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RELATÓRIO ESTATÍSTICO ANUAL 2015 - 2016 Rua Trípoli, 92 São Paulo, SP 11 3831-0044 [email protected] ww.anap.org.br ELABORADO POR www.anguti.com.br

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Page 1: RELATÓRIO ESTATÍSTICO ANUAL 2015 - anap.org.br³rio... · Aparas de papelão ondulado para produção de papel miolo. 6 Volume manuseado O ano de 2015 marcou uma forte busca pelas

RELATÓRIO ESTATÍSTICO ANUAL

2015 - 2016

Rua Trípoli, 92 São Paulo, SP 11 3831-0044

[email protected] ww.anap.org.br

S

ELABORADO POR

www.anguti.com.br

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Apresentação

Apresentamos, nas próximas páginas do nosso relatório anual 2015 – 2016, dados estatísticos do segmento aparista de papel no Brasil no último ano. Os aparistas são representados por estimadas 900 empresas que pertencem ao setor do comércio e são responsáveis pelo abastecimento das fábricas de papel recicladoras de todo o país.

Na verdade, é importante registrar que as aparas de papel são um produto resultantes da coleta, transporte, classificação dos diversos tipos de papel após o seu consumo primário.

Existem hoje, cera de 31 tipos de aparas que são objeto de uma classificação normatizada pela ABNT e estão registradas nas normas ABNT NBR 15483 – Aparas de papel e papelão ondulado – Classificação e ABNT NBR 15484 – Aparas de papel e papelão ondulado – Determinação do teor de umidade – Método de secagem em estufa.

Tipos de aparas definidos na norma ABNT NBR 15483.

Os trinta e um tipos definidos na norma podem ser agrupados em três grandes grupos que podemos nomear como aparas marrons, oriundas de papéis originalmente utilizados na produção de papéis de embalagens; aparas brancas, oriundas e papéis originalmente utilizados na produção de papéis destinados a impressão e; por último, as aparas de cartão, cuja origem são as caixas e cartuchos não ondulados produzidos para embalagens de remédios, pastas de dentes, etc.

Para os aparistas todas as aparas podem ser agrupadas em apenas dois grupos: aparas de papel e aparas de papelão.

Refile de papelão ondulado

Tubetes e barricas

Branco I

Papelão ondulado I

Cartão de fibra curta revestido

Branco II

Papelão ondulado II

Cartão de fibra longa revestido

Branco III

Papelão ondulado III

Cartão de fibra curta não revetido

Branco IV

Refile de papel kraft

Cartão de fibra longa não revestido

Branco V

Kraft I Jornal I Lista telefônica

Kraft II Jornal II Papel colorido

Kraft III Jornal III Mista I

Microondulado I Revista I Mista II

Microondulado II Revista II

Embalagens longa vida

Papel branco revestido

Elaboração: Anguti Estatística

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Neste trabalho os dados serão apresentados sempre que possíveis, nos três grandes grupos definidos por cores diferentes no quadro acima.

Adicionalmente, bastante relacionada ao nosso segmento, existe a norma ABNT NBR 15755 – Papel e cartão reciclados – Conteúdo de fibras recicladas – Especificação, que define o que pode ser considerado como papel reciclado.

O fato dos aparistas efetuarem uma transformação no papel velho, transformando-o em aparas de papel, torna possível nos identificarmos como um ramo da indústria encarregado de produzir matérias-primas para conversão nas fábricas de papel.

Fluxograma das aparas de papel.

Os dados apresentados no relatório foram coletados junto a uma amostra composta por 35 aparistas que foram responsáveis pela coleta e preparação de, aproximadamente, um milhão de toneladas de aparas de papel que representaram quase um terço de todo o consumo nacional no ano.

Agradecemos as empresas que forneceram seus dados e deixamos um convite às que não responderam nosso questionário que o façam nas próximas edições deste relatório o que garantirá ainda mais exatidão aos dados expressos nas próximas páginas, permitindo mostrar ainda com mais fidedignidade a importância da nossa atividade não apenas para a indústria de papel, mas, também para o país e, principalmente para o nosso meio ambiente.

Elaboração: Anguti Estatística

Aparistas

Gráficas, supermercados, bancos, lojas, shoppings, escritórios, etc.

Residências, escolas, ONG’s, cooperativas, catadores, etc.

Atividades comerciais Outras fontes

Depósitos de sucatas

Recepção Seleção Classificação Enfardamento

Estoque Logística

Fábricas de papel Descarte ambientalmente adequado de impurezas e

materiais proibitivos

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Desempenho 2015

Regime tributário

Com depósitos dos mais variados portes comercializando aparas, os três regimes tributários existentes em nosso país podem ser observados em nossas empresas, mas, em relação a 2014, podemos concluir que está ocorrendo uma migração para o regime do lucro real.

Distribuição dos aparistas por porte de empresa e regime tributário

Fonte: Anguti Estatística.

É importante lembrar que os impostos referentes a ICMS e Pis/Cofins, são diferidos o que acaba gerando uma situação que pode ser prejudicial às empresas optantes pelo simples. Isto porque estes impostos já estão incorporados na alíquota do imposto único pago pelas empresas dessa opção e não podem ser recuperados pela indústria papeleira que paga o imposto na venda do seu produto.

Assim, uma empresa com faturamento anual de R$3,6 milhões está enquadrada na última faixa de contribuição com uma alíquota total de 11,61% dos quais, PIS/Cofins 1,98% e ICMS 3,95%, ou seja, a empresa vai recolher ao fisco, 5,93% sobre o valor da venda do material sendo que este valor não poderá ser recuperado pela indústria que, pelo valor do seu faturamento, não tem condições legais de se enquadrar no simples.

No quadro a seguir, mostramos uma situação hipotética de um aparista enquadrado no simples vendendo diretamente para a indústria de papel o que é uma situação bastante comum. Observe que existe uma carga de impostos 2% maior do que se o fornecedor estivesse enquadrado no regime de lucro real ou presumido.

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Essa sobre carga também é válida quando comparamos com as matérias-primas virgens cujo uso acaba gerando uma tributação menor, desestimulando a reciclagem de papel.

Incidência de ICMS e PIS/Cofins na cadeia da reciclagem.

Aparista - LP ou LR Aparista (simples)

Venda a R$10.000,00 Venda a R$10.000,00

PIS/Cofins e ICMS = diferido PIS/Cofins e ICMS = R$593,00

Indústria - LR Indústria - LR

Venda a R$30.000,00 Venda a R$30.000,00

PIS/Cofins e ICMS = R$8.175,00 PIS/Cofins e ICMS = R$8.175,00

Imposto a maior na cadeia =

R$593,00 ou 2% do valor de venda

PIS/Cofins/ICMS na cadeia:

R$ 8.175,00

PIS/Cofins/ICMS na cadeia:

R$ 8.768,00

Aparas de papelão ondulado para produção de papel miolo

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Volume manuseado

O ano de 2015 marcou uma forte busca pelas aparas brancas em função da valorização do real que impulsionou os preços da celulose fibra curta branqueada que tem, aproximadamente, 70% de sua produção exportada e cujo consumo interno vinha sendo incrementado pela indústria de papéis de fins sanitários que, com o forte aumento de preços na matéria-prima virgem, voltou a demandar as aparas brancas e estas, por seu lado, não estavam disponíveis em função do fraco desempenho da indústria de papéis de imprimir que, em última instância, é o gerador das aparas brancas.

Evolução do consumo aparente de celulose e papel de imprimir e escrever.

Fonte: Ibá - ¹ Inclui papel imprensa.

No caso das aparas marrons, o cenário em 2015 foi, ainda, de excesso de oferta e, como consequência, o abastecimento se manteve normal com todas as papeleiras recebendo material sem sobressaltos.

No total retiramos das ruas, um volume total de 4,78 milhões de toneladas de papel que, de outra forma, teriam sido destinadas aos já saturados lixões e aterros sanitários.

Ilustrativamente, se considerarmos o volume diário, os aparistas brasileiros coletam e destinam para reciclagem, no Brasil, um pouco mais do que as 12 mil toneladas por dia de todo o lixo gerados nas residências da cidade de São Paulo.

Em relação ao realizado em 2014 o volume coletado em 2015 foi apenas 0,7% inferior, mas, ao observarmos o desempenho por porte das empresas verificamos uma grande diferença entre as consideradas grandes que conseguiram aumentar sua coleta em

2014 2015 Var. %

Produção 16.465 17.370 5,5%

Exportação 10.614 11.528 8,6%

Importação 416 407 -2,2%

Consumo

Aparente6.267 6.249 -0,3%

2014 2015 Var. %

Produção 2.721 2.590 -4,8%

Exportação 865 947 9,5%

Importação 870 548 -37,0%

Consumo

Aparente2.726 2.191 -19,6%

CeluloseDestino

DestinoPapel de imprimir e escrever¹

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33,5% e as de médio e pequeno porte que apresentaram reduções de 36,1% e 38,4% respectivamente, o que indica uma forte concentração do setor.

Volume de aparas de papel coletado.

Fonte: Anguti Estatística

Com esta concentração as grandes empresas que somam 12% das estimadas 900 empresas do setor, foram responsáveis, em 2015, por 69% de todo o material coletado. Enquanto isto, as médias e pequenas empresas que representam, 27% e 61% das empresas, foram responsáveis pela coleta de 20% e 11% de todas as aparas de papel em 2015, respectivamente.

Manuseio de material conforme o porte da empresa aparista.

É importante lembrar que a quantidade de material movimentada acaba sendo muito maior do que a entregue as fábricas, pois, temos que buscar esse material junto as fontes, em uma condição nem sempre favorável já que as aparas, costuma vir para os depósitos soltas ou, na melhor opção, em fardos de baixa compactação que tem que ser desmanchados.

2014 2015 Var. %

Grandes 2.476,8 3.306,5 33,50%

Médias 1.509,7 964,8 -36,09%

Pequenas 832,6 512,7 -38,42%

Total 4.819,1 4.784,0 -0,73%

Mil toneladasPorte das

empresas

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Existe também um grande comércio entre aparistas que vendem ou trocam material o que provoca um intenso fluxo entre depósitos.

Outro ponto a considerar é que os aparistas também manuseiam outros materiais, sendo o plástico presente em 91% dos depósitos em função da sua constante associação com o papel.

O ferro cuja reciclagem é tão tradicional quanto a do papel, aparece em 71,4% dos depósitos e, em menor proporção observamos metais não ferrosos, vidro e outros materiais como a madeira e eletrônicos por exemplo.

Presença de outros materiais recicláveis.

Fonte: Anguti Estatística

91,4%

71,4%

25,7%

8,6%17,1%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Plástico Ferro Não Ferrosos Vidro Outros

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Valor do material

O excesso de aparas de papéis para embalagens que derrubou seus preços em 2014 deixou de existir em 2015 permitindo um equilíbrio que perdurou por todo o ano, ainda que em valores que não remuneraram adequadamente o trabalho dos aparistas.

O preço estável em 2015, na verdade, significou um valor médio bem abaixo do recebido em 2014, impactando negativamente o faturamento do setor, que ainda sofreu com a queda no valor médio das aparas de cartolina e foi suavizado pelo aumento no valor médio das aparas brancas, principalmente a branca I que valorizou 14,8% no ano sob análise.

Preço médio recebido no ano para os principais tipos de aparas comercializadas.

Fonte: Anguti Estatística

Evolução de preços da apara tipo ondulado I

Fonte: Anguti Estatística

Var.

2014 2015 %

Ondulado I 492,35 383,39 -22,1%

Ondulado II 455,87 357,90 -21,5%

Branca I 1.147,35 1.317,11 14,8%

Branca IV 493,46 508,33 3,0%

Cartolina 502,27 381,55 -24,0%

R$ / t fob depósitoMaterial

R$ 100

R$ 150

R$ 200

R$ 250

R$ 300

R$ 350

R$ 400

R$ 450

R$ 500

R$ 550

R$ 600

Jan.

/11

Fev.

Mar

.

Ab

r.

Mai

.

Jun

.

Jul.

Ago

.

Set.

Ou

t.

Nov

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Dez

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Jan.

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Fev.

Mar

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Ab

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Mai

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Jun

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Jul.

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Ou

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Dez

Jan.

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abr.

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set.

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abr.

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/15

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mar

.

abr.

mai

o

jun.

jul.

ago.

set.

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Valor Recebido Valor Pago

2015

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Por outro lado, as aparas brancas sumiram do mercado em função do baixo desempenho da indústria de papéis de imprimir e escrever cujo consumo, como mostrado no quadro da página 7, caiu 19,6%. Essa baixa oferta foi ainda mais sentida quando registramos um súbito aumento na sua demanda pela indústria de papéis de fins sanitários que é o segmento maior consumidor dessa matéria-prima.

Essa maior procura pelas aparas brancas ocorreu em função da forte valorização do real que impactou diretamente os preços da celulose fibra curta branqueada que tem, aproximadamente 70% da sua produção exportada e que vinha sendo procurada pela indústria nacional em substituição à escassa matéria-prima reciclada. Na verdade, em 2015, a celulose apesentou reajustes em dólar, principalmente na China e em função da valorização do real, de quase 50% no ano.

O terceiro grupo de aparas, as constituídas pela recuperação do papel cartão, também sofreu reajuste, mas, neste caso, porque desapareceram do mercado misturadas com as valorizadas aparas brancas. De qualquer forma, o aumento no ano não compensou a queda no valor do preço médio conforme mostrado no quadro anterior.

Evolução de preços da apara Branca I.

Fonte: Anguti Estatística

O aumento nos preços das brancas em 2015, que chegou a 42% para a branca I, não foi suficiente para compensar os baixos preços das aparas de papelão ondulado e, como consequência, o faturamento do setor apresentou uma forte queda de 13,9%, embora o volume de material tenha ficado praticamente igual nos dois anos.

No caso das aparas de papelão ondulado que representaram 81,2% de todo o material comercializado em 2015, o valor médio das aparas registrou uma queda de 22% em relação ao preço médio de venda em 2014. Naturalmente a queda no faturamento foi menor para os depósitos que movimentaram aparas brancas em maior quantidade,

R$ 0

R$ 500

R$ 1.000

R$ 1.500

R$ 2.000

R$ 2.500

Jan/

11

Fev.

Mar

.

Ab

r.

Mai

.

Jun

.

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Ago

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Ou

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set.

out.

nov.

Dez

.

Valor Pago Valor Recebido

2015

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mas, é fácil avaliar as dificuldades que a queda na rentabilidade trouxe para os aparistas, ainda mais considerando que a inflação no ano foi superior a 10%.

Com quase todos os custos crescendo, como administrar uma queda de 14% no faturamento de um ano para o outro, manuseando a mesma quantidade de material?

Volume de material e receita obtida com a venda de aparas de papel

Fonte: Anguti Estatística

Ano

Volume

em

1000 t

Var.%

Valor em

R$

milhões

Var.%

2011 4.348 - 1.747,60 -

2012 4.473 2,9% 1.646,90 -5,8%

2013 4.780 6,9% 2.218,00 34,7%

2014 4.819 0,8% 2.307,05 4,0%

2015 4.784 -0,7% 1.985,24 -13,9%

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Mão de obra empregada

A perda no faturamento trouxe suas consequências e, como costuma acontecer, as primeiras vítimas foram os empregados.

A mão de obra empregada nos depósitos sofreu uma queda de 6,3%, mas, apresentou um comportamento diferente entre as grandes e médias empresas que registraram quedas acentuadas e as pequenas onde a quantidade de empregados subiu 12,5%.

Mão de obra empregada no setor

Fonte: Anguti Estatística

A distribuição da mão de obra pelas principais áreas tem se mantido constante apesar das restrições que estão sendo impostas aos aparistas, principalmente em grandes centros como São Paulo que, além da proibição de circulação conforme o número final da chapa, tem proibido a circulação de veículos de carga, durante o dia todo, independente da placa do veículo, em algumas áreas da cidade. Essas limitações exigem mais homens alocados na área de coleta pois, em alguns casos, a coleta passou a ser feita no período noturno

Mão de obra empregada no setor

2013 2014 2015

Grandes 15.450 16.170 13.255 -18,0%

Médias 10.200 9.840 8.640 -12,2%

Pequenas 12.650 13.200 14.850 12,5%

Total 38.300 39.210 36.745 -6,3%

Porte da

Empresa

Var.%

2015/2014

Número de empregados

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Logística

Como já dissemos em edições anteriores, o único modal de transporte utilizado no transporte de aparas no Brasil é o caminhão, o que se deve, basicamente, ao fato de ser um produto de localização pulverizada e que, normalmente, paga frete de retorno que é mais barato e é um dos fatores que viabiliza o transporte do material por todo o país.

Em 2015, o frete cobrado no transporte de aparas apresentou uma variação diferente dependendo da distância percorrida, mas, subiu acima da inflação quando a distância chega a 300 km, que, em nosso levantamento, é medido a partir de São Paulo.

Frete sobre aparas

Mesmo com os entraves que estão sendo colocados para a movimentação dos caminhões, a frota em mãos dos aparistas vem sendo reduzida desde 2013 quando fizemos o primeiro levantamento e encontramos quase 11 mil caminhões até 2015 quando a quantidade de veículos aproximou-se de 10 mil.

Considerando que, neste período, a quantidade de material movimentado está aumentando um pouco, podemos concluir que os aparistas estão procurando tornar mais eficiente o transporte de seu produto o que é vital para a sua sobrevivência.

Outro ponto positivo da redução na frota é que a idade média dos veículos também vem diminuindo, embora, neste caso, a modernização venha ocorrendo pela venda de veículos velhos ainda que sem reposição por veículos zero quilómetros. Assim é que a idade média da frota que em 2014 era de 9,2 anos, diminuiu para 8,1 anos ao final de 2015.

R$ por tonelada

Quilômetros

até 100 100 a 300 300 a 700

jan. 33,71 44,20 78,04

fev. 34,57 44,20 78,04

mar. 35,00 44,20 78,04

abr. 35,00 44,20 78,04

maio 36,67 47,20 81,33

jun. 37,39 47,20 81,33

jul. 37,39 47,20 81,33

ago. 37,39 48,60 81,33

set. 36,39 48,60 80,90

out. 36,39 48,60 78,91

nov. 37,57 53,60 80,03

dez. 37,86 53,60 80,03

Evol.% 12% 21% 3%

Obs.: Sem impostos e sem pedágio

Distâncias a partir de São Paulo

Fonte: Anguti Estatística

Mês

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Evolução da frota de caminhões.

Fonte: Anguti Estatística

Frota menor exige um transporte mais racional e, a quilometragem média percorrida pelos caminhões também diminuiu de 2014, quando as empresas informaram um percurso médio de 51,4 km, para 42,7 km que foi a distância média percorrida em 2015, uma redução significativa de 16,9% que também foi necessária em função da baixa rentabilidade que as aparas de papel apresentaram no ano.

De uma forma geral a redução na quilometragem percorrida vem sendo observada em todas as empresas, independente do porte. O problema é que a busca pelo material em um raio menor, provoca um acirramento na concorrência, principalmente nas regiões onde convivem vários depósitos como, por exemplo, a região metropolitana de São Paulo. Além disso, é possível que alguma quantidade de aparas esteja sendo abandonada em função dos crescentes custos para sua recuperação.

Evolução da distância média percorrida.

Fonte: Anguti Estatística

2013 2014 2015

Grandes 4.440 5.044 4.180 7,8 51,0

Médias 3.600 2.548 2.640 8,6 39,3

Pequenas 2.888 2.919 3.300 9,0 34,2

Total 10.928 10.511 10.120

Evolução % - -3,8% -3,7% 8,1 42,7

Idade

Média

anos

Distância

Média

km

PorteCaminhões

Média geral

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Já a idade média da frota que também impacta nos custos de coleta, aparentemente

vem se mantendo em torno de 8 anos, neste caso, o ganho maior está na utilização dos

novos caminhões que, obrigatoriamente, já adotam o padrão Euro 5, o que lhes garante

mais economia além de serem ambientalmente mais amigáveis o que é compensado

pela obrigatoriedade do uso do Diesel S10 que é cerca de 8,5% mais caro que o óleo

diesel normal.

Evolução da idade média da frota.

Fonte: Anguti Estatística

O veículo predominante é o truck que, como mostrado no gráfico é o caminhão com eixo duplo na traseira e representa pouco mais que a metade da frota dos aparistas. Nos últimos anos, com a implantação das restrições para o trânsito em grandes centros, observamos um crescimento maior para os VUC´s – Veículos Urbanos de Carga que, com capacidade para até 3 toneladas e dimensões reduzidas, sofre menos restrições por parte do poder público para transitar dentro das cidades.

Composição da frota segundo o tipo de veículo.

2013 2014 2015

Grandes 7,0 8,7 7,8 -10%

Médias 9,0 8,3 8,6 4%

Pequenas 10,0 11,0 9,0 -18%

Média 8,0 9,2 8,1 -12%

Idade da frotaPorte

da

empresa

Variação

%

2015/2014

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O caminhão truck e o toco, normalmente são equipados com sistemas “roll on – roll off”, instalados para permitir o fácil carregamento das caçambas que são utilizadas pelos aparistas para a coleta de material solto ou com pequena prensagem que depois é transportado para os depósitos.

Equipamentos utilizados na coleta de aparas.

Sistema Roll on – Roll off em

caminhão “truck”

Romeu e Julieta

Caçamba de 26 m³

Caçamba compactadora

Fato que também ajudou na renovação da frota do setor, foi que, após muitos anos, o reajuste de preços dos caminhões zero quilómetro ficou bem abaixo da inflação e, no

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caso do caminhão Mercedes Atego 2426 que é um dos mais utilizados no setor, o reajuste em 2015 foi negativo, verificando-se uma redução de 1,27%.

Evolução de preços de caminhões em 2015.

Fonte: FIPE

Se os preços dos veículos zero quilômetros não impactaram os custos dos aparistas, o mesmo não se pode dizer sobre os combustíveis. Em 2015 o óleo diesel S10 registrou um reajuste, nos postos, da ordem de 15% e mesmo para os depósitos maiores que compram combustíveis diretamente das distribuidoras, o reajuste foi de 14% embora o preço final fique, aproximadamente, R$0,30 centavos abaixo dos preços de comercialização no varejo, mas exije a construção de toda uma estrutura para armazenamento do combustível.

Evolução dos preços do óleo diese S10 no varejo em 2015.

Fonte: ANP

160.000,00

180.000,00

200.000,00

220.000,00

240.000,00

260.000,00

jan. fev. mar. abr. maio jun. jul. ago. set. out. nov. dez.

Re

ais

Mercedes Atego 2426

Volkswagen 24280 E - Constellation

Reajuste no ano +0,42%

Reajuste no ano -1,27%

R$ 2,701

R$ 2,926

R$ 2,897R$ 2,921R$ 2,925R$ 2,917

R$ 2,899R$ 2,895R$ 2,915

R$ 3,131

R$ 3,081R$ 3,106

R$ 2,400

R$ 2,500

R$ 2,600

R$ 2,700

R$ 2,800

R$ 2,900

R$ 3,000

R$ 3,100

R$ 3,200

jan./15 fev. mar. abr. maio jun. jul. ago. set. out. nov. dez.

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Equipamentos

Basicamente a coleta das aparas de papel é feita em caçambas de 26 m³ que são espalhadas nos diversos fornecedores e, periodicamente recolhidas pelos caminhões que, para essa tarefa, são equipados com os chamados sistemas “roll on” que podem

ter capacidade para 18 ou 25 toneladas.

Quando o fornecedor entrega grandes volumes de material, o aparista, para diminuir o custo de coleta, pode colocar uma caçamba compactadora que permite o transporte de cargas maiores, otimizando um pouco mais o transporte.

Essa é uma equação difícil, que exige planejamento e análise das condições do fornecedor que,

muitas vezes, não tem espaço para armazenamento, do tipo de material e, do fornecedor que, muitas vezes determina as condições, exigindo retiradas constantes ou a caçamba compactadora.

De qualquer forma, o caminhão, normalmente truck com capacidade para 12 ou 14 toneladas, quase sempre vai trabalhar com capacidade ociosa na coleta de material.

Quantidade de caçambas disponíveis nos aparistas

Fonte: Anguti Estatística

A importância do equipamento roll on – roll off é inegável em um setor que movimenta 50 mil caçambas. O sistema é comercializado para várias finalidades e em várias capacidades. Os modelos para bascular caçambas, normalmente existem em duas capacidade, para movimentar 18 toneladas e 25 toneladas sendo as duas bastante presente entre os aparistas.

No total, encontramos 5.646 sistemas nos depósitos de aparas dos quais, 41,2 % com capacidade para a movimentação de 25 toneladas.

2014 2015 Var.% 2014 2015 Var.%

Grandes 25.036 25.630 2,4% 1.078 1.100 2,0%

Médias 11.760 11.424 -2,9% 720 720 0,0%

Pequenas 10.450 12.155 16,3% 138 330 139,1%

Média 47.246 49.209 4,2% 1.936 2.150 11,1%

Simples

Caçambas

CompactadorasPorte

Sistema Roll on – roll off

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Quantidade de sistemas roll on - roll off

Outra alternativa para facilitar a movimentação de material é colocar no fornecedor de grandes quantidades, pequenas prensas verticais que permitem um enfardamento primário que otimiza o transporte até o depósito onde esses pequenos fardos são desmanchados, agrupados e enfardados nas enfardadeiras horizontais cujos fardos com altíssima compactação podem ser transportados até as fábricas de papel ocupando a capacidade máxima dos caminhões o que viabiliza o transporte em grandes distâncias.

Essas prensas verticais também são a ferramenta de trabalho de pequenos aparistas que conseguem comercializar os fardos de menor peso, entregando-os às fábricas de papel próximas aos seus depósitos ou comercializando o material com depósitos maiores.

Também são comuns nos depósitos, chamados de ferro velhos, que recebem o material dos catadores de papel e acumulam para encaminhar a um aparista.

Algumas poucas cooperativas já conseguem volume de papel e plástico suficiente para trabalhar com prensas horizontais, mas, em sua maioria, também trabalham com as prensas verticais e, vendem as aparas de papel para os

aparistas ou para fábricas de papel próximas.

Quando vendem para aparistas, normalmente os fardos são desmanchados para melhor classificação e enfardamento nas prensas horizontais que, trabalham em regime contínuo, produzindo fardos compactos, estáveis, com maior condição de empilhamento permitindo melhor aproveitamento nas áreas de estocagem e melhor aproveitamento da capacidade de carga dos caminhões.

Prensa vertical

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Prensa Horizontal em plena operação.

Esses fardos também permitem carregar um contêiner em sua capacidade máxima de 25 toneladas o que está viabilizando as exportações de aparas brasileiras que vêm progressivamente ganhando mercado em países como China e Índia.

Quantidade de prensas existentes no setor.

Fonte: Anguti Estatística

Naturalmente os fardos produzidos são de tamanhos e pesos variados, mas, em um exercício simples, supondo que cada fardo produzido pese 1 tonelada e que a indústria nacional de papel reciclado esteja recebendo perto de 4,8 milhões de toneladas, então teremos, aproximadamente, 4,8 milhões de fardos sendo manuseados, todos os anos,

Verticais Horizontais Total

Grandes 3.938 484 4.422

Médias 864 456 1.320

Pequenas 1.815 605 2.420

Média 6.617 1.545 8.162

Porte

da

empresa

Prensas

2015

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dentro dos depósitos, dos depósitos para os caminhões e dos caminhões para os estoques das fábricas.

Toda esta movimentação é feita por empilhadeiras que, juntamente com as caçambas e prensas formam o conjunto de equipamentos essencial para a plena operação de um depósito. Em 2015, estimamos em aproximadamente 3 mil empilhadeiras apenas em mãos dos aparistas que, diariamente, estão transportando fardos de aparas.

Quantidade de empilhadeiras existentes no setor.

Fonte: Anguti Estatística

2014 2015 Var.%

Grandes 1.084 1.018 -6,1%

Médias 849 912 7,4%

Pequenas 973 1.008 3,6%

Média 2.906 2.938 1,1%

Porte

da

empresa

Empilhadeiras

2015

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Origem do material

As fontes de papel velho podem ser divididas em 4 grandes grupos: gráficas e cartonagens que nos fornecem as chamadas aparas de pré-consumo, já que, normalmente são resíduos da produção ou, mesmo, parte da produção que foi perdida por qualquer motivo. O nome aparista deriva das sobras desse setor, já que os dicionários definem aparas como a sobra de papel aparado ou cortado em suas margens, geralmente com guilhotina. Em 2015 26% das nossas compras vieram deste segmento.

Os estabelecimentos comerciais também são grandes fornecedores, os supermercados, shoppings centers, e grandes magazines são fornecedores de caixas de papelão já utilizadas na entrega de produtos e, desta forma, já são consideradas aparas de pós-consumo.

Recentemente com a implantação de programas de incentivo às cooperativas, estas passaram a nos fornecer material, já foram responsáveis por 20% de tudo que compramos em um único ano, mas, com a forte geração de empregos observada nos últimos anos, as cooperativas e, aí incluímos os catadores que vendem material diretamente para os aparistas, perderam um pouco da sua importância embora, em 2015, tenham respondido por 14% de nossas compras.

Desde 2011 quando iniciamos o acompanhamento da origem das nossas aparas até 2015, já transferimos, estimado, 800 milhões de reais para cooperados e catadores cuja importância como fornecedores é crescente.

Nos 5 anos acompanhados, enquanto a coleta total cresceu 10,0% o volume oriundo das cooperativas aumentou 120,1%.

Volume e valor das aparas adquiridas de cooperativas e catadores

Fonte: Anguti Estatística

Na verdade, a participação de catadores e cooperados é ainda maior, pois, outro canal de comercialização, principalmente dos catadores independentes são os ferros-velhos, assim chamados os pequenos depósitos localizados em áreas densamente habitadas e, em torno dos quais, trafegam os catadores e que comercializam todos os tipos de materiais reciclados.

R$ 1.000

2011 4.348,0 304,4 56.890,97

2012 4.473,0 603,9 108.923,36

2013 4.780,0 956,0 284.639,44

2014 4.819,0 578,3 190.433,39

2015 4.784,0 669,8 162.309,64

15/11 10,0% 120,1% 400,3%

Ano

Volume recuperado t.

Total

Adquirido de

cooperativas e

catadores

Valores pagos às

cooperativas

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Esses ferros-velhos atuam como local de acumulação e, quase sempre trabalham ligados a um aparista, usando seus equipamentos e encaminhando produtos sempre que conseguem um lote grande de material que pode ser papel, plástico, pet, latas de alumínio, etc. e o material que lhes dá o nome que é a sucata de ferro ou o ferro velho.

Participação das fontes no fornecimento de aparas de papel

Fonte: Anguti Estatística

21%

29%30%

20%

27%

31%30%

12%

26%

24%

36%

14%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

2013 2014 2015

Gráficas e cartonagens

Comércios Ferros-velhosCooperativas e

catadores

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Reciclagem de papel no Brasil

A reciclagem de papel no Brasil é centenária, começa com a utilização dos papéis importados que, em uma reciclagem incipiente, se transforma em papéis de embrulho.

Para embalagens iniciou-se uma reciclagem de jornais e revistas que eram utilizados na produção do papelão Paraná que, produzido em placas, era colocado para secar ao sol. Os jornais e revistas velhas também passam a ser utilizados na reciclagem de papéis para fins sanitários que, para esconder a cor escura causada pela tinta dos impressos, passa a ser colorido de rosa. Enfim, um processo que veio crescendo acompanhando a indústria de papel, não apenas em volume, mas, principalmente na tecnologia.

Nos últimos anos, contudo a reciclagem parece estar diante de novos tempos e, principalmente, diante de um imenso desafio iniciado pela mudança que está ocorrendo na indústria papeleira onde os papéis de imprimir e escrever estão perdendo terreno em sua concorrência com os meios eletrônicos de comunicação.

Por outro lado, o aumento no poder de renda da população tem provocado o quase completo desuso dos papéis sanitários reciclados e os fabricantes estão migrando para a celulose fibra curta de eucalipto que é mundialmente reconhecida como excelente matéria prima para produção desse tipo de papel.

As políticas de inclusão social de catadores, foram elaboradas desprezando-se o sistema já existente e, em muitos casos, vem na direção de destruir o que é feito hoje antes que o novo modelo supra as necessidades da indústria recicladora.

Produção de papel e consumo de aparas.

Fonte: Ibá / Anguti Estatística

O papel para embalagem que é responsável por 81% de todo o volume de aparas coletadas no país, apresenta um crescimento constante e é onde a reciclagem tem valor

mil t % mil t %

2000 2.611,8 - 7.200,1 -

2001 2.777,0 6,3% 7.437,8 3,3%

2002 3.017,4 8,7% 7.773,9 4,5%

2003 3.004,7 -0,4% 7.915,5 1,8%

2004 3.360,2 11,8% 8.452,4 6,8%

2005 3.437,8 2,3% 8.597,3 1,7%

2006 3.496,5 1,7% 8.724,6 1,5%

2007 3.642,5 4,2% 9.008,4 3,3%

2008 3.827,9 5,1% 9.409,5 4,5%

2009 3.914,4 2,3% 9.428,5 0,2%

2010 4.028,6 2,9% 9.977,8 5,8%

2011 4.347,5 7,9% 10.158,9 1,8%

2012 4.362,7 0,3% 10.260,0 1,0%

2013 4.780,0 9,6% 10.444,0 1,8%

2014 4.818,5 0,8% 10.397,0 -0,5%

2015 4.784,0 -0,7% 10.357,0 -0,4%

2015/2000

AnoConsumo de aparas Produção de Papel

83,2% 43,8%

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fundamental e não sofre nenhuma ameaça, mas, o nível de reciclagem é tão alto que está prejudicando a qualidade do produto final. Observe no quadro abaixo que o volume de papel coletado para reciclagem está crescendo quase o dobro da produção.

É sempre importante ter em mente que o papel ao contrário de outros produtos, não é eternamente reciclável, e as fibras de celulose vão se degradando a cada ciclo de produção. Desta forma, é fundamental para perenizar a reciclagem, que haja uma constante entrada de algum percentual de fibras virgens no ciclo produtivo. No caso dos papéis de embalagem isso é garantido pelo papel kraftliner que produzido a partir da celulose fibra longa, está presente em caixas de papelão ondulado de melhor qualidade.

Quando observamos os dados por tipos de papel, temos que os papéis de fins sanitários que se abastecem de aparas oriundas dos papéis de imprimir e escrever, dobrou sua produção no período 2000 a 2015 enquanto a produção de papéis brancos cresceu apenas 10%. Para equacionar seu abastecimento de matéria-prima a indústria migra para o uso de celulose o que, como dissemos, já vinha ocorrendo devido a necessidade de produção de produtos de maior qualidade.

Evolução da produção de papel por categoria.

Fonte: Ibá

Quando consideramos a taxa de recuperação, levando em conta o consumo aparente, ou seja, a produção menos as exportações e mais as importações de papéis que efetivamente possam ser reciclados sem considerar os papéis de fins sanitários e especiais que, por sua natureza e uso não podem ser reutilizados, chegamos, em 2015, a uma taxa de recuperação de 63,4%.

Esse percentual pode ser considerado excelente, mas, é resultado não apenas do aumento do volume recuperado como também da redução do consumo aparente de papéis.

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

Embalagem Sanitários Imprimir eEscrever

Cartões Outros

2000 2015

63%

103%

10%

33%44%

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Evolução da taxa de recuperação de papéis.

Fonte: Anguti Estatística

Quando observamos a taxa de recuperação dentro das principais categorias de aparas, fica evidenciado a diminuição na geração de brancas com o consumo aparente de papel de imprimir e escrever declinando desde 2011, culminando com uma redução de 19,7% em 2015 com relação a 2014.

Evolução da taxa de recuperação de papéis.

Fonte: Anguti Estatística

Coleta de aparas = consumo+importação-exportação

A redução no consumo aparente traz, como consequência, uma menor coleta de aparas, mas, é inegável o esforço dos aparistas em manterem o volume disponível para as fábricas e, com isso, a taxa de recuperação das aparas brancas subiu de 26,8% em

Evolução

15/14Imprimir e escrever

. Consumo aparente de papel 2.943 2.894 2.705 2.728 2.191 -19,7% . Coleta de aparas 790 882 876 850 758 -10,8%

. Taxa de recuperação 26,8% 30,5% 32,4% 31,2% 34,6% -

Embalagem

. Consumo aparente de papel 4.626 4.770 4.811 4.760 4.801 0,9% . Coleta de aparas 3.392 3.432 3.772 3.823 3.886 1,6%

. Taxa de recuperação 73% 72% 78% 80% 81% -

Papelcartão

. Consumo aparente de papel 572 601 606 588 553 -6,0% . Coleta de aparas 166 155 133 146 140 4,1%

. Taxa de recuperação 29% 26% 22% 25% 25% -

Consumo aparente total 8.141 8.265 8.122 8.076 7.545 -6,6%Coleta de aparas total 4.348 4.469 4.781 4.819 4.784 -0,7%

Taxa de recuperação 53,4% 54,1% 58,9% 59,7% 63,4%

2015Produto 2011 2012 2013 2014

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2011 para 34,6% em 2015, mesmo com as fábricas de tissue buscando cada vez mais a celulose branqueada.

O trabalho dos aparistas também fica evidenciado quando olhamos as aparas de embalagem. Enquanto o consumo aparente de papel subiu 3,8% nos últimos 5 anos, a taxa de recuperação evoluiu 14,6% chegando ao altíssimo patamar de 81% em 2015.

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Comércio Exterior de Aparas

Para evitar as bruscas variações de preços, os aparistas estão procurando uma maior participação no mercado internacional o que, de alguma forma já foi conseguido, com o nosso produto encontrando boa receptividade nos países asiáticos que são os grandes compradores de aparas no mundo.

Continuamos com o problema de termos um custo de aquisição do produto maior do que o verificado em outros países onde os apristas recebem pelo material e, com isso, conseguem uma competitividade que dificilmente conseguiremos por aqui, até porque ainda temos custos logísticos maiores.

Comércio Exterior de Aparas de papel.

Fonte: Secex

Em 2015 atingimos um volume recorde de exportações, que foi suficiente para dar reconhecimento ao Brasil como um possível fornecedor de aparas e, como consequência, passamos a receber visitas constantes de interessados buscando conhecer nossos depósitos e nosso produto.

A falta de aparas que veio impactar o mercado nacional, nos obrigou o setor a se concentrar no abastecimento interno e, já a partir do final de 2015 o volume destinado a outros países começou a diminuir, mas, o resultado mais importante foi que alguns depósitos se estruturaram para exportação e hoje, já contam com espaço e equipamentos especiais para a estufagem de contêineres podendo fornecer material para o exterior em boas condições e de forma rápida o que, sem dúvida, ajudará o setor nas próximas fases de preços em queda.

O principal destino das nossas exportações foi a China que, por sinal, é o grande destino dos excedentes de aparas de todos os países do mundo. Além do gigante asiático, também encontramos boas aceitação para as aparas de papelão ondulado na

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Índia, em Taiwan e, já mais tradicionalmente, nos nossos vizinhos Bolívia, Paraguai e Uruguai que de há muito tempo vêm se abastecendo no Brasil.

Destino das exportações brasileiras de aparas de papel.

Fonte: Secex

Na Nomenclatura Comum do Mercosul – NCM, as aparas de papel são classificadas em quatro itens do capítulo 47 que abrangem, especificamente as aparas de papelão ondulado, brancas, jornal e revista e mistas. No mercado exterior as aparas seguem a classificação americana que é extensa e detalhada embora poucos itens sejam realmente comercializados no mundo.

NCMS das aparas de papel

Fonte: Secex

No nosso caso, o principal produto exportado foram as aparas de jornais e revistas, NCM 47073000. Essas aparas vêm apresentando um acentuado declínio em seu consumo interno o que fez os aparistas procurarem a via da exportação o que foi conseguido com êxito.

2015 Part. %

Bolívia 2.238 2,9%China 63.137 80,8%Coréia do Sul 485 0,6%Estados Unidos 18 0,0%Índia 4.852 6,2%Israel 3 0,0%Itália 403 0,5%Paquistão 81 0,1%Países Baixos 192 0,2%Paraguai 4.332 5,5%Taiwan 750 1,0%Uruguai 1.484 1,9%Vietnã 185 0,2%

Total 78.160 100,0%

Paístoneladas

47071000- Papéis ou cartões, Kraft, crus, ou papéis ou cartões ondulados, para

reciclar

47072000 - Outros papéis ou cartões, obtidos principalmente a partir de pasta

química branqueada, não corada na massa, para reciclar

47073000 - Papéis ou cartões, obtidos principalmente a partir de pasta

mecânica (por exemplo, jornais, periódicos e impressos semelhantes), para

reciclar

47079000 - Outros papéis ou cartões, incluindo os desperdícios e aparas não

selecionados, para reciclar

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Ao final do ano, antes do forte aumento de preços das aparas de papelão ondulado, foi iniciado um movimento para suas exportações que encontraram na Índia um bom parceiro.

Comércio exterior por tipos de aparas. Em toneladas.

Fonte: Secex

Exportação Importação

Total 78159 5.381

Outros 4.345 5.047

Jornal 62.774 216

Brancas 1.703 95

Ondulados 9.337 23

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

140.000

160.000

180.000

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Sócios

ALMEIDA SERVIÇOS AMBIENTAIS Rua João Grumiché, 1.509 88108-100 São José, SC Fone: (48) 3259-4444 APARAS MARCIAL LTDA. Rua Edmundo de Carvalho, 705 04251-000 São Paulo, SP Fone: (11) 2946-2197

ALTO TIETÊ COM. DE RES. E SERV. AMBIENTAIS Av. Ademar Pereira de Barros, 173 12328-300 Jacareí, SP Fone: (12) 3951-0995 www.grupoaltotiete.com.br APARAS TIETÊ LTDA. Rua Cristo Operário, 234 02055-080 São Paulo, SP Fone: (11) 2905-0730

APARAS VILLENA LTDA. Rua Professor Celestino Borroul, 238 02710-001 São Paulo, SP Fone: (11) 3858-3166 www.aparasvillena.com.br

CAPITAL RECICLÁVEIS LTDA. SAAN quadra 05 – Lote 64 70632-500 Brasília, DF Fone: (61) 3201-0002 www.capitalreciclaveis.com.br

CBR COM. BRASILEIRO DE RECICLÁVEIS LTDA. Rua Mata Grande, 2.883 54340-000 Jaboatão dos Guararapes, PE Fone: (81) 3479-4675 COLOR TRASH COM. DE PAPEL LTDA. Rua Murta do Campo, 647 03210-010 São Paulo, SP Fone: (11) 2100-1255 www.colortrash.com.br COM. DE APARAS ARY VILLENA Av. Professor Celestino Borroul, 262/268 02710-000 São Paulo, SP Fone: (11) 3856-8155

CBS COM. BRASILEIRO DE SUCATAS Rua Raimundo Pereira Magalhães, 2.800 05145-000 São Paulo, SP Fone: (11) 3835-9372 www.cbsaparas.com.br COMÉRCIO DE APARAS 2010 LTDA. EPP. Estrada Geraldo Miranda, 130 08653-055 Suzano, SP Fone: (11) 4747-1151 COM. DE APARAS DE PAPEL LIBERDADE Rua São Paulo, 163 01513-000 São Paulo, SP Fone: (11) 3209-0882 www.aparasliberdade.com.br

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COM. DE APARAS VITO LTDA. Rua 3° Sargento João Soares de Farias, 135 02179-020 São Paulo, SP Fone: (11) 2954-8444

COM. DE PAPÉIS PRIMOS DE RIO CLARO Rodovia SP 191 - Km 63, 191 13500-970 Rio Claro, SP Fone: (19) 2112-0866 www.papeisprimos.com.br

COM. DE PAPÉIS SÃO JUDAS TADEU Av. Paranapanema, 114 09930-450 Diadema, SP Fone: (11) 4091-7813 www.aparassaojudas.com.br COPAMIG COM. DE PAPÉIS MINAS GERAIS LTDA. Av. Garcia Rodrigues Paes, 12.045 36081-500 Juiz de Fora, MG Fone: (32) 4009-2105 www.copamig.com.br CRYSPEL COM. DE PAPÉIS LTDA. Rua Eugênio Diamante, 362 07193-000 Guarulhos, SP Fone: (11) 2485-5642 www.cryspel.com.br DIONISIO RECICLÁVEIS COMERCIAL LTDA. Rua Topázio, 815 14080-670 Ribeirão Preto, SP Fone: (16) 3628-1136 www.dionisioreciclaveis.com.br EMBAPEL COM. DE RECICLÁVEIS Rua Ricardo Leônidas Ribas, 250 91970-005 Porto Alegre, RS Fone: (51) 3249-0100 www.embapel.com.br

COMÉRCIO DE SUCATAS NARCISO LTDA. Rua Papa Pio XII, 216 13457-196 Sta Barbara D’Oeste, SP Fone: (19) 3454-2333 www.sucatasnarciso.com.br CRR - CENTRO DE RECICLAGEM RIO LTDA. Rua Pedro Alves, 157 20220-280 Rio de Janeiro, RJ Fone: (21) 2253-7191 www.crrreciclagem.com.br DEPÓSITO ESTORIL DE PAPÉIS LTDA. Rua São Lourenço, 48 24060-008 Niterói, RJ Fone: (21) 2771-3138 site: www.estorilreciclagem.com.br ECO SILVA COMÉRCIO E SERVIÇOS DE GERENCIAMENTO DE APARAS - EIRELI Av. industrial Segunda, 45 08679-020 Itaquaquecetuba, SP Fone: (11) 4726-0730 GTF – COM. DE PAPÉIS PARA RECICLAGEM Rua Coliseu, 21 06705-459 Cotia, SP Fone: (11) 4615-8815 www.gtfpapeis.com.br

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IRMÃOS MAGRIN & CIA LTDA. Rua João Magrin, 75 13490-970 Cordeirópolis, SP Fone: (19) 3546-1275 KAPER COM. DE PAPÉIS LTDA. Rua Leonel Martiniano, 396 05275-065 São Paulo, SP Fone: (11) 3912-2170 www.kaper.com.br

JUNPAPEL LTDA. Av. Prof. Pedro Clarismundo Fornari, 1700 13214-660 Jundiaí, SP Fone: (11) 4582-8854 www.junpapel.com.br METALPEL IND. DE PAPEL LTDA. Rua Jd. Botânico, 1 60874-120 Fortaleza, CE Fone: (85) 3275-6618 www.metalpel.com.br

PLANETA LIMPO RECICLÁVEIS Av. Pan Nordestina, 2.000 53010-210 Olinda, PE Fone: (81) 3429-9558 www.planetalimpo.net REPAPEL COM. DE PAPÉIS LTDA. Estrada da Água Chata, 1.448 07251-000 Guarulhos, SP Fone: (11) 2499-2745 www.repapel.com.br

RECICLA COM. DE SUCATA LTDA. Rua Geraldo Fazzio, 79 17340-000 Barra Bonita, SP Fone: (14) 3641-0025 site: www.reciclabb.com.br SCRAP SOCIEDADE COMERCIAL DE RESÍDUOS E APARAS LTDA. Av. Roberto Pinto Sobrinho, 301 06268-120 São Paulo, SP Fone: (11) 4656-4222 www.scrap.com.br

VEGUI COM. DE RECICLÁVEIS LTDA. Av. Carlos Tosin, 1.195 17512-120 Marília, SP Fone: (14) 2105-8000 www.vegui.com.br

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ANAP – ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS APARISTAS DE PAPEL Rua Trípoli, 92 – 4° andar, sala 42

05303-020 São Paulo, SP Fone: (11) 3831-0044

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