relatório estágio de observação edição 2 1

14
1 UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB LICENCIATURA CIÊNCIAS DA COMPUTAÇÃO RELATÓRIO DE ESTÁGIO DE OBSERVAÇÃO – ENSINO FUNDAMENTAL

Upload: arivaldo-bispo

Post on 06-Aug-2015

61 views

Category:

Education


6 download

TRANSCRIPT

1

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEBLICENCIATURA CIÊNCIAS DA COMPUTAÇÃO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO DE OBSERVAÇÃO – ENSINO FUNDAMENTAL

ARIVALDO NERY BISPO

SENHOR DO BONFIM

2014

2

ARIVALDO NERY BISPO

SENHOR DO BONFIM – BA2014

Relatório de Estágio Curricular apresentado como requisito obrigatório da Universidade do Estado da Bahia – UNEB modalidade à distância para obtenção de nota da disciplina Estágio Supervisionado I do Curso de Licenciatura em Ciências da Computação.

3

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO

2. DESENVOLVIMENTO

3. CONCLUSÕES FINAIS

4. REFERÊNCIAIS

5. ANEXOS

6. APÊNDICES

4

1. INTRODUÇÃO

O Estágio Supervisionado I, referente ao Curso de Licenciatura em Ciência da Computação, foi

realizado na Escola Municipal Olga Campos de Menezes, na série do 9º ano (turma B), referente

ao Ensino Fundamental II.

Inicialmente, contactamos com membros da equipe gestora, a diretora Silvana da Conceição

Santos, e docente, professora regente, Eva Vieira dos Santos Sobrinho, a fim de informar a

finalidade do estágio. O mesmo teve como objetivo e importância vivenciar e compreender a

realidade das práticas pedagógicas. O trabalho foi realizado a partir de observações e regência.

Diante da realidade vivenciada foram elaborados projetos de atuação visando participar e

contribuir com o processo de ensino e aprendizagem. PASSERINI, diz que;

O Estágio Supervisionado é o primeiro contato que o aluno-professor tem com seu

futuro campo de atuação. Por meio da observação, da participação e da regência, o

licenciando poderá refletir sobre e vislumbrar futuras ações pedagógicas. Assim, sua

formação tornar-se-á mais significativa quando essas experiências forem socializadas

em sua sala de aula com seus colegas, produzindo discussão, possibilitando uma

reflexão crítica, construindo a sua identidade e lançando, dessa forma, “um novo olhar

sobre o ensino, a aprendizagem [e] a função do educador” (PASSERINI, 2007, p. 32).

2. CONCEPÇÕES DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM LICENCIATURA EM

CIÊNCIAS DA COMPUTAÇÃO

O Estágio Supervisionado referente ao curso de Licenciatura em Ciências da Computação

objetiva integrar teoria e prática. Possui as dimensões formadoras e sócio-política, que

proporcionam ao aluno a participação em situações reais de vidas e de trabalho, consolidam a sua

profissionalização e exploram as competências básicas indispensáveis para uma formação

profissional ética e corresponsável.

Com este trabalho o estágio procura estabelecer mediações entre os conhecimentos da

informática e o conhecimento pedagógico, a fim de favorecer uma melhoria da aprendizagem.

O aluno egresso do curso de Licenciatura em Ciências da Computação é um profissional com

competências e habilidades desenvolvidas durante o curso que lhe permitem: compreender

processos educativos e de aprendizagem, de forma a estabelecer relações entre informática e

5

educação; atuar como agente de processos e vivências educativas em computação, articulando os

conteúdos com as didáticas específicas, na busca de solução de problemas da sociedade humana;

promover a aprendizagem criativa, autônoma, colaborativa e de comunicação e expressão; e

contribuir para a aprendizagem empreendedora, na perspectiva de valorização dos indivíduos, de

suas capacidades, de suas relações sociais e éticas, num processo de transformação de si próprio e

de seu espaço social. A formação técnica pedagógica do licenciado em computação é vista por

Valente (2005, p.23) como de fundamental importância, pois como poderíamos implantar

soluções pedagógicas através do computador e suas tecnologias, sem o conhecimento técnico? E

mais, como utilizar dos recursos tecnológicos, de forma adequada para a educação, sem o

conjunto de conhecimentos pedagógicos? Além disso, o mesmo autor afirma que “o domínio das

técnicas acontece por necessidades e exigências do pedagógico e as novas possibilidades técnicas

criam novas aberturas para o pedagógico”.

2.1 IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL DOCENTE

A importância do estágio obrigatório supervisionado nos cursos de licenciatura, o qual consiste

na realização da prática pedagógica em sala de aula (docência) por acadêmicos como forma de

integração entre aprendizado e a experiência prática indispensável para uma formação

profissional de qualidade. O estágio objetiva a reflexão das práticas de estágio e as percepções

advindas destas intervenções. Assim, também acontece durante esta prática a coleta de dados,

além dos registros, a reflexão, a análise fundamentada e a avaliação do processo para registro que

resulta na inserção dos acadêmicos nos reais contextos e espaços que irão atuar.

Esta prática com os contextos diversos é essencial durante o percurso de formação, pois fomenta

as reflexões e possibilita o contato com os diferentes espaços de atuações em todos os níveis da

Educação. Refletindo sobre cada espaço, sujeitos e metodologias diferenciadas a serem abordadas

durante suas atuações profissionais, dimensionado assim sua relevância para o processo de ensino

e aprendizagem.

Este período é fundamental e proporciona ao estagiário treinamento em gestão de classe e prática

docente. Segundo Arroio (2011 p.96), no que se refere à escola como oficina de saberes e valores

ressalta quando coloca que,

A experiência da escola é uma oficina carregada de saberes diferentes

daqueles aprendidos na experiência familiar. Saberes sobre outros tipos

humanos, outras formas de ser, pensar e interpretar a vida, de ser menino(a)

6

jovem, adulto. O adulto professor(a) revela dimensões outras únicas, relações

outras específicas, de adulto-educador.

A realidade atual existente nas escolas e salas de aula do país, principalmente do ensino público,

percebeu-se que ainda há muito a ser realizado para um ensino principalmente em tecnologias

com eficácia. O modelo e as propostas de ensino e aprendizagem estão em grande parte ainda

apoiados exclusivamente nas aulas tradicionais; as atividades acabam por serem centradas no

produto final e não no processo, não permitindo que o discente torne-se co-autor ou responsável

por sua aprendizagem e desenvolvimento, não permitindo olhar crítico sensível sobre os

conteúdos, nem tão pouco aprendizagem significativa.

2.2 DESCRIÇÃO E AVALIAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA DA ESCOLA

Conforme relato da diretoria e coordenação escolar, para oferecer um ensino de qualidade

devemos nos basear nos valores étnicos, visando uma aprendizagem à formação crítica e

consciente da importância do estudar e de todas as vantagens decorrentes do mesmo e

consequentemente de seus direitos e deveres. A avaliação é qualitativa e quantitativa (teste,

provas, trabalhos, recuperação, paralela, conselho de classe e recuperação). O planejamento é

feito durante encontro da coordenação com o corpo discente, onde são planejados projetos

interdisciplinares.

No tocante à avaliação quantitativa, sua apuração far-se-á mediante provas, testes, trabalhos, e

outros procedimentos didáticos cabíveis. Na avaliação qualitativa o professor considerará as

capacidades referidas na legislação específica, observando, entre outros valores: participação,

pontualidade, assiduidade, criatividade, atividades, habilidades, hábitos e técnicas de trabalho

individual e grupal, atitudes e valores positivos.

2.3 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA

A Escola Municipal Olga Campos de Menezes, está localizada na Avenida Robertos Santos, nº

245, bairro Marista, na cidade de Senhor do Bonfim, Bahia, CEP 48970-000, telefone (74) 3541-

3629. O espaço físico caracteriza-se por um ambiente antigo, tendo um total de 8 salas de aula em

funcionamento. Nas salas, o mobiliário é necessário para os professores e todos os alunos.

Também possui refeitório e cantina. Momentos de brincadeiras funcionam em um pátio sem

cobertura, outro com cobertura e quadra esportiva.

7

Nesse mesmo espaço físico, no turno noturno (a escola só funciona no diurno) funciona o Polo da

Universidade Aberta do Brasil. A equipe de funcionários é composta por: secretário; digitador;

merendeira; pessoal de serviço geral; coordenador pedagógico; diretor; vice-diretor; docentes.

Sua infraestrutura conta com: água filtrada; água da rede pública; energia da rede pública; esgoto

da rede pública; lixo destinado à coleta periódica; acesso à Internet; banda larga; dependências; 8

salas de aulas; sala de diretoria; sala da secretaria da UAB; sala de professores; laboratório de

informática; sala de recursos multifuncionais para Atendimento Educacional Especializado

(AEE); quadra de esportes descoberta; cozinha; banheiro dentro do prédio; banheiro adequado à

alunos com deficiência ou mobilidade reduzida; dependências e vias adequadas a alunos com

deficiência ou mobilidade reduzida; sala de secretaria; pátio coberto; pátio descoberto; área

verde.

A escola disponibiliza dos seguintes equipamentos: TV; videocassete; DVD; antena parabólica;

retroprojetor; impressora; computadores; aparelho de som; projetor multimídia (datashow);

câmara fotográfica/filmadora.

2.4 A OBSERVAÇÃO NA SALA DE AULA DO ENSINO FUNDAMENTAL

As observações foram realizadas no período 09/10/2014 a 31/10/2014 no Ensino Fundamental II.

No primeiro momento a professora Eva Vieira dos Santos Sobrinho recebeu as crianças à porta

da sala, após acomodação fez a retomada de assuntos trabalhados em aulas anteriores. Tais

assuntos eram da área de Geometria (razão de segmentos, proporção de segmentos e teorema de

Tales), pré-requisitos para os alunos que pretendem alcançar a aprovação nos futuros processos

seletivos para cursos profissionalizantes. Compreendemos que a interação é o momento de

colocar em prática os saberes, experiências e até mesmo vivenciar o espaço escolar.

A interação se deu no momento em que começamos a observar na sala o professor cooperador

das aulas, onde aprendemos a valorizar o trabalho em parceria, estabelecendo o ponto de contato

entre as mais diversas áreas da disciplina em questão. Sendo assim foram desenvolvidas várias

atividades que permitissem aos mesmos que se preparassem para próxima etapa das suas vidas.

Auxiliando-os como trabalhar corretamente e com um bom raciocínio para resolução de

problemas no seu dia a dia, sendo algo importante a ser priorizado no ambiente escolar para que o

aluno consiga discutir, expor suas ideias e até mesmo se inquietar com situações do cotidiano e

que venha contribuir para a sociedade numa dimensão politizada e não alienada.

3. CONCLUSÕES FINAIS

8

Conforme descrito, as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) na educação é possível,

se mediada de forma eficaz e com objetivos a serem cumpridos. Não basta termos equipamentos

e tecnologia, se não soubermos fazer bom uso das mesmas. As TIC devem ser utilizadas como

ferramentas de aprendizagem para auxiliar no desenvolvimento de habilidades, para a

transformação do indivíduo, fazendo com que este aprenda de maneira autônoma, através da

busca, da investigação e da descoberta. É notável que a inserção da informática na educação está

sendo concretizada, através de projetos de inclusão digital e da instalação de laboratórios de

informática nas escolas, porém há algumas falhas a serem corrigidas. O profissional licenciado

em computação talvez seja uma das soluções, e com o computador auxiliando no processo de

ensino-aprendizagem, irá facilitar a construção do conhecimento e a busca de mais informações

pelo aluno. Entretanto, precisa-se conhecer melhor este profissional, suas capacidades e

limitações, para poder definir os objetivos necessários para uma formação tecnológica dos alunos

de nível fundamental e médio.

O estágio é bastante abrangente quando nos dá uma visão geral do processo de ensino e

aprendizagem, ou seja, praticado em sala de aula. A construção do conhecimento pelos alunos foi

muito interessante, pois eles se imaginam dentro das situações colocadas em sala de aula e assim

ampliam o significado do ensino das disciplinas aplicadas no seu dia a dia.

É importante que toda a comunidade escolar esteja preparada para compreender e ver a TICs

como área do conhecimento, assim como as outras disciplinas dos currículos escolares,

circunstância que nem sempre é atendida. Desta forma, a formação é fortalecida constantemente

diante da prática refletida mediante contato com o espaço, sejam eles nos diversos níveis e

formalidades de ensinos possibilitados no decorrer das práticas de estágios durante formação

docente.

As reflexões diante dos diferentes contextos sócio-culturais, de espaços formais ou não formais

nos direciona a permear nossas práticas à inovações necessárias para uma prática efetiva aplicada

diante dos reais objetivos da tecnologia da educação. Tais reflexões, orientam a favor de uma

escola que valorize os aspectos educativos contidos no universo da arte e da educação estética

dos docentes e discentes em formação inicial e continuada e a importância da vivência e

experiência nestes espaços durante a formação docente.

4. REFERÊNCIAS

9

PASSERINI, Gislaine Alexandre. O estágio supervisionado na formação inicial de professores de

matemática na ótica de estudantes do curso de licenciatura em matemática da UEL. 121f.

Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências e Educação Matemática) – Universidade Estadual

de Londrina. Londrina: UEL, 2007. http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?

code=vtls000126402. Acesso em 10 de out. de 2014.

VALENTE, José Armando. Por que o Computador na Educação. In: Valente, J.A. (org)

Computadores e Conhecimento: Repensando a Educação. Campinas, SP: Gráfica da UNICAMP,

1993. Disponível em: http://200.20.54.60/proinfo/Material%20.

de%20Apoio/Coletania/unidade4/porque_computador_educacao.pdf. Acesso em 15 de out. de

2014.

SOUZA, Jânua Coely Andrade; BONELA, Luciane Aparecida; PAULA, Alexandre Henrique de.

A Importância do Estágio Supervisionado na Formação do Profissional de Educação Física: Uma

Visão Docente e Discente. Revista Movimentum. Minas Gerais, vol.2, n.2, ago./dez. 2007.

Disponível em:

http://www.unilestemg.br/movimentum/index_arquivos/movimentum_V2_N2_souza_j

anua_luciane_bonela_2_2006.pdf. Acesso em 20 de out. de 2014.

PRIETCH, Soraia Silva; PAZETO, Tatiana Annoni. Análise, Sugestões e Perspectivas de um

Curso de Licenciatura em Computação. In: XVII Workshop sobre educação em Informática

(Anais). Bento Gonçalves, jul. de 2009. Disponível em:

http://www.sbc.org.br/bibliotecadigital/download.php?paper=1353. Acesso em 26 de out. de

2014.