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Ministério da Educação UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO Câmpus Curitiba RELATÓRIO FINAL ESTÁGIO SUPERVISIONADO REGINA BOJAN Curitiba 2013 Relatório apresentado ao Programa Especial de Formação Pedagógica Turma 29 como exigência para aprovação do Estágio Curricular Supervisionado Licenciatura em Matemática. Orientador: Professor Dr. Oséias Santos de Oliveira

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Ministério da Educação

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO

Câmpus Curitiba

RELATÓRIO FINAL

ESTÁGIO SUPERVISIONADO

REGINA BOJAN

Curitiba 2013

Relatório apresentado ao Programa Especial de Formação Pedagógica Turma 29 como exigência para aprovação do Estágio Curricular Supervisionado – Licenciatura em Matemática. Orientador: Professor Dr. Oséias Santos de Oliveira

MAPEAMENTO DE CAMPO ESCOLAR

1. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

Nome da Instituição: Colégio Estadual Gottlieb Mueller – Ensino Fundamental e

Médio

Endereço: R Bom Jesus do Iguape, 3333, Boqueirão, Curitiba-PR

Mantenedora: Municipal ( ) Estadual (X) Particular ( ) Outros ( )

Horário de funcionamento: Manhã, Tarde e Noite.

Atende alunos de 6º a 9º ano do Ensino Fundamental, em três turnos, e

Ensino Médio no matutino e noturno, oferecendo a partir de 2013 a correção da

distorção idade série a alunos com defasagem de 2 ou mais anos através de

estudos independentes e a sua reclassificação ( PPA- Plano Personalizado de

Atendimento )e Sala de Recurso nos turnos matutino e vespertino. São oriundos

do bairro do Boqueirão e bairros vizinhos, entre eles: Hauer, Guabirotuba, Vila

Edy, Uberaba, Vila São Paulo, Alto Boqueirão, Sítio Cercado e Xaxim, como

também recebe alunos do centro e do município de São José dos Pinhais.

Número de alunos:

Manhã: Ensino Médio: 72 alunos e

Ensino Fundamental:156 alunos

Tarde: Ensino Fundamental: 238 alunos

Noite : Ensino Fundamental e Médio: 72 alunos

Sala de recurso: 13 alunos

Projeto Mais Educação : 121 alunos

Número de funcionários:

Diretores : 2

Equipe Pedagógico-Administrativa (EPA): 6

Professores: 54

Secretário: 1;

Assistente Administrativo: 5

Serviços gerais/Serviços de apoio:6

Outros profissionais

Organograma da instituição

O mapa de distribuição dos recursos humanos acima estabelece mais uma

visualização dos diversos setores que se inter-relacionam nas diversas ações

pedagógicas e administrativas com responsabilidades comuns e específicas de

cada função do que uma relação de poder e hierarquia, já que a escola propõe

uma gestão compartilhada, tendo o Conselho Escolar como órgão máximo de

direção. Coloca-se o aluno no centro do processo, pois é para ele que se

direcionam todas as ações dos demais segmentos da escola de forma dinâmica e

compartilhada. Quanto às atribuições, direitos e deveres de cada função ou

organismo que compõem o complexo escolar, os mesmos estão enlaçados

respectivamente no Regimento Escolar.

Fonte de recursos financeiros:

Autonomia financeira - como instituição pública os recursos financeiros públicos

devem dar à escola condições de funcionamento efetivo em todas as instâncias.

Fundo rotativo, verbas federais (PDDE) Associação de Pais, Mestres e

Funcionários da Escola (APMF).

Metodologia para contratação de pessoal

A contratação de pessoal se dá via Secretaria de Educação do Estado do Paraná,

visto que se trata de um Colégio Estadual. O quadro funcional é composto por

funcionários concursados e do regime de Processo Seletivo Simplificado (PSS).

Metodologia para manutenção do prédio

O colégio recebe verbas extras destinadas para a manutenção, que correspondem

a verbas até 15 mil reais pelo fundo rotativo e verbas estaduais que vêm do

orçamento do Estado.

Órgãos Colegiados:

Apesar de constar no PPP a vontade de reativação do Grêmio Estudantil “Novo

Tempo” por enquanto não foi dado nenhum encaminhamento para sua ativação.

Quanto à Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) são poucos os

pais interessados em participar para colaborar com ideias de melhorias e

mudanças na comunidade escolar. O colégio incluiu no PPP projetos propostos

pelos governos do Estado do Paraná e Federal seguem relacionados abaixo:

- PPE (Plano de Preparação de Emergências) Brigadas Escolares

- PPA ( Plano Personalizado de Atendimento )

- Mais Educação

- UCA / um computador por aluno.

2. CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR

Percebe-se na convivência do dia a dia escolar um alto índice de

indisciplina. Muitas vezes o professor não sabendo como agir diante de um

problema enfrentado em sala de aula, prefere (até mesmo para proteger a própria

turma) pôr o aluno para fora de sala. Ao invés do problema ser sanado, ele

desencadeia outros tipos de problemas como: revolta por parte do aluno,

frustração do professor por não ter conseguido contornar a situação, muitas vezes

ocorrendo por falta de preparo por parte do docente.

Outra questão também tem preocupado as famílias e educadores há algum

tempo, a instituição escolar não tem despertado motivação e o interesse do

educando; pois nosso aluno hoje tem acesso a várias informações por passarem

horas em frente ao computador em contato direto com estas. Durante muitos

anos, sempre foram os adultos que ensinavam as crianças a conhecerem tudo, e

hoje é muito comum ver os filhos ensinarem seus pais ou outros adultos, a lidarem

com as funções de uma TV, terminal bancário etc, hoje eles decidem, opinam,

mas, ao entrar para uma instituição escolar, devem conhecer os seus limites,

impostos pelas próprias regras de boa convivência.

Outro ponto relevante é a idade série onde os interesses são divergentes.

Essa divergência é uma das causas que gera a evasão escolar. O abandono

nestas séries, comprometer o ensino-aprendizagem mais ainda, pois muitos

ingressam na 5ª série com uma grande defasagem de pré-requisitos para a série.

Outro agravante é o fato que o discente fica dois ou três anos fora da

escola e quando por exigência do mercado de trabalho retorna a instituição e a

encontra da mesma forma de quando dela se evadiu. Ao defrontar com essa

realidade, fica claro o desinteresse, desestimulando e causando um novo

abandono, tornando assim um “circulo vicioso”. Neste vai e vem, alguns

adolescentes retornam a esta instituição devido às medidas sócio educativas,

onde já foi pego em pequenos furtos, mas, mesmo com a frequência vigiada o

educando não cumpre o determinado pelo órgão que o enviou.

Uma das causas deste fato segundo a mesma pesquisa é a constatação de que a

família não acompanha o processo ensino aprendizagem.

Situação sociocultural da comunidade escolar

A maioria de pais desta escola tem, entre 25 a 50 anos, seu nível de

escolaridade é ensino médio, sendo que a porcentagem maior de escolaridade é

em relação às mães. Outro dado significativo é que um terço dos alunos

entrevistados reside somente com as mães e o restante é dividido entre pais, tios,

avós, irmãos e outros.

Quanto ao dado sócio econômico, conforme pesquisa realizada percebe

que quase a metade dos entrevistados mora em casas alugadas ou cedidas e o

restante em casa própria em sua maioria o número de cômodos não ultrapassam

cinco, incluindo nestes, banheiro e área de serviços, etc. Residindo neste, um

número acima de 5 membros familiares, os quais, na maioria das vezes, apenas

dois destes trabalham ganhando em média de dois a cinco salários mínimos.

Os alunos do Colégio Estadual Gottlieb Mueller – Ensino Fundamental e

Médio apresentam uma diversidade de faixa etária que oscila entre 09 a 21 anos.

O que mais chama atenção é o fato de que alunos em idade de estarem

concluindo a 8ª série, em sua maioria estão retornando a escola. Os alunos são

oriundos de Curitiba, do bairro Boqueirão e proximidades, sendo que a maioria de

estudantes desta escola é do sexo feminino.

3. A CONSTRUÇÃO DO PROJETO POLÍTICO- PEDAGÓGICO DA ESCOLA

O Projeto Político Pedagógico deve compreender a própria organização do

trabalho pedagógico da escola, sendo esta um espaço social marcado pela

manifestação de práticas contraditórias que apontam para a luta e/ou acomodação

de todos os envolvidos na organização do trabalho pedagógico.

O Projeto Político- Pedagógico da Escola Estadual Gottlieb Mueller, deve ser

construído contemplando mudanças nas várias dimensões e finalidades da prática

escolar. Em relação às dimensões:

- O direcionamento pedagógico – encontrar alternativas para a solução de

problemas, mudar sempre que necessário até conseguir o objetivo;

- Concepções mais claras sobre o objetivo da escola, da disciplina e do próprio

educando;

- Construir atividades mais democráticas, respeitando ao próximo e as

diversidades culturais e de ideias;

- Organização do espaço e do trabalho escolar;

- Reuniões com ênfase no desenvolvimento do professor com estudo de temas e

soluções de problemas;

- Relacionamento ético- profissional.

- Filosófico-sociológicos – a educação como compromisso do poder público, tendo

em vista a formação do cidadão participativo.

- Epistemológico – o conhecimento é construído e transformado coletivamente. A

produção do conhecimento deve pautar-se na socialização e democratização do

saber.

- Didático-metodológicos – a sistematização do processo ensino – aprendizagem

precisa favorecer o aluno com a elaboração crítica dos conteúdos, métodos e

técnicas de ensino e pesquisa diversificados que valorizam as relações solidárias

e democráticas.

- Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para

adquirir e construir conhecimentos.

- Questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los,

utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade

de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando adequação.

- Compreender a cidadania como participação social e política, assim como o

exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando no dia-a-dia,

atitudes de solidariedade, cooperação, repúdio às injustiças, respeitando o outro e

exigindo para si o mesmo respeito.

- Posicionar de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações

sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões

coletivas.

- Conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais,

materiais e culturais como meio para construir progressivamente a noção de

identidade nacional e pessoal e o sentimento de pertinência ao país.

- Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sócio cultural brasileiro, bem

como os aspectos sócio culturais de outros povos ou nações, se posicionado

sobre qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social,

de crenças, de sexo, de etnia ou outras características individuais e sociais.

- Perceber integrante, independente e agente transformador do ambiente,

identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente

para a melhoria do meio ambiente.

- Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança

em suas capacidades afetivas, física, cognitiva, ética, estética, de inter-relação

pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na busca de

conhecimento e no exercício da cidadania.

Em relação às Finalidades:

- Finalidade cultural – preparar culturalmente os alunos para uma melhor

compreensão da sociedade em que vivem.

- Finalidade política e social – formar os alunos para a participação política que

implica nos direitos e deveres da cidadania.

- Finalidade humanística- procurar promover o desenvolvimento integral da

pessoa.

- Finalidade formação profissional- possibilitar aos alunos a compreensão do papel

do trabalho na sua formação profissional.

- Autonomia administrativa- possibilidade de gerir seus programas, planos e

projetos, adequar sua estrutura organizacional à realidade e ao momento histórico

vivido, o estilo de gestão, a possibilidade de indicar seus dirigentes por meio de

processo eleitoral, constituição dos conselhos escolares, formulação de planos de

ação.

- Autonomia jurídica- elaborar suas próprias normas, regulamentos e orientações

escolares, que, embora se subordinem a instâncias superiores, não se

transformem apenas em processo burocrático, mas viabilizem a dinâmica que o

cotidiano exige. Dentro da autonomia jurídica, o Regimento Escolar, em anexo,

procura contemplar, em sua amplitude pedagógica administrativa, um conjunto de

normas e regras que viabilizem a construção de uma escola adequada às

necessidades da sociedade atual e à legislação vigente, orientando sempre para

uma gestão escolar participativa.

- Autonomia financeira- como instituição pública os recursos financeiros públicos

devem dar à escola condições de funcionamento efetivo em todas as instâncias.

- Autonomia pedagógica- liberdade de ensino e pesquisa, ligada à identidade, à

função social, à clientela, à organização curricular, à avaliação e seus resultados,

enfim, à essência do projeto pedagógico da escola. Com sua relativa autonomia, a

escola faz parte do Sistema Estadual do Ensino, e as orientações para elaboração

de seu Regimento Escolar, da Proposta Curricular, a adoção de recursos

humanos, físicos, materiais e financeiros provêm da mantenedora e da legislação

vigente.

4. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM (ALUNOS) E AVALIAÇÃO

INSTITUCIONAL

O sistema de avaliação do colégio é trimestral para o ensino fundamental

(6º ao 9º ano) e Médio do Ensino Regular. A avaliação é diagnóstica e cumulativa

(somativa e processual). As avaliações de cada disciplina serão no mínimo duas e

mais a recuperação de todo o conteúdo de 100% da nota. Ao final de cada

trimestre a escola promove um sábado de revisão e recuperação de estudos.

A avaliação não pode ser realizada de forma ocasional, ela é um valioso

instrumento pedagógico que não deve ser desgastado em utilizações punitivas ou

apenas preencher um tempo ocioso da aula. A avaliação é um meio que permite

manter, alterar ou suspender, justificadamente um dado plano ou, numa

perspectiva pedagógica, definir o que se tem interesse de ensinar, aperfeiçoar a

qualidade de que é aceito e eliminar o que representa desperdício, ela deve ser

um espaço de reflexões e mudança das ações, sendo assim a escola se configura

como um espaço definido para o desenvolvimento do ensino, ou seja, como um

espaço organizado, planejado e instituído para promover a apreensão do

conhecimento sistematizado e universalizado.

Reflexão e avaliação da prática pedagógica se dá no conselho de classe,

constatando se houve apropriação dos conhecimentos, para isto, é necessário

uma participação coletiva, de todos os envolvidos no processo, (corpo docente e

discente). Esta participação partirá de uma prévia consulta e reflexão com os

alunos e professores, através de instrumentos que avaliam e analisam a

aprendizagem e os procedimentos pedagógicos.

Busca-se uma reflexão de um processo avaliativo que envolve avaliar a si

mesmo e ser avaliado também, no ir e vir característico do processo de ensino,

considerando que a reflexão do professor sobre o seu próprio trabalho é o melhor

instrumento de aprendizagem, sendo uma qualidade indispensável a um bom

professor.

A avaliação institucional é feita através das provas do SAEB e Prova Brasil. Os

professores são avaliados semestralmente nos quesitos de pontualidade e

assiduidade, segundo o diretor Hugo Renpel Junior. Abaixo segue o resultado do

IDEB. que

5. VISÃO DA ESCOLA APÓS OBSERVAÇÃO DE SUA ROTINA

A escola possui dentro da estrutura física (12 salas de aula, 02 banheiros,

Secretaria, Sala de direção, Sala Pedagógica, Sala dos professores, Biblioteca,

Salão Nobre, Refeitório, Cantina escolar, Pátio coberto, Quadra esportiva, Pátio

em área livre, Horta escolar, Sala para laboratório de informática, Laboratório de

Ciências, Sala de recursos pedagógicos, Sala de jogos) em bom estado, que

oportuniza aplicar diferentes metodologias e práticas escolares.

O que chamou atenção que a sala de Informática permanece sempre

aberta para quem precisar fazer uso da mesma. Observei vários professores de

disciplinas diferentes buscando conteúdos ou elaborando provas para seus

alunos.

O acesso à escola se dá pelo portão pequeno que dá direto à secretaria, o

qual é isolado das outras dependências escolares por grades de ferro. Uma

medida de segurança para alunos e demais funcionários.

Na sala dos professores dentro de um único ambiente, observei vários

espaços diferentes, um deles tem a finalidade de acomodar os professores de

hora atividade para planejarem suas aulas e trocarem experiências, outro espaço

para leitura de jornal, revistas e livros. E um terceiro espaço para tomar um café e

assistir televisão.

Observei no período noturno que nas salas de aula do primeiro prédio

estudam os alunos do 9º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. E no

segundo prédio estudam alunos do EJA. Notei pelo tamanho da escola um

número muito pequeno de alunos por sala de aula no período noturno. Foi

comentado que é comum durante o período letivo ocorrer à evasão escolar,

principalmente por questões sócio-econômicas. Os alunos vão se inserindo no

mercado de trabalho informal ou formal. E não conseguem vislumbrar um futuro

melhor pela educação. Outro ponto crucial observado que para poucos alunos que

frequentam a escola, ainda tem aqueles que não aparecem na sexta-feira.

6. FUNDAMENTOS TEÓRICOS APRENDIDOS NAS AULAS QUE ESTÃO

RELACIONADOS COM A ATIVIDADE DESENVOLVIDA NA INSTITUIÇÃO

Destaco que no período de observação do colégio tive a oportunidade de

ler seu Projeto Político Pedagógico. Relembrei a argumentação de Libâneo (2001,

p.125), quando destaca que o PPP “deve ser compreendido como instrumento e

processo de organização da escola”.

O Projeto Político-Pedagógico segundo Vasconcellos (1995 p.143), “é um

instrumento teórico- metodológico que visa ajudar a enfrentar os desafios do

cotidiano da escola, só que de uma forma refletida, consciente, sistematizada,

orgânica e, que é essencialmente participativa. É uma metodologia de trabalho

que possibilita ressignificar a ação de todos os agentes da instituição”.

Ainda, no entendimento de Veiga o (1998 p. 11 - 113), o Projeto Político-

Pedagógico não é um conjunto de planos e projetos de professores, nem somente

um documento que trata das diretrizes pedagógicas da instituição educativa, mas

um produto específico que reflete a realidade da escola situada em um contexto

mais amplo que a influencia e que pode ser por ela influenciado”.

O Projeto Político Pedagógico tem duas dimensões, como explicam André

(2001) e Veiga (1998): a política, e a pedagógica. Ele “é político no sentido de

compromisso com a formação do cidadão para um tipo de sociedade”, (André,

p.189) e é pedagógico porque possibilita a efetivação da intencionalidade da

escola, que é a formação do cidadão participativo, responsável, compromissado,

crítico e criativo”.

Cabe destacar que LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

(Lei 9394/94), em seu artigo 12, inciso I prevê que “os estabelecimentos de

ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, têm a

incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica”, deixando explícita

a ideia de que a escola não pode prescindir da reflexão sobre sua intencionalidade

educativa. Assim sendo, o projeto pedagógico passou a ser objeto prioritário de

estudo e de muita discussão.

Quanto às atividades de prática de docência, destaco a dificuldade dos

alunos em assimilar o conteúdo, o que exige do professor um preparo acadêmico

maior e uma interação significativa com os estudantes, de modo a favorecer a

aprendizagem. Para Vygotsky, o desenvolvimento pleno do ser humano depende

do aprendizado que realiza num determinado grupo cultural, a partir da interação

com outros indivíduos da sua espécie, nessa perspectiva a aprendizagem

pressupõe uma natureza social e um processo através do qual as crianças

penetram na vida intelectual daqueles que a cercam.

Para Piaget a aprendizagem no sentido amplo, é um processo de contínua

adaptação do indivíduo com o meio físico e social; no sentido restrito, são

aquisições de habilidades, fatores, atitudes em função da experiência adquirida ao

longo do tempo.

Conforme Libâneo (2001) a participação é fundamental por garantir a

gestão democrática da escola, pois é assim que todos os envolvidos no processo

educacional da instituição estarão presentes, tanto nas decisões e construções de

propostas (planos, programas, projetos, ações e eventos) como no processo de

implementação, acompanhamento e avaliação.

Conforme Veiga (1995, p 27) “o conhecimento escolar é dinâmico e não

uma mera simplificação do conhecimento científico que se adequaria à faixa etária

e aos interesses dos alunos”. “Dessa forma o conhecimento escolar é resultado de

fatos, conceitos, e generalizações, sendo portanto o objeto de trabalho do

educador.”

7. APRESENTAÇÃO DOS PLANOS DE AULA DESENVOLVIDOS DURANTE A

REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO, COM UMA REFLEXÃO CRÍTICA SOBRE O

TRABALHO REALIZADO.

Ser professor é ser um articulador e mediador do conhecimento. Primeiro

é preciso buscar informações sobre o conteúdo, planejar a aula sem perder o foco

dos objetivos que se pretende atingir. Explorar o universo presente na sala de

aula, partir do concreto para o abstrato, para que os alunos aos poucos possam

incorporar, assimilar e acomodar novos conceitos. Pois só desta forma estaremos

fazendo uma diferença na apropriação de novos conhecimentos. Vejo como uma

das formas para despertar o gosto e o interesse pela disciplina.

O professor precisa tornar as aulas atraentes, fazendo uso de novas

tecnologias, pois elas facilitam a exposição de um conteúdo e a aprendizagem.

8. REFERÊNCIAS

LIBÂNEO, J. C. Organização e gestão da escola: teoria e prática. Goiânia:

Alternativa, 2001.

PIAGET, J. Para onde vai a educação. Rio de Janeiro: J. Olímpio, 1973

VASCONCELLOS, C. S. Planejamento: plano de ensino-aprendizagem e projeto

educativo. São Paulo: Libertad, 1995.

VEIGA, I. P. A. (Org.). Projeto político pedagógico da escola: uma construção

possível. 23. ed. Campinas: Papirus, 2001.

9. ANEXOS DAS TAREFAS REALIZADAS (FOTOS, ATIVIDADES,

DOCUMENTOS, ETC.)

Fig. 01: Sequência de fotografias da prática de docência desenvolvida

ANEXO I PLANO DE AÇÃO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Nome do Aluno-Estagiário: REGINA BOJAN

Atividade Campo de Estágio

Objetivos Carga horária

- Observação da escola - Análise documental do

contexto

Escola Reconhecer o contexto da escola onde o estágio será desenvolvido

15 h

- Acompanhamento em sala de aula

- Observação de uma turma

Escola Reconhecer o contexto da sala de aula 15 h

- Acompanhamento e avaliação de docência

- Prática docente / regência

Escola Desenvolver prática docente na disciplina de matemática.

20 h

- Organização geral de

estágio - Seminários temáticos

de estágio

Universidade (UTFPR)

Participar de seminários de estágio como espaço para discussão de ações de

docência

25 h

- Elaboração de planos de aula

- Elaboração de instrumentos de

avaliação - Elaboração de relatório

final de estágio

Universidade (UTFPR)

Elaborar o Planejamento das aulas e o Relatório de Estágio Supervisionado

25 h

Professor-Orientador: Oséias Santos de Oliveira Data:12/09/2013