relatório novembro 2012

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Av. Sport Clube do Recife, 252 – Madalena – Recife/PE - CEP: 50750.500 (FCAP/UPE) Fone/Fax: (081) 3445-4469 CNPJ: 35.328.913/0001-16 - E-mail: [email protected] - www.admtec.org.br Relatório Técnico de Atividades Referente ao período de Novembro/2012 Cliente: CHESF – Companhia Hidroelétrica do São Francisco Convênio CV - I – 92.2011.7100.00 Recife 2012

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Page 1: Relatório Novembro 2012

Av. Sport Clube do Recife, 252 – Madalena – Recife/PE - CEP: 50750.500 (FCAP/UPE) Fone/Fax: (081) 3445-4469 CNPJ: 35.328.913/0001-16 - E-mail: [email protected] - www.admtec.org.br

Relatório Técnico de Atividades Referente ao período de Novembro/2012

Cliente:

CHESF – Companhia Hidroelétrica do São Francisco

Convênio CV - I – 92.2011.7100.00

Recife 2012

Page 2: Relatório Novembro 2012

Av. Sport Clube do Recife, 252 – Madalena – Recife/PE - CEP: 50750.500 (FCAP/UPE) Fone/Fax: (081) 3445-4469 CNPJ: 35.328.913/0001-16 - E-mail: [email protected] - www.admtec.org.br

CLIENTE Companhia Hidroelétrica do São Francisco - CHESF ASSUNTO Relatório Técnico de Atividades Referente ao período de Novembro/2012. Convênio CV - I – 92.2011.7100.00 OBJETIVOS Apresentar, de forma organizada e sucinta, a descrição das atividades realizadas no mês de novembro, bem como as articulações e encaminhamentos do Projeto de Responsabilidade Social no entorno da Usina Eólica de Casa Nova, Ventos da Mudança. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO PERÍODO Apresentamos a seguir as principais atividades desenvolvidas pela equipe técnica deste Instituto no período: 1) Articulação e Estruturação de suporte comercial aos empreendedores e grupos produtivos em atividades no território da AID. Tais ações se consubstanciaram pelas atividades específicas a seguir: � ASSESSORIA TÉCNICA

Descr ição Atividades Levantamento das necessidades de insumos e serviços

• Reunião com representantes da CHESF e empresas do consórcio para discutirem a viabilidade das jazidas existentes na AID

• Elaboração, por parte da empresa MRS de um documento em que os proprietários justifiquem o interesse na reutilização das jazidas

• Visita do técnico da COELBA, José Nilton, para a localização da instalação da rede trifásica e das bombas elétricas nos pontos marcados anteriormente

Elaboração do Plano de Comercialização

• Visita técnica do Engenheiro de Pesca da CHESF, Miguel Arcanjo, onde foi apresentado o projeto Ventos da Mudança e foram feitas visitas à associação de pescadores, colônia de pescadores, e propriedades que já desenvolvem a piscicultura

• Reunião com representantes da CHESF, ADMTEC e EMBRAPA para ajustes finais de implantação do CAT de piscicultura

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� ANEXOS Descrição Fotos

Visita da Equipe do ADM&TEC e Engenheiro de Pesca da CHESF na Associação de

Pescadores em Casa Nova. Participaram da reunião o Presidente da Associação,

Secretária e um dos membros da Diretoria. Data: 19.11.2012

Visita da Equipe Técnica da ADM&TEC e Engenheiro de Pesca da CHESF na

localidade vizinha a AID, denominada a Ilha. Data: 19.11.2012

Visita da Equipe Técnica da ADM&TEC e Engenheiro de Pesca da CHESF na

localidade de São Luiz. Data: 19.11.2012

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Visita da Equipe Técnica da ADM&TEC e Engenheiro de Pesca da CHESF nas

propriedades dos beneficiários da AID. Data: 20.11.2012

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� RELATÓRIO TÉCNICO DE VISITA APRESENTADO PELO ENG. DE PESCA MIGUEL ARCANJO

1. Objetivo:

Este relatório procura descrever as atividades realizadas no período de 20 a 22/11/12, na

cidade de Casa Nova, Bahia, relativas as potencialidades e entraves à implantação de um

polo de produção de peixes no entorno da área de influência do Parque Eólico de Casa

Nova, como mais uma linha de ação do Projeto “Ventos Da Mudança” (VDM).

2. Equipe:

Esta visita foi realiza pelo técnico Miguel Arcanjo (Chesf/GRP-EPPA), acompanhado pelo

coordenador do projeto, Luciano Góes e os técnicos Venâncio Silva e Ianne Castro, todos

do ADM&TEC.

3. Dos aspectos considerados na visita técnica:

3.1. Iniciativa local

Apesar de não contarem com um apoio técnico regular e eficaz (extensão), podemos

conhecer três iniciativas de cultivo que pode ser o ponto de partida para a implantação da

cadeia produtiva do peixe no Projeto VDM: Assentamento Luiz Nunes (viveiro escavado);

Tanques-rede no Povoado São Luiz (Foto 01) e a localidade conhecida como a Ilha (Foto

02), onde alguns pescadores construíram alguns viveiros de terra. Além destas estruturas

de produção, há uma unidade de beneficiamento de pescado administrada pela Colônia de

Pescadores e uma outra aprovada, que será administrada por uma das associações de

pescadores existente em Casa Nova, e em fase de implantação.

Foto 01 Foto 02

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3.2. Das espécies de peixes cultivadas

Atualmente, foram três as espécies de peixes cultivadas nas três iniciativas mencionadas

acima: tilápia, nos tanques-redes e nos viveiros; tambaqui e carpa comum apenas nos

viveiros. Parte dos peixes são fornecidos pela Codevasf / Bebedouro, Petrolina-PE, e outra

parte é adquirida de particulares, como alguns produtores de peixes da região de Propriá-

AL.

3.3. Da infra-estrutura para a atividade

A infra-estrutura é deficiente, ou inexistente. O deplecionamento do lago provoca um recuo

significativo, que prejudica tanto o cultivo em tanques-rede, exigindo a transferência destas

estruturas, assim como atrapalha a captação d´água por bombeamento para

enchimento/renova dos viveiros escavados (Foto 03). Onerando o custo de

produção(diesel/gasolina/energia) e a necessidade constante de manejo (mão-de-obra).

A aquisição de alevinos é feita em outras praças. Existe a doação por parte da Codevasf,

mas é preciso pensar em uma atividade sustentável, e isto passa pela aquisição regular dos

insumos básicos, como os alevinos.

A ração é adquirida no comércio varejista e armazenadas de forma precária (Foto 04).

Os piscicultores de tanques-rede às vezes conseguem adquirir a ração em grosso, quando

se associam a outros produtores da região. Todos eles se queixam do alto custo da ração

no cultivo, e tende a ter um maior impacto no custo da produção quando não se dispõe de

uma assistência técnica efetiva.

Foto 03 Foto 04

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3.4. Do tipo de solo da região

O solo da região mostra-se bastante pedregoso e arenoso (Fotos 05 e 06), o que indica uma

grande permeabilidade, conforme depoimento dos produtores. Esta característica onera

significativamente o custo de construção, pois necessitaria a importação de terra argilosa

para compactação e impermeabilização dos taludes e fundo dos viveiros.

.

Foto 05 Foto 06

3.5. Do mercador consumidor

Segundo os produtores, o peixe tem boa aceitação no mercado, podendo ser vendido de R$

8,00 a 10 o kilograma na feira livre. Os atravessadores pagam em torno de R$5,00 para

adquirir o produto na propriedade. Ainda existe a possibilidade de a produção ser

direcionada às unidades de beneficiamento, para agregar valor e poder ser oferecida,

inclusive, na merenda escolar. Segundo estes mesmos produtores, os peixes não

apresentam “off flavour” (o popular “gosto de barro”), tanto os peixes cultivados em tanques-

rede, como os de viveiro.

3.6. Da assistência técnica aos produtores

Um ponto crucial na implantação de uma nova atividade produtiva é a extensão rural.

No caso específico da piscicultura no município de Casa Nova, não há um especialista da

área realizando este trabalho. Apenas os produtores de tanques-rede do distrito de São Luiz

contam com o apoio da Embrapa, em uma parceria. Os demais produtores realizam a

atividade de forma intuitiva, ocasionando como relataram, situação de super adensamento

de alevinos nos viveiros, ou a qualidade da água deteriorada. Além dos aspectos do cultivo

em si, há a questão da comercialização, da sanidade, do licenciamento, do beneficiamento e

aporte de novas técnicas de cultivo. Desta forma, é imprescindível incluir um profissional

quando da implantação desta nova atividade produtiva.

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3.7. Do uso de defensivos agrícolas nas lavouras.

O local no lago de Sobradinho onde está situado o município de Casa Nova além de

apresentar um grande recuo de suas margens acompanhando o deplecionamento do lago,

também favorece uma renovação pequena das águas que ali se acumulam. A atividade

agrícola é intensa, predominando o cultivo da cebola, melão, melancia. Há ainda o cultivo de

goiaba, mamão, maracujá etc. Conforme relato dos próprios produtores, o uso de defensivos

agrícolas é grande. Estes produtos alcançam o corpo d´água carreados pela água das

chuvas, ou no cultivo direto na área de vazante. Acumulam-se na água e no sedimento,

podendo contaminar o lençol freático. Os peixes e invertebrados podem acumular os

agrotóxicos em concentrações muito acima daquelas encontradas nas águas nos quais eles

vivem. Este processo é chamado bioacumulação (www.portalsaofrancisco.com.br). Quando

da estruturação de uma cadeia produtiva de peixes, visando inclusive mercados exigentes

que realizam testes de qualidade específicos, é preciso considerar este ponto. Fica o

registro de um potencial problema de saúde pública, independentemente do cultivo de

peixes na região.

4. Conclusões:

• A implementação do cultivo de peixe estruturado em uma cadeia produtiva é possível

desde que sejam feitos os investimentos para solucionar os entraves de infra-

estrutura;

• A assistência técnica é vital na manutenção da atividade nos primeiros anos, de

forma competitiva e baixo custo de produção;

• É necessário um estudo técnico mais rigoroso para definir os custos de implantação

dos viveiros em cada localidade (propriedade), pois a distancia dos possíveis locais

de construção dos viveiros e o ponto de captação de água são distintos. Isto requer

plantas topográficas e delimitação das áreas de APP’s;

• É preciso conhecer se há contaminação das águas e dos sedimentos por

agrotóxicos;

• Definição das linhas de crédito e das parcerias.

Paulo Afonso, 27/11/2012

Miguel Arcanjo dos Santos Neto

GRP-EPPA

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EQUIPE TÉCNICA Diretor Técnico Prof. Luiz Ribeiro Alves Coordenação Geral Luciano Mauro Porto de Barros Góes Coordenação Técnica Paula Mellissa de Farias Campina Equipe ADM&TEC em Casa Nova 1. Ianne Castro 2. Tiago Ribeiro 3. Venâncio Silva

Recife, 14 de dezembro de 2012 Prof. Luiz Ribeiro Alves Diretor Técnico