relatorio parcial rafael perches - 3.doc

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PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO Centro Educacional e Administrativo – CEA Rua Frei Paulino, n° 30 – 4° andar – Abadia – Uberaba/M – CEP! 3"0#$%&"0 'el(! )34* 33&" – $04" – $0"0 – $0+3 E%mail! roreitoria- es. (u tm(edu(br / dalmo- es. (u tm(edu(br RELATÓRIO PARCIAL PIBIC / CNPq Projeto Inicial: X Renovação: RELATÓRIO PARCIAL DE PROETO DE PE!"#I!A PER$ODO: %& ANO: %'() T$T#LO DO PROETO: Avaliação ac*+tica ,e a-.iente+ e ro o+ta+ ,e a,eq0ação vi+an,o o con1orto A#TOR PRINCIPAL: Ra1ael Perc2e+ Pierri ORIENTADOR: Ricar,o 30-.erto ,e Oliveira 4il2o INTROD#56O/OBETI7O! PROPO!TO! : A Acústica de Salas é a área específca da Acústica destinada ao estu som em recintos echados, a começar pelos enômenos ísicos, chegando as sensações psicoacústicas. Ao contrário do ue acontece em campo li onde n"o há o#stáculos $ propagaç"o do som, as superícies de uma sal introdu%em uma comple&idade no campo sonoro, os uais alteram a propagaç"o do som. 'o campo sonoro presente em uma sala, podem ser a!aliados dois tipos distintos de campos ue se superpõem: o campo di e o campo re!er#erante. ( campo direto é a uele resultante da propagaç"o direta do receptor, sem ual uer superície re)etora presente no percurso. *ste de campo o#edece $ lei de propagaç"o em campo li!re, isto é, sua ampl decai proporcionalmente ao aumento da dist+ncia $ ontegeradora -* A'*/, 01123. ( campo diuso ou re!er#erante é um modelo de campo sonoro criado a partir das múltiplas re)e&ões do som nas superícies da sala, a ual uma determinada uantidade de ondas sonoras se propagando em todas as direções, a%endo com ue a intensidade sonora, longe da on paredes, se4a nula e a press"o sonora se4a constante em ual uer part espaço. A densidade de re)e&ões é t"o ele!ada, ue n"o se distinguem re)e&ões indi!iduais. 5e!ido a tais re)e&ões, o ní!el sonoro superior ao ní!el correspondente $ propagaç"o em campo li!re. Sua amplitude decai com o aumento da dist+ncia entre onte e receptor a u ta&a ue depende das propriedades acústicas da sala e do tipo de ont -* A'*/, 01123. So# a condiç"o de campo diuso, pode6se di%er ue o ní!el sonoro é constante em ual uer ue se4a a posiç"o do receptor, !ariando em unç"o da dist+ncia. 5entre os di!ersos atores ue controlam o campo sonoro em salas, pod se citar a a#sorç"o do som pelo ar e pelas superícies, as re)e&ões s &

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FACULDADE DE MEDICINA DO TRINGULO MINEIRO

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PR-REITORIA DE PESQUISA E PS-GRADUAO

Centro Educacional e Administrativo CEA

Rua Frei Paulino, n 30 4 andar Abadia Uberaba/MG CEP: 38025-180

Tel.: (34) 3318 5048 5080 5073

E-mail: [email protected] / [email protected]

RELATRIO PARCIALPIBIC / CNPqProjeto Inicial: X Renovao: (RELATRIO PARCIAL DE PROJETO DE PESQUISA

PERODO: 2

ANO: 2014TTULO DO PROJETO: Avaliao acstica de ambientes e propostas de adequao visando o confortoAUTOR PRINCIPAL: Rafael Perches PierriORIENTADOR: Ricardo Humberto de Oliveira FilhoINTRODUO/OBJETIVOS PROPOSTOS :A Acstica de Salas a rea especfica da Acstica destinada ao estudo do som em recintos fechados, a comear pelos fenmenos fsicos, chegando at as sensaes psicoacsticas. Ao contrrio do que acontece em campo livre, onde no h obstculos propagao do som, as superfcies de uma sala introduzem uma complexidade no campo sonoro, os quais alteram a propagao do som. No campo sonoro presente em uma sala, podem ser avaliados dois tipos distintos de campos que se superpem: o campo direto e o campo reverberante.

O campo direto aquele resultante da propagao direta do som ao receptor, sem qualquer superfcie refletora presente no percurso. Este tipo de campo obedece lei de propagao em campo livre, isto , sua amplitude decai proporcionalmente ao aumento da distncia fonte geradora (BERANEK, 2005).

O campo difuso ou reverberante um modelo de campo sonoro criado a partir das mltiplas reflexes do som nas superfcies da sala, a qual possui uma determinada quantidade de ondas sonoras se propagando em todas as direes, fazendo com que a intensidade sonora, longe da fonte e das paredes, seja nula e a presso sonora seja constante em qualquer parte do espao. A densidade de reflexes to elevada, que no se distinguem reflexes individuais. Devido a tais reflexes, o nvel sonoro na sala superior ao nvel correspondente propagao em campo livre. Sua amplitude decai com o aumento da distncia entre fonte e receptor a uma taxa que depende das propriedades acsticas da sala e do tipo de fonte (BERANEK, 2005). Sob a condio de campo difuso, pode-se dizer que o nvel sonoro constante em qualquer que seja a posio do receptor, no variando em funo da distncia.

Dentre os diversos fatores que controlam o campo sonoro em salas, podem-se citar a absoro do som pelo ar e pelas superfcies, as reflexes sobre as superfcies, a transmisso atravs de superfcies, as difraes das paredes e dos elementos internos, as fontes sonoras com seus espectros e direcionalidades, a geometria da sala, os efeitos das aberturas no ambiente, dentre outros. Os parmetros que mensuram as propriedades acusticas de um dado material so os coeficientes de absoro, de reflexo e de transmisso.

O coeficiente de absoro sonora determina a caracterstica de absoro acstica dos materiais, sendo definido como a razo entre a energia acstica absorvida e a energia acstica incidente. Toda energia acstica que no foi absorvida volta para o recinto por meio da reflexo, j a energia sonora absorvida dividida em uma parte dissipada e outra parte transmitida.

A parcela transmitida pode ser mensurada pelo coeficiente de transmisso, sendo esta a caracterstica que define a perda de transmisso sonora de um material. Por exemplo, o nvel que ouvimos um som proveniente de outra sala atravs da parede dado pela sua transmissibilidade.

Para avaliao desses parmetros, existem alguns mtodos normatizados. Dentre eles, os mais utilizados so o In-Situ, a Cmara Reverberante, e o Tubo de Impedncia.

No mtodo In-Situ, a medio feita no local exato onde o material est colocado, sendo que no necessrio cortar uma amostra ou mud-lo de posio. Essa uma ferramenta poderosa no desenvolvimento de projetos acsticos, visto que este se torna mais rpido e menos trabalhoso. Esta tcnica ainda apresenta vrios desafios, destacando-se o fato de que as superfcies que esto em contato com a amostra interferem nos resultados.

Na cmara reverberante as superfcies so construdas de tal forma a maximizar o som refletido. So cmaras com caractersticas de campo sonoro difuso, ou seja, as reflexes produzem uma distribuio uniforme de energia sonora, de forma que, em qualquer ponto da sala o som parece vir igualmente de todas as direes. Essas cmaras so teis em medio de potncia sonora de equipamentos, determinao do coeficiente de absoro, e so tambm de menor custo de construo quando comparadas s cmaras anecicas (ambientes onde as superfcies so totalmente absorventes, simulando uma situao de campo livre). As desvantagens das cmaras reverberantes so que no se consegue medir a diretividade de uma fonte, alm de o mtodo fornecer menos preciso nas medies.

O tubo de impedncia consiste de um tubo de parede rgida com um alto falante em uma de suas extremidades. Dentro do tubo estabelecido um modelo de ondas estacionrias de comportamento plano. Com este equipamento pode-se estimar os coeficientes de absoro, de reflexo e de transmisso sonora de materiais atravs de amostras. Os objetivos deste trabalho so a fundamentao terica do aluno na rea da acstica, o aprofundamento do estudo na rea de propriedades acsticas de materiais e de acstica de salas, preparando-o para a elaborao de projetos posteriores. tido como objetivo tambm o estudo das normas que devem ser seguidas para a medio e controle do rudo para conforto em ambientes fechados.METODOLOGIA :Para que o aluno inicie na rea da pesquisa, faz-se necessrio uma consistente fundamentao terica e normativa. Como bibliografia bsica sobre o assunto foi adotado o livro Acstica Aplicada ao Controle de Rudo, (BISTAFA, 2006). Foram abordadas as normas brasileiras de avaliao acstica de ambientes, as normas para tratamento acstico de ambientes, e as normas que instituem as regras de uso dos diferentes mtodos de identificao das propriedades acsticas de materias.

As normas brasileiras que regulamentam os nveis de rudo permissveis em determinados ambientes de acordo com sua finalidade so as NBR 10151 e NBR 10152. A NBR 10151 trata do procedimento para a realizao da avaliao do rudo em reas habitadas. Isto significa que esta norma auxilia a realizao da observao de sons indesejveis em reas prximas a habitaes. A NBR 10152, consiste no procedimento para avaliao do rudo ambiente em recintos de edificaes, visando o conforto dos usurios. Isto significa que esta norma mostra como avaliar o barulho dentro das instalaes em questo, podendo ser clnicas, apartamentos, casas, e etc.Para a adequao acstica dos ambientes para se enquadrarem s normas acima citadas, necessrio utilizar a NBR 12179. O tratamento acstico o processo pelo qual se procura dar a um recinto as condies que permitam boa audio s pessoas nele presentes, de acordo com sua finalidade. Uma sala de aula, por exemplo, merece um tratamento acstico diferente do de um estdio de msica. Por um lado, na sala de aula, o som deve se propagar pela sala, de forma que o professor possa ser ouvido relativamente bem por todos, em qualquer canto da sala. J em um estdio de gravao de msica, seria interessante que o som captado seja apenas o do ponto especfico, por exemplo, o de um instrumento.

Para a identificao dos parmetros que definem as propriedades acsticas dos materiais foram utilizadas as normas ISO 354, ISO 3382, ASTM C384-04, 423-09a, E1050-10, E2611-09.RESULTADOS:

Foram repassados os conceitos bsicos de acstica, introduzindo-se a linguagem tcnica pertinente, as principais teorias e conhecimentos quanto gerao e propagao sonora em campo livre e em ambientes fechados, a importncia de se manter os nveis sonoros normatizados para a execuo de determinadas tarefas e os males que a exposio ao rudo pode gerar.Iniciou-se a abordagem dos mtodos de identificao das propriedades acsticas de materiais, sendo prevista sua concluso at o ms 04/2014, e a partir de ento ser gerado o banco de dados com as proriedades acsticas dos materiais normalmente utlizados para tratamento acstico em diversos ambientes e atividades.DISCUSSO/CONCLUSES:

Durante o curso do projeto, at o presente momento, foram ministrados ao aluno, conceitos bsicos de acstica, como os diferentes tipos de campos sonoros, o mais utilizados mtodos para obteno de propriedades acsticas de materiais, e foram estudadas algumas normas muito utilizadas na adequao e avaliao sonora de ambientes.O projeto segue com um levantamento bibliogrfico sobre os materiais normalmente utilizados para adequao acstica de ambientes e controle de rudo, listando suas propriedades de interesse, como coeficiente de absoro sonora, de reflexo sonora e de perda de transmisso.REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS:

BERANEK, L. L., VR, I. L., 2005. Noise and vibration control engineering: principles and applications. 2 Ed. New York, U.S.A., John Wiley & Sons Inc.BISTAFA, S. R. Acstica aplicada ao controle de rudo/Sylvio R. Bistafa - So Paulo: Edgard Blucher, 2006.

ISO 1996-1:2003 - Acoustics - Description, measurement and assessment of environmental noise - Part 1: Basic quantities and assessment procedures.

ISO 1996-2:2007 - Acoustics - Description, measurement and assessment of environmental noise - Part 2: Determination of environmental noise levels.

ABNT NBR 10151:2000 - Avaliao do rudo em reas habitadas visando o conforto da comunidade.

ABNT NBR 10152:1987 - Nveis de rudo para conforto acstico.

ABNT NBR 12179:1992 - Tratamento acstico em recintos fechados.

Uberaba-MG, _11___ de _____Fevereiro__ de 2014__.Assinatura do Orientador(a):__Ricardo Humberto de Oliveira FilhoAssinatura do bolsista:___Rafael Perches Pierri_1172039120.doc