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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL
RELATÓRIO E
CONTAS 2014
HISTORIA DA CAIXA AGRÍCOLA
1927 – FUNDAÇÃO DA CCAM DE CAMARATE, CRL 1987 – ALTERAÇÃO DA DENOMINAÇÃO PARA CCAM DE LOURES, CRL 2007 – FUSÃO DA CCAM DE SINTRA E LITORAL, CRL COM A CCAM DE LOURES, CRL 2014 – 87 ANOS DE EXISTÊNCIA
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 2
ÍNDICE
CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL 4
CARACTERIZAÇÃO DA CAIXA 5
ESTRUTURA E PRÁTICAS DE GOVERNO SOCIETÁRIO 12
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 25
1. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO 26
2. ÁREA DE NEGÓCIO 2.1 - Introdução 58 2.2 - Captação de Recursos 63 2.3 - Balanço 64 2.3.1 - Crédito Concedido 65 2.3.2 - Crédito Vencido 66
3. ÁREA DE MEIOS 3.1 - Custos Operativos 67 3.2 - Recursos Humanos 68 3.3 - Rede de Balcões 70
4. ÁREA SOCIAL 71
5. RESULTADOS 5.1 - Comparação de Resultados 2014/2013 72 5.2 - Formação do Produto Bancário 73
6. PRINCIPAIS INDICADORES 6.1 - Rácios 74 6.2 - Recursos Próprios e Passivos Subordinados 76 7. PLANO DE RECUPERAÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA
78
8. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS 80
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS 81
10. BALANÇO E CONTAS 82
11. ANEXOS ÀS CONTAS ANUAIS 88
12. CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS 141
13. PARECER DO CONSELHO FISCAL 144
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
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CARACTERIZAÇÃO DA CAIXA
CRÉDITO AGRÍCOLA
A raiz histórica das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo pode situar-se nas Santas Casas
da Misericórdia, fundadas em 1498 sob a égide da esposa de D. João II de Portugal
(o Príncipe Perfeito), Rainha D. Leonor, e de Frei Miguel Contreiras, bem como nos
Celeiros Comuns criados em 1576 por D. Sebastião.
Em 1778, a Misericórdia de Lisboa foi a primeira a fazer empréstimos aos agricultores.
Várias outras Misericórdias lhe seguiram o exemplo, levando Andrade Corvo, em 1866
e 1867, a publicar leis destinadas a transformar as Irmandades, Confrarias e
Misericórdias em instituições de crédito agrícola e industrial (Bancos Agrícolas ou
Misericórdias - Bancos).
Quanto aos Celeiros Comuns, fundados por iniciativa particular ou por intervenção dos
reis, dos municípios ou das paróquias, eram estabelecimentos de crédito destinados a
socorrer os agricultores em anos de escassa produção, adiantando-lhes as sementes
por determinado juro que seria pago, tal como o empréstimo, em géneros. De registar
que somente 100 anos depois apareceram instituições semelhantes na Escócia (1649)
e mais de 200 anos depois na Alemanha (1765). A importância dos Celeiros Comuns
foi diminuindo à medida que as taxas de juro foram aumentando, tendo-se procedido
em 1862 à sua reforma com a qual se deu a substituição gradual do pagamento em
géneros por pagamento em dinheiro, assimilando-os a verdadeiras instituições de
crédito.
Coube ao Ministro do Fomento Brito Camacho fundar o verdadeiro Crédito Agrícola em
Portugal em 1911, por Decreto de 1 de Março, para cuja implantação trabalharam
conjuntamente monárquicos e republicanos uma vez que o projecto se havia iniciado
ainda na vigência da Monarquia.
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
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Foi, porém, a Lei nº 215, de 1914, regulamentada em 1919 pelo Decreto nº 5219,
que, num extenso articulado, definiu a actividade das Caixas de Crédito Agrícola
Mútuo.
Após um período inicial em que o número de Caixas de Crédito Agrícola Mútuo
aumentou, graças ao esforço de inúmeros agricultores, ocorreu alguma estagnação a
seguir à crise bancária da primeira metade dos anos 30, da qual resultou a imposição
às Caixas da tutela da Caixa Geral de Depósitos.
Com as importantes alterações políticas ocorridas a partir de Abril de 1974, começou
a surgir um movimento das Caixas existentes no sentido de se autonomizarem,
expandirem a sua implantação e alargarem a sua actividade nos moldes em que o
Crédito Agrícola Mútuo se desenvolvera em muitos países europeus.
Desse movimento resultou a criação, em 1978, da Federação Nacional das Caixas de
Crédito Agrícola Mútuo - FENACAM - com a função de apoiar e representar, nacional e
internacionalmente, as suas Associadas. Um dos principais objectivos da Federação foi
conseguir a revisão da legislação aplicável ao Crédito Agrícola Mútuo, nessa altura já
com mais de 60 anos de vigência. Publicou-se o Decreto-Lei nº 231/82, de cujo anexo
consta um Regime Jurídico Específico para o Crédito Agrícola Mútuo, deixando as
Caixas de estar sujeitas à tutela da Caixa Geral de Depósitos, e ficando prevista a
constituição de uma Caixa Central com o objectivo de regular a actividade creditícia
das Caixas suas associadas.
O novo regime legal abriu caminho a uma considerável expansão do Crédito Agrícola
durante a década de 80. A Caixa Central foi criada em 20 de Junho de 1984, com a
finalidade de assegurar a solvabilidade do sistema, foi instituído, em 1987, pelo
Decreto-Lei nº 182/87, o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo em que
participam todas as Caixas Associadas.
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
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Atendendo à necessidade de reflectir legislativamente as transformações que o Crédito
Agrícola atravessara nos últimos anos e de o adaptar às orientações do direito
comunitário, chegar-se-á a um novo regime jurídico do CAM, aprovado pelo Decreto-
Lei nº 24/91, de 11 de Janeiro.
Esse diploma fez adoptar para o Crédito Agrícola um modelo organizativo, assente no
conjunto formado pela Caixa Central e pelas suas associadas, o qual se denomina
"Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo" (SICAM). A Caixa Central passou a ter
funções e poderes em matéria de orientação, fiscalização e representação financeira
do SICAM, e estabeleceu-se um regime de co-responsabilidade entre ela e as suas
associadas, de modo que a supervisão da solvabilidade e liquidez é feita com base em
contas consolidadas.
A definição de um exigente quadro de constituição e de funcionamento das Caixas de
Crédito Agrícola Mútuo, (CCAM), assim como o reforço dos fundos próprios
estabelecidos no novo diploma, pôs termo à responsabilidade solidária ilimitada dos
sócios das CCAM, tendo o seu capital mínimo passado para € 2493989,49, embora
para aquelas que façam parte do SICAM, esse limite tenha sido fixado em € 49879,79.
O âmbito das operações activas das CCAM foi também alargado, passando a abranger
actividades ligadas à transformação, conservação, transporte e comercialização de
produtos agrícolas, fabricação e comercialização de bens de capital e à prestação de
serviços. À Caixa Central foi atribuído um estatuto de instituição especial de crédito,
embora com funções próximas dos bancos comerciais. Desta forma se tentou
conseguir uma atenuação da concentração sectorial do crédito concedido, sem
conduzir à descaracterização da natureza do Crédito Agrícola. Procedeu-se também à
instituição da figura do Contrato de Agência, instrumento muito útil para o
desenvolvimento do Crédito Agrícola, conferindo às CCAM a capacidade de intermediar
operações que lhes estão vedadas no seu âmbito normal de actividade, em
representação da Caixa Central. O Decreto-Lei nº 230/95, de 12 de Setembro, veio
alterar o Regime Jurídico de 1991.
As alterações introduzidas por este diploma, para além de alargar o âmbito associativo
das Caixas, acrescentando-lhe as entidades envolvidas em outras actividades como a
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caça, pesca, aquicultura, agro-turismo, artesanato e as indústrias extractivas, e, por
consequência, o âmbito de intervenção comercial das CCAM, possibilitou à Caixa
Central a realização da quase totalidade das demais operações permitidas aos bancos,
fixando-lhe assim um cariz de instituição de crédito universal.
Além disso, eliminou-se a proibição das Caixas distribuírem excedentes pelos seus
associados e deu-se a possibilidade das reservas darem origem a títulos de capital
igualmente distribuíveis pelos associados.
Estas modificações consideram-se positivas, porque vão no sentido da evolução
verificada em todos os Bancos Cooperativos dos países membros da União Europeia.
Espera-se que no futuro o Crédito Agrícola em Portugal evolua para uma situação de
Banco Universal, corporizado num sistema integrado fortemente descentralizado, sem
nos afastarmos da missão fundamental de apoio à Agricultura, donde maioritariamente
se recrutam os Associados do Crédito Agrícola, bem como das áreas essencialmente
rurais, onde se situa a esmagadora maioria dos seus balcões. A partir de 1998 o Crédito
Agrícola assiste a uma maior unificação entre as Caixas Associadas e a Caixa Central,
com a introdução de uma única plataforma informática. Estas modificações
consideram-se positivas, porque tendem a afirmar cada vez mais o Crédito Agrícola
como um "banco completo", com canais de distribuição diversificados e com ofertas
diferenciadas de acordo com os segmentos em que pretende aumentar a sua
penetração, de modo a preservar e aumentar as suas quotas de mercado, num
contexto cada vez mais competitivo.
CCAM DE LOURES, SINTRA E LITORAL,C.R.L.
MISSÃO
Com uma história de 88 anos, a CCAM de Loures, Sintra e Litoral, CRL, tem como
objectivo central da sua actividade criar valor para os seus cooperantes, procurando,
em simultâneo, satisfazer as necessidades dos seus clientes e a realização profissional
dos seus colaboradores. A sua primeira e fundamental missão é alinhar uma estratégia
de reforço constante e sustentado da sua posição competitiva no mercado com um
total respeito pelos interesses e bem-estar dos seus Clientes e Colaboradores. É seu
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dever permanente contribuir ativamente para o desenvolvimento económico, social,
cultural e ambiental do local em que exerce a sua actividade.
EVOLUÇÃO
Em 3 de Janeiro de 1927 e com alvará de 12 de Janeiro de 1927 emitido pelo Ministério
da Agricultura – Caixa Geral de Crédito Agrícola foi constituída a cooperativa, como
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Camarate, C.R.L, (com publicação na II série do
Diário do Governo nºs 22 de 27/01/1927) e com autorização do Ministério da
Agricultura.
Em 10 de Outubro de 1991 e com autorização de 13 de Setembro de 1991 comunicada
pelo Banco de Portugal foi alterada a denominação da cooperativa, para Caixa de
Crédito Agrícola Mútuo de Loures, C.R.L, (com publicação na III série do Diário da
Republica nºs 283 de 07/12/1996.
Em 19 de Setembro de 2007 e com autorização de 13/08/2007 comunicada pelo Banco
de Portugal foi realizada a fusão, por incorporação, com a Caixa de Crédito Agrícola
Mútuo de Sintra e Litoral, C.R.L, tendo sido alterada a denominação da cooperativa,
para Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Loures, Sintra e Litoral, C.R.L, (com
publicação no site www.mj.pt/publicações)
Pessoa colectiva de utilidade pública, matriculada na Conservatória do Registo
Comercial de Loures sob o nº8, contribuinte nº501 055 843 com capital variável e
ilimitado, com sede na cidade de Loures.
Ao longo da sua existência tem-se caracterizado como instituição de índole local,
especializada no crédito agrícola e vocacionada para o apoio ao mundo rural.
Em 2009 a Caixa procedeu à expansão da sua área de acção social, procedendo à
abertura de mais uma delegação, no concelho de Oeiras, passando a operar em seis
concelhos contíguos.
A caixa está integrada no SICAM (Sistema Integrado de Crédito Agrícola Mútuo),
possuindo atualmente quinze balcões, distribuídos por seis concelhos, na Área
Metropolitana de Lisboa.
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O arrefecimento da atividade económica verificado nos últimos anos, não tem
proporcionado uma politica de expansão dos balcões, tendo-se optado por fortalecer
em termos do volume de negócios os já existentes, tornando estes economicamente
viáveis.
CAIXA HOJE
A Caixa é uma Instituição Financeira com o seu centro de decisão em Loures, o que
confere ao território local o seu mercado privilegiado. Em 31 de Dezembro de 2014, a
actividade do Caixa representava 158.606.774,94 euros de activo líquido e mais de 60
colaboradores, a Caixa é uma das maiores do SICAM, em termos do seu volume de
negócios, do seu ativo e a operar na área seguradora.
A Caixa serve todos os segmentos de clientes particulares, empresas e institucionais,
oferecendo-lhes uma gama abrangente de produtos e serviços financeiros através de
abordagens e propostas de valor diferenciadas, capazes de responder de forma
distintiva às suas necessidades. Os produtos e serviços prestados incluem a captação
de depósitos, a concessão de crédito a empresas e particulares, a gestão de fundos
de investimento, serviços de corretagem e custódia, e ainda à comercialização de
seguros de vida e não vida.
Em 2014 prodedeu à reorganização da sua macroestrutura, definindo um novo modelo
organizacional, assente em três pilares fundamentais, concretamente: área comercial,
área de risco e recuperação de crédito e área de suporte, dando assim cumprimento
às exigências do Banco de Portugal, assente numa gestão sâ, prudente, transparente
e tendo como objetivo alcançar um maior dinamismo.
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ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO
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ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO
1. Estrutura de Governo Societário
A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Loures, Sintra e Litoral, CRL adopta o modelo de
governação vulgarmente conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo Conselho
de Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas.
Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela
Assembleia Geral, para um mandato de três anos.
2. Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola
3. Assembleia Geral
A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e
um Secretário.
Assembleia Geral
Conselho de Administração
Conselho Fiscal ROC
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3.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral
Presidente: Germano Marques da Silva
Vice-Presidente: Antonino Ribeiro Rito da Silva
Secretário: Manuel Augusto dos Santos ( Falecido em 2014 )
3.2.Competência da Assembleia Geral
A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os
Estatutos lhe atribuam competências, competindo-lhe, em especial:
� Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo
os seus Presidentes;
� Votar a proposta de plano de actividades e de orçamento da Caixa
Agrícola para o exercício seguinte;
� Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior;
� Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola;
� Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA
CENTRAL e de organismos cooperativos de grau superior;
� Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola;
� Decidir do exercício do direito de acção cível ou penal contra o revisor
oficial de contas, administradores, gerentes, outros mandatários ou
membros do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral;
� Decidir da alteração dos Estatutos.
4. Conselho de Administração
O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros
efectivos, no mínimo de três e de um suplente.
Actualmente o Conselho de Administração é composto por três membros, com
mandato para o triénio 2013/2015.
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Relatório e Contas 2014 15
4.1. Composição do Conselho de Administração
Presidente: José António de Carvalho Barreira
Vogal: José Manuel Alvares da Costa e Oliveira
Vogal: José Augusto Antunes Regedor
Suplente: Daniel Peixe Reis Silva
4.2. Competências do Conselho de Administração
As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-
lhe, em especial e de acordo com os Estatutos:
� Administrar e representar a Caixa Agrícola;
� Elaborar, para votação pela Assembleia-geral, uma proposta de plano
de actividades e de orçamento para o exercício seguinte;
� Elaborar, para votação pela Assembleia-geral, o relatório e as contas
relativos ao exercício anterior;
� Adoptar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez
da Caixa Agrícola;
� Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola.
� Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados;
� Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos
e não pagos;
� Organizar, dirigir e disciplinar os serviços.
4.3. Reuniões do Conselho de Administração
O Conselho de Administração reúne, pelo menos uma vez por semana, tendo realizado
um total de 53 reuniões em 2014.
4.4. Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de
Administração
O Conselho de Administração deliberou a distribuição de pelouros entre os seus
membros da seguinte forma:
Presidente: José António de Carvalho Barreira - Gestão Comercial
Vogal: José Manuel Alvares da Costa e Oliveira – Gestão Corrente
Vogal: José Augusto Antunes Regedor – Gestão Corrente
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5. Órgãos de Fiscalização
A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a um
Revisor Oficial de Contas ou uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas.
As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo,
ainda, ao Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta
de plano de actividade e de orçamento.
5.1. Conselho Fiscal
O Conselho Fiscal é composto por três membros efectivos e, pelo menos, um suplente.
5.1.1. Composição do Conselho Fiscal
Presidente: Luís Patrício da Silva
Vogal: João Lourenço Neves
Vogal: José Valério Vicente Júnior
Suplente: José Emílio Antunes Maria
5.1.2. Reuniões do Conselho Fiscal
O Conselho Fiscal reúne, por regra, uma vez por mês, tendo realizado, em 2014, um
total de 13 reuniões.
5.2. Revisor Oficial de Contas
O mandato actual do Revisor Oficial de Contas é de 2013 a 2015, encontrando-se
designado para o cargo:
Efectivo: Esteves, Pinho & Associados, Lda.
Representada por Rui Manuel Correia de Pinho
Suplente: Luís Manuel Moura Esteves
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6. Politica de Remuneração
6.1. Politica de Remuneração dos Órgãos de Administração e Fiscalização
6.1.1. Em 11 de Dezembro de 2013, a Assembleia Geral Ordinária da Caixa de
Crédito Agrícola Mútuo de Loures, Sintra e Litoral, C.R.L., apreciou e aprovou a
Declaração sobre Politica de Remunerações dos Órgãos de Administração e de
Fiscalização da Instituição, em cumprimento do disposto no art.2º, nº1, da Lei nº
28/2009, de 19 de Junho e nos termos do disposto do Aviso 1/2010 e da Carta-Circular
nº2/2010/DSB, ambos do Banco de Portugal.
6.1.2. Nos termos e para os efeitosdo nº 4 do art.16º do Aviso do Banco de Portugal
nº10/2011, reproduz-se na presente sede a referida Declaração, nos exatos termos
em que foi aprovada pelos Associados da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo.
DECLARAÇÃO DE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DA CAIXA DE CRÉDITO
AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL
Nos termos da Lei n.º 28/2009, de 19 de Junho, do Decreto-Lei nº104/2007, de 3 de
Abril, na redação que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº88/2011, de 20 de Julho e do
Aviso n.º 10/2011 do Banco de Portugal, vem o Conselho de Administração da CAIXA
DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL submeter à
aprovação da Assembleia Geral a sua declaração sobre a política de remuneração dos
Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o
ano de 2014.
Propõe-se que a política de remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração
e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2014 siga os seguintes princípios
orientadores:
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Relatório e Contas 2014 18
1. PRINCIPIOS GERAIS
Em cumprimento das disposições legais e regulamentares aplicáveis, a Politica de
Remunerações dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Caixa
de Crédito Agrícola Mútuo de Loures, Sintra e Litoral, C.R.L.,foi definida e elaborada
de modo e refletir adequada e proporcionalmente a dimensão, a organização interna
e a natureza da Instituição, o âmbito e a complexidade da atividade por si
desenvolvida, a natureza e a magnitude dos riscos assumidos e a assumir e o grau de
centralização e delegação de poderes estabelecido no seio da mesma Instituição.
A Politica de Remuneração reflete, em particular, a natureza jurídica de cooperativa
da Instituição e a dela decorrente ausência de fins lucrativos, a imposição de restrições
de natureza geográfica à atuação da dita Instituição e também o caráter acessório e
complementar de outras atividades económicas de que se reveste, na maioria dos
casos, o exercício de funções nos seus Órgãos de Administração e de Fiscalização,
fatores que determinam que as tais funções correspondam muitas vezes remunerações
de valor senão simbólico, pelo menos inferior ao da média dos colaboradores da
Instituição, sendo por conseguinte tais remunerações insuscetiveis de qualquer
comparação com as que são auferidas no resto do Setor Bancário.
Nesta perspetiva, para além de se terem que considerar inaplicáveis à Caixa de Crédito
Agrícola Mútuo de Loures, Sintra e Litoral, C.R.L. todas as disposições da Lei nº
28/2009, do Decreto-Lei nº 104/2007 e do Aviso nº 10/2011 que pressuponham que
as entidades às mesmas sujeitas revestem a natureza jurídica de sociedades
anónimas, houve que ponderar a aplicação de muitas das demais normas, sempre por
referência ao princípio da proporcionalidade ínsito no corpo do Ponto 24 do Anexo ao
Decreto-Lei nº 104/2007 e no art. 3º, nº 1, do Aviso nº 10/2011.
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2. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Nos termos e para os efeitos do nº 1 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, declara-se que:
a) A Politica de Remunerações dos Órgãos de Administraçao e de Fiscalização é
definida pela Assembleia Geral, sem a intervenção de quaisquer consultores externos,
cabendo à mesma revê-la periodicamente pelo menos uma vez por ano;
b) A componente variável da remuneração não existe, dado a natureza e dimensão da
Instituição.
c) A Politica de Remunerações é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros
do Órgão de Administração com os interesses de longo prazo da Instituição e é
igualmente consentânea com o desincentivo de uma assunção excessiva de riscos, na
medida em que preconiza a atribuição de uma remuneração de valor moderado,
compatível com as tradições e com a natureza específica do Crédito Agrícola, e que,
sem prejuízo da atribuição de remuneração acrescida aos executivos, tem em atenção
o caráter economicamente acessório e complementar de outras atividades económicas
de que se reveste habitualmente o exercício nos Órgãos de Administração e de
Fiscalização.
d) Sempre em consonância com a natureza cooperativa da Instituição e com o princípio
cooperativo da gestão democrática, o desempenho do Órgão de Administração é em
primeira linha avaliado pelos Associados em sede de Assembleia Geral, maxime em
sede de eleições para os Órgãos Sociais, não podendo estes manter-se em funções
contra a vontade expressa dos Associados, bem como pelo Órgão de Fiscalização, no
exercício das suas competências legais e estatutárias, refletindo tal avaliação não só o
desempenho económico da Instituição, mas também outros critérios diretamente
relacionados com a sobredita natureza cooperativa, incluindo a qualidade da relação
estabelecida entre Administração e Cooperadores e da informação prestada aos
membros sobre o andamento dos negócios sociais.
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3. REMUNERAÇÃO DO CONSELHO FISCAL
A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal, tendo em consideração a natureza
da composição desse Órgão Social, consiste no pagamento de uma senha de presença
por cada reunião efectuada por aquele órgão, no mês em causa.
Não há lugar a qualquer acréscimo a esta remuneração.
4. REMUNERAÇÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
A remuneração dos Membros do Conselho de Administração consiste no pagamento
de senhas de presença de acordo com o seguinte critério:
* Presidente: quatro senhas de presença por semana.
* Restantes Vogais: duas senhas de presença por semana.
Acresce a esta remuneração: O Presidente do Conselho de Administração tem ainda:
• cartão de credito com afectação do mesmo ao pagamento de despesas de
representação;
• Telemóvel;
• Viatura de Serviço para uso no exercício das suas funções.
• Tem ainda facilidade de reembolso de despesas não compreendidas no
primeiro ponto.
Atente a natureza específica da CAIXA AGRÍCOLA e do CRÉDITO AGRÍCOLA inexiste
qualquer tipo de plano de atribuição de acções ou opções de aquisição de acções,
também atenta essa mesma especificidade tem vindo a ser entendido não ser de
atribuir qualquer remuneração variável aos membros do Conselho de Administração.
Não são igualmente atribuídos direitos em matéria de complementos de reforma e de
sobrevivência em função do exercício das funções de Administrador neste Órgão de
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Gestão, nem são praticadas quaisquer outras situações que possam ser associadas a
remuneração, directa ou indirectamente.
Para além dos montantes supra mencionados, os membros do Conselho de
Administração não recebem, na presente data, quaisquer outras compensações,
nomeadamente no que se refere ao exercício de funções nos corpos sociais de outras
empresas do Grupo Crédito Agrícola.
5. REVISOR OFICIAL DE CONTAS
A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de
mercado e definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de
contas.
6. Remunerações Pagas
As remunerações brutas auferidas em 2014 pelos membros do Conselho de
Administração foram as seguintes:
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Fixa
Variavel
Total CCAM
Vencimento
Subsidios e Outros
José Antonio de Carvalho Barreira 55.120,00 - - 55.120,00 José Augusto Antunes Regedor 27.560,00 - - 27.560,00 José Manuel Alvares da Costa Oliveira 27.560,00 - - 27.560,00
110.240,00 - - 110.240,00
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Relatório e Contas 2014 22
As remunerações brutas auferidas em 2014 pelos membros do Conselho Fiscal foram
as seguintes:
CONSELHO FISCAL
Fixa
Variavel
Total CCAM
Vencimento Subsidios e
Outros
Luis Patricio da Silva - 3.180,00 - 3.180,00 João Lourenço Neves - 2.120,00 - 2.120,00 José Valério Vicente Junior - 3.180,00 - 3.180,00
- 8.480,00 - 8.480,00 A revisão de contas é efetuada pela Sociedade Esteves, Pinho & Associados, SROC,
Lda, representada pelo Dr. Rui Manuel Correia de Pinho. Durante o exercício de 2014
os honorários auferidos com iva incluido foram os seguintes:
ROC
2014
Honorarios - Certificação Legal Contas 9.501,75
9.501,75 6.2. Politica de Remuneração de Colaboradores
6.2.1. Dando cumprimento ao disposto no nº 3 do artigo 16º do Aviso do Banco de
Portugal nº 10/2011, é prestada a seguinte informação, atinente à politica de
remunerações de colaboradores:
1. Os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do Aviso do Banco de Portugal
nº 10/2011 auferem uma remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de acordo com as
condições no ACT do Crédito Agrícola, a qual pode ainda integrar um complemento
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 23
remunerativo mensal fixo, estabelecido contratualmente ou na sequência de
reajustamento remunerativo casuístico.
2. Também se atribui uma ou duas horas de isenção de horário de trabalho às funções
cujo nível de responsabilidade e exigência de disponibilidade assim o justifique.
3. Pode ser atribuída anualmente uma remuneração variável, definida com base num
processo de avaliação de um conjunto de competências críticas para a função, a qual
corresponde apenas a um prémio de desempenho.
4. A metodologia e critérios de avaliação de desempenho, aprovados pelo órgão de
administração, são divulgados internamente, aprovados e aplicados de forma idêntica,
para a generalidade dos colaboradores da instituição. O órgão de administração valida
os resultados finais da avaliação de desempenho efetuada pela hierarquia direta dos
colaboradores.
5. Para os colaboradores em apreço a componente variável da remuneração tem como
limite máximo a remuneração de um mês de vencimento. O limite e as orientações de
atribuição são revistos anualmente pelo Conselho de Administração.
6. A componente variável a verificar-se é assim atribuída anualmente, considerando
o resultado da avaliação de desempenho e o grau de concretização de objetivos
definidos para cada área.
Pretende-se, deste modo, promover a sustentabilidade da instituição e a criação de
valor a longo prazo.
7. A remuneração variável quando atribuída é sempre paga em numerário tendo por
base o desempenho do ano anterior.
8. Não é diferida qualquer parte da componente variável da remuneração, porquanto
o valor desta não tem expressividade para que o seu pagamento imediato e de uma
só vez possa impedir que se atinja qualquer um dos objetivos que o diferimento visaria
prosseguir.
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 24
9.Atento o disposto no nº 3 do artigo 17º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011,
em 2013 os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do mesmo Aviso
auferiram as seguintes remunerações:
6.2.2. Remunerações Pagas
Fixa
Variavel
Total CCAM
Vencimento Subsidios e
Outros
Gestão de Risco Compliance Auditoria Interna 16.560,96 3.259,51 - 19.820,47
16.560,96 3.259,51 - 19.820,45
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 26
1. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO E MERCADO BANCÁRIO ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO
1.1 ECONOMIA MUNDIAL
Segundo as últimas previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI), publicadas no
update do World Economic Outlook de Janeiro de 2015, o crescimento da economia
mundial em 2014 manteve a tendência de abrandamento dos últimos anos, fixando-
se nos 3,3%.
As projecções apontam ainda para que o PIB no conjunto das economias desenvolvidas
tenha crescido 1,8% em 2014, apesar do incipiente crescimento do Japão (0,1%). A
zona Euro registou um ligeiro crescimento do PIB da ordem dos 0,8% em 2014.
Como um todo, o FMI estima que a economia mundial cresça 3,5% em 2015, um
aumento face aos 3,3% estimados para 2014, e volte a crescer 3,7% em 2016, valores
que foram revistos em baixa desde o update de Outubro de 2014. As sucessivas
previsões incorporam a materialização de vários riscos, com destaque para o
abrandamento das economias emergentes (caso de China, Brasil e Rússia) e para a
acentuação das tensões geopolíticas. Nas economias mais avançadas, a recuperação
assenta na consolidação dos Estados Unidos, no forte desempenho do Reino Unido e
na ténue retoma da zona Euro.
O crescimento mundial previsto poderá ser catalisado pela redução dos preços do
petróleo1, mas será certamente atenuado pela reduzida propensão ao investimento
resultante das fracas expectativas quanto ao crescimento a médio prazo em muitas
das economias emergentes e desenvolvidas.
1 De Setembro de 2014 a Janeiro de 2015, os preços do petróleo em dólares americanos reduziram 55%. Esta quebra justifica-se não apenas pela redução da procura (especialmente dos países emergentes), mas essencialmente pela decisão da OPEP em manter os níveis de produção apesar do consistente aumento de produção de produtores que não fazem parte da OPEP (em particular, os E.U.A). Espera-se que esta queda de preços venha a ter impacto negativo nos investimentos e na capacidade futura de produção do sector petrolífero.
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 27
A estagnação e a deflação continuam na agenda das preocupações dos países da zona
Euro e do Japão. Na zona Euro, o crescimento no final de 2014 ficou aquém do
esperado e as expectativas de crescimento estão alicerçadas na redução dos custos
energéticos, na política monetária (já amplamente reflectida nos mercados financeiros
e nas taxas de juro), na política fiscal mais neutral e na recente depreciação da moeda.
Crê-se que, ao longo de 2015, o desempenho global do mercado europeu será
igualmente influenciado por expectativas que se possam gerar quanto ao avanço das
negociações, entre a Grécia e os outros governos da zona Euro, sobre o programa de
resgate do país e o pagamento ou refinanciamento da dívida2 contraída junto do BCE
e do FMI.
A China registou uma quebra no investimento no 3º trimestre de 2014 e uma
desaceleração nos principais indicadores económicos. A vontade das autoridades
chinesas em favorecer o consumo em detrimento do investimento, no sentido de
reduzir o excesso de produção, significa que a elevada dívida das empresas não pode
continuar a ser sistematicamente financiada, sendo de esperar que, no decurso de
2 O valor da dívida situa-se nos 316 mil milhões de euros equivalentes a 169% do PIB grego.
Variação anual do PIB (em percentagem)
2011 2012 2013 2014E 2015 P 2016 P
Economia Mundial 3,9% 3,1% 3,3% 3,3% 3,5% 3,7%
Economia Desenvolvidas 1,7% 1,4% 1,3% 1,8% 2,4% 2,4%
Estados Unidos 1,8% 2,8% 2,2% 2,4% 3,6% 3,3%
Zona Euro 1,5% -0,7% -0,5% 0,8% 1,2% 1,4%
Japão -0,6% 1,4% 1,6% 0,1% 0,6% 0,8%
Economias Emergentes 6,2% 4,9% 4,7% 4,4% 4,3% 4,7%
Rússia 4,3% 3,4% 1,3% 0,6% -3,0% -1,0%
China 9,3% 7,7% 7,8% 7,4% 6,8% 6,3%
Índia 6,3% 3,2% 5,0% 5,8% 6,3% 6,5%
Brasi l 2,7% 1,0% 2,5% 0,1% 0,3% 1,5%
Comércio Mundial (Bens e Serviços) 6,1% 2,7% 3,4% 3,1% 3,8% 5,3%
Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2014, com update em Janeiro de 2015
Evolução Económica Mundial
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Relatório e Contas 2014 28
2015, as autoridades procurem reduzir as vulnerabilidades geradas pelo rápido
crescimento do crédito e atenuar os impactos regionais na Ásia emergente.
A súbita queda de preços do petróleo e o aumento de tensões geopolíticas (após a
anexação da Crimeia) têm afectado a confiança e o desempenho da economia da
Rússia e têm levado à depreciação do rublo, bem como ao enfraquecimento das
expectativas de crescimento das economias do grupo de Estados Independentes da
Common Wealth e da Europa.
Após um primeiro trimestre de contracção, em 2014, os Estados Unidos conseguiram
registar um crescimento no PIB de 2,4% e uma acentuada quebra na taxa de
desemprego via criação líquida de empregos que, conjugados com os factos
observados noutras regiões do globo, conduziram a uma apreciação do dólar. As
projecções para 2015 e 2016 apontam para crescimentos anuais acima dos 3,0%, com
a procura interna sustentada na redução dos custos energéticos, no ajustamento fiscal
mais moderado, sendo expectável, no entanto, um aumento progressivo das taxas de
juro no decorrer do ano pela Fed.
Nos mercados financeiros internacionais são perspectivados riscos de alteração do
clima de investimento e é esperada a ocorrência de períodos de volatilidade e de
1,8%1,5%
-0,6%
9,3%
2,8%
-0,7%
1,4%
7,7%
2,2%
-0,5%
1,6%
7,8%
2,4%
0,8%0,1%
7,4%
3,6%
1,2%0,6%
6,8%
3,3%
1,4%0,8%
6,3%
Estados Unidos Zona Euro Japão China
Evolução Económica Internacional
2011 2012 2013 2014E 2015 P 2016 P
Fonte: World Economic Outlook, update de Janeiro de 2015
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Relatório e Contas 2014 29
alteração dos fluxos de capitais, podendo estes eventos virem a surpreender a
actividade das maiores economias e a suspender ou alterar o percurso expectável de
normalização da política monetária americana.
1.2. ECONOMIA PORTUGUESA
Após uma estabilização do nível de actividade nos três primeiros trimestres de 2014,
as projecções mais actuais apontam para uma trajectória de recuperação gradual
iniciada em 2013. O produto interno bruto deverá registar um crescimento da ordem
dos 0,9% em 2014 e perspectiva-se um crescimento de 1,5% para 2015 e de 1,6%
para 2016, o que se traduz numa expectativa de evolução ligeiramente mais favorável
que a do conjunto da zona Euro.
A dinâmica da economia portuguesa deverá continuar a ser assegurada pelo
comportamento das exportações e pela recuperação da procura interna que, a
concretizarem-se, permitirão manter os excedentes da balança corrente e de capital.
Muito embora tenha vindo a ser efectuada uma afectação de recursos aos sectores
transaccionáveis e produtivos, a redução da alavancagem dos sectores público e
privado, a evolução demográfica no país aliada aos movimentos de emigração de mão-
de-obra qualificada, os limitados níveis de produtividade por trabalhador e o reduzido
dinamismo dos principais parceiros comerciais na Europa (e.g. França) e nos PALOP
(e.g. Angola) continuarão a condicionar o crescimento da economia portuguesa no
futuro.
Nas economias emergentes e em desenvolvimento destaca-se a tendência para
abrandamento do crescimento (e.g. China, Brasil) e para as tensões geopolíticas com
a Rússia.
Nas economias avançadas assiste-se à redução da inflação (na zona Euro para valores
próximos de zero), um arrefecimento do mercado europeu e uma recuperação
económica abaixo do esperado em países como a França, a Itália e a Alemanha.
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 30
Estes desenvolvimentos foram contrabalançados, em parte, pela acentuação da
política monetária expansionista na área do Euro, pela evolução favorável dos
mercados de dívida soberana e, recentemente, pela redução do preço do petróleo e
da cotação do euro em dólares. No entanto, esta evolução tem obrigado as empresas
portuguesas a reverter o peso dos países não europeus nos seus mercados
exportadores.
Para 2015, são preocupantes as expectativas de desaceleração económica em Angola3
e a imposição de quotas à importação de produtos básicos como estratégia de
mitigação do impacto cambial decorrente dos menores volumes de exportação e de
proteccionismo à produção local.
Em Maio de 2014, Portugal concluiu o Programa de Assistência Económica e Financeira
sem recurso a um programa cautelar. Nesse mesmo mês, o Tribunal Constitucional
inviabilizou 3 normas do Orçamento de Estado para 2014, apenas parcialmente
substituídas em Setembro de 2014.
3 Angola é o 4º maior destino das exportações portuguesas a seguir à Espanha, Alemanha e França.
-1,3%
-3,2%
-1,4%
0,9%1,5% 1,6%
2011 2012 2013 E 2014 P 2015 P 2016 P
Indicadores da Economia Portuguesa∆ % anual PIB
Fonte: Boletim Económico BdP
-3,3%
-5,4%
-1,4%
2,2% 2,1% 1,3%
-5,1%-4,8%
-1,9% -0,5% -0,5%
0,5%
-10,5%
-14,3%
-6,3%
2,2%4,2% 3,5%
2011 2012 2013 E 2014 P 2015 P 2016 P
Indicadores da Economia Portuguesa∆ % anual Procura Interna
Consumo Privado Consumo Público Investimento (FBCF)
Fonte: Boletim Económico BdP
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 31
Em 2014, o consumo privado e a FBCF registaram um crescimento da ordem dos 2,2%
embora a sua evolução permaneça condicionada pelos elevados níveis de
endividamento das famílias e das empresas. Por seu lado, a procura interna total
registou um crescimento de 2,3% no mesmo período. Observou-se uma menor
redução do investimento em habitação, que no entanto ainda representa cerca de
30% do valor registado no ano 2000.
A formação bruta de capital fixo interrompeu, em meados de 2013, a trajectória de
redução registada desde 2009 que implicou uma contracção deste agregado em cerca
de 30%. Em 2014, a diminuição do investimento em construção terá sido mais do que
compensada por um crescimento assinalável das componentes relativas ao material
de transporte e às máquinas e equipamentos, à semelhança do que vinha sendo
observado desde o final de 2013.
O investimento público, após uma queda acumulada de 60%, no período de 2011 a
2013, registou um aumento de 5,6% em 2014, embora permaneça condicionado pela
necessidade de consolidação orçamental.
O crescimento das importações reflectiu a já referida evolução das rubricas da procura
global com maior conteúdo importado, nomeadamente a FBCF em material de
transporte e em máquinas e bens de equipamento e o consumo de bens duradouros.
Este crescimento resulta do facto de a economia portuguesa ter entrado num processo
de reorientação para os sectores transaccionáveis, incluindo investimento em bens
com elevado conteúdo importado, reflectindo-se na variação de existências e no
investimento empresarial cujo crescimento é habitualmente mais elevado num
contexto de recuperação da actividade, dada a necessidade de repor níveis médios de
stocks, após períodos de redução ou de menor manutenção dos bens de capital
sujeitos a depreciação.
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 32
Em 2014, as importações de bens e serviços deverão ter apresentado um crescimento
de 6,3%, o que traduz um aumento da penetração de importações idêntico ao
registado em 2013, resultando numa relativa estabilidade deste indicador no período
2011-2014. Excluindo os bens energéticos, os preços das importações diminuíram em
2013 e 2014.
As exportações cresceram de forma moderada, reflectindo contributos semelhantes
entre a componente de bens e a de serviços e reflectindo um menor contributo para
o crescimento do PIB comparativamente com a realidade dos últimos anos. As
projecções para as exportações de bens e serviços apontam para um crescimento de
2,6% em 2014.
De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, Portugal registou, em 2014, uma
taxa de inflação negativa de 0,3% influenciada pelos baixos níveis de procura e pela
queda do preço do petróleo. No período de Janeiro a Outubro de 2014, o diferencial
negativo de preços foi generalizado às principais componentes do índice harmonizado
de preços no consumidor (IHPC), excepto os bens energéticos.
De acordo com dados do INE, o défice das administrações públicas situou-se em 4,9%
do PIB nos primeiros nove meses de 2014. Contudo, excluindo os efeitos pontuais
resultantes, entre outros, das operações de financiamento do Estado à Carris e à STCP,
o défice neste período foi de 3,9%, o que compara com um défice de 4,4% registado
no período homólogo de 2013, igualmente excluindo os efeitos pontuais, neste caso
associados à reclassificação do aumento de capital no Banif.
6,9%
3,2%
6,4%
2,6%4,2%
5,0%
-5,3%-6,6%
3,6%
6,3%
3,1%4,7%
2011 2012 2013 E 2014 P 2015 P 2016 P
Indicadores da Economia Portuguesa∆ % anual Sector Externo
Exportações ImportaçõesFonte: Boletim Económico BdP
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Relatório e Contas 2014 33
Em termos homólogos, a receita total das administrações públicas registou um
aumento de 3,3%, reflectindo essencialmente a evolução positiva da receita fiscal
(mais de 1/3 explicada pelo aumento dos impostos directos4). A despesa também
registou um aumento, embora bastante mais moderado (+1,2%), fundamentalmente
resultante do crescimento das despesas com pessoal e com prestações sociais.
A Direcção Geral do Orçamento prevê que o défice das administrações públicas até
Novembro tenha ascendido a 6.420 milhões de euros, continuando a situar-se
significativamente abaixo do observado no período homólogo de 2013 (9.186 milhões
de euros).
As últimas estimativas apontam para um défice orçamental de 7.074 milhões de euros
no final de 2014 e um défice orçamental ajustado de medidas extraordinárias de 3,8%
do PIB.
A dívida pública portuguesa atingiu os 225,9 mil milhões de euros no mês de
Novembro, o que se traduz numa subida de 0,7% (+1,5 mil milhões de euros) que o
registado no mês anterior.
O rácio da dívida pública na óptica de Maastricht subiu para 131,4% do PIB no final
do 3º trimestre, registando um agravamento de 1,9 p.p. face ao verificado no trimestre
anterior. Deste modo, o cumprimento do rácio da dívida previsto pelo Ministério das
Finanças para o final de 2014 (127,2% do PIB) implica uma redução do stock de dívida
no último trimestre de 2014 em 5,1 mil milhões de euros. Apesar da quebra verificada
em Novembro, prevê-se que, em 2014, o rácio ainda tenha ficado acima da meta
estabelecida. Além do valor nominal da dívida, a magnitude desse desvio dependerá
do PIB nominal que o Conselho de Finanças Públicas estima ficar abaixo da previsão
do Ministério das Finanças.
Em Setembro de 2014, e pela primeira vez desde Junho de 2008, o Tesouro português
emitiu dívida com prazo superior a 10 anos (concretamente através de um leilão de
obrigações com maturidade a 15 anos) num momento em que o interesse de
4 Este resultado é, em larga medida, explicado pelo comportamento do IRS cuja melhoria homóloga acumulada até Outubro foi de 11% e para o qual contribuíram as retenções na fonte, a declaração da inconstitucionalidade da redução remuneratória aplicável aos funcionários públicos e do pagamento dos subsídios de férias aos funcionários do sector público e pensionistas, a evolução favorável do mercado de trabalho e o próprio aumento da eficiência no combate à evasão fiscal e à fraude.
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 34
investidores por dívida pública dos países periféricos da zona Euro colocava os juros
em níveis historicamente baixos.
No 1º trimestre de 2015, o IGCP espera conseguir colocar 3.750 milhões de euros em
bilhetes de tesouro no mercado, estimando o lançamento de emissões mensais entre
os 1.000 e os 1.250 milhões de euros. Durante o ano de 2015, a agência de gestão da
tesouraria e da dívida pública prevê obter um montante entre 12 e 14 mil milhões de
euros através da emissão bruta de obrigações do tesouro (OT), combinando sindicatos
e leilões. O montante das necessidades de financiamento líquidas do Estado em 2015
situa-se em cerca de 11 mil milhões de euros.
Sublinhe-se que as taxas de rendibilidade da dívida pública têm registado uma
trajectória descendente desde Outubro de 2014, situando-se a taxa média mensal de
rentabilidade das obrigações do tesouro português (OT) e com maturidade residual de
10 anos, em Janeiro de 2015, nos 2,49% (que comparam com os 6,24% registados
em Janeiro de 2013).
Evolução dos Spreads da Dívidas (a 10 anos) de Países da Periferia face à Dívida Alemã
De acordo com o inquérito ao emprego, promovido pelo INE, o emprego total
aumentou 2,1% no 3º trimestre de 2014 e em termos homólogos, após uma redução
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
jan
-10
fev
-10
ma
r-1
0a
br-
10
ma
i-1
0ju
n-1
0ju
l-1
0a
go
-10
set-
10
ou
t-1
0n
ov-1
0d
ez-
10
jan
-11
fev
-11
ma
r-1
1a
br-
11
ma
i-1
1ju
n-1
1ju
l-1
1a
go
-11
set-
11
ou
t-1
1n
ov-1
1d
ez-
11
jan
-12
fev
-12
ma
r-1
2a
br-
12
ma
i-1
2ju
n-1
2ju
l-1
2a
go
-12
set-
12
ou
t-1
2n
ov-1
2d
ez-
12
jan
-13
fev
-13
ma
r-1
3a
br-
13
ma
i-1
3ju
n-1
3ju
l-1
3a
go
-13
set-
13
ou
t-1
3n
ov-1
3d
ez-
13
Evolução dos Spreads dos 10 anos face à Alemanha
Spread Espanha-Alemanha Spread Itália-Alemanha Spread Portugal-Alemanha
Spread Grécia-Alemanha Spread Irlanda-Alemanha
Fonte: DF / Caixa Central com base em informação Bloomberg
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 35
de 2,6% no conjunto do ano 2013. O emprego privado por conta de outrem está a
recuperar de forma consistente com a evolução da actividade económica,
complementado com o acréscimo de volume de emprego gerado por políticas activas
de emprego, donde se destacam os estágios profissionais comparticipados pelo
Estado. De acordo com o IEFP, estima-se que o aumento de estágios profissionais no
último ano terá contribuído em cerca de 0,9 p.p. para o crescimento homólogo do
emprego privado por conta de outrem, registado no 3º trimestre de 2014.
É igualmente importante referir que, entre Janeiro e Novembro de 2014, as
insolvências de empresas reduziram face ao período homólogo de 2013 (de 7.515 para
6.308), embora estes valores possam estar ligeiramente influenciados pela
instabilidade da plataforma Citius (Ministério da Justiça). Este facto demonstra que o
ajustamento do tecido empresarial português está, na sua maioria, a estabilizar. No
acumulado de Janeiro a Novembro de 2014, foram criadas 32.257 empresas em
Portugal, praticamente igualando as 34.714 empresas constituídas no ano passado
(esta dinâmica é assinalável se se recordar que o ano iniciou com uma redução
homóloga de 22%).
1.3. MERCADOS FINANCEIROS Para além de um elevado nível de desemprego, a zona Euro encontra-se condicionada
por um prolongado período de reduzida inflação que, a não ser revertido rapidamente,
poderá conduzir mesmo a um temido cenário de deflação. Neste contexto, com o
objectivo de assegurar o cumprimento do seu mandato (cujo programa inclui o objectivo
de assegurar a manutenção de um nível de inflação próximo mas inferior a 2%), o BCE
tem sido obrigado nos últimos meses a tomar medidas relevantes, nomeadamente:
• Lançamento de programa de operações de refinanciamento de prazo alargado
direccionadas (ORPA direccionadas), operações que, de acordo com o Boletim
de Agosto do Banco Central, “proporcionarão financiamento de longo prazo com
condições atractivas durante um período de até quatro anos a todos os bancos
que cumpram determinados referenciais aplicáveis aos empréstimos que
disponibilizam à economia real”;
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 36
• Lançamento de programas de aquisição de instrumento de dívida titularizada
(Asset-Backed Securities - ABSPP) e Covered Bonds (CBPP3) com o objectivo de
permitir a flexibilização do balanço das instituições financeiras;
• Redução das taxas de referência, com especial destaque para as reduções da
taxa de referência das operações de refinanciamento para os 0,05% e da taxa
de depósito para os -0,20%; e
• Alargamento do programa de compras de activos em grande escala para
emissões de dívida pública soberana da zona Euro, assim como de agências
soberanas e instituições europeias (medida lançada em 2015).
O BCE espera que, com estas medidas, se assista finalmente a um aumento do
financiamento à economia real, com efeitos positivos sobre o crescimento da procura
interna, nível de emprego e inflação, e não apenas a uma valorização pouco
consequente dos activos financeiros (acções e obrigações).
A reunião do BCE de 22 de Janeiro de 2015, onde foi decidida e anunciada a compra de
activos que incluem dívida soberana da zona euro à razão de 60 mil milhões de euros
por mês, foi vista como o último grande passo no esforço de elevar a taxa de inflação
para os níveis assumidos pelo mandato do BCE.
Não obstante todas as iniciativas do BCE, as dúvidas permanecem relativamente aos
efeitos práticos da adopção de uma política monetária agressiva não acompanhada por
uma alteração da política orçamental da zona Euro que passe a estar mais condicionada
pelo crescimento e menos pelos níveis dos défices orçamentais dos diversos países.
Durante o ano de 2014, as taxas implícitas nas obrigações de dívida pública dos diversos
países da zona Euro apresentaram uma trajectória descendente, tendo sido atingidos
sucessivos níveis mínimos históricos.
No entanto, é importante distinguir a performance das yields dos países do centro da
Europa – Alemanha, França, Holanda, etc. – da performance dos países periféricos5 –
5 A melhoria do risco percepcionado pelo mercado permitiu, por exemplo, que, em Setembro de 2014, Portugal se financiasse numa
emissão de dívida com vencimento a 15 anos (já em Janeiro de 2015 Portugal colocou uma nova emissão com vencimento a 30 anos)
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 37
Portugal, Espanha, Itália e Grécia – devido ao prémio de risco de crédito (“spread”)
existente entre estes dois grupos (e entre países nestes 2 grupos).
Em 2015, não é de excluir a verificação de choques relevantes associados a uma
alteração do sentimento dos mercados relativamente à avaliação dos diversos riscos
prevalecentes na zona Euro, associada nomeadamente a resultados das eleições
legislativas a realizar em muitos países, entre eles Grécia, Portugal, Espanha e Reino
Unido, divergências políticas internas na zona Euro ou confrontações geoestratégicas.
A expressiva vitória do Syriza, partido que se apresenta como de esquerda radical, nas
eleições gregas realizadas a 25 de Janeiro de 2015, é o primeiro sinal de que muitos
eleitorados se encontram saturados com a presente situação da União Europeia e que
não deixará de se verificar, nos próximos meses, um aceso confronto entre visões
antagónicas de organização e condução da política comum europeia.
Em termos de taxas de referência do mercado interbancário, a agressiva política de
taxas, adoptada pelo BCE, originou uma nova descida das taxas Euribor. As previsões
indicam que as taxas Euribor se deverão manter em níveis mínimos históricos nos
próximos trimestres. A manutenção das taxas Euribor nestes níveis acarreta um desafio
para as instituições financeiras que, no contexto nacional, ainda possuem uma parte
significativa da sua carteira de crédito indexada a este indexante (situação
particularmente relevante no caso do crédito à habitação contratado antes da início da
crise financeira).
e que as yields da dívida pública nacional se encontrassem no final de 2014 em níveis mínimos históricos. Também as obrigações de
dívida pública de Espanha e de Itália registaram uma apreciação considerável tendo, na dívida a 10 anos, registado uma redução dos
seus spreads face à dívida alemã para os 1,32% e 1,11%, quando estes spreads eram, no final de 2013, de 2,20% e 2,15%,
respectivamente.
0,00
0,50
1,00
1,50
2010 2011 2012 2013 2014 2015p
Taxas de Referencia nos Mercados Monetários (%)
Euribor 3M Taxa BCE Taxa FED Taxa BOE
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 38
Também os mercados accionistas têm beneficiado da melhoria da confiança e muito
particularmente dos elevados níveis liquidez disponível. Em comparação com os valores
registados em 2010, o SP 500, o Nikkei e o DAX registam subidas de 65%, 71% e 42%
(em 2014, estes índices registaram variações de 13%, 7% e 3% respectivamente). Por
sua vez, o IBEX 35 e o CAC 40 apresentaram evoluções mais modestas, registando
crescimentos de 4% e 12%, respectivamente. O índice português, PSI-20, desvalorizou-
se em 37% durante este período.
Esta evolução, muito condicionada pela severidade da contracção da economia nacional
verificada entre 2011 e 2013, foi mais recentemente afectada pela crise registada no
Grupo Espírito Santo. Efectivamente, em Maio de 2014, o índice PSI-20 situava-se nos
7,115 pontos (acumulando uma descida de 4% face a 2010), tendo registado até ao
final de 2014 uma queda de 27% para o nível de 4.802 pontos.
A crise no Grupo Espírito Santo teve, ao nível das cotações bolsista das empresas do
PSI-20, consequências negativas directas – BES, ESFG e PT – e consequências
indirectas, associadas a um contexto de incerteza relativamente ao impacto que a queda
deste grupo financeiro teria sobre a economia considerando uma redução do crédito
agregado, o impacto sobre a situação financeira dos credores afectados e a perda de
confiança dos mercados internacionais relativamente à real condição do sistema
financeiro nacional.
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
140%
160%
180%
2010 2011 2012 2013 2014
Índices Accionistas (base 2010)
PSI 20 IBEX 35 CAC 40 DAX SP 500 NIKKEI
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 39
Nos mercados cambiais, o ano de 2014 foi marcado pela descida do Euro face a algumas
das principais moedas mundiais. A desvalorização do Euro está directamente
relacionada com as expectativas do mercado acerca da política monetária e do
crescimento e desenvolvimento da economia europeia em relação às restantes
economias mundiais desenvolvidas. Com o BCE a adoptar, em contraciclo,
particularmente face à política seguida pela FED, medidas extraordinárias de combate
à baixa inflação e de incentivo à recuperação da economia da zona Euro, o Euro (€)
perdeu, em 2014, 12% do seu valor face ao Dólar e 6% face à Libra Esterlina, tendo-
se no entanto mantido praticamente inalterada a taxa de câmbio face ao Yen Japonês.
A tendência de desvalorização acentuou-se a partir de Maio de 2014, fruto das pressões
deflacionistas e da divulgação de indicadores macroeconómicos desapontantes.
As perspectivas para a evolução do Euro continuam a ser de desvalorização, sendo que
esse é também, embora não expresso, um dos objectivos da política europeia de modo
a permitir importar alguma inflação e a aumentar a competitividade da indústria da zona
Euro e a dinamizar as exportações.
No início de 2015, o Euro registou uma nova depreciação face ao dólar, tendo o câmbio
atingido um mínimo de 1,11 USD por EUR na sequência do anúncio de compra de dívida
pública soberana por parte do BCE e da divulgação do resultado das eleições legislativas
na Grécia.
Ao nível do mercado cambial, merece ainda destaque a decisão tomada, já em 2015 e
pelo Banco Nacional Suíço, de abandonar o seu objectivo de manutenção de um câmbio
mínimo de 1,20 Francos Suíços por Euro, situação que originou uma forte valorização
do Franco Suíço face ao Euro.
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 40
No que diz respeito às commodities, resultado da divulgação de projecções económicas
que indiciam um menor crescimento em 2015 face aos valores anteriormente estimados,
a International Energy Agency reduziu a sua previsão para o aumento da procura global
de petróleo em 2015 com efeitos sobre a evolução do preço desta matéria-prima (no
final de 2013 o preço do barril era de 110,8 USD, fechando o ano de 2014 em 58,2 USD
por barril). A tendência de diminuição do preço por barril estendeu-se ao início do ano
de 2015, chegando o barril a ser transaccionado por apenas 45 USD.
Por outro lado, o ouro voltou a cair para os níveis mínimos de 2013 devido a rumores
de que a Reserva Federal dos Estados Unidos pudesse vir a subir a taxa de juro mais
cedo do que inicialmente antecipado. A depreciação durante do ano de 2014 situou-se
em aproximadamente 1,5%. No entanto, à luz da deterioração dos indicadores
económicos na zona Euro assim como do escalar das pressões políticas extremistas e
da insegurança nos mercados, em 2015, o ouro iniciou o ano a apreciar cerca de 8%.
80%
90%
100%
110%
120%
130%
140%
2010 2011 2012 2013 2014
Taxas de Câmbio do Euro (base 2010)
EUR/USD EUR/GBP EUR/CHF EUR/JPY EUR/CNY
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 41
Nas commodities agrícolas, no mercado do trigo, os preços em 2014 caíram cerca de
15%, para em Setembro atingirem o valor mais baixo em quatro anos, após as previsões
do governo dos Estados Unidos que apontam para um nível de produção recorde à
escala global e para o aumento do nível de reservas.
Por sua vez, o preço dos contractos sobre futuros de milho e de soja, negociados na
principal bolsa de futuros, também registam um desempenho negativo em 2014,
apresentando quedas de 6% e 22%, respectivamente. A queda do preço destes bens
agrícolas está também relacionada com o aumento da produção mundial e fracas
perspectivas de aumento de consumo. Já o preço do azeite negociado na bolsa de
futuros MFAO, da qual o Grupo Crédito Agrícola através da Caixa Central é membro,
registou uma valorização significativa durante 2014, tendo atingido o valor de 2.600
euros por tonelada de azeite.
1.4. EVOLUÇÃO E PERSPETIVAS DO MERCADO BANCÁRIO
A turbulência vivida nos mercados financeiros, nomeadamente de dívida pública, com
destaque para os países do sul da Europa, a par com um aumento das imparidades
nos investimentos e activos imobiliários, colocaram as instituições financeiras perante
a necessidade de reforçar os níveis de fundos próprios para acomodar perdas efectivas
e potenciais geradas. Com recurso ao plano de recapitalização da banca promovido
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
140%
160%
180%
2010 2011 2012 2013 2014
Mercado de Bens Energéticos, Agrícolas e Metais (base 2010)
Petróleo (Brent) Trigo Milho (Amarelo) Soja Azeite Ouro
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 42
pelo Estado português, em 2012 e no montante de 7,8 mil milhões de euros, os bancos
em situações de maior fragilidade em termos de rácios de capital ou solvabilidade
puderam reforçar os seus capitais para dar resposta aos requisitos de Basileia III. No
final do 3º trimestre de 2014 (excluindo o Novo Banco), o rácio entre o capital Tier 1
e o activo total situou-se em 7,6%, aumentando 0,3 p.p. face ao trimestre anterior,
enquanto o rácio CET 1 resultante do agregado dos bancos atingiu os 12,6%.
Desde início de 2013, o sistema bancário nacional tem vindo a procurar reduzir
exposições de liquidez junto do BCE (o financiamento obtido junto do Eurosistema
diminuiu para níveis mínimos desde o início do P.A.E.F.) e a tomar medidas adicionais
de reforço de capital, ainda que em condições adversas que se adensam desde 2012
e que geram pressão nas contas de exploração e nos fundos próprios dos bancos,
nomeadamente devido à manutenção das taxas directoras em níveis historicamente
baixos, à crescente acumulação de volumes de crédito vencido difíceis de recuperar e
à ainda reduzida actividade e procura no mercado imobiliário a impossibilitar a redução
das sobredimensionadas carteiras de imóveis em posse directa ou indirecta dos
bancos.
Inevitavelmente, a actividade do sistema bancário permanece muito condicionada pela
envolvente macroeconómica e financeira e, em particular, pela redução do nível de
endividamento da economia portuguesa, que afecta de forma transversal todos os
agentes económicos e que provoca uma significativa contracção do negócio bancário.
O activo total do sistema bancário português (excluindo o Novo Banco) era de 374 mil
milhões de euros a Setembro de 2014 que comparam com os 375 mil milhões de euros
registados em Junho de 2014 (se excluirmos o BES). Face ao trimestre homólogo de
2013, verificou-se uma significativa redução dos activos justificados pela redução da
carteira de crédito concedido.
Na realidade, as reduzidas expectativas quanto ao desempenho do sector traduzem-
se, em larga medida, na fraca capitalização bolsista dos bancos cotados quando
comparada com a respectiva situação líquida (ou valor contabilístico das acções).
Desde meados de 2011 que os principais agregados de crédito registam taxas de
variação anuais negativas, consequência de uma acentuada quebra no rendimento
disponível das famílias e dos elevados níveis de desemprego e, no caso das empresas,
da erosão de rentabilidade nas empresas, provocada por quebras de margem e pelo
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Relatório e Contas 2014 43
muitas vezes insustentável peso da dívida na estrutura dos balanços, factor
particularmente crítico nas micro e pequenas empresas.
A tendência descendente do rácio de transformação do sector financeiro reflecte a
redução do crédito concedido pelo sistema bancário (-4,2% a Nov.2014) e o moderado
crescimento dos depósitos de clientes (famílias e empresas) que, de forma crescente,
procuram aumentar os níveis de poupança através de soluções de aforro e de gestão
de tesouraria.
Relativamente ao crédito a sociedades não financeiras, observou-se ainda uma taxa
negativa de variação anual do crédito total a sociedades não financeiras privadas (de
-3,1%), bem como da taxa de variação anual do crédito total a sociedades não
financeiras públicas que não consolidam nas administrações públicas de -17,6%.
No que se refere ao crédito a particulares, a taxa de variação anual do crédito para
aquisição de habitação foi de -3,8% e do crédito para consumo e outros fins foi de -
7,1%.
A taxa de variação homóloga dos depósitos bancários do sector privado não monetário
atingiu os +2,4%, tendo no caso dos depósitos de particulares alcançado apenas
+0,5%.
A qualidade do crédito6 continua a pressionar a rendibilidade dos bancos em
consequência do aumento continuado dos níveis de imparidades (de crédito e de
outros activos) e do consequente esforço de provisionamento. No 3º trimestre de
2014, o stock de imparidades para crédito do sistema bancário (excluindo o Novo
Banco) representou 6,8% do crédito bruto que compara com os 6,2% registados em
2013 (incluindo o BES).
6 O rácio de crédito em risco, no 3º trimestre de 2014 e excluindo o Novo Banco, situou-se nos 18,7% para as empresas não
financeiras, 17,2% para o crédito ao consumo e outros fins e 5,9% para o crédito à habitação.
Taxa de variação anual
2011 2012 2012 2013 2013 2014 2014
Dez Jun Dez Jun Dez Jun Nov
TOTAL -2,1 -3,9 -1,1 -0,6 -0,2 -3,9 -4,2
Empresas -1,9 -4,0 0,7 1,1 0,8 -4,0 -3,7
Particulares -2,2 -3,7 -3,3 -2,7 -1,5 -3,8 -4,9
Crédito à habitação -1,6 -3,0 -3,4 -3,8 -3,8 -3,7 -3,8
Outro crédito a particulares -4,9 -7,2 -1,5 0,9 5,7 -2,8 -7,1
AGREGADOS DE CRÉDITO
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Relatório e Contas 2014 44
O crédito vencido de particulares tem vindo, no período recente, a apresentar níveis
de incumprimento crescentes mas inferiores a 5,0%7. No que se refere ao crédito
vencido de empresas, a tendência registada não apresenta ainda sinais de
abrandamento, com os sectores de actividade relacionados com a construção, o
comércio a retalho e as actividades imobiliárias a registarem volumes de crédito
vencido persistentes.
A análise do crédito vencido empresarial por regiões denota não apenas a persistência
mas também a manutenção ou o agravamento dos níveis de incumprimento de forma
transversal com excepção da região dos Açores. Se compararmos os níveis de
incumprimento actuais com os que se observavam no final de 2010, verificamos que,
nas regiões da grande Lisboa e do Algarve, o crédito vencido aumentou para perto do
quádruplo e, nas restantes regiões, mais do que duplicou.
7 A este propósito, é de realçar a aprovação da Lei 58/2014 de 25 de Agosto que veio criar um regime extraordinário de proteção de devedores de crédito à habitação em situação muito difícil.
Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Set
Particulares 2,9 3,2 3,3 3,4 3,7 4,0 4,0 4,2 4,4 4,7 4,8
Empresas 4,1 4,7 4,4 5,4 7,0 9,6 10,6 12,6 13,4 14,4 14,7
2013Regiões
2009 2010 2011 2012
RÁCIOS DE CRÉDITO VENCIDO - PARTICULARES VS EMPRESAS
2014
Fonte: BdP, Boletim Estatístico,Dezembro.2014
Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Set
Habitação 1,7 1,9 1,9 1,9 2,0 2,2 2,3 2,3 2,5 2,7 2,8
Outro Crédito 7,3 7,9 8,5 9,2 10,5 11,5 11,8 12,6 13,1 13,7 14,1
RÁCIOS DE CRÉDITO VENCIDO - PARTICULARES (POR TIPOLOGIA)
2014
Fonte: BdP, Boletim Estatístico,Dezembro.2014
Tipologia2009 2010 2011 2012 2013
Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Set
Norte 4,5 5,0 4,7 5,7 6,9 8,9 9,8 11,2 11,6 12,8 13,0
Centro 4,3 4,9 5,0 5,8 7,3 8,9 9,4 11,5 11,7 12,1 12,2
Lisboa 4,0 4,5 4,1 5,1 6,4 9,1 10,6 12,7 14,,3 15,3 15,9
Alentejo 5,5 5,8 5,5 5,9 6,9 8,3 8,7 10,4 11,1 11,9 13,0
Algarve 3,9 4,2 6,1 7,4 11,6 18,9 18,6 24,5 25,3 25,4 25,4
Açores 2,7 2,9 3,9 5,6 6,3 8,2 8,3 9,1 8,5 8,7 8,5
Regiões2009 2010 2011 2012 2013
RÁCIOS DE CRÉDITO VENCIDO DE EMPRESAS (%) POR REGIÃO
2014
Fonte: BdP, Boletim Estatístico,Dezembro.2014
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 45
A evolução do crédito vencido de empresas, analisada com base na dimensão do
crédito concedido, revela a mesma tendência de agravamento, com o aumento do
crédito vencido a verificar-se independentemente do montante de crédito concedido.
Apesar de se manter a tendência para uma maior incidência de crédito vencido nas
exposições até 100.000 euros, o agravamento verificado nos escalões de montante
mais elevado tem vindo a aumentar de intensidade nos últimos anos, tendo sido
significativo em 2014.
No que diz respeito às operações passivas, a taxa de remuneração dos depósitos e
equiparados com prazo até 2 anos mantém uma tendência descendente desde o início
de 2012.
O processo de desendividamento e a substituição de consumo por poupança, por parte
das famílias, tem permitido aos bancos reduzirem progressivamente os custos com a
remuneração dos depósitos sem colocar em causa os seus níveis de liquidez.
No crédito, as taxas de juro médias sobre saldos de operações activas registaram
variações divergentes por tipo de crédito, ao longo de 2014, com a taxa média do
crédito a empresas a reduzir, a taxa do crédito à habitação a registar uma ligeira
subida no 1º semestre seguida de uma descida no 2º semestre, e a taxa do restante
crédito a particulares a registar uma descida.
Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Set
< 20.000 14,0 14,8 15,4 15,9 16,7 18,2 19,8 21,2 22,3 23,2 23,7
20.000 - 50.000 9,9 10,7 11,1 12,2 13,6 15,8 17,6 19,3 19,8 20,7 21,1
50.000 - 100.000 9,0 9,7 9,9 11,1 12,6 14,7 16,4 18,2 19,1 19,9 20,4
100.000 - 200.000 7,9 8,5 8,4 9,7 11,3 13,3 15,4 17,2 17,7 18,6 18,9
200.000 - 400.000 6,4 7,5 7,5 8,7 9,7 11,7 14,0 16,0 16,4 17,8 18,4
400.000 - 1.000.000 6,7 7,4 7,3 8,7 10,4 12,7 14,9 17,0 17,5 18,7 19,1
1.000.000 - 5.000.000 5,6 6,6 6,7 8,1 9,9 12,4 14,7 17,4 18,2 19,9 20,4
> 5.000.000 2,6 2,9 2,5 3,3 4,5 7,1 7,2 9,0 10,5 11,1 11,4
Intervalos em euros2009 2010 2011 2012 2013
RÁCIOS DE CRÉDITO VENCIDO DE EMPRESAS (%) POR ESCALÃO DO CRÉDITO CONCEDIDO
2014
Fonte: BdP, Boletim Estatístico,Dezembro.2014
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Relatório e Contas 2014 46
1.5 EVOLUÇÃO DO CRÉDITO AGRÍCOLA
1. Análise Financeira do SICAM (Negócio Bancário do Grupo CA)
2011 2012 2012 2013 2013 2014 2014
Dez Jun Dez Jun Dez Jun Nov
Depósitos até 2 anos 3,67 3,30 2,87 2,46 2,19 1,94 1,61
Crédito a empresas 5,12 4,86 4,39 4,45 4,37 4,22 3,96
Crédito à habitação 2,73 2,16 1,59 1,46 1,47 1,56 1,43
Outro crédito a particulares 8,66 8,51 8,08 8,32 8,29 8,39 8,17
Fonte: BdP-Indicadores de Conjuntura
TAXAS DE JURO (s/ saldos de fim de período)
Demonstração de Resultados
Em milhares de euros
Abs. %
Juros e rendimentos similares 457.451 457.014 -437 -0,1%
Juros e encargos similares 206.794 208.789 1.995 1,0%
Margem Financeira 250.657 248.225 -2.432 1,0%
Comissões líquidas 131.599 128.522 -3.076 -2,3%
Result. de op. financeiras 78.779 171.767 92.987 118,0%
Outros 11.611 5.864 -5.746 49,5%
Produto Bancário 472.645 554.378 81.733 17,3%
Custos de estrutura 302.356 300.475 -1.882 -0,6%
Custos de pessoal 163.962 164.986 1.024 0,6%
Gastos gerais administrativos 123.604 121.298 -2.307 -1,9%
Amortizações 14.790 14.190 -599 -4,1%
Provisões e imparidades 150.025 211.106 61.081 40,7%
Resultado antes de impostos 20.264 42.797 22.533 111,2%
Impostos, após correc. e diferidos 18.758 18.268 -490 -2,6%
Resultado Líquido 1.506 24.529 23.023 1528,4%
2013 2014Variação
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 47
Num contexto macroeconómico nacional em fase de recuperação onde ainda se
verificam, por um lado, uma elevada retracção da procura de crédito por parte das
famílias e das empresas com projectos viáveis (i.e. geradores de cash flows alinhados
com as necessidades do serviço da dívida) e, por outro lado, um elevado nível de
endividamento das empresas e famílias, a generalidade da banca portuguesa voltou a
apresentar, a par de 2013, prejuízos significativos.
Em milhares de euros
Abs. %
Activo
Aplicações em Inst. de Crédito e disp. 463.470 501.641 38.171 8,2%
Crédito a Clientes (líquido) 7.491.909 7.299.095 -192.814 -2,6%
Crédito a Clientes (bruto) 8.198.573 8.147.371 -51.202 -0,6%
Imparidades 706.663 848.275 141.612 20,0%
Aplicações em Títulos (líquido) 3.907.810 4.277.446 369.637 9,5%
Activos Não Correntes Detidos para Venda 400.990 437.489 36.499 9,1%
Outros Activos 704.738 762.845 58.106 8,2%
Total Activo 12.968.918 13.278.517 309.599 2,4%
Passivo + Capital
Recursos de bancos centrais e OIC's 1.362.912 1.116.382 -246.530 -18,1%
Recursos de Clientes 10.209.731 10.620.337 410.605 4,0%
Outros Passivos Subordinados 133.404 142.534 9.130 6,8%
Outros Passivos 156.998 234.655 77.657 49,5%
Total Passivo 11.863.045 12.113.908 250.863 2,1%
Capitais Próprios 1.105.873 1.164.609 58.736 5,3%
Total do Capital Próprio + Passivo 12.968.918 13.278.517 309.599 2,4%
BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO
2013 2014Variação
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Relatório e Contas 2014 48
O Crédito Agrícola, por sua vez, apresentou uma redução da actividade inferior à
generalidade dos bancos nacionais bem como um aumento do resultado líquido em 23
milhões de euros face a 2013 (24,5 milhões de euros vs. 1,5 milhões de euros).
Os resultados positivos do SICAM devem-se, sobretudo, à gestão dos custos de
funding, à continuidade da operacionalização de uma estratégia de gestão dinâmica
de tesouraria, com o objectivo de realizar o valor intrínseco dos excedentes de liquidez
detidos pelo SICAM, através de mais-valias que atingiram em 2014 cerca de 165
milhões de euros, que se vieram a revelar determinantes para o crescimento do
produto bancário em 2014, de 17% face a 2013, e consequentemente para os
resultados líquidos apresentados. Em sentido inverso, registou-se um reforço
extraordinário de imparidades no valor de aproximadamente 101 milhões de euros,
decompostos entre 40 milhões de euros nas CCAM e 61 milhões de euros na Caixa
Central, o que originou um aumento do rácio de cobertura do crédito vencido do SICAM
para os 126%.
É ainda de salientar que os resultados líquidos apresentados foram obtidos não
obstante uma sã e prudente política de constituição / reforço de provisões e
imparidades, que aumentaram em 2014 para 206 milhões de euros face aos 150
milhões de euros registados no período homólogo, o que originou um aumento do
Valores em milhões de euros
Evolução do Resultado Líquido Acumulado 31-mar-14 30-jun-14 30-set-14 31-dez-14
Caixas Associadas 5,7 3,6 -8,8 -13,1
Caixa Central 3,9 21,3 21,7 36,6
SICAM (Consolidado) 9,7 25,1 13,3 24,5
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Relatório e Contas 2014 49
rácio de cobertura do crédito vencido de 107% em 2013 para 126% em 31 de
Dezembro de 2014.
A margem financeira do SICAM sofreu uma quebra de 1%, passando de 251 milhões
de euros em 2013 para 248 milhões de euros em 2014. Esta quebra resulta
essencialmente de:
1. quebra registada na concessão de crédito;
2. níveis historicamente baixos das taxas indexantes do crédito (Euribor);
3. redução da rendibilidade da carteira de títulos e aumento das durações; e
4. crescimento dos recursos de clientes em 3,8%, bem como da lenta redução
das taxas de remuneração dos depósitos.
É ainda de realçar que a Caixa Central manteve em 2014 um esforço de remuneração
dos recursos das Caixas Associadas acima dos níveis praticados no mercado,
sacrificando a sua margem financeira, que foi negativa no acumulado 2014, embora
se verifique uma redução destes custos (-0,24 p.p. em termos médios durante o ano
de 2014) como forma de iniciar a convergência para as taxas de mercado.
É inevitável que este processo de convergência com o mercado se mantenha em 2015,
o que implicará desafios acrescidos de rentabilidade para o SICAM e
consequentemente para o Grupo Crédito Agrícola.
A margem financeira negativa da Caixa Central só foi possível ser suportada graças
aos resultados obtidos com a gestão dinâmica da tesouraria do SICAM acima
Valores em milhões de euros, excepto percentagens
2012 2013 2014 Δ Abs. Δ %
Margem Financeira 318 251 248 -2 -1%
Comissões l íquidas 130 132 129 -3 -2%
Resultado de operações financeiras 6 79 171 92 116%
Outros resultados de exploração 11 12 7 -5 -39%
Margem Complementar 147 222 306 84 38%
Produto Bancário 465 473 554 82 17%
Produto Bancário - SICAM
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Relatório e Contas 2014 50
mencionada, eles próprios também possíveis devido a factos não recorrentes como
sejam a política acomodatícia prosseguida pelo Banco Central Europeu e confirmada
já em Janeiro de 2015.
Apesar do aumento de comissões de comercialização de produtos fora do balanço
(fundos de investimento) e de seguros vida e não vida, as comissões líquidas para o
conjunto do SICAM reduziram-se em cerca de 2% face a 2013 devido essencialmente
à quebra do crédito (gerador de um volume significativo de comissões).
Globalmente, o produto bancário do SICAM regista um acréscimo de 17%, tendo
passado de 473 milhões de euros em 2013 para 554 milhões de euros em 2014.
Ao nível dos custos, verificou-se um ligeiro decréscimo nos custos de estrutura (-1%),
tendo estes reduzido em cerca de 2 milhões de euros. Esta evolução deve-se à quebra
nos gastos gerais administrativos, que passaram de 124 milhões de euros em 2013
para 121 milhões de euros em 2014 (-3 milhões de euros), fruto da negociação
centralizada de contratos e do esforço de contenção dos custos implementado no
Valores em milhões de euros
Margem
Financeira
Comissões
Líquidas
Res. Op.
Financeiras
Margem
Complementar
Produto
Bancário
Caixas Associadas 252 106 4 12 375
Caixa Central -5 23 166 185 181
SICAM (Consolidado) 248 129 171 306 554
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Relatório e Contas 2014 51
Crédito Agrícola. É importante assinalar, porém, que algumas categorias de custos
foram penalizadas no 3º trimestre de 2014, e que terão particular reflexo em 2015,
pelo agravamento do salário mínimo que serve de indexante em contratos ao abrigo
da legislação de trabalho temporário (e.g. serviços de limpeza).
Em sentido oposto, os custos com pessoal agravaram-se em cerca de 1 milhão de
euros (+1%).
É ainda de salientar a evolução registada nas provisões e imparidades que, em 2014,
aumentaram para 206 milhões de euros face aos 150 milhões de euros registados no
período homólogo, o que originou um aumento do rácio de cobertura do crédito
vencido de 107% em 2013 para 126% em 2014, salvaguardando a cobertura de
resultados de eventuais cenários negativos no futuro.
Valores em milhões de euros, excepto percentagens
2012 2013 2014 Δ Abs. Δ %
Custos de Estrutura 303 302 300 -2 -1%
Custos de Pessoal 163 164 165 1 1%
Gastos Gerais Administativos 126 124 121 -2 -2%
Amortizações 15 15 14 -1 -4%
Evolução dos Custos de Estrutura - SICAM
Valores em milhões de euros, excepto percentagens
2012 2013 2014 Δ Abs. Δ %
Correcção de valor em crédito de clientes 99 106 166 59 56%
Imparidade de outros activos 22 44 40 -3 -8%
Total de provisões e imparidades do exercício 121 150 206 56 37%
Total de provisões e imparidades acumuladas 649 707 848 142 20%
Rácio de cobertura do crédito vencido 107% 107% 126% 0,19 p.p. -
Provisões/Imparidades do Exercício
Valores em milhões de euros, excepto percentagens
2012 2013 2014 Δ Abs. Δ %
Crédito total sobre cl ientes 8.365 8.199 8.147 -51 -0,6%
Crédito e juros vencidos 608 658 672 14 2,1%
Evolução da carteira de crédito
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Relatório e Contas 2014 52
Relativamente à estrutura de balanço, registou-se um acréscimo de 2% no activo total
do SICAM que passou de 12.969 milhões de euros em 2013 para 13.279 milhões de
euros em 2014. O crescimento do activo verificou-se principalmente na rubrica de
outros activos, dada a incapacidade de transformação dos recursos captados (através
de depósitos) em crédito.
O crédito a clientes, em termos brutos, registou um ligeiro decréscimo face a 2013 (-
0,6%), contudo, em termos líquidos, a quebra foi mais acentuada (-2,6%) devido ao
reforço de imparidades do exercício (+20%).
O passivo total do SICAM aumentou cerca de 250 milhões de euros enquanto o capital
registou um aumento de 59 milhões de euros.
13.027
13.748
12.969
13.279
2011(reexpresso)
2012 2013 2014
Evolução do Activo Líquido(em milhões de euros)
2012 2013 2014 Δ Abs. Δ %
Crédito bruto 8.365 8.199 8.147 -51 -0,6%
Imparidades 649 707 848 142 20,0%
Crédito líquido 7.717 7.492 7.299 -193 -2,6%
Crédito a clientes
Valores em milhões de euros
Activo PassivoCapitais
Próprios
Caixas Associadas 11.841 10.670 1.171
Caixa Central 6.001 5.702 298
SICAM (Consolidado) 13.279 12.114 1.165
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Relatório e Contas 2014 53
É importante mencionar a evolução do rácio de transformação que, em 2014 face a
2013, se reduziu de 80,1% para 76,7%, está actualmente situado num nível bastante
baixo quando comparado com a restante banca portuguesa (que, de forma agregada
e excluindo o Novo Banco, registou um rácio de 107% em Setembro de 2014) e se
revela insuficiente para uma adequada remuneração dos fundos próprios.
Para tal, contribuíram a redução de stock de crédito concedido (-0,6%) e o aumento
ao nível de recursos de balanço constituídos por clientes (+3,8%).
8.365 8.199 8.147
10.178 10.234 10.620
82,2%
80,1%
76,7%
69,0%
74,0%
79,0%
84,0%
89,0%
0
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
2012 2013 2014
Evolução do Crédito e Recursos de Clientes(em milhões de euros)
Crédito a Clientes (bruto) Recursos de Clientes Rácio de Transformação
Valores em milhões de euros, excepto percentagens
2012 2013 2014 Δ Abs. Δ %
Crédito a Clientes (bruto) 8.365 8.199 8.147 -51 -0,6%
Recursos de Clientes 10.178 10.234 10.620 387 3,8%
Rácio de Transformação 82,2% 80,1% 76,7% -3,4 p.b. -
Evolução do crédito e recursos de clientes
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Relatório e Contas 2014 54
2. Outros Factos Relevantes
Mesmo com reduzida implantação nos principais mercados urbanos, o Crédito Agrícola
tem vindo a revelar que possui uma reputação muito positiva no sector. Uma
sondagem realizada pela Aximage, em Setembro de 2014, para o Jornal de Negócios
e para o Correio da Manhã, com o objectivo de medir o índice de confiança espontânea
nos bancos portugueses, veio confirmar que, a seguir ao banco do Estado, o Crédito
Agrícola é a 2ª instituição em que os portugueses mais confiam.
A excelência do Grupo Crédito Agrícola, na actividade bancária e seguradora, tem
vindo a ser regular e amplamente reconhecida através de diversos prémios da indústria
financeira e seguradora.
A CA Seguros tem sido frequentemente premiada (foi considerada pela revista Exame
a melhor seguradora não vida em 2013) e mantém a liderança nos seguros de colheitas
em Portugal.
A CA Vida também foi reconhecida, pela revista Exame, como a melhor seguradora
vida em 2012. A CA Gest, empresa do Grupo especializada na gestão de activos,
oferece diversos fundos de investimento com desempenho acima do mercado e mais
do que duplicou os montantes sob gestão e a quota de mercado nos fundos de
investimento mobiliário, em 2014.
O serviço B24 festejou 10 anos sobre a data do seu lançamento e terminou o ano com
236 balcões em funcionamento.
Em 2014, a instalação de terminais de pagamento automático (TPA) registou uma
evolução positiva (+3,3% para as quase 17 mil unidades) sem tradução na variação
da quota de mercado. O número de transacções em ATM do Crédito Agrícola subiu
3,3% em 2014, atingindo os 79 milhões de transacções (i.e. mais de 4.500 transacções
mensais por equipamento).
Em 2014, registaram-se reduções no número de cartões de débito (-0,2% face aos
+3,5% do mercado) e de cartões de crédito do Crédito Agrícola (-7,1% face aos -
4,2% do mercado), o que se traduziu numa perda de quota de mercado em quantidade
de cartões (de 8,1% para 7,8% nos cartões de débito e de 6,6% para 6,4% nos
cartões de crédito). Não obstante, no mesmo período, verificou-se um aumento do
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Relatório e Contas 2014 55
número de transacções de cartões (+5,4% para os 91,7 milhões de transacções),
assim como, um aumento do volume de transacções (+ 5,6% para os 4.781 milhões
de euros).
Em termos de penetração do canal on-line, em 2014, o número de adesões activas
nas empresas ultrapassava as 56 mil e nos particulares atingia as 218 mil. No CA
Mobile, as adesões ultrapassaram as 12 mil tendo-se registado um crescimento de
79%.
O ano 2014 contou com 14.977.420 visitas ao website institucional do Grupo Crédito
Agrícola, o que significou um acréscimo de 19% face a 2013 (e +24% no número de
visitantes únicos que totalizam os cerca de 4,3 milhões de pessoas).
No ano de 2014, o Grupo CA afirmou-se como um motor de desenvolvimento regional
através da relação de proximidade com os clientes, contribuindo para dar resposta às
suas ambições e projectos financeiros, com uma oferta universal de serviços
financeiros e de protecção e, no decurso da recessão económica e das crises de dívidas
soberanas e do mercado imobiliário, demonstrando uma credibilidade e resiliência (em
termos de liquidez e solvabilidade) ímpares.
Em Junho de 2014, o Grupo Crédito Agrícola realizou o jantar de homenagem às
empresas, suas clientes, que se destacaram no contexto nacional pelo seu contributo
para a competitividade e crescimento da economia portuguesa recebendo, por isso e
mediante proposta do Crédito Agrícola, o estatuto de PME Líder (73 empresas versus
30 no ano transacto) e PME Excelência (15 empresas versus 2 no ano transacto) com
referência à situação financeira de 2013.
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Relatório e Contas 2014 56
O Grupo Crédito Agrícola lançou, em parceria com a Associação dos Escanções de
Portugal, o “I Concurso de Vinhos do Crédito Agrícola” destinado a Produtores e
Cooperativas de todas as regiões vitivinícolas do país. Entre as várias regiões
vitivinícolas do país, inscreveram-se 175 produtores com cerca de 280 vinhos brancos
e tintos propostos a concurso. As provas cegas e a atribuição destes prémios
decorreram no âmbito da “Portugal Agro, Feira Internacional das Regiões, da
Agricultura e do Agro-alimentar”, em Novembro de 2014. Os vencedores foram
revelados numa cerimónia que contou com a presença do Secretário de Estado da
Agricultura, José Diogo Albuquerque.
O Crédito Agrícola patrocinou as principais feiras de âmbito nacional, nomeadamente
o SISAB, AGRO, Ovibeja, Feira Nacional da Agricultura, Expofacic, Fatacil, Agroglobal,
Portugal Agro (vide figura), Salão Imobiliário de Portugal (SIL) e “Mercados” do Campo
Pequeno com um espaço Grupo Crédito Agrícola para promoção da marca e da oferta
direccionada de produtos e serviços em cada feira. Ao associar-se, ano após ano, a
estes eventos, o Grupo Crédito Agrícola reforça o seu papel activo no desenvolvimento
e na promoção das regiões, da sua cultura e das suas tradiçõ
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Relatório e Contas 2014 57
Foram encetadas parcerias com entidades como a Confagri, a Associação de Jovens
Agricultores de Portugal (AJAP), a Publindústria – Agrotec (portal de informação
agrícola e de agronegócios), a Portugal Fresh, a Compal-Sumol, a Visabeira Turismo e
a Prosegur, estando em curso a formalização de um conjunto adicional de importantes
protocolos (e.g. ADRAL, Energie).
No que respeita à oferta de produtos e serviços, em 2014, foram lançadas
comercialmente soluções de passivo (e.g. DP Associados, Poupança Cristas) e de
activo (e.g. CH para não residentes, super crédito pessoal), soluções (bundles)
dedicados a empresas e famílias, soluções de tesouraria para empresas e empresários,
soluções de micro-crédito com garantia do Fundo Europeu de Investimento, entre
outros.
No ano de 2014, foi dado particular destaque na imprensa nacional e regional às várias
iniciativas do CA que contribuem de forma efectiva para a disseminação de uma cultura
de inovação nos sectores da agricultura, da agro-indústria e da floresta, promovendo,
incentivando e premiando projectos que serão casos de sucesso nacional como sejam:
• o lançamento do ”Prémio CA - Inovação na Agricultura, Agro-indústria e
Floresta” que contou com 133 projectos concorrentes dos quais foram
seleccionados 12 projectos finalistas; e
• a implementação, em parceria com a INOVISA e no âmbito do 8º Quadro
Comunitário, de um Ciclo de Seminários que se desenrolaram ao longo do ano,
cobriram as todas as regiões de Portugal Continental e do Arquipélago dos
Açores e contaram com a presença de centenas de empresários, agricultores e
entidades do sector primário e agro-industrial.
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Relatório e Contas 2014 58
2 - ÁREA DE NEGÓCIO
2.1 – Introdução O exercício de 2014 continuou a pautar-se por fraco desempenho da actividade
económica local, nomeadamente na actividade de crédito, tendo penalizado as contas
da caixa, que não conseguiram libertar meios suficientes para fazer face às
provisões/imparidades criadas e que justificarem na sua quase totalidade o resultado
negativo de -2.658.836,95 euros.
As correcções para crédito vencido e cobrança duvidosa, as imparidades de outros
ativos, as provisões e perdas em imóveis de recuperação de crédito totalizam
2.257.141 euros, valor muito idêntico ao resultado antes de impostos, o que nos
permite concluir que em termos de exploração a situação encontra-se em equilíbrio.
O resultado de exploração apresenta um valor de -368.084 euros, valor afectado por
uma ocorrência extraordinária, que se relaciona com a aquisição de imóveis, em
situação de perda acentuada, que corresponde a um valor de 266.330 euros, que
contrasta com o resultado de 2013 no valor de -87.344 euros se não considerar este
perda extraordinária.
A Margem Financeira atingiu 2.678.612 euros, o que representou um reforço de
258.498 euros comparativamente a 2013, com origem em grande parte, numa maior
diminuição na rúbrica de Juros e Encargos Similares, em termos absolutos,
2,302,42
2,68
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
2012 2013 2014
MARGEM FINANCEIRA
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 59
comparativamente à variação verificada na rúbrica de de Juros e Rendimentos
Similares
Os proveitos com comissões líquidas totalizaram 1.692.084 euros, valor inferior ao
observado em 2013 que foi de 1.847.974 euros, havendo uma diminuição de 155.891
euros, que é justificado em grande parte pelo menor contributo das comissões
derivadas da actividade creditícia, que sofreu uma diminuição no corrente ano.
O Produto Bancário totalizou 4.001.225 euros, contra 4.223.115 euros no exercício de
2013, verificando-se uma variação negativa, originada pela perda extraordinária de
266.330 euros na aquisição judicial de imóveis, cujo valor de avaliação actual ficou
abaixo do valor de venda dos mesmos.
Os custos operativos atingiram 4.993.216 euros, o que representou um aumento de
288.166 euros comparativamente ao ano anterior, assente em grande parte, na
variação da rúbrica de Outros Encargos e Gastos Operacionais, onde se enquadra a
perda extraordinária referida no paragrafo anterior.
O ativo líquido da Caixa totalizou 158.606.774,94 euros no final de Dezembro de 2014,
o que representou um decréscimo de 6.798.277,22 euros face ao valor registado no
final do ano anterior, traduzindo o efeito de desalavancagem do Balanço em curso, na
sequencia da forte retracção da actividade creditícia, resultante do fraco dinamismo
da economia e da falta de projectos de investimento sustentáveis para financiar.
Assim assistiu-se: na carteira de crédito a clientes a uma redução de 5.294.664,18
euros em termos líquidos, nas aplicações em instituições de crédito a uma redução de
1.323.870,60 euros, nos ativos não correntes detidos para venda uma variação
negativa de 329.098,40 euros, sendo estas as rubricas mais significativas e com maior
impacto no ativo da Caixa.
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Relatório e Contas 2014 60
O Rácio de Crédito Vencido líquido situou-se em 1,79% no corrente exercício, contra
3,20% no ano anterior, denotando-se um esforço de provisionamento, de acordo com
o estabelecido legalmente e o grau de cobertura do crédito situou-se em 94%, contra
88% no exercício de 2013.
No tocante ao passivo, salienta-se o aumento de 4.156.597.27 euros na sua
globalidade. Observado no aumento em 2.625.540,82 euros nos recursos de clientes.
Por sua vez, os recursos obtidos em instituições de crédito diminuíram 6.118.800.09
euros
O Rácio de Transformação medido pelo crédito relativamente aos depósitos de clientes
situou-se em 52%, que compara com o rácio de 59% registado no final de 2013,
situando-se muito aquém dos valores fixados para 2014 no âmbito do Programa de
Assistência Económica e Financeira (120%) e abaixo do limiar razoável para obter o
equilíbrio económico da Caixa.
Os capitais próprios da Caixa totalizaram 5.629.057,95 euros em Dezembro de 2014,
valor inferior ao observado no final de 2013 em 2.641.679,95 euros, afetado sobretudo
pelo resultado líquido do corrente exercício.
1,89
3,20
1,79
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
2012 2013 2014
CREDITO VENCIDO LIQUIDO
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Relatório e Contas 2014 61
O Rácio de Solvabilidade em base TOTAL e incluindo o resultado líquido do exercício
em 2014 é de 7,50%, contra 9,7% no ano anterior, verificando-se uma variação
negativa de 2,20%. O Rácio Common equity Tier 1 é de 7% sendo o primeiro exercício
com esta forma de apresentação, respeitando o imposto pela EBA.
Concluímos 2014 sabendo que a Caixa, embora dotada de condições para enfrentar
os desafios duros no próximo ano, terá de continuar a aperfeiçoar o modelo de
organização e gestão, que permita um maior contributo para inverter esta tendência
conjuntural, praticar uma politica de contenção/racionalização dos custos de
funcionamento e paralelamente dinamizar a actividade comercial para que a estrutura
de funcionamento se torne viável e o rácio de eficiência se aproxime dos valores
fixados.
Outro desafio será converter os ativos que nos estão a penalizar, em ativos geradores
de proveitos, concretamente o crédito vencido e os imóveis não correntes para venda
e paralelamente efectuar uma gestão muito rígida da Margem Fianceira e
complementar.
Hoje, como no primeiro dia, o sucesso da Caixa continuará a depender de um trabalho
rigoroso, empenhado e eficiente de todos aqueles que, dando o melhor de si,
personificam o projeto de criação de valor e podem tornar a instituição mais dinâmica
e com melhorserviço prestado ao cliente
INDICADORES DE ACTIVIDADE O volume de negócios viu o seu valor diminuir 1.403.604 euros em 2014,
correspondentes a um decrescimento de 1% em relação ao exercício anterior.
Volume de Negócios
Anos Valores Tx.Cresc.
2010 242.460.886 1%
2011 232.555.755 -4%
2012 231.424.897 0%
2013 229.018.437 -1%
2014 227.614.833 -1%
0
50.000.000
100.000.000150.000.000
200.000.000250.000.000
300.000.000
2010 2011 2012 2013 2014
Volume de Negócios
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Relatório e Contas 2014 62
O volume de negócios é o resultado do crédito concedido no montante de 77.417.213
euros e os depósitos no montante de 150.197.620 euros, com diminuição de 6% para
a primeira rubrica e um aumento de 2% para a segunda.
Volume de Negócios
Rúbricas Valores
Depósitos 150.197.620
Crédito 77.417.213
O rácio de transformação credito/depósitos, no corrente exercício foi de 52%, contra
59% no ano anterior, em resultado da forte estagnação da atividade económica e do
consequente aumento do incumprimento, que em parte culmina em transformações
de crédito em ativos não correntes detidos para venda.
Depósitos66%
Crédito34%
Volume de Negócios
0
50.000.000
100.000.000
150.000.000
200.000.000
250.000.000
300.000.000
2010 2011 2012 2013 2014
Euros
VOLUME NEGÓCIOS
CréditoDepósitosVol. Neg.
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Relatório e Contas 2014 63
2.2 – Captação de Recursos Quanto aos recursos de clientes, o volume captado pela rede de balcões da Caixa de
Loures, Sintra e Litoral totalizou 150.197.620 euros, sendo superior ao ano transacto
em 3.171.323euros, o que em termos relativos significa uma variação positiva de 2%,
reforçando-se a tendência crescente dos últimos dois exercícios.
DEPÓSITOS TOTAIS
ANOS Valor Tx.Cresc.
2010 143.328.658 6%
2011 137.764.902 -4%
2012 144.830.623 5%
2013 147.026.297 2%
2014 150.197.620 2%
DEPÓSITOS À ORDEM
ANOS Valor Tx.Cresc.
2010 36.400.304 0%
2011 32.055.696 -12%
2012 32.778.110 2%
2013 34.623.090 6%
2014 37.052.447 7%
DEPÓSITOS A PRAZO
ANOS Valor Tx.Cresc.
2010 106.928.354 8%
2011 105.709.206 -1%
2012 112.052.513 6%
2013 112.403.207 0%
2014 113.145.173 1%
0
50.000.000
100.000.000
150.000.000
200.000.000
2010 2011 2012 2013 2014
EVOLUÇÃO DOS DEPÓSITOS
0
10.000.000
20.000.000
30.000.000
40.000.000
2010 2011 2012 2013 2014
DEPÓSITOS À ORDEM
0
50.000.000
100.000.000
150.000.000
2010 2011 2012 2013 2014
DEPÓSITOS A PRAZO
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 64
2.3 – Balanço O Activo Bruto da Caixa totalizou 180.947.441 euros no final do exercício de 2014, valor inferior ao do ano anterior em 6.204.084 euros, verificando-se uma diminuição, que se justificou em grande parte pela variação negativa da carteira de crédito, em 4.574.927 euros. ACTIVIDADE ANOS VARIAÇÕES
2014 2013 ABSOLUTAS RELA-
VALOR VALOR
ORIGEM APLIC. TIVAS
APLICAÇÕES E RECURSOS FUNDOS FUNDOS %
1.ACTIVO BRUTO 180.947.44
1 187.151.52
6 7.146.308 942.224 -3%
Disponibilidades 1.149.771 1.284.109 134.338 -10%
Disponibilidades em OIC 2.019.290 1.350.755 668.536 49%
Activos Financeiros Detidos P/Negociação
Activos Financeiros Disponiveis P/Venda 5 5.120 5.115 -100%
Aplicações em Instituições de Crédito 71.442.384 72.766.254 1.323.871 -2%
Crédito Concedido 77.417.213 81.992.140 4.574.927 -6%
Activos não Correntes Detidos P/Venda 9.898.697 10.648.821 750.125 -7%
Outros Activos Tangíveis 8.724.359 8.550.891 173.468 2%
Activos Intangíveis 399.115 399.115 0%
Investimentos em Filiais, Associadas 4.209.862 4.209.862 0%
Activos por Impostos Correntes
Activos por Impostos Diferidos 2.567.520 2.925.454 357.934 -12%
Outros Activos 3.119.226 3.019.006 100.220 3%
2.PASSIVO 152.977.71
7 157.134.31
4 2.630.569 6.787.167 -3%
Passivos Financeiros Detidos P/Negociação
Recursos de OIC 202.507 6.321.307 6.118.800 Recursos de Clientes e Outros Empréstimos
150.587.702
147.962.161 2.625.541 2%
Provisões 990.284 1.588.340 598.056 -38%
Passivos por Impostos Correntes 18.153 13.124 5.029
Passivos por Impostos Diferidos 23.469 28.441 4.972 -17%
Outros Passivos 1.155.602 1.220.941 65.339 -5%
3.REGULARIZAÇÃO DO ACTIVO 22.340.666 21.746.474 594.193 3%
4.REC. PRÓPRIOS E EQUIPARADOS 5.629.058 8.270.738 61.135 2.702.815 -32%
Capital 9.352.325 9.376.710 24.385 0%
Reservas de Reavaliação 497.293 436.159 61.135 14%
Outras Reservas e Resultados Transitados -1.561.723 983.636 2.545.360 -259%
Resultados do Exercício -2.658.837 -2.525.767 133.070 5% PASSIVO+REG.ACTIVO+REC.PROP.EQ.
180.947.441
187.151.526 -3%
TOTAL 10.432.205 10.432.205
As Origens de Recursos, totalizaram 10.432.205 euros no seu conjunto, tendo como principais rubricas: Crédito Concedido com 4.574.927 euros, Recursos de Clientes com 2.625.541 euros e Aplicações em Instituições de crédito com 1.323.871 euros respetivamente. As Aplicações de Recursos têm como grandes rubricas: Recursos de Outras Instituições de Crédito com 6.118.000 euros e Outras Reservas e Resultados Transitados com 2.545.360 euros.
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Relatório e Contas 2014 65
2.3.1 – Crédito Concedido Em 2014 o crédito concedido bruto teve uma evolução negativa, situando-se em
valores normais para uma conjunctura bastante adversa. Esta situação de decréscimo
do crédito, face ao ano anterior, resultou de uma politica de contenção assente em
critérios de minimização do risco de crédito.
CRÉDITO CONCEDIDO VALORES (EUROS) VARIAÇÕES
2014 2013 Absolutas Relativa
s
Desconto 80.739 125.005 -44.266 -35%
Financiamentos 58.235.151 61.262.362 -3.027.211 -5%
Créditos Conta Corrente + Descobertos 1.962.912 2.771.880 -808.968 -29%
SUBTOTAL 14 60.278.801 64.159.247 -
3.880.446 -6%
Crédito Vencido 15 17.138.412 17.832.893 -694.481 -4%
TOTAL 14+15 77.417.213 81.992.140 -
4.574.927 -6%
Provisões Cob.Duvidosa e Crédito Vencido* 16.488.911 15.769.174 719.737 5%
CRÉDITO LÍQUIDO 60.928.302 66.222.966 -
5.294.664 -8%
Os principais destinatários do crédito foram os particulares, segmento que absorveu
parte significativa do total de crédito concedido, sobretudo em crédito à habitação,
que totalizou 26.040.593 euros contra 27.197.970 euros no ano anterior, o que em
termos relativos representa 34% da globalidade da carteira de crédito, contra 33%
em 2013.
CRÉDITO CONCEDIDO
Anos Valor Tx.Cresc. 2010 99.132.228 0%
2011 94.790.853 -4%
2012 86.594.274 -9%
2013 81.992.140 -5%
2014 77.417.213 -6%
Na estrutura do balanço, o rácio de transformação de depósitos em crédito fixou-se
em 52%, contra 59% no exercício de 2013, cumprindo os limites estabelecidos para o
SICAM, embora com valores reduzidos.
0
40.000.000
80.000.000
120.000.000
2010 2011 2012 2013 2014
EVOLUÇÃO CRÉDITO CONCEDIDO
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Relatório e Contas 2014 66
2.3.2 – Crédito Vencido
O crédito vencido líquido de provisões, no corrente exercício, representa 1,79% do
crédito total líquido de provisões, contra 3,20% no exercício anterior, tendo-se
verificado um desagravamento em relação ao exercício anterior, para valores abaixo
do Rácio Normativo que é de 3%.
CRÉDITO VENCIDO
ANOS CARTEIRA VENCIDO %
2010 99.132.228 16.037.856 16%
2011 94.790.853 17.692.421 19%
2012 86.594.274 15.701.113 18%
2013 81.992.140 17.832.893 22%
2014 77.417.213 17.138.412 22%
O grau de provisionamento no corrente exercício é equivavalente a uma taxa de
cobertura de 94% do crédito vencido total, contra 88% no ano anterior, denotando-
se um elavado grau de cobertura do crédito vencido.
O crédito concedido encontra-se coberto por garantias reais em 85% da sua
globalidade, estando os processos judiciais em curso também, em grande parte,
suportados por garantias reais, o que permite antever o reembolso dos valores em
dívida e consequente recuperação das provisões constituídas.
0
15.000.000
30.000.000
45.000.000
60.000.000
75.000.000
90.000.000
105.000.000
2010 2011 2012 2013 2014
PESO DO CRÉDITO VENCIDO
0
20.000.000
40.000.000
60.000.000
80.000.000
2013 2.014
CRÉDITO VENCIDO LÍQUIDO
C.TOT.LIQ.
C.VEN.LIQ
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Relatório e Contas 2014 67
3 – ÁREA DE MEIOS 3.1 – Custos Operativos Os custos operativos totalizaram no corrente ano 4.993.216 euros, contra 4.705.050
euros no ano transacto, verificando-se uma variação absoluta de 288.166 euros e
uma variação relativa de 6%.
Esta variação resulta em grande parte da conta 7288, nomeadamente do valor de
Perdas em operações de crédito resultantes da recuperação de imóveis, cujo montante
ascendeu a 266.300 euros.
As rubricas de Gastos com Pessoal e Gastos Gerais Administrativos foram aquelas que
obtiveram maior estabilização, tendo uma variação relativa de 1%, comparativamente
ao exercício anterior.
CUSTOS OPERATIVOS ANOS VARIAÇÕES
2014 2013 ABSOL. RELAT.
Gastos com Pessoal 2.350.289 2.316.367 33.922 1%
Gastos Gerais Administrativos 1.776.668 1.751.041 25.628 1%
Outros Encargos e Gastos Operacionais 560.769 352.001 208.768 59%
Impostos 63.137 42.589 20.548 48%
Amortizações do Exercício 242.352 243.052 -700 0%
TOTAL 4.993.216 4.705.050 288.166 6%
% PROVEITOS TOTAIS
75% 62%
O peso dos custos de funcionamento nos proveitos totais agravou-se em relação ao
ano anterior, representando 75% da sua globalidade, o mesmo se verificando no
Rácio de Eficiência que se agravou de 102% em 2013 para 109% no corrente ano.
CUST.OPERATIVOS
RÚBRICAS VALOR
G.Pessoal 2.350.289
G.G.Administ. 1.776.668
O.E.G.Operac. 560.769
Impostos 63.137
Amort.Exerc. 242.352
TOTAL 4.993.216
G.Pessoal47%
G.G.Administ.36%
O.E.G.Operac.11%
Impostos1%
Amort.Exerc.5%
CUSTOS OPERATIVOS
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Relatório e Contas 2014 68
3.2 – Recursos Humanos Tendo como objetivo uma estrutura mais funcional, foi concretizado no exercício de
2014 uma redefinição de funções e de áreas, que originou algumas alterações de
competências bem como de rotação de funcionários nos diversos departamentos da
instituição.
Prevê-se terminar este trabalho de reorganização interna durante o ano 2015, fazendo
as adaptações necessárias até que o desempenho da instituição, transmita os
resultados necessários, à consolidação económica da Caixa, quer através de amplo
desempenho da área comercial, da área de risco e recuperação de crédito e da área
de suporte.
O quadro de pessoal da caixa é constituído por 61 funcionários, sendo 60 da área
bancária e um da área da limpeza, tendo também contrato em regime de avença com
dois colaboradores.
Para o exercício seguinte não estão previstas novas admissões, no seguimento da uma
política restritiva no que concerne à abertura de novos balcões, dado que os custos
destas áreas comerciais, terão de ter retorno num prazo aceitável, tendo por base um
volume de negócios, que permita libertar meios suficientes para solver o investimento.
A formação continuará a ser outra componente de enriquecimento profissional dos
nossos colaboradores, que não vamos descurar, disponibilizando a estes
Bancários; 60
Limpeza; 1Avençados; 2
DISTRIBUIÇÃO DE PESSOAL
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Relatório e Contas 2014 69
conhecimentos actualizados e novos, que lhe permitirão um desempenho mais eficaz
nas suas tarefas, traduzindo-se em maior eficiência profissional.
Através de mais formação haverá um acréscimo de polivalência que permitirá uma
maior racionalização dos recursos existentes, como já se verifica nas áreas de suporte
e de risco, com as naturais vantagens para o funcionamento da caixa com uma
estrutura de custos mais leve e com impacto positivo na conta de exploração.
Tendo em conta a importância que uma primeira experiência profissional assume na
promoção da empregabilidade e no percurso profissional dos jovens, a Caixa
continuará a proporcionar a realização de estágios nos seus balcões, colaborando
desta forma com as entidades locais e fortalecendo a sua relação na promoção de
formação na área bancária.
Durante os últimos anos têm estagiado um numero significativo de jovens, que para
além da formação que lhes é proposcionado, também têm colmatado necessidades de
recursos em período de férias.
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 70
3.3 – Rede de Balcões Até 19 de Setembro de 2007, a rede de balcões que a Caixa de Loures, possuía era
de dez, sendo sete no concelho de Loures, dois no concelho de Odivelas e um no
concelho da Amadora. Nessa data foi feita a fusão entre a Caixa de Loures e a Caixa
de Sintra e Litoral, passando a Caixa a deter catorze balcões e abrangendo uma área
de actuação correspondente a cinco concelhos.
Com a abertura do balcão de Oeiras, em Dezembro de 2009, a CCAM ficou com uma
rede de quinze balcões, inseridos em seis concelhos, ficando a sua área de actuação
a nível de concelhos, totalmente representada, alcançando-se um primeiro objectivo,
que era o de ter presença em todos os concelhos da área social da CCAM.
Não existe previsão de abertura de balcões para o próximo exercício, no entanto
poderemos ponderar na altura própria, a mudança de alguma delegação para local
mais privilegiado por razões de rendibilidade económica ou até o encerramento
definitivo de alguma delegação em caso de deficit económico comprometedor para a
instituição.
Iremos privilegiar uma política de reforço dos negócios de todos os balcões e
principalmente dos que ainda são deficitários em termos económicos, como forma de
viabilização dos mesmos, evitando qualquer decisão de encerramento, que causa
sempre transtorno, principalmente aos colaboradores
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Relatório e Contas 2014 71
4 – ÁREA SOCIAL
Durante o exercício de 2014 foram processadas treze admissões de sócios e efectuadas
setenta e cinco demissões, perfazendo um total de 3.592 associados, numero inferior
ao do ano anterior em sessenta sócios., confirmando a têndencia de decréscimo dos
sócios efetivos, nos últimos anos.
MOVIMENTO DE SÓCIOS Quantidade
Saldo 31/12/2013 3654
Admissões em 2014 13
Demissões em 2014 75
Saldo em 31/12/2014 3592
A ultima revisão do regime jurídico do CAM, tornou mais flexível a entrada de novos
associados, no entanto verificou-se um decréscimo no número de sócios, cuja razão
principal é o abrandamento da actividade creditícia, geradora de novos associados.
A participação dos associados na vida da instituição, bem como uma diferenciação no
preçário poderá ser uma estratégia para a inversão desta tendência de redução
gradual do numero de sócios ativos, que associada a uma dinamização da actividade
económica alavancará o capital social da Caixa e reforçará os rácios de capital.
Também a possibilidade de distribuição de resultados pelos associados, contemplada
no art.34º dos estatutos , será outra ferramenta ao alcance da Caixa, quando dispuser
de resultados sustentáveis, como fortalecimento da relação entre os associados e esta.
SÓCIOS
ANOS Quant. 2010 3.884
2011 3.816
2012 3.734
2013 3.654
2014 3.592
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
2010 2011 2012 2013 2014
Evolução dos Sócios
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Relatório e Contas 2014 72
5 – RESULTADOS 5.1 – Comparação de Resultados 2014/2013 O resultado líquido de 2014, alinha com o resultado do último exercício, tendo sido
prejudicado pelo incremento da dotação para provisões de crédito vencido e cujo
impacto é visível no valor apurado de -2.658.836,95 euros no resultado do exercício.
RESULTADOS ANOS VARIAÇÕES
2014 2013 ABSOL. RELAT.
Juros e Rendimentos Similares 4.805.383 5.530.052 -724.669 -13%
Juros e Encargos Similares 2.126.771 3.109.938 -983.167 -32%
MARGEM FINANCEIRA 2.678.612 2.420.114 258.498 11%
Serviços Bancários Líquidos 1.692.084 1.847.974 -155.891 -8%
Resultados Act/Pas aval. justo valor atrav. result. 0 0 0
Resultados de Reavaliação Cambial 4.609 -439 5.048 -1150%
Resultados de Alienação de Outros Activos -67.485 -23.007 -44.478 193%
Outros Resultados de Exploração -306.595 -21.528 -285.067 1324%
PRODUTO BANCÁRIO 4.001.225 4.223.115 -221.890 -5%
Gastos com Pessoal 2.350.289 2.316.367 33.922 1%
Gastos Gerais Administrativos 1.776.668 1.751.041 25.628 1%
CUSTOS ADMINISTRATIVOS 4.126.958 4.067.408 59.550 1%
RESULTADO OPERACIONAL -125.732 155.707 -281.439 -181%
Dotações para Amortizações 242.352 243.052 -700 0%
Dotações para Provisões 1.704.116 1.402.372 301.744 22%
Imparidade 213.849 624.624 -410.775 -66%
RESULTADO ANTES DE IMPOSTO -2.286.050 -2.114.341 -171.708 8%
Impostos Correntes 19.825 15.681 4.144 26%
Impostos Diferidos 352.962 395.745 -42.782 -11%
RESULTADO DO EXERCÍCIO -2.658.837 -2.525.767 -133.070 5%
RESULT.EXERCÍCIO
RÚBRICAS VALOR
P.Bancário 4.001.225
C.Admin. 4.126.958
Am+Prov+Imp. 2.160.318
Impostos 372.787
RESULT. -2.658.837
-3.000.000-2.000.000-1.000.000
01.000.0002.000.0003.000.0004.000.0005.000.000
RESULTADO EXERCÍCIO
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Relatório e Contas 2014 73
5.2 – Formação do Produto Bancário O produto bancário ascendeu a 4.001.225 euros, contra 4.223.115 euros, que em
termos absolutos representa uma diminuição de -221.890 euros, denotando-se uma
melhoria na Margem Financeira, e um agravamento na Margem Complementar, em
resultado da diminuição dos Serviços Bancários Liquidos e de Outros Resultados de
Exploração, mais concretamente em perdas resultantes da recuperação de crédito.
PRODUTO BANCÁRIO 2014 2013
Valor % Valor %
Resultado Financeiro 2.678.612 67% 2.420.114 57%
Serviços Bancários e Outros 1.322.613 33% 1.803.001 43%
O resultado Financeiro ascendeu a 2.678.612 euros, tendo tido uma variação positiva
em relação ao ano anterior em 258.498 euros, denotando-se uma inversão na
tendência da Margem Financeira em resultado da quebra nas taxas das operações
passivas, com o consequente impacto positivo neste resultado.
FORMAÇÃO PRODUTO BANCÁRIO
2014 2013
P.BANC 4.001.225 4.223.115
R.FIN. 2.678.612 2.420.114
S.BANC. 1.322.613 1.803.001
O saldo líquido das comissões dos serviços bancários teve um desempenho
significativo, representando em termos relativos um peso de 42% no produto bancário
, contra 44% no exercício anterior.
Este agregado foi penalizado pelas perdas verificadas na recuperação de crédito,
nomeadamente na valorização dos imóveis de recuperação de crédito e também pela
diminuição das comissões liquidas, resultante da diminuição da actividade creditícia.
0500.000
1.000.0001.500.0002.000.0002.500.0003.000.0003.500.0004.000.0004.500.000
P.BANC R.FIN. S.BANC.
FORMAÇÃO DO PRODUTO BANCÁRIO
2014
2013
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 74
6 – INDICADORES 6.1 – Rácios 6.1.1 – Rácios de Estrutura
Rácios Normativo Caixa Central Unidade: €uro
Rácio Orientação 2013-12-31 2014-10-31 2014-11-30 2014-12-31
Variação
período
homologo
Crédito Vencido Líquido/Crédito Total Líquido ≤ 3% 3,20 % 2,01 % 1,83 % 1,79 % -44,06 %
Crédito Vencido Bruto há + 90 dias/Crédito Total ≤ 5% 21,61 % 22,22 % 22,21 % 21,99 % 1,76 %
Rácio de Eficiência < 60% 102,07 % 116,68 % 116,33 % 109,20 % 6,99 %
Produtividade:
> € 3.000.000 2.803.475 € 2.833.585 € 2.735.043 € 2.688.250 € -4,11 % � Activo Líquido/Nº Empregados
� Produto Bancário/Nº Empregados > € 110.000 71.578 € 62.182 € 61.570 € 67.817 € -5,25 %
Comissões Líquidas/Produto Bancário > 20% 43,74 % 46,17 % 45,32 % 42,27 % -3,36 %
Garantias obtidas para o crédito concedido Reais > 65% 84,88 % 84,84 % 85,07 % 85,51 % 0,74 %
Rácio de Transformação < 85% 58,89 % 52,61 % 53,31 % 53,51 % -9,14 %
Indicadores de Estrutura Saldo em Fim de Período
unidade: €uro
Rubrica 2013-12-31 2014-10-31 2014-11-30 2014-12-31
Variação
período
homologo
Disponibilidades e Aplicações 75.401.117 € 79.141.354 € 77.326.879 € 74.611.445 € -1,05 %
Crédito a Clientes (Bruto) 81.992.139 € 78.137.470 € 77.974.375 € 77.417.212 € -5,58 %
Provisões/Imparidades Acumuladas p/ Crédito 15.769.173 € 16.307.942 € 16.689.214 € 16.488.910 € 4,56 %
Crédito a Clientes (Líquido) 66.222.966 € 61.829.528 € 61.285.161 € 60.928.301 € -8,00 %
Total Crédito Vencido 17.832.892 € 17.497.947 € 17.417.092 € 17.138.411 € -3,89 %
Provisões/Imparidades Acumuladas p/ Crédito Vencido 15.731.217 € 16.267.836 € 16.307.107 € 16.060.383 € 2,09 %
Crédito Vencido + 90 Dias 17.717.137 € 17.366.505 € 17.321.499 € 17.026.781 € -3,90 %
Grau de Cobertura do C.V. por Provisões 88,21 % 92,97 % 93,63 % 93,71 % 6,24 %
Crédito Vencido + 90 Dias / Total Crédito Vencido 99,35 % 99,25 % 99,45 % 99,35 % 0,00 %
Activos Não Correntes Detidos p/ Venda (Bruto) 10.648.821 € 10.166.473 € 10.172.003 € 9.898.696 € -7,04 %
Provisões e Imparidades Acum. 1.672.273 € 1.336.682 € 1.358.884 € 1.251.247 € -25,18 %
Activos Não Correntes Detidos p/ Venda (Liq.) 8.976.547 € 8.829.790 € 8.813.119 € 8.647.449 € -3,67 %
Total Activo Líquido 165.405.052 € 164.347.960 € 161.367.564 € 158.606.774 € -4,11 %
Recursos de Clientes e Outros Empréstimos 147.962.161 € 154.542.956 € 152.212.700 € 150.587.702 € 1,77 %
Outros Passivos Subordinados 0 € 0 € 0 € 0 € 0,00 %
Situação Liquida 8.270.737 € 6.606.908 € 6.074.747 € 5.629.057 € -31,94 %
Passivo + Situação Líquida 165.405.052 € 164.347.960 € 161.367.564 € 158.606.774 € -4,11 %
Fundos Próprios Totais (*) 5.020.000 € 0 € 0 € 0 € -100,00 %
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 75
6.1.2 – Rácios Prudenciais
No exercício de 2014, a Instrução 23/2007 foi descontinuada, dando lugar ao cálculo
dos requisitos e rácios prudenciais, de acordo com os reportes Corep, aplicando as
regras CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013., tendo-se, obtido os seguintes
rácios do reporte de solvabilidade das contas individuais da Caixa Agrícola:
Até 31 de Dezembro de 2013, os valores dos fundos próprios da Caixa Agrícola
apresentam-se, de acordo com os requisitos do reporte da Instrução 23/2007 do Banco
de Portugal, de forma a permitir alguma comparabilidade na informação:
FUNDOS PRÓPRIOS E RÁCIO DE SOLVABILIDADE - Caixa Agrícola de Loures, Sintra e Litoral, C.R.L.
Em euros 2011 2012 2013 2014
Fundos Próprios totais 8.304.000 7.884.893 5.020.000 5.950.475
Common equity tier 1* --- --- --- 5.486.590
Tier 1* 8.427.525 8.049.594 5.254.282 5.486.590
Tier 2 0 0 0 463.886
Posição em risco de activos e equivalentes 153.163.191 164.734.366 165.635.305 167.618.388
Requisitos de fundos próprios 83.111.988 80.197.850 73.051.463 78.951.010
Crédito 72.111.838 69.572.775 62.888.275 69.236.236
Operacional 11.000.150 10.625.075 10.163.188 9.714.774
CVA --- --- --- --- ---
Rácios de solvabilidade (a)
Common equity tier 1* --- --- --- 7,0%
Tier 1 * 10,1% 10,0% 7,2% 7,0% -0,2 P.P
Tier 2 0,0% 0,0% 0,0% 0,6% 0,6 P.P
Total* 10,1% 10,0% 7,2% 7,5% 0,4 P.P
* Incorporando o resultado l íquido do exercíci o.
---
(a) Até Dezembro 2013 os rácios são ca lculado de acordo com a Ins trução nº 23/2007, após o que são apl icadas as regras
CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013.
---
1,2%
8,1%
10,1%
-4,4%
Δ 13/14
18,5%
---
4,4%
10,8211,35
9,60
7,809,70
7,50
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
2009 2010 2011 2012 2013 2014
RÁCIO DE SOLVABILIDADE
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 76
6.2 – Recursos Próprios e Passivos Subordinados Esta rubrica compreende as contas 55, 58, 60, 61, 64 e 65 do Plano de Contas para o
Sistema Bancário e tiveram o seguinte movimento durante o ano findo:
CAP.PRÓPRIOS E EQUIP.
ANOS Valor Tx.Cresc.
2010 12.033.860 4%
2011 11.013.867 -8%
2012 10.692.057 -3%
2013 8.270.738 -23%
2014 5.629.058 -32%
A rubrica de Capitais Próprios e Equiparados, teve uma diminuição de 32%, em relação
ao exercício anterior, o que em termos absolutos corresponde a 2.641.680 euros.
Esta variação deve-se ao resultado negativo do exercício, que justifica na maior parte
o decréscimo dos capitais próprios, sendo o remanescente em resultado da diminuição
do capital social.
CAPITAL SOCIAL
VALOR Valor Tx.Cresc.
2010 9.443.035 0%
2011 9.433.875 0%
2012 9.412.980 0%
2013 9.376.710 0%
2014 9.352.325 0%
A diminuição na rubrica de Capital em 24.385 euros , resultou do resgate de capital,
pela demissão de associados, conforme se tem verificado nos últimos exercícios.
0
4.000.000
8.000.000
12.000.000
16.000.000
2010 2011 2012 2013 2014
euros
CAP.PRÓPRIOS E EQUIPARADOS
0
2.000.000
4.000.000
6.000.000
8.000.000
10.000.000
2010 2011 2012 2013 2014
euros
Capital Social
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 77
As Reservas em 31/12/2014 totalizaram 9.186.062,82 euros, valor superior ao do ano
transato em 61.135 euros, no seguimento do ajustamento da reserva de reavaliação
de imóveis e do reforço da reserva de reavaliação-Fundo de Pensões, de acordo com
o normativo contabilistico.
RESERVAS 31-12-2014 PROPOSTA TOTAL
Reserva de Reavaliação legal-imoveis 260.765,28 260.765,28
Outras Reservas de Reavaliação 236.528,00 236.528,00
Reserva Legal 8.506.150,40 8.506.150,40
Reserva Educ.Formação Cooperativa 57.000,00 57.000,00
Reserva Para Mutualismo 51.000,00 51.000,00
Reserva Especial 4,23 4,23
Outras Reservas 74.614,91 74.614,91
TOTAL 9.186.062,82 0,00 9.186.062,82
Os resultados negativos dos ultimos exercícios não tem permitido o reforço das
restantes reservas de acordo com o estabelecido estatutariamente, com
consequências diretas nos Fundos Próprios da Caixa e consequentemente no Rácio de
Solvabilidade.
RESERVAS
ANOS Valor Tx.Cresc.
2010 8.878.054 0%
2011 8.970.823 1%
2012 8.964.618 0%
2013 9.124.928 2%
2014 9.186.063 1%
No período 2007 – 2014, após a fusão entre a CCAM de Loures e a CCAM de Sintra e
Litoral, verificou-se o forte impacto, que as provisões para crédito vencido, tiveram
na conta de exploração, sendo a situação económica fortemente afetada, com
consequências diretas nas reservas até ao exercício de 2014.
01.000.0002.000.0003.000.0004.000.0005.000.0006.000.0007.000.0008.000.0009.000.00010.000.000
2010 2011 2012 2013 2014
euros
Reservas
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Relatório e Contas 2014 78
7 – PLANO DE RECUPERAÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA A fusão realizada em dois mil e sete com a Caixa de Sintra e Litoral, obrigou a um
esforço significativo na absorção das provisões para o elevado volume de crédito
vencido, com impacto muito forte nas contas durante os últimos exercícios, tendo a
Caixa acumulado prejuízos que delapidaram parte significativa dos Fundos Próprios.
O decréscimo dos Fundos Próprios, implicaram a degradação de alguns rácios
prudenciais e consequentemente a redução do limite de grande risco, com reflexo
negativo na concessão de crédito.
A preocupação crescente do Banco de Portugal e da Caixa Central, com as
insuficiências ao nível da Exploração, obrigou à definição de um Plano de Recuperação,
que foi elaborado pela Caixa em conjunto com a Caixa Central, e que assentou na
seguinte estratégia:
1. Reverter o desiquilibrio económico e financeiro que se verificava na caixa,
através da redefinição da estrutura organizativa com segregação das funções
comerciais e de avaliação de risco.
2. Criação de um sistema de delegação de competências com segregação das
funções de administração da estrutura organizativa e funcional.
3. Criação de objetivos estratégicos que permitam alavancar a
exploração/situação económica da Caixa.
MODELO ORGANIZACIONAL Para a implementação do Plano de Recuperação, a DFOA conjuntamente com o
Conselho de Administração da Caixa prodederam a uma reorganização da estrutura
funcional, adotando o modelo organizativo da Caixa Central, assente em três pilares
fundamentais: Comercial, Risco Acompanhamento e Recuperação de Crédito e de
Suporte.
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 79
Este modelo tem como objetivo assegurar a segregação efetiva de funções entre as
três áreas funcionais. Foi igualmente criado um novo órgão denominado por Comissão
de Coordenação, constituído pelos coordenadores das três áreas supra referidas,
conjuntamente com um elemento designado pela Caixa Central, que lhe preside.
Em paralelo forma definidos objetivos estratégicos de recuperação das condições de
exploração, nomeadamente:
1. Dinamização da recuperação de crédito;
2. Dinamização da alienação de ativos não correntes detidos para venda;
3. Melhoria de competências na área de avaliação de risco, assegurando uma
participação mais efetiva e independente desta área no processo de decisão
de crédito;
4. Maior dinâmica Comercial na anagariação de crédito novo de baixo risco.
CONTRATO-PROGRAMA
Complementarmente ao plano de recuperação estabelecido, foi celebrado entre a
Caixa e Caixa Central, um contrato.programa, que define um conjunto de medidas e
procedimentos conducentes à recuperação da Caixa e à consolidação de uma estrutura
organizativa sustentável
COMISSÃO DE COORDENAÇÃO
Ao abrigo do contrato-programa foi criada uma Comissão de Coordenação, que é
presidida por elemento designado pela Caixa Central e através de poderes delegados
pelo Conselho de Administração tem como missão coordenar a gestão corrente da
Caixa para assegurar a concretização dos objetivos definidos
Administração
Área comercial
ARCÁrea
Suporte
Com.Coordenação
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 85
DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA
31-12-2014 31-12-2013
Fluxos de caixa das actividades operacionais
Recebimento de juros e comissões 6.679.839 7.568.526
Pagamento de juros e comissões (2.309.771) (3.301.063)
Pagamentos ao pessoal e fornecedores (4.126.958) (4.067.408)
Contribuições para o fundo de pensões - -
(Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento (372.787) (411.426)
Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividade operacional (301.986) (21.967)
Resultados operacionais antes das alterações nos activos operacionais (431.662) (233.337)
(Aumentos) / diminuições de activos operacionais:Activos financeiros detidos para negociação e outros activos ao JV - -
Activos disponíveis para venda (5.115) (26.034)
Aplicações em instituições de crédito (1.323.871) 9.494.742
Crédito a clientes (4.169.525) (4.409.165)
Investimentos detidos até à maturidade - -
Derivados de cobertura - -
Activos não correntes detidos para venda (166.704) 71.905
Outros activos (253.443) 142.962
(…) - -
(5.918.658) 5.274.409
Aumentos / (diminuições) de passivos operacionais:Passivos financeiros detidos para negociação e derivados de cobertura - -
Recursos de outras instituições de crédito (6.118.800) 2.000.767
Recursos de clientes e outros empréstimos 2.625.541 2.005.748
Outros passivos (1.242.315) (233.003)
(…) - -
(4.735.574) 3.773.511
751.421 (1.734.235)
Fluxos de caixa de actividades de investimento
Variação de activos tangíveis e intangíveis 235.008 44.658
Recebimento de dividendos (628) (626)
Variação de partes de capital em empresas filiais e associadas - -
(…) - -
234.380 44.032
Fluxos de caixa das actividades de financiamento
Aumento de capital - -
Diminuição de capital (24.385) (36.270)
Pagamento de dividendos - -
Variação de passivos subordinados - -
Reservas 41.542 140.718
(…) - -
17.157 104.448
Aumento / (diminuição) de caixa e seus equivalentes (a) 534.198 (1.673.818)
Caixa e seus equivalentes no início do exercício 2.634.864 4.308.682
(b) 3.169.062 2.634.864
CAIXA DE CRÉDITO AGRICOLA MÚTUO LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA
Caixa líquida das actividades de financiamento
Caixa e seus equivalentes no fim do exercício
Caixa líquida das actividades operacionais
Caixa líquida das actividades de investimento
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 89
ANEXO ÀS CONTAS
NOTA INTRODUTÓRIA
A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Loures, Sintra e Litoral, C.R.L. (adiante
designada por Caixa ou CCAM Loures, Sintra e Litoral) é uma instituição de crédito
constituída em 3 de Janeiro de 1927 sob a forma de Cooperativa de responsabilidade
limitada. Constitui objecto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais
actos inerentes à actividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável.
A Caixa forma parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual
é formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas
Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar
a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema
Integrado do Crédito Agrícola Mútuo.
Em 31 de Dezembro de 2014, a Caixa opera através da sua sede, situada na Avenida
Combatentes da Grande Guerra nº 8-A, em Loures e através de uma rede de 15
balcões situados nos concelhos de Loures, Odivelas, Amadora, Sintra, Cascais e
Oeiras.
1. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS
POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
1.1. Bases de apresentação das contas
As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no pressuposto da
continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos
mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade
Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das
Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal.
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 90
As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato
Financeiro (IAS/IFRS), conforme adoptadas pela União Europeia, de acordo com
o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19
de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005,
de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de
Portugal, excepto no que se refere a:
i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores
(Crédito e contas a receber) – os créditos são registados pelo valor nominal,
não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal,
registados pelo justo valor. Os proveitos são reconhecidos segundo a regra
pro rata temporis, quando se tratem de operações que produzam fluxos
redituais ao longo de um período superior a um mês, nomeadamente juros
e comissões;
ii) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à
contratação das operações subjacentes aos activos classificados como
crédito e contas a receber deverão ser, igualmente, periodificados ao longo
do período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na
alínea anterior;
iii) Provisionamento do crédito e contas a receber - mantém-se o anterior regime,
sendo definidos níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto
no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo
Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco
de Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime abrange ainda as
responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos
de natureza análoga;
iv) Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição,
não sendo deste modo possível o seu registo pelo justo valor, conforme
permitido pelo IAS 16 – Activos fixos tangíveis. Como excepção, é permitido
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 91
o registo de reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em
que as mais - valias resultantes são registadas em “Reservas de reavaliação”.
v) Benefício aos empregados, através do estabelecimento de um período para
diferimento do impacto contabilístico decorrente da transição para os
critérios do IAS 19.
De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de Fevereiro
e nº 12/2005 de 30 de Dezembro, o reconhecimento em resultados
transitados do impacto apurado com referência a 31 de Dezembro de 2004,
decorrente da transição para os IAS/IFRS pode ser atingido através da
aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de
Dezembro de 2009, com excepção da parte referente ao impacto da
alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados
médicos pós-emprego, para a qual esse plano de amortização pode ir até 31
de Dezembro de 2011.
A preparação das demonstrações financeiras anuais de acordo com as NCA's
requer que o Conselho de Administração formule julgamentos, estimativas e
pressupostos que afectam a aplicação das políticas contabilísticas e o valor
dos activos, passivos, proveitos e custos. As estimativas e pressupostos
associados são baseados na experiência histórica e noutros factores
considerados razoáveis de acordo com as circunstâncias e formam a base
para os julgamentos sobre os valores dos activos e passivos cuja valorização
não é evidente através de outras fontes.
A 01 de Janeiro de 2013 entraram em vigor as alterações, publicadas em
Junho de 2011, à IAS 19 – norma contabilística internacional que trata os
benefícios dos empregados. O período de transição para implementação das
alterações à IAS 19 terminou no início de 2013, e todas as empresas que
adoptem esta norma para a contabilização dos benefícios dos empregados
(planos de pensões), ficaram obrigadas a ter de reflectir as alterações à IAS
19 durante 2013. Dessa forma, a informação financeira passou a ser apurada
e reportada, a partir do exercício de 2013 seguindo a IAS 19 revista.
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 92
As Demonstrações Financeiras da Caixa foram aprovadas em reunião do Conselho
de Administração.
1.2. Comparabilidade da informação
a) Normas, alterações e interpretações eficazes em ou após 1 de Janeiro de 2014
As principais alterações que entraram em vigor no exercício de 2014 não tiveram
impacto nas DF’s da CCAM.
b) A adopção antecipada das normas
A Caixa não adoptou antecipadamente novas normas ou emendas em 2014.
1.3. Resumo das principais políticas contabilísticas
As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das
demonstrações financeiras foram as seguintes:
a) Especialização dos exercícios
A Caixa adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios
(regime de acréscimo) em relação à generalidade das rubricas das
demonstrações financeiras. Assim, os gastos e rendimentos são registados à
medida que são gerados, independentemente do momento do seu
pagamento ou recebimento.
b) Transacções em moeda estrangeira
Os saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, são convertidos ao câmbio
médio do mês indicado pelo Banco de Portugal.
Os proveitos e custos relativos às transacções em moeda estrangeira
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 93
registam-se no período em que ocorrem, de acordo com o efeito que as
transacções em divisas têm na posição cambial.
c) Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos
As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência
significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa
entende-se uma participação financeira (directa ou indirecta) superior a 20%
ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e
operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto
sobre a mesma.
As empresas e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo
objecto de análises de perdas por imparidade.
d) Crédito e outros valores a receber
Conforme descrito estes activos encontram-se registados ao valor nominal,
de acordo com o Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal.
A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos,
é objecto de relevação contabilística autónoma nas respectivas contas de
resultados. Os rendimentos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos
por períodos mensais, segundo o método da taxa efectiva, quando se trate
de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior
a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e ganhos externos imputáveis
à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta
categoria devem ser, igualmente, periodificados ao longo do período de
vigência dos créditos, segundo o método da taxa efectiva.
Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à
constituição de provisões, nos termos descritos abaixo. Os juros são
reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios,
sendo as comissões e custos associados aos créditos periodificados ao longo
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 94
da vida das operações, independentemente do momento em que são
cobrados ou pagos.
Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis passivos contingentes
As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis
são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os
fluxos de juros, comissões ou outros ganhos registados em resultados ao
longo da vida das operações.
Imparidade
A Caixa aplica nas suas contas individuais as NCA's pelo que, de acordo com
o definido no nº 2 e 3 do Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal, a
valorimetria e provisionamento do crédito concedido mantém o regime
definido pelas regras do Banco de Portugal aplicado pela Caixa nos exercícios
anteriores, como segue:
i) Provisão para crédito e juros vencidos
Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos
que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As
percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do
tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido
desde a data de incumprimento.
ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa
Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo
relativo a créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e
não pagas de capital ou juros, ou que estejam afectos a clientes que
tenham outras responsabilidades vencidas. Nos termos do Aviso nº 3/95,
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Relatório e Contas 2014 95
são considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes:
- As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em
que se verifique, relativamente às respectivas prestações em mora
de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições
. Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros;
. Estarem em incumprimento há mais de:
. seis meses, nas operações com prazo inferior a cinc anos;
. doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a
cinco anos mas inferior a dez anos;
. vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou
superior a dez anos.
Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas
para efeitos da constituição de provisões, sendo provisionados com
base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações.
- Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a
classificação acima definida, o crédito e juros vencidos de todas as
operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total,
acrescido de juros. Os créditos nestas condições são provisionados
com base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos.
iii) Provisão para riscos gerais de crédito
Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se a
fazer face a riscos de cobrança do crédito concedido e garantias e avales
prestados.
Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens
genéricas à totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e
avales:
- 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de
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Relatório e Contas 2014 96
crédito a particulares, cuja finalidade não possa ser determinada;
- 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre
imóvel, ou operações de locação financeira imobiliária, em ambos
os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário;
- 1% no que se refere ao restante crédito concedido.
A caixa avalia regularmente da existência objectiva de imparidade da sua
carteira de crédito. Deste modo verifica se as provisões anteriormente
referidas são suficientes para cobrir o risco de incobrabilidade. Em caso
de insuficiência é reforçada a provisão para riscos gerais de crédito.
Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50% dos
reforços da provisão para riscos gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro
de 2003 os reforços desta provisão deixaram de ser aceites fiscalmente
como custo.
A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital
ou juros decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Os
créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos
no manual de crédito, sendo nesse momento considerada vencida toda
a dívida.
Periodicamente, a Caixa abate ao activo os créditos considerados
incobráveis por utilização das provisões constituídas. Em caso de
eventual recuperação dos referidos créditos, esta é reconhecida em
resultados, na rubrica “Outros resultados de exploração”.
e) Outros activos e passivos financeiros
Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de
acordo com os IAS 32 e IAS 39, sendo registados na data de contratação
pelo justo valor.
i) Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de
resultados, passivos financeiros detidos para negociação
Os activos financeiros detidos para negociação incluem títulos de
rendimento variável transaccionados em mercados activos, adquiridos
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Relatório e Contas 2014 97
com o objectivo de venda ou recompra no curto prazo, bem como
derivados. Os derivados de negociação com valor líquido a receber (justo
valor positivo) são incluídos na rubrica activa financeira detida para
negociação. Os derivados de negociação com valor líquido a pagar (justo
valor negativo), são incluídos na rubrica passiva financeira detida para
negociação.
Os activos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os
títulos de rendimento fixo transaccionados em mercados activos que a
Caixa optou por registar e avaliar ao justo valor através de resultados.
Os activos e passivos financeiros detidos para negociação e os activos
financeiros ao justo valor através de resultados são reconhecidos
inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas decorrentes da
valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados.
Os juros inerentes aos activos financeiros e as diferenças entre o custo
de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de
acordo com o método da taxa efectiva e reconhecidos em resultados na
rubrica de “Juros e rendimentos similares”.
O justo valor dos derivados que não são transaccionados em bolsa é
estimado com base no montante que seria recebido ou pago para
liquidar o contrato na data em análise, considerando as condições de
mercado vigentes bem como a qualidade creditícia das contrapartes.
ii) Activos financeiros disponíveis para venda
Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de
capital e dívida, que não sejam classificados como activos financeiros
detidos para negociação, ao justo valor através de resultados ou como
investimentos a deter até à maturidade ou como crédito ou como
empréstimos e contas a receber.
Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo
valor, com excepção de instrumentos de capital não cotados num
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Relatório e Contas 2014 98
mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado com
fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e
perdas relativos à variação subsequente do justo valor são reflectidos
em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo valor” até à
sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade),
momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas
cambiais de activos monetários são reconhecidas directamente em
resultados do período.
Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das
diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou
desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e
registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.
Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em
resultados na data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com
este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos
no exercício em que é deliberada a sua distribuição.
iii) Investimentos a detidos até à maturidade
Os investimentos detidos até à maturidade são investimentos que têm
um rendimento fixo, com taxa de juro conhecida no momento da
emissão e data de reembolso determinada, sendo do interesse da Caixa
mantê-los até ao seu reembolso.
Os investimentos financeiros a deter até à maturidade são registados ao
custo de aquisição. Os juros inerentes aos activos financeiros e o
reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor
nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método
da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e
rendimentos similares”.
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Relatório e Contas 2014 99
iv) Empréstimos e contas a receber de outras instituições de crédito
De acordo com a restrição estabelecida pelo Aviso nº 1/2005, nesta
rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições
de crédito.
São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não
cotados num mercado activo e não incluídos em qualquer uma das
restantes categorias de activos financeiros.
No reconhecimento inicial estes activos são valorizados pelo justo valor,
deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido
de todos os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção.
Subsequentes, estes activos são reconhecidos em balanço ao custo
amortizado, deduzido de perdas por imparidade e provisões para risco
país.
Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, que
permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do
período das operações. A taxa efectiva é aquela que, sendo utilizada
para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao
instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial.
v) Outros passivos financeiros
Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições
de crédito, depósitos de clientes e dívida emitida, são inicialmente
valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida
líquida dos custos de transacção e são posteriormente valorizados ao
custo amortizado.
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Relatório e Contas 2014 100
Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado
o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi
regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro. Este último
visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, para
que o mesmo tivesse por objecto (i) garantir o reembolso de depósitos
constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo
suas associadas e (ii) promover e realizar acções que visem assegurar a
solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do
Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM).
vi) Imparidade em activos financeiros
A Caixa efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros
com excepção de crédito a clientes e outros valores a receber, conforme
referido na alínea d).
Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos
financeiros, as perdas por imparidade registam-se por contrapartida de
resultados.
Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade
numa situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na
cotação dos títulos. Para títulos não cotados, é considerado evidência de
imparidade a existência de impacto no valor estimado dos fluxos de caixa
futuros do activo financeiro, desde que possa ser estimado com
razoabilidade.
Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante
das perdas por imparidade atribuída a um evento, o valor previamente
reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por
imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na
demonstração de resultados.
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Relatório e Contas 2014 101
No caso de activos disponíveis para venda, em caso de evidência
objectiva de imparidade, resultante de diminuição significativa e
prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do
emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é
removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por
imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser
revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva
no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a
determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos
de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais
mais valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por
imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de
rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade,
posteriores variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas
em resultados.
No caso de activos financeiros disponíveis para venda com evidência de
imparidade, a perda potencial acumulada em reservas é transferida para
resultados.
f) Derivados e contabilidade de cobertura
Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na
data da sua contratação. Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extra
patrimoniais pelo respectivo valor nominal. Subsequentemente, os
instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respectivo justo
valor. O justo valor é apurado:
• Com base em cotações obtidas em mercados activos (por exemplo,
no que respeita a futuros transaccionados em mercados
organizados);
• Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização
aceites no mercado, incluindo cash-flows descontados e modelos de
valorização de opções.
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Relatório e Contas 2014 102
Derivados de cobertura
Tratam-se de derivados contratados com o objectivo de cobertura da
exposição a um determinado risco inerente à actividade da Caixa.
A classificação como derivados de cobertura e a utilização do conceito de
contabilidade de cobertura, conforme abaixo descrito, está sujeita ao
cumprimento das regras definidas na Norma IAS 39.
Para todas as relações de cobertura, a Caixa prepara no início da operação
documentação formal, que inclui os seguintes aspectos:
• Objectivos de gestão de risco e estratégia associada à realização da
operação de cobertura, de acordo com as políticas de cobertura de
risco definidas;
• Descrição do (s) risco (s) coberto (s);
• Identificação e descrição dos instrumentos financeiros cobertos e de
cobertura;
• Método de avaliação da eficácia de cobertura e periodicidade da sua
realização.
Mensalmente, são efectuados e documentados testes de eficácia das
coberturas através da comparação da variação no justo valor do instrumento
de cobertura e do elemento coberto (na parcela atribuível ao risco coberto).
De forma a possibilitar a utilização de contabilidade de cobertura de acordo
com a Norma IAS 39, esta relação deverá situar-se num intervalo entre 80%
e 125%. Adicionalmente, são efectuados testes de eficácia prospectivos, de
forma a demonstrar a expectativa da eficácia futura da cobertura.
Os derivados de cobertura são registados ao justo valor, sendo os resultados
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Relatório e Contas 2014 103
apurados mensalmente reconhecidos em proveitos e custos do exercício.
Caso se demonstre que a cobertura é eficaz, a Caixa reflecte igualmente no
resultado do exercício a variação no justo valor do elemento coberto
atribuível ao risco coberto. O impacto destas valorizações é reflectido em
rubricas de “Resultados em activos e passivos avaliados ao justo valor
através de resultados”. No caso de derivados que tenham associada uma
componente de juros (como por exemplo, swaps de taxa de juro) a
periodificação de juros relativa ao período em curso e os fluxos liquidados
são reflectidos em “Juros e rendimentos similares” e “Juros e encargos
similares”, da demonstração de resultados.
As reavaliações positivas e negativas de derivados de cobertura são
registadas no activo e passivo, respectivamente, em rubricas específicas. As
valorizações dos elementos cobertos são reflectidas nas rubricas onde se
encontram registados esses activos e passivos.
g) Outros activos tangíveis
Os activos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua
actividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição
(incluindo custos directamente atribuíveis) deduzido das amortizações
acumuladas.
A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao
longo do período de vida útil estimado do bem:
Anos de Vida útil
Imóveis de serviço próprio 50
Despesas em edifícios arrendados 10
Equipamento informático e de escritório 4 a 10
Mobiliário e instalações interiores 6 a 10
Viaturas 4
As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação,
realizadas em edifícios que não sejam propriedade da Caixa, são amortizadas
em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de
arrendamento.
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Relatório e Contas 2014 104
Conforme previsto no IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro
de 2006 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para
os IAS/IFRS, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações efectuadas
nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma
parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultam
dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo
registados os correspondentes impostos diferidos passivos.
Periodicamente são efectuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar
perdas por imparidade.
Activos intangíveis
Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição,
desenvolvimento ou preparação para uso de software utilizado no
desenvolvimento das actividades da Caixa e valores despendidos com
trespasses de agências. Os activos intangíveis são registados ao custo de
aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas.
As amortizações são registadas como custos do exercício numa base
sistemática ao longo da vida útil estimada dos activos, a qual corresponde a
um período de 3 anos.
h) Activos não correntes detidos para venda
Os activos não correntes, ou grupos de activos e passivos a alienar são
classificados como detidos para venda sempre que seja expectável que o seu
valor de balanço venha a ser recuperado através da venda, e não do seu uso
continuado. Para que um activo (ou grupo de activos e passivos) seja
classificado nesta rubrica é assegurado o cumprimento dos seguintes
requisitos:
• A probabilidade de ocorrência da venda é elevada;
• O activo está disponível para venda imediata no seu estado actual;
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Relatório e Contas 2014 105
• Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar
num espaço temporal curto após a classificação do activo nesta
rubrica.
Os activos registados nesta rubrica são valorizados ao menor entre o custo
de aquisição e o justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo
valor destes activos é determinado com base em avaliações de peritos
independentes, não sendo sujeitos a amortizações.
i) Provisões
Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a risco
de incumprimento das obrigações dos nossos clientes (crédito), riscos fiscais,
processos judiciais e outros a riscos específicos decorrentes da actividade da
Caixa, de acordo com o IAS 37 (Nota 30).
j) Benefícios de empregados
A Caixa subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o
sector bancário pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito
a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que
os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da
Caixa com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no
pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV.
Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa integra o Fundo de
Pensões do Grupo Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os
complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de
viuvez e orfandade efectuadas pela Segurança Social. Estes complementos
são calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida
à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos
de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de
serviço à data de reforma.
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Relatório e Contas 2014 106
Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos
no Acordo Colectivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume,
assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da
Companhia de Seguros Fidelidade - Mundial S.A..
De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais
não são abrangidos pelos benefícios descritos.
Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi
calculado a partir das seguintes datas:
• Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na
carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e
diuturnidades;
• Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das
pensões, assumiu-se a data de admissão reconhecida para o Fundo
de Pensões.
Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do
Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte:
• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é
posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões,
é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço
passado e total;
• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é
anterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões,
é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado.
Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do
nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na
Banca.
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Relatório e Contas 2014 107
Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a
reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos
Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata.
O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes
efectivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do
participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo
masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do
nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV.
A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de
Pensões que é estimada pela Companhia de Seguros Fidelidade - Mundial
S.A. para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores
inscrito.
O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina a obrigatoriedade de
financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por
pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das
responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo. No entanto,
estabelece um período transitório entre 5 e 7 anos relativamente à cobertura
do aumento de responsabilidades decorrente da adopção da IAS 19.
A 01 de Janeiro de 2013 entraram em vigor as alterações, publicadas em
Junho de 2011, à IAS 19 – norma contabilística internacional que trata os
benefícios dos empregados. O período de transição para implementação das
alterações à IAS 19 terminou no início de 2013, e todas as empresas que
adoptem esta norma para a contabilização dos benefícios dos empregados
(planos de pensões), ficaram obrigadas a ter de reflectir as alterações à IAS
19 durante 2013. Dessa forma, a informação financeira passou a ser apurada
e reportada, a partir do exercício de 2013 seguindo a IAS 19 revista.
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Relatório e Contas 2014 108
k) Impostos sobre os lucros
A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado
no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código
do IRC).
O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os
impostos correntes e os impostos diferidos.
O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o
qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro
tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos
fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos.
Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar /
pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis
ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base
fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável.
Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas
as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos
activos só são registados até ao montante em que seja provável a existência
de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes
diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são
registados impostos diferidos nas seguintes situações:
• Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de
activos e passivos em transacções que não afectem o resultado
contabilístico ou o lucro tributável;
• Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não
distribuídos por empresas associadas, na medida em que a Caixa
tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável
que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível.
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Relatório e Contas 2014 109
Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se
antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias,
que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na
data de balanço.
Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos
resultados do exercício, excepto nos casos em que as transacções que os
originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio (por
exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para
venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente reflectido por
contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício.
l) Locação financeira
Os activos em regime de locação financeira são registados no balanço como
crédito concedido, sendo este reembolsado através das amortizações de
capital constantes do plano financeiro dos contratos. Os juros incluídos nas
rendas são registados como proveitos financeiros.
m) Eventos subsequentes
Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional
sobre condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas
demonstrações financeiras, se materiais.
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Relatório e Contas 2014 110
2. INTRODUÇÃO DAS NORMAS DE CONTABILIDADE AJUSTADAS
A aplicação das Normas de Contabilidade Ajustadas nas demonstrações
financeiras teve um impacto global positivo nos capitais próprios da Caixa em 1
de Janeiro de 2006 no montante de 207.772,99 Euros, em relação ao valor
apresentado nas últimas demonstrações financeiras preparadas de acordo com o
PCSB resultante dos seguintes efeitos:
Activos tangíveis (IAS 16 e 36)
A Caixa regularizou por contrapartida de resultados transitados o valor por
amortizar dos activos intangíveis que não cumpriam com os requisitos do IAS 16
e 36. Nem todos os activos se encontravam totalmente amortizados, pelo que o
valor actual desses bens foi contabilizado em resultados transitados assim como
o respectivo imposto diferido activo.
Activos intangíveis (IAS 38)
A Caixa regularizou por contrapartida de resultados transitados o valor por
amortizar dos activos intangíveis que não cumpriam com os requisitos do IAS 38.
Estes activos encontravam-se totalmente amortizados, pelo que não há valores a
mencionar no quadro superior.
Prémio de antiguidade (IAS 19)
O valor actual dos prémios de antiguidade a pagar no futuro por serviços passados
em 31 de Dezembro de 2006 foi reconhecido por contrapartida de resultados
transitados. De acordo com o anterior normativo do Banco de Portugal, os prémios
de antiguidade eram reconhecidos como custo no momento do respectivo
pagamento.
Impostos diferidos (IAS 12)
O valor indicado no quadro supra está relacionado com impostos diferidos
relativos a provisões não aceites fiscalmente e ao aumento das reintegrações
resultante da reavaliação legal.
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Relatório e Contas 2014 111
Diferimento de comissões (IAS 18)
De acordo com as NCA, os proveitos e custos associados a activos e passivos
financeiros registados ao custo amortizado são reconhecidos ao longo da vida das
operações. As comissões contabilizadas em proveitos até 31 de Dezembro de
2006, mas que de acordo com as NCA deveriam ser reconhecidas ao longo da vida
das operações, foram abatidas a resultados transitados.
3. Nota de Gestão de Riscos
Risco de crédito
Risco de crédito corresponde a perdas financeiras decorrentes do incumprimento
das contrapartes com as quais são celebrados os instrumentos financeiros.
Exposição máxima ao risco de crédito
Em 31 de Dezembro de 2014, a exposição máxima ao risco de crédito por tipo de
instrumento financeiro, excluindo os títulos em carteira, pode ser resumida como
segue, com a seguinte composição:
Risco cambial
Em 31 de Dezembro de 2014, os montantes globais dos activos e passivos
financeiros por moeda, convertidos para Euros, apresentam a seguinte
composição:
O risco cambial existente é de valor muito reduzido ou mesmo nulo.
Tipo de Instrumento Financeiro Valor Bruto Imparidade Valor Líquido
Investimento em associadas - acções 25 25 -
A.Não financeiros - não correntes detidos p/ venda 1.251.247 1.251.247 -
Activos Tangíveis - valorizados ao custo histórico 60.094 60.094
Devedores - outras aplicações e outros activos 173.649 173.649 -
1.485.016 1.485.016 -
Activos Euros Tx Juro M édia Total
Caixa e Disponibilidades em Bancos Centrais 30.588 - 30.588
30.588 - 30.588
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Relatório e Contas 2014 112
Risco de mercado
Risco de mercado corresponde ao risco de variação do justo valor ou dos cash-
flows dos instrumentos financeiros em função de alterações nos preços de
mercado, incluindo:
• risco cambial;
• risco de taxa de juro;
• outro risco de preço. Este risco está associado a variações ao nível
dos preços de mercados (excluindo as variações associadas ao risco
cambial ou ao risco de taxa de juro) resultantes de variações em
factores específicos de cada instrumento financeiro ou de factores
que afectem todos os instrumentos financeiros similares
transaccionados no mercado.
Análise de sensibilidade
O risco de mercado da Caixa é avaliado com base na metodologia do “Value-at-
Risk” (VaR), sendo este indicador utilizado na gestão da exposição aos riscos
gerados pelos instrumentos financeiros.
5. RELATO POR SEGMENTOS
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013, a
totalidade dos elementos do balanço e da demonstração dos resultados da Caixa
resultaram de operações efectuadas em Portugal, a segmentação dos resultados
da Caixa por linhas de negócio é a seguinte:
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 113
Nota: A Caixa possui apenas um segmento dado não estar organizada de forma a
separar na sua actividade a área de retalho e a área de corporate/empresas.
31-12-2014
Segm ento 1 Total
M argem financeira 2.678.612 2.678.612
R endim entos de instrum entos de capital 628 628
R esultados de serviços e com issões 1.691.456 1.691.456
O utros resultados de exploração e outros (369.471) (369.471)
P roduto bancário 4.001.225 4.001.225
C ustos com pessoal e gastos gerais adm inistrativos (4.126.958) (4.126.958)
A m ortizações do exercício (242.352) (242.352)
P rovisões e im paridade (1.917.965) (1.917.965)
R esultado antes de im postos (2.286.050) (2.286.050)
Im postos (372.787) (372.787)
R esultado líquido do exercício (2.658.837) (2.658.837)
A ctivos financeiros detidos para negociação - -
A ctivos financeiros disponíveis para venda 5 5
A plicações em instituições de crédito 71.442.384 71.442.384
C rédito a clientes 60.928.302 60.928.302
R ecursos de outras instituições de crédito - -
R ecursos de clientes e outros em préstim os 150.587.702 150.587.702
31-12-2013
Segm ento 1 Total
M argem financeira 2.420.114 2.420.114
R endim entos de instrum entos de capital 626 626
R esultados de serviços e com issões 1.847.348 1.847.348
O utros resultados de exploração e outros (44.974) (44.974)
P roduto bancário 4.223.115 4.223.115
C ustos com pessoal e gastos gerais adm inistrativos (4.067.408) (4.067.408)
A m ortizações do exercício (243.052) (243.052)
P rovisões e im paridade (2.026.997) (2.026.997)
R esultado antes de im postos (2.114.341) (2.114.341)
Im postos (411.426) (411.426)
R esultado líquido do exercício (2.525.767) (2.525.767)
A ctivos financeiros detidos para negociação - -
A ctivos financeiros disponíveis para venda 5.120 5.120
A plicações em instituições de crédito 72.766.254 72.766.254
C rédito a clientes 66.222.966 66.222.966
R ecursos de outras instituições de crédito - -
R ecursos de clientes e outros em préstim os 147.962.161 147.962.161
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 114
5. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS Esta rubrica tem a seguinte composição:
De acordo com o Regulamento nº 2.818/98, de 1 de Dezembro, emitido pelo
Banco Central Europeu, a partir de 1 de Janeiro de 1999 as instituições de crédito
estabelecidas nos Estados-Membros participantes estão sujeitas à constituição de
reservas mínimas em contas junto dos Bancos Centrais Nacionais participantes. A
base de incidência compreende todos os depósitos em bancos centrais e em
instituições financeiras e monetárias que se situem fora da zona Euro e todos os
depósitos de clientes inferiores a dois anos. A esta base é aplicado um coeficiente
de 2% e abatido um montante de 100.000 Euros. As reservas mínimas exigidas
são remuneradas à média das taxas das operações principais de refinanciamento
do Sistema Europeu de Bancos Centrais.
6. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica tem a seguinte composição:
9. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA
Esta rubrica tem a seguinte composição:
10. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica apresenta a seguinte composição:
C aixa 31-12-2014 31-12-2013
M oedas nacionais 1.119.183 1.242.052
M oedas estrangeiras 30.588 42.057
1.149.771 1.284.109
Títulos 31-12-2014 31-12-2013
Em itidos por residentes - -
Outros 5 5.120
5 5.120
Títulos 31-12-2014 31-12-2013
Emitidos por residentes - -
Outros 5 5.120
5 5.120
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 115
Em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura:
11. CRÉDITO A CLIENTES Esta rubrica tem a seguinte composição:
Aplicações em Instituições de Crédito no País 31-12-2014 31-12-2013
Em outras instituições de crédito:
Depósitos 71.442.384 72.766.254
Outras aplicações - -
71.442.384 72.766.254
31-12-2014 31-12-2013
Até 3 M eses 27.943.674 32.877.341
Entre 3 M eses e 1 ano 40.072.472 36.129.957
Entre 1 ano e 3 anos 1.485.837 1.753.856
Entre 3 anos e 5 anos - -
M ais de 5 Anos 1.250.000 1.250.000
Juros a receber 690.401 755.100
71.442.384 72.766.254
31-12-2014 31-12-2013
C rédito interno
M édio e longo prazos
Em préstim os à habitação bonificado 519.245 471.159
Em préstim os à habitação regim e geral 24.072.672 25.096.031
Em préstim os com garantia real 30.265.226 30.092.770
Em préstim os sem garantia real 1.332.985 3.540.481
C urto prazo
Outros créditos 2.134.370 2.181.803
C réditos em conta corrente
Clientes 1.891.512 2.451.528
D escobertos em depósitos à ordem
Outros residentes 71.400 320.352
60.287.409 64.154.123
Juros a receber 238.618 253.049
C om issões associadas ao custo am ortizado
D espesas com encargo diferido - -
R eceitas com rendim ento diferido (247.226) (247.925)
(247.226) (247.925)
Total crédito não vencido 60.278.801 64.159.247
C rédito e juros vencidos
C rédito vencido 17.101.415 17.768.820
Juros vencidos 36.996 64.072
Total crédito e juros vencidos 17.138.412 17.832.893
77.417.213 81.992.140
P rovisões
P ara crédito e juros vencidos (16.060.383) (15.731.217)
P ara crédito de cobrança duvidosa (428.528) (37.956)
(16.488.911) (15.769.174)
60.928.302 66.222.966
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 116
Para fazer face aos riscos de realização do crédito concedido, a Caixa dispõe em
31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013 de uma provisão para riscos
gerais de crédito no montante de 569.628 Euros e 609.312 Euros,
respectivamente, registada na rubrica “Provisões” do passivo (Nota 30)
Em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013, o prazo residual dos créditos a clientes apresenta a seguinte estrutura:
15. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA Esta rubrica apresenta a seguinte composição:
O movimento desta rubrica durante os exercícios de 2014 e 2013 pode ser apresentado da seguinte forma:
31-12-2014 31-12-2013
Até 3 M eses 1.653.523 2.142.707
Entre 3 M eses e 1 ano 1.207.685 2.270.688
Entre 1 ano e 5 anos 6.908.437 8.179.197
M ais de 5 A nos 67.647.569 69.399.548
77.417.212 81.992.140
A ctivos não correntes detidos para venda 31-12-2014 31-12-2013
Im óveis 9.898.697 10.648.821
Equipam ento - -
O utros - -
9.898.697 10.648.821
9.898.697 10.648.821
Im paridade:
Im óveis (1.251.247) (1.672.273)
Equipam ento - -
O utros- -
8.647.450 8.976.548
- -
Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor
Activos não correntes detidos para venda bruto Im paridade Aquisições Alienações de im paridade de im paridade de im paridade bruto Im paridade líquido
Im óveis 10.648.822 (1.672.273) 758.382 (1.508.507) 549.655 (128.629) - 9.898.697 (1.251.247) 8.647.450
Equipam ento - - - - - - - - - -
Outros - - - - - - - - - -
10.648.822 (1.672.273) 758.382 (1.508.507) 549.655 (128.629) - 9.898.697 (1.251.247) 8.647.450
- -
Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor
Activos não correntes detidos para venda bruto Im paridade Aquisições Alienações de im paridade de im paridade de im paridade bruto Im paridade líquido
Im óveis 10.634.917 (1.096.529) 948.186 (934.282) 20.055 (651.403) 55.603 10.648.822 (1.672.273) 8.976.548
Equipam ento - - - - - - - - - -
Outros - - - - - - - - - -
10.634.917 (1.096.529) 948.186 (934.282) 20.055 (651.403) 55.603 10.648.822 (1.672.273) 8.976.548
31-12-2013 31-12-2014
31-12-2012 31-12-2013
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 117
O aumento desta rubrica no exercício é justificado pela entrada de novos imóveis provenientes da recuperação de crédito, bem como obras de requalificação para potenciar a colocação destes imóveis no mercado. As avaliações de todos os imóveis têm menos de dois anos e são realizadas por especialistas registados na CMVM. De igual modo, é obtida a autorização do Banco de Portugal para a manutenção dos imóveis nesta rubrica. É perspectiva da CCAM que a alienação dos imóveis se venha a concretizar num espaço temporal curto. No presente exercício foram reclassificados para Outros Activos Tangíveis imóveis no montante global de 122 milhares de euros
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 118
17. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” durante os exercícios de 2014 e 2013 foi o seguinte:
18. ACTIVOS INTANGÍVEIS
O movimento ocorrido nas rubricas de “Activos intangíveis” durante os exercícios de 2014 e 2013 foi o seguinte:
31-12-2014
Valor Am ortizações Amortizações Alienações Valor
Descrição bruto acum uladas Im paridade Aquisições Transf do exercício Anulação e abates líquido
Im óveis:
D e serviço próprio:
Terrenos 410.690 - - 30.375 - - - - 441.065
Edificios 4.588.320 (1.372.140) (60.094) - - (89.202) - - 3.066.883
O utros 1.135.201 (323.260) - 111.474 - (50.326) - - 873.090
O bras em im óveis arrendados 866.691 (755.341) - - (34.209) - - 77.141
O utros im óveis 1.208 (1.208) - - - - - -
7.002.111 (2.451.949) (60.094) 141.849 - (173.737) - - 4.458.180
Equipam ento:
M obiliário e m aterial 268.836 (255.226) - - - (7.393) - - 6.218
M áquinas e ferram entas 173.311 (155.305) - 6.876 - (8.294) 1.846 (1.846) 16.588
Equipam ento inform ático 44.554 (44.554) - - - - - - -
Instalações interiores 85.189 (77.422) - 1.670 - (3.314) - - 6.123
M aterial de transporte 204.396 (124.415) - 68.099 71.998 (32.692) (18.741) (64.804) 103.842
Equipam ento de segurança 264.786 (231.540) - - - (8.818) - - 24.428
O utro equipam ento 434.480 (409.158) - 18.327 - (8.104) - - 35.545
1.475.552 (1.297.619) - 94.972 71.998 (68.615) (16.895) (66.650) 192.743
Equipam ento em locação financeira:
Im óveis
Equipam ento 68.702 (51.598) - 3.296 (71.998) - 51.598 - -
O utros activos em l.financeira 1.376 (1.376) - - - - - - -
70.078 (52.974) - 3.296 (71.998) - 51.598 - -
O utros activos tangíveis:
O utros 3.150 - - - - - - - 3.150
A ctivos tangíveis em curso - - - - - - -
8.550.891 (3.802.543) (60.094) 240.118 0 (242.352) 34.703 (66.650) 4.654.073
31-12-2013
Valor Am ortizações Amortizações Alienações Valor
Descrição bruto acum uladas Im paridade Aquisições Transf do exercício Anulação e abates líquido
Im óveis:
D e serviço próprio:
Terrenos 410.690 - - - - - - - 410.690
Edificios 4.588.320 (1.283.201) (84.328) - - (88.939) 11.986 - 3.143.837
O utros 1.135.201 (273.091) - - - (50.169) - - 811.941
O bras em im óveis arrendados 866.691 (721.132) - - (34.209) - - 111.350
O utros im óveis 1.208 (1.208) - - - - - -
7.002.111 (2.278.632) (84.328) - - (173.317) 11.986 - 4.477.819
Equipam ento:
M obiliário e m aterial 270.218 (247.313) - - - (9.295) 1.382 (1.382) 13.611
M áquinas e ferram entas 187.181 (168.741) - 10.174 - (10.609) 24.045 (24.045) 18.005
Equipam ento inform ático 50.415 (50.411) - - - (5) 5.861 (5.861) (0)
Instalações interiores 85.189 (73.395) - - - (4.027) - - 7.767
M aterial de transporte 204.396 (104.355) - - - (20.060) - - 79.981
Equipam ento de segurança 266.413 (223.534) - - - (9.633) 1.627 (1.627) 33.246
O utro equipam ento 428.809 (426.149) - 24.980 - (2.319) 19.310 (19.310) 25.322
1.492.622 (1.293.898) - 35.154 - (55.947) 52.225 (52.225) 177.932
Equipam ento em locação financeira:
Im óveis
Equipam ento 58.897 (39.187) - 9.805 - (13.788) - - 15.727O utros activos em l.financeira 1.376 - - - - - - 1.376
60.273 (39.187) - 9.805 (13.788) - - 17.104
O utros activos tangíveis:
O utros 3.150 - - - - - - - 3.150
A ctivos tangíveis em curso - - - - - - -
8.558.156 (3.611.716) (84.328) 44.960 - (243.052) 64.211 (52.225) 4.676.007
31-12-2013
31-12-2012
31-12-2014
Valor A m ortizações Amortizações Alienações Valo r
D escrição bruto acum uladas Im paridade Aquisições Transferências do exercício Imparidade e abates líquido
Sistem a de tratam ento autom ático de dados (software) 206.729 (206.729) - - - - - - -
O utros activos intangíveis 192.387 (149.820) - - - - - - 42.567
A ctivos intangíveis em curso - - - - - - - - -
399.115 (356.548) - - - - - - 42.567
31-12-2014
Valor A m ortizações Amortizações Alienações Valo r
D escrição bruto acum uladas Im paridade Aquisições Transferências do exercício Imparidade e abates líquido
Sistem a de tratam ento autom ático de dados (software) 206.729 (206.729) - - - - - - -
O utros activos intangíveis 192.387 (149.820) - - - - - - 42.567
A ctivos intangíveis em curso - - - - - - - - -
399.115 (356.549) - - - - - - 42.567
31-12-2013
31-12-2012
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 119
19. INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS Em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013, a rubrica “investimentos em filiais” tem a seguinte composição:
Em 31 de Dezembro de 2014, os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma:
20. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO
Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2014 de 31 de Dezembro de 2013 eram os seguintes:
Participação Valor de Valor de
efectiva (%) balanço balanço
Em presa Sector de actividade Sede 31-12-2014 31-12-2013 31-12-2014
CCCAM - Cx Central Financeira Lisboa 1,38% 4.178.140 4.178.140
CA Inform ática Inform ática Dam aia 0,08% 19.147 19.147
CA Vida Segurador Lisboa 0,28% 12.500 12.500
Fenacam Cooperativo Lisboa 0,01% 50 50
CA Seguros Segurador Lisboa 0,00% 25 25
4.209.862 4.209.862
A ctivo Situação Resultado
Em presa Sector de actividade Sede líquido líquida líquido
C aixa C entral Financeira Lisboa 6.000.506.067 298.127.857 36.610.035 *
C A Vida Segurador Lisboa 1.756.573.536 81.186.832 4.059.390 *
C A Seguros Segurador Lisboa 191.845.453 42.341.431 3.394.131 *
C A Inform ática Inform ática D am aia 21.697.337 6.621.974 314.140 *
Fenacam C ooperativo Lisboa 7.690.521 5.279.851 91.220 *
*todos os valores são provisórios. Encontram -se em processo de auditoria/certificação de contas
31-12-2014 31-12-2013
A ctivos por im postos diferidos
P or diferenças tem porárias 2.063.022 2.329.892
P or prejuízos fiscais reportáveis 504.498 595.562
2.567.520 2.925.454
P assivos por im postos diferidos
P or diferenças tem porárias 23.469 28.441
23.469 28.441
Total A ctivos e P assivos por Im postos Diferidos 2.590.989 2.953.894
P assivos por im postos correntes
IR C a pagar 18.153 13.124
- -
18.153 13.124
18.153 13.124
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 120
O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante os exercícios de 2014 e 2013 foram o seguinte:
Saldo Variação Variação Variação Saldo
em Adopção da em em Resultados em em
31-12-2013 IAS 39 Resultados Transitados Reservas 31-12-2014
. Activos tangíveis e im paridade - - - - - -
. Activos intangíveis - - - - - -
. Prém io de antiguidade 67.634 (3.212) - 64.422
. Encargos com saúde (123) - 123 - - -
. Provisões não aceites fiscalm ente:
Provisões para cobrança duvidosa - - - - - -
Provisões para crédito vencido 2.220.006 - (351.577) - - 1.868.429
Provisões para riscos gerais de crédito 42.375 - (6.396) - 35.979
Provisões para riscos bancários gerais - - - - - -
Provisão para aplicações financeiras - - - - - -
Provisões para im óveis - - - - - -
Provisões para outras aplicações - - - - - -
Provisões para outros riscos e encargos - - 94.192 - - 94.192
. Pensões
Reform as antecipadas - - - - - -
Desvios actuariais - - - - - -
Contribuição efectuada - - - - - -
. Reavaliação de im obilizado não aceite fiscalm ente 28.442 - (4.973) - - 23.469
. Reavaliação de instrum entos financeiros derivados - - - - -
. Valias fiscais - - - - - -
. Prejuízos fiscais reportáveis 595.562 - (91.064) - - 504.498
. Com issões - - - - - -
. Correcções no justo valor dos elem entos cobertos - - - - - -
. Valorização dos activos disponíveis para venda - - - - - -
. Carteira de títulos detidos até à m aturidade - - - - - -
2.953.895 - (352.961) - - 2.590.989
Saldo Variação Variação Variação Saldo
em Adopção da em em Resultados em em
31-12-2012 IAS 39 Resultados Transitados Reservas 31-12-2013
. Activos tangíveis e im paridade - - - - - -
. Activos intangíveis - - - - - -
. Prém io de antiguidade 65.111 2.523 - 67.634
. Encargos com saúde (123) - - - - (123)
. Provisões não aceites fiscalm ente:
Provisões para cobrança duvidosa - - - - - -
Provisões para crédito vencido 2.783.126 - (563.120) - - 2.220.006
Provisões para riscos gerais de crédito 42.375 - - - 42.375
Provisões para riscos bancários gerais - - - - - -
Provisão para aplicações financeiras - - - - - -
Provisões para im óveis - - - - - -
Provisões para outras aplicações - - - - - -
Provisões para outros riscos e encargos - - - - - -
. Pensões
Reform as antecipadas - - - - - -
Desvios actuariais - - - - - -
Contribuição efectuada - - - - - -
. Reavaliação de im obilizado não aceite fiscalm ente 29.240 - 799 - - 28.441
. Reavaliação de instrum entos financeiros derivados - - - - -
. Valias fiscais - - - - - -
. Prejuízos fiscais reportáveis 431.509 - 164.053 - - 595.562
. Com issões - - - - - -
. Correcções no justo valor dos elem entos cobertos - - - - - -
. Valorização dos activos disponíveis para venda - - - - - -
. Carteira de títulos detidos até à m aturidade - - - - - -
3.351.238 - (395.745) - - 2.953.895
2014
2013
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 121
No presente exercício os activos por impostos diferidos foram reavaliados de acordo com a análise efetuada sobre a recuperação dos prejuízos fiscais e de créditos com garantia hipotecária sobre os imóveis, sendo convicção que os valores reconhecidos venham a ser recuperados. Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados são apresentados da seguinte forma:
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais da Caixa relativas aos anos de 2010 a 2013 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão e a matéria colectável a eventuais correcções. Contudo, na opinião da Direcção da Caixa, não é previsível que ocorram correcções com impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2014.
21. OUTROS ACTIVOS Esta rubrica apresenta a seguinte composição:
31-12-2014 31-12-2013
Im postos correntes (19.825) (15.681)
Im postos diferidos
Registo e reversão de diferenças tem porárias (352.962) (395.745)
Prejuízos fiscais reportáveis - -
(352.962) (395.745)
Total de im postos reconhecidos em resultados (372.787) (411.426)
30-06-2014 31-12-2013
Outros activos
Outros m etais preciosos 13.338 13.346
Sector Público Adm inistrativo
IVA a recuperar - -
Despesas a debitar a clientes - -
Bonificações a receber - -
Outros devedores diversos 1.183.269 1.136.397
- -
1.196.608 1.149.743
Despesas com encargo diferido
Fundo de Pensões 41.980 69.114
Fundo de Garantia - -
Seguros - -
SAM S - -
Outras - 3.046
41.980 72.160
Responsabilidades com pensões e outros beneficios
Saldo devedor 631.471
Saldo Credor (571.817)
59.654 -
Valores a regularizar
Operações cam biais a liquidar - -
Operações activas a regularizar 1.820.984 1.797.102
Outras - -
1.820.984 1.797.102
Im paridade – Outros activos
Outros devedores diversos (173.649) (73.567)
- -
(173.649) (73.567)
2.945.577 2.945.438
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 122
25. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO
Esta rubrica tem a seguinte composição:
O valor registado em 2013 (6.321.307 euros) enquadrava-se nas medidas temporárias, adicionais e excepcionais tomadas pelo Banco Central Europeu (BCE) que alarga os critérios para a elegibilidade dos activos a serem utilizados como garantia nas operações de política monetária do Eurosistema (Instrução nº7/2012 e nº 9/2012 do BdPortugal, cuja a aplicação se enquadra no regime definido pela Instrução nº 1/99 do BdPortugal e seus anexos. Estas medidas permitem às instituições bancárias obterem financiamento juntos dos bancos centrais da Zona Euro, utilizando para tal, como garantias, os créditos sobre os seus próprios clientes (no caso da CCAM LSL a carteira de crédito habitação no âmbito dos Direitos Adicionais de Crédito ascende a 37.118.214,10 – vide nota 34. O montante total do financiamento garantido por direitos adicionais de crédito das Caixas Associadas ascendia a cerca de 300 milhões e foi aplicado na constituição de uma carteira de activos financeiros específica. No final do presente exercício e na sequência da instrução nº 28/2013 doBdPortugal, estas medidas temporárias foram alteradas, pelo que foram desmobilizadas todas as operações associadas. 26. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
Em 31 de Dezembro de 2014 de 31 de Dezembro de 2013, os prazos residuais dos
recursos de clientes e outros empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura:
31-12-2014 31-12-2013
Recursos de instituições de crédito no país
202.507 6.321.307
202.507 6.321.307
202.507 6.321.307
31-12-2014 31-12-2013
Depósitos
À ordem 37.047.388 34.616.629
A prazo 99.894.121 98.755.244
D e poupança 13.048.559 13.647.963
Outros recursos de clientes
Cheques e ordens a pagar 3.312 3.761
Outros 1.746 2.700
Juros a pagar 592.574 935.863
150.587.702 147.962.161
31-12-2014 31-12-2013
Até três m eses 84.736.375 77.307.664
Entre três m eses e um ano 63.940.358 68.829.609
Entre um ano e três anos 1.830.402 882.563
Entre três e cinco anos 44.016 -
M ais de cinco anos 36.551 -
150.587.702 147.019.836
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 123
30. PROVISÕES E IMPARIDADE O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa durante os exercícios
de 2014 e 2013 foi o seguinte:
Nota: O valor registado nas Outras Provisões em 31 de Dezembro de 2014 (420.656€) resulta de (i) Provisões para garantias e compromissos assumidos (381.895€), (ii) Indeminização a Maria Silva (36.734€) e (iii) Despesas Processuais Relativas à Liquidação da Garantia da Fundimo (2.027€). No final do presente exercício a Garantia da Fundimo no montante de 979 milhares de euros foi liquidada assim como os juros acordados no montante de 198 milhares de euros, tendo sido utilizada directamente a provisão registada.
Saldos em Reposições e Saldos em
31-12-2013 R eforços anulações Utilizações Transferências 31-12-2014
P rovisões para créditos sobre clientes e aplicações
em instituições de crédito:
- Créditos de cobrança duvidosa 37.956 469.611 (79.040) - 428.527
- Crédito e juros vencidos 15.571.292 1.687.364 (952.796) (405.402) 15.900.458
- Outras 159.926 - - - 159.926
- Risco-país - - - - - -
15.769.174 2.156.975 (1.031.836) (405.402) - 16.488.911
P rovisões:
- R iscos gerais de crédito 609.312 36.485 (76.169) 569.628
- O utros riscos e encargos - - - - - -
- R iscos bancários gerais - - - - - -
609.312 36.485 (76.169) - - 569.628
Im paridade
- Im paridade de outros activos financeiros 25 - - - - 25
- Im paridade de outros activos:
A ctivos não correntes detidos para venda 1.672.273 128.629 - (549.656) - 1.251.247
O utros activos tangíveis 72.343 - (12.248) - - 60.095
O utros activos 73.567 104.836 (4.755) - - 173.648
1.818.184 233.465 (17.003) (549.656) - 1.484.990
O utras * 979.028 618.660 - (1.177.032) - 420.656
19.175.723 3.045.585 (1.125.008) (2.132.090) - 18.964.210
Saldos em Reposições e Saldos em
31-12-2012 R eforços anulações Utilizações Transferências 31-12-2013
P rovisões para créditos sobre clientes e aplicações
em instituições de crédito:
- Créditos de cobrança duvidosa 106.853 671.842 (740.739) 37.956
- Crédito e juros vencidos 14.187.837 2.796.584 (1.220.160) (192.969) 15.571.292
- Outras 159.926 - - - 159.926
- Risco-país - - - - - -
14.454.616 3.468.426 (1.960.899) (192.969) - 15.769.174
P rovisões:
- R iscos gerais de crédito 714.467 52.389 (157.544) 609.312
- O utros riscos e encargos - - - - - -
- R iscos bancários gerais - - - - - -
714.467 52.389 (157.544) - - 609.312
Im paridade
- Im paridade de outros activos financeiros 25 - - - - 25
- Im paridade de outros activos:
A ctivos não correntes detidos para venda 1.096.528 651.403 (39.773) (35.885) - 1.672.273
O utros activos tangíveis 84.329 - (11.986) - 72.343
O utros activos 48.586 28.825 (3.844) - - 73.567
1.229.443 680.228 (55.602) (35.885) - 1.818.184
O utras * 979.028 - - - - 979.028
17.377.579 4.201.043 (2.174.045) (228.854) - 19.175.723
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 124
33. OUTROS PASSIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:
34. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária
encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:
31-12-2014 31-12-2013
Credores e outros recursos
Recursos Diversos 33.718 29.936
Sector Público Adm inistrativo
Retenção de im postos na fonte 88.246 102.146
Contribuições para a Segurança Social 40.515 39.263
Im posto sobre o Valor Acrescentado 5.991 2.087
Cobranças por conta de terceiros 3.671 3.643
Contribuições para outros sistem as de saúde 9.019 8.761
Diversos 157.124 192.424
Encargos a pagar
Por gastos com pessoal
Provisão para férias e subsídio de férias 262.112 258.316
Prém io de antiguidade 286.322 255.223
SAM S - -
Contribuições para o FGD , FGC AM e SII - -
Outros - -
Responsabilidades com pensões e outros beneficios
Saldo devedor (555.349)
Saldo Credor 577.569
Receitas com rendim ento diferido
Com issões sobre garantias prestadas 5.391 8.392
Valores a regularizar
Outras operações a regularizar 263.493 298.530
1.155.602 1.220.941
31-12-2014 31-12-2013
G arantias prestadas e outros passivos eventuais
G arantias e avales prestados 1.304.878 1.761.557
A ceites e endossos - -
C réditos docum entários abertos - -
O utros passivos eventuais 526.591 575.866
G arantias reais (*) - 37.118.214
O utros activos
C om prom issos perante terceiros
P or linhas de crédito
C om prom issos irrevogáveis 9.194.664 10.094.595
C om prom issos revogáveis 332.117 301.472
R esponsabilidades por prestação de serviços
D epósito e guarda de valores 102.622 46.552
Valores recebidos para cobrança 77.010 93.190
Valores adm inistrados pela instituição - -
O utras - -
11.537.882 49.991.447
(*) Garantia prestada ao BdPortugal no âmbito dos
Depósitos de Direitos Adicionias de Crédito
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 125
No âmbito da sua actividade normal a Caixa oferece determinados produtos financeiros
que tradicionalmente incluem instrumentos relacionados com crédito registados em
contas extrapatrimoniais e cujos riscos não se encontram portanto reflectidos
totalmente ou em parte nas demonstrações financeiras.
As garantias e avales prestados podem dizer respeito a operações relacionadas ou
não com crédito, em que a Caixa presta uma garantia em relação a crédito concedido
a um cliente por uma entidade terceira. De acordo com as suas características
específicas, espera-se que algumas destas garantias expirem sem terem sido exigidas,
pelo que estas operações não representam necessariamente fluxos de caixa de saída.
As cartas de crédito e créditos documentários abertos destinam-se
particularmente a garantir pagamentos a entidades terceiras no âmbito de transacções
comerciais com o estrangeiro, financiando o envio das mercadorias adquiridas. Desta
forma o risco de crédito destas transacções encontra-se limitado uma vez que se
encontram colateralizadas pelas mercadorias enviadas e são geralmente de curta
duração.
Os compromissos irrevogáveis constituem partes não utilizadas de facilidades de
crédito concedidas a clientes empresas e particulares. Muitas destas operações têm
uma duração fixa e uma taxa de juro variável, pelo que o risco de crédito e de taxa de
juro é limitado.
Os instrumentos financeiros contabilizados como Garantias e outros
compromissos estão sujeitos aos mesmos procedimentos de aprovação e controlo
aplicados à carteira de crédito nomeadamente quanto à avaliação da adequação das
provisões constituídas tal como descrito na política contabilística. A exposição máxima
de crédito é representada pelo valor nominal que poderia ser perdido relativo aos
passivos contingentes e outros compromissos assumidos pela Caixa na eventualidade
de incumprimento pelas respectivas contrapartes, sem ter em consideração potenciais
recuperações de crédito ou colaterais.
Em virtude da natureza destas operações conforme acima descrito não se
prevêem quaisquer perdas materiais nestas operações para além dos valores
registados na rúbrica de Outras Provisões conforme explicitado na nota 30.
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 126
35. CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO Em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013, a estrutura accionista da
Caixa é a seguinte:
Nos termos da Portaria nº 408/99, de 4 de Junho, publicada no Diário da República –
I SérieB, nº 129, os prémios de emissão não podem ser utilizados para a atribuição de
dividendos nem para a aquisição de acções próprias.
36. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E
LUCRO DO EXERCÍCIO
Em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013, as rubricas de reservas e
resultados transitados têm a seguinte composição:
Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro,
alterado pelo Decreto-Lei nº 201/2002, de 26 de Setembro, a Caixa constitui um
fundo de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres
N º de N º de
acções % acções %
Accionistas:
Por Entrada de Dinheiro (Vários) 203.674 10,89% 208.551 11,12%
Por Incorporação de Reservas (Caixa) 1.666.791 89,11% 1.666.791 88,88%
1.870.465 100,00% 1.875.342 100,00%
9.352.325 9.376.710
2014 2013
31-12-2014 31-12-2013
R eservas de reavaliação:
R eservas resultantes da valorização ao justo valor:
De activos financeiros disponíveis para venda
De investim entos em filiais, associadas e em preendim entos conjuntos
R eservas de reavaliação do im obilizado 260.765 268.307
R eservas - Fundo de P ensões - Ganhos e Perdas A cturiais 236.528 167.852
R eservas por im postos diferidos
D e activos financeiros disponíveis para venda
497.293 436.159
O utros instrum entos de capital
R eserva legal 8.506.150 8.506.150
O utras reservas 182.619 182.619
R esultados transitados (10.250.493) (7.705.133)
(1.561.723) 983.636
R esultado do exercício (2.658.837) (2.525.767)
(3.723.267) (1.105.972)
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 127
constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente
transferida para esta reserva uma fracção não inferior a 10% do resultado líquido
do exercício, até perfazer o referido montante.
Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou
para aumentar o capital.
37. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES
Esta rubrica tem a seguinte composição:
38. JUROS E ENCARGOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2014 31-12-2013
Juros de disponibilidades em outras instituições de crédito
4.791 4.993
Juros de aplicações em instituições de crédito
1.960.493 2.111.963
1.965.284 2.116.955
C rédito interno
Em presas e adm inistrações públicas
D esconto e outros créditos titulados por efeitos 11.887 33.194
Em préstim os 1.089.732 1.189.785
C réditos em conta corrente 173.334 290.867
D escobertos 21.738 34.604
P articulares
Outros créditos 404.432 394.027
C onsum o
Outros créditos 163.123 187.707
O utras finalidades
Desconto e outros créditos titulados por efeitos 2.845 8.229
Em préstim os 734.694 806.224
Créditos em conta corrente 20.309 28.102
Descobertos em depósitos à ordem 14.787 16.145
C rédito ao exterior - particulares 2.826 3.622
2.639.706 2.992.505
31-12-2014 31-12-2013
Juros de Crédito Vencido 200.381 420.357
Juros de Activos Financeiros 12 235
4.805.383 5.530.052
31-12-2014 31-12-2013
Juros de recursos de outras instituições de crédito
no país 1.045 33.147
no estrangeiro - -
Juros de recursos de clientes e outros em préstim os 2.125.707 3.076.643
O utras com issões pagas:
operações de crédito - -
O utros juros e encargos sim ilares 19 148
2.126.771 3.109.938
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 128
39. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL Esta rubrica tem a seguinte composição:
40. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2014 31-12-2013
Investim entos em filiais, associadas e em preendim entos conjuntos
No país
Investim entos em filiais 628 626
Investim entos em associadas - -
Investim entos em em preendim entos conjuntos - -
628 626
Outros instrum entos de capital - -
628 626
31-12-2014 31-12-2013
Por garantias prestadas
Garantias e avales 46.628 62.005
46.628 62.005
Por com prom issos assum idos perante terceiros
Com prom issos irrevogáveis
Linhas de crédito irrevogáveis 63.333 77.622
63.333 77.622
Por serviços prestados
Depósito e guarda de valores 3 -
Cobrança de valores 815 1.089
Adm inistração de valores - -
Transferência de valores 31.576 49.873
Gestão de cartões 677 765
Anuidades 74.431 74.737
Operações de crédito
Outras operações de crédito 271.426 353.794
Outros serviços prestados 916.425 917.386
1.295.353 1.397.644
Por operações realizadas por conta de terceiros
Sobre títulos
Em operações de B olsa
Outras operações realizadas por conta de terceiros - -
- -
Outras com issões recebidas 469.142 501.202
1.874.456 2.038.474
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 129
41. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição:
44. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL Esta rubrica tem a seguinte composição:
45. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:
46. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO Estas rubricas têm a seguinte composição:
31-12-2014 31-12-2013
P or garantias recebidas 19.538 18.403
P or com prom issos assum idos por terceiros - -
P or serviços bancários prestados por terceiros
D epósito e guarda de valores 1.662 3.649
O perações de crédito
C obrança de valores 275 323
O perações de crédito - -
A dm inistração de valores - -
O utros 161.525 168.751
P or operações realizadas por terceiros
O utras com issões pagas - -
183.000 191.125
31-12-2014 31-12-2013
Operações Cam biais à vista 4.609 -439
Operações Cam biais a prazo
4.609 (439)
31-12-2014 31-12-2013
R esultados em activos não financeiros
A ctivos não correntes detidos para venda (52.897) (23.309)
O utros activos tangíveis (14.589) 302
(67.485) (23.007)
31-12-2014 31-12-2013
O utros rendim entos de exploração
R eem bolso de despesas 49.841 17.967
R ecuperação de créditos, juros e despesas
Recuperação de créditos incobráveis 220 2.688
Recuperação de juros e despesas de crédito vencido 105.944 214.283
R endim entos da prestação de serviços diversos 22.366 21.174
O utros 49.077 37.142
227.447 293.253
O utros Im postos
Im postos indirectos (36.170) (19.555)
Im postos directos - IM I (26.966) (23.034)
(63.137) (42.589)
O utros encargos de exploração
Q uotizações e donativos (25.679) (25.262)
C ontribuições para o FGC AM (80.914) (89.810)
O utros encargos e gastos operacionais (364.312) (157.121)
(470.905) (272.192)
(306.595) (21.528)
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 130
47. CUSTOS COM PESSOAL Esta rubrica tem a seguinte composição:
O número médio de colaboradores da Caixa em 2014 e 2013 apresenta a seguinte composição:
48. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2014 31-12-2013
Salários e vencim entos
Órgãos de Gestão e Fiscalização 120.310 100.965
Em pregados 1.758.933 1.716.868
Encargos sociais obrigatórios
Fundos de Pensões (Nota 18) 17.521 32.577
Encargos relativos a rem unerações:
Caixa de Abono de Fam ília
Segurança Social 362.127 350.336
SAM S 76.864 76.255
Outros
Outros encargos sociais obrigatórios:
Subsídio por m orte
Outros 14.535 12.197
Outros - 27.169
2.350.289 2.316.367
31-12-2014 31-12-2013
C .Adm inistração 3 3C hefias e G erência 20 20Q uadros Técnicos - -
A dm inistrativos 37 37O utros 4 5
64 65
31-12-2014 31-12-2013
C om fornecim entos:
Á gua energia e com bustíveis 108.632 123.512
M aterial de consum o corrente 37.836 32.623
P ublicações 14.928 15.957
M aterial de higiene e lim peza 2.995 4.927
O utros fornecim entos de terceiros 11.259 11.303
175.650 188.322
C om serviços:
R endas e alugueres 86.257 85.045
C om unicações 144.882 173.972
D eslocações, estadas e representação 22.313 19.697
P ublicidade e edição de publicações 31.074 33.853
C onservação e reparação 123.489 75.080
Transportes 51.351 52.561
Form ação de pessoal 8.645 3.239
Seguros 54.404 40.879
Serviços especializados:
Avenças e honorários 110.997 106.701
Judiciais contencioso e notariado 20.268 31.076
Inform ática 584.666 584.664
Segurança e vigilância 1.778 -
Lim peza 58.501 51.327
Inform ações - -
Outros serviços especializados:
SIBS 109.989 103.250
Consultores e auditores externos 18.963 18.244
Avaliadores externos 45.474 14.758
Outros serviços de terceiros 127.967 168.371
1.601.018 1.562.719
1.776.668 1.751.041
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 131
49. ENTIDADES RELACIONADAS Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 19), a Caixa consolida com as
Caixas de Crédito Agrícola Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo. Em 31 de Dezembro 2014 e 31 de Dezembro de 2013, as demonstrações financeiras da Caixa incluem os seguintes saldos e transacções com entidades relacionadas:
As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respectivas datas.
50. PENSÕES DE REFORMA ENQUADRAMENTO
A 01 de Janeiro de 2013 entraram em vigor as alterações, publicadas em Junho de
2011, à IAS 19 – norma contabilística internacional que trata os benefícios dos
empregados.
O período de transição para implementação das alterações à IAS 19 terminou no início
de 2013, e todas as empresas que adoptem esta norma para a contabilização dos
benefícios dos empregados (planos de pensões), ficaram obrigadas a ter de reflectir
as alterações à IAS 19 durante 2013.
Dessa forma, a informação financeira passou a ser apurada e reportada, a partir do
exercício de 2013 (com base no estudo actuarial elaborado em 31/12/2013), seguindo
a IAS 19 revista.
As principais alterações são:
O utras em presas do
G rupoTotal
Outras empresas do
GrupoTotal
A ctivo s:
Disponibilidades em outras instituições de crédito 2.019.290 2.019.290 1.350.755 1.350.755-
Activos financeiros detidos para negociação - - - --
Activos financeiros disponíveis para venda 5 5 42.567 42.567-
Aplicações em instituições de crédito 71.442.384 71.442.384 72.766.254 72.766.254-
Crédito a clientes - - - --
Outros activos - - - --
-
C usto s: --
Juros e encargos sim ilares 1.045 1.045 33.147 33.147-
Encargos com serviços e com issões 85.391 85.391 76.569 76.569-
Resultados de activos e passivos avaliados -
ao justo valor através de resultados - - - --
Gastos gerais adm inistrativos 976.142 976.142 928.520 928.520-
-
P roveitos: --
Juros e rendim entos sim ilares 1.965.284 1.965.284 2.116.955 2.116.955-
Rendim entos de instrum entos de capital 628 628 626 626-
Rendim entos de serviços e com issões 479.622 479.622 454.032 454.032-
Outros resultados de exploração - - - -
2014 2013
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 132
Reconhecimento
• Eliminação da possibilidade de reconhecimento diferido dos ganhos e perdas
actuariais, ou seja, da utilização do método do corredor. Os ganhos e perdas
actuariais deverão ser totalmente reconhecidos em “outro rendimento integral” no
ano em que ocorrem;
• Eliminação do conceito "retorno esperado dos activos".
Apresentação
• Custo do Serviço (P&L): O custo do serviço inclui o custo dos serviços correntes,
custo dos serviços passados e ganhos ou perdas aquando das liquidações;
• Juro líquido (P&L): O juro líquido é determinado pela multiplicação da taxa de
desconto pelo passivo (activo) líquido de benefícios definidos (ambos determinados
no início do período de relato anual, tendo em conta qualquer variação do passivo
(activo) líquido de benefícios definidos durante o período em consequência do
pagamento de contribuições e benefícios);
• Remensurações (Outro Rendimento Integral): Inclui todas as alterações
resultantes da remensuração das responsabilidades por serviços passados e
activos do plano.
1.iii) CONTABILIZAÇÃO EM NCA
1.iii.a) Apuramento do impacto de adopção das NCA a 1/01/2007
Decorrente da introdução das Normas Internacionais de Contabilidade e no que diz
respeito à “IAS 19 – Benefícios dos empregados”, foi registado em 1 de Janeiro de
2007 o valor dos ajustamentos de transição referentes a 31 de Dezembro de 2006.
Em 1 de Janeiro de 2007, o valor das responsabilidades com complementos de
pensões de reforma, prémio de antiguidade e SAMS e respectivas coberturas, em
NCA’s foram as seguinteS:
1-01-2007
Fundo de pensões
A.1. Responsabilidades PCSB 51.606
A.2. Impacto da transição para IAS 19: 68.564
A.2.1. Tábua de mortalidade 5.641
A.2.2. Pressupostos financeiros 62.923
A.3. Responsabilidades IAS 19 (A.1. + A.2.) 120.170
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 133
A.4. Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2006 60.762
A. Insuficiência de cobertura pelo Fundo de Pensões (A.3 – A.4) 59.408
1-01-2007
Encargos com saúde (SAMS):
B.1. Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 211.029
B.2. Com licenças sem vencimento 0
B.3. Com pré-reformados 0
B.4. Com pensões em pagamento 3.719
B. Total 214.748
1-01-2007
Prémio de antiguidade:
C.1. Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 194.228
C.2. Com licenças sem vencimento 0
C. Total 194.228
De acordo com o Aviso nº 12/2005, de 30 de Dezembro, o acréscimo de
responsabilidades decorrente da alteração da tábua de mortalidade em data posterior
a 1 de Janeiro de 2005 pode ser reconhecido através da aplicação de um plano de
amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos).
De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, o aumento
de responsabilidades com o Fundo de Pensões, decorrente da introdução da IAS 19
deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de
prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2011 (5 anos).
Adicionalmente, de acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de
Fevereiro, as responsabilidades com o SAMS, decorrente da introdução da IAS 19
deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de
prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos).
Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso nº 7/2008,
de 14 de Outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição acima
identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado
inicialmente.
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 134
Foi decisão da CCAM de LOURES, SINTRA E LITORAL prolongar o diferimento dos
impactos de transição tal como permitido no Aviso nº 7/2008, de 14 Outubro 2008.
Assim, em 31-12-2007 o valor por reconhecer em resultados transitados, que deriva
dos impactos da adopção do IAS 19, e o número de anos pelos quais agora serão
reconhecidos em resultados transitados, é como segue:
31-12-2007 Nº anos a
diferir
Data limite de
diferimento
A.2.1.2007 Alteração da tábua de mortalidade 4.835 9 anos 2016
A.2.2.2007 Alteração dos pressupostos
financeiros 50.338
7 anos 2014
A.2.3.2007 Excesso de cobertura em PCSB 7.325 7 anos 2014
B.2007 Encargos com saúde (SAMS) 184.070 9 anos 2016
Reconhecimento anual nos resultados transitados:
31-12-2014
A.2.1.2014 Alteração da tábua de mortalidade 537
A.2.2.2014 Alteração dos pressupostos financeiros 7.191
A.2.3.2014 Excesso de cobertura em PCSB 1.046
B.2014 Encargos com saúde (SAMS) 20.452
2014 TOTAL 27.134
TOTAL = A.2.1.2014 + A.2.2.2014 - A.2.3.2014 + B.2014
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 135
1.iii.b) Registo do impacto do movimento do Fundo de Pensões e do custo
com o SAMS e Prémios de antiguidade a 31/12/2014
Os pressupostos actuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades da
CCAM de LOURES, SINTRA E LITORAL com referência a 31 de Dezembro de 2014 e
de 2013 foram os seguintes:
Em 31 de Dezembro de 2014, o valor das responsabilidades por serviços passados com
o pagamento de complementos de reforma e sobrevivência e encargos com cuidados
médicos de saúde pós-emprego (SAMS), com trabalhadores no activo, licenças sem
vencimento, pré-reformados e pensões em pagamento, são as seguintes:
31-12-2014
F.2014 Valor actual das Responsabilidades por serviços passados 571.815
F.1 Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 438.437
F.2 Com licenças sem vencimento 6.383
F.3 Com pré-reformados 0
F.4 Com pensões em pagamento 126.995
31/12/2014 31/12/2013
Pressupostos demográficos
Tábua de mortalidade TV – 88/90 TV – 88/90
Tábua de invalidez EVK 80 EVK 80
Idade de reforma (**) 65
Método de avaliação “Projected Unit
Credit”
“Projected Unit
Credit”
Pressupostos financeiros:
Taxa de desconto (*) (*)
Taxa de crescimento dos salários e outros benefícios 1,40% 1,65%
Taxa de crescimento das pensões 1,00% 1,40%
Taxa de revalorização de salários para a Segurança Social:
- de acordo com nº2 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,40% 1,46%
- de acordo com nº1 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,40% 1,40%
(*) Taxa de desconto diferente para diferentes grupos da população:
Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial < 55 anos : 3,25% 4,25%
Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial >=55 anos : 2,75% 4,00%
Pré-reformados, reformados e pensionistas : 2,25% 3,50%
(**) De acordo com o Decreto-lei nº167-E/2013
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 136
O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência
referente à CCAM de LOURES, SINTRA E LITORAL é o que a seguir se apresenta:
G.1 + Custo do serviço corrente 24.404
G.3 + Custo dos juros Líquido “Net Interest” -2.960
G.4.Ano +/- (Ganhos) e Perdas actuariais -68.676
G.4.1.Ano Relativos a diferenças entre os pressupostos e os valores realizados
-36.222
G.4.2.Ano Relativos a alterações verificadas nos pressupostos e nas condições dos planos
-32.454
G.5 + Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas antecipadas
0
G.6 = Acréscimo anual de responsabilidades -47.231
O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões referente à CCAM de
LOURES, SINTRA E LITORAL foi o seguinte:
A.4.2013 (+) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-
2013 555.349
H.1 (+) Contribuições efectuadas 31.484
H.1.1 Pela CCAM de LOURES, SINTRA E LITORAL 0
H.1.2 Pelos empregados 31.484
H.2 (+) Capitais recebidos de seguro 0
H.3 (+) Rendimento dos activos do Fundo de Pensões
(liquido) 50.016
H.4 (-) Prémios de seguro pagos 17.521
H.9 (+) Participação de resultados no seguro 20.679
H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 6.346
H.5.1 Por reformas antecipadas 0
H.5.2 Outros 6.346
H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 2.190
H.7.2014 (=) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-
2014 631.471
H.8. Variação do valor da quota-parte do fundo de pensões
em 2014
(H.7.2014 – A.4.2013)
76.122
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 137
O movimento ocorrido durante o exercício de 2014 relativo ao valor actual das responsabilidades por serviços passados foi o seguinte:
F.2013 (+) Responsabilidades Totais em 31 de Dezembro de 2013 577.567
G.1 (+) Custo do serviço corrente 24.404
G.1.1 Custo do serviço corrente da Entidade -7.080
H.1.2 Contribuições para o Fundo efectuadas pelos
empregados 31.484
G.2 (+) Custo dos juros 19.869
G.4.1 (+/-) (Ganhos) e perdas actuariais nas responsabilidades -41.488
G.5 (+) Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas
antecipadas 0
H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 6.346
H.5.1 Por reformas antecipadas 0
H.5.2 Outros 6.346
H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 2.190
F.2014 (=) Responsabilidades totais em 31-12-2014 571.815
K. Variação nas responsabilidades em 2014 (F.2014 – F.2013) -5.752
O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2014, de acordo
com o Aviso 12/2001 do Banco de Portugal, era o seguinte:
F.2014 Valor actual das responsabilidades com serviços passados 571.815
I.1 Valor por amortizar em 31 Dezembro de 2014 (Aviso 7/2008) 40.744
I.2 Responsabilidades por serviços passados (Aviso 12/2001) 510.833
I.3 Nível de cobertura (Aviso 12/2001) (%) 124
A cobertura do nível mínimo de solvência do Instituto de Seguros de Portugal em 31
de Dezembro de 2014, era o seguinte:
I.4 Responsabilidades por serviços passados (ISP) 328.871
I.5 Nível de cobertura (ISP) (%) 192
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Relatório e Contas 2014 138
Com a implementação em 1 de Janeiro de 2013 das alterações decorrentes da IAS 19 Revisto, os desvios actuariais por amortizar apurados à data de 31 de Dezembro de 2012, foram transferidos para uma rubrica do rendimento integral “reservas de reavaliação”.
No exercício de 2014, o valor dos desvios actuariais existentes e o movimento ocorrido
no exercício no “rendimento integral”, foi o seguinte:
RI.2013 Desvios actuariais por amortizar em 31-12-
2013 167.852
RI.ano Desvios actuariais gerados em 2014 –
Ganhos e perdas actuariais 68.676
RI.2014 Desvios actuariais por amortizar em 31-12-
2014 236.528
Prémios de antiguidade:
A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de
antiguidade futuros, com trabalhadores no activo e licenças sem vencimento, foi a
seguinte:
Prémio de Antiguidade 31-12-2013
N.1.2013 Com trabalhadores no activo 250.533
N.2.2013 Com licenças sem vencimento 4.690
N.2013 Total 255.223
Prémio de Antiguidade 31-12-2014
N.1.2014 Com trabalhadores no activo 280.818
N.2.2014 Com licenças sem vencimento 5.504
N.2014 Total 286.322
Prémio de Antiguidade Variação
O.1. Com trabalhadores no activo 30.285
O.2. Com licenças sem vencimento 814
O. Total 31.099
51. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS OU DE RESEGUROS
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 139
A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Loures, Sintra e Litoral está inscrita no
Instituto de Seguros de Portugal, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de
acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de
Julho, desenvolvendo a actividade de intermediação em exclusividade com as
Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros
– Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício
da actividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida
– Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da actividade de
seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões.
No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efectua a venda de contratos
de seguros e de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados
e participa no encaminhamento das participações de sinistros que sejam entregues
nos Balcões da CCAM.
Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas
seguradoras, a CCAM recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação
de adesões em Fundos de Pensões as quais estão definidas em Protocolo estabelecido
entre a CCAM e as referidas Seguradoras.
As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na
Demonstração de Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os
valores de remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de
cada ano, estão reconhecidas como um activo no Balanço, na rubrica de Outros
Activos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as remunerações
de mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2014, encontram-se já
integralmente pagas pelas referidas Seguradoras.
O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros
auferidas pela CCAM nos últimos 3 anos (valores em euros):
Origem Seguradora 2012 2013 2014 % por Origem
2014
Ramos Não Vida CA Seguros 231.577,68 254.055,46 256.790,63 62,2%
Ramo Vida CA Vida 116.758,70 144.657,66 153.447,59 37,2%
Fundos de Pensões CA Vida 505,72 1.716,47 2.610,91 0,6%
Total 348.842,10 400.429,59 412.849,13 100,0%
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 141
11 – CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 144
12 – RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL
CCAM LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
Relatório e Contas 2014 145
RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL Nos termos do artigo 32º dos estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Loures,
Sintra e Litoral, CRL, vimos submeter à Assembleia Geral, o Relatório Anual e Parecer
do Conselho Fiscal sobre o Relatório e Contas do Conselho de Administração, relativos
ao exercício de 2014.
Ao longo do ano e no desempenho das nossas funções legais e estatutárias, reunimos
com regularidade mensal, para analisar a evolução da posição financeira da Caixa e
verificar a conformidade do desenvolvimento da atividade da Instituição, de acordo
com o plano aprovado pela Assembleia, tendo tido toda a colaboração por parte do
Conselho de Administração, bem como dos responsáveis dos serviços, tanto em
termos de fornecimento de informação financeira documental, como de
esclarecimentos adicionais, quando necessários, ao desenvolvimento dos trabalhos,
permitindo deste modo, o cumprimento das funções atribuídas a este Órgão.
No âmbito da nossa atividade analisámos e emitimos pareceres ao Relatório de
Controle Interno, ao Relatório de Auditoria da FENACAM, ao Plano de atividades e
Orçamento para o exercício de 2015 e ainda analisámos o relatório da avaliação anual
das políticas de remuneração.
O Relatório de Gestão do Conselho de Administração, o Balanço, a Demonstração de
Resultados, a Demonstração de Alterações no Capital Próprio, a Demonstração dos
Fluxos de Caixa e o Anexo com as notas às Demonstrações Financeiras, analisados em
conjunto com a Certificação Legal de Contas, apresentada pelo Revisor Oficial de
Contas e com a qual concordamos, permitem uma adequada compreensão da posição
financeira e dos resultado da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Loures, Sintra e
Litoral, C.R.L. e estão de acordo com as disposições legais e estatutárias em vigor.
Salientamos com preocupação a evolução recente da Caixa, relativamente aos
elevados prejuízos, apresentados nos últimos dois exercícios, com a consequente
delapidação dos fundos próprios e o incumprimento de alguns rácios prudenciais.