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Banco Finantia, S.A. Rua General Firmino Miguel, nº 5 – 1º 1600-100 Lisboa Matrícula na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa e Pessoa Colectiva nº 501.897.020 Capital Social: €150.000.000 Mediador de Seguros nº 408264747 • Inscrito no Instituto de Seguros de Portugal em 01/02/2008 • Agente de Seguros Vida/Não Vida RELATÓRIO E CONTAS INDIVIDUAIS | 2014

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Banco Finantia, S.A. Rua General Firmino Miguel, nº 5 – 1º • 1600-100 Lisboa

Matrícula na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa e Pessoa Colectiva nº 501.897.020 • Capital Social: €150.000.000 Mediador de Seguros nº 408264747 • Inscrito no Instituto de Seguros de Portugal em 01/02/2008 • Agente de Seguros Vida/Não Vida

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Relatório e Contas 2014

Relatório do Conselho de Administração

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AA SSiittuuaaççããoo MMaaccrrooeeccoonnóómmiiccaa

OO EEnnqquuaaddrraammeennttoo eeccoonnóómmiiccoo mmuunnddiiaall

2014 foi um ano em que a economia mundial evidenciou equilíbrios, por vezes difíceis de

compatibilizar, com vários países a tentarem crescer e ao mesmo tempo a procurarem

resolver problemas resultantes da crise financeira global, como a dívida e o elevado

desemprego. Estima-se que a economia global tenha crescido 3,3% em 2014, o mesmo que

em 2013. Para 2015, o FMI projeta um crescimento do PIB de 3,5%. A economia mundial

deverá beneficiar da baixa de preços do petróleo e da desvalorização do euro e do iene, mas

este impulso positivo poderá ser travado por alguns fatores negativos, nomeadamente os

níveis persistentemente baixos do investimento. Além disso, o FMI espera que o crescimento

global seja desigual e mais específico de país para país, com os EUA a funcionar como

driver, a Zona Euro a apresentar fracos níveis de crescimento e os mercados emergentes a

transmitirem uma dinâmica mista, com a Índia a crescer fortemente e a Rússia a abrandar

significativamente. Prevê-se que a economia brasileira estagne e a chinesa cresça a um ritmo

mais lento.

Em 2014, e de acordo com o relatório do FMI de janeiro de 2015, estima-se que os EUA

tenham crescido 2,4% (2,2% em 2013), refletindo um primeiro trimestre desanimador mas

posteriormente compensado pela vitalidade dos três trimestres seguintes. Por seu lado, o

crescimento da zona Euro atingiu um impasse no segundo trimestre de 2014, principalmente

por conta do baixo nível do investimento e das exportações, ao mesmo tempo que as

incertezas sistémicas sobre a desaceleração do crescimento continuaram a persistir. Para a

zona Euro, o FMI estima um crescimento de 0,8% para 2014, uma melhoria em relação a

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2013 (-0,5%). A Alemanha, o motor da zona Euro, deverá ter crescido 1,5% em 2014, acima

dos 0,2% em 2013, o que reflete contas nacionais equilibradas, níveis de desemprego

historicamente baixos e uma situação fiscal sólida.

As economias periféricas deram sinais positivos. Portugal, um país periférico que sofreu uma

grave crise da dívida e que necessitou de uma intervenção da Troika, registou um

crescimento positivo em 2014, ao mesmo tempo que o desemprego começou a afastar-se dos

níveis muito elevados de anos anteriores. O FMI, no seu relatório de janeiro de 2015,

estimou que Portugal deverá ter crescido 0,8% em 2014, uma importante melhoria

relativamente a 2013 (-1,4%). Espanha, outro país periférico que sofreu uma profunda

recessão dupla (double-dip), com nove trimestres de crescimento negativo e um forte

aumento do desemprego, retomou o crescimento no segundo semestre de 2013, tendência

que se manteve em 2014. No seu relatório de janeiro de 2015, o FMI estimou para a

economia espanhola um crescimento real do PIB de 1,4% em 2014, enquanto em 2013 o

crescimento foi negativo (- 1,2%). Para ambos os países, o FMI afirma que a tendência para

o mercado de trabalho é de melhoria, que as contas correntes são excedentárias, que os

bancos estão mais saudáveis e que as yields soberanas estão aos níveis mais baixos de

sempre. Por outro lado, ainda há fatores a dificultar o crescimento económico, tais como a

elevada taxa de desemprego, o baixo crescimento da produtividade e a desalavancagem quer

pública quer privada resultante dos encargos elevados da dívida.

Durante algum tempo, o crescimento económico mundial foi impulsionado pelas economias

emergentes e em desenvolvimento, representadas principalmente pelos BRICS. Mas desde

2011 que o crescimento dessas economias tem diminuído, desde o pico de 7,5% em 2010

para 4,4% projetado para 2014. Estes resultados refletem o menor crescimento na China,

Rússia, Brasil e África do Sul, mitigados em certa medida pelas projeções mais fortes para a

Índia. Enquanto na China, o mercado imobiliário, um importante motor de crescimento, tem

vindo a registar correções, na Rússia a economia tem sido vítima da forte baixa de preços no

petróleo, colocando pressão sobre o rublo e aumentando as tensões geopolíticas. O Brasil,

por outro lado, espelha incertezas, que se vêm traduzidas no baixo investimento, na

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moderação do consumo, no aperto das condições financeiras e na contínua descida dos

índices de confiança tanto nos consumidores como nos empresários. Na África do Sul, o

crescimento económico está a ser bloqueado por tensões industriais e atrasos na resolução de

problemas de infraestrutura, nomeadamente as restrições de eletricidade. A Índia, por seu

lado, tem apresentado uma dinâmica de crescimento assinalável, refletindo a implementação

de políticas eficazes e a renovação dos índices de confiança. No seu relatório de janeiro de

2015, o FMI estimou que a Índia tenha crescido 5,8% em 2014, acima dos 5,0% em 2013.

Nas restantes economias emergentes a tónica foi a desaceleração do crescimento: a China

7,4% (vs.7.8% em 2013), a Rússia 0,6% (vs.1.3% em 2013), o Brasil 0,1% (vs. 2,5% em

2013) e África do Sul 1,4% (vs. 2,2% em 2013).

Para 2015, o FMI espera um aumento na atividade global de 3,5%, impulsionado

principalmente pelas economias avançadas, refletindo principalmente o declínio do preço do

petróleo, sendo que a repercussão dos preços para o utilizador final deverá ser superior à das

economias emergentes. No geral, as economias avançadas deverão crescer a um ritmo de

cerca de 2,4% em 2015, cerca de 0,6 pontos percentuais a mais do que em 2014.

Nos EUA, o crescimento deverá ser superior a 3 por cento em 2015-16, assente numa

procura interna apoiada pelos preços mais baixos do petróleo, pela moderação do

ajustamento fiscal e por uma política monetária acomodatícia, apesar da projeção de subida

gradual das taxas de juros. Por outro lado, a recente valorização do dólar deverá reduzir as

exportações líquidas. Na zona Euro, o FMI aponta para um crescimento anual de 1,2% em

2015 e de 1,4% em 2016, suportado pela redução dos preços do petróleo, pela flexibilização

da política monetária (já amplamente antecipada nos mercados financeiros através das taxas

de juro), por uma política fiscal mais neutra e pela recente desvalorização do euro. Todavia

prevê-se que o investimento ainda apresente níveis baixos, refletindo em parte o impacto de

um crescimento ténue nas economias emergentes.

Relativamente às economias emergentes, o FMI prevê um crescimento relativamente estável:

4,3% em 2015 e 4,7% em 2016, sendo este acréscimo mais fraco do que foi previsto pelo

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FMI em outubro de 2014. Esta revisão em baixa reflete o menor crescimento na China, com

efeitos regionais importantes, a desaceleração na Rússia por conta da descida dos preços do

petróleo e as crescentes tensões geopolíticas. Estes fatores negativos poderão ser

parcialmente mitigados pelo crescimento económico da Índia (6,3% em 2015, contra 5,8%

em 2014). O crescimento da economia chinesa deverá cair de 7,4% em 2014 para 6,8% em

2015, o da economia russa de 0,6% em 2014 para -3% em 2015, enquanto que o Brasil

deverá aumentar ligeiramente a sua performance económica de 0,1% em 2014 para 0,3% em

2015. No seu conjunto e de acordo com o FMI, as economias emergentes deverão registar

um ligeiro decréscimo no crescimento de 4,4% em 2014 para 4,3% em 2015, enquanto na

região do CIS se projeta que as respetivas economias registem um crescimento económico

negativo de -1,4% em 2015 contra 0,9% em 2014.

OO EEnnqquuaaddrraammeennttoo eeccoonnóómmiiccoo nnaa PPeenníínnssuullaa IIbbéérriiccaa

No respeitante a Portugal, as projeções vão no sentido do crescimento económico, sendo que

há alguma divergência quanto à intensidade desse crescimento. O FMI espera uma

aceleração do crescimento económico de 1,2% em 2015 (0,8% em 2014). O Banco de

Portugal (BdP) aponta para uma expansão de 1,5 % em 2015 e a Comissão Europeia (CE)

projeta um crescimento de 1,7%.

O FMI e a CE estimam que em 2015 o principal motor do crescimento será o consumo

privado impulsionado pela redução de preços das commodities, sendo que o baixo

dinamismo da economia mundial continuará a exercer fatores de resistência ao crescimento

das exportações.

Por outro lado, o BdP aponta para a uma ligeira desaceleração no consumo privado, para a

manutenção de um setor exportador robusto, bem como para o fortalecimento da Formação

Bruta de Capital Fixo (FBCF). O BdP antevê também que a evolução da procura interna

ainda continue a ser condicionada pelo nível elevado de endividamento do setor privado e

pelo processo de consolidação fiscal.

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O dinamismo das exportações irá permitir a manutenção de excedentes na balança de capital,

permitindo uma melhoria da posição de investimento internacional. BdP estima que em

2015-2016 a taxa de poupança se manterá estável em torno de 10% do rendimento

disponível, o que é consistente com o contínuo declínio do endividamento das famílias em

percentagem do rendimento disponível (a taxa de poupança das famílias, segundo a CE, será

de 9,6 %). O FMI prevê, com base nas políticas atuais, que o défice orçamental se situe em

3,4% do PIB em 2015, após um défice estimado esperado de cerca de 3,9% do PIB (líquido

de itens extraordinários) em 2014. A CE estima que o défice das administrações públicas

tenha atingido 4,6% do PIB em 2014 (estimativa para 2015: 3,2%), com uma execução

consistente do orçamento de caixa caracterizada pela cobrança sólida de impostos e pela

contenção efetiva de despesas, que mais do que compensou o fraco desempenho de outras

receitas.

O programa de apoio da Troika a Portugal terminou em junho de 2014 e Portugal regressou

aos mercados de dívida soberana, após ter implementado várias iniciativas reformadoras no

sentido de eliminar impedimentos estruturais ao crescimento e à criação de emprego. O FMI

assinala o facto da economia portuguesa ter retomado o crescimento após uma profunda

recessão, realçando a tendência decrescente do desemprego (13,1% no final do 3º trimestre

de 2014 contra 17,5% no pico da crise em 2012). A consolidação fiscal foi substancialmente

alcançada e o deficit excessivo pré-crise da balança da conta corrente transformou-se num

superavit.

A estabilidade financeira tem sido mantida apesar dos desafios recentes, nomeadamente na

sequência da aplicação de medida de resolução ao Banco Espírito Santo (BES), a criação do

banco de transição Novo Banco e a subsequente reestruturação e venda esperada do Novo

Banco. As reservas de capital dos bancos foram reforçadas com um rácio CET1 médio de

10,6% e o rácio empréstimos/depósitos reduziu-se do seu pico pré-crise de 140% para

114%.

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Em termos globais, o FMI reconhece os progressos que Portugal fez, embora observe que o

país continua a enfrentar desafios complexos intensificados por um enquadramento

internacional caracterizado pelo crescimento lento. Um sinal das conquistas que Portugal

alcançou é o acesso do país aos mercados da dívida a taxas de juro em contínuo declínio.

Portugal emitiu cerca de € 17 biliões de dívida em 2014, e a reserva de caixa no final de

outubro era de € 10,5 biliões cobrindo as necessidades de financiamento até meados de 2015.

Para o futuro, o FMI sublinhou a necessidade de Portugal prosseguir com a consolidação

fiscal, havendo sempre espaço para ajustes de estratégia que se justifiquem.

Relativamente a Espanha, outro dos países periféricos que tem sido severamente afetado pela

crise mundial, o FMI estima que a sua economia cresceu 1,4% em 2014, depois de ter

registado um crescimento negativo de -1,2% em 2013. Para 2015, o FMI prevê um

crescimento ainda mais forte de 2,0%, suportado pela procura externa e pela procura interna,

refletindo as condições financeiras favoráveis e uma confiança crescente dos agentes

económicos.

AAttiivviiddaaddeess OOppeerraacciioonnaaiiss

Embora o crescimento em Portugal e na UE tenha sido ténue, o Banco Finantia beneficiou

do regresso destas economias ao crescimento positivo em 2014. Também a consolidação do

sucesso das emissões soberanas portuguesas nos mercados internacionais de capitais e a

abertura gradual dos mercados locais e internacionais às empresas portuguesas representou

uma oportunidade para o Banco. Esta oportunidade foi reforçada pela diminuição contínua

do crédito concedido às empresas portuguesas pelos grandes bancos comerciais. Este ciclo

virtuoso foi perturbado pelo surgimento da crise no BES, no segundo semestre do ano, mas a

situação foi-se invertendo nos últimos meses do ano.

Neste contexto, todas as áreas chave do Banco expandiram as suas atividades, em particular

as áreas de Corporate & Investment Banking e de Mercado de Capitais , que apresentaram

um número recorde de mandatos de assessoria financeiro a empresas de prestígio e um

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aumento do número de emissões primárias de empresas portuguesas. Tudo isto contribuíu

para que o Banco tenha obtido reconhecimento quer local quer internacional, sendo disso

exemplo o prémio "Investment Bank of the Year Portugal " que a revista The International

Banker atribuíu ao Banco Finantia.

A outra área de negócio que manteve um forte crescimento foi a Banca Privada. Com uma

estratégia de marketing eficaz em Portugal e em Espanha, bem como um serviço de grande

qualidade, a Banca Privada cresceu mais de 19% em 2014.

CCoorrppoorraattee && IInnvveessttmmeenntt BBaannkkiinngg

O Banco Finantia é reconhecido e apreciado como um banco de investimento internacional e

independente de base portuguesa, com uma oferta de serviços completa em Corporate e

Investment Banking às empresas suas clientes e nos diversos mercados em que opera. O

Banco é ativo na promoção de serviços para clientes Corporate no seu Core Market –

Portugal, Espanha e Brasil - com enfoque em serviços de assessoria financeira e na oferta de

produtos de renda fixa. Na área de renda fixa, o enfoque é não apenas junto de investidores

de base doméstica mas também e de forma crescente junto de investidores de base

internacional, através das suas estruturas em Madrid, Londres, Nova Iorque e São Paulo,

contribuindo de forma significativa para a crescente diversificação das respetivas fontes de

financiamento.

De modo a dar corpo a um desenvolvimento sustentado da atividade desenvolvida, as

equipas de Corporate e Investment Banking foram reforçadas em 2014 procurando atrair

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talento adicional que permita ao Banco expandir o volume de atividades mantendo uma

oferta de qualidade.

Em 2014, dando seguimento à estratégia comercial de reaproximação às empresas, a área de

Corporate e Investment Banking aumentou significativamente o seu nível de atividade.

Foram angariados 14 programas de papel comercial com emitentes de base portuguesa num

montante total de € 188 milhões e foram realizadas ao longo do ano 48 emissões num

montante total de € 344 milhões. Esta fonte de financiamento às empresas portuguesas é um

dos pilares de desenvolvimento da relação do Banco com as mesmas, permitindo que se

evolua para outras plataformas de financiamento, com maior sustentabilidade e

profundidade, como seja o mercado obrigacionista, quer doméstico que internacional.

O Banco liderou ainda quatro emissões de empréstimos obrigacionistas para emitentes

portugueses, num total de € 260 milhões e admitidas à cotação nas bolsas do Luxemburgo e

Euronext Lisboa, o que coloca o Banco como um dos principais intervenientes neste

mercado. As emissões lideradas e organizadas pelo Banco foram colocadas em Portugal e

internacionalmente em Espanha, Reino Unido e Suíça.

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Ainda em 2014, o Banco participou em Espanha no sindicato de colocação da Copasa (€ 30

milhões), na qualidade de Co-Líder, iniciando a sua atividade num novo mercado, o MARF

(Mercado Alternativo de Renda Fixa), no qual o Banco pretende vir a assumir posição de

relevo.

A atividade de mercado primário de renda fixa em 2014 foi significativamente afetada no

segundo semestre do ano na sequência da aplicação de medida de resolução ao BES e a

insolvência das empresas do GES. Espera-se que durante o primeiro semestre de 2015 se

consiga restabelecer a confiança por parte dos investidores institucionais em títulos

portugueses de modo a retomar o trajeto iniciado em 2014.

Ao nível da assessoria financeira, foram desenvolvidos diversos projetos, incluindo entre

outros: a assessoria à Fidelidade Seguros (Grupo chinês Fosun) na aquisição da Espírito

Santo Saúde, naquela que foi a OPA mais concorrida de sempre na bolsa Portuguesa e que

resultou na maior transação em bolsa efetuada em Portugal (€ 488 milhões); a assessoria à

TCC (consórcio da Moventia e Metro de Barcelona) no âmbito das subconcessões a privados

dos sistemas de transportes urbanos da cidade do Porto, STCP e Metro do Porto; e as

assessorias à Secil e à Sugal no âmbito dos seus processos de internacionalização.

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Na área de ações o Banco esteve envolvido nas principais operações de mercado de capitais

executadas em Portugal com posições de relevo, em particular como Co-Líder na Oferta

Pública Inicial da ES Saúde, intermediário financeiro na OPA da Fidelidade Seguros à ES

Saúde e assessor financeiro da Portugal Telecom SGPS no âmbito da OPA lançada pela

Terra Peregrin.

MMeerrccaaddoo ddee CCaappiittaaiiss

A área de Mercado de Capitais do Grupo Banco Finantia manteve como principais áreas de

atuação a colocação e o trading de instrumentos de dívida e operações cross-border

refletindo a dimensão internacional do Grupo e dos seus clientes. A sua atividade é

desenvolvida através de cinco presenças: Lisboa, Madrid, Londres, Nova Iorque e São Paulo.

A estratégia delineada tem por base um enfoque cada vez maior na internacionalização com

o objetivo de oferecer uma plataforma global de distribuição das operações originadas pelo

Grupo.

O enquadramento macroeconómico em 2014 foi afetado negativamente pelas tensões

geopolíticas na Europa de Leste e o abrandamento do crescimento da China. O final do

programa de estímulos à economia americana por parte da Reserva Federal foi mitigado pelo

anúncio de políticas monetárias expansionistas por parte do BCE e do Banco Central do

Japão. A nível nacional, a dívida soberana voltou a ter uma performance positiva durante o

ano.

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Neste contexto, a atividade de mercado de capitais do Banco Finantia focou-se no apoio aos

emitentes ibéricos na obtenção de fontes alternativas de financiamento através do aumento

do número de programas de Papel Comercial e da emissão de Empréstimos Obrigacionistas,

em que se destacam operações no setores da saúde e da construção em Portugal assim como

participação no Mercado Alternativo de Renda Fixa, plataforma de financiamento para

pequenas e médias empresas através da emissão de títulos de renda fixa, lançado em Espanha

em novembro de 2013.

Embora 2014 tenha registado uma redução nos volumes transacionados devido ao contexto

nacional e internacional que revelou uma menor liquidez nos mercados secundários de

dívida, a área de mercado capitais do Grupo apresentou um crescimento de resultados

comparativamente a 2013, resultado da estratégia definida para uma maior

internacionalização e através do aumento do número de operações originadas pelo Banco.

EEmmpprrééssttiimmooss ee TTrraaddee FFiinnaannccee

A exemplo dos anos anteriores, os negócios da área de Empréstimos e Trade Finance do

Banco Finantia foram concentrados na gestão de uma carteira especializada focada na

intermediação de ativos financeiros nos mercados secundários e na obtenção de ganhos de

capital aproveitando oportunidades de arbitragem. O volume da carteira de empréstimos

permaneceu com níveis estáveis durante o ano.

O mercado primário de empréstimos sindicados para países emergentes permanece ainda

bastante abaixo dos volumes negociados antes da crise financeira que começou em 2008. A

alta liquidez presente no sistema bancário internacional fez com que os spreads dos ativos de

grau de investimento continuassem baixos, o mesmo acontecendo com o volume de papéis

oferecidos nos mercados secundários. Esta situação começou a alterar-se no final do ano

com uma mudança negativa na perceção de risco de alguns países emergentes,

nomeadamente países do Leste Europeu, afetados pela crise na Ucrânia, bem como países

afetados pela queda do preço do petróleo.

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A atividade principal nesta área, executada pelos escritórios de Londres, São Paulo e Nova

Iorque, permaneceu concentrada na compra e venda de emissões de grande porte de

emitentes corporativos e financeiros de mercados emergentes, nomeadamente América

Latina, Leste Europeu, África e Turquia. Aproveitou-se também a melhoria do risco dos

países periféricos da Europa para o desenvolvimento de mais negócios envolvendo emitentes

da Península Ibérica.

BBaannccaa PPrriivvaaddaa -- FFiinnaannttiiaa PPrriivvaattee

A Banca Privada (Finantia Private) prosseguiu durante o ano de 2014 a sua estratégia de

expansão da atividade na Península Ibérica, com o consequente impacto no alargamento da

base de clientes (+11%) e no aumento do volume de ativos sob gestão (+19%). A tendência

positiva dos últimos exercícios tem vindo a consolidar a presença do Banco nesta área de

negócio.

Para esta melhoria convergiram decisivamente vários fatores: (i) uma equipa comercial

reforçada, motivada e disponível na ação, proporcionando assim um melhor

acompanhamento das necessidades, objetivos e expectativas dos clientes; (ii) a contínua

divulgação da marca Finantia Private e dos nossos produtos junto de sites on-line

especializados em produtos e serviços financeiros; (iii) a preferência por produtos de baixo

risco e inovadores, que corresponderam adequadamente e em cada momento aos objetivos

dos clientes; (iv) introdução do homebanking.

As economias desenvolvidas devem apresentar uma aceleração do crescimento do PIB em

2015, em particular os EUA. Se a expectativa em relação aos EUA é de uma recuperação

robusta, o mesmo não se espera para a Zona Euro e para o Japão, havendo a expectativa que

o BCE e o Banco do Japão adotem estímulos monetários mais agressivos em 2015, para

reanimar o crescimento económico e evitar o perigo da deflação. Perante este cenário, o

Finantia Private adapta a sua proposta de valor, de modo a proporcionar uma oferta integrada

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e independente de produtos e serviços de reconhecida excelência e uma adequada gestão do

risco face à constante incerteza dos mercados.

O Finantia Private continuará a prosseguir ao longo de 2015 objetivos de crescimento do

volume de negócios, quer pela captação de novos clientes, quer pela dinamização do grau de

envolvimento com os clientes atuais. O nosso serviço desenvolve-se num ambiente de

discrição, confidencialidade e independência e com uma preocupação permanente quanto à

rentabilidade das carteiras e à proteção do património dos clientes.

O Banco oferece serviços de Banca Privada em Portugal (Lisboa e Porto) e em Espanha

através do Banco Finantia Sofinloc (Madrid, Barcelona e Valência).

TTeessoouurraarriiaa

A atividade da Tesouraria do Banco no ano de 2014 desenvolveu-se numa conjuntura

marcada pela execução de políticas monetárias antagónicas nos dois lados do Atlântico.

Na Zona Euro, os baixos níveis de crescimento económico e a crescente preocupação com

riscos de deflação, levaram a um reforço das políticas monetárias expansionistas, tendo o

BCE reduzido as suas taxas diretoras, e anunciado medidas adicionais de cedência de

liquidez com novos programas de aquisição de ativos (Asset Backed Securities e Covered

Bonds).

Nos EUA, a expansão da economia levou a Reserva Federal a implementar uma política de

redução de injeção de liquidez no sistema financeiro.

Em Portugal, o ano foi marcado positivamente pelo fim do Programa de Assistência

Financeira, pela melhoria da atividade económica e dos níveis de confiança dos

consumidores e pela reabertura dos mercados internacionais às emissões de dívida soberana

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Portuguesa. Do lado negativo é de salientar a instabilidade causada pela aplicação da medida

de resolução ao BES e pela insolvência do GES.

O segundo semestre do ano fica ainda marcado pelo agravamento das tensões geopolíticas na

Europa de Leste e Médio Oriente, que fez aumentar a volatilidade dos mercados financeiros

e o nível de aversão ao risco.

Neste contexto desafiante, a atividade da Tesouraria atingiu com sucesso os objetivos

traçados quer no reforço da política de diversificação das principais fontes de financiamento,

quer no controlo e mitigação dos principais riscos financeiros do Grupo.

O aumento registado na captação de depósitos de clientes e de financiamento colateralizado

em 16% e 4%, respetivamente, permitiu reforçar a posição de liquidez do Grupo e reduzir

em 26,6% o montante utilizado nas operações de refinanciamento do Banco Central

Europeu.

Este aumento foi acompanhado pelo incremento no número de clientes de depósitos (+11%)

e contrapartes ativas no financiamento com colateral (+36%) e pelo aumento do prazo médio

e pela redução na taxa média deste tipo de operações.

Na perspetiva do controlo dos riscos financeiros, é de salientar o aumento da diversificação

da carteira de títulos do Grupo (com um incremento no número de entidades e redução no

montante médio por entidade), bem como a execução de diversas operações de cobertura de

risco de taxa de juro, nomeadamente através da contratação de instrumentos financeiros

derivados.

De destacar ainda o reembolso antecipado (clean-up call) da operação de securitização LTR

6, no início do exercício, no valor de € 54 milhões. Já no início de 2015 foi também

realizado o reembolso antecipado do LTR7 no valor de € 24 milhões.

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AAttiivviiddaaddeess ddee SSuuppoorrttee

SSiisstteemmaass ddee IInnffoorrmmaaççããoo

Em 2014, no âmbito do projeto de revisão da arquitetura de sistemas de informação, foi

selecionado o package para a implementação da plataforma corporativa de Business

Intelligence. Este projeto quando totalmente implementado irá abranger os três vetores

considerados essenciais para uma boa gestão de eficiência, nomeadamente estrutura de

dados, gestão de ativos e experiência de utilizador. Foram implementados projetos de

natureza regulamentar, destacando-se pela sua importância e impacto a segunda fase do

Projeto FINREP/COREP, EMIR (Reporting Regulatório de Operações para os Global Trade

Repositories), Reporte das Operações e Posições com o exterior (COPES e COL’s),

Compliance Data Center e Projeto FACTA.

Foi concluída a implementação e feito o Go Live do Canal de HomeBanking, permitindo aos

clientes do Banco o acesso aos seus ativos e uma nova forma de contacto/interação com a

instituição.

Foram revistas as áreas de suporte funcional e operacional a meios de pagamento e concluída

a migração de Aplicações legacy que existiam. Foi alargada a utilização da Plataforma de

CRM ao nível de Contrapartes e da gestão da sua interação, bem como entregues Módulos

do novo Enterprise Resource Planning (ERP) de suporte a processos de serviços partilhados

(a título de referência Faturação, Economato e Gestão de Frota).

Ao nível de infraestrutura avançou-se com a análise, seleção e substituição de Equipamentos

Multifuncionais, Centrais telefónicas, Proxys, Gravadores de Chamadas e Parque

Informático. Foi igualmente implementada uma solução de Videoconferência na Sede,

otimizadas as Larguras de Banda da WAN e criada redundância de comunicações entre a

WAN e o Canal de HomeBanking. Foram revistas as soluções de virtualização, tendo-se

dedicado uma nova infraestrutura à plataforma SOA.

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Relativamente ao Plano de Continuidade de Negócio (PCN), foram atualizadas as Matrizes

de Relevância por Processos, Plano de Recursos Humanos associado a cada Processo, assim

como as suas Checklists. Em função disso, foram adicionadas novas Aplicações ao Centro de

Disaster Recovery, maximizando desta forma a sua abrangência em termos Aplicacionais.

OOppeerraaççõõeess

Ao nível das Operações, o maior desafio no ano de 2014 centrou-se na operativa de emissões

de papel comercial e obrigações nacionais para empresas. Para o efeito, consolidaram-se os

procedimentos, desenvolveram-se as aplicações de registo e o Banco retomou a filiação na

Interbolsa como intermediário financeiro.

O acompanhamento das novas atividades não prejudicou uma performance muito positiva ao

nível da eficiência, qualidade e segurança de processamento das operações.

De modo a manterem-se elevados padrões de qualidade, procedeu-se à revisão de várias

aplicações e reportes às entidades reguladoras. No âmbito de novas obrigações de reporte,

destaca-se o trade reporting on OTC Derivatives ao EMIR (European Market Infrastructure

Regulation) e o arranque do projeto FATCA (Foreign Account Tax Compliance Act), que

obrigaram a análise e desenvolvimentos internos, bem como à acomodação de novos

requisitos de informação.

Relativamente aos sistemas de pagamento, há a realçar a operacionalização do serviço de

compensação de cheques e afins com a SIBS Processos, que vai permitir maior eficiência e

fiabilidade.

Em 2015, o Departamento de Operações vai manter a revisão de procedimentos e manuais

operacionais e continuar a apostar no reforço de competência das pessoas que constituem as

várias equipas, de modo a responder da melhor forma aos desafios do próximo ano.

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RReeccuurrssooss HHuummaannooss

No Grupo Banco Finantia reconhecemos e recompensamos a excelência e a qualidade de

desempenho dos nossos colaboradores. O capital humano representa o principal ativo do

Grupo e estamos conscientes que apenas com colaboradores competentes, motivados e

alinhados com a visão e os objetivos da Organização poderemos encarar o futuro com

confiança, ambição e determinação.

Um dos maiores desafios para qualquer organização consiste na capacidade de se renovar,

atraindo novos talentos e retendo o talento existente. O Grupo tem sido consistente nesse

âmbito, atraindo e mantendo profissionais capazes de desenvolver funções de elevada

exigência funcional e geográfica, em função das atividades internacionais do Grupo.

Em 2014, mudaram de departamento ou função cerca de 5% dos colaboradores. A rotação

envolveu também a deslocação de colaboradores da sede para os escritórios/filiais no

estrangeiro (Espanha, Reino Unido, EUA e Brasil) e em sentido contrário, a vinda de

colaboradores provenientes do estrangeiro para a sede do Grupo, em Lisboa, numa ótica de

acolhimento, integração e formação.

O Plano de Formação do Grupo abrange a formação genérica transversal à empresa e

formação específica orientada para as necessidades concretas de cada área ou departamento.

O Grupo, em 2014, continuou empenhado na formação dos seus colaboradores, e manteve

igualmente o reforço e aperfeiçoamento das competências consideradas chaves para a

Organização. Em termos numéricos, desenvolveram-se 53 ações de formação internas e

externas, tendo abrangido cerca de 59% do quadro de efetivos.

Em termos de gestão de desempenho manteve-se o mesmo sistema de avaliação anual. Os

resultados obtidos nesse processo de avaliação, quer ao nível dos avaliados quer ao nível dos

avaliadores, continuam a constituir uma ferramenta essencial para a identificação das

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necessidades da Organização, bem como para o desenvolvimento de novas competências dos

colaboradores.

RReessppoonnssaabbiilliiddaaddee SSoocciiaall,, MMeecceennaattoo ee EEdduuccaaççããoo

RReessppoonnssaabbiilliiddaaddee SSoocciiaall

O Banco Finantia consolidou o seu apoio a ações específicas de solidariedade social

dirigidas a crianças e jovens desfavorecidos e/ou com necessidades educativas especiais.

Deste modo, em 2014 os apoios foram canalizados para:

– A “APSA – Associação Portuguesa do Síndrome de Asperger”: instituição cuja missão

consiste em apoiar os portadores de uma perturbação neurocomportamental específica de

base genética;

– A “Raríssimas”: associação de ajuda a pessoas portadoras de doenças raras;

– A “Liga dos Amigos do Hospital S. João do Porto”: associação de apoio a crianças e

idosos carenciados em contexto de internamento;

– O “Banco do Bebé”: associação de ajuda às famílias carenciadas dos bebés que nascem na

Maternidade Alfredo da Costa.

MMeecceennaattoo CCuullttuurraall

Sendo mecenas ativo do Palácio Nacional da Ajuda desde 1997, é também com orgulho que

o Banco Finantia é membro fundador da Fundação de Serralves (1995) onde tem patrocinado

diversos programas culturais e sociais.

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EEdduuccaaççããoo

Em 2014, o Banco Finantia deu continuidade à colaboração que tem mantido há vários anos

com o ISEG – Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa,

atribuindo um prémio ao melhor aluno do primeiro ano do Mestrado em “Economia

Internacional e Estudos Europeus”. O Banco é também membro fundador da ”Fundação

Económicas – Fundação para o Desenvolvimento das Ciências Económicas, Financeiras e

Empresariais”.

PPeerrssppeettiivvaass FFuuttuurraass

Em 2015, as perspetivas para a economia portuguesa e para o Banco Finantia são positivas.

Tanto Portugal como Espanha têm um potencial de crescimento mais consistente do que em

2014. Ambas as economias irão beneficiar do aumento do consumo doméstico, do impulso

das exportações, do surgimento de novos investimentos empresariais (incluindo importantes

investimentos estrangeiros diretos) e do declínio contínuo do desemprego. A taxa de

poupança deverá manter-se em níveis saudáveis e os mercados de capitais internacionais

tenderão a ser cada vez mais recetivos aos emitentes portugueses.

O Banco Finantia está bem posicionado para tirar proveito deste enquadramento. O Banco

irá continuar a focar-se nos seus mercados estratégicos, Portugal, Espanha e Brasil com

especial ênfase em serviços de assessoria financeira e em originação, venda e distribuição de

títulos de renda fixa e empréstimos, sem nunca deixar de estar atento a outras oportunidades

na área da banca de investimento que o contexto atual poderá apresentar.

Prevê-se um crescimento do crédito com um especial enfoque nas empresas. Na sequência

do aumento da taxa de poupança em Portugal e Espanha, o Banco Finantia vai continuar a

desenvolver as suas atividades de Private Banking e a expandir a sua base de clientes,

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mantendo a qualidade do seu atendimento personalizado a clientes como imagem de marca

do Banco Finantia.

No que respeita ao Corporate Finance, o Banco procurará aproveitar as reestruturações e

desinvestimentos que continuam a ocorrer no tecido empresarial português, apoiando

também as empresas na busca de oportunidades de expansão para o exterior. Em paralelo, o

Banco Finantia apoiará os investidores estrangeiros na identificação de oportunidades de

negócio na Península Ibérica.

Relativamente às atividades de mercado de capitais e empréstimos, o Banco Finantia

continuará a fortalecer as suas equipas de originação e vendas. A volatilidade atual do

mercado poderá continuar a apresentar oportunidades de negócios rentáveis, enquanto que as

restrições atuais de crédito bancário poderão permitir o crescimento das operações em

mercado de capitais.

Em resumo o Banco vai fortalecer ainda mais a sua presença internacional, aproveitando o

know-how adquirido ao longo de mais de 25 anos de transações internacionais e de laços de

confiança estabelecidos com importantes clientes internacionais e com as mais prestigiadas

instituições internacionais.

AAççõõeess PPrróópprriiaass

No início de 2014 o Banco não detinha ações próprias. As compras e vendas de ações

próprias em 2014 foram feitas ao abrigo das deliberações da Assembleia Geral do Banco de

10 de maio de 2013 e 30 de maio de 2014, que incluem igualmente uma autorização especial

para a compra e venda de ações da Sociedade pelos colaboradores do Grupo. Durante o

exercício de 2014, o Banco adquiriu 2.501.063 ações no montante de EUR 3.015.075,60,

das quais 2.385.794 ao abrigo de um programa de compra de ações a todos os acionistas e

115.269 ações ao abrigo da autorização para colaboradores. Em 31 de dezembro de 2014, o

Banco detinha 2.501.063 ações próprias.

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AApplliiccaaççããoo ddee RReessuullttaaddooss

O lucro líquido consolidado atingiu EUR 11,9 milhões em 2014, uma subida significativa

face aos EUR 6,3 milhões conseguidos em 2013. O lucro líquido individual do exercício

totalizou EUR 29,277,647.20.

Considerando que se encontram cumpridos os níveis mínimos de rácios regulamentares bem

como se encontram satisfeitas as condições prudenciais aplicáveis, é proposta a seguinte

aplicação de resultados:

- o valor de 2.927.764,72 para a reserva legal;

- um dividendo de 10,6 cêntimos por ação em circulação, com referencia a 31 de dezembro

de 2014, o que perfaz cerca de metade do resultado do exercício, sem prejuízo do disposto na

Carta Circular do Banco de Portugal 2015/00000022 de 13 de março de 2015 sobre políticas

de distribuição de dividendos.

- para reservas livres o remanescente do resultado.

CCoonnssiiddeerraaççõõeess FFiinnaaiiss

O Conselho de Administração do Banco Finantia agradece a todos os que apoiaram as suas

atividades.

Aos seus clientes, acionistas, órgãos sociais e auditores uma palavra de reconhecimento pela

confiança depositada. A todos os colaboradores um grande obrigado pelo esforço, dedicação,

lealdade e profissionalismo.

Uma palavra de especial apreço e agradecimento aos membros do Conselho de

Administração e em particular aos da Comissão Executiva, cujos mandatos terminaram

recentemente, por terem mantido o Banco numa trajetória positiva e de clara melhoria de

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resultados nas principais áreas de negócio, apesar da difícil conjuntura e das adversidades a

que o setor bancário foi sujeito nos últimos anos.

Lisboa, 25 de março de 2015

OO CCoonnsseellhhoo ddee AAddmmiinniissttrraaççããoo

PPeeddrroo PPeerreessttrreelloo ddooss RReeiiss Presidente Executivo

DDaavviidd PPaauulliinnoo GGuueerrrreeiirroo GGoonnççaalloo VVaazz BBootteellhhoo Vice-Presidente Executivo

RRiiccaarrddoo BBoorrggeess CCaallddeeiirraa TTiiaaggoo CCaarrvvaallhhoo LLooppeess

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Relatório e Contas Individuais | 2014

Relatório do Conselho de Administração

A N E X O

Artigos 447º e 448º do

Código das Sociedades Comerciais

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A N E X O A O R E L A T Ó R I O D O C O N S E L H O D E A D M I N I S T R A Ç Ã O

1. Participações dos membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal no capital do Banco Finantia S.A. (o Banco).

Lista de ações em 31/12/2014 a que se refere o nº 5 do artº. 447º do Código das Sociedades Comerciais: - Eduardo de Almeida Catroga no início e no final do exercício detinha 14.565 acções do Banco. - José Manuel de Almeida Archer no início e no final do exercício detinha 5.428 acções do Banco. - António Manuel da Silva Vila Cova no início e no final do exercício detinha 8.490 acções do Banco.

2. Lista dos titulares de participações qualificadas em 31/12/2014 a que se referem o nº 4 do art.º 448º do Código das Sociedades Comerciais:

* O capital social é constituído por 150.000.000 de acções ordinárias

3. Lista de accionistas que deixaram, durante o exercício de 2014, de ser titulares de participações de pelo menos um décimo do capital social, a que se refere o nº 4 do art.º 448º do Código das Sociedades Comerciais:

Em 11/03/2014, a sociedade de direito francês “Natixis” alterou a sua participação para 9,90% decorrente da alienação de 2,20% do capital social do Banco Finantia, S.A. .

Accionista Número de acções detidas % Capital Social *

Finantipar – S.G.P.S., S.A.

78.750.465

52,50

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Relatório e Contas Individuais | 2014

Relatório do Conselho de Administração

A N E X O

Adopção das Recomendações do Financial Stability Forum (FSF) e do Committee of European Banking Supervisors (CEBS) relativas à Transparência da

Informação e à Valorização dos Activos

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ANEXO

Adoção das Recomendações do Financial Stability Forum (FSF) e do Committee of European Banking Supervisors (CEBS) relativas à Transparência da Informação e à

Valorização dos Ativos O Banco de Portugal, através das Cartas Circular nº 46/08/DSBDR e nº 97/08/DSBDR, de 15 de Julho e 3 de Dezembro, respetivamente, adotou as recomendações do Financial Stability Forum (FSF) e do Committee of European Banking Supervisors (CEBS) sobre a publicação de um conjunto de informações tendo em vista um melhor conhecimento da situação financeira das instituições financeiras em geral, e dos bancos em particular. A informação neste Anexo tem como objetivo cumprir com os requisitos exigidos de divulgação. I. MODELO DE NEGÓCIO

1. Descrição do modelo de negócio A descrição da estratégia e do modelo de negócio do Banco é apresentada no Relatório de Gestão o qual é parte integrante das Demonstrações Financeiras 2014. 2., 3., 4. e 5. Atividades desenvolvidas e contribuição para o negócio No corpo do Relatório de Gestão apresenta-se informação acerca da estratégia e objetivos das áreas de negócio do Banco e sua evolução. II. RISCOS E GESTÃO DOS RISCOS

6. e 7. Descrição e natureza dos riscos incorridos O Relatório de Gestão e as Demonstrações Financeiras (veja-se Nota 36. Gestão dos riscos da atividade) apresentam uma descrição de como a Função de Gestão dos Riscos se encontra organizada no seio do Banco, assim como informação que permite ao mercado obter a percepção sobre os riscos incorridos pelo Banco e mecanismos de gestão para a sua monitorização e controlo. III. IMPACTO DO PERÍODO DE TURBULÊNCIA FINANCEIRA NOS RESULTADOS

8. Descrição qualitativa e quantitativa dos resultados

Os principais impactos provocados pelo atual período de turbulência financeira são descritos no Relatório de Gestão.

Foi adotada uma descrição qualitativa atendendo a que se nos afigura desproporcionado e não quantificável a mensuração dos efeitos relacionados apenas com a turbulência financeira

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atendendo a que foi acompanhada por fortes perturbações no mercado das matérias primas e do preço do petróleo com reflexos em vários domínios da economia nacional e internacional. 9. e 10. Desagregação dos “write-downs” O Banco não está exposto a produtos e instrumentos afetados pelo período de turbulência, nomeadamente commercial mortgage-backed securities, residential mortgage-backed securities, colateralised debt obligations e asset-backed securities. 11. e 12. Comparação dos impactos entre períodos Não aplicável. 13. Influência da turbulência financeira na cotação das acções do Banco Não aplicável. 14. Risco de perda máxima Na Nota 36 das demonstrações financeiras “Gestão dos Riscos da Atividade” é divulgada informação sobre as perdas suscetíveis de serem incorridas em situações de stress do mercado. 15. Responsabilidades do Banco emitidas e resultados Na Nota 8 das demonstrações financeiras faz-se divulgação sobre o impacto nos resultados decorrentes da reavaliação da dívida emitida. IV. NÍVEIS E TIPOS DAS EXPOSIÇÕES AFETADAS PELO PERÍODO DE TURBULÊNCIA

16. Valor nominal e justo valor das exposições Na Nota 39 das demonstrações financeiras apresentam-se os ativos e passivos financeiros evidenciando o valor de balanço e o respetivo justo valor. 17. Mitigantes do risco de crédito Adicionalmente a outras referências à gestão do risco de crédito, na Nota 10 das demonstrações financeiras são divulgados os derivados para gestão de risco e os ativos e passivos a eles associados. 18. Informação sobre as exposições do Banco Não aplicável. 19. Movimentos nas exposições entre períodos Não aplicável. 20. Exposições que não tenham sido consolidadas Não aplicável.

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21. Exposição a seguradoras e qualidade dos ativos segurados Não aplicável. V. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E MÉTODOS DE VALORIZAÇÃO

22. Produtos estruturados Estas situações estão desenvolvidas nas políticas contabilísticas constantes das notas anexas às demonstrações financeiras. 23. Special Purpose Entities (SPE) e consolidação Não aplicável. 24. e 25. Justo valor dos instrumentos financeiros Veja-se ponto 16 do presente Anexo. Nas políticas contabilísticas referem-se as condições de utilização da opção do justo valor, bem como as técnicas utilizadas para a valorização dos instrumentos financeiros VI. OUTROS ASPETOS RELEVANTES NA DIVULGAÇÃO

26. Descrição das políticas e princípios de divulgação A política de divulgação de informação de natureza contabilística e financeira do Banco visa dar satisfação a todos os requisitos de natureza regulamentar, sejam eles ditados pelas normas contabilísticas ou pelas entidades de supervisão e de regulação do mercado.

Adicionalmente, procura alinhar as suas divulgações pelas melhores práticas do mercado atendendo, por um lado, à relação de custo/benefício na captação da informação relevante e, por outro, dos benefícios que a mesma poderia proporcionar aos diversos utilizadores.

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Relatório e Contas Individuais | 2014

Relatório do Conselho de Administração

A N E X O

Prestação do Serviço de Mediação de

Seguros ou de Resseguros

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A N E X O A O R E L A T Ó R I O D O C O N S E L H O D E A D M I N I S T R A Ç Ã O

Prestação do serviço de mediação de seguros ou de resseguros

O presente anexo é elaborado de acordo com a Norma Regulamentar do ISP n.º 15/2009, e contém informação respeitante à atividade de mediação de seguros ou de resseguros desenvolvida pela Sociedade.

a) Descrição das políticas contabilísticas adotadas para reconhecimento das remunerações, incluindo os métodos, quando aplicável, utilizados para determinar, nos termos da Norma Contabilística e de Relato Financeiro (NCRF) 20 ou da International Accounting Standard (IAS) 18, consoante o regime aplicável, a fase de acabamento de transações que envolvam a prestação de serviços ao longo do período de vigência do contrato de seguro, exceto se essa informação já se encontrar descrita noutra nota, caso em que deve ser explicitamente identificada;

As políticas contabilísticas da Sociedade são descritas na Nota 2 das notas explicativas às demonstrações financeiras.

b) Indicação do total das remunerações recebidas desagregadas por natureza (numerário/espécie) e por tipo (comissões, honorários e outras remunerações);

Durante o exercício de 2014 foram recebidas comissões, em numerário, no montante de m€ 1.651

c) Indicação do total das remunerações relativas aos contratos de seguro por si intermediados desagregadas por ramo «Vida», fundos de pensões e conjunto dos ramos «Não vida», e por origem (por empresas de seguros, outros mediadores e clientes);

O total das comissões foram originadas por empresas de seguros podendo ser desagregadas em ramo “Vida” (m€ 637) e ramos “Não vida” (m€ 1.014).

d) Indicação da existência de níveis de concentração, ao nível de empresas de seguros, outros mediadores e clientes, iguais ou superiores a 25% do total das remunerações auferidas pela carteira;

Duas empresas de seguros excedem o nível de concentração de remunerações de 25%.

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e) Valores das contas «clientes» no início e final do exercício, assim como o volume movimentado no ano, aplicável para os mediadores de seguros que movimentem fundos relativos a contratos de seguros;

No início do exercício, o valor das contas de “Clientes” ascendia a m€ 225, sendo que no final do exercício ascendia a m€ 12. O volume movimentado no ano ascendeu a m€ 6.630.

f) Contas a receber e a pagar desagregadas por origem (tomadores de seguro, empresas de seguros, outros mediadores e clientes);

Em 31 de dezembro de 2014, o valor das contas a receber e a pagar às empresas de seguros ascendem, respetivamente, m€ 175 e a m€ 257

g) Indicação dos valores agregados incluídos nas contas a receber e a pagar segregados por:

i) Fundos recebidos com vista a serem transferidos para as empresas de seguros para pagamento de prémios de seguro;

Em 31 de dezembro de 2014 este montante ascende a m€ 14

ii) Fundos em cobrança com vista a serem transferidos para as empresas de seguros para pagamento de prémios de seguro;

Em 31 de dezembro de 2014 este montante ascende a m€ 243

iii) Fundos que lhe foram confiados pelas empresas de seguros com vista a serem transferidos para tomadores de seguro, segurados ou beneficiários;

Não aplicável

iv) Remunerações respeitantes a prémios de seguro já cobrados e por cobrar;

Em 31 de dezembro de 2014 este montante ascende a m€ 163

v) Outras quantias com indicação da sua natureza;

Não aplicável

h) Análise da idade das contas a receber vencidas à data de relato mas sem imparidade e das contas a receber individualmente consideradas com imparidade, bem como os fatores que o mediador de seguros ou de resseguros considerou na determinação dessa imparidade;

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As contas a receber não apresentam imparidade, dado o curto prazo de pagamento envolvido na mediação.

i) Informação acerca de eventuais garantias colaterais detidas a título de caução e outros aumentos de crédito e, salvo se impraticável, uma estimativa do seu justo valor;

Não aplicável

j) Transmissões de carteiras de seguros em que tenha participado durante o exercício, com indicação dos valores envolvidos;

Não aplicável

k) Contratos cessados com empresas de seguros nos termos do artigo 45.º do Decreto-Lei n.º 144/2006, de 31 de Julho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 359/2007, de 2 de Novembro, e indicação de eventuais indemnizações de clientela;

Não aplicável

l) Breve descrição da natureza de obrigações materiais, incluindo passivos contingentes, e quando praticável uma estimativa do seu efeito financeiro, excepto se essa informação já se encontrar descrita noutra nota, caso em que deve ser explicitamente identificada.

Não aplicável

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Relatório e Contas Individuais | 2014

Relatório do Conselho de Administração

A N E X O

Relatório sobre a Estrutura

e as Práticas de Governo Societário (“RGS”)

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ANEXO

Relatório sobre a Estrutura

e as Práticas de Governo Societário

(“RGS”)

25 de março de 2015

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Relatório de Governo Societário

• • • • • • •

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Introdução

O Banco Finantia, S.A. (doravante designado abreviadamente por “BFT” ou “Sociedade”)

elabora em anexo ao Relatório de Gestão um Relatório inteiramente dedicado ao Governo

Societário.

Salvo indicação expressa em contrário todos os elementos de informação são prestados com

referência ao exercício de 2014 ou à data de referência de 31 de dezembro último.

A Sociedade visa dar a conhecer de forma clara e transparente a incorporação dos princípios do

bom governo societário, em observância das normais legais e regulamentares em vigor,

nomeadamente em cumprimento do Aviso nº 10/2011 do Banco de Portugal e o Código das

Sociedades Comerciais.

Em 2012, o Banco de Portugal abriu um processo contraordenacional contra o Banco Finantia,

S.A., Finantipar, SGPS, S.A. e alguns dos seus administradores na altura (2007) por questões

relacionadas com reporte e consolidação das contas do exercício de 2007. Em 2014, e em

resultado desse processo, o Banco de Portugal decidiu aplicar uma coima ao Banco Finantia.

Está pendente o recurso da referida coima no Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão.

As contas do Banco Finantia e Finantipar - SGPS, S.A. nunca tiveram qualquer menção de

reservas por parte dos seus auditores externos (PwC), e as questões em causa não têm nem

tiveram quaisquer efeitos no capital do Banco ou dos seus clientes.

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Í N D I C E

I. Estrutura e Práticas de Governo Societário

II. Assembleia Geral

III. Órgãos de Administração e Fiscalização

IV. Comissões Consultivas

V. Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração

e de Fiscalização

VI. Política de Remuneração dos Colaboradores que Participam nas

Decisões sobre a Gestão e Estratégia Negocial da Sociedade

VII. Política de Remuneração dos Colaboradores com Funções de

Controlo

VIII. Política de Remuneração dos Colaboradores

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Relatório de Governo Societário

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I. Estrutura e Práticas de Governo Societário

Modelo Adoptado

O modelo de governo societário adotado pela Sociedade é conhecido como o Modelo Latino ou

Monista, sendo estruturado da seguinte forma:

A gestão da Sociedade compete ao Conselho de Administração que delegou a gestão corrente

da atividade da Sociedade numa Comissão Executiva composta por 3 (três) administradores.

As competências de fiscalização estão atribuídas ao Conselho Fiscal, cujas responsabilidades

incluem a fiscalização da administração, a vigilância do cumprimento da Lei e dos Estatutos pela

Sociedade, a verificação das contas e a fiscalização da independência do Revisor Oficial de

Contas externo - ao Revisor Oficial de Contas (ROC), consiste a função primordial de examinar

e proceder à certificação legal das contas.

A Assembleia Geral é constituída pelos acionistas com direito a pelo menos um voto e delibera

sobre as matérias que lhes são especialmente atribuídas pela Lei ou pelos Estatutos, incluindo a

eleição dos órgãos sociais, a aprovação do relatório de gestão e das contas do exercício, e a

distribuição de resultados, entre outros.

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Os Estatutos da Sociedade preveem a possibilidade da Assembleia Geral, quando e da forma que

entender conveniente, designar um ou mais acionistas ou criar um ou mais conselhos consultivos

para colaborarem com o Conselho de Administração em assuntos de especial interesse para a

Sociedade.

Existe, assim, o Conselho Estratégico Internacional que é um Conselho Consultivo constituído

por indivíduos com experiência académica e/ou profissional relevante em áreas diversificadas

que aconselham o Conselho de Administração em assuntos relacionadas com a estratégia e o

desenvolvimento das atividades do Banco, não lhes sendo no entanto atribuída qualquer

obrigação ou competências legais.

A Comissão de Remunerações, nomeada pela Assembleia Geral de Acionistas, nos termos e

para os efeitos do artigo 399º do Código das Sociedades Comerciais, propõe a remuneração do

Conselho de Administração, tendo em consideração as funções desempenhadas, a situação

económica da sociedade e as perspetivas a longo prazo da instituição. A Comissão de

Remunerações é composta por dois acionistas e um membro independente, sendo eleita por

mandatos de 3 (três) anos.

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II. Assembleia Geral

A Assembleia Geral é o órgão máximo da Sociedade e representa a universalidade dos

acionistas, competindo-lhe:

(i) eleger os membros dos órgãos de administração e fiscalização;

(ii) aprovar a alteração do contrato de sociedade:

(iii) deliberar sobre o relatório e contas;

(iv) aprovar a política de remuneração dos colaboradores;

(v) proceder à apreciação geral da administração da Sociedade;

(vi) em geral, deliberar sobre todas as matérias que lhe sejam especialmente atribuídas

pela Lei ou pelos Estatutos.

A Mesa da Assembleia Geral é composta por:

Presidente: João Vieira de Almeida

Secretário: Sofia Barata

A cada 100 ações ordinárias corresponde um voto, podendo os Acionistas titulares de ações em

número inferior ao limite exigido pelos Estatutos agruparem-se de forma a completar o número

mínimo exigido.

Cada ação tem o valor nominal de 1 Euro.

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III. Órgãos de Administração e Fiscalização

Órgão de Administração

Conselho de Administração

O Conselho de Administração é o órgão responsável pela gestão da atividade da Sociedade,

sujeito às decisões da Assembleia Geral e à intervenção do Conselho Fiscal nos termos da Lei e

dos Estatutos, competindo-lhe deliberar sobre todas as matérias relacionadas com a

administração da Sociedade.

Os Administradores são eleitos pela Assembleia Geral por períodos de 3 (três) anos, podendo ser

reeleitos por uma ou mais vezes. A Assembleia Geral tem poderes para, a todo o tempo, destituir

qualquer um dos administradores nomeados.

O Conselho de Administração designa de entre os seus membros um presidente, o qual terá voto

de qualidade.

O Conselho de Administração deve reunir pelo menos trimestralmente e o Presidente do

Conselho de Administração ou quaisquer dois administradores têm poderes para convocar uma

reunião do Conselho de Administração.

Os Administradores não executivos acompanham a atividade desenvolvida pela Sociedade,

garantindo-se a efetiva capacidade de supervisão, fiscalização e avaliação da atividade, através

das reuniões regulares do Conselho de Administração, sem prejuízo do acesso a qualquer

informação ou documentação que venha a ser solicitada a qualquer momento.

Composição do Conselho de Administração:

Presidente: António Guerreiro

Vogais: Eduardo Costa

Maria Luisa Antas

Eduardo Catroga

Alexei Mitrofanov

Alexandre Tcherepnine

Nelly Desbarrières

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Segue um breve resumo da experiência de cada um dos membros do Conselho de

Administração:

António

Guerreiro:

Fundador do Banco Finantia. Antes de 1987, António Guerreiro foi Vice-

Presidente do Chase Manhattan Bank em Lisboa. Antes de 1985, tinha sido

Senior Investment Officer do World Bank e da International Finance

Corporation (EUA). Na década de 70, António Guerreiro trabalhou ainda no

Banco Lar Chase, no Rio de Janeiro, e, anteriormente na DCI e na Cimianto,

em Lisboa. É membro do Conselho de Disciplina da Associação Portuguesa

de Bancos e dos Conselhos Consultivos do Harvard Clube de Portugal, do

ISEG, da Ordem dos Economistas e da Inter-American Culture and

Development Foundation (Washington, EUA). Licenciou-se em Finanças

pelo ISEG (Portugal) e obteve um MBA pela Harvard Business School

(EUA).

Eduardo

Costa:

Integrou o Banco Finantia em 1989. Anteriormente desempenhou funções na

International Finance Corporation (EUA) como Director Financeiro e de

Planeamento, tendo sido responsável pelas áreas de Funding, Tesouraria,

Política Financeira e Planeamento. Previamente a ter integrado o IFC,

desempenhou funções de economista no Wells Fargo Bank em São

Francisco (EUA). Eduardo Costa possui um MA em Economia pela

Stanford University (EUA), um MBA em Finanças e um Master of Science

em Engenharia Industrial pela Columbia University (EUA).

Maria Luisa

Antas:

Integrou o Banco Finantia em 1989. Anteriormente, foi Senior Counsel do

Inter-American Development Bank (EUA) na área de project finance da

América Latina. Entre 1981 e 1983, Luísa Antas foi Subsecretária de Estado

da Presidência do Conselho de Ministros e Sub-Secretária de Estado Adjunta

do Ministro para os Assuntos Parlamentares. Luisa Antas é licenciada em

Direito pela Universidade de Lisboa e obteve um Mestrado em Direito pela

Harvard Law School (EUA).

Eduardo

Catroga:

Eduardo Catroga é administrador do Banco desde 1999, tendo

desempenhado funções similares no Banco entre 1989 e 1993. Acumula

estas funções com as de Presidente do Conselho Geral e de Supervisão da

EDP e de Presidente da Sapec Portugal, SGPS. Entre 1993 e 1995 foi

Ministro das Finanças de Portugal. Anteriormente a este período, Eduardo

Catroga desempenhou várias funções de administração, nomeadamente:

Administrador da BP-Portuguesa (1983-1988), Vice-Presidente da Quimigal

(1975-1980), Administrador da CUF (1975-1977) e Consultor do Ministério

das Finanças. Eduardo Catroga é licenciado em Economia e Finanças pelo

ISEG (Portugal) e PMD pela Harvard Business School (EUA).

Alexandre

Tcherepnine:

Alexandre Tcherepnine desempenha as funções de Director Executivo na

área de Investment Management na Portigon AG (ex WestLB). De 1999 a

2012 desempenhou várias funções no WestLB, na área de Private Equity

Investments (Director Executivo) e na de M&A (Director). Anteriormente

desempenhou ainda funções na área de M&A da Salomon Smith Barney

(Associado), Credit Suisse First Boston (Associado), Drueker & Co

(Analista). Alexandre Tcherepnine é licenciado pela Columbia University

(EUA) e possui um MBA pelo IESE (Espanha).

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Alexei

Mitrofanov:

Alexei Mitrofanov desempenha as funções de Director Executivo no VTB

Capital. Anteriormente desempenhou funções na Morgan Stanley (Director

Executivo), Renaissance Capital (Director), United Finantial Group

(Director), Putnam Lovell Securities Inc (Vice Presidente). Alexei

Mitrofanov é licenciado em Economia Cibernética pela Russian Economic

Academy de Moscovo (Rússia) e possui um MBA pelo INSEAD (França).

Nelly

Desbarrières:

Nelly Desbarrières desempenha funções de Corporate Secretary of Finance

and Risks e Head of Subsidiaries and Financial Stakes do Natixis, desde

junho de 2013. Entre 2008 e 2013 foi Secretária da Sociedade e membro da

Comissão Executiva da Natixis Factor, tendo, anteriormente, no período de

1996 a 2008, desempenhado diversas funções no Natixis. Nelly Desbarrières

iniciou a sua carreira em 1986 na Arthur Andersen. Nelly Desbarrières é

licenciada pela ESSEC Business School e do Institut d’Etudes Politiques de

Paris.

Comissão Executiva

A Comissão Executiva, designada pelo Conselho de Administração, é responsável pela gestão

corrente da Sociedade e é composta por: António Guerreiro (Presidente), Eduardo Costa e Maria

Luisa Antas.

Apesar da Comissão Executiva do Banco Finantia ter a competência legal e estatutária da gestão

corrente da Sociedade, as principais funções da atividade corrente e diária do Grupo Banco

Finantia são da responsabilidade de um comité mais alargado, designado por “Comité Executivo

Grupo”, composto por altos executivos do Grupo.

A composição do Comité Executivo Grupo é:

Presidente: António Guerreiro

Vice-Presidente: Eduardo Costa

Vogais: Maria Luisa Antas

João Sabido

Pedro Santos

Gonçalo Vaz Botelho

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Segue um breve resumo do percurso profissional dos três altos executivos que fazem parte do

Comité Executivo do Grupo Banco Finantia:

João Sabido: Integrou o Banco Finantia em 1995. Anteriormente, desempenhou funções

de Diretor Comercial na Companhia de Seguros Scottish Union - Portugal,

de Assistente da Direção Geral no Banco Espírito Santo (Reino Unido) e de

membro da Direção Internacional no Banco Espírito Santo (Lisboa).

Licenciou-se em Finanças pelo ISEG (Portugal) e obteve um MBA pela

Université Catolique de Louvain (Bélgica).

Pedro Santos: Integrou o Banco Finantia em 1993, tendo anteriormente desempenhado

funções no Banco Central Hispano (atualmente pertencente ao Banco

Santander), em Portugal. Pedro Santos é licenciado em Engenharia Industrial

pela Universidade Nova de Lisboa e participou em diversos cursos de

executivos na Cornell University e na Wharton School of Finance (EUA).

Gonçalo Vaz

Botelho:

Integrou o Banco Finantia em 2013. No sector financeiro desde 1996, foi

membro da Comissão Executiva do Banif e do Banif BI, do Caixa BI, e

Diretor Coordenador do BPSM, Banco Totta e Banco Chemical.

Desempenhou funções executivas na Caixa Geral (Brasil), BNI

(Moçambique), Banif Bank (Malta) e CIFI – Corporacion Interamericana

para el Financiamiento de Infraestrutura (Panama / Washington). Licenciou-

se em Gestão e Administração de Empresas na Universidade Católica

Portuguesa, tendo concluído em 1993 um MBA com especialização em

Marketing na mesma universidade.

A 14 de novembro de 2014 foram eleitos novos membros para o Conselho de Administração do

Banco para o triénio 2014-2016, tendo entrado em funções a 1 de fevereiro de 2015. Na data de

elaboração do presente relatório, o Conselho de Administração é composto pelos 5 (cinco)

membros a seguir designados, todos eles com funções executivas, não havendo assim lugar a

delegação de competências a uma Comissão Executiva:

David Guerreiro

Gonçalo Vaz Botelho (Vice-Presidente Executivo)

Pedro Reis (Presidente Executivo)

Ricardo Caldeira

Tiago Lopes

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Órgão de Fiscalização

A fiscalização da Sociedade compete a um Conselho Fiscal e a um Revisor Oficial de Contas ou

a uma sociedade de Revisores Oficiais de Contas, não sendo este membro do Conselho Fiscal.

As competências do órgão de fiscalização são as que decorrem da Lei.

Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal é composto por três membros efetivos, um dos quais será presidente e um

suplente, eleitos por períodos de três anos, podendo ser reeleitos uma ou mais vez.

As competências do Conselho Fiscal são as que decorrem da Lei, competindo-lhe em especial:

- supervisionar a condição económica e financeira da Sociedade;

- verificar a observância das leis e regulamentos aplicáveis;

- elaborar anualmente relatório sobre a sua acção fiscalizadora e dar parecer sobre o

relatório, contas e propostas apresentadas pela administração.

A composição do Conselho Fiscal durante o ano de 2014 foi:

Presidente: José Archer

Vogais Efetivos: António Vila Cova

Fernando Ribeiro e Castro (tendo falecido em 20 de março de 2014)

Rita Correia Afonso

Segue um breve resumo da experiência de cada um dos membros efetivos do Conselho Fiscal a

31 de Dezembro de 2014:

José Archer: Advogado, presentemente Senior Partner e fundador da Sociedade de

Advogados Correia, Afonso & Archer (Lisboa). Consultor Jurídico de

diversas empresas e grupos económicos estrangeiros. É sócio da European

Law Association for Transportation e colaborador da Newsletters de

Seguros. Licenciado em Direito pela Universidade Católica Portuguesa.

António Vila

Cova:

Integra atualmente o Conselho de Administração da Mota-Engil SGPS,

S.A. como não executivo. Já exerceu diversas funções de administração no

Grupo Caixa Geral de Depósitos e diversos outros cargos na banca.

Licenciado em Economia pela Faculdade de Economia do Porto.

Rita Correia

Afonso:

Sócia fundadora e Administradora Executiva da Sociedade de Advogados

Correia Afonso, Archer & Associados. É Socia Fundadora da Vialegis

AEIR, Madrid e da ELLSA – European Lawyers for Land Se and Air,

Londres. Rita Correia Afonso é licenciada em Ciências Sociais e em

Direito pela Universidade Católica Portuguesa.

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A 14 de novembro de 2014 foram eleitos novos membros para o Conselho Fiscal da Sociedade

para o triénio 2014-2016, tendo os mesmos entrado em funções a 1 de fevereiro de 2015. A

composição atual do Conselho Fiscal é:

Presidente: José Archer

Vogais Efetivos: António Vila Cova

Miguel Cancella Abreu

Suplente: Rita Correia Afonso

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Revisor Oficial de Contas

O Revisor Oficial de Contas efetivo da Sociedade foi designado pela Assembleia Geral. O

Revisor Oficial de Contas efetivo da Sociedade é a PricewaterhouseCoopers & Associados –

SROC, Lda., membro da rede internacional da PwC, uma das maiores na prestação de serviços

internacionais de auditoria. A PwC também é o auditor externo da Sociedade.

O ROC Suplente é Jorge Manuel Santos Costa.

(i) Divulgação dos honorários do ROC

Durante os exercícios de 2014 e 2013, o Banco Finantia, S.A. e/ou pessoas coletivas em relação

de domínio ou de grupo com o Banco contrataram serviços à Rede[1]

PwC (Portugal e

Estrangeiro) cujos honorários em 2014 ascenderam a € 562.111, com a seguinte distribuição

pelos diferentes tipos de serviços prestados:

(ii) Serviços de revisão legal das contas

Inclui os honorários cobrados pela PwC no âmbito da auditoria e da revisão legal das contas

consolidadas do Grupo e das diversas empresas em base individual, auditoria das subsidiárias

para efeitos de consolidação e outros serviços associados à revisão legal das contas.

(iii) Outros serviços de garantia de fiabilidade

Inclui os honorários cobrados pela PwC no âmbito da prestação de serviços que dadas as suas

características estão associados ao trabalho de auditoria e devem em muitos casos ser prestados

pelos auditores estatutários, nomeadamente: emissão de cartas conforto e pareceres sobre temas

específicos (sistema de controlo interno, provisões económicas e outros serviços permitidos de

natureza contabilística).

(iv) Serviços de consultoria fiscal

Inclui os honorários cobrados pela PwC no âmbito do apoio fiscal prestado ao Grupo na revisão

das obrigações fiscais das diversas empresas em Portugal e no estrangeiro.

(v) Outros serviços que não de revisão ou auditoria

Inclui os honorários cobrados pela PwC no âmbito dos serviços que não de revisão ou auditoria

que são permitidos de acordo com as regras de independência definidas.

[1]

Para efeitos desta informação o conceito de Rede é o decorrente da Recomendação da Comissão Europeia n.º C (2002)

1873, de 16 de maio de 2002.

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IV. Comissões Consultivas

Conselho Estratégico Internacional

O Conselho Estratégico Internacional é uma Comissão Consultiva constituída por indivíduos

com experiencia académica e/ou profissional relevante em áreas diversificadas que aconselham o

Conselho de Administração em assuntos relacionados com a estratégia e o desenvolvimento das

atividades da Sociedade, nomeadamente na área internacional, tendo como membros:

Alfredo Lafita

Torres:

Diretor Executivo da Surfolk S.L., Director da LPG - Tecnicas en

Extinción de Incendios, S.A., Gavin Anderson Iberia, S.L., Presidente

do Conselho de Administração da Dacinver S.I.C.A.V., S.A. e Títulos

Bilbao S.I.C.A.V., S.A. Em 2007 e 2008 foi membro do Conselho de

Administração da Finantipar SGPS, S.A. e do Banco Finantia, S.A..

Anterior Secretário do Conselho de Administração da Atlas Capital

Close Brothers, S.L.

António Gomes

de Pinho :

Presidente do Conselho de Administração da Portgás, S.A.,

Anteriormente foi Presidente do Conselho de Administração da

Fundação de Serralves e Deputado e Secretário de Estado da Cultura.

Carlos Cuervo: Reitor da Universidad Nebrija, em Espanha. Carlos Cuervo-Arango

foi até 2010 Diretor Geral do Banco Finantia Sofinloc, a filial

Espanhola do Banco Finantia. Anteriormente, Carlos Cuervo-Arango

foi Presidente da Benito & Monjardín e anteriormente Director Geral

e Financeiro do Banesto.

Charles-Louis de

Laguiche:

Membro do Conselho de Administração, Primeiro Vice-Presidente do

Bank Jenni & Cie, S.A. (Basle).

Dominique de

Guerre:

Presidente do Conselho de Administração Seininvest Advisory

Services (SAS), que Dominique fundou como uma empresa

independente de consultoria para países emergentes. Anteriormente

foi Director Executivo da Lazard Frères no Departamento

Internacional sendo responsável pelas actividades de consultoria de a

dívida soberana.

Fernando

Sotelino:

Professor na Columbia University, Vice-Presidente do Comité de

Supervisão Internacional Unibanco (Brazil), anteriormente membro

do Conselho de Administração da Unibanco e CEO da Unibanco.

Henrique

Granadeiro:

Presidente do Conselho de Administração da Portugal Telecom até

setembro de 2014.

Igor Souvorov: Presidente do Interstate Bank (Moscow) e Consultor do Conselho de

Administração da Investment Trade Bank (Moscow).

João Sayad: SRL Empreendimentos, anteriormente Vice-Presidente de Finanças e

Gestão, Inter American Development Bank (Washington DC); já

ocupou o cargo de Secretário de Finanças e Desenvolvimento (São

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Paulo), Presidente e CEO do Banco Inter American Express, S.A. e de

Ministro do Planeamento (Brasil).

Jose Maria Íceta: Presidente da IZ Equity & Debt Solutions empresa de consultoria

financeira; membro do Conselho de Gestão do Circulo de Empresários e

membro do Conselho de Administração do Recoletas, um grupo de

hospitais. José María Iceta foi administrador do Banco Finantia de 2005

a 2011. José Maria Íceta foi até finais de 2010 Diretor Geral e

Responsável de Região da Natixis. Anteriormente desempenhou várias

funções na UBS, Natwest, Banque Indosuez, Caja Madrid e Banco

Urquijo.

José Miguel

Júdice:

Sócio e fundador da sociedade de advogados PLMJ Sociedade de

Advogados (Lisboa).

Martin

Finegold :

Martin Finegold é Presidente e co-fundador (em 2002) do Cambridge

Place Investment Management Group, um Grupo líder em gestão de

investimento com representação em Londres e Boston. É também co-

fundador do Commercial First Mortgage Group (RU). Anteriormente

Martin desempenhou funções no Kensington Mortgage Group UK e na

Goldman Sachs.

Michael

Hamilton :

Michael Hamilton foi até finais de 2009 Director Geral da Finantia

Securities, a filial do Banco Finantia no Reino Unido.

Richard Frank: Sócio-Gerente da Darby Overseas Investment, Ltd., anteriormente

Director Executivo do World Bank e Vice-Presidente do IFC.

Roberto Teixeira

da Costa:

Membro do Conselho de Administração da Sul América S.A. desde

1999, nomeado para a Comissão de Remunerações desde 2002 e nas

comissões de Auditoria e Governance e Reporting desde 2008. Foi

presidente da Latin American Business Council - CEAL de 1998 a

2000 e o primeiro presidente da Comissão de Mercado de Valores

Mobiliários Brasileira.

Vladmir Sokolov: Foi até 2013 responsável pela Europa e CEO Adjunto do VTB Capital

plc (Londres). Antes de ingressar no VTB Capital em 2003, Vladimir

era Director Executivo do International Monetary Department do

Banco Central da Rússia. De 2000 a 2003, Vladimir Sokolov foi

membro da Monetary Policy Committee do Banco da Rússia.

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V. Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de

Administração e de Fiscalização

Enquadramento

No modelo estatutário adotado pela Sociedade, os membros dos órgãos sociais têm direito a

remuneração, salvo se houver uma deliberação em contrário. A fixação da remuneração dos

órgãos sociais, exceto a do Revisor Oficial de Contas externo (que é definido pelo Conselho de

Administração), é da competência da Assembleia Geral.

A política de remuneração assenta nas Recomendações aprovadas pelas entidades de supervisão

nacionais e no plano da União Europeia e foram elaborados em observância às regras e

recomendações em matéria de remunerações dos órgãos sociais, com o propósito de definir

regras claras e alinhadas com a cultura da Sociedade e tendo em conta as especificidades da sua

atividade, e à sua dimensão.

A Sociedade tem vindo a adaptar a política de remunerações dos seus órgãos sociais e dos seus

colaboradores de forma a estar em conformidade com as novas regras e recomendações das

autoridades competentes, procurando alinhar o interesse dos órgãos de administração e

fiscalização com os interesses a longo prazo da Sociedade.

Processo de aprovação da política de remuneração

Aprovação

A atual política de remuneração dos órgãos sociais da Sociedade em vigor foi aprovada pela

Assembleia Geral de 30 de maio de 2014 sob proposta da Comissão de Remunerações.

Mandato da Comissão de Remunerações

Por delegação de competências da Assembleia Geral, nos termos do artigo 399º do Código das

Sociedades Comerciais, compete à Comissão de Remunerações estabelecer a remuneração dos

administradores da Sociedade.

A Comissão de Remunerações é composta por 3 membros, eleitos pela Assembleia Geral para

um mandato de 3 anos.

Composição da Comissão de Remunerações

Presidente: José Manuel de Almeida Archer

Vogais: António Vila Cova

Fernando Ribeiro e Castro (falecido em 20 de março de 2014)

Nenhum dos membros da Comissão de Remunerações é membro do órgão de administração, ou

tem qualquer vínculo familiar com algum dos seus membros.

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Consultores externos

Tendo em conta a dimensão da Sociedade, organização interna e a falta de complexidade da

política de remuneração adotada pela Sociedade, não foi criada qualquer comité de nomeações

nem existe, na presente data, qualquer consultor externo nomeado para efeitos de assistir a

Comissão de Remunerações.

Declaração sobre Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e

Fiscalização

Transcreve-se de seguida com as necessárias adaptações a proposta da política de remuneração

dos membros dos órgãos de administração e de fiscalização a ser incluída na ordem de trabalhos

para efeitos de aprovação pela Assembleia Geral anual do Banco Finantia.

“Nos termos da Lei nº 28/2009, de 19 de Junho, do Decreto-Lei 88/2011 de 20 de Julho e do

Aviso 10/2011 do Banco de Portugal, de 9 de Janeiro vem o Conselho de Administração, após

consultar a Comissão de Remunerações, submeter à aprovação da Assembleia Geral a

declaração sobre a política de remuneração dos membros dos órgãos de administração e de

fiscalização, estando a mesma descrita com maior detalhe em capítulo autónomo constante do

Relatório sobre a estrutura e as práticas de governo societário, anexo ao Relatório de Gestão:

Remuneração dos membros do Conselho de Administração

A política de remuneração dos membros do Conselho de Administração do Banco Finantia deve

ter em consideração (i) a estratégia e os objetivos, valores e interesses a longo prazo da

instituição; (ii) a conjuntura económico-financeira; (iii) os níveis de desempenho obtidos pela

instituição; (iv) as perspetivas de crescimento da instituição; (v) a rendibilidade sustentável da

mesma; e (vi) as responsabilidades e o mérito individual de cada membro.

Os membros do Conselho de Administração que desempenhem funções executivas em órgãos de

administração de sociedades do grupo podem também ser remunerados pelas referidas

sociedades, caso em que deverão ser aplicados os princípios acima referidos.

A componente fixa e variável da remuneração deve estar sempre adequadamente equilibrada e a

remuneração fixa deve representar uma proporção suficientemente elevada da remuneração

total, a fim de permitir a aplicação de uma política plenamente flexível sobre o componente

variável da remuneração, havendo a possibilidade de não pagamento de qualquer componente

variável da remuneração.

A componente fixa da remuneração deve ter em conta as referências do mercado em instituições

de dimensão semelhante a operar no mesmo setor e o desempenho individual de cada

Administrador.

A componente variável da remuneração deve ter em conta os resultados globais obtidos pelo

Banco Finantia no ano a que se refere bem como a longo prazo e o desempenho da unidade de

estrutura relevante e do desempenho individual de cada membro do Conselho de Administração.

A aferição do desempenho utilizada para calcular as componentes variáveis da remuneração

deve incluir um ajustamento face a todos os tipos de riscos atuais e futuros e ter em conta o

custo dos fundos próprios e da liquidez necessários.

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Relatório de Governo Societário

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A componente variável da remuneração não poderá exceder o valor da componente fixa da

remuneração. Uma parte correspondente a 40% (quarenta por cento) da componente variável

que vier a ser disponibilizada será sujeita a diferimento por um período de três anos, podendo a

mesma vir a ser reduzida ou mesmo revertida no caso de evolução negativa dos resultados da

Sociedade.

A deliberação da Assembleia Geral do Banco Finantia, de 30 de Maio de 2014, que autorizou a

compra e venda de ações próprias pela sociedade, deu poderes à Comissão de Remunerações

para, dentro dos limites estabelecidos na mencionada deliberação, fixar as condições para a

compra e venda de ações próprias pelos membros dos órgãos sociais.

Remuneração dos membros do Conselho Fiscal

A remuneração dos membros do Conselho Fiscal não deve incluir nenhum componente cujo

valor dependa do desempenho ou do valor da instituição.”

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Relatório de Governo Societário

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Montante anual da remuneração auferida durante o ano de 2014 pelos membros dos órgãos

de administração e fiscalização, de forma agregada e individual:

Remuneração Fixa (€) Variável (€) Total (€)

Comissão Executiva

António Guerreiro 112.990,64 0 112.990,64

Eduardo Costa 7.990,64 0 7.990,64

Maria Luisa Antas 84.990,64 0 84.990,64

Administradores Não Executivos

Alexei Mitrofanov 0 0 0

Alexandre Tcherepnine 0 0 0

Eduardo Catroga 0 0 0

Nelly Desbarrières 0 0 0

Total Conselho Administração 205.791,92 205.971,92

Conselho Fiscal

José Archer 12.000 0 12.000

António Vila Cova 0 0 0

Fernando Ribeiro e Castro 0 0 0

Rita Correia Afonso 0 0 0

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Relatório de Governo Societário

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Informação sobre o modo como a remuneração dos membros do Órgão de Administração é

estruturada de forma a permitir o alinhamento dos interesses daqueles com os interesses da

sociedade

Conforme acima referido, a fixação da remuneração dos membros do Conselho de

Administração obedece a critérios de alinhamento da responsabilidade e desempenho individual

de cada Administrador com os resultados a curto prazo obtidos pela Sociedade no ano a que se

refere a atribuição, mas tendo em consideração também a extensão dos riscos assumidos pela

Sociedade e as perspetivas de riqueza e sustentabilidade da Sociedade a longo prazo. Deverão

ainda ser considerados os objetivos estratégicos do Grupo Banco Finantia, e o contexto

financeiro do ciclo económico atual.

Órgão competente para realizar a avaliação de desempenho dos Administradores Executivos

A avaliação de desempenho dos administradores executivos é assegurada pela Comissão de

Remunerações e pela Assembleia Geral, tendo em consideração a política de remunerações

aprovada.

Critérios predeterminados para a avaliação de desempenho dos Administradores Executivos

A política de remuneração que vigorou em 2014 previa como medida extraordinária de

contenção de custos que os 3 (três) Administradores Executivos não auferissem qualquer

remuneração variável.

A política de remuneração da Sociedade prevê que a componente variável dos membros do

Conselho de Administração deverá traduzir o desempenho do Banco no ano a que se refere, bem

como as perspetivas de longo prazo e o desempenho individual de cada Administrador, em

função do grau de cumprimento dos principais objetivos constantes do orçamento anual do ano

anterior, aprovado pelo Conselho de Administração, e das regras aplicáveis à atividade da

Sociedade. A aferição do desempenho utilizada para calcular as componentes variáveis da

remuneração deverá incluir um ajustamento face a todos os tipos de riscos atuais e futuros, e ter

em conta o custo dos fundos próprios e da liquidez necessários, bem como a evolução dos

resultados da Sociedade.

A importância relativa da componente variável e fixa da remuneração dos Administradores

Executivos, assim como os limites máximos para cada componente.

A componente fixa da remuneração dos Administradores Executivos é composta pelo montante

mensal atribuído aos membros do Conselho de Administração e representa a proporção mais

elevada da remuneração total auferida.

Quanto à componente variável, os Estatutos preveem a possibilidade de, no caso da Assembleia

Geral, ou por delegação, a Comissão de Remunerações, vir a estabelecer que a remuneração dos

Administradores inclua uma participação nos lucros do exercício, a percentagem dos lucros a

utilizar para atribuição de remuneração variável aos Administradores não poderá exceder 5% dos

lucros de exercício que forem distribuíveis.

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Relatório de Governo Societário

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Não obstante a disposição estatutária acima descrita, a política de remuneração adotada prevê

que o montante da componente variável deverá ser proporcionalmente inferior à totalidade da

remuneração fixa.

Manutenção de ações da Sociedade pelos membros da Comissão Executiva atribuídos em

virtude de esquemas de remuneração variável

Durante o ano de 2014, não esteve em vigor nenhum programa de atribuição de ações como

forma de remuneração variável.

Principais parâmetros e fundamentos de qualquer sistema de prémios anuais e de quaisquer

outros benefícios não pecuniários

Não existem sistemas de prémios anuais previstos para além da remuneração variável, nos

termos já descritos na política de remunerações dos Administradores, nem benefícios não

pecuniários considerados como remuneração.

Remuneração paga sob a forma de participação nos lucros e ou de pagamento de prémios e os

motivos por que tais prémios e ou participação nos lucros foram concedidos

No âmbito da política de remuneração em curso, não foi paga qualquer remuneração sob a forma

de participação nos lucros ou de pagamento de prémios.

Indemnizações pagas ou devidas a ex-membros executivos do órgão de administração

relativamente à cessação das suas funções durante o exercício

Não foram pagas nem são devidas quaisquer indemnizações a antigos membros da Comissão

Executiva relativamente à cessação das suas funções.

Instrumentos Jurídicos existentes para efeito de atribuição de indemnizações e compensações

em caso de destituição, com justa causa

Não faz parte da política da Sociedade celebrar com os Administradores nomeados acordos

específicos para efeitos de atribuir, em caso de destituição antes do termo do respetivo mandato,

compensações ou indemnizações ou quantias para efeitos de garantir a não concorrência durante

um determinado período.

Assim, serão aplicáveis nestas situações as disposições constantes do Código das Sociedades

Comerciais que dispõem que apenas no caso de destituição sem justa causa de um administrador

este terá direito a ser indemnizado pelos lucros cessantes, isto é, por aquilo que auferiria até ao

fim do respetivo mandato.

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Montantes pagos a qualquer título por outras sociedades em relação de domínio ou de grupo

Apenas um membro da Comissão Executiva, Dr. Eduardo Costa, recebeu, em 2014, remuneração

fixa enquanto Managing Director da filial da Sociedade sediada em Londres - Finantia Securities

Ltd. -, no montante anual de GBP 45.000. Os restantes membros do Comissão Executiva não

auferiram em 2014 remuneração de outras sociedades que englobam o Grupo Banco Finantia.

Principais características dos regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada,

com indicação se foram sujeitas a apreciação pela Assembleia Geral

Os benefícios de pensões ou de reforma antecipada que beneficiam os membros da Comissão

Executiva encontram-se sujeitos à aplicação das regras do regime geral da Segurança Social.

Estimativa do valor dos benefícios não pecuniários relevantes considerados como

remuneração não abrangidos nas situações anteriores

Os Administradores executivos não auferem benefícios não pecuniários relevantes considerados

como remuneração.

Existência de mecanismos que impeçam a celebração de contratos que ponham em causa a

razão de ser da remuneração variável

O grau de supervisão da atividade da Comissão Executiva pelo Conselho Fiscal e pelo Conselho

de Administração são mecanismos adequados a assegurar o objetivo acima descrito.

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Relatório de Governo Societário

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VI. Política de Remuneração dos Colaboradores que Participam

nas Decisões sobre a Gestão e Estratégia Negocial da

Sociedade

No âmbito do disposto no número 3 do artigo 1º do Aviso nº 10/2011 do Banco de Portugal,

importa incluir informação referente aos colaboradores que fazem parte do Comité Executivo

Grupo. Este Comité, como já referido, tem a responsabilidade da atividade corrente e diária do

Grupo Banco Finantia, e é composto por três administradores executivos do Banco Finantia e por

mais 3 (três) altos executivos do Grupo – João Sabido, Pedro Santos e Gonçalo Vaz Botelho.

A estes Colaboradores aplica-se na sua generalidade a Política de Remuneração existente para os

restantes colaboradores do Grupo Banco Finantia, com as seguintes especificidades, decorrentes

do facto da função que desempenham envolver responsabilidades na assunção de riscos com

impacto material no perfil de risco do Banco Finantia:

(a) a supervisão da atividade e a avaliação de desempenho destes colaboradores é efetuadas

diretamente pelo Conselho de Administração;

(b) a componente fixa da respetiva remuneração representa em qualquer situação a proporção

mais elevada da remuneração total;

(c) a atribuição de remuneração variável baseia-se nos seguintes critérios: (i) critérios

“qualitativos” de desempenho e de obtenção dos resultados e objetivos delineados, incluindo

o cumprimento da política de gestão de riscos em vigor e a observância das obrigações e

deveres internos e externos referentes às áreas sob sua responsabilidade direta (ii) critérios

“quantitativos” avaliados num quadro plurianual (de três em três anos) que deverão ter em

consideração, os resultados obtidos pelo Banco Finantia no referido período, bem como a

eficiência da aplicação das medidas de gestão de risco e de eficiência económica do Grupo.

A nova regulamentação propõe ou impõe o diferimento no tempo do pagamento de parte da

remuneração variável, como forma de desincentivar a assunção excessiva dos riscos, podendo a

mesma ocasionar perdas significativas por parte das instituições financeiras.

Durante o ano de 2014, não foi paga renumeração variável aos Colaboradores que participaram

nas decisões sobre a estratégia.

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Montante anual da remuneração auferida durante o ano de 2014 pelos colaboradores que

participam nas decisões sobre a gestão e estratégia negocial da instituição e desempenham

funções com responsabilidade na assunção de risco

Remuneração Fixa (€) Variável (€) Total (€)

João Sabido 7.990,64 0 7.990,64

Pedro Santos 84.990,64 0 84.990, 64

Gonçalo Vaz Botelho 105.990,64 0 105.990,64

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VII. Política de Remuneração dos Colaboradores com Funções de

Controlo

Os Colaboradores que exercem funções de controlo, nos termos previstos no Aviso nº 5/2008 do

Banco de Portugal, incluem o Responsável pelo Departamento de Compliance, o Responsável

pelo Departamento de Auditoria Interna e o Responsável pelo Departamento de Gestão de Riscos

(genericamente designados por “Colaboradores com Funções de Controlo”).

A Política de Remuneração dos Colaboradores com Funções de Controlo é na generalidade igual

à política de remunerações existente para os restantes colaboradores do Grupo Banco Finantia,

com algumas especificidades que visam:

adequar a sua avaliação do desempenho aos objetivos específicos das funções exercidas;

garantir o desempenho das suas competências de forma objetiva; e

salvaguardar a sua efetiva independência face às áreas funcionais sujeitas a sua avaliação

e controlo.

Assim, tendo presente a “política geral” de remuneração dos colaboradores, salientam-se as

seguintes características específicas aplicáveis apenas à política de remunerações dos

Colaboradores com Funções de Controlo.

(a) a componente fixa da respetiva remuneração deverá representar em qualquer situação a

proporção mais elevada da remuneração total destes colaboradores;

(b) a avaliação de desempenho dos colaboradores que exercem funções de controlo é efetuada

diretamente por membros do Conselho de Administração;

(c) os critérios de atribuição de remuneração variável deverão basear-se primordialmente em

critérios “qualitativos” de desempenho e de resultados de cumprimento das obrigações e

deveres decorrentes da própria função, não estando sujeito aos resultados quantitativos de

qualquer área de negócio da Sociedade.

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Relatório de Governo Societário

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VIII. Política de Remuneração dos Colaboradores

Modo como a remuneração é estruturada de forma a permitir o alinhamento dos interesses

dos colaboradores com os interesses de longo prazo da Sociedade, bem como sobre o modo

como é baseada na avaliação do desempenho e desincentiva a assunção excessiva de riscos

A política de remuneração dos colaboradores da Sociedade tem em consideração os seguintes

objetivos:

(i) Atrair e reter profissionais de talento

(ii) Responder com flexibilidade às condições do mercado de trabalho

(iii) Encorajar e motivar os colaboradores a desenvolver desempenhos superiores que permitam

à organização obter resultados acima da média;

(iv) Necessidade de observar e cumprir as regras e procedimentos internos da Sociedade.

A remuneração dos colaboradores inclui sempre uma componente fixa, que tem que ser

adequada às funções desempenhadas pelo colaborador e estar alinhada com as condições de

mercado.

A política de remuneração da Sociedade inclui a possibilidade de atribuição de uma remuneração

variável vinculada não apenas às metas de desempenho individual de cada colaborador mas ao

resultado e perspetivas da própria Sociedade, balizada com uma conjuntural e de estratégia de

negócio, a curto e longo prazo.

O processo utilizado na definição da política de remuneração

A Sociedade tem efetuado a avaliação da “performance” individual de cada colaborador com

uma periodicidade anual, efetuada durante o trimestre seguinte ao encerramento do exercício

anterior.

Importa ressalvar que perante a situação económico-financeira atual, aos riscos atuais e futuros

do negócio, à estratégia e perspetivas, tem sido política da Sociedade a contenção de atribuição

de remunerações variáveis.

O processo de avaliação de desempenho individual tem como objetivos:

(a) determinar o grau em que o Colaborador atende aos padrões de comportamento exigidos

pelo cargo que desempenha e funções atribuídas

(b) aferir se o Colaborador respeita as regras e procedimentos implementadas na Sociedade,

designadamente as relativas ao controlo interno;

(c) a qualidade do trabalho e reconhecer o bom desempenho e o cumprimento dos objetivos

delineados;

(d) analisar os pontos fortes e fracos do colaborador

(e) indicar as necessidades de formação profissional.

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Relatório de Governo Societário

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De acordo com cada função e grau de responsabilidade são avaliadas as respetivas dimensões

comportamentais, como por exemplo, entre outras:

(i) Gestão de Execução

(ii) Sentido Crítico

(iii) Sentido de Responsabilidade

(iv) Liderança

(v) Delegação

(vi) Planeamento e Organização

(vii) Resolução de Problemas

(viii) Trabalho em Equipa

(ix) Orientação para os Resultados

(x) Competência Técnica

(xi) Conhecimento do Negócio

(xii) Domínio de Línguas

(xiii) Aspirações do colaborador

(xiv) Necessidade de Formação

Dependendo do cargo e funções desempenhadas o processo de avaliação poderá integrar uma

componente de auto-avaliação do próprio colaborador.

Comunicação de Processo de Avaliação de Desempenho

A Sociedade tem um processo formal de Avaliação dos Colaboradores que, possibilita a análise

dos critérios pré-definidos para avaliação do desempenho e para atribuição de uma eventual

remuneração variável, conforme consta do Manual do Colaborador disponível na Intranet da

Sociedade, bem como para a definição de medidas que promovam a melhoria contínua do

desempenho.

Todo o processo é desenvolvido via uma plataforma informática desenvolvida para o efeito.

O início do processo de avaliação é comunicada a cada colaborador através de uma mensagem

de e-mail, referindo a sua organização, data de início e de termo do processo de avaliação.

Órgãos competentes da instituição para realizar a avaliação do desempenho individual dos

colaboradores

Os resultados da avaliação deverão ser objeto de reunião/análise entre o Responsável de cada

Departamento e o respetivo colaborador antes da avaliação ser submetida ao Departamento de

Recursos Humanos.

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Relatório de Governo Societário

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Com base no processo de avaliação acima descrito, a Administração, sob proposta do

Responsável de cada Departamento e do Departamento de Recursos Humanos, faz uma análise

das remunerações em vigor no Grupo em função dos objetivos delineados, podendo aprovar

promoções e/ou revisões salariais para certos colaboradores.

As promoções e as revisões salariais baseiam-se sempre na “performance”, mérito e atitude do

colaborador (conforme apresentados na Avaliação de Desempenho relativa ao ano findo), no

nível salarial comparado de funções idênticas na organização e no mercado e no desempenho e

resultados da própria Sociedade.

A relação entre a remuneração fixa e variável e limites à remuneração variável

A política de remuneração do Grupo Banco Finantia prevê que pode ser atribuída remuneração

variável destinada a premiar a performance dos colaboradores em função dos objetivos fixados

pela Sociedade e para cada uma das suas áreas de atividade, tendo ainda em consideração as

próprias condições de mercado e o desenvolvimento da atividade da Sociedade, atendendo à

conjuntura atual e perspetivas de futuro

A componente fixa da remuneração representa em qualquer situação a proporção mais elevada

da remuneração total. Existe uma política flexível quanto à remuneração variável, considerando

os critérios da sua atribuição, incluindo a possibilidade de não pagamento de qualquer

remuneração variável.

Os critérios de definição da remuneração variável, bem como os critérios para diferimento do

respectivo pagamento e o período de diferimento mínimo

A forma como é atribuída a remuneração variável, bem como a sua periodicidade e forma de

pagamento, variam em função de múltiplos critérios e objetivos, que poderão ser qualificados

como critérios qualitativos e critérios quantitativos.

Quanto à apreciação dos critérios qualitativos é inevitável algum grau de subjetividade no

julgamento da “performance” de cada colaborador. É ponto assente, no entanto, que deverão ser

explicitados tais critérios e objetivos, pelo menos numa base anual, de forma a fornecer linhas de

orientação aos diferentes departamentos sobre o que se entende por performance média, boa e

excelente.

Os critérios qualitativos a considerar na atribuição da remuneração variável são os resultantes

do processo de avaliação anual do desempenho acima indicados, baseado em competências de

gestão e de liderança, num processo objetivo de avaliação de desempenho.

Em cada área de negócio (ou outra atividade em que seja possível estabelecer algum tipo de

quantificação significativa) poderão ser fixados um ou mais objetivos, mínimos de receitas,

comissões ou lucros (ou outra medida aplicável), apropriados para a área em questão (critérios

quantitativos).

Tais indicadores qualitativos e quantitativos são pesados conjuntamente com a senioridade das

funções exercidas, a observância das regras internas e a contribuição direta ou indireta para os

resultados da Sociedade. Em função do grau de cumprimento dos objetivos fixados, serão

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Relatório de Governo Societário

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determinados bónus ou “pools” de bónus a distribuir pelos colaboradores elegíveis da respetiva

área.

A Comissão Executiva reserva-se o direito de proceder à atribuição de prémios sempre que o

desempenho e os resultados da Sociedade e as condições do mercado o justifiquem.

Importa referir que apesar dos princípios da política de remuneração dos Colaboradores em vigor

na Sociedade prever a possibilidade de ser atribuída uma componente variável da remuneração a

mesma:

(i) não é de forma alguma garantida;

(ii) é plenamente flexível sendo fixada pela Comissão Executiva, sob proposta dos

responsáveis das áreas de negócio e do departamento de recursos humanos, levando em

consideração a situação atual da Sociedade e as suas perspetivas a longo prazo;

(iii) é na sua grande maioria apenas atribuída a áreas de negócio de suporte da atividade

principal da Sociedade, tais como a colaboradores dos Departamentos de Cobrança,

Departamento de Seguros, em que historicamente a remuneração fixa é de valor reduzido e

a remuneração variável visa premiar a performance individual e a obtenção dos objetivos

fixados.

Não se encontra à data prevista na política de remunerações da Sociedade qualquer regra

referente à necessidade de diferimento da componente variável da remuneração, considerando

(a) que apenas nas situações acima referidas, que não são significativas, tem havido atribuição de

remuneração variável a Colaboradores, (b) de entre os 147 Colaboradores da Sociedade apenas

23 Colaboradores auferiram em 2014 alguma forma de remuneração variável que ascendeu na

sua totalidade a € 79.592,03, sendo este valor diminuto face ao valor global das remunerações

fixas pagas pela Sociedade.

Assim, pelo acima exposto, pela dimensão da própria Sociedade e pelo valor agregado de

remuneração variável efetivamente atribuída, está assegurado um adequado controlo de riscos

que não permitem políticas de curto prazo que assumam elevados graus de risco para a

Sociedade, entendendo-se que não se configura necessário incluir mecanismos de diferimento da

remuneração variável atribuídas aos Colaboradores.

Principais parâmetros e fundamentos de qualquer sistema de prémios anuais e de quaisquer

outros benefícios não pecuniários

Para além do que ficou atrás mencionado, não existem outros sistemas de prémios anuais ou

quaisquer outros benefícios não pecuniários relevantes.

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2014 (CONTAS INDIVIDUAIS)

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Demonstrações Financeiras Individuais

1 Balanço

2 Demonstração dos resultados

3 Demonstração do rendimento integral

4 Demonstração de alterações no capital próprio

5 Demonstração dos fluxos de caixa

6 Notas às demonstrações financeiras

64 Certificação Legal das Contas

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BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 1 -

milhares EUR Notas 2014 2013

AtivoCaixa e bancos 5 44.367 58.890Ativos financeiros detidos para negociação 6 20.648 6.121Ativos financeiros disponíveis para venda 7 703.380 664.010Aplicações em instituições de crédito 8 665.217 682.600Crédito a clientes 9 114.527 191.147Instrumentos financeiros derivados 10 53.540 58.687Propriedades de investimento 11 579 910Outros ativos tangíveis 12 7.580 3.624Ativos intangíveis 12 167 121Investimentos em filiais 13 186.888 185.249Ativos por impostos correntes 602 672Ativos por impostos diferidos 14 1.501 6.539Outros ativos 15 33.028 122.128

Total de Ativo 1.832.024 1.980.698

PassivoRecursos de bancos centrais 16 241.846 353.971Recursos de instituições de crédito 17 89.053 170.207Recursos de clientes 18 335.983 277.300Operações de venda com acordo de recompra ("repos") 19 569.041 539.922Passivos financeiros associados a ativos transferidos 20 7.904 35.975Instrumentos financeiros derivados 10 164.776 106.601Provisões 31 2.458 2.975Passivos por impostos correntes 5.586 810Passivos por impostos diferidos 14 8.987 -Passivos subordinados 21 60.257 124.804Outros passivos 22 8.182 77.296

Total de Passivo 1.494.073 1.689.861

Capital PróprioCapital 23 150.000 150.000

Prémios de emissão 23 25.000 25.000Acções próprias 23 (2.501) -

Reservas e resultados transitados 24 136.174 112.806

Resultado líquido do exercício 29.278 3.031

Total de Capital Próprio 337.951 290.837

Total de Passivo e Capital Próprio 1.832.024 1.980.698

O Técnico Oficial de Contas

Banco Finantia

Balanço em 31 de Dezembro de 2014 e 2013

As Notas explicativas anexas fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras

Conselho de Administração

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BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 2 -

Demonstração dos Resultados dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013

milhares EUR Notas 2014 2013

Juros e rendimentos similares 25 71.552 86.055

Juros e encargos similares 25 (31.642) (43.895)

Margem Financeira 39.910 42.160

Rendimentos de instrumentos de capital 26 - 2.000

Rendimentos de serviços e comissões 27 6.025 2.475Encargos com serviços e comissões 27 (527) (641)

Resultados em operações financeiras 28 14.477 (28.660)

Outros resultados de exploração 1.809 2.638

Produto da atividade 61.695 19.972

Custos com pessoal 29 (5.077) (4.925)

Gastos gerais administrativos 30 (2.709) (3.059)

Depreciações e amortizações 11 e 12 (446) (333)

Custos operacionais (8.232) (8.317)

Resultados operacionais 53.462 11.655

Imparidade e provisões 31 (12.962) (2.796)

Resultado antes de impostos 40.501 8.859

Impostos correntes 14 (6.468) (1.510)

Impostos diferidos 14 (4.755) (4.318)

Resultado líquido do exercício 29.278 3.031

As Notas explicativas anexas fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras

Banco Finantia

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BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 3 -

milhares EUR Notas 2014 2013

Resultado líquido do exercício 29.278 3.031

Outro rendimento integral do exercício depois de impostos

Itens que poderão vir a ser reclassificados para resultados

Ativos financeiros disponíveis para venda 24 51.120 (4.553)

Coberturas de justo valor 24 (16.860) (2.447)

Imposto diferido 14 (9.270) 2.126

24.990 (4.874)

Total do rendimento integral do exercício 54.268 (1.843)

Banco Finantia

Demonstração do Rendimento Integralpara os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013

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BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 4 -

Saldos a 1 de Janeiro de 2013 175.000 - 116.172 1.621 292.793

Resultado líquido do exercício - - - 3.031 3.031

Alteração da reserva de justo valor (a) - - (4.874) - (4.874)

Total do rendimento integral do exercício - - (4.874) 3.031 (1.843)

Apropriação de reservas - - 1.621 (1.621) -

Outros movimentos - - (113) - (113)

- - 1.508 (1.621) (113)

Saldos a 31 de Dezembro de 2013 175.000 - 112.806 3.031 290.837

Resultado líquido do exercício - - - 29.278 29.278

Alteração da reserva de justo valor (a) - - 24.990 - 24.990

Total do rendimento integral do exercício - - 24.990 29.278 54.268

Apropriação de reservas - - 3.031 (3.031) -

Variação de ações próprias - (2.501) (514) - (3.015)

Distribuição de dividendos (b) - - (4.139) - (4.139)

- (2.501) (1.622) (3.031) (7.154)

Saldos a 31 de Dezembro de 2014 175.000 (2.501) 136.175 29.278 337.951

(a) Montante líquido de impostos

(b) Corresponde a um dividendo de € 0,03 por ação em circulação

milhares EUR

As Notas explicativas anexas fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras

Banco Finantia

Demonstração de Alterações no Capital Próprio dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013

Capital e Prémios de

emissão

Ações próprias

Reservas e Resultados transitados

Resultado líquido do exercício

Total do Capital Próprio

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BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 5 -

milhares EUR Notas 2014 2013

Fluxos de caixa das atividades operacionaisJuros e proveitos recebidos 72.512 86.055Juros e custos pagos (34.983) (43.013)Serviços e comissões recebidas 6.070 2.244Serviços e comissões pagas (527) (641)Recuperação de créditos previamente abatidos 300 237Pagamentos de caixa a empregados e a fornecedores (7.786) (7.984)

35.586 36.898

Variação nos ativos operacionais:

Carteira de títulos 111.202 9.220Aplicações em instituições de crédito (98.282) 216.960Crédito a clientes 37.375 63.425Outros ativos/passivos operacionais 21.430 (45.676)Variação nos passivos operacionais:

Recursos de bancos centrais (110.000) (139.245)Instrumentos financeiros derivados 34.723 (16.265)Recursos de instituições de crédito (81.072) (53.780)Operações de venda com acordo de recompra ("repos") 28.820 150.788Recursos de clientes e outros empréstimos 60.216 (5.437)Passivos financeiros associados a ativos transferidos (27.932) (63.075)

Fluxos de caixa líquidos das atividades operacionais, antes de impostos sobre os lucros 12.067 153.813

Impostos sobre os lucros pagos/recebidos (1.622) (1.476)

10.445 152.337

Fluxos de caixa das atividades de investimentoInvestimentos em subsidiárias e associadas (500) -Desinvestimentos em subsidiárias e associadas 750 1.500Dividendos recebidos - 2.000Compra de imobilizações 12 (4.606) (130)Venda de imobilizações 12 489 102

(3.867) 3.472

Fluxos de caixa das atividades de financiamentoAcções próprias (3.015) -Pagamentos relativos a passivos subordinados (75.000) -Dividendos de acções ordinárias pagos (4.139) -

Fluxos de caixa líquidos de atividades de financiamento (82.154) -

Efeitos da alteração da taxa de câmbio em caixa e seus equivalentes (2.102) 300

Variação líquida em caixa e seus equivalentes (77.678) 156.109

Caixa e equivalentes no início do período 454.453 298.344

Caixa e equivalentes no fim do período 33 376.775 454.453

(77.678) 156.109

Banco Finantia

Demonstração dos fluxos de caixa dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013

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BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 6 -

Notas às demonstrações financeiras

1. Bases de apresentação ........................................................................................................................... - 7 -

2. Principais políticas contabilísticas ........................................................................................................ - 8 -

3. Normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas ......................................................... - 20 -

4. Principais estimativas e julgamentos utilizados na preparação das demonstrações financeiras ......... - 23 -

5. Caixa e bancos ..................................................................................................................................... - 26 -

6. Ativos financeiros detidos para negociação ........................................................................................ - 26 -

7. Ativos financeiros disponíveis para venda .......................................................................................... - 27 -

8. Aplicações em instituições de crédito ................................................................................................. - 28 -

9. Crédito a clientes ................................................................................................................................. - 29 -

10. Instrumentos financeiros derivados e contabilidade de cobertura ...................................................... - 32 -

11. Propriedades de investimento .............................................................................................................. - 34 -

12. Outros ativos tangíveis e intangíveis ................................................................................................... - 34 -

13. Investimentos em filiais ....................................................................................................................... - 34 -

14. Impostos .............................................................................................................................................. - 36 -

15. Outros ativos........................................................................................................................................ - 38 -

16. Recursos de bancos centrais ................................................................................................................ - 39 -

17. Recursos de instituições de crédito ..................................................................................................... - 39 -

18. Recursos de clientes ............................................................................................................................ - 39 -

19. Operações de venda com acordo de recompra (“repos”) .................................................................... - 40 -

20. Passivos financeiros associados a ativos transferidos ......................................................................... - 40 -

21. Passivos subordinados ......................................................................................................................... - 42 -

22. Outros passivos.................................................................................................................................... - 42 -

23. Capital, prémios de emissão e ações próprias ..................................................................................... - 42 -

24. Reservas e resultados transitados ........................................................................................................ - 43 -

25. Margem financeira .............................................................................................................................. - 44 -

26. Rendimentos de instrumentos de capital ............................................................................................. - 44 -

27. Resultados de serviços e comissões .................................................................................................... - 45 -

28. Resultados em operações financeiras .................................................................................................. - 45 -

29. Custos com pessoal ............................................................................................................................. - 46 -

30. Gastos gerais administrativos .............................................................................................................. - 46 -

31. Imparidade e provisões ........................................................................................................................ - 47 -

32. Rubricas extrapatrimoniais .................................................................................................................. - 47 -

33. Caixa e equivalentes de caixa .............................................................................................................. - 48 -

34. Saldos e transacções com partes relacionadas .................................................................................... - 48 -

35. Gestão dos riscos da atividade ............................................................................................................ - 51 -

36. Gestão de capital ................................................................................................................................. - 58 -

37. Reporte por segmentos ........................................................................................................................ - 59 -

38. Justo valor de ativos e passivos financeiros ........................................................................................ - 60 -

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 7 -

1. Bases de apresentação O Banco Finantia, S.A. (“Banco”) tem por objeto principal a realização de todas as operações e a prestação de todos os serviços permitidos às Instituições Bancárias, tendo-se especializado nas atividades de mercado de capitais, mercado monetário, assessoria financeira (incluindo fusões e aquisições), operações de crédito, mediação de seguros e financiamento especializado, e indirectamente, através das suas subsidiárias, em operações de locação financeira, gestão de participações sociais, administração de fundos, gestão de ativos financeiros, forfaiting e aluguer de longa duração.

O Banco Finantia, S.A. é um banco privado com sede em Portugal, na Rua General Firmino Miguel, nº 5, em Lisboa, que resultou da transformação em Outubro de 1992 da Finantia - Sociedade de Investimentos, S.A., a qual havia iniciado a sua atividade em Julho de 1987. Para o efeito possui as indispensáveis autorizações das autoridades portuguesas, bancos centrais e demais agentes reguladores para operar em Portugal e nos países onde actua através de filiais e subsidiárias internacionais. As suas subsidiárias têm agências e/ou escritórios em Portugal, Espanha, Inglaterra, Brasil, Estados Unidos da América, Irlanda, Ilhas Cayman, Malta e Holanda.

As demonstrações financeiras do Banco agora apresentadas foram preparadas de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (“NCA”) em vigor em 31 de dezembro de 2014. As NCA correspondem às Normas Internacionais de Relato Financeiro ou International Financial Reporting Standards (“IFRS”) adoptadas pela União Europeia, com excepção das matérias definidas nos nºs 2 e 3 do Aviso do Banco de Portugal nº 1/2005 e nº 2 do Aviso nº 4/2005 e do Aviso nº 7/2008, das quais se destaca a valorimetria e provisionamento do crédito concedido, relativamente ao qual se mantém o regime anterior. Estas demonstrações financeiras são consolidadas pela Finantipar – S.G.P.S., S.A., com sede na Rua General Firmino Miguel, n.º 5, em Lisboa, Portugal.

No exercício de 2014, tal como descrito na Nota 3, o Banco adoptou as várias alterações normativas publicadas pelo IASB e adoptadas na União Europeia com aplicação obrigatória neste exercício. Adicionalmente, o Banco optou por não aplicar antecipadamente as normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas, mas sem aplicação obrigatória em 2014.

Durante o exercício de 2014 não ocorreram alterações voluntárias de políticas contabilísticas face às consideradas na preparação relativa ao exercício anterior apresentada nos comparativos. As políticas contabilísticas utilizadas pelo Grupo na preparação das suas demonstrações financeiras consolidadas referentes a 31 de dezembro de 2014 são consistentes com as utilizadas na preparação das demonstrações financeiras consolidadas anuais com referência a 31 de dezembro de 2013.

Estas demonstrações financeiras estão expressas em milhares de euros (“m€”), excepto quando indicado em contrário, e foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, com excepção dos ativos e passivos registados ao seu justo valor através dos resultados, ativos financeiros disponíveis para venda, instrumentos financeiros derivados de cobertura e de negociação e ativos e passivos cobertos, na sua componente que está a ser objeto de cobertura. A preparação de demonstrações financeiras de acordo com as NCA requer a utilização de julgamentos e estimativas. As áreas que envolvem um maior nível de julgamento ou complexidade, ou onde são utilizados pressupostos e estimativas significativas na preparação das demonstrações financeiras encontram-se analisadas na Nota 4.

Estas demonstrações financeiras foram aprovadas em reunião do Conselho de Administração em 25 de março de 2015.

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 8 -

2. Principais políticas contabilísticas

2.1. Reconhecimento de juros

Os resultados referentes a juros de instrumentos financeiros, mensurados ao custo amortizado e dos ativos financeiros disponíveis para venda, são reconhecidos nas rubricas de juros e proveitos similares ou juros e custos similares, utilizando o método da taxa efectiva. Os juros dos ativos financeiros ao justo valor através dos resultados são também reconhecidos através do método da taxa de juro efetiva, sendo incluídos na rubrica de juros e proveitos similares.

A taxa de juro efectiva é a taxa que desconta exactamente os pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro ou, quando apropriado, um período mais curto, para o valor líquido actual de balanço do activo ou passivo financeiro.

Para o cálculo da taxa de juro efectiva são estimados os fluxos de caixa futuros considerando todos os termos contratuais do instrumento financeiro (por exemplo opções de pagamento antecipado), não considerando, no entanto, eventuais perdas de crédito futuras. O cálculo inclui as comissões que sejam parte integrante da taxa de juro efectiva, custos de transacção e todos os prémios e descontos directamente relacionados com a transacção.

No caso de ativos financeiros ou grupos de ativos financeiros semelhantes para os quais foram reconhecidas perdas por imparidade, os juros registados em resultados são determinados com base na taxa de juro utilizada na mensuração da perda por imparidade.

No que se refere aos instrumentos financeiros derivados, com excepção daqueles classificados como de cobertura do risco de taxa de juro e dos derivados de crédito, a componente de juro inerente à variação de justo valor não é separada e é classificada na rubrica de resultados de ativos e passivos financeiros ao justo valor através de resultados. A componente de juro inerente à variação de justo valor dos instrumentos financeiros derivados de cobertura do risco de taxa de juro e dos derivados de

crédito é reconhecida nas rubricas de juros e proveitos similares ou juros e custos similares.

2.2. Rendimentos de instrumentos de capital

Os rendimentos de instrumentos de capital (dividendos) são reconhecidos quando o direito de receber o seu pagamento é estabelecido.

2.3. Rendimentos de serviços e comissões

Os rendimentos de serviços e comissões são reconhecidos da seguinte forma: (i) os rendimentos de serviços e comissões obtidos na execução de um acto significativo, como por exemplo comissões na sindicação de empréstimos, são reconhecidos em resultados quando o acto significativo tiver sido concluído; (ii) os rendimentos de serviços e comissões obtidos à medida que os serviços são prestados são reconhecidos em resultados no período a que se referem; (iii) os rendimentos de serviços e comissões que são uma parte integrante da taxa de juro de um instrumento financeiro são registados em resultados pelo método da taxa de juro efectiva.

2.4. Operações em moeda estrangeira

As transacções em moeda estrangeira são convertidas para euros com base nas taxas de câmbio em vigor nas datas das transacções.

Os ativos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira são convertidos para euros à taxa de câmbio em vigor na data do balanço. As diferenças cambiais resultantes desta conversão são reconhecidas em resultados.

Os ativos e passivos não monetários registados ao custo histórico, expressos em moeda estrangeira, são convertidos à taxa de câmbio à data da transacção. Os ativos e passivos não monetários expressos em moeda estrangeira registados ao justo valor são convertidos à taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado.

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 9 -

As diferenças cambiais relativas a coberturas de fluxos de caixa, cobertura cambial de unidades operacionais estrangeiras, ou referentes a outros itens reconhecidos por contrapartida de outros rendimentos integrais, são também elas reconhecidas por contrapartida de outros rendimentos integrais.

As alterações de justo valor de ativos AFS são divididas entre alterações referentes a alterações do custo amortizado, e outras alterações que o instrumento venha a sofrer, sendo as primeiras reconhecidas em resultados do período, e as segundas em outros rendimentos integrais.

2.5. Crédito e outros valores a receber

O crédito e outros valores a receber inclui os créditos concedidos pelo Banco, cuja intenção não é a de venda no curto prazo, os quais são registados na data em que o montante do crédito é disponibilizado ao cliente.

O crédito e outros valores a receber é desreconhecido do balanço quando (i) os direitos contratuais do Banco relativos à recuperação dos fluxos de caixa expiraram, (ii) o Banco transferiu substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção, ou (iii) não obstante o Banco ter retido parte, mas não substancialmente, todos os riscos e benefícios associados à sua detenção, o controlo sobre os ativos foi transferido.

O crédito e outros valores a receber é reconhecido inicialmente ao seu justo valor acrescido dos custos de transacção e é subsequentemente valorizado ao custo amortizado, com base no método da taxa efectiva, sendo deduzido de perdas por imparidade.

Provisões

O regime de provisionamento do crédito e outros valores a receber corresponde ao definido no Aviso nº 3/95, de 30 de Junho, do Banco de Portugal, com as alterações introduzidas pelo Aviso nº 8/2003, de 30 de Janeiro e pelo Aviso nº 3/2005, de 21 de Fevereiro, e inclui as seguintes provisões para riscos de crédito:

- risco específico de crédito – crédito vencido e créditos de cobrança duvidosa;

- riscos gerais de crédito; e

- risco-país.

A provisão específica para crédito concedido é baseada na avaliação dos créditos vencidos, incluindo os créditos vincendos associados, e créditos objeto de acordos de reestruturação, destinando-se a cobrir riscos específicos, sendo apresentada como dedução ao crédito concedido. A avaliação desta provisão é efectuada periodicamente pelo Banco, tomando em consideração a existência ou não de garantias reais, o período de incumprimento e a actual situação financeira do cliente.

A provisão para riscos gerais de crédito destina-se a cobrir riscos potenciais existentes em qualquer carteira de crédito concedido, mas que não foram identificados como de risco específico, encontrando-se registada no passivo. A provisão para riscos gerais de crédito é constituída com base no disposto na actual versão do Aviso n.º 3/95, de 30 de Junho, do Banco de Portugal, com as modificações que foram introduzidas posteriormente.

As provisões para risco-país são constituídas para fazer face ao risco imputado aos ativos financeiros e elementos extrapatrimoniais sobre residentes de países considerados de risco, tendo em consideração os requisitos exigidos nos pontos 1.4.3 a 1.4.7 da Instrução nº 94/96 do Banco de Portugal. As necessidades de provisões são determinadas por aplicação das percentagens fixadas pelo Banco de Portugal, o qual classifica os países e territórios segundo o seu grau de risco.

O Banco procede ao abate de créditos ao activo (write-off’s) das operações que considera irrecuperáveis após concluído o processo de recuperação conforme definido pelas políticas do Banco e quando as provisões estejam constituídas pelo valor total do crédito no mês anterior ao do abate. Os valores dos créditos recuperados são contabilizados como proveitos do exercício em que ocorram.

Adicionalmente, e de acordo com as NCA, o valor dos créditos deve ser objeto de correção de acordo com critérios de rigor e prudência, de

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 10 -

forma a que reflicta a todo o tempo o seu valor realizável. Esta correcção de valor (“imparidade”) não poderá ser inferior ao que for determinado de acordo com o Aviso nº3/95, do Banco de Portugal, o qual estabelece o quadro mínimo de referência para a constituição de provisões específicas e genéricas.

Imparidade

O Banco avalia regularmente a existência de evidência objectiva de imparidade na sua carteira de crédito. As perdas por imparidade identificadas são registadas por contrapartida de resultados, sendo subsequentemente revertidas por resultados caso, num período posterior, o montante da perda estimada diminua.

Um crédito concedido a clientes, ou uma carteira de crédito concedido, definida como um conjunto de créditos com características de risco semelhantes, encontra-se em imparidade quando: (i) exista evidência objectiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que ocorreram após o seu reconhecimento inicial e (ii) quando esse evento (ou eventos) tenha um impacto no valor recuperável dos fluxos de caixa futuros desse crédito, ou carteira de créditos, que possa ser estimado com razoabilidade.

Inicialmente, o Banco avalia se existe individualmente para cada crédito significativo evidência objectiva de imparidade. Para esta avaliação e na identificação dos créditos com imparidade numa base individual, o Banco utiliza a informação que alimenta os modelos de risco de crédito implementados e considera, entre outros, os seguintes factores:

• A exposição global ao cliente e a existência de créditos em situação de incumprimento, sendo considerado incumprimento quando o crédito se encontre em atraso à mais de 90 dias;

• A viabilidade económico-financeira do negócio do cliente e a sua capacidade de gerar meios capazes de responder aos serviços da dívida no futuro;

• A existência de credores privilegiados;

• A existência, natureza e o valor estimado dos colaterais;

• O envolvimento do cliente com o sector financeiro;

• O montante e os prazos de recuperação estimados.

Caso, para determinado crédito, não exista evidência objectiva de imparidade numa ótica individual, esse crédito é incluído num grupo de créditos com características de risco de crédito semelhantes (carteira de crédito), o qual é avaliado colectivamente – análise da imparidade numa base colectiva. Os créditos que são avaliados individualmente e para os quais é identificada uma perda por imparidade não são incluídos na avaliação colectiva.

Caso seja identificada uma perda de imparidade numa base individual, o montante da perda a reconhecer corresponde à diferença positiva entre o valor contabilístico do crédito e o valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados (considerando o período de recuperação) descontados à taxa de juro efectiva original do contrato. O crédito concedido é apresentado no balanço líquido da imparidade reconhecida. Caso estejamos perante um crédito com uma taxa de juro variável, a taxa de desconto a utilizar para a determinação da respectiva perda de imparidade é a taxa de juro efectiva actual, determinada com base nas regras de cada contrato.

O cálculo do valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados de um crédito garantido reflecte os fluxos de caixa que possam resultar da recuperação e venda do colateral, deduzido dos custos inerentes com a sua recuperação e venda.

No âmbito da análise da imparidade numa base colectiva, os créditos são agrupados com base em características semelhantes de risco de crédito, em função da avaliação de risco definida pelo Banco. Os fluxos de caixa futuros para uma carteira de créditos, cuja imparidade é avaliada colectivamente, são estimados com base nos fluxos de caixa contratuais e na experiência histórica de perdas. A metodologia e os pressupostos utilizados para estimar os fluxos de caixa futuros são revistos regularmente pelo Banco de forma a monitorizar as diferenças entre as estimativas de perdas e as perdas reais.

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 11 -

Adicionalmente, embora sem evidência objectiva de imparidade, é ainda avaliada a existência de imparidade para os créditos analisados em base colectiva, considerando a probabilidade de os créditos entrarem numa situação de incumprimento durante um período de emergência, período esse que decorre entre a ocorrência de um evento originador de perda e o momento em que a existência desse evento é percepcionada.

Quando os ativos financeiros do Banco estão com imparidade por perdas de crédito, após terem sido tomadas todas as diligências de cobrança e recuperação dos créditos de acordo com as políticas do Banco e quando as expetativas de recuperação desses créditos são muito reduzidas, os valores dos créditos considerados irrecuperáveis são desre-conhecidos do balanço mediante a utilização das respectivas provisões para perdas por imparidade. Recuperações subsequentes de quantias anteriormente desreconhecidas são registadas em resultados.

Crédito titularizado não desreconhecido

O Banco não desreconhece do activo os créditos vendidos nas operações de titularização quando:

• mantém o controlo sobre as operações;

• continua a receber parte substancial da sua remuneração; e,

• mantém parte substancial do risco sobre os créditos transferidos.

Os créditos vendidos e não desreconhecidos são registados na rubrica Crédito sobre Clientes e sujeitos a critérios contabilísticos idênticos às restantes operações de crédito. Os juros e comissões associados à carteira de crédito titularizada são periodificados de acordo com o prazo da operação de crédito.

Os fundos recebidos pela operação de titularização são registados na rubrica Passivos financeiros associados a ativos transferidos.

Estes passivos são inicialmente registados pelo valor recebido na cessão de créditos, sendo posteriormente valorizados pelo custo amortizado, de forma coerente com a

valorização dos correspondentes ativos e as condições definidas na operação de titularização.

2.6. Carteira de títulos

Os títulos em carteira são inicialmente mensurados ao justo valor adicionado, para aqueles que não ao justo valor através dos resultados, dos respetivos custos de transação. Subsequentemente são mensurados de acordo com a respectiva classificação, como segue:

Ativos financeiros ao justo valor através dos

resultados

Os ativos financeiros ao justo valor através de resultados incluem: (i) os ativos financeiros de negociação, que são aqueles adquiridos com o objetivo principal de serem transaccionados no curto prazo e (ii) os ativos financeiros designados no momento do seu reconhecimento inicial ao justo valor com variações reconhecidas em resultados.

Estes ativos são reconhecidos na data da negociação (“trade date”), ou seja, na data em que o Banco se compromete a adquirir ou alienar o activo.

Os ativos financeiros ao justo valor através dos resultados são inicialmente reconhecidos ao seu justo valor, sendo os respetivos custos de transação reconhecidos diretamente em resultados.

Estes ativos são desreconhecidos quando (i) expiram os direitos contratuais do Banco ao recebimento dos seus fluxos de caixa, (ii) o Banco tenha transferido substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção ou (iii) não obstante retenha parte, mas não substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção, o Banco tenha transferido o controlo sobre os ativos.

Após o seu reconhecimento inicial, os ativos financeiros ao justo valor através dos resultados são mensurados ao justo valor, sendo as suas variações reconhecidas em resultados.

Ativos financeiros disponíveis para venda

Os ativos financeiros disponíveis para venda são ativos financeiros não derivados que: (i) o

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 12 -

Banco tem intenção de manter por tempo indeterminado, (ii) que são designados como disponíveis para venda no momento do seu reconhecimento inicial ou (iii) que não foram classificados como de negociação, designados ao justo valor através dos resultados, ativos financeiros detidos até à maturidade ou como crédito e outros valores a receber.

Estes ativos são reconhecidos na data da negociação (“trade date”), ou seja, na data em que o Banco se compromete a adquirir ou alienar o activo.

Os ativos financeiros disponíveis para venda são inicialmente reconhecidos ao justo valor, incluindo os respetivos custos de transação. Estes ativos são desreconhecidos quando (i) expiram os direitos contratuais do Banco ao recebimento dos seus fluxos de caixa, (ii) o Banco tenha transferido substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção ou (iii) não obstante retenha parte, mas não substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção, o Banco tenha transferido o controlo sobre os ativos.

As respetivas variações de justo valor destes ativos são reconhecidas diretamente nos capitais próprios, até que os investimentos sejam desreconhecidos ou seja identificada uma perda por imparidade, momento em que o valor acumulado dos ganhos e perdas potenciais registados em reservas é transferido para resultados. As variações cambiais associadas a estes ativos são reconhecidas também em reservas, no caso de instrumentos não monetários, e em resultados, no caso de instrumentos monetários. Os juros corridos de obrigações e outros títulos de rendimento fixo e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são registados em resultados de acordo com o método da taxa efectiva.

Os rendimentos de títulos de rendimento variável (dividendos no caso das acções) são registados em resultados na data em o direito ao seu recebimento se estabelece.

Ativos financeiros detidos até à maturidade

Estes investimentos são ativos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou

determináveis e maturidades definidas, que o Grupo tem intenção e capacidade de deter até à maturidade.

Caso o Banco decida alienar um montante significativo de ativos financeiros detidos até à maturidade, esta categoria deverá ser integralmente reclassificada para a de ativos financeiros disponíveis para venda, sendo mensurados ao justo valor nesta nova categoria. Caso esta realidade se venha a observar, o Grupo não poderá contabilizar instrumentos financeiros enquanto activos detidos até à maturidade durante os dois anos subsequentes à venda, ou reclassificação (caso estes instrumentos tenham sido reclassificados dois anos antes de atingirem a maturidade contratual).

Estes investimentos são registados ao custo amortizado, com base no método da taxa efectiva, sendo em cada data de balanço aferida a existência de evidência objectiva de imparidade. Quando existe evidência que um activo financeiro detido até à maturidade se encontra em imparidade, a perda correspondente é reconhecida em resultados através da utilização de uma rubrica de provisões. Se num período subsequente o montante de perda de imparidade reconhecido diminuir, e caso essa diminuição possa ser directamente relacionada com um evento ocorrido após o reconhecimento inicial da imparidade, a reversão do montante de imparidade reconhecido inicialmente é feita através da utilização da rubrica de provisões anteriormente constituída. O montante revertido é reconhecido em resultados.

Crédito e outros valores a receber

Esta categoria inclui ativos financeiros não-derivados com pagamentos fixos ou determináveis que não estão cotados num mercado activo e que o Banco não tem intenção de vender imediatamente ou num prazo próximo.

Estes ativos são inicialmente mensurados ao justo valor adicionados dos custos de transacção que sejam directamente atribuíveis à sua aquisição e subsequentemente ao custo

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BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 13 -

amortizado com base no método da taxa efectiva deduzido de perdas por imparidade.

Imparidade

O Banco avalia regularmente se existe evidência objectiva de que um activo financeiro, ou grupo de ativos financeiros, apresenta sinais de imparidade. Para os ativos financeiros que apresentam sinais de imparidade, é determinado o respectivo valor recuperável, sendo as perdas por imparidade registadas por contrapartida de resultados.

Um activo financeiro, ou grupo de ativos financeiros, encontra-se em imparidade sempre que exista evidência objectiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que ocorreram após o seu reconhecimento inicial (i) para instrumentos de dívida, dificuldades financeiras significativas por parte do emitente ou atraso no pagamento de capital e/ou juros, e (ii) para instrumentos de capital, uma descida significativa e continuada do justo valor do instrumento, abaixo do custo de aquisição.

Quando existe evidência de imparidade nos ativos financeiros disponíveis para venda, a perda potencial acumulada em capitais próprios (reserva de reavaliação de justo valor), correspondente à diferença entre o custo de aquisição e o justo valor actual, deduzida de qualquer perda de imparidade no activo anteriormente reconhecida em resultados, é transferida para resultados. Se num período subsequente o montante da perda de imparidade diminui, a perda de imparidade anteriormente reconhecida é revertida por contrapartida de resultados do exercício até à reposição do custo de aquisição se o aumento for objectivamente relacionado com um evento ocorrido após o reconhecimento da perda de imparidade, excepto no que se refere a acções ou outros instrumentos de capital, em que as perdas de imparidade não podem ser revertidas por resultados do exercício, mas sim via capitais próprios.

Reclassificações

Após o seu reconhecimento inicial os ativos financeiros não podem ser reclassificados para

a categoria de ativos financeiros ao justo valor através dos resultados.

Um activo financeiro inicialmente reconhecido como ao justo valor através dos resultados pode ser reclassificado desta categoria caso se trate de um activo financeiro com pagamentos fixos ou determináveis, inicialmente detido para fins de negociação, que deixe de ser, após a sua aquisição, negociável num mercado activo e o Banco tiver a intenção e capacidade de o deter no futuro próximo ou até à maturidade, este activo financeiro pode ser reclassificado para a categoria de Crédito e outros valores a receber, desde que os critérios de elegibilidade desta categoria estejam cumpridos.

Os instrumentos financeiros derivados não devem ser reclassificados, retirando-se da categoria de justo valor através dos resultados, enquanto estiverem detidos ou emitidos.

Um activo financeiro inicialmente reconhecido como disponível para venda pode ser reclassificado para a categoria de investimentos detidos até à maturidade desde que os respetivos critérios de elegibilidade estejam cumpridos.

Adicionalmente, se um activo financeiro com pagamentos fixos ou determináveis inicialmente reconhecido como disponível para venda deixar de ser negociável em mercado activo e o Banco tiver a intenção e a capacidade de o deter no futuro próximo ou até à sua maturidade, poderá ser reclassificado para a categoria de Crédito e outros valores a receber desde que os respetivos critérios de elegibilidade estejam cumpridos.

Os ativos reclassificados são transferidos para a nova categoria ao seu justo valor na data da reclassificação e são posteriormente mensurados de acordo com as respectivas regras aplicáveis.

No caso de um activo financeiro reclassificado da categoria de ao justo valor através dos resultados, os ganhos ou perdas já reconhecidos em resultados não devem ser revertidos. O justo valor do activo financeiro à data da reclassificação tornar-se-á o seu novo custo ou custo amortizado, conforme aplicável. No caso de um activo financeiro reclassificado mediante retirada da categoria de ativos disponíveis para

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BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 14 -

venda, qualquer ganho ou perda anterior que tenha sido reconhecido deve ser amortizado em resultados durante a vida remanescente do investimento detido até à maturidade usando o método do juro efectivo.

2.7. Justo valor dos instrumentos financeiros

O justo valor de um instrumento financeiro é o montante pelo qual um instrumento pode ser trocado numa transacção normal de mercado entre partes conhecedoras e dispostas a isso, sem qualquer intenção ou necessidade de liquidar, ou de empreender uma transacção em condições adversas.

O justo valor é obtido com base em preços de cotação em mercado ou em preços de intermediários financeiros em mercados ativos, quando disponíveis. Na sua ausência, o justo valor é baseado na utilização de preços de transacções recentes realizadas em condições de mercado ou, na sua ausência, usando técnicas de valorização. Estas técnicas de valorização incluem fluxos futuros de caixa descontados considerando dados observáveis de mercado disponíveis.

2.8. Compensação de instrumentos financeiros

Os ativos e passivos financeiros são apresentados no balanço pelo seu valor líquido quando existe o direito legal exercível de compensar os montantes já reconhecidos e exista a intenção de os liquidar pelo seu valor líquido ou realizar o activo e liquidar o passivo simultaneamente. O direito legal exercível não pode ser contingente de eventos futuros, e deve ser exercível no decurso normal da atividade do Banco Finantia, assim como em caso de default, falência ou insolvência do Banco ou da contraparte.

2.9. Operações de reporte

Títulos vendidos com acordo de recompra (“repos”) por um preço fixo ou por um preço que iguala o preço de venda acrescido de um juro inerente ao prazo da operação não são desreconhecidos do balanço. O correspondente passivo é contabilizado em valores a pagar a outras instituições financeiras ou a clientes,

conforme apropriado. A diferença entre o valor de venda e o valor de recompra é tratada como juro e é diferida durante a vida do acordo, através do método da taxa efectiva.

Títulos comprados com acordo de revenda (“reverse repos”) por um preço fixo ou por um preço que iguala o preço de compra acrescido de um juro inerente ao prazo da operação não são reconhecidos no balanço, sendo o valor de compra registado como empréstimos a outras instituições financeiras ou clientes, conforme apropriado. A diferença entre o valor de compra e o valor de revenda é tratada como juro e é diferido durante a vida do acordo, através do método da taxa efectiva.

Os títulos cedidos através de acordos de empréstimo não são desreconhecidos do balanço, sendo classificados e valorizados em conformidade com a política contabilística referida na Nota 2.6. Os títulos recebidos através de acordos de empréstimo não são reconhecidos no balanço.

Os títulos recebidos ou dados em garantia nas operações de compra com acordo de revenda (“reverse repos”) e nas operações de venda com acordo de recompra (“repos”) são reconhecidos nas rubricas extrapatrimoniais.

2.10. Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis

As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas nas demonstrações financeiras pelo seu justo valor na data de contratação da operação.

Subsequentemente, as responsabilidades representadas por garantias são mensuradas pelo maior valor entre o valor inicial deduzido de amortizações, calculadas de modo a reconhecer em resultados as comissões recebidas ao longo do período, e a melhor estimativa do custo que seria incorrido para cumprimento de responsabilidade por uma garantia prestada à data de balanço. O aumento de uma responsabilidade por garantia prestada é reconhecido em resultados.

No momento do desreconhecimento da garantia, qualquer responsabilidade ainda existente deverá ser reconhecida em resultados.

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 15 -

2.11. Instrumentos financeiros derivados e contabilidade de cobertura

Os instrumentos financeiros derivados são reconhecidos na data da sua negociação (“trade

date”) pelo seu justo valor. Subsequentemente, o justo valor dos instrumentos financeiros derivados é reavaliado numa base regular, sendo os ganhos ou perdas registados directamente em resultados do período, excepto no que se refere aos derivados de cobertura. O reconhecimento das variações de justo valor dos derivados de cobertura depende da natureza do risco coberto e do modelo de cobertura utilizado.

O justo valor dos instrumentos financeiros derivados corresponde ao seu valor de mercado, quando disponível, ou é determinado tendo por base técnicas de valorização incluindo modelos de desconto de fluxos de caixa (“discounted cash flows”) e modelos de avaliação de opções, conforme seja apropriado.

Contabilidade de cobertura

Os instrumentos financeiros derivados utilizados para fins de cobertura, podem ser classificados contabilisticamente como de cobertura desde que cumpram, cumula-tivamente, com as seguintes condições:

(i) À data de início da transacção a relação de cobertura encontra-se identificada e formalmente documentada, incluindo a identificação do item coberto, do instrumento de cobertura e a avaliação da eficácia da cobertura;

(ii) Existe a expectativa de que a relação de cobertura seja altamente eficaz, à data de início da transacção e ao longo da vida da operação;

(iii) A eficácia da cobertura possa ser mensurada com fiabilidade à data de início da transacção e ao longo da vida da operação;

(iv) Para operações de cobertura de fluxos de caixa a respectiva ocorrência deve ser altamente provável;

(v) A cobertura é avaliada numa base contínua e efectivamente determinada

como tendo sido altamente eficaz durante todo o período de relato financeiro para o qual a cobertura foi designada.

• Cobertura de justo valor (“fair value

hedge”)

Numa operação de cobertura de justo valor de um activo ou passivo (“fair value hedge”), o valor de balanço desse activo ou passivo, determinado com base na respectiva política contabilística, é ajustado de forma a reflectir a variação do seu justo valor atribuível ao risco coberto. As variações do justo valor dos derivados de cobertura são reconhecidas em resultados, conjuntamente com as variações de justo valor dos ativos ou dos passivos cobertos atribuíveis ao risco coberto.

Quando um instrumento de cobertura expira ou é vendido, ou quando a cobertura deixa de cumprir os critérios exigidos para a contabilidade de cobertura ou a entidade revoga a designação, o instrumento financeiro derivado é transferido para a carteira de negociação e os ativos e passivos cobertos deixam de ser ajustados pelas variações do seu justo valor. Caso o activo ou passivo coberto corresponda a um instrumento mensurado ao custo amortizado, o ajustamento de revalorização é amortizado até à sua maturidade pelo método da taxa efectiva e reflectido em resultados de operações financeiras.

Derivados embutidos

Os derivados que estão embutidos em outros instrumentos financeiros são tratados separadamente quando as suas características económicas e os seus riscos não estão relacionados com o instrumento principal e o instrumento principal não está contabilizado ao seu justo valor através de resultados. Estes derivados embutidos são registados ao justo valor com as variações reconhecidas em resultados.

2.12. Ativos não correntes detidos para venda

Os ativos não correntes detidos para venda são mensurados ao menor de entre o seu valor líquido de balanço do seu reconhecimento inicial e o correspondente justo valor deduzido

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BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 16 -

dos custos de venda, e não são amortizados. As perdas não realizadas com estes ativos, assim determinadas, são registadas em resultados.

O Banco obtém, para estes ativos, avaliações regulares efetuadas por peritos.

2.13. Ativos tangíveis e propriedades de investimento

Os ativos tangíveis do Banco encontram-se valorizados ao custo deduzido das respectivas amortizações acumuladas e perdas de imparidade, se existentes. Despesas directamente atribuíveis à aquisição de bens, ou custos subsequentes, são deduzidos ao valor de balanço ou registados como um activo em separado, conforme seja apropriado, apenas se for provável que deles resultarão benefícios económicos futuros para o Banco. Todas as restantes despesas com manutenção e reparação são reconhecidas como custo, de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

Os gastos a suportar com o desmantelamento ou remoção de ativos instalados em propriedade de terceiros são considerados como parte do custo inicial dos respetivos ativos, quando se traduzam em montantes significativos e mensuráveis com fiabilidade.

As amortizações são calculadas segundo o método das quotas constantes, às seguintes taxas de amortização que reflectem a vida útil esperada dos bens, as quais são revistas a cada data de relato:

Imóveis: 50 anos

Mobiliário e máquinas: 5 a 10 anos

Equipamento informático: 3 a 4 anos

Instalações interiores: 10 anos

Viaturas: 3 a 4 anos

Outras imobilizações: 4 a 10 anos

Os terrenos não são amortizados.

Quando existe indicação de que um activo possa estar em imparidade, o seu valor recuperável é estimado, devendo ser reconhecida uma perda por imparidade sempre que o valor líquido de um activo exceda o seu valor recuperável. As perdas por imparidade

são reconhecidas em resultados do exercício, sendo revertidas em períodos de relato posteriores, quando os motivos que levaram ao seu reconhecimento inicial cessarem. Para este efeito, a nova quantia depreciada não será superior àquela que estaria contabilizada, caso não tivessem sido imputadas perdas de imparidade ao ativo, considerando as depreciações que este teria sofrido.

O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o seu preço de venda líquido e o seu valor de uso, sendo este calculado com base no valor actual dos fluxos de caixa estimados futuros que se esperam vir a obter do uso continuado do activo e da sua alienação no fim da sua vida útil.

Os imóveis designados como propriedades de investimento são imóveis detidos pelo Banco e que se encontram arrendados. Os métodos de valorização e amortização são equivalentes aos referidos para os ativos tangíveis.

2.14. Ativos intangíveis

Os custos incorridos com a aquisição e desenvolvimento de software são capitalizados, assim como as despesas adicionais suportadas pelo Banco necessárias à sua implementação, elegíveis para capitalização enquanto ativos intangíveis. Estes custos são amortizados de forma linear ao longo da vida útil esperada destes ativos, que no geral corresponde a um período de 3 anos.

Os custos directamente relacionados com o desenvolvimento pelo Banco de aplicações informáticas, em que seja expectável a geração de benefícios económicos futuros para além de um exercício, são reconhecidos e registados como ativos intangíveis. Estes custos incluem as despesas com os empregados directamente afectos aos projectos.

As despesas com a manutenção de aplicações informáticas são reconhecidas como custos quando incorridas.

2.15. Locações

O Banco classifica as operações de locação como locações financeiras ou locações operacionais, em função da sua substância e não da sua forma legal cumprindo os critérios definidos no IAS 17 – Locações. São

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classificadas como locações financeiras as operações em que os riscos e benefícios inerentes à propriedade de um activo são substancialmente transferidas para o locatário. Todas as restantes operações de locação são classificadas como locações operacionais. O Banco, porém, apenas detém operações de locação financeira, na condição de locatário.

Locações financeiras - Como locatário

Os contratos de locação financeira são registados na data do seu início, no ativo e no passivo, sendo capitalizadas ao menor entre o justo valor dos bens locados e os pagamentos mínimos de locação contratualizados. As rendas são constituídas (i) pelo encargo financeiro que é debitado em resultados e (ii) pela amortização financeira do capital que é deduzida ao passivo. Os encargos financeiros são reconhecidos como custos ao longo do período da locação, a fim de produzirem uma taxa de juro periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo em cada período. Os bens adquiridos em regime de locação financeira são depreciados ao menor entre a vida útil dos bens, e o período de locação.

2.16. Passivos financeiros

Um instrumento é classificado como passivo financeiro quando existe uma obrigação contratual da sua liquidação ser efectuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro activo financeiro, independentemente da sua forma legal.

De acordo com a IAS 39, os passivos financeiros derivados e as vendas a descoberto são reconhecidos ao justo valor em balanço. Os ganhos e perdas resultantes da variação do justo valor destes instrumentos são reconhecidos directamente em resultados do exercício.

À excepção dos passivos financeiros designados ao justo valor através dos resultados, os restantes passivos financeiros não derivados, os quais incluem operações com acordo de recompra (ver Nota 2.9), recursos de instituições de crédito, recursos de clientes, e responsabilidades representadas por títulos, são registados (i) inicialmente pelo seu justo valor deduzido dos custos de transacção incorridos e

(ii) subsequentemente ao custo amortizado, com base no método da taxa efectiva.

Os passivos financeiros são designados ao justo valor através dos resultados sempre que esta designação elimine ou reduza significati-vamente inconsistências, quanto à sua valorização ou reconhecimento, que de outro modo resultaria da mensuração de ativos ou passivos ou do reconhecimento de ganhos e perdas sobre os mesmos em diferentes bases, e quando assim são designados pela gestão, ou quando são avaliados e geridos internamente ao justo valor e a informação de gestão é produzida para a gestão nessa base.

A designação ao justo valor uma vez efectuada é irrevogável. Estes passivos são inicialmente designados ao justo valor, sendo os custos de transacção incorridos reconhecidos directamente nos resultados.

Subsequentemente, os ganhos e as perdas resultantes das variações do justo valor dos passivos financeiros designados ao justo valor são reconhecidos em resultados. O montante das variações de justo valor atribuíveis a variações no seu risco de crédito é determinado como o montante da variação no justo valor que não é atribuível a alterações das condições de mercado.

Caso o Banco recompre dívida emitida esta é anulada do balanço consolidado e a diferença entre o valor de balanço do passivo e o valor de compra é registado em resultados.

2.17. Provisões

São reconhecidas provisões quando (i) o Banco tem uma obrigação presente, legal ou construtiva, (ii) seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e (iii) quando possa ser feita uma estimativa fiável do valor dessa obrigação.

2.18. Instrumentos de capital

Um instrumento é classificado como instrumento de capital quando não existe uma obrigação contratual da sua liquidação ser efectuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro activo financeiro, independentemente da sua forma legal, evidenciando um interesse

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BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 18 -

residual nos ativos de uma entidade após a dedução de todos os seus passivos.

Os custos directamente atribuíveis à emissão de instrumentos de capital são registados por contrapartida do capital próprio como uma dedução ao valor da emissão. Os valores pagos e recebidos pelas compras e vendas de instrumentos de capital são registados no capital próprio, líquidos dos custos de transacção.

As distribuições efectuadas por conta de instrumentos de capital são deduzidas ao capital próprio como dividendos, quando declarados.

2.19. Investimentos em filiais

Na rubrica de investimentos em filiais são registadas as participações de capital em empresas em que o Banco exerce domínio, participações essas que se revestem de carácter duradouro e são detidas em resultado da existência de ligações de complementaridade com a atividade do Banco (ver Nota 13). Estas participações encontram-se registadas nas contas individuais do Banco pelo respectivo custo de aquisição.

As eventuais desvalorizações de valor significativo e com carácter permanente, identificadas nas participações detidas, são provisionadas.

O valor contabilístico da liquidação de uma participada é calculado através da diferença entre o custo de aquisição e a situação líquida da participada à data de liquidação.

Quando o diferencial entre o custo de aquisição de uma participada e a situação líquida é gerada no exercício em que a participada é liquidada, o diferencial é assumido como uma perda ou ganho no exercício económico em que foi gerada.

Quando a diferença entre o custo de aquisição e a situação líquida já provêm de exercícios anteriores, o ganho ou a perda inerente deverá afectar directamente a situação líquida, através da rubrica resultados transitados.

De forma a eliminar o risco cambial inerente às suas participações em moeda estrangeira, o Banco efectua a cobertura de justo valor destes

ativos. Desta forma, o valor de balanço das participações financeiras em moeda estrangeira é reavaliado com base na taxa de câmbio à data do balanço, sendo as respectivas variações reconhecidas em resultados, conjuntamente com as variações cambiais dos respetivos passivos de cobertura. Os critérios de classificação e de valorização encontram-se em conformidade com os descritos na política contabilística descrita na Nota 2.4.

2.20. Ações próprias

As ações próprias são registadas como uma dedução ao capital próprio pelo valor de aquisição, não sendo sujeitas a reavaliação. As mais e menos valias realizadas na venda de ações próprias, bem como os respetivos impostos, são reconhecidas diretamente no capital próprio, não afetando o resultado do exercício.

2.21. Benefícios aos empregados

O Banco encontra-se sujeito ao Regime Geral da Segurança Social não tendo quaisquer responsabilidades pelo pagamento de pensões ou complementos de pensões de reforma aos seus colaboradores.

2.22. Impostos sobre lucros

Os impostos sobre lucros compreendem os impostos correntes e os impostos diferidos. Os impostos sobre lucros são reconhecidos em resultados, excepto quando estão relacionados com itens que são reconhecidos directamente nos capitais próprios, caso em que são também registados por contrapartida dos capitais próprios.

Os impostos correntes são os que se esperam que sejam pagos com base no resultado tributável apurado de acordo com as regras fiscais em vigor, ou substancialmente aprovadas, e utilizando a taxa de imposto aprovada ou substancialmente aprovada em cada jurisdição.

Os impostos diferidos são calculados, de acordo com o método do passivo com base no balanço, sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos ativos e passivos e a sua base fiscal, utilizando as taxas de imposto

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 19 -

aprovadas ou substancialmente aprovadas à data de balanço em cada jurisdição e que se espera virem a ser aplicadas quando as diferenças temporárias se reverterem.

Os impostos diferidos ativos e passivos correspondem ao valor do imposto a recuperar e a pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias entre o valor de um activo ou passivo no balanço e a sua base de tributação. Os impostos diferidos ativos são reconhecidos apenas na medida em que seja expectável que existam lucros tributáveis no futuro capazes de absorver as diferenças temporárias dedutíveis.

Os impostos diferidos ativos não são reconhecidos para as diferenças temporárias tributáveis associadas a investimento em empresas filiais e associadas, quando o Banco controla a reversão das diferenças temporárias e quando seja provável que não serão revertidos no futuro.

2.23. Caixa e equivalentes de caixa

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os valores registados no balanço com maturidade inferior a três meses a contar da data de aquisição/contratação, com risco imaterial de flutuação de justo valor, onde se incluem a caixa e as disponibilidades e aplicações em outras instituições de crédito.

A caixa e equivalentes de caixa excluem os depósitos de natureza obrigatória realizados junto de bancos centrais e depósitos de colateral.

2.24. Reporte por segmentos

Um segmento operacional de negócio é uma componente identificável do Banco que se destina a fornecer um produto ou serviço individual ou um grupo de produtos ou serviços relacionados, dentro de um ambiente económico específico e que esteja sujeito a riscos e benefícios que sejam diferenciáveis de outros, que operem em ambientes económicos diferentes.

Os resultados dos segmentos operacionais são periodicamente revistos pela Gestão com vista à tomada de decisões. O Grupo prepara regularmente informação financeira relativa a estes segmentos, a qual é reportada à Gestão.

A definição dos segmentos operacionais é revista anualmente considerando as reestruturações das atividades desenvolvidas ou a aquisição de novos negócios.

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 20 -

3. Normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas

O Banco adotou as normas contabilísticas que foram adotadas pela União Europeia e são de aplicação obrigatória desde 1 de janeiro de 2014. As normas contabilísticas, emendas e interpretações recentemente emitidas, mas que ainda não entraram em vigor, não foram adotadas antecipadamente. O Banco irá adotar estas normas quando as mesmas forem de aplicação obrigatória, encontrando-se a avaliar o impacto da adoção das mesmas.

As normas (novas ou revistas) e interpretações, aplicáveis à atividade do Banco e refletidas nas demonstrações financeiras com referência a 31 de dezembro de 2014, foram as seguintes:

a) IAS 32 (alteração) ‘Compensação de ativos e passivos financeiros. Esta alteração faz parte do projeto de “compensação de ativos e passivos” do IASB, o qual visa clarificar o conceito de “deter atualmente o direito legal de compensação”, e clarifica que alguns sistemas de regularização pelos montantes brutos (as câmaras de compensação) podem ser equivalentes à compensação por montantes líquidos.

b) IAS 36 (alteração) ‘Divulgação do valor recuperável para ativos não financeiros’. Esta alteração trata da divulgação de informação sobre o valor recuperável de ativos em imparidade, quando este tenha sido mensurado através do modelo do justo valor menos custos de vender.

c) IAS 39 (alteração) ‘Novação de derivados e continuidade da contabilidade de cobertura’. A alteração à IAS 39 permite que uma Entidade mantenha a contabilização de cobertura, quando a contraparte de um derivado que tenha sido designado como instrumento de cobertura, seja alterada para uma câmara de compensação, ou equivalente, como consequência da aplicação de uma lei ou regulamentação.

d) Alterações à IFRS 10, 12 e IAS 27 - ’Entidades de investimento’. A alteração define uma Entidade de investimento (‘Investment entities’) e introduz uma exceção à aplicação da

consolidação no âmbito da IFRS 10, para as entidades que qualifiquem como Entidades de investimento, cujos investimentos em subsidiárias devem ser mensurados ao justo valor através de resultados do exercício, por referência à IAS 39. Divulgações específicas exigidas pela IFRS 12.

As alterações às normas acima referidas não tiveram impactos significativos nas demonstrações financeiras apresentadas.

Em 31 de dezembro de 2014, encontravam-se disponíveis para adoção antecipada as seguintes normas (novas e revistas) e interpretações, já adotadas pela União Europeia, as quais não foram ainda adotadas pelo Banco uma vez que a sua aplicação só é obrigatória para períodos iniciados após 1 de janeiro de 2015.

a) IAS 1 (alteração), ‘Revisão às divulgações’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso da União Europeia. A alteração dá indicação relativamente à materialidade e agregação, a apresentação de subtotais, a estrutura das demonstrações financeiras e a divulgação das políticas contabilísticas.

b) IAS 16 e IAS 38 (alteração), ‘Métodos de cálculo de amortização e depreciação permitidos (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica que a utilização de métodos de cálculo das depreciações/ amortizações de ativos com base no rédito obtido, não são por regra consideradas adequadas para a mensuração do padrão de consumo dos benefícios económicos associados ao ativo. É de aplicação prospetiva.

c) IAS 16 e IAS 41 (alteração), ‘Agricultura: plantas que produzem ativos biológicos consumíveis’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 21 -

define o conceito de uma planta que produz ativos biológicos consumíveis, e retira este tipo de ativos do âmbito da aplicação da IAS 41 – Agricultura para a IAS 16 – Ativos tangíveis, com o consequente impacto na mensuração. Contudo, os ativos biológicos produzidos por estas plantas, mantêm-se no âmbito da IAS 41 – Agricultura.

d) IAS 19 (alteração), ‘Planos de benefícios definidos – Contribuições dos empregados’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de julho de 2014). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso da União Europeia. A alteração à IAS 19 aplica-se a contribuições de empregados ou entidades terceiras para planos de benefícios definidos, e pretende simplificar a sua contabilização, quando as contribuições são independentes do número de anos de serviço.

e) IAS 27 (alteração), ‘Método da equivalência patrimonial nas demonstrações financeiras separadas’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração permite que uma entidade aplique o método da equivalência patrimonial na mensuração dos investimentos em subsidiárias, empreendimentos conjuntos e associadas, nas demonstrações financeiras separadas. Esta alteração é de aplicação retrospetiva.

f) Alterações à IFRS 10 e IAS 28, ‘Venda ou contribuição de ativos entre um investidor e uma sua Associada ou Empreendimento conjunto’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica que a venda ou contribuição de ativos entre um investidor e uma sua associada ou empreendimento conjunto, permite o reconhecimento da totalidade do ganho/perda apurado quando os ativos transferidos constituem um negócio.

g) Alterações às IFRS 10, 12 e IAS 28, ‘Entidades de investimento: aplicação da isenção à obrigação de consolidar’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta alteração ainda está

sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica que que a isenção à obrigação de consolidar aplica-se a uma empresa holding intermédia que constitua uma subsidiária de uma entidade de investimento. Adicionalmente, a opção de aplicar o método da equivalência patrimonial, de acordo com a IAS 28, é extensível a uma entidade, que não é uma entidade de investimento, mas que detém um interesse numa associada ou empreendimento conjunto que é uma “Entidade de investimento”.

h) IFRS 11 (alteração), ‘Contabilização da aquisição de interesse numa operação conjunta’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016).Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração introduz orientação acerca da contabilização da aquisição do interesse numa operação conjunta que qualifica como um negócio, sendo aplicáveis os princípios da IFRS 3 – concentrações de atividades empresariais.

i) Melhorias às normas 2010 - 2012, (a aplicar, em geral, nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de julho de 2014). Estas melhorias ainda estão sujeitas ao processo de endosso pela União Europeia. Este ciclo de melhorias afeta os seguintes normativos: IFRS 2, IFRS 3, IFRS 8, IFRS 13, IAS 16, IAS 24 e IAS 38.

j) Melhorias às normas 2011 - 2013, (a aplicar na União Europeia nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2015). Este ciclo de melhorias afeta os seguintes normativos: IFRS 1, IFRS 3, IFRS 13, e IAS 40.

k) Melhorias às normas 2012 - 2014, (a aplicar, em geral, nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Estas melhorias ainda estão sujeitas ao processo de endosso pela União Europeia. Este ciclo de melhorias afeta os seguintes normativos: IFRS 5, IFRS 7, IAS 19 e IAS 34.

l) IFRS 9 (nova), ‘Instrumentos financeiros’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018). Esta norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. A IFRS 9 substitui os requisitos da

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 22 -

IAS 39, relativamente: (i) à classificação e mensuração dos ativos e passivos financeiros; (ii) ao reconhecimento de imparidade sobre créditos a receber (através do modelo da perda esperada); e (iii) aos requisitos para o reconhecimento e classificação da contabilidade de cobertura.

m) IFRS 14 (nova),’Desvios tarifários’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta norma permite aos adotantes pela primeira vez das IFRS, que continuem a reconhecer os ativos e passivos regulatórios de acordo com a política seguida no âmbito do normativo anterior. Contudo para permitir a comparabilidade com as entidades que já adotam as IFRS e não reconhecem ativos / passivos regulatórios, os referidos montantes têm de ser divulgados nas demonstrações financeiras separadamente.

n) IFRS 15 (nova), ‘Rédito de contratos com clientes’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2017). Esta norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta nova norma aplica-se apenas a contratos para a entrega de produtos ou prestação de serviços, e exige que a entidade reconheça o rédito quando a obrigação contratual de entregar ativos ou prestar serviços é satisfeita e pelo montante que reflete a contraprestação a que a entidade tem direito, conforme previsto na “metodologia dos 5 passos”.

o) IFRIC 21 (nova), ‘Taxas do governo’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 17 de junho de 2014). A IFRIC 21 é uma interpretação à IAS 37 e ao reconhecimento de passivos, clarificando que o acontecimento passado que resulta numa obrigação de pagamento de uma taxa ou imposto (que não imposto sobre o rendimento - IRC) corresponde à atividade descrita na legislação relevante que

obriga ao pagamento. As divulgações devem ser apresentadas para situações de reconhecimento de perdas de imparidade. Entrada em vigor em 1 de Janeiro de 2014.

Emendas à IAS 39: ‘Instrumentos financeiros – Novação de derivados e contabilidade de cobertura’: Introduz uma isenção à obrigação de descontinuar a contabilidade de cobertura dos instrumentos financeiros derivados, quando se verifique a alteração da contraparte do contrato por requisito legal e desde que estejam cumpridas determinadas condições. Entrada em vigor em 1 de Janeiro de 2014.

IFRIC 21 (nova): ‘Taxas do Governo’: Esta interpretação refere-se à contabilização de taxas impostas pelos Governos, consistindo numa interpretação à IAS 37 – Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes. A Interpretação tipifica as taxas do Governo, e os eventos que dão origem à sua responsabilidade de pagamento, clarificando, dada a diversidade identificada na sua aplicação prática, o momento em que estas devem ser reconhecidas. Entrada em vigor em 1 de Janeiro de 2014.

IFRS 9, ‘Instrumentos Financeiros’: A IFRS 9 refere-se à primeira fase da nova norma sobre instrumentos financeiros e prevê duas categorias de mensuração: o custo amortizado e o justo valor. Todos os instrumentos de capital são mensurados ao justo valor. Um instrumento financeiro é mensurado ao custo amortizado apenas quando a Entidade o detém para receber os fluxos de caixa contratuais e os fluxos de caixa representam o nominal e juros. Caso contrário, os instrumentos financeiros são valorizados ao justo valor por via de resultados. Entrada em vigor em 1 de Janeiro de 2018.

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 23 -

4. Principais estimativas e julgamentos utilizados na preparação das demonstrações financeiras

As NCA estabelecem uma série de tratamentos contabilísticos e requerem que o Conselho de Administração efectue julgamentos e faça estimativas necessárias de forma a decidir qual o tratamento contabilístico mais adequado. As principais estimativas e julgamentos utilizados pelo Banco na aplicação dos princípios contabilísticos são apresentados nesta nota, com o objetivo de melhorar o entendimento da sua aplicação e da forma como esta afecta os resultados reportados pelo Banco e a sua divulgação.

Considerando que em algumas situações existem alternativas ao tratamento contabilístico adoptado pelo Conselho de Administração, os resultados reportados pelo Banco poderiam ser diferentes caso um tratamento diferente fosse escolhido.

O Conselho de Administração considera que as suas escolhas são apropriadas e que as demonstrações financeiras apresentam de forma adequada a posição financeira do Banco e o resultado das suas operações em todos os aspectos materialmente relevantes.

A análise efectuada de seguida é apresentada apenas para um melhor entendimento das demonstrações financeiras e não têm intenção de sugerir que outras alternativas ou estimativas possam ser mais apropriadas.

Imparidade dos ativos financeiros detidos para venda

O Banco determina que existe imparidade nos seus títulos quando existe uma desvalorização continuada ou de valor significativo no seu justo valor ou com base numa análise individual tendo em consideração indicadores de imparidade relevantes. Esta determinação requer julgamento. No julgamento efetuado, o Banco avalia entre outros factores, a volatilidade normal dos preços dos títulos e as actuais condições de mercado.

Adicionalmente, as avaliações são obtidas através de preços de mercado ou de modelos de valorização, os quais requerem a utilização de pressupostos ou julgamentos na definição de estimativas de justo valor.

Metodologias alternativas e a utilização de diferentes pressupostos e estimativas poderão resultar num nível diferente de perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente impacto nos resultados do Banco.

Justo valor dos instrumentos financeiros

O justo valor baseia-se em cotações de mercado ou, na ausência destas, em preços de transacções recentes, semelhantes e realizadas em condições de mercado e em metodologias de avaliação, que têm subjacente técnicas de fluxos de caixa futuros descontados considerando as condições de mercado, o valor temporal, a curva de rentabilidade e factores de volatilidade. Estas metodologias podem requerer a utilização de pressupostos ou julgamentos na estimativa do justo valor.

Consequentemente, a utilização de diferentes metodologias, pressupostos ou julgamentos na aplicação de determinado modelo, poderá originar resultados financeiros diferentes dos reportados.

Especificamente para a carteira de derivados de crédito, em concreto os Credit Default Swaps -

Single Names, e para os exercícios terminados em 31 de dezembro de 2014 e 2013, o Banco utilizou um modelo de valorização baseado em inputs observáveis no mercado, derivados de instrumentos similares em mercados ativos e similares, ajustados de forma a reflectir as actuais condições de mercado, o qual inclui um ajustamento pelo prémio de liquidez verificado neste mercado, quando aplicável.

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 24 -

O Banco calibra este modelo de valorização com base em informação e transacções de mercado e revê os pressupostos do modelo de forma regular. Não existe um standard de mercado único para modelos de valorização nesta área e estes modelos têm limitações inerentes. Adicionalmente, pressupostos e inputs diferentes gerariam resultados diferentes. O redimensionamento dos spreads do modelo 10% para cima, em linha com pressupostos menos favoráveis, reduziria o justo valor em aproximadamente € 2,5 milhões (2013: € 1,1 milhões), enquanto o redimensionamento 10% para baixo, em linha com pressupostos mais favoráveis, aumentaria o justo valor em aproximadamente € 2,6 milhões (2013: € 1,1 milhões). Um estreitamento de 10% no ajustamento do prémio de liquidez implicaria uma redução no justo valor destes instrumentos financeiros de € 1,0 milhões (2013: € 0,4 milhões), enquanto um alargamento de 10% implicaria que o mesmo aumentasse aproximadamente € 1,0 milhões (2013: € 0,4 milhões). A carteira de derivados de crédito apresenta ainda outros derivados mensurados por um modelo de fluxos de caixa descontados que incorpora, entre outros elementos, as expectativas de perda à data de referência dos ativos subjacentes.

Perdas por imparidade no crédito a clientes e em outros ativos

O Banco efectua uma revisão periódica da sua carteira de crédito a clientes e de outros ativos de forma a avaliar a existência de imparidade.

O processo de avaliação de forma a determinar se uma perda por imparidade deve ser reconhecida é sujeito a estimativas e julgamentos. Este processo inclui factores como a frequência de incumprimento, notações de risco, taxas de recuperação das perdas e as estimativas quer dos fluxos de caixa futuros quer do momento do seu recebimento.

Metodologias alternativas e a utilização de outros pressupostos e estimativas poderiam resultar em níveis diferentes de perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente impacto nos resultados do Banco.

Impostos sobre lucros

A determinação do montante global de impostos sobre os lucros requer determinadas interpretações e estimativas. Existem diversas transacções e cálculos para os quais a determinação do valor final de imposto a pagar é incerto durante o ciclo normal de negócios.

Adicionalmente é de referir que a reversão de diferenças temporárias dedutíveis resulta em deduções na determinação de lucros tributáveis de períodos futuros. Contudo, os benefícios económicos na forma de reduções nos pagamentos de impostos fluirão para a entidade somente se ela obtiver lucros tributáveis suficientes contra os quais as deduções possam ser compensadas. Nesta base, o Banco reconhece ativos por impostos diferidos somente quando for provável que lucros tributáveis estarão disponíveis contra os quais as diferenças temporárias dedutíveis possam ser utilizadas.

Outras interpretações e estimativas poderiam resultar num nível diferente de impostos sobre os lucros, correntes e diferidos, reconhecidos no período. As Autoridades Fiscais portuguesas têm a atribuição de rever o cálculo da matéria coletável efetuado pelo Banco e pelas suas subsidiárias sedeadas em Portugal, durante um período de quatro anos. Desta forma, é possível que haja correcções à matéria coletável, resultantes principalmente de diferenças na interpretação da legislação fiscal. No entanto, é convicção do Conselho de Administração de que não haverá correcções significativas aos impostos sobre lucros registados nas demonstrações financeiras.

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 25 -

Ativos financeiros detidos até à maturidade

De acordo com o IAS 39 o Banco classifica determinados ativos financeiros não derivados com pagamentos fixos ou determináveis e maturidades fixas como detidos até à maturidade. Esta classificação requer um julgamento significativo. Ao fazer este julgamento, o Banco avalia a sua intenção e capacidade de deter esses investimentos até à sua maturidade. Caso o Banco não detenha esses investimentos até à sua maturidade para além das circunstâncias específicas previstas, como o seja a venda de um valor insignificante perto da data da sua maturidade, o Banco deve reclassificar a totalidade dos ativos nesta categoria para a categoria de disponível para venda. Nesta base, estes investimentos seriam mensurados ao seu justo valor ao invés do custo amortizado.

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 26 -

5. Caixa e bancos

milhares EUR 31.12.2014 31.12.2013

Caixa 34 54

Depósitos à ordem em bancos centraisBanco de Portugal 25.462 49.018

Disponibilidades sobre instituições de crédito no paísDepósitos à ordem 177 616Cheques a cobrar 2 22

179 638Disponibilidades sobre instituições de crédito no estrangeiroDepósitos à ordem 18.692 9.179

44.367 58.890

Os depósitos à ordem em bancos centrais incluem o montante de m€ 2.868 (2013:m€ 2.926) que visam satisfazer as exigências legais de constituição de reservas mínimas de caixa.

Estes depósitos são remunerados à média das taxas das operações principais de refinanciamento do Sistema Europeu de Bancos Centrais (SEBC) obtidas durante o período de manutenção considerado. Essas taxas oscilaram entre 0,05% e 0,25% em 2014 (2013: oscilaram entre 0,25% e 0,75%).

6. Ativos financeiros detidos para negociação

milhares EUR 31.12.2014 31.12.2013

Instrumentos de dívida De emissores públicos nacionais - 2.306 De emissores públicos estrangeiros 137 128 De outros emissores nacionais 11.386 2.266 De outros emissores estrangeiros 9.282 1.421

Provisões para risco de país De outros emissores estrangeiros (157) -

20.648 6.121

Durante o exercício de 2014, o valor de juros reconhecido em resultados respeitante à carteira de ativos financeiros detidos para negociação ascendeu a m€ 629 (2013: m€ 430).

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 27 -

7. Ativos financeiros disponíveis para venda

milhares EUR 31.12.2014 31.12.2013

Instrumentos de dívida Títulos de dívida pública nacional 106.709 144.988 Títulos de dívida pública estrangeira 383.965 340.848 Outros títulos de dívida nacional 52.320 57.596 Outros títulos de dívida estrangeira 177.392 125.459

720.386 668.891

Instrumentos de capital De outros emissores estrangeiros - 27

- 27

Imparidade para ativos financeiros disponíveis para venda De outros emissores estrangeiros (17.006) (4.733)

(17.006) (4.733)

Provisões para risco de país De outros emissores estrangeiros - (175)

703.380 664.010

A análise desta rubrica pelo período remanescente das operações é efetuada na Nota 35.

Os saldos e movimento da rubrica imparidade para ativos disponíveis para venda podem ser analisados da seguinte forma:

milhares EUR 31.12.2014 31.12.2013

Saldo a 1 Janeiro 4.733 4.526Dotações líquidas de reversões (ver Nota 31) 16.438 469Transferências - (172)Utilizações (4.165) (90)Saldo a 31 Dezembro 17.006 4.733

Durante o exercício de 2014, o juro reconhecido em resultados referente à carteira de títulos classificada como ativos financeiros disponíveis para venda ascendeu a m€ 33.480 (2013: m€ 37.548).

Durante o exercício de 2014, o Banco reverteu perdas por imparidade relativamente a ativos financeiros disponíveis para venda associados a operações de titularização do Grupo no montante de m€ 2.387 (2013: reconheceu perdas por imparidade no montante de m€ 207).

Em 31 de dezembro de 2014, a carteira de títulos com indícios de imparidade ascendia a m€ 26.889 (2013: m€ 12.351).

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 28 -

8. Aplicações em instituições de crédito

milhares EUR 31.12.2014 31.12.2013

No país Aplicações em instituições de crédito 25 25 Instrumentos de dívida - 52.094 Operações de compra com acordo de revenda ("reverse repos") - 17.136

25 69.255

No estrangeiro Aplicações em instituições de crédito 657.233 600.030 Operações de compra com acordo de revenda ("reverse repos ") 6.129 11.071 Instrumentos de dívida 1.619 1.441 Juros a receber 211 803

665.192 613.345

665.217 682.600

A análise desta rubrica pelo período remanescente das operações é efetuada na Nota 35.

A rubrica aplicações em instituições de crédito no estrangeiro inclui depósitos de colateral relacionados com operações de repo, swaps associados a eventos de crédito, swaps de taxa de juro e swaps cambiais no montante de m€ 158.226 (2013: m€ 105.591). Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, a rúbrica instrumentos de dívida, classificada como crédito e outros valores a receber de acordo com a política contabilística descrita na nota 2.6, pode ser analisada como segue:

milhares EUR 31.12.2014 31.12.2013

Instrumentos de dívida Outros títulos de emissores nacionais - 52.094 Outros títulos de emissores estrangeiros 1.619 1.441

1.619 53.535Imparidade para instrumentos de dívida Outros títulos de emissores estrangeiros - -

1.619 53.535

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 29 -

A rubrica instrumentos de dívida encontra-se líquida de imparidade, cujos saldos e movimento pode ser analisado da seguinte forma:

milhares EUR 31.12.2014 31.12.2013

Saldo a 1 Janeiro - 48.557Dotações líquidas de reversões (ver Nota 31) - 3.391Variações cambiais - (634)Utilizações - (51.314)Saldo a 31 Dezembro - -

Durante o exercício de 2014, o valor de juros reconhecido em resultados respeitante à carteira de instrumentos de dívida ascendeu a m€ 1.156 (2013: m€ 2.796).

9. Crédito a clientes

milhares EUR 31.12.2014 31.12.2013

Financiamento especializadoCrédito não titularizado 27.378 39.426 Crédito titularizado 7.727 34.966

Comissões associadas ao custo amortizado (líquidas) 154 507 Juros a receber 179 378

Créditos e juros vencidos Menos de 90 dias 704 1.280 Mais de 90 dias 68.492 73.843

104.634 150.400 Provisões para financiamento especializadoCrédito não titularizado (64.344) (42.062)Crédito titularizado (3.635) (30.392)

Financiamento especializado, líquido 36.655 77.946

Outros créditosInstrumentos de dívida 39.539 70.224 Papel comercial 31.163 42.727 Outros créditos 7.170 250

77.872 113.201

114.527 191.147

A análise desta rubrica pelo período remanescente das operações é efetuada na Nota 35.

As provisões para financiamento especializado, calculadas em conformidade com o Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal, compreendem provisões para crédito vencido e de cobrança duvidosa. Adicionalmente, o Banco dispõe ainda de provisões para riscos gerais de crédito no montante de

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 30 -

m€ 2.458 (2013: m€ 2.975), dos quais m€ 524 (2013: m€ 1.109) estão afectos a financiamento especializado, sendo que m€ 116 (2013: m€ 520) se referem a crédito titularizado.

O valor de crédito titularizado é referente a créditos detidos por veículos de titularização constituídos no âmbito das operações de titularização em que, de acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.5., são consolidados pelo Grupo.

Em 31 de dezembro de 2014, os montantes brutos dos créditos titularizados ascende a m€ 11.668 (2013: m€ 66.993).

Os passivos associados a operações de titularização estão registados na rubrica “Passivos financeiros associados a ativos transferidos” (ver Nota 20).

O saldo da rubrica de financiamento especializado é analisado como segue:

milhares EUR 31.12.2014 31.12.2013

Crédito sem atrasos 27.705 58.506 Crédito com atrasos até 90 dias 8.079 17.267 Crédito com atrasos superiores a 90 dias 68.850 74.627

104.634 150.400

Provisões para financiamento especializado (67.979) (72.454)

36.655 77.946

O montante bruto de financiamento especializado a clientes com atrasos até 90 dias apresenta o seguinte detalhe:

milhares EUR 31.12.2014 31.12.2013

Crédito com atrasos até 30 dias 6.323 13.399Crédito com atrasos entre 30 e 60 dias 1.458 2.756Crédito com atrasos entre 60 e 90 dias 298 1.112

8.079 17.267

O justo valor do colateral associado ao financiamento especializado com atrasos inferiores a três meses acima referido ascende a m€ 8.290 e m€ 16.843 em 2014 e 2013, respetivamente.

O financiamento especializado com atrasos superiores a 90 dias pode ser analisado como segue:

milhares EUR 31.12.2014 31.12.2013

Crédito vencido a mais de 90 dias 68.516 73.762Crédito vincendo associado 334 865

68.850 74.627

Adicionalmente às provisões para crédito a clientes atrás referida, o justo valor dos colaterais associados ao crédito com imparidade ascende a m€ 964 e a m€ 1.864 em 2014 e 2013 respetivamente.

No momento da concessão do crédito, o justo valor do colateral é determinado com base em técnicas de valorização vulgarmente utilizadas para a valorização dos respetivos ativos (sobretudo veículos automóveis). Em períodos subsequentes, o justo valor é actualizado com base no preço de mercado ou índices de ativos semelhantes.

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 31 -

O valor bruto de financiamento especializado a clientes com imparidade numa base individual (de acordo com a política contabilística referida na Nota 2.5) e o justo valor dos respetivos ativos detidos como colateral ascende em 31 de dezembro de 2014 a m€ - e m€ -, respetivamente (2013: m€ 679 e € 1.383). Desta análise não resulta qualquer imparidade.

Os movimentos ocorridos na rubrica de Provisões para financiamento especializado podem ser analisados na Nota 31.

Durante o exercício de 2014 o Banco recuperou m€ 300 (2013: m€ 237) relativo a créditos previamente abatidos ao activo, de acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.5. Em 31 de dezembro de 2014, os contratos renegociados que caso contrário se encontrariam com atrasos ou com imparidade totalizam m€ 583 (2013: m€ 358). Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, a rúbrica instrumentos de dívida pode ser analisada como segue:

milhares EUR 31.12.2014 31.12.2013

Instrumentos de dívidaTitulos de dívida pública nacional 13.576 21.027 Titulos de dívida pública estrangeira - 10.349 Outros títulos de emissores nacionais 22.235 16.531 Outros títulos de emissores estrangeiros 3.778 22.585

39.589 70.492

Provisões para risco de país De outros emissores estrangeiros (50) -

Correções de valor para activos objecto de cobertura (ver Nota 10) - (268)\

39.539 70.224

Durante o exercício de 2014, o valor de juros reconhecido em resultados respeitante à carteira de instrumentos de dívida ascendeu a m€ 2.381 (2013: m€ 1.103).

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BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 32 -

10. Instrumentos financeiros derivados e contabilidade de cobertura

O Banco realiza operações com instrumentos financeiros derivados com a finalidade de cobertura e gestão dos riscos financeiros inerentes à sua atividade, gerindo posições próprias com base em expectativas de evolução dos mercados satisfazendo as necessidades dos seus clientes ou cobrindo posições de natureza estrutural. O justo valor e o valor nocional dos derivados em carteira são apresentados no quadro seguinte:

milhares EUR

Ativo Passivo Ativo PassivoDerivados de negociaçãoSwaps cambiais 580.228 638 24.186 375.802 4.264 97Swaps associados a eventos de crédito 442.486 37.068 53.837 298.886 42.517 50.465Swaps de taxa de juro 1.737.211 15.829 64.834 1.325.460 11.906 52.019Swaps de retorno total 16.473 5 5 - - -

2.776.398 53.540 142.862 2.000.147 58.687 102.581Derivados de coberturaSwaps de taxa de juro 208.472 - 21.914 234.400 - 4.020

2.984.870 53.540 164.776 2.234.547 58.687 106.601

Justo ValorValor nocional

31.12.2014Valor

nocional

31.12.2013Justo Valor

O Banco utiliza, essencialmente, os seguintes instrumentos financeiros derivados: Swap cambial, que representa um contrato realizado entre duas partes e que consiste na troca de moedas a uma taxa de câmbio a prazo. É um acordo de troca de fluxos de caixa, em que uma das partes concorda em pagar juros sobre o principal de uma moeda, em troca do recebimento de juros sobre o principal noutra moeda. No final da operação, o principal na moeda estrangeira é pago e o principal na moeda nacional é recebido. A sua finalidade é a cobertura e gestão do risco cambial inerente aos recebimentos e pagamentos em moeda estrangeira, através da redução da incerteza quanto ao valor futuro de determinada taxa de câmbio. Swap associado a eventos de crédito, que consiste num contrato através do qual é possível investir ou efetuar cobertura de risco de crédito de um dado emitente. Quando o Banco assume a posição vendedora de protecção de crédito, recebe uma taxa de juro em troca de um pagamento condicionado a um evento de crédito. Caso o evento ocorra, o vendedor de protecção de crédito paga ao comprador o valor de referência acordado para cobrir a perda de crédito. Swap de taxa de juro, que em termos conceptuais pode ser perspectivado como um acordo pelo qual duas partes se obrigam a trocar um diferencial de taxas de juro, sobre um montante nominal durante um determinado período de tempo. Envolve uma única moeda e consiste na troca de fluxos de caixa fixos por variáveis ou vice-versa. A sua finalidade é a cobertura e gestão do risco de taxa de juro, relativamente ao rendimento de uma aplicação financeira ou ao custo de um financiamento que uma determinada entidade pretende realizar num determinado momento futuro. Swap de retorno total, é uma transação financeira bilateral na qual as contrapartes trocam o retorno de um ativo ou de um conjunto de ativos por um cash-flow periódico. Um swap de retorno total é similar a um swap plain vanilla, diferenciando-se pela estrutura da transação que origina um retorno total que inclui o cash-flow acrescido da apreciação/depreciação do capital, ao contrário do swap plain vanilla cujo retorno se limita ao cash-flow.

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Contabilidade de cobertura O Banco contrata instrumentos financeiros derivados com o objetivo de efetuar a cobertura do justo valor dos seus ativos. O tratamento contabilístico das operações de cobertura varia de acordo com a natureza do instrumento coberto e da sua elegibilidade para efeitos de contabilidade de cobertura de acordo com o previsto na Nota 2.11. Quando as relações de cobertura contabilísticas são descontinuadas, ou os instrumentos cobertos são liquidados/reembolsados,não obstante se mantenham numa ótica financeira, os respetivos instrumentos de cobertura são reclassificados para a rubrica de derivados de negociação. Cobertura de justo valor do risco de taxa de juro – títulos de rendimento fixo Estas coberturas de justo valor consistem na contratação de derivados de taxa de juro que são utilizados para prevenir variações no justo valor de instrumentos de dívida de taxa fixa relacionadas com alterações da taxa de juro de mercado, tendo como objetivo prevenir a exposição a variações da taxa de juro do mercado. O valor acumulado das correcções de valor dos ativos objeto de cobertura em 31 de dezembro de 2014 ascende a m€ - (2013: m€ 285). No exercício de 2014 para os títulos classificados na categoria de Créditos e outros valores a receber, o Banco reconheceu em resultados o montante de m€ 91 (2013: m€ 87) relativo à variação de justo valor dos instrumentos cobertos no exercício e o montante de m€ 360 (2013: m€ 38) relativo ao custo dos ativos desreconhecidos e da amortização das relações descontinuadas em exercícios anteriores (ver Nota 28). Adicionalmente, e para os títulos classificados na categoria de Ativos financeiros disponíveis para venda, reconheceram-se no exercício de 2014 perdas em instrumentos de cobertura no montante de m€ 22.414 (2013: m€ 4.378) e ganhos nos respetivos itens cobertos de m€ 21.758 (2013: m€ 4.334). Estes ganhos nos itens cobertos atribuíveis ao risco coberto são reclassificados da reserva de justo valor dos títulos para resultados do exercício, líquidos do valor relativo aos ativos desreconhecidos que ascenderam a m€ 4.906 (2013: m€ 1.887) (ver Nota 28). Os impactos das relações de cobertura vivas em 31 de dezembro de 2014 e 2013, podem ser analisados como segue:

milhares EUR 31.12.2014 31.12.2013

(Perdas)/Ganhos em instrumentos de cobertura (22.506) (4.465) Créditos e outros valores a receber (92) (87) Ativos financeiros disponíveis para venda (22.414) (4.378)

Ganhos em itens cobertos atribuíveis ao risco coberto 21.849 4.420 Créditos e outros valores a receber 91 87 Ativos financeiros disponíveis para venda 21.758 4.334

Ineficácia nas coberturas de justo valor da carteira (ver Nota 28) (657) (45) Créditos e outros valores a receber (1) (0) Ativos financeiros disponíveis para venda (656) (45)

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11. Propriedades de investimento

Em 31 de dezembro de 2014, o saldo desta rubrica é composto por imóveis arrendados pelo Banco a terceiros, no montante bruto de m€ 672 (2013: a empresas do Grupo e a terceiros nos montantes brutos de m€ 388 e m€ 676, respetivamente). As amortizações acumuladas dos imóveis arrendados a terceiros ascendem a 31 de dezembro de 2014 a m€ 94 (2013: m€ 84), das quais m€ 10 (2013: m€ 10) constituídas em 2014. As amortizações acumuladas dos imóveis arrendados a empresas do Grupo ascenderam a 31 de dezembro de 2013 a m€ 70, das quais m€ 6 foram constituídas em 2013.

12. Outros ativos tangíveis e intangíveis

Em 31 de dezembro de 2014, a rubrica de outros ativos tangíveis é composta como segue:

milhares de EUR ImóveisMobiliário e material

Equipamento informático

ViaturasOutras

imobilizações31.12.2014 31.12.2013

Custo de aquisição:

Saldo inicial 4.907 331 21 821 61 6.141 7.017

Aquisições 3.888 8 - 638 - 4.534 130

Abates/Alienações (388) - - (392) - (780) (102)

Transferências 263 9 (10) - (9) 253 (904)

Saldo final 8.670 348 11 1.067 52 10.148 6.141

Amortizações acumuladas:

Saldo inicial 1.514 306 21 623 53 2.517 2.441

Dotações do exercício 151 5 - 253 1 410 295

Abates/Alienações (70) - - (327) - (397) (85)

Transferências 47 27 (10) (20) (6) 38 (134)

Saldo final 1.642 338 11 529 48 2.568 2.517

Valor líquido 7.028 10 - 538 4 7.580 3.624

Em 31 de dezembro de 2014, a rubrica de outros ativos intangíveis é composta por software no montante bruto de m€ 254 (2013: m€ 173), tendo amortizações acumuladas de m€ 87 (2013: m€ 52), das quais m€ 26 foram constituídas em 2014 (2013: m€ 22).

13. Investimentos em filiais

milhares EUR 31.12.2014 31.12.2013

Finantia Holdings BV 55.868 53.979 Sofinloc - Instituição Financeira de Crédito, S.A. 47.990 47.990 Banco Finantia International, Ltd. 40.000 40.000 Banco Finantia Sofinloc, S.A. 34.669 34.669 Finantia Serviços - Prestação de Serviços Empresariais, Lda. 4.435 4.685 Finantia S.G.F.T.C., S.A. 3.926 3.926

186.888 185.249

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BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 35 -

Esta rubrica apresentou os seguintes movimentos no decorrer dos exercícios de 2014 e 2013:

milhares EUR 31.12.2014 31.12.2013

Saldo inicial 185.249 187.378 Reembolso prestações suplementares Finantia Serviços, Lda. (750) (1.500) Concessão prestações suplementares Finantia Serviços, Lda. 500 - Variações cambiais 1.889 (629) Saldo final 186.888 185.249

As variações cambiais ocorridas no exercício devem-se à flutuação cambial da participação em moeda estrangeira que é objeto de cobertura de justo valor com instrumentos financeiros não derivados, conforme referido na Nota 2.19. As prestações suplementares podem ser analisadas conforme segue:

milhares EUR 31.12.2014 31.12.2013

Finantia Holdings BV 55.788 53.899 Finantia S.G.F.T.C., S.A. 3.676 3.676 Finantia Serviços - Prestação de Serviços Empresariais, Lda. 4.410 4.660

63.874 62.235

A rubrica de investimentos em filiais apresenta a seguinte composição:

EmpresasAtividade

Económica

Particip. Nominal

% A

Cap. Prop. e Res. Exer.

31/12/2014B

Valor prop., Cap. Prop. e Res. Exerc.

C=AxB

Valor do Investimento 31/12/2014

D

DiferençaC-D

Sofinloc - Instituição Financeira de Crédito, S.A. - Rua General Firmino Miguel, 5 14º andar - 1660-100 Lisboa - Portugal

Crédito especializado

100 37.158 37.158 55.868 (18.710)

Finantia Holdings BV - Locatellikade 1,1076AZ Amesterdão - Holanda

Gestão de Participações

100 58.568 58.568 47.990 10.578

Banco Finantia International, Ltd.- Strathvale House, 3rd Floor - 90, North Church Street - Grand Cayman, Cayman

Bancária 100 44.096 44.096 40.000 4.096

Banco Finantia Sofinloc, S.A - Avda. Menéndez Pelayo, 67 (Torre Retiro) - 28009 Madrid, Espanha

Bancária 99,60 69.296 69.019 34.669 34.349

Finantia Serviços - Prestação de Serviços Empresariais, Lda. - Rua General Firmino Miguel, 5 - 1º andar - 1600-100 Lisboa - Portugal

Prestação de Serviços

100 3.175 3.175 4.435 (1.260)

Finantia SGFTC, S.A - Rua General Firmino Miguel, 5 - 1º andar - 1600-100 Lisboa, Portugal

Administração de Fundos

100 4.268 4.268 3.926 342

186.888

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 36 -

Adicionalmente aos investimentos em filiais acima apresentados, o Banco detém ainda, indirectamente, as seguintes participações:

Empresas Sede Actividade% Participação

Directa% Participação

Indirecta

Esprin - Española de Promociones, S.L. Espanha Prestação de serviços - 100

Finantia Brasil, Lda. Brasil Prestação de serviços - 100

Finantia PH Limited Malta Gestão de Participações - 100

Finantia Securities Ltd Reino Unido Broker-Dealer - 100

Finantia USA, Ltd. E.U.A Broker-Dealer - 100

Finantia EMEA Limited Malta Financeira - 100

LTR Finance nº7 plc Irlanda Entidade de finalidade especial - 100

14. Impostos

O imposto sobre o rendimento reportado nos resultados de 2014 e 2013 analisa-se como segue:

milhares EUR 31.12.2014 31.12.2013

Imposto correnteImposto do exercício (5.585) (809)Contribuição para o sector bancário (901) (707)Relativo a exercícios anteriores 19 6

(6.468) (1.510)

Imposto diferidoOrigem e reversão de diferenças temporárias 355 215Prejuízos fiscais reportáveis (5.110) (4.533)

(4.755) (4.318)

Total do imposto reconhecido em resultados (11.223) (5.828)

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 37 -

Os ativos e passivos por impostos diferidos reconhecidos em balanço em 2014 e 2013 podem ser analisados como segue:

milhares EUR

Ativos Passivos Líquido Ativos Passivos Líquido

Ativos financeiros disponíveis para venda - (8.987) (8.987) 283 - 283

Crédito a clientes 633 - 633 712 - 712

Prejuízos fiscais reportáveis - - - 5.110 - 5.110

Outros 868 - 868 434 - 434

Imposto diferido activo/(passivo) 1.501 (8.987) (7.486) 6.539 - 6.539

31.12.2014 31.12.2013

No fim de cada período de relato, o Banco reavalia os ativos por impostos diferidos não reconhecidos, sendo que reconhece previamente um activo por impostos diferidos não reconhecido até ao ponto em que se torne provável que os lucros tributáveis futuros permitirão que o activo por impostos diferidos seja recuperado. Em 31 de dezembro de 2014, não haviam impostos diferidos ativos associados a prejuízos fiscais reportáveis não reconhecidos nas demonstrações financeiras (2013: m€ 1.000 referentes a prejuízos originados em 2010).

O movimento do imposto diferido de balanço em 2014 e 2013 explica-se como segue:

milhares EUR

Reconhecido em resultados

Reconhecido em reservas

Reconhecido em resultados

Reconhecido em reservas

Ativos financeiros disponíveis para venda - (9.270) - 2.126Crédito a clientes (79) - (31) -Prejuízos fiscais reportáveis (5.110) - (4.533) -Outros 434 - 246 -

(4.755) (9.270) (4.318) 2.126

31.12.2014 31.12.2013

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 38 -

A reconciliação da taxa de imposto pode ser analisada como segue:

milhares EUR

Resultados antes de Impostos 40.501 8.859 Taxa de imposto estatutária 31,5% 29,5%Imposto calculado com base na taxa de imposto estatutária 12.758 2.613 Utilização de prejuízos fiscais (6.529) (1.421)Dividendos excluídos de tributação - (590)Provisões e imparidade (128) (72)Imposto relativo a exercícios anteriores (19) (6)Utilização / dedução de prejuízos fiscais de anos anteriores 4.007 4.533 Lucros em unidades com regime de tributação mais favorável 0 - Tributação autónoma 56 38 Outros 176 25

Imposto sobre os lucros 25,5% 10.322 49,1% 5.121

Contribuição extraordinária do sector bancário 901 707

Imposto reconhecido em resultados 11.223 5.828

31.12.2014 31.12.2013

% Valor % Valor

O Banco, de acordo com a Lei nº 49/2013, usufrui de um crédito fiscal extraordinário ao investimento no montante de m€ 14. As despesas elegíveis para este efeito encontram-se associadas ao Projecto FINREP/COREP.

15. Outros ativos

milhares EUR 31.12.2014 31.12.2013

Devedores e outras aplicações 544 489

Proveitos a receber 363 408

Operações a aguardar liquidação financeira 2.590 120.941

Outras operações a regularizar 29.531 290

33.028 122.128

A rubrica devedores e outras aplicações encontra-se líquida de provisões no valor de m€ 1.281 (2013: m€ 1.262). O movimento destas provisões é apresentado na Nota 31.

As operações a aguardar liquidação financeira respeitam às operações por liquidar no final do exercício, decorrentes da atividade normal do Banco (ver Nota 22).

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 39 -

16. Recursos de bancos centrais

milhares EUR 31.12.2014 31.12.2013

Recursos do Sistema Europeu de Bancos Centrais

Até 3 meses 241.846 53.971

De 1 a 5 anos - 300.000

241.846 353.971

Os recursos do Sistema Europeu de Bancos Centrais ("SEBC") encontram-se colateralizados por ativos financeiros do Grupo no justo valor de m€ 286.704 (2013: m€ 419.552). Adicionalmente a estes ativos financeiros o Banco dispõe de outros ativos financeiros elegíveis para desconto junto do SEBC no justo valor de m€ 87.989 (2013: m€ 78.172).

Estes recursos são remunerados à média das taxas das operações principais de refinanciamento do Sistema Europeu de Bancos Centrais (SEBC) obtidas durante o período de manutenção considerado. Essas taxas oscilaram entre 0,05% e 0,25% em 2014 (2013: oscilaram entre 0,25% e 0,75%).

17. Recursos de instituições de crédito

milhares EUR 31.12.2014 31.12.2013

Depósitos e outros recursos de instituições de crédito 88.983 170.055

Juros a pagar 70 152

89.053 170.207

A análise desta rubrica pelo período remanescente das operações é efetuada na Nota 35.

18. Recursos de clientes

milhares EUR 31.12.2014 31.12.2013

Depósitos a prazo 307.145 260.715 Depósitos à ordem 24.372 11.356 Cheques e ordens a pagar 947 177 Juros a pagar 3.519 5.052

335.983 277.300

A análise desta rubrica pelo período remanescente das operações é efetuada na Nota 35.

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 40 -

19. Operações de venda com acordo de recompra (“repos”)

milhares EUR 31.12.2014 31.12.2013

Instituições de crédito 444.164 402.396

Outras instituições 124.877 137.526

569.041 539.922

20. Passivos financeiros associados a ativos transferidos

milhares EUR 31.12.2014 31.12.2013

Passivos por ativos não desreconhecidos em operações de titularização (ver Nota 9)Crédito titularizado interno Financiamento de vendas a crédito 11.631 66.817

11.631 66.817

Juros a pagar 37 176Valias associadas à titularização (13) (106)

Provisões relativas aos ativos titularizados (ver Notas 2.5 e 9) (3.751) (30.912)

7.904 35.975

Em 31 de dezembro de 2014, a rubrica crédito titularizado interno inclui m€ 3.904 (2013: m€ 31.852) referentes a crédito vencido. As eventuais valias associadas a estas operações de titularização são reconhecidas em resultados de acordo com a amortização do crédito outstanding titularizado. Ao abrigo da Carta-circular n.º 47/07/DSBDR do Banco de Portugal, a constituição de provisões para ativos cedidos em operações de titularização ao abrigo do Aviso nº3/95 deixou de ser registada contra resultados da instituição cedente para passar a corrigir o montante do passivo associado a ativos titularizados (ver Nota 9).

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 41 -

As operações de titularização em curso em 31 de dezembro de 2014 podem ser analisadas como segue: LTR FINANCE Nº. 7 Em 3 de Fevereiro de 2009, iniciou-se uma nova operação de titularização cuja venda inicial de créditos ascendeu a m€ 124.218.

O financiamento desta operação foi efetuado através de um veículo de titularização denominado LTR Finance Nº 7 Limited, constituído de acordo com as normas em vigor na Irlanda e registado em Dublin. As características iniciais da estrutura de financiamento desta operação foram as seguintes:

- Classe A, de rating AA, num montante máximo de m€ 326.000 (tendo no momento inicial ascendido a m€ 101.230) e com maturidade a 20 de Fevereiro de 2023, que vence juros à taxa fixa de 4 %;

- Classe B, sem rating, num montante máximo de m€ 74.000 (tendo no momento inicial ascendido a m€ 22.980) e com maturidade a 20 de Fevereiro de 2023, que vence juros à taxa fixa de 4,5%;

- Classe C, sem rating, num montante máximo de m€ 8.000 (tendo no momento inicial ascendido a m€ 2.490, subscrita a um preço de 135,70%) e com maturidade a 20 de Fevereiro de 2023, que vence juros à taxa fixa de 16 %; e

- Duas Residual Certificate Notes, no montante de m€ 50 e com maturidade em 20 de Fevereiro de 2023. As Residual Certificate Notes são a classe de dívida mais subordinada e a sua remuneração corresponde ao Excess Spread apurado na operação depois de pagos todos os custos.

Tendo em consideração que a maioria dos ativos titularizados são de taxa fixa e que a remuneração das classes de dívida emitidas pelo veículo também é fixa, não foram contratados swaps de taxa de juro para esta operação.

O movimento ocorrido no valor dos créditos titularizados nos exercícios de 2014 e 2013 pode ser demonstrado da seguinte forma:

milhares EUR LTR 6 LTR 7 LTR 8 Total

Saldo em 31 de Dezembro de 2012 79.487 23.657 44.015 147.159

Clean up call - - (35.121) (35.121)Amortizações (30.087) (6.240) (8.894) (45.221)

Saldo em 31 de Dezembro de 2013 49.400 17.417 - 66.817

Clean up call (49.400) - - (49.400)Amortizações - (5.786) (5.786)

Saldo em 31 de Dezembro de 2014 - 11.631 - 11.631

Em março de 2015, de acordo com o contratualmente previsto, o Banco exerceu a clean-up call da operação LTR Finance Nº 7, tendo o Banco adquirido os respetivos ativos residuais.

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 42 -

21. Passivos subordinados

milhares EUR

Taxa de juro nominal Valor nominal

Saldo em 31.12.2013

Reembolsos / Vencimentos

Outros

movimentos (a) Saldo em 31.12.2014

€75m obrig. subordinadas com vencimento em 4-5-2015 Euribor 3m + 135 bp 75.000 75.312 (75.000) (312) -

€60m obrig. subordinadas com vencimento em 26-7-2017 Euribor 3m + 125 bp 60.000 49.492 - 10.765 60.257

145.000 124.804 (75.000) 10.453 60.257

(a) Os outros movimentos incluem o juro corrido em balanço e correcções de justo valor. A análise desta rubrica pelo período remanescente das operações é efetuada na Nota 35. Durante o exercício de 2014 foram reconhecidos em resultados juros, com base no método da taxa efectiva, relativos aos empréstimos registados ao custo amortizado, que ascenderam a m€ 1.962 (2013: m€ 2.402).

A emissão de € 60 milhões de obrigações subordinadas com vencimento em 2017, foi designada ao justo valor através dos resultados na data do seu reconhecimento inicial em 26 de Julho de 2007, de acordo com a política descrita na Nota 2.16. No exercício de 2014, a variação de justo valor desta emissão foi de m€ (10.776) (2013: m€ (12.603) - ver Nota 28. Estas obrigações serão amortizadas ao par na data de maturidade, podendo, contudo, ser reembolsadas antecipadamente por opção do Banco, mediante autorização prévia do Banco de Portugal.

22. Outros passivos

milhares EUR 31.12.2014 31.12.2013

Credores e outros recursos 1.152 510

Encargos a pagar 1.831 1.699

Operações a aguardar liquidação financeira 4.924 74.520

Outras contas de regularização 275 568

8.182 77.296

As operações a aguardar liquidação financeira respeitam às operações por liquidar no final do exercício, decorrentes da atividade normal do Banco (ver Nota 15).

23. Capital, prémios de emissão e ações próprias

O capital social do Banco no valor de € 150 milhões é representado por 150.000.000 ações ordinárias com direito a voto de valor nominal de € 1 cada e encontra-se integralmente realizado.

Os prémios de emissão no valor de € 25 milhões (2013: € 25 milhões) referem-se aos prémios pagos pelos acionistas em aumentos de capital.

Durante o exercício de 2014, o Banco adquiriu 2.501.063 ações próprias, pelo montante de m€ 3.015.

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 43 -

24. Reservas e resultados transitados

milhares EUR 31.12.2014 31.12.2013

Reservas de justo valor 24.298 (693)

Reserva legal 21.321 21.018

Outras reservas e resultados transitados 90.555 92.480

136.174 112.806

Reservas de justo valor

As reservas de justo valor representam as mais e menos valias potenciais relativas à carteira de ativos financeiros disponíveis para venda, líquidas da imparidade reconhecida em resultados no exercício e/ou em exercícios anteriores e a reserva de justo valor dos ativos financeiros reclassificados e a parte eficaz das variações de justo valor dos derivados de cobertura de justo valor.

O valor desta reserva é apresentado líquido de imposto diferido, como segue:

milhares EUR 2014 2013

Saldo a 1 Janeiro (693) 4.181

Ativos financeiros disponíveis para venda 51.120 (4.553)

Coberturas de justo valor (16.859) (2.447)

Impostos diferidos (ver Nota 14) (9.270) 2.126

Saldo 31 Dezembro 24.298 (693)

Reserva Legal

De acordo com o Artigo 97º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-lei n. 298/92, de 31 de dezembro, com a redação que lhe é dada pelo Decreto-lei n. 201/2002, de 25 de Setembro, o Banco Finantia deve creditar anualmente a reserva legal com pelo menos 10% do lucro líquido anual, até à concorrência do valor mais elevado entre o capital e a soma das reservas livres e dos resultados transitados (nos termos do Artigo 296º do Código das Sociedades Comerciais). Nos termos do Artigo 296º do Código das Sociedades Comerciais, a reserva legal só pode ser utilizada para cobrir prejuízos acumulados ou para aumentar o capital.

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 44 -

25. Margem financeira

milhares EUR 31.12.2014 31.12.2013

Juros e rendimentos similaresJuros da carteira de titulos 37.646 41.877 Juros de disponibilidades e aplicações em instituições de crédito 15.800 16.369 Juros de crédito a clientes 8.375 6.823 Juros de derivados de crédito 8.018 12.735 Juros de crédito a clientes titularizado 1.463 7.812 Comissões de originação associadas ao financiamento especializado 235 433 Outros juros e proveitos similares 15 6

71.552 86.055

Juros e encargos similaresJuros de recursos de clientes (11.392) (11.935)Operações de venda com acordo de recompra ("Repos") (4.395) (6.178)Juros de derivados de crédito (4.225) (5.615)Juros de derivados de cobertura (3.952) (1.162)Juros de passivos subordinados (3.089) (3.455)Juros de recursos de instituições de crédito (2.657) (6.057)Juros de passivos financeiros associado a activos transferidos (1.463) (7.812)Comissões de originação associadas ao financiamento especializado (338) (944)Outros juros e custos similares (131) (737)

(31.642) (43.895)39.910 42.160

Em 31 de dezembro de 2014, o montante de juros e encargos similares relativo a passivos financeiros designados ao justo valor através dos resultados ascende a m€ 1.516 (2013: m€ 1.500).

26. Rendimentos de instrumentos de capital

milhares EUR 31.12.2014 31.12.2013

Banco Finantia International, Ltd. - 2.000

- 2.000

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 45 -

27. Resultados de serviços e comissões

milhares EUR 31.12.2014 31.12.2013

Rendimentos de serviços e comissõesRendimentos da actividade bancária 4.560 318 Rendimentos da actividade de financiamento especializado 1.465 2.158

6.025 2.475

Encargos de serviços e comissõesPor serviços bancários prestados por terceiros (310) (247)Encargos da actividade de financiamento especializado (217) (394)

(527) (641)5.498 1.834

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, a rubrica rendimentos da atividade de financiamento especializado refere-se na sua totalidade a comissões obtidas na mediação de seguros.

28. Resultados em operações financeiras

milhares EUR 31.12.2014 31.12.2013

Ativos financeiros ao justo valor através dos resultados (26.382) (17.732)Ativos financeiros disponíveis para venda 47.317 1.672 Outros ativos financeiros 5.194 377 Resultados em operações cambiais (220) (329)Passivos financeiros ao justo valor através dos resultados (10.776) (12.603)Ineficácia nas coberturas de justo valor (ver Nota 10) (657) (45)

14.477 (28.660)

Os resultados líquidos dos ativos financeiros ao justo valor através dos resultados incluem: (i) o efeito das compras e vendas e das variações do justo valor dos instrumentos de dívida e capital e (ii) os resultados dos instrumentos financeiros derivados. Os resultados líquidos dos ativos financeiros disponíveis para venda incluem os resultados decorrentes das alienações de títulos e a respectiva transferência dos montantes reconhecidos na reserva de justo valor. Incluído nos resultados em ativos financeiros ao justo valor através dos resultados encontra-se o montante negativo de m€ 28.033 (2013: negativo de m€ 20.008), relacionados com operações de derivados de taxa de juro e derivados associados a eventos de crédito. A rubrica de outros ativos financeiros inclui o efeito das vendas de instrumentos de dívida da carteira de títulos classificada como Créditos e outros valores a receber.

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 46 -

O resultado líquido em passivos financeiros ao justo valor através dos resultados refere-se à reavaliação dos passivos financeiros designados ao justo valor através dos resultados (ver Nota 21).

29. Custos com pessoal

milhares EUR 31.12.2014 31.12.2013

Remunerações 3.995 3.768Encargos sociais obrigatórios 915 849Outros custos 167 308

5.077 4.925

O valor das remunerações, incluindo os respetivos encargos sociais obrigatórios, atribuídas aos órgãos de gestão e fiscalização do Banco, nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013, foi de m€ 140 e m€ 243, respetivamente. O número de colaboradores por categorias, no final dos exercícios, pode ser analisado como segue:

31.12.2014 31.12.2013

Quadros superiores 68 59Quadros médios 53 45Outros quadros 26 31

147 135

30. Gastos gerais administrativos

milhares EUR 31.12.2014 31.12.2013

Serviços especializados 1.796 2.001Serviços de cobrança externa 179 280Deslocações e estadas 102 137Rendas e alugueres 159 194Comunicações 78 87Conservação e reparação 77 85Outros fornecimentos e serviços 318 275

2.709 3.059

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 47 -

31. Imparidade e provisões

O movimento das provisões para os exercícios findos a 31 de dezembro de 2014 e 2013 pode ser analisado como segue:

Carteira Outros Carteira de títulos ativos de títulos Total

(Notas 7, 8 e 9) (Nota 15) (Notas 6, 7 e 9)

Saldo em 31.12.2012 53.083 - 3 1.173 3.843 77.533 107 135.742

Dotações 10.417 1.500 1.010 93 5 75 7 13.107

Reversões (6.557) (1.500) (830) - (249) (1.139) (36) (10.311)

Utilizações (51.404) - - (4) - (2.547) - (53.955)

Transferências (172) - - - (624) (1.513) (33) (2.342)

Variação Cambial (634) - (8) - - - - (642)

Saldo em 31.12.2013 4.733 - 175 1.262 2.975 72.409 45 81.599

Dotações 19.520 - 760 19 107 156 23 20.585

Reversões (3.082) - (735) - (624) (3.134) (48) (7.623)

Utilizações (4.165) - - - - (1.414) - (5.579)

Transferências - - - - - (58) - (58)

Variação Cambial - - 7 - - - - 7

Saldo em 31.12.2014 17.006 - 207 1.281 2.458 67.959 20 88.931

Provisões paraImparidade Risco-País Provisões para:

Devedores (Nota 15)

Riscos gerais de crédito

Crédito vencido (Nota 9)

Cobrança duvidosa (Nota 9)

32. Rubricas extrapatrimoniais

milhares EUR 31.12.2014 31.12.2013

Garantias prestadas Ativos dados em garantia ("repos" ) 892.653 1.085.152 Outras garantias e avales prestados 221.332 209.508

1.113.985 1.294.660Garantias recebidas Ativos recebidos em garantia ("reverse repos" ) 7.471 37.475 Outras garantias recebidas 7.318 7.318

14.789 44.793Outros passivos eventuais Linhas de crédito revogáveis 103.000 103.000 Outros passivos eventuais 440.748 441.342

543.748 544.342Responsabilidades por prestação de serviços Depósitos e guarda de valores 941.246 767.150

Activos sob gestão 30.080 103.668

971.326 870.818

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 48 -

A rubrica de ativos dados em garantia (“repos”) corresponde ao valor nominal dos títulos vendidos com acordo de recompra (ver Nota 19) e inclui as operações efetuadas com bancos centrais, incluindo títulos recebidos no âmbito de operações de compra com acordo de revenda (“reverse repos”). O valor de balanço dos títulos incluídos nestas operações ascendia, em 31 de dezembro de 2014, a m€ 952.827 (2013: m€ 1.076.096). No âmbito de operações de compra com acordo de revenda (“reverse repos”) o Banco recebe como colateral títulos, podendo vendê-los ou entregá-los como colateral. O justo valor dos títulos recebidos como colateral em 31 de dezembro de 2014 ascende a m€ 7.426 (2013: m€ 37.879). Em 31 de dezembro de 2014, a rubrica outros passivos eventuais inclui o montante de m€ 18.100 (2013: m€ -) referentes a emissões de papel comercial por parte de terceiros, garantidas pelo Banco, mas ainda não colocadas.

33. Caixa e equivalentes de caixa

Para efeitos de apresentação da demonstração de fluxos de caixa, a rubrica caixa e equivalentes de caixa compreendem os seguintes saldos com maturidade inferior a 3 meses:

milhares EUR 31.12.2014 31.12.2013

Caixa (ver Nota 5) 34 54

Depósitos à ordem em bancos centrais (ver Nota 5) 25.462 49.018

Disponibilidades em outras instituições de crédito (ver Nota 5) 18.871 9.817

Aplicações em instituições de crédito 332.408 395.564

376.775 454.453

O valor das aplicações em instituições de crédito considerado para efeitos de caixa e equivalentes de caixa refere-se apenas aos saldos com maturidade inferior a 3 meses e exclui os depósitos de colateral referidos na Nota 8.

34. Saldos e transacções com partes relacionadas

O Banco efectua operações no decurso normal das suas atividades com as suas filiais e outras empresas do Grupo (ver Nota 13) e com outras partes relacionadas. A Finantia Holdings, B.V. e a Esprin Española de Promociones, S.L. contratualizaram em fevereiro de 2015, o cancelamento retroativo da venda e transferência da participação na Finantia Emea Limited da esfera da Esprin para a Finantia Holdings, que havia ocorrido em 29 de agosto de 2014. Tendo este processo sido iniciado ainda durante o ano de 2014, decorrente de ajustamentos nos termos da transação previamente acordados entre as duas subsidiárias do Grupo, os efeitos do correspondente cancelamento foram reconhecidos nas demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2014 da Esprin Española de Promociones, S.L., pelo facto do mesmo configurar um evento subsequente ajustável em cumprimento das Normas Internacionais de Contabilidade (IAS 10).

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 49 -

Os saldos e transações com as filiais e outras empresas do Grupo em 31 de dezembro de 2014 e 2013, são analisados como segue:

milhares EUR 31.12.2014 31.12.2013

AtivosCaixa e bancos 127 15Instrumentos financeiros derivados 48.564 44.272Aplicações em instituições de crédito 478.483 565.385Ativos financeiros disponíveis para venda 7.296 7.618Propriedades de investimento - 318Outros ativos 29.977 52.212

PassivosInstrumentos financeiros derivados 2.002 5.356Recursos de outras instituições de crédito 39.297 81.458Recursos de clientes 17.209 13.868Passivos subordinados 60.257 124.804Outros passivos 1.638 1.867

ProveitosJuros e rendimentos similares 21.045 23.975Rendimentos de instrumentos de capital - 2.000Rendimentos de serviços e comissões 193 194Ganhos em operações financeiras 37.366 21.988

CustosJuros e encargos similares 4.191 11.845Encargos com serviços e comissões 72 20Perdas em operações financeiras 17.486 22.743

ExtrapatrimoniaisOutras garantias e avales prestados 186.132 186.199Ativos recebidos em garantia ("reverse repos" ) 7.471 25.786Outras garantias recebidas 7.318 7.318Linhas de crédito revogáveis 103.000 103.000Outros passivos eventuais 422.648 441.342Depósitos e guarda de valores 903.977 741.218Ativos sob gestão 19.030 103.669Swaps cambiais 123.548 111.794Swaps de taxa de juro 682.976 336.914Swaps de retorno total 8.237 -Swaps associados a eventos de crédito 248.753 248.753 O valor das remunerações atribuídas aos órgãos de gestão e fiscalização do Banco encontra-se referido na Nota 29.

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 50 -

Os acionistas do Banco Finantia com os quais existem saldos e transacções em 31 de dezembro de 2014 e 2013, são analisados como segue:

Acionista Sede% de participação

directa% de participação

efectiva

Finantipar - SGPS, S.A. Portugal 52,5 57,1

Natixis França 9,9 10,8

VTB Capital PE Investment Holding (Cyprus) Ltd Chipre 8,9 9,7

Portigon AG Alemanha 8,2 8,9

Os saldos e transações com os acionistas acima referidos são:

milhares EUR 31.12.2014 31.12.2013AtivosInstrumentos financeiros derivados - 1.241Aplicações em instituições de crédito 2.710 1.220

PassivosInstrumentos financeiros derivados 454 1.059Recursos de outras instituições de crédito - 500Recursos de clientes 210 3Operações de venda com acordo de recompra ("repos") 21.328 98.640

ProveitosJuros e rendimentos similares 1 1Ganhos em operações financeiras 1.060 4.905

CustosJuros e encargos similares 655 1.770Perdas em operações financeiras 1.988 5.874

ExtrapatrimoniaisAtivos dados em garantia 26.997 121.175Swaps de taxa de juro 10.122 61.981 As transacções efectuadas com partes relacionadas são realizadas em condições normais de mercado.

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 51 -

35. Gestão dos riscos da atividade

O Comité Financeiro, que reúne mensalmente, é o órgão responsável pela avaliação e monitorização integrada dos vários tipos de risco a que o Grupo Banco Finantia está sujeito, analisando e propondo metodologias, políticas e procedimentos adequados para o controlo e mitigação dos mesmos, e que são geridos numa ótica de grupo.

Em termos funcionais, a gestão do risco é centralizada no Departamento de Risco/ALM (Assets and Liabilities Management), tanto para a área de Banca como para a atividade de Financiamento Especializado, como uma unidade independente dos departamentos de originação do Grupo, que abrange os diversos tipos de risco: crédito, mercado, liquidez e operacional, com a análise de crédito a ser efectuada pelo Departamento de Crédito. Trata-se de uma estrutura que facilita uma análise transversal e integrada, tendo em consideração a complementaridade das análises e as correlações entre os diferentes riscos.

Risco de Crédito

O risco de crédito, o qual deriva não só da possibilidade de uma contraparte entrar em incumprimento como da variação do valor económico de um determinado instrumento devido à degradação da qualidade de crédito, constitui um dos riscos mais importantes para o Banco, dada a estrutura do seu activo.

A aprovação de qualquer exposição de crédito obedece a um conjunto de princípios e procedimentos internos constantes das Normas de Crédito do Banco que definem os diferentes níveis de decisão, tendo em conta o montante da exposição e o tipo de produto a ser financiado.

Na área do Financiamento Especializado, a avaliação do risco de crédito é efectuada mediante um exaustivo processo de análise de risco, incluindo uma hierarquia de níveis de decisão, referências de crédito de agências especializadas e um modelo de scoring. O primeiro nível de decisão é a decisão automática efectuada através do sistema desenvolvido internamente pelo Grupo, o Siacc. Tal permite ao Banco equilibrar a rendibilidade esperada com o consumo de capital para cada operação.

Na área de Banca, todas as tomadas de posição são efectuadas dentro de limites definidos pelo Departamento de Crédito. Todos os limites individuais são analisados por este departamento, existindo um cap máximo para cada exposição por contraparte em função do tipo de emitente e respectivo rating. Para além dos limites individuais, definidos em função da contraparte, a definição de novos limites, tem também em consideração a exposição de crédito por país e sector.

O Departamento de Risco/ALM procede ao controle diário dos limites aprovados de exposição ao risco de crédito/contraparte.

O perfil de risco das carteiras de crédito é analisado mensalmente no Comité Financeiro, assim como os créditos problemáticos das áreas de Banca e do Financiamento Especializado (neste último caso, apenas os créditos relativos às alçadas de decisão superiores, dada a granularidade da carteira). Nestas reuniões, é ainda realizada a análise da evolução das exposições, incluindo a análise da carteira de Financiamento Especializado que reflecte a revisão do crédito com imparidade, os níveis de incumprimento e respetivos rácios de cobertura e de qualidade, assim como a alocação e consumo de capital. Outros riscos como o risco de taxa de juro, cambial e de liquidez são também analisados.

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 52 -

Excluindo a carteira de Financiamento Especializado, que é analisada na Nota 9, e considerando a exposição a risco de crédito do Grupo por rating externo a 31 de dezembro de 2014, aproximadamente 94% (2013: 95%) da exposição total do Grupo é sobre países da OCDE ou “investment grade”, sendo a exposição remanescente diversificada por quinze países (2013: quinze países).

Compensação entre ativos financeiros e passivos financeiros

O Banco recebe e presta colateral em forma de caixa ou de títulos no que se refere a transacções de derivados em mercado de balcão e operações de venda com acordo de recompra (“repos”) e compras com acordo de revenda (“reverse repos”).

Este colateral está sujeito às normas e regulamentações próprias desses mercados e baseia-se em contratos bilaterais standard da indústria, conforme publicados respetivamente pela ISDA – International Swaps and Derivatives Association (Master Agreement e Credit Support Annex) ou pela ICMA - International Capital Market Association (GMRA). Estes contratos funcionam também como acordos-quadro de compensação, nos termos dos quais, em caso de resolução contratual por incumprimento pode ser exigido apenas o montante líquido de todas as transacções celebradas no âmbito do contrato, permitindo assim compensar posições devedoras numa transacção com posições credoras noutras transacções.

Em 31 de dezembro de 2014, os ativos e passivos financeiros sujeitos a acordos de compensação, independentemente de serem ou não compensados, podem ser analisados nos seguintes quadros, os quais excluem os ativos e passivos financeiros reconhecidos no balanço relativos a operações com entidades do Grupo, uma vez que estas operações intragrupo não se encontram sujeitas aos acordos de compensação acima referidos.

Ativos financeiros

Derivados 4.952 4.952 - - 4.952

Reverse repos - - - - -

Total 4.952 4.952 - - 4.952

Passivos financeiros

Derivados 162.751 162.751 (20.579) (145.946) (3.774)

Repos 575.694 575.694 (696.999) (18.238) (139.543)

Total 738.445 738.445 (717.578) (164.184) (143.317)

milhares EUR

Valor bruto dos ativos e passivos

financeiros reconhecidos

Valor líquido dos ativos e passivos

financeiros reconhecidos,

apresentado no balanço

Valores relacionados não compensados no balanço

Valor líquidoInstrumentos financeiros recebidos /

(entregues) como colateral

Colateral em dinheiro recebido / (entregue)

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 53 -

Em 31 de dezembro de 2013, podem ser analisados como segue:

Ativos financeiros

Derivados 14.246 14.246 - 3.390 10.856

Reverse repos 8.236 8.236 11.461 - (3.225)

Total 22.482 22.482 11.461 3.390 7.631

Passivos financeiros

Derivados 102.360 102.360 (12.951) (104.346) (14.937)

Repos 550.817 550.817 (727.398) 3.594 (172.987)

Total 653.177 653.177 (740.349) (100.753) (187.924)

Colateral em dinheiro recebido / (entregue)

milhares EUR

Valor bruto dos ativos e passivos

financeiros reconhecidos

Valor líquido dos ativos e passivos

financeiros reconhecidos,

apresentado no balanço

Valores relacionados não compensados no balanço

Valor líquidoInstrumentos financeiros recebidos /

(entregues) como colateral

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 não existem ativos e passivos financeiros compensados no balanço.

Os valores brutos dos ativos e passivos financeiros e os seus valores líquidos apresentados acima estão valorizados no balanço nas seguintes bases: derivados – justo valor e repos e reverse repos – custo amortizado. Os respetivos instrumentos financeiros recebidos/entregues como colateral encontram-se apresentados ao justo valor.

A exposição máxima do Banco ao risco de crédito antes de colaterais pode ser analisada como segue:

milhares EUR 31.12.2014 31.12.2013

Caixa e bancos (ver Nota 5)* 18.871 9.817

Ativos financeiros detidos para negociação (ver Nota 6) 20.805 6.121

Ativos financeiros disponíveis para venda (ver Nota 7) 720.386 668.891

Aplicações em instituições de crédito (ver Nota 8) 665.217 682.600

Crédito a clientes (ver Nota 9) 182.557 263.601

Instrumentos financeiros derivados (ver Nota 10)** 16.472 16.170

Outros ativos (ver nota 15) 2.188 2.159

1.626.496 1.649.359

Garantias e avales prestados (ver Nota 32) 221.332 209.508

Swaps associados a eventos de crédito (ver Nota 10 - valor nocional) 442.486 298.886

663.818 508.394

* excluindo os valores de caixa e de depósitos à ordem em bancos centrais

** excluindo os swaps associados a eventos de crédito

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 54 -

Risco de Mercado

O risco de mercado ou de preço define-se como a possibilidade de incorrer em perdas devido a variações inesperadas do preço dos instrumentos ou operações financeiras resultantes, entre outros, de variações das taxas de juro e taxas de câmbio.

No âmbito do processo de controlo e avaliação do risco de mercado a que o Grupo está sujeito, é de realçar a existência de uma rotina diária de cálculo do VaR (value at risk) para todo o balanço consolidado. O VaR é calculado utilizando a abordagem da simulação histórica, com base num histórico de preços de um ano, um período de tempo de um dia e um intervalo de confiança de 99%. Têm sido realizados back tests ao modelo com resultados satisfatórios. Para o ano de 2014, o VaR médio diário foi de € 3,11 milhões (uma subida em relação aos € 5,37 milhões de 2013), o que corresponde a 0,9% dos fundos próprios de base (1,3% em 2013). O VaR médio diário relativo ao risco cambial foi de € 1,65 milhões (€ 1,51 milhões em 2013) e para o risco de taxa de juro foi de € 2,59 milhões (€ 5,23 milhões em 2013).

Exposição ao risco de taxa de juro

O acompanhamento da exposição às variações das taxas de juro constitui um dos principais aspectos de uma gestão de riscos adequada. O Grupo adoptou uma estratégia de minimização do risco de taxa de juro associado aos seus ativos a taxa fixa (ativos do Financiamento Especializado e de Banca), resultante da maioria dos seus passivos serem a taxa variável.

Para os ativos a taxa fixa do Grupo, é realizada a monitorização sistemática da distribuição dos mesmos em buckets temporais, líquida dos correspondentes passivos a taxa fixa e instrumentos financeiros de cobertura do risco de taxa de juro, procedendo-se regularmente à cobertura dos mismatchs que excedam os limites definidos pelo Comité Financeiro, mediante a utilização de instrumentos financeiros adequados, tipicamente swaps de taxa de juro. A definição dos instrumentos de cobertura a utilizar varia ao longo do tempo em função das decisões tomadas pelo Comité Financeiro.

Exposição ao risco cambial

É norma do Banco operar exclusivamente em ativos e passivos denominados em EUR e USD. As posições noutras divisas são pontuais e sem peso significativo no balanço e nos resultados do Banco. Tendo em vista neutralizar o risco cambial, procede-se diariamente à monitorização não só da posição cambial à vista como também da exposição a prazo resultante das expectativas do impacto que os ativos e passivos em USD poderão gerar no futuro.

Mensalmente estas análises são apresentadas e discutidas no Comité Financeiro, tendo em vista a definição ou correcção das medidas a adoptar de forma a atingir o objetivo de minimização dos riscos cambiais incorridos.

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 55 -

A desagregação dos ativos e passivos denominados por moeda diferente de Euro pode analisar-se como segue:

milhares EUR 31.12.2014

USDOutras Moedas

AtivoCaixa e bancos 8 438Ativos financeiros detidos para negociação 1.441 -Ativos financeiros disponíveis para venda 138.234 -Aplicações em instituições de crédito 496.286 -Crédito a clientes 3.283 -Instrumentos financeiros derivados 6.249 -Investimentos em filiais 15.788 -Outros ativos 2.405 171

Total do Ativo 663.694 609

PassivoRecursos de instituições de crédito 35.036 17Recursos de clientes 3.270 -Operações de venda com acordo de recompra ('repos') 261.321 -Instrumentos financeiros derivados 36.610 -Outros passivos 4.083 165

Total do Passivo 340.320 182

Capital próprio (706) -

Total do Passivo e Capital próprio 339.614 182

Extrapatrimoniais

Contratos de Swaps (323.508) -

(323.508) -

Posição Líquida 572 427

milhares EUR

USDOutras Moedas

Total Ativo 531.554 652

Total do Passivo 372.984 73

Capital próprio 1.305 -

157.265 579

Extrapatrimoniais (144.297) -

Posição Líquida 12.968 579

31.12.2013

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 56 -

Risco de liquidez

O risco de liquidez define-se como a possibilidade de uma instituição vir a ser incapaz de satisfazer as responsabilidades exigidas nas datas devidas, devido a uma incapacidade de liquidar ativos, obter financiamento ou refinanciar passivos em condições adequadas.

A gestão do risco de liquidez é feita de forma global (Grupo), centralizada (Departamento de Tesouraria e Departamento de Risco/ALM), dentro de limites pré-definidos e de acordo com duas vertentes distintas: i) gestão de fluxos de caixa, existindo um sistema de controlo de cash-flows que permite o apuramento e o controlo diário dos saldos de Tesouraria num horizonte temporal alargado e a manutenção de excesso de liquidez que assegure o normal funcionamento do Grupo mesmo em cenários mais adversos; ii) gestão de balanço, de forma a manter os principais indicadores de liquidez dentro dos limites pré-definidos pelo Comité Financeiro.

O Departamento de Tesouraria assume o controlo da gestão dos fluxos de caixa, fazendo um reporte diário a pelo menos um membro da Comissão Executiva. O Departamento de Risco/ALM é responsável pela elaboração de todas as análises relativas à gestão do balanço do Grupo. O relatório é apresentado mensalmente ao Comité Financeiro, que é responsável pela definição de toda a estratégia de liquidez do Grupo, bem como pela adopção de medidas de gestão correctivas sempre que os limites estipulados não sejam cumpridos.

Na área de Banca, a estratégia definida consiste em privilegiar ativos com elevada liquidez, facilmente transaccionáveis, que possibilitem o autofinanciamento através de repos ou de outros instrumentos de funding.

Quanto à atividade de Financiamento especializado, tem-se optado pelo financiamento back-to-

back através de operações de titularização, as quais representavam no final do exercício aproximadamente 75% do valor total desses ativos.

O ano de 2014 ficou igualmente marcado pela continuação da política de diversificação das principais fontes de financiamento do Banco, o que se consubstanciou numa distribuição mais equitativa do peso relativo dos vários instrumentos passivos no total de responsabilidades do Banco.

Para esta evolução contribuiu o crescimento dos depósitos de particulares, o incremento no número de contrapartes ativos no mercado de financiamento interbancário colateralizado e não colateralizado, bem como o aumento das maturidades e dos volumes disponíveis para o financiamento colateralizado.

Relativamente aos demais instrumentos de passivo utilizados, a estratégia assenta na diversificação de fontes de financiamento, quer em termos de contrapartes, quer em termos do tipo de operações, havendo a preocupação de respeitar determinados rácios máximos de concentração nos maiores contrapartes.

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 57 -

Uma análise sumária da exposição dos portfolios de investimento do Banco por prazos residuais de maturidade é apresentada como segue:

milhares EUR NotasValor de balanço

Até 3 meses

de 3 a 12 meses

de 1 a 5 anos

mais de 5 anos

Duração indetermi

nada

31 de Dezembro de 2014

Caixa e bancos 5 44.367 44.367 - - - -

Ativos financeiros detidos para negociação 6 20.648 1.337 - 6.766 12.545 -

Ativos financeiros disponíveis para venda 7 703.380 - 9.720 34.997 656.076 2.587

Aplicações em instituições de crédito (1)8 659.088 484.500 4.636 29.576 140.376 -

Crédito a clientes (2)9 182.506 36.181 13.237 126.877 5.765 446

1.609.988 566.385 27.593 198.216 814.762 3.033

Recursos de Bancos Centrais 16 241.846 241.846 - - - -

Recursos de instituições de crédito 17 89.053 88.803 104 - 146 -

Recursos de clientes 18 335.983 100.798 192.645 42.540 - -

Operações de venda com acordo de recompra ("repos") 19 569.041 389.152 154.197 25.692 - -

Passivos subordinados 21 60.257 257 - 60.000 - -

1.296.180 820.856 346.946 128.232 146 -

(1) Exclui operações de compra com acordo de revenda ("reverse repos" ).

(2) Montante bruto de provisões.

milhares EUR NotasValor de balanço

Até 3 meses

de 3 a 12 meses

de 1 a 5 anos

mais de 5 anos

Duração indetermi

nada

31 de Dezembro de 2013

Caixa e bancos 5 58.890 58.890 - - - -

Ativos financeiros detidos para negociação 6 6.121 - - 2.631 3.490 -

Ativos financeiros disponíveis para venda 7 664.010 - 8.137 45.023 610.826 24

Aplicações em instituições de crédito (1)8 654.393 472.959 85.685 56.114 39.635 -

Crédito a clientes (2)9 263.601 31.172 21.609 79.515 131.305 -

1.647.014 563.021 115.431 183.282 785.255 24

Recursos de Bancos Centrais 16 353.971 53.971 - 300.000 - -

Recursos de instituições de crédito 17 170.207 170.002 205 - - -

Recursos de clientes 18 277.300 89.595 149.554 38.150 - -

Operações de venda com acordo de recompra ("repos") 19 539.922 407.086 132.836 - - -

Passivos subordinados 21 124.804 580 - 124.224 - -

1.466.204 721.235 282.595 462.374 - -

(1) Exclui operações de compra com acordo de revenda ("reverse repos" ).

(2) Montante bruto de provisões.

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 58 -

Risco operacional

O Risco Operacional define-se como o risco de perda resultante de processos internos inadequados, falhas humanas ou de sistemas informáticos, ou de factores externos.

A gestão do Risco Operacional tem sido desde sempre uma preocupação do Grupo, o qual tem desenvolvido uma política de elaboração sistemática de manuais operativos e de responsabilização dos gestores de cada área pelo cumprimento das normas e procedimentos definidos, tendo como objetivo a mitigação deste tipo de risco. Consciente das melhores práticas de mercado, o Grupo tem vindo a intensificar esforços no sentido da implementação de métodos de medição e controle do risco, mais avançados e eficazes, mantendo o processo de levantamento de todos os tipos de risco a que poderá estar sujeito (loss event register e risk control self assessment). De uma forma global, existe uma preocupação de identificação e análise ex-ante dos problemas e riscos, com o objetivo de atuar preventivamente no controlo e mitigação dos mesmos. Isto é particularmente relevante na aprovação de novos produtos financeiros, que está sujeita à análise e respectivo parecer de equipas multidisciplinares transversais aos vários departamentos, bem como a diferentes níveis de autorização. De referir a existência de planos de contingência operacionais e de um Disaster

Recovery Plan de forma a assegurar a continuidade do negócio mesmo em situações extremas.

36. Gestão de capital

Tendo em conta que por gestão de capital se compreende um conceito de maior amplitude que o da rubrica de “capital próprio” que figura no balanço, o Grupo estabelece os seguintes objetivos quanto a esta matéria:

• Cumprir com os requisitos de capital definidos pelos reguladores dos mercados bancários onde as diversas entidades do Grupo operam;

• Assegurar a capacidade de continuidade do Grupo de modo a que possa continuar a fornecer retorno de investimento aos acionistas e benefícios aos outros stakeholders; e

• Manter uma sólida base de capital que apoie o desenvolvimento da sua atividade.

A adequação de capital e a utilização de capital regulamentar são monitorizados diariamente pela gestão do Grupo, através da aplicação de técnicas suportadas por orientações do Comité de Basileia e por diretivas comunitárias, e implementadas pelo Banco de Portugal (a Autoridade) enquanto autoridade supervisora. A informação exigida é enviada à Autoridade numa base periódica.

A partir de 1 de janeiro de 2014, e na sequência da emissão por parte do Parlamento e do Conselho Europeu do Regulamento (UE) nº 575/2013 e da Diretiva 2013/36/UE, de 26 de junho, foi estabelecida uma nova plataforma prudencial (“Basileia III”). As novas exigências em termos prudenciais vieram estreitar as definições de fundos próprios e de ativos ponderados pelo risco, incluindo uma reserva de conservação de fundos próprios de 7% para fundos próprios de base principais (CET I) e fundos próprios de base, e de 10,5% para o rácio de solvabilidade total. No entanto, as novas regras preveem um período de transição (phased-in) durante o qual as instituições podem acomodar os impactos provocados pela implementação das mesmas, quer em termos de fundos próprios, quer em termos de cumprimento de rácios de capital. Não obstante, o Banco de Portugal através do Aviso nº 6/2013, de 23 de dezembro, determina que as instituições deverão permanentemente assegurar um rácio de CET 1 de 7%. Estas medidas de preservação de capital deverão ser cumpridas até à implementação, na sua totalidade, das regras de Basileia III.

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 59 -

Os rácios de capital do Banco, de acordo com a implementação (phased-in) das regras de Basileia III podem ser analisados como segue:

milhões EUR 31.12.2014 31.12.2013

Bal III Bal II

Total do Capital próprio 338,0 290,8

Acréscimos/(deduções) a fundos próprios de base (58,5) (39,2)

Fundos próprios de base (Tier I) 279,4 251,6

Instrumentos de dívida subordinada 31,0 48,0

Acréscimos/(deduções) a fundos próprios complementares 3,6 (23,2)

Total de fundos próprios 314,0 276,4

Activos ponderados pelo risco 1.431,8 1.665,0

Rácio CET1 (%) 19,5 15,1

Rácio de solvabilidade total (%) 21,9 16,6

Os ativos ponderados pelo risco são mensurados de acordo com a natureza – e refletindo uma estimativa dos riscos de crédito, de mercado e ouros associados – de cada ativo e do contraparte, tendo em consideração a existência de colaterais e garantias associados. Para os elementos extrapatrimoniais é adotado um tratamento semelhante, com alguns ajustamentos, por forma a refletir a existência de possíveis perdas contingentes.

No decorrer dos exercícios de 2014 e de 2013, o Banco cumpriu com os requisitos de capital aos quais está sujeito.

37. Reporte por segmentos

O Banco Finantia desenvolve a sua atividade exclusivamente centrada no sector financeiro tendo-se especializado nas atividades de mercado de capitais, mercado monetário, assessoria financeira (incluindo fusões, aquisições e financiamentos estruturados), operações de crédito e financiamento especializado.

Na avaliação do desempenho por áreas de negócio o Banco considera os seguintes Segmentos Operacionais: Banca e Financiamento Especializado. Cada segmento engloba as estruturas que a ele se encontram directa e indirectamente dedicadas, bem assim como as unidades autónomas do Banco cuja atividade mais se identifica com um daqueles segmentos.

Descrição dos segmentos operacionais

Cada um dos segmentos operacionais inclui as seguintes atividades, produtos, clientes e estruturas:

Banca

Este Segmento Operacional inclui a atividade de banca de investimento do Banco para além da atividade bancária por grosso de crédito, de depósitos e de outras formas de captação, inclui os serviços de consultoria de corporate finance, fusões e aquisições, reestruturação e consolidação de passivos, preparação e colocação pública ou privada de emissões de obrigações e outros

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2014

BANCO FINANTIA – RELATÓRIO E CONTAS 2014 - 60 -

instrumentos de dívida e de capital, serviços de corretagem e demais serviços de banca de investimentos. Inclui também a atividade de private banking e de gestão de ativos do Banco.

Financiamento Especializado

Corresponde a toda a atividade de Financiamento Especializado desenvolvida pelo Banco, sobretudo financiamento automóvel para clientes particulares e pequenos negócios.

Critérios de imputação da atividade e resultados aos segmentos

A informação financeira apresentada para cada segmento foi preparada tendo por referência os critérios usados para a produção de informação interna com base na qual são tomadas as decisões do Banco, tal como preconizado pelo IFRS.

As políticas contabilísticas seguidas na preparação da informação relativa aos segmentos operacionais são as mesmas que as utilizadas na preparação destas demonstrações financeiras e que se encontram descritas na Nota 2.

O reporte por segmentos operacionais é apresentado como segue:

milhares EUR 31.12.2014 31.12.2013

BancaFinanciamento Especializado

Total BancaFinanciamento Especializado

Total

Juros e rendimentos similares 62.889 8.663 71.552 72.072 13.983 86.055 Juros e encargos similares (29.391) (2.251) (31.642) (34.085) (9.810) (43.895)Outros proveitos operacionais 18.733 3.052 21.785 (26.550) 4.362 (22.188)Proveitos operacionais totais 52.231 9.464 61.695 11.437 8.535 19.972 Custos operacionais (6.567) (1.665) (8.232) (6.461) (1.856) (8.317)Resultados operacionais 45.664 7.799 53.463 4.976 6.679 11.655 Imparidade e provisões (16.532) 3.570 (12.962) (4.137) 1.341 (2.796)Resultado antes de impostos 29.132 11.369 40.501 839 8.020 8.859

Impostos (11.223) (5.828)Resultado líquido do exercício 29.277 3.031

Em termos geográficos a sua atividade encontra-se centralizada em Portugal.

38. Justo valor de ativos e passivos financeiros

Hierarquia do justo valor

Os IFRS determinam que uma entidade deve classificar as mensurações do justo valor baseando-se numa hierarquia do justo valor que reflicta o significado dos inputs utilizados na mensuração, tendo em consideração se esses inputs são observáveis ou não-observáveis. Nessa base, os ativos e passivos do Banco são valorizados de acordo com a seguinte hierarquia:

Valores de cotação de mercado (Nível 1) – nesta categoria incluem-se as cotações disponíveis em mercados oficiais e as divulgadas por entidades que habitualmente fornecem preços de transacções para estes ativos/passivos negociados em mercados líquidos/ativos;

Métodos de valorização com parâmetros / preços observáveis no mercado (Nível 2) – consiste na utilização de modelos internos de valorização, incluindo modelos de fluxos de caixa descontados, que implicam a utilização de estimativas e requerem julgamentos que variam conforme a complexidade dos produtos objeto de valorização. Não obstante, o Banco utiliza como inputs nos seus modelos, variáveis disponibilizadas pelo mercado, tais como as curvas de taxas de juro, spreads de crédito, volatilidade e índices sobre cotações. Inclui ainda instrumentos cuja

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valorização é obtida através de cotações divulgadas por entidades independentes mas cujos mercados têm liquidez mais reduzida e também preços/cotações em mercados ativos para ativos ou passivos similares; e

Métodos de valorização com parâmetros não observáveis no mercado (Nível 3) – nesta categoria incluem-se as valorizações determinadas com recurso à utilização de modelos internos de valorização ou cotações fornecidas por terceiras entidades mas cujos parâmetros utilizados não são observáveis no mercado.

O nível na hierarquia do justo valor no qual os ativos e passivos mensurados ao justo valor do Banco são categorizados pode ser analisado como segue:

milhares EUR 31.12.2014 31.12.2013

Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 1 Nível 2 Nível 3

AtivosInstrumentos financeiros derivados - 53.540 - - 58.687 -Ativos financeiros detidos para negociação 20.648 - - 6.121 - -Ativos financeiros disponíveis para venda 696.084 7.296 - 656.392 7.618 -

PassivosDerivados de negociação - 142.862 - - 102.581 -Derivados de cobertura - 21.914 - - 4.020 -Passivos financeiros designados ao justo valor - 60.257 - - 49.492 -

O justo valor dos instrumentos financeiros transacionados em mercados ativos é determinado com base em preços/cotações à data do balanço. Um mercado é considerado activo quando existem preços/cotações disponibilizados de forma transparente, atempada e regular, e esses preços/cotações representem transacções existentes e ocorridas em condições normais de mercado (“arm’s lenght”). Na ausência de um mercado activo, o justo valor dos instrumentos financeiros é determinado utilizando técnicas de valorização. Estas técnicas de valorização maximizam a utilização de dados observáveis de mercado e têm em consideração o mínimo possível de estimativas específicas internas. Quando os dados significativos requeridos para a determinação do justo valor são observáveis, o instrumento é incluído no Nível 2. Caso um ou mais dados significativos não seja baseado em dados observáveis de mercado, o instrumento é incluído no Nível 3. As técnicas de valorização utilizadas para a determinação do justo valor dos instrumentos financeiros incluem:

- Preços/cotações de mercado ou cotações de dealers/brokers para instrumentos similares;

- O justo valor dos derivados de taxa de juro é calculado como o valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados com base em curvas de taxa de juro observáveis, tendo em consideração o risco de crédito das contrapartes.

- Desconsiderando o risco de crédito próprio e das contrapartes o justo valor activo e passivo dos swaps de taxa de juro e swaps associados a eventos de crédito é de m€ 53.405 e m€ 140.585, respetivamente (2013: m€ 54.423 e m€ 106.506, respetivamente). Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, o justo valor dos derivados não foram ajustados por via do risco de crédito de contrapartes tendo em consideração o montante de depósitos de colateral àquela data e/ou os ratings associadas a cada uma das contrapartes.

- O justo valor dos derivados de taxa de câmbio é determinado utilizando as taxas de câmbio forward à data do balanço, sendo o respectivo resultado descontado para o seu valor actual;

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- Outras técnicas, como as análises de fluxos de caixa descontados, eventualmente ajustados de um prémio de liquidez, são utilizadas para outros instrumentos financeiros, incluindo os credit default swaps (ver Nota 4).

Os principais parâmetros utilizados, durante os exercícios de 2014 e 2013, nos modelos de valorização foram os seguintes:

Curvas de taxas de juro

As taxas de curto prazo apresentadas reflectem os valores indicativos praticados em mercado monetário, sendo que para o longo prazo os valores apresentados representam as cotações para swaps de taxa de juro para os respetivos prazos:

EUR USD EUR USD

Overnight 0,144 0,060 0,446 0,070

1 mês -0,035 0,122 0,216 0,168

3 meses -0,015 0,124 0,287 0,246

6 meses -0,040 0,149 0,389 0,348

1 ano 0,162 0,319 0,556 0,313

3 anos 0,220 1,299 0,742 0,868

5 anos 0,360 1,772 1,263 1,798

7 anos 0,528 2,041 1,686 2,469

10 anos 0,812 2,286 2,157 3,094

15 anos 1,148 2,509 2,589 3,604

20 anos 1,321 2,620 2,721 3,807

30 anos 1,461 2,700 2,738 3,934

31.12.2014 31.12.2013

Spreads de crédito

Mensalmente, o Banco procede à identificação de posições líquidas de derivados de crédito em conformidade com um liquidity score model definido internamente considerando para o efeito informação de mercado disponibilizada pela Markit, DTCC e Bloomberg. As posições consideradas como líquidas são valorizadas com os spreads de crédito disponibilizados diariamente na Bloomberg, enquanto as posições ilíquidas são valorizadas com um modelo interno considerando os spreads de crédito existente entre as yields curves disponibilizadas pela Bloomberg (BVAL ou BFVC), segmentadas por sector, rating, país, moeda e maturidade, e as swap curves, devidamente ajustados por um prémio de liquidez.

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O quadro abaixo apresenta a evolução dos principais índices de crédito, que se entende como representativa do comportamento dos spreads de crédito no mercado ao longo do ano:

Indice 3 anos 5 anos 7 anos 10 anos

31.12.2014

CDX USD Main 38,75 66,32 89,07 107,18

iTraxx EUR Main 35,36 68,85 83,56 101,07

iTraxx EUR Senior Financial - 67,40 - 98,00

31.12.2013

CDX USD Main 32,10 62,42 89,12 109,01

iTraxx EUR Main 35,25 70,00 96,50 118,00

iTraxx EUR Senior Financial - 86,00 - 132,00

Em 31 de dezembro de 2014, parte substancial do mercado de Credit Default Swaps - Single Names não cumpre os critérios de liquidez/atividade. A carteira de Credit Default Swaps do Banco encontra-se valorizada tal como descrito anteriormente. Taxas de câmbio As taxas de câmbio (Banco Central Europeu) à data de balanço para os principais pares de moedas, utilizadas na avaliação dos instrumentos financeiros em moeda estrangeira do Banco apresentam-se como segue:

Cambial 31.12.2014 31.12.2013

EUR/USD 1,2141 1,3791

EUR/GBP 0,7789 0,8337

EUR/CHF 1,2024 1,2276

USD/BRL (a) 2,6527 2,3621(a) Calculada com base nos câmbios EUR/USD e EUR/BRL

O Banco utiliza nos seus modelos de avaliação a taxa spot observada no mercado à respectiva data de referência.

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Instrumentos financeiros não mensurados ao justo valor

O quadro abaixo resume os valores de balanço e o justo valor dos ativos e passivos financeiros não apresentados no balanço do Banco pelo seu justo valor:

milhares EUR Notas

Nível 1 Nível 2 Nível 1 Nível 2

AtivoCaixa e bancos 5 44.367 44.367 - 58.890 58.890 -Aplicações em instituições de crédito 8 665.217 665.217 - 682.600 682.600 -Ativos financeiros disponíveis para venda 7 - - - 24 - 24Crédito a clientes 9 114.527 - 115.507 191.147 113.200 80.505

PassivoRecursos de bancos centrais 16 241.846 241.846 - 353.971 353.971 -Recursos de instituições de crédito 17 89.053 89.053 - 170.207 170.207 -Recursos de clientes 18 335.983 335.983 - 277.300 277.300 -Passivos subordinados 21 - - - 75.312 - 69.490

2014 2013

Valor de balanço

Justo valor Justo valorValor de balanço

O justo valor tem como base os preços de mercado, sempre que estes se encontrem disponíveis. De seguida, são apresentados os principais métodos e pressupostos usados na estimativa do justo valor dos ativos e passivos financeiros contabilizados ao custo amortizado:

Caixa e bancos: Considerando os prazos curtos associados a estes instrumentos financeiros, considera-se que o seu valor de balanço é uma estimativa razoável do respectivo justo valor.

Crédito a clientes: O justo valor do financiamento especializado é estimado com base na actualização dos fluxos de caixa esperados de capital e de juros, considerando que as prestações são pagas nas datas contratualmente definidas, excluindo as correcções de valor dos ativos objeto de cobertura. O justo valor dos instrumentos de dívida foi estimado com base em preços/cotações de mercado.

Aplicações/Recursos em/de instituições de crédito, Passivos financeiros associados a ativos

transferidos e Recursos de bancos centrais: Para os repos e depósitos com bancos, pela sua natureza de curto prazo, considera-se que o seu valor de balanço é uma estimativa razoável do respectivo justo valor. O justo valor dos depósitos e dos empréstimos a médio e longo prazo é estimado com base na actualização dos fluxos de caixa esperados de capital e de juros, considerando que as prestações são pagas nas datas contratualmente definidas.

Recursos de clientes: O justo valor destes instrumentos financeiros é estimado com base na actualização dos fluxos de caixa esperados de capital e de juros, considerando que as prestações ocorrem nas datas contratualmente definidas. Considerando que as taxas de juro aplicáveis são de natureza variável e o período de maturidade dos depósitos é substancialmente inferior a um ano, não existem diferenças significativas entre o valor de balanço e o seu justo valor.

Responsabilidades representadas por títulos e Passivos subordinados: O justo valor destes instrumentos é baseado em preços de mercado quando disponíveis ou, caso não existam, é estimado com base na actualização dos fluxos de caixa esperados de capital e juros no futuro.

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