relatório de infraestrutura do estado da bahia - novembro 2012

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Relatório de Infraestrutura do Estado da Bahia - Novembro 2012

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Page 1: Relatório de Infraestrutura do Estado da Bahia - Novembro 2012

Federação das Indústrias do Estado da BahiaDiretoria Executiva / SDI - Superintendência de Desenvolvimento Industrial

Page 2: Relatório de Infraestrutura do Estado da Bahia - Novembro 2012

Relatório de Infraestrutura é uma publicação mensal da Federação das Indústrias do Estado da

Bahia (FIEB), produzida pela Superintendência de Desenvolvimento Industrial (SDI).

Presidente: José de F. Mascarenhas

Diretor Executivo: Alexandre Beduschi

Superintendente: João Marcelo Alves (Economista, Mestre em Administração pela UFBA/ISEG-UTL, Especialista em Finanças Corporativas pela New York University)

Equipe Técnica: Marcus Emerson Verhine (Mestre em Economia e Finanças pela Universidade da Califórnia)

Ricardo Menezes Kawabe (Mestre em Administração Pública pela UFBA)

Everaldo Guedes (Bacharel em Ciências Estatísticas – ESEB)

Layout e Diagramação: SCI - Superintendência de Comunicação Institucional

Data de Fechamento: 23 de Novembro de 2012

Críticas e sugestões serão bem recebidas.

Endereço Internet: http://www.fieb.org.br

E-mail: [email protected]

Reprodução permitida, desde que citada a fonte.

Page 3: Relatório de Infraestrutura do Estado da Bahia - Novembro 2012

SUMÁRIO

Pág.

DESTAQUES DO MÊS 3

1. ENERGIA ELÉTRICA 6

2. PETRÓLEO E GÁS 9

3. LOGÍSTICA 14

4. ACOMPANHAMENTO DAS CONCESSÕES RODOVIÁRIAS NA BAHIA 18

5. ANEXOS 25

Page 4: Relatório de Infraestrutura do Estado da Bahia - Novembro 2012

FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | NOVEMBRO 2012 3

DESTAQUES DO MÊS

Projeto de porto de R$ 3,5 bi na Bahia recebe licença, mas pode ficar no papel

Foram cinco anos de elaboração e readequação de projetos, 60 horas de audiências públicas em sete

municípios e dezenas de estudos geográficos e de impactos socioambientais até que o Instituto Brasileiro do

Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concedesse a licença prévia para o controverso

projeto do Porto Sul, na Bahia, na última quarta-feira. Agora, é a falta de capital para investimentos que pode

atrasar a construção do porto, orçado em R$ 3,5 bilhões.

A maior investidora privada do projeto, a Bahia Mineração (Bamin), que responde por R$ 1 bilhão da obra,

sofre com a crise financeira vivida por sua controladora, a Eurasian Natural Resources (ENRC), do Casaquistão,

que este mês anunciou o adiamento por tempo indeterminado de "todos os projetos de expansão, incluindo

o desenvolvimento dos projetos de minério de ferro no Brasil".

"A hipótese de a Bamin suspender o investimento no porto não existe", afirma o governador da Bahia, Jaques

Wagner. "Estive com os CEOs da empresa, o do Brasil e o mundial, e eles reafirmaram o interesse em fazer

parte do porto. Estou contando com a carga da Bamin para a evolução do projeto."

A Bamin ainda não se pronunciou sobre a concessão da licença prévia do Ibama para o Porto Sul, nem sobre o

adiamento de investimentos de sua controladora ENRC no Brasil. Segundo a assessoria da empresa, o

presidente José Francisco Viveiros ainda está estudando os termos da licença, e só depois deverá falar sobre

os temas.

A discussão em torno da instalação do Porto Sul começou em 2007, quando o governo anunciou a intenção

de construir uma estrutura intermodal no litoral sul da Bahia para escoar minério e grãos provenientes das

regiões oeste e sul do Estado.

A ideia surgiu de uma consulta da Bamin ao governo, sobre a possibilidade de construir um porto privado

para escoar o minério de ferro da mina que a empresa possui em Caetité, no semiárido baiano, para o

exterior. A ideia da empresa, inicialmente, era construir um mineroduto até o ponto mais próximo no litoral -

nos arredores de Ilhéus, 458 quilômetros ao sul de Salvador - e operar um porto offshore próprio. A partir da

consulta, o governo uniu outros interesses ao projeto.

Planejou um complexo intermodal, com a inclusão de um aeroporto e a interligação do porto à Ferrovia de

Integração Oeste-Leste (Fiol). Além disso, previu a construção de um porto público, com a instalação de

estruturas para armazenamento de grãos, líquidos (como etanol) e outros minérios. Apresentado

oficialmente em 2008, o projeto tinha orçamento previsto de R$ 4 bilhões e previsão de inauguração em

2012.

Inicialmente planejado para ser instalado em uma área de preservação ambiental, a Ponta do Tulha, o projeto

enfrentou forte resistência de ativistas ambientais e empresários de turismo, que afirmavam que o projeto

traria mais prejuízos que benefícios à região. O Ibama também pressionou, exigindo uma série de adaptações

nas propostas e a realização de audiências públicas em todos os municípios impactados pelo porto.

O governo cedeu. Elaborou novo projeto, mudando o porto de lugar - passou para a localidade de Aritaguá,

cinco quilômetros ao sul da Ponta do Tulha - e reduzindo suas dimensões (os 4,8 mil hectares de área iniciais

Page 5: Relatório de Infraestrutura do Estado da Bahia - Novembro 2012

FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | NOVEMBRO 2012 4

passaram a 1,8 mil hectares). Na quarta-feira, o porto recebeu a licença prévia do Ibama. "Isso significa que,

do ponto de vista ambiental, o projeto foi aceito", diz o secretário da Casa Civil, Rui Costa.

Pelo projeto atual, o porto terá capacidade para embarcar 100 milhões de toneladas de carga por ano, dos

quais 25 milhões de toneladas de minério de ferro da Bamin. Na mais otimista previsão, a construção começa

no primeiro semestre do ano que vem, depois de o Ibama conceder a licença de instalação - para isso, os

envolvidos na construção devem obedecer a uma lista de 39 condicionantes feitas pelo órgão. As obras

devem durar 24 meses até o início da operação.

"Já temos 18 empresas, entre elas outras mineradoras, interessadas em operar no porto", afirma Wagner.

"Com a licença prévia, o porto deixa de ser um projeto e começa a virar realidade - e isso atrai a atenção dos

empresários." A modelagem do porto público, porém, ainda não foi iniciada - o governo baiano aguarda

posição do governo federal sobre a nova regra para a operação de portos no País, que deve ser definida nas

próximas semanas. (O Estado de S. Paulo, 20/11/2012)

Ritmo de investimentos no PAC 2 desacelera no ano

Em um ano em que a equipe econômica se ocupou em alavancar os investimentos, a execução do Programa

de Aceleração do Crescimento (PAC 2) desacelerou ao longo dos meses. No primeiro semestre, R$ 119,9

bilhões foram executados, avanço de 39% em relação ao registrado nos seis primeiros meses de 2011 - início

da segunda etapa do programa.

Dados divulgados ontem mostram que esse ritmo caiu para 26% no acumulado até setembro em

comparação com igual período do ano passado. A execução nos nove primeiros meses deste ano foi de R$

181,5 bilhões.

Com os R$ 61,6 bilhões que entraram na conta de execução do PAC 2 de julho a setembro, o governo federal

atingiu a marca de R$ 385,9 bilhões executados na segunda fase do programa, iniciada em janeiro de 2011.

Isso representa 40,4% dos R$ 955 bilhões previstos para serem desembolsados até 2014. Até junho, essa taxa

era de 34%.

"Do nosso ponto de vista, estamos conseguindo dar conta do que é necessário, mas nunca estamos

satisfeitos, não", afirmou a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, durante a apresentação do quinto

balanço do PAC 2. "A nossa expectativa é sempre superior."

Para justificar atrasos, Miriam disse que problemas judiciais e greves em obras são "algumas dificuldades" do

PAC. Diante disso, uma equipe da Advocacia-Geral da União (AGU) está focada em contornar estes desafios.

"Toda vez que um projeto tem problema no Judiciário, a gente tem conseguido resolver isso rapidamente

para que as obras sigam no ritmo necessário", afirmou.

Até setembro deste ano, a União desembolsou R$ 26,6 bilhões, com 16% das ações do programa em estado

de "atenção" e "preocupante". Até abril, este percentual era de 14%.

No segundo ano de programa, foram realizados R$ 26,8 bilhões no eixo de transportes. Esse montante foi

aplicado em 1,1 mil km de rodovias, 459 km de ferrovias, 16 empreendimentos em aeroportos, 14 projetos

de portos e aquisição de 1,2 mil retroescavadeiras, equipamentos usados em obras de estradas.

O balanço do programa aponta que os principais empreendimentos do setor ferroviário enfrentam

problemas de atraso nas obras. Dois trechos da ferrovia Norte-Sul, por exemplo, receberam selo de

"atenção", mesma situação encontrada na primeira etapa da Ferrovia Oeste-Leste (Fiol), entre Ilhéus e

Page 6: Relatório de Infraestrutura do Estado da Bahia - Novembro 2012

FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | NOVEMBRO 2012 5

Caetité, na Bahia. O segundo trecho da Fiol, entre Caetité e Barreiras, teve sua execução classificada como

"preocupante". O governo considera que outros projetos, como o trem-bala, que interligará as cidades do Rio

de Janeiro, São Paulo e Campinas, e a construção da Nova Transnordestina, estariam em ritmo adequado.

No eixo de energia, foram realizados R$ 87,6 bilhões entre 2011 e 2012. Estes recursos foram aplicados em

4,2 mil megawatts (MW) de potência em geração de energia elétrica, 3,3 mil km de linhas de transmissão, 13

subestações e 17 projetos de exploração e produção de petróleo e gás, além de empreendimentos de refino,

fertilizantes e indústria naval.

Entre os projetos considerados "preocupantes", está a hidrelétrica de São Manoel, prevista para ser

construída no rio Teles Pires (PA-MT), que ficou pelo segundo ano seguido fora do leilão de geração, por falta

de licença ambiental. Com o mesmo selo está o programa de modernização e expansão de frota do Estaleiro

Superpesa (RJ) de responsabilidade da Petrobras, que pode ser levado a nova licitação, prevista para fim

deste mês.

No programa Cidade Melhor, foram gastos R$ 869,3 milhões, entre 2011 e 2012. No mesmo período, o

Minha Casa, Minha Vida aplicou R$ 155 bilhões e o Água e Luz para Todos, outros R$ 2,3 bilhões.

Após o balanço, o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, disse que ainda não há

previsão de definição sobre o anúncio do pacote para o setor de aeroportos. No entanto, a ministra do

Planejamento havia dito anteriormente que as medidas para as áreas de portos e aeroportos estão "saindo".

(Valor Econômico, 20/11/2012)

Page 7: Relatório de Infraestrutura do Estado da Bahia - Novembro 2012

FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | NOVEMBRO 2012 6

1. ENERGIA ELÉTRICA

1.1 Nível dos Reservatórios do Nordeste: Sobradinho

Fonte: ONS; elaboração FIEB/SDI.

O reservatório de Sobradinho alcançou o volume de 24% de sua capacidade máxima em outubro de 2012. Tal

valor é 19,1% menor do que o registrado em setembro e bem inferior ao registrado em igual mês do ano

anterior, quando alcançou 41,4% do volume máximo. O regime hidrológico da Região Nordeste este ano está

fora do padrão, provocando expressiva redução na afluência de água ao reservatório.

1.2 Energia Armazenada e Curva de Aversão ao Risco (2012) – Nordeste

Fonte: ONS; elaboração FIEB/SDI.

Na comparação da curva de energia armazenada, que engloba todos os reservatórios da região Nordeste,

vê-se que o nível acumulado em outubro de 2012 alcançou 33,9% do volume máximo, 34,1% abaixo do

registrado em igual período do ano anterior. O atual nível de energia armazenada situa-se 22,9% acima da

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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Volume Útil de Sobradinho (2011-2012) (em % do volume máximo)

2011 2012

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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Energia Armazenada e Curva de Aversão ao Risco - Região Nordeste (2011 - 2012) (em % do volume máximo)

2011 2012 Risco 2012

Page 8: Relatório de Infraestrutura do Estado da Bahia - Novembro 2012

FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | NOVEMBRO 2012 7

curva de risco calculada pelo ONS, o que ainda indica um nível/reserva suficiente nos reservatórios, mas que

exige atenção.

1.3 Consumo de Energia Elétrica – Brasil (2011 – 2012)

Fonte: EPE; elaboração FIEB/SDI.

O consumo nacional de energia elétrica apresentou alta de 1,8% em setembro de 2012, na comparação com

igual mês do ano anterior. Nos primeiros nove meses de 2012, registrou-se alta de 3,4% em relação ao

mesmo período do ano anterior e, em 12 meses, o incremento foi da ordem de 3,4%. A alta do consumo de

energia elétrica se deve às classes comercial (7,2%) e residencial (4,3%), já que a classe industrial apresentou

crescimento inferior no período analisado.

1.4 Consumo Industrial de Energia Elétrica – Brasil (2011 – 2012)

Fonte: EPE; elaboração FIEB/SDI.

Em setembro de 2012, o consumo industrial apresentou leve queda de 1,3% na comparação com igual

período do ano anterior. Nos primeiros nove meses de 2012 acumula alta de 0,4% e, em 12 meses, apresenta

incremento de 0,6%. O comportamento do consumo de energia elétrica reflete o fraco desempenho da

atividade industrial no corrente ano.

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Consumo de Energia Elétrica - Brasil (2011-2012) (em GWh)

2011

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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Consumo Industrial de Energia Elétrica - Brasil (2011 - 2012) (em GWh)

2011 2012

Page 9: Relatório de Infraestrutura do Estado da Bahia - Novembro 2012

FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | NOVEMBRO 2012 8

1.5 Consumo de Energia Elétrica – Nordeste (2011 – 2012)

Fonte: EPE; elaboração FIEB/SDI.

O consumo de energia elétrica na região Nordeste apresentou alta de 2,8% em setembro de 2012, na

comparação com igual período de 2011. Nos primeiros nove meses do ano, acumula alta de 5,1% e, em 12

meses, o incremento verificado foi de 4,1%. O aumento do consumo total da região no acumulado deste ano

está sendo puxado pelo consumo comercial, que registrou alta de 8,6%, contra aumento de 5,7% do

consumo residencial e incremento de apenas 0,5% do consumo industrial.

1.6 Consumo Industrial de Energia Elétrica – Nordeste (2011 – 2012)

Fonte: EPE; elaboração FIEB/SDI.

Em setembro de 2012, o consumo industrial de energia elétrica na região Nordeste foi praticamente o

mesmo em comparação com igual mês de 2011. Nos primeiros nove meses de 2012, acumula ligeira alta de

0,5%, em relação ao mesmo período do ano anterior, por conta da base de comparação deprimida

relacionada ao “apagão” da CHESF ocorrido em fevereiro de 2011.

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Consumo de Energia Elétrica - Nordeste (2011-2012) (em GWh)

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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Consumo Industrial de Energia Elétrica - Nordeste (2011-2012) (em GWh)

2011 2012

Page 10: Relatório de Infraestrutura do Estado da Bahia - Novembro 2012

FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | NOVEMBRO 2012 9

2. PETRÓLEO E GÁS

2.1 Preço médio dos petróleos – Cesta OPEP (1999-2012)

Fonte: OPEP; elaboração FIEB/SDI. Média de 2012 calculada com dados até 19/11/2012.

Os preços dos petróleos da cesta OPEP apresentaram forte aceleração entre 2004 e 2008, resultado da forte

elevação na demanda dos países em desenvolvimento, notadamente China e Índia. Esse movimento foi

interrompido após meados de 2008, quando a crise econômica global provocou um forte recuo dos preços. A

partir de 2009, no entanto, iniciou-se um processo de recuperação. Com dados atualizados até 19/11/2012, a

média dos preços no ano alcançou US$ 109,8/barril, patamar ligeiramente acima do verificado no ano

passado.

2.2 Preço médio mensal do petróleo – Cesta OPEP

Fonte: OPEP; elaboração FIEB/SDI. Média de outubro de 2012 calculada com dados até 19/11/2012.

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Preço Médio do Petróleo - Cesta OPEP (1999 - 2012)

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Preço Médio Mensal do Petróleo - Cesta OPEP

Page 11: Relatório de Infraestrutura do Estado da Bahia - Novembro 2012

FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | NOVEMBRO 2012 10

2.3 Preço médio do Petróleo WTI (2006-2012)

Fonte: EIA - Energy Information Administration. Elaboração FIEB/SDI. Calculada com dados até 19/11/2012.

Analogamente, o preço do petróleo WTI (West Texas Intermediate) no mercado spot apresentou trajetória

de contínuo crescimento no período 2003-2008, decorrente da forte demanda dos países em

desenvolvimento. Tal como no caso dos petróleos da cesta OPEP, os preços do WTI também despencaram de

US$ 147,27 em julho de 2008 para cerca de US$ 33/barril em dezembro do mesmo ano. Ao longo de 2010, a

commodity registrou uma trajetória de crescimento progressivo, alcançando cotação máxima de US$

113,4/barril, em 29/04/2011. Por conta do agravamento da crise europeia, o preço do petróleo WTI recuou

gradativamente até o início de outubro de 2011 (US$ 75,40/barril), a partir de então, observou-se uma

recuperação dos preços, alcançando, em 01/05/2012, a cotação de US$ 106,2/barril sob a influência das

tensões geopolíticas no Oriente Médio. Desde então, a commodity sofreu queda nas cotações, abaladas pela

fragilidade econômica dos países desenvolvidos, especialmente da Zona do Euro. Nos últimos dias houve

elevação das cotações por conta de otimismo de que o governo dos EUA irá alcançar um acordo para reduzir

o chamado "abismo fiscal". Além disso, o agravamento da violência no Oriente Médio também contribuiu

para a alta.

2.4 Produção Nacional de Petróleo (2011-2012)

Fonte: ANP; elaboração FIEB/SDI.

A produção nacional de petróleo em setembro de 2012 apresentou queda de 8,4% em comparação com igual

mês de 2011. Registrou-se um volume de 57,7 milhões de barris, equivalentes a 1,9 milhões de barris/dia.

Nos primeiros nove meses de 2012, a produção acumula leve queda de 0,6%. A produção de petróleo da

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Preço Spot do Petróleo WTI (2006 - 2012)

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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Produção Nacional de Petróleo (2011-2012) (em mil barris de petróleo)

2011 2012

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FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | NOVEMBRO 2012 11

Bahia representou apenas 2,3% da produção nacional no mês, contribuindo com aproximadamente 43,4 mil

barris/dia.

2.5 Importação Nacional de Petróleo (2011 – 2012)

Fonte: ANP; elaboração FIEB/SDI.

Em setembro de 2012, a importação de petróleo apresentou queda de 0,9% em comparação com setembro

de 2011. Nos primeiros nove meses de 2012, acumula queda de 4,4% em relação ao mesmo período do ano

anterior. A tendência, no médio-longo prazo, é de queda nas importações por conta do aumento da

produção das bacias de Campos e Santos e nos campos do pré-sal. Em 2011, por exemplo, o Brasil importou

121,1 milhões de barris de petróleo, contra 123,6 milhões de barris em 2010.

2.6 Exportação Nacional de Petróleo (2011 – 2012)

Fonte: ANP; elaboração FIEB/SDI.

O Brasil exportou 15,5 milhões de barris em setembro de 2012, registrando alta de 2,5% em comparação com

agosto do ano anterior. Nos primeiros nove meses deste ano, registra-se uma retração de 5,8% em

comparação com igual período de 2011. No médio-longo prazo, a tendência é de aumento das exportações,

por conta do esperado incremento na produção nacional. O petróleo exportado foi do tipo pesado (extraído

de campos marítimos), pouco aproveitado nas refinarias nacionais, que foram projetadas para processar óleo

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Importação Nacional de Petróleo (2011-2012) (em mil barris de petróleo)

2011 2012

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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Exportação Nacional de Petróleo (2011-2012) (em mil barris de petróleo)

2011 2012

Page 13: Relatório de Infraestrutura do Estado da Bahia - Novembro 2012

FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | NOVEMBRO 2012 12

leve (de grau API maior que 31,1). Em 2014, o percentual exportado deverá diminuir com o processamento

de óleo pesado da Bacia de Campos pela refinaria da Petrobras integrada ao COMPERJ, que terá capacidade

para processar 165 mil barris/dia.

2.7 Dependência Externa de Petróleo – Brasil (2011 – 2012)

No acumulado de janeiro a setembro de 2012, o Brasil realizou importação líquida (exportações menos

importações) de -77 milhões de barris de petróleo, equivalente a 13,2% da produção nacional. No mesmo

período, a dependência externa foi negativa, sinalizando um superávit de 38 milhões de barris, equivalentes a

7% do consumo nacional de petróleo.

set/11 Jan-set/11 set/12 Jan-set/12

Produção de Petróleo (a) 65 589 60 585

Imp. Líq. de Petróleo (b) -7 -83 -7 -77

Imp. Líq. de Derivados (c) 14 57 3 39

Consumo Aparente (d) = (a+b+c) 73 563 56 547

Dependência Externa (e) = (d-a) 7 -26 -4 -38

Dependência Externa (%) (e)/(d) 10 -5 -7 -7

Fonte: ANP, elaboração FIEB/SDI

Dependência Externa de Petróleo e Derivados (milhões bep)

Page 14: Relatório de Infraestrutura do Estado da Bahia - Novembro 2012

FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | NOVEMBRO 2012 13

2.8 Produção Nacional de Gás Natural (2011-2012)

Fonte: ANP; elaboração FIEB/SDI.

A produção brasileira de gás natural tem progressivamente crescido durante o ano de 2012, em comparação

com o ano anterior (vide o gráfico acima). Tendo em conta o balanço do gás natural no país, verifica-se que a

sua oferta no Brasil alcançou a média de 89,3 milhões m3/dia em setembro de 2012, contabilizando

incremento de 24,5% em relação ao registrado em igual mês do ano anterior. No acumulado dos primeiros

nove meses de 2012, vê-se que a oferta média diária de gás natural cresceu 15,2% em relação ao verificado

em igual período de 2011.

1.400

1.600

1.800

2.000

2.200

2.400

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Produção Nacional de Gás Natural (2011-2012) (em milhões m³)

2011

Produção Nacional¹ 65.261 65.097 71.741 69.629

- Reinjeção 9.381 11.406 9.151 10.095

- Queimas e Perdas 5.445 4.561 4.561 3.791

- Consumo Próprio 10.017 10.108 10.463 10.583

= Produção Nac. Líquida 40.418 39.022 47.566 45.159

+ Importação 31.316 28.857 41.725 33.008

= Oferta 71.734 67.879 89.291 78.167

¹ Não inclui Gás Natural Liquefeito

Fonte: ANP, elaboração FIEB/SDI

Balanço do Gás Natural no Brasil (mil m³/dia)

Média em

Set/2011

Média do

período

jan-set/2011

Média em

Set/2012

Média do

período

jan-set/2012

Page 15: Relatório de Infraestrutura do Estado da Bahia - Novembro 2012

FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | NOVEMBRO 2012 14

2.9 Produção Baiana de Gás Natural (2011-2012)

Fonte: ANP; elaboração FIEB/SDI.

Após continuado período de declínio, o volume de gás produzido na Bahia em setembro de 2012 alcançou

284,6 milhões de m3 (ou 9,5 milhões de m

3/dia), registrando alta de 40,9% em comparação com setembro de

2011. Nos primeiros nove meses de 2012, a produção acumula alta de 27,1% em relação a igual período do

ano anterior. A produção baiana respondeu por 13,2% da produção brasileira de gás natural em setembro de

2012.

3. LOGÍSTICA

3.1 Movimentação de Passageiros no Aeroporto Internacional de Salvador-BA (2011-2012)

Fonte: Infraero; elaboração FIEB/SDI.

Em setembro de 2012, a movimentação de passageiros no Aeroporto Internacional de Salvador cresceu

14,1% em comparação com o registrado em igual mês de 2011. Nos primeiros nove meses de 2012, alcançou

o montante de 6,5 milhões de passageiros, equivalentes a 4,5% do movimento nos aeroportos do país.

150

180

210

240

270

300

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Produção Baiana de Gás Natural (2011-2012) (em milhões m³)

2011 2012

200

300

400

500

600

700

800

900

1.000

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Bahia: Movimentação de Passageiros no Aeroporto Internacional de Salvador (2011-2012) (em mil)

2011 2012

Page 16: Relatório de Infraestrutura do Estado da Bahia - Novembro 2012

FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | NOVEMBRO 2012 15

3.2 Movimentação de Cargas no Porto de Salvador-BA (2011-2012)

Fonte: CODEBA; elaboração FIEB/SDI.

Em outubro de 2012, a movimentação de cargas no porto de Salvador apresentou alta de 13,5% em

comparação com igual período do ano anterior. Nos primeiros dez meses de 2012, verificou-se um acréscimo

de 1% em comparação com o mesmo período de 2011, alcançando o montante de 3,1 milhões de toneladas,

sendo: 5,8% de carga geral, 8,6% de granel sólido, 83,8% de carga conteinerizada, e 1,8% de produtos

líquidos.

3.3 Movimentação de Contêineres no Porto de Salvador-BA (2011-2012)

Fonte: CODEBA; elaboração FIEB/SDI.

A movimentação de contêineres no porto de Salvador, em outubro de 2012, registrou alta de 12,4%, em

comparação com igual período do ano anterior. Nos primeiros dez meses de 2012, acumulou o montante de

214,2 mil contêineres, contra 207 mil contêineres movimentados no mesmo período de 2011.

0

50

100

150

200

250

300

350

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Bahia: Movimentação de Cargas no Porto de Salvador (2011-2012) (em mil toneladas)

2011 2012

0

4

8

12

16

20

24

28

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Bahia: Movimentação de Contêiner no Porto de Salvador (2011-2012) (em mil TEUs)

2011 2012

Page 17: Relatório de Infraestrutura do Estado da Bahia - Novembro 2012

FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | NOVEMBRO 2012 16

3.4 Movimentação de Carga Sólida no Porto de Aratu-BA (2011-2012)

Fonte: CODEBA; elaboração FIEB/SDI.

Em outubro de 2012, a movimentação de granel sólido no porto de Aratu registrou alta de 53,9%, em

comparação com o mesmo mês de 2011. Nos primeiros dez meses de 2012, alcançou a movimentação de 1,4

milhão de toneladas, registrando queda de 8,6% em comparação com o igual período de 2011. Segundo a

Codeba, a redução em 2012 se deve: (i) à forte importação de fertilizantes verificada em 2011, quando as

empresas formaram estoques, aproveitando-se da baixa do dólar; e (ii) do menor nível de atividade no setor

agrícola baiano em 2012, em função da seca. De outro lado, as empresas fabricantes de fertilizantes alegam

enfrentar dificuldades em relação à logística e aos custos portuários em Aratu.

3.5 Movimentação de Carga Líquida no Porto de Aratu-BA (2011-2012)

Fonte: CODEBA; elaboração FIEB/SDI.

A movimentação de carga líquida no porto de Aratu, em outubro de 2012, registrou alta de 11,4%, em

comparação com igual mês de 2011. Nos primeiros dez meses de 2012, alcançou a movimentação de 3,1

milhões de toneladas, registrando incremento de 22,3% em relação ao mesmo período de 2011. Tal resultado

sofre influência da base deprimida do ano anterior, por conta da expressiva redução nas importações de

nafta, decorrente da interrupção do fornecimento de energia elétrica que afetou a produção do Polo

Industrial de Camaçari em 2011.

0

50

100

150

200

250

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Bahia: Movimentação de Granel Sólido no Porto de Aratu (2011-2012) (em mil toneladas)

2011 2012

0

100

200

300

400

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Bahia: Movimentação de Carga Líquida no Porto de Aratu - Bahia (2011-2012) (em mil toneladas)

2011 2012

Page 18: Relatório de Infraestrutura do Estado da Bahia - Novembro 2012

FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | NOVEMBRO 2012 17

3.6 Movimentação de Carga Gasosa no Porto de Aratu-BA (2011-2012)

Fonte: CODEBA; elaboração FIEB/SDI.

Em outubro de 2012, a movimentação de carga gasosa no porto de Aratu caiu 0,8% em comparação com

igual período do ano anterior. Nos primeiros dez meses de 2012, alcançou o montante de 433,8 mil

toneladas, contra 356,6 mil toneladas registradas em 2011. As movimentações expressivas de carga gasosa

também podem ser explicadas pela base de comparação deprimida da primeira metade do ano anterior,

quando a produção do segmento petroquímico foi impactada pela interrupção do fornecimento de energia

elétrica.

3.7 Movimentação de Carga nos Terminais de Uso Privativo da Bahia (2011-2012)

Fonte: CODEBA; elaboração FIEB/SDI.

Em referência à movimentação de carga nos terminais de uso privativo (TUPs), em outubro de 2012,

registrou-se alta de 2,2% em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Nos primeiros dez meses de

2012, alcançou movimentação de 19,1 milhões toneladas, registrando queda de 3,7% em comparação com

igual período de 2011.

0

10

20

30

40

50

60

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Bahia: Movimentação de Carga Gasosa no Porto de Aratu - Bahia (2011-2012) (em mil toneladas)

2011 2012

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Bahia: Movimentação de Cargas nos Terminais de Uso Privativo(2011-2012) (em milhões toneladas)

2011 2012

Page 19: Relatório de Infraestrutura do Estado da Bahia - Novembro 2012

FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | NOVEMBRO 2012 18

4. ACOMPANHAMENTO DAS CONCESSÕES RODOVIÁRIAS NA BAHIA

BR 116/BR 324 - 680 km – investimento previsto da ordem de R$ 2,2 bilhões, num prazo de

concessão de 25 anos. A cobrança do pedágio nas 5 praças de pedágio da BR-116 foi iniciada em

07/12/2010 e em 28/12/2010 na praça de pedágio de Amélia Rodrigues (BR 324). A última praça

de pedágio, Simões Filho (BR 324), teve as operações autorizadas pela Resolução Nº 3.697/11, da

ANTT, de 20 de julho de 2011. De acordo com o consórcio ViaBahia, os investimentos realizados

até outubro de 2012 somam o montante de aproximadamente R$ 520 milhões, tendo cumprido a

etapa contratual dos Trabalhos Iniciais, cujas obras focaram a restauração do pavimento,

proteção e segurança, obras-de-arte especiais, drenagem/obras-de-arte correntes, terraplenos e

estruturas de contenção, canteiro central e faixa de domínio, sistemas elétricos e de iluminação.

Iniciada a etapa de Recuperação, cujas obras e serviços têm por objetivo o restabelecimento das

características originais existentes nos diversos elementos do sistema rodoviário. Os trabalhos

desta fase deverão estender-se até o 5º ano do prazo da concessão (2014). Em 2011, verificou-se

uma forte cobrança por parte da sociedade baiana, através dos representantes no poder

legislativo, além da atuação do Ministério Público Federal, no sentido da melhoria dos serviç os

prestados pela concessionária. Na avaliação do MPF, embora a ANTT tenha aprovado os

trabalhos iniciais e autorizado a cobrança do pedágio, irregularidades evidenciadas na perícia

técnica demonstraram o não cumprimento do contrato pela concessionária, ta is como:

imperfeições no pavimento, buracos no acostamento e na rodovia, canais de drenagem

obstruídos com lixo, passarelas sem coberturas e meio fio deteriorado. Em decorrência, após o

período de chuvas no Estado, a ViaBahia promoveu um trabalho mais intenso, conseguindo

melhorar a condição de tráfego das rodovias.

Uma questão estrutural a ser considerada é que, embora a ANTT e o Consórcio ViaBahia

considerem que a capacidade de tráfego do trecho Salvador-Feira da BR 324 esteja adequada ao

atual fluxo de veículos, verificam-se grandes congestionamentos na via, especialmente em

feriados prolongados. Pelo contrato de concessão, o trecho entre Salvador e Feira da BR 324

(108 km) só terá faixas adicionais quando alcançar uma média diária de 70 mil veículos (gat ilho).

Segundo informe da ANTT, a média atual seria de cerca 40 mil veículos/dia. No entanto, a

agência reguladora ressalta que é possível haver alteração no contrato com inclusão de novas

obras/ampliações, desde que se promova um reequilíbrio econômico-financeiro do contrato, o

que certamente encareceria pedágio cobrado.

Resumo da concessão BR324/116 para o período de outubro de 2009 a outubro de 2012,

segundo informações da ViaBahia:

40.217,74 m³ de fresagem;

298.001 t. de asfalto;

2.298.082 m² de microrrevestimento a frio com polímero;

Implantação de 36.161 metros de drenos de pavimento;

Reciclagem de 147.634,37m2 de acostamentos;

60.896 metros lineares de defensas metálicas instaladas;

6.861 m² de novas placas de sinalização instaladas;

1.000 metros quadrados de placas de sinalização recuperadas;

726.592 metros de sinalização horizontal (pintura de faixas);

Page 20: Relatório de Infraestrutura do Estado da Bahia - Novembro 2012

FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | NOVEMBRO 2012 19

100 quilômetros de acostamentos pavimentados, sendo 61,46 quilômetros na BR-324;

300 quilômetros de rodovias recuperadas até dezembro de 2012;

Construção de 15 Bases de Atendimento aos Usuários (Bases SAU);

Construção de 01 Centro de Controle Operacional (CCO);

Construção de 01 Prédio Administrativo / Posto de fiscalização da ANTT;

16 viaturas de inspeção de tráfego; 11 guinchos leves; 04 guinchos pesados; 02 unidades

de suporte avançado (ambulâncias UTI); 13 unidades de resgate; 03 caminhões-pipa

para combate a incêndio; 03 caminhões de captura de animais;

18 viaturas entre carros e motos entregues à PRF; e

ISSQN (Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza) pago aos municípios: R$ 17

milhões até outubro de 2012.

Obras previstas no PER (Programa de Exploração Rodoviária) - Edital de Concessão nº 001/2008

Passarelas BR-324 e BR-116: 41 passarelas

Melhorias BR 324 e BR 116:

- Implantação de Vias Laterais: 10,0 km.

- Implantação Acesso: 34 unidades.

- Interseção Tipo Trevo: 32 unidades.

- Duplicação: 83,7 km (BR-116 – Feira de Santana – Rio Paraguaçu).

- Interseção com Linha Ferroviária no Município de Itatim.

- Recuperação da Ponte Cândido Sales.

Descrição - objetivos Prazo Status

1 Trabalhos Iniciais

Precisa eliminar problemas emergenciais que impliquem riscos pessoais e

materiais iminentes, equipando o Sistema Rodoviário com requisitos mínimos

de segurança e conforto aos usuários.

Até o 6º (sexto) mês do Prazo da

Concessão, mas depende de

vistoria e aceitação pela ANTT.

Trabalhos considerados

concluídos pela ANTT

2 RecuperaçãoTem por objetivo o restabelecimento das características originalmente

existentes nos diversos elementos do Sistema Rodoviário.

Após a conclusão dos Trabalhos

Iniciais até o final do 5º (quinto) ano

do Prazo da Concessão.

Em curso

3 Manutenção

Intervenções com o objetivo de recompor e aprimorar as características

técnicas e operacionais da rodovia, ou prevenir que sejam alcançados níveis

indesejados, podendo envolver ações de reabilitação ou restauração de partes

da rodovia.

Após a fase de Recuperação até o

final do Prazo da ConcessãoEm curso

4 Conservação

Operações rotineiras e de emergência realizadas com o objetivo de preservar

as características técnicas e físico-operacionais da rodovia e das instalações

da concessionária.

Após a conclusão dos Trabalhos

Iniciais até o final do Prazo da

Concessão.

Em curso

5 Monitoração

Atuará em nível gerencial, especialmente sobre as atividades de Manutenção

de seus elementos físicos e as ações de gerenciamento operacional e

administrativo, permitindo a definição de programação das intervenções

necessárias, de modo a manter as condições do Sistema Rodoviário dentro

dos padrões estabelecidos.

Após a conclusão dos Trabalhos

Iniciais até o final do Prazo da

Concessão.

Em curso

Fonte: ANTT

Observação: a inclusão de obra nova ou melhorias não previstas inicialmente no PER ensejarão reequilíbrio do contrato.

Etapas

Concessão das BRs 324-116

Data de assunção das rodovias pela ViaBahia: 20/10/2009

Prazo: 25 anos

Page 21: Relatório de Infraestrutura do Estado da Bahia - Novembro 2012

FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | NOVEMBRO 2012 20

- Iluminação: 10 km na BR-324 e 65 km na BR-116.

Duplicações Condicionadas:

BR-324

- VDM = 70.000: implantação de 3ª. Faixa no segmento correspondente.

- VDM = 105.000: implantação de 4ª. Faixa no segmento correspondente.

BR-116

- VDM = 6.500: duplicação do segmento correspondente.

7 praças de pedágio

2 BR-324 - (tarifa básica = R$ 1,60)

5 BR-116 - (tarifa básica = R$ 2,80)

Page 22: Relatório de Infraestrutura do Estado da Bahia - Novembro 2012

FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | NOVEMBRO 2012 21

Sistema BA 093 - 125 km – investimento previsto de R$ 1,7 bilhão, num prazo de concessão de

25 anos. Será realizada a cobrança em cinco praças de pedágio, sendo duas na BA-093 (Mata de

São João e Simões Filho), uma na BA-524 (Canal de Tráfego) em Candeias, outra na BA-535 (Via

Parafuso) em Camaçari, e a última em Salvador, na BA-526 (CIA-Aeroporto). A Concessionária

Bahia Norte (Consórcio Invepar-Odebrecht) declara ter realizado investimentos superiores a

R$ 380 milhões, em obras de restauração e ampliação, e na operação das rodovias.

A concessionária realiza neste momento as obras de restauração definitiva das rodovias , que

contempla a duplicação de 53 km de estradas e a restauração definitiva do pavimento. Uma das

obras que se encontra em estágio avançado é a duplicação da CIA/Aeroporto, que possibilita o

acesso à RMS. A previsão de entrega desse trecho é fevereiro de 2013, conforme p revê o

Contrato de Concessão.

A BA-093 já passou por obras de recuperação emergencial, com serviços de tapa-buracos,

recuperação e complementação da sinalização e da drenagem. Hoje são realizadas as obras para

a construção da terceira faixa em alguns pontos da rodovia. Na via Canal de Tráfego, a

restauração dos 24 km da rodovia que liga o Polo de Camaçari ao Porto de Aratu também está

adiantada e os serviços estão concentrados na implantação da sinalização definitiva.

Outra rodovia que está em obras de duplicação é a Via Parafuso (BA-535). Os trabalhos na via

iniciaram em março deste ano e têm previsão de conclusão para agosto de 2013.

Page 23: Relatório de Infraestrutura do Estado da Bahia - Novembro 2012

FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | NOVEMBRO 2012 22

Obras previstas no PER (Programa de Exploração Rodoviária) - Edital de Concessão nº 01/2010

Status das duplicações previstas:

BA-526 (Cia/Aeroporto)

Duplicação com extensão de 14,1 km.

Prazo contratual para conclusão das obras é de 2 anos e 6 meses da assinatura do contrato

(março/2013).

Obras adiantadas e com previsão de entrega para o segundo semestre de 2012.

BA-535 (Via Parafuso)

Duplicação com extensão de 25 km.

Prazo contratual para conclusão das obras é de 3 anos da assinatura do contrato

(agosto/2013).

BA-093

Duplicação com extensão de 14,1 km (trecho Simões Filho até a entrada de Camaçari).

Prazo contratual para conclusão das obras é de 3 anos da assinatura do contrato

(agosto/2013).

Rodovia Subtrecho Delimitação Início (km) Fim (km) Sentido Extensão Prazo

28,2 29,8 crescente 1,6

30,75 29,35 decrescente 1,4

Fonte: Agerba

1 - Implantação de Terceiras Faixas

BA-093 4Entroncamento BA-519 (Dias D'ávila) - BA-

505 (Mata de São João)Final do 1º ano

Descrição - objetivos Prazo Status

1 Trabalhos Iniciais

Precisa eliminar problemas emergenciais que impliquem riscos pessoais e

materiais iminentes, equipando o Sistema Rodoviário com requisitos mínimos

de segurança e conforto aos usuários. A cobrança da Tarifa de Pedágio

somente poderá ter início simultaneamente em todas as praças de pedágio

após a conclusão dos Trabalhos Iniciais no Sistema Rodoviário.

Até o 6º (sexto) mês do Prazo da

Concessão, mas depende de

vistoria e aceitação pela AGERBA.

Considerada concluída pela AGERBA. A

concessionária iniciou a cobrança de pedágio

em 16/04/2011.

2 RecuperaçãoTem por objetivo o restabelecimento das características originalmente

existentes nos diversos elementos do Sistema Rodoviário.

Após a conclusão dos Trabalhos

Iniciais até o final do 5º (quinto) ano

do Prazo da Concessão.

Previsto para 2011: i) duplicação de trecho de 6

km que vai da Rótula do Ceasa até a Rótula do

CIA, na BA-526; ii) restauração do pavimento da

rodovia Canal de Tráfego (BA-524); iii) conclusão

da construção de um sistema viário sobre a

rótula da CEASA.

3 Manutenção

Intervenções com o objetivo de recompor e aprimorar as características

técnicas e operacionais da rodovia, ou prevenir que sejam alcançados níveis

indesejados, podendo envolver ações de reabilitação ou restauração de partes

da rodovia.

Após a fase de Recuperação até o

final do Prazo da Concessão.Em curso.

4 Conservação

Operações rotineiras e de emergência realizadas com o objetivo de preservar

as características técnicas e físico-operacionais da rodovia e das instalações

da concessionária.

Após a conclusão dos Trabalhos

Iniciais até o final do Prazo da

Concessão.

Em curso.

5 Monitoração

Atuará em nível gerencial, especialmente sobre as atividades de Manutenção

de seus elementos físicos e as ações de gerenciamento operacional e

administrativo, permitindo a definição de programação das intervenções

necessárias, de modo a manter as condições do Sistema Rodoviário dentro

dos padrões estabelecidos.

Após a conclusão dos Trabalhos

Iniciais até o final do Prazo da

Concessão.

Em curso.

Fonte: AGERBA e Bahia Norte.

Observação: Toda a inclusão de obra nova ou melhorias não previstas inicialmente no PER ensejarão reequilíbrio do contrato.

Etapas

AGERBA - Programa de Exploração da Rodovia (PER)

Concessão do Sistema BA 093

Data de assunção das rodovias pela Bahia Norte: 17/08/2010

Prazo: 25 anos

Page 24: Relatório de Infraestrutura do Estado da Bahia - Novembro 2012

FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | NOVEMBRO 2012 23

Obs. Agosto de 2015 é o prazo para entrega de todas as obras e melhorias do Sistema BA-093.

Rodovia Subtrecho Delimitação Início (km) Fim (km) Extensão Prazo

BA-093 1Entroncamento BR-324 (Simões Filho) -

BA-512 (Camaçari)0,00 14,13 14,13

BA-093 2Entroncamento BA-512 (Camaçari) - BA-

512 (Dias D'Ávila)14,13 18,29 4,16

BA-093 3Entroncamento BA-512 (Dias D'Ávila) - BA-

519 (Dias D'Ávila)18,29 23,72 5,43

BA-526 15Entroncamento BA-535 (rótula do CEASA -

Salvador) - BR-324 (CIA - Simões Filho)9,13 14,65 5,52

BA-526 14

Entroncamento rótula do Aeroporto

Internacional (Salvador) - BA-535 (rótula do

CEASA - Salvador)

14,65 23,27 8,62

BA-535 17

Entroncamento BR-524 (rótula COPEC -

Camaçari) - BA-526 (rótula do CEASA -

Salvador)

0,00 28,00 28,00

BA-512 6Entroncamento BA-535 (Camaçari) - BA-

093 (km 14,2 - Camaçari)46,33 51,83 5,50

BA-093 4Entroncamento BA-519 (Dias D'Ávila) - BA-

505 (Mata de São João)23,72 32,38 8,66

BA-093 5Entroncamento BA-505 (Mata de São João)

- BR-110 (Pojuca)32,38 45,95 13,57

BA-521 9Entroncamento BA-522 (próx. A Cova de

Defunto - Candeias) - BA-524 (Candeias)0,00 7,00 7,00

BA-524 12Porto de Aratu (Candeias) - BR-324 (próx.

A Cova de Defunto - Candeias)16,05 24,76 8,71

Fonte: Agerba

1 ano

2 anos

3 - Implantação de Acostamentos

Rodovia Subtrecho Delimitação Início (km) Fim (km) Qtd.

BA-093 1Entroncamento BR-324 (Simões Filho) -

BA-512 (Camaçari)0,00 14,10 1

BA-093 2Entroncamento BA-512 (Camaçari) - BA-

512 (Dias D'Ávila)14,10 18,30 1

BA-093 3Entroncamento BA-512 (Dias D'Ávila) - BA-

519 (Dias D'Ávila)18,30 23,70 1

BA-526 14

Entroncamento rótula do Aeroporto

Internacional (Salvador) - BA-535 (rótula do

CEASA - Salvador)

14,65 23,27 1

Fonte: Agerba

4 - Implantação de Passarelas para Pedestres

Page 25: Relatório de Infraestrutura do Estado da Bahia - Novembro 2012

FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | NOVEMBRO 2012 24

Sistema Estrada do Coco / Linha Verde BA-099 - 217 Km de concessão segmentados da

seguinte forma:

a) da rodovia BA-099, desde a ponte sobre o Rio Joanes até o acesso à Praia do

Forte, com extensão de 46,3 km (a ser duplicado);

b) da rodovia BA-099, desde o acesso à Praia do Forte até a Divisa BA/SE, com

extensão de 136,2 km (somente conservação);

c) acessos à Praia de Arembepe (1,39 km), à Praia do Forte (2,72 km), a Porto

Sauípe (4,56 km), a Subaúma (8 km), a Palame (8 km), e a Sítio do Conde (10

km), com extensão total de 34,67 km (somente conservação).

1. Contrato de Concessão assinado em 21/02/2000 entre o Derba e a CLN –

Concessionária Litoral Norte, válido pelo prazo de 25 anos.

2. Termo de Transferência do Contrato de Concessão com cláusula de subrogação Nº

01/04 – Derba assinado em 13/01/2004, transferindo o contrato em sua totalidade

para a AGERBA.

3. Termo Aditivo de Re-Ratificação do Contrato de Concessão, assinado em 27/04/2005

entre AGERBA e CLN, com reajuste no contrato original:

4. Novo prazo de concessão: 35 anos (até março de 2035).

5. Status das obras previstas:

- Concluído trecho da ponte sobre o Rio Joanes até a entrada de Guarajuba.

- 4ª etapa: Trecho de Guarajuba até a ponte sobre o rio Pojuca.

- 5ª e 6ª etapa: Construção da ponte sobre o rio Pojuca e do trecho da citada

ponte até a entrada da Praia do Forte.

Page 26: Relatório de Infraestrutura do Estado da Bahia - Novembro 2012

FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | NOVEMBRO 2012 25

5. ANEXOS

5.1 Brasil: Evolução do Transporte de Carga por Ferrovia

Carga Transportada (em milhares de TU)

Fonte: ANTT, elaboração; FIEB/SDI. (*) dados até junho de 2012

Concessionárias 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012*

ALLMN 5.047 5.583 6.380 5.551 6.928 8.232 10.072 10.498 11.611 6.385

ALLMO 2.229 2.709 3.497 3.355 2.690 3.235 2.778 4.430 4.421 1.787

ALLMP 23.411 20.545 4.438 4.221 3.473 5.229 4.917 6.719 7.490 2.567

ALLMS 19.556 20.088 21.677 28.942 26.536 26.763 26.073 25.975 27.067 11.459

EFC 63.259 74.268 80.633 92.591 100.361 103.670 96.267 104.949 113.748 54.130

FERROESTE 1.752 1.458 1.483 1.511 862 996 646 471 400 186

EFVM 118.512 126.069 130.962 131.620 136.604 133.211 104.317 131.755 132.865 64.102

FCA 21.601 25.384 27.557 15.177 18.957 19.280 17.455 21.242 19.209 11.275

FNS - - - - - 1.424 1.639 2.012 2.562 1.281

FTC 2.302 2.459 2.403 2.627 2.635 3.038 2.856 2.637 2.448 1.349

MRS 86.178 97.952 108.142 101.998 114.064 119.799 110.954 123.030 130.009 64.897

TLSA 1.264 1.261 1.420 1.519 1.814 1.643 1.467 1.529 1.431 715

TOTAL 345.111 377.776 388.592 389.113 414.925 426.520 379.441 435.248 453.260 220.133

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