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RELATÓRIO E CONTAS EXERCICIO 2013

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RELATÓRIO E CONTAS –

EXERCICIO 2013

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EDIA

Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A.

Capital Social 387.267.750,00 €

Capital Próprio Negativo 343.794.020,00 €

Número de Pessoa Coletiva 503 450 189

Matrícula 01 084/950316 da Conservatória do Registo Comercial de Beja

Sede Social Rua Zeca Afonso, N.º 2 - 7800 - 522 - BEJA

Delegação de Lisboa Rua do Campo Grande, N.º 46-D, 2.º Dto - 1700-093 Lisboa

Delegação de Alqueva Apartado 126 - 7860 - MOURA

Delegação de Pedrógão Apartado 126 - 7860 - MOURA

Delegação de Mourão Rua Marcos Gomes V. Rosado, 15 - 7240 - MOURÃO

Parque de Natureza de Noudar Apartado 5 - 7230 - BARRANCOS

Museu da Luz Largo da Igreja Nossa Sr.ª da Luz - 7240 - 100 - LUZ - MOURÃO

Site: www.edia.pt

Fotografias António Cunha/EDIA

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3 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

ÍNDICE

1. RELATÓRIO DE GESTÃO .............................................................................................. 5

MENSAGEM DO PRESIDENTE ............................................................................................. 7

APRESENTAÇÃO .................................................................................................................... 9

ENQUADRAMENTO ............................................................................................................. 27

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ....................................................................................... 31

ESTRUTURA DE SUPORTE ................................................................................................. 59

INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO .............................................................................. 65

PERSPETIVAS PARA O ANO DE 2014 ............................................................................... 69

INFORMAÇÕES EXIGIDAS POR DIPLOMAS LEGAIS ................................................... 75

ANÁLISE FINANCEIRA ....................................................................................................... 85

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS ............................................................. 95

2. GOVERNO DA SOCIEDADE ........................................................................................ 97

3. CONTAS INDIVIDUAIS .............................................................................................. 135

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 ........................ 137

CERTIFICAÇÕES E RELATÓRIOS DOS AUDITORES E CONSELHO FISCAL .......... 217

4. CONTAS CONSOLIDADAS ........................................................................................ 243

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DEZEMBRO DE 2013

............................................................................................................................................... 245

DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE ............................................................................ 327

CERTIFICAÇÕES E RELATÓRIOS DOS AUDITORES E CONSELHO FISCAL .......... 329

Declaração sobre Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de

Fiscalização da EDIA, S.A. prevista na Lei 28/2009 ................................................................ 351

SIGLAS E ABREVIATURAS.................................................................................................. 355

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4 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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5 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

1. RELATÓRIO DE GESTÃO

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6 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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7 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

MENSAGEM DO PRESIDENTE

A Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A. (EDIA) é uma entidade de

capitais exclusivamente públicos que está mandatada pelo Estado para conceber, executar,

construir e explorar o Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA) promovendo o

desenvolvimento económico direto não só nos 20 concelhos do Alentejo mas também no âmbito

nacional, designadamente, no contexto da diminuição da dependência agro- alimentar e do

aumento das exportações.

Com quase duas décadas de história a empresa tem concentrado os seus esforços na construção

do EFMA – o maior investimento hidroagrícola alguma vez realizado no país. Quando estiver

completo, no final de 2015, o Empreendimento totalizará cerca de 2.500 milhões de Euros de

investimento e incluirá 69 barragens, açudes ou reservatórios, cerca de 2.000 Km de canais ou

condutas e 47 estações elevatórias. Estas infraestruturas permitem, para além do incontornável

benefício hidroagrícola, o cumprimento em paralelo de múltiplos objetivos, a nível regional e

nacional, que estão na génese deste Empreendimento como a produção hidroelétrica, o

abastecimento público e industrial, a regularização e correção torrencial, a preservação

ambiental e patrimonial e o ordenamento do território.

A EDIA tem a concessão de longo prazo do Estado para a exploração da rede primária e do

recurso hídrico correspondente a 620 hm3 anuais. Mas, neste ano, a empresa viu também

clarificada, no horizonte do médio prazo, o seu papel como entidade gestora da rede secundária

de distribuição de água. O contrato de concessão desta infraestrutura até ao final do ano de 2020

para a sua gestão, exploração, manutenção e conservação foi assinado a 8 de abril com a

Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), do Ministério da

Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (MAMAOT).

Foi no entanto apenas há três anos, com a fixação do tarifário pelo despacho nº 9000/2010, que

a empresa começou a cobrar o serviço de adução de água aos seus clientes que desde então tem

assistido a crescimentos significativos. Neste exercício de 2013 os volumes de água aduzidos

subiram 35% para cerca de 100 milhões de metros cúbicos e a faturação correspondente cresceu

19% face ao ano anterior. Estas alterações foram motivadas principalmente pela entrada em

exploração dos blocos de rega do Pedrógão 1 e 3, Selmes e de Ervidel 2 e 3 que fizeram subir a

área infraestruturada do EFMA para cerca de 68 mil hectares.

Os custos de exploração, principalmente devido aos encargos energéticos, baixaram 4,8% em

resultado de melhorias de eficiência da operação mas também em consequência de condições

hidrológicas favoráveis. Os custos estruturais mantiveram os seus níveis. A conjugação destes

fatores resultou num crescimento do indicador de rentabilidade mais utilizado (EBITDA) para

9M€.

Os resultados líquidos são muito condicionados pela política de financiamento adotada onde os

empréstimos de curto prazo têm um peso significativo. Existe uma intenção firme de restruturar

esta dívida com o alinhamento dos seus prazos com a vida útil dos investimentos.

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8 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

No capítulo da promoção do regadio e captação de investimento – um pilar fundamental da

atividade de empresa – o ano foi marcado pelo lançamento da marca territorial «Alqueva – uma

nova terra de água | a fresh new land». Foi realizado o 1º Seminário Internacional “Investir no

Potencial Agrícola de Alqueva” em conjunto com o BES, AICEP e o jornal Expresso.

Paralelamente, um conjunto de Road Shows em diversas cidades europeias permitiram alargar

contactos e difundir a nova realidade de Alqueva junto de públicos selecionados, ao mesmo

tempo que se apostou na participação em certames internacionais com intervenções ativas em

dezenas de apresentações. Foram os casos das participações na Fruit Attraccion em Madrid e na

Fruit Logistica em Berlim.

No horizonte do médio prazo a empresa enfrenta o desafio de mudar o enfoque da sua atividade

da construção para a exploração, da infraestruturação para a operação. Mas nos próximos dois

anos a empresa vai levar a cabo um grande conjunto de empreitadas que permitirão a conclusão

do projeto inicial do EFMA e deste modo a empresa conta que terá infraestruturados cerca

de120.000 ha para a campanha de rega de 2016. Será um período com uma inédita intensidade

construtiva mas que a empresa encara com igual determinação e entusiasmo.

Em 2014 serão adjudicadas todas as empreitadas para alcançar aquele ambicioso objetivo e

cujos respetivos concursos já se encontram lançados e em diferentes estádios do processo. Fruto

dos prazos de execução destas obras a entrada em funcionamento de novos perímetros

acontecerá a partir da campanha de 2015. Como tal, o ano de 2014 será muito importante para

consolidação da operação regular da Empresa num cenário de estabilidade da área em

exploração.

Neste momento de apresentação de resultados queremos manifestar os nossos agradecimentos a

todos aqueles que contribuíram para o sucesso das atividades da EDIA, os nossos clientes, o

acionista, as entidades financiadoras, os fornecedores e os demais que continuam a trabalhar

com a EDIA visando a concretização dos objetivos do Empreendimento. Um especial

agradecimento aos colaboradores da EDIA que no terreno continuam a desenvolver as suas

funções, referenciando o mérito e a capacidade da Empresa e do projeto Alqueva.

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9 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

APRESENTAÇÃO

EDIA

Criada pelo Decreto-Lei N.º 32/95, de 11 de fevereiro, no âmbito do qual lhe foi acometida a

titularidade dos direitos e obrigações que anteriormente pertenciam à sua comissão instaladora,

a Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A. (EDIA), empresa de capitais

exclusivamente públicos, teve como objeto social a conceção, execução, construção e

exploração do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA) e a promoção do

desenvolvimento económico e social da sua área de intervenção, que corresponde total ou

parcialmente, a 20 concelhos do Alentejo.

Com a entrada em exploração de algumas infraestruturas do Empreendimento, o Decreto-Lei

N.º 42/2007, de 22 de fevereiro, vem definir o regime jurídico aplicável à gestão, exploração,

manutenção e conservação das infraestruturas que integram o EFMA, modifica os estatutos da

EDIA, revoga os Decretos-Lei N.º 32/95, de 11 de fevereiro, N.º 33/95, de 11 de fevereiro e N.º

335/2001, de 24 de dezembro, concretizando, desta forma, a recentralização dos objetivos da

EDIA, enquanto entidade gestora do EFMA e definindo-lhe o seguinte objeto social:

A utilização do domínio público hídrico afeto ao Empreendimento para fins de rega e

exploração hidroelétrica, mediante contrato de concessão celebrado nos termos da Lei

N.º 58/2005, de 29 de dezembro;

A conceção, execução e construção das infraestruturas que integram sistema primário

do Empreendimento, bem como a sua gestão, exploração, manutenção e conservação;

A conceção, execução e construção das infraestruturas que integram a rede secundária

afeta ao Empreendimento, em representação do Estado, e de acordo com as instruções

que lhe sejam dirigidas pelo Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das

Pescas; e

A promoção, desenvolvimento e prossecução de outras atividades económicas cujo

aproveitamento contribua para a melhoria das condições de utilização de recursos afetos

ao Empreendimento.

Posteriormente ao Decreto-Lei N.º 42/2007, de 22 de fevereiro, foi publicado o Decreto-Lei N.º

313/2007, de 17 de setembro, que aprovou as bases do contrato de concessão entre a EDIA e o

Estado Português, com vista à utilização do domínio público hídrico afeto ao EFMA, para fins

de rega e exploração hidroelétrica, tendo sido atribuída à EDIA a concessão da gestão e

exploração do Empreendimento e a titularidade, em regime de exclusividade, dos direitos de

utilização privativa do domínio público hídrico afeto ao EFMA para fins de rega e exploração

hidroelétrica, por um período de 75 anos.

Ao abrigo do disposto neste Decreto-Lei, os poderes e competências da EDIA abrangem:

A administração do referido domínio público hídrico no âmbito da sua atividade;

A atribuição dos títulos respeitantes à captação de água para rega e para produção de

energia elétrica; e

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10 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Poderes de fiscalização da sua utilização por terceiros, bem como a competência para a

instauração, a instrução e o sancionamento dos processos de contraordenação nesse

âmbito.

No decurso de 2007 foi igualmente formalizado o acordo com a EDP com vista à exploração

das centrais hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão, tendo sido assinado, a 25 de outubro, o

contrato de exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e de Pedrógão e de subconcessão

do domínio público hídrico. Este documento veio formalizar, por um período de 35 anos, as

condições que regem a exploração da componente hidroelétrica das infraestruturas que integram

o sistema primário do EFMA, bem como a subconcessão dos direitos de utilização privativa do

domínio público hídrico associado, para fins de produção de energia elétrica e para implantação

de infraestruturas de produção de energia elétrica.

A entrada em exploração dos primeiros perímetros de rega veio manifestar a necessidade de

harmonizar o tarifário a aplicar no âmbito do sistema, em função das diferentes condições de

fornecimento de água. É neste âmbito que surge o Decreto-Lei N.º 36/2010, de 16 de abril, que

altera o Decreto-Lei N.º 42/2007, de 22 de fevereiro, e que aclara aspetos da envolvente

económica e financeira do empreendimento, com vista à otimização da gestão de recursos e à

garantia da sustentabilidade económica futura da empresa, adequando ainda o enquadramento

legal do EFMA ao novo quadro legal da gestão e utilização dos recursos hídricos constante na

Lei da Água, no regime de utilização dos recursos hídricos (Decreto-Lei N.º 226-A/2007, de 31

de maio) e no regime económico e financeiro dos recursos hídricos (Decreto-Lei N.º 97/2008,

de 11 de junho).

A fixação de um tarifário diferenciado e dotado de uma maior flexibilidade, quer em função das

distintas condições de fornecimento da água pela EDIA, quer em função do uso a que se destina

a água fornecida, veio assim a possibilitar a aferição do valor a fixar, não apenas em função das

diferentes condições de exploração e fornecimento de água, mas também do respetivo ajuste à

medida da entrada em funcionamento de cada uma das componentes da rede secundária.

O Despacho N.º 9000/2010, publicado a 26 de maio, aprovou o tarifário que estabelece o preço

da água destinado à rega para uso agrícola fornecida pela EDIA no âmbito do serviço público de

águas do EFMA, com efeitos a partir de 01 de junho. O valor do tarifário pelo fornecimento de

água para uso agrícola no primeiro ano é reduzido a 30% dos valores indicados, aumentando

anual, automática, progressiva e linearmente a partir do ano subsequente, até perfazer os 100%

no oitavo ano. Em 2013, o tarifário de rega para Alqueva foi atualizado com base no Índice de

Preços ao Consumidor (2,75%).

Em 2013, a 8 de abril, é celebrado com a Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento

Rural (DGADR), do Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do

Território (MAMAOT), o contrato de concessão relativo à gestão, exploração, manutenção e

conservação das infraestruturas da rede secundária do EFMA.

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11 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Desde 1995 até final de 2013, já se executou um total de investimentos de 2.017 milhões de

euros, em 2013 realizou-se 51,50 milhões de euros. Até ao final de 2013 ainda é o programa

Barragem de Alqueva que representa o valor mais significativo de investimento, seguido com

valores cada vez mais próximos, pelos programas Rede Primária e Rede Secundária de Rega.

Até 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Barragem de Alqueva 606.310,00 2.063,54 2.736,08 1.959,15 -11.380,12 2.181,30 603.869,96

Central Hidrolétrcia de Alqueva 130.817,32 52,30 75,00 130.944,62

Barragem e Central de Pedrógão 85.754,17 1.922,04 98,86 3,10 4,74 0,82 87.783,72

Estação Elevatória Alqueva-Álamos 42.614,34 589,12 320,39 2,54 0,34 43.526,74

Rede Primária 286.002,27 112.180,63 64.657,90 49.058,77 31.215,14 22.847,02 565.961,74

Rede Secundária de Rega 266.623,97 139.266,17 59.482,36 43.602,84 38.204,23 26.396,95 573.576,51

Desenvolvimento Regional 13.268,57 511,10 214,46 -2.985,16 660,83 74,57 11.744,36

TOTAL 1.431.390,64 256.584,90 127.510,05 91.641,24 58.779,82 51.501,01 2.017.407,64

Unidade: Milhares de Euros

PROGRAMAS TotalAnos

Investimento até 2013

Barragem de Alqueva

Central Hidrolétrcia de

Alqueva

Barragem e Central de

Pedrógão

Estação Elevatória

Alqueva-Álamos

Rede Primária

Rede Secundária de Rega

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12 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Na primeira metade do ano entraram em exploração os blocos do Pedrógão 1 e 3, Selmes e de

Ervidel 2 e 3. Assim, no final de 2013 encontravam-se em exploração, sob gestão da EDIA

58.465 hectares (não considerando a Infraestrutura 12) de área beneficiada, distribuídos pelos

diversos perímetros de rega concluídos. Comparando a adesão e os consumos de água entre

dezembro de 2012 e dezembro de 2013, regista-se um aumento na adesão de 27,7% (6.745 ha) e

no consumo de água, um aumento de 34,8% (25 hm3) que no mesmo período passou de 71 hm

3

para cerca de 96 hm3.

Área Benificiada

(ha)

Área Inscrita

(ha)

Consumo

(m3)

Área Benificiada

(ha)

Área Inscrita

(ha)

Consumo

(m3)

Monte Novo 7.714 4.769 20.420.289 7.714 5.310 21.827.070

Alvito - Pisão 8.452 4.853 15.121.665 8.452 5.562 17.795.159

Pisão 2.588 750 1.982.039 2.588 844 2.890.349

Alfundão 4.216 1.503 3.972.140 4.216 1.887 3.173.823

Ferreira, Figueirinha e Valbom 5.118 1.787 3.846.783 5.118 2.053 6.557.951

Orada - Amoreira 2.522 2.442 4.545.827 2.522 2.422 4.897.710

Brinches 5.463 2.424 4.212.673 5.463 2.296 4.677.634

Brinches - Enxoé 4.698 2.343 8.477.543 4.698 3.311 11.816.637

Serpa 4.400 1.809 5.627.350 4.400 2.495 10.096.438

Loureiro - Alvito 1.050 205 818.004 1.050 406 2.053.080

Ervidel 2.914 1.431 2.456.658 8.228 3.366 8.659.190

Pedrógão Margem Direita 0 0 0 4.016 1.109 1.921.957

Total 49.135 24.316 71.480.971 58.465 31.061 96.366.998

Perímetros de Rega

20132012

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

área beneficiada 2013

área inscrita 2013

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13 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Para a persecução dos seus objetivos a EDIA, S.A. no final de 2013 contava nos seus quadros

com 187 colaboradores (dos quais 96 são do sexo feminino), distribuídos pelas várias direções e

categorias profissionais:

DAF 28

DEAP 37

DEAPR 10

DGP 38

DIPE 31

DIR 24

GAJ 5

GRPC 8

Secretariado 6

187 187

Número de Colaboradores a 31/12/2013

Por Direções Por Categorias

Técnico Especialista 28

Técnico Superior 99

Técnico 60

91

96 Homens

Mulheres

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14 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Outras Empresas do Grupo

GESTALQUEVA

A GESTALQUEVA – Sociedade de Aproveitamento das Potencialidades das Albufeiras de

Alqueva e do Pedrógão, S.A., cujo capital social é detido em 51% pela EDIA, foi constituída a 7

de março de 2003 e tem por objeto social:

A conceção, promoção e execução de projetos de desenvolvimento e valorização das

potencialidades das albufeiras de Alqueva e Pedrógão e das respetivas envolventes,

nomeadamente nas áreas do ambiente, qualidade urbana, turismo e património;

A gestão de utilizações dos planos de água, nomeadamente em regime de concessão,

empreendimentos, equipamentos e infraestruturas associadas às albufeiras de Alqueva e

de Pedrógão e às áreas envolventes;

A prestação de serviços nos domínios do planeamento, ordenamento, monitorização e

gestão de equipamentos e infraestruturas de natureza ambiental na área compreendida

pelas albufeiras de Alqueva e Pedrógão e dos concelhos do regolfo daquelas albufeiras;

e

A sociedade poderá, desde que para o efeito esteja habilitada, exercer outras atividades

para além das referidas nos números anteriores, desde que consideradas acessórias ou

complementares daquelas.

Na assembleia extraordinária de 15 de junho de 2012 foi decidida a dissolução da

GESTALQUEVA, S.A., em curso.

GESCRUZEIROS

A GESCRUZEIROS – Sociedade de Aproveitamento da Atividade Marítimo - Turística no

Grande Lago Alqueva, S.A., nasceu das sinergias entre as empresas Gestalqueva e Nautialqueva

– Serviços Náuticos, Lda. O capital social da Gescruzeiros, constituída a 16 de março de 2006, é

detido em 51% pela Gestalqueva e tem como objeto social:

Desenvolvimento de atividades Marítimo – Turísticas;

Operador Marítimo – Turístico; e

Animação turística nas albufeiras de Alqueva e de Pedrógão e na área correspondente

aos municípios envolventes.

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15 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Cronologia do Empreendimento

2013

Assinatura do contrato de concessão relativo à gestão, exploração, manutenção e conservação das infraestruturas da rede secundária do

EFMA

Apresentação da marca "Alqueva"

2011

Inauguração das centrais mini - hídricas de Alvito, Odivelas, Pisão, Roxo e Serpa, do perímetro de rega de Alfundão e dos blocos de rega de

Ferreira, Figueirinha e Valbom, do perímetro de rega do Pisão – Roxo

Inauguração dos primeiros perímetros de rega do subsistema Ardila (perímetros de Orada - Amoreira; Brinches; Brinches – Enxoé e Serpa)

2012

Assinatura de protocolo, com a Cooperativa Agrícola de Beringel, para a implementação da Academia de Hortícolas de Alqueva

Elegibilidade da rede primária no Fundo Coesão, como reconhecimento do contributo relevante do EFMA para o abastecimento público e na

componente ambiental

Associação IBERLINX, liderada pela EDIA, foi responsável pela implementação da estratégia de reintegração do Lince-ibérico, em Portugal

Participação na conferêcia RIO+20, como exemplo de projeto de desenvolvimento territorial promotor da sustentabilidade e biodiversidade

Distinção do Parque de Natureza de Noudar, com a certificação "Wildlife Estates "

Distinção da EDIA com o prémio “Inovação” atribuído pela AcquaLiveExpo, no âmbito do projeto SISAP

Inauguração do circuito hidráulico de Pedrógão - margem direita e blocos de rega de Pedrógão e Selmes

Inauguração do bloco de Ervidel

2004

Início do fornecimento de água para rega, pela Infraestrura 12

2005

Entrada em funcionamento do perímetro de rega da Luz

2006

Inauguração do aproveitamento hidroeléctrico de Pedrógão

Entrada em funcionamento do sistema adutor Álamos – Loureiro

Prémio internacional “Puente de Alcântara”

2001

Alterações no âmbito de intervenção da EDIA

2002

Encerramento das comportas de Alqueva

2003

Início da produção de energia eléctrica na central de Alqueva, em período de ensaios

1993

Decidida a retoma dos trabalhos

1995

Criação da EDIA, S.A.

1998

Início das betonagens na barragem de Alqueva

Plano de rega do Alentejo

1957

Início das obras preliminares

1976

1978

Interrupção das obras

2007

Contrato de exploração das centrais hidroeléctricas de Alqueva e de Pedrógão à EDP

Contrato de concessão do domínio público hídrico

Início do processo de transferência de água para a albufeira do Monte - Novo

Projecto Alquevo 2008

2008

2009

Início do processo de transferência de água para a albufeira de Alvito

Distribuição de água ao perímetro de rega do Monte - Novo

2010

Concluída a ligação de Alqueva a todas as albufeiras de abastecimento público na área do EFMA

Distribuição de água aos perímetros de rega do Alvito – Pisão e Pisão

Cota máxima da albufeira da barragem de Alqueva (152,00 m), atingida a 12 de janeiro

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16 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

2013 em revista

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1.º trimestre

Participação na Comitiva Empresarial que acompanhou o Senhor Ministro dos Negócios Estrangeiros ao Japão

(25 a 30 de março).

Promoção de uma sessão de divulgação sobre as oportunidades de financiamento disponíveis à agricultura em Alqueva

(5 de fevereiro);

Apresentação do projeto no Seminário Diplomático, na Fundação Champalimaud, em Lisboa (3 de janeiro);

Visita da Exma. Sr.ª Ministra da Agricultura e do Mar, e do Sr.º Ministro da Agricultura da Finlândia (4 de janeiro);

Museu da Luz expõe, pela primeira vez em Portugal, Tapete de Arraiolos com 30 metros quadrados (5 de janeiro);

Atribuição por parte do Ministério da Economia do selo +e+i ao Projeto das “Aldeias Ribeirinhas de Alqueva” (31 de janeiro);

Exposição AcqualiveExpo (21 a 23 de março);

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Inauguração do circuito hidráulico de Pedrógão - Margem Direita e dos blocos de rega de Pedrógão e Selmes – Margem Direita

(17 de abril);

Visita ao lagar da Sovena (Marmelo) com a presença da Exma. Sr.ª Ministra da Agricultura e do Mar (5 de junho) e o Ministro

Marroquino da Agricultura e o Secretário de Estado da Agricultura;

Participação na inauguração do projeto “Banco de Terras” (29 de maio);

Assinatura de protocolo (30 de maio) com a Resialentejo, E.I.M., no âmbito do projeto “Academia de Hortícolas de Alqueva”;

Inauguração do Perímetro de Ervidel (5 de junho) com a presença do Sr. Secretário de Estado José Diogo Albuquerque;

Apresentação da marca “Alqueva” às forças vivas da região (22 de maio);

Participação no seminário internacional: “Investir no Potencial Agrícola do Alqueva”, realizado em Lisboa (24 de maio);

Assinatura do Protocolo para a criação da “Academia Aromáticas”, entre a EDIA e a empresa Monte do Pardieiro e o CEVRM,

(6 de junho);

Presença na conferência “Ambiente e Economia: A sustentabilidade como fator de competitividade”, patrocinada pela Fundação

Cidade Lisboa (7 de junho);

2.º trimestre

Participação no Fórum Alimentar – Portugal Foods –FIL (15 de abril);

Assinatura do contrato de concessão relativo à gestão, exploração, manutenção e conservação das infraestruturas da rede

secundária do EFMA (8 de abril);

Presença nas comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades portuguesas, em Elvas (10 de junho);

Alqueva é marca, o novo site online a partir de 17 de junho;

Projeto ARA- Aldeias Ribeirinhas de Alqueva, venceu o programa “EDP Solidária 2013” (17 de junho);

Apresentação do EFMA no Grupo de Trabalho “Joint Health, Agriculture and Food Group ” da NATO, sobre a problemática

da água, segurança alimentar, combate à desertificação e energia, em Bruxelas (20 e 21 de junho);

Apresentação sobre o EFMA numa reunião da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação, no âmbito do

workshop “Land for Business, Business for Land: The Economics of Land Degradation ” em Bona, Alemanha

(13 e 14 de junho);

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17 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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Visita dos Senhores Secretários de Estado da Agricultura, do Ambiente e do Desenvolvimento Regional (27 de setembro) às

instalações do Centro de Telegestão da EDIA e a uma exploração agrícola em Cuba;

Lançamento do segundo concurso de fotografia em torno da temática da água: “Água, Sustentabilidade e Alterações Climáticas”

(17 de julho), inserido nas comemorações do Ano Internacional de Cooperação pela Água;

O PNN, a EDIA e a Herdade da Contenda promoveram a IV Reunião Ungulados Silvestre Ibéricos, que teve este ano como

subtema “Os Ungulados, os seus predadores e o Homem” (20 e 21 de setembro);

Inauguração de exposição, na EDIA, de um perfil arqueológico com 8.650 anos (encontrado e recuperado no sitio da Barca do

Xerez) e lançamento de quatro monografias da 2.ª série da coleção “Memórias D‟ Odiana” (23 de setembro);

3.º trimestre

No âmbito da iniciativa “Aprender com a História”, a EDIA, através do ciclo expositivo subordinado ao tema “Potes e fornos do

tempo dos romanos”, mostrou nos dias 08 e 22 de julho, como são feitos recipientes cerâmicos, convidando, para o efeito, o

Mestre Oleiro “Velhinho”, de S. Pedro do Corval;

Realização de Kick-off projeto de Sustentabilidade, no Auditório da EDIA (27 de setembro).

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Distinção, pela Comissão Europeia, do programa “Reserva Dark Sky em Alqueva” como caso de inovação e boas práticas na área

do turismo. O sistema de monitorização colocado em prática com este programa baseia-se nos princípios do novo Sistema Europeu

Indicador de Turismo - European Tourism Indicators System : for Sustainable Management at Destination Level (ETIS) (15

de outubro);

II Concurso de Fotografia “Água, Sustentabilidade e Alterações Climáticas” (21 de outubro);

Conferência: "Os Desafios da Agricultura num Contexto de Alteração Climáticas" (21 de outubro);

Participação da EDIA no evento Fruit Attraction , integrando o stand da Portugal Fresh , um dos principais eventos do setor

hortofrutícola europeu realizado em Madrid, Espanha (16 a 18 de outubro);

4.º trimestre

“EDIA, Novos Caminhos para a Água” é a nova assinatura da EDIA visível a partir do novo site institucional criado pela Empresa

(26 de novembro);

Nomeação, a 01 de dezembro, do Eng.º José Pedro da Costa Salema para a Presidência do Conselho de Administração da EDIA -

Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, na sequência da renúncia ao cargo do Eng.º João Basto. O novo

Presidente do Conselho de Administração da EDIA assumiu funções no dia 02 de dezembro;

O programa Dark Sky em Alqueva é um dos três finalistas do prémio Ulysses (vulgarmente designados por Óscares do Turismo),

importante galardão atribuído anualmente pela Organização Mundial do Turismo (OMT) (04 de dezembro). O projeto Dark Sky

concorre na categoria Inovação para Organizações Não-governamentais e os vencedores serão anunciados a 23 de janeiro, em

cerimónia a realizar em Madrid, Espanha.

Participação no Seminário Internacional sobre o Coelho Bravo, iniciativa com organização da Associação IBERLINX e do ICNF

(24 de outubro);

Visita da Exma. Sr.ª Ministra da Agricultura e do Mar, às obras em curso na zona de Baleizão – Quintos (25 de outubro);

Em novembro de 2013, foi assinado um novo Contrato de Entrega, entre a EDIA e o Estado Português, representado pela

DGADR, em que a Empresa procede à entrega das infraestruturas integrantes da rede de rega e de drenagem, bem como de todos

os bens e equipamentos necessários à sua operação e exploração, do Aproveitamento Hidroagrícola de Aljustrel;

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18 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Caracterização das Principais Infraestruturas

A albufeira de Alqueva, é a maior reserva estratégica de água da Europa. Desta origem,

interligam-se barragens que garantem a disponibilidade de água, mesmo em períodos de seca

extrema, a uma área aproximada de 10.000 km2, divididos pelos distritos de Beja, Évora,

Portalegre e Setúbal, abrangendo 20 concelhos. A conclusão da barragem, permitiu a existência

de uma reserva estratégica nacional de água no rio Guadiana, de forte abrangência territorial,

beneficiando a zona de intervenção com a garantia de disponibilidades de água, por um período

mínimo consecutivo de 3 anos, para fins de abastecimento público, industrial e agrícola.

A rede primária, para além de assegurar a disponibilidade de água aos sistemas de

abastecimento de água da sua área de intervenção, cujas origens, mais antigas, são as albufeiras

do Monte-Novo, Alvito, Roxo e Enxoé, garante ainda o seu fornecimento aos vários, e

dispersos, perímetros de rega do Empreendimento.

As principais caraterísticas das infraestruturas que compõem o EFMA são as seguintes:

A EDP iniciou o reforço da potência da central de Alqueva, inaugurada a 23 de janeiro de 2013,

transformando a barragem no segundo maior centro hidroelétrico do País. O investimento feito

na nova central duplicou a capacidade instalada, um dado que reforça a importância estratégica

das múltiplas valências da barragem de Alqueva

Tipo abóbada de dupla curvatura em betão

96 metros de altura máxima

458 metros de coroamento

4.150 hm3 de capacidade máxima (cota 152m)

3.150 hm3

de capacidade útil (à cota 152m)

ALBUFEIRA DE ALQUEVA

BARRAGEM DE ALQUEVA

CENTRAL HIDROELÉCTRICA DE ALQUEVA

83 km de comprimento da albufeira

250 km2 de superfície

Tipo de pé - de - barragem

520 MW de potência instalada (Alqueva I e II - 2 x 260MV)

1.160 km de margens

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19 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Relativamente à central hidroelétrica de Pedrógão foi decidido não avançar com o reforço da

central. Durante os estudos efetuados, a solução do reforço apresentou restrições técnicas

relevantes que desaconselharam a sua realização.

CENTRAL HIDROELÉCTRICA DE PEDRÓGÃO

Tipo gravidade, parte em betão convencional e parte em BCC

43 metros de altura máxima

448 metros de coroamento

118 km de margens

ALBUFEIRA DE PEDRÓGÃO

23 km de comprimento

106 hm3 de capacidade máxima

54 hm3 de capacidade útil

BARRAGEM DE PEDRÓGÃO

11 km2 de superfície

Tipo de pé - de - barragem

10 MW de potência instalada

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20 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

O sistema global de abastecimento de água de Alqueva, quando concluído, beneficiará uma área

com cerca de 120.000 ha.

Divide-se em três subsistemas, de acordo com as diferentes origens de água:

O Subsistema de Alqueva, com origem de água na albufeira de Alqueva: beneficia as

áreas a oeste de Beja e Centro do Alentejo;

O Subsistema Ardila, com origem de água na albufeira de Pedrógão: beneficia as áreas

da margem esquerda nos concelhos de Moura e Serpa; e

O Subsistema de Pedrógão, com origem de água igualmente na albufeira de Pedrógão:

beneficia as áreas a este de Beja até ao rio Guadiana.

3 Subsistemas - Alqueva, Ardila e Pedrógão

5 Centrais Mini-Hídricas

24 Estruturas de Regulação

47 Estações Elevatórias Principais e Secundárias

69 Barragens/Reservatórios/Açudes Primários e Secundários

129 km de Canais

1.840 km de Condutas

845,5 km de Caminhos de Acessos e de Serviços

10 Bacias de Retenção

80 Tomadas de Água

113 Comportas

3.562 Dscargas de Fundo

3.973 Hidrantes

10.142 Bocas de Rega

33,5 Extensão de túnel, sifões e cut-and-cover (km)

1.107 Válvulas de seccionamento

3.436 Ventosas

432 Extensão de valas de drenagem (km)

68 Área regada (mil ha)

51,5 Área a regar (mil ha)

SISTEMA GLOBAL DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

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21 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Tema em destaque: “Promoção do Empreendimento”

O Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva tem vindo a afirmar-se como o principal

projeto estruturante do Alentejo, região que beneficiária de um conjunto de infraestruturas que

potenciam o seu desenvolvimento de forma integrada, sustentada e multissetorial.

Perspetivando-se a conclusão dos 120 mil hectares previstos no projeto até final do ano de 2015,

importava definir uma estratégia que permitisse dar a conhecer o potencial de desenvolvimento

da região, sobretudo nas vertentes agrícola e agroindustrial, mas também nas atividades

potenciadas pelas infraestruturas criadas, tirando partido de uma realização hidráulica única em

Portugal.

A complexidade e funcionalidades do EFMA aconselham a ter uma visão macro da sua Missão

e Objetivos, os quais se podem agrupar em duas grandes vertentes. Por um lado, permitir mudar

o paradigma do Alentejo, transformando-o na principal região de agricultura competitiva e com

dimensão de regadio em Portugal e, paralelamente, desenvolver económica e socialmente uma

região deprimida do País.

Alqueva é, em primeiro lugar, garantia de água. Esta garantia é, indiscutivelmente, uma mais-

valia que, aliada às infraestruturas do projeto e à sua gestão fazem de Alqueva uma

oportunidade única para o desenvolvimento de atividades agrícolas e agroindustriais,

potenciando outras que complementam o carater multissetorial do projeto, como é o caso do

desenvolvimento de projetos de índole turística, tirando partido dos espelhos de água entretanto

criados, com especial relevância para o de Alqueva, o maior lago artificial da Europa.

Partindo de uma posição quase virgem no que à agricultura de regadio diz respeito, o “salto”

que esta região do Alentejo está a dar terá reflexos a médio e longo prazo na produção Nacional,

trazendo à região oportunidades únicas no desenvolvimento da fileira agroindustrial ampliada

pela dimensão do Projeto. Já são exemplos claros deste real aproveitamento, os setores do

azeite, vinho e do milho.

São estes os setores que mais podem contribuir para o progresso da região e, simultaneamente,

na rentabilização das infraestruturas que compõem o Projeto de Alqueva, principais argumentos

a utilizar na estratégia de potenciação da “Marca Territorial Alqueva”, projeto desenvolvido em

2013 com vista à afirmação de um território, de uma mais-valia, de um projeto e de uma marca,

que passa agora a ter o fator diferenciador em termos de competitividade: a água.

Foi assim considerado necessário dar a conhecer esta nova realidade! Em Portugal e nos

potenciais mercados agroindustriais internacionais.

Alqueva é, por outro lado, um grande lago. O maior lago artificial da Europa. Tudo o que lhe

está associado deve merecer referência de âmbito global.

A diversificação de atividades é aliás mais uma grande vantagem do EFMA. Um projeto

hidráulico que é, por si só, também um exemplo de aproveitamento sustentável na otimização

de recursos hídricos numa região deficitária, com ameaças de desertificação física e humana, e

com graves carências ao nível do abastecimento público.

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22 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Não se trata apenas de um conjunto de infraestruturas, mais ou menos imponentes. É sobretudo

um projeto mobilizador e estruturante e uma mais-valia para a região e para o País. Essa mais-

valia, carecia contudo de um esforço no aproveitamento integral das infraestruturas criadas com

o investimento nacional e comunitário.

O retorno deste investimento só será alcançado se o projeto for devidamente aproveitado e

potenciado em todas as suas valências, razão pela qual o esforço mobilizador terá de ser

desenvolvido junto de todos os seus beneficiários.

Esse esforço mobilizador tem como principais alvos o agricultor, mas também a procura de

investimentos internos e externos em novas culturas, na agro-indústria, na comercialização e

mesmo nas áreas afetas ao desenvolvimento do potencial do Grande Lago. Em síntese, em toda

a cadeia de valor potenciada por Alqueva.

Aproximar esta mensagem aos mercados, aos agricultores, beneficiários, consumidores,

investidores e público em geral foi uma aposta consubstanciada num conjunto de iniciativas que

transportaram para fora dos limites da zona de intervenção de Alqueva a nova realidade, as

novas potencialidades, os novos desafios!

Criámos então a “Marca territorial Alqueva”, consubstanciada na assinatura “Alqueva, Uma

nova terra de água”, separando aquilo que é a componente física e territorial do projeto da sua

vertente de conceção e gestão atribuída à EDIA, entretanto assinando como “Novos caminhos

para a água”.

A aplicação desta estratégia teve o seu ponto de partida com a realização do 1º Seminário

Internacional “Investir no Potencial Agrícola de Alqueva”, uma iniciativa partilhada com uma

instituição bancária, o BES, o AICEP e um semanário de referência, o Expresso.

Paralelamente, um conjunto de Road Shows em diversas cidades europeias, permitiram alargar

contactos e difundir a nova realidade de Alqueva junto de públicos selecionados, ao mesmo

tempo que se apostou na participação em certames internacionais com intervenções ativas em

apresentações publicas e/ou privadas. Foram os casos das participações em Madrid, na Fruit

Attraccion, e em Berlim, na Fruit Logistica.

Internamente valorizou-se a participação em certames eminentemente agrícolas ou ligados ao

setor da água, reforçando a vocação multissetorial do Projeto de Alqueva.

No que toca à promoção mais direta junto dos beneficiários do projeto, levaram-se a cabo

variadíssimas iniciativas, sempre com o objetivo pleno de potenciar a mais valia do projeto

junto dos seus beneficiários. Criaram-se Academias de Hortícolas e de Plantas Aromáticas e

Medicinais demonstrativas de novas potenciais utilizações para áreas de pequena propriedade.

Inquiriram-se mais de trinta mil hectares de terras beneficiadas pelo projeto que ainda não

entraram em regadio, procurando esclarecer os agricultores destas zonas, tipificando

simultaneamente o seu perfil, bem como as suas intenções futuras quanto a possíveis

vendas/arrendamentos/parcerias. Acompanharam-se múltiplas visitas de empresários regionais,

nacionais e internacionais à região, num esforço claro de obtenção para a região de mais

oportunidades e mais investimento. Estudaram-se muitas novas culturas e simularam-se muitas

aptidões à realidade de Alqueva. Implementaram-se novos projetos de concentração fundiária na

pequena propriedade, com os interlocutores mais dinâmicos de cada uma das regiões. Alqueva

não parou. Alqueva avançou nas suas múltiplas vertentes e a estratégia adotada pela EDIA na

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23 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

sua promoção e divulgação interna e externa são cada vez mais reconhecidas como um bom

exemplo de gestão operacional de um projeto desta dimensão.

Alqueva encontrou assim uma identidade territorial aliada a uma estratégia de aproximação aos

investidores que conferem coerência a um projeto que se quer dinâmico, inovador e sustentável.

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24 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Departamento

de Gestão de Recursos

Humanos

João Cruz

Museu da Luz +

Parque de Natureza

de Noudar

Maria João Lança

Direção de Infraestruturas

Primárias e de Energia

Morim de Oliveira

Direção de Infraestruturas

de Rega

Isabel Grazina

Direção de Gestão

do Património

Diogo Nascimento

Direção

de Administração e

Finanças

Augusta Cachoupo

Departamento

de Planeamento

Estudos e Projetos

Alexandra Carvalho

Departamento

de Ambiente

e Ordenamento

do Território

Ana Ilhéu

Departamento

de Construção

de Infraestruturas

Primárias

João Matias

João Matias

Departamento

de Manutenção,

Exploração e

Segurança

Nuno Felizardo

Nuno Felizardo

Departamento

de Impactes Ambientais

e Patrimoniais

Luísa Pinto

Departamento

de Informação

Geográfica e

Cartografia

Duarte Carreira

Departamento

de Construção

de Infraestruturas de

Rega

Dora Amador

Departamento

de Exploração

de Infraestruturas

de Rega

José Carlos Saião

osé Carlos Saião

Departamento

de Gestão

do Património

Gonçalo Sebastião

Departamento

de Expropriações

Maria da Cola Lourenço

Gabinete de Relações

Públicas e Comunicação

Carlos Silva

Direção de Engenharia,

Ambiente e Planeamento

Jorge Vazquez

Gabinete de Apoio

Jurídico

Pedro Aires

Direção de Economia

da Água e Promoção

do Regadio

José Filipe Santos

Centro

de Cartografia

Jacinto Franco

Departamento

de Gestão

Administrativa

e Financeira

Carlos Freitas

Departamento

de Planeamento

e Controlo

de Investimentos

Pedro Machado

Departamento

de Contabilidade

Hélia Fonseca

Departamento

de Sistemas

de Informação

Luís Estevens

Departamento

de Sustentabilidade

Bárbara Pinto

Departamento

de Planeamento

e de Economia da Água

José Costa Gomes

José Costa Gomes

Departamento

Comercial

Ana Palma

Ana Palma

Conselho de Administração

Presidente: José Pedro Salema

Vogal: Augusta Cachoupo

Vogal: Jorge Vazquez

Organograma Empresarial

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25 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Órgãos Sociais

Assembleia Geral

Presidente

Professor Doutor Carlos Alberto Martins Portas

Secretários

Dr. José Pedro da Silva Martins

Dr.ª Cristina Maria Pereira Freire

Conselho de Administração

Presidente

Eng.º José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema*

Vogais

Dr.ª Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo

Eng.º Jorge Manuel Vazquez Gonzalez

*Foi nomeado em 02 de dezembro de 2013

Conselho Fiscal

Presidente

Dr. António Bernardo de Menezes e Lorena de Sèves

Vogais

Dr. Orlando José Manuel de Castro Borges

Dr. Nelson Manuel Costa dos Santos **

Vogal Suplente

Dr.ª Cristina Maria Pereira Mascarenhas Vieira Sampaio

** Foi nomeado em 27 de março de 2013

Revisor Oficial de Contas

Oliveira, Reis & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda.

Representado pelo Dr. José Vieira dos Reis

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26 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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27 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

ENQUADRAMENTO

Enquadramento Regional

O Alentejo, corresponde a cerca de um terço do território

de Portugal continental. É uma região com baixa

densidade populacional, apenas 5% da população. É nesta

região que se localiza o EFMA e são 20 os concelhos

abrangidos (Alandroal, Alcácer do Sal, Aljustrel, Alvito,

Barrancos, Beja, Cuba, Elvas, Évora, Ferreira do

Alentejo, Grândola, Mértola, Moura, Mourão, Portel,

Reguengos de Monsaraz, Santiago do Cacém, Serpa,

Viana do Alentejo e Vidigueira).

O EFMA é o maior investimento público regional no

sector hidroagrícola, constituindo uma referência

incontornável para o desenvolvimento sustentável desta

região, numa ação concertada abrangendo todos os

domínios da atividade económica, promovendo e

potenciando a criação de emprego e riqueza e

combatendo, por outro lado, a desertificação e o

envelhecimento da população.

A região do Alentejo corresponde a uma economia de pequena dimensão no contexto nacional,

o Produto Interno Bruto (PIB) per capita está abaixo da média nacional.

O desafio que se coloca à região é proporcional à sua dimensão, abrindo perspetivas únicas ao

relançamento do desenvolvimento económico e social, e criando condições para um acréscimo

efetivo do PIB regional através de:

Criação de novos investimentos e no desenvolvimento de novas atividades económicas;

Integração e complementaridade de projetos e de atividades;

Criação e qualificação do emprego;

Apoiando o tecido social, empresarial e institucional da região;

Mantendo e valorizando o carácter, cultura e identidade regional;

Promovendo Alqueva como paradigma da qualidade ambiental;

Gerando critérios de competitividade e de rentabilidade dos investimentos;

Marca Alqueva como referência de qualidade de produtos e serviços; e

Espaço Alqueva como referência de inovação e de tecnologia.

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28 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Enquadramento Macroeconómico Nacional

Em 2013 a economia portuguesa continuou condicionada pelo pedido de assistência financeira

junto do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da União Europeia (EU). Portugal está, no

entanto, a regressar a um financiamento estável de mercado, um processo que é exigente e que

requer a continuação dos compromissos assumidos pelo País.

Não obstante, e segundo as projeções do Banco de Portugal (B.P.), o Produto Interno Bruto

(PIB) português contraiu-se 1,5% em 2013. Registem-se, contudo, a partir do final de 2013,

taxas homólogas positivas da economia portuguesa ao longo do intervalo de projeção: 0,8% em

2014 e 1,3% em 2015. As atuais previsões implicam assim uma revisão em alta do crescimento

do PIB, evolução que traduzirá um maior contributo da procura interna e um menor contributo

das exportações líquidas.

Relativamente ao consumo privado e importações verificou-se, segundo a informação mais

recente do Boletim de Inverno do B.P., um crescimento superior ao anteriormente projetado no

Boletim de Outono.

Registe-se ainda que a taxa de variação média do Índice Harmonizado de Preços no Consumidor

(IHPC) em 2013 foi de 0,5%, em contraposição aos 2,8% verificados no ano anterior.

Boletim

Económico

Outono 2013

2013(p)

2014 (p)

2015 (p) 2013

Produto Interno Bruto 100,0 -1,5 0,8 1,3 -1,6

Consumo Privado 65,7 -2,0 0,3 0,7 -2,2

Consumo Público 18,2 -1,5 -2,3 -0,5 -2,0

Formação Bruta de Capital Fixo 16,0 -8,4 1,0 3,7 -8,4

Procura Interna 100,6 -2,7 0,1 0,9 -3,0

Exportações 38,7 5,9 5,5 5,4 5,8

Importações 39,3 2,7 3,9 4,5 2,0

Contributo para o crescimento do PIB (em p.p.)

Exportações Líquidas 1,1 0,7 0,4 1,4

Procura Interna -2,7 0,1 0,9 -3,1

do qual : Variação de Existências 0,2 0,2 0,0 0,1

Balança Corrente e de Capital (% PIB) 2,5 3,8 4,7 3,1

Balança de Bens e Serviços (% PIB) 1,7 2,7 3,5 2,1

Índice Harmonizado de Preços no Consumidor 0,5 0,8 1,2 0,6

Projeções do Banco de Portugal: 2013-2015/Taxa de Variação Anual, em percentagem

PRINCIPAIS INDICADORES FINANCEIROSPesos

2012

Boletim Económico

Inverno 2013

Fonte: Banco de Portugal.

Notas (p) - projectado. Para cada agregado apresenta-se a projecção correspondente ao valor mais provável condicional ao conjunto de hipóteses

consideradas, e baseia-se em informação disponível até meados de novembro de 2013.

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29 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

No que se refere à evolução da procura externa dirigida à economia portuguesa estima-se, para o

ano de 2013, um crescimento próximo de 1% (em 2012 foi de 0,2%), seguido de uma

aceleração em 2014 e 2015, quer na área do euro quer nos mercados fora da área.

No que diz respeito às condições de financiamento da economia, a evolução assumida para a

taxa de juro de curto prazo (taxa EURIBOR a 3 meses) tem por base as expectativas implícitas

nos contratos. Após valores mínimos registados em 2013, pressupõe-se que a taxa de juro

aumente ligeiramente no ano de 2014 para 0,3% e em 2015 para 0,5%.

Por outro lado, a taxa de desemprego voltou a cair no último trimestre de 2013, atingindo 15,4%

da população ativa. De acordo com os dados divulgados, o Instituto Nacional de Estatística

(INE) concluiu que a diminuição da população desempregada se verificou em todos os grupos

etários (em particular os que têm entre 15 e 34 anos), em pessoas com o terceiro ciclo do ensino

básico e nos que têm o ensino secundário e pós-secundário. Verificou-se ainda uma redução da

população desempregada com origem no sector da indústria e construção e no sector dos

serviços.

2013 2014 2015 2013 2014

Procura externa tva 1,2 3,9 5,0 -0,4 3,8

Taxa de juro

EURIBOR a 3 meses % 0,2 0,3 0,5 0,2 0,4

Custo de financiamento do Estado (a)

% 2,4 3,9 5,0 2,3 3,8

Taxa de câmbio do euro

Efetiva do euro tva 3,7 0,8 0,0 3,0 0,1

Euro-dólar vma 1,33 1,34 1,34 1,30 1,30

Preço do petróleo

em dólares vma 108,2 103,9 99,2 105,0 99,0

em euros vma 81,6 77,3 73,8 80,4 76,2

Hipóteses do Exercício de Projeção

Boletim Económico

Inverno 2013

Boletim Económico

Verão 2013

Fonte: BCE; Bloomberg , Thomson Reuters e cálculos do Banco de Portugal

Notas: tva - taxa de variação anual, % - em percentagem, vma - valor médio anual. Um aumento da taxa de câmbio corresponde a uma

apreciação. a)

Esta hipótese reflete o custo das fontes de financiamento relevantes para o Estado Português neste período, entre os quais se

inclui o custo do financiamento associado ao PAEF

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30 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Enquadramento Macroeconómico Internacional

Segundo as projeções do Banco Mundial, a economia mundial registou um crescimento de 2,4%

em 2013, prevendo uma expansão global de 3,2% em 2014 e 3,4% em 2015. Assume-se que a

flexibilização das políticas de austeridade nas economias avançadas e o aumento das perspetivas

de desenvolvimento das exportações sejam dois fatores determinantes nesse crescimento.

Os indicadores disponíveis no final de 2013 para os EUA indicavam a continuação de um

crescimento moderado da atividade económica. Esta evolução foi apoiada por um dinamismo da

procura interna privada, especialmente no mercado de habitação, resultando numa melhoria do

mercado de trabalho. A taxa de desemprego desceu para 7,0% (nível mais baixo dos últimos 5

anos), e a taxa de inflação subiu para 1,2%.

No 3.º trimestre de 2013 o PIB do G20 (grupo de países em desenvolvimento) acelerou para

2,9% em termos homólogos reais (2,5% no 2.º trimestre), influenciado, do lado das economias

avançadas, por um reforço do crescimento dos EUA e do Japão, por um forte crescimento do

Reino Unido e por uma melhoria da generalidade das economia da zona euro, mantendo-se, no

entanto, ainda frágil. De entre os países emergentes, o PIB da China e Índia reforçou o seu

crescimento, enquanto o Brasil abrandou.

Segundo dados do Eurostat, o défice público da zona euro, em percentagem do PIB, desceu

ligeiramente no 3.º trimestre de 2013, para 3,1%, tendo atingido os 3,5% no conjunto da União

Europeia (UE), em resultado da melhoria de todas as componentes da procura interna, uma vez

que as exportações de bens e serviços abrandaram. De acordo com o Gabinete de Estatísticas

Europeu, no terceiro trimestre a receita pública total nos países da zona euro representou 47,1%

do PIB. A despesa manteve-se estável, tendo-se situado nos 50,2%. No caso da UE, a receita do

Estado diminuiu de 46% para 45,8%, enquanto a despesa pública estabilizou na ordem dos

49,3%.

No final do ano a taxa de desemprego da zona euro desceu para 12,1% e manteve-se em 10,9%

para a UE, estimando-se que venha a chegar aos 12,3% em 2014. Em contrapartida, a taxa de

inflação homóloga da zona euro subiu para 0,9% devido à quebra menos acentuada dos preços

de energia e de alguma aceleração dos preços dos serviços.

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31 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

EDIA

Infraestruturas em Exploração

Observação do Comportamento de Barragens

Ao longo de 2013, prosseguiram as campanhas de leitura da aparelhagem de observação

instalada no corpo das barragens de Alqueva e Pedrógão, concluindo-se, da sua interpretação, a

comprovação do bom comportamento quer dessas estruturas quer dos seus equipamentos de

segurança hidráulico-operacional. A visita de inspeção anual, realizada pela Autoridade de

Segurança de Barragens (Agência Portuguesa do Ambiente) e pelo LNEC, em Pedrógão e

Alqueva ocorreram no dia 15 de maio e na primeira quinzena de novembro de 2013,

respetivamente.

Prosseguiram durante todo o ano as campanhas previstas nos Planos de Observação das

Barragens dos Álamos, do Loureiro, do Penedrão e de Cinco Reis. No caso destas últimas

(Penedrão e de Cinco Reis), prosseguiu o seu primeiro enchimento.

No final de março, a barragem de Alqueva atingiu a cota máxima pela terceira vez desde o

encerramento das suas comportas, em 8 de fevereiro de 2002. Procedeu-se a descargas

controladas através dos seus descarregadores: um de meio fundo e um de superfície. Estas

operações tiveram como objetivo controlar o volume de água armazenada na albufeira de

Alqueva, uma vez que o nível de enchimento (151,98 m) se aproximou da sua cota máxima

(152 metros).

No último dia do mês de dezembro de 2013 e comparativamente ao último dia do mês anterior

(novembro) verificou-se um aumento do volume armazenado, Alqueva fechou o ano a cerca de

85% da sua capacidade.

Manutenção e Exploração

Rede Primária

No decurso do ano, prosseguiu a exploração da estação elevatória dos Álamos, tendo-se

realizado a transferência dos volumes de água necessários à satisfação dos consumos verificados

nas infraestruturas que integram o subsistema de Alqueva, com especial relevância para as

ligações Loureiro-Monte Novo, Loureiro-Alvito, Alvito-Pisão, Pisão – Ferreira, Pisão – Beja e

Cuba - Vidigueira.

Desenvolveram-se, igualmente, na estação elevatória dos Álamos, intervenções de manutenção

corretiva dos motores principais e da proteção anticorrosiva dos impulsores das bombas

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32 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

principais e de manutenção preventiva das instalações elétricas, de alta e média tensão. Foi

igualmente contratada a realização de uma auditoria energética a esta mesma estação elevatória,

dado tratar-se de uma instalação grande consumidora de energia, cumprindo-se o estabelecido

no DL N.º 71/2008, de 15 de abril.

No decurso do ano desenvolveram-se, fundamentalmente, atividades de exploração associadas à

campanha de rega em curso, e também foram ainda realizados diversos trabalhos de manutenção

corretiva ao abrigo de garantia contratual das obras.

Rede Secundária de Rega

Ao longo de 2013, decorreram as ações de manutenção preventiva dos equipamentos

mecânicos, elétricos e outros, e dos sistemas de telegestão nos perímetros de rega do Monte –

Novo, Alvito – Pisão, Pisão, Ferreira, Figueirinha e Valbom, Alfundão, Loureiro – Alvito e

Ervidel do subsistema Alqueva, e Orada – Amoreira, Serpa, Brinches e Brinches – Enxoé do

subsistema Ardila.

Neste período decorreu ainda, em simultâneo, as campanhas de rega, assim como o apoio

prestado aos agricultores, de forma a assegurar a garantia de um serviço de fornecimento de

água eficiente de qualidade por parte da Empresa.

A 8 de abril foi concessionada, à EDIA, a rede secundária do Empreendimento de Alqueva até

ao ano 2020, o que permite gerir as infraestruturas de uma forma integrada e sustentável,

mantendo um preço solidário nos diferentes perímetros de rega independente dos diferentes

custos de exploração.

Centrais Mini-hídricas da Rede Primária e Central Fotovoltaica de Alqueva

A exploração das centrais mini-hídricas de Alvito, Odivelas, Pisão, Roxo e Serpa, registou, em

2013, um decréscimo de produção de energia elétrica, quando comparada com o verificado no

ano anterior, em grande parte devido à importante transferência de água para a albufeira de

Odivelas realizada em 2012.

Nos primeiros dois trimestres de 2013 também não foi necessário aduzir água às albufeiras do

Alvito, Pisão, Serpa e Roxo, para reforço das suas afluências próprias, pelo que se manteve

interrompido o funcionamento, para além da central mini hídrica de Odivelas, das centrais mini

hídricas do Pisão, de Serpa e do Roxo.

No final do 3.º trimestre registavam-se as seguintes produções: Alvito (61,241 MWh); Pisão

(50,013 MWh); e Serpa (582,01 MWh). Com a conclusão da campanha de rega, e a consequente

redução drástica dos consumos de água, foi interrompida a produção das centrais hidroelétricas

do Pisão e de Serpa, mantendo-se a operação da central mini-hídrica de Alvito, ainda durante o

mês de outubro, com uma produção de 15,147 MWh.

Em 2013, a exploração da central fotovoltaica de Alqueva registou uma produção média mensal

de 5.709kWh e uma produção acumulada total, de 68,505 MWh, o que representou um

acréscimo de 9,8% face ao ano anterior.

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33 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Promoção do Regadio

Alqueva é o mais recente regadio implementado na Europa. São 120.000 hectares com elevada

aptidão para esta prática agrícola, o que, aliado à disponibilidade de água, dão à região

condições únicas e de enorme potencial competitivo.

Em 2013, verificou-se um acréscimo de 27,7% na área inscrita para rega (6.745 ha) comparando

a adesão com o período homólogo.

Refira-se, que no início de 2013, se procedeu à atualização do tarifário de água para rega da

campanha de 2013. Esta tarifa foi estabelecida para os perímetros de rega (conservação e

exploração), para as captações diretas e para os regantes precários. Na aplicação do tarifário

manteve-se a redução das tarifas conforme os anos de exploração de cada um dos perímetros de

rega.

Ao longo do ano decorreram ainda os trabalhos do “Modelo técnico-económico para

monitorização e gestão da componente hidroagrícola de Alqueva”, tendo a EDIA, solicitado aos

consultores, a realização de um adicional ao referido modelo, de forma a poder incluir as novas

realidades de exploração da rede de abastecimento de água de Alqueva, que se encontram na sua

fase final e cuja operacionalização se encontra prevista para 2014.

Tiveram continuidade as ações de divulgação do programa SISAP. Os resultados deste

programa têm vindo a ser utilizados na elaboração de dossiers para investidores e outras

entidades, e para alguns produtores individuais como ferramenta de apoio à gestão da sua

exploração e apoio nas solicitações efetuadas. Ao longo do ano foram ainda acrescentadas novas

culturas ao portfolio já existente, e atualizadas outras, capacitando a Empresa para uma resposta

mais pronta e eficaz junto dos seus clientes e potenciais investidores. A EDIA tem efetuado uma

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

Jan-12 Jan-13

Área Total Inscrita

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34 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

aposta firme na maximização desta ferramenta, nomeadamente como suporte à avaliação de

uma série de prédios rústicos afetados pelas obras de Alqueva.

Com o objetivo de melhorar a qualidade do serviço prestado aos seus clientes e de caracterizar

os perímetros de rega em exploração, a EDIA continuou o processo de realização de inquéritos

junto dos proprietários/beneficiários do Projeto Alqueva, e identificação da sua disponibilidade

para eventuais situações de venda, arrendamento, parceria, permuta ou outro tipo de cedências.

A informação recolhida é posteriormente integrada e tratada na base de dados da EDIA, de

âmbito mais genérico, e na base de dados CIEFMA – Comercial, aplicação web para consulta

do cadastro de infraestruturas do EFMA e gestão de regantes, criadas para o efeito.

Área Total

dos Prédios

(ha)

Área

Beneficiada

EFMA

(ha)

Monte - Novo 39 21 8.779 3.915

Alvito - Pisão 94 16 299 292

Loureiro - Alvito 4 2 331 83

Brinches 38 14 1.239 452

Brinches-Enxoé 42 10 1.848 994

Serpa 36 6 439 355

Orada-Amoreira 103 38 1.618 1.145

Pisão 83 44 127 115

Ferreira 53 19 144 105

Ervidel 59 27 518 317

Alfundão 16 12 1.363 543

Pedrógão 2 1 13 12

Total 569 210 16.718 8.328

Perímetros de Rega

N.º de

Inquéritos

Efetuados

Área Contactada

N.º de

Beneficiários

Inquiridos

Venda 1%

Arrendamento c/prazo 4%

Arrendamento m/prazo 1%

Arrendamento l/prazo 0%

Parceria 33%

Permuta 0%

Área não disponível 61%

Total 100%

Disponibilidade

do

Proprietário

Área Classificada

Área

Beneficiada

EFMA

%

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35 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Evidencie-se a realização de uma sessão de esclarecimentos sobre instrumentos financeiros

disponibilizados por várias instituições bancárias (CCAM, BPI, BES e Banco Popular), na

sequência dos Protocolos assinados com a EDIA, para apoio à instalação de projetos agrícolas

na zona de influência de Alqueva, com condições financeiras especiais. Neste evento, realizado

no dia 05 de fevereiro nas instalações da EDIA, em Beja, participaram igualmente a Gestora do

PRODER, Dra. Gabriela Ventura, e o Prof. José Epifâneo da Franca, Presidente do Conselho de

Administração da Portugal Ventures, tendo ambos apresentado as linhas de financiamento

públicas disponíveis para o setor. A primeira, no âmbito dos fundos comunitários do FEADER.

O segundo, através dos instrumentos de capital de risco governamentais

Prosseguiu, igualmente, o trabalho de levantamento de informação de apoio e suporte à

captação de investimento e a elaboração de dossiers técnicos de apoio a potenciais interessados,

assim como a colaboração e participação na apresentação e desenvolvimento de diversos

projetos. Realizaram-se visitas ao campo com empresas e particulares e procedeu-se à prestação

de informação e apoio a agricultores, investigadores e estudantes. Foram ainda promovidos

encontros entre proprietários disponíveis para arrendamento, venda e/ou parcerias, tendo em

vista a promoção do regadio na zona do EFMA. Prosseguiu igualmente o desenvolvimento de

contactos com empresas e particulares e representantes de agrupamentos de agricultores.

Relativamente ao projeto “Banco de Terras”, a EDIA é uma entidade gestora operacional

(GEOP), que tem vindo a preparar com a DGADR a sua operacionalização, por forma a

aproveitar o trabalho desenvolvido para promover o regadio em Alqueva. Com este instrumento

pretende-se facultar a divulgação das áreas disponíveis a nível nacional e facilitar a interação

com proprietários eventualmente interessados. No final de 2013, a Bolsa de Terras dispõe de

103 prédios rústicos disponibilizados para arrendamento e venda, totalizando uma área

disponível superior a 800 ha, na sua maioria localizados no Alentejo, dos quais 757 ha foram

disponibilizados pela EDIA GeOp, conforme se verifica no gráfico abaixo apresentado.

92%

1%

7%

EDIA GeOp

EDIA Proprietária

Outras Entidades

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36 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

A dinamização do regadio na pequena propriedade constituiu uma das principais prioridades da

EDIA ao longo do ano, como forma de potenciar alternativas rentáveis para as explorações de

menor dimensão económica. Nesse sentido destaque-se o início das atividades referentes à

“Academia das Hortícolas de Alqueva”, com a organização dos dias abertos, e da “Academia de

Produção de Plantas Aromáticas e Medicinais”, em conjunto com o Centro de Excelência para a

Valorização dos Recursos Mediterrânicos (CEVRM) e a Sociedade Agrícola Monte do

Pardieiro, constituídas como unidades de experimentação e demonstração do potencial de

produção e comercialização em zona de pequena propriedade.

Albufeiras do EFMA – Gestão e exploração dos Recursos Naturais

Gestão da Água – Estado das Massas de Água e Gestão de Albufeiras

Relativamente à Coordenação Luso-Espanhola, foi efetuado o acompanhamento do

cumprimento das conclusões operacionais definidas no “Estudo das Condições Ambientais no

Estuário do Rio Guadiana e Zonas Adjacentes - Conclusões Operacionais - Fevereiro de 2005”.

Foi concluído e enviado às autoridades competentes o relatório anual referente à análise do

cumprimento das condições operacionais estabelecidas para o sistema Alqueva-Pedrógão para o

período compreendido entre outubro de 2011 e setembro de 2012, encontrando-se em execução

o relatório anual para o período entre outubro de 2012 e setembro de 2013.

Ao longo do ano procedeu-se ao acompanhamento do cumprimento das medidas referentes ao

regime de manutenção dos caudais ecológicos da rede primária, em exploração.

Em termos de Gestão do Plano de água, decorreram os trabalhos de manutenção da sinalização

de segurança das albufeiras de Alqueva e de Pedrógão, os quais abrangem a sinalização

associada à zona de navegação interdita junto à barragem de Alqueva, junto à tomada de água

dos Álamos e junto à barragem de Pedrógão. Estes trabalhos tiveram início durante o mês de

maio de 2012 e têm uma duração de 24 meses. No período, decorreu também a manutenção da

sinalização de segurança nas restantes albufeiras integradas no EFMA e que foram sinalizadas

entre 2010 e 2013. Decorreram ainda os trabalhos de sinalização de segurança da barragem de

Cinco Reis, que foram concluídos no final do ano.

No que respeita à candidatura ao LIFE + “INVASEP - Lucha contra espécies invasoras en las

cuencas hidrográficas del Tajo y Guadiana en la Península Ibérica” durante o ano teve início a

elaboração do plano de gestão e monitorização de espécies exóticas na área de influência do

EFMA, cujos principais objetivos são: a identificação das espécies potencialmente invasoras no

contexto do EFMA; a avaliação da magnitude dos impactes no EFMA e nos ecossistemas de

cada uma das espécies; a identificação de potenciais questões/incongruências legais

relacionadas com as espécies exóticas invasoras; a atual dispersão e tendências de disseminação;

e técnicas de monitorização/deteção e respetivos custos associados. Também no contexto do

combate às espécies invasoras, em especial associada à disseminação da planta aquática

invasora Jacinto de Água, presente em território espanhol a montante da albufeira de Alqueva,

foi reparada a barreira flutuante instalada a montante da Ponte da Ajuda, uma vez que os fortes

caudais que atravessaram essa secção do rio Guadiana (durante a primeira metade do semestre

de 2013), provocaram danos consideráveis, resultantes da circulação de objetos de grandes

dimensões, como árvores trazidas pela força do rio.

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37 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Quanto ao trabalho de levantamento de condições de funcionamento do Dispositivo de

Passagem de Peixes de Pedrógão (DPP) foram avaliados todas as suas componentes

operacionais, com realização de mergulhos técnicos filmados, realização de batimetria a jusante,

medição de velocidades na zona de entrada, análise pormenorizada de todo o equipamento e

medidas de melhoria do dispositivo. O relatório final foi entregue em outubro de 2013. Na

sequência deste trabalho, e com vista à otimização da adequabilidade do equipamento para a

passagem de peixes das espécies alvo, foi realizado um procedimento de ajuste direto para a

aquisição de equipamento de melhoria do seu funcionamento.

No âmbito dos trabalhos de avaliação da eficácia do dispositivo de passagem de peixes de

Pedrógão, os quais terão como objetivo a determinação do número de indivíduos das espécies

alvo que concretizam a rota migratória da albufeira de Alqueva em direção às zonas de

cabeceira do rio Ardila, foram entregues os equipamentos para a monitorização através de

seguimento acústico de peixes na albufeira de Pedrógão. No final do ano decorreram e foram

concluídos os trabalhos de criação de uma maqueta 3D do dispositivo, para efeitos de

divulgação deste importante equipamento de reabilitação da continuidade fluvial dos rios

Guadiana e Ardila, sob gestão da EDIA.

Estratégia para a Conservação e Valorização de Ilhas e Penínsulas de Alqueva

No âmbito da candidatura apresentada ao INALENTEJO - “Estratégia para a conservação e

valorização de ilhas e penínsulas de Alqueva” – foi aprovado:

Adquirir informação sobre a biodiversidade;

Criar um instrumento de ordenamento específico, enquadrando as ilhas em diferentes

tipos de utilização viáveis (lazer, educacional, científica, proteção ambiental, cultural,

etc.);

Identificar e definir ações que facilitem os diferentes usos; e

Divulgar o projeto como exemplo de gestão sustentada e integrada de uma área com

elevado potencial para a conservação da natureza.

A inventariação biológica das ilhas permitiu adquirir informação fundamental sobre a

biodiversidade nas ilhas de Alqueva, atualizando a informação existente e permitindo conhecer

a distribuição e abundância de espécies. No âmbito da candidatura referida, e na sequência dos

trabalhos de inventariação biológica em curso, foi previsto o desenvolvimento de um

instrumento de gestão das ilhas, que permita ordenar e valorizar este espaço. Numa primeira

fase a equipa prosseguiu os trabalhos de construção da base de informação geográfica, análise

dos dados de inventariação biológica fornecidos, e aplicou as entrevistas e inquéritos para

caraterização da oferta e da procura aos targets definidos (residentes, turistas nacionais e

estrangeiros, municípios e juntas de freguesia que fazem fronteira com a albufeira de Alqueva,

empresários hoteleiros da região e operadores turísticos a operar na região). O plano de gestão

foi entregue, na EDIA, no dia 4 de dezembro e encontra-se em análise para aprovação.

Neste âmbito, decorreu, tal como previsto, o acompanhamento às medidas implementadas para

proteção de penínsulas e ilhas da albufeira de Alqueva, salientando-se a eficácia das estruturas

instaladas que impedem a passagens de gado para os locais que se pretendem preservar.

Observa-se uma recuperação da vegetação destas ilhas e penínsulas que se fará, numa fase

inicial, através da vegetação herbácea, mas que progredirá para a vegetação arbustiva, caso não

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38 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

ocorram ações destrutivas de pastoreio ou desmatação, que promoverá a regeneração arbórea,

reabilitando a fitocenose associada às áreas de montado de azinho e sobro, que enquadra, para

além das azinheiras e sobreiros, um conjunto variado de outras espécies, tais como catapreiros,

pilriteiros, aroeiras, zambujeiros, tamargueiras, giestas e, eventualmente, vegetação ripícolas nas

zonas mais húmidas, potenciadas pela presença da albufeira de Alqueva.

Gestão das Áreas Sobrantes

Em 2013, relativamente ao património rústico foram colocadas em prática as operações de

manutenção e beneficiação dos povoamentos instalados nos terrenos da EDIA, definidas no

Plano de gestão de sobrantes e interníveis (PGSI 2012-2014). Promoveram-se também ações de

arborização de novas áreas visando cumprir os compromissos ambientais assumidos.

Continuaram a arrendar-se os terrenos património da EDIA, identificados para este fim, de

forma à sua rentabilização.

No final deste período o património rústico era composto por 353 prédios (713 ha), estando

disponíveis para arrendamento 309 prédios (336 ha), dos quais 204 (241 ha) estão arrendados,

174 na totalidade e 30 parcialmente. Dos 44 prédios não arrendáveis (377 ha), 17 (3 ha) estão

afetos à obra e 27 (374 ha) encontram-se em gestão direta. Existem ainda 8 cedências a que

corresponde a área de 15 (ha).

Ainda a este nível, prosseguiu-se a elaboração do projeto de arborização e beneficiação da

envolvente ao ancoradouro da Aldeia da Luz, ao arranjo do espaço exterior do Centro de

Informação de Alqueva (CIAL) e à gradagem do povoamento florestal da Herdade dos Estevais.

No âmbito do património urbano, continuaram a ser desenvolvidas ações de manutenção e

beneficiação dos edifícios pertencentes à EDIA, ou sob a sua gestão, como o PNN, Monte dos

Pássaros, escritórios de Pedrógão, e outros edifícios. Todas estas intervenções visam conferir e

promover a melhoria da funcionalidade das edificações. Durante este período, procedeu-se à

mudança de instalações da EDIA, em Lisboa.

Utilização Privativa do Domínio Público Hídrico

Em 2013 a EDIA continuou a prestar apoio aos requerentes na instrução dos pedidos de

licença/concessão de captação de águas superficiais, analisaram-se os processos em tramitação

na EDIA, foram rececionados novos pedidos de captação de água para rega e emitidos os

respetivos títulos.

No âmbito das atividades da Equipa de Fiscalização e Vigilância (EFV), continuou a

desenvolver as atividades de vigilância e fiscalização relacionadas com o processo de

licenciamento de captações de água. Foram realizadas ainda um acompanhamento das diversas

atividades que decorreram na envolvente das albufeiras. A EFV realizou, igualmente, trabalhos

pontuais de manutenção e reparação, e realizaram-se ações associadas à gestão dos recursos

naturais, como a recolha de resíduos na área do domínio público hídrico ou o auxílio em ações

de controlo de plantas aquáticas.

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39 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Infraestruturas em Construção

Redes Primária e Secundária

O EFMA é constituído por um conjunto de infraestruturas agrupadas, sendo a albufeira de

Alqueva a mãe d‟água do projeto com capacidade para garantir autossuficiência durante 4 anos

consecutivos de seca. As atividades desenvolvidas pela EDIA continuaram assim a privilegiar a

componente de construção do Sistema Global de Abastecimento de Água, com o avanço das

obras das infraestruturas primárias e secundárias do Projeto Alqueva que, prevê-se, beneficiar,

no final de 2015, uma área de cerca de 120.000 hectares.

Em 2013, teve lugar a inauguração do circuito hidráulico de Pedrógão - margem direita e blocos

de rega de Pedrógão e Selmes (17 de abril) e da infraestrutura de rega de Ervidel (05 de junho).

Subsistema Alqueva

Em 2013 e em termos de rede primária, referencie-se a conclusão da construção do circuito

hidráulico de Vale de Gaio no segundo trimestre. Ainda neste trimestre, mas da rede secundária,

foram finalizadas as obras dos blocos de rega de Aljustrel (exceto a componente da rede viária)

e de Ervidel 2 e 3.

Já na segunda metade de 2013, foram consignadas as empreitadas de construção da rede viária

do bloco de Aljustrel, com conclusão prevista para o início de 2014, e os blocos de rega de

Cinco Reis – Trindade.

Ainda da rede secundária, durante 2013, foram igualmente lançados os concursos para a

realização das empreitadas de construção dos blocos de rega de Beringel e Álamo, do bloco de

rega de Beja, do perímetro de Pisão – Beja e ainda dos blocos de rega de Barras, Torrão e

Baronia Baixo e dos blocos de rega de Baronia Alto, Alvito Alto e Alvito Baixo do perímetro de

Vale de Gaio, e por último dos blocos de rega Roxo – Sado do respetivo perímetro.

Subsistema Ardila

No decurso do segundo trimestre do ano, da rede primária, neste subsistema, foram adjudicadas

as empreitadas de construção dos circuitos hidráulicos de Amoreira – Caliços e de Caliços –

Pias.

Na segunda metade do ano lançaram-se os concursos públicos para a contratação da construção

dos circuitos hidráulicos de Caliços – Machados (rede primária), dos blocos de rega de Caliços-

Machados e Pias e dos blocos de rega de Moura Gravítico (rede secundária).

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40 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Subsistema Pedrógão

Na rede primária, deste subsistema, em 2013, finalizaram-se as obras do sistema elevatório de

Pedrógão – margem direita e, praticamente a construção do adutor de Pedrógão - margem

direita e da barragem de S. Pedro. Relativamente à rede secundária de rega, no primeiro

semestre de 2013, foram concluídas as empreitadas de construção dos blocos de rega de

Pedrógão 1e 3 e de Selmes.

No decurso do segundo trimestre do ano foram ainda adjudicadas as empreitadas de construção

dos circuitos hidráulicos S. Pedro – Baleizão e Baleizão – Quintos, relativas à rede primária. Já

na segunda metade de 2013, da rede secundária, foram consignadas as obras dos blocos de rega

de São Pedro-Baleizão, dos blocos de rega 1, 2 e 3 de Baleizão-Quintos e blocos de rega 4 e 5

também de Baleizão-Quintos.

Durante 2013 foram igualmente lançados os concursos para a realização das empreitadas de

construção do circuito hidráulico de São Matias (rede primária) e dos blocos de rega 1, 2, 3 e 4

de São Matias (rede secundária).

Em 2013, em simultâneo com as empreitadas de construção das redes primária e secundária dos

três subsistemas, realizaram-se as atividades de acompanhamento ambiental em obra e

respetivos trabalhos arqueológicos de minimização de impactes em diversas ocorrências

patrimoniais de situações desconhecidas identificadas na fase prévia às obras ou no decurso das

mesmas.

Projetos em Curso

Redes Primária e Secundária

Em 2013 iniciaram, continuação e foram validados vários estudos e projetos referentes às

infraestruturas primárias e secundárias, a implementar no âmbito do EFMA, e ainda a

elaboração de alguns estudos relativos a dados de base para o dimensionamento/sistematização

e funcionamento dos circuitos hidráulicos e infraestruturas em equação.

Ao longo do ano procedeu-se à elaboração de estudos de base e do relatório de resposta às

questões colocadas, de âmbito hidráulico e do projeto, relativas ao Estudo de Impacte

Ambiental (EIA) da ligação às Ermidas para reforço do abastecimento ao Polo Industrial de

Sines Morgavél.

Decorreu um estudo e desenvolvimento de soluções de microfiltração da água como alternativa

ao dispositivo de segregação de águas na albufeira do Roxo, que face às cotas elevadas do plano

de água não pode ser executado a curto prazo. Realizou-se o relatório para a apresentação e

fundamentação à APA da alternativa, de modo a permitir a sua aprovação, que consiste na

implementação de uma infraestrutura de tamisação à saída da albufeira do Penedrão,

melhorando assim, a qualidade da água aduzida à albufeira do Roxo. É de destacar, então, a

elaboração do projeto base do tamisador a colocar na tomada de água da albufeira do Penedrão

para a albufeira do Roxo.

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41 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Procedeu-se, igualmente, à elaboração do documento, “Contribuição para a definição de áreas e

de necessidades hídricas para o regadio na zona envolvente do EFMA”, enviado à APA e à

DGADR, como contributo relativo aos Planos de Gestão de Bacias.

Teve ainda lugar o desenvolvimento de soluções de captações e de circuitos hidráulicos

expeditos para implementação pelos interessados de modo a assegurar o acesso à água em

tempo útil-algumas delas, foram implementadas no período.

Subsistema Alqueva

No projeto de execução para a instalação grupos 3 e 4 da estação elevatória dos Álamos, no

final do ano, procedeu-se à elaboração do relatório final de análise das propostas apresentadas e

tiveram início os trabalhos.

Relativamente à revisão do projeto de execução do circuito hidráulico Roxo-Sado e respetivo

bloco de rega procedeu-se à execução dos termos de referência para o lançamento do ajuste

direto.

Quanto à ligação ao sistema de adução de Morgavel, e na sequência da receção de resposta da

Secretaria de Estado do Ambiente relativamente ao envio de esclarecimentos à proposta de DIA

remetida pela EDIA em fase de audiência prévia, foram enviados novos esclarecimentos para

esta entidade. Neste âmbito foi ainda rececionada resposta favorável da Câmara Municipal de

Aljustrel à informação enviada pela EDIA relativamente à compatibilização do projeto com as

infraestruturas e servidões sob jurisdição desta entidade. Foi também rececionada resposta da

APA a informar do parecer favorável emitido pela APA/ARH relativamente ao Sistema de

Gestão Ambiental remetido em anexo ao documento enviado pela EDIA sobre os “Elementos a

Apresentar” em sede de licenciamento

Realizou-se o relatório final para a prestação de serviço de revisão do projeto de execução dos

blocos de rega de Vale de Gaio, e procedeu-se à entrega destes aos projetistas. Na componente

ambiental, recebeu-se resposta favorável da APA relativamente ao pedido de prorrogação de

prazo da DIA solicitado pela EDIA.

Quanto ao perímetro de rega de Pisão – Beja, e no que respeita à prestação de serviço de revisão

do projeto de execução dos blocos de rega de Beringel – Beja, foi entregue o relatório final com

a revisão do projeto do bloco de beja, da estação elevatória de Beja e da restante rede viária e de

drenagem.

A EDIA aguarda resposta da APA aos esclarecimentos apresentados para concluir os últimos

três projetos acima mencionados.

Relativamente ao modelo de simulação e otimização do funcionamento do subsistema de

Alqueva (ALWAYS), procedeu-se à instalação da versão final do programa na EDIA e têm sido

desenvolvidos vários cenários para análise dos resultados do modelo.

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42 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Subsistema Ardila

No circuito hidráulico de Caliços – Machados foi recebida, da Direção Geral de Agricultura e

Desenvolvimento Rural (DGADR), a aprovação do SGA enviado pela EDIA. Aguarda-se

resposta das Águas Públicas do Alentejo ao ofício enviado pela EDIA relativo ao ponto 5 das

Condicionantes da DIA.

No âmbito da prestação de serviço de revisão do projeto de execução dos blocos de rega de Pias,

tiveram início dos respetivos trabalhos e procedeu-se à entrega dos relatórios finais da revisão

aos projetistas.

Relativamente à revisão do projeto de execução do circuito hidráulico de Caliços – Moura e

respetivo bloco, foram igualmente iniciados os trabalhos de revisão e teve lugar a entrega dos

relatórios finais da revisão aos projetistas.

Quanto à revisão do projeto de execução do bloco de rega de Moura Gravítico, teve lugar a

elaboração do relatório final, o início e desenvolvimento dos trabalhos e a entrega do relatório

final da revisão de projeto aos projetistas.

Os projetos relativos ao circuito hidráulico de Amoreira – Caliços, circuito hidráulico de

Caliços – Machados, blocos de rega de Pias e bloco de rega de Moura Gravítico continuam

pendentes da resposta da APA a informar da conclusão do procedimento de AIA.

No projeto de emparcelamento rural integrado dos Coutos de Moura, procedeu-se à realização

de visitas de campo conjuntamente com a APA, no sentido de se proceder à emissão da DIA,

afim da mesma ser validada pelo Exmo. Sr. Secretário de Estado do Ambiente. Dos aspetos

mais relevantes deste trabalho realce-se a vantagem desde projeto de emparcelamento poder

conduzir-nos a uma futura rede de rega, que evitará as captações de água dos aquíferos que a

cada dia se encontra mais intensificada. Procedeu-se ainda ao acompanhamento da fase de

discussão pública do projeto em causa na Câmara Municipal de Moura. Recebeu-se da APA a

proposta de DIA do projeto do “Emparcelamento dos Coutos de Moura”, encontrando-se a

EDIA a desenvolver o documento de resposta.

Subsistema Pedrógão

Neste subsistema, a EDIA continua a aguardar resposta da APA aos esclarecimentos

apresentados para concluir os projetos dos circuitos hidráulicos de S. Matias, S. Pedro –

Baleizão e Baleizão - Quintos e respetivos blocos de rega.

Procedimentos Expropriativos

Ao longo de 2013, decorreram diversas atividades com a finalidade de assegurar os

procedimentos expropriativos associados aos projetos em curso, em fase de conclusão e em fase

inicial, com intervenções em distintas áreas geográficas do EFMA.

Relativamente aos projetos em fase final do processo expropriativo teve lugar o

acompanhamento de comissões arbitrais e peritagens, a regularização de situações de registo e o

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43 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

acompanhamento de situações resultantes das obras. No que respeita aos projetos que se

encontram em curso, salientem-se os trabalhos de levantamentos de campo, avaliações,

negociações, vistorias ad perpetuam rei memoriam, a realização de autos de expropriação

amigável e de registos e o acompanhamento de situações resultantes de obra. Quanto aos

projetos em fase inicial do processo expropriativo teve lugar a verificação/validação do projeto

de expropriações, o envio do pedido de Declarações de Utilidade Pública (DUP), o

reconhecimento das áreas a intervencionar, a elaboração de bases de avaliação e a notificação de

todos os proprietários e interessados do início do projeto.

Em termos de intervenção, e de acordo com a fase que se encontram os respetivos processos

expropriativos, elencam-se igualmente os seguintes projetos, com referência ao final de 2013:

Projetos em fase inicial:

Circuito hidráulico de Caliços-Machados

Circuito hidráulico de S. Matias

Bloco de rega de Beringel-Beja

Bloco de rega de Caliços Machados

Bloco de rega de Moura Gravítico

Bloco de rega de S. Matias

Projetos em curso:

Bloco de rega de Cinco Reis-Trindade

Bloco de rega de S. Pedro-Baleizão

Bloco de rega de Baleizão-Quintos

Circuito hidráulico de S. Pedro-Baleizão

Circuito hidráulico de Baleizão-Quintos

Circuito hidráulico de Amoreira-Caliços e barragem dos Caliços

Circuito hidráulico de Caliços-Pias e barragem de Pias

Blocos de rega de Pias

Blocos de rega de Vale de Gaio

Blocos de rega de Aljustrel (rede viária)

Projetos em fase final:

Circuito hidráulico de Pedrógão - Margem Direita

Blocos de rega de Selmes e Pedrógão

Blocos de rega de Ervidel

Adutor Pisão-Beja

Adutor Pisão-Roxo

Circuito hidráulico de Vale de Gaio

Blocos de rega de Ferreira, Figueirinha e Valbom

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44 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Total dos Projetos em Fase de Processo Expropriativo em 2013

Em meados de 2013, terminaram as prestações de serviços com as empresas águas Públicas do

Alentejo, S.A. (AgdA) e a empresa SIMARSUL, S.A.

Património Cultural, Ambiente, Monitorização Ambiental, Sistema de Gestão na Área

Ambiental e Ordenamento do Território

Património Cultural

Ao longo de 2013 decorreu o acompanhamento, no âmbito do protocolo celebrado entre a EDIA

e a Direção Regional de Cultural do Alentejo (DRCALEN), dos trabalhos de arranjo gráfico e

impressão das monografias relativas aos trabalhos arqueológicos realizados no âmbito do

“Plano de Minimização de Impactes Arqueológicos no Regolfo de Alqueva”. Neste âmbito,

procedeu-se à apresentação pública da coleção, com o lançamento de quatro das monografias

previstas (volumes 1, 2, 3 e 6 da coleção). A cerimónia decorreu no auditório da EDIA a 23 de

setembro.

A 23 de setembro decorreu também a inauguração da exposição “Barca do Xerez de Baixo: um

testemunho resgatado à História”, instalada na entrada do edifício sede da EDIA. Com esta

mostra pretendeu-se dar a conhecer o perfil arqueológico removido deste importante sítio pré-

histórico.

ProjetoPrédios Avaliados Prédios Aprovados Prédios Acordados Autos Efetuados Litígios

Total Rede Primária 1 1 10 24 0

Total Rede Secundária 8 3 17 188 0

Total Redes Primária e Secundária 9 4 27 212 0

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Total Rede Secundária

Total Rede Primária

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45 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Em termos de atividades pedagógicas teve início em junho um novo ciclo de

exposições/atividades subordinado ao tema “Aprender com a História”. Neste âmbito, foi

desenvolvida a atividade intitulada “Potes e fornos do tempo dos romanos”. Pretendeu-se, com

esta primeira iniciativa, partindo de vestígios concretos de época romana (potes descobertos no

sitio Monte do Bolor – reservatório do Álamo), expor os princípios gerais da atividade

arqueológica, bem como a ocupação da região em época romana. Foi ainda desenvolvida a ação

intitulada “Potes e fornos do tempo dos romanos – Vamos fazer potinhos com o mestre

Velhinho”, com a qual se pretendeu, partindo dos vestígios de época romana do sítio monte do

Bolor (reservatório do Álamo), e da experiência do oleiro Mestre Velhinho, dar a conhecer os

princípios básicos da produção de cerâmica no passado. No término de 2013 decorreu o

planeamento de novas atividades pedagógicas a desenvolver com a comunidade escolar, no

âmbito deste ciclo, prevendo-se que as mesmas tenham início de 2014.

Ao longo de 2013, e no que respeita à implementação de medidas de minimização, tiveram

lugar diversos projetos de minimização prévia à obra.

Ambiente

Atividades Prévias à Obra

De modo a cumprir integralmente as disposições das diferentes DIA´s e pareceres ao Relatório

de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução (RECAPE), procedeu-se à preparação de

Sistemas de Gestão Ambiental (SGA), documentos de implementação obrigatória, e ainda à

preparação e envio de resposta aos elementos condicionantes a apresentar, bem como, pedidos

de alteração de redação de medidas de DIA‟s, nomeadamente:

Elementos Condicionantes do troço de ligação Pisão Roxo, requeridos em sede de

Parecer ao RECAPE; e

Pedido de alteração da medida ECO3 da DIA relativa ao projeto do troço de ligação

Pisão-Roxo e Pisão-Beja.

Documentação enviada às Entidades Competentes (Procedimento de AIA) – Fase de Construção

No decurso de 2013, e por forma a dar cumprimento aos requisitos e exigências da APA, e de

modo a cumprir na íntegra as disposições das medidas de minimização das DIA´s teve lugar, no

âmbito dos processos pós-avaliação previstos na legislação em vigor, a preparação de relatórios

demonstrativos e circunstanciados sobre as medidas da fase de construção das empreitadas.

Procedeu-se igualmente à preparação de vários documentos de resposta relacionados com o

cumprimento de medidas de minimização das DIA‟s e pareceres ao RECAPE (fase de obra) de

diversos projetos, assim como ao envio dos „Elementos a Apresentar‟ solicitados nos diferentes

pareceres da Comissão da Avaliação.

Por forma a cumprir o estipulado no âmbito das medidas de minimização e compensação

decorrentes das DIA‟s dos diferentes projetos, decorreu ainda, no decurso de 2013, a análise e

acompanhamento em obra de Planos de Obra, Planos de Gestão de Origens de Água e

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46 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Efluentes, Planos de Recuperação Biofísica e Paisagística e de Planos de Desativação de

Estaleiros, relativos a diversas empreitadas das redes primária e secundária do EFMA.

No que respeita à pós-avaliação ambiental dos projetos, e na sequência do envio dos Planos de

Desativação de Estaleiros para a entidade licenciadora (CCDR-Alentejo) e das visitas efetuadas,

em sede de auditoria às áreas de implantação dos diversos estaleiros (estaleiros sociais e de

frente das empreitadas de construção), a EDIA recebeu parecer positivo por parte daquela

entidade, uma vez que todos os locais auditados evidenciaram o cumprimento das medidas

ambientais a que estiveram sujeitos pelas respetivas DIA‟s, no âmbito do acompanhamento

ambiental das empreitadas. Estas visitas têm por intuito demonstrar à entidade fiscalizadora o

cumprimento de medidas ambientais em obra, para as quais a EDIA é obrigada a evidenciar a

sua correta implementação.

Dando resposta à solicitação da autoridade de AIA referencie-se o envio de uma Nota Técnica

relativa às condições ecológicas verificadas na ribeira do Roxo, a jusante da barragem do Roxo,

como resposta à medida ECO3 da DIA do troço de ligação Pisão-Roxo e Pisão-Beja.

Entre diversos outros projetos, destaque-se ainda a conclusão do processo dos trabalhos de

prospeção de Linaria ricardoi na área do bloco de rega do Pisão e respetiva entrega e validação

do relatório final.

No âmbito do procedimento de AIA do projeto do circuito hidráulico Roxo-Sado e da adução ao

sistema de Morgavel, procedeu-se ao respetivo acompanhamento e foram efetuadas diversas

reuniões e visitas aos locais com a Comissão de Avaliação.

No final de 2013 continuava-se a aguardar a apreciação da APA relativamente ao relatório de

“Cumprimento das Medidas de Minimização da Fase de Obra do Bloco Oeste do Ardila”, bem

como do relatório do relativo ao “Cumprimento das Medidas de Minimização da DIA - Fase de

Construção” do Projeto do Bloco de Rega de Monte Novo.

Ao longo do ano foram ainda analisados e remetidos para a DRCALEN diversos relatórios

(técnicos e finais) de trabalhos arqueológicos (escavações e acompanhamentos) realizados em

fase de obra, referentes a distintos processos.

Documentação enviada à Autoridade de Avaliação de Impacte Ambiental (Fase de Exploração)

Face à relevância do cumprimento das medidas das DIA´s relativas à fase de exploração, de

apresentação obrigatória, dos Projetos já implementados e em curso no terreno, procedeu-se ao

desenvolvimento e preparação de resposta das mesmas.

Para efeitos de evidência do cumprimento das medidas relativas à fase de exploração das DIA´s,

no final de 2013 foi enviado para a APA um ofício no qual de descrevem as diferentes

metodologias de atuação para todos os projetos do EFMA. Decorrentes deste ofício, ao longo de

2014, serão elaborados relatórios específicos para cada projeto nos quais se evidenciará a

implementação das diversas medidas.

Ações de Sensibilização aos Regantes

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47 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Em 2013, e de forma a dar resposta a medidas relativas a boas práticas agroambientais, foram

elaborados folhetos - “Brochuras e Boletins de Rega para Agricultores”, onde constam

orientações para a gestão de água, conservação dos solos, gestão da vegetação das margens das

linhas de água e aplicação de fertilizantes e produtos fitofarmacêuticos, entre outras. Ainda

neste contexto, e por forma a dar resposta a algumas das medidas correspondentes à fase de

exploração das DIA dos projetos associados a perímetros de rega procedeu-se, no final do ano, à

realização de reunião na Junta de Freguesia de Monte Trigo, para informação dos agricultores

beneficiários do aproveitamento hidroagrícola de Monte Novo. O objetivo destas sessões passa

igualmente pela explanação de questões relacionadas com a preservação do ecossistema

agrícola, numa ótica de gestão ambientalmente sustentável dos recursos, estando a EDIA

disponível para auxiliar todos os regantes a dar cabal resposta às entidades de tutela, nas

temáticas ambientais e patrimoniais.

Atividades decorrentes da fase de exploração

Para a fase de exploração dos diferentes projetos, torna-se necessário proceder ao

desenvolvimento e implementação de medidas específicas constantes nas DIA´s, que apontam

para a minimização e compensação de impactes ambientais. Para este efeito, encontram-se em

desenvolvimento, e alguns deles já concluídos, os seguintes processos:

“Programa de Medidas Compensatórias para a Ictiofauna Autóctone e Continental da

Bacia Hidrográfica do Sado (PMC Sado)”: na sequência do seu licenciamento junto da

ARH-Alentejo, foi concluída a obra de implementação de um açude relativa à Ação 2 -

Criação de Bypass a obstáculo transversal (que integra o PMC Sado);

“Charcos Temporários Mediterrânicos”: por forma a dar cumprimento ao estabelecido

em medidas de DIA‟s de alguns projetos do EFMA, foi concluído o estudo,

(desenvolvido em colaboração com uma estagiária de biologia da Universidade de

Aveiro) e elaborado o relatório final de monitorização que, posteriormente, será enviado

à Autoridade de AIA;

“Projeto de Recuperação Paisagística para a Albufeira do Pisão”: no final de 2013

realizou-se reunião com a Junta de Freguesia de Beringel no sentido de compatibilizar o

projeto com a situação real no terreno, aguardando-se ainda o parecer da Câmara

Municipal de Beja, para efeitos da sua execução. Este projeto decorre de uma medida

do DIA da barragem do Pisão, como minimização dos impactes a nível da paisagem;

“Projeto de Compensação de Quercíneas”: para efeitos de compensação de exemplares

de quercíneas abatidos no terreno, decorre a elaboração de um documento de resposta

ao Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), que pretende colocar à

aprovação deste instituto áreas para compensação dos exemplares abatidos, garantindo

assim o cumprimento de várias medidas decorrentes de diversas DIA‟s;

“Projeto de Enquadramento e Recuperação Paisagística das Barragens da Amoreira,

Brinches e Serpa (PERP) e Projetos de Reabilitação de Linhas de Água dos Projetos de

Execução do Bloco de Rega de Serpa e do Bloco de Rega Brinches-Enxoé (PRLA Sul)

e do Bloco de Rega Orada-Amoreira e Bloco de Rega de Brinches (PRLA Oeste)”:

adjudicação do C.P. n.º 17/2013 para a “Prestação de Serviços para a realização de

trabalhos de Reabilitação de Linhas de Água no Subsistema do Ardila do EFMA”, com

celebração do respetivo contrato a 30 de dezembro; e

“Projeto de Melhoria/Requalificação de Linhas de Água dos Blocos de Rega Alvito-

Pisão”: continua a aguardar-se parecer da APA para efeitos da implementação deste

projeto.

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48 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Outros

Prosseguiu o apoio à monitorização dos morcegos cavernícolas nos abrigos de Alqueva,

Pedrógão, Mina dos Mociços (Rosário-Alandroal) e Mina da Preguiça (Sobral da Adiça- Serpa),

no seguimento da colaboração entre a EDIA e o ICNF. No final de 2013 foi ainda solicitado à

EDIA a continuidade da colaboração com o ICNF relativamente à „Monitorização de Aves

Aquáticas na Albufeira do Alqueva‟.

Divulgação

Decorreu o II Concurso de Fotografia subordinado ao tema “Água, Sustentabilidade e

Alterações Climáticas”, com a divulgação dos resultados e inauguração da exposição a 21 de

outubro. A exposição ficou patente na sede da EDIA, em Beja, até ao final do ano. Foram

recebidos 165 trabalhos a concurso enviados por 36 concorrentes. Os trabalhos foram ainda

divulgados através da página de internet da EDIA e submetidos a votação online, tendo sido

atribuída uma menção honrosa ao trabalho com maior número de votos.

Dia 21 de outubro de 2013 realizou-se a conferência “Os desafios da Agricultura num contexto

de Alterações Climáticas” com a participação do Prof. Lima Santos, do Dr. Gil Penha-Lopes e

do Eng.º André Vizinho. Esta conferência foi organizada com o intuito de fomentar a discussão

sobre o impacto das alterações climáticas na área de influência do EFMA e de que forma é

possível compatibilizar esse impacto com o desenvolvimento de uma agricultura sustentável de

regadio.

Título: Banho Poluído

Autor: António Falcão

1.º Prémio do Concurso de Fotografia

Monitorização Ambiental

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49 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

No domínio da monitorização ambiental, e face ao número de programas de monitorização em

curso, optou-se por sistematizar a informação relativa aos mesmos por Sistema Alqueva-

Pedrógão, rede primária e rede secundária de rega, efetuando um ponto de situação do seu

estado de execução, sem prejuízo de ser apresentada uma descrição mais exaustiva dos trabalhos

que decorreram ao longo do trimestre.

PROGRAMAS DE MONITORIZAÇÃO DO SISTEMA ALQUEVA – PEDRÓGÃO E

REDE PRIMÁRIA

Sistema Alqueva - Pedrógão e Rede Primária

Programas de Monitorização

Estado das Águas de Superfície e Estado das Águas Subterrâneas

Recursos Hídricos Superficiais da Rede Primária do EFMA (Ano Hidrológico 2010/2012) Concluído

Recursos Hídricos Superficiais da Rede Primária do EFMA (Ano Hidrológico 2012/2014) Em curso

Potenciais Impactes da Transferência da Água Guadiana-Sado na Ictiofauna (2012) Concluído

Potenciais Impactes da Transferência da Água Guadiana-Sado na Ictiofauna (2014) Em preparação

Recursos Hídricos na Área dos Circuitos Hidráulicos de Amoreira-Caliços e Caliços-Pias para a Fase de Construção Em curso

Fauna, Flora e Vegetação

Inventariação Biológica nas Ilhas de Alqueva Concluído

Eficácia das Medidas de Minimização do Efeito Barreira e do Efeito Armadilha Em curso

Levantamento de Condições de Funcionamento do Dispositivo de Passagem de Peixes de Pedrógão Concluído

Avaliação da Eficácia do Dispositivo de Passagem de Peixes da Barragem de Pedrógão (monitorização) Em curso

Avifauna na Área do Sistema Alqueva-Pedrógão Em curso

Acompanhamento das Caixas para Morcegos na Envolvente das Albufeiras de Alqueva e Pedrógão Em curso

Ponto de Situação

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50 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

PROGRAMAS DE MONITORIZAÇÃO DA REDE SECUNDÁRIA

1

Durante o ano foram assegurados os trabalhos associados à prestação de serviços para

“Manutenção das Estações Automáticas Integradas na Rede Específica de Monitorização do

Sistema Alqueva – Pedrógão (2012/2013)” (Concurso Público N.º 3/2012).

Decorre, ainda, o trabalho de levantamento das estações hidrométricas existentes na bacia

hidrográfica do Guadiana, estando em curso a elaboração do relatório referente à identificação

das necessidades de informação no âmbito da gestão e exploração das albufeiras de Alqueva e

Pedrógão. No mês de março foi elaborado o processo de contratação para execução dos

trabalhos de monitorização dos potenciais impactes da transferência de água Guadiana-Sado

sobre a ictiofauna.

No mês de outubro teve lugar uma reunião com a equipa responsável pela monitorização da

rede primária do EFMA, com o objetivo de analisar o conteúdo do relatório referente ao ano

hidrológico 2012/2013 e realizar um ponto de situação dos trabalhos.

1. A área a monitorizar abrange cerca de 55.000ha e corresponde aos blocos de rega Monte-Novo, Alvito-Pisão, Pisão, Alfundão,

Ferreira-Valbom, Ervidel, Aljustrel, Orada-Amoreira, Brinches e Brinches-Enxoé. 2 A área monitorizada abrange cerca de 60.000ha e corresponde aos blocos de rega: Monte-Novo, Alvito-Pisão, Pisão, Alfundão, Ferreira-Valbom, Ervidel, Orada-Amoreira, Briches, Brinches-Enxoé, Selmes, Pedrógão e S. Pedro Norte.

Rede Secundária de Rega

Programas de Monitorização

Estado das Águas de Superfície e Estado das Águas Subterrâneas

Recursos Hídricos Superficiais e de Qualidade Ecológica na Área dos Blocos de Rega em Fase de Exploração – 2012/2013 [1] Em fase de conclusão

Recursos Hídricos na Área dos Blocos de Rega de Cinco Reis e Trindade – Fase de Construção Em curso

Recursos Hídricos Subterrâneos na Área dos Blocos de Rega em Fase de Exploração – 2012/2013 [2] Em fase de conclusão

Fauna, Flora e Vegetação

Avifauna na Barragem do Pisão (2011/2012) Concluído

Ictiofauna e dos Recursos Hídricos Superficiais no Bloco de Rega do Monte Novo (2010/2011) Concluído

Aves Estepárias e de Rapina nos Blocos de Rega do Monte Novo, Alvito-Pisão e Pisão (2010/2011) Concluído

Aves Estepárias nos Blocos de Rega de Alfundão e de Ferreira e Valbom (2012/2013) Concluído

Aves Estepárias nos Blocos de Rega de Selmes, S. Pedro Norte e Pedrógão (2010/2011) Concluído

Aves Estepárias nos Blocos de Rega de Pias (2011) Concluído

Linaria ricardoi na Rede Secundária de Rega 2013 Adjudicado

Programa Global para Monitorização da Avifauna da Rede Secundária de Rega do EFMA – Fase de Exploração Em curso – procedimento de adjudicação

Caracterização da Situação de Referência da Avifauna da Rede Secundária de Rega (2014) Em curso – procedimento de adjudicação

Solos

Caraterização da Situação de Rferência nos Blocos de Rega de Aljustrel, Ervidel, Beringel-Beja e São Pedro Baleizão Em curso

Ponto de Situação

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51 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Sistemas de Gestão na Área Ambiental

Sistemas de Informação de Recursos Hídricos de Alqueva (SIRHAL)

Ao longo de 2013 manteve-se a divulgação diária de um Boletim com informação sobre a

evolução do volume armazenado e a variação diária das cotas das albufeiras de Alqueva e de

Pedrógão, caudais registados a montante e jusante do sistema Alqueva-Pedrógão. O Boletim

atualizado é disponibilizado diariamente no site da EDIA.

Com o objetivo de efetuar o controlo do caudal registado vs o valor de caudal ecológico

necessário a assegurar no Sistema Alqueva-Pedrógão é efetuada a análise diária dos caudais

descarregados e dos valores registados no rio Guadiana. Mensalmente é analisado se o caudal

ecológico mensal foi assegurado e é divulgado o valor do caudal ecológico a cumprir no mês

seguinte pelo Sistema Alqueva-Pedrógão.

Teve ainda lugar a divulgação interna do regime de caudais ecológicos para a rede primária do

EFMA, atualmente em exploração. Esta divulgação tem uma periodicidade mensal.

Com a entrada em exploração das diversas infraestruturas que constituem o EFMA, a EDIA tem

promovido a implementação de um conjunto de programas de monitorização ambiental que

visam, no seu conjunto, recolher os dados de suporte à tomada de decisão, tendo em

consideração as disposições de monitorização resultantes dos diplomas legais em vigor, bem

como as responsabilidades e competências atribuídas à Empresa ao nível da gestão e exploração

do EFMA. Neste contexto, assume cada vez mais relevância a temática da gestão dos dados

recolhidos, bem como a informatização do processo de planeamento das campanhas de

amostragem, recolha e análise de informação.

Na sequência do processo de consulta para a conceção e desenvolvimento do sistema de

informação de suporte à monitorização ambiental do EFMA – componente dos recursos

hídricos (3.º trimestre), procedeu-se à adjudicação, tendo sido iniciados os trabalhos, com a

realização da primeira reunião, a 4 de dezembro. Foi ainda fornecida a informação solicitada

pela equipa, por forma a desenvolver o modelo funcional do sistema e desenvolvimento do

primeiro protótipo. O sistema de informação, em desenvolvimento, permitirá facilitar o

processo de decisão, planeamento, controlo e exploração, gerando valor acrescentado e

vantagens competitivas para a Empresa.

Ordenamento do Território

A EDIA, ao longo do ano, participou em diversas reuniões enquanto membro da comissão de

acompanhamento da revisão dos seguintes instrumentos de gestão territorial, designadamente,

dos planos diretores municipais (PDM) de Alandroal, Aljustrel, Beja, Moura e Serpa.

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52 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

A EDIA, no início de 2013, assinou um protocolo de cooperação com a Associação

Transfronteiriça dos Municípios das Terras do Grande Lago de Alqueva (ATMTGLA) para a

elaboração de um documento de “Proposta de modificação do Plano de Ordenamento das

Albufeiras de Alqueva e Pedrogão”. Este documento, que foi entregue à APA, estabelece uma

caracterização da situação atual de implementação do mesmo, um conjunto de propostas de

modificação face ao atual Plano, e uma análise de compatibilização entre as propostas

apresentadas e a legislação em vigor. A EDIA continua a aguardar a decisão sobre o

procedimento de modificação a adotar pela APA.

A EDIA assegurou ainda a sua participação na reunião da Comissão Nacional de Coordenação

do Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação, no mês de fevereiro. É de

assinalar o parecer sobre o Plano de Pormenor (PP) da Herdade da Cegonha, junto à albufeira de

Alvito, tendo participado na respetiva conferência de serviços a 19 de setembro. Por solicitação

do Município de Beja foi emitido parecer sobre a implementação de estufas na herdade dos

Meloais, no perímetro de rega do EFMA, em Quintos, concelho de Beja.

Projetos Especiais

Consideram-se “Projetos Especiais” o Parque de Natureza de Noudar (PNN), o Museu da Luz e

os Sistemas de Informação Geográfica e Cartografia.

Parque de Natureza de Noudar

Situado a cerca de 8 km da Vila de Barrancos, o Parque de Natureza de Noudar (PNN) surge na

sequência da aquisição da Herdade da Coitadinha, pela EDIA em 1997, com o objetivo de

desenvolver nesta propriedade um projeto de compensação pela perda de habitats a nível dos

ecossistemas de montado, galerias ripícolas e matagais mediterrânicos induzidos por Alqueva.

Os valores naturais presentes no PNN, nomeadamente o montado de azinho, justificaram a sua

aquisição e são, também, responsáveis pela sua inclusão na Rede Natura 2000.

Constituído como um projeto de desenvolvimento regional que tem como objetivo a

qualificação do território através da promoção da biodiversidade, no PNN tiveram continuidade

as atividades agro-silvo-pastoris, tendo os trabalhos decorrido de acordo com o estipulado no

Plano de Exploração Agro-Florestal 2013. Decorreram igualmente as ações de prevenção e

vigilância contra incêndios, corte de vegetação arbustiva, podas a remoção de árvores mortas.

No que respeita à gestão pecuária, deu-se continuidade ao maneio do efetivo bovino, suprindo

todas as suas necessidades, Referencie-se que o parque, a 31 de dezembro, contava com um

núcleo reprodutor de qualidade de gado bovino, na totalidade eram 127 animais (117 fémeas e

10 machos). Foi instalada uma vedação na Umbria das Boticas e indique-se igualmente o

processo de construção da barragem da Eira dos Queimados, a automatização da distribuição de

água aos parques de gado e a preparação para instalação de culturas para a fauna. Prosseguiu

ainda o acompanhamento das atividades de repovoamento com coelho-bravo.

Quanto à vertente agrícola, teve continuidade a exploração das hortas do Monte, da Senhora, do

Olival e ainda dos pomares de fruteiras e do olival. Eliminaram-se os infestantes se e procedeu-

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53 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

se ao corte de algumas aromáticas para que brotem e depois possam ser recolhidas, secas e por

fim embaladas, para venda na loja.

Relativamente à componente cinegética, aguarda-se a alteração da lei da pesca em águas

interiores, que permitirá a elaboração dos processos de concessão da pesca desportiva no rio

Ardila e na ribeira da Múrtega. Continuaram a decorrer as jornadas de caça (espera ao javali) e

adquiriu-se um novo palanque de esperas aos javalis.

Na vertente turística prosseguiram os serviços de refeições e alojamento e foram desenvolvidos

trabalhos no âmbito das “Publicações de Noudar”, designadamente o acompanhamento da

produção de guias de bolso de fauna e flora. Realizaram-se eventos tais como o programa

“Páscoa em Noudar” (de 20 a 23 de março), organização do 2.º campo de férias (14 a 20 de

julho), o evento RUSI (Reunião sobre Ungulados Silvestres Ibéricos) e o Seminário Ibérico

Coelho-Bravo: Associação Iberlinx (23, 24 e 25 outubro, Beja).

No que respeita às atividades de divulgação e promoção levadas a cabo, evidencie-se, a criação

do logotipo do restaurante Pançonas e o projeto Voltas d‟Alqueva, iniciativa que tem como

pano de fundo o grande lago de Alqueva, e que contempla, entre outras, atividades do Museu da

Luz e Parque de Natureza de Noudar, e cujo site foi inaugurado no início do ano.

O PNN participou-se ainda nas diversas ações desenvolvidas no âmbito do Projeto Life +

Iberlinx, de grande relevância à escala europeia.

Museu da Luz

O Museu da Luz é um espaço evocativo de identidade e memória coletivas e, simultaneamente,

potenciador dos tempos futuros. As comunidades do seu território de intervenção assumem um

papel vital nos processos de registo e salvaguarda das realidades desaparecidas. Com a

submersão da aldeia da Luz, motivada pela construção da barragem de Alqueva e a consequente

relocalização da povoação em novo lugar, gerou-se um conceito de aldeia dupla.

Em 2013 comemoraram-se dez anos de existência do Museu da Luz (23 de novembro), a

requalificação do seu património edificado, para melhor servir os seus diversos públicos-alvo,

tem sido uma das principais linhas de atuação seguidas. Continuou a aposta na qualidade,

diversidade e inovação programática dos conteúdos do Museu e eventos museológicos. Em

termos das iniciativas levadas a cabo evidencie-se assim, em 2013, a inauguração do programa

de residências artísticas do Museu, no 2.º trimestre do ano, que consiste em espaços para artistas

(nacionais e internacionais) trabalharem e residirem,

No que concerne ao programa expositivo e intervenções artísticas, o Museu prosseguiu com as

exposições de longa e curta duração. Nas exposições de longa duração temos a referir: “A terra:

ocaso de uma relação milenar”, são evocadas as profundas alterações sociais e patrimoniais

associadas ao processo de construção da barragem de Alqueva e “Sala de Memória – coleção e

vídeo”. Quanto as exposições de curta duração são de destacar ao longo do ano: “É um mundo

novo”, de Carlos Noronha Feio, foi inaugurada a 5 de janeiro. Foi na sala da luz que podemos

ver o tapete de Arraiolos, com 30 metros quadrados. Referencie-se, igualmente, a exposição “

Alqueva paisagem como tema”, Aldeia Dupla: fotografia e vídeo” e “Luz3”, intervenção gráfica

de Pedro Portugal na antiga estrada da Luz. No final do ano, 30 de novembro, destaque para a

exposição “A Natureza Ri da Cultura”, um projeto coletivo dos artistas visuais Inês Botelho,

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54 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Susana Gaudêncio, Ramiro Guerreiro, Mattia Denisse e Gustavo Sumpta, do cineasta João

Nicolau e do crítico de design Mário Moura, com a curadoria de Maria do Mar Fazenda.

No âmbito do ciclo expositivo “Dar Voz aos Objetos” prosseguiu a exposição “A Cachamorra”,

pelo pastor Jacinto Suzano: onde é que hoje há os pastores?” e o projeto em torno de novos

objetos (pote do azeite e burra). Esteve igualmente patente, na sede da EDIA, em Beja,

primeiramente a exposição itinerante:” a tarrafa de Francisco Capucho”, a “A lancheira”, de

Domingos Godinho e no final de 2013 “A Cachamorra”.

Ao longo do ano procedeu-se à promoção de atividades para os diversos públicos-alvo do

Museu, com a implementação das ações continuadas, visitas guiadas e programas especiais,

para o público geral. No público escolar destaque para o curso prático “Pequeno Grande C” que

visa promover a criatividade e a ilustração de livros infantis para professores e educadores. Foi

realizado em parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian - Educação para a Cultura e

Ciência, em três módulos distintos. Este curso prepara também os professores para participarem

com as suas turmas no concurso “Pequeno Grande C” da Fundação Calouste Gulbenkian.

No que respeita às redes sociais, teve continuidade a promoção dos espaços e experiências do

museu através de imagens fotográficas e textos na conta facebook do Museu da Luz e a

divulgação da exposição temporária do Museu, suas atividades e iniciativas através desta rede

social.

Sistemas de Informação Geográfica e Cartografia

O Centro de Cartografia da EDIA fornece produtos e serviços inovadores no domínio da

produção de informação geográfica, estando associado a projetos que envolvem a produção de

cartografia, topografia, geodesia e cadastro predial. Com destaque para a execução de altimetria

vetorial à escala 1:10.000 para a área do sistema global de abastecimento de água do EFMA, de

acordo com as necessidades internas da EDIA.

Decorreu, ao longo do ano, a monitorização geodésica das barragens de Amoreira e Álamos I, II

e III, Vale de Carro, Penedrão, Brinches, Serpa, Reservatório de Ferreira, Amoreira, Loureiro,

Reservatório 4 do Monte-Novo, Cinco Reis, Reservatório da Orada e Laje. Procedeu-se,

igualmente, à fiscalização de cartografia e ortofotocartografia à escala 1:2.000 para os

municípios de Aljustrel, Barrancos, Almodôvar, Ourique, Ferreira do Alentejo, Castro Verde e

Mértola e foram concluídos os projetos externos de vectorização do cadastro geométrico da

propriedade rústica do concelho de Ourique, de Beja e Almodôvar.

Dos projetos onde o Centro de Cartografia tem estado envolvido destacam-se a produção da

carta de ocupação/uso do solo de Portugal Continental COS, relativa ao ano de 2007 para a

Direção Geral do Território.

Atualmente o Centro participa por meio de consórcio externo na “Aquisição de Serviços de

Execução do Cadastro Predial para os concelhos de Loulé, São Brás de Alportel e Tavira” no

âmbito do Sistema Nacional de Exploração e Gestão de Informação Cadastral – SiNErGIC, para

a Direção Geral do Território.

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55 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

O Centro de Cartografia da EDIA está certificado de acordo com a norma ISO 9001:2008, pela

entidade certificadora Associação Portuguesa de Certificação (APCER), desde janeiro de 2010.

No final do corrente ano foi realizada a auditoria externa pela entidade certificadora. Como

resultado desta auditoria foram evidenciadas documentalmente e nos processos operacionais, as

condições adequadas de conformidade com a NP EN ISO 9001:2008 e os elevados graus de

implementação e de eficácia do sistema de gestão da qualidade do Centro de Cartografia da

EDIA, tendo sido mantida a certificação.

Em termos de informação geográfica prosseguiu a consolidação dos processos de negócio com

forte componente espacial através, designadamente, do apoio prestado às atividades

relacionadas com a exploração (gestão da inscrição de beneficiários), apuramento de faturação e

correção dos erros e reclamações detetados relativos a áreas inscritas e consumos do ano de

2013. Foram igualmente desenvolvidas ou aperfeiçoadas aplicações informáticas para fazer face

às necessidades de informação geográfica da empresa.

Em 2013, e dada a programação prevista para a conclusão das obras do Empreendimento,

registou-se um acréscimo de solicitações de informação relativas a diversas áreas da Empresa.

Para estas atividades foi necessário garantir a conformidade e atualidade da informação

utilizada, assim como a sincronização da informação CAD e SIG, já que são representações

diferentes da mesma realidade, utilizadas para diferentes fins.

Continuou o apoio prestado ao setor das expropriações e cadastro tendo sido efetuados

melhoramentos à aplicação Sistema de Informação de Cadastro e Expropriações (SICE),

designadamente, ao nível da produção de relatórios e respetiva integração com o sistema SAP.

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56 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Para suporte à área de Gestão de Ativos desenvolveu-se uma integração entre o SAP e o Sistema

de Informação Geográfica, com o objetivo de permitir a passagem de informação do cadastro de

infraestruturas existente no SIG para o módulo de gestão de ativos no SAP, de forma eficiente e

expedita. Desta forma, a criação em SAP dos ativos nos novos blocos de rega será mais rápida.

Prosseguiu, por outro lado, a migração para a nova base de dados Open Source, iniciada em

2012, e que foi adotada como base do SIG da Empresa. Concluíram-se os desenvolvimentos

relativos aos componentes geográficos das aplicações cujas componentes alfanuméricas tinham

já sido migradas. Na introdução massiva do produto destinado a utilizadores de PC, denominado

Quantum GIS, foi ainda desenvolvido um módulo específico que permite um acesso rápido à

informação geográfica, em tudo similar disponibilizado no software comercial existente na

Empresa.

Em 2013 foram definidos os limites das áreas de potencial benefício de regadio, limítrofes ao

atual sistema global de abastecimento de água de Alqueva, culminando na definição de terrenos

com excelente potencial para agricultura de regadio e onde a ligação ao sistema do EFMA é

preferencial. Procedeu-se ainda à delimitação de áreas de elevado potencial para agricultura de

regadio, para inclusão em futuros estudos de planeamento de utilização de recursos hídricos na

agricultura, sobretudo na bacia do rio Guadiana.

Na área de aplicações e sistemas, destaque-se a colaboração para a elaboração do novo site

institucional da EDIA, com o desenvolvimento da aplicação “Story Map Alqueva” e de

aplicações de apoio ao agricultor. Estas aplicações permitem saber se determinado terreno é

beneficiado pelo empreendimento e obter dados técnicos das infraestruturas.

Ao nível tecnológico modernizaram-se as aplicações usadas pelas diversas equipas da Empresa

que utilizam aplicações SIG no suporte às suas atividades. Esta modernização veio permitir o

uso de tecnologia mais moderna que possibilita uma maior produtividade aos utilizadores

através da disponibilização de novas funcionalidades e do desenho de melhores interfaces

gráficas.

No “Modelo de Monitorização e Gestão da Componente Hidroagrícola de Alqueva”

(ALWAYS) foram desenvolvidos os esforços necessários para que este sistema se possa

sincronizar de forma automática com a base de dados geográfica, sem necessidade de

intervenção humana.

Por solicitação da Associação Iberlinx foi levado a cabo um estudo de quatro pontos

alternativos para colocação de um observatório junto ao cercado para o lince Ibérico, a instalar

no PNN.

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57 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Empresas do Grupo

GESTALQUEVA

O período a que se refere o presente Relatório e Contas corresponde fundamentalmente a

questões relacionadas com:

Os Colaboradores;

A alienação do património, especialmente com os 51% do capital da Gescruzeiros.

No que respeita aos dois colaboradores que continuaram em funções em 2013, não foi possível

a sua integração nos quadros de pessoal dos associados da Gestalqueva, pelo que se procedeu ao

respetivo processo de despedimento, por extinção do posto de trabalho, com o pagamento das

respetivas indemnizações. Neste momento estão concluídos os processos de indemnizações.

Em relação ao património, decorreu troca de informação do Ministério das Finanças sobre a

proposta de alienação dos 51% do capital da Gescruzeiros, SA a favor da Nautialqueva, SA.

Foi alienada, por doação, a viatura Volvo 06-32-VP, propriedade da Gestalqueva, SA, a favor

da ATMTGLA.

Em relação à auditoria da IGF, no que respeitou á Gestalqueva, SA, foi dada resposta em fase de

contraditório, assunto que neste momento se considera resolvido.

O Apoio Técnico e Administrativo à Comissão Liquidatária foram garantidos pelos dois

colaboradores em funções, até à extinção do respetivo posto de trabalho. Posteriormente esse

apoio tem sido assegurado pela EDIA e pelas Câmaras Municipais, através da ATMTGLA.

GESCRUZEIROS

A missão da Gescruzeiros é o aproveitamento da atividade marítimo-turística no Grande Lago

do Alqueva, e tem como vocação estratégica o desenvolvimento de passeios marítimo-turísticos.

Para este efeito, foram adquiridas três embarcações. A primeira, denominada “Guadiana Rio”,

foi comprada em 2006/07 e tem uma capacidade de transporte de cento e vinte passageiros. As

outras duas embarcações, “Alcarrache” e “Degebe”, adquiridas à Gestalqueva S.A., com

capacidade para vinte e cinco passageiros cada, destinam-se a passeios de curta duração, em

geral, de cerca de sessenta a noventa minutos.

Até 31 de dezembro de 2013, a Gescruzeiros transportou 15.422 passageiros, menos 3.385

passageiros do que aqueles que transportou, no ano anterior, em igual período.

Importa, no entanto, evidenciar que se trata do pior ano de sempre em termos de número de

passageiros transportados pela Empresa, e o pior ano de sempre em termos de valor absoluto de

vendas.

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58 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Apesar da grande aposta no telemarketing, até ao final da época baixa desse mesmo ano, o que

permitiu a divulgação da empresa em novos mercados, não se mostrou suficiente para que a

Gescruzeiros alcançasse novos clientes. Evidencia-se também o facto de o preço médio por

passageiro ter decrescido em relação ao ano transato, o que explica a redução do valor das

vendas.

As embarcações “Alcarrache” e “Degebe” transportaram neste período (de 01 de janeiro de

2013 a 31 de dezembro de 2013) 2.832 passageiros, contra 554, em 2012, 5.344, em 2011,

5.911, em 2010, e 8.424, em 2009. A embarcação “Guadiana” transportou, no mesmo período,

12.590 passageiros, contra 18.253, em 2012, 29.161, em 2011, 21.039, em 2010, e 24.146, em

2009.

Em termos de objetivos e áreas estratégicas referencie-se que, apesar da conjuntura económica

nacional se ter agravado de forma significativa no último ano, a Gescruzeiros definiu o objetivo

de 30.000 passageiros para 2013, reduzindo-o assim pelo segundo ano consecutivo, mas

mantendo-o elevado, dado que só o regresso ao patamar dos 30.000 passageiros permitirá a

sustentabilidade da Empresa.

A estratégia mantém-se na aposta de estabilização dos seus horários e passeios e nas ações de

angariação de mais passageiros, designadamente, através de telemarketing, da participação em

feiras da especialidade e no novo delegado comercial.

A estabilização dos horários e passeios do barco cruzeiro “Guadiana” permitiu a captação de

grupos para passeios semanais (estratégia que remonta ao ano de 2009), facto que permite uma

otimização dos recursos, em especial em termos de recursos humanos.

Por outro lado, e à semelhança do que ocorreu no ano de 2012, também em 2013 se destaca a

presença, no mês de janeiro, na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) e na Feira Internacional de

Turismo de Madrid (FITUR). No ano de 2013 manteve-se a estratégia delineada nos anos

anteriores para os barcos de cruzeiro “Alcarrache” e “Degebe”. Nesse sentido, as duas

embarcações permaneceram na Amieira Marina para realizar, preferencialmente, passeios de 90

minutos até à barragem e, a pedido de pequenos grupos, até à aldeia da Estrela. Uma vez que o

resultado obtido junto das agências de viagem foi bastante positivo durante o ano de 2011,

manteve-se a aposta neste segmento de mercado, personalizando-se, cada vez mais os contactos

efetuados.

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59 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

ESTRUTURA DE SUPORTE

Recursos Humanos

No decurso de 2013 a EDIA prosseguiu a sua estratégia de promoção e incremento do regadio

de Alqueva, com o objetivo de maximizar o fomento da integração dos proprietários nas

culturas de regadio, de modo a beneficiarem das vantagens competitivas proporcionadas pelo

Projeto Alqueva. Para a concretização dos seus objetivos, a EDIA contou, ao longo do ano, com

o contributo dos seus colaboradores. Atualmente tem 187 colaboradores permanentes,

distribuídos nas várias direções e categorias profissionais. Empresa fortemente ligada ao

Alentejo, a EDIA detém nos seus quadros mais de dois terços de efetivos naturais da região, que

estão divididos pelas áreas técnicas da empresa, tais como, engenharia, economia, gestão,

direito, biologia, ambiente, arqueologia, entre outras. Não obstante a redução do orçamento de

formação para o ano de 2013, a Empresa não deixou de executar um conjunto de ações de

formação para os seus colaboradores, em matérias relevantes para as diferentes áreas e vertentes

que caraterizam a atividade da empresa.

No começo do ano, a EDIA deu início a um processo de revisão dos descritivos funcionais

existentes na Empresa. Este processo integra-se num projeto mais vasto de revisão de diversos

instrumentos de recursos humanos, nomeadamente os relacionados com a Gestão do

Desempenho, com vista à entrada em vigor de um novo modelo no ano de 2014.

Fruto da importância que a EDIA tem no desenvolvimento da região e do muito que pode fazer

foi lançado o Programa EDIA Voluntário. Realce para a 1ª edição do Evento Interno da EDIA

“Partilha de Informação”, o qual tem uma periodicidade quadrimestral e tem como principal

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60 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

objetivo a partilha da informação entre todos os colaboradores relativamente à formação que

cada um frequenta e dos “inputs” que isso pode trazer para a empresa.

No início de 2013, foi assinado um protocolo com o Centro de Paralisia Cerebral de Beja com o

objetivo de acolher um formando do curso de assistente administrativo, por um período de 9

meses. Este protocolo teve como objetivo proporcionar uma formação em contexto real de

trabalho, facilitando a integração na vida ativa através da participação nas diversas atividades

desenvolvidas no departamento, na área funcional em causa e de acordo com as competências

do formando.

Foi também dado apoio aos programas de estágios profissionais e curriculares em curso, com

especial ênfase para o programa de estágios profissionais das aldeias ribeirinhas. Tendo-se

preparado e estruturado a 2.ª fase deste programa de estágios, com vista à implementação dos

Planos de Negócio e arranque das empresas a criar pelos jovens empreendedores.

Com a reorganização de departamentos efetuada no mês de outubro foram introduzidas algumas

alterações no Organograma da Empresa, o que implicou a sua atualização. O novo

Organograma foi aprovado a 18 de outubro de 2013, entrando em vigor nesta data.

Sistemas de Informação

No decurso de 2013, de entre as diversas tarefas desenvolvidas nesta área, destacam-se as

relacionadas com a implementação do portal alqueva.com.pt. A realização do site das

www.voltasdalqueva.pt, que suporta a estratégia da EDIA de valorização do seu património

(PNN, Museu Luz), lançado na BTL de fevereiro deste ano. Procedeu-se ainda à participação na

implementação do site edia.pt, assim como no desenvolvimento do site do CEBAL.

Realcem-se igualmente a reparametrização do software SAP R/3 de forma a refletir as novas

imposições legais ao nível de salários, feriados e retenções, o desenvolvimento do modelo de

gestão de indicadores, e ainda a participação no procedimento de ajuste direto do SISMA

(Sistema de informação de suporte à monitorização ambiental do EFMA).

Destaque-se também, no seguimento do convite endereçado pela empresa TA Cook, a

realização, pela EDIA, de uma apresentação, em novembro, na conferência “SAP Enabled

Enterprise Asset Management Conference”, em Manchester, sobre a sua solução de gestão de

ativos. Este evento contou com a participação de empresas de três continentes distintos na área

das utilities, gás e petróleo. Decorreu igualmente o ajustamento do ERP SAP de forma a

suportar diversas alterações legais (MOE, IVA, duodécimos do subsidio de Natal).

Com o intuito de promover a utilização de documentos digitais assinados eletronicamente e

obter as vantagens daí inerentes, foi difundido pela empresa a utilização de um software gratuito

de assinatura de pdfs, permitindo que ofícios e relatórios de concursos públicos sejam assinados

digitalmente.

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61 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Procedeu-se ainda, ao lançamento de um portal interno que permite ao colaborador a colocação

e consulta dos seus pedidos de intervenção, o acesso a uma base de dados de soluções

desenvolvida internamente e o conhecimento dos equipamentos informáticos que lhe estão

afetos.

Neste período destaque-se a implementação do projeto de comunicações unificadas na EDIA

entre a rede de voz fixa e móvel e a rede de dados móvel, permitindo a realização de uma

poupança estimada em cerca de 20%. No Museu da Luz, realizou-se o upgrade do circuito de

internet e a atualização do software POS para sua gestão.

Desenvolvimento, Promoção e Divulgação

Ao longo de 2013 foram acompanhados os trabalhos e iniciativas em curso da constituição da

Reserva Dark Sky, em Alqueva, sendo de salientar a aprovação de candidatura ao

INALENTEJO para dinamização deste projeto. A 15 de outubro, foi distinguido, pela Comissão

Europeia, o programa “Reserva Dark Sky em Alqueva” como caso de inovação e boas práticas

na área do turismo, segundo o documento “Reforçar a competitividade do turismo na UE – uma

abordagem para o estabelecimento de 20 casos de inovação e de boas práticas”. Realce-se que o

sistema de monitorização colocado em prática com este programa se baseia nos princípios do

novo Sistema Europeu Indicador de Turismo - European Tourism Indicators System: for

Sustainable Management at Destination Level (ETIS) e constitui um exemplo de turismo

dinâmico e inclusivo.

Relativamente à coordenação do Projeto “Aldeias Ribeirinhas de Alqueva” (ARA) foram

efetuadas, ao nível da coordenação do projeto, reuniões periódicas e articuladas interações com

outras instituições da região. Neste âmbito, foi assinado um acordo entre a EDIA e o IPB, que

visa a possibilidade de utilização dos laboratórios desta instituição para testes laboratoriais

associados ao desenvolvimento de novos produtos alimentares. Com o objetivo de envolver as

comunidades locais foram realizadas diversas atividades, promovidos pelos 15 jovens, com

destaque para a Feira das Flores e Sabores que decorreu na aldeia da Luz, para o primeiro

Encontro Náutico de Alqueva das ARA, e o lançamento da primeira edição do concurso de

fotografia que, através do trabalho e envolvimento dos concorrentes, procurou alavancar a

dinamização e promoção do projeto. Realce-se a atribuição do selo +e+i ao Projeto ARA, por

parte do Ministério da Economia, assim como a sua seleção para beneficiar do apoio do

programa “EDP Solidária 2013”, atribuído pela Fundação EDP. O projeto foi um dos 51

projetos selecionados a nível nacional, entre mais de 1.211 candidaturas.

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62 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

É de salientar o acompanhamento prestado ao nível dos projetos em curso abrangidos pelo

“Passaporte ao Empreendedorismo” e “Coopjovem”, nomeadamente no que respeita ao

acompanhamento da elaboração dos respetivos planos de negócio, bem como da construção do

pitch que os jovens abrangidos pelo programa “Passaporte para o Empreendedorismo” tiveram

de construir, para apresentação perante um júri. Desta apresentação, realizada em dezembro de

2013, observou-se que todos os projetos abrangidos por este programa passaram à fase seguinte.

O acompanhamento referenciado contou com a colaboração da empresa de formação CEGOC, à

qual foi adjudicado o trabalho de acompanhamento e construção dos planos de negócio tendo,

para o efeito, sido realizadas várias sessões de trabalho com os jovens. Esta rúbrica está

abrangida e incluída no prémio EDP solidária.

Relativamente ao Centro de Documentação assegurou-se, neste período, a gestão e manutenção

do acervo documental da empresa, bem como apoio a estudantes, investigadores e potenciais

investidores. Deu-se início ao projeto de recuperação e transferência para formato digital da

informação relativa à Empresa e ao projeto, atualmente registada em formato de vídeo VHS, a

fim de a preservar.

Ao longo de 2013, continuou a ser efetuado o acompanhamento, em reportagem, de diversos

órgãos de comunicação social (OCS), na realização de cliping diário aos vários OCS nacionais,

regionais e online, com registo para a publicação de notícias com referência à EDIA e/ou ao

EFMA, e na produção e distribuição de notas de imprensa. Relativamente à componente de

relações públicas prosseguiu ao longo do ano, a receção personalizada, com explicação

multimédia do EFMA e visionamento das infraestruturas, a vários grupos de visitantes de

proveniência nacional e internacional.

Considerando a estratégia prosseguida pela EDIA de promoção do espaço Alqueva e de

divulgação do Empreendimento assinale-se a participação da Empresa em inúmeros certames

nacionais e internacionais, caso da “AcqualiveExpo” (Lisboa), o SISAB (Lisboa), Feira

Nacional da Agricultura (Santarém),“Fruit Logistica” (Berlim – Alemanha),“Fruit Attraction”

(Madrid, Espanha), Ovibeja (Beja) e “Vinipax” (Beja) e a “A importância do financiamento

para o investimento no setor agroalimentar” (auditório da EDIA).

Em termos institucionais, destaque-se, a visita à EDIA e às infraestruturas do EFMA, da Exma.

Sr.ª Ministra da Agricultura e do Mar, do Sr. Ministro da Agricultura Finlandês, do Sr. Ministro

da Agricultura e Pesca Marítima de Marrocos, da Sr.ª Embaixadora de Marrocos em Portugal,

do Sr. Secretário de Estado da Agricultura, do Sr. Secretário Executivo das Nações Unidas

responsável pelo combate à desertificação, acompanhado pelo Sr. Secretário de Estado das

Florestas e do Desenvolvimento Rural, do Vice Ministro Chinês e respetiva delegação, de uma

comitiva de jornalistas à Infraestruturas de Alqueva aquando da inauguração da Central de

Alqueva II (dia 23 de janeiro).

No que respeita a realizações em destaque ocorridas no decurso de 2013, evidencie-se as

inaugurações da Estação Elevatória de Pedrógão - Margem Direita e blocos de rega de Pedrógão

e Selmes, com presença da Exma. Sr.ª Ministra da Agricultura e do Mar (17 de abril); e

Perímetro de Ervidel, com a presença do Ministro da Agricultura e Pesca Marítima de

Marrocos, da Sr.ª Embaixadora de Marrocos em Portugal, e do Sr. Secretário de Estado da

Agricultura (05 de Junho).

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63 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Esteve em destaque, igualmente, a “Potenciação de Alqueva enquanto Marca Territorial:

Imagem e Estratégia”, cuja apresentação teve lugar a 22 de maio, no âmbito da Estratégia e

Suportes de Comunicação para a Promoção do Potencial Agrícola de Alqueva. Neste particular,

referencie-se igualmente a organização da sessão pública de apresentação da Marca Alqueva aos

colaboradores da EDIA e às forças vivas da região. A nova assinatura é agora bilingue: em

português “ALQUEVA, UMA NOVA TERRA DE ÁGUA” e, em inglês, “ALQUEVA, A

FRESH NEW LAND”. É neste contexto que surge o novo site www.alqueva.com.pt, online a

partir de 17 de junho. A realização do Seminário Internacional “Investir no Potencial Agrícola

do Alqueva”, em parceria com o BES, AICEP e jornal Expresso, evento realizado dia 24 de

maio no hotel Tivoli, em Lisboa, e que contou com cerca de 350 convidados, nacionais e

estrangeiros. Esta realização implicou ainda uma ação específica para jornalistas estrangeiros

(23 de maio), e outra ação dirigida a potenciais investidores estrangeiros (25 de maio). Foi ainda

produzido o filme “Marca Alqueva”, lançado no supra citado seminário.

No âmbito da efetivação do projeto “Estratégia de Comunicação para a região de Alqueva,

2014/2015”, base de trabalho para o protocolo assinado com o Núcleo Empresarial da Região de

Beja, NERBE/AEBAL, procedeu-se no final de 2013, ao lançamento de três procedimentos de

concurso relacionados com a promoção do EFMA. É de referir o apoio ao BES para a produção

do filme/resumo do Seminário Internacional “Investir no Alqueva” e igualmente, o apoio à

equipa de reportagem da SIC Noticias para a realização da reportagem “sucesso.pt”.

Em 2013 esteve, também, a 12.ª edição da exposição “Arte numa Perspetiva Diferente” (dia 20

novembro), inaugurada pela Exma. Sr.ª Ministra da Agricultura e do Mar, na sede da EDIA.

Mencione-se igualmente o empréstimo da exposição “Alqueva em cartoons” ao Centro de

Ciência Viva de Sintra e o apoio à realização da exposição do II Concurso de Fotografia da

EDIA subordinado ao tema “Água, Sustentabilidade e Alterações Climáticas”.

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64 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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65 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO

Investimento do Empreendimento

O total de investimento realizado em 2013, não incluindo as capitalizações de encargos de

estrutura e financeiros, atingiu m€ 51.501,01, o que eleva o total de investimento no EFMA,

desde 1995 até ao final do ano em análise, para m€ 2.017.407,64. Face ao ano de 2012 a

percentagem de execução foi inferior em cerca de 12,38%. A redução dos níveis de

investimento no Empreendimento, comparativamente com os anos mais recentes, deve-se à

necessidade de proceder à sua revisão, às dificuldades económicas e de financiamento sentidas

não só em Portugal, mas também em toda a União Europeia, como consequência da atual

recessão económica, e que tiveram impacto na capacidade de execução por parte dos

fornecedores da EDIA. Simultaneamente, e face ao ponto de situação das empreitadas ainda não

lançadas e aos prazos técnicos para a sua execução física, procedeu-se à reprogramação das

atividades retornando o ano 2015, como meta para a conclusão de construção do

Empreendimento. As necessidades de financiamento terão de ser ajustadas em conformidade.

Em 2013, a maior concentração do investimento verificou-se nas redes primária e secundária de

rega, com valores na ordem m€ 22.847,02 e m€ 26.396,95, respetivamente. O sistema global de

abastecimento de água representa, no essencial, no ano em análise, o esforço mais significativo

do investimento realizado.

Nos programas “Barragem e Central de Pedrógão” e “Estação Elevatória Alqueva – Álamos”

registaram-se um investimento residual.

Até 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Barragem de Alqueva 606.310,00 2.063,54 2.736,08 1.959,15 -11.380,12 2.181,30 603.869,96

Central Hidrolétrcia de Alqueva 130.817,32 52,30 75,00 130.944,62

Barragem e Central de Pedrógão 85.754,17 1.922,04 98,86 3,10 4,74 0,82 87.783,72

Estação Elevatória Alqueva-Álamos 42.614,34 589,12 320,39 2,54 0,34 43.526,74

Rede Primária 286.002,27 112.180,63 64.657,90 49.058,77 31.215,14 22.847,02 565.961,74

Rede Secundária de Rega 266.623,97 139.266,17 59.482,36 43.602,84 38.204,23 26.396,95 573.576,51

Desenvolvimento Regional 13.268,57 511,10 214,46 -2.985,16 660,83 74,57 11.744,36

TOTAL 1.431.390,64 256.584,90 127.510,05 91.641,24 58.779,82 51.501,01 2.017.407,64

Investimento realizado "por Programa" até ao final de 2013

Unidade: Milhares de Euros

PROGRAMAS TotalAnos

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66 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Na avaliação “por Sistemas” verificou-se que os investimentos globais incidiram nas

infraestruturas do sistema primário, seguidos, com uma diferença significativa, das

infraestruturas secundárias. Em 2013, o investimento incidiu sobretudo nas infraestruturas

secundárias.

Na análise “por Projetos” verificou-se a continuidade de incidência no projeto do “sistema

global de abastecimento de água”, que corresponde às redes primária e secundária de rega.

Investimento em 2013

Barragem de Alqueva

Central Hidrolétrcia de

Alqueva

Barragem e Central de

Pedrógão

Estação Elevatória

Alqueva-Álamos

Rede Primária

Rede Secundária de Rega

Até 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Infraestruturas do Sistema Primário 1.147.234,66 116.807,30 67.813,05 50.847,22 19.914,76 25.029,49 1.427.646,48

Infraestruturas Secundárias 266.623,99 139.266,15 59.482,36 43.602,84 38.204,23 26.396,95 573.576,51

Promoção e Desenvolvimento Regional 17.532,00 511,44 214,64 -2.808,82 660,83 74,57 16.184,65

TOTAL 1.431.390,64 256.584,90 127.510,05 91.641,23 58.779,82 51.501,01 2.017.407,64

Investimento realizado "por Sistema" até ao final de 2013

Unidade: Milhares de Euros

SISTEMAS Total

Anos

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67 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Financiamento do Empreendimento

Em 2013, em linha com os anos anteriores, verificou-se que a estrutura do financiamento obtido

assentou em duas origens: o financiamento comunitário e os empréstimos de curto prazo. Os

valores recebidos de financiamento comunitário incidiram sobretudo nos projetos financiados

pelo POVT e pelo PRODER. Os valores dos empréstimos de curto prazo, dentro do limite de

acréscimo de endividamento de 4%, foram necessários para dar cumprimento aos compromissos

que decorrem da política de financiamento adotada pelo Acionista.

Realça-se ainda para a significativa redução dos montantes recebidos, essencialmente, no

financiamento comunitário. Esta redução está relacionada com o nível dos investimentos em

2013, ano que fica marcado pela conclusão, logo no inicio do ano, de algumas obras que se

encontravam em curso no final de 2012 e pelo deslize no início da construção de novas obras,

do primeiro terço do ano para o segundo semestre, não tendo sido possível recuperar os atrasos

verificados.

Até 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Escalão Hidroelétrico de Alqueva 628.544,57 1.959,69 2.641,88 1.817,88 -11.341,16 2.152,66 625.775,52

Escalão Hidroelétrico de Pedrógão 82.323,20 1.881,26 93,06 3,10 4,74 0,82 84.306,17

Sistema Global de Abastecimento de Água 594.395,78 251.507,07 124.350,61 92.598,45 69.399,37 49.214,49 1.181.465,76

Ambiente e Património 104.781,43 196,93 100,01 3,43 36,05 28,64 105.146,47

Promoção e Desenvolvimento Regional 17.532,00 511,44 214,64 -2.808,82 660,83 74,57 16.184,65

Ações de Apoio 3.813,66 528,51 109,86 27,20 20,00 29,83 4.529,06

TOTAL 1.431.390,65 256.584,90 127.510,05 91.641,23 58.779,82 51.501,01 2.017.407,64

PROJETOS Total

Investimento realizado "por Projeto" até ao final de 2013

Unidade: Milhares de Euros

Anos

Até 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Capital Social 291.508 95.760

Fundos Comunitários 511.018 142.194 111.790 65.328 104.648 21.186

PIDDAC 48.044 43.602 20.305 11.288 13.654 768

Empréstimos de Médio/Longo Prazo 577.748 -37.851 56.498 -37.852 -6.685 -6.685

Obrigacionista 449.680 -31.167 63.183 -31.167

BEI 128.068 -6.685 -6.685 -6.685 -6.685 -6.685

Empréstimos a Curto Prazo 45.000 -15.000 62.685 39.614 34.205

1.473.318 243.705 173.593 101.449 151.231 49.474

Anos

Unidade: Milhares de Euros

Financiamento do Empreendimento

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68 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

-10.000

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0

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20.000

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35.000

40.000

Capital Social Fundos

Comunitários

PIDDAC Empréstimos

de M/L Prazo

Empréstimos a

Curto Prazo

Financiamento em 2013

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69 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

PERSPETIVAS PARA O ANO DE 2014

O Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA) tem vindo a afirmar-se como o

principal projeto estruturante do Alentejo, região beneficiária de um conjunto de infraestruturas

que potenciam o seu desenvolvimento de forma integrada, sustentada e multissetorial. Quando

Alqueva foi projetado considerou-se que a sua principal mais-valia deveria ser a reserva

estratégica de água. De facto, a dimensão da albufeira criada pela barragem de Alqueva supera

qualquer albufeira na Europa e permitiu criar um reservatório com 4.150 milhões de metros

cúbicos de água. Esta enorme reserva de água está ligada a todas as principais albufeiras

espalhadas pelo território, criando as condições para o abastecimento e reforço de todas elas,

garantindo a distribuição de água nos períodos mais críticos e assegurando que, mesmo em

períodos de seca que se podem prolongar por 3 anos consecutivos, a água não falte.

Perspetivando-se a conclusão da sua primeira fase, cerca de 120 mil hectares de área regada, no

final do ano de 2015, a estratégia definida pretende dar a conhecer o potencial de

desenvolvimento da região, sobretudo nas vertentes agrícola e agroindustrial, tirando partido de

uma disponibilidade hidráulica única em Portugal.

A complexidade e funcionalidades de Alqueva aconselham a ter uma visão abrangente da sua

missão e objetivos, os quais se podem agrupar em duas grandes vertentes. Por um lado, permitir

mudar o paradigma do Alentejo, transformando-o na principal região de agricultura de regadio

em Portugal e, por outro, desenvolver económica e socialmente uma região deprimida do país.

A região de Alqueva tem o maior potencial agrícola de Portugal. O espaço, a qualidade da terra

e o clima garantem as condições para que o aproveitamento deste benefício se repercuta no

estabelecimento de uma agricultura rentável, baseada no uso sustentado dos recursos naturais da

região.

Como projeto estruturante e potenciador de um novo ordenamento do território, a diversificação

de atividades é aliás um dos seus propósitos fundamentais. Alqueva, mais do que um projeto

hidráulico é também um exemplo de aproveitamento sustentável e otimizado de recursos

hídricos numa região deficitária, com ameaças de desertificação física e humana, e com graves

carências ao nível do abastecimento público.

Responder a estes desafios implica um esforço mobilizador da EDIA tendo como principais

alvos o agricultor, mas também investidores internos e externos de novas culturas, da agro-

indústria, da comercialização e até mesmo de outras alternativas inovadoras de financiamento e

investimento. Pretende-se assim abranger toda a cadeia de valor potenciada por Alqueva.

É este o principal elemento diferenciador, e como tal, o argumento central definido para a

estratégia em curso. De destacar igualmente a consolidação da estratégia da Empresa no

domínio da Sustentabilidade, designadamente com a elaboração interna do Relatório de

Sustentabilidade para o período 2012-2013 e a realização de uma conferência para sua

apresentação, no final do ano.

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70 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Por esta razão, a estratégia de comunicação da EDIA estará fundamentalmente suportada na

sustentabilidade e no agricultor, como elemento de desenvolvimento integrado do território,

quer ao nível do mercado interno como externo, designadamente na Europa. Este objetivo surge

reforçado não apenas pelo novo posicionamento estratégico da EDIA que se assume como

empresa promotora do desenvolvimento económico regional através do uso eficiente da água

nos seus diferentes fins, mas também pela existência da marca territorial “Alqueva – Uma nova

Terra de Água”. A EDIA e „Alqueva‟ funcionam como dois pilares estruturantes de um

território marcado pela disponibilidade de água, sol e potencial agrícola, concebido e gerido

numa lógica de sustentabilidade.

Para a concretização destes objetivos e a maximização do impacto do projeto depende

naturalmente da capacidade de evoluir na construção do sistema global de abastecimento de

água. Neste âmbito, destaque-se para o final de 2014, o início da construção da ligação Roxo-

Sado, que inclui as ligações do Roxo a Ermidas e de Ermidas a Morgavel, que permitirá o

reforço do abastecimento ao Pólo de Sines.

Em paralelo, no próximo ano, está previso avançar com diversas empreitadas das redes primária

e secundária, de acordo com o quadro seguinte:

Rede Primária Início Conclusão

Subsistema Alqueva

Canal Roxo-Sado 4.º trim/2014 4.º trim/2015

4.º Troço da Ligação a Vale de Gaio 4.º trim/2014 4.º trim/2015

Tamisação no Circuito Penedrão - Roxo 4.º trim/2014 4.º trim/2015

Subsistema Ardila

Cicuito Hidráulico de Caliços-Pias 3.º trim/2013 4.º trim/2014

Cicuito Hidráulico de Caliços-Machados 2.º trim/2014 4.º trim/2015

Subsistema de Pedrógão

Círcuito Hidráulico de Baleizão-Quintos 3.º trim/2013 3.º trim/2014

Círcuito Hidráulico de São Matias 2.º trim/2014 4.º trim/2015

Rede Secundária de Rega Início Conclusão

Subsistema Alqueva

Bloco de Rega de Beringel-Álamo (Blocos de Rega de Beringel - Beja) 2.º trim/2014 3.º trim/2015

Bloco de Rega de Beja (Blocos de Rega de Beringel - Beja) 2.º trim/2014 4.º trim/2015

Blocos de Rega do Roxo-Sado 4.º trim/2014 4.º trim/2015

2.ª Fase da E.E. do Loureiro-Alvito 3.º trim/2014 1.º trim/2015

Blocos de Rega de Barras, Torrão e Baronia Baixo (Blocos de Rega de Vale de Gaio) 3.º trim/2014 3.º trim/2015

Blocos de Rega da Baronia Alto, Alvito Baixo e Alvito Alto (Blocos de Rega de Vale de Gaio) 3.º trim/2014 4.º trim/2015

Subsistema Ardila

Blocos de Rega de Caliços-Machados 2.º trim/2014 4.º trim/2015

Blocos de Rega de Pias 2.º trim/2014 4.º trim/2015

Blocos de Rega de Moura Gravítico 3.º trim/2014 4.º trim/2015

2.ª Fase da E.E. da Laje 4.º trim/2014 4.º trim/2015

Subsistema de Pedrógão

Blocos de Rega 1, 2 e 3 Baleizão-Quintos 3.º trim/2013 4.º trim/2014

Blocos 1 e 2 de São Matias 3.º trim/2014 4.º trim/2015

Blocos 3 e 4 de São Matias 2.º trim/2014 4.º trim/2015

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71 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Em termos de estudos e projetos, está previsto o lançamento de concursos respeitantes a áreas

de benefício para finalização do EFMA, designadamente do bloco de rega de Moura (pressão),

que beneficiará os prédios do emparcelamento dos Coutos de Moura, e das áreas limítrofes de

Reguengos de Monsaraz e Póvoa – Amareleja.

Decorrerá igualmente a manutenção e exploração das redes primária e secundária de rega do

Empreendimento, garantindo o melhor serviço aos nossos clientes, com particular destaque para

os agricultores.

Em termos de gestão e exploração de recursos naturais, prevê-se a manutenção da sinalização de

segurança instalada no sistema Alqueva-Pedrógão e nas restantes albufeiras do EFMA, em

exploração e sob gestão da EDIA. Em 2014 será também assegurada a verificação subaquática

da estrutura de sinalização de segurança da barragem de Alqueva, e a manutenção e

acompanhamento da barreira flutuante para contenção de plantas aquáticas, instalada a montante

da albufeira de Alqueva, no âmbito da gestão do plano de água.

Prosseguirá o apoio aos requerentes na instrução dos pedidos de licença/concessão de captação

de águas superficiais, análise de processos e concomitante emissão de títulos. A Equipa de

Fiscalização e Vigilância (EFV) seguirá as suas atividades de vigilância e fiscalização

relacionadas com o processo de licenciamento de captações de água.

Serão igualmente levadas a cabo ações de manutenção e beneficiação dos povoamentos

instalados, e de arborização de novas áreas, assim como a remoção e abate de árvores mortas

que se encontrem na faixa expropriada e em terrenos sobrantes, com o objetivo de evitar

possíveis focos de poluição e/ou incêndio. Terá continuidade, por outro lado, o arrendamento

dos terrenos da EDIA identificados para esse fim, de forma a proceder à sua rentabilização.

No que respeita às estações automáticas, serão asseguradas as operações de manutenção da

EDIA e do equipamento instalado nas estações do ex-INAG, e a substituição de parte do

equipamento associado a estas estações, de modo a garantir funcionamento do sistema de alerta

e vigilância da EDIA relativo à qualidade água.

Quanto às estações convencionais terá continuidade o programa de monitorização relativo à

avaliação do estado/potencial químico e ecológico das albufeiras da rede primária do EFMA e

das principais linhas de água associadas a estas infraestruturas. Será ainda revisto o „Programa

de Monitorização dos Potenciais Impactes da Transferência de água Guadiana Sado sobre a

Ictiofauna”.

Na rede secundária de rega prosseguirá a monitorização do estado das águas de superfície

associado aos blocos de rega já em exploração e será desenvolvido um programa de

monitorização global que assegure a integração dos vários programas de recursos hídricos

superficiais previstos para os diferentes blocos de rega do EFMA.

Em termos de fauna, flora e vegetação referencie-se, entre outras atividades, a elaboração de um

programa global de monitorização da avifauna na rede secundária de rega para a fase de

exploração, que assegure a integração dos diferentes programas de monitorização da avifauna

implementados no EFMA pela EDIA.

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72 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

No domínio dos solos e agro-sistemas continuará a monitorização do descritor solo para os

blocos de rega já em fase de exploração e será desenvolvido um programa global de

monitorização dos solos para os blocos de rega do EFMA.

Simultaneamente, terá lugar o acompanhamento ambiental e arqueológico das empreitadas e

prosseguir-se-ão as ações de levantamento e salvamento do património histórico-cultural

contemplando as medidas de minimização de impactes que se desenvolvem antes e durante a

realização das obras. Tendo em consideração a gestão ambiental de empreitadas já concluídas,

ou em fase de conclusão, está previsto, em simultâneo, o desenvolvimento de vários estudos e

projetos de forma a dar cumprimento às medidas consagradas nas Declaração de Impacte

Ambiental (DIA‟s) de projetos com processo de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA)

finalizado.

Durante o próximo ano, terá seguimento o trabalho de análise dos custos de água para rega, a

sua tarificação e impacte na rentabilidade das culturas. O programa SISAP será reformulado,

gerando maior valor aos nossos cliente atuais e potenciais, e o „Modelo técnico-económico para

a monitorização e gestão da componente hidroagrícola de Alqueva‟ será operacionalizado,

alargando a sua aplicação aos novos perímetros de rega que já se encontram em funcionamento.

Está igualmente prevista a implementação do portal do regante, o que virá possibilitar uma

gestão mais eficaz dos perímetros de rega e a disponibilização de informação ao agricultor, via

web.

Proceder-se-á à atualização dos inquéritos de 2012/2013 e às áreas regadas nos perímetros de

rega em exploração em 2014. Esta ação de promoção do contacto com potenciais novos

regantes e beneficiários é fundamental para potenciar o fomento e a adesão ao regadio. Especial

preocupação com a dinamização do regadio de pequena propriedade e das Academias de

Alqueva.

No próximo ano pretende-se ainda levar a cabo a identificação de culturas e variedades com

potencialidade agrícola em Alqueva e sua rentabilidade económica, através da realização de um

estudo em parceria com o Ministério da Agricultura e do Mar (MAM).

Continuará também a ser assegurado o trabalho de suporte à captação e fixação de investimento

agrícola e agroindustrial na região, assim como à identificação de terrenos e equipamentos

públicos e privados existentes na zona de influência de Alqueva, com potencial de instalação de

negócios decorrentes do Projeto.

O Museu da Luz prosseguirá, por outro lado, a sua ação através da realização de um leque

variado de atividades, no âmbito das quais se referenciam as iniciativas expositivas e

interpretativas, as ações de divulgação e publicações, os programas educativos para diversos

públicos-alvo, a dinamização junto da comunidade e concelhos da zona de influência de

Alqueva e o estabelecimento de parcerias com diversas instituições. Destaque-se, igualmente, a

promoção das suas atividades através do seu website oficial e da plataforma facebook, o

programa de residências artísticas e investigação, inaugurado em 2013, e a implementação da

manutenção, usos e ocupações de todos os espaços, instalações e equipamentos do Museu.

No Parque de Natureza de Noudar prevê-se a realização de alguns investimentos associados à

estratégia de evolução da exploração pecuária e à diversificação da oferta turística,

nomeadamente, na área do turismo de natureza, necessários nesta fase do projeto. A sua

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73 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

concretização permitirá dotar o projeto de uma maior rentabilidade e diversificar a oferta,

possibilitando uma maior eficiência na implementação das várias atividades.

O Centro de Cartografia continuará a dar resposta às necessidades de produção de informação

geográfica, de acordo com as necessidades da Empresa, e prosseguirá a monitorização das

barragens do EFMA e o projeto de cadastro predial SiNERrGIC. Prevê-se ainda a manutenção

dos contatos com a Direção Geral do Território no sentido de elaborar o cadastro predial da

região Alentejo. Em termos de sistemas de informação geográfica, e tendo como pano de fundo

a entrada em exploração de diversas infraestruturas, prosseguirá o trabalho de suporte e

desenvolvimento de instrumentos de apoio, na componente SIG, às diversas áreas operacionais

da Empresa.

Referencie-se, por outro lado, a dinamização e abertura à sociedade civil do Centro de

Documentação da EDIA. No âmbito das novas oportunidades geradas por Alqueva está

programado o lançamento de um concurso de ideias que premeiem o empreendedorismo e a

inovação, com a atribuição de prémios por parte da EDIA junto de instituições de Ensino

Superior do Alentejo.

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74 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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75 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

INFORMAÇÕES EXIGIDAS POR DIPLOMAS

LEGAIS

Em 2013, o conselho de administração realizou 42 reuniões, de onde resultaram, como mais

relevantes, as seguintes deliberações:

Janeiro de 2013

Foi autorizada a realização da despesa estimada com a execução dos trabalhos

arqueológicos no sítio Monte dos Cotéis 3 (E.E. dos Caliços);

Foi autorizado o lançamento do concurso público para a gestão e fiscalização da

empreitada de construção da rede viária do bloco de Aljustrel;

Foram adjudicados os serviços de monitorização dos recursos hídricos na área dos

blocos de rega de Cinco Reis e Trindade, fase de construção;

Foram adjudicados os serviços de monitorização dos recursos hídricos na área dos

circuitos hidráulicos de Amoreira-Caliços e Caliços-Pias, fase de construção;

Foram aprovadas medidas para redução dos consumos associados aos serviços de

digitalização, cópia, impressão e fax da Empresa;

Foi aprovada a renovação do contrato de manutenção da firewall checkpoint;

Foram adjudicados os serviços de revisão do projeto de execução do circuito hidráulico

de S. Matias e respetivo bloco de rega;

Foi aprovada a reestruturação do site do Museu da Luz;

Foram aprovados os serviços de manutenção do Museu da Luz e dos seus núcleos;

Foi aprovado o tarifário de água para rega para a Campanha de 2013;

Foi aprovada a participação da EDIA no evento “Fruit Logística”;

Foi aprovada a validação de fichas de avaliação por peritos da lista oficial do Tribunal

da Relação, bem como os respetivos encargos associados;

Foi adjudicada a empreitada de construção das linhas de média tensão de alimentação às

infraestruturas do Adutor de Pedrógão – Margem Direita e respetivos postos de

transformação;

Foram aprovadas as „Orientações para análise de requerimentos para alterações da rede

de rega‟;

Foi aprovada a implementação da solução para o aproveitamento de Serpa Norte,

Orada, Cuba - Oeste e Vidigueira (1.ª fase da compensação de energia reativa).

Fevereiro de 2013

Foi aprovada a formalização de cooperação com a Universidade do Algarve na área de

geomática;

Foi aprovada a realização do colóquio e da ação a desenvolver com as escolas, no

âmbito da proposta de divulgação do património cultural do EFMA;

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76 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Foi adjudicada a prestação de serviços para a manutenção dos sistemas de telegestão via

rádio instalados na rede secundária de rega do bloco de Orada-Amoreira;

Foi aprovada a adjudicação da prestação de serviços para gestão e fiscalização da

empreitada de construção das infraestruturas de rega e de drenagem do bloco de

Pedrógão 3;

Foram aprovadas as precauções gerais relativas à manutenção das redes de rega do

EFMA;

Foi aprovada a plantação de povoamento florestal na herdade das Piteiras;

Foi adjudicada a monitorização dos recursos hídricos superficiais e de qualidade

ecológica na área dos blocos de rega em fase de exploração;

Foram aprovados os trabalhos de preparação da margem na zona de colocação da

barreira de contenção de plantas aquáticas invasora;

Foram aprovados os editais para a campanha de 2013;

Foram aprovados os trabalhos preparatórios da exposição “Perfil Barca do Xerez de

Baixo”;

Foi aprovada a realização da despesa com a reformulação e aplicação de software das

E.E.´s de Serpa, Brinches Norte e Brinches Sul;

Foi aprovada a programação do Museu da Luz para 2013;

Foi aprovado o programa de residência na aldeia do Museu da Luz;

Foi aprovada a prestação de serviços para inspeção de instalações contendo

equipamentos sob pressão (Reservatórios de Ar Comprimido – RAC‟s) na E.E.

Brinches e mini-hídrica de Serpa;

Foi aprovada a participação na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL);

Foi aprovada a participação da EDIA na Feira Nacional de Agricultura (Santarém);

Foi aprovada a participação no Salão Internacional do Setor Alimentar e Bebidas

(SISAB);

Foi aprovada a participação na ACQUALIVEEXPO;

Foi aprovado o procedimento de aquisição de publicações em 2013;

Foi aprovada a adesão do PNN ao operador turístico PT TRIP;

Foi aprovado procedimento para aquisição de publicações no Centro de Documentação

da EDIA;

Foi adjudicada a prestação de serviços para avaliação da eficácia do dispositivo de

passagem para peixes da barragem de Pedrógão.

Março de 2013

Foi adjudicada a monitorização de avifauna na área do sistema Alqueva-Pedrógão;

Foi aprovada a contratação do serviço para montagem do stand promocional da EDIA;

Foi aprovada a elaboração do projeto de execução da telegestão com comunicação por

cabo nos blocos de rega de Beringel-Beja;

Foi aprovada a participação da EDIA na OVIBEJA;

Foi adjudicada a elaboração do Plano de Gestão das Ilhas e Penínsulas de Alqueva;

Foi adjudicada a impressão do Relatório de Sustentabilidade;

Foi aprovada a participação da EDIA na AQUALIVEEXPO;

Foi aprovado o Plano de Investimentos Plurianual do EFMA (período 1995 – 2015);

Foi aprovada a solicitação de fornecimento de água através da rede primária – albufeira

de Cinco Reis;

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77 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Foi aprovada a adjudicação dos trabalhos de minimização de impactes sobre o

património cultural decorrentes da execução do C.H. de São. Pedro-Baleizão e bloco de

rega – fase de obra;

Foram aprovados os termos do protocolo, celebrado com a DRACALEN, para

publicação das monografias dos trabalhos arqueológicos efetuados no regolfo da

barragem de Alqueva: Coleção Memórias D‟Odiana – 2.ª fase;

Foi aprovada a revisão do Manual de Procedimentos;

Foi aprovada a ação de divulgação do Museu da Luz: “Um lago, duas aldeias, um

museu” – Edição II – Páscoa 2013.

Abril de 2013

Foi adjudicada a empreitada para fornecimento das instalações e equipamentos

mecânicos de AVAC do Museu da Luz;

Foi aprovada a comparticipação no transporte, no âmbito de visitas de escolas do

Programa de apoio ao transporte_PNN_IBL;

Foi aprovada a constituição da equipa de projeto da EDIA que integrará a Associação

IBERLINX;

Foi aprovado o Regulamento de Assiduidade da EDIA;

Foi adjudicada a prestação de serviços com vista à potenciação de Alqueva enquanto

“Marca Territorial”, imagem e estratégia;

Foi adjudicada a proposta para admissão de serviços SAP em regime de bolsa de horas;

Foi adjudicada a empreitada de construção do circuito hidráulico de Amoreira-Caliços

do EFMA (Concurso Público N.º 19/2012);

Foi adjudicada a empreitada de construção do circuito hidráulico de Caliços-Pias do

EFMA (Concurso Público N.º 20/2012);

Foi adjudicada a empreitada de construção do circuito hidráulico de Baleizão-Quintos

do EFMA (Concurso Público N.º 27/2012);

Foi adjudicada a empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de

drenagem dos blocos 4 e 5 de Baleizão-Quintos de Baleizão – Quintos do EFMA

(Concurso Público N.º 24/2012);

Foi adjudicada a empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de

drenagem dos blocos 1, 2 e 3 de Baleizão – Quintos do EFMA (Concurso Público N.º

23/2012);

Foi adjudicada a empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de

drenagem do bloco de rega de Cinco Reis – Trindade do EFMA (Concurso Público N.º

18/2012);

Foi adjudicada a empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de

drenagem do bloco de rega de São Pedro – Baleizão do EFMA (Concurso Público N.º

17/2012);

Foi aprovado o Relatório e Contas da EDIA e do Grupo – Exercício de 2012;

Foi aprovado o Relatório de Atividades do 4.º Trimestre de 2012;

Foi adjudicada a conceção e impressão da folha informativa INFOALQUEVA;

Foi adjudicada a empreitada de construção do circuito hidráulico de São Pedro-Baleizão

do EFMA (Concurso Público N.º 25/2012);

Foi adjudicada a prestação de serviços para gestão e fiscalização da empreitada de

construção das infraestruturas de rega, viárias e de drenagem dos blocos de regas 1, 2 e

3 de Baleizão – Quintos (Concurso Público N.º 33/2012);

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78 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Foi adjudicada a prestação de serviços para gestão e fiscalização da empreitada de

construção das infraestruturas de rega, viárias e de drenagem do bloco de rega de Cinco

Reis - Trindade (Concurso Público N.º 35/2012);

Foi adjudicada a prestação de serviços para gestão e fiscalização da empreitada de

construção das infraestruturas de rega, viárias e de drenagem dos blocos 4 e 5 de

Baleizão – Quintos (Concurso Público N.º 34/2012);

Foi adjudicada a prestação de serviços para gestão e fiscalização da empreitada de

construção das infraestruturas de rega, viárias e de drenagem do bloco de rega de São

Pedro - Baleizão (Concurso Público N.º 32/2012);

Foi adjudicada a minimização de impactes sobre o património cultural dos blocos de

rega de Cinco Reis – Trindade – fase de obra;

Foi adjudicada a prestação de serviços para gestão e fiscalização da empreitada de

construção da rede viária do bloco de rega de Aljustrel (Concurso Público N.º 01/2013).

Maio de 2013

Foi adjudicada a empreitada de construção da rede viária do bloco de rega de Aljustrel

(Concurso Público N.º 16/2012);

Foi aprovada a adjudicação da prestação de serviços de gestão e fiscalização da

empreitada de construção das infraestruturas de rega e de drenagem do bloco de rega de

Pedrógão 3;

Foram adjudicados os trabalhos de minimização de impactes sobre o património

cultural decorrentes da execução dos circuitos hidráulicos de Amoreira – Caliços e de

Caliços – Pias – fase de obra;

Foi adjudicada a empreitada para a execução da rede de telegestão do adutor de

Pedrógão – Margem Direita e interligação aos subsistemas Alqueva e Ardila do EFMA;

Foram adjudicados os serviços de manutenção dos ascensores da barragem de Alqueva,

da estação elevatória dos Álamos e da estação elevatória de Pedrógão (Concurso

Público);

Foram aprovados os trabalhos adicionais referentes ao “Modelo de Monitorização da

Componente Hidroagrícola de Alqueva”;

Foi adjudicada a gestão e monitorização de espécies invasoras na área de influência do

EFMA;

Foi adjudicada a remodelação do Centro de Informação de Alqueva (CIAL);

Foi aprovada a contratação de vigilantes, no âmbito da vigilância de incêndios – 2013

no PNN;

Foi aprovada a adenda ao contrato do projeto SiNErGIC – Sistema Nacional de

Exploração e Gestão de Informação Cadastral;

Foi adjudicada a gestão e fiscalização da empreitada de construção das infraestruturas

de rega e de drenagem do bloco de rega de Pedrógão 3.

Junho de 2013

Foram adjudicados os trabalhos de reparação da barreira de contenção de plantas

invasoras a montante da albufeira de Alqueva;

Foram adjudicados os trabalhos de minimização de impactes sobre o património

cultural do circuito hidráulico de Baleizão – Quintos e respetivo bloco de rega – fase de

obra (Concurso Público n.º 26/2012);

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79 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Foi aprovada a realização do II Concurso de Fotografia – Água, Sustentabilidade e

Alterações Climáticas.

Julho de 2013

Foi aprovada a contratação de monitores para os campos de férias do PNN;

Foi adjudicada a reparação da marina de Alqueva;

Foi aprovada a renovação do protocolo com Myfarm.com;

Foi aprovado o Relatório de Atividades do 1.º Trimestre de 2013;

Foi aprovada a participação da EDIA na VINIPAX;

Foi adjudicada a produção do site Alqueva.com.pt.

Foram aprovados os termos do protocolo a celebrar com a Myfarm.com, realçando-se a

articulação com a Academia de Hortícolas;

Foi autorizado o lançamento de concurso público para a elaboração e implementação do

Portal do Regante de Alqueva;

Foi autorizado o lançamento de concurso público para a minimização de impactes sobre

o património cultural dos blocos de rega de Beringel – Beja – fase prévia à obra;

Foi autorizado o lançamento de concurso público para a minimização de impactes sobre

o património cultural do circuito hidráulico de São Matias - fase prévia à obra;

Foi autorizado o lançamento de concurso público para a contratação de peritos

avaliadores;

Foi adjudicado o fornecimento de serviços de sinalização de segurança da barragem de

Cinco Reis;

Foi adjudicada a prestação de serviços de auditoria energética à estação elevatória dos

Álamos.

Agosto de 2013

Foram adjudicados os trabalhos especializados de manutenção dos equipamentos nas

infraestruturas do subsistema Alqueva do EFMA (Concurso Público N;º 05/2013);

Foram adjudicados os trabalhos especializados de manutenção dos equipamentos nas

infraestruturas do subsistema Ardila do EFMA (Concurso Público N;º 06/2013);

Foi autorizado o lançamento de concurso público para a empreitada de construção das

infraestruturas de rega, viárias e de drenagem dos blocos de rega 1 e 2 de São Matias;

Foi adjudicada a prestação de serviços de comunicações fixas e móveis (Concurso

Público N;º 08/2013);

Foi aprovada a realização da despesa com a remodelação do Centro de Interpretação de

Alqueva (CIAL);

Foi adjudicado o fornecimento e montagem de sistemas de compensação de energia

reativa no edifício – sede da EDIA e na estação elevatória dos Álamos;

Foi adjudicada a elaboração do projeto de execução do sistema de telegestão com

comunicação por cabo para o bloco de rega de Beja;

Foi adjudicada a elaboração do projeto de execução do sistema de telegestão com

comunicação por cabo para os blocos de rega de Caliços – Machados;

Foi adjudicada a elaboração do projeto de execução do sistema de telegestão com

comunicação por cabo para os blocos de rega de Pias;

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80 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Foi adjudicada a elaboração do projeto de execução do sistema de telegestão com

comunicação por cabo para os blocos de rega 3 e 4 do bloco de São Matias;

Foi adjudicada a elaboração do projeto de execução do sistema de telegestão com

comunicação por cabo para os blocos de rega 1 e 2 do bloco de São Matias.

Foi autorizado o lançamento de concurso público para a empreitada de construção das

infraestruturas de rega, viárias e de drenagem dos blocos de rega de Beja;

Foi autorizado o lançamento de concurso público para a empreitada de construção do

circuito hidráulico de Caliços – Machados;

Foi autorizado o lançamento de concurso público para a empreitada de construção das

infraestruturas de rega, viárias e de drenagem dos blocos 3 e 4 de São Matias;

Foi aprovado o Relatório e Contas Consolidadas a 30 de junho de 2013;

Foi autorizado o lançamento de concurso público para a empreitada de construção das

infraestruturas de rega, viárias e de drenagem do bloco de rega de Caliços – Machados;

Foi ratificada a decisão de aprovação e assinatura do protocolo com o NERBE relativo

ao Plano de Promoção do Alqueva;

Foi aprovada a Agenda de Sustentabilidade da EDIA para o período 2013-2015;

Foi autorizado o lançamento de concurso público para a minimização de impactes sobre

o património cultural do circuito hidráulico de São Matias e blocos de rega - fase de

obra;

Foram adjudicados os trabalhos arqueológicos de minimização de impactes no sítio

Monte dos Cotéis 3 (Moura, Beja) – estação elevatória dos Caliços (Concurso Público

02/2013);

Foram adjudicados os trabalhos arqueológicos de minimização de impactes no circuito

hidráulico de Baleizão – Quintos e respetivos blocos de rega – fase prévia à obra (2.ª

fase) (Concurso Público 07/2013);

Foi autorizado o lançamento de concurso público para a minimização de impactes sobre

o património cultural dos blocos de rega de Beringel - Beja – fase de obra;

Foi autorizado o lançamento de concurso público para a minimização de impactes sobre

o património cultural dos blocos de rega de Vale de Gaio – fase prévia à obra;

Foi autorizado o lançamento de concurso público para a minimização de impactes sobre

o património cultural do circuito hidráulico de Caliços – Machados e respetivos blocos

de rega – fase prévia à obra.

Setembro de 2013

Foi adjudicada a revisão do projeto de execução do bloco de rega de Moura Gravítico;

Foi adjudicada a elaboração do projeto de execução da telegestão com comunicação por

cabo para o bloco de rega de Moura Gravítico;

Foi adjudicada a revisão do projeto de execução do bloco de rega de Beringel – Beja;

Foi autorizado o lançamento de concurso público para a empreitada de construção das

infraestruturas de rega, viárias e de drenagem do bloco de rega de Pias;

Foi aprovada a aquisição de prémios para o II Concurso de Fotografia “Água,

Sustentabilidade e Alterações Climáticas”;

Foi adjudicado o fornecimento de energia elétrica às infraestruturas do EFMA;

Foram aprovados os Relatórios de Atividades do 1.º Semestre e do 2.º Trimestre de

2013;

Foi autorizado o lançamento de concurso público para a prestação de serviços de gestão

e fiscalização da empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de

drenagem do bloco de rega de Beja;

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81 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Foi autorizado o lançamento de concurso público para a prestação de serviços de gestão

e fiscalização da empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de

drenagem dos blocos de rega 1 e 2 de São Matias;

Foi autorizado o lançamento de concurso público para a prestação de serviços de gestão

e fiscalização da empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de

drenagem dos blocos de Beringel e Álamo;

Foram aprovados os termos da participação conjunta com a Portugal Fresh no evento

Fruit Attraction;

Foi aprovada a revisão do manual de procedimentos da EDIA;

Foi autorizado o lançamento de concurso público para a empreitada de construção das

infraestruturas de rega, viárias e de drenagem dos blocos de rega de Moura Gravítico;

Foi autorizado o lançamento de concurso público para a empreitada de construção das

infraestruturas de rega, viárias e de drenagem dos blocos de Barras, Torrão e Baronia de

Baixo;

Foi adjudicada a revisão do projeto de execução do bloco de rega de Vale de Gaio e

estação elevatória da Baronia;

Foi autorizado o lançamento de concurso público para a prestação de serviços de gestão

e fiscalização da empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de

drenagem dos blocos de rega 3 e 4 de São Matias;

Foi autorizado o lançamento de concurso público para minimização de impactes sobre o

património cultural dos blocos de rega de pias – fase de obra;

Foi autorizado o lançamento de concurso público para minimização de impactes sobre o

património cultural do circuito hidráulico de Caliços – Machados e blocos de rega –

fase de obra;

Foi a adjudicação da execução dos procedimentos para operacionalizar o site da EDIA.

Outubro de 2013

Foi autorizado o lançamento de concurso público para a prestação de serviços de gestão

e fiscalização da empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de

drenagem do bloco de rega de Pias;

Foi autorizado o lançamento de concurso público para a prestação de serviços de gestão

e fiscalização da empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de

drenagem dos blocos de rega de Caliços – Machados;

Foi adjudicada a revisão do projeto de execução do circuito hidráulico de Caliços –

Machados e respetivo bloco de rega;

Foi adjudicada a instalação de vedação para gado na Umbria das Boticas – PNN;

Foi adjudicada a construção de marouços e parque de coelhos - PNN;

Foi adjudicada a elaboração do programa global para a “Monitorização dos Recursos

Hídricos Subterrâneos do EFMA”;

Foi aprovada a revisão do projeto de execução do bloco de rega de Pias;

Foi aprovado o novo organograma da EDIA;

Foi autorizado o lançamento de concurso público para a minimização de impactes sobre

o património cultural do circuito hidráulico de São Pedro – Baleizão e respetivo bloco

de rega – fase de obra – 2.ª fase;

Foi adjudicada a contratação de bolsa de peritos avaliadores para prestação de serviços

de validação de avaliações no âmbito do processo de aquisição ou oneração de imóveis

necessários à implementação Do EFMA (Concurso Publico n.º 16/2013);

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82 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Foi adjudicada a prestação de serviços de produção de material para a divulgação de

200 exemplares do Relatório e Contas da EDIA e do Grupo – Exercício de 2012;

Foi aprovada uma proposta de parceria com o Instituto Politécnico de Beja -

Desenvolvimento Social;

Foi aprovada a revisão do projeto de execução do bloco de rega de Moura Gravítico;

Foi adjudicada a “Piquetagem dos limites de expropriação e indemnização do circuito

hidráulico de São Matias”;

Foi aprovada a adjudicação do fornecimento de equipamentos a instalar na Orada –

Amoreira, Ferreira, Figueirinha e Valbom e Pisão;

Foi adjudicada a empreitada de execução de alterações no sistema de telegestão de

Ferreira.

Novembro de 2013

Foi aprovada a participação na Feira do Montado (Portel);

Foi autorizado o lançamento do concurso público para a prestação de serviços de gestão

e fiscalização da empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de

drenagem dos blocos de Barras, Torrão e Baronia Baixo;

Foi aprovada a realização da exposição e inauguração da exposição “Arte Numa

Perspetiva Diferente” – 12.ª edição;

Foram adjudicados os serviços para a conceção e desenvolvimento do sistema de

informação de suporte à monitorização ambiental do EFMA;

Foram adjudicados os serviços de criação de “Modelo virtual 3D do dispositivo de

passagem de peixes da barragem de Pedrógão”;

Foi autorizado o lançamento do concurso público para a prestação de serviços de gestão

e fiscalização da empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de

drenagem do bloco de Moura Gravítico;

Foi adjudicada a prestação de serviços para execução do Projeto de Execução para a

instalação dos grupos 3 e 4 da estação elevatória dos Álamos;

Foi adjudicado o relatório final de auditoria aos sistemas de gestão de riscos, de

informação e de controlo interno;

Foi aprovada a realização de brochura relativa ao Projeto ARA;

Foi adjudicada a correção do fator de potência EE 1 e EE 4; EE Orada e EE Serpa

Norte;

Foram adjudicados os trabalhos de reparação e placares de sinalização de segurança no

bloco de rega do Monto Novo;

Foi aprovado o Relatório de Atividades do 3.º Trimestre de 2013;

Foi autorizado o lançamento do concurso público da empreitada de construção das

infraestruturas de rega e viárias dos blocos de Baronia e Alvito Altos e Alvito Baixo;

Foram adjudicados os trabalhos arqueológicos de minimização de impactes do circuito

hidráulico de Caliços – Machados e blocos de rega - fase prévia à obra;

Foram adjudicados os trabalhos arqueológicos de minimização de impactes do circuito

hidráulico de São Matias – fase prévia à obra;

Foram adjudicados os trabalhos arqueológicos de minimização de impactes nos blocos

de rega de Beringel – Beja – fase prévia à obra;

Foram adjudicados os trabalhos de reabilitação de linhas de água no subsistema de rega

do Ardila do EFMA;

Foi aprovado a intervenção de qualificação e integração paisagística da piscina/tanque

lúdico do Parque de Natureza de Noudar;

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83 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Foi autorizado o lançamento do concurso público para a minimização de impactes sobre

o património cultural no circuito hidráulico de Baleizão – Quintos e blocos de rega –

fase de obra – 2.ª fase.

Dezembro de 2013

Foi autorizado o lançamento da empreitada de construção faz infraestruturas de rega,

viárias e de drenagem do bloco Roxo-Sado;

Foram adjudicados os trabalhos arqueológicos de minimização de impactes nos blocos

de rega de Vale de Gaio – fase prévia à obra;

Procedeu-se à aprovação de princípio à candidatura referente à Call Water 1Horizon

2020 – NAIAD RESERVADO;

Foi adjudicada a prestação de serviços de alojamento de servidores virtuais em modelo

de cloud computing;

Foi adjudicada a prestação de serviços referente à “Monitorização da linaria ricardoi na

rede secundária de rega”;

Foi aprovada a colocação de marcos de propriedade para delimitar a área expropriada

no adutor Pisão-Beja.

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84 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Poderes de Autoridade

Pelo Decreto-Lei N.º 42/2007, de 22 de fevereiro, foram atribuídos à EDIA os seguintes poderes

de autoridade:

Os poderes para, nos termos da lei, nomeadamente, do código das expropriações, agir

como entidade expropriante dos bens imóveis e direitos a eles inerentes a expropriarem

que sejam necessários à prossecução do seu escopo social;

O direito de utilizar e administrar os bens do domínio público do estado que estejam ou

venham a estar afetos ao exercício da sua atividade;

Os poderes e prerrogativas do estado quanto à proteção, desocupação, demolição e

defesa administrativa da posse dos terrenos e instalações que lhe sejam afetos e das

obras por si executadas ou contratadas, podendo ainda, nos termos da lei, ocupar

temporariamente os terrenos particulares de que necessite para estaleiros, depósito de

materiais, alojamento de pessoal operário e instalação de escritórios, sem prejuízo do

direito a indemnização a que houver lugar.

Ao abrigo do disposto no Decreto-Lei N.º 313/2007, de 17 de setembro, que aprovou as bases

da concessão outorgada por contrato entre o Estado e a EDIA em 17 de outubro de 2007, a

EDIA detêm, enquanto concessionária da gestão, exploração e utilização privativa do domínio

público hídrico afeto ao EFMA, os poderes de administração do referido domínio público

hídrico no âmbito da sua atividade, as competências para atribuição dos títulos respeitantes à

captação de água para rega e para produção de energia elétrica e ainda os poderes de

fiscalização da sua utilização por terceiros, bem como a competência para a instauração, a

instrução e o sancionamento dos processos de contraordenação nesse âmbito.

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85 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

ANÁLISE FINANCEIRA

Demonstrações Financeiras Individuais

Conta de Resultados

Nesta análise considera-se apenas os gastos e rendimentos não capitalizados, isto é, foram

retirados os gastos e rendimentos relativos a trabalhos para a própria empresa, bem como ao

investimento da rede secundária, que se anula por meio da variação de produção (investimento

realizado nas obras integrantes da rede secundária de rega do EFMA que são propriedade do

Estado à exceção da Infraestrutura 12 e do perímetro de rega da aldeia da Luz).

Milhares de Euros

2013 2012

Gastos Não Capitalizados 40.875 27.704

Custo Mercadorias Vendidas/Matérias Consumidas 15 11

Fornecimentos e Serviços Externos 7.953 8.064

Gastos com o Pessoal 2.861 2.344

Gastos de Depreciação e de Amortização 5.561 5.829

Imparidades 7.713 132

Provisões Exercicio 1.444 195

Outros Gastos e Perdas 2.244 1.321

Gastos e Perdas de Financiamento 10.148 10.586

Imposto sobre o Rendimento 2.936 -778

Ganhos Não Capitalizados 23.512 36.263

Vendas 90 219

Prestações de Serviços 17.523 14.588

Variações nos Inventários de Produção 0 0

Trabalhos para a Própria Entidade 0 0

Subsídios à Exploração 512 40

Reversões 0 16.443

Outros Rendimentos e Ganhos 5.355 4.948

Juros e Rendimentos Similares 32 26

Resultado Líquido Exercício -17.363 8.559

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86 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

O exercício económico de 2013 apresentou um Resultado Líquido negativo de M€ 17,36, com

uma variação de M€ -25,92 face ao resultado de 2012.

No caso particular dos rendimentos verificou-se um decréscimo na ordem dos M€ 12,75, o que

corresponde a menos de 35,16% que no ano anterior. Para essa diferença contribuem as

reversões de imparidades das contas de 2012, no montante de M€ 16,4, bem como os resultados

de vendas e prestações de serviços, que apresentam uma variação positiva de M€ 2,80,

justificada essencialmente pelo aumento da faturação de água.

As diferenças na rubrica gastos não capitalizáveis que, no conjunto, tiveram um acréscimo de

M€ 13,17, mais 47,54% relativamente ao ano anterior, incidem sobretudo nas seguintes

rubricas:

Gastos com o pessoal apresentam uma variação positiva de M€0,52 relativamente ao

ano de 2012, justificado sobretudo pela reposição em 2013, das remunerações ao

pessoal referentes aos 13.º e 14.º meses;

Ao contrário de 2012, em que se reconheceu uma reversão de imparidades, em 2013

contabilizou-se uma imparidade relativa ao negócio água no montante de M€7,47;

Provisões, reconheceu-se um montante de M€1,44 relativamente a grandes reparações e

substituições para dar cumprimento à IFRIC 12 e a processos em litígio;

Os outros gastos e perdas registaram um acréscimo de M€0,92, explicado

essencialmente pelo reconhecimento de M€1,25 que diz respeito a uma atualização de

valor relativamente ao processo litigioso com a Portucel Recicla; e

O decréscimo ocorrido na rubrica gastos e perdas de financiamento justifica-se pela

diminuição dos juros suportados associados aos empréstimos contraídos pela empresa,

dado que a taxa de juro média real foi inferior à taxa de juro média em 2012,

essencialmente em resultado da descida da taxa indexante (euribor).

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87 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Balanço

Em 31 de dezembro de 2013, a EDIA atingiu um ativo líquido de M€ 658.560, verificando-se

um decréscimo de cerca de M€ 329.805, face a 2012.

Este decréscimo resultou, essencialmente, das seguintes variações:

Variação Positiva

No ativo corrente a rubrica outras contas a receber apresenta um aumento em M€ 88,55

decorrente da entrega à DGADR das infraestruturas da rede de rega e drenagem já concluídas,

pelo que os respetivos investimentos (antes evidenciados em “Inventários”) e subsídios

associados (antes evidenciados no passivo) foram transferidos para a conta da DGADR nesta

rubrica de “Outras contas a Receber”.

Milhares de euros

Rubricas 31-Dez-13 31-Dez-12

Ativo Não Corrente

Ativos Fixos Tangíveis 15.661 16.028

Ativos Intangíveis 359.192 364.143

Participações Financeiras 276 281

Ativos por Impostos Diferidos 32.620 35.485

Depósitos Cativos 7.281 8.533

415.030 424.470

Ativo Corrente

Inventários 23.197 423.836

Clientes 4.283 1.744

Adiantamentos a Fornecedores 881 1.059

Estado e Outros Entes Públicos 633 542

Acionistas/Sócios 1 1

Outras Contas a Receber 165.257 76.707

Diferimentos 507 496

Caixa e Depósitos Bancários 48.770 59.510

243.530 563.895

TOTAL 658.560 988.365

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88 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Variação Negativa

• No ativo corrente: na rubrica de inventários cuja diminuição, de cerca de M€ 400,64

reflete a assinatura do contrato de entrega, entre a EDIA e o Estado Português,

representado pela DGADR, em que a Empresa procede à entrega das infraestruturas

integrantes da rede de rega e de drenagem onde o investimento efetuado nesta

infraestrutura (acrescido dos custos capitalizados) registado na rubrica de “Inventários”,

na subconta de “Produtos e Trabalhos em Curso” foi transferido para “Produtos

Acabados e Intermédios” e posteriormente registado na rubrica de “Outras Contas a

Receber”, em nome da entidade Estado (DGADR), que assume em relação aos bens

descritos, todos os inerentes direitos e obrigações estabelecidos na legislação em vigor.

A variação negativa no montante de M€ 10,74 na rubrica de caixa e depósitos bancários

justifica-se pelo pagamento do investimento a fornecedores.

O capital próprio apresentou uma variação negativa na ordem dos M€ 15,26 decorrente do

resultado líquido de 2013, assim como do reconhecimento de subsídios de investimento na

rubrica outras variações no capital próprio.

Milhares de Euros

CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO 2013 2012

CAPITAL PRÓPRIO

Capital 387.268 387.268

Outras Reservas 9.203 9.203

Resultados Transitados -823.839 -832.398

Ajustamentos em Ativos Financeiros 413 414

Outras Variações no Capital Próprio 100.524 98.420

Resultado Líquido do Exercício -17.363 8.559

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO -343.794 -328.535

PASSIVO

Passivo Não Corrente

Financiamentos Obtidos 537.477 543.697

Diferimentos 171.747 515.512

Outros Passivos Não Correntes 57.481 62.918

776.705 1.122.127

Passivo Corrente

Financiamentos Obtidos 181.822 147.940

Fornecedores e Outras Contas a Pagar 39.195 20.054

Outros Passivos Correntes 14.632 14.447

235.649 182.440

TOTAL DO PASSIVO 1.012.354 1.316.900TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO

PASSIVO 668.560 988.365

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89 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

O passivo registou as seguintes variações:

Diminuição do Passivo Não Corrente na ordem dos M€ 355,42, essencialmente

justificado:

Pela diminuição dos diferimentos na ordem dos M€ 343,77, justificado

essencialmente pela assinatura dos contratos de entrega e de concessão relativo à

gestão, exploração, manutenção e conservação das infraestruturas da rede

secundária do empreendimento de fins múltiplos de Alqueva (EFMA), com a

consequente transferência dos subsídios associados às infraestruturas da rede

secundária já concluídas, no montante de € 341,85, para a conta da DGADR, na

rubrica de Outras Contas a Receber.

No Passivo Corrente, verificou-se um aumento de M€ 40,88, resultante essencialmente

das rubricas de:

Financiamentos Obtidos: pela contratação de novos empréstimos de curto prazo em

cerca de M€ 34,2;

Fornecedores e Outras Contas a Pagar apresentam um aumento de M€ 6,81.

Indicadores Financeiros

Volume de Negócios 17.613 14.806

EBITDA 9.210 8.325

EBIT -3.973 18.628

Resultados Financeiros -10.454 -10.847

Resultados Líquidos -17.363 8.559

Meios Libertos Líquidos 705 -2.065

Investimento 31.146 43.263

Indicadores Financeiros 20122013

Milhares de Euros

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90 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

No final do ano de 2013, a EDIA apresenta um resultado líquido negativo de cerca de M€ 17,36

enquanto no mesmo período de 2012 o resultado foi de M€ 8,56, este facto deve-se

essencialmente:

O acréscimo do EBITDA em 10,64% justifica-se essencialmente pelos resultados das

vendas e prestações de serviços decorrentes do aumento da faturação de água.

A rubrica Perdas/reversões de Imparidade de Investimentos Depreciáveis/Amortizáveis

apresenta uma variação negativa de cerca M€ 23,82 em resultado do reconhecimento de

imparidade no montante de M€ 7,47 verificada em 2013 em contraste com a reversão de

imparidade de M€ 16,35 em 2012, traduzindo-se assim num EBIT negativo M€ 3,97

para 2013. No período homólogo, o mesmo indicador apresentava um valor positivo de

M€18,63.

Os Resultados financeiros negativos justificam-se essencialmente pelos encargos

financeiros suportados pela EDIA.

Os Meios Libertos Líquidos, por sua vez, apresentaram um aumento de M€ 2,77, justificado

essencialmente pelo aumento das receitas referentes devido ao acréscimo da faturação.

A EDIA apresenta um investimento M€ 31,15 com variação negativa de M€ 12,12 face ao ano

2012, devido aos atrasos verificados na execução das empreitadas em curso. Estes atrasos

decorrem fundamentalmente das dificuldades dos diversos adjudicatários em cumprir com os

planos de trabalho inicialmente definidos, e dos desvios na adjudicação de novas obras,

resultantes de um acréscimo processual nos novos procedimentos de contratação.

Demonstrações Financeiras Consolidadas

Breve Descrição do Balanço e Indicadores Financeiros

Ativo

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91 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Em 31 de dezembro de 2013, verificou-se uma diminuição, face ao final de 2012, dos Ativos

não correntes em cerca de M€ 6,91, justificado essencialmente pelas amortizações e

depreciações do exercício e, dentro destas, nas referentes aos bens afetos ao negócio energia.

Por outro lado, pelo reconhecimento da atualização do montante relativo ao processo em litígio

com a Portucel Recicla na rubrica de depósitos cativos.

Relativamente aos ativos correntes a sua redução no mesmo período é justificada,

essencialmente: (i) na rubrica inventários (M€ -400,64) e outras contas a receber (M€ 88,83),

decorrente da assinatura do contrato de entrega das infraestruturas de rega e drenagem já

concluídas, entre a EDIA e o Estado Português, representado pela DGADR ; e (ii) na rubrica

Caixa e depósitos bancários (M€ -10,73) pelo pagamento do investimento a fornecedores.

Milhares de euros

Rubricas 31-Dez-13 31-Dez-12

Ativo Não Corrente

Ativos Fixos Tangíveis 15.917 16.618

Ativos Intangíveis 359.072 364.023

Participações Financeiras 276 276

Depósitos Cativos 7.281 8.534

382.546 389.451

Ativo Corrente

Inventários 23.198 423.839

Clientes 4.304 1.746

Adiantamentos a Fornecedores 1.088 1.058

Estado e Outros Entes Públicos 684 591

Outras Contas a Receber 165.633 76.804

Diferimentos 510 500

Caixa e Depósitos Bancários 48.726 59.460

244.142 563.998

TOTAL 626.688 953.449

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92 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Passivo e Capital Próprio

Durante 2013, verificou-se uma variação negativa dos capitais próprios (M€ 14,87), justificada

essencialmente pelo resultado líquido do exercício.

Neste período, verificou-se uma diminuição dos passivos em cerca de M€ 311,89 (-22,03%),

justificados, essencialmente por uma diminuição dos passivos não correntes em cerca de

M€ 353,43, nomeadamente pela diminuição dos diferimentos na ordem dos M€ 344,52, fruto da

assinatura dos contratos de entrega e de concessão relativo à gestão, exploração, manutenção e

conservação das infraestruturas da rede secundária do empreendimento de fins múltiplos de

Alqueva (EFMA).

No Passivo Corrente, verificou-se um aumento de M€ 41,54, resultante essencialmente das

rubricas de:

Financiamentos Obtidos: pela contratação de novos empréstimos de curto prazo (M€

34,2).

Fornecedores e Outras Contas a Pagar apresentam um aumento de M€ 7,24.

Milhares de euros

Total do Capital Próprio do Grupo -476.984 -462.446

Interesses Minoritários -318 17

Total do Capital Próprio -477.302 -462.430

Passivo Não Corrente

Empréstimos Obtidos 537.477 543.919

Diferimentos 303.096 647.620

Outros 24.972 27.434

865.545 1.218.973

Passivo Corrente

Empréstimos Obtidos 182.097 147.981

Fornecedores e Outras Contas a Pagar 39.884 32.646

Outros 16.464 16.279

238.445 196.906

Total do Passivo 1.103.990 1.415.879

Total do Capital Próprio e do Passivo 626.688 953.449

Rubricas 31-Dez-1231-Dez-13

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93 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Indicadores Financeiros

No final do ano de 2013 o grupo EDIA apresenta um resultado líquido negativo de cerca de

M€ 14,92, face ao resultado de 2012 que foi positivo em M€ 7,55. A variação registada deve-se

essencialmente:

O acréscimo do EBITDA em 9,19% justifica-se essencialmente pelos resultados das

vendas e prestações de serviços decorrentes do aumento da faturação de água.

A rubrica Perdas/reversões de Imparidade de Investimentos Depreciáveis/Amortizáveis

apresenta uma variação negativa de cerca M€ 24,03 em resultado do reconhecimento de

imparidade no montante de M€ 7,72 verificada em 2013 em contraste com a reversão de

imparidade de M€ 16,32 em 2012, traduzindo-se assim num EBIT negativo M€ 4,41

para 2013. No período homólogo, o mesmo indicador apresentava um valor positivo de

M€18,5.

Os Resultados financeiros negativos justificam-se essencialmente pelos encargos

financeiros suportados pela EDIA.

Os Meios Libertos Líquidos, por sua vez, apresentaram um aumento de M€ 2,82 justificado

essencialmente pelo aumento das receitas referentes devido ao acréscimo da faturação.

Milhares de euros

Volume de Negócios 17.793 15.121

EBITDA 9.083 8.318

EBIT -4.410 18.495

Resultados Financeiros -10.440 -10.868

Resultados Líquidos -14.923 7.547

Meios Libertos Líquidos 542 -2.279

Indicadores Financeiros 31-Dez-1231-Dez-13

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94 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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95 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE

RESULTADOS

Nos termos previstos na alínea f) do N.º 5 do Artigo 66.º do Código das Sociedades Comerciais,

o Conselho de Administração,

Considerando:

Que no exercício de 2013 foi apurado um Resultado Líquido negativo de € 17.363.194

Propõe:

Que o Resultado Líquido negativo apurado no exercício de 2013 e constante no Balanço a 31 de

dezembro de 2013, no valor de € 17.363.194 seja levado a Resultados Transitados.

Beja, 25 de março de 2014

O Conselho de Administração

Eng.º José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema

(Presidente)

Dr.ª Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo

(Vogal)

Eng.º Jorge Manuel Vazquez Gonzalez

(Vogal)

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96 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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97 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

2. GOVERNO DA SOCIEDADE

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98 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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99 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

OBJETIVOS DE GESTÃO

Para 2013 não existiram orientações e objetivos de gestão aprovados, em conformidade com o

artigo 38.º do DL n.º 133/2013, de 3 de outubro. Apesar da não existência destes objetivos a

EDIA indica, no entanto, os resultados de gestão alcançados durante o exercício de 2013: área

de regadio, perímetros de rega concluídos, adjudicações, concursos lançados e indicadores

financeiros.

Área de Regadio

No quadro seguinte apresentam-se os dados de adesão e consumos dos perímetros de rega sob

gestão da EDIA nos anos de 2010, 2011, 2012 e 2013.

A adesão e os consumos verificados em 2013 registaram um significativo aumento face a 2012.

Estes dados traduzem as dinâmicas de desenvolvimento e promoção do Emprendimento e

espelham o forte contributo do Alqueva para o desenvolvimento verificado na economia

regional e nacional. São motivo de satisfação para todos os intervenientes visto que, mais uma

vez, se prova que o previsto para o Alqueva se está a concretizar no terreno, alcançando-se os

resultados esperados.

Perímetros de rega concluídos

Em 2013 foram concluídos os blocos de rega de Ervidel 2 e 3 (perímetro de Ervidel), os blocos

de Pedrógão 1 e 3 e o bloco de Selmes (perímetro de Pedrógão – margem direita).

(ha) % (ha) % (ha) % (ha) %

Entrada em exploração até 2010 18.754 6.774 36,12 15.016.224 8.901 47,46 23.705.493 10.372 55,31 37.523.993 11.716 62,47 42.512.578

Monte Novo 7.714 3.078 39,90 8.212.824 3.808 49,36 12.977.774 4.769 61,82 20.420.289 5.310 68,84 21.827.070

Alvito - Pisão 8.452 3.081 36,45 6.157.894 4.410 52,18 8.700.842 4.853 57,42 15.121.665 5.562 65,81 17.795.159

Pisão 2.588 615 23,76 645.506 683 26,39 2.026.877 750 28,98 1.982.039 844 32,61 2.890.349

Entrada em exploração em 2011 26.417 7.172 27,15 11.481.334 12.308 46,59 30.682.316 14.464 54,75 41.220.193

Alfundão 4.216 961 22,79 1.235.862 1.503 35,65 3.972.140 1.887 44,76 3.173.823

Ferreira, Figueirinha e Valbom 5.118 765 14,95 1.474.347 1.787 34,92 3.846.783 2.053 40,11 6.557.951

Orada - Amoreira 2.522 857 33,98 2.285.586 2.442 96,83 4.545.827 2.422 96,03 4.897.710

Brinches 5.463 1.640 30,02 1.962.460 2.424 44,37 4.212.673 2.296 42,03 4.677.634

Brinches - Enxoé 4.698 1.992 42,40 3.159.180 2.343 49,87 8.477.543 3.311 70,48 11.816.637

Serpa 4.400 957 21,75 1.363.899 1.809 41,11 5.627.350 2.495 56,70 10.096.438

Entrada em exploração em 2012 3.964 1.636 41,27 3.274.662 2.308 58,22 6.583.745

Loureiro-Alvito 1.050 205 19,52 818.004 406 38,67 2.053.080

Ervidel 1 2.914 1.431 49,11 2.456.658 1.902 65,27 4.530.665

Entrada em exploração em 2013 9.330 2.573 27,58 6.050.482

Ervidel 2 e 3 5.314 1.464 27,55 4.128.525

Pedrógão - Margem Direita 4.016 1.109 27,61 1.921.957

TOTAL 58.465 6.774 11,59 15.016.224 16.073 27,49 35.186.827 24.316 41,59 71.480.971 31.061 53,13 96.366.998

Perímetros de Rega

sob gestão da EDIA

Área Beneficiada

(ha)

Área Inscrita

(ha)Consumos

m3

2010 2011 2012

Área Inscrita

(ha)Consumos

m3

2013

Consumos

m3

Área Inscrita

(ha)Consumos

m3

Área Inscrita

(ha)

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100 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Adjudicações em 2013

Tendo em vista a construção do sistema global de abastecimento de água do EFMA, foram

adjudicados os seguintes concursos respeitantes às empreitadas das redes primária e secundária

do EFMA.

Rede Primária Data Adjudicação

Valor de

Adjudicação

(€)

Subsistema Ardila

Circuito Hidráulico Amoreira - Caliços 2.º Trim/2013 19.730.000,00

Circuito Hidráulico Caliços - Pias 2.º Trim/2013 11.194.670,00

Subsistema Pedrógão

Circuito Hidráulico de S. Pedro - Baleizão 2.º Trim/2013 19.952.550,00

Circuito Hidráulico de Baleizão - Quintos 2.º Trim/2013 17.808.719,79

Rede Secundária Data Adjudicação

Valor de

Adjudicação

(€)

Subsistema Alqueva

Blocos de Rega Cinco Reis - Tridade 2.º Trim/2013 17.497.878,00

Rede Viária do Bloco de Rega de Aljustrel 2.º Trim/2013 1.843.390,40

Subsistema Pedrógão

Blocos de Rega de S. Pedro - Baleizão 2.º Trim/2013 20.391.675,24

Blocos de Rega 1, 2 e 3 de Baleizão - Quintos 2.º Trim/2013 16.887.999,99

Blocos de Rega 4 e 5 de Baleizão - Quintos 2.º Trim/2013 22.498.250,53

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101 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Concursos lançados em 2013

Tendo em vista a construção do sistema global de abastecimento de água do EFMA, foram

lançados os seguintes concursos de empreitadas das redes primária e secundária do EFMA.

Rede Primária

Data de

Lançamento

do

Concurso Público

Preço Base

(€)

Subsistema Ardila

Cicuito Hidráulico de Caliços-Machados 3.º Trim/2013 21.200.000,00

Subsistema de Pedrógão

Círcuito Hidráulico de São Matias 3.º Trim/2013 19.000.000,00

Rede Secundária

Data de

Lançamento

do

Concurso Público

Preço Base

(€)

Subsistema Alqueva

Bloco de Rega Beringel - Álamo 3.º Trim/2013 10.200.000,00

Bloco de Rega de Beja 3.º Trim/2013 25.575.000,00

Blocos de Barras, Torrão e Baronia Baixo 4.º Trim/2013 8.000.000,00

Blocos de Baronia Alto, Alvito Baixo e Alvito Alto 4.º Trim/2013 15.150.000,00

Blocos de Rega do Roxo - Sado 4.º Trim/2013 17.950.000,00

Subsistema Ardila

Blocos de Rega de Caliços - Machados 3.º Trim/2013 16.900.000,00

Blocos de Rega de Pias 3.º Trim/2013 27.800.000,00

Blocos de Rega de Moura Gravítico 4.º Trim/2013 6.950.000,00

Subsistema de Pedrógão

Blocos 1 e 2 de São Matias 3.º Trim/2013 12.950.000,00

Blocos 3 e 4 de São Matias 3.º Trim/2013 23.485.500,00

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102 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Indicadores Financeiros

De acordo com o disposto na resolução de Conselhos de Ministros N.º 70/2008, os indicadores

financeiros que se aplicam à realidade da EDIA constam do quadro seguinte:

Indicadores Financeiros Ano 2013

Eficiência

Custos Operacionais/EBITDA 160,42%

Custos com o Pessoal/EBITDA 67,18%

Taxa de variação dos Custos com o Pessoal 21,29%

Prazo Médio de Pagamentos

Prazo Médio de Pagamentos 79

Evolução (dias) face ao ano anterior (período homólogo) -6

Rentabilidade e Crescimento

EBITDA/Receitas 52,29%

Taxa de crescimento das receitas 18,96%

Remuneração do Capital Investido

Resultado Líquido/Capital investido -4,48%

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103 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

GESTÃO DE RISCO FINANCEIRO

Gestão de risco financeiro, nos termos do Despacho N.º 101/09-SEFT, de 30 de janeiro.

PROCEDIMENTOS ADOPTADOS EM MATÉRIA DE AVALIAÇÃO DE RISCO E

RESPECTIVAS MEDIDAS DE COBERTURA

Diversificação de instrumentos de financiamento, modalidades de taxa de juro disponíveis

e entidades credoras

A EDIA apresenta um investimento realizado acumulado, desde o ano de 1995 até ao final de

2013, de aproximadamente M€ 2.017. O financiamento deste investimento consubstancia-se não

só com capitais próprios e subsídios de investimento (fundos comunitários e PIDDAC), como

também com capitais alheios, através de contratação de empréstimos bancários.

Até à data de 31-12-2013, a estrutura do financiamento é composta por:

Aumentos de capital social no montante de M€ 387,3

Subsídios de Investimento - Fundos Comunitários no montante de M€ 956

Subsídios de Investimento – PIDDAC no montante de M€ 138

Financiamento Bancário no montante de M€ 720,12

Políticas de Gestão do Risco Financeiro

A EDIA, reconhece as diversas áreas de risco financeiro e que podem alterar de forma

significativa o seu valor patrimonial, esses riscos são o risco de taxa de juro e o risco de

liquidez.

Risco de Taxa de Juro

O risco de taxa de juro é normalmente associado às alterações de spreads e a riscos com a

variação de taxa juro. A EDIA nunca subscreveu qualquer cobertura de taxa juro, todo o

financiamento externo está indexado a taxa variável. Na nossa opinião esta politica tem sido

acertada dado que estando o mercado com taxas relativamente baixas, apresenta-se assim, como

uma vantagem face aos maiores encargos decorrentes deste tipo de operação. Estabelecendo

uma análise comparativa dos encargos financeiros ao longo do período de vida de cada

financiamento, conclui-se que a taxa média em 2013 está próxima dos 2,59%, taxa esta,

manifestamente vantajosa face à contratualização deste tipo de instrumentos financeiros,

nomeadamente fixação das taxas de juro.

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104 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Análise de Sensibilidade

A análise de sensibilidade da taxa de juro é baseada nos seguintes pressupostos:

Alterações nas taxas de juro afetam os juros a receber ou a pagar dos instrumentos

financeiros indexados a taxas variáveis;

A análise teve como base os instrumentos financeiros existentes durante o presente

exercício.

Assim tendo em conta os pressupostos, e uma variação das taxas de juros dos instrumentos

financeiros, em 1%, o seu impacto nos Resultados Financeiros, assim como nos Resultados

Líquidos do Exercício seria de (+/-) M€ 7,01 em 2013 e (+/-) M€ 6.8 em 2012.

Risco de Liquidez

Até ao ano de 2010, todas as operações de financiamento externo (capitais alheios) foram alvo

de uma análise cuidada em resultado de uma consulta efetuada à Banca, considerando as

melhores condições de mercado, quer a nível financeiro, quer a nível fiscal, tendo-se sempre

optado por aquela que apresentava a all-in-cost mais favorável para a empresa.

A partir de meados de 2011 surgiu uma nova realidade para a EDIA, com a conjuntura

económico-financeira a nível mundial a degradar-se, o acesso a novos financiamentos tornava-

se cada vez mais dificultado. O downgrade operado ao Estado Português pelas principais

agências internacionais de rating, levou a um aumento do risco de crédito a todas empresas do

SEE, e consequentemente, as margens (spreads) dos financiamentos aumentaram

significativamente.

A partir 2012 de forma a garantir a liquidez necessária para o normal funcionamento da

empresa, quer para assegurar o investimento realizado a ainda para fazer face aos encargos

financeiros, todas as necessidades de financiamento e refinanciamento da EDIA de foram

asseguradas por 5 Bancos (CGD, BES, BCP, BPI e Santander-Totta), fruto de mediação da

Secretaria de Estado do Tesouro e Finanças e da Direção Geral do Tesouro e Finanças e a

respetiva banca.

Com a entrada em vigor do Decreto-Lei 133/2013, no início de Dezembro de 2013, todas as

operações de financiamento da EDIA requerem aprovação da DGTF e parecer do IGCP.

0,00%

1,00%

2,00%

3,00%

4,00%

5,00%

6,00%

2008 2009 2010 2011 2012 2013

Taxa de juro anual - média

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105 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

ADOÇÃO DE POLÍTICA ACTIVA DE REFORÇO DE CAPITAIS PERMANENTES

Consolidação do passivo remunerado através da transformação do passivo, de curto em

médio e longo prazo, em circunstâncias de mercado que resultem favoráveis

Em consequência das condições mais favoráveis do mercado, e sempre que a EDIA não tem

possibilidade de obter financiamento através de aumentos de capital, vê-se obrigada a recorrer a

financiamento de capitais alheios, existindo, nessa altura, a preocupação em consolidar o

passivo remunerado de curto prazo para médio e longo prazo. No entanto, no ano de 2013,

devido à conjuntura económico-financeira que se verificou a nível mundial, com reflexos no

financiamento bancário a nível nacional, a EDIA viu-se forçada a contrair apenas empréstimos

de curto prazo junto da banca nacional, no montante de M€ 34,36 (decorrente das negociações

entre a Secretária de Estado do Tesouro e Finanças e os bancos CGD, BES, BCP, BPI e

Santander-Totta, no âmbito do financiamento das empresas do Sector Empresarial do Estado).

Minimização da prestação de garantias reais e de cláusulas restritivas (covenants)

Considerando que o projeto do EFMA se reveste de grande interesse nacional por representar

uma obra de aproveitamento dos recursos hídricos associados ao rio Guadiana e contribuindo

para a promoção e o desenvolvimento económico e social da região do Alentejo, todo o

financiamento da EDIA tem como premissa a garantia pessoal do Estado e uma identificação

dos recursos financeiros estritamente necessários para fazer face ao investimento em

determinado período, de modo a facilitar a obtenção do crédito às melhores condições de

mercado.

Aquando da contratação das operações de financiamento externo, tanto a EDIA como a DGTF

(esta última enquanto representante do acionista único, o Estado) dedicam especial atenção à

minimização das cláusulas restritivas através da análise das peças documentais.

A partir do ano de 2011, devido à conjuntura económico-financeira, e aos constrangimentos de

financiamento bancário a nível nacional, a EDIA contraiu empréstimos de curto prazo, até ao

final de 2013, junto da banca nacional no montante de M€ 161,5, sem garantia do Estado

Português (decorrente das negociações entre a Secretária de Estado do Tesouro e Finanças e os

bancos CGD, BES, BCP, BPI e Santander-Totta no âmbito do financiamento das empresas do

Sector Empresarial do Estado).

MEDIDAS PROSSEGUIDAS COM VISTA À OPTIMIZAÇÃO DA ESTRUTURA

FINANCEIRA DA EMPRESA

A EDIA tem, desde a sua criação, centrado a sua atividade na execução de um conjunto de

infraestruturas que integram o Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, das quais se

destacam, pela sua envergadura, as barragens de Alqueva e Pedrógão e respetivas centrais

hidroelétricas, o sistema adutor primário e ainda os blocos de rega que compõem os cerca de

120.000 ha projetados para o EFMA.

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106 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Tanto as decisões de investimento como de financiamento da EDIA estão dependentes de

aprovação do Estado, conforme indicado nos pontos seguintes:

Segundo a alínea c) do ponto 1 do Art.º 3 do DL N.º 42/2007, de 22 de fevereiro, é

objeto social da EDIA “A conceção, execução e construção das infraestruturas que

integram a rede secundária afeta ao Empreendimento, em representação do Estado e de

acordo com as instruções que lhe sejam dirigidas pela Ministra da Agricultura e do

Mar”. O financiamento deverá ser assegurado tal como está definido nos termos do

ponto 2, isto é, “Através do Ministério da Agricultura e do Mar, o Estado assegura o

financiamento e demais condições relativas à atuação da EDIA, no que respeita à

prossecução do objeto definido na alínea c) do número anterior, sendo as respetivas

obras da propriedade do Estado”.

Relativamente à rede primária, no ponto 3 define-se que “A construção das redes

primária e secundária de rega integradas no Empreendimento está dependente de prévia

aprovação dos projetos por parte da Ministra da Agricultura e do Mar, o qual deve

acompanhar todo o respetivo processo, nos termos do regime jurídico das obras de

aproveitamento hidroagrícola.” Existe também, para a execução da rede primária, o

requisito da necessidade de prévia aprovação do Acionista Estado.

Quanto à contração de financiamento e garantias, no ponto 1 do Art.º 8 do mesmo

Decreto-Lei, indica-se que “A contração de financiamentos de médio e longo prazos

pela EDIA carece de autorização do Ministério das Finanças.”.

Na programação dos investimentos e financiamentos do EFMA, a EDIA tem como único fim o

cumprimento dos objetivos atribuídos à empresa pelo Acionista, assim como, no que respeita ao

financiamento, são sempre considerados os fundos comunitários disponíveis nos diversos

programas operacionais destinados ao EFMA, complementado com o recurso a dotações de

capital do Acionista.

Os projetos do EFMA estão contemplados nos principais programas de financiamento

comunitário em curso no País, como sejam o POVT e o PRODER. Relativamente aos

investimentos elegíveis, no POVT está previsto o apoio dos projetos da rede primária a uma

taxa de 85% de Fundo de Coesão, enquanto no PRODER prevê-se o financiamento dos projetos

da rede secundária a uma taxa de 100% (85% de FEADER e 15% de PIDDAC).

Indica-se ainda que o financiamento do Acionista visa, sobretudo, assegurar a contrapartida

nacional dos projetos comunitários e dos custos de funcionamento que refletem, principalmente,

os custos financeiros resultantes da política de financiamento do EFMA.

As receitas geradas pelas atividades de exploração da EDIA, nomeadamente, a componente

energia, que tem como origem a renda do contrato de subconcessão da exploração das centrais

hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão, e a componente água, resultante da exploração de

perímetros de rega desde 2009, são aplicadas essencialmente nas despesas de funcionamento e

manutenção das diversas infraestruturas e equipamentos das diversas áreas negócio, assim como

nos gastos de estrutura da EDIA.

Por fim indica-se que o Empreendimento de Alqueva é um projeto de Potencial Interesse

Nacional (PIN), conforme está indicado no ponto 1 do Art.º 9 do Decreto-lei N.º 42/2007, de 22

de fevereiro.”

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107 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

POLÍTICA DE FINANCIAMENTO

Para o período de 2009-2013, a necessidade de financiar as atividades de investimento do

EFMA implicou o recurso a capitais alheios, através da contratação de empréstimos bancários,

com exceção do ano de 2009. A obtenção de recursos financeiros pela via de empréstimos

bancários, empréstimos obrigacionistas, contas correntes caucionadas, entre outros, traduziu-se

num aumento do Total do Passivo Remunerado na ordem dos 21,16%, o que implica um

aumento gradual dos encargos financeiros.

Este aumento resulta da política financeira definida pelo Acionista, assente na contratação de

empréstimos, em detrimento da disponibilização de dotações de capital suficiente para

acompanhar o ritmo dos investimentos. Neste período, foram realizados aumentos de Capital

Social no montante de M€ 95,76, no ano de 2009, para fazer face a um investimento total de

cerca de M€ 586.

O aumento de capital social referido permitiu uma amortização de M€ 93,5 do empréstimo

obrigacionista junto do BNP e do Caixa-BI.

O financiamento bancário está indexado a taxas de juro variáveis, nomeadamente a Euribor,

pelo que a evolução da taxa média de financiamento está diretamente relacionada com a

variação desta taxa. A diminuição acentuada da taxa Euribor permitiu uma significativa redução

da taxa média anual dos financiamentos da EDIA de 2,27% em 2009 para 1,36% em 2010. Por

força da conjuntura internacional que afetou os mercados financeiros, que a EDIA, desde 2011

recorre a empréstimos bancários de curto prazo. No entanto, em 2013, embora as taxas

indexantes apresentem mínimos históricos, os spreads dos financiamentos de curto prazo

apresentam-se muito superiores, relativamente aos empréstimos de longo prazo (entre 4,75% e

8%) o que justifica a taxa média de 2,59%.

De referir o aumento de financiamento bancário no ano de 2013 em cerca de 4%, face ao ano

anterior, cumprindo assim a EDIA, os limites máximos de acréscimo de endividamento para

2013 (4%) de acordo com o Plano de Estabilidade e Crescimento, aprovado pela resolução da

Assembleia da República N.º 29/2010, de 12 de Abril, e explicitado pelo despacho N.º 510/10-

SEFT, de 1 de Junho.

Anos 2009 2010 2011 2012 2013

Encargos Financeiros (€) 13.482.680,00 8.600.636,80 16.976.555,60 20.240.882,60 18.618.530,90

Taxa Média Financiamento (%) 2,27% 1,36% 2,58% 2,93% 2,59%

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108 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

LIMITES MÁXIMOS DE ACRÉSCIMO DE ENDIVIDAMENTO

Limites Máximos de Acréscimo de Endividamento definidos para 2013, no Despacho N.º

155/2011-MEF, de 28 de abril.

Quanto ao limite de variação de endividamento previsto de 4% no PEC, informamos que em

2013 o aumento de endividamento foi de 4%, conforme quadro seguinte:

EVOLUÇÃO DO PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO

Evolução do Prazo Médio de Pagamentos (PMP), em conformidade com a RCM N.º 34/2008,

22 de fevereiro, com as alterações introduzidas pelo Despacho 9870/2009, de 13 de abril,

aprova o Programa “Pagar a Tempo e Horas” que visa reduzir os prazos médios de pagamento

praticados por entidades públicas a fornecedores de bens e serviços. Esta resolução estabelece a

fórmula a usar para o cálculo do Prazo Médio de Pagamento (PMP) registado no final de cada

trimestre, incumbindo à Direção Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) efetuar o apuramento do

mesmo e publicitá-lo na sua página eletrónica na internet.

Apresenta-se, de seguida, o PMP da EDIA, S.A (por trimestre) para os anos de 2012 e 2013

(segundo fórmula da DGTF):

Durante o ano de 2013 conseguiu-se uma redução no Prazo Médio de Pagamento, face aos

prazos apresentados em 2012, traduzindo-se numa redução na ordem de 7,06% comparando o 4º

trimestre de 2013 com o 4º trimestre de 2012.

Passivo Remunerado (€) 2012 2013 Var. absol. Var. %

Passivo não corrente

Financiamentos obtidos 543.697.068,00 537.476.687,50 -6.220.380,50 -1,14%

Passivo corrente

Financiamentos obtidos 147.939.502,00 181.821.747,50 33.882.245,50 22,90%

Total Passivo Remunerado 691.636.570,00 719.298.435,00 27.661.865,00 4,00%

1.º T 2.º T 3.º T 4.º T 1.º T 2.º T 3.º T 4.º T

Prazo 89 84 84 85 82 83 84 79

Var. (%) 4.º T

2013/4.º T 2012

-7,06%

2013 2012PMP

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109 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

ATRASOS NOS PAGAMENTOS (“ARREARS”)

O ponto 2 do artigo 33.º do Decreto-Lei N.º 29-A/2011 de 01 de março obriga as empresas

públicas, com um prazo médio de pagamento superior a 90 dias, a divulgar, trimestralmente a

lista atualizada das suas dívidas certas, líquida e exigíveis há mais de 60 dias.

Nos termos do art.º 183 da Lei N.º 55-A/2010, de 31 de dezembro, compete aos órgãos de

gestão das entidades dos sectores público administrativo e empresarial “assegurar a divulgação,

nas respetivas páginas eletrónicas, da situação no final de cada semestre (…) devendo

identificar, designadamente, os montantes em dívida para cada prazo, agrupados segundo a

natureza de bem ou serviço fornecido”.

As dívidas a reportar referem-se aos fornecimentos dos bens e serviços cujo pagamento esteja

em atraso, conforme a definição do Decreto-Lei N.º 65-A/2011, de 17 de maio: “o não

pagamento de fatura correspondente ao fornecimento dos bens e serviços no artigo seguinte

após o decurso de 90 dias, ou mais, sobre a data convencionada para o pagamento de fatura ou,

na sua ausência, sobre a data constante da mesma”.

Em conformidade com o disposto, apresenta-se, a lista final e identificação dos atrasos de

pagamento da EDIA, S.A, a 31 de dezembro de 2013, segundo fórmula da DGTF:

DILIGÊNCIAS TOMADAS E RESULTADOS OBTIDOS NO ÂMBITO DO

CUMPRIMENTO DAS RECOMENDAÇÕES DO ACIONISTA

Tendo em consideração o alinhamento do Setor Empresarial do Estado (SEE) com a

administração pública, designadamente no que concerne à política de redução de custos e

contenção salarial e relativamente ao cumprimento das recomendações do Acionista, no âmbito

das orientações genéricas emitidas na assembleia geral de 11 de julho de 2013, informa-se que:

O Órgão de Administração da EDIA ficou incumbido de diligenciar “(…) no sentido de

proceder à redução remuneratória relativa ao Auditor Externo, nos termos

estabelecidos no artigo 26.º da Lei n.º 64-B/2011 de 30 de dezembro, no sentido de dar

cumprimento integral ao “Principio da Unidade de Tesouraria do Estado”

estabelecido no artigo 124.º da Lei n.º 66-B/2012 de 31 de dezembro”. Neste âmbito,

clarifique-se que a EDIA celebrou em 2012 um contrato por um período de 3 anos, no

valor total de 90.450,00 €, o que perfaz, anualmente, um montante de 30.150,00 € para

o triénio 2012-2014. Esta renegociação representa uma redução relativa face ao ano de

2011, no valor de 3.350 € (33.500,00 € - remuneração anual auferida).

90-120 dias 120-240 dias 240-360 dias > 360 dias

Aquisição de Bens e Serviços 1.589.057,83 81.717,67 24.398,43 43.081,11 38.988,43

Aquisição de Capital

Total 1.589.057,83 81.717,67 24.398,43 43.081,11 38.988,43

Dívidas vencidas de acordo com Art. 1.º DL 65-A/20110-90 diasDividas Vencidas

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110 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

O representante do Acionista Estado votou favoravelmente a Declaração sobre Política

de Remuneração dos membros dos Órgão de Administração e Fiscalização da EDIA,

datada de 14 de junho de 2013, e apresentada pela Comissão de Fixação de

Remunerações da Empresa, em cumprimento do disposto no artigo 2.º, da Lei N.º

28/2009, de 19 de junho. De acordo com a mencionada Declaração o cumprimento do

preceituado no artigo 2.º da Lei N.º 28/2009, de 19 de junho. De acordo com a

mencionada declaração, a comissão de vencimentos declara que, em cumprimento do

preceituado no artigo 37.º da Lei n.º 66-B/2012 de 31 de dezembro, que aprovou o OE

para 2013, durante a vigência do Programa de Assistência Económica e Financeira a

Portugal (PAEF), não haverá lugar à atribuição de prémios de gestão. Mais declara que

o “pagamento do subsídio de férias será efetuado nos moldes que vieram a ser

definidos no orçamento retificativo e o subsídio de Natal é pago mensalmente por

duodécimos. As remunerações a auferir efetivamente pelos membros do Conselho de

Administração e Órgão de Fiscalização não podem exceder os montantes atribuídos à

data de 01 de março de 2012, data de entrada em vigor da Resolução do Conselho de

Ministros n.º 16/2012.”

Relativamente à política de recursos humanos, e na sequência das orientações transmitidas pela

tutela, a Empresa tem vindo a reduzir o seu número global de colaboradores, optando, quase

sempre, pela redistribuição de tarefas entre os recursos já ao serviço da Empresa, através da

mobilidade interna, sendo o quadro de pessoal da EDIA, em 31 de dezembro de 2013, composto

por 187 colaboradores (no final de janeiro de 2014 irá ser reduzido para 186), sem prejuízo do

desenvolvimento dos trabalhos normais da EDIA. Estas medidas inserem-se num contexto

caracterizado pela particular necessidade de adotar um regime remuneratório que traduza uma

efetiva contenção de custos e moderação salarial, com total transparência no que se refere à

definição das políticas remuneratórias aplicadas, de modo coerente com a estratégia e a natureza

da atividade da Empresa e de forma consistente com uma eficiente gestão dos riscos associados

à sua atividade.

Em 2013 destaque-se ainda, a 18 de outubro, a alteração do organograma da Empresa e a

tomada de posse do novo Presidente do Conselho de Administração da Empresa a 02 de

dezembro.

No que respeita à elaboração das demonstrações e mapas financeiros dos Relatórios de Gestão,

e com objetivo de que as contas da Empresa evidenciem uma imagem atual, completa, objetiva

e apropriada dos seus resultados, posição financeira e situação económico - financeira da EDIA

e do Grupo EDIA, foi dado cumprimento às indicações constantes nas respetivas Certificações

Legais das Contas, elaboradas por Auditor registado na CMVC, tendo-se procedido à

incorporação das orientações nelas constantes, e atendido, designadamente, às recomendações e

ênfases expressas nos referidos documentos, tendo em consideração as orientações definidas

pelo Acionista e a atual fase de desenvolvimento do Empreendimento.

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111 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

REMUNERAÇÕES

Órgãos Sociais

(*) O Estatuto Remuneratório Fixado para os Membros dos Órgãos Sociais foi alterado em

2013, relativamente ao total de remunerações recebidas anualmente, tendo-se mantido no que

respeita ao valor de cada remuneração. No âmbito da aprovação de um conjunto de medidas

adicionais de consolidação orçamental que visam reforçar e acelerar a redução de défice

excessivo e o controlo do crescimento da dívida pública previstos no Programa de Estabilidade

e Crescimento (PEC), a redução dos vencimentos dos gestores públicos e equiparados, prevista

no N.º 1, do Artigo 12.º, da Lei N.º 12-A/2010, de 30 de junho e no Art.º 19.º da Lei 55-A/2010

de 31 de dezembro de 2010, veio estabelecer que a remuneração fixa mensal ilíquida dos

gestores públicos executivos e não executivos, incluindo os pertencentes ao sector público local

e regional, e dos equiparados a gestores públicos, é reduzida, a título excecional, em 5% e 10%,

PresidenteSenha de Presença no valor de 645,77 euros (por reunião de Assembleia Geral,

normalmente uma por ano)

SecretárioSenha de Presença no valor de 387,97 euros (por reunião de Assembleia Geral,

normalmente uma por ano)

Honorários - 40.000,00€

Despesas de deslocação (transporte e alojamento), conforme Art.º59 do Estatutos do ROC.

Honorários Presidente - 20% da remuneração fixa do Presidente do Conselho de

Administração

Honorários Vogais - 15% da remuneração fixa do Presidente do Conselho de

Administração

Remuneração com redução de (5% ) - 5.192,16€

Remuneração com redução de (5% +10% ) - 4.672,94€

Viatura de Serviço (limite de aquisição de 40.000,00€); Motorista; Telemóvel (limite mensal de 95,00€) ;

Seguro de Saúde (311,28€ por ano); Seguro de Acidentes Pessoais (264,00€ por ano)

VOGAIS

Remuneração de 4.675,41€ (14 vezes no corrente ano) (*)

Remuneração com redução de (5% ) - 4.441,64€

Remuneração com redução de (5% +10% ) - 3.997,48€

Viatura de Serviço (limite de aquisição de 40.000,00€); Telemóvel (limite mensal de 95,00€) ;

Seguro de Saúde (311,28€ por ano); Seguro de Acidentes Pessoais (264,00€ por ano)

ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO

Revisor Oficial de Contas

Conselho Fiscal

ESTATUTO REMUNERATÓRIO FIXADO

MESA DA ASSEMBLEIA GERAL

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

(Administradores Executivos)

PRESIDENTE

Remuneração de 5.465,43€ (14 vezes no corrente ano) (*)

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112 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

respetivamente. Posteriormente, e por força do Acórdão nº 187/2013 do Tribunal

Constitucional, que declarou a inconstitucionalidade do artº. 29º - Suspensão do pagamento dos

subsídios de férias ou equivalente - da Lei nº66-B/2012, de 31 de dezembro, foi também reposto

o pagamento dos subsídios de férias. No entanto, e nos termos do previsto no Artigo 28.º da Lei

N.º 66-B/2012 de 31 de dezembro, foi reposto o pagamento do subsídio de Natal, em

duodécimos. Durante a vigência do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF),

como medida excecional de estabilidade orçamental foi suspenso, em 2012, o pagamento de

subsídios de férias e de Natal ou quaisquer prestações correspondentes aos 13.º e 14.º meses,

conforme determinado pelo OE 2012, nos termos do Art.º 21 da Lei 64-B/2011 de 30 de

dezembro.

Mesa da Assembleia Geral

Conselho de Administração

Mandato

(Início - Fim) Bruta(2) Reduções (Lei

OE)

Bruta após

reduções

(2012 - 2014) Presidente Carlos Alberto Martins Portas 645,77 645,77 0 645,77

(2012 - 2014) Secretário José Pedro da Silva Martins - - - -

(2012 - 2014) Secretária Cristina maria Pereir Freire 387,97 387,97 0 387,97

Legenda:

(1) - Valor da Senha de presença fixada

(2) - Antes de reduções remuneratórias

Cargo Nome

Estatuto

Remuneratório

Fixado (€)(1)

Remuneração Anual (€)

Mandato Cargo Nome

(Início - Fim) Doc. (1)

Data

(2012 - 2014) Presidente João Cláudio Cabral de Oliveira Basto AG 08-03-2012

(2012 - 2014) Presidente José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema DSU 02-12-2013

(2012 - 2014) Vogal Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo AG 08-03-2012

(2012 - 2014) Vogal Jorge Manuel Vazquez Gonzalez AG 08-03-2012

Legenda: (1) Indicar Resolução (R)/AG/DUE/Despacho (D)/Deliberação Social Unânime por escrito (DSU)

Designação

Fixado Classificação VencimentoDespesas

Representação

Identificar

EntidadePagadora

[S/N] [A/B/C] [Identifica/n.a.] [O/D]

João Cláudio Cabral de Oliveira Basto S B 5.465 0 - -

José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema S B 5.465 0 - -

Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo S B 4.675 0 - -

Jorge Manuel Vazquez Gonzalez S B 4.675 0 - -

Nota: EGP - Estatuto do Gestor Público; OPRLO - Opção pela Remuneração do Lugar de Origem; O/D: Origem/Destino

OPRLOEGP

Valor (mensal)

Nome

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113 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Variável Fixa** Outra ***Redução Lei

12-A/2010

Redução

(Lei OE)

Redução Anos

Anteriores*

Bruta após

Reduções

João Cláudio Cabral de Oliveira Basto - 70.595 1.487 3.530 5.755 - 61.311

José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema - 5.883 - 294 480 - 5.109

Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo - 56.105 - 2.805 5.330 - 47.970

Jorge Manuel Vazquez Gonzalez - 56.105 - 2.805 5.330 - 47.970

Nota: Redução de anos anteriores: refere a remunerações regularizadas no ano em referencia pertencentes a anos anteriores

* Indicar os motivos subjacentes a este procedimento

** Incluir a remuneração + despesas de representação

*** Valor correspondente a férias não gozadas

Nome

EGP

Identificar Valor Identificar Valor

João Cláudio Cabral de Oliveira Basto 1.718 Seg. Social 15.695 285 - 242 - -

José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema 135 Seg. Social 1.323 26 - 22 - -

Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo 2.186 Seg. Social 13.388 311 - 264 - -

Jorge Manuel Vazquez Gonzalez 2.019 Seg. Social 13.388 311 - 264 - -

Outros

Beneficios Sociais (€)

Nome Sub. RefeiçãoRegime de Proteção Social

Seguro de

Saúde

Seguro de

Vida

Seguro de

Acidentes

Pessoais

Entidade Função Regime BrutaRedução

(Lei OE)

Bruta após

Reduções

João Cláudio Cabral de Oliveira Basto - - - - - -

José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema - - - - - -

Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo - - - - - -

Jorge Manuel Vazquez Gonzalez - - - - - -

Nota: No caso do exercicio de funções ser em regime privado colocar n.a. (não aplicável) nos campos das reduções

Nome

Acumulação de Funções - Valores Anuais (€)

Plafond Mensal

DefinidoValor Anual Observações

João Cláudio Cabral de Oliveira Basto 95 1.141 -

José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema 95 0 -

Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo 95 325 -

Jorge Manuel Vazquez Gonzalez 95 421 -

Nome

Gastos com Comunicações - Móveis (€)

Viatura AtribuidaCelebração do

contrato

Valor de

Referência da

Viatura

Modalidade (1) Ano Início Ano Termo N.º Prestações

Valor da

Renda

Mensal

Valor Anual

João Cláudio Cabral de Oliveira Basto 11-05-2009 33.319 Leasing 2009 2013 48 835 10.017

José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema 11-05-2009 33.319 Leasing 2009 2013 48 835 10.017

Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo 05-03-2007 39.917 Leasing 2007 2011 - - -

Jorge Manuel Vazquez Gonzalez 05-03-2007 39.917 Leasing 2007 2011 - - -

Encargos com Viaturas

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114 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Fiscalização

Conselho Fiscal

Combustivel PortagensOutras

ReparaçõesSeguro

João Cláudio Cabral de Oliveira Basto 7.500 5.453 3.531 2.207 2.452 -

José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema 7.500 438 185 160 223 -

Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo 7.500 4.197 774 2.257 1.389 -

Jorge Manuel Vazquez Gonzalez 7.500 4.354 2.800 2.355 1.389 -

Nome

Plafond

Mensal

definido para

Gastos anuais associados a Viaturas (€)

Observações

Identificar Valor

João Cláudio Cabral de Oliveira Basto - 4.978 2.571 - - 8.121

José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema - 453 - - - 453

Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo - 262 3.195 - - 3.457

Jorge Manuel Vazquez Gonzalez - 4.617 3.699 - - 8.316

Nome Gasto Total

com Viagens

(Σ)

Gastos anuais associados a Deslocações em Serviço

Deslocações

em Serviço

OutrasAjudas de

Custo

Custo com

Alojamento

Mandato

(Início - Fim) Doc. (1) Data

(2012 - 2014) Presidente António Bernardo de Menezes e Lorena de Sèves AG 08-03-2012 1.093

(2012 - 2014) Vogal Orlando José Manuel de Castro Borges AG 08-03-2012 820

(2012 - 2014) Vogal Nelson Manuel Costa dos Santos DSU 27-03-2013 820

(2012 - 2014) Vogal Suplente Cristina Maria Pereira Mascarenhas Vieira Sampaio AG 08-03-2012 -

Legenda: (1) Indicar AG/DUE/Despacho/Deliberação Social Unânime por escrito(DSU)

Cargo Nome

Designação Estatuto

Remuneratório

Fixado

(mensal)

BrutaRedução

(Lei OE)

Bruta após

Redução

António Bernardo de Menezes e Lorena de Sèves 14.538 1.125 13.413

Orlando José Manuel de Castro Borges 10.904 844 10.060

Nelson Manuel Costa dos Santos 8.400 591 7.809

Cristina Maria Pereira Mascarenhas Vieira Sampaio - - -

Nome

Remuneração Anual (€)

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115 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Revisor Oficial de Contas

Nota:

Celebrou-se um contrato em 2012, por um período de 3 anos, no valor total de € 120.000,00, o que perfaz, anualmente, um montante

de € 40.000,00 para o triénio 2012-2014.

Auditor Externo

Nota:

Em 2012 celebrou-se um contrato por um período de 3 anos, no valor total de € 90.450,00, o que perfaz, anualmente, um montante de € 30.150,00 para o triénio 2012-2014.

Restantes Colaboradores

No âmbito dos recursos humanos, a EDIA manteve em 2013, e por força da aplicação do

número 1 do artigo 27.º da Lei 66-B/2012 de 31 de dezembro (LOE 2013), as reduções salariais

estabelecidas pela Lei do Orçamento de Estado de 2011 e que abrangem, recorde-se, todas as

remunerações de valor superior a € 1.500,00. Por outro lado, e por força da aplicação do artigo

28.º da mesma Lei, em 2013 foi reposto o pagamento do subsídio de natal, em duodécimos. Por

último, e nos termos do Acórdão do Tribunal Constitucional n.º 187/2013 de 22 de abril de 2013

que declarou inconstitucional o artigo 29.º da LOE 2013, foi também reposto o pagamento do

(Início - Fim)

(2012 - 2014)Revisor Oficial

de Contas

Oliveira, Reis& Associados, Sociedade de

Revisores Oficiais de Contas, Lda.

Representado pelo Dr José Vieira dos Reis

23 329 AG de 2012 04-05-2012 120.000 120.000 1

Legenda: (1) Indicar AG/DUE/Despacho (D)

(2) O Auditor Externo da EDIA junto da CMVM é o ROC.

Notas: Suplente (SROC e ROC) não existe

Remuneração (€) N.º de

Mandatos

exercidos na

Sociedade

Nome NúmeroN.º Registo na

CMVM (2) Doc.

(1) Data Limite fixado Contratada

Mandato

Cargo

Identificação SROC/ROC Designação

BrutaRedução (Lei

OE)

Bruta após

Redução

Oliveira, Reis& Associados, Sociedade de

Revisores Oficiais de Contas, Lda. Representado

pelo Dr José Vieira dos Reis

40.000 - 40.000

Nome

Remuneração Anual (€)

Nome

N.º de

Inscrição na

OROC

N.º Registo

na CMVM (1) Data Período

Valor da

Prestação de

Serviços

Redução

(Lei OE)

Bruta após

Reduções

BDO &

Associados29 - 17-07-2012 2012 - 2014 30.150 - 30.150

Legenda: (1) O Auditor Externo da EDIA junto da CMVM é o ROC.

Identificação do Auditor Externo

(SROC/ROC)Data da Contratação Remuneração Anual (€)

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116 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

subsídio de férias, o qual foi processado nos termos do disposto nos artigos 2.º e 6.º Lei 39/2013

de 21 de junho.

ESTATUTO DO GESTOR PÚBLICO

Em consonância com o estipulado no artigo 32.º do Estatuto do Gestor Público (EGP), e

conforme republicado pelo Decreto-Lei N.º 8/2012, de 18 de janeiro, designadamente, no que

respeita à aplicação do disposto nos números 1.º e 2.º do artigo 32.º do antedito decreto-lei, o

Conselho de Administração da EDIA não utiliza cartões de crédito, ou outros instrumentos de

pagamento utilizados pelos gestores públicos, tendo por objeto a realização de despesas ao

serviço da EDIA, nem aufere reembolsos de quaisquer despesas que caiam no âmbito do

conceito de despesas de representação pessoal.

CONTRATAÇÃO PÚBLICA

No que respeita à aplicação das Normas de Contratação Pública, a EDIA está sujeita à aplicação

do Código dos Contratos Públicos (CCP), aprovado pelo Decreto-Lei N.º 18/2008, de 29 de

janeiro, por força do disposto no respetivo artigo 2.º, N.º 2, alínea a). Na aplicação das normas

da contratação pública, a EDIA norteia-se pelos princípios da igualdade, da não discriminação e

da transparência enunciados no artigo 2.º da Diretiva N.º 2004/18/CE, do Parlamento Europeu e

do Conselho, de 31 de março, sem perder de vista outros valores igualmente relevantes como

sejam a economicidade ou boa gestão financeira dos recursos públicos e a seleção da proposta

mais conveniente para o interesse público. As decisões que autorizam a realização de despesa

suportam-se em informações onde é justificada a necessidade de contratar e proposto o

procedimento mais adequado, seguindo a tramitação prevista no CCP e as regras de

procedimento estabelecidas em regulamento interno, tendo presente a necessidade de desagregar

funções e objetivar as peças de cada procedimento, em particular ao nível da definição do

respetivo critério de adjudicação. Foram ainda incorporadas, nos procedimentos de contratação

pública implementados na EDIA, as orientações constantes do Despacho N.º 438/10-SETF, de

10 de maio.

Desde há vários anos a esta parte que a EDIA tem vindo a implementar um conjunto de medidas

que permitiram uma redução significativa do custo de compras médio por colaborador

antecipando-se, desta forma, algumas das medidas agora abordadas. Por outro lado, e na

sequência da implementação destas medidas e concomitante efeito verificado em termos de

redução de custos, tem sido motivo de principal preocupação a sua manutenção, não tendo sido

igualmente descuradas as possibilidades que surgem no âmbito de eventuais reduções adicionais

desses custos. Paralelamente, foi implementada a desmaterialização integral dos procedimentos

adjudicatórios previstos no CCP comummente utilizados na Empresa, ou seja, o concurso

público e o ajuste direto segundo o regime geral ali previsto. O desenvolvimento dos referidos

procedimentos em plataforma eletrónica está agora em sintonia com a desmaterialização já

operada no âmbito da gestão documental interna da Empresa.

No plano mais concreto da realização da despesa com a aquisição de serviços, foi deliberado

pelo Conselho de Administração que, para a realização de despesas cujo valor estimado seja

superior a € 5.000,00, o recurso ao procedimento de ajuste direto implicará sempre o convite a

pelo menos cinco entidades, só se admitindo o convite a um universo inferior de interessados

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117 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

em casos excecionais e devidamente fundamentados, sujeitos a autorização pelo Conselho de

Administração.

Ainda no âmbito dos manuais de aquisição de bens ou serviços, e indo de encontro também às

preocupações subjacentes ao ofício-circular N.º 6132, de 06.08.10, da DGTF, já se havia

determinado que, nos contratos de prestação de serviços de valor igual ou superior a €

125.000,00 (s/IVA), a adjudicação deve ser precedida de justificação da necessidade de

contratar, tanto do ponto de vista económico, como da ausência de soluções internas, bem como

da explicitação dos objetivos que se pretende alcançar do ponto de vista de uma análise custo-

benefício.

Neste momento foi já incorporada no respetivo manual de procedimentos interno, a necessidade

de dar cumprimento, logo na preparação da informação que sustenta e propõe determinada

aquisição, o cumprimento do disposto no artigo 127.º do CCP (na redação da Lei N.º 64-

B/2011, de 30 de dezembro, com início de vigência em 1 de janeiro de 2012), nos termos do

qual a publicitação no portal dos contratos públicos, de todos os contratos celebrados por ajuste

direto e com um valor igual ou superior a € 5.000,00, deve conter a fundamentação da

necessidade de recurso ao ajuste direto, em especial sobre a impossibilidade de satisfação da

necessidade por via dos recursos próprios da Administração Pública.

No ano de 2013, a EDIA adjudicou contratos de valores superiores a € 5.000.000,00.

Por outro lado, e no que respeita à justificação da realização de cada despesa, foi dado corpo à

necessidade de recorrer a procedimentos concorrenciais, exigindo-se, nos manuais de aquisição

de bens ou serviços em vigor na empresa, que a opção pelo procedimento de convite a uma

Rede PrimáriaValor de Adjudicação

(€)

Subsistema Ardila

Circuito Hidráulico Amoreira - Caliços 19.730.000,00

Circuito Hidráulico Caliços - Pias 11.194.670,00

Subsistema Pedrógão

Circuito Hidráulico de S. Pedro - Baleizão 19.952.550,00

Circuito Hidráulico de Baleizão - Quintos 17.808.719,79

Rede SecundáriaValor de Adjudicação

(€)

Subsistema Alqueva

Blocos de Rega Cinco Reis - Tridade 17.497.878,00

Subsistema Pedrógão

Blocos de Rega de S. Pedro - Baleizão 20.391.675,24

Blocos de Rega 1, 2 e 3 de Baleizão - Quintos 16.887.999,99

Blocos de Rega 4 e 5 de Baleizão - Quintos 22.498.250,53

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118 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

única entidade tenha sempre a acompanhá-la uma justificação técnica, económica, de urgência

ou outra, para que não se alargue o universo de concorrentes.

Definida a orientação para que o fator preço assuma um peso crescente nos critérios de

adjudicação procurou-se, por essa via, a obtenção de ganhos não só de eficiência e

racionalização, mas também de transparência. Foi ainda implementada uma aplicação

informática que facilita, logo aquando da seleção e proposta das entidades a convidar, o controlo

dos limites estabelecidos pelo n.º 2 do artigo 113.º do Código dos Contratos Públicos.

No que respeita à recomendação de incentivar as empresas a auscultar as suas competências

internas, ao longo do presente relatório são efetuadas diversas referências ao esforço

significativo desenvolvido pela EDIA no sentido de desenvolver a sua atividade com os mesmos

ou, se possível, com um menor número de recursos, estratégia que, em 2013, sem por em causa

a prossecução das atividades programadas.

Por último, e considerando o despacho n.º 10754/2011 de 19 de agosto do Ministério da

Agricultura, do Mar, Ambiente e Ordenamento do Território (MAMAOT), onde se identificam

as medidas de contenção orçamental e de limitação de despesa pública no âmbito deste

Ministério articulado com todas as orientações emanadas da Tutela Financeira relativamente às

medidas de controlo e execução de despesa pública, as competências para a realização de

despesas e matéria de aquisição de bens e serviços encontram-se definidas na Ordem de Serviço

N.º 1/2013, que tem como objetivo estabelecer regras claras e eficazes para a gestão dos

recursos financeiros da Empresa. Este documento define de forma detalhada:

Uma hierarquia escalonada de delegação de competências por níveis de

responsabilidades; e

A forma de aprovação, conferência e validação da despesa realizada.

SISTEMA NACIONAL DE COMPRAS PÚBLICAS

A EDIA, no aprovisionamento dos bens e serviços necessários à sua atividade, cumpre

escrupulosamente a legislação em vigor e as orientações emanadas pelo seu Acionista. A

existência de um modelo de governo claramente conhecido por todos os colaboradores, com

atribuições diversificadas de competências, e de serviços centrais de compras, permitem a

obtenção de economias de escala que se têm vindo a revelar eficientes e vantajosas na gestão da

Empresa. Destacam-se, nesta matéria, os resultados obtidos na área da prestação de serviços de

informática, de comunicações móveis, de gestão do património e de consumíveis.

Referencie-se, de igual modo, que a EDIA já procedeu à desmaterialização de todo o ciclo de

procedimento de contratação pública. A nível interno desde a autorização da despesa, validada

sobre a plataforma de gestão documental e apoiada no SAP e ao nível da relação com os

fornecedores pela utilização de uma plataforma eletrónica de contratação pública, interligada

com o Portal Oficial dos Contratos Públicos.

Por outro lado, com a progressiva entrada da empresa em fase de exploração, e tendo em conta a

necessidade de contribuir para racionalização dos gastos e desburocratização dos processos

públicos de aprovisionamento, a EDIA aderiu ao Sistema Nacional de Compras Públicas

(SNCP), através da Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública, I.P. (eSPap),

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119 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

procedendo à avaliação das vantagens que possam advir desta modalidade de provimento de

bens e serviços.

Por fim, foi definida a orientação para que o fator preço assuma um peso crescente nos critérios

de adjudicação adotados, procurando por essa via ganhos não só de eficiência e racionalização

mas também de transparência.

PARQUE DE VEÍCULOS DO ESTADO

Relativamente ao parque de veículos do Estado, a EDIA possui, atualmente, 62 viaturas,

referencie-se o desenvolvimento de algumas medidas, tais como:

Não permitir o abastecimento utilizando combustíveis aditivados;

Manter o alargamento dos prazos contratuais AOV (Aluguer Operacional de Veículos)

para o prazo máximo de 54 meses, quando possível; e

Manutenção de modelos de viaturas de gama inferior, nos respetivos contratos AOV,

permitindo assim, valores de renda mais baixos.

MEDIDAS DE REDUÇÃO DE GASTOS OPERACIONAIS (Oficio circular n.º 7896, de 8

de outubro, Instrumentos Previsionais de Gestão-2013)

Em 2013, a redução dos custos operacionais promovida pela EDIA foi de 36,88% relativamente

ao valor registado em 2010 o que gerou uma poupança superior aos 15% estipulados pelo Plano

de Redução de Custos Operacionais, por outro lado também se assegurou a redução desses

custos no volume de negócios.

No que diz respeito a deslocações, ajudas de custo e alojamento a EDIA também cumpre com o

estipulado, já nas comunicações ultrapassa-se o definido, embora apresente uma redução de

39,31%, justificado pelo aumento da área de exploração (68.000 ha), tendo como consequência

um aumento das necessidades de comunicações de voz, de dados (telegestão) e gastos postais.

Cumprimento

Absoluta % Identificar [S/N]

CMVMC (m€) 28,50 16,18 11,57 10,68 15,18 -1,00 -6,19%

FSE (m€) 140.090,78 60.896,23 49.744,24 44.588,40 36.257,47 -24.638,76 -40,46%

Deslocações/Estadas 64,21 34,90 36,97 22,69 32,72 -2,18 -6,27% S

Ajudas de custo 182,19 153,29 62,3 31,04 32,58 -120,71 -78,74% S

Comunicações 121,00 188,25 156,99 121,7 114,25 -74,00 -39,31% N

Gastos com o pessoal (m€) 6.486,84 6.357,99 5.555,02 5.101,72 6.187,84 -170,15 -2,68%

Total 146.606,12 67.270,40 55.310,83 49.700,80 42.460,49 -24.809,91 -36,88 S

Volume dee Negócios (m€) 14.084,89 11.714,19 13.244,62 14.806,10 17.613,30 5.899,11 50,36%

Peso dos Gastos no VN (%) 1040,88% 574,28% 417,61% 335,68% 241,07% -333,19% -58,02% S

Variação 2013/2010PRC 2009 2010 2011 2012 2013

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120 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Na sequência das orientações transmitidas pela Tutela, a Empresa, apesar de assegurar uma

forte componente da atividade de exploração dos perímetros de rega e de prosseguir a

construção das infraestruturas da rede primária e da rede secundária, conforme a programação

das atividades aprovados pelo acionista, tem vindo a reduzir o seu número global de

colaboradores, privilegiando a redistribuição de tarefas entre os funcionários já ao seu serviço,

através da adoção de políticas de mobilidade interna. De facto, em 31 de dezembro de 2010, o

quadro de pessoal da EDIA era composto por 194 colaboradores, no final de 2011 era de 192

colaboradores, tendo passado para 188 em 2012 e, por último, para 187 colaboradores no final

de 2013.

Em conformidade com os seus objetivos e estatutos, o forte empenho dos recursos humanos da

EDIA demonstrou-se, de forma particularmente expressiva, pelo reforço da valorização e

introdução dos conceitos de flexibilidade e polivalência no interior da organização, facto que

deu origem à transferência de colaboradores entre áreas, reforçando as áreas de exploração e a

nova área comercial, de promoção do regadio. A política prosseguida pela EDIA ao longo do

ano focou-se no redireccionamento de alguns dos seus recursos humanos para novas áreas de

atuação da organização, através da reconversão das tarefas pelos quais os mesmos passaram a

ser responsáveis. Realce-se que este aumento e diversificação das atividades da Empresa se

efetuou com base num quadro de pessoal que se encontra estabilizado, tendo mesmo ocorrido,

em 2013, um decréscimo no número total de colaboradores.

PRINCÍPIO DA UNIDADE DE TESOURARIA DO ESTADO

Para ir de encontro ao cumprimento do princípio de unidade de tesouraria previsto no artigo 28º

do Decreto-Lei nº133/2013, de 3 de outubro, a EDIA procedeu à abertura de contas bancárias

no Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público, I. P. (IGCP), com o intuito de manter

as suas disponibilidades e aplicações financeiras na referida entidade.

RECOMENDAÇÕES RESULTANTES DE AUDITORIAS DO TRIBUNAL DE CONTAS

Não obstante o Tribunal de Contas não ter procedido a nenhuma auditoria no decurso de 2013 e,

por esse motivo, não terem havido recomendações deste órgão de soberania, referenciam-se, no

entanto, as observações, apresentadas no Relatório de Auditoria do Tribunal de Contas N.º

32/10/2.º S, subordinado ao tema “Despesas de consultoria a entidades do SEE”: que, pelo seu

carácter transversal se aplicam, genericamente, no âmbito de atuação da Empresa, às atividades

levadas a cabo pela EDIA:

Número de R.H. sem Órgãos Sociais (O.S.) 168 166 162 160

Número de cargos dirigentes sem O.S. 26 26 26 27

Número de Órgãos Sociais 7 7 5 6

GastosTotais com pessoal 6.357.987,45 5.555.015,65 5.101.717,02 6.187.838,65

Gastos com Órgãos Sociais 333.583,77 299.074,97 287.446,99 300.828,63

Gastos com Dirigentes sem O.S. 1.444.021,41 1.339.481,14 1.149.713,61 1.570.887,21

Gastos com R.H. sem O.S. e sem Dirigentes 4.580.382,27 3.916.459,54 3.664.556,42 4.316.122,81

Rescisões / Indemnizações (€) 0,00 0,00 0,00 80.000,00

Quadro de Pessoal 2010 2011 2012 2013

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121 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Introduzir maior rigor na elaboração dos seus instrumento previsionais de gestão, o que

significa, neste domínio, inscrever e fundamentar nos seus planos estratégicos e/ou de

atividades, as necessidades de recurso a serviços externos de consultadoria evitando

abordagens casuísticas ao processo de adjudicação destes serviços;

Emitir orientações para que se apresente, num documento, a definição das necessidades

a serem suprimidas, os objetivos a atingir, âmbito de cada serviço e a sua exata

transmissão ao consultor, tendo em vista estimular a competição e a obtenção de maior

valor para a Empresa;

Realizar reuniões de briefing com os concorrentes, por forma a melhorar o caderno de

encargos e as propostas apresentadas;

Diligenciar no sentido de elaborarem manuais internos para aquisição de bens e

serviços, que incluam uma matriz custo-benefício, procedimentos e critérios de

adjudicação, minutas de contrato, modelo de avaliação dos consultores externos,

cadastro de consultores com bom desempenho em anteriores contratações e divulgação

das lições aprendidas;

Incentivar as suas empresas, na adjudicação de novos serviços, a auscultar as

competências internas, que inclui a transferência de conhecimentos adquiridos em

anteriores contratações e as avaliações de desempenho de consultores externos

racionalizando, desta forma, o recurso generalizado ao outsourcing na aquisição de

serviços de consultadoria;

Privilegiar, sempre que possível, procedimentos concorrenciais. Não obstante o novo

código da contratação pública, atribuir caráter facultativo à consulta ao mercado para o

ajuste direto, o Tribunal recomenda o seu uso como boa prática de gestão, vindo no

seguimento das diretivas comunitárias de contratação pública que vincam a natureza

excecional dos procedimentos não competitivos, pugnado, assim, pela transparência e

tirando vantagem dos mercados concorrenciais;

Reduzir a quantidade de adjudicações em procedimentos não concorrenciais, que se

situou quase em 70% do valor adjudicado. O seu recurso excecional deve ser sempre

justificado em obediência ao princípio da transparência;

Melhorar a relação contratual entre consultor e entidade contraente através da

disponibilização de informação necessária ao consultor, imprescindível para o seu bom

desempenho, uma vez que o seu sucesso é, também, o da entidade que contrata o

serviço e

Coligir e sistematizar formalmente a informação sobre os processos de adjudicação em

matéria de aquisição de serviços, definindo quem despoletou a necessidade, quem

requereu, quem decidiu a sua contratação, quem acompanhou a sua implementação e

quem a avaliou.

Na sequência das recomendações suprarreferidas, e formuladas no mencionado relatório, foram

implementadas algumas medidas e afinados determinados procedimentos com vista à

introdução de maior economia, eficiência, racionalidade e transparência na aquisição de

serviços, designadamente, de serviços de consultoria.

Assim, a elaboração dos Planos de Atividades e Orçamento da Empresa tem em consideração os

pressupostos macroeconómicos e as linhas de orientação delineadas para as empresas públicas,

observando ainda o estabelecido em termos de medidas de racionalização e redução de custos

definidas pelo Governo. Para tal, após a recolha dos vários contributos de todas as áreas

operacionais da Empresa, os serviços financeiros responsáveis, com vista a uma maior

seletividade no investimento público e, simultaneamente, a uma maior redução no crescimento

dos níveis de endividamento, submete à aprovação do Conselho de Administração e

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122 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

posteriormente à Tutela, o Orçamento anual global, adequado aos recursos e fontes de

financiamento disponíveis, não descurando o cumprimento da missão e objetivos, bem como as

estratégias de sustentabilidade do ponto de vista económico, social e ambiental. Mensalmente,

no plano de acompanhamento e controlo financeiro, a EDIA monitoriza as atividades e

respetivos custos e implementa medidas adicionais, caso se justifique.

Referencie-se igualmente, que no âmbito da elaboração dos diversos documentos de report das

atividades da Empresa (caso dos Planos de Atividades e Orçamento e Relatórios de Gestão da

Empresa, por exemplo) são, de igual forma, seguidas e aplicadas as orientações vertidas e os

objetivos definidos nos documentos remetidos, para esse efeito, pela Direção-Geral do Tesouro

e Finanças (DGTF) caso, designadamente, das instruções sobre a elaboração dos instrumentos

previsionais de gestão e dos instrumentos de prestação de contas veiculadas por esta entidade e

que têm de ser observadas aquando da elaboração dos referidos documentos.

Destaque-se ainda, por outro lado, que no âmbito do novo Regime Jurídico do Setor Público

Empresarial (RJSPE) decorrente do Decreto-lei n.º. 133/2013, de 03 de outubro, foram

introduzidas alterações significativas em termos da elaboração dos Planos de Atividades e

Orçamentos Anuais e Plurianuais, Planos de Investimento e fontes de financiamento, assim

como nos documentos de prestação anual de contas e relatórios de execução orçamental das

empresas do Setor Empresarial do Estado (SEE), onde a EDIA se inclui, e a cujas matérias

relacionadas tem também de assegurar a respetiva observância nos termos da lei.

Por outro lado, e no plano mais concreto da realização da despesa com a aquisição de serviços,

foi deliberado pelo Conselho de Administração que, para a realização de despesas cujo valor

estimado seja superior a € 5.000,00, o recurso ao procedimento de ajuste direto implicará

sempre o convite a pelo menos cinco entidades, só se admitindo o convite a um universo

inferior de interessados em casos excecionais e devidamente fundamentados, sujeitos a

autorização pelo Conselho de Administração.

No que respeita à justificação da realização de cada despesa, foi dado corpo à necessidade de

recorrer a procedimentos concorrenciais, exigindo-se, nos manuais de aquisição de bens ou

serviços em vigor na empresa, que a opção pelo procedimento de convite a uma única entidade

tenha sempre a acompanhá-la uma justificação técnica, económica, de urgência ou outra, para

que não se alargue o universo de concorrentes.

Ainda no âmbito dos manuais de aquisição de bens ou serviços, e indo de encontro também às

preocupações subjacentes ao ofício-circular n.º 6132, de 06 de junho de 2010, da DGTF

estabeleceu-se que, nos contratos de prestação de serviços de valor igual ou superior a €

125.000,00 (s/IVA), a adjudicação deve ser precedida de justificação da necessidade de

contratar, tanto do ponto de vista económico, como da ausência de soluções internas, bem como

da explicitação dos objetivos que se pretende alcançar do ponto de vista da análise custo-

benefício.

Definida a orientação para que o fator preço assuma um peso crescente nos critérios de

adjudicação procurando, por essa via, ganhos não só de eficiência e racionalização, mas também

de transparência. Foi ainda implementada uma aplicação informática que facilita, logo aquando

da seleção e proposta das entidades a convidar, o controlo dos limites estabelecidos pelo n.º 2 do

artigo 113.º do Código dos Contratos Públicos.

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123 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Por último, e no que respeita à recomendação de incentivar as empresas a auscultar as suas

competências internas, referencie-se o esforço significativo desenvolvido pela EDIA no sentido

de desenvolver a sua atividade com os mesmos, ou mesmo, com um menor número de recursos,

estratégia que resultou não só na realização de diversos concursos de mobilidade interna com

vista à supressão de necessidades entretanto sentidas e que decorrem da nova estratégia

delineada para a Empresa, definida pelo órgão de gestão, e que se traduziu na alteração do seu

organograma empresarial, como também na concretização, pela primeira vez, de trabalhos de

âmbito eminentemente técnico inerentes à normal atividade da Empresa com base apenas na

massa crítica, ou seja, através do “now how” dos seus recursos internos.

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124 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

ANEXOS SOLICITADOS PELA DGTF

S N N.A.

Estatutos actualizados (PDF) x

Historial, Visão, Missão e Estratégia x

Ficha sintese da empresa x

Identificação da Empresa:

Missão, objectivos, politicas, obrig. serv. público e modelo de financiamento x

Modelo Governo / Ident. Orgãos Sociais:

Modelo de Governo (identificação dos órgãos sociais) x

Estatuto remuneratório fixado x

Remunerações auferidas e demais regalias x

Regulamentos e Transacções:

Regulamentos Internos e Externos x

Transações Relevantes c/ entidade(s) relacionada(s) x

Outras transacções x

Análise de sustentabilidade Económica, Social e Ambiental x

Avaliação do cumprimento dos PBG x

Código de Ética x

Informação Financeira histórica e actual x

Esforço Financeiro do Estado x

Informação a constar no Site do SEEDivulgação

Comentários

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125 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Apêndice 2 - EPNF

S N N.A.

Objectivos de Gestão / Planos de Atividades e Orçamento:

Objetivo 1 x

Objetivo 2 x

Objetivo 3 x

Gestão do Risco Financeiro x

Limites de Crescimento do Endividamento x 4%

Evolução do PMP a fornecedores x 79

Divulgação dos Atrasos nos Pagamentos ("Arrears ") x 188.185,64 €

Recomendações do acionista na aprovação de contas

Recomendação 1 x

Recomendação 2

Etc.

Remunerações

Não atribuição de prémios de gestão, nos termos art.º 37.º da Lei 66-B/2012 x Não aplicável

Órgãos sociais - redução remuneratória nos termos do art.º 27.º da Lei 66-B/2012 x 19.455,00

Órgãos Sociais - redução de 5% por aplicação artigo 12º da Lei n.º 12-A/2010 x 9.434,00

Auditor Externo - redução remuneratória nos termos do artº 75º da Lei 66-B/2012 x 30.150,00

Restantes trabalhadores - redução remuneratória, nos termos do art.º 27º da Lei 66-B/2012 x 139.950,13

Restantes trabalhadores - proibição de valorizações remuneratórias, nos termos do art.º 35º da Lei 66-B/2012 x Não aplicável

Artigo 32.º do EGP

Utilização de cartões de crédito x

Reembolso de despesas de representação pessoal x

Contratação Pública

Aplicação das Normas de contratação pública pela empresa x pág. 105

Aplicação das Normas de contratação pública pelas participadas x pág. 105

Contratos submetidos a visto prévio do TC x 8 contratos, no valor total de € 145.961.743,55

Auditorias do Tribunal de Contas

Recomendação 1 x pág. 108

Recomendação 2

Etc.

Parque Automóvel x 6,8% Em 2012 a EDIA possuia 58 viaturas e em 2013, 62

Gastos Operacionais das Empresas Públicas (artigo 64.º da Lei n.º 66-B/2012) x quadro anexo 6 Pág. 106

Redução de Trabalhadores (artigo 63.º da Lei n.º 66-B/2012)

N.º de trabalhadores x -1,2% Em 2012 a EDIA possuia 162 trabalhadores e em

N.º de cargos dirigentes x 3,8% Em 2012 a EDIA possuia 26 dirigentes e em 2013, 27

Princípio da Unidade de Tesouraria (artigo 124.º da Lei n.º 66-B/2012) x 69,9%

Justificação/Refeência ao ponto do RelatórioCumprimento das Orientações legais Cumprimento Quantificação/Identificação

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126 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

GRELHA REFERENTE ÀS PRÁTICAS DE BOA GESTÃO SOCIETÁRIA ADOTADAS

PELA EDIA EM 2013

Relatório de Governo

Societário

Identificação Divulgação

Página Observações

SIM Não SIM NÃO

I Missão, Objetivos e

Politicas

1. Indicação da missão e da

forma como é prosseguida,

assim como a visão e os

valores que orientam a

empresa.

X X

Pág. 5

2. Políticas e linhas de ação

desencadeadas no âmbito da

estratégia definida

X X

Pág. 6

3. Indicação dos objetivos e do

grau de cumprimento dos

mesmos, assim como a

justificação dos desvios

verificados e as medidas de

correção aplicadas ou a

aplicar.

X X

Pág. 6 - 9

4. Indicação dos fatores chave

de que dependem os

resultados da empresa.

X X Pág. 10

II Estrutura de Capital

1. Estrutura de capital X X Pág. 11

2. Eventuais limitações à

titularidade e/ou

transmissibilidade das

ações.

X X Pág. 11

3. Acordos parassociais. X X Pág. 11

III Participações Sociais e

Obrigações detidas

1. Identificação das pessoas

singulares (órgãos sociais)

e/ou coletivas (Empresa)

X X Pág. 12 - 18

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127 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Relatório de Governo

Societário

Identificação Divulgação

Página Observações

SIM Não SIM NÃO

que, direta ou

indiretamente, são titulares

de participações noutras

entidades, com indicação

detalhada da percentagem

de capital e de votos.

2. A aquisição e alienação de

participações sociais, bem

como a participação em

quaisquer entidades de

natureza associativa ou

fundacional.

X X

Pág. 18

3. A prestação de garantias

financeiras ou assunção de

dívidas ou passivos de

outras entidades.

X X

Pág. 18

4. Indicação sobre o número

de ações e obrigações

detidas por membros dos

órgãos de administração e

de fiscalização.

X X

Pág. 19

5. Informação sobre a

existência de relações

significativas de natureza

comercial entre os titulares

de participações e a

sociedade.

X X

Pág. 19

6. Identificação dos

mecanismos adotados para

prevenir a existência de

conflitos de interesses.

X X

Pág. 19

IV Órgãos Sociais e

Comissões

A. Mesa da Assembleia Geral

1. Composição da mesa AG,

mandato e remuneração.

X X Pág. 20

2. Identificação das

deliberações acionistas. X X

Pág. 20 Não se aplica visto

que o Estado,

através da DGTF, é

acionista único da

EDIA. B. Administração e

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128 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Relatório de Governo

Societário

Identificação Divulgação

Página Observações

SIM Não SIM NÃO

Supervisão

1. Modelo de governo adotado X X Pág. 21

2. Regras estatutárias sobre

procedimentos aplicáveis à

nomeação e substituição dos

membros.

X X Pág. 21

3. Composição, duração do

mandato, número de

membros efetivos.

X X Pág. 21

4. Identificação dos membros

executivos e não executivos

do CA e identificação dos

membros independentes do

CGS.

X X

Pág. 22

5. Elementos curriculares

relevantes de cada um dos

membros.

X X Pág. 22 - 23

6. Relações familiares,

profissionais ou comerciais,

habituais e significativas,

dos membros, com

acionistas a quem seja

imputável participação

qualificada superior a 2%

dos direitos de voto.

X X

Pág. 23

7. Organogramas relativos à

repartição de competências

entre os vários órgãos

sociais.

X X Pág. 24 - 25

8. Funcionamento do

Conselho de Administração,

do Conselho Geral e de

Supervisão e do Conselho

de Administração

Executivo.

X X

Pág. 25 - 26 As comissões no

seio do Órgão de

Administração ou

supervisão e

Administradores

Delegados não se

aplicam à EDIA.

9. Comissões existentes no

órgão de administração ou

supervisão.

X X Pág. 26 Não aplicável à

EDIA.

C. Fiscalização

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129 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Relatório de Governo

Societário

Identificação Divulgação

Página Observações

SIM Não SIM NÃO

1. Identificação do órgão de

fiscalização correspondente

ao modelo adotado e

composição, indicação do

número estatutário mínimo

e máximo de membros,

duração do mandato,

número de membros

efetivos e suplentes.

X X

Pág. 27

2. Identificação dos membros

da Fiscalização

X X Pág. 27

3. Elementos curriculares

relevantes de cada um dos

membros.

X X Pág. 28 - 29

4. Funcionamento da

fiscalização.

X X Pág. 30

D. Revisor Oficial de Contas

1. Identificação do ROC,

SROC.

X X Pág. 30 - 31

2. Indicação das limitações,

legais.

X X Pág. 31

3. Indicação do número de

anos em que a SROC e/ou

ROC exerce funções

consecutivamente junto da

sociedade/grupo.

X X

Pág. 32

4. Descrição de outros

serviços prestados pelo

SROC à sociedade.

X X Pág. 32

E. Auditor Externo

1. Identificação. X X Pág. 32 - 33

2. Política e periodicidade da

rotação.

X X Pág. 33

3. Identificação de trabalhos,

distintos dos de auditoria,

realizados.

X X Pág. 34

4. Indicação do montante da

remuneração anual paga.

X X Pág. 34

V. Organização Interna

A. Estatutos e Comunicações

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130 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Relatório de Governo

Societário

Identificação Divulgação

Página Observações

SIM Não SIM NÃO

1. Alteração dos estatutos da

sociedade - Regras

aplicáveis

X X Pág. 35

2. Comunicação de

irregularidades.

X X Pág. 35

3. Indicação das políticas

antifraude.

X X Pág. 35 - 36

B. Controlo interno e gestão

de riscos

1. Informação sobre a

existência de um sistema de

controlo interno (SCI).

X X Pág. 36 - 37

2. Pessoas, órgãos ou

comissões responsáveis pela

auditoria interna e/ou SCI.

X X Pág. 37

3. Principais medidas adotadas

na política de risco.

X X Pág. 37 - 42

4. Relações de dependência

hierárquica e/ou funcional.

X X Pág. 42 - 43

5. Outras áreas funcionais com

competências no controlo

de riscos.

X X Pág. 43

6. Identificação principais

tipos de riscos.

X X Pág. 43 - 45

7. Descrição do processo de

identificação, avaliação,

acompanhamento, controlo,

gestão e mitigação de

riscos.

X X

Pág. 45

8. Elementos do SCI e de

gestão de risco

implementados na

sociedade.

X X Pág. 46

C. Regulamentos e Códigos

1. Regulamentos internos

aplicáveis e regulamentos

externos.

X X Pág. 46 - 50

2. Códigos de conduta e de

Código de Ética.

X X Pág. 50 - 53

D. Sítio de Internet

Indicação do(s) endereço(s)

e divulgação da informação

disponibilizada.

X X Pág. 54

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131 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Relatório de Governo

Societário

Identificação Divulgação

Página Observações

SIM Não SIM NÃO

VI Remunerações

A. Competência para a

Determinação

Indicação do órgão

competente para fixar

remuneração.

X X Pág. 55 - 56

B. Comissão de Fixação de

Remunera.

Composição. X X Pág. 56

C. Estrutura das

Remunerações

1. Política de remuneração dos

órgãos de administração e

de fiscalização.

X X Pág. 56

2. Informação sobre o modo

como a remuneração é

estruturada.

X X Pág. 57

3. Componente variável da

remuneração e critérios de

atribuição. X X

Pág. 57 Componente variável

da remuneração e

critérios de atribuição

– Não aplicável.

4. Diferimento do pagamento

da componente variável. X X

Pág. 57 Diferimento do

pagamento da

componente variável

– Não aplicável.

5. Parâmetros e fundamentos

para atribuição de prémio. X X

Pág. 57 Parâmetros e

fundamentos para

atribuição de prémio

– Não aplicável.

6. Regimes complementares

de pensões. X X Pág. 57 Regimes

complementares de

pensões – Não

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132 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Relatório de Governo

Societário

Identificação Divulgação

Página Observações

SIM Não SIM NÃO

aplicável.

D. Divulgação das

Remunerações

1. Indicação do montante

anual da remuneração

auferida.

X X Pág. 58

2. Montantes pagos, por outras

sociedades em relação de

domínio ou de grupo. X X

Pág. 58 Montantes pagos, por

outras sociedades em

relação de domínio

ou de grupo – Não

aplicável.

3. Remuneração paga sob a

forma de participação nos

lucros e/ou prémios. X X

Pág. 58 Remuneração paga

sob a forma de

participação nos

lucros e/ou prémios –

Não aplicável.

4. Indemnizações pagas a ex-

administradores executivos.

X X Pág. 59

5. Indicação do montante

anual da remuneração

auferida do órgão de

fiscalização da sociedade.

X X Pág. 59

6. Indicação da remuneração

anual da mesa da

assembleia geral.

X X Pág. 59

VII Transações com partes

Relacionadas e Outras

1. Mecanismos implementados

para controlo de transações

com partes relacionadas.

X X Pág. 60

2. Informação sobre outras

transações.

X X Pág. 60 - 61

VIII Análise de

sustentabilidade da

empresa nos domínios

económicos, social e

ambiental

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133 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Relatório de Governo

Societário

Identificação Divulgação

Página Observações

SIM Não SIM NÃO

1. Estratégias adotadas e grau

de cumprimento das metas

fixadas.

X X Pág. 62 - 65

2. Políticas prosseguidas. X X Pág. 62 - 65

3. Forma de cumprimento dos

princípios inerentes a uma

adequada gestão

empresarial:

a) Responsabilidade social

b) Responsabilidade

ambiental

c) Responsabilidade

económica.

X X

Pág. 62 - 65

IX Avaliação do Governo

Societário

1. Cumprimento das

Recomendações

X X Pág. 67 Não aplicável.

2. Outras informações X X Pág. 67 Não aplicável.

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134 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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135 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

3. CONTAS INDIVIDUAIS

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136 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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137 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE

DEZEMBRO DE 2013 Balanço

A Técnica Oficial de Contas O Conselho de Administração

Euros

ATIVO

Ativo Não Corrente

Ativos Fixos Tangíveis 6 15.661.175 16.027.716

Ativos Intangíveis 7 e 17 359.192.029 364.142.735

Participações Financeiras - Método Equivalência Patrimonial 8 - 5.046

Participações Financeiras - Outros Métodos 8 276.001 276.001

Ativos por Impostos Diferidos 9 32.620.372 35.484.643

Depósitos Cativos 10 7.280.745 8.533.529

415.030.321 424.469.670

Ativo Corrente

Inventários 11 23.197.164 423.836.069

Clientes 12 4.282.798 1.743.604

Adiantamentos a Fornecedores 881.493 1.059.248

Estado e Outros Entes Públicos 13 632.909 542.444

Acionistas/Sócios 1.050 1.050

Outras Contas a Receber 14 165.257.080 76.707.085

Diferimentos 15 507.216 496.534

Caixa e Depósitos Bancários 4 48.770.069 59.509.539

243.529.778 563.895.573

Total do Ativo 658.560.098 988.365.243

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

Capital Próprio

Capital Realizado 16 387.267.750 387.267.750

Outras Reservas 16 9.202.700 9.202.700

Resultados Transitados 16 e 17 -823.838.553 -832.397.592

Ajustamentos em Ativos Financeiros 8 413.273 413.817

Outras Variações no Capital Próprio 16 100.524.004 98.419.670

Resultado Líquido do Período -17.363.194 8.559.040

Total do Capital Próprio -343.794.020 -328.534.615

Passivo Não Corrente

Provisões 18 9.343.676 11.915.833

Financiamentos Obtidos 19 537.476.688 543.697.068

Outras Contas a Pagar 20 15.517.311 15.517.311

Passivos por Impostos Diferidos 9 32.620.372 35.484.643

Diferimentos 15 171.746.694 515.512.248

766.704.740 1.122.127.103

Passivo Corrente

Fornecedores 20 12.779.597 7.235.363

Adiantamento de Clientes 37.883 6.512

Estado e Outros Entes Públicos 13 209.980 230.832

Financiamentos Obtidos 19 181.821.748 147.939.502

Outras Contas a Pagar 20 26.415.322 25.151.361

Diferimentos 15 14.384.848 14.209.184

235.649.378 194.772.755

Total do Passivo 1.002.354.118 1.316.899.858

Total do Capital Próprio e do Passivo 658.560.098 988.365.243

Balanço Notas 31-Dez-1231-Dez-13

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138 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Demonstração dos Resultados

A Técnica Oficial de Contas O Conselho de Administração

Euros

Demonstração dos Resultados Notas 31-Dez-13 31-Dez-12

Vendas e Prestações de Serviços 12 17.613.305 14.806.103

Subsídios à Exploração 511.565 40.255

Ganhos/Perdas Imputados de Subsidiárias, Associadas e Empreendimentos Conjuntos 8 (260.310) (129.988)

Variação nos Inventários da Produção 21 29.431.052 39.816.508

Trabalhos para a Própria Entidade 22 2.719.218 2.387.239

Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas (15.176) (10.676)

Fornecimentos e Serviços Externos 23 (36.257.474) (46.964.019)

Gastos com o Pessoal 24 (6.187.839) (5.101.717)

Provisões (Aumentos/Reduções) 18 (1.443.809) (195.400)

Imparidades de Dívidas a Receber (Perdas/Reversões) 17 (244.770) (132.106)

Outros Rendimentos e Ganhos 25 5.354.954 5.043.236

Outros Gastos e Perdas 26 (2.010.319) (1.234.537)

Resultado Antes de Depreciações, Gastos de Financiamento e Impostos 9.210.398 8.324.898

Gastos/Reversões de Depreciação e de Amortização 28 (5.714.453) (6.044.158)

Imparidade de Investimentos Depreciáveis/Amortizáveis (Perdas/Reversões) 17 (7.468.579) 16.346.989

Resultado Operacional (Antes de Gastos de Financiamento e Impostos) (3.972.634) 18.627.729

Juros e Rendimentos Similares Obtidos 27 31.942 26.206

Juros e Gastos Similares Suportados 27 (10.486.140) (10.873.370)

Resultado Antes de Impostos (14.426.832) 7.780.565

Imposto sobre o Rendimento do Período 9 (2.936.362) 778.475

Resultado Líquido do Período (17.363.194) 8.559.040

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139 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Demonstração das Alterações no Capital Próprio

Euros

Saldo em 1 de janeiro de 2012 387.191.750 483.391 9.202.700 -809.923.340 96.045.381 -22.474.252 -339.474.370

Alterações no Período

Aplicação do Resultado liquido de 2011 -22.474.252 22.474.252 0

Efeito de Aplicação do Método Equivalência Patrimonial -69.574 -69.574

Subsidios ao Investimento reconhecidos no Capital Próprio 3.230.325 3.230.325

Impostos Diferidos relativos a Subsidios ao Investimento -856.037 -856.037

Aumento/Redução de Capital 76.000 76.000

76.000 -69.574 0 -22.474.252 2.374.288 22.474.252 2.380.715

Resultado Liquído do Período 8.559.040 8.559.040

Resultado Integral 31.033.292 10.939.755

Saldo em 31 de dezembro de 2012 387.267.750 413.817 9.202.700 -832.397.592 98.419.670 8.559.040 -328.534.615

Saldo em 1 de janeiro de 2013 387.267.750 413.817 9.202.700 -832.397.592 98.419.670 8.559.040 -328.534.615

Alterações no Período

Aplicação do Resultado liquido de 2012 8.559.040 -8.559.040 0

Efeito de Aplicação do Método Equivalência Patrimonial -545 -545

Subsidios ao Investimento reconhecidos no Capital Próprio 4.968.604 4.968.604

Impostos Diferidos relativos a Subsidios ao Investimento -2.864.271 -2.864.271

Aumento/Redução de Capital

-545 8.559.040 2.104.334 -8.559.040 2.103.788

Resultado Liquído do Período -17.363.194 -17.363.194

Resultado Integral -25.922.234 -25.922.234

Saldo em 31 de dezembro de 2013 387.267.750 413.273 9.202.700 -823.838.553 100.524.004 -17.363.195 -343.794.020

Resultado

Líquido do

Periodo

TOTALDemonstração das Alterações no Capital PróprioCapital

Realizado

Ajustamentos

em Ativos

Financeiros

Outras

Reservas

Resultados

Transitados

Outras

Variações no

Capital Próprio

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140 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Demonstração de Fluxos de Caixa

Euros

Atividades Operacionais:

Recebimentos de Clientes 17.831.425 19.952.197

Pagamentos a Fornecedores -29.074.397 -49.925.332

Pagamentos ao Pessoal -3.125.687 -3.028.544

Caixa Gerada Pelas Operações -14.368.659 -33.001.679

Pagamento/Recebimento de Imposto sobre o Rendimento -73.740 -95.579

Outros Recebimentos/Pagamentos Relativos à Act. Operacional -1.021.265 -738.342

Caixa Gerada Antes das Rubricas Extraordinárias -15.463.664 -33.835.600

Fluxos de Caixa das Atividades Operacionais -15.463.664 -33.835.600

Atividades de Investimento:

Recebimentos Provenientes de:

Ativos Fixos Tangíveis 19.280

Subsídios ao Investimento 21.582.365 118.301.705

Juros e Rendimentos Similares 31.521 7.582

21.633.166 118.309.287

Pagamentos Respeitantes a:

Ativos Fixos Tangíveis -837.773 -824.874

Ativos Intangíveis -25.657.782 -42.754.732

-26.495.556 -43.579.606

Fluxos de Caixa das Atividades de Investimento -4.862.389 74.729.681

Atividades de Financiamento:

Recebimentos Provenientes de:

Financiamentos Obtidos 640.324.185 436.587.599

640.324.185 436.587.599

Pagamentos Respeitantes a:

Financiamentos Obtidos -609.585.584 -403.658.783

Contratos de Locação Financeira -4.599 -6.727

Juros e Gastos Similares -21.138.621 -20.691.673

-630.728.804 -424.357.183

Fluxos de Caixa das Atividades de Financiamento 9.595.381 12.230.416

Variações de Caixa e seus Equivalentes -10.730.672 53.124.497

Caixa e seus Equivalentes no Início do Período 4 59.455.440 6.330.943

Caixa e seus Equivalentes no Fim do Período 4 48.724.768 59.455.440

Demonstração de Fluxos de Caixa Notas 31-Dez-1231-Dez-13

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141 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Anexo

1. Identificação da Entidade

A EDIA - Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (adiante “EDIA”,

“Empresa” ou “Entidade”) é uma sociedade anónima, constituída pelo Decreto - Lei N.º 32/95,

de 11 de fevereiro, segundo o qual passou a ser titular de todos os direitos e obrigações que

pertenciam à Comissão Instaladora da Empresa do Alqueva. O seu capital social é integralmente

detido pelo Estado Português, através da Direção - Geral do Tesouro e Finanças (DGTF). A 31

de dezembro de 2013, o Capital encontrava-se subscrito e realizado em 100%.

Nos termos do disposto no artigo 2.º daquele diploma, com a redação que lhe foi dada pelos

Decretos-Lei N.º 232/98, de 22 de julho, N.º 335/01, de 24 de dezembro e N.º 42/07, de 22 de

fevereiro, a EDIA tem atualmente por objeto social:

A utilização do domínio público hídrico afeto ao Empreendimento de Fins Múltiplos de

Alqueva (EFMA) para fins de rega e exploração hidroelétrica, nos termos do contrato

celebrado com o Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e

Desenvolvimento Regional, em representação do Estado;

A conceção, execução e construção das infraestruturas integrantes do sistema primário

de rega do EFMA, bem como a sua gestão, exploração, manutenção e conservação;

A conceção, execução e construção das infraestruturas integrantes da rede secundária

afeta ao EFMA, em representação do Estado e de acordo com as instruções que lhe

forem dirigidas pelo Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento

do Território; e

A promoção, desenvolvimento e prossecução de outras atividades económicas cujo

aproveitamento contribua para a melhoria das condições de utilização dos recursos

afetos ao EFMA.

No seguimento da consolidação do potencial de exploração energético, que não exclusivamente

hidroelétrico, que constitui uma importante fonte potencial de receitas bem como um importante

complemento à componente de regadio, foi publicado, em 17 de setembro, o Decreto-Lei N.º

313/2007, que aprovou as bases do contrato de concessão a celebrar entre a EDIA e o Estado

concedente. Este Decreto veio estabelecer a concessão dos direitos de exploração das centrais

hidroelétricas de Alqueva e de Pedrógão, respeitando os direitos adquiridos por terceiros

atribuídos ao abrigo de legislação anterior.

Face à legislação em vigor que regulamenta o sector dos recursos hídricos, a EDIA surge como

a entidade concessionária da gestão e exploração do Empreendimento e também como titular,

em regime de exclusividade, dos direitos de utilização privativa do domínio público hídrico

afeto ao EFMA para fins de rega e exploração hidroelétrica.

Em 17 de outubro de 2007, a Empresa celebrou o contrato de concessão com o Ministério do

Ambiente, do Ordenamento, do Território e do Desenvolvimento Regional, que regula a

utilização dos recursos hídricos para captação de água destinada à rega e à produção de energia

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142 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

elétrica no sistema primário do EFMA. Neste contrato, foi conferido à EDIA a gestão e

exploração do EFMA, bem como a utilização do domínio público hídrico afeto ao

Empreendimento.

Em 24 de outubro de 2007, foi celebrado um contrato entre a EDIA e a EDP – Gestão da

Produção de Energia, S.A (EDP), que atribuiu, durante 35 anos, à EDP, a exploração das

centrais hidroelétricas de Alqueva (260 MW), em regime de mercado, e de Pedrógão (10MW),

em regime especial. Este contrato estabelece ainda, os direitos de utilização privativa do

respetivo domínio hídrico, tendo potenciado a valia elétrica do sistema Alqueva-Pedrógão.

Após aprovação do Plano de Investimentos e Orçamentos para 2013 procedeu-se à

reprogramação plurianual dos investimentos, cuja principal alteração consistiu no ajustamento

do cronograma à capacidade disponível de execução, daí resultando a perspetiva de conclusão

do Empreendimento em 2015. Tendo por base os valores previsionais disponíveis mantiveram-

se os valores globais de cada um dos principais programas de investimentos (barragem de

Alqueva; central de Alqueva; barragem e central de Pedrógão; estação elevatória dos Álamos;

rede primária; rede secundária de rega e desenvolvimento regional). A proposta de

reprogramação do plano plurianual de investimentos do EFMA (exceto capitalizações), no

montante global de M€ 2.479,65, foi aprovada pelo Conselho de Administração na reunião de

14 de março de 2013.

Este investimento inclui os montantes realizados e previstos da rede secundária de rega (M€

841,92), cuja propriedade (com exceção da infraestrutura 12, que tem um regime de concessão

excecional) pertence ao Ministério da Agricultura e do Mar (MAM). Deste valor está previsto

realizar entre 2014 e 2015 um montante de M€ 268,34 cujo financiamento comunitário está

previsto no Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER) e no próximo período de

programação.

A principal fonte de financiamento dos investimentos do EFMA tem sido os fundos

comunitários, tendo-se recebido verbas de FEDER, Fundo de Coesão, FEOGA-O, FEADER e

FSE, com origem em três períodos de perspetivas comunitárias (1994-1999, 2000-2006 e 2007-

2013). O FEOGA-O e o FEADER têm apoiado na sua maioria os investimentos da rede

secundária do EFMA; o FEDER e o Fundo de Coesão têm financiado essencialmente as

infraestruturas primárias e de energia.

Indica-se ainda que do investimento total previsto para o EFMA (exceto capitalizações), de M€

2.479,65, até ao final de 2013 tinham-se realizado M€ 2.017,41, aproximadamente 4/5 do total.

No âmbito das candidaturas a financiamentos comunitários a EDIA obteve, até essa data, M€

956 de fundos comunitários, cerca de 47% do investimento realizado. Para fazer face à

contrapartida nacional dos investimentos apoiados pelo FEOGA-O e pelo FEADER, no âmbito

do QCA III e do PRODER, obteve-se M€ 138 de PIDDAC. O financiamento necessário tanto

para a restante contrapartida nacional dos projetos apoiados pelos fundos comunitários, como

para as restantes despesas (funcionamento e encargos financeiros), tiveram origem em dotações

de capital (M€ 387) e empréstimos bancários (M€ 720).

A Empresa tem sede social na Rua Zeca Afonso N.º 2, 7800-522 Beja, e conta em 31 de

dezembro de 2013 com 187 colaboradores.

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143 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

2. Referencial Contabilístico de Preparação das Demonstrações Financeiras

2.1. Bases de Apresentação

As presentes demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade das

operações da Empresa, a partir dos seus registos contabilísticos, mantidos de acordo com as

normas do Sistema de Normalização Contabilística (SNC), regulado pelos seguintes diplomas

legais:

Decreto-Lei N.º 158/2009, de 13 de julho (Sistema de Normalização Contabilística),

com as retificações da Declaração de Retificação N.º 67-B/2009, de 11 de setembro, e

com as alterações introduzidas pela Lei N.º 20/2010, de 23 de agosto;

Aviso N.º 15652/2009, de 7 de setembro (Estrutura Conceptual);

Aviso N.º 15653/2009, de 7 de setembro (Normas Interpretativas do SNC);

Aviso N.º 15655/2009, de 7 de setembro (Normas Contabilísticas e de Relato

Financeiro); e

Portaria N.º 1011/2009, de 9 de setembro (Código de Contas).

Em todos os aspetos relativos ao reconhecimento, mensuração e divulgação foram utilizadas as

Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF) que integram o SNC, as Normas

Internacionais de Contabilidade e de Relato Financeiro (IAS/IFRS) e as respetivas

interpretações (SIC/IFRIC), de forma a colmatar lacunas ou omissões relativas a aspetos de

algumas transações ou situações particulares não previstas no SNC.

As demonstrações financeiras foram elaboradas utilizando os modelos das demonstrações

financeiras previstas no artigo 1.º da Portaria N.º 986/2009, de 7 de setembro, designadamente o

Balanço, a Demonstração dos Resultados, a Demonstração das Alterações no Capital Próprio, a

Demonstração de Fluxos de Caixa e o Anexo.

O normativo SNC foi utilizado na elaboração das demonstrações financeiras pela primeira vez

em 2010, passando a constituir o referencial de base para os períodos subsequentes.

No período findo, em 31 de dezembro de 2013, a que respeitam as presentes demonstrações

financeiras não foram derrogadas quaisquer disposições do SNC que pudessem ter produzido

efeitos materialmente relevantes pondo em causa a imagem verdadeira e apropriada da

informação divulgada.

Na preparação das demonstrações financeiras, o Conselho de Administração formulou

julgamentos, estimativas e pressupostos que afetam a aplicação das politicas contabilísticas e o

valor dos ativos, passivos, rendimentos e gastos incorridos, relativos ao período reportado.

As estimativas e pressupostos associados são baseados na experiência histórica e noutros fatores

considerados razoáveis de acordo com as circunstâncias e formam a base para os julgamentos

sobre os valores dos ativos e passivos cuja valorização não é evidente através de outras fontes.

Todas as estimativas efetuadas pelo Conselho de Administração foram efetuadas com base no

seu conhecimento, à data de 31 de dezembro, dos eventos e das transações em curso.

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144 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data

de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As

alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras

serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo, e dado o grau de incerteza associado, os

resultados reais das transações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas.

As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração e autorizadas

para emissão no dia 25 de março.

As notas do anexo passam a seguir uma sequência lógica e estruturada com referenciação

cruzada às demais demonstrações financeiras.

As principais políticas contabilísticas adotadas na preparação destas demonstrações financeiras

estão descritas abaixo e foram consistentemente aplicadas.

3. Principais Políticas Contabilísticas

As principais políticas contabilísticas adotadas na preparação das demonstrações financeiras

anexas são as seguintes:

3.1. Bases de mensuração usadas na preparação das Demonstrações Financeiras

As demonstrações financeiras são expressas em euros, moeda funcional da Empresa.

Os rendimentos e gastos são registados de acordo com o regime do acréscimo, pelo que são

reconhecidos à medida que são gerados ou incorridos, independentemente do momento em que

são recebidos ou pagos.

Os rendimentos e os gastos reconhecidos na Demonstração dos Resultados que ainda não

tenham sido faturados ou cuja fatura de aquisição ainda não tenha sido rececionada são

registados por contrapartida de “Devedores por Acréscimos de Rendimentos” ou de “Credores

por Acréscimos de Gastos” relevados nas rubricas de Balanço de “Outras Contas a Receber” e

“Outras Contas a Pagar”, respetivamente. Os rendimentos recebidos e os gastos pagos

antecipadamente são registados por contrapartida das rubricas de “Diferimentos” do Passivo e

do Ativo, respetivamente.

3.1.a. Ativos Fixos Tangíveis

Ativos Fixos Tangíveis são itens que:

Sejam detidos para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, para

arrendamento a outros, ou para fins administrativos; e

Se espera que sejam usados durante mais do que um período.

Os ativos fixos tangíveis da Empresa são inicialmente registados ao custo de aquisição. Após o

reconhecimento inicial os ativos fixos tangíveis são mensurados ao custo deduzido das

respetivas depreciações acumuladas e perdas de imparidade acumuladas, quando aplicável.

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145 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

O custo de aquisição inclui:

O preço de compra do ativo;

As despesas diretamente imputáveis à compra; e

Os gastos estimados de desmantelamento e remoção dos ativos e de restauração do

local.

Os custos de empréstimos obtidos que sejam diretamente atribuíveis à construção ou produção

de um ativo elegível para capitalização são capitalizados até ao momento em que os bens

estejam substancialmente concluídos.

Os gastos diretos, relacionados com as áreas técnicas envolvidas na construção de ativos da

Empresa são capitalizados no ativo fixo tangível. Esta capitalização é efetuada em função dos

recursos internos utilizados e dos tempos despendidos, por contrapartida da rubrica de

“Trabalhos para a Própria Entidade”.

Os gastos subsequentes com os ativos fixos tangíveis, grandes reparações que originem

acréscimo de benefícios ou de vida útil esperada, são reconhecidos nesses ativos e depreciados

às taxas correspondentes à vida útil esperada.

Todos os encargos com manutenção e reparações de natureza corrente são reconhecidos como

gastos do período em que são incorridos, de acordo com o regime do acréscimo. As grandes

reparações que originem acréscimo de benefícios ou da vida útil esperada são registadas como

ativos tangíveis e depreciadas às taxas correspondentes à vida útil esperada. A componente

substituída é identificada e abatida. Os ganhos ou perdas decorrentes da alienação de ativos

fixos tangíveis, determinadas pela diferença entre o valor de venda e a respetiva quantia

registada na data da alienação, são contabilizadas em resultados na rubrica “Outros

Rendimentos e Ganhos” ou “Outros Gastos e Perdas”.

No âmbito da IFRIC12 - “Acordos de Concessão de Serviços”, os bens afetos à “concessão”

estão evidenciados na rubrica de “Ativos Intangíveis”.

As depreciações dos bens do “Ativo Fixo Tangível”, isto é, dos bens não afetos à concessão,

deduzidos do seu valor residual, são calculadas de acordo com o método da linha reta (quotas

constantes) e por duodécimos a partir do mês em que se encontram disponíveis para utilização,

durante a vida útil dos ativos, a qual é determinada em função da utilidade esperada. As taxas de

depreciação praticadas correspondem, em média, às seguintes vidas úteis estimadas para as

diversas classes de ativos:

(Anos)

Terrenos e Recursos Naturais -

Edifícios e Outras Construções 50

Equipamento Básico 2 - 32

Equipamento de Transporte 2 - 8

Equipamento Administrativo 1 - 16

Outros Ativos Fixos Tangíveis 1 - 24

Conta Vida Útil

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146 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

A depreciação cessa quando os ativos passam a ser classificados como detidos para venda.

Em cada data de relato, a EDIA avalia se existe qualquer indicação de que um ativo possa estar

em imparidade e sempre que existam tais indícios, os ativos fixos tangíveis são sujeitos a testes

de imparidade. Quando o montante pelo qual um ativo se encontra reconhecido é superior à sua

quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na Demonstração dos

Resultados na rubrica de “Imparidade de Investimentos Depreciáveis/Amortizáveis

(perdas/reversões)”. A quantia recuperável corresponde ao valor mais alto entre o preço de

venda líquido (montante que se obteria com a alienação do ativo numa transação ao alcance das

partes envolvidas, deduzido dos custos diretamente atribuíveis à alienação) e o valor de uso

(valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que se espera que surjam do uso

continuado do ativo e da sua alienação no final da sua vida útil).

A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando

há evidências de que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram,

sendo reconhecida na demonstração dos resultados como dedução à rubrica “Imparidade de

investimentos depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões)”. Contudo, a reversão da perda por

imparidade é efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de depreciações)

caso a perda por imparidade não tivesse sido registada em anos anteriores, e é reconhecida como

um rendimento na Demonstração dos resultados.

3.1.b. Ativos Intangíveis

Um ativo intangível é um ativo não monetário identificável sem substância física. Um ativo

intangível é reconhecido se, e apenas se:

For provável que os benefícios económicos futuros esperados que sejam atribuíveis ao

ativo fluam para a Empresa; e

O custo do ativo possa ser fiavelmente mensurado.

Os ativos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição ou produção, deduzido das

amortizações acumuladas e eventuais perdas de imparidade, quando aplicável e só são

reconhecidos se for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para a

Empresa, se possam mensurar com fiabilidade e se a Empresa possuir o controlo sobre os

mesmos.

A EDIA adotou, no exercício de 2010, a interpretação IFRIC12 - “Acordos de Concessão de

Serviços”, aplicável às atividades de produção de energia e de distribuição de água

desenvolvidas ao abrigo do contrato de concessão celebrado com o Estado. Assim, com efeitos

à data de transição para as NCRF (1 de Janeiro de 2009) e nos exercícios de 2009 (reexpresso) e

de 2010, a Empresa:

Transferiu todo o investimento associado a essas atividades da rubrica de “Ativos Fixos

Tangíveis” para a de “Ativos Intangíveis”;

Ajustou a política de depreciação/amortização desses investimentos e de

reconhecimento em rendimentos dos respetivos subsídios, que passaram todos a ser

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147 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

amortizados pelo método das quotas constantes ao longo do período da concessão, isto

é:

As infraestruturas que já se encontravam disponíveis para uso à data do início

da concessão (1 de novembro de 2007) são amortizadas ao longo dos 75 anos

da concessão, ou seja, de novembro de 2007 a outubro de 2082; e

As infraestruturas que ainda não estavam disponíveis para uso em 1 de

novembro de 2007 são amortizadas desde a data em que cada uma delas ficou

ou ficará disponível para uso até ao final do período de concessão (outubro de

2082).

Constituiu e passou a atualizar anualmente uma provisão para fazer face aos encargos

estimados relativos à obrigação contratual de manter/conservar as infraestruturas ao

longo do período da concessão.

A provisão para fazer face à obrigação de manter/conservar as infraestruturas engloba apenas as

grandes reparações e substituições que se prevê que venham a ser efetuadas ao longo do período

da concessão, não incluindo assim a manutenção e a conservação correntes desses ativos, as

quais são reconhecidas como gastos nos exercícios em que ocorrem, ou, caso se verifique uma

reversão da provisão, a referida será registada numa conta de rendimentos.

A EDIA avalia a necessidade de efetuar testes de imparidade aos seus ativos intangíveis no final

de cada ano. Estes testes são efetuados sempre que são identificados eventos ou alterações nas

circunstâncias que indicam que o montante pelo qual um ativo se encontra mensurado, possa

não ser recuperado, sendo ponderada a sua realização, tendo em conta a relação custo-

benefício. Sempre que o montante pelo qual um ativo se encontra reconhecido é superior à sua

quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na Demonstração dos

Resultados na rubrica de “Imparidade de Investimentos Depreciáveis/Amortizáveis

(perdas/reversões)”. Uma vez que, nos termos do contrato de concessão, se tratam de ativos não

alienáveis, a quantia recuperável corresponde ao respetivo valor de uso (valor presente dos

fluxos de caixa futuros estimados que se espera que surjam do uso continuado do ativo).

Tendo presente as disposições da NCRF12 - “Imparidade de Ativos”, que referem que, “Após o

reconhecimento de uma perda por imparidade, o encargo com a depreciação (amortização) do

ativo deve ser ajustado nos períodos futuros para imputar a quantia escriturada revista do ativo,

menos o seu valor residual (se o houver) numa base sistemática, durante a sua vida útil

remanescente”, cessaram-se as amortizações dos bens afetos ao segmento “água” (e

consequente reversão de perdas de imparidade no mesmo montante), cujo valor líquido

contabilístico é nulo.

A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando

os motivos que provocaram o registo das mesmas deixam de existir e consequentemente o ativo

deixa de estar em imparidade.

Nos exercícios anteriores (2009 a 2012), tendo-se identificado duas unidades geradoras de

caixa, a “distribuição de água” e a “energia”, foram efetuados testes de imparidade aos ativos

intangíveis, calculando-se o valor presente dos fluxos de caixa futuros associados a esses ativos

líquidos sendo que, apenas uma se encontra em imparidade: a “distribuição de água”.

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148 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Estando as imparidades relacionadas com ajustamentos periódicos do valor dos ativos

intangíveis, pelo processo de alocação do gasto, via amortização, no sentido da sua valorização,

não sendo neste contexto, tratados os potenciais ganhos e, havendo já evidências objetivas que

existem perdas futuras no investimento e dado que a realização dos testes de imparidade

(anuais) implica um aumento exponencial de encargos, os mesmos não se efetuaram em

dezembro de 2013.

3.1.c. Investimentos em Curso

Os “Investimentos em Curso” representam os ativos fixos tangíveis e intangíveis ainda em fase

de construção/desenvolvimento, encontrando-se registados ao custo de aquisição, deduzido das

perdas por imparidade acumuladas. Estes ativos são depreciados a partir do mês em que se

encontrem em condições de ser utilizados nos fins pretendidos.

Em virtude da EDIA se encontrar ainda numa fase de investimento, têm vindo a ser

capitalizados:

Os gastos financeiros diretamente relacionados com o financiamento do investimento

que ainda se encontra em fase de construção/desenvolvimento, até ao momento em que

cada infraestrutura esteja substancialmente concluída;

Os gastos com o pessoal diretamente relacionado com a atividade de planeamento e

obra; e

Os fornecimentos e serviços externos, que são, pela sua natureza, registados nos centros

de custos diretamente relacionados com a construção das infraestruturas.

3.1.d. Política de Capitalização de Encargos de Estrutura e Financeiros

Os encargos financeiros relacionados com financiamentos obtidos são reconhecidos como gasto

de acordo com o regime do acréscimo, com exceção dos encargos financeiros com

financiamentos obtidos diretamente relacionados com a construção de ativos fixos, ou

associados às concessões, que são capitalizados, fazendo parte do custo do ativo. A

capitalização destes encargos começa após o início da preparação das atividades de construção

ou desenvolvimento do ativo e termina quando a construção se encontra substancialmente

concluída, sendo interrompida sempre que o projeto em causa se encontre suspenso.

Os gastos de estrutura da Empresa e os gastos financeiros que têm ligação direta com o

Empreendimento em fase de construção têm vindo a ser capitalizados, de forma consistente ao

longo do tempo.

Com a conclusão das obras e a entrada em exploração das barragens e centrais hidroelétricas de

Alqueva (em dezembro de 2005) e Pedrógão (em 2006), também com a entrada em exploração

dos perímetros de rega do: (i) Monte - Novo (1.º semestre de 2009), (ii) Alvito - Pisão e Pisão

(2010), (iii) Orada Amoreira, Brinches, Brinches-Enxoé, Serpa, Blocos de Ferreira, Figueirinha

e Valbom, Alfundão e Infraestrutura 12 (2011), (iv) Loureiro-Alvito (1.º semestre de 2012), (v)

Ervidel 1 (2.º semestre de 2012) e Ervidel 2 e 3 e o Pedrogão 1 margem direita, no ano de 2013,

os gastos afetos a essas infraestruturas passaram a ser considerados diretamente como gastos do

exercício, e os custos financeiros a eles associados deixaram de ser capitalizados.

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149 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Segundo a política de capitalização definida, não são capitalizados os gastos relativos: a) aos

órgãos sociais, secretariado e gabinetes de apoio; b) à Direção de Administração e Finanças,

com exceção do Departamento de Planeamento e Controlo de Investimentos e do Departamento

de Sistemas de Informação; c) à Direção de Gestão do Património, com exceção do

Departamento de Expropriações; d) à Direção de Economia da Água e Promoção do Regadio; e

e) ao Departamento de Manutenção, Exploração e Segurança, que pertence à Direção de

Infraestruturas Primárias e de Energia.

A chave de repartição para os custos de funcionamento imputados ao investimento tem em

conta o seguinte:

Os gastos de funcionamento dos serviços são distribuídos pelas direções capitalizáveis

com base no número de colaboradores;

Os gastos das direções são imputados da seguinte forma:

Direção de Infraestruturas de Rega: 100% para a rede secundária;

Direção de Infraestruturas Primárias e de Energia: 100% para a rede primária; e

Direção de Engenharia, Ambiente e Planeamento: 50% para a rede primária e 50% para

a rede secundária.

3.1.e. Trabalhos para a própria Entidade

Nesta rubrica são reconhecidos os gastos dos recursos diretamente atribuíveis aos ativos fixos

tangíveis e intangíveis, durante a sua fase de desenvolvimento/construção, quando se conclui

que os mesmos serão recuperados através da realização daqueles ativos.

São mensurados ao custo, sendo portanto reconhecidos sem qualquer margem, com base em

informação interna especialmente preparada para o efeito (custos internos) ou nos custos de

aquisição.

Os “Trabalhos para a Própria Entidade” refletem a capitalização dos encargos de estrutura que

são basicamente os gastos com o pessoal e com trabalhos efetuados por terceiros sob

administração direta da Empresa. As obras de construção, executadas pela própria Empresa,

bem como as reparações de equipamentos que incluem despesas com materiais, mão-de-obra

direta e gastos gerais, estão associados às obras em curso do EFMA.

Este procedimento está de acordo com a política de capitalização de encargos de estrutura

mencionada no ponto anterior.

Tais despesas são objeto de capitalização apenas quando sejam preenchidos os seguintes

requisitos:

Os ativos desenvolvidos são identificáveis;

Existe forte probabilidade de os ativos virem a gerar benefícios económicos futuros; e

Os custos de desenvolvimento são mensuráveis de forma fiável.

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150 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

3.1.f. Participações Financeiras

Empresas Subsidiárias

As participações financeiras em empresas nas quais a EDIA exerce um domínio ou influência

significativa são registadas pelo Método da Equivalência Patrimonial (MEP). De acordo com

este método, as participações financeiras são registadas inicialmente pelo seu custo de aquisição

e posteriormente ajustadas em função das alterações verificadas, após a aquisição, na quota-

parte da Empresa, anualmente, nos ativos líquidos das correspondentes empresas do grupo, por

contrapartida de ganhos ou perdas do exercício. As participações são ainda ajustadas pelo valor

correspondente à participação noutras variações nos capitais próprios dessas empresas por

contrapartida da rubrica “Ajustamentos em Ativos Financeiros”.

É feita uma avaliação dos investimentos financeiros quando existem indícios de que o ativo

possa estar em imparidade, sendo registadas como gastos na Demonstração dos Resultados, as

perdas por imparidade que se conclua existir.

Outras Participações Financeiras

As participações detidas no capital de entidades que não conferem à EDIA uma influência

dominante ou significativa (participações representativas de menos de 20% do respetivo capital)

encontram-se registadas ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade

acumuladas.

Conforme previsto na NCRF27 - “Instrumentos Financeiros”, à data do relato, a EDIA avalia a

imparidade de todos os ativos financeiros, que não sejam mensurados ao justo valor através de

resultados. Se existir uma evidência objetiva de imparidades, é reconhecida uma perda por

imparidade na Demonstração dos Resultados.

3.1.g. Locações

A classificação das locações como financeiras ou operacionais é feita em função da sua

substância e não da forma legal do contrato, dando cumprimento aos critérios estabelecidos na

NCRF 9 -“Locações”.

As locações são classificadas como financeiras, sempre que nos seus termos ocorra a

transferência substancial para o locatário, de todos os riscos e vantagens associados à

propriedade do bem. Todas as restantes operações são classificadas como locações operacionais.

Os ativos adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes

responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro, reconhecendo os ativos fixos

tangíveis e as depreciações acumuladas correspondentes e as dívidas pendentes de liquidação de

acordo com o plano financeiro contratual.

As rendas são constituídas pelo encargo financeiro e pela amortização financeira do capital.

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151 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Os juros incluídos no valor das rendas e as depreciações dos ativos fixos tangíveis são

reconhecidos como gastos na Demonstração dos Resultados do exercício a que respeitam.

Como referido acima, as locações operacionais são aquelas em que não forem transferidos

substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse do ativo sob locação, para o

locatário.

Nas locações consideradas como operacionais, os pagamentos (rendas) devidos são

reconhecidos como gastos na Demonstração dos Resultados, dos períodos a que dizem respeito,

numa base linear durante o período do contrato de locação.

A Empresa mantém responsabilidades de médio e longo prazo em contratos de locação

operacional de viaturas.

Por seu turno, os bens reconhecidos em regime de locação financeira são equipamentos

administrativos (fotocopiadoras e impressoras) e uma viatura ligeira de passageiros, cujo

contrato terminou em maio de 2013.

Relativamente às divulgações requeridas pela norma NCRF9 - “Locações”, dada a reduzida

expressão dos contratos de locação financeira e operacional em vigor em 2013 e anos anteriores,

não se procedeu à divulgação completa da informação no que respeita à divulgação dos

montantes dos pagamentos mínimos, ou que lhe possam ser exigidos (todos os pagamentos

incluindo eventualmente o valor da opção de compra), em virtude da sua imaterialidade e de se

considerar que não proporciona informação adicional relevante para o conhecimento da posição

financeira e desempenho financeiro da Empresa e para a tomada de decisões dos diversos

utilizadores da informação.

3.1.h. Instrumentos Financeiros - Ativos e Passivos Financeiros

Um instrumento financeiro é um contrato que dá origem a um ativo financeiro numa entidade e

a um passivo financeiro ou instrumento de capital próprio noutra entidade.

Os ativos e passivos financeiros são reconhecidos no Balanço quando a Empresa se torna parte

das correspondentes disposições contratuais.

Para os ativos financeiros que apresentam indicadores de imparidade é determinado o respetivo

valor recuperável, sendo as perdas por imparidade registadas por contrapartida de resultados.

Um ativo financeiro é qualquer ativo que seja dinheiro ou um direito contratual de receber

dinheiro.

Um passivo financeiro é qualquer passivo que se consubstancie numa obrigação contratual de

entregar dinheiro.

Os ativos financeiros da Empresa são basicamente os “Clientes”, “Outras Contas a Receber” e

“Caixa e Equivalentes de Caixa”.

Os passivos financeiros são fundamentalmente os “Financiamentos Obtidos”, “Fornecedores” e

“Outras Contas a Pagar”.

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152 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Clientes e Outras Contas a Receber

No que respeita aos “Clientes”, as dívidas resultam de serviços prestados pela Empresa no

decurso normal da sua atividade, efetuadas de acordo com as condições normais de crédito de

curto prazo, pelo que são mensuradas pelo valor não descontado dos fluxos de caixa a receber,

deduzidos das perdas por imparidade, sendo expectável que a sua cobrança ocorra dentro de um

ano ou menos, registam-se em “Ativo Corrente”.

Não se aplica o critério de mensuração do custo amortizado aos saldos de “Clientes”, em virtude

dos prazos de recebimento definidos, na sua maioria, serem cumpridos e não se perspetivarem

atrasos significativos ou diferimentos no recebimento aquando do seu reconhecimento inicial.

Assim, a aplicação do custo amortizado na mensuração dos ativos financeiros em causa não

seria adequada.

Mas mesmo não sendo um valor significativo, no ano de 2013, a EDIA reconheceu perdas por

imparidade neste tipo de ativos financeiros (NCRF 27- “Instrumentos Financeiros”).

As “Outras Contas a Receber” são registadas pelo seu valor nominal, deduzido de eventuais

perdas de imparidade, pois a EDIA considera que o impacto que o critério do custo amortizado

teria nas suas contas seria nulo.

As perdas de imparidade correspondem à diferença entre a quantia inicialmente registada e o

seu valor recuperável, sendo este o valor presente dos “cash-flows” esperados (descontados à

taxa efetiva sempre que o efeito do valor temporal do dinheiro for significativo), as quais são

reconhecidas na Demonstração dos Resultados do período em que são estimadas.

Para efeitos de determinação das perdas por imparidade, consideram-se créditos de cobrança

duvidosa aqueles que o risco de incobrabilidade esteja devidamente justificado, o que se verifica

nos casos em que os créditos estejam em mora há mais de doze meses desde a data do respetivo

vencimento e existam provas objetivas de terem sido efetuadas diligências para o seu

recebimento.

O saldo da rubrica de “Outras Contas a Receber”, reflete essencialmente: (i) a dívida da

DGADR (ver Nota 14); (ii) Fundos Comunitários; (iii) Devedores por Acréscimos de

Rendimentos.

Os Fundos Comunitários são recebidos num curto prazo após a data do Balanço pelo que são

mensuradas pelo valor não descontado dos fluxos de caixa a receber (não há perdas por

imparidade neste caso, pois só são reconhecidos como dívidas a receber, os subsídios que

satisfazem os critérios de reconhecimento estabelecidos na NCRF 22 - “Contabilização de

subsídios do governo e divulgação de apoios do governo”, ou seja, quando existe segurança de

que a EDIA cumprirá as condições a eles associadas e de que os subsídios serão recebidos).

Quanto aos “Devedores por Acréscimos de Rendimentos”, os mesmos são regularizados no

curto prazo, sendo reconhecidos pelo valor não descontado dos rendimentos reconhecidos no

exercício.

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153 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Caixa e Depósitos Bancários

No Balanço, os montantes incluídos na rubrica de “Caixa e Depósitos Bancários” correspondem

aos valores de caixa e aos depósitos à ordem ou a prazo. Na Demonstração dos Fluxos de Caixa,

a rubrica “Caixa e seus Equivalentes” inclui os valores em caixa e depósitos à ordem, bem como

os investimentos financeiros a curto prazo (incluindo os depósitos a prazo) que possam ser

imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.

Para efeitos de Demonstração de Fluxos de Caixa, a rubrica de “Caixa e seus Equivalentes” é

deduzida dos descobertos bancários, que no Balanço são incluídos na rubrica de

“Financiamentos Obtidos”.

Financiamentos Obtidos

Os financiamentos obtidos são registados no Passivo pelo custo amortizado, sendo os

correspondentes encargos financeiros calculados de acordo com a taxa de juro efetiva e,

registados em resultados de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

São expressos no Passivo Corrente ou não Corrente, dependendo do seu vencimento ocorrer a

menos ou mais de um ano, respetivamente. O seu desreconhecimento só ocorre quando cessam

as obrigações decorrentes dos contratos, designadamente quando tenha havido lugar a

liquidação, cancelamento ou expiração.

Os encargos financeiros, relacionados com os empréstimos obtidos para financiamento do

investimento em curso, são capitalizados até ao momento em que a infraestrutura esteja

substancialmente concluída.

Contas a Pagar

Os saldos de “Fornecedores”, “Fornecedores de Investimento” e “Outros Credores” (não

incluindo portanto os financiamentos obtidos, que tem uma secção autónoma) respeitam à

generalidade das aquisições de bens e serviços contratadas pela Empresa, no decurso normal da

sua atividade e de acordo com as condições normais do mercado, que correspondem a um

crédito de curto prazo.

Assim, estas contas a pagar são mensuradas pelo seu valor nominal, que corresponde ao valor

não descontado dos fluxos de caixa a pagar.

Se o pagamento for devido dentro de um ano ou menos, são classificadas como “Passivo

Corrente”, caso contrário, são classificadas como “Passivo não Corrente”.

3.1.i. Depósitos Cativos

O prazo de resolução dos processos aos quais se encontram afetos os depósitos cativos, pode

abranger vários exercícios, no entanto a Empresa, para o processo cujo montante é

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154 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

materialmente relevante, estimou a data de ocorrência dos fluxos de caixa associados e

consequente aplicação do custo amortizado.

3.1.j. Inventários

O valor dos inventários inclui todos os gastos de compra, gastos de conversão e outros gastos

incorridos para colocar os inventários no seu local e na sua condição atual, encontrando-se

valorizados ao custo de aquisição.

No âmbito do Contrato de Entrega e respetivo “Contrato de Concessão relativo à Gestão,

Exploração, Manutenção e Conservação das Infraestruturas da Rede Secundária do EFMA”,

assinado em 8 de abril de 2013, pela EDIA e pelo Estado, representado pela DGADR, a EDIA

entregou ao Estado, as infraestruturas relativas à rede secundária de rega, já concluídas. Assim o

investimento realizado, nestas infraestruturas da rede secundária que já estavam

substancialmente concluídas, antes evidenciado na subconta de “Produtos Acabados e

Intermédios”, deduzido dos respetivos subsídios ao investimento, foram transferidos para a

conta da DGADR na rubrica “Outras Contas a Receber”.

Em novembro de 2013, através de um novo Contrato de Entrega entre a EDIA e a DGADR, à

semelhança do efetuado com outras infraestruturas da rede secundária, a EDIA procedeu, em

representação do Estado, à conceção, execução e construção das infraestruturas integrantes da

rede de rega e de drenagem, bem como de todos os bens e equipamentos a ela afetos, do

Aproveitamento Hidroagrícola de Aljustrel, cujo investimento se encontrava registado, em

“Produtos e Trabalhos em Curso” e foi transferido para a conta da DGADR, na rubrica de

“Outras Contas a Receber” (ver Nota 14).

Deste modo, a 31 de dezembro de 2013, o saldo da rubrica de “Inventários” traduz o valor da

subconta de “Produtos e Trabalhos em Curso”, referente aos investimentos afetos aos blocos de

rega ainda em construção.

3.1.k. Reconhecimento de Gastos e Rendimentos

Os gastos e rendimentos são registados no período a que se referem independentemente do seu

pagamento ou recebimento, de acordo com o regime contabilístico da especialização dos

exercícios. As diferenças entre os montantes pagos e recebidos e os respetivos gastos e

rendimentos são registados no Passivo e no Ativo, respetivamente.

Rédito (descrição mais pormenorizada na Nota 3.1.n)

O rédito é o influxo bruto de benefícios económicos durante o período proveniente do curso das

atividades ordinárias da EDIA quando esses influxos resultam em aumentos de capital próprio,

que não sejam aumentos relacionados com contribuições de participantes no capital próprio.

O rédito é mensurado pelo justo valor da retribuição recebida ou a receber.

O rédito pode ser proveniente das vendas de bens, prestações de serviços e do uso de ativos que

produzam juros, royalties e dividendos.

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155 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Encargos com Financiamentos Obtidos

De acordo com o preconizado na NCRF10 - “Custos de Empréstimos Obtidos”, os encargos

financeiros relacionados com empréstimos obtidos são reconhecidos como um gasto do período

em que sejam incorridos, de acordo com o regime do acréscimo e em conformidade com o

método da taxa de juro efetiva.

Os encargos financeiros com empréstimos obtidos diretamente relacionados com a construção

de ativos fixos, ou associados às concessões são capitalizados, fazendo parte do custo do ativo.

A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das atividades de

construção ou desenvolvimento do ativo e termina quando a construção se encontra

substancialmente concluída, sendo também interrompida sempre que o projeto em causa se

encontre suspenso.

3.1.l. Provisões

São reconhecidas provisões quando: (i) a Empresa tem uma obrigação presente, legal ou

construtiva, resultante dum acontecimento passado, (ii) seja provável que para a liquidação

dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e (iii) o montante da obrigação possa ser

razoavelmente estimado.

O montante reconhecido das provisões consiste no valor presente da melhor estimativa (na data

de relato) dos recursos necessários para liquidar a obrigação. Tal estimativa é determinada

considerando os riscos e incertezas associados à obrigação.

Numa base semestral, as provisões são sujeitas a uma revisão, por parte do Gabinete Jurídico da

Empresa, de acordo com a melhor estimativa das respetivas responsabilidades futuras, a essa

data, tendo em consideração os riscos e incertezas inerentes a tais estimativas.

As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras da EDIA são

continuamente avaliados e aprovados pelo Conselho de Administração, representando à data de

cada relato a melhor estimativa da Empresa, tendo em conta o desempenho histórico, a

experiência acumulada e as expectativas sobre eventos futuros, que nas circunstâncias em causa,

se acreditam serem razoáveis.

São constituídas provisões para processos judiciais em curso e para expropriações litigiosas,

bem como de todos os encargos estimados, responsabilidade da Empresa, quando existe uma

estimativa fiável de custos a incorrer decorrentes de ações interpostas por terceiros, com base na

avaliação da efetivação da probabilidade de pagar, tendo por base o parecer de advogados e

peritos dos Tribunais Arbitrais.

Na sequência do contrato de concessão celebrado com o Estado, em outubro de 2007 e na

sequência da entrada em vigor das NCRF e da IFRIC12 - “Acordos de Concessão de Serviços”,

a EDIA constitui, reforça ou reverte semestralmente a provisão, para fazer face aos encargos

estimados relativos à obrigação contratual de manter/conservar, ao longo do período da

concessão, as infraestruturas afetas às atividades de produção de energia e de distribuição de

água, que revertem para o Estado no final do período da concessão. Esta provisão engloba

apenas as grandes reparações e substituições que se prevê que venham a ser efetuadas ao longo

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156 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

do período da concessão, não incluindo a manutenção e a conservação correntes desses ativos,

as quais são reconhecidas como gastos nos exercícios em que ocorrem.

Neste sentido, são constituídas provisões para os gastos com a manutenção e conservação dos

ativos, responsabilidade da EDIA relativos à obrigação contratual de manter/conservar as

infraestruturas da rede secundária ao longo do período da concessão.

3.1.m. Subsídios

Os subsídios são reconhecidos quando existe uma garantia razoável de que irão ser efetivamente

recebidos e que a Empresa irá cumprir com as condições exigidas para a sua concessão.

Os subsídios relacionados com rendimentos são reconhecidos como rendimentos na

Demonstração dos Resultados no mesmo período do que os gastos que os mesmos se destinam a

compensar.

Com exceção dos subsídios referentes à rede secundária de rega e dos associados à atividade de

distribuição de água (cujos ativos se tem vindo a concluir que estão em imparidade total), os

subsídios atribuídos pelo Estado Português e pela União Europeia para financiar investimentos

em ativos fixos são reconhecidos inicialmente no Capital Próprio na rubrica de “Outras

Variações nos Capitais Próprios” e subsequentemente reconhecidos na Demonstração dos

Resultados em “Outros Rendimentos e Ganhos”, numa base sistemática como rendimentos do

período, de forma consistente e proporcional às depreciações dos ativos subsidiados e respetiva

percentagem de comparticipação.

Os subsídios destinados à construção da rede secundária de rega são reconhecidos em

“Diferimentos”, no Passivo, uma vez que, quando estes ativos forem transferidos para outra

entidade, os subsídios que lhes estão associados serão deduzidos ao investimento evidenciado

na rubrica de “Inventários”, correspondendo o valor líquido ao montante que a EDIA pretende

receber, por ter executado estes investimentos com fundos próprios, por conta do Estado.

Os subsídios associados à atividade de distribuição de água, cujos ativos se tem vindo a concluir

que estão em imparidade total, têm vindo a ser desreconhecidos no âmbito do registo das perdas

de imparidade dos respetivos ativos, isto é, estas perdas são reconhecidas na Demonstração dos

Resultados pelo valor líquido dos respetivos subsídios.

Os subsídios à exploração, nomeadamente para agricultura, turismo, ambiente e para a formação

de colaboradores, são reconhecidos na Demonstração dos Resultados como rendimentos durante

os períodos necessários para os balancear com os gastos incorridos.

3.1.n. Rédito

Venda de Bens e Prestação de Serviços

O reconhecimento de um rédito relativo a vendas e prestação de serviços exige que: (i) o

montante possa ser fiavelmente mensurado, (ii) seja provável que os benefícios económicos

futuros associados com a transação fluam para a Empresa.

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157 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

O rédito decorrente da atividade ordinária da Empresa é mensurado pelo justo valor da

contraprestação recebida ou a receber, entendendo-se como tal o que é livremente fixado entre

as partes contratantes numa base de independência, sendo que, relativamente à venda de bens e

prestação de serviços, o justo valor reflete eventuais descontos concedidos e não inclui o

Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA).

Na atividade de distribuição de água a Empresa apenas reconhece o rédito que resulta da

aplicação das tarifas aprovadas pelo Estado.

A 26 de maio de 2010 foi publicado o Despacho N.º 9000/2010, com efeitos a partir de 01 de

junho, que aprovou o tarifário que estabelece o preço da água destinado à rega para uso agrícola

fornecida pela EDIA no âmbito do serviço público de água do EFMA, que refere que:

À saída da rede primária, para fornecimento de água às entidades que tenham a seu

cargo a gestão, exploração, manutenção e conservação das infraestruturas integradas na

rede secundária adstrita a cada perímetro: € 0,042/m3;

À saída da rede secundária, para fornecimento de água em alta pressão às explorações

agrícolas: € 0,089/m3;

À saída da rede secundária, para fornecimento de água em baixa pressão às explorações

agrícolas: € 0,053/m3; e

Fornecimento de água captada diretamente no sistema primário: € 0,053/m3.

O valor do tarifário pelo fornecimento de água para uso agrícola no primeiro ano é reduzido a

30% dos valores indicados, aumentando anual, automática, progressiva e linearmente a partir do

ano subsequente, até perfazer os 100% no oitavo ano.

O rédito é reconhecido com base nos valores do preço da água e nos consumos, ou seja, o rédito

regista-se pelo resultado da multiplicação dos valores do preço da água aprovado pelos

consumos verificados no período.

O rédito do serviço disponibilizado pela EDIA relacionado com a distribuição de água é

calculado de acordo com os preços da água definidos pelo Estado, que por sua vez, na sua

definição, consideram um conjunto de pressupostos que extravasam o interesse económico dos

investimentos realizados.

O preço da água destinado à rega para uso agrícola foi atualizado nas taxas de variação média

anual do índice de preços ao consumidor exceto habitação para Portugal, em 2012, de 2,75%.

Em 2013, face a esta atualização, os valores aplicados para a componente de conservação são de

€ 53,50/ha/ano para a adução em alta pressão e de € 16,05/ha/ano para a adução em baixa

pressão. No que respeita à componente de exploração os valores aplicados para alta e baixa

pressão são de 0,0735€/m3 e 0,0475€/m3, respetivamente.

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158 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Juros

O rédito de juros é reconhecido utilizando o método do juro efetivo, desde que seja provável

que benefícios económicos fluam para a Empresa e o seu montante possa ser mensurado com

fiabilidade.

Estes juros são registados no período a que respeitam, de acordo com o regime do acréscimo.

3.1.o. Imposto Sobre o Rendimento

O imposto sobre o rendimento engloba os impostos correntes e os impostos diferidos.

O valor do imposto corrente é a quantia a pagar ou a recuperar de imposto sobre o rendimento

respeitante ao lucro ou à perda tributável de um período, ajustado de acordo com a legislação e

regras fiscais.

O imposto corrente a pagar é baseado no lucro tributável, calculado de acordo com os critérios

fiscais vigentes à data do Balanço. O lucro tributável difere do resultado contabilístico, uma vez

que exclui diversos gastos e rendimentos que apenas serão dedutíveis ou tributáveis noutros

exercícios. O lucro tributável exclui ainda gastos e rendimentos que nunca serão dedutíveis ou

tributáveis.

Os impostos diferidos decorrem das diferenças temporárias entre a base fiscal de ativos e

passivos e os seus valores nas demonstrações financeiras, utilizando as taxas de imposto

aprovadas à data de Balanço e que se espera que venham a ser aplicadas quando as diferenças

temporárias reverterem.

Os impostos correntes e diferidos são reconhecidos como um gasto ou como um rendimento e

incluídos no resultado líquido do período, exceto quando o imposto provenha de uma transação

ou acontecimento que seja reconhecido, no mesmo ou num diferente período, diretamente no

capital próprio, caso em que o respetivo imposto é diretamente debitado ou creditado ao capital

próprio.

Porém tal reconhecimento unicamente se verifica quando existem expectativas razoáveis de

lucros fiscais futuros suficientes para utilizar esses ativos por impostos diferidos ou quando

existam impostos diferidos passivos cuja reversão seja expectável no mesmo período em que os

impostos diferidos ativos possam ser utilizados. Em cada data de relato é efetuada uma revisão

desses ativos por impostos diferidos, sendo os mesmos ajustados em função das expectativas

quanto à sua utilização futura.

A Empresa não contabiliza ativos por impostos diferidos relacionados com o reporte de

prejuízos fiscais por não haver uma segurança razoável quanto à existência de lucros tributáveis

futuros que permitam a utilização desses prejuízos fiscais. Em relação às diferenças temporárias

dedutíveis geradas pelas perdas de imparidade do segmento “água” registadas na rubrica de

“Ativos Intangíveis”, em 2013 e anos anteriores, as mesmas só dão origem ao registo de ativos

por impostos diferidos na medida em que se considera provável que esteja disponível lucro

tributável contra o qual essas diferenças possam ser utilizadas, o que se verifica somente em

relação a um montante equivalente ao das diferenças temporárias tributáveis associadas aos

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159 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

subsídios registados no Capital Próprio (que dão origem ao reconhecimento de um passivo por

imposto diferido associado à tributação futura desses subsídios, que ocorrerá ao longo do

período em que os mesmos serão imputados como rendimentos), que se espera que venham a

reverter nos mesmos períodos (isto é, de forma sistemática e regular ao longo do período da

concessão) em que ocorrerá a reversão das diferenças tributárias dedutíveis.

A Empresa encontra-se sujeita a Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) à

taxa de 25%, sendo a derrama calculada a uma taxa máxima de 1,5% do lucro tributável.

Para a mensuração dos impostos diferidos, no encerramento das contas reportadas a 31 de

dezembro de 2013, a taxa aplicada foi de 23%, uma vez que a Lei nº 2/2014 de 16 de janeiro já

se encontrava aprovada pela Assembleia da República desde 20 de dezembro de 2013,

inserindo-se deste modo na norma NCRF 25 - “Imposto sobre o rendimento”, entendimento este

defendido pela Comissão de Normalização Contabilística.

Nos termos do artigo 88.º do Código do IRC, a Empresa encontra-se sujeita adicionalmente a

tributação autónoma sobre um conjunto de encargos, às taxas previstas no mencionado artigo.

No entanto as taxas de tributação autónoma são elevadas em 10%, uma vez que a EDIA

apresenta prejuízo fiscal no período de tributação (exercício de 2013).

De acordo com a legislação em vigor, as declarações de rendimentos para efeitos fiscais são

passíveis de revisão e correção pela Administração Tributária durante um período de quatro

anos. Contudo, este prazo poderá ser prolongado ou suspenso desde que estejam em curso

inspeções, reclamações ou impugnações, ou se tiver havido prejuízos fiscais, situação em que,

durante um período de seis anos após a sua ocorrência, relativamente a períodos anteriores a

2010 e de quatro anos relativamente aos períodos posteriores, não são suscetíveis de dedução

aos lucros tributáveis que venham a ser gerados.

No âmbito de uma inspeção da Autoridade Tributária à Empresa, com início em outubro de

2012, em sede de IRC, é entendimento deste órgão que as declarações de rendimentos de 2008 a

2013 poderão vir a ser corrigidas, não sendo expectável para a EDIA que das eventuais

correções venha a decorrer um efeito significativo nas suas demonstrações financeiras. É

convicção da Administração, que não ocorrerão liquidações adicionais de valor significativo no

contexto das demonstrações financeiras.

Para efeito de Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), a Empresa encontra-se enquadrada

no regime normal, periodicidade mensal, apresentando pedidos de reembolsos sucessivos.

3.1.p. Ativos e Passivos Contingentes

Os ativos e passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, mas

divulgados nas notas anexas. Nos casos em que a possibilidade de um exfluxo de recursos que

incorporem benefícios económicos for remota ou se for pouco provável que ocorra o influxo de

benefícios económicos, os respetivos passivos contingentes ou ativos contingentes não são

divulgados.

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160 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

3.1.q. Acontecimentos Subsequentes

Os acontecimentos ocorridos após a data do Balanço mas antes da data de aprovação das

demonstrações financeiras pelo órgão de gestão da Empresa e desde que proporcionem

informação adicional sobre condições que existiam à data do Balanço, dão lugar a ajustamentos,

sendo refletidos nas demonstrações financeiras do período.

Os eventos ocorridos após a data do Balanço que sejam indicativos de condições que surgiram

após a data do Balanço (acontecimentos que não dão lugar a ajustamentos), são divulgados no

anexo às demonstrações financeiras, se forem considerados materialmente relevantes.

3.1.r. Estimativas e Julgamentos

Na preparação das demonstrações financeiras foram utilizados julgamentos e estimativas que

afetam as quantias reportadas de ativos e passivos, assim como as quantias reportadas de

rendimentos e gastos durante o período de reporte.

As estimativas e pressupostos são determinadas com base no melhor conhecimento existente à

data de preparação das demonstrações financeiras e na experiência de eventos passados e/ou

correntes considerando determinados pressupostos relativos a eventos futuros. No entanto,

poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de

aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas.

As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras

serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os

resultados reais das situações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas.

As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras são continuamente

avaliados, representando à data de cada relato a melhor estimativa da Administração, tendo em

conta o desempenho histórico, a experiência acumulada e as expectativas sobre eventos futuros.

Nas demonstrações financeiras a 31 de dezembro de 2013, as estimativas refletidas mais

significativas, incluem os estudos de imparidade realizados aos ativos intangíveis e

investimentos em curso, impostos diferidos e o registo de provisões.

De uma forma simples, a imparidade constitui uma estimativa de redução do valor escriturado

dos ativos. Neste sentido, serve como um instrumento que proporciona à Empresa mais uma

possibilidade de assegurar que as suas informações contabilísticas representam, em cada

momento, da melhor forma a realidade económica das atividades desenvolvidas e o valor dos

seus elementos patrimoniais. Disto depende toda a utilidade das demonstrações financeiras para

o conjunto dos stakeholders, que procuram as melhores argumentações para as suas tomadas de

decisão.

A Empresa, com base nos testes de imparidade, verifica se os ativos estão em imparidade, de

acordo com a política referida. O cálculo dos valores recuperáveis das unidades geradoras de

caixa envolve julgamento e na avaliação subjacente aos cálculos efetuados são utilizados

pressupostos baseados na informação disponível quer do negócio, quer do enquadramento

macroeconómico, em determinado momento.

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161 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

O reconhecimento de impostos diferidos pressupõe a existência de resultados e matéria

coletável futura. Os impostos diferidos, ativos e passivos, foram determinados com base na

legislação fiscal atualmente em vigor ou em legislação já publicada para aplicação futura.

Alterações na legislação fiscal podem influenciar o valor dos impostos diferidos.

A Empresa exerce julgamento considerável na mensuração e reconhecimento de provisões. O

julgamento é necessário de forma a aferir a probabilidade que um contencioso tem de ser bem

sucedido. As provisões são constituídas quando a Empresa espera que processos em curso irão

originar a saída de fluxos, a perda seja provável e possa ser razoavelmente estimada. Devido às

incertezas inerentes ao processo de avaliação, as perdas reais poderão ser diferentes das

originalmente estimadas na provisão.

Estas estimativas estão sujeitas a alterações sempre que nova informação fica disponível.

Revisões às estimativas destas perdas podem afetar os resultados futuros.

3.2. Políticas de Gestão do Risco Financeiro

O Conselho de Administração providencia os princípios gerais para a gestão de riscos bem

como os limites de exposição aos mesmos.

As atividades da Empresa acarretam exposição a riscos financeiros, nomeadamente:

Risco de Mercado - fundamentalmente o das taxas de juro e o das taxas de câmbio, os

quais estão associados, respetivamente, ao risco do impacto da variação das taxas de

juro de mercado nos ativos e passivos financeiros e nos resultados e ao risco de

flutuação do justo valor dos ativos e passivos financeiros em resultado de alterações nas

taxas de câmbio;

Risco de Crédito - risco dos seus devedores não cumprirem com as suas obrigações

financeiras; e

Risco de Liquidez - risco de que se venham a encontrar dificuldades para satisfazer

obrigações associadas a passivos financeiros.

As atividades da EDIA estão expostas fundamentalmente ao risco da taxa de juro que advém

essencialmente da contratação de empréstimos de longo prazo com taxas de juro variáveis

(sendo os indexantes mais utilizados a Euribor a 3 meses e a 6 meses), não sendo utilizados

quaisquer instrumentos financeiros derivados na gestão desses riscos.

Esta situação prende-se com a necessidade da Empresa financiar as atividades de investimento

do EFMA com o recurso a capitais alheios, através da contratação de empréstimos bancários. A

obtenção de recursos financeiros por esta via (empréstimos obrigacionistas, contas correntes

caucionadas e outros) resulta de uma política financeira definida pelo único acionista, assente na

contratação de empréstimos com garantia do Estado, e da não disponibilização de dotações de

capital suficientes para acompanhar o ritmo dos investimentos do EFMA.

Por outro lado, a Empresa não tem gerado os meios necessários, não só para fazer face ao

volume de investimentos que vem realizando, como também não dispõe de liquidez suficiente

para satisfazer os encargos financeiros decorrentes da política de financiamento adotada.

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162 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Na Nota 19-Financiamentos Obtidos, encontra-se apresentado o detalhe da dívida bancária

remunerada com a indicação da entidade financiadora e respetivo indexante.

Considera-se que, em virtude de não existirem instrumentos financeiros em moeda estrangeira e

das dívidas de clientes serem reduzidas e recentes, não existem, até à presente data, riscos de

outra natureza considerados relevantes que mereçam uma divulgação mais detalhada com vista

a melhorar a informação e respetiva compreensão dos utilizadores sobre os riscos a que a

Empresa se encontra exposta.

4. Fluxos de Caixa

Para efeitos da Demonstração de Fluxos de Caixa, a “Caixa e seus Equivalentes” engloba o

dinheiro em caixa e em depósitos à ordem e também os investimentos financeiros a curto prazo,

altamente líquidos, que sejam prontamente convertidos para quantias conhecidas de dinheiro e

que estejam sujeitas a um risco insignificante de alterações de valor.

A Demonstração de Fluxos de Caixa é preparada segundo o método direto, através da qual são

divulgados os recebimentos e pagamentos de caixa em atividades operacionais, de investimento

e de financiamento.

Todos os saldos significativos de caixa e seus equivalentes estão disponíveis para uso não

apresentando qualquer restrição à data de Balanço.

As atividades operacionais englobam os recebimentos de clientes, pagamentos a fornecedores,

pagamentos ao pessoal e outros relacionados com a atividade operacional.

As atividades de investimento incluem, nomeadamente os pagamentos e recebimentos

decorrentes da compra e da venda de ativos e recebimentos de juros.

As atividades de financiamento incluem os pagamentos e recebimentos referentes a

empréstimos obtidos, contratos de locação financeira e juros pagos.

Em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, a rubrica de “Caixa e Depósitos

Bancários” que inclui numerário, depósitos bancários imediatamente mobilizáveis e outros

equivalentes, detalha-se como segue:

Euros

Depósitos a Prazo 22.000.000 28.240.000

Depósitos à Ordem 26.762.171 31.231.394

Numerário 7.898 38.145

48.770.069 59.509.539

Caixa e Depósitos Bancários 31-Dez-1231-Dez-13

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163 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

A diferença do valor apresentado em Balanço nesta rubrica (€ 48.770.069) e o valor de “Caixa e

seus Equivalentes” no fim do período (€ 48.724.768) na Demonstração de Fluxos de Caixa

(método direto), deve-se ao saldo credor no montante de € 45.301, essencialmente da conta de

depósitos à ordem do BCP, de juros devedores do financiamento associado ao depósito caução,

que no Balanço se reflete na conta de “Financiamentos Obtidos”.

Todas as contas de depósitos à ordem foram reconciliadas, com referência a 31 de dezembro de

2013 e 31 de dezembro de 2012.

5. Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Erros

As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor

conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e

transações em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes.

Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data

de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As

alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras

serão corrigidas de forma prospetiva.

Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transações em

questão poderão diferir das correspondentes estimativas.

Em 2013, ocorreram alterações de políticas contabilísticas face às consideradas na preparação

da informação financeira relativa ao período homólogo, apresentada para efeitos comparativos.

Atendendo que se trata de alterações com alguma relevância no Balanço, a EDIA efetuou as

seguintes reexpressões dos valores comparativos de 2012, também no sentido de permitir a

comparabilidade entre rubricas:

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164 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

(i) O valor registado na conta de “Outras Contas a Receber” no Ativo Corrente foi

reclassificado na sua maioria para uma conta de “Depósitos Cativos” no Ativo não Corrente,

uma vez que só é expectável que os processos associados fiquem solucionados a médio e longo

Euros

ATIVO

Ativo Não Corrente

Ativos Fixos Tangíveis 6 16.027.716 16.027.716

Ativos Intangíveis 7 e 17 364.142.735 364.142.735

Participações Financeiras - Método Equivalência Patrimonial 8 5.046 5.046

Participações Financeiras - Outros Métodos 8 276.001 276.001

Ativos por Impostos Diferidos 9 35.484.643 35.484.643

Depósitos Cativos 10 8.533.529 8.533.529 (i)

415.936.141 8.533.529 424.469.670

Ativo Corrente

Inventários 11 423.836.069 423.836.069

Clientes 12 1.743.604 1.743.604

Adiantamentos a Fornecedores 1.059.248 1.059.248

Estado e Outros Entes Públicos 13 542.444 542.444

Acionistas/Sócios 1.050 1.050

Outras Contas a Receber 14 85.240.614 -8.533.529 76.707.085 (i)

Diferimentos 15 496.534 496.534

Caixa e Depósitos Bancários 4 59.509.539 59.509.539

572.429.102 -8.533.529 563.895.573

Total do Ativo 988.365.243 988.365.243

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

Capital Próprio

Capital Realizado 16 387.267.750 387.267.750

Outras Reservas 16 9.202.700 9.202.700

Resultados Transitados 16 e 17 -832.397.592 -832.397.592

Ajustamentos em Ativos Financeiros 8 413.817 413.817

Outras Variações no Capital Próprio 16 98.419.670 98.419.670

Resultado Líquido do Período 8.559.040 8.559.040

Total do Capital Próprio -328.534.615 -328.534.615

Passivo Não Corrente

Provisões 18 11.915.833 11.915.833

Financiamentos Obtidos 19 543.697.068 543.697.068

Outras Contas a Pagar 20 15.517.311 15.517.311 (iii)

Passivos por Impostos Diferidos 9 35.484.643 35.484.643

Diferimentos 15 543.362.278 -27.850.030 515.512.248 (ii)+(iii)

1.134.459.822 -12.332.719 1.122.127.103

Passivo Corrente

Fornecedores 20 7.235.363 7.235.363

Adiantamento de Clientes 6.512 6.512

Estado e Outros Entes Públicos 13 230.832 230.832

Financiamentos Obtidos 19 147.939.502 147.939.502

Outras Contas a Pagar 20 12.818.642 12.332.719 25.151.361 (ii)

Diferimentos 15 14.209.184 14.209.184

182.440.036 12.332.719 194.772.755

Total do Passivo 1.316.899.858 1.316.899.858

Total do Capital Próprio e do Passivo 988.365.243 988.365.243

Impacto da

reexpressãoBalanço Notas

31/12/2012

(Aprovado)

31/12/2012

(Reexpresso)

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165 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

prazo. Espera-se que os montantes dos depósitos cativos só sejam realizados num período

superior a doze meses após a data do Balanço para liquidar um passivo, tendo em conta a

habitual morosidade do desenvolvimento dos processos judiciais em curso.

(ii) Foram transferidos da conta de “Diferimentos” no Passivo não Corrente para “Outras

Contas a Pagar” no Passivo Corrente, os fundos já recebidos, a título de adiantamentos, afetos à

rede secundária, em que a despesa ainda não está realizada, prevendo-se a sua concretização até

final do ano de 2014, dado que existe uma probabilidade efetiva de serem reembolsados.

(iii) Foram transferidos da conta de “Diferimentos” no Passivo não Corrente para “Outras

Contas a Pagar” no Passivo não Corrente, os adiantamentos recebidos de financiamentos

comunitários no âmbito do PRODER, em que só é expectável a sua utilização por dedução da

despesa a realizar, a mais de doze meses. Estas candidaturas foram aprovadas no final de 2012,

e o seu encerramento está previsto para o final de 2015.

6. Ativos Fixos Tangíveis

Durante os períodos findos em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, os

movimentos ocorridos na rubrica de “Ativos Fixos Tangíveis”, bem como nas respetivas

depreciações e nas perdas de imparidade acumuladas foram os seguintes:

6.1. Terrenos e Recursos Naturais, Edifícios e Outras Construções e Equipamento Básico

Os principais investimentos que se encontram registados como ativos fixos tangíveis na

Empresa são os terrenos sobrantes de expropriações, o edifício da sede da Empresa, o Museu da

Luz, o Parque de Natureza de Noudar e o Centro de Cartografia, os quais não se encontram

afetos à concessão, pelo que não revertem para o Estado no final do período de concessão do

contrato.

À semelhança de anos anteriores, foi efetuada a transferência desses investimentos, de em curso

para a devida rubrica de “Ativos Fixos Tangíveis” e iniciado o processo de depreciação, bem

como o reconhecimento como rendimentos (na mesma proporção em que são depreciados) dos

subsídios que lhes estão associados.

Euros

Terrenos e

Recursos Naturais

Edifícios e

Outras

Construções

Equipamento

Básico

Equipamento de

Transporte

Equipamento

Administrativo

Outros Ativos

Fixos Tangíveis

Ativos Fixos

Tangíveis

em Curso

Adiantamentos

por Conta de

Investimentos

Total

Ativo Bruto

Saldo Inicial 4.759.366 11.822.703 1.307.104 766.944 2.331.040 458.907 436.116 (23.072) 21.859.108

Adições 3.980 1.899 3.158 5.618 108.303 122.958

Outras Transferências/Abates 70.858 (19.280) 3.713 (71.197) (15.907)

Saldo Final 4.759.366 11.897.541 1.309.003 747.664 2.337.911 464.525 436.116 14.034 21.966.160

Depreciações Acumuladas

Saldo Inicial 5 2.160.851 538.175 734.481 2.140.931 256.949 5.831.392

Adições 2 270.365 121.394 11.855 53.674 35.585 492.874

Outros Movimentos de Depreciações Acumuladas (19.281) (19.281)

Saldo Final 7 2.431.216 659.569 727.055 2.194.605 292.534 6.304.985

Valor Liquido 4.759.359 9.466.324 649.434 20.609 143.306 171.992 436.116 14.034 15.661.175

Ativos Fixos Tangíveis

31-Dez-13

Euros

Terrenos e

Recursos Naturais

Edifícios e

Outras

Construções

Equipamento

Básico

Equipamento de

Transporte

Equipamento

Administrativo

Outros Ativos

Fixos Tangíveis

Ativos Fixos

Tangíveis

em Curso

Adiantamentos

por Conta de

Investimentos

Total

Ativo Bruto

Saldo Inicial 4.759.366 11.419.482 1.232.022 775.095 2.377.119 395.512 253.405 55.200 21.267.200

Adições 186 25.555 28.464 63.395 660.828 100.331 878.759

Outras Transferências/Abates 403.221 74.896 (33.706) (74.543) (478.117) (178.602) (286.851)

Saldo Final 4.759.366 11.822.703 1.307.104 766.944 2.331.040 458.907 436.116 (23.072) 21.859.108

Depreciações Acumuladas

Saldo Inicial 3 1.893.491 417.368 738.433 2.096.220 209.311 5.354.826

Adições 2 267.360 120.807 29.754 119.043 47.638 584.604

Outros Movimentos de Depreciações Acumuladas (33.706) (74.332) (108.038)

Saldo Final 5 2.160.851 538.175 734.481 2.140.931 256.949 - - 5.831.392

Valor Liquido 4.759.361 9.661.852 768.929 32.463 190.108 201.958 436.116 (23.072) 16.027.716

Ativos Fixos Tangíveis

31-Dez-12

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166 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Nas rubricas de “Edifícios e Outras Construções” e “Equipamento Básico”, as adições e as

outras transferências, traduzem as obras efetuadas em imóveis próprios, concretamente

benfeitorias e aquisição de equipamento hoteleiro para o Parque de Natureza de Noudar, bem

como de outros equipamentos a afetar às infraestruturas do EFMA, concretamente ao Museu da

Luz, que já se encontram em exploração.

7. Ativos Intangíveis

Os movimentos ocorridos nas principais classes de “Ativos Intangíveis”, registados ao custo de

aquisição deduzido das respetivas amortizações e perdas de imparidade acumuladas, tiveram a

seguinte evolução em 2013 e 2012:

7.1. Terrenos e Recursos Naturais, Edifícios e Outras Construções e Equipamento Básico

Em resultado da entrada em funcionamento pleno da barragem e da central hidroelétrica de

Alqueva em Dezembro de 2005, e da barragem e central hidroelétrica de Pedrógão no início de

2006, foi iniciado nessas datas o respetivo processo de depreciação (incluindo a parte das

barragens afeta à produção de energia, que se estima em 35,1% do investimento total das

barragens), bem como o reconhecimento como rendimentos (na mesma proporção em que são

amortizados) dos subsídios que lhes estão associados.

Euros

Terrenos e

Recursos

Naturais

Edifícios e Outras

Construções

Equipamento

Básico

Projetos de

Desenvolvimento

Programas de

ComputadorOutros Direitos

Ativos

Intangíveis em

Curso

Adiantamentos

por conta de

Investimentos

Total

Ativo Bruto

Saldo Inicial 217.160.922 1.036.789.272 136.928.293 116.949 2.741.430 195.000.100 156.879.502 368.543 1.745.985.011

Adições 2.460 31.030.923 3.735.747,89 34.769.131

Outras Transferências/Abates 9.344.764 38.707.080 (66.984) (47.984.860) (3.749.270) (3.749.271)

Saldo Final 226.505.686 1.075.496.352 136.863.769 116.949 2.741.430 195.000.100 139.925.565 355.021 1.777.004.871

Amortizações Acumuladas

Saldo Inicial 5.805.442 20.192.982 9.648.130 116.949 2.732.931 100 38.496.534

Adições 851.120 3.080.545 1.281.414 8.500 5.221.579

Saldo Final 6.656.562 23.273.527 10.929.544 116.949 2.741.430 100 43.718.113

Perdas de Imparidade Acumuladas

Saldo Inicial 152.011.341 801.399.366 37.824.834 195.000.000 156.741.659 368.543 1.343.345.743

Perdas Imparidade Reconhecidas 9.268.223 38.445.420 2.805 47.716.448

Perdas Imparidade Revertidas (16.953.936) (13.522) (16.967.459)

Saldo Final 161.279.564 839.844.786 37.827.639 195.000.000 139.787.723 355.021 1.374.094.732

Saldo Final 58.569.561 212.378.038 88.106.586 137.842 359.192.029

Ativos Intangíveis

31-Dez-13

Euros

Terrenos e

Recursos

Naturais

Edifícios e Outras

Construções

Equipamento

Básico

Projetos de

Desenvolvimento

Programas de

ComputadorOutros Direitos

Ativos

Intangíveis em

Curso

Adiantamentos

por conta de

Investimentos

Total

Ativo Bruto

Saldo Inicial 217.005.848 1.005.200.922 136.929.571 116.949 2.741.430 195.000.100 145.574.298 371.745 1.702.940.864

Adições 41.336.453 1.708.194,00 43.044.647

Outras Transferências/Abates 155.074 31.588.350 (1.278) (30.031.249) (1.711.396) (499)

Saldo Final 217.160.922 1.036.789.272 136.928.293 116.949 2.741.430 195.000.100 156.879.502 368.543 1.745.985.012

Amortizações Acumuladas

Saldo Inicial 4.955.438 17.110.168 8.365.743 116.949 2.488.582 100 33.036.979

Adições 850.004 3.082.814 1.282.387 244.349 5.459.554

Saldo Final 5.805.442 20.192.982 9.648.130 116.949 2.732.931 100 38.496.533

Perdas de Imparidade Acumuladas

Saldo Inicial 151.885.390 769.913.228 37.825.663 195.000.000 145.436.455 272.244 1.300.332.980

Perdas Imparidade Reconhecidas 125.950 31.486.138 11.305.204 96.299 43.013.591

Perdas Imparidade Revertidas (829) (829)

Saldo Final 152.011.340 801.399.366 37.824.834 195.000.000 156.741.659 368.543 1.343.345.743

Saldo Final 59.344.140 215.196.924 89.455.329 0 8.499 0 137.843 0 364.142.735

Ativos Intangíveis

31-Dez-12

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167 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

A partir de 1 de novembro de 2007 (com a entrada em vigor do contrato de concessão), essas

infraestruturas, tal como os restantes bens afetos à concessão, passaram a ser amortizadas pelo

método das quotas constantes ao longo do período de 75 anos da concessão, que termina em

outubro de 2082.

Nos exercícios de 2009 a 2013 ficaram substancialmente concluídas e entraram em exploração

vários perímetros de rega, podendo as percentagens de afetação das infraestruturas primárias a

cada um dos perímetros de rega em exploração, ser resumidas da seguinte forma:

Data de Entrada em exploração /áreas/ Infraestruturas da

rede primária

Área

Beneficiada

(hectares)

Perímetro

Monte Novo

Perímetro

Alvito-Pisão

Perímetro

do Pisão

Blocos de

Ferreira,

Figueirinha e

Valbom

(Perímetro Pisão-

Roxo)

Perímetro

de Alfundão

Infra-

estrutura

12

Perímetro

Loureiro-Alvito

Bloco de Ervidel

1 (Perímetro

Pisão-Roxo)

Bloco de Ervidel

2 e 3 (Perímetro

Pisão-Roxo)

Bloco de Aljustrel

(Perímetro Roxo

Sado)

Perímetro Pisão

Beja

2.ºBlocos Roxo

Sado

Perímetro de

Vale de Gaio

Área Beneficiada (hectares) - 7.714 10.058 2.588 5.118 4.216 5.980 470 2.914 3.508 1.300 10.585 1.949 3.290 59.690

Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%) 110.203 7,00% 9,13% 2,35% 4,64% 3,83% 5,43% 0,43% 2,64% 3,18% 1,18% 9,61% 1,77% 2,99% 54,16%

Estação Elevatória dos Álamos 59.690 12,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% 0,79% 4,88% 5,88% 2,18% 17,73% 3,27% 5,51% 100,00%

Barragens dos Álamos 59.690 12,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% 0,79% 4,88% 5,88% 2,18% 17,73% 3,27% 5,51% 100,00%

Ligação Álamos - Loureiro 59.690 12,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% 0,79% 4,88% 5,88% 2,18% 17,73% 3,27% 5,51% 100,00%

Barragem do Loureiro 59.690 12,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% 0,79% 4,88% 5,88% 2,18% 17,73% 3,27% 5,51% 100,00%

Ligação Loureiro - Monte Novo 7.714 100,00% - - - - - - - - - - - - 100,00%

Túnel Loureiro-Alvito 51.976 - 19,35% 4,98% 9,85% 8,11% 11,51% 0,90% 5,61% 6,75% 2,50% 20,37% 3,75% 6,33% 100,00%

Tomada de Água do Alvito 51.976 - 19,35% 4,98% 9,85% 8,11% 11,51% 0,90% 5,61% 6,75% 2,50% 20,37% 3,75% 6,33% 100,00%

Segregação de Água do Alvito 51.976 - 19,35% 4,98% 9,85% 8,11% 11,51% 0,90% 5,61% 6,75% 2,50% 20,37% 3,75% 6,33% 100,00%

Ligação Alvito-Pisão 42.236 - 23,81% 6,13% 12,12% 9,98% - - 6,90% 8,31% 3,08% 25,06% 4,61% - 100,00%

Derivação a Odivelas 9.270 - - - - - 64,51% - - - - - - 35,49% 100,00%

Ligação Pisão-Beja 10.585 - - - - - - - - - - 100,00% - - 100,00%

Ligação Pisão-Roxo 14.789 - - - 34,61% - - - 19,70% 23,72% 8,79% - 13,18% - 100,00%

Ligação Roxo Sado 1.949 - - - - - - - - - - - 100,00% - 100,00%

Barragem do Pisão 6.804 - - 38,04% - 61,96% - - - - - - - 100,00%

Perímetros em exploração Outros Perímetros

TOTAL

Subsistema Alqueva

Su

bsis

tem

a A

lqu

ev

a

Data de Entrada em exploração /áreas/Infraestruturas da

rede primária

Área

Beneficiada

(hectares)

Perímetro

Orada

Amoreira

Perímetro

de Brinches

Perímetro

de Brinches-

Enxoé

Perímetro

de Serpa

Perímetro

Caliços

Machados

Perimetro

Caliços

Moura

Perímetro

de Pias

Perímetro

de Brenhas

Subsistema Ardila

Área Beneficiada (hectares) - 2.522 5.463 4.698 4.400 5.000 2.136 4.614 745 29.578

Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%) 110.203 2,29% 4,96% 4,26% 3,99% 4,54% 1,94% 4,19% 0,68% 26,84%

Estação Elevatória de Pedrógão e Adutor de Pedrógão 29.578 8,53% 18,47% 15,88% 14,88% 16,90% 7,22% 15,60% 2,52% 100,00%

Barragem da Amoreira e Brinches 29.578 8,53% 18,47% 15,88% 14,88% 16,90% 7,22% 15,60% 2,52% 100,00%

CH Amoreira-Caliços 12.495 - - - - 40,02% 17,09% 36,93% 5,96% 100,00%

CH Caliços-Pias 4.614 - - - - - - 100,00% - 100,00%

CH Caliços-Machados 5.000 - - - - 100,00% - - - 100,00%

Estação Elevatória de Brinches 14.561 - 37,52% 32,26% 30,22% - - - - 100,00%

Adutor Brinches Enxoé 14.561 - 37,52% 32,26% 30,22% - - - - 100,00%

Barragem de Serpa 4.400 - - - 100,00% - - - - 100,00%

Est.Elev.Torre Lóbio, Adutor Serpa e Res. Serpa Norte 4.400 - - - 100,00% - - - - 100,00%

Perímetros em exploração Outros Perímetros

TOTAL

Su

bsi

stem

a A

rdil

a

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168 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

As infraestruturas relativas às utilizações do domínio público hídrico afetas ao EFMA, objeto do

respetivo contrato de concessão, celebrado entre a EDIA e o Estado, e que fazem parte do

sistema primário (barragens, centrais hidroelétricas e rede primária) do Empreendimento,

enquanto durar a concessão, são propriedade da concessionária.

No termo da concessão, os bens referidos anteriormente revertem, sem qualquer indemnização,

para o Estado, livres de quaisquer ónus ou encargos e em perfeitas condições de

operacionalidade, utilização e manutenção.

Uma vez que estas infraestruturas se encontram afetas ao segmento “água” e como tal, já foram

objeto de ajustamento por perdas por imparidade, sendo o seu valor líquido contabilístico nulo

(ver Nota 7.3), não se efetua qualquer amortização destes investimentos.

Assim, o cálculo do valor das amortizações que seriam refletidas nas demonstrações financeiras

se não tivessem reconhecidas anteriormente as perdas por imparidade, serve apenas para

determinar qual a parte das perdas por imparidade que é aceite como gasto fiscal de cada

período, nos termos do artigo 35.º do Código do IRC.

7.2. Outros Direitos

O montante da rubrica “Outros Direitos” corresponde, essencialmente, à compensação

financeira inicial paga pela EDIA ao Estado, no montante de € 195.000.000, resultante do

“Contrato de Concessão da Utilização do Domínio Público Hídrico afeto ao EFMA”, de 17 de

outubro de 2007, celebrado entre a EDIA e o Estado, com a duração de 75 anos. Este Contrato

concretiza os termos e condições a que obedecerá a relação concedente - concessionária,

precisando o conteúdo da missão associada à exploração do Empreendimento e definindo as

regras para o exercício dos referidos direitos de utilização privativa do domínio púbico hídrico.

Estando esta verba diretamente relacionada com a atividade de distribuição de água (e não com

a atividade de produção de energia subconcessionada à EDP), que se encontra em imparidade

total, os referidos € 195.000.000 encontram-se cobertos por perdas por imparidades acumuladas

de igual montante (ver Nota 7.3. adiante).

Perímetros

em exploração

Data de Entrada em exploração /áreas/Infraestruturas da rede primária

Área

Beneficiada

(hectares)

Perímetro

Pedrógão-MD

Perímetro

S.Pedro Baleizão

Quintos

Perímetro

S.Matias

Subsistema Pedrógão

Área Beneficiada (hectares) - 4.800 11.270 4.865 20.935

Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%) 110.203 4,36% 10,23% 4,41% 19,00%

Estação Elevatória de Pedrógão e Adutor de Pedrógão-Margem Direita 20.935 22,93% 53,83% 23,24% 100,00%

CH S. Pedro Baleizão Quintos 11.270 - 100,00% - 100,00%

CH S. Matias 4.865 - - 100,00% 100,00%

Outros Perímetros

TOTAL

Su

bsi

stem

a

Ped

róg

ão

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169 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

7.3. Perdas por Imparidade

Na sequência da definição, em 2010, do tarifário de fornecimento de água a partir do sistema

primário, a EDIA estimou a quantia recuperável dos ativos do segmento “água” através da

determinação do respetivo valor de uso, tendo concluído, em 2013 e anos anteriores (2009 a

2012), que o valor presente dos fluxos de caixa futuros associados a este segmento é negativo,

pelo que a perda por imparidade nas referidas datas corresponde ao valor total dos ativos

(líquido dos passivos indissociáveis - subsídios) afetos a este segmento.

Assim, os ativos líquidos de amortizações, afetos a este segmento registados em “Ativos

Intangíveis”, com valor bruto € 1.374.094.732 em 31 de dezembro de 2013 (€ 1.343.345.743 em

31 de dezembro de 2012) encontram-se totalmente compensados por perdas de imparidade

acumuladas de igual montante.

Os montantes afetos a cada um dos segmentos (água, energia, outros) nas rubricas do “Ativo

Intangível” (valores brutos) foram os seguintes:

De igual modo, os subsídios associados à atividade de distribuição de água, cujos ativos se tem

vindo a concluir (nos testes de imparidade efetuados ao longo dos anos) que estão em

imparidade total, têm vindo a ser desreconhecidos no âmbito do registo das perdas de

imparidade dos respetivos ativos, isto é, estas perdas são reconhecidas na Demonstração dos

Resultados pelo valor líquido dos respetivos subsídios.

À data de relato, os subsídios que estavam diretamente associados a despesas que foram

reconhecidas nos ativos intangíveis da EDIA em 2013, incluídas em pedidos de pagamento aos

fundos comunitários apresentados após 31dezembro, mas também todas as outras despesas no

ano em análise, que ainda não tinham sido incluídas em pedidos de pagamento até à data de

encerramento de contas, mas que já se sabia que o viriam a ser e em que as hipóteses de não

serem aceites pela entidade financiadora era diminuta e que estavam a dar origem ao

reconhecimento de perdas de imparidade em 2013, foram especializados.

Tratando-se de subsídios que cumprem os requisitos de contabilização estabelecidos na NCRF

22, isto é, em que existe uma segurança razoável de que a entidade cumprirá as condições a ele

associadas e de que o subsídio será recebido, não faz sentido reconhecer perdas de imparidade

para valores que já se sabe que vão ser compensados por subsídios, pelo que só procedendo à

especialização destes subsídios se consegue assegurar, na melhor medida possível, que as perdas

de imparidade são corretamente reconhecidas.

Euros

Ativo Intangivel Segmento Água Segmento Energia Outros Segmento Água Segmento Energia Outros

Projetos Desenvolvimento 116.949 116.949

Programas de Computador 1.805.861 935.569 1.805.861 935.569

Outros Direitos 195.000.000 0 100 195.000.000 0 100

Terrenos e Recursos Naturais 161.279.564 65.226.144 152.011.340 65.149.603

Edificios e Outras Construções 839.844.786 235.906.860 801.399.366 235.390.254

Equipamento Básico 37.827.639 99.036.773 37.824.834 99.104.102

Ativo Intangivel em Curso 139.787.723 137.843 156.741.659 137.843

Adiantamentos por conta de Investimentos 355.021 368.543

Total 1.374.094.732 401.975.638 1.190.461 1.343.345.743 401.449.819 1.190.461

31-Dez-13 31-Dez-12

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170 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

8. Partes Relacionadas

Todas as empresas que fazem parte do Grupo EDIA foram consideradas como partes

relacionadas da Empresa.

O conceito de partes relacionadas inclui não apenas as entidades subsidiárias e associadas, mas

também outras empresas detidas pela EDIA. As partes relacionadas englobam igualmente os

quadro-chave da Empresa.

8.1. Participações Financeiras-Método da Equivalência Patrimonial

O saldo desta rubrica corresponde à valorização, pelo Método da Equivalência Patrimonial

(MEP), da participação de 51% detida pela EDIA no capital da Gestalqueva - Sociedade para o

Aproveitamento do Potencial das Albufeiras de Alqueva e de Pedrogão, S.A..

A Gestalqueva é uma sociedade anónima criada por escritura pública, lavrada em 07 de março

de 2003, com sede social em Beja, na Rua Zeca Afonso N.º 2, com um capital social de €

500.000, maioritariamente subscrito pela EDIA (51%), sendo o restante valor assumido em

partes iguais pelos municípios das áreas do regolfo das albufeiras de Alqueva e do Pedrógão, a

saber: Alandroal, Moura, Mourão, Serpa, Portel, Reguengos de Monsaraz e Vidigueira.

Tratando-se de uma sociedade constituída nos termos da lei comercial, na qual o Estado pode

exercer uma influência dominante, ainda que de forma indireta via participação maioritária

detida pela EDIA, a Gestalqueva, S.A. é considerada empresa pública, nos termos do disposto

no regime jurídico do setor empresarial do Estado.

No atual contexto, e seguindo orientação superior que vinha sendo assumida em diversos

momentos pelo Estado, até mas não só, na qualidade de acionista da EDIA, em 15 de junho de

2012 foi deliberada por unanimidade em Assembleia Geral da Gestalqueva, S.A. a dissolução

da sociedade, sem prejuízo dos sócios considerarem fundamental a concertação de ações por

forma a garantir a gestão integrada do Grande Lago Alqueva e a promoção do desenvolvimento

económico e social deste território.

Na mesma Assembleia Geral foi eleita, nos termos legalmente previstos, a respetiva Comissão

Liquidatária.

Em 13 de agosto de 2012, e cumprindo com o disposto no artigo 149.º, N.ºs 1 e 2 do CSC,

foram aprovadas as contas da Gestalqueva, S.A. à data da dissolução (15 de junho de 2012).

Em 12 de outubro de 2012, e no âmbito do processo de liquidação em curso, foi equacionada a

alienação da participação social de 51% detida pela Gestalqueva, S.A. na empresa Gescruzeiros,

Euros

Gestalqueva -Sociedade de Aproveitamento das

Potencialidades Albufeiras de Alqueva e de Pedrógão, S.A.500.000 51 51.000A 5 5.046 5.046 -

Valor da

participação

em 31

Dezembro

2013

Denominação Social Capital Social % ParticN.º Acções/

Un. Particip.

Valor

Nominal

Equivalência

Patrimonial

Valor da

participação

em 31

Dezembro

2012

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171 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

S.A. Na referida Assembleia Geral da Gestalqueva, S.A., de 12 de outubro, ficou deliberada a

alienação da referida participação social, e assumida a opção pela alienação através de concurso

público.

Estando em causa a alienação de uma participação social por uma entidade pública, a EDIA

levou ao conhecimento da Direção-Geral do Tesouro e Finanças, a intenção de proceder à

alienação da participação detida pela Gestalqueva, S.A. na Gescruzeiros, S.A., no âmbito do

processo de liquidação daquela.

Em janeiro de 2013, foi dado à EDIA conhecimento do despacho exarado pela Exmª Senhora

Ministra da Agricultura e do Mar, de que nada há a opor a que se confira autorização à

alienação da participação da Gestalqueva, S.A. na Gescruzeiros, S.A., desde que seja

concretizada por valor igual ou superior ao valor da avaliação apresentado num estudo

elaborado por uma entidade externa e independente.

Conforme Assembleia Geral realizada em 07 de maio de 2013, em relação ao património da

Gestalqueva, S.A, concluiu-se a alienação dos bens de equipamento e iniciou-se o processo de

concurso público para alienação dos 51% do capital social da Gescruzeiros, S.A. Este processo

não foi concluído porque o concurso ficou deserto e houve necessidade de recorrer à negociação

direta com a Nautialqueva, S.A, na qualidade de sócio da Gescruzeiros, S.A, com direito de

opção, para a aquisição dos 51% do capital da empresa. Este procedimento ainda não foi

concluído, prolongando-se para além das previsões iniciais, que apontavam para a resolução

definitiva até dezembro de 2013.

Em outubro de 2013, nos termos previstos no nº3 do Artº.11 do DL nº.133/2013 de 3 de outubro

e conforme solicitação da Direção - Geral do Tesouro e Finanças, a EDIA elaborou um estudo

demonstrativo do interesse e viabilidade da alienação da participação social detida pela

Gestalqueva, S.A, na Gescruzeiros, S.A..

Nesse estudo concluiu-se que a proposta de alienação desta participação é mais vantajosa para o

Acionista, face à atual situação da Empresa e aos seus resultados económicos e financeiros

expectáveis para os próximos anos, passa pelo pagamento de uma verba, libertando o Acionista

de todos os compromissos atuais e futuros nessa Empresa.

A EDIA, S.A. face ao estudo elaborado e considerando que existe interesse em se concluir

rapidamente esta alienação, de forma a não ficar sujeita a outros compromissos entretanto

resultantes da gestão corrente, solicitou autorização ao Acionista para realizar a operação em

causa através da assunção pela Gestalqueva, S.A. dos compromissos associados aos 51% da

Gescruzeiros, S.A.

Em janeiro de 2014, a Direção - Geral do Tesouro e Finanças solicitou à EDIA uma atualização

do respetivo estudo, alterando os valores previsionais utilizados, para os valores reais, de 2013.

À data deste relato não existe nenhuma informação adicional.

A 31 de dezembro de 2013 as contas desta empresa (registada já como uma empresa em

liquidação), refletidas nas demonstrações financeiras da EDIA, pelo Método da Equivalência

Patrimonial (MEP), apresentam um resultado líquido do exercício negativo de € 270.604.

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172 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Uma vez que a quantia escriturada do investimento na subsidiária, de acordo com o MEP, foi

reduzida a zero e a EDIA já tinha incorrido em obrigações legais e construtivas e feito

pagamentos a favor da subsidiária, registou perdas por imparidade pelo valor das contas a

receber e constituiu uma provisão pelo montante ainda em falta das perdas reconhecidas.

8.2. Participações Financeiras – Outros Métodos

A 31 de dezembro de 2013, a EDIA detém as mesmas participações financeiras do que em 31 de

dezembro de 2012. Estas participações encontram-se registadas ao custo de aquisição, pois a

Empresa não detém uma participação dominante ou significativa em nenhuma das sociedades

abaixo identificadas.

Sempre que existam indícios de que o ativo possa estar em imparidade, é efetuada uma

avaliação destes investimentos e registada a perda por imparidade que se revele existir.

8.3. Transações e Saldos com Partes Relacionadas

A 31 de dezembro de 2013, existem os seguintes saldos (contas a receber correntes (clientes) e

de outros devedores) com partes relacionadas, totalmente cobertos por perdas por imparidade já

reconhecidas:

Euros

Centro Operativo e de Tecnologia do Regadio 62.500 8,8 11 UP 500 5.500 5.500 5.500

Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo, S.A. 499.000 4,11 4 110 A 4,99 20.501 20.501 20.501

Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja, S.A. 4.000.000 1,25 50 000 A 1 50.000 (50.000) 0 0

Águas do Centro Alentejo, S.A. 5.000.000 5,00 50 000 A 5 250.000 250.000 250.000

Lusofuel - Produção de Biocombustíveis e Derivados, S.A. 500.000 10,00 10 000 A 5 50.000 (50.000) 0 0

376.001 (100.000) 276.001 276.001

Valor da

Participação

em 31

dezembro

2013

Valor da

Participação

em 31

dezembro

2012

Denominação Social Capital Social % ParticN.º Ações/

Un. Particip.Valor Nominal

Custo de

Aquisição

Perdas por

Imparidade

Euros

Empresas Subsidiárias 12.687 73.055 12.687 73.055 85.742

12.687 73.055 12.687 73.055 85.742

Contas a

Receber

Correntes

Contas a

Receber

Outros

Devedores

Serviços

PrestadosEmpréstimos Total

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173 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

8.4. Remuneração do Pessoal Chave da Gestão

(*) O Estatuto Remuneratório Fixado para os Membros dos Órgãos Sociais foi alterado em

2013, relativamente ao total de remunerações recebidas anualmente, tendo-se mantido no que

respeita ao valor de cada remuneração. No âmbito da aprovação de um conjunto de medidas

adicionais de consolidação orçamental que visam reforçar e acelerar a redução de défice

excessivo e o controlo do crescimento da dívida pública previstos no Programa de Estabilidade

e Crescimento (PEC), a redução dos vencimentos dos gestores públicos e equiparados, prevista

no N.º 1, do Artigo 12.º, da Lei N.º 12-A/2010, de 30 de junho e no Art.º 19.º da Lei 55-A/2010

de 31 de dezembro de 2010, veio estabelecer que a remuneração fixa mensal ilíquida dos

gestores públicos executivos e não executivos, incluindo os pertencentes ao sector público local

e regional, e dos equiparados a gestores públicos, é reduzida, a título excecional, em 5% e 10%,

respetivamente. Posteriormente, e por força do Acórdão nº 187/2013 do Tribunal

Constitucional, que declarou a inconstitucionalidade do artº. 29º - Suspensão do pagamento dos

subsídios de férias ou equivalente - da Lei nº66-B/2012, de 31 de dezembro, foi também reposto

o pagamento dos subsídios de férias. No entanto, e nos termos do previsto no Artigo 28.º da Lei

N.º 66-B/2012 de 31 de dezembro, foi reposto o pagamento do subsídio de Natal, em

duodécimos. Durante a vigência do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF),

como medida excecional de estabilidade orçamental foi suspenso, em 2012, o pagamento de

subsídios de férias e de Natal ou quaisquer prestações correspondentes aos 13.º e 14.º meses,

conforme determinado pelo OE 2012, nos termos do Art.º 21 da Lei 64-B/2011 de 30 de

dezembro.

Viatura de Serviço; Motorista; Telemóvel; Seguro de Saúde; Seguro de Acidentes Pessoais

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

(Administradores Executivos)

PRESIDENTE

Remuneração de 5.465,43€ (14 vezes no corrente ano) (*)

Remuneração com redução de (5% ) - 5.192,16€

Remuneração com redução de (5% +10% ) - 4.672,94€

VOGAIS

Remuneração de 4.675,41€, (14 vezes no corrente ano) (*)

Remuneração com redução de (5% ) - 4.441,64€

Remuneração com redução de (5% +10% ) - 3.997,48€

Viatura de Serviço; Telemóvel; Seguro de Saúde; Seguro de Acidentes Pessoais

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174 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

9. Imposto Sobre o Rendimento

Nesta nota são apresentadas as divulgações exigidas pela NCRF 25 - “Imposto sobre o

rendimento”.

A Empresa encontra-se sujeita a imposto sobre os lucros em sede de Imposto sobre o

Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) à taxa normal de 25% em 2013 (23% a partir de

2014), sendo a derrama fixada a uma taxa máxima de 1,5% do lucro tributável.

Para a mensuração dos impostos diferidos, no encerramento das contas reportadas a 31 de

dezembro de 2013, a taxa aplicada foi de 23%, uma vez que a Lei nº 2/2014 de 16 de janeiro já

se encontrava aprovada pela Assembleia da República desde 20 de dezembro de 2013,

inserindo-se deste modo na norma anteriormente referida, entendimento este defendido pela

Comissão de Normalização Contabilística.

O gasto (rendimento) com impostos sobre o rendimento em 31 de dezembro de 2013 e 31 de

dezembro de 2012 tem a seguinte composição:

O movimento ocorrido nos ativos e passivos por impostos diferidos nos exercícios findos de

2013 e 2012 foi o seguinte:

Os passivos por impostos diferidos decorrem unicamente da contabilização em capitais próprios

dos subsídios recebidos para os investimentos, com exceção dos subsídios referentes à rede

Euros

2013 2012

Impostos Correntes

Tributação Autónoma 72.091 77.561

72.091 77.561

Impostos Diferidos 2.864.271 (856.036)

Total 2.936.362 (778.475)

Euros

Saldo em 1 de janeiro 35.484.643 (35.484.643) 34.628.607 (34.628.607)

Efeitos na Demonstração dos Resultados

Ativos por Impostos Diferidos referentes a Perdas de Imparidade de Ativos Intangíveis 2.864.271 856.036

Total de efeitos na Demonstração dos Resultados 2.864.271 856.036

Efeitos no Capital Próprio

Passivos por Impostos Diferidos associados a Subsídios ao Investimento (2.864.271) (856.036)

Total de efeitos no Capital Próprio (2.864.271) (856.036)

Saldo em 31 de dezembro 32.620.372 (32.620.372) 35.484.643 (35.484.643)

2013 2012

Ativos por

Impostos

Diferidos

Passivos por

Impostos

Diferidos

Ativos por

Impostos

Diferidos

Passivos por

Impostos

Diferidos

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175 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

secundária de rega (a transferir para entidade pública a indicar pelo MAM, sendo nessa altura os

subsídios deduzidos ao investimento atualmente evidenciado na rubrica de “Inventários”) e dos

associados à atividade de distribuição de água (cujos ativos se tem vindo a concluir que estão

em imparidade total, pelo que os correspondentes subsídios são desreconhecidos no âmbito do

registo das perdas de imparidade dos ativos).

A 31 de dezembro de 2013, o montante de subsídios evidenciado nos capitais próprios ascende

a € 133.144.377 (€ 133.904.313 em 31 de dezembro de 2012), pelo que o correspondente

montante de passivos por impostos diferidos, registado por contrapartida de capitais próprios,

ascende a € 32.620.372 (24,5% de € 133.144.377).

Dos gastos com Impostos Diferidos (€ 2.864.271), o montante de € 2.662.888 decorre da

redução da taxa de IRC (incluindo derrama) de 26,5% para 24,5% e os restantes € 201.383 da

diminuição de € 759.937 nos subsídios evidenciados nos Capitais Próprios.

Por existirem diferenças temporárias tributáveis que originaram o reconhecimento de passivos

por impostos diferidos, a EDIA registou também ativos por impostos diferidos no mesmo

montante, relacionados com as perdas de imparidade dos ativos intangíveis, uma vez que,

quando as diferenças temporárias tributáveis reverterem (isto é, à medida que os subsídios

evidenciados nos capitais próprios forem sendo reconhecidos como rendimentos na mesma

proporção dos gastos com as amortizações dos ativos subsidiados) haverá também uma reversão

de diferenças temporárias dedutíveis, decorrente da aceitação fiscal das perdas de imparidade,

em partes iguais, ao longo do período de amortização que teria sido utilizado se as perdas por

imparidade não tivessem sido registadas.

Em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012 existiam diferenças temporárias

dedutíveis e prejuízos fiscais reportados relativamente aos quais não foi reconhecido qualquer

ativo por imposto diferido por não existir expectativas razoáveis quanto à geração de lucros

fiscais futuros suficientes para a sua utilização:

Os ativos e passivos por impostos diferidos em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de

2012, de acordo com as diferenças temporárias que os geraram, têm a seguinte composição:

Euros

Diferenças Temporárias Dedutíveis

- Perdas de Imparidade nos Ativos Intangíveis 716.489.115 708.454.689

- Perdas de Imparidade em Investimentos não Depreciáveis/Amortizáveis 100.000 100.000

- Provisões não dedutíveis em IRC (IFRIC 12) 2.126.787 1.173.396

-Gastos de Financiamento não dedutiveis 4.038.861

722.754.763 709.728.085

Prejuízos Fiscais reportados ainda não utilizados

- Exercício de 2011 10.612.823 31-dez-15 10.612.823 31-dez-15

- Exercício de 2012 13.934.121 31-dez-16 13.934.121 31-dez-16

- Exercício de 2013 (estimativa) 8.536.770 31-dez-17

33.083.714 24.546.944

Total 755.838.477 734.275.029

31-Dez-13 31-Dez-12

QuantiaData de

ExtinçãoQuantia

Data de

Extinção

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176 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

10. Depósitos Cativos

A rubrica de “Depósitos Cativos”, no Ativo não Corrente, corresponde aos depósitos de caução

constituídos pela EDIA, a médio e longo prazo, em instituições bancárias, concretamente a

favor dos Tribunais Judiciais, no âmbito de processos judiciais e de expropriação litigiosos e da

Autoridade Tributária e Aduaneira, apresentando, a 31 de dezembro de 2013 e a 31 de

dezembro de 2012, os valores de € 7.280.745 e € 8.533.529, respetivamente.

Os depósitos cativos no Millennium BCP e no Banco Espírito Santo, nos montantes de €

8.280.914 e € 161.870 respetivamente, foram constituídos através da contração de empréstimos

de igual montante, registados em “Financiamentos Obtidos”.

O valor mais significativo desta rubrica (€ 8.280.914) resulta do processo judicial a decorrer

com a Portucel Recicla, no âmbito do desmantelamento da fábrica, iniciado em outubro de 2003

e o montante de € 161.870 refere-se a um processo de expropriação litigiosa ainda em curso.

Não é de esperar a conclusão definitiva desta ação judicial com a Portucel Recicla antes do final

de 2016. Face a esta previsão, a EDIA mensurou e registou este ativo ao custo amortizado,

ascendendo o valor presente a € 7.028.130. Sendo este montante inferior ao valor pelo qual o

depósito cativo estava anteriormente mensurado, o diferencial (€ 1.252.784) foi registado na

rubrica de “Outros Gastos e Perdas”.

11. Inventários

Em 31 de dezembro 2013 e 31 de dezembro de 2012, os “Inventários” da Empresa apresentam o

seguinte detalhe:

Euros

Subsídios ao Investimento reconhecidos no Capital Próprio (32.620.372) (35.484.643)

Perdas de Imparidade em Ativos Intangíveis 32.620.372 35.484.643

Saldo em 31 de dezembro 32.620.372 (32.620.372) 35.484.643 (35.484.643)

31-Dez-13 31-Dez-12

Ativos por

Impostos

Diferidos

Passivos por

Impostos

Diferidos

Ativos por

Impostos

Diferidos

Passivos por

Impostos

Diferidos

Euros

Inventários 31-Dez-13 31-Dez-12

Inventários (Balanço)

Produtos Acabados e Intermédios 0 355.001.498

Produtos e Trabalhos em Curso 23.117.597 68.758.146

Mercadorias 48.051 46.358

Matérias Subsidiárias 31.516 30.067

23.197.164 423.836.069

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177 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Na sequência da publicação do Decreto-Lei N.º 335/2001, de 24 de dezembro, que, com

exceção da Infraestrutura 12, previa a transferência para o Estado das infraestruturas integrantes

da rede secundária de rega afeta ao EFMA, a EDIA, a partir do exercício de 2002, passou a

evidenciar o custo das obras com as infraestruturas da rede secundária de rega na rubrica de

“Inventários”.

Até 31 de dezembro de 2012, o saldo de “Inventários” correspondia essencialmente aos

investimentos da rede secundária, concluídos e em curso, registados nas rubricas de “Produtos

Acabados e Intermédios” e “ Produtos e Trabalhos em Curso” respetivamente.

Em 8 de abril de 2013, foi celebrado o “Contrato de Concessão relativo à Gestão, Exploração,

Manutenção e Conservação das Infraestruturas da Rede Secundária do Empreendimento de Fins

Múltiplos de Alqueva”, entre a EDIA e a DGADR, que vigorará até 31 de dezembro de 2020,

em que a EDIA (entidade concessionária) procede à entrega ao Estado (entidade concedente),

aqui representado pela DGADR, das infraestruturas relativas à rede secundária de rega,

drenagem e caminhos agrícolas, dos bens e equipamentos necessários à sua operação e

exploração, bem como das áreas adquiridas e expropriadas para a implementação das

infraestruturas dos aproveitamentos hidroagrícolas do EFMA.

Como consequência do Contrato de Entrega inicial e respetivo Contrato de Concessão, foram

transferidos da subconta de “Produtos Acabados e Intermédios” os investimentos: (i) no

perímetro de rega do Monte Novo, que entrou em exploração no início de 2009; (ii) nos

perímetros de rega do Alvito-Pisão e Pisão, que entraram em exploração no início de 2010; (iii)

nos perímetros de rega de Ferreira, Figueirinha e Valbom, Orada-Amoreira, Brinches, Brinches-

Enxoé, Serpa e Alfundão, concluídos em 2011; (iv) nos perímetros de rega do Loureiro-Alvito e

Ervidel 1, concluídos em 2012, e (v) nos perímetros de rega do Ervidel 2 e 3 e Pedrogão 1

margem direita, que ficaram substancialmente concluídos no primeiro semestre de 2013.

A junho de 2013, a estes investimentos no valor de € 401.264.950, foram adicionados os custos

capitalizados dessas infraestruturas (€ 16.149.078) que foram transferidos para a rubrica de

“Outras Contas a Receber”, para a entidade Estado (DGADR), que tem a propriedade de todas

as infraestruturas da rede secundária, construídas pela EDIA em sua representação, sendo

também transferidos para esta conta todos os subsídios que lhes estavam associados no

montante de € 329.910.214, adotando-se assim, um tratamento similar ao que foi adotado em

anos anteriores para a Infraestrutura 12. Esta conta passa a refletir o valor que a EDIA espera vir

a receber do Estado, a título de ressarcimento da parte não subsidiada do investimento na rede

secundária.

Em novembro de 2013, através de um novo Contrato de Entrega entre a EDIA e o Estado

Português, representado pela DGADR, a Empresa procedeu à entrega das infraestruturas

integrantes da rede de rega e de drenagem, bem como de todos os bens e equipamentos

necessários à sua operação e exploração, do Aproveitamento Hidroagrícola de Aljustrel.

À semelhança do efetuado com outras infraestruturas da rede secundária, também o

investimento efetuado nesta infraestrutura (acrescido dos custos capitalizados) registado na

rubrica de “Inventários”, na subconta de “Produtos e Trabalhos em Curso” foi transferido para

“Produtos Acabados e Intermédios” e posteriormente registado na rubrica de “Outras Contas a

Receber”, para a entidade Estado (DGADR), que tem a propriedade de todas as infraestruturas

da rede secundária.

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178 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

O valor de € 23.117.597, na subconta de “Produtos e Trabalhos em Curso” reflete os

investimentos em projetos afetos a blocos de rega ainda em construção.

12. Clientes, Vendas e Prestações de Serviços

O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber.

12.1. Clientes

O saldo de “Clientes” traduz na sua maioria, o valor a receber da renda anual periódica faturada

à EDP, no âmbito do contrato celebrado e os valores a receber pelos serviços de distribuição de

água prestados, que resultam do cumprimento do Despacho N.º 9000/2010, de 27 de abril, que

fixou os preços da água destinada a rega para uso agrícola, no âmbito do serviço público de

águas do EFMA.

Os créditos que sejam considerados de cobrança duvidosa após avaliação por parte da Empresa

são objeto de reconhecimento contabilístico das respetivas imparidades. Não o fazer seria

comprometer uma das características qualitativas do nosso normativo contabilístico, a saber, a

representação fidedigna da realidade da Empresa.

É considerado crédito em mora quando o pagamento não respeita o prazo contratualizado entre

a Empresa e o adquirente e quando seja resultante da atividade normal da Empresa.

12.2. Vendas e Prestações de Serviços

12.2.1. Vendas

O valor de € 90.258 registado em vendas, em 2013, traduz essencialmente, o montante das

vendas da energia emitida para a rede: (i) pelas centrais mini-hídricas de Alvito, Odivelas,

Pisão, Roxo e Serpa (€ 54.866), (ii) pela central fotovoltaica de Alqueva (€ 20.283) e com as

vendas dos bens de merchandising do Parque de Natureza de Noudar (€ 15.109).

Euros

Vendas e Prestações de Serviços 2013 2012

Produção de Energia 12.500.670 11.749.060

Distribuição de Água 4.973.654 2.842.916

Cartografia 95.071 140.230

Parque de Natureza de Noudar 43.909 73.898

Total 17.613.305 14.806.103

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179 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

12.2.2. Prestações de Serviços

Produção de Energia

Na conta de “Produção de Energia” foi reconhecido o montante de € 12.280.357, no âmbito do

“Contrato de Concessão de Exploração das Centrais Hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão”, por

35 anos, celebrado entre a Empresa-Mãe e a EDP. Neste Contrato, a EDP obriga-se a

proporcionar à EDIA uma compensação financeira nos seguintes termos:

Um montante inicial no valor de € 195.000.000, acrescido de IVA à taxa legal e pago na

data de entrada em vigor do presente contrato; e

Ao longo do período de vigência do contrato (35 anos), um montante anual periódico de

€ 12.380.000 (valor atualizado em 2012) acrescido de IVA à taxa legal e pago

anualmente no mesmo dia e mês da entrada em vigor do contrato, sendo a primeira

prestação devida no ano de 2008.

No âmbito do Contrato de exploração das centrais de Alqueva e Pedrógão e de subconcessão do

domínio hídrico público, e de acordo com o estabelecido no N.º 2 do Anexo VII, foi faturado

também à EDP, em 2013, em resultado da alteração dos volumes de retiradas de água das

albufeiras de Alqueva e Pedrógão, o montante de €484.042, referente a 2012 (sendo que o valor

de rendimentos especializados nas contas em 31 de dezembro de 2012, que correspondia à

melhor estimativa disponível à data de encerramento de contas de 2012, foi de € 393.530).

A 31 de dezembro de 2013, a EDIA, segundo o regime do acréscimo, tem especializado o

montante de € 1.255.504, que representa o valor estimado da compensação financeira para o ano

de 2013, e que resulta da revisibilidade decorrente da alteração dos volumes anuais das retiradas

de água das albufeiras de Alqueva e Pedrógão.

O saldo desta conta inclui ainda o valor de € 145.164 da componente de TRH, relativa à

utilização de água na produção de energia da central hidroelétrica de Alqueva em 2013

(aplicação do Decreto - Lei N.º 97/2008), que à data de 31 de dezembro ainda não tinha sido

faturado à empresa do Grupo EDP.

Distribuição de Água

A transposição da Diretiva Quadro da Água foi operada pela Lei N.º 58/2005, de 29 de

dezembro, e desenvolvida pelo Decreto-Lei N.º 226-A/2007, de 31 de maio, e pelo Decreto-Lei

N.º 97/2008, de 1 de junho, tendo consagrado o princípio do valor económico da água, por força

do qual se consagra o reconhecimento da escassez atual ou potencial deste recurso e a

necessidade de garantir a sua utilização economicamente eficiente, com a recuperação dos

custos dos serviços de águas, mesmo em termos ambientais e de recursos.

Em cumprimento do Despacho N.º 9000/2010, de 27 de abril, que fixou os preços da água

destinada a rega para uso agrícola, no âmbito do serviço público de águas do EFMA, a EDIA no

2.º semestre de 2010 iniciou o processo de faturação, cuja desagregação legalmente prevista

(Art.º 23, N.º 2 do Decreto-Lei N.º 97/2008, de 11 de junho) obedece aos seguintes termos:

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180 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Os valores do preço da água aprovados pelo Despacho N.º 9000/2010, de 27 de abril, €

0,089/m3 e € 0,053/m3 já refletem a repercussão, legalmente exigida, sobre o utilizador

final, do encargo económico representado pela taxa de recursos hídricos (TRH) e as

componentes de conservação e exploração, e são reduzidos em 70% no 1.º ano,

aumentando anual, automática, progressiva e linearmente a partir do ano subsequente e

até ao 8.º ano, perfazendo nesse ano os valores indicados.

Os valores fixados para a componente de conservação são de € 50,00/ha/ano para a

adução em alta pressão e de € 15,00/ha/ano para a adução em baixa pressão. Estes

valores sofrem reduções conforme indicado no parágrafo anterior.

O valor unitário do m3 de consumo de água faturado resulta das tarifas fixadas

deduzidas da componente relativa à conservação. A componente de conservação

unitária considera um consumo médio anual de 3.000 m3/por hectare.

O preço da água destinado à rega para uso agrícola foi atualizado com os índices de preços ao

consumidor exceto habitação para Portugal em 2012 (taxa de variação média anual) de 2.75%.

Em 2013, face a esta atualização, os valores aplicados para a componente de conservação são de

€ 53,50/ha/ano para a adução em alta pressão e de € 16,05/ha/ano para a adução em baixa

pressão.

Para base de cálculo é considerada a área beneficiada pelas infraestruturas de rega e o volume

de água fornecido.

Em relação ao montante da prestação de serviços no âmbito da “distribuição de água”,

aplicando a tarifa reduzida aos valores a faturar de 70% para o 1.º ano de funcionamento de

cada perímetro de rega, diminuindo anual, automática, progressiva e linearmente a partir do ano

subsequente e até 8.º ano, no ano de 2013 foram registados os seguintes valores relativos à

distribuição de água aos perímetros de rega e a captações diretas, tendo em conta as diversas

componentes (taxa de recursos hídricos, exploração, conservação e recargas de albufeira):

Foram especializados os rendimentos das componentes, TRH e exploração, do período de

outubro a dezembro de 2013 dos vários perímetros de rega em exploração (€ 251.359) e das

captações diretas, (€ 244.320) e anulada a especialização referente ao exercício de 2012 (€

95.111), pelo que o total da conta de “distribuição de água” é de € 4.973.654.

A faturação emitida referente à prestação de serviços no âmbito da “distribuição de água”, é

feita em dois momentos:

Início de abril:

Faturação da componente de conservação do ano em curso; e

Euros

Albufeira do

Monte-Novo

Albufeira do

EnxoéPisão Monte - Novo Alvito - Pisão

Ferreira,

Figueirinha e

Valbom

BrinchesBrinches -

Enxoé

Orada -

AmoreiraSerpa Alfundão Ervidel

Loureiro-

AlvitoExploração Total

TRH 5.655 46.209 36.473 11.482 8.190 20.718 8.046 14.051 4.304 12.986 4.999 17.762 190.875

Exploração 88.426 763.933 697.968 208.226 164.461 386.053 164.402 273.601 58.983 54.649 27.106 217.302 3.105.110

Conservação 50.031 148.609 246.613 101.788 125.044 107.548 67.685 80.948 40.479 12.158 5.435 986.338

Recarga de Albufeira 288.435 2.328 290.763

Total 288.435 2.328 144.112 958.751 981.054 321.496 297.695 514.319 240.133 368.600 103.766 79.793 37.540 235.064 4.573.086

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181 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Faturação da componente de exploração e Taxa de Recursos Hídricos (TRH) referente

ao 4.º trimestre do ano anterior.

Início de outubro:

Faturação da exploração e TRH referente aos 1.º, 2.º e 3.º trimestres do ano em curso.

As faturas são emitidas com base nas contagens reais de consumo. Os rendimentos respeitantes

à componente da “distribuição de água” a faturar, por consumos ocorridos, lidos e validados à

data do Balanço, foram registados por estimativa. O valor estimado das componentes, TRH e

exploração, do período de outubro a dezembro de 2013, ascende a € 251.359.

Ao abrigo do disposto no Decreto-Lei N.º 313/2007 de 17 de setembro, que aprovou as bases de

concessão, a EDIA detém, enquanto concessionária da gestão, exploração e utilização privativa

do domínio público hídrico afeto ao EFMA, os poderes de administração do referido domínio

no âmbito da sua atividade, as competências para atribuição dos títulos respeitantes à captação

de água para rega e para a produção de energia elétrica e ainda os poderes de fiscalização da sua

utilização por terceiros, bem como a competência para a instauração, a instrução e o

sancionamento dos processos de contra ordenação nesse âmbito (artigo 7.º). Conjugando o N.º 3

do artigo 5.º do mesmo Diploma, a TRH é repercutida nos respetivos utilizadores finais.

Conforme o exposto, com base nos títulos emitidos para captações diretas e de acordo com os

consumos de água indicados, a EDIA, segundo o princípio do acréscimo, registou em dezembro

de 2013, por estimativa, o valor de € 244.320 desta componente, que será integralmente faturada

em 2014.

Outras Prestações de Serviços

O valor remanescente (€ 123.871) na rubrica de “Prestações de Serviços”, reflete: (i) os serviços

prestados pela EDIA no âmbito da cartografia e das expropriações (€ 95.071) e (ii) os serviços

prestados no Parque de Natureza de Noudar (€ 28.800).

13. Estado e Outros Entes Públicos

Esta rubrica inclui, em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, os seguintes saldos:

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182 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

No “Ativo Corrente”, o saldo da conta de “Imposto sobre o Valor Acrescentado - IVA” inclui os

montantes de reembolsos pedidos dos meses de outubro e novembro de 2013 (€ 328.062)

decorrente da fase de investimento em que a EDIA ainda se encontra. Considerou-se também o

montante a recuperar de € 193.947 referente a dezembro de 2013, embora este valor, à data de

31 de dezembro, ainda não tinha sido objeto de pedido de reembolso.

O saldo da rubrica de “Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas - IRC” (€ 110.900),

apresentado no “Ativo Corrente”, refere-se aos Pagamentos Especiais por Conta de IRC (PEC)

dos anos de 2010 a 2013.

Atendendo ao limite temporal do imposto para a sua dedução (até ao quarto período de

tributação seguinte) e de acordo com o disposto no artigo 93.º do Código do IRC e aos prejuízos

fiscais a reportar, a Empresa procedeu ao correspondente reconhecimento, como gasto no

exercício de 2013, do valor do PEC do ano de 2009, que ascende a € 29.023.

Nos termos do disposto do Código da Contribuição Autárquica e nos termos do disposto do

Código do Imposto Municipal sobre Imóveis, o Estado está isento do pagamento de impostos

sobre os imóveis integrados no seu património. Ao abrigo do disposto no Decreto-Lei N.º 21-

A/98, de 6 de fevereiro, os bens imóveis expropriados pela EDIA para implementação do

EFMA são imediatamente integrados no domínio público do Estado após a sua adjudicação à

entidade expropriante.

No que respeita à isenção de SISA, esta vinha sendo requerida pela EDIA ao abrigo do artigo

11.º n.º 26.º do Código do Imposto Municipal de SISA e do Imposto sobre Sucessões e Doações

e foi concedida em diversos processos. O fundamento para a isenção resulta do facto de se tratar

de aquisições de bens situados em regiões economicamente mais desfavorecidas efetuadas por

sociedade comercial que os destina ao exercício, naquelas regiões, de atividades agrícolas ou

industriais consideradas de superior interesse económico e social. A essa data, a lei não exigia

qualquer formalismo adicional para a concessão da isenção.

Euros

31-Dez-13 31-Dez-12

Ativo Corrente

IVA - Imposto sobre o Valor Acrescentado 522.009 432.934

IRC - Imposto sobre o Rendimento 110.900 109.510

Restantes Impostos - 1.293.750

632.909 1.836.194

Ajustamento de Imparidade - (1.293.750)

632.909 542.444

Passivo Corrente

Retenções de Impostos sobre o Rendimento 23.599 49.386

Contribuições para a Segurança Social 114.289 107.475

IRC - Imposto sobre o Rendimento 72.091 73.970

209.980 230.832

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183 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Em 1 de Janeiro de 2004 entrou em vigor o Código do IMT e foi revogado o Código da SISA,

pelo Decreto-Lei nº 287/2003, de 12 de Novembro.

O artigo 6.º alínea h) do Código do IMT manteve a isenção nos termos referidos, no entanto, o

artigo 10.º n.º 3 do Código do IMT veio introduzir uma nova condição formal para a concessão

da isenção. Dispõe este disposto normativo que a isenção só será reconhecida se a Câmara

Municipal competente comprovar previamente que se encontram preenchidos os requisitos para

a sua atribuição. Para este efeito, a Direcção-Geral dos Impostos solicita à Câmara Municipal

competente a emissão do parecer vinculativo. Esta alteração teve como consequência que, sendo

os Municípios os beneficiários da receita fiscal em causa, os pareceres das Câmaras Municipais

passaram a ser sistematicamente negativos e, em resultado disso, a isenção sucessivamente

negada. A EDIA ainda reclamou perante a Administração Fiscal alegando falta de fundamento

dos pareceres camarários, mas foi respondido que essa mesma Administração Fiscal não tem

competência para apreciar o teor dos pareceres das Câmaras, limitando-se a verificar se são

favoráveis ou não e, assim, limitando-se a validar se está ou não reunido esse pressuposto legal,

indispensável para a concessão da isenção. Em face do que, e após análise, a EDIA

desreconheceu a conta a receber do Estado e o respetivo ajustamento de imparidade, ambos de

€ 1.293.750.

Os saldos do “Passivo Corrente” (€ 209.980) incluem essencialmente os montantes em dívida à

Segurança Social (€ 114.289), a pagar até ao dia 20 de janeiro, bem como o valor de IRC

estimado das tributações autónomas a suportar (€ 72.091).

14. Outras Contas a Receber

Esta rubrica tem o seguinte detalhe, em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012:

DGADR – IE 12

Em fevereiro de 2007, através do Decreto-Lei nº 42/2007 concretizou-se a recentralização dos

objetivos da EDIA, enquanto entidade gestora do EFMA, sendo revogado entre outros, o

Decreto-Lei N.º 335/01, de 24 de dezembro, mantendo-se no entanto, um dos objetos sociais da

EDIA, a conceção, execução e construção das infraestruturas que integram a rede secundária

afeta ao empreendimento, em representação do Estado, e de acordo com as instruções que lhe

sejam dirigidas pelo Ministro da Agricultura e do Mar (MAM).

Euros

Correntes Não Correntes Correntes Não Correntes

DGADR_CC_RS 88.218.356 -

DGADR_IE12 70.843.022 72.130.845

Fundos Comunitários 4.355.004 3.078.852

Devedores por Acréscimo de Rendimentos 1.896.455 499.557

Outros Devedores Diversos 40.242 997.831

Perdas por Imparidade Outros Devedores (95.998)

165.257.080 76.707.085

Outras Contas a Receber31-Dez-13 31-Dez-12

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184 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Exceciona-se a Infraestrutura 12, que se mantém propriedade da EDIA sob o regime de

concessão ao MAM, na sequência da formalização com o Instituto de Desenvolvimento Rural e

Hidráulica (atualmente Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Regional - DGADR),

em abril de 2006, do contrato de cessão da gestão, exploração, manutenção e conservação da

Infraestrutura 12 por um prazo de 30 anos, este investimento deduzido dos subsídios associados

tem vindo a ser registado, desde 2006, em “Outras Contas a Receber”, pois a EDIA aguarda o

ressarcimento do valor líquido do investimento efetuado nesta infraestrutura, por parte da

DGADR.

É de salientar que o Tribunal de Contas, no seu relatório de fevereiro de 2005 intitulado

“Auditoria de follow-up à EDIA - Projeto EFMA”, recomenda que o Estado, mais propriamente

o MAM, “assegure o financiamento das infraestruturas integrantes da rede secundária e

reembolse anualmente a EDIA pela transferência (de propriedade) da Infraestrutura 12”.

Assim, no caso do saldo da conta “DGADR_IE 12” (€ 70.843.022), o Conselho de

Administração tem vindo sempre a concluir, no encerramento de contas de cada exercício, que

espera que o ativo seja realizado num período inferior a doze meses após a data de Balanço, isto

é, no exercício seguinte, pelo que tem vindo a considerar que esta dívida se encontra

corretamente refletida no Ativo Corrente e, por outro lado, que não se justifica o

reconhecimento de perdas de imparidade para fazer face a uma eventual incobrabilidade desse

valor.

Em abril de 2013, é acordado e reciprocamente aceite um acordo entre a EDIA e o consórcio

Edifer/Obrecol/Opway, decorrente do litígio emergente do contrato da “Empreitada de

Construção da Totalidade do Canal de Adução da IE12, Reabilitação da Barragem do Monte do

Marmelo, Estação Elevatória do Monte do Marmelo e Rede Secundária do 1º Bloco de Rega da

mesma infraestrutura”, que se traduz na anulação da provisão constituída deste processo arbitral,

no valor de € 1.321.324 e consequentemente o montante da dívida da “DGADR_IE

12”diminuiu proporcionalmente.

DGADR - CC – Rede Secundária

Em 8 de abril de 2013 foram assinados, o Contrato de Entrega e o “Contrato de Concessão

relativo à Gestão, Exploração, Manutenção e Conservação das Infraestruturas da Rede

Secundária do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva” (EFMA), pelo Presidente do

Conselho de Administração da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A

(EDIA) e pelo Diretor-Geral da Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural

(DGADR), que vigorará até 31 de dezembro de 2020, em que a EDIA (entidade concessionária)

procede à entrega ao Estado (entidade concedente), aqui representado pela DGADR, das

infraestruturas relativas à rede secundária de rega, drenagem e caminhos agrícolas, dos bens e

equipamentos necessários à sua operação e exploração, bem como das áreas adquiridas e

expropriadas para a implementação das infraestruturas dos aproveitamentos hidroagrícolas do

EFMA, estando por clarificar e concretizar o estipulado no n.º 2 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º

Euros

DGADR_CC_RS 412.807.145 17.265.945 341.854.734 88.218.356

412.807.145 17.265.945 341.854.734 88.218.356

Outras Contas a Receber Investimento Capitalizações Subsidios Total

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185 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

42/2007, de 22 de fevereiro, conjugado com o disposto na alínea c) do n.º 1 deste mesmo artigo,

no que se refere ao Estado assegurar o financiamento e demais condições relativas à conceção,

execução e construção destas infraestruturas.

Segundo o Acionista, "só depois da conclusão de todas as infraestruturas", prevista para 2015, e

"subsequente período de consolidação do seu funcionamento, de cinco anos, estará disponível o

quadro de indicadores necessários para aferir do melhor modelo para prosseguir com a gestão, a

exploração, a manutenção e a conservação do empreendimento. A concessão pelo prazo de sete

anos, isto é, até 2020, garantirá um período de consolidação adequado, fundamental para a

gestão da garantia das obras, a estabilização tendencial do tarifário e a perceção e otimização do

funcionamento do empreendimento na sua plenitude, visando a sua efetiva contribuição e

integração das diversas valências no desenvolvimento sustentado da região".

Estando as seguintes infraestruturas terminadas, contempladas no Contrato de Entrega, foram

transferidos da subconta de “Produtos Acabados e Intermédios” os respetivos investimentos: (i)

no perímetro de rega do Monte Novo, que entrou em exploração no início de 2009; (ii) nos

perímetros de rega do Alvito-Pisão e Pisão, que entraram em exploração no início de 2010; (iii)

nos perímetros de rega de Ferreira, Figueirinha e Valbom, Orada-Amoreira, Brinches, Brinches-

Enxoé, Serpa e Alfundão, concluídos em 2011; (iv) nos perímetros de rega do Loureiro-Alvito e

Ervidel 1, que ficaram substancialmente concluídos em 2012 e (v) nos perímetros de rega do

Ervidel 2 e 3 e Pedrogão 1 margem direita, que ficaram concluídos no primeiro semestre de

2013.

A junho de 2013, ao valor do investimento foram adicionados os custos capitalizados nestas

infraestruturas, valores estes transferidos para a rubrica de “Outras Contas a Receber- Estado

(DGADR)”, que tem a propriedade de todas as infraestruturas da rede secundária, construídas

pela EDIA em sua representação, sendo também transferidos para esta conta, todos os subsídios

que lhes estavam associados provenientes do Orçamento do Estado e da União Europeia que se

encontram registados na rubrica de “Diferimentos”, adotando assim um tratamento similar ao

que foi adotado em anos anteriores para a Infraestrutura 12, passando esta conta a refletir o

valor que a EDIA espera vir a receber do Estado, a título de ressarcimento da parte não

subsidiada do investimento na rede secundária.

Em novembro de 2013, foi assinado um novo Contrato de Entrega, entre a EDIA e o Estado

Português, representado pela DGADR, em que a Empresa procede à entrega das infraestruturas

integrantes da rede de rega e de drenagem, bem como de todos os bens e equipamentos

necessários à sua operação e exploração, do Aproveitamento Hidroagrícola de Aljustrel.

À semelhança do efetuado com outras infraestruturas da rede secundária, também o

investimento efetuado nesta infraestrutura (acrescido dos custos capitalizados) registado na

rubrica de “Inventários”, na subconta de “Produtos e Trabalhos em Curso” foi transferido para

“Produtos Acabados e Intermédios” e posteriormente registado na rubrica de “Outras Contas a

Receber”, para a entidade Estado (DGADR), que assume em relação aos bens descritos, todos

os inerentes direitos e obrigações estabelecidos na legislação em vigor.

No âmbito deste Contrato de Concessão, não foi constituída nenhuma provisão para fazer face

aos encargos com as infraestruturas, objeto dos respetivos Contratos de Entrega, relativos à

obrigação contratual de as manter/conservar, ao longo do período da concessão.

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186 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

A não constituição da provisão, teve como pressuposto que, ao longo do período da concessão

(7 anos), não ocorrerão grandes reparações e substituições nas respetivas infraestruturas e

equipamentos, sendo a manutenção e a conservação correntes desses ativos, reconhecidas como

gastos, nos exercícios em que ocorrem.

Fundos Comunitários

O montante de € 4.355.004 corresponde aos valores de pedidos de pagamento de financiamento

comunitário, ainda não liquidados, mas que a EDIA estima com um grau elevado de certeza vir

a receber.

Devedores por Acréscimo de Rendimentos

O saldo desta conta “Devedores por Acréscimo de Rendimentos” reflete essencialmente o valor

da estimativa, para o ano de 2013, da compensação financeira resultante da revisibilidade da

alteração dos volumes anuais das retiradas de água das albufeiras de Alqueva e Pedrógão, de

acordo com o estabelecido no N.º 2 do Anexo VII, do “Contrato de exploração das centrais de

Alqueva e Pedrógão e de subconcessão do domínio público hídrico”( € 1.255.504).

Este saldo traduz também os montantes estimados e especializados referentes a: (i) consumos

dos perímetros de rega em exploração (€ 251.359), (ii) consumos das captações diretas do

sistema primário da EFMA (€ 244.320) e (iii) volumes de água utilizados na produção de

energia hidroelétrica a faturar a uma empresa do grupo EDP (€ 145.164).

Perdas por Imparidade - Outros Devedores

O valor de € 95.998 registado em “Perdas por Imparidade-Outros Devedores” respeita

essencialmente ao adiantamento concedido pela EDIA à Gestalqueva, S.A., de modo a que esta

pudesse assegurar compromissos mais urgentes (encargos com pessoal) até à resolução

definitiva do seu processo de liquidação (€ 73.055).

15. Diferimentos

15.1. Diferimentos (Ativo Corrente)

Os diferimentos apresentados no “Ativo Corrente” (gastos a reconhecer) incluem,

essencialmente: (i) os prémios dos seguros pagos até 31 de dezembro de 2013 mas

correspondentes a períodos de vigência posteriores (€ 308.114), sendo que os prémios de

seguros com valor mais significativo se referem aos ramos “All Risks Industrial”,

“Responsabilidade Civil Geral e de Exploração” das infraestruturas do EFMA e também “Saúde

Grupo” e (ii) montantes pagos em comissões e imposto de selo referentes a 2014 (€ 129.357).

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187 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

15.2. Diferimentos (Passivo Corrente e não Corrente)

Esta rubrica (rendimentos a reconhecer) apresenta a seguinte repartição entre “Passivo

Corrente” e “Passivo não Corrente”:

15.2.1. Subsídios do Estado

Em 31 de dezembro de 2012 o valor dos subsídios ao investimento reconhecido no “Passivo

Não Corrente” incluía todos os subsídios relativos à rede secundária de rega (€ 343.776.184),

por um valor que se previa que correspondesse à diferença entre o respetivo custo de construção

evidenciado na rubrica “Inventários” e o valor dos subsídios relativos a estas infraestruturas.

A dezembro de 2013, o valor total destes subsídios ascende a € 369.814.206 mas na sequência

da assinatura dos Contratos de Entrega e de Concessão relativo à Gestão, Exploração,

Manutenção e Conservação das Infraestruturas da Rede Secundária do Empreendimento de Fins

Múltiplos de Alqueva (EFMA), os subsídios associados às infraestruturas da rede secundária já

concluídas, no montante de € 341.854.735, foram transferidos para a conta a receber da

DGADR, na rubrica de “Outras Contas a Receber” (ver Notas 11 e 14). Esta transferência

justifica a significativa redução no valor da rubrica de “Diferimentos – Subsídios do Estado” no

ano de 2013.

Os subsídios do Estado apenas são reconhecidos quando existe uma certeza razoável de que a

Empresa irá cumprir com as condições de atribuição dos mesmos e de que os mesmos irão ser

recebidos.

15.2.2. Outros Diferimentos

O valor de rendimentos diferidos do “Contrato de Concessão da Exploração das Centrais

Hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão” com a EDP, evidenciado em 31 de dezembro de 2013 no

“Passivo não Corrente” (€ 169.731.216) e no “Passivo Corrente” (€ 14.384.848), decorre do

recebimento de € 195.000.000, em 1 de novembro de 2007, nos termos da alínea a) do N.º 1 da

cláusula 6.ª do “Contrato de exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão e de

subconcessão do domínio público hídrico”, celebrado com a EDP. Os montantes recebidos e a

receber da EDP no âmbito deste contrato serão reconhecidos como rendimentos ao longo do

período de duração do contrato (35 anos), com início de 1 de novembro de 2007.

Euros

Correntes Não correntes Correntes Não correntes

Diferimentos - Subsídios do Estado 2.015.478 343.776.184

Outros Diferimentos 14.384.848 169.731.216 14.209.184 171.736.064

14.384.848 171.746.694 14.209.184 515.512.248

31-Dez-13 31-Dez-12

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188 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Assim, as referidas contas de rendimentos a reconhecer traduzem: (i) parte dos € 195.000.000

que ainda não foi reconhecida em rendimentos; e (ii) o diferencial entre os valores recebidos

anualmente da EDP e o valor do rédito já reconhecido da atualização dos fluxos de caixa futuros

à taxa efetiva de 5,5%.

A 31 de dezembro de 2013, foram reconhecidos € 14.209.184 de rendimentos, referentes a

2013, dos quais € 11.015.287 se referem a prestação de serviços e € 3.193.897 a juros.

16. Capital Próprio

No período compreendido entre 31 de dezembro de 2012 e 31 dezembro de 2013, os capitais

próprios da EDIA apresentaram a seguinte evolução:

16.1. Capital Realizado

A EDIA é uma Sociedade Anónima em que o capital social é detido na sua totalidade pelo

acionista Estado Português, através da DGTF.

O Capital inicial da EDIA (€ 2.493.990) foi sucessivamente aumentado, no período de 1996 a

2009.

Em 31 de dezembro de 2013, o capital social da Empresa, integralmente subscrito e realizado,

de € 387.267.750 é composto por 77.453.550 ações com o valor nominal de € 5 cada.

16.2. Outras Reservas

A rubrica “Outras Reservas” inclui, essencialmente:

€ 8.479.554 de subsídios recebidos em 1995, no âmbito da transferência para a EDIA

das verbas incluídas no Orçamento de Estado para a extinta Comissão Instaladora do

Alqueva;

€ 592.267 relativos à transferência para a EDIA do ativo da referida Comissão;

€ 9.975 referentes à doação de um mural para o edifício da sede da EDIA; e

€ 120.904 de subsídios afetos às áreas sobrantes (que não configuram investimentos

amortizáveis).

Euros

Capital Realizado 387.267.750 387.267.750

Outras Reservas 9.202.700 9.202.700

Resultados Transitados -832.397.592 8.559.040 -823.838.553

Ajustamentos em Ativos Financeiros 413.817 545 413.273

Outras Variações no Capital Próprio 98.419.670 4.968.604 2.864.271 100.524.004

Resultado Líquido do Período 8.559.040 25.922.234 -17.363.194

-328.534.615 4.968.604 37.346.089 -343.794.020

Capital Próprio Saldo Inicial Aumentos Diminuições Saldo Final

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189 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Estas reservas não foram impostas pela lei ou pelos estatutos, nem constituídas de acordo com

contratos firmados pela Empresa.

16.3. Resultados Transitados

O resultado desta rubrica em 31 de dezembro de 2013 (€ 823.838.553 negativos) está

essencialmente influenciado com o reconhecimento de perdas por imparidade nos “Ativos

Intangíveis” do segmento “água”, cujo valor acumulado (líquido dos respetivos subsídios que

têm vindo a ser desreconhecidos) ascende a € 849.633.492.

16.4. Outras Variações no Capital Próprio

A Empresa reconhece em “Outras Variações no Capital Próprio” os subsídios associados à

aquisição de ativos não correntes (subsídios ao investimento), os quais foram integralmente

recebidos e não são reembolsáveis.

O saldo desta rubrica corresponde aos subsídios atribuídos pelo Estado Português e pela União

Europeia para financiar investimentos em ativos fixos, com exceção dos subsídios referentes à

rede secundária de rega (evidenciados na rubrica “Diferimentos” do Passivo, a deduzir ao

investimento evidenciado em “Inventários” aquando da transferência destes ativos para uma

entidade pública a indicar pelo MAM) e dos associados à atividade de distribuição de água (que

têm vindo a ser desreconhecidos no âmbito do registo das perdas de imparidade dos respetivos

ativos).

Estes subsídios evidenciados em “Outras Variações no Capital Próprio” são subsequentemente

imputados numa base sistemática como rendimento do período durante as vidas úteis dos ativos

com os quais se relacionam. São reconhecidos como “Outros Rendimentos e Ganhos” na

mesma proporção dos gastos com as depreciações dos bens subsidiados e respetiva percentagem

de comparticipação.

O saldo desta rubrica a 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, era conforme segue:

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190 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

17. Imparidade de Ativos Intangíveis

Na sequência da cedência à EDP, pelo período de 35 anos, da exploração das centrais

hidroelétricas de Alqueva e de Pedrógão e dos direitos de utilização privativa do respetivo

domínio público hídrico, encontravam-se já definidas, desde outubro de 2007, a generalidade

das receitas de exploração associadas à componente hidroelétrica do EFMA até ao ano de 2042.

No entanto, à data do encerramento das contas de 2009 e das de anos anteriores, ainda não havia

sido definido, pelo MAM, o tarifário de fornecimento de água a partir do sistema primário do

Empreendimento, o qual iria influenciar de forma determinante as receitas de exploração

esperadas da Empresa e permitiria avaliar em que medida as receitas totais de exploração

esperadas com a utilização do domínio público hídrico afeto ao EFMA (as associadas ao

fornecimento de água para rega e abastecimento humano, e as decorrentes da exploração

hidroelétrica) permitiriam recuperar o investimento global previsto no âmbito do

Empreendimento.

No entanto, seria já possível, à data de encerramento das contas, quer de 2009 quer de anos

anteriores, prever que os investimentos realizados no EFMA implicariam a necessidade de

reconhecimento de perdas de imparidade.

No entanto, é importante ter presente que o EFMA foi concebido como um instrumento de

desenvolvimento regional de uma zona deprimida do interior do país, com especial enfoque na

conversão do sector agrícola de sequeiro para regadio.

O EFMA representa uma obra de aproveitamento de recursos hídricos associados ao Rio

Guadiana e que garante uma reserva estratégica de água, contribuindo para inverter as

tendências de declínio populacional e económico de uma vasta região do Alentejo, revestindo-

se, assim, de um enorme interesse nacional, com os consequentes benefícios que advêm da sua

concretização, ao nível da melhoria da qualidade de vida da população da região do Alentejo,

bem como à promoção económica, social e ambiental.

Este investimento destinou-se, desde sempre, a suprimir enormes carências existentes na região

relacionadas com a disponibilidade de água para fins de abastecimento humano, agrícolas e

Euros

Subsídios já recebidos

QCA II 1994-1999 184.523.978 184.523.978

QCA III 2000-2006 434.600.145 434.600.145

QREN-PRODER

POVT 2007-2013 179.600.988 161.345.088

PRODER 2007-2013 155.861.627 153.556.160

Outros 2007-2013 2.258.539 2.147.316

PIDDAC (QCA III e PRODER) 2000-2013 137.684.568 136.916.079

Subsídios por Receber 4.355.004 3.078.852

1.098.884.849 1.076.167.618

Rendimentos Já reconhecidos (valor acumulado) (27.261.826) (23.020.871)

1.071.623.023 1.053.146.747

Subsídios p/ rede secundária de rega e segmento "água" (938.478.647) (919.242.434)

Total de Subsidios registados no Capital Próprio 133.144.376 133.904.313

Imposto Diferido (32.620.372) (35.484.643)

100.524.004 98.419.670

Outras Variações no Capital Próprio Período 31-Dez-13 31-Dez-12

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191 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

industriais. Nesse sentido, e considerando também as externalidades positivas geradas para a

económica nacional, nunca esteve em causa o retorno financeiro dos ativos do EFMA,

exclusivamente decorrente das receitas geradas pela atividade da EDIA. O pressuposto

fundamental consistia em garantir que os benefícios económicos futuros tivessem capacidade de

cobrir os custos de exploração das atividades (sem considerar a amortização dos investimentos),

gerando expetavelmente resultados de exploração positivos.

O Estado Português assumiu desde a sua génese o caráter de fins múltiplos deste

Empreendimento, cuja concretização decorreria da utilização plena e eficiente da enorme

“reserva estratégica de água” a armazenar nas albufeiras de Alqueva e Pedrógão. Sendo detentor

único do capital da EDIA, o Estado Português sempre assumiu, como consequência, a

necessidade de assegurar a dotação dos fundos necessários à prossecução do seu objeto, criando

as condições para a Empresa honrar os compromissos assumidos no decorrer da execução do

projeto.

O rédito do serviço disponibilizado pela EDIA relacionado com a distribuição de água é

calculado de acordo com a tarifa definida pelo Estado, que por sua vez, no seu cálculo,

considera um conjunto de pressupostos que extravasam o interesse económico dos

investimentos realizados.

Existindo (desde anos anteriores) indícios de que os ativos do segmento “água” estariam em

imparidade, mas não sendo possível calcular a quantia recuperável de ativos individuais afetos a

este segmento, dada a forte interligação dos influxos de caixa dos vários ativos ou grupos de

ativos do segmento, a EDIA determinou a quantia recuperável da unidade geradora de caixa

(“mais pequeno grupo identificável de ativos que seja gerador de influxos de caixa e que seja

em larga medida independente dos influxos de caixa de outros ativos ou grupos de ativos”) que

corresponde a todo o segmento “água”.

Na sequência da definição, em 2010, do tarifário de fornecimento de água do sistema primário,

a EDIA estimou a quantia recuperável dos ativos do segmento “água” através da determinação

do respetivo valor de uso, tendo-se concluído que o valor presente dos fluxos de caixa futuros

associados a este segmento é negativo, pelo que a perda de imparidade nas referidas datas

corresponde ao valor total dos ativos (líquido dos passivos indissociáveis) afetos a este

segmento.

Para este efeito, foram considerados fluxos de caixa até o ano de 2082, ano em que termina

contrato de concessão à EDIA que contempla a gestão, exploração e utilização privativa do

domínio público hídrico afeto ao EFMA, ao abrigo do disposto no Decreto - Lei N.º 313/2007.

Para a atualização dos fluxos de caixa futuros foi utilizada uma taxa de desconto de 5,49%

baseada no custo médio ponderado do capital (Weighted Average Cost of Capital – WACC), por

forma a refletir: (i) o valor temporal do dinheiro para os períodos até 2082; (ii) as expectativas

acerca das variações possíveis na quantia ou tempestividade dos fluxos de caixa; (iii) o preço de

suportar a incerteza inerente ao ativo; e (iv) outros fatores que os participantes no mercado

refletiriam ao apreçar os fluxos de caixa futuros que a Empresa espera obter dos ativos.

Tendo presente que todas as projeções futuras foram elaboradas com base em pressupostos

considerados razoáveis e suportáveis, tendo em conta o mercado presente e futuro e que as

decisões tomadas nas últimas projeções/estudos foram aprovadas por parte da administração da

EDIA, os principais pressupostos adotados são os seguintes:

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192 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Taxa de adesão ao recurso água crescente em 10 anos;

Consumo médio de água de 4.000 m3/ha, em 80% da área coberta;

Preço unitário de referência para fornecimento de água destinada a rega para fins

agrícolas, à saída da rede primária, de 0,042€/m3, sendo que os valores no 1.º ano

correspondem a 30% desse valor, aumentando anual, automática, progressiva e

linearmente até atingirem o mencionado valor de referência no 8.º ano (conforme

Despacho N.º 9000/2010, de 26 de Maio); e

Taxa de atualização de preços de 2%.

Na medida em que as condições e pressupostos contemplados nos estudos de imparidade

reportados a 31 de dezembro de 2009 já existiam ou eram previsíveis à data do encerramento

das contas do exercício de 2008, no âmbito da reexpressão das demonstrações financeiras do

exercício de 2009, foram imputadas a Resultados Transitados as perdas de imparidade

correspondentes à totalidade dos ativos afetos ao segmento “água”, à data de 31 de dezembro de

2008.

Os ativos e passivos do segmento “água”, assim como as perdas de imparidade reconhecidas

com referência a 31 de dezembro de 2013 e a 31 de dezembro de 2012, podem ser apresentadas

da seguinte forma:

No Subsistema de Alqueva encontram-se integradas e em exploração as centrais mini-hídricas

de Alvito, Pisão, Roxo, Odivelas e no Subsistema do Ardila a central mini-hídrica de Serpa.

Estas infraestruturas tendo sido transferidas de “Ativos Intangíveis em Curso” para firme e

consideradas unidades geradoras de caixa ao abrigo da NCRF12 - “Imparidade de Ativos”,

foram alvo de testes de imparidade que permitissem concluir sobre qual a parte do investimento

que foi efetuado, está em imparidade ou não, especificamente para as componentes “elétrica” e

“rega”.

Este estudo, como todos os estudos de índole prospetiva, tem os seus resultados estritamente

ligados à validade das diferentes hipóteses de evolução que nele se consideram,

designadamente, e entre outros pressupostos, no que concerne aos volumes efetivamente

turbinados e aos custos unitários da energia, no horizonte de projeto.

A subdivisão destes custos pelas componentes “elétrica” e “rega” foi obtida pela separação dos

valores correspondentes aos investimentos diretamente afetos à produção de energia do restante,

tendo em consideração os valores das quantidades de obra e do equipamento existentes nestas

Euros

Segmento "água" 2013 2012

Ativos Intangíveis 1.374.094.732 1.343.345.743

Adiantamentos a Fornecedores de Ativos Intangíveis 194.089 0

Subsídios ao Investimento (524.461.241) (500.986.741)

Imparidade Acumulada 849.827.581 842.359.002

Perdas por Imparidade Reconhecidas no Período 7.468.579 -16.346.989

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193 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

infraestruturas e que se encontram diretamente relacionadas com as funções “produção de

eletricidade” e “rega”.

Tendo presente estes pressupostos e o objetivo do estudo, face ao conjunto de análises

efetuadas, a conclusão foi de que estas unidades geradoras de caixa originam benefícios

económicos futuros suficientes para assegurar o retorno do investimento, isto é, não se

encontram em imparidade.

De salientar que, de igual modo, de acordo com os estudos e melhores projeções da EDIA, não

existe qualquer imparidade ao nível dos ativos do segmento “energia”.

17.2. Imparidade de Dívidas a Receber

O valor de € 244.770 registado na rubrica de “Imparidades de Dívidas a Receber” reflete as

imparidades que resultam dos indícios de incobrabilidade, isto é, dos créditos em mora pelos

serviços de distribuição de água prestados pela EDIA, quando os clientes não respeitam o prazo

contratualizado entre a Empresa e o adquirente.

Os créditos que sejam considerados de cobrança duvidosa após avaliação por parte da Empresa

são objeto de reconhecimento contabilístico das respetivas imparidades.

18. Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes

A EDIA analisa de forma periódica eventuais obrigações que resultem de eventos passados e

que devam ser objeto de reconhecimento ou divulgação.

São reconhecidas provisões apenas quando a Empresa tem uma obrigação presente (legal ou

construtiva) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa

obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente

estimado.

A subjetividade inerente à determinação da probabilidade e montante de efluxo de recursos

necessário para a liquidação das obrigações poderá conduzir a ajustamentos significativos, quer

por variação daquele pressuposto, quer pelo futuro reconhecimento de provisões anteriormente

divulgadas como passivos contingentes.

A mensuração das provisões é efetuada de acordo com a NCRF12 - “Imparidade de Ativos”.

A EDIA considerou, com base no julgamento do Conselho de Administração e na análise

aprofundada de cada um dos processos por parte do Gabinete Jurídico interno e de advogados

externos, que estavam cumpridas as condições para o reconhecimento das provisões, referidas

no parágrafo 13 da NCRF 21 - “Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes”.

Em particular no que respeita à condição de que “seja provável que um exfluxo de recursos que

incorporem benefícios económicos será necessário para liquidar a obrigação”, foi utilizado o

critério definido no parágrafo 22 da referida NCRF 21 - “ Provisões, Passivos Contingentes e

Ativos Contingentes”, considerando como provável o exfluxo “se o acontecimento for mais

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194 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

propenso do que não de ocorrer, isto é, se a probabilidade de que o acontecimento ocorrerá for

maior do que a probabilidade de isso não acontecer”.

Esta estimativa baseia-se numa análise técnica aprofundada do Gabinete Jurídico que emite,

para o efeito, um documento em que determina qual a melhor estimativa dos valores a

provisionar, com base na experiência da EDIA quanto ao desfecho de processos semelhantes e

com base nas informações dos advogados externos que colaboram com a Empresa.

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, para fazer face aos

processos judiciais e outras obrigações presentes decorrentes de acontecimentos passados, a

EDIA constituiu provisões mas também fez reversões por as quantias provisionadas se

revelarem desnecessárias ou porque os processos findaram.

18.1. Provisão para Processos Judiciais em Curso e Expropriações Litigiosas

Em 31 de dezembro de 2013 são conhecidos vários processos litigiosos, resultantes, quer de

processos judiciais em curso, quer de expropriações, associados ao investimento do EFMA, que

poderão resultar em encargos e responsabilidades adicionais para a EDIA, tendo a Empresa

constituído provisões para cobrir estas responsabilidades, com base na sua melhor estimativa do

valor dos encargos futuros a suportar.

O montante (€ 9.343.676) refletido na rubrica de “Provisões” a 31 de dezembro de 2013,

decorre essencialmente dos seguintes processos judiciais em curso e processos a decorrer no

âmbito de expropriações litigiosas:

Euros

Utilizações Reversões

Provisões

Provisão para Processos Judiciais em Curso e Expropriações Litigiosas 10.742.437 490.418 300.000 3.863.090 7.069.765

Provisão IFRIC 12 1.173.396 953.391 2.126.787

Outras Provisões_Gestalqueva 147.124 147.124

11.915.833 1.590.932 300.000 3.863.090 9.343.676

Provisões (Balanço)

2013

ReduçõesSaldo Inicial Aumentos Saldo Final

Euros

Utilizações Reversões

Provisões

Provisão para Processos Judiciais em Curso e Expropriações Litigiosas 10.363.061 386.553 7.177 - 10.742.437

Provisão IFRIC 12 1.269.089 95.693 1.269.089

11.632.150 386.553 7.177 95.693 11.915.833

Provisões (Balanço)

2012

Saldo Inicial AumentosReduções

Saldo Final

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195 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

A Portucel Recicla intentou contra a EDIA uma ação para pagamento de quantia certa, sob a

forma de processo ordinário, onde reclama o pagamento de € 8.280.914 (correspondendo ao

valor já faturado de € 7.832.833 acrescido de juros de mora). A EDIA respondeu a esta ação

com “embargos de executado”, alegando que nada deve à Portucel Recicla por se terem alterado

os pressupostos que presidiram à outorga do auto de expropriação. Para fazer face às eventuais

responsabilidades decorrentes deste processo, a EDIA constituiu, em anos anteriores, uma

provisão de € 4.140.457, que foi estimada em metade do valor reclamado pela Portucel Recicla.

Em dezembro de 2011 a EDIA reforçou esta provisão pelo valor de € 1.388.625 (50% do

montante de € 2.777.250), valor este, que corresponde à melhor estimativa do dispêndio a

efetuar e é destinado a garantir o reforço da quantia exequenda no processo judicial da Comarca

de Reguengos de Monsaraz, em que é exequente a Portucel Recicla S.A. Em dezembro de 2013,

a EDIA reforçou, uma vez mais, esta provisão pelo valor de € 490.418, que corresponde à

atualização dos juros vencidos sobre o capital, à data de dezembro de 2013, destinado a garantir

o reforço da quantia exequenda no processo judicial da Comarca de Reguengos de Monsaraz,

em que é exequente a Portucel Recicla S.A. e que se mantém provisionado à data deste relato.

A EDIA interpôs uma ação contra o consórcio Edifer/Obrecol/Sopol, reclamando o pagamento

de € 4.233.022, acrescido de juros de mora, a título de ressarcimento pelas verbas despendidas

na reparação do canal da Infraestrutura 12 e ainda indemnização por danos na imagem. O

consórcio, em sede de reconvenção, reclama o pagamento de € 2.642.648 a título de juros de

mora por atrasos nos pagamentos e na libertação da caução. Constituiu-se, em 2010, uma

provisão no montante de € 1.321.324 que corresponde a 50% do pedido formulado pelo

consórcio (valor este que corresponde à melhor estimativa do dispêndio a efetuar). Em abril de

2013, é acordado e reciprocamente aceite um acordo entre a EDIA e o consórcio

Euros

Processos Judiciais 31-Dez-13 31-Dez-12

Portucel Recicla (Empreitada de Desmantelamento) 6.019.500 5.529.082

Processo Arbitral EDIA/Consórcio EDIFER/OBRECOL/SOPOL (Empreitada IE12) - 1.321.324

Processo Arbitral EDIA/Consórcio EDIFER/OBRECOL/SOPOL (Empreitada Equip.Colectivos nova Aldeia da Luz) - 917.117

Processo Arbitral EDIA/Tecnasol FGE 726.343

Processo Arbitral EDIA/Alexandre Barbosa Borges SA 604.005 604.005

Processo Arbitral EDIA/Teixeira Duarte SA/EPOS SA - 490.430

Geraldo Magela Assis 488.852

Municípios de Reguengos de Monsaraz, Mourão,Portel,Moura e Alandroal190.000 190.000

Monte Adriano SA185.155 185.155

Herdeiros de Luís Soares da Cunha Florim - 150.000

Império Bonança - 65.748

Outros 6.995 10.270

7.005.654 10.678.326

Processos de Expropriação Litigiosas

Herdade dos Bacelos 55.068 55.068

Joaquim Conceição Rato 4.737 4.737

Outros 4.306 4.306

64.111 64.111

7.069.765 10.742.437

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196 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Edifer/Obrecol/Opway, decorrente do litígio emergente do contrato da “Empreitada de

Construção da Totalidade do Canal de Adução da IE12, Reabilitação da Barragem do Monte do

Marmelo, Estação Elevatória do Monte do Marmelo e Rede Secundária do 1º Bloco de Rega da

mesma infraestrutura”, que se traduz na anulação da provisão constituída, no valor de €

1.321.324, deste processo arbitral.

Em relação ao processo interposto pelo consórcio Edifer/Obrecol/Sopol, relativo à Empreitada

das habitações e comércios da construção da Nova Aldeia da Luz (provisão de € 917.117), é de

salientar que, nos termos de sentença proferida pelo Tribunal Arbitral em setembro de 2006,

ratificada em reunião de 24 de abril de 2007, a EDIA foi condenada a pagar € 710.015 mais

revisões de preços e juros, e paralelamente, o consórcio foi condenado ao pagamento de €

85.894. A EDIA impugnou o acórdão proferido, junto do Tribunal Administrativo. Ainda no

âmbito do acordo atrás referido, mas relativo à Empreitada das habitações e comércios da

construção da nova aldeia da Luz decorrente do litígio a título de trabalhos adicionais e custos

de estaleiro e correspondentes revisões de preços e juros de mora, foi também anulada a

provisão inicialmente constituída deste processo arbitral, no valor total de € 917.117.

No que concerne ao processo intentado pela Tecnasol FGE à EDIA, referente à Empreitada de

tratamento de fundações e de implementação do plano de observação do aproveitamento de

Pedrógão, a autora reclama, a título de trabalhos a mais e indemnização de maior onerosidade

na realização dos trabalhos, a quantia de € 1.198.090 acrescida de juros no montante de €

254.596. A EDIA, em anos anteriores, tinha uma provisão constituída (€ 726.343) que

correspondia a 50% dos valores reclamados (valor este que corresponde à melhor estimativa do

dispêndio a efetuar). Na sequência de audiência preliminar em 17 de janeiro de 2013, o Tribunal

não aceitou a ação, dando razão à tese da EDIA. A Autora recorreu entretanto para o Tribunal

Central Administrativo Sul, tendo a EDIA apresentado contra-alegações e recorrido

subordinadamente em relação a uma outra exceção que havia invocado e que o Tribunal não

julgou procedente. No entanto é convicção da EDIA que o recurso interposto pela Autora não

vai merecer provimento mas que o recurso por ela interposto irá. Defendendo a EDIA que a

probabilidade de sucesso é superior a 50% e que o valor esperado da responsabilidade é nulo,

desreconheceu nas suas contas, em 2013, a respetiva provisão.

Em 2011, na sequência da ação de condenação (ainda na fase dos articulados), intentada pela

empresa Alexandre Barbosa Borges SA, contratada pela EDIA para a execução da “Empreitada

de construção das centrais mini-hídricas do Alvito e de Odivelas do EFMA”, a Autora peticiona

o pagamento de € 1.208.009. Este montante é a título de trabalhos a mais titulados em contrato

adicional, acrescido de juros vencidos, custos indiretos de produção e juros de mora sobre a

faturação paga em atraso. A provisão constituída (€ 604.005) corresponde a 50% do pedido

formulado pelo Consórcio, que a EDIA considera a melhor estimativa do dispêndio a efetuar.

Em 2010 a EDIA foi citada para contestar uma ação judicial interposta pelas empresas Teixeira

Duarte, SA e EPOS, SA onde é reclamado o pagamento de € 671.983 a título de juros de mora

por atraso no pagamento de faturas vencidas no âmbito da Empreitada de Construção do Túnel

Loureiro - Alvito. A EDIA contestou por exceção e impugnação e atendendo à matéria em

discussão, constituiu uma provisão no valor de € 490.430, correspondente ao valor mínimo que

a EDIA teria que pagar se não vingasse a defesa por exceção. A 9 de dezembro de 2013

realizou-se uma audiência preliminar, no sentido de se alcançar uma solução extrajudicial. A

EDIA formulou à Teixeira Duarte uma proposta de pagamento no valor de € 300.000,

considerando as datas de vencimento a partir da data de receção efetiva das faturas na Empresa,

bem como aceitar os juros de mora associados a um atraso superior a 60 dias. A Teixeira Duarte

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197 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

contrapôs a verba de € 400.000 que não foi aceite pela EDIA.O processo terminou entretanto

por transação, nos termos da qual, a Teixeira Duarte reduziu o pedido para € 300.000, que

atendendo ao risco judicial associado, a EDIA entendeu ser um bom acordo. Concordou, pagou

e anulou a respetiva provisão.

Em 2012, cinco municípios da área do regolfo de Alqueva (Reguengos de Monsaraz, Mourão,

Portel, Moura e Alandroal) interpuseram uma ação que respeita ao pagamento de rendas

alegadamente em dívida pela EDIA àqueles municípios, nos termos do disposto no Decreto-Lei

N.º 424/83, de 6 de dezembro, que obriga a EDP, enquanto titular de centros electroprodutores,

ao pagamento de determinadas verbas anuais aos municípios afetados. Não é formulado pedido

exato por alegada falta de elementos para aplicar a fórmula de cálculo do valor das rendas

legalmente previstas. A EDIA vai contestar, mas a sua direção operacional de infraestruturas

primárias e de energia estimou um valor de rendas na ordem dos € 190.000, valor pelo qual foi

constituída a provisão para este processo.

No ano de 2012, foi interposta uma ação pela empresa de construção Monte Adriano S.A., no

âmbito da Empreitada de construção do 3.º troço do adutor Pisão-Roxo (Penedrão-Roxo) e da

barragem do Penedrão. O empreiteiro reclama o pagamento de trabalhos no valor de € 370.310,

alegando que esse montante não lhe foi pago por incorreta interpretação da EDIA a respeito do

âmbito de trabalho de determinada rubrica do mapa de quantidades. A EDIA contestou e

provisionou 50% (€ 185.155) do montante pedido pelo empreiteiro, que se considera como a

melhor estimativa do dispêndio a efetuar.

Numa ação de condenação decorrente de um acidente que vitimou um particular, ocorrido em

Alqueva, foi interposto um recurso para o Tribunal da Relação. O Acórdão foi proferido, a

EDIA foi absolvida, mas ainda sem trânsito em julgado, que não altera a decisão relativamente à

EDIA. Face ao exposto foi entendimento interno do Gabinete Jurídico, a anulação da respetiva

provisão no valor de € 150.000.

O processo referente a uma ação de condenação, em que é reclamada uma indemnização

decorrente de um acidente numa obra de Alqueva (Instância suspensa), mas em que a

probabilidade de “exfluxo de recursos” é inferior a 50%, foi entendimento da EDIA, não

provisionar mas divulgar apenas no Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados, pois

está perante passivos contingentes.

A constituição de provisões no âmbito de processos de expropriação litigiosos conduzidos pela

EDIA obedece a um conjunto de pressupostos que, em função da fase de desenvolvimento do

processo e dos valores provisoriamente estabelecidos em cada uma delas (proposta da EDIA,

arbitragem, peritagem, sentença e eventuais recursos), vão determinando a variação do valor de

cada provisão constituída.

Relativamente a estes processos, apenas um merece referência, conforme enunciado abaixo. Os

demais processos, além de envolverem montantes de baixo valor, estão em juízo por razões que

não se prendem com a existência de litígio, mas sim com o desconhecimento dos proprietários,

litígio entre herdeiros, entre outros.

De salientar que o facto das provisões para vários dos processos judiciais em curso terem sido

quantificadas em 50% dos valores reclamados pelos autores dos processos, decorre do processo

de mensuração da provisão, ou seja, foi considerado que 50% do valor reclamado seria a melhor

estimativa do dispêndio exigido para liquidar a obrigação no fim do período de relato, nos

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198 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

termos do parágrafo 35 da NCRF 21 - “Provisões, Passivos Contingentes e Ativos

Contingentes”.

18.2. Provisão IFRIC 12

As infraestruturas relativas às utilizações do domínio público hídrico afeto ao EFMA, objeto do

respetivo contrato de concessão, celebrado entre a EDIA e o Estado, e que fazem parte do

sistema primário (barragens; centrais hidroelétricas e rede primária) do Empreendimento,

enquanto durar a concessão, são propriedade da concessionária.

A rubrica “Provisão - IFRIC 12” reflete o valor presente da estimativa de encargos relativos à

obrigação contratual de manter/conservar, ao longo do período da concessão, as infraestruturas

afetas às atividades de produção de energia e de distribuição de água, que revertem para o

Estado no final do período da concessão. Esta provisão engloba apenas as grandes reparações e

substituições que se prevê que venham a ser efetuadas ao longo do período da concessão, não

incluindo, assim, a manutenção e a conservação correntes desses ativos, as quais são

reconhecidas como gastos nos exercícios em que ocorrem.

Esta provisão foi reconhecida e mensurada, com base nos pressupostos do estudo de viabilidade

económico e financeiro utilizado:

Valor total dos investimentos em exploração, nomeadamente os equipamentos e a

construção civil, sem considerar o valor dos terrenos submersos e sobrantes;

Aplicação de uma taxa estimada de 0,2% aos investimentos da atividade de distribuição

de água, para apuramento do custo médio das grandes reparações anuais;

Não se consideram custos de grandes reparações para a atividade produção de energia

uma vez que ao abrigo do contrato de subconcessão celebrado com a EDP, estes custos

são da sua responsabilidade;

Prazo estimado para fazer face a grandes reparações, nos equipamentos e na construção

civil, de 20 e 30 anos respetivamente;

Taxa média de financiamento para o período de 2013-2082; e

A previsão da Euribor é feita com base nas taxas spot da Bloomberg.

Em 2013, no âmbito da aplicação da IFRIC12- “Acordos de Concessão de Serviços”, foi feito

um reforço da provisão, em relação às infraestruturas que já se encontram em exploração, no

montante de € 953.391, ficando a mesma registada por um valor total de € 2.126.787.

18.3. Outras Provisões

Uma vez que a quantia escriturada do investimento na associada Gestalqueva S.A., de acordo

com o MEP, foi reduzida a zero e a EDIA já tinha incorrido em obrigações legais e construtivas

e feito pagamentos a favor da associada, registou perdas por imparidade pelo valor das contas a

receber e constituiu uma provisão pelo montante ainda em falta das perdas reconhecidas no

valor de € 47.766 (NCRF 13 - “ Interesses em Empreendimentos Conjuntos e Investimentos em

Associadas”).

Para além do referido, a EDIA, como sócia maioritária da Gestalqueva, S.A., para fazer face a

futuras responsabilidades que possam vir a ocorrer e que poderão não ser assumidas pelos

restantes acionistas (autarquias), constituiu outra provisão no valor de € 99.358.

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199 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

19. Financiamentos Obtidos

O financiamento dos investimentos realizados nas várias infraestruturas do EFMA envolveu, até

à presente data, a contratação de vários empréstimos por obrigações, de um empréstimo do

Banco Europeu de Investimento (BEI) e de diversos empréstimos bancários de curto prazo. Em

31 de dezembro de 2013, estão em vigor os seguintes financiamentos obtidos:

BEI - € 135 000 000

Data de início do contrato: 1999

Prazo: 20 anos

Período de carência: 7 anos

O montante de € 135.000.000,00, refletido na conta de empréstimos, resulta da

utilização total das tranches A, B, C e D

O reembolso deste empréstimo será efetuado da seguinte forma:

€ 35.000.000 - Tranche A - 18 amortizações anuais e consecutivas com início

em setembro de 2007

€ 35.000.000 - Tranche B - 23 amortizações anuais e consecutivas com início

em setembro de 2007

€ 32.500.000 - Tranche C - 18 amortizações anuais e consecutivas com início

em março de 2009

€ 32.500.000 - Tranche D - 23 amortizações anuais e consecutivas com início

em março de 2009

Taxa Juro: taxa determinada pelo BEI em conformidade com os procedimentos

estabelecidos pelo seu Conselho de Administração e que não poderá exceder a taxa

Euribor 3 meses acrescida de 0,15%

Reembolsos até 31-12-2013 - € 40 356 280

Montante em Dívida: € 94 643 720

Empréstimo Obrigacionista - € 300 000 000

Data de início do contrato: 2003

Prazo: 15 anos

Reembolso: total no final do contrato (2018)

Este empréstimo obrigacionista, foi celebrado junto do BNP Paribas e do Caixa-Banco

de Investimento, S.A.

Os cupões são trimestrais e o seu reembolso é “bullet”

Taxa Juro: Euribor 3 meses + Spread 0,10%

Euros

Correntes Não correntes Correntes Não correntes

Empréstimos por Obrigações 109.555 449.517.750 449.627.305 449.053.348 449.053.348

Empréstimos Bancários 100.786.010 87.958.938 188.744.948 127.299.000 94.643.720 221.942.720

Contas Correntes Caucionadas 80.850.000 80.850.000 20.550.923 20.550.923

Locações Financeiras 30.882 30.882 35.481 35.481

Depósitos à Ordem-Saldos Credores 45.301 45.301 54.099 54.099

181.821.748 537.476.688 719.298.436 147.939.502 543.697.068 691.636.571

Financiamentos Obtidos31-Dez-13

Total31-Dez-12

Total

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200 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Empréstimo Obrigacionista - € 56 180 000

Data de início do contrato: 2007

Prazo: 20 anos

Reembolso: total no final do contrato (2027)

Este empréstimo obrigacionista foi contraído junto do Millennium BCP e do BPI

Os cupões são semestrais e o seu reembolso é “bullet”

Taxa Juro: Euribor 3 meses + Spread 0,005%

Empréstimo Obrigacionista - € 94 350 000

Data de início do contrato: 2010

Prazo: 20 anos

Reembolso: a partir de fevereiro de 2017, inclusive, 28 prestações semestrais, iguais e

sucessivas

Este empréstimo obrigacionista foi contraído junto do Sindicato Bancário constituído

por Banco Infrastrutture Innovazione e Sviluppo, SpA (BIIS); Banco BPI, S.A. (BPI);

Banco Santander Totta, S.A. (Santander); Caixa - Banco de Investimento, S.A.

(CaixaBI); Dexia Sabadell, S.A. – Sucursal em Portugal (Dexia)

Taxa Juro: Euribor 6 meses + Spread 2,65%

Conta Corrente Caucionada Santander-Totta - € 5 000 000

Data de início do contrato: 02/11/2013

Data do fim do contrato: 02/05/2014

Taxa de juro: Euribor a 3 meses + Spread 6,75%

Conta Corrente Caucionada BES – € 45 000 000

Data de início do contrato: 20/11/2013

Data do fim do contrato: 19/02/2014

Taxa de juro: Euribor a 3 meses + Spread 8%

Conta Corrente Caucionada BES – € 30 850 000

Data de início do contrato: 20/11/2013

Data do fim do contrato: 19/02/2014

Taxa de juro: Euribor a 3 meses + Spread 8%

Empréstimo Bancário (Curto Prazo) Millennium BCP – € 41 429 785

Data de início do contrato: 27/12/2013

Data do fim do contrato: 30/01/2014

Taxa fixa: 3,985%

Empréstimo Bancário (Curto Prazo) BPI – € 7 925 000

Data de início do contrato: 16/12/2013

Data do fim do contrato: 14/03/2014

Euribor a 3 meses + Spread 7%

Empréstimo Bancário (Curto Prazo) CGD – € 1 900 000

Data de início do contrato: 09/10/2013

Data do fim do contrato: 13/01/2014

Euribor a 3 meses + Spread 5,75%

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201 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Empréstimo Bancário (Curto Prazo) CGD – € 31 069 000

Data de início do contrato: 16/12/2013

Data do fim do contrato: 17/03/2014

Euribor a 3 meses + Spread 5,75%

Empréstimo Bancário (Curto Prazo) CGD – € 3 300 000

Data de início do contrato: 16/12/2013

Data do fim do contrato: 17/03/2014

Euribor a 3 meses + Spread 5,75%

Os financiamentos obtidos no Millennium BCP (€ 8.280.914) e no Banco Espírito Santo (€

166.528) correspondem a empréstimos destinados a financiar a constituição de depósitos

caução, ambos à ordem do Tribunal de Reguengos de Monsaraz, no âmbito do processo judicial

a decorrer com a Portucel Recicla e de processos litigiosos de expropriação, respetivamente.

O escalonamento das dívidas constantes no Balanço em 31 de dezembro de 2013 e em 31 de

dezembro de 2012, com vencimento a mais de 5 anos, ascende a:

Para cumprimento do definido na NCRF 10 - “Custos de Empréstimos Obtidos”, nomeadamente

quanto ao dever da entidade divulgar a quantia de gastos com os empréstimos obtidos,

capitalizada durante o período e a taxa de capitalização usada para determinar a quantia dos

gastos dos empréstimos obtidos elegíveis para capitalização, indica-se que, no ano de 2013,

foram capitalizados os gastos a uma taxa média de 43,68% perfazendo o valor de € 8.132.391.

Euros

31-Dez-13 31-Dez-12

Empréstimos por Obrigações Não Convertiveis

Empréstimo Obrigacionista de 2003 (300 M€) - 300.000.000

Empréstimo Obrigacionista de 2007 (56,18 M€) 56.180.000 56.180.000

Empréstimo Obrigacionista de 2010 (94,35 M€) 80.871.429 87.610.714

Dívidas a Instituições de Crédito

Banco Europeu de Investimento (135M€) 61.219.807 67.904.589

Total 198.271.235 511.695.303

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202 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

20. Fornecedores e Outras Contas a Pagar

20.1. Fornecedores c/c e Fornecedores de Investimento

Os saldos dos fornecedores associados aos investimentos na rede secundária, evidenciados na

rubrica de “Inventários”, são registados na rubrica “Fornecedores C/C”, em vez de

“Fornecedores de Investimento”, pois não decorrem de investimentos em ativos fixos tangíveis

ou intangíveis mas de trabalhos de construção relevados na rubrica de “Fornecimentos e

Serviços Externos”.

20.2. Fundos Comunitários

Esta conta inclui: (i) no Passivo Corrente, os fundos já recebidos, afetos à rede secundária, em

que a despesa ainda não foi realizada, mas que se prevê que seja realizada até final do ano de

2014, (ii) no Passivo não Corrente, os adiantamentos recebidos de financiamentos comunitários,

no âmbito do PRODER, em que só é expectável a sua utilização, por dedução a despesa a

realizar, a mais de doze meses. Estas candidaturas foram aprovadas no fim do ano de 2012 e o

seu encerramento está previsto para o final de 2015.

20.3. Credores por Acréscimos de Gastos

A conta de “Credores por Acréscimos de Gastos” reflete essencialmente o valor especializado

dos gastos com os juros de financiamentos obtidos e comissões de garantia (essencialmente

empréstimos obrigacionistas e contas correntes caucionadas) no montante total de € 3.597.693.

Esta conta inclui também outros valores especializados, nomeadamente: (i) € 1.404.837

relativos ao investimento realizado numa empreitada em curso da rede secundária de rega (auto

do mês de dezembro de 2013), cuja fatura deu entrada na empresa em janeiro de 2014 e (ii)

gastos com eletricidade no montante de €114.618 faturados no mês seguinte (janeiro 2014)

àquele a que os consumos se referiam.

Euros

Correntes Não Correntes Correntes Não Correntes

Fornecedores

Fornecedores C/C 12.779.597 7.235.363

12.779.597 7.235.363

Outras Contas a Pagar

Fundos Comunitários 11.883.649 15.517.311 12.332.719 15.517.311

Fornecedores de Investimento 8.141.346 7.589.443

Credores por Acréscimos de Gastos 6.206.541 4.092.955

Pessoal 15.137 28.433

Outros Credores 168.648 1.107.810

26.415.322 15.517.311 25.151.361 15.517.311

Fornecedores e Outras Contas a Pagar31-Dez-13 31-Dez-12

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203 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Esta conta traduz também o montante estimado de gastos com férias e subsídio de férias dos

funcionários da EDIA, referentes a 2013 (a pagar em 2014) nos montantes de € 376.343 e

€ 373.924 respetivamente.

21. Variação nos Inventários da Produção

A variação nos inventários da produção a 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012

discrimina-se da seguinte forma:

Na sequência da publicação do Decreto-Lei N.º 335/2001, de 24 de dezembro, que, com

exceção da Infraestrutura 12 e do Perímetro de Rega da Luz, prevê a transferência para o Estado

(MAM) das infraestruturas integrantes da rede secundária de rega afeta ao EFMA, a EDIA

passou, a partir do exercício de 2002, a evidenciar o gasto das obras com as infraestruturas da

rede secundária de rega na rubrica de “ Inventários”. Em 2013, com a entrada em exploração de

mais dois perímetros de rega, Ervidel 2 e 3 e Pedrogão 1-margem direita, e conforme tratamento

dado em anos anteriores a outras infraestruturas da mesma natureza, procedeu-se à transferência

dos investimentos que estão associados a essas infraestruturas, que se encontravam na conta

“Produtos e Trabalhos em Curso” para a conta “Produtos Acabados e Intermédios”.

Na sequência dos contratos de entrega celebrados com o Estado (DGADR), em abril e

novembro de 2013, o saldo à data do relato, da conta de “Produtos Acabados e Intermédios”,

relacionado com a rede secundária, investimentos nos perímetros de rega substancialmente

concluídos e já em exploração, foi transferido para a rubrica de “Outras Contas a Receber”

(conta da DGADR), tendo presente que é o Estado que tem a propriedade de todas as

infraestruturas da rede secundária que a EDIA construiu, em sua representação.

Euros

Produtos Acabados e Intermédios 31-Dez-13 31-Dez-12

Inventário Final - 355.001.498

Inventário Inicial -355.001.498 -332.850.998

Variação nos Inventários da Produção-355.001.498 22.150.500

Produtos e Trabalhos em Curso 31-Dez-13 31-Dez-12

Inventário Final 23.117.597 68.758.146

Transferências 430.073.099 -

Inventário Inicial -68.758.146 -51.092.138

Variação nos Inventários da Produção 384.432.550 17.666.008

29.431.052 39.816.508

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204 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Os investimentos em curso das infraestruturas da rede secundária de rega, que correspondem

essencialmente a projetos afetos aos blocos de rega ainda em construção, continuam a ser

registados na subconta de “Produtos e Trabalhos em Curso”.

A variação verificada na rubrica “Variação nos Inventários da Produção”, face ao período

homólogo, resulta essencialmente pela baixa taxa de realização de investimentos na rede

secundária no ano de 2013.

22. Trabalhos para a própria Entidade

Os trabalhos para a própria entidade registam a imputação ao investimento em curso (rubricas

de “Ativos Fixos Tangíveis” e “Ativos Intangíveis”) dos gastos afetos às áreas operacionais da

Empresa ligadas diretamente à construção das infraestruturas do EFMA. Estes gastos estão

diretamente afetos à rede primária e ao centro de cartografia, efetuados sob administração direta

da Empresa.

23. Fornecimentos e Serviços Externos

A rubrica de “Fornecimentos e Serviços Externos” apresenta uma variação negativa

significativa, em termos homólogos, resultado do decréscimo da conta de “Subcontratos”,

consequência de um menor volume de investimento na rede secundária de rega (evidenciado na

Euros

Subcontratos 27.951.748 37.948.956

Electricidade 4.357.009 4.997.381

Conservação e Reparação 1.053.154 940.944

Trabalhos Especializados 1.005.142 939.122

Seguros 443.046 457.273

Rendas e Alugueres 249.947 256.885

Vigilância e Segurança 218.373 247.676

Honorários 208.981 212.275

Combustíveis 203.591 199.106

Comunicação 114.248 127.194

Limpeza e Higiene 108.309 114.478

Publicidade e Propaganda 96.795 126.422

Ferramentas e Utensílios 44.430 51.378

Contencioso 33.519 164.990

Deslocações e Estadas 32.715 22.877

Portagens e estacionamentos 22.875 24.381

Despesas de Representação 20.842 18.943

Material Escritório 17.206 15.825

Outros Fluídos 16.137 14.350

Água 7.316 10.195

Livros e Documentação Técnica 5.237 5.970

Outros 46.851 67.399

Total 36.257.474 46.964.019

Fornecimentos e Serviços Externos 31-Dez-13 31-Dez-12

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205 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

rubrica “Inventários”), sendo esta diminuição de gastos compensada por uma redução de

montante similar na conta de “Variação dos Inventários da Produção”.

Os aumentos mais significativos ocorreram nas rubricas de “Conservação e Reparação” e

“Trabalhos Especializados”, uma vez que o número de infraestruturas em exploração aumentou,

pelo que os gastos com pessoal técnico especializado na manutenção preventiva dos

equipamentos nessas infraestruturas, dos perímetros de rega, também subiram. A consequente

cessação de capitalização dos gastos inerentes às infraestruturas da rede primária a montante é

também um dos fatores decisivos para este acréscimo de gastos.

24. Gastos com o Pessoal

O número de trabalhadores da EDIA em 2013 e 2012 foi de 187 e 188, respetivamente.

Os “Gastos com o Pessoal” da Empresa tiveram a seguinte composição:

Face ao período homólogo, apesar de se ter verificado uma redução dos gastos mensais com os

órgãos sociais, uma vez que o número de membros do Conselho de Administração da Empresa

passou de quatro para três, esta rubrica apresenta um aumento significativo, que resulta

sobretudo da reposição em 2013, das remunerações ao pessoal referente aos 13.º e 14.º meses,

não pagas em 2012, mas também da reposição do subsídio de férias de 2012 na sequência do

Acórdão do Tribunal Constitucional de 5 de abril 2013.

Em 2013, as demonstrações financeiras refletem não só os duodécimos do subsídio de férias de

2013 (a pagar em 2014) e do subsídio de Natal (que tem vindo a ser processado e pago em

duodécimos em 2013-Artigo 28.º da Lei N.º 66-B/2012 de 31 de dezembro), mas também o

subsídio de férias de 2012 pago no segundo semestre de 2013, na sequência do Acórdão n.º

187/2013, de 5 de abril, do Tribunal Constitucional, que declarou a inconstitucionalidade de

alguns artigos da Lei do Orçamento do Estado para 2013, nomeadamente o artigo 29.º da Lei n.º

66-B/2012 de 31 de dezembro, referente à suspensão do pagamento do subsídio de férias ou

equivalente.

Em 2013 mantiveram-se em vigor algumas das medidas de redução de custos do Sector

Empresarial do Estado (SEE) aprovadas nos anos anteriores.

Isenção de redução remuneratória para os trabalhadores que auferem uma remuneração

total ilíquida igual ou inferior a € 1.500 mensais;

Euros

Gastos com o Pessoal 31-Dez-13 31-Dez-12

Remunerações 4.791.711 4.000.895

Encargos Sociais 1.064.200 868.026

Outros Gastos com o Pessoal 331.928 232.796

6.187.839 5.101.717

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206 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Manutenção da redução efetiva de remuneração para todos os trabalhadores que

auferem uma remuneração total ilíquida calculada nos termos do N.º 1 do Art.º 20 da

Lei N.º 64-B/2011, de 30 de dezembro, superior a € 1.500 mensais;

Proibição de atribuição de prémios de desempenho ou outras prestações pecuniárias de

natureza afim;

Progressividade da redução remuneratória, de modo a assegurar maior redução por parte

e quem aufira uma redução total ilíquida mais elevada; e

Proibição de atribuição de quaisquer benefícios geradores de encargos, designadamente

subsídios, ajudas de custo ou quaisquer outros suplementos pecuniários com a

finalidade de compensar, direta ou indiretamente, as reduções remuneratórias.

Foram atribuídas, no decorrer dos anos de 2013 e 2012, aos membros dos órgãos sociais da

Empresa, as seguintes remunerações relacionadas com o exercício das suas funções:

25. Outros Rendimentos e Ganhos

25.1. Juros

No âmbito do “Contrato de Concessão de Exploração das Centrais Hidroelétricas de Alqueva

(CHA) e Pedrógão (CHP)” celebrado com a EDP, a EDIA recebeu um montante inicial de €

195.000.000 e irá receber, por um período de 35 anos, um montante anual periódico de €

12.380.000 (valor atualizado em 2012).

O montante de € 3.193.897 evidenciado na conta “Juros concessão exploração da CHA e CHP”

corresponde à parcela da remuneração (estabelecida no contrato com a EDP) que traduz a

atualização do capital (justo valor da subconcessão calculado à data da celebração do contrato),

com base numa taxa implícita de 5,5%.

Euros

31-Dez-13 31-Dez-12

Conselho de Administração 238.535 225.344

Revisor Oficial de Contas 40.000 40.000

Conselho Fiscal 29.143 27.355

Mesa da Assembleia Geral 2.067 388

Euros

Outros Rendimentos e Ganhos 31-Dez-13 31-Dez-12

Juros concessão exploração da CHA e CHP 3.193.897 3.027.391

Imputação de Subsídios ao Investimento 1.816.051 1.830.820

Outros 345.006 185.025

5.354.954 5.043.236

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207 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

25.2. Imputação de Subsídios ao Investimento

A rubrica “Imputação de Subsídios ao Investimento” reflete o reconhecimento em rendimentos

dos subsídios associados aos investimentos, na medida em que estes últimos são depreciados.

Não inclui:

Os subsídios destinados à construção da rede secundária de rega, que estão

evidenciados em “Diferimentos”, no Passivo não Corrente, uma vez que os ativos

correspondentes são propriedade do Estado. Estes subsídios foram, na sua maior parte,

deduzidos ao investimento, evidenciado na rubrica de “Inventários”, por a EDIA ter

executado estes investimentos com fundos próprios, em representação do Estado,

resultante do Contrato de Concessão celebrado em abril de 2013, com a DGADR; e

Os subsídios associados à atividade de distribuição de água, cujos ativos se tem vindo a

concluir que estão em imparidade total, pelo que têm vindo a ser desreconhecidos no

âmbito do registo das perdas de imparidade dos respetivos ativos, isto é, estas perdas

são reconhecidas na Demonstração dos Resultados pelo valor líquido dos respetivos

subsídios.

26. Outros Gastos e Perdas

Em 2013 esta rubrica inclui € 1.252.784 decorrentes da mensuração de um depósito cativo de

€ 8.280.914 que não vence juros pelo seu custo amortizado (ver Nota 10), uma vez que se prevê

que a conclusão do respetivo processo judicial (Portucel Recicla) só venha a ocorrer no final de

2016.

Do restante valor apresentado na rubrica de “Outros Gastos e Perdas” é de salientar: (i) €

680.282 relativos ao pagamento de taxas, pelas utilizações dos recursos hídricos em várias

infraestruturas da EDIA, tais como Alqueva, Pedrógão, Cais da Barragem de Alqueva, furo da

Herdade da Coitadinha, (ii) € 29.023 referentes ao desreconhecimento do valor do PEC por

conta do IRC de 2009, (iii) € 27.674 de quotizações e (iv) € 14.663 de gastos incorridos com

impostos diretos (Imposto Municipal de Imóveis).

27. Juros e Rendimentos Similares Obtidos e Juros e Gastos Similares Suportados

Euros

Rendimentos e Gastos Financeiros 31-Dez-13 31-Dez-12

Rendimentos e Ganhos Financeiros

Outros juros obtidos 31.942 26.206

31.942 26.206

Gastos e Perdas Financeiros

Juros e gastos similares suportados 7.957.144 8.887.278

Outros gastos e perdas financeiros 2.528.997 1.986.092

10.486.140 10.873.370

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208 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

27.1. Rendimentos e Ganhos Financeiros

A conta “Outros Juros Obtidos” traduz, fundamentalmente, os juros de depósitos a prazo e à

ordem.

27.2. Gastos e Perdas Financeiros

O decréscimo ocorrido na conta “Juros e gastos similares suportados” deveu-se à diminuição

dos juros suportados associados aos empréstimos contraídos pela Empresa, dado que a taxa de

juro média real foi inferior à taxa de juro média em 2012, essencialmente em resultado da

descida da Euribor.

Os “Outros gastos e perdas financeiros” incluem essencialmente serviços bancários e comissões

de garantia dos empréstimos obrigacionistas e bancários.

28. Gastos/Reversões de Depreciação e Amortização

Os gastos/reversões de depreciação e amortização, em 2013 e 2012, discriminam-se da seguinte

forma:

Euros

Ativos Fixos Tangíveis

Terrenos e Recursos Naturais 2 2

Edifícios e Outras Construções 270.365 267.360

Equipamento Básico 121.394 120.807

Equipamento de Transporte 11.855 29.754

Equipamento Administrativo 53.674 119.460

Outros Ativos Tangíveis 35.585 47.221

492.874 584.604

Ativos Fixos Intangíveis

Terrenos e Recursos Naturais 851.120 850.004

Edifícios e Outras Construções 3.080.545 3.082.814

Equipamento Básico 1.281.414 1.282.387

Outros Ativos Intangíveis

Programas de Computador 8.500 244.349

5.221.579 5.459.554

5.714.453 6.044.158

Gastos/Reversões de Depreciação e Amortização 31-Dez-13 31-Dez-12

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209 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

29. Segmentos Operacionais

A atividade da EDIA está centrada em dois segmentos de negócio (Água e Energia). As

restantes áreas de negócio tais como o turismo, o ambiente, a cultura e a produção cartográfica,

devido à sua dimensão, foram agrupadas num único segmento (Projetos Especiais).

O segmento Água está relacionado com a gestão da utilização do domínio público hídrico afeto

ao EFMA com vista a garantir a sua distribuição através de critérios de rigor e sustentabilidade,

sendo constituído por duas vertentes: a do Armazenamento de Água, onde se destacam os

grandes reservatórios (albufeiras de Alqueva e de Pedrógão), e a da Adução de Água, traduzida

pelos diversos subsistemas de abastecimento de água (Alqueva, Pedrógão e Ardila).

A atividade de Armazenamento de Água tem como fim o fornecimento de água, quer para fins

agrícolas, industriais ou abastecimento populacional, quer para produção hidroelétrica. Esta

“subatividade” apresenta réditos, essencialmente, internos.

Após a entrada em exploração de diversos perímetros de rega e da resolução administrativa por

parte do Estado, através do Despacho n.º 9000/2010 dos Ministérios das Finanças e da

Administração Pública, da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas e do Ambiente

e do Ordenamento do Território, sobre o preço a aplicar à distribuição da água, o grupo EDIA

iniciou verdadeiramente a atividade de exploração da componente Adução de Água, prevendo-

se a breve prazo, um aumento gradual dos ganhos devido à entrada em exploração de novos

perímetros, ao aumento de adesão ao regadio agrícola e à utilização da água para fins industriais

e turísticos.

O segmento Energia é constituído pela produção de eletricidade através das centrais

hidroelétrica de Alqueva e Pedrógão, Mini-hídricas de Alvito, Odivelas, Pisão, Roxo e Serpa e

pela Central Fotovoltaica de Alqueva. O volume de negócio resulta, essencialmente do

recebimento da renda relativa ao contrato de concessão das centrais hidroelétricas de Alqueva e

Pedrógão à EDP, por um período de 35 anos. No entanto, refere-se também a exploração neste

período de todas as centrais mini-hídricas e da central fotovoltaica, sendo essa atividade

remunerada pelo fornecimento da eletricidade entregue na rede elétrica nacional.

O segmento Projetos Especiais, como referido anteriormente, abrange diversas áreas das quais

se destacam:

Centro de Cartografia, projeto originalmente criado como um apoio ao investimento

realizado pela EDIA, quer a nível cartográfico quer a nível topográfico, e que surge

como uma oportunidade de negócio;

O PNN que surgiu como um projeto de minimização ambiental em consequência da

construção da albufeira Alqueva, mas que se complementa com as áreas agrícolas e

turísticas;

O Museu da Luz consubstancia-se num espaço de memória e de interpretação de todos

os inéditos processos da recolocação da Aldeia da Luz e aparece como um projeto

cultural crescente na nova aldeia.

Os resultados de exploração por segmentos no final de 2013 e de 2012 são os seguintes:

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210 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Os principais indicadores da posição financeira por segmentos no final do ano de 2013 e de

2012 são os seguintes:

RUBRICAS Água Energia Projetos especiais Não alocados Total

Réditos Externos 5.250.176 12.491.103 374.023 9.567 18.124.869

Gastos Operacionais de Exploração (8.469.800) (88.747) (1.103.570) (1.166.303) (10.828.420)

Réditos / Gastos Intersegmentos 1.267.570 (1.352.931) 85.360 - 0

Margem Bruta (1.952.054) 11.049.425 (644.187) (1.156.736) 7.296.449

Outros Rendimentos e Ganhos 64.723 4.947.347 553.317 (132.514) 5.432.873

Outros Gastos e Perdas (3.644.634) (632) (6.257) (20.924) (3.672.447)

Resultado Antes de Depreciações e Gastos Financeiros (5.531.965) 15.996.140 (97.127) (1.310.174) 9.056.875

Depreciações e Amortizações (30.871) (5.234.824) (309.562) 14.326 (5.560.930)

Perdas por Imparidade (7.468.579) - - - (7.468.579)

Resultado Operacional (13.031.414) 10.761.317 (406.689) (1.295.848) (3.972.634)

Juros e Rendimentos Financeiros Obtidos 37 - - 31.905 31.942

Juros e Gastos Financeiros Suportados (10.184.017) (301.505) (618) (0) (10.486.140)

Resultado por Segmento de Negócio (23.215.394) 10.459.811 (407.307) (1.263.943) (14.426.832)

(2.936.362)

(17.363.194)

Euros

2013

Imposto Sobre o Rendimento

Resultado Liquído Exercicio

RUBRICAS Água Energia Projetos especiais Não alocados Total

Réditos Externos 2.842.916 11.742.900 254.382 (34.094) 14.806.103

Gastos Operacionais de Exploração (8.378.851) (137.138) (991.326) (1.136.742) (10.644.057)

Réditos / Gastos Intersegmentos 412.629 (692.063) 279.433 - 0

Margem Bruta (5.123.306) 10.913.699 (457.511) (1.170.836) 4.162.046

Outros Rendimentos e Ganhos 19.669 4.795.610 386.526 161.531 5.363.336

Outros Gastos e Perdas (1.407.614) (195.500) (15.646) (33.315) (1.652.076)

Resultado Antes de Depreciações e Gastos Financeiros (6.511.251) 15.513.809 (86.631) (1.042.620) 7.873.306

Depreciações e Amortizações (29.958) (5.433.476) (351.012) (65.432) (5.879.878)

Imputação Sub. Investimento - - -

Perdas por Imparidade 16.346.989 - - - 16.346.989

Resultado Operacional 9.805.780 10.080.333 (437.643) (1.108.052) 18.340.418

Juros e Rendimentos Financeiros Obtidos 17.008 9.198 - 0 26.206

Juros e Gastos Financeiros Suportados (10.077.152) (505.541) (3.151) (215) (10.586.060)

Resultado por Segmento de Negócio (254.364) 9.583.990 (440.794) (1.108.267) 7.780.565

778.475

8.559.040

Imposto Sobre o Rendimento

Resultado Liquído Exercicio

Euros

2012

RUBRICAS Água Energia Projetos Especiais Não alocados Total

Ativos 270.100.052 361.288.064 8.903.472 18.268.510 658.560.098

Passivos 767.095.130 235.011.125 - 247.863 1.002.354.118

Euros

2013

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211 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

30. Outras Informações Relevantes

Esta nota, contemplada no modelo geral de anexo proposto pela Portaria N.º 986/2009, foi

utilizada na divulgação de outras informações não previstas nas notas anteriores e que se

consideram necessárias para melhor compreender a posição financeira e os resultados da EDIA.

Inspeção Tributária

De acordo com a legislação em vigor, as declarações de rendimentos para efeitos fiscais são

passíveis de revisão e correção pela Administração Tributária durante um período de quatro

anos. Com base neste pressuposto, as declarações fiscais da Empresa do ano de 2008 até 2011

foram sujeitas a revisão por parte da Autoridade Tributária (AT).

Em outubro de 2012, no âmbito de uma inspeção tributária em sede de IRC, propõe a AT uma

correção aos exercícios de 2008 a 2011, ao montante das amortizações efetuadas de terrenos

submersos, uma vez que considera que nem todos os investimentos efetuados pela EDIA são

passíveis de depreciação ao abrigo da lei fiscal, pelo que exclui a possibilidade de depreciar

fiscalmente o valor dos terrenos submersos, por entender que os mesmos não sofrem de

qualquer perecimento.

A generalidade dos bens atualmente registados nos “Ativos Intangíveis” encontravam-se, até à

data da entrada em vigor do Sistema de Normalização Contabilística, em 1 de janeiro de 2010,

evidenciados na rubrica de “Ativos Fixos Tangíveis”, sendo então reclassificados para “Ativos

Intangíveis”, conforme previsto na IFRIC 12 - “Acordos de Concessão de Serviços”, aplicável

ao contrato de concessão celebrado com o Ministério do Ambiente, do Ordenamento do

Território e do Desenvolvimento Regional, conforme expressamente reconhecido pela

Comissão de Normalização Contabilística em 20 de janeiro de 2011.

Sucede que os terrenos submersos em questão, e que foram amortizados pela EDIA, estão

incluídos no EFMA e são objeto do contrato de concessão, celebrado em 17 de outubro de 2007

entre a EDIA e o Estado Português, designado por “Contrato de Concessão relativo à utilização

dos recursos hídricos para captação de água destinada a rega e à produção de energia elétrica no

sistema primário do EFMA”, com a duração de 75 anos.

Nos termos das Cláusulas 8.ª e 9.ª deste contrato, todos os bens incluídos no EFMA, incluindo

os terrenos submersos objeto de amortização, reverterão para o Estado Português no termo do

respetivo contrato de concessão.

Pelo exposto, nos termos: (i) do artigo 13.º do Decreto Regulamentar N.º 2/90, de 12 de janeiro,

em vigor no período a que se refere a inspeção tributária “Os elementos do ativo imobilizado

adquiridos ou produzidos por entidades concessionárias e que nos termos das cláusulas do

RUBRICAS Água Energia Projetos Especiais Não alocados Total

Ativos 237.479.680 393.908.436 8.903.472 18.268.510 658.560.098

- - - - -

Passivos 1.040.742.791 275.919.722 - 237.344 1.316.899.858

Euros

2012

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212 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

contrato de concessão sejam revertíveis no final desta podem ser reintegrados ou amortizados

em função do número de anos que restem do período de concessão quando aquele for inferior ao

seu período mínimo de vida útil” e (ii) das Cláusulas 8.ª e 9.ª do contrato de concessão,

considerando que os terrenos amortizados, bem como todos os bens integrados no EFMA

reverterão para o Estado no final do Contrato, estão cumpridos todos os requisitos legais para a

aceitação da amortização como custo fiscal, não devendo pois, ser efetuada qualquer correção

em sede de IRC, sendo esta a posição defendida pela Empresa.

Em maio de 2013, a EDIA apresenta Impugnação Judicial da decisão de indeferimento da

Reclamação Graciosa da demonstração de liquidação de IRC referente aos exercícios de 2008,

2009, 2010 e 2011, e, desta forma, requer ao Exmo. Sr. Juiz de Direito do Tribunal Tributário

de Beja a anulação total das demonstrações de liquidação de IRC e de juros, assim como a

reposição dos prejuízos fiscais prejudicados com esta correção efetuada em sede de inspeção

tributária, para os quatro exercícios.

Em janeiro de 2014, à semelhança das Reclamações Graciosas e Impugnações Judiciais

apresentadas, relativas aos anos anteriores (de 2008 a 2011), a EDIA apresentou Reclamação

Graciosa relativa ao exercício de 2012. Em fevereiro, a AT comunicou o seu indeferimento,

invocando, com os mesmos fundamentos, que as amortizações consideradas eram indevidas,

pelo que se impunha a correção técnica, uma vez que a causa de pedir é exatamente igual à

daqueles processos de IRC dos anos anteriores.

Face ao exposto, a EDIA apresentou Impugnação Judicial da correção efetuada pela inspeção,

referente ao exercício de 2012.

Matérias Ambientais

Nesta nota são apresentadas as divulgações exigidas no anexo pela NCRF 26 - “Matérias

Ambientais”, que também exige divulgações no relatório de gestão.

As matérias ambientais devem ser objeto de divulgação na medida em que sejam materialmente

relevantes para avaliação do desempenho financeiro ou para a posição financeira da entidade.

O contrato de concessão da utilização do domínio público hídrico afeto ao EFMA, de 17 de

outubro de 2007, celebrado entre a EDIA e o Estado, concretizou os termos e condições a que

obedecerá a relação concedente - concessionária, precisando o conteúdo da missão associada à

exploração do Empreendimento e definindo as regras para o exercício dos referidos direitos de

utilização privativa do domínio púbico hídrico.

A atividade da Empresa é de natureza essencialmente “não industrial”, sendo relativamente

reduzida a incorporação de inputs materiais nos seus processos. O peso dos impactes ambientais

da atividade da Empresa é, em termos relativos, bastante inferior ao seu contributo para geração

de valor no tecido económico e social da região.

No entanto, para além de garantir a implementação das medidas de minimização definidas no

Plano de Gestão Ambiental, a concessionária obriga-se a implementar, durante a fase de

construção, um conjunto de medidas, que após a execução das intervenções nas áreas afetadas,

eliminem quaisquer sinais de intervenção, repondo a situação original.

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213 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Em termos de política ambiental, a Empresa pretende ter cobertos e dominados todos os aspetos

da conformidade legal, tendo assumido compromissos em termos da melhoria continuada do

desempenho ambiental em que se destaca o cumprimento da legislação, a análise dos impactes

ambientais derivados da atividade da Empresa e a formação e sensibilização dos trabalhadores.

As despesas de carácter ambiental são as identificadas e incorridas para evitar, reduzir ou

reparar danos de carácter ambiental, que decorram da atividade ambiental normal da Empresa.

Neste sentido, tendo em conta (i) a natureza e a dimensão da atividade da Empresa e os tipos de

problemas ambientais associados à sua atividade, e (ii) informações sobre o seu desempenho

ambiental, tais como, redução das emissões atmosféricas, remoção de resíduos; não existe

qualquer responsabilidade de carácter ambiental que deva dar origem à constituição de

provisões, uma vez que não o entendemos como materialmente relevante.

Dívidas à Administração Fiscal e ao Instituto de Solidariedade e Segurança Social

Das informações legalmente exigidas noutros diplomas, designadamente nos artigos 66.º, 324.º,

397.º, 447.º e 448.º do Código das Sociedades Comerciais (CSC), das disposições legais

decorrentes do Decreto-Lei N.º 534/80, de 7 de novembro emanado pelo Ministério das

Finanças e do Plano e das disposições referidas na Lei N.º 110/2009, de 16 de setembro

emanado pelo Ministério do Emprego e da Segurança Social, importa referir que a EDIA,

através dos documentos de prestação de contas, vem divulgar que não está em incumprimento

das suas obrigações, nem perante o sector estatal nem perante a Segurança Social.

Garantias Prestadas

A Portucel Recicla S.A. intentou contra a EDIA uma ação para pagamento de quantia

certa, sob a forma de processo ordinário, onde reclama o pagamento de € 8.280.914

(correspondendo ao valor já faturado de € 7.832.833 acrescido de juros de mora). A

EDIA respondeu a esta ação com “embargos de executado”, alegando que nada deve à

Portucel Recicla por se terem alterado os pressupostos que presidiram à outorga do auto

de expropriação. Em dezembro de 2011, a EDIA prestou uma garantia bancária no

montante de € 2.777.250, valor este destinado a garantir o reforço da quantia exequenda

no processo judicial de execução ordinária que corre termos pelo Tribunal Judicial da

Comarca de Reguengos de Monsaraz, em que é exequente a Portucel Recicla S.A..À

data do relato financeiro esta garantia ainda se encontra vigente.

No âmbito das empreitadas das redes, primária e secundária, a EDIA realiza perfurações

horizontais nas estradas. Para isso, tem que fazer pedidos de licenciamento à empresa

Estradas de Portugal, S.A. a qual exige que a EDIA, por cada atravessamento, preste

uma garantia bancária a seu favor (Estradas de Portugal, SA), pelo prazo de cinco anos.

A 31 de dezembro de 2013 o montante constituído ascende a € 182.671.

No âmbito da adjudicação do Concurso Público Internacional CP008/DSIC/2009

“Aquisição de Serviços de Execução do Cadastro Predial” ao consórcio

CME/EDIA/RZMAPA/GEOGLOBAL/SIGMAGEO, definiu-se a emissão de uma

Garantia Bancária conjunta, em que, cada um dos consorciados é responsável pela sua

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214 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

proporção. A participação da EDIA, através do seu Centro de Cartografia, resultou na

prestação de uma garantia bancária no valor de € 163.910.

Em outubro de 2012, no âmbito de uma inspeção tributária em sede de IRC, propõe a

Autoridade Tributária (AT) uma correção, nos exercícios de 2008 a 2011, ao montante

das amortizações efetuadas de terrenos submersos, uma vez que considera que nem

todos os investimentos efetuados pela EDIA são passíveis de depreciação ao abrigo da

lei fiscal, pelo que exclui a possibilidade de depreciar fiscalmente o valor dos terrenos

submersos, por entender que os mesmos não sofrem de qualquer perecimento. A EDIA

contestou e teve que prestar a favor da AT, garantias bancárias no valor de € 20.138,

destinadas a caucionar a suspensão dos processos de execução fiscal que correm termos

nos Serviços de Finanças.

No âmbito do contrato celebrado com a Galp Energia, Petróleos de Portugal-Petrogal,

S.A., a EDIA prestou uma garantia bancária destinada a “caucionar o bom pagamento

dos consumos relativos ao cartão GALP frota.” A 31 de dezembro de 2013, o montante

constituído ascende a € 1.746.

Ativos e Passivos Contingentes

O Reforço de Potência de Alqueva entrou em serviço industrial em dezembro de 2012.

Ao abrigo do Anexo VII do Contrato de Exploração das Centrais de Alqueva e

Pedrógão e do Contrato de Subconcessão do Domínio Público Hídrico, a compensação

financeira anual a pagar pela EDP à EDIA poderá ser ajustada, designadamente, por

alteração do valor do investimento previsto no mesmo Anexo para aquele Reforço de

Potência, no montante de M€145, a preços de 2006.

Havendo desacordo, entre a EDIA e a EDP, entre os termos dessa revisão, a via a seguir

deverá ser o recurso aos mecanismos contratualmente previstos para a resolução de

diferendos e nunca uma tomada de posição unilateral por uma das partes, em especial

quando tal se traduza na retenção por parte da EDP, de parte da referida compensação

anual.

Além do mais, do contrato decorre, inequivocamente, que qualquer investimento,

eventualmente necessário à construção de qualquer reforço de potência que não tenha

sido incluído no âmbito da respetiva empreitada de construção ou no âmbito do

respetivo fornecimento do equipamento, não poderá ser considerado para efeitos do

cálculo do investimento a realizar com a construção desse reforço de potência.

A EDIA concorda com a revisibilidade deste contrato cujos cálculos apontam para um

montante de M€3,6 a favor da Empresa. Este montante resulta da aplicação dos termos

previstos no contrato de concessão, sendo que a sua alteração deve ser efetuada sob a

forma de aditamento ao contrato, não podendo a EDP proceder às suas alterações

unilateralmente.

A EDIA não considera devida a fatura da EDP (acerto na compensação financeira por

alteração do valor do investimento previsto para o reforço de potência) no montante de

M€1,5, nem que o seu pagamento tenha sido efetuado através da compensação da sua

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215 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

fatura relativa à prestação anual de 2013, referente ao pagamento estabelecido na

cláusula 6.ª do contrato.

No que respeita aos argumentos expendidos pela EDP sobre os temas que constituem

motivo de diferendo com a EDIA, esta reitera naturalmente a sua posição que já

anteriormente e por diversas vias teve oportunidade de transmitir à EDP.

Neste contexto, a EDIA considera que a posição manifestada pela EDP visou apenas

expor o seu entendimento sobre os termos da revisão da compensação financeira anual e

que em caso algum quis pôr em causa o escrupuloso cumprimento das cláusulas do

Contrato de Cessão de Exploração das Centrais Hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão e

de Subconcessão do Domínio Público Hídrico (contrato).

Assim, para que se possa proceder a um trabalho conjunto, e porque parece ser comum

o empenho no cumprimento pontual dos termos acordados, será necessário repor as

condições de normalidade contratual, por via da reposição da verba indevidamente

retida pela EDP do valor da renda anual relativa a 2013, sendo certo, que a revisão dessa

compensação só pode operar por uma de duas vias: ou por acordo entre as partes ou em

resultado de decisão obtida por via dos mecanismos contratualmente previstos para a

resolução de litígios entre as partes.

Logo que a EDP proceda à reposição do valor em falta, estarão reunidas as condições de

consenso, para que as partes reúnam com vista à obtenção de uma solução concertada

para as divergências apontadas para o diferendo.

São compromissos assumidos pela EDIA, que não figuram no Balanço em 31 de

dezembro de 2013, as garantias prestadas nos termos do disposto no N.º 2 do artigo 56.º

do Regulamento (CE) N.º 1974/2006 da Comissão, de 15 de dezembro.

A competência para a prestação de garantias pela Empresa cabe nas competências do

Conselho de Administração, quer por via do disposto no artigo 15.º dos estatutos da

EDIA, em particular por via da alínea c) do N.º 1 e, em especial, pelo disposto na alínea

f) do artigo 406.º do Código das Sociedades Comerciais, aplicável por via do disposto

no artigo 7.º do Decreto-Lei Nº 558/99, de 17 de dezembro.

No âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural do Continente (PRODER), e nos

termos e ao abrigo do disposto no n.º 4 do Art.º 18º da Portaria N.º 820/2008, de 8 de

agosto, a EDIA formulou vários pedidos de pagamento a título de adiantamento dentro

do montante permitido pelos referidos normativos:

Perímetro de Pedrógão-Margem Direita: 30% do valor do investimento elegível

aprovado - € 7.777.661,89;

Blocos de Ervidel: 30% do valor do investimento elegível aprovado - €

12.527.548,98;

Perímetro de São Pedro-Baleizão-Quintos: 15% do valor do investimento

elegível aprovado - € 13.333.000,00; e

Perímetro de Cinco Reis Trindade: 7% do valor do investimento elegível

aprovado - €2.184.310,82.

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216 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Nestes casos, e conforme disposto no Artº 56º do Regulamento (CE) n.º 1974/2006 da

Comissão, de 15 de dezembro, o Conselho de Administração (através de garantia escrita emitida

ao organismo pagador competente do PRODER - Instituto de Financiamento da Agricultura e

Pescas, IP) garantiu o ressarcimento num montante correspondente a 110% do valor do

adiantamento, caso não se prove o direito ao montante adiantado.

Esta faculdade é permitida à EDIA por se tratar de um beneficiário público, nos termos da

legislação comunitária.

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217 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

CERTIFICAÇÕES E RELATÓRIOS DOS

AUDITORES E CONSELHO FISCAL Certificação Legal de Contas e Relatório de Auditoria Elaborado por Auditor

Registado na CMVM

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218 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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219 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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220 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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221 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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222 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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223 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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224 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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225 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Relatório de Auditoria Elaborado por Auditor Externo

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226 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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I BJ: Te[: +351 217 990 420 Av. da Repúb[ica, 50- 100

Fax: +351 217990439 1069-211 Lisboawww. bdo. pt

RELATÓRIO DE AUDITORIA

Introdução

1. Examinámos as demonstrações financeiras da EDIA - Empresa de Desenvolvimento eInfra-estruturas do Alqueva, SA (adiante também designada por EDIA ou Empresa), asquais compreendem o Balanço em 31 de dezembro de 2013 (que evidencia um total de658 560 098 euros e um total de capital próprio negativo de 343 794 020 euros,incluindo um resultado líquido negativo de 17 363 194 euros), a Demonstração dosresultados por naturezas, a Demonstração das alterações no capital próprio, aDemonstração dos fluxos de caixa, do exercício findo naquela data, e o correspondenteAnexo.

Responsabi (idades

2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstraçõesfinanceiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira daEmpresa, o resultado das suas operações, as alterações no capital próprio e os fluxos decaixa, bem como a adoção de políticas e critérios contabilísticos adequados e amanutenção de um sistema de controlo interno apropriado.

3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional eindependente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras.

Âmbito

4. Exceto quanto à limitação descrita no parágrafo 7 abaixo, o exame a que procedemosfoi realizado de acordo com as Normas Técnicas e Diretrizes de Revisão/Auditoria daOrdem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o exame seja planeado eexecutado com o objetivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se asdemonstrações financeiras contêm ou não distorções materialmente relevantes. Paratanto, o nosso exame incluiu: (i) a verificação, numa base de amostragem, do suportedas quantias e divulgações constantes das demonstrações financeiras e a avaliação dasestimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração,utilizadas na sua preparação; (ii) a apreciação sobre se são adequadas as políticascontabilísticas adotadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; (iii) averificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e (iv) a apreciação sobre se éadequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras.

5. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informaçãoconstante do relatório de gestão com as demonstrações financeiras.

6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressãoda nossa opinião.

BDO & Associados, SROC, Lda., Sociedade por quotas, Sede Av. da República, 50- 10, 1069-211 Lisboa, Registada na Conservatória do Registo Comercial deLisboa, NIPC 501 340 467, Capital 100 000 euros. sociedade de Revisores Oficiais de Contas inscrita na OROC sob o número 29 e na CMVM sob o numero 1122.

A BL3O & Associados, SROC, Lda, sociedade por quotas registada em Portugal, é membro da BDO International Limited, sociedade inglesa limitada porgarantia, e faz parte da rede internacional BDO de firmas independentes.

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jBDO

Reserva

7. Ás “Outras contas a receber” integram 159,1 milhões de euros a receber da DireçãoGeral de Agricultura e Desenvolvimento Regional (DGADR). Este montante inclui: (i) 70,8milhões de euros referentes à denominada “lnfraestrutura 12”, relativamente à qual aEDIA formalizou com a DGADR, em abril de 2006, um contrato de cessão da gestão,exploração, manutenção e conservação por um prazo de 30 anos; e (ii) 88,2 milhões deeuros correspondentes ao valor dos investimentos efetuados pela EDIA nasinfraestruturas da rede secundária do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva(EFMA) que já se encontram concluídas, líquidas dos subsídios associados a essesinvestimentos, na sequência da entrega formal dessas infraestruturas à DGADR e docontrato celebrado em 8 de abril. de 201 3, que atribui à EDIA a concessão da gestão,exploração, manutenção e conservação destas infraestruturas até 31 de dezembro de2020. Não está ainda esclarecida qual a forma de ressarcimento da EDIA pela parte doinvestimento que não foi subsidiada, que está dependente de decisão do Estadoportuguês, subsistindo assim uma importante incerteza quanto à forma e ao valor derealização dos referidos 159,1 milhões de euros, bem como dos 23,1 milhões de euros deativos (“Inventários”) e dos 27,8 milhões de euros de passivos (“Outras contas a pagar” e“Diferimentos”) associados às infraestruturas da rede secundária ainda por executar ouconcluir.

Opinião

8. Em nossa opinião, exceto quanto aos efeitos dos ajustamentos que poderiam revelar-se necessários caso não existisse a limitação descrita no parágrafo anterior, asdemonstrações financeiras antes referidas apresentam adequada e apropriadamente,em todos os aspectos materialmente relevantes, a situação financeira da EDIA - Empresade Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, SÃ, em 31 de dezembro de 2013, oresultado das suas operações, as alterações no capital próprio e os fluxos de caixa, noexercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticosgeralmente aceites em Portugal.

Ênfase

9. Sem afetar a opinião expressa no parágrafo anterior, salientamos que doinvestimento total previsto no EFMÃ (de acordo com Plano de Investimento aprovado emmarço de 2013 - sem custos de estrutura e financeiros capitalizáveis) ainda faltarealizar, em 31 de Dezembro de 2013, um total. de 462,3 milhões de euros, estando asua concretização dependente dos financiamentos que a Empresa venha a obter juntoda União Europeia, do acionista Estado e/ou de outros fundos. Nesse âmbito, é desalientar que, em 31 de dezembro de 2013, o total do capital próprio se apresentanegativo em 343,8 milhões de euros, pelo que são aplicáveis as disposições do Códigodas Sociedades Comerciais sobre a recomposição dos capitais e sobre a necessidade dedivulgação externa do montante do capital próprio segundo o último balanço aprovado.

2

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IBDO

Relato sobre outros requisitos legais

10. É também nossa opinião que a informação constante do reLatório de gestão éconcordante com as demonstrações financeiras do exercício.

Lisboa, 10 de abril de 2014

3

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230 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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231 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Relatório e Parecer do Conselho Fiscal

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232 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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233 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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234 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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235 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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236 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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237 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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238 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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239 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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240 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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241 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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242 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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243 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

4. CONTAS CONSOLIDADAS

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244 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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245 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DEZEMBRO DE 2013 Demonstração Consolidada da Posição Financeira

A Técnica Oficial de Contas O Conselho de Administração

Euros

ATIVO

Ativo Não Corrente

Ativos Fixos Tangíveis 6 15.916.874 16.618.164

Ativos Intangíveis 7 e 17 359.072.570 364.023.276

Participações Financeiras 8 276.001 276.001

Depósitos Cativos 10 7.280.745 8.533.529

382.546.190 389.450.970

Ativo Corrente

Inventários 11 23.198.014 423.838.551

Clientes 12 4.303.512 1.745.517

Adiantamentos a Fornecedores 1.088.090 1.058.345

Estado e Outros Entes Públicos 13 683.576 591.471

Outras Contas a Receber 14 165.632.660 76.804.002

Diferimentos 15 509.887 500.100

Caixa e Depósitos Bancários 4 48.726.380 59.460.257

244.142.119 563.998.243

Total do Ativo 626.688.309 953.449.213

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

Capital Próprio

Capital Realizado 16 387.267.750 387.267.750

Outras Reservas 16 9.202.700 9.202.700

Resultados Transitados 16 e 17 -858.911.262 -866.619.849

Resultado Líquido do Exercício Atribuível aos Acionistas da Empresa - Mãe -14.543.455 7.703.003

Total do Capital Próprio do Grupo -476.984.267 -462.446.396

Interesses Minoritários 29 -317.958 16.763

Total do Capital Próprio -477.302.225 -462.429.633

Passivo Não Corrente

Provisões 18 9.449.769 11.915.833

Financiamentos Obtidos 19 537.476.688 543.919.376

Passivos por Impostos Diferidos 9 5.814 -

Outras Contas a Pagar 20 15.517.311 15.517.311

Diferimentos - Subsídios do Estado 15 133.364.587 475.883.853

Outros Diferimentos 15 169.731.216 171.736.064

865.545.385 1.218.972.437

Passivo Corrente

Fornecedores 20 13.024.804 7.288.553

Adiantamento de Clientes 37.939 8.290

Estado e Outros Entes Públicos 13 226.496 245.339

Financiamentos Obtidos 19 182.097.258 147.980.818

Outras Contas a Pagar 20 26.859.128 25.357.920

Diferimentos - Subsídios do Estado 15 1.814.675 1.816.051

Outros Diferimentos 15 14.384.848 14.209.439

238.445.148 196.906.409

Total do Passivo 1.103.990.533 1.415.878.846

Total do Capital Próprio e do Passivo 626.688.309 953.449.213

Demonstração da Posição Financeira Notas 31-Dez-13 31-Dez-12

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246 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Demonstração Consolidada do Rendimento Integral

A Técnica Oficial de Contas O Conselho de Administração

Euros

Demonstração do Rendimento Integral Notas 31-Dez-13 31-Dez-12

Vendas 12 91 024 225.272

Prestações de Serviços 12 17.701.595 14.895.668

Subsídios à Exploração 512 926 92.385

Trabalhos para a Própria Entidade 22 2.719.218 2.387.239

Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas (19.611) (19.110)

Variação nos Inventários da Produção 21 29.431.052 39.816.508

Fornecimentos e Serviços Externos 23 (36.338.202) (47.029.111)

Gastos com o Pessoal 24 (6.326.876) (5.378.396)

Imparidade de Dívidas a Receber(Perdas/Reversões) 17 (275.864) (119.766)

Provisões (Aumentos/Reduções) 18 (1.697.026) (195.400)

Imparidade de Ativos Não Depreciáveis - (35.874)

Outros Rendimentos e Ganhos 25 5.365.417 5.101.794

Outros Gastos e Perdas 26 (2.080.977) (1.423.585)

Resultado antes de Depreciações, Gastos de Finan. e Impostos 9.082.676 8.317.624

Gastos/Reversões de Depreciação e de Amortização 28 (5.777.488) (6.144.080)

Imparidade de Activos Fixos Tangíveis e Activos Intangíveis 17 (7.715.344) 16.321.285

Resultado Operacional (antes Gastos de Finan. e Impostos) (4.410.156) 18.494.830

Juros e Rendimentos Similares Obtidos 27 67.817 26.206

Juros e Gastos Similares Suportados 27 (10.508.192) (10.894.178)

Resultado antes de Impostos (14.850.531) 7.626.858

Imposto sobre o Rendimento do Período 9 (71.981) (79.403)

Resultado Liquido do Período (14.922.512) 7.547.455

Outros Rendimentos e Gastos reconhecidos em Capital Próprio

Outro Rendimento Integral do Período

Rendimento Consolidado Integral do Período (14.922.512) 7.547.455

Resultado Líquido do Período atribuível a:

Detentores do Capital da Empresa-Mãe (14.543.455) 7.703.003

Interesses Minoritários 29 (379.057) (155.548)

(14.922.512) 7.547.455

Rendimento Consolidado Integral do Período atribuível a:

Detentores do Capital da Empresa-Mãe (14.543.455) 7.703.003

Interesses Minoritários 29 (379.057) (155.548)

(14.922.512) 7.547.455

Resultado Líquido por Acção:

Básico (em euros) (0,193) 0,097

Diluído (em euros) (0,193) 0,097

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247 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Demonstração de Alterações no Capital Próprio

Euros

Saldo em 1 de janeiro de 2012 387.191.750 9.202.700 -844.139.367 -22.650.195 -470.395.112 -335 -470.395.447

Aplicação do Resultado Líquido Consolidado de 2011 -22.650.195 22.650.195 0

Outras alterações reconhecidas no Capital Próprio 169.713 169.713 172.646 342.359

Aumento de Capital Próprio 76.000 76.000 76.000

Resultado Líquido Consolidado 7.703.003 7.703.003 -155.548 7.547.455

Saldo em 31 de dezembro de 2012 387.267.750 9.202.700 -866.619.849 7.703.003 -462.446.396 16.763 -462.429.633

Saldo em 1 de janeiro de 2013 387.267.750 9.202.700 -866.619.849 7.703.003 -462.446.396 16.763 -462.429.633

Aplicação do Resultado Líquido Consolidado de 2012 7.703.003 -7.703.003 0

Outras alterações reconhecidas no Capital Próprio 5.584 5.584 44.336 49.920

Resultado Líquido Consolidado -14.543.455 -14.543.455 -379.057 -14.922.512

Saldo em 31 de dezembro de 2013 387.267.750 9.202.700 -858.911.262 -14.543.455 -476.984.267 -317.958 -477.302.225

Interesses

MinoritáriosTOTALDemonstração das Alterações no Capital Próprio

Capital

Realizado

Outras

ReservasResultados Transitados

Resultado

Líquido do

Periodo

Capital Próprio

atribuível aos

Acionistas da

Empresa-Mãe

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248 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Demonstração dos Fluxos de Caixa

Euros

Atividades Operacionais:

Recebimentos de Clientes 18.034.984 20.206.047

Pagamentos a Fornecedores -29.185.289 -50.006.513

Pagamentos ao Pessoal -3.302.183 -3.278.598

Caixa Gerada pelas Operações -14.452.488 -33.079.065

Pagamento/Recebimento de Imposto sobre o Rendimento -77.875 -97.850

Outros Recebimentos /Pagamentos relativos à Atividade Operacional -912.951 -665.255

Fluxos de Caixa das Atividades Operacionais -15.443.314 -33.842.170

Atividades de Investimento:

Recebimentos Provenientes de:

Ativos Fixos Tangíveis 19.392 30.111

Subsídios ao Investimento 21.582.365 118.301.705

Juros e Proveitos Similares 31.521 7.582

21.633.278 118.339.398

Pagamentos respeitantes a:

Ativos Fixos Tangíveis -838.287 824.874

Ativos Intangíveis -25.657.782 42.754.732

-26.496.070 43.579.606

Fluxos de Caixa das Atividades de Investimento -4.862.791 74.759.791

Atividades de Financiamento:

Recebimentos Provenientes de:

Financiamentos Obtidos 637.175.873 436.637.599

Pagamentos respeitantes a:

Financiamentos Obtidos -606.438.917 -403.738.159

Contratos de Locação Financeira -4.599 -6.727

Juros e Custos Similares -21.160.130 -20.709.789

-627.603.646 -424.454.675

Fluxos de Caixa das Atividades de Financiamento 9.572.228 12.182.923

Variações de Caixa e seus Equivalentes -10.733.877 53.100.544

Efeito das Diferenças de Câmbio

Caixa e seus Equivalentes no Início do Período 4 59.460.257 6.359.713

Caixa e seus Equivalentes no Fim do Período 4 48.726.380 59.460.257

Demonstração dos Fluxos de Caixa Notas 31-Dez-1231-Dez-13

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249 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Anexo

1. Identificação do Grupo

O Grupo tem as atividades principais relacionadas com o EFMA designadamente na conceção,

execução e construção das infraestruturas e a promoção, desenvolvimento e prossecução de

outras atividades económicas com elas conexas, que contribuam para a melhoria das condições

de utilização dos recursos afetos ao Empreendimento.

A descrição mais detalhada das atividades do negócio do Grupo consta no anexo na Nota 30 -

Segmentos Operacionais.

As demonstrações financeiras consolidadas são apresentadas em Euros por ser a moeda

principal das operações do Grupo.

Os saldos apresentados nas demonstrações financeiras do Grupo refletem, na sua maioria, os

movimentos registados e mensurados da Empresa-Mãe, o que justifica que, algumas notas do

Anexo, explicam somente as variações ocorridas na EDIA.

EDIA - Empresa-Mãe

A EDIA-Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (adiante “EDIA”,

“Empresa” ou “Empresa-Mãe”) é uma sociedade anónima, constituída pelo Decreto - Lei N.º

32/95, de 11 de fevereiro, segundo o qual passou a ser titular de todos os direitos e obrigações

que pertenciam à Comissão Instaladora da Empresa do Alqueva. O seu capital social é

integralmente detido pelo Estado Português, através da Direção - Geral do Tesouro e Finanças

(DGTF). A 31 de dezembro de 2013, o Capital encontrava-se subscrito e realizado em 100%.

Nos termos do disposto no artigo 2.º daquele diploma, com a redação que lhe foi dada pelos

Decretos-Lei N.º 232/98, de 22 de julho, N.º 335/01, de 24 de dezembro e N.º 42/07, de 22 de

fevereiro, a EDIA tem atualmente por objeto social:

A utilização do domínio público hídrico afeto ao Empreendimento de Fins Múltiplos de

Alqueva (EFMA) para fins de rega e exploração hidroelétrica, nos termos do contrato

celebrado com o Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e

Desenvolvimento Regional, em representação do Estado;

A conceção, execução e construção das infraestruturas integrantes do sistema primário

de rega do EFMA, bem como a sua gestão, exploração, manutenção e conservação;

A conceção, execução e construção das infraestruturas integrantes da rede secundária

afeta ao EFMA, em representação do Estado e de acordo com as instruções que lhe

forem dirigidas pelo Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento

do Território; e

A promoção, desenvolvimento e prossecução de outras atividades económicas cujo

aproveitamento contribua para a melhoria das condições de utilização dos recursos

afetos ao EFMA.

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250 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

GESTALQUEVA - Subsidiária

A GESTALQUEVA-Sociedade de Aproveitamento das Potencialidades das Albufeiras de

Alqueva e Pedrógão S.A., com um capital social de € 500.000, maioritariamente subscrito pela

EDIA (51%), sendo o restante valor assumido em partes iguais pelos municípios das áreas do

regolfo das albufeiras de Alqueva e do Pedrógão (Alandroal, Moura, Mourão, Serpa, Portel,

Reguengos de Monsaraz e Vidigueira), foi constituída a 7 de março de 2003 e tem por objeto

social:

A conceção, promoção e execução de projetos de desenvolvimento e valorização das

potencialidades das albufeiras de Alqueva e Pedrógão e das respetivas envolventes;

A gestão de utilizações dos planos de água;

A prestação de serviços nos domínios do planeamento, ordenamento, monitorização e

gestão de equipamentos e infraestruturas de natureza ambiental na área compreendida

pelas albufeiras de Alqueva e Pedrógão e dos concelhos do regolfo daquelas albufeiras;

e

A exploração de empreendimentos turísticos e de empreendimentos de turismo no

espaço rural e de turismo da natureza.

GESCRUZEIROS - Subsidiária

A GESCRUZEIROS – Sociedade de Aproveitamento da Atividade Marítimo - Turística no

Grande Lago Alqueva S.A., nasceu das sinergias entre as empresas Gestalqueva, S.A. e

Nautialqueva – Serviços Náuticos, Lda. O capital social da Gescruzeiros, S.A., constituída a 16

de março de 2006, é detido em 51% pela Gestalqueva, S.A. e tem como objeto social:

Desenvolvimento de atividades Marítimo - Turísticas;

Operador Marítimo – Turístico; e

Animação turística nas albufeiras de Alqueva e de Pedrógão e na área correspondente

aos municípios envolventes.

Relativamente ao resultado do Grupo refere-se que as contas da Gestalqueva, S.A., refletidas

nas demonstrações financeiras consolidadas da EDIA, foram preparadas numa ótica de

liquidação.

Tratando-se a Gestalqueva, S.A. de uma sociedade constituída nos termos da lei comercial, na

qual o Estado pode exercer uma influência dominante, ainda que de forma indireta via

participação maioritária detida pela EDIA, a Gestalqueva, S.A. é considerada empresa pública,

nos termos do disposto no regime jurídico do setor empresarial do Estado.

No atual contexto, e seguindo orientação superior que vinha sendo assumida em diversos

momentos pelo Estado, até, mas não só na qualidade de acionista da EDIA, em 15 de junho de

2012 foi deliberada por unanimidade, em Assembleia Geral da Gestalqueva, S.A., a dissolução

da sociedade, sem prejuízo dos sócios considerarem fundamental a concertação de ações por

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251 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

forma a garantir a gestão integrada do Grande Lago Alqueva e a promoção do desenvolvimento

económico e social deste território.

Na mesma Assembleia Geral foi eleita, nos termos legalmente previstos, a respetiva Comissão

Liquidatária e foi considerado fundamental a existência de uma ação concertada entre os

diversos intervenientes no desenvolvimento desta zona, por forma a garantir a Gestão Integrada

do Grande Lago Alqueva e promover o seu desenvolvimento económico e social através da

concretização de algumas condições:

Aumentar a parceria para o aproveitamento das potencialidades associadas aos regolfos

de Alqueva e Pedrógão, especialmente junto da EDP para que a sua ação em Alqueva

seja, pelo menos, semelhante à desenvolvida noutras zonas onde têm barragens

instaladas;

Apresentar uma proposta de Programa de Ação para o Desenvolvimento das Terras do

Grande Lago Alqueva, no qual estejam previstos os projetos e ações consideradas

estruturantes para o futuro da zona, no contexto do EFMA.

Em 13 de agosto de 2012, e cumprindo com o disposto no artigo 149.º, N.ºs 1 e 2 do Código das

Sociedades Comerciais (CSC), foram aprovadas as contas da Gestalqueva, S.A à data da

dissolução (15 de junho de 2012).

Em 12 de outubro, e no âmbito do processo de liquidação em curso, foi equacionada a alienação

da participação social de 51% detida pela Gestalqueva, S.A. na empresa Gescruzeiros, S.A.

Nesta Assembleia Geral da Gestalqueva, S.A. ficou deliberada a alienação da referida

participação social e assumida a opção pela alienação através de concurso público.

Estando em causa a alienação de uma participação social por uma entidade pública, a EDIA

levou ao conhecimento da Direção-Geral do Tesouro e Finanças a intenção de proceder à

alienação da participação detida pela Gestalqueva, S.A. na Gescruzeiros, S.A., no âmbito do

processo de liquidação daquela.

Em janeiro de 2013, foi dado à EDIA conhecimento do despacho exarado pela Exmª Senhora

Ministra da Agricultura e do Mar, de que nada há a opor a que se confira autorização à

alienação da participação da Gestalqueva, S.A. na Gescruzeiros, S.A., desde que seja

concretizada por valor igual ou superior ao valor da avaliação apresentado num estudo

elaborado por uma entidade externa e independente.

Conforme Assembleia Geral realizada em 07 de maio de 2013, em relação ao património da

Gestalqueva, S.A, concluiu-se a alienação dos bens de equipamento e iniciou-se o processo de

concurso público para alienação dos 51% do capital social da Gescruzeiros, S.A. Este processo

não foi concluído porque o concurso ficou deserto e houve necessidade de recorrer à negociação

direta com a Nautialqueva, S.A, na qualidade de sócio da Gescruzeiros, S.A, com direito de

opção, para a aquisição dos 51% do capital da empresa. Este procedimento ainda não foi

concluído, prolongando-se para além das previsões iniciais, que apontavam para a resolução

definitiva até dezembro de 2013.

Em outubro de 2013, nos termos previstos no nº3 do Artº.11 do DLnº.133/2013 de 3 de outubro

e conforme solicitação da Direção - Geral do Tesouro e Finanças, a EDIA elaborou um estudo

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252 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

demonstrativo do interesse e viabilidade da alienação da participação social detida pela

Gestalqueva, S.A, na Gescruzeiros, S.A..

Nesse estudo concluiu-se que a proposta de alienação desta participação é mais vantajosa para o

Acionista, face à atual situação da Empresa e aos seus resultados económicos e financeiros

expectáveis para os próximos anos, passa pelo pagamento de uma verba, libertando o Acionista

de todos os compromissos atuais e futuros nessa Empresa.

A EDIA, S.A. face ao estudo elaborado e considerando que existe interesse em se concluir

rapidamente esta alienação, de forma a não ficar sujeita a outros compromissos entretanto

resultantes da gestão corrente, solicitou autorização ao Acionista para realizar a operação em

causa através da assunção pela Gestalqueva, S.A. dos compromissos associados aos 51% da

Gescruzeiros, S.A.

Em janeiro de 2014, a Direção - Geral do Tesouro e Finanças solicitou à EDIA uma atualização

do respetivo estudo, alterando os valores previsionais utilizados, para os valores reais, de 2013.

À data deste relato não existe nenhuma informação adicional.

2. Referencial Contabilístico de Preparação das Demonstrações Financeiras

As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo são preparadas de acordo com as Normas

Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), tal como adotadas pela União Europeia. As

IAS/IFRS incluem as normas (standards) emitidas pelo International Accounting Standards

Board (IASB) e as respetivas interpretações emitidas pelo International Financial Reporting

Interpretations Committee (IFRIC) e pelos respetivos órgãos antecessores.

Na sua globalidade, as políticas contabilísticas e critérios de mensuração adotados são

consistentes com os seguidos na preparação das demonstrações financeiras anuais do exercício

de 2012.

As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas no pressuposto da continuidade e

tomando por base o custo histórico, a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa e

das empresas incluídas na consolidação.

À data da aprovação destas demonstrações financeiras, encontram-se emitidas e adotadas pela

União Europeia as seguintes novas normas e interpretações ou suas alterações, com aplicação

obrigatória em exercícios futuros, que se prevê que não tenham impacto relevante nas

demonstrações financeiras consolidadas da EDIA:

IAS 27 (revista em 2011) – “Demonstrações financeiras separadas” – Revista após a

emissão da IFRS 10, contém os requisitos de contabilização e divulgação para

investimentos em participações financeiras, quando as Entidades apresentam

demonstrações financeiras separadas;

IAS 28 (revista em 2011) – “Investimentos em associadas e empreendimentos

conjuntos” - prescreve o tratamento contabilístico dos investimentos em associadas,

estabelecendo ainda os princípios da aplicação do método da equivalência patrimonial

para esta natureza de investimentos;

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253 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Alterações à IAS 32 – “Instrumentos Financeiros-Apresentação” - compensação de

ativos e passivos financeiros‟- clarifica que o direito legal de compensação, para ser

efetivo, tem de ser atual e tem de ser imputável a todas as partes no decurso normal do

negócio, e elucida em que circunstâncias alguns sistemas de regularização pelos

montantes brutos (câmaras de compensação) satisfazem os requisitos de compensação

exigidos pela IAS 32;

IFRS 10 – “Demonstrações financeiras Consolidadas” - substitui todos os princípios

associados ao controlo e consolidação incluídos na IAS 27 e SIC 12, alterando a

definição de controlo e os critérios aplicados para determinar o controlo (o princípio

base de que as demonstrações financeiras consolidadas apresentam a empresa mãe e as

subsidiárias como uma entidade única mantém-se inalterado);

IFRS 11 – “Acordos Conjuntos” centra-se na identificação e classificação dos acordos

conjuntos com base nos direitos e obrigações inerentes aos acordos estabelecidos, em

vez da sua forma legal. A consolidação proporcional de empreendimentos conjuntos

deixa de ser permitida;

IFRS 12 – “Divulgação de interesses em outras entidades” – contempla os requisitos de

divulgação para todos os tipos de interesses em outras entidades (incluindo-se

associadas e entidades estruturadas), de forma a avaliar a natureza, os riscos e os

impactos financeiros associados aos interesses de cada Entidade sobre estes

investimentos;

Alterações às IFRS 10, 11 e 12 – “Regime de transição” - estas alterações clarificam os

procedimentos de transição da IFRS 10 - "Demonstrações financeiras consolidadas" e

proporcionam uma redução das exigências nos procedimentos de transição, para as

normas IFRS 10, IFRS 11 e IFRS 12, limitando as exigências de prestar informação

comparativa ajustada, apenas para o período anual imediatamente anterior à data da

aplicação inicial destas normas.

Na preparação das demonstrações financeiras, o Conselho de Administração da EDIA adotou

pressupostos e estimativas que afetam os ativos e passivos reportados, bem como os

rendimentos e gastos incorridos relativos ao período reportado, os quais estão descritos na nota

seguinte “Principais Políticas Contabilísticas”.

3. Principais Políticas Contabilísticas

Não foram reconhecidos erros materiais relativos a estimativas efetuadas na preparação das

demonstrações financeiras de exercícios anteriores.

As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor

conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e

transações em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo,

poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de

aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As

alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras

serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo, e dado o grau de incerteza associado, os

resultados reais das transações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas.

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254 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

As principais políticas contabilísticas adotadas pelo Grupo na preparação das demonstrações

financeiras consolidadas são as abaixo mencionadas:

3.1. Princípios de Consolidação

As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo são apresentadas como as de uma única

entidade económica.

As demonstrações financeiras consolidadas refletem os ativos, passivos e resultados da EDIA e

de todas as suas subsidiárias, tendo sido preparadas usando políticas contabilísticas uniformes

para as transações e para os outros acontecimentos idênticos em circunstâncias semelhantes.

As demonstrações financeiras da EDIA e das suas subsidiárias, usadas na preparação das

presentes demonstrações financeiras consolidadas, foram preparadas a partir das mesmas datas

de relato.

Concentrações de Atividades Empresariais

As demonstrações financeiras consolidadas incorporam os resultados de concentrações de

atividades empresariais usando o método de compra. Os resultados das operações das adquiridas

são incluídos na demonstração consolidada dos resultados a partir da data em que o controlo é

obtido.

Subsidiárias

Foram consideradas subsidiárias todas as entidades controladas pelo Grupo.

A EDIA consolida integralmente as demonstrações financeiras das empresas subsidiárias em

que o Grupo exerce o controlo. Presume-se a existência de controlo quando o Grupo detém mais

de metade dos direitos de voto.

Existe também controlo quando o Grupo detém o poder, de direta ou indiretamente, gerir a

política financeira e operacional de determinada empresa.

As entidades incluídas na consolidação pelo método integral, que incluem a Empresa-Mãe e

todas as entidades que se qualificam como subsidiárias, são as seguintes:

As demonstrações financeiras da Empresa-Mãe do Grupo e das suas subsidiárias foram

combinadas linha a linha. De acordo com o método da consolidação integral são consolidados

os ativos, passivos, rendimentos, gastos e fluxos de caixa das empresas do Grupo, sendo as

% do Capital

Detido

% do Capital

Detido

2013 2012

EDIA

Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, S.A.Beja Estado Português 100% 100%

GESTALQUEVA

Sociedade de Aproveitamento das Potencialidades das Albufeiras de Alqueva e Pedrógão, S.A.Beja EDIA, S.A. 51% 51%

GESCRUZEIROS

Sociedade para o Aproveitamento da Actividade Marítimo - Turística no Grande Lago Alqueva, S.A.Portel Gestalqueva, S.A. 51% 51%

SubsidiáriasDetentores

de Capital

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255 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

transações, saldos e fluxos significativos entre essas empresas eliminados no processo de

consolidação. As mais e menos valias decorrentes das transações entre empresas do Grupo são

igualmente anuladas. Sempre que necessário, são efetuados ajustamentos às demonstrações

financeiras das empresas subsidiárias, tendo em vista a uniformização das respetivas políticas

contabilísticas com as do Grupo.

A participação de terceiros no capital próprio e no resultado líquido das empresas incluídas na

consolidação é apresentada na rubrica ”Interesses minoritários” na Demonstração da Posição

Financeira Consolidada, identificada separadamente do capital próprio e na Demonstração do

Rendimento Integral.

Os excessos de perdas aplicáveis às partes minoritárias sobre os respetivos interesses são

imputados, sempre que aplicável, ao interesse maioritário. Se estas subsidiárias

subsequentemente relatarem lucros, esses lucros são imputados ao interesse maioritário até que

as partes minoritárias das perdas, previamente absorvidas pela maioria, tenham sido

recuperadas.

Associadas

Uma empresa associada é uma entidade na qual o Grupo exerce influência significativa, através

da participação nas decisões relativas às suas políticas financeiras e operacionais, mas não

detém controlo ou controlo conjunto, o que em geral acontece quando a participação financeira

se situa entre os 20% e os 50%.

Presume-se que existe influência significativa quando a EDIA detém, direta ou indiretamente,

20% ou mais do poder de voto da investida. Nesse sentido, e tendo em consideração que não

existe qualquer entidade (para além das subsidiárias que integram a consolidação pelo Método

Integral) em que a EDIA detenha, direta ou indiretamente, 20% ou mais do respetivo poder de

voto, não existe qualquer entidade que se qualifique como associada.

Entidades Conjuntamente Controladas

As participações financeiras em entidades conjuntamente controladas são consolidadas pelo

método de consolidação proporcional, desde a data em que o controlo conjunto é adquirido. De

acordo com este método, os ativos, passivos, rendimentos e gastos destas empresas são

integrados e ou eliminados, nas demonstrações financeiras consolidadas, rubrica a rubrica, na

proporção do controlo atribuível ao Grupo.

A classificação dos investimentos financeiros em entidades conjuntamente controladas é

determinada com base na existência de acordo contratual que demonstre e regule o controlo

conjunto.

De acordo com a definição acima apresentada, não existe atualmente, no Grupo, qualquer

empreendimento conjunto ou entidade conjuntamente controlada.

3.1.a. Ativos Fixos Tangíveis

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256 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

“Ativos Fixos Tangíveis” são itens que:

Sejam detidos para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, para

arrendamento a outros, ou para fins administrativos; e

Se espera que sejam usados durante mais do que um período.

Os ativos fixos tangíveis do Grupo encontram-se valorizados ao custo de aquisição deduzido

das respetivas depreciações acumuladas e perdas por imparidade acumuladas, quando aplicável.

No reconhecimento inicial de um ativo, o Grupo considera no respetivo custo de aquisição:

O preço de compra do ativo;

As despesas diretamente imputáveis à compra; e

Os gastos estimados de desmantelamento e remoção dos ativos e de restauração do

local.

Os custos de empréstimos obtidos que sejam diretamente atribuíveis à construção ou produção

de um ativo elegível para capitalização são capitalizados até ao momento em que os bens

estejam substancialmente concluídos.

Os gastos diretos, relacionados com as áreas técnicas envolvidas na construção de ativos do

Grupo são capitalizados no ativo fixo tangível. Esta capitalização é efetuada em função dos

recursos internos utilizados e dos tempos despendidos, por contrapartida da rubrica de

“Trabalhos para a Própria Entidade”.

Os gastos subsequentes com os ativos fixos tangíveis, grandes reparações que originem

acréscimo de benefícios ou de vida útil esperada, são reconhecidos nesses ativos e depreciados

às taxas correspondentes à vida útil esperada.

Todos os encargos com manutenção e reparações de natureza corrente são reconhecidos como

gastos do período em que são incorridos, de acordo com o regime do acréscimo. As grandes

reparações que originem acréscimo de benefícios ou da vida útil esperada são registadas como

ativos tangíveis e depreciadas às taxas correspondentes à vida útil esperada. A componente

substituída é identificada e abatida. Os ganhos ou perdas decorrentes da alienação de ativos

fixos tangíveis, determinadas pela diferença entre o valor de venda e a respetiva quantia

registada na data da alienação, são contabilizadas em resultados na rubrica “Outros

Rendimentos e Ganhos” ou “Outros Gastos e Perdas”.

No âmbito da IFRIC12 - “Acordos de Concessão de Serviços”, os bens afetos à “concessão”

estão evidenciados na rubrica de “Ativos Intangíveis”.

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257 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Política de Depreciação

As depreciações dos bens do “Ativo Fixo Tangível”, isto é, dos bens não afetos à concessão,

deduzidos do seu valor residual, são calculadas de acordo com o método da linha reta (quotas

constantes) e por duodécimos a partir do mês em que se encontram disponíveis para utilização,

durante a vida útil dos ativos, a qual é determinada em função da utilidade esperada. As taxas de

depreciação praticadas correspondem, em média, às seguintes vidas úteis estimadas para as

diversas classes de ativos:

A depreciação cessa quando os ativos passam a ser classificados como detidos para venda.

Em cada data de relato, o Grupo EDIA avalia se existe qualquer indicação de que um ativo

possa estar em imparidade e sempre que existam tais indícios, os ativos fixos tangíveis são

sujeitos a testes de imparidade. Quando o montante pelo qual um ativo se encontra reconhecido

é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na

Demonstração do Rendimento Integral na rubrica de “Imparidade de Investimentos

Depreciáveis/Amortizáveis (perdas/reversões)”. A quantia recuperável corresponde ao valor

mais alto entre o preço de venda líquido (montante que se obteria com a alienação do ativo

numa transação ao alcance das partes envolvidas, deduzido dos custos diretamente atribuíveis à

alienação) e o valor de uso (valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que se espera

que surjam do uso continuado do ativo e da sua alienação no final da sua vida útil).

A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando

há evidências de que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram,

sendo reconhecida na Demonstração do Rendimento Integral como dedução à rubrica

“Imparidade de investimentos depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões)”. Contudo, a

reversão da perda por imparidade é efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida

(líquida de depreciações) caso a perda por imparidade não tivesse sido registada em anos

anteriores, e é reconhecida como um rendimento na Demonstração do Rendimento Integral.

3.1.b. Ativos Intangíveis

Um ativo intangível é um ativo não monetário identificável sem substância física. Um ativo

intangível é reconhecido se, e apenas se:

(Anos)

Terrenos e Recursos Naturais -

Edifícios e Outras Construções 50

Equipamento Básico 2 - 32

Equipamento de Transporte 2 - 8

Equipamento Administrativo 1 - 16

Outros Ativos Fixos Tangíveis 1 - 24

Conta Vida Útil

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258 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

For provável que os benefícios económicos futuros esperados que sejam atribuíveis ao

ativo fluam para o Grupo; e

O custo do ativo possa ser fiavelmente mensurado.

Os ativos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição ou produção, deduzido das

amortizações acumuladas e eventuais perdas de imparidade, quando aplicável e só são

reconhecidos se for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para o Grupo,

se possam mensurar com fiabilidade e se o Grupo possuir o controlo sobre os mesmos.

Bens Afetos à Concessão

A generalidade dos bens registados nos “Ativos Intangíveis” pertencem à EDIA e estão afetos

ao Contrato de concessão do EFMA que entrou em vigor em 1 de novembro de 2007,

revertendo para o Estado no final do período da concessão (75 anos). Os bens que, estando

afetos à concessão, entraram em funcionamento até 1 de novembro de 2007, foram depreciados

com base em critérios diferentes até 31 de outubro de 2007 e a partir de 1 de novembro 2007,

uma vez que o referido contrato de concessão alterou de forma significativa a forma esperada de

utilização desses bens.

Em 1 de novembro de 2007, entraram em vigor:

O Contrato de concessão relativo à utilização dos recursos hídricos para captação de

água destinada a rega e à produção de energia elétrica no sistema primário do

Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, celebrado em 17 de outubro de 2007

entre a EDIA e o Estado; e

O Contrato de exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e de Pedrógão e de

subconcessão do domínio público hídrico, celebrado a 24 de outubro de 2007 entre a

EDIA e a EDP – Gestão da Produção de Energia, SA, que atribui a esta última a

exploração, pelo período de 35 anos, das centrais hidroelétricas de Alqueva (260 MW),

em regime de mercado, e de Pedrógão (10MW), em regime especial, assim como todos

os direitos de utilização privativa do respetivo domínio hídrico.

Estes dois contratos alteraram decisivamente o modelo pelo qual se espera que os benefícios

económicos futuros dos bens afetos à concessão (e nomeadamente os afetos à produção de

energia elétrica, que já estão a ser depreciados) serão obtidos pela EDIA, o que motivou a

revisão do modelo de depreciações adotado, nos termos definidos na IAS 16 -“Ativos Fixos

Tangíveis”. Assim, a Empresa-Mãe recalculou todas as amortizações dos ativos que revertem

para o Estado no final do período da concessão (75 anos), tendo esses ativos passado a ser

depreciados pelo método das quotas constantes, ao longo do período de concessão.

As despesas subsequentes de substituição de componentes de ativos incorridas pela Empresa

são adicionadas aos respetivos ativos. As despesas de conservação e reparação que não

aumentem a vida útil nem resultem em benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos

dos ativos fixos tangíveis são registadas como gasto do exercício em que ocorrem.

Bens Não Afetos à Concessão

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259 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Os ativos intangíveis não afetos à concessão são constituídos, basicamente, por licenças de

exploração de concessões, as quais são amortizadas pelo método das quotas constantes durante

o período de vigência das mesmas, e por “software”, o qual é amortizado pelo método das

quotas constantes durante um período entre três e seis anos.

Eventuais despesas de investigação são reconhecidas como gasto do exercício em que são

incorridas, enquanto as despesas com aumentos de capital são deduzidas ao capital próprio.

3.1.c. Imparidades de Ativos Tangíveis e Intangíveis

Uma perda por imparidade é a quantia pela qual o valor escriturado de um ativo excede a sua

quantia recuperável.

A avaliação da existência de indícios de imparidade e a quantificação de eventuais

perdas de imparidade seguem os termos da IAS 36 -“Imparidade de Ativos”, sendo

efetuado um estudo de imparidade para todos os ativos individuais relevantes e/ou

unidades geradoras de caixa relativamente aos quais existam indicações de que a sua

quantia recuperável (determinada, neste caso, pelo seu valor de uso) pode ser inferior à

respetiva quantia escriturada.

Quando existe indicação de que um ativo possa estar em imparidade, a IAS 36 -“Imparidade de

Ativos” exige que o seu valor recuperável seja estimado, sendo reconhecida uma perda por

imparidade sempre que o valor líquido de um ativo exceda o seu valor recuperável. O Grupo

EDIA reconhece as perdas por imparidade em resultados do período.

A reversão de eventuais perdas é igualmente registada nos resultados do período.

A quantia recuperável é o valor mais elevado entre o preço de venda líquido e o valor de uso. O

preço de venda líquido é a quantia a obter da venda de um ativo ou unidade geradora de caixa

numa transação entre partes conhecedoras e dispostas a isso, sem qualquer relacionamento entre

elas, menos os custos de alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros

que se espera que sejam derivados de um ativo ou unidade geradora de caixa. A quantia

recuperável é estimada para cada ativo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a

unidade geradora de caixa à qual o ativo pertence.

A quantia escriturada de um item dos ativos fixos tangíveis e intangíveis é desreconhecida pelo

Grupo EDIA nas seguintes situações:

No momento da alienação; e

Quando não se esperam futuros benefícios económicos do seu uso ou alienação.

O ganho ou perda decorrente do desreconhecimento de um item do ativo tangível ou intangível:

É incluído nos resultados quando o item é desreconhecido; e

É determinado como a diferença entre os réditos líquidos da alienação, se os houver, e a

quantia escriturada do item.

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260 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

O Grupo avalia a necessidade de efetuar os testes de imparidade aos seus ativos fixos tangíveis e

intangíveis sempre que haja indícios, isto é, que ocorra algum evento ou alteração nas

circunstâncias que indique que o montante pelo qual um ativo se encontra mensurado possa não

ser recuperado. Em caso da existência de tais indícios, o Grupo procede à determinação do valor

recuperável do ativo, de modo a determinar a extensão da perda por imparidade. Quando não é

possível determinar a quantia recuperável de um ativo individualmente é estimada a quantia

recuperável da unidade geradora de caixa a que esse ativo pertence.

Sempre que a quantia pelo qual um ativo se encontra reconhecido ou da unidade geradora de

caixa é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na

Demonstração do Rendimento Integral na rubrica de “Imparidade de Ativos Fixos Tangíveis e

Intangíveis”.

A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando

há evidências de que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram,

sendo a reversão das perdas de imparidade reconhecida na Demonstração do Rendimento

Integral como resultados operacionais, dedução à rubrica “Imparidade de Ativos Fixos

Tangíveis e Intangíveis”. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efetuada até ao limite

da quantia que estaria reconhecida (líquida de depreciações ou amortizações) caso a perda por

imparidade não tivesse sido registada em anos anteriores.

Nos exercícios anteriores (2009 a 2012), tendo-se identificado duas unidades geradoras de

caixa, a “distribuição de água” e a “energia”, foram efetuados testes de imparidade aos ativos

intangíveis, calculando-se o valor presente dos fluxos de caixa futuros associados a esses ativos

líquidos sendo que, apenas uma se encontra em imparidade: a “distribuição de água”. Em 2013

as imparidades nos ativos intangíveis mante-se.

Desreconhecimento

Os ativos intangíveis do Grupo são desreconhecidos nas seguintes situações:

Quando ocorram alienações;

Quando não se esperam benefícios económicos futuros do seu uso ou alienação; e

O ganho ou perda decorrente do desreconhecimento de um item do ativo intangível.

O valor do ativo cujo item é desreconhecido é determinado pela diferença entre os proveitos

líquidos da alienação, se os houver, e a quantia escriturada do item e é incluído nos resultados.

3.1.d. Investimentos em Curso

Os “Investimentos em Curso” representam os ativos fixos tangíveis e intangíveis ainda em fase

de construção/desenvolvimento, encontrando-se registados ao custo de aquisição, deduzido das

perdas por imparidade acumuladas. Estes ativos são depreciados a partir do mês em que se

encontrem em condições de ser utilizados nos fins pretendidos.

Em virtude da EDIA se encontrar ainda numa fase de investimento, têm vindo a ser

capitalizados:

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261 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Os gastos financeiros diretamente relacionados com o financiamento do investimento

que ainda se encontra em fase de construção/desenvolvimento, até ao momento em que

cada infraestrutura esteja substancialmente concluída;

Os gastos com o pessoal diretamente relacionado com a atividade de planeamento e

obra; e

Os fornecimentos e serviços externos, que são, pela sua natureza, registados nos centros

de custos diretamente relacionados com a construção das infraestruturas.

3.1.e. Política de Capitalização de Encargos de Estrutura e Financeiros

Os encargos financeiros relacionados com financiamentos obtidos são reconhecidos como gasto

de acordo com o regime do acréscimo, com exceção dos encargos financeiros com

financiamentos obtidos diretamente relacionados com a construção de ativos fixos, ou

associados às concessões, que são capitalizados, fazendo parte do custo do ativo. A

capitalização destes encargos começa após o início da preparação das atividades de construção

ou desenvolvimento do ativo e termina quando a construção se encontra substancialmente

concluída, sendo interrompida sempre que o projeto em causa se encontre suspenso.

Os gastos de estrutura da Empresa e os gastos financeiros que têm ligação direta com o

Empreendimento em fase de construção têm vindo a ser capitalizados, de forma consistente ao

longo do tempo.

Com a conclusão das obras e a entrada em exploração das barragens e centrais hidroelétricas de

Alqueva (em dezembro de 2005) e Pedrógão (em 2006), também com a entrada em exploração

dos perímetros de rega do: (i) Monte - Novo (1.º semestre de 2009), (ii) Alvito - Pisão e Pisão

(2010), (iii) Orada Amoreira, Brinches, Brinches-Enxoé, Serpa, Blocos de Ferreira, Figueirinha

e Valbom, Alfundão e Infraestrutura 12 (2011), (iv) Loureiro-Alvito (1.º semestre de 2012), (v)

Ervidel 1 (2.º semestre de 2012) e Ervidel 2 e 3 e o Pedrogão 1 margem direita, no ano de 2013,

os gastos afetos a essas infraestruturas passaram a ser considerados diretamente como gastos do

exercício e os custos financeiros a eles associados deixaram de ser capitalizados.

Segundo a política de capitalização definida, não são capitalizados os gastos relativos: a) aos

órgãos sociais, secretariado e gabinetes de apoio; b) à Direção de Administração e Finanças,

com exceção do Departamento de Planeamento e Controlo de Investimentos e do Departamento

de Sistemas de Informação; c) à Direção de Gestão do Património, com exceção do

Departamento de Expropriações; d) à Direção de Economia da Água e Promoção do Regadio; e

e) ao Departamento de Manutenção, Exploração e Segurança, que pertence à Direção de

Infraestruturas Primárias e de Energia.

A chave de repartição para os custos de funcionamento imputados ao investimento tem em

conta o seguinte:

Os gastos de funcionamento dos serviços são distribuídos pelas direções capitalizáveis

com base no número de colaboradores;

Os gastos das direções são imputados da seguinte forma:

Direção de Infraestruturas de Rega: 100% para a rede secundária;

Direção de Infraestruturas Primárias e de Energia: 100% para a rede primária; e

Direção de Engenharia, Ambiente e Planeamento: 50% para a rede primária e 50% para

a rede secundária.

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262 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

3.1.f. Participações Financeiras

As participações detidas no capital de entidades que não conferem à EDIA uma influência

dominante ou significativa (participações participativas de menos de 20% do respetivo capital)

encontram-se registadas ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade

acumuladas.

Conforme previsto nas IAS 32 - “Instrumentos Financeiros-Apresentação” e IAS 39 -

“Instrumentos Financeiros-Reconhecimento”, à data do relato, a EDIA avalia a imparidade de

todos os ativos financeiros que não sejam mensurados ao justo valor através de resultados. Se

existir uma evidência objetiva de imparidades, é reconhecida uma perda por imparidade na

Demonstração do Rendimento Integral.

3.1.g. Locações

A classificação das locações é feita em função da substância e não da forma do contrato, dando

cumprimento ao estabelecido na IAS 17 - “ Locações”.

As locações são classificadas como financeiras sempre que nos seus termos ocorra a

transferência substancial, para o locatário, de todos os riscos e vantagens associados à

propriedade do bem.

As locações operacionais são aquelas em que não forem transferidos substancialmente todos os

riscos e vantagens inerentes à posse do ativo sob locação, para o locatário.

Os ativos adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes

responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro, reconhecendo os ativos fixos

tangíveis e as depreciações acumuladas correspondentes e as dívidas pendentes de liquidação de

acordo com o plano financeiro contratual.

Os pagamentos de locações financeiras são repartidos entre encargos financeiros e redução da

responsabilidade, por forma a ser obtida uma taxa de juro constante sobre o saldo pendente da

responsabilidade.

Os juros incluídos no valor das rendas e as depreciações dos ativos fixos tangíveis são

reconhecidos como gastos na Demonstração do Rendimento Integral do exercício a que

respeitam.

Nas locações consideradas como operacionais, os pagamentos (rendas) devidos são

reconhecidos como gasto na Demonstração do Rendimento Integral numa base linear durante o

período do contrato de locação.

A Empresa-Mãe mantém responsabilidades de médio e longo prazo em contratos de locação

operacional de viaturas.

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263 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Por seu turno, os bens reconhecidos em regime de locação financeira são equipamentos

administrativos (fotocopiadoras e impressoras) e uma viatura ligeira de passageiros, cujo

contrato terminou em maio de 2013.

Relativamente às divulgações requeridas pela IAS 17-“ Locações”, dada a reduzida expressão

dos contratos de locação financeira e operacional em vigor em 2013 e anos anteriores, não se

procedeu à divulgação completa da informação no que respeita à divulgação dos montantes dos

pagamentos mínimos, ou que lhe possam ser exigidos (todos os pagamentos, incluindo

eventualmente o valor da opção de compra), em virtude da sua imaterialidade e de se considerar

que não proporciona informação adicional relevante, para o conhecimento da posição financeira

e desempenho financeiro da Empresa e para a tomada de decisões dos diversos utilizadores da

informação.

3.1.h. Instrumentos Financeiros - Ativos e Passivos Financeiros

Os ativos e passivos financeiros são reconhecidos na Demonstração da Posição Financeira

quando o Grupo se torna parte das correspondentes disposições contratuais do respetivo

instrumento financeiro.

Os ativos financeiros do Grupo são basicamente os “Clientes”, “Outras Contas a Receber” e

“Caixa e Equivalentes de Caixa”.

Os passivos financeiros do Grupo são fundamentalmente os “Financiamentos Obtidos”,

“Fornecedores” e “Outras Contas a Pagar”.

Se o pagamento for devido dentro de um ano ou menos, são classificadas como “Passivo

Corrente”, caso contrário, são classificadas como “Passivo não Corrente”.

Conforme a IAS 32 -“Instrumentos Financeiros-Apresentação” e IAS 39 -“Instrumentos

Financeiros-Reconhecimento”, salientamos que no ano de 2013, foram reconhecidas perdas por

imparidade para os ativos financeiros (Clientes) tal como aconteceu em 2012. A EDIA

considerou que, para todas as classes de ativos financeiros, não é necessário divulgar o justo

valor pois a quantia escriturada é uma aproximação razoável do justo valor.

Ativos Financeiros que estão vencidos ou com imparidades:

A 31 de dezembro de 2013, os ativos financeiros vencidos, com exceção da dívida da

DGADR, que está devidamente divulgada (Nota 14 - Outras Contas a Receber), não

tinham qualquer materialidade, sendo considerada irrelevante a sua divulgação para a

melhoria da informação financeira; e

Divulgação efetuada na Nota 17 - Imparidade de Ativos.

Clientes e Outras Contas a Receber

No que respeita aos “Clientes”, as dívidas resultam de serviços prestados pela Empresa no

decurso normal da sua atividade, efetuadas de acordo com as condições normais de crédito de

curto prazo, pelo que são mensuradas pelo valor não descontado dos fluxos de caixa a receber,

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264 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

deduzidos das perdas por imparidade, sendo expectável que a sua cobrança ocorra dentro de um

ano ou menos, registam-se em “Ativo Corrente”.

Não se aplica o critério de mensuração do custo amortizado aos saldos de “Clientes”, em virtude

dos prazos de recebimento definidos, na sua maioria, serem cumpridos e não se perspetivarem

atrasos significativos ou diferimentos no recebimento aquando do seu reconhecimento inicial.

Assim, a aplicação do custo amortizado na mensuração dos ativos financeiros em causa não

seria adequada. Mas mesmo não sendo um valor significativo, no ano de 2013, a EDIA

reconheceu perdas por imparidade neste tipo de ativos financeiros (IAS 32-“Instrumentos

Financeiros-Apresentação” e IAS 39 - “Instrumentos Financeiros-Reconhecimento”).

As “Outras Contas a Receber” são registadas pelo seu valor nominal, deduzido de eventuais

perdas de imparidade, pois a EDIA considera que o impacto que o critério do custo amortizado

teria nas suas contas seria nulo.

As perdas de imparidade correspondem à diferença entre a quantia inicialmente registada e o

seu valor recuperável, sendo este o valor presente dos “cash-flows” esperados (descontados à

taxa efetiva sempre que o efeito do valor temporal do dinheiro for significativo), as quais são

reconhecidas na Demonstração do Rendimento Integral do período em que são estimadas.

Para efeitos de determinação das perdas por imparidade, consideram-se créditos de cobrança

duvidosa aqueles que o risco de incobrabilidade esteja devidamente justificado, o que se verifica

nos casos em que os créditos estejam em mora há mais de doze meses desde a data do respetivo

vencimento e existam provas objetivas de terem sido efetuadas diligências para o seu

recebimento.

O saldo da rubrica de “Outras Contas a Receber” (ver Nota 14), reflete essencialmente: (i) a

dívida da DGADR; (ii) Fundos Comunitários; (iii) Devedores por Acréscimos de Rendimentos.

Os Fundos Comunitários são recebidos num curto prazo após a data da Demonstração da

Posição Financeira pelo que são mensuradas pelo valor não descontado dos fluxos de caixa a

receber (não há perdas por imparidade neste caso, pois só são reconhecidos como dívidas a

receber, os subsídios que satisfazem os critérios de reconhecimento estabelecidos na IAS 20-

“Contabilização de subsídios do governo e divulgação de apoios do governo”, ou seja, quando

existe segurança de que a EDIA cumprirá as condições a eles associadas e de que os subsídios

serão recebidos).

Quanto aos “Devedores por Acréscimos de Rendimentos”, os mesmos são regularizados no

curto prazo, sendo reconhecidos pelo valor não descontado dos rendimentos reconhecidos no

exercício.

Assim, a EDIA considera que o impacto que o critério do custo amortizado teria nas suas contas

seria nulo.

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265 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Caixa e Depósitos Bancários

Na Demonstração da Posição Financeira, os montantes incluídos na rubrica de “Caixa e

Depósitos Bancários” correspondem aos valores de caixa e aos depósitos à ordem ou a prazo.

Na Demonstração dos Fluxos de Caixa, a rubrica “Caixa e seus Equivalentes” inclui os valores

em caixa e depósitos à ordem, bem como os investimentos financeiros a curto prazo (incluindo

os depósitos a prazo) que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de

alteração de valor.

Para efeitos de Demonstração de Fluxos de Caixa, a rubrica de “Caixa e seus Equivalentes” é

deduzida dos descobertos bancários, que na Demonstração da Posição Financeira, são incluídos

na rubrica de “Financiamentos Obtidos”.

Financiamentos Obtidos

Os financiamentos obtidos são registados no Passivo pelo custo amortizado, sendo os

correspondentes encargos financeiros calculados de acordo com a taxa de juro efetiva e,

registados em resultados de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

São expressos no Passivo Corrente ou não Corrente, dependendo do seu vencimento ocorrer a

menos ou mais de um ano, respetivamente. O seu desreconhecimento só ocorre quando cessam

as obrigações decorrentes dos contratos, designadamente quando tenha havido lugar a

liquidação, cancelamento ou expiração.

Os encargos financeiros, relacionados com os empréstimos obtidos para financiamento do

investimento em curso, são capitalizados até ao momento em que a infraestrutura esteja

substancialmente concluída.

Contas a Pagar

Os saldos de “Fornecedores”, “Fornecedores de Investimento” e “Outros Credores” (não

incluindo portanto os financiamentos obtidos, que tem uma secção autónoma) respeitam à

generalidade das aquisições de bens e serviços contratadas pela Empresa, no decurso normal da

sua atividade e de acordo com as condições normais do mercado, que correspondem a um

crédito de curto prazo.

Assim, estas contas a pagar são mensuradas pelo seu valor nominal, que corresponde ao valor

não descontado dos fluxos de caixa a pagar.

Acresce referir que as condições normais de mercado correspondem a um crédito de curto prazo

(prazo médio de pagamento 79 dias), pelo que não se justifica proceder ao respetivo desconto.

Pelo enquadramento no âmbito do disposto na IAS 8 - “Politicas Contabilísticas, Alterações nas

Estimativas Contabilísticas e Erros”, a política do custo amortizado não precisa de ser aplicada

uma vez que o efeito da sua aplicação é imaterial.

Se o pagamento for devido dentro de um ano ou menos, são classificadas como “Passivo

Corrente”, caso contrário, são classificadas como “Passivo não Corrente”.

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266 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

3.1.i. Depósitos Cativos

O prazo de resolução dos processos aos quais se encontram afetos os depósitos cativos, pode

abranger vários exercícios, no entanto a Empresa, para o processo cujo montante é

materialmente relevante, estimou a data de ocorrência dos fluxos de caixa associados e

consequente aplicação do custo amortizado.

3.1.j. Inventários

O valor dos inventários inclui todos os gastos de compra, gastos de conversão e outros gastos

incorridos para colocar os inventários no seu local e na sua condição atual, encontrando-se

valorizados ao custo de aquisição.

No âmbito do Contrato de Entrega e respetivo “Contrato de Concessão relativo à Gestão,

Exploração, Manutenção e Conservação das Infraestruturas da Rede Secundária do EFMA”,

assinado em 8 de abril de 2013, pela EDIA e pelo Estado, representado pela DGADR, a EDIA

entregou ao Estado, as infraestruturas relativas à rede secundária de rega, já concluídas. Assim o

investimento realizado, nestas infraestruturas da rede secundária que já estavam

substancialmente concluídas, antes evidenciado na subconta de “Produtos Acabados e

Intermédios”, deduzido dos respetivos subsídios ao investimento, foram transferidos para a

conta da DGADR na rubrica “Outras Contas a Receber”.

Em novembro de 2013, através de um novo Contrato de Entrega entre a EDIA e a DGADR, à

semelhança do efetuado com outras infraestruturas da rede secundária, a EDIA procedeu, em

representação do Estado, à conceção, execução e construção das infraestruturas integrantes da

rede de rega e de drenagem, bem como de todos os bens e equipamentos a ela afetos, do

Aproveitamento Hidroagrícola de Aljustrel, cujo investimento se encontrava registado, em

“Produtos e Trabalhos em Curso” e foi transferido para a conta da DGADR, na rubrica de

“Outras Contas a Receber” (ver Nota 14).

Deste modo, a 31 de dezembro de 2013, o saldo da rubrica de “Inventários” traduz o valor da

subconta de “Produtos e Trabalhos em Curso”, referente aos investimentos afetos aos blocos de

rega ainda em construção.

3.1.k. Reconhecimento de Gastos e Rendimentos

Os gastos e rendimentos são registados no período a que se referem independentemente do seu

pagamento ou recebimento, de acordo com o regime contabilístico da especialização dos

exercícios. As diferenças entre os montantes pagos e recebidos e os respetivos gastos e

rendimentos são registados no Passivo e no Ativo, respetivamente.

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267 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

3.1.l. Provisões

São reconhecidas provisões quando: (i) o Grupo tem uma obrigação presente, legal ou

construtiva, resultante dum acontecimento passado, (ii) seja provável que para a liquidação

dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e (iii) o montante da obrigação possa ser

razoavelmente estimado.

O montante reconhecido das provisões consiste no valor presente da melhor estimativa (na data

de relato) dos recursos necessários para liquidar a obrigação. Tal estimativa é determinada

considerando os riscos e incertezas associados à obrigação.

Na Empresa-Mãe, numa base semestral, as provisões são sujeitas a uma revisão, por parte do

Gabinete Jurídico da Empresa, de acordo com a melhor estimativa das respetivas

responsabilidades futuras, a essa data, tendo em consideração os riscos e incertezas inerentes a

tais estimativas.

As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras da EDIA são

continuamente avaliados e aprovados pelo Conselho de Administração, representando à data de

cada Demonstração da Posição Financeira a melhor estimativa da Empresa, tendo em conta o

desempenho histórico, a experiência acumulada e as expectativas sobre eventos futuros, que nas

circunstâncias em causa, se acreditam serem razoáveis.

São constituídas provisões para processos judiciais em curso e para expropriações litigiosas,

bem como de todos os encargos estimados, responsabilidade da Empresa, quando existe uma

estimativa fiável de custos a incorrer decorrentes de ações interpostas por terceiros, com base na

avaliação da efetivação da probabilidade de pagar, tendo por base o parecer de advogados e

peritos dos Tribunais Arbitrais.

Na sequência do contrato de concessão celebrado com o Estado, em outubro de 2007 e na

sequência da entrada em vigor da IFRIC12 - “Acordos de Concessão de Serviços”, a EDIA

constitui, reforça ou reverte semestralmente a provisão, para fazer face aos encargos estimados

relativos à obrigação contratual de manter/conservar, ao longo do período da concessão, as

infraestruturas afetas às atividades de produção de energia e de distribuição de água, que

revertem para o Estado no final do período da concessão. Esta provisão engloba apenas as

grandes reparações e substituições que se prevê que venham a ser efetuadas ao longo do período

da concessão, não incluindo a manutenção e a conservação correntes desses ativos, as quais são

reconhecidas como gastos nos exercícios em que ocorrem.

Neste sentido, são constituídas provisões para os gastos com a manutenção e conservação dos

ativos, responsabilidade da EDIA relativos à obrigação contratual de manter/conservar as

infraestruturas da rede secundária ao longo do período da concessão.

3.1.m. Subsídios

Os subsídios são reconhecidos quando existe uma garantia razoável de que irão ser efetivamente

recebidos e que o Grupo irá cumprir com as condições exigidas para a sua concessão.

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268 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Os subsídios à exploração, nomeadamente para agricultura, turismo, ambiente e para a formação

de colaboradores, são reconhecidos na Demonstração do Rendimento Integral como

rendimentos durante os períodos necessários para os balancear com os gastos incorridos.

Os subsídios ao investimento, atribuídos pelo Estado Português e pela União Europeia, a fundo

perdido, para financiar projetos apresentados pelo Grupo, são reconhecidos numa rubrica do

Passivo (Diferimentos - Subsídios do Estado) e subsequentemente reconhecidos como “Outros

Rendimentos e Ganhos”, numa base sistemática como rendimentos do período, de forma

consistente e proporcional às depreciações dos ativos subsidiados e respetiva percentagem de

comparticipação.

Na EDIA, os subsídios destinados à construção da rede secundária de rega são reconhecidos em

“Diferimentos”, no Passivo, uma vez que, quando estes ativos forem transferidos para outra

entidade, os subsídios que lhes estão associados serão deduzidos ao investimento evidenciado

na rubrica de “Inventários”, correspondendo o valor líquido ao montante que a Empresa-Mãe

pretende receber, por ter executado estes investimentos com fundos próprios, por conta do

Estado.

Os subsídios associados à atividade de distribuição de água, na EDIA, cujos ativos se tem vindo

a concluir que estão em imparidade total, têm vindo a ser desreconhecidos no âmbito do registo

das perdas de imparidade dos respetivos ativos, isto é, estas perdas são reconhecidas na

Demonstração do Rendimento Integral pelo valor líquido dos respetivos subsídios.

3.1.n. Rédito

O rédito é o influxo bruto de benefícios económicos durante o período proveniente do curso das

atividades ordinárias do Grupo EDIA quando esses influxos resultam em aumentos de capital

próprio, que não sejam aumentos relacionados com contribuições de participantes no capital

próprio.

Venda de Bens e Prestação de Serviços

O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber.

O reconhecimento de um rédito relativo a vendas e prestação de serviços exige que: (i) o

montante possa ser fiavelmente mensurado, (ii) seja provável que os benefícios económicos

futuros associados com a transação fluam para o Grupo EDIA.

O rédito decorrente da atividade ordinária da Empresa é mensurado pelo justo valor da

contraprestação recebida ou a receber, entendendo-se como tal o que é livremente fixado entre

as partes contratantes numa base de independência, sendo que, relativamente à venda de bens e

prestação de serviços, o justo valor reflete eventuais descontos concedidos e não inclui o

Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA).

Na atividade de “distribuição de água” a Empresa-Mãe apenas reconhece o rédito que resulta da

aplicação das tarifas aprovadas pelo Estado.

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269 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

A 26 de maio de 2010 foi publicado o Despacho N.º 9000/2010, com efeitos a partir de 01 de

junho, que aprovou o tarifário que estabelece o preço da água destinado à rega para uso agrícola

fornecida pela EDIA no âmbito do serviço público de água do EFMA, que refere que:

À saída da rede primária, para fornecimento de água às entidades que tenham a seu

cargo a gestão, exploração, manutenção e conservação das infraestruturas integradas na

rede secundária adstrita a cada perímetro: € 0,042/m3;

À saída da rede secundária, para fornecimento de água em alta pressão às explorações

agrícolas: € 0,089/m3;

À saída da rede secundária, para fornecimento de água em baixa pressão às explorações

agrícolas: € 0,053/m3; e

Fornecimento de água captada diretamente no sistema primário: € 0,053/m3.

O valor do tarifário pelo fornecimento de água para uso agrícola no primeiro ano é reduzido a

30% dos valores indicados, aumentando anual, automática, progressiva e linearmente a partir do

ano subsequente, até perfazer os 100% no oitavo ano.

O rédito é reconhecido com base nos valores do preço da água e nos consumos, ou seja, o rédito

regista-se pelo resultado da multiplicação dos valores do preço da água aprovado pelos

consumos verificados no período.

O rédito do serviço disponibilizado pela EDIA relacionado com a distribuição de água é

calculado de acordo com os preços da água definidos pelo Estado, que por sua vez, na sua

definição, consideram um conjunto de pressupostos que extravasam o interesse económico dos

investimentos realizados.

O preço da água destinado à rega para uso agrícola foi atualizado nas taxas de variação média

anual do índice de preços ao consumidor exceto habitação para Portugal, em 2012, de 2,75%.

Em 2013, face a esta atualização, os valores aplicados para a componente de conservação são de

€ 53,50/ha/ano para a adução em alta pressão e de € 16,05/ha/ano para a adução em baixa

pressão. No que respeita à componente de exploração os valores aplicados para alta e baixa

pressão são de 0,0735€/m3 e 0,0475€/m3, respetivamente.

Juros

O rédito de juros é reconhecido utilizando o método do juro efetivo, desde que seja provável

que benefícios económicos fluam para a Empresa e o seu montante possa ser mensurado com

fiabilidade.

Estes juros são registados no período a que respeitam, de acordo com o regime do acréscimo.

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270 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

3.1.o. Imposto Sobre o Rendimento

As empresas do Grupo estão sedeadas em Portugal e encontram-se sujeitas a imposto sobre os

lucros em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) à taxa normal de

25%, sendo a derrama fixada a uma taxa máxima de 1,5% do lucro tributável.

O imposto sobre o rendimento corresponde à soma dos impostos correntes com os impostos

diferidos.

O imposto corrente é a quantia a pagar ou a recuperar de impostos sobre o rendimento

respeitante ao lucro ou à perda tributável de um período, ajustado de acordo com a legislação e

as regras fiscais. O lucro tributável difere do resultado contabilístico, uma vez que exclui

diversos gastos e rendimentos que apenas serão dedutíveis ou tributáveis noutros exercícios. O

lucro tributável exclui ainda gastos e rendimentos que nunca serão dedutíveis ou tributáveis.

Os impostos diferidos são calculados, de acordo com o método do passivo com base na

Demonstração da Posição Financeira, sobre as diferenças temporárias entre os valores

contabilísticos dos ativos e passivos e a sua base fiscal, utilizando as taxas de imposto

aprovadas ou substancialmente aprovadas à data da Demonstração da Posição Financeira em

Portugal e que se espera que venham a ser aplicadas quando as diferenças temporárias se

reverterem.

Diferenças temporárias são diferenças entre os montantes registados dos ativos e passivos para

efeitos de relato contabilístico e os respetivos montantes para efeitos de tributação.

Ativos por Impostos Diferidos

Ativos por impostos diferidos são as quantias de impostos sobre o rendimento recuperáveis em

períodos futuros respeitantes a:

Diferenças temporárias dedutíveis;

O reporte de perdas fiscais não utilizadas; e

O reporte de créditos tributáveis não utilizados.

Um ativo por impostos diferidos é reconhecido para todas as diferenças temporárias dedutíveis

até ao ponto em que seja provável que exista um lucro tributável ao qual a diferença temporária

dedutível possa ser usada, a não ser que o ativo por impostos diferidos resulte do

reconhecimento inicial de um ativo ou passivo numa transação que:

Não seja uma concentração de atividades empresariais; e

No momento da transação, não afete o lucro contabilístico nem o lucro tributável.

Passivos por Impostos Diferidos

São geralmente reconhecidos passivos por impostos diferidos para todas as diferenças

temporárias tributáveis, exceto quando esse imposto diferido resultar de:

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271 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Reconhecimento inicial do goodwill; ou

Reconhecimento inicial de um ativo ou passivo numa transação que não seja uma

concentração de atividades empresariais e não afete, no momento dessa transação, nem

o lucro contabilístico nem o lucro tributável.

Os ativos e passivos por impostos correntes dos períodos correntes e anteriores são mensurados

pela quantia que se espera que seja recuperada ou paga às autoridades fiscais, usando as taxas

fiscais que tenham sido decretadas ou substantivamente decretadas à data da Demonstração da

Posição Financeira.

Os ativos e passivos por impostos diferidos são mensurados pelas taxas fiscais que se espera que

se apliquem no período em que seja realizado o ativo ou em que seja liquidado o passivo, tendo

como base as taxas fiscais que tenham sido decretadas ou substantivamente decretadas à data da

Demonstração da Posição Financeira.

Os impostos correntes e diferidos são reconhecidos como um rendimento ou como um gasto e

incluídos no resultado líquido do período, exceto quando o imposto provenha de uma transação

ou acontecimento que seja reconhecido, no mesmo ou num diferente período, diretamente no

capital próprio, caso em que o respetivo imposto é diretamente debitado ou creditado ao capital

próprio.

Os ativos por impostos correntes são compensados com passivos por impostos correntes apenas

quando:

O Grupo tiver um direito legalmente executável para compensar as quantias

reconhecidas; e

Pretenda liquidar numa base líquida, ou realizar o ativo e liquidar simultaneamente o

passivo.

Os ativos por impostos diferidos e os passivos por impostos diferidos são compensados apenas

quando:

O Grupo tiver um direito legalmente executável de compensar ativos por impostos correntes

contra passivos por impostos correntes; e

Os ativos por impostos diferidos e os passivos por impostos diferidos se relacionarem

com impostos sobre o rendimento lançados pela mesma autoridade fiscal sobre:

A mesma entidade tributável; ou

Diferentes entidades tributáveis que pretendam ou liquidar passivos e ativos por

impostos correntes numa base líquida, ou realizar os ativos e liquidar os passivos

simultaneamente, em cada período futuro em que as quantias significativas de

passivos ou ativos por impostos diferidos se esperem que sejam liquidadas ou

recuperadas.

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272 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

3.1.p. Resultado por Ação

Os resultados por ação básicos, são calculados dividindo o lucro atribuível aos detentores de

capital próprio ordinário da Entidade-Mãe do Grupo pelo número médio ponderado de ações

ordinárias em circulação durante o período.

O resultado por ação diluído, em que o número médio de ações ordinárias emitidas é ajustado

para assumir a conversão de todas as potenciais ações ordinárias tratadas como diluidoras, é

idêntico ao resultado por ação básico uma vez que a Empresa-Mãe não possui ações diluidoras.

3.1.q. Operações Descontinuadas

Sempre que operações e fluxos de caixa que sejam claramente individualizáveis dentro do

Grupo sejam alienadas ou sejam classificadas como ativos disponíveis para venda ou grupos

para alienação são consideradas “Operações Descontinuadas” desde que:

Representem uma linha de negócio relevante ou uma área geográfica separada;

Façam parte de um plano global para a alienação de uma linha de negócio relevante ou

uma área geográfica separada; ou

Sejam uma subsidiária adquirida exclusivamente com vista à revenda. O impacto na

Demonstração do Rendimento Integral consolidados dos ativos e passivos classificados

como “Operações Descontinuadas” são apresentados numa única linha, pelo seu

montante líquido de impostos.

3.1.r. Ativos e Passivos Contingentes

Os ativos e passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, mas

divulgados nas notas anexas. Nos casos em que a possibilidade de um exfluxo de recursos que

incorporem benefícios económicos for remota ou se for pouco provável que ocorra o influxo de

benefícios económicos, os respetivos passivos contingentes ou ativos contingentes não são

divulgados.

3.1.s. Acontecimentos Subsequentes

Os acontecimentos subsequentes são aqueles que ocorrem entre a data das demonstrações

financeiras e a data de autorização da sua emissão.

Os acontecimentos ocorridos após a data da Demonstração da Posição Financeira, mas antes da

data de aprovação das demonstrações financeiras pelos órgãos de gestão das empresas do Grupo

e desde que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data da

Demonstração da Posição Financeira, dão lugar a ajustamentos, sendo refletidos nas

demonstrações financeiras do período.

Os eventos ocorridos após a data da Demonstração da Posição Financeira que sejam indicativos

de condições que surgiram após a data do Demonstração da Posição Financeira (acontecimentos

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273 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

que não dão lugar a ajustamentos), são divulgados no anexo às demonstrações financeiras, se

forem considerados materialmente relevantes.

3.1.t. Estimativas e Julgamentos

Na preparação das demonstrações financeiras foram utilizados julgamentos e estimativas que

afetam as quantias reportadas de ativos e passivos, assim como as quantias reportadas de

rendimentos e gastos durante o período de reporte.

As estimativas e pressupostos são determinadas com base no melhor conhecimento existente à

data de preparação das demonstrações financeiras e na experiência de eventos passados e/ou

correntes considerando determinados pressupostos relativos a eventos futuros. No entanto,

poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de

aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas.

As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras

serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os

resultados reais das situações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas.

As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras são continuamente

avaliados, representando à data de cada relato a melhor estimativa da Administração da

Empresa-Mãe, tendo em conta o desempenho histórico, a experiência acumulada e as

expectativas sobre eventos futuros.

Nas demonstrações financeiras consolidadas, a 31 de dezembro de 2013, as estimativas

refletidas mais significativas, incluem os estudos de imparidade realizados aos ativos

intangíveis e investimentos em curso e o registo de provisões.

3.2. Políticas de Gestão do Risco Financeiro

O Conselho de Administração da Empresa-Mãe providencia os princípios gerais para a gestão

de riscos bem como os limites de exposição aos mesmos.

As atividades da Empresa acarretam exposição a riscos financeiros, nomeadamente:

Risco de Mercado - fundamentalmente o das taxas de juro e o das taxas de câmbio, os

quais estão associados, respetivamente, ao risco do impacto da variação das taxas de

juro de mercado nos ativos e passivos financeiros e nos resultados e ao risco de

flutuação do justo valor dos ativos e passivos financeiros em resultado de alterações nas

taxas de câmbio;

Risco de Crédito - risco dos seus devedores não cumprirem com as suas obrigações

financeiras; e

Risco de Liquidez - risco de que se venham a encontrar dificuldades para satisfazer

obrigações associadas a passivos financeiros.

As atividades da EDIA estão expostas fundamentalmente ao risco da taxa de juro que advém

essencialmente da contratação de empréstimos de longo prazo com taxas de juro variáveis

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274 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

(sendo os indexantes mais utilizados a Euribor a 3 meses e a 6 meses), não sendo utilizados

quaisquer instrumentos financeiros derivados na gestão desses riscos.

Esta situação prende-se com a necessidade da Empresa financiar as atividades de investimento

do EFMA com o recurso a capitais alheios, através da contratação de empréstimos bancários. A

obtenção de recursos financeiros por esta via (empréstimos obrigacionistas, contas correntes

caucionadas e outros) resulta de uma política financeira definida pelo único acionista, assente na

contratação de empréstimos com garantia do Estado, e da não disponibilização de dotações de

capitais suficientes para acompanhar o ritmo dos investimentos do EFMA.

Por outro lado, a Empresa não tem gerado os meios necessários, não só para fazer face ao

volume de investimentos que vem realizando, como também não dispõe de liquidez suficiente

para satisfazer os encargos financeiros decorrentes da política de financiamento adotada.

Na Nota 19-Financiamentos Obtidos, encontra-se apresentado o detalhe da dívida bancária

remunerada com a indicação da entidade financiadora e respetivo indexante.

Considera-se que, em virtude de não existirem instrumentos financeiros em moeda estrangeira e

das dívidas de clientes serem reduzidas e recentes, não existem, até à presente data, riscos de

outra natureza considerados relevantes que mereçam uma divulgação mais detalhada com vista

a melhorar a informação e respetiva compreensão dos utilizadores sobre os riscos a que a

Empresa se encontra exposta.

4. Fluxos de Caixa

Para efeitos da Demonstração dos Fluxos de Caixa, a “Caixa e seus Equivalentes” engloba o

dinheiro em caixa e em depósitos à ordem e também os investimentos financeiros a curto prazo,

altamente líquidos, que sejam prontamente convertidos para quantias conhecidas de dinheiro e

que estejam sujeitas a um risco insignificante de alterações de valor.

A Demonstração dos Fluxos de Caixa é preparada segundo o método direto, através da qual são

divulgados os recebimentos e pagamentos de caixa em atividades operacionais, de investimento

e de financiamento.

Todos os saldos significativos de caixa e seus equivalentes estão disponíveis para uso não

apresentando qualquer restrição à data da Demonstração da Posição Financeira.

As atividades operacionais englobam os recebimentos de clientes, pagamentos a fornecedores,

pagamentos ao pessoal e outros relacionados com a atividade operacional.

As atividades de investimento incluem, nomeadamente os pagamentos e recebimentos

decorrentes da compra e da venda de ativos e recebimentos de juros.

As atividades de financiamento incluem os pagamentos e recebimentos referentes a

empréstimos obtidos, contratos de locação financeira e juros pagos.

Em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, a rubrica de “Caixa e Depósitos

Bancários” que inclui numerário, depósitos bancários imediatamente mobilizáveis e outros

equivalentes, detalha-se como segue:

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275 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Todas as contas de depósitos à ordem foram reconciliadas, com referência a 31 de dezembro de

2013 e 31 de dezembro de 2012.

5. Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Erros

As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor

conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e

transações em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes.

Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data

de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As

alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras

serão corrigidas de forma prospetiva.

Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transações em

questão poderão diferir das correspondentes estimativas.

Em 2013, houve alterações de políticas contabilísticas face às consideradas na preparação da

informação financeira relativa ao período homólogo, apresentada para efeitos comparativos.

Atendendo que se trata de alterações com alguma relevância na Demonstração da Posição

Financeira, a EDIA efetuou as seguintes reexpressões dos valores comparativos de 2012,

também no sentido de permitir a comparabilidade entre rubricas:

Euros

Depósitos a Prazo 22.000.000 28.240.000

Depósitos à Ordem 26.710.787 31.180.637

Numerário 15.593 39.620

48.726.380 59.460.257

Caixa e Depósitos Bancários 31-Dez-1231-Dez-13

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276 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

(i) Valor registado na conta de “Outras Contas a Receber” no Ativo Corrente que foi

reclassificado para uma conta de “Depósitos Cativos” no Ativo não Corrente, uma vez que só é

expectável que os processos associados fiquem solucionados a médio e longo prazo. Espera-se

que os montantes dos depósitos cativos só sejam realizados num período superior a doze meses

após a data do Demonstração da Posição Financeira para liquidar um passivo, tendo em conta a

habitual morosidade do desenvolvimento dos processos judiciais em curso.

(ii) Foram transferidos da conta de “Diferimentos” no Passivo não Corrente para “Outras

Contas a Pagar” no Passivo Corrente, os fundos já recebidos, a título de adiantamentos, afetos à

rede secundária, em que a despesa ainda não está realizada, prevendo-se a sua concretização até

final do ano de 2014, dado que existe uma probabilidade efetiva de serem reembolsados.

Euros

ATIVO

Ativo Não Corrente

Ativos Fixos Tangíveis 6 16.618.164 16.618.164

Ativos Intangíveis 7 e 17 364.023.276 364.023.276

Participações Financeiras 8 276.001 276.001

Depósitos Cativos 10 8.533.529 8.533.529 (i)

380.917.441 8.533.529 389.450.970

Ativo Corrente

Inventários 11 423.838.551 423.838.551

Clientes 12 1.745.517 1.745.517

Adiantamentos a Fornecedores 1.058.345 1.058.345

Estado e Outros Entes Públicos 13 591.471 591.471

Outras Contas a Receber 14 85.337.531 -8.533.529 76.804.002 (i)

Diferimentos 15 500.100 500.100

Caixa e Depósitos Bancários 4 59.460.257 59.460.257

572.531.772 -8.533.529 563.998.243

Total do Ativo 953.449.213 953.449.213

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

Capital Próprio

Capital Realizado 16 387.267.750 387.267.750

Outras Reservas 16 9.202.700 9.202.700

Resultados Transitados 16 e 17 -866.619.849 -866.619.849

Resultado Líquido do Exercício Atribuível aos Acionistas da Empresa - Mãe 7.703.003 7.703.003

Total do Capital Próprio do Grupo -462.446.396 -462.446.396

Interesses Minoritários 29 16.763 16.763

Total do Capital Próprio -462.429.633 -462.429.633

Passivo Não Corrente

Provisões 18 11.915.833 11.915.833

Financiamentos Obtidos 19 543.919.376 543.919.376

Outras Contas a Pagar 20 15.517.311 15.517.311 (iii)

Diferimentos - Subsídios do Estado 15 503.733.883 -27.850.030 475.883.853 (ii)+(iii)

Outros Diferimentos 15 171.736.064 171.736.064

1.231.305.156 -12.332.719 1.218.972.437

Passivo Corrente

Fornecedores 20 7.288.553 7.288.553

Adiantamento de Clientes 8.290 8.290

Estado e Outros Entes Públicos 13 245.339 245.339

Financiamentos Obtidos 19 147.980.818 147.980.818

Outras Contas a Pagar 20 13.025.201 12.332.719 25.357.920 (ii)

Diferimentos - Subsídios do Estado 15 1.816.051 1.816.051

Outros Diferimentos 15 14.209.439 14.209.439

184.573.690 12.332.719 196.906.409

Total do Passivo 1.415.878.846 1.415.878.846

Total do Capital Próprio e do Passivo 953.449.213 953.449.213

31/12/2012

(Aprovado)

Impacto da

reexpressão

31/12/2012

(Reexpresso)Demonstração da Posição Financeira Notas

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277 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

(iii) Foram transferidos da conta de “Diferimentos” no Passivo não Corrente para “Outras

Contas a Pagar” no Passivo não Corrente, os adiantamentos recebidos de financiamentos

comunitários no âmbito do PRODER, em que só é expectável a sua utilização por dedução da

despesa a realizar, a mais de doze meses. Estas candidaturas foram aprovadas no final de 2012,

e o seu encerramento está previsto para o final de 2015.

6. Ativos Fixos Tangíveis

Durante os períodos findos em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, os

movimentos ocorridos na rubrica de “Ativos Fixos Tangíveis”, bem como nas respetivas

depreciações e nas perdas de imparidade acumuladas foram os seguintes:

6.1. Terrenos e Recursos Naturais, Edifícios e Outras Construções e Equipamento Básico

Os principais investimentos que se encontram registados como ativos fixos tangíveis na

Empresa- Mãe são os terrenos sobrantes de expropriações, o edifício da sede da Empresa-Mãe,

o Museu da Luz, o Parque de Natureza de Noudar e o Centro de Cartografia, os quais não se

encontram afetos à concessão, pelo que não revertem para o Estado no final do período de

concessão do contrato.

Euros

Terrenos e

Recursos

Naturais

Edifícios e

Outras

Construções

Equipamento

Básico

Equipamento

de Transporte

Equipamento

Administrativo

Outros

Ativos Fixos

Tangíveis

Ativos Fixos

Tangíveis

em Curso

Adiantamentos

por conta de

Investimentos

Total

Ativo Bruto

Saldo Inicial 4.759.366 11.840.483 2.278.149 809.865 2.351.855 512.558 573.960 (23.409) 23.102.826

Adições 3.980 1.899 3.158 6.036 2.132.106 2.147.179

Outras Transferências/Abates 70.858 (107.778) (52.702) 3.713 -2.094.663 -2.180.572

Saldo Final 4.759.366 11.915.321 2.172.270 757.163 2.358.726 518.594 573.960 14.034 23.069.433

Depreciações Acumuladas

Saldo Inicial 5 2.165.074 1.071.273 774.624 2.160.676 287.307 6.458.958

Adições 2 271.254 177.533 13.042 54.271 39.806 555.908

Alienações/Abates/Transferências (82.074) (52.702) (134.776)

Saldo Final 7 2.436.328 1.166.732 734.964 2.214.947 327.113 6.880.090

Perdas de Imparidade Acumuladas

Saldo Inicial 25.704 25.704

Perdas Imparidade Reconhecidas 12.668 238.609 1.591 473 19.128 272.469

Perdas Imparidade Revertidas (25.704) -25.704

Saldo Final 12.668 238.609 1.591 473 19.128 272.469

Valor Líquido 4.759.360 9.466.325 766.930 20.608 143.306 172.353 573.960 14.034 15.916.874

Ativos Fixos Tangíveis

31-Dez-13

Euros

Terrenos e

Recursos

Naturais

Edifícios e

Outras

Construções

Equipamento

Básico

Equipamento

de Transporte

Equipamento

Administrativo

Outros

Activos

Fixos

Activos Fixos

Tangíveis

em Curso

Adiantamentos

por Conta de

Investimentos

Total

Activo Bruto

Saldo Inicial 4.759.366 11.670.652 2.290.919 890.051 2.450.656 451.972 496.183 55.200 23.064.999

Adições 186 25.555 28.481 63.395 660.828 100.331 878.776

Alienações (87.852) (102.379) -52.738 -2.810 -245.778

Outras Transferências/Abates 169.831 74.896 -3.362 -74.543 -583.052 -178.940 -595.171

Saldo Final 4759366,33 11.840.483 2.278.149 809.865 2.351.855 512.558 573.960 (23.409) 23.102.826

Depreciações Acumuladas

Saldo Inicial 3 2.056.308 971.264 849.423 2.160.237 238.099 6.275.334

Variação do perímetro de consolidação

Adições 2 278.946 183.021 30.942 121.215 52.017 666.142

Alienações/Abates/Transferências -170.180 -83.012 -102.379 -46.443 -2.810 -404.824

Outras Transferências/ abates -3.362 -74.332 -77.694

Saldo Final 5 2.165.074 1.071.273 774.624 2.160.676 287.307 6.458.958

Perdas de Imparidade Acumuladas

Saldo Inicial 0

Perdas Imparidade Reconhecidas 25.704 25.704

Saldo Final 25.704 25.704

Valor Líquido 4.759.362 9.675.409 1.181.173 35.241 191.179 225.251 573.960 -23.409 16.618.164

Activos Fixos Tangíveis

31-Dez-12

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278 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

À semelhança de anos anteriores, foi efetuada a transferência desses investimentos, de em curso

para a devida rubrica de “Ativos Fixos Tangíveis” e iniciado o processo de depreciação, bem

como o reconhecimento como rendimentos (na mesma proporção em que são depreciados) dos

subsídios que lhes estão associados.

7. Ativos Intangíveis

Nesta nota são apresentadas as divulgações exigidas pela IAS 38 -“Ativos Intangíveis”, não

contemplando as divulgações de ativos intangíveis que se encontrem no âmbito de outras

normas, como por exemplo, os ativos por impostos diferidos.

O saldo desta rubrica reflete na sua globalidade os ativos intangíveis registados na Empresa-

Mãe.

Os movimentos ocorridos nas principais classes de “Ativos Intangíveis”, registados ao custo de

aquisição deduzido das respetivas amortizações e perdas de imparidade acumuladas, tiveram a

seguinte evolução em 2013 e 2012:

7.1. Terrenos e Recursos Naturais, Edifícios e Outras Construções e Equipamento Básico

Em resultado da entrada em funcionamento pleno da barragem e da central hidroelétrica de

Alqueva em Dezembro de 2005, e da barragem e central hidroelétrica de Pedrógão no início de

2006, foi iniciado nessas datas o respetivo processo de depreciação (incluindo a parte das

Euros

Terrenos e

Recursos

Naturais

Edifícios e

Outras

Construções

Equipamento

Básico

Projectos de

Desenvolvimento

Programas de

Computador

Outros

Direitos

Ativos Intangíveis

em Curso

Adiantamentos

por conta de

Investimentos

Total

Ativo Bruto

Saldo Inicial 217.160.922 1.036.789.271 136.928.293 230.058 2.748.653 195.007.459 156.741.659 368.543 1.745.974.860

Adições 2.460 31.030.923 3.735.748 34.769.131

Outras Transferências/Abates 9.344.764 38.707.080 (66.984) (47.984.860) (3.749.270) (3.749.270)

Saldo Final 226.505.686 1.075.496.351 136.863.769 230.058 2.748.653 195.007.459 139.787.723 355.021 1.776.994.720

Depreciações Acumuladas

Saldo Inicial 5.805.441 20.192.982 9.648.130 212.777 2.739.050 7.459 38.605.840

Adições 851.120 3.080.545 1.281.414 8.500 5.221.579

Outras Transferências/Abates

Saldo Final 6.656.561 23.273.527 10.929.544 212.777 2.747.550 7.459 43.827.419

Perdas de Imparidade Acumuladas

Saldo Inicial 152.011.341 801.399.366 37.824.834 195.000.000 156.741.659 368.543 1.343.345.743

Perdas Imparidade Reconhecidas 9.268.223 38.445.420 2.805 47.716.448

Perdas Imparidade Revertidas -16.953.936 -13.522 -16.967.458

Saldo Final 161.279.564 839.844.786 37.827.639 195.000.000 139.787.723 355.021 1.374.094.732

Saldo Final 58.569.561 212.378.038 88.106.586 17.281 1.103 359.072.570

Ativos Intangíveis

31-Dez-13

Euros

Terrenos e

Recursos

Naturais

Edifícios e

Outras

Construções

Equipamento

Básico

Projectos de

Desenvolvimento

Programas de

Computador

Outros

Direitos

Activos

Intangíveis em

Curso

Adiantamentos

por conta de

Investimentos

Total

Activo Bruto

Saldo Inicial 217.005.848 1.005.200.922 136.929.571 230.058 2.748.653 195.007.459 145.436.455 371.745 1.702.930.712

Adições 41.336.453 1.708.195 43.044.648

Outras Transferências/Abates 155.074 31.588.350 (1.278) (30.031.249) (1.711.396) (499)

Saldo Final 217.160.922 1.036.789.271 136.928.293 230.058 2.748.653 195.007.459 156.741.659 368.543 1.745.974.860

Amortizações Acumuladas

Saldo Inicial 4.955.438 17.110.168 8.365.743 195.497 2.493.598 7.459 33.127.902

Adições 850.003 3.082.814 1.282.387 17.281 245.452 5.477.937

Saldo Final 5.805.441 20.192.982 9.648.130 212.777 2.739.050 7.459 38.605.840

Perdas de Imparidade Acumuladas

Saldo Inicial 151.885.390 769.913.228 37.825.663 195.000.000 145.436.455 272.244 1.300.332.981

Perdas Imparidade Reconhecidas 125.950 31.486.138 11.305.204 96.299 43.013.592

Perdas Imparidade Revertidas (829) (829)

Saldo Final 152.011.341 801.399.366 37.824.834 195.000.000 156.741.659 368.543 1.343.345.743

Saldo Final 59.344.140 215.196.923 89.455.329 17.281 9.603 - - - 364.023.276

Activos Intangíveis

31-Dez-12

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279 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

barragens afeta à produção de energia, que se estima em 35,1% do investimento total das

barragens), bem como o reconhecimento como rendimentos (na mesma proporção em que são

amortizados) dos subsídios que lhes estão associados.

A partir de 1 de novembro de 2007 (com a entrada em vigor do contrato de concessão), essas

infraestruturas, tal como os restantes bens afetos à concessão, passaram a ser amortizadas pelo

método das quotas constantes ao longo do período de 75 anos da concessão, que termina em

outubro de 2082.

Nos exercícios de 2009 a 2013 ficaram substancialmente concluídas e entraram em exploração

vários perímetros de rega, podendo as percentagens de afetação das infraestruturas primárias a

cada um dos perímetros de rega em exploração, ser resumida da seguinte forma:

Data de Entrada em exploração /áreas/ Infraestruturas da

rede primária

Área

Beneficiada

(hectares)

Perímetro

Monte Novo

Perímetro

Alvito-Pisão

Perímetro

do Pisão

Blocos de

Ferreira,

Figueirinha

e Valbom

(Perímetro

Pisão-Roxo)

Perímetro

de Alfundão

Infra-

estrutura 12

Perímetro

Loureiro-

Alvito

Bloco de

Ervidel 1

(Perímetro

Pisão-Roxo)

Bloco de

Ervidel 2 e 3

(Perímetro

Pisão-Roxo)

Bloco de

Aljustrel

(Perímetro

Roxo Sado)

Perímetro

Pisão Beja

2.ºBlocos

Roxo Sado

Perímetro

de Vale de

Gaio

Área Beneficiada (hectares) - 7.714 10.058 2.588 5.118 4.216 5.980 470 2.914 3.508 1.300 10.585 1.949 3.290 59.690

Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%) 110.203 7,00% 9,13% 2,35% 4,64% 3,83% 5,43% 0,43% 2,64% 3,18% 1,18% 9,61% 1,77% 2,99% 54,16%

Estação Elevatória dos Álamos 59.690 12,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% 0,79% 4,88% 5,88% 2,18% 17,73% 3,27% 5,51% 100,00%

Barragens dos Álamos 59.690 12,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% 0,79% 4,88% 5,88% 2,18% 17,73% 3,27% 5,51% 100,00%

Ligação Álamos - Loureiro 59.690 12,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% 0,79% 4,88% 5,88% 2,18% 17,73% 3,27% 5,51% 100,00%

Barragem do Loureiro 59.690 12,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% 0,79% 4,88% 5,88% 2,18% 17,73% 3,27% 5,51% 100,00%

Ligação Loureiro - Monte Novo 7.714 100,00% - - - - - - - - - - - - 100,00%

Túnel Loureiro-Alvito 51.976 - 19,35% 4,98% 9,85% 8,11% 11,51% 0,90% 5,61% 6,75% 2,50% 20,37% 3,75% 6,33% 100,00%

Tomada de Água do Alvito 51.976 - 19,35% 4,98% 9,85% 8,11% 11,51% 0,90% 5,61% 6,75% 2,50% 20,37% 3,75% 6,33% 100,00%

Segregação de Água do Alvito 51.976 - 19,35% 4,98% 9,85% 8,11% 11,51% 0,90% 5,61% 6,75% 2,50% 20,37% 3,75% 6,33% 100,00%

Ligação Alvito-Pisão 42.236 - 23,81% 6,13% 12,12% 9,98% - - 6,90% 8,31% 3,08% 25,06% 4,61% - 100,00%

Derivação a Odivelas 9.270 - - - - - 64,51% - - - - - - 35,49% 100,00%

Ligação Pisão-Beja 10.585 - - - - - - - - - - 100,00% - - 100,00%

Ligação Pisão-Roxo 14.789 - - - 34,61% - - - 19,70% 23,72% 8,79% - 13,18% - 100,00%

Ligação Roxo Sado 1.949 - - - - - - - - - - 100,00% - 100,00%

Barragem do Pisão 6.804 - - 38,04% - 61,96% - - - - - - - 100,00%

Perímetros em exploração Outros Perímetros

TOTAL

Subsistema Alqueva

Su

bsis

tem

a A

lqu

ev

a

Data de Entrada em exploração /áreas/Infraestruturas da

rede primária

Área

Beneficiada

(hectares)

Perímetro

Orada

Amoreira

Perímetro

de Brinches

Perímetro

de Brinches-

Enxoé

Perímetro

de Serpa

Perímetro

Caliços

Machados

Perimetro

Caliços

Moura

Perímetro

de Pias

Perímetro

de Brenhas

Subsistema Ardila

Área Beneficiada (hectares) - 2.522 5.463 4.698 4.400 5.000 2.136 4.614 745 29.578

Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%) 110.203 2,29% 4,96% 4,26% 3,99% 4,54% 1,94% 4,19% 0,68% 26,84%

Estação Elevatória de Pedrógão e Adutor de Pedrógão 29.578 8,53% 18,47% 15,88% 14,88% 16,90% 7,22% 15,60% 2,52% 100,00%

Barragem da Amoreira e Brinches 29.578 8,53% 18,47% 15,88% 14,88% 16,90% 7,22% 15,60% 2,52% 100,00%

CH Amoreira-Caliços 12.495 - - - - 40,02% 17,09% 36,93% 5,96% 100,00%

CH Caliços-Pias 4.614 - - - - - - 100,00% - 100,00%

CH Caliços-Machados 5.000 - - - - 100,00% - - - 100,00%

Estação Elevatória de Brinches 14.561 - 37,52% 32,26% 30,22% - - - - 100,00%

Adutor Brinches Enxoé 14.561 - 37,52% 32,26% 30,22% - - - - 100,00%

Barragem de Serpa 4.400 - - - 100,00% - - - - 100,00%

Est.Elev.Torre Lóbio, Adutor Serpa e Res. Serpa Norte 4.400 - - - 100,00% - - - - 100,00%

Perímetros em exploração Outros Perímetros

TOTAL

Su

bsi

stem

a A

rdil

a

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280 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

As infraestruturas relativas às utilizações do domínio público hídrico afetas ao EFMA, objeto do

respetivo contrato de concessão, celebrado entre a EDIA e o Estado, e que fazem parte do

sistema primário (barragens, centrais hidroelétricas e rede primária) do Empreendimento,

enquanto durar a concessão, são propriedade da concessionária.

No termo da concessão, os bens referidos anteriormente revertem, sem qualquer indemnização,

para o Estado, livres de quaisquer ónus ou encargos e em perfeitas condições de

operacionalidade, utilização e manutenção.

Uma vez que estas infraestruturas se encontram afetas ao segmento “água” e como tal, já foram

objeto de ajustamento por perdas por imparidade, sendo o seu valor líquido contabilístico nulo

(ver Nota 7.3), não se efetua qualquer amortização destes investimentos.

Assim, o cálculo do valor das amortizações que seriam refletidas nas demonstrações financeiras

se não tivessem reconhecidas anteriormente as perdas por imparidade, serve apenas para

determinar qual a parte das perdas por imparidade que é aceite como gasto fiscal de cada

período, nos termos do artigo 35.º do Código do IRC.

7.2. Outros Direitos

O montante da rubrica “Outros Direitos” corresponde, essencialmente, à compensação

financeira inicial paga pela EDIA ao Estado, no montante de € 195.000.000, resultante do

“Contrato de Concessão da Utilização do Domínio Público Hídrico afeto ao EFMA”, de 17 de

outubro de 2007, celebrado entre a EDIA e o Estado, com a duração de 75 anos. Este Contrato

concretiza os termos e condições a que obedecerá a relação concedente - concessionária,

precisando o conteúdo da missão associada à exploração do Empreendimento e definindo as

regras para o exercício dos referidos direitos de utilização privativa do domínio púbico hídrico.

Estando esta verba diretamente relacionada com a atividade de distribuição de água (e não com

a atividade de produção de energia subconcessionada à EDP), que se encontra em imparidade

total, os referidos € 195.000.000 encontram-se cobertos por perdas por imparidades acumuladas

de igual montante (ver Nota 7.3. adiante).

Perímetros

em

exploração

Data de Entrada em exploração /áreas/Infraestruturas da rede primária

Área

Beneficiada

(hectares)

Perímetro

Pedrógão-MD

Perímetro

S.Pedro

Baleizão

Quintos

Perímetro

S.Matias

Subsistema Pedrógão

Área Beneficiada (hectares) - 4.800 11.270 4.865 20.935

Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%) 110.203 4,36% 10,23% 4,41% 19,00%

Estação Elevatória de Pedrógão e Adutor de Pedrógão-Margem Direita 20.935 22,93% 53,83% 23,24% 100,00%

CH S. Pedro Baleizão Quintos 11.270 - 100,00% - 100,00%

CH S. Matias 4.865 - - 100,00% 100,00%

Outros Perímetros

TOTAL

Su

bsi

stem

a

Ped

róg

ão

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281 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

7.3. Perdas por Imparidade

Na sequência da definição, em 2010, do tarifário de fornecimento de água a partir do sistema

primário, a Empresa-Mãe estimou a quantia recuperável dos ativos do segmento “água” através

da determinação do respetivo valor de uso, tendo concluído, em dezembro de 2013 e anos

anteriores (2009 a 2012), que o valor presente dos fluxos de caixa futuros associados a este

segmento é negativo, pelo que a perda por imparidade nas referidas datas corresponde ao valor

total dos ativos (líquido dos passivos indissociáveis - subsídios) afetos a este segmento.

Assim, os ativos líquidos de amortizações, afetos a este segmento registados em “Ativos

Intangíveis”, com valor bruto € 1.374.094.732 em 31 de dezembro de 2013 (€ 1.343.345.743 em

31 de dezembro de 2012) encontram-se totalmente compensados por perdas de imparidade

acumuladas de igual montante.

Os montantes afetos a cada um dos segmentos (água, energia, outros) nas rubricas do “Ativo

Intangível” (valores brutos) foram os seguintes:

De igual modo, os subsídios associados à atividade de distribuição de água, cujos ativos se tem

vindo a concluir (nos testes de imparidade efetuados ao longo dos anos) que estão em

imparidade total, têm vindo a ser desreconhecidos no âmbito do registo das perdas de

imparidade dos respetivos ativos, isto é, estas perdas são reconhecidas na Demonstração do

Rendimento Integral pelo valor líquido dos respetivos subsídios.

À data do relato, os subsídios que estavam diretamente associados a despesas que foram

reconhecidas nos ativos intangíveis da Empresa-Mãe, em 2013, incluídas em pedidos de

pagamento aos fundos comunitários apresentados após 31 dezembro, mas também todas as

outras despesas no ano em análise, que ainda não tinham sido incluídas em pedidos de

pagamento até à data de encerramento de contas, mas que já se sabia que o viriam a ser e em

que as hipóteses de não serem aceites pela entidade financiadora era diminuta e que estavam a

dar origem ao reconhecimento de perdas de imparidade em 2013, foram especializados.

Tratando-se de subsídios que cumprem os requisitos de contabilização estabelecidos na IAS 20-

“Contabilização de subsídios do governo e divulgação de apoios do governo”, isto é, em que

existe uma segurança razoável de que a entidade cumprirá as condições a ele associadas e de

que o subsídio será recebido, não faz sentido reconhecer perdas de imparidade para valores que

já se sabe que vão ser compensados por subsídios, pelo que só procedendo à especialização

destes subsídios se consegue assegurar, na melhor medida possível, que as perdas de imparidade

são corretamente reconhecidas.

Euros

Ativo Intangivel Segmento Água Segmento Energia Outros Segmento Água Segmento Energia Outros

Projetos Desenvolvimento 116.949 116.949

Programas de Computador 1.805.861 935.569 1.805.861 935.569

Outros Direitos 195.000.000 0 100 195.000.000 0 100

Terrenos e Recursos Naturais 161.279.564 65.226.144 152.011.340 65.149.603

Edificios e Outras Construções 839.844.786 235.906.860 801.399.366 235.390.254

Equipamento Básico 37.827.639 99.036.773 37.824.834 99.104.102

Ativo Intangivel em Curso 139.787.723 137.843 156.741.659 137.843

Adiantamentos por conta de Investimentos 355.021 368.543

Total 1.374.094.732 401.975.638 1.190.461 1.343.345.743 401.449.819 1.190.461

31-Dez-13 31-Dez-12

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282 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

8. Partes Relacionadas

8.1. Participações Financeiras

Todas as empresas que fazem parte do Grupo EDIA foram consideradas como partes

relacionadas da Empresa.

O conceito de partes relacionadas inclui não apenas as entidades subsidiárias e associadas, mas

também outras empresas detidas pela EDIA. As partes relacionadas englobam igualmente os

quadro-chave da Empresa.

A 31 de dezembro de 2013, a Empresa-Mãe detém as mesmas participações financeiras do que

em 31 de dezembro de 2012. Estas participações encontram-se registadas ao custo de aquisição,

pois a EDIA não detém uma participação dominante ou significativa em nenhuma das

sociedades abaixo identificadas.

Sempre que existam indícios de que o ativo possa estar em imparidade, é efetuada uma

avaliação destes investimentos e registada a perda por imparidade que se revele existir.

8.2. Remuneração do Pessoal Chave da Gestão da Empresa – Mãe

Euros

Centro Operativo e de Tecnologia do Regadio 62.500 8,8 11 UP 500 5.500 5.500 5.500

Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo, S.A. 499.000 4,11 4 110 A 4,99 20.501 20.501 20.501

Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja, S.A. 4.000.000 1,25 50 000 A 1 50.000 (50.000) 0 0

Águas do Centro Alentejo, S.A. 5.000.000 5,00 50 000 A 5 250.000 250.000 250.000

Lusofuel - Produção de Biocombustíveis e Derivados, S.A. 500.000 10,00 10 000 A 5 50.000 (50.000) 0 0

376.001 (100.000) 276.001 276.001

Valor da

Participação

em 31

dezembro

2013

Valor da

Participação

em 31

dezembro

2012

Denominação Social Capital Social % ParticN.º Ações/

Un. Particip.Valor Nominal

Custo de

Aquisição

Perdas por

Imparidade

Viatura de Serviço; Motorista; Telemóvel; Seguro de Saúde; Seguro de Acidentes Pessoais

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

(Administradores Executivos)

PRESIDENTE

Remuneração de 5.465,43€ (14 vezes no corrente ano) (*)

Remuneração com redução de (5% ) - 5.192,16€

Remuneração com redução de (5% +10% ) - 4.672,94€

VOGAIS

Remuneração de 4.675,41€, (14 vezes no corrente ano) (*)

Remuneração com redução de (5% ) - 4.441,64€

Remuneração com redução de (5% +10% ) - 3.997,48€

Viatura de Serviço; Telemóvel; Seguro de Saúde; Seguro de Acidentes Pessoais

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283 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

(*) O Estatuto Remuneratório Fixado para os Membros dos Órgãos Sociais foi alterado em

2013, relativamente ao total de remunerações recebidas anualmente, tendo-se mantido no que

respeita ao valor de cada remuneração. No âmbito da aprovação de um conjunto de medidas

adicionais de consolidação orçamental que visam reforçar e acelerar a redução de défice

excessivo e o controlo do crescimento da dívida pública previstos no Programa de Estabilidade

e Crescimento (PEC), a redução dos vencimentos dos gestores públicos e equiparados, prevista

no N.º 1, do Artigo 12.º, da Lei N.º 12-A/2010, de 30 de junho e no Art.º 19.º da Lei 55-A/2010

de 31 de dezembro de 2010, veio estabelecer que a remuneração fixa mensal ilíquida dos

gestores públicos executivos e não executivos, incluindo os pertencentes ao sector público local

e regional, e dos equiparados a gestores públicos, é reduzida, a título excecional, em 5% e 10%,

respetivamente. Posteriormente, e por força do Acórdão nº 187/2013 do Tribunal

Constitucional, que declarou a inconstitucionalidade do artº. 29º - Suspensão do pagamento dos

subsídios de férias ou equivalente - da Lei nº66-B/2012, de 31 de dezembro, foi também reposto

o pagamento dos subsídios de férias. No entanto, e nos termos do previsto no Artigo 28.º da Lei

N.º 66-B/2012 de 31 de dezembro, foi reposto o pagamento do subsídio de Natal, em

duodécimos. Durante a vigência do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF),

como medida excecional de estabilidade orçamental foi suspenso, em 2012, o pagamento de

subsídios de férias e de Natal ou quaisquer prestações correspondentes aos 13.º e 14.º meses,

conforme determinado pelo OE 2012, nos termos do Art.º 21 da Lei 64-B/2011 de 30 de

dezembro.

9. Imposto Sobre o Rendimento

Nesta nota são apresentadas as divulgações exigidas pela IAS 12 - “Imposto sobre o

rendimento”.

A Empresa encontra-se sujeita a imposto sobre os lucros em sede de Imposto sobre o

Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) à taxa normal de 25% em 2013 (23% a partir de

2014), sendo a derrama fixada a uma taxa máxima de 1,5% do lucro tributável.

Para a mensuração dos impostos diferidos, no encerramento das contas reportadas a 31 de

dezembro de 2013, a taxa aplicada foi de 23%, uma vez que a Lei nº 2/2014 de 16 de janeiro já

se encontrava aprovada pela Assembleia da República desde 20 de dezembro de 2013,

inserindo-se deste modo na norma anteriormente referida, entendimento este defendido pela

Comissão de Normalização Contabilística.

O gasto (rendimento) com impostos sobre o rendimento em 31 de dezembro de 2013 e 31 de

dezembro de 2012, da EDIA, tem a seguinte composição:

Euros

2013 2012

Impostos Correntes

Tributação Autónoma 71.981 79.403

71.981 79.403

Total 71.981 79.403

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284 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Na Empresa-Mãe, em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, existiam diferenças

temporárias dedutíveis e prejuízos fiscais reportados relativamente aos quais não foi

reconhecido qualquer ativo por imposto diferido por não existir expectativas razoáveis quanto à

geração de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização:

10. Depósitos Cativos

A rubrica de “Depósitos Cativos”, no Ativo não Corrente, corresponde aos depósitos de caução

constituídos, pela EDIA, a médio e longo prazo, em instituições bancárias, concretamente a

favor dos Tribunais Judiciais e da Autoridade Tributária, apresentando, a 31 de dezembro de

2013 e a 31 de dezembro de 2012, os valores de € 7.280.745 e € 8.533.529, respetivamente.

Os depósitos cativos no Millennium BCP e no Banco Espírito Santo, nos montantes de €

8.280.914 e € 161.870 respetivamente, foram constituídos através da contração de empréstimos

de igual montante, registados em “Financiamentos Obtidos”.

O valor mais significativo desta rubrica (€ 8.280.914) resulta do processo judicial a decorrer

com a Portucel Recicla, no âmbito do desmantelamento da fábrica, iniciado em outubro de 2003

e o montante de € 161.870 refere-se a um processo de expropriação litigiosa ainda em curso.

Não é de esperar a conclusão definitiva desta ação judicial com a Portucel Recicla antes do final

de 2016. Face a esta previsão, a EDIA mensurou e registou este ativo ao custo amortizado,

ascendendo o valor presente a € 7.028.130. Sendo este montante inferior ao valor pelo qual o

depósito cativo estava anteriormente mensurado, o diferencial (€ 1.252.784) foi registado na

rubrica de “Outros Gastos e Perdas”.

11. Inventários

A composição da rubrica de “Inventários” do Grupo, em 31 de dezembro de 2013 e 31 de

dezembro de 2012, apresenta o seguinte detalhe:

Euros

Diferenças Temporárias Dedutíveis

- Perdas de Imparidade nos Ativos Intangíveis 716.489.115 708.454.689

- Perdas de Imparidade em Investimentos não Depreciáveis/Amortizáveis 100.000 100.000

- Provisões não dedutíveis em IRC (IFRIC 12) 2.126.787 1.173.396

-Gastos de Financiamento não dedutiveis 4.038.861

722.754.763 709.728.085

Prejuízos Fiscais reportados ainda não utilizados

- Exercício de 2011 10.612.823 31-dez-15 10.612.823 31-dez-15

- Exercício de 2012 13.934.121 31-dez-16 13.934.121 31-dez-16

- Exercício de 2013 (estimativa) 8.536.770 31-dez-17

33.083.714 24.546.944

Total 755.838.477 734.275.029

31-Dez-13 31-Dez-12

QuantiaData de

ExtinçãoQuantia

Data de

Extinção

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285 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Na sequência da publicação do Decreto-Lei N.º 335/2001, de 24 de dezembro, que, com

exceção da Infraestrutura 12, previa a transferência para o Estado das infraestruturas integrantes

da rede secundária de rega afeta ao EFMA, a EDIA, a partir do exercício de 2002, passou a

evidenciar o custo das obras com as infraestruturas da rede secundária de rega na rubrica de

“Inventários”.

Até 31 de dezembro de 2012, o saldo de “Inventários” correspondia essencialmente aos

investimentos da rede secundária, concluídos e em curso, registados nas rubricas de “Produtos

Acabados e Intermédios” e “ Produtos e Trabalhos em Curso” respetivamente.

Em 8 de abril de 2013, foi celebrado o “Contrato de Concessão relativo à Gestão, Exploração,

Manutenção e Conservação das Infraestruturas da Rede Secundária do Empreendimento de Fins

Múltiplos de Alqueva”, entre a EDIA e a DGADR, que vigorará até 31 de dezembro de 2020,

em que a EDIA (entidade concessionária) procede à entrega ao Estado (entidade concedente),

aqui representado pela DGADR, das infraestruturas relativas à rede secundária de rega,

drenagem e caminhos agrícolas, dos bens e equipamentos necessários à sua operação e

exploração, bem como das áreas adquiridas e expropriadas para a implementação das

infraestruturas dos aproveitamentos hidroagrícolas do EFMA.

Como consequência do Contrato de Entrega inicial e respetivo Contrato de Concessão, foram

transferidos da subconta de “Produtos Acabados e Intermédios” os investimentos: (i) no

perímetro de rega do Monte Novo, que entrou em exploração no início de 2009; (ii) nos

perímetros de rega do Alvito-Pisão e Pisão, que entraram em exploração no início de 2010; (iii)

nos perímetros de rega de Ferreira, Figueirinha e Valbom, Orada-Amoreira, Brinches, Brinches-

Enxoé, Serpa e Alfundão, concluídos em 2011; (iv) nos perímetros de rega do Loureiro-Alvito e

Ervidel 1, concluídos em 2012, e (v) nos perímetros de rega do Ervidel 2 e 3 e Pedrogão 1

margem direita, que ficaram substancialmente concluídos no primeiro semestre de 2013.

A junho de 2013, a estes investimentos no valor de € 401.264.950, foram adicionados os custos

capitalizados dessas infraestruturas (€ 16.149.078) que foram transferidos para a rubrica de

“Outras Contas a Receber”, para a entidade Estado (DGADR), que tem a propriedade de todas

as infraestruturas da rede secundária, construídas pela EDIA em sua representação, sendo

também transferidos para esta conta todos os subsídios que lhes estavam associados no

montante de € 329.910.214, adotando-se assim, um tratamento similar ao que foi adotado em

anos anteriores para a Infraestrutura 12. Esta conta passa a refletir o valor que a EDIA espera vir

Euros

Inventários 31-Dez-13 31-Dez-12

Inventários (DCPF)

Produtos Acabados e Intermédios - 355.001.498

Produtos e Trabalhos em Curso 23.117.597 68.758.146

Mercadorias 48.488 46.597

Matérias Subsidiárias 31.929 32.310

23.198.014 423.838.551

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286 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

a receber do Estado, a título de ressarcimento da parte não subsidiada do investimento na rede

secundária.

Em novembro de 2013, através de um novo Contrato de Entrega entre a EDIA e o Estado

Português, representado pela DGADR, a Empresa procedeu à entrega das infraestruturas

integrantes da rede de rega e de drenagem, bem como de todos os bens e equipamentos

necessários à sua operação e exploração, do Aproveitamento Hidroagrícola de Aljustrel.

À semelhança do efetuado com outras infraestruturas da rede secundária, também o

investimento efetuado nesta infraestrutura (acrescido dos custos capitalizados) registado na

rubrica de “Inventários”, na subconta de “Produtos e Trabalhos em Curso” foi transferido para

“Produtos Acabados e Intermédios” e posteriormente registado na rubrica de “Outras Contas a

Receber”, para a entidade Estado (DGADR), que tem a propriedade de todas as infraestruturas

da rede secundária.

O valor de € 23.117.597, na subconta de “Produtos e Trabalhos em Curso” reflete os

investimentos em projetos afetos a blocos de rega ainda em construção.

12. Clientes, Vendas e Prestações de Serviços

O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber.

12.1. Clientes

O saldo de “Clientes” traduz na sua maioria, o valor a receber, pela EDIA, da renda anual

periódica faturada à EDP, no âmbito do contrato celebrado e os valores a receber pelos serviços

de distribuição de água prestados, que resultam do cumprimento do Despacho N.º 9000/2010,

de 27 de abril, que fixou os preços da água destinada a rega para uso agrícola, no âmbito do

serviço público de águas do EFMA.

Os créditos que sejam considerados de cobrança duvidosa após avaliação por parte da Empresa

são objeto de reconhecimento contabilístico das respetivas imparidades. Não o fazer seria

comprometer uma das características qualitativas do nosso normativo contabilístico, a saber, a

representação fidedigna da realidade da Empresa.

É considerado crédito em mora quando o pagamento não respeita o prazo contratualizado entre

a Empresa e o adquirente e quando seja resultante da atividade normal da Empresa.

12.2. Vendas e Prestações de Serviços

12.2.1. Vendas

O valor de € 91.024 registado em vendas, em 2013, traduz essencialmente, o montante das

vendas da energia emitida para a rede: (i) pelas centrais mini-hídricas de Alvito, Odivelas,

Pisão, Roxo e Serpa (€ 54.866), (ii) pela central fotovoltaica de Alqueva (€ 20.283) e com as

vendas dos bens de merchandising do Parque de Natureza de Noudar (€ 15.109).O valor

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287 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

remanescente (€766) corresponde à venda de artigos de merchandising das empresas

Gescruzeiros, S.A e Gestalqueva S.A..

12.2.2. Prestações de Serviços

Produção de Energia

Na conta de “Produção de Energia” foi reconhecido o montante de € 12.280.357, no âmbito do

“Contrato de Concessão de Exploração das Centrais Hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão”, por

35 anos, celebrado entre a Empresa-Mãe e a EDP. Neste Contrato, a EDP obriga-se a

proporcionar à EDIA uma compensação financeira nos seguintes termos:

Um montante inicial no valor de € 195.000.000, acrescido de IVA à taxa legal e pago na

data de entrada em vigor do presente contrato; e

Ao longo do período de vigência do contrato (35 anos), um montante anual periódico de

€ 12.380.000 (valor atualizado em 2012) acrescido de IVA à taxa legal e pago

anualmente no mesmo dia e mês da entrada em vigor do contrato, sendo a primeira

prestação devida no ano de 2008.

No âmbito do Contrato de exploração das centrais de Alqueva e Pedrógão e de subconcessão do

domínio hídrico público, e de acordo com o estabelecido no N.º 2 do Anexo VII, foi faturado

também à EDP, em 2013, em resultado da alteração dos volumes de retiradas de água das

albufeiras de Alqueva e Pedrógão, o montante de €484.042, referente a 20122012 (sendo que o

valor de rendimentos especializados nas contas em 31 de dezembro de 2012, que correspondia à

melhor estimativa disponível à data de encerramento de contas de 2012, foi de € 393.530).

A 31 de dezembro de 2013, a EDIA, segundo o regime do acréscimo, tem especializado o

montante de € 1.255.504, que representa o valor estimado da compensação financeira para o ano

de 2013, e que resulta da revisibilidade decorrente da alteração dos volumes anuais das retiradas

de água das albufeiras de Alqueva e Pedrógão.

Euros

Prestações de Serviços 2013 2012

Produção de Energia 12.425.521 11.573.403

Distribuição de Água 4.973.654 2.842.916

Passeios turísticos 178.549 223.668

Cartografia 95.071 140.230

Parque de Natureza de Noudar 28.800 30.964

Outras Prestações de Serviços - 84.488

Total 17.701.595 14.895.668

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288 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

O saldo desta conta inclui ainda o valor de € 145.164 da componente de TRH, relativa à

utilização de água na produção de energia da central hidroelétrica de Alqueva em 2013

(aplicação do Decreto - Lei N.º 97/2008), que à data de 31 de dezembro ainda não tinha sido

faturado à empresa do Grupo EDP.

Distribuição de Água

A transposição da Diretiva Quadro da Água foi operada pela Lei N.º 58/2005, de 29 de

dezembro, e desenvolvida pelo Decreto-Lei N.º 226-A/2007, de 31 de maio, e pelo Decreto-Lei

N.º 97/2008, de 1 de junho, tendo consagrado o princípio do valor económico da água, por força

do qual se consagra o reconhecimento da escassez atual ou potencial deste recurso e a

necessidade de garantir a sua utilização economicamente eficiente, com a recuperação dos

custos dos serviços de águas, mesmo em termos ambientais e de recursos.

Em cumprimento do Despacho N.º 9000/2010, de 27 de abril, que fixou os preços da água

destinada a rega para uso agrícola, no âmbito do serviço público de águas do EFMA, a EDIA no

2.º semestre de 2010 iniciou o processo de faturação, cuja desagregação legalmente prevista

(Art.º 23, N.º 2 do Decreto-Lei N.º 97/2008, de 11 de junho) obedece aos seguintes termos:

Os valores do preço da água aprovados pelo Despacho N.º 9000/2010, de 27 de abril, €

0,089/m3 e € 0,053/m3 já refletem a repercussão, legalmente exigida, sobre o utilizador

final, do encargo económico representado pela taxa de recursos hídricos (TRH) e as

componentes de conservação e exploração, e são reduzidos em 70% no 1.º ano,

aumentando anual, automática, progressiva e linearmente a partir do ano subsequente e

até ao 8.º ano, perfazendo nesse ano os valores indicados.

Os valores fixados para a componente de conservação são de € 50,00/ha/ano para a

adução em alta pressão e de € 15,00/ha/ano para a adução em baixa pressão. Estes

valores sofrem reduções conforme indicado no parágrafo anterior.

O valor unitário do m3 de consumo de água faturado resulta das tarifas fixadas

deduzidas da componente relativa à conservação. A componente de conservação

unitária considera um consumo médio anual de 3.000 m3/por hectare.

O preço da água destinado à rega para uso agrícola foi atualizado com os índices de preços ao

consumidor exceto habitação para Portugal em 2012 (taxa de variação média anual) de 2.75%.

Em 2013, face a esta atualização, os valores aplicados para a componente de conservação são de

€ 53,50/ha/ano para a adução em alta pressão e de € 16,05/ha/ano para a adução em baixa

pressão.

Para base de cálculo é considerada a área beneficiada pelas infraestruturas de rega e o volume

de água fornecido.

Em relação ao montante da prestação de serviços no âmbito da “distribuição de água”,

aplicando a tarifa reduzida aos valores a faturar de 70% para o 1.º ano de funcionamento de

cada perímetro de rega, diminuindo anual, automática, progressiva e linearmente a partir do ano

subsequente e até 8.º ano, no ano de 2013 foram registados os seguintes valores relativos à

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289 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

distribuição de água aos perímetros de rega e a captações diretas, tendo em conta as diversas

componentes (taxa de recursos hídricos, exploração, conservação e recargas de albufeira):

Foram especializados os rendimentos das componentes, TRH e exploração, do período de

outubro a dezembro de 2013 dos vários perímetros de rega em exploração (€ 251.359) e das

captações diretas, (€ 244.320) e anulada a especialização referente ao exercício de 2012 (€

95.111), pelo que o total da conta de “distribuição de água” é de € 4.973.654.

A faturação emitida referente à prestação de serviços no âmbito da “distribuição de água”, é

feita em dois momentos:

Início de abril:

Faturação da componente de conservação do ano em curso; e

Faturação da componente de exploração e Taxa de Recursos Hídricos (TRH) referente

ao 4.º trimestre do ano anterior.

Início de outubro:

Faturação da exploração e TRH referente aos 1.º, 2.º e 3.º trimestres do ano em curso.

As faturas são emitidas com base nas contagens reais de consumo. Os rendimentos respeitantes

à componente da “distribuição de água” a faturar, por consumos ocorridos, lidos e validados à

data da Demonstração da Posição Financeira, foram registados por estimativa. O valor estimado

das componentes, TRH e exploração, do período de outubro a dezembro de 2013, ascende a €

251.359.

Ao abrigo do disposto no Decreto-Lei N.º 313/2007 de 17 de setembro, que aprovou as bases de

concessão, a EDIA detém, enquanto concessionária da gestão, exploração e utilização privativa

do domínio público hídrico afeto ao EFMA, os poderes de administração do referido domínio

no âmbito da sua atividade, as competências para atribuição dos títulos respeitantes à captação

de água para rega e para a produção de energia elétrica e ainda os poderes de fiscalização da sua

utilização por terceiros, bem como a competência para a instauração, a instrução e o

sancionamento dos processos de contra ordenação nesse âmbito (artigo 7.º). Conjugando o N.º 3

do artigo 5.º do mesmo Diploma, a TRH é repercutida nos respetivos utilizadores finais.

Conforme o exposto, com base nos títulos emitidos para captações diretas e de acordo com os

consumos de água indicados, a EDIA, segundo o princípio do acréscimo, registou em dezembro

de 2013, por estimativa, o valor de € 244.320 desta componente, que será integralmente faturada

em 2014.

Euros

Albufeira

do Monte-

Novo

Albufeira

do EnxoéPisão

Monte -

Novo

Alvito -

Pisão

Ferreira,

Figueirinha

e Valbom

BrinchesBrinches -

Enxoé

Orada -

AmoreiraSerpa Alfundão Ervidel

Loureiro-

AlvitoExploração Total

TRH 5.655 46.209 36.473 11.482 8.190 20.718 8.046 14.051 4.304 12.986 4.999 17.762 190.875

Exploração 88.426 763.933 697.968 208.226 164.461 386.053 164.402 273.601 58.983 54.649 27.106 217.302 3.105.110

Conservação 50.031 148.609 246.613 101.788 125.044 107.548 67.685 80.948 40.479 12.158 5.435 986.338

Recarga de Albufeira 288.435 2.328 290.763

Total 288.435 2.328 144.112 958.751 981.054 321.496 297.695 514.319 240.133 368.600 103.766 79.793 37.540 235.064 4.573.086

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290 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Outras Prestações de Serviços

O valor remanescente (€ 599.622) na rubrica de “Prestações de Serviços”, reflete

essencialmente: (i) os serviços prestados da empresa Gescruzeiros, no âmbito dos passeios

turísticos (€ 178.549), (ii) os serviços prestados pela EDIA no âmbito da cartografia e das

expropriações (€ 95.071) e (iii) os serviços prestados no Parque de Natureza de Noudar (€

28.800).

13. Estado e Outros Entes Públicos

Esta rubrica inclui, em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, os seguintes saldos:

No “Ativo Corrente”, o saldo da conta de “Imposto sobre o Valor Acrescentado - IVA”

corresponde na sua maioria aos montantes de reembolsos pedidos dos meses de outubro e

novembro de 2013 (€ 328.062) decorrente da fase de investimento em que a EDIA ainda se

encontra, bem como ao montante a recuperar de € 193.947, referente a dezembro de 2013,

embora este valor, à data de 31 de dezembro, ainda não tinha sido objeto de pedido de

reembolso.

O saldo da rubrica de “Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas - IRC” (€ 130.163),

apresentado no “Ativo Corrente”, refere-se essencialmente aos Pagamentos Especiais por Conta

de IRC (PEC) dos anos de 2010 a 2013, da Empresa-Mãe.

Atendendo ao limite temporal do imposto para a sua dedução (até ao quarto período de

tributação seguinte) e de acordo com o disposto no artigo 93.º do Código do IRC e aos prejuízos

fiscais a reportar, a Empresa procedeu ao correspondente reconhecimento, como gasto no

exercício de 2013, do valor do PEC do ano de 2009, que ascende a € 29.023.

Euros

31-Dez-13 31-Dez-12

Ativo Corrente

IVA - Imposto sobre o Valor Acrescentado 553 413 468 473

IRC - Imposto sobre o Rendimento 130 163 122 998

Restantes Impostos - 1 293 750

683 576 1 885 221

Ajustamento de Imparidade - (1 293 750)

683 576 591 471

Passivo Corrente

Retenções de Impostos sobre o Rendimento 35 662 51 102

Contribuições para a Segurança Social 117 908 112 749

IRC - Imposto sobre o Rendimento 72 926 79 664

IVA - Imposto sobre o Valor Acrescentado 1 824

226 496 245 339

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291 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Nos termos do disposto do Código da Contribuição Autárquica e nos termos do disposto do

Código do Imposto Municipal sobre Imóveis, o Estado está isento do pagamento de impostos

sobre os imóveis integrados no seu património. Ao abrigo do disposto no Decreto-Lei N.º 21-

A/98, de 6 de fevereiro, os bens imóveis expropriados pela EDIA para implementação do

EFMA são imediatamente integrados no domínio público do Estado após a sua adjudicação à

entidade expropriante.

No que respeita à isenção de SISA, esta vinha sendo requerida pela EDIA ao abrigo do artigo

11.º n.º 26.º do Código do Imposto Municipal de SISA e do Imposto sobre Sucessões e Doações

e foi concedida em diversos processos. O fundamento para a isenção resulta do facto de se tratar

de aquisições de bens situados em regiões economicamente mais desfavorecidas efetuadas por

sociedade comercial que os destina ao exercício, naquelas regiões, de atividades agrícolas ou

industriais consideradas de superior interesse económico e social. A essa data, a lei não exigia

qualquer formalismo adicional para a concessão da isenção.

Em 1 de Janeiro de 2004 entrou em vigor o Código do IMT e foi revogado o Código da SISA,

pelo Decreto-Lei nº 287/2003, de 12 de Novembro.

O artigo 6.º alínea h) do Código do IMT manteve a isenção nos termos referidos, no entanto, o

artigo 10.º n.º 3 do Código do IMT veio introduzir uma nova condição formal para a concessão

da isenção. Dispõe este disposto normativo que a isenção só será reconhecida se a Câmara

Municipal competente comprovar previamente que se encontram preenchidos os requisitos para

a sua atribuição. Para este efeito, a Direcção-Geral dos Impostos solicita à Câmara Municipal

competente a emissão do parecer vinculativo. Esta alteração teve como consequência que, sendo

os Municípios os beneficiários da receita fiscal em causa, os pareceres das Câmaras Municipais

passaram a ser sistematicamente negativos e, em resultado disso, a isenção sucessivamente

negada. A EDIA ainda reclamou perante a Administração Fiscal alegando falta de fundamento

dos pareceres camarários, mas foi respondido que essa mesma Administração Fiscal não tem

competência para apreciar o teor dos pareceres das Câmaras, limitando-se a verificar se são

favoráveis ou não e, assim, limitando-se a validar se está ou não reunido esse pressuposto legal,

indispensável para a concessão da isenção. Em face do que, e após análise, a EDIA

desreconheceu a conta a receber do Estado e o respetivo ajustamento de imparidade, ambos de

€ 1.293.750.

Os saldos do “Passivo Corrente” (€ 226.496) incluem essencialmente os montantes em dívida à

Segurança Social (€ 117.908), a pagar até ao dia 20 de janeiro, bem como o valor de IRC

estimado das tributações autónomas a suportar (€ 72.926).

14. Outras Contas a Receber

Esta rubrica tem o seguinte detalhe, em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012:

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292 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

DGADR – IE 12

Em fevereiro de 2007, através do Decreto-Lei nº 42/2007 concretizou-se a recentralização dos

objetivos da EDIA, enquanto entidade gestora do EFMA, sendo revogado entre outros, o

Decreto-Lei N.º 335/01, de 24 de dezembro, mantendo-se no entanto, um dos objetos sociais da

EDIA, a conceção, execução e construção das infraestruturas que integram a rede secundária

afeta ao empreendimento, em representação do Estado, e de acordo com as instruções que lhe

sejam dirigidas pelo Ministro da Agricultura e do Mar (MAM).

Exceciona-se a Infraestrutura 12, que se mantém propriedade da EDIA sob o regime de

concessão ao MAM, na sequência da formalização com o Instituto de Desenvolvimento Rural e

Hidráulica (atualmente Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Regional - DGADR),

em abril de 2006, do contrato de cessão da gestão, exploração, manutenção e conservação da

Infraestrutura 12 por um prazo de 30 anos, este investimento deduzido dos subsídios associados

tem vindo a ser registado, desde 2006, em “Outras Contas a Receber”, pois a EDIA aguarda o

ressarcimento do valor líquido do investimento efetuado nesta infraestrutura, por parte da

DGADR.

É de salientar que o Tribunal de Contas, no seu relatório de fevereiro de 2005 intitulado

“Auditoria de follow-up à EDIA - Projeto EFMA”, recomenda que o Estado, mais propriamente

o MAM, “assegure o financiamento das infraestruturas integrantes da rede secundária e

reembolse anualmente a EDIA pela transferência (de propriedade) da Infraestrutura 12”.

Assim, no caso do saldo da conta “DGADR_IE 12” (€ 70.843.022), o Conselho de

Administração tem vindo sempre a concluir, no encerramento de contas de cada exercício, que

espera que o ativo seja realizado num período inferior a doze meses após a data de

Demonstração da Posição Financeira, isto é, no exercício seguinte, pelo que tem vindo a

considerar que esta dívida se encontra corretamente refletida no Ativo Corrente e, por outro

lado, que não se justifica o reconhecimento de perdas de imparidade para fazer face a uma

eventual incobrabilidade desse valor.

Em abril de 2013, é acordado e reciprocamente aceite um acordo entre a EDIA e o consórcio

Edifer/Obrecol/Opway, decorrente do litígio emergente do contrato da “Empreitada de

Construção da Totalidade do Canal de Adução da IE12, Reabilitação da Barragem do Monte do

Marmelo, Estação Elevatória do Monte do Marmelo e Rede Secundária do 1º Bloco de Rega da

mesma infraestrutura”, que se traduz na anulação da provisão constituída deste processo arbitral,

no valor de € 1.321.324 e consequentemente o montante da dívida da “DGADR_IE

12”diminuiu proporcionalmente.

Euros

Correntes Não Correntes Correntes Não Correntes

DGADR_CC_RS 88.218.356 -

DGADR_IE12 70.843.022 72.130.845

Fundos Comunitários 4.355.004 3.078.852

Devedores por Acréscimo de Rendimentos 1.896.455 589.785

Outros Devedores Diversos 350.917 1.004.520

Perdas por Imparidade Outros Devedores (31.094) -

165.632.660 76.804.002

Outras Contas a Receber31-Dez-13 31-Dez-12

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293 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

DGADR - CC – Rede Secundária

Em 8 de abril de 2013 foram assinados, o Contrato de Entrega e o “Contrato de Concessão

relativo à Gestão, Exploração, Manutenção e Conservação das Infraestruturas da Rede

Secundária do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva” (EFMA), pelo Presidente do

Conselho de Administração da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A

(EDIA) e pelo Diretor-Geral da Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural

(DGADR), que vigorará até 31 de dezembro de 2020, em que a EDIA (entidade concessionária)

procede à entrega ao Estado (entidade concedente), aqui representado pela DGADR, das

infraestruturas relativas à rede secundária de rega, drenagem e caminhos agrícolas, dos bens e

equipamentos necessários à sua operação e exploração, bem como das áreas adquiridas e

expropriadas para a implementação das infraestruturas dos aproveitamentos hidroagrícolas do

EFMA, estando por clarificar e concretizar o estipulado no n.º 2 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º

42/2007, de 22 de fevereiro, conjugado com o disposto na alínea c) do n.º 1 deste mesmo artigo,

no que se refere ao Estado assegurar o financiamento e demais condições relativas à conceção,

execução e construção destas infraestruturas.

Segundo o Acionista, "só depois da conclusão de todas as infraestruturas", prevista para 2015, e

"subsequente período de consolidação do seu funcionamento, de cinco anos, estará disponível o

quadro de indicadores necessários para aferir do melhor modelo para prosseguir com a gestão, a

exploração, a manutenção e a conservação do empreendimento. A concessão pelo prazo de sete

anos, isto é, até 2020, garantirá um período de consolidação adequado, fundamental para a

gestão da garantia das obras, a estabilização tendencial do tarifário e a perceção e otimização do

funcionamento do empreendimento na sua plenitude, visando a sua efetiva contribuição e

integração das diversas valências no desenvolvimento sustentado da região".

Estando as seguintes infraestruturas terminadas, contempladas no Contrato de Entrega, foram

transferidos da subconta de “Produtos Acabados e Intermédios” os respetivos investimentos: (i)

no perímetro de rega do Monte Novo, que entrou em exploração no início de 2009; (ii) nos

perímetros de rega do Alvito-Pisão e Pisão, que entraram em exploração no início de 2010; (iii)

nos perímetros de rega de Ferreira, Figueirinha e Valbom, Orada-Amoreira, Brinches, Brinches-

Enxoé, Serpa e Alfundão, concluídos em 2011; (iv) nos perímetros de rega do Loureiro-Alvito e

Ervidel 1, que ficaram substancialmente concluídos em 2012 e (v) nos perímetros de rega do

Ervidel 2 e 3 e Pedrogão 1 margem direita, que ficaram concluídos no primeiro semestre de

2013.

A junho de 2013, ao valor do investimento foram adicionados os custos capitalizados nestas

infraestruturas, valores estes transferidos para a rubrica de “Outras Contas a Receber- Estado

(DGADR)”, que tem a propriedade de todas as infraestruturas da rede secundária, construídas

pela EDIA em sua representação, sendo também transferidos para esta conta, todos os subsídios

Euros

DGADR_CC_RS 412.807.145 17.265.945 341.854.734 88.218.356

412.807.145 17.265.945 341.854.734 88.218.356

TotalOutras Contas a Receber InvestimentoCapitalizaçõe

sSubsidios

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294 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

que lhes estavam associados provenientes do Orçamento do Estado e da União Europeia que se

encontram registados na rubrica de “Diferimentos”, adotando assim um tratamento similar ao

que foi adotado em anos anteriores para a Infraestrutura 12, passando esta conta a refletir o

valor que a EDIA espera vir a receber do Estado, a título de ressarcimento da parte não

subsidiada do investimento na rede secundária.

Em novembro de 2013, foi assinado um novo Contrato de Entrega, entre a EDIA e o Estado

Português, representado pela DGADR, em que a Empresa procede à entrega das infraestruturas

integrantes da rede de rega e de drenagem, bem como de todos os bens e equipamentos

necessários à sua operação e exploração, do Aproveitamento Hidroagrícola de Aljustrel.

À semelhança do efetuado com outras infraestruturas da rede secundária, também o

investimento efetuado nesta infraestrutura (acrescido dos custos capitalizados) registado na

rubrica de “Inventários”, na subconta de “Produtos e Trabalhos em Curso” foi transferido para

“Produtos Acabados e Intermédios” e posteriormente registado na rubrica de “Outras Contas a

Receber”, para a entidade Estado (DGADR), que assume em relação aos bens descritos, todos

os inerentes direitos e obrigações estabelecidos na legislação em vigor.

No âmbito deste Contrato de Concessão, não foi constituída nenhuma provisão para fazer face

aos encargos com as infraestruturas, objeto dos respetivos Contratos de Entrega, relativos à

obrigação contratual de as manter/conservar, ao longo do período da concessão.

A não constituição da provisão, teve como pressuposto que, ao longo do período da concessão

(7 anos), não ocorrerão grandes reparações e substituições nas respetivas infraestruturas e

equipamentos, sendo a manutenção e a conservação correntes desses ativos, reconhecidas como

gastos, nos exercícios em que ocorrem.

Fundos Comunitários

O montante de € 4.355.004 corresponde aos valores de pedidos de pagamento de financiamento

comunitário, ainda não liquidados, mas que a EDIA estima com um grau elevado de certeza vir

a receber.

Devedores por Acréscimo de Rendimentos

O saldo desta conta “Devedores por Acréscimo de Rendimentos” reflete essencialmente o valor

da estimativa, para o ano de 2013, da compensação financeira resultante da revisibilidade da

alteração dos volumes anuais das retiradas de água das albufeiras de Alqueva e Pedrógão, de

acordo com o estabelecido no N.º 2 do Anexo VII, do “Contrato de exploração das centrais de

Alqueva e Pedrógão e de subconcessão do domínio público hídrico”( € 1.255.504).

Este saldo traduz também os montantes estimados e especializados referentes a: (i) consumos

dos perímetros de rega em exploração (€ 251.359), (ii) consumos das captações diretas do

sistema primário da EFMA (€ 244.320) e (iii) volumes de água utilizados na produção de

energia hidroelétrica a faturar a uma empresa do grupo EDP (€ 145.164).

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295 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Perdas por Imparidade - Outros Devedores

Na empresa Gescruzeiros, S.A, foi deliberado efetuar, com o objetivo de reforçar os capitais

próprios, uma cobertura parcial dos prejuízos transitados, a ser efetuada na proporção das ações

de cada acionista. Atendendo a que a Gestalqueva, S.A detém créditos sobre a Gescruzeiros,

S.A, foi ainda deliberado que a cobertura dos referidos prejuízos transitados seria efetuada por

compensação pelos créditos detidos. Assim, considerando a respetiva participação (51%), deixa

de ser considerado valor por regularizar o montante de €31.094, que persistia nas contas há

vários anos como divida à Gestalqueva, S.A., ficando este montante registado em “Perdas por

Imparidade-Outros Devedores”.

As contas a receber evidenciadas nesta rubrica estão registadas pelo seu valor nominal.

15. Diferimentos

15.1. Diferimentos (Ativo Corrente)

Os diferimentos apresentados no “Ativo Corrente” (gastos a reconhecer) incluem,

essencialmente: (i) os prémios dos seguros pagos até 31 de dezembro de 2013 mas

correspondentes a períodos de vigência posteriores (€ 308.114), sendo que os prémios de

seguros com valor mais significativo se referem aos ramos “All Risks Industrial”,

“Responsabilidade Civil Geral e de Exploração” das infraestruturas do EFMA e também “Saúde

Grupo” e (ii) montantes pagos em comissões e imposto de selo referentes a 2014 (€ 129.357).

15.2. Diferimentos (Passivo Corrente e não Corrente)

Esta rubrica (rendimentos a reconhecer) apresenta a seguinte repartição entre “Passivo

Corrente” e “Passivo não Corrente”:

15.2.1. Subsídios do Estado

A conta de “Subsídios do Estado”, evidenciada na rubrica de “Diferimentos” no Passivo

correspondem aos subsídios ao investimento, atribuídos a fundo perdido.

Euros

Correntes Não Correntes Correntes Não Correntes

Diferimentos - Subsídios do Estado 1.814.675 133.364.587 1.816.051 475.883.853

Outros Diferimentos 14.384.848 169.731.216 14.209.439 171.736.064

16.199.523 303.095.803 16.025.490 647.619.917

31-Dez-1231-Dez-13

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296 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Os investimentos obtiveram financiamentos comunitários, sobretudo, no âmbito do QCA II

(FEDER, FEOGA e Fundo de Coesão), QCAIII (FEDER e FEOGA-O), QREN (FEDER e

Fundo de Coesão) e PRODER (FEADER).

Alguns desses investimentos foram também financiados pelo PIDDAC para fazer face à

contrapartida nacional dos projetos apoiados pelo FEOGA no QCA III, e pelo FEADER no

PRODER.

Os subsídios do Estado apenas são reconhecidos quando existe uma certeza razoável de que a

Empresa irá cumprir com as condições de atribuição dos mesmos e de que os mesmos irão ser

recebidos.

Em 31 de dezembro de 2012 o valor dos subsídios ao investimento reconhecido no “Passivo

Não Corrente” incluía todos os subsídios relativos à rede secundária de rega (€ 343.776.184),

por um valor que se previa que correspondesse à diferença entre o respetivo custo de construção

evidenciado na rubrica “Inventários” e o valor dos subsídios relativos a estas infraestruturas.

A dezembro de 2013, o valor total destes subsídios ascende a € 369.814.206 mas na sequência

da assinatura dos Contratos de Entrega e de Concessão relativo à Gestão, Exploração,

Manutenção e Conservação das Infraestruturas da Rede Secundária do Empreendimento de Fins

Múltiplos de Alqueva (EFMA), os subsídios associados às infraestruturas da rede secundária já

concluídas, no montante de € 341.854.735, foram transferidos para a conta a receber da

DGADR, na rubrica de “Outras Contas a Receber” (ver Notas 11 e 14). Esta transferência

justifica a significativa redução no valor da rubrica de “Diferimentos – Subsídios do Estado” no

ano de 2013.

15.2.2. Outros Diferimentos

O valor de rendimentos diferidos do “Contrato de Concessão da Exploração das Centrais

Hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão” com a EDP, evidenciado em 31 de dezembro de 2013 no

“Passivo não Corrente” (€ 169.731.216) e no “Passivo Corrente” (€ 14.384.848), decorre do

recebimento de € 195.000.000, em 1 de novembro de 2007, nos termos da alínea a) do n.º 1 da

cláusula 6.ª do “Contrato de exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão e de

subconcessão do domínio público hídrico”, celebrado com a EDP. Os montantes recebidos e a

receber da EDP no âmbito deste contrato serão reconhecidos como rendimentos ao longo do

período de duração do contrato (35 anos), com início de 1 de novembro de 2007.

Assim, as referidas contas de rendimentos a reconhecer traduzem: (i) parte dos € 195.000.000

que ainda não foi reconhecida em rendimentos; e (ii) o diferencial entre os valores recebidos

anualmente da EDP e o valor do rédito já reconhecido da atualização dos fluxos de caixa futuros

à taxa efetiva de 5,5%.

A 31 de dezembro de 2013, foram reconhecidos € 14.209.184 de rendimentos, referentes a

2013, dos quais € 11.015.287 se referem a prestação de serviços e € 3.193.897 a juros.

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297 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

16. Capital Próprio

No período compreendido entre 31 de dezembro de 2012 e 31 dezembro de 2013, os capitais

próprios da EDIA apresentaram a seguinte evolução:

16.1. Capital Realizado

A EDIA é uma Sociedade Anónima em que o capital social é detido na sua totalidade pelo

acionista Estado Português, através da DGTF.

O Capital inicial da EDIA (€ 2.493.990) foi sucessivamente aumentado, no período de 1996 a

2009.

Em 31 de dezembro de 2013, o capital social da Empresa, integralmente subscrito e realizado,

de € 387.267.750 é composto por 77.453.550 ações com o valor nominal de € 5 cada.

16.2. Outras Reservas

A rubrica “Outras Reservas” inclui, essencialmente:

€ 8.479.554 de subsídios recebidos em 1995, no âmbito da transferência para a EDIA

das verbas incluídas no Orçamento de Estado para a extinta Comissão Instaladora do

Alqueva;

€ 592.267 relativos à transferência para a EDIA do ativo da referida Comissão;

€ 9.975 referentes à doação de um mural para o edifício da sede da EDIA; e

€ 120.904 de subsídios afetos às áreas sobrantes (que não configuram investimentos

amortizáveis).

Estas reservas não foram impostas pela lei ou pelos estatutos, nem constituídas de acordo com

contratos firmados pela Empresa.

Euros

Capital Realizado 387.267.750 387.267.750

Outras Reservas 9.202.700 9.202.700

Resultados Transitados -866.619.849 7.708.587 -858.911.262

Resultado Líquido do Período 7.703.003 22.246.458 -14.543.455

Interesses Minoritários 16.763 334.721 -317.958

-462.429.633 7.708.587 22.581.179 -477.302.225

Capital Próprio Saldo Inicial Aumentos Diminuições Saldo Final

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298 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

16.3. Resultados Transitados

O resultado desta rubrica em 31 de dezembro de 2013 (€ 858.911.262 negativos) está

essencialmente influenciado com o reconhecimento de perdas por imparidade nos “Ativos

Intangíveis” do segmento “água”, cujo valor acumulado (líquido dos respetivos subsídios que

têm vindo a ser desreconhecidos) ascende a € 849.633.492.

17. Imparidade de Ativos

17.1. Imparidade de Ativos Intangíveis

Na sequência da cedência à EDP, pelo período de 35 anos, da exploração das centrais

hidroelétricas de Alqueva e de Pedrógão e dos direitos de utilização privativa do respetivo

domínio público hídrico, encontravam-se já definidas, desde outubro de 2007, a generalidade

das receitas de exploração associadas à componente hidroelétrica do EFMA até ao ano de 2042.

No entanto, à data do encerramento das contas de 2009 e das de anos anteriores, ainda não havia

sido definido, pelo MAM, o tarifário de fornecimento de água a partir do sistema primário do

Empreendimento, o qual iria influenciar de forma determinante as receitas de exploração

esperadas da Empresa e permitiria avaliar em que medida as receitas totais de exploração

esperadas com a utilização do domínio público hídrico afeto ao EFMA (as associadas ao

fornecimento de água para rega e abastecimento humano, e as decorrentes da exploração

hidroelétrica) permitiriam recuperar o investimento global previsto no âmbito do

Empreendimento.

No entanto, seria já possível, à data de encerramento das contas, quer de 2009 quer de anos

anteriores, prever que os investimentos realizados no EFMA implicariam a necessidade de

reconhecimento de perdas de imparidade.

No entanto, é importante ter presente que o EFMA foi concebido como um instrumento de

desenvolvimento regional de uma zona deprimida do interior do país, com especial enfoque na

conversão do sector agrícola de sequeiro para regadio.

O EFMA representa uma obra de aproveitamento de recursos hídricos associados ao Rio

Guadiana e que garante uma reserva estratégica de água, contribuindo para inverter as

tendências de declínio populacional e económico de uma vasta região do Alentejo, revestindo-

se, assim, de um enorme interesse nacional, com os consequentes benefícios que advêm da sua

concretização, ao nível da melhoria da qualidade de vida da população da região do Alentejo,

bem como à promoção económica, social e ambiental.

Este investimento destinou-se, desde sempre, a suprimir enormes carências existentes na região

relacionadas com a disponibilidade de água para fins de abastecimento humano, agrícolas e

industriais. Nesse sentido, e considerando também as externalidades positivas geradas para a

económica nacional, nunca esteve em causa o retorno financeiro dos ativos do EFMA,

exclusivamente decorrente das receitas geradas pela atividade da EDIA. O pressuposto

fundamental consistia em garantir que os benefícios económicos futuros tivessem capacidade de

cobrir os custos de exploração das atividades (sem considerar a amortização dos investimentos),

gerando expetavelmente resultados de exploração positivos.

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299 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

O Estado Português assumiu desde a sua génese o caráter de fins múltiplos deste

Empreendimento, cuja concretização decorreria da utilização plena e eficiente da enorme

“reserva estratégica de água” a armazenar nas albufeiras de Alqueva e Pedrógão. Sendo detentor

único do capital da EDIA, o Estado Português sempre assumiu, como consequência, a

necessidade de assegurar a dotação dos fundos necessários à prossecução do seu objeto, criando

as condições para a Empresa honrar os compromissos assumidos no decorrer da execução do

projeto.

O rédito do serviço disponibilizado pela EDIA relacionado com a distribuição de água é

calculado de acordo com a tarifa definida pelo Estado, que por sua vez, no seu cálculo,

considera um conjunto de pressupostos que extravasam o interesse económico dos

investimentos realizados.

Existindo (desde anos anteriores) indícios de que os ativos do segmento “água” estariam em

imparidade, mas não sendo possível calcular a quantia recuperável de ativos individuais afetos a

este segmento, dada a forte interligação dos influxos de caixa dos vários ativos ou grupos de

ativos do segmento, a EDIA determinou a quantia recuperável da unidade geradora de caixa

(“mais pequeno grupo identificável de ativos que seja gerador de influxos de caixa e que seja

em larga medida independente dos influxos de caixa de outros ativos ou grupos de ativos”) que

corresponde a todo o segmento “água”.

Na sequência da definição, em 2010, do tarifário de fornecimento de água do sistema primário,

a EDIA estimou a quantia recuperável dos ativos do segmento “água” através da determinação

do respetivo valor de uso, tendo-se concluído que o valor presente dos fluxos de caixa futuros

associados a este segmento é negativo, pelo que a perda de imparidade nas referidas datas

corresponde ao valor total dos ativos (líquido dos passivos indissociáveis) afetos a este

segmento.

Para este efeito, foram considerados fluxos de caixa até o ano de 2082, ano em que termina

contrato de concessão à EDIA que contempla a gestão, exploração e utilização privativa do

domínio público hídrico afeto ao EFMA, ao abrigo do disposto no Decreto - Lei N.º 313/2007.

Para a atualização dos fluxos de caixa futuros foi utilizada uma taxa de desconto de 5,49%

baseada no custo médio ponderado do capital (Weighted Average Cost of Capital – WACC), por

forma a refletir: (i) o valor temporal do dinheiro para os períodos até 2082; (ii) as expectativas

acerca das variações possíveis na quantia ou tempestividade dos fluxos de caixa; (iii) o preço de

suportar a incerteza inerente ao ativo; e (iv) outros fatores que os participantes no mercado

refletiriam ao apreçar os fluxos de caixa futuros que a Empresa espera obter dos ativos.

Tendo presente que todas as projeções futuras foram elaboradas com base em pressupostos

considerados razoáveis e suportáveis, tendo em conta o mercado presente e futuro e que as

decisões tomadas nas últimas projeções/estudos foram aprovadas por parte da administração da

EDIA, os principais pressupostos adotados são os seguintes:

Taxa de adesão ao recurso água crescente em 10 anos;

Consumo médio de água de 4.000 m3/ha, em 80% da área coberta;

Preço unitário de referência para fornecimento de água destinada a rega para fins

agrícolas, à saída da rede primária, de 0,042€/m3, sendo que os valores no 1.º ano

correspondem a 30% desse valor, aumentando anual, automática, progressiva e

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300 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

linearmente até atingirem o mencionado valor de referência no 8.º ano (conforme

Despacho N.º 9000/2010, de 26 de Maio); e

Taxa de atualização de preços de 2%.

Na medida em que as condições e pressupostos contemplados nos estudos de imparidade

reportados a 31 de dezembro de 2009 já existiam ou eram previsíveis à data do encerramento

das contas do exercício de 2008, no âmbito da reexpressão das demonstrações financeiras do

exercício de 2009, foram imputadas a Resultados Transitados as perdas de imparidade

correspondentes à totalidade dos ativos afetos ao segmento “água”, à data de 31 de dezembro de

2008.

Os ativos e passivos do segmento “água”, assim como as perdas de imparidade reconhecidas

com referência a 31 de dezembro de 2013 e a 31 de dezembro de 2012, podem ser apresentadas

da seguinte forma:

No Subsistema de Alqueva encontram-se integradas e em exploração as centrais mini-hídricas

de Alvito, Pisão, Roxo, Odivelas e no Subsistema do Ardila a central mini-hídrica de Serpa.

Estas infraestruturas tendo sido transferidas de “Ativos Intangíveis em Curso” para firme e

consideradas unidades geradoras de caixa ao abrigo da IAS 36 - “Imparidade de Ativos”, foram

alvo de testes de imparidade que permitissem concluir sobre qual a parte do investimento que

foi efetuado, está em imparidade ou não, especificamente para as componentes “elétrica” e

“rega”.

Este estudo, como todos os estudos de índole prospetiva, tem os seus resultados estritamente

ligados à validade das diferentes hipóteses de evolução que nele se consideram,

designadamente, e entre outros pressupostos, no que concerne aos volumes efetivamente

turbinados e aos custos unitários da energia, no horizonte de projeto.

A subdivisão destes custos pelas componentes “elétrica” e “rega” foi obtida pela separação dos

valores correspondentes aos investimentos diretamente afetos à produção de energia do restante,

tendo em consideração os valores das quantidades de obra e do equipamento existentes nestas

infraestruturas e que se encontram diretamente relacionadas com as funções “produção de

eletricidade” e “rega”.

Tendo presente estes pressupostos e o objetivo do estudo, face ao conjunto de análises

efetuadas, a conclusão foi de que estas unidades geradoras de caixa originam benefícios

económicos futuros suficientes para assegurar o retorno do investimento, isto é, não se

encontram em imparidade.

Euros

Segmento "água" 2013 2012

Ativos Intangíveis 1.374.094.732 1.343.345.743

Adiantamentos a Fornecedores de Ativos Intangíveis 194.089 0

Subsídios ao Investimento (524.461.241) (500.986.741)

Imparidade Acumulada 849.827.581 842.359.002

Perdas por Imparidade Reconhecidas no Período 7.468.579 -16.346.989

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301 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

De salientar que, de igual modo, de acordo com os estudos e melhores projeções da EDIA, não

existe qualquer imparidade ao nível dos ativos do segmento “energia”. As restantes perdas por

imparidade reconhecidas em 2013 (valor líquido de € 246.765) referem-se fundamentalmente ao

equipamento básico (barcos) da Gescruzeiros (€ 238.609).

17.2. Imparidade de Dívidas a Receber

O valor de € 275.864 registado na rubrica de “Imparidades de Dívidas a Receber” reflete na sua

maioria (€ 244.770) as imparidades da EDIA, que resultam dos indícios de incobrabilidade, isto

é, dos créditos em mora pelos serviços de distribuição de água, quando os clientes não respeitam

o prazo contratualizado entre a Empresa e o adquirente.

Os créditos que sejam considerados de cobrança duvidosa após avaliação por parte do Grupo

são objeto de reconhecimento contabilístico das respetivas imparidades.

18. Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes

O Grupo analisa de forma periódica eventuais obrigações que resultem de eventos passados e

que devam ser objeto de reconhecimento ou divulgação.

São reconhecidas provisões apenas quando o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou

construtiva) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa

obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente

estimado.

A subjetividade inerente à determinação da probabilidade e montante de efluxo de recursos

necessário para a liquidação das obrigações poderá conduzir a ajustamentos significativos, quer

por variação daquele pressuposto, quer pelo futuro reconhecimento de provisões anteriormente

divulgadas como passivos contingentes.

A mensuração das provisões é efetuada de acordo com a IAS 37 -“Provisões, Passivos

Contingentes e Ativos Contingentes”.

A EDIA considerou, com base no julgamento do Conselho de Administração e na análise

aprofundada de cada um dos processos por parte do Gabinete Jurídico interno e de advogados

externos, que estavam cumpridas as condições para o reconhecimento das provisões, referidas

no parágrafo 14 da IAS 37- “Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes”.

Em particular no que respeita à condição de que “seja provável que um exfluxo de recursos que

incorporem benefícios económicos será necessário para liquidar a obrigação”, foi utilizado o

critério definido no parágrafo 23 da referida IAS 37 – “Provisões, Passivos Contingentes e

Ativos Contingentes”, considerando como provável o exfluxo “se o acontecimento for mais

propenso do que não de ocorrer, isto é, se a probabilidade de que o acontecimento ocorrerá for

maior do que a probabilidade de isso não acontecer”.

Esta estimativa baseia-se numa análise técnica aprofundada do Gabinete Jurídico que emite,

para o efeito, um documento em que determina qual a melhor estimativa dos valores a

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302 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

provisionar, com base na experiência da EDIA quanto ao desfecho de processos semelhantes e

com base nas informações dos advogados externos que colaboram com a Empresa.

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, para fazer face aos

processos judiciais e outras obrigações presentes decorrentes de acontecimentos passados, o

Grupo constituiu provisões mas também fez reversões por as quantias provisionadas se

revelarem desnecessárias ou porque os processos findaram.

18.1. Provisão para Processos Judiciais em Curso e Expropriações Litigiosas

Em 31 de dezembro de 2013 são conhecidos vários processos litigiosos, resultantes, quer de

processos judiciais em curso, quer de expropriações, associados ao investimento do EFMA, que

poderão resultar em encargos e responsabilidades adicionais para a EDIA, tendo a Empresa

constituído provisões para cobrir estas responsabilidades, com base na sua melhor estimativa do

valor dos encargos futuros a suportar.

O montante (€ 7.069.765) refletido na rubrica de “Provisões” a 31 de dezembro de 2013,

decorre essencialmente dos seguintes processos judiciais em curso e processos a decorrer no

âmbito de expropriações litigiosas:

Euros

Saldo Inicial Aumentos Reduções Saldo Final

Provisões

Provisão para Processos Judiciais em Curso e Expropriações Litigiosas 10.742.437 490.418 4.163.090 7.069.765

Provisão IFRIC 12 1.173.396 953.391 2.126.787

Outras Provisões 253.217 253.217

11.915.833 1.697.026 4.163.090 9.449.769

Provisões (DCPF)2013

Euros

Saldo Inicial Aumentos Reduções Saldo Final

Provisões

Provisão para Processos Judiciais em Curso e Expropriações Litigiosas 10.363.061 386.553 7.177 10.742.437

Provisão IFRIC 12 1.269.089 95.693 1.173.396

11.632.150 386.553 102.870 11.915.833

Provisões (DCPF)2012

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303 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

A Portucel Recicla intentou contra a EDIA uma ação para pagamento de quantia certa, sob a

forma de processo ordinário, onde reclama o pagamento de € 8.280.914 (correspondendo ao

valor já faturado de € 7.832.833 acrescido de juros de mora). A EDIA respondeu a esta ação

com “embargos de executado”, alegando que nada deve à Portucel Recicla por se terem alterado

os pressupostos que presidiram à outorga do auto de expropriação. Para fazer face às eventuais

responsabilidades decorrentes deste processo, a EDIA constituiu, em anos anteriores, uma

provisão de € 4.140.457, que foi estimada em metade do valor reclamado pela Portucel Recicla.

Em dezembro de 2011 a EDIA reforçou esta provisão pelo valor de € 1.388.625 (50% do

montante de € 2.777.250), valor este, que corresponde à melhor estimativa do dispêndio a

efetuar e é destinado a garantir o reforço da quantia exequenda no processo judicial da Comarca

de Reguengos de Monsaraz, em que é exequente a Portucel Recicla S.A. Em dezembro de 2013,

a EDIA reforçou, uma vez mais, esta provisão pelo valor de € 490.418, que corresponde à

atualização dos juros vencidos sobre o capital, à data de dezembro de 2013, destinado a garantir

o reforço da quantia exequenda no processo judicial da Comarca de Reguengos de Monsaraz,

em que é exequente a Portucel Recicla S.A. e que se mantém provisionado à data deste relato.

A EDIA interpôs uma ação contra o consórcio Edifer/Obrecol/Sopol, reclamando o pagamento

de € 4.233.022, acrescido de juros de mora, a título de ressarcimento pelas verbas despendidas

na reparação do canal da Infraestrutura 12 e ainda indemnização por danos na imagem. O

consórcio, em sede de reconvenção, reclama o pagamento de € 2.642.648 a título de juros de

mora por atrasos nos pagamentos e na libertação da caução. Constituiu-se, em 2010, uma

provisão no montante de € 1.321.324 que corresponde a 50% do pedido formulado pelo

consórcio. Em abril de 2013, é acordado e reciprocamente aceite um acordo entre a EDIA e o

consórcio Edifer/Obrecol/Opway, decorrente do litígio emergente do contrato da “Empreitada

de Construção da Totalidade do Canal de Adução da IE12, Reabilitação da Barragem do Monte

do Marmelo, Estação Elevatória do Monte do Marmelo e Rede Secundária do 1º Bloco de Rega

Euros

Processos Judiciais 31-Dez-13 31-Dez-12

Portucel Recicla (Empreitada de Desmantelamento) 6.019.500 5.529.082

Processo Arbitral EDIA/Consórcio EDIFER/OBRECOL/SOPOL (Empreitada IE12) - 1.321.324

Processo Arbitral EDIA/Consórcio EDIFER/OBRECOL/SOPOL (Empreitada Equip.Colectivos nova Aldeia da Luz) - 917.117

Processo Arbitral EDIA/Tecnasol FGE 726.343

Processo Arbitral EDIA/Alexandre Barbosa Borges SA 604.005 604.005

Processo Arbitral EDIA/Teixeira Duarte SA/EPOS SA - 490.430

Geraldo Magela Assis 488.852

Municípios de Reguengos de Monsaraz, Mourão,Portel,Moura e Alandroal190.000 190.000

Monte Adriano SA185.155 185.155

Herdeiros de Luís Soares da Cunha Florim - 150.000

Império Bonança - 65.748

Outros 6.995 10.270

7.005.654 10.678.326

Processos de Expropriação Litigiosas

Herdade dos Bacelos 55.068 55.068

Joaquim Conceição Rato 4.737 4.737

Outros 4.306 4.306

64.111 64.111

7.069.765 10.742.437

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304 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

da mesma infraestrutura”, que se traduz na anulação da provisão constituída, no valor de €

1.321.324, deste processo arbitral.

Em relação ao processo interposto pelo consórcio Edifer/Obrecol/Sopol, relativo à Empreitada

das habitações e comércios da construção da Nova Aldeia da Luz (provisão de € 917.117), é de

salientar que, nos termos de sentença proferida pelo Tribunal Arbitral em setembro de 2006,

ratificada em reunião de 24 de abril de 2007, a EDIA foi condenada a pagar € 710.015 mais

revisões de preços e juros, e paralelamente, o consórcio foi condenado ao pagamento de €

85.894. A EDIA impugnou o acórdão proferido, junto do Tribunal Administrativo. Ainda no

âmbito do acordo atrás referido, mas relativo à Empreitada das habitações e comércios da

construção da nova aldeia da Luz decorrente do litígio a título de trabalhos adicionais e custos

de estaleiro e correspondentes revisões de preços e juros de mora, foi também anulada a

provisão inicialmente constituída deste processo arbitral, no valor total de € 917.117.

No que concerne ao processo intentado pela Tecnasol FGE à EDIA, referente à Empreitada de

tratamento de fundações e de implementação do plano de observação do aproveitamento de

Pedrógão, a autora reclama, a título de trabalhos a mais e indemnização de maior onerosidade

na realização dos trabalhos, a quantia de € 1.198.090 acrescida de juros no montante de €

254.596. A EDIA, em anos anteriores, tinha uma provisão constituída (€ 726.343) que

correspondia a 50% dos valores reclamados (valor este que corresponde à melhor estimativa do

dispêndio a efetuar). Na sequência de audiência preliminar em 17 de janeiro de 2013, o Tribunal

não aceitou a ação, dando razão à tese da EDIA. A Autora recorreu entretanto para o Tribunal

Central Administrativo Sul, tendo a EDIA apresentado contra-alegações e recorrido

subordinadamente em relação a uma outra exceção que havia invocado e que o Tribunal não

julgou procedente. No entanto é convicção da EDIA que o recurso interposto pela Autora não

vai merecer provimento mas que o recurso por ela interposto irá. Defendendo a EDIA que a

probabilidade de sucesso é superior a 50% e que o valor esperado da responsabilidade é nulo,

desreconheceu nas suas contas, em 2013, a respetiva provisão.

Em 2011, na sequência da ação de condenação (ainda na fase dos articulados), intentada pela

empresa Alexandre Barbosa Borges SA, contratada pela EDIA para a execução da “Empreitada

de construção das centrais mini-hídricas do Alvito e de Odivelas do EFMA”, a Autora peticiona

o pagamento de € 1.208.009. Este montante é a título de trabalhos a mais titulados em contrato

adicional, acrescido de juros vencidos, custos indiretos de produção e juros de mora sobre a

faturação paga em atraso. A provisão constituída (€ 604.005) corresponde a 50% do pedido

formulado pelo Consórcio, que a EDIA considera a melhor estimativa do dispêndio a efetuar.

Em 2010 a EDIA foi citada para contestar uma ação judicial interposta pelas empresas Teixeira

Duarte, SA e EPOS, SA onde é reclamado o pagamento de € 671.983 a título de juros de mora

por atraso no pagamento de faturas vencidas no âmbito da Empreitada de Construção do Túnel

Loureiro - Alvito. A EDIA contestou por exceção e impugnação e atendendo à matéria em

discussão, constituiu uma provisão no valor de € 490.430, correspondente ao valor mínimo que

a EDIA teria que pagar se não vingasse a defesa por exceção. A 9 de dezembro de 2013

realizou-se uma audiência preliminar, no sentido de se alcançar uma solução extrajudicial. A

EDIA formulou à Teixeira Duarte uma proposta de pagamento no valor de € 300.000,

considerando as datas de vencimento a partir da data de receção efetiva das faturas na Empresa,

bem como aceitar os juros de mora associados a um atraso superior a 60 dias. A Teixeira Duarte

contrapôs a verba de € 400.000 que não foi aceite pela EDIA.O processo terminou entretanto

por transação, nos termos da qual, a Teixeira Duarte reduziu o pedido para € 300.000, que

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305 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

atendendo ao risco judicial associado, a EDIA entendeu ser um bom acordo. Concordou, pagou

e anulou a respectiva provisão.

Em 2012, cinco municípios da área do regolfo de Alqueva (Reguengos de Monsaraz, Mourão,

Portel, Moura e Alandroal) interpuseram uma ação que respeita ao pagamento de rendas

alegadamente em dívida pela EDIA àqueles municípios, nos termos do disposto no Decreto-Lei

N.º 424/83, de 6 de dezembro, que obriga a EDP, enquanto titular de centros electroprodutores,

ao pagamento de determinadas verbas anuais aos municípios afetados. Não é formulado pedido

exato por alegada falta de elementos para aplicar a fórmula de cálculo do valor das rendas

legalmente previstas. A EDIA vai contestar, mas a sua direção operacional de infraestruturas

primárias e de energia estimou um valor de rendas na ordem dos € 190.000, valor pelo qual foi

constituída a provisão para este processo.

No ano de 2012, foi interposta uma ação pela empresa de construção Monte Adriano S.A., no

âmbito da Empreitada de construção do 3.º troço do adutor Pisão-Roxo (Penedrão-Roxo) e da

barragem do Penedrão. O empreiteiro reclama o pagamento de trabalhos no valor de € 370.310,

alegando que esse montante não lhe foi pago por incorreta interpretação da EDIA a respeito do

âmbito de trabalho de determinada rubrica do mapa de quantidades. A EDIA contestou e

provisionou 50% (€ 185.155) do montante pedido pelo empreiteiro, que se considera como a

melhor estimativa do dispêndio a efetuar.

Numa ação de condenação decorrente de um acidente que vitimou um particular, ocorrido em

Alqueva, foi interposto um recurso para o Tribunal da Relação. O Acórdão foi proferido, a

EDIA foi absolvida, mas ainda sem trânsito em julgado, que não altera a decisão relativamente à

EDIA. Face ao exposto foi entendimento interno do Gabinete Jurídico, a anulação da respetiva

provisão no valor de € 150.000.

O processo referente a uma ação de condenação, em que é reclamada uma indemnização

decorrente de um acidente numa obra de Alqueva (Instância suspensa), mas em que a

probabilidade de “exfluxo de recursos” é inferior a 50%, foi entendimento da EDIA, não

provisionar mas divulgar apenas no Anexo à Demonstração da Posição Financeira e à

Demonstração do Rendimento Integral, pois está perante passivos contingentes.

A constituição de provisões no âmbito de processos de expropriação litigiosos conduzidos pela

EDIA obedece a um conjunto de pressupostos que, em função da fase de desenvolvimento do

processo e dos valores provisoriamente estabelecidos em cada uma delas (proposta da EDIA,

arbitragem, peritagem, sentença e eventuais recursos), vão determinando a variação do valor de

cada provisão constituída.

Relativamente a estes processos, apenas um merece referência, conforme enunciado abaixo. Os

demais processos, além de envolverem montantes de baixo valor, estão em juízo por razões que

não se prendem com a existência de litígio, mas sim com o desconhecimento dos proprietários,

litígio entre herdeiros, entre outros.

De salientar que o facto das provisões para vários dos processos judiciais em curso terem sido

quantificadas em 50% dos valores reclamados pelos autores dos processos, decorre do processo

de mensuração da provisão, ou seja, foi considerado que 50% do valor reclamado seria a melhor

estimativa do dispêndio exigido para liquidar a obrigação no fim do período de relato, nos

termos do parágrafo 36 da IAS 37 - “Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes”.

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306 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

18.2. Provisão IFRIC 12

As infraestruturas relativas às utilizações do domínio público hídrico afeto ao EFMA, objeto do

respetivo contrato de concessão, celebrado entre a EDIA e o Estado, e que fazem parte do

sistema primário (barragens; centrais hidroelétricas e rede primária) do Empreendimento,

enquanto durar a concessão, são propriedade da concessionária.

A rubrica “Provisão - IFRIC 12” reflete o valor presente da estimativa de encargos relativos à

obrigação contratual de manter/conservar, ao longo do período da concessão, as infraestruturas

afetas às atividades de produção de energia e de distribuição de água, que revertem para o

Estado no final do período da concessão. Esta provisão engloba apenas as grandes reparações e

substituições que se prevê que venham a ser efetuadas ao longo do período da concessão, não

incluindo, assim, a manutenção e a conservação correntes desses ativos, as quais são

reconhecidas como gastos nos exercícios em que ocorrem.

Esta provisão foi reconhecida e mensurada, com base nos pressupostos do estudo de viabilidade

económico e financeiro utilizado:

Valor total dos investimentos em exploração, nomeadamente os equipamentos e a

construção civil, sem considerar o valor dos terrenos submersos e sobrantes;

Aplicação de uma taxa estimada de 0,2% aos investimentos da atividade de distribuição

de água, para apuramento do custo médio das grandes reparações anuais;

Não se consideram custos de grandes reparações para a atividade produção de energia

uma vez que ao abrigo do contrato de subconcessão celebrado com a EDP, estes custos

são da sua responsabilidade;

Prazo estimado para fazer face a grandes reparações, nos equipamentos e na construção

civil, de 20 e 30 anos respetivamente;

Taxa média de financiamento para o período de 2013-2082; e

A previsão da Euribor é feita com base nas taxas spot da Bloomberg.

Em 2013, no âmbito da aplicação da IFRIC12- “Acordos de Concessão de Serviços”, foi feito

um reforço da provisão, em relação às infraestruturas que já se encontram em exploração, no

montante de €953.391, ficando a mesma registada por um valor total de €2.126.787.

18.3. Outras Provisões

Em 2007, a empresa Gestalqueva, S.A. (em liquidação à data de 31 dezembro de 2013) prestou

uma fiança no Banco Português de Investimento (BPI), sobre um contrato de abertura de crédito

até ao montante de € 600.000. Prevendo-se um exercício de 2013 difícil, sabendo da

indisponibilidade da Comissão Liquidatária da Gestalqueva, S.A. para proceder a suprimentos

financeiros à Gescruzeiros, S.A. o Conselho de Administração negociou no início do ano, com o

BPI, a carência de capital durante o ano de 2013, até ao previsível desfecho da alienação do

capital da Gescruzeiros, S.A. pela Comissão Liquidatária da Gestalqueva, S.A..

À data de 31 de dezembro de 2013, o valor do financiamento ascende a € 301.684, tendo a

Gestalqueva, S.A constituído uma provisão, na proporção dos 51% que detém na Gescruzeiros,

S.A., no valor de € 153.859.

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307 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Para o saldo desta conta concorre também o montante de € 99.358, resultante da provisão

constituída pela EDIA, como sócia maioritária da Gestalqueva, S.A., para fazer face a futuras

responsabilidades que possam vir a ocorrer e que poderão não ser assumidas pelos restantes

acionistas (autarquias).

19. Financiamentos Obtidos

O financiamento dos investimentos realizados nas várias infraestruturas do EFMA envolveu, até

à presente data, a contratação de vários empréstimos por obrigações, de um empréstimo do

Banco Europeu de Investimento (BEI) e de diversos empréstimos bancários de curto prazo. Em

31 de dezembro de 2013, estão em vigor os seguintes financiamentos obtidos:

BEI - € 135 000 000

Data de início do contrato: 1999

Prazo: 20 anos

Período de carência: 7 anos

O montante de € 135.000.000,00, refletido na conta de empréstimos, resulta da

utilização total das tranches A, B, C e D

O reembolso deste empréstimo será efetuado da seguinte forma:

€ 35.000.000 - Tranche A - 18 amortizações anuais e consecutivas com início

em Setembro de 2007

€ 35.000.000 - Tranche B - 23 amortizações anuais e consecutivas com início

em Setembro de 2007

€ 32.500.000 - Tranche C - 18 amortizações anuais e consecutivas com início

em Março de 2009

€ 32.500.000 - Tranche D - 23 amortizações anuais e consecutivas com início

em Março de 2009

Taxa Juro: taxa determinada pelo BEI em conformidade com os procedimentos

estabelecidos pelo seu Conselho de Administração e que não poderá exceder a taxa

Euribor 3 meses acrescida de 0,15%

Reembolsos até 31-12-2013 - € 40 356 280

Montante em Dívida: € 94 643 720

Empréstimo Obrigacionista - € 300 000 000

Data de início do contrato: 2003

Prazo: 15 anos

Reembolso: total no final do contrato (2018)

Este empréstimo obrigacionista, foi celebrado junto do BNP Paribas e do Caixa-Banco

de Investimento, S.A.

Euros

Correntes Não Correntes Correntes Não Correntes

Empréstimos por Obrigações 109.555 449.517.750 449.627.305 418.698 449.053.348 449.472.046

Empréstimos Bancários 101.061.520 87.958.938 189.020.458 69.872.540 94.866.028 164.738.567

Contas Correntes Caucionadas 80.850.000 80.850.000 77.600.000 77.600.000

Locações Financeiras 30.882 30.882 35.481 35.481

Depósitos à Ordem-Saldos Credores 45.301 45.301 54.099 54.099

182.097.258 537.476.688 719.573.946 147.980.818 543.919.376 691.900.193

Financiamentos Obtidos31-Dez-13

Total31-Dez-12

Total

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308 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Os cupões são trimestrais e o seu reembolso é “bullet”

Taxa Juro: Euribor 3 meses + Spread 0,10%

Empréstimo Obrigacionista - € 56 180 000

Data de início do contrato: 2007

Prazo: 20 anos

Reembolso: total no final do contrato (2027)

Este empréstimo obrigacionista foi contraído junto do Millennium BCP e do BPI

Os cupões são semestrais e o seu reembolso é “bullet”

Taxa Juro: Euribor 3 meses + Spread 0,005%

Empréstimo Obrigacionista - € 94 350 000

Data de início do contrato: 2010

Prazo: 20 anos

Reembolso: a partir de fevereiro de 2017, inclusive, 28 prestações semestrais, iguais e

sucessivas

Este empréstimo obrigacionista foi contraído junto do Sindicato Bancário constituído

por Banco Infrastrutture Innovazione e Sviluppo, SpA (BIIS); Banco BPI, S.A. (BPI);

Banco Santander Totta, S.A. (Santander); Caixa - Banco de Investimento, S.A.

(CaixaBI); Dexia Sabadell, S.A. – Sucursal em Portugal (Dexia)

Taxa Juro: Euribor 6 meses + Spread 2,65%

Conta Corrente Caucionada Santander-Totta - € 5 000 000

Data de início do contrato: 02/11/2013

Data do fim do contrato: 02/05/2014

Taxa de juro: Euribor a 3 meses + Spread 6,75%

Conta Corrente Caucionada BES – € 45 000 000

Data de início do contrato: 20/11/2013

Data do fim do contrato: 19/02/2014

Taxa de juro: Euribor a 3 meses + Spread 8%

Conta Corrente Caucionada BES – € 30 850 000

Data de início do contrato: 20/11/2013

Data do fim do contrato: 19/02/2014

Taxa de juro: Euribor a 3 meses + Spread 8%

Empréstimo Bancário (Curto Prazo) Millennium BCP – € 41 429 785

Data de início do contrato: 27/12/2013

Data do fim do contrato: 30/01/2014

Taxa fixa: 3,985%

Empréstimo Bancário (Curto Prazo) BPI – € 7 925 000

Data de início do contrato: 16/12/2013

Data do fim do contrato: 14/03/2014

Euribor a 3 meses + Spread 7%

Empréstimo Bancário (Curto Prazo) CGD – € 1 900 000

Data de início do contrato: 09/10/2013

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309 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Data do fim do contrato: 13/01/2014

Euribor a 3 meses + Spread 5,75%

Empréstimo Bancário (Curto Prazo) CGD – € 31 069 000

Data de início do contrato: 16/12/2013

Data do fim do contrato: 17/03/2014

Euribor a 3 meses + Spread 5,75%

Empréstimo Bancário (Curto Prazo) CGD – € 3 300 000

Data de início do contrato: 16/12/2013

Data do fim do contrato: 17/03/2014

Euribor a 3 meses + Spread 5,75%

Os financiamentos obtidos no Millennium BCP (€ 8.280.914) e no Banco Espírito Santo (€

166.528) correspondem a empréstimos destinados a financiar a constituição de depósitos

caução, ambos à ordem do Tribunal de Reguengos de Monsaraz, no âmbito do processo judicial

a decorrer com a Portucel Recicla e de processos litigiosos de expropriação, respetivamente.

O escalonamento das dívidas constantes na Demonstração da Posição Financeira em 31 de

dezembro de 2013 e em 31 de dezembro de 2012, com vencimento a mais de 5 anos, ascende a:

Para cumprimento do definido na IAS 23 - “Custos de Empréstimos Obtidos”, nomeadamente

quanto ao dever da entidade divulgar a quantia de gastos com os empréstimos obtidos,

capitalizada durante o período e a taxa de capitalização usada para determinar a quantia dos

gastos dos empréstimos obtidos elegíveis para capitalização, indica-se que, no ano de 2013,

foram capitalizados os gastos a uma taxa média de 43,68% perfazendo o valor de € 8.132.391.

Euros

31-Dez-13 31-Dez-12

Empréstimos por Obrigações Não Convertiveis

Empréstimo Obrigacionista de 2003 (300 M€) - 300.000.000

Empréstimo Obrigacionista de 2007 (56,18 M€) 56.180.000 56.180.000

Empréstimo Obrigacionista de 2010 (94,35 M€) 80.871.429 87.610.714

Dívidas a Instituições de Crédito

Banco Europeu de Investimento (135M€) 61.219.807 67.904.589

Total 198.271.235 511.695.303

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310 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

20. Fornecedores e Outras Contas a Pagar

20.1. Fornecedores c/c e Fornecedores de Investimento

Os saldos dos fornecedores associados aos investimentos na rede secundária, evidenciados na

rubrica de “Inventários”, são registados na rubrica “Fornecedores C/C”, em vez de

“Fornecedores de Investimento”, pois não decorrem de investimentos em ativos fixos tangíveis

ou intangíveis mas de trabalhos de construção relevados na rubrica de “Fornecimentos e

Serviços Externos”.

20.2. Fundos Comunitários

Esta conta inclui: (i) no Passivo Corrente, os fundos já recebidos, afetos à rede secundária, em

que a despesa ainda não foi realizada, mas que se prevê que seja realizada até final do ano de

2014, dado que existe uma probabilidade efetiva de serem reembolsados (ii) no Passivo não

Corrente, os adiantamentos recebidos de financiamentos comunitários, no âmbito do PRODER,

em que só é expectável a sua utilização, por dedução a despesa a realizar, a mais de doze meses.

Estas candidaturas foram aprovadas no fim do ano de 2012 e o seu encerramento está previsto

para o final de 2015.

20.3. Credores por Acréscimos de Gastos

A conta de “Credores por Acréscimos de Gastos” reflete essencialmente o valor especializado

dos gastos com os juros de financiamentos obtidos e comissões de garantia (essencialmente

empréstimos obrigacionistas e contas correntes caucionadas) no montante total de € 3.597.693.

Esta conta inclui também outros valores especializados, nomeadamente: (i) € 1.404.837

relativos ao investimento realizado numa empreitada em curso da rede secundária de rega (auto

do mês de dezembro de 2013), cuja fatura deu entrada na Empresa em janeiro de 2014 e (ii)

gastos com eletricidade no montante de €114.618 faturados no mês seguinte (janeiro 2014)

àquele a que os consumos se referiam.

Euros

Correntes Não Correntes Correntes Não Correntes

Fornecedores

Fornecedores C/C 13.024.804 7.288.553

13.024.804 7.288.553

Outras Contas a Pagar

Fundos Comunitários 12.332.719 15.517.311 12.332.719 15.517.311

Fornecedores de Investimento 8.024.387 7.589.443

Credores por Acréscimos de Gastos 6.221.489 4.138.982

Pessoal 2.098 21.866

Outros Credores 278.435 1.274.910

26.859.128 15.517.311 25.357.920 15.517.311

Fornecedores e Outras Contas a Pagar31-Dez-13 31-Dez-12

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311 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Esta conta traduz também o montante estimado de gastos com férias e subsídio de férias, dos

funcionários da EDIA, referentes a 2013 (a pagar em 2014) nos montantes de € 376.343 e

€ 373.924 respetivamente.

21. Variação nos Inventários da Produção

A variação nos inventários da produção a 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012

discrimina-se da seguinte forma:

Na sequência da publicação do Decreto-Lei N.º 335/2001, de 24 de dezembro, que, com

exceção da Infraestrutura 12 e do Perímetro de Rega da Luz, prevê a transferência para o Estado

(MAM) das infraestruturas integrantes da rede secundária de rega afeta ao EFMA, a EDIA

passou, a partir do exercício de 2002, a evidenciar o gasto das obras com as infraestruturas da

rede secundária de rega na rubrica de “ Inventários”. Em 2013, com a entrada em exploração de

mais dois perímetros de rega, Ervidel 2 e 3 e Pedrogão 1-margem direita, e conforme tratamento

dado em anos anteriores a outras infraestruturas da mesma natureza, procedeu-se à transferência

dos investimentos que estão associados a essas infraestruturas, que se encontravam na conta

“Produtos e Trabalhos em Curso” para a conta “Produtos Acabados e Intermédios”.

Na sequência dos dois contratos de entrega celebrados com o Estado (DGADR), em abril e

novembro de 2013, o saldo à data do relato, da conta de “Produtos Acabados e Intermédios”,

relacionado com a rede secundária, investimentos nos perímetros de rega substancialmente

concluídos e já em exploração, foi transferido para a rubrica de “Outras Contas a Receber”

(conta da DGADR), tendo presente que é o Estado que tem a propriedade de todas as

infraestruturas da rede secundária que a EDIA construiu, em sua representação.

Euros

Produtos Acabados e Intermédios 31-Dez-13 31-Dez-12

Inventário Final - 355.001.498

Inventário Inicial -355.001.498 -332.850.998

Variação nos Inventários da Produção-355.001.498 22.150.500

Produtos e Trabalhos em Curso 31-Dez-13 31-Dez-12

Inventário Final 23.117.597 68.758.146

Transferências 430.073.099 -

Inventário Inicial -68.758.146 -51.092.138

Variação nos Inventários da Produção 384.432.550 17.666.008

29.431.052 39.816.508

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312 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Os investimentos em curso das infraestruturas da rede secundária de rega, que correspondem

essencialmente a projetos afetos aos blocos de rega ainda em construção, continuam a ser

registados na subconta de “Produtos e Trabalhos em Curso”.

A variação verificada na rubrica “Variação nos Inventários da Produção”, face ao período

homólogo, resulta essencialmente pela baixa taxa de realização de investimentos na rede

secundária no ano de 2013.

22. Trabalhos para a própria Entidade

Os trabalhos para a própria entidade registam a imputação ao investimento em curso (rubricas

de “Ativos Fixos Tangíveis” e “Ativos Intangíveis”) dos gastos afetos às áreas operacionais da

Empresa ligadas diretamente à construção das infraestruturas do EFMA. Estes gastos estão

diretamente afetos à rede primária e ao centro de cartografia, efetuados sob administração direta

da Empresa.

23. Fornecimentos e Serviços Externos

A rubrica de “Fornecimentos e Serviços Externos” apresenta uma variação negativa

significativa, em termos homólogos, resultado do decréscimo da conta de “Subcontratos”,

consequência de um menor volume de investimento na rede secundária de rega (evidenciado na

Euros

Subcontratos 27.951.748 37.948.956

Electricidade 4.357.009 4.997.381

Conservação e Reparação 1.073.861 953.410

Trabalhos Especializados 1.026.716 926.734

Seguros 451.567 463.607

Rendas e Alugueres 249.947 256.885

Combustíveis 222.225 229.774

Vigilância e Segurança 218.531 247.985

Honorários 209.138 228.455

Comunicação 119.469 134.542

Limpeza e Higiene 108.334 105.137

Publicidade e Propaganda 100.823 131.234

Ferramentas e Utensílios 44.629 52.934

Contencioso 33.519 164.990

Deslocações e Estadas 33.233 23.636

Despesas de Representação 20.842 18.993

Material Escritório 17.247 16.952

Outros 99.364 127.506

Total 36.338.202 47.029.111

Fornecimentos e Serviços Externos 31-Dez-1231-Dez-13

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313 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

rubrica “Inventários”), sendo esta diminuição de gastos compensada por uma redução de

montante similar na conta de “Variação dos Inventários da Produção”.

Os aumentos mais significativos ocorreram nas rubricas de “Conservação e Reparação” e

“Trabalhos Especializados”, uma vez que o número de infraestruturas em exploração aumentou,

pelo que os gastos com pessoal técnico especializado na manutenção preventiva dos

equipamentos nessas infraestruturas, dos perímetros de rega, também subiram. A consequente

cessação de capitalização dos gastos inerentes às infraestruturas da rede primária a montante é

também um dos fatores decisivos para este acréscimo de gastos.

24. Gastos com o Pessoal

O número de trabalhadores do Grupo em 2013 e 2012 foi de 189 e 195, respetivamente.

Os “Gastos com o Pessoal” do Grupo EDIA tiveram a seguinte composição:

Face ao período homólogo, apesar de se ter verificado uma redução dos gastos mensais com os

órgãos sociais, uma vez que o número de membros do Conselho de Administração da Empresa

passou de quatro para três, esta rubrica apresenta um aumento significativo, que resulta

sobretudo da reposição em 2013, das remunerações ao pessoal referente aos 13.º e 14.º meses,

não pagas em 2012, mas também da reposição do subsídio de férias de 2012 na sequência do

Acórdão do Tribunal Constitucional de 5 de abril 2013.

Em 2013, as demonstrações financeiras refletem não só os duodécimos do subsídio de férias de

2013 (a pagar em 2014) e do subsídio de Natal (que tem vindo a ser processado e pago em

duodécimos em 2013-Artigo 28.º da Lei N.º 66-B/2012 de 31 de dezembro), mas também o

subsídio de férias de 2012 pago no segundo semestre de 2013, na sequência do Acórdão n.º

187/2013, de 5 de abril, do Tribunal Constitucional, que declarou a inconstitucionalidade de

alguns artigos da Lei do Orçamento do Estado para 2013, nomeadamente o artigo 29.º da Lei n.º

66-B/2012 de 31 de dezembro, referente à suspensão do pagamento do subsídio de férias ou

equivalente.

Em 2013 mantiveram-se em vigor algumas das medidas de redução de custos do Sector

Empresarial do Estado (SEE) aprovadas nos anos anteriores:

Isenção de redução remuneratória para os trabalhadores que auferem uma remuneração

total ilíquida igual ou inferior a € 1.500 mensais;

Euros

Gastos com o Pessoal 31-Dez-13 31-Dez-12

Remunerações 4.903.547 4.200.675

Encargos Sociais 1.088.189 905.877

Outros Gastos com o Pessoal 335.140 271.844

6.326.876 5.378.396

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314 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Manutenção da redução efetiva de remuneração para todos os trabalhadores que

auferem uma remuneração total ilíquida calculada nos termos do N.º 1 do Art.º 20 da

Lei N.º 64-B/2011, de 30 de dezembro, superior a € 1.500 mensais;

Proibição de atribuição de prémios de desempenho ou outras prestações pecuniárias de

natureza afim;

Progressividade da redução remuneratória, de modo a assegurar maior redução por parte

e quem aufira uma redução total ilíquida mais elevada; e

Proibição de atribuição de quaisquer benefícios geradores de encargos, designadamente

subsídios, ajudas de custo ou quaisquer outros suplementos pecuniários com a

finalidade de compensar, direta ou indiretamente, as reduções remuneratórias.

Dado que, no decorrer do ano de 2013, não se registaram gastos com os órgãos sociais da

Gestalqueva, S.A., o valor das remunerações atribuídas aos membros dos órgãos sociais da

Empresa-Mãe, relacionadas com o exercício das suas funções foi o seguinte:

25. Outros Rendimentos e Ganhos

25.1. Juros

No âmbito do “Contrato de Concessão de Exploração das Centrais Hidroelétricas de Alqueva

(CHA) e Pedrógão (CHP)” celebrado com a EDP, a EDIA recebeu um montante inicial de €

195.000.000 e irá receber, por um período de 35 anos, um montante anual periódico de €

12.380.000 (valor atualizado em 2012).

Euros

31-Dez-13 31-Dez-12

Conselho de Administração 238.535 261.794

Revisor Oficial de Contas 40.000 45.781

Conselho Fiscal 29.143 27.355

Mesa da Assembleia Geral 2.067 388

Euros

Outros Rendimentos e Ganhos 31-Dez-13 31-Dez-12

Juros Concessão Exploração da CHA e CHP 3.193.897 3.027.391

Imputação de Subsídios ao Investimento 1.931.940 1.985.303

Outros Rendimentos Suplementares 239.580 89.100

5.365.417 5.101.794

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315 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

O montante de € 3.193.897 evidenciado na conta “Juros concessão exploração da CHA e CHP”

corresponde à parcela da remuneração (estabelecida no contrato com a EDP) que traduz a

atualização do capital (justo valor da subconcessão calculado à data da celebração do contrato),

com base numa taxa implícita de 5,5%.

25.2. Imputação de Subsídios ao Investimento

A rubrica “Imputação de Subsídios ao Investimento” reflete o reconhecimento em rendimentos

dos subsídios associados aos investimentos, na medida em que estes últimos são depreciados.

Não inclui:

Os subsídios destinados à construção da rede secundária de rega, que estão

evidenciados em “Diferimentos”, no Passivo não Corrente, uma vez que os ativos

correspondentes são propriedade do Estado. Estes subsídios foram, na sua maior parte,

deduzidos ao investimento, evidenciado na rubrica de “Inventários”, por a EDIA ter

executado estes investimentos com fundos próprios, em representação do Estado,

resultante do Contrato de Concessão celebrado em abril de 2013, com a DGADR; e

Os subsídios associados à atividade de distribuição de água, cujos ativos se tem vindo a

concluir que estão em imparidade total, pelo que têm vindo a ser desreconhecidos no

âmbito do registo das perdas de imparidade dos respetivos ativos, isto é, estas perdas

são reconhecidas na Demonstração do Rendimento Integral pelo valor líquido dos

respetivos subsídios.

26. Outros Gastos e Perdas

Em 2013 esta rubrica inclui € 1.252.784 decorrentes da mensuração de um depósito cativo de

€ 8.280.914 que não vence juros pelo seu custo amortizado (ver Nota 10), uma vez que se prevê

que a conclusão do respetivo processo judicial (Portucel Recicla) só venha a ocorrer no final de

2016.

Do restante valor apresentado na rubrica de “Outros Gastos e Perdas” é de salientar: (i) €

680.282 relativos ao pagamento de taxas, pelas utilizações dos recursos hídricos em várias

infraestruturas da EDIA, tais como Alqueva, Pedrógão, Cais da Barragem de Alqueva, furo da

Herdade da Coitadinha, (ii) € 29.023 referentes ao desreconhecimento do valor do PEC por

conta do IRC de 2009, (iii) € 27.674 de quotizações e (iv) € 14.663 de gastos incorridos com

impostos diretos (Imposto Municipal de Imóveis).

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316 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

27. Juros e Rendimentos Similares Obtidos e Juros e Gastos Similares Suportados

27.1. Rendimentos e Ganhos Financeiros

A conta “Outros Juros Obtidos” traduz, fundamentalmente, os juros de depósitos a prazo e à

ordem.

27.2. Gastos e Perdas Financeiros

O decréscimo ocorrido na conta “Juros e gastos similares suportados” deveu-se à diminuição

dos juros suportados associados aos empréstimos contraídos pela Empresa, dado que a taxa de

juro média real foi inferior à taxa de juro média em 2012, essencialmente em resultado da

descida da Euribor.

Os “Outros gastos e perdas financeiros” incluem essencialmente serviços bancários e comissões

de garantia dos empréstimos obrigacionistas e bancários.

28. Gastos/Reversões de Depreciação e Amortização

Os gastos/reversões de depreciação e amortização, em 2013 e 2012, discriminam-se da seguinte

forma:

Euros

Rendimentos e Gastos Financeiros 31-Dez-13 31-Dez-12

Rendimentos e Ganhos Financeiros

Outros Juros Obtidos 67.817 26.206

67.817 26.206

Gastos e Perdas Financeiros

Juros e Gastos Similares Suportados 10.508.192 10.894.178

10.508.192 10.894.178

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317 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

29. Interesses Minoritários

Os interesses minoritários na Demonstração da Posição Financeira discriminam-se como segue:

Os interesses minoritários na Demonstração do Rendimento Integral têm a seguinte

composição:

Euros

Ativos Fixos Tangíveis

Terrenos e Recursos Naturais 2 2

Edifícios e Outras Construções 271.254 278.946

Equipamento Básico 177.533 183.021

Equipamento de Transporte 13.042 30.942

Ferramentas e Utensílios 597 948

Equipamento Administrativo 53.674 120.685

Outros Ativos Tangíveis 39.807 51.600

555.909 666.144

Ativos Intangíveis

Terrenos e Recursos Naturais 851.120 850.004

Edifícios e Outras Construções 3.080.545 3.082.812

Equipamento Básico 1.281.414 1.282.387

Outros Ativos Intangíveis

Projetos de Desenvolvimento - 17.281

Programas de Computador 8.500 245.452

5.221.579 5.477.936

5.777.488 6.144.080

Gastos/Reversões de Depreciação e de Amortização 31-Dez-1231-Dez-13

Euros

Interesses Minoritários de Capital Próprio

Gestalqueva, S.A. (94.195) 10.597

Gescruzeiros, S.A. (223.763) 6.166

(317.958) 16.763

Interesses Minoritários - Demonstração da Posição

Financeira31-Dez-1231-Dez-13

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318 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

30. Segmentos Operacionais

A atividade do grupo EDIA está centrada em dois segmentos de negócio (Água e Energia). As

restantes áreas de negócio tais como o turismo, o ambiente, a cultura e a produção cartográfica,

devido à sua dimensão, foram agrupadas num único segmento (Projetos Especiais).

O segmento Água está relacionado com a gestão da utilização do domínio público hídrico afeto

ao EFMA com vista a garantir a sua distribuição através de critérios de rigor e sustentabilidade,

sendo constituído por duas vertentes: a do Armazenamento de Água, onde se destacam os

grandes reservatórios (albufeiras de Alqueva e de Pedrógão), e a da Adução de Água, traduzida

pelos diversos subsistemas de abastecimento de água (Alqueva, Pedrógão e Ardila).

A atividade de Armazenamento de Água tem como fim o fornecimento de água, quer para fins

agrícolas, industriais ou abastecimento populacional, quer para produção hidroelétrica. Esta

“subatividade” apresenta réditos, essencialmente, internos.

Após a entrada em exploração de diversos perímetros de rega e da resolução administrativa por

parte do Estado, através do Despacho nº 9000/2010 dos Ministérios das Finanças e da

Administração Pública, da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas e do Ambiente

e do Ordenamento do Território, sobre o preço a aplicar à distribuição da água, o grupo EDIA

iniciou verdadeiramente a atividade de exploração da componente Adução de Água, prevendo-

se a breve prazo, um aumento gradual dos ganhos devido à entrada em exploração de novos

perímetros, ao aumento de adesão ao regadio agrícola e à utilização da água para fins industriais

e turísticos.

O segmento Energia é constituído pela produção de eletricidade através das centrais

hidroelétrica de Alqueva e Pedrógão, Mini-hídricas de Alvito, Odivelas, Pisão, Roxo e Serpa e

pela Central Fotovoltaica de Alqueva. O volume de negócio resulta, essencialmente do

recebimento da renda relativa ao contrato de concessão das centrais hidroelétricas de Alqueva e

Pedrógão à EDP, por um período de 35 anos. No entanto, refere-se também a exploração neste

período de todas as centrais mini-hídricas e da central fotovoltaica, sendo essa atividade

remunerada pelo fornecimento da eletricidade entregue na rede elétrica nacional.

O segmento Projetos Especiais, como referido anteriormente, abrange diversas áreas das quais

se destacam:

Centro de Cartografia, projeto originalmente criado como um apoio ao investimento

realizado pelo grupo EDIA, quer a nível cartográfico quer a nível topográfico, e que

surge como uma oportunidade de negócio;

Euros

Interesses Minoritários de Resultado Líquido

Gestalqueva, S.A. (104.792) (109.255)

Gescruzeiros,S.A. (274.265) (46.293)

(379.057) (155.548)

Interesses Minoritários -Demonstração do

Rendimento Integral31-Dez-1231-Dez-13

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319 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

O PNN que surgiu como um projeto de minimização ambiental em consequência da

construção da albufeira Alqueva, mas que se complementa com as áreas agrícolas e

turísticas;

O Museu da Luz consubstancia-se num espaço de memória e de interpretação de todos

os inéditos processos da recolocação da Aldeia da Luz e aparece como um projeto

cultural crescente na nova aldeia.

Os resultados de exploração por segmentos no final do ano de 2013 e de 2012 são os seguintes:

RUBRICAS Água Energia Projectos especiais Não Alocados Total

Réditos Externos 5.250.176 12.491.103 374.023 190.243 18.305.546

Gastos Operacionais de Exploração (8.551.109) (88.747) (1.103.570) (1.309.195) (11.052.621)

Réditos / Gastos Intersegmentos 1.267.570 (1.352.931) 85.360 - 0

Margem Bruta (2.033.363) 11.049.425 (644.187) (1.118.952) 7.252.924

Outros Rendimentos e Ganhos 64.723 4.947.347 553.317 138.259 5.703.646

Outros Gastos e Perdas (3.973.464) (632) (6.257) (47.063) (4.027.416)

Resultado Antes de Depreciações e Gastos Financeiros (5.942.104) 15.996.140 (97.127) (1.027.755) 8.929.155

Depreciações e Amortizações (30.871) (5.234.824) (309.562) (48.709) (5.623.965)

Imputação Sub. Investimento

Perdas por Imparidade (7.468.579) - - (246.765) (7.715.344)

Resultado Operacional (13.441.553) 10.761.317 (406.689) (1.323.229) (4.410.154)

Juros e Rendimentos Financeiros Obtidos 37 - - 67.780 67.817

Juros e Gastos Financeiros Suportados (10.198.328) (309.245) (618) (0) (10.508.192)

Resultado Antes de Impostos por Segmento de Negócio

(23.639.844) 10.452.071 (407.307) (1.255.449) (14.850.529)

(71.982)

(14.922.511)

Euros

2013

Imposto Sobre o Rendimento

Resultado Liquído Exercicio

RUBRICAS Água Energia Projetos especiais Não alocados Total

Réditos Externos 2.842.916 11.742.900 254.382 280.742 15.120.940

Gastos Operacionais de Exploração (8.510.064) (137.138) (991.326) (1.355.733) (10.994.261)

Réditos / Gastos Intersegmentos 412.629 (692.063) 279.433 - 0

Margem Bruta (5.254.520) 10.913.699 (457.511) (1.074.990) 4.126.679

Outros Rendimentos e Ganhos 19.669 3.027.391 325.301 272.221 3.644.582

Outros Gastos e Perdas (1.486.797) (195.500) (15.646) (49.067) (1.747.011)

Resultado Antes de Depreciações e Gastos Financeiros (6.721.647) 13.745.589 (147.856) (851.837) 6.024.250

Depreciações e Amortizações (29.958) (5.433.476) (351.012) (165.353) (5.979.800)

Imputação Sub. Investimento - 1.768.219 61.225 - 1.829.444

Perdas por Imparidade 16.346.989 - - (13.363) 16.333.626

Resultado Operacional 9.595.384 10.080.333 (437.643) (1.030.553) 18.207.520

Juros e Rendimentos Financeiros Obtidos - - - 26.206 26.206

Juros e Gastos Financeiros Suportados (10.090.797) (512.921) (3.151) 0 (10.606.869)

Resultado por Segmento de Negócio 577.205 9.574.791 (440.794) (2.084.344) 7.626.857

(79.403)

7.547.455

Imposto Sobre o Rendimento

Resultado Liquído Exercicio

Euros

2012

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320 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Os principais indicadores da posição financeira por segmentos no final do ano de 2013 e de

2012 são os seguintes:

31. Outras Informações Relevantes

Esta nota, contemplada no modelo geral de anexo proposto pela Portaria N.º 986/2009, foi

utilizada na divulgação de outras informações não previstas nas notas anteriores e que se

consideram necessárias para melhor compreender a posição financeira e os resultados da EDIA.

Inspeção Tributária

De acordo com a legislação em vigor, as declarações de rendimentos para efeitos fiscais são

passíveis de revisão e correção pela Administração Tributária (AT) durante um período de

quatro anos. Com base neste pressuposto, as declarações fiscais da Empresa do ano de 2008 até

2011 foram sujeitas a revisão por parte da AT.

Em outubro de 2012, no âmbito de uma inspeção tributária em sede de IRC, propõe a AT uma

correção aos exercícios de 2008 a 2011, ao montante das amortizações efetuadas de terrenos

submersos, uma vez que considera que nem todos os investimentos efetuados pela EDIA são

passíveis de depreciação ao abrigo da lei fiscal, pelo que exclui a possibilidade de depreciar

fiscalmente o valor dos terrenos submersos, por entender que os mesmos não sofrem de

qualquer perecimento.

A generalidade dos bens atualmente registados nos “Ativos Intangíveis”, encontravam-se, até à

data da entrada em vigor do Sistema de Normalização Contabilística, em 1 de janeiro de 2010,

evidenciados na rubrica de “Ativos Fixos Tangíveis”, sendo então reclassificados para “Ativos

Intangíveis”, conforme previsto na IFRIC 12 - “Acordos de Concessão de Serviços”, aplicável

ao contrato de concessão celebrado com o Ministério do Ambiente, do Ordenamento do

Território e do Desenvolvimento Regional, conforme expressamente reconhecido pela

Comissão de Normalização Contabilística em 20 de janeiro de 2011.

Sucede que os terrenos submersos em questão, e que foram amortizados pela EDIA, estão

incluídos no EFMA e são objeto do contrato de concessão, celebrado em 17 de outubro de 2007

entre a EDIA e o Estado Português, designado por “Contrato de Concessão relativo à utilização

dos recursos hídricos para captação de água destinada a rega e à produção de energia elétrica no

sistema primário do EFMA”, com a duração de 75 anos.

RUBRICAS Água Energia Projectos Especiais Não Alocados Total

Ativos 237.707.841 361.288.064 8.903.472 18.788.931 626.688.307

Passivos 733.529.897 370.190.387 - 270.248 1.103.990.532

Euros

2013

RUBRICAS Água Energia Projetos Especiais Não alocados Total

Ativos 561.908.845 364.375.053 15.159.289 12.006.027 953.449.213

Passivos 1.175.189.884 240.435.334 - 253.628 1.415.878.846

Euros

2012

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321 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Nos termos das Cláusulas 8.ª e 9.ª deste contrato, todos os bens incluídos no EFMA, incluindo

os terrenos submersos objeto de amortização, reverterão para o Estado Português no termo do

respetivo contrato de concessão.

Pelo exposto, nos termos: (i) do artigo 13.º do Decreto Regulamentar N.º 2/90, de 12 de janeiro,

em vigor no período a que se refere a inspeção tributária “Os elementos do ativo imobilizado

adquiridos ou produzidos por entidades concessionárias e que nos termos das cláusulas do

contrato de concessão sejam revertíveis no final desta podem ser reintegrados ou amortizados

em função do número de anos que restem do período de concessão quando aquele for inferior ao

seu período mínimo de vida útil” e (ii) das Cláusulas 8.ª e 9.ª do contrato de concessão,

considerando que os terrenos amortizados, bem como todos os bens integrados no EFMA

reverterão para o Estado no final do Contrato, estão cumpridos todos os requisitos legais para a

aceitação da amortização como custo fiscal, não devendo pois, ser efetuada qualquer correção

em sede de IRC, sendo esta a posição defendida pela Empresa.

Em maio de 2013, a EDIA apresenta Impugnação Judicial da decisão de indeferimento da

Reclamação Graciosa da demonstração de liquidação de IRC referente aos exercícios de 2008,

2009, 2010 e 2011, e, desta forma, requer ao Exmo. Sr. Juiz de Direito do Tribunal Tributário

de Beja a anulação total das demonstrações de liquidação de IRC e de juros, assim como a

reposição dos prejuízos fiscais prejudicados com esta correção efetuada em sede de inspeção

tributária, para os quatro exercícios.

Em janeiro de 2014, à semelhança das Reclamações Graciosas e Impugnações Judiciais

apresentadas, relativas aos anos anteriores (de 2008 a 2011), a EDIA apresentou Reclamação

Graciosa relativa ao exercício de 2012. Em fevereiro, a AT comunicou o seu indeferimento,

invocando, com os mesmos fundamentos, que as amortizações consideradas eram indevidas,

pelo que se impunha a correção técnica, uma vez que a causa de pedir é exatamente igual à

daqueles processos de IRC dos anos anteriores.

Face ao exposto, a EDIA apresentou Impugnação Judicial, da correção efetuada pela inspeção,

relativa ao exercício de 2012.

Matérias Ambientais

O contrato de concessão da utilização do domínio público hídrico afeto ao EFMA, de 17 de

outubro de 2007, celebrado entre a EDIA e o Estado, concretizou os termos e condições a que

obedecerá a relação concedente - concessionária, precisando o conteúdo da missão associada à

exploração do Empreendimento e definindo as regras para o exercício dos referidos direitos de

utilização privativa do domínio púbico hídrico.

A atividade da Empresa é de natureza essencialmente “não industrial”, sendo relativamente

reduzida a incorporação de inputs materiais nos seus processos. O peso dos impactes ambientais

da atividade da Empresa é, em termos relativos, bastante inferior ao seu contributo para geração

de valor no tecido económico e social da região.

No entanto, para além de garantir a implementação das medidas de minimização definidas no

Plano de Gestão Ambiental, a concessionária obriga-se a implementar, durante a fase de

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322 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

construção, um conjunto de medidas, que após a execução das intervenções nas áreas afetadas,

eliminem quaisquer sinais de intervenção, repondo a situação original.

Em termos de política ambiental, a Empresa pretende ter cobertos e dominados todos os aspetos

da conformidade legal, tendo assumido compromissos em termos da melhoria continuada do

desempenho ambiental em que se destaca o cumprimento da legislação, a análise dos impactes

ambientais derivados da atividade da Empresa e a formação e sensibilização dos trabalhadores.

As despesas de carácter ambiental são as identificadas e incorridas para evitar, reduzir ou

reparar danos de carácter ambiental, que decorram da atividade ambiental normal da Empresa.

Neste sentido, tendo em conta (i) a natureza e a dimensão da atividade da Empresa e os tipos de

problemas ambientais associados à sua atividade, e (ii) informações sobre o seu desempenho

ambiental, tais como, redução das emissões atmosféricas, remoção de resíduos; não existe

qualquer responsabilidade de carácter ambiental que deva dar origem à constituição de

provisões, uma vez que não o entendemos como materialmente relevante.

Dívidas à Administração Fiscal e ao Instituto de Solidariedade e Segurança Social

Das informações legalmente exigidas noutros diplomas, designadamente nos artigos 66.º, 324.º,

397.º, 447.º e 448.º do Código das Sociedades Comerciais (CSC), das disposições legais

decorrentes do Decreto-Lei N.º 534/80, de 7 de novembro emanado pelo Ministério das

Finanças e do Plano e das disposições referidas no Decreto-Lei N.º 411/91, de 17 de outubro

emanado pelo Ministério do Emprego e da Segurança Social, importa referir que a EDIA,

através dos documentos de prestação de contas, vem divulgar que não está em incumprimento

das suas obrigações, nem perante o sector estatal nem perante a Segurança Social.

Garantias Prestadas

A Portucel Recicla S.A. intentou contra a EDIA uma ação para pagamento de quantia

certa, sob a forma de processo ordinário, onde reclama o pagamento de € 8.280.914

(correspondendo ao valor já faturado de € 7.832.833 acrescido de juros de mora). A

EDIA respondeu a esta ação com “embargos de executado”, alegando que nada deve à

Portucel Recicla por se terem alterado os pressupostos que presidiram à outorga do auto

de expropriação. Em dezembro de 2011, a EDIA prestou uma garantia bancária no

montante de € 2.777.250, valor este destinado a garantir o reforço da quantia exequenda

no processo judicial de execução ordinária que corre termos pelo Tribunal Judicial da

Comarca de Reguengos de Monsaraz, em que é exequente a Portucel Recicla S.A..À

data do relato financeiro esta garantia ainda se encontra vigente.

No âmbito das empreitadas das redes, primária e secundária, a EDIA realiza perfurações

horizontais nas estradas. Para isso, tem que fazer pedidos de licenciamento à empresa

Estradas de Portugal, S.A. a qual exige que a EDIA, por cada atravessamento, preste

uma garantia bancária a seu favor (Estradas de Portugal, SA), pelo prazo de cinco anos.

A 31 de dezembro de 2013 o montante constituído ascende a € 182.671.

No âmbito da adjudicação do Concurso Público Internacional CP008/DSIC/2009

“Aquisição de Serviços de Execução do Cadastro Predial” ao consórcio

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323 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

CME/EDIA/RZMAPA/GEOGLOBAL/SIGMAGEO, definiu-se a emissão de uma

Garantia Bancária conjunta, em que, cada um dos consorciados é responsável pela sua

proporção. A participação da EDIA, através do seu Centro de Cartografia, resultou na

prestação de uma garantia bancária no valor de € 163.910.

Em outubro de 2012, no âmbito de uma inspeção tributária em sede de IRC, propõe a

Autoridade Tributária (AT) uma correção, nos exercícios de 2008 a 2011, ao montante

das amortizações efetuadas de terrenos submersos, uma vez que considera que nem

todos os investimentos efetuados pela EDIA são passíveis de depreciação ao abrigo da

lei fiscal, pelo que exclui a possibilidade de depreciar fiscalmente o valor dos terrenos

submersos, por entender que os mesmos não sofrem de qualquer perecimento. A EDIA

contestou e teve que prestar a favor da AT, garantias bancárias no valor de € 20.138,

destinadas a caucionar a suspensão dos processos de execução fiscal que correm termos

nos Serviços de Finanças.

No âmbito do contrato celebrado com a Galp Energia, Petróleos de Portugal-Petrogal,

S.A., a EDIA prestou uma garantia bancária destinada a “caucionar o bom pagamento

dos consumos relativos ao cartão GALP frota.” A 31 de dezembro de 2013, o montante

constituído ascende a € 1.746.

Ativos e Passivos Contingentes

O Reforço de Potência de Alqueva entrou em serviço industrial em dezembro de 2012.

Ao abrigo do Anexo VII do Contrato de Exploração das Centrais de Alqueva e

Pedrógão e do Contrato de Subconcessão do Domínio Público Hídrico, a compensação

financeira anual a pagar pela EDP à EDIA poderá ser ajustada, designadamente, por

alteração do valor do investimento previsto no mesmo Anexo para aquele Reforço de

Potência, no montante de M€145, a preços de 2006.

Havendo desacordo, entre a EDIA e a EDP, entre os termos dessa revisão, a via a seguir

deverá ser o recurso aos mecanismos contratualmente previstos para a resolução de

diferendos e nunca uma tomada de posição unilateral por uma das partes, em especial

quando tal se traduza na retenção por parte da EDP, de parte da referida compensação

anual.

Além do mais, do contrato decorre, inequivocamente, que qualquer investimento,

eventualmente necessário à construção de qualquer reforço de potência que não tenha

sido incluído no âmbito da respetiva empreitada de construção ou no âmbito do

respetivo fornecimento do equipamento, não poderá ser considerado para efeitos do

cálculo do investimento a realizar com a construção desse reforço de potência.

A EDIA concorda com a revisibilidade deste contrato cujos cálculos apontam para um

montante de M€3,6 a favor da Empresa. Este montante resulta da aplicação dos termos

previstos no contrato de concessão, sendo que a sua alteração deve ser efetuada sob a

forma de aditamento ao contrato, não podendo a EDP proceder às suas alterações

unilateralmente.

A EDIA não considera devida a fatura da EDP (acerto na compensação financeira por

alteração do valor do investimento previsto para o reforço de potência) no montante de

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324 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

M€1,5, nem que o seu pagamento tenha sido efetuado através da compensação da sua

fatura relativa à prestação anual de 2013, referente ao pagamento estabelecido na

cláusula 6.ª do contrato.

No que respeita aos argumentos expendidos pela EDP sobre os temas que constituem

motivo de diferendo com a EDIA, esta reitera naturalmente a sua posição que já

anteriormente e por diversas vias teve oportunidade de transmitir à EDP.

Neste contexto, a EDIA considera que a posição manifestada pela EDP visou apenas

expor o seu entendimento sobre os termos da revisão da compensação financeira anual e

que em caso algum quis pôr em causa o escrupuloso cumprimento das cláusulas do

Contrato de Cessão de Exploração das Centrais Hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão e

de Subconcessão do Domínio Público Hídrico (contrato).

Assim, para que se possa proceder a um trabalho conjunto, e porque parece ser comum

o empenho no cumprimento pontual dos termos acordados, será necessário repor as

condições de normalidade contratual, por via da reposição da verba indevidamente

retida pela EDP do valor da renda anual relativa a 2013, sendo certo, que a revisão

dessa compensação só pode operar por uma de duas vias: ou por acordo entre as partes

ou em resultado de decisão obtida por via dos mecanismos contratualmente previstos

para a resolução de litígios entre as partes.

Logo que a EDP proceda à reposição do valor em falta, estarão reunidas as condições de

consenso, para que as partes reúnam com vista à obtenção de uma solução concertada

para as divergências apontadas para o diferendo.

São compromissos assumidos pela EDIA, que não figuram na Demonstração da Posição

Financeira em 31 de dezembro de 2013, as garantias prestadas nos termos do disposto

no N.º 2 do artigo 56.º do Regulamento (CE) N.º 1974/2006 da Comissão, de 15 de

dezembro.

A competência para a prestação de garantias pela Empresa cabe nas competências do

Conselho de Administração, quer por via do disposto no artigo 15.º dos estatutos da

EDIA, em particular por via da alínea c) do N.º 1 e, em especial, pelo disposto na alínea

f) do artigo 406.º do Código das Sociedades Comerciais, aplicável por via do disposto

no artigo 7.º do Decreto-Lei Nº 558/99, de 17 de dezembro.

No âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural do Continente (PRODER), e nos

termos e ao abrigo do disposto no n.º 4 do Art.º 18º da Portaria N.º 820/2008, de 8 de

agosto, a EDIA formulou vários pedidos de pagamento a título de adiantamento dentro

do montante permitido pelos referidos normativos:

Perímetro de Pedrógão-Margem Direita: 30% do valor do investimento elegível

aprovado - € 7.777.661,89;

Blocos de Ervidel: 30% do valor do investimento elegível aprovado - €

12.527.548,98;

Perímetro de São Pedro-Baleizão-Quintos: 15% do valor do investimento

elegível aprovado - € 13.333.000,00; e

Perímetro de Cinco Reis Trindade: 7% do valor do investimento elegível

aprovado - €2.184.310,82.

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325 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Nestes casos, e conforme disposto no Artº 56º do Regulamento (CE) n.º 1974/2006 da

Comissão, de 15 de dezembro, o Conselho de Administração (através de garantia escrita emitida

ao organismo pagador competente do PRODER - Instituto de Financiamento da Agricultura e

Pescas, IP) garantiu o ressarcimento num montante correspondente a 110% do valor do

adiantamento, caso não se prove o direito ao montante adiantado.

Esta faculdade é permitida à EDIA por se tratar de um beneficiário público, nos termos da

legislação comunitária.

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326 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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327 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE Declaração de Conformidade de Conselho de Administração

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328 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Declaração de Conformidade de Conselho de Administração

Senhores Acionistas

Nos termos previstos na alínea c) do n.º 1 do artigo 245.º do Código dos Valores Mobiliários

informamos que, tanto quanto é do nosso conhecimento:

I. A informação constante no relatório de gestão expõe fielmente os acontecimentos

importantes ocorridos no ano de 2013 e o impacto nas respetivas demonstrações

financeiras, contendo uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se

defrontam; e

II. A informação constante nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas,

assim como nos seus anexos, foi elaborada em conformidade com as normas

contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do ativo e do

passivo, da situação financeira e dos resultados da EDIA – Empresa de

Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A. e das empresas incluídas no

perímetro da consolidação.

Beja, 25 de março de 2014

O Conselho de Administração

Eng.º José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema

(Presidente)

Dr.ª Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo

(Vogal)

Eng.º Jorge Manuel Vazquez Gonzalez

(Vogal)

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329 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

CERTIFICAÇÕES E RELATÓRIOS DOS

AUDITORES E CONSELHO FISCAL Certificação Legal de Contas e Relatório de Auditoria das Contas Consolidadas

Elaborado por Auditor Registado na CMVM

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330 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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331 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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332 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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333 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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334 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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335 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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336 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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337 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Relatório de Auditora sobre as Contas Consolidadas Elaborado por Auditor

Externo

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338 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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I_Bt1Tel: +351 217 990 420 Av. da República, 50 - 100

Fax: ÷351 217990439 1069-211 Lisboawww. bdo. pt

RELATÓRIO DE AUDITORIA ÀS CONTAS CONSOLIDADAS

Introdução

1. Examinámos as demonstrações financeiras consolidadas da EDIA - Empresa deDesenvolvimento e Infra-estruturas do ALqueva, SA (adiante também designada porEDIA ou Empresa), as quais compreendem: as Demonstrações consolidadas da posiçãofinanceira em 31 de dezembro de 2013 (que evidencia um total de 626 688 309 eurose um capital próprio negativo de 477 302 225 euros, incluindo um resultado líquidonegativo atribuível aos acionistas da Empresa-mãe de 14 543 455 euros), aDemonstração consolidada do rendimento integral, a Demonstração consoLidada dasaLterações no capital próprio e a Demonstração consolidada dos fluxos de caixa, doexercício findo naquela data, e as correspondentes Notas.

Responsabilidades

2. É da responsabilidade do ConseLho de Administração: (i) a preparação dedemonstrações financeiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira eapropriada, a posição financeira do conjunto das empresas incl.uídas na consolidação,o resultado consolidado das suas operações, as alterações no capital próprioconsolidado e os fluxos de caixa consolidados; (ii) a informação financeira histórica,que seja preparada de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro talcomo adotadas na União Europeia; (iii) a adoção de políticas e critérioscontabilísticos adequados; (iv) a manutenção de um sistema de controlo internoapropriado; e (v) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado aatividade do conjunto das empresas incl.uídas na consolidação, a sua posiçãofinanceira ou resultados.

3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional eindependente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras.

Âmbito

4. Exceto quanto à Limitação descrita no parágrafo 7 abaixo, o exame a queprocedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e Directrizes deRevisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que omesmo seja planeado e executado com o objetivo de obter um grau de segurançaaceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas estão isentas dedistorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu:

(1) a verificação de as demonstrações financeiras das empresas incLuídas naconsolidação terem sido apropriadamente examinadas e, para os casos significativosem que não o tenham sido, a verificação, numa base de amostragem, do suporte dasquantias e divulgações nelas constantes e a avaliação das estimativas, baseadas emjuízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na suapreparação;

BDO b Associados, SROC, Lda., Sociedade por quotas, Sede Av. da República, 50 - 1 0, 1069-211 Lisboa, Regïstada na Conservatoria do Registo Comercial deLisboa, NIPC 501 340 467, Capital 100 000 euros. Sociedade de Revisores Oficiais de Contas inscrita na OROC sob o número 29 e na CMVM sob o número 1122.

A 500 ft Associados, SROC, Lda:, sociedade por quotas registada em Portugal, é membro da BDO International Limited, sociedade inglesa limitada porgarantia, e faz parte da rede internacional BDO de firmas independentes.

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jBDO

(ii) a verificação das operações de consoLidação;

(iii) a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adotadas e a suadivulgação, tendo em conta as circunstâncias;

(iv) a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade;

(v) a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação dasdemonstrações financeiras consolidadas.

5. O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informaçãoconsolidada constante do relatório de gestão com os restantes documentos deprestação de contas.

6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para aexpressão da nossa opinião.

Reserva

7. As “Outras contas a receber” integram 159,1 milhões de euros a receber daDireção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Regional (DGADR). Este montanteinclui: (i) 70,8 milhões de euros referentes à denominada “Infraestrutura 12”,relativamente à qual a EDIA formaLizou com a DGADR, em abril de 2006, um contratode cessão da gestão, exploração, manutenção e conservação por um prazo de 30anos; e (ii) 88,2 milhões de euros correspondentes ao valor dos investimentosefetuados pela EDIA nas infraestruturas da rede secundária do Empreendimento deFins Múltiplos de Alqueva (EFMA) que já se encontram concluídas, líquidas dossubsídios associados a esses investimentos, na sequência da entrega formaL dessasinfraestruturas à DGADR e do contrato celebrado em 8 de abril de 2013, que atribui àEDIA a concessão da gestão, expLoração, manutenção e conservação destasinfraestruturas até 31 de dezembro de 2020. Não está ainda esclarecida qual a formade ressarcimento da EDIA peLa parte do investimento que não foi subsidiada, queestá dependente de decisão do Estado português, subsistindo assim uma importanteincerteza quanto à forma e ao vaLor de realização dos referidos 159,1 milhões deeuros, bem como dos 23,1 milhões de euros de ativos (“Inventários”) e dos 27,8milhões de euros de passivos (“Outras contas a pagar” e “Diferimentos”) associadosàs infraestruturas da rede secundária ainda por executar ou concluir.

Opinião

8. Em nossa opinião, exceto quanto aos efeitos dos ajustamentos que poderiamrevelar-se necessários caso não existisse a limitação descrita no parágrafo anterior,as referidas demonstrações financeiras consoLidadas apresentam de forma verdadeirae apropriada, em todos os aspectos materialmente reLevantes, a posição financeiraconsoLidada da EDIA - Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do ALqueva, SÃ,em 31 de dezembro de 2013, o resultado consoLidado das suas operações e os fluxosconsoLidados de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com asNormas Internacionais de ReLato Financeiro taL como adotadas na União Europeia.

2

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IBDO

Ênfase

9. Sem afetar a opinião expressa no parágrafo anterior, saLientamos que doinvestimento total previsto no EFMÁ (de acordo com Plano de Investimento aprovadoem março de 2013 - sem custos de estrutura e financeiros capitaLizáveis) ainda faltarealizar, em 31 de Dezembro de 2013, um total de 462,3 milhões de euros, estando asua concretização dependente dos financiamentos que a Empresa venha a obterjunto da União Europeia, do acionista Estado e/ou de outros fundos. Nesse âmbito, éde salientar que, em 31 de dezembro de 2013, o total do capital próprio se apresentanegativo em 477,3 milhões de euros.

Relato sobre outros requisitos legais

10. É também nossa opinião que a informação constante do relatório de gestão éconcordante com as demonstrações financeiras consolidadas do exercício.

Lisboa, 10 de abril de 2014

3

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342 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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343 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Relatório e Parecer do Conselho Fiscal

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344 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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345 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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346 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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347 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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348 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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349 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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350 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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351 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Declaração sobre Política de

Remuneração dos Membros dos Órgãos

de Administração e de Fiscalização da

EDIA, S.A. prevista na Lei 28/2009

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352 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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353 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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354 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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355 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

SIGLAS E ABREVIATURAS

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356 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

ADLA - Ações para o Desenvolvimento das Terras do Grande Lago Alqueva

ADPM – Associação de Defesa do Património de Mértola

ADRAL – Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo

AgdA – Águas Públicas do Alentejo, S.A.

AGROGLOBAL - Feira do Milho e das Grandes Culturas

AIA – Avaliação de Impacte Ambiental

ANCP – Autoridade Nacional de Proteção Civil

AOV - Aluguer Operacional de Veículos

APA – Associação Portuguesa do Ambiente

APCER - Associação Portuguesa de Certificação

ARH - Administração da Região Hidrográfica

AT – Autoridade Tributária e Aduaneira

ATMTGLA - Associação Transfronteiriça dos Municípios das Terras do Grande Lago

Alqueva

BCC – Betão Compactado por Cilindro

BCP – Banco Comercial Português

BE – Boletim Económico

BES – Banco Espírito Santo

BEI – Banco Europeu de Investimentos

BPI – Banco Português de Investimentos

BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa

C/C – Conta Corrente

CADC – Comissão para a Aplicação e o Desenvolvimento da Convenção sobre a

Cooperação para a Proteção e o Aproveitamento Sustentável das Águas das Bacias

Hidrográficas Luso – Espanholas

CCAM – Caixa de Crédito Agrícola de Mértola

CCP – Código dos Contratos Públicos

CCDR – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional

CE – Comunidade Europeia

CERCIBEJA – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados

CGD – Caixa Geral de Depósitos

CHA – Central Hidroelétrica de Alqueva

CHP - Central Hidroelétrica de Pedrógão

CIAL - Centro de Informação de Alqueva

CIEFMA - Aplicação web para consulta do Cadastro de Infraestruturas do EFMA e

Gestão de Regantes

CMVM – Comissão do Mercado de Valores Mobiliários

CO (SAP) – Controlling/Contabilidade Analítica

COTR - Centro Operativo de Tecnologias do Regadio

CPC – Conselho de Prevenção de Corrupção

CRHA – Conselho de Região Hidrográfica do Alentejo

CSC – Código das Sociedades Comerciais

DAF – Direção de Administração e Finanças

DEAP – Direção de Engenharia, Ambiente e Património

DEAPR – Direção de Economia da água e Promoção do Regadio

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357 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

DGADR – Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural

DGERT – Direção Geral do Emprego e das Relações do Trabalho

DGP – Direção de Gestão do Património

DGPC – Direção Geral do Património Cultural

DGT – Direção Geral do Tesouro

DGTF – Direção Geral do Tesouro e Finanças

DIA – Declaração de Impacte Ambiental

DIPE – Direção de Infraestruturas Primárias e de Energia

DIR – Direção de Infraestruturas de Rega

DR – Diário da República

DRACALEN – Direção Regional de Cultura do Alentejo

DUP – Declaração de Utilidade Pública

DVD - Digital Versatile Disc

EBITDA - Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization

EDAB – Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja

EDIA - Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A.

EDP – Energias de Portugal

EFMA - Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva

EFV - Equipa de Fiscalização e Vigilância

EGP – Estatuto do Gestor Público

EIA – Estudo de Impacte Ambiental

ERP (SAP) – Programas de Gestão Integrada da SAP

ETA – Estação de Tratamento de Águas

EURIBOR - Euro Interbank Offered Rate

EUROSTAT – Estatísticas da Comissão Europeia

FBCF – Formação Bruta de Capital Fixo

FEADER - Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural

FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional

FEHISPOR – Feira Hispano - Portuguesa

FEOGA – Fundo Europeu de Orientação e de Garantia Agrícola

FI (SAP) - Contabilidade

FIPA – Federação das Industrias Portuguesas Agroalimentares

FITUR – Feira Internacional de Turismo de Madrid

FMI – Fundo Monetário Internacional

FSC - Forest Stewardship Council

FSE – Fornecimentos e Serviços Externos

GAJ – Gabinete de Apoio Jurídico

GEOP – Entidade Gestora Operacional

GESCRUZEIROS – Sociedade para Aproveitamento da Atividade Marítimo-Turística

no Grande Lago Alqueva S.A.

GESTALQUEVA - Sociedade de Aproveitamento das Potencialidades das Albufeiras

de Alqueva e de Pedrógão S.A.

GRI – Global Iniciative Reporting

GRPC – Gabinete de Relações Públicas e Comunicação

h - Hora

ha - Hectare

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358 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

hm3 – Hectómetro cúbico

IAS - International Accounting Standard

IASB - International Accounting Standard Board

ICNF – Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas

IEFP – Instituto de Emprego e Formação Profissional

IFAP - Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas

IFDR - Instituto Financeiro para o Desenvolvimento Regional

IPC - Índice de Preços do Consumidor

IFRIC – International Financial Reporting Interpretations Committee

IFRS – International Financial Reporting Standards

IGESPAR – Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico

IGCP – Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público, I.P.

IM/PS – Controlo e Gestão Orçamental de Investimentos

IMT - Imposto Municipal sobre a Transmissão Onerosa de Imóveis

INAG – Instituto da Água, I.P.

INE – Instituto Nacional de Estatística

IPC – Índice de Preços no Consumidor

IPMA – Instituto Português do Mar e da Atmosfera

IRC – Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas

IRS – Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares

IS – Imposto de Selo

ISSO – International Organization for Standartization

IVA – Imposto sobre o Valor Acrescentado

Km - Quilómetro

Km2 - Quilómetros quadrados

kWh - Kilo Watt Hora

LGT – Lei Geral Tributária

LIFE + INVASEP – Lucha contra espécies invasoras en las cuencas hidrográficas del

Tajo y Guadiana en la Península Ibérica

LO (SAP) – Controlo de Contratos de Empreitadas, Fornecimento de Equipamentos e

Prestação de Serviços

LOE – Lei do Orçamento de Estado

LUSOFUEL – Produção de Biocombustíveis e Derivados, S.A.

m3 – Metros cúbicos

MAM – Ministério da Agricultura e do Mar

MAMAOT – Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do

Território

MEP – Método da Equivalência Patrimonial

mm - Milímetro

MW/h - MEGA WATT hora

NCRF – Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro

OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico

OCS – Órgãos de Comunicação Social

OE – Orçamento de Estado

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359 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

OIT – Organização Internacional do Trabalho

OMT – Organização Mundial de Turismo

OTALEX – Observatório Territorial e Ambiental do Alentejo e Extremadura

PAEF - Programa de Ajustamento Económico e Financeiro

PCP – Partido Comunista Português

PDM – Plano Diretor Municipal

PDSI – Palmer Droght Severity Index

PEC – Programa de Estabilidade e Crescimento

PEGLA – Projeto Estruturante para o Desenvolvimento das Terras do Grande Lago de

Alqueva

PERP – Projeto de Enquadramento e Recuperação Paisagística

PGBH – Plano de Gestão das Bacias Hidrográficas

PIB – Produto Interno Bruto

PIDDAC - Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da

Administração Central

PIN – Potencial Interesse Nacional

PMCSado – Programa de Medidas Compensatórias para a Ictiofauna Autóctone e

Continental da Bacia Hidrográfica do Sado

PMP – Prazo Médio de Pagamentos

PNN – Parque de Natureza de Noudar

POC – Plano Oficial de Contabilidade

POCTEP – Programa de Cooperação Transfronteiriça Portugal - Espanha

POVT – Programa Operacional Temático de Valorização do Território

PRC – Plano de Redução de Custos

PRODER - Programa de Desenvolvimento Rural

QCA – Quadro Comunitário de Apoio

QREN – Quadro de Referência Estratégico Nacional

RCM – Resolução de Conselho de Ministros

RH (SAP) – Gestão de Recursos Humanos

ROC – Revisor Oficial de Contas

S.A. – Sociedade Anónima

SAP - Sistemas, Aplicativos e Produtos para Processamento de Dados

SAU – Superfície Agrícola Utilizada

SD (SAP) - Vendas

SEE – Sector Empresarial do Estado

SGA - Sistema de Gestão Ambiental

SIG – Sistema de Informação Geográfica

SIMARSUL – Sistema Integrado Multimunicipal de Águas Residuais da Península de

Setúbal

SIRHAL – Sistema de Informação de Recursos Hídricos de Alqueva

SISAP – Elaboração de Cartas de Aptidão Cultural para o Perímetro de Rega do

Alqueva

SLA’s – Service Level Agréments

SNC - Sistema de Normalização Contabilística

SNCP - Sistema Nacional de Compras Públicas

SROC – Sociedade de Revisores Oficias de Contas

SUSTAIN – Sistema Europeu de Indicadores para Gestão de Destinos

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360 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

TRH – Taxa de Recursos Hídricos

tva – Taxa de Variação Anual

VAB – Valor Acrescentado Bruto

VAB cf – Valor Acrescentado Bruto a Custo de Fatores

vma – Valor Médio Anual

WACC – Weighted Average Cost of Capital

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361 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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362 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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363 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

EDIA

Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A.

Capital Social 387.267.750,00 €

Capital Próprio Negativo 343.794.020,00 €

Número de Pessoa Coletiva 503 450 189

Matrícula 01 084/950316 da Conservatória do Registo Comercial de Beja

Sede Social Rua Zeca Afonso, N.º 2 - 7800 - 522 - BEJA

Delegação de Lisboa Rua do Campo Grande, N.º 46-D, 2.º Dto - 1700-093 Lisboa

Delegação de Alqueva Apartado 126 - 7860 - MOURA

Delegação de Pedrógão Apartado 126 - 7860 - MOURA

Delegação de Mourão Rua Marcos Gomes V. Rosado, 15 - 7240 - MOURÃO

Parque de Natureza de Noudar Apartado 5 - 7230 - BARRANCOS

Museu da Luz Largo da Igreja Nossa Sr.ª da Luz - 7240 - 100 - LUZ - MOURÃO

Site: www.edia.pt

Fotografias António Cunha/EDIA

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364 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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RELATÓRIO DE GOVERNO SOCIETÁRIO 2013

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EDIA

Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A.

Capital Social 387.267.750,00 €

Capital Próprio Negativo 343.794.020,00 €

Número de Pessoa Coletiva 503 450 189

Matrícula 01 084/950316 da Conservatória do Registo Comercial de Beja

Sede Social Rua Zeca Afonso, N.º 2 - 7800 - 522 - BEJA

Delegação de Lisboa Rua do Campo Grande, N.º 46-D, 2.º Dto - 1700-093 Lisboa

Delegação de Alqueva Apartado 126 - 7860 - MOURA

Delegação de Pedrógão Apartado 126 - 7860 - MOURA

Delegação de Mourão Rua Marcos Gomes V. Rosado, 15 - 7240 - MOURÃO

Parque de Natureza de Noudar Apartado 5 - 7230 - BARRANCOS

Museu da Luz Largo da Igreja Nossa Sr.ª da Luz - 7240 - 100 - LUZ - MOURÃO

Site: www.edia.pt

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3 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

ÍNDICE

I. MISSÃO, OBJETIVOS E POLÍTICAS ........................................................................................ 5

II. ESTRUTURA DE CAPITAL ................................................................................................. 11

III. PARTICIPAÇÕES SOCIAIS E OBRIGAÇÕES DETIDAS .................................................. 12

IV. ÓRGAOS SOCIAIS E COMISSÕES ..................................................................................... 20

A. MESA DA ASSEMBLEIA GERAL ................................................................................... 20

B. ADMINISTRAÇÃO E SUPERVISÃO ............................................................................... 21

C. FISCALIZAÇÃO ................................................................................................................ 27

D. REVISOR OFICIAL DE CONTAS (ROC) ........................................................................ 30

E. AUDITOR EXTERNO ........................................................................................................ 32

V. ORGANIZAÇÃO INTERNA ................................................................................................. 35

A. ESTATUTOS E COMISSÕES ............................................................................................ 35

B. CONTROLO INTERNO E GESTÃO DE RISCOS ............................................................ 36

C. REGULAMENTOS E CÓDIGOS ....................................................................................... 46

D. SÍTIO DE INTERNET ......................................................................................................... 53

VI. REMUNERAÇÕES ................................................................................................................ 55

A. COMPETÊNCIAS PARA A DETERMINAÇÃO .............................................................. 55

B. COMISSÃO DE FIXAÇÃO DE REMUNERAÇÕES ........................................................ 56

C. ESTRUTURA DE REMUNERAÇÕES .............................................................................. 56

D. DIVULGAÇÃO DE REMUNERAÇÕES ........................................................................... 58

VII. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS E OUTRAS ..................................... 60

1. Mecanismos implementados pela sociedade para efeitos de controlo de transações com

partes relacionadas e indicação das transações que foram sujeitas a controlo em 2013 ................. 60

2. Informação sobre Outras Transações ................................................................................... 60

VIII. ANÁLISE DE SUSTENTABILIDADE DA EMPRESA NOS DOMÍNIOS

ECONÓMICOS, SOCIAL E AMBIENTAL ...................................................................................... 62

IX. AVALIAÇÃO DO GOVERNO SOCIETÁRIO ..................................................................... 67

X. GRELHA REFERENTE ÀS PRÁTICAS DE BOA GESTÃO SOCIETÁRIA ADOTADAS

PELA EDIA EM 2013 ........................................................................................................................ 68

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4 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

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5 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

I. MISSÃO, OBJETIVOS E POLÍTICAS

I.1. Missão, Visão e Valores

Missão

A EDIA tem como principal “Missão”:

A conceção, execução, construção, gestão, exploração, manutenção e conservação das

infraestruturas que integram o sistema primário do EFMA;

A conceção, execução e construção, em representação do Estado, das infraestruturas

que integram a rede secundária do EFMA; e

A promoção, desenvolvimento e prossecução de outras atividades económicas cujo

aproveitamento contribua para a melhoria das condições de utilização dos recursos

afetos ao EFMA.

Visão

Consolidar a empresa no contexto regional e nacional.

Valores

A EDIA tem como principais “Valores”:

A sustentabilidade: porque a atividade da EDIA se rege pela procura de sistemas,

serviços e produtos que potenciam a sustentabilidade da zona do Alqueva;

O dinamismo: porque a EDIA procura sempre as melhores soluções de gestão de

recursos hídricos de forma a assegurar o dinamismo da região e de quem nela investe;

O humanismo: porque, apesar da sua vertente tecnológica, a EDIA procura sempre

acompanhar de perto os seus clientes, potenciando as oportunidades e o investimento;

A inovação: porque a EDIA é uma empresa pioneira na sua área, demonstrando uma

preocupação constante em inovar, não só no fornecimento de água, mas também nos

serviços que a complementam; e

A responsabilidade: para com os seus clientes, o meio-ambiente e para com toda a

região impactada pelo trabalho da EDIA.

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6 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

I.2. Políticas e Linhas de Ação

Políticas da Empresa

Cumprir a missão e os objetivos determinados, de forma económica, financeira, social e

ambientalmente eficiente;

Cumprir a legislação e regulamentação em vigor;

Salvaguardar os bens ativos;

Cumprir o princípio da igualdade de oportunidades entre homens e mulheres;

Tratar com respeito e integridade os seus trabalhadores, contribuindo ativamente para a

sua valorização profissional;

Tratar com equidade todos os clientes e fornecedores; e

Informar e divulgar as atividades de acordo com a legislação e outras orientações do

Acionista.

I.3. Objetivos e Grau de Cumprimento

Objetivos

Conceção, execução e construção das infraestruturas que integram o sistema primário

do Empreendimento, bem como a sua gestão, exploração, manutenção e conservação;

Operar no sector do domínio público hídrico de captação, adução e distribuição de água

em “alta”, rega e exploração hidroelétrica;

Conceção, execução e construção das infraestruturas que integram a rede secundária

afeta ao Empreendimento, em representação do Estado e de acordo com as instruções

que lhe sejam dirigidas pelo Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das

Pescas, bem como, a gestão, exploração, manutenção e conservação da rede secundária

afeta ao Empreendimento, mediante contrato de concessão;

Potenciar o desenvolvimento económico e social sustentável na área de intervenção da

Empresa; e

Desenvolver uma estratégia empresarial que assegure a sustentabilidade da atividade da

Empresa.

A EDIA assumiu como compromissos fundamentais assegurar o elevado grau de desempenho

ambiental consubstanciado na adoção de práticas de gestão ambiental, gestão e monitorização

da água, valorização de áreas de interesse para a conservação da natureza e a valorização

profissional dos seus trabalhadores.

Relativamente à definição dos objetivos de gestão previstos no âmbito do artigo 11.º do

Decreto-Lei N.º 300/2007, de 23 de agosto, na Assembleia Geral de 11 de julho de 2013 não

foram abordados nem definidos objetivos de gestão para o triénio 2012 – 2014. Contudo, apesar

de não existirem orientações e objetivos de gestão aprovados para o presente ano, indicam-se os

resultados de gestão alcançados durante o exercício de 2013, designadamente ao nível da área

de regadio; perímetros de rega concluídos; adjudicações e concursos lançados em 2013 e

indicadores financeiros.

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7 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Área de Regadio

No quadro seguinte apresentam-se os dados de adesão e consumos dos perímetros de rega sob

gestão da EDIA nos anos de 2010, 2011, 2012 e 2013.

A adesão e os consumos verificados em 2013 registaram um significativo aumento face a 2012.

Estes dados traduzem as dinâmicas de desenvolvimento e promoção do Emprendimento e

espelham o forte contributo do Alqueva para o crescimento verificado na economia regional e

nacional. São motivo de satisfação para todos os intervenientes visto que, mais uma vez, se

prova que o previsto para o Alqueva se está a concretizar no terreno, alcançando-se os

resultados esperados.

Perímetros de rega concluídos

Em 2013 foram concluídos os blocos de rega de Ervidel 2 e 3 (perímetro de Ervidel), os blocos

de Pedrógão 1 e 3 e o bloco de Selmes (perímetro de Pedrógão – margem direita).

(ha) % (ha) % (ha) % (ha) %

Entrada em exploração até 2010 18.754 6.774 36,12 15.016.224 8.901 47,46 23.705.493 10.372 55,31 37.523.993 11.716 62,47 42.512.578

Monte Novo 7.714 3.078 39,90 8.212.824 3.808 49,36 12.977.774 4.769 61,82 20.420.289 5.310 68,84 21.827.070

Alvito - Pisão 8.452 3.081 36,45 6.157.894 4.410 52,18 8.700.842 4.853 57,42 15.121.665 5.562 65,81 17.795.159

Pisão 2.588 615 23,76 645.506 683 26,39 2.026.877 750 28,98 1.982.039 844 32,61 2.890.349

Entrada em exploração em 2011 26.417 7.172 27,15 11.481.334 12.308 46,59 30.682.316 14.464 54,75 41.220.193

Alfundão 4.216 961 22,79 1.235.862 1.503 35,65 3.972.140 1.887 44,76 3.173.823

Ferreira, Figueirinha e Valbom 5.118 765 14,95 1.474.347 1.787 34,92 3.846.783 2.053 40,11 6.557.951

Orada - Amoreira 2.522 857 33,98 2.285.586 2.442 96,83 4.545.827 2.422 96,03 4.897.710

Brinches 5.463 1.640 30,02 1.962.460 2.424 44,37 4.212.673 2.296 42,03 4.677.634

Brinches - Enxoé 4.698 1.992 42,40 3.159.180 2.343 49,87 8.477.543 3.311 70,48 11.816.637

Serpa 4.400 957 21,75 1.363.899 1.809 41,11 5.627.350 2.495 56,70 10.096.438

Entrada em exploração em 2012 3.964 1.636 41,27 3.274.662 2.308 58,22 6.583.745

Loureiro-Alvito 1.050 205 19,52 818.004 406 38,67 2.053.080

Ervidel 1 2.914 1.431 49,11 2.456.658 1.902 65,27 4.530.665

Entrada em exploração em 2013 9.330 2.573 27,58 6.050.482

Ervidel 2 e 3 5.314 1.464 27,55 4.128.525

Pedrógão - Margem Direita 4.016 1.109 27,61 1.921.957

TOTAL 58.465 6.774 11,59 15.016.224 16.073 27,49 35.186.827 24.316 41,59 71.480.971 31.061 53,13 96.366.998

Perímetros de Rega

sob gestão da EDIA

Área Beneficiada

(ha)

Área Inscrita

(ha)Consumos

m3

2010 2011 2012

Área Inscrita

(ha)Consumos

m3

2013

Consumos

m3

Área Inscrita

(ha)Consumos

m3

Área Inscrita

(ha)

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8 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

Adjudicações em 2013

Em 2013, conforme estava previsto, procedeu-se à adjudicação das seguintes obras:

Concursos lançados em 2013

Tendo em vista a construção do sistema global de abastecimento de água do EFMA, foram

lançados os seguintes concursos de empreitadas das redes primária e secundária do EFMA.

Rede Primária Data Adjudicação

Valor de

Adjudicação

(€)

Subsistema Ardila

Circuito Hidráulico Amoreira - Caliços 2.º Trim/2013 19.730.000,00

Circuito Hidráulico Caliços - Pias 2.º Trim/2013 11.194.670,00

Subsistema Pedrógão

Circuito Hidráulico de S. Pedro - Baleizão 2.º Trim/2013 19.952.550,00

Circuito Hidráulico de Baleizão - Quintos 2.º Trim/2013 17.808.719,79

Rede Secundária Data Adjudicação

Valor de

Adjudicação

(€)

Subsistema Alqueva

Blocos de Rega Cinco Reis - Tridade 2.º Trim/2013 17.497.878,00

Rede Viária do Bloco de Rega de Aljustrel 2.º Trim/2013 1.843.390,40

Subsistema Pedrógão

Blocos de Rega de S. Pedro - Baleizão 2.º Trim/2013 20.391.675,24

Blocos de Rega 1, 2 e 3 de Baleizão - Quintos 2.º Trim/2013 16.887.999,99

Blocos de Rega 4 e 5 de Baleizão - Quintos 2.º Trim/2013 22.498.250,53

Rede Primária

Data de

Lançamento

do

Concurso Público

Preço Base

(€)

Subsistema Ardila

Cicuito Hidráulico de Caliços-Machados 3.º Trim/2013 21.200.000,00

Subsistema de Pedrógão

Círcuito Hidráulico de São Matias 3.º Trim/2013 19.000.000,00

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9 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Indicadores Financeiros

De acordo com o disposto na resolução de Conselhos de Ministros N.º 70/2008, os indicadores

financeiros que se aplicam à realidade da EDIA constam do quadro seguinte:

Rede Secundária

Data de

Lançamento

do

Concurso Público

Preço Base

(€)

Subsistema Alqueva

Bloco de Rega Beringel - Álamo 3.º Trim/2013 10.200.000,00

Bloco de Rega de Beja 3.º Trim/2013 25.575.000,00

Blocos de Barras, Torrão e Baronia Baixo 4.º Trim/2013 8.000.000,00

Blocos de Baronia Alto, Alvito Baixo e Alvito Alto 4.º Trim/2013 15.150.000,00

Blocos de Rega do Roxo - Sado 4.º Trim/2013 17.950.000,00

Subsistema Ardila

Blocos de Rega de Caliços - Machados 3.º Trim/2013 16.900.000,00

Blocos de Rega de Pias 3.º Trim/2013 27.800.000,00

Blocos de Rega de Moura Gravítico 4.º Trim/2013 6.950.000,00

Subsistema de Pedrógão

Blocos 1 e 2 de São Matias 3.º Trim/2013 12.950.000,00

Blocos 3 e 4 de São Matias 3.º Trim/2013 23.485.500,00

Indicadores Financeiros Ano 2013

Eficiência

Custos Operacionais/EBITDA 160,42%

Custos com o Pessoal/EBITDA 67,18%

Taxa de variação dos Custos com o Pessoal 21,29%

Prazo Médio de Pagamentos

Prazo Médio de Pagamentos 79

Evolução (dias) face ao ano anterior (período homólogo) -6

Rentabilidade e Crescimento

EBITDA/Receitas 52,29%

Taxa de crescimento das receitas 18,96%

Remuneração do Capital Investido

Resultado Líquido/Capital investido -4,48%

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10 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

I.4. Fatores-Chave para os resultados da Empresa

A Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A. (EDIA) é uma entidade de

capitais exclusivamente públicos que está mandatada pelo Estado para conceber, executar,

construir e explorar o Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA). Tendo em

consideração o âmbito alargado de intervenção do Empreendimento, os fatores-chave para os

resultados da Empresa têm uma abrangência e carácter transversal, compreendendo uma

vertente pluridisciplinar, que envolve diversos domínios de atividade e que têm subjacente,

entre outras, especificidades de cariz estratégico, operacional e financeiro. Neste contexto,

identificam-se assim os seguintes fatores-chave para os resultados da Empresa:

Promover o desenvolvimento económico da área de regadio de Alqueva, assim como a

qualificação e o desenvolvimento regional;

Aumentar a taxa de adesão ao regadio e os níveis de investimento em produção agrícola

e agroalimentar na região e promover o envolvimento das partes interessadas nas

diferentes áreas de Alqueva;

Contribuir para a gestão integrada racional e otimizada dos recursos hídricos da área de

influência do EFMA e aumentar a eficiência da distribuição de água;

Promover a utilização responsável dos recursos naturais com especial destaque para a

água e solo e sensibilizar as comunidades na região de influência do EFMA para as

questões associadas à gestão responsável da água e à sustentabilidade deste recurso;

Contribuir para o aumento dos níveis da qualidade da água que distribui;

Aumentar os níveis de serviço das infraestruturas afetas ao EFMA;

Aumentar os índices de biodiversidade na região de influência do EFMA;

Reduzir o consumo energético e emissões da operação;

Promover e requalificar o corpo técnico da Empresa em todas as suas valências; e

Mitigar os principais riscos associados à atividade da EDIA e garantir a sua

sustentabilidade financeira.

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11 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

II. ESTRUTURA DE CAPITAL

II.1. Estrutura de Capital

O Capital Social da EDIA está definido no artigo 4.º do Decreto-lei n.º 42/2007, de 22 de

fevereiro e estabelece que:

1. As ações representativas do capital social da EDIA realizado pelo Estado são detidas pela

Direcção-Geral do Tesouro, sem prejuízo de a sua gestão poder ser cometida, em conformidade

com as orientações de gestão, por despacho conjunto dos Ministros das Finanças e da

Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, a uma pessoa coletiva de direito público

ou a sociedades anónimas de capitais exclusivamente públicos.

2. Os direitos do Estado como acionista são exercidos através de representante designado por

despacho conjunto dos Ministros das Finanças e da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e

das Pescas, salvo quando a gestão das ações seja cometida a outra entidade nos termos do

número anterior.

O Capital Social da EDIA ascende a € 387.267.750,00, e é detido a 100% pelo Estado

Português, através da DGTF. As ações são nominativas, com o valor nominal de 5€/cada,

dividido em 77.453.550 ações.

II.2. Limitações à titularidade e/ou transmissibilidade das Ações

Estatutariamente não existem limitações à titularidade e/ou transmissibilidade das ações da

Empresa.

II.3. Acordos Parassociais

Não se aplica uma vez que o Capital Social da EDIA é detido a 100% pelo Estado Português,

através da DGTF.

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12 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

III. PARTICIPAÇÕES SOCIAIS E OBRIGAÇÕES

DETIDAS

III.1. Identificação das Pessoas Singulares (Órgãos Sociais) e/ou Coletivas

(Empresas) Titulares de Participações noutras Entidades

A EDIA é titular de participações nas seguintes entidades (empresas participadas):

GESTALQUEVA; LUSOFUEL; COTR; Águas do Centro Alentejo; ADRAL e EDAB. As

percentagens de capitais detidas nessas entidades são as que de seguida se elencam:

Gestalqueva* – 51%;

LUSOFUEL** – 10%;

COTR – 8,8%;

Águas do Centro Alentejo – 5%;

ADRAL – 4,11%; e

EDAB** – 1,25%.

*Em dissolução

** Em liquidação

GESTALQUEVA

Mesa da Assembleia Geral

Presidente

EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A.

Representada pelo Presidente do Conselho de Administração, José Pedro Mendes

Barbosa da Costa Salema

Data de Eleição: 15/06/2012

Vice-presidente

Município do Alandroal

Representado pela Presidente Mariana Rosa Gomes Chilra

Data de Eleição: 15/06/2012

Secretário

Município de Serpa

Representado pelo Vereador Carlos Alberto Martins Bule Alves

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13 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Data de Eleição: 15/06/2012

Comissão Liquidatária

Presidente

Manuel Bento Rosado

Data de Eleição: 15/06/2012

Vogal

Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo

Data de Eleição: 15/06/2012

Vogal

João Emanuel Pereira Martins

Data de Eleição: 15/06/2012

Vogal

Ana Maria Charrama Farinho

Data de Eleição: 15/06/2012

CENTRO OPERATIVO E DE TECNOLOGIA DO REGADIO (COTR)

Direção

Presidente da Direção

António Manuel Faria Camarate de Campos

Vogal da Direção

Rui Manuel Inácio Garrido

Vogal da Direção

José Filipe Guerreiro Santos

Vogal da Direção

Francisco Calheiros Lopes de Seixas Palma

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14 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

Vogal da Direção

Manuel António Canilhas Reis

Assembleia Geral

Presidente

Shakib Shahidian - Universidade de Évora

Vice-Presidente

João Campelo

Secretário

Arístides Pires Chinita

ÁGUAS DO CENTRO ALENTEJO

Mesa da Assembleia Geral

Presidente

Ângelo João Guarda Verdades Sá

Presidente da Câmara Municipal de Borba

Data de Eleição: 10/05/2012

Vice-Presidente

EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infra-Estruturas do Alqueva, S.A.

Representada por Jorge Manuel Vazquez Gonzalez

Data de Eleição: 10/05/2012

Secretário

Paulo Manuel Marques Fernandes

Data de Eleição: 10/05/2012

Conselho de Administração

Presidente

Artur Pato Mendes de Magalhães

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15 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Data de Eleição: 10/05/2012

Vogal

António Manuel Vinagreiro dos Santos Ventura

Data de Eleição: 10/05/2012

Vogal

José Gabriel Paixão Calixto

Em representação do Município de Reguengos de Monsaraz

Data de Eleição: 10/05/2012

Fiscalização

Fiscal Único

Ernst & Young Audit & Associados – SROC, S.A.

Data de Eleição: 10/05/2012

Comissão de Vencimentos

Presidente

Afonso Lobato de Faria

Data de Eleição: 10/05/2012

Vogal

Maria de Fátima Ferreira Pica Ferreira Borges

Data de Eleição: 10/05/2012

Vogal

Alfredo Falamino Barroso

Representante do Munício do Redondo

Data de Eleição: 10/05/2012

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16 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL DO ALENTEJO (ADRAL)

Mesa da Assembleia Geral

Presidente

Universidade de Évora

Representada por Manuel D´Orey Cancela D´Abreu

Secretários

Associação Comercial de Beja

Representada por João Venâncio Jacinto Rosa

BES – Banco Espírito Santo

Representada por José Cunha

Conselho de Administração

Presidente

Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central (CIMAC)

Representada por Alfredo Falamino Barroso

Vice-presidente

NERBE – Núcleo Empresarial da Região de Beja

Representada por Filipe Jorge M. Piçarra Fialho Pombeiro

Vogais

AICEP – Global Parques, S.A.

Representada por Miguel Gulliver Borralho

Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral

Representada por Pedro Manuel Igrejas da Cunha Paredes

Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo

Representada por Armando Jorge Mendonça Varela

Associação de Agricultores do Distrito de Évora

Representada por Francisco Manuel Ramalho Carolino

EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva

Representada por Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo

Rota do Guadiana – Associação de Desenvolvimento Integrado

Representada por David Henrique Machado

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17 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

FENACAM - Federação Nacional da Caixas de Crédito Agrícola Mútuo

Representada por Josué Cândido Ferreira dos Santos

Instituto Politécnico de Beja

Representado por Isidro Lourenço Rodrigues Gois Féria

NOVADELTA – Comércio e Industria de Cafés, Lda.

Representada por Maria Cristina Cordeiro Batista

Turismo do Alentejo, ERT

Representada por Domingos Fernando Cordeiro

SOMINCOR – Sociedade Mineira de Neves-Corvo

Representada por Maria Lígia Câmara Garcia Várzea de Araújo

Terras Dentro – Associação para o Desenvolvimento Integrado

Representada por Elsa Conceição Branco

União de Sindicatos do Distrito de Évora

Representada por Ricardo Manuel Cabeça Galhardo

Comissão Executiva do Conselho de Administração

Presidente

Alfredo Falamino Barroso

Representante da CIMAC

Vice-presidente

Filipe Jorge M. Piçarra Fialho Pombeiro (NERBE)

Vogais

Armando Jorge Mendonça Varela (CIMAA)

Maria Cristina Cordeiro Batista (NOVADELTA)

Elsa Conceição Branco (Terras Dentro)

Conselho Fiscal

Presidente

NERPOR – Núcleo Empresarial da Região de Portalegre

Representado pelo Sr. Dr. Jorge Firmino Rebocho Pais

Vogais

Fundação Eugénio de Almeida

Representada por Maria do Céu Baptista Ramos

Revisor Oficial Contas

L. Graça, R. Carvalho & M. Borges, SROC, LDA

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18 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

Representada por Maria do Rosário Carvalho/ROC n.º 658

Revisor Oficial Contas Suplente

Manuel Fernando Andrade Borges/ROC n.º 1067

Ao nível da identificação das pessoas singulares titulares de participações noutras entidades

refira-se, no que respeita ao Conselho de Administração da EDIA, que, quer o Presidente do

Conselho de Administração da EDIA, Eng.º José Pedro Mendes da Costa Salema, quer os

vogais do Conselho de Administração: Dr.ª Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo e Eng.º

Jorge Manuel Vazquez Gonzalez, não são titulares de participações noutras entidades.

Por outro lado, referencie-se que o presidente do Conselho Fiscal (António Lorena de Sèves)

possui uma quota em Abalada Matos, Lorena de Sèves & Associados – Sociedade de

Advogados, R.L. e quota em Notas Verbais Unipessoal, Lda.. Os vogais do Conselho Fiscal

(Orlando de Castro Borges e Nelson Manuel Costa Santos) não são titulares de participações

qualificadas noutras entidades.

III.2. Aquisição e Alienação de Participações Sociais/Participação em Entidades de

Natureza Associativa ou Fundacional

A EDIA não adquiriu ou alienou, no exercício, participações sociais/participações em entidades

de natureza associativa ou fundacional.

O Conselho de Administração da EDIA não é igualmente titular de participações

sociais/participações em entidades de natureza associativa ou fundacional.

Ao nível do Conselho Fiscal esta questão não é aplicável.

III.3. Prestação de Garantias Financeiras ou assunção de Dívidas ou Passivos de

Outras Entidades (mesmos nos casos em que assumam organização de grupo)

A EDIA, no exercício, não prestou garantias financeiras ou assumiu dívidas ou provisões de

outras Entidades.

A empresa Gestalqueva, S.A. (em liquidação à data de 31 dezembro de 2013), em 2007 prestou

uma fiança no Banco Português de Investimento (BPI), sobre um contrato de abertura de crédito

até ao montante de € 600.000. Prevendo-se um exercício de 2013 difícil, sabendo da

indisponibilidade da Comissão Liquidatária da Gestalqueva, S.A. para proceder a suprimentos

financeiros à Gescruzeiros, S.A. o Conselho de Administração negociou no início do ano, com o

BPI, a carência de capital durante o ano de 2013, até ao previsível desfecho da alienação do

capital da Gescruzeiros, S.A. pela Comissão Liquidatária da Gestalqueva, S.A..

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19 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

III.4. Indicação sobre o número de Ações e Obrigações detidas por Membros dos

Órgãos de Administração e de Fiscalização

Os membros dos Órgãos de Administração (Presidente do Conselho de Administração e os dois

vogais do Conselho de Administração) não são titulares de ações e obrigações.

Ao nível do Conselho Fiscal o Presidente e o vogal Orlando de Castro Borges do Conselho

Fiscal não são titulares de ações e obrigações, enquanto o vogal Nelson Manuel Costa Santos

não é titular de ações e obrigações que confiram uma participação qualificada.

III.5. Informação sobre a existência de relações significativas de natureza

comercial entre os titulares de participações e a sociedade

Não existem relações de natureza comercial entre os titulares de participações e a sociedade.

III.6. Identificação dos mecanismos adotados para prevenir a existência de

conflitos de interesses/Declaração dos Membros do Órgão de Administração de

que se abstêm de interferir nas decisões que envolvam os seus próprios interesses

No âmbito da prevenção de conflitos de interesses, importa ter presente, numa primeira linha, as

determinações do Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e Infrações Conexa em vigor e o

quadro de medidas aí previstas, bem como os princípios e regras do Código de Ética da

Empresa, tais como a declaração de interesses subscrita por cada colaborador da EDIA, em

2012, arquivada no seu processo individual.

No que respeita aos Órgãos Sociais, em especial ao nível do Conselho de Administração, não

existem conflitos de interesses no exercício da sua atividade. Acresce ainda que, para além do

cumprimento escrupuloso das obrigações de comunicação de rendimentos e património se

procede à monitorização regular e sistemática de todas as despesas realizadas, que são objeto de

apreciação desagregada ao nível do controlo periódico dos custos de funcionamento da

Empresa, com base em relatórios internos, divulgados e apreciados em reuniões, com todas a

chefias da Empresa.

Como tipologia de medidas especificamente vocacionadas para a prevenção de conflitos de

interesses importa considerar a segregação de funções, a concentração do poder de adjudicação

no Conselho de Administração e não no administrador do pelouro cuja margem de decisão é,

nesse aspeto, reservada a patamares de despesa pouco elevados, de que é exemplo a Ordem de

Serviço N.º 1/2013, em vigor desde o início de 2013.

Merece ainda referência o estabelecimento de regras claras e transparentes no manual de

procedimentos da Empresa.

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20 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

IV. ÓRGAOS SOCIAIS E COMISSÕES

A. MESA DA ASSEMBLEIA GERAL

IV.A.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral

MESA DA ASSEMBLEIA GERAL

Presidente

Professor Doutor Carlos Alberto Martins Portas

Secretários

Dr. José Pedro da Silva Martins

Dr.ª Cristina Maria Pereira Freire

IV.A.2. Identificação das Deliberações Acionistas que, por imposição estatutária,

só podem ser tomadas com maioria qualificada, para além das legalmente

previstas, e indicação dessas maiorias

Não se aplica visto que o Estado, através da DGTF, é acionista único da EDIA.

Mandato

(Início - Fim) Fixada(€)(1)

Bruta Pago(2)

(2012 - 2014) Presidente Carlos Alberto Martins Portas 645,77 645,77

(2012 - 2014) Secretário José Pedro da Silva Martins - -

(2012 - 2014) Secretária Cristina Maria Pereira Freire 387,97 387,97

Legenda:

(1) - Valor da Senha de presença fixada

(2) - Antes de reduções remuneratórias

Cargo

Remuneração Anual

Nome

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21 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

B. ADMINISTRAÇÃO E SUPERVISÃO

IV.B.1. Modelo de Governo Adotado

O modelo de governo da EDIA, S.A., o modelo latino – reforçado visa a transparência e a

eficácia da sua gestão, sendo um dos seus objetivos principais a separação clara de poderes entre

os diversos órgãos sociais da empresa. São órgãos da sociedade:

Assembleia Geral

Conselho de Administração

Conselho Fiscal

Revisor Oficial de Contas

IV.B.2. Regras Estatutárias sobre procedimentos aplicáveis à nomeação e

substituição do Conselho de Administração

Os membros do Conselho de Administração da EDIA são designados em Assembleia Geral pelo

Acionista único, ou seja o Estado. Os estatutos da EDIA, aprovados pelo Decreto-Lei n.º

42/2007, de 22 de fevereiro, não contêm especificidades relativamente à nomeação e

substituição do Conselho de Administração.

As regras sobre procedimentos aplicáveis à nomeação e substituição do Conselho de

Administração encontram-se previstas no Código das Sociedades Comerciais, aplicáveis por via

do disposto no artigo 14.º do Regime Jurídico do Setor Público Empresarial, aprovado pelo

Decreto-Lei n.º 133/2013, de 3 de outubro. Deste último diploma destacam-se as normas dos

artigos 21.º (Gestor Público), 31.º (Estrutura de Administração e de Fiscalização) e 32.º (Órgão

de Administração). Com relevo ainda para a nomeação e substituição do Conselho de

Administração importa referir ainda as disposições dos artigos 12.º e seguintes do Estatuto do

Gestor Público.

IV.B.3. Composição do Conselho de Administração

Mandato

(Início - Fim)

(2012 - 2014) Presidente João Cláudio Cabral de Oliveira Basto AG (08/03/2012) 1 *

(2012 - 2014) Presidente José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema DSU (02/12/2013) 1 -

(2012 - 2014) Vogal Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo AG (08/03/2012) 2 -

(2012 - 2014) Vogal Jorge Manuel Vazquez Gonzalez AG (08/03/2012) 1 -

Notas:

AG - Assembleia Geral

* Renunciou em 25 de outubro de 2013, exercendo funções até 30 de novembro de 2013.

Observações

DSU - Deliberação Social Unânime por escrito

Cargo Nome

Designação Legal

da atual

Nomeação

N.º de mandatos

exercidos na

Sociedade

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22 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

IV.B.4. Distinção dos Membros Executivos e Não Executivos do Conselho de

Administração

O Conselho de Administração da EDIA é constituído por três membros executivos, não

possuindo nenhum membro não executivo na sua composição.

IV.B.5. Elementos Curriculares relevantes dos Membros do Conselho de

Administração

José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema *

Presidente do Conselho de Administração

* Nomeado em 02 de dezembro de 2013.

Data de Nascimento: 02 de outubro de 1973

Habilitações Académicas

Licenciatura em Engenharia Agronómica, Ramo de Economia Agrária e Sociologia

Rural

Master in Business Administration (MBA) com especialização em Gestão da

Informação

Mestrado em Gestão de Empresas

Atividade Profissional

Presidente do Conselho de Administração da EDIA (desde dezembro/2013)

Sócio-Gerente - FZ Agrogestão, Consultoria em Meio Rural, Lda (Gestão Geral de

Empresa; Gestão Financeira; Gestão de Informação)

Consultor de várias empresas e associações do meio rural em Portugal e Angola

Formador Externo - Ações de formação na temática da Gestão da Empresa Agrícola e

das Tecnologias da Informação para a Agricultura - Ministério da Agricultura e IDRHa

Responsável pelas aulas práticas da disciplina de Contabilidade da Empresa Agrícola -

Instituto Superior de Agronomia

Responsável pelas aulas práticas da disciplina de Economia - Instituto Superior de

Agronomia

Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo

Vogal do Conselho de Administração

Data de Nascimento: 25 de fevereiro de 1972

Habilitações Académicas

Licenciatura em Gestão de Empresas na Universidade de Évora

Curso de Especialização em Contabilidade Financeira Avançada no Instituto para o

Desenvolvimento da Gestão Empresarial do ISCTE

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23 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Programa de Direção de Empresas na Escola de Direção e Negócios – AESE

Atividade Profissional

Vogal do Conselho de Administração da EDIA (desde Abril/2010)

Diretora Coordenadora da Direção de Administração e Finanças da Empresa de

Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva - EDIA, S.A. (1999-2010)

Vogal Não Executivo do Conselho de Administração da Gestalqueva, S.A. (2009-2010)

Vogal Não Executivo do Conselho de Administração da Merturis – Empresa Municipal

de Turismo da Câmara Municipal de Mértola (2003-2010)

Responsável pelo Projeto de modernização administrativa de 18 Serviços Públicos e 12

Empresas Públicas da Loja do Cidadão das Laranjeiras – Lisboa (Instituto de Gestão das

Lojas do Cidadão) (1998-1999)

Admissão na EDIA, S.A. exercendo funções no âmbito da Direção Administrativa e

Financeira; a partir de 1996 nomeada Coordenadora do Núcleo de Gestão Financeira

(1995-1998)

Formadora de contabilidade e gestão financeira no curso de formação Dinamizadores de

Empresas, desenvolvida no âmbito do Programa Now (Novas Oportunidades para

Mulheres) do IEFP – Instituto de Emprego e Formação Profissional (1993)

Jorge Manuel Vazquez Gonzalez

Vogal do Conselho de Administração

Data de Nascimento: 22 de julho de 1951

Habilitações Académicas

Licenciatura em Engenharia Civil pelo Instituto Superior Técnico

Mestrado em Mecânica dos Solos e Fundações pela Universidade Nova de Lisboa

Atividade Profissional

Vogal do Conselho de Administração da EDIA (desde março/2012)

Diretor-Coordenador de Engenharia, Ambiente e Ordenamento do Território na EDIA

(2005-2012)

Administrador da COBA (Consultores Obras, Barragens e Planeamento, S.A.) (2000-

2004)

Diretor do Serviço de Geotecnia na COBA (1988-2004)

Diretor do Serviço de Barragens na COBA (1983-1988)

IV.B.6. Relações familiares, profissionais ou comerciais, habituais e significativas,

dos membros do Conselho de Administração com acionistas a quem seja imputável

participação qualificada superior a 2% dos direitos de voto

Não existem relações familiares, profissionais ou comerciais, habituais e significativas.

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24 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

IV.B.7. Mapas Funcionais relativos à repartição de competências entre os vários

Órgãos Sociais

As competências dos diversos órgãos sociais da EDIA, S.A. são as seguintes:

Assembleia Geral

Compete à Assembleia Geral:

Deliberar sobre o relatório de gestão e as contas do exercício;

Deliberar sobre a proposta de aplicação de resultados;

Proceder à apreciação geral da administração e fiscalização da sociedade;

Eleger o revisor oficial de contas e o conselho fiscal;

Deliberar sobre alterações dos estatutos; e

Deliberar sobre qualquer outro assunto para que tenha sido convocada.

As deliberações são tomadas por maioria de votos dos acionistas presentes ou representados na

assembleia geral, sempre que a lei não disponha de forma diversa.

Conselho de Administração

De acordo com o artigo 15.º do Decreto-Lei N.º 42/2007, compete ao Conselho de

Administração da EDIA assegurar a gestão dos negócios da sociedade, sendo-lhe atribuídos os

mais amplos poderes e cabendo-lhe, designadamente:

Aprovar o plano de atividades, anual e plurianual;

Aprovar o orçamento e acompanhar a sua execução;

Gerir os negócios sociais e praticar todos os atos relativos ao objeto social que não

caibam na competência de outro órgão da sociedade;

Adquirir, alienar ou onerar participações no capital de outras sociedades, bem como

obrigações e outros títulos semelhantes;

Representar a sociedade, em juízo e fora dele, ativa e passivamente, propor e

acompanhar ações, confessar, desistir, transigir e aceitar compromissos arbitrais;

Adquirir, alienar ou onerar bens imóveis até ao limite de metade do valor do capital

social, mas nunca superior a € 2.500.000;

Deliberar sobre a emissão de empréstimos obrigacionistas e contrair empréstimos não

obrigacionistas no mercado financeiro, ressalvados os limites legais e a necessidade de

autorização do Ministro das Finanças;

Estabelecer a organização técnico-administrativa da sociedade;

Decidir sobre a admissão de pessoal e sua remuneração;

Constituir procuradores e mandatários da sociedade, nos termos que julgue conveniente;

e

Exercer as demais competências que lhe caibam por lei, independentemente e sem

prejuízo das que lhe sejam delegadas pela assembleia geral.

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25 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Conselho Fiscal

Compete ao Conselho Fiscal:

Assistir às reuniões do conselho de administração sempre que o entenda conveniente;

Emitir pareceres sobre qualquer matéria que lhe seja apresentada pelo conselho de

administração;

Colocar ao conselho de administração qualquer assunto que por ele deva ser ponderado;

Aprovar o plano de atividades e orçamentos; e

Emitir pareceres sobre os relatórios de atividade da Empresa

Sem prejuízo do que se encontra disposto no Decreto-lei n.º 133/2013, de 03 de outubro, e em

consonância com o disposto no Artigo 60.º da referida lei, os órgãos de fiscalização da

sociedade têm as competências genéricas previstas na lei comercial.

O Decreto-lei n.º 133/2013 vem, no entanto, através do artigo 33.º, alargar o âmbito de atuação

do órgão de fiscalização na medida em que define, no seu n.º 4. que “Sem prejuízo do disposto

sobre a matéria nos respetivos estatutos, o conselho de administração das empresas públicas

obtém parecer prévio favorável do conselho fiscal para a realização de operações de

financiamento ou para a celebração de atos ou negócios jurídicos dos quais resultem

obrigações para a empresa superiores a 5% do ativo líquido, salvo nos casos em que os

mesmos tenham sido aprovados nos planos de atividades e orçamento.”

IV.B.8. Funcionamento do Conselho de Administração

a) Número de reuniões realizadas e grau de assiduidade de cada membro

às reuniões realizadas

O Conselho de Administração (CA) da EDIA é composto por três (3) membros: o Presidente do

Conselho de Administração e dois (2) vogais. Ao longo do ano de 2013 o CA da EDIA realizou

42 reuniões tendo contado, em todas elas, com a presença da totalidade dos seus membros.

b) Indicação dos cargos exercidos em simultâneo noutras empresas,

dentro e fora do grupo, e outras atividades relevantes exercidas pelos

membros daqueles órgãos no decurso do exercício

Presidente do Conselho de Administração

José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema

O Presidente do Conselho de Administração (PCA) da EDIA preside à Mesa da Assembleia

Geral da comissão liquidatária da GESTALQUEVA, e representa a EDIA na Entidade Regional

de Turismo do Alentejo.

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26 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

Vogal

Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo

A Dr.ª Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo, é vogal da Comissão Liquidatária da

Gestalqueva e representa a EDIA na Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo

(ADRAL) e no Núcleo Empresarial da região de Beja (NERBE).

Vogal

Jorge Manuel Vazquez Gonzalez

O Eng.º Jorge Manuel Vazquez Gonzalez é vice-presidente da Mesa da Assembleia Geral da

empresa Águas do Centro Alentejo.

c) Indicação dos Órgãos da Sociedade competentes para realizar a

avaliação de desempenho dos administradores executivos e critérios

pré-determinados para a avaliação de desempenho dos mesmos

O Decreto-lei n.º 133/2013, de 03 de outubro, que fixa o regime jurídico do setor público

empresarial, introduz alterações importantes ao exercício da função acionista no âmbito do

Setor Empresarial do Estado (SEE). Neste âmbito, o artigo 38.º do referido decreto-lei define,

no seu n.º 2 que o “O exercício da função acionista processa-se por via de deliberação em

assembleia geral ou, tratando-se de entidades públicas empresariais, por resolução do

Conselho de Ministros ou por despacho do titular da função acionista.”

No caso da EDIA, anualmente, em Assembleia Geral, o representante do Acionista - Estado,

avalia o desempenho dos administradores executivos. Em 2013, e nos termos do definido no

artigo 455.º do Código das Sociedades Comerciais, em Assembleia Geral realizada a 11 de julho

de 2013 (ponto 4 da ata da referida Assembleia Geral (n.º 25), foi proposto e efetuada, por parte

do representante do acionista – Estado, a votação favorável dos Órgãos de Administração

sociedade e de cada um dos seus membros.

d) Comissões no seio do Órgão de Administração ou supervisão e

Administradores Delegados

Não aplicável.

IV.B.9. Comissões existentes no Órgão de Administração

Não aplicável.

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27 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

C. FISCALIZAÇÃO

IV.C.1. Órgão de Fiscalização

Na EDIA, o Conselho Fiscal é composto por um (1) presidente, dois (2) vogais e um (1)

suplente, estando em vigor um mandato de três (3) anos – 2012/2014.

IV.C.2. Identificação dos membros do Conselho Fiscal, nos termos do 414.º, n.º do

Código das Sociedades Comerciais (CSC)

Conselho Fiscal

Presidente

António Bernardo de Menezes e Lorena de Sèves

Vogais

Orlando José Manuel de Castro Borges

Nelson Manuel Costa dos Santos **

Vogal Suplente

Cristina Maria Pereira Mascarenhas Vieira Sampaio

** Nomeado em 27 de março de 2013

Mandato

(Início - Fim)

(2012 - 2014) Presidente António Bernardo de Menezes e Lorena de Sèves AG (08/03/2012) 2 -

(2012 - 2014) Vogal Orlando José Manuel de Castro Borges AG (08/03/2012) 1 -

(2012 - 2014) Vogal Nelson Manuel Costa dos Santos DSU (27/03/2013) 1 -

(2012 - 2014) Vogal Suplente Cristina Maria Pereira Mascarenhas Vieira Sampaio AG (08/03/2012) 2 -

Notas:

AG - Assembleia Geral

DSU - Deliberação Social Unânime por escrito

ObservaçõesCargo Nome

Designação

Legal da atual

Nomeação

N.º de mandatos

exercidos na

Sociedade

Mandato

(Início - Fim) Fixada(€)(1)

Bruta Pago(2)

(2012 - 2014) Presidente António Bernardo de Menezes e Lorena de Sèves 15.302 14.538

(2012 - 2014) Vogal Orlando José Manuel de Castro Borges 11.480 10.904

(2012 - 2014) Vogal Nelson Manuel Costa dos Santos 9.020 8.400

(2012 - 2014) Vogal Suplente Cristina Maria Pereira Mascarenhas Vieira Sampaio - -

Legenda:

(1) - Valor Bruto Anual fixado

(2) - Antes de Reduções remuneratórias

Cargo NomeRemuneração Anual

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28 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

IV.C.3. Elementos curriculares relevantes de cada um dos membros do Conselho

Fiscal

Conselho Fiscal

António Bernardo de Menezes e Lorena de Sèves

Presidente do Conselho Fiscal

Data de Nascimento: 11 de março de 1966

Habilitações Académicas

Mestre em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra

Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa

Atividade Profissional

Advogado, Sócio da Sociedade de Advogados Abalada Matos, Lorena de Sèves, Cunhal

Sendim & Associados.

Assistente Universitário no Departamento de Direito da Universidade Autónoma de

Lisboa (1994-2006)

Assessor do Ministro das Finanças (2001-2002)

Assessor do Primeiro-Ministro (2000-2001)

Orlando José Manuel de Castro Borges

Vogal

Data de Nascimento: 05 de abril de 1960

Habilitações Académicas

Licenciado em Geografia pela Universidade de Lisboa

Mestrado Planeamento Regional e Urbano, Instituto Superior Técnico (parte escolar)

Atividade Profissional

Presidente do Instituto da Água (2001-2012), acumulou funções com a Presidência da

Comissão de Acompanhamento das Infra-estruturas de Alqueva.

Vice-Presidente do Instituto da Água (1999-2000)

Chefe de Divisão de Ordenamento e Proteção na Direção Geral dos Recursos Naturais

(1993-1999)

Técnico Superior na Direção Geral dos Recursos Naturais (1987-1993)

Técnico Superior na Direção Geral de Recursos e Aproveitamentos Hidráulicos (1985-

1986)

Técnico Superior na Direção Geral de Ordenamento

Nelson Manuel Costa dos Santos *

Vogal

* Nomeado em 27 de março de 2013

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29 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Data de Nascimento: 19 de maio de 1973

Habilitações Académicas

Licenciatura em Contabilidade e Auditoria, ISCAA – Universidade de Aveiro

Curso de Estudos Especializados em Auditoria Contabilística, ISCAA - Universidade de

Aveiro

Bacharelato em Contabilidade e Administração, ISCAA – Universidade de Aveiro

Atividade Profissional

Membro do Grupo de Trabalho, em representação da DGTF, sobre o controlo dos

impactos financeiros do PPTH e do PREDE nos municípios

Vogal do Conselho Fiscal da EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do

Alqueva, S.A., desde marços de 2013

Membro do Conselho Geral da Comissão de Normalização Contabilística (CNC), desde

fevereiro de 2013

Técnico Superior da Direção-Geral do Tesouro e Finanças, na área da concessão de

garantias e empréstimos, desde março de 2009

Técnico analista de risco de crédito e de controlo financeiro na Agência de Gestão da

Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP, E.P.E., de março de 2007 a março de 2009

Técnico Superior da Direção-Geral do Tesouro e Finanças, na área da Tesouraria

Central do Estado, de maio de 2000 a março de 2007

Cristina Maria Pereira Mascarenhas Vieira Sampaio

Vogal Suplente

Data de Nascimento: 18 de Novembro de 1958

Habilitações Académicas

Licenciatura em Gestão e Administração de Empresas pela Universidade Católica

Portuguesa (UCP) em 1983

Atividade Profissional

Diretora da Direção de Serviços de Regularizações Financeiras da Direção-Geral do

Tesouro e Finanças, desde Junho de 2007; Diretora da Direção de Recuperação de

Créditos da Direcção-Geral do Tesouro (DGT) entre Junho de 1999 e Junho de 2007;

chefe da divisão de Cooperação Bilateral da Direção de Serviços de Cooperação

Internacional da DGT entre Fevereiro de 1994 e Junho de 1999; técnica superior da

DGT de Janeiro de 1985 a Fevereiro de 1994.

Outras Atividades Profissionais

Assegura atualmente os cargos de secretária da mesa da Assembleia-Geral da APA e de

presidente do Conselho Fiscal da Parque Expo 98, S.A.. Assegurou os cargos de

segunda secretária da mesa da Assembleia Geral da Hidroelétrica de Cahora-Bassa,

S.A.R.L. (2004-2007), de presidente da mesa da Assembleia Geral do Hospital Distrital

da Figueira da Foz, SA (2004-2005), de secretária da mesa da Assembleia Geral do

Hospital Nossa Senhora do Rosário, SA (2004-2005) e de presidente do Conselho de

Administração da Gestínsua - Aquisições e Alienações de Património Imobiliário e

Mobiliário, S.A., Sociedade constituída no quadro do processo de recuperação da

empresa da Oliva (2000-2004).

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30 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

IV.C.4. Funcionamento do Conselho Fiscal

a) Número de reuniões realizadas e respetivo grau de assiduidade de cada

membro

O Conselho Fiscal realizou 9 reuniões em 2013 nas seguintes datas: 28 de janeiro; 12 de março;

22 de março; 26 de abril; 7 de maio; 10 de maio, 21 de maio, 4 de outubro e 11 de dezembro.

Todos os membros estiveram presentes em todas as reuniões efetuadas.

b) Indicação dos cargos exercidos em simultâneo noutras empresas,

dentro e fora do grupo, e outras atividades relevantes exercidas pelos

membros daqueles órgãos no decurso do exercício

Quanto aos cargos exercidos em simultâneo noutras empresas, dentro e fora do grupo, e outras

atividades relevantes exercidas pelos membros daqueles órgãos no decurso do exercício, ao

nível do Conselho Fiscal informa-se o seguinte:

António Lorena de Sèves (Presidente do Conselho Fiscal): Vice-presidente da mesa da

assembleia-geral da TAP e da TAP, SGPS; gerente da Notas Verbais Unipessoal, Lda.;

Advogado.

Orlando Castro e Borges (Vogal do Conselho Fiscal): Técnico superior da Agência

Portuguesa do Ambiente.

Nelson Manuel Costa Santos (Vogal do Conselho Fiscal): Técnico superior da Direção-

Geral do Tesouro; Vogal suplente do Conselho Fiscal da CP, EPE.

c) Descrição dos procedimentos e critérios aplicáveis à intervenção do

Órgão de Fiscalização para efeitos de contratação de serviços adicionais

ao Auditor Externo

Os procedimentos são os previstos no Código dos Contratos Públicos. No exercício teve lugar

um procedimento de ajuste direto com consulta prévia a 10 auditores.

d) Outras funções dos Órgãos de Fiscalização e, se aplicável, da Comissão

para as Matérias Financeira

Não existem, no exercício, outras funções.

D. REVISOR OFICIAL DE CONTAS (ROC)

IV.D.1. Revisor Oficial de Contas (ROC)

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31 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Revisor Oficial de Contas

Oliveira, Reis & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda.

Representado pelo Dr. José Vieira dos Reis

O mandato do Revisor Oficial de Contas (ROC) efetivo para o triénio de 2012-2014 teve início

em 04 de maio de 2012, sendo titular do cargo a sociedade Oliveira, Reis & Associados,

Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda, representada pelo Dr. José Vieira dos Reis,

Revisor Oficial de Contas.

A Sociedade Oliveira, Reis & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda

(representado pelo Dr. José Vieira dos Reis) exerce assim funções junto da EDIA e do Grupo

desde 2012, estando mandatada para o triénio 2012-2014. O número de inscrição da Sociedade

Oliveira, Reis & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda (ROC: José

Vieira dos Reis, ROC 359) na CMVM, é o 329 e OROC 23. A figura de ROC suplente não se

aplica à EDIA.

O mandato do Revisor Oficial de Contas (ROC), efetivo para o triénio de 2012-2014, teve início

em 04 de maio de 2012, sendo titular do cargo a sociedade Oliveira, Reis & Associados,

Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda, representada pelo Dr. José Vieira dos Reis,

Revisor Oficial de Contas. O SROC/ROC está mandatado para o triénio 2012-2014, exercendo

funções consecutivas junto da EDIA e do Grupo desde 2012.

No desempenho das suas competências foi atestada a independência do ROC e avaliada

positivamente o trabalho por este desenvolvido ao longo do exercício de 2013.

IV.D.2. Limitações, legais e outras, relativamente ao número de anos em que o

ROC presta contas à sociedade

A Sociedade Oliveira, Reis & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda

(representado pelo Dr. José Vieira dos Reis) foi designada pela EDIA para o mandato que cobre

os exercícios de 2012 a 2014, ou seja, para o triénio 2012-2014.

Neste sentido, o SROC obriga-se a prestar os seus serviços, em regime de completa

independência funcional e hierárquica da EDIA, com observância dos estatutos deste (SROC),

das normas constantes do Estatuto da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, das leis da

fiscalização das sociedades, dos princípios de ética deontológica profissional e das normas

técnicas e das diretrizes de revisão/auditoria aprovadas ou reconhecidas da Ordem. As referidas

funções são ainda exercidas nos termos do disposto na alínea b) do n.º 1 do artigo 413.º do

Código das Sociedades Comerciais (CSC) e incluem o desempenho das funções de Auditor

Externo, para efeitos previstos no artigo 8.º do Código de Mercado de Valores Mobiliários.

Tratando-se da primeira vez que a Sociedade Oliveira, Reis & Associados, Sociedade de

Revisores Oficiais de Contas, Lda desempenha funções para a EDIA, não se verificam,

portanto, limitações, legais ou outras, relativamente ao número de anos em que o SROC/ROC

presta contas à sociedade.

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32 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

IV.D.3. Indicação do número de anos em que o SROC e/ou ROC exerce funções

consecutivamente junto da sociedade/grupo, bem como indicação do número de

anos em que o ROC presta serviços nesta sociedade, incluindo o ano a que se

refere o presente relatório

A Sociedade Oliveira, Reis & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda

(representado pelo Dr. José Vieira dos Reis) exerce funções junto da EDIA há dois (2) anos

consecutivos: 2012 e 2013.

IV.D.4. Descrição de outros serviços prestados pelo SROC à sociedade e/ou

prestados pelo ROC que representa o SROC, caso aplicável

Os serviços da Sociedade Oliveira, Reis & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de

Contas, Lda (SROC/ROC) à EDIA consistem unicamente na revisão de contas, isto é, expressa

uma opinião profissional e independente relativamente às contas individuais e consolidadas

anuais, revisão limitada para as contas intercalares a 30 de junho e à revisão da posição

financeira trimestral (março e setembro).

E. AUDITOR EXTERNO

IV.E.1. Auditor Externo

Mandato

(Início - Fim)

(2012 - 2014) Revisor Oficial de Contas

Oliveira, Reis& Associados, Sociedade de Revisores

Oficiais de Contas, Lda. Representado pelo Dr José

Vieira dos Reis

AG (4/05/2012) 1 -

ObservaçõesCargo Nome

Designação

Legal da atual

Nomeação

N.º de mandatos

exercidos na

Sociedade

Mandato

(Início - Fim) Fixada (€)(1)

Bruta Pago(2)

(2012 - 2014) Revisor Oficial de Contas

Oliveira, Reis& Associados, Sociedade de Revisores

Oficiais de Contas, Lda. Representado pelo Dr José

Vieira dos Reis

40.000 40.000

Legenda:

(1) - Valor Bruto fixado

(2) - Antes de reduções remuneratórias

Cargo NomeRemuneração Anual

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33 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Auditor Externo

O exercício de funções de auditoria externa às contas da EDIA é realizado pela empresa BDO

bdc & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda, sendo o auditor externo da

EDIA junto da CMVM a Sociedade Oliveira, Reis & Associados, Sociedade de Revisores

Oficiais de Contas, Lda (SROC/ROC), que exerce quer as funções de ROC estatutário

(assegurando assim a revisão legal das contas), quer as funções de auditor registado na CMVM

para efeitos do Código dos Valores Mobiliários.

A BDO bdc & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda (inscrita na OROC

sob o número 29) presta serviços para a EDIA, assegurando a auditoria às contas anuais

individuais e consolidadas, desde 2006.

IV.E.2. Política e periodicidade da rotação do Auditor Externo e do respetivo sócio

ROC que o representa no cumprimento dessas funções, bem como indicação do

órgão responsável pela avaliação do Auditor Externo e periodicidade com que essa

avaliação é feita

A EDIA tem vindo a adotar, desde há vários anos, um modelo que é também seguido por muitas

outras entidades públicas, que contempla para além dos órgãos de fiscalização (ROC e Conselho

Fiscal) a existência de um auditor externo, sendo que a revisão/auditoria às contas por mais do

que uma firma de auditoria contribui para uma maior credibilização das contas, nomeadamente,

junto de instâncias internacionais, já que a EDIA tem obrigações admitidas à cotação em

mercados de valores mobiliários estrangeiros.

Reforce-se que o auditor externo da EDIA desempenha um papel significativo ao esclarecer

regularmente dúvidas e efetuar aconselhamentos, designadamente, sobre procedimentos

contabilísticos e demais documentos de report de informação emitidos pela EDIA: relatórios de

gestão e as demonstrações financeiras, sendo efetuada uma revisão muito detalhada dos

mesmos, não se atendendo apenas às questões materialmente relevantes.

Refira-se ainda que a revisão de auditoria às contas por mais do que uma firma de auditoria é

um modelo encorajado e recomendado pela Comissão Europeia para as entidades de interesse

público, conceito que integra a EDIA.

O ROC é mandatado por períodos de três (3) anos pelo Acionista único da Empresa (Estado

Português), e a sua eleição é formalizada em sede de Assembleia Geral da Empresa, através de

um representante do Acionista Estado designado para esse efeito.

O Auditor Externo está a desempenhar as suas funções ao abrigo de um contrato trianual que

abrange os exercícios de 2012, 2013 e 2014.

O órgão da EDIA responsável pela avaliação do Auditor Externo é o Conselho de

Administração da EDIA. Essa avaliação é feita anualmente e coincide com dois momentos

específicos: a elaboração do Relatório de Gestão da EDIA e do Grupo, a 31 de dezembro e a

elaboração do Relatório e Contas Consolidadas da EDIA e do Grupo, a 30 de junho de 2013.

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34 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

IV.E.3. Identificação de trabalhos, distintos dos de auditoria, realizados pelo

Auditor Externo para a sociedade e/ou para sociedades que com ela se encontrem

em relação de domínio, bem como indicação dos procedimentos internos para

efeitos de aprovação da contratação de tais serviços e indicação das razões para a

sua contratação

O auditor externo (BDO bdc & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda)

desenvolveu ainda para a EDIA trabalhos de assessoria fiscal. Esta avença tem vindo a ser

renovada anualmente.

IV.E.4. Auditor Externo

Nota: deverá indicar-se o valor dos honorários envolvidos recebidos pelos trabalhos e a percentagem sobre os

honorários totais faturados pela empresa à sociedade/grupo.

(€) (%)

30.150 87,16%

4.440 12,84%

- -

34.590 100%

(€) (%)

- -

- -

- -

- -

Valor dos serviços de revisão de contas

Remunerações paga à SROC (inclui contas e consolidadas)

Valor de outros serviços que não revisão de contas

Total pago pelas entidades do Grupo à SROC

Valor dos serviços de consultoria fiscal

Valor de outros serviços que não revisão de contas

Total pago pela empresa à SROC

Por entidades que integram o grupo (inclui contas individuais e consolidadas)

Valor dos serviços de revisão de contas

Valor dos serviços de consultoria fiscal

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35 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

V. ORGANIZAÇÃO INTERNA

A. ESTATUTOS E COMISSÕES

V.A.1. Alteração dos Estatutos da Sociedade – Regras Aplicáveis

As regras aplicáveis à alteração dos estatutos da sociedade encontram-se definidas no artigo 36.º

do Decreto-lei n.º 133/2013, de 03 de outubro, que define que “A alteração dos estatutos de

empresas públicas é realizada através de decreto-lei ou nos termos do Código das Sociedades

Comerciais, consoante se trate de entidade pública empresarial ou sociedade comercial,

devendo os projetos de alteração ser devidamente fundamentados e aprovados pelo titular da

função acionista.”

V.A.2. Comunicação de Irregularidades – Meios e política de comunicação de

irregularidades ocorridas na sociedade

As atividades da Empresa são controladas pelos órgãos de fiscalização respetivos que produzem

relatórios de certificação que são publicados no Relatório e Contas da Empresa, bem como

Relatórios Trimestrais que são enviados para o Acionista-Estado.

V.A.3. Indicação das políticas antifraude adotadas e identificação de ferramentas

existentes com vista à mitigação e prevenção da fraude organizacional. Referência

à existência de Planos de Ação para prevenir fraudes internas e externas, assim

como a identificação das ocorrências e as medidas tomadas para a sua mitigação.

Indicar se a empresa cumpre com a legislação e a regulamentação em vigor

relativas à prevenção da corrupção e se elabora anualmente um Relatório

Identificativo das Ocorrências, ou Risco de Ocorrências, dos factos mencionados

na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º da Lei n.º 54/2008, de 4 de setembro. Indicação do

local no site da empresa onde se encontra publicitado o respetivo relatório (Artigo

46.º DL 133/2013)

A EDIA dispõe de um sistema de controlo interno, tendo-se inclusive, adjudicado no final do

ano de 2013, encontrando-se em curso, uma prestação de serviços de auditoria aos sistemas de

gestão de riscos, de informação e de controlo interno.

A EDIA adquiriu, para o efeito, software de qualidade, que se consubstancia num dos melhores

ERP’s (Programas de Gestão Integrada) existentes no mercado – ERP da SAP.

Este sistema informático procura contemplar a empresa como um todo e encontra-se dividido

em diversos módulos, cada um correspondendo a uma área específica:

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36 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

FI – Contabilidade

CO – Controlling/Contabilidade Analítica

SD – Vendas

IM /PS – Controlo e Gestão Orçamental de Investimentos

LO – Controlo de Contratos de Empreitadas, Fornecimento de Equipamentos e Prestação de

Serviços

RH – Gestão de Recursos Humanos

A EDIA está a aguardar a conclusão da prestação de serviços referida antes de tomar mais

medidas sobre esta matéria.

O Relatório Final sobre a execução do Plano Anti Corrupção e Infrações Conexas foi elaborado,

e encontra-se disponível no site da Empresa no separador “Quem Somos” » “EDIA” »

”Princípios de Bom Governo” » “Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e Infrações

Conexas”.

B. CONTROLO INTERNO E GESTÃO DE RISCOS

V.B.1. Informação sobre a existência de um Sistema de Controlo Interno (SCI)

compatível com a dimensão e complexidade da empresa, de modo a proteger os

investimentos e os seus ativos

O sistema de controlo interno é o plano de organização dos métodos e procedimentos definidos

pela administração de uma entidade, para auxiliar a atingir o objetivo de gestão de assegurar,

tanto quanto for praticável, a metódica e eficiente conduta dos seus negócios, incluindo a

aderência às políticas da administração, a salvaguarda dos ativos, a prevenção e deteção de

fraudes e erros, a precisão e plenitude dos registos contabilísticos e a atempada preparação de

informação financeira fidedigna. Neste âmbito, e conforme referido num ponto anterior, a

empresa está sujeita a vários Regulamentos Internos e Externos.

De forma a garantir uma maior eficiência dos recursos necessários aos investimentos da

Empresa, torna-se essencial um controlo eficiente na execução financeira traduzindo-se esta

atuação numa maior transparência de procedimentos.

No caso particular do controlo orçamental, definiram-se regras claras e eficazes para a gestão

dos recursos financeiros, sem prejuízo das competências estatutárias atribuídas ao Conselho de

Administração, que têm por objetivo definir a forma de aprovação, conferência e validação da

despesa realizada e que passa pelo estabelecimento de uma hierarquia escalonada de delegação

de competências por níveis de responsabilidade e por montantes.

Saliente-se ainda que todo o investimento é baseado num orçamento anual e a respetiva

realização é devidamente cabimentada, existindo um acompanhamento constante desta

execução e uma identificação sistemática dos desvios verificados.

A EDIA adquiriu, para o efeito, software de qualidade, que se consubstancia num dos melhores

ERP’s (Programas de Gestão Integrada) existentes no mercado – ERP da SAP.

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37 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Este sistema informático procura contemplar a empresa como um todo e encontra-se dividido

em diversos módulos, cada um correspondendo a uma área específica:

FI – Contabilidade

CO – Controlling/Contabilidade Analítica

SD – Vendas

IM /PS – Controlo e Gestão Orçamental de Investimentos

LO – Controlo de Contratos de Empreitadas, Fornecimento de Equipamentos e

Prestação de Serviços

RH – Gestão de Recursos Humanos

V.B.2. Pessoas, órgãos ou comissões responsáveis pela auditoria interna e/ou pela

implementação de sistema de gestão e controlo de risco que permita antecipar e

minimizar os riscos inerentes à atividade desenvolvida

O Conselho de Administração da EDIA é, em última instância, o órgão responsável pela

auditoria interna e/ou pela implementação de sistema de gestão e controlo de risco tendo em

vista a minimização dos riscos inerentes à atividade desenvolvida pela Empresa. Neste

particular, e tendo em consideração a necessidade de avaliar o sistema de controlo interno,

assim como o reconhecimento da gestão de risco enquanto área estratégica para a organização,

bem como a importância da informação e as especificidades da atividade da EDIA, destaque-se

a auditoria ao sistema de controlo interno, adjudicada em 2013, recomendada pelo Conselho

Fiscal da EDIA e aprovada pelo Conselho de Administração da Empresa.

V.B.3. Plano Estratégico e de Política de Risco da Sociedade (deve incluir a

definição de níveis de risco considerados aceitáveis e identificar as principais

medidas adotadas)

No âmbito da gestão de conflitos de interesses, e tendo em consideração a necessidade de dar

cumprimento à Recomendação do Conselho de Prevenção da Corrupção, de 7 de novembro de

2012, nos termos da qual a Empresa deverá dispor de mecanismos de acompanhamento e de

gestão de conflito de interesses, procedeu-se à elaboração do Plano de Prevenção de Riscos de

Corrupção e Infrações Conexas da EDIA. Através deste documento, a Sociedade assumiu e

definiu como seu compromisso proceder a rigoroso controlo de validação, no sentido de

verificar a conformidade factual entre as normas do Plano e a aplicação das mesmas.

Este Plano pressupõe igualmente a criação de métodos e a definição de procedimentos pelos

responsáveis, que contribuam para assegurar o desenvolvimento e controlo das atividades de

forma adequada e eficiente, de modo a permitir a salvaguarda dos ativos, a prevenção e deteção

de situações de ilegalidade, fraude e erro, garantindo a exatidão dos registos contabilísticos e os

procedimentos de controlo a utilizar para atingir os objetivos definidos.

Por outro lado, e no âmbito do aprofundamento dos processos do controlo sistemático do

desenvolvimento operacional, temporal e financeiro das diversas tarefas intrínsecas à atividade,

ou Missão da Empresa, procura-se, de forma sistematizada, garantir o cumprimento do

planeamento estabelecido, ou o seu ajustamento atempado, caso necessário.

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38 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

Refira-se ainda que o Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas se aplica

aos membros dos órgãos sociais, ao pessoal com funções de chefia e a todos os trabalhadores e

colaboradores da EDIA. A responsabilidade pela implementação, execução e avaliação do Plano

cabe ao Conselho de Administração e a todo o pessoal com funções de chefia.

Tendo em consideração a avaliação do conteúdo funcional desenvolvido por cada unidade

orgânica da EDIA foram definidos as seguintes tipologias de risco no âmbito das atividades

desenvolvidas pela Empresa: baixo, moderado e elevado.

Não obstante, e tendo em consideração as medidas adotadas e os mecanismos de controlo

interno tem subjacente a gestão de risco enquanto um comportamento integrado com o processo

de planeamento estratégico e operacional da Empresa observe-se que as medidas enunciadas no

referido Plano constituem, per si, a assunção da responsabilidade máxima pela respetiva

implementação das medidas enunciadas no mesmo por parte do Conselho de Administração da

Empresa, no âmbito das competências que lhe foram atribuídas para assegurar a gestão dos

negócios da sociedade, tendo-lhe sido atribuídos os mais amplos poderes para exercer as demais

competências que lhe caibam por lei, e sem prejuízo das que lhe sejam delegadas pela

assembleia geral.

Neste âmbito, destaque-se ainda, por outro lado, a auditoria aos sistemas de gestão de riscos, de

informação e de controlo interno pedida pelo Conselho Fiscal em 2013, em conformidade com

as orientações estratégicas emanadas pelo Setor Empresarial do Estado e de modo a monitorizar

os riscos relevantes assumidos pela Empresa, e que visa proceder:

À avaliação dos sistemas de informação e de controlo interno, tendo como base a

análise crítica aos procedimentos em vigor na EDIA e conformidade com a dimensão e

complexidade da organização;

À determinação do risco de controlo;

E elaboração de recomendações que considerem a relação custo de implementação vs

diminuição do risco associado;

A elaboração de um Relatório Final que consolidará os pontos atrás referidos.

Em termos das medidas adotadas e dos vários mecanismos de controlo interno das diversas

unidades orgânicas que integram a Empresa, com destaque para a segregação de funções e a

promoção das diligências necessárias para a prossecução das tarefas que lhe são intrínsecas,

elencam-se, complementarmente, as seguintes:

Montagem de base de dados com informação relevante sobre aquisições anteriores;

Aprovação de instruções/procedimentos escritos que regulem os procedimentos de

planeamento, com todas as fases do concurso e seus possíveis incidentes;

Definição prévia das responsabilidades de cada um dos intervenientes, nos processos de

aquisição de bens e serviços e nas empreitadas;

Implementação da segregação de funções;

Obtenção de declarações de interesses privados dos trabalhadores ou colaboradores;

Implementação de procedimentos de análise da informação recolhida para identificar

eventuais lacunas ou vulnerabilidades;

Disponibilização, através das novas tecnologias, de toda a informação de carácter

administrativo, nos termos do estabelecido na Lei de Acesso aos Documentos

Administrativos;

Elenco objetivo de critérios de seleção de candidatos que permita que a fundamentação

das decisões de contratar seja facilmente percetível e sindicável;

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39 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

As decisões tomadas sem intervenção de órgão colegial devem ser devidamente

fundamentadas;

Elaboração de um relatório anual das reclamações apresentadas por tipo, frequência e

resultado da decisão;

Exigência de entrega de uma declaração de impedimento, que deverá ser expressa, sob a

forma escrita, e apensa ao procedimento em causa;

Sensibilização dos intervenientes decisores no âmbito dos procedimentos de

recrutamento e seleção, de avaliação, ou outros atos de gestão de pessoal, para a

necessidade de fundamentação das suas decisões;

Aprovação de regulamento que estabeleça os procedimentos e os critérios de atribuição

de patrocínios e apoios e respetiva publicitação, nomeadamente no sítio da EDIA na

internet;

Exigência de declarações de interesses;

Uniformização e consolidação da informação relativa a todas as pessoas e a todas as

entidades beneficiárias;

Publicitação da atribuição dos benefícios, nomeadamente no sítio da EDIA na internet,

bem como de toda a informação dobre as entidades beneficiárias;

Publicitação dos documentos com os resultados das análises levadas a efeito;

Implementação de um sistema estruturado de avaliação das necessidades;

Consagração de critérios internos que determinem e delimitem a realização e dimensão

dos estudos necessários;

Assunção do procedimento do concurso público como procedimento regra para a

contratação de especialistas externos;

Não designação dos mesmos elementos, de forma reiterada, para os júris;

Implementação de um sistema de controlo interno que garanta:

Que a entidade que autorizou a abertura do procedimento dispõe de competência

para o efeito;

Que o procedimento escolhido se encontra em conformidade com os preceitos

legais;

Que no caso em que se adote o ajuste direto com base em critérios materiais os

mesmos são rigorosamente justificados baseando-se em dados objetivos e

devidamente documentados;

Que as especificações técnicas fixadas no caderno de encargos se adequam à

natureza das prestações objeto do contrato a celebrar;

Que os requisitos fixados não determinam o afastamento de grande parte dos

potenciais concorrentes, mediante a imposição de condições inusuais ou demasiado

exigentes e/ou restritivas;

Que as cláusulas técnicas fixadas no caderno de encargos são claras, completas e

não discriminatórias;

Que é garantida a prestação atempada dos esclarecimentos, tidos por pertinentes,

aos potenciais concorrentes que os solicitem, assegurando-se que tais respostas são

amplamente divulgadas e partilhadas por todos os interessados;

Que o modelo de avaliação das propostas tem um carácter objetivo e baseiam-se em

dados quantificáveis e comparáveis;

Que os critérios de adjudicação, fatores e subfactores de avaliação das propostas

vêm enunciados de uma forma clara e suficientemente pormenorizada no respetivo

programa do procedimento ou do convite;

Que a escolha dos critérios, fatores e subfactores de avaliação das propostas, assim

como a sua ponderação relativa, adequam-se à natureza e aos objetivos específicos

de cada aquisição em concreto;

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40 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

Que os referidos critérios e o modelo de avaliação são definidos no caderno de

encargos e portanto delimitados antes de conhecidos os concorrentes;

Que não se verificam situações de impedimento na composição dos “júris de

procedimento”;

Que existe uma correspondência entre as cláusulas contratuais e o estabelecido nas

peças do respetivo concurso;

Que o seu clausulado é claro e rigoroso, não existindo erros, ambiguidades, lacunas

ou omissões que possam implicar, designadamente, o agravamento dos custos

contratuais ou o adiamento dos prazos de execução;

Que prevejam e regulem com rigor as situações de eventual falta de licenças ou

autorizações fundamentais para a execução do contrato;

Que prevejam e regulem com o devido rigor o eventual suprimento de erros e

omissões;

Que o preço das propostas é avaliado por referência a parâmetros objetivos, os quais

permitem aferir da respetiva razoabilidade;

Nas empreitadas, no caso da existência de “trabalhos a mais”:

Verificação da circunstância de que tais trabalhos respeitam a “obras novas” e

foram observados os pressupostos legalmente previstos para a sua existência,

designadamente a “natureza imprevista”;

Que esses trabalhos não podem ser técnica ou economicamente separáveis do objeto

do contrato sem inconveniente grave para o dono da obra ou, embora separáveis,

sejam estritamente necessários à conclusão da obra;

Exigência de comprovação da circunstância, juntando a respetiva documentação;

No caso das aquisições de serviços, e caso existam “serviços a mais”:

Verificação da condição dos serviços a mais ser justificada pela ocorrência de uma

“circunstância imprevista”;

Que esses “serviços a mais” não podem ser técnica ou economicamente separáveis

do objeto do contrato sem inconvenientes graves para a entidade adjudicante, ou

ainda que sejam separáveis são necessários à conclusão do objeto contratual;

Exigência de comprovação da circunstância, juntando a respetiva documentação.

Verificação da garantia, no caso das empreitadas, de que a execução de trabalhos de

suprimento de erros e omissões não excede os limites quantitativos estabelecidos na

lei;

Implementação de normas internas que garantam a boa e atempada execução dos

contratos por parte dos fornecedores/prestadores de serviços/empreiteiros, mediante:

Fiscalização regular do desempenho do contratante, de acordo com os níveis de

quantidade e/ou qualidade estabelecidos nos contratos e documentos anexos;

Controlo rigoroso dos custos do contrato, garantindo a sua concordância com os

valores orçamentados;

Calendarização sistemática;

Envio de advertências, em devido tempo, ao fornecedor/prestador de

serviços/empreiteiro, logo que se detetem situações irregulares e/ou derrapagem de

custos e de prazos contratuais.

Atos prévios de inspeção e certificação da quantidade e da qualidade dos bens e

serviços adquiridos, assim como a medição dos trabalhos e a vistoria da obra,

relativamente à emissão da ordem de pagamento;

Exigência da presença de dois trabalhadores na inspeção e/ou avaliação da quantidade e

da qualidade dos bens e serviços adquiridos;

Obtenção de declarações de interesses privados dos funcionários;

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41 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Identificação das necessidades de formação e implementação das respetivas ações;

Avaliação “à posteriori” do nível de qualidade e do preço dos bens e serviços

adquiridos e das empreitadas realizadas aos diversos fornecedores/prestadores de

serviços/empreiteiros;

Publicitação dos documentos com os resultados das análises levadas a efeito;

Implementação de procedimentos de análise da informação recolhida para identificar

eventuais lacunas ou vulnerabilidades;

Disponibilização, através das novas tecnologias de informação, de toda a informação de

carácter administrativo, nos termos do estabelecido na Lei de Acesso aos Documentos

Administrativo;

Definição prévia de bases de avaliação preferencialmente validadas por perito

independente;

Tarefas de caracterização e avaliação realizadas pelo menos por dois técnicos;

Estabelecimento de patamares de validação e autorização em função dos valores em

causa;

Implementação da segregação de funções;

Montagem de base de dados com informação relevante;

Definição prévia das responsabilidades de cada um dos intervenientes, nos processos de

expropriação ou indemnização;

Obtenção de declarações de interesses privados dos trabalhadores ou colaboradores;

Implementação de procedimentos de análise da informação recolhida para identificar

eventuais lacunas ou vulnerabilidades;

Informatização integrada dos procedimentos de controlo interno e contabilidade;

Contabilidade Interna com imputação por centros de custos correspondentes à unidade

orgânica de menor grau, se possível;

Maior responsabilização pelo cumprimento das normas financeiras;

Arquitetar procedimentos com normas e regulamentos bem definidos;

Procedimentos efetivos e documentados;

Limites de responsabilidade bem definidos;

Registo metódico dos factos, sendo que todas as operações devem ser relevadas de uma

forma sistémica e sequencial e todas as passagens dos documentos pelos diversos

sectores devem ficar documentadas;

Implementação de procedimentos de análise da informação recolhida para identificar

eventuais lacunas ou vulnerabilidades;

Informatização integrada dos procedimentos;

Arquitetura de procedimentos com normas e regulamentos bem definidos;

Inventariação de equipamentos atualizada;

Divulgação e formação a todos os trabalhadores e colaboradores no âmbito da política

de segurança;

Utilização de sistemas transacionais que permitem o registo de quem, quê e quando;

Utilização do cartão do cidadão para assinatura de documentos eletrónicos, garantido

que a informação não é adulterada;

Configuração nos equipamentos ativos para garantir Virtual Private Networks;

Auditoria periódica a todas as máquinas;

Definição de políticas de retenção backups e logs;

Utilização de antivírus, firewall e outros softwares de deteção de intrusões.

Procedimentos efetivos e documentados;

Limites de responsabilidade bem definidos;

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42 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

Registo metódico dos factos, sendo que todas as operações devem ser relevadas de uma

forma sistémica e sequencial e todas as passagens dos documentos pelos diversos

sectores devem ficar documentadas;

Implementação de procedimentos de análise da informação recolhida para identificar

eventuais lacunas ou vulnerabilidades;

Publicitação dos documentos com os resultados das análises levadas a efeito.

V.B.4. Organograma com as relações de dependência hierárquica e/ou funcional

face a outros órgãos ou comissões da sociedade

O controlo interno e a gestão de riscos existentes através do sistema de controlo interno

compatível com a dimensão e complexidade da Empresa é assegurado pelo Conselho de

Administração da EDIA que, responde ao Acionista estado através do Ministério da Agricultura

e do Mar e Ministério da Finanças.

V.B.5. Existência de outras áreas funcionais com competência no controlo de riscos

A Direção Administrativa e o Gabinete de Apoio Jurídico são outras áreas funcionais com

competências no controlo de riscos.

V.B.6. Identificação e descrição dos principais tipos de riscos (económicos,

financeiros, operacionais e jurídicos) a que a sociedade se expõe no exercício da

atividade

Identificam-se como principais riscos para o sucesso da Empresa o financiamento das

infraestruturas públicas; o investimento do acionista na sociedade; os custos de investimento; o

preço da água; as receitas de produção de energia hidroelétrica e de distribuição de água; os

custos de exploração (sobretudo de energia); a adesão dos agricultores ao regadio; o acréscimo

no VABcf agrícola e a capacidade financeira das empresas contratadas.

Apresenta-se, seguidamente, uma breve descrição dos mesmos, com indicação sucinta dos seus

impactos na atividade da EDIA.

Financiamento das Infraestruturas Públicas

Os investimentos do EFMA encontram-se projetados para serem implementados em vários

anos, obtendo-se o financiamento necessário via dotações de capital do acionista, financiamento

comunitário e capital alheio (financiamentos bancários). A ausência ou redução de qualquer

uma destas dotações de capital compromete a boa execução das obras dentro dos prazos

previstos e, por sua vez, a não execução das obras nos prazos previstos compromete todos os

investimentos já realizados.

Investimento do Acionista na Sociedade

O investimento do acionista assume uma importância fundamental para a concretização das

atividades programadas pela Empresa. A EDIA só conseguirá fazer face aos compromissos

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43 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

assumidos tendo em vista a concretização de todos os investimentos, com a obtenção de fundos

comunitários.

Custos de Investimento

O investimento efetuado na Empresa é programado para um determinado número de anos e

efetuado em função das orientações estratégicas superiormente definidas, assim como do capital

existente para fazer face a estes investimentos. Desta feita, qualquer modificação significativa

ao nível dos investimentos previstos poderá constituir um fator de risco para a Empresa e tornar

necessária a agilização de um conjunto de medidas, designadamente, ao nível do Plano de

Investimentos e das dotações de capital necessário para fazer face a eventuais alterações.

Preço da Água

Através do Despacho N.º 9000/2010, de 26 de maio, foram fixados os valores do tarifário

aplicável ao abastecimento de água, para uso agrícola, fornecido pela EDIA:

Rede Primária: €0,042/m3

Rede Secundária para fornecimento de água em alta pressão às explorações agrícolas:

€0,089/m3

Rede Secundária para fornecimento de água em baixa pressão às explorações agrícolas:

€0,053/m3

Fornecimento de água captada diretamente no Sistema Primário: €0,053/m3

O valor do tarifário pelo fornecimento de água para uso agrícola em 2013 foi atualizado com

base no IPC (2,75%). Os valores do tarifário atualizado pelo fornecimento da água para uso

agrícola no 1.º ano são reduzidos a 30% dos valores indicados, aumentando anual, automática,

progressiva e linearmente a partir do ano subsequente e até ao 8.º ano, devendo perfazer, nesse

ano, os valores acima indicados, atualizados. O preço da água, que tem a particularidade de se

aplicar de igual forma e com os mesmos valores em toda a área servida por Alqueva, apesar dos

custos reais de transporte de água serem diferenciados em cada caso continuará, no entanto, a

determinar a adesão do número de agricultores ao regadio. Está situação condicionará, de

alguma forma, a Empresa tendo em consideração a necessidade de assegurar as despesas de

funcionamento inerentes à exploração das infraestruturas do Empreendimento, bem como a sua

atividade.

Receitas de Produção de Energia Hidroelétrica e de Distribuição de Água

Estes fatores são fundamentais para a atividade da Empresa, na medida em que a entrada de

capital em maior ou menor montante poderá determinar a conduta a adotar, por parte da

Empresa, face a determinadas situações, tais como a capacidade de assunção de novos

compromissos.

Custos de Exploração (sobretudo de energia)

Estes custos são inerentes à atividade de exploração das infraestruturas do Empreendimento já

em exploração devendo, por este motivo, ser otimizados, de modo a não comprometer a

sustentabilidade futura da Empresa.

Adesão dos Agricultores ao Regadio

A adesão dos agricultores ao regadio constitui um fator de risco incontornável para o futuro da

Empresa pois irá condicionar a entrada de receitas na Empresa e, consequentemente, a sua

sustentabilidade futura. Daí que, nos últimos anos, a EDIA se tenha empenhado ativamente na

criação de condições para garantir, com sucesso, a adesão dos agricultores às novas práticas

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44 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

agrícolas preconizadas por Alqueva, de modo a incrementar a adesão ao regadio e minimizar os

impactos decorrentes do subaproveitamento das infraestruturas.

Acréscimo no VABcf agrícola

Um dos impactos esperados com a implementação do Projeto Alqueva é o aumento do Valor

Acrescentado Bruto a custo de fatores (VABcf) da atividade agrícola. O VAB agrícola não

depende apenas, porém, do fator de produção “água”, mas também de uma série de outros

fatores, de entre os quais se destacam os sistemas de preços dos produtos e os fatores de

produção. Caso a conjuntura venha a ser desfavorável neste domínio, existirá uma diminuição

no VAB agrícola e, consequentemente, uma menor apetência por parte dos agricultores para o

regadio, facto desvantajoso para o sucesso do Projeto de Alqueva.

Capacidade Financeira das Empresas Contratadas

Devido à atual conjuntura de crise económica, durante a execução dos contratos formalizados

no âmbito da implementação do Empreendimento, pode verificar-se o agravamento da

capacidade financeira das entidades adjudicatárias que trabalham para a EDIA, o que

condiciona a execução dos objetos contratuais. Os objetivos da Empresa são colocados em risco

na medida em que a sua boa execução depende da manutenção da estabilidade financeira dessas

entidades, de forma a assegurar a realização dos contratos em causa nos prazos e nas condições

previstas.

A EDIA possui a base de trabalho adequada para atingir os seus objetivos, dando corpo à visão

e missão que estão subjacentes à sua criação e encontra-se dotada das ferramentas que lhe

permitem lidar com os desafios inerentes à sua atividade, designadamente, a conclusão das

infraestruturas dos sistemas primário e secundário do EFMA e a gestão integrada, transversal e

sinérgica dos seus serviços. A Empresa desempenha ainda, um papel incontornável no

desenvolvimento económico e social dos vinte concelhos beneficiados pelo EFMA (área de

influência do projeto), através dos seus contínuos esforços com vista à captação de investimento

para a região de implantação do Projeto, contribuindo assim, ativamente, para a criação de

emprego e riqueza na região.

V.B.7. Descrição do processo de identificação, avaliação, acompanhamento,

controlo, gestão e mitigação de riscos

No âmbito do cumprimento do disposto no Despacho N.º 14277/2008, de 23 de maio,

referencie-se que os procedimentos adotados pela EDIA cumprem as medidas de reforço dos

mecanismos de controlo financeiro e dos deveres especiais de informação das Empresas

Públicas, por estes estabelecidos, com a finalidade de asseverar a contenção da despesa pública

e o rigor na gestão dos recursos disponíveis. Tendo em consideração a necessidade de proceder

à identificação, avaliação, acompanhamento, controlo e mitigação de riscos, saliente-se ainda

que a EDIA, anualmente, elabora e procede ao reporte dos seguintes documentos:

Planos de Atividades Anuais;

Orçamentos anuais, incluindo a estimativa das operações financeiras com o Estado;

Planos de Investimento Anuais e plurianuais e respetivas fontes de financiamento

Documentos de prestação anual de contas individuais e consolidadas, acompanhados

dos relatórios produzidos pelos auditores externos e relatório anual de fiscalização do

ROC

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45 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Relatórios trimestrais e semestral de atividades e de execução orçamental,

acompanhados dos respetivos relatórios do Órgão de Fiscalização

Auditoria ao Sistema de gestão de riscos, de informação e de controlo interno.

A EDIA procede ainda ao envio de informação no portal das empresas do SEE, reportando

previamente essa informação e a sua atualização à DGTF. Referencie-se, neste particular, a

auditoria financeira à EDIA, realizada em 2012, e levada a cabo pela Inspeção Geral de

Finanças (IGF).

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46 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

V.B.8. Principais elementos do SCI e de gestão de risco implementados na

sociedade relativamente ao processo de divulgação de informação financeira

A informação financeira divulgada pela Empresa é elaborada pelo Departamento de

Contabilidade, validada pelo Departamento de Gestão Administrativa e Financeira e validada e

auditada pelo ROC e Auditor Externo. A EDIA igualmente procede conforme normas e

procedimentos à submissão de informação no Sistema de informação SIRIEF, conforme

calendário definido pela DGT/IGF.

C. REGULAMENTOS E CÓDIGOS

V.C.1. Regulamentos Interno e Externos a que a entidade está legalmente obrigada

Os regulamentos internos e externos a que a entidade se encontra legalmente obrigada

encontram-se disponíveis no sítio próprio da EDIA na internet (www. edia.pt), no separador

“Princípios do Bom Governo”.

REGULAMENTOS EXTERNOS

Decreto-Lei N.º 42/2007, de 22 de fevereiro

Define o regime jurídico aplicável à gestão, exploração, manutenção e conservação das

infraestruturas que integram o Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, altera os

estatutos da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A., e revoga os

Decretos-Lei N.º 32/95, de 11 de fevereiro; N.º 33/95, de 11 de fevereiro e N.º 335/2001, de 24

de dezembro. O Decreto-Lei N.º 36/2010, de 16 de abril, altera o Decreto-Lei N.º 42/2007, de

22 de fevereiro, e aclara aspetos da envolvente económica e financeira do Empreendimento,

adequando ainda o enquadramento legal do EFMA ao novo quadro legal da gestão e utilização

dos recursos hídricos plasmado na Lei da Água, no regime de utilização dos recursos hídricos

(Decreto-Lei N.º 226-A/2007, de 31 de maio) e no regime económico e financeiro dos recursos

hídricos (Decreto-Lei N.º 97/2008, de 11 de junho).

Decreto-Lei N.º 313/2007, de 17 de setembro

Desenvolve o regime jurídico aplicável à gestão, exploração, manutenção e conservação das

infraestruturas que integram o Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva e aprova as bases

do respetivo contrato de concessão.

Despacho N.º 9000/2010, de 26 de maio

Com efeitos a partir de 01 de junho de 2010, fixa os valores do tarifário aplicável ao preço da

água destinado à rega para uso agrícola fornecida pela EDIA no âmbito do serviço público de

águas do EFMA e veio permitir à EDIA cobrar pela água destinada à rega. Em 2013, o tarifário

de rega para Alqueva foi atualizado com base no índice de preços ao consumidor em 2,75%,

numa percentagem acumulada de 7%, desde 2010.

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47 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Lei N.º 58/2005, de 29 de dezembro

Aprova a lei da água, transpondo para a ordem jurídica nacional a Diretiva N.º 2000/60/CE, do

parlamento europeu e do conselho, de 23 de outubro, e estabelece as bases e o quadro

institucional para a gestão sustentável das águas.

Decreto-Lei N.º 21 - A/98, de 6 de fevereiro

Visa proceder a uma adequação do regime geral das expropriações, de modo a permitir a rápida

disponibilidade dos terrenos situados na zona reservada das albufeiras do Alqueva e de

Pedrógão e a concretização urgente dos processos de reinstalação da aldeia da Luz e

realojamento das populações. Deste modo, é declarada a utilidade pública, com carácter de

urgência, das expropriações dos imóveis e direitos a eles relativos necessários à realização do

Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva. É ainda declarada a utilidade pública das

expropriações dos imóveis e direitos a eles relativos necessários à reinstalação da aldeia da Luz.

Nos mesmos termos é também declarada a utilidade pública das expropriações para a

construção das infraestruturas viárias. É conferida à EDIA, sem dependência de prazo e de

outras formalidades, a posse administrativa imediata dos bens a expropriar.

Decreto-Lei N.º 230/2006, de 24 de novembro

É alterado o mapa anexo ao Decreto-Lei N.º 21-A/98, de 6 de fevereiro.

Código dos Contratos Públicos aprovado pelo Decreto – Lei N.º 18/2008, de 29 de janeiro

Estabelece a disciplina aplicável à contratação pública e o regime substantivo dos contratos

públicos.

Código de Expropriações – Lei N.º 56/2008, de 04 de setembro

Aprova o código das expropriações que regula todo o procedimento expropriativo.

Princípios do Bom Governo – Resolução do Conselho de Ministros N.º 49/2007, de 01 de

fevereiro

Aprova os princípios de bom governo das empresas do sector empresarial do estado.

Resolução da Assembleia da República N.º 53/2011, D.R. N.º 57, Série I, de 22 de março

Alteração do regulamento de gestão e utilização das viaturas.

Norma ISO 9001:2008 – Sistemas de Gestão da Qualidade

O Centro de Cartografia está certificado no âmbito da produção e fiscalização cartográfica,

topografia e cadastro. A norma ISO 9001 constitui uma referência internacional para a

certificação de sistemas de gestão da qualidade. A certificação de acordo com esta norma

reconhece o esforço da organização em assegurar a conformidade dos seus produtos e/ou

serviços, a satisfação dos seus clientes e a melhoria contínua. A certificação do sistema de

gestão da qualidade é dirigida a qualquer organização, pública ou privada, independentemente

da sua dimensão e sector de atividade.

Decreto-Lei N.º 133/2013, de 03 de outubro

Estabelece os princípios e regras aplicáveis ao sector público empresarial, incluindo as bases

gerais do estatuto das empresas públicas. Com vista a promover a melhoria do desempenho da

atividade pública empresarial. Com o presente decreto-lei foi criada a Unidade Técnica de

Acompanhamento e Monitorização do Sector Público Empresarial (Unidade Técnica).

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48 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

REGULAMENTOS INTERNOS

Regulamento da Avaliação de Desempenho dos Colaboradores da EDIA

A avaliação de desempenho é um instrumento de desenvolvimento da estratégia da EDIA, que

tem como objetivo a melhoria dos resultados, ajudando os colaboradores a atingir níveis de

desempenho elevados.

Regulamento do Centro de Documentação

Neste regulamento estão definidos, entre outros assuntos, a natureza e principais funções do

centro de documentação.

Manual de Procedimentos

O manual de procedimentos da EDIA operacionaliza a sua missão, estratégia e objetivos finais,

servindo de fundamento a todas as tarefas executadas, identificando "quem as deve fazer",

"como as deve fazer" e que "riscos e controlos estão associados. (Em 2013 houve uma revisão e

atualização ao processo de empreitadas do manual de procedimentos da EDIA).

Manual de Gestão de Documentos

O manual de gestão de documentos é um documento normativo no qual vêm designados os

procedimentos relacionados com a organização, funcionamento e implantação do arquivo da

EDIA.

Manual de Normas Gráficas – EDIA

O manual de normas gráficas – A Marca EDIA, estabelece as normas básicas para a utilização

do logotipo da EDIA, segundo regras que ajudem a estabilizar, normalizar e uniformizar a sua

identificação visual.

Manual de Normas Gráficas - Estacionário

O manual de normas gráficas – Normas e Modelos, estabelece as normas básicas para a

utilização dos modelos de documentos existentes.

Manual de Normas Gráficas da Marca Territorial Alqueva

O manual de normas gráficas da marca territorial Alqueva, estabelece algumas regras para que a

marca Alqueva seja bem implementada. Só assim é possível criar uma imagem clara e

reconhecida da marca.

Política de Computação Pessoal

A política de computação pessoal apresenta as normas de conduta que devem ser respeitadas

pelos colaboradores da EDIA e a descrição de alguns dos mecanismos automáticos

implementados pelo gabinete de sistemas de informação para proteger os seus sistemas de

informação.

Regulamento para Cedência de Equipamento Informático

O regulamento de cedência de equipamento informático estabelece as normas de requisição e

cedência de equipamento informático não adequado para o uso profissional da EDIA.

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49 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Regulamento para Cedência de Equipamento Informático e de Comunicação para Motivos de

Serviços

O presente regulamento estabelece as normas de cedência de equipamento informático e de

telecomunicações propriedade da EDIA por motivos de serviço.

Regulamento de Gestão de Viaturas

O regulamento de gestão de viaturas define um conjunto de princípios que tem como objetivo a

otimização da frota existente, a uniformização de critérios e a responsabilidade dos utilizadores

das viaturas da EDIA (O manual de utilização de viaturas foi alvo de alteração no ano de 2012,

por forma a implementar as orientações resultantes da nova legislação em vigor).

Regulamento de Utilização do Auditório

O auditório do edifício sede da EDIA é um espaço ao qual podem ter acesso, além dos serviços

desta empresa, entidades externas, usufruindo deste equipamento vocacionado para colóquios,

debates, seminários, conferências, encontros e mesmo manifestações de carácter

artístico/cultural. Este regulamento define, entre outros aspetos, as regras de utilização deste

espaço.

Regulamento Interno do Museu da Luz

O regulamento interno do Museu da Luz define um conjunto de normas e procedimentos

inerentes ao funcionamento do mesmo.

Regulamento da Política de Incorporação do Museu da Luz

O regulamento da política de incorporação do Museu da Luz constitui a política de incorporação

do Museu da Luz definida segundo a vocação e consubstanciada no seu programa de atuação.

Regulamento das Normas e Procedimentos de Conservação Preventiva do Museu da Luz

Estabelece normas e procedimentos de conservação preventiva tendo em vista o cumprimento

de uma função museológica de maior importância para os museus.

Regulamento Geral de Formação dos Colaboradores da EDIA

O regulamento geral de formação dos colaboradores da EDIA estabelece as linhas estratégicas e

os princípios orientadores e normalizadores associados ao plano de formação da Empresa. Em

2012 este regulamento foi alterado, designadamente, no que respeita à frequência, por parte dos

colaboradores, de cursos de pós-graduação e mestrados.

Regulamento de Estágios da EDIA

O presente regulamento tem por objetivo estabelecer a política global de funcionamento dos

estágios na EDIA (profissionais comparticipados, profissionais não comparticipados e

curriculares).

Regulamento da Contratação de Prestação de Serviços

Descrevendo de forma objetiva quais os motivos que levam à existência da necessidade de

contratação de um prestador de serviços, devendo ainda ser claramente identificados quais os

serviços a prestar a qual a duração dos mesmos.

Regulamento de Admissão de Colaboradores em Regime de Contrato de Trabalho

O presente regulamento é aplicável à contratação de colaboradores para a EDIA em regime de

contrato de trabalho.

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50 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas

Este plano contém, nomeadamente, os seguintes elementos:

Identificação, relativamente a cada área ou departamento, dos riscos de corrupção e

infrações conexas;

Com base na identificação dos riscos, identificação das medidas adotadas que previnam

a sua ocorrência (por exemplo, mecanismos de controlo interno, segregação de funções,

definição prévia de critérios gerais e abstratos, designadamente na concessão de

benefícios públicos e no recurso a especialistas externos, nomeação de júris

diferenciados para cada concurso, programação de ações de formação adequada, etc);

Definição e identificação dos vários responsáveis, envolvidos na gestão do plano, sob a

direção do órgão dirigente máximo; e

Elaboração anual de um relatório sobre a execução do plano.

Ordem de Serviço N.º 1/2013

Com esta ordem de serviço torna-se necessário definir:

Uma hierarquia escalonada de delegação de competências por níveis de

responsabilidades; e

A forma de aprovação, conferência e validação da despesa realizada.

Com o objetivo de estabelecer regras claras e eficazes para a gestão dos recursos financeiros da

Empresa.

V.C.2. Código de Ética

O Código de Ética pode ser considerado como a “Lei Maior da Empresa”, a sua “Constituição”,

através da qual se sistematizam, indicam e esclarecem as suas responsabilidades enquanto

organização. Tem ainda a função de ligar a Empresa aos vários grupos e indivíduos que com ela

interagem direta ou indiretamente (stakeholders).

O Código de Ética é pois o instrumento que permite a todos os stakeholders conhecer a

Empresa, suas formas de atuação e normas de conduta e dos seus funcionários, daí a

importância da sua divulgação no seu site oficial, o que denota e torna público o compromisso

da organização com os diversos agentes com os quais se relaciona, conforme o estipulado no

artigo 47.º do Decreto-lei n.º 133/2013, de 03 de outubro.

A monitorização da necessidade de atualização do Código de Ética da EDIA tem vindo a ser

assegurada não tendo, no entanto, ocorrido fatos relevantes que determinem a sua atualização.

O Código de Ética contempla exigentes comportamentos éticos e deontológicos e está

disponível no sítio próprio da EDIA na internet (www. edia.pt), no separador “Princípios do

Bom Governo”, de modo a assegurar a sua divulgação junto dos seus colaboradores, clientes,

fornecedores e público em geral.

1. Âmbito de Aplicação

As normas gerais de conduta do Código de Ética aplicam-se a todos os colaboradores da EDIA,

entendendo-se como tais todos os membros dos órgãos sociais, dirigentes e demais

colaboradores da Empresa. A EDIA garante a disponibilização do Código de Ética a todos os

colaboradores, bem como a existência de um canal de comunicação e de resolução de dúvidas.

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51 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

A EDIA assume este Código como instrumento privilegiado na resolução de questões éticas,

garantindo a conformidade deste com as práticas legais a que está sujeita.

2. Princípios e Normas

2.1. Cumprimento da Legalidade

A EDIA e todos os seus colaboradores comprometem-se a garantir em todas as suas atividades a

total conformidade com as legislações nacionais e internacionais vigentes. Os colaboradores

nunca deverão executar, em nome da EDIA, qualquer ação que viole as legislações e os

regulamentos aplicáveis à sua atividade.

2.2. Salvaguarda dos Bens Patrimoniais

Os colaboradores devem assegurar a proteção e conservação do património físico, financeiro,

intelectual e da informação da EDIA. Os recursos da Empresa devem ser utilizados de forma

eficiente, com vista à prossecução dos seus objetivos e não deverão ser utilizados pelos

colaboradores para fins pessoais.

2.3. Lealdade

Os colaboradores devem assumir um comportamento de lealdade para com a EDIA,

empenhando-se em salvaguardar a sua credibilidade e boa imagem em todas as situações, bem

como em garantir o seu prestígio.

2.4. Confidencialidade e Sigilo Profissional

Os colaboradores, mesmo depois do termo das suas funções, estão sujeitos ao sigilo

profissional, em particular nas matérias que, pela sua efetiva importância, por virtude de decisão

da EDIA ou por força da legislação em vigor, não devam ser do conhecimento geral. Os

colaboradores, seja no interior da EDIA, seja no exterior da mesma, devem usar de reserva e

discrição em relação a factos e informações de que tenham conhecimento por via do exercício

das suas funções, bem como respeitar as regras instituídas quanto à confidencialidade da

informação. As informações pessoais sobre os colaboradores estão sujeitas ao princípio da

confidencialidade, apenas podendo a elas ter acesso o próprio ou quem tenha como

responsabilidade específica a sua guarda, manutenção ou tratamento.

2.5. Governo da Sociedade

A Administração da EDIA e o exercício de funções de alta direção devem ser desenvolvidos

com rigor, zelo e transparência, estimulando a criação de condições de diálogo no seio do órgão

de administração e dos dirigentes, nomeadamente no que respeita a estratégias, objetivos,

análise de risco e avaliação de desempenho, em observância dos padrões de bom governo das

sociedades.

2.6. Responsabilidade

Os colaboradores devem pautar a sua atuação pelo rigoroso cumprimento dos limites de

responsabilidade que lhe estão atribuídos, com especial relevo quanto aos limites e tolerância ao

risco e aos objetivos orçamentais definidos para a EDIA. Os colaboradores devem usar o poder

que lhes tenha sido delegado de forma não abusiva, orientado para a concretização dos objetivos

da EDIA e não para a obtenção de vantagens pessoais sendo responsáveis perante a Empresa

pela forma como exercem as suas funções.

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52 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

2.7. Relações Institucionais com Outras Entidades

Nas relações com outras entidades ou organizações, nacionais e internacionais, públicas ou

privadas, a EDIA deve manter uma postura de participação e cooperação, apoiando iniciativas

que se enquadrem no âmbito das suas atividades e possam traduzir-se em valorização da EDIA

e dos seus colaboradores.

2.8. Divulgação e Fiabilidade da Informação

A informação produzida e divulgada pela EDIA deve cumprir as leis e regulamentos aplicáveis,

ser exata, completa, realizada atempadamente e representar com fiabilidade a situação

financeira e os resultados das operações em todos os aspetos materialmente relevantes para o

adequado conhecimento sobre a sua condição e performance financeira.

2.9. Conflito de Interesses

Em todos os casos em que no exercício da sua atividade profissional os colaboradores sejam

chamados a intervir em processos de decisão que envolvem direta ou indiretamente entidades

com que colaborem ou tenham colaborado, ou pessoas singulares a que estejam ou tenham

estado ligados por laços de parentesco ou afinidade de qualquer natureza, devem comunicar às

chefias respetivas a existência dessas relações. Os colaboradores devem abster-se de exercer

quaisquer funções fora da EDIA, sempre que tais atividades ponham em causa o cumprimento

dos seus deveres enquanto colaboradores da Empresa, ou em organizações cujos objetivos

possam colidir ou interferir com os objetivos da EDIA.

2.10. Integridade

É interdita toda a prática de corrupção, em todas as suas formas ativas e passivas, quer através

de atos e omissões quer por via da criação e manutenção de situações de favor ou irregulares. A

EDIA e os seus colaboradores recusarão quaisquer ofertas que possam ser consideradas ou

interpretadas como uma tentativa de influenciar a EDIA ou o colaborador. Em caso de dúvida, o

colaborador deverá comunicar, por escrito, a situação à respetiva hierarquia. Os colaboradores

não podem negociar nem efetuar quaisquer acordos relativamente a preços, partilha de

mercados ou de clientes, em qualquer atividade suscetível de restringir ou falsear a

concorrência.

2.11. Relações Interpessoais e Ambiente de Trabalho

Os colaboradores devem contribuir para a criação e a manutenção de um bom clima de trabalho,

cimentando a unidade, mormente através da colaboração e cooperação mútuas. A EDIA

promoverá a correção, cordialidade, afabilidade e brio profissional nas relações entre

colaboradores, bem como o respeito pelos respetivos direitos, sensibilidades e diversidade.

Todos os colaboradores deverão conhecer, cumprir e fazer cumprir as normas de higiene e

segurança no trabalho, bem como reportar quaisquer não conformidades verificadas. Os

colaboradores pautarão as suas relações recíprocas por um tratamento cordial, respeitoso e

profissional, devendo apresentar-se condignamente no seu local de trabalho e desenvolver a sua

atividade com zelo, espírito de iniciativa e integridade.

2.12. Igualdade de Oportunidades e Não Discriminação

A EDIA respeita o princípio da igualdade de oportunidades e promove a implementação de

instrumentos que permitam avaliar o desempenho dos seus colaboradores com base no mérito

individual efetivamente demonstrado, procurando valorizar as respetivas carreiras de acordo

com estes critérios. A EDIA deve promover a valorização profissional dos seus colaboradores

ao longo da sua vida laboral. Os colaboradores devem procurar, de forma permanente, o

aperfeiçoamento e atualização dos seus conhecimentos, tendo em vista a manutenção, o

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53 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

desenvolvimento e a melhoria das suas capacidades profissionais e a prestação de melhor

serviço público. São inadmissíveis quaisquer formas de discriminação individual incompatíveis

com a dignidade da pessoa humana, nomeadamente em razão da origem, etnia, sexo, confissão

política e confissão religiosa. O direito à reserva da intimidade da vida privada deve ser

respeitado escrupulosamente.

2.13. Relações com os Fornecedores e os Parceiros

Os colaboradores da EDIA devem negociar na observância do princípio da boa fé e honrar

integralmente os seus compromissos com os fornecedores e os parceiros, bem como verificar o

integral cumprimento por aqueles das normas definidas contratualmente. Os contratos devem

ser claramente redigidos, sem ambiguidades ou omissões e no respeito pela Lei e pelas

disposições normativas internas que na EDIA vigorem sobre a matéria. A seleção de

fornecedores ou prestadores de serviços deve processar-se em conformidade com as condições

de mercado, devendo ser considerados não apenas os indicadores económicos e financeiros,

condições comerciais e qualidade dos bens ou serviços propostos, mas também o

comportamento ético do fornecedor ou prestador de serviços percebido pelo público em geral.

Os colaboradores devem chamar a atenção dos seus fornecedores, prestadores de serviços e

parceiros para o cumprimento dos valores éticos da EDIA, nomeadamente no que se refere à

confidencialidade da informação relativa à empresa.

2.14. Relações com a Comunicação Social

As informações prestadas aos meios de comunicação social através de publicidade devem

possuir carácter informativo e verdadeiro, respeitar os parâmetros culturais e éticos da

comunidade e a dignidade da pessoa humana, contribuir para a imagem da EDIA e para a

criação de valor e dignificação da Empresa. A oportunidade das informações deve ser validada

pela linha hierárquica relevante, quando prestadas por colaborador não mandatado para agir na

qualidade de representante ou porta-voz da EDIA para o exterior.

2.15. Responsabilidade Social e Desenvolvimento Sustentável

A EDIA assume a sua responsabilidade social junto das comunidades onde desenvolve as suas

atividades empresariais de forma a contribuir para o seu progresso e bem-estar. A

responsabilidade social da EDIA é entendida como a contribuição dos negócios para o

desenvolvimento sustentável por via de uma gestão proactiva dos impactes ambientais, sociais e

económicos das respetivas atividades. A EDIA e os seus colaboradores devem participar

ativamente em políticas de meio ambiente e separação de resíduos, de eficiência energética,

cuidando da gestão de bens escassos e dando preferência à utilização de materiais

biodegradáveis/recicláveis. Os colaboradores, em especial os dirigentes, da EDIA devem

garantir que, do exercício das suas atividades não resulta direta ou indiretamente qualquer

agressão ou prejuízo para o património das comunidades, cuidando da sua imagem externa no

respeito do património arqueológico, arquitetónico, ambiental e linguístico e melhorando a

qualidade de vida dos cidadãos. A EDIA considera o desenvolvimento sustentável um objetivo

estratégico para alcançar o crescimento económico e contribuir para uma sociedade mais

evoluída, preservando o meio ambiente e os recursos não regeneráveis para as próximas

gerações.

D. SÍTIO DE INTERNET

Indicação dos endereços e divulgação da informação disponibilizada, designadamente:

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54 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

a) Sede e demais elementos mencionados no artigo 171.º do CSC

A identificação da sede e demais elementos mencionados no artigo 171.º do CSC encontra-se

disponível no website oficial da Empresa (www. edia.pt), no separador “Quem Somos” »

“EDIA” » ”Princípios de Bom Governo”.

b) Estatutos dos Órgãos Sociais

Os estatutos dos Órgãos Sociais da EDIA estão definidos no Decreto-lei n.º 42/2007, de 22 de

fevereiro, diploma que define ainda o regime jurídico aplicável à gestão, exploração,

manutenção e conservação das infraestruturas que integram o Empreendimento de Fins

Múltiplos de Alqueva (EFMA), e encontram-se disponíveis no website oficial da Empresa

(www. edia.pt), no separador “Quem Somos” » “EDIA” » ”Princípios de Bom Governo”.

c) Identificação dos titulares dos órgãos sociais e outros órgãos

estatutários

A identificação dos titulares dos órgãos sociais encontra-se disponível no website oficial da

Empresa (www. edia.pt) no separador “Quem Somos” » “EDIA” » ”Princípios de Bom

Governo” » “Corpos Sociais”.

d) Documentos de prestação de contas anuais e, caso aplicável, as

semestrais

Os documentos de prestação de contas anuais encontram-se disponíveis no website oficial da

Empresa (www. edia.pt) no separador “Quem Somos” » “EDIA” » ”Informação Financeira”. Os

documentos de prestação de contas semestrais encontram-se disponíveis no website oficial da

Empresa (www. edia.pt) no separador “Quem Somos” » “EDIA” » ”Relatórios de Atividades”.

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55 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

VI. REMUNERAÇÕES

A. COMPETÊNCIAS PARA A DETERMINAÇÃO

O Estatuto Remuneratório Fixado para os Membros dos Órgãos Sociais foi alterado em 2013,

relativamente ao total de remunerações recebidas anualmente, tendo-se mantido no que respeita

ao valor de cada remuneração. No âmbito da aprovação de um conjunto de medidas adicionais

de consolidação orçamental que visam reforçar e acelerar a redução de défice excessivo e o

controlo do crescimento da dívida pública previstos no Programa de Estabilidade e Crescimento

(PEC), a redução dos vencimentos dos gestores públicos e equiparados, prevista no N.º 1, do

Artigo 12.º, da Lei N.º 12-A/2010, de 30 de junho e no Art.º 19.º da Lei 55-A/2010 de 31 de

dezembro de 2010, veio estabelecer que a remuneração fixa mensal ilíquida dos gestores

públicos executivos e não executivos, incluindo os pertencentes ao sector público local e

regional, e dos equiparados a gestores públicos, é reduzida, a título excecional, em 5% e 10%,

respetivamente. Posteriormente, e por força do Acórdão nº 187/2013 do Tribunal

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56 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

Constitucional, que declarou a inconstitucionalidade do art.º. 29.º - Suspensão do pagamento

dos subsídios de férias ou equivalente - da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro, foi também

reposto o pagamento dos subsídios de férias. No entanto, e nos termos do previsto no Artigo

28.º da Lei N.º 66-B/2012 de 31 de dezembro, foi reposto o pagamento do subsídio de Natal, em

duodécimos. Durante a vigência do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF),

como medida excecional de estabilidade orçamental foi suspenso, em 2012, o pagamento de

subsídios de férias e de Natal ou quaisquer prestações correspondentes aos 13.º e 14.º meses,

conforme determinado pelo OE 2012, nos termos do Art.º 21 da Lei 64-B/2011 de 30 de

dezembro.

B. COMISSÃO DE FIXAÇÃO DE REMUNERAÇÕES

Composição da Comissão de Fixação de Remunerações, incluindo identificação

das pessoas singulares ou coletivas contratadas para lhe prestar apoio.

A Comissão de Fixação de Remunerações da EDIA, nomeada para o triénio 2012-2014, e

aprovada em Assembleia Geral da EDIA de 8 de março de 2012, é a seguinte: Presidente:

Filomena Maria Amaro Vieira Martinho Bacelar; Vogal: Rita Maria Pereira da Silva e Vogal:

Maria Onilda Maia Condeças Oliveira Sousa. Nunca houve quaisquer pessoas singulares ou

coletivas contratadas para prestarem apoio à Comissão.

C. ESTRUTURA DE REMUNERAÇÕES

VI.C.1. Descrição da política de remuneração dos Órgãos de Administração e de

Fiscalização

As remunerações dos membros dos Órgãos Socias das empresas públicas devem ser fixadas em

função da complexidade, exigência e responsabilidade inerentes às respetivas funções e

atendendo às práticas normais no respetivo setor de atividade, tendo em conta, de igual forma,

os princípios e orientações estabelecidos pelos acionistas e a situação do mercado. As

remunerações a auferir efetivamente pelos membros do Conselho de Administração e Órgão de

Fiscalização não podem exceder os montantes atribuídos à data de 01 de março de 2012, data de

entrada em vigor da Resolução do Conselho de Ministros n.º 16/2012.

Honorários - 40.000,00€

Despesas de deslocação (transporte e alojamento), conforme Art.º 59 do Estatutos do ROC.

Honorários Presidente - 20% da remuneração fixa do Presidente do Conselho de

Administração

Honorários Vogais - 15% da remuneração fixa do Presidente do Conselho de

Administração

ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO

Revisor Oficial de Contas

Conselho Fiscal

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57 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

VI.C.2. Informação sobre o modo como a remuneração é estruturada de forma a

permitir o alinhamento dos interesses dos membros do Órgão de Administração

com os interesses de longo prazo da sociedade

A remuneração dos Órgãos de Administração da EDIA consiste unicamente no vencimento

base, não havendo lugar ao pagamento de despesas de representação, prémios ou quaisquer

outra remuneração variável.

VI.C.3. Referência, se aplicável, à existência de uma componente variável da

remuneração, critérios de atribuição e informação sobre eventual impacto da

avaliação de desempenho nesta componente

Não aplicável.

VI.C.4. Diferimento do pagamento da componente variável da remuneração, com

menção do período de diferimento

Não aplicável.

VI.C.5. Parâmetros e fundamentos definidos no contrato de gestão para efeitos de

atribuição de prémio

Não aplicável.

VI.C.6. Regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada para os

administradores e data em que foram aprovados em assembleia geral, em termos

individuais

Não aplicável.

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58 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

D. DIVULGAÇÃO DE REMUNERAÇÕES

VI.D.1. Indicação do montante anual da remuneração auferida, de forma

agregada e individual, pelos membros do órgão de administração da sociedade,

proveniente da sociedade, incluindo remuneração fixa e variável e, relativamente a

esta, menção às diferentes componentes que lhe deram origem, podendo ser

remetida para ponto do relatório onde já conste esta informação

VI.D.2. Montantes pagos, por outras sociedades em relação de domínio ou de

grupo ou que se encontrem sujeita a um domínio comum

Não aplicável.

VI.D.3. Remuneração paga sob a forma de participação nos lucros e/ou de

pagamento de prémios e os motivos por que tais prémios e/ou participação nos

lucros foram concedidos

Não aplicável.

Fixado Classificação VencimentoDespesas

Representação

Identificar

EntidadePagadora

[S/N] [A/B/C] [Identifica/n.a.] [O/D]

João Cláudio Cabral de Oliveira Basto S B 5.465 0 - -

José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema S B 5.465 0 - -

Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo S B 4.675 0 - -

Jorge Manuel Vazquez Gonzalez S B 4.675 0 - -

Nota: EGP - Estatuto do Gestor Público; OPRLO - Opção pela Remuneração do Lugar de Origem; O/D: Origem/Destino

OPRLOEGP

Valor (mensal)

Nome

Variável Fixa** Outra ***Redução Lei

12-A/2010

Redução

(Lei OE)

Redução Anos

Anteriores*

Bruta após

Reduções

João Cláudio Cabral de Oliveira Basto - 70.595 1.487 3.530 5.755 - 61.311

José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema - 5.883 - 294 480 - 5.109

Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo - 56.105 - 2.805 5.330 - 47.970

Jorge Manuel Vazquez Gonzalez - 56.105 - 2.805 5.330 - 47.970

Nota: Redução de anos anteriores: refere a remunerações regularizadas no ano em referencia pertencentes a anos anteriores

* Indicar os motivos subjacentes a este procedimento

** Incluir a remuneração + despesas de representação

*** Valor correspondente a férias não gozadas

Nome

EGP

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59 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

VI.D.4. Indemnizações pagas ou devidas a ex-administradores executivos

relativamente à cessação das suas funções durantes o exercício

Nenhum ex-membro do Conselho de Administração recebeu da EDIA, até à data, quaisquer

indemnizações.

VI.D.5. Indicação do montante anual da remuneração auferida, de forma

agregada e individual, pelos membros do órgão de fiscalização da sociedade

Revisor Oficial de Contas

Conselho Fiscal

VI.D.6. Indicação da remuneração no ano de referência dos membros da mesa da

assembleia geral

Mesa da Assembleia Geral

BrutaRedução (Lei

OE)

Bruta após

Redução

Oliveira, Reis& Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de

Contas, Lda. Representado pelo Dr José Vieira dos Reis40.000 - 40.000

Nome

Remuneração Anual (€)

BrutaRedução

(Lei OE)

Bruta após

Redução

António Bernardo de Menezes e Lorena de Sèves 14.538 1.125 13.413

Orlando José Manuel de Castro Borges 10.904 844 10.060

Nelson Manuel Costa dos Santos 8.400 591 7.809

Cristina Maria Pereira Mascarenhas Vieira Sampaio - - -

Nome

Remuneração Anual (€)

Mandato

(Início - Fim) Bruta(2) Reduções

(Lei OE)

Bruta após

Eeduções

(2012 - 2014) Presidente Carlos Alberto Martins Portas 645,77 645,77 0 645,77

(2012 - 2014) Secretário José Pedro da Silva Martins - - - -

(2012 - 2014) Secretária Cristina Maria Pereira Freire 387,97 387,97 0 387,97

Legenda:

(1) - Valor da senha de presença fixada

(2) - Antes de Reduções remuneratórias

Cargo Nome

Estatuto

Remuneratóri

o Fixado (€)(1)

Remuneração Anual (€)

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60 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

VII. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS

E OUTRAS

1. Mecanismos implementados pela sociedade para efeitos de controlo de transações

com partes relacionadas e indicação das transações que foram sujeitas a controlo

em 2013

O Capital Social da EDIA é detido a 100% pelo Estado Português, através da DGTF.

Em 31 de dezembro de 2013, o capital social realizado, ascende a € 387.267.750,00;

O Capital Próprio da Empresa, a 31 de dezembro de 2013, era de € -343.794.020;

Para fazer face aos investimentos, em 2013, a EDIA obteve financiamento através de

diversas origens de fundos (Empréstimo Bancário, Fundos Comunitários e PIDDAC);

O Financiamento Comunitário e de PIDDAC em 2013 foi de € 21.954.019; e

O Financiamento Comunitário considera os montantes recebidos de FEDER, Fundo de

Coesão e FEADER.

2. Informação sobre Outras Transações

a) Identificação dos procedimentos adotados em matéria de aquisição de

bens e serviços

A EDIA procede às suas contratações em conformidade com o disposto no Código dos

Contratos Públicos (CCP) e está sujeita à sua aplicação, nos termos aprovados pelo Decreto-Lei

N.º 18/2008, de 29 de janeiro, por força do disposto no respetivo artigo 2.º, N.º 2, alínea a). Na

aplicação das normas da contratação pública, a EDIA norteia-se pelos princípios da igualdade,

da não discriminação e da transparência enunciados no artigo 2.º da Diretiva N.º 2004/18/CE,

do Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de março, sem perder de vista outros valores

igualmente relevantes como sejam a economicidade ou boa gestão financeira dos recursos

públicos e a seleção da proposta mais conveniente para o interesse público. As decisões que

autorizam a realização de despesa suportam-se em informações onde é justificada a necessidade

de contratar e proposto o procedimento mais adequado, seguindo a tramitação prevista no CCP

e as regras de procedimento estabelecidas em regulamento interno, tendo presente a necessidade

de desagregar funções e objetivar as peças de cada procedimento, em particular ao nível da

definição do respetivo critério de adjudicação. Foram ainda incorporadas, nos procedimentos de

contratação pública implementados na EDIA, as orientações constantes do Despacho N.º

438/10-SETF, de 10 de maio.

Neste âmbito, a EDIA norteia ainda a sua atividade pelo seguinte conjunto de princípios de

referência:

Os bens e serviços que integram o ativo intangível e tangível estão valorizados ao valor

presente, que inclui o valor de fatura e ainda todos os gastos adicionais necessários à

sua entrada em funcionamento;

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61 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

As amortizações dos bens são calculadas conforme a política de amortizações descrita

nas notas “Ativo Intangível” e “Ativo Tangível”, do Anexo ao Balanço e à

Demonstração dos Resultados;

As reparações e gastos de manutenção de natureza corrente são reconhecidos como

gastos do exercício em que ocorrem;

A partir de 01 de janeiro de 2013, as competências para a realização de despesas em

matéria de aquisição de bens e serviços encontram-se definidas na Ordem de Serviço

N.º 1/2013; e

Para despesas cujo valor estimado seja superior a € 5.000,00, o recurso ao procedimento

de ajuste direto implicará sempre o convite a pelo menos cinco entidades, só se

admitindo o convite a um universo inferior de interessados em casos excecionais e

devidamente fundamentadas, sujeito a autorização pelo Conselho de Administração.

b) Universo das transações que não tenham ocorrido em condições de

mercado

A EDIA não efetuou transações fora das condições de mercado.

c) Lista de fornecedores que representem mais de 5% dos Fornecimentos

e Serviços Externos

O total de FSE foi m€ 36.257. A EDP Comercial foi o único fornecedor que representou mais

de 5% da dos FSE (m€ 1.813) faturou cerca de m€ 5.724.

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62 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

VIII. ANÁLISE DE SUSTENTABILIDADE DA

EMPRESA NOS DOMÍNIOS ECONÓMICOS,

SOCIAL E AMBIENTAL

ESTRATÉGIAS ADOTADAS

As práticas de gestão sustentável são intrínsecas ao posicionamento da EDIA e a forma como

operacionaliza o dia-a-dia da Organização, reflete-se no propósito da sua criação, enquanto

catalisador do desenvolvimento regional, numa das regiões mais carenciadas de Portugal.

A água é o principal ativo do Projeto Alqueva, existindo assim uma assunção plena por parte da

EDIA, enquanto entidade gestora do EFMA, que o sucesso dos objetivos a que se propõe, está

diretamente correlacionado com a sua capacidade de o preservar e proteger. Para atingir este

objetivo, a EDIA procura desenvolver uma relação de proximidade com todas as comunidades

abrangidas pela sua atividade, fomentando a criação de sinergias entre as diferentes entidades

competentes para a promoção económica e conservação ambiental.

Ao implementar a sua atividade de uma forma sustentável e adotando as práticas de uma gestão

responsável, está assim a contribuir para o desenvolvimento da região onde se encontra inserida

e onde o projeto está alicerçado.

Assim, procura centrar o esforço da sua atividade na promoção da boa utilização dos recursos

hídricos disponíveis, através da construção e exploração das melhores infraestruturas para a sua

reserva e transporte, minimizando perdas e promovendo a sua eficiência, criando as condições

necessárias que permitam potenciar a produção de energia hidroelétrica, o desenvolvimento da

agricultura e das agroindústrias e garantir o abastecimento público na área de influência do

projeto.

A EDIA considera que ao contribuir para o desenvolvimento destas fileiras, está a contribuir,

não apenas para o desenvolvimento de uma das regiões com maior potencial agrícola do País,

como também a dar o contributo necessário para que Portugal reverta a situação económico-

financeira delicada em que se encontra, ajudando os atuais empresários da região, bem como

procurando atrair novos que reconheçam o elevado potencial desta região do Alentejo.

A Agenda de Sustentabilidade para o período 2013 – 2015, constitui um instrumento

fundamental para a EDIA, permitindo consolidar a estratégia da empresa do ponto de vista da

sustentabilidade empresarial e assenta em quatro áreas estratégicas:

Gestão da água

Gestão da infraestrutura

Promoção do regadio

Desenvolvimento regional

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63 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

No âmbito da Agenda, foram apresentados os compromissos para cada uma destas áreas, as

ações a desenvolver, os indicadores associados, bem como as áreas da Empresa responsáveis

pela sua implementação e o respetivo grau de dificuldade, com um cronograma associado.

A Agenda Estratégica para a Sustentabilidade constitui uma ferramenta de trabalho importante

para a consolidação da Empresa, enquanto entidade responsável pela conceção, construção,

exploração e potenciação do Empreendimento de Fins Múltiplos, nas suas diferentes valências e

cujo desempenho se quer sustentável do ponto de vista económico, social e ambiental.

Dando corpo a esta estratégia integrativa, foi criado o Departamento de Sustentabilidade com a

missão de contribuir para a implementação da Agenda e promover a incorporação dos princípios

do desenvolvimento sustentável e o espirito da responsabilidade corporativa da empresa.

Através da publicação do Relatório de Sustentabilidade, iniciada em 2012, a EDIA comunica às

partes interessadas, o seu desempenho em termos de boas práticas de sustentabilidade a nível

ambiental, social e económico.

Grau de cumprimento de metas fixadas/Políticas prosseguidas com vista a garantir a eficiência

económica, financeira, social e ambiental e salvaguarda das normas de qualidade

A Agenda Estratégica para a Sustentabilidade 2013-2015, aprovada pelo Conselho de

Administração em agosto de 2013, prevê momentos anuais de avaliação do grau de

cumprimento dos compromissos estabelecidos, estando claramente ligada aos objetivos gerais

anuais da empresa, nas vertentes ambiental, económica e social.

Desta forma, os grandes compromissos da Agenda são os compromissos da EDIA para este

triénio e assumindo mais uma vez a água como principal “ativo” de toda a sua estratégia. A

contribuição da EDIA para a gestão integrada racional e otimizada dos recursos hídricos da área

de influência do EFMA, é uma das principais metas fixadas para a qual toda a Empresa

proativamente contribui.

Tendo entrado em fase de implementação no último trimestre de 2013, A Agenda Estratégica

para Sustentabilidade constitui o principal instrumento da politica de sustentabilidade da

Empresa, contemplando para as diferentes áreas estratégicas já referidas, os compromissos

assumidos pela EDIA, as ações para dar cumprimento aos mesmos, indicadores para o esforço

de monitorização e de implementação e as unidades internas responsáveis pela sua

concretização.

Na Gestão da Água, a EDIA assume contribuir para o aumento dos níveis da qualidade da água

que distribui, além do contributo imprescindível para a gestão integrada, racional e otimizada

deste recurso, que tem como origem um Rio Internacional, o Guadiana, através da promoção do

uso eficiente da água nas explorações agrícolas e da definição de um plano que permita

converter o consumo descentralizado de água para o consumo centralizado, através das

infraestruturas do EFMA.

Implementar um programa de monitorização anual para os recursos hídricos superficiais e

promover o respetivo reporte com uma periodicidade anual são outras duas ações que a EDIA

assume com essenciais para aumentar os níveis de qualidade da água que distribui.

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64 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

A sensibilização das comunidades na região de influência do EFMA para as questões associadas

à gestão responsável da água e à sustentabilidade deste recurso é outro dos compromissos

assumidos como muito importante, implicando o planeamento para 2014-2015 de uma

estratégia de responsabilidade social corporativa com enfoque na gestão responsável da água.

Aqui o COTR, Centro Operativo e de Tecnologias do Regadio, de cuja Direção a EDIA faz

parte ativamente, constitui-se também como um braço armado de toda esta estratégia de

promoção do uso eficiente da água e da otimização dos recursos afetos a todas as atividades

económicas de regadio que se encontram a jusante do recurso água.

A gestão da infraestrutura é outra área estratégica da EDIA, comprometendo-se a Empresa a

aumentar os níveis de serviço das infraestruturas afetas ao EFMA, a reduzir o consumo

energético e emissões da operação, a aumentar a eficiência da distribuição de água e a garantir a

sustentabilidade financeira da operação.

As ações definidas neste âmbito passam pela definição de um plano de otimização do consumo

elétrico da infraestrutura, pela redução das perdas na rede, pela mitigação dos riscos que

potenciem a quebra de fornecimento de água e pelo desenvolvimento de atividades de operação

e manutenção da rede que garantam margens positivas para a EDIA.

O acompanhamento de todas as questões correlacionadas com os tarifários do serviço de

distribuição de água, que promovam a competitividade das atividades económicas a jusante da

distribuição de água, mas que preservem os ativos da empresa, promovendo simultaneamente o

uso eficiente da água para rega, são questões da máxima importância e que a EDIA tem vindo a

trabalhar de forma intensa.

A promoção do regadio assume-se claramente neste triénio como uma área de fundamental

importância para o planeamento global do EFMA, numa ótica de pleno aproveitamento dos

recursos hídricos disponibilizados à região. Considerando que a maior fatia dos recursos

hídricos afetos ao projeto se destinam a atividades agrícolas ou a elas relacionadas, só

promovendo todas estas fileiras e a sua rentabilização se consegue a utilização plena dos níveis

de serviço afetos ao projeto.

A promoção de soluções associadas à maximização do negócio de distribuição de água, à

captação de investimentos nas áreas agrícola e agroindustrial, o desenvolvimento de pacotes

comerciais e novos modelos de agro-negócio, constitui o grande instrumento para consolidar o

desenvolvimento socioeconómico e ambiental do EFMA.

Os compromissos assumidos nesta área para o triénio 2013-2015 passam por aumentar a taxa de

adesão ao regadio da forma mais rápida e sustentada possível, aumentar os níveis de

investimento em produção agrícola e agroalimentar na região, promover a utilização

responsável dos recursos naturais com especial destaque para a água e solo, contribuindo no seu

conjunto para o desenvolvimento económico da área beneficiada pelo regadio do EFMA.

As ações definidas para a sua concretização são diversificadas e incluem a caracterização das

áreas beneficiadas que não regam atualmente, o acompanhamento de potenciais investidores

agrícolas e agroindustriais, a monitorização anual da evolução das taxas de adesão ao regadio, a

promoção da diversificação cultural, a sensibilização ativa dos produtores agrícolas e

agroalimentares para a utilização de práticas de produção mais responsáveis, a dinamização de

miniprojectos de emparcelamento natural nas áreas de pequena propriedade, a criação de

Academias demonstrativas de novas tendências culturais, entre outras. Uma ação importante e

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65 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

que servirá como instrumento de medição do impacto das ações anteriores passará por estimar o

impacto económico indireto do regadio promovido pela EDIA através da implementação de um

mecanismo anual de recolha de informação junto dos principais clientes da Empresa.

Todos os compromissos assumidos pela EDIA no âmbito da sua Agenda Estratégica para o

triénio 2013-2015 confluem no objetivo último de promover a qualificação e o desenvolvimento

do território na zona de influência do EFMA, dando um contributo decisivo para o

desenvolvimento regional e para a economia nacional.

Transversalmente a todas as áreas de intervenção serão igualmente desenvolvidas ações que

contribuirão para a mitigação dos principais riscos associados à atividade da EDIA, para a

promoção e requalificação do corpo técnico da Empresa em todas as suas valências, para o

aumento dos índices de biodiversidade na região de influência do EFMA e para o crescente

envolvimento das partes interessadas nas diferentes áreas de Alqueva.

Entre estas ações, destacam-se a gestão dos principais riscos que afetam a atividade da EDIA

(financeiros, ambientais e práticas de contratação pública) com a identificação dos riscos e sua

classificação numa matriz de probabilidade de ocorrência versus impacto financeiro e a

definição de medidas de mitigação para os riscos mais críticos identificados, o desenvolvimento

de um plano de formação que contemple as necessidades de desenvolvimento de competências

dos trabalhadores, alinhado com as necessidades do novo ciclo de gestão da Empresa, a

monitorização da biodiversidade na área de influência do EFMA e implementação das

correspondentes medidas de gestão e a implementação de uma estratégia de relacionamento com

as diversas partes interessadas.

Princípio da Igualdade de Género (Resolução do Conselho de Ministros N.º 19/2012, de 23 de

fevereiro)

A atual estrutura orgânica da EDIA tem em conta as especiais responsabilidades da Empresa no

âmbito da gestão e construção do EFMA, visando atingir os objetivos definidos na lei e em

conformidade com os seus estatutos. O equilíbrio da sua estrutura de recursos humanos tem

vindo a ser conseguido através de um forte empenhamento dos seus colaboradores (originários,

na sua grande maioria, da região), que passa também pela sua valorização (aposta forte na

formação, o que permite um aumento das competências, quer verticais quer transversais), e pela

introdução dos conceitos de flexibilidade e polivalência (o que tem permitido a conversão

gradual de colaboradores das áreas de construção para as áreas de exploração, e a transferência

de colaboradores entre departamentos consoante as necessidades específicas da empresa).

Por outro lado, e tendo em consideração a determinação de adoção, em todas as entidades do

SEE, dos planos para a igualdade previstos na Resolução do Conselho de Ministros N.º

70/2008, de 22 de abril, que visa alcançar uma efetiva equidade de tratamento e de

oportunidades entre homens e mulheres e promover a eliminação das discriminações e a

conciliação da vida pessoal, familiar e profissional dos seus profissionais, a EDIA possui, num

quadro de pessoal composto por 187 colaboradores (a 31 de dezembro de 2013), 96

colaboradoras do sexo feminino, que ocupam 12 cargos de chefia na estrutura organizacional da

Empresa.

Este facto denota o esforço levado a cabo pela organização no sentido de promover o alcance de

uma presença plural de mulheres e de homens para a ocupação de cargos de chefia no seio da

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66 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

Empresa, com a adoção de políticas de promoção da igualdade de género entre os seus

colaboradores, e no respeito dos princípios emanados pelas mesmas. A EDIA promove ainda a

implementação de instrumentos que permitam avaliar o desempenho dos seus recursos humanos

com base no mérito individual efetivamente demonstrado, procurando valorizar as respetivas

carreiras de acordo com estes critérios.

Fruto das boas práticas seguidas e implementadas pela empresa neste domínio é o resultado

obtido na Avaliação efetuada quanto à Igualdade de Género nas Empresas que classifica a EDIA

como uma empresa que “além de cumprir a legislação no domínio da igualdade de género,

evidencia princípios e práticas significativas neste domínio”.

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67 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

IX. AVALIAÇÃO DO GOVERNO SOCIETÁRIO

IX.1. Cumprimento das Recomendações

Indemnizações pagas ou devidas a ex-administradores executivos

a) Informação que permita aferir o cumprimento da recomendação ou

remissão para o ponto do relatório onde a questão é desenvolvidamente

tratada (capítulo, título, ponto, página)

Não aplicável.

b) Justificação para o eventual não cumprimento ou cumprimento parcial

Não aplicável.

c) Em caso de não cumprimento ou cumprimento parcial, identificação de

eventual mecanismo alternativo adotado pela sociedade para efeitos de

prossecução do mesmo objetivo da recomendação

Não aplicável.

IX.2. Outras Informações

A sociedade deverá fornecer quaisquer elementos ou informações adicionais que,

não se encontrando vertidas nos pontos anteriores, sejam relevantes para a

compreensão do modelo e das práticas de governo adotadas

Não aplicável.

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68 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

X. GRELHA REFERENTE ÀS PRÁTICAS DE BOA

GESTÃO SOCIETÁRIA ADOTADAS PELA EDIA

EM 2013

Relatório de Governo

Societário

Identificação Divulgação

Página Observações

SIM Não SIM NÃO

I Missão, Objetivos e

Politicas

1. Indicação da missão e da

forma como é prosseguida,

assim como a visão e os

valores que orientam a

empresa.

X X

Pág. 5

2. Políticas e linhas de ação

desencadeadas no âmbito da

estratégia definida

X X

Pág. 6

3. Indicação dos objetivos e do

grau de cumprimento dos

mesmos, assim como a

justificação dos desvios

verificados e as medidas de

correção aplicadas ou a

aplicar.

X X

Pág. 6 - 9

4. Indicação dos fatores chave

de que dependem os

resultados da empresa.

X X Pág. 10

II Estrutura de Capital

1. Estrutura de capital X X Pág. 11

2. Eventuais limitações à

titularidade e/ou

transmissibilidade das

ações.

X X Pág. 11

3. Acordos parassociais. X X Pág. 11

III Participações Sociais e

Obrigações detidas

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69 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Relatório de Governo

Societário

Identificação Divulgação

Página Observações

SIM Não SIM NÃO

1. Identificação das pessoas

singulares (órgãos sociais)

e/ou coletivas (Empresa)

que, direta ou

indiretamente, são titulares

de participações noutras

entidades, com indicação

detalhada da percentagem

de capital e de votos.

X X

Pág. 12 - 18

2. A aquisição e alienação de

participações sociais, bem

como a participação em

quaisquer entidades de

natureza associativa ou

fundacional.

X X

Pág. 18

3. A prestação de garantias

financeiras ou assunção de

dívidas ou passivos de

outras entidades.

X X

Pág. 18

4. Indicação sobre o número

de ações e obrigações

detidas por membros dos

órgãos de administração e

de fiscalização.

X X

Pág. 19

5. Informação sobre a

existência de relações

significativas de natureza

comercial entre os titulares

de participações e a

sociedade.

X X

Pág. 19

6. Identificação dos

mecanismos adotados para

prevenir a existência de

conflitos de interesses.

X X

Pág. 19

IV Órgãos Sociais e

Comissões

A. Mesa da Assembleia Geral

1. Composição da mesa AG,

mandato e remuneração.

X X Pág. 20

2. Identificação das

deliberações acionistas. X X

Pág. 20 Não se aplica visto

que o Estado,

através da DGTF, é

acionista único da

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70 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

Relatório de Governo

Societário

Identificação Divulgação

Página Observações

SIM Não SIM NÃO

EDIA. B. Administração e

Supervisão

1. Modelo de governo adotado X X Pág. 21

2. Regras estatutárias sobre

procedimentos aplicáveis à

nomeação e substituição dos

membros.

X X Pág. 21

3. Composição, duração do

mandato, número de

membros efetivos.

X X Pág. 21

4. Identificação dos membros

executivos e não executivos

do CA e identificação dos

membros independentes do

CGS.

X X

Pág. 22

5. Elementos curriculares

relevantes de cada um dos

membros.

X X Pág. 22 - 23

6. Relações familiares,

profissionais ou comerciais,

habituais e significativas,

dos membros, com

acionistas a quem seja

imputável participação

qualificada superior a 2%

dos direitos de voto.

X X

Pág. 23

7. Organogramas relativos à

repartição de competências

entre os vários órgãos

sociais.

X X Pág. 24 - 25

8. Funcionamento do

Conselho de Administração,

do Conselho Geral e de

Supervisão e do Conselho

de Administração

Executivo.

X X

Pág. 25 - 26 As comissões no seio

do Órgão de

Administração ou

supervisão e

Administradores

Delegados não se

aplicam à EDIA.

9. Comissões existentes no

órgão de administração ou

supervisão.

X X Pág. 26 Não aplicável à

EDIA.

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71 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Relatório de Governo

Societário

Identificação Divulgação

Página Observações

SIM Não SIM NÃO

C. Fiscalização

1. Identificação do órgão de

fiscalização correspondente

ao modelo adotado e

composição, indicação do

número estatutário mínimo

e máximo de membros,

duração do mandato,

número de membros

efetivos e suplentes.

X X

Pág. 27

2. Identificação dos membros

da Fiscalização

X X Pág. 27

3. Elementos curriculares

relevantes de cada um dos

membros.

X X Pág. 28 - 29

4. Funcionamento da

fiscalização.

X X Pág. 30

D. Revisor Oficial de Contas

1. Identificação do ROC,

SROC.

X X Pág. 30 - 31

2. Indicação das limitações,

legais.

X X Pág. 31

3. Indicação do número de

anos em que a SROC e/ou

ROC exerce funções

consecutivamente junto da

sociedade/grupo.

X X

Pág. 32

4. Descrição de outros

serviços prestados pelo

SROC à sociedade.

X X Pág. 32

E. Auditor Externo

1. Identificação. X X Pág. 32 - 33

2. Política e periodicidade da

rotação.

X X Pág. 33

3. Identificação de trabalhos,

distintos dos de auditoria,

realizados.

X X Pág. 34

4. Indicação do montante da

remuneração anual paga.

X X Pág. 34

V. Organização Interna

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72 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

Relatório de Governo

Societário

Identificação Divulgação

Página Observações

SIM Não SIM NÃO

A. Estatutos e Comunicações

1. Alteração dos estatutos da

sociedade - Regras

aplicáveis

X X Pág. 35

2. Comunicação de

irregularidades.

X X Pág. 35

3. Indicação das políticas

antifraude.

X X Pág. 35 - 36

B. Controlo interno e gestão

de riscos

1. Informação sobre a

existência de um sistema de

controlo interno (SCI).

X X Pág. 36 - 37

2. Pessoas, órgãos ou

comissões responsáveis pela

auditoria interna e/ou SCI.

X X Pág. 37

3. Principais medidas adotadas

na política de risco.

X X Pág. 37 - 42

4. Relações de dependência

hierárquica e/ou funcional.

X X Pág. 42 - 43

5. Outras áreas funcionais com

competências no controlo

de riscos.

X X Pág. 43

6. Identificação principais

tipos de riscos.

X X Pág. 43 - 45

7. Descrição do processo de

identificação, avaliação,

acompanhamento, controlo,

gestão e mitigação de

riscos.

X X

Pág. 45

8. Elementos do SCI e de

gestão de risco

implementados na

sociedade.

X X Pág. 46

C. Regulamentos e Códigos

1. Regulamentos internos

aplicáveis e regulamentos

externos.

X X Pág. 46 - 50

2. Códigos de conduta e de

Código de Ética.

X X Pág. 50 - 53

D. Sítio de Internet

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73 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Relatório de Governo

Societário

Identificação Divulgação

Página Observações

SIM Não SIM NÃO

Indicação do(s) endereço(s)

e divulgação da informação

disponibilizada.

X X Pág. 54

VI Remunerações

A. Competência para a

Determinação

Indicação do órgão

competente para fixar

remuneração.

X X Pág. 55 - 56

B. Comissão de Fixação de

Remunera.

Composição. X X Pág. 56

C. Estrutura das

Remunerações

1. Política de remuneração dos

órgãos de administração e

de fiscalização.

X X Pág. 56

2. Informação sobre o modo

como a remuneração é

estruturada.

X X Pág. 57

3. Componente variável da

remuneração e critérios de

atribuição. X X

Pág. 57 Componente variável

da remuneração e

critérios de atribuição

– Não aplicável.

4. Diferimento do pagamento

da componente variável. X X

Pág. 57 Diferimento do

pagamento da

componente variável

– Não aplicável.

5. Parâmetros e fundamentos

para atribuição de prémio. X X

Pág. 57 Parâmetros e

fundamentos para

atribuição de prémio

– Não aplicável.

6. Regimes complementares

de pensões. X X Pág. 57 Regimes

complementares de

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74 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

Relatório de Governo

Societário

Identificação Divulgação

Página Observações

SIM Não SIM NÃO

pensões – Não

aplicável.

D. Divulgação das

Remunerações

1. Indicação do montante

anual da remuneração

auferida.

X X Pág. 58

2. Montantes pagos, por outras

sociedades em relação de

domínio ou de grupo. X X

Pág. 58 Montantes pagos, por

outras sociedades em

relação de domínio

ou de grupo – Não

aplicável.

3. Remuneração paga sob a

forma de participação nos

lucros e/ou prémios. X X

Pág. 58 Remuneração paga

sob a forma de

participação nos

lucros e/ou prémios –

Não aplicável.

4. Indemnizações pagas a ex-

administradores executivos.

X X Pág. 59

5. Indicação do montante

anual da remuneração

auferida do órgão de

fiscalização da sociedade.

X X Pág. 59

6. Indicação da remuneração

anual da mesa da

assembleia geral.

X X Pág. 59

VII Transações com partes

Relacionadas e Outras

1. Mecanismos implementados

para controlo de transações

com partes relacionadas.

X X Pág. 60

2. Informação sobre outras

transações.

X X Pág. 60 - 61

VIII Análise de

sustentabilidade da

empresa nos domínios

económicos, social e

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75 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

Relatório de Governo

Societário

Identificação Divulgação

Página Observações

SIM Não SIM NÃO

ambiental

1. Estratégias adotadas e grau

de cumprimento das metas

fixadas.

X X Pág. 62 - 65

2. Políticas prosseguidas. X X Pág. 62 - 65

3. Forma de cumprimento dos

princípios inerentes a uma

adequada gestão

empresarial:

a) Responsabilidade social

b) Responsabilidade

ambiental

c) Responsabilidade

económica.

X X

Pág. 62 - 65

IX Avaliação do Governo

Societário

1. Cumprimento das

Recomendações

X X Pág. 67 Não aplicável.

2. Outras informações X X Pág. 67 Não aplicável.

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76 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

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77 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013

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78 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013

EDIA

Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A.

Capital Social 387.267.750,00 €

Capital Próprio Negativo 343.794.020,00 €

Número de Pessoa Coletiva 503 450 189

Matrícula 01 084/950316 da Conservatória do Registo Comercial de Beja

Sede Social Rua Zeca Afonso, N.º 2 - 7800 - 522 - BEJA

Delegação de Lisboa Rua do Campo Grande, N.º 46-D, 2.º Dto - 1700-093 Lisboa

Delegação de Alqueva Apartado 126 - 7860 - MOURA

Delegação de Pedrógão Apartado 126 - 7860 - MOURA

Delegação de Mourão Rua Marcos Gomes V. Rosado, 15 - 7240 - MOURÃO

Parque de Natureza de Noudar Apartado 5 - 7230 - BARRANCOS

Museu da Luz Largo da Igreja Nossa Sr.ª da Luz - 7240 - 100 - LUZ - MOURÃO

Site: www.edia.pt