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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA Relatório Final Análise Experimental do Comportamento Belo Horizonte, Junho 2011 Bráulio Dias Fernanda Marchi Manuela Duarte Maria da Dores Mariane Carvalho Rosaura Silva Tatiana Ziller

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

Relatório Final

Análise Experimental do Comportamento

Belo Horizonte, Junho 2011

Bráulio Dias

Fernanda Marchi

Manuela Duarte

Maria da Dores

Mariane Carvalho

Rosaura Silva

Tatiana Ziller

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Bráulio dias, fernanda marchi, manuela duarte,maria da dores, mariana carvalho, rosaura silva, tatiana ziller

Relatório Final

Análise Experimental do Comportamento

Belo Horizonte, Junho 2011

Trabalho apresentado à disciplina de Análise Experimental do Comportamento, do 3° período do primeiro semestre da manhã, do curso de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerias, Unidade Coração Eucarístico.

Professor(a): Sandra Maria de Castro Bernardes

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Sumário

1. Introdução..................................................................................................................... 4

2. Método .................

3. Relatório das sessões experimentais ......

3.1. Observação do registro do nível operante dos comportamentos exploratórios e de asseio de um rato albino na caixa de condicionamento operante ..................

3.2. Treino ao bebedouro, modelagem e CRF ...............

3.3. Treino discriminativo de estímulo sonoro..............

3.4.Modelagem do comportamento de atravessar a argola (encadeamento de respostas) ..........................

3.5. Treino discriminativo do estímulo luminoso.............

3.6. Modelagem do terceiro comportamento ................

4. Conclusão ..............

5. Referências ..........

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1. Introdução

A Análise do Comportamento, assim como o Behaviorismo Radical, foi criada por Burrhus Frederic Skinner. Pode ser entendida como a explicação de um evento comportamental dada pela descrição das relações que este evento sustenta com outros eventos. Busca investigar eventos cumulativos de contingências ou interações sobre o desempenho atual do organismo, através de um recurso metodológico.

Existe, porém, uma diferença entre a Análise do Comportamento e o Behaviorismo Radical. O primeiro é considerado uma abordagem psicológica, onde o objeto de estudo é o homem e suas relações de interação com o ambiente ; e o segundo, é uma filosofia que serve de base para fundamentar a Análise do comportamento, podendo ser considerada uma ferramenta epistemológica da mesma.

O Behaviorismo não é a ciência do comportamento humano, mas, sim, a filosofia dessa ciência. Algumas das questões que ele propõe são: É possível tal ciência? Pode ela explicar cada aspecto do comportamento humano? Que métodos pode empregar? São suas leis tão válidas quanto as da física e da biologia? Proporcionará ela uma tecnologia e, em caso positivo, que papel desempenhará nos assuntos humanos? São particularmente importantes suas relações com as formas anteriores de tratamento do mesmo assunto. O comportamento humano é o traço mais familiar do mundo em que as pessoas vivem, e deve ter sido dito mais sobre ele do que sobre qualquer outra coisa. E, de tudo o que foi dito, o que vale a pena ser conservado? (Skinner, 1982, p.7)

A teoria de Skinner segue uma vertente Empirista, sendo necessário comprovar praticamente, através de experimentos em laboratórios, que o que ele diz é verdadeiro. Os experimentos realizados por ele, tem o intuito de comprovar que o comportamento é “controlado” pelo ambiente, no sentido de que o ambiente altera a probabilidade de ocorrência de um determinado comportamento. Esse conceito está relacionado ao comportamento operante, que é aquele que produz mudanças no ambiente e é por elas afetado.

O comportamento operante, quando inserido em um contexto (uma nova variável), passamos a falar sobre os comportamentos operantes discriminados, ou seja, aqueles que, se emitidos em um determinado contexto, produzirão conseqüências reforçadoras. Este diz referência, portanto, ao controle do comportamento por eventos antecedentes a ele. Já quanto aos estímulos conseqüentes cuja apresentação aumenta a probabilidade de um comportamento, damos o nome de reforço. Quanto, àqueles estímulos que são apresentados antes do comportamento e controlam sua ocorrência chamamos de estímulos discriminativos ou Sd’s (estímulos que sinalizam que uma dada resposta será reforçada). E por último, os estímulos que sinalizam que uma resposta não será reforçada, isto é, sinalizam a indisponibilidade do reforço ou sua extinção são chamados Sdelta.

Ao inserirmos este novo termo na contingência (R-C), passa-se, então, a conhecer a unidade básica de análise do comportamento: a contingência de três termos (SD-R-C).

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A maior parte dos comportamentos dos organismos só pode ser compreendida corretamente se fizermos referência ao contexto, à resposta do organismo e à conseqüência.

Analisar funcionalmente um comportamento significa, portanto, encaixá-lo em uma contingência de três termos: em outras palavras, verificar em que circunstâncias o comportamento ocorre e quais suas conseqüências mantenedoras.

O conceito de generalização de estímulos operante, também é utilizado nas circunstâncias em que uma resposta é emitida na presença de novos estímulos que partilham alguma propriedade física com o Sd, na presença do qual a resposta fora reforçada no passado. Em outras palavras, um organismo está generalizando quando emite uma mesma resposta na presença de estímulos que se parecem com um Sd. Um ponto relevante com relação à generalização é que ela é mais provável de ocorrer quanto mais parecido o novo estímulo for com o Sd.

A generalização é um processo muito importante porque permite que novas respostas sejam aprendidas de forma muito mais rápida, não sendo necessária a modelagem direta da mesma resposta para cada novo estímulo. Para sabermos o quanto de generalização está ocorrendo, verifica-se o gradiente de generalização, que mostra a freqüência de um comportamento emitido na presença de diferentes variações de um Sd. O teste de generalização deve ser feito todo em extinção, por isso, não pode envolver muitas apresentações de estímulos, senão a freqüência do ato de responder em quaisquer intensidades chegará à zero.

O efeito do reforçamento diferencial sobre o gradiente de generalização, produz um gradiente de generalização mais estreito, ou seja, diminui a generalização e aumenta a discriminação, por exemplo, se reforçássemos as respostas de pressão á barra do sujeito experimental na presença de luz de intensidade 100% e extinguíssemos essas respostas na presença das outras intensidades, com a repetição desse procedimento, observaríamos respostas exclusivamente na presença daquela intensidade de luz e não na presença das demais.

Já os efeitos do reforçamento adicional sobre o gradiente de generalização, consiste em reforçar a resposta nas demais variações de um Sd. No nosso experimento com o sujeito Zé Bob, seria reforçar as respostas de pressão à barra na presença de todas as intensidades de luz. Esse procedimento produziria um responder freqüente na presença de todas as intensidades, ou seja, uma grande generalização.

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2. Método

As aulas práticas ocorreram no Laboratório de Análise Comportamental, as sextas feiras, na cabine 1. O equipamento utilizado era a caixa de Skinner, que possui uma barra que aciona o bebedouro, luz de quatro intensidades diferentes e um ruído sonoro. Externamente, existe outa caixa, conectada à primeira, onde estão o cronômetro e os controles das funções: cronômetro, luz, som, choque elétrico, reforço manual e automático.

Com o desenvolvimento do semestre, foi acrescentada uma argola à caixa, para que o sujeito experimental evoluísse em seu comportamento. Ao longo de todo o semestre, o material utilizado foram folhas para o registro nas aulas práticas e o livro “Princícios Báscios da Análise do Comportamento” para as aulas teóricas.

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3. Relatório das Sessões Experimentais

3.1. Observação do registro do nível operante dos comportamentos exploratórios e de asseio de uma rato albino na caixa de condicionamento operante.

No início do semestre, em especial as primeiras aulas práticas que tivemos, era importante notarmos como o sujeito experimental se comportava, antes mesmo de iniciarmos qualquer tipo de intervenção (manipulação de variáveis). Por esse motivo, era necessário fazer o registro do nível operante.

O nível operante é a forma como o sujeito age sobre o ambiente, antes que ocorra qualquer tipo de alteração no último. Só podemos determinar qual será o efeito de uma mudança no ambiente sobre o comportamento de um sujeito, se já soubermos como ele atua em um ambiente livre de manipulações.

Ao observarmos o comportamento do nosso sujeito experimental, podemos obter os dados de como ele se comporta antes e depois da intervençao e comparar esse dados. É de se esperar, que nesse primeiro momento, os comportamentos de farejar, levantar-se e limpar-se tenham uma maior frequência que os de tocar e pressionar a barra. Isso porque os primeiro comportamentos já pertencem ao repertótio do sujeito.

Relatando a sessão experimental

Dia: 25/02/2011

Registro do nível operante

Hoje no laboratório, observamos as respostas do sujeito experimental “Zé bob” ao entrar na caixa de condicionamento operante.

Inicialmente preparamos o ambiente com luminosidade baixa e propiciamos manter o silencio para recebê-lo. O mesmo levou 40 segundos para entrar na caixa de condicionamento operante.

Ao entrar explorou o ambiente farejando. No período de 20 minutos tivemos a oportunidade de observar oscilações do seu comportamento.

Dentre as respostas esperadas variou com frenquência em farejar, levantar nas patas traseiras e limpar-se. Tocar a barra foi uma resposta pouca apresentada. Pressionar a barra não ocorreu (vide gráfico) passados os 20 minutos desligamos a luminosidade da caixa e retiramos o sujeito que demorou menos de 1 minuto para sair.

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Pressionar a barra

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Pressionar a Barra

FrequênciaGráfico das ações no nível operante- 25-02-2011

Comportamento

Relatando a sessão experimental

Dia: 04/03/2011

Inicio do processo de condicionamento de um rato albino da raça wistar na caixa de condicionamento operante:

A atividade de laboratório iniciou com treino do nosso sujeito experimental ao bebedouro. Ele entrou rapidamente na caixa de condicionamento operante, ao passar 60 segundos bebeu água. Em seguida ele alterou seu comportamento farejando todo o ambiente e levantando a cabeça após 5 minutos e 20 segundos, ao ouvir o ruído produzido pelo acionamento do bebedouro ele se aproximou e bebeu a água. Repetimos essa ação por seis vezes tendo uma resposta positiva do sujeito, que ao ouvir o ruído buscava água imediatamente.

Dada continuidade a pratica de laboratório, iniciamos a modelagem da resposta de pressão a barra. Nos primeiros 14 minutos o sujeito experimental não pressionou a barra. Nesse período, quando o animal emitia um comportamento bem próximo ao desejado, que era o de pressionar a barra, ele recebia uma gota de água. Aos 15 minutos ele pressionou a barra e aumentou esse comportamento, recebendo água todas as vezes que pressionava a barra, aos 22 minutos passamos a caixa do animal para o automático.

A partir desse momento estabeleceu um novo comportamento dentro da caixa operante, o sujeito experimental pressionou a barra 66 vezes nos 5 minutos seguintes. Ele aprendeu a produzir água naquele ambiente.

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Respostas acumu-ladas(RA) PB

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Modelagem de Pressão à Barra(PB) 04/03/2011

Tempo (min)

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Relatando a sessão experimental

Data: 01/04/2011 Hora do início: 7h50 Término: 8h40

Cabine: 01 Grupo: 01

Título do exercício realizado: Treino discriminativo

No primeiro minuto com a luz na intensidade três, o sujeito pressionou a barra seis vezes e foi reforçado. Logo no segundo minuto quando a luz foi apagada seu comportamento de pressionar a barra aumentou para oito vezes. Começou a farejar a caixa e levantou duas vezes. Observamos que logo quando a luz era apagada seu comportamento alterava pressionando com uma frequência maior a barra. Aos dezoito minutos observamos que ao ascender a luz ele imediatamente pressionava a barra. No minuto seguinte passou um tempo maior

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Gráfico das ações do sujeito experimental na caixa operante sem luminosidade em 01-04-2011

Pressionar a barra Tocar a barra Farejar LevantarTempo (min.)

Oco

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Relatando a sessão experimental

Data: 06/05/2011 Hora do início: 7h30 Término: 8h40

Cabine: 01 Grupo: 01

Título do exercício realizado: Treino discriminativo de passar na argola através de estímulo sonoro.

Hoje iniciamos o processo de modelagem colocando a música como estímulo discriminativo para o sujeito passar na argola e iniciar a cadeia de comportamentos, ascender a luz, pressionar a barra, e beber água. Logo no primeiro minuto ele passou várias vezes na argola. Ele recebia o reforço quando a música era ligada e ele passava na argola. Aos nove minutos precisamos tirar o papel debaixo da caixa, pois ele começou a mordê-lo. Precisamos ascender a luz e retomar o processo pois ele já estava

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algum tempo sem passar na argola. Aos vinte minutos seu comportamento de passar na argola na ausência da música passou a diminuir, oscilando nos minutos seguintes. Decidimos aumentar o tempo para dois minutos com o estímulo sonoro e um minuto sem, vindo o sujeito a responder melhor a esse estímulo.

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PASSAGEM PELO ARCO COM LUZ E MÚSICA

PASSAGEM PELO ARCO SEM LUZ E SEM MÚSICA

GRÁFICO DE PASSAGEM PELAO ARCO COM E SEM O ESTÍMULO DE MÚSICA 06/05/2011

Tempo (min)

Frequência

Treino discriminativo de passar no arco com música.

Data: 13/05/2011

Iniciamos o treino discriminativo primeiramente sem a luz acessa na cabine e sem música. No minuto dois até o minuto quatorze, já com a luz e a música intercaladamente.

Por percebermos que não estava havendo discriminação por parte do sujeito experimental, optamos por mudar o esquema de reforçamento da razão de 1:1, para 2:1. A partir do minuto quatorze passamos a manter a luz acessa e a música por dois minutos, registrando quantas vezes o sujeito passou pelo arco, e a manter a luz apagada e sem música por um minuto, também registrando o número de vezes que passou pelo

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arco. O tempo total do experimento foi de cinqüenta minutos. Vide gráfico.

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PASSAGEM PELO ARCO SEM LUZ E SEM MÚSICA

PASSAGEM PELO ARCO COM LUZ E COM MÚSICA

GRÁFICO DE PASSAGEM PELAO ARCO COM E SEM O ESTÍMULO DE MÚSICA Frequência

Tempo (min)

Relatando a sessão experimental

Data: 20/05/2011 Hora do início: 7h50 Término: 8h40

Cabine: 01 Grupo: 01

Título do exercício realizado: Treino discriminativo de passar na argola através de estímulo sonoro.

Iniciamos o treino discriminativo com a caixa de condicionamento operante sem a luz acesa e sem música. Optamos por usar o sistema de reforçamento 2:1, isto é, dois minutos com a música e a luz sendo acesa ao passar na argola, e um minuto sem receber luz e sem música. Mantivemos esse treino por um tempo de 61 minutos. Registramos todas as suas passagens pelo arco durante o estímulo discriminativo da música, associando a luz, como também na ausência do mesmo.

Percebe-se claramente que a frequência de passagem pelo arco com a música tem aumentado, e não só a frequência a rapidez com que ele passa. Quando está sem o estímulo da música ele vai até o arco, retorna e limpa-se.

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PASSAGEM PELO ARCO COM LUZ E COM MÚSICA

PASSAGEM PELO ARCO SEM LUZ E SEM MÚSICA

Frequência

GRÁFICO DE PASSAGEM PELO ARCO COM E SEM MÚSICA 20/05/2011

Tempo (min)

Relatando a sessão experimental

Data: 27/05/2011 Hora do início: 7h50 Término: 8h40Cabine: 01 Grupo: 01

Título do exercício realizado: Treino discriminativo de passar na argola através de estímulo sonoro.

Continuamos hoje o treino discriminativo do sujeito de passar na argola sendo a música o estimulo discriminativo. Observamos que ao ligar a música o sujeito passava mais rápido na argola, sem a música esse comportamento diminui, mas ainda continua. O grupo também observou que o sujeito emite um comportamento que pode ser considerado supersticioso, ao balançar a sua cabeça todas às vezes antes de pressionar a barra.

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Aos trinta minutos o sujeito não respondeu ao estímulo discriminativo da música pois estava evacuando. Precisamos também no início do treino parar um pouco, pois o sujeito estava mordendo o papel.

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PASSAGEM PELO ARCO COM LUZ E MÚSICA

PASSAGEM PELO ARCO SEM LUZ E SEM MÚSICA

TREINO DISCRIMINATIVO À PASSAGEM PELO ARCO COM E SEM MÚSICA EM 27-05/2011

Frequência

Tempo (min)

Relatando a sessão experimental

Dia: 01-06-2011

A proposta do trabalho era que o sujeito experimental toca-se um objeto em nosso caso um pingente, para que a musica tocasse, sendo essa um estimulo discriminativo para a passagem no arco. Todavia o rato estava inquieto, parecia irritado desde o momento que fomos pega-lo, ele estava mordendo a grade da gaiola ininterruptamente.

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No primeiro minuto iniciamos com a modelagem de passagem pelo arco ao som da musica. Entretanto, o sujeito manteve seu comportamento em nível operante, sem nenhuma resposta de passagem pelo arco. No minuto 2 mantivemos a luz apagada e também não houve resposta de passagem pelo arco. No terceiro minuto acendemos a luz e não houve manifestação de passagem pelo arco nem de pressão a barra, só aproximação ao pingente. Durante o sexto minuto o sujeito se manteve inquieto, sem resposta a musica e a luz, não pressionou a barra ate o minuto 7 quando passou pelo arco no sentido contrario.

Retomamos a etapa anterior (modelar o comportamento de passar pelo arco), porem o sujeito começou comer a fita adesiva que estava envolta ao pingente, sendo necessário a interrupção do trabalho. Retiramos o sujeito da caixa de Skinner, também tiramos o pingente da caixa.

Decidimos voltar o sujeito para a caixa de condicionamento e retomamos a modelagem de passagem pelo arco ao som da musica. Foram 15 minutos que transcorreram sem problemas.

O gráfico nos mostra que o sujeito aprendeu que passar pelo arco ao som da musica acende a luz, e que com isso poderá pressionar a barra que recebera água.

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PASSAGEM PELO ARCO COM LUZ E MÚSICA

PASSAGEM PELO ARCO SEM LUZ E SEM MÚSICA

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MODELAGEM À PASSAGEM PELO ARCO COM E SEM MÚSICA 01/06/2011

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3.2. Treino ao bebedouro, modelagem e CRF

A privação de água, que começa a ocorrer nessa nova etapa, tem a função de motivar o sujeito a emitir um determinado comportamento desejado. Como ele vai estar com sede, cada vez que emiti o comportamento desejado irá receber água, aumentando a frequência da emissão. Ocorrerá como consequência a modelagem, onde o sujeit será condicionado ao comporamento de pressionar a barra e também o CRF, no qual será reforçado o mesmo comportamento continuamente até a aprendizagem tenha sido consolidada.

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5. Referências

MOREIRA, Márcio Borges. MEDEIROS, Carlos Augusto de. Princípios Básicos de Análise do Comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2007. P .