádicas.

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Figura 14 - Situação atual das Instituições do Terceiro Setor estudadas.

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

A análise SWOT (Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças) das

Instituições do Terceiro Setor estudadas que se dá através das análises interna e externa

mostrou que as entidades estudadas citaram como pontos fracos e ameaças: a falta de

recursos (28,1%), ausência de um bom planejamento (23,4%), falta de engajamento dos

colaboradores (26,6%), outros motivos (18,8%) reforçando as respostas acima relativas

às dificuldades encontradas. Nenhuma instituição alegou viver uma situação de

abundância de recursos para seu funcionamento e alcance de seus objetivos sociais.

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Figura 15 - Razões para a situação atual das Instituições do Terceiro Setor estudadas.

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

Tabela 8 - Tabela com as razões para a situação atual das Instituições do Terceiro Setor

estudadas.

Atuação na região Frequência % das

respostas

% das

Entidades

Catalão 36 36,7 75,0

Goiandira 13 13,3 27,1

Ouvidor 12 12,2 25,0

Três Ranchos 7 7,1 14,6

Cumari 5 5,1 10,4

Davinópolis 3 3,1 6,3

Anhanguera 3 3,1 6,3

Nova Aurora 4 4,1 8,3

Pires do Rio 2 2,0 4,2

Ipameri 2 2,0 4,2

Campo Grande

Ou

tros

1 1,0 2,1

Uberlândia-MG 1 1,0 2,1

Araguari 1 1,0 2,1

Urutaí 1 1,0 2,1

Orizona 1 1,0 2,1

Santo Antônio do Rio Verde 1 1,0 2,1

Corumbaíba 1 1,0 2,1

Ferraz de Vasconcelos-SP 1 1,0 2,1

Caldas Novas 1 1,0 2,1

Campo Alegre 1 1,0 2,1

Curitiba-PR 1 1,0 2,1

Total 98

Total de Entidades 48

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

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A prevalência dos pontos fracos tende a neutralizar os pontos fortes e

oportunidades tornando-se uma pergunta pouco respondida, pois os participantes

enxergavam mais pontos negativos que positivos na condução de seus projetos. Algumas

Instituições do Terceiro Setor citaram a oportunidade desse mapeamento para ser

conhecidas e assim poder participar de mais ações. Uma grande contradição foi notada

quando os respondentes apontaram como pontos fortes e oportunidades: projetos bem

elaborados, facilidade de acesso aos recursos disponíveis, facilidade em atingir metas

sistematicamente, facilidade em conseguir engajamento comunitário.

Figura 16 - Principais problemas (pontos fracos e ameaças) que as Instituições do Terceiro Setor

estudadas enfrentam.

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

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Figura 17 - Principais virtudes (pontos fortes e oportunidades) das Instituições do Terceiro Setor

estudadas.

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

Tabela 9 - Tabela com as principais virtudes (pontos fortes e oportunidades) das Instituições do

Terceiro Setor estudadas.

Principais virtudes de sua organização. Frequência % das

respostas

Projetos bem elaborados 21 31,3

Facilidade de acesso aos recursos disponíveis 10 14,9

Facilidade em conseguir engajamento comunitário 10 14,9

Colaboradores em quantidade suficiente e produtivos 10 14,9

Facilidade em atingir as metas sistematicamente 4 6,0

Não informou 6 9,0

Credibilidade junto a comunidade e empresas

Ou

tros

1 1,5

Estender dentro do possível, o auxílio necessário 1 1,5

Fidelidade (uma das), ao que se destina. 1 1,5

Participação das mães 1 1,5

Engajamento dos colaboradores 1 1,5

Determinação e apoio a comunidade. 1 1,5

Total de Respostas 67 100,0

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

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Sobre o fato de receber ou não algum tipo de consultoria, a pesquisa apontou

que 33,8% das Instituições do Terceiro Setor estudadas nunca receberam algum tipo de

consultoria/assessoria. As instituições que já receberem algum tipo de consultor ia

(66,2%) foi na área de planejamento e gestão (24,6%), captação de recursos finance iros

(10,8%), elaboração de projetos (9,2%), serviços de contabilidade (6,2%) e treinamento

de pessoal (10,8%) ou em nenhuma ou em mais de uma das áreas citadas (4,6%). No

entanto, ao serem questionados sobre se caso esse recurso fosse disponibilizado, 50% das

Instituições do Terceiro Setor respondeu que sim os utilizaria para estruturar melhor a

administração, para captação de recursos e treinamento, para gerar recursos para

manutenção. Outras Instituições do Terceiro Setor desse mesmo grupo disseram que o

utilizaria para sistematizar projetos e ações a fim de torná-las permanentes e não pontuais.

As outras (51%) que responderam de forma negativa a esta pergunta não justificaram suas

escolhas deixando assim uma lacuna.

Figura 18 - Levantamento sobre o recebimento, por parte das Instituições do Terceiro Setor

estudadas, de consultoria e/ou assessoria.

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

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Tabela 10 - Detalhamento do levantamento sobre o recebimento, por parte das Instituições do Terceiro Setor estudadas, de consultoria e/ou assessoria.

Tipo de consultoria e/ou assessoria

recebida Frequência

% das respostas

% das

Instituições

Não 22 33,8 45,8

Área de planejamento e de gestão 16 24,6 33,3

Captação de recursos financeiros 7 10,8 14,6

Elaboração de projetos 6 9,2 12,5

Captação ou gestão de recursos humanos

0 0,0 0,0

Serviços de contabilidade 4 6,2 8,3

Oferta de treinamento de pessoal 7 10,8 14,6

Qualificação pela HBCR - São Paulo Gestão Financeira e Captação de Recursos O

utro

s

1 1,5 2,1

Rotary proporciona treinamentos a todos colaboradores

1 1,5 2,1

Recebe brinquedos e cestas básicas. 1 1,5 2,1

Total das respostas 65

Total de Entidades 48

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

Tabela 11 - Tabela com o levantamento sobre o recebimento, por parte das Instituições do

Terceiro Setor estudadas, de consultoria e/ou assessoria.

Nome da organização: Recebe(u) algum tipo de consultoria e / ou

assessoria?

Abutres Motoclube Brasil Não

Asilo São Vicente de Paula/Catalão/SSVP Não

Associação Beneficente Evangélica Creche Recanto Infantil

Não

Associação Catalana de Iniciação e Treinamento Esportivo - Ascite

Não

Associação das Pessoas Portadoras de Deficiência de

Catalão/ASPDEC Não

Associação de Moradores Manoel Albano Alves Não

Associação dos Diabéticos do Sudeste Goiano Não

Associação dos Docentes do Campus Catalão/ADCAC Não

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Associação Estradeiros do Bem/AEB Não

Associação Infocentro e Cultura Digital de Catalão/ASSINCAT

Não

Associação Protetora dos Animais de Catalão/ASPAC Não

Centro de Educação e Convivência da Juventude - Geraldo Ferreira Pires/CECONJ – Goiandira

Não

Centro Espírita Amor Eterno - CEAE Não

Centro Espírita Eurípedes Barsanulfo - Goiandira Não

CMEI - Professora Ruth Silva Não

Fundação Frei João Batista Vogel OFM Não

Igreja Católica Apostólica Brasileira Não

Loja Maçonica Asilo da Virtude Não

Pastoral da Criança de Ouvidor Não

Primeira Igreja Batista em Catalão Não

Rotary Club de Catalão Solidariedade Não

Rotary Club de Goiandira Não

Pastoral da Criança de Catalão Sim, treinamento de colaboradores.

Rotary Club de Catalão Sim, Rotary proporciona treinamentos a

todos colaboradores.

Asilo São Vicente de Paula/Goiandira/SSVP Sim, Serviços jurídicos.

CMEI - João Margon Vaz Sim, na área de planejamento e de gestão.

Conselho Escolar Frei João Francisco Sim, na área de planejamento e de gestão.

Fundação Assistencial Dr. Willian Faiad Sim, na área de planejamento e de gestão.

Lions Clube de Ouvidor Sim, na área de planejamento e de gestão.

Projeto Esporte Cultura e Lazer Sim, na área de planejamento e de gestão.

Associação Pestalozzi de Catalão Sim, na área de planejamento e de gestão.

Sim, para captação de recursos financeiros.

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Figura 19 - Levantamento sobre se as Instituições do Terceiro Setor estudadas aceitariam, caso

tivessem acesso a algum tipo de consultoria e/ou assessoria.

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

Na questão relativa ao interesse e disponibilidade de tempo e pessoal em

participar de palestras e/ou cursos para aperfeiçoamento (Ex. elaboração de

projetos, enquadramento fiscal, voluntariado, gestão e planejamento, formas de

captação de recursos, entre outros) quase todas as Instituições do Terceiro Setor

entrevistadas (94%) demonstraram ter o interesse em participar de palestras e/ou cursos

a exemplo de (Elaboração de projetos; enquadramento fiscal, gestão e planejamento,

formas de captação de recursos; entre outras) tirando os 2% que não responderam e outras

4% que declararam não ter interesse. As poucas (4%) que alegaram não ter interesse no

assunto justificaram pelo fato de não terem tempo para tal por já serem profissiona is

habilitados (Motoclube Abutres de Catalão) e o Centro Espírita Eurípedes Barsanulfo de

Goiandira por ser uma instituição religiosa (alegação confusa para os pesquisadores). Dos

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96% que têm interesse, apenas 16% disseram ter disponibilidade de tempo e de pessoal

para tais atividades, 41% têm interesse, mas, dificilmente teriam tempo e pessoal

disponível, 29% tem interesse, mas nem sempre têm tempo e pessoal, e 8% restante têm

interesse, mas, não têm tempo nem pessoal para tal atividade.

Figura 20 - Levantamento sobre o interesse e disponibilidade de tempo e pessoal em participar

de palestras e/ou cursos para aperfeiçoamento.

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

10.4.6. Aspectos gerais sobre a Captação de recursos

No que tange à Captação de Recursos para execução de projetos de cunho

social, uma questão anterior sobre de onde vem os recursos de custeio para manutenção

pode auxiliar na sua melhor compreensão. Neste quesito, a maioria das Instituições do

Terceiro Setor (91,5%) respondeu que captam recursos para tocar projetos sociais através

de: doações comunitárias esporádicas (25,7%), mensalidades espontâneas de associados

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(17,5%), eventos beneficentes de arrecadação (17,5%), via elaboração de projetos

(14,4%) e repasses pontuais ou permanentes do poder público (16,4%). Outras (8,5%)

contam com recursos da iniciativa privada, da sociedade, dos benefícios dos internos e

outros convênios ou participações em editais de instituições públicas como a FAPEG

(Fundação de Amparo a Pesquisa no Estado de Goiás – www.fapeg.go.gov.br no caso da

ASSINCAT) etc.

Figura 21 - Formas como as Instituições do Terceiro Setor estudadas acessam recursos para

execução dos projetos de cunho social propostos pelas mesmas.

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

Ao alegar em sua maioria (97,1%) que as instituições necessitam de recursos

financeiros (30,8%), recursos humanos (23,1%) e recursos materiais (24%) e

equipamentos (19,2%), além de uma inserção na mídia, construção de sede própria (2%)

as mesmas demonstraram numa proporção quase igual (99%) que não contam na equipe

de colaboradores com uma pessoa responsável por buscar fontes e fundos de recursos

disponíveis para execução de projetos.

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Figura 22 - Levantamento sobre os tipos de recursos necessários para as Instituições do

Terceiro Setor estudadas.

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

10.4.7. Informações sobre Programas, Projetos, Atividades ou Ações

Em relação a informações sobre Programas, Projetos, Atividades ou Ações, a

maioria das Instituições do Terceiro Setor pesquisadas, 27,5% afirma necessitar ao longo

do ano para execução de seus projetos valores girando entre R$ 10.000, 00 e R$ 30.000,00

podendo chegar entre R$ 200.000,00 e R$ 1.000.000,00 em 5,9% dos casos estudados a

exemplo dos Abutres Motoclube Brasil e Fundação Assistencial Dr. William Faiad.

13,7% necessitam de até R$ 10.000,00 para executar seus projetos. Entre R$ 100.000 e

R$ 200.000,00, 11,8% se manifestaram. Há uma necessidade de valores anuais acima de

R$ 50.000,00 para as Instituições do Terceiro Setor como a Associação Pestalozzi, a

Fundação Espírita Antero da Costa Carvalho, a FENOVA, a Primeira Igreja Batista de

Catalão, o Rotary Club de Catalão, a Associação dos Idosos - Luz e Vida, a Associação

Estradeiros do Bem (Motoclube), a Pastoral da Criança de Catalão, o Grupo Espírita

Paulo de Tarso, o Centro Espírita Eurípedes Barsanulfo e a ASSINCAT.

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Figura 23 - Levantamento dos valores médios que as Instituições do Terceiro Setor estudadas necessitam para executar os projetos, programas, atividades ou ações a que se propõem ao

longo do ano.

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

Ou seja, a exceção das 15,7% que não responderam à pergunta, todas as

Instituições do Terceiro Setor pesquisadas necessitam de verbas para execução dos

projetos. O destaque sobre valores maiores necessitados ficou para as Instituições do

Terceiro Setor mais atuantes e até mais conhecidas das cidades pesquisadas e que atendem

muitas pessoas em suas obras sociais tirando os motoclubes cujo trabalho ainda encontra-

se muito pouco conhecido ou divulgado. Neste sentido, mais de 90% alegaram que seria

possível alavancar a participação e importância de suas organizações para a área de

abrangência se tivessem um maior acesso a recursos via projetos. Algumas instituições

religiosas que disseram não estar voltadas para a área social ou que não detêm os recursos

adequados para suprir as demandas foram aquelas que alegaram não necessitar de verbas

para execução de projetos (1%).

Mais de 68% das Instituições do Terceiro Setor estudadas alegaram já ter ou ainda

estejam desenvolvendo alguma atividade/projeto/programa/ação de cunho social

(realizada ou encerrada). 31,3% das Instituições do Terceiro Setor estudadas não

informaram suas ações/projetos/programas. Entre as ações citadas (os últimos 5 projetos)

pelo restante, pudemos notar: construção de praças, calçadas, operações tapa buracos,

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feira de amizades (Associações de bairros), Natal do bem, Campanha do agasalho

(Motoclubes, ASPDEC, ASSAPEC), acompanhamento de gestantes (Fundação Dr

Wiliam Faiad), Lions Quest (Lions Club), mutirão de castração (ASPAC), enxoval do

bebe carente, festa junina, orquestra de violões, coral (FENOVA), capacitação de lideres

(Fundação Frei João Batista Vogel OFM), cursos de formação política (ADCAC, Pastoral

da Criança), Mãos de tocam (FENOVA), África na escola (Conselho Escolar Frei João

Francisco), Vovó solidário (Rotary), banco de cadeiras de rodas (Rotary Club, ASPDEC),

acompanhamento pedagógico de alunos (CECONJ – Geraldo Ferreira Pires), Projeto de

basquete ball em cadeiras de rodas, muletas, inscrição ao Passe Livre (ASPDEC). Cada

ONG desenvolve da sua maneira atividades relativas à sua área de atuação ou missão.

Tabela 12 - Tabela com as informações das atividades/projetos/programas realizados pelas

Instituições do Terceiro Setor estudadas.

nº Nome da organização:

Lista de quais foram, o período de início e finalização da atividade/projeto/programa, o(s) estabelecimento(s) /

entidades(s) contemplado(s) e a quantidade de pessoas beneficiadas.

1 Abutres Motoclube Brasil

Campanha Agasalho/Inverno/Brasil/Acima de 10.000/ Doações comunitárias (esporádicas), Mensalidades

espontâneas dos associados

Dia das Crianças/ Outubro/Brasil/ Acima de 15.000/Doações comunitárias (esporádicas), Mensalidades

espontâneas dos associados, Eventos de arrecadação e/ou beneficentes

Festa Natal/ Dezembro/Brasil/Acima de 10.000/Doações

comunitárias (esporádicas), Mensalidades espontâneas dos associados

Ações Pontuais e Isoladas/Ano todo/ Brasil/ Acima de 20.000/Doações comunitárias (esporádicas), Mensalidades espontâneas dos associados

2 Asilo São Vicente de Paula/Catalão/SSVP

Não informou

3 Asilo São Vicente de Paula/Goiandira/SSVP

Não informou

4 Associação Beneficente Evangélica Creche Recanto Infantil

Não informou

5 Associação Catalana de Iniciação e Treinamento Esportivo - Ascite

Não informou

6 Associação Comercial Indústria e Serviços de Catalão

Não informou

7 Associação das Pessoas Portadoras

de Deficiência de Catalão

Basquete em cadeira de rodas

Empréstimo de equipamentos

Empréstimo de cadeira de rodas, muletas e etc.

Passe livre

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8 Associação de Moradores Manoel

Albano Alves

Construção de uma Praça; 07/2012 - 12/2015; Rua Rui

Barbosa; 350 pessoas; R$ 4000,00; doações e eventos

Construção de calçadas; 10/2012- 10/2012; Rua Rui Barbosa e Rua Flávio Ferreira; 20 pessoas; R$ 800,00; doações e eventos Tapa buraco; 03/2016- 03/2016; Rui Barbosa, Rua Flávio

Ferreira e Rua Manoel Q. Garcia; indefinido; R$ 850,00;doações e eventos Feira da amizade; 03/2016- 07/2016; Rua Manoel Quirino Garcia; 200 a 300 pessoas; R$ 2000,00; doações,

mensalidades e eventos

9 Associação dos Aposentados e Pensionistas de Catalão e

região/ASSAPEC

Não informou

10 Associação dos Diabéticos do

Sudeste Goiano/ADISGO

Projeto para aquisição de um carro; 2011; Adisgo e pacientes; 300 pessoas; R$ 27500,00; Pago à vista - Projeto Serra do Facão

Projeto parceria com Governo Estadual para adquirir verba; 2010; Adisgo e pacientes; mais de 2500 pessoas; Projeto

11 Associação dos Docentes do

Campus Catalão/ADCAC

Mobilização e formação política; 2015-2016; Município;

100-150; 20.000,00; Próprio

Saúde do Trabalhador; 2000-2016; Município; 200;

120.000,00; Próprio

12 Associação dos Idosos Luz e Vida Reforma e ampliação da Associação e construção da piscina; 2006 a 2009; Associação dos idosos Luz e Vida - Ouvidor; 400 pessoas; Empresa Anglo American.

13 Associação dos Moradores do Bairro

Castelo Branco e Adjacentes/ABC

Tunel do Tempo; 02/04/2016; Sede Social; 17 pessoas; 150,00; Próprio

Feira pôr-do-Sol E. Solidária; 21/02/2013; Av.111, C. Branco; 3000 pessoas; 350,00; Próprio

Sopa para os necessitados; 26/03/2016; Sede social; 100 pessoas; Doações; Doações

Dino's Park/Símbolo Dinossauro; Projeto; ABC adjacentes; Todos; 20000,00; parceria

Projeto Arte Viver; Projeto; ABC e adjacentes; 30 crianças; 8000,00; parcerias

14 Associação Estradeiros do bem/AEB

Natal do Bem/ Dezembro 2015/Escolas e Creches Municipais/ Em media 450 crianças/ R$ 9000,00/Doações voluntarias dos associados e da comunidade local

Pão do Domingo/Durante todo o ano de 2016/Abrigo de

idosos Antero da Costa Carvalho/38/R$ 720,00/Doações voluntarias dos associados

Campanha de conscientização da semana nacional do transito/ todos os meses de setembro/centro da cidade/

Imensurável/ R$ 500,00/doações voluntarias dos associados

Campanha sangue do bem/ Duas vezes ao ano/ hemocentro de Catalão/Aproximadamente 50 pessoas/ R$150,00/ doações voluntarias dos associados

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15 Associação Infocentro e Cultura Digital de Catalão/ASSINCAT

Foram ministrados 27 cursos de nivelamento com ênfase no pacote Microsoft Office, 10 cursos de internet, 9 cursos, de Autodesk AutoCad, 2 cursos de Microsoft Word, 8

cursos de Microsoft Excel básico, e 2 cursos de digitação.

16 Associação Pestalozzi de Catalão

Emendas Orçamentarias da União, reforma da clínica;

Jan/2009 - Dez/2011 ; sede da entidade ; 200; R$ 40.000,00 ; FUNASA, Min. Saúde. Camargo Correia Meio Ambiente; 2008 ; sede da entidade;

100; R$5.000,00; Repasse de equipamento. Construção de Muro e Reforma; 2013; sede da entidade; 200; R$ 100.000,00; repasse OVG. Jogos Paradesportivos FAPESGO, Nov/2015 - Dez/2015 ;

Pestalozzi Catalão; 300; R$ 100.000,00; Doações.

17 Associação Proteção Maternidade Infância de Goiandira

Não informou

18 Associação Protetora dos Animais de Catalão/ASPAC

Mutirão de castração; março 2015; Catalão; 256 pessoas; 15000,00; Prefeitura e pizza beneficente,

Mutirão de castração; novembro 2015; Catalão; 199 pessoas; 12000,00; Prefeitura e pizza beneficente.

Pizza beneficente; novembro 2014; Catalão.

Pizza beneficente; Junho e Abril 2015; Catalão.

Feiras de Adoção; Todos os meses; Catalão.

19 Casa de apoio ao morador de rua de catalão Marly Cardoso/CAMOR

Não informou

20

Centro de Educação e Convivência

da Juventude - Geraldo Ferreira Pires/CECONJ – Goiandira

Acompanhamento pedagógico; 2008/2012; Sede; Comunidade; Doação.

Música/Teatro; 2008/2012; Sede; Comunidade; Doação

Ginástica/alongamento; 2008/2012; Sede; Comunidade; Doação.

Artesanato; 2008/2012; Sede; Comunidade; Doação

21 Centro de Educação e Convivência da Juventude - Odette Faiad Sebba/CECONJ – Catalão

Não informou

22 Centro Espírita Amor Eterno/CEAE

Enxoval do bebê carente; 02/2014 a 07/2016; famílias

carentes de Ouvidor; 15 gestantes; doações diversas

Cestas alimentícias; 2007 a 2016, famílias carentes de

Ouvidor; cerca de 10 ao ano, doações diversas

Crianças no trânsito 08 e 09/2013, 08 e 09/2014; escola do

município; cerca de 600 alunos; doações diversas

Sopa fraterna frutas e legumes; 1996 a 2009; famílias carentes de Ouvidor; cerca de 30 famílias/semana; doações diversas

Distribuição do natal (roupas/brinquedos e outros); 2010 e 2015; famílias carentes de Ouvidor; cerca de 100 pessoas; doações diversas

23 Centro Espírita Eurípedes Barsanulfo - Catalão

Obra Mãe; Janeiro 2010 até hoje; Sede; 25 pessoas; sem valor específico; Doações

Assistência famílias carentes; Janeiro 2010 até hoje; Sede; 35 pessoas; sem valor específico; Doações

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24 Centro Espírita Eurípedes Barsanulfo

- Goiandira Não informou

25 CMEI - Alba Mathias Mesquita Meu Jardim/01-2016 a 09/2016/Pátio da escola/ 350

alunos/ - / Doações

26 CMEI - João Margon Vaz Não informou

27 CMEI - Professora Ruth Silva Não informou

28 Conselho Central Sagrado Coração de Jesus/SSVP

Festa Junina Beneficente, período: 07, 08 e 09 de Julho de 2016, local: Cidade de Catalão, pessoas beneficiadas: população, valor envolvido:R$3,300,00, forma de financiamento: vendas durante a festa

Feijoada Beneficente, período: 03/07/2016, local: Cidade de Catalão, pessoas beneficiadas: população, valor envolvido: R$2,000,00, forma de financiamento: vendas durante a festa

Bazar beneficente, período: 02/06/2016, local: Cidade de Catalão, pessoas beneficiadas: população, valor envolvido: R$1,440,00, forma de financiamento: Vendas das roupas.

OBS: todo dinheiro da festa anterior é arrecadado para a próxima.

29 Conselho Escolar Frei João Francisco África na Escola; 11/2015; Escola; 200 pessoas; 10000,00; Ministério da Cultura.

30 Conselho Escolar Maria da Luz Não informou

31 Fundação Assistencial Dr. Willian Fayad

Projeto das gestantes/2016/HMI/60/10.000,00/Município

32 Fundação Espirita Antero da Costa Carvalho

UFG - Regional Catalão Enfermagem; Ano Letivo; Abrigo JLPI; 30 pessoas

UFG - Psicologia; Ano Letivo; JLPI; 30 pessoas

UFG - Educação Física; Ano Letivo; JLPI; 30 pessoas

UFG - Engenharia Civil e Eng. de Produção; Trote Solidário; JLPI; 30 pessoas

SENAC - Cursos Diversos; JLPI; 30 pessoas

33 Fundação Espirita Nova Vida/FENOVA

Projeto Orquestra de Violões e Coral Nova Vida/ (Janeiro/2015 - Dezembro/2015)/252 alunos/

527752,53/Lei Rouanet

Projeto Reciclart "Sons que educam"/ (maio/2015 - dezembro/2015)/100 alunos / 97600,00/CMDCA

Projeto Cut e Vida/(setembro/2013-dezembro/2014)/30 alunos/40856,64/FMIA

Projeto Orquestra de Violões e Coral Nova Vida/ (Janeiro/2014 - Dezembro/2014)/180 alunos/

706706,17/Lei Rouanet Projeto Orquestra de Violões e Coral Nova Vida/ (Janeiro/2012 - Dezembro/2012)/180 alunos/ 596398,88/Lei Rouanet

34 Fundação Frei João Batista Vogel OFM

Programa Amigos do Bem ; Final - 06/2015; Catalão e região; não temos esse dado(quantidade de pessoas envolvidas); não temos esse dado(valor envolvido); doações

35 Grupo Espírita Paulo de Tarso Projeto Brincar; Anual; B. Bela Vista; 75; 5 mil; Próprio.

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36 Igreja Católica Apostólica Brasileira

Congada; Não há; Igreja; 1000 pessoas; Doação

Projeto de Assistência Social; Janeiro até Novembro; Igreja; 500 pessoas; Doação

37 Lions Clube de Catalão Lions Quest; 2008/2009; Escola Caic, Escola Nilda Margon Vaz, Wison da Paixão; 200 adolescentes; 20000,00;

Parceria com o Poder Público.

38 Lions Clube de Ouvidor Projeto "Dividindo conhecimento, multiplicando sabedoria"; 01/2013-01/2014; Ouvidor; 50 pessoas;

322000,00; Doações(arrecadações)

39 Loja Maçonica Asilo da Virtude Não informou

40 Obras Sociais Jorge Faim Filho

Projeto mãos que tocam I; Janeiro 2014 - Dezembro 2014;

Obras Sociais Jorge Faim Filho; 100 crianças/adolescentes; 250000,00; Lei Rouanet: Anglo American Projeto mãos que tocam II; Janeiro 2014 - Dezembro 2014; Obras Sociais Jorge Faim Filho; 100 crianças/adolescentes;

350000,00; Lei Rouanet: Anglo American/John Deere Programa Segurança Alimentar-Em andamento; Janeiro 2013 - Dezembro 2013; Obras Sociais Jorge Faim Filho;

6280 pessoas; 10000,00; Recursos Próprios, Doações e Voluntariado Projeto Bordado em tecidos (Pronatec); Janeiro 2013 - Dezembro 2013; Obras Sociais Jorge Faim Filho; 160

mulheres; 20000,00; Pronatec, Doações e Recursos Próprios Projeto Ballet para todos; Janeiro 2014 - Dezembro 2014; Obras Sociais Jorge Faim Filho; 80 crianças; 20000,00

Recursos Próprios, doações e Voluntariado

41 Pastoral da Criança com sede em Curitiba

Acompanhamento de crianças e mulheres grávidas em suas ações básicas.

42 Pastoral da Criança de Catalão

Capacitação do líder; março-2016; Catalão; 6 pessoas; Doações

Mutirão da multimistura; fevereiro-2016; Catalão; 40 famílias; Doações

43 Pastoral da Criança de Ouvidor Acompanhamento da gestante e até a criança completar 6 anos e alcançar o peso de 26 quilos; 1998 até o momento;

Centro Comunitário; 49 famílias; Doações

44 Primeira Igreja Batista em Catalão Não tenho essas informações ainda ou não foram computadas

45 Projeto Esporte Cultura e Lazer Não informou

46 Rotary Club de Catalão - 1º de Novembro

Projeto "Estrelas que Brilham"; Abr/2015-SET/2015; 45 pessoas; R$ 8000,00; Recursos de Rotary Distrital e Clube

Projeto "Musical Social"; Fev/2016-Jun/2016; 68 pessoas; R$ 6000,00; Recursos de Rotary Distrital e Clube

Banco de Cadeira de Rodas; Atual

47 Rotary Club de Catalão -

Solidariedade

Projeto Vovó Solidária; 12/2008; Abrigo da Criança e do Adolescente de Catalão; entre 30 e 50 pessoas; R$

26946,20; Fundação Rotária

48 Rotary Club de Goiandira

Banco de cadeiras de rodas; ano; Goiandira; 45 pessoas; R$ 40000,00; doações

Banco de muletas; ano; Goiandira; 5 pessoas; R$ 500,00; doações

Banco de cadeiras de banho; ano; Goiandira; 8 pessoas; R$

400,00; doações

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

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Os projetos envolvem crianças, jovens, idosos, mulheres, famílias. Abrangem

cerca de centenas de pessoas e valores indo de R$ 0,00 a mais de R$ 300.000,00. São

projetos iniciados desde a existência dessas instituições, alguns encontram-se ainda em

execução, outros já foram finalizados. As atividades acontecem em geral nas sedes das

mesmas ou nas comunidades e são em geral financiadas com recursos próprios

(arrecadações em feiras, cotizações e outros eventos beneficentes) ou de verbas recebidas

de financiamentos externos como FUNASA, Camargo Correia, Ministério da Saúde,

SENAC, Parcerias com poder público, Rotary Distrital, doações, Ministério da Cultura,

Fundação Rotary, UFG, Prefeituras, Anglo American. Muitos desses projetos ainda estão

em execução por serem periódicos e tradicionais.

10.4.8. Informações sobre Necessidade de Voluntariado

Extraindo as 13,2% das instituições que não responderam à pergunta e 1,3% que

disseram não necessitar de voluntários, 19,7% não necessitam de voluntários para gestão

interna, a pesquisa revelou que 65,8% das Instituições estudadas alegaram necessitar

de voluntários para: a área de Recursos Humanos (21,1%); área financeira (14,5%); área

administrativa (11,8%); área de contabilidade (7,9%); comunicação e divulgação (5,3%)

e planejamento (5,3%).

As instituições estudadas utilizam quase sempre e/ou eventualmente trabalho

voluntário na execução de suas atividades em cerca de 90%, o restante que não usa deste

serviço alegou ainda não ter projeto em andamento ou que os voluntários não demonstram

interesse em órgãos criados e mantidos pelo poder público. A necessidade desses

voluntários se daria para auxiliar nos projetos sociais das identidades receptoras.

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Figura 24 – Levantamento das áreas, da gestão interna, das Instituições do Terceiro Setor estudadas em que possui maior necessidade de voluntários.

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

Extraindo as 14,6% que não responderam à pergunta, 93% das Instituições do

Terceiro Setor declararam ter uma necessidade de voluntários com uma frequência

semanal (47,9%), quinzenal (4,2%), mensal (18,8%), semestral (8,3%) e anual (6,3%)

para a execução de seus projetos. A captação de voluntários apenas terá um sucesso com

a divulgação das ações das Instituições além de sua atuação para poder atrair essa

categoria de suma importância para o funcionamento visto que a maioria conta com um

quadro reduzido de colaboradores efetivos. A frequência pelo qual as ações são

conduzidas pode explicar este fato.

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Figura 25 - Levantamento da periodicidade de maior necessidade de trabalhos voluntários para a execução de projetos/atividades/ações das Instituições do Terceiro Setor estudadas.

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

A periodicidade com o qual as Instituições do Terceiro Setor necessitam de

voluntários varia entre 0 a 8 horas semanais em 41,2% dos casos estudados, 16 a 20 horas

em 13,7% podendo chegar a mais de 25 horas em 7,8% conforme segue no gráfico abaixo.

33,3% das Instituições do Terceiro Setor estudadas não responderam à pergunta. De

maneira geral, o dimensionamento dessa variável não é muito simples por depender muito

do volume de atividades das entidades naquele período.

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Figura 26 - Levantamento do tempo, médio, de envolvimento dos voluntários.

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

As Instituições do Terceiro Setor estudadas alegaram mobilizar para a execução

de seus projetos algo em torno de 1 a 5 voluntários na sua maioria (33,3%). Este número

varia entre 6 a 20 em 33,3% dos casos podendo chegar a 400 voluntários (2%) como no

caso do Conselho Central Sagrado Coração de Jesus ou 5000 (2%) conforme apontou o

respondente do Motoclube Abutres que informou terem membros no Brasil inteiro. 13%

das Instituições necessitam entre 11 a 50 voluntários. 15,7% das Instituições do Terceiro

Setor estudadas não responderam à pergunta.

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Figura 27 - Informação da quantidade de voluntários mobilizados para a execução dos projetos/atividades/ações das Instituições do Terceiro Setor estudadas.

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

Quando indagados sobre o tipo de voluntários que a instituição usa, (43,1%) das

Instituições do Terceiro Setor estudadas nos três municípios responderam que fazem uso

do trabalho de voluntários internos, ou seja, aqueles que já são membros, simpatizantes,

colaboradores e associados. 29,4% contam com um apoio misto de voluntários internos e

externos em suas ações. Em 7,8% dos casos estudados, as Instituições do Terceiro Setor

alegaram apenas fazer uso de voluntários externos. 19,6% não responderam à pergunta.

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Figura 28 - Tipo dos voluntários que as Instituições do Terceiro Setor estudadas fazem uso.

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

Quando questionadas sobre a maneira como fazem a sensibilização para ter

adesão de voluntários, onde 47,9% usam a propaganda boca-a-boca (caso de fundações

sociais e centros religiosos) um membro tem que convidada pessoalmente por um sócio

(casos de Rotary, Lions Club e Maçonaria); 37,5% usam a rede de contatos pessoais dos

colaboradores; 25% usam redes sociais e rádio. No entanto, 31,3% alegaram não ter

estratégia de sensibilização e conta apenas com adesão voluntária. No caso das

instituições religiosas, os próprios fiéis procuram os dirigentes para se voluntariar nas

obras. Apenas 4,2% das instituições divulgam em televisão suas ações para captar

voluntários. A pesquisa revelou que nenhuma instituição faz divulgação em folders,

panfletos ou possui um banco de dados externos para captar voluntários.

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Figura 29 - Levantamento de como as Instituições do Terceiro Setor estudadas fazem a sensibilização/convocação de voluntários.

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

Tabela 13 - Tabela com o levantamento de como as Instituições do Terceiro Setor estudadas

fazem a sensibilização/convocação de voluntários.

Como sua entidade faz a sensibilização para adesão de voluntários?

Frequência % das

respostas % das

Entidades

Divulgação em Jornais (impressos/online) 1 1,4 2,1

Divulgação em redes sociais 6 8,1 12,5

Divulgação em rádio 6 8,1 12,5

Divulgação em Televisão 2 2,7 4,2

Distribuição de folders 0 0,0 0,0

Propaganda boca-a-boca 23 31,1 47,9

Rede de contatos pessoal dos colaboradores 18 24,3 37,5

Possui banco de dados próprios de voluntários 2 2,7 4,2

Busca em banco de dados externos 0 0,0 0,0

Não tem estratégia de sensibilização, trabalha por adesão 15 20,3 31,3

Outro 1 1,4 2,1

Total de respostas 74

Total de entrevistas 48

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

10.4.9. Informações sobre disponibilidade e realização de voluntariado

Ao serem indagadas sobre se suas entidades disponibilizam e realizam

voluntariado, 68,6% dos entrevistados não responderam à pergunta, 25,5% disseram ter

dificuldade de conciliar seu tempo com o voluntariado, 3,9% não sabem como se envolver

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e 2% alegaram não ter interesse em participar de voluntariado, dessas 55% não

justificaram o porquê disso, e foram apenas Instituições do Terceiro Setor localizadas no

município de Goiandira. Nos municípios de Catalão e Ouvidor, não tivemos a resposta C

(Não tem interesse em participar do voluntariado) que encerraria o questionário conforme

formulário.

Figura 30 – Levantamento sobre disponibilidade e realização de voluntariado das Instituições do Terceiro Setor estudadas.

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

Sobre a questão referente à como a entidade faz a seleção das ações a serem

realizadas voluntariamente pela mesma, 29,2% a fazem sem nenhum critério definido.

Já 18,8% das entidades selecionam essas ações a partir de seu potencial e sua linha de

atuação, 18,8% não selecionam ações a serem realizadas voluntariamente e atuam apenas

quando surgem ou são solicitadas atentando para não conflitar com o calendário

institucional e mediante disponibilidade de colaboradores. As 20,8% não responderam à

pergunta e as 12,5% restantes selecionam apenas atividades pontuais esporádicas e de

curta duração.

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Figura 31 - Levantamento de como as Instituições do Terceiro Setor estudadas fazem a seleção

das ações a serem realizadas voluntariamente.

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

Dentre as áreas de maior interesse para a realização de trabalhos voluntár ios,

destacam-se o atendimento a crianças, adolescentes, jovens e famílias (40,6%) das

instituições pesquisadas, seguido pela área de cultura (8%), atendimento a mulheres,

(7,5%), saúde (6,4%), pessoas portadoras de necessidades especiais (5,3%), alimentação

e nutrição (5,3%), meio ambiente (5,3%), esporte e lazer (5,3%) os outros 16,3% se

dividem entre as áreas de atendimento a dependentes químicos, geração de renda,

moradia, apoio emergencial (desastres) e orientação vocacional. 3,7% das Instituições do

Terceiro Setor estudadas não responderam a esta pergunta.

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Figura 32 - Levantamento das áreas em que as Instituições do Terceiro Setor estudadas teriam

maior interesse em participar como voluntário.

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

As entidades pesquisadas alegaram ter uma quantidade de colaboradores que tem

interesse e disponibilidade em participar de ações voluntárias girando em torno 1 a 5

voluntários (43%); em torno de 6 a 10 voluntários (18%); (7%) entre 11 a 20 ou mais

voluntários e (21%) não responderam a esta pergunta.

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Figura 33 - Levantamento da quantidade de colaboradores, em média, das Instituições do Terceiro Setor estudadas que teriam interesse e disponibilidade para participar de ações

voluntárias.

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

Quando questionados sobre a disponibilidade de tempo médio mensal dos

colaboradores para a realização de trabalhos voluntários houve uma variação entre 5

a 8 horas na maioria das Instituições do Terceiro Setor entrevistadas (21,6%) seguido pela

opção por uma carga horária de 1 a 4 horas (15,7%) e mais 25 horas em 8% dos casos. A

maioria dos entrevistados não respondeu a esta pergunta (41,2%) Essa disponibilidade de

tempo pode ser considerada muito baixa considerando as necessidades das Instituições

do Terceiro Setor em termos de colaboradores.

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Figura 34 – Levantamento da disponibilidade de tempo de colaboradores, das Instituições do Terceiro Setor estudadas, para realização de trabalhos voluntário.

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

Sábados (29,2%) e Domingos (13,9%) foram os dias nos quais os voluntá r ios

afirmaram estar dispostos para participar de ações de voluntários nos três municípios. Os

outros dias da semana foram escolhidos por algumas mesmo que em proporção girando

entre 5,6 e 9,7% dos casos estudados.

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Figura 35 - Levantamento dos dias da semana em que os colaboradores das Instituições do Terceiro Setor estudadas teriam maior disponibilidade de tempo em participar do voluntariado.

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

Os períodos matutinos (33,3%) e vespertinos (37,5%) foram os que mais

apareceram nas respostas como sendo preferidos para interesse e disponibilidade em

realizar voluntariado. O período noturno foi citado em 18,3% dos casos e 22,9% dos

entrevistados não responderam à pergunta e a opção de trabalhar na madrugada não

apareceu na pesquisa.

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Figura 36 - Levantamento do turno de disponibilidade para voluntariado.

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

10.4.10. Informações sobre social network

Quando questionadas sobre se tinham conhecimento de alguma (outra) instituição

na cidade que realiza trabalho de voluntariado, apenas 17 (35,4%) responderam ter

conhecimento de entidades de voluntariado, enquanto que 14 (35,4%) responderam não

e as 14 (29,2%) restantes não responderam à questão, como pode ser visto na Tabela 14.

Tabela 14 - Respostas à questão sobre o conhecimento de outras instituições que realizam

trabalhos de voluntariado.

Tem conhecimento de alguma instituição na sua cidade que realiza trabalho de

voluntariado? Se sim, qual (is)?

F % das

respostas

Sim 17 35,4

Não respondeu 17 35,4

Não tem conhecimento 14 29,2

Total de respostas 48 100,0

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

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Foi possível, com base nas respostas obtidas dos questionários aplicados nesse

estudo e com o uso da teoria de redes complexas, construir a rede de conhecimento que

os entrevistados têm sobre outras instituições de voluntariado na cidade, vide Figura 37 -

rede de conhecimento das instituições entrevistadas. Com ajuda dessa rede, verificamos

que a instituição de voluntariado mais conhecida é o Rotary Club de Catalão

Solidariedade, que foi citado 8 vezes; o segundo mais conhecido é o Lions Clube de

Catalão, com 5 citações; e em terceiro lugar ficou com a Loja Maçônica Asilo da Virtude.

Verificamos ainda que 29 das 48 instituições estão desconectadas, pelo fato dos gestores

dessas 29 instituições não terem respondido ou terem respondido “Não conhecer” uma

instituição de voluntariado na cidade. Essa primeira parte, ou seja, as questões 41, 42 e

43 deste questionário foram reaplicadas às 8 instituições de Catalão que as haviam

deixado em branco. O retorno obtido de 3 dentre elas não mudou a situação.

Na Figura 38, vemos a rede de parcerias/nível de relacionamentos existentes das

instituições entrevistadas. Nessa rede, as cores das ligações (flechas) representam o

seguinte: flecha vermelha = existência de ligação com nível de relacionamento fraco

entre as instituições; flecha verde = existência de ligação com nível de relacionamento

médio entre as instituições; flecha azul = existência de ligação com nível de

relacionamento forte entre as instituições; flecha preta (e fina) = existência de ligação

sem nível de relacionamento informado/especificado.

Tabela 15 - Lista das instituições que possuem parceiras com as Instituições do Terceiro Setor entrevistadas.

Instituições parceiras Ranking nº de

ligações

Prefeitura Municipal de Catalão 1ª 7

Rotary Club de Catalão - Solidariedade 2ª 5

Universidade Federal de Goiás 3ª 4

Loja Maçônica José Marcelino 4ª 4

Governo do Estado de Goiás 5ª 4

SENAI 6ª 3

Prefeitura Municipal de Goiandira 7ª 3

Lions Clube de Catalão 8ª 2

Rotary Club de Goiandira 9ª 2

SENAC 10ª 2

Prefeitura Municipal de Ouvidor 11ª 2

CRAS-Centro de Referência de Assistência Social 12ª 2

Anglo American 13ª 2

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

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Da Tabela 15, vemos que dentre as 13 instituições parceiras de maior ranking, das

instituições entrevistadas, 7 delas possuem vínculos seja com governos municipa l,

estadual ou federal. Com relação ao nível de relacionamento (veja Figura 38), vemos que

a maioria das parcerias possui conexões com nível de relação indo de médio a forte. Ainda

da análise da Figura 38, é fácil verificar que na rede (maior) de parcerias/relacionamentos

existentes existem sub-redes separadas, agrupamentos menores, das cidades de Catalão e

Ouvidor (sub-redes laranja e amarela).

Da análise da Tabela 15 e da Figura 39, temos 6 entre as 10 instituições mais

desejadas para se ter como parceiras, são privadas. Dentre essas instituições, as mais

lembradas/desejadas para parceria foram: Anglo American e John Deere, com 7

citações/menções cada e Mitsubishi, com 4 citações. Da mesma forma que no caso da

rede parcerias/relacionamentos existentes das instituições entrevistadas (Figura 38), na

rede de parceria/relacionamentos desejados pelas instituições entrevistadas (Figura 39)

também verificamos a existência/formação de sub-redes, num total de 9 sub-redes. O que

dexia evidente que o processo de formação de parcerias e seus efeitos, podem ser mais

efetivos e otimizados se as ligações entre as instituições levarem a existência de uma rede

única, visto que havendo ligações entre todas as instituições as informações e

conhecimentos necessários seu bom funcionamento poderão chegar a qualquer uma delas

que componha a rede de parceiros.

Tabela 16 - Ranking das 10 instituições mais desejadas para serem parceiras.

Parcerias desejadas Ranking nº de ligações

Anglo American 1ª 7

John Deere 2ª 7

Mitsubishi 3ª 4

Prefeitura Municipal de Catalão 4ª 4

Empresas Privadas 5ª 3

Serra do Facão 6ª 3

Banco do Brasil 7ª 2

Governo do Estado de Goiás 8ª 2 Escolas e Colégios Municipais e Estaduais 9ª 2 Rotary Club de Catalão Solidariedade 10ª 1

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

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Quando da construção da Figura 39, nos deparamos com algo que tornou a análise

dessa figura um pouco mais rica. No questionário, o representante da Loja Maçônica

Asilo da Virtude informou que desejaria manter parceria/contato com o máximo de

instituições do gênero possível. Uma das maiores lições/conclusões que podemos tirar

das figuras abaixo é que havendo uma rede totalmente conectada, ou seja, com todas as

instituições conectadas por uma ou mais instituições, seria necessário/preciso promover

ações de melhorias/capacitações conjuntas cujos resultados tenderiam a ser mais

eficientes do que se uma ação fosse realizada numa rede que não seja única, ou seja, que

seja composta por várias sub-redes.

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Figura 37-Rede de conhecimento de (outras) instituições de voluntariado das Instituições do Terceiro Setor entrevistadas.

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

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Figura 38-Rede de parcerias/relacionamentos existentes das Instituições do Terceiro Setor entrevistadas.

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

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Figura 39-Rede de parceria/relacionamentos desejados pelas Instituições do Terceiro Setor entrevistadas.

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

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No entanto as Instituições do Terceiro Setor apontaram organizações e setores com os

quais não possuem vínculo e as razões disso.

Tabela 17 - Razões pelas quais as Instituições do Terceiro Setor estudadas não possuem vínculo

com as organizações apontadas.

Organizações ou Setores apontados

Por que as ONGs estudadas não possuem vínculo com as organizações/setores apontados?

Anglo American Falta de estrutura, Falta de interesse, falta de projetos.

John Deere Falta de interesse da empresa

Mitsubishi Falta de interesse da empresa

SEFAC (Serra do Facão) Faltou enviar projetos

Banco do Brasil Falta de interesse da empresa

CRAS Falta de interesse do órgão

UBS (Unidade Básica de Saúde)

Falta de interesse do órgão

Área cultural, de esporte e

lazer Escassez de instituições na cidade

Outras empresas privadas Sem oportunidades de parceria; impossibilidade de pedir financiamentos.

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

Em Catalão 70% das Instituições do Terceiro Setor mantêm uma relação semanal

com os abrigos, um relacionamento anual com a AGEHAB, John Deere, Anglo

American, Prefeitura Municipal, UFG. Mantêm um relacionamento mensal com o CRAS,

as UBS, as Congadas, a Irmandade do Rosário, o Lions Club, a loja Maçônica, o governo

do estado, os Rotary Clubes, a Pastoral da Saúde e o abrigo Antero da Costa Carvalho.

Maiores detalhes sobre os contornos deste relacionamento não foram dadas pelas

Instituições do Terceiro Setor apenas o grau de relacionamento e motivos pelos quais

algumas deles não possuem vínculos com outras organizações.

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11. Conclusões e apontamentos de recomendações

O mapeamento das Organizações do Terceiro Setor das cidades de Catalão,

Goiandira e Ouvidor para além dos objetivos propostos, foi considerado pelos

entrevistados, um exercício salutar, de caráter pedagógico, dando a possibilidade de as

Instituições do Terceiro Setor conhecerem onde estão, como se podem reorganizar e que

aspectos devem melhorar.

O fato de as organizações terem procurado organizar-se documentalmente tendo

em vista um bom desempenho nas entrevistas, constituiu um aspecto bastante positivo;

mesmo que alguns entrevistados revelaram alguma insuficiência no que toca ao

conhecimento da sua própria organização.

Existe escassez de parceiros para financiamentos, nas temáticas que se declaram

de atuação. A maioria das organizações revelou não possuir projetos geradores de renda,

nem planos de auto sustentabilidade para paliar as dificuldades financeiras que

atravessam.

Há falta de infraestruturas próprias; a maioria das Instituições do Terceiro Setor

possui um número reduzido, de membros e colaboradores (em muitos casos estes não

existem), não têm estratégias de captação e de manutenção de colaboradores, razão pela

qual não conseguem e nem estão organizados para cobrar cotizações periódicas ou

qualquer participação voluntária. Há uma crise aguda de associativismo ou um espírito

cooperativo dos membros conforme revelado na ADISGO, ASSAPEC e ASPDEC.

A maioria das Instituições do Terceiro Setor estudadas não tem as assembleias

atualizadas e as áreas sociais não funcionam devidamente quando é o caso. Mesmo

aquelas que pelo menos tem um órgão executivo, estes não registram em atas as ações e

reuniões realizadas;

No entanto, merece um destaque especial àquelas organizações, que com todas

estas dificuldades, ainda contam com um ou outro membro que de livre vontade e esforço

vai dando o seu máximo, fazendo com que a organização sobreviva; além de contar com

recursos humanos adequados (ADISGO, ASPAC, ASSAPEC, FENOVA, Asilo São

Vicente de Paulo, Fundação Antero da Costa Carvalho).

A maioria das organizações apresenta dificuldades na manutenção dos

equipamentos e infraestruturas, na reposição dos equipamentos obsoletos, na compra dos

materiais e instrumentos necessários para os projetos e de outros meios de uso corrente.

Não têm sede própria (Fundação Antero da costa), transporte (ASPDEC) e as poucas que

têm na sua maioria não legalizaram ainda os referidos locais em nome da Instituições do

Terceiro Setor.

A maioria das organizações tem dificuldades no procedimento administrat ivo;

algumas organizações não tinham a documentação arquivada em pastas, encontrando -se

dispersa. Este fato levou algumas organizações a não terem respostas para algumas partes

do questionário, provocando morosidade e dispêndio de tempo na devolução do mesmo.

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A maioria não possui balancetes que respeite os padrões aceitos ou exigidos. Uns

apresentam somente uma lista dos meios, sem que estes estejam devidamente codificados

ou identificados. Os projetos não são devidamente elaborados com o devido orçamento e

cronograma de realização das ações.

A maioria das organizações não prepara um orçamento anual (global) da ONG e

nem possui relatório anual de atividades da mesma; outras elaboram somente os de

projeto e mesmo entre estes, são poucos os que divulgam;

Existe morosidade na alocação das verbas prometidas em contrato e o não

cumprimento das mesmas por parte de alguns doadores.

Com os problemas acima apontados existem dificuldades de manutenção do

pessoal o que propicia a necessidade de voluntários se torna difícil contratar pessoal

qualificado se não for os servidores cedidos pelas prefeituras para atuarem nas mesmas,

mas neste caso o dirigente da ONG tem que estar do lado da equipe de comando do

executivo local.

12. Algumas limitações da pesquisa

Quanto à coleta de dados, nota-se que a cidade de Catalão conta com um bom

número de instituições do terceiro setor, porém muitas delas se encontram ainda na

informalidade, tendo a Irmandade Nossa Senhora do Rosário que organiza a maior festa

da cidade e a mais antiga chamado nossa atenção neste ponto. As outras duas cidades

Ouvidor e Goiandira possuem um número reduzido de Instituições do Terceiro Setor.

Muitas Instituições do Terceiro Setor localizadas na busca não possuíam endereço

fixo atualizado ou telefone e não respondem a mensagens enviadas via redes sociais,

gerando dificuldades para localizar essas instituições. Encontramos algumas instituições

que não possuíam CNPJ, outras que apresentavam interesse em realizar trabalhos de

cunho social voltados para a comunidade, mas não conseguiam por se tratarem de

entidades pequenas, às vezes, com sede em outros estados.

As entidades que não possuem sede própria foram difíceis de serem contatadas ,

algumas igrejas e outras organizações se sentiram desconfiadas em fornecer determinados

dados e valores como faturamento anual no questionário, mesmo depois de fazermos

todos os esclarecimentos necessários acerca da pesquisa.

O prazo dado para a realização do trabalho que coincidiu com as férias escolares

e às vezes de muitas organizações dificultou um pouco a atividade.

A extensão do questionário que continha mais de 40 questões foi um empecilho e

confundiu os respondentes em algumas ocasiões. Um pré-teste seria importante.

A falta de dados sistematizados de muitas Instituições do Terceiro Setor também

consistiu em uma limitação na hora de responder fazendo com o que o questionár io

tivesse de ser deixado no local para ser recuperado em momento ulterior.

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As mudanças nas direções das Instituições do Terceiro Setor consistiram em um

empecilho e fez com o que os novos não estivessem todas as informações necessárias.

Por fim e não menos importante, outra limitação da pesquisa foi a falta notória de

interesse em contribuir com a pesquisa (muitas vezes o questionário não era devolvido a

tempo e sem maiores explicações) reduzindo assim nosso universo de pesquisa.

12.1. Recomendações de ações pontuais para alcançar uma maior eficiência das

ações das Instituições do Terceiro Setor das cidades de Catalão, Goiandira e Ouvidor.

Abaixo segue uma lista de recomendações, que foram baseadas nas respostas dos

questionários aplicados aos gestores/responsáveis das instituições estudadas:

Promover/realizar/divulgar regionalmente Fóruns e/ou Workshops com a

participação das Instituições do Terceiro de Cunho Social onde as instituições

participantes da pesquisa teriam um feedback, e teriam a oportunidade de se

conhecer e apontar mais ainda seus problemas e estratégias de eficiência e

sobrevivência;

Promover/realizar/divulgar ações de formação, treinamento e fortalecimento de

capacidades dos dirigentes das instituições estudadas. Tais ações devem estar

voltadas para dirigentes em questões ligadas a: entender o que é este setor, o que

ele representa no desenvolvimento social do país, o que as diferencie dos outros

setores, como devem ser gerenciadas, como elaborar um plano de trabalho, como

podem ser informados sobre editais e como devem elaborar projetos de captação

de recursos etc.;

Promover/realizar/divulgar a criação de Cartilha Básica de Funcionamento

(Cartilha Básica de Funcionamento de Instituições do Terceiro Setor) com

noções de práticas mínimas de gestão de uma organização como elaborar livros

de atas, registros, divulgação de balancetes e balanço anual, como prestar contas

ao público;

Com base nas informações coletadas da seção de Social Network, com os

apontamentos de desejos de relacionamentos verificados na pesquisa, promover a

proximidade dessas instituições. Com isso aumentando mutuamente a eficiênc ia

das instituições que estabelecem parcerias;

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Promover reuniões entre as instituições que realizam as mesmas ações, e/ou ações

correlatas, no sentido de aumentar a abrangência do número de pessoas

beneficiadas por essas ações, com isso aumentando a eficiência com os custos das

ações e número de colaboradores/voluntários envolvidos;

Promover/realizar/divulgar cursos de capacitação para as instituições, a fim de

que as mesmas possam ter maior sucesso na captação de recursos, de voluntár io s

(estilo Marketing) através de celebração de convênios com outros órgãos;

Conscientização dos gestores das instituições estudadas, para que mantenham um

balanço/levantamento de forma periódica de todas as ações/projetos/atividades

realizados, visto que, com dados atualizados e cada vez mais fidedignos as

ações/projetos/atividades futuras serão melhores organizados e realizados;

Promover/realizar formações sobre aspectos jurídicos sobre captação de recursos,

o Novo Código Civil e Estatuto Social das ONGs podem ser proporcionados aos

dirigentes que se encontram carentes destas capacitações;

Promover/realizar cursos de Capacitação em Liderança Comunitária aos

presidentes de bairros que se sentem isolados/abandonados seja pelas instituições

do terceiro setor, assim como do poder público;

Promover/realizar/divulgar cursos sobre redes colaborativas e de voluntariado

nas instituições de ensino (escolas e colégios) das cidades estudadas com noções

e importância do voluntariado como diferencial competitivo de um acadêmico

com o slogan “Orgulho de ser Voluntário”, para com isso buscar a criação da

cultura do voluntariado tão importante (na região, no Brasil e no Mundo),

sobretudo, com foco nos jovens;

Promover/realizar/divulgar um projeto/uma ação para incentivar o voluntariado

corporativo (trabalhadores de empresas se doando em ações voluntárias). Projeto

esse que poderá ser desenvolvido considerando a capacidade empresarial das

cidades de Catalão e Ouvidor.

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13. Recomendações para futuras pesquisas

O curto espaço de tempo dado para a realização de uma pesquisa cujos dados

primários tiveram de ser colhidos foi o grande gargalo nesta pesquisa. Os pesquisadores

tiveram de garimpar em várias fontes para conseguir um número máximo de Instituições

do Terceiro Setor formais que poderia ser encontrado nas três cidades.

O tamanho do questionário com mais de 40 perguntas levou muitas a demorarem

no retorno (quando o mesmo se dava), além de levar os respondentes a deixarem muitas

questões em branco, ou por incompreensão ou por não ter respostas sobre o assunto

questionado.

O mês de julho coincidindo com as férias levaram algumas Instituições do

Terceiro Setor a pedirem para voltar depois e não tendo de responder junto do pesquisador

e tirar as dúvidas na hora.

O despreparo de muitos dirigentes de Instituições do Terceiro Setor levou muitos

respondentes a atender ao chamado na expectativa de serem conhecidas e receber auxílio

futuro em termos de formação e treinamento e também a não terem as condições de

responder a algumas questões que estavam no questionário. A falta de registros impediam

muitos respondentes a se lembrarem dos projetos realizados e/ou que desejariam realizar

no futuro deixando assim essa tabela muitas vezes em branco. O mesmo aconteceu com

a questão relativa à rede de relacionamento entre Instituições do Terceiro Setor.

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14. Referências

de Castro, P. A. Rede Complexa e Criticalidade Auto-Organizada: Modelos e

Aplicações. 2007. 156 p. Tese (Doutorado em Física) – Universidade de São

Paulo / Instituto de Física de São Carlos. Disponível em:

<http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/76/76131/tde-14012008-

165356/publico/PauloCastroD.pdf>. Acesso em 20/08/2016.

Newman, M. E. J. Random graphs as models of networks. Disponível em:

<http://www.santafe.edu/media/workingpapers/02-02-005.pdf 2005>. Acesso em

20/08/2016.

O Terceiro Setor e sua importância para as políticas públicas . Disponível em:

<http://www.muraki.org.br/novidades/o-terceiro-setor-e-sua-

import%C3%A2ncia-para-pol%C3%ADticas-p%C3%BAblicas>. Acesso em

20/08/2016 às 10h15.

Tripodi, T., Fellin, P., Meyer, H. Análise da pesquisa social. 2a ed. Rio de Janeiro: F.

Alves, 1981.

Yin, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos , 2a ed. Porto Alegre: Bookman

2001.

Wasserman, S., Faust, K. Social network analysis: Methods and applications. Cambridge

university press, (1994).

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15. Glossário

Assessoramento/defesa e garantia de direitos: Prestação de serviços e execução de

programas ou projetos, de forma continuada, permanente e planejada, voltados

prioritariamente para defesa e efetivação dos direitos socioassistenciais, construção de

novos direitos, promoção da cidadania, enfrentamento das desigualdades sociais,

fortalecimento dos movimentos sociais e das organizações de usuários, e formação e

capacitação de lideranças, dirigidos ao público da Política de Assistência Social.

Associação: Grupo de pessoas de um mesmo espaço geográfico ou não que se reúne para

lutar/defender por uma causa.

Benefícios eventuais: Provisões suplementares e provisórias que integram

organicamente as garantias do Sistema Único de Assistência Social - SUAS e são

prestadas aos cidadãos e às famílias em virtude de nascimento, morte, e situações de

vulnerabilidade temporária e de calamidade pública. Os benefícios eventuais são

previstos no Art. 22 da Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS (Lei n. 8.742, de

07.12.1993), alterada pela Lei n. 12.435, de 06.07.2011. A concessão e o valor dos

benefícios eventuais devem ser definidos pelos Municípios e Unidades da Federação e

previstos nas respectivas leis orçamentárias anuais, com base em critérios e prazos

estabelecidos pelos respectivos Conselhos de Assistência Social. A oferta de benefíc ios

eventuais pode ocorrer mediante apresentação de demandas, por parte de famílias e

indivíduos em situação de vulnerabilidade, ou por identificação dessas situações quando

do atendimento dos usuários nos serviços socioassistenciais. Para que os benefíc ios

eventuais sejam efetivados como direito social, devem ser prestados de forma integrada

à rede de serviços socioassistenciais e/ou em outras políticas setoriais. O Art. 1º da

Resolução n. 39, de 09.12.2010, do Conselho Nacional de Assistência Social - CNAS,

que dispõe sobre o processo de reordenamento dos benefícios eventuais no âmbito da

Política de Assistência Social em relação à Política de Saúde, estabelece que não são

provisões da Política de Assistência Social os itens referentes a órteses e próteses,

cadeiras de roda, muletas, óculos, leites e dietas de prescrição especial, fraldas

descartáveis para pessoas que têm necessidades de uso, entre outros itens inerentes à área

de saúde.

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Benefícios financeiros ou em produtos por conta própria da entidade: Benefícios que

a entidade concede, segundo sua disponibilidade de recursos, e que correspondem a uma

ampla gama de itens. São atenções que se encontram no campo de diversas políticas

públicas, a exemplo da saúde, da alimentação, da habitação, entre outras atenções gerais,

mas que se mostram presentes na Política de Assistência Social.

Casa de apoio: são espaços que servem para receber/acolher/abrigar temporário e/ou

permanentemente pessoas necessitadas.

Centro é um meio ou espaço apto a desenvolver algum tipo de atividade em prol da

sociedade.

Conselho Escolar: é o órgão máximo para a tomada de decisões realizadas no interior de

uma escola. Este é formado pela representação de todos os segmentos que compõem a

comunidade escolar, como: alunos, professores, pais ou responsáveis, funcionár ios,

pedagogos, diretores e comunidade externa. Todas suas decisões são registradas em atas.

Ele pode outras apelações como Associação de pais e mestres e Conselho de pais e

mestres.

Encaminhamento para serviços públicos: Referenciamento para serviços providos

pelas redes locais, distritais, regionais e municipais de Assistência Social, órgãos de

defesa de direitos, redes de ajuda e programas e serviços públicos, com resolutividade

adequada às necessidades apresentadas pelo usuário.

Entidade privada de assistência social sem fins lucrativos: Entidade com

personalidade jurídica equiparada à de empresa privada, mas sem fins lucrativos. Presta

atendimento de interesse público e assessoramento aos beneficiários, bem como atua na

defesa e garantia de direitos.

Estagiário: Aluno do nível de educação superior ou do ensino médio, que desenvolve

atividades relacionadas à sua área de formação profissional na entidade, mediante

contrato.

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Família: Para efeito da presente pesquisa, o conceito de família adotado reconhece não

apenas o grupo formado pelos pais ou por um dos progenitores e seus descendentes, mas

também as diferentes combinações resultantes de agregados sociais, formados por

relações consanguíneos, afetivas ou de subsistência, e que assumem a função de

desenvolver afetos, cuidados e condições de reprodução social e da espécie.

Funcionário cedido: Funcionário municipal, estadual ou federal cedido pela

administração pública à entidade.

Funcionário contratado: Funcionário contratado pela entidade sob o regime da

Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.

Fundação: pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, que se forma a partir

da existência de um patrimônio extraído de seu instituidor e/ou instituidores, através de

escritura pública ou testamento, para servir a um objetivo especifico de interesse público.

Instituição religiosa é um tipo de pessoa jurídica destinada a abrigar as instituições de

cunho religioso. Normalmente arrecadam contribuições para manutenção dos templos e

de seus entes participativos e para caridade ou obras sociais. Costumam ser associações

sem fins lucrativos e possuem imunidade fiscal.

Pastoral: ou ação pastoral católica ou simplesmente pastoral é a ação da igreja católica

no mundo ou o conjunto de atividades pelas quais a Igreja realiza a sua missão, que

consiste primariamente em continuar a ação de Jesus Cristo.

Projeto: é uma organização de pessoas em prol de alguma ação junto às comunidades

através da realização de atividades.

Pessoal cedido Ver funcionário cedido

Pessoal contratado Ver funcionário contratado

Pessoal ocupado: Pessoas efetivamente ocupadas no ano de referência da pesquisa,

incluindo funcionários contratados, funcionários cedidos e prestadores de serviço, ou

seja, pessoas com vínculo empregatício formal, assim como aquelas sem vínculo formal.

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População em situação de rua: Grupo populacional heterogêneo que possui, em

comum, a pobreza extrema, os vínculos familiares interrompidos ou fragilizados e a

inexistência de moradia convencional regular, e que utiliza os logradouros públicos e as

áreas degradadas como espaços de moradia e de sustento, de forma temporária ou

permanente, bem como as unidades de acolhimento para pernoite temporário ou como

moradia provisória.

Povos e comunidades tradicionais: Grupos culturalmente diferenciados e que se

reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social e ocupam e

usam territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social,

religiosa, ancestral e econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas gerados

e transmitidos pela tradição. Entre os povos e comunidades tradicionais do Brasil, estão

os remanescentes de quilombos, povos indígenas, ciganos, povos de terreiro, fundo de

pasto, geraizeiros, pescadores artesanais, quebradeiras de cocobabaçu, extrativis tas

(catadores de pequi, mangaba etc.), andirobeiras, vazanteiros, catadoras de sempre-viva,

retireiros, entre outros.

Prestador de serviço: Pessoa vinculada a empresa contratada pela entidade para prestar

serviços, sem vínculo empregatício e sem carteira de trabalho assinada pela entidade.

Proteção social básica: Conjunto de ações que têm como objetivo a prevenção de

situações de risco por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições e do

fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. A proteção social básica destina-se

à população que vive em situação de fragilidade decorrente de pobreza, ausência de renda,

acesso precário ou nulo aos serviços públicos, ou fragilização de vínculos afetivos

(discriminações etárias, étnicas, de gênero ou por deficiências, entre outras). Essa

proteção prevê o desenvolvimento de serviços, programas e projetos locais de

acolhimento, convivência e socialização de famílias e indivíduos, conforme identificação

da situação de vulnerabilidade apresentada.

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Proteção social especial: Conjunto de ações destinadas a famílias e indivíduos em

situação de risco pessoal ou social, cujos direitos tenham sido violados ou ameaçados.

Para integrar as ações da proteção especial, é necessário que o cidadão esteja enfrentando

situações de violações de direitos em decorrência de violência física ou psicológica; abuso

ou exploração sexual; abandono, rompimento ou fragilização de vínculos; ou afastamento

do convívio familiar devido à aplicação de medidas. A proteção social especial

desenvolve ações de natureza protetiva, que requerem o acompanhamento familiar e

individual e maior flexibilidade nas soluções, e comportam encaminhamentos efetivos e

monitorados, bem como apoios e processos que assegurem qualidade na atenção. As

atividades da proteção especial são diferenciadas, de acordo com níveis de complexidade

(média ou alta) e conforme a situação vivenciada pelo indivíduo ou família. Seus serviços

atuam diretamente ligados com o sistema de garantia de direitos, exigindo uma gestão

mais complexa e compartilhada.

Proteção social especial de alta complexidade: Conjunto de ações que oferecem

atendimento a famílias e indivíduos que se encontram em situação de abandono, ameaça

ou violação de direitos, necessitando de acolhimento provisório, fora de seu núcleo

familiar de origem (mulheres vitimizadas, idosos, crianças e adolescentes, população em

situação de rua, entre outros). A proteção social especial de alta complexidade

caracteriza-se pela oferta de atendimento a indivíduos que se encontram afastados do

convívio com o núcleo familiar.

Proteção social especial de média complexidade Conjunto de ações que oferecem

atendimento a famílias e indivíduos que se encontram em situação de risco e violação de

direitos ou situação de contingência, por deficiência ou processo de envelhecimento,

necessitando de atendimento especializado. Geralmente, as famílias e indivíduos

atendidos encontram-se inseridos em seu núcleo familiar, ou seja, a convivência familiar

está mantida, embora os vínculos possam estar fragilizados ou até mesmo ameaçados.

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Serviço de acolhimento em família acolhedora: Serviço que organiza o acolhimento de

crianças e adolescentes, afastados da família por medida de proteção, em residência de

famílias acolhedoras cadastradas. É previsto até que seja possível o retorno à família de

origem, ou, na sua impossibilidade, o encaminhamento para adoção. O serviço é o

responsável por selecionar, capacitar, cadastrar e acompanhar as famílias acolhedoras,

bem como realizar o acompanhamento da criança e/ou adolescente acolhido e sua família

de origem.

Serviço de acolhimento em república: Serviço que oferece proteção, apoio e moradia

subsidiada aos seguintes grupos de pessoas: maiores de 18 anos em estado de abandono,

situação de vulnerabilidade e risco pessoal e social, com vínculos familiares rompidos ou

extremamente fragilizados e sem condições de moradia e autossustentação, ou em

processo de saída das ruas; jovens (18 a 21 anos) após desligamento de serviços de

acolhimento para crianças e adolescentes; e idosos com capacidade de gestão coletiva da

moradia. O atendimento deve apoiar a construção e o fortalecimento de vínculos

comunitários, a integração e participação social e o desenvolvimento da autonomia das

pessoas atendidas. O serviço deve ser desenvolvido em sistema de autogestão ou

cogestão, possibilitando gradual autonomia e independência de seus moradores. Deve

contar com equipe técnica de referência para contribuir com a gestão coletiva da moradia

(administração financeira e funcionamento), bem como para acompanhamento

psicossocial dos usuários e encaminhamento para outros serviços, programas e benefíc ios

da rede socioassistencial e das demais políticas públicas.

Serviço de acolhimento institucional: Acolhimento em diferentes tipos de

equipamentos, destinado a famílias e indivíduos com vínculos familiares rompidos ou

fragilizados, a fim de garantir proteção integral. A organização do serviço deve garantir

privacidade e respeito aos costumes, às tradições e à diversidade de ciclos de vida,

arranjos familiares, raça/etnia, religião, gênero e orientação sexual. O atendimento

prestado deve ser personalizado e em pequenos grupos e favorecer o convívio familiar e

comunitário, bem como a utilização dos equipamentos e serviços disponíveis na

comunidade local. As regras de gestão e de convivência devem ser construídas de forma

participativa e coletiva, a fim de assegurar a autonomia dos usuários, conforme perfis. O

serviço para idosos também é chamado de instituição de longa permanência para idosos.

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Serviço de acolhimento institucional para idosos: Acolhimento em diferentes tipos de

equipamentos, destinado a idosos com vínculos familiares rompidos ou fragilizados, a

fim de garantir proteção integral. O atendimento prestado deve ser personalizado e em

pequenos grupos e favorecer o convívio familiar e comunitário. As unidades de prestação

desse tipo de serviço – casa-lar e abrigo institucional (instituição de longa permanênc ia

para idosos) – devem funcionar inseridas na comunidade, com características

residenciais, ambiente acolhedor e estrutura física adequada, oferecendo condições de

habitabilidade, higienização, salubridade, segurança, acessibilidade e privacidade.

Serviço de convivência e fortalecimento de vínculos: Serviço realizado em grupos, de

acordo com a faixa etária, organizado a partir de percursos, de modo a garantir aquisições

progressivas aos seus usuários, de acordo com o seu ciclo de vida, a fim de complementar

o trabalho social com famílias e prevenir a ocorrência de situações de risco social. Forma

de intervenção social planejada, que cria situações desafiadoras, estimula e orienta os

usuários na construção e reconstrução de suas histórias e vivências individuais e coletivas,

na família e no território. Organiza-se de modo a ampliar trocas culturais e de vivênc ias,

desenvolver o sentimento de pertença e de identidade, fortalecer vínculos familiares e

incentivar a socialização e a convivência comunitária. Possui caráter preventivo e

proativo, pautado na defesa e afirmação dos direitos e no desenvolvimento de capacidades

e potencialidades, com vistas ao alcance de alternativas emancipatórias para o

enfrentamento da vulnerabilidade social.

Serviço de proteção em situações de calamidades públicas e de emergências Serviço

que promove apoio e proteção à população atingida por situações de emergência e

calamidade pública, com a oferta de alojamentos provisórios, atenções e provisões

materiais, conforme as necessidades detectadas. Assegura a realização de articulações e

a participação em ações conjuntas de caráter intersetorial para a minimização dos danos

ocasionados e o provimento das necessidades verificadas.

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Serviço de proteção social a adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa

de liberdade assistida e prestação de serviços à comunidade: Serviço que tem por

finalidade prover atenção socioassistencial e acompanhamento a adolescentes e jovens

em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto, previstas no Estatuto da

Criança e do Adolescente (Lei n. 8 069, de 13.07.1990) e determinadas judicialmente.

Deve contribuir para o acesso a direitos e para a ressignificação de valores na vida pessoal

e social dos adolescentes e jovens. Para a oferta do serviço, faz-se necessária a

observância da responsabilização face ao ato infracional praticado, cujos direitos e

obrigações devem ser assegurados de acordo com as legislações e normativas específicas

para o cumprimento da medida. A liberdade assistida tem como objetivo não só evitar

que o adolescente venha novamente a praticar ato infracional, mas também ajudá-lo na

construção de um projeto de vida, respeitando os limites e as regras de convivência social,

bem como os laços familiares e comunitários. A prestação de serviços à comunidades

impõe ao adolescente autor de ato infracional o cumprimento obrigatório de tarefas de

caráter coletivo, visando interesses e bens comuns. Trabalhar gratuitamente coloca o

adolescente frente à possibilidade de adquirir valores sociais positivos por meio da

vivência de relações de solidariedade e ajuda, presentes na ética comunitária.

Serviço de proteção social básica no domicílio para pessoas com deficiência e idosas:

Serviço que envolve visita domiciliar a pessoas idosas e com deficiência em situação de

vulnerabilidade social. Tem por finalidade a prevenção de agravos que possam provocar

o rompimento de vínculos familiares e sociais dos usuários. Visa a garantia de direitos, o

desenvolvimento de mecanismos para a inclusão social, a equiparação de oportunidades

e a participação e o desenvolvimento da autonomia das pessoas com deficiência e pessoas

idosas, a partir de suas necessidades e potencialidades individuais e sociais, prevenindo

situações de risco: a exclusão, o isolamento, o confinamento e o abrigamento

institucional.

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Serviço de proteção social especial para pessoas com deficiência, idosas e suas

famílias: Serviço para a oferta de atendimento especializado a famílias com pessoas com

deficiência e idosas com algum grau de dependência, que tiveram suas limitações

agravadas por violações de direitos, tais como: exploração da imagem, isolamento,

confinamento, atitudes discriminatórias e preconceituosas no seio da família, falta de

cuidados adequados por parte do cuidador, alto grau de estresse do cuidador,

desvalorização da potencialidade/capacidade da pessoa, entre outras que agravam a

dependência e comprometem o desenvolvimento da autonomia.

Serviço especializado em abordagem social: Serviço ofertado de forma continuada e

programada com a finalidade de assegurar trabalho social de abordagem e busca ativa que

identifique, nos territórios, a incidência de trabalho infantil, exploração sexual de crianças

e adolescentes, situação de rua, entre outros aspectos. O trabalho social deve ser realizado

nas ruas e outros espaços públicos, como praças, entroncamento de estradas, fronteiras,

espaços públicos onde se realizam atividades laborais, locais de intensa circulação de

pessoas e existência de comércio, terminais de ônibus, trens, metrô, entre outros.

Serviço especializado para pessoas em situação de rua: Serviço ofertado para pessoas

que utilizam as ruas como espaço de moradia e/ou sobrevivência. Tem a finalidade de

assegurar atendimento e atividades direcionadas para o desenvolvimento de

sociabilidades, na perspectiva de fortalecimento de vínculos interpessoais e/ou familiares

que oportunizem a construção de novos projetos de vida. Deve promover o acesso a

espaços de guarda de pertences, de higiene pessoal, de alimentação e provisão de

documentação civil. Proporciona endereço institucional para utilização, como referência,

do usuário.

Sistema Único de Assistência Social: Sistema público que organiza, de forma

descentralizada, os serviços socioassistenciais no Brasil. Com um modelo de gestão

participativa, ele articula os esforços e recursos dos três níveis de governo para a execução

e o financiamento da Política Nacional de Assistência Social - PNAS, envolvendo

diretamente as estruturas e marcos regulatórios nacionais, estaduais, municipais e do

Distrito Federal. Coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à

Fome, o Sistema é composto pelo poder público e a sociedade civil, que participam

diretamente do processo de gestão compartilhada. Do mesmo modo, todos os estados,

comprometidos com a implantação de sistemas locais e regionais de Assistência Social e

com sua adequação aos modelos de gestão e cofinanciamento propostos, assinam pactos

de aperfeiçoamento do Sistema.

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Sociedade é o conjunto de pessoas que compartilham propósitos, preocupações e

costumes, e que interagem entre si constituindo uma comunidade.

SUAS Ver Sistema Único de Assistência Social.

Unidades de prestação de serviço: Para efeito da presente pesquisa, compreendem as

unidades físicas de execução direta de atendimento socioassistencial, referindo-se às

entidades/unidades locais inscritas no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ, da

Secretaria da Receita Federal, e aquelas que funcionam como endereços associados, sob

sua responsabilidade jurídica.

Voluntário: Pessoa que, voluntariamente, atua na entidade de forma gratuita e regular.

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16. Apêndices e Anexos

Apêndice 1 – Lista das Organizações Mapeadas

nº Nome/SIGLA Período de

Coleta 1 Abutres Motoclube Brasil julho de 2016 2 Associação Estradeiros do Bem/AEB agosto de 2016 3 Asilo São Vicente de Paula/Goiandira /SSVP julho de 2016 4 Asilo São Vicente de Paula/Catalão / SSVP julho de 2016 5 Associação Protetora dos Animais de Catalão/ASPAC agosto de 2016 6 Associação Infocentro e Cultura Digital de Catalão/ ASSINCAT agosto de 2016 7 Associação dos Moradores do Bairro Castelo Branco e Adjacentes/ABC julho de 2016 8 Associação Beneficente Evangélica Creche Recanto Infantil agosto de 2016 9 Associação Catalana de Iniciação e Treinamento Esportivo/ASCITE agosto de 2016

10 Associação Comercial Indústria e Serviços de Catalão/Câmara dos Dirigentes Lojistas/ACIC/CDL

agosto de 2016

11 Associação de moradores Manoel Albano Alves julho de 2016 12 Associação dos Aposentados e Pensionistas de Catalão e região/ASSAPEC julho de 2016 13 Associação dos diabéticos do Sudeste Goiano/ADISGO julho de 2016 14 Associação dos Docentes do Campus Catalão/ADCAC julho de 2016 15 Associação dos Idosos Luz e Vida agosto de 2016 16 Associação Pestalozzi de Catalão julho de 2016 17 Associação Proteção Maternidade Infância de Goiandira julho de 2016 18 Casa de Apoio ao Morador de Rua de Catalão Marly Cardoso/ CAMOR agosto de 2016

19 Centro de Educação Convivência da Juventude - Geraldo Ferreira Pires/CECONJ – Goiandira

julho de 2016

20 CEMEI - Alba Mathias Mesquita agosto de 2016

21 Centro de Educação e Convivência da Juventude Odette Faiad Sebba/CECONJ – Catalão

agosto de 2016

22 Centro Espírita Amor Eterno/ CEAE julho de 2016 23 Centro Espírita Eurípedes Barsanulfo – Goiandira julho de 2016 24 Centro espírita Eurípedes Barsanulfo - Catalão julho de 2016 25 CMEI - João Margon Vaz agosto de 2016 26 CMEI - Professora Ruth Silva agosto de 2016 27 Colégio Estadual Anice Cecilio Pedreiro agosto de 2016 28 Conselho Central Sagrado Coração de Jesus/SSVP agosto de 2016 29 Conselho Escolar Frei João Francisco agosto de 2016 30 Conselho Escolar Maria da Luz agosto de 2016 31 Escola Creche São Francisco de Assis julho de 2016 32 Escola Municipal Pedro Netto Paranhos agosto de 2016 33 Fundação Assistencial Dr. Willian Faiad agosto de 2016 34 Fundação Espirita Antero da Costa Carvalho julho de 2016 35 Fundação Espirita Nova Vida - FENOVA julho de 2016 36 Fundação Frei João Batista Vogel OFM julho de 2016 37 Grupo Espírita Paulo de Tarso julho de 2016 38 Igreja Católica Apostólica Brasileira julho de 2016 39 Lions Clube de Catalão agosto de 2016 40 Lions Clube de Ouvidor agosto de 2016 41 Loja Maçônica Asilo da Virtude agosto de 2016 42 Obras Sociais Jorge Faim Filho julho de 2016 43 Pastoral da Criança com sede em Curitiba julho de 2016 44 Pastoral da Criança de Catalão julho de 2016 45 Pastoral da Criança de Ouvidor julho de 2016

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46 Primeira Igreja Batista em Catalão agosto de 2016 47 Projeto Esporte Cultura e Lazer julho de 2016 48 Rotary Club de Catalão 1o de Novembro julho de 2016 49 Rotary Club de Catalão - Solidariedade agosto de 2016 50 Rotary Club de Goiandira julho de 2016 51 Associação das Pessoas com Deficiência ASPDEC julho de 2016

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Apêndice 2 –Organizações Listadas Que Não Foram Entrevistadas

nº Nome/SIGLA Motivos

1 Associação em Defesa da Saúde Mental de Catalão/

ADSMAC

A ONG mudou de endereço e

número de telefone

2 Casa da Sopa e Creche Eduardo Antônio da Silva A ONG não pôde ser contatada 3 Clube Recreio Colonial Não faz ação Social

4 ONG Educare

Não está mais no mesmo

endereço, e não atende telefone nem mensagens nas redes sociais.

5 Abrigo de Cães Arca de Nõe Não tem CNPJ

6 Centro Espírito Seu Fiico Faz trabalhos sociais através das Obras Sociais Jorge Faim Filho

7 Lar Maria de Nazaré Não está mais em funcionamento

8 Associação dos Abrigos independentes de Catalão Não tem endereço, não tem telefone e não responde as

mensagens pelas redes sociais.

9 Cooperativa Agropecuária de Catalão/COACAL E uma cooperativa de consumo

10 Igreja do Evangelho Quadrangular Não responde as mensagens nem

ligações

11 Igreja de Deus do Brasil Não responde as mensagens nem ligações

12 Acampamento Cristão Estância Esperança Inacessível por estar na zona rural

13 Comunidade Evangélica VINDE Faz trabalhos sociais na Índia

14 Centro de Equoterapia de Catalão/ ASCATE Nunca atenderam a nosso contato

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Apêndice 3. Organizações Contatadas, Mas Não Foram Entrevistadas (Motivos)

nº Nome Motivo(s)

1 Alcateia Moto Clube Presidente não retornou. 2 Igreja Assembleia de Deus Não foi possível contatar o responsável. 3 Testemunhas de Jeová Não possui CNPJ.

4 Igreja Fonte e Vida Não conseguiram responder o questionário, pois alegaram que os trabalhos sociais realizados são recentes.

5 SESI Não é ONG.

6 Igreja do Evangelho Quadrangular

Não responderam nossas ligações e mensagens.

7 Igreja de Deus no Brasil Não responderam nossas ligações e mensagens.

8 Associação das Irmãs Catequistas

Não faz trabalho voluntário nem possui CNPJ.

9 Centro Espirita Regeneração Realiza trabalhos Sociais através da FENOVA.

10 Abrigo de Cães Quatro Patinhas

Não possui CNPJ.

11 Igreja Catedral Adoração e

Milagres Não conseguimos pegar de volta o questionário com a

responsável.

12 Igreja Internacional da Renovação

Não responderam nossas ligações e mensagens.

13 Colégio Nossa Senhora Mãe de Deus

Não conseguimos marcar horário com a diretora, que no caso é a responsável.

14 Santa Casa de Misericórdia Se negaram a responder ao questionário por questões políticas partidárias da cidade

15 Centro Espírita Pascoal Não conseguimos pegar de volta o questionário com a

responsável. 16 Centro Espirita Joana Darc Realiza trabalhos Sociais através da FENOVA. 17 Igreja Evangélica Preparatória Só a sede que faz trabalhos sociais, que fica em Juiz de Fora.

18 Conselho Escolar Virgílio

Francisco de Oliveira Se recusaram a responder ao questionário.

19 Centro Espirita Amor e fraternidade

Realiza trabalhos Sociais através da FENOVA.

20 Conselho Escolar Professora Marilda Antônia de Jesus Lopes

Não conseguimos pegar de volta o questionário.

21 Conselho Escolar Maria do

Rosário Santana Borges Não conseguimos pegar de volta o questionário.

22 Conselho Escolar Ipanema Presidente estava em licença médica.

23 Paróquia Nossa Senhora Mãe

de Deus

Não conseguimos entrevistar o Frei, que é o responsável,

porque estava sempre viajando.

24 Associação dos produtores de alho de Catalão

Não foi entrevistado porque só trabalham com seus associados.

25 Secretaria de Ação Social - Legionários

A primeira dama da cidade que é a presidenta se negou a responder o questionário.

26 Obras Sociais Casa do

Caminho Família Lima

Não foi possível entrar em contato com o responsável, que estava com o questionário, após várias tentativas, telefone

sempre na caixa de mensagens.

27 Clube do povo Depende totalmente da prefeitura

28 NATA - Núcleo de Apoio aos Toxicômanos Anônimos

Se negaram a responder o questionário.

29 SICREDI Ainda não realiza trabalho social na cidade.

30 UNIMED Não realiza trabalho social na cidade.

31 Catalão Futebol Clube Se recusaram a responder.

32 Igreja São João Batista Ramificação da Paróquia Nossa Senhora Mãe de Deus

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33 Associação Perere Não possui CNPJ. 34 Clube Recreio Colonial Não responderam ao questionário. 35 Abrigo do Idoso Não responderam ao questionário.

36 Conselho Escolar Santa Terezinha Menino Jesus

Não responderam ao questionário.

37 Comunidade Evangélica

VINDE Faz trabalhos sociais na Índia

38 Centro de Equoterapia de

Catalão/ ASCATE Nunca atenderam a nosso contato

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Anexo 1 – Modelo de Certificado de Registro fornecido pelo CRAS - Catalão

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Anexo 2 – Equipe de trabalho em reunião

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Anexo 3 – Representantes de Instituições do Terceiro Setor sendo entrevistados