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08 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE

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08RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

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02 03

01 MENSAGEM DOS PRESIDENTES 04

02 VISÃO E ESTRATÉGIA 19

03 ÂMBITO DO RELATÓRIO 15

03.1 PERfIL DO RELATÓRIO 1603.2 OBjEcTIvO E LImITES DO RELATÓRIO 1703.3 ÍNDIcE GRI 1903.4 AUTO-DEcLARAçãO 19

04 APRESENTAÇÃO E PERFIL DO GRUPO 21

04.1 BREvE SINOPSE HISTÓRIcA 2204.2 mARcOS HISTÓRIcOS REcENTES 2304.3 PERfIL DO GRUPO mOTA-ENGIL 2404.4 ÁREAS DE NEGÓcIO 37

05 GOVERNÂNCIA, COMPROMISSOS COM INICIATIVAS EXTERNAS, RELACIONAMENTO COM STAKEHOLDERS 77

05.1 GOvERNO SOcIETÁRIO 7805.2 cOmPROmISSOS cOm INIcIATIvAS ExTERNAS 8205.3 RELAcIONAmENTO cOm AS PARTES INTERESSADAS 84

06. RESPONSABILIDADE SOCIAL E GESTÃODO CAPITAL HUMANO 89

06.1 RESPONSABILIDADE SOcIAL 9006.2 GESTãO DO cAPITAL HUmANO 110

07. INVESTIGAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO 115

0.7.1 INTRODUçãO 1160.7.2 ENGENHARIA E cONSTRUçãO 1160.7.3 AmBIENTE E SERvIçOS 119

08. DESEMPENHO 123

0.8.1. DESEmPENHO EcONÓmIcO 1240.8.2. DESEmPENHO AmBIENTAL 1350.8.3. DESEmPENHO SOcIAL 158

09. ÍNDICE GRI 181

ANEXOFEEDBACK DAS PARTES INTERESSADAS 186

ÍNDIcE

ÍNDIcE

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

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04 05

01MENSAGEM DOS PRESIDENTES

INSPIRAÇÃOSONhAR, pROjEcTAR E cONcRETIzAR.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

Jorge CoelhoPresidente da Comissão Executiva

António MotaPresidente do Conselho de Administração

mENSAGEm DOS PRESIDENTES

O ano de 2008 foi inquestionavelmente mar-cado pela grave crise financeira que abalou o mundo, com repercussões negativas na generalidade das economias nacionais.

O cenário de crise a que assistimos e a análi-se das causas que estiveram na sua origem, colocam às empresas enormes desafios.

Apesar do contexto desfavorável, o Grupo Mota-Engil logrou cumprir os objectivos traçados.

O volume de negócios do Grupo cresceu 33,3% em relação a 2007, cifrando-se em 1.868 mil milhões de euros.

O resultado líquido atribuível ao Grupo em 2008 ascendeu a 30,6 milhões de euros.

A carteira de encomendas atingiu o valor re-corde de 2,6 mil milhões de euros.

A área de Engenharia e Construção, repre-sentando cerca de 78,5% do volume de ne-gócios do Grupo, registou um crescimento da sua actividade em 40%, atingindo a cifra de 1.467 mil milhões de euros.

Este acréscimo foi amplamente suportado pelo incremento da actividade nos merca-dos de África e América e Europa Central, que cresceram a taxas superiores a 50% face ao ano anterior.

O mercado nacional, onde o Grupo conser-va intacta a sua posição de liderança, repre-sentou 49% do volume de negócios da área de Engenharia e Construção, vendo decres-cer a sua contribuição face ao volume de ne-gócios global desta área, o que atesta bem o reforço da sua projecção internacional no contexto do Grupo.

A área de Ambiente e Serviços registou em 2008 um assinalável desempenho operacional com um volume de negócios de 285,8 milhões de euros, crescendo 15% face a 2007.

A par da consolidação da sua posição de liderança nacional em vários segmentos,

o ano de 2008 é ainda marcado pelo início da operação em Angola, traduzindo a estra-tégia de internacionalização da actividade do Grupo.

A área de Concessões de Transportes regis-tou um crescimento do seu volume de ne-gócios próximo dos 11%, apesar da redução dos níveis de tráfego registados em parte das suas vias concessionadas, fruto do ce-nário económico recessivo registado no ano transacto.

Nos domínios organizacional e estratégico, 2008 foi assinalado por dois importantes eventos:

Em Maio foi alterado o modelo de governo do Grupo com a constituição de uma Comis-são Executiva, a que se seguiu a aprovação do seu plano de desenvolvimento estratégi-co “Ambição 2013”.

A estratégia traçada encontra-se suportada em quatro eixos fundamentais: crescimento sustentado, internacionalização, diversifi-cação e reforço do capital humano, repre-sentando os quatro vectores fundamentais de desenvolvimento do Grupo para o próxi-mo quadriénio.

No domínio operacional e no tocante à evo-lução dos negócios do Grupo, são dignos de menção alguns acontecimentos do maior relevo:

A constituição da Ascendi, como novo veí-culo societário agregador dos activos con-cessionados no sector das infra-estruturas de transportes dos Grupos Mota-Engil e Es-pírito Santo;

O reforço da posição accionista na Lusopon-te, permitindo ao Grupo tornar-se o maior accionista da concessionária;

A vitória no concurso da subconcessão do Douro Interior e o anúncio da adjudica-ção da concessão Marechal Rondon-Leste no estado brasileiro de São Paulo, atra-vés da Ascendi, que integra o consórcio vencedor;

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António MotaPresidente do Conselho de Administração

Jorge CoelhoPresidente da Comissão Executiva

mENSAGEm DOS PRESIDENTES

A liderança do consórcio para a Alta Veloci-dade Ferroviária e a integração no consór-cio para a construção do Novo Aeroporto de Lisboa e privatização da ANA – Aeroportos de Portugal, projectos considerados da maior relevância estratégica para o Grupo;

O estabelecimento de uma parceria entre a área de Ambiente e Serviços e o Grupo Banco Privado do Atlântico, para intervir no mercado angolano nos segmentos de negó-cio desta sub-holding do Grupo;

No importante mercado do Malawi, a cele-bração de um memorando de entendimento com o Governo para a execução de diversos projectos.

Justificado realce merecem ainda, por últi-mo, o reforço de capital na Indaqua, de que o Grupo se tornou accionista maioritário; o início de operação da Takargo, primeira empresa privada a operar em Portugal no transporte ferroviário de mercadorias; a participação, em consórcio, no projecto de remodelação do porto de La Guaira, na Ve-nezuela; as pré-qualificações para os por-tos de Ennore (Índia) e Guaymas (México); e finalmente, já em 2009, a entrada na con-cessão do porto de La Paíta (Peru).

As matérias relacionadas com a sustentabi-lidade e a responsabilidade social no Grupo Mota-Engil continuaram no centro das nos-sas preocupações.

No capítulo da valorização do capital huma-no, que encontra no plano “Ambição 2013” um dos seus eixos estratégicos fundamen-tais, realce-se a criação da Mota-Engil Active School.

Inspirada no modelo de universidade corpo-rativa, visa o desenvolvimento de compe-tências críticas para o sucesso do negócio e das pessoas, potenciando o conhecimento aprofundado do Grupo, a disseminação da sua cultura e valores e o reforço das compe-tências de gestão e liderança.

No âmbito do seu Programa de Responsa-bilidade Social, que procura materializar o

compromisso do Grupo com os princípios de uma gestão ética, social e ambiental-mente responsável, a criação da marca “Mota-Engil Solidária” constitui o início de uma nova etapa da intervenção do Grupo na extensa área da solidariedade social.

Os apoios à deficiência, causa maior entre as que presidiram à criação da nova marca, ocuparam no ano que passou um lugar de destaque, para além do enorme esforço de-senvolvido no suporte a várias outras cau-sas e projectos.

Com os olhos postos na sociedade e nos seus problemas, o Grupo Mota-Engil pro-cura exercer uma cidadania empresarial activa, envolvendo-se com a comunidade e procurando estar na primeira linha do apoio ao seu desenvolvimento integrado e sustentado.

Pela sua dimensão e diversidade, o Grupo Mota-Engil mantém um extenso e complexo conjunto de relações com múltiplas pes-soas e entidades, a quem deve muito do seu sucesso e que são por isso credoras do nosso apreço.

Desejo assim, por último, manifestar o nos-so reconhecido agradecimento a todos os Colaboradores, Accionistas, Clientes, For-necedores, Entidades Financeiras e demais parceiros que connosco ajudam a cons-truir o Grupo Mota-Engil há mais de seis décadas.

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02Visão e estratégia

FUtUroOlharparaamanhãcOmacertezadOcaminhOapercOrrer.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

A aprovação do plano “Ambição 2013” constitui um marco fundamental da estraté-gia do Grupo Mota-Engil para os próximos anos, assente nos eixos de crescimento, internacionalização, diversificação e valori-zação do capital humano.

No sector da construção civil e obras pú-blicas, o Grupo Mota-Engil detém desde há vários anos uma posição de liderança no mercado nacional.

Representando cerca de 75% do volume de negócios do Grupo, esta área de negócio continua a ser vital para o seu desenvolvi-mento, em moldes que permitam, por um lado, consolidar a sua liderança no merca-do interno, e, por outro, conferir ao negócio de Engenharia e Construção progressiva dimensão e exposição internacionais. Par-ticularmente, em mercados com margens mais atractivas e com maior potencial de expansão, viabilizando assim a geração dos indispensáveis equilíbrios que garantam a rendibilidade e a sustentabilidade do pro-cesso de crescimento.

O aumento expressivo do volume de negó-cios nos mercados África e América e Europa Central deixa antever a progressiva concreti-zação deste delineamento estratégico.

À luz do plano estratégico “Ambição 2013”, o crescimento do negócio Engenharia e Construção deve ser acompanhado de um permanente esforço de diversificação para outras áreas.

A área Ambiente e Serviços tem vindo a dar passos seguros nesse sentido, aumentando a sua representatividade no seio do Grupo.

Liderando em Portugal o segmento do mer-cado privatizado de gestão de resíduos sólidos urbanos e limpeza urbana, através do Grupo SuMA, reforçou a sua posição no sector do tratamento de resíduos indus-triais, procurando assim afirmar-se como operador global neste domínio.

No sector da água, o Grupo tornou-se accionista maioritário da sua participada

Indaqua, que detém uma posição privilegia-da no mercado concessionado de abasteci-mento de água e saneamento.

Na área portuária e logística, o Grupo conser-va a liderança no sector portuário nacional, reforçando a sua intervenção na cadeia de valor logística com a entrada em operação da Takargo, primeira operadora nacional pri-vada no segmento do transporte ferroviário de mercadorias.

A constituição da participada Vista Multi-services, em associação com um parceiro angolano, marca a entrada no mercado de Angola.

Angola apresenta fortes perspectivas de crescimento no domínio dos negócios liga-dos à área ambiental, componente funda-mental do processo de desenvolvimento sócio-económico do país.

No negócio portuário, a área de ambiente e serviços tem vindo a registar importantes incursões nos mercados externos, em paí-ses como a Índia, o México e o Peru, ampla-mente carecidos da modernização dessas infra-estruturas, indispensáveis à sua ple-na inserção no comércio internacional.

Na área das Concessões de Transportes, o Grupo reforçou a sua posição em Portugal através da nova subconcessão do Douro Interior, mantendo a AENOR a vice-lide-rança nacional no domínio das concessões rodoviárias.

Para além da concessão no México, a entra-da no mercado brasileiro pela via de uma concessão obtida no estado de São Pau-lo através do consórcio participado pela Ascendi, representa o esforço de internacio-nalização desta área do Grupo, esperando-se que o novo veículo societário contribua para acelerar o seu crescimento à escala global.

Deste modo, partindo da cadeia de valor do negócio Engenharia e Construção e potenciando as sinergias geradas no uni-verso das empresas que a compõem, a Mota-Engil procura afirmar-se como Grupo

VISãO E ESTRATégIA

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10 11VISãO E ESTRATégIA

internacional e multi-serviços, em linha com os objectivos estratégicos delineados.

Em matéria de sustentabilidade, a crise económica e financeira vivida em 2008 veio trazer alguns dados novos, reavivando a ac-tualidade de alguns problemas.

A crise financeira originada nos EuA, com re-flexos a nível global, e o falhanço dos meca-nismos de regulação, abalaram a confiança dos cidadãos nos negócios e nas empresas, contribuindo ainda para o aumento do senti-mento de insegurança face ao desempenho da economia e para o agravamento dos pro-blemas sociais em múltiplas latitudes.

A recessão das economias nacionais con-tribuiu também para avivar os receios de proteccionismo, diminuindo os fluxos do comércio internacional e travando a marcha da globalização.

Estas circunstâncias vieram tornar mais evi-dente a necessidade de um maior interven-cionismo no plano regulatório e o reforço do papel dos Governos no funcionamento das economias.

As empresas, por seu turno, vêem-se con-frontadas com uma gestão mais atenta do risco e um maior envolvimento com a ge-neralidade das suas partes interessadas, elemento vital para o restabelecimento da confiança enquanto veículo propulsor da geração de um clima favorável aos negócios.

A racionalidade da gestão, assente em crité-rios puramente financeiros e econométricos, é ainda desafiada pela necessidade das em-presas em permanecerem mais concentradas nos elementos emotivos e comportamentais próprios do factor humano e na preservação das suas competências fundamentais.

A valorização do capital humano, deposi-tário das competências essenciais das em-presas, a geração de um ambiente propício à colaboração e ao esforço partilhados, a libertação do potencial de criatividade e aperfeiçoamento contínuos das pessoas, o reforço das políticas de investigação,

desenvolvimento e inovação (IDI), consti-tuem penhor seguro da preservação des-sas competências e o pilar fundamental de qualquer estratégia de obtenção de vanta-gem competitiva sustentável.

Reclama-se ainda da parte das empresas um esforço acrescido de adaptação, peran-te um cenário de permanente incerteza.

Os movimentos de capital, de conhecimen-to e de talento, suportados pelas modernas tecnologias de informação e comunicação, reforçam a interconectividade e a interde-pendência à escala global e representam igualmente um enorme estímulo ao aumento da produtividade dos agentes económicos.

A produtividade é pois, ainda e sempre, um elemento decisivo do desempenho das empresas e da economia no seu conjunto e incontornável factor de competitividade no mundo globalizado.

Por outro lado, mantêm-se ou acentuam-se mesmo algumas linhas de tendência que se vêm esboçando no plano geral.

A economia mundial tem vindo a sofrer im-portantes mutações que a recente crise tor-nou mais claras.

Os países emergentes, apesar do relativo abrandamento das suas economias, conse-guiram manter trajectória de crescimento, denotando assim uma maior resistência ao ciclo recessivo que afectou de forma mais gravosa os países desenvolvidos.

Tal demonstra uma menor dependência das suas economias face às tradicionais alavan-cas do crescimento (EuA, união Europeia e Japão), a que se associa um aumento conti-nuado dos fluxos económicos e comerciais dos países emergentes entre si.

Além disso, a competitividade das econo-mias emergentes, com uma vocação expor-tadora e fortemente radicada no binómio fraca qualidade/baixo custo, tem vindo a al-terar-se nos seus pressupostos tradicionais.Ganhos contínuos de produtividade e um

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

posicionamento num patamar mais elevado na cadeia de valor, conjugados com eleva-dos níveis de poupança interna, têm permi-tido aos países emergentes o reforço da sua competitividade e favorecido a acumulação de capital para investimento.

O crescimento tem vindo ainda a ser propul-sionado pelo aumento progressivo do con-sumo interno nas economias emergentes, aumentando assim a quota-parte da sua participação no consumo mundial.

O centro de gravidade da economia mundial está pois em deslocação.

Os grandes desafios da sustentabilidade permanecem em aberto.

No plano ambiental, as alterações climáti-cas e em particular o aquecimento global continuam na ordem do dia.

As perspectivas de um acordo pós-Quioto encontram-se rodeadas de incertezas, te-mendo-se que as medidas necessárias para enfrentar seriamente o problema das altera-ções climáticas não sejam adoptadas com a profundidade desejada.

A gestão sustentável da água encontra-se ameaçada, agravando-se as situações de stress hídrico em múltiplas regiões do globo.

Em 2030, prevê-se que 85% da população mundial habite em locais onde a procura ex-cederá a oferta dos recursos hídricos dispo-níveis, o que por si só diz bem a seriedade do problema.

A produção e o consumo de energia têm vindo a aumentar de forma continuada, contribuindo para o aquecimento global e fazendo perigar o crescimento económico pela previsível escassez da sua oferta fu-tura, mau grado os investimentos dos sis-temas electroprodutores no reforço da sua capacidade e na provisão de tecnologias mais limpas.

A pressão sobre a produção e consumo de

matérias-primas mantém-se a níveis ele-vados, a par da degradação de múltiplos ecossistemas, essenciais à preservação da biodiversidade e dos equilíbrios ambientais fundamentais.

No plano social, a pobreza extrema e a fome afectam ainda uma percentagem significati-va da população mundial.

Subsistem assimetrias significativas na dis-tribuição dos rendimentos e as populações dos países em vias de desenvolvimento debatem-se com enormes dificuldades no acesso à educação básica e aos cuidados de saúde primários, apresentando índices elevados de mortalidade materna e infantil e de proliferação da Sida, malária, tubercu-lose e outras doenças.

Os Objectivos de Desenvolvimento do Milé-nio (ODM) permanecem ainda longe da sua plena consecução.

Face aos desafios do mundo actual, o papel das empresas em prol da sustentabilidade reveste-se da maior importância na sua tri-pla dimensão económica, social e ambiental.

O Grupo Mota-Engil, pelos impactos gera-dos pela sua actividade aos mais diversos níveis, tem plena consciência das suas responsabilidades.

A eco-eficiência na utilização dos recursos e a preservação do ambiente constituem eixos fundamentais da estratégia e política de sustentabilidade do Grupo.

A gestão da água, da energia, a redução da utilização de materiais o seu reaproveita-mento e reciclagem, são metas prioritárias.

A adopção dos princípios da construção sustentável, o permanente esforço de ino-vação na busca de soluções económica e ambientalmente mais eficientes, a gestão dos resíduos de construção e demolição e a incorporação de materiais reutilizados ou reciclados na construção de infra-es-truturas rodoviárias, constituem soluções

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e abordagens onde o Grupo tem vindo a in-vestir fortemente.

Na área de Ambiente e Serviços, são parti-cularmente expressivos os esforços no domí-nio da educação e sensibilização ambiental junto das populações servidas pela SuMA, no sector dos resíduos e limpeza urbana.

A SuMA presta ainda particular atenção à optimização dos consumos energéticos, modernização e inovação ao nível dos equipamentos e processos de trabalho e à utilização racional da água, elementos fundamentais da gestão sustentável das operações.

No plano social interno, o Grupo tem-se mostrado particularmente atento à valori-zação do seu capital humano.

Actuando em sectores marcados por níveis elevados de precariedade e rotatividade laboral e onde predominam baixos níveis de qualificação profissional, o Grupo tem vindo a procurar inverter esta realidade. A criação da Active School e o crescimento das acções de formação ministradas são exemplo da aposta decisiva na valorização dos seus recursos humanos.

O apoio ao desenvolvimento social, educa-tivo, cultural e ambiental das comunidades onde se insere, constitui um eixo prioritário da estratégia de responsabilidade social do Grupo.

O ano de 2008 fica indelevelmente marcado pela criação da marca “Mota-Engil Solidá-ria” e um por reforço muito expressivo dos projectos e iniciativas apoiados pelo Grupo, actuando em benefício das mais diversas causas de relevante interesse social.

Num ano particularmente difícil, a Mota-En-gil procurou estar atenta às necessidades das pessoas, apoiando um conjunto muito vasto de organizações do terceiro sector, pelo seu relevantíssimo papel na mitigação dos problemas sociais.

A criação da Fundação Manuel António da

Mota, prevista para 2009, e o alargamento territorial do seu programa de responsabi-lidade social aos países africanos onde o Grupo está presente, permitirão nos anos que se seguem consolidar este desígnio estratégico.

Honrando assim o compromisso do Grupo com uma gestão ética, social e ambiental-mente responsável, na construção de um mundo mais sustentável.

VISãO E ESTRATégIA

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ÂMBITO DO RELATÓRIO 14 15

03ÂMBITO DO RELATÓRIO

SUSTENTABILIDADECresCerdeformasustentável.maisdoqueumsonho,umarealidade.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

O Grupo Mota-Engil, através da sociedade holding Mota-Engil SGPS, SA, Sociedade Aberta, publica o seu Relatório de Susten-tabilidade de 2008.

Na sequência dos compromissos anterior-mente assumidos no Relatório de Susten-tabilidade de 2006, o Grupo Mota-Engil procede à reedição deste documento, com periodicidade anual, comunicando e dando a conhecer às partes interessadas o seu de-sempenho em matéria de sustentabilidade.

A comunicação do desempenho nos domí-nios social e ambiental, para além da sua dimensão económica aprofundadamen-te desenvolvida no Relatório e Contas de 2008, constitui um elemento fundamental da estratégia de sustentabilidade do Grupo.

Na linha do que tem sido prática em múlti-plas empresas e organizações de referência nos planos nacional e internacional, este Relatório foi concebido de acordo com as Directrizes “Global Reporting Initiative” (GRI versão 3.0) para elaboração de Relató-rios de Sustentabilidade.

O Relatório de Sustentabilidade 2008, publi-cado em língua portuguesa e inglesa, encon-tra-se disponível em formato digital, poden-do ser consultado no endereço de Internet do Grupo Mota-Engil em www.mota-engil.pt.

No quadro de abertura e diálogo permanen-te e sistemático com as suas partes interes-sadas, internas e externas, o Grupo Mota-Engil acolhe favoravelmente os pedidos de esclarecimento, comentários ou sugestões que lhe sejam transmitidos.

O diálogo assim estabelecido é um instru-mento fundamental de auscultação e de integração das preocupações e propostas das partes interessadas, nomeadamente clientes, fornecedores, investidores, enti-dades públicas, organizações não-governa-mentais, entre outras, e onde se inclui, de forma privilegiada, o universo dos colabo-radores do Grupo Mota-Engil no plano mais vasto de uma eficaz política de comunica-ção interna activa e participativa.

Os assuntos relativos a este Relatório e à sustentabilidade em geral podem ser coloca-dos à Direcção de Responsabilidade Social, Corporativa e Sustentabilidade do Grupo Mota-Engil através dos seguintes contactos:

Mota-Engil, SgPS, Sa, SociEdadE abErta Direcção de Responsabilidade Social, Corporativa e Sustentabilidade

EndErEçoRua Rego Lameiro, nº 38 4300-454 Porto Portugal

tElEfonE +351 220 914 454

corrEio ElEctrónico [email protected]

fax +351 220 914 291

No final do Relatório e como seu Anexo, encontra-se um formulário, denominado “Feedback de partes interessadas”, que po-derá revelar-se muito útil na apreciação dos vários aspectos do Relatório e, na óptica da entidade relatora, de grande importância no seu aperfeiçoamento em futuras edições.

3.1PERFIL DO RELATÓRIO

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ÂMBITO DO RELATÓRIO 16 17

No seu processo de desenvolvimento estra-tégico, assente no crescimento, internaciona-lização e diversificação, o Grupo Mota-Engil agrega hoje um conjunto muito diversificado de negócios, afirmando-se de forma crescen-te como Grupo empresarial de base portu-guesa num contexto multinacional.

O carácter multi-sectorial das actividades do Grupo Mota-Engil, englobando as áreas de Engenharia e Construção, Ambiente e Serviços e Concessões de Transportes e a sua presença em contextos geográficos di-versos, operando em 19 países de três con-tinentes, torna a identificação dos aspectos da sustentabilidade materialmente relevan-tes uma tarefa de elevado grau de complexi-dade e exigência.

A estratégia de sustentabilidade do Grupo encontra-se suportada organicamente na sua Direcção de Responsabilidade Social, Corporativa e Sustentabilidade, directa-mente dependente da Comissão Executiva da Holding, e no seu Conselho Coordenador para a Sustentabilidade (CCS), englobando membros de várias áreas funcionais e uni-dades de negócio.

Este modelo de gestão visa favorecer a di-fusão transversal da estratégia de susten-tabilidade a toda a organização, tornar cla-ro o compromisso do Grupo e permitir uma ligação eficaz às áreas e unidades de ne-gócio, responsáveis no plano operacional pela condução das actividades e execução dos objectivos decorrentes da estratégia de sustentabilidade do Grupo.

Assim, a concepção da sua estratégia de sustentabilidade, bem como a determinação das questões prioritárias e a identificação das principais partes interessadas para efei-tos da execução da política de sustentabili-dade e elaboração do Relatório, obedeceu, à semelhança dos anos anteriores, a um processo de auscultação interno promovido junto dos principais responsáveis das sub-holdings e unidades de negócio do Grupo, com particular ênfase nas que são objecto de relato mais detalhado neste documento, daí resultando um consenso alargado e um

conjunto de múltiplas contribuições indis-pensáveis à elaboração do Relatório.

A determinação dos aspectos materialmen-te relevantes constitui uma fase incontor-nável na correcta utilização das Directrizes adoptadas e pressuposto essencial do cum-primento do plano estratégico e das activi-dades dele dependentes.

O quadro de Indicadores estabelecido pe-las Directrizes de relato adoptadas deve, por sua vez, reflectir e ser o natural corolá-rio dos objectivos traçados e dos planos de actuação conducentes à sua concretização, tendo por base os tópicos prioritários da sustentabilidade considerados material-mente relevantes.

A resposta aos Indicadores, enquanto baró-metro por excelência de aferição do desem-penho, não deve pois ser vista como acto isolado, mas antes como parte integrante da arquitectura de gestão do Grupo, em ge-ral, e do seu modelo de gestão da sustenta-bilidade, em especial, ganhando particular relevo o papel dos sistemas de informação.

Os sistemas de recolha, tratamento e difu-são da informação que suportam o modelo e os processos de gestão e de tomada de decisão encontram-se particularmente de-senvolvidos no âmbito da Mota-Engil Enge-nharia e SUMA, razão pela qual, a exemplo dos relatos anteriores, são estas as únicas entidades do universo do Grupo a fornecer e divulgar Indicadores de acordo com o re-ferencial adoptado.

Tais entidades figuram, porém, entre as mais relevantes no que toca à dimensão e presença no mercado, permitindo assim que este Relatório possa ter, apesar das li-mitações ora enunciadas, um considerável grau de representatividade do todo.

Mantém-se o propósito da entidade relatora em expandir o quadro de Indicadores às de-mais entidades do Grupo e às suas operações nos mercados internacionais, faseadamente e alargando assim o perímetro de abrangên-cia do Relatório de Sustentabilidade.

3.2OBjEcTIvOS E LIMITES DO RELATÓRIO

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

Pretende-se ainda, numa segunda fase, integrar nos sistemas de informação no-vos Indicadores que reflictam com maior propriedade as especificidades de cada área e unidade de negócio face aos desa-fios da sustentabilidade, de forma a servir mais eficazmente o processo interno de melhoria contínua e a tornar mais clara e perceptível a sua comparabilidade com or-ganizações congéneres, obedecendo a uma lógica de “benchmarking” sectorial com evidentes benefícios para a avaliação da entidade relatora pelo conjunto das partes interessadas.

As técnicas de recolha e tratamento da infor-mação e os métodos de cálculo relevantes para a produção e difusão dos Indicadores são disponibilizados nos locais próprios e, sendo caso disso, evidenciadas as altera-ções a declarações prestadas no Relatório anterior e sua fundamentação, mormente as que possam surgir de quaisquer processos de fusão, aquisição ou operações análogas.

Atentas as circunstâncias referidas, o Rela-tório de Sustentabilidade de 2008 abrange-rá, no que respeita à divulgação de Indica-dores, as seguintes entidades:

ÁrEa dE nEgócio – Engenharia e ConstruçãoUnidadE dE nEgócio – Mota-Engil Engenharia e Construção, SAPEríMEtro gEogrÁfico – Actividade em Portugal

ÁrEa dE nEgócio – Ambiente e ServiçosUnidadE dE nEgócio – SUMA, Serviços Urbanos e Meio Ambiente, SAPEríMEtro gEogrÁfico – Actividade em Portugal

Em múltiplas ocasiões ao longo do presen-te Relatório e em consonância com a forma como geralmente são apresentadas na ge-neralidade dos demais suportes de comuni-cação do Grupo, a referência a estas enti-dades constará sob a designação abreviada de “Mota-Engil Engenharia” e “SUMA”.

As designações “Mota-Engil Engenharia” e “SUMA” devem ser assim entendidas como

englobando os negócios e actividades na dependência da Mota-Engil Engenharia e Construção, SA (Holding para a área de negócios de Engenharia e Construção) e SUMA, Serviços Urbanos e Meio Ambiente, SA (Holding da área de negócios de Ambien-te e Serviços para os negócios e actividades no sector dos Resíduos).

Tendo em conta as limitações específicas decorrentes da informação disponível, nal-guns casos, ou a sua dimensão relativa, nos demais, as áreas e unidades de negócio do Grupo que não fornecem Indicadores serão objecto de uma abordagem de gestão mais restrita, procurando-se sobretudo dar uma visão global do Grupo na sua diversidade, aprofundando face ao conjunto das suas actividades, geográfica e materialmente dispersas, os aspectos com maior relevân-cia no domínio da sustentabilidade.

No que toca à presença em “joint ventures” ou actividades em regime de “outsourcing”, estas não serão objecto de relato.

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ÂMBITO DO RELATÓRIO 18 19

O Capítulo 9, sob a designação “Índice GRI”, contém o quadro ordenado dos Indi-cadores GRI 3.0, indicando a sua localiza-ção no Relatório.

O Grupo Mota-Engil auto-declara o nível C de adopção das Directrizes GRI 3.0.

A verificação externa por entidade inde-pendente do Relatório de Sustentabilidade

3.3ÍNDIcE GRI

constitui um objectivo a ser concreti-zado logo que se mostre oportuno e se encontrem reunidas as indispen-sáveis condições.

Perfil da G3 Responder aos itens: 1.1;2.1 a 2.10; 3.1 a 3.8; 3.10 a 3.12; 4.1 a 4.4; 4.14 a 4.15

Informações sobre Não exigido a forma de Gestão da G3

Indicadores de Desempenho da G3 & Responder a um mínimo de 10 Indicadores de Indicadores de Suplemento Sectorial Desempenho, incluindo pelo menos um de cada uma das seguintes áreas de desempenho: social, económico e ambiental

relatórioníveisdeapliCaçãoCcONSOLIDADO DO RELATÓRIO

3.4AUTO- -DEcLARAÇÃO

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

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20 21

04ApresentAção e perfil do Grupo

diVersidAdeTransporfronTeirasebarreirasparachegarsempremaislonge.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

A Mota & Companhia e a Engil foram fun-dadas, respectivamente, nos anos de 1946 e 1952.

Ao longo de várias décadas, as duas empre-sas consolidaram progressivamente a sua posição no mercado da construção civil e obras públicas.

Em 1975, a Mota & Companhia iniciou, a partir de Angola, o seu processo de inter-nacionalização, relançando, um ano mais tarde, a sua actividade em Portugal.

A empreitada de regularização do Baixo Mondego adjudicada à época constitui um importante marco na história da empresa, simbolizando o início da sua progressiva afirmação como empresa de referência no domínio das obras públicas em Portugal.

Em 1978, a Engil dá início, por seu turno, ao processo de internacionalização das suas actividades.

Em 1980, a Mota & Companhia, em parceria com o estado angolano, cria a empresa de Construção de Terraplenagens Paviterra, UEM, expandindo assim as suas operações em Angola, num território onde marcara pre-sença ininterrupta desde a sua fundação.

Em 1984, a Mota & Companhia executa o lan-ço do IP 5 Albergaria-Viseu, obra pública que se viria a tornar decisiva e emblemática para a infra-estruturação da rede viária do país.

O mesmo aconteceria com a Engil, em 1987, ao associar o seu nome a uma importante obra pública nacional com a construção da barragem do Alto Lindoso, de enorme re-levância para a modernização e reforço do sistema electroprodutor nacional.

Igualmente em 1987, a Mota & Companhia passa a sociedade anónima, após o que vi-ria a dispersar 12% do seu capital pelo pú-blico e a solicitar a sua admissão à Bolsa de Valores portuguesa.

No mesmo ano, é constituída a sociedade holding Engil SGPS.

Em 1990, a Mota & Companhia inicia o pro-cesso de diversificação das suas activida-des em sectores directa ou indirectamente relacionados com a construção ou dela complementares.

A aposta no sector das concessões de trans-portes conheceria um momento marcante em 1994, com a criação da Lusoponte, que viria a tornar-se a sociedade concessionária das travessias rodoviárias do Tejo a jusante de Vila Franca de Xira e que compreendem a Ponte 25 de Abril e a Ponte Vasco da Gama.

A constituição da Serurb, em 1992, pela En-gil e da SUMA, em 1994, por parte da Mota & Companhia, traduzem a entrada das duas empresas nos negócios ambientais, num contexto de progressiva diversificação que viria a conhecer novos desenvolvimentos até ao presente.

4.1BREVE SINOPSE HISTÓRICA

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APRESENTAçãO E PERfIL DO GRUPO 22 23

1999/2000 – Fundação do Grupo Mota-Engil

A 23 de Julho de 1999, empresas do univer-so da família Mota, detentora maioritária do capital social da Mota & Companhia, lan-çam uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a totalidade do capital social da Engil SGPS, de que resultou, no decorrer do ano 2000, a constituição do Grupo Mota-Engil.

2002/2003 – Reestruturação do Grupo Mota-Engil

A fusão das empresas Mota & Companhia, SA, Engil, SA e Mota-Engil Internacional, dá origem à criação da maior empresa portu-guesa do sector da construção civil e obras públicas.

Através do aprofundamento então empre-endido da estratégia de diversificação do Grupo, com especial ênfase nas áreas de Concessões de Transportes e Ambiente e Serviços, o Grupo Mota-Engil passa a agre-gar quatro áreas de negócio distintas:

· Mota-Engil Engenharia e Construção· Mota-Engil Ambiente e Serviços· MEITS — Mota-Engil Imobiliária e Turismo· Mota-Engil Concessões de Transportes

Paralelamente, é criada a MESP – Mota-Engil Serviços Partilhados Administrativos e de Gestão, visando apoiar transversalmente o universo das unidades de negócio do Gru-po, prestando um conjunto de serviços es-pecializados (administrativos, financeiros, recursos humanos, entre outros).

2003 – Engenharia e Construção

O Grupo Mota-Engil adquire a CPTP, Compa-nhia Portuguesa de Trabalhos Portuários, expandindo e reforçando a sua presença na área específica das obras marítimas e por-tuárias, tirando partido da larga experiên-cia desta empresa no sector.

2003 – Ambiente e Serviços

Após a incorporação da Serurb na SUMA, em 2001, esta última passou a integrar as

empresas STL e Util, largando o seu âmbito geográfico de actuação e consolidando a sua liderança em Portugal no sector da lim-peza urbana e recolha de resíduos sólidos urbanos (RSU).

2004 – Posicionamento internacional do Grupo

Com a fusão por incorporação na Mota-Engil Engenharia e Construção de diversas em-presas associadas e participadas já deti-das pelo Grupo, consolidam-se as siner-gias na área da construção em território nacional, assistindo-se ainda ao reforço da actividade e ao crescimento da cartei-ra de encomendas no Leste europeu, em particular na Polónia, através da fusão de duas associadas do Grupo neste país, que deu origem à constituição da Mota-Engil Polska.

2005 – Euronext Lisboa – Entrada no PSI 20

O Grupo Mota-Engil passa a integrar o PSI 20, sendo a única empresa do sector da engenharia e construção a ser cotada no principal índice do mercado accionista da Euronext Lisboa.

2006 – Acordo TERTIR

O Grupo Mota-Engil estabelece um acordo para a aquisição da TERTIR, Terminais de Portugal, SA, visando reforçar de forma muito significativa a sua presença no sector das operações portuárias, após a aquisi-ção, em 2005, de participações no capital das empresas Sadoport e Tersado.

2007

OPERAÇÕES PORTUÁRIAS

O Grupo Mota-Engil conclui a aquisição da TERTIR, garantindo o controlo sobre a tota-lidade do capital desta empresa.

Reforço da posição nos terminais portuá-rios de Lisboa, através da aquisição pelo Grupo da Multiterminal, SA, sociedade que detém 50% da Sotagus e 31,25% da Liscont.

4.2MARCOS HISTÓRICOS RECENTES

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

CONCESSÕES DE TRANSPORTES

Assinatura do contrato da concessão de-nominada “Grande Lisboa”, em Portugal e adjudicação de uma concessão de auto- -estrada no México em regime de concep-ção, construção e manutenção, marcando assim a entrada neste país centro-america-no através desta área de negócios.

Celebração de acordo estratégico entre o Grupo Mota-Engil e o Grupo Banco Espírito Santo, através da criação de um veículo so-cietário próprio (ASCENDI), com o objectivo de desenvolver em conjunto as suas acti-vidades na área das concessões de infra- -estruturas de transportes.

MARTIFER

Oferta Pública de Subscrição (OPS) de ac-ções da participada do Grupo para o sector da indústria e energia, Martifer, SGPS, SA, num total de 25% do seu capital social e subsequente admissão à cotação na Euro-next Lisboa.

Na sequência de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pela Martifer e pela empresa indiana Suzlon, estas passam a controlar 86,5% do capital da empresa alemã Repower Systems AG.

Paralelamente, o Agrupamento Ventinvest, participado em 33% pela Martifer, obteve, num concurso lançado pelo Estado por-tuguês, uma licença para a exploração de parques eólicos com uma capacidade de produção de energia de 400 MW.

2008

AMBIENTE E SERVIÇOS

A Mota-Engil Ambiente & Serviços e o Gru-po Privado do Atlântico estabeleceram par-ceria para o mercado de Angola, tendo por objecto os segmentos de actuação desta sub-holding.

O Grupo Mota-Engil, através da Mota-Engil Ambiente & Serviços, SGPS, SA, reforçou a

sua posição accionista passando a deter o controlo da Indaqua, com 50,06% do seu capital social.

A Takargo, participada do Grupo Mota-En-gil, e a Comsa Rail Transport estabeleceram um acordo de colaboração para o desenvol-vimento de operações ferroviárias de mer-cadorias na Península Ibérica.

O Grupo Mota-Engil anuncia a participação, em consórcio, no projecto de remodelação do porto de La Guaira na Venezuela.

O Grupo Mota-Engil assina um Memo-rando de Entendimento com o Governo do Malawi para diversos projectos, com destaque para a reabilitação do porto de Nsanje e desenvolvimento de duas centrais hidroeléctricas.

CONCESSÕES DE TRANSPORTES

A Mota-Engil anunciou a formalização da parceria com a ES Concessões, dando ori-gem à constituição da Ascendi.

Os activos sob gestão das duas concessio-nárias representam mais de 1.200 km de auto-estradas e vias rápidas concessiona-das, dos quais mais de 1.100 em exploração.

Num universo de 14 concessionárias, a As-cendi passa a deter projectos em desenvol-vimento em nove países e actividade sus-tentada em três países (Portugal, Espanha e México), para além de um plano de inves-timentos de 500 milhões de euros.

A Mota-Engil adquiriu 24,19% da Luso-ponte, passando, após a efectivação da compra, a ser o maior accionista (38,02%) da empresa que detém a concessão das duas travessias sobre o rio Tejo até Março de 2030.

A Mota-Engil anuncia a liderança do consór-cio da Alta Velocidade para participação nos diversos concursos lançados ou a lançar pelo Estado Português para o estabelecimento das parcerias público-privadas na área das linhas ferroviárias de alta velocidade.

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APRESENTAçãO E PERfIL DO GRUPO 24 25

Mota-Engil SGPS, S.A., Sociedade Aberta

O Grupo Mota-Engil é uma sociedade anónima por acções que tem por objec-to a gestão de participações sociais sob a forma de uma holding com a denomi-nação social “Mota-Engil, SGPS, SA, Sociedade Aberta”. O capital social da Mota-Engil, SGPS, SA, Sociedade Aberta

4.3PERfIL DO GRUPO MOTA-ENGIL

4.3.1organiZaÇÃorelaTora

4.3.2naTUreZaDaproprieDaDeeformalegal

4.3.3 localiZaÇÃoDaseDeeconTacTos

é de € 204.635.695, representado por 204.635.695 acções ordinárias com valor nominal de € 1 cada.

A sociedade holding detém sob o seu controlo três sub-holdings, correspon-dendo às seguintes Áreas de Negócio:

DenominaÇÃosocial ÁreaDenegócio

· Mota-Engil Engenharia e Construção, SA · Engenharia e Construção

· Mota-Engil Concessões de Transportes, SA · Ambiente e Serviços

· Mota-Engil Ambiente e Serviços, SA · Concessões de Transportes

EndErEçoRua Rego Lameiro, nº 38 4300-454 Porto Portugal

TElEfonE +351 225 190 300

fax +351 225 190 303

WEbsiTE www.mota-engil.pt

EndErEços ElEcTrónicos insTiTucionais disponíveis no website

A Mota-Engil SGPS, SA, Sociedade Aber-ta tem a sua sede em Portugal, na cidade do Porto.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

O Grupo Mota-Engil compreende três gran-des Áreas de Negócio:

- ENgENhARIA E CONSTRUÇãO- AMBIENTE E SERVIÇOS- CONCESSÕES dE TRANSPORTES

As actividades no sector da Indústria e Energia são desenvolvidas através da sua participada Martifer SGPS.

ENgENhARIA E CONSTRUÇãOA Engenharia e Construção é a maior Área de Negócios do Grupo, representando cerca de 79% do total das suas vendas e presta-ção de serviços.

Ao longo dos seus mais de 60 anos de exis-tência, o Grupo tem sido responsável pela realização de grandes obras e projectos, entre os quais pontes e barragens, estradas e vias rápidas, ferrovias, portos e aeropor-tos, canais e túneis, bem como outras infra- -estruturas nas áreas do ambiente, saúde, comércio e indústria.

Esta Área de Negócios desenvolve todas as valências especializadas no âmbito da enge-nharia e construção, tirando partido de uma longa experiência acumulada; do contínuo aperfeiçoamento dos seus sistemas de ges-tão; de uma proposta de valor assente em elevados padrões de produtividade, melhoria contínua, criatividade e partilha do conheci-mento; e na excelência do seu capital humano.

A Mota-Engil Engenharia é líder de mercado em Portugal e está presente em 19 países de três continentes. Registou em 2008 um crescimento de 40% no seu volume de ne-gócios face a 2007.

AMBIENTE E SERVIÇOSNo quadro das suas linhas de desenvolvi-mento estratégico assentes no crescimen-to, internacionalização e diversificação das suas actividades, as áreas do Ambiente e a prestação de um conjunto de Serviços Es-pecializados traduzem uma aposta determi-nante desse esforço de diversificação.

No sector Ambiental, avultam as áreas dos Resíduos e Água, uma presença forte no segmento das operações de Logística Integrada e Gestão Portuária, para além de uma componente de Multisserviços, de que se destacam a Manutenção Industrial e de Edifícios; a concepção, construção e manutenção de Espaços Verdes; Marke-ting Directo; e operações de Mercados Electrónicos.

No sector dos Resíduos, a SUMA é líder em Portugal do segmento privatizado, encon-trando-se em fase de expansão para outros mercados, em particular o mercado angola-no, onde já se encontra a operar.

O ano de 2008 marca ainda a incursão des-ta área de negócio no transporte ferroviá-rio de mercadorias, através da participada Takargo, primeiro operador privado portu-guês neste segmento.

Esta Área de Negócios representou em 2008 cerca de 15% do volume de negócios do Grupo.

CONCESSÕES dE TRANSPORTESAs Concessões de Transportes constituem uma área de vital importância estratégica para o Grupo.

inDicaDoresfinanceiros

· Volume de Negócios do Grupo/2008 € 1,87 mil milhões

· Resultado Líquido do Grupo/2008 € 30,6 milhões

· Carteira de Encomendas do Grupo/2008 € 2,6 mil milhões

· Volume de Negócios por Segmento Península Ibérica: 59% Geográfico/2008 Europa Central: 18%

África & América: 23%

4.3.4 marcasprincipais,proDUToseserViÇos

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APRESENTAçãO E PERfIL DO GRUPO 26 27

A Mota-Engil Concessões de Transportes, SA através da sua participada AENOR – Au-to-Estradas do Norte, SA de que é a princi-pal accionista, gere um conjunto de conces-sões de mais de 1.100 km de auto-estradas e vias rápidas.

Esta Área de Negócios inclui ainda conces-sões no domínio das ferrovias, pontes e me-tropolitano, através de outras sociedades em que participa.

A AENOR é a segunda maior concessionária de auto-estradas em Portugal.

Na sequência do acordo estratégico firmado entre o Grupo Mota-Engil e o Grupo Banco Espírito Santo com o objectivo de desenvol-verem em conjunto as suas actividades na área das concessões das infra-estruturas de transportes, foi constituído, no final de 2007, um veículo societário (Ascendi) que agregará todas as participações sociais em sociedades concessionárias de infra-estru-turas de transportes de ambos os Grupos.

Além de Portugal, a nova sociedade detém concessões em Espanha e, mais recente-mente, no Brasil.

A área de Concessões de Transportes repre-sentou cerca de 6% do volume de negócios do Grupo.

MARTIFER - INdúSTRIA E ENERgIAO Grupo Mota-Engil marca presença nesta Área de Negócios através da sua participa-da Martifer SGPS.

Mantém com a Martifer uma parceria estra-tégica, detendo uma participação de 37,5% do seu capital social.

A Martifer SGPS foi objecto, em 2007, de uma Oferta Pública de Subscrição (OPS), através de um aumento do seu capital social, tendo posteriormente as suas acções sido admiti-das à negociação na Euronext Lisboa.

A Martifer SGPS desenvolve a sua acti-vidade nos sectores da construção de

estruturas metálicas (sendo líder ibérico e uma das mais importantes empresas eu-ropeias neste segmento), fornecimento de equipamentos para energia, geração eléc-trica e agricultura e biocombustíveis.

Com uma aposta estratégica em áreas de negócio em franca expansão, a Martifer SGPS tem registado um fortíssimo cresci-mento nos últimos anos, alargando o seu portefólio de negócios a vários países.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

100%

100% 100%100% 100% 37.5%

9.5% 97%

35.78% 32.64% 58.73% 100% 61.5% 50.01% 100% 100% 100% 100% 35.1%

94.14% 75% 10% 100% 100.0% 50% 22.5% 70% 100% 100% 80% 7.0%

95% 100% 100% 6.0% 0.01% 99.99% 100% 99.9% 97.5% 100% 36%

28% 100% 50% 96.3% 0.14% 99.86% 69.8% 20% 80% 100.0% 100% 80% 7%

50% 100% 90% 50% 5% 93% 34% 100% 50% 100% 36%

42.5% 100% 65% 100% 97.5% 100% 100% 25.5% 100% 80% 7%

85% 9% 38% 66.7% 100% 98% 55% 100% 70% 30% 95% 5% 36%

50% 100% 65% 100% 55% 100% 50% 87% 80% 7%

20% 3.4% 3.5% 20% 30% 50% 20% 80% 70% 18% 18%

35% 40% 100% 98.99% 49% 50% 96.7% 5% 95% 100% 38%

85% 50% 50% 26% 25% 67% 100% 5% 95% 51% 100%

65% 100% 60% 50% 2% 50% 50% 5% 36.09%

15% 60% 31% 51.7% 49% 50% 100% 50% 30% 80%

85% 50% 100% 60.0% 50% 60%

85% 90% 95% 40% 90% 50% 50% 100%

100% 49% 50% 99% 100% 50.5% 9%

42.5% 70% 33% 33% 100% 90% 100% 80%

100% 25% 52% 85% 15% 90% 100%

35% 100% 100%

80% 50% 30% 90%

73.9% 70% 100% 100%

80% 11% 50% 100%

100% 20% 50% 100%

70% 50%

70%

10%

LOGZ

ERSUC

Ecodetra

Ecolezíria

Ambibatalha

Agir

Enviroil

Correia&Correia

ME - Irlanda Services

SUMA Douro

InvestAmbiente

VBT

Vibeiras

Tratoser

Triu SA

Relevante Função

SIGA

Glan Agua Irlanda

MKC (USA)

Const. Perote Xalapa (México)

Lokemark

SI

Ekosrodowisko Polónia

Sadoport

Tersado

PTT

ME Srodowisko Polónia

SLPP

AENOR Douro Interior

Operanor Douro Interior

Cimertex & Cª

Edifício Galiza

M-Invest Portugalia (Cze)

Ferrovias Brasil M-Invest Polska

Wilenska Project (Pol)

Traversofer (Argélia)

Indaqua Vila do Conde

Moravské (Cze)

M-Invest (Cze)

Mota-Engil Florida

Cardoso, Ribeiro Antero

Icer (Angola)

Prefal (Angola)

Motadomus

Transitex

TERTIR SGPS

Real Verde

Resigés

Nova BeiraTMB Takargo

Transitiber

Martifer SGPS

Hifer (Esp)

Rentaco Angola

Tetenyi (Hun)

Auto-Sueco Angola

ME Real Estate Hungary

Cimertex Angola

MEAS II

RIMA

SUMA

METI SUMA Porto Hidrocontrato

Mota Internacional

Translei (Peru)

ME Magyarorszag (Hun)

Jasz Vasut (Hun)Obol XI (Hun)

God Project (Hun)

Mota-Engil Polska

Sołtysowska Project (Pol)

RTA

SGA

Largo do Paço

Vortal

Indaqua

Piastowska (Pol)

Mota-Engil, Serviços Partilhados

MEIT

Calçadas do Douro

Planinova

Sefimota (Cze)

SocibilMI-2 (Pol)

Sonauta Angola

Mota-Engil Slovakia

Metroepszolg (Hun)

Mota-Engil, SGPS, SA

Tabella Holding (Hol)

Engil 4i

ME-Investitii (Rom)

Indimo

M-Invest Jihlavska (Cze)

M-Invest Slovakia

M-Invest Trnavska (Svk)

Realmota (Cze)

Mota CheongKong

Holdinorte

Kozielska (Pol)

M-E Kruszywa (Pol)

Emasa

Asinter

M-Invest Mierova (Svk)

ME São Tomé e Príncipe

Fabritubo Mota Viso

Turalgo

Emocil (Moçambique)

Lusolisboa

Operadora Lusolisboa

Ascendi SGPS

Ascendi SA

Liscont

Sea Road

Sotagus

Kordylewskiego Project (Pol)

Ferrovias

Ambilital

Socarpor SGPS D/L

Socarpor Aveiro

Sealine

Stifa

Tertir

Ternor

Beiratir

Operport

GT SGPS

Indaqua Sto.Tirso

Indaqua Feira

Indaqua Fafe

STM Term Moçambique E.A. Moreira

Parquegil

EMSA

Manvia Resilei

Indaqua MatosinhosNorcargas

Citrup

Areagolfe SUMA Matosinhos

Almaque SUMA Esposende

GT Invest Moçambique

Multiterminal

Guiflora

Guiport (Guiné Bissau)

TCL

TEN

Sadomar

GT Invest Guiné Bissau

Transnáutica Moçambique

Novaflex

Cenários D'ouro

Rica

Proempar

Transter (Guiné Bissau)

Mota-Engil IrlandaLisprojecto

TTRM

Tratofoz

Gerfer

Mota Maurícias

AENOR

Operanor

Mil e Sessenta

Edipainel

M-Invest Bohdalec (Cze)

Mota-Engil, Concessões de Transportes

Lusoscut CP

Operadora CP

Lusoscut BLA

SRI

Tecnocarril

Inovia

Aurimove

M-Invest Devonska (Cze)

M-Inv Barrandov (Cze) Fibreglass (Moçambique)

Ambigere

Operadora BLA

Gestiponte

Lusoscut GP

Operadora GP

Metro, Transportes Sul

Lusoponte

Cosamo

a)

j)

e)

m)

n)

r)

q)

s)

t)

u)

w)

x)

y)

v)

aa)

Notas:

a) Vortal também detida em 21,88% pela MEEC e 2,53% de Acções Próprias u) TERTIR também detida em 27,61% pela MEAS e 2,6% pela Liscont

b) Tratofoz também detida em 1% pela SUMA v) Tracevia Angola também detida em 20% pela Mota-Internacional

e) Indaqua-Feira também detida em 1% pela MEEC w) Mota-Engil Polska também detida em 30,23% pela M-Invest Polska

f) Cerâmica de Boialvo também detida em 85,04% pela MGP e em 1,71% pela Matiprel x) GT Inv Int SGPS também detida em 42,5% pela Liscont e 10% pela RL

g) Corgimobil também detida em 25,305% pela MEIT y) GT Invest Guiné-Bissau também detida em 10% pela Guiport (Guiné-Bissau)

h) Cenários do Douro também detida em 1,5% pela RTA e em 1% pela SGA z) Indaqua Vila do Conde também detida em 0,8572% pela MEEC

i) Novabeira também detida a 1% pela SUMA aa) TCL também detida em 20,41% pela TEN

j) Prefal também detida em 20% pela Qualibetão ab) Eviva Agighiol, Eviva Casimcea e Eviva Nalbant também detidas em 1% pela Agromart Energy

k) ME- Kruszywa também detida em 50% pela MEEC ac) PTT também detida pela 10% pela Promoquatro, 10% MEAS e 10% MEEC

l) SGA também detida em 0,28% pela MEEC ad) LusoLisboa detida em 36,09% pela MEEC

m) Translei também detida em 0,10% pela MEEC ae) Operadora LusoLisboa detida em 7,218% pela MEEC

n) Correia & Correia detêm 20% de Quotas Próprias af) Indaqua Matosinhos também detida em 1% pela MEEC

l)

af)

h)

i)

p)

w)

ac)

z)

ad)

ae)

k)

ag)

ah)

ai)

b)

ag)

aj)

24.79%

100%

100%

10%

100.0%

60%

50%

100%

100%

70%

45%

100%

15%

100%

100%

100%

100%

50%

50%

100%

100%

100%

70.17%

Crespo (Esp)

Iberfibran

Tradelsu (Esp)

CPTP

Timoz

Rentaco

Corgimobil

Grossiman (Esp)

Nortedómus

BERD

Qualibetão

Maprel - Nelas

Tracevia

Probigalp

Tracevia Angola

Soprocil

Matiprel

Cerâmica de Boialvo

Geogranitos

Mota-Engil Pavimentações

E. Agrícola e Florestal

Tipsa

Sedengil

g)

v)

f)

ak)

Mota-Engil, Ambiente e Serviços

100%

Mota-Engil, Engenharia e Construção

Grupo MotA-enGil organogramasocieTÁrio-principaisenTiDaDes

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APRESENTAçãO E PERfIL DO GRUPO 28 29

100%

100% 100%100% 100% 37.5%

9.5% 97%

35.78% 32.64% 58.73% 100% 61.5% 50.01% 100% 100% 100% 100% 35.1%

94.14% 75% 10% 100% 100.0% 50% 22.5% 70% 100% 100% 80% 7.0%

95% 100% 100% 6.0% 0.01% 99.99% 100% 99.9% 97.5% 100% 36%

28% 100% 50% 96.3% 0.14% 99.86% 69.8% 20% 80% 100.0% 100% 80% 7%

50% 100% 90% 50% 5% 93% 34% 100% 50% 100% 36%

42.5% 100% 65% 100% 97.5% 100% 100% 25.5% 100% 80% 7%

85% 9% 38% 66.7% 100% 98% 55% 100% 70% 30% 95% 5% 36%

50% 100% 65% 100% 55% 100% 50% 87% 80% 7%

20% 3.4% 3.5% 20% 30% 50% 20% 80% 70% 18% 18%

35% 40% 100% 98.99% 49% 50% 96.7% 5% 95% 100% 38%

85% 50% 50% 26% 25% 67% 100% 5% 95% 51% 100%

65% 100% 60% 50% 2% 50% 50% 5% 36.09%

15% 60% 31% 51.7% 49% 50% 100% 50% 30% 80%

85% 50% 100% 60.0% 50% 60%

85% 90% 95% 40% 90% 50% 50% 100%

100% 49% 50% 99% 100% 50.5% 9%

42.5% 70% 33% 33% 100% 90% 100% 80%

100% 25% 52% 85% 15% 90% 100%

35% 100% 100%

80% 50% 30% 90%

73.9% 70% 100% 100%

80% 11% 50% 100%

100% 20% 50% 100%

70% 50%

70%

10%

LOGZ

ERSUC

Ecodetra

Ecolezíria

Ambibatalha

Agir

Enviroil

Correia&Correia

ME - Irlanda Services

SUMA Douro

InvestAmbiente

VBT

Vibeiras

Tratoser

Triu SA

Relevante Função

SIGA

Glan Agua Irlanda

MKC (USA)

Const. Perote Xalapa (México)

Lokemark

SI

Ekosrodowisko Polónia

Sadoport

Tersado

PTT

ME Srodowisko Polónia

SLPP

AENOR Douro Interior

Operanor Douro Interior

Cimertex & Cª

Edifício Galiza

M-Invest Portugalia (Cze)

Ferrovias Brasil M-Invest Polska

Wilenska Project (Pol)

Traversofer (Argélia)

Indaqua Vila do Conde

Moravské (Cze)

M-Invest (Cze)

Mota-Engil Florida

Cardoso, Ribeiro Antero

Icer (Angola)

Prefal (Angola)

Motadomus

Transitex

TERTIR SGPS

Real Verde

Resigés

Nova BeiraTMB Takargo

Transitiber

Martifer SGPS

Hifer (Esp)

Rentaco Angola

Tetenyi (Hun)

Auto-Sueco Angola

ME Real Estate Hungary

Cimertex Angola

MEAS II

RIMA

SUMA

METI SUMA Porto Hidrocontrato

Mota Internacional

Translei (Peru)

ME Magyarorszag (Hun)

Jasz Vasut (Hun)Obol XI (Hun)

God Project (Hun)

Mota-Engil Polska

Sołtysowska Project (Pol)

RTA

SGA

Largo do Paço

Vortal

Indaqua

Piastowska (Pol)

Mota-Engil, Serviços Partilhados

MEIT

Calçadas do Douro

Planinova

Sefimota (Cze)

SocibilMI-2 (Pol)

Sonauta Angola

Mota-Engil Slovakia

Metroepszolg (Hun)

Mota-Engil, SGPS, SA

Tabella Holding (Hol)

Engil 4i

ME-Investitii (Rom)

Indimo

M-Invest Jihlavska (Cze)

M-Invest Slovakia

M-Invest Trnavska (Svk)

Realmota (Cze)

Mota CheongKong

Holdinorte

Kozielska (Pol)

M-E Kruszywa (Pol)

Emasa

Asinter

M-Invest Mierova (Svk)

ME São Tomé e Príncipe

Fabritubo Mota Viso

Turalgo

Emocil (Moçambique)

Lusolisboa

Operadora Lusolisboa

Ascendi SGPS

Ascendi SA

Liscont

Sea Road

Sotagus

Kordylewskiego Project (Pol)

Ferrovias

Ambilital

Socarpor SGPS D/L

Socarpor Aveiro

Sealine

Stifa

Tertir

Ternor

Beiratir

Operport

GT SGPS

Indaqua Sto.Tirso

Indaqua Feira

Indaqua Fafe

STM Term Moçambique E.A. Moreira

Parquegil

EMSA

Manvia Resilei

Indaqua MatosinhosNorcargas

Citrup

Areagolfe SUMA Matosinhos

Almaque SUMA Esposende

GT Invest Moçambique

Multiterminal

Guiflora

Guiport (Guiné Bissau)

TCL

TEN

Sadomar

GT Invest Guiné Bissau

Transnáutica Moçambique

Novaflex

Cenários D'ouro

Rica

Proempar

Transter (Guiné Bissau)

Mota-Engil IrlandaLisprojecto

TTRM

Tratofoz

Gerfer

Mota Maurícias

AENOR

Operanor

Mil e Sessenta

Edipainel

M-Invest Bohdalec (Cze)

Mota-Engil, Concessões de Transportes

Lusoscut CP

Operadora CP

Lusoscut BLA

SRI

Tecnocarril

Inovia

Aurimove

M-Invest Devonska (Cze)

M-Inv Barrandov (Cze) Fibreglass (Moçambique)

Ambigere

Operadora BLA

Gestiponte

Lusoscut GP

Operadora GP

Metro, Transportes Sul

Lusoponte

Cosamo

a)

j)

e)

m)

n)

r)

q)

s)

t)

u)

w)

x)

y)

v)

aa)

Notas:

a) Vortal também detida em 21,88% pela MEEC e 2,53% de Acções Próprias u) TERTIR também detida em 27,61% pela MEAS e 2,6% pela Liscont

b) Tratofoz também detida em 1% pela SUMA v) Tracevia Angola também detida em 20% pela Mota-Internacional

e) Indaqua-Feira também detida em 1% pela MEEC w) Mota-Engil Polska também detida em 30,23% pela M-Invest Polska

f) Cerâmica de Boialvo também detida em 85,04% pela MGP e em 1,71% pela Matiprel x) GT Inv Int SGPS também detida em 42,5% pela Liscont e 10% pela RL

g) Corgimobil também detida em 25,305% pela MEIT y) GT Invest Guiné-Bissau também detida em 10% pela Guiport (Guiné-Bissau)

h) Cenários do Douro também detida em 1,5% pela RTA e em 1% pela SGA z) Indaqua Vila do Conde também detida em 0,8572% pela MEEC

i) Novabeira também detida a 1% pela SUMA aa) TCL também detida em 20,41% pela TEN

j) Prefal também detida em 20% pela Qualibetão ab) Eviva Agighiol, Eviva Casimcea e Eviva Nalbant também detidas em 1% pela Agromart Energy

k) ME- Kruszywa também detida em 50% pela MEEC ac) PTT também detida pela 10% pela Promoquatro, 10% MEAS e 10% MEEC

l) SGA também detida em 0,28% pela MEEC ad) LusoLisboa detida em 36,09% pela MEEC

m) Translei também detida em 0,10% pela MEEC ae) Operadora LusoLisboa detida em 7,218% pela MEEC

n) Correia & Correia detêm 20% de Quotas Próprias af) Indaqua Matosinhos também detida em 1% pela MEEC

l)

af)

h)

i)

p)

w)

ac)

z)

ad)

ae)

k)

ag)

ah)

ai)

b)

ag)

aj)

24.79%

100%

100%

10%

100.0%

60%

50%

100%

100%

70%

45%

100%

15%

100%

100%

100%

100%

50%

50%

100%

100%

100%

70.17%

Crespo (Esp)

Iberfibran

Tradelsu (Esp)

CPTP

Timoz

Rentaco

Corgimobil

Grossiman (Esp)

Nortedómus

BERD

Qualibetão

Maprel - Nelas

Tracevia

Probigalp

Tracevia Angola

Soprocil

Matiprel

Cerâmica de Boialvo

Geogranitos

Mota-Engil Pavimentações

E. Agrícola e Florestal

Tipsa

Sedengil

g)

v)

f)

ak)

Mota-Engil, Ambiente e Serviços

100%

Mota-Engil, Engenharia e Construção

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

O Grupo Mota-Engil, através da sua Área de Negócios de Engenharia e Construção, está presente em 19 países de três continentes.

A Área de Negócios de Engenharia e Constru-ção continua a ter um peso expressivo, re-presentando 79% do volume global de ven-

peninsUlaibérica59%

Áfricaeamérica23%

eUropacenTral18%

4.3.5 presenÇanomercaDo

Apresenta-se, em seguida, um conjunto de indicadores ilustrativos da presença do Grupo no mercado.

engenhariaeconsTrUÇÃo79%

ambienTeeserViÇos15%

concessõesDeTransporTes6%

VenDasepresTaÇÃoDeserViÇosporÁreaDenegócio(%)

VenDasepresTaÇÃoDeserViÇospormercaDogeogrÁfico(%)

das e serviços prestados, em 2008 - contra os 75% que representava em 2007.

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APRESENTAçãO E PERfIL DO GRUPO 30 31

O volume de vendas e serviços prestados pela Mota-Engil cresceu em todos os merca-dos segmentados no gráfico da página ante-rior. No entanto, esse crescimento foi muito mais expressivo no mercado de África e Amé-rica (crescimento de 77%) e na Europa Cen-tral (50%) do que na Península Ibérica (25%).

A MOTA-ENGIL aumentou globalmente o seu investimento líquido em cerca de 36%. Este acréscimo concentrou-se essencialmen-te nas Concessões de Transportes (+91%) e em Ambiente e Serviços (+ 58%).

engenhariaeconsTrUÇÃo43%

ambienTeeserViÇos24%

concessõesDeTransporTes33%

inVesTimenToporÁreaDenegócio(%)

Tal traduz uma maior dispersão da contri-buição de cada uma das áreas geográficas para as vendas e serviços prestados, não obstante a Península Ibérica ter contribuí-do, ainda, em mais de 60% para o volume de negócios verificado.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

O Grupo Mota-Engil apresenta, em termos de dimensão, um conjunto de indicadores relativos aos seus trabalhadores, volume

empresasnacionais47%

sUcUrsais31%

empresasesTrangeiras22%

peninsUlaibéricaeirlanDa49%

Áfricaeamérica41%

eUropacenTral10%

4.3.6 DimensÃo

de vendas e prestação de serviços, inves-timento, capitalização total e montante dos activos.

colaboraDoresporempresasnacionais,esTrangeirasesUcUrsais(%)

colaboraDorespormercaDosgeogrÁficos(%)

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APRESENTAçãO E PERfIL DO GRUPO 32 33

Em 2008, a maioria dos colaboradores dei-xou de estar na Península Ibérica, eviden-ciando a determinação do Grupo em tornar- -se um universo empresarial cada vez mais global. O peso do número de colaboradores

peninsUlaibéricaeirlanDa

Áfricaeamérica

eUropacenTral

8636

7250

1881

porTUgal 8391

3931

1547

1415

1014

827

167

126

119

95

52

40

22

20

1

angola

polónia

malawi

moÇambiqUe

perú

repúblicacheca

espanha

irlanDa

roménia

hUngria

eUa

caboVerDe

esloVÁqUia

méxico

colaboraDoresporpaís(nº)

colaboraDorespormercaDosgeogrÁficos(n.º)

cresceu no mercado de África e América, contrariamente aos mercados da Península Ibérica e Europa Central, onde se registou um ligeiro decréscimo face a 2007.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

A Mota-Engil tem 17.767 colaboradores, dos quais cerca de 47% em Portugal. Os quatro mercados mais significativos representam cerca de 86% do seu efectivo.

O volume de negócios da Mota-Engil au-mentou em cerca 33% em 2008. Este acréscimo foi fortemente dinamizado pela área de Engenharia e Construção, que

(milhõesDeeUros)

(milhõesDeeUros)

2007

2008

2007 500 1.000 1.500 2.000

2007

2008

0 50 100 150 200 250 300

VenDasepresTaÇÃoDeserViÇosporÁreaDenegócio

inVesTimenToporÁreaDenegócio

engenhariaeconsTrUÇÃo

ambienTeeserViÇos

concessõesDeTransporTes

engenhariaeconsTrUÇÃo

ambienTeeserViÇos

concessõesDeTransporTes

cresceu a um ritmo muito superior (40%) face às outras áreas de negócio (15% e 11%, respectivamente, em Ambiente e Serviços e na Concessão de Transportes).

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APRESENTAçãO E PERfIL DO GRUPO 34 35

O esforço de investimento do Grupo mostra- -se mais repartido entre as três áreas – em 2007, o investimento líquido de Engenharia e Construção representava 55% do investi-mento total, em 2008, reduziu-se para 44%.

Em 2008, as Concessões de Transportes já representaram 33% do investimento e

O capital empregue pelo Grupo está apli-cado maioritariamente (53%) na área das Concessões de Transportes, evidenciando o esforço de investimento nesta área.

(milhõesDeeUros)

ToTal

ambienTeeserViÇos

engenhariaeconsTrUÇÃo

concessõesDeTransporTes

0 500 1000 1.500 2.000 2.500

capiTaisempregUes

a área de Ambiente e Serviços represen-tou 24% .

Esta alteração evidencia a intenção clara do Grupo em reforçar o seu esforço de di-versificação, aumentando o investimento em outras Áreas de Negócio para além da Engenharia e Construção.

enDiViDamenTo

capiTalpróprio

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

A identidade dos principais accionistas, a percentagem de capital detida por estes e as alterações à estrutura de capitais ocorridas durante o ano de 2008 podem ser consultadas a páginas 145 e 151 do Relatório

Portugal

Espanha

Irlanda

Polónia

República Checa

4.3.7 esTrUTUraaccionisTa

e Contas Consolidadas da Mota-Engil SGPS, SA, acessível através do website www.mota-engil.pt.

A MotA-enGil no Mundo

Eslováquia

Hungria

Roménia

Turquia

Venezuela

Cabo Verde

São Tomé e Príncipe

Angola

Malawi

Moçambique

Estados Unidos

México

Peru

Brasil

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APRESENTAçãO E PERfIL DO GRUPO 36 37

INTRODuçãO

O Grupo Mota-Engil, através da sua Área de Negócios de Engenharia e Construção, é lí-der de mercado em Portugal.

A Mota-Engil Engenharia, face ao seu peso específico no portefólio de negócios do Gru-po, detém um papel essencial no seu desen-volvimento empresarial.

Detentora de um conjunto de valências es-pecializadas em todos os segmentos da en-genharia e construção, a Mota-Engil Enge-nharia ambiciona manter a sua liderança em Portugal, a par do reforço da sua presença nos mercados internacionais, num quadro de internacionalização e expansão que lhe permite já hoje estar presente em 19 países.

A Mota-Engil Engenharia desenvolve as suas actividades através da sua marca principal Mota-Engil Engenharia e Construção, SA e das suas empresas participadas em Portugal e no estrangeiro.

4.4.1 engenhariaeconsTrUÇÃo A Mota-Engil Engenharia e Construção,

SA engloba dois segmentos de actividade principais que constituem o núcleo central do negócio de engenharia e construção — construção de infra-estruturas e edifícios —, actuando como sub-holding do Grupo Mota-Engil para toda a área de Engenharia e Construção.

Compreende, além disso, o negócio imobiliá-rio e um conjunto de valências e segmentos de especialização que actuam, quer como suporte às áreas de actividade principais, quer como negócios autónomos no seu rela-cionamento com o mercado.

Através do conjunto das suas empresas participadas, actua igualmente em seg-mentos de especialização ou em contextos de mercado específicos.

4.4ÁREAS DE NEGÓCIO

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

VenDasepresTaÇõesDeserViÇos:€1,5milmilhões

carTeiraDeencomenDas:€2,3milmilhões

obrasemcUrso:maisDe300em19países

MOTA-ENGIL ENGENhARIA E CONSTRuçãO, SA

1. VISãO, MISSãO, VAlORES E ESTRATégIA

Na sequência da aprovação do plano de de-senvolvimento estratégico do Grupo “Ambi-ção 2013”, foi revista e aprofundada a estra-tégia da Mota-Engil Engenharia e Construção, visando a criação de uma sólida identidade corporativa, materializada na sua Visão, Mis-são, Valores e Estratégia.

MissãoCriar Valor no respeito da Comunidade e pelo Futuro.

VisãoSer reconhecida como empresa de Excelên-cia na Engenharia e Construção.

Valores· Compromisso e Responsabilidade Obrigação e empenhamento no cumpri-

mento dos objectivos;

· Competência e Rigor Saber fazer com exactidão todas as tarefas;

· Integridade Actuar em estrita conformidade com as

normas do meio em que nos inserimos;

· Sustentabilidade Satisfazer as necessidades do presente

sem comprometer o amanhã;

· Empreendedorismo Busca de novas oportunidades e desafios;

· Solidariedade e Coesão Partilhar direitos e obrigações, fortalecen-

do o espírito de equipa.

EstratégiaAs linhas de desenvolvimento da Mota-Engil Engenharia, traçadas para os anos que se se-guem, contemplam cinco eixos estratégicos:

· Reforçar a liderança e a notoriedade da Marca em Portugal, apontando metas am-

biciosas de participação nos projectos do novo Aeroporto de Lisboa, de Alta Veloci-dade e de Concessões Rodoviárias;

· Reforçar a posição de referência no mer-cado de Angola, promover o crescimento sustentado dos mercados do Malawi e Mo-çambique e procurar novas oportunidades em África;

· Consolidar a exploração da Europa Central, com enfoque nos mercados da Polónia e Roménia através de um crescimento sus-tentado, segundo um conceito corporativo de gestão integrada regional;

· Promover o crescimento sustentado no Peru, estudar novas oportunidades nas Américas, nomeadamente no México e Brasil, e pesquisar mercados emergentes, designadamente a Índia e a Ucrânia;

· Desenvolver novas Áreas de Negócio, no-meadamente mineração, produção de ma-teriais, nichos tecnológicos, reabilitação, túneis, etc.

2. ACTIVIdAdES PRINCIPAIS

Infra-estruturas· Estradas e Ferrovias· Pontes e Viadutos· Portos e Aeroportos· Barragens e Infra-estruturas Hidráulicas· Silos e Chaminés· Manutenção de Infra-estruturas· Mineração

Edifícios· Centros Comerciais e Hotéis· Construção Industrial· Habitação e Escritórios· Hospitais· Escolas e Edifícios Públicos· Reabilitação de Edifícios

Negócio Imobiliário· Habitação· Escritórios· Comércio· Centros de Negócios

indiCAdores finAnCeiros

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APRESENTAçãO E PERfIL DO GRUPO 38 39

3. SEgMENTOS ESPECIAlIzAdOS

· Agregados/PedreirasA Mota-Engil Engenharia e Construção, SA dispõe de uma experiência de quase 50 anos na produção de agregados.

Os primeiros centros de produção funciona-vam geralmente associados à execução de uma obra que necessitasse de agregados ou enrocamentos e encerravam sempre que a obra terminava.

A partir do início dos anos 90, estavam cria-das as condições para a manutenção perma-nente da actividade nas pedreiras. Aprovei-tando os meios existentes, desenvolveu-se uma estratégia de acompanhamento dos projectos em execução e de cobertura das principais regiões consumidoras de agrega-dos com uma organização flexível, competi-tiva e inovadora.

Encontram-se hoje em exploração 15 centros de produção em Portugal.

As preocupações com o ordenamento do ter-ritório, a qualidade da rocha, a facilidade de acesso e o mercado regional e local figuram entre os critérios que presidiram à localiza-ção dos centros de produção.

Entre estes contam-se nove pedreiras que produzem agregados provenientes de ro-chas siliciosas com origem magmática (granitos, granodioritos e riolitos), cinco produzem agregados com rochas de origem sedimentar (areia e calcário) e uma produz agregados a partir de uma rocha metamór-fica (mármore).

PRODuTOS

Porque usamos agregadosA exploração de pedreiras é, e tem sido ao longo dos séculos, fundamental para a se-gurança do Homem, desenvolvimento e ma-nutenção da qualidade de vida baseada na construção, melhoria e manutenção de um ambiente recriado.

Estima-se que, nos países mais desenvol-vidos, cada cidadão consuma uma razoável quantidade de produtos minerais, represen-tando os agregados e o cimento cerca de 50% desse volume, com uma média de 10 t/homem/ano. Os minerais energéticos repre-sentam 46%, sendo os 4% restantes devidos aos metais, argila, sal e fosfatos.

Hoje em dia, dependemos dos agregados para construir, melhorar e manter as nossas habitações, locais de trabalho, hospitais, escolas, lojas comerciais, locais de diversão, estruturas desportivas, estradas, pontes e viadutos, túneis, vias férreas, aeroportos, portos marítimos e fluviais, proteção da ero-são costeira, barragens para aproveitamen-to hidráulico e energético, sistemas de abas-tecimento de água, recolha e tratamento de efluentes, aterros sanitários, redes diversas de distribuição de gás natural, energia eléc-trica e telecomunicações.

Os agregados são ainda utilizados no fabrico do aço, do cimento, do vidro, do papel e de rações para animais; nas indústrias cerâmica, química e alimentar; na limpeza das emissões nas instalações de produção de energia eléc-trica e incineradoras; na redução da acidez dos solos e da água; e na produção de tintas, medicamentos, plásticos e cosméticos.

E se em algumas actividades o consumo é reduzido, outras há em que aqueles valores são significativos:

- Uma vivenda e as infra-estruturas associa-das à sua construção utilizam cerca de 300 toneladas de agregados.

- Para a construção de um apartamento, são necessárias entre 60 a 80 toneladas de agregados.

- Para uma auto-estrada, são utilizadas cerca de 30 toneladas por metro construído, en-quanto que uma via-férrea de alta velocidade utiliza cerca de 10 toneladas por metro de via.

No final do século XIX, a construção dos ca-minhos-de-ferro e a invenção do automóvel originam a criação de uma rede de vias impor-tante para a época. Nessa altura, a exploração

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

de agregados era efectuada de acordo com o local da obra e procurava-se a exploração o mais próximo possível do local de aplicação.

O aproveitamento da água para abasteci-mento das grandes metrópoles ou para fins energéticos e agrícolas conduziu à constru-ção de infra-estruturas de armazenamento, primeiro em enrocamento e mais tarde em betão armado.

Mas a indústria dos agregados fica definitiva-mente marcada pela utilização do automóvel, aperfeiçoamento da técnica de construção de estradas e utilização em grande escala do betão armado nas mais variadas construções.

Os agregados representam entre 70 a 80% do volume do betão e cerca de 95% do peso nas misturas betuminosas.

Como os grandes consumidores de agrega-dos são as obras públicas, não damos conta de quanto necessitamos deles. Na realida-de, nos últimos anos, cada português con-sumiu mais de 25kg de agregados por dia e, embora se possa pensar que esta quanti-dade venha a ser menor no futuro, o facto é que a manutenção das actuais condições de segurança e bem-estar continuarão a exigir uma grande quantidade de agregados to-dos os dias.

Ainda assim, a indústria extractiva é conside-rada por muitos como a principal responsável pela destruição do património paisagístico e ambiental, embora, paradoxalmente, propor-cione enormes benefícios ambientais:

- Na protecção da erosão costeira, barragens de terra e encostas acidentadas;

- No tratamento da água potável e efluentes domésticos e industriais;

- Na redução das emissões de CO2 e neutrali-zação da acidez da água e solos.

- Na recuperação de áreas degradadas e constituição de barreiras de precipitação de metais pesados.

As pedreiras, quando exploradas sob con-trolo, além de servirem de refúgio a muitas espécies animais, podem criar novos habi-

tats, possibilitando o desenvolvimento de espécies que de outro modo não seria possí-vel, criando biótipos para espécies raras de anfíbios, répteis, insectos, aves e plantas, tornando-se áreas de grande valor ecológico ou contribuindo para o bem-estar dos habi-tantes locais pela transformação do espaço numa zona de lazer.

· Betão e Pré-FabricadosAtravés da sua área de Betões Hidráulicos, a Mota-Engil Engenharia e Construção, SA ac-tua no domínio da produção e transporte de betão pronto, concepção e desenvolvimento de novos betões, realização de ensaios labo-ratoriais e consultoria técnica às empresas do Grupo Mota-Engil.

No domínio da Investigação e Desenvolvi-mento de novos produtos, continuaram-se os estudos sobre betões de agregados leves estruturais, betões de elevado desempenho, betões para projectar por via húmida, betões sustentáveis, betões de elevado desempe-nho com cimento e adições com menores emissões de CO2, e viabilidade de reutiliza-ção de areias de fundição e de escórias de “aciaria” na produção de betão.

No início de 2009, a empresa obteve a cer-tificação do Controlo de Produção de betão das suas centrais segundo a norma NP EN 206-1:2007, processo este iniciado em finais de 2008.

É ambição da área de Betões Hidráulicos, durante os próximos três anos, para além de dar continuidade aos projectos acima mencionados, realizar estudos inerentes a betões de baixa retracção, retracção contro-lada, elevada durabilidade (inclusive clore-tos), betões com incorporação de fibras, be-tões com materiais não tradicionais e ainda actualizar o estudo realizado anteriormente em argamassas estabilizadas.

O desenvolvimento comercial deste segmen-to de negócio, adiante descrito com maior detalhe, encontra-se organicamente supor-tado na empresa participada Mota-Engil Betão e Pré-Fabricados, resultante da fusão entre as participadas Maprel e Qualibetão.

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APRESENTAçãO E PERfIL DO GRUPO 40 41

· Fundações EspeciaisO sector de Fundações Especiais da Mota-Engil Engenharia e Construção, SA acumula uma experiência de mais de 20 anos apoiada em equipas altamente especializadas nas áreas de fundações e geotecnia.

Este sector executa trabalhos de fundações em todo o tipo de obras, oferecendo solu-ções técnicas e equipamentos para as mais variadas necessidades do mercado, como microestacas, estacas moldadas “in situ” com diâmetros de 400 a 1500mm, paredes moldadas, contenções “Berlim”, ancora-gens provisórias e definitivas, betão projec-tado, pregagens, injecções e instrumenta-ção geotécnica.

Durante estes anos de activa intervenção no mercado de fundações, tem crescido de uma forma sustentável, investindo em equi-pamento e na formação dos seus recursos humanos, tendo em vista a racionalização de processos construtivos e a obtenção da me-lhor relação qualidade/preço.

Tem como objectivos atingir uma qualidade ímpar do produto final, aliando elevados padrões de produtividade, eficiência e segu-rança, de forma a satisfazer as expectativas do cliente e corresponder às aspirações de desenvolvimento profissional e capacitação dos seus quadros técnicos e colaboradores. Enquanto unidade operacional que tem a seu cargo este segmento de negócio, é respon-sável por mais de 800 obras realizadas em todo o território nacional.

· GeotecniaA área de Geotecnia da Mota-Engil Engenha-ria e Construção, SA exerce actividade no domínio do reconhecimento geológico e ge-otécnico de maciços, dispondo de um vasto conjunto de serviços especializados de que avultam a execução de sondagens mecâni-cas, prospecção geofísica e ensaios “in situ”, monitorização de obras geotécnicas com instalação e observação de instrumentos, geotecnia ambiental através da amostragem de solos e águas subterrâneas, e ainda es-tudos hidrológicos e execução de furos de pesquisa e captação de água.

Esta área possui um moderno parque de má-quinas e equipamentos para execução de son-dagens mecânicas, colocando-a entre as em-presas de vanguarda e mais bem equipadas no reconhecimento de maciços em Portugal.

Presta ainda um amplo conjunto de servi-ços de consultoria e assessoria técnica no planeamento de campanhas de prospecção geológica de acordo com as exigências e necessidades específicas de cada projecto.

Tem vindo, por outro lado, a explorar novos mé-todos não-destrutivos para a caracterização de maciços, com o apoio da sísmica de refracção e as potencialidades da resistividade eléctrica, actuando ainda na identificação de cavidades e grutas em maciços cársicos com georradar, de forma a introduzir melhorias relevantes nos modelos tradicionais de prospecção e na opti-mização das soluções construtivas.

Além de uma larga experiência na execução e interpretação de ensaios sísmicos, a área da geotecnia ambiental na avaliação e delimita-ção de zonas eventualmente contaminadas tem vindo a ganhar significativa expressão no contexto das suas actividades e do seu horizonte de especialização.

· Laboratório CentralA Mota-Engil Engenharia e Construção, SA foi pioneira em Portugal na criação de um inova-dor sistema de controlo de qualidade interno com a criação do seu Laboratório Central.

Celebrando 20 anos de existência em 2008, o Laboratório Central coordena funcional-mente os laboratórios de obras e centros de produção de agregados, apoio que se esten-de às diversas sucursais e obras no estran-geiro, bem como ao conjunto das empresas participadas da Mota-Engil Engenharia.

Reconhecido como um dos laboratórios de referência em Portugal, presta serviços na área da geotecnia e do controlo de qualidade de obras e materiais de construção, actuando nos domínios da identificação de solos, agre-gados, ligantes hidráulicos e betuminosos, misturas hidráulicas e betuminosas, estudos de formulação de misturas betuminosas e

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

hidráulicas, estudos de dimensionamento de pavimentos rodoviários, instrumentação e auscultação de pavimentos em serviço e en-saios de medição de ruído ambiental e laboral.

O Laboratório Central tem vindo ainda a desenvolver um conjunto de novas técnicas construtivas e de valorização de resíduos, tirando partido da sua larga experiência e conhecimento nas áreas em que intervém.

· ElectromecânicaO sector Electromecânico tem por missão, no âmbito da Mota-Engil Engenharia e Cons-trução, SA, realizar trabalhos nos domínios da execução, remodelação e ampliação de instalações eléctricas de média, alta e mui-to alta tensão, bem como a execução e ma-nutenção de instalações de baixa tensão.

Actua ainda no domínio da execução e ma-nutenção de instalações mecânicas e de sistemas de gestão técnica e automação.

A atestar a sua reconhecida capacidade técni-ca, desenvolve uma importante parcela da sua actividade junto de clientes exteriores ao Grupo Mota-Engil, executando trabalhos no âmbito da distribuição e transporte de energia eléctrica, instalações eléctricas de baixa tensão em edifí-cios e projectos de AVAC, destacando-se ainda na execução de projectos electromecânicos.

A Direcção de Electromecânica contribui para a estratégia de preservação ambiental da Mota-Engil, nomeadamente ao nível da reciclagem dos resíduos produzidos pela actividade (cabos, mistura de metais, pa-pel, cartão e plástico).

· Gestão de EquipamentosA gestão do parque de equipamentos da Mota-Engil Engenharia e Construção, SA afectos à actividade da empresa, na Pe-nínsula Ibérica, inclui a gestão de mais de 500 equipamentos pesados e de cerca de 10.000 bens de equipamento ligeiros.

O Estaleiro Central (Porto Alto), base das operações de gestão do parque de equi-pamentos, é a maior e mais bem equipada unidade do género existente em Portugal.

A área de gestão de equipamentos presta um conjunto alargado de serviços ao nível da ges-tão e formação de operadores de máquinas e veículos industriais, centralização de toda a actividade oficinal de manutenção de equipa-mentos nas suas várias sub-especialidades, montagem e desmontagem de estaleiros de obra, execução de projectos e licenciamentos eléctricos para estaleiros de obra, bem como a gestão da frota de veículos ligeiros da Mota-Engil Engenharia e Construção, SA e de parte significativa das empresas participadas.

4. PRINCIPAIS EMPRESAS PARTICIPAdAS

EM PORTUgAl

CPTPA CPTP opera no mercado desde 1930, ten-do assumido a designação actual em 1945.

Em 2003, a CPTP foi adquirida pelo Grupo Mota-Engil.

Trata-se de uma empresa especializada e com uma posição de liderança no sector das obras marítimas em Portugal, demonstran-do inequívoca capacidade em dar resposta a todo o tipo de desafios tecnológicos e de mercado neste sector de especialização.

Desde a data da sua fundação, a CPTP tem vindo a marcar presença constante em obras portuárias de referência ao longo de toda a costa continental portuguesa e nos arquipélagos da Madeira e dos Açores.

Com intervenções realizadas em todos os portos portugueses, nas mais diversas especialidades, a CPTP é hoje reconheci-da como uma empresa de engenharia com competências em todos os segmentos de obras marítimas, de que se destacam a

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APRESENTAçãO E PERfIL DO GRUPO 42 43

hidráulica marítima e fluvial e a protecção costeira e fluvial; a construção de portos marítimos e fluviais; exutores submarinos; barragens; aproveitamentos hidráulicos e hidroeléctricos; dragagens de estabeleci-mento e de manutenção; quebramento e dragagem de rocha submersa; cravação de estacas metálicas e outras; e execução de ensecadeiras.

Fruto de uma política de inovação constan-te na busca de novas soluções, alicerça-da numa estrutura de recursos humanos

empreendedora, experiente e fortemente capacitada e num conjunto de equipamen-tos sem paralelo em Portugal, a CPTP tem contribuído decisivamente para o reforço da vocação atlântica de Portugal e para a afirmação das plataformas portuárias por-tuguesas como pólos dinamizadores da ac-tividade económica.

A CPTP obteve, em 2005, a certificação do seu Sistema de Gestão da Qualidade e, em Julho de 2008, a certificação do seu Sistema de Gestão Ambiental.

FERROVIASConstituída em 1988 e passando a integrar o Grupo Mota-Engil a partir do ano 2000, a Ferrovias detém competências especializa-das e capacidade industrial no domínio das obras públicas ferroviárias.

Partindo das grandes obras de renovação, construção e manutenção da via férrea, diversificou sucessivamente, ao longo dos anos, para outras áreas, tendo participado em quase todas as grandes obras nacionais de carácter ferroviário.

Entre o vasto portefólio dos serviços que presta, cobrindo a generalidade do seg-mento ferroviário, contam-se os trabalhos de via, ao nível da construção de novas vias, renovação integral e conservação, incluindo o domínio da alta velocidade ferroviária.

A sua actividade compreende ainda os tra-balhos de construção e renovação de cate-nária, englobando a montagem de postos e consolas, lançamento de cabos aéreos e do fio de contacto, regulação e pendulagem.

A Construção Civil, nos domínios da mo-vimentação de terras e estabilização de taludes, construção de infra-estruturas as-sociadas à via férrea, reabilitação de túneis e construção e reabilitação de edifícios e obras de arte, enquanto complemento das

actividades anteriores, permite-lhe ainda desenvolver de forma autónoma qualquer projecto ferroviário.

Na área da Manutenção, vital para o desen-volvimento futuro do universo ferroviário, presta serviços integrados de manutenção da super-estrutura de via, catenária, geo-tecnia, construção civil e obras de arte, ga-rantindo um acompanhamento regular e a sustentação programada dos segmentos da rede ferroviária nacional onde opera.

Através de uma arrojada política de inova-ção e investimento, a Ferrovias dispõe da mais avançada tecnologia de equipamentos existente no mercado, convertendo-a na única empresa portuguesa do sector apta a trabalhar nas bitolas métrica, ibérica e internacional.

A atenção particular dada às questões de Qualidade, Ambiente, Higiene e Segurança permitiu à Ferrovias a obtenção, em 2006, da tripla certificação do seu sistema inte-grado de Gestão da Qualidade, Ambiente e Segurança.

Em consequência da estratégia de diversi-ficação e internacionalização no segmento de negócio ferroviário, a Ferrovias participa integralmente no capital da Tecnocarril, em-presa especializada na produção, entalhagem

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

e furação de todos os tipos de travessas de madeira de aplicação ferroviária, impregna-ção a creosoto de travessas e outras peças de madeira, execução de cavilhas, cunhas de “barberot”, peças de telecomunicações e ou-tras peças de madeira, assegurando ainda a deservagem química da rede ferroviária.

Concretizando uma aposta constante na qualidade, na certificação de processos e técnicas, bem como nos equipamentos de última geração, a Ferrovias desenvolveu re-centemente, no âmbito da sua actividade de manutenção integrada, um sistema de video-grafia e monitorização de via associado a um processo de navegação georreferenciado.

O veículo de medição de via e catenária, concebido integralmente pela Ferrovias,

MOTA-ENGIL PAVIMENTAçÕESO ano de 2007 fica marcado pela aquisição, por parte do Grupo Mota-Engil, de 50% do capital da Probisa SA, detido até então pela empresa espanhola Probisa, Tecnología e Construcción SA, ficando assim o Grupo com 100% da empresa.

A designação da Probisa foi alterada, em 2008, para Mota-Engil Pavimentações SA.

A Mota-Engil Pavimentações tem como acti-vidade principal a construção, a conservação e a reabilitação de pavimentos rodoviários.

A conservação e reabilitação de pavimen-tos rodoviários tem por fim reparar defeitos estruturais e funcionais dos pavimentos ou melhorar o seu estado, de forma a garantir a sua adequação aos níveis de desempenho e serviço pretendidos.

A Mota-Engil Pavimentações actua no do-mínio das misturas betuminosas a frio e mi-croaglomerado betuminoso a frio, dispondo, para o efeito, de um conjunto de centrais (fi-xas e móveis) de fabrico de misturas betumi-nosas a frio e de equipamentos de fabrico e

viabiliza, assim, a obtenção, em alta-reso-lução, de uma filmagem da via, da sua en-volvência, bem como da catenária, de modo a favorecer a sua inspecção no âmbito da actividade de manutenção preventiva siste-mática e preventiva condicionada.

Para além de um cadastro de todas as acções de manutenção realizadas sobre a linha, em suporte electrónico, e do registo gráfico dos parâmetros geométricos da via e seus corredores de tolerância – alinha-mento, nivelamento, empeno e bitola – e da catenária (altura do fio de contacto ao plano dos carris e seu desalinhamento), este inovador sistema de georreferênciação induz uma redução dos efectivos no terreno e índices mais elevados de segurança.

aplicação de microaglomerado betuminoso a frio. A Mota-Engil Pavimentações é líder de mercado neste segmento.

A empresa iniciou, por sua vez, em 2007, um processo de incorporação das valências de fa-brico e aplicação de misturas betuminosas a quente, anteriormente localizadas no âmbito da Mota-Engil Engenharia e Construção, SA.

A partir do ano de 2002, foi ainda iniciado o investimento na área emergente da recicla-gem de pavimentos, com recurso a tecnolo-gia própria e a equipamento especialmente vocacionado para o efeito, criando soluções inovadoras nesta área.

Além da Mota-Engil Pavimentações, a Mota-Engil Engenharia e Construção, SA detém ainda uma participação na Probigalp.

Esta empresa desenvolve a sua actividade na produção de ligantes betuminosos e be-tumes modificados, produtos estes incorpo-rados nas misturas betuminosas aplicáveis em trabalhos de construção, conservação e reabilitação de pavimentos rodoviários.

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APRESENTAçãO E PERfIL DO GRUPO 44 45

No ano de 2007, registe-se a aquisição dos 25% desta empresa na posse da Probisa Tec-nología y Construcción SA e posterior venda à Galp de 10% do capital, passando esta últi-ma a deter 60% e a Mota-Engil Engenharia e Construção 40%.

A Mota-Engil Pavimentações, SA tem vindo, ao longo destes anos, a cumprir com um dos seus mais importantes desígnios – a permanente e sustentada busca do equilí-brio entre a protecção ambiental e o desen-volvimento económico. Nesta perspectiva, e acompanhando as novas e crescentes exigências e desafios no contexto do mun-do actual, a Mota-Engil Pavimentações tem procurado situar-se na vanguarda da inova-ção como factor fundamental para susten-tar a vantagem competitiva.

Com base na experiência acumulada e utilizando a criatividade como processo, a empresa tem vindo a apostar na apli-cação de novas técnicas inseridas no seu “core-business”, que visam a construção, conservação e reabilitação de pavimentos rodoviários, actividades fundamentais na construção e preservação de um patrimó-nio essencial para o desenvolvimento glo-bal de qualquer país. A inovação constitui, para a empresa, um vector fundamental que potencia a sua competitividade, crian-do valor para o accionista.

As operações de conservação e reabilita-ção têm como finalidade reparar defeitos estruturais e funcionais dos pavimentos, ou reabilitar e melhorar o seu estado quando as condições estruturais e funcionais dei-xam de ser adequadas ao nível de serviço e desempenho pretendidos, com recurso a vários tipos de intervenção.

A fundação da Probisa, hoje Mota-Engil Pavimentações, recaiu sobre as tecnolo-gias de pavimentação a frio, tornando-se rapidamente líder de mercado nesta área. As tecnologias de pavimentação a frio uti-lizam emulsões de betume à temperatura ambiente, o que reduz substancialmente as emissões de CO2 para a atmosfera, impli-cando um reduzido consumo de energia.

No decurso de 2008, a Mota-Engil Pavi-mentações executou aproximadamente 2,4 milhões de metros quadrados de microa-glomerado betuminoso a frio no âmbito da conservação/reabilitação de pavimentos da rede de estradas de Portugal, com re-curso a quatro centrais de fabrico de mis-turas betuminosas a frio, das quais duas são fixas e as restantes ultra-móveis, e três equipamentos de fabrico e aplicação de microaglomerado betuminoso a frio. Este método tem como principal objectivo o re-juvenescimento das camadas de desgaste de pavimentos rodoviários através da sua impermeabilização e selagem generaliza-da de fissuras, conferindo também maior rugosidade, o que melhora o contacto pneu/pavimento, aumentando a segurança rodoviária.

Esta técnica aplica-se essencialmente em estradas com volumes de tráfego redu-zidos. Neste contexto, a Mota-Engil Pavi-mentações tem vindo a executar diversos trabalhos na conservação de pavimentos da rede secundária de estradas nacionais, nomeadamente para autarquias e direcções de estradas do EP, de norte a sul do país.

Sendo uma empresa especialmente voca-cionada para área da pavimentação betu-minosa, a Mota-Engil Pavimentações tem como objectivo de curto/médio prazo ser uma empresa de referência no seu sector. Atenta à evolução do seu ramo de acti-vidade, está interessada em acompanhar os mais recentes desenvolvimentos tecno-lógicos de, forma a concorrer para a me-lhoria contínua das estradas, oferecendo produtos de qualidade ao melhor preço e adoptando as melhores técnicas disponí-veis no mercado, que se possam traduzir numa mais-valia para a empresa e para a comunidade.

Em 2008, o fabrico de misturas betumino-sas a quente atingiu um volume total de cerca de 220.000 toneladas, marca con-siderável dada a juventude da empresa nesta actividade. No sentido de minimi-zar os custos de produção e os impactos sobre o meio ambiente derivados desta

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actividade, a Mota-Engil Pavimentações tem vindo a adoptar uma estratégia de implantação das unidades de fabrico de misturas betuminosas dentro das áreas de produção dos agregados.

A adaptação das centrais de fabrico para a reutilização de materiais fresados das camadas dos pavimentos, bem como o desenvolvimento de raiz de uma unidade de fabrico ecoeficiente, foram objectivos já atingidos, no sentido de marcar a diferen-ça, na área do fabrico de misturas betumi-nosas a quente.

A partir do ano de 2002, a então Probi-sa toma a decisão de investir numa ou-tra tecnologia inovadora – a reciclagem de pavimentos e investe em equipamento especialmente desenvolvido para o efeito. Tornou-se desde logo claro que o merca-do nacional não absorvia por completo esta tecnologia, abrindo-se deste modo as portas para o ibérico, o que possibi-litou a aquisição de “know-how” e expe-riência internacional, contactando com o que de melhor se fazia nesta área.

Paralelamente e sempre com os olhos pos-tos na inovação, a ex-Probisa decide de-senvolver a sua própria tecnologia, criando

algumas soluções inovadoras, nomeada-mente na área da reciclagem com espu-ma de betume, o que permitiu aumentar ainda mais a competitividade da empresa nesta área de negócio. Este foi o trampo-lim que permitiu alargar os horizontes in-ternacionais. Através do estabelecimento de sinergias com outra empresa do grupo Mota-Engil – a Translei – a Probisa chega ao continente sul-americano para executar uma obra de reciclagem, reabilitando 120km de uma estrada em plena cordilheira dos An-des, a mais de 4000m de altitude, para um cliente canadiano, sedeado no Peru. Abre-se, desta forma, o caminho a algo pouco comum em Portugal neste ramo de activida-de: a exportação de tecnologia rodoviária, que permite encarar o futuro com ambição.

Durante o ano 2008, a Mota-Engil Pavimen-tações executou cerca de 1.200.000m2 de re-ciclagem, aumentando em cerca de 10 vezes a quantidade executada no ano anterior, pro-va cabal de que está na vanguarda e é em-presa de referência neste tipo de actividade.

A Mota-Engil Pavimentações está a estudar a hipótese de ser pioneira, em Portugal, numa nova técnica de reciclagem de pavimentos existentes, uma vez mais com enormes van-tagens na preservação do ambiente.

RENTACOA Rentaco foi constituída em 1989, para operar na actividade de aluguer de equipa-mentos de construção, com especial desta-que para as auto-gruas.

Exerce actualmente a sua actividade no sec-tor do aluguer de gruas automóveis, gruas-torre, ferramentas eléctricas, fresadoras, mo-noblocos, pré-fabricados, redes de vedação, mini-pás carregadoras e mini-escavadoras.

Neste capítulo do aluguer de equipamentos para construção, dispõe de um vasto parque circulan-te, incluindo um dos mais modernos parques de auto-gruas do País, e um leque muito alargado de

serviços, dispondo, em qualquer momento, de equipamentos modernos, seguros e operados por profissionais altamente qualificados, aptos a satisfazer, de forma flexível e economicamente optimizada, qualquer tipo de necessidades.

No segmento das ferramentas eléctricas e fruto de um acordo de parceria com a Hilti Por-tugal, fabricante de renome mundial, a Renta-co oferece um serviço de colocação imediata nos locais e nas condições pretendidas, para além de toda a assistência técnica e logística.A Rentaco presta ainda serviços no domínio do transporte público rodoviário de merca-dorias com motorista e em regime de “rent

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APRESENTAçãO E PERfIL DO GRUPO 46 47

a cargo”, desde a carga geral aos equipa-mentos de grande porte, incluindo ainda o parqueamento e movimentação.

Cumpre assinalar, em 2007, o início da inter-nacionalização da Rentaco, através do alu-guer de cinco gruas-torre a um consórcio na Roménia integrando a Mota-Engil Investiti, e ainda apoio técnico e logístico à Rentaco An-

gola — empresa constituída neste país para actuar inicialmente no ramo dos transportes de produtos betuminosos e aluguer de gruas automóveis, podendo expandir, mais tarde, para negócios afins.

Em 2006, a Rentaco renovou e tornou extensi-va a todas as suas áreas de actividade a certifi-cação do seu Sistema de Gestão da Qualidade.

TRACEVIAA actividade da Tracevia iniciou-se, no ano de 1980, na área da sinalização horizontal, a que se seguiu a área da sinalização vertical.

Empresa especializada em sinalização, segurança, gestão e controlo de tráfego rodoviário, a Tracevia desenvolve a sua ac-tividade em três segmentos principais de especialização aqui enumerados.

Sinalização e Segurança nos segmentos da sinalização horizontal e vertical.

No domínio da sinalização horizontal está equipada para proceder à aplicação de mar-cas com todo o tipo de produtos.

No capítulo da sinalização vertical, como área de excelência da Tracevia, o seu conhecimento e experiência têm-lhe permitido ver o seu nome associado a uma parte significativa da sinaliza-ção implantada na rede viária portuguesa.

Opera igualmente, em matéria de sinalização e segurança, na colocação de guardas metá-licas em vias de comunicação, actividade que tem vindo a crescer nos últimos anos.

Um outro segmento de especialização con-siste na colocação de barreiras acústicas, elemento hoje fundamental no conforto e na qualidade de vida das populações vizinhas das grandes infra-estruturas rodoviárias.

A Telemática e os Sistemas de Informação Rodoviária são, por último, a mais recen-te actividade e aposta da Tracevia. Con-vergem nesta actividade a capacidade de

inovar, a competência técnica e a experiên-cia ao nível da engenharia.

A Tracevia possui competências especializadas e capacidade técnica para efectuar o “sour-cing” e o “procurement” dos equipamentos, bem como instalar, colocar em funcionamen-to e dar assistência pós-entrada em serviço a qualquer sistema de Telemática Rodoviária.

Entre os projectos já desenvolvidos pode citar-se os sistemas de portagem virtual e telemática de quatro concessões de auto- -estradas, numa extensão superior a 400kms.

A Tracevia prossegue o seu esforço de apro-fundamento na área da Telemática Rodovi-ária e, em geral, no domínio dos ITS – In-telligent Transport Systems, investindo no desenvolvimento de software para aplica-ções de telemática rodoviária.

A plataforma de software entretanto desen-volvida foi já utilizada na criação da aplica-ção RITA – Road Intelligent Traffic Aplication.

Este software de gestão centralizada está já instalado na concessão SCUT do Grande Porto, controlando e gerindo todos os sub-sistemas telemáticos (portagem virtual, vi-deovigilância, mensagem virtual, meteorolo-gia) bem como todo o hardware informático do próprio centro de controlo, permitindo o acesso remoto do concedente (Estradas de Portugal) a todo o tipo de informação.

A Tracevia tem o seu sistema de Gestão da Qualidade certificado desde 2005.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

BERDA BERD, participada do Grupo Mota-Engil, desenvolve e aplica soluções de vanguarda, a nível internacional, na área dos métodos construtivos de pontes.

A BERD foi criada em 2006, conjugando os es-forços de uma equipa de gestão profissional e do grupo de investigação do projecto OPS.

Este grupo de investigação, constituído em 2002 e liderado pelo Prof. Pedro Pacheco, foi agraciado com diversos prémios nacio-nais e internacionais, incluindo, em 2001, o prestigiado prémio FIB (Fédération Interna-tionale du Béton), o FIVE Award, patrocina-do pelo IAPMEI e pelo ITP, e o Prémio BES de Inovação, em cooperação com a Fundação Ilídio Pinho e a Siemens Portugal.

Desde 1993, e após nove anos de investi-gação fundamental e pré-experimental, o Grupo Mota-Engil juntou-se ao Grupo OPS de investigação.

A cooperação financeira e técnica assim estabelecida converteu-se num impulso decisivo na transformação da investigação fundamental em inovação efectiva.

A partir de 2003 e fruto da celebração de vários Protocolos entre a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e o Grupo Mota-Engil, foi possível a execução de um protótipo full-scale usado com sucesso na construção de uma ponte em Lousada (Norte de Portugal).

O sistema OPS – Organic Prestressing Sys-tem, patenteado a nível internacional, é um sistema adaptativo automático de pré- -esforço inspirado no músculo humano, sen-do aplicável em vários tipos de estruturas. A sua utilização assegura a redução de cus-tos de aquisição de equipamentos (cimbres), a redução de custos operacionais, melhorias de desempenho em termos funcionais (redu-ção de flechas) e o aumento da segurança.

As actividades da BERD incluem, assim, a prestação de serviços na área de enge-nharia de pontes, sendo as suas principais actividades a consultoria, o projecto e a In-vestigação & Desenvolvimento, bem como

a venda de equipamentos construtivos de pontes de grande porte.

Após a constituição da BERD, em Setembro de 2006, têm vindo a ser sucessivamente imple-mentados os processos que irão assegurar o eficiente funcionamento “cruzeiro” da empre-sa, nomeadamente os sistemas de gestão da informação, de organização administrativo-financeira, de produção, de investigação e o sistema de distribuição comercial.

2007 foi um ano crucial para a BERD, pois representou o período de implementação de todos os processos e o arranque de to-das as actividades da empresa.

A actividade comercial, ao longo deste pe-ríodo, centrou-se na divulgação e na apre-sentação da empresa e dos seus produtos.

A actividade comercial da BERD deverá cen-trar-se ainda mais na Península Ibérica, não só pelo incremento previsto de obras públi-cas no mercado espanhol, mas também, pelo início de um ciclo de obras no mercado por-tuguês previsto para 2009, nomeadamente com as novas concessões e com os primeiros concursos da Rede de Alta Velocidade.

Paralelamente, o Acordo Comercial assina-do com a Doka deverá começar a produzir alguns dos efeitos pretendidos.

NO ESTRANgEIRO

EUROPA

EspanhaCom actividade no segmento de Fundações, a Mota-Engil Engenharia actua no país vizi-nho através da sua participada Grossiman.

Actua igualmente através da Crespo, em particular no mercado galego da construção civil e obras públicas.

IrlandaA entrada neste mercado fez-se pela via da assinatura do contrato da Auto-Estrada N7 -

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APRESENTAçãO E PERfIL DO GRUPO 48 49

Nenagh to Limerick, no valor de 175 milhões de euros, em finais de Novembro de 2006.

Este mercado fica positivamente marcado pela adjudicação, em 2007, da obra do Ter-minal 2 do Aeroporto de Dublin, no valor de 46 milhões de euros, num consórcio que con-ta com a participação de 30% da Mota-Engil Engenharia e Construção, SA e 60% da sua participada Martifer.

De igual modo e em 2007, teve lugar o es-tabelecimento da MEIC – Mota-Engil Ireland Limited, sendo accionistas a Mota-Engil En-genharia e Construção, SA (60%) e a GKM (40%), empresa com sede na Irlanda.

Os anos de 2007 e 2008 marcaram ainda a intensificação da acção comercial na Irlanda, tendo em vista a obtenção de novos contra-tos no domínio rodoviário, tanto em projec-tos D&B como parcerias público-privadas.

PolóniaA Mota-Engil Engenharia actua neste merca-do, uma das apostas mais fortes e consolida-das desde o início da sua internacionalização no Centro e Leste europeus, através da sua filial na Polónia e da Mota-Engil Polska SA.

A filial da Polónia, além da realização de obras de sua iniciativa, apoia, em termos curricula-res e técnicos, a Mota-Engil Polska SA.

A Mota-Engil Polska tem actividade no mer-cado polaco de infra-estruturas e no seg-mento da construção civil.

A implantação de uma plataforma única de sistemas de informação e uma forte aposta no desenvolvimento de políticas de recursos humanos na formação e recrutamento de jovens talentos de elevado potencial, atra-vés da MEP Academy, pontuam de forma emblemática o trabalho de consolidação da presença no país.

A Mota-Engil Engenharia actua ainda no seg-mento imobiliário do mercado polaco, atra-vés de um conjunto de veículos societários com investimentos em várias regiões e em particular na região de Cracóvia.

hungriaA Mota-Engil Engenharia opera na Hungria através da sua participada Mota-Engil Magya-rország. Através da sua participada Metróép-szolg Rt actua na área da construção Civil.

No segmento da construção ferroviária, sector com uma forte componente de inves-timento e especialização, opera através da Jász Vasút, empresa participada a 70% pelo Grupo Mota-Engil.

Na área imobiliária e por via da sua partici-pada Mota-Engil Real Estate, tem vindo a de-senvolver projectos na área de Budapeste.

República ChecaA presença na República Checa faz-se atra-vés das participadas Sefimota, MPS, M-In-vest sro e M Invest Devonska.

A Sefimota actua sobretudo no segmento da construção civil residencial.

Esta empresa, integrando já o Top 30 do seu sector de actividade na República Checa, tem vindo a prosseguir uma estratégia de diversi-ficação do seu negócio para as áreas ambien-tais, incrementando ainda a sua presença na construção de vias de comunicação e especia-lização na execução de estruturas de betão.

A MPS actua, por sua vez, no sector espe-cializado da construção de instalações eléc-tricas de média e baixa tensão. A sua estra-tégia passa pela diversificação para a área electromecânica.

A M-Invest actua como marca no mercado imobiliário de Praga, sendo reconhecida pelos projectos residenciais de que foi promotora.

A M Invest Devonska, por último, tem a seu cargo o desenvolvimento específico de um projecto no sector imobiliário residencial da cidade de Praga.

EslováquiaA actividade da Mota-Engil Engenharia na Eslováquia é excercida, quer através da sua sucursal neste país do Leste europeu, quer por via da Mota-Engil Slovakia, a.s.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

Esta empresa reparte a sua actividade por toda a área da construção civil e obras pú-blicas. Através da sua participada M-Invest Slovakia Mierova, irá igualmente desenvol-ver projectos no segmento imobiliário.

RoméniaA Mota-Engil Engenharia tem centrado a sua actividade comercial nas oportunidades oferecidas pelo mercado romeno, em parti-cular no sector de edifícios e igualmente no segmento das vias de comunicação, procu-rando reforçar progressivamente a sua pre-sença na área das obras públicas.

O Volume de Negócios na Europa Central ascendeu a 330 milhões de euros em 2008, representando um acréscimo de mais de 50% em relação a 2007, em que se cifrou nos 219 milhões de euros.

ÁFRICA

AngolaOs laços históricos que unem o Grupo Mota-Engil a Angola têm permitido um re-forço cada vez maior da sua presença num país que tem conhecido um forte crescimen-to económico nos últimos anos.

A Mota-Engil Engenharia desenvolve a sua actividade em Angola através da sua sucur-sal, operando nos sectores da construção civil e obras públicas, e através das suas par-ticipadas, com operações noutros segmen-tos. Entre estas, contam-se a Sonauta, que actuando no domínio dos transportes maríti-mos; a ICER e Novicer, na indústria do barro vermelho; e a PREFAL, actuando no domínio do fabrico e comercialização de materiais e estruturas em betão pré-fabricado.

A Tracevia e a Rentaco também iniciaram a sua actividade em Angola.

A Mota-Engil Engenharia tem ainda participa-ções na Auto-Sueco Angola e Cimertex Angola.

MoçambiqueA Mota-Engil Engenharia desenvolve igual-mente actividade em Moçambique, através

da sua sucursal, operando aqui, sobretudo, no segmento das obras públicas.

Nesta área, avulta como obra emblemática a ponte sobre o rio Zambeze (em consórcio), que ligará o Norte ao Sul de Moçambique, maior obra pública alguma vez realizada desde a independência do país.

As actividades no domínio da construção ci-vil são exercidas através da sua participada Emocil.

São Tomé e PríncipeA Mota-Engil Engenharia desenvolve igual-mente a sua actividade em São Tomé e Prínci-pe, através da sua sucursal, operando no seg-mento das obras públicas e construção civil.

Cabo VerdeOperando através da sua sucursal, a activi-dade centra-se nos sectores das obras públi-cas e construção civil.

MalawiA sucursal do Malawi tem conhecido um assinalável crescimento, onde a Mota-Engil Engenharia actua nos segmentos da cons-trução e manutenção rodoviárias.

O ano de 2008 marca a assinatura de um me-morando de entendimento com o Governo do Malawi para diversos projectos, com par-ticular destaque para a reabilitação do porto de Nsanje e o desenvolvimento de duas cen-trais hidroeléctricas.

AMéRICA

EuAA presença da Mota-Engil Engenharia nos EUA faz-se através da sua participada Mk Contractors, Llc, que actua no domínio da construção civil, em particular no segmento da habitação.

PeruA participada do Grupo Translei actua, so-bretudo, na execução de trabalhos de apoio à indústria mineira do Peru, possuindo uma das frotas de equipamento mais vastas e tec-

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APRESENTAçãO E PERfIL DO GRUPO 50 51

nologicamente avançadas deste país andino.A empresa encontra-se, neste momento, pre-parada para, com maiores probabilidades de êxito, corresponder aos novos desafios que se avizinham neste país latino-americano, através do esperado lançamento pelo Go-verno peruano de importantes projectos em infra-estruturas.

VenezuelaEm 2008, a Mota-Engil Engenharia, integran-do um consórcio de empresas portuguesas, contratualizou a empreitada de remodelação do porto de La Guaira, principal porto da Ve-nezuela e que serve a capital Caracas.

Esta empreitada marca assim a entrada do Grupo num novo mercado da América Latina.

O Volume de Negócios em África e no con-tinente americano registou, em 2008, um crescimento de 55%, tendo-se cifrado em 430 milhões de euros, bastante acima dos 278 milhões de euros registados em 2007.

5. CERTIFICAÇÕES

A Mota-Engil Engenharia e suas participa-das dispõem de um conjunto vasto de Cer-tificações que podem ser consultadas no quadro anexo:

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

trACeViA

ferroViAs

Cptp

rentACo

MotA-enGil Betão e prÉ-fABriCAdos

teCnoCArril

MotA-enGil pAViMentAçÕes

MotA-enGil enGenHAriA

sisteMA de Gestão norMA ÂMBitoentidAde Certifi-CAdorA

dAtA de ConCessão do CertifiCAdo

eMpresA

EIC

Produção e montagens de sinalização rodoviária vertical; marcação de vias rodoviárias; comercialização e montagem de barreiras acústicas e de equipamentos de segurança rodoviária; projecto, comercialização e montagens e manutenção de sistemas de telemática rodoviária; comercialização e montagem de equipamentos de iluminação pública; projecto, comercializaçao e montagem de equipamentos de semaforização rodoviária.

ISO 9001Sistema de Gestão da Qualidade Novembro 2005

Sistema de Gestão da Inovação

APCERActividades desenvolvidas no domínio da construção, renovação e conservação das infra-estruturas fixas ferroviárias (via, catenária, terraplenagens e construção civil), com excepção de telecomunicações e sinalização eléctrica.

ISO 9001

ISO 14001

OHSAS 18001

NP 4457

Sistema de Gestão da Qualidade

Sistema de Gestão Ambiental

Sistema de Gestão da Segurança

fevereiro 2003

Dezembro 2004

Junho 2006

em curso

APCER

Obras marítimas e fluviais, obras de barragens, aproveitamentos hidroeléctricos, fundações, redes de infra-estruturas (saneamento básico, drenagem de águas pluviais, redes de distribuição de águas potáveis e combate a incêndios, infra-estruturas eléctricas), vias de comunicação, pontes e túneis, em território nacional.

ISO 9001

ISO 14001

Sistema de Gestão da Qualidade

Sistema de Gestão Ambiental

Julho 2005

Julho 2008

APCER

SGS-ICS

Aluguer de equipamento de construção, nomeadamente auto-gruas, módulos e ferramentas eléctricas e transporte rodoviário de mercadorias.

Projecto, fabricação e montagem de produtos pré-fabricados em betão de médio e pesado porte

Concepção, fabrico, fornecimento e comercialização de betão pronto

ISO 9001

ISO 9001

ISO 14001

OHSAS 18001

Sistema de Gestão da Qualidade

Sistema de Gestão da Qualidade

Sistema de Gestão Ambiental

Sistema de Gestão da Segurança

fevereiro 2009

Novembro 2007

Janeiro 2008

APCER Gestão de fabricação de travessas e outras peças de madeira para utilização ferroviária; impregnação de madeira (processo creosoto).

ISO 9001Sistema de Gestão da Qualidade Junho 2008

APCER

fabrico e comercialização de misturas betuminosas; próximo ano será feita a extensão para a pavimentação.

fabrico e comercialização de misturas betuminosas; pavimentação

Todas as centrais de produção de misturas betuminosas.

ISO 9001

Várias NP

Sistema de Gestão da Qualidade

Marcação CE

Março 2009

em curso

Dezembro 2008

em curso

IPAC 59 ensaios

15 Centros Industriais (Pedreiras)

Investigação, Desenvolvimento e Inovação na área da Engenharia, Construção e Geotecnia.

2 CPB’s

ISO 17025

Várias NP

NP 4457

NP EN 206-1

Ensaios Laboratoriais

Marcação CE

Sistema Gestão da Inovação

Controlo de Produção de Betão

Maio 2004

Novembro 2007

Março 2009

fevereiro 2003

APCER

Concepção, desenvolvimento e comercialização de activos imobiliários; Concepção e execução de contratos de construção civil e obras públicas; Produção e fornecimento de betão; fundações especiais, contenções, injecções, instrumentação e reconhecimento geotécnico; Exploração de pedreiras e produção de agregados; Ensaios laboratoriais a materiais de construção e estudos de formulação de misturas betuminosas e hidráulicas; Execução e manutenção de instalações eléctricas e mecânicas, e implementação de sistemas de gestão técnica e automação.OHSAS 18001Sistema de Gestão da Segurança

ISO 9001

ISO 14001

Sistema de Gestão da Qualidade

Sistema de Gestão Ambiental

ISO 14001

OHSAS 18001

Sistema de Gestão Ambiental

Sistema de Gestão da Segurança

Junho 2004

Maio 2005

Maio 2005

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APRESENTAçãO E PERfIL DO GRUPO 52 53

INTRODuçãO

A Mota-Engil Ambiente e Serviços compre -ende um conjunto diversificado e um amplo portefólio de actividades e negócios.

No domínio ambiental, opera no sector dos Resíduos e da Limpeza Urbana, sendo líder em Portugal do mercado privatizado de ges-tão de resíduos sólidos urbanos.

No sector da Água, gere um conjunto de parti-cipações em concessões e parcerias público- -privadas de sistemas de abastecimento de água e tratamento de águas residuais.

A expansão do Grupo para o sector Logístico e Portuário coloca-o em posição de liderança no mercado português das operações portuá rias, oferecendo ainda soluções abrangentes de inte-gração logística e destacando-se como primei-ro operador privado português a entrar no sec-tor do transporte ferroviário de mercadorias.

Na sua componente Multisserviços, esta Área integra um conjunto de negócios nos domínios da manutenção industrial e de edi-fícios, arquitectura paisagística, construção e manutenção de espaços verdes e campos de golfe, actuando ainda através de duas das suas participadas na área dos mercados electrónicos e do marketing directo.

ACTIVIDADES PRINCIPAIS

RESídUOS- Gestão de resíduos sólidos urbanos

e limpeza urbana;- Gestão de resíduos industriais;- Reciclagem e valorização de óleos usados.

ÁgUA- Gestão de sistemas de abastecimento de água;- Gestão e tratamento de águas residuais.

PORTOS E lOgíSTICA- Operação de terminais marítimos;- Operação de terminais rodo-ferroviários;- Operações de logística integrada;- Operação de transporte ferroviário

de mercadorias.

MUlTISSERVIÇOS- Manutenção industrial e de edifícios;- Arquitectura paisagística;- Concepção, construção e manutenção de

espaços verdes e campos de golfe;- Operação de mercados electrónicos (G2B2B);- “Mailing” directo;- Gestão de parques de estacionamento.

1. RESÍDuOS

O mercado da gestão dos resíduos sólidos urbanos e industriais tem um relevante inte-resse estratégico para o Grupo Mota-Engil, fazendo parte do “core business” da sua Área de Negócios de Ambiente e Serviços.

Opera neste segmento através de um conjun-to de participadas, com particular destaque para a SUMA, incluindo ainda a Correia & Cor-reia, a Enviroil e a Ekosrodowisko (Polónia).

SUMAA SUMA detém uma posição única no mer-cado da gestão do ambiente urbano, alicer-çada na liderança do sector em Portugal, a que alia uma atitude de permanente proacti-vidade na busca da inovação em qualquer das suas áreas de actuação.

Servindo mais de 2 milhões de habitantes de 50 concelhos do país, a SUMA integra no seu universo empresarial mais de uma dezena de empresas prestadoras de serviços com-plementares no domínio da gestão integrada de resíduos.

Este alinhamento permite obter sinergias e congregar competências, favorecendo a gestão logística de equipamentos e outros meios e dotando-a de assinalável capacida-de de resposta, solidez, qualidade e compe-titividade nos serviços que presta.

Estes serviços englobam todo o ciclo de gestão dos resíduos sólidos urbanos e in-dustriais (recolha, transporte, triagem e tra-tamento) e a limpeza urbana, para além de serviços complementares na área das aná-lises laboratoriais e controlo de qualidade de resíduos e águas e os aspectos ligados à

VenDasepresTaÇõesDeserViÇos:€286milhões

serViÇosUrbanos:2,2milhõesDehabiTanTesem50concelhos

operaÇõeslogísTico-porTUÁrias:líDernacional,presenTeemToDososporTosporTUgUeses,comexcepÇÃoDoporToDesines

indiCAdores finAnCeiros

4.4.2 ambienTeeserViÇos

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

sensibilização e educação ambiental, vector fundamental da política da SUMA perante a comunidade.

Em 2008, com a integração plena do Grupo Novaflex, a SUMA reforçou a sua liderança nacional do mercado privatizado de gestão de resíduos sólidos urbanos, com uma quota de 54% do mercado privatizado, alargando por outro lado a sua presença no mercado de tratamento de resíduos industriais através da aquisição da TRIU.

VISãO, MISSãO, VALORES E ESTRATéGIA

VisãoConsolidação sustentada da liderança em Portugal e crescimento sustentável para mercados internacionais

MissãoGerir resíduos, na construção de um ambien-te melhor.

Valores· Liderança de Mercado;· Confiança dos Clientes;· Desempenho sustentável;· Comprometimento das pessoas.

Com base na Missão, nos Valores, na Visão e nos 10 Princípios do United Nations Global Compact, a Administração da SUMA estabe-lece a política de gestão, comprometendo-se a gerir a organização, numa perspectiva de melhoria contínua, de acordo com os seguin-tes compromissos:

· Compromisso de CumprimentoCumprimento dos requisitos legais, norma-tivos e contratuais aplicáveis e dos outros requisitos que a Organização subscreva;

· Compromisso de Criação de ValorCriação de valor para os Accionistas, Clien-tes, Trabalhadores, Fornecedores e demais Partes Interessadas;

· Compromisso de LiderançaConsolidação da liderança no mercado na-cional, promoção da expansão internacional

do negócio e melhoria da percepção do be-nefício por parte dos Clientes e demais Par-tes Interessadas;

· Compromisso com o ClienteDiversificação e inovação na actividade para manutenção da vanguarda em soluções de gestão de resíduos inovadoras, integradas e eficientes, que satisfaçam os clientes;

· Compromisso com as suas Pessoas e seu Meio SocialValorização profissional e pessoal dos Traba-lhadores, adequação das suas competências às funções que desempenham e apoio local aos Trabalhadores e sua envolvente social;

· Compromisso com a Saúde e SegurançaPrevenção dos danos para a saúde, contro-lo e protecção para a eliminação ou redução dos riscos para a Segurança e Saúde dos Tra-balhadores e Terceiros;

· Compromisso com o Meio Ambiente e alterações climáticasPrevenção e controlo da poluição e utiliza-ção racional/eficiente da energia e da água, entre outros aspectos;

· Compromisso de Melhoria ContínuaMelhoria contínua através da revisão perió-dica de objectivos, metas e processos e da monitorização, medição, análise e inovação permanentes ao nível do desempenho;

· Compromisso de ComunicaçãoComunicação adequada às partes interes-sadas, promovendo o seu envolvimento na Cultura de Qualidade, Ambiente, Segurança, Inovação e Responsabilidade Social.

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APRESENTAçãO E PERfIL DO GRUPO

SUMA Douro Serviços Urbanos e Meio Ambiente, Lda.

54 55

ORGANOGRAMAVocacionada para a Gestão de Resíduos e Limpeza Pública, a SUMA integra um conjunto de empresas que se complementam e permitem alinhar e fortalecer competências na oferta de serviços no Sector dos Resíduos.

Ambilital Investimentos Ambientais no Alentejo, EIM

SUMA MatosinhosServiços Urbanos e Meio Ambiente, Lda.

AGIRAmbiente e Gestão

Integrada de Resíduos, Lda.

(Cabo Verde)

SUMA Serviços Urbanos e Meio Ambiente, SA

Ecolezíria - Empresa Intermunicipal para o tratamento de Resíduos Sólidos, EIM

SUMA EsposendeServiços Urbanos e Meio Ambiente, Lda.

SUMA PortoServiços Urbanos e Meio Ambiente, Lda.

Relevante Função, LdaTRIUTécnicas de Resíduos Industriais e Urbanos, SA

SIGASistema Integrado de Gestão Ambiental, SA

TratofozSociedade de Tratamento de Resíduos, SA

Resilei Tratamento de Resíduos Indústriais, SA

CITRUP Centro Integrado de Resíduos, Lda.

AmbibatalhaGestão de Resíduos, SA

ERSUCResíduos Sólidos do Centro, SA

RIMAResíduos Industriais e Meio Ambiente, SA

TTRMTransferência e Triagem de Resíduos da Madeira, ACE

AmbigereServiços Ambientais, SA

50%100%

70%

100%

100%

100%

100%

50%

GRUPO SUMAINTERNACIONAL GRUPO SUMA ASSOCIADAS E PARTICIPADAS

50%

50%

96,459%

1%

5,98%

20%

24,5%

30%

49%

50%

NovaflexTécnicas do Ambiente, SA

Real VerdeTécnicas de Ambiente, SA

ResigesGestão de Resíduos Hospitalares, Lda.

Investambiente - Recolha de Resíduos e Gestão de Sistemas de Saneamento Básico, S.A.

NovabeiraGestão de Resíduos, SA

95%

52%

50%

33%

100%

33%

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

CERTIFICAçÕESA SUMA dispõe de várias certificações, que podem ser consultadas no quadro abaixo:

CERTIFICAçÕES GRuPO SuMA

CORREIA & CORREIAA Correia & Correia é uma empresa de ges-tão de resíduos que iniciou a sua actividade em Setembro de 1988, na recolha de óleos usados.

Desde 2002, iniciou um processo de evo-lução e diversificação, tornando-se uma empresa de gestão global de resíduos industriais.

Integrada no Grupo Mota-Engil, na Área de Negócios de Ambiente e Serviços, possui uma frota própria e os meios que lhe permitem a recolha de resíduos em todo o Continente.

Como agente activo na preservação do ambiente, assegura aos seus Clientes o

cumprimento das obrigações legais de na-tureza ambiental, optimizando e raciona-lizando os custos associados à Gestão de Resíduos Industriais.

Entre estes últimos, conta-se a triagem e ar-mazenagem de resíduos industriais perigo-sos e banais, armazenagem e tratamento de óleos usados, águas contaminadas e lamas oleosas.

A gestão global de resíduos envolve uma parceria estreita com os Clientes, compre-endendo a caracterização preliminar da realidade ambiental da empresa ao nível da inventariação dos resíduos produzi-dos, do ponto de vista da sua segregação,

Gestão das actividades de limpeza urbana, recolha e transporte de resíduos não perigosos, gestão da contentorização e sensibilização e educação ambiental

Deposição controlada em aterro de resíduos sólidos provenientes da Central de Valorização Energética e de resíduos sólidos urbanos, durante os períodos de paragem da mesma, assim como todas as operações relacionadas com estas actividades.

Triagem de resíduos de recolha selectiva, tratamento por compostagem de resíduos sólidos urbanos e comercialização de composto.

ÂMBito

Sistema de Gestão da Qualidade

Sistema de Gestão da Qualidade

Sistema de Gestão da Qualidade

Sistema de Gestão Ambiental

Sistema de Gestão Ambiental

Sistema de Gestão de Responsabilidade Social

Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho

Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho

sisteMA de Gestão

NP EN ISO 9001:2000

NP EN ISO 9001:2000

NP EN ISO 9001:2000

NP EN ISO 14001:2004

NP EN ISO 14001:2004

NP 4397:2001 / OHSAS 18001:1999

NP 4397:2001 / OHSAS 18001:1999

SA 8000:2001

norMA de referÊnCiA

APCER

APCER

APCER

entidAde CertifiCAdorA

29-Jun-06

31-Mai-05

29-Dez-05

28-Ago-08

24-Mai-05

28-Ago-08

24-Mai-05

18-Abr-07

dAtA de ConCessão do

SUMA, SA Sede e Centro de Serviços de Aveiro e Oliveira de Bairro

CITRUP Centro Integrado de Resíduos, Lda

SUMA, SA Centro de Serviços de Riba D’Ave

eMpresA

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APRESENTAçãO E PERfIL DO GRUPO 56 57

necessidades de acondicionamento e con-dições para carga e descarga, visando a implementação do sistema global de ges-tão dos resíduos através do fornecimento do adequado acondicionamento, recolha, transporte, tratamento ou armazenamento temporário dos mesmos, estando espe-cialmente autorizada para proceder a esta operação.

A Correia & Correia possui instalações de tratamento e transferência de Resíduos, onde recepciona e segrega um vasto leque de resíduos, procedendo posteriormente ao seu tratamento.

Executa ainda trabalhos na área de Limpeza Industrial, actuando com meios de primeira intervenção na minimização de danos am-bientais em caso de derrame acidental de combustíveis ou produtos químicos, limpe-za, desgasificação e desmantelamento de reservatórios e tanques, lavagens com jac-to de água de alta pressão e desobstrução e limpeza de redes de efluentes industriais, detendo neste domínio as mais variadas competências e os mais elevados padrões de segurança.

A empresa dispõe de uma Unidade Indus-trial de Valorização de óleos usados, arma-zenamento temporário de resíduos indus-triais e tratamento físico-químico e de uma unidade de armazenamento temporário de resíduos, para além de um vasto conjunto

de equipamentos (contentores, cami-ões, plataformas e outros equipamentos industriais).

De destacar, neste âmbito em particular, a existência de um pavilhão destinado à es-tabilização/inertização de lamas, as quais, após desidratação e estabilização, são encaminhadas para eliminação em aterro autorizado.

Encontra-se ainda apetrechada de um labo-ratório devidamente equipado, que permite efectuar o controlo da qualidade do óleo usado e águas residuais recepcionadas na Unidade.

A Correia & Correia apresenta no seu qua-dro técnico colaboradores experientes e qualificados, apostando na sua permanente valorização.

Organiza, por outro lado, acções regulares de sensibilização e formação ambiental junto dos seus Clientes. A implementação de acções de melhoria ambiental de acordo com as estratégias e políticas nacionais de Ambiente, aplicando as melhores técnicas disponíveis, nomeadamente ao nível do tratamento físico-químico de águas residu-ais, preparação de resíduos, tratamento de emissões gasosas e gestão de resíduos pro-duzidos nas instalações industriais, consti-tuem igualmente uma preocupação e um vector primordial da política da empresa.

ENVIROILEsta empresa foi constituída em 2002, ten-do como objectivo a reciclagem de óleos lubrificantes usados e a sua valorização energética.

A tecnologia empregue pela Enviroil passa pela prévia eliminação das águas e dos se-dimentos sólidos dos óleos, os quais, após tratamento térmico de evaporação seguido da respectiva condensação a que são sujei-tos, permitem a obtenção de dois produtos

que podem ser incorporados como combus-tível em motores a gasóleo e para produção de energia eléctrica injectada na rede públi-ca de abastecimento eléctrico.

A Enviroil dispõe de um moderno comple-xo industrial, composto por um parque de armazenamento e por uma nave de trata-mento de óleos usados, bem como por uma nave de produção de energia.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

EKOSRODOWISKOA Ekosrodowisko, sedeada no Sul da Poló-nia, representa o esforço da Área de Negó-cios de Ambiente e Serviços no sentido da internacionalização da sua actividade nos mercados do Centro e Leste europeus.

A empresa dedica-se à recolha de resíduos sólidos urbanos e limpeza urbana, bem

como à limpeza de neve durante o Inverno e manutenção de espaços verdes.

O estudo dos materiais recicláveis e a ges-tão deste tipo de resíduos, através da cria-ção de uma linha de triagem, estão entre as apostas da empresa e desta Área de Negó-cios no futuro próximo.

2. ÁGuA

A Mota-Engil Ambiente e Serviços gere par-ticipações no mercado das concessões e das parcerias público-privadas dos servi-ços de água e saneamento através da sua participada Indaqua, uma das primeiras empresas de capitais privados em Portugal a realizar operações de captação, trata-mento e distribuição de água para consumo

público e a recolha, tratamento e rejeição de efluentes.

A sua participada Hidrocontrato complemen-ta esta actividade, assegurando a concep-ção, construção, operação e manutenção de empreendimentos de engenharia nos domí-nios da hidráulica e saneamento básico.

INDAQuAConstituída em 1994, a Indaqua foi uma das primeiras empresas de capitais privados em Portugal a realizar operações de capta-ção, tratamento e distribuição de água para consumo público e a recolha, tratamento e rejeição de efluentes, gerindo concessões de serviços públicos de abastecimento de água e saneamento.

Actuando em todo o vasto domínio da pres-tação de serviços ligados ao ciclo urbano da água, a Indaqua, através de um modelo de gestão integrado e flexível, detém conces-sões em cinco concelhos do território conti-nental (Fafe, Santo Tirso, Trofa, Santa Maria da Feira e Matosinhos), servindo cerca de 550.000 habitantes.

As concessões conduziram à criação de em-presas autónomas, o que, além de imperativo legal, permite o reforço das economias locais e integra o prestador do serviço na comunidade,

potenciando a sua responsabilização directa e criando centros de decisão de proximidade.

No decurso do ano de 2006, a Indaqua ini-ciou um projecto de concepção e implemen-tação de um Sistema Integrado de Gestão da Qualidade, Ambiente, Higiene e Segurança, tendo obtido, em 2007, a tripla certificação.

A sistematização dos procedimentos internos de actuação e de interacção com as empresas concessionárias em que participa foi um dos passos do desenvolvimento do sistema inte-grado, permitindo obter elevados níveis de eficiência que se reflectem também no servi-ço que estas prestam aos seus Clientes.

Consciente da sua missão de prestar os ser-viços públicos de abastecimento de água e saneamento e de executar os investimentos tendo em vista garantir os melhores padrões de qualidade estabelecidos para o sector, a

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APRESENTAçãO E PERfIL DO GRUPO 58 59

Indaqua tem como visão liderar a prestação deste tipo de serviços em Portugal.

Tal mostra-se alicerçado num quadro de valo-res que primam pela transparência no relacio-namento com todas as partes interessadas e num serviço público orientado para o Cliente.

Assim, a política de qualidade da Indaqua assenta na melhoria contínua do serviço prestado através da monitorização constan-te da qualidade da água, obedecendo a um Programa de Controlo da Qualidade da Água (PCQA), de que se destaca a análise dos seus parâmetros em laboratórios acreditados e independentes que asseguram a qualidade final do produto.

O “Compromisso Ambiental” da Indaqua, como vector estratégico da sua política de gestão ambiental, funda-se em domínios de intervenção fundamentais, de que se destacam o planeamento das actividades visando a minimização dos seus impactos ambientais e a promoção da consciência ambiental envolvendo as comunidades no desenvolvimento de soluções para os pro-blemas com ele relacionados.

A Indaqua definiu ainda como prioridade má-xima na exploração dos sistemas públicos de abastecimento de água a gestão integrada da água, desde a captação até a distribuição ao cliente final.

Para isso, tem vindo a investir um impor-tante volume dos seus recursos no desen-volvimento e implementação dos melhores procedimentos e práticas de gestão de re-des, com auxílio das tecnologias mais sofis-ticadas existentes em todo o mundo, sendo hoje considerada uma referência no sector a este nível.

Este esforço tem sido particularmente visí-vel no combate às perdas dos sistemas de abastecimento de água, cuja intervenção é de molde a produzir importantes ganhos de eficiência económica para além dos enormes benefícios ambientais daí decorrentes.No seu esforço de relacionamento e auscul-tação das partes interessadas, a Indaqua

foi pioneira em Portugal ao introduzir nas concessões de serviços públicos de abaste-cimento de água e saneamento o Conselho do Consumidor e Ambiente, com a partici-pação de representantes das Câmaras Mu-nicipais e Juntas de Freguesia, e o Provedor, com funções associadas aos interesses dos consumidores e ao estabelecimento de uma prática aberta de relacionamento.

A inserção na comunidade inclui ainda a política de recrutamento, de selecção de fornecedores e a política de informação, em que se privilegia sempre o mercado e os agentes locais.

De destacar também a edição de folhetos dedicados à problemática do uso racional da água, a realização de palestras em escolas e juntas de freguesia e a criação de dias de visita às instalações afectas à exploração.

Também a resolução de situações de fa-mílias carenciadas utilizadoras do serviço tem merecido particular atenção por parte da Indaqua, nomeadamente através de um atendimento personalizado, analisando e propondo soluções caso a caso, baseadas em modos faseados de pagamento ou ou-tros que se tornem mais adequados.

Este relacionamento contribui decisivamen-te para melhorar a percepção pública face à utilidade e relevância deste tipo de serviços e indicia uma atitude socialmente responsá-vel perante a comunidade enquanto impera-tivo fundamental dos valores e da política de gestão da Indaqua.

Em 2008, o Grupo Mota-Engil reforçou a sua participação na Indaqua em 7,2%, tornando-se assim seu accionista maioritário, com 50,06% do capital social.

Igualmente em 2008, e em resultado de um concurso público lançado pelo município de São João da Madeira, o Grupo irá adquirir 49% das Águas de São João, EM, SA, numa parceria público-privada com a edilidade são-joanense e que consistirá na gestão e exploração de água e saneamento neste município, que ser-ve uma população de 22.000 habitantes.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

3. PORTOS E LOGÍSTICA

No desempenho da função de interface mar/terra, os portos têm uma função eminen-temente estruturante de todo o sector de transportes e da economia nacional.

Em resposta ao crescimento das trocas co-merciais e do correspondente aumento da procura global de transportes marítimos, o Grupo Mota-Engil concretizou em 2007 a aquisição da TERTIR.

A gestão do segmento portuário e logístico, através da sua Área de Negócios do Am-biente e Serviços, inclui ainda participações nas empresas Tersado e Sadoport, bem como na CargoRail/Takargo, actuando no domínio do transporte ferroviário de mer-cadorias e visando assim contribuir para a

transformação e integração do sector logís-tico e dos transportes.

A articulação entre o sector portuário e o dos transportes, a que acrescerá a futura incorporação da plataforma logística na-cional do Poceirão LOGZ, Atlantic Hub – a desenvolver em parceria com outras en-tidades no quadro do programa Portugal Logístico –, permite ao Grupo Mota-Engil oferecer ao mercado um serviço integrado, independente dos vários operadores.

De referir, como exemplos reveladores da pre-tendida lógica de integração, a disponibilidade de espaços de referência para parqueamento de mercadorias; extensões de cais superiores a 4500 metros; a proximidade das vias rodo-viárias e ferroviárias; e a disponibilidade de terminais com estatuto alfandegário tipo A.

TERTIRO ano de 2005 marca a entrada do Grupo Mota-Engil no sector das operações portuá-rias, através das participações accionistas ad-quiridas na Sadoport e Tersado em Setúbal.

Em 2007, consumou a aquisição da TERTIR, reforçando significativamente a sua presen-ça neste sector.

A TERTIR está presente nos Portos de Aveiro, Figueira da Foz, Leixões e Lisboa, engloban-do empresas directamente ligadas à explo-ração de terminais portuários e empresas que desenvolvem actividades logísticas e tecnológicas aplicadas ao sector.

No Porto de Aveiro, a Socarpor Aveiro opera em regime de concessão um terminal mul-tiusos onde se efectuam movimentações de carga geral e granéis.

Esta empresa tem vindo a encetar um am-bicioso programa de investimentos, com-preendendo a aquisição de quatro gruas móveis e a construção de equipamentos de movimentação e silos para a recepção e ar-mazenamento de cereais.

Tal permitirá constituir uma alternativa às instalações já existentes nos portos de Lei-xões e Lisboa, para além da focalização es-tratégica na captação de novos mercados, em particular o “hinterland” representado pelas regiões espanholas de Castela e Leão.

No Porto da Figueira da Foz, através da Lis-cont — Figueira da Foz, as operações por-tuárias de movimentação de cargas visam, sobretudo, o sector da indústria da pasta e do papel e os produtos siderúrgicos.

Através do TCL, Terminal de Contentores de Leixões, SA, opera em regime de concessão os dois terminais de contentores existentes naquele porto, prestando ainda serviços de parqueamento de contentores no terminal e serviços de “depot”. Possui igualmente os estatutos de depósito temporário e de ar-mazém de exportação.

O TCL iniciou a sua actividade operacional em Maio de 2000, data em que a explora-ção desta actividade passou a ser cometi-da ao sector privado, na sequência de um

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APRESENTAçãO E PERfIL DO GRUPO 60 61

processo de concessão efectuado pela Au-toridade Portuária do Porto de Leixões.

O Porto de Leixões e o seu Terminal de Con-tentores são parte integrante do sistema por-tuário europeu, desempenhando um papel de relevo na fachada atlântica da Península Ibéri-ca, onde se assume como a estrutura inter-re-gional mais importante, sendo referência para as cadeias logísticas que operam nesta área.

A vocação do Terminal de Contentores para o “short sea shipping”, com especial incidên-cia na componente “feeder”, tem permitido o crescimento sustentado do TCL, mas não esgota a sua missão de criar condições de atractividade, quer às linhas “Deep Sea”, quer às operações de valor acrescentado, ambas ditadas pelo novo ambiente logístico nascido com a globalização.

No Porto de Lisboa, a Liscont e a Sotagus ope-ram, em regime de concessão, os dois princi-pais terminais de contentores da capital.

De realçar igualmente a participação da Lis-cont na concessionária MPDC – Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo, em Moçambique, responsável pela gestão em regime de “master concession” dos diversos terminais do Porto de Maputo.

Através da Transitex, a TERTIR actua na área logística, operando em Portugal e Espanha, com escritórios nos dois países, e representa-ções na Lituânia, no Brasil, nos Estados Uni-dos e na China.

Tem vindo a desenvolver a sua actividade na organização de fluxos logísticos que ligam o mercado ibérico a destinos oceânicos lon-gínquos, utilizando os terminais portuários do Grupo e constituindo assim um vector importante no desenvolvimento dos seus terminais de contentores.

Por via da E.A. Moreira, actua no agencia-mento a uma empresa madeirense de na-vegação e, por intermédio da Lisprojecto, a TERTIR desenvolve software de apoio à planificação e controlo das operações portu-árias e do sector logístico, suportando ainda as empresas do Grupo na aquisição e manu-tenção de hardware.

O ano de 2008 é marcado pela pré-qualifica-ção da TERTIR no porto de Ennore, na Índia, e pelas pré-qualificações nos portos de Guay-mas, no México, e La Paita, no Peru, atestan-do assim o esforço de penetração e promo-ção comercial da marca no estrangeiro.

SADOPORT E TERSADONo Porto de Setúbal, a Tersado e a Sadoport actuam como concessionárias dos terminais multiusos daquele porto prestando serviços

TAKARGOA Takargo é a primeira empresa privada portuguesa a marcar presença no sector do transporte ferroviário de mercadorias, dispondo igualmente de soluções multi-modais integradas de transporte.

A Takargo iniciou já as suas operações, tendo ainda firmado um acordo com a espa-nhola Comsa Rail Transport para o desen-volvimento conjunto de operações ferrovi-árias de mercadorias na Península Ibérica.

de movimentação portuária de carga geral fraccionada, carga “roll-on/roll-off”, granéis sólidos e carga contentorizada.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

LOGZ - Atantic hubParticipado pelo Grupo Mota-Engil e integra-do na rede das Plataformas Logísticas Na-cionais, será desenvolvido, em Palmela, um “hub” logístico de vocação global.

Este novo espaço será dotado de todos os serviços necessários às empresas, pessoas e transportes, vocacionando-se para a pro-moção e criação de soluções logísticas agre-gadoras de valor na cadeia de distribuição.Posicionado como o mais ocidental “hub” logístico da Europa e com excelentes aces-sibilidades rodo-ferroviárias, permite que se torne uma porta de entrada de excelência para o tráfego de mercadorias dos continen-tes americano e africano, criando ainda uma nova alternativa na Península Ibérica para o “short sea shiping” europeu.

O desenvolvimento do LOGZ – Atlantic Hub permitirá criar uma verdadeira Cidade Logís-tica, com espaços que contemplam uma área logística multifuncional (centro de distribui-ção terrestre, plataformas de grupagem de mercadorias e centro de logística e transfor-mação), uma área de logística e exposição

(área de exposição, centro de distribuição terrestre e centro de grupagem de merca-dorias), uma área de logística intermodal (áreas multifuncionais não-edificadas com terminais ferroviários dedicados e área des-tinada a mercadorias de grande volume), um centro intermodal (áreas de consolida-ção/desconsolidação de composições, in-termodalidade “rodo/ferro” e “ferro/ferro”, “shuttle” periódico aos portos de Lisboa, Setúbal e Sines, ligações regulares a Espa-nha e à Europa, ligação à futura Rede de Alta Velocidade Ferroviária, coexistência das bitolas ibérica e europeia, zona de armaze-nagem de contentores e movimentação de carga geral) um centro de serviços integra-dos (“business centre”, espaços comerciais de apoio, hotel, jardim infantil, parque de lazer e serviço de aluguer de equipamento), para além de um centro de apoio ao trans-porte rodoviário, contemplando uma zona de estacionamento de veículos pesados, com áreas de descanso e stands de venda e oficinas de reparação de veículos.

4. MUlTISSERVIÇOS

Na vastíssima área dos Serviços, o Grupo Mota-Engil agrega um conjunto de empresas vocacionadas para a prestação de serviços em áreas em que a subcontratação se afi-gura como uma alternativa flexível e eficaz, permitindo assim uma adequada racionali-zação de custos a par do aproveitamento de uma forte componente de inovação e espe-cialização que em muito aproveitam, quer ao universo de empresas que integram o Grupo Mota-Engil, quer aos seus clientes externos.

Entre o conjunto de empresas que integram esta área, é de referir a actuação nos seg-mentos da manutenção industrial e de edi-fícios, através das suas participadas Man-via e Almaque: arquitectura paisagística e concepção, construção e manutenção de

espaços verdes e campos de golfe, através da Vibeiras e Áreagolfe e, mais recentemen-te, da VBT, marcando a entrada no mercado angolano; operação de mercados electróni-cos, por via da sua participada Vortal; e ser-viços nas mais diversas áreas de marketing directo, através da Lokemark.

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APRESENTAçãO E PERfIL DO GRUPO 62 63

MANVIAA Manvia iniciou a sua actividade 1998.

As actividades da Manvia enquadram-se no conceito de multisserviços, abrangen-do uma vasta área de intervenção, desde a manutenção até à gestão de contratos ex-ternos, garantindo aos seus clientes a pres-tação de serviços baseada numa estrutura técnica sólida e inovadora, que potencia as valências-alvo específicas das necessida-des dos clientes.

Na área das vias de comunicação, a Manvia dispõe da capacidade, equipamentos e mão- -de-obra especializada para a manutenção e gestão da manutenção de infra-estruturas de transporte, como sejam vias rápidas, auto - estradas, estações ferroviárias e portos.

Estão actualmente sob a responsabilidade directa da Manvia, em termos de manuten-ção, mais de 400km de auto-estradas e vias rápidas, no que se refere à manutenção de iluminação pública, instalações eléctricas, praças de portagem e estações elevatórias.

Preparada para dar resposta às crescentes solicitações do mercado, em termos das necessidades específicas de edifícios com-plexos, incluindo os centros comerciais, a Manvia tem centrado grande parte da sua actividade nesta área.

Os serviços prestados pela Manvia neste segmento são concebidos e executados à medida das necessidades dos clientes, englobando a manutenção de instalações e equipamentos de electricidade, AVAC, águas e esgotos e outras especialidades, a gestão de contratos externos (vigilância, limpeza, jardinagem, elevadores, sistema especiais de segurança), “facilities mana-gement”, gestão de manutenção, concep-ção e implementação de planos de manu-tenção programada e gestão ambiental na perspectiva do cliente.

As necessidades de gestão, planeamento e controlo da manutenção no segmento indus-trial, onde a empresa igualmente opera, con-duziram à definição de um posicionamento

específico da Manvia neste sector. Os servi-ços prestados pela Manvia nesta área englo-bam a gestão da manutenção, bem como a limpeza e desobstrução de colectores, num trabalho de parceria desenvolvido com ou-tras empresas especializadas.

A especificidade das necessidades de manu-tenção das cimenteiras levou a Manvia a ad-quirir participação significativa na ALMAQUE, líder ibérica na classificação de corpos mo-entes e engenharia de desobstrução para cimenteiras.

Paralelamente e através da sua participada Engeglobo, actua junto de empresas con-cessionárias do sector portuário ao nível da manutenção de equipamentos de carga e descarga de contentores, detendo compe-tências especializadas neste domínio.

A prestação de serviços na área do ambiente tem vindo, por outro lado, a tornar-se numa das actividades mais significativas da Man-via, tendo em vista as perspectivas de evo-lução do sector.

Nesta área, a Manvia presta serviço no sec-tor das águas e águas residuais, abrangendo a exploração e manutenção de ETA, ETAR e EE, limpeza e inspecção vídeo de colectores e reabilitação de colectores (sem abertura de vala).

A necessidade de continuamente melhorar os padrões da prestação de serviços em manu-tenção e gestão da manutenção levou igual-mente a Manvia a desenvolver e implementar um conjunto de soluções tecnológicas que complementam as normais actividades de manutenção programada e correctiva, desig-nadamente ao nível da manutenção condi-cionada (análise de condição — vibrometria e termografia), auditorias de manutenção, criação e implementação de planos de ma-nutenção programada, gestão energética de edifícios e gestão global da manutenção.

A Manvia tem investido em instrumentos que permitem reduzir custos e o impacto negati-vo da sua actividade no meio ambiente com,

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

por exemplo, o investimento num sistema de GPS para controlo dos custos da frota, de-finição de rotas mais adequadas e controlo das emissões através da promoção de uma utilização mais responsável dos meios de transporte.

A Manvia promove também formação que visa alteração de comportamentos ao nível ambiental e de segurança.

Na sua actuação, a Manvia tem fortes preo-cupações ao nível da melhoria da eficiência

não só energética mas também na redução dos efeitos nocivos dos equipamentos que intervenciona, promovendo a substituição de equipamentos menos eficientes (como a substituição de lâmpadas incandescentes por lâmpadas economizadoras quer nos cen-tros comerciais, quer nas vias públicas) e a implementação de sistemas de segurança que permitam evitar potenciais danos para o ambiente.

Através de trabalho especializado, a Manvia permite a reduzir a factura energética no sector das cimenteiras.

VIBEIRASA Vibeiras é uma empresa especializada no sector da arquitectura paisagística, prestan-do serviços nas áreas de projecto, construção e manutenção de espaços exteriores.

Exercendo a sua actividade desde 1990, a Vibeiras executou já mais de 700 obras e dispõe de um total de áreas verdes conces-sionadas de cerca de 400 hectares.

Ao nível do projecto, a concepção de solu-ções passa pelo seu gabinete de projectos, que conta com uma equipa pluridisciplinar de arquitectos paisagistas e técnicos de di-versas áreas da engenharia.

A abordagem integrada de concepção/cons-trução dos projectos tem constituído na Vi-beiras uma importante garantia na qualida-de do serviço prestado.

Ao nível da construção/execução, o elevado grau de especialização das suas equipas e um parque de máquinas e equipamentos de grande valia permitem à Vibeiras garantir os respectivos prazos de execução e uma eleva-da qualidade nas obras executadas.

Os serviços de manutenção, operação que é hoje assegurada por dezenas de equipas especializadas, desdobram-se numa opera-ção que envolve cerca de 400 hectares de

áreas concessionadas, em vários pontos do País, integrados em contratos de manuten-ção de espaços verdes, num prolongamento natural do trabalho de construção executa-do pela empresa.

Tal tem vindo a permitir uma adequada racionalização de custos a par do aprovei-tamento de uma forte componente de ino-vação e especialização que em muito apro-veitam, quer ao universo de empresas que integram o Grupo Mota-Engil, quer aos seus clientes externos.

A empresa iniciou já o seu processo de in-ternacionalização, tendo constituído em An-gola, conjuntamente com um parceiro local, a empresa VBT – Arquitectura Paisagista, a quem já foi adjudicado um conjunto inicial de trabalhos.

A Vibeiras tem certificado o seu Sistema de Gestão da Qualidade.

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APRESENTAçãO E PERfIL DO GRUPO 64 65

ÁREAGOLFEsta empresa resultou de uma parceria estabelecida entre a Vibeiras e um grupo de reconhecidos especialistas na área da construção, manutenção e gestão de cam-pos de golfe, a que esta empresa se dedica em exclusivo, estando actualmente en-volvida em diversos projectos nacionais e internacionais.

Na perspectiva da gestão integrada de cam-pos de golfe, a Áreagolfe desenvolve a sua actividade nos segmentos da construção e renovação de campos de golfe (movimenta-ção de terras, “shaping” e trabalhos de fina-lização, sistemas de rega e drenagem, lagos, “bunkers”, “tees”, “greens”, “fairways”, “driving ranges” e topografia), manutenção (gestão total integrada e supervisão e ges-tão da manutenção) e prestação de outros serviços especializados de manutenção.

Na vertente da gestão comercial de campos de golfe, tem como objectivos, através do conhe-cimento aprofundado do negócio e utilizando as adequadas ferramentas de gestão e marke-ting, tornar o golfe um negócio independente, desenvolvendo uma estratégia de comercia-lização dos diversos campos de golfe onde opera e disponibilizando ao mercado os meios de gestão e o pessoal necessários para o exer-cício de qualquer função num campo de golfe.

De destacar também os serviços presta-dos ao nível da consultoria especializada e auditoria, avaliação e aconselhamento na gestão e manutenção, apoio agronómico e serviços laboratoriais, irrigação, drenagem, estudos de impacto ambiental, acompa-nhamento e gestão ambiental, para além da gestão de frotas, “pró-shop” e estudos de viabilidade económico-financeira.

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VBTA VBT, participada maioritariamente pela Vibei-ras, nasceu com o propósito de desenvolver em Angola actividades na área dos jardins e arranjos exteriores, relvados desportivos e, ainda, de co-mercializar equipamento urbano e desportivo.

Com a criação da VBT, a área de Ambiente e Serviços dá um passo em frente no cumpri-mento da sua estratégia de internacionaliza-ção, com a entrada no mercado angolano.

VORTALA Vortal, participada do Grupo Mota-Engil, é uma empresa portuguesa de tecnologias de informação líder em plataformas elec-trónicas baseadas na Internet, destacada no mercado ibérico de comércio electró-nico G2B2B (“Government to Business to Business”).

Tem como missão integrar, por via electrónica, os processos de negócio entre as empresas e o Estado, tornando as transacções mais rápi-das, simples, seguras e confidenciais, ofere-cendo serviços inovadores que aportam valor e reforçam a competitividade dos clientes.

A empresa conta com mais de 90 colabo-radores distribuídos pelos escritórios de Lisboa, Porto e Vigo, e pelo Laboratório de Inovação e Desenvolvimento do “campus” da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.

Após ter criado, em 2001, o mercado elec-trónico “econstroi”, vocacionado para o sector da construção e que é líder desta-cado na Península Ibérica no seu segmen-to e uma referência a nível internacional, actualmente a Vortal opera seis mercados electrónicos dirigidos a diferentes sectores

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

de actividade: econstroi, vortalGOV, vorta-lINDUSTRY, vortalENERGY&UTILITIES, vor-talOFFICESUPPLIES e vortalHEALTH. Num quadro de diversificação das suas activi-dades, alargou a sua oferta ao sector público, com o lançamento de uma plataforma com-plementar ao “econstroi”, que passou a pos-sibilitar às entidades públicas a gestão elec-trónica de todos os processos de contratação.

Inteiramente desenvolvida em Portugal, esta plataforma é já uma das mais relevan-tes no plano europeu no domínio da contra-tação pública.

A crescente realização de negócios extra- -construção motivou igualmente, em finais de 2006 o lançamento de novos mercados electrónicos direccionados para outros sec-tores da actividade económica, mormente a indústria, energia e “utilities”.

Para além dos negócios de compra e venda suportados electronicamente, a Vortal dis-ponibiliza uma verdadeira oferta integrada que permite efectuar actividades de pros-pecção, promoção de produtos e serviços, negociação, obtenção de informação de gestão e divulgação de marcas e produtos.

Em 2007, obteve igualmente a certificação pela norma ISO 27001, tendo sido a terceira empresa portuguesa a obter este reconhe-cimento que constitui a verdadeira referên-cia internacional no domínio da segurança da informação.

Ao longo destes oito anos de actividade, foram já transaccionados nas plataformas de contratação da Vortal perto de 4 mil mi-lhões de euros, pelas mais de 13.000 em-presas acreditadas.

LOKEMARKA Lokemark iniciou a sua actividade em 2003, passando a ser uma participada do Grupo Mota-Engil a partir de 2007.

A Lokemark desenvolve, em regime de “out-sourcing”, um conjunto de actividades nas mais diversas áreas do Marketing Directo, detendo, para o efeito, uma vasta e expe-riente equipa de profissionais especializa-dos, equipamento tecnologicamente avan-çado e instalações aptas a garantir total operacionalidade e segurança.

Tem como principais segmentos de acti-vidade as áreas do “fulfillment” (embala-mento manual, tratamento de devoluções e organização e gestão de concursos), “data entry” (digitação de dados, questio-nários, RSF, cupões, notas de encomenda), “contact center” (“callcenter”, “inbound”, “outbound” e telemarketing), “billing” (emissão de facturação, gestão informáti-ca de cobranças, transferências bancárias, contra-reembolsos e encomendas postais),

facturação electrónica (criação e envio de factura electrónica certificada, envio mas-sivo de e-mails e colocação em portal de arquivo), personalização (impressão laser, endereçamento “inkjet” de documentos), plastificação, envelopagem, cortes, dobras, etiquetagem, colagens e agrafagens, trata-mento de bases de dados, armazenamento (recepção de materiais com área superior a 2.000m2 e capacidade de armazenagem vertical superior a 1500 euro-paletes, com gestão de stock e logística de cargas e descargas), bem como preparação do cor-reio e entrega directa aos CTT ou outros distribuidores.

Com um vasto conjunto de clientes direc-tos e indirectos, operadores de marketing e agências de publicidade e meios, a Loke-mark posiciona-se num sector de actividade exigente e competitivo com amplas pers-pectivas de crescimento futuro.

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APRESENTAçãO E PERfIL DO GRUPO 66 67

INTRODuçãO

As Concessões de Transportes constituem, para o Grupo Mota-Engil, uma área do maior relevo e vital importância estratégica, sendo desenvolvida através da sua sub-holding Mota-Engil Concessões de Transportes.

Fruto da sua reconhecida experiência na concretização e desenvolvimento de parce-rias público-privadas, o Grupo Mota-Engil, em consórcio com reputados parceiros, tem vindo a afirmar-se de forma crescente neste segmento de mercado em forte expansão.

Através da sua participada AENOR, mantém a vice-liderança como concessionária em Portugal de infra-estruturas rodoviárias, marcando ainda presença de referência nou-tras infra-estruturas de transportes.

O crescimento consolidado desta Área de Ne-gócios permite já hoje a presença em quatro

países, estando em curso a sua expansão para novos mercados e geografias internacionais.

O ano de 2007 representa ainda um marco de enorme relevância no posicionamento estratégico do Grupo Mota-Engil e da sua Área de Concessões de Infra-Estruturas de Transportes com a criação da Ascendi, Con-cessões de Transportes, SGPS, SA.

Fruto de uma parceria de cerca de uma dé-cada com o Grupo Banco Espírito Santo em diversos projectos, foi acordada e formali-zada a criação deste um novo veículo socie-tário onde ambos os Grupos irão concentrar os seus activos nesta área.

ACTIVIDADES PRINCIPAIS

- Auto-estradas- Vias Rápidas- Pontes- Metropolitano

VenDasepresTaÇõesDeserViÇos:€117milhões

acTiVosgeriDos:€3,9milmilhões

infra-esTrUTUrasroDoViÁriasconcessionaDas:+1.500kmem4países

indiCAdores finAnCeiros

4.4.3concessõesDeTransporTes

ASCENDIA Ascendi é detida em 60% pelo Grupo Mota-Engil e em 40% pelo Grupo Banco Es-pírito Santo.

As participações a aportar a esta empresa são as detidas pela Mota-Engil Concessões de Transportes, SGPS, SA e pela ESConces-sões, SGPS, SA

Entre as concessões detidas pela Ascen-di contam-se, em Portugal, as que fazem parte do domínio da AENOR, Auto-Estradas do Norte, SA (Norte, Grande Porto, Cos-ta de Prata, Beiras Litoral e Alta e Grande Lisboa), Scutvias (Beira Interior), ViaLitoral (Madeira) e Lusoponte (pontes 25 de Abril e Vasco da Gama, em Lisboa), no domínio rodoviário e pontes, bem como a MTS (me-tropolitano ligeiro da margem Sul do Tejo), no segmento ferroviário.

Em Espanha, avultam as concessões rodoviá-rias da Autopista Madrid-Toledo, Autovia de Los Viñedos, Autovia de Los Lianos e Madrid 407.

No México, a concessão rodoviária denomi-nada Autopista Perote-Xalapa.

Mais recentemente, a Ascendi integrou o consórcio adjudicatário da concessão Marechal Rondon-Leste, marcando assim a sua entrada no mercado do Brasil. Esta concessão, por 30 anos, tem uma extensão prevista de 410kms, elevando assim a mais de 1500kms a extensão das vias concessio-nadas detidas pela Ascendi.

Durante os anos mais próximos, a Ascendi concentrará grande parte dos seus esforços e recursos no programa de concessões de infra-estruturas anunciado e lançado pelo Governo português, nos segmentos rodoviá-rio, ferroviário e aeroportuário, bem como na expansão da sua actividade nos mercados- -alvo internacionais, designadamente na Eu-ropa Central e de Leste e na América Latina.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

AENORA AENOR representa, na área de Concessões de Transportes, a maior parcela dos activos em infra-estruturas concessionadas.

Para promover a mobilidade dentro de Por-tugal, o Governo lançou em 1997 um con-curso público internacional para a concep-ção, projecto, financiamento, construção, manutenção e exploração de mais de 175km de auto-estradas, ligando o litoral norte ao interior norte do País.

Em 1999, a respectiva concessão foi atribu-ída a um consórcio de empresas portugue-sas ligadas aos sectores de construção e financeiro que acreditaram num projecto de futuro com impacto positivo no desenvol-vimento económico e social do País. Assim nasceu a AENOR.

Na sequência do PRN 2000 (Plano Rodovi-ário Nacional), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 222/98, de 17 de Julho, foram lançados outros concursos internacionais a que con-correu a AENOR.

Em quatro desses concursos, as propostas da AENOR foram consideradas as melhores. Foram assim atribuídas à AENOR, sequen-cialmente nos anos de 2000, 2001 e 2002, três concessões de auto-estradas e, no iní-cio de 2007 e finais de 2008, foram atribuí-das mais duas concessões.

Hoje, passados apenas 10 anos sobre o iní-cio da primeira concessão, a AENOR conti-nua em expansão.

O seu forte dinamismo é potenciado por uma equipa de gestão cujas competências, formação e experiência permitiram imple-mentar as mais avançadas técnicas e ins-trumentos de gestão.

A AENOR é hoje reconhecida como um gran-de “player” nacional nesta área, ao introdu-zir um factor concorrencial no panorama na-cional de concessionárias de auto-estradas e outras infra-estruturas rodoviárias.

A AENOR serve hoje um conjunto de seis concessionárias que, juntas, são responsá-veis por cerca de 850km de auto-estradas e outras infra-estruturas rodoviárias conces-sionadas pelo Estado Português.

Com um investimento em estudos, projec-tos e construção de 3,6 mil milhões de eu-ros correspondentes a 421Km em regime SCUT a 200Km em regime de portagem real e a 213Km de itinerários principais e com-plementares, a AENOR é um dos maiores investidores nacionais, gerando, directa e indirectamente durante o período mais in-tenso de construção, mais de 9000 postos de trabalho.

Descrevem-se, em seguida, os principais indicadores relativos a cada uma das seis concessões.

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APRESENTAçãO E PERfIL DO GRUPO 68 69

CONCESSãO COSTA DE PRATAAtribuída em Maio de 2000 à Lusoscut – Auto-Estradas da Costa de Prata, SA, atra-vés de um concurso público internacional, a Concessão Costa de Prata integra 110km de auto-estrada, no litoral, entre as regiões Norte e Centro do País.

O contrato celebrado integra a concepção, projecto, construção, aumento do núme-ro de vias, financiamento, exploração e

conservação, em regime de portagem sem cobrança aos utilizadores (SCUT), por um período de 30 anos.

Permitindo a circulação de forma rápida e segura, esta concessão assume-se como um eixo complementar a outros itinerários principais, fazendo a ligação entre as prin-cipais cidades do litoral Norte do País, entre Porto e Mira.

CONCESSãO NORTE Atribuída em 1999 à AENOR – Auto-Estradas do Norte, SA, através de um concurso público internacional, a Concessão Norte constitui um dos maiores projectos rodoviários desenvol-vidos nos últimos anos em Portugal.

O contrato celebrado integra a concep-ção, projecto, construção, financiamento, exploração e conservação, em regime de portagem real, por um período de 30 anos. Com um total de 175km, esta concessão liga zonas fortemente industrializadas e de

grande densidade populacional, como Vila do Conde, Braga, Guimarães, com regiões tradicionalmente com menor poder de com-pra e de difícil acessibilidade.

Através da A7 e da A11, as auto-estradas que constituem esta concessão, é possível ligar de uma forma rápida e cómoda, o litoral Norte do país e, Vila Pouca de Aguiar que, através da A24, estabelece a ligação a Espanha e Vila Real; e a A4, que permite o acesso a Amaran-te, Castelões, Penafiel e Marco de Canaveses.

lanÇos aUTo-esTraDa exTensÃo(km)

lanÇos aUTo-esTraDa exTensÃo(km)

principaislanÇos

principaislanÇos

A28/Barcelos A11 12,6

Barcelos/Braga A11 14,8

Braga/Guimarães A11 17,1

Guimarães/A4 A11 26,7

A28/famalicão A7 20,3

famalicão/Guimarães A7 22,0

Guimarães/fafe A7 14,2

fafe/Basto A7 20,0

Basto/Vila Pouca Aguiar (A24) A7 27,4

Coimbrões – ER.1-18 A44 3,8

ER.1-18 – IP1 (Miramar) A29 7,5

Miramar – Maceda A29 16,2

Maceda – Estarreja A29 18,4

Estarreja – Angeja A29 15,8

Barra – Nó com A1 A25 22,8

Aveiro – Mira A17 25,1

INVESTIMENTO TOTAL: € 1.570 milhões

ExTENSãO: 175,1km

ÁREAS DE SERVIçO: 6

INVESTIMENTO TOTAL: € 492 milhões

ExTENSãO: 110km

ÁREAS DE SERVIçO: 5 (uma das quais não foi sub-concessionada pelo grupo AENOR)

CONCESSãO NORTE EM NúMEROS:

CONCESSãO COSTA DE PRATA EM NúMEROS:

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

CONCESSãO GRANDE PORTOAtribuída em 2002 à Lusoscut – Auto-Es-tradas do Grande Porto, SA, através de um concurso público internacional, a Conces-são do Grande Porto veio conferir uma nova mobilidade a uma das principais cidades do Norte do País.

O contrato celebrado integra a concepção, construção, duplicação e aumento do nú-mero de vias, financiamento, exploração e conservação, em regime de portagem sem cobrança aos utilizadores (SCUT), por um período de 30 anos.

Esta concessão contribui de forma inegável para a melhoria da qualidade de vida de quem reside e/ou trabalha no distrito do Porto e para o desenvolvimento económico e social da região e do País.

Com efeito, através dos 56km que integram este eixo rodoviário de auto-estradas, é possível:

· aceder a uma rede alternativa de grande velocidade para ligações entre a área me-tropolitana do Porto e os municípios que se situam a Norte (Valongo, Paredes, Pe-nafiel, Paços de Ferreira, Lousada e Fel-gueiras);

· aceder à fronteira com Espanha numa li-gação sempre em auto-estrada e percor-rível numa hora e meia (através da ligação directa a Lousada – A11 –, que permite o acesso à A7 e posteriormente à A24); e

· aceder directamente ao Aeroporto Fran-cisco Sá Carneiro e ao Porto de Leixões, a partir da A4 e VRI, sem necessidade de passagem pelo Porto.

CONCESSãO BEIRAS LITORAL E ALTAAtribuída em 2001 à Lusoscut – Auto-Estra-das das Beiras Litoral e Alta, SA, através de um concurso público internacional, a Con-cessão das Beiras Litoral e Alta teve como principal objectivo de base a melhoria das condições de circulação e segurança no IP5.

O contrato celebrado integra a concepção, projecto, construção, aumento do núme-ro de vias, financiamento, exploração e conservação, em regime de portagem sem cobrança aos utilizadores (SCUT), por um período de 30 anos.

Esta concessão permite o acesso das ci-dades da Guarda e Viseu ao litoral, consti-tuindo a principal ligação da zona Centro a Espanha e resto da Europa, através da fron-teira de Vilar Formoso.

Em Março de 2002, recebeu o prémio “European Transport Project Finance Deal of the Year”, atribuído pela prestigiada publicação “Euromoney”, na categoria de infra-estruturas de transportes.

lanÇos aUTo-esTraDa exTensÃo(km)

principaislanÇos

Albergaria (IP1) – IC2 A25 4,7

IC2 – Viseu A25 59,3

Viseu – Mangualde A25 16,9

Mangualde – Guarda A25 55,8

Guarda – Vilar formoso A25 35,8

INVESTIMENTO TOTAL: € 1.020 milhões

ExTENSãO: 173km

ÁREAS DE SERVIçO: 6 (três das quais não foram sub-concessionadas pelo grupo AENOR)

CONCESSãO BEIRAS LITORAL E ALTA EM NúMEROS:

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APRESENTAçãO E PERfIL DO GRUPO 70 71

CONCESSãO GRANDE LISBOAAtribuída em Janeiro de 2007 à Lusolisboa – Auto-Estradas da Grande Lisboa, SA, atra-vés de um concurso público internacional, a Concessão da Grande Lisboa integra um conjunto de eixos rodoviários que contribui-rão não só para a melhoria da qualidade de vida de todas as pessoas que aí residem e trabalham, como também para o desenvol-vimento económico da região.

O contrato celebrado integra:· a concepção, construção, aumento do nú-

mero de vias, financiamento, exploração e conservação de cerca de 25km de auto- -estrada, em regime de portagem real, por um período de 30 anos;

· exploração e conservação de 66km, na sua maioria já em exploração, sem cobrança de portagem, por um prazo de cinco anos.

A concretização deste projecto, num inves-timento total de 256 milhões de euros, do-

lanÇos aUTo-esTraDa exTensÃo(km)

principaislanÇos

Nó Aeroporto / IP4 VRI 2,9

Águas Santas / Sendim (IP4) A4 9,0

freixeiro / Alfena A41 14,6

Alfena / Ermida A41 8,6

Ermida / Paços de ferreira A42 6,5

Paços de ferreira / Lousada A42 13,9

INVESTIMENTO TOTAL: €763 milhões

ExTENSãO: 56km

ÁREAS DE SERVIçO: 3

CONCESSãO GRANDE PORTO EM NúMEROS:

tará a área metropolitana de Lisboa de uma série de novas infra-estruturas rodoviárias que muito positivamente irão impactar a vida de mais de 2 milhões de pessoas.

A concessão integra a construção de 25km de nova auto-estrada, sob a designação de A16/IC16 e A16/IC30, cuja entrada em ser-viço, ao criar uma nova circular exterior na área metropolitana de Lisboa, permitirá descongestionar o tráfego dos sobrecarre-gados IC19 e A5.

Também a conclusão da construção da CRIL, do Eixo Norte-Sul, da Circular Nas-cente ao Cacém e do alargamento total do IC19 para três vias em cada sentido – com a subsequente integração destes troços na Concessão Grande Lisboa para explo-ração – permitirá contribuir decisivamente para a melhoria das condições de circula-ção automovél na área metropolitana de Lisboa.

lanÇos aUTo-esTraDa exTensÃo(km)

principaislanÇos

CREL (IC18) – Lourel (IC30) IC16 11,1

Ranholas (IC19) – Linhó (EN9) IC30 4,6

Linhó (EN9) – Alcabideche (IC15) IC30 3,7

Lourel (IC16) – Ranholas (IC19) IC30 3,6

Sacavém (IP1) – Santa Iria da Azóia (IP1) IC2 10,4

Lisboa (IC17) – Nó de Belas (IC18) IC16 4,2

Algés – Sacavém (IP1) IC17 23,6

Buraca (IC17) – Ranholas (IC30) IC19 15,8

Olival de Basto (IC17) – Montemor (IC18) IC22 3,2

Eixo Rodoviário Norte-Sul IP7 10,9

INVESTIMENTO TOTAL: €256 milhões

ExTENSãO: 25km de construção e exploração + 66km de exploração (durante 5 anos)

ÁREAS DE SERVIçO: 2

CONCESSãO GRANDE LISBOA EM NúMEROS:

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

CONCESSãO DOuRO INTERIORAdjudicada a 25 de Novembro de 2008 à AE-NOR – Douro Interior, SA, resultante de con-curso público lançado, a nova concessão do Douro Interior concretiza a construção das duas estradas mais aguardadas no Nordes-te Transmontano, o IP2 e o IC5.

A concessão Douro Interior, situada no Nor-deste de Portugal, tem uma extensão total de 242km divididos por dois grandes eixos viários, nomeadamente:

· O IP2 com 111km, entre Macedo de Cava-leiros e Celorico da Beira, estendendo-se para além do distrito de Bragança até à Guarda;

· O IC5, com 131km que ligará Murça, no dis-trito de Vila Real, a Miranda do Douro no distrito de Bragança.

As duas infra-estruturas rodoviárias bene-ficiarão directamente os concelhos de Alijó, Murça, Mirandela, Macedo de Cavaleiros, Bragança, Miranda do Douro, Mogadouro, Alfândega da Fé, Vila Flor, Carrazeda de An-siães, Torre de Moncorvo, Vila Nova de Foz Côa, Mêda, Trancoso e Celorico da Beira.

Esta concessão irá melhorar a qualidade de vida de 330 mil pessoas e reduzir a taxa de sinistralidade grave em 71%.

O Grupo Mota-Engil detém uma participa-ção qualificada no Grupo Martifer, corres-pondente a 37,5% do seu capital social, mantendo com este uma parceria estratégi-ca nos domínios da indústria e energia.

A Martifer SGPS é a empresa-mãe de um grupo de aproximadamente 120 empresas – divididas por quatro segmentos básicos de actividade: Construção metálica; Equi-pamentos para Energia; Geração eléctrica; Agricultura e Biocombustíveis.

O crescimento contínuo registado desde a constituição da Martifer Construções Meta-lomecânicas, SA, em 1990, e que, em termos

4.4.4 marTiferinDúsTriaeenergia

médios, tem rondado os 30% ao ano, condu-ziu o Grupo à liderança Ibérica do segmento das construções metalomecânicas.

A continuação do processo de internaciona-lização das suas actividades e a diversifica-ção dos negócios, essencialmente em áreas ligadas ao mundo da energia, quer tecno-lógicas, quer de produção/distribuição de energia propriamente dta, constituem os novos desafios a prosseguir.

Fundada em 1990, a Martifer iniciou a sua actividade no sector das estruturas metáli-cas, conquistando, em apenas seis anos, a liderança do mercado nacional.

lanÇos aUTo-esTraDa exTensÃo(km)

principaislanÇos

Macedo de Cavaleiros – Vale Benfeito IP2 10

Vale Benfeito – Junqueira IP2 29

Pocinho – Longroiva IP2 20

Longroiva – Trancoso IP2 23

Trancoso – Celorico da Beira IP2 29

Murça – Pombal IC5 23

Pombal – Nozelos IC5 25

Nozelos – Miranda do Douro IC5 83

INVESTIMENTO TOTAL: €940 milhões

ExTENSãO: 242km

ÁREAS DE SERVIçO: 3

CONCESSãO DOURO INTERIOR EM NúMEROS:

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APRESENTAçãO E PERfIL DO GRUPO 72 73

A partir de 1996 e 1999, respectivamente, as estruturas em inox e alumínio começa-ram a assumir um papel importante dentro da empresa.

O Grupo complementa a sua actividade com a aposta nas energias renováveis, no desen-volvimento da área dos equipamentos para a energia, nomeadamente na produção de componentes como torres eólicas e caixas multiplicadoras para aerogeradores e na instalação de parques eólicos e parques so-lares chave-na-mão.

Através da Martifer Renewables, desenvol-ve um conjunto de activos de geração eléc-trica a partir de fontes renováveis, visando assumir-se como um “player” global rele-vante no mercado de geração e comerciali-zação de energia eléctrica.

O Grupo está ainda presente na área da agricultura e biocombustíveis, através da subholding Prio.

A sua actividade cobre a totalidade da ca-deia de valor de produção de biodiesel, des-de a produção das sementes oleaginosas até à distribuição de combustíveis, passan-do pela extracção de óleos vegetais e pro-dução de biodiesel nas unidades de Aveiro e da Roménia.

A inovação é outro dos eixos estratégicos do Grupo. Através do seu Núcleo de Inves-tigação e Desenvolvimento (I&D), desen-volve uma tecnologia inovadora destinada ao aproveitamento da energia das ondas (projecto Flow).

Para fazer face ao seu importante plano de investimentos nas diversas áreas, a Marti-fer foi admitida à cotação na bolsa portu-guesa em Junho de 2007, através de uma operação de aumento de capital.

A internacionalização do Grupo Martifer fez sempre parte integrante das preocupações estratégicas da empresa. Este processo teve início em 1999, com a criação da Mar-tifer Espanha.

Hoje, a Martifer está presente em mais de 15 países e nos cinco continentes, obtendo, em 2008, 902 milhões de euros de receitas ope-racionais consolidadas, o que em compara-ção com os 519 milhões de euros registados em 2007, representa um crescimento em cer-ca de 74% no volume de negócios.

As suas principais linhas de negócio incluem:

CONSTRuçÕESCriada em 1990, está na base do que é hoje o Grupo Martifer enquanto líder ibérico e um dos 10 principais “players” europeus.

Esta linha de negócio encontra-se em ex-pansão para a Europa Central e Angola.

O portefólio da Martifer tem vindo a cres-cer significativamente ao nível das grandes construções de infra-estruturas públicas e privadas.

A Martifer Construções agrega outras so-luções nesta área – estruturas metálicas, fachadas em alumínio e vidro, estruturas em aço inoxidável e monoblocos – o que lhe permite oferecer uma gama de serviços completa nas obras em que participa.

EQuIPAMENTOS PARA ENERGIADesde 2004 que a Martifer investe em Equi-pamentos para Energia.

Do desenvolvimento à comercialização, passando pela concepção, a Martifer Ener-gy Systems beneficia da experiência do Gru-po na área das estruturas metálicas e das sinergias das restantes áreas de negócio.

A estratégia da Energy Systems passa por posicionar-se entre os principais “players” no fornecimento de equipamentos para a produ-ção de energia, a partir de fontes renováveis e como fornecedor de projectos “chave na mão”.

Além dos equipamentos para produção de energia eólica, solar e equipamentos para os biocombustíveis, a Martifer está em-penhada na criação de um protótipo para aproveitamento da energia das ondas.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

A área do Turismo do Grupo Mota-Engil en-globa um conjunto de actividades nas áreas de desporto e lazer, hotelaria e restauração, sendo integrada por três empresas:

· RTA – Rio Tâmega, Turismo e Recreio, SA;· Largo do Paço – Investimentos Turísticos e

Imobiliários, Lda;· SGA – Sociedade do Golfe de Amarante,

SA.

DESPORTO E LAZER· Quinta de Covelas (RTA) – Composta por

um parque aquático, com capacidade para 1200 pessoas, health center, piscina de ondas, piscinas cobertas e campos de ténis, equipamento este servido por par-ques de estacionamento para 570 veículos e implantado num terreno com cerca de 17 hectares sobre o rio Tâmega.

· Campo de Golfe (SGA) – A cerca de 10 mi-nutos do centro da cidade, o campo de Golfe de Amarante dispõe de um percurso de 18 buracos, 5060 metros e par 68, dese-nhado por Jorge Santana da Silva e inaugu-rado em 1997.

A unidade dispõe de um “driving range” e “club-House” com restaurante e bar.

4.4.5 TUrismo

hOTELARIA E RESTAuRAçãOEstalagem Casa da Calçada (Largo do Paço) – Situada em pleno centro histórico de Ama-rante, a Casa da Calçada é um hotel de char-me, membro da cadeia Relais & Châteaux.

A unidade dispõe de 26 quartos, uma sui-te presidencial e três suites executivas. Disponibiliza ainda um bar, o restaurante gourmet Largo do Paço e as Salas do Paço, para a realização de eventos sociais e em-presariais.

No exterior, oferece ainda uma piscina, bar e um espaço dedicado à realização de even-tos, harmoniosamente integrados num se-cular jardim.

A esplanada Parque das Tílias, completa a unidade.

· Hotel Navarras (RTA) – Unidade hoteleira de três estrelas localizada em pleno centro de Amarante, objecto de uma remodelação total em 2002. O Hotel Navarras é uma uni-dade tradicional que dispõe de 55 quartos e três suites, equipados com TV satélite e ar condicionado.

GERAçãO ELéCTRICACom uma grande taxa de desenvolvimento e um enquadramento político, económico e social favorável, a produção de electricida-de apresenta-se como uma área de negócio de grande sustentabilidade e rentabilidade. Deste modo e através da Martifer Renewa-bles, a Martifer reforçou a sua presença neste sector muito promissor, tanto em ter-mos de negócio como em termos de susten-tabilidade e responsabilidade social.

AGRICuLTuRA E BIOCOMBuSTÍVEISNuma era de preocupação ecológica, é ne-cessário pensar na área dos combustíveis,

criando soluções de combustão sustentá-veis e com menor impacto ambiental.

Assim, e através da Prio Advanced Fuels, a Martifer investe na criação de uma empre-sa de combustíveis avançados, dando mais um passo a caminho do futuro.

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APRESENTAçãO E PERfIL DO GRUPO 74 75

4.4.6 mespserViÇosparTilhaDos

O hotel oferece ainda aos hóspedes o con-forto de uma ampla sala de estar com bar de apoio, uma sala de reuniões e espaço para banquetes com capacidade para receber até 120 pessoas.

· Casa do Rio (RTA) – A Casa do Rio é um espaço modular, que faz parte da Quinta

A MESP – Mota-Engil, Serviços Partilhados Administrativos e de Gestão, SA foi cons-tituída em Dezembro de 2001, tendo em vista prestar um conjunto de serviços às empresas do grupo Mota-Engil nas áreas da contabilidade e prestação de contas, fisca-lidade, finanças, sistemas de informação, recursos humanos e controlo de gestão.

A MESP, Mota-Engil Serviços Partilhados Administrativos e de Gestão, SA aspira a prestar e partilhar com os seus clientes um serviço de excelência incorporado na sua Visão, Missão e proposta de valor.

A partilha de recursos especializados permi-te à MESP redesenhar múltiplas tarefas para formatos de execução mais eficientes e inte-grados, reduzindo burocracia, assegurando a eficaz circulação da informação e aceleran-do processos de decisão e aprovação. A MESP suporta todo este processo de mu-dança adequando pessoas e competências às alterações da realidade interna e externa das empresas.

VisãoSer a única empresa de serviços de suporte do Grupo Mota-Engil e obter reconhecimen-to no mercado pela excelência dos serviços.

MissãoAssumir o papel de parceiro estratégi-co através da prestação de serviços de suporte.

Valor AcrescentadoAo optimizar processos e desenvolver recur-sos, a MESP possibilita um reaproveitamento

de Covelas, com cerca de 2800 m2, distri-buídos por vários salões em três pisos com vistas privilegiadas sobre o Rio Tâmega.

Os espaços destinam-se a grandes serviços de restauração e reuniões, dispondo a sua cozinha de capacidade para a confecção de 1000 refeições em simultâneo.

de talento para as actividades que acrescen-tam valor aos negócios e aos parceiros.

Benefícios- Acesso às melhores práticas e plataformas

tecnológicas a custos reduzidos;- Focalização no “core business”;- Desenvolvimento do capital humano;- Processos de negócio suportados em SAP;- Reforço da posição negocial na interacção

com terceiros;- Acesso aos investimentos contínuos da

MESP nos processos e sistemas.

Qualidade no serviço prestado - Sistema de gestãoA certificação do Sistema de Gestão obti-da em 2007 comprovou o alinhamento da MESP com as melhores práticas, em confor-midade com a Norma NP EN ISO 9001:2000.

Esta certificação reconhece o esforço da MESP em assegurar a conformidade dos seus serviços, a melhoria contínua e a sa-tisfação dos seus parceiros, garantindo: - satisfação das expectativas dos parcei-

ros, consolidando não só a sua fideliza-ção mas também o seu desenvolvimento sustentável;

- acesso inequívoco a um Sistema de Ges-tão da Qualidade adequado e que promo-ve a dinâmica de melhoria contínua;

- aumento de notoriedade no mercado;- adopção das mais actuais ferramentas

de gestão;- confiança acrescida nos processos de

concepção, planeamento e fornecimento do serviço.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

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76 77

05Governância, compromissos com iniciativas externas, relacionamento com stakeholders

riGorAvisãodequemserevênosmAisexigentespAdrõesdecondutA.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

Introdução

O Grupo Mota-Engil é hoje um dos princi-pais grupos económicos privados em Por-tugal, explorando e desenvolvendo um por-tefólio integrado de negócios, centrado na cadeia de valor da construção e com níveis de “performance” alinhados com as melho-res práticas internacionais.

Ao longo da última década, o Grupo Mota-Engil adoptou e implementou uma estratégia as-sente no reforço e consolidação, internacio-nalização e diversificação.

O cumprimento deste plano estratégico tra-duziu-se em elevadas taxas de crescimento dos negócios do Grupo.

A estratégia da Mota-Engil face aos sinais que o mercado apresentava no início da década conduziu à diversificação do seu portefólio de negócios para áreas onde as margens são significativamente superiores às da construção e que não se encontram tão condicionados à sazonalidade dos ci-clos económicos e políticos.

Esta estratégia, integrada com o processo de internacionalização da construtora, per-mitiu criar as bases do crescimento que se verifica actualmente no Grupo.

A entrada nos mercados onde o Grupo está actualmente presente fez-se sempre atra-vés da Engenharia e Construção (exceptu-ando o México – área de Concessões), es-tando em muitos destes mercados criadas as condições para que as restantes áreas do Grupo Mota-Engil possam internacionalizar- -se, tendo a Engenharia e Construção logra-do, com a sua presença, garantir os factores críticos de sucesso vencendo a resistência à entrada de empresas estrangeiras, pela qualidade e fiabilidade apresentadas.

Com a aprovação, em 2008, do Plano Estra-tégico “Ambição 2013”, o Grupo Mota-Engil reiterou os seus principais Objectivos Estra-tégicos, assentes em quatro Áreas-Chave:

Crescimento Sustentado· Promovendo a assunção plena por parte

dos órgãos de gestão do Grupo das suas funções e responsabilidades;

· Reforço do controlo da execução das de-cisões tomadas;

· Incremento dos mecanismos de comuni-cação interna de forma a dinamizar a par-ticipação dos colaboradores nos objecti-vos do Grupo;

· Promoção da imagem nacional e interna-cional, como instrumento de valorização do posicionamento global do Grupo;

· Progressiva implementação de procedi-mentos e práticas de gestão transversais a todo o Grupo;

· Política integrada de Recursos Humanos, num quadro de Rigor e Compromisso que estimule a excelência e o mérito, a pro-gressão na carreira, tornando o Grupo capaz de enfrentar os desafios do futuro.

diversificação· Política de crescimento contínuo e sus-

tentado;· Diversificação de actividades cujo dina-

mismo permitirá elevadas taxas de cres-cimento dentro de um contexto onde a participação das áreas de negócio não- -construção aumentam o seu contributo para o volume de negócios;

· Condução do Grupo para um cenário de sustentabilidade, num contexto nacional e internacional, em que o retorno não de-pende em exclusivo de nenhum sector, criando assim imunidade aos efeitos sa-zonais dos ciclos económicos e políticos;

· Objectivo de liderança de mercado em to-das as áreas de negócio onde actua, no mercado nacional, alicerçando-se ainda na procura constante de novos negócios;

· Aproveitamento do potencial de cresci-mento externo, em negócios de elevadas rentabilidades e com retornos de capital recorrentes;

· Acompanhamento dos pólos de Investiga-ção & Desenvolvimento, de modo a tirar partido das oportunidades emergentes;

· Escrutínio permanente das inovações tecnológicas de carácter modernizador

5.1GOVERNO SOCIETÁRIO

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GOVERNÂNCIA, COMPROMISSOS COM INICIATIVAS EXTERNAS, RELACIONAMENTO COM STAKEHOLDERS

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dos sectores de actividade onde o Gru-po opera, adoptando paralelamente as melhores práticas de gestão existentes no mercado.

Internacionalização· Análise, com objectividade e rigor, dos

mercados onde o Grupo se encontra pre-sente, de forma a centrar as principais apostas no reforço nos mercados que se revelem mais rentáveis, explorando ainda novos mercados e oportunidades de negócio;

· Presença global em todos os merca-dos, onde qualquer das áreas de negó-cio se encontre, potenciando sinergias intra-Grupo.

desenvolvimento do Capital Humano· Afirmação da Mota-Engil como Grupo

multidisciplinar e global;· Reforço das competências-chave como

suporte e garantia na conquista dos ob-jectivos estabelecidos;

· Identificação e gestão do talento de modo a promover o rigor e a elevação dos

A Mota-Engil SGPS, na qualidade de socie-dade de capital aberto, está atenta às reco-mendações da Comissão de Mercado dos Valores Mobiliários (CMVM) sobre o Gover-no das sociedades cotadas, tal como pre-visto nos regulamentos por esta emitidos.

Procura igualmente interiorizar as reflexões e consequentes alterações do quadro regu-lamentar aplicável, entendendo-as como um contributo oportuno e pertinente cuja observância favorece todas as entidades envolvidas na actividade societária, anali-sando assim criticamente o seu posiciona-mento em matéria de governo da sociedade à luz destas recomendações, ponderando designadamente as vantagens efectivas da sua integral implementação face à realida-de em que opera.

níveis de desempenho e a capacidade do Grupo em gerar líderes para o futuro;

· Formação de gestores com capacidade internacional, visão transversal do Gru-po e com disponibilidade para a rotação entre funções / mercados, reforçando a cultura e o conhecimento do Grupo;

· Fomento do recrutamento e integra-ção de quadros estrangeiros nas es-truturas de decisão, devidamente ali-nhados com os Valores e a Estratégia definida globalmente, mas com a possibi-lidade para, localmente, potenciar novas oportunidades;

· Captação de competências internas / par-cerias para as novas áreas de negócio a desenvolver;

· Promoção de instrumentos de avaliação de desempenho articulados com os ins-trumentos de planificação estratégica;

· Estímulo à remuneração em função do desempenho;

· Aposta clara na formação contínua e numa política de expatriamento de recur-sos humanos compensadora e eficaz.

O acompanhamento responsável que a Mota-Engil tem vindo a fazer neste domínio permite concluir por um bom grau de adop-ção das recomendações emanadas pelos órgãos competentes sobre o Governo das Sociedades.

As boas práticas de governo corporativo são, além disso, entendidas como um su-porte fundamental à Visão e Estratégia do Grupo Mota-Engil, tal como se encontra ex-plicitado no ponto anterior.

A estrutura de governo corporativo do Gru-po Mota-Engil é a seguinte:

5.1.1 estruturAdegovernosocietÁrio

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO· O Conselho de Administração da Mota-

Engil, SGPS, SA, constituído por 14 mem-bros, sendo três Administradores inde-pendentes não-executivos;

· O Conselho de Administração é constitu-ído por um Presidente, dois Vice-Presi-dentes e 11 Vogais;

· O Presidente do Conselho de Administra-ção não desempenha funções executivas;

· No Conselho de Administração, estão presentes, como Vogais, em número de três, os Presidentes dos Conselhos de Administração das sub-holdings do Gru-po Mota-Engil Engenharia e Construção, Mota-Engil Ambiente e Serviços e Mota-Engil Concessões de Transportes;

· Este órgão está focado essencialmente na gestão estratégica e na orientação su-perior dos negócios globais do Grupo.

COMISSÃO EXECUTIVA· A Comissão Executiva constituída na

sequência das decisões da Assembleia Geral de Accionistas, ocorrida em 26 de Maio de 2008, e que é constituída por um Presidente e seis Membros;

· Preside à Comissão Executiva, na qua-lidade de Chief Executive Officer (CEO), um dos Vice-Presidentes do Conselho de Administração, integrando ainda, entre os seus membros, o outro Vice-Presi-dente deste último órgão e cinco outros membros, designadamente, os três Pre-sidentes do Conselho de Administração das sub-holdings do Grupo e dois Vogais do Conselho de Administração, um dos quais com as funções de Chief Financial Officer (CFO);

· A Comissão Executiva, através dos pelou-ros atribuídos aos seus membros, supe-rintende e coordena as seguintes direc-ções de carácter corporativo e áreas:

- Direcção Corporativa de Recursos Humanos;- Direcção de Comunicação e Imagem;

- Gabinete de Coordenação Internacional;- Direcção de Responsabilidade Social,

Corporativa e Sustentabilidade;- Gabinete de Coordenação da Comissão

Executiva;- Direcção do Controlo de Gestão do Grupo;- Direcção de Finanças Corporativas;- Direcção de Relações com o Mercado de

Capitais;- Serviços Partilhados;- Projecto Alta Velocidade;- Novos Mercados Geográficos;- Desenvolvimento e coordenação de Pro-

jectos Imobiliários nos mercados interno e externo;

- Negócios Engenharia e Construção;- Negócios Ambiente e Serviços;- Negócios Concessões de Transportes;

· A Comissão Executiva é o órgão de deci-são operacional do Grupo, actuando em conformidade com as linhas de orienta-ção global dos negócios estabelecidas pelo Conselho de Administração.

ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃOA fiscalização da sociedade é exercida por um Conselho Fiscal e por uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, que exercem funções resultantes da legislação aplicável e dos estatutos.

O Conselho Fiscal é constituído por quatro membros, dos quais um Presidente, dois membros efectivos e um suplente.

COMISSÕES ESPECIALIZADASO modelo de governo do Grupo Mota-Engil engloba ainda as seguintes Comissões es-pecializadas:

· A Comissão de Vencimentos que, nos ter-mos estatutários, tem por função definir a política de remunerações dos titulares dos órgãos sociais, fixando as remunerações aplicáveis, tendo em consideração as fun-ções exercidas, o desempenho verificado e a situação económica da Sociedade;

· A Comissão de Investimento, Auditoria e Risco, composta por três membros perma-nentes (um administrador não-executivo,

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GOVERNÂNCIA, COMPROMISSOS COM INICIATIVAS EXTERNAS, RELACIONAMENTO COM STAKEHOLDERS

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que preside, um administrador indepen-dente não-executivo e o CFO), que tem como principais funções e responsabilida-des apreciar e sugerir políticas de investi-mento e risco de negócios e projectos ao Conselho de Administração, examinar e emitir parecer sobre projectos de investi-mento ou desinvestimento, emitir parecer sobre a entrada e saída em novas áreas de negócio, e monitorizar operações financei-ras e societárias relevantes;

· A Comissão de Desenvolvimento de Re-cursos Humanos, que tem como mem-bros permanentes um Administrador da Mota-Engil, SGPS, SA e os Presidentes dos Conselhos de Administração das

Áreas de Negócio. As principais funções desta Comissão são as de monitorar os níveis de produtividade, remuneração e igualdade de oportunidades; avaliar os programas de captação e desenvolvimen-to de quadros de elevado valor; definir as orientações dos sistemas de avaliação e incentivos, planos de carreiras, plano de formação e plano de recrutamento e se-lecção; avaliar regularmente a motivação dos colaboradores; e definir a cultura e valores-chave, coordenando esforços para a sua implementação no Grupo.

ÁREAS DE NEGÓCIOCada uma das Áreas de Negócio do Grupo é dirigida por um Conselho de Administração.

Num quadro de adequação do modelo de governo societário às recomendações, re-gras e boas práticas de governo corporativo consagradas nacional e internacionalmente, importa acrescentar o seguinte:

Relativamente à remuneração dos titulares de órgãos de administração, refira-se que uma parte da mesma está directamente de-pendente dos resultados da empresa.

Assim, em 2008, os membros do Conselho de Administração da Mota-Engil SGPS auferiram globalmente o montante de 700 mil Euros, correspondentes a cerca de 0,8% dos Resul-tados Líquidos de 2007, por proposta de apli-cação de resultados aprovada em Assembleia Geral de Accionistas.

Registe-se ainda, em matéria de dividendos, a adopção pelo Grupo de uma política de atri-buição de dividendos materializada, em cada ano económico, num “Pay-Out Ratio” mínimo de 50% e máximo de 75%, dependendo da avaliação pelo Conselho de Administração de um conjunto de condições temporais, mas onde pontifica o objectivo de atingir uma adequada remuneração do capital accionista por essa via.

De salientar ainda não terem sido efectua-dos negócios nem outras operações entre a Sociedade e os membros dos órgãos de administração e fiscalização, titulares de participações qualificadas ou sociedades que se encontram em relação de domínio ou de grupo, excepto os negócios que fa-zem parte da actividade corrente e que foram realizados em condições normais de mercado.

No que toca ao exercício dos direitos socie-tários, é de salientar o facto de não existirem limites estatutários ao exercício do direito de voto nem direitos especiais de um accionista ou de um conjunto de accionistas.

5.1.2inFormAÇõesAdicionAis

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

No quadro da sua participação na Asso-ciação Nacional de Empreiteiros de Obras Públicas (ANEOP), onde desde sempre o Grupo Mota-Engil, através da sua Área de Negócios Mota-Engil Engenharia, marcou presença de relevo, foi aprovado para vigo-rar, a partir de 2007, o Código de Conduta das empresas filiadas na ANEOP.

Este documento, de adopção voluntária e aplicável em todo o espaço nacional, enun-cia um conjunto de princípios a que se obri-gam as empresas de construção e obras públicas que integram esta associação que conta, entre os seus membros, com as maiores e mais importantes entidades do sector a operar em Portugal.

O Código de Conduta ANEOP contempla cin-co grandes capítulos, englobando a ética e o governo das sociedades; a saúde e segu-rança dos trabalhadores; qualidade, meio ambiente e responsabilidade social; inova-ção e tecnologia; e criação de valor para os accionistas e a sociedade.

No que à ética e governo das sociedades res-peita, privilegiam-se as relações com os clien-tes, com os fornecedores, com os accionistas, com os colaboradores, com os concorrentes e com a sociedade, sendo que o denominador comum assenta na satisfação que deve ser uma exigência da acção empresarial, no com-portamento pelo respeito da lei e pelos crité-rios do mercado e na rejeição de práticas que possam falsear o processo económico.

Quanto à saúde e segurança dos traba-lhadores, consagra-se o compromisso de

desenvolver sistemas de largo espectro que abranjam a globalidade das operações produtivas e a totalidade dos trabalhado-res, garantindo-se, em paralelo, formação profissional desenhada de molde a que a prevenção do risco se substitua à inventa-riação das consequências do acidente.

Na parte respeitante à qualidade, meio am-biente e responsabilidade social, reafirma- -se uma atitude de diferenciação pela qua-lidade, o compromisso pela adopção de soluções e critérios de cariz ambiental nos processos produtivos e o comportamento perante o meio envolvente que ajude a con-ferir sentido à vida, tanto a das gerações presentes, quanto, e em especial, a das ge-rações futuras.

Numa actividade integrante, por excelên-cia, da fileira da engenharia, como é o caso da construção, enfatiza-se a exigência da aposta em Investigação e Desenvolvimen-to, acolhendo a vertente tecnológica nas estratégias empresariais e incutindo-lhes uma sólida cultura técnica.

Finalmente e no pressuposto que a Empresa é o produto da iniciativa, da capacidade de avaliar e gerir o risco e de fazer opções na afectação dos recursos existentes, com vis-ta à optimização do lucro, esta lógica deve compaginar-se com os direitos fundamentais da pessoa humana, garantindo-se, por esta via, a criação de valor para a Sociedade.

5.2COMPROMISSOS COM INICIATIVAS EXTERNAS

5.2.1 cÓdigodecondutAAneop

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GOVERNÂNCIA, COMPROMISSOS COM INICIATIVAS EXTERNAS, RELACIONAMENTO COM STAKEHOLDERS

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Consciente do seu papel na sociedade e de forma a assegurar mais eficazmente a interac-ção e o diálogo com as partes interessadas, o Grupo Mota-Engil participa activamente em inúmeras organizações de índole industrial e comercial.

A presença nestes organismos associativos consubstancia-se através do financiamento às suas actividades por via do esforço de quotiza-ção a cargo das empresas filiadas e pelo exer-cício de funções nos seus órgãos executivos.Apresenta-se, em seguida, o elenco das insti-tuições de que o Grupo Mota-Engil faz parte, através das suas várias empresas, devendo ser realçada a importância estratégica que as mesmas representam para o Grupo enquanto factores de cooperação e de relacionamento estreito com a comunidade empresarial.

ENGENHARIA E CONSTRUÇÃOACHE – Associación Cientifico-Técnica del Hormigon EstruturalADFER – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento do Transporte FerroviárioAECOPS – Associação das Empresas de Construção e Obras Públicas do SulAFESP – Associação Portuguesa de Fabricantes e Empreiteiros de SinalizaçãoAICCOPN – Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas do NorteAICOPA – Associação dos Industriais de Construção Civil e Obras Públicas dos AçoresAIMAP – Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de PortugalAIMMP – Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de PortugalANAGREI – Associação Nacional dos Alugadores de Gruas e Equipamentos IndustriaisANEOP – Associação Nacional dos Empreiteiros de Obras PúblicasANEP – Associação Nacional de Empreiteiros de Parques de EstacionamentoANIET – Associação Nacional da Indústria Extractiva e TransformadoraANIPC – Associação Nacional dos Industriais de Produtos de CimentoANTRAM – Associação Nacional dos Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias

AP3E – Associação Portuguesa de Estudos e Engenharia de ExplosivosAPCMC – Associação Portuguesa dos Comerciantes de Materiais de ConstruçãoAPEB – Associação Portuguesa das Empresas de Betão ProntoAssociação Comercial do PortoAssociação de Comércio e Indústria de AmaranteAssociação de Promotores ImobiliáriosAssociação Portuguesa para a Normalização e Certificação FerroviáriaAssociação para a Organização Ferroviária PortuguesaASSICOM – Associação da Indústria da Construção da Região Autónoma da MadeiraCMM – Associação Portuguesa de Construção Metálica e MistaCNPCE – Comissão Nacional Portuguesa de Congressos de EstradasCRP – Centro Rodoviário PortuguêsEFFC – European Federation of Foundation ContractorsInternational Society for Soil and Mechanical EngineeringRELACRE – Associação de Laboratórios Acreditados em PortugalSPG – Sociedade Portuguesa de GeotecniaANET – Associação Nacional dos Engenheiros Técnicos

AMBIENTE E SERVIÇOSAEPSA – Associação das Empresas Portuguesas para o Sector do AmbienteAOP – Associação Marítima e PortuáriaAPAP – Associação Portuguesa de Arquitectos PaisagistasAPEMETA – Associação Portuguesa de Empresas de Tecnologias AmbientaisAPESB – Associação Portuguesa para Estudos de Saneamento BásicoAPIRAC – Associação Portuguesa das Indústrias de Refrigeração e Ar CondicionadoAPMI – Associação Portuguesa de Manutenção Industrial

ASSOCIAÇÕES EMPRESARIAISAEP – Associação Empresarial de PortugalELO – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Económico e Cooperação

5.2.2 ActividAdeAssociAtivA

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

CÂMARAS DE COMÉRCIOCâmara de Comercio e Indústria do CentroCâmara de Comércio e Indústria de Ponta DelgadaCâmara de Comércio e Indústria do PortoCâmara de Comércio Americana em PortugalCâmara de Comércio e Indústria Árabe-PortuguesaCâmara de Comércio e Indústria Luso-ChinesaCâmara de Comércio e Indústria Luso-HúngaraCâmara de Comércio e Indústria Luso-EspanholaCâmara de Comércio e Indústria Luso-Marroquina

IdentIfICação daS parteS IntereSSadaS

O Grupo Mota-Engil considera essencial fo-calizar a sua atenção nas múltiplas partes interessadas com que se relaciona.

Pela dimensão e carácter diversificado das suas actividades em múltiplas geografias e contextos económicos, sociais e culturais de referência, o quadro relacional do Grupo Mota-Engil expande-se significativamente, assumindo regularmente novos contornos.

A identificação e abordagem das suas par-tes interessadas afigura-se assim como tarefa complexa, exigindo um processo de monitorização e melhoria contínua num quadro de abertura e estreitamento de re-lações, envolvendo múltiplas instituições e segmentos da sociedade.

Os processos de identificação e abordagem das principais partes interessadas depen-dem pois, em grande medida, da dinâmica e das características próprias de cada Área de Negócios do Grupo, disso se dando em seguida resumida conta.

Em todas as Áreas de Negócio, com particu-lar ênfase nas que são objecto de relato mais

Câmara de Comércio e Indústria Portugal-AngolaCâmara de Comércio e Indústria Portugal-Moçambique

OUTROS ORGANISMOSAPQ – Associação Portuguesa para a QualidadeCOTEC – Associação Empresarial para a InovaçãoFUNDEC – Fundação para a Formação Contí-nua em Engenharia CivilINOVA.GAIA – Associação para o Centro de Incubação da Base Tecnológica de Vila Nova de Gaia

5.3RELACIONAMENTO COM AS PARTES INTERESSADAS

detalhado neste Relatório, a identificação das partes interessadas obedeceu a um procedi-mento de consulta interna junto dos princi-pais responsáveis dessas Áreas, produzindo-se, relativamente aos Relatórios anteriores, a um maior refinamento na sua identificação.

No que respeita ao Grupo Mota-Engil em geral, pelo seu carácter internacional e diversificado e face aos objectivos do seu desenvolvimento estratégico, a consolida-ção e busca constante de novas oportuni-dades de negócio coloca particular ênfase nos seus Clientes, nacionais e internacio-nais, nos seus parceiros de negócio e no universo dos seus Colaboradores, num contexto de valorização do seu capital hu-mano decisivo enquanto activo e vector fundamental para o cumprimento dos seus objectivos estratégicos.

Assumem, de igual modo, primacial impor-tância os accionistas do Grupo, os investi-dores, as entidades financeiras e do sector segurador, os meios de comunicação social, as organizações não-governamentais, bem como as entidades reguladoras.

A identificação destas partes interessadas assume, assim, um carácter transversal a todo o Grupo.

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GOVERNÂNCIA, COMPROMISSOS COM INICIATIVAS EXTERNAS, RELACIONAMENTO COM STAKEHOLDERS

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Na Área de Negócios de Engenharia e Cons-trução, avultam igualmente como partes inte-ressadas de referência os Clientes do Grupo, quer se trate de clientes institucionais (Es-tado e demais entidades públicas), pelo seu peso muito significativo em relação aos prin-cipais segmentos de actividade desta Área de Negócios, quer ainda os inúmeros clientes do sector privado atento o número de valências especializadas na área de engenharia e cons-trução detidas pelo Grupo.

Para além das comunidades locais, pelo im-pacto do sector construtivo nos domínios social e ambiental, e da vasta gama de for-necedores de produtos e serviços, nota mar-cante desta actividade caracterizada pela sua extensa cadeia de procura.

Na Área de Negócios de Ambiente e Servi-ços e em particular nas actividades ligadas ao sector dos Resíduos e da Água, assumem particular relevância as autarquias locais, en-quanto concedentes de serviços públicos ex-plorados em regime de concessão, bem como a multiplicidade dos cidadãos na sua qualida-de de clientes finais dos serviços prestados, sendo ainda especialmente importantes os organismos responsáveis pelo enquadramen-to legal e regulação destes sectores.

Na Área das Concessões de Transportes, con-citam especial atenção os concedentes dos serviços públicos no sector das concessões de infra-estruturas de transportes, bem como o público utilizador dessas infra-estruturas numa área particularmente sensível às ques-tões da segurança, qualidade e níveis de ser-viço disponibilizados.

abordagem das partes interessadasUma das formas privilegiadas de abordagem das partes interessadas por parte do Grupo Mota-Engil, na sua globalidade, consiste na adopção de um conjunto de meios de comu-nicação, entre os quais avulta o seu website, disponibilizando um conjunto de informação vasta sobre o Grupo, para além da sua publi-cação periódica “Sinergia”, que constitui um amplo repositório informativo sobre as activi-dades do Grupo.

A este nível, registe-se ainda a existência de “newsletters” e publicações disponibilizadas por várias empresas do Grupo.

Através dos contactos disponibilizados via website, encontra-se facilitada a interlocução com qualquer das áreas do Grupo, possibili-tando assim um número considerável de inte-racções com o exterior do Grupo.

Assinale-se ainda a dinâmica de relaciona-mento com os meios de comunicação social, quer generalistas, quer da imprensa especia-lizada, nos domínios económico e financeiro, atestada pelo extenso acervo de menções às actividades, negócios e iniciativas do Grupo e pela presença regular dos seus representan-tes nos meios de comunicação social.

No que concerne em particular à abordagem das partes interessadas na Área de Negócio de Engenharia e Construção, importa desta-car os seguintes aspectos:

Colaboradores:· Realização de Encontros de Quadros e

Fóruns de partilha de conhecimento;· Publicação mensal de uma “newsletter” in-

terna, que pretende dar a conhecer a todos os seus colaboradores as notícias da Empresa;

· Divulgação periódica de campanhas de Sensibilização Ambiental.

Clientes:· Envio de Inquéritos de Satisfação do Cliente.

fornecedores:· Promoção de acções de formação de forne-

cedores;· Realização de inquéritos de satisfação e de-

senvolvimento de parcerias.

universidades:· Celebração de vários protocolos com Uni-

versidades;· Parcerias para desenvolvimento de estu-

dos e projectos específicos.

Comunicação:· Participação em eventos, feiras de constru-

ção, seminários.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

associações:· Participação em Grupos de Trabalho e noutras

iniciativas, nomeadamente com a ANEOP.

A SUMA, na Área de Negócios de Ambiente e Serviços, identificou no seu processo de Mo-nitorização, Medição e Análise, a Actividade “Satisfação das Partes Interessadas”. Com esta actividade pretende monitorizar, medir e analisar a satisfação das várias partes inte-ressadas da Organização de forma a estabe-lecer bases para a melhoria contínua.

Relativamente aos Clientes, são considerados dois aspectos principais: · A gestão do Inquérito de Avaliação da Sa-

tisfação de Clientes (ISC);· A gestão das reclamações recebidas na

organização.

Com uma periodicidade mínima anual, são enviados inquéritos aos clientes em todos os municípios onde a SUMA presta serviços. Esta ferramenta visa monitorizar, numa base mensurável, informação relativa à percepção de cada Cliente em relação à organização e os requisitos e níveis de serviço dela esperados. Contempla quatro parâmetros de avaliação:· Avaliação dos serviços prestados;· Avaliação das competências técnicas e

imagem da organização;· Avaliação global;· Campo para fornecimento de Opiniões

e Sugestões.

Independentemente do envio destes inquéri-tos, sempre que a área Comercial ou a área da Produção, no seu contacto regular com clien-tes, tome conhecimento de informações rele-vantes ao nível da satisfação ou sugestões de melhoria, documentam tais situações e dão- -lhes o seguimento adequado.

No que respeita às Reclamações, a SUMA definiu e documentou a forma como realiza o seu tratamento, desde que estas são rece-bidas até à transmissão da resposta ao recla-mante, de forma a assegurar que: · As reclamações são devidamente regis-

tadas e analisadas, com o envolvimento dos respectivos responsáveis;

· É dada resposta objectiva ao reclamante,· Se obtém dados fidedignos/pertinentes

para a melhoria do desempenho da Orga-nização;

· São detectadas as não-conformidades associadas às reclamações,

No que respeita às restantes partes interes-sadas, a SUMA identificou os seus principais stakeholders e analisou os assuntos que lhes podem interessar mais, relativamente à sua relação com a SUMA, desdobrando-os pelas perspectivas da sustentabilidade.

A avaliação da satisfação para a totalidade das partes interessadas está a ser alvo de um reforço, através da utilização melhorada de metodologias e ferramentas já existentes (p.ex. inquérito à satisfação do trabalhador), ou através de metodologias e ferramentas a introduzir nos próximos programas de ges-tão, dada a valia que essa avaliação tem para o desempenho sustentável da SUMA.

No que respeita à Área de Negócios do Con-cessões de Transportes, e em particular à AENOR, enquanto concessionária de mais de 600kms de auto-estradas em Portugal, regis-tem-se a existência de uma Linha de Apoio ao Cliente em funcionamento 24 horas por dia, a existência, no seu website, de um espaço para preenchimento de Sugestões e Reclama-ções, sendo ainda disponibilizada informação sobre a forma de restituição de taxas de por-tagem por parte dos seus utilizadores em re-lação aos troços ou sublanços em obras.

Acresce a existência de um espaço de esclare-cimento de dúvidas e de um Questionário de Avaliação de Satisfação dos Utilizadores.

É de assinalar, por último, a criação da figu-ra do Provedor do Cliente, entidade criada para garantir a máxima satisfação do Clien-te, acompanhando de perto e respondendo a todas as questões que sejam colocadas. O Provedor do Cliente é o próprio Presidente do Conselho de Administração da AENOR, sim-bolizando assim a importância conferida à figura do Cliente e utilizador final dos serviços prestados pela empresa.

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06Responsabilidade social e Gestão do capital Humano

Responsabilidade UmencontrodevontadesqUeserevela.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

INTRODUÇÃO

Em 2006, o Grupo Mota-Engil deu início à concretização de uma estratégia de susten-tabilidade e responsabilidade social e que viria a culminar, em 2007, na publicação do seu primeiro Relatório de Sustentabilidade.

A Visão e a Estratégia de sustentabilidade do Grupo Mota-Engil, tratadas em capítulo próprio deste Relatório, são aqui detalhadas

O Programa de Responsabilidade Social procu-ra corporizar e dar resposta prática à estraté-gia de sustentabilidade do Grupo Mota-Engil.

Este programa integra um conjunto de Ob-jectivos Gerais e uma Estrutura Orgânica de suporte à sua execução, a qual, por sua vez, se desdobra na realização de Actividades/Projectos que resultam, quer de iniciativas próprias, quer do apoio a iniciativas com origem em entidades exteriores ao Grupo.

Paralelamente e no domínio da comunica-ção do desempenho nas áreas social e am-biental, o Programa de Responsabilidade Social integra ainda a publicação regular do Relatório de Sustentabilidade do Grupo, bem como, e igualmente no domínio da co-municação externa, a publicação e actua-lização dos conteúdos inseridos no website institucional sob a designação “Desenvolvi-mento Sustentável”.

O Programa contempla os seguintes eixos estratégicos e Objectivos Gerais:

1. Criação de valor

· Criar valor na perspectiva do accionista e da sociedade em geral;

· Abordagem preventiva e prospectiva dos

através da referência ao Programa de Res-ponsabilidade Social do Grupo, em que se materializa a sua concretização, e à forma de organização adoptada para dar cumpri-mento aos objectivos estratégicos traçados.

riscos decorrentes dos impactos económi-cos, sociais e ambientais do negócio, inte-grando-os no modelo global de gestão;

· Cultura baseada na qualidade, no rigor e na orientação para o cliente;

· Incremento da produtividade e eficiência de processos, visando atingir elevados níveis de desempenho operacional de acordo com as melhores práticas interna-cionais e de mercado.

2. eCoefiCiênCia e inovação

· Fazer mais com menos, reduzindo o con-sumo de recursos e incrementando a efi-ciência na sua utilização;

· Procura constante de melhorias no plano ambiental que potenciem paralelamente benefícios económicos;

· Forte incentivo à inovação como factor crítico de aumento da competitividade, estimulando o crescimento, a diversifica-ção e a criação de novas oportunidades de negócio.

3. ProteCção do meio ambiente

· Minimizar o impacto ambiental das activida-des do Grupo, integrando a perspectiva am-biental nos processos e sistemas de gestão;

6.1RESPONSABILI-DADE SOCIAL

6.1.1 ProGramaderesPonsaBIlIdadesocIal

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RESPONSABILIDADE SOCIAL E GESTÃO DO CAPITAL HUMANO 90 91

· Promover e participar em iniciativas de sensibilização e preservação dos valores ambientais.

4. ÉtiCa emPresarial

· Observância de critérios éticos na pro-moção dos valores, cultura e modelo de gestão do Grupo;

· Respeito pelas pessoas e pelos seus direitos.

5. diálogo Com as Partes interessadas

· Transparência e abertura no relaciona-mento com as partes interessadas;

· Comunicação regular e sistematizada com as partes interessadas, visando aus-cultar e integrar as suas preocupações;

· Relato objectivo e credível do desempe-nho económico, social e ambiental.

6. gestão do CaPital humano

· Traduzir a dimensão humana e o respeito pelas pessoas na estratégia e nas políti-cas de gestão de recursos humanos;

· Valorizar o emprego e a progressão na carreira, estimulando a aquisição de com-

petências através da formação contínua e da aprendizagem ao longo da vida;

· Criar condições de trabalho motivadoras e compensadoras mediante políticas re-muneratórias e de incentivo que favore-çam a excelência e o mérito;

· Garantir os mais elevados padrões de saúde e segurança no trabalho,

· Adoptar práticas de recrutamento e se-lecção não-discriminatórias e que promo-vam a igualdade de oportunidades;

· Apoiar activamente a transição da escola para a vida activa, promovendo a forma-ção qualificante;

· Estimular o envelhecimento activo, visan-do o equilíbrio geracional dos recursos hu-manos no quadro de uma política laboral responsável e socialmente sustentável.

7. aPoio ao desenvolvimento soCial

· Apoiar iniciativas de carácter social, edu-cativo, cultural e ambiental promovidas pelo Grupo ou em parceria com entidades externas;

· Contribuir através da acção mecenática para o desenvolvimento sócio-económi-co das comunidades onde desenvolve a sua actividade.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

O Programa de Responsabilidade Social é coordenado e executado ao nível corporativo pela Direcção de Responsabilidade Social, Corporativa e Sustentabilidade (DRSCS).

A Direcção de Responsabilidade Social, Cor-porativa e Sustentabilidade constitui uma das funções de carácter estratégico e corpo-rativo do Grupo Mota-Engil, estando integra-da na sua holding na dependência directa do Presidente da Comissão Executiva do Grupo Mota-Engil.

Compete a esta Direcção planear, coordenar e executar a política de Sustentabilidade e o Programa de Responsabilidade Social do Gru-po Mota-Engil, de acordo com a Visão e a Es-tratégia de sustentabilidade aprovadas pelos seus órgãos, actuando transversalmente nas suas áreas e unidades de negócio.

O Conselho Coordenador para a Sustenta-bilidade (CCS) é o órgão interno de carácter permanente responsável pelo acompanha-mento da política de Sustentabilidade do Grupo Mota-Engil, coadjuvando a Direcção de Responsabilidade Social, Corporativa e Sustentabilidade na coordenação e execução do Programa de Responsabilidade Social.O Conselho Coordenador para a Sustenta-bilidade (CCS) integra, além do Director de

Apresenta-se, em seguida, uma breve si-nopse das Actividades e Projectos em que o Grupo Mota-Engil se encontra envolvido, no cumprimento do seu Programa de Responsa-bilidade Social.

6.1.3.1 mota-enGIlsolIdÁrIa

Em 2008, foi criada a marca Mota-Engil Solidária.

A marca Mota-Engil Solidária foi especial-mente concebida para conferir uma iden-tidade gráfica e imagética aos projectos e

Responsabilidade Social, Corporativa e Sus-tentabilidade, que coordena o seu funciona-mento, os responsáveis corporativos pelo Controlo de Gestão, Desenvolvimento de Re-cursos Humanos, Relações com os Investido-res e outros elementos de áreas e unidades de negócio com responsabilidades operacio-nais nos domínios de Ambiente, Qualidade, e Saúde e Segurança no Trabalho, podendo cooptar membros de outras áreas operacio-nais ou unidades de negócio em função da especial natureza das matérias que fazem parte da sua esfera de competências.

Compete igualmente ao Conselho Coordena-dor para a Sustentabilidade (CCS) controlar e avaliar a execução do Programa de Respon-sabilidade Social do Grupo, propor aos seus órgãos de gestão as actividades relativas aos Objectivos do Programa, encetar acções internas e externas de divulgação, sensibi-lização e formação em matéria de susten-tabilidade, bem como apoiar a redacção e a publicação do Relatório de Sustentabilidade do Grupo.

O Conselho Coordenador para a Sustenta-bilidade (CCS) rege-se pelo seu Regimento Interno reunindo ordinariamente com perio-dicidade mensal e extraordinariamente sem-pre que tal se justifique.

iniciativas do Grupo no domínio da Respon-sabilidade Social, em particular na sua ver-tente de Solidariedade Social.

Procura representar os conceitos de aco-lhimento e protecção tão característicos da ideia de solidariedade social.

A nova marca e a identidade gráfica de su-porte visam assim, de uma forma que se pretende marcante e apelativa, simbolizar uma nova etapa da política de Responsabi-lidade Social da Mota-Engil, na esteira da sua melhor tradição e espírito filantrópico, profundamente enraizadas na longa história do Grupo.

6.1.2 estrUtUraorGÂnIca

6.1.3 actIvIdadeseProJectosdoProGramaderesPonsaBIlIdadesocIal

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RESPONSABILIDADE SOCIAL E GESTÃO DO CAPITAL HUMANO 92 93

Sob a nova marca, foi desenvolvido um conjun-to de iniciativas de apoio às mais diversas cau-sas no domínio da solidariedade social, parte das quais realizadas já durante o ano de 2009.

Assistiu-se, por outro lado, ao reforço e con-solidação de projectos já anteriormente de-senvolvidos.

aPoio à defiCiênCia

OEIRAS SEM BARREIRAS O Projecto Oeiras Sem Barreiras resulta de um protocolo celebrado entre a Mota-Engil e a Câmara Municipal de Oeiras, visando o apoio do Grupo à remoção de barreiras ar-quitectónicas nos edifícios de habitação das famílias mais carenciadas do concelho de Oeiras e que integrem paralelamente defi-cientes ou pessoas com mobilidade condi-cionada.

As intervenções a efectuar são objecto de um trabalho conjunto de referenciação e análise das situações apresentadas, traduzindo-se em regra na execução de trabalhos de requalifica-ção e beneficiação das habitações, melhorando assim as condições de mobilidade existentes.

O Grupo Mota-Engil procura assim, em estrei-ta articulação com a autarquia, exercer uma cidadania activa e participativa, contribuindo para a inclusão social no concelho, onde se situa um dos principais escritórios do Grupo.

Em 2008, após a análise das várias situa-ções apresentadas, resultou já uma primeira intervenção na casa de uma idosa com difi-culdades de locomoção. Esta intervenção, coordenada por uma equipa do Núcleo da Assistência em Garantia da Mota-Engil En-genharia, consistiu na execução de diversos trabalhos de requalificação e beneficiação da habitação, melhorando assim as condi-ções de mobilidade existentes

ASSOCIAÇÃO DE PARALISIA CEREBRAL DE LISBOAA Associação de Paralisia Cerebral de Lis-boa, instituição particular de solidarieda-de social (IPSS), tem por missão apoiar e

proporcionar tranquilidade às pessoas com paralisia cerebral e situações neurológicas afins e suas famílias, através do desenvol-vimento das suas capacidades, visando a concretização dos seus projectos de vida e o pleno exercício da cidadania.

A Associação dispõe de um significativo conjunto de valências e equipamentos, en-tre os quais o Centro Nuno Belmar da Costa, em Oeiras.

Este Centro engloba um Lar Residencial e um Centro de Actividades Ocupacionais, para além de outras actividades relevantes no apoio à deficiência.

Em 2008 o Grupo doou à instituição um veí-culo adaptado para transporte de deficien-tes, o que muito irá concorrer para melhorar os serviços prestados pela Associação que há mais de 50 anos se dedica com paixão e competência à causa da deficiência.

ACTIVA BRAILLEO Grupo Impresa deu início em 2005 ao pro-jecto Braille, com a publicação da revista “Visão Braille”.

Em 2006 iniciou-se a publicação da “Júnior Braille” e “Activa Braille”.

A “ACTIVA BRAILLE” dirige-se em particular a mulheres invisuais, sendo editada sem fins lucrativos, com periodicidade bimestral e distribuição gratuita.

Convidada a patrocinar as edições de 2009 da revista, a Mota-Engil associou-se a este projecto, procurando deste modo apoiar a difusão de conteúdos informativos junto dos cidadãos invisuais.

ASSOCIAÇÃO SALVADORA Associação Salvador nasceu a 23 de No-vembro de 2003 por iniciativa de Salvador Mendes de Almeida, fundador da Associa-ção, que ficou tetraplégico aos 16 anos em consequência de um acidente de viação.

A Associação tem por missão concorrer para a plena integração social das pessoas com

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

deficiência, sensibilizando a sociedade para a causa da acessibilidade, desenvolvendo acções de apoio dirigidas em particular aos deficientes motores, fomentando a in-vestigação de mecanismos de reabilitação e promovendo iniciativas e divulgando um conjunto de suportes de comunicação.

Os seus principais eixos de intervenção englo-bam a prossecução de acções próprias voca-cionadas para as áreas de integração, acessi-bilidade e prevenção rodoviária, cooperação internacional e investigação e tecnologia.

O projecto “Portugal Acessível” conta-se entre as suas mais recentes iniciativas, tendo por objectivo, através do website www.portugalacessivel.com, facilitar a in-tegração das pessoas com mobilidade re-duzida na sociedade, disponibilizando uma lista de espaços que estão preparados para recebê-las.

O Grupo Mota-Engil estabeleceu um acordo de parceria com a Fundação, visando apoiar a gestão do projecto “Portugal Acessível”, tornando-se seu “Mecenas Ouro”.

O Grupo procura assim, mais uma vez, pos-tar-se na primeira linha de apoio à causa da deficiência, que afecta cerca de 50 milhões de pessoas em toda a Europa e 8 a 10% da população portuguesa.

CADIn – CENTRO DE APOIO AO DESENVOL-VIMENTO INFANTILO CADIn – Centro de Apoio ao Desenvolvi-mento Infantil, sediado no concelho de Cas-cais, é uma instituição particular de solida-riedade social de apoio às crianças e jovens deficientes nas diversas vertentes de as-sistência clínica, reabilitação, investigação científica, social, beneficência e cultural.

Entre as suas actividades destacam-se a promoção da prestação de cuidados médi-cos e afins na área da pediatria do desen-volvimento, pedo-psiquiatria e reabilitação pediátrica, divulgação de conhecimentos sobre perturbações existentes, bem como o apoio aos familiares de pessoas que pade-çam destas enfermidades.

Através do programa Bolsa Social, a institui-ção apoia as famílias de menores recursos eco-nómicos, permitindo que as crianças tenham acesso gratuito aos tratamentos ministrados.

Desde 2005, o CADIn publica um calendário com fotografias de crianças ou jovens com algum problema de desenvolvimento, acom-panhados por uma figura pública.

Em 2009, o Grupo Mota-Engil patrocinou a publicação deste calendário, associando-se a esta causa.

aPoio ao desPorto

2os JOGOS DA LUSOFONIA-LISBOA 2009No ano 2009, a cidade de Lisboa e os con-celhos limítrofes acolheram os 2os Jogos da Lusofonia.

Sob o lema “A união mais forte que a vitória”, os Jogos da Lusofonia constituem no plano des-portivo um espaço de encontro e um traço de união entre desportistas que partilham entre si o património comum da língua portuguesa.

Num clima de intercâmbio e multiculturali-dade, os países participantes têm a opor-tunidade de discutir ao mais alto nível as estratégias de acesso ao desporto, sensi-bilização para a actividade desportiva e os múltiplos e benéficos impactos do desporto na saúde, bem-estar e qualidade de vida das populações.

Os jogos contaram com a participação de cerca de 1300 atletas nas modalidades de Atletismo, Basquetebol, Futebol, Futsal, Judo, Taekwondo, Ténis de Mesa, Voleibol e Voleibol de Praia.

O Grupo Mota-Engil, no quadro de um dos mais importantes objectivos estratégicos da sua política de responsabilidade social, pa-trocinou os Jogos, associando-se à entidade organizadora como “Parceiro Social dos Jo-gos da Lusofonia”.

O apoio dirigiu-se em especial à disciplina de Atletismo para Deficientes, na ocasião em

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RESPONSABILIDADE SOCIAL E GESTÃO DO CAPITAL HUMANO 94 95

que o desporto para deficientes entra pela primeira vez no programa dos Jogos, como modalidade de demonstração.

aPoio à habitação

PORTO AMIGOA Mota-Engil e a Fundação Porto Social, in-tegralmente detida pela Câmara Municipal do Porto, celebraram no dia 17 de Março de 2009 um protocolo denominado “Porto Amigo”.

O protocolo tem por objecto o estabeleci-mento de formas de colaboração entre o Grupo e a Fundação na realização de obras de adaptação e de melhoria das condições de habitabilidade da população sénior de-pendente da cidade do Porto, em situação de pobreza e que resida em habitação pró-pria ou arrendada.

A Mota-Engil alia-se assim à autarquia por-tuense num esforço conjunto em prol da coesão social urbana e na promoção de condições habitacionais condignas a favor dos mais idosos.

ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA HABITATA Associação Humanitária Habitat, fundada em Maio de 1996, constitui a primeira filial portuguesa da organização não-governa-mental sem fins lucrativos Habitat for Hu-manity International, com sede nos EUA.

Tem como princípio fundamental congregar esforços e promover iniciativas no âmbito da solidariedade social, visando especialmente contribuir para eliminar a degradação habita-cional e apoiar famílias carenciadas na obten-ção de habitações adequadas e condignas, através da sua construção ou recuperação.

O Grupo Mota-Engil, através de um protoco-lo celebrado com esta instituição, procura associar-se ao seu trabalho, tendo em vista viabilizar a construção ou recuperação de habitações para famílias carenciadas, em especial no concelho de Amarante, territó-rio a que o Grupo se encontra ligado por fortes laços sociais e institucionais.

Por razões de vária ordem, esta iniciativa tem conhecido alguns atrasos, prevendo-se para 2009 a sua efectiva concretização.

aPoio à infânCia e Juventude

REFÚGIO ABOIM ASCENSÃOO Refúgio Aboim Ascensão é uma instituição particular de solidariedade social (IPSS) fun-dada em Faro, no ano de 1933, por Manuel Aboim Ascensão de Sande Lemos.

Em 1985, foi criado o serviço de Emergência Infantil, destinado a acolher crianças em ris-co até aos cinco anos de idade, no âmbito das medidas previstas por lei em matéria de promoção e protecção das crianças e jovens em risco, respondendo assim às necessida-des das crianças que, por qualquer motivo, se vêem privadas da sua integração na família natural.

Ao longo dos anos, o Refúgio tem-se nota-bilizado pela sua perspectiva inovadora na protecção das crianças em risco, procurando através de uma abordagem integradora nos planos educativo, pedagógico e psicosso-cial, proporcionar às crianças que acolhe a sua plena inserção social e afectiva, basea-da no “direito a ter um colo” na ausência da família natural.

Tendo em vista proporcionar à instituição melhores condições de trabalho, o Grupo Mota-Engil efectuou um donativo que permi-tiu a aquisição de dois veículos de transpor-te, o que em muito irá contribuir para o cum-primento dedicado e eficaz da sua missão.

ACISJFA Junta Diocesana do Porto da Associação Católica Internacional ao Serviço da Juven-tude Feminina (ACISJF) é uma associação de orientação católica que tem por missão aco-lher, orientar e promover integralmente jo-vens do sexo feminino em risco social ou em especial situação de desfavor, como sejam as mães solteiras e as famílias monoparentais.

Esta instituição particular de solidariedade social (IPSS), igualmente considerada de uti-

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

lidade pública desde 1937, dispõe de quatro equipamentos sociais na cidade do Porto, de que se destacam dois lares, uma cantina so-cial e um serviço de acolhimento.

Em 2009, a Mota-Engil doou à instituição uma viatura que permitirá assegurar o trans-porte das jovens acolhidas pela instituição, viabilizando assim a melhoria dos serviços prestados pela ACISJF e constituindo uma importante ajuda no cumprimento da sua missão ao serviço da juventude feminina.

ALDEIAS DE CRIANÇAS SOSAs Aldeias de Crianças SOS têm origem na Áustria, em 1949, emergindo da necessidade de apoiar as crianças órfãs e abandonadas após a Segunda Guerra Mundial.

Em 1964, é fundada a Associação das Al-deias SOS Portugal, IPSS reconhecida como pessoas colectiva de utilidade públi-ca, com o objectivo de acolher crianças em risco desinseridas do seu contexto familiar, procurando proporcionar-lhes um modelo familiar e uma sólida formação, visando a sua progressiva autonomização e plena in-tegração social.

Para além de três aldeias de crianças, a pri-meira das quais fundada em 1967, a institui-ção possui ainda uma residência de jovens e um centro social.

A Mota-Engil subvencionou financeiramente esta instituição, em linha com o que tem vin-do a fazer neste domínio no apoio a outras instituições congéneres.

ASSOCIAÇÃO DOS FAMILIARES DAS VÍTIMAS DA TRAGÉDIA DE ENTRE-OS-RIOS (AFVTER)A Associação dos Familiares das Vítimas da Tragédia de Entre-os-Rios viu concretizado o seu primeiro grande projecto ao inaugurar o seu Centro de Acolhimento Temporário (CAT) para crianças e jovens em risco, denominado “Crescer a Cores”.

Localizado na vila de Raiva, no concelho de Castelo de Paiva, o CAT tem capacidade para acolher 20 crianças e jovens entre os 0 e os 18 anos.

O Grupo Mota-Engil doou uma viatura que permitirá à instituição proceder ao transporte dos jovens acolhidos no novo equipamento, melhorando as suas condições de mobilidade e propiciando a prestação de um serviço de elevado grau de exigência e qualidade.

FUNDAÇÃO DO GIL A Fundação do Gil, nome inspirado na mas-cote da Expo’98, foi criada em 1999 com ori-gem num protocolo assinado entre a Parque Expo 98, SA e o então Ministério do Trabalho e da Solidariedade, através do Instituto para o Desenvolvimento Social.

A Fundação tem como principais objectivos o bem-estar, a valorização pessoal e a plena integração social das crianças e dos jovens, apoiando em particular as crianças em risco no domínio da resolução de casos de crian-ças em internamento hospitalar prolongado por razões sociais, assegurando a necessá-ria articulação com outras instituições e ser-viços competentes.

Entre os seus projectos mais emblemáticos figuram a Casa do Gil, primeiro centro de acolhimento temporário de cuidados in-termédios de saúde, e a Unidade Móvel de Apoio Domiciliário.

O Grupo Mota-Engil celebrou com a Fundação um protocolo com a duração de três anos, ad-quirindo o estatuto de Padrinho da Fundação do Gil. Tal permitirá apoiar as actividades e projectos da Fundação, num domínio parti-cularmente caro ao Grupo no âmbito da sua política de responsabilidade social.

6.1.3.2 InIcIatIvasecomPromIssosInstItUcIonaIs

Para além da criação da marca “Mota-Engil Solidária” e no desenvolvimento dos objec-tivos e eixos estratégicos fundamentais do seu Programa de Responsabilidade Social, o Grupo Mota-Engil apoiou um conjunto mui-

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RESPONSABILIDADE SOCIAL E GESTÃO DO CAPITAL HUMANO 96 97

to vasto de projectos e iniciativas, assumin-do ainda compromissos institucionais de vária ordem.

Os apoios à cultura, educação, ciência e saúde figuram entre as áreas de intervenção onde o Grupo tem marcado presença mais destacada, a que acresce uma atenção mui-to particular à temática da sustentabilidade nas suas várias dimensões.

O Grupo encontra-se associado, de forma mais estável e duradoura, a instituições de referência no panorama nacional em qual-quer dos domínios citados, acolhendo e apoiando ainda projectos e iniciativas ema-nados da sociedade civil considerados de maior relevância e interesse social.

ambiente

MOVIMENTO ECO – EMPRESAS CONTRA OS FOGOSO Movimento ECO – Empresas Contra os Fo-gos partiu da iniciativa de um conjunto de empresários com o objectivo de coordenar os processos de colaboração do mundo em-presarial com os diversos organismos sob a tutela do Ministério da Agricultura, Desen-volvimento Rural e Pescas e do Ministério da Administração Interna, nas áreas da preven-ção e combate aos incêndios florestais.

Ciente do seu compromisso enquanto enti-dade ambiental e socialmente responsável, o Grupo Mota-Engil aderiu ao Movimento ECO através de um protocolo de coopera-ção estabelecido com a Autoridade Florestal Nacional, Autoridade Nacional de Protecção Civil e Guarda Nacional Republicana.

Nos termos da parceria estabelecida, o Grupo Mota-Engil procedeu à oferta de um conjunto de 102 kits de incêndios florestais destinados a equipar os elementos da Di-recção do Serviço de Protecção da Nature-za e Ambiente (SEPNA) da Guarda Nacional Republicana na execução da sua missão de controlo, prevenção, detecção, investigação e validação das áreas ardidas.

CASCAISNATURA – PROJECTO OXIGÉNIOPlanear a promoção e defesa da natureza e da biodiversidade no concelho de Cascais constitui o principal objectivo do Projecto Oxigénio, da responsabilidade da Cascais-Natura – Agência de Ambiente da Câmara Municipal de Cascais.

A área de intervenção do Projecto engloba um extenso arco de território de cerca de 1300 hectares em pleno Parque Natural de Sintra-Cascais, que une a costa atlântica oci-dental acima do Guincho até à proximidade de Cascais, passando pelas encostas da Ser-ra de Sintra voltadas a sul.

O Projecto Oxigénio visa recuperar, manter e abrir à visitação as parcelas do território sob a sua intervenção através de um conjunto de acções em que avultam a plantação de es-pécies autóctones (arbustivas e arbóreas), apoio à regeneração natural de espécies au-tóctones, acções de controlo e erradicação de espécies exóticas invasoras, recolha de sementes e estacas para propagação ve-getativa, estabilização e recuperação de ri-beiras e linhas de água, criação e protecção de galerias ripícolas, controlo de erosão em zonas de risco com técnicas de engenharia natural, implementação de uma rede de per-cursos interpretativos e construção e coloca-ção de ninhos.

Constitui objecto de intervenção prioritá-ria deste Projecto a defesa de áreas ricas em biodiversidade e sob elevado grau de ameaça (“hotspots”).

Apostado na defesa da biodiversidade como bem maior no plano ambiental, o Grupo Mota-Engil celebrou um protocolo de co-laboração com a Agência CascaisNatura, comprometendo-se por um período de cinco anos a assegurar a co-gestão de uma parcela de 1,2 hectares localizada junto à ribeira de Marmeleiros, na freguesia de Alcabideche.

PARQUE NATURAL DA MADEIRA Através de um protocolo celebrado, em Abril de 2007, entre a Mota-Engil Engenharia e o

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

Parque Natural da Madeira, o Grupo Mota-Engil compromete-se a patrocinar a Reserva Na-tural Parcial do Garajau, primeira reserva nacional de índole exclusivamente marinha, financiando a montagem, afixação em solo firme e manutenção de três bóias marítimas de sinalização e de três painéis informati-vos para identificação e delimitação da Re-serva Natural.

Em contrapartida, o Parque Natural com-promete-se a divulgar a imagem e a marca Mota-Engil associando-a às actividades por si desenvolvidas.

Esta iniciativa inscreve-se na promoção dos valores ambientais, que integra a política de sustentabilidade do Grupo Mota-Engil, associando-o a um património natural de in-questionável raridade e beleza.

Esta iniciativa, de carácter plurianual, man-teve plena vigência durante o ano de 2008.

EDUCAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO AMBIENTALAssumindo uma política de investimento na formação cívica das populações, sobretudo nas suas camadas mais jovens, a SUMA de-tém, no mercado do Ambiente, um patrimó-nio ímpar ao nível da Educação Ambiental. Constituído por mais de quatro centenas de campanhas de sensibilização vocacio-nadas para gerar consciências críticas que actuem numa perspectiva de mudança e desenvolvimento, a aposta na conquista de uma responsabilidade cívica colectiva e de âmbito nacional está associada à aquisição e manutenção de competências individuais e sociais de urbanidade e respeito pelos es-paços e equipamentos públicos, bem como pelos recursos naturais esgotáveis, através da adopção de comportamentos e rotinas de redução, reutilização e reciclagem.

Destinadas a contribuir para elevar os ní-veis de participação e co-responsabilização dos produtores de resíduos, as iniciativas levadas a cabo pela SUMA neste campo de actuação têm como objectivo colateral o au-mento da eficácia e eficiência dos serviços de produção, sobretudo no que concerne às actividades de Recolha de RSU e Limpeza

Urbana, áreas cuja intervenção envolveu, no período em análise, 1.279.570 sujeitos, através de 39 campanhas de sensibilização com recurso às metodologias de contacto pró-activo, que se desmultiplicaram em 167 intervenções geradoras de comportamen-tos convergentes com os padrões de Civili-dade e Crescimento Sustentável, para além dos investimentos em território nacional, que envolveram o alargamento das acções aos Municípios Clientes das empresas que têm sido integradas no projecto SUMA.

A complementar as estratégias de mobili-zação epidémica assentes na abordagem directa junto dos alvos e na implicação dos sujeitos em esquemas de hetero-fiscaliza-ção entre pares, este ciclo de trabalhos foi caracterizado pelo recurso crescente à utili-zação da certificação e reconhecimento de competências – mediante regulamentos e sessões de verificação por observação di-recta –, como modelo de criação de quadros de referência em matéria comportamental (exploração do conceito de pertença e de distintividade social). A destacar, ainda, a focalização da sensibilização nos conceitos da prevenção, Cidadania Activa e vantagens individuais do produtor de Resíduos. A diver-sificação de alvos e de metodologias utiliza-das foi igualmente um dos objectivos deste período, com acções como as da Unidade Móvel de Sensibilização Cidadómetro® a incluírem famílias e jardins-de-Infância no seu percurso, e a criação de campanhas para faixas etárias que habitual mente não são trabalhadas nos Programas de Educação Ambiental e que exigem adequação estraté-gica e pedagógica.

Tendo assumido desde cedo uma das ca-racterísticas diferenciadoras da SUMA re-lativamente à concorrência, a Educação e Sensibilização Ambiental ultrapassa em muito as suas valências contratuais com os municípios de actuação. No terreno, a em-presa continua a desenvolver e implemen-tar projectos de cariz transversal, que asso-ciam temáticas como a Prevenção de Risco, a Prevenção Rodoviária e a Saúde Primária aos aspectos relacionados com a produ-ção de resíduos seu acondicionamento e

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RESPONSABILIDADE SOCIAL E GESTÃO DO CAPITAL HUMANO 98 99

encaminhamento para os circuitos normais e de valorização.

ComuniCação

CAMPANHA “PENSAR SUSTENTÁVEL, AGIR RESPONSÁVEL”A comunicação constitui um aspecto fun-damental da estratégia de sustentabilidade do Grupo Mota-Engil.

A tomada de consciência sobre os principais temas da sustentabilidade e sobre os ob-jectivos e metas da política do Grupo nesta área são uma condição indispensável à sua apropriação por parte dos colaboradores enquanto agentes decisivos de mudança.

A campanha materializa-se num conjunto de suportes de comunicação nas várias lín-guas de trabalho do Grupo, em que se inclui a edição de conteúdos em suporte digital patentes no website do Grupo.

Comunidades e Cidadania

REDE SOCIALA Rede Social foi criada por diploma legal em 1997, tendo em vista dar expressão or-ganizada ao conjunto das diferentes formas de entreajuda e articulação das actividades do Estado, autarquias locais e entidades particulares sem fins lucrativos, em prol da erradicação da pobreza e exclusão social e da promoção do desenvolvimento social.

A Rede Social é um programa aplicável a todo o território nacional, possuindo uma lógica territorializada de intervenção, sendo por isso desenvolvido à escala concelhia.

A Rede Social consiste assim num fórum de congregação e articulação de esforços ba-seado na adesão livre e voluntária por par-te das entidades públicas da administração desconcentrada do Estado com responsabi-lidades nas áreas da segurança social e ac-ção social, educação, emprego, saúde e ou-tras, envolvendo ainda as autarquias locais e entidades particulares sem fins lucrativos.

O Decreto-Lei nº 115/2006, de 14 de Julho, tornou possível a integração nas Redes So-ciais concelhias de entidades privadas com fins lucrativos.

O Grupo Mota-Engil é membro das redes sociais dos concelhos de Oeiras e Porto, o que se traduz numa oportunidade e num in-centivo ao conhecimento aprofundado dos diagnósticos sociais concelhios e dos subse-quentes planos de desenvolvimento social, permitindo ao Grupo contribuir com os seus conhecimentos técnicos, estruturas opera-cionais e recursos financeiros e logísticos para o desenvolvimento social das comuni-dades em que se insere.

SISTEMA DE MEDIAÇÃO LABORALO Sistema de Mediação Laboral resulta de uma iniciativa do Ministério da Justiça e de um protocolo de acordo celebrado entre esta instância governamental, as confederações patronais CAP, CCP, CIP e CTP, e as confede-rações sindicais CGTP-IN e UGT, facultando-se às empresas a adesão voluntária a este sistema de composição dos litígios.

Em 2006, o Grupo Mota-Engil aderiu ao Sis-tema de Mediação Laboral (SML), visando a resolução de litígios do foro laboral de forma extra-judicial e com recurso a mediadores independentes.

A Mota-Engil foi um dos primeiros grupos empresariais a aderir a este sistema, procu-rando desta forma associar-se ao esforço de resolução extra-judicial dos litígios de natu-reza juslaboral.

CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA- 5 Escolas | 5 DesignersA Câmara Municipal de Lisboa, no âmbito do programa de expansão e modernização da rede pública do ensino pré-escolar e do 1º ciclo da cidade de Lisboa, denominado “Escola Nova”, concebeu o projecto 5 Esco-las | 5 Designers.

Lançado em Outubro de 2008, o projecto foi concluído no primeiro trimestre de 2009.O projecto envolveu a participação de cinco equipas de designers e cinco patrocinado-

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

res, visando a requalificação de cinco esco-las da cidade.

O Grupo Mota-Engil patrocinou a interven-ção da Escola do Bairro da Madre de Deus, em particular no seu Centro de Recursos, permitindo o acesso e a fruição de um con-junto de actividades lúdicas a desenvolver pelos alunos neste renovado espaço.

O projecto ficou a cargo de Vera Paulino, do Atelier 003.

CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA- Estudo sobre Dinâmicas ResidenciaisA Câmara Municipal de Lisboa está a re-alizar, durante o ano de 2009, um estudo sobre Dinâmicas Residenciais, tendo em vista adequar a sua política habitacional às necessidades de quem trabalha e vive na cidade de Lisboa.

Procura desta forma conhecer melhor onde vivem e quais as motivações relativas à ha-bitação por parte dos cidadãos/trabalhado-res que residam em concelhos próximos e demandem regularmente a cidade de Lis-boa para trabalhar.

O Grupo Mota-Engil, convidado a participar neste estudo, deu a conhecer o teor desta iniciativa aos seus colaboradores que não residem em Lisboa mas trabalham na cida-de, convidando-os a preencher o inquérito on-line disponibilizado para o efeito pela edilidade lisboeta.

FUNDAÇÃO PRO DIGNITATECriada em 1994, a Fundação Pro Dignitate tem fins humanitários e sociais e visa sobre-tudo a prevenção da violência e a promoção dos direitos humanos, através da realização de estudo científicos, planeamento, promo-ção e avaliação de medidas preventivas e outras acções dirigidas à salvaguarda da-queles direitos fundamentais.

Entre essas acções incluem-se a realização de campanhas, seminários, projectos de ajuda, publicações e outras iniciativas de promoção e defesa dos direitos humanos.

A Fundação Pro Dignitate ONGD (Organiza-ção Não-Governamental para o Desenvol-vimento) promove igualmente campanhas de solidariedade com os países de língua oficial portuguesa.

Procurando associar-se a esta instituição de utilidade pública na prossecução das suas actividades, o Grupo Mota-Engil efectuou em 2009 uma doação que lhe permitiu ad-quirir o estatuto de Benemérito da Funda-ção, colocando-se assim ao lado dos que lu-tam pela defesa dos direitos humanos e pela universalidade da sua promoção.

ANGOLA – VISITA DO PAPA BENTO XVINo âmbito da deslocação de Sua Santidade o Papa Bento XVI a Angola, nos dias 24 a 26 de Março de 2009, a Mota-Engil, através da sua sucursal angolana, realizou a expensas suas um conjunto de trabalhos de apoio à visita.

Os trabalhos executados, de valor muito significativo, consistiram na construção de um heliporto de emergência e no forneci-mento de casas de banho portáteis e res-tantes infra-estruturas necessárias à sua disponibilização.

Num evento da maior importância para Ango-la e para a sua comunidade católica, o Grupo não podia deixar de acolher este importante apelo, dando assim o seu contributo para o sucesso da visita e a todos quantos quiseram testemunhar a presença em terras angolanas do mais alto representante da Igreja Católica.

Com esta iniciativa, o Grupo pretende ainda dar testemunho do alargamento da sua polí-tica de responsabilidade além-fronteiras.

SANTUÁRIO DO CRISTO-REIEm 1934, ao contemplar a imagem de Cristo Re-dentor do Corcovado no Rio de Janeiro (Brasil), o então Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Cerejeira, terá exprimido o desejo de construir obra semelhante em frente a Lisboa.

Aprovado o projecto pelo Episcopado Por-tuguês, já no ano de 1940 e em plena segun-da Guerra Mundial, os bispos portugueses

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fizeram o voto de erguer sobre Lisboa um monumento ao Sagrado Coração de Jesus, caso Portugal fosse poupado às agruras da guerra.

Iniciada a construção em 1949, o monumento foi inaugurado uma década depois, em 1959, na presença das mais altas individualidades civis e religiosas e perante uma assistência de 300.000 pessoas.

Nos dias 16 e 17 de Maio, tiveram lugar as ce-rimónias comemorativas do 50º aniversário do Santuário, evento de grande simbolismo religioso e de enorme significado para toda a comunidade cristã em Portugal.

O Grupo Mota-Engil associou-se à cerimónia, apoiando a realização deste marco evocativo.

Cultura

FUNDAÇÃO DE SERRALVESA Fundação de Serralves é uma instituição cultural de âmbito europeu ao serviço da comunidade nacional, que tem como mis-são sensibilizar o público para a arte con-temporânea e o ambiente, através do Mu-seu de Arte Contemporânea como centro pluridisciplinar, do Parque como patrimó-nio natural vocacionado para a educação e animação ambientais, e do Auditório como centro de reflexão e debate sobre a socie-dade contemporânea.

Reconhecida hoje como uma das principais instituições culturais portuguesas e a mais relevante do Norte de Portugal, a Fundação de Serralves tem desenvolvido um grande esforço no sentido de projectar nacional e internacionalmente a arte dos nossos dias e de divulgar o seu notável património arqui-tectónico e paisagístico.

A Fundação organiza e apresenta anualmen-te ao público uma programação diversificada de iniciativas, tendo como fins incentivar o debate e a curiosidade sobre a arte, a natu-reza e a paisagem, educar de forma criativa e promover a activamente a reflexão sobre a sociedade contemporânea.

O Grupo Mota-Engil é Fundador desta pres-tigiada instituição desde 1994, integrando o seu Conselho de Fundadores.

Em 2009, ano em que se celebram 20 anos de instituição da Fundação e 10 anos da cria-ção do Museu de Arte Contemporânea, Ser-ralves irá desenvolver um conjunto de acti-vidades destinadas a assinalar a efeméride.

De entre elas, destacam-se as exposições “Jacques-Émile Rhulmann e a Fraternidade das Artes” e “Pedro Barateiro”.

O Grupo Mota-Engil patrocinou estas impor-tantes mostras, a que se associa igualmente o ciclo de debates “Espírito Empreendedor e uma Visão Contemporânea do Mundo”.

CASA DA MÚSICAA Casa da Música, na cidade do Porto, cons-titui uma obra de vulto no plano nacional e um marco incontornável da moderna arqui-tectura urbana, sendo hoje um importante pólo de divulgação da música e das activi-dades formativas ligadas à arte musical, através de uma programação de qualidade, abundante e diversificada, que procura aco-lher todos os estilos e gostos musicais.

O Grupo Mota-Engil encontra-se ligado como Fundador à Fundação da Casa da Mú-sica, entidade gestora deste equipamento cultural.No contexto da sua ligação à Casa da Músi-ca, o Grupo disponibiliza anualmente junto dos seus colaboradores um leque de bene-fícios que se traduzem no acesso gratuito aos espectáculos e descontos na aquisição de bilhetes, para além de outros serviços disponibilizados pela instituição.

Facilitando o acesso à programação da Casa da Música, o Grupo demonstra o seu empenhamento na generalização do aces-so à cultura, procurando ir ao encontro dos muitos colaboradores que já apreciam a arte musical e despertar em todos os de-mais o interesse pela música nas suas mais diversas formas e manifestações.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

CENTRO CULTURAL DE BELÉMO Centro Cultural de Belém (CCB), na cidade de Lisboa, figura entre as mais importantes e pres-tigiadas instituições culturais portuguesas.

O Grupo Mota-Engil celebrou em 2008 um protocolo com o Centro Cultural de Belém, através do qual adquiriu o estatuto de “Em-presa Amiga Gold CCB”, tornando-se assim parceira do CCB no cumprimento da sua mis-são e objectivos.

O protocolo contempla um conjunto de be-nefícios a favor dos colaboradores do Grupo, em que se incluem a oferta de Cartões Amigo CCB, cartões de estacionamento no parque do CCB, para além de descontos nas activi-dades desenvolvidas pela instituição.

Com esta iniciativa, o Grupo pretende ge-neralizar e estimular o acesso à cultura por parte dos seus colaboradores, associando- -se a uma insígnia de referência no panora-ma cultural nacional.

MUSEU NACIONAL DE SOARES DOS REISNo quadro da evocação do Bicentenário das Invasões Francesas (1709-2009), a Área Metropolitana do Porto (AMP) organiza um vasto programa de evocação do Bicentená-rio das Invasões Francesas, através do qual foram estabelecidas várias parcerias com outras instituições.

O Museu Nacional de Soares dos Reis (MNSR), na Porto, realizou enquanto ins-tituição parceira uma exposição evocativa da tragédia da Ponte das Barcas, nome por que ficou tristemente cunhado um dos epi-sódios mais marcantes das Invasões Fran-cesas na cidade.

A exposição será complementada por um Ro-teiro das Pontes do Porto, convidando a um percurso de descoberta da sua importância e significado pelos cidadãos do Porto e da sua área metropolitana.

O Grupo Mota-Engil apoiou financeiramente esta iniciativa, ligando o seu nome à memó-ria de um importante marco da história na-cional e da cidade do Porto.

CENTRO NACIONAL DE CULTURAO Centro Nacional de Cultura (CNC) é uma Asso-ciação Cultural fundada em 1945, procurando ser um espaço de encontro e de diálogo entre os diversos sectores políticos e ideológicos, em defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar.

Grande parte da sua acção tem sido dedicada à defesa do património cultural português, à divulgação do papel desempenhado pela cultura portuguesa no mundo, e à actualiza-ção das suas relações com outras culturas. A dimensão europeia tem vindo a adquirir peso crescente no CNC, desenvolvendo pro-jectos em parceria com congéneres de outros países europeus.

Em 2009, o Núcleo do Porto do CNC promo-veu pelo quarto ano consecutivo a Festa na Baixa do Porto (FNB), procurando contribuir para a animação da baixa portuense através da realização de um conjunto de eventos cul-turais de carácter multidisciplinar.

O Grupo Mota-Engil patrocinou o evento, associando-se a uma instituição de grande prestígio na difusão da cultura em Portugal.

ANGOLA – EXPOSIÇÃO DE PINTURAJosé de Guimarães (pseudónimo artístico de José Maria Fernandes Marques, em home-nagem à cidade que o viu nascer) é um dos principais artistas plásticos portugueses contemporâneos, com uma obra notável no domínio da pintura, premiada ao longo da sua carreira com importantes galardões.

Em 2009, enquadrada nas festividades do Dia de Portugal, de Camões e das Comu-nidades Portuguesas, esteve patente no Instituto Camões, Centro Cultural Portu-guês, em Luanda, uma mostra de mais de 30 peças de José Guimarães intitulada “José Guimarães…40 Anos Depois”.

O Grupo Mota-Engil foi um dos patrocinado-res da exposição, apoiando a divulgação das artes plásticas portuguesas além-fronteiras.

PROJECTO NOMADLABA Terratreme é uma produtora portuguesa da área dos audiovisuais e do cinema que pre-

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tende articular a pesquisa, a pedagogia e a produção em volta do cinema, da imagem e do som, numa lógica de produção baseada na autonomia e independência dos realizadores.

Inscrito no seu plano de actividades para 2009, o NOMADLAB – Laboratórios de forma-ção e experimentação visual, é um projecto de formação e desenvolvimento na área do cinema e da imagem em movimento, destina-do a promover a cultura visual e a dotar de ferramentas de leitura pessoas de contextos sociais desfavorecidos e periféricos, em es-pecial as populações deslocadas ou para as quais os temas da mobilidade e da viagem assumam a forma de vivência quotidiana.

Os ateliers NOMADLAB irão decorrer em Maputo (Moçambique) durante um período de seis meses, sendo realizados em parce-ria com o DOCKANEMA - Festival de Cinema Documentário de Maputo, e com o Programa INOV-ART, da Direcção Geral das Artes.

O Grupo Mota-Engil apoiou esta relevante iniciativa de produção cultural, procurando contribuir para o acesso dos públicos mais desfavorecidos à cultura.

desenvolvimento sustentável

BCSD PORTUGALA missão do BCSD Portugal traduz-se na di-vulgação dos princípios do desenvolvimento sustentável, cooperação e articulação dos seus esforços com os governos e a sociedade civil na promoção da sustentabilidade, reali-zação de acções de formação e sensibilização, disponibilização de ferramentas de gestão da sustentabilidade nas empresas, execução de projectos e estudo de casos ilustrativos das práticas de sustentabilidade.

O BCSD Portugal conta com a filiação de mais de 110 membros, entre os quais um grande número de empresas portuguesas e multinacionais de referência.

O Grupo Mota-Engil é membro do BCSD Por-tugal, mantendo uma presença activa neste organismo através da participação nas suas

diversas iniciativas, de que se destacam o Encontro Anual de Presidentes, o Encontro Anual de Delegados e a Conferência Anual, para além dos grupos de trabalho, conferên-cias e seminários em que tem tomado parte.

QUERCUS – ECOCASA IIIO Grupo Mota-Engil volta a associar-se à Quercus - Associação Nacional de Conser-vação da Natureza, através de um protocolo que procura dar continuidade a um projecto que conheceu já duas anteriores edições.

Integrada no conjunto das suas actividades na área do desenvolvimento sustentável, o tema da energia e em particular os aspectos ligados à gestão da procura têm merecido da parte desta instituição assinalável ênfase, pela sua interligação com outros aspectos da sustentabilidade.

O projecto EcoCasa III, na linha das duas edi-ções anteriores, visa a sensibilização para a gestão da procura e eficiência energética no sector doméstico, procurando a minimização do consumo energético através de soluções concretas de poupança energética e de estí-mulo à mudança de comportamentos.

O projecto envolve o desenvolvimento de uma Casa Virtual de Energia (CVE), o acom-panhamento dos hábitos de consumo de um conjunto de famílias (EcoFamílias) e a difu-são de um conjunto de suportes de comu-nicação direccionadas para os segmentos mais jovens da população.

Através do website ww.ecocasa.org a Quercus disponibiliza toda a informação sobre o pro-jecto e um conjunto de funcionalidades sobre a temática da energia no sector doméstico.

eduCação e CiênCia

BOLSAS DE ESTUDOO Programa de Bolsas de Estudo do Grupo teve início no ano lectivo 2006/2007.

Este programa destina-se apoiar os colabo-radores do Grupo na educação dos seus fi-lhos, favorecendo uma política de igualdade

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

de oportunidades, que contribua para elevar os seus patamares de qualificação e sirva de estímulo ao seu desempenho académico.

As bolsas são atribuídas aos estudantes do ensino superior, filhos de colaboradores do Grupo com menores recursos económicos, e que tenham obtido bom aproveitamento escolar.

O Programa de Bolsas de Estudo, traduzido na atribuição de uma prestação pecuniária mensal, encontra-se já na sua quarta edi-ção, tendo apoiado, até à data, 16 estudan-tes universitários.

NOVAS OPORTUNIDADESNo contexto do programa de iniciativa go-vernamental Novas Oportunidades, o Gru-po Mota-Engil tem vindo a dinamizar, em parceria com outras entidades, um conjunto de acções neste domínio, visando promover a qualificação dos seus activos menos es-colarizados.

O objectivo destas acções visa o reco-nhecimento, validação e certificação das competências de carácter pessoal, social e profissional dos trabalhadores do Grupo sem a adequada qualificação académica, permitindo a obtenção de equivalência ao 9º e ao 12º anos.

As acções desenvolvidas nesta área forma-tiva inserem-se na política de qualificação permanente de activos conduzida pelo Gru-po, parte integrante da sua estratégia de de-senvolvimento e valorização do seu capital humano.

EPIS – EMPRESÁRIOS PELA INCLUSÃO SOCIALA EPIS é uma associação de direito privado sem fins lucrativos criada por impulso da Presidência da República.

A Associação tem por objectivo mobilizar a co-munidade empresarial, colocando-a ao serviço da inclusão e do desenvolvimento sociais.

A EPIS tem como missão prioritária a Educa-ção, em particular o combate ao insucesso e ao abandono escolares.

Entre os seus principais eixos de interven-ção, destacam-se a criação da Rede nacio-nal de mediadores de capacitação para o sucesso escolar, focalizada nos alunos do 3º ciclo, com base numa metodologia que visa a sinalização de jovens em risco de in-sucesso escolar e a criação de um portefólio de métodos de capacitação que possibilitem a construção de planos individuais de acon-selhamento em proximidade e continuidade junto dos jovens e suas famílias.

Centrado no aluno, foi igualmente desenvol-vido um conjunto de iniciativas, em parceria com a COTEC e a Júnior Achievement Portu-gal, traduzido na realização de acções de for-mação em empreendorismo junto de alunos de várias escolas do país.

Voluntários do Grupo têm actuado em apoio desta iniciativa, ministrando um Curso de empreendorismo em escolas da área metro-politana do Porto.

Encontra-se ainda em execução, em parce-ria com a consultora internacional McKinsey & Company, um projecto de Codificação das boas práticas de gestão nas escolas, materiali-zado na edição de um Manual de boas práticas e na preparação e lançamento de um programa de formação em gestão destinado às equipas directivas das escolas. O Grupo Mota-Engil conta-se entre os 95 fundadores desta asso-ciação, a par de um conjunto alargado de em-presas de referência no panorama nacional.

PORTO DE FUTUROO Porto de Futuro é um projecto da iniciativa da Câmara Municipal do Porto, com a duração inicial de três anos, visando a conjugação de esforços e interesses comuns do sistema edu-cativo e da comunidade empresarial, através da adopção pelas escolas de boas práticas do modelo de gestão do meio empresarial.

Em Abril de 2007, a Mota-Engil, em conjunto com outras empresas de referência da Área Metropolitana do Porto, assinou o protoco-lo que serve de suporte a este projecto e de que são igualmente subscritores a Câmara Municipal do Porto, a Direcção Regional de Educação do Norte e o Agrupamento Vertical

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de Escolas Manoel de Oliveira, instituição parceira da colaboração e apoio do Grupo.

O Grupo tem vindo a prestar apoio a um conjunto de iniciativas do agrupamento es-colar, entre as quais o patrocínio ao prémio dos alunos do quadro de honra, compartici-pação nos concursos de construção de car-ros solares e assessoria técnica em matéria de eficiência energética dos edifícios que compõem o agrupamento.

FUNDAÇÃO CIDADE DE LISBOAA Fundação Cidade de Lisboa é uma Organi-zação Não Governamental para o Desenvol-vimento (ONGD) fundada em 1989.

Tem por objecto a defesa dos valores culturais, artísticos, monumentais, turísticos e etnográfi-cos, educativos e sociais da cidade de Lisboa.

A Fundação procura ainda fomentar o estu-do da realidade urbana em geral e o desen-volvimento de relações e intercâmbio entre Lisboa e outras cidades, a nível nacional e internacional, nomeadamente com as de lín-gua oficial portuguesa ou em que vivam sig-nificativas comunidades portuguesas.As suas áreas de intervenção comportam igualmente as vertentes educativa, formati-va e científica, destacando-se em particular a acção do Colégio Universitário da Coopera-ção – Nuno Krus Abecasis.

O Grupo Mota-Engil tem vindo a patrocinar regularmente alunos bolseiros do colégio oriundos dos PALOP, contribuindo assim para o desenvolvimento das relações de intercâmbio e cooperação entre culturas e povos irmanados pelo traço de união repre-sentado pela língua portuguesa.

TESE – ESCOLA EM MOÇAMBIQUEA TESE – Associação para o Desenvolvi-mento pela Tecnologia, Engenharia, Saúde e Educação é uma associação sem fins lu-crativos que tem por objecto a concepção, promoção, execução e apoio a programas, projectos e acções de cariz social, cultural, ambiental, cívico, educacional e económi-co, em Portugal e em especial nos países em vias de desenvolvimento.

Especialmente vocacionada para as áreas da tecnologia, engenharia, saúde e educação, procura promover o encontro de comunida-des, entidades ou pessoas que necessitem de ajuda humanitária, dando especial rele-vância ao meio ambiente e aos Direitos do Homem.

Desenvolve projectos nas áreas de apoio e educação para o desenvolvimento, incuba-ção, inovação e intervenção social, investi-gação e desenvolvimento e voluntariado.

No âmbito do voluntariado universitário e em apoio à Associação WAY – We And You, a TESE desenvolve um conjunto de acções de desenvolvimento multidisciplinar em Mo-çambique, particularmente na Ilha de Mo-çambique, de que se destacam a construção e manutenção de uma escola.

O Grupo Mota-Engil apoiou este projecto numa área fundamental do domínio da ajuda ao desenvolvimento e de estímulo ao traba-lho voluntário.

INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO (IST)A Mota-Engil e o Instituto Superior Técnico celebraram em 2008 um Protocolo no âmbi-to do Mestrado em Sistemas Complexos de Infra-estruturas de Transportes, realizado no âmbito do programa MIT-Portugal.

O Grupo contribuirá financeiramente no apoio ao funcionamento do mestrado.

Os valores envolvidos destinam-se a isen-tar total ou parcialmente do pagamento de propinas os alunos inscritos, podendo ainda a subvenção atribuída ser utilizada a título excepcional para custear as despesas de alojamento e alimentação dos alunos inscri-tos com menores recursos económicos e que tenham sido integralmente isentos do paga-mento de propinas.

O protocolo contempla ainda o fomento da cooperação entre a Mota-Engil e o IST, em particular no recrutamento de quadros e na adequação da sua oferta formativa às neces-sidades do Grupo.

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IPATIMUP O IPATIMUP, Instituto de Patologia e Imu-nologia Molecular da Universidade do Por-to, associação privada de utilidade pública sem fins lucrativos, foi criado em 1989 sob a égide da Universidade do Porto.

Entre os seus associados efectivos e ade-rentes contam-se a Câmara Municipal do Porto, a Comissão de Coordenação para o Desenvolvimento da Região Norte, entre outras instituições de referência.

O IPATIMUP tem por vocação fundamental a investigação de translação e pós-graduação em Patologia Humana, Oncobiologia, Medi-cina Molelucar e Genética Populacional.

No ano em que comemora 20 anos de existência, o Instituto consolidou-se pro-gressivamente como entidade de referên-cia a nível nacional e internacional no seu campo de investigação, pela qualidade do trabalho desenvolvido pelos seus cerca de 130 elementos e pelo elevado número de artigos científicos publicados em revistas internacionais.

O Grupo Mota-Engil integra o núcleo restri-to de 15 empresas que apoiam a instituição, contando-se entre os Amigos do IPATIMUP, estatuto que muito nos honra e prestigia.

GABBA – PROGRAMA DOUTORALO GABBA – Programa Graduado em Áreas da Biologia Básica e Aplicada é um progra-ma doutoral da Universidade do Porto (UP) de âmbito e reconhecimento internacional.

Anualmente, os 12 alunos seleccionados pelo Programa são responsáveis pela orga-nização de um simpósio com o objectivo de promover a inovação científica e tecnológi-ca na área das Ciências da Vida.

Em 2009, realizou-se no Instituto de Biolo-gia Molecular e Celular (IBMC), no Porto, o Simpósio anual subordinado ao tema “En-vironome: sequencing the environment”, conceito novo nos diferentes domínios da investigação em que se procura evidenciar a interacção dos factores sociais, ambientais

e microambientais com os diferentes facto-res genéticos, afectando vários processos biológicos como a saúde humana.

O Grupo Mota-Engil patrocinou o evento, associando-se assim ao esforço de investi-gação científica numa área em rápido pro-gresso e de grande importância para a vida humana.

saúde

GLOBAL BUSINESS COALITION (GBC)A Global Business Coalition (GBC) integra mais de 220 empresas de grande dimensão do mundo inteiro, tendo por missão o com-bate às doenças infecciosas, em particular o VIH/sida, a malária e a tuberculose.

A GBC desenvolve as suas actividades ao nível da troca de experiências e práticas das empresas no combate a estas doenças, ajuda a definir e implementar programas e políticas de prevenção e apoio aos traba-lhadores das empresas e suas famílias mais expostos a estes riscos, facilita o acesso das empresas associadas à ajuda técnica e financiamentos internacionais visando inte-grar as comunidades locais nos programas de sensibilização, prevenção e tratamento das doenças infecciosas, e mobiliza a co-munidade empresarial na gestão, comuni-cação e criatividade na luta contra este tipo de enfermidades.

A GBC foi escolhida pela ONU como ponto focal para o sector privado do Fundo Glo-bal da Luta Contra o VIH/SIDA, Malária e Tuberculose.

O Grupo Mota-Engil é membro da GBC des-de 2007, procurando com a sua presença tirar partido da dimensão e reconhecida experiência deste organismo, apoiando ain-da as suas iniciativas na luta contra estas enfermidades.

CÓDIGO DE CONDUTA EMPRESAS E VIH/SIDAA relação da problemática do VIH/SIDA com o mundo do trabalho conduziu em 2004 à

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constituição da Plataforma Laboral contra a Sida, dirigida pela actual Coordenação Na-cional para a Infecção VIH/SIDA.

A Plataforma integra associações patronais e sindicais, a Autoridade para as Condi-ções de Trabalho (ACT), organizações não- -governamentais que actuam nesta área e o escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) em Lisboa.

Por iniciativa da Plataforma Laboral foi desenvolvido um projecto destinado a ob-ter o compromisso das empresas no sen-tido de garantirem condições de trabalho dignas para as pessoas que vivem com a infecção pelo VIH/SIDA nas vertentes de não discriminação, prevenção e acesso ao tratamento.

O projecto consistiu na subscrição de um “Código de Conduta Empresas e VIH” de adesão voluntária, mostrando-se especial-mente dirigido às empresas portuguesas e outras que operem no mercado nacional, sendo dada particular prioridade às entida-des que desenvolvam também actividade nos países da CPLP e que assumam uma po-sição de referência no panorama nacional e internacional, quer pelo reconhecimento público de uma atitude socialmente respon-sável, quer pela dimensão pedagógica e de disseminação de uma atitude empresarial solidária.

O Grupo Mota-Engil, convidado a subscre-ver o Código de Conduta, integra o conjun-to de 52 empresas fundadoras, entre elas multinacionais e empresas portuguesas de grande dimensão.

ANGOLA – CENTRO DE INVESTIGAÇÃO EM SAÚDE (CISA)O projecto CISA (Criação de um Centro de Investigação em Saúde em Angola), em desenvolvimento na província do Bengo e localizado no Caxito, resulta de uma parce-ria entre o Ministério da Saúde de Angola, o Governo Provincial do Bengo, o Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD) e a Fundação Calouste Gulbenkian.

Tem por objectivos melhorar as condições de saúde da população local através do fortalecimento dos seus serviços de saú-de, criar um Centro de Investigação que permita contribuir para a resolução dos principais problemas de saúde da região e do país, e potenciar a participação inter-nacional conjunta de Portugal e Angola na área da investigação, visando as principais doenças que afectam os países em vias de desenvolvimento.

Convidada a associar-se a esta iniciativa, a Mota-Engil cedeu graciosamente aos in-vestigadores do projecto um apartamento na cidade de Luanda, procurando assim dar um sinal claro do seu compromisso com o futuro de Angola, numa área fundamental para o desenvolvimento do país.

SOCIEDADE PORTUGUESA DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (SPAVC)A Sociedade Portuguesa do Acidente Vas-cular Cerebral (SPAVC) é uma associação sem fins lucrativos que tem por objectivos prevenir e reduzir a mortalidade, morbilida-de e incapacidade devido ao Acidente Vas-cular Cerebral (AVC), promover o estudo, investigação e educação sobre esta doen-ça, mediante a criação de planos de acção e de apoio, identificando os níveis de inter-venção mais efectivos e contribuindo assim para a melhoria da saúde em Portugal.Foi criada em 8 de Março de 2005 por inicia-tiva de um conjunto de membros do Grupo de Estudo das Doenças Cerebrovasculares (GEDCV) da Sociedade Portuguesa de Neu-rologia, grupo este composto por um con-junto de neurologistas com o propósito de congregar, dentro daquela Sociedade, as pessoas com um especial interesse pela área das doenças vasculares cerebrais.

O Grupo Mota-Engil tem vindo a apoiar de forma muito relevante esta importante ins-tituição no combate a uma enfermidade que figura entre as principais causas de morte e em que são decisivos os aspectos ligados à sua prevenção e à promoção de hábitos de vida saudáveis.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

FUNDAÇÃO ERNESTO ROMAA Fundação Ernesto Roma, entidade criada para apoiar a mais antiga associação do mundo no acompanhamento das pesso-as com Diabetes (Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal APDP), lançou a campanha “100 Mecenas Unidos pela Diabetes”.

A campanha, dirigida a organizações e em-presas, tem por objectivo sensibilizá-las para a problemática da Diabetes, tornando- -as patronos desta causa com o fim especí-fico de ajudar a APDP na investigação para a cura desta enfermidade e na viabilização da Escola da Diabetes Ernesto Roma — que deve o seu nome ao criador da Diabetologia Social e Fundador da APDP —, destinada à formação de profissionais de saúde e doen-tes na forma de lidar com a doença e suas formas de tratamento.

A Diabetes é uma doença crónica que atin-ge cerca de 900.000 pessoas em Portugal, sendo a quarta principal causa de morte nos países desenvolvidos.

O Grupo Mota-Engil adquiriu o estatuto de Mecenas desta causa, atravez de um apoio com carácter plurianual.

FUNDAÇÃO PORTUGUESA DE CARDIOLOGIAA Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC), criada em 7 de Novembro de 1979 por iniciativa da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, tem por objectivos divulgar junto do público conhecimentos sobre a prevenção das doenças cardiovasculares, promover a adopção de estilos de vida sau-dáveis, apoiar a investigação e colaborar na formação científica dos profissionais de saúde, desenvolver acções de apoio social e reabilitação de doentes cardíacos, coo-perar nacional e internacionalmente com entidades suas congéneres, desenvolvendo ainda um conjunto de acções junto da co-munidade, em que se incluem os rastreios cardiovasculares.

As doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de morte no mundo ocidental, estando geralmente associadas

a sedentarismo, hipertensão, tabagismo, stress e obesidade como principais factores de risco.

Procurando contribuir activamente para a prevenção e detecção dos factores de ris-co entre os seus colaboradores, o Grupo Mota-Engil, em colaboração com a FPC, realizou em 2009, no mês de Maio – Mês do Coração –, um conjunto de acções de rastreio junto dos seus colaboradores.

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA CONTRA A LEUCEMIAA Associação Portuguesa Contra a Leuce-mia (APCL) foi criada em 2002, tendo sido reconhecida um ano mais tarde como Insti-tuição de Utilidade Pública.

Tem por objectivos contribuir para aumen-tar a eficácia do tratamento das leucemias e outras neoplasias hematológicas afins, apoiar os doentes e as suas famílias e pro-mover o progresso do conhecimento cientí-fico sobre a natureza, evolução, prevenção e tratamento destas doenças.

Fá-lo através de iniciativas que contribuam para melhores cuidados de saúde nesta área e que proporcionem apoios a todos os que se vêm afectados, directa ou indirecta-mente, por estas doenças.

Entre as suas iniciativas mais marcantes conta-se a ajuda na constituição em Portu-gal, em colaboração com o Centro Nacional dos Dadores de Células de Medula Óssea, Estaminais ou de Sangue do Cordão (CEDA-CE), de um Registo Nacional dos Dadores Benévolos de Medula Óssea, pressupos-to fundamental no combate às doenças leucémicas.

Em 2009, a APCL realizou no Pavilhão Atlânti-co, em Lisboa, o seu concerto bianual de an-gariação de fundos em que participaram pres-tigiados intérpretes nacionais e estrangeiros.

O Grupo Mota-Engil patrocinou mais uma vez esta importante iniciativa, apoiando a instituição na prossecução da sua impres-cindível missão.

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RESPONSABILIDADE SOCIAL E GESTÃO DO CAPITAL HUMANO 108 109

INSTITUTO PORTUGUÊS DE SANGUEO Instituto Português do Sangue (IPS) é um instituto público que tem por missão regular, a nível nacional, a actividade da medicina transfusional e garantir a disponi-bilidade e acessibilidade de sangue e com-ponentes sanguíneos de qualidade, segu-ros e eficazes.

Na linha do que vem acontecendo nos últi-mos anos, o Grupo Mota-Engil apoia o Insti-tuto Português do Sangue na realização de sessões de colheita de sangue, convidando os seus colaboradores a contribuírem com a sua dádiva, em particular nos seus escritó-rios principais do Porto e de Linda-a-Velha.

LIGA DOS AMIGOS DO HOSPITAL DE SANTA CRUZIntegrado no Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE, o Hospital de Santa Cruz em Carnaxide (Oeiras), é uma instituição públi-ca de saúde vocacionada para o tratamento de doentes com patologias graves dos foros cardíaco e renal.

Por iniciativa da Liga dos Amigos desta uni-dade de saúde e em colaboração com os seus responsáveis, foi concebido um con-junto de intervenções nas instalações do Hospital e da Liga visando proporcionar aos doentes e suas famílias melhores condições de conforto e bem-estar na sua utilização.

Em 2009, o Grupo Mota-Engil contribuiu fi-nanceiramente para a realização das obras de requalificação e aquisição de equipa-mentos, associando-se assim ao esforço de melhoria da qualidade e humanização dos serviços hospitalares.

LIGA DOS AMIGOS DO HOSPITAL DE AMARANTEA Liga dos Amigos do Hospital de Amarante, entidade que presta serviço de voluntaria-do no Hospital de Amarante, procura inter-vir no apoio aos doentes que regressam a suas casas após a alta clínica e que, mercê da sua incapacidade temporária, neces-sitam de ajudas técnicas de apoio à sua mobilidade.

O Grupo Mota-Engil apoiou a aquisição de cadeiras de rodas e camas articuladas, pro-curando assim ajudar na minimização das carências existentes.

JUNTA DE FREGUESIA DE FRIDÃO (AMARANTE)A freguesia de Fridão dista cerca de 6km da sede do concelho de Amarante, situando-se nas abas da Serra do Marão, entre os cau-dais convergentes dos rios Tâmega e Olo.

A serra e os rios Tâmega e Olo marcaram de forma indelével a vida da população desta freguesia através dos tempos.

De cunho predominantemente rural e com uma população envelhecida, a freguesia debate-se com diversas carências, entre as quais o acesso em tempo útil a ajudas téc-nicas especializadas destinadas a pessoas com deficiência ou incapacidade, perma-nente ou temporária.

A Junta de Freguesia de Fridão constituiu um Banco de Ajudas Técnicas.

Associando-se à iniciativa, a Mota-Engil ofereceu à autarquia um conjunto de equi-pamentos (camas articuladas, cadeiras de rodas e andarilhos) que a Junta irá disponi-bilizar à população da freguesia.

O Grupo procura assim contribuir para o re-forço da coesão territorial do país, ajudan-do as populações do interior a acederem a esta tipologia de cuidados, essencial à preservação da qualidade de vida por parte dos cidadãos deficientes ou incapacitados.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

INTRODUÇÃO

A identificação do Desenvolvimento do Capital Humano, enquanto eixo estratégi-co para a concretização do Plano Ambição 2013, materializa a importância que o Gru-po reconhece nas suas Pessoas.

Neste contexto, e em total alinhamento com as linhas de desenvolvimento projectadas para o negócio e com os valores partilhados no Grupo, foi identificada a necessidade de revisitar as prioridades de recursos huma-nos anteriormente definidas.

Como resultado desse exercício, o Grupo identificou sete prioridades estratégicas para a gestão e valorização do seu Capital Humano:

1. Identificar e Gerir o Talento no Grupo;2. Desenvolver o Perfil de Gestor do Grupo;

3. Desenvolver Competências que acres-centem valor ao negócio;

4. Promover a Mobilidade e Rotação de Quadros,

5. Fomentar o recrutamento e desenvolvi-mento de quadros internacionais;

6. Alinhar a política de retribuição com a gestão da performance;

7. Reforçar a Cultura e Conhecimento do Grupo.

Convicto de que a concretização das prio-ridades definidas só é possível através do desenvolvimento e de implementação de projectos construídos à sua medida – do que hoje é e do que quer ser no futuro –, o Grupo continuará a lançar novos projectos no domínio da gestão das suas pessoas e a avaliar continuamente o impacto das inicia-tivas já implementadas.

No ano de 2008, assume particular des-taque a concepção e implementação da Mota-Engil Active School.

A Mota-Engil Active School é um projecto estratégico orientado para a valorização dos colaboradores, através do desenvol-vimento de competências críticas para o sucesso do negócio e das pessoas, encora-jando e estimulando um espírito contínuo de aprendizagem nos colaboradores de di-ferentes gerações e geografias.

O modelo de funcionamento da Mota-Engil Active School contempla três diferentes es-colas, com desafios diferenciados mas com-plementares:

· Mota-Engil Active School – Cultura e Va-lores, visando a disseminação e o reforço dos valores e de cultura Mota-Engil nos colaboradores das diferentes unidades de negócio e mercados onde o Grupo se

encontra presente, difundindo e alargan-do o conhecimento das áreas de actuação e valências do Grupo.

· Mota-Engil Active School – Gestão e Li-derança, disponibilizando programas e iniciativas de formação materializadas em soluções de aprendizagem diferen-ciadas, que permitam acelerar o desen-volvimento das competências de gestão e liderança do Grupo.

· Mota-Engil Active School – Áreas de Negócio, oferecendo programas e ini-ciativas de formação que permitam preservar, reforçar e disseminar as com-petências técnicas e o conhecimento do negócio, garantindo a sua transferência para as gerações mais jovens.

6.2GESTÃO DO CAPITAL HUMANO

6.2.1 PrIncIPaIsInIcIatIvas

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RESPONSABILIDADE SOCIAL E GESTÃO DO CAPITAL HUMANO 110 111

No âmbito da Mota-Engil Active School – Cultura e Valores, é possível evidenciar a materialização do desafio definido através da elevada adesão que as várias sessões das duas edições do Programa [Entre Nós] obtiveram.

Esta iniciativa, cuja participação é acessível à totalidade dos colaboradores do Grupo, tem por principal objectivo contribuir para a disseminação e reforço dos Valores e Cultu-ra Mota-Engil e, simultaneamente, difundir e alargar o conhecimento das áreas de ac-tuação e valências do Grupo. Pela sua natu-reza, este Programa é sempre assumido por oradores do Grupo, capazes de personificar a Cultura e Valores Mota-Engil e partilhar o conhecimento e informação existente, per-mitindo combinar a “vontade de ensinar com a vontade de aprender”.

O ano de 2008 permitiu reforçar e conso-lidar o papel desta iniciativa no Grupo, integrando-a na Mota-Engil Active School

– Cultura e Valores e, consequentemente, conferindo-lhe uma grande proximidade a uma elevada diversidade de colaboradores.

Durante 2008, foi concluído o ciclo de ses-sões promovidas pelo Eng. António Mota – Presidente do Conselho de Administração do Grupo – e iniciada uma segunda edição do Programa, tendo como orador o Dr. Jorge Coelho – Presidente da Comissão Executi-va – , sob o tema “O todo é maior do que a soma das partes”.

Num total de 15 sessões, realizadas entre Lisboa, Porto, Angola, Malawi e Polónia, participaram 764 colaboradores de diferen-tes gerações e geografias.

Tratando-se de indicadores importantes para a concretização do desafio a que se propôs, a Mota-Engil Active School – Cul-tura e Valores continuará a desenvolver e implementar mais e diferentes iniciativas em 2009.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

Comentários qualitativos“O Programa “Entre Nós”, é uma estratégia de mais-valia para os Recursos Humanos inerentes a este grandioso Grupo: Mota-Engil. No presente e no futuro, este tipo de acções é extramamente importante para nos sentirmos orgulhosos e motivados para atingir mais e melhor os objectivos preten-didos pelo Grupo”.

“Julgo que foi uma excelente abordagem do que representa hoje para o mercado o Gru-po Mota-Engil. Exposição bastante clara e com um aspecto que considero a mais-valia desta apresentação: estávamos mesmo “entre nós” e falou-se de colaborador para colaborador e não de CEO para os restantes elementos”.

A Mota-Engil Active School – Gestão e Li-derança desenvolveu, em parceria com escolas de gestão de reconhecida capaci-dade, um conjunto de programas de desen-volvimento de competências de gestão e liderança.

Programas de gestão, de média e longa duração, especificamente desenvolvidos para responder eficazmente aos objectivos e metas do Grupo, conciliados com progra-mas de curta duração com uma forte com-ponente de aquisição e treino de compe-tências de gestão e liderança e seminários temáticos orientados para matérias críticas para o Grupo, são algumas das iniciativas que a Mota-Engil Active School promoveu em 2008.

Estas diferentes iniciativas de desenvolvi-mento de competências de gestão e lide-rança foram criadas para responder eficaz-mente a diferentes níveis de experiência na gestão, tendo a participação nesses mes-mos programas sido definida com base no resultado do mapeamento de competências estratégicas para o Grupo, efectuado junto de um total de 250 quadros.

Nesta fase de arranque, a Mota-Engil Acti-ve School – Gestão e Liderança promoveu a participação de 139 quadros, provenien-tes das três Áreas de Negócio do Grupo:

Engenharia e Construção, Ambiente e Ser-viços e Concessões de Transportes. Estas participações foram concretizadas através de uma diversidade de iniciativas:

· Programa de Gestão Avançada em parce-ria com a EGP-UPBS University of Porto Business School. Este programa de longa duração visa desenvolver e consolidar competências de gestão avançada;

· Programa Geral de Gestão em parceria com Universidade Católica Portuguesa. Este programa de longa duração visa pro-mover a aquisição de conhecimentos nas áreas fundamentais da gestão, sendo es-pecificamente direccionado para quadros que assumiram recentemente ou que seja expectável que venham a assumir fun-ções de gestão;

· Seminários de Comunicação Eficaz em parceria com a Dynargie. Iniciativa de curta duração com uma forte componen-te de aquisição e treino da competência em questão;

· Seminário Executivo “Realizando a Estra-tégia”, em parceria com a AESE. Iniciativa de curta duração com vista ao desenvol-vimento de conhecimentos e competên-cias de “Top Management”, orientado para quadros com funções de administra-ção ou de direcção de topo.

A Mota-Engil Active School, através do de-senvolvimento do Capital Humano do Gru-po, assume-se como uma ferramenta es-sencial para a criação sustentada de valor, que irá assegurar a competitividade e a so-lidez do Grupo Mota-Engil no longo prazo.

Tendo iniciado a sua actividade no último quadrimestre de 2008, este projecto promo-veu um elevado número de participações em iniciativas de desenvolvimento de compe-tências. As expectativas para o ano de 2009 são claramente elevadas, antecipando o alargamento dessas iniciativas a outros mer-cados onde o Grupo está presente.

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RESPONSABILIDADE SOCIAL E GESTÃO DO CAPITAL HUMANO 112 113

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

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114 115

07InvestIgação, DesenvolvImento e Inovação

DIFeRenCIaçãoSóeStandoumpaSSoàfrenteSechegaprimeiro.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

A Investigação, o Desenvolvimento e a Ino-vação (IDI) ocupam um lugar central da es-tratégia do Grupo Mota-Engil e constituem hoje um incontornável factor de diferencia-ção e competitividade empresariais.

Grande parte das iniciativas neste domínio apresentam forte correlação com os temas da sustentabilidade, quer ao nível económi-co, através da minimização de custos, au-mento da eficiência operacional, melhoria dos sistemas de gestão e geração de novas

2008 foi um ano de consolidação do modelo de Gestão de Investigação, Desenvolvimen-to e Inovação (IDI).

No decurso de um processo de reestru-turação interna, foi deliberada a criação de um departamento específico que pro-movesse e potenciasse a inovação na or-ganização. Após um diagnóstico interno ao modelo desenvolvido em 2007 e um estudo do estado da arte a nível mundial sobre inovação, concluiu-se que haveria a necessidade de simplificar o modelo e de o suportar em ferramentas informáticas co-laborativas que agilizassem o processo e promovessem a criatividade e a geração de valor acrescentado.

No respeito pela norma NP4457 (Sistema de Gestão de IDI), foi definida a melhor meto-dologia para que se dinamizasse uma cultu-ra de inovação na empresa.

oportunidades de negócio; quer no plano ambiental, pela sua influência na minimiza-ção dos impactos ambientais gerados pelas diversas actividades e processos de negócio.

Este esforço é particularmente notório nas Áreas de Engenharia e Construção e Am-biente e Serviços, com particular ênfase na actuação da SUMA neste domínio.

Descrevem-se, em seguida, as principais iniciativas.

Foi definida uma metodologia, da qual se destacam alguns pontos considerados relevantes:

· Concepção de um fluxo de informação des-de a gestão de interfaces até ao projecto de inovação;

· Desenvolvimento de um conjunto de pla-taformas informáticas (4) de apoio à gestão;

· Elaboração de uma matriz de avaliação de oportunidades de inovação que per-mitiu introduzir alguma objectividade na avaliação das oportunidades e que pretende aumentar o potencial dos pro-jectos de inovação que venham a ser desenvolvidos;

· Criação de uma comissão para a inovação, com o macro-objectivo de alinhar as acti-vidades de IDI com os eixos estratégicos da empresa.

7.1INTRODUÇÃO

7.2ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO

7.2.1 conSideraÇÕeSgeraiS

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INVESTIGAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO 116 117

O Sistema de Gestão de IDI foi submetido a uma auditoria da APCER no final de 2008, tendo sido apreciadas e validadas todas as alterações implementadas ao sistema.

A Gestão de IDI está cometida à Direcção de “Performance”, Tecnologia e Inovação da Mota-Engil Engenharia.

A implementação do Modelo Corporativo de Funções e Competências, integrada no Projecto de Mapeamento de Competências (MAP), permitiu reforçar a importância da competência Inovação nos colaboradores da Mota-Engil Engenharia, e o desenvolvi-mento do “Balance ScoreCard”, integrado no Projecto Score, possibilitou fortalecer o compromisso das várias áreas de negócio para com a Inovação.

AuditoriAs, AvAliAção de resultAdos e FormAçãoDurante o ano de 2008, foi realizada por uma entidade externa uma auditoria ao Sistema de Gestão de IDI, tendo igualmente sido ini-ciado um conjunto de acções de melhoria.

No âmbito do Projecto INOVAR-ME, foram avaliadas as competências-base dos prin-cipais colaboradores envolvidos nos pro-cessos de gestão da inovação e do conhe-cimento e realizadas acções de formação

externa nas áreas da gestão de Inovação Avançada, Certificação da Inovação e Nor-mas IDI-SPI.

ComuniCAçãoNo domínio da comunicação interna, assis-tiu-se à promoção de eventos (seminários, workshops) sobre Conhecimento, Tecnolo-gia e Inovação na Mota-Engil Engenharia, sendo de destacar os seguintes:

· Curso de Inovação e Qualidade ministra-do pela SPI;

· Formação ao Negócio dos Agregados so-bre a nova metodologia do SIGIDI;

· Workshops Gestão do IDI na Mota-Engil Engenharia;

· Workshops sobre Gestão Colaborativa;· Open Day “What Can I Change?” – Dia

aberto para os jovens engenheiros;· Apresentação dos trabalhos de estágio

dos jovens engenheiros.

Foi igualmente renovado o Portal da Inova-ção, com o objectivo de o tornar ainda mais funcional e de o integrar com o Portal Cor-porativo da Empresa.

7.2.2 organiZaÇÃo

No início de 2009, foi preparada a candi-datura ao SIFIDE relativa aos projectos em curso no ano de 2008, que se encontram descritos no seguinte quadro:

projecto objectivo

Encarregados on-line “Revolucionar” os canais de comunicação entre o encarregado e a empresa.

Promover a pré-construção virtual e consequentemente reduzir os problemas na fase de construção.

Criar ferramentas específicas de planeamento da construção, com visualização em 3 e 4 dimensões e com capacidade de fornecer elementos de suporte ao processo de gestão de obra.

Visa potenciar a gestão do conhecimento técnico na empresa.

Building Information Model

VIRMEEC

Link.ME

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

relACionAmento Com entidAdes externAsO relacionamento e a gestão de interfaces com entidades externas reveste-se da maior importância para o sistema de gestão IDI.

Os Clientes, Fornecedores, Distribuidores, Parceiros, Concorrentes, Consultores, As-sociações Empresariais, Centros de Conhe-cimento/Instituições de Ensino Superior, Estado e Organismos Reguladores, bem como a imprensa técnica especializada e o mercado em geral, constituem o amplo acervo de interfaces com entidades exter-nas que importa desenvolver.

Avulta, neste âmbito o protocolo celebrado com a Universidade do Minho com a finali-dade de estabelecer e desenvolver acções de cooperação técnico-científica e de ino-vação, em domínios considerados de in-teresse mútuo pela Mota-Engil e pela UM. É ainda pertinente realçar as seguintes ini-ciativas e parcerias:

Iniciativas:· Inova Gaia – Participação numa incuba-

dora de empresas;· PTPC – Participação na Plataforma Tec-

nológica para a Construção.

Parcerias:· INFOR – Protocolo de Cooperação no âm-

bito do projecto BIM;· Miguel Krippahl – Protocolo de Coopera-

ção no âmbito do projecto BIM;· FEUP – Carta de Intenções no âmbito do

projecto LAV.

Destaque-se, por último, a atribuição que vem sendo efectuada, de há vários anos a esta parte, de um prémio destinado a galar-doar o melhor aluno do curso de Engenharia Civil da Faculdade de Engenharia da Univer-sidade do Porto (FEUP).

ProjeCtos idi

Construção e infra-estruturas· Encarregados on-line - “Revolucionar”

os canais de comunicação entre o encar-regado e a empresa;

· Building Information Model - Promover a pré-construção virtual e consequente-mente reduzir os problemas na fase de construção;

· VIRMEEC - Criar ferramentas específicas de planeamento da construção, com vi-sualização em 3 e 4 dimensões e com capacidade de fornecer elementos de suporte ao processo de gestão de obra;

· Link.ME - Visa potenciar e dinamizar a gestão do conhecimento técnico na em-presa.

laboratório Central:· Implementação dos ensaios iniciais de

tipo obrigatório para a Marcação CE de misturas betuminosas;

· Utilização do deflectómetro de impacto portátil (DIP) no controlo de execução de aterros;

· Concepção de uma plataforma de ges-tão on-line dos laboratórios de obra;

· Gamadensímetro com sistema GPS para determinação da posição, cota e grande-zas geotécnicas.

Geotecnia:· “Geotecnia do it well“, para a redução

dos impactes ambientais resultantes das actividades desenvolvidas no âmbi-to do negócio de Geotecnia, bem como um conjunto de acções de comunicação, formação e promoção da estratégia de Inovação e Desenvolvimento Sustentá-vel.

Fundações· Projecto Melhoramento dos Solos: Tra-

tamento de solos moles por activação alcalina

electromecânica· Acompanhamento à distância das obras

através do uso de câmaras;· Implementação de um Sistema de Ins-

pecções Eléctricas TEGG.

7.2.3 SiStemadegeStÃoidi

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INVESTIGAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO 118 119

ConsiderAçÕes GerAis

O departamento de Inovação, Desenvolvimen-to e Rentabilização (IDR) procedeu, durante o ano 2008, ao acompanhamento de questões e soluções relacionadas com a produção e os equipamentos, desenvolvendo vários estudos de viabilidade técnica e actividades conexas.

Relativamente à actividade de prestação de serviços, providenciou-se argumentação técnica para inclusão em propostas comer-ciais relativamente a inovações propostas pela Empresa ou solicitadas por clientes e realizaram-se melhoramentos ao nível das estruturas e infra-estruturas de produção para melhor aproveitamento de sistemas já existentes ou para adaptações visando uma melhor “performance”.

Quanto aos equipamentos, o IDR orien-tou inspecções técnicas de segurança e desenvolveram-se propostas de melhoria e conformidade tendo em conta a legislação aplicável. Foram realizados estudos e várias adaptações de “upgrade” ao equipamento patenteado SUMA-VLE (Viatura Lava-Eco-pontos - viatura para lavagem “in situ” de contentores de grande volume/capacidade) e estudou-se uma solução de higienização de veículos de produção, tendo em conta a

necessidade de redução de consumos de água e de contaminantes nos efluentes. Está também a finalizar-se o estudo de adaptação da patente SUMA-SPIC (sistema de pesagem e identificação de contentores) para os veí-culos de recolha lateral de resíduos que irão, em breve, entrar em funcionamento.

Em 2008, iniciou-se a implementação da NP 4457:2007, com a definição do Manual do SG Investigação, Desenvolvimento e Inova-ção, e do Plano de Projecto de IDI de acordo com a NP4457:2007 e NP4458:2007

Ainda durante o ano 2008, foi definido o sis-tema de gestão de estágios para Inovação, a entrar em funcionamento em 2009, bem como os estágios a dar prioridade face aos objectivos e metas da Organização deriva-dos da política de gestão.

Em 2009 pretende-se desenvolver vários estudos técnicos com a colaboração de es-tagiários, que serão seleccionados tendo em conta a sua formação de capacidades e de competências específicas, que depois integrarão uma bolsa de potencial recru-tamento para o Grupo SUMA, e que serão acompanhados pelo iSUMA.

sistemAs de inFormAção

Ao nível de Sistemas de Informação (SI), em 2008, devem destacar-se dois projectos de extrema relevância para a Organização:

· A adopção de um ERP (Enterprise Resource Planning) transversal, nas suas vertentes de Aprovisionamentos, Gestão de Infra-estruturas, Gestão de Armazéns e Oficinas, Gestão de Recursos Humanos, Contabilida-de, Finanças e Controlo de Gestão, levou a uma profunda uniformização dos respec-tivos processos informáticos, assente nas especificações da plataforma SAP. Este processo decorreu desde o segundo tri-mestre de 2008 e a sua total aplicabilidade foi conseguida em Janeiro de 2009;

· A criação de uma unidade GIS (Geogra-phic Information System), enquadrada in-ternamente sob a alçada da Coordenação de Sistemas de Informação e Telecomuni-cações, irá permitir uma profunda reorga-nização e estandardização da informação georreferenciada (contentorização / cir-cuitos), alinhada com as melhores práti-cas e centralizada numa plataforma GIS reconhecida internacionalmente (ARCGIS Server da ESRI).

Dentro da estrutura dos SI, foi efectua-da uma análise detalhada do Data Center, identificando-se as necessidades para um melhor acompanhamento do crescimento

7.3.1 projectoS

7.3AMBIENTE E SERVIÇOSSUMA, SERVIÇOSURBANOS E MEIO AMBIENTE, SA

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

estrutural da Empresa e agindo nos aspec-tos mais relevantes. Em 2008, procedeu-se à aquisição de uma nova UPS, com maior carga, para suportar as necessidades com-putacionais pelo menos durante 30 minutos e instalou-se um sistema de extinção de incêndios exclusivamente para a sala de servidores, para garantir a segurança desta instalação. Ambas as acções desenrolaram- -se em 2008 e foram finalizadas e testadas já em Janeiro de 2009.

Um outro projecto, denominado por ini-ciativa Green IT, que pretende a remode-lação/”upgrade” dos sistemas computacio-nais para sistemas mais sustentáveis, está ainda em fase de consulta ao mercado. As expectativas são de substituir cinco servi-dores por três em formato Blade, com pou-panças em termos de consumo de energia na ordem dos 25%, a que acresce a diminui-ção da carga térmica, com repercussão ao nível da menor necessidade de refrigeração da sala de servidores.

A SUMA está a avaliar uma solução integra-da de “Routing” e Optimização de Rotas, recorrendo a testes exaustivos nas verten-tes de GPS, auxiliando os motoristas na execução dos circuitos e na optimização de rotas, usando o melhor software disponível e identificado como “best of breed” para a área de resíduos, integrado no ambien-te SIG usado pela Organização. Devido ao número de características disponíveis, à

complexidade e ao impacto no terreno, os testes irão prosseguir durante o primeiro semestre de 2009.

Os serviços SIT-GIS assumiram um papel agregador de toda a informação dispersa pelos centros de serviços, procedendo a uma uniformização das nomenclaturas dos circuitos e dos serviços afectos aos centros de produção. Iniciaram-se em quase todos os centros de serviços projectos de levan-tamento e actualização de informação, com os respectivos tratamentos e coordenação no “back office” GIS. A solução GISUMA so-freu um upgrade significativo, estando em testes pré-produção até Março de 2009.

Com a adopção do sistema SAP, a Base de Dados (BD) Produção sofreu também uma significativa reestruturação interna – mu-danças em termos de centros de custo, re-cursos humanos e equipamento obrigaram a repensar e agregar a informação de forma mais flexível. Desde o inicio de 2009, a BD está a ser introduzida à generalidade dos centros de serviços e estão a ser desenvol-vidos novos relatórios, que permitam a ob-tenção de informação/indicadores de modo uniforme em todos os centros. Com a infor-mação dos novos relatórios, será possível refinar e identificar variáveis de negócio até agora pouco exploradas, caminhando para um sistema de BI (“Business Inteligence”) que permita inferir informação de elevada qualidade para tomada de decisões.

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INVESTIGAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO 120 121

O controlo de processos de qualidade é facto determinante para a salvaguarda das condições ambientais.

O estudo integrado dos parâmetros am-bientais em sistemas de tratamento e con-trolo de águas residuais corresponde à missão do laboratório da SUMA enquanto estrutura vocacionada para dar resposta às obrigações contratuais decorrentes da gestão de aterros sanitários e centrais de compostagem, bem como para acorrer às solicitações de clientes externos.

Através de ensaios interlaboratoriais man-tidos com a Associação dos Laboratórios Acreditados (RELACRE) e com a Aquacheck (organismo internacional de referência),

7.3.2 LaboratórioSuma

esta unidade laboratorial actua no domínio dos ensaios laboratoriais da água (caracte-rização de afluentes e efluentes líquidos, colheita e transporte de amostras e avalia-ção de processos de tratamento), resíduos (estudos de caracterização, análise e mo-nitorização de parâmetros físico-químicos, ensaios de lixiviação/percolação e análise química de solos, lamas e correctivos or-gânicos) e sistemas de tratamento (moni-torização ambiental de aterros sanitários e caracterização e avaliação de processos de tratamento de águas).

O laboratório encontra-se acreditado pelo IPAC desde 2004, segundo a norma NP EN ISO/IEC 17025.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

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DESEmpENhO 122 123

08DesempenhoAmBIÇÃo

Projectarumfuturomelhor,ParanóseParatodos.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

1. EnquadramEnto Estratégico E dE mErcado

Península IbéricaComo consequência da crise financeira mundial, o sector da construção em Por­tugal e Espanha conheceu uma quebra de produção em 2008.

Em Portugal, a actividade de Engenharia e Construção, em crise profunda desde há al­guns anos, com fraca procura, excesso de capacidade instalada e encolhimento das margens praticadas, viu, em 2008, a sua situação agravada.

O índice de produção global do sector re­gistou no ano de 2008, um decréscimo de 1,1%, depois de, em 2007, ter registado uma variação também negativa de 2,2%.

Contudo, esta tendência poderá ser inver­tida já em 2009, tendo em conta as medi­das anunciadas e algumas já concretizadas para colmatar os efeitos da crise nas econo­mias nacionais, as quais assentam num re­lançamento das actividades de construção.

Foram os crescimentos registados nos seg­mentos da engenharia civil e da construção de edifícios não residenciais que contribuí­ram para atenuar o efeito da forte quebra que se verificou no segmento da habitação (8,0%, o segundo pior resultado desde o início da crise, em 2002), de tal forma que o decréscimo do índice de produção global do sector em 2008 apenas se situou em 1,1%.

Na realidade, situando­se a área licenciada para a construção de edifícios residenciais

em menos 23% no final de 2008, esperar­se­iam quebras de produção globais mais acentuadas, o que não aconteceu devido ao bom desempenho dos segmentos da enge­nharia civil e dos edifícios não­residenciais, os quais registaram acréscimos de produ­ção em 2008.

Com efeito, nos últimos anos, a evolução do mercado da habitação foi­se degradando, potenciando­se os efeitos decorrentes da ex­tinção do regime de crédito bonificado ocor­rida em Setembro de 2002, momento a partir do qual os níveis de produção deste segmen­to registaram quebras sucessivas até 2008. A produção deste segmento em 2008 terá caído 9% face a 2007, redução que só foi ul­trapassada no ano de 2003. Para 2009, as expectativas não são optimistas, dados os reduzidíssimos níveis de licenciamento de edifícios para a habitação.

Os níveis de produção de obras de engenha­ria civil revelaram­se positivos em 2008, terminando o ano com um acréscimo de 2,1% face a 2007, variação que, no entanto, também não foi suficiente para imprimir ao sector um ritmo de actividade desejado.

Apesar do bom ritmo apurado no lançamen­to de concursos públicos de empreitadas e da melhoria gradual do ritmo de adjudica­ções ao longo de 2008, este segmento terá ficado aquém das expectativas criadas com as crescentes intenções de investimento em infra­estruturas.

De facto, tendo atingido o valor licitado para a realização de empreitadas mais 32%

8.1DESEmpENhO ECONÓmICO

8.1.1enGenharIaeconstruÇÃo

mota-enGIlenGenharIaeconstruÇÃosa

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DESEmpENhO 124 125

que o apurado em 2007, tendo mesmo apre­sentado a meio do ano variações superiores a 100%, esperar­se­ia um ritmo de adjudi­cações mais elevado, fenómeno que só nos últimos meses se começou a verificar, já que, até ao final de Agosto, o valor contra­tado estava abaixo do valor de 2007.

É expectativa do Grupo que 2009 se venha a revelar como um ano de melhoria deste ci­clo depressivo no sector da construção em Portugal, sendo essa expectativa assente na convicção de que as medidas recente­mente anunciadas pelo Conselho Europeu, e mais concretamente pelo Governo portu­guês, de reforço do investimento público, contribuirão para o relançamento das acti­vidades de construção.

Adicionalmente, os investimentos ainda não concretizados do Plano de Investimen­to em Infra­estruturas Prioritárias (PIIP), anunciado em anos anteriores, viu a sua im­portância estratégica reforçada com a crise.

Desta forma, espera­se uma maior brevi­dade no lançamento dos grandes projectos ainda não concretizados, como sejam os ca­sos da Alta Velocidade Ferroviária e do novo Aeroporto de Lisboa.

De acordo com estas perspectivas, o Grupo Mota­Engil tem vindo a colocar­se em posi­ção de desempenhar um papel relevante na execução destes projectos, considerados desígnios nacionais.

Ao mesmo tempo que somos o líder nacional no segmento da construção, acumulamos experiência e “know­how” em grandes re­alizações, sejam elas de aeroportos, auto­ ­estradas, pontes ou caminhos­de­ferro.Continuamos, assim, à semelhança do que já havia sucedido em 2007, a adoptar todas as medidas de organização interna necessá­rias, bem como a efectuar avultados inves­timentos nos activos produtivos, no sentido de estar sempre na primeira linha das futu­ras adjudicações.

Exemplos destas iniciativas são o estabe­lecimento de um consórcio inteiramente

nacional para concorrer ao projecto no novo aeroporto internacional de Lisboa e os in­vestimentos efectuados pelas associadas especializadas nos trabalhos de construção em ferrovias, antecipando necessidades que decorrerão do lançamento dos concur­sos para as linhas de alta velocidade.

Em 2008, o volume de negócios da área em Portugal foi superior a 700 milhões de euros.

Por seu turno, em termos de rentabilidade operacional, continuou a ser possível man­ter uma “performance” bastante positiva, apesar da política de preços praticada por alguns operadores do sector, nos escassos concursos públicos.

Apesar das dificuldades referidas, o merca­do doméstico manteve uma expressão rele­vante no peso total do volume de negócios: em 2008, o mercado português representou 49% da actividade da construção do Grupo, em comparação com os 57% de 2007.

Europa CentralActualmente, a área de Engenharia e Cons­trução está presente nos seguintes países da Europa Central: Polónia, República Che­ca, Eslováquia, Hungria e Roménia.

Em 2008, os efeitos da conjuntura económi­ca mundial desfavorável fizeram­se sentir com menos impacto, ou mais tardiamente, nos países da Europa Central.

Desta forma, os mercados da construção da Europa Central registaram, em 2008, mais um ano de crescimento, fruto de um défice considerável de infra­estruturas e benefi­ciando da transferência de avultados fun­dos comunitários para modernização das mesmas.

No final do ano, com o aparecimento de uma verdadeira crise cambial nesta região, pro­vocada essencialmente por insustentáveis défices das contas correntes e por moedas sobreavaliadas, os já debilitados mercados bancários e de habitação destes países vi­ram os seus problemas acrescidos.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

Aliada a estes problemas conjunturais, uma auditoria interna da Mota­Engil permitiu de­tectar a existência de irregularidades na sua operação na Hungria, relativas a exercícios anteriores, originadas por gestão danosa e fraudulenta, efectivadas pelo responsável financeiro daquela operação.

A análise detalhada e a auditoria externa que se seguiu permitiram evidenciar um im­pacto negativo de 6.394 milhões de forints húngaros (aproximadamente 21 milhões de euros, ao câmbio actual) na situação patri­monial da Mota­Engil Magyarorszag e da sucursal da Mota­Engil Engenharia naquele país, relacionado com o valor de realização de activos e com passivos não relevados contabilisticamente e respeitante a opera­ções de exercícios anteriores.

Obviamente que aquela gestão provocou impactos em 2008 e anos seguintes que estão já a ser minorados com base numa reorganização da actividade naquele mer­cado que conduzirá à forte redução das operações.

Apesar da crise conjuntural, que se espera vir a manter­se durante o ano de 2009, e do acontecimento particular da Hungria, estes mercados continuam a ser uma das fortes apostas do Grupo, por apresentarem pers­pectivas de intenso crescimento.

Aliás, o Grupo Mota­Engil está presente na Europa Central desde 1997, pelo que, ao longo de mais de 10 anos, acumulou valiosa experiência e conhecimento de mercados que, ao mesmo tempo que se tornam mais e mais atraentes, também se revelam muito exigentes e competitivos.

Neste âmbito, e em conformidade com as di­ficuldades sentidas nas relações com forne­cedores, o Grupo procura integrar nas suas obras uma componente cada vez maior de competências internas, promovendo a inte­gração vertical da actividade.

Esta orientação estratégica implica a con­centração de investimentos em meios pro­dutivos e, além disso, na integração de

actividades produtoras de matérias­primas aplicadas nas construções. A título de exemplo, refere­se a aquisição de uma so­ciedade polaca de extracção de agregados minerais, produtora de matéria­prima es­sencial, nomeadamente, no abastecimento de obras de construção e pavimentação de estradas.

O Grupo sempre se mostrou atento a no­vas oportunidades de negócio que nestes países pudessem ser exploráveis, nomea­damente por apresentarem oportunidades de realização de sinergias com a actividade tradicional da construção.

Neste sentido, e embora num contexto de crise, a expansão da actividade ligada ao imobiliário permanece como um dos objec­tivos da Mota­Engil.

A lista dos países com maiores carências ao nível habitacional é encabeçada, sem dúvida, pela Polónia, mas inclui também a Roménia, a Hungria, a República Checa e a Eslováquia. Em todos estes países, o Grupo já está presente e em todos eles tem inte­resses em projectos imobiliários em curso.

É assim com optimismo, embora moderado pela crise internacional, que o Grupo olha para a actividade prevista para 2009 nestes mercados: forte crescimento do volume de negócios, sempre assegurando a melhoria sustentada das margens operacionais.

Em 2008, o volume de negócios alcançado na Europa Central foi de 330 milhões de eu­ros, quando em 2007 tinha sido de 219 mi­lhões de euros. O contributo para o EBITDA da área de negócio regista uma evolução bastante positiva: em 2008, o valor foi po­sitivo em 4,9 milhões de euros, sendo que em 2007 tinha sido negativo de 5,3 milhões de euros.

África & AméricasA área de Engenharia e Construção está pre­sente ainda nos seguintes países: Angola, Moçambique, Malawi, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, EUA, México, Peru e Venezuela.

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DESEmpENhO 126 127

Angola tem tido nos últimos anos ritmos de crescimento económico bastante con­sideráveis. O ano de 2008 foi mais um ano de confirmação deste bom desempenho, com um PIB previsto de 16%, apesar de um abrandamento da actividade econó­mica face a 2007, ano em que se registou uma taxa de 21%. Apesar desta desacele­ração, fundamentada principalmente pela quebra dos níveis de produção do petróleo por imposição de quotas pela OPEP e ain­da pela baixa muito acentuada do preço do barril quando comparado com os valores de há um ano, sente­se que a economia angolana está a ganhar maturidade e esta­bilidade, com a consolidação de um sector não­petrolífero com em peso cada vez maior.

O Grupo Mota­Engil está presente em Ango­la desde a sua constituição, e assume este como um dos seus mercados naturais de actuação. É certo que a evolução económica do país traz consigo alterações de mercado e novos concorrentes, mas o Grupo, benefi­ciando da sua posição histórica e dotado de excelentes recursos, tem­se mostrado capaz de, não só se adaptar a essas evoluções, como sobretudo de retirar delas vantagens.

A sucursal angolana da Mota­Engil Engenha­ria está equipada com meios técnicos mo­dernos e com meios humanos reconhecida­mente competentes e vê na estabilidade das instituições públicas e na modernização do aparelho de Estado angolano oportunidades para continuar a desenvolver a sua activida­de de forma profissional e eficiente. Deve­se destacar as boas relações que o Grupo man­tém e promove com o sector público ango­lano, quer como adjudicatário, quer como parceiro em associadas locais. A actividade em Angola registou em 2008 um ano exce­lente, com um crescimento de 117% face ao ano transacto, para os 301 milhões de euros. Também ao nível da rentabilidade operacio­nal, o ano de 2008 foi muito positivo, com a margem EBITDA a situar­se nos 15%.

Apesar da crise mundial, o arranque do ano de 2009 no mercado angolano é encarado com algum optimismo e a expectativa do Grupo é a de conseguir ainda um maior

crescimento, sustentado numa carteira de encomendas robusta e em consolidação. Por outro lado, a Mota­Engil pretende diver­sificar os negócios em Angola e, para isso, está a analisar projectos nas áreas de ener­gia, ambiente e logística.

Nos outros mercados de África onde o Grupo Mota­Engil está presente, o ano de 2008 foi também bastante positivo, destacando­se o Malawi, onde o Grupo reforçou a sua presença, nomeadamente na área de construção e manutenção de estradas, tendo anunciado adjudicações de mais de 100 milhões de euros. Também em 2008, o Grupo assinou um memorando de entendimento com o Governo do Mala­wi para diversos projectos, com destaque para a reabilitação do porto de Nsanje e desenvolvimento de duas centrais hidro­eléctricas. Este feito apenas foi possível devido ao reconhecido prestígio que foi construindo por via do seu posicionamen­to no mercado, pautado pela correcção e competência na execução.

Em Moçambique, continua a merecer desta­que a realização da ponte sobre o rio Zam­beze, a obra pública de maior dimensão desde a independência deste país. A obra, adjudicada em 2006 ao consórcio liderado pela Mota­Engil, foi orçada em 80 milhões de euros e estima­se que fique concluída durante o ano de 2009. Ainda em Moçambi­que, a Mota­Engil ganhou a obra de recupe­ração de um troço de estrada em Massinga, no Sul do país, com cerca de 50km, com um valor orçado de 26 milhões de euros, e encontra­se pré­qualificada, num conjunto de cinco concursos, para a reconstrução de diversas infra­estruturas, que somam 280 milhões de euros.

A Mota­Engil encontra­se igualmente pré­ ­qualificada no concurso para a concepção e concessão da empreitada da ponte entre Maputo e Catembe, na margem sul da cidade, uma obra avaliada em 200 milhões de euros.

A actividade em São Tomé e Príncipe e em Cabo Verde, embora limitada pela dimen­são dos respectivos mercados, demonstra

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

a capacidade do Grupo para aproveitar as oportunidades surgidas nos países de lín­gua oficial portuguesa.

No Peru, continuamos a marcar presença sobretudo na actividade de movimentação de terras. 2008 foi mais um bom ano para a actividade neste país, sendo que a estabili­dade do mercado permitiu continuar a de­senvolver a estratégia de crescimento e va­lorização da nossa associada local. É neste sentido que continuamos a dar passos para a diversificação da actividade, com a entra­da no mercado da promoção imobiliária.

Nos EUA, a associada MK Contractors, que se dedica à construção de empreendimentos imobiliários residenciais, foi inevitavelmente afectada pela crise do mercado habitacional norte­americano, à semelhança do ano de 2007. A actividade desta associada limitou­ ­se, assim, a assegurar a continuidade, a um ritmo reduzido, dos projectos que já haviam sido iniciados em anos anteriores.

O ano de 2008 registou ainda o início da ac­tividade desta área de negócio no México e na Venezuela.

No México, foi iniciada a construção da auto­estrada Perote­Banderilla y Libra­miento de Xalapa, representando um inves­timento na área da construção de cerca de 179 milhões de euros.

Na Venezuela, devemos destacar que o Gru­po integra, com uma participação de 26%,

um consórcio de empresas portuguesas para a realização de uma empreitada no porto de La Guaira, na Venezuela. A fase já contratualizada, referente à elaboração do projecto, está orçada em 9 milhões de dóla­res americanos de um total de 658 milhões, estimado para a totalidade da empreitada (57 meses). A remodelação do porto de La Guaira será uma obra de grande impacto, pois trata­se do principal porto da Venezue­la, servindo a cidade de Caracas. A emprei­tada permitirá modernizar o porto, através da execução de novas estruturas de cais acostáveis, elementos de protecção marí­tima, novas plataformas de movimentação de cargas e contentores e instalação dos respectivos equipamentos portuários de elevação e movimentação de carga.

O segmento de negócio África & América re­gistou em 2008 um crescimento do volume de negócios de 55% para os 430 milhões de euros (2007: 278 milhões de euros). Ao nível da rentabilidade operacional o desem­penho foi também positivo, com o EBITDA a situar­se nos 61 milhões de euros, em com­paração com os 44 milhões de euros obti­dos em 2007.

No quadro seguinte, encontram­se reflecti­dos os fluxos de capital entre a organização e os seus stakeholders:

O Valor Económico Directo Gerado cresceu de forma expressiva (48%) entre 2007 e 2008, o que possibilitou aumentar o Valor Económico Acumulado, em 2008, em 72%.

IndIcador 2008 2007

ValoreconómIcoGeradoedIstrIbuído euros

Valor económico directo gerado 1.106.867.674 749.150.806

Receitas 1.106.867.674 749.150.806

Valor económico distribuído 1.053.089.072 717.799.636

Custos operacionais 866.430.859 582.289.312

Salários e benefícios de empregados 136.815.992 108.348.421

pagamento a fornecedores de capital 38.362.317 19.466.908

pagamentos ao Estado 11.371.704 7.589.235

Investimentos na comunidade 108.200 105.760

Valor económico acumulado 53.778.602 31.351.170

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DESEmpENhO 128 129

Na prática, a Mota­Engil conseguiu aumen­tar a capacidade de retenção de riqueza (Valor Económico Acumulado) de 4% do Valor Gerado, em 2007, para 5%, em 2008.

Não se registaram, em 2008, implicações financeiras nem outros riscos ou oportuni­dades para as actividades desenvolvidas pela organização provocadas por altera­ções climáticas.

2. subsídios aufEridos E Planos dE PEnsõEs

O valor dos subsídios à actividade recebi­dos em 2008 pela Mota­Engil Engenharia provenientes do Estado ou de outras enti­dades públicas nacionais ou estrangeiras cifrou­se em € 404.613,40.

Foram ainda recebidos do Estado subsídios no valor de € 44.379,47 relativos à contra­tação de trabalhadores em regime de pri­meiro emprego.

Para além das contribuições obrigatórias para o regime geral da Segurança Social, cuja base contributiva incide sobre a massa salarial, não existe, na Mota­Engil Engenha­ria, qualquer Plano de Pensões de contri­buição definida.

3. PrEsEnça no mErcado

Relativamente a este aspecto e que constitui matéria a ser abordada de acordo com as di­rectrizes de relato adoptadas (GRI 3.0), pas­sa a dar­se conta da política da Mota­Engil Engenharia em relação às questões adiante enunciadas.

Política salarialOs padrões remuneratórios praticados pela Mota­Engil Engenharia correspondem, em traços gerais, à política global do Grupo sobre a matéria e são estabelecidos ten­do em conta a categoria profissional e a avaliação das funções dos seus colabora­dores, a inserção nas linhas e respectivos planos de carreira, e o desempenho obtido,

premiando os comportamentos de mérito através de uma adequada política de remu­neração variável.

No plano laboral, a Mota­Engil Engenharia rege­se pela observância do Contrato Co­lectivo de Trabalho (CCT) para a Construção Civil e Obras Públicas, instrumento este que rege supletivamente as condições de traba­lho da empresa para além dos dispositivos de natureza imperativa vertidos na lei geral.

No plano remuneratório e relativamente à fixação por via legal do Ordenado Mínimo Nacional (OMN), os valores praticados pela Mota­Engil Engenharia situam­se acima desse nível.

Fornecedores locais A complexidade dos projectos e obras em que a Mota­Engil Engenharia se encontra envolvida não permite a adopção sistemá­tica de uma política de selecção de fornece­dores que atente à sua proximidade numa lógica de favorecimento das comunidades locais.

Ainda assim, e apesar de não se encontrar formalizada uma política de preferência aos fornecedores locais, sempre que inicia um processo de procura no mercado, a Mota­Engil Engenharia procura garantir que estes são consultados e incluídos no processo de se­lecção, efectuado segundo critérios técnicos e financeiros previamente definidos.

Estes critérios incluem as variáveis quali­dade/preço, prazo de execução ou entre­ga e apresentação de propostas variantes que cumpram ou melhorem os dois pontos anteriores.

Em igualdade de condições, são utilizados os critérios de melhor cotação na fase de concurso e melhor avaliação interna.

Os fornecedores são sujeitos a um processo de qualificação onde são analisados tendo em conta a sua idoneidade, existência dos alvarás adequados, capacidade técnica e económico­financeira, bem como a garantia da qualidade.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

As regras e condições gerais de fornecimen­to a cumprir pelos fornecedores e contrata­dos da Mota­Engil Engenharia estão devida­mente formalizadas.

Os subcontratados que operem com a Mota­Engil Engenharia são, por outro lado, integrados no Sistema de Gestão, sendo­lhes previamente comunicadas as regras ambientais e de segurança a cumprir na execução dos contratos.

Trabalhadores locais O carácter especializado de uma grande parte das actividades da Mota­Engil Enge­nharia, aliado aos constrangimentos pró­prios do funcionamento do mercado de tra­balho, não permite o recurso sistemático à contratação local.

Além dos impactos sociais favoráveis para as comunidades locais que daí decorreriam, tal traduziria ainda a obtenção de evidentes ganhos no custo dos recursos envolvidos.

Todavia e tendo a Mota­Engil Engenharia uma actividade marcada pela dispersão e pelo carácter temporário das obras e projec­tos em que está envolvida, procura sempre que possível dar preferência à contratação local, designadamente nos sectores que re­queiram menor grau de especialização.

Quadros dirigentesA proveniência local na contratação de qua­dros dirigentes e membros da Alta Direcção não é tida em conta, atenta a diversidade e complexidade da actividade da Mota­Engil Engenharia, prevalecendo outros critérios que atendem ao perfil de qualificações, ex­periência e conhecimento do negócio dos profissionais a contratar.

4. imPactos Económicos indirEctos

A Mota­Engil Engenharia procura contribuir responsavelmente para o desenvolvimento das comunidades locais, em particular no que toca aos projectos de infra­estruturas, no decurso da sua actividade exercida em múltiplos contextos geográficos e sócio­ ­económicos.

Um exemplo desta preocupação foi o de­safio criado pela empreitada da Variante à EN205 em Arco de Baúlhe, em que existia a necessidade de se encontrar uma solução alternativa ao depósito de 710.000 m3 de solos em vazadouro e que cumprisse com as exigências ambientais. Para esse efei­to, foi desenvolvido, em coordenação com a autarquia, um projecto de execução de diversos aterros com recurso aos materiais sobrantes da empreitada.

Esta solução permitiu reaproveitar um total de 645.000 m3 destes materiais e teve um impacto para a Câmara/população de cerca de 1.780.000 euros.

Dos diversos trabalhos desenvolvidos, des­taca­se a execução de quatro aterros com recurso a um total de 445.000 m3 de mate­riais sobrantes da empreitada e a recupera­ção da antiga pedreira, localizada no buraco da Moura, com recurso a 200.000 m3 destes materiais, o que permitiu eliminar um risco ambiental e de segurança para as popula­ções vizinhas.

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DESEmpENhO 130 131

1. EnquadramEnto do sEctor dos rEsíduos

A organização e infra­estrutururação do sector, procurando a sua sustentabilidade ambiental, social e económica, constituem prioridades essenciais.

São disso exemplo a apresentação, em Ja­neiro de 2007, do QREN ­ Quadro de Refe­rência Estratégica Nacional, instrumento de definição da aplicação da política comuni­tária de coesão económica e social em Por­tugal para o período 2007­2013, cujos pro­gramas operacionais integram estratégias para o sector; e a publicação, em Fevereiro de 2007, do PERSU II – Plano Estratégico dos Resíduos Sólidos Urbanos 2007­2016, que define eixos de actuação, objectivos, metas e acções a desenvolver e pretende revolucionar o panorama da Gestão de RSU no nosso país nos próximos anos, tirando partido do novo ciclo de fundos comunitá­rios integrados no QREN.

O PERSU II é um instrumento estratégico es­sencial, para o qual se prevêem investimen­tos na ordem dos mil milhões de euros, dos quais cerca de 650 milhões serão elegíveis no âmbito do QREN.

Uma das grandes linhas orientadoras deste plano é a valorização máxima dos resíduos, em detrimento da deposição em aterro, e uma das maiores aspirações é o desvio dos resídu­os urbanos biodegradáveis (RUB) de aterro, apostando fortemente nas unidades de di­gestão anaeróbia, compostagem, e tratamen­to mecânico e biológico, contribuindo para a minimização da utilização do solo e diminuin­do a emissão de gases com efeito de estufa.

Os objectivos preconizados irão ao en­contro do alinhamento com as estratégias comunitárias e do Protocolo de Quioto, dissociando a produção de resíduos do crescimento económico, alcançando as me­tas impostas de reciclagem, valorização de resíduos e desvio de RUB de aterro, aumen­tando a vida útil destes e contribuindo para alcançar as metas na produção de energia a partir de fontes renováveis.

Este plano aponta para grandes transfor­mações no sector dos resíduos, prevendo um aumento de 10% tanto na valorização orgânica de RUB recolhidos selectivamen­te como na valorização multimaterial, um crescimento de 20% no tratamento mecâ­nico e biológico, e uma redução de 40% na deposição em aterro.

A adaptação dos Sistemas de Gestão de RSU no sentido de prosseguirem a estra­tégia agora implementada acarretará um esforço na prossecução dos objectivos e uma responsabilidade acrescida de todos os agentes envolvidos, de forma a que o sector dos resíduos possa evoluir no sen­tido da organização, da modernização e da sustentabilidade.

2. análisE da actividadE

A actividade da área de Ambiente e Serviços registou uma excelente “performance” em 2008, com consolidação da sua liderança em vários segmentos. O seu volume de ne­gócios atingiu os 285,8 milhões de euros, face aos 248,9 milhões de euros de 2007, representando um crescimento de 15%. Também ao nível da rentabilidade operacio­nal, o desempenho desta área de negócio foi positivo. O EBITDA foi de 66,4 milhões de euros (2007: 58,7 milhões de euros), re­presentando uma margem EBITDA de 23%, um pouco abaixo da verificada em 2007.

O segmento de negócio dos resíduos inclui as empresas de recolha e tratamento de resíduos sólidos urbanos, concentradas na SUMA, e de óleos usados. Em 2008, a acti­vidade de resíduos atingiu um crescimento de 18%, tendo o seu volume de negócios passado a crescer de 85,8 milhões de euros em 2007 para os 101,4 milhões de euros.

A integração do Grupo Novaflex, ocorrida já em 2007, permitiu reforçar a posição de liderança nacional do Grupo SUMA. Por outro lado, após a aquisição da Triu, o Gru­po alargou a sua presença no mercado do tratamento de resíduos industriais. Desta forma, a SUMA, com uma quota de 54% do

8.1.2 ambIenteeserVIÇos

suma,serVIÇosurbanosemeIoambIente,sa

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

mercado privatizado, serve 46 concelhos e uma população superior a 2 milhões de ha­bitantes. No que concerne ao tratamento de resíduos, está presente em 28 concelhos, servindo uma população de 815 mil habi­tantes. Dada a quota de mercado alcança­da, estamos conscientes que só consegui­remos continuar a crescer a este ritmo se neste mercado, maioritariamente operado por entidades públicas, o ritmo de privati­zação se acelerar.

Assim, a opção de crescimento passa pela internacionalização do negócio, tendo o Grupo definido como mercados estratégi­cos Angola e Europa Central, nos quais se encontra presente através da estrutura da

actividade de Construção. De referir que, em Angola, foram já adjudicados alguns con­tratos e as perspectivas são animadoras. A operação já existente na Polónia continua sem ter o desenvolvimento que se deseja­va; o Grupo mantém­se atento a oportuni­dades de crescimento por aquisição.

Apesar da conjuntura actual, é nossa con­vicção que o ano 2009 permitirá manter o crescimento do segmento, embora com me­nor ritmo e forte pressão nas margens ope­racionais.

No quadro seguinte encontram­se reflecti­dos os fluxos de capital entre a organização e os seus stakeholders:

O Valor Económico Directo Gerado cresceu cerca de 17% em 2008, o que possibilitou aumentar o Valor Económico Acumulado em 33%.

IndIcador 2008 2007

IndIcador 2008 2007

ValoreconómIcoGeradoedIstrIbuído euros

dImensÃosuma

Valor económico directo gerado 71.821.528 61.276.169

Receitas 71.821.528 61.276.169

Valor económico distribuído 62.028.302 53.929.971

Custos operacionais 27.584.467 20.942.134

Salários e benefícios de empregados 23.382.465 20.226.996

pagamento a fornecedores de capital 6.696.077 8.113.474

pagamentos ao Estado 4.219.588 4.635.012

Investimentos na comunidade 145.704 12.355

Valor económico acumulado 9.793.226 7.346.198

Volume de Negócios (€) 83.117.886 57.787.915

Nº de Instalações/Centros 53 52

Nº Equipamentos (pesados/ligeiros) 804 702

Nº municípios servidos (recolha RSU e limpeza urbana) 46 35

Nº habitantes servidos (recolha RSU e limpeza urbana) 1.981.880 1.808.213

Nº municípios servidos (tratamento RSU) 43 6

Nº habitantes servidos (tratamento RSU) 1.249.964 472.472

Quantidade de Resíduos - Recolha RSU (ton) 704.863 573.612

Quantidade de Resíduos - Tratamento RSU (ton) 554.908 259.116

Quantidade de Resíduos - Industriais (ton) 26.451 24.991

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DESEmpENhO 132 133

3. subsídios aufEridos E Planos dE PEnsõEs

Durante o ano de 2008, a SUMA não aufe­riu subsídios à exploração, do Estado ou outras entidades. No entanto, foram con­cedidos benefícios fiscais no montante de € 361.380,46 respeitantes à criação de em­prego para jovens.

Para além das contribuições obrigatórias para o regime geral da Segurança Social, cuja base contributiva incide sobre a massa salarial, não existe na SUMA qualquer Plano de Pensões de contribuição definida.

4. PrEsEnça no mErcado

Política salarialOs padrões remuneratórios praticados pela SUMA seguem, de forma geral, a política global do Grupo e são estabelecidos tendo em conta a categoria profissional e avaliação das funções dos seus colaboradores, a inser­ção nas linhas e respectivos planos de car­reira, e o desempenho obtido, premiando os comportamentos de mérito através de uma adequada política de remuneração variável.

Face à inexistência de qualquer instrumen­to de regulamentação colectiva do trabalho que abranja a actividade da SUMA, no seu conjunto, as relações de trabalho na empre­sa são reguladas observando a lei geral.

No plano remuneratório e relativamente à fixação por via legal do Ordenado Mínimo Nacional (OMN), os valores praticados pela SUMA situam­se acima desse nível.

Fornecedores locais Os fornecedores da SUMA estão agrupados em dois grandes segmentos — principais e secundários.

São considerados fornecedores principais, aqueles cujo desempenho influencia direc­tamente os serviços prestados pela SUMA, nomeadamente no que diz respeito à quali­dade do serviço e às condições ambientais e de segurança em que este é realizado.

Aos fornecedores secundários estão asso­ciadas aquisições e fornecimentos especí­ficos, de acordo com a área geográfica em que se encontra implantado cada Centro de Serviço, sendo normal e preferencialmente fornecedores locais.

A qualificação e avaliação de Fornecedores é realizada de acordo com procedimento docu­mentado e que integra a rede de processos do sistema de gestão da SUMA, destinando­se a todos os Fornecedores Principais.

São considerados fornecedores principais, aqueles cujo desempenho influencia direc­tamente os serviços prestados pela SUMA, nomeadamente no que diz respeito à quali­dade do serviço e às condições ambientais e de segurança em que este é realizado. Aos fornecedores secundários estão associadas aquisições e fornecimentos específicos, de acordo com a área geográfica em que se en­contra implantado cada Centro de Serviços e são preferencialmente fornecedores locais.

O procedimento de compras a fornecedores locais define que “o requerente tem auto­nomia para efectuar uma compra localmen­te, sempre que pretenda adquirir material descentralizado” sendo a lista de material centralizado/descentralizado e respectivos fornecedores actualizada periodicamente com base na avaliação dos fornecedores já qualificados e na qualificação de novos for­necedores.

A compra descentralizada, tal como a centra­lizada, terá em consideração aspectos como especificações do bem ou serviço, condições de fornecimento e de pagamento compatí­veis, risco para os trabalhadores e terceiros na utilização do bem ou serviço, impacto ambiental dos bens ou serviços a fornecer e análise do histórico do fornecedor visado.

Trabalhadores locaisA SUMA procura, sempre que possível, pro­ceder ao recrutamento de trabalhadores locais, em particular para o exercício de funções que requerem menor grau de espe­cialização técnica.A exemplo do que acontece com a Mota­Engil

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

Engenharia, o carácter especializado das ac­tividades da SUMA, aliado aos constrangi­mentos próprios do funcionamento do mer­cado de trabalho, não permitem o recurso sistemático à contratação local.

Quadros dirigentesA proveniência local na contratação de qua­dros dirigentes e membros da Alta Direcção não é tida em conta, tal como sucede com a Mota­Engil Engenharia, prevalecendo ou­tros critérios que atendem ao perfil de qua­lificações, experiência e conhecimento do negócio dos profissionais a contratar.

5. imPactos Económicos indirEctos

A actividade da SUMA é exercida em múltiplos contextos geográficos e sócio­ ­económicos, o que obriga a uma permanen­te aprendizagem da própria Organização na adaptação a esses contextos procurando que os seus impactos sejam socialmente positivos para a envolvente. Dado que a maioria do trabalho desenvolvido nesses

contextos tem por base contratos de média duração, existe uma estabilidade nas suas operações, o que possibilita o estabeleci­mento de relações com a rede económica e social local com alguma consistência e res­ponsabilização de parte a parte.

Para além dos impactos indirectos devidos à própria actividade, a SUMA procura ainda contribuir responsavelmente para o desen­volvimento das comunidades locais, atra­vés de um esforço particularmente notório no desenvolvimento das suas acções de educação e sensibilização ambiental.

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DESEmpENhO 134 135

1. gEstão ambiEntal

O respeito pelo Ambiente é um aspecto es­sencial da visão, da estratégia e da política da Mota­Engil Engenharia. Nesse sentido, a Mota­Engil Engenharia estabeleceu como princípios gerais de Gestão Ambiental:

· Garantir o cumprimento dos requisitos le­gais e contratuais aplicáveis;

· Reduzir os impactos ambientais decorren­tes das actividades das Áreas de Negócio, pela implementação dos procedimentos e normas ambientais adequados, nomea­damente relativos à gestão de resíduos, águas residuais e produtos perigosos; ao controlo de emissões atmosféricas e ruí­do; à racionalização das áreas a ocupar; e ao consumo de matérias­primas,

· Implementar em todos os Centros de Cus­to o Sistema de Gestão Ambiental e definir um documento orientador que, desenvol­vendo as metodologias de planeamento, implementação, acompanhamento, verifi­cação e monitorização a adoptar, dê com­pleto cumprimento aos requisitos legais e à norma EN NP 14001, incluindo os defini­dos na sua Política Ambiental.

· Garantir que os factores fundamentais de protecção ambiental e as melhores práti­cas de gestão ambiental sejam conside­rados em todas as fases das actividades das áreas de negócio;

· Sensibilizar todos os colaboradores inter­nos e subempreiteiros para a responsabili­dade da preservação e protecção do meio

ambiente, assegurando a formação e educa­ção adequadas a cada função;

· Estabelecer os programas de monitori­zação e controlo adequados para a ve­rificação dos parâmetros de qualidade fundamentais, de modo a permitir uma avaliação contínua da implementação e eficácia dos procedimentos;

· Avaliar periodicamente a eficácia do Pro­grama de Gestão Ambiental implementa­do, a fim de o corrigir ou melhorar, com vista à melhoria contínua do desempe­nho ambiental.

Para a concretização destes princípios, a Mota­Engil Engenharia possui, desde Maio de 2005, um Sistema de Gestão Ambiental implementado e certificado no âmbito da norma NP EN ISO 14001, estando o mesmo integrado no seu Sistema de Gestão por Processos, o que permite dar resposta aos vários requisitos da Norma.

Reconhecendo a dimensão e influência da sua actividade em matéria ambiental, a Mota­Engil Engenharia assume um compro­misso de actuação responsável, buscando, de forma permanente, a minimização dos impactos ambientais, directos e indirectos, da sua actividade.

Esta preocupação encontra­se interioriza­da e embebida nos processos de gestão da Mota­Engil Engenharia, através da im­plementação de procedimentos específi­cos para os vários descritores ambientais, cumprimento de requisitos legais, avalia­ção regular do desempenho ambiental e

8.2DESEmpENhO AmBIENTAL

8.2.1 enGenharIaeconstruÇÃo

mota-enGIlenGenharIaeconstruÇÃo

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

promoção, junto dos seus trabalhadores e entidades subcontratadas, dos valores e procedimentos ambientais.

2. organização do sistEma dE gEstão ambiEntal

O Sistema de Gestão Ambiental em vigor na Mota­Engil Engenharia é suportado numa mo­delação por processos, traduzida num reposi­tório de conhecimento funcional e organiza­cional orientado para os seus vários negócios.

Tal permite uma abordagem integrada e siste­matizada da gestão, a partir da qual é fixado o cumprimento de objectivos e dos referenciais normativos de certificação, bem como a ino­vação e a melhoria do desempenho.

Para cada actividade, são identificados os aspectos ambientais associados, obede­cendo o processo de identificação a uma metodologia descrita num procedimento específico aplicável a todas as actividades desenvolvidas pela organização.

Os aspectos ambientais considerados signi­ficativos são posteriormente integrados num Plano de Gestão Ambiental, de forma a serem objecto de controlo através de programas de monitorização e medição, aplicação de proce­dimentos de controlo operacional, definição de medidas a cumprir pelas entidades sub­contratadas, estabelecimento de acções cor­rectivas e preventivas, medidas de formação e sensibilização ambiental dos trabalhadores, e informação junto das populações sobre os impactos decorrentes da obra.

A formação e sensibilização dos trabalhado­res constitui um aspecto central do Plano de Gestão Ambiental, através de um conjunto de acções de divulgação dos aspectos es­senciais do Sistema de Gestão Ambiental, procedimentos ambientais a executar e infor­mação sobre temas ambientais relevantes, acções estas extensivas às entidades e tra­balhadores das entidades subcontratadas.

Neste âmbito, são ainda efectuadas acções de “direct mailing”, dirigidas a todos os

colaboradores da Mota­Engil Engenharia, alusivas à comemoração do Dia Mundial da Água, Dia Mundial da Árvore, Dia Interna­cional da Terra e outras datas evocativas.

Os níveis de responsabilidade, a definição de funções e as interdependências em que estão envolvidos todos os colaboradores, no âm­bito do sistema de gestão ambiental, estão definidos na modelação do sistema, recaindo sobre o membro do Conselho de Administra­ção da Mota­Engil Engenharia e Construção com o pelouro ambiental a responsabilidade máxima pela política ambiental.

Aos responsáveis das áreas e Direcções de Obra compete a missão de desenvolverem as suas actividades em conformidade com o que está previsto no sistema, tendo ainda a incumbência da sua actualização em função das práticas efectivamente implementadas, na perspectiva da sua melhoria contínua.

Nas ausências ou impedimentos destes res­ponsáveis, é assegurada a sua substituição temporária através da identificação explícita de um substituto no exercício dessas funções.

Em relação ao negócio de Construção, Infra­estruturas e Engenharia, segmento principal de actividade, alguns dos projectos são objec­to de Avaliação de Impacto Ambiental, sendo ainda relevantes os princípios e exigências ambientais a respeitar em cada empreitada tal como definidos pelo respectivo dono de obra.

Na componente da gestão ambiental em es­taleiros, existem procedimentos específicos para a gestão de resíduos e efluentes e con­trolo de ruído, estando os referidos estaleiros e as diferentes frentes de obra equipados com os materiais e meios necessários a dar resposta a quaisquer incidentes/acidentes ambientais, nomeadamente quando haja lu­gar a derrames acidentais de substâncias po­luentes. As áreas afectas a oficinas, parque de máquinas e armazenamento de produtos químicos são impermeabilizadas, possuin­do uma drenagem eficaz.

No sector de actividade da Mota­Engil Enge­nharia, é particularmente relevante a gestão

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DESEmpENhO 136 137

de resíduos. Em todas as instalações e obras da empresa são implementados Planos de Gestão de Resíduos em que se definem li­nhas de actuação para as operações de re­colha selectiva, armazenamento temporário, acondicionamento, transporte e encaminha­mento para destino final adequado.

O Sistema de Gestão Ambiental comporta ainda a condução de auditorias internas com o objectivo de avaliar a conformidade com o referido sistema. O seu planeamento é realizado semestralmente e as equipas de auditoria são independentes das áreas au­ditadas, de forma a garantir a sua imparcia­lidade e independência.

3. sistEma dE indicadorEs

O sistema de indicadores adoptado no quadro da política de gestão ambiental da Mota­Engil Engenharia procura dar respos­ta às informações solicitadas no âmbito da directriz de relato GRI 3.0.

Nos quadros que se seguem, são apre­sentados os indicadores referentes a cada

descritor ambiental.Foram utilizadas as seguintes densidades e factores de conversão e emissão:

Densidades típicas:· Gasóleo 890 kg/m3

· Factores de conversão:· Gasóleo 43,31 Gj/ton – Fonte: Instituto

do Ambiente;· Electricidade 0,0036 Gj/kwh – Fonte: EDP

· Factores de Emissão de CO2:· Gasóleo 74,1 kg/Gj – Fonte: Instituto

do Ambiente;· Electricidade 445 g/kwh líquido – Fonte: EDP.

I. MateriaisNo decurso da actividade da Mota­Engil Engenharia, os maiores consumos de mate­riais referem­se a trabalhos de execução de obras e extracção de minerais.

Na tabela que se segue, são apresentados os principais materiais consumidos em 2008 e respectivas quantidades.

desIGnaÇÃo unIdades total

materIaIsconsumIdos

Acumuladores (baterias) un 235Aço ton 37.192Adjuvante ton 670Agregados (areias, britas, inertes…) ton 1.919.314Azulejos m2 16.344Bentonite ton 0,5Betão ton 1.409.578Cimento ton 234.041Coroas un 155Ferro ton 98Geotêxtil m2 397.652Lâmpadas Fluorescentes un 18.407madeira ton 3.997massas de Lubrificação ton 1Óleos ton 262papel ton 21Tintas ton 4Tinteiros un 3.493Toners un 1.078Tubos de pVC ton 186

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

II. EnergiaEste é um recurso essencial à actividade da Mota­Engil Engenharia, seja para o trans­porte ou para o sector produtivo, sendo a principal forma de energia consumida o gasóleo, associado ao funcionamento de

Durante 2008, as áreas de negócio que re­gistaram um maior consumo deste recurso foram a Construção, Infra­estruturas e En­genharia e a área dos Agregados, represen­tando respectivamente 50% e 29% do con­sumo total. No entanto, convém salientar

consumodIrectodeenerGIaPoractIVIdade

máquinas, equipamentos e outros veículos.Os gráficos abaixo permitem­nos analisar o consumo directo de energia segmentado por fonte primária.

que a área dos Agregados diminuiu o seu consumo de gasóleo em cerca de 35% face ao ano de 2007.

consumodIrectodeenerGIa,seGmentadoPorfontePrImárIa

Consumo de 3.803.424 776.926 6.635.557 711.810 103.926 1.202.292 27.386 13.261.321Gasóleo (litros)

AGREGADOS BETõES hIDRáULICOS

FUNDAçõES ESpECIAIS

GEOTECNIACONSTRUçãO INFRA-ESTRUTURAS ENGENhARIA

ESTALEIRO DO pORTOALTO

TOTALLABORATÓRIO CENTRAL

áREAS DE NEGÓCIO

construÇÃo,Infra-estruturaseenGenharIa50%

fundaÇõesesPecIaIs5%

GeotecnIa1%

betõeshIdráulIcos6%

estaleIrodoPortoalto9%

aGreGados29%

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DESEmpENhO 138 139

Analisando o consumo de gasóleo da Mota­Engil Engenharia ao longo dos últimos três anos, verifica­se que, apesar de existir um au­mento no consumo deste recurso, a taxa de crescimento está, no entanto, a diminuir ­ au­mentou 11% em 2008, face aos 59% de 2007.

Relativizando o consumo de gasóleo face ao volume de actividade, constata­se que o consumo de gasóleo em Gj, por milhão de euros vendido, diminuiu em 20% ­ passan­do de 439 Gj por milhão de euros, em 2007, para 348, em 2008.

Os gráficos abaixo permitem­nos analisar os consumos de electricidade, aqui consi­derada como componente indirecta do con­sumo total de energia.

consumoIndIrectodeenerGIa,seGmentadoPorfontePrImárIa

Consumo de Energia 9.666.694 211.046 4.270.848 20.550 756.117 19.706 14.944.961Eléctrica (Kwh))

AGREGADOS BETõES hIDRáULICOS

GEOTECNIACONSTRUçãO INFRA-ESTRUTURAS ENGENhARIA

ESTALEIRO DO pORTOALTO

TOTALLABORATÓRIO CENTRAL

áREAS DE NEGÓCIO

(Gj/ano)

289,9852006

460,6542007

511,1692008

0 100 200 300 400 500 600

eVoluÇÃodoconsumodIrectodeenerGIa

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

consumoIndIrectodeenerGIaPoractIVIdade

aGreGados65%

construÇÃo,Infra-estruturaseenGenharIa29%

estaleIrodoPortoalto5%

betõeshIdráulIcos1%

Em termos de consumo de electricidade, foram também as áreas de negócio de Agregados e a área de Construção, Infra­ ­estruturas e Engenharia as que mais con­tribuíram para o consumo deste recurso em 2008, representando respectivamente 65% e 29% do consumo total. À excepção da Construção, registou­se uma diminuição no consumo de electricidade em todas as Áreas de Negócio face a 2007.

Verifica­se que a Mota­Engil Engenharia, tal como no consumo de gasóleo, tem vin­do a registar uma diminuição na taxa de

O aumento do consumo registado na área de Construção, Infra­estruturas e Engenha­ria é parcialmente explicado pelo facto de a análise do consumo de energia eléctrica nos estaleiros temporários ser particular­mente complexa, pois os valores variam consoante a natureza das actividades exer­cidas, o tipo de obra, o número de colabo­radores afectos e o equipamento existente.

crescimento do consumo de electricidade desde 2006 – em 2008, o consumo manteve­se praticamente constante face a 2007.

(Gj/ano)

45.0352006

53.4912007

53.8012008

0 10.000 20.000 30.000 40.000 50.000 60.000

eVoluÇÃodoconsumoIndIrectodeenerGIa

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DESEmpENhO 140 141

consumodeáGuaPorfonte

Para uma análise comparativa mais rigorosa destes consumos, houve necessidade de ex­purgar do consumo total de energia de 2007 o consumo de electricidade registado nos edifí­cios, dado que não foi possível obter com cla­reza esta informação relativa a 2008. Assim, face a 2007, registou­se um ligeiro aumento no consumo total de electricidade (cerca 0,6%), provocado essencialmente pela área de Construção, Infra­estruturas e Engenharia.

Relativizando este consumo de electricidade face ao volume de actividade, constata­se que o consumo de electricidade em Gj, por milhão de euros vendido, diminuiu em 28% ­ passando de 51 Gj consumidos por milhãode euros, em 2007, para 37, em 2008.

São várias as áreas de negócio da Mota­Engil Engenharia que apostam na implementação de medidas com vista à optimização do con­sumo de energia, destacando­se o Projecto Sustentabilidade EPA (Estaleiro do Porto Alto), que visa a adopção de energias alter­nativas no estaleiro, através da instalação de painéis solares térmicos e/ou solares fotovoltaicos em edifícios de alvenaria e nas naves industriais de estrutura e revestimen­to metálico que compõem o estaleiro.

A par deste projecto, foram caracterizados procedimentos acessórios de racionalização de consumos, tais como:

· Aplicação de películas atérmicas nos vi­dros das janelas dos edifícios;

· Instalação de automatismos destinados a controlar a activação e desactivação de equipamentos/instalações, de acordo com os respectivos períodos de funcionamento;

· Substituição de lâmpadas incandescentes por outras de menor consumo e maior du­rabilidade;

· Melhor aferição da bateria de condensado­res de compensação de energia reactiva.

Estas iniciativas irão revelar­se fundamen­tais também na redução de emissões de Ga­ses de Efeito de Estufa.

III. ÁguaEm 2008, o consumo de água da Mota­Engil Engenharia ascendeu aos 409 mil m3.

A água utilizada nas diferentes actividades tem como finalidade o uso doméstico, o uso industrial, a lavagem de rodados e vias pú­blicas e a lavagem de caminhos de acesso de forma a diminuir a libertação de poeiras para a atmosfera.

Cerca de 48% da água consumida na activi­dade da Mota­Engil Engenharia é provenien­te de rede pública, sendo também consumi­da água de 34 captações subterrâneas e de seis captações superficiais.

redePúblIca48%

caPtaÇõessubterrâneas(34caPtaÇões)42%

caPtaÇõessuPerfIcIaIs(6caPtaÇões)10%

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

Constata­se também que, apesar do consu­mo de água ter aumentado, a taxa de cres­cimento tem vindo a diminuir ao longo dos

Relativizando este consumo de água face ao volume de actividade, constata­se que o consumo de água em m3, por milhão de eu­ros vendido, diminuiu em 14%, face a 2007 ­ passando de 323 m3 consumidos por milhão de euros para 279.

caPtaÇõessuPerfIcIaIs

caPtaÇõessubterrâneas

redePúblIca

O gráfico abaixo ilustra os consumos de água efectuados pelas diversas actividades desenvolvidas na Mota­Engil Engenharia du­rante o ano 2008.

consumototaldeáGuaPoractIVIdade

construÇÃoInfra-estruturasenGenharIa45%

estaleIrodoPortoalto5%

aGreGados33%

betões17%

anos. Face a 2007, registou­se uma diminui­ção significativa (41%) no consumo de água proveniente de captações superficiais.

(m3)

0 50.000 100.000 150.000 200.000 250.000 300.000 350.000 400.000 450.000

eVoluÇÃodoconsumodeáGuaseGmentadoPorfonte

2006

2007

2008

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DESEmpENhO 142 143

Os principais consumos estão associados à área de negócio de Construção, Infra­estru­turas Engenharia e à de Agregados, repre­sentando estas duas áreas 78% do consumo total de água. O aumento no consumo de água é parcialmente explicado por uma me­lhor recolha de dados em 2008 e o aumento no volume de negócios.

Saliente­se que a área de negócio da Geotecnia tem vindo a diminuir o seu consumo de água desde 2006, registando em 2008 uma diminui­ção de 24% face a 2007.

Refira­se ainda que as áreas de negócios Agregados e Betão Pronto reutilizaram 11.100 m3 de água em 2008, o que representa 5,4% do seu consumo.

IV. BiodiversidadeA Mota­Engil Engenharia não tem instala­ções localizadas em áreas classificadas ou em zonas protegidas.

No entanto, para todas as áreas de negócio são identificados e avaliados os possíveis

impactos ambientais, entre eles os impactos sobre a biodiversidade.

No caso das obras sujeitas a elaboração de Estudos de Impacto Ambiental e Relatório de Conformidade Ambiental do Projecto de Execução (RECAPE), bem como na elabora­ção de Estudos de Impacto Ambiental para a exploração de pedreiras, também a biodiver­sidade é tida em consideração.

V. Emissões, Efluentes, Resíduos De uma forma geral, o sector da construção civil tem uma tipologia de emissões que lhe está associada: as emissões gasosas resul­tantes do transporte e da movimentação de máquinas e veículos.

Uma vez que o CO2 é a emissão gasosa emi­tida pela Mota­Engil Engenharia com maior relevância, quer em termos de quantidade, quer de impacto, foram estimadas as emis­sões de CO2 correspondentes a consumos directos – relacionados com a produção – e indirectos de energia – da frota automóvel.

(ton/ano)

electrIcIdade18%

Gasóleo82%

emIssõesco2

emIssõesdIrectaseIndIrectasdeGasescomefeItodeestufa

Gasóleo 31.645,7

Electricidade 6.800,0

Total 38.445,7

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

O gasóleo é a fonte energética responsável por 82% das emissões de CO2 na Mota­Engil Engenharia.

A actividade da Mota­Engil Engenharia não provoca a emissão de substâncias destrui­doras da camada de ozono.

No que se refere à produção de poeiras re­sultantes da movimentação de máquinas e veículos, as medidas de controlo normal­mente impostas passam pelo humedeci­mento dos solos, transporte coberto de terras, silos encapsulados, uso de equipa­mentos dotados de captação e lavagem dos rodados das viaturas.

A Mota­Engil Engenharia efectua também regularmente o controlo de efluentes ga­

sosos e, sempre que necessário, procede à instalação de filtros para remoção de par­tículas.

Relativamente à produção de efluentes lí­quidos, as actividades desenvolvidas pelas áreas de negócio da Mota­Engil Engenha­ria caracterizam­se pela relativa reduzida quantidade de efluentes produzidos, tendo, durante o ano de 2008, sido descarregados 1.557 m3 de águas residuais industriais.

As actividades que mais contribuem para este volume são a escorrência e lavagem de areias (área de negócio dos Agregados),

electrIcIdade

Gasóleo

(ton/ano)

21.488

5.5672006

32.192

7.5612007

31.645

6.8002008

0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000 35.000

eVoluÇÃodasemIssõesdIrectaseIndIrectasdeGee

Em 2008, registou­se uma diminuição das emis­sões de gases com efeito de estufa em 3,3%, com maior expressão na electricidade (10%).

(ton/ano)

2008

outrasemIssõesIndIrectasdeGasescomefeItodeestufa

Gasóleo - frota automóvel 6.232

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DESEmpENhO 144 145

lavagem e manutenção de equipamentos e dos postos de abastecimento de combustí­vel e lavagem de rodados. Nestas situações, à excepção da lavagem de areias, o efluente antes de ir para o destino final passa por um separador de hidrocarbonetos.

O sector da construção civil é responsável por uma parte muito significativa dos resí­duos gerados em Portugal, situação comum à generalidade dos demais Estados­mem­bros da União Europeia em que se estima uma produção anual global de 100 milhões de toneladas de Resíduos de Construção e Demolição (RCD).

Com a entrada em vigor do DL 46/2008, passaram a ser enquadrados em RCD os re­síduos produzidos em actividades de Cons­trução e Demolição.

QuantIdadetotalderesíduosPortIPo

Assim, relativamente aos resíduos produ­zidos nas actividades desenvolvidas pela Mota­Engil Engenharia, temos as seguintes tipologias, representadas no gráfico abaixo:

· Resíduos de Construção e Demolição · Resíduos Industriais · Resíduos Equiparados a Urbanos

resíduosconstruÇÃoedemolIÇÃo92,2%

resíduosIndustrIaIs7,4%

resíduoseQuIParadosaurbanos0,4%

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

Refira­se que a Mota­Engil se encontra a de­senvolver vários projectos de valorização de resíduos:· Valorização de materiais provenientes

de escavação – os materiais provenien­tes das escavações executadas em obras rodoviárias constituem um resíduo tradi­cionalmente depositado em vazadouro, sendo a sua valorização possível através de técnicas de tratamento dos materiais com ligantes hidráulicos (cal e cimento). Esta valorização permite uma redução do consumo de recursos minerais e ao mes­mo tempo uma redução de custos e de consumo de energia;

· Reciclagem de misturas betuminosas a quente – a reabilitação de pavimentos rodoviários origina grandes quantidades de materiais resultantes da fresagem dos pavimentos e cujo destino final é maiori­tariamente a condução a vazadouro. Com a reciclagem de misturas betuminosas a quente, pretende­se uma gestão mais sus­tentável do consumo de materiais nobres na execução de pavimentos rodoviários;

· Reciclagem de misturas betuminosas com betume borracha – os pneus usados cons­tituem um resíduo altamente poluente e com poucas alternativas em termos de va­lorização. A Mota­Engil tem desenvolvido estudos na utilização da borracha triturada proveniente de pneus usados para modifi­cação das propriedades do betume utiliza­do no fabrico de misturas betuminosas;

· Valorização de finos de pedreiras – no âmbito do protocolo celebrado entre o Laboratório Nacional de Engenharia Civil e a Mota­Engil Engenharia, está em cur­so um programa de investigação para a valorização dos finos resultantes da lava­gem de agregados e provenientes de dois centros de produção, numa perspectiva de valorizar o resíduo através da sua apli­cação como material de construção em obras geotécnicas.

Na tabela que se segue, encontram­se ca­racterizados os resíduos produzidos pela Mota­Engil Engenharia, no decurso de 2008, por tipologia e método de tratamento.

(ton/ano)

tIPoderesíduosProduzIdos

QuantIdadetotalderesíduosPortIPoemétododetratamento

Total Resíduos Industriais perigosos 269,7Valorização (Código R) 150,2Eliminação (Código D) 119,5 Total Resíduos Industriais Não-perigosos 1.419,1Valorização (Código R) 1.294,0Eliminação (Código D) 125,1 Total Resíduos Construção e Demolição perigosos 1.389,2Valorização (Código R) 19,5Eliminação (Código D) 1.369,7 Total Resíduos Construção e Demolição Não-perigosos 19.554,8Valorização (Código R) 11.664,7Eliminação (Código D) 7.890,1 Total Resíduos Equiparados a Urbanos 79,8Valorização (Código R) 24,9Eliminação (Código D) 54,9

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DESEmpENhO 146 147

Os resíduos gerados pela actividade da Mota­Engil Engenharia são essencialmen­te Resíduos de Construção e Demolição RCD, que representam cerca de 92% do total de 22.713 toneladas de resíduos pro­duzidos. Destes RCD, 86% são resíduos Não­Perigosos.

Dentro dos Resíduos Industriais e RCD Peri­gosos mais produzidos na Mota­Engil Enge­nharia, a título de exemplo estão as lamas contaminadas com hidrocarbonetos e as, misturas betuminosas contendo alcatrão. Dentro dos Não­Perigosos, consideram­se a mistura de betão, ladrilhos, telas e materiais cerâmicos, mistura de resíduos de constru­ção e demolição, betão e metais ferrosos.

Refira­se ainda que, em 2008, foram reutili­zadas 277 toneladas de solos e rochas.

No gráfico abaixo, pode ser analisado o mé­todo de tratamento dos resíduos efectuado pela Mota­Engil Engenharia.

(ton/ano)

resíduosIndustrIaIs

PerIGosos

resíduosIndustrIaIs

nÃo-PerIGosos

0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 14.000 16.000 18.000 20.000 22.000

QuantIdadetotalderesíduosPortIPoemétododetratamento

ValorIzaÇÃo(códIGor)

elImInaÇÃo(códIGod)

ValorIzaÇÃo(códIGor)

elImInaÇÃo(códIGod)

elImInaÇÃo/ValorIzaÇÃo

0 20.000 40.000 60.000 80.000 100.000 120.000

eVoluÇÃodotratamentoefectuadoaosresíduos

2007

2008

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

A queda significativa registada na produção de resíduos possibilitou um aumento do peso da valorização em 2008, de 11% para 58 %.

Durante o ano 2008, a Mota­Engil Engenha­ria não registou a ocorrência de derrames significativos. Registou­se a ocorrência de pequenos derrames de lubrificantes cuja contenção foi devidamente efectuada.

VI. Produtos e Serviços Foi desenvolvido, pelo Núcleo de Gestão Ambiental, um procedimento específico com o objectivo de definir uma metodologia de identificação e avaliação dos aspectos ambientais das actividades e/ou serviços desenvolvidos pela Mota­Engl Engenharia.

A metodologia estabelecida neste procedi­mento consiste em identificar e avaliar os impactos e os aspectos associados a de­terminada actividade, produto ou serviço, integrando os aspectos considerados signi­ficativos no sistema de Gestão e garantir o respectivo controlo.

Desta forma, nas obras da Mota­Engil Enge­nharia é implementado um Plano de Gestão Ambiental cujo propósito consiste em ga­rantir o cumprimento dos requisitos legais, do cliente e do Sistema, contribuindo desta forma para a minimização dos impactos ge­rados pela sua actividade (como por exem­plo: produção de RDC, ruído, derrames).

Todas as áreas da Mota­Engil Engenharia são responsáveis pelo cumprimento dos re­quisitos legais e outros que lhes sejam apli­cáveis, existindo para tal procedimentos internos que garantam o seu conhecimento e aplicação.

O Núcleo de Gestão Ambiental tem a res­ponsabilidade de analisar os requisitos le­gais aplicáveis às diversas áreas de negó­cio da organização, divulgá­los e verificar o seu cumprimento. Quando são detectadas situações de não­conformidade, são desen­volvidas acções correctivas no sentido de resolver a situação e impedir a sua recor­rência no futuro.

VII. Conformidade Em 2008, registou­se uma contra­ordena­ção ambiental no valor de 9.750 euros, re­lativa à ausência de licença de ruído numa obra da Mota­Engil Engenharia.

VIII. Transporte A frota da Mota­Engil Engenharia, que inclui viaturas ligeiras, viaturas pesadas e máqui­nas, tem uma idade média reduzida, a ron­dar os cinco anos, o que possibilita meno­res consumos de combustíveis e emissões associadas.

No sentido de minimizar impactos ambien­tais resultantes do transporte de bens e outros materiais utilizados nas operações da organização, têm sido implementadas algumas medidas, das quais se destacam:

· Mensalmente, é quantificado o consumo da frota e acompanhada a sua evolução para controlo e divulgação;

· Está em curso a caracterização da frota relativamente aos índices de emissões gasosas, o que possibilitará a definição de objectivos que permitam a imple­mentação de medidas para a redução de emissões de CO2;

· Realizaram­se, em 2008, duas acções de formação em Ecocondução no sentido de sensibilizar os utilizadores para as boas práticas ao nível da condução, poupança de combustível e segurança rodoviária;

· Um dos factores de decisão na aquisição de novas viaturas é o nível de emissões gasosas;

· Juntamente com os documentos de cada nova viatura, o colaborador recebe um documento com 12 dicas para uma con­dução ecológica.

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DESEmpENhO 148 149

1. gEstão ambiEntal

A SUMA tem definidas e documentadas as seguintes metodologias, no âmbito da ges­tão ambiental:

· Dar cumprimento às disposições legais existentes em matéria de Ambiente e de Segurança e Saúde no Trabalho e planear as operações que estão associadas aos aspectos ambientais e perigos e respec­tivos impactos ambientais e riscos, con­sistentes com a sua Política de Gestão e com os seus objectivos e metas, de forma a garantir que estas operações são reali­zadas sob condições especificadas;

· Estabelecer metodologias para controlar não só as situações relacionadas com os aspectos ambientais e riscos significa­tivos, mas também as situações onde a inexistência destas metodologias pudes­se conduzir a desvios da Política da Orga­nização e dos seus objectivos e metas.

Anualmente, é definido um Programa de Monitorização, de modo a regrar a monito­rização do desempenho da Organização ao nível da Qualidade/Conformidade, Ambien­te, Segurança e Saúde no Trabalho, que in­clui os seguintes aspectos:

· Monitorização da medida do cumprimen­to dos Objectivos e suas Metas associa­dos à Política de Gestão da SUMA;

· Monitorização e medição dos vários pro­cessos/actividades através dos resulta­dos obtidos nos indicadores definidos para cada um deles;

· Medições pró­activas do desempenho que monitorizem a conformidade com o Programa de Gestão da SUMA, com cri­térios operacionais e requisitos legais e regulamentares;

· Medições reactivas do desempenho para a monitorização de não­conformidades (incluindo quase­acidentes).

De referir que estão definidas e documenta­das metodologias para:

· Prevenir o consumo de álcool durante o período de trabalho;

· A organização e manutenção dos servi­ços de Medicina do Trabalho, com vista à promoção e vigilância da saúde dos Tra­balhadores;

· Garantir que as potenciais situações de emergência na Organização são evitadas e que quando ocorrem são implementa­das as medidas de controlo operacional definidas, procurando limitar as suas consequências para o Homem e para o Ambiente.

2. sistEma dE indicadorEs

À semelhança da análise efectuada para a Mota­Engil Engenharia, o sistema de indi­cadores adoptado no quadro da política de gestão ambiental da SUMA procura dar res­posta às informações solicitadas no âmbito da directriz de relato GRI 3.0.

Nos quadros que se seguem, são apresen­tados os indicadores referentes a cada des­critor ambiental e para os quais foram uti­lizadas as seguintes densidades e factores de conversão e emissão:

· Densidades típicas:· Gasóleo 850 Kg/m3 – Fonte: BP;· Gasolina 750 Kg/m3 – Fonte: BP.

· Factores de conversão:· Gasóleo 43,31 Gj/ton – Fonte: Instituto do

Ambiente;· Gasolina 44,77 Gj/ton – Fonte: Instituto

do Ambiente;· Electricidade 0,0036 Gj/kwh – Fonte:

EDP.

· Factores de Emissão de CO2:· Gasóleo 74,1 kg/Gj – Fonte: Instituto do

Ambiente;

8.2.2 ambIenteeserVIÇos

suma,serVIÇosurbanosemeIoambIente,sa

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

· Gasolina 69,3 kg/Gj – Fonte: Instituto do Ambiente;

· Electricidade 445 g/kwh líquido – Fonte: EDP.

I. MateriaisOs principais materiais consumidos pelas acções características da actividade da

A monitorização e optimização do consumo de matérias­primas e recursos assume, na Política de Gestão da empresa, um papel fundamental, sendo estas acções alvo da ac­tividade de Investigação e Desenvolvimento.

Sempre que seja possível, a SUMA recorre ao uso de materiais reutilizáveis ou reci­clados. No caso destes últimos, o consumo mais significativo diz respeito aos pneus recauchutados. Em 2008, de um total de 3.555 pneus consumidos, 1.732 (49%) eram recauchutados.

No que diz respeito aos sacos de plástico utilizados na produção para a realização dos serviços, no seu processo de fabrico são incorporados materiais reciclados.

II. Energia Os principais consumos de energia da SUMA decorrem de actividades afectas aos seus Centros de Serviços, tais como transporte de resíduos e funcionamento de equipamentos.

Nesta análise, estes consumos serão desa­gregados em consumos directos, que estão relacionados com a produção, e consumos indirectos, que, para além da actividade in­directa, englobam deslocações, viagens de serviço dos trabalhadores e transporte de pessoas.

Na tabela da página seguinte, podemos ver que o consumo directo de energia é feito maioritariamente sob a forma de gasóleo.

SUMA relacionam­se com o acondiciona­mento de resíduos, as actividades de lim­peza urbana e a manutenção dos veículos e equipamentos da frota da empresa.

Na tabela seguinte, detalham­se os princi­pais materiais consumidos na actividade da SUMA durante o ano de 2008.

materIaIsconsumIdos

desIGnaÇÃo unIdades total

Baterias ton 5Sacos de plástico un 1.568.701pneus novos ton 94pneus recauchutados ton 114Lubrificantes/massas l 128.207Gasóleo l 5.643.241Gasolina l 3.275Total Químicos produção (herbicidas, desinfectantes, detergentes, lixívia) l 41.812Tintas/Vernizes/Esmaltes/Diluentes l 3.117(Outros) produtos Químicos para manutenção Automóvel l 33.398papel ton 8Cartuchos/tinteiros (jacto tinta) un 108Toners (laser) un 184

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DESEmpENhO 150 151

Registam­se ainda consumos indirectos de gasolina (relacionados com deslocações, viagens de serviço dos trabalhadores, transporte de pessoas) e de electricidade,

assumindo esta última uma importância re­lativa considerável quando analisamos os consumos indirectos de energia.

consumodIrectodeenerGIaseGmentadoPorfontePrImárIa

enerGIa consumo(lItros) consumo(Gj)

Gasóleo 5.662.963 208.473Gasolina 43.439 1.459Consumo Total 5.706.402 209.932

consumoIndIrectodeenerGIaseGmentadoPorfontePrImárIa

enerGIa consumo consumo(Gj)

Gasóleo (litros) 19.722 726Gasolina (litros) 3.275 110Electricidade (kwh) 7.997.200 28.790Consumo Total - 29.626

Gasóleo99,2%

GasolIna0,8%

electrIcIdade97,2%

Gasóleo2,5%

GasolIna0,4%

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

Um dos objectivos traçados pela SUMA para 2008 consistia na obtenção de uma redução de 2%, face ao ano 2007, do rácio entre o consumo de energia (instalações e frota) e o Valor Acrescentado Bruto (VAB). Este objecti­vo foi superado com uma redução de 27,7%.

III. ÁguaDurante o ano de 2008, o consumo de água na SUMA ascendeu aos 102 mil m3.

Este recurso tem três grandes utilizações – Produção, Oficinas e Uso Doméstico –, sendo nas actividades de produção, como na lavagem de ruas, equipamentos, conten­tores e viaturas de recolha, que o seu con­sumo é mais expressivo.

consumodeáGuaseGmentadaPorfonte

2007 2008

Subterrânea 14.148 28.865municipal 78.150 39.203Cedência de Cliente 13.286 34.363Total 105.584 102.431

(m3)

subterrânea28%

subterrânea

munIcIPal38%

munIcIPal

cedêncIadeclIente34%

cedêncIadeclIente 0 20.000 40.000 60.000 80.000 100.000 120.000

eVoluÇÃodoconsumodeáGuaseGmentadaPorfonte

2007

2008

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DESEmpENhO 152 153

Em 2008, verificou­se uma alteração signi­ficativa na proveniência da água consumida pela SUMA, resultando numa distribuição mais repartida entre as três principais fon­tes. Assim, face a 2007, registou­se uma diminuição de cerca de 50% no consumo da água proveniente da rede pública – em 2007 esta representava 74% do consumo total – e, em contrapartida, houve um au­mento significativo no consumo de água proveniente de captações subterrâneas e de cedência de clientes, registando­se nes­te o aumento mais expressivo.

Relativizando o consumo de água face ao VAB, foi igualmente superado o objectivo traçado para 2008 de redução de 2% na­quele rácio, face a 2007 – registou­se uma redução de 13%.

IV. Biodiversidade A SUMA não tem instalações definitivas em áreas classificadas ou em zonas protegidas. O único estaleiro temporário, com uma área próxima dos 2.000 m2, implantado numa área de Reserva Agrícola Nacional, será desmantelado ainda este ano após a con­clusão da construção do novo Centro de Serviços de Alcobaça.

Não foram também identificados impactos significativos na biodiversidade provoca­dos pelas operações da organização.

(m3)

2008

consumodeáGuaseGmentadaPorutIlIzaÇÃo

Uso doméstico 2.438

Oficinas/Lavagem de Viaturas 14.300

Viaturas lava-Contentores 30.894

Lavagem de Contentores/ papeleiras no CS 1.315

Lavagem de Contentores/ papeleiras na via pública 10.871

Lavagem de Ruas 22.414

Total 82.232

VIaturaslaVa-contentores38%

laVaGemcontentores/PaPeleIrasnocs2%

laVaGemdecontentores/PaPeleIrasnaVIaPúblIca13%

laVaGemderuas27%

usodoméstIco3%

ofIcInas/laVaGemdeVIaturas17%

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

O gasóleo é a fonte energética responsável por grande parte (81%) das emissões de CO2 na SUMA.

(ton/ano)

V. Emissões, Efluentes, Resíduos A actividade da SUMA que origina maiores impactos ambientais a nível das emissões gasosas – sendo o CO

2 a mais relevante — é

a recolha e transporte de resíduos.

Neste sentido, foram estimadas as emissões de CO

2 correspondentes aos consumos direc­

tos (relacionados com a produção) e indirectos (deslocações, viagens de serviço dos trabalha­dores e transporte de pessoas) de energia.

(ton/ano)

emIssõesco2

emIssõesdIrectaseIndIrectasdeGasesdeefeItodeestufa(Gee)

Gasóleo 15.501,0

Gasolina 108,7

Electricidade 3.558,7

Total 19.168,4

Gasóleo81%

electrIcIdade18%

GasolIna1%

Gasóleo

GasolIna

electrIcIdade

0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000

eVoluÇÃodasemIssõesdIrectaseIndIrectasdeGee

2007

2008

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DESEmpENhO 154 155

É de salientar que a actividade da organiza­ção não provoca a emissão de substâncias destruidoras da camada de ozono.

Também não possui emissões significati­vas, nomeadamente as regulamentadas por licenças ambientais.

No que concerne aos efluentes resultantes da actividade da SUMA, estes são, em to­dos os casos, descarregados em colectores municipais de águas residuais, tendo o seu volume ascendido aos 49 mil m3 durante o ano de 2008, representando uma diminui­ção face aos 52 mil m3 de 2007.

Assim, face a 2007, a SUMA conseguiu uma redução de 13% no rácio entre a produção de águas residuais e o Valor Acrescentado Bruto (VAB), ultrapassando a meta de 2% estabelecida para 2008.

Medidas de gestão dos efluentes líquidos produzidos incluem o tratamento prévio à descarga de águas residuais das lavagens das viaturas e a monitorização regular dos sistemas de tratamento instalados via análi­ses laboratoriais em laboratório acreditado.

Na actividade de aplicação de herbicidas, a SUMA recorre apenas a produtos aprovados pelo Ministério da Agricultura, seguindo as instruções recomendadas, que, para além de optimizar as quantidades utilizadas, mi­nimizam os impactos negativos decorrentes desta actividade. É de salientar que é evi­tado o recurso massivo a estes produtos e, para tal, a SUMA adopta uma atitude pre­ventiva, promovendo o corte mecânico e a aplicação localizada.

Quanto a resíduos produzidos no decorrer da actividade da SUMA, estes são, na sua maioria, resíduos industriais não­perigosos, como óleos, pneus, metais ferrosos e lamas e misturas de resíduos provenientes de de­sarenadores e de separadores óleo/água.

No que respeita ao destino final dos resídu­os, cerca de 46% são valorizados, destacan­do­se, no entanto, que quase um terço destes diz respeito a resíduos industriais perigosos.

QuantIdadetotaldosresíduosPortIPoemétododetratamento

resíduosPortIPoemétododetratamento ton/ano %

Total Resíduos Industriais perigosos 129,9 42,2%Valorização (Código R) 43,1 Eliminação (Código D) 86,8 Total Resíduos Industriais Não-perigosos 178,2 57,8%Valorização (Código R) 97,8 Eliminação (Código D) 80,5

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

Em 2008, a quantidade de resíduos gera­dos pela actividade da SUMA diminuiu para metade face a 2007. Este facto possibilitou uma diminuição do peso da eliminação de 81%, em 2007, para 54%, em 2008.

Não existiram episódios de derrames signi­ficativos na Organização durante o ano de 2008.

VI. Produtos e Serviços Desde o planeamento e desenvolvimento das suas acções que a SUMA tem presentes preocupações de cariz ambiental e social, conforme descrito anteriormente, que vi­sam a minimização dos impactos associa­dos à sua actividade.

VII. Conformidade Em 2008, foram registadas duas multas por incumprimento de requisitos legais ambien­tais (transporte de resíduos mal acondicio­nados e processo de contra­ordenação no domínio hídrico) no montante de 3.525 euros.

VIII. Transporte No que se refere ao transporte de bens e produtos utilizados na actividade da SUMA, o gráfico seguinte apresenta­nos a classi­ficação destes veículos, consoante a sua classe de emissões, segundo o Padrão Eu­ropeu de Emissões, que disciplina as emis­sões de veículos comercializados na União Europeia.

(ton/ano)

resíduosIndustrIaIs

PerIGosos

resíduosIndustrIaIs

nÃo-PerIGosos

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200

resíduosIndustrIaIsPerIGososeIndustrIaIsnÃoPerIGosos

elImInaÇÃo(códIGod)

ValorIzaÇÃo(códIGor)

elImInaÇÃo(códIGod)

ValorIzaÇÃo(códIGor)

(elImInaÇÃo/ValorIzaÇÃo)

0 100 200 300 400 500 600 700 800

eVoluÇÃodotratamentoefectuadoaosresíduos

2007

2008

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DESEmpENhO 156 157

n.ºeQuIPamentosutIlIzadosnosserVIÇos

classesdeemIssões rsu rsI rmm total

Euro 1 33 3 1 37Euro 2 66 1 8 75Euro 3 62 35 4 101Euro 4 18 7 2 27NA 8 6 15 29TOTAL 269

transPorte(rsu,rsI,rmm)—classesdeemIssões

RSU - Recolha de Resíduos Sólidos Urbanos RSI - Recolha Selectiva de Resíduos Industriais Rmm - Recolha de monos e monstros

euro114%

euro228%

euro337%

euro410%

na11%

2007

2008

33

29na

41

37euro1

76

75

101

101

11

27

euro2

euro3

euro4

0 20 40 60 80 100 120

frotasuma2007-2008

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

1. gEstão dE rEcursos Humanos

InTRODuçãOA Gestão de Recursos Humanos na Mota­Engil Engenharia procura reflectir a estratégia e política geral de recursos humanos do Grupo adoptada a nível corporativo, adaptando­a às suas características próprias e do sector de actividade em que está envolvida, para o que conta com o apoio permanente da Di­recção Corporativa de Desenvolvimento de Recursos Humanos na condução da sua es­tratégia e principais políticas.

Cumpre sublinhar igualmente, no plano orgânico, o apoio prestado por parte da Mota­Engil Serviços Partilhados (MESP), a quem está cometido um conjunto de fun­ções de suporte nesta área, nomeadamente em matéria de gestão administrativa de re­cursos humanos, recrutamento e selecção e formação profissional, sendo responsável pela gestão do seu Centro de Formação.

No plano estratégico, a Mota­Engil Enge­nharia considera os recursos humanos um elemento diferenciador fundamental e o seu mais valioso activo ao serviço da competiti­vidade e da criação de valor duradouro.

O respeito escrupuloso pelas pessoas cons­titui ainda uma matriz de referência da sua estratégia, perpassando todo o ciclo de vida da sua presença na organização.

A política de recursos humanos da Mota­Engil Engenharia tem, assim, como principais objectivos:

Recrutamento e selecção· Planear o recrutamento e seleccionar os

melhores recursos, garantindo a sua ade­quação às necessidades da empresa e a sua eficaz integração e adaptação à cul­tura e valores da organização.

Descrição e avaliação de funções· Descrever e avaliar as funções, de forma

a obter um referencial claro dos domínios de responsabilidade e de uma adequa­da articulação interfuncional, servindo

ainda de suporte ao estabelecimento dos fundamentos da sua política retributiva.

Política retributiva· Garantir uma política de retribuição equi­

tativa e motivadora que tenha em conta não só o enquadramento e o ajustamento às condições de mercado, mas também o valor relativo de cada função e o seu con­tributo para os objectivos da empresa, através de uma política adequada de re­muneração variável promotora do mérito e da excelência.

Avaliação do desempenho· Generalizar a política de avaliação do de­

sempenho a todos os colaboradores, ga­rantindo a uniformidade, clareza e equi­dade do processo de avaliação.

Gestão de carreiras· Promover uma política que assegure a

estratificação dos recursos humanos por linhas e níveis de carreira, favorecendo a retenção e valorização do talento e o de­senvolvimento e progressão na carreira profissional, de acordo com critérios ba­seados na aquisição de competências, experiência e avaliação do desempenho.

Formação profissional· Apostar decisivamente na formação pro­

fissional e na aprendizagem ao longo da vida como forma de valorização do capi­tal humano.

Condições de trabalho· Promover um clima de bem­estar e qua­

lidade de vida, assegurando as melhores condições de trabalho nas áreas da segu­rança e saúde ocupacionais e promovendo a igualdade de oportunidades em todos os contextos geográficos, culturais e sócio­económicos em que se encontra presente.

A política de recursos humanos da Mota­Engil Engenharia tem como principal responsável o membro do Conselho de Administração da empresa titular do pelouro, suportando­se ainda, tal como já referido, na Direcção Cor­porativa de Desenvolvimento de Recursos

8.3DESEmpENhOSOCIAL

8.3.1enGenharIaeconstruÇÃo

mota-enGIlenGenharIaeconstruÇÃo

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DESEmpENhO 158 159

Humanos e na Comissão de Desenvolvimento de Recursos Humanos da Mota­Engil SGPS e na Mota­Engil Serviços Partilhados (MESP), nas funções já descritas.

As questões relativas a esta área em ma­téria de formação e consciencialização dos colaboradores no domínio dos recursos hu­manos encontram exemplificativa expres­são nas iniciativas descritas noutro capítu­lo deste Relatório.

Relativamente à monitorização, adopção de medidas preventivas e correctivas, audi­toria e verificação em matéria de recursos humanos, encontram­se expressas, no que toca às questões relacionadas com a hi­giene e segurança no trabalho, no sistema de gestão destas matérias certificado de acordo com o referencial normativo OHSAS 18001:2007.

Protecção social Em matéria de protecção social a Mota­Engil Engenharia efectua contribuições obrigató­rias para o regime geral da Segurança So­cial portuguesa, as quais ascenderam a €

11.825.602,64 em 2008.

Como já acima referido, foram recebidos do Estado subsídios relativos à contratação de trabalhadores em regime de primeiro emprego.

1.1 PRÁTICAS lABORAIS E RElAçõES DE TRABAlhO

EmpregoO sector da construção e obras públicas reveste­se de grande importância no con­texto nacional, representando quase 10% do emprego gerado na economia.

O emprego gerado pela Mota­Engil Enge­nharia aumentou 5,2% em 2008, face ao ano anterior, apesar do ciclo recessivo que o sector vem enfrentando há alguns anos.

Assim, o número de trabalhadores em 31 de Dezembro de 2008 ascendia a 3.295, face a 3.131 na mesma data do ano 2007.

O número de trabalhadores por Grupo Pro­fissional, Género e Faixa Etária encontra­se estruturado da seguinte forma:

<30 30a50 >50totalmasc.

totalfemIn.

totalGeral

2008

totalGeral

2007GruPoProfIssIonal

númerodetrabalhadoresPorGruPoProfIssIonal,GéneroefaIxaetárIa

Dirigentes 0 0 2 0 6 0 8 0 8 11

praticantes/Aprendizes 50 19 3 2 1 0 54 21 75 51

profissionais Altamente Qualificados e Qualificados 194 14 1.130 76 443 6 1.767 96 1.863 1.820

profissionais Não-Qualificados 64 0 126 2 46 1 236 3 239 248

profissionais Semi-Qualificados 22 0 24 5 14 6 60 11 71 73

Quadros Intermédios (inc.contra-mestres e chefes de equipa) 3 0 262 1 141 0 406 1 407 366

Quadros médios 9 1 99 10 50 1 158 12 170 162

Quadros Superiores 91 25 219 70 53 4 363 99 462 400

Total por Género 433 59 1.865 166 754 18 3.052 243 3.295 3.131

feminino feminino femininomasculino masculino masculino

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

O quadro anterior reflecte a predominân­cia de trabalhadores do sexo masculino na Mota­Engil Engenharia ­ cerca de 93% do to­tal de efectivos ­ situação resultante das ca­racterísticas específicas do sector da Cons­trução Civil.

O grupo profissional que integra o maior número de trabalhadores é o grupo dos Profissionais altamente qualificados e qua­lificados, representando 57% do total de efectivos.

No que respeita à distribuição em termos de género, é também no grupo dos Profissio­nais altamente qualificados e qualificados que se encontra a maior percentagem de trabalhadores do sexo masculino. Quanto ao sexo feminino, é também mais expressivo neste grupo e nos Quadros Superiores, re­presentando o somatório destes dois grupos 80% do total de efectivos do sexo feminino.

Convém ainda realçar que, em 2008, cerca de 62% dos efectivos da Mota­Engil Enge­nharia se encontrava na faixa etária entre os 30 e os 50 anos.

Comparativamente a 2007, a estrutura dos recursos por grupo profissional manteve­se, registando­se um aumento de 47% no recru­tamento de Praticantes/Aprendizes e de 16% de Quadros superiores.

No quadro abaixo pode ser analisada a estru­tura dos recursos por tipo de contrato e re­gião. Refira­se que na rubrica “Não­afectos” estão incluídos os trabalhadores que não estão especificamente afectos a uma região (quer a nível nacional, quer internacional).

Em 2008, os trabalhadores contratados a termo representavam 44% dos efectivos la­borais, representando um ligeiro acréscimo face aos 42,3% de 2007.

n.ºdetrabalhadoresPortIPodecontratoereGIÃo

0 200 400 600 800 1.000 1.200 1.400

europa central

centro76

75

norte

sul

ilhas

port

ugal

não afectosoutrasregiões

áfrica

PortuGal

n.ºdetrabalhadoresPortIPodecontratoereGIÃo

estranGeIro totalnÃo

afectos

norte sul áfrica europacentral outrasregiõescentro ilhas

A Termo 278 570 89 49 336 6 46 83 1.457

Quadro permanente 468 713 60 36 353 51 25 83 1.789

Estagiários 19 21 1 1 0 0 0 1 43

Administ./Gerência 3 3 0 0 0 0 0 0 6

atermo

QuadroPermanente

estaGIárIos

admInIst./GerêncIa

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DESEmpENhO 160 161

Verifica­se que é em Portugal que se encon­tra a maioria dos trabalhadores da Mota­En­gil Engenharia, destacando­se a região Cen­tro com 40% do total. Registe­se que, destes, 54,5% pertencem ao quadro. A nível interna­cional, é em África que se encontra o maior número de trabalhadores, o que se deve ao crescimento do peso destes mercados.

A taxa de rotatividade global da Mota­Engil Engenharia registada em 2008 é elevada (42,7%), como acontece na generalidade do sector. Este facto é parcialmente expli­cado pelo esforço de internacionalização que a organização tem vindo a realizar nos últimos anos.

Verifica­se igualmente que na Mota­Engil, tal como na economia em geral, a taxa de rotatividade feminina é inferior à masculina e é superior em escalões etários mais bai­xos (<30 anos).

BenefíciosA Mota­Engil Engenharia assegura aos seus trabalhadores um conjunto de benefícios, de que se destacam:

· Seguro de Acidentes Pessoais a quadros médios e superiores, da estrutura técni­ca/administrativa e chefias de produção, bem como um Seguro de Saúde a um nú­mero mais restrito de trabalhadores;

· Complementos de subsídio de doença e acidentes de trabalho aos colaboradores do quadro permanente até ao limite de 30 dias/ano, para períodos de incapacidade temporária para o trabalho superiores a oito dias, sendo que, em situações ex­cepcionais de doença grave, o período de concessão tem sido alargado;

· Realização da Festa de Natal;

· Distribuição de Prémios de Antiguidade;

No gráfico abaixo, encontra­se reflectida a taxa de rotatividade dos colaboradores da Mota­Engil Engenharia.

57,3%<30anos

41,%<30a50anos

35,9%>50anos

15,6%femInIno

44,8%masculIno

42,7%Global

0 20%10% 30% 40% 50% 60% 70%

taxaderotatIVIdadePorGéneroefaIxaetárIa

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

· Atribuição de Prémios de Segurança aos responsáveis de Obras e Centros Autóno­mos (Agregados/Pedreiras);

· Disponibilização de veículos pesados de transporte de colaboradores;

· Protocolo com o Banco Espírito Santo, per­mitindo aos colaboradores da Mota­Engil Engenharia usufruírem de condições mais vantajosas no crédito à habitação;

· Protocolo com vários ginásios e spas no sentido de permitir aos seus colaborado­res condições mais vantajosas de acesso, isenção de pagamento de inscrição e usu­fruto das instalações em qualquer parte do País;

· Condições especiais na utilização dos ser­viços da Casa da Calçada em Amarante.

1.2. RElAçõES DE TRABAlhO

As relações de trabalho na Mota­Engil En­genharia são reguladas pelo Contrato Co­lectivo de Trabalho (CCT) para o sector de construção civil e obras públicas e, supleti­vamente, pela lei geral.

A totalidade dos trabalhadores está abran­gida por este instrumento de regulamen­tação colectiva do trabalho, ascendendo a taxa de sindicalização a 14,3% num sector onde estes índices se apresentam como tra­dicionalmente baixos.

Não existe na Organização qualquer comis­são de trabalhadores constituída.

A lei geral e o instrumento de regulamenta­ção colectiva do trabalho a que estão sujei­tas as relações laborais na Mota­Engil En­genharia fixam os períodos de pré­aviso a observar no caso de qualquer mudança or­ganizacional com impacto nas relações de trabalho, mormente em caso de alteração do horário ou do local de trabalho, encerra­mento de instalações ou outros processos conducentes à alteração ou cessação das relações de trabalho.

1.3. SEGuRAnçA OCuPACIOnAl E MEDICInA nO TRABAlhO

1.3.1 Segurança Ocupacional

A segurança ocupacional constitui matéria de abordagem e preocupação prioritárias no âmbito da actividade da Mota­Engil Engenharia, num sector tradicionalmente associado a níveis assinaláveis de sinis­tralidade laboral, apesar dos significativos progressos obtidos nos últimos anos.

A empresa dispõe de um Sistema de Gestão da Segurança e Medicina no Trabalho im­plementado e certificado de acordo com o referencial NP EN 4397 (OHSAS 18001).

O planeamento das actividades de segu­rança e medicina no trabalho tem em conta as características próprias da actividade da empresa, sendo assim um instrumen­to essencial para a prevenção dos riscos profissionais.

A política de Segurança Ocupacional pre­tende garantir o permanente conhecimento e cumprimento dos requisitos legais e nor­mativos aplicáveis à organização e suas ac­tividades, bem como das orientações inter­nas do Grupo. Pretende­se a promoção de uma cultura comportamental responsável quanto à segurança e saúde no trabalho e prevenção dos riscos no exercício da activi­dade. Esta política assenta na definição de metodologias elaboração de documentos e instrumentos de planeamento que integram os requisitos aplicáveis que são difundidos pela organização.

São identificadas as necessidades e pro­movidas acções de desenvolvimento das competências dos colaboradores atra­vés de programas de formação contínua e participação em eventos subordina­dos, assim como acções de informação e sensibilização.

Outro dos vectores de actuação passa pelo planeamento e realização de auditorias téc­nicas de segurança e visitas de inspecção que visam a avaliação da conformidade,

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DESEmpENhO 162 163

definição de acções correctivas e identifica­ção de acções no sentido da melhoria con­tínua do sistema de gestão de segurança e saúde no trabalho.

Modelo organizativoA estrutura de segurança ocupacional e me­dicina no trabalho na Mota­Engil Engenharia assenta no seguinte modelo organizativo:

Direcção de Segurança – o seu responsável, que agrega igualmente as áreas da Qualida­de e Ambiente, dirige um órgão executivo que coordena um conjunto de quase quatro dezenas de técnicos profissionalmente habi­litados que desempenham diversas funções:

­ Técnicos afectos à estrutura central ­ têm como principais funções o desenvolvimento de métodos e técnicas; análise e elaboração de documentos e instrumentos de preven­ção, identificação, e apoio à implementação e avaliação do cumprimento de requisitos; visitas de inspecção e acompanhamento e auditorias técnicas de segurança, análise de programas de concurso e preparação de elementos (no âmbito da Segurança e Saú­de no Trabalho) para integração na resposta comercial a concursos; assegurar o Sistema de Gestão de Segurança e Saúde;

­ Técnicos afectos a projectos e obras es­pecíficos ­ têm como principais funções a implementação do sistema em obra, reali­zação de auditorias técnicas de seguran­ça, visitas de inspecção, elaboração de documentos e instrumentos de prevenção.

As principais atribuições da Direcção de Segurança centram­se na análise detalhada dos projectos a executar, com vista à reco­mendação de medidas de prevenção inte­grada e de forma a introduzir no modo de execução das empreitadas as acções con­ducentes à máxima segurança do pessoal e equipamentos, avaliando e minimizando os riscos inerentes à execução da obra.

Esta Direcção desenvolve ainda activida­des de auditoria, consultadoria e formação, possuindo, para o efeito, os suportes forma­tivos adequados às acções a empreender.

Comissões de Segurança – as comissões de segurança são estruturas independentes compostas por representantes dos principais níveis hierárquicos com relevância na proble­mática da segurança e saúde no trabalho.

As comissões de segurança obedecem à se­guinte tipologia:

· Comissão Geral de Segurança — um órgão consultivo e informativo do Conselho de Administração, sendo fórum privilegiado para a reflexão e criação de uma cultura de segurança na empresa. Cabe­lhe fun­damentalmente a missão de promoção, harmonização e dinamização de acções no âmbito da prevenção de riscos pro­fissionais, competindo­lhe ainda propor políticas, objectivos e orientações no sen­tido de concretizar os objectivos determi­nados pelo Conselho de Administração;

· Comissões de Segurança de Obra — têm como âmbito de actuação a implementa­ção da política e directivas da empresa nas respectivas obras, de acordo com uma me­todologia de funcionamento estabelecida em regulamento específico. Estas Comis­sões não devem limitar­se ao cumprimen­to dos requisitos legais, devendo também ser o fórum apropriado para planear a segurança do trabalho no estaleiro, verifi­car a adequação do Plano de Segurança e Saúde à obra e analisar os níveis de pre­venção ou protecção implementados;

· Comissões de Segurança de Centro de Exploração (Pedreiras) — as comissões de segurança de centro de exploração têm os mesmos objectivos das comissões de segurança de obra, mas com âmbito de actuação ao nível da própria unidade de exploração.

Formação, sensibilização e comunicaçãoAs questões da segurança são acompanha­das da realização de um conjunto de acções de que se salientam:

· Acções de acolhimento – normalmente de curta duração (cerca de 30 minutos), dirigidas a todos os trabalhadores que

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

integrem o estaleiro e que abordam re­gras gerais de segurança aplicáveis à ge­neralidade dos empreendimentos, bem como regras específicas para o estaleiro em causa;

· Acções de sensibilização – também de curta duração e que se destinam a aler­tar, genericamente, os diferentes grupos de trabalho para os riscos de uma nova actividade (por ex: imediatamente antes do início de uma escavação);

· Acções de Formação específicas – com duração adequada ao tema a tratar, des­tinadas a pequenos grupos, versando ac­tividades de risco, processos de trabalho inovadores ou pouco conhecidos da parte dos recursos humanos envolvidos, novos equipamentos, condições particulares do local ou envolvente, entre outras;

· Acções de Formação de especialização – dirigidas a grupos específicos e destinadas a capacitar trabalhadores em actividades definidas (por ex.: curso de primeiros so­corros, formação de gruistas, formação de operadores de substâncias explosivas);

· Acções de formação em geral — inclusão sistemática de um módulo de saúde e se­gurança laboral,

· Participação dos trabalhadores em co­missões de segurança e acções de divul­gação, nomeadamente, através da afixa­ção de cartazes, divulgação de pequenas brochuras e distribuição a todos os traba­lhadores do “Manual de Normas Básicas de Segurança e Ambiente”.

lei geral e instrumentos de regulamentação colectiva do trabalhoAs matérias de segurança ocupacional são enquadradas por vários diplomas legais, designadamente o Decreto­Lei nº 441/91, de 14 de Novembro, e a Lei nº 99/2004, de 27 de Agosto.

Para além destes diplomas de carácter ge­nérico, existe ainda um diploma específico para o sector da construção (Decreto­Lei nº

273/2003, de 29 de Outubro) e um outro para as Centrais de Agregados/Pedreiras (Decreto­Lei nº 324/95, de 29 de Outubro) e regulamentação conexa.

Ao nível da contratação colectiva, avul­ta o Contrato Colectivo de Trabalho para a Indústria da Construção Civil e Obras Públicas.

Este instrumento fixa um conjunto de re­gras em matéria de organização dos ser­viços de segurança, higiene e saúde no trabalho e obrigações do empregador, obri­gações gerais dos trabalhadores, medidas de segurança e protecção, representação dos trabalhadores e controlo de alcoolemia.

É ainda de referir, que se mantém a colabo­ração com o Sindicato dos Trabalhadores da Construção, Madeiras, Mármores, Pedrei­ras, Cerâmica e Materiais de Construção do Norte, tendo esta entidade efectuado, durante o ano 2008, acções de informação/sensibilização para as matérias de seguran­ça e saúde no trabalho nos estaleiros mais representativos da empresa em território nacional.

Indicadores de segurança ocupacionalDurante o ano 2008, realizaram­se 723 reu­niões de Comissões de Segurança em obra, estando presentes, em média, sete partici­pantes por reunião, efectuadas pelos diver­sos centros de custo.

A Comissão de Segurança dos Agregados reuniu­se por cinco vezes, com uma mé­dia de oito participantes (a estas reuniões acrescem as 48 reuniões periódicas de se­gurança realizadas nos 15 Centros de Pro­dução de Agregados, contando em média com 10 participantes). Na área de negócios de Betões, foram efectuadas três reuniões com uma média de cinco participantes. Na área das Fundações, foram efectuadas 11 reuniões com uma média de seis traba­lhadores por reunião. Nas áreas de Equipa­mentos e Electromecânica, realizaram­se quatro reuniões, em cada uma, com uma média de seis trabalhadores por reunião.

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DESEmpENhO 164 165

1.3.2 Medicina no trabalho

No âmbito da medicina no trabalho e nos termos da lei, todos os colaboradores estão obrigados à realização de exames de saúde ocupacional e que se encontram tipifica­dos em exames de admissão, periódicos e ocasionais.

Estes exames destinam­se a verificar a apti­dão física e psíquica do trabalhador para o exercício da sua profissão, bem como con­trolar a sua saúde.

Os serviços da medicina no trabalho estão disponíveis em todos os locais de operação da Mota­Engil Engenharia.

Complementarmente, a Mota­Engil Enge­nharia disponibiliza, nos escritórios do Por­to e de Linda­a­Velha, um Serviço de Medi­cina Curativa, com a presença semanal de um médico.

A actividade deste médico está inserida num protocolo com as Administrações Regionais de Saúde do Porto e de Lisboa, o que permi­te a utilização de receituário e requisições de meios auxiliares de diagnóstico no âmbito do Serviço Nacional de Saúde.

São de destacar as seguintes actividades desenvolvidas neste âmbito:· Realização de diagnóstico preventivo;· Vacinação anti­gripe,· Realização de campanha de dádiva

de sangue.

Semestralmente, são realizadas, por entida­de externa acreditada, avaliações de exposi­ção ocupacional nas áreas de escritórios do Porto e de Linda­a­Velha, sendo analisados os seguintes parâmetros: partículas em sus­pensão, dióxido de carbono, monóxido de carbono, temperatura e humidade relativa, ruído, iluminação, campos electromagnéti­cos e microrganismos em suspensão no ar.

Em matéria de controlo de alcoolemia e de modo a prevenir acidentes/incidentes que tenham como origem o consumo de álcool

durante o horário de trabalho, a Mota­Engil Engenharia dispõe de procedimento espe­cífico para prevenção e controlo do alcoo­lismo, aplicável a todos os trabalhadores da Mota­Engil Engenharia e de entidades subcontratadas.

No capítulo da prevenção e resposta a emer­gências, encontram­se definidas as metodo­logias que permitem responder a situações de emergência, mediante a implementação de planos de emergência no âmbito da segu­rança ocupacional e medicina no trabalho. É ainda promovida a medicina preventiva relativamente à constatação de doenças profissionais, através de visitas periódicas dos médicos aos locais de trabalho, visando o levantamento dos riscos para a saúde dos trabalhadores e posterior implementação das acções preventivas e/ou correctivas.

No que toca a doenças profissionais, não se registou nenhum caso a reportar, inse­rindo­se a sua prevenção nos princípios supra­enunciados. Também não se regis­tou, durante o ano de 2008, nenhum caso de acidente mortal entre os trabalhadores da Mota­Engil Engenharia.

Apresentam­se na página seguinte os rácios relativos à Segurança e Saúde no Trabalho, calculados de acordo com as orientações GRI.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

1.4. FORMAçãO E EDuCAçãO

O plano de formação dos colaboradores da Mota­Engil Engenharia pretende reflectir as necessidades diagnosticadas junto de cada área de negócio e adopta as seguintes linhas de orientação:

Formação TécnicaPromover formação específica que garanta o reforço e alargamento da base de conhe­cimentos e valências técnicas e de gestão de todos os quadros, designadamente daque­las que se apresentam como mais críticas à prossecução dos objectivos da empresa nas suas diversas áreas;

Formação ComportamentalDinamização de projectos de formação contí­nua na área comportamental, nomeadamen­te ao nível da liderança, gestão da mudança, espírito de equipa e comunicação, permitin­do aos diferentes níveis da organização a melhoria de comportamentos e atitudes e o reforço das competências de gestão de equi­pas e de orientação para os resultados;

Prevenção e SegurançaDesenvolvimento de um conjunto articulado de acções, quer de sensibilização, quer de qua­lificação, abrangendo um conjunto alargado de colaboradores, a diferentes níveis, que reforce

e alargue os conhecimentos desta matéria, no sentido de garantir o permanente cumprimen­to dos requisitos legais e consolidar os padrões de excelência até hoje alcançados;

InformáticaAlargamento e consolidação das competên­cias dos utilizadores das diferentes aplica­ções informáticas da empresa, designada­mente do SAP, nos seus diversos domínios de utilização, de forma a melhorar os fluxos e consolidar a informação de gestão e opti­mizar o ciclo de produção dessa informação;

Conhecimento e InovaçãoDesenvolvimento de acções de formação/sensibilização que promovam uma atitude de vigilância e gestão dos conhecimentos da empresa e externos, assim como um am­biente aberto à criatividade e à mudança, para identificação e desenvolvimento de ideias inovadoras.

Em 2008, o total de horas de formação minis­trada aos colaboradores da Mota­Engil Enge­nharia atingiu as 39.083 horas, o que corres­ponde a uma média de aproximadamente 12 horas de formação por trabalhador ­ mais três horas do que em 2007 e mais cinco do que em 2006.

rácIosdeacIdentes,doenÇasProfIssIonaIs,dIasPerdIdoseabsentIsmorelacIonadoscomotrabalho

Nº Total Trabalhadores 194,0 102,0 2.155,0 92,0 176,0 131,0 39,0 18,0 386,0

Taxa Lesões 3,3 6,5 6,7 5,0 11,7 6,0 9,4 0,0 1,7

Taxa Dias perdidos 222,6 280,9 110,5 1,3 260,4 83,7 536,4 0,0 45,4

Taxa Absentismo 8.965,7 5.405,8 6.820,2 4.185,4 8.389,1 8.649,0 4.405,5 658,5 2.760,3

Indice de Frequência 14,3 28,3 14,2 6,3 23,4 13,3 46,8 0 4,2

Indice de Gravidade 1,1 1,4 1,1 0,0 1,3 0,4 2,7 0 0,2

AGREGADOS BETõES hIDRáUL.

ELECTROm. ESTALEIRO pORTO

ALTO

CONST. INFR.

ENGENh.

FUNDAç. ESpECIAIS

LABORAT. CENTRAL

EDIFíCIOSGEOTECNIA

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DESEmpENhO 166 167

Como reflectem os gráficos anteriores, foi no grupo dos Praticantes/Aprendizes que se registou uma média superior de horas de formação por colaborador (55 horas). Em contrapartida, foram os Profissionais não ­qualificados os que tiveram menos horas de formação – registou­se, em média, uma hora por colaborador.

1.5 DIVERSIDADE E IGuAlDADE DE OPORTunIDADES

A Mota­Engil Engenharia pratica uma rigo­rosa política de igualdade de oportunida­des, integrando nas suas fileiras homens e mulheres de várias nacionalidades e etnias.

nºdehorasdeformaÇÃoPorGruPoProfIssIonal

GruPoProfIssIonalnºhoras

formaÇÃo

nºmédIohorasformaÇÃo/

colaborador

Dirigentes 138 17

praticantes/aprendizes 4.152 55

profissionais altamente qualificados e qualificados 13.787 7

profissionais não qualificados 233 1

profissionais semi-qualificados 275 4

Quadros intermédios (inc.contra-mestres e chefes de equipa) 2.111 5

Quadros médios 3.770 22

Quadros superiores 14.618 32

Total 39.083 12

30 40 50 600

nºmédIodehorasdeformaÇÃo

2010

númeromédIodehorasdeformaÇÃoPorGruPoProfIssIonal

dIrIGentes17

PratIcantes/aPrendIzes55

ProfIssIonaIsaltamenteQualIfIcadoseQualIfIcados7

ProfIssIonaIsnÃo-QualIfIcados1

ProfIssIonaIssemI-QualIfIcados4

QuadrosmédIos22

QuadrosIntermédIos(Inc.contra--mestresechefesdeeQuIPa)5

QuadrossuPerIores32

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

Essa política é extensiva a todos os aspectos da vida laboral e envolve uma atitude de tra­tamento igualitário e de não­discriminação em matérias como o recrutamento e selec­ção de recursos humanos, política salarial, progressão na carreira e todos os demais aspectos atinentes à relação de trabalho.

Atenta a natureza das actividades desen­volvidas pela empresa, existe, contudo, um

1. GESTãO DE RECuRSOS huMAnOS

IntroduçãoA Gestão de Recursos Humanos na SUMA procura reflectir, tal como na Mota­Engil Engenharia, a estratégia e política geral de recursos humanos do Grupo adoptada a ní­vel corporativo, adaptando­a às suas carac­terísticas próprias e do sector de actividade em que está envolvida.

No plano estratégico, a SUMA vê igualmen­te nos recursos humanos um elemento dife­renciador fundamental e o seu mais valioso activo ao serviço da competitividade e cria­ção de valor duradouro.

A SUMA tem conferido especial ênfase à ac­tividade formativa, direccionando­a para a introdução de melhorias na estrutura que operacionaliza o plano de formação.

Estas opções agregaram­se num projecto cujos objectivos consistem em elevar os ní­veis de eficiência e responder de forma mais ágil às exigências do referencial do Sistema de Acreditação da Direcção Geral do Empre­go e Relações de Trabalho.

A dispersão geográfica é um desafio cons­tante para o Departamento de Recursos Hu­manos da SUMA.

ProPorÇÃodossalárIosentremulheresehomens,PorGruPoProfIssIonal

GruPoProfIssIonal

nºcolabo-

radoresGénero

ProPorÇÃosalárIos

mulheres/homens

Dirigentes masculino 8 --

praticantes/aprendizes Feminino 21 1,15

masculino 54

profissionais altamente qualificados e qualificados Feminino 96 1,34

masculino 1.767

profissionais não qualificados Feminino 3 0,91

masculino 236

profissionais semiqualificados Feminino 11 0,96

masculino 60

Quadros intermédios Feminino 1 1,85

(inc.contra-mestres e chefes de equipa) masculino 406

Quadros médios Feminino 12 0,88

masculino 158

Quadros superiores Feminino 99 0,69

claro predomínio de trabalhadores do sexo masculino, com excepção dos quadros su­periores, onde se esbate essa diferença.

Em relação à política remuneratória e tendo em conta a escassa representatividade de tra­balhadoras do sexo feminino em alguns gru­pos profissionais, constata­se não existirem diferenças significativas entre os níveis sala­riais praticados entre homens e mulheres.

8.3.2 ambIenteeserVIÇos

suma,serVIÇosurbanosemeIoambIente,sa

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DESEmpENhO 168 169

De forma a responder à necessária es­tabilização de procedimentos em todos os centros de serviço, foi desenvolvido um plano de trabalhos que visou a defini­ção de normas internas e que integrou a maioria dos processos administrativos. A disponibilização destes documentos no IntraSUMA (website corporativo) veio faci­litar a dispersão da informação por todos responsáveis nesta área.

Apesar das contingências geradas pelo processo de reestruturação, foi possível investir em campanhas de formação direc­cionadas para o Desempenho, a Higiene e Segurança no Trabalho e o Ambiente, áreas fundamentais no comprometimento que a SUMA desde sempre assumiu na dignifi­cação e qualificação dos profissionais que compõem a empresa, enquanto garantia da prestação de serviços de excelência.

Os indicadores de actividade formativa re­velam valores que ultrapassam as metas definidas e que indicam um volume de for­mação que se aproxima de valores consis­tentes com os objectivos da Organização. As 2.283 presenças registadas e as 712 ac­ções de formação realizadas revelam um in­dicador que merece ser destacado face aos recursos humanos e materiais dedicados à gestão e execução das actividades formati­vas do Grupo SUMA.

Com o objectivo de incrementar uma iden­tificação com os valores SUMA, fortalecer o compromisso dos colaboradores com a Organização, introduzir políticas activas que acrescentem valor aos quadros do Gru­po e implementar políticas de retenção, em 2008 foi desenvolvido o programa SUMA Experience. Desta forma, foram desenvol­vidos dois programas: a sinalização dos aniversários e um programa de promoção dos níveis de saúde de todos os colabora­dores da SUMA. O programa de promoção dos níveis de saúde iniciou­se sob a forma de projecto­piloto, com a realização de um rastreio nutricional que avaliou o risco nu­tricional (peso, altura, massa gorda, índice massa corporal e perímetro abdominal) e aconselhamento nutricional personalizado.

Em Outubro de 2008, foram iniciados os trabalhos de implementação do ERP SAP, na área da Gestão de Recursos Humanos. A implementação do SAP requereu esforços adicionais de toda a equipa, cujos resultados indicam um período de implementação abai­xo do esperado, em que as dificuldades fo­ram superadas com maior facilidade graças ao empenho de toda a equipa envolvida.

A complexidade das operações de migração de toda a informação do sistema anterior para o SAP, a que se seguiu uma fase de va­lidações de todos os dados dos 2.032 traba­lhadores (tais como remunerações, dados pessoais, dados bancários, horários, habi­litações literárias, sindicatos, descontos ju­diciais, IRS, Segurança social, endereços) e, por último, o período de parametrização do ERP e a campanha de formação e de apoio via “elpdesk” aos 39 utilizadores de SAP/RH, foram os pontos­chave deste projecto. As etapas enunciadas culminaram na reali­zação do primeiro processamento salarial realizado em Janeiro de 2009 com total su­cesso. Estes patamares de implementação do sistema revelam a dimensão do projecto e demonstram os elevados padrões de fia­bilidade.

A política de recursos humanos da SUMA tem como principal responsável o membro do Conselho de Administração da empresa titular do pelouro, suportando­se na sua Di­recção de Recursos Humanos, que acumula funções nas áreas administrativa e de de­senvolvimento de recursos humanos, bem como na Comissão de Desenvolvimento de Recursos Humanos da Mota­Engil SGPS.

Protecção social Em matéria de protecção social, a SUMA efectua contribuições obrigatórias para o regime geral da Segurança Social portugue­sa, as quais, no ano 2008, ascenderam a € 3.897.845,85.

Como já anteriormente referido, foram re­cebidos do Estado subsídios relativos à contratação de trabalhadores em regime de primeiro emprego.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

1.1 Práticas laborais E rElaçõEs dE trabalHo

EmpregoO ano de 2008 representou para a SUMA um período de acréscimo de actividade, o que se traduziu num aumento de 76,3% do seu efectivo laboral.

Constata­se, pela leitura do quadro anterior, que existe uma predominância de trabalha­dores do sexo masculino na SUMA ­ cerca de 88% do total de efectivos ­ situação resultan­te das características específicas do sector.

O grupo profissional que integra o maior nú­mero de trabalhadores é o grupo dos Pro­fissionais não­qualificados, representando 66% do total de efectivos.

No que respeita à distribuição em termos de género, é também no grupo dos Profis­sionais não­qualificados que se encontra a maior percentagem de trabalhadores do sexo masculino. Quanto ao sexo feminino, é também este grupo o mais expressivo, seguido dos grupos dos Profissionais alta­mente qualificados e qualificados” e “Qua­dros superiores.

Convém ainda realçar que, em 2008, cerca de 65% dos efectivos da SUMA se encontra­va na faixa etária entre os 30 e os 50 anos.

Comparativamente a 2007, registou­se um aumento significativo no recrutamento de Profissionais não­qualificados (83%) e de Profissionais altamente qualificados e qua­lificados (45%).

No quadro abaixo pode ser analisada a es­trutura dos recursos por tipo de contrato e região.

Assim, o número de trabalhadores, em 31 de Dezembro de 2008, ascendia a 2.114, contra 1.199 na mesma data do ano 2007.

<30 30a50 >50totalmasc.

totalfemIn.

totalGeral

2008

totalGeral

2007GruPoProfIssIonal

númerodetrabalhadoresPorGruPoProfIssIonal,GéneroefaIxaetárIa

Quadros Superiores 0 0 8 21 0 3 8 24 32 21

Quadros médios 7 10 26 31 0 3 33 44 77 52

Quadros Intermédios 0 2 1 57 1 24 2 83 85 61

profissionais Altamente Qualificados e Qualificados 10 50 21 312 4 104 35 466 501 11

profissionais Semi-qualificados 2 5 0 15 0 1 2 21 23 290

profissionais Não-Qualificados 22 244 122 762 32 214 176 1220 1396 764

Total Geral 41 311 178 1.198 37 349 256 1.858 2.114 1.199

feminino feminino femininomasculino masculino masculino

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DESEmpENhO 170 171

Em 2008, os trabalhadores contratados a termo representavam 44% dos efectivos la­borais, valor que é sensivelmente idêntico ao registado em 2007.

Devido ao facto de a actividade da SUMA ter como base contratos limitados no tempo, geralmente efectuados com Câmaras Muni­

0 100 200 300 400 500 600 700 800

CONTRATO A TERMO CERTO

13

2

351

560

9

11

1

6

419

719

3

8

12

CONTRATO A TERMO INCERTO

CONTRATO SEM TERMO

númerodetrabalhadoresPortIPodecontratoePorreGIÃo

Açores 13 0 1 14Angola 2 0 6 8Centro 351 11 419 781Norte 560 8 719 1.287Sul 9 12 3 24Total Geral 935 31 1.148 2.114

reGIÃocontrato

atermoIncertocontrato

semtermocontrato

atermocertototalGeral

cipais e/ou Associações de Municípios, as contratações de novos trabalhadores são, em regra, efectuadas através de contratos a termo.

n.ºdetrabalhadoresPortIPodecontratoereGIÃo

aÇores

anGola

centro

norte

sul

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

Tendo em conta a natureza da actividade desenvolvida pela SUMA, verifica­se que a rotatividade é elevada principalmente em trabalhadores com idade inferior a 30 anos, o que se explica pelo facto de mais facil­mente conseguirem emprego noutro tipo de actividade. À medida que a faixa etária vai aumentando, a rotatividade vai diminuindo, devido ao facto de estes trabalhadores fica­rem com menos opções de escolha.

Verifica­se que a rotatividade masculina é superior à feminina, o que também se expli­ca pela maior facilidade de os homens muda­rem de actividade no mercado de trabalho.

No que respeita às regiões, existe maior rota­tividade na região Sul, parcialmente explicada pela maior oferta sazonal de trabalho, essen­cialmente verificada na área da restauração.

BenefíciosA SUMA assegura aos seus trabalhadores um conjunto de benefícios, de que se destacam:

· Distribuição de presentes de Natal aos filhos dos Colaboradores;

· Protocolo de acordo com entidades fi­nanceiras, como o Banco Português de Investimento (BPI) e o Millenium BCP,

permitindo aos trabalhadores da SUMA usufruírem de condições mais vantajosas no crédito à habitação;

· Protocolo de Acordo com Ginásios e Spa, nomeadamente com o Ginásio Holmes Place, com o Clube FIT e com o SPA GES, permitindo aos trabalhadores a obtenção de condições de acesso mais vantajosas, isenção de pagamento de inscrição e usu­fruto das instalações das entidades visa­das em qualquer parte do país;

· Protocolo de acordo com agências de via­gens, permitindo aos trabalhadores da SUMA a obtenção de viagens e pacotes turís­ticos com descontos até 5% e com condições de pagamento idênticas às da Organização;

· Seguro de Acidentes Pessoais atribuído a todos os colaboradores logo que perfa­çam sete meses de trabalho e Seguro de Saúde apenas a colaboradores com anti­guidade superior a 36 meses.

1.2 rElaçõEs dE trabalHo

As relações de trabalho na SUMA não são reguladas por qualquer instrumento de regulamentação colectiva do trabalho,

49,7%<30anos

24,3%<30a50anos

16,1%>50anos

19,9%femInIno

28,0%masculIno

27,0%Global

0 2010 30 40 50 60 70

taxaderotatIVIdadePorGéneroefaIxaetárIa

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DESEmpENhO 172 173

vigorando a Lei Geral do Código de Trabalho.Não existe na empresa qualquer comissão de trabalhadores.

A lei geral fixa os períodos de pré­aviso a observar no caso de qualquer mudança or­ganizacional com impacto nas relações de trabalho, mormente em caso de alteração do horário ou do local de trabalho, encerra­mento de instalações ou outros processos conducentes à alteração ou cessação das relações de trabalho.

1.3 SEGuRAnçA OCuPACIOnAl E MEDICInA nO TRABAlhO

1.3.1 Segurança Ocupacional

De acordo com o quadro normativo vigente, os empregadores são obrigados a organizar Serviços de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SHST), de modo a abranger todos os Trabalhadores que desempenham fun­ções na Organização, incluindo, obviamen­te, o próprio empregador quando desempe­nhe, também, actividade.

Na organização dos Serviços de Segurança, Higiene e Saúde do trabalho, a SUMA adop­tou as seguintes modalidades:

Os serviços de Segurança e Higiene no tra­balho são internos e geridos pela SUMA com recursos próprios (Técnicos Superiores de SHST), abrangendo todas as pessoas que nela trabalham e em cujas instalações se encontrem. Estes serviços, cujos principais objectivos são a prevenção e redução dos riscos profissionais e a promoção da Segu­rança, Higiene e Saúde dos trabalhadores, desenvolvem as seguintes actividades:

· Conhecer a legislação de SHST e assegu­rar o cumprimento dos requisitos legais aplicáveis à Organização;

· Identificar os perigos, avaliar os riscos e definir acções de prevenção e controlo dos riscos identificados;

· Informar e formar os trabalhadores sobre os riscos identificados e respectivas me­didas de prevenção e controlo;

· Aplicar e fazer cumprir a Política, os programas e procedimentos definidos pela Organização, relacionados com a Higiene e Segurança;

· Promover, em conjunto com os estabeleci­mentos da Organização, a elaboração de Planos de Emergência e a realização peri­ódica dos respectivos simulacros;

· Realizar a análise de todos os incidentes e definir as respectivas acções correctivas;

· Recolher e organizar os elementos estatís­ticos relativos à segurança dos trabalha­dores, de forma a possibilitar a obtenção de conclusões que permitam a respectiva prevenção e organização, de modo a efec­tuar­se um estudo dos potenciais riscos profissionais;

· Suspender a execução de qualquer traba­lho em caso de risco iminente para a inte­gridade e saúde dos trabalhadores;

· Informar a Administração de todas e quais­quer situações que coloquem em risco a integridade ou a saúde dos trabalhadores;

· Acatar as recomendações das autoridades/entidades competentes no âmbito da SHST;

· Providenciar os meios de prevenção e de protecção colectiva e individual, definidos como obrigatórios ou necessários;

· Fazer respeitar a sinalização e instruções de segurança e emergência;

· Elaborar e enviar, anualmente, o relatório de actividades de cada estabelecimento da SUMA para as autoridades/entidades competentes no âmbito da SHST;

· Participar nas reuniões das várias Comis­sões Locais de SHST.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

1.3.2 Medicina no trabalho

Os serviços de medicina no trabalho na SUMA são externos e prestados por uma empresa prestadora de serviços de SHST. A vigilância da saúde, tendo como objectivos fundamentais a prevenção de doenças pro­fissionais e de doenças relacionadas com o trabalho, deve ainda promover o bem­estar dos trabalhadores como factor de produti­vidade, nomeadamente:

· Conhecer os postos de trabalho, estabele­cendo, para cada um, os factores de risco a ter em conta, e adequar os exames médicos dos trabalhadores aos factores de risco ca­racterizados no seu posto de trabalho;

· Realizar os exames médicos de admissão, periódicos e de regresso ao trabalho, e ana­lisar os exames complementares de diag­nóstico necessários à avaliação do estado de saúde do trabalhador, tendo em atenção as características do posto de trabalho;

· Colaborar na escolha dos meios de pro­tecção individual mais adequados ao trabalhador;

· Incentivar os trabalhadores a adopta­rem boas práticas de trabalho (vacina­ção, educação para a saúde, nutrição e reabilitação).

A SUMA promove a realização de exames de saúde, tendo em vista verificar a aptidão física e psíquica dos trabalhadores para o exercício da actividade, bem como a re­percussão desta e das condições em que é prestada na saúde dos mesmos.

Os serviços de SHST são geridos na SUMA em duas Coordenações:

· Segurança e Higiene do Trabalho: Serviços de Qualidade, Ambiente e Segurança (QAS), que integram a Coordenação de Sustentabi­lidade (que reporta à Administração);

· Medicina do Trabalho: Coordenação de Gestão de Recursos Humanos (que repor­ta à Administração).

As Coordenações em questão gerem e ope­racionalizam cada uma a sua área e equipa de trabalho com base nos objectivos e me­tas, comunicando entre si periodicamente, nomeadamente quando há a necessidade de passagem de informação entre ambas as equipas ou entre ambas e a empresa pres­tadora de serviços de medicina do trabalho e em concreto nas seguintes situações:

· Política de gestão nos compromissos de SHST;

v Objectivos e metas a cumprir e atingir para a SHST;

· Programa de gestão nas acções relativas à SHST;

· Identificação de perigos e avaliação de riscos para SHST;

· Avaliações específicas de SHST: ruído, vibrações, agentes biológicos, ergono­mia, etc.;

· Monitorização e medição do desempenho;

· Documentação e registos relativos a SHST.

Modelo organizativoA estrutura de segurança ocupacional e medicina no trabalho na SUMA assenta no seguinte modelo organizativo:

Comissão Geral de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (CGSHST) – Órgão inter­no responsável pela coordenação e execu­ção do Programa de Gestão e Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, que funciona na dependência do Director Geral da SUMA e membro do seu Conselho de Administração.

As principais atribuições desta Comissão centram­se no planeamento, coordenação e controlo do programa, concepção e gestão do sistema de informação dos indicadores de desempenho, proposta das actividades, encetar as acções internas de divulgação, sensibilização e formação, e elaboração do relatório das suas actividades.

Este órgão reúne ordinariamente uma vez por mês e extraordinariamente sempre que convocado para o efeito.

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DESEmpENhO 174 175

Comissões Locais de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (CLSHST) – estas co­missões existem em cada um dos Centros de Serviços da SUMA, tendo por missão a execução do programa ao nível local.

Compõem cada uma destas comissões a chefia dos respectivos serviços e um con­junto de trabalhadores representativos de cada centro. As comissões reúnem ordina­riamente uma vez por mês e extraordina­riamente sempre que convocadas para o efeito.

Formação, sensibilização e comunicaçãoNo âmbito do seu plano geral de formação, a SUMA desenvolve um conjunto de acções de formação de Higiene e Segurança no Tra­balho para os seus colaboradores.

1.4 Formação e educação

A execução de acções promotoras da qua­lificação dos recursos humanos do Grupo SUMA é um eixo de intervenção central da Política de Gestão da Organização, reforça­do em 2008, pela inclusão de novas empre­sas no seio do grupo e pela expansão para mercados externos.

Por outro lado, as contingências restritivas manifestadas no comportamento da econo­mia portuguesa e internacional foram facto­res condicionantes da actividade formativa de 2008, que consequentemente reforça­ram a necessidade de alinhar a intervenção de carácter qualificante com a estratégia da empresa, orientação central para a defi­nição da formação profissional e de todas

as acções que visam o desenvolvimento da força de trabalho do Grupo SUMA.

Com vista à dignificação dos seus recursos humanos e das actividades desenvolvidas, directamente relacionadas com a gestão de resíduos e com a limpeza dos espaços públicos, a SUMA assegura a formação, motivação e participação activa dos traba­lhadores no dia­a­dia laboral e nos actos importantes da empresa, procurando pro­mover a valorização pessoal e profissional dos seus colaboradores no âmbito da em­presa e da comunidade.

Para o efeito, a SUMA conta com um depar­tamento dedicado à formação, acreditado

lei geral e instrumentos de regulamentação colectiva do trabalhoAs matérias de segurança ocupacional são enquadradas por vários diplomas legais, designadamente o Decreto­Lei nº 441/91, de 14 de Novembro, e a Lei nº 99/2004, de 27 de Agosto, conforme já anterior­mente referido a propósito da Mota­Engil Engenharia.

Não existindo instrumento de regulamenta­ção colectiva de trabalho com incidência no sector de actividade da SUMA, a empresa rege­se nesta matéria pela lei geral.

No âmbito da Segurança e Saúde no Traba­lho da SUMA, apresentam­se de seguida al­guns indicadores calculados de acordo com as orientações GRI.

2.114 3.500.963 310 5.666 17,7 17,7 323,7 88,5 1,6

rácIosdeacIdentes,doenÇasProfIssIonaIs,dIasPerdIdoseabsentIsmorelacIonadoscomotrabalho

hORAS TRABALhADAS

Nº DE ACIDENTES TRABALhO

TAxA DE LESõES

TAxA DE DOENçAS

OCUpAC.

Nº DE DIAS pERDIDOS

TAxA DE DIAS

pERDIDOS

íNDICE GRAVIDADE

(IG)

íNDICE DE pREQUÊNCIA

(IF)

NúmERO DE TRABALhADORES

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

pelo IQF como Entidade Formadora, e que tem por finalidade responder às necessida­des internas de formação, com o objectivo fundamental de desenvolver a qualificação técnica e pessoal de todos os seus trabalha­dores, prestando, além disso, serviços de formação externos especializados sempre que para o efeito é solicitado e consultado.

Este departamento inclui uma Bolsa de Téc­nicos e Formadores com formação acredi­tada pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional na vertente pedagógica e expe­riência profissional técnica específica em áreas interdisciplinares e complementares.

Embora a SUMA opere em vários pontos do País, a dispersão geográfica não constitui, porém, impedimento à realização de acti­vidades formativas, requerendo todavia o recurso a soluções flexíveis e imaginativas, de forma a poder alcançar os seus objecti­vos nesta área.

Para o efeito, a SUMA desenvolveu uma Unidade Móvel de Formação (UMF), com

base numa viatura pesada de passageiros devidamente adaptada a espaço de forma­ção, que constitui a forma privilegiada de atingir públicos mais vastos e tornar possí­vel a presença dos trabalhadores com toda a comodidade e economia de custos.

São áreas de formação transversal e per­manente a Comunicação, o Desempenho, a Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, as Questões Ambientais, a Condução Defen­siva, a Informática, e as Práticas Adminis­trativas e de Recursos Humanos, sendo um número significativo de actividades forma­tivas orientado para estas áreas.

Outras áreas de formação englobam as áreas Comportamental, Motivacional, Organiza­cional e de Liderança.

Em 2008, foram realizadas 712 acções de formação, envolvendo 2.283 trabalhadores e um volume de 2.138 horas de formação.

nºdehorasdeformaÇÃoPorGruPoProfIssIonal

GruPoProfIssIonalnºhoras

formaÇÃo

nºmédIohorasformaÇÃo/

colaborador

Quadros médios 289 3,8

Quadros Superiores 159 5,0

profissionais Altamente Qualificados e Qualificados 518 1,0

Quadros Intermédios 183 2,2

profissionais Semi-Qualificados 51 2,2

profissionais Não Qualificados 938 0,7

Total 2.138 1,0

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DESEmpENhO 176 177

Como reflectem os gráficos anteriores, foi no grupo dos Quadros superiores que se regis­tou uma média superior de horas de formação por colaborador (cinco horas). Em contrapar­tida, foram os Profissionais não­qualificados os que tiveram menos horas de formação.

No Grupo SUMA, não existem ainda progra­mas de educação, formação, aconselhamen­to, prevenção e controlo de risco em curso para os colaboradores, seus familiares ou membros da comunidade, relativamente a doenças graves. No entanto, realizaram­se diversas acções de formação durante o ano de 2008 no âmbito da Saúde, Higiene e Se­gurança no Trabalho que se traduziram numa maior consciencialização dos colaboradores da SUMA face a temas específicos como a avaliação de riscos profissionais ou utilização de equipamento de protecção individual.

A avaliação de desempenho é realizada semes­tralmente, pela chefia directa de cada colabora­dor, através de um ficheiro criado para o efeito.

1.5 Diversidade e igualdade de oportunidadesA SUMA pratica uma rigorosa política de igualdade de oportunidades, integrando nas suas fileiras homens e mulheres de vá­rias nacionalidades e etnias.

Essa política é extensiva a todos os aspectos da vida laboral e envolve uma atitude de tra­tamento igualitário e de não­discriminação em matérias como o recrutamento e selec­ção de recursos humanos, política salarial, progressão na carreira e todos os demais aspectos atinentes à relação de trabalho.

Todos os colaboradores têm à disposição, para consulta, afixada nos seus locais de trabalho, a informação relativa aos direitos e deveres do trabalhador em matéria de igualdade e não­discriminação, nomeada­mente a Norma Interna de Recursos Huma­nos – NI_RH_021 – Princípio da não­descri­minação, o artigo 22º e seguintes do Código Trabalho, o artigo 33º e seguintes do Códi­go Trabalho; o artigo 66º e seguintes da Lei nº 35/2004, de 29 de Julho, e o Decreto­lei nº 143/99, de 30 de Abril.

nºmédIodehorasdeformaÇÃo

3 4 5 60 21

númeromédIodehorasdeformaÇÃoPorGruPoProfIssIonal

QuadrosmédIos3,8

QuadrossuPerIores5

ProfIssIonaIsaltamenteQualIfIcadoseQualIfIcados1

QuadrosIntermédIos2,2

ProfIssIonaIssemIQualIfIcados2,2

ProfIssIonaIsnÃoQualIfIcados0,7

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

1. DIREITOS huMAnOSO Grupo Mota­Engil respeita e promove os Direitos Humanos em todos os contextos culturais, sócio­económicos e geografias onde opera.

Tal comportamento é naturalmente extensi­vo às práticas do Grupo, quer em matéria de política de investimentos, quer na gestão da cadeia de fornecimento, procurando tor­nar extensíveis à mesma os princípios por que se rege nas actividades directamente exercidas, designadamente em matéria de saúde e segurança no trabalho.

Não se registou no interior de qualquer das empresas do Grupo situações de discrimina­ção, estando, por outro lado, completamente salvaguardada a prática dos direitos associa­tivos do foro laboral, mormente a liberdade de associação e de negociação colectiva, o que corresponde, de resto, a um imperativo de natureza constitucional e legal.

Não existem no Grupo quaisquer situações de trabalho infantil ou forçado.

Os trabalhadores ou entidades subcontrata­das envolvidos em questões de segurança (“security”) de instalações e salvaguarda dos seus bens (não existem no Grupo trabalhado­res ou entidades subcontratadas envolvidos em missões de segurança pessoal) respei­tam, nas suas interacções pessoais, os direi­tos legalmente consagrados em cada espaço geográfico onde exercem as suas funções.

Refira­se, por último, que o Grupo Mota­En­gil não exerce habitualmente actividade em qualquer território onde estejam ou possam estar em causa os direitos das populações ou povos indígenas.

2. SOCIEDADEO Grupo Mota­Engil privilegia de forma mui­to particular o seu relacionamento com as comunidades locais, avaliando regularmen­te os impactos ambientais e sociais provo­cados pelas suas actividades.

O Grupo Mota­Engil respeita os mais ele­vados padrões de ética, nomeadamente os

relativos à promoção da concorrência justa, proibição de subornos, pagamentos ilícitos e corrupção, não existindo quaisquer situações a reportar a este nível nem quaisquer penali­zações ou multas decorrentes da incursão em qualquer comportamento ilícito neste âmbito.

Em matéria de políticas públicas, o Grupo não toma habitualmente, nem de forma di­recta, quaisquer posições, nem, por outro lado, procede a quaisquer contribuições para organizações políticas.

3. RESPOnSABIlIDADE PElO PRODuTOA análise dos impactos na saúde e segurança dos clientes do Grupo Mota­Engil está incor­porada nos sistemas de gestão em vigor, em particular na Mota­Engil Engenharia e SUMA, cujo desempenho é descrito neste Relatório.

Em matéria de rotulagem de produtos e ser­viços, não são frequentes os casos em que tal se mostre necessário, atendendo à natu­reza da actividade desenvolvida pelo Grupo e em particular pelas entidades objecto de relato do seu desempenho, sendo, porém, providenciadas todas as informações em matéria de rotulagem quando exigidas

Não existiram, em 2008, quaisquer casos de não­conformidade nestas matérias nem quaisquer penalizações associadas, sejam de carácter pecuniário ou outro.

A propósito deste tema e em relação às práticas relacionadas com a satisfação dos clientes, as mesmas encontram­se já evi­denciadas noutro capítulo deste Relatório.

Na sua política de comunicação de Marke­ting, o Grupo Mota­Engil cumpre na íntegra as determinações legais em vigor, não exis­tindo quaisquer situações de não­conformi­dade ou aplicação de sanções a relatar.

O mesmo se diga, por último, relativamente ao respeito pelos direitos de personalidade dos clientes do Grupo Mota­Engil, designada­mente em matéria de defesa e salvaguarda do seu direito à privacidade na gestão do relacio­namento com estes, não existindo até à data quaisquer reclamações a registar a este título.

8.3.3 GruPomota-enGIl

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DESEmpENhO 178 179

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

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íNDIcE gRI 180 181

09Índice GRiReSULTAdOS

NúmerosquereflectemavoNtadedefazersempremais.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

1. ESTRATÉGIA E ANÁLISE

1.1 Mensagem do Presidente

1.2 Descrição dos Principais Impactos, Riscos e Oportunidades

2. PERFIL ORGANIZACIONAL

2.1 Nome da organização

2.2 Principais marcas, produtos e/ou serviços

2.3 Estrutura operacional da organização, incluindo principais divisões,

unidades operacionais, subsidiárias e “joint ventures”

2.4 Localização da sede da organização

2.5 Número de países em que a organização opera e nome dos países

em que as suas principais operações estão localizadas ou são

especialmente relevantes para as questões da sustentabilidade

cobertas pelo Relatório

2.6 Tipo e natureza jurídica da propriedade

2.7 Mercados servidos

2.8 Dimensão da organização

2.9 Mudanças significativas, realizadas durante o período de elaboração

do Relatório, relacionadas com tamanho, estrutura ou controlo

accionista

2.10 Prémios/Reconhecimentos recebidos durante o período de reporte

3. PARÂMETROS DO RELATÓRIO

Perfil do Relatório

3.1 Período a que se referem as informações

3.2 Data do Relatório mais recente

3.3 Ciclo de reporte

3.4 Contactos para questões relacionadas com o Relatório

ou o seu conteúdo

Âmbito e Limites do Relatório

3.5 Processo para a definição do conteúdo do Relatório

3.6 Limites do Relatório

3.7 Outras limitações de âmbito específico

3.8 Base para a elaboração do relatório no que se refere a “joint

ventures”, subsidiárias, instalações arrendadas, operações

subcontratadas e outras entidades que possam afectar

significativamente a comparabilidade entre períodos e/ou

entre organizações

3.9 Técnicas de medição de dados e as bases de cálculos incluindo

hipóteses e técnicas, que sustentam as estimativas aplicadas à

compilação dos indicadores e outras informações do Relatório

3.10 Explicação da natureza e das consequências de qualquer

reformulação de informações contidas em Relatórios anteriores

e o motivo da reformulação

3.11 Mudanças significativas em comparação com anos anteriores,

no que se refere a âmbito, limite ou métodos de medição aplicados

no Relatório.

Índice do Conteúdo GRI

3.12 Tabela que identifica a localização de cada elemento do Relatório

da GRI

1

2, 5 e 8

4

4

4

4

4

4

4

4

3

4

3

3

3

3

3

3

3

3

3

3

3

9

6 e 7

12 a 15, 80 a 88, 126 a 179

27

28 e 29

30 e 31

28

35

27

32, 33 e 38

34

19 a 21

75

18

18

18

18

19 e 20

19 e 20

19 e 20

20

19 e 20

19 e 20

19 e 20

184 a 187

Perfil PáginaCapitulo

n.a = não aplicável

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182 183íNDIcE gRI

Verificação

3.13 Políticas e procedimentos actuais para fornecer verificações externas

do Relatório

4. GOVERNO SOCIETÁRIO, COMPROMISSOS E ENVOLVIMENTO DE STAKEHOLDERS

Governo Societário

4.1 Estrutura de Governo Societário

4.2 Indicar se o Presidente do Conselho de Administração também desempenha

funções executivas (e, se for caso disso, as suas funções dentro

da administração da organização e as razões para tal composição)

4.3 Para organizações com uma estrutura de administração unitária, declaração

do número de membros independentes ou não-executivos

4.4 Mecanismos que permitem aos accionistas e trabalhadores fazerem

recomendações ao mais alto orgão de governação

4.5 Relação entre a remuneração para membros do mais alto órgão de governação

e demais executivos e o desempenho da organização (incluindo desempenho

social e ambiental)

4.6 Processos em vigor no mais alto órgão de governação para assegurar

que conflitos de interesse sejam evitados

4.7 Processo para determinação das qualificações e conhecimento dos

membros do mais alto órgão de governação para definir a estratégia

da organização para questões relacionadas com temas económicos,

ambientais e sociais

4.8 Declarações de missão e valores, códigos de conduta e princípios internos

relevantes para o desempenho económico, ambiental e social, assim como

o estado da sua implementação

4.9 Procedimentos do mais alto órgão de governação para supervisionar

a identificação e gestão por parte da organização do desempenho

económico, ambiental e social, incluindo riscos e oportunidades relevantes,

assim como a adesão ou conformidade com normas acordadas internacionalmente,

códigos de conduta e princípios

4.10 Processos para a auto-avaliação do desempenho do mais alto órgão de

governação, especialmente com respeito ao desempenho económico,

ambiental e social

Compromissos com Iniciativas Externas

4.11 Explicação sobre se e como o princípio de precaução é tratado pela organização

4.12 Cartas, princípios ou outras iniciativas desenvolvidas externamente de

carácter económico, ambiental e social que a organização subscreve

ou endossa

4.13 Participação em associações (como federações de indústrias) e/ou

organismos nacionais/internacionais

Envolvimento de “Stakeholders”

4.14 Lista dos principais “Stakeholders”

4.15 Base para identificação e selecção dos principais “Stakeholders”

4.16 Formas de consulta dos “Stakeholders”, de acordo com a frequência das

consultas, por tipo ou grupo de “Stakeholders”

4.17 Principais questões e preocupações apontadas pelos “Stakeholders”

como resultado da consulta, e como a organização responde a estas

questões e preocupações

21

81 a 83

81 a 83

81 a 83

81 a 83

81 a 83

81 a 83

81 a 83

81 a 83

92 e 93

40 a 56

81 a 83

81 a 83

79 a 81

84

85 a 86

86 a 88

86 a 88

86 a 88

86 a 88

3

5

5

5

5

5

5

5

5

6

4

5

5

5

5

5

5

5

5

5

Capitulo Página

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

5. DESEMPENHOEconómico 8

EC1

EC2

EC3

EC4

EC5

EC6

EC7

EC8

EC9

Ambiental 8

EN1

EN2

EN3

EN4

EN5

EN6

EN7

EN8

EN9

EN10

EN11

EN12

EN13

EN14

EN15

EN16

EN17

EN18

EN19

EN20

EN21

EN22

EN23

EN24

EN25

EN26

EN27

EN28

EN29

EN30

Social 8

Práticas Laborais

e Relações de Trabalho

LA1

LA2

LA3

LA4

LA5

LA6

LA7

LA8

LA9

LA10

LA11

LA12

LA13

LA14

130

131

131

131

131

131

132

132

132

139

---

140 e 141

141 e 142

---

---

---

143 e 144

---

---

145

145

137

---

---

145

146

---

146

146

146

147 a 149

150

---

---

150

---

150

150

-

162

163

---

163

163

166

168

166

166

169

---

---

161

169 e 170

134

133

135

135

135

135

135

136

136

152

152

153

153

---

---

---

154

---

---

155

155

145

---

---

156

156

---

157

157

157

157 a 158

158

---

---

158

---

158

158 a 159

-

173

174

---

174 a 175

175

---

177

179

---

178

---

---

172

179

Capitulo Mota-Engil Engenharia

Páginas

SUMA

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184 185íNDIcE gRI

Direitos HumanosHR1

HR2

HR3

HR4

HR5

HR6

HR7

HR8

HR9

Sociedade SO1

SO2

SO3

SO5

SO5

SO6

SO7

SO8

Responsabilidade pelo produto PR1

PR2

PR3

PR4

PR5

PR6

PR7

PR8

PR9

180

180

180

180

180

180

180

180

180

180

180

180

180

180

180

180

180

180

180

180

180

180

180

180

180

180

180

180

180

180

180

180

180

180

180

180

180

180

180

180

180

180

180

180

180

180

180

180

180

180

180

180

Capitulo Mota-Engil Engenharia

Páginas

SUMA

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

Diga-nos o que achou deste relatório!

Porque a sua opinião é muito importante para nós, agradecemos o preenchimento

do questionário que segue e o seu envio à nossa Direcção de Responsabilidade

Social, Corporativa e Sustentabilidade, através do seguinte correio electrónico:

[email protected]. O questionário encontra-se disponível para “download” em

www.mota-engil.pt.

Obrigado pela sua colaboração!

1. Das actividades da Mota-Engil incluídas neste relatório, qual lhe interessa mais?

Mota-Engil Engenharia

SUMA – Serviços Urbanos e Meio Ambiente, SA

2. Além destas actividades, quais gostaria que fossem incluídas no âmbito do próximo

Relatório?

3. A que grupo de partes interessadas pertence?

Clientes

Fornecedores

Entidades Oficiais (incluindo Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia)

Comunidade Local

Colaboradores

Munícipes

Accionistas/Investidores

ONG

Media

Outros (especifique, por favor):

4. O que achou deste Relatório no geral e de cada uma das secções consideradas?

Opinião geral

Visão e estratégia

Apresentação e perfil do Grupo

Governação, Responsabilidade Social e Gestão do Capital Humano

Sistemas de Gestão e relacionamento com “Stakeholders”

Investigação, Desenvolvimento e Inovação

Desempenho Económico

Desempenho Ambiental

Desempenho Social

Muito Bom Bom Médio Mau

Anexo – Feedback de partes interessadas

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186 187ANExO - fEEDBAck DAS pARTES INTERESSADAS

5. Qual a secção do Relatório que considerou mais interessante?

6. Há questões que considera importantes e que não foram abordadas neste Relatório?

7. O que achou deste Relatório, relativamente aos aspectos abaixo indicados?

Conteúdo

Nível de detalhe

Linguagem

Apresentação gráfica

Estrutura

Facilidade de utilização

Apresentação de exemplos

8. Outros comentários

Identificação (preenchimento opcional)

Nome:

Empresa:

Função:

Muito Bom Bom Médio Mau