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Relatório & Contas Consolidadas Mota-Engil. Um Mundo de Inspiração

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Relatório & ContasConsolidadas

Mota-Engil. Um Mundo de Inspiração

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Somos solidariedade no PeruDevido à sua ampla dispersão geográfica, o Grupo Mota-Engil está presente na vida de milhões de pessoas e conhece de perto as suas necessidades. É por isso que, através da Fundação Manuel António da Mota, o Grupo tem distinguido ações de responsabilidade social no Peru e em outros países da América Latina contribuindo, com estes pequenos esforços, para um mundo melhor e cada vez mais equitativo.

Somos Mota-Engil em todo o mundo

CADERNO DE SUSTENTABILIDADE

05

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298 RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADAS 2015

1.Âmbito do relatório 299

1.1 Perfil do Relatório 299

1.2 Objetivos e limites do Relatório 301

2.Compromissos com iniciativas externas e relacionamento com “stakeholders” 302

2.1 Compromissos com iniciativas externas 302

2.2 Relacionamento com as partes interessadas 302

3.Responsabilidade social 304

3.1 Introdução 304

3.2 Objetivos Estratégicos 304

3.3 Fundação Manuel António da Mota 306

3.4 Outras iniciativas de responsabilidade social na Região Europa

325

3.4.1 Portugal 326

3.4.2 Polónia 330

3.5 Iniciativas de responsabilidade social na Região América Latina

332

3.5.1 México 332

3.5.2 Peru 337

3.5.3 Brasil 341

3.5.4 Colômbia 343

3.6 Iniciativas de responsabilidade social na Região África

344

3.6.1 Angola 344

3.6.2 Malawi 345

3.6.3 Moçambique 347

3.6.4 África do Sul 350

3.6.5 Cabo Verde 351

3.6.6 Zâmbia 351

3.6.7 São Tomé e Príncipe 352

4.Investigação, Desenvolvimento e Inovação 353

4.1 Mota-Engil Engenharia e Construção 353

4.2 SUMA, Serviços Urbanos e Meio Ambiente 354

5.Desempenho 356

5.1 Desempenho Ambiental 356

5.1.1 Mota-Engil Engenharia e Construção

356

5.1.2 SUMA, Serviços Urbanos e Meio Ambiente

358

5.2 Desempenho Social 367

5.2.1 Mota-Engil Engenharia e Construção

367

5.2.2 SUMA, Serviços Urbanos e Meio Ambiente

373

5.3 Grupo Mota-Engil 384

Índice

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CADERNO DE SUSTENTABILIDADE 299

Âmbito do relatório

1.NOTA PRÉVIA

O Grupo Mota‑Engil, através da sociedade holding Mota‑Engil SGPS, S.A., Sociedade Aberta, S.A. publica o seu Caderno de Sustentabilidade de 2015 juntamente com o Relatório e Contas Consolidado de 2015 de que faz parte integrante.

O Relato único permite evitar redundâncias indesejáveis resultantes da separação entre o Relatório e Contas e o Relatório de Sustentabilidade, permitindo ainda que a temática da sustentabilidade conquiste em definitivo o seu lugar no contexto do relato empresarial, conferindo aos aspetos sociais e ambientais do desempenho empresarial uma importância acrescida.

1.1 PERFIL DO RELATÓRIO

A comunicação do desempenho no domínio social e ambiental, além da sua dimensão económica aprofundadamente desenvolvida no Relatório e Contas de 2015, constitui um elemento fundamental da estratégia de sustentabilidade do Grupo.

O Relatório e Contas Consolidado e o Caderno de Sustentabilidade de 2015, publicado em língua portuguesa, inglesa e espanhola, encontra‑se disponível em formato digital, podendo ser consultado no endereço de Internet do Grupo Mota‑Engil em www.mota‑engil.pt.

No quadro de abertura e diálogo permanente e sistemático com as partes interessadas, internas e externas, o Grupo Mota‑Engil acolhe favoravelmente os pedidos de esclarecimento, comentários ou sugestões que lhe sejam endereçados.

O diálogo assim estabelecido é um instrumento fundamental de auscultação e de integração das preocupações e propostas das partes interessadas, nomeadamente clientes, fornecedores, investidores, entidades públicas e organizações não‑governamentais, entre outras, onde se inclui, de forma privilegiada, o universo dos colaboradores do Grupo Mota‑Engil, no plano mais vasto de uma eficaz política de comunicação interna ativa e participativa.

Os assuntos relativos à área da Sustentabilidade em geral podem ser endereçados ao Centro Corporativo de Estratégia de Recursos Humanos e Sustentabilidade do Grupo Mota‑Engil através dos seguintes contactos:

Mota‑Engil, SGPS, SA, Sociedade Aberta, S.A.Centro Corporativo de Estratégia de RH e Sustentabilidade

EndereçoRua do Rego Lameiro, nº 38 4300‑454 Porto PortugalTelefone +351 225 190 300Fax +351 225 191 261Correio eletrónico isabel.peres@mota‑engil.pt

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300 RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADAS 2015

1.2 OBJETIVOS E LIMITES DO RELATÓRIO

ENQUADRAMENTO

No seu processo de desenvolvimento estratégico, assente no crescimento, internacionalização e diversificação, o Grupo Mota‑Engil agrega hoje um conjunto muito diversificado de negócios, afirmando‑se de forma crescente como Grupo empresarial de base portuguesa num contexto multinacional.

O caráter multissetorial das atividades do Grupo Mota‑Engil, englobando as áreas de Engenharia e Construção, Ambiente e Serviços e Concessões de Transportes, e a sua presença em contextos geográficos diversos, torna a identificação dos aspetos da sustentabilidade materialmente relevantes numa tarefa de elevado grau de complexidade e exigência.

A estratégia de sustentabilidade do Grupo encontra‑se organicamente suportada no seu Centro Corporativo de Estratégia de RH e Sustentabilidade, diretamente dependente da Comissão Executiva da Holding, a quem cabe a definição e abordagem do Grupo à vertente de Sustentabilidade, a sua promoção e a dinamização de iniciativas em articulação com a Fundação Manuel António da Mota na vertente social, e nas restantes vertentes com as áreas de negócio nas várias geografias onde o Grupo marca presença.

Este modelo de gestão visa favorecer a difusão transversal da estratégia de sustentabilidade a toda a organização, tornar claro o compromisso do Grupo e permitir uma ligação eficaz às áreas e unidades de negócio, responsáveis no plano operacional pela condução das atividades e execução dos objetivos decorrentes da estratégia de sustentabilidade do Grupo.

ESTRATÉGIA E PRIORIDADES

Assim, a conceção da sua estratégia de sustentabilidade, bem como a determinação das questões prioritárias e a identificação das principais partes interessadas para efeitos da execução da política de sustentabilidade e elaboração do caderno, obedeceu, à semelhança dos anos anteriores, a um processo de auscultação interno promovido junto dos principais responsáveis das sub‑holdings e unidades de negócio do Grupo, daí resultando um consenso alargado e um conjunto de múltiplas contribuições indispensáveis à elaboração do relatório.

A determinação dos aspetos materialmente relevantes constitui uma fase incontornável na correta utilização das orientações adotadas e pressuposto essencial do cumprimento do plano estratégico e das atividades dele dependentes.

INDICADORES

O quadro de Indicadores estabelecido pelas orientações de relato adotadas deve, por sua vez, refletir e ser o corolário natural dos objetivos traçados e dos planos de atuação conducentes à sua concretização, tendo por base os tópicos prioritários da sustentabilidade considerados materialmente relevantes.

A resposta aos Indicadores deve ser vista como parte integrante da arquitetura de gestão do Grupo, em geral, e do seu modelo de gestão da sustentabilidade, em especial, ganhando particular relevo o papel dos sistemas de informação.

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CADERNO DE SUSTENTABILIDADE 301

A Mota‑Engil Engenharia e Construção – Portugal e a Suma, Serviços Urbanos e Meio Ambiente são as únicas entidades a fornecer e divulgar Indicadores de acordo com o referencial adotado por se tratarem de organizações do Grupo onde se encontram particularmente desenvolvidos os sistemas de recolha, tratamento e difusão da informação associados ao modelo existente.

ABRANGÊNCIA

No que respeita à divulgação de Indicadores de Desempenho, o Caderno de Sustentabilidade de 2015 abrangerá as seguintes entidades:

Área de Negócio – Engenharia e ConstruçãoUnidade de Negócio – Mota‑Engil Engenharia e Construção, S.A.Perímetro Geográfico – Portugal

Área de Negócio – Ambiente e ServiçosUnidade de Negócio – SUMA, S.A.Perímetro Geográfico – Portugal

Ao longo do presente Caderno, e em consonância com a forma como são apresentadas na generalidade dos demais suportes de comunicação do Grupo, a referência a estas entidades constará sob a designação abreviada de “Mota‑Engil Engenharia” e “SUMA”.

No que toca à presença em joint arrangements ou atividades em regime de outsourcing, estas não serão objeto de relato.

01. Responsabilidade Social e Relações Comunitárias

01

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302 RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADAS 2015

2.1 COMPROMISSOS COM INICIATIVAS EXTERNAS

ATIVIDADE ASSOCIATIVA

Consciente do seu papel na sociedade e de forma a assegurar mais eficazmente a interação e o diálogo com as partes interessadas, o Grupo Mota‑Engil participa ativamente em inúmeras organizações de índole industrial e comercial.

A presença nestes organismos associativos consubstancia‑se através do financiamento às suas atividades por via do esforço de quotização a cargo das empresas filiadas e pelo exercício de funções nos seus órgãos executivos.

O Grupo Mota‑Engil, pela importância estratégica que estas instituições representam enquanto fatores de cooperação e de relacionamento estreito com a comunidade empresarial, faz parte, através das suas várias empresas, de associações setoriais, associações empresariais, câmaras de comércio e outros organismos. O Grupo faz‑se assim representar nos setores onde atua e nas câmaras de comércio dos mercados geográficos onde opera.

2.2 RELACIONAMENTO COM AS PARTES INTERESSADAS

IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES INTERESSADAS

O Grupo Mota‑Engil considera essencial focalizar a sua atenção nas múltiplas partes interessadas com que se relaciona. Pela dimensão e caráter diversificado das suas atividades em múltiplas geografias e contextos económicos, sociais e culturais de referência, o quadro relacional do Grupo Mota‑Engil expande‑se significativamente, assumindo regularmente novos contornos.

Os processos de identificação e abordagem das principais partes interessadas dependem pois, em grande medida, da dinâmica e das caraterísticas próprias de cada região onde o Grupo opera, disso se dando conta em seguida de forma resumida.

No que respeita ao Grupo Mota‑Engil em geral, pelo seu caráter internacional e diversificado e face aos objetivos do seu desenvolvimento estratégico, a consolidação e busca constante de novas oportunidades de negócio coloca particular ênfase nos seus clientes, nacionais e internacionais, nos seus parceiros de negócio e no universo dos seus colaboradores. Assumem, de igual modo, primacial importância os acionistas do Grupo, os investidores, as entidades financeiras e do setor segurador, os meios de comunicação social e as organizações não‑governamentais, bem como as entidades reguladoras. A identificação destas partes interessadas assume, assim, um caráter transversal a todo o Grupo.

Na Mota‑Engil Engenharia avultam igualmente como partes interessadas de referência os clientes do Grupo, quer se trate de clientes institucionais (Estado e demais entidades públicas), pelo seu peso significativo em relação aos principais segmentos de atividade, quer ainda os inúmeros clientes do setor privado, atento o número de valências especializadas na área de Engenharia e Construção detidas pelo Grupo. Refiram‑se também as universidades e as comunidades locais, pelo impacto do setor construtivo nos domínios social e ambiental, e a vasta gama de fornecedores de produtos e serviços, nota marcante desta atividade caraterizada pela sua extensa cadeia de procura.

Compromissos com iniciativas externas e relacionamento com “stakeholders”

2.

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CADERNO DE SUSTENTABILIDADE 303

ABORDAGEM DAS PARTES INTERESSADAS

A abordagem das partes interessadas por parte do Grupo Mota‑Engil, na sua globalidade, consiste na adoção de um conjunto de meios de comunicação, entre os quais se destacam o seu website e a publicação periódica Sinergia, que disponibilizam um conjunto vasto de informação sobre as atividades do Grupo.

Salienta‑se ainda a Mota‑Engil TV, projeto que pretende levar a todos os colaboradores as imagens e notícias sobre as atividades desenvolvidas pelo Grupo em cada país e área de negócio, e a implementação do Portal interno ON.ME. Registe‑se ainda a existência de newsletters e publicações disponibilizadas por várias empresas do Grupo.

Através dos contactos disponibilizados via website encontra‑se facilitada a interlocução com qualquer das áreas do Grupo, possibilitando assim um número considerável de interações com o exterior do Grupo.

Assinale‑se ainda a dinâmica de relacionamento com os meios de comunicação social, quer generalistas, quer da imprensa especializada, no domínio económico e financeiro, atestada pelo extenso acervo de menções às atividades, negócios e iniciativas do Grupo e pela presença regular dos seus representantes nos meios de comunicação social.

No que concerne à abordagem das partes interessadas, importa referir os seguintes aspetos:

Colaboradores:• Realização de encontros de quadros e fóruns de partilha de conhecimento.• Divulgação periódica de campanhas de sensibilização.• Realização de diversas ações de formação no sentido de desenvolver competências.• Portal corporativo ON.ME.

Clientes:• Envio de inquéritos de satisfação do cliente.

Fornecedores:• Promoção de ações de formação de fornecedores.• Realização de inquéritos de satisfação e desenvolvimento de parcerias.

Entidades Públicas:• Divulgação do Relatório e Contas.• Realização de inquéritos de satisfação e celebração de protocolos.

Universidades:• Celebração de vários protocolos com universidades.• Parcerias para desenvolvimento de estudos e projetos específicos.

Comunicação Social:• Participação em eventos, feiras de construção, seminários.• Elaboração de artigos e notícias para revistas e jornais.

Associações:• Participação em grupos de trabalho e noutras iniciativas.

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304 RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADAS 2015

Responsabilidade social

3. 3.1 INTRODUÇÃO

O Grupo Mota‑Engil deu início à concretização de uma estratégia de sustentabilidade e responsabilidade social em 2006, que viria a culminar na publicação do seu primeiro Relatório de Sustentabilidade em 2007.

A sustentabilidade no Grupo Mota‑Engil materializa‑se através da concretização de um conjunto de Objetivos Estratégicos nos quais se procura corporizar e dar resposta prática à estratégia de sustentabilidade do Grupo Mota‑Engil.

Paralelamente, e no domínio da comunicação do desempenho na área Social e Ambiental, a estratégia de sustentabilidade integra ainda a publicação regular do relato de Sustentabilidade do Grupo.

3.2 OBJETIVOS ESTRATÉGICOS

1. CRIAÇÃO DE VALOR

• Criar valor na perspetiva do acionista e da sociedade em geral.

• Abordagem preventiva e prospetiva dos riscos decorrentes dos impactos económicos, sociais e ambientais do negócio, integrando‑os no modelo global de gestão.

• Cultura baseada na qualidade, no rigor e na orientação para o cliente.

• Incremento da produtividade e eficiência de processos, visando atingir elevados níveis de desempenho operacional de acordo com as melhores práticas internacionais e de mercado.

2. ECOEFICIÊNCIA E INOVAÇÃO

• Fazer mais com menos, reduzindo o consumo de recursos e incrementando a eficiência na sua utilização.

• Procura constante de melhorias no plano ambiental que paralelamente potenciem benefícios económicos.

• Forte incentivo à inovação como fator crítico de aumento da competitividade, estimulando o crescimento, a diversificação e a criação de novas oportunidades de negócio.

3. PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE

• Minimizar o impacto ambiental das atividades do Grupo, integrando a perspetiva ambiental nos processos e sistemas de gestão.

• Promover e participar em iniciativas de sensibilização e preservação dos valores ambientais.

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CADERNO DE SUSTENTABILIDADE 305

4. ÉTICA EMPRESARIAL

• Observância de critérios éticos na promoção dos valores, cultura e modelo de gestão do Grupo.

• Respeito pelas pessoas e pelos seus direitos.

5. DIÁLOGO COM AS PARTES INTERESSADAS

• Transparência e abertura no relacionamento com as partes interessadas.

• Comunicação regular e sistematizada com as partes interessadas, visando auscultar e integrar as suas preocupações.

• Relato objetivo e credível do desempenho económico, social e ambiental.

6. GESTÃO DO CAPITAL HUMANO

• Traduzir a dimensão humana e o respeito pelas pessoas na estratégia e nas políticas de gestão de recursos humanos.

• Valorizar o emprego e a progressão na carreira estimulando a aquisição de competências através da formação contínua e da aprendizagem ao longo da vida.

• Criar condições de trabalho motivadoras e compensadoras mediante políticas remuneratórias e de incentivo que favoreçam a excelência e o mérito.

• Garantir os mais elevados padrões de saúde e segurança no trabalho.

• Adotar práticas de recrutamento e seleção não‑discriminatórias e que promovam a igualdade de oportunidades.

• Apoiar ativamente a transição da escola para a vida ativa promovendo a formação qualificante.

• Estimular o envelhecimento ativo, visando o equilíbrio geracional dos recursos humanos no quadro de uma política laboral responsável e socialmente sustentável.

7. APOIO AO DESENVOLVIMENTO SOCIAL

• Apoiar iniciativas de caráter social, educativo, cultural e ambiental promovidas pelo Grupo ou em parceria com entidades externas.

• Contribuir, através da ação mecenática, para o desenvolvimento socioeconómico das comunidades onde desenvolve a sua atividade.

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306 RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADAS 2015

3.3 FUNDAÇÃO MANUEL ANTÓNIO DA MOTA

ENQUADRAMENTO GERAL

A Fundação Manuel António da Mota (FMAM) é um importante instrumento da política de responsabilidade social do Grupo Mota‑Engil, enquanto expressão organizada e sistematizada de uma gestão ética e socialmente comprometida, em nome de uma cidadania empresarial ativa e participativa.

Instituída pelo Grupo Mota‑Engil e pela família Mota, sua acionista de referência, a Fundação, atenta a sua matriz empresarial, procura ir ao encontro de uma visão estratégica geradora de valor a longo prazo, assente nos princípios mais amplos do desenvolvimento sustentável concretizados através de uma política de responsabilidade social coerente e estruturada de que a Fundação é veículo privilegiado.

A Fundação, com sede na cidade do Porto, tem por fins a promoção, desenvolvimento e apoio a iniciativas de natureza social nos domínios da beneficência e solidariedade social, e de natureza cultural nos domínios da educação, saúde, ambiente, organização e apoio à atividade artística, exercendo a sua ação em todo o território nacional e nos países onde o Grupo Mota‑Engil marca presença. Institui ainda anualmente o “Prémio Manuel António da Mota”.

A Fundação dispõe dos adequados recursos materiais e financeiros destinados a assegurar a sua plena sustentabilidade futura no cumprimento dos seus fins estatutários. É gerida por um Conselho de Administração e por uma Comissão Executiva, integrando ainda nos seus órgãos estatutários o Conselho de Curadores, Conselho Fiscal e Conselho Consultivo.

MISSÃO

A missão da Fundação Manuel António da Mota consiste em contribuir para o desenvolvimento integrado das comunidades onde o Grupo Mota‑Engil exerce a sua atividade, em Portugal e no estrangeiro, em particular no domínio social, cultural, educativo, formativo e ambiental.

VISÃO

A Fundação Manuel António da Mota aspira a tornar‑se uma entidade de referência entre as suas congéneres nacionais e internacionais, honrando a memória inspiradora de Manuel António da Mota, o espírito dos seus fundadores, pessoas coletivas do universo empresarial Mota‑Engil e da família Mota, e contribuindo decisivamente para o reforço e consolidação da estratégia de responsabilidade social do Grupo Mota‑Engil.

VALORES

No cumprimento dos seus fins estatutários, estratégia, objetivos, atividades, políticas e sistemas de gestão, a Fundação Manuel António da Mota rege‑se pela preservação e defesa dos seguintes valores:

• Legalidade

Observância estrita da legalidade em todas as decisões e atos de gestão e respeito pelos direitos e garantias das pessoas singulares e coletivas com que se relacione.

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CADERNO DE SUSTENTABILIDADE 307

• Imparcialidade

Tratamento imparcial e não discriminatório na tramitação de processos relativos a pedidos de apoio ou financiamento emanados de entidades externas, tendo em conta os fins estatutários, objetivos e planos de atividades.

• Transparência

Respeito pelos princípios éticos em todas as práticas e sistemas de gestão e transparência no domínio dos procedimentos que sejam suscetíveis de afetar direitos ou interesses de terceiros.

• Compromisso e responsabilidade

Adoção de uma cultura de compromisso e responsabilização no cumprimento dos fins estatutários, na prossecução dos objetivos assumidos e demais aspetos atinentes às suas atividades.

• Rigor e eficiência

Rigor e eficiência na gestão dos recursos humanos, materiais e financeiros afetos à atividade e adoção de práticas que estimulem a qualidade e a melhoria contínua dos métodos e sistemas de gestão.

• Criatividade e inovação

Criar um clima propício à criatividade e inovação na conceção e realização de iniciativas internas e no apoio a iniciativas externas.

• Sustentabilidade

Incorporação de princípios e práticas de sustentabilidade social e ambiental nos sistemas de gestão, processos de tomada de decisão e na análise e apoio a iniciativas de entidades terceiras.

OBJETIVOS ESTRATÉGICOS FMAM

No cumprimento dos seus fins estatutários a Fundação elegeu um conjunto de objetivos estratégicos a que se subordinam as suas áreas de intervenção e que constituem, no conjunto, as grandes linhas orientadoras da sua atividade.

1. Desenvolvimento social

Contribuir para o desenvolvimento social das comunidades nacionais e internacionais onde exerce a sua atividade, através de iniciativas de:

• Solidariedade social• Apoio social e familiar aos colaboradores do Grupo Mota‑Engil• Voluntariado• Solidariedade internacional

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308 RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADAS 2015

2. Prémio Manuel António da Mota

Instituir anualmente o “Prémio Manuel António da Mota” para distinguir organizações e personalidades que se destaquem nos vários domínios de atividade da Fundação.

3. Educação e formação

Apoiar a educação, formação e qualificação de jovens e adultos, em particular junto dos públicos mais desfavorecidos, valorizando o potencial humano, promovendo a inserção social e profissional e estimulando o mérito e o sucesso educativos, através de:

• Centro de Formação Profissional Manuel António da Mota• Protocolos e parcerias para a educação.

4. Cultura

Promover a cultura e a valorização e acesso à fruição dos bens culturais no domínio das artes plásticas, artes performativas, música, humanidades e ciência e tecnologia:

• Programação cultural.• Apoio aos agentes culturais.

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELA FUNDAÇÃO EM 2015

Descrevem-se de seguida as principais atividades e projetos desenvolvidos pela Fundação em 2015, de acordo com os seus Objetivos Estratégicos.

1. DESENVOLVIMENTO SOCIAL

1.1 Solidariedade Social

No âmbito deste objetivo, e tendo em vista contribuir para o desenvolvimento social das comunidades onde a Mota-Engil atua, a Fundação concedeu apoios financeiros a 38 instituições de solidariedade social que desenvolvem as suas atividades em áreas como a Deficiência, Crianças e Jovens, Idosos, Habitação, Desporto, Inovação Social, Saúde, Comunidade e Solidariedade Internacional.

Para além da atribuição destes donativos, a Fundação desenvolveu também vários projetos/ programas, quer individualmente, quer em parceria com outras entidades públicas e privadas, dos quais se destacam:

ÁREA DA DEFICIÊNCIA

Programa Mobilidade IntegradaNo âmbito do protocolo de colaboração entre a Fundação Manuel António da Mota, Fundação Montepio e a empresa Mobilidade Positiva, especialista na conceção e estudo de soluções para pessoas com deficiência e mobilidade condicionada, foram identificadas e apoiadas várias situações de cidadãos deficientes ou com incapacidade temporária e em situação de carência económica.

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CADERNO DE SUSTENTABILIDADE 309

Através deste protocolo as entidades intervenientes pretendem dar resposta aos pedidos de apoio que recebem regularmente de cidadãos nessas condições, ajudando a financiar parcial ou integralmente a aquisição de ajudas técnicas/produtos de apoio, incluindo a intervenção na esfera habitacional dos beneficiários para garantir as indispensáveis condições de mobilidade.

ÁREA DA HABITAÇÃO

Habitat for Humanity InternationalA Associação Humanitária Habitat for Humanity Portugal, fundada em Maio de 1996 e filial da Habitat for Humanity International com sede nos EUA, é uma ONG que tem como princípio fundamental congregar esforços e promover iniciativas no âmbito da solidariedade social, visando especialmente contribuir para eliminar a degradação habitacional e apoiar famílias carenciadas na obtenção de habitações adequadas e condignas, através da sua construção ou recuperação.

A Fundação, através de um protocolo celebrado com esta instituição, procura associar-se ao seu trabalho, tendo em vista viabilizar a construção ou recuperação de habitações para famílias carenciadas, em especial no concelho de Amarante, território a que a Mota-Engil se encontra ligada por fortes laços simbólicos e institucionais.

O compromisso da Fundação neste protocolo passa essencialmente por uma subvenção anual que se destina a suportar os custos de estrutura da instituição no concelho de Amarante, financiando ainda, nalguns casos, os custos de reconstrução das habitações. A mobilização de voluntários do Grupo Mota-Engil para participar nos trabalhos de reconstrução e a oferta de materiais de construção, contam-se ainda entre as modalidades de apoio.

No âmbito deste Protocolo, a Fundação contribuiu em 2015 para a reconstrução de mais três habitações de famílias carenciadas daquele concelho que se encontravam sem as mínimas condições de conforto, segurança e salubridade, perfazendo um total de catorze habitações recuperadas desde o início da vigência do protocolo.

Oeiras sem BarreirasA Fundação e a Câmara Municipal de Oeiras celebraram em novembro de 2012 um protocolo de colaboração destinado a viabilizar, no concelho de Oeiras, a realização de obras de adaptação de habitações de famílias de baixos rendimentos e cujos agregados familiares integrem pessoas com mobilidade condicionada.

Nos termos protocolados, cabe ao Município de Oeiras definir anualmente um plano de intervenções visando a eliminação de barreiras arquitetónicas nas habitações a intervencionar, ficando a cargo da Fundação financiar a sua execução com base na dotação orçamental anualmente fixada para o efeito.

Em 2015 realizaram-se mais duas intervenções, devolvendo ao lar de duas famílias oeirenses condições de mobilidade que em muito contribuem para o seu bem-estar e qualidade de vida.

A edilidade oeirense e a Fundação atentas aos cidadãos com necessidades especiais, procuram, assim, garantir a sua participação, integração social e o pleno exercício dos seus direitos de cidadania consagrados na Constituição e nas leis.

Porto AmigoVisando a coesão social urbana e a promoção de condições habitacionais condignas a favor dos mais idosos, a Fundação Manuel António da Mota e a Fundação Porto Social, da Câmara Municipal do Porto, celebraram um protocolo denominado “Porto Amigo” que estabelece

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310 RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADAS 2015

formas de colaboração na realização de obras de adaptação e de melhoria das condições de habitabilidade da população sénior dependente da cidade do Porto, em situação de pobreza e que resida em habitação própria ou arrendada.

Em 2012, com a inclusão do Grupo de Ação Social do Porto (G.A.S. Porto) nesta parceria, foi alargada a área de intervenção do projeto. O G.A.S. Porto, através de ações de voluntariado, tem assumido um acompanhamento continuado dos beneficiários do projeto, prestando-lhes apoio no domínio psicossocial em complemento da intervenção na esfera habitacional.

No âmbito deste protocolo foram efetuadas, até final de 2015, intervenções em vinte e cinco habitações de idosos, tendo contribuído para melhorar as suas condições de vida e devolver dignidade ao seu espaço habitacional.

ÁREA DA SAÚDE

Protocolo Fundação Manuel António da Mota/Núcleo Regional do Norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro/Instituto Português de Oncologia do PortoNo âmbito do protocolo celebrado em 2011 entre a Fundação, o Instituto Português de Oncologia do Porto e o Núcleo Regional do Norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro foi criado um serviço de apoio social aos doentes oncológicos internados na sua unidade de cuidados paliativos e suas famílias.

Mantendo a sua vigência em 2015, este protocolo permite ao serviço de cuidados paliativos do IPO do Porto, que assiste mais de mil doentes por ano, continuar a contar com uma subvenção financeira da Fundação prestando apoio em diversas modalidades aos doentes e suas famílias que se encontrem em grave situação de carência económica e financeira e/ou psicossocial, suscetíveis de prejudicar o seu bem-estar e qualidade de vida, colocar em risco a eficiência do acompanhamento clínico prestado ou contribuir direta ou indiretamente para o seu isolamento ou exclusão social.

2. Habitat for Humanity International

3. Oeiras sem Barreiras4. Porto Amigo5. Bolsas de Estudo

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CADERNO DE SUSTENTABILIDADE 311

Protocolo Fundação Manuel António da Mota/Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro/Instituto Português de Oncologia de Coimbra/Centro Hospitalar e Universitário de CoimbraÀ semelhança do protocolo celebrado com a LPCC-NRN e IPO do Porto, a Fundação assinou em outubro de 2015 um protocolo com o Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil (IPOCFG), o Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro e o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

Pretende-se com este protocolo criar linhas de apoio social ao doente oncológico, nomeadamente as que decorrem de situações de carência socioeconómica e psicossocial suscetíveis de agravar o bem-estar e qualidade de vida, colocar em risco a eficiência do acompanhamento clínico ou contribuir para o isolamento ou exclusão social.

O apoio aos doentes, determinado pelo protocolo, será efetuado em articulação com o IPO – Coimbra e o CHUC, responsáveis pela identificação e sinalização de doentes em situação de carência socioeconómica.

Mundo a Sorrir – Associação de Médicos Dentistas Solidários PortuguesesA Mundo a Sorrir – Associação de Médicos Dentistas Solidários Portugueses é uma associação sem fins lucrativos, pioneira na assistência em cuidados de saúde oral e que tem como principais objetivos a promoção do direito à saúde oral em Portugal e no mundo.

Considerando que o desenvolvimento de ações de parceria no domínio da saúde oral contribuirão para a resolução de situações de carência em matérias de saúde e da reinserção social da população portuguesa, a Fundação estabeleceu um protocolo com a Mundo a Sorrir tendo como objetivo reforçar o acesso da população portuguesa mais desfavorecida aos cuidados de saúde, no âmbito dos objetivos do Plano Nacional de Saúde Oral, através do seu projeto CASO – Centro de Apoio à Saúde Oral, que visa a prestação de cuidados de saúde oral à população mais desfavorecida do distrito do Porto através da colaboração de um conjunto alargado de médicos dentistas voluntários. Ao abrigo deste protocolo, usufruem também de consultas de saúde oral gratuitas os formandos do Centro de Formação Profissional Manuel António da Mota.

A Fundação tem vindo a renovar anualmente o seu apoio a esta associação que já expandiu o seu projeto para a cidade de Braga.

ÁREA DA INOVAÇÃO SOCIAL

ESLIDER – Pontes para o FuturoO Centro de Inovação Social – CIS Porto lançou o Concurso “Pontes para o Futuro”. Trata-se de uma iniciativa da Câmara Municipal do Porto, através da Fundação Porto Social, em parceria com a ESLider – Portugal, organização que visa contribuir ativamente para o reconhecimento do terceiro setor, promovendo a sua transparência, profissionalização e modernização.

“Pontes para o Futuro” tem como objetivo mobilizar os cidadãos para resolver problemas concretos identificados por organizações do terceiro setor, juntando empreendedores sociais e instituições da economia social na busca de soluções que garantam a eficiência e a sustentabilidade do trabalho destas últimas.

A Fundação tem vindo a apoiar esta iniciativa, financiando e colaborando na seleção e avaliação dos melhores projetos.

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312 RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADAS 2015

1.2 Apoio Social e Familiar aos Colaboradores da Mota‑Engil

Bolsas de Estudo O Programa de Bolsas de Estudo foi instituído pela primeira vez no ano letivo de 2006/2007 no âmbito da Mota-Engil, transitando a sua gestão para a Fundação no ano de 2011.

As bolsas, no valor de 3000 euros por ano e por beneficiário, são atribuídas aos estudantes do ensino superior, filhos de colaboradores do Grupo com menores recursos económicos e que tenham obtido bom aproveitamento escolar.

Até à data, o número de estudantes apoiados ultrapassa as duas centenas. Este programa visa favorecer uma política de igualdade de oportunidades, que contribua para elevar os patamares de qualificação dos jovens e sirva de estímulo ao seu desempenho académico.

Em 2015 a Fundação manteve ainda o seu apoio a uma jovem estudante moçambicana em situação de grande vulnerabilidade económica, atribuindo uma bolsa de estudo destinada a subvencionar a frequência do seu ciclo de estudos em Portugal.

Consultório FinanceiroO programa Consultório Financeiro é um serviço disponibilizado pela Fundação aos colaboradores do Grupo Mota-Engil, em colaboração com uma empresa especializada em assuntos de endividamento pessoal e familiar.

Este programa tem por objetivo prestar apoio a pessoas em situação de sobre-endividamento ou em risco de desequilíbrio financeiro, através de um diagnóstico financeiro ou apoio na recuperação financeira.

O serviço prestado inclui as modalidades de diagnóstico financeiro, com análise do orçamento familiar, avaliação do perfil financeiro e constituição de um plano de recuperação dos encargos e despesas mensais e recuperação financeira e social que compreende a reeducação financeira com vista a uma utilização responsável do crédito, a elaboração de um plano de pagamentos e de renegociação com os credores, incluindo o Estado, e a gestão equilibrada do orçamento familiar. Este serviço disponibilizado pela Fundação é totalmente gratuito para os colaboradores em ambas as modalidades referidas, seja qual for o seu grau de complexidade e duração, não incluindo no entanto o patrocínio judiciário.

Em 2015, foram vários os colaboradores do Grupo que recorreram ao apoio da Fundação neste âmbito e que conseguiram assim reorganizar a sua situação financeira.

Fundo de Apoio SocialA Fundação instituiu um Fundo de Apoio Social que visa ser um instrumento de carácter permanente de apoio económico aos colaboradores do Grupo Mota-Engil e membros do seu agregado familiar.

O Fundo destina-se especialmente a acorrer a eventualidades verificadas na esfera pessoal ou familiar dos colaboradores de que possa resultar a privação inesperada de rendimentos ou acréscimo de despesas suscetíveis de colocarem em risco a segurança e estabilidade económica do colaborador ou da sua família.

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CADERNO DE SUSTENTABILIDADE 313

Constituem eventualidades passíveis de apoio o acidente ou doença de que resulte a incapacidade total ou parcial para o trabalho de carácter temporário ou definitivo, a morte do colaborador, doença do cônjuge, deficiência de qualquer membro do agregado familiar, entre outras situações enquadráveis no objeto do Fundo.

O apoio financeiro concedido através do Fundo pode revestir carácter pontual ou continuado, dependendo das características da eventualidade que dá origem à candidatura reservada aos colaboradores do Grupo Mota-Engil com mais de 5 anos de antiguidade. A gestão do Fundo obedece a regulamento próprio, tendo por base uma dotação orçamental anualmente fixada.

Em 2015, o Fundo voltou a apoiar vários colaboradores, o que é bem demonstrativo da importância e dos objetivos para que foi criado.

1.3 Voluntariado

Das iniciativas de voluntariado promovidas anualmente pela Fundação, destacam-se as que têm tido maior aderência junto dos colaboradores do Grupo:

Habitat for Humanity InternationalNo âmbito do protocolo estabelecido com a Habitat for Humanity Portugal (já referido) a Fundação, à semelhança do que tem acontecido em anos anteriores, lançou o desafio junto dos colaboradores da Mota-Engil para se envolverem neste projeto.

Em 2015 o projeto voltou a contar com a participação de voluntários das empresas do Grupo Mota-Engil ficando, no final da participação, o registo de satisfação por parte dos intervenientes por se terem envolvido numa ação de voluntariado tão humanamente rica e gratificante, reiterando a vontade de voltarem a participar em novas ações.

Porto de FuturoNo âmbito do projeto Porto de Futuro e no desenvolvimento da parceria com o Agrupamento Vertical de Escolas Manoel de Oliveira (Porto), no ano letivo 2014/2015, contamos com a participação de três voluntários do Grupo Mota-Engil que se disponibilizaram para a implementação dos programas da Junior Achievement Portugal.

6. Consultório Financeiro7. Fundo de Apoio Social8. Habitat for Humanity

International9. Porto de Futuro

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314 RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADAS 2015

1.4 Projetos Internacionais

MOÇAMBIQUE

Health4MOZ – Health for Mozambican Children and Families A Health4MOZ é uma associação de direito privado, sem fins lucrativos, criada por um grupo de profissionais, particularmente médicos e professores de medicina, respondendo a um apelo de responsabilidade social e cívica e de solidariedade para com o próximo.

Tem como parceiros privilegiados a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e a Universidade de Lúrio (UNILÚRIO) em Nampula – Moçambique. O lema da Health4MOZ é ensinar e formar em medicina e em todas as áreas paramédicas, de forma a transmitir o conhecimento de uma forma consistente, testemunho da melhoria duradoura da prestação de cuidados de saúde de excelência e consequentemente da melhoria transgeracional da saúde das populações. Contam para o efeito com médicos especialistas em diferentes áreas e enfermeiros que, de uma forma totalmente voluntária, desenvolvem o seu trabalho em Moçambique.

A Fundação, ciente da importância da missão da instituição e no contexto do progressivo alargamento da sua intervenção a Moçambique e a outros países onde a Mota-Engil marca relevante presença, tem vindo a apoiar a Health4MOZ na realização das missões da instituição naquele país africano.

MOVE – Associação de microcrédito e empreendedorismoA Fundação tem vindo a apoiar o projeto Católica-MOVE, associando o nome da Fundação a projetos de microcrédito e empreendedorismo em território moçambicano, promovidos pela Universidade Católica Portuguesa.

O apoio atribuído à MOVE – Associação de Microcrédito e Empreendedorismo, destina-se a financiar as atividades do projeto que envolve a atribuição de um conjunto de prémios aos melhores empreendedores apoiados pela MOVE em Moçambique e o apoio ao trabalho de mentoria e capacitação dos microempreendedores moçambicanos a cargo de jovens estudantes universitários portugueses.

Step for Care A Step for Care é uma associação sem fins lucrativos que visa a promoção e defesa dos interesses e direitos das crianças internadas no Hospital Central de Maputo, noutros países africanos e também em Portugal. A instituição nasceu da vontade de um grupo de pessoas ligadas por um objetivo e um ideal comum.

A Step for Care pretende apoiar a criação e modernização da ala pediátrica do Hospital Central de Maputo. No mesmo hospital pretende ainda apoiar o centro lúdico a ser criado, procurando proporcionar às crianças que estão internadas algum acompanhamento escolar, um espaço em que possam ter acesso a brinquedos e a jogos e possibilitar atividades de interação e partilha entre doentes e os seus familiares aquando das visitas.

A Fundação apoiou financeiramente a associação na prossecução das suas atividades, solidarizando-se com o seu esforço em prol das crianças moçambicanas.

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CADERNO DE SUSTENTABILIDADE 315

2. PRÉMIO MANUEL ANTÓNIO DA MOTA

A instituição anual do Prémio Manuel António da Mota constitui um imperativo estatutário da Fundação. O Prémio procura honrar e homenagear a memória do fundador da Mota‑Engil, distinguindo todos os anos organizações e personalidades que se destaquem nos vários domínios de atividade da Fundação.

Na sua 1ª edição de 2010, o Prémio foi dirigido às instituições particulares de solidariedade social que se notabilizaram no combate à pobreza e à exclusão social, naquele que foi o Ano Europeu de Luta Contra a Pobreza e a Exclusão Social. Saiu vencedora do prémio a ASTA – Associação Sócio‑Terapêutica de Almeida, instituição que desenvolve, no concelho de Almeida, um trabalho notável de integração social, humana e económica de cidadãos deficientes, procurando proporcionar‑lhes condições de vida dignas num contexto muito próximo do meio familiar.

No Ano Europeu do Voluntariado celebrado em 2011, a 2ª edição do Prémio Manuel António da Mota teve como objetivo premiar as organizações promotoras de voluntariado, com sede e atividade em território nacional. O prémio foi atribuído à Leque – Associação Transmontana de Pais e Amigos das Crianças com Necessidades Educativas Especiais, sediada em Alfândega da Fé, e que gere um Centro de Atendimento e Animação para Pessoas com Deficiência.

O Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações serviu de mote à 3ª edição do Prémio realizada em 2012. Saiu vencedora do Prémio a Alzheimer Portugal, pelo trabalho desenvolvido ao serviço da integração social e melhoria da qualidade de vida dos indivíduos com demência e seus cuidadores, assumindo‑se como única organização em Portugal especificamente dedicada a esta causa.

O Ano Europeu dos Cidadãos constituiu o tema inspirador da 4ª edição do Prémio que teve lugar em 2013. Nesta edição, o Prémio Manuel António da Mota associou‑se aos esforços do Ano Europeu dos Cidadãos em impulsionar o debate sobre a cidadania europeia e dar a conhecer às pessoas os seus direitos enquanto cidadãos europeus. Saiu vencedora a Fundação Mata do Buçaco. Mereceu a preferência do júri pelos projetos que desenvolve no âmbito da ressocialização integrada e corresponsável de cidadãos reclusos, no âmbito de um protocolo celebrado com a Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais que prevê a integração socioprofissional de cidadãos reclusos do estabelecimento prisional de Coimbra.

Em 2014, na sua 5ª edição, o Prémio, associando‑se ao 20º aniversário do Ano Internacional da Família, pretendeu distinguir as instituições que atuam na valorização, defesa e apoio à família nas mais variadas áreas. Venceu a 5ª edição do Prémio, o MDV – Movimento de Defesa da Vida, pelo seu projeto “Família” que desenvolve no âmbito do acompanhamento de famílias com crianças e jovens em risco.

Em 2015, na sua 6ª edição, o Prémio Manuel António da Mota pretendeu enaltecer os esforços desenvolvidos pelas organizações que se distinguem pelo carácter inovador dos seus projetos na resposta aos problemas sociais do país, mormente nas áreas da educação, emprego e luta contra a pobreza e exclusão social. Foram submetidos a concurso 225 projetos, recebidos de candidaturas provenientes de instituições sem fins lucrativos, nomeadamente instituições particulares de solidariedade social, fundações, associações, organizações não governamentais, e entidades públicas, designadamente autarquias locais.

O processo de seleção obedeceu a um conjunto de critérios sociais, técnicos, institucionais e económicos previstos no regulamento do Prémio e aplicáveis à análise do formulário de candidatura, a que se seguiu um conjunto de visitas às 10 instituições finalistas, por parte dos membros do Júri, que permitiu apreciar in loco as atividades desenvolvidas e determinar a candidatura vencedora.

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316 RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADAS 2015

O Júri de Seleção foi composto por membros do Conselho de Administração da Fundação e por personalidades de reconhecido mérito, como a Coordenadora Nacional do Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações, o Presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), a Presidente do Conselho de Curadores da Fundação Manuel António da Mota e Presidente da Direção do Instituto de Apoio à Criança.

Numa parceria de comunicação, celebrada pela Fundação com a TSF – Rádio Notícias pelo sexto ano consecutivo, a rubrica “Portugal Inovador Social” trouxe à antena da rádio histórias de instituições que se destacaram pelo carácter inovador dos seus projetos na resposta aos problemas sociais do país nas mais variadas áreas, para além de um conjunto de reportagens com cada uma das instituições finalistas.

No dia 13 de dezembro, na Conferência “Portugal Inovador Social”, foi anunciada a candidatura vencedora do Prémio Manuel António da Mota, cujo galardão foi entregue pelo antigo Presidente da República, Ramalho Eanes. A Fundação ADFP – Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional mereceu a preferência do júri do Prémio Manuel António da Mota, pelo seu projeto “Mentes Brilhantes” que visa despertar nos alunos dos extratos mais desfavorecidos o gosto pela aprendizagem e pelo conhecimento, incrementando a sua cultura científica de modo a potenciar o talento dos estudantes através de um conjunto de atividades lúdico‑pedagógicas, complementando o papel da escola em áreas do saber menos exploradas. A Fundação ADFP, instituição particular de solidariedade social sediada em Miranda do Corvo, apoia um número muito vasto de pessoas nas áreas da infância, deficiência, doença mental, idosos, saúde e formação profissional, dispondo ainda de uma importante atividade cultural e desportiva, para além do Parque Biológico da Serra da Lousã.

A Fundação regozija‑se com o prestígio e notoriedade públicas que o Prémio Manuel António da Mota logrou alcançar ao cabo das suas seis edições.

10. Prémio Manuel António da Mota

11. Prémio Manuel António da Mota

12. Centro de Formação Profissional Manuel António da Mota

13. Centro de Formação Profissional Manuel António da Mota

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CADERNO DE SUSTENTABILIDADE 317

3. EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO

Centro de Formação Profissional Manuel António da MotaEm 2015 desenvolveu‑se a atividade formativa do Centro de Formação Profissional de acordo com as áreas de qualificação que se encontram inseridas na certificação obtida junto da Direção Geral do Emprego e Relações de Trabalho (DGERT), bem como no Protocolo assinado com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), nomeadamente: Construção Civil e Engenharia Civil, Eletricidade e Energia, Secretariado e Trabalho Administrativo e Enquadramento na Organização. Os cursos desenvolvidos foram inteiramente incluídos na modalidade de Aprendizagem em Alternância que visa a qualificação inicial de jovens.

Em relação ao financiamento da formação em 2015, cumpre destacar a regulamentação do novo Quadro Comunitário de Apoio que enquadra a modalidade de Aprendizagem em Alternância ao nível do POCH – Programa Operacional CAPITAL HUMANO.

Esta modalidade formativa é dirigida a jovens com idade superior a 18 anos e inferior a 25 anos e que tenham completado o 3º ciclo do ensino básico, permitindo a dupla certificação académica e profissional, e privilegiando paralelamente a inserção no mercado de trabalho e o prosseguimento de estudos. Nesta modalidade de formação, a preparação teórica envolvendo as componentes sociocultural, científica e tecnológica, é complementada com a formação prática em ambiente real de trabalho, alternando‑se entre si os respetivos contextos formativos.

Num quadro de diversificação da sua oferta formativa, o Centro de Formação, em permanente interlocução com as escolas, entidades públicas e agentes económicos, está especialmente atento à necessidade de orientar vocacionalmente os jovens em função das dinâmicas do mercado de trabalho, procurando privilegiar cursos de elevada empregabilidade.

Como medida complementar, com vista à obtenção de um maior sucesso educativo, a Fundação Manuel António da Mota, continuou a fornecer o pequeno‑almoço gratuito a todos os formandos do Centro, prosseguindo igualmente o apoio social e económico a diversos formandos e famílias através do Fundo de Apoio aos Formandos e mantendo também a sua política de assistência médica, quer no domínio da medicina geral e familiar, quer no âmbito da medicina dentária através da oferta aos formandos de consultas de saúde oral gratuitas, ao abrigo de um protocolo celebrado com a instituição Mundo a Sorrir – Associação de Médicos Dentistas Solidários Portugueses.

Em 2015, o Centro de Formação teve em funcionamento 8 cursos de formação nas áreas de Técnico de Instalações Elétricas (4 cursos) e Técnico de Refrigeração e Climatização (4 cursos), num total de 90.049 horas de formação, abrangendo 182 formandos.

As escassas perspetivas de emprego oferecidas pela formação secundária clássica, reforçadas pelo contexto adverso que se vive no mercado de trabalho, a par das orientações em matéria de políticas educativas que passam pelo incremento do ensino profissional, tornam esta modalidade de ensino mais atrativa para os jovens, a que se associa, no caso particular do Centro de Formação, o prestígio e a experiência acumuladas ao longo de 18 anos de regular funcionamento, alicerçada na qualidade dos formadores, dos recursos materiais e pedagógicos colocados à disposição dos formandos e do apoio social aos alunos em situação de maior fragilidade económica e familiar, por forma a prevenir o abandono e fomentar o sucesso escolar.

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318 RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADAS 2015

Assinala‑se ainda em 2015 o lançamento do sítio da internet do Centro de Formação que lhe permitirá atingir uma maior visibilidade junto do público. De entre as funcionalidades desta nova plataforma de informação e comunicação, destacam‑se as inscrições online para os cursos e um backoffice que permite a partilha de informação entre formandos e formadores, para além do acesso a recursos didáticos, avaliações, entre outras ferramentas.

O Centro de Formação permanece assim apostado na sua missão fundamental, que se consubstancia em manter e reforçar a sua atratividade junto dos jovens, formar com qualidade e em áreas de elevada empregabilidade, apoiar os jovens no acesso ao mercado de trabalho, cumprindo deste modo uma função da maior relevância e servindo o desígnio de aumentar a qualificação dos jovens como veículo essencial da sua plena inclusão social.

Em 2015, a Fundação, para além de ter apoiado financeiramente diversas instituições na área da educação, deu continuidade aos protocolos estabelecidos, tendo também assumido novas parcerias.

Arco MaiorAs crianças e os jovens em situação de absentismo ou abandono escolar constituem uma das principais preocupações das entidades que lidam com este fenómeno. Os problemas do absentismo e do abandono escolares não são estritamente escolares, antes configuram realidades sociais mais complexas que reclamam respostas sociais também mais elaboradas.

Neste contexto, surgiu o projeto “Arco Maior” visando a integração dos jovens em processo efetivo de abandono escolar e que consiste na promoção educativa e na certificação e integração escolar e social de jovens que não encontraram resposta nas ofertas de educação e formação existentes.

O Arco Maior, promovido pela Universidade Católica do Porto e pela Santa Casa da Misericórdia do Porto (SCMP), e envolvendo ainda em parceria o Ministério da Educação, o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) e vários outros parceiros, pretende afirmar‑se como uma dinâmica socioeducativa de transição entre o risco da exclusão e de marginalidade e a cidadania e a inclusão social.

A Fundação, ciente da relevância social e educativa deste projeto, e em linha com o que são as suas preocupações neste domínio, associou‑se ao seu arranque no ano letivo de 2013/2014 e tem vindo a apoiar financeiramente as suas atividades que se desenrolam em dois núcleos na cidade do Porto, em instalações cedidas pela Santa Casa da Misericórdia do Porto (SCMP).

Associação para a Educação de Segunda OportunidadeA Associação para a Educação de Segunda Oportunidade – AE2O é uma associação sem fins lucrativos, sediada no concelho de Matosinhos, cujo principal objetivo é promover a educação de segunda oportunidade, trabalhando especialmente com jovens desfavorecidos com baixas qualificações escolares e profissionais e em risco de exclusão social.

Esta escola, pioneira em Portugal, é a única entidade portuguesa a integrar a rede europeia de Escolas de Segunda Oportunidade. Esta escola é uma resposta socioeducativa dirigida aos jovens que abandonam a escola sem terem obtido as qualificações mínimas adequadas para o acesso a um emprego ou a novos percursos de formação, e, na maior parte das vezes, sem possuírem competências sociais básicas que lhes permitam uma adequada integração social e ocupacional.

Reconhecendo a importância social e o pioneirismo deste projeto, a Fundação tem vindo a apoiar regularmente as atividades da instituição.

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CADERNO DE SUSTENTABILIDADE 319

Bolsas de Estudo – Protocolo Fundação/Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de LisboaFoi celebrado em 2015 um protocolo entre a Fundação e a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. No âmbito deste protocolo a Fundação compromete‑se a apoiar a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa com um montante equivalente a 10 bolsas de estudo para alunos de licenciatura que, por incapacidade financeira devidamente comprovada, não consigam prosseguir os seus estudos.

As 10 bolsas de estudo destinam‑se a financiar o pagamento de propinas referentes ao ano letivo de 2015/2016.

Cantinho do Estudo Em outubro de 2014 foi celebrado o protocolo denominado “Cantinho do Estudo” entre a Fundação MAM, a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, a Gaiurb, Urbanismo e Habitação, EM, a Junta de Freguesia de Canidelo e o Agrupamento de Escolas D. Pedro I, destinado a promover a equidade social, o sucesso educativo, a prevenção do abandono escolar e a criação de condições para a concretização de uma política de igualdade de oportunidades para todos.

“O Cantinho do Estudo”, com a duração inicial de quatro anos e uma dotação financeira anual de 30.000 euros repartida em partes iguais entre a Fundação, Município gaiense e Junta de Freguesia de Canidelo, tem por objeto a realização de obras e trabalhos necessários à criação ou melhoria das condições de estudo das crianças e alunos de famílias de mais baixos recursos socioeconómicos que frequentem estabelecimentos de educação pré‑escolar ou dos ensinos básico e secundário, intervindo nas habitações das crianças e famílias beneficiárias do programa.

Em 2015 foram concluídas 7 intervenções no âmbito deste programa, melhorando assim as condições de aprendizagem e estudo na casa das famílias com crianças em idade escolar na freguesia de Canidelo.

Centro Cultural de AmaranteO Centro Cultural de Amarante – Maria Amélia Laranjeira é uma associação de carácter cultural e recreativo, fundada em 1981 e declarada como pessoa coletiva de utilidade pública. Desenvolve a sua ação predominantemente nos domínios da música e da dança, apresentando‑se ainda como um espaço escolar de referência do ensino artístico especializado.

Através do seu projeto “Dança/Integração” pretende, pela via do ensino da dança, favorecer a inclusão de crianças e jovens em risco de exclusão e com elevados índices de abandono e insucesso escolares, promovendo a adoção de valores como a disciplina, pontualidade, persistência e trabalho em grupo.

Pela relevância que lhe reconhece no domínio socioeducativo e como veículo privilegiado de inclusão social, a Fundação tem vindo a apoiar este projeto desde a sua génese, sendo o seu principal patrocinador.

Jovens Empreendedores – Construir o FuturoRealizou‑se em 2015 a 4ª edição da iniciativa “Jovens Empreendedores – Construir o Futuro”, promovida pela Associação Empresarial de Amarante (AEA) e destinada à comunidade escolar do concelho de Amarante.

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320 RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADAS 2015

Este projeto visa fomentar nos alunos, professores e comunidade em geral do concelho de Amarante o potencial empreendedor, conduzindo à mudança de atitude, ao contacto direto com conceitos empreendedores e ao desenvolvimento de novas competências sociais e pessoais. Pretende também disseminar o empreendedorismo e as boas práticas empreendedoras junto do público escolar júnior entre o 10º e 12º ano de escolaridade das escolas participantes.

Além da Associação Empresarial de Amarante (AEA), como promotora, e da Fundação, que renovou nesta 4ª edição o seu estatuto como principal patrocinador, o projeto conta ainda com os apoios de outras entidades, englobando ainda todas as escolas de ensino secundário do concelho de Amarante, designadamente a Escola Secundária de Amarante, Colégio de São Gonçalo, Escola Profissional António do Lago Cerqueira e Externato de Vila Meã, bem como o Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica (CENFIM), através do seu núcleo de Amarante.

“O Património - Dar um futuro ao passado” ”O Património – Dar um futuro ao passado” é o nome do projeto cultural e pedagógico que resulta do protocolo celebrado em 2015 entre a Fundação Manuel António da Mota e a Santillana, que desenvolve a sua atividade no mercado português há mais de 25 anos nos domínios da edição de livros escolares bem como de outros recursos didático‑pedagógicos.

A Fundação e a Santillana uniram esforços no desenvolvimento de um projeto que promove a educação patrimonial, para garantir a preservação de um bem reconhecidamente essencial para a sociedade: o seu património.

Este projeto visa promover a educação, divulgação e valorização do património cultural português junto das comunidades escolares, tendo como destinatários alunos, professores e encarregados de educação.

14. ”O Património - Dar um futuro ao passado”

15. ”O Património - Dar um futuro ao passado”

16. Cantinho do Estudo17. Centro Cultural de Amarante

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CADERNO DE SUSTENTABILIDADE 321

Constituem elementos do projeto, a divulgar nas escolas de todo o país, uma Exposição Itinerante composta por um conjunto de painéis que apresentam de forma gráfica e apelativa as diversas tipologias do património, um Guia de Exploração Pedagógica para os professores, Itinerários Pedagógicos, contemplando propostas de visitas a instituições ou locais representativos dos diversos tipos de património e Unidades Didáticas que integram material didático digital com propostas de exploração pedagógica.

O projeto arrancou em maio de 2015 na componente de Itinerários Pedagógicos, tendo as demais fases tido início no começo do ano letivo 2015/2016.

Música para todos A Fundação Porto Social foi instituída em 1995 por iniciativa da Câmara Municipal do Porto com o objetivo de corporizar projetos de âmbito social no concelho do Porto, tendo como missão promover a inclusão e a coesão social na cidade do Porto. Promove desde 2010 o Projeto “Música para Todos”, projeto de ensino articulado da música, para alunos do Ensino Básico com os Agrupamentos de Escolas do Cerco do Porto e do Viso, envolvendo 150 crianças e jovens, desenvolvido em parceria com a Escola de Música “Curso de Música Silva Monteiro”.

O projeto tem como objetivos facilitar o acesso à aprendizagem da música a um grupo de crianças e jovens com parcos recursos financeiros, proporcionar a sua participação num projeto comum e continuado, que contribua para a sua formação pessoal como cidadãos e para a sua integração na sociedade, ajudando ainda a elevar o seu nível de autoestima e motivação, promovendo o sucesso educativo e combatendo o abandono escolar.

O sucesso alcançado permitiu já constituir a Orquestra Juvenil da Bonjóia, tendo vindo a expandir‑se o número de jovens participantes. A Fundação tem vindo a manter o seu apoio a este projeto.

Porto de FuturoEm abril de 2007, a Mota‑Engil, em conjunto com outras empresas de referência da área metropolitana do Porto, assinou um protocolo que serve de suporte a este projeto e de que foram igualmente subscritores a Câmara Municipal do Porto, a Direção Regional de Educação do Norte e o Agrupamento Vertical de Escolas Manoel de Oliveira, instituição parceira da Mota‑Engil.

A parceria visava a conjugação de esforços e interesses comuns do sistema educativo e da comunidade empresarial através da adoção, pelas escolas, de boas práticas do modelo de gestão do meio empresarial.

Em 2013, e por via da extinção das Direções Regionais de Educação, o protocolo foi reformulado de modo a incluir a Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares em representação do Ministério da Educação, figurando a Câmara Municipal do Porto, a Fundação e o Agrupamento Vertical de Escolas Manoel de Oliveira como demais entidades subscritoras.

No âmbito deste projeto, destacam‑se em 2015 as seguintes atividades desenvolvidas com o Agrupamento Vertical de Escolas Manoel de Oliveira no Porto:

Programas da Aprender a Empreender – Junior Achievement PortugalA Aprender a Empreender – Junior Achievement Portugal é uma organização na área da educação para o empreendedorismo cuja missão é inspirar e preparar os jovens dos 6 aos 25 anos para terem sucesso no mundo da economia global.

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322 RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADAS 2015

Os programas da Aprender a Empreender são implementados nas escolas, durante o período letivo, por voluntários das empresas com o apoio dos professores. O voluntário transmite aos alunos a sua experiência de vida profissional e pessoal através de um método próprio.

O objetivo é o de consciencializar os jovens para a importância de “Aprender a Empreender”, uma atitude enriquecedora a perseguir permanentemente ao longo da vida, abordando dimensões/áreas como a cidadania, consciência ativa, ética, literacia financeira e desenvolvimento da vida profissional.

À semelhança de anos anteriores, em 2015 a Fundação contribuiu para a implementação destes programas através da participação de dois voluntários do Grupo Mota‑Engil.

O “Braço-Direito”Trata‑se de uma iniciativa em que os alunos acompanham um profissional durante um dia no seu ambiente de trabalho. Ao longo deste dia, um profissional partilha experiências e conhecimentos com um aluno que o acompanha, permitindo‑lhe o contacto e participação nas atividades quotidianas daquele voluntário.

Através desta experiência pretende‑se que os jovens conheçam a estrutura organizacional de uma empresa, a cultura, a ética de trabalho e as várias opções de carreira disponíveis e descubram as exigências e oportunidades ligadas a uma área profissional específica.

A Fundação participou mais uma vez nesta iniciativa tendo contado com profissionais da sua estrutura organizativa no acompanhamento dos jovens.

Prémios de Mérito EscolarDesde o início da parceria que vêm sendo atribuídos prémios aos melhores alunos do Agrupamento que integram o seu Quadro de Excelência e de Honra.

Em 2015, como já vem sendo habitual, os prémios foram entregues na Festa de Natal do Agrupamento, premiando cada um dos alunos com um cheque‑prenda alusivo ao seu desempenho escolar no ano letivo anterior.

4. CULTURA

Para além dos donativos concedidos para apoiar instituições sem fins lucrativos que atuam na área da cultura, a Fundação esteve também envolvida em vários projetos.

ARTES – Programa Cultural (4ª Edição)O programa ARTES da Fundação Manuel António da Mota foi criado em 2012 para refletir novas formas de produção artística e promover o acesso às artes visuais através de um programa de exposições com um compromisso de integração e ligação com a comunidade.

O programa procurou apresentar pela primeira vez em Portugal artistas internacionalmente consagrados, promovendo também jovens artistas portugueses, dando‑lhes assim a oportunidade de criarem novas obras especificamente preparadas para serem exibidas no âmbito do ARTES.

Em 2015, e num formato mais reduzido, realizou‑se a 4ª e última edição do programa ARTES em linha com os objetivos originalmente definidos e que se consideram plenamente cumpridos.

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CADERNO DE SUSTENTABILIDADE 323

“Tuti Momo” é a designação do projeto artístico desenvolvido pela artista Luísa Mota para o Rivoli – Teatro Municipal, e que se apresentou também na Feira do Livro e noutros locais da cidade do Porto entre os dias 19 de setembro e 19 de dezembro de 2015. O projeto contou com uma exposição interativa no Teatro e performances, celebrações e paradas pela cidade. A artista trabalhou com um grupo de participantes profissionais e amadores que interpretaram estas personagens. Entre os principais momentos, contou‑se uma Parada Inaugural e o Monumento “Invisível”.

Programa “CulturaViva”O programa “CulturaViva” foi criado em 2014 para servir de marca e de referência às manifestações culturais que se desenrolam nos espaços da Fundação, em particular no seu Auditório.

O programa visa atrair um público diversificado, em particular as pessoas menos familiarizadas com a cultura nas suas diversas formas, promovendo o acesso à cultura e aos bens culturais. Destina‑se ainda a cumprir dois importantes objetivos: integrar a Fundação como entidade e espaço de referência na oferta cultural da cidade do Porto, através de uma programação que prime pela qualidade e originalidade, complementando a oferta já existente e proporcionar aos jovens artistas e intérpretes a oportunidade de se apresentarem em público e de potenciarem a evolução das suas carreiras artísticas.

Em 2015 o programa “CulturaViva” concretizou‑se através da 2ª edição do Ciclo de Música com uma programação de junho a dezembro muito diversificada: Ensemble de Cordas, Jazz Music, Quarteto de Saxofones, Quarteto de Clarinetes, Quarteto de Guitarras e Concerto de Natal.

18. ARTES-Programa cultural (4ª Edição)

19. Programas da Aprender a Empreender – Junior Achievement Portugal

20. Programa “CulturaViva“

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324 RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADAS 2015

Coro Sénior Fundação Manuel António da Mota A constituição do Coro Sénior em 2012 procurou ir ao encontro do espírito que presidiu ao Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações.

Em 2013, 2014 e 2015 este projeto manteve a sua continuidade enquanto atividade desenvolvida e apoiada pela Fundação. A música, para além da sua vertente lúdica, constitui um poderoso estímulo sensorial e cognitivo, ajudando pessoas de todas as gerações a manterem‑se ativas e participativas, o que é particularmente relevante nas gerações mais velhas.

O Coro Sénior é composto por pessoas frequentadoras de Centros de Dia e de Convívio da cidade do Porto e familiares de colaboradores da Mota‑Engil. Faz a sua aposta num repertório disfuncional, em que o rock, o pop e a música popular portuguesa se misturam, numa amálgama de canções pertencentes ao círculo de referências nacional.

Responsabilidade social empresarial de sucesso – 2ª EdiçãoA Fundação Manuel António da Mota é membro da Associação GRACE – Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial, desde 2013, colaborando ativamente na prossecução dos objetivos da associação.

Em março de 2015, a Fundação, em colaboração com o GRACE, realizou nos espaços do Mercado do Bom Sucesso e no Auditório da Fundação, a segunda edição do evento “Responsabilidade Social Empresarial de Sucesso”

Durante a manhã, um conjunto de 20 empresas portuguesas, instaladas em bancas montadas no Mercado do Bom Sucesso, apresentou ao público em geral os seus projetos e materiais promocionais no domínio da responsabilidade social. Seguiu‑se, da parte da tarde no Auditório da Fundação, uma mesa redonda de apresentação de exemplos de projetos sociais inovadores, seguida de um debate subordinado ao tema “Inovação Social e o Papel da Responsabilidade Social das Empresas”.

5. UMA FUNDAÇÃO ABERTA À COMUNIDADE

A Fundação tem a sua sede na Praça do Bom Sucesso, no interior do renovado Mercado do Bom Sucesso na cidade do Porto, local onde se instalou a partir de junho de 2013. Ocupa uma área composta por uma zona de trabalho onde funcionam os seus serviços administrativos e de gestão, uma área expositiva polivalente de grandes dimensões, receção e um auditório com capacidade para 136 lugares sentados, totalmente equipado com a mais moderna tecnologia de som e imagem.

Os espaços da Fundação mostram‑se assim vocacionados para uma multiplicidade de utilizações, podendo acolher todo o tipo de expressões no domínio das artes musicais, visuais e performativas, e manifestações culturais, como sejam a realização de conferências, seminários, debates e outros eventos.

A Fundação prossegue uma política de utilização dos seus espaços caracterizada pelo espírito de serviço e abertura à comunidade. Para além da atividade que desenvolve no cumprimento dos seus objetivos estratégicos, entende que há outras formas de servir a comunidade. Assim, a Fundação acolhe regularmente nas suas instalações as organizações da sociedade civil e do terceiro setor que, por insuficiência dos seus recursos materiais ou financeiros, aí queiram realizar reuniões, sessões de trabalho, ações de formação ou outras atividades, podendo fazê‑lo livremente, com toda a privacidade e conforto e em condições de gratuitidade.

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CADERNO DE SUSTENTABILIDADE 325

3.4 OUTRAS INICIATIVAS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL NA REGIÃO EUROPAA Fundação Manuel António da Mota é o principal veículo da política de responsabilidade social do Grupo Mota‑Engil; no entanto, algumas empresas do Grupo desenvolvem individualmente iniciativas de cariz social e/ou ambiental junto das suas partes interessadas.

Assim, descrevem‑se de seguida outras iniciativas de responsabilidade social na Região Europa promovidas por empresas do Grupo Mota‑Engil.

21. Coro Sénior Fundação Manuel António da Mota

22. Uma Fundação aberta à comunidade

23. Responsabilidade social empresarial de sucesso – 2ª Edição

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326 RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADAS 2015

3.4.1 PORTUGAL

Mota‑Engil ambiente e serviços

Programa de valorização do capital humano Prosseguindo uma estratégia de modernização e consolidação das suas práticas de Gestão de Pessoas, a Mota‑Engil Ambiente e Serviços (MEAS) desenvolveu ao longo de 2015 um conjunto significativo de iniciativas na área do desenvolvimento do capital humano, que obtiveram reconhecimento a nível interno e externo e que se focalizaram nos seguintes eixos de atuação:

• Garantir a satisfação global dos seus ColaboradoresA MEAS implementou ao longo de 2015 um plano de comunicação com o envolvimento direto das administrações, direções e equipas de recursos humanos (RH) com vista à identificação das prioridades de atuação em matéria de recursos humanos conducentes ao reforço dos níveis de satisfação dos colaboradores.

O Plano de Comunicação abarcou o universo de empresas da Mota‑Engil Ambiente e Serviços – INDAQUA, SUMA, Tertir, Liscont, Sotagus, Sadoport, Socarpor, Sealine, TCL, Transitex, Takargo, Manvia e Vibeiras – e consistiu numa série de Workshops em cascata, bem como na divulgação sincronizada dos resultados da Satisfação Interna, áreas fortes e ações de melhoria.

• Aproximar a área de RH do Negócio e das PessoasDe modo a assegurar uma estratégia concertada a nível de Grupo para o universo das empresas da MEAS, foram desenvolvidos Planos de Acção com uma linha de actuação transversal aos negócios e programas específicos adaptados a cada negócio.

Adicionalmente, foi implementado um programa ambicioso de formação promovido internamente pelo departamento RH da MEAS visando o envolvimento, sensibilização e participação dos principais interlocutores das empresas nos projectos desenvolvidos ao nível do Grupo Mota‑Engil, ascendendo a um volume de 3.059 horas de formação, cobrindo mais de 940 Colaboradores.

• Apostar na meritocracia e reconhecer o talentoA Mota‑Engil Ambiente e Serviços desenvolveu em 2015 um projeto pioneiro a nível nacional ao implementar um sistema cloud de Gestão de Talento – SAP Success Factors.

A notoriedade que decorreu da implementação desta solução permitiu à MEAS integrar a short-list das empresas vencedoras do SAP Quality Awards.

• Reforçar a marca enquanto Employer-of-choiceA MEAS candidatou duas empresas ao Prémio Excelência no Trabalho – Transitex e Manvia – tendo sido distinguidas como Organizações de Excelência a nível nacional, resultado que decorreu da apreciação de dimensões tais como dinâmica empresarial, clima social e boas práticas na gestão de processos e pessoas.

• Desenvolver uma atitude socialmente responsável em termos de disseminação do know-how e boas práticasNo âmbito dos projetos desenvolvidos ao nível RH e tendo uma preocupação de assegurar uma atitude responsável na disseminação do know-how e na difusão de boas práticas, a MEAS participou em diversos eventos e fóruns externos da especialidade.

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CADERNO DE SUSTENTABILIDADE 327

Com o objetivo de garantir o acompanhamento das tendências atuais em matéria de gestão do Capital Humano, a MEAS desenvolveu um conjunto de iniciativas, entre as quais se destaca o 1º encontro envolvendo mais de 20 pivots de RH do universo de empresas associadas e que contou com a participação de reputados especialistas nas diferentes matérias.

Participou também pela 3ª vez no programa 24 Horas de Logística, uma iniciativa envolvendo um conjunto alargado de empresas do setor e que visa o treino e desenvolvimento de competências transversais.

• Integrar novas empresas e garantir a plena integração das Pessoas na cultura do GrupoO ano 2015 marcou também a entrada da EGF no universo das empresas da Mota‑Engil e com o propósito de assegurar a plena integração das Pessoas na cultura e valores do Grupo, foi desenvolvido um evento de acolhimento e integração que contou com a participação da Alta Direção do Grupo e dos Quadros da EGF.

MANVIA

Contrato da Parque Escolar em destaque nas 9ªs Jornadas da APFMA Manvia foi uma das oradoras convidadas das 9ªs Jornadas da APFM (Associação Portuguesa de Facility Management) que se realizaram nos dias 11 e 12 de Novembro, no Museu da Electricidade, em Lisboa. Principal evento sobre o tema em Portugal, esta edição incidiu sobre “o Facility Management: Foco nas Pessoas” e “O papel do Facility Management na Sustentabilidade”. “A Manvia na Parque Escolar” esteve em destaque no painel dedicado ao “Facility Management nos Espaços Públicos”.

A Manvia está neste projeto desde 2008 com 8 escolas adjudicadas. Desde Janeiro de 2015 é responsável pela prestação dos Serviços de Conservação, Manutenção e Apoio à Exploração de 45 escolas do Programa de Modernização das Escolas com Ensino Secundário.

Primeiro “OPEN DAYS” da APSEIEm novembro de 2015, a Manvia participou na primeira edição do “Open Days” organizado pela Associação Portuguesa de Segurança (APSEI), dedicado ao setor da Segurança e Saúde no Trabalho. Foram discutidos temas pertinentes da Segurança, conjugando apresentações teóricas com demonstrações práticas.

A Manvia participou no painel dedicado aos Equipamentos de Proteção e Segurança, tendo falado sobre a utilização dos EPI (Equipamentos de Proteção Individual) nos trabalhos de manutenção.

SUMA

Iniciativas de educação e sensibilização ambientalA SUMA, enquanto entidade que opera na área do ambiente, desenvolve anualmente um amplo programa de responsabilidade social, promovendo a cidadania individual e coletiva dos seus trabalhadores e da comunidade envolvente.

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328 RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADAS 2015

Assumindo uma política de investimento na formação cívica das populações, sobretudo nas suas camadas mais jovens, este programa intervém qualitativamente na transmissão de conhecimentos específicos relacionados com a prevenção da produção de resíduos – por via da redução na origem, da reciclagem da componente com valor, e da reutilização para os mesmos ou novos fins – com a autoavaliação (respeito pelos espaços e equipamentos públicos) e com a hetero‑fiscalização entre pares (responsabilização do comportamento dos outros), bem como com temáticas transversais associadas.

A aposta na conquista de uma responsabilidade cívica coletiva e de âmbito nacional está associada à promoção da aquisição e manutenção de competências individuais e sociais de urbanidade, através da adoção de comportamentos e de rotinas de acondicionamento e deposição de resíduos, triagem na origem, e aplicação de eco códigos de consumo, temáticas que têm por objetivo a salvaguarda de recursos naturais, financeiros e humanos.

Contrariando os objetivos da empresa como operador privado – não obstante os interesses de maior faturação em função das toneladas de resíduos recolhidas ‑ as campanhas de sensibilização visam, na sua globalidade, levar os munícipes a gerar menos resíduos, quer através do seu escoamento para a reciclagem (sistema de recolha que na maior parte dos contratos não está sob a responsabilidade da SUMA), quer por via da sua redução na origem, levando os alvos a percecionarem as vantagens individuais desses procedimentos.

SUMAkids® A plataforma virtual denominada “SUMAkids®”, inaugurada no segundo trimestre do ano, constituiu‑se como mais uma ferramenta de aproximação da SUMA às autarquias, seus parceiros de excelência, possibilitando aos seus clientes diretos, indiretos e à população em geral, a exploração das vantagens individuais, financeiras e operacionais, da adoção de comportamentos pró‑urbanidade, através de exploração desta área infantojuvenil online. Esta partilha traduziu‑se no alojar na frontpage do site institucional da SUMA e, também, nos sites autárquicos das entidades parceiras.

Esta plataforma, no final de 2015, estava ativa em 8 sites autárquicos – Aveiro, Celorico de Basto, Esposende, Figueira da Foz, Ílhavo, Vila do Bispo, Vila Nova de Gaia e Trancoso ‑ sem custos acrescidos (opção de responsabilidade social da empresa), e no site institucional da SUMA, havendo perspetivas de inserção nas páginas de outros clientes, no ano de 2016, e da criação de mais conteúdos específicos.

ECOKIOSKO® No primeiro trimestre do ano foi inaugurado outro projeto, o ECOKIOSKO®, em duas modalidades: versão de grande dimensão e versão compacta denominada ECOKIOSKO® Jr.. Estas estruturas, que devem o seu nome aos primeiros quiosques da capital portuguesa (Kiosko), serviram de suporte a ações ambientais em espaços indoor, abordando entre outros o consumo sustentável, a limpeza urbana, a valorização e reutilização de materiais, o acondicionamento de resíduos, a participação cívica e a promoção primária e rodoviária, em estruturas de utilização livre e sem necessidade de supervisão técnica.

O ECOKIOSKO®, na sua versão de grande dimensão, assume o formato de um quiosque montável, com zona de coreto em auditório (para visualização televisiva de vídeos informativos e de animação, ateliers criativos, videoclips), e zonas de exploração sensorial com 5 jogos de rotação, correspondência e encaixe. Este projeto marcou presença, em regime de rotatividade, em espaços comerciais de grande circulação, disponibilizando aos munícipes de Aveiro, Coimbra, Maia, Porto, Oeiras e Ovar um espaço gratuito para apreensão e treino de rotinas pró‑ambientais.

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CADERNO DE SUSTENTABILIDADE 329

Face ao sucesso alcançado por esta unidade de grandes dimensões foi criado, então, a sua versão mais portátil para responder positivamente a outras parcerias estratégicas. Assim, foram concebidos 10 ECOKIOSKO® Jr., sob o formato de biombos trípticos, tendo abrangido outros tipos de públicos‑alvo: visitantes de centros de interpretação ambiental, de núcleos de educação, de ecoparques, de casas da juventude e de espaços pais e filhos; utentes de bibliotecas, de mercados municipais e de espaços de atendimento autárquico; alunos de instituições educativas; participantes em eventos comemorativos (como atribuição do galardão às Eco‑Escolas); consumidores em espaços comerciais e trabalhadores dos centros de serviço SUMA. Estes quiosques educativos alojaram‑se pelo continente e ilhas, pelos municípios da Batalha, Esposende, Ílhavo, Odivelas, Lisboa, Matosinhos, Porto, Vila Nova de Gaia, Vila Real, Santa Maria da Feira, Torres Vedras e pelos Municípios da Ilha de S. Miguel, em roteiros que continuarão em 2016 nestas e em novas paragens.

“Educar para a Cidadania, Construir um Ambiente Melhor”

• O VerduscoA nova aposta na decoração de suportes móveis traduziu‑se numa nova decoração da frota de apoio aos Técnicos de Educação e Sensibilização Ambiental da SUMA, com incidência na poupança obtida através da reciclagem, reutilização e consumo sustentável, assim como na aplicação das regras de manutenção da limpeza urbana, recorrendo a uma linguagem iconográfica e universal. No topo destas viaturas uma mascote criada para o efeito, o Verdusco, relembra o binómio “respeitar/fazer respeitar”, através dos motes “Cumpro e faço cumprir; não viro as costas ao descuido, o desleixo custa muito dinheiro”, outra estratégia diversificada de chamar a atenção para o ambiente.

Também nos carrinhos de varredura manual, e aproveitando que estes equipamentos estão em funcionamento durante o dia, foram integrados painéis com incidência nas rotinas corretas de encaminhamento de pequenos lixos na via pública, remoção de dejetos caninos, utilização de equipamentos de deposição exterior de resíduos e outros de manutenção da limpeza do espaço público, numa clara associação entre equipamento e rotinas. O mesmo objetivo de reforço da sensibilização junto de munícipes, normalmente mais inacessíveis, presidiu ao estudo de inclusão de informação de sensibilização nos equipamentos de recolha indiferenciada – conteúdos impressos no próprio contentor ‑ sobre hábitos de redução na origem, regras básicas

24. ECOKIOSKO®

25. Outras Campanhas

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330 RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADAS 2015

de acondicionamento e deposição e gastos públicos na recolha e limpeza urbana, assim como informações específicas de procedimentos incorretos. É expectável que estes projetos de divulgação nos equipamentos operacionais ganhem mais aderentes no decorrer do próximo ano.

• Outras Campanhas Através de estratégias diversificadas tais como o conto animado, representação de papéis, dramatização, exploração multimédia e sensorial, jogo simbólico, sessões desportivas, certificação de competências e apresentações interativas, efetuaram‑se mais 57.000 contactos qualitativos, cerca de 60 campanhas, em 27 municípios clientes, ao longo de mais de 4.000 horas de formação diferenciada e distribuição qualitativa de materiais.

A estes juntam‑se mais de 127.000 sujeitos contactados indiretamente, por distribuição passiva, através de mailling, da entrega de suportes em Instituições de Interesse público, pela personalização de sacos para panificados e/ou usando a redistribuição em cadeia através dos parceiros locais ou de redes familiares. Cerca de 50.000 dos 57.000 contactos foram ações junto da comunidade escolar nos estabelecimentos de educação e ensino do pré‑escolar, do primeiro e segundo ciclo do ensino básico e do secundário da rede pública ou privada do ministério da educação.

Todas estas atividades resultaram em medidas de eficácia representativas da concretização dos objetivos a que a educação ambiental da SUMA se propõe – educar para a cidadania, construir um ambiente melhor ‑ de que destacamos algumas: obtenção de moda de 4, numa escala de 4 pontos, num questionário de avaliação à satisfação com a campanha “Disposto a Tolerar”, inquérito passado a docentes, numa amostra de 172 professores aveirenses (sendo de destacar a pontuação de 3,99 no parâmetro mobilização comportamental); um aumento de mais de 29% na quantidade total de óleos alimentares usados (OAU) recolhidos por marcação prévia, e de 41% no total de OAU recolhidos, após campanha específica de encaminhamento deste tipo de resíduos, junto da comunidade escolar e público em geral de Condeixa‑a‑Nova; desvio de aterro de 15.000 utilidades num ano, através de rotinas de reutilização e reencaminhamento de bens prestáveis, no âmbito do projeto REUTILÂNDIA, junto da população gaiense (desde do início do projeto mais de 110.000 objetos prestáveis foram encaminhados para novos donos); difusão e publicação de mais de 2 centenas de artigos e notícias sobre as ações de educação ambiental; atribuição de índices de qualidade muitos elevados – “Cliente muito satisfeito” – nos parâmetros de índice de importância da “eficácia das campanhas”, “capacidade de envolver o público‑alvo”, “temáticas das campanhas” e “contributo para a criação e manutenção de rotinas”, no Inquérito de Satisfação ao Cliente referente aos serviços de Educação Ambiental da SUMA (inquérito passado a todos os clientes do universo SUMA, que compreende a avaliação de todos os trabalhos prestados pela empresa).

3.4.2 POLÓNIA

A responsabilidade social desempenha um papel importante e estratégico na Mota‑Engil Central Europe (MECE). As áreas principais de responsabilidade social em que a empresa está envolvida, incluem a campanha de segurança rodoviária, programas que visam os colaboradores e as suas famílias: programas de segurança no trabalho e bolsas FMAM.

Programa de Bolsas de Estudo FMAMNo ano letivo 2015/16, o departamento de Comunicação e Relações Públicas da Mota‑Engil Central Europe, com o apoio da Fundação Manuel António da Mota, deu início ao programa de bolsas de estudo para filhos dos colaboradores da Mota‑Engil Central Europe.

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CADERNO DE SUSTENTABILIDADE 331

Embora a educação na Polónia seja gratuita, cada estudante suporta os custos de livros, ajudas educativas e outras despesas de subsistência. O objetivo do programa de bolsas é suportar esses custos, incentivando os melhores e mais ambiciosos alunos a desenvolver os seus talentos e a adquirir conhecimento. Para a Mota‑Engil, investir nos seus colaboradores e nas suas famílias é a melhor solução possível para garantir um desenvolvimento e crescimento sustentável da empresa no futuro.

Após concluído o processo de recrutamento e avaliação das candidaturas, foram atribuídas pelo Conselho de Administração da Mota‑Engil Central Europe e Fundação Manuel António da Mota, dez bolsas no valor de 5000 zlótis cada.

Código de ÉticaNo final de 2015, foi implementado na Mota‑Engil Central Europe o novo Código de Ética e Visão/Missão/Valores, segundo a estratégia do Grupo, destinado aos Colaboradores, Comunidade, Partes Interessadas e Clientes.

Campanha de Segurança Rodoviária Em 2015 a Mota‑Engil Central Europe continuou com a campanha social-roadshow para a Segurança Rodoviária. É um programa educativo dirigido aos jovens entre os 15‑24 anos, visando sobretudo as comunidades próximas das obras MECE.

Este programa inclui efeitos audiovisuais, informação, reflexões e declarações de testemunhas diretas e vítimas de acidentes rodoviários da região onde o roadshow é realizado. Participaram no programa algumas centenas de estudantes de Tarnów, perto de Cracóvia.

Campanhas ao abrigo do Acordo para a Segurança na ConstruçãoEm 2010, foi estabelecido, entre as maiores empresas de construção da Polónia, o Acordo para a Segurança na Construção com o objetivo fundamental de acabar com os acidentes nas obras polacas, promovendo uma cultura de segurança e consciencialização sobre os perigos de trabalhar numa obra, diminuindo assim o risco de acidente. Os signatários do Acordo cooperam no sentido de criar uma variedade de soluções sistémicas e levar a cabo iniciativas conjuntas no sentido de sensibilizar para o perigo e mudar a atitude em relação à segurança no trabalho. Em outubro de 2013, a Mota‑Engil Central Europe aderiu ao referido Acordo.

Em 2015, foram implementadas diversas campanhas de sensibilização, no âmbito deste Acordo, das quais se destacam:

• Contador de dias sem acidentesEm 2015, foi organizada a quarta edição do concurso ”Contador de Dias Sem Acidentes”. A campanha consistia em contar os dias sem acidentes de cada obra e anotá‑los num quadro criado especificamente para esse fim. A ideia do concurso era promover boas práticas na organização dos postos de trabalho durante o processo de construção de edifícios e estimular uma competitividade positiva no esforço de criar uma obra segura.

Os vencedores receberam o título de “Obra Mota‑Engil Segura” e os prémios foram entregues pelo CEO da MECE e patrono honorário da campanha na Festa de Natal. Foi ainda atribuído um prémio especial à mina Górka Sobocka pela notável promoção da cultura de segurança.

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332 RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADAS 2015

• Semana da SegurançaEm maio de 2015 realizou‑se a segunda edição da Semana da Segurança, evento promotor da segurança entre colaboradores, subempreiteiros e outras partes interessadas através de ações educativas e promocionais, planeadas e executadas individualmente por cada signatário do Acordo para a Segurança na Construção.

Realizadas em unidades escolhidas de empresas parceiras do Acordo, graças ao compromisso da direção de obra, peritos em saúde e segurança no trabalho, trabalhadores de produção, subempreiteiros e fornecedores, foi possível organizar vários eventos (onde participaram cerca de 1.100 pessoas), tais como: demonstrações de como usar equipamento para trabalhos em altura; simulação de evacuação de grua; demonstração de métodos para realizar curativos em diferentes partes do corpo; formação em primeiros socorros; segurança na construção – reunião com a Inspeção Nacional do Trabalho.

• Formações em primeiros socorrosAprender a salvar vidas era o objetivo dos trabalhadores que participaram nas primeiras formações de primeiros socorros organizadas em 2015 nas obras da MECE, no escritório em Cracóvia e na central de asfalto em Brzezimierz.

Sob o olhar vigilante dos paramédicos, os participantes aprenderam a lidar com situações de risco de vida e a realizar reanimação cardiopulmonar. Este conhecimento foi transmitido na prática através da simulação de acidentes em colegas e bonecos, tendo sido também discutidos os princípios sobre como agir em caso de ataque cardíaco, AVC, epilepsia e desmaio.

• Pedreira GÓRKA SOBOCKAA proteção do ambiente desempenha um papel importante da política corporativa. Um dos exemplos dos progressos nessa área diz respeito à pedreira em Górka Sobocka. A pedreira foi equipada com precipitadores electrostáticos nas linhas de produção da central de processamento e lavagem dos tapetes transportadores de agregados no sentido de reduzir a emissão de partículas.

3.5 INICIATIVAS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL NA REGIÃO AMÉRICA LATINA

3.5.1 MÉXICO

ARTE E CULTURA

“A Poesia vista pela Arte”A Mota‑Engil México, comprometida com a promoção de um desenvolvimento cultural harmónico – através do estímulo e divulgação da criação artística nacional, bem como da preservação e promoção do património cultural mexicano ‑, patrocinou em agosto de 2015 a exposição intitulada “A Poesia Vista pela Arte”.

Esta mostra artística, que esteve em exibição no Museu del Carmen, reuniu 34 jovens artistas mexicanos, inspirados nos poemas do icónico Manuel Acuña, a célebre Sor Juana Inés de la Cruz, o grande poeta Octavio Paz e a multifacetada Rosario Castellanos, entre outros. Nesta mostra foram exibidas 13 pinturas coloniais e 34 peças de arte contemporânea que procedem de coleções dos museus Nacional del Virreinato e El Carmen.

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CADERNO DE SUSTENTABILIDADE 333

Feira Internacional do Livro (FIL) – 29ª edição No sentido de apoiar a arte e a cultura a nível internacional, a Fundação Manuel Antonio da Mota foi um dos patrocinadores da plataforma literária e editorial ibero‑americana, a Feira Internacional do Livro (FIL) em Guadalajara.

O apoio consistiu essencialmente em patrocinar “A Noite de Filias”, evento de inauguração da FIL, onde se reuniram personalidades da comunicação, cultura e governo do estado de Jalisco.

A Feira Internacional do Livro, na sua 29ª edição, recebeu mais de 700 mil visitantes que desfrutaram de mais de 550 apresentações de livros e 42 atividades. Reuniu também reconhecidos autores, nacionais e estrangeiros, como Antonio Muñoz Molina, Prémio Príncipe de Astúrias e o escritor norte‑americano Jonathan Franzen.

COMUNIDADE

Colaboração com a Habitat para la Humanidad MéxicoPara a Mota‑Engil México, o desenvolvimento sustentável é um fator‑chave que reflete o firme compromisso com o bem‑estar da sociedade mexicana. Nesse sentido, procura contribuir de forma direta para o progresso e bem‑estar não só dos seus trabalhadores, mas também das comunidades vizinhas das zonas de operação, através de ações efetivas que partem das suas próprias necessidades e expectativas.

Foram dados os primeiros passos de colaboração com a Habitat para la Humanidad México – ONG que tem como princípio fundamental eliminar a degradação habitacional de famílias carenciadas, recorrendo a trabalho voluntário e donativos – com a participação de uma equipa

26. Programa de Bolsas de Estudo FMAM

27. Colaboração com a Habitat para la Humanidad México

28. Doação de material à Escola Secundária José Vasconcelos

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334 RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADAS 2015

de voluntários da Mota‑Engil México (colaboradores e familiares contribuíram com o seu tempo e esforço) na construção da casa de uma família em San Juan Tianguismanalco, Puebla.

Doação de material à Escola Secundária José VasconcelosA Mota‑Engil México doou material à Escola Secundária José Vasconcelos, em San Lorenzo Tepaltitlán, para melhorar as instalações onde diariamente as crianças aprendem e se desenvolvem, contribuindo para a construção de 10 proteções onde as crianças comem durante o recreio, e oferecem sombra nas áreas de lazer beneficiando mais de 850 alunos que frequentam a escola.

AMBIENTE

A Mota‑Engil México, no compromisso de manter a harmonia com o ambiente, adotou iniciativas para promover uma maior responsabilidade ambiental, tanto na organização, como diretamente nas comunidades onde desenvolve a sua atividade, obtendo assim os seguintes resultados:

Formação e Sensibilização AmbientalFoi ministrada formação em todas as obras onde a Mota‑Engil México está presente, sensibilizando assim 85% do pessoal interno e 70% do pessoal das empresas contratadas.

Realizaram‑se sessões de consciencialização ambiental dirigidas aos habitantes das comunidades vizinhas.

Foi elaborado e divulgado o “Manual de Regras Básicas de Qualidade, Ambiente e Segurança”.

Formação e sensibilização em segurança Foram formadas 740 pessoas em diversas temáticas na área da Segurança designadamente: riscos no trabalho e uso de arnês, uso de extintores, sinalização na área de trabalho, entre outros.

Consumo de água Nos escritórios instalaram‑se filtros de água com a finalidade de diminuir o consumo de água engarrafada. Além disso, foram dados termos de água e canecas aos colaboradores para diminuir o consumo de recipientes descartáveis, tendo permitido uma poupança de cerca de 750 copos descartáveis por mês.

Resgate de vida selvagemProfissionais especializados em flora e fauna selvagem realizaram levantamentos para levar a cabo resgates de vida selvagem em zonas onde se constroem novas estradas. Identificadas as espécies de fauna, estas são recolocadas para fora da zona de construção. No caso da flora, são acondicionadas em locais de resguardo temporário (viveiros), para albergar aqueles exemplares para serem reintroduzidos em zonas adequadas de acordo com as suas características.

Assim, foram resgatados 6.167 exemplares de flora e 3.383 de fauna. Refira‑se que mais de 35% das espécies de flora e 25% de fauna encontram‑se catalogadas como espécies em risco de acordo com a NOM‑059‑SEMARNAT‑2010.

Como medida de compensação, foi necessário reflorestar com espécies provenientes dos viveiros instalados e com espécies nativas de acordo com a localização dos projetos. Foram instalados 3 viveiros e replantaram‑se 1.430 plantas.

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CADERNO DE SUSTENTABILIDADE 335

Tecnologia de vanguardaA Mota‑Engil México juntou à sua maquinaria três centrais de asfalto e de britagem, respetivamente, para maximizar o seu desempenho com melhores padrões de qualidade. Esta maquinaria tem a particularidade de integrar tecnologia de vanguarda que permite reduzir o pó e ruído, sendo mais amiga do ambiente, proporcionando um alto nível de fiabilidade e segurança.

Laboratório CentralO Laboratório Central da Mota‑Engil México é um dos mais avançados que existem no país, utilizando tecnologia de ponta. Garante, desta forma, os mais elevados padrões de qualidade nos testes elaborados e permite também dispor de níveis mais elevados de segurança e conforto aos colaboradores – reduz os incidentes de laboratório; diminui significativamente a poluição sonora. Além disso, o laboratório tem um sistema de proteção ambiental, incluindo a eliminação segura de resíduos perigosos, reciclagem e triagem para destruição apropriada.

GISA

Formação para colaboradoresA GISA, subsidiária da Mota‑Engil México, e que opera na área do ambiente e serviços, investe no desenvolvimento e profissionalização dos seus colaboradores através da geração de conhecimento. Para tal, criaram‑se programas de formação em temas de segurança, ambiente, qualidade e desenvolvimento de competências para um melhor desempenho laboral, somando mais de 543 horas anuais de formação ministrada a mais de 65 empregados entre quadros médios, gerentes e chefes.

Estabeleceu ainda um acordo com o Instituto de Alfabetização e Educação Básica para Adultos (INAEBA) para oferecer educação gratuita e de qualidade a todos os colaboradores da GISA que desejem concluir os seus estudos de educação primária ou secundária. Segundo

29. Formação e sensabilização em segurança

30. Benefícios extra31. Resgate de vida selvagem32. Resgate de vida selvagem

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336 RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADAS 2015

o Programa de Regularização Académica 2015 da GISA, realizaram‑se 12 inscrições para educação primária, 17 para educação secundária e 50 para aprender a ler e escrever, o que representa 61% de inscritos do total de colaboradores que apresentam esta necessidade.

Benefícios extraA GISA, comprometida em manter um ambiente laboral seguro, onde predomine o desenvolvimento, motivação e bem‑estar, oferece uma série de benefícios aos seus colaboradores e famílias que a seguir se descrevem:

• Apoio médico – como complemento ao serviço médico prestado pelo Instituto Mexicano do Seguro Social (IMSS), a empresa ofereceu um apoio adicional de: 68 consultas médicas de clínica general e especialidades, 68 colaboradores beneficiados na compra de medicamentos, 10 exames complementares de diagnóstico, 16 dispensas integrais de hospitalização resultante de “acidentes de trabalho”, 1 terapia de reabilitação facial, médico nas instalações da GISA;

• Material escolar – oferta aos filhos dos colaboradores, com 6 ou mais meses de casa, de 105 kits escolares para crianças e jovens que frequentam a escola primária e secundária com o fim de apoiar a economia familiar, impulsionar os seus estudos, e reduzir o abandono escolar;

• Dispensa Mensal – entrega de dispensas mensais como parte do programa “Melhor rota do mês” onde se premeia o grupo que mostrou o melhor desempenho no mês tendo em conta fatores como a assiduidade, pontualidade, desempenho, zero acidentes, zero reclamações, limpeza da unidade e uniforme completo. Foi também oferecido um apoio mensal durante um ano ao cônjuge do colaborador falecido de causas naturais.

• Regularização de cartas de condução – financiamento e apoio administrativo para regularizar ou legalizar as cartas de condução de 37 condutores.

33. Segurança e Saúde no Trabalho

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CADERNO DE SUSTENTABILIDADE 337

AmbienteNo rigoroso cumprimento das leis ambientais, integrando políticas e procedimentos para minimizar os possíveis impactos ambientais da atividade desenvolvida pela GISA, foram implementadas as seguintes iniciativas em 2015:

• Concurso de desenho sobre o meio ambiente dirigido a estudantes da primária em que foram recebidos 120 desenhos sobre o tema reciclagem;

• Recolha de tampas nas escolas primárias para as processar e reutilizar como matéria‑prima para a elaboração de painéis na indústria automotriz;

• Workshops de 3 RRR “Reduzir, Reutilizar e Reciclar”, ministrados a 75 crianças de escolas primárias;

• Campanhas internas para gerar consciência sobre o cuidado de nosso planeta e o uso racional de água, papel e luz.

3.5.2 PERU

Recursos Humanos Ao longo de 2015, a Mota‑Engil Peru continuou a investir de forma sustentável na formação, tendo implementado o processo de avaliação de desempenho alinhado ao manual de competências e funções corporativas do Grupo. Assim, em 2015 foi implementada a sala de formação e foram ministradas, em média, 91 horas de formação por colaborador. No total, foram geridos cerca de 6.000 colaboradores em todos os projetos, mantendo o nível de eficiência no serviço prestado. Para além disso, desenvolveu‑se uma plataforma virtual de formação que permite aproximar a formação ao colaborador.

Em 2015, a Mota‑Engil Peru recebeu a acreditação da Associação de Bons Empregadores (ABE), na categoria de Parceiro empreendedor que reconhece as boas práticas laborais e de gestão em recursos humanos, integrando‑se assim num grupo restrito de empresas socialmente responsáveis.

Segurança e Saúde no Trabalho Em 2015, foram registadas 11,2 milhões de horas‑homem trabalhadas. Destaque‑se o trabalho desenvolvido pelo Comité de Segurança, Saúde no Trabalho e Ambiente que – com o apoio do Comité Executivo – participa, realiza fiscalizações e dá recomendações em todos os aspetos relevantes dos projetos.

Deu‑se particular atenção à comunicação, razão pela qual foram implementados “Alertas de Segurança”, através dos quais se difundem e partilham com todos os projetos, as lições aprendidas com acidentes ocorridos a fim de evitar a sua recorrência.

AmbienteForam implementadas várias campanhas relativas ao ambiente, das quais se destacam: não à queima de resíduos em obra; redução do consumo de água; reutilização de filtros de ar usados; reciclagem de pilhas. Foi também implementado um Ecoponto na Sede Central.

Equipamentos e LogísticaCom o objetivo de garantir que os equipamentos são usados segundo todos os parâmetros de segurança, respeitando sempre os limites estipulados pelos fabricantes, foram desenvolvidos programas de formação de operadores. Assim, durante 2015, formaram‑se 2.095

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338 RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADAS 2015

operadores de veículos pesados e ligeiros, ascendendo a 18.810 horas de formação, o que comparativamente a 2014 representou uma duplicação das horas de formação de operadores.

Ficou concluída a Oficina Central, com 52.000 m2 de área, situada em Ventanilla‑Callao, que permitirá garantir uma manutenção eficiente da frota e alargar o ciclo de vida da maquinaria.

Responsabilidade Social e Relações Comunitárias Em 2015 criou‑se, na Mota‑Engil Peru, a Coordenação de Relações Comunitárias com o objetivo de desenvolver uma estratégia mais clara e sólida orientada para a manutenção de um bom relacionamento entre a empresa e as comunidades da área de influência das suas operações, através da prevenção e resolução assertiva de conflitos sociais e promoção do desenvolvimento local.

A Mota‑Engil Peru continuou a contribuir para o desenvolvimento local das povoações próximas das suas obras através da contratação de pessoal e fornecedores locais. A necessidade de mão‑de‑obra não qualificada foi garantida a 100% por pessoal local. Através do Programa de Desenvolvimento de Fornecedores Locais deu‑se formação a mais de 50 empresas locais sobre temas como segurança e saúde no trabalho, saúde alimentar e hábitos de higiene, qualidade do serviço, entre outros. Integrado neste Programa foram realizadas fiscalizações que permitiram implementar ações de melhoria e foram incorporadas aprendizagens na gestão dos fornecedores.

34. Programa de Bolsas de Estudo

35. Responsabilidade Social e Relações Comunitárias

36. Prémio Fundação Manuel António da Mota

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CADERNO DE SUSTENTABILIDADE 339

Foram ainda realizados os seguintes programas, orientados para as povoações locais, beneficiando mais de 2.000 pessoas:

• Programa de Treino de Operadores de Maquinaria Pesada: 48 participantes terminaram o programa e foram incorporados na obra.

• Programa de Escolas Saudáveis: participaram 82 alunos

• Programa de Segurança Rodoviária: participaram 70 alunos

• Programa de Desenvolvimento Produtivo: formados 1.231 habitantes

• Programa de Saúde Comunitária: atendidos 600 habitantes

• Construção de 2 campos para desporto em Huánuco (Obra Hidromarañón).

A partir da Sede Central, a Mota‑Engil Peru levou a cabo as seguintes ações de apoio Social e voluntariado:

• Apoiadas 40 famílias após o desastre natural em Chosica e Santa Eulalia (Lima);

• Disponibilizada maquinaria pesada para apoio a zona afetada por desastre natural;

• Apoiadas 5 campanhas de saúde, organizadas pelo Comité de Senhoras do Município de Ate, a favor das famílias carenciadas do distrito de Ate, onde está situada a sede central da Mota‑Engil Peru;

• Mais de 9,000.00 novos sóis (PEN) de donativos de colaboradores para melhoramento de dois centros do INABIF – Programa Integral Nacional para o Bem‑Estar Familiar;

• Campanha contra a friagem (fenómeno climático em que as temperaturas descem bruscamente) a favor da povoação de Tantamaco, em Puno;

• Apoiados, em conjunto com a Fundação MAM, 70 reclusos portugueses que se encontram em vários centros penitenciários do país;

• Apoiados pacientes de psiquiatria e saúde mental do Hospital Vitor Larco Herrera durante o período natalício;

• Voluntariado natalício “Construamos Sorrisos este Natal” a favor das crianças de dois centros de atendimento em Pachacutec Ventanilla;

• Voluntariado de Natal com a participação de 50 Colaboradores.

FUNDAÇÃO MANUEL ANTÓNIO DA MOTA

Em outubro de 2015, a Fundação Manuel António da Mota comemorou o seu 1º ano de atuação no Peru. Durante este tempo, a Fundação reafirmou o seu compromisso com a educação com os meninos, meninas e jovens que são um potencial de mudança e desenvolvimento para as suas famílias, para as suas localidades e para o seu país e que, muitas vezes, se desenvolvem em contextos adversos.

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340 RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADAS 2015

Prémio Fundação Manuel António da Mota Em 2015 foi instituída, no Peru, a 1ª Edição do Prémio Fundação Manuel António da Mota. A primeira região escolhida para o lançamento do Prémio foi Piura, região onde a Mota‑Engil construiu uma das suas obras mais emblemáticas, a modernização do Porto de Paita.

Esta primeira edição do Prémio procurou promover a criatividade, inovação e boas práticas educativas nas escolas e seus docentes. Na Categoria Escola, o projeto vencedor foi o da I.E 14998 AYAR AUCA, da província de Piura, distrito Tambo Grande, com o seu projeto de inovação educativa “O Uso da Robótica e dos Lap Top X/0 para o Desenvolvimento de Capacidades na Área da Comunicação”. A instituição educativa vencedora recebeu 25,000.00 dólares e o acompanhamento para a implementação do seu projeto. O projeto vencedor irá beneficiar 83 meninos e meninas piuranos desta escola rural provenientes de famílias carenciadas.

Além disso, será uma referência para outras escolas da região, com as quais o centro educativo partilhará a sua experiência no uso de novas tecnologias e a sua aplicação no desenvolvimento educativo dos alunos. O Prémio Fundação Manuel António da Mota também reconheceu o desempenho de uma professora da região pelo seu contributo na formação dos alunos. A docente vencedora participará num estágio em Portugal, numa Universidade de prestígio em 2016.

A Fundação Manuel António da Mota chegou às zonas mais recônditas da região de Piura. Durante o processo de convocatória foi feita formação em mais de 90 escolas rurais das províncias de Morropón, Ayabaca e Huancabamba na formulação de projetos educativos para os apoiar na candidatura ao prémio. A equipa de trabalho da Fundação percorreu a região visitando as dez escolas finalistas.

Programa de Bolsas de EstudoEm 2015, a Fundação Manuel António da Mota deu continuidade ao Programa de Bolsas de Estudo direcionado aos filhos dos colaboradores da Mota‑Engil Peru. Este Programa tem como objetivo fidelizar os colaboradores da empresa, oferecendo aos seus filhos a oportunidade de aceder a bolsas de estudo, contribuindo para o desenvolvimento de jovens talentos.

37. Patrocínio do III Concurso Internacional de Piano “Federico Chopin”

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CADERNO DE SUSTENTABILIDADE 341

Patrocínio do III Concurso Internacional de Piano “Federico Chopin” O Conservatório Nacional de Música organiza de dois em dois anos o Concurso Internacional de Piano “Federico Chopin”. Tal como em 2013, a Fundação Manuel António da Mota e a Mota‑Engil Peru patrocinaram a terceira edição do concurso, contribuindo assim para a preservação, crescimento e divulgação do património musical nacional e universal.

Foram atribuídos prémios monetários aos classificados nos três primeiros lugares do Concurso. A cerimónia para entrega dos prémios e o concerto dos vencedores decorreu a 14 de dezembro de 2015 no Teatro Nacional.

Todo este esforço levado a cabo pela Fundação foi destacado pelo Ministério da Educação, através do Ministro Dr. Jaime Saavedra Chanduví, que reconheceu o trabalho da Fundação Manuel Antonio da Mota no Peru, e de outras instituições privadas, pelas suas iniciativas a favor da melhoria da educação no país.

3.5.3 BRASIL

Em 2015, a Empresa Construtora Brasil (ECB) realizou, nas suas unidades, ações de sensibilização ambiental, saúde dos colaboradores e envolvimento social com as comunidades onde a empresa opera. Consciente do seu papel no processo de construção de uma sociedade baseada nos princípios de responsabilidade e de desenvolvimento humano, a ECB apoiou e incentivou, diversas ações a nível social e ambiental, enunciando‑se de seguida as que mais se destacaram.

INICIATIVAS SOCIAIS

Apoio às vítimas da tragédia de Mariana-Minas Gerais Perante a tragédia provocada pela intempérie que assolou o município de Mariana‑Minas Gerais, a ECB disponibilizou um veículo e organizou a logística para a distribuição de bens doados aos desalojados de Bento Rodrigues, proporcionando assim um pouco de conforto às vítimas desta intempérie.

Doação de cadeira de rodas Foi doada uma cadeira de rodas a uma menina de 8 anos, portadora de paralisia cerebral, filha de um colaborador da ECB, operador de escavadora na obra 204.

Doação de materiais pétreos à prefeitura de Nova União Foram doadas à prefeitura do município de Nova União, 100 toneladas de bica corrida e 100 toneladas de pedras, produzidas no britador da obra, para calcetamento e recuperação de vias urbanas e rurais do município que é abrangido pela obra 204 do Consórcio ECB/Mota‑Engil/Concresolo – Caeté/Minas Gerais.

Entrega de presentes e cabazes de Natal na Serra da MantiqueiraNo sentido de poder contribuir para alegrar o Natal de famílias e crianças da Comunidade da Serra da Mantiqueira (comunidade próxima à obra 217 – TIPLAM Santos, São Paulo), foram doados brinquedos a 35 crianças e entregues cabazes de alimentos a 30 famílias.

Foi uma festa de convívio e alegria para todos da comunidade, tendo sido doados um total de 3700,00 reais brasileiros.

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342 RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADAS 2015

Entrega de Brinquedos nas comunidades Água Branca e Água PretaOs colaboradores da obra 221 – Duplicação Linha Carajás, em Vitória do Mearim – Maranhão, uniram‑se para, através dos seus donativos, comprar brinquedos para as crianças das Comunidades de Água Branca e Água Preta.

Conseguiram, assim, um total de 640 brinquedos que foram distribuídos num lanche convívio também preparado por estes colaboradores.

AÇÕES AMBIENTAS

Reutilização de efluentesEm 2015 foram reutilizados 26,4 m3/dia de efluente tratado resultante dos processos de lavagem de camião betoneira e dos sistemas de tratamento de efluentes sanitários, sendo o mesmo reaproveitado para humidificação de vias para controle de poeira, evitando a utilização de água para esse fim.

Reutilização e reciclagem dos resíduosA opção pelo tratamento dos resíduos da construção civil acarreta benefícios não só de ordem económica, mais também social e ambiental. A reciclagem permite ainda a minimização da poluição causada pelos resíduos que podem causar enchentes e o assoreamento de rios e riachos. Refira‑se que as descargas incorretas também provocam sérias consequências para o ambiente urbano, podendo propiciar doenças como o dengue e febre amarela e chamariz de roedores e insetos.

Tendo presente esta preocupação, e com o objetivo aumentar a reciclagem e reutilização dos resíduos nas obras, a ECB estabeleceu como meta reaproveitar/reciclar no mínimo 80% dos resíduos passíveis de reciclagem. Em 2015 foram reciclados/reutilizados 71,7% dos resíduos gerados nas obras.

38. Entrega de presentes e cabazes de Natal na Serra da Mantiqueira

39. Entrega de presentes e cabazes de Natal na Serra da Mantiqueira

40. Reutilização de efluentes41. Campanha contra a gripe42. Semana do Ambiente

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CADERNO DE SUSTENTABILIDADE 343

Foram ainda empreendidas diversas ações de melhoria visando reduzir o desperdício, das quais se destacam: a reutilização de verso de impressões e papel reutilizado (cortado) e disposto nas mesas administrativas para anotações internas; triagem das madeiras provenientes de obra tendo sido as recicláveis reutilizadas para bancos de madeira, suporte para garrafões de água, corrimão ou passarelas; reutilização de copos descartáveis para confeção de cocadas em betão para utilização em obra.

CAMPANHAS DE SENSIBILIZAÇÃO AMBIENTAL

Semana do AmbienteNa primeira semana de junho, ocorreu em todas as obras da ECB, a semana do meio ambiente. Através da realização de pequenas palestras sobre o tema ambiente, foram enfatizados os controlos operacionais aplicados às atividades de modo a prevenir a ocorrência de um impacto ambiental.

Na Obra 217 TIPLAM em Santos/São Paulo foi promovido um concurso de fotografia sob o tema “Bom Exemplo Ambiental” com o propósito de conhecer de que forma os colaboradores contribuem no seu dia‑a‑dia para a preservação do meio ambiente. Foram premiadas três fotografias de colaboradores que evidenciaram práticas ambientalmente responsáveis. Além das palestras sobre o tema, a obra 221 – Duplicação Linha Carajás – Lote A2, em Santa Inês, distribuiu também mudas de árvores frutíferas aos colaboradores.

CAMPANHAS PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE DO COLABORADOR

Campanha contra a gripeTendo em conta a prevenção da contaminação pelo vírus influenza, foram realizadas, nas obras e na sede, campanhas para vacinação dos colaboradores, com o objetivo de diminuir o número de faltas ao trabalho ou a queda na produtividade devido ao mal estar e desconforto provocados pelos sintomas da gripe provocada por esse vírus.

Além da vacina contra a gripe foram disponibilizadas as demais vacinas do cartão de vacinação.

Campanha Outubro Rosa e Novembro AzulProfissionais da área da Saúde da ECB destacaram a importância da prevenção contra o cancro da mama e da próstata. Foram realizadas palestras, distribuídos panfletos informativos e distribuídos brindes para reforçar a importância da realização dos exames para detetar a doença na sua fase inicial, quando a possibilidade de cura é grande.

3.5.4 COLÔMBIA

Concurso “Reutilizemos e Reciclemos recursos com desenhos verdes”Em 2015, a Mota‑Engil Colômbia, comprometida com a consciência ambiental nos seus projetos, promoveu o concurso “Reutilizemos e reciclemos recursos com desenhos verdes”, dirigido aos seus colaboradores e famílias, que consistiu em desenhar e criar objetos decorativos e funcionais com materiais reutilizados e/ou reciclados, tendo sido premiados os melhores trabalhos.

Iniciativa “Mota-Engil celebra em família”Tendo presente a importância da união familiar, a Mota‑Engil Colômbia promoveu, em 2015, atividades ao ar livre dirigidas aos seus colaboradores e familiares.

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344 RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADAS 2015

Gestão da Segurança, Higiene e SaúdeEm 2015, a Mota‑Engil Colômbia promoveu para com os seus colaboradores o compromisso com a prevenção da saúde e a segurança através de atividades de participação como concursos, atividades lúdicas e oficinas.

3.6 INICIATIVAS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL NA REGIÃO ÁFRICAEm 2015 realizaram‑se diversas atividades de responsabilidade social em todos os mercados de África, onde a Mota‑Engil esteve presente, orientadas para a promoção da sustentabilidade, contribuindo assim para o seu desenvolvimento desses países.

3.6.1. ANGOLA

Escola Primária – Comunidade do Biópio Em 2015 a Mota‑Engil Angola, durante as suas operações numa pedreira em Biópio, promoveu uma iniciativa de responsabilidade social com o objetivo de doar mochilas e materiais educativos aos alunos da Escola Primária Cabrais.

A escola primária, localizada na aldeia de Cabrais, Biópio, no município da Catumbela, província de Benguela, tem 45 alunos, com idades dos 6 a 8 anos de idade. Cada aluno recebeu um kit com cadernos, lápis, canetas, borracha, lápis, régua, marcadores, uma mochila e um manto para a escola. Com estes materiais, a empresa procura promover a educação na região, garantindo ferramentas aos mais desfavorecidos que lhes permitam construir um futuro melhor, com níveis mais elevados bem‑estar material e felicidade.

Escola de CaluequeEm abril de 2015, foi inaugurada a Escola Calueque, na província do Cunene, tendo contado com a presença de uma equipa da Mota‑Engil Angola, que doou um bloco à referida escola. O evento contou com a presença de elementos do Conselho de Administração do Grupo Mota‑Engil, e de outros representantes da empresa, tendo sido bem evidente o compromisso da Administração para com a sustentabilidade em África.

43. Concurso “Reutilizemos e Reciclemos recursos com desenhos verdes”

44. Iniciativa “Mota-Engil celebra em família”

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CADERNO DE SUSTENTABILIDADE 345

Esta escola foi oferecida aos residentes de Calueque, pela Mota‑Engil Angola, a fim de contribuir para a educação das crianças e jovens dessa província. O seu objetivo central é a transformação dos seus alunos em cidadãos conscientes, proporcionando‑lhes as ferramentas e sentimento de responsabilidade pelo seu próprio desenvolvimento. Para além da contribuição das instalações escolares, cada aluno recebeu um kit que inclui cadernos, lápis, borrachas, apontadores de lápis, régua e caneleiras. Com estes materiais, a empresa procura motivar os alunos, reduzindo assim as elevadas taxas de absentismo na região.

Com este contributo, a Mota‑Engil Angola continua a reforçar a sua presença num importante setor de desenvolvimento social e económico do país. Sendo a educação um sector‑chave para o desenvolvimento de uma sociedade, é com grande orgulho que a Mota‑Engil Angola faz parte deste processo.

A Mota‑Engil Angola contribuiu ainda com donativos a favor de diversas comunidades:

• Patrocínio das celebrações do Carnaval do Município de Benguela

• Patrocínio da “Comemoração do 37.º Aniversário do Ministério da Energia e Águas (MINEA)” com o objetivo de promover a divulgação da marca Mota‑Engil

• Patrocínio do IV Seminário “A Saúde do Trabalhador”, promovido pelo Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social e Saúde no Trabalho

• Patrocínio das Comemorações do 10 de junho, “Dia de Portugal”, promovidas pela Embaixada de Portugal

• Patrocínio ao Jantar de Beneficência realizado pelo Grupo Amizade em Angola

• Doação de combustíveis ao Centro Infantil «Os Pastorinhos»

• Patrocínio do Jantar de Beneficência realizado pela Fundação LWINI

• Patrocínio da comemoração do 40º Aniversário da Independência de Angola, promovida pelo Ministério da Construção

• Donativos em espécie: 500 livros para crianças, 300 livros para o trabalho do projeto Cacolo e 200 livros para a Comissão Administrativa da Cidade de Luanda

• Patrocínio da celebração do 1.º Aniversário da Cidade de Dundo, promovida pelo Governo Provincial da Lunda‑Norte – Administração da Cidade do Dundo

• 1 Maio: aquisição de merchandising (t-shirts e bonés) para a Comissão Sindical

3.6.2. MALAWI

Centro de Saúde MagaletaEm abril a Mota‑Engil Malawi doou um conjunto gerador de eletricidade (GEN SET) ao Centro de Saúde de Magaleta, no distrito de Neno, para mitigar os problemas causados pela falta de energia na clínica e como forma de melhorar o sistema de saúde. Conjuntamente com o gerador, foram doados outros materiais de apoio à formação, como flip charts e respetivos apoios e materiais de escrita para a formação entre profissionais de saúde e a comunidade.

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346 RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADAS 2015

Ainda na vertente da saúde, a Mota‑Engil afetou 5% do montante do contrato Nasenga Building ao Centro de Saúde Lumbazi.

Doação de materiais de construção a Projetos ComunitáriosEm maio e junho, a Mota‑Engil cumpriu a promessa de doar materiais de construção, como cimento e brita, a vários projetos de desenvolvimento de infra‑estruturas da comunidade. Assim, foram beneficiados os seguintes distritos tendo em conta os seus projetos comunitários:

• Distrito de Neno: construção de um bloco na Escola Secundária Lori Fayas Quaid, abrigos para o Hospital e para a Polícia de Lisungwi, projeto da escola de alfaiataria da comunidade de Chikwekwe, obras de reabilitação do Minor Culvet;

• Distrito de Mwanza: Centro Infantil, reparações de pequenas travessias de rios;

• Distrito de Chikwawa: abrigo para Centro de Saúde Gaga, Unidade de Polícia Gaga, Escola Kahulungile

• Distrito de Blantyre: projeto WC em Escola Primária, Clínica Médica

• Distrito de Balaka: projeto clínica Nkaya

• Distrito de Ntcheu: Orfanato Madzanje

Plantação de árvoresO desmatamento é um grande problema no Malawi, devido ao fato de mais de 80% da população não ter acesso à eletricidade e a lenha ser a fonte de energia mais usada para cozinhar os alimentos.

45. Escola de Calueque46. Escola de Calueque47. Escola primária

– Comunidade do Biópio48. Centro de Saúde Magaleta

45

46 47

48

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CADERNO DE SUSTENTABILIDADE 347

Tendo presente este problema, em março, a Mota‑Engil Malawi participou com a comunidade na época de plantação de árvores, tendo dado formação nesta área e doado 37.500 mudas de árvores a 5 distritos: Blantyre, Neno, Mwanza, Chikwawa, e Balaka.

Programa de eletrificação ruralTendo em vista apoiar o programa de eletrificação rural desenvolvido pelo Governo do Malawi, que visa mitigar a pobreza entre as povoações rurais, ficou concluída em 2015 a instalação de eletricidade para o Centro de Comércio Chisi e Centro de Saúde Chithumba. Em 2016, após a aprovação pela Comissão de Eletricidade do Malawi será efetuada a entrega à comunidade.

3.6.3. MOÇAMBIQUE

CRIANÇAS E JOVENS

Orfanato Cidadela das CriançasA ADPP é uma organização não‑governamental moçambicana criada em 1982, que tem vindo a crescer durante os seus 33 anos de existência. Atualmente desenvolve mais de 60 projetos em todas as províncias do país, empregando mais de 3.000 trabalhadores e beneficiando anualmente mais de 2 milhões de moçambicanos.

A Mota‑Engil África – Sucursal de Moçambique associou‑se à iniciativa promovida pela ADPP e procedeu à doação de material elétrico para o Orfanato Cidadela das Crianças em Maputo.

EDUCAÇÃO

Bolsas de Estudo A Mota‑Engil África – Sucursal de Moçambique, em colaboração com a Embaixada de Portugal em Moçambique – Cooperação Portuguesa, tem levado a cabo, desde 2013, o financiamento de bolsas de estudo para jovens Moçambicanos em Portugal.

No ano de 2015, no âmbito do financiamento da Mota‑Engil, foram apoiados 2 jovens estudantes que frequentavam as licenciaturas de Economia e de Engenharia Civil. O apoio atribuído consistiu no pagamento de propinas e numa bolsa mensal para garantir alimentação, alojamento, transporte e material didático durante a vigência do curso.

ISCTE – Brings us TogetherPatrocínio do Evento organizado a 20 e 21 de Novembro de 2015 pelo ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa em conjunto com o Alumni Clube ISCTE, onde reuniram em Lisboa, os seus alunos com colegas do Brasil, Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Guiné, Cabo Verde e outros portugueses espalhados pelo Mundo.

CULTURA

Projecto XiquitsiO Projecto Xiquitsi teve início em março de 2013 em duas vertentes: Temporada de Música Clássica de Maputo e Formação de Orquestras e Coros de Moçambique. Estas vertentes estão interligadas, na medida em que todos os músicos convidados da Temporada orientam Workshops, palestras e oficinas musicais com jovens formandos. Estes têm não só acesso a todos os concertos, como têm oportunidade de se apresentarem durante a Temporada ao lado de músicos profissionais, complementando desta forma a sua formação.

A Mota‑Engil África – Sucursal de Moçambique procedeu ao patrocínio do evento em 2015.

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348 RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADAS 2015

PATRIMÓNIO

Fortaleza de Maputo – ReabilitaçãoA Fortaleza de Maputo é um monumento nacional relacionado com a história da presença portuguesa em Moçambique e com as relações e resistências oferecidas pelos habitantes das terras das margens da baía.

Recentemente foi alvo de um trabalho de intervenção de conservação em superfícies pétreas, encomendado pela Direcção da Cultura da UEM, entidade que tutela a Fortaleza de Maputo, e que consistiu em duas fases distintas: “Lápides”, numa primeira fase, e “Pedras Tumulares”, na segunda fase.

A Mota‑Engil África – Sucursal de Moçambique patrocinou em parte a intervenção e restauro das Lápides Exteriores.

AMBIENTE E CIDADANIA

Operação CACO“Operação CACO” foi a designação atribuída à iniciativa levada a cabo por um conjunto de organizações da sociedade civil, instituições públicas e privadas de Moçambique e que teve como objetivo preservar e conservar o meio ambiente em Moçambique.

Teve como principal enfoque a consciencialização e sensibilização ambiental da comunidade em geral, através de um programa de limpeza de diferentes locais públicos para reduzir a quantidade de resíduos que são irregularmente despejados nesses locais colocando em risco a saúde e qualidade de vida não só dos cidadãos como também dos diferentes ecossistemas que caracterizam o país. A Mota‑Engil e a Ecolife associaram‑se a esta iniciativa contribuindo com equipamentos e meios humanos.

COMUNIDADE

Festa de Natal da Comunidade PortuguesaA Mota‑Engil marcou presença como patrocinador e colaborador na organização da Festa de Natal da Comunidade Portuguesa. Este evento tem como objetivo não só fomentar a integração e convívio de portugueses residentes em Moçambique, como também as receitas e contribuições angariadas são destinadas a apoiar três instituições (Projecto Kutsaka, Casa do Gaiato de Boane e Centro de Reabilitação Psicossocial da Mahotas das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus) que desenvolvem a sua atividade junto de camadas mais desfavorecidas da população de Moçambique.

Aniversário SINTICIMA Sucursal de Moçambique patrocinou o aniversário do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Construção Civil, Madeiras e Minas de Sofala, no centro de Moçambique.

Universidade Eduardo MondlaneA Mota‑Engil patrocinou a equipa de futebol da Universidade Eduardo Mondlane através da oferta de equipamento de desporto.

Comemorações do Dia de PortugalA Mota‑Engil patrocinou as comemorações do 10 de junho, Dia de Portugal, promovidas pelo Centro Cultural Português em Maputo.

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CADERNO DE SUSTENTABILIDADE 349

SAÚDE

Campanhas de HIV, Tuberculose, Febre Tifoide e Saúde PúblicaA Mota‑Engil promove frequentemente Campanhas de Sensibilização de Saúde Pública junto dos colaboradores e das comunidades onde se inserem, principalmente nas províncias de Moçambique.

O desenvolvimento de projetos em áreas mais remotas do território Moçambicano, onde as condições de vida e de higiene e Saúde Pública são precárias, o risco de contágio e transmissão de doenças é muito elevado. Nesse sentido, são promovidas várias campanhas de rastreamento e formação aos próprios colaboradores, sendo frequentemente alargadas às comunidades onde se inserem. Estas campanhas locais consistem na distribuição de folhetos e preservativos, formação de boas práticas de higiene, rastreios e formações in loco sobre medidas preventivas e ações a tomar quando se detetam determinados sintomas.

Higiene e Segurança no Trabalho, Qualidade e Ambiente O programa de gestão ambiental foi elaborado em setembro de 2015 e o início da sua implementação reporta a fevereiro de 2016. Como tal, os dados existentes no mercado são ainda insuficientes para se poder aferir conclusões ou estatísticas credíveis.

No que concerne à qualidade convém realçar que em 2015 foi aprovada a revalidação da Certificação no âmbito da norma ISO 9001:2008, obtida pela empresa em 2014.

49. Plantação de árvores50. Plantação de árvores 51. Festa de Natal da

Comunidade Portuguesa52. Doação de materiais de

construção a Projectos Comunitários

49 50

51

52

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350 RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADAS 2015

3.6.4. ÁFRICA DO SUL

A Mota‑Engil África do Sul, consciente da importância do papel da educação para o desenvolvimento de uma comunidade, apoiou as seguintes instituições:

Thandulwazi Trust – Academia de Matemática e CiênciasA Thandulwazi foi fundada em outubro de 2005 e adota uma abordagem multifacetada para melhorar a qualidade do ensino da Matemática e das Ciências em escolas insuficientemente preparadas, servindo, desta forma, comunidades desfavorecidas.

A contribuição da Mota‑Engil foi alocada ao desenvolvimento de competências dos professores desta academia, designadamente da Thandulwazi Saturday School. Simultaneamente, garantiu a aquisição de calculadoras científicas para 3 dos níveis da Thandulwazi Saturday School e formação específica à sua utilização.

Estas iniciativas tiveram um impacto positivo nos resultados dos estudantes em 2015.

Curso para Pequenos Construtores A Mota‑Engil patrocinou, em 2015, um projeto de desenvolvimento empresarial designado Small Builders Development Course. Este patrocínio possibilitou a participação de 24 proprietários e/ou trabalhadores de pequenas e médias empresas neste curso. O curso teve como objetivo permitir aos participantes a compreensão de como gerir de forma efetiva uma empresa de construção.

Foi importante para a Mota‑Engil participar neste evento para assegurar a qualidade dos subcontratados e transmitir a sua experiência de 70 anos na construção.

COSAMO

Descrevem‑se de seguida as atividades desenvolvidas pela Cosamo, subsidiária da Mota‑Engil em Johannesburg.

Feira do Livro Kingsmead O Colégio Kingsmead presta serviços de educação a meninas, desde a pré‑primária, primária e ensino secundário. Todos os anos o Colégio promove um evento em Joanesburgo conhecido como A Feira do Livro Kingsmead. Esta feira que dura alguns dias, com livros e atividades para

53. Campanhas de HIV, Tuberculose, Febre Tifoide e Saúde Pública

54. Doação de mercearia e produtos de higiene pessoal

55. Thandulwazi Trust – Academia de Matemática e Ciências

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CADERNO DE SUSTENTABILIDADE 351

adultos e crianças, visa incutir o gosto pela leitura e proporcionar a oportunidade de conhecer diferentes autores.

A Mota‑Engil patrocinou esta feira tendo presente este objetivo. Os organizadores do evento, nas semanas que antecedem a Feira do Livro de Kingsmead, realizam um Book Drive, incentivando as pessoas da comunidade a doar livros. No evento 2015 quase 4000 livros foram recolhidos e foram distribuídos às cinco escolas na comunidade (Escola de St Vincent para Surdos, Parkhurst Primárias, Parktown Públicas, HA Jack e Escola Primária Vuleka).

Doação de mercearia e produtos de higiene pessoalEm dezembro de 2015, a Mota‑Engil África, através da subsidiária Cosamo, concedeu donativos em espécie, como mercearia e produtos de higiene pessoal, a várias organizações sem fins lucrativos e de utilidade pública: Ethembeni Children Home, Mohau Childrens Centre, Othandweni Children Home, Siyabonga Africa Care Centre, Gugulethu HIV/Aids Orphanage, Hospice and Rehabilitation Centre.

Estas doações foram entregues pela empresa com base na lista de pedidos efetuada por cada instituição. Para a Mota‑Engil é importante poder contribuir para estes projetos de significativo impacto social.

3.6.5. CABO VERDE

Em 2015 foram desenvolvidas pela Sucursal de Cabo Verde da Mota‑Engil África as seguintes ações nos domínios ambiental e social:

• Recolha de equipamentos de terraplenagem obsoletos e inoperacionais, já abatidos, que estavam dispersos por vários locais e seu encaminhamento para desmantelamento e reciclagem por operador local de resíduos;

• Foi implementada a entrega obrigatória de óleos usados a operador local de resíduos;

• Ação de informação e sensibilização relativa à tuberculose junto de um conjunto de trabalhadores e alguns elementos de uma população local da ilha de Santiago, localidade de Calheta;

• Ação de informação e sensibilização relativa à epidemia do vírus Ébola utilizando os meios de divulgação disponibilizados pela Mota‑Engil África;

• Donativo à Embaixada Portuguesa, na Praia, para a celebração do “Dia de Portugal”, 10 de Junho.

3.6.6. ZÂMBIA

Cerimónia Nc`wala 2015A Cerimónia Nc’wala é uma cerimónia anual, comemorada no mês de fevereiro pelo povo Ngoni, na Província Oriental da Zâmbia, no Distrito de Chipata, na vila Mtenguleni.

Trata‑se de uma cerimónia de ação de graças pelas primeiras colheitas da temporada, ritual transmitido às gerações atuais Ngoni por antepassados da cultura Zulu. Para os Ngoni, o início das chuvas, geralmente em outubro ou novembro, significa que o ano novo chegou. A terra é cultivada, são plantadas sementes e, na colheita de uma refeição sacramental, há celebração sendo oferecida ao chefe, a Deus e aos antepassados. Depois de várias semanas de

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352 RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADAS 2015

preparação, há dança, poesia, percussão, teatro em locais enfeitados com muita cor. Trata‑se de um evento muito popular e há visitantes de longe, incluindo líderes políticos e empresariais.

A Mota‑Engil doou 10.000 Kwacha zambiano contribuindo para a preparação e compra de materiais para a cerimónia. A cerimônia realizou‑se na casa de Ngwenyama Inkosi Yamakosi Paramount Chief Mpezeni IV. O Nc’wala é constituído por uma série de rituais complexos, decretos e histórias relacionadas com o poder do Chefe, proteção das culturas, ação de graças pelo nascimento, infância, puberdade, idade adulta, morte e renascimento. Esta é uma cultura rica em que os visitantes são convidados a participar.

Ao participar nesta cerimónia, a Mota‑Engil Zâmbia fortaleceu os laços de união com esta comunidade, garantindo a transferência de cultura.

3.6.7. SÃO TOMÉ E PRINCIPE

A Mota‑Engil, através da sua sucursal em S. Tomé e Príncipe, apoiou as seguintes iniciativas:

• Patrocínio do primeiro CD de um músico local, através da Associação Empresarial de S. Tomé Príncipe;

• Patrocínio dos prémios musicais “STP Music Awards”;• Patrocínio das Comemorações do Dia de Portugal, junto da Embaixada Portuguesa em

São Tomé e Príncipe.

56. Cerimónia Nc´wala 201557. Feira do Livro Kingsmead

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CADERNO DE SUSTENTABILIDADE 353

4.1 MOTA‑ENGIL ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO

Há 70 anos que a Mota‑Engil Engenharia fomenta uma cultura de Inovação no seio da sua Organização, pois tem consciência que a promoção contínua do desenvolvimento de soluções inovadoras focadas no aumento da sua competitividade contribui para a criação de valor para o cliente e para a sociedade em geral, enquanto proporciona um crescimento sustentável da empresa.

A Mota‑Engil Engenharia tem o seu Sistema de Gestão de IDI (Investigação, Desenvolvimento e Inovação) certificado pela norma 4457:2007 desde 2007. Atualmente, o seu âmbito é a “Investigação, desenvolvimento e inovação na área da engenharia e construção, intelligent transport system e infraestruturas fixas e ferroviárias em Portugal”.

O Sistema de Gestão de IDI está suportado por uma plataforma colaborativa de Gestão da Inovação, OpenCenter, acessível a todos os colaboradores, independentemente da sua localização geográfica, que permite a criação de dinâmicas de inovação e a discussão de conhecimento técnico, através de ferramentas colaborativas (blogs, fóruns e wikis).

A nível da gestão do conhecimento, o siTEC – ferramenta de gestão de conhecimento técnico, tem‑se demonstrado um instrumento importante como repositório de memória técnica da organização e de informação tecnológica, e um motor de busca de diversos objetos de conhecimento técnico como relatórios finais de obra, estudos técnicos, novas tecnologias, imprensa técnica, normas, regulamentos, livros, artigos científicos e experiências de obra, entre outros. O desenvolvimento de soluções tecnológicas inovadoras, aplicadas continuamente na concretização das suas obras, traz valor acrescentado e diferenciador face à concorrência atual, num mercado global cada vez mais competitivo.

A Mota‑Engil Engenharia desenvolve projetos de IDI individuais e em colaboração com outras entidades, sejam elas empresas concorrentes ou de outras áreas de negócio, entidades do sistema científico e tecnológico ou associações ligadas ao setor da construção.

Durante o ano de 2015, a Mota‑Engil Engenharia teve em curso vários projetos de IDI nomeadamente dois que foram desenvolvidos em co‑promoção com outras empresas, Universidades e Centros de Conhecimento e que foram alvo de financiamento por sistemas de incentivos públicos (QREN). São eles o TROPICAL-PAV – Soluções de Pavimentação Rodoviária para Climas Tropicais e o EcoSolo – Tratamento de solos sem utilização de cimento Portland.

Além destes projetos destaca‑se a continuidade dos seguintes projetos internos: o PowerRail relativo a um sistema gerador de energia para a rede ferroviária; o MERC sobre a aplicação de novas tecnologias à manutenção de estruturas; o controlador de semáforos e o desenvolvimento de novas composições de betão.

Convém também sublinhar as duas patentes associadas ao negócio da Ferrovias, que foram registadas, como resultado de projetos desenvolvidos em parceria com uma PME de base tecnológica.

A Mota‑Engil Engenharia iniciou a sua participação no Sistema de Incentivos Portugal 2020 com três candidaturas de projetos, das quais uma foi aprovada, e participou também no Programa Europeu Horizonte 2020 (em equipas de projeto e no European Innovation Partnership (EIP) Raw Material Commitment).

Entre 2010 e 2014 investiu cerca de 3 milhões de euros em atividades de IDI, valor este parcialmente financiado por subsídios públicos. Os subsídios e incentivos fiscais obtidos

Investigação, desenvolvimento e inovação

4.

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354 RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADAS 2015

durante este período ascenderam a 1 milhão de euros. Este esforço de investimento foi naturalmente acompanhado pela motivação e dedicação dos colaboradores técnicos e engenheiros especializados nas várias áreas de negócio da empresa que, comprometidos com a inovação, procuram diariamente novas soluções em acordo com a perspetiva de sustentabilidade da empresa, a médio e longo prazo.

A estratégia de inovação é baseada num relacionamento contínuo com interfaces externas (centros tecnológicos, universidades, fornecedores, clientes, ou outras entidades) e na vigilância da imprensa técnica especializada e do mercado em geral. A participação na promoção de iniciativas setoriais e gerais associadas à inovação, nomeadamente através da PTPC – Plataforma Tecnológica Portuguesa da Construção, onde está representada no Conselho Estratégico, na Comissão Executiva e em vários grupos de trabalho sobre temáticas diversas associadas à construção, permite‑lhe interagir com outros agentes da inovação. Todos estes contactos são fontes importantes de conhecimento que se transformam em inputs valiosos para o SGIDI da organização.

Cabe ainda destacar a boa relação que existe entre a Mota‑Engil Engenharia e as principais universidades portuguesas, que é evidenciada nos apoios prestados através da disponibilização de informação, resposta a inquéritos e tutoria na realização de teses de mestrado e estágios.

4.2 SUMA, SERVIÇOS URBANOS E MEIO AMBIENTE

SISTEMA DE CONTROLO E OTIMIZAÇÃO DE FROTAS (COF)

Medir e monitorizar, de forma integrada, o desempenho das operações de recolha de resíduos, limpeza urbana e gestão da contentorização, constituem os principais objetivos do sistema de Controlo e Otimização de Frotas (COF), desenvolvido pela SUMA, de forma a dar resposta à complexidade e às necessidades da sua atividade de produção.

58. Prémio Manuel António da Mota, 6ª edição – Portugal

58

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CADERNO DE SUSTENTABILIDADE 355

Constituído por um software instalado numa plataforma web, acessível a partir de qualquer ponto com ligação à internet, este sistema está conectado a black boxs que são colocadas em cada viatura e que, através de GPS, transmitem para o servidor da organização, de modo automático, uma série de parâmetros relativos às operações e ao desempenho dos equipamentos, integrando, em registo dinâmico, os dados introduzidos quer pelo planeamento, quer pela produção, com os dados recebidos por GPS.

O COF permite monitorizar o posicionamento e trajetos efetuados pelas viaturas, as entradas e saídas em zonas georreferenciadas (através de uma integração com o Google Earth), bem como as paragens, e regista, ainda, todos os eventos de produção – cumprimento e duração de circuitos de recolha e de limpeza, contentores efetuados, quantidades recolhidas e descargas, bem como episódios de condução – excessos de velocidade, paragens e mudanças de velocidade repentinas, ralenti prolongado ‑, sendo que, existindo irregularidades, é emitido um aviso sonoro de alerta para o motorista, destinado a facilitar a prevenção atempada das ocorrências e o comprometimento com o correto desempenho, para prevenção de riscos, redução de custos e eficácia das operações.

Enquanto ferramenta de monitorização e de gestão tem como principal propósito suprir as necessidades de garantia dos padrões de qualidade do serviço prestado pela SUMA, permitindo às chefias de produção, e a todos os responsáveis envolvidos, complementar o controlo presencial com o registo do cumprimento do serviço à distância, e dar suporte de verificação direta através da imediata perceção de desvios ou não conformidades – informação que é gerada por via da produção de relatórios gráficos e analíticos.

Destacam‑se as mais‑valias que a utilização do sistema COF permite: a verificação efetiva do serviço realizado; a otimização da eficácia dos serviços prestados; a deteção e quantificação de desvios ao correto desempenho dos serviços; a prevenção e redução da sinistralidade; a redução de consumos de combustível e, consequentemente, dos custos inerentes e da pegada ecológica; a redução dos custos de manutenção dos veículos e consequente prolongamento da sua vida útil.

A implementação do COF na SUMA teve início no último trimestre de 2012 no Centro de Serviços de Gaia, tendo sido alargada no final de 2013 ao Centro do Vale do Sousa. Em 2014, o COF foi implementado nos Centros de Sintra e Loures e iniciado no Centro Porto. Em 2015, para além de se finalizar a implementação do processo no Centro do Porto, estava prevista a implementação do COF nos Centros de Matosinhos e Vila do Conde.

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356 RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADAS 2015

5.1 DESEMPENHO AMBIENTAL

5.1.1 MOTA‑ENGIL ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO

1. Gestão Ambiental

A Certificação do Sistema de Gestão da Mota‑Engil Engenharia representa um longo caminho de responsabilidades e compromissos, regularmente revisto e auditado, quer internamente, como externamente pela Entidade Certificadora.

Está implementado e certificado, desde 2005, um sistema de gestão ambiental de acordo com a NP EN ISO 14001:2012, cujo âmbito abrange:

• Conceção e execução de contratos de construção civil e obras públicas;

• Fundações especiais, contenções, injeções, instrumentação e reconhecimento geotécnico;

• Execução e manutenção de instalações elétricas e mecânicas e implementação de sistemas de gestão técnica e automação;

• Exploração de pedreiras e produção de agregados;

• Ensaios laboratoriais a materiais de construção e estudos de formulações de misturas betuminosas e hidráulicas;

• Conceção e execução de contratos de obras marítimas e fluviais, obras de barragens e aproveitamentos hidroelétricos em território nacional;

• Conceção e desenvolvimento, construção, renovação e conservação de infraestruturas fixas ferroviárias (via, catenária, terraplenagens e construção civil), com exceção de telecomunicações e sinalização elétrica;

• Projeto, fabricação e montagem de produtos prefabricados em betão;

• Conceção, fabrico, fornecimento e comercialização de betão pronto;

• Aplicação de pós‑tensão em obra, fornecimento e aplicação de juntas de dilatação e comercialização de aparelhos de apoio.

Em 2015 foi incluído no âmbito da Certificação um novo local, o Estaleiro de Canelas, localizado em Vila Nova de Gaia.

À semelhança de anos transatos, foram efetuadas atualizações na documentação de suporte do Sistema de Gestão, relacionadas essencialmente com a publicação de novos diplomas legais aplicáveis às atividades da empresa. Merecem destaque as melhorias efetuadas na transação em SAP – Gestão de Indicadores Ambiente, a qual permite a recolha de dados operacionais de qualquer local de atividade da empresa para os vários descritores ambientais.

Em 2015 foram realizadas 21 auditorias técnicas de ambiente, repartidas pela totalidade das áreas de atividade. O resultado consolidado destas auditorias é refletido no Indicador Conformidade em Auditoria, o qual evidencia a conformidade com os requisitos normativos.

Desempenho

5.

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CADERNO DE SUSTENTABILIDADE 357

O valor registado foi de 94%. A empresa monitoriza ainda com frequência semestral a conformidade legal.

2. Indicadores

A gestão da informação sobre indicadores operacionais é suportada pela transação em SAP, Gestão de Indicadores de Ambiente.

Para o cálculo global dos Indicadores no âmbito da Diretriz do Relatório GRI, foram agregados os resultados das várias áreas de negócio e unidades operacionais da Mota‑Engil Engenharia.

As atividades da empresa originam uma grande diversidade de resíduos, assumindo particular relevância os resíduos de construção e demolição. Em todas as instalações é promovida a triagem e a recolha seletiva, atendendo às opções de valorização de modo a assegurar o correto acondicionamento e encaminhamento para destino adequado.

EN 1 – Consumo de materiais

Aço 2 980 ton

Betão 42 288 m3

Agregados 800 824 ton

Betumes e emulsões 127 612 ton

Cimento 29 305 ton

Tintas e vernizes 8 264 litros

EN 3 – Consumo direto de energia, segmentado por fonte primária 2013 2014 2015

GJ/ano 164.586 150.051 132.794

EN 4 – Consumo indireto de energia, segmentado por fonte primária 2013 2014 2015

GJ/ano 37.923 28.636 32.684

EN8 – Total de consumo de água, segmentado por fonte m3 nº captações

Captação subterranea 68.211 27

Captação superficial 54.838 5

Rede pública 39.419

Total 162.468

2013 2014 2015

Consumo total 198.345 149.479 162.468

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358 RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADAS 2015

5.1.2 SUMA, SERVIÇOS URBANOS E MEIO AMBIENTE

1. Gestão ambiental

A SUMA, enquanto organização a operar no mercado do Ambiente, e como líder dos operadores privados de Recolha de Resíduos e Limpeza Urbana, pioneiro e impulsionador dos desenvolvimentos neste sector de atividade, assume com redobrada responsabilidade e sentido de missão o seu desempenho ambiental.

Neste sentido, a Organização tem definidos e documentados os seguintes objetivos, no âmbito da gestão ambiental:

• Dar cumprimento às disposições legais existentes em matéria de Ambiente e de Segurança e Saúde no Trabalho e planear as operações que estão associadas aos aspetos ambientais relevantes, consistentes com a sua Política de Gestão e com os seus objetivos e metas, de forma a garantir que estas operações são realizadas sob condições especificadas;

• Estabelecer metodologias para controlar não só as situações relacionadas com os aspetos ambientais e riscos significativos, mas também as situações onde a inexistência destas metodologias possa conduzir a desvios das Políticas da Organização e dos seus objetivos.

Anualmente, é definido um Programa de Monitorização, de modo a regrar a monitorização do desempenho da Organização ao nível da Qualidade/Conformidade, Ambiente, Segurança e Saúde no Trabalho, que inclui os seguintes aspetos:

• Monitorização da medida do cumprimento dos Objetivos e suas Metas associados à Política de Gestão da SUMA;

• Monitorização e medição dos vários processos/atividades através dos resultados obtidos nos indicadores definidos para cada um deles;

EN 17 – Outras emissões indiretas de gases com efeito de estufa 2013 2014 2015

ton CO2 /ano 5.164 4.490 3.715

EN22 – Quantidade total de resíduos, por tipo e por método de tratamento 2013 2014 2015

Resíduos perigosos (ton) 3.414 212 1.688

Resíduos não perigosos (ton) 24.303 15.180 14.626

Resíduos encaminhados para valorização (ton) 22.316 14.162 15.945

Resíduos encaminhados para eliminação (ton) 1.442 614 325

EN 16 – Emissão de gases com efeito de estufa, diretas e indiretas 2013 2014 2015

ton CO2 /ano 17.130 14.842 30.940

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CADERNO DE SUSTENTABILIDADE 359

• Medições pró‑ativas do desempenho que monitorizem a conformidade com o Programa de Gestão da SUMA, com critérios operacionais e requisitos legais e regulamentares;

• Medições reativas do desempenho para a monitorização de não‑conformidades (incluindo quase‑acidentes).

De referir que estão definidas e documentadas metodologias para:

• A organização e manutenção dos serviços de Medicina do Trabalho, com vista à promoção e vigilância da saúde dos trabalhadores;

• Garantir que as potenciais situações de emergência na Organização são evitadas e que quando ocorrem são implementadas as medidas de controlo operacional definidas, procurando limitar as suas consequências para o Homem e para o Ambiente.

2. Organização do sistema de gestão ambiental

A SUMA estabeleceu, documentou, implementou e mantém um Sistema Integrado de Gestão da Qualidade, Ambiente, Segurança e Saúde no Trabalho (SIG‑QAS), trabalhando continuamente na sua melhoria, de acordo com os requisitos das normas NP EN ISO 9001:2008, NP EN ISO 14001:2012 e NP 4397:2008/OHSAS 18001:2007.

Assim, o âmbito do SIG‑QAS é conceção, desenvolvimento, planeamento e comercialização de atividades de Limpeza Urbana, Recolha e Transporte de Residuos Não Perigosos, Gestão da Contentorização, Gestão de Ecocentros e Educação e Sensibilização Ambiental no edificio Sede e execução e operacionalização das atividades mencionadas nos Centros de Serviços.

A participação dos Trabalhadores é uma componente fundamental do sucesso da Organização. Esta participação faz parte de uma estratégia que permite valorizar os conhecimentos e a experiência dos trabalhadores, estimular a motivação e favorecer a mudança interna, no sentido da melhoria contínua da Organização e do SIG‑QAS.

Os procedimentos definidos para a Gestão de Recursos Humanos garantem a admissão de trabalhadores com as competências e características necessárias ao correto desempenho da função para a qual são admitidos e o desenvolvimento, através de metodologias de formação, treino e trocas de experiência, das suas competências, no sentido de garantir a sua aptidão para o desempenho das suas funções.

Com a gestão de riscos ambientais, pretende‑se garantir o desempenho responsável e sustentável da SUMA e a integração nas opções operacionais e organizacionais das medidas de prevenção e controlo necessárias à eliminação ou redução dos riscos para o ambiente. A SUMA tem definidas as metodologias para identificar, avaliar e manter atualizada a informação sobre os aspetos e os impactes ambientais, associados aos serviços a prestar.

CERTIFICAÇÃO

Em abril de 2015, foi realizada a Auditoria Externa à Sede e ao Centro de Serviços de Aveiro da SUMA. Tratou‑se de uma auditoria integrada de renovação ao Sistema de Gestão da Qualidade (NP EN ISO 9001:2008) e de acompanhamento aos Sistemas de Gestão Ambiental (NP EN ISO 14001:2012) e da Segurança e Saúde no Trabalho (OHSAS 18001:2007/NP 4397:2008).

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360 RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADAS 2015

A APCER considerou estarem reunidas as condições necessárias para a SUMA manter/renovar as certificações do Sistema Integrado de Gestão da Qualidade, Ambiente e Segurança e Saúde no Trabalho para o âmbito acima referido.

SENSIBILIZAÇÃO EM AMBIENTE E SEGURANÇA

Durante o ano de 2015 a SUMA manteve o projeto das campanhas de sensibilização para as temáticas do Ambiente e da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SHST) que visam todos os trabalhadores da organização.

Funcionando de forma independente das ações inscritas no plano anual de formação, este projeto conheceu já várias fases de campanhas de sensibilização internas, suportadas por cartazes, folhetos e mensagens eletrónicas que alertavam e sistematizam as regras de boa conduta profissional no que à segurança e higiene concernem e de poupança de recursos em contexto empresarial.

No âmbito das campanhas sobre a temática Ambiente – Redução de Consumos, em junho de 2015, foram lançados 2 cartazes, aproveitando para assinalar o Dia Mundial do Ambiente, de modo a que as campanhas chegassem a todos os trabalhadores da organização. Assim:

• Foi divulgado um cartaz destinado aos trabalhadores cujo posto de trabalho se localize nas zonas administrativas dos Centros de Serviços e na Sede, com exemplos de procedimentos que permitem reduzir o consumo de água, de eletricidade e, também, de combustível, já que alguns têm viatura de serviço;

• O 2º cartaz, destinado aos trabalhadores da Produção e Oficina, incluía procedimentos que permitem reduzir o consumo de combustível nos vários serviços prestados e o consumo de água, quer nos serviços, quer na lavagem de viaturas.

A SUMA prossegue o caminho no sentido de obter uma maior redução nos consumos e consequente racionalização de custos.

A implementação do Controlo e Otimização de Frotas (COF), um sistema desenvolvido pela SUMA que recebe dados provenientes de três fontes – de um GPS instalado nas viaturas, do aplicativo interno de BD Produção e de dados do departamento de Planeamento (PLC) ‑, tem como principais valências a verificação gráfica e analítica dos itinerários efetuados e respetiva quantificação dos desvios face ao planeado, permitindo também uma monitorização nos equipamentos de diversos eventos como excessos de velocidade, acelerações, desacelerações bruscas e excessos de rotação. Este sistema proporciona, deste modo, um melhor controlo, análise e otimização dos diversos serviços efetuados.

Para 2016, para além da manutenção da Certificação, estão planeadas as seguintes ações:

• Manter as Auditorias/Inspeções de Ambiente e Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, em vários Centros de Serviços;

• Manter a Campanha Interna de Sensibilização sobre Sinistralidade, com a introdução de novos temas;

• Retomar o projeto de simplificar a estrutura documental relacionada com o Sistema Integrado de Gestão da Qualidade, Ambiente e Segurança, priorizando a documentação relativa à área da Produção;

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CADERNO DE SUSTENTABILIDADE 361

• Rever o Sistema de Gestão da Qualidade implementado no Laboratório da SUMA Matosinhos, no âmbito da Acreditação de acordo com a norma NP EN ISO/IEC 17025, de forma a uniformizar os procedimentos implementados com os procedimentos já definidos e implementados na SUMA, no âmbito do Sistema Integrado de Gestão da Qualidade, Ambiente e Segurança e Saúde no Trabalho.

3. Sistema de indicadores

À semelhança da análise efetuada para a Mota‑Engil Engenharia, o sistema de indicadores adotado no quadro da política de gestão ambiental da SUMA procura dar resposta às informações solicitadas no âmbito da diretriz de relato GRI 3.0.

Nos quadros que se seguem, são apresentados os indicadores referentes a cada descritor ambiental e para os quais foram utilizadas as seguintes densidades e fatores de conversão e emissão:

Densidades típicas:• Gasóleo 835 Kg/m3 • Gasolina 720 Kg/m3

• GPL 1000 Kg/m3

Fonte: Portaria Nº 228/90

Fatores de conversão:• Gasóleo 43,3 Gj/ton• Gasolina 45 Gj/ton • GPL 46 Gj/ton• Eletricidade 0,0036 Gj/kwh

Fonte: Despacho Nº 17313/2008

Fatores de Emissão de CO2:• Gasóleo 74 kg/Gj• Gasolina 69,2 kg/Gj• GPL 63 kg/Gj• Eletricidade 470 g/kwh líquido

Fonte: Despacho Nº 17313/2008

I. MATERIAIS

Os principais materiais consumidos no desenrolar das atividades específicas da SUMA relacionam‑se com o acondicionamento de resíduos, as atividades de limpeza urbana e a manutenção dos veículos e equipamentos da frota da empresa.

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362 RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADAS 2015

Na tabela seguinte, encontram‑se detalhados os principais materiais consumidos na atividade da SUMA durante o ano de 2015:

Materiais consumidos (EN1)

Designação Unidades Total

Acumuladores ton 4,82

Sacos de plástico ton 11,76

Pneus novos (pesados e ligeiros) ton 46,43

Pneus recauchutados (pesados e ligeiros) ton 72,90

Lubrificantes/massas l 163.967

Gasóleo l 4.489.364

Total Químicos Produção (herbicidas, desinfetantes, detergentes, lixívia) l 34.358

Tintas/vernizes/esmaltes/diluentes l 3.892

(Outros) Produtos Químicos para Manutenção Automóvel l 4.332

Papel ton 7,58

Cartuchos/tinteiros (jato tinta) un 92

Toners (laser) un 107

A monitorização e otimização do consumo de matérias‑primas e recursos assume, na Política de Gestão da empresa, um papel fundamental, sendo estas ações, alvo da atividade de Investigação e Desenvolvimento.

Sempre que possível, a SUMA recorre ao uso de materiais reutilizáveis ou reciclados. No caso destes últimos, o consumo mais significativo diz respeito aos pneus recauchutados. Em 2015, do total de pneus consumidos, 47% eram recauchutados. A SUMA, em parceria com a Continental® e com as recauchutadoras com quem trabalha, tem vindo a fazer levantamentos periódicos ao estado dos pneus instalados nas viaturas. Estes levantamentos originam relatórios que auxiliam na manutenção das condições ideais dos pneus, influenciando assim positivamente a segurança dos veículos, a economia de combustível e a rentabilidade dos pneus. Estão em análise metodologias para um controle eficaz da pressão dos pneus, que passam por pontos como: definição, com o apoio da Continental®, da pressão mais adequada a cada viatura; introdução das pressões por viatura no sistema informático ERP‑SAP; colocação de etiquetas com as pressões nos veículos; criação de condições para que as pressões dos pneus possam ser verificadas e corrigidas se necessário, sem recurso às oficinas.

II. ENERGIA

Os principais consumos de energia da SUMA decorrem de atividades afetas aos seus Centros de Serviços, tais como transporte de resíduos e funcionamento de equipamentos.

Refira‑se que nos consumos energéticos do Grupo SUMA estão incluídos os consumos energéticos da empresa Vista Waste Management, a operar no mercado angolano.

Consumo de Energia Direta, segmentado por fonte primária (EN3)

Combustivel Litros Gj

Gasóleo 4.489.364 162.315

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CADERNO DE SUSTENTABILIDADE 363

No que diz respeito ao consumo de gasóleo associado aos serviços prestados, nos resultados obtidos em 2015 comparativamente com os de 2014, verificou‑se uma diminuição do consumo associado aos serviços de recolha e transporte de resíduos e de lavagem de equipamentos de contentorização, mas um crescimento nos serviços da área da limpeza urbana, nomeadamente, um ligeiro aumento do consumo associado ao serviço de varredura mecânica (e mecânica mista) e um aumento significativo no serviço de lavagem de arruamentos. No entanto, deve‑se referir que no caso dos serviços de limpeza urbana, foram detetados alguns constrangimentos em relação aos registos de 2014, que se pensa terem sido resolvidos em 2015, aumentando a fiabilidade dos dados obtidos.

Indicadores Resultados 2015

Recolha e Transporte de Resíduos 87%

Varredura Mecânica e Varredura Mecânica Mista 7%

Lavagem de Arruamentos 2%

Lavagem de Equipamentos de Contentorização 6%

Estes resultados traduzem ganhos de eficácia efetivos e traduzem o contínuo controlo de medidas que se encontram em curso, nomeadamente:

• Otimização dos veículos menos eficientes; • Formação em Eco‑Condução; • Melhoria do sistema de gestão de frota;• Análise e controlo dos pneus.

A SUMA prossegue o caminho no sentido de obter uma maior redução nos consumos e consequente racionalização de custos.

Plano de Racionalização dos Consumos de Energia (Frota)Em agosto de 2013, a SUMA entregou na Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG) o Relatório de Auditoria Energética à Frota e o respetivo Plano de Racionalização do Consumo de Energia, referente ao período de 2013 a 2015. No início de outubro de 2013 a DGEG comunicou à SUMA a aprovação do Plano.

EVOLUÇÃO DO CONSUMO DE ENERGIA DIRETA GJ

CONSUMO ENERGÉTICO(GJ)

20152014

188.967

162.315

100000

120000

140000

180000

160000

200000

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364 RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADAS 2015

Além disso, a SUMA contratou um técnico responsável pelo controle da execução e do progresso do Plano de Racionalização, de acordo com a legislação vigente, cujas responsabilidades são:

• Manter um registo atualizado pelo qual se possam verificar, mensalmente, os consumos específicos e a sua evolução comparada com idênticos meses dos anos anteriores;

• Manter registo atualizado da execução do Plano, bem como os comentários justificativos dos desvios;

• Elaborar relatórios trimestrais de controlo da execução do Plano;

• Elaborar relatórios anuais do progresso do Plano, nos quais é apresentado o seu controlo de execução, bem como introduzidas as correções devidamente justificadas, devendo também apresentar os resultados obtidos, que serão comparados com os objetivos, e justificar os desvios observados;

• Apresentar à DGEG, quando solicitados, os registos e relatórios mencionados anteriormente e prestar os esclarecimentos necessários.

III. ÁGUA

No que diz respeito ao consumo de água associado aos serviços prestados, os resultados obtidos em 2015 foram analisados comparativamente com os de 2014, tendo‑se verificado uma ligeira diminuição do consumo associado aos serviços de lavagem de equipamentos de contentorização, mas um aumento significativo nos serviços da área da limpeza urbana, nomeadamente, na varredura mecânica (e mecânica mista) e na lavagem de arruamentos. No entanto, convém referir que no caso dos serviços de limpeza urbana foram detetados alguns constrangimentos em relação aos registos de 2014, que se pensa terem sido resolvidos em 2015, aumentando a fiabilidade dos dados obtidos.

Indicadores Coluna1 Resultados %

Varredura Mecânica e Varredura Mecânica Mista Consumo de Água (m3) 7.769,11 13%

Lavagem de Arruamentos Consumo de Água (m3) 19.894,68 34%

Lavagem dos Equipamentos de Contentorização Consumo de Água (m3) 31.008,23 53%

No que diz respeito às ações implementadas, para além da procura constante de novas metodologias de atuação e/ou de equipamentos que, ao nível dos serviços prestados e das atividades de suporte à produção, permitam menores consumos de água, destacam‑se as campanhas de sensibilização/informação sobre a redução dos consumos de energia e água, tal como descrito no ponto anterior.

IV. BIODIVERSIDADE

A SUMA não tem instalações definitivas em áreas classificadas ou em zonas protegidas.

Não foram também identificados impactos significativos na biodiversidade provocados pelas operações da organização.

V. EMISSÕES, EFLUENTES, RESÍDUOS

A atividade da SUMA que origina maiores impactos ambientais a nível das emissões gasosas – sendo o CO2 a mais relevante — é a recolha e transporte de resíduos.

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CADERNO DE SUSTENTABILIDADE 365

Neste sentido, foram estimadas as emissões de CO2 correspondentes aos consumos de energia direta e indireta (relacionados com a produção, deslocações, viagens de serviço dos trabalhadores e transporte de pessoas).

Emissões Diretas e Indiretas de Gases de Efeito de Estufa (GEE) (EN16+EN17)

Emissões CO2 (ton/ano)

Gasóleo 12.011

O gasóleo é a fonte energética responsável por grande parte (99%) das emissões de CO2 na SUMA.

É de salientar que a atividade da organização não provoca a emissão de substâncias destruidoras da camada de ozono, nem possui emissões significativas, nomeadamente as regulamentadas por licenças ambientais.

Na atividade de aplicação de herbicidas, a SUMA recorre apenas a produtos aprovados pelo Ministério da Agricultura, seguindo as instruções recomendadas que, para além de otimizar as quantidades utilizadas, minimizam os impactos negativos decorrentes desta atividade. É de salientar que é evitado o recurso massivo a estes produtos e, para tal, a SUMA adota uma atitude preventiva, promovendo o corte mecânico e a aplicação localizada.

Quanto a resíduos produzidos no decorrer da atividade da SUMA, estes são, na sua maioria, resíduos industriais não‑perigosos, como óleos, pneus, metais ferrosos, lamas e misturas de resíduos provenientes de desarenadores e de separadores óleo/água.

VI. PRODUTOS E SERVIÇOS

Desde o planeamento e desenvolvimento das suas ações que a SUMA tem presentes preocupações de cariz ambiental e social, conforme descrito anteriormente, que visam a minimização dos impactos associados à sua atividade.

EVOLUÇÃO DAS EMISSÕES DIRETAS E INDIRETAS DE GEE (TON/ANO)

EMISSÕES CO2

13.984

12.011

20152014

0

2.000

4.000

6.000

8.000

12.000

10.000

14.000

18.000

16.000

20.000

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366 RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADAS 2015

VII. CONFORMIDADE

Em 2015, não foram registadas na SUMA multas por incumprimento de requisitos legais ambientais.

VIII. TRANSPORTE

No que se refere ao transporte de bens e produtos utilizados na atividade da SUMA, o gráfico seguinte apresenta‑nos a classificação destes veículos, consoante a sua classe de emissões, segundo o Padrão Europeu de Emissões, que disciplina as emissões de veículos comercializados na União Europeia.

Classe de Emissões 1 2 3 4 5 6 7 8

NA 0 3 0 17 6 33 12 0

Euro 1 20 1 0 1 0 0 0 0

Euro 2 42 12 3 2 0 0 0 34

Euro 3 50 17 0 15 34 0 0 84

Euro 4 93 9 4 25 10 0 0 8

Euro 5 9 2 0 5 3 0 0 107

Euro 6 3 0 0 0 0 0 0 9

TOTAL 217 44 7 65 53 33 12 242

Classes: 1 – Viaturas Recolhedoras Compactadoras; 2 – Lava-Contentores, Lava-Ruas, Limpa-Fossas; 3 – Lavadoras, Lava-Ruas; 4 – Varredoras, Aspiradoras; 5 – Viaturas Pesadas Multifunções; 6 – Tractores, Pás Carregadoras, Empilhadores, Cilindros; 7 – Máquinas Ligeiras de Produção; 8 – Viaturas Ligeiras Multifunções

TRANSPORTE POR CLASSE DE EMISSÕES

(PERCENTAGEM)

3%

2%

14%

10%

30%

22%

19%

NA EURO 1 EURO 2 EURO 3 EURO 4 EURO 5 EURO 6

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CADERNO DE SUSTENTABILIDADE 367

Em termos evolutivos, destaca‑se a clara aposta da SUMA em veículos com a classificação Euro 5 e Euro 6, verificando‑se uma contínua diminuição das demais classificações.

5.2 DESEMPENHO SOCIAL

5.2.1 MOTA‑ENGIL ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO

1. GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS

INTRODUÇÃO

A Gestão de Recursos Humanos na Mota‑Engil Engenharia procura refletir a estratégia e a política de recursos humanos do Grupo, adotada a nível corporativo, adaptando‑a à sua realidade e ao setor de atividade em que se insere.

No plano estratégico, a Mota‑Engil Engenharia reconhece os recursos humanos como um fator crítico de sucesso para o alcance dos objetivos definidos e o seu mais valioso ativo ao serviço da competitividade e da criação de valor duradouro.

A política de recursos humanos da Mota‑Engil Engenharia é suportada na Administração e nas equipas de Recursos Humanos da Mota‑Engil Serviços Partilhados, a quem está cometido um conjunto de funções de suporte, bem como na Direção Corporativa de Recursos Humanos.

No âmbito das práticas de Gestão de Recursos Humanos, destacam‑se como principais iniciativas:

• Atrair e reter de forma integrada os melhores recursos, assegurando a eficaz integração e adaptação à cultura e valores da empresa;

• Desenvolver competências que acrescentem valor ao negócio, através de uma permanente procura do conhecimento e das melhores práticas;

• Gerir o desempenho, estimulando e premiando os comportamentos que garantem o atingir de objetivos alinhados com a estratégia do negócio;

FROTA SUMA 2007‑2015

NA EURO 1 EURO 2 EURO 3 EURO 4 EURO 5 EURO 6

0

50

200

150

250

127

116

9577 77 77 72 71 71

56 5445

32 28 28 26 22 22

150

149

133

122

118

118

97 93 93

239

238

233

223

216

213

208

203

200

7699

161

133

116

9915

014

714

9

0 0 049

6992

113 12

312

6

0 0 0 0 0 0 010 12

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368 RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADAS 2015

As iniciativas desenvolvidas no âmbito da área da formação encontram‑se refletidas mais à frente em capítulo próprio. O mesmo acontece com os temas associados à monitorização, adoção de medidas preventivas e corretivas, auditoria e verificação em matéria de recursos humanos.

1.1 PRÁTICAS LABORAIS E RELAÇÕES DE TRABALHO

EmpregoEm 2015 a Mota‑Engil Engenharia contribuiu para a empregabilidade de 2 082 colaboradores (Portugal e Estrangeiro).

No quadro abaixo pode ser analisada a estrutura dos colaboradores por tipo de contrato e região:

Nº trabalhadores por tipo de contrato e região

Portugal Estrangeiro

Tipo de Contrato Norte Centro Sul Ilhas ÁfricaResto

Europa América Total

Quadro Permanente 619 24 706 13 102 15 37 1516

Termo Certo 101 0 227 0 84 2 1 415

Termo Incerto 95 0 46 2 0 0 0 143

Estagiários 5 0 3 0 0 0 0 8

TOTAL POR REGIÃO 820 24 982 15 186 17 38 2082

Da análise aos quadros constata‑se que em 2015 pertenciam ao Quadro Permanente 72,8% dos efetivos laborais, sendo que os trabalhadores contratados a termo representavam 19,9%, os contratados a termo incerto 6,9% e os estagiários 0,4%.

Norte Centro Sul Ilhas África RestoEuropa

América Total

0

500

1.000

2.000

1.500

2.500

ESTAGIÁRIOS TERMO CERTO TERMO INCERTO QUADRO PERMANENTE

Nº TRABALHADORES POR TIPO DE CONTRATO E REGIÃO

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CADERNO DE SUSTENTABILIDADE 369

Os dados demonstram que, à semelhança do ano passado, continua a ser em Portugal que se verifica a maioria dos trabalhadores da Mota‑Engil Engenharia (88,4%). Fora de Portugal contabiliza‑se um total de 241 colaboradores (11,6%), distribuídos pelos territórios europeu, africano e americano, continuando a ser no continente africano onde se verifica um maior número de colaboradores (186).

Taxa de rotatividade de empregados por faixa etária, género e região No gráfico abaixo, encontra‑se refletida a taxa de rotatividade verificada em 2015 na Mota‑Engil Engenharia:

A taxa de rotatividade global da Mota‑Engil Engenharia registada em 2015 é de 17%, constatando‑se que é na faixa etária dos 30 aos 50 anos onde incide a maior taxa de rotatividade de colaboradores (9%), relativa a 182 saídas.

TAXA DE ROTATIVIDADE POR FAIXA ETÁRIA

< 30

71

30 a 50

182

> 50

97

Total geral

350

0

50

100

200

150

250

350

300

400

3%

9%

5%

17%

TAXA DE ROTATIVIDADE POR GÉNERO

Feminino Masculino Total geral

0

50

100

200

150

250

350

300

400

20

330350

1%

16%17%

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370 RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADAS 2015

Verifica‑se igualmente que, na Mota‑Engil Engenharia, tal como na economia em geral, a taxa de rotatividade feminina (1%) é inferior à masculina (16%).

1.2 RELAÇÕES DE TRABALHO

Relações entre os trabalhadores e a governaçãoAs relações de trabalho na Mota‑Engil Engenharia são reguladas pelo Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) para o setor de Construção Civil e Obras Públicas e, supletivamente, pela lei geral. São estes dois instrumentos que fixam os períodos de pré‑aviso a observar no caso de qualquer mudança organizacional com impacte nas relações de trabalho.

A totalidade dos trabalhadores está abrangida por este instrumento de regulamentação coletiva do trabalho, verificando‑se uma taxa de sindicalização de 11% num sector onde estes índices se apresentam como tradicionalmente baixos.

Não existe na organização qualquer comissão de trabalhadores constituída.

1.3 FORMAÇÃO E EDUCAÇÃO

A Mota‑Engil Engenharia garante aos colaboradores oportunidades de desenvolvimentos das carreiras, formando‑os continuamente e garantindo a aquisição e validação das competências necessárias ao desempenho das funções que exercem.

Por este motivo, o plano de formação dos colaboradores da Mota‑Engil Engenharia reflete as necessidades de cada área de negócio, investindo em áreas estratégicas, nomeadamente:

• Técnica• Organizacional• Gestão• Comportamental

Em 2015, o total de horas de formação ministrada aos colaboradores da Mota‑Engil Engenharia atingiu as 18.053 horas.

Nº médio de horas de formação por grupo profissional

Grupo ProfissionalNº Horas de

Formação

Nº médio horasFormação/

Colaborador

Dirigentes 28 7,0

Praticantes/aprendizes 74 6,1

Profissionais altamente qualificados e qualificados 202 2,5

Profissionais não qualificados 10.123 8,8

Profissionais semiqualificados 217 5,2

Quadros intermédios (inc.contra-mestres e chefes de equipa) 1.752 10,9

Quadros médios 2.085 12,9

Quadros superiores 3.573 17,1

TOTAL 18053

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CADERNO DE SUSTENTABILIDADE 371

Analisando a informação acima verifica‑se ter sido no grupo dos Quadros Superiores e dos Quadros Médios onde se registou o maior número médio de horas de formação por colaborador (cerca de 15 horas) e, em contrapartida, foram os Profissionais altamente qualificados os que tiveram em média menos horas de formação – 2,5 horas em média por colaborador.

1.4 DIVERSIDADE E IGUALDADE DE OPORTUNIDADES

A Mota‑Engil Engenharia pratica uma rigorosa política de igualdade de oportunidades, integrando nas suas fileiras homens e mulheres de várias nacionalidades e etnias. Essa política é extensiva a todos os aspetos da vida laboral e envolve uma atitude de tratamento igualitário e de não‑discriminação em matérias como o recrutamento e seleção de recursos humanos, política salarial, progressão na carreira e todos os demais aspetos atinentes à relação de trabalho.

Em relação à política remuneratória e tendo em conta a escassa representatividade de trabalhadoras do sexo feminino em alguns grupos profissionais, constata‑se não existirem diferenças significativas entre os níveis salariais praticados entre homens e mulheres.

Nº MÉDIO DE HORAS DE FORMAÇÃO POR GRUPO PROFISSIONAL

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

7,06,1

2,5

8,8

5,2

10,9

12,9

17,1

Dirigentes

Praticantes/

aprendizesProfiss

ionais

não qualificados

Profissionais

qualificados

Profissionais

semiqualificados Quadros

intermédios Quadros

médios Quadros

superiores

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372 RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADAS 2015

No que diz respeito à caracterização dos colaboradores da Mota‑Engil Engenharia por grupo profissional, género e faixa etária, é apresentado abaixo quadro síntese:

Nº trabalhadores por grupo profissional, género e faixa etária (LA13)

< 30 anos 30 a 50 anos > 50 anosTotal Mas.

Total Fem.

Total Geral 2015

Total Geral 2014Grupo Profissional Mas. Fem. Mas. Fem. Mas. Fem.

Dirigentes 0 0 1 0 4 0 5 0 5 5

Praticantes/aprendizes 8 3 1 0 0 0 9 3 12 12

Profissionais altamente qualificados e qualificados 76 2 752 44 425 27 1253 73 1326 1369

Profissionais não qualificados 19 0 36 2 23 1 78 3 81 69

Profissionais semiqualificados 10 0 24 1 7 0 41 1 42 51

Quadros intermédios(inc.contra-mestres e chefes de equipa) 0 0 73 0 117 2 190 2 192 195

Quadros médios 18 2 78 28 59 2 155 32 187 165

Quadros superiores 8 1 120 61 41 6 169 68 237 287

139 8 1085 136 676 38 1900 182 2082 2153

O quadro anterior reflete a predominância de trabalhadores do sexo masculino na Mota‑Engil Engenharia – 91% do total de efetivos – situação resultante das características específicas do sector da Construção Civil. Embora o número de colaboradores do sexo masculino seja predominante, a Mota‑Engil Engenharia aposta num clima saudável, não sendo aceitável qualquer tipo de discriminação.

O grupo profissional que integra o maior número de trabalhadores é o grupo dos “Profissionais altamente qualificados e qualificados”, representando 64% do total de efetivos.

No que respeita à distribuição em termos de género, é também no grupo dos “Profissionais altamente qualificados e qualificados” que se encontra o maior número de trabalhadores do sexo masculino. Quanto ao sexo feminino, é também mais expressivo neste grupo e nos “Quadros superiores”, representando o somatório destes dois grupos 77% do total de efetivos do sexo feminino.

Convém ainda referir que, em 2015, cerca de 59% dos efetivos da Mota‑Engil Engenharia se encontrava na faixa etária entre os 30 e os 50 anos e que 34% tinham idade superior a 50 anos. Os restantes 7% tinham menos de 30 anos de idade.

BenefíciosA Mota‑Engil Engenharia assegura ainda aos seus colaboradores, um conjunto de benefícios, dos quais se destacam:

• Seguro de Acidentes Pessoais a quadros médios e superiores, da estrutura técnica/administrativa e chefias de produção, bem como Seguro de Saúde a um número mais restrito de colaboradores;

• Complementos de subsídio de doença e acidentes de trabalho aos colaboradores do quadro permanente até ao limite de 30 dias/ano, para períodos de incapacidade temporária para o trabalho superiores a oito dias, sendo que em situações excecionais de doença grave, o período de concessão tem sido alargado.

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CADERNO DE SUSTENTABILIDADE 373

5.2.2 SUMA, SERVIÇOS URBANOS E MEIO AMBIENTE

1. Gestão de Recursos Humanos

INTRODUÇÃO

No Grupo SUMA, a área de Gestão de Recursos Humanos está sob responsabilidade do Vice‑presidente do Conselho de Administração.

A estratégia de recursos humanos definida incorpora um conjunto de compromissos cuja base agrega os compromissos enunciados na Estratégia e na Política de Gestão da Organização e no conjunto de inputs recolhidos junto dos stakeholders. Esta estratégia é operacionalizada numa perspetiva de melhoria contínua e de resposta às necessidades definidas. A estratégia de recursos humanos, no ano de 2015, foi orientada para a continuidade no investimento e na qualificação dos colaboradores – em que se destacam as 22.119 presenças nas ações de formação realizadas ‑, no aprofundamento do Programa de Acolhimento e Reciclagem, na integração das chefias de produção num processo de formação contínua, e na consolidação do Programa de Tutores SUMA, num total de 4.012 ações de Formação realizadas.

A envolvência dos colaboradores e seus representantes nos processos de gestão é uma mais‑valia que, cuja experiência, a cada ano confirma. A recolha de testemunhos e feedback de todos os colaboradores é desmultiplicada por diversas vias e que incluem, entre outras, a rede de formadores (com contacto direto com os colaboradores por vias das ações de formação), reuniões com chefias e com os representantes dos trabalhadores em matéria de higiene e segurança no trabalho (por via das comissões de HST) e consulta anual aos trabalhadores. Estes dados são incorporados na gestão das relações laborais e influenciam diretamente as decisões tomadas nesta área, o que se tem repercutido num elevado nível de coesão na força de trabalho.

A política de emprego do Grupo SUMA é convocada a garantir a sustentabilidade dos postos de trabalho e da organização. O investimento realizado no desenvolvimento de recursos humanos e na qualificação profissional pretende garantir resultados operacionais e em paralelo potenciar os níveis de empregabilidade interna e externa dos nossos colaboradores. Esta ambição, crescentemente considerada, é relevante na proporção direta do número de colaboradores com perfil socioeconómico menos diferenciado, pessoas que tendem a ser excluídas do mercado de trabalho.

A política de fringe benefits implementada inclui todos os grupos funcionais e resulta do alinhamento entre a conjuntura no mercado de trabalho, a atração, retenção dos melhores colaboradores e as necessidades de estabilidade da força de trabalho da Organização. Os seguros de saúde e de vida são transversais.

A Segurança Ocupacional e Medicina no Trabalho têm como principais objetivos a prevenção de doenças profissionais e a promoção do bem‑estar dos colaboradores. O processo interno de gestão deste procedimento garante o cumprimento das obrigações formais estabelecidas (tais como os exames médicos de admissão e periódicos), mas também o incentivo à prevenção de doenças e promoção da saúde, por via, entre outros projetos, de campanhas transversais de rastreio audiométricos e de vacinação.

Permanentemente é veiculada informação relativa aos processos de recurso humanos, quer por via do Portal Interno, quer através de ações de formação específicas e de apoio contínuo através da prestação de serviços no formato de helpdesk, dirigidos a toda a Organização.

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374 RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADAS 2015

A incorporação de ferramentas de gestão da qualidade e o cumprimento dos requisitos do Sistema de Acreditação de Entidade Formadoras têm potenciado a adoção de metodologias de monitorização permanente de processos e objetivos de RH. Base de Dados de Não Conformidades, Base de Dados de Planeamento, Base de Dados de Formação e Indicadores de Performance são os instrumentos que permanentemente apoiam os processos de decisão.

1.1 PRÁTICAS LABORAIS E RELAÇÕES DE TRABALHO

EmpregoDurante o ano de 2015, a SUMA contou com um número de 1.902 trabalhadores, aos quais se juntam 12 trabalhadores cedidos pelas câmaras municipais, tendo decorrido uma adaptação do número de colaboradores à evolução do negócio da Empresa, que se traduziu num acréscimo de 17 trabalhadores em relação ao ano anterior.

No quadro seguinte pode ser analisada a estrutura dos recursos por tipo de contrato e região.

Nº de trabalhadores por tipo de contrato e região

Região Sem Termo Termo Certo Termo Incerto Total

Açores 2 0 13 15

Centro 374 171 36 581

Norte 888 247 155 1.290

Sul 3 4 9 16

TOTAL GERAL 1.267 422 213 1.902

Como se constata no gráfico anterior, é na região Norte que se encontra o maior número de trabalhadores da SUMA (cerca de 68%), seguido pela região Centro (31%).

Devido ao facto de a atividade da SUMA ter como base contratos limitados no tempo, geralmente efetuados com Câmaras Municipais e/ou Associações de Municípios, as contratações de novos trabalhadores são, em regra, efetuadas através de contratos a termo certo.

Nº TRABALHADORES POR REGIÃO E POR TIPO DE CONTRATO

Sul Norte Centro Açores

0

200

400

800

600

1000

155

247

9 4 3

888

13 0 236 171

374

TERMO INCERTO TERMO CERTO SEM TERMO

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CADERNO DE SUSTENTABILIDADE 375

Taxa de rotatividade por género e faixa etária (LA2)

Dada a natureza da atividade desenvolvida pela SUMA, verifica‑se que a rotatividade é elevada principalmente em trabalhadores com idade superior a 50 anos e é maior no género feminino.

TOTAL DE SAÍDAS E TAXA ROTATIVIDADE POR GÉNERO

0 24,00

400 28,00

200 26,00

600 30,00

DEMISSÕES TAXA ROTATIVIDADE

MasculinoFeminino

28,46

25,53

TOTAL DE SAÍDAS E TAXA ROTATIVIDADE POR FAIXA ETÁRIA

0 0,00

200 40,00

100 20,00

300 60,00

DEMISSÕES TAXA ROTATIVIDADE

30 a 50 anos > 50 anos< 30 anos

38,14

22,9127,26

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376 RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADAS 2015

Taxa de rotatividade por região

Em termos de regiões, a taxa de rotatividade continua a ser superior na região Sul, comportamento parcialmente explicado pelo facto de os Centros do Algarve estarem sujeitos a uma elevada variabilidade sazonal no número de trabalhadores devido à limpeza das praias durante o verão.

1.2 RELAÇÕES DE TRABALHO

As relações de trabalho na SUMA não são reguladas por qualquer instrumento de regulamentação coletiva do trabalho, vigorando a Lei Geral do Código de Trabalho. Não existe na empresa qualquer comissão de trabalhadores.

A lei geral fixa os períodos de pré‑aviso a observar no caso de qualquer mudança organizacional com impacto nas relações de trabalho, mormente em caso de alteração do horário ou do local de trabalho, encerramento de instalações ou outros processos conducentes à alteração ou cessação das relações de trabalho.

1.3 SEGURANÇA OCUPACIONAL E MEDICINA NO TRABALHO

1.3.1 Segurança OcupacionalDe acordo com o quadro normativo vigente, os empregadores são obrigados a organizar Serviços de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SHST) de modo a abranger todos os Trabalhadores que desempenham funções na Organização, incluindo o próprio empregador quando desempenhe também atividade.

TOTAL DE SAÍDAS E TAXA ROTATIVIDADE POR REGIÃO

0 0

200

200

150

100100

50

300 250

DEMISSÕES TAXA ROTATIVIDADE

Centro Norte SulAçores

2034,08 19,84

225

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CADERNO DE SUSTENTABILIDADE 377

Os serviços de Segurança e Higiene no Trabalho são internos e geridos pela SUMA com recursos próprios (Técnicos Superiores de SHST), abrangendo todas as pessoas que nela trabalham e em cujas instalações se encontrem. Estes serviços, cujos principais objetivos são a prevenção e redução dos riscos profissionais e a promoção da Segurança, Higiene e Saúde dos trabalhadores, desenvolvem as seguintes atividades:

• Conhecer a legislação de SHST e assegurar o cumprimento dos requisitos legais aplicáveis à Organização;

• Identificar os perigos, avaliar os riscos e definir ações de prevenção e controlo dos riscos identificados;

• Informar e formar os trabalhadores sobre os riscos identificados e respetivas medidas de prevenção e controlo;

• Aplicar e fazer cumprir a Política, os programas e procedimentos definidos pela Organização, relacionados com a Higiene e Segurança;

• Promover, em conjunto com os estabelecimentos da Organização, a elaboração de Planos de Emergência e a realização periódica dos respetivos simulacros;

• Realizar a análise de todos os incidentes e definir as respetivas ações corretivas;

• Recolher e organizar os elementos estatísticos relativos à segurança dos trabalhadores, de forma a possibilitar a obtenção de conclusões que permitam a respetiva prevenção e organização, de modo a efetuar‑se um estudo dos potenciais riscos profissionais;

• Suspender a execução de qualquer trabalho em caso de risco iminente para a integridade e saúde dos trabalhadores;

• Informar a Administração de todas e quaisquer situações que coloquem em risco a integridade ou a saúde dos trabalhadores;

• Acatar as recomendações das autoridades/entidades competentes no âmbito da SHST;

• Providenciar os meios de prevenção e de proteção coletiva e individual, definidos como obrigatórios ou necessários;

• Fazer respeitar a sinalização e instruções de segurança e emergência;

• Elaborar e enviar, anualmente, o relatório de atividades de cada estabelecimento da SUMA para as autoridades/entidades competentes no âmbito da SHST;

• Participar nas reuniões das várias Comissões Locais de SHST.

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378 RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADAS 2015

1.3.2 Medicina no trabalhoA vigilância da Saúde é da responsabilidade da Medicina do Trabalho (MT), tendo como objetivos fundamentais a prevenção de doenças profissionais e de doenças relacionadas com o trabalho, devendo ainda promover o bem‑estar dos trabalhadores como fator de produtividade. A monitorização dos exames é feita através do sistema e cruzada com as listagens enviadas pelo prestador de serviços de MT. Adicionalmente, existe uma extranet, pertença do prestador de serviços de MT onde se podem consultar todos os trabalhadores sujeitos a exame de MT, sendo também esta informação cruzada com as anteriores, permitindo um controlo de presença e realização de exames de MT aos trabalhadores.

É utilizado um modelo de avaliação interno, que é preenchido pelo trabalhador, de forma a avaliar o exame a que foi sujeito, dando indicadores aos GRH sobre os serviços prestados, garantindo informação que pode ser utilizada para melhoria dos mesmos.

Modelo organizativoOs Gestores de processos/atividades propõem os respetivos planos de ação conducentes ao cumprimento dos objetivos e metas definidos, que posteriormente são analisados e aprovados pelos restantes membros do Comité SIG‑QAS. Estas ações são incluídas no documento “Programa de Gestão”.

Inserida nesta atividade está a definição de outros planos de ação, cuja responsabilidade é dos gestores de processo/atividade, nomeadamente: ações necessárias ao cumprimento dos requisitos legais, normativos, do Cliente e outros que a organização subscreva; ações decorrentes da gestão de riscos; ações decorrentes da Revisão pela Gestão; ações detetadas no âmbito das Auditorias; ações decorrentes da Avaliação de Trabalhadores e de Fornecedores; Ações decorrentes da Avaliação da Satisfação de Partes Interessadas; outras ações que se verifiquem necessárias para que o SIG‑QAS se mantenha, permanentemente, atualizado, adequado à realidade da Organização e a funcionar de forma eficiente e eficaz, numa perspetiva de melhoria contínua.

Para todas as ações são, também, definidos e registados na Base de Dados de Planeamento (BDPA), os respetivos responsáveis, prazos de implementação, os recursos necessários, e os métodos para avaliar a eficácia da ação após a sua conclusão.

Lei geral e instrumentos de regulamentação coletiva do trabalhoAs matérias de segurança ocupacional são enquadradas por vários diplomas legais, designadamente o Decreto‑Lei nº 441/91, de 14 de novembro, e a Lei nº 99/2004, de 27 de agosto, conforme já anteriormente referido a propósito da Mota‑Engil Engenharia.

Não existindo instrumento de regulamentação coletiva de trabalho com incidência no setor de atividade da SUMA, a empresa rege‑se nesta matéria pela lei geral.

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CADERNO DE SUSTENTABILIDADE 379

No âmbito da Segurança e Saúde no Trabalho da SUMA, apresentam‑se de seguida alguns indicadores calculados de acordo com as orientações GRI:

Rácios de acidentes, doenças profissionais, dias perdidos, relacionados com o trabalho

Número de trabalhadores

Horas trabalhadas

Número acidentes

de trabalho

Número de dias

perdidos

Índice de Frequência

(IF)

Índice de Gravidade

(IG)

Índice Incidência

(II)

1.902 2.903.989 157 3.179 42,7 1094,7 93,6

Da observação e tratamento da sinistralidade e da sua evolução, constata‑se que a grande maioria de acidentes se deve ao comportamento do trabalhador. Deste modo, o plano anual de formação foi posto em prática com o intuito de combater a sinistralidade e, ao mesmo tempo, dotar os colaboradores de ferramentas comportamentais e técnicas que lhes permitam realizar o serviço com mais eficácia, eficiência e segurança.

Os resultados obtidos permitem afirmar, com bastante confiança, que o seu desenho e aplicação tem‑se revelado eficaz na diminuição de sinistralidade, através da implementação de ações de formação muito direcionadas para o saber‑fazer, e de caracter prático e técnico, vocacionadas para a aprendizagem do trabalhador. No entanto, e dadas as características do serviço a prestar pela SUMA, medidas adicionais de mudança comportamental foram equacionadas. Não obstante a necessidade permanente de reforçar o plano anual de formação com temáticas orientadas para a Segurança e Operação de equipamentos, a mudança de hábitos comportamentais requer outra metodologia complementar, de repetição, curta e muito simples.

É neste âmbito que surge o projeto “10 Minutos de Segurança”. O seu propósito é “treinar” a mudança comportamental dos trabalhadores, através da implementação de sessões de informação diárias, sendo‑lhe dada pela chefia, antes do início do serviço, uma frase contendo conteúdos de segurança adequados ao serviço que irá realizar, enquadradas nos perigos identificados para o mesmo. Antes do início de serviço, todos os trabalhadores afetos ao mesmo são reunidos pela chefia, que de acordo com os vários perigos identificados para o mesmo serviço deverão ministrar uma sessão de informação de cerca de 10 minutos. Todos os dias, a chefia deverá repetir este momento informativo, usando uma nova temática. As temáticas são muito objetivas, diretas e simples, para que a sua divulgação seja de fácil e rápida assimilação e compreensão, garantindo ao mesmo tempo, um enraizamento de comportamentos mais seguros e consequente diminuição de sinistralidade por responsabilidade dos próprios.

No decorrer da análise efetuada aos dados da Sinistralidade laboral recolhida pelo QAS, e cruzando esta informação com o Plano de Formação e a avaliação da implementação do mesmo, podemos inferir algumas observações que vão possibilitar a forma como a Formação irá atuar no decorrer do ano 2016.

Desta forma, verificaram‑se algumas variáveis da Sinistralidade, na perspetiva de inferir onde a Formação poderá/deverá intervir, e/ou alocar prioritariamente os seus recursos e esforços, direcionando‑os de acordo com a restante informação obtida do trabalho dos Tutores.

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380 RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADAS 2015

A análise realizada resulta do somatório de dados obtidos desde 2010 até final de 2015 relativamente ao desempenho de toda a Organização.

Após uma análise transversal aos resultados das observações dos Tutores, através do tratamento das grelhas de observação e da evolução da sinistralidade desde 2010 até final de 2015, constatam‑se algumas indicações que no seu todo, apontam o caminho a seguir no que concerne ao direcionar dos esforços formativos e dos Planos de Formação quer Interno, quer Tutores, relativamente ao próximo ano:

• Temos menos acidentes, mas são mais graves;

• Os trabalhadores mais antigos e com mais de 40 anos são mais propensos ao acidente;

• As quartas‑feiras são os dias que tendencialmente são mais propensos ao sinistro, embora as segundas e sextas‑feiras também indiciem atenção relevante;

• Apesar de haver mais acidentes de dia, os que acontecem à noite são mais graves;

• Entre as 08h e as 12h há mais acidentes, mas entre as 00h e as 04h são mais graves;

• Serviços que impliquem subidas e descidas, movimentação de cargas, objetos e partes de equipamento móveis, aspersão de partículas e poeiras, originam mais acidentes.

Os trabalhadores da SUMA continuam a ser encarados como elemento diferenciador na progressão e desenvolvimento da Empresa, prestando serviços de qualidade e demonstrando fortes competências em todas as áreas, sendo enquadrados numa estratégia de retenção de talento na organização, com promoção das aptidões profissionais, elevando o empenho e fomentando a adaptação à mudança, que conduzam ao sucesso pessoal e da organização.

EVOLUÇÃO DA SINISTRALIDADE

0

100

50

150

250

200

300 12000

10000

8000

6000

4000

2000

0

SOMA DE Nº AT TOTAL (*) SOMA DE ÍNDICE GRAVIDADE IG SOMA DE NÚMERO DIAS PERDIDOS (**)

10006,0508910841,99104

9495,046252

7387,784501

9875,06589110408,02422

2010

266

3228

2011

203

3462

2012

182

2786

2013

182

2057

2014

148

2588

2015

122

2547

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CADERNO DE SUSTENTABILIDADE 381

1.4 FORMAÇÃO E EDUCAÇÃO

No que respeita à área de formação, em 2015, planeou‑se incidir a atividade formativa nas áreas de formação de âmbito mais comportamental. Para esta decisão contribuiu o facto de estarem em curso alguns projetos orientados para a formação em Higiene e Segurança no Trabalho, como sejam o Projeto “10 Minutos de Segurança” e os “Tutores”, criando assim algum espaço para que o departamento se pudesse dedicar a outras áreas formativas.

No que respeita ao Projeto “10 Minutos de Segurança”, até ao final de abril, o mesmo estava implementado em todos os centros de serviço, permitindo sensibilizar e enquadrar os trabalhadores relativamente às problemáticas diárias da atividade que desempenham, das dificuldades, riscos e perigos decorrentes da mesma. A implementação do projeto foi levada a cabo pelas chefias de produção, em alguns centros recorrendo ao apoio do departamento de formação, noutros por sua própria iniciativa. A implementação deste projeto em todos os centros de serviço permitiu trabalhar essencialmente temáticas de segurança, de forma objetiva, direta e simples junto dos trabalhadores procurando a assimilação de comportamentos mais seguros e consequente diminuição de sinistralidade, por responsabilidade dos próprios trabalhadores. A par da mudança comportamental pretendida, este projeto constituiu‑se um reforço, em termos de horas de formação, ao plano desenvolvido para cada trabalhador.

No que concerne ao plano de formação a desenvolver pelos Tutores, à semelhança de anos anteriores, foram no início do ano definidos os objetivos a trabalhar por cada um dos centros de serviço. Contudo, ao contrário do que é habitual os objetivos não foram definidos de forma padronizada para todos os centros. Com base na análise dos resultados obtidos em 2014, foram identificados os cursos, que cada um dos centros teria mais necessidade, em termos de formação executada pelos Tutores, ficando a cargo dos centros a identificação das ações de formação que cada trabalhador deveria fazer.

Adicionalmente, iniciou‑se o projeto de formação para as Chefias Intermédias, Encarregados e Chefes de Equipa da Produção, visando dotar estas figuras de ferramentas técnicas, comportamentais e de gestão, para melhorar o seu desempenho. O projeto iniciou‑se no 2º semestre de 2015 e prevê‑se uma duração total de dois anos, com integração de cerca de 70 trabalhadores, distribuídos em 6 grupos de formação.

Nº total de horas de formação por grupo profissional

CategoriasNº Horas de

Formação

Média de Horas por empregado e

categoria funcional

Praticantes/aprendizes 0 0

Profissionais altamente qualificados e qualificados 23.584 58

Profissionais não qualificados 66.010 67

Profissionais semiqualificados 23 1

Quadros intermédios (inc.contra-mestres e chefes de equipa) 2.050 24

Quadros médios 2.353 31

Quadros superiores 475 16

TOTAL GERAL 94.495 59

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382 RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADAS 2015

Em 2015 os Tutores realizaram 3.023 ações de formação em Segurança e Operação de Equipamentos, ultrapassado em cerca de 150% o objetivo proposto. À semelhança dos anos anteriores, este projeto contou com duas fases formativas, a 1ª aconteceu de março a maio e a 2ª de julho a setembro. Como referido anteriormente a atuação do departamento de formação no ano de 2015 centrou‑se na formação de cariz comportamental, sendo as campanhas planeadas (Comunicação, Trabalho em Equipa, Imagem Institucional e Relação com o Cliente), dirigidas à produção, essencialmente funções de cantoneiro e motorista.

Foram também desenvolvidas pelo Departamento de Formação as ações de formação apresentadas na seguinte Tabela:

CursosNº de Ações

PlaneadasNº de Ações

RealizadasFormandos Planeados

Formandos Integrados

Iniciação à Utilização de Ferramentas Informáticas 3 3 24 24

Movimentação Manual de Cargas 32 3 396 29

Operação de Corte de Ervas 2 2 19 19

Planeamento e Controlo 0 1 0 13

Processo de Contabilização de Caixas em SAP 4 4 35 35

Recursos Humanos | Normas e Processos Internos 0 3 0 34

Resíduos e Boas Práticas Ambientais 2 2 14 14

Segurança na Operação de Varredura Manual 1 1 9 9

GRUPO SUMA | Enquadramento Institucional, Estratégia e Internacionalização 1 4 12 60

HST – Aterros 0 1 0 13

Imagem Institucional e Comunicação 0 3 0 38

TOTAL 45 27 509 288

HORAS DE FORMAÇÃO 2015

0

300

200

100

400

600

500

700 80

70

60

50

40

30

20

10

0

Nº HORAS DE FORMAÇÃO MÉDIA DE HORAS POR EMPREGADO E CATEGORIAL PROFISSIONAL ROTATIVIDADE

0

0

58

236

67

660

24

20

31

24

16

5

Praticantes/

aprendizes

Profissionais a

ltamente

qualificados e qualific

adosProfiss

ionais

não qualificados

Profissionais

semiqualificados Quadros

intermédios Quadros

médios Quadros

superiores

1

0

58

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CADERNO DE SUSTENTABILIDADE 383

Com base nos dados recolhidos relativamente à avaliação das ações de formação por parte das Chefias, verifica‑se o impacto que as ações de formação em análise tiveram no desempenho profissional dos trabalhadores que nelas participaram. Como se pode observar no gráfico, 59% das Chefias avaliaram o impacto das ações de formação como muito bom e 35% afirmaram que as ações de formação tiveram um impacto razoável. Estes resultados evidenciam a utilidade da formação executada e o impacto positivo no desempenho profissional dos participantes.

1.5 DIVERSIDADE E IGUALDADE DE OPORTUNIDADES

O Grupo SUMA assume o seu papel no que respeita à defesa dos princípios de igualdade e não discriminação, bem como à informação de todos os trabalhadores neste âmbito. Essa política é extensiva a todos os aspetos da vida laboral e envolve uma atitude de tratamento igualitário e de não discriminação em matérias como o recrutamento e seleção de recursos humanos, política salarial, progressão na carreira e todos os demais aspetos concernentes à relação de trabalho.

Todos os colaboradores têm à disposição, para consulta, afixada nos seus locais de trabalho, a informação relativa aos direitos e deveres do trabalhador em matéria de igualdade e não discriminação, nomeadamente a Norma Interna de Recursos Humanos – NI_RH_021 – Princípio da não descriminação, o artigo 22º e seguintes do Código Trabalho, o artigo 33º e seguintes do Código Trabalho; o artigo 66º e seguintes da Lei nº 35/2004 de 29 de julho e o Decreto‑lei nº 143/99 de 30 de abril.

Ao nível das remunerações não se verificam quaisquer diferenciações relativamente ao género ou idade dos trabalhadores.

AVALIAÇÃO DO IMPACTO

35%

6%

59%

RAZOÁVEL FRACOMUITO BOM

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384 RELATÓRIO & CONTAS CONSOLIDADAS 2015

5.3 GRUPO MOTA‑ENGIL

1. DIREITOS HUMANOS

O Grupo Mota‑Engil respeita e promove os direitos humanos em todos os contextos culturais, socioeconómicos e geografias onde opera.

Tal comportamento é naturalmente extensivo às práticas do Grupo, quer em matéria de política de investimentos, quer na gestão da cadeia de fornecimento, procurando tornar extensíveis à mesma os princípios por que se rege nas atividades diretamente exercidas, designadamente em matéria de saúde e segurança no trabalho.

Não se registaram, no interior de qualquer das empresas do Grupo, situações de discriminação, estando, por outro lado, completamente salvaguardada a prática dos direitos associativos do foro laboral, mormente a liberdade de associação e de negociação coletiva, o que corresponde, de resto, a um imperativo de natureza constitucional e legal.

Não existem no Grupo quaisquer situações de trabalho infantil ou forçado.

Os trabalhadores ou entidades subcontratadas envolvidos em questões de segurança (security) de instalações e salvaguarda dos seus bens (não existem no Grupo trabalhadores ou entidades subcontratadas envolvidos em missões de segurança pessoal) respeitam, nas suas interações pessoais, os direitos legalmente consagrados em cada espaço geográfico onde exercem as suas funções.

Refira‑se, por último, que o Grupo Mota‑Engil não exerce habitualmente atividade em qualquer território onde estejam ou possam estar em causa os direitos das populações ou povos indígenas.

2. SOCIEDADE

O Grupo Mota‑Engil privilegia de forma muito particular o seu relacionamento com as comunidades locais, avaliando regularmente os impactos ambientais e sociais provocados pelas suas atividades.

O Grupo Mota‑Engil respeita os mais elevados padrões de ética, nomeadamente os relativos à promoção da concorrência justa, proibição de subornos, pagamentos ilícitos e corrupção, não existindo quaisquer situações a reportar a este nível nem quaisquer penalizações ou multas decorrentes da incursão em qualquer comportamento ilícito neste âmbito.

Em matéria de políticas públicas o Grupo não toma habitualmente, nem de forma direta, quaisquer posições, nem, por outro lado, procede a quaisquer contribuições para organizações políticas.

3. RESPONSABILIDADE PELO PRODUTO

A análise dos impactos na saúde e segurança dos clientes do Grupo Mota‑Engil está incorporada nos sistemas de gestão em vigor, em particular na Mota‑Engil Engenharia, cujo desempenho é descrito neste Relatório.

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CADERNO DE SUSTENTABILIDADE 385

Em matéria de rotulagem de produtos e serviços não são frequentes os casos em que tal se mostre necessário, atendendo à natureza da atividade desenvolvida pelo Grupo e em particular pelas entidades objeto de relato do seu desempenho, sendo porém providenciadas todas as informações em matéria de rotulagem quando exigidas.

Não existiram em 2015 quaisquer casos de não‑conformidade nestas matérias nem quaisquer penalizações associadas, sejam de caráter pecuniário ou outro.

A propósito deste tema e em relação às práticas relacionadas com a satisfação dos clientes, as mesmas encontram‑se evidenciadas noutro capítulo deste Relatório.

Na sua política de comunicação de marketing o Grupo Mota‑Engil cumpre na íntegra as determinações legais em vigor, não existindo quaisquer situações de não‑conformidade ou aplicação de sanções a relatar.

O mesmo se diga, por último, relativamente ao respeito pelos direitos de personalidade dos clientes do Grupo Mota‑Engil, designadamente em matéria de defesa e salvaguarda do seu direito à privacidade na gestão do relacionamento com aqueles, não existindo até à data quaisquer reclamações a registar a este título.

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ÁFRICA

PORTUGAL Rua do Rego Lameiro, nº 384300-454 PortoPortugal

Rua Mário Dionísio, nº 22799-557 Linda-a-VelhaPortugal

POLÓNIAUl. Wadowicka 8 W30-415 KrakówPolónia

ESPANHACampus TribecaCarretera de Fuencarral a Alcobendas, nº 44, Edifício 4 – B, nº 21Alcobendas – Madrid Espanha

IRLANDARailway HouseStation RoadLoughreaCo. GalwayIrlanda

REPÚBLICA CHECANa Pankráci 1683/127, Praha 4140 00República Checa

ESLOVÁQUIAKaštielska 4, 821 05 BratislavaEslováquia

HUNGRIAKopaszi Gát 5H – 1117 BudapestHungria

ANGOLARua Joaquim Cordeiro da Mata, nº 61-63 Bairro da Maianga – LuandaAngola

MALAWINasra House – City CentreP.O. Box 31379 – Lilongwe 3 Malawi

MOÇAMBIQUEEdifício Milenium Park, 14º/15º andarAvenida Vladimir Lenine, nº 1792284 MaputoMoçambique

ÁFRICA DO SULOxford Corner 6th, 7th and 8th Floor 32A Jellicoe Avenue West Rosebank Joanesburgo 2196 África do Sul

CABO VERDERua S. Vicente, 63, 1º andar, Palmarejo 721 – Plateau – PraiaCabo Verde

SÃO TOMÉ E PRÍNCIPEAv. Marginal 12 de Julho, nº 1011 – 167 São Tomé e Príncipe

ZÂMBIAIncito Office ParkReed Buck Road, 45/5BKabulonga – LusakaP.O. Box 320337Woodlands – LusakaZâmbia

ZIMBABUÉ7, Routledge Street,Milton Park,HarareZimbabué

GANAMovenpick Ambassador HotelSuit 709 – 7th floorIndependence AvenueAccra – Gana

UGANDA 4, Upper Kololo TerraceP.O. Box 8453Kololo, KampalaUganda

RUANDA Kigali City Tower Plot, nº 6418, 15th floorAvenue du Commerce, Office 1507KigaliRuanda

PERUAv. Nicolás Ayllón, nº 2634 Ate, Lima 3Peru

MÉXICOHoracio 828 esq. TennysonCol. Polanco ReformaC.P. 11550Del. Miguel HidalgoMexico, D.F.

BRASILRua Gonçalves Dias, 2316Bairro Lourdes – Belo Horizonte/MGCEP.: 30140-092Brasil

COLÔMBIACarrera 13A-87-81 38007 Bogotá Colômbia

EUROPA

AMÉRICA LATINA

www.mota-engil.com