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1 Governo do Brasil Presidente da República Luís Inácio Lula da Silva Ministro da Saúde Humberto Costa Secretaria de Vigilância em Saúde Secretário-Executivo Dr. Jarbas Barbosa da Silva Júnior Instituto Evandro Chagas Diretor Edvaldo Carlos Brito Loureiro Organização Assessoria de Planejamento Colaboração Chefes de Serviços e Seções: Adevaldo da Silva Elleres – SEBIO Alexandre da Costa Linhares – SEVIR Edvaldo Rodrigues de Castro - SEADM Elizabeth Conceição de Oliveira Santos - SEMAM Francisco Lúzio de Paula Ramos - SEBAC Gilberta Bensabath – SEVEP José Augusto Miranda Cardoso - SEOFI Manoel do Carmo Pereira Soares – SEHEP Manoel Gomes da Silva - SEAP Maria da Conceição Chagas - SERH Marinete Marins Povoa – SEPAR Pedro Fernando da Costa Vasconcelos – SEARB Assessores: José Paulo Nascimento Cruz – DIR Rui Leonardo Vasconcelos de Almeida – ASCOM

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Page 1: RELATÓRIO-GESTÃO-2004-versão final -edv-gilberto - rose · 3 APRESENTAÇÃO O presente Relatório de Gestão tem por finalidade demonstrar o desempenho do Instituto Evandro Chagas

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Governo do Brasil Presidente da República Luís Inácio Lula da Silva

Ministro da Saúde Humberto Costa

Secretaria de Vigilância em Saúde Secretário-Executivo Dr. Jarbas Barbosa da Silva Júnior

Instituto Evandro Chagas

Diretor Edvaldo Carlos Brito Loureiro

Organização Assessoria de Planejamento

Colaboração

Chefes de Serviços e Seções: Adevaldo da Silva Elleres – SEBIO Alexandre da Costa Linhares – SEVIR Edvaldo Rodrigues de Castro - SEADM

Elizabeth Conceição de Oliveira Santos - SEMAM Francisco Lúzio de Paula Ramos - SEBAC

Gilberta Bensabath – SEVEP José Augusto Miranda Cardoso - SEOFI Manoel do Carmo Pereira Soares – SEHEP

Manoel Gomes da Silva - SEAP Maria da Conceição Chagas - SERH Marinete Marins Povoa – SEPAR

Pedro Fernando da Costa Vasconcelos – SEARB

Assessores: José Paulo Nascimento Cruz – DIR

Rui Leonardo Vasconcelos de Almeida – ASCOM

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1. APRESENTAÇÃO................................................................................................ 3 2. INTRODUÇÃO...................................................................................................... 4 3. PESQUISA............................................................................................................. .5

Serviços e Seções ............................................................................................. 7 Laboratórios..................................................................................................... 25 Coleções Científicas ....................................................................................... 50

4. COMUNICAÇÃO Informação e Documentação.......................................................................... 52 Comunicação Social....................................................................................... 52

5. GESTÃO

Execução dos Programas de Governo........................................................... 53 Plano Anual de Trabalho............................................................................... 54

6. INTEGRAÇÃO E ARTICULAÇÃO INTRA E INTERINSTITUCIONAL Assessoria de Desenvolvimento Científico e Acadêmico – ADCA............ 54 Organização de Eventos.............................................................................. 55 Treinamentos............................................................................................... 56 Curso de Laboratório................................................................................... 57 Convênios, Contratos e Parcerias................................................................. 57

7. PROBLEMAS E PERSPECTIVAS................................................................... 58 8. ANEXOS

Organograma Lista de Artigos Publicados. Tabela - Espécimes Recebidos na Central de recebimento do IEC Plano Anual de Trabalho Acompanhamento do Plano Anual de Trabalho Lista de Projetos do IEC com Financiamento Externo

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APRESENTAÇÃO O presente Relatório de Gestão tem por finalidade demonstrar o desempenho do Instituto Evandro Chagas – IEC, divulgando os resultados alcançados durante o ano 2004, no que diz respeito às ações desenvolvidas pela Instituição, visando o alcance dos seus Objetivos Estratégicos e, por conseguinte, de sua Missão. Neste documento, assim sendo, estão destacadas as principais ações realizadas , servindo não só como material de avaliação de desempenho institucional mas, também como instrumento facilitador do acompanhamento do trabalho organizacional pela clientela externa e interna do setor saúde.

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INTRODUÇÃO

O Instituto Evandro Chagas- IEC, foi criado pela Lei n° 59 de 11 de novembro de 1936, com o nome de Instituto de Patologia Experimental do Norte (IPEN), com o objetivo de estudar o Calazar e outras endemias regionais, passou a chamar-se Instituto Evandro Chagas (IEC), após a morte de seu fundador, Evandro Serafim Lobo Chagas, em 08 de dezembro de 1940, atualmente órgão da Administração Direta do Poder Executivo, vinculado a Secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, conforme Decreto nº 4.726, de 09.06.2003, situado na Avenida Almirante Barroso, n° 492, Marco, Belém – PA, CNPJ nº 00.394.544/0025-52, Unidade Gestora junto ao SIAFI sob o código nº 257003 e Gestão nº 01 tendo as seguintes missões:

1- Realizar pesquisas científicas no âmbito das ciências biológicas, do meio ambiente

e da medicina tropical, que visem , primordialmente, a identificação e manejo dos problemas médico-sanitários, e

2- Desenvolver ações de vigilância em saúde, principalmente as epidemiológicas e

ambientais, no âmbito nacional e regional, em apoio a organização nacional e as organizações regionais da Amazônia responsáveis pela operacionalização das estruturas de vigilâncias supracitadas.

Do desenvolvimento dessas duas missões, decorrem as seguintes responsabilidades

institucionais: I - desenvolver pesquisas científicas no âmbito das ciências biológicas, do meio

ambiente e da medicina tropical que visem, primordialmente, à identificação e ao manejo dos problemas médico sanitários, com ênfase na Amazônia brasileira; II - realizar estudos, pesquisas e investigação científica nas áreas de epidemiologia e controle de doenças e vigilância em saúde; III - planejar e executar administrativamente todas as atividades necessárias ao desenvolvimento técnico-científico institucional; IV - exercer as atividades de laboratório de referência nacional e regional que lhe forem atribuídas; V - disseminar a produção dos conhecimentos técnico e científico para subsidiar as ações de vigilância em saúde; e VI - coordenar a produção e o fornecimento de insumos biológicos para o diagnóstico laboratorial em apoio às demandas da rede nacional de laboratórios de saúde pública em sua área de competência. O Instituto operacionaliza suas Missões e Responsabilidades institucionais através de seus serviços e seções de natureza especializada, onde integram-se os componentes pesquisa, vigilância, capacitação de recursos humanos e prestação de serviços, visando construir a nova imagem do IEC, estabelecendo uma política de comunicação social eficiente, interna e externa, que contemple os princípios da nova administração: a transparência, visibilidade, eficiência, qualidade e ética. As atividades do IEC são desenvolvidas em duas bases físicas: 1) Campus em Belém-PA, onde estão instaladas as Seções de Arbovirologia, Hepatologia, parte da Seção de Parasitologia (Malária e Leishmaniose), as Assessorias de Comunicação – ASCOM, ADCA e Planejamento, a Biblioteca, os Serviços de Administração e Epidemiologia; e 2) campus em

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Ananindeua, onde estão instaladas as Seções de Parasitologia, Virologia, Bacteriologia e Micologia, Meio Ambiente, Patologia e Criação e Reprodução.

Os recursos provenientes do Tesouro para as despesas de Custeio e Capital na ordem de R$- 17.384.506,77 (Dezessete milhões, trezentos e oitenta e quatro mil, quinhentos e seis reais e setenta e sete centavos), foram utilizados para manutenção dos dois campi. Os esforços de captação de recursos para melhorar a infra estrutura de pesquisa foram intensos no período, com vários projetos submetidos aos diversos órgãos de fomento, tais como: CNPq, FUNTEC entre outros. Formalmente, a estrutura organizacional do Instituto Evandro Chagas, aprovada pelo Decreto nº 4.726, de 09.06.2003, publicada no DOU nº 196, de 11.10.2004, está composta, conforme demonstrado no organograma em anexo. O conhecimento por parte de todos, das missões e responsabilidades institucionais do IEC, ali apresentados, assim como a cultura e a prática do planejamento, são de fundamental importância para que esta instituição cumpra sua função como agente de saúde pública do país. 3. PESQUISAS Os estudos realizados no IEC abrangem 113 pesquisas básicas e aplicadas. De um modo geral, as investigações desenvolvidas no IEC incidem sobre agravos à saúde, com ênfase no contexto amazônico, visando à configuração da sua magnitude epidemiológica e ao acesso a indicadores que propiciem o estabelecimento das medidas de controle. Particular destaque ora se atribui às doenças caracterizadas como emergentes e (re) emergentes, bem como ao impacto ambiental determinado pela implantação de grandes projetos regionais. Ressalte-se como fato notório em 2004, a expansão e a consolidação dos procedimentos da biologia molecular no seio das pesquisas em curso no IEC, representando nova e promissora “ferramenta” institucional com vistas ao pleno cumprimento de suas missões como órgão de investigação científica e suporte à vigilância em saúde. A produção científica do IEC em 2004 alcançou 158 trabalhos publicados (Tabela 1).

Tabela 1 – Demonstrativo de trabalhos publicados pelo IEC em 2004

Produto Total

Artigos Científicos Publicados em Periódicos 23 Trabalhos Resumidos Publicados em Eventos 109 Capítulo de Livro 1 Conferências e/ou Palestras em eventos científicos 14 Organização e/ou Coordenação de cursos 3 Trabalhos Publicados em Eventos 115 Artigos Aceitos para publicação 08

N = 45/34 -> 1 N = Pesquisadores/bolsistas No âmbito da participação de pesquisadores do IEC no Sistema Nacional de C & T, destaca-se a existência de 20 grupos (Tabela 2) consolidados na instituição e cadastrados no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq.

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Tabela 2 – Grupos de Pesquisa do IEC no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq em 2004, por área de conhecimento.

CIÊNCIAS DA SAÚDE 1. Elisabeth Conceição de Oliveira Santos Saúde e Meio Ambiente 2. Elisabeth Conceição de Oliveira Santos Mercúrio em Populações e no Ambiente Amazônico 3. Gilberta Bensabath Epidemiologia na Amazônia 4. José Maria de Souza Clínica, terapêutica e imunologia de malária 5. Manoel do Carmo Pereira Soares Hepatologia Tropical 6. Pedro Fernando da Costa Vasconcelos Clínica das Febres Hemorrágicas transmitidas por vírus 7. Pedro Fernando da Costa Vasconcelos Epidemiologia das Arboviroses epidêmicas na Amazônia Brasileira

CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 1. Alexandre da Costa Linhares Vírus Entéricos 2. Elizabeth Salbé Travassos da Rosa Hantavírus 3. Elizabeth Salbé Travassos da Rosa Raiva 4. Francisco Lúzio de Paula Ramos Diagnóstico e Vigilância das Doenças Bacterianas e Fúngicas na Amazônia Brasileira 5. Lourdes Maria Garcez Eco-imonobiologia de Tripanosomatídeos na Amazônia 6. Marco Antonio Vasconcelos Santos Biologia Celular Parasitária 7. Marinete Marins Povoa Entomologia Médica na Amazônia 8. Marinete Marins Povoa Protozoologia e helmintologia 9. Pedro Fernando da Costa Vasconcelos Arbovírus 10. Ronaldo Barros de Freitas Viroses Exantemáticas 11 Sueli Guerreiro Rodrigues Biologia Molecular dos Arbovírus Patogênicos para o homem na Amazônia Brasileira 12. Vera Lúcia Reis Souza de Barros Imunofisiopatogênese de doenças infecciosas na Amazônia 13. Wyller Alencar de Mello Vírus respiratórios, Retrovírus e Oncovírus __________________________________________________________________________________________ O Instituto Evandro Chagas possui, ainda, 02 pesquisadores com bolsas de produtividade do CNPq. Bolsa de Produtividade em Pesquisa, CNPq.

Maria de Lourdes Garcez – Seção de Parasitologia

Neison Mendonça – Seção de Meio Ambiente

Um papel marcante do Instituto Evandro Chagas ao longo de décadas, e que se revelou notório em 2004, constitui-se no seu potencial formador de pessoal. Dessas atividades participam tanto os pesquisadores como técnicos experientes. Além dos cursos regulares mantidos pela instituição, destaque-se a importante contribuição oferecida pelo IEC nas esferas da graduação e pós-graduação. Mercê de parcerias várias com instituições oficiais e privadas, inúmeros universitários se integraram aos programas institucionais de treinamento, sempre sob a supervisão de um investigador experiente. A par disso, ampliou-se em 2004 a participação do Instituto Evandro Chagas como órgão formador na esfera da pós-graduação, aí contemplados os cursos de mestrado e doutoramento. Com efeito, dos vários laboratórios do IEC, no curso de 2004, emergiram inúmeros trabalhos de conclusão de curso, monografias, dissertações e teses, bem denotando a tradicional vocação do órgão como formador de novos cientistas para a nossa região. Aliás, profissionais que certamente fortaleceriam a nossa instituição, caso o advento de um concurso público.

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Tabela 3 – Número de Alunos Orientados por Pesquisadores do IEC em 2004

SEÇÃO I.CIENT. TCC ESPEC MEST DOUT TOTAL

Arbovirologia 1 5 6

Bacteriologia 1 8 4 13

Microscopia 1 2 3

Parasitologia 3 8 2 2 15

Hepatologia 2 2

Virologia 1 1 2

Meio Ambiente 2 3 1 6

Patologia 1 1

TOTAL 7 23 5 10 3 48

A seguir apresenta-se as principais realizações das Seções e Laboratórios que compõem a área técnico-científica do IEC. 3.1. SERVIÇOS E SEÇÕES 3.1.1. A Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas (SEARB) A Seção de Arbovirologia realiza pesquisas básicas e aplicadas das arboviroses e febres hemorrágicas, inclusive as emergentes e reemergentes e executa as atividades laboratoriais, segundo suas atribuições na Rede Nacional de Laboratórios de Saúde Pública, em apoio à vigilância epidemiológica.

Ao longo de 2004, a Seção de Arbovirologia desenvolveu pesquisas através de 11 projetos, sendo estudados Dengue, Arbovírus e Hantavírus, foram realizadas várias expedições cujos resultados estão no relatório anual da Seção. Muitos foram os acontecimentos, porém, um pode ser considerado como o mais importante para a Seção de Arbovirologia no ano de 2004 foi a realização do III Simpósio Internacional de Arbovírus dos Trópicos e Febres Hemorrágicas. Em uma análise geral podemos considerar como um ano bastante proveitoso para a SEARB, com realizações de aspirações e projetos a muito desejados. 3.1.2. A Seção de Bacteriologia e Micologia (SEBAC)

A Seção de Bacteriologia realizar pesquisas básicas e aplicadas de doenças bacterianas que integram a lista de doenças de notificação compulsória ou que venham a assumir importância na saúde pública, bem como das micoses, apóia as ações de vigilância epidemiológica na realização do diagnóstico laboratorial e executa as atividades laboratoriais, segundo suas atribuições na Rede Nacional de Laboratórios de Saúde Pública, em apoio à vigilância epidemiológica. Ao longo de 2004, a Seção de Bacteriologia desenvolveu pesquisas através de 14 projetos, sendo estudados Tuberculose, Micobactérias, Tracoma, Hanseníase, Febre Tifóide e

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Salmonella, foram realizadas várias expedições cujos resultados estão no relatório anual da Seção. 3.1.3. A Seção de Criação e Produção de Animais de Laboratório (SCPAL) A Seção de Criação e Produção de Animais de Laboratório cria e promove a reprodução de animais de pequeno e médio porte para os experimentos científicos, produz e fornece insumos para fins de pesquisas biomédicas, além de desenvolver estudos e projetos de pesquisas em relação ao comportamento desses animais em cativeiro. Durante o exercício de 2004, foram produzidos e mantidos 720.430 animais (camundongos, ratos, hamters, Proechimys, coelhos, cobaios, ovinos, etc). 3.1.4. A Seção de Hepatologia (SEHEP)

A Seção de Hepatologia do Instituto Evandro Chagas -IEC tem como atribuição, estudar a hepatologia regional, com a finalidade de caracterizar os agentes infecciosos e não infecciosos, bem como os demais fatores causais relacionados com as respectivas doenças e agravos e visando estratégias de prevenção e controle.

As principais linhas de pesquisa da seção de Hepatologia são: Hepatite na Amazônia, Clínica e eco-epidemiologia da doença hidática policística na Amazônia e a Abordagem multidisciplinar em doenças e agravos no Alto Purus.

Os resultados obtidos em 2004 foram: 1) Composição do Volume 37: Suplemento II - 2004, da Revista de Hepatologia Tropical, com dezesseis trabalhos, contando com a participação de pesquisadores dos estados do Pará, Amazonas e Mato Grosso; 2) Publicação da atualização de casuística e distribuição dos casos de equinococose/ hidatidose na Amazônia oriental brasileira; 3) Publicação relativa à infecção pelo vírus da hepatite A em área indígena da Amazônia oriental brasileira; 4) Descrição da diversidade de genótipos do vírus da hepatite B (HBV) encontrados nos estados do Acre, Amazonas e Pará; 5) Detecção de duas mutações do HBV: S140T e T116I. A primeira já foi relatada em concomitância com o anti-HBs e aventada a possibilidade de escape dos testes sorológicos convencionais. A segunda, uma mutação inédita. No decorrer de 2004, a Seção de Hepatologia desenvolveu 05 projetos. Em decorrência da insuficiência de pessoal, a Seção não conseguiu realizar todas as atividades programadas, porém em 2005, pretende retomar as atividades de pesquisa no alto Rio Purus/AM e repassar técnicas de biologia molecular para, pelo menos, 1 (hum) LACEN da Amazônia, no âmbito dos interesses do Programa Nacional de Prevenção e Controle das Hepatites Virais. 3.1.5. A Seção de Meio Ambiente (SEMAM) A Seção de Meio Ambiente tem como competências realizar pesquisas básicas e aplicadas das doenças e fatores de risco relacionados à vigilância ambiental, apoiar as ações de vigilância ambiental na realização do diagnóstico laboratorial e executar as atividades laboratoriais, segundo suas atribuições na Rede Nacional de Laboratórios de Saúde Pública, em apoio à vigilância ambiental. A SEMAM atua de forma colaborativa com diversas instituições de âmbito municipal, estadual e federal, abrangendo, dentre outros: Secretarias de Saúde do Estado e Município, Unidades Básicas de Saúde do Município e do Estado (Unidades: Terra Firme, Tapanã, Marco; Guamá, Uremia, Fátima, Sacramenta), Santa Casa de Misericórdia, DEAS, Hospital INISA, Hospital Anita Gerosa, HEMOPA, DEAS, Hospital Ofir Loyola, Hospital

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Universitário João de Barros Barreto; Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (SECTAM), Secretarias Executiva de Indústria, Comércio e Mineração (SEICOM), Secretaria Municipal de Saúde de Itaituba, Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Itaituba, Universidade Federal do Pará, Universidade Federal do Rio de Janeiro (Núcleo de estudos de Saúde Coletiva), Centro de Tecnologia Mineral (CETEM-MCT), Universidade do Estado do Pará (UEPA/Núcleo de Marabá e Paragominas). A realização de concurso público para solucionar a falta de pessoal efetivo na Seção constitui a grande perspectiva para 2005. Na impossibilidade disso ocorrer, espera-se que sejam criados mecanismos alternativos para fixação do pessoal atuante, até que ocorra o esperado concurso, de maneira que não sejam inviabilizados o desenvolvimento das pesquisas e rotinas. Para 2005 aguarda-se a aprovação de projetos enviados a agências como o CNPq, a conclusão de alguns projetos e a publicação dos resultados e desdobramento de algumas linhas de pesquisa, bem como a conclusão do doutoramento de um pesquisador, o desenvolvimento de projetos de mestrado e doutorado de outros pesquisadores. A capacitação de recursos humanos representa ainda outra necessidade essencial que aguarda ser contemplada em 2005. 3.1.6. A Seção de Parasitologia (SEPAR) A Seção de Parasitologia realiza pesquisas básicas e aplicadas das doenças parasitológicas que venham assumir importância na saúde pública, além de intervir em situações emergenciais, apóia e executa as ações de vigilância epidemiológica na realização do diagnóstico laboratorial, segundo suas atribuições na Rede Nacional de Laboratórios de Saúde Pública, em apoio à vigilância epidemiológica. 3.1.7. A Seção de Patologia (SEAP) A Seção de Patologia realiza pesquisas básicas e aplicadas de doenças transmissíveis e outras de interesse em saúde pública, além de executar as atividades laboratoriais, segundo suas atribuições na Rede Nacional de Laboratórios de Saúde Pública, em apoio à vigilância epidemiológica.

Realizou 46.914 exames, atendeu 8.198 pacientes oriundos de pesquisas e de dois trabalho de campo em apoio a Vigilância Epidemiológica.

3.1.8. A Seção de Virologia (SEVIR) A Seção de Virologia realiza pesquisas básicas e aplicadas das doenças virais que integram a lista de doenças de notificação compulsória ou que venham a assumir importância na saúde pública, além de executar as atividades laboratoriais, segundo suas atribuições na Rede Nacional de Laboratórios de Saúde Pública, em apoio à vigilância epidemiológica. 3.1.9. O Serviço de Epidemiologia (SEVEP) O Serviço de Epidemiologia coordena e orienta as ações de diagnóstico laboratorial realizadas pelo Instituto, quando demandadas pelos serviços de vigilância epidemiológica de estados e de municípios, promovendo a articulação entre o laboratório e as demais áreas do SUS, além de coordenar e executar estudos epidemiológicos estratégicos.

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Coordena as atividades da central de Recebimento de material biológico – CEREC, as pesquisas epidemiológicas; Apoio a vigilância Epidemiológica; Educação continuada em epidemiologia. A Central de Recebimento de Material Biológico – CEREC, que se propõe a operacionalizar o fluxo de recebimento resposta de espécimes biológicos no IEC. Tem como objetivos específicos: Avaliar condições de remessa dos espécimes e informações pertinentes ao bom desempenho laboratorial; agilizar o diagnóstico diferencial em determinadas síndromes clínicas; avaliar o tempo despendido entre o recebimento do espécime e a remessa de resposta; prestar auxílio às áreas técnicas; fornecer informações estatísticas à Direção; executar análises do banco de dados pertinentes à vigilância epidemiológica; trabalho educativo com os parceiros das secretarias de saúde municipais e estaduais.

Este programa encontra-se com a primeira fase (recebimento de espécimes) concluída permitindo os seguintes relatórios: Analítico semanal com origem nos documentos, tipo de espécime destino e tipo de testes laboratorial. Faltando ser implantada a segunda parte do programa (avaliação dos resultados).

Quanto ao número de espécimes houve diminuição acentuada do número de espécimes recebidos em relação aos anos anteriores com inversão para maior número de espécimes provenientes de outros estados (Tabela 4, Anexo 3 e Figura 1 a 4, abaixo).

Quanto ao modo de acondicionamento foram examinadas 1.315 amostras com 16.4% de acondicionamentos impróprios.

Espécimes biológicos recebidos pelo Serviço de Epidemiologia, no período de 2001 à 2004 por Seção Técnica-científica.

Fig. 1 Espécimes recebidos na CEREC por Seção Científica. Belém- Pa-2001

0

5000

10000

15000

20000

25000

Pará OutEst Total

2001

AnatomiaPatológica

Arbovírus

Bacteriologia

Hepatologia

Meio Ambiente

Parasitologia

Virologia

Total

Fonte: CEREC/IEC/SVS/MS

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Fig. 2 Espécimes recebidos na CEREC por Seção Científica. Belém- Pa-2002.

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

14000

16000

18000

Pará OutEst Total

2002

AnatomiaPatológica

Arbovírus

Bacteriologia

Hepatologia

Meio Ambiente

Parasitologia

Virologia

Total

Fonte: CEREC/IEC/SVS/MS Fig. 3 Espécimes recebidos na CEREC por Seção Científica. Belém- Pa-2003

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

Pará OutEst Total

2003

AnatomiaPatológica

Arbovírus

Bacteriologia

Hepatologia

Meio Ambiente

Parasitologia

Virologia

Total

Fonte: CEREC/IEC/SVS/MS

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Fig. 4 Espécimes recebidos na CEREC por Seção Científica. Belém- Pa-2004

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

9000

Pará OutEst Total

2004

AnatomiaPatológica

Arbovírus

Bacteriologia

Hepatologia

Meio Ambiente

Parasitologia

Virologia

Total

Fonte:CEREC/IEC/SVS/MS

As Pesquisas Epidemiológicas envolve vacinas, estudos de surtos na Amazônia e Análise de situação de saúde. Vacinas A Pesquisa: A avaliação da imunogenicidade e reatogenicidade em adolescentes e adultos induzidas por duas vacinas recombinantes contra a hepatite B, sendo concluída, após a publicação de seus resultados em dezembro de 2004.

As vacinas avaliadas foram a produzidas pelo Instituto Butantan (Butang ®, esta última considerada como vacina padrão. Foram recrutados 2.438 cuja coorte terminou com cerca de 70% dos recrutados, isto é, somente 1704 tomaram as três doses das duas vacinas com os intervalos adequados, e foram submetidos as coletas de sangue exigidas. Considerando a soroproteção e a média geométrica, a Engerix B, mostrou-se mais imunogênica, principalmente a partir dos 30 anos de idade e em todos os grupos etários. A imunogenicidade menor no sexo masculino em ambas as vacinas. Estudo de Surtos na Amazônia Em 2004 foram executadas as seguintes investigações de campo com coleta de espécimes biológicos dos seguintes surtos: 1) Coqueluche no município de São Caetano de Odivelas/PA, no período de 19 a 24.01.2004, coletado secreção de nasofaringe de 36 crianças, sendo apenas um espécime positivo para Bordetella pertussis. Não foi possível confirmar a presença do agente etiológico Bordetella pertussis, devido largo uso de antibióticos; 2) Coqueluche no município de Óbidos/PA, no período de 30.03 à 03.04.04 , dos 67 casos suspeitos, 43 já haviam sido notificados e 24 novos foram identificados pela equipe do IEC na faixa etária de 5 a 14 anos. Constatou-se também que os 67 casos apenas 27 tinham uma ou mais doses da vacina; 3) Surto de Toxoplasmose em Monte Dourado/Almeirim/PA, no

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período de 15 a 17.03.04, foi confirmada a etiologia por T. gondi; 4)Abordagem sindrômica de surto de doença respiratória em Santarém, período de 18 a 25.03.04, foram coletados secreção nasofaringea para isolamento de vírus de 79 pacientes, sendo 34 positivos. O tipo de vírus mais encontrado foi Influenza A (Fig. 9), atingindo a faixa etária de 0 a 4 anos, também foi detectado o dengue 2 e 3; 5) Estudo clínico e epidemiológico sobre uma síndrome neurológica na população rural de Vizeu/PA, período de 17 a 27.05.04, dos 8 pacientes internados no Hospital Barros Barreto, dois foram a óbito e no encéfalo foi diagnosticado pelo IEC, o vírus rábico; 6) Investigação de aspecto clínico, epidemiológico e ambiental de uma síndrome febril prolongada no Município de Anajás/PA, período de 17.07 a 06.08.04, foi coletado material de 522 assintomáticos, dos sintomáticos foram atendidos por demanda passiva 74 pacientes, dos quais 35% foi detectado S. typhi. As condições sanitárias se mostraram precárias, pois das residências investigadas 48,2% tinham destino dos dejetos a céu aberto e apenas 13,4% estavam conectadas a rede pública. Estudos bacteriológicos da água mostraram contaminação por coliforme em 100% dos quatro pontos superficiais utilizados para consumo no Rio Anajás; 7) Investigação etiológica em portadores de uma síndrome ganglionar com comprometimento renal em Redenção/PA, no período de 14 a 17.04.04, do grande número de acometidos só foram encontrados 17 pacientes com enfartamento ganglionar, não tendo sido encontrada associação com doença renal. O enfartamento estava em alguns casos associados a faringo amigdalites. O diagnóstico diferencial se fez com a parotidite epidêmica (cachumba), toxoplasmose, dengue e hepatite B. Foram encontrados positividade em 3 pacientes para o vírus da parotidite epidêmica. Houve um óbito de uma crianças que foi encaminhada para Goiânia, para onde a investigação se estendeu no sentido de recuperar informações e espécimes biológicos para esclarecimentos; 8) Investigação do surto de febre prolongada na reserva indígena dos Tembés, Paragominas,Pa. Febre prolongada (2 a 3 semanas) com características variadas e sem diagnóstico. Foram encaminhados sete pacientes para a Seção de Virologia, dia 15.09.04. onde foram submetidos a coprocultura, hemocultura e sorologia para doença de chagas e toxoplasmose. Com resultados positivos para toxoplasmose aguda em 3 pacientes. Foi então organizado uma expedição as aldeias Teko-Haw, Faveira e Ikatu, composta de um médico e 3 técnicos de laboratório que se deslocou a 10 de novembro com retorno a 17 de mesmo mês e ano. Foram examinadas 256 pessoas das quais foi coletado amostra de sangue e 160 amostras de fezes. Devido ao aspecto sindrômico da sintomatologia, apesar do diagnóstico inicial ser toxoplasmose os espécimes coletados foram destinados aos exames de mononucliose, citomegalovirus, hepatites virais, arboviroses e febre tifóide. Durante o período em que a equipe esteve na aldeia não foram encontrados sintomáticos agudos e dos 5 com sorologia positiva para toxoplasmose recente (anticorpos para toxoplasmose da classe IgM positivos) 3 estiveram em Tucuruí. Conclusão: A etiologia provisória seria por Toxoplasma gondi, embora doenças como arboviroses e malária foram diagnosticadas e ocorreram em nível endêmico. O surto tem possibilidade de ser autóctone, pois há pacientes confirmados laboratorialmente que nunca se deslocaram da aldeia ou pode ter sido trazidos por pessoas da aldeia que estiveram em Tucuruí; 9) Expedição a Tucuruí/PA para a coleta de informações que afastasse a alternativa do surto de toxoplasmose ser importado foi organizado uma expedição a 3 aldeias indígenas em Tucuruí, Pa, no período de 13 a 23 de novembro de 2004. Foram examinadas 166 pessoas sem encontrar casos sintomáticos de nosologia em questão.

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Fig. 5 - Resultado dos vírus mais encontrados na investigação

4429

3 111

Negativos

Influenza A

Vírus RespiratórioSincicial

Parainfluenza 1

Parainfluenza 2

Vírus RespiratórioSincicial + Influenza A

Análise da Situação de Saúde

Elaboração do Projeto “Avaliação da situação saúde doença face as mudanças ambientais e sócias na área de influência do projeto Salobo, Marabá, Pará, Brasil 20040/2005” a ser executado em parceria do IEC/SVS/MS com a Fundação Vale do Rio Doce, com previsão para início em 2005.

Apoio a Vigilância Epidemiológica – Descentralização dos exames laboratoriais.

A transferência de tecnologia laboratorial para os laboratórios centrais das secretarias estaduais de saúde (LACEN´S) iniciou-se em 1994 com a sorologia das hepatites virais e intensificou-se com o surgimento das epidemias de dengue no fim da década de noventa.

Esta transmissão que envolve as seguintes etapas, vem sendo coordenado pelo nível central da SVS-CGLAB, com indefinição da participação do IEC que tem sido substancial: Treinamento de pessoal para os LACENS; Aquisição de equipamento e kits de diagnóstico; Controle de qualidade e; Condições locais quanto a pessoal e instalações.

A experiência tem demonstrado que a descentralização deve ser feita por agravo levando em consideração a potencialidade dos LACEN´S e deve merecer um projeto que deve ser elaborado pelo IEC, em parceria com as secretarias estaduais e municipais.

- Educação continuada em epidemiologia Considerando que a bioestatística é um dos pilares da epidemiologia a chefia do SEVEP elaborou um projeto de implantação de um Núcleo de Bioestatística (NUBE) com os seguintes objetivos: Disponibilizar de forma contínua para a comunidade de pesquisadores do IEC e do CNP a metodologia estatística necessária ao desenvolvimento de suas atividades e cumprimento da missão institucional;

O cronograma previsto para 2004 foi integralmente executado: contratação de pessoal especializado e a instalação dos pacotes Biostat 3 e Epi Info 2000 e 2002.

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3.1.10. O Serviço de Recursos Humanos (SERH) Ao Serviço de Recursos Humanos compete coordenar, planejar e executar as atividades relacionadas às áreas de administração e desenvolvimento de recursos humanos. Esses serviços são divididos em três (3) setores: de Desenvolvimento de Recursos Humanos(capacitação); Setor de Cadastro e Setor de Pagamento. O Setor de Desenvolvimento de Recursos Humanos procede o desenvolvimento continuado, incluindo capacitações e treinamentos, dos recursos humanos do Instituto; mantém registro atualizado de estágios supervisionados; e acompanha as ações relativas ao Plano de Carreiras e ao processo de avaliação de desempenho dos servidores. O Setor de Cadastro promove os registros e controle da vida funcional do servidor. O Setor de Pagamento supervisiona e executa as atividades de pagamento dos servidores ativos, aposentados e pensionistas; analisa e encaminha os expedientes para inclusão em folha de pagamento; e instrui os processos para reconhecimento de dívidas de exercícios anteriores. O quadro de pessoal ativo do Instituto Evandro Chagas/SVS/MS é composto de (276) duzentos e setenta e seis servidores: - 53 servidores do nível superior e - 223 do nível intermediário. Sendo: 162 servidores pertencente a Carreira de Ciência e Tecnologia (C&T); 112 servidores pertencentes ao Plano de Seguridade Social (PSS); e, 002 servidores pertencentes ao Plano de Cargos e Carreiras (PCC). O número de inativos é de 67; Pensionistas 24; e Instituidores de pensão 14. Encontram-se cedidos para outros órgãos quatro(4) servidores: José Manoel de Souza Marques(SESPA), Waltair Maria Martins Pereira(SESPA), Vânja Suely Pachiano Calvosa (SESAP) e Paulo Humberto Mendes Figueiredo(Prefeitura Municipal de Castanhal). Durante o exercício de 2004 ocorreu uma redistribuição para FUNASA do ex-servidor Moisés Benigno Queiroz Figueiras ; uma remoção, para o INCA da ex-servidora Maria José Góis Espindula Maciel, bem como, recebemos, redistribuído da FUNASA, o servidor Raimundo Rodrigues de Oliveira. Em junho foram concedidas também duas(2) pensões vitalícias, para as viúvas do ex-servidor Ivo Ferreira dos Santos, a saber: Ciléia Silva dos Santos(conjugue) e Francisca Costa da Silva (companheira). Foram concedidas duas(2) aposentadorias, sendo uma em junho do servidor Gregório Carrera Sá Filho e Carmem Silva Guedes Araújo em outubro. Também foram beneficiados com titulação de aperfeiçoamento da Carreira de Ciência e Tecnologia três (3) servidores . Um total de vinte e dois (22) servidores foram beneficiados com o abono permanência, após cumpridas as exigências da Emenda Constitucional 41. Foram efetivado o enquadramento de 22 servidores do nível auxiliar para o intermediário, conquista de oito anos que os servidores vinham pleiteando junto a Administração.

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Com a publicação do novo regimento do Ministério da Saúde através da portaria 2.123 de 07/10/2004, ficaram assim distribuídas as Funções e DAS da Instituição : 01 DAS 101.4; 02 DAS 102.1; 04 DAS 101.1; 09 FG-l; e 06 FG-2. No exercício de 2004 foram realizadas 334 capacitações onde foram capacitados 210 servidores, distribuídos conforme tabela e gráficos a seguir:

Tabela 5- Número de Servidores capacitados e número de capacitações por Serviço/Seção/Setor

Serviço/Seção/Setor Servidores capacitados Nº de capacitações

ASCOM 04 09 ADCA 01 03 BIB 04 04 CPL 05 13 Consultório Odont. 03 08 DIR 04 13 SALOG 04 09 SEADM 03 12 INF 03 06 SECOM 07 13 SEALM 06 08 SEPAT 02 02 SEPLAN 02 02 SEBIO 02 03 MANUTENÇÃO 07 07 SEVIR 21 30 SAHEP 11 21 SEVEP 14 19 SEOFI 04 08 SEARB 21 27 SEAP 09 17 SEMAM 09 10 SEBAC 11 20 SERH 09 18 SEPAR 36 41 SOTRA 02 02 SEAC 03 03 PROT 03 06 TOTAL 210 334

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Fig 6 – Gráfico do número de servidores capacitados por unidade Fig. 7 – Gráfico das Capacitações realizadas por Unidade Afastamentos do País: Quatro(5) servidores - Alexandre da Costa Linhares (2)- México e Jamaica, Maria do Perpétuo Socorro Amador (1) - Áustria, Pedro Fernando da

Servidores Capacitados

0

5

10

15

20

25

30

35

40

Servidores capacitados

ASCOM

ADCA

BIB

CPL

Consultório Odont.

DIR

SALOG

SEADM

INF

SECOM

SEALM

SEPAT

SEPLAN

SEBIO

MANUTENÇÃO

SEVIR

SAHEP

SEVEP

SEOFI

SEARB

SEAP

SEMAM

SEBAC

SERH

SEPAR

SOTRA

SEAC

PROT

Capacitações

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

Nº de capacitações

ASCOM

ADCA

BIB

CPL

Consultório Odont.

DIR

SALOG

SEADM

INF

SECOM

SEALM

SEPAT

SEPLAN

SEBIO

MANUTENÇÃO

SEVIR

SAHEP

SEVEP

SEOFI

SEARB

SEAP

SEMAM

SEBAC

SERH

SEPAR

SOTRA

SEAC

PROT

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Costa Vasconcelos (2) - Chile e Suiça, Suely Guerreiro Rodrigues (1) - Porto Rico e Marinete Marins Póvoa (3) - Colômbia) se deslocaram para outros países para participarem de eventos e, até mesmo, compartilhar conhecimentos com outros profissionais da área de pesquisa, elevando ainda mais o nome da Instituição internacionalmente. Foram promovidos pelo IEC 05 (cinco) cursos capacitando servidores e estagiários da esfera Federal/Estadual/Municipal e Rede Privada (contratados), totalizando 74 capacitados. Destacando-se o Curso de Formação de Técnicos para Laboratório (25 alunos), no período de 10.05 a 31.12.04, reconhecido pelo Ministério da Educação e Cultura como Curso Profissionalizante. Não poderíamos deixar de mencionar a celebração do Convênio do IEC/CIEE, de grande valia para o mercado de trabalho e para própria Instituição, realizado em fevereiro/2004 e que teve seu termo aditivo publicado no dia 12.12.2004, garantindo a permanência dos 42 estagiários no exercício 2005 sendo: 14 de nível superior e 28 de nível médio, conforme quadro e gráfico a seguir: O IEC possui hoje 42 estagiários, sendo 14 de nível superior e 28 de nível médio.

Tabela 6 – Número de estagiários/bolsistas por unidade

Relação de estagiários/bolsistas por Serviço/Seção/Setor Seção/Serviço/Setor Nível Superior Nível Médio

SEARB 1 2

SEBIO 1 1

SAHEP 1 2

SEMAN 1 2

SEAP 1 3

SEPAR 2 3

SEVIR 2 3

SERH 1 1

SEOFI 1 0

SEPLAN 1 0

SEALM 0 2

SEAC 0 1

SOTRA 0 2

SOMAM 0 1

BIB 0 1

ASCOM 0 1

SECOM 0 1

SEBAC 1 2

SEVEP 1 0

TOTAL 14 28

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Fig. 8 – Gráfico do número de estagiários/bolsistas por unidade O Programa Institucional de Bolsas Iniciação Científica- PIBIC contempla 20 bolsistas distribuídos conforme a seguir:

Tabela 7 – Número de bolsistas do PIBIC, distribuídos por Seções

Seção/Serviço/Setor Quantidade

SEPAR 07

SEVIR 06

SEBAC 03

SEARB 02

SEMIE 01

GEOPROCESSAMENTO 01

TOTAL 20

Relação de estagiários por Serviço/Seção/Setor

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

Nível Superior Nível Médio

SEARB

SEBIO

SAHEP

SEMAN

SEAP

SEPAR

SEVIR

SERH

SEOFI

SEPLAN

SEALM

SEAC

SOTRA

SOMAM

BIB

ASCOM

SECOM

SEBAC

SEVEP

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Fig. 9 - Gráfico do número de bolsistas do PIBIC, distribuídos por Seções

Em 2004, tivemos alguns problemas como: Na redistribuição dos servidores da

FUNASA/IEC para SVS/IEC/MS, os beneficiários de processo de exercício anterior, cujos registros encontravam-se no banco de dados do SIAPE/FUNASA, aguardando liberação de crédito suplementar, não tiveram seus valores homologados, já que estes, quando da redistribuição dos servidores não migraram para o banco de dados do Ministério da Saúde/SVS/IEC, sendo necessário um novo cadastramento dos processos e seus beneficiários na nova unidade pagadora, ocasionando assim um retardamento do recebimento desses valores por parte dos servidores; A falta de recursos específicos para capacitação durante o exercício de 2004, sendo necessário a utilização de recursos de custeio para esta finalidade; Outro agravante que não poderia deixar de ser mencionado é a própria falta de recursos humanos. As Perspectivas para 2005 são: Repasse de recursos específicos para capacitação de servidores do IEC; Descentralização de crédito de exercícios anteriores, para pagamento de processos; Capacitação ou contratação de médico do trabalho para criação da própria Junta Médica do IEC; Trabalho de cunho Social para melhor qualidade de vida do servidor e familiares; Elaboração de uma nova perícia médica, para análise e avaliação das áreas do Instituto, visando beneficiar os servidores da área Administrativa, visto que todos estão na mesma área de trabalho; Inclusão do Instituto Evandro Chagas no sistema de Publicações no Boletim de Serviço (BSE) do Ministério da Saúde; Aplicação de questionário para avaliar o grau satisfação do servidor em relação ao seu trabalho, para posterior estudo entre as chefias das seções da possibilidade de permutas entre servidores, visando desenvolvimento institucional; e, a Viabilizar junto aos órgãos competentes aprovação de edital para concurso público, a fim solucionar carência de recursos humanos.

3.1.11. O Serviço de Administração (SEADM)

Ao serviço de administração compete estabelecer, coordenar, controlar e orientar as atividade relacionadas ao: Orçamento, Finanças, Informática, Manutenção, Informática e Logística (transporte, almoxarifado, patrimônio, correios, compras e contratos) no âmbito do Instituto Evandro Chagas. Das Atividades da Logística: A logística trata da otimização dos fluxos de atividades desenvolvidas no âmbito do Instituto Evandro Chagas interagindo com as diversas unidades e sub unidades , meio e fim,

BOLSISTAS DO PIBIC

SEPAR

SEVIR

SEBAC

SEARB

SEMIE

GEOPROCESSAMENTO

SEPAR

SEVIR

SEBAC

SEARB

SEMIE

GEOPROCESSAMENTO

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trocando informações e gerenciando conflitos porventura existentes, objetivando a eficiência e eficácia dos atos administrativos. Atividades:

� Gerenciar todos os contratos administrativos continuados e não continuados, compreendendo: convocação da empresa para assinatura do contrato, publicação, fiscalização, alimentação no sistema de processamento de dados (SERPRO), acompanhamento da vigência e prorrogações através de termos aditivos.

� Assessoria a comissão permanente de licitação quando da elaboração dos editais que contem contratos, bem como analisar propostas de empresas na ocasião do certame licitatório, quando convocado.

� Coordenar a execução de obras de reparos e reformas das edificações do IEC. � Acompanhar e coordenar o cumprimento das normas de procedimentos NP 01/2004. � Coordenar as atividade do setor de transporte ( consumo de combustível, manutenção

de veículos e escalas de viagens. � Exercer controle nas atividades de transporte, telefone, xerox, equipamentos,

correspondências. � Exercer controle nas atividades de Vigilância nas dependências do IEC. � Controlar a entrada e saída de bens e materiais. � Elaborar quadros demonstrativos de atividades executadas na área de administração � Providenciar a expedição de formulários de autorização para entrada e saída de

pessoal fora do expediente de trabalho. � Receber os registros das ocorrências anotadas pela empresa de vigilância e adoção

providencias . � Controlar e acompanhar o abastecimento de gases industriais. � Providenciar os serviços de importação e exportação de insumos necessários para o

desenvolvimento das pesquisas cientificas realizadas no IEC. � Fornecer toda e qualquer informação ao SEADM, referente as ações acima descrita.

Resultados alcançados:

� Melhoria no controle da eficiência e eficácia das empresas contratadas � Melhoria na fiscalização das empresas contratadas � Redução de ocorrências de furtos � Redução de custos relacionados à telefonia, energia, fotocópias. � Otimização no controle do uso de veículos oficiais � Implementação de normas de controle

Tabela 8 -Controle dos Serviços oriundos da manutenção do Instituto Evandro Chagas

MODALIDADE QUANTIDADE VALOR ANUAL

TELECOMUNICAÇÕES

RAMAIS IEC - BELEM 73

RAMAIS IEC - ANANINDEUA 141

TOTAL 214 616.081,51

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SERVIÇOS DE POSTAGENS

SEDEX ENVIADOS 331

POSTAGENS EFETUADAS 2.417

E.M.S. 30

TOTAL 2.778 23.343,36

MANUTENÇÃO DE VEICULOS

N DE VEÍCULOS 26

VIAGENS 80

MANUTENÇÃO 99.375,11

KM RODADOS 53.506.26

TOTAL 99.375,11

COMBUSTÍVEL

ÓLEO DIESEL 44.500

GASOLINA 12.200

TOTAL 157.507,52

MANUTENÇÃO REDE FRIA E ELÉTRICA

ELETRICIISTAS 04

MECANICO EM REFRIGERAÇÃO 05

TECNICO EM ELETRÔNICA 02

AUXILIAR TÉCNICO 02

APOIO 01

TOTAL 14 399.760,41

SEGURANÇA PATRIMONIAL

POSTOS- CAMPUS BELEM 16

POSTOS – CAMPUS ANANINDEUA 28

TOTAL 44 578.400,00

SERVIÇOS DE INFORMÁTICA

TECNICOS – CAMPUS BELEM 04

TECNICOS – CAMPUS – ANANINDEUA 03

TOTAL 07 451.124,67

MÃO DE OBRA ESPECIALIZADA

REPROGRAFIA 16

SECRETARIOS 17

MOTORISTAS 12

RECEPCIONISTAS 08

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TOTAL 53 608.615,92

LIMPEZA E CONSERVAÇÃO

CAMPUS-ÁNAN 48

CAMPUS- BELEM 18

TOTAL 66 717.396,23

AGUA POTÁVEL

GARRAFÃO 4.000 11.645,00

GASES INDUSTRIAIS

TOTAL 38.264 208.649,74

Das atividades de Informática :

O Setor de Informática do Instituto Evandro Chagas vem crescendo a olhos vistos. Em janeiro de 2003, a partir das licitações do Mini-Bureau e Contratação de Técnicos de Informática, o setor, que contava apenas com 4 técnicos prestando suporte a 05 servidores de rede e 286 estações distribuídas em Belém, Ananindeua, incluindo Centro Nacional de Primatas, passou a funcionar com 9 técnicos na área de help desk, 3 técnicos na operação da rede e 1 Administrador de Rede.

No decorrer do ano o número de estações aumentou para 471, porém o corpo técnico permaneceu o mesmo. Isso gerou sobrecarga de chamados técnicos e um maior tempo de espera dos usuários para resolução dos seus problemas.

Na área de comunicação de dados, com um link de 512 Kbps (kilobites por segundo), e a aquisição de um servidor, as interrupções, que antes eram freqüentes passaram a ocorrer de forma programada, na maioria dos casos somente para manutenção. Houve, também, a instalação de uma extensão da INFOSUS, a rede que interliga as Regionais do MS e as Unidades Próprias.

Na área de sistemas corporativos foram implementados os Sistemas Administrativos do Ministério da Saúde (SISMAT; SIPAD;SIPAR;SAU).

Algumas políticas foram implementadas a fim de garantir o nível de segurança das informações que trafegam em nossa rede, no entanto, muitas vulnerabilidades ainda existem, haja vista que o setor não possui as ferramentas adequadas ao gerenciamento e monitoramento dos recursos disponibilizados aos usuários, pois que continuamos carentes de equipamentos tais como servidores, estações de trabalho, softwares para equipamentos servidores licenciados e softwares para equipamentos clientes licenciados.

Quanto à infra-estrutura, diferentemente do ano anterior, nenhuma ocorrência grave causada por fenômenos da natureza foi detectada.

Para implementação de parte das metas de 2005 finalizamos a aquisição dos ativos de rede e estamos reiniciando o processo de aquisição de estações de trabalho e o Projeto de Rede Estruturada.

O Setor de informática tem como principais serviços: atendimento a usuários, e a aplicativos coorporativos, remanejamento de Estação de trabalho, ativação de ponto de rede, reinstalação de Sistema Operacional, melhorias na Infra-estrutura de Rede , Instalação de equipamentos de Videoconferência, capacitação de usuários, manutenção de Monitores, no-breaks e impressoras abaixo, um quadro resumo dos principais serviços prestados pelo Setor, onde, também, destacamos as dificuldades encontradas para um melhor desempenho.

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Das atividades da Comissão Permanente de Licitação:

A Comissão Permanente de Licitação tem como atividade principal realizar licitações para aquisição de bens e serviços para o IEC, composta por uma equipe de 5 membros, ( 2 pregoeiros e 3 apoio) nomeados pela portaria nº 59, publicada no DOU de 30 de setembro 2004 e 2 auxiliares contratados. Em 2004 foram realizadas as seguintes licitações: Pregão – 72; Convite - 02 e Tomada de Preços- 01, conforme tabela abaixo:

Tabela 9 – Licitações realizadas em 2004, por tipo de modalidade e elemento de despesa

MODALIDADE QUANTIDADE ELEM. DESPESA VALOR

PREGÃO

47 339030 2.483.565,42 17 449052 1.898.998,75 02 339039 978.553,41

TOTAL 66 5.361.117,58 TOMADA DE PREÇOS

01

449051

345.156,91

CONVITE

01

449051

86.227,43

Das atividades do Setor de compras: Foram realizados um total de 643 Dispensas, das quais foram atendidas 624 e 33 Inexigibilidades, das quais foram atendidas 29.

Das atividades do Setor de Almoxarifado:

Recebimento, controle e distribuição de material através do Sistema de Material (SISMAT).

Tabela 10 – Materiais adquiridos por unidades no período de 01/01/2004 a 31/12/2004 AREAS FORMAIS VALOR TOTAL INSTITUTO EVANDRO CHAGAS 87.185,76 SEÇÃO DE ARBOVIROLOGIA E FEBRES HEMORRAGICAS 309.872,74 SEÇÃO DE BACTERIOLOGIA E MICOLOGIA 71.530,81 SEÇÃO DE CRIAÇÃO E PROD. DE ANIMAIS EM LAB. 53.248,31 SEÇÃO DE MEIO AMBIENTE 448.831,13 SEÇÃO DE EXECUÇÃO ORÇAMENTARIA E FINANCEIRA 1.166,04 SEÇÃO DE PARSITOLOGIA 342.218,36 SEÇÃO DE PATOLOGIA 60.113,32 SEÇAO DE VIROLOGIA 558.554,78 SEVIÇO DE ADMINISTRAÇAÕ 959.439,88 SERVICO DE RECURSOS HUMANOS 6.236,14 SERVIÇO TECNICO E CIENTIFICO 190.033,24 SERVICO DE EPIDEMIOLOGIA 40.382,70 SETOR DE ALMOXARIFADO 274515,97 SETOR DE COMPRAS 6.027,11 SETOR DE PATRIMONIO 2.851,02 TOTAL GERAL

Das atividades do Setor de Patrimônio:

Recebimento, controle, e distribuição de equipamentos às diversas unidades do Instituto Evandro Chagas no período de 01/01/2004 à 31/12/2004.

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Tabela 11 – Quantidade e gastos com equipamentos distribuídos por unidades no período de 01/01/2004 a 31/12/2004

SERVIÇO / SEÇÃO/ SETOR QUANTIDADE VALOR

DIRETORIA - IEC-PA 52 43.327,41 ASSESS.DE COMUNIC. SOCIAL 3 2.801,60 SEÇÃO DE ANAT. PATOLÓGICA 11 2.812,72 SEÇÃO DE MICROSC.ELETRÔNICA 6 43.859,94 SEÇÃO DE MEIO AMBIENTE 20 372.337,00 SEÇÃO DE BACTERIOLOGIA 11 294.620,62 SEÇÃO DE PARASITOLOGIA 44 195.146,84 SEÇÃO DE VIROLOGIA 78 195.605,65 SEÇÃO DE BIOTÉRIOS 6 4.860,00 SEÇÃO DE ARBOVÍRUS 23 232.107,50 SEÇÃO DE HEPATOLOGIA 55 253.507,71 SERVIÇO DE EPIDEMIOLOGIA 12 10.946,62 SERVIÇO DE ADMINISTRAÇÃO 487 256.802,10 SEÇÃO DE ATIVID. AUXILIARES 11 1.879,80 SETOR DE MAT. E PATRIMÔNIO 20 2.062,68 SEÇÃO DE RECURSOS HUMANOS 17 7.543,28 SETOR DE COMPRAS 4 1.497,00

TOTAL GERAL 30/12/2004 860 1.921.718,47

Analisando o quadro acima, podemos observar que houve no exercício de 2004, um grande investimento em máquinas e equipamento na instituição, como um todo, ressaltando que os valores mais expressivos estão nas áreas de pesquisa, em virtude das atividades Técnicas Cientificas desta instituição. 3.2. Laboratórios 3.2.1. Laboratórios da Seção de Bacteriologia 3.2.1.1. Laboratório de Micologia – Atende a pacientes oriundos do Sistema Único de Saúde – SUS e de projetos de pesquisa sobre os aspectos epidemiológicos das micoses superficiais, sub-cutâneas, sistêmicas e oportunistas que ocorrem no Estado do Pará.

Durante o ano de 2004 foram atendidos 543 pacientes para esclarecimento diagnóstico de casos suspeitos de micoses. Em sua maioria os casos eram de micoses superficiais e cutâneas. Do total de pacientes examinados, 431 tinham suspeita de micoses superficiais, cutâneas ou sub-cutâneas em cujo exame direto foi possíve,l confirmar 29% dos casos. Os agentes mais encontrados foram: Malassezia sp (62%), Dermatófitos (19%) e Leveduras (16%). Cento e doze pacientes foram encaminhados ao Laboratório com suspeita de micoses sistêmicas ou oportunistas. O exame direto demonstrou positividade em apenas uma amostra, em que a coloração com tinta nanquim em LCR revelou a presença de Cryptococcus neoformans, confirmado posteriormente na cultura. Quatorze porcento deles foram positivos, sendo assim distribuídos: Cândida sp 13, Cryptococcus sp, Aspergillus sp e Absidia sp um cada.

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3.2.1.2. Laboratório de Enteroinfecções

O Laboratório de Enteroinfecções tem por objetivo definir os principais agentes bacterianos causadores de enteroinfecções, esclarecer a ocorrência de surtos e investigar as características fenotípicas e genotípicas desses agentes em nossa região.

No ano de 2004 foram realizadas 1.510 coproculturas provenientes dos exames de rotina e das investigações de campo. Além das atividades de rotina, o laboratório atende as solicitações dos municípios e do Estado para realizar a investigação epidemiológica de surtos, particularmente os de febre tifóide e de gastroenterites. No ano de 2004, a equipe de laboratório de enteroinfecções realizou 4 viagens para investigação de surtos de febre tifóide, Salmonella Typhi. Foram realizadas 531 coproculturas (524 amostras humanos e 7 animais) para pesquisa de enterobactérias provenientes da rotina.

Das amostras avaliadas, 9,3% (49/524) foram positivas para enterobactérias patogênicas. Os enteropatógenos identificados foram Salmonella sp. em 14 pacientes (28%), Salmonella Typhi em 32 pacientes e Shigella sonnei em apenas 3 pacientes (7%), nenhum caso de Shigella flexneri e E coli enteroinvasora foram identificados e entre os isolados de Escherichia coli em menores de 2 anos todos foram negativos para E coli enteropatogênica clássica.

Como resultado das investigações de surtos logrou-se obter 26 isolamentos de Salmonella Typhi no município de Anajás, 6 no de Limoeiro do Ajurú e 36 de Salmonella sp. Afora estes isolamentos a Salmonella Typhi foi obtida ainda em 44 casos atendidos no IEC.

Em relação ao projeto sobre pesquisa de portadores de S Typhi, obteve-se 480 amostras de fezes nas quais isolou-se 13 cepas de Salmonella sp. 3.2.1.3. Laboratório de Biologia Molecular

As atividades neste laboratório iniciaram em junho de 2002 com a aprovação do projeto “Diagnóstico rápido da tuberculose pulmonar por nested-PCR” financiado pelo FUNTEC/ SECTAM. Neste momento a Seção dispunha de alguns equipamentos e algum material de consumo previamente adquiridos pelo Instituto Evandro Chagas. Em 2003 o projeto “Identificação de diferentes espécies micobacterianas associadas a infecções humanas” foi aprovado pelo FUNTEC/ SECTAM edital 04/2003. Em final de 2003 o Laboratório dispunha de técnicas otimizadas para genotipagem e identificação de micobactérias o que permitiu a colaboração no projeto “Epidemiologia da Tuberculose Resistente no Pará”. Em 2004 a aplicação de procedimentos de diagnóstico e caracterização molecular foi ampliada para enteropatógenos. No ano de 2005, já contamos com recursos financeiros obtidos a partir de projetos aprovados pelo FUNTEC e aguardamos resultado de 2 projetos encaminhados ao CNPQ (Edital Universal) e 1 ao CESUPA (Chamada 2005). Para 2005 há planos para pesquisa em diagnóstico molecular de Mycobacterium leprae e Pneumocystis carinii.

IDENTIFICAÇÃO DE MICOBACTÉRIAS NÃO TUBERCULOSAS (MNT) O Instituto Evandro Chagas em Belém tem isolado número crescente de infecções por MNT associadas a cirurgias de redução de estômago, laparoscopias, mesoterapias e implante de próteses, tendo a freqüência de isolamento aumentada em 4 vezes nos últimos dois anos. Em 39 amostras de micobactérias, 36 foram identificadas e 3 apresentaram perfil de restrição desconhecido. Dentre as espécies mais identificadas estão o M. abscessus, o M. asiaticum e o M. intracelulare, isolados 16, 7 e 4 vezes, respectivamente.

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Aplicação da PCR-multiplex para a detecção diferencial de micobactérias. Para este ensaio foram avaliados 95 isolados, 89,5% (85/95) destas amplificaram as

três seqüências características da espécies M. tuberculosis. O amplicom do gene mtp40 espécie-específico não foi detectado em 10 amostras. Quinze amostras não foram submetidas ao PCR-multiplex, no entanto 14 apresentaram mais de 6 sequencias IS6110 e uma apresentou 4 IS6110, sugestivo da espécie M. tuberculosis. Todos os isolados apresentaram sensibilidade ao PNB e resistência ao TCH característico de espécies do Complexo e espécie M. tuberculosis respectivamente (dados não mostrados). Esta técnica apresenta utilidade na diferenciação de espécies do Complexo M. tuberculosis e outras micobactérias, no entanto, não apresentou bons resultados quando aplicado a DNA.

ESTUDO MOLECULAR PARA DETECÇÃO DE SALMONELLA TYPHI EM AMOSTRAS DE FEZES:

A extração de DNA de cepas puras de Salmonella Typhi com fenol-clorofórmio garantiu amplificação de material genético, porém os resultados não foram satisfatórios quando se utilizou amostras do meio de enriquecimento selenito cistina contaminados com fezes contendo Salmonella Typhi;

A técnica de fervura e congelamento utilizada para extração do DNA bacteriano a partir do meio de enriquecimento garantiu a amplificação do material genético, porém variações foram observadas em relação ao tempo de estocagem ou incubação do mesmo. Melhores ensaios se fazem necessário para melhor avaliação de resultados e elaboração de protocolos;

A concentração de DNA de culturas puras extraídas pela técnica de fervura e congelamento influenciou na intensidade de amplificação do produto da PCR, porém não mascarou os resultados. ESTUDO DOS FATORES DE VIRULÊNCIA EM ESCHERICHIA COLI ISOLADAS DE PACIENTES COM E SEM DIARRÉIA:

Todas as amostras de E.coli testadas para as enterotoxinas ST e LT foram negativas, ou seja, nenhuma das 157 de E.coli eram enterotoxigênica (ETEC);

Das 30 amostras de EIEC identificadas bioquica e sorologicamente, 73 % (22/30) apresentaram o plasmídio de invasão (ial). As 8 amostras consideradas negativas foram identificadas em 3 diferentes pacientes, porém em 2 deles outras cepas foram consideradas positivas. Ou seja, em apenas um dos pacientes estudados, os testes moleculares não confirmaram o gene de invasão nas E.coli identificadas como invasora;

Otimização da PCR para a pesquisa do plasmídio EAF (EPEC Adherence Factor) e dos genes codificantes da fímbria de adesão de EPEC (bfpA Bundle-forming pilus) e da proteína Intimina (eaeA) de Escherichia coli enteropatogênica clássica (EPEC);

Os resultados alcançados estão proporcionando a classificação das Escherichia coli em grupos diarreiogênicos e permitindo a implementação diagnóstica para melhor investigação das diarréias por causas bacterianas

3.2.1.4. Laboratório de Hanseníase Estudos de soroprevalência em municípios de elevada endemicidade de hanseníase no Estado do Pará (avaliação de anticorpo IgM anti-PGL-I). Vacinação com BCG intradérmico Os testes desenvolvidos são: Ml Dipstick e ELISA

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Presta apoio técnico científico as seguintes Instituições: Hospital Marcelo Cândia; SESPA – Secretária de Saúde do Estado do Pará; Universidade de Viena e UFPa – Universidade Federal do Pará - Núcleo de Medicina Tropical.

3.2.1.5. Laboratório de Doenças Sexualmente Transmissíveis

Desenvolve as atividades de colaboração ao Programa Nacional de DST/AIDS, presta atendimento diagnóstico à demanda espontânea do SUS, atua no inquérito nacional do tracoma e colabora com projetos de pesquisa da Universidade Federal do Pará – UFPA.

Foram atendidos 54 pacientes com suspeita de uretrite ou cervicite por Chlamydia, entre os quais obteve-se 61,1% de positividade (33/54). 70 pacientes foram submetidos a exame para esclarecimento de casos de uretrite e/ou cervicite e obteve-se um caso de N gonorrhoeae e 14 de Gardnerella vaginalis. A pesquisa de Trichomonas vaginalis foi realizada em 57 pacientes obtendo-se positividade em 3 (5,2%). A pesquisa de sífilis foi realizada em 82 pacientes, o que resultou 20 (24,3%) pelo VDRL e 9 (10,9%) pelo FTA-abs.

Em 2005 tem-se a perspectiva para o desenvolvimento de projeto multidisciplinar em parceria com a Seção de Virologia do IEC no qual estaremos estudando a sífilis congênita em Belém. 3.2.1.6. Laboratório de Leptospirose Como laboratório de referência regional presta apoio ao esclarecimento diagnóstico em toda a região e dá assessoria e capacitação técnica. Foram realizadas 194 soro aglutinações microscópicas para confirmação diagnóstica de casos suspeitos de leptospirose humana e animal, procedentes tanto de Belém como de outros Estados da Federação, principalmente Amapá, Tocantins e Roraima. Desse total logrou-se obter 28 (14,4%) soros positivos. Atende aos Hospitais da capital principalmente o Barros Barreto; Secretarias Estaduais de Saúde e Clínicas Veterinárias. 3.2.1.7. Laboratório de Bacteriologia Geral Como laboratório de referência regional para meningite, coqueluche e difteria, presta apoio ao esclarecimento diagnóstico em toda a região e dá assessoria e capacitação técnica. Fornece meios de cultura para LACEN’S da área de abrangência. Atendimento a surtos. Dá apoio diagnóstico a outras áreas inespecíficas (culturas diversas). Como resultado de atendimento a suspeita de surtos de coqueluche realizou-se 92 exames envolvendo os municípios de Santarém, Óbidos e São Caetano de Odivelas e mais 43 outros realizados para atender pedidos da capital e de outros municípios do interior do Estado. Desse total, 6 (4,4%) foram positivos para Bordetella pertussis. Foram realizadas ainda 179 culturas inespecíficas, 16 das quais para atender pedido da Aldeia Mãe do Rio, 125 culturas de urina, 27 culturas de orofaringe, 54 baciloscopias das quais 10 positivaram, 302 hemoculturas, sendo 18 positivas para S Typhi, 22 culturas para Baar em LCR, todas negativas, e ainda 69 antibiogramas. Foram recebidas para confirmação 9 cepas, sendo 6 de meningococo, 2 de pneumococo e uma que não confirmou. Realizou-se ainda 7 exames de contraimunoeletroforese, sendo 2 para o Estado do Pará e 5 para o Maranhão. Estabelece apoio técnico-científico com as Secretarias Estaduais de Saúde; Laboratórios Centrais; Hospitais públicos e privados.

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3.2.1.8. Laboratório de Micobactérias

Como laboratório de referência regional tem prestado apoio diagnóstico a casos de tuberculose e de outras micobacterioses mal definidos e tem fornecido meios de cultura para LACEN´s da área de abrangência, além da assessoria e capacitação técnicas. Foram realizados 756 exames no período, sendo 378 culturas e 378 baciloscopias. Desse total, 164 (21,6%) foram positivas, sendo que 12 positivaram apenas na baciloscopia, 65 positivaram apenas na cultura e 87 positivaram em ambos os exames. De todas as amostras isoladas, 36 (21,9%) foram micobactérias não tuberculosas, destacando-se o M abscessus que foi recentemente detectado pelo IEC como causador de surto em indivíduos submetidos a cirurgias laparoscópicas em Belém. Até então 32 amostras dessa espécie foram identificadas nessa situação. Apóia tecnicamente as Secretarias Estaduais de Saúde; Laboratórios Centrais; Hospital Barros Barreto; Centro de Saúde Escola – UEPa. Em Belém foram isolados um número crescente de infecções por MNT associadas a cirurgias de redução de estômago, laparoscopias, mesoterapias e implante de próteses, tendo a freqüência de isolamento aumentada em 4 vezes nos últimos dois anos. Em 39 amostras de micobactérias, 36 foram identificadas e 3 apresentaram perfil de restrição desconhecido. Dentre as espécies mais identificadas estão o M. abscessus, o M asiaticum e o M intracelulare, isolados 16, 7 e 4 vezes, respectivamente. 3.2.2. Laboratório da Seção de Hepatologia

3.2.2.1. Laboratório de Microscopia Eletrônica O Laboratório de Microscopia Eletrônica do Instituto Evandro Chagas tem atuado no desenvolvimento de pesquisas voltado para a caracterização de agentes infecciosos (vírus, protozoários e fungos) e da interação de alguns desses agentes com células e tecidos de animais de laboratório. Estes trabalhos têm sido desenvolvidos em colaboração com outras seções desta Instituição e com departamentos de outras instituições como Universidade Federal do Pará (UFPA) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Este Laboratório tem contribuído na formação de pessoal em programas de iniciação científica (PIBIC/CNPq) e de pós-graduação (Mestrado UFPA, CAPES Mestrado Interinstitucional entre a UFPA e UFRJ, PROCAD/CAPES Doutorado entre UFPA e UFRJ. 3.2.3. Laboratórios da Seção de Meio Ambiente 3.2.3.1. Laboratório de Toxicologia

O Laboratório de Toxicologia da Seção de Meio Ambiente do Instituto Evandro Chagas, foi criado em 1992, apresentando no seu início duas linhas de pesquisa principais. A primeira relativa à avaliação da contaminação mercurial (humana e ambiental) na Amazônia brasileira de áreas afetadas direta ou indiretamente pela garimpagem de ouro e a segunda, voltada para a caracterização físico-química de águas superficiais e subterrâneas utilizadas para consumo humano e a avaliação da qualidade de águas em estudos ambientais. Atualmente o Laboratório de Toxicologia atua em outras linhas de pesquisa, além das supracitadas, que são estudos que envolvem agentes tóxicos como Arsênio, organoclorados, organofosforados e chumbo entre outros elementos poluentes. Este laboratório coordena 06 projetos, cujos resultados encontram-se no Relatório de Atividades da Seção.

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Atende as solicitações da Secretaria de Saúde do Estado do Pará – SESPA na elucidação de possíveis causas do desequilíbrio ambiental , além de desenvolver atividades como rotina, que podem ser agrupadas em quatro linhas principais: Caracterização Físico-Química de Água, Análises de Resíduos de Pesticida por Cromatografia Gasosa e Cromatografia Líquida de Alta Eficiência, Análises de Mercúrio em Amostras Biológicas e Ambientais por Espectrometria de Absorção com Sistema de Geração de Vapor Frio e Análises de Metais Pesados por Espectrometria de Absorção Atômica (Chama, Forno de Grafite e Geração de Hidretos) e Espectroscopia de emissão Atômica com Plasma Acoplado. Caracterização Físico-Química de Água: O Laboratório de Análises Físico-química de Água da Seção de Meio Ambiente durante o ano de 2004 atendeu, dentro das suas possibilidades, solicitações de instituições públicas e privadas encaminhadas à Direção do Instituto Evandro Chagas, para avaliar a qualidade da água destinada ao consumo humano e a classificação de águas doces. Esta atividade consiste na determinação de parâmetros físico-químicos e comparação com os valores estabelecidos na legislação vigente para enquadramento dessas águas quanto à sua finalidade (abastecimento doméstico, proteção de comunidades aquáticas, recreação de contato primário, irrigação de hortaliças, etc.). A seguir apresentam-se algumas instituições públicas e privadas que solicitaram as determinações para avaliar da qualidade da água: • CPRM-Companhia de Pesquisa em Recursos Minerais, • SAAEB-Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Belém (PMB) • SEMMA-Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Belém (PMB); • CNM-Centro Nacional de Primatas (MS/SVS); • HUJBB-Hospital Universitário João de Barros Barreto (UFPA); • MPEG-Museu Paraense Emilio Goeldi; • IOEP-Impresa Oficial do Estado do Pará; • SMB-Secretaria Municipal de Barcarena (PMB); • Base aérea de Belém (Ministério da Defesa); • FACEPA- Fábrica de Celulose e Papel da Amazônia S/A; • Marborges Agroindustria S.A.; • Sistemas abastecimento de água provenientes de condomínios e residências (poços freáticos e artesianos, filtro de água, caixa d’água, etc...) Análises de Resíduos de Pesticida por Cromatografia Gasosa e Cromatografia Líquida de Alta Eficiência: A Análise de Resíduos de Pesticidas em materiais biológicos e ambientais foi bastante solicitada durante o ano de 2004. As ações conduzidas estão discriminadas abaixo: 1. Atendimento de uma solicitação oficial da Coordenação Regional da Fundação Nacional de Saúde – CORE-Pa à Direção do Instituto Evandro Chagas para análise de resíduos de DDT em amostras de solo e emissão de relatório técnico na área de um imóvel locado pela CORE-Pa onde eram desenvolvidas atividades pela extinta SUCAM, inclusive armazenamento e distribuição de pesticidas usadas nas campanhas de saúde pública. Este imóvel está localizado na Avenida Almirante Barroso e está sendo objeto de um processo judicial entre a CORE-Pa e o locatário. Metodologia: Coleta de amostras em intervalos regulares até 1,20 metros de profundidade, Extração por Soxhlet e análise por Cromatografia Gasosa com ECD. Número de amostras: 15 amostras.

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Finalidade: determinar o nível de contaminação de DDT no solo e sugerir propostas de remediação na área. Resultado: elaboração de um relatório técnico com os resultados e encaminhamento à Coordenação Regional da Fundação Nacional de Saúde. 2. Contribuição para a elucidação da causa da mortandade de peixes no rio Iriri, afluente do rio Xingu, no município de Altamira-Pa. Este estudo foi desenvolvido em parceria com o IBAMA, ELETRONORTE e FUNAI. Em função da suspeita levantada sobre a utilização de pesticidas nas áreas onde ocorreram a mortandade de grandes quantidades de pescado foram realizadas análises de inseticidas organoclorados em amostras de água e sedimento do Rio Iriri. Metodologia: As amostras foram coletadas por técnicos das instituições envolvidas e as análises laboratoriais foram realizadas através de extração líquido-líquido (amostras de água) e Extração por Soxhlet (amostras de solo) e análise Cromatografia Gasosa. Número de amostras: 14 amostras de água e 14 amostras de sedimento de fundo. Finalidade: determinar a existência de resíduos de inseticidas nas amostras de água e sedimento do rio Iriri como possível responsável episódio ocorrido na região. Resultado: Não foi constatada a presença destas substâncias nas amostras de água e sedimentos. Os resultados das análises foram apresentados na foram de relatório técnico juntamente com outras informações levantadas neste estudo. 3. Atendimento e análise de resíduos de DDT em amostras de soro sangüíneo de trabalhadores da com histórico de exposição à pesticidas organoclorados durante as campanhas de saúde pública contra os vetores de malária. Metodologia: Extração líquido-líquido e análise por Cromatografia Gasosa. Número de amostras: 72 amostras. Resultado: Os resultados analíticos tem indicado que a maioria dos materiais analisados encontram-se acima do limite proposto pela Portaria Nº 12 de 06 de junho de 1983 da Secretaria de Segurança e Medicina de Trabalho (SSMT), através da Norma Regulamentadora Nº. 07. 4. Atendimento de uma solicitação oficial do Centro de Geociências da UFPa para realização de análises de resíduos de pesticidas organoclorados em amostras de água e solo de uma área industrial na área metropolitana de Belém. Os resultados das análises fazem parte dissertação de mestrado da aluna Gisele C. dos Anjos, sob a orientação da prof. Eliene Lopes de Souza que coordena o Projeto “Avaliação dos riscos de contaminação do aqüífero livre nos distritos industriais de Ananindeua e Icoaraci” apoiado financeiramente pela SECTAM. A realização das análises foi condicionada a reposição do material de consumo utilizado e a utilização dos dados conjuntamente em uma publicação em uma revista científica indexada, prontamente aceita pelos interessados. Metodologia: As amostras foram coletadas de acordo as orientações técnicas dos responsáveis pelas análises laboratoriais. O tratamento das amostras envolveu extração líquido-líquido (amostras de água) e extração por Soxhlet (amostras de solo) e análise por Cromatografia Gasosa. Número de amostras: 10 amostras de água e 5 amostras de solo. Resultado: Os resultados foram repassados, discutidos com os interessados e na Dissertação de Mestrado. Após a defesa da dissertação, as informações serão filtradas e utilizadas em artigo científico.

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5. Apoio à Tese de Doutoramento do prof. Mauro Pantoja do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) da Universidade Estadual do Pará (UEPa), solicitada oficialmente através da Coordenação do Laboratório de Cirurgia Experimental da UEPA (LCE/UEPA). Esta colaboração foi efetivada através da otimização dos procedimentos analíticos e parâmetros operacionais para determinação de malondialdeído por Cromatografia Liquida de Alta Eficiência (HPLC) em amostras de sangue e tecido de ratos tratados em laboratório com dieta alimentar diferenciada. O material utilizado nas análises foram adquiridos pelo interessado com apoio da coordenação do LCE/UEPA. Metodologia: Após o tratamento das amostras, realizadas parcialmente no LCE/UEP, as análises instrumentais foram realizadas por HPLC. Número de amostras: Foram processados 60 materiais entre sangue e tecido Resultado: Os resultados das análises foram discutidos e repassados ao prof. Mauro Pantoja que apresentou estes e outros resultados na sua Qualificação ao Doutoramento na UNICAMP no mês de dezembro-2004. Existe um compromisso que após a defesa da Tese seja produzido um artigo científico sobre a técnica analítica usada neste estudo. 6. Atendimento da solicitação da Secretaria de Saúde do Estado do Pará na elucidação das possíveis causas do desequilíbrio ambiental que provocou o ataque de uma grande quantidade de morcegos aos habitantes das comunidades no município de Portel-Pa. A contribuição neste episódio, em função da informação fornecida, sobre o uso intensivo de inseticidas e herbicidas na área, foi no sentido de quantificar traços destas substâncias nas amostras de água das drenagens destas áreas. Metodologia: As amostras de água foram submetidas aos procedimentos de extração líquido-líquido e analisadas por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência e Cromatografia Gasosa. Número de amostras: 6 amostras de água Resultado: Os resultados das análises não confirmaram a presença destas substâncias nas amostras de água. Estas informações foram repassadas à Secretaria de Saúde do Estado. Análises de Metais Pesados por Espectrometria de Absorção Atômica: Em maio de 2004 foi realizada uma campanha de campo ao município de Santana-AP como parte do Programa de Monitoramento da Área Industrial da ICOMI, onde foram estocados de maneira inadequada rejeitos de minério de manganês contendo Arsênio. Este compromisso foi assumido com o governo do Estado do Amapá, através da Coordenação Geral de Vigilância Ambiental em Saúde, sob a coordenação e execução do IEC/SEMAM, com apoio da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA). O Programa consiste na coleta e análise de água utilizada para consumo pela população residente no entorno desta área, água superficial e subterrânea, sedimento de fundo e material particulado em suspensão das drenagens a comunidade do Elesbão instalada ao lado da área industrial. Objetivo Principal: Monitorar as concentrações de Arsênio nas águas utilizadas para consumo. Metodologia: Os materiais foram coletados de acordo com as recomendações dos manuais de procedimentos da EPA e após o tratamento de digestão ácida foram feitas determinações de As por Espectroemetria de Absorção Atômica com Geração de Hidretos. Materiais coletados: Água para Consumo (52); Água Subterrânea dos Poços de Monitoramento da Área da ICOMI (35); Água Superficial (38); Sedimento de Fundo (38), Sedimento em Suspensão (38). Resultados: A SEMAM durante o ano de 2004, apoiou através de sua estrutura analítica e equipe técnica duas dissertações de mestrado no âmbito do Projeto “SELENMERAS (I): Geoquímica do Selênio, Mercúrio, Arsênio e Outros Metais (Cd, Pb, U) de Impacto Ambiental em Sedimentos Quaternários da Amazônia Brasileira”, financiado pelo CNPq e coordenado pelo GMA-Grupo de Mineralogia Aplicada do Centro de Geociências da UFPa.

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Essas pesquisas concentram-se fundamentalmente em três regiões da Amazônia: Estado do Acre; Região Estuarina de Marapanim no nordeste do Pará e Caxiuanã. No âmbito deste Projeto foram realizadas análises de Hg, As e Se em 40 amostras de caranguejo procedentes de Marapanim e 120 amostras de solo de diferentes localidades no estado do Acre. Existe um acordo entre o Coordenador do Projeto (Prof. Marcondes Lima da Costa) e o responsável técnico pelo Laboratório de Toxicologia quanto à reposição do material de consumo utilizado nas análises, assistência por parte dos técnicos do Laboratório aos mestrandos e a participação dos pesquisadores da SEMAM diretamente envolvidos na temática nas discussão dos resultados para publicação conjunta de artigos científicos. Análises de Mercúrio em Amostras Biológicas e Ambientais por Espectrometria de Absorção com Sistema de Geração de Vapor Frio: Além dos materiais (sangue, tecido capilar e sangue) provenientes dos Projetos de Pesquisa que são processados neste Laboratório, recebemos solicitações de instituições públicas e privadas, além de procura espontânea de pacientes com histórico de exposição ao Hg em busca de atendimento e orientações sobre os riscos da contaminação por mercúrio. No ano de 2004 foram analisadas 175 amostras de tecido capilar; 137 amostras de sangue e 06 amostras de urina. Os resultados das análises são repassados aos pacientes com esclarecimentos sobre os valores encontrados e/ou encaminhados às instituições que solicitaram as análises. Preparação de Recursos Humanos: A realização do “Curso de Capacitação em Análises de Metais Pesados em Água para Consumo, Solos e Sedimentos” para técnicos dos Laboratórios Centrais de Saúde Pública mobilizou toda a estrutura do laboratório de Toxicologia na organização e execução do treinamento. 3.2.3.2. Laboratório de Microbiologia Ambiental

O laboratório de Microbiologia Ambiental (LMA) da Seção de Meio Ambiente, criado em 1992, tem como principais linhas de pesquisa a “avaliação da qualidade microbiológica da água” e “ ocorrência de patógenos bacterianos no ambiente por ocasião de pesquisas de campo, tais como surtos infecciosos, avaliação de impactos ambientais e/ou solicitações do âmbito municipal, estadual e federal para o desenvolvimento de tais atividades. Paralelamente, desenvolve 05 estudos acerca dos perfis de resistência e virulência dos isolados obtidos por meio de técnicas de cultivo convencionais e análises moleculares. Além das atividades de pesquisa, o LMA tem recebido alunos para estágios supervisionados, treinamentos na sua área de atuação oriundos de diferentes instituições da região Norte e Nordeste. Esta atividade específica tem capacitado diferentes profissionais na realização dos exames em seus locais de origem. Como rotina executa as seguintes atividades: ANÁLISE DA POTABILIDADE DA ÁGUA

De janeiro a dezembro de 2004 foram avaliadas 163 amostras de água de consumo provenientes de diferentes origens (abastecimento público, poços freáticos, etc...) em Belém e outros municípios no estado do Pará, utilizou-se as técnicas da membrana filtrante e tubos múltiplos. Em 33 (20,24%) oportunidades verificou-se a presença de e coliformes totais e em 23 (14,11%) a presença de coliformes termotolerantes.

PESQUISA DE Vibrio cholerae TOXIGÊNICO EM AMOSTRAS DE CAMARÃO ROSA DESTINADOS A EXPORTAÇÃO

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No período de abril a agosto de 2004, quarenta e nove (49) amostras de lotes de camarão rosa tipo exportação foram encaminhados a este Laboratório para pesquisa de Vibrio cholerae toxigênico. Nenhuma das amostras foi positiva utilizando a metodologia proposta na legislação vigente, entretanto, observou-se que em 53,06% (26/49) destas foi possível a detecção de Vibrio alginolyticus, 20,4% (10/49) foram positivas para Vibrio pahaemolyticus, 6,12% (3/40) para Vibrio cholerae NAG e em apenas uma amostra foi observada a ocorrência de Moraxella lacunata. Treze amostras (26,53%) foram negativas para as principais espécies (10) de vibrio de importância clínica. Todos os isolados estão sendo submetidos a testes moleculares de virulência.

3.2.3.3. Laboratório de Virologia

O Laboratório de Virologia da Seção de Meio Ambiente atua desde 1992, e tem por finalidade desenvolver atividades de pesquisa e diagnóstico viral das doenças de interesse em saúde pública, especificamente a rubéola, o citomegalovírus e o sarampo. Durante o ano de 2004, desenvolveu 04 projetos de pesquisa: 1) Pesquisa de anticorpos anti-HCMV em doadoras de leite materno do programa de aleitamento materno – PROAME/PARÁ, a fim de verificar a ocorrência de infecção pelo Citomegalovírus, em doadoras de leite materno do Programa de Aleitamento Materno – PROAME/PARÁ, sendo 550 amostras coletadas (sangue, saliva e leite materno), foi realizado sorologia, PCR e isolamento viral, obtendo-se os seguintes resultados, Sorologia: Do total de 535 amostras analisadas, 97,3% IgG positivo, 2,7% IgG negativo e 100% IgM negativo, PCR em sangue total: Total analisados = 24,9% (137 amostras), 31,4% positivo para presença do DNA viral de CMV e 68,6% negativo; 75,1% em andamento de análise e no Isolamento viral, foram utilizadas células de prepúcio humano em monocamada. Do total coletado, até o momento, foram inoculadas 149 amostras de saliva, onde 11,4% apresentaram efeito citopático e 88,6% não para presença do CMV no material inoculado. O restante das amostras coletadas estão em andamento; 2) Implantação do sistema de vigilância da Síndrome da Rubéola Congênita na cidade de Belém, cujo objetivo era implantar o sistema de vigilância da síndrome da rubéola congênita em quatro unidades sentinelas. Foram coletadas 727 amostras de sangue para análise de anticorpos contra rubéola, das quais foram avaliadas pelo método ELISA 85,3% (621), sendo 64% (467) positivas e 7,8% (56) negativas para IgG, faltando analisar 28,2% (204). Os mesmoa percentuais foram observados para os anticorpos IgM, ou seja 85,3% de IgG positivo, 7,8% IgG negativo e 28,2% faltando analisar. PROJETOS EM COLABORAÇÃO COM HEMOPA 1) Estudo da Infecção pelo Citomegalovírus em Doadores de Sangue HTLV Positivos. Objetivos - Verificar a ocorrência de co-infecção pelo CMV e HTLV em doadores de sangue do HEMOPA; Verificar a ocorrência de co-infecção pelo CMV e tipos de HTLV; Quantificação do DNA-CMV em indivíduos HTLV positivos e HTLV negativos; Relacionar a infecção com a faixa etária e gênero dos indivíduos estudados; e Verificar a probabilidade do indivíduo adquirir HTLV na ausência e presença do CMV. Resultados

- A co-infecção viral, CMV/HTLV, foi observada em 34 indivíduos, ou seja, 29% dos doadores analisados.

- De um total de 65 casos positivos para CMV, 31 eram negativos e 34 positivos para HTLV, enquanto que dos 50 indivíduos negativos para CMV, 41 eram positivos para

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HTLV e apenas 9, negativos para HTLV, ou seja, verificou-se que há uma maior susceptibilidade da infecção por HTLV em indivíduos negativos para CMV.

- Dos 53 casos positivos para CMV, 31 eram negativos para HTLV-I e 22 positivos, ou seja, nota-se também uma maior susceptibilidade da infecção por HTLV em indivíduos negativos para CMV.

- Os dados mostram que dos 65 casos positivos para CMV, 31 eram negativos e 12 eram positivos para HTLV-II, ou seja, o sucesso da infecção pelo HTLV-II independe se o indivíduo é positivo ou negativo para CMV.

- Em média, a carga viral para CMV em indivíduos co-infectados é menor (1,95) do que em indivíduos não co-infectados (2,37).

- A co-infecção CMV/HTLV não mostrou maior ou menor susceptibilidade por gênero. - A co-infecção viral CMV/HTLV-II mostrou-se maior entre os indivíduos mais jovens

do estudo, de 18 a 27 anos (36,5%). - A probabilidade de um indivíduo adquirir HTLV é maior, quando este não apresenta o

CMV, ou seja, na ausência de CMV, a probabilidade de adquirir o HTLV é de 82%, enquanto que na ausência, a probabilidade diminui para 52,31%.

2) Estudo da prevalência do vírus transmitido por transfusão sanguínea (TTV) em doadores de sangue e hemodialisados, em Belém, Pará, Brasil.

Objetivos: Determinar a prevalência do TTV, pela da técnica da PCR em tempo real, em amostras de doadores de sangue do Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (HEMOPA) e de pacientes dependentes de hemodiálises, que já realizaram transfusões sanguíneas, atendidas no Laboratório de Virologia, da Seção de Meio Ambiente, do Instituto Evandro Chagas, Belém, Pará; Estimar a freqüência do TTV em doadores de sangue, atendidos no HEMOPA; - Estimar a freqüência de ocorrência do TTV em pacientes que realizam hemodiálises e já fizeram transfusão sanguínea; Relacionar a freqüência de TTV com o gênero, entre os doadores de sangue atendidos no HEMOPA; Verificar a freqüência do TTV entre os doadores de sangue segundo as características: Usuários de drogas endovenosas (UDE), tatuados e que possuem diversos parceiros sexuais.

Resultados

- TTV é prevalente em uma população de doadores de sangue em Belém do Pará com 60% de freqüência. - TTV é prevalente em uma população de hemodialisados, residentes no estado do Pará, com 78% de freqüência. - Não houve diferenças estatisticamente significativas entre a freqüência do TTV e o gênero dos doadores de sangue, bem como entre doadores de sangue tatuados ou Usuários de drogas endovenosas (UDE), ou mesmo aqueles que possuem diferentes números de parceiros sexuais. O Laboratório executa outras atividades de forma rotineira: Atendimento de pacientes e preenchimento de fichas epidemiológicas; coleta de sangue, preparação das amostras para teste imunoenzimático ELISA para pesquisa de anticorpos IgG e IgM para os vírus sarampo, rubéola e citomegalovírus; isolamento viral; e diagnóstico molecular do citomegalovírus por PCR a partir de amostras clínicas. Diagnóstico de TORCH em recém-nascidos pré-maturos e a termo; diagnóstico da citomegalia transplantados e pré-transplante; em pacientes HIV soropositivos; diagnóstico da rubéola e CMVem gestantes. Apoio no diagnóstico sorológico e molecular da citomegalia em pacientes de UTIs dos hospitais da rede pública. Apoio no diagnóstico de doenças de notificação

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compulsória como sarampo e rubéola às Secretarias de Saúde pública do Estado e do Município; Apoio laboratorial ao Programa de controle da Síndrome da Rubéola Congênita e Erradicação do sarampo do Ministério da Saúde. 3.2.3.4. Laboratório de Cultura de Tecidos

O Laboratório de Cultura de Tecidos da SEMAM foi criado em 1992, com a finalidade de estabelecer um banco de cultura de células, envolvendo culturas primárias e linhagens permanentes. CULTURAS PRIMÁRIAS - Espécies de Primatas do Novo Mundo (pele) : Saimiri s. sciureus; Saimiri ustus; Callithrix emillie; Callithrix jacchus; Callicebus torquatus; Pithecia irrorata;

- Espécie de primata do Velho Mundo (pele e rim): Cercopitheccus aethiops (pele e rim) - Espécies de Morcegos (pele): Artibeus lituratus; Artibeus obscurus; Artibeus jamaicensis; Carolia perspicilatta; Phylostomus hastatus.

- Espécie de Cutia (pele): Dasypocrita agutii Órgãos: de coelho, o banco possui os órgãos cérebro, rim, córnea, epífise e linfonodo, além de córnea de boi. - Espécie Humana: Prepúcio e esclera Em 2004, o Laboratório de Cultura de Tecidos procedeu a manutenção do banco de células e participou das atividades de rotina de diagnóstico e pesquisa viral realizadas pela SEMAM, cujos resultados já foram mencionados no item relativo à Virologia. Além disso, foram ainda desenvolvidos estudos em colaboração com o Laboratório de Citogenética da UFPA, utilizando-se células de pele de morcego, cujos resultados estão em processamento e análise, como parte amostral de estudos de pós-graduação (mestrado e doutorado). LINHAGENS PERMANENTES HEP-2 (carcinoma de laringe humana); Vero (rim de Cercopitheccus aethiops); Y1 (tumor de adrenal de camundongo); RD; B95-A (linfócito de marmosa); SF-9(células do inseto Spodoptera frugiperda) e HT29.

3.2.4. Laboratórios da Seção de Patologia 3.2.4.1. Laboratório de Anatomia Patológica

Sabe-se que as doenças nos humanos e animais podem ser estudadas por meio de líquidos retirados dos organismos ou por meio de amostras de tecidos para exame anátomo-patológico.

O Laboratório de Anatomia Patológica do IEC, processou 2.377 espécimes humanas e de animais, que foram submetidas simultaneamente, na dependência de cada caso as seguintes técnicas, Hematoxilina-Eosina, Histoquímica e Imuno-histoquímica e após isto, as preparações foram analisadas ao microscópio óptico para realizar conclusões diagnóstica. Para as atividades de pesquisa foram realizados 665 cortes histológicos e submetidos à análise anátomo-patológica pertinentes aos seguintes projetos: 1) “Estudo anátomo-patológico descritivo da infecção experimental murina pelas cepas PC (Pará) e LILA (Maranhão) Schistossoma mansoni”. 2) “Infecção experimental do vírus Itacaíunas em

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camundongos recém-nascidos: histopatologia, detecção de apoptose e ultraestrutura”. PIBIC/IEC/CNPq; 3) “Eficácia do ML Flow como método de classificação de pacientes hansênicos dimorfos em paucibacilares e multibacilares”. Consultorias realizadas por este Laboratório: Belém – 3 casos - 2 de hepatites virais e 1 de pesquisa de bactéria em casos de doença granulomatosa exudativa, solicitadas pela Dra. Vanda Arnoud; Belém – Contribuição quanto a nossa experiência na elaboração e no protocolo de processamento de tecido - Solicitada pelo Departamento de Histologia na pessoa da Sra. Zaire; Brasília – 5 casos de doenças hemorrágicas solicitadas pelo Dr. Segura e Dr. Mário Moraes; Venezuela – Como proceder com anti-soros liofilizados Instituto Anátomo-Patológicos Central de Caracas – na pessoa do Dr. Alípio Faraco 3.2.5. Laboratórios da Seção de Parasitologia 3.2.5.1. Laboratório de Toxoplasmose

O laboratório de toxoplasmose realiza avaliações clínicas, epidemiológicas e laboratoriais em pacientes atendidos no ambulatório e que são incluídos nos chamados grupos de risco: Grávidas com resultado de exames inconclusivos de outros laboratórios, neonatos de mães infectadas na gravidez, pacientes imunodeprimidos (HIV/AIDS, transplantados, linfomas, doenças auto-imunes, etc), candidatos a transplantes (doador e receptor) de órgãos, pacientes com ureítes e/ou coriorretinites, pacientes com quadros de linfoadenopatias. O laboratório também presta apoio aos outros serviços e/ou projetos do IEC, e a pacientes provenientes do interior do Pará e de outros estados.

No decorrer do ano foram executados no laboratório 2438 testes sorológicos, sendo divididos de acordo com o grupo e a técnica utilizada, da seguinte forma: 2.155 IFI (testes realizados) e 283 ELISA (testes realizados) nos grupos grávidas, neonatos <2 anos, candidatos a transplantes, ocular, HIV, Linfoadenopatias, outros imunodeprimidos).

Visando a investigação de surto epidêmico de toxoplasmose, com o apoio da empresa JARI Celulose S/A, foram analisados clínica e sorologicamente 186 pacientes (sintomáticos e assintomáticos). Ao final desse trabalho verificou-se que o surto foi realmente causado pela toxoplasmose, sendo então elaborados o relatório e a nota técnica sobre o surto ocorrido. Tem como perspectivas para 2005: a) Obtenção própria de antígeno para imunofluorescência indireta pela inoculação de cepas do parasito em camundongos; b) Melhoria nos procedimentos de triagem, racionalizando assim, a utilização dos kits de ELISA; c) Publicação de resultados obtidos em congressos e periódicos científicos; e d) Identificar fontes potenciais de contaminação de toxoplasmose.

3.2.5.2. Laboratório de Ensaios Clínicos em Malária

Atende pessoas febris com suspeição diagnóstica de malária. O atendimento além de assistencial, tem o caráter de pesquisa clínica conforme linhas de pesquisa desenvolvidas no ambulatório, com ênfase em estudos de terapêutica de malária e malária autóctone (Área Metropolitana de Belém). O atendimento é preferencialmente direcionado a grupos de risco, tais como gestantes, idosos e crianças, além de casos de malária por P falciparum (malária leve e moderada), referenciados pela rede básica de saúde. Auxilia as Secretarias Municipal e Estadual de Saúde nas orientações técnicas em assuntos de Diagnóstico e Terapêutica de malária na região. Linhas de pesquisa: Ensaios Clínicos Farmacológicos de novas drogas e/ou Esquemas Antimaláricos; Imunidade em Malária; Malária em Gestantes; Malária na Infância; Métodos Diagnósticos em Malária; Sensibilidade e Resistência às Drogas.

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3.2.5.3. Laboratório de Doenças de Chagas

O Laboratório de Doença de Chagas – Lab-Chagas, fundado em março de 1977, apresenta como principais Linhas de Pesquisa: 1. Identificação e caracterização de populações de triatomíneos silvestres candidatos a vetor da doença de Chagas na Amazônia Brasileira e suas relações com reservatórios mamíferos; 2- Implantação e operacionalização de um Sistema de Vigilância Epidemiológica da doença de Chagas na região; 3- Estudo da variabilidade genotípica de amostras de tripanossomas e de populações de triatomíneos; 4. Atuação como advindos de Unidades da Fundação Nacional de Saúde. 2. Preparação e fornecimento de material e mão de obra qualificada que possa atuar como agentes multiplicadores de conhecimento na VE de doença de Chagas na região. Atendimento e tratamento dos casos de doença de Chagas regionais.

A perspectiva deste Laboratório para 2005 é a consolidação e conclusão dos projetos de tese de doutoramento dos pesquisadores do Lab-Chagas.

3.2.5.4. Laboratório de Entomologia de Malárias

O Laboratório de Entomologia de Malária foi criado para identificar os principais vetores de malária da região Amazônica. Desde sua criação, este laboratório vem desempenhando atividades entomológicas em diferentes regiões do Estado do Pará, em outras áreas da região Amazônica e também no Suriname. Além da captura e identificação dos mosquitos adultos, também são realizados estudos das formas imaturas, da paridade e infectividade das fêmeas. Além da rotina laboratorial, a equipe colabora na orientação de estudantes na realização de projetos de pesquisa (pós-graduações) e no treinamento de profissionais nas diversas técnicas entomológicas. Foram realizados estudos na cidade de Macapá, Estado do Amapá , e nos municípios de Novo Repartimento, Peixe – Boi, Ananindeua, Belém e Santarém, no Estado do Pará.. No ano de 2004, foram coletados 2740 mosquitos anofelinos nas áreas de estudo. Na cidade de Macapá, 780 anofelinos adultos foram coletados sendo 179 (23%) An darlingi, 594 (76,15%) An albitarsis e 07 (0,9%) de outras espécies de anofelinos. Em Ananindeua foram capturados 579 exemplares dos quais 192 (33,2%) foram An aquasalis, 27 (4,7%) de An darlingi, 33 (5,7%) de An nuneztovari e 327 (56,5) de outras espécies de anofelinos. Na grande Belém, foram coletados 829 anofelinos, dos quais 358 (43,2%) foram An darlingi, 77 (9,2%) An aquasalis, 13 (1,6%) An nuneztovari e 381 (46,0%) de outras espécies de anofelinos. Em Santarém, foram coletados 551 (99,8%) An darlingi e apenas 01 (0,2%) An albitarsis. 3.2.5.5. Laboratório de Amebíase

O Laboratório de Amebíase do Serviço de Parasitologia do IEC foi criado em 1999 com o objetivo de investigar a epidemiologia da amebíase invasiva (intestinal e extraintestinal) no estado do Pará. A implantação de métodos diagnósticos mais sensíveis e específicos como o imunoenssaio (ELISA) para detecção de antígenos e anticorpos, a reação de imunofluorescência indireta (RIFI), a cultura/bioquímica e a biologia molecular tem subsidiado estudos sobre a frequência da amebíase invasiva, em especial nas áreas Metropolitana de Belém e Ananindeua e tem permitido a caracterização bioquímica e molecular de isolados patogênicos e não patogênicos. O Laboratório de Amebíase tem auxiliado no esclarecimento diagnóstico de doenças diarréicas na infância junto ao Programa de Rotavírus do Serviço de Virologia do IEC/SVS e hospitais da rede pública e particular.

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O laboratório mantém intercâmbio com a Universidade Federal de Minas Gerais desde 2000, considerado laboratório de referência para estudo da amebíase no Brasil, e mais recentemente está desenvolvendo pesquisa em parceria com a UFMG e com o Bernhard Nocht Institute for Tropical Medicine da Alemanha. Além do estudo da amebíase invasiva, o laboratório implantou técnicas para imunodiagnóstico da giardíase e da cryptosporidiose. A equipe do Laboratório de Amebíase tem auxiliado na formação de estudantes de iniciação científica e de pós-graduação. Em 2004 realizou as seguintes atividades:

Foram investigadas 334 amostras fecais quanto a presença de protozoários e helmintos a partir do emprego de métodos parasitológicos de fezes (direto, sedimentação espontânea e Faust e cols.) e imunodiagnóstico. Foi encontrada infecção por E. histolytica/E.dispar em 84 (25,15%) amostras, sendo o patógeno mais prevalente. Além da presença deste protozoário outros parasitos patogênicos foram encontrados: Blastocistis hominis 18,56%, Trichuris trichiura 8,38%, Ancilostomídeos 7,78%, Ascaris lumbricoides 7,18%, G. lamblia 4,80%, Strongyloides stercoralis 1,80%, e Enterobius vermiculares 0,90%. Cento e sete (30,04%) indivíduos apresentaram infecções com mais de um protozoário/helminto, enquanto em 126 (37,72%) não foi encontrado nenhum parasitismo. No teste de ELISA para pesquisa de antígenos de E. histolytica a positividade encontrada foi 28,44%. Quatorze culturas de E. histolytica/E. dispar foram testados por meio da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) das quais 9 apresentaram infecções mistas E. histolytica/E. dispar, 3 apenas E. dispar e 2 apenas E. histolytica. Tem parceria com as seguintes instituições: Hospital Universitário João de Barros Barreto; Hospital de Clínica do Estado do Pará; Núcleo de Medicina Tropical/UFPA, UEPA. 3.2.5.6. Laboratório de Imunologia

Em 2004, o Laboratório de Imunologia deu continuidade às atividades de um grande projeto para o controle da leishmaniose visceral no município de Salvaterra. Neste período foram coletados e testados para o diagnóstico da doença 3600 soros humano de indivíduos moradores do local, maiores de dois anos de idade. Os resultados dos testes serão usados para a pesquisa e também disponibilizados às Secretarias de Saúde do Estado e do Município para que sejam tratados os doentes e acompanhados aqueles suspeitos de LV. Essas atividades demandaram grande esforço operacional pelo deslocamento contínuo da equipe ao campo. A padronização da PCR para o diagnóstico da LV foi realizada na Inglaterra, University of Leeds, de 12/11 a 17/12 pela Coordenadora do Laboratório.

Para apoiar um grupo de pesquisadores na Bahia, liderado pelo Dr Edson Duarte Moreira Júnior, a equipe do Laboratório de Imunologia produziu e disponibilizou 600mL de antígeno de Montenegro e outros 600mL de solução controle para a realização de 1200 testes intradérmicos no projeto de coordenação do Dr Moreira Júnior.

O efeito anti-Leishmania e imunomodulador dos extratos de plantas usadas na Amazônia foi também investigado e um estudo descritivo sobre a prevalência de dirofilariose canina em uma comunidade do município de Salvaterra início em 2004.

Dois projetos foram submetidos ao FUNTEC/SECTAM. Em um desses o IEC foi instituição proponente (Antígenos recombinantes e sondas moleculares para o diagnóstico da leishmaniose visceral no Estado do Pará) e, no outro, parceira (Antígenos recombinantes e sondas moleculares para o diagnóstico da leishmaniose visceral no Estado do Pará), sendo do Laboratório de Imunologia a responsabilidade pela Coordenação e Vice-Coordenação dos projetos, respectivamente. As propostas são subprojetos de pesquisas em curso.

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PLANTAS MEDICINAIS - RESULTADOS: 1. Campsiandra laurifolia

- Extratos de diferentes partes da planta (folhas, sementes de casca do caule) apresentaram baixa atividade anti-Leishmania.

- Foi descrita uma importante atividade imunomoduladora para os extratos aquosos da semente e é possível que esse efeito seja potencializado por reações fotoquímicas.

- A análise fitoquímica revelou que os extratos aquosos da semente continham flavonóides, triterpenos, taninos hidrolisáveis e saponinas, mas reações fotoquímicas levaram ao desaparecimento das substâncias mais polares.

CONCLUSÃO: É necessário fracionar os extratos de C. laurifolia, sobretudo do aquoso da semente, para a busca de um ou mais princípios ativos, que poderão, futuramente, ser utilizados como fitofármacos (possivelmente anti-inflamatórios), dado o seu efeito imunomodulador.

2. Portulaca pilosa RESULTADOS: - O extrato hidroalcóolico de Portulaca pilosa apresentou um moderado efeito anti-promastigota para espécie L. (L.) amazonensis na concentração de 1 mg/mL , todavia revelou altos índices de citotoxicidade para células de baço de BALB/c na concentração de 0,01 mg/mL.

CONCLUSÃO: Os resultados são ainda preliminares e é necessária a finalização da pesquisa para a obtenção de resultados conclusivos.

DIROFILARIOSE CANINA - RESULTADOS: - Foi alta a freqüência de dirofilariose canina na amostra estudada (26/34 = 76,47%) das localidades Pingo D’agua e Vila União, especialmente em cães com idade superior a dois anos (100% infectados), indicando tratar-se de área endêmica com possível alta prevalência.

CONCLUSÃO: A continuidade do estudo é necessária para a determinação da prevalência de dirofilariose canina em Pingo D’água e Vila União.

LEISHMANIOSE VISCERAL - RESULTADOS: - O total de 3313 amostras de sangue humano coletadas nas 18 comunidades participantes da pesquisa no município de Salvaterra - Censo realizado (4920 pessoas nas 18 comunidades) - 30% de positividade para sorologia entre as amostras coletadas (ELISA) - 44% de positividade para o teste de Montenegro entre os indivíduos que autorizaram coleta de sangue. CONCLUSÕES: A pesquisa está em andamento e ainda não tem resultados conclusivos. PRODUÇÃO DE INSUMOS Atendimento ao Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz, FIOCRUZ – BA: Produção de antígeno de Montenegro para a realização de 1200 testes intradérmicos para o projeto intitulado:

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"Ensaio Comunitário Randomizado de Intervenções Aplicadas ao Controle/Prevenção da leishmaniose Visceral: Comparação da Triagem e Eliminação de Cães Soropositivos, Uso de Inseticidas e Combinação de ambas as Medidas”. PARCERIAS: CESUPA – Parceria em projetos de pesquisa científica financiados pelo próprio CESUPA ou por outras agências; UFPA, MPEG, USP, Universidade de Warwick - Parceria em projetos de pesquisa científica financiados por agências Nacionais e internacionais. Produção de insumos em 2004: Atendimento ao Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz, FIOCRUZ – BA: Produção de antígeno de Montenegro para a realização de 1200 testes intradérmicos para o projeto intitulado: "Ensaio Comunitário Randomizado de Intervenções Aplicadas ao Controle/Prevenção da Leishmaniose Visceral: Comparação da Triagem e Eliminação de Cães Soropositivos, Uso de Inseticidas e a Combinação de Ambas as Medidas." Coordenador: Dr. Edson Duarte Moreira Jr. 3.2.5.7. Laboratório de Esquistossomose

O Laboratório de Esquistossomose, desenvolve trabalho de campo buscando entender a situação epidemiológica dessa enfermidade, no que diz respeito a fauna planorbídica infectada e não infectada e suas coleções hídricas. Estuda a situação de pacientes em relação a transmissão e possíveis locais de contaminação. No laboratório, desenvolve trabalhos experimentais sobre os hemócitos (células de defesa) dos caramujos, nos seus aspectos morfológicos, qualitativos e quantitativos. Realiza a manutenção de duas cepas locais, sendo uma silvestre e outra urbana in vivo, para desenvolvimento de trabalhos experimentais e com estudantes de graduação. Possui 03 projetos, sendo dois concluídos e um em andamento. Mantém trabalho colaborativo com a UFPa., através do Centro de Ciências Biológica, Departamento de Fisiologia/Laboratório de Biofísica celular, para implantação no Instituto Evandro Chagas da técnica Patch-Clamp. Esse trabalho, visa num primeiro momento, o estudo de biologia celular voltados para os hemócitos de caramujos, transmissores da esquistossomose. Entretanto, uma grande variedade de estudos poderão ser desenvolvidos com a utilização dessa técnica em outros laboratórios do IEC. 3.2.5.8. O Laboratório de Leishmaniose

Realiza o diagnóstico laboratorial de Leishmanioses humanas (tegumentar e visceral); o Isolamento e caracterização (identificação morfológica, biológica, bioquímica e por anticorpos monoclonais) de cepas de Leishmania isoladas de casos de humanos de leishmaniose tegumentar e visceral, procedentes do Estado do Pará e de outros Estados da região; o diagnóstico sorológico (imunofluorescência indireta) de leishmaniose visceral canina; o isolamento e caracterização (identificação morfológica, biológica, bioquímica e por anticorpos monoclonais) de cepas de Leishmania isoladas de cães portadores de leishmaniose tegumentar e visceral, procedentes do Estado do Pará e de outros Estados do país; a criação em laboratório de cepas de flebotomíneos (Lutzomyia longipalpis) com vistas a realização de experimentos em animais (xenodiagnóstico em cães) e para estudo da interação entre espécies de Leishmania e vetor; a produção de antígeno para realização de testes sorológicos (imunofluorescência idireta) e testes intradérmicos (intradermoreação de Montenegro), visando atendimento da demanda interna e externa (LACEN e Centro de Zoonoses de

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Santarém), assim como, para a realização de experimentos visando a criação de uma vacina contra leishmaniose visceral canina; o cultivo de cepas de Leishmania sp. visando a sua utilização em experimentos com animais de laboratório (primatas, cães, roedores e outros) e o tratamento de pacientes portadores de leishmanioses (tegumentar e visceral) com antimoniato de meglumina, pentamidina e anfotericina-B lipossomal. Possui 11 projetos de pesquisa em desenvolvimento, alguns em parceria com as seguintes instituições: Departamento de Patologia da UFPa, Departamento de Patologia da USP e a Gerência Técnica de Endemias da Secretaria Estadual de Saúde. Instituições que atende : LACEN’s (Pará); Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Santarém, Pará; CCZ de Belém, Pará; CCZ de Marabá; Secretaria Executiva de Saúde Pública do Estado do Pará (GTE); Secretaria de Saúde do Município de Barcarena (DSP) e Hospital Universitário João de Barros Barreto.

Resultados obtidos : 02 trabalhos publicados e 12 trabalhos apresentados em congressos. 3.2.6. Laboratórios da Seção de Virologia 3.2.6.1. Laboratório de Infecção Respiratório Aguda/Papilomavírus

Investigar a etiologia viral dos casos de infecção respiratória aguda (IRA) e o envolvimento dos papilomavírus em lesões genitais. Em 2004, foram analisados 847 amostras de secreções respiratórias de pacientes com IRA, oriundos de diferentes Estados brasileiros. A etiologia viral foi estabelecida (isolamento / detecção de vírus) em 13,3% (113/847) dos casos de IRA analisados, objetivando o esclarecimento diagnóstico. Este laboratório tem parceria com as seguintes instituições: Organização Pan Americana da Saúde (OPAS) e Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer (ILPC).

Realizou em 2004 a Implantação da Rede Nacional de Vigilância da Influenza e outros vírus respiratórios nas cidades de Boa Vista – RR e Fortaleza – CE e a Primeira detecção do vírus da influenza A/Fujian/411/2002 (H3N2) no continente sul americano.

A atual indisponibilidade de um profissional com experiência na caracterização molecular de vírus respiratórios compromete significativamente uma das mais relevantes ações na área da vigilância em saúde, em particular no contexto da Rede Nacional de Vigilância da Gripe, implantada com sucesso pela SVS, Ministério da Saúde.

Em 2005 a área de abrangência do IEC como Centro de Referência em Vírus Respiratórios será ampliada, conseqüentemente haverá um aumento substancial das atividades relacionadas ao isolamento e caracterização de vírus associados à IRA. 3.2.6.2. Laboratório de Caracterização Molecular de Rotavírus

O Laboratório de Caracterização Molecular de Rotavírus é responsável pelas seguintes linha de pesquisa: Caracterização molecular de rotavírus e Estudo da NSP4 de rotavírus em espécimes fecais de crianças em Belém, Pará. Possue parceria com os seguintes órgãos: Organização Pan Americana da Saúde (fornecimento de insumos para caracterização molecular de rotavírus) e Fundação Oswaldo Cruz, Departamento de Virologia Comparada. Foram examinados 300 espécimes fecais positivos para rotavírus por RT-PCR. A genotipagem foi possível em 87,3% (262/300) amostras para o tipo G e 76,6% (230/300) para o tipo P. A combinação binária foi possível em 190 amostras, sendo que a G1P[8] foi a mais prevalente, correspondendo a 77,3% (147/190), seguida da combinação G9P[8], sendo esta responsável por 21,5% (41/190) das infecções.

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Esperamos que em 2005 seja viabilizado o concurso público para que pessoas capacitadas possam atuar nas linhas de pesquisas envolvendo os rotavírus. 3.2.6.3. Laboratório de Vacina Rotavírus

O Instituto Evandro Chagas, como Centro Nacional de Referência para Rotavírus, do Ministério da Saúde, representa a única instituição no País a participar de estudos com vacinas contra rotavírus, avaliando eficácia, imunogenicidade e “segurança” das mesmas. Em 2004 levou-se a efeito estudo de “fase III” com a vacina “RIX4414”, da “GlaxoSmithKline”, Rixensart, Bélgica, envolvendo 3.218 crianças habitantes de Belém, Pará. O estudo prossegue em 2005, prevendo-se a sua conclusão para outubro do corrente ano. Principais realizações foram: Recrutamento e vacinação de 3.218 crianças de Belém com a “RIX4414”; Demonstração de que os rotavírus causam 46% das gastroenterites graves; Comprovação de que a vacina “RIX4414” não está associada a intussuscepção, nem causa eventos adversos graves. Este laboratório tem como finalidade: Oferecer evidências de que a vacina contra rotavírus é eficaz, imunogênica e segura, e, com isso, fundamentar futura decisão quanto ao seu uso rotineiro em território nacional. Neste projeto tem como parceiros a “Glaxo SmithKline”, fabricante da vacina contra rotavírus e a Organização Mundial de Saúde, financiamento parcial do estudo. Nos estudos de “fase II”, a análise concluída em 2004 revelou que a “RIX4414” é uma vacina segura, imunogênica e eficaz. A Perspectiva para 2005 é o estudo de “fase III” com a “RIX4414”, iniciado em 2004, evoluirá até outubro do corrente ano (2005), quando os dados finais da eficácia ao longo dos dois anos de vida serão disponibilizados. O IEC se constituiu em um dos poucos centros na América Latina a prosseguir o estudo ao longo do segundo ano de acompanhamento das crianças.

3.2.6.4. Laboratório de Enterovírus

Esse laboratório detém importantes ações no campo da pesquisa biomédica e do suporte às ações de vigilância em saúde. As principais atividades abrangem a vigilância dos casos de paralisia flácida aguda, com foco principal na região amazônica. Tais ações se caracterizam como vitais, tendo em vista sustentar-se a erradicação dos poliovírus selvagens. Este laboratório possui as seguintes linhas de pesquisa: 1:Detecção de enterovírus em casos de paralisia flácida aguda; 2:Estudo clínico epidemiológico e molecular das meningites assépticas causadas por enterovírus. Realizou comprovação pela primeira vez na região norte do Brasil, da associação dos Echovírus tipo 30 a casos de meningite asséptica ocorridos em Belém.. Instituições parceiras: 1:Organização Pan Americana da Saúde (fornecimento de

insumos para realização dos exames dos casos de paralisia flácida aguda); 2:Secretaria

Executiva de Estado da Saúde do Pará/ Unidade Básica de Saúde da Pedreira (obtenção das amostras de líquor para pesquisa de enterovírus. Foram examinadas 118 amostras de fezes de casos de paralisia flácida aguda tendo se obtido positividade (isolamento de enterovírus) em 14sendo 1 poliovírus tipo 1 (vacinal) e 13 “não pólio”. Não se detectou enterovírus nas 110 amostras de líquor. Para 2005 vislumbra-se a viabilização do concurso público para que haja possibilidade de contratação de pessoas capacitadas para atuação dentro das linhas de pesquisas envolvendo os enterovírus.

3.2.6.5. Laboratório de Genética de Microorganismos

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A análise da diversidade genética de rotavírus, eritrovírus e astrovírus, baseada na seqüência nucleotídica, ficou mais intensa a partir de 2004 com o projeto de implantação do serviço de análise de diversidade genética de microrganismos. Este laboratório estuda a Identificação de rotavírus genótipo incomum G2P6 infectando recém-nascidos em Belém; Identificação da ausência de diversidade genética de rotavírus infectando recém-nascidos sintomáticos e assintomáticos e a Identificação de cinco tipos de astrovírus infectando crianças em São Luis-Ma, visando caracterizar molecularmente microrganismos patogênicos para auxiliar na prevenção, diagnóstico, tratamento e desenvolvimento de vacinas. Tem parceria interna com o Laboratório de Biologia Molecular da Seção de Bacteriologia onde vem trabalhado no estudo da diversidade de vírus e bactérias de interesse clínico e na implantação de novas metodologias de análise de diversidade. Sua linha de pesquisa é a Genética de microrganismos.

3.2.6.6. Laboratório de Retrovírus

As atividades desenvolvidas nest laboratório incidem sobre os patógenos HIV-1 e HTLV. No primeiro caso (HIV-1), o laboratório reúne duas missões cruciais: Uma, de apoio ao Sistema Único de Saúde (SUS), procedendo à confirmação dos resultados positivos obtidos na rede oficial; outra, o fato de constituir-se em um dos (atuais) 12 pólos de genotipagem do HIV-1 em território nacional. Essa última atividade, diga-se de passagem, de importância crítica como subsídio ao tratamento com anti-retrovirais, de vez que enseja a detecção das mutações genéticas eventualmente ocorridas nas amostras virais obtidas dos pacientes sob acompanhamento. Cabe assinalar que as ações de genotipagem se implantaram no IEC em 2002, no contexto da Rede Nacional de Genotipagem do HIV-1, a RENAGENO. Além do HIV-1, destaquem-se os estudos com o HTLV, com ênfase naquelas situações em que tal agente se associa a síndromes neurológicas caracterizadas como paraparesia tropical espástica. Presentemente se introduzem os procedimentos da biologia molecular no campo do diagnóstico das infecções pelo HTLV. Este Laboratório tem as seguintes Linhas de Pesquisas sobre sua responsabilidade: 1) Diagnóstico sorológico do vírus HIV-1/2 e 2) Confirmação; Diagnóstico sorológico e confirmatório do vírus HTLV I/II nos casos de Mielopatias. Realizações : Foi encontrado pela primeira vez na Amazônia, Mielopatia associada ao HTLV-II. Tem como parceira a Coordenação Nacional de DST/AIDS-RENAGENO.

3.2.6.7. Laboratório de Eritrovírus

Os estudos relacionados ao parvovírus B19, iniciaram em 1988 com pesquisas de natureza clínico-epidemiológicas em indivíduos portadores de quadro exantemático em populações urbanas e isoladas da nossa região. Em 1994, implantamos metodologia diagnóstica para detecção de anticorpos recentes e tardios para o HHV-6 e HHV-7 e, no ano 2000, iniciamos as pesquisas relativas ao HHV-8, recentemente associado ao sarcoma de Kaposi. Atualmente estão em curso pesquisas para caracterização molecular destes agentes virais em espécimes clínicos de pacientes residentes em nossa região. As linhas de pesquisas desse laboratório são: Caracterização molecular do eritrovírus B19 e de suas variantes V9; e A6 na região Amazônica; 2: HHV-6 e HHV-7 nas complicações do S.NC; e 3: Caracterização molecular do HHV-8/ subtipos circulantes em nossa região. As Principais realizações foram: 1) Associação do HHV-7 a casos de doença exantemática em nossa região, particularmente, crianças acima de 3 anos e adultos jovens; 2) Taxa de soroprevalência elevada para o HHV-8 em indivíduos portadores do vírus HIV

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se comparada a verificada em uma parcela de indivíduos assintomáticos da população de Belém; 3) Detecção de anticorpos específicos da classe IgM para o parvovírus em pacientes com quadro de meningite asséptica. Tem parceria com : o Sistema Único de Saúde; 2) Secretaria Estadual e Municipal de Saúde; 3) Hospital João de Barros Barreto; 4) Hospitais particulares; 5) LACENS de toda região Amazônica; 6) Hemocentros de toda região Amazônica; 7) Hospital João de Barros Barreto (Linha de pesquisa); 8) Hemocentros da região Norte (Linha de pesquisa); 9) LACENS da região Norte (Linha de pesquisa) ; Universidade São Paulo/ Instituto de Ciências Biomédicas II (Linha de pesquisa); e a 10) Empresa Baxter, AG, Viena, Áustria. No estudo desenvolvido sobre o HHV-7 em indivíduos portadores de quadro exantemático foi encontrada uma freqüência de infecção recente de aproximadamente 11% (6/55). A prevalência em crianças na faixa etária acima dos 5 anos já era maior que 90%. A soroprevalência para o HHV-8 encontrada nos indivíduos imunodeprimidos, portadores do vírus HIV foi elevada 53,6% (201/375) quando comparada com um parcela de indivíduos assintomáticos da população urbana de Belém, 21,9% (82/375). Dados preliminares resultantes de um estudo envolvendo indivíduos com quadro de meningite asséptica, (complicações ao nível do S.NC), mostrou uma freqüência de 5,6% (8/143) relativa a casos de infecção recente examinados para o parvovírus B19, caracterizados pela presença de anticorpos específicos da classe IgM para o B19, bem como do DNA no L.C.R desses pacientes. 3.2.6.8. Laboratório de Epstein Barr

Há aproximadamente 3 anos que são conduzidos estudos visando à caracterização molecular do vírus de Epstein-Barr (EBV), particularmente por hibridização in situ e PCR. Nesse contexto cabe assinalar o importante intercâmbio em curso com o Instituto Malbrán, Buenos Aires, Argentina, voltado para a associação do EBV aos linfomas malignos humanos, aí se incluindo o linfoma de Hodgkin Resultados preliminares indicam que o EBV assume importância na gênese desses processos neoplásicos, daí a necessidade de ampliação das investigações em tela. As linhas de pesquisa são; 1) Detecção do vírus de Epstein Barr em pacientes suspeitos de Doença de Hodgki; 2) Epidemiologia molecular da infecção pelo vírus de Epstein Barr em um segmento da população de Belém, Pará.

Das 131 amostras de neoplasias linfoídes (biópsias) coletadas, 80 pertencem ao sexo masculino e 51 são do sexo feminino. Foram analisadas 112 amostras pelo procedimento de Hibridização in situ, com variação de idade de 3 a 98 anos (média de ±31 anos). Quanto ao diagnóstico histopatológico de doença de Hodgkin apresentou taxa de 48,2% (54/112).A freqüência total de positividade para o gene EBER 1 do EBV foi de 77,6% (87/112) nos espécimes analisados. Em 72,2% (39/54) dos espécimes analisados por HIS, os linfonodos cervicais prevaleceram como sítio primário de neoplasia com taxas de 71,8% (28/39) de infecção. A tabela 1, demonstra a positividade do EBV conforme os subtipos de DH. 3.2.6.9. Laboratório de Cultivo Celular

O laboratório onde se processa a cultura de tecidos foi estabelecido na década de 1960 e se mantém, até o presente, como um núcleo vital da Seção de Virologia. Nesse laboratório são mantidas várias linhages celulares, sob passagens contínuas ou congelamento, com vistas ao atendimento da intensa demanda representada pelo isolamento viral. As atividades que dependem diretamente das culturas celulares envolvem os seguintes agentes

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virais de importância em saúde pública: enterovírus, adenovírus, herpesvírus, rotavírus, astrovírus, caxumba, influenza, vírus respiratório sincial e outros patógenos epidemiologicamente relevantes. A linha de pesquisa deste laboratório é o Cultivo . Em 2004 sua principal realização foi manter a rotina do cultivo celular no Laboratório de Virologia, fornecendo apoio ao diagnóstico de viroses emergentes e reemergentes, tendo as seguintes finalidades: Manter linhagens celulares contínuas; Efetuar controle sistemático quanto à contaminação por micoplasmas e bactérias; Manter oferta de células compatível com a demanda laboratorial em termos de isolamento e identificação; Produzir estoques que viabilizem o cultivo celular em larga escala, visando aos estudos sorológicos e moleculares; e Exercer controle sobre a preparação e renovação dos meios nutrientes, soluções-tampão e demais ingredientes necessários ao crescimento celular 3.2.6.9. Laboratório de Novos Agentes de Gastroenterite Agudas Agentes virais como astrovírus, norovírus e adenovírus entéricos assumem importância crescente como enteropatógenos associados às gastroenterites agudas, tanto nas crianças como em adultos. Há vários anos que se investigam tais vírus pelos procedimentos considerados como clássicos (ex.: a microscopia eletrônica e o teste imunoenzimático), contudo, ora se sedimentam as técnicas moleculares nesse campo. Esses últimos procedimentos, diga-se de passagem, não apenas reservam importância em termos diagnósticos como também ensejam o monitoramento das amostras circulantes (ex.: no tocante aos astrovírus). A par disso, há apenas um ano se iniciaram os procedimentos de seqüenciamento genético desses vírus, o que amplia sobremaneira o conhecimento acerca da "epidemiologia molecular" nessa área. Linha de Pesquisa de novos agentes de gastroenterite aguda em Belém, Pará. Parcerias: 1) Fundação Oswaldo Cruz, Departamento de Virologia Comparada (troca de metodologia e de experiências); 2) Center for Disease Control and Prevention (CDC), Atlanta, Georgia, USA (aprendizado de novas técnicas e troca de experiências). As amostras testadas são provenientes de diversos estudos desenvolvidos no IEC envolvendo crianças menores de 5 anos com quadro de gastroenterite. Os percentuais de positividade encontrados nestes estudos para astrovírus variaram de 2,4% a 16,4%. O tipo 1 foi o predominante em todos os estudos, sendo que os demais tipos também foram detectados. Vale ressaltar que neste ano consegui-se padronizar a técnica de PCR para detecção dos norovírus. 3.2.7. Laboratórios da Seção de Arbovirologia e Febre Hemorrágicas 3.2.7.1. Laboratório de Biologia Molecular

Este Laboratório realiza identificação molecular de cepas virais isoladas; realiza exames específicos de biologia molecular e desenvolve técnica de RT-PCR para diagnóstico em saúde pública para arbovírus de interesse incluindo dengue, febre amarela, Oropouche, encefalites eqüinas, etc., realiza também treinamento em técnicas de biologia molecular para estagiários encaminhados à Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas. Realiza pesquisas básicas e aplicadas em biologia molecular de arbovírus. participa de treinamentos e promover treinamentos em sua área de atuação, realiza clonagem e outros procedimentos para o desenvolvimento de pesquisas básicas e aplicadas; Seqüencia amostras virais amplificadas e desenvolver correlação com seqüências desses vírus com os de outros cujas seqüências se encontram depositadas em bancos genômicos. Analisa filogeneticamente as cepas virais seqüenciadas.

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Durante o ano de 2004 foram capturados e identificados 64.199 insetos hematófagos que forneceram 2.186 lotes para tentativas de isolamento viral. Desse total, 7.321 (66 lotes) eram de espécimes da família Ceratopogonidae, correspondendo a 0000%; 8.550 (98 lotes) eram de espécimes da família Phlebotominae, sendo 6864 de fêmeas (72 lotes) e 1.686 (26 lotes) de machos; 1.223 (13 lotes) de espécimes da família Simulidae; e 47.105 (2009 lotes) de espécimes da família Culicidae. Apenas parte desses lotes de mosquitos foi utilizada para inoculação em decorrência da diminuição de camundongos disponíveis para inoculação provocada pela falta de ração para camundongos, material usado para as tentativas de isolamento viral. Decorrentes dessas capturas e das inoculações processadas foram isoladas nove cepas de arbovírus sendo quatro do vírus da febre amarela, três do vírus da encefalite eqüina leste, duas de vírus do grupo Bunyamwera que por testes complementares de neutralização se mostraram ser do vírus Tucunduba. Três pesquisadores desse laboratório realizaram treinamento fora do IEC. Uma esteve em Porto Rico no CDC para treinamentos sobre técnicas moleculares e sorológicas para vírus West Nile, encefalites eqüinas e St Louis. A segunda desenvolve estudos moleculares sobre o vírus dengue em colaboração com o Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da FIOCRUZ no Rio de Janeiro. E o terceiro, foi aos EUA na Universidade do Texas em Galveston, para completar estudos biomoleculares e de sequenciamento de Orthobunyavirus do grupo C isolados no mundo. Atende as Secretarias de Saúde dos Estados das Regiões Norte e do estado do Maranhão; Secretaria de Vigilância em Saúde – Recebimento de espécimes biológicos para exames; treinamento de pessoal dos LACEN’s desses estados em técnicas de captura e de identificação de insetos hematófagos. 3.2.7.2. Laboratório de Cultura de Células Este laboratório realiza prova biológica para tentativas de isolamento de vírus especialmente dengue mediante inoculação de espécimes suspeitos de humanos (sangue, soros, fragmentos de vísceras) e lotes de mosquitos em cultivos celulares de células C6/36. Eventualmente, realiza tentativas de isolamento viral em células VERO para espécimes suspeitos de febre amarela. Também realiza titulação e teste de neutralização com redução de placas (PRNT) para arbovírus. Durante o ano de 2004, foram inoculados em células C6/36 para tentativas de isolamento viral 1278 espécimes clínicos (sangue, soro e tecidos),dos quais 210 foram positivos com isolamento de sorotipos do vírus dengue. Do total isolado, 8 cepas foram de Dengue 1, 17 de Dengue 2 e 185 de Dengue 3. As amostras de Dengue 1 procederam dos estados do Amapá (3 cepas) e Pará (5 cepas). As amostras isoladas de Dengue 2 foram dos estados do Acre (uma cepa) e Pará (16 cepas). Os isolamentos de Dengue 3 foram dos estados do Acre (uma cepa), Amazonas (8 cepas), Amapá (4 cepas), Bahia (uma cepa), Pará (158), Roraima (9 cepas) e dois isolamentos foram de pacientes em trânsito no estado do Pará. Em relação ao Estado do Pará, a maioria dos isolamentos foi oriunda de Belém (138 cepas isoladas, sendo 4 de dengue1, 14 de Dengue 2, e 120 de Dengue 3). Também foram isoladas amostras dos seguintes municípios paraenses: Ananindeua (1 cepa de dengue 1; uma cepa de Dengue 2; e 10 cepas de Dengue 3); Santarém (10 cepas de Dengue 3); Marituba (uma cepa de Dengue 2; e 7 cepas de Dengue 3); Parauapebas (5 cepas de Dengue 3); Rurópolis (2 cepas de dengue 3). Os demais municípios com isolamento (uma cepa de Dengue 3 em cada) foram Bujaru, Curralinho, Marabá e Rio Maria. Durante o ano foram treinados vários estagiários, sendo um da Venezuela encaminhado pela OPAS (treinamento em cultivo celular de células VERO e C6/36) e em Teste de Neutralização com Redução de Placas (PRNT), bem como identificação de vírus

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isolados nessas células usando anticorpos policlonais e monoclonais. Um estagiário do Estado do Amazonas foi treinado em técnicas de cultivo de arbovírus em células VERO e C6/36. Atende as seguintes instituições:Secretarias de Saúde dos Estados das Regiões Norte e do estado do Maranhão; Secretaria de Vigilância em Saúde – Recebimento de espécimes biológicos para exames; treinamento de pessoal dos LACEN’s desses estados em técnicas de isolamento viral usando cultura de células C6/36. 3.2.7.3. Laboratório de Entomologia

Este Laboratório realiza identificação e captura de insetos hematófagos, vetores potenciais de arbovírus, além de agrupá-los para uso em tentativas de isolamento viral para o diagnóstico laboratorial de arboviroses; treina estagiários encaminhados pela Organização Mundial de Saúde, Organização Pan Americana de Saúde, Ministério da Saúde e Secretarias de Saúde; Desenvolver atividades de identificação, criação de larvas e mosquitos adultos em insetário da Seção de Arboviologia e Febres Hemorrágicas; participa de treinamentos e promove treinamentos e cursos de identificação de insetos hematófagos em especial da família Culicidae, além de estágios e cursos de reciclagem para técnicos de entomologia; desenvolve chaves dicotômicas para auxiliar na identificação de insetos hematófagos da família Culicidae, vetores potenciais de arbovírus; supervisiona e assessorar laboratórios entomológicos dentro de sua área de atuação. Cria insetos hematófagos para estudos experimentais; identifica artrópodes hematófagos e formação de lotes para inoculação visando tentativas de isolamento de vírus; treinamento de estagiários encaminhados ao laboratório. Durante o ano de 2004 foram capturados e identificados 64.199 insetos hematófagos que forneceram 2.186 lotes para tentativas de isolamento viral. Desse total, 7.321 (66 lotes) eram de espécimes da família Ceratopogonidae, correspondendo a 0000%; 8.550 (98 lotes) eram de espécimes da família Phlebotominae, sendo 6864 de fêmeas (72 lotes) e 1.686 (26 lotes) de machos; 1.223 (13 lotes) de espécimes da família Simulidae; e 47.105 (2009 lotes) de espécimes da família Culicidae. Apenas parte desses lotes de mosquitos foi utilizada para inoculação em decorrência da diminuição de camundongos disponíveis para inoculação provocada pela falta de ração para camundongos, material usado para as tentativas de isolamento viral. Decorrentes dessas capturas e das inoculações processadas foram isoladas nove cepas de arbovírus sendo quatro do vírus da febre amarela, três do vírus da encefalite eqüina leste, duas de vírus do grupo Bunyamwera que por testes complementares de neutralização se mostraram ser do vírus Tucunduba. Tem parceria com as seguintes instituições: Secretarias de Saúde dos Estados das Regiões Norte e do estado do Maranhão; Secretaria de Vigilância em Saúde – Recebimento de espécimes biológicos para exames; treinamento de pessoal dos LACEN’s desses estados em técnicas de captura e de identificação de insetos hematófagos. 3.2.7.3. Laboratório de Hantavírus

O Laboratório de Hantavírus estuda sorológicos para detecção de anticorpos IgG e IgM por ensaios imunoenzimáticos em soros humanos; Estudos sorológicos para detecção de anticorpos em soros de roedores para detecção de IgG por ensaios imunoenzimáticos; padronização da técnica de RT-PCR para hantavírus; realiza capturas de roedores e sangria desses animais para exames sorológicos. No ano 2004, foram testadas 322 amostras de 304 casos suspeitos de hantavirose, provenientes dos estados do Acre (1), Alagoas (3), Amapá (1), Amazonas (93), Ceará (6), Distrito Federal (1), Goiás (2), Maranhão (7), Mato Grosso (148), Pará (31), Rio Grande do Norte (7), Rondônia (3), Tocantins (1). Dentre os casos suspeitos, 295 foram

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negativos para IgG e 199 para IgM; 90 amostras não foram testadas para IgM, por serem oriundas de inquéritos sorológicos realizados nos Estados de Amazonas (33) e Mato Grosso (57). Obteve-se 21 amostras positivas para IgM, sendo notificados à Secretaria de Vigilância em Saúde 15 casos, procedentes do Amazonas (3), Distrito Federal (1), Pará (1), Mato Grosso (9). Os nove casos IgG positivas são provenientes de sete casos suspeitos encaminhadas pelos estados do Amazonas (3), Mato Grosso (4), Pará (1) e Rondônia (1).

Dentre as amostras de roedores, foram testadas 13, sendo 2 do Ceará e 11 de Itacoatiara (AM). Destas, somente quatro amostras foram IgG positivas, todas provenientes de Itacoatiara. Possui parceria com as Secretarias de Saúde dos Estados das Regiões Norte, Centro Oeste e do estado do Maranhão e Secretaria de Vigilância em Saúde. 3.2.7.. Laboratório de Raiva

O Laboratório de Raiva realiza o diagnóstico laboratorial da raiva utilizando as técnicas preconizadas pela Organização Mundial de Saúde; Informa os resultados com a maior brevidade possível aos serviços de vigilância epidemiológica; Supervisiona e assessora laboratórios dentro da sua área de abrangência; Oferece treinamentos, estágios e cursos de reciclagem para técnicos dos laboratórios de sua área de abrangência; Divulga informações acerca dos métodos de colheita, acondicionamento e envio de espécimes ao laboratório; Enviar relatórios com resultados das amostras submetidas ao diagnóstico, de acordo com a espécie e procedência aos programas de profilaxia e controle da raiva. Em 2004, foram recebidas para exame 3.418 amostras de casos suspeitos de raiva. Os espécimes examinados (24 humanos, 2.100 caninos, 91 felinos, 25 bovinos, 10 eqüinos, 874 quirópteros, 267 roedores silvestres e 27 pertencentes a outras espécies de animais), eram provenientes de tecido nervoso, com exceção de alguns casos humanos, dos quais recebeu-se, também, impressão de córnea, saliva e LCR. Os materiais procederam do Estado do Pará (1553), e dos estados do Acre (565), Amazonas (256), Amapá (38), Bahia (01), Maranhão (01), Minas Gerais (01), Rio de Janeiro (01), Rio Grande do Norte (03), Rondônia (731), Roraima (01), Rio Grande do Sul (159), Santa Catarina (108). Das 3.418 amostras examinadas, 46 tiveram o diagnóstico confirmado, sendo (10) humanos, (18) caninos, (3) felinos, (9) bovinos, (4) eqüinos, (2) quirópteros. Presta apoio as Secretarias de Saúde dos Estados das Regiões Norte e do estado do Maranhão; Secretaria de Vigilância em Saúde – Recebimento de espécimes biológicos para exames; treinamento de pessoal dos LACEN’s desses estados em técnicas de diagnóstico de raiva. Tem parceria com as Secretarias de Saúde dos Estados das Regiões Norte, Centro Oeste e do estado do Maranhão; Secretaria de Vigilância em Saúde. 3.2.7.4. Laboratório de Sorologia I (Isolamento e Colheita)

Realiza testes sorológicos clássicos (Inibição da Hemaglutinação – IH, Fixação do Complemento – FC e Teste de Neutralização – TN) para diagnóstico de casos suspeitos de arboviroses e também para caracterização de isolamentos virais obtidos pelo IEC. Preparo de antígenos e antissoros virais de isolados obtidos no IEC. Preparo de estoque de todos os vírus protótipos isolados no IEC, Investigação de surtos de doença febril, febril ictero-hemnorrágica e casos a esclarecer. Colheita de espécimes biológicos durante viagens de projetos de pesquisa. Espécimes biológicos dos animais capturados, são obtidos para exames laboratoriais de tentativas de isolamento viral e de sorologia (IH, FC e/ou TN).

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No ano de 2004 foram testadas por IH 3535 amostras sorológicas contra 19 tipos distintos de arbovírus totalizando 67.165 exames. Dentre as amostras testadas, 1227 soros (34,7%) apresentaram reação positiva para pelo menos um arbovírus testado. Os antígenos virais testados foram das famílias Togaviridae (EEE, WEE, MAY, MUC, UNA); Flavivirdae (Febre Amarela, DEN-1, DEN-2, DEN-3,DEN-4, ILH, SLE, ROC, CPC e BSQ); Bunyaviridae (ORO, CATU, CAR, GRO, TCM, ICO, TUR, e ITP). Ressalte-se que os antígenos dos vírus ICO, TUR, ITP, CPC, UNA e BSQ só foram testados com soros de animais silvestres (aves, roedores e marsupiais),enquanto os vírus DEN-1 a DEN-4 só foram usados em testes com soros humanos. Foram identificadas e caracterizadas ainda 5 cepas do vírus da Febre Amarela, 3 do vírus EEE (encefalite eqüina leste), 2 do vírus Oropouche (ORO), 2 do vírus Taiassui e uma do vírus EMC. Testes de fixação do complemento com 28 soros e de neutralização com diversos vírus e soros foram ainda realizados para complementação de diagnóstico sorológico ou para ajudar na caracterização de cepas virais isoladas. Atende as Secretarias de Saúde dos Estados das Regiões Norte, Nordeste, Centro Oeste e eventualmente também das regiões Sul e Sudeste. Secretaria de Vigilância em Saúde – Recebimento de espécimes biológicos para exames; treinamento de pessoal dos LACENs desses estados e eventualmente de pessoal de outros países enviados pela OPAS em técnicas sorológicas de diagnóstico de arbovírus. 3.4. Coleções Científicas Em cada Seção científica do IEC, ao longo dos anos, foram organizadas suas coleções científicas: A Seção de Hepatologia possui três coleções científicas: Soroteca com cerca de 300 mil amostras relativas a casos clínicos da doença e inquéritos sorológicos; Amostras de fígado (cerca de 30) de casos de hepatite fulminante acondicionados a -70ºC e Amostras de fígado (cerca de 400) de animais silvestres procedentes da Amazônia brasileira, decorrente de investigações de cunho epidemiológico.

A Seção de Bacteriologia/Hanseníase possui uma coleção científica: Soroteca composta de aproximadamente 5.000 soros. Na Bacterioteca 27.311 cepas de diferentes espécimes bacterianas isoladas, sendo: 18.731 humanas, 8.092 ambientais e 488 de açaí. A Seção de Meio Ambiente possui coleções biológicas (soroteca, bacterioteca, amostras de tecido capilar, amostras de músculo de peixes, amostras de solo e sedimento, além do banco de cultura de tecidos onde são mantidas a –170° C algumas linhagens contínuas e, principalmente, culturas primárias de espécies da região Amazônica, com a finalidade de uso laboratorial, especialmente para a identificação de tipos de vírus que acometem a região. A Seção de Patologia/Laboratório de Anatomia Patológica tem todos os tecidos processados, conservados em blocos de parafinas ou em corte levantados em lâminas e processadas para histologia, histoquímica, imuno-histoquímica e hidridização “in situ”, devidamente organizados e arquivados, constituindo-se assim o acervo deste laboratório. A Seção de Parasitologia-Laboratório de Malária possui uma soroteca com 3.103 alíquotas de soro humano (residentes em áreas da Amazônia brasileira) e 505 alíquotas de soros de macacos. O Laboratório de Amebíase possui cerca 2.500 soros e 450 amostras fecais

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de pacientes residentes em áreas com precárias condições de saneamento básico de Belém e interior do Estado. Possui também material genético de 22 isolados polixênicos de E. histolytica e E. dispar desta cidade e de 5 isolados de referência (já bem estabelecidos). O laboratório de Amebíase possui uma Coleção de plasmas em duplicatas e uma Coleção de células brancas (buffy coat). O Laboratório de esquistossomose mantém colônias de caramujos Biomphalaria glabrata, colonizados em um moluscário, cuja o manejo técnico e logístico usado para a criação, foi desenvolvido em nosso laboratório com bom resultado. Mantém, também, duas cepas (Uma silvestre e outra humana) do parasita Schistosoma mansoni, em camundongos. Mantém colônia de triatomíneos com 23 espécies de 4 gêneros com cerca de 12.000 insetos, além de crio banco com tripanossomatídeos com cerca de 8.000 amostras. O Laboratório de Leishmaniose possui coleção entomológica de flebotomíneos da região Amazônica; banco de amostras de diferentes espécies de Leishmania da Amazônia e do mundo e soroteca de amostras de soro de pacientes portadores de leishmanioses (tegumentar e visceral). A Seção de Virologia possui em seus laboratórios: Laboratório de Infecção Respiratória Aguda e Papilomavírus: 847 Amostras de secreções respiratórias, 185 Amostras de esfregaços genitais e 113 Amostras de vírus respiratórios; Laboratório de Caracterização Molecular de Rotavírus: 300 Amostras de fezes, 87,3% (262/300) de Amostras genotipadas para o tipo G, 76,6% (230/300) de Amostras genotipadas para o tipo P, 190 amostras de Combinação binária; 77,3% (147/190) de Combinação G1P[8], e 21,5% (41/190) de Combinação G9P[8]; Laboratório de Enterovírus: 118 Amostras de fezes, 110 Amostras de líquor e 14 Amostras positivas; Laboratório de Genética de Microrganismos: banco de seqüências nucleotídicas totais ou parciais de genes de rotavírus e astrovírus; Laboratório de Retrovírus: Amostras de soro (HIV): 546 Amostras positivas: 68; Amostras de plasma: 48 e Amostras positivas com mutação resistente 8; Laboratório de Epstein Barr: Soroteca: 200, Viroteca: amostras de linfomas - 132 (blocos em parafina); Laboratório de Cultivo Celular: Amostras de Cultivos celulares contínuos: HEP-2 (enterovirus e vírus respiratórios), MDCK, RD, L-20B; Laboratório de Novos Agentes de Gastroenterite Aguda: Amostras de fezes: 600 amostras testadas por ELISA para astrovírus, 250 amostras testadas por RT-PCR para astrovírus, 50 amostras genotipadas pelo Nested – PCR, 15 amostras seqüenciadas, Amostras fecais provenientes de Surtos: Testado 60 amostras pelo ELISA e RT-PCR; Laboratório de Eritrovírus: Soroteca com 500 espécies clínicos e viroteca com 100 detecções de DNA; Laboratório de Rotavírus: Soroteca: 300 amostras e Viroteca: 340 amostras de rotavírus das vigilância diarréicas. A Seção de Arbovirologia e Febre Hemorrágica possui sob sua guarda uma coleção de aproximadamente 11.000 cepas de arbovírus e outros vírus isolados de vertebrados, e uma coleção de aproximadamente 100.000 soros de humanos e animais silvestres; 1.000 cepas virais de isolamentos de dengue obtidos em cultura de células. 4. COMUNICAÇÃO 4.1. Informação e Documentação

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A Biblioteca do Instituto Evandro Chagas, está articulando junto a CAPES uma forma de estender a área de cobertura do Portal de periódicos tanto às seções científicas do Instituto como à própria SVS – que hoje dispõe apenas de uma parte do Portal - o OVID.

Paralela às outras ações foi implementado o Serviço de Informações em ciências biológicas e saúde pública que envolve parte da produção da SVS e está sendo gerenciado pelo IEC.

Em decorrência desse projeto o IEC já implantou a BVS-IEC que dispõe na rede o acervo do Instituto, assim como também vem contribuindo com composição do acervo a BVS-SP Regional – Biblioteca Virtual de Saúde que agrega a produção da América Latina e Caribe.

A concepção do subprojeto Portal de Fontes de Informações Eletrônicas, em caráter institucional, no Brasil, é inédita. Foi desenvolvido de forma a dispor em texto completo a produção dos pesquisadores e técnicos da SVS e Unidades Descentralizadas envolvendo também a parte de legislação e eventos. A importância da implantação do Portal está no fato de que, com o uso da ferramenta SciELO, colabora para o aumento da disseminação, visibilidade e acesso universal da produção da SVS, além de permitir que sejam estabelecidas conexões (hyperlinks) da coleção exibida com outras bases de dados, como LILACS (Literatura Latinoamerica e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde), MEDLINE (Medical Literature On-line), ISI Web of Science e Currículos Lattes e base de legislação em desenvolvimento no Ministério da Saúde.

Essa etapa só está sendo possível pela recente parceria estabelecida entre IEC e a BIREME que implica em o Instituto colaborar no ingresso de documentos eletrônicos na coleção SciELO Brasil e SciELO Saúde Pública indexando a produção dos fascículos de revistas da área de saúde pública presentes na coleção da BIREME.

Em contra-partida a BIREME avança no desenvolvimento da base de monografia para o IEC, que viabilizará a operacionalização das demais etapas do Portal fornecendo toda capacitação e suporte necessários para a implementação de uma unidade de produção de publicações eletrônicas da Biblioteca do IEC. Na Biblioteca são desenvolvidas as atividades de normalização e editoração de documentos no formato impresso e eletrônico das publicações : Memórias do Instituto Evandro Chagas; Revistas da área de saúde pública da coleção do SciELO / BIREME; Informe epidemiológico do SUS; Revista de Pneumologia Sanitária do CRHF.

Está previsto, para os próximos dois anos desenvolver ações que possam fortalecer os projetos já implantados e dar continuidade as parcerias estabelecidas com o Ministério da Saúde – Coordenação Geral de Documentação e Informação – CGDI, Secretaria de Vigilância em Saúde – SVS ao implementar o projeto do Ministério da Saúde “Controle Bibliográfico da Produção Institucional – Rede de Bibliotecas Federais do SUS” e da base de dados “Coleção Nacional de fontes de Informação do SUS – Coleciona SUS”. 4.2. Comunicação Social

A Assessoria de Comunicação é composta por 03 (três) Núcleos: de Imprensa, de Eventos, de Identidade Visual e de Educação em Saúde.

O Núcleo de Imprensa – NUIMP - desempenhou e produziu releases para sugestões de pauta, alimentação do site do Instituto com clippings científicos para comunidade interna, supervisão da propagação da comunicação interna com o intuito ao zelo da imagem positiva do Instituto, uma produção total de 150. Agendou e intermediou as entrevistas cedidas à demanda da mídia. Editou e distribuiu a 1ª edição do jornal Enfoque – Pesquisa e Saúde, Informativo do IEC aos Estados, Municípios e público interno, onde se

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destacaram, além das matérias de cunho científico, as das pessoas que, no dia a dia, fazem o Instituto.

O Núcleo de Eventos: Organizou os treinamentos nas áreas de Bioestatísticas e

Biossegurança com a participação ativa das Seções Científicas. Participou com stands em eventos externos com o objetivo de aprimorar o intercâmbio de ações no segmento da saúde. Participou na organização do III Simpósio Internacional de Arbovírus dos Trópicos e Febres Hemorrágicas, com a participação de renomados pesquisadores do Brasil e do exterior. Iniciou e participou de campanhas de coletas de comidas, roupas e brinquedos para os desabrigados e para o natal de crianças carentes, entre outras.

O Núcleo de Identidade Visual: Produziu pôsteres, cartazes, certificados, crachás,

placas de sinalização externa e interna, entre outras peças gráficas. Criou todas as peças visuais para o III SIMPOARBO.

O Núcleo de Educação em Saúde - NUES - realizou atendimentos às solicitações internas e externas de empréstimo de fitas institucionais e de distribuição de materiais didáticos e científicos como suporte na Educação em Saúde à comunidade externa. Faz-se necessário ressaltar, a viabilização de mais recursos para divulgação das ações do instituto, logísticos e humanos para que se possam desenvolver as atribuições específicas dos núcleos da ASCOM, assim como, capacitar os servidores lotados nesta Assessoria. 5 - GESTÃO 5.1. EXECUÇÃO DOS PROGRAMAS DE GOVERNO

5.1.1. Execução Física das Ações do PPA desenvolvidas pelo IEC

O Instituto Evandro Chagas – IEC tem como competência atuar nas ações de medicina tropical e meio ambiente. O grande desafio do IEC, hoje, é promover a Vigilância em Saúde. Com este objetivo foi elaborado o Plano Anual de Trabalho do IEC, levando-se em conta as prioridades do atual governo definidos no Plano Plurianual PPA/2004-2007, composto de 16 ações distintas, sendo 12 (seis) de caráter finalístico e 04 (quatro) voltadas para o campo da gestão institucional.

As atividades desenvolvidas pelo IEC são desempenhadas por uma força de trabalho de 617 profissionais.

Tabela 10 – Perfil da Força de Trabalho do IEC em 2004

Pessoal Campus Belém/Ananindeua Servidores 276 Comissionados e Requisitados 02 Bolsistas 20 Estagiários 42 Terceirizados 184 * Contratados FIDESA 40 Total 617

. * 44 da Segurança Patrimonial (Campi Belém 16 e Ananindeua 28); 66 da Conservação e Limpeza ( Campi Belém – 18 e Ananindeua 48); 14 da Manutenção de Rede Fria e Elétrica; 07 do Serviço de

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Informática (Campi Belém 4 e Ananindeua 3) e 53 de Pessoal Administrativo Terceirizado (Campi Belém 38 e Ananindeua 73). 5.2. Plano Anual de Trabalho

O Plano Anual de Trabalho construído de forma participativa, contou com a contribuição de todas as chefias do IEC e de representantes das seções técnicas e administrativas. O Plano é a base do processo de planejamento institucional e, dessa forma se faz imprescindível o apoio e o efetivo envolvimento de todos os servidores no enfrentamento dos desafios pactuados no próprio Plano, inclusive quanto à compreensão do papel de cada um dirigentes e servidores.

No Quadro em anexo, apresenta-se as Ações e Metas Institucionais do Instituto Evandro Chagas, relativas as áreas de: pesquisa, desenvolvimento tecnológico, formação de recursos humanos, prestação de serviços de atenção à saúde e disseminação de informações. Em relação ao orçamento aprovado foram executados 99% dos recursos liberados provenientes do Tesouro (Custeio e Capital). Os valores foram aplicados com o objetivo de atingir as metas previstas, observando sempre a legislação vigente, cujos montantes encontram-se na Prestação de Contas do exercício 2004.

Tabela 11 – Recursos Recebidos no ano de 2004 Fontes de Financiamento Aprovado Executado

Orçamento Institucional PPA - Tesouro 13.800.000,00 17.384.506,77 Descentralização Orçamentária 3.734.612,50 Total 17.534.612,50 17.384.506,77 Em 2004, o IEC aprovou 03 projetos totalizando R$-122.579,00 (Anexo 6). Esses dados mostram que os pesquisadores e técnicos do IEC conseguiram se ajustar nestes últimos anos para captar recursos em editais nacionais competitivos, o que demonstra um aumento gradativo da capacitação e do amadurecimento do corpo técnico da Instituição. 6. INTEGRAÇÃO E ARTICULAÇÃO INTRA E INTERINSTITUCIONAL 6.1. A Assessoria de Desenvolvimento Científico e Acadêmico – ADCA, criada em 2003, tem como finalidade dar apoio à Diretoria do Instituto Evandro Chagas, nas atividades voltadas para o desenvolvimento técnico-científico e nas articulações inter e intra institucionais como celebração de convênios, acompanhamento de estágios e treinamentos. Os estágios e treinamentos tem como objetivo capacitar profissionais e/ou estudantes de pós-graduação para execução de técnicas específicas necessárias ao desenvolvimento de suas funções e/ou projetos de pesquisa. A maioria dos profissionais são oriundos dos LACEN’s ou Secretarias Municipais ou Estaduais de Saúde.

Tabela 12 – Número de estagiários e treinamentos realizados por Seção à profissionais oriundos dos LACEN’s e/ou Secretárias Municipais ou Estaduais de Saúde da Região

Amazônica

SEÇÃO ESTÁGIOS TREINAMENTOS TOTAL SEARB 02 17 19

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SEBAC 08 07 15 SEBIO - 02 02 SEHEP 02 01 03 SEMAM 15 05 20 SANAP 03 05 08 SEPAR 21 07 28 SEVIR 02 02 04

TOTAL 99 6.2. Organização de Eventos 6.2.1. Seção de Arbovirologia A realização do III Simpósio Internacional de Arbovírus dos Trópicos e Febres Hemorrágicas, que foi organizado neste ano pelo Instituto Evandro Chagas em comemoração aos 50 anos da Seção de Arbovirologia, o evento foi realizado no Hotel Sagres, no período de 30.11 à 03.12.2004 e centrou as discussões em torno dos seguintes temas: Dengue, Exemplos de Doenças Virais Emergentes no Brasil, Pesquisa e Diagnóstico das Infecções Virais, Influenza, West Nile, Retroviroses, Epidemiologia das Hantaviroses nas Américas, Estudos Entomológicos e Ecológicos, Febre Amarela, Hepatites Virais, Vigilância Sindrômica, Vírus Transmitidos por Roedores na América Latina, Novas Vacinas para Doenças Virais e As Arboviroses no Mundo. O evento contou com 627 participantes de todo Brasil e de outros países, e foi constituído de 14 mesas redondas, 14 Palestras, 7 Conferências. O Simpósio além de permitir troca de experiências, ofereceu, ainda, uma série de eventos paralelos, homenageou 50 profissionais, entre eles, pesquisadores e Técnicos da Seção de Arbovirologia, ex-diretores, colaboradores estrangeiros, profissionais colaboradores e instituições com a Medalha dos 50 anos da Seção de Arbovirologia, exposições de painéis sobre estudos, e uma programação artístico-cultural. 6.2.2. Seção de Hepatologia Dr. Manoel do Carmo Pereira Soares: Seminário Cultural da Amazônia, preparatório ao Fórum Cultural Mundial, Belém-PA, de 09 a 14 de Março de 2004, na condição de membro da Comissão de Sistematização. Congresso Médico Amazônico, realizado no Centro de Convenções do Centur -Belém - Pará, de 21 a 24 de Março de 2004, na condição de Presidente da Comissão Científica. IX Seminário Interno do PIBIC/IEC - CNPq, Belém-PA, de 6 a 7 de julho de 2004, na condição de membro do Comitê Interno do PIBIC/IEC. Dra. Heloisa Marceliano Nunes: Oficina “Plano de Capacitação do Nível II do SUS”, realizada em Brasília-DF, no período de 17 e 18 de junho de 2004, compondo o Grupo Técnico de Apoio ao Programa Nacional de Prevenção e Controle das Hepatites Virais. 1º Curso de Capacitação em Hepatites Virais para Médicos da Média Complexidade do SUS, realização do Programa Nacional de Hepatites Virais, Departamento de Vigilância

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Epidemiológica da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Brasília-DF, realizado no período de 16 a 19 de novembro de 2004, compondo o Grupo Técnico de Apoio ao Programa Nacional de Prevenção e Controle das Hepatites Virais. 6.2.3. Seção de Parasitologia No período de 04 a 29 de Outubro de 2004 foi realizado no IEC/Ananindeua o curso de Entomologia Aplicada à Malária com a participação de toda equipe do Laboratório de Entomologia do IEC. 6.3. Treinamentos 6.3.1. Seção de Meio Ambiente: Realizou o “Curso de Capacitação em Análises de Metais Pesados em Água para Consumo, Solos e Sedimentos” para técnicos dos Laboratórios Centrais de Saúde Pública mobilizando toda a estrutura do laboratório de Toxicologia da Seção na organização e execução do treinamento. Este Curso foi planejado em conjunto com técnicos do Instituto Evandro Chagas, da Coordenação Geral de Vigilância em Saúde - CGVAM e da Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública - CGLAB. O Curso teve como objetivo capacitar técnicos dos Laboratórios Centrais das Secretarias Estaduais de Saúde a executarem os procedimentos de coleta, tratamento, análise de metais pesados e avaliação estatística dos resultados das análises de água visando atender o que estabelece a Portaria N° 518/2004 editada pela Fundação Nacional de Saúde do Ministério da Saúde relativa ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, assim como executar ensaios com amostras de solos e sedimentos para metais pesados com o instrumental analítico disponível na Seção de Meio Ambiente do IEC. O curso foi realizado no período de 13 a 22 de setembro de 2004 e teve uma carga horária de 80hs. Foi ministrado pelos técnicos lotados do IEC/SEMAM, através de aulas expositivas, recursos audio-visuais e aulas práticas no Laboratório de Toxicologia. Secretaria de Saúde de nove (09) estados brasileiros (Minas Gerais, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Goiás, Bahia, Pernambuco, Pará, Tocantins e Amazonas) enviaram técnicos para participar do Curso de Capacitação. O conteúdo programático envolveu inicialmente aulas teóricas sobre Noções gerais sobre contaminantes inorgânicos e procedimentos de amostragem. Em seguida, foram intercaladas aulas teóricas expositivas e práticas sobre os procedimentos analíticos executados por Espectrometria de Absorção Atômica com Chama, Forno de Grafite, Geração de Hidretos e Espectroscopia de Emissão Atômica com Plasma Induzido. 6.3.2. Serviço de Epidemiologia – SEVEP Implantação do Núcleo de Bioestatística: Curso de Nivelamento de Matemática no período de 8 a 12 de março de 2004; Curso de Bioestatística incluindo a parte teórica e parte de prática ( exercícios ministrados pelo prof. Dr. Manoel Ayres no período de 04.05 a 29.06.2004. As aulas práticas no uso de pacotes estatísticos foram ministradas por profissionais contratados, um especializado em software estatísticos e de caráter temporário e outra especializada em estatística a se integrar na equipe do SEVEP. A carga horária da teoria foi de 32h e a prática de 16h. Inscreveram-se 23 pesquisadores dos quais somente 15 concluíram. 6.3.3. Seção de Parasitologia/Laboratório de Imunologia

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Treinamento na Inglaterra: Padronização da PCR para o diagnóstico da leishmaniose visceral canina no Pará foi realizada na Inglaterra, University of Leeds, de 12/11 a 17/12, pela Dra. Lourdes Maria Garcez. 6.4. Curso de Laboratório O curso Técnico de Laboratório reveste-se de grande importância na formação de profissionais de nível médio para a área laboratorial do Sistema Único de Saúde no âmbito federal, estadual e municipal, suprindo desta forma, carências regionais desse profissional, e conseqüentemente, refletindo na melhoria do atendimento laboratorial. Nos últimos três anos foram recebidos no IEC cerca de 250 solicitações de vagas para participação no curso Técnico de Laboratório, anualmente patrocinado por esta instituição, que acumula uma experiência de mais de cinqüenta anos na formação desse profissional. Vale ressaltar, que a maioria das solicitações são oriundas das secretarias municipais de saúde do interior do estado e de outras entidades da área de saúde que prestam serviços à comunidade. Hoje, o IEC é uma das poucas instituições públicas, que continua investindo na formação de técnico de laboratório, e no período de 1990 a 2000 habilitou 213 técnicos. Em dezembro de 2004 encerrou-se mais um curso composto de seis módulos com 25 participantes, sendo: 03 servidores do IEC/SVS, 01 do CENP/SVS, 02 da SESPA e os 19 restantes das Secretarias Municipais de Saúde de: Ananindeua (01), Barcarena (01), Castanhal (01), Capanema (01), Colares (01), Igarapé-Açú (01), Itaituba (01), Igarapé-Miri (01), Marabá (02), Nova-Ipixuna (01), Primavera (01), Salvaterra (01), Santa Izabel (01), Santarém Novo (01), Santo Antonio de Tauá (02), Quatipuru (01), Belém (01). Visando adequar este curso de formação de técnico de laboratório à legislação vigente (LDB n° 9.394/96), Decreto nº 5.154/04, Parecer CNE/CBE n° 16/99 e Resolução CNE/CBE nº 4/99, foi providenciado junto ao Conselho Estadual de Educação a regularização do curso, culminando com a autorização de funcionamento pelo período de cinco anos e a validação dos estudos dos alunos concluintes dos anos de 2002 e 2003, conforme Resolução nº 352, de 05.11.2004. O Plano de Curso terá a carga horária total de 1.320 horas, sendo 1.200 horas de curso e 120 horas de estágio. 6.5. Convênios, Contratos e Parcerias A Assessoria de Desenvolvimento Científico e Acadêmico – ADCA em parceria com a Assessoria de Planejamento – ASPLAN, realizaram em 2004 a celebração de 05 (cinco) convênios de cooperação técnico-científica com as seguintes Instituições: 1) Universidade Federal do Pará – UFPA; Universidade do Estado do Pará – UEPA, Centro Universitário do Pará – CESUPA, Protocolo de Intenções (UFPA, UFRA, UEPA, CEFET, MPEG, EMBRAPA, CPRM e CEPLAC); Acordo Multilateral (FIOCRUZ, FUAM, INPA, IEC, UFPA, FMT-AM, FUA, IPEPATRO e UFAM) todos eles voltados para o ensino, desenvolvimento de pesquisas e estágios curriculares. Pretende em 2005 dar continuidade a celebração dos convênios e/ou Termo de Cooperação Técnico-científica que sejam de interesse do IEC e/ou da Secretaria de Vigilância em Saúde- SVS, principalmente no que se refere ao cumprimento das missões destas instituições. 7. PROBLEMAS E PERSPECTIVAS

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Apesar de todo empenho institucional em conduzir a gestão de forma eficiente, garantir o perfeito funcionamento da instituição, a qualidade do trabalho e promover o estímulo adequado ao bom desempenho dos funcionários, alguns problemas de várias ordens dificultaram o cumprimento, na sua totalidade, de algumas metas pactuadas para o ano de 2004, conforme consta no Acompanhamento do PAT-2004 (Anexo 5). Por outro lado, as metas das atividades finalísticas mais relevantes foram cumpridas em quase toda sua totalidade. As condições de remuneração dos servidores do IEC estão muito abaixo do mercado. Aqueles servidores que se encontram no último nível da carreira de C & T tem como perspectiva de ascensão funcional, apenas o concurso público, que infelizmente ainda não foi autorizado. Considerando que muitos desses servidores devem trabalhar por mais de cinco ou dez anos na Instituição, esse obstáculo representa um fator de desestímulo às pretensões de ascensão funcional, assim como de melhoria salarial. A falta de recursos humanos é uma dificuldade cada vez mais presente, tendo em vista que a maioria das tarefas necessita de mão-de-obra especializada e que o número de contratações para o quadro técnico tem sido muito pequeno. Não tem havido reposição de pessoal de níveis médio nas diversas áreas, tanto nas atividades laboratoriais quanto nas de campo. Há, ainda, necessidade de fortalecer e ampliar os Laboratórios Institucionais, tanto em relação ao quadro técnico quanto a sua estrutura física, tendo em vista os novos projetos que são incorporados ano a ano. Também deixaram de ser executadas algumas obras, como, a construção da Seção de Arbovirologia, Auditório, Biblioteca, Central de Recebimento, Seção de Hepatologia, Biotério e Insetário da Seção de Parasitologia. Há necessidade de um maior aporte de recursos financeiros para o custeio de publicações e revistas científicas e a produção de material de divulgação, assim como para o intercâmbio interinstitucional como a participação em congressos científicos, etc. A insuficiência de recursos durante o exercício também não permitiu a continuação das assinaturas de periódicos estrangeiros para compor o acervo da Biblioteca, prejudicando as coleções seriadas de algumas revistas científicas. O ano de 2004 foi bastante positivo para a pesquisa do IEC, que obteve 03 projetos financiados por órgãos de fomento, parcerias com empresas, etc (Anexo 6). O reconhecimento ao papel singular e determinante do IEC no panorama da saúde pública nacional ensejou o seu credenciamento formal, pelo Ministério da Saúde, em várias áreas, aí se destacando, arbovírus, rotavírus, papilomavírus etc. A pesquisa científica em escala local e regional apresentada neste relatório demonstra o potencial institucional e a sua importância estratégica como órgão confiável de referência na área de Vigilância em Saúde. 8. ANEXOS 8.1 . Organograma 8.2. Lista de Artigos Publicados 8.3 . Espécimes Recebidos na Central de Recebimento - CEREC 8.4 . Plano Anual de Trabalho 8.5 . Acompanhamento no Plano Anual de Trabalho/2004 8.6 . Lista de Projetos com Financiamento Externo