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SUSTENTABILIDADE 2015 RELATÓRIO DE

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SUSTENTABILIDADE2015

RELATÓRIO DE

CRESCEMOSCOM SOLIDEZ

E 70 ANOS DE PERÍCIARIGOR E EXCELÊNCIA

SUSTENTABILIDADE2015

RELATÓRIO DE

1. SOBRE O RELATÓRIO 04

2. MENSAGEM DO PRESIDENTE 05

3. JOSÉ DE MELLO SAÚDE 07 Perfil organizacional 07

Visão estratégica 14

Temas materiais para a José de Mello Saúde 15

Diálogo com as partes interessadas 18

Cadeia de valor 19

Factos relevantes da atividade 21

Gestão de risco 27

Governo da sociedade 30

4. VETORES DE SUSTENTABILIDADE 34 Excelência Clínica 36

Experiência do Cliente 40

Cultura e Valores (Talento Humano, Desenvolvimento Social, Ética, Inovação) 41

Ambiente 54

Desempenho Económico-Financeiro 62

5. INDICADORES GRI 68 Categoria Económica 74

Categoria Ambiental 76

Categoria Social 90

6. GLOSSÁRIO 101

7. VERIFICAÇÃO EXTERNA 102

RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE2015

Sobre o Relatório

Este documento diz respeito ao período compreendido entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2015 e é a quinta edição anual do relatório de sustentabilidade da José de Mello Saúde. O âmbito deste relatório diz respeito às atividades da sociedade José de Mello Saúde, S.A. (adiante referida como José de Mello Saúde ou JMS) que é a holding de um grupo empresarial privado de serviços de saúde, com sede na Av. do Forte, Nº3, Edif. Suécia III - Piso 2, em Carnaxide, sendo o seu capital detido pela José de Mello S.G.P.S., S.A. (65,85%), pela Fundação Amélia de Mello (4,15%) e pela Farminveste, S.A. (30%). Sendo o único operador a publicar este tipo de relato no setor da prestação de cuidados de saúde em Portugal, a José de Mello Saúde aspira a um relacio- namento transparente e de confiança com as suas partes interessadas, man-tendo o rumo traçado para a sua afirmação enquanto referência no setor. Para a produção deste documento foi aplicada a versão G4 das diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI), na opção “essencial”, correspondendo o âmbito dos indicadores reportados neste relatório às empresas cuja gestão é controla-da pela José de Mello Saúde. A informação presente neste documento foi recolhida em documentos especifi-camente elaborados pelas áreas responsáveis pela informação dos indicadores em causa. Muitos dos dados usados para a criação deste documento, são também fonte da recolha efetuada para o Relatório & Contas, contribuindo assim para a sua coerência e exatidão.

A informação reportada no relatório - quer resulte de medições, cálculos ou estimativas - foi sujeita à verificação externa, por uma entidade independente, a PricewaterhouseCoopers & Associados – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda. No final do Relatório de Sustentabilidade encontra-se a declaração de verificação emitida por esta entidade.O Relatório de Sustentabilidade assume uma regularidade anual e em conjunto com o Relatório & Contas e Relatório de Qualidade, completam o conjunto de documentos publicados pela José de Mello Saúde para o exercício de 2015, podendo toda esta informação ser consultada no website institucional em www.josedemellosaude.pt/ A José de Mello Saúde agradece todo o feedback sobre este documento ou em qualquer matéria relacionada com as suas práticas de sustentabilidade, que deve ser enviado para:

Margarida Gonçalves

[email protected]

Edla Pires

[email protected]

André Oliveira

[email protected]

4

MENSAGEM DO PRESIDENTENo ano em que comemorámos os 70 anos da CUF, mantivemos a coerência do caminho percorrido ao longo de sete décadas, consolidando a liderança na prestação de cuidados de saúde em Portugal. Na expansão geográfica, na qualidade e diferenciação clínica, no desenvolvi-mento humano e na experiência irrepreensível que pretendemos para os nossos clientes, passo a passo, continuamos focados nos valores de sempre, ao serviço dos portugueses, afirmando a José de Mello Saúde como um parceiro para o desenvolvimento do setor e do País. À semelhança dos últimos anos, a atividade da José de Mello Saúde continua a crescer em todas as suas áreas de negócio, alavancando um ambicioso proje-to de expansão. Disso é exemplo a apresentação do novo Hospital CUF Tejo, na zona de Alcântara, com abertura prevista para a segunda metade de 2018 e rep-resentando uma nova referência no sector da prestação de cuidados de Saúde em Portugal.

Salvador de MelloPresidente

5

RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE2015

Também a aquisição do Hospital Privado de Santarém, atualmente conhecido como Hospital CUF Santarém e a abertura de uma nova clínica no concelho de Oeiras, a Clínica CUF Miraflores, ambos no primeiro trimestre de 2015, vieram robustecer o portfólio de unidades CUF e a presença da marca em território na-cional.No que respeita ao reporte da sua performance no domínio do desenvolvimento sustentável, a José de Mello Saúde lidera pelo exemplo. Esta atitude de trans-parência, rigor e responsabilidade para com o mercado tem sido um desafio au-toimposto pela José de Mello Saúde, continuando a ser o único operador do seu sector de atividade, a reportar informação estruturada sobre as orientações da Global Reporting Initiative (GRI), em linha com operadores de referência interna-cionais.Equilibrar o sucesso da empresa, compatibilizando a vertente ambiental e social do negócio é uma tarefa árdua mas ao alcance de quem tem a ambição de con-tinuar a fazer a diferença na Saúde em Portugal.

6

Salvador de MelloPresidente do Conselho de Administração da José de Mello Saúde

RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE2015

7

Perfil organizacional

A José de Mello Saúde é a plataforma de negócio do Grupo José de Mello para o setor da Saúde, desenvolvendo a sua atividade nas seguintes áreas de negócio: (i) rede de unidades CUF, de prestação privada de cuidados de saúde e (ii) hospi-tais geridos em regime de parceria público-privado. A rede CUF é atualmente constituída por cinco hospitais, (i) Hospital CUF Infante Santo, primeira unidade da José de Mello Saúde, inaugurado em 1945 e situado na parte ocidental da cidade de Lisboa, (ii) Hospital CUF Descobertas, inaugu-rado em 2001 e situado na parte oriental da cidade de Lisboa, (iii) Hospital CUF Porto, inaugurado em 2010 e representando o investimento privado de saúde mais significativo feito no Norte do país, os Hospitais (iv) CUF Cascais e (v) CUF Torres Vedras e, já em 2015, o Hospital CUF Santarém. Está igualmente previsto para o 1º semestre de 2016, a abertura do Hospital CUF Viseu. A rede CUF inclui ainda no seu portfólio seis clínicas de ambulatório: a CUF Alvalade (no complexo desportivo Alvalade XXI), a CUF Belém (junto ao centro de Congressos de Lisboa, na parte ocidental da cidade), a CUF Mafra, CUF S. Domingos de Rana e CUF Sintra, inauguradas em 2014 e, mais recentemente, a CUF Miraflores, que abriu ao público em 2015. Gere ainda, no Porto, o Instituto CUF, unidade diferenciada por dispor de equipamento clínico e tecnológico de primeira linha.

Inseridos no SNS, no âmbito das parcerias público-privado, a José de Mello Saúde assegura a gestão do Hospital de Braga desde setembro de 2009 e do Hospital Vila Franca de Xira, desde junho de 2011.

UNIDADESCAMAS GABINETES CAMAS GABINETES

8

145 702

278

-

-

-

-

-

-

172

154

-

16

30

24

66 63

33

17

25

8

14

9

9

72

122

56

28

40

14

RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE2015

9

EBIT

18,6

34,842,2

2013 2014 2015

EBITDA

45,056,9

63,5

2013 2014 2015

Proveitos Operacionais

493,8514,4

560,2

Resultado Líquido

12,616,3

21,9

2013 2014 2015

A JOSÉ DE MELLO SAÚDE EM NÚMeROSIndicadores Financeiros (milhões de euros)

RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE2015

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Indicadores Assistenciais (milhares) Consultas

1.607,51.827,8

2.069,8

2013 2014 2015

Urgências

532,1

545,2

573,5

2013 2014 2015

Doentes Operados

72,6

77,9

84,7

2013 2014 2015

Doentes Saídos

74,673,5

78,7

2013 2014 2015

Dias de Internamento

409,3

429,9

457,0

2013 2014 2015

Partos

6,7

7,2

7,5

2013 2014 2015

RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE2015

11

Clientes CUF

Marcações Eletrónicas

91.147

149.656

253.460

2013 2014 2015

Chamadas Atendidas Contact Center

2.350.065

2.276.124

2.104.650

2013 2014 2015

RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE2015

12

Indicadores ambientais

Eletricidade (kWh)

46.406.431 47.915.685

45.119.787

2013 2014 2015

Água (m3)

323.716

311.540312.261

2013 2014 2015

Emissões de CO2 (tCO2)

21.108

23.91726.088

2013 2014 2015

Intensidade Energética (kgep/m2)

47,0

51,1

2014 2015

Gás Natural (kWh)

25.632.776

30.273.48830.246.278

2013 2014 2015

RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE2015

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Indicadores sociais

7761 Colaboradores

115.988Horas de formação

128 mil €Iniciativas de

responsabilidade social interna

212 mil €Donativos

RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE2015

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Visão Estratégica

A José de Mello Saúde assume-se como um parceiro para o desenvolvimento do país, com uma experiência acumulada de mais de 70 anos, na prestação de cuidados de saúde aos portugueses.

Este posicionamento é único pelos valores que constituem a cultura da José de Mello Saúde, pelos números que justificam a sua liderança e pela história que construiu ao longo de sete décadas.

Atualmente, a visão estratégica da José de Mello Saúde está estruturada em cinco linhas de atuação:

Reforçar a liderança no mercado Português e criar

opções de desenvolvimento internacional.

Evidenciar a Qualidade Clínica enquanto elemento

central da sua proposta de valor.

Assegurar uma experiência do cliente irrepreensível

através de consistência de serviço em toda a rede e

desenvolvimento de uma relação digital.

Uniformizar e controlar consumos e procedimentos

e otimizar a gestão de recursos humanos.

Atrair e reter os melhores profissionais, criando

uma cultura de excelência e meritocracia.

Projeto

Clínico

Experiência

do Cliente

Eficiência

da Operação

Talento

Humano

Expansão

de Rede

RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE2015

15

Em 2014, a José de Mello Saúde desenvolveu uma revisão dos temas relevantes de sustentabilidade, integrando a visão dos principais stakeholders, bem como as tendências mais relevantes de reporte de desempenho nesta matéria. A análise de materialidade assentou em três vertentes – consulta a stakeholders, análise de benchmark e tendências do setor da saúde, tendo sido depois sujeita a discussão por parte da gestão de topo. No que respeita à análise das expectativas dos stakeholders, foram auscultados os seguintes grupos:

Para cada grupo de stakeholders, foram definidos e desenvolvidos mecanismos de consulta personalizados, tendo sido realizados questionários online e entre-vistas presenciais para os colaboradores e Diretores. Esta consulta permitiu analisar as expectativas dos colaboradores em relação ao desempenho da José de Mello Saúde nesta matéria, identificar oportunidades de melhoria nas práticas atuais da organização e obter feedback sobre o formato de reporte de sustentabi-lidade que a organização tem em curso.

Relativamente aos fornecedores e entidades pagadoras, foram igualmente realizados questionários online, no sentido de identificar os principais desafios e orientações estratégicas da José de Mello Saúde no âmbito da sustentabilidade. Relativamente às expectativas dos clientes, foram identificadas a partir dos habituais mecanismos de consulta, nomeadamente o estudo realizado pela

CONSULTA A STAKEHOLDERS

INTERNOS EXTERNOS

ColaboradoresDiretores

CorporativosFornecedores

Entidades Pagadoras

Clientes

Temas Materiais para a José de Mello Saúde

RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE2015

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Marktest sobre às atitudes dos consumidores Portugueses face à oferta de cuidados de saúde e também os questionários de satisfação de cliente usados pela José de Mello Saúde. Paralelamente, a José de Mello Saúde tem práticas correntes de gestão e envolvimento dos seus stakeholders numa base sistemática e contínua, em função da necessidade das operações diárias.A consulta a stakeholders foi complementada com a identificação das principais tendências do setor relativamente aos temas materiais e com uma análise de benchmark a um conjunto de empresas consideradas referência no domínio da sustentabilidade, a nível nacional e internacional. Após a validação da gestão de topo, resultaram os temas materiais apresentados seguidamente, agrupados em sete grandes grupos – Desempenho, Envolvimento com a comunidade, Atração e retenção de RH, Inovação, Ecoeficiência, Ética e Transparência na Cadeia de Valor e Qualidade dos Serviços de Saúde.

Desempenho

Promoção da saúde e bem-estar (comunidade)

Desempenho económico

Sensibilização e prevenção de doenças

GRUPO DE TEMAS TEMAS MATERIAIS

Envolvimento com a

comunidade

Formação ColaboradoresPromoção da saúde e bem-

-estar (colaboradores)Atração e Retenção

de Talento

Inovação nos serviços de check-in e check-out

Inovação nos tratamentos médicos

Inovação de serviços médicos prestados

Inovação

Gestão de resíduos

Procedimentos de segurança clínica

Consumo energia

Satisfação clientes

Consumo de materiais

Qualidade na prestação de

serviços de saúde

Consumo água

Segurança e privacidade dados

clínicos

Eco-Eficiência

Ética e Transparência

na cadeia de ValorCritérios sociais na escolha

do fornecedorCódigos de

conduta

Qualidade dos Serviços

de Saúde

RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE2015

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DMA’s (Disclosure on Management Approach)

O trabalho de identificação atrás descrito tem vindo a ser incorporado na sustentabilidade da José de Mello Saúde, através de um conjunto de orientações de gestão (DMA) cujos resultados são relatados pelo conjunto de indicadores previstos no modelo G4 da GRI.

A José de Mello Saúde considera o desempenho económico-financeiro como um pilar da sua gestão, procurando um aumento sustentado da sua atividade e promovendo práticas de boa gestão na vertente financeira.

A José de Mello Saúde procura maximizar o impacto social positivo da sua atividade, através da cons-trução de uma relação de longo prazo com as comunidades onde estão inseridas as suas unidades de saúde, posicionando-se como um parceiro para a saúde local.

Pela natureza da sua atividade, a José de Mello Saúde considera que os colaboradores são um elemento determinante na concretização da sua visão, promovendo sistematicamente a identificação, avaliação, desenvolvimento e retenção dos seus colaboradores e tendo a intenção de ser reconhecida como uma das melhores empresas para trabalhar em Portugal.

A inovação é um dos valores da José de Mello Saúde, aplicada ao desenvolvimento da prestação de cuidados de saúde com elevados e exigentes padrões de inovação tecnológica

A José de Mello Saúde procura minimizar o impacto ambiental associado à sua atividade, existindo também nesta área a intenção de se afirmar como um operador referência. O foco de atuação da melhoria da pegada ambiental da José de Mello Saúde está na área da eco-eficiência do consumo energético dos seus edifícios hospitalares.

A José de Mello Saúde reconhece a importância dos seus fornecedores na atividade de prestação de cuidados de saúde. Para além de exigir a máxima qualidade e segurança por parte dos seus fornecedo-res, a José de Mello Saúde considera fundamental que estes tenham e promovam princípios de ética, transparência e respeito pela sociedade.

A José de Mello Saúde acredita que a qualidade clínica é o elemento central da sua proposta de valor e continua focada em evidenciar os seus resultados clínicos participando em sistemas de avaliação e reconhecimento externo.

DESEMPENHO

ECONÓMICO

ENVOLVIMENTO

COM A COMUNIDADE

ATRAÇÃO E

RETENÇÃO DE

TALENTO

INOVAÇÃO

ECO-EFICIÊNCIA

ÉTICA E

TRANSPARÊNCIA

NA CADEIA

DE VALOR

QUALIDADE DOS

SERVIÇOS DE SAÚDE

Temas Materiais Abordagem de Gestão (DMA)

RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE2015

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Diálogo com as partes interessadas

São as expectativas dos stakeholders que devem definir os temas reportados pela organização. Identificar essas expectativas e construir uma relação que permita receber feedback contínuo dos seus principais stakeholders, é um objetivo da José de Mello Saúde. A José de Mello Saúde acompanha e envolve os seus grupos de interesse, através dos seguintes mecanismos de interação:

Reunião do Conselho de Administração

Assembleia Geral

Reuniões e eventos específicos

Encontro de Quadros

Eventos Corporativos

Intranet

Programa de Acolhimento

Programa + Talento

Revista e Newsletters + VIDA

Academia CUF

Gabinete do Cliente

App myCUF

Canais de comunicação e marketing das unidades

Publicações institucionais

Website institucional e das unidades

Inquéritos de satisfação ao cliente

App para smartphones

Folhetos informativos

SMSs

Revista +VIDA

Comunicados de Imprensa

Campanhas publicitárias

Evolução da José de Mello Saúde e estratégias de crescimento

Processos de gestão de pessoas na empresa (avaliação de desempenho, remuneração, carreiras, formação, etc.)

Canais de comunicação internos

Relatório e Contas, Relatório de Sustentabilidade e Relatório de Qualidade

Eventos internos

Estabilidade, perspe tivas de desenvolvimento profissional e pessoal, remuneração, organização e condições de trabalho

Reuniões do Conselho Médico e Conselho de Enfermagem

Acompanhamento através dos sistemas de gestão de pessoas (ex. Avaliação de Desempenho)

Acessibilidade aos cuidados de saúde; Qualidade clínica e de serviço presta-do; Oferta integrada; Condições hoteleiras das unidades; Inovação tecnológica

Criação de valor

Informação periódica e rigorosa

Ética e transparência

Prestação regular de informação institu-cional (Relatório e Contas, Relatório de Sustentabilidade e Relatório de Qualidade)

ACIONISTAS

COLABORADORES

CLIENTES

StakeholderMecanismode interação

Temas relevantespara os stakeholders

Reporte

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Cadeia de ValorSendo uma empresa de prestação de serviços de saúde, a descrição da cadeia de valor da José de Mello Saúde está centrada nos percursos que o seu cliente percorre, desde que entra, até ao em que sai, de uma das suas unidades de saúde.Tipicamente, um cliente da José de Mello Saúde inicia o seu percurso num dos seus hospitais, por uma de três vias:- Atendimento Permanente (AP)- Consulta externa- Realização de um Meio Complementar de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT)

Atendimento Permanente (AP)O cliente chega à unidade de saúde numa situação de urgência.

Após o check-in e triagem, o cliente é observado e pode ocorrer uma das seguin-tes situações:

1. O cliente é diagnosticado, sendo-lhe prescrita uma terapêutica ou um exame mas sem necessidade de permanecer internado. Pode acontecer, no entanto, que seja recomendado uma consulta de seguimento ou que realize exames adicionais, dando assim início a novos percursos. O percurso do cliente no AP termina quando este faz o check-out.

2. O cliente é diagnosticado e necessita de ficar internado. Aqui, pode dar-se o caso do cliente necessitar de uma cirurgia seguindo-se um internamento cirúrgico ou não, e neste caso, segue-se um internamento médico.

Em qualquer um dos casos, se a situação clínica assim o exigir, o cliente poderá ter de passar por uma unidade de cuidados intermédios ou pelos cuidados in-tensivos. Durante a sua estadia, é possível que realize análises ou exames, como apoio ao diagnóstico e terapêutica. No final, será a alta médica que permitirá que o cliente faça o check-out do internamento e do hospital.

Consulta externaO cliente chega à consulta na sequência de um agendamento.Após o check-in, o cliente é conduzido para a consulta de onde sai com um dos seguintes desfechos:

1. Referenciação para outra consulta de especialidade 2. Prescrição de terapêutica e/ou MCDT 3. Prescrição de cirurgia 4. Término do circuito

Em qualquer uma das situações, o cliente faz o check-out da consulta, finalizando

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SUSTENTABILIDADE2015

20

assim este percurso. Nas duas primeiras situações, o cliente voltará à unidade de saúde para uma nova consulta ou para realizar exames/ análises.No caso de ter sido prescrita uma cirurgia, esta pode ser realizada num contexto de ambulatório ou de internamento. As cirurgias de ambulatório são realizadas, ou numa sala de pequena cirurgia – para situações de menor complexidade e pouco invasivas, como seja a generalidade dos procedimentos de dermatologia – ou numa Unidade de Cirurgia de Ambulatório. Após um curto período de reco-bro, o cliente recebe a alta médica, sem necessidade de pernoitar no hospital. As cirurgias em contexto de internamento são realizadas num Bloco Operatório Central, sendo que são posteriormente reencaminhadas para o recobro, e daqui para o internamento. Mais uma vez, se a situação clínica assim o exigir, o cliente poderá ter de passar pelos cuidados intermédios ou pelos cuidados intensivos. O check-out do internamento ocorre na sequência da alta médica.

Meio Complementar de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT)A realização de uma análise ou exame é efetuada após uma prescrição médica (resultante de uma consulta externa, de um episódio de AP ou de uma situação de internamento). No âmbito de um episódio de AP ou de internamento, o percur-so do cliente é conduzido internamente pelas equipas clínicas e coordenado com os serviços de MCDT relevantes. No contexto de uma consulta externa, para as análises e para a maioria dos exames, o cliente faz o check-in, realiza a análise/ exame e faz o check-out. Porém, alguns exames requerem que o cliente permane-ça no recobro durante um período curto, sem no entanto pernoitar (são exemplo, os exames que requerem anestesia).

Após a obtenção do resultado da análise/ exame, segue-se geralmente uma nova consulta com o objetivo de analisar os resultados e dar continuidade ao acompanhamento clínico em curso.

Dia “tipo” na CUF:

BLOCO OPERATÓRIO

MCDT’S (IMAGIOLOGIA)

INTERNAMENTO

RESÍDUOS HOSPITALARES

ATENDIMENTO PERMANENTE (URGÊNCIAS)

CONSULTAS

Nº CIRURGIAS Nº DOENTES SAÍDOS

7234.650

141 87

2.507

FORNECEDORES

RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE2015

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Factos relevantes de 2015

Em 2015, ano em que a José de Mello Saúde festejou o seu 70º aniversário, verificaram-se a um conjunto de acontecimentos relevantes para a história do Grupo. Segue-se uma breve descrição dos eventos que merecem maior destaque.

Expansão

Compra do terreno e anúncio da abertura do Hospital CUF TejoA José de Mello Saúde anunciou que vai construir um novo hospital em Lisboa, o Hospital CUF Tejo, que vai nascer em 2018, em Alcântara, e cujo projeto, da autoria do arquiteto Frederico Valsassina, representa um investimento de mais de 100 milhões de euros. Com 75 mil metros quadrados de área, a nova unidade foi desenhada de raiz para combater e tratar as Doenças do Futuro.O projeto do Hospital CUF Tejo resulta de uma perspetiva que aliou a experiência e saber de 70 anos das equipas clínicas e das equipas de gestão da José de Mello Saúde, aliada à adoção das melhores práticas internacionais em hospitais de referência e também do que está ainda a ser desenvolvido pelos diferentes parceiros da indústria e que terá impacto no setor da saúde.

RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE2015

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Aquisição e início da gestão do Hospital CUF SantarémApós o anúncio do acordo para a aquisição do Hospital Privado de Santarém, em março de 2015, a José de Mello Saúde iniciou no dia 1 de julho a gestão do hospital, com a assinatura do contrato de aquisição desta unidade, agora conhecida como Hospital CUF Santarém. Esta foi a concretização de mais um importante passo na estratégia de crescimento e expansão geográfica da José de Mello Saúde. Esta unidade de saúde dispõe de 24 camas, três salas de bloco e 14 gabinetes de consulta, podendo servir oito concelhos da região e uma população de mais de 190 mil habitantes.

Abertura da Clínica CUF MirafloresA José de Mello Saúde abriu, no decorrer do primeiro trimestre de 2015, uma nova clínica em Miraflores, concelho de Oeiras. A Clínica CUF Miraflores é uma unidade de ambulatório e trabalha em articulação com o Hospital CUF Infante Santo.Com cerca de mil metros quadrados, divididos em dois pisos, a Clínica CUF Miraflores dispõe de nove gabinetes de consulta, dois gabinetes de exames, uma sala de tratamentos e uma sala de pensos, para além de postos de colhei-ta de análises clínicas e de um serviço de imagiologia dotado de RX, Ecografia e TAC, funcionando seis dias por semana em horário alargado.

Foco na qualidade do serviço como elemento basilar

da proposta de valor do Grupo

Hospital de Braga conquista prémio máximo do SINAS em sete áreas O Hospital de Braga voltou a ser distinguido com resultados de excelência pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS), através do estudo do Sistema Nacional de Avaliação em Saúde (SINAS), tendo obtido o nível III de excelência clínica, o mais elevado do sistema, em sete áreas clínicas. O Hospital de Braga é, assim, o único e o melhor classificado hospital do país com excelência clínica em sete áreas distintas. Na dimensão excelência clínica, o Hospital de Braga obteve a classificação máxima (nível III) nas áreas de neurologia, cirurgia, cirurgia geral, cardiologia, ortopedia (correção cirúrgica do fémur), obstetrícia e cuidados in-tensivos.

Hospital Vila Franca de Xira conquista prémio máximo do SINAS em quatro áreasO Hospital Vila Franca de Xira recebeu a classificação máxima de excelência clí-nica, em cirurgia de ambulatório, cuidados intensivos, ginecologia, ortopedia e, ainda, a nível de segurança do doente.

IASIST reconhece Hospital de Braga como um dos cinco melhores Hospitais do SNSA IASIST, empresa de benchmarking hospitalar, atribuiu ao Hospital de Braga o primeiro lugar no seu grupo de referência de hospitais de média/grande di-mensão, colocando esta unidade entre as cinco melhores do Serviço Nacional de Saúde.

RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE2015

23

A atribuição dos prémios teve por base a avaliação de três dimensões: qualidade assistencial, eficiência e adequação.

Experiência do Cliente

Contact Center CUF muda de instalaçõesO Contact Center da CUF relocalizou-se para a zona oriental de Lisboa, no edifício Entreposto.A alteração da localização do Contact Center prendeu-se com a vontade de melhorar as condições para os colaboradores e também com a necessidade de fazer face ao crescimento da organização. O novo Contact Center conta com um espaço especialmente projetado para permitir zonas de trabalho amplas e agradáveis, espaços de lazer, salas de reuniões, salas de formação e uma área específica para as refeições, num total de cerca de dois mil metros quadrados. O processo de mudança de instalações decorreu em dezembro, tendo sido transferidos cerca de 250 colaboradores.

Prémios

Grande Prémio de Marketing M&P 2015A campanha de publicidade da CUF, realizada por ocasião dos 70 anos da marca, foi distinguida ao vencer quatro galardões dos prémios Marketing M&P 2015. Paula Brito Silva, Diretora de Marketing da José de Mello Saúde, foi eleita Marketeer do Ano.

RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE2015

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A campanha premiada foi desenvolvida pela Direção de Marketing da José de Mello Saúde, com a agência de publicidade BAR e a agência de meios OMD.Os resultados dos prémios Marketing M&P 2015 foram revelados em dezembro de 2015, tendo a CUF recebido os seguintes galardões: 1. Marketeer do ano – Paula Brito Silva 2. Grande Prémio de Marketing 3. Setor de Atividade Saúde & Bem-estar - Ouro 4. Meios/ Imprensa - Ouro 5. Campanha Multimeios/Integrada - Prata

Prémio “Escolha do Consumidor’16” A CUF foi distinguida com o prémio “Escolha do Consumidor’16” da Consumer-Choice, na categoria de Hospitais Privados. Numa comparação estabelecida entre os maiores grupos privados de Saúde em Portugal, a CUF vence em oito dos 12 critérios de avaliação, com uma média total de 9,32 em 10 pontos.A “qualidade dos serviços médicos”, a “rapidez de atendimento”, a “capacidade de resposta/resolução de todos os problemas”, as “especialidades que inclui”, a “qualidade das instalações”, a “honestidade na apresentação de faturas”, o “horário” e as “parcerias com seguradoras” foram os critérios mais valorizados na CUF pelos consumidores, de acordo com o prémio “Escolha do Consumidor”.

Grande Prémio da APCE na categoria Relatório de SustentabilidadeA José de Mello Saúde venceu ainda o Grande Prémio da APCE (Associação Portuguesa de Comunicação de Empresa) na categoria “Relatório de Sustenta-

bilidade”, atribuído na Gala de Proclamação dos Vencedores do Grande Prémio APCE 2015, que distinguem a excelência na comunicação organizacional em Portugal. A APCE é uma associação de referência nas áreas da Comunicação Organizacional e das Relações Públicas em Portugal, contando com mais de 80 empresas associadas de destaque no panorama nacional. O Relatório de Sustentabilidade da José de Mello Saúde tem uma periodicidade anual e fornece uma análise integrada dos impactos económicos, ambientais e sociais da sua atividade. O documento é elaborado segundo as diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI) e descreve as principais atividades, informação e indicadores de desempe-nho considerados relevantes para o exercício em causa.

Prémio Saúde SustentávelO Hospital de Braga venceu o ‘Prémio Saúde Sustentável’, na categoria “Cuidados Hospitalares”.O Prémio, promovido pelo Jornal de Negócios e a Sanofi, tem como objetivo distinguir e premiar entidades, individuais ou coletivas, públicas ou privadas, prestadoras de cuidados de saúde, que se tenham destacado por promover e implementar princípios e ações de sustentabilidade com impacto tangível na saúde. Os critérios de avaliação analisaram temas como a qualidade clínica e resultados em saúde, a experiência do utente, a responsabilidade ambiental, a sustentabilidade económico-financeira e a inovação tecnológica dos serviços.

Prémio Excelência na Saúde do Kaizen InstituteO Kaizen Institute e a Sociedade Portuguesa para a Qualidade na Saúde atribuí-

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ram o prémio Excelência na Saúde à primeira fase do projeto do circuito logístico do medicamento, desenvolvido nas unidades de farmácia da José de Mello Saúde na edição Prémios Kaizen Lean 2014. Este projeto teve como objetivo reorganizar o circuito logístico do medicamento das farmácias e envolveu mais de 50 colabo-radores das equipas da Direção de Farmácia, com o apoio das direções Financeira, de Logística e Sistemas de Informação. As iniciativas decorreram no Hospital CUF Porto, Hospital CUF Descobertas, Hospital CUF Infante Santo, Hospital CUF Torres Vedras, Hospital CUF Cascais e Hospital Vila Franca de Xira.

Perspetivas para 2016

Ainda que moderados, o crescimento esperado para a economia portuguesa em 2016, em conjunto com a melhoria de outros indicadores, como seja a taxa de de-semprego, antecipam um contexto macroeconómico que poderá ser mais favorável.Ainda assim, no setor da saúde, prevê-se a continuação da pressão financeira que se tem vindo a sentir nos últimos anos sobre as operações dos prestadores de saúde, tanto privados como públicos. A tendência decrescente do peso, no PIB, da despesa corrente em saúde, traduz uma maior pressão nas fontes de financiamento em saúde. Esta pressão também se coloca ao nível da crescente exigência de capital. Os permanentes avanços da medicina requerem um alarga-mento constante das capacidades de intervenção dos prestadores, bem como a modernização de equipamentos clínicos e também investimentos superiores em fármacos e terapêuticas inovadoras.No setor público, estes constrangimentos traduzem-se numa maior exigência

ao nível da eficiência e controlo da operação. Em 2016, para ir de encontro a esta preocupação, as duas parcerias público-privadas da José de Mello Saúde (Hospital de Braga e Hospital de Vila Franca de Xira), estarão focadas em intro-duzir iniciativas para otimizar e monitorizar processos e procedimentos internos. As áreas de maior enfoque serão o internamento e os protocolos clínicos. No setor privado estas pressões conduzirão a um aumento do movimento de consolidação de prestadores de menor dimensão, com a captura de atividade assistencial por parte dos operadores maiores.A José de Mello Saúde terá certamente um papel ativo na consolidação do setor, tendo desde já um pipeline de oportunidades que visam reforçar as suas capaci-dades em áreas geográficas onde a sua presença é ainda limitada.O reforço da presença física da José de Mello Saúde passa também por abrir novas unidades e expandir as existentes. A este respeito e sem prejuízo de outros - serão executados os seguintes projetos em 2016: (i) abertura de uma clínica de proximidade no Grande Porto (que funcionará em articulação com o Hospital CUF Porto); (ii) continuação do projeto de expansão do Hospital CUF Descobertas, que dotará esta unidade de uma maior capacidade de internamento e de ambu-latório; (iii) início da construção do Hospital CUF Tejo, concebido para ser uma referência nacional para patologias complexas como as neurociências e cardio-vasculares; (iv) abertura do Hospital CUF Viseu.A José de Mello Saúde acredita que o seu projeto clínico, bem como a experiência que confere aos seus clientes, são dois elementos centrais da sua proposta de valor.

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Em 2016, a José de Mello Saúde continuará focada em garantir que a atividade clínica se processa de acordo com os mais elevados padrões de qualidade e a dinamizar áreas de especialização clínica nas principais unidades, com o objetivo de atingir níveis de qualidade clínica de excelência.O compromisso absoluto da José de Mello Saúde com o cliente levou à imple-mentação de um novo desafio, onde a saúde do doente é gerida de uma forma ativa, multidisciplinar e num contexto digital. Para este efeito, foi criado em 2014, o projeto “Novo Modelo de Relacionamento com o Cliente” que visa conhecer melhor o cliente e melhorar a sua experiência nas diferentes interações com as unidades CUF. O projeto, que começou com um piloto no Hospital CUF Torres Vedras, tem recebido uma aceitação muito positiva por parte de clientes e funcionários, sendo que no próximo ano será estendido a outras unidades da José de Mello Saúde.

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Gestão de Risco

A Política de Gestão de Riscos da José de Mello Saúde tem como objetivo assegurar a correta identificação dos riscos associados aos negócios desenvolvidos, bem como adotar e implementar as medidas necessárias para minimizar os impactos negativos que evoluções adversas dos fatores subjacentes a esses riscos possam ter na estrutura financeira da Sociedade e na respetiva sustentabilidade.No âmbito do processo de gestão de riscos, identificam-se de seguida os mate-rialmente mais relevantes:

Riscos Financeiros

Os principais riscos financeiros identificados são o risco de liquidez, o risco de financiamento, e de exposição às variações das taxas de juro.A gestão do risco de liquidez procura um acompanhamento permanente das previsões de tesouraria, de forma a garantir o cumprimento de todas as responsabilidades da José de Mello Saúde para com as entidades com as quais se relaciona na sua atividade. Através de uma gestão ativa do business plan e do mapeamento exaustivo das necessidades ou excedentes futuros de tesouraria, procura ainda reduzir o risco de financiamento recorrendo a uma relação permanente com os parceiros financeiros.

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A gestão do risco de taxa de juro tem por objetivo minimizar a exposição à variação das taxas de juro e o seu impacto nas Demonstração Financeiras dentro dos limites estabelecidos. Através da política de controlo adotada procura-se selecionar as estratégias adequadas para cada área de negócio, com o objetivo de assegurar que este fator de risco não afeta negativamente a respetiva capacidade operacional. Por outro lado, é ainda monitorizada a exposição ao risco de taxa de juro, mediante a simulação de cenários adversos, mas com algum grau de probabilidade, que possam afetar negativamente os resultados da José de Mello Saúde.Em 2014, a José de Mello Saúde tinha a quase totalidade dos seus financiamen-tos indexados a taxas variáveis. Com o objetivo de reduzir o risco de exposição a variações de taxa de juro, foram contratadas em maio, junho e julho de 2015 swaps de taxas de juro, plain vanilla, que cobrem 100% dos montantes dos empréstimos obrigacionistas emitidos em junho de 2014 e em maio de 2015 (100 milhões de euros no total). Os swaps contratados respeitam as caracterís-ticas das referidas emissões de obrigações por forma a serem considerados produtos de cobertura (mesmo indexante, mesmo período e prazos de pagamento de juros). Na data de pagamento de juros, a José de Mello Saúde recebe juros indexados à Euribor 6 meses para 100% do capital das obrigações e paga juros a taxa fixa sobre o mesmo montante.

Risco Operacional

A José de Mello Saúde, enquanto líder de mercado na prestação de cuidados de saúde, assume o compromisso com os princípios orientadores do desenvolvi-mento sustentável.O respeito por estes princípios traduz-se no imperativo de assegurarmos, em cada momento, a criação de valor e, com isso, a satisfação dos seus clientes, colaboradores, acionistas e entidades terceiras com as quais a José de Mello Saúde colabora no exercício da sua atividade.Neste âmbito, a José de Mello Saúde desenvolve um modelo de gestão integrado transversal a todas as unidades, assente em sete pilares:

1. Prestação de cuidados de saúdeA prestação de cuidados de saúde, de acordo com as melhores práticas, a excelência tecnológica e a mais recente e comprovada evolução científica na prevenção, diagnóstico e tratamento clínico da doença, sustentada na obtenção de resultados clínicos, periodicamente monitorizados e reavaliados face aos objetivos e metas definidos.Um modelo de prestação de cuidados assente na procura contínua de soluções para dar resposta às necessidades dos nossos clientes.

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2. Segurança do doenteA manutenção de um programa transversal para a gestão do risco clínico e não clínico, que estabelece e prioriza ações para identificação de potenciais riscos e prevenção da sua ocorrência, reforçado pela implementação das recomenda-ções de boas práticas, por forma a eliminar danos desnecessários decorrentes da prestação de cuidados de saúde.

3. Segurança da informaçãoA proteção da Informação, como suporte à eficiência do serviço prestado aos seus clientes, assente na integridade, disponibilidade dos sistemas e infraestruturas de informação e na confidencialidade dos dados.

4. Eficiência ambientalA identificação dos aspetos ambientais resultantes da prestação de cuidados de saúde permite avaliar os impactos e priorizar as ações, tendo em vista a sua minimização e controlo.A promoção da utilização sustentável de recursos naturais, designadamente energia e água, prevenção da poluição e redução, reutilização e reciclagem dos resíduos produzidos.

5. Segurança e saúde do trabalhoA identificação dos perigos a que os profissionais se encontram expostos, no âmbito da segurança e saúde do trabalho, tendo em vista a avaliação dos riscos e priorização de ações, garantindo a sua minimização e controlo.A prevenção da ocorrência de lesões, incidentes, acidentes e doenças profissionais.

6. Requisitos legaisO cumprimento dos requisitos legais aplicáveis em vigor, bem como outros requisitos que se subscreva.

7. Melhoria contínuaO estabelecimento de uma cultura de melhoria contínua que consolida a gestão dos processos e promove a eficiência do modelo de gestão integrado.

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Governo da SociedadeModelo Organizativo e órgãos sociaisEm 31 de dezembro de 2015, a José de Mello Saúde encontrava-se estruturada de acordo com o seguinte modelo organizativo:

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Comissão Executiva

Direções Corporativas

PRIVADASHospital CUF Infante Santo

Hospital CUF Descobertas Hospital CUF Porto Instituto CUF Porto

Hospital CUF CascaisHospital CUF Torres Vedras

Hospital CUF SantarémClínica CUF Belém

Clínica CUF AlvaladeClínica CUF Sintra

Clínica CUF S. Domingos de Rana Clínica CUF Mafra

Clínica CUF Miraflores Sagies

PÚBLICO-PRIVADASHospital de Braga

Hospital Vila Franca de Xira

Unidades de Saúde

Centro Corporativo

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Órgãos de Governo Órgãos Sociais da José de Mello Saúde, S.A. (INFORMAÇÃO A 31.12.2015)

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOPresidente Salvador Maria Guimarães José de Mello

Vice-Presidentes Pedro Maria Guimarães José de MelloJoão Gonçalves da SilveiraVogais Rui Alexandre Pires DinizRui Manuel Assoreira Raposo Vasco Luís José de Mello Inácio António da Ponte Metello de Almeida e BritoGuilherme Barata Pereira Dias de MagalhãesPaulo Jorge Cleto DuarteLuís Eduardo Brito Freixial de Goes Maria Inês Rosa Dias Murteira BleckJosé Carlos Lopes Martins      

COMISSÃO EXECUTIVAPresidente Salvador Maria Guimarães José de Mello

Vice-PresidenteRui Alexandre Pires Diniz

Rui Manuel Assoreira Raposo Vasco Luís José de Mello Inácio António da Ponte Metello de Almeida e BritoGuilherme Barata Pereira Dias de Magalhães

SECRETÁRIO DA SOCIEDADERui Manuel da Costa Ramalhal

CONSELHO FISCALPresidenteJosé Manuel Gonçalves de Morais Cabral

Vogais José Luís Bonifácio Lopes João Filipe De Moura-Braz Correa da Silva

Suplente Miguel Luis Cortes Pinto De Melo

Comissão Executiva da José de Mello Saúde

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ROC Ernst & Young Audit & Associados, SROC representado por Paulo Jorge Luís da Silva

MESA DA ASSEMBLEIA-GERALPresidenteVasco Alexandre Vieira de Almeida

SecretárioJoão Vieira de Almeida

UNIDADES DE SAÚDE (INFORMAÇÃO A 31.12.2015)

Hospital CUF Infante Santo

Clínica CUF Belém

Clínica CUF MirafloresCatarina Marques da Rocha GouveiaAdministradora

Hospital CUF Descobertas

Clínica CUF AlvaladeMaria João Guimarães José de Mello Administradora

Hospital CUF PortoInácio António da Ponte Metello de Almeida e Brito Presidente da Comissão Executiva Gonçalo Marcelino Administrador ExecutivoAna Luísa Cardoso Administradora Executiva

Hospital CUF Torres Vedras

Clínica CUF Mafra

Hospital CUF Cascais

Clínica CUF Sintra

Clínica CUF S. Domingos de Rana

HOSPITAL CUF SantarémMaria Madalena P.C.V. Gomes Correia Neves Administradora

Hospital de BragaJoão António do Vale Ferreira Presidente da Comissão ExecutivaJosé Luís Ferreira de Carvalho Administrador ExecutivoMaria José Dias Mota Magalhães de Barros Administradora Executiva

Hospital Vila Franca de Xira Vasco Luís de Mello Presidente da Comissão ExecutivaPedro Bastos Administrador ExecutivoMaria João Germano Administradora Executiva

Instituto CUF PortoInácio António da Ponte Metello de Almeida e BritoPresidente da Comissão Executiva Gonçalo Marcelino Administrador ExecutivoAna Luísa CardosoAdministradora Executiva

SagiesFrancisco de Paula da Penha e Costa Malheiro ReymãoAdministrador

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CONSELHO MÉDICO (INFORMAÇÃO A 31.12.2015)

Presidente Maria da Piedade Sande Lemos Azcue Hospital CUF Cascais

Jorge Manuel Alves Draper MineiroHospital CUF DescobertasJoão Carlos Lopes Simões PaçoHospital CUF Infante SantoAlberto Jorge Neves de Bessa PeixotoHospital de Braga Vitor Manuel Lima Correia da SilvaHospital CUF Porto Carlos Manuel Pires de PinaHospital CUF Torres VedrasJosé Valério Rodrigues Leite PiresInstituto CUF PortoCarlos Alberto Rabaçal SilvaHospital Vila Franca de XiraAntónio Júlio da SilvaHospital CUF SantarémJosé Inácio Guerreiro FragataConsultor Clínico da José de Mello SaúdeCláudia Sofia Carvalho SimõesDiretora de Desenvolvimento Organizacional e de Qualidade da José de Mello Saúde

CONSELHO DE ENFERMAGEM (INFORMAÇÃO A 31.12.2015)

Presidente

Fátima FariaHospital de Braga Carlos José Gomes da CostaHospital CUF Descobertas José António Oliveira CoelhoHospital CUF Infante Santo Maria José LourençoHospital Vila Franca de XiraSara Maria Almeida MartinsHospital CUF Porto e Instituto CUF PortoMaria Benilde Rosário FolgadoHospital CUF Torres VedrasCélia LeitãoHospital CUF CascaisMaria Perpétua Bento SantosJosé de Mello Residências e ServiçosRaquel GueifãoHospital CUF Santarém Duarte MendonçaHospital CUF ViseuCláudia Sofia Carvalho SimõesDiretora de Desenvolvimento Organizacional e de Qualidade da José de Mello Saúde

CONSELHO DE ÉTICA (INFORMAÇÃO A 31.12.2015)

Presidente Paula Cristina Ruivo Duarte Martinho da Silva

Maria Isabel Semedo Carmilo RenaudJoão Paulo Mouro Rosa Camilo MaltaNuno João Amador Silvestre CarlosRita Maria Lagos do Amaral CabralFátima FariaPresidente do Conselho de Enfermagem da José de Mello SaúdeMaria da Piedade Sande Lemos AzcuePresidente do Conselho Médico da José de Mello Saúde

VETORES DE SUSTENTABILIDADE

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Os vetores considerados estratégicos para a sustentabilidade da José de Mello Saúde cobrem os temas críticos da sua atividade de prestação de cuidados de saúde e suportam a ambição de manter a posição de liderança no seu setor de atividade.

Excelência Clínica

Experiência do Cliente

Cultura e Valores

Ambiente

Desempenho Económico-Financeiro

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Excelência Clínica

A José de Mello Saúde assume, como prioridade estratégica, a qualidade clínica e a segurança do doente, estabelecendo um compromisso firme e visível de toda a gestão de topo neste sentido, reforçando a proposta de valor que pretende diferenciadora e centrada no doente. Desta forma, em 2015, a José de Mello Saúde: - Criou um Grupo de Normas Transversais, como extensão do Conselho Médico no sentido da uniformização de práticas e protocolos clínicos, reforçando o modelo de operador único; - Consolidou a realização de reuniões clínicas de morbilidade e mortalidade; - Adaptou a estrutura do controlo de infeção à legislação constituindo

Grupos de Coordenação Local do Programa de Prevenção de Infeção e Resistências aos Antimicrobianos em todas as suas unidades;

- Desenvolveu um dashboard de indicadores de vigilância epidemiológica suportada na operacionalização da plataforma HEPIC; - Determinou o perfil de sensibilidade aos antimicrobianos no sentido de reforçar o desenvolvimento do Programa de Apoio à Prescrição de Antimi crobianos; - Consolidou a participação no Programa de Benchmarking Externo – Iametrics, apresentando nesta data resultados abaixo do padrão esperado de resultados com ajuste ao risco;

- Reforçou a participação das suas unidades no Programa do Sistema Nacional de Avaliação em Saúde (SINAS), patrocinado pela Entidade Reguladora da Saúde; - Publicou o documento Relatório da Qualidade Clínica 2014, testemunho renovado da transparência assumida nesta matéria.

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Sistema Nacional de Avaliação em Saúde (SINAS)

A publicação em janeiro de 2016, do Sistema Nacional de Avaliação em Saúde (SINAS) referente ao ano de 2014, evidencia o cumprimento de todas as unidades José de Mello Saúde, em todos os parâmetros de qualidade exigidos e nas seis dimensões em avaliação: excelência clínica, segurança do doente, instalações e conforto, focalização no utente e satisfação do utente.

Todas as Unidades Hospitalares da José de Mello Saúde têm as 5 estrelas no 1º nível de avaliação

Excelência Segurança Instalações e Focalização Satisfação Clínica do Doente Conforto no Utente do Utente

HCD

HCIS

HCP

HB

HVFX

CCC

CCTV

Prestador cumpre com todos os parâmetros de qualidade exigidos

HCD - Hospital CUF Descobertas | HCIS - Hospital CUF Infanto Santo | HCP - Hospital Cuf Porto | HB - Hospital BragaHVFX - Hospital Vila Franca de Xira | HC - Hospital CUF Cascais | HCTV - Hospital CUF Torres Vedras

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A José de Mello Saúde reforçou a área da excelência clínica com a obtenção da classificação mais elevada (3+) em áreas médicas como enfarte agudo do mio-cárdio (Hospital de Braga) e acidente vascular cerebral (Hospital de Braga), mas também nas áreas cirúrgicas, cirurgia de ambulatório (Hospital CUF Cascais), ginecologia (Hospital CUF Infante Santo e Hospital Vila Franca de Xira) e ortopedia (Hospital de Braga e Hospital Vila Franca de Xira). Destacando ainda áreas específicas como as unidades de cuidados intensivos e a obstetrícia (Hospital de Braga e Hospital de Vila Franca de Xira), igualmente com a obtenção da classificação mais elevada.Relativamente aos resultados globais da qualidade clínica as unidades da José de Mello Saúde assumiram em 2015 um quadro global muito positivo de resulta-dos dos índices de demora média, mortalidade e readmissões ajustados ao risco, quer nos valores absolutos quer na comparação com o benchmark.

Segurança do Doente

A José de Mello Saúde reforçou, em 2015, o eixo de desenvolvimento e compro-misso na segurança do doente, através de diversas ações, nomeadamente: - Envolvimento total da gestão de topo na eliminação ou mitigação de riscos major na área assistencial do cliente, na prática dos profissionais e no ambiente hospitalar; - Consolidação da gestão e análise de eventos quase-incidentes e eventos adversos; - Lançamento de campanha de prevenção de quedas o Implementação da escala Humpty Dumpty de avaliação do risco de queda do cliente pediátrico; o Integração de meios auxiliares de prevenção de quedas; o Reforço da formação aos profissionais de saúde; o Envolvimento e informação dirigida ao cliente e familiares.

Ajustado pelo risco: Cálculo ajustado da probabilidade de ocorrência de um determinado evento com base em características do doente, do tipo de admissão, da patologia e da Unidade de Saúde.

Acum. 2015

IMAR - Índice de Mortalidade ajustado pelo Risco

Acum. 2014

0,6

2

0,8

1

0,6

6

0,6

2

0,7

2

0,5

1

0,4

7

0,3

0,14

0,7

1,02

0,12

0,8

2

1,04

HCD HCIS HCP HCC HCTV HB HVFX

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Gestão da Qualidade

A José de Mello Saúde manteve, em 2015, a aposta na manutenção do reconhe-cimento externo dos sistemas de gestão da qualidade das suas unidades.As unidades CUF asseguraram as certificações de acordo com o referencial ISO 9001:2008, do Hospital CUF Infante Santo, do Hospital CUF Descobertas, do Hospital CUF Torres Vedras, da Clínica CUF Mafra, do Hospital CUF Cascais, da Clínica CUF São Domingos de Rana, do Hospital CUF Porto e do Instituto CUF Porto. O Hospital de Braga reconquistou a acreditação global pelo modelo CHKS e a certificação pela ISO 9001:2008 dos serviços de suporte à prestação de cuidados de saúde. Para além destas metas, o Hospital de Braga manteve a certificação OHSAS 18001, assim como a certificação ambiental pela norma ISO 14001. O Hospital Vila Franca de Xira manteve a certificação do seu sistema de gestão da qualidade nos serviços de suporte à prestação de cuidados de saúde e alargou o âmbito desta certificação a alguns dos seus serviços clínicos, de acordo com a norma ISO 9001:2008. O sistema de gestão ambiental desta unidade manteve também a certificação conferida pela evidência do cumprimento da ISO 14001.No plano da acreditação hospitalar o Hospital Vila Franca de Xira viu a Joint Comission International revalidar a acreditação obtida no ano passado, após a realização da visita anual desta entidade ao hospital.

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Experiência do Cliente

A José de Mello Saúde ambiciona uma experiência do cliente irrepreensível. Elegendo esse desígnio, tanto na vertente clínica como na não-clínica, tem vindo a investir nesta dimensão nos últimos anos. Para além de várias melhorias incrementais introduzidas na experiência do cliente ao longo da cadeia de valor, iniciou-se um projeto-piloto de um novo modelo de relacionamento administrativo com o cliente.Durante este projeto foram identificados benefícios claros, percepcionados pelos clientes e pelos colaboradores e que se materializaram, entre outros, na melhoria de indicadores de atendimento administrativo: redução dos tempos de espera e dos tempos de atendimento e redução do número de idas à receção.Dados os benefícios já alcançados, pretende-se, durante o ano de 2016, alargar este modelo a outras unidades de forma a melhorar a experiência de todos os clientes, permitindo conhecê-los e apoiá-los melhor e ter uma gestão mais eficiente do atendimento. Paralelamente à revisão do modelo de atendimento administrativo, pretende avançar-se para a implementação de um modelo de gestão de experiência do cliente que através da monitorização em tempo real de indicadores de processo e do nível de satisfação dos clientes, permita apostar em soluções de melhoria contínua da sua experiência.

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Cultura e ValoresTalento HumanoÀ semelhança do que se tem vindo a observar nos últimos anos e acompanhando o crescimento da José de Mello Saúde no seu setor de atividade em Portugal, verificou-se em 2015 um aumento considerável do número de colaboradores. Este deveu-se não só ao crescimento orgânico dos dois hospitais em regime de parceria público-privada em Braga e Vila Franca de Xira, mas também à expansão da presença da José de Mello Saúde no território nacional.

No final do ano de 2015, a José de Mello Saúde contava com mais de 7.700 colaboradores.

4,697

5,5425,874

6,6557,138

7,761

2010 2011 2013 20142012 2015

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Total de Colaboradores 7.055Masculino 1.500Feminino 5.555

Total de Colaboradores por tipo de contato Termo certo 1.195Termo incerto 440Contrato sem termo 5.420

Total de Colaboradores 7.055Part-time 333

Masculino 79Feminino 254

Full-time 6.722Masculino 1.421Feminino 5.301

Total de Colaboradores por região e por genéro Norte 3.031

Masculino 716Feminino 2.315

Sul 4.024Masculino 784Feminino 3240

Os valores apresentados contabilizam apenas colaboradores contratados, permanentes, funcionários

públicos e em regime misto representando um total de 7.055 dos 7.761 colaboradores da José de Mello Saúde.

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SUSTENTABILIDADE2015

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Habilitações

Ensino Básico Ensino Secundário/Profissional Ensino Superior

20%

29%

58%

Caracterização do universo de colaboradores da José de Mello Saúde

Distribuição por Género

78%

22%

MasculinoFeminiano

Antiguidade

27%

41%

até 2 anosde 2 a 4 anosde 4 a 6 anosmais de 6 anos

17%

15%

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Cultura e Valores da José de Mello Saúde

A José de Mello Saúde acredita que os colaboradores são um elemento deter-minante na concretização da sua visão e que uma adequada gestão do talento contribui fortemente para um futuro sustentável.Fortalecer a cultura, partilhando os mesmos valores e princípios que se traduzem em políticas transversais de atuação, é um dos pilares das políticas de Recursos Humanos da José de Mello Saúde. Desde a admissão na José de Mello Saúde que é partilhada com todos os colaboradores a sua história e identidade. Pretende-se, desta forma, fomentar e promover a cultura e valores da José de Mello Saúde, através da realização de atividades regulares de formação comportamental, programas de integração de novos colaboradores, encontro de quadros, entre outras.

Gestão do Talento

Atrair e reter talento de forma integrada, através de um processo sistemático de identificação, avaliação, desenvolvimento e retenção dos colaboradores com potencial de crescimento e comprometidos com a nossa missão e valores é mais um pilar da política de Recursos Humanos da José de Mello Saúde.Desde 2009 que a José de Mello Saúde, tem vindo a apostar fortemente em programas de gestão do talento e desenvolvimento das suas pessoas.Como exemplo da política de identificação e atração de talento, importa referir

Média de idades por grupo profissional

Adm

inis

trat

ivos

Aux

iliar

es

Dir

igen

tes

Enfe

rmei

ros

Inte

rnos

Méd

icos

Órg

ãos

Soc

iais

Sev

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Ger

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Téc.

Dia

g. T

erap

.

Téc.

Sup

. Saú

de

Téc.

Sup

erio

res

36,9 40

,9

42,3

35,8

29,3

43,6 52

,2

43,4

35 34,5

34,4

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o “Programa +Talento”, que tem como objetivo atrair jovens com alto potencial de desenvolvimento, vindos de reconhecidas escolas de gestão.A aposta no talento é feita transversalmente tendo em conta as funções críticas, aliadas aos desafios e objetivos estratégicos da organização

Formação

A José de Mello Saúde está fortemente empenhada em promover a capacitação e o desenvolvimento dos seus colaboradores.Para tal, conta com a Academia CUF, a unidade de negócio responsável pela atividade formativa e científica para todas as unidades privadas e em parceria público-privada da José de Mello Saúde e outras entidades externas que a ela recorram com vista a desenvolver competências através da formação qualificada na área da saúde.

A Academia CUF tem como missão assegurar o desenvolvimento, atualização e aperfeiçoamento de competências dos profissionais de saúde através de programas de formação sustentados nas melhores e nas mais avançadas práticas, com a finalidade de promover a investigação e a excelência no exercício profissional.Em 2015, a José de Mello Saúde reafirmou a sua aposta na formação, promovendo a permanente atualização e inovação dos profissionais de saúde e da comunidade médica e científica. Assim, a aposta nesta área tem sido uma preocupação da Academia CUF que, em 2015, contabilizou quase 125.000 horas de formação, o que corresponde a um aumento de aproximadamente 30% comparativamente ao ano anterior.

Avaliação de Desempenho

Gerir o desempenho, estimulando e premiando os comportamentos que contribuam para atingir os objetivos desafiantes e alinhados com a sua estratégia, é um dos pilares mais importantes da política de Recursos Humanos da José de Mello Saúde.Com o crescimento que se tem verificado nos últimos anos e com o foco na preocupação com as pessoas, a José de Mello Saúde fez recair o seu reforço na melhoria das políticas de gestão de desempenho de recursos Humanos. De destacar a revisão do modelo de avaliação de desempenho e política de remunerações, alinhada e enquadrada nas políticas da organização, bem como a implementação de novos sistemas de apoio à avaliação.

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Recrutamento

Na sequência do crescimento da José de Mello Saúde, foram admitidos, em 2015, mais de dois mil novos colaboradores para as diferentes unidades de saúde. Estes valores refletem não só o reforço das equipas já existentes (es-sencialmente nos dois hospitais em regime de parceria público-privada), mas também na aquisição do Hospital Privado de Santarém, assim como na aber-tura de mais uma clínica de proximidade em Miraflores, no seguimento da aposta da José de Mello Saúde em facilitar o acesso das populações a cuidados de saúde diferenciadores.

Estágios

A José de Mello Saúde considera estratégicos para o desenvolvimento da atividade de prestação de cuidados de saúde o investimento no ensino, a cooperação com as instituições universitárias, assim como a aposta na formação pré-graduada. Em 2015, a José de Mello Saúde recebeu mais de quatro mil estagiários nas mais diversas áreas de formação. Entre estes des-tacam-se os estágios de medicina e enfermagem com um peso face ao total de 40% e 31%, respetivamente.

1.6661

188

1.275

9

254 141605

9

79

236

Nº de Alunos e Estagiários

Assistentes Operacionais e de Ação MédicaAssistentes Técnicos ADMEnfermeirosTDT’STécnico Superior de SaúdeMédicosOutros EstágiosAlunos de Medecina1

Nº de Internos

EspecialidadeAno Comum

1 Alunos de medicina que passaram pelas unidades José de Mello Saúde

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Desenvolvimento Social

Paralelamente à sua atividade de prestação de cuidados de saúde, a José de Mello Saúde procura maximizar o impacto social positivo da sua atividade.Este compromisso é corporizado através de um conjunto de iniciativas dedica-das às comunidades onde estão inseridas as unidades da José de Mello Saúde, promovendo e cooperando com o desenvolvimento local e mantendo uma rela-ção ética e transparente com os seus diferentes públicos.Numa lógica de redistribuição de valor criado, também os colaboradores com os vencimentos mais reduzidos e respetivas famílias são um público privilegiado das iniciativas que a José de Mello Saúde desenvolve em matéria de responsabi-lidade social. A este respeito, o conjunto de benefícios internos totaliza, em 2015, cerca de 130.000 euros. Seguidamente, são descritos alguns exemplos:

Responsabilidade Social Interna

Bolsas Livros Escolares: : Ligado à meritocracia e assiduidade dos colaborado-res e ao bom aproveitamento escolar dos seus filhos, este benefício dedica-se a comparticipar despesas com material escolar dos filhos dos colaboradores da José de Mello Saúde. Em 2015, foram entregues 338 Bolsas num valor global de 28.867 euros atribuídos.

Cabazes de Natal: Procurando enriquecer a ceia de Natal das famílias dos seus colaboradores com os vencimentos mais reduzidos, são entregues cabazes com itens típicos da quadra festiva. Em 2015, foram entregues 2091 cabazes, no valor global de 74.230 euros atribuídos.

Colónia de Férias: Desenvolvidas para contribuir para a ocupação dos tempos livres dos filhos dos co-laboradores durante o período das férias de verão, as Colónias de Férias recebem crianças com idades entre os 7 e os 14 anos. A José de Mello Saúde comparticipa uma percentagem do valor, que inclui alojamento, ali¬mentação, seguro e transporte, consoante o escalão de remuneração do co-laborador em causa. Em 2015, 53 filhos de colaboradores das unidades da José de Mello Saúde participaram na colónia de férias, num valor de 25.155 euros atri-buídos.

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Responsabilidade Social Externa

Programa Educação para a saúde: Para a José de Mello Saúde, a educação é uma forma muito significativa de estabelecer ligações duradouras com a comunidade em que se insere. Esta relação é materializada através de iniciativas de sensibilização, realizadas por profissionais de saúde dos hospitais da José de Mello Saúde, junto de escolas e instituições de solidariedade das comunidades vi-zinhas.

Estas iniciativas correspondem a ações de formação em temas de saúde, abor-dando temas como: “Prevenção da Gripe”; “Saúde Oral”; “Alimentação saudável”; “Auto-Medicação, o que ter em casa”; “Tabagismo”; “Importância do sono”; “Cuida-dos a ter com o Sol”; “Fatores de risco cardiovascular”; “Suporte Básico de Vida para Instrutores de Surf”, ou sessões mais didáticas e de sensibilização como são exemplo as “Profissões de Saúde” em que diversos profissionais de saú-de elucidam os alunos sobre como é o seu dia-a-dia e o que podem esperar das diferentes profissões existentes em ambiente hospitalar – médico, enfermeiro, fi-sioterapeuta, técnico de radiologia, farmacêutico, etc.

De destacar igualmente a iniciativa ‘Hospital dos Bonequinhos’, organizada anual-mente pelo Hospital de Braga em parceria com o Núcleo de Estudantes deMedi-cina da Universidade do Minho (NEMUM) e o Núcleo de Estudantes de Educação Básica da Universidade do Minho (NEEBUM) que recebeu cerca de 1000 crianças, provenientes de Jardins-de-Infância do concelho de Braga.

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O Hospital dos Bonequinhos consiste num Hospital modelo, construído à escala dos mais pequenos e instalado na entrada principal do Hospital de Braga tendo como objectivo a sensibilização para as temáticas da saúde e o combate ao “medo da bata branca” através da criação de momentos de proximidade e familiarização das crianças do pré-escolar, com toda a envolvente da prática médica, num am-biente lúdico e didático.

Em 2015, no universo dos Hospitais da José de Mello Saúde foram desenvolvidas iniciativas com mais de 50 instituições de ensino que envolveram diretamente mais de 5000 crianças.

Maratona da Saúde: A José de Mello Saúde é parceira da Maratona da Saúde, uma iniciativa dedicada a financiar a investigação científica em Portugal e acele-rar a descoberta de tratamentos inovadores e a cura de várias doenças. Procu-rando dar visibilidade e apoiar financeiramente este projeto, em Março de 2015, a CUF realizou uma ação em dois dos seus hospitais (Hospital CUF Descobertas e Hospital CUF Porto) a que chamou “Caminhar pela Diabetes”. Foram colocadas passadeiras nas recepções dos hospitais e, por casa Km feito pelas pessoas que quiseram participar, revertiam 20 euros para a Maratona da Saúde. Somados os Km realizados em ambos os hospitais, foram angariados 6.600 euros que reverte-ram para a Maratona da Saúde.

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Clube PHDA: O Clube PHDA é um programa integrado de apoio a crianças com Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA) que pretende me-lhorar a qualidade de vida das crianças e seus familiares. Desenvolvido pela Unidade de Neurodesenvolvimento do Centro da Criança do Hospital CUF Des-cobertas, a missão social do Clube PHDA é a melhoria da qualidade de vida de crianças com PHDA e seus familiares, potenciando a integração social e o suces-so futuro através da intervenção direta nos vários ambientes em que a criança se move - meio familiar e escola. Para a sua concretização foram definidos dois planos de atuação - a família e a escola – com o objetivo de informar, capacitar e aconselhar pais, professores e auxiliares de educação. Em suma, o Clube PHDA pretende apoiar os diversos cuidadores das crianças. Os principais serviços que o Clube PHDA disponibiliza gratuitamente são:

- Website (www.clubephda.pt) com informação cientificamente credível, em português, e com secções específicas para pais, professores, auxiliares e para as próprias crianças;

- Ações de formação presenciais para pais, professores, psicólogos escolares e assistentes operacionais (vulgo, auxiliares de ação educativa); - Plataforma de ensino por e-learning, que permite levar as ações de formação a todo o país.

O website, sendo um meio privilegiado de comunicação, contém materiais de referência com orientações práticas e estratégias concretas, para melhoria da gestão do ambiente familiar, e formação específica de educadores, para adap-tação de rotinas escolares a crianças com PHDA. Para além desta informação especializada, o site contém informação genérica sobre a natureza da doença, diagnóstico e tratamento e respostas a perguntas frequentes escritas por espe-

cialistas. No site não haverão consultas on-line, mas os interessados têm a pos-sibilidade de colocar novas perguntas aos especialistas. Toda a informação do website é escrita por pediatras e psicólogos do desenvolvimento, com larga ex-periência na abordagem e tratamento da PHDA.

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Pirilampo Mágico: A José de Mello Saúde celebrou um protocolo com a FENA-CERCI – Federação Nacional de Cooperativas de Solidariedade Social, cuja mis-são consiste na promoção e defesa dos direitos e interesses das pessoas por-tadoras com deficiência intelectual e/ou multideficiência para a realização da campanha do Pirilampo Mágico nos seus hospitais e clínicas durante o mês de maio. A campanha do Pirilampo Mágico tem o duplo objectivo de sensibilizar a opinião pública para a problemática associada à pessoa com deficiência e de angariar fundos para suprir algumas das muitas dificuldades com que estas or-ganizações se debatem.

Projeto Pimpolho | Prevenção da Ambliopia no Município de Braga: Em maio de 2015, o projeto Pimpolho celebrou um ano de atividade, tendo o Serviço de Of-talmologia do Hospital detetado e tratado 42 crianças com ambliopia entre as 881 rastreadas.

O Projeto Pimpolho resulta de uma parceria entre a Câmara Municipal de Braga e o Hospital de Braga e tem como ambição despistar a ambliopia a todas as crianças de Braga que frequentam estabelecimentos de ensino público ou pri-vado com idades compreendidas entre os 3 e 4 anos – idade em que esta patolo-gia pode ser revertida.

A ambliopia é a acuidade visual baixa (redução ou perda de visão) de um ou dos dois olhos causada por alterações que perturbam o normal desenvolvimento da visão durante um período crítico e que, se não for tratada na idade pediátrica, pode resultar em cegueira, baixa visão ou visão subnormal não passível de ser corrigida para o resto da vida. Esta é uma doença exclusiva da infância e apenas tratável nesta faixa etária. O sucesso do tratamento da ambliopia pode atingir quase 100%. É tratável até aos 60 meses (5 anos), sendo o tratamento menos eficaz após esta faixa etária.

Bolsas de Solidariedade do HVFX: Em 2015, a Fundação Amélia de Mello, com a colaboração do Conselho para o Desenvolvimento Sustentado do Hospital Vila Franca de Xira, lançou a segunda edição do Concurso de Bolsas de Solidarieda-de, inteiramente dedicado ao apoio de projetos de responsabilidade social com atuação nos concelhos de Alenquer, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Benavente e Vila Franca de Xira. Esta iniciativa, com o valor global de 50.000 euros, dá priori-dade a projetos de IPSS ou equiparadas, bem como a projetos de pessoas singu-lares com carências clínicas e sociais devidamente confirmadas.

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As candidaturas apoiadas na edição de 2015 incidiram em projetos com inter-venção direta na área da deficiência/incapacidade, das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) Associação de Apoio a Idosos e Jovens da Fre-guesia de Meca, Associação do Hospital Civil e Misericórdia de Alhandra, Asso-ciação Projecto Jovem, CERCI - Flor da Vida, CERCI Póvoa e a Santa Casa da Misericórdia de Vila Franca de Xira. São ainda contemplados dois projetos indivi-duais no âmbito da deficiência – eliminação de barreiras arquitectónicas.

Campanhas de colheita de sangue: Pretendendo estreitar relações com insti-tuições do seu sector de atividade, a José de Mello Saúde realizou uma parceria com o IPST – Instituto Português do Sangue e da Transplantação, para a realiza-ção de campanhas regulares de colheita de sangue nas suas unidades, contra-riando a tendência de diminuição de doações sentida pelo IPST e contribuindo para o aumento das reservas de sangue nos hospitais portugueses. As campa-nhas de colheita realizadas em fevereiro e setembro de 2015 tiveram 213 dadores inscritos.

Projeto Ser Solidário: A adesão ao projeto transversal do Grupo José de Mello denominado “Ser Solidário”, em que cada colaborador contribui mensalmente com um mínimo de 1 euro do seu vencimento, visa apoiar ao nível do donativo, um conjunto de instituições de Solidariedade Social mediante a participação ati-va dos colaboradores (pela contribuição e posterior escolha das associações a beneficiar). Este projeto permitiu entregar um donativo de 6 mil euros à APATI, Associação Promotora de Apoio à Terceira Idade de Castanheira do Ribatejo, uma das populações servidas pelo Hospital Vila Franca de Xira.

Programa de Voluntariado: Reforçando o seu investimento no desenvolvimento social das comunidades onde se insere, a José de Mello Saúde avançou em 2011 com a concepção e implementação do Programa de Voluntariado, transversal às empresas que fazem parte do Grupo José de Mello. Este programa recruta colaboradores que desejam exercer a atividade de voluntariado em instituições de solidariedade social, com quem foram realizadas parcerias para o efeito: As-sociação Coração Amarelo, ATL da Galiza, Centro Comunitário e Paroquial de Carcavelos, Movimento Defesa da Vida, Obra do Frei Gil e Junior Achievment Portugal. Em 2015, 53 colaboradores da José de Mello Saúde participaram neste Programa.

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Ética

A ética é um valor distintivo no código genético do Grupo José de Mello e também na José de Mello Saúde. O respeito pelos acionistas, colaboradores, clientes e parceiros, os princípios de boa gestão e transparência são alguns dos aspetos que traduzem a nossa ética empresarial.Na José de Mello Saúde, enquanto entidade prestadora de cuidados de saúde, as questões éticas assumem ainda mais relevo, daí que um dos valores que orientam a sua atividade sejam o respeito pela dignidade e bem-estar da pessoa.Essa preocupação central com as questões éticas motivou a criação de um Código de Ética, transversal a todas as unidades da José de Mello Saúde, bem como a criação do Conselho de Ética - um órgão consultivo da Comissão Executiva da José de Mello Saúde - que tem, entre as suas atribuições, a responsabilidade pela análise, no plano ético, das questões suscitadas pelos progressos científicos, evolução social e atividade legislativa, nos domínios da biologia, da medicina ou da saúde em geral. O Código de Ética da José de Mello Saúde pode ser consultado no site da CUF. A par do Conselho de Ética, as unidades de saúde de maior dimensão têm uma Comissão de Ética própria, nos termos da lei. Esta Comissão é composta por elementos internos, a par de personalidades externas com conhecimentos profundos sobre as matérias da ética.

Inovação

A José de Mello Saúde prosseguiu, em 2015, com a sua aposta em inovação, alinhada com os valores e prioridades estratégicas. O foco estratégico continua a ser a construção de uma cultura interna cada vez mais atenta e virada para a inovação e numa execução orientada à melhoria constante da experiência do cliente e da eficiência operacional.

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Ambiente

Em linha com as restantes áreas materiais para a sua sustentabilidade, a performance ambiental da José de Mello Saúde é mais um vetor em que se pretende afirmar como operador referência no setor.À semelhança de 2014, também 2015 foi um ano marcado pela expansão da José de Mello Saúde, alargando a sua cobertura geográfica com a abertura da Clínica CUF Miraflores e do Hospital CUF Santarém. Estas unidades representaram um incremento de 753 m2 e 5.111 m2 de área instalada no portfólio da José de Mello Saúde, um aumento de cerca de 2%. Além da abertura de duas novas unidades, o ano de 2015 ficou marcado pela alienação da empresa de Imagiologia Campos Costa e pela mudança do Contact Center da CUF para um espaço novo, com 1510 m2 de área útil, que implicou que a gestão deste espaço passasse a ser assegurada diretamente pela José de Mello Saúde. O ano de 2015 representou ainda um aumento de produção generalizado nas unidades geridas pela José de Mello Saúde, com consequente pressão nos consumos energéticos, água e produção de resíduos hospitalares. A evolução dos indicadores dias de internamento e consultas/mês – em ambos existiram aumentos de cerca de 6% face a 2014 – traduz bem este crescimento.Porém, considerando pressupostos equivalentes, ou seja, períodos homólogos de funcionamento nas mesmas unidades, verificou-se uma diminuição do consumo absoluto de energia de 3,5% em relação a 2014 – grande parte em consequência

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dos projetos de eficiência energética implementados cujo detalhe é apresentado nos pontos seguintes onde se discrimina a variação dos consumos de eletricidade, gás e entalpia.

Em 2015, destacam-se os seguintes projetos:

Projeto de Ecoeficiência no Hospital de Braga: O plano de redução do consumo de energia desenvolvido no Hospital de Braga permitiu atingir reduções de consumo de energia, em períodos comparáveis, de aproximadamente 4,5%. Este projeto deu continuidade ao implementado no passado, com excelentes resultados, no Hospital Vila Franca de Xira, concretizando o potencial de pou-pança e melhoria de eficiência então identificado, mesmo em contextos de cres-cimento de atividade. Devido à sua grande dimensão, o Hospital de Braga tem o maior consumo de energia do grupo – 38% – como tal, este projeto permitiu uma redução absoluta significativa de 1.427.214 kWh em 2015, o equivalente ao con-sumo anual de energia do Hospital CUF Torres Vedras.

Projeto de Ecoeficiência no Instituto CUF Porto: O plano de redução do consumo de energia desenvolvido no Hospital de Braga foi replicado, com algumas adaptações, ao Instituto CUF Porto. O Instituto CUF Porto é uma unidade que apresenta, desde a sua inauguração, consumos energéticos exces-sivos em comparação com unidades de dimensão e tipologia semelhantes. A otimização dos sistemas de climatização e produção de água quente conse-guiu, em 2015, uma redução de 13,9% no total dos consumos energéticos do

edifício. Considerando o conjunto dos projetos de eficiência implementados nos últimos anos, cerca de 60% do parque de edifícios da José de Mello Saúde já recebeu alterações e melhorias de otimização da sua eficiência energética. Para os próximos anos, está prevista a continuidade deste trabalho nas restantes unidades do grupo.

Gestão ambiental: Ao nível da gestão ambiental, continua a ser realizada de forma sistemática a monitorização dos consumos energéticos, de água e de resíduos hospitalares produzidos nas unidades da José de Mello Saúde. Estes consumos são analisados através de métricas de comparação de consumos entre unidades, em parte coincidentes com as utilizadas pelo Ministério da Saúde no âmbito do projeto ECO.AP (http://ecoap.adene.pt/pt_PT). No que respeita a certificações ambientais, a José de Mello Saúde manteve, em 2015, a Certificação Ambiental ISO 14001, no Hospital de Braga e no Hospital Vila Franca de Xira.

No que respeita ao consumo energético, por fonte:

Eletricidade: O setor da saúde, na sua atividade de prestação de cuidados, pressupõe edifícios com estruturas complexas e com elevados níveis de segurança e obrigatoriedade de acesso constante (24h/dia, 365 dias/ano). A eletricidade é por isso um recurso fundamental e a principal fonte de energia utilizada pela José de Mello Saúde, representando 59% dos consumos totais de 2015. Em 2015, para unidades de saúde e períodos equivalentes, verificou-se uma redução de 2,1% nos consumos de eletricidade em relação a 2014. A eletricidade

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é maioritariamente utilizada na alimentação de equipamentos médicos, infor--máticos, iluminação e diversos equipamentos do edifício, com destaque para os de ventilação e ar condicionado (chillers, unidades de tratamento de ar, entre outros). Na iluminação, manteve-se uma gestão proactiva dos sistemas existen-te nas unidades, limitando os horários de funcionamento e reduzindo os níveis de iluminação de acordo com as exigências reais. No campo da iluminação LED continuou a ser incluída em fase de projeto, tanto em renovações como em no-vas unidades, a sua utilização em zonas comuns. Em 2015, destaca-se a sua uti-lização alargada no novo edifício do Contact Center CUF, onde também foi utili-zada dentro dos compartimentos, quer em focos, quer em iluminação indireta. No futuro, manter-se-á a aposta em soluções de iluminação baseadas

em tecnologia LED na José de Mello Saúde.

Gás Natural: O gás natural é utilizado para a produção de calor nas unidades da José de Mello Saúde, servindo para a produção de águas quentes sanitárias e água quente para os sistemas de climatização, através de caldeiras. Verifica- -se também a sua utilização nas cozinhas e, pontualmente, em laboratórios. Esta fonte de energia representou 32% dos consumos energéticos da José de Mello Saúde em 2015, tendo-se verificado, para unidades e períodos equivalentes, uma redução de 14,1% nos consumos de gás em relação a 2014. De referir que não existe fornecimento de gás natural na Clínica CUF Alvalade, Clínica CUF Belém, Clínica CUF Mafra, Clínica CUF São Domingos de Rana, Clínica CUF Sintra e Clínica CUF Miraflores. No Hospital CUF Descobertas o consumo de gás natu-ral é reduzido uma vez que existe fornecimento de entalpia, sendo utilizado o gás natural na cozinha e para abastecimento ao chiller, quando existem falhas de abastecimento de entalpia.

Entalpia: A entalpia é utilizada apenas em duas unidades de saúde, a Clínica CUF Alvalade e Hospital CUF Descobertas, sendo adicionalmente utilizada no Contact Center da CUF, embora ainda de forma incipiente em 2015. Esta fonte de energia representou 9% dos consumos do ano de 2015. Verificou-se uma dimi-nuição de 2,4% decorrente de uma diminuição do consumo no Hospital CUF Descobertas, podendo existir alguma influência artificial dos consumos do segun-do semestre na Clínica CUF Alvalade, que foram obtidos por estimativa.

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De forma geral verificaram-se contribuições muito positivas de todas as com-ponentes energéticas: eletricidade, gás e entalpia. Para efeitos de análise de rá-cios de consumos energéticos das unidades José de Mello Saúde dividiram-se as unidades em três grupos: unidade de internamento de grande e média dimensão, unidades de internamento de pequena dimensão e unidades sem internamento. Seguindo o modelo estabelecido para análise dos consumos nos anos anterio-res, considerou-se o rácio kgep/m2 área útil, comum ao utilizado pelo Ministério da Saúde. Para unidades com internamento é calculado o rácio de kgep/dias de internamento e para unidades sem internamento o rácio de kgep x10/número de consultas. É calculada a média dos dois rácios para uma análise comparativa dentro de cada grupo.Os rácios estabelecem comparações entre diversas unidades, não entrando em conta com diferentes características de instalações e equipamentos, datas de construção e remodelações existentes. No caso da energia isto é particularmen-te crítico quer pela envolvente quer pelo número de equipamentos de AVAC os quais têm aumentado por via das crescentes exigências respeitantes à qualidade do ar interior.

O Hospital de Braga continua a apresentar o melhor rácio de consumos energéticos. Destaca-se a redução do rácio do Hospital CUF Porto de 66,7 em 2014 para 63,8 em 2015 assim como o do Hospital Vila Franca de Xira de 46,5 em 2014 para 37,3 em 2015.

RÁCIOS DE CONSUMO DE ENERGIA Unidades com Internamento - Grande e Média Dimensão

Média kgep/Dias de Internamentokgep/m2 área útil

HVFX

HCIS Tr. Castro

HCD

HCP

HB

00 20 40 60 80 100 120

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No que respeita às unidades com internamento de pequena dimensão:

Verificou-se uma ligeira diminuição dos valores de rácios na Hospital CUF Tor-res Vedras e um pequeno aumento na Hospital CUF Cascais, embora se infira uma situação de maturidade em ambas as unidades; destaca-se ainda a unidade Hospital CUF Santarém, que apresenta os melhores rácios:

RÁCIOS DE CONSUMO DE ENERGIA Unidades com Internamento - Pequena Dimensão

Média kgep/Dias de Internamentokgep/m2 área útil

HCS

HCTV

HCC

00 20 40 60 80 100 120

RÁCIOS DE CONSUMO DE ENERGIAUnidades sem Internamento

HCIS - Miraflores

HCTV - Mafra

HCC - Sintra

HCC - SDR

CCA

CCB

ICUF

00 20 40 60 80 100 120

Média kgep x10/número de consultaskgep/m2 área útil

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Os rácios para unidades sem internamento revelam uma melhoria de perfor-mance das unidades Clínica CUF Belém, Clínica CUF Alvalade e Instituto CUF Porto, com destaque para a redução de 90,3 em 2014, para 81,7 em 2015, em consequência do projeto de eficiência energética implementado. As restantes unidades apresentam variações heterogéneas com tendência de diminuição face a 2014, por otimização dos edifícios de utilização recente.

Água: Na sua performance ambiental, a gestão eficiente do consumo de água é outra das preocupações da José de Mello Saúde. O consumo de água nas suas unidades provém, na sua maioria, do abastecimento público garantido pelos ser-viços municipais ou empresas públicas dos locais onde se inserem e destina-se a consumo humano, utilização sanitária, rega, abastecimento a equipamentos como sejam os de esterilização e reposição dos circuitos de refrigeração. O con-trolo de qualidade da água utilizada é feito através de sistemas de monitorização e tratamento, sendo a qualidade garantida pela realização de análises periódicas efetuadas por entidades certificadas independentes.Os rácios de consumo de água foram agregados de acordo com os três grupos já anteriormente indicados para a área de Energia. No caso específico da água, é utilizado o rácio m3/m2 Área Útil, comum ao utilizado pelo Ministério da Saúde. Para unidades com internamento é calculado o rácio de m3/dias de internamen-to. Para as unidades sem internamento considerou-se o rácio de m3x10/número de consultas. Tal como para a energia é calculada a média dos dois rácios para uma análise comparativa dentro de cada grupo.

Os rácios estabelecem comparações entre diversas unidades não tendo em conta diferentes características de instalações e equipamentos, datas de construção e remodelações existentes.

HVFX

HCIS Tr. Castro

HCD

HCP

HB

00 0,4 0,8 1,2 1,6 2,0 2,4

RÁCIOS DE CONSUMO DE ÁGUA Unidades com Internamento - Grande e Média Dimensão

Média m3/dias de internamentom3/m2 área útil

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Os rácios mais baixos são os do Hospital Vila Franca de Xira e Hospital de Braga. Em todos os casos houve uma variação relativa muito ligeira dos rácios, permitindo concluir uma situação de estabilização nos consumos desta utilitie.

Verifica-se um aumento do rácio no Hospital CUF Torres Vedras de 1,5 em 2014, para 1,7 em 2015 e uma diminuição ligeira de 2,4 em 2014, para 2,3 em 2015, no Hospital CUF Cascais. No caso de unidades sem internamento verificaram-se os seguintes rácios:

HCTV

HCC

00 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0

RÁCIOS DE CONSUMO DE ÁGUA Unidades com Internamento - Pequena Dimensão

Média m3/dias de internamentom3/m2 área útil

HCIS - Miraflores

HCTV - Mafra

HCC - Sintra

HCC - SDR

CCA

CCB

ICUF

00 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0

RÁCIOS DE CONSUMO DE ÁGUAUnidades sem Internamento

Média m3x10/número de consultasm3/m2 área útil

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Também no caso da água os rácios para unidades sem internamento apresen-tam a menor uniformidade dos grupos apresentados. No Instituto CUF Porto existe piscina, um fator diferenciador com grande impacto neste indicador; já nas restantes unidades, não se verificaram alterações significativas em comparação ao ano de 2014.

Resíduos hospitalares: A organização e gestão da recolha, armazenamento, tratamento e eliminação de resíduos nas Unidades da José de Mello Saúde é um processo multidisciplinar que tem vários intervenientes: (i) os profissionais das unidades funcionais e serviços são responsáveis pela triagem e acondiciona-mento dos resíduos; (ii) a recolha interna dos resíduos, pesagem e depósito na central dos resíduos é feita pelos colaboradores das empresas de limpeza; (iii) a gestão e implementação dos circuitos de recolha e armazenamento dos resí-duos são da responsabilidade da gestão hoteleira das unidades de saúde que são ainda responsáveis pela gestão do contrato com as empresas que asseguram a recolha, transporte (a partir das unidades de saúde), tratamento e eliminação de todos os resíduos hospitalares produzidos no âmbito da atividade da José de Mello Saúde.Os Resíduos Hospitalares são divididos em:

Resíduos Hospitalares Não Perigosos (Inclui o Grupo I e II): • Grupo I (Resíduos equiparados a urbanos) – por ex. resíduos provenientes dos serviços gerais, como gabinetes, salas de reuniões, salas de convívio, instalações sanitárias, vestiários, etc.

• Grupo II (Resíduos Hospitalares Não Perigosos) – por ex. material ortopédico: Talas, gessos e ligaduras gessadas não contaminadas e sem vestígio de san-gue; Fraldas e resguardos não contaminados e sem vestígios de sangue. Emba-lagens vazias de medicamentos (frascos-ampola, blisters, etc.), ou de produtos de uso clínico ou comum com exceção dos incluídos no Grupo III e IV.

Resíduos Hospitalares Perigosos (Inclui o Grupo III e IV): • Grupo III (Resíduos hospitalares de Risco Biológico) - por ex. todos os resíduos contaminados provenientes de quartos ou enfermarias de doentes infeciosos ou suspeitos, de unidades de hemodiálise, de blocos operatórios, de salas de tratamento, de salas de autópsia e de anatomia patológica.

• Grupo IV (Resíduos Hospitalares de Risco Especifico) – por ex. peças anatómicas identificáveis (amputações), fetos e placentas; materiais cortantes e perfurantes, produtos químicos e fármacos rejeitados, citosstáticos e todo o material utilizado na sua manipulação e adminis- tração.

Mais informação sobre os totais dos resíduos hospitalares da José de Mello Saúde em 2015 pode ser encontrada na resposta ao indicador G4-EN23 na pág. 88-89.

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Desempenho Económico-Financeiro

Em 2015 a José de Mello Saúde manteve um crescimento sustentado da sua atividade assistencial nas diferentes áreas de atuação. No ano que passou, e não contando com o Hospital CUF Santarém (adquirido em meados de 2015), realizaram-se cerca de 2 milhões de consultas (aumento de 11% face a 2014), foram operados cerca de 83 mil doentes (+6% que no homólogo), tendo-se registado aproximadamente 77 mil doentes saídos (+5% que no ano anterior). De destacar os mais de 7,5 mil partos realizados nas unidades da José de Mello Saúde, o que corresponde a um aumento 5% comparativamente a 2014.

CUFDurante o ano que passou, as unidades CUF apresentaram crescimentos em todas as áreas assistenciais. No global do ano foram registadas mais de 1,4 milhões de consultas (+12% do que no período homólogo), 45 mil doentes operados (+9% do que no período homólogo) e cerca de 37 mil doentes saídos do interna-mento (+3,9% do que no período homólogo).

Parcerias público-privadasNo que se refere aos hospitais geridos em Parceria Público-Privada (PPP), destacam-se ambos pelos feitos alcançados ao nível de atividade.No Hospital Vila Franca de Xira realça-se a realização de mais 184 partos comparativamente ao ano anterior (+13%), assim como o crescimento do número de doentes operados (+14%) e das consultas (+16%).O Hospital de Braga também apresentou aumentos na atividade em 2015 com destaque para a realização de mais 180 partos que no ano anterior, o que representa um crescimento de 7%, que também se verifica nas consultas (+3%) e nos doentes saídos (+5%).

(1) Não inclui Doentes Saídos das UCIP

(2) Não inclui Hospital CUF Santarém

(Milhares) 2014 2015 Variação%

Consultas 1.827,8 2.022,7 10,7%

Urgências 545,2 562,6 3,2%

Doentes Operados 77,9 82,9 6,4%

Doentes Saídos 73,5 76,9 4,6%

Dias de Internamento 429,9 451,9 5,1%

Partos 7,2 7,2 7,5 5,0%

Indicadores assistenciais da José de Mello Saúde

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Este crescimento sustentado e generalizado da atividade assistencial nas diferentes áreas de atuação da José de Mello Saúde permitiu-lhe atingir em 2015 um valor de proveitos operacionais de 560 milhões de euros, o que representou um crescimento de 8,9% face a 2014.O EBITDA registou um incremento de 11,7% face ao ano anterior, atingindo um valor de 63,5 milhões de euros e uma margem EBITDA de 11,3%, o que se explica não só pelo crescimento generalizado da atividade operacional, mas também por ganhos em termos de eficiência operacional e de redução relativa dos custos operacionais. O resultado líquido atribuível aos acionistas da José de Mello Saúde alcançou um valor de 21,9 milhões de euros, tendo sido impulsionado pela performance muito positiva do EBITDA e por uma reversão de provisões de 1,5 milhões de euros constituídas no âmbito do projeto do novo Hospital CUF Tejo.Em 2015, foram registados outros itens do rendimento integral com um montante de 3,9 milhões de euros, resultantes do efeito positivo da reavaliação superior dos imóveis afetos a serviços de saúde do Hospital CUF Infante Santo e do Hospital CUF Descobertas e do efeito negativo do mark to market dos swaps contratados. Como consequência, o Rendimento Integral Consolidado atingiu um valor de 25,7 milhões de euros, dando um contributo adicional para o reforço dos capitais próprios da José de Mello Saúde.

Demonstração dos resultados e de outro rendimento integral consolidado

(Milhões de Euros) 2014 2015 Var. Var. %

Proveitos Operacionais

Custos operacionais

514,4

(457,5)

560,2

(496,7)

45,8

(39,1)

8,9%

8,6%EBITDAR

Margem EBITDAR

72,3

14,0%

74,6

13,3%

2,3

-0,7%

3,2%

-5,2%EBITDA

Margem EBITDA

56,9

11,1%

63,5

11,3%

6,6

0,3%

11,7%

2,5%Amortizações e Provisões (22,1) (21,3) 0,8 -3,5%EBIT

Margem EBIT

34,8

6,8%

42,2

7,5%

7,4

0,8%

21,3%

11,4%Resultados Financeiros (8,6) (10,4) (1,8) 20,8%EBT 26,1 31,7 5,6 21,5%Impostos

Resultado líquido

Resultado líquido do exercício das Operações

descontinuadas

Resultado líquido atribuível aos interesses que não

controlam

9,0

17,2

(0,4)

0,5

(9,5)

22,2

-

0,3

(0,5)

5,1

-

(0,2)

6,1%

29,5%

-

-37,2%

Resultado líquido atribuível aos acionistas da JMS 16,3 29,4 3,8 34,5%Outros Items do Rendimento Integral 13,5 3,9 13,4 -71,5%Rendimento Integral Consolidado 29,8 25,7 -4,1 -13,7%

RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE2015

64

O CAPEX consolidado da José de Mello Saúde foi de 40,1 milhões de euros e dividiu-se entre investimento imobiliário (23,4 milhões de euros) e investimento em obras e equipamentos (16,7 milhões de euros). O valor do investimento imobiliário refere-se à aquisição dos terrenos destinados ao novo Hospital CUF Tejo e à expansão do Hospital CUF Descobertas.A dívida líquida consolidada registou um aumento de 26,6 milhões de euros face a 2014, situando-se nos 128,6 milhões de euros, o que se deveu integralmente à diminuição das disponibilidades em face da política de investimento da José de Mello Saúde (aquisição do Hospital Privado de Santarém e dos terrenos para a construção do novo Hospital CUF Tejo e para a expansão do Hospital CUF Des-cobertas), uma vez que a dívida bruta sofreu um decréscimo de 10,1 milhões de euros face a 2014.

Os proveitos operacionais do segmento de cuidados de saúde privados totalizaram 352,3 milhões de euros em 2015, 11,3% acima do homólogo, representando 62,9% do total dos proveitos. Este crescimento foi impulsionado por um aumento generalizado nas várias áreas assistenciais, destacando-se o crescimento de 12%, 9% e 4% nas consultas, cirurgias e doentes saídos, respetivamente, face ao homólogo. Quanto ao segmento de cuidados de saúde públicos, os proveitos operacionais cresceram 4,3% face ao período homólogo, atingindo 215,6 milhões de euros, o que representou cerca de 38,5% dos proveitos no final de 2015. De salientar a performance positiva em termos de atividade ao nível da generalidade das áreas assistenciais em ambas as unidades quando comparada com o exercício anterior.

Demonstração da posição financeira consolidada

(Milhões de Euros) Dez-14 Dez-15

Activos Não Correntes 204,0 226,5Fundo de Maneio (45,2) (16,6)Capital Accionista 53,1 77,6Dívida Líquida 102,0 128,6Dívida Líquida/EBITDA 1,8 2,0

Performance por segmento

(Milhões de Euros) 2014 2015 Var %

Proveitos Operacionais Consolidados 514,4 560,2 8,9%Cuidados de Saúde Privados 316,6 352,3 11,3%Cuidados de Saúde Públicos 206,6 215,6 4,3%Holdings e serviços comuns 56,9 67,6 18,9%Outros 5,2 8,0 52,9%Eliminações (70,9) (83,4) 17,6%

RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE2015

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No segmento privado, apesar do crescimento significativo nos proveitos opera-cionais em 2015, verificou-se uma redução do EBIT em 0,6% face ao homólogo e uma queda da margem EBIT de 12,6% para 11,3%. Por outro lado, no segmento público o contínuo enfoque na contenção de custos e maximização da capacidade instalada, refletiu-se numa melhoria da margem EBIT de 1,4% para 2,3%, tendo o EBIT aumentado 62,3% face a 2014 para 4,9 milhões de euros.

Os resultados financeiros consolidados agravaram-se 1,8 milhões de euros face a 2014, o que se justifica pelo aumento dos custos financeiros, em simultâneo com uma redução dos proveitos financeiros em face da diminuição das taxas associadas às diversas aplicações da José de Mello Saúde. O incremento dos custos financeiros é explicado pelo impacto verificado em 2015 dos encargos associados aos leasings imobiliários dos imóveis do Hospital CUF Descobertas e do Hospital CUF Infante Santo contratados no final de 2014.

Resultado líquidoA boa performance operacional permitiu terminar o ano com um resultado líquido consolidado de 21,9 milhões de euros, representando um crescimento de 34% face ao período homólogo.Não obstante a excelente prestação operacional das unidades, importa referir que o resultado líquido do ano está influenciado por efeitos não recorrentes, no-

2014 2015Var %

€ milhões Margem € milhões Margem

EBIT 34,8 6,8% 42,2 7,5% 21,3%Cuidados de Saúde Privados 39,9 12,6% 39,7 11,3% 0,6%Cuidados de Saúde Públicos 3,0 1,4% 4,9 2,3% 62,3%Holdings e serviços comuns (7,4) -13,0% (4,8) -7,1% -35,2%Outros (0,8) -14,4% 2,4 30,5% -424,6%

Resultado por segmento Resultados Financeiros

(Milhões de Euros) 2014 2015 Var %

Resultados Financeiros Consolidados (8,6) (10,0) 20,8%Proveitos Financeiros 1,7 1,0 -39,5%Proveitos/Custos relativos Activos Financeiros 0,3 0,2 24,3%Custos Financeiros (10,6) (11,7) 10,1%

RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE2015

meadamente custos extraordinários incorridos com uma reorganização de recursos humanos realizada durante o ano (1,2 milhões de euros) e proveitos extraordinários (1,3 milhões de euros) associados a acertos de faturação referen-tes ao ano de 2014 no Hospital de Braga. Adicionalmente existiu também uma anulação das provisões (1,5 milhões de euros) constituídas no âmbito do projeto do novo Hospital CUF Tejo.

O fundo de maneio evoluiu de 45,2 milhões de euros para 16,6 milhões de euros, o que se explica maioritariamente pelo aumento do saldo de clientes. O prazo médio de recebimentos aumentou 6,0 dias face a 2014, tendo por outro lado o prazo médio de pagamentos aumentado em 10,7 dias, influenciado pelo cresci-mento de 11,2 milhões de euros no saldo de fornecedores face a 2014.O capital próprio variou positivamente 24,5 milhões de euros face a 2014 por via dos resultados do ano e do rendimento integral.

Principais rácios financeirosA performance positiva da José de Mello Saúde ao longo de 2015 em termos financeiros teve um impacto positivo em alguns dos seus rácios económico -financeiros. A autonomia financeira beneficiou do incremento verificado nos capitais próprios consolidados, tendo atingido um valor de 17,0% em 2015 (12,4% em 2014). Apesar do crescimento verificado na dívida financeira líquida, o rácio Debt to Equity diminuiu 4,6% face a 2014, beneficiando também do crescimento do capital próprio. Por outro lado, e apesar da performance positiva do EBITDA, o incremento na dívida financeira líquida teve um impacto negativo no rácio de alavancagem financeira (dívida financeira líquida/EBITDA), que aumentou para 2,0x em 2015 (1,8x em 2014).

(Milhões de Euros) 2014 2015 2014 2014

Ativos fixos tangíveis 129,5 167,0 Capital e prestações acessórias 67,4 67,4Ativos intangíveis e Goodwill 45,8 44,3 Reservas e resultados (14,2) 10,2Outros 15,0 15,1 Interesses que não controlam 3,6 3,7 Ativos/passivos não correntes detido para venda 13,8 0,1

Ativos Não Correntes 204,0 226,5 Capital Próprio 56,7 81,3

Inventários 7,2 8,9 Empréstimos bancários não correntes 105,6 115,0

Clientes e outros devedores 80,8 98,3 Empréstimos bancários correntes 33,3 27,7Fornecedores e outros credores (83,3) (93,4) Locações financeiras não correntes 70,9 58,9Estado e acréscimos (23,7) (15,6) Locações financeiras correntes 12,4 10,5Provisões (12,8) (13,0) Caixa e equivalentes de caixa (120,2) (83,5)Outros (13,5) (1,8)Fundo de Maneio (45,2) (16,6) Dívida Líquida 102,0 128,6 Ativos Não Correntes + Fundo de Maneio 158,8 209,9 Capital Próprio

+ Dívida Líquida 158,8 209,9

Posição Financeira

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RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE2015

(1) ROE (n) = Resultado Líquido (n) / Capital Próprio (n-1)

(2) Autonomia Financeira = Capital Próprio (n) / Ativo (n)

(3) Rácio D/D+E = Dívida Financeira Liquida / (Dívida Financeira Liquida + Capital Próprio)

2014 2015 Var %

Rendimento do Capital Próprio (ROE), %1 56,4% 38,6% -31,6%Autonomia Financeira2 12,4% 17,0% 37,2%Dívida Financeira Líquida, milhões de euro 102,0 128,6 26,1%Dívida Financeira Líquida/EBITDA 1,8 2,0 12,9%Rácio D/D+E3 64,3% 61,3% -4,6%EBITDA/Encargos Financeiros 5,4 5,4 1,5%

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Indicadores GRI

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SUSTENTABILIDADE2015

RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE2015

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G4 Página Verificaçãoexterna

ESTRATÉGIA E ANÁLISEG4-1 Mensagem do Presidente 5 - 6G4-2 Descrição dos principais impactos, riscos e oportunidades 14, 21-23, 25-29

PERFIL ORGANIZACIONALG4-3 Nome da organização 4G4-4 Principais marcas, produtos e serviços 7 - 8G4-5 Localização da sede de operação da organização 4G4-6 Número de países nos quais a organização opera e nome dos países nos quais as suas

principais operações estão localizadas ou que são especialmente relevantes para os tópicos de sustentabilidade abordados no relatório

4

G4-7 Natureza de propriedade e forma jurídica da organização 4G4-8 Mercados em que a organização actua (com discriminação geográfica, sectores cobertos

e tipos de clientes e beneficiários)7 - 8

G4-9 Dimensão da organização 9 - 13G4-10 Mão-de-obra total, por tipo de emprego, por contrato de trabalho e por região 42G4-11 Total de colaboradores cobertos por acordos de negociação colectiva Não existem acordos de negociação colectivaG4-12 Cadeia de valor da organização 19 - 20G4-13 Alterações significativas ocorridas no decorrer do período coberto pelo relatório em relação

à dimensão, estrutura, participação acionista ou cadeia de fornecedores da organização7

G4-14 Abordagem ao princípio da precaução 27 - 29G4-15 Cartas, princípios ou outras iniciativas, desenvolvidas externamente de carácter económico,

ambiental e social que a organização subscreve ou defendeA José de Mello Saúde é membro do BCSD Portugal – Business Council for Sustainable Development, maior organização empresarial nacional dedicada à sustentabilidade com mais 100 empresas mundiais empenhadas na promoção do desenvolvimento sustentável. Mais informação sobre acreditações externas às unidades da José de Mello Saúde pode ser encontrada no capítulo da qualidade clínica, na pág. 36 - 39

Indicadores GRI

✓✓

✓✓✓

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RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE2015

70

G4 Página Verificaçãoexterna

PERFIL ORGANIZACIONALG4-16 Principais adesões a organizações setoriais Health Cluster Portugal - Polo de Competitividade da Saúde tem como objeto principal

a promoção e o exercício de iniciativas e atividades tendentes à consolidação de um polo nacio-nal de competitividade, inovação e tecnologia de vocação internacional e, bem assim, tendo presentes requisitos de qualidade e profissionalismo, promover e incentivar a cooperação entre as empresas, organizações, universidades e entidades públicas, com vista ao aumento do respe-tivo volume de negócios, das exportações e do emprego qualificado, nas áreas económicas associadas à área da saúde, bem como à melhoria da prestação de cuidados de saúde. Mais informação em: http://healthportugal.com/

Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) – A Associação Portuguesa de Hospi-talização Privada (APHP) é um organismo sem fins lucrativos, apolítico e secularizado, que representa desde 1974 os interesses e valores das unidades de saúde portugue-sas de natureza privada. Defende a criação de um sistema de saúde que assuma características de pluralidade de prestação, competitividade, eficiência e liberdade de escolha da unidade de saúde. Ou seja, um Estado Garantia com a intervenção do mercado. Mais informação em: http://www.aphp-pt.org/ Conselho Estratégico Nacional de Saúde - Confederação Empresarial de Portugal – É um órgão de consulta da CIP que tem por objetivo elaborar recomendações e pareceres, e submeter ao Conselho Geral e/ou Direção sobre matérias do interesse da área da Saúde, enquanto setor económico relevante.

Indicadores GRI

RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE2015

71

G4 Página Verificaçãoexterna

ASPETOS MATERIAIS IDENTIFICADOS E LIMITESG4-17 Lista de todas as entidades incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas

ou documentos equivalentes da organização.b. Reportar se qualquer entidade incluída nas demonstrações financeiras consolidadas ou documentos equivalentes da organização não foi coberta pelo relatório.

62 - Consultar R&C 2015 - nota 3

G4-18 Processo para definição do conteúdo e limites do relatório 15 - 16G4-19 Lista dos aspectos materiais identificados 15 - 16G4-20 Identificação dos aspectos materiais no interior da organização e seus limites Todos os temas identificados na análise de materialidade pertencentes aos grupos de temas “Desempenho”,

“Envolvimento com a comunidade”, Atração e Retenção de Talento”, “Inovação”, “Ecoeficiência” e “Qualidade dos Serviços de Saúde” são considerados materiais dentro da organização. De um modo geral, os temas são relevantes para todas as entidades da organização. No caso particular dos temas relativos ao “Envolvimento com a comunidade”, a JMS considera que existe um impacto dentro da organização, uma vez que os colaboradores estão direta-mente envolvidos tanto na Promoção da saúde e bem-estar da Comunidade como na Sensibilização e Prevenção de Doenças, com dedicação e empenho. Nesse sentido, a JMS considera que este envolvimento contribui para a motivação e realização pessoal dos seus colaboradores.Mais informação sobre o impacto destes temas dentro dos limites da organização podem ser encontrados no capítulo Desenvolvimento Social.

G4-21 Identificação dos aspectos materiais no exterior da organização e seus limites 15 - 16

Indicadores GRI

✓✓

RELATÓRIO DE

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G4 Página Verificaçãoexterna

ASPECTOS MATERIAIS IDENTIFICADOS E LIMITESG4-22 Reformulações de informações fornecidas em relatórios anteriores

e as razões para essas reformulações.4; 15 - 16

G4-23 Alterações significativas em relação a períodos cobertos por relatórios anteriores.

4; 15 - 16

ENVOLVIMENTO COM STAKEHOLDERSG4-24 Lista de Grupo de Stakeholders envolvidos pela organização. 15 - 18G4-25 Base para a identificação e seleção de stakeholders a serem envolvidos. 15 - 18G4-26 Tipo de abordagem para envolver os stakeholders, incluindo frequência

do envolvimento por tipo e grupo de stakeholder.18

G4-27 Temas chave identificados na consulta aos stakeholders e respostas da organização, incluindo a nível de reporting. 18

PERFIL DO RELATÓRIOG4-28 Período coberto pelo relatório 4G4-29 Data do relatório anterior mais recente 4G4-30 Ciclo de emissão de relatórios 4G4-31 Contactos para questões sobre o relatório ou os seus conteúdos 4

SUMÁRIO DO CONTEÚDO DA GRIG4-32 Nível de aplicação, índice de conteúdo da GRI,

referência ao relatório de verificação externa 4

VERIFICAÇÃOG4-32 Política e procedimento relativamente à verificação externa do relatório 4

Indicadores GRI

✓✓

✓✓✓

RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE2015

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G4 Página Verificaçãoexterna

GOVERNAÇÃOG4-34 Estrutura de governo da organização, incluindo comités ao mais alto nível de governo

responsáveis por tarefas específicas, tais como a definição da estratégia ou a supervisão da organização.

30 - 33

G4-37 Processos de consulta usados entre os stakeholders e o mais alto órgão de governo em relação aos tópicos económicos, ambientais e sociais. Se a consulta for delegada a outras estruturas, órgãos ou pessoas, indique a quem e quaisquer processos existentes de feedback para o mais alto órgão de governo.

17

G4-38 Composição do Conselho de Administração: executivos/não executivos; independentes; tempo de permanência no cargo; outros cargos significativos; género; grupo social minoritário; competências nas áreas económica, ambiental e social; representante de parte interessada

33 - Consultar R&C 2015 pág. 214

G4-39 Indique se o Presidente do Conselho de Administração é, simultaneamente, um diretor executivo (e, nesse caso, qual a sua função ao nível da administração da organização e as razões para este composição)

33 - Consultar R&C 2015 pág. 214

ÉTICA E INTEGRIDADEG4-56 Valores, princípios, padrões e normas de comportamento da organização, como códigos

de conduta e de ética.53

G4-57 Mecanismos internos e externos adotados pela organização para solicitar orientações sobre comportamentos éticos e em conformidade com a legislação, como canais de relacionamento.

53

G4-58 Mecanismos internos e externos adotados pela organização para comunicar preocupações em torno de comportamentos não éticos ou incompatíveis com a legislação e questões relacionadas à integridade organizacional, como encaminhamento de preocupações pelas vias hierárquicas, mecanismos para denúncias de irregularidades ou canais de denúncias.

53

Indicadores GRI

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CATEGORIA ECONÓMICAAspeto: Desempenho EconómicoEC1 Valor Económico Direto Gerado e Distribuído

EC2 Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades relacionados com as Alterações ClimáticasA José de Mello Saúde considera que as suas operações possuem pouca exposi-ção a este risco e não possui informação suficiente para descrever as implicações financeiras e outros riscos e oportunidades para as suas atividades, devido às alterações climáticas.

EC3 Cobertura das Obrigações referentes ao plano de benefícios definidos pela organizaçãoA José de Mello Saúde não possui um plano de pensões.

EC4 Benefícios Financeiros significativos recebidos do GovernoA José de Mello Saúde não recebeu nenhum apoio financeiro significativo do governo durante o exercício de 2015.

Aspeto: Presença no mercado

EC5 - Rácio do salário base de entrada comparativamente ao salário mínimo permitido a nível local, nas localizações de atividade mais significativaDada a existência de uma grande diversidade de horários na José de Mello Saúde, foram considerados, para efeitos de cálculo deste indicador, apenas os três horários mais representativos na população existente (35, 36, 40 horas) e os seguintes regimes de trabalho: “Regime Misto”; “Permanentes”; “Contratados” e “Funcionários Públicos”.

VALOR ECONÓMICO GERADO E DISTRIBUÍDO ( Milhares de euros)

Valor Económico Directo Gerado 560.175

Receitas 560.175 Valor Económico Directo Distribuido 512.208

Remunerações 172.860Dividendos 507Pagamentos ao Estado 15.022Comunidades 0Custos Operacionais 323.820

Valor Económico Retido 47.967

Todos os indicadores EC, EN, LA, SO e PR, foram submetidos a verificação externa. As formas de gestão genérica dos indicadores podem ser consultadas na página 17.

RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE2015

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Concluímos da análise que para os horários mais representativos, a remuneração mínima auferida corresponde ao S.M.N., tomando como referência as 40 horas como o período normal de trabalho semanal

Fórmulas:Cálculo do Salário Mínimo Nacional (S.M.N.) é ajustado pelo período normal de trabalho (PNT), de acordo com Artigo 271.º do código de trabalho.Cálculo do valor da retribuição horária: O valor da retribuição horária é calculado segundo a seguinte fórmula: (Rm × 12): (52 × n), sendo “Rm” o valor da retribuição mensal e “n” o período normal de trabalho semanal, definido em termos médios em caso de adaptabilidade.

EC6 – Percentagem da gestão de topo recrutada na comunidade local em unidades operacionais importantesA José de Mello Saúde não pratica qualquer tipo de discriminação na escolha dos seus colaboradores, estando impedida, por razões legais, de exercer qualquer tipo de discriminação no recrutamento de novos colaboradores.

Aspeto: Impactos económicos indiretos

EC7 – Desenvolvimento e Impacto dos Investimentos em infraestruturas e serviços fornecidos essencialmente para Benefício PúblicoPela natureza da sua atividade, a José de Mello Saúde considera que tem impactos diretos e indiretos positivos, nas comunidades servidas pelas suas unidades de saúde.Além da prestação de cuidados de saúde, as unidades da José de Mello Saúde promovem um envolvimento ativo com as comunidades que servem. Mais infor-mações sobre estas iniciativas, assim como resultados e montantes investidos, podem ser encontrados no capítulo do Desenvolvimento Social.

EC8 – Impactos Económicos Indiretos Significativos, incluindo a extensão dos impactosA José de Mello Saúde não possui informação sobre a avaliação dos impactos económicos indiretos da sua atividade.

Aspeto: Práticas de Procurement

EC9 - Percentagem de fornecedores locais em unidades operacionais importantes100% dos fornecedores (mais de 700) da José de Mello Saúdem possuem NIF português.

2015 35h 36h 40h

Salário mais baixo da organização 441,9 454,5 505S.M.N ajustado pelo PNT 441,9 454,5 505Rácio 1,00 1,00 1,00

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CATEGORIA AMBIENTALAspeto: Materiais Utilizados

EN1 – Materiais utilizados, por peso ou por volumeA José de Mello Saúde é uma companhia de serviços que não realiza processos de manufatura e que apresenta um consumo de recursos naturais e matérias--primas reduzido. Informação sobre o consumo energético e de água pode ser encontrada nos indicadores EN3 e EN8.

EN2 - Percentagem de Materiais utilizados que são recicladosNo exercício da sua atividade de prestador de cuidados de saúde, a José de Mello Saúde não utiliza materiais reciclados.

Aspeto: Energia

EN3 - Consumo de energia dentro da organização Gás NaturalO gás natural é a fonte de energia principal utilizada nos sistemas de climatização das unidades José de Mello Saúde, sendo utilizado principalmente para aqueci-mento de águas quentes sanitárias, para o sistema de AVAC e no abastecimento às cozinhas. O consumo global de gás natural em 2015 foi de 25.632.776 kWh.

O Hospital de Braga manteve-se como o maior consumidor de gás do universo de unidades José de Mello Saúde, tendo representado, em 2015, 58% do consumo total. O Hospital de Vila Franca de Xira diminuiu, em relação ao ano anterior, o seu peso percentual para 20% dos consumos totais em resultado das medidas de eficiência energética implementadas.Pode-se analisar no gráfico abaixo a variação dos consumos de gás nas diversas unidades do grupo:

Consumos de gás — 2015 (%)

HB (58%)HCP (3%)ICUF (7%)HCD (1%)HCIS (5%)HVFX (20%)HCC (4%)HCTV (1%)HCS (1%)

58%

1%

4%

20%

3%7%

1%5%

RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE2015

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A redução significativa de consumos no Hospital CUF Porto relaciona-se, principalmente, com a resolução da avaria numa bomba de calor do edifício, cuja indisponibilidade havia levado, em 2014, a um maior uso das caldeiras e, em consequência, ao aumento do consumo de gás. A normalização desta situação permitiu uma redução no consumo deste hospital em 2015 de 35,1% comparati-vamente ao ano anterior.

Salienta-se também a poupança de 24% (603 MWh) nos consumos de gás do Instituto CUF Porto, resultado de um projeto de eficiência energética que permi-tiu melhorar a gestão do edifício e dos seus sistemas centrais.

HB HCP ICUF HCD HCIS HVFX HCC HCTV HCS

18.000

16.000

14.000

12.000

10.000

8.000

6.000

4.000

2.000

0

Milh

ares

VARIAÇÃO NO CONSUMO DE GÁS (kWh)

201320142015

RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE2015

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EletricidadeA eletricidade é a principal fonte de energia utilizada nas unidades da José de Mello Saúde, sendo o consumo global de energia indireta primária em 2015 de 46.406.431 kWh.Os maiores consumidores de energia elétrica em 2015 foram o Hospital de Braga (33%) e o Hospital Vila Franca de Xira (16%). Pode-se analisar no gráfico abaixo a distribuição dos consumos totais de eletricidade nas diversas unidades do grupo:

33%

1%3%

16%

5%3%

1%

10%

8%

8%14%

Consumos de eletricidade — 2015 (%)

HB (33%)HCP (14%)ICUF (8%)HCD (10%)HCIS (8%)HVFX (16%)HCC (5%)HCTV (3%)CCB (1%)CCosta (3%)CCA (1%)HCIS — Miraflores (0%)HCC — SDR (0%) HCC — Sintra (0%)HCTV — Mafra (0%)

HB HCP ICUF HCD HCIS HVFI – Ant. HVFX HCC HCC – SDR HCC – Sintra HCTV HCTV – Mafra CCB CCosta CCA HCS C. CENTER SEDE

16.000

14.000

12.000

10.000

8.000

6.000

4.000

2.000

0

Milh

ares

VARIAÇÃO NO CONSUMO DE ELETRICIDADE (kWh)

201320142015

RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE2015

79

Apesar da expansão do grupo José de Mello Saúde, que passou a integrar, em 2015, o Hospital CUF Santarém, a Clínica CUF Miraflores e – embora em fase de obra – o seu Contact Center, o consumo absoluto de eletricidade de todas as unidades reduziu 3,2% (1.509.501 kWh). Para este efeito contribuíram, em particular, os projetos de eficiência energética do Hospital Vila Franca de Xira e do Instituto CUF Porto, que geraram reduções, respetivamente, de 12,2% e 7,2%. A redução somada de 1.326.598 kWh trazida pelos referidos projetos permitiu absorver os naturais aumentos originados pela operação das novas unidades, e demonstra a importância da aposta da JMS em medidas de eficiência energética como modo de promover a sua sustentabilida-de. Em 2015 são contabilizados também os consumos da sede da José de Mello Saúde, em Carnaxide.Nas restantes unidades destacam-se pela positiva as clínicas CUF Alvalade e CUF Belém que, apesar de se encontrarem numa fase de exploração estabilizada, conseguiram em 2015 reduzir os seus consumos em 7,5% e 5,2%, respetivamente.

EntalpiaNo que respeita à entalpia – utilização de água quente e gelada nos circuitos de AVAC e Águas Quentes Sanitárias, apenas existente no Hospital CUF Desco-bertas e na Clínica CUF Alvalade –, o consumo total em 2015 foi 7.034.529 kWh tendo-se verificado uma diminuição de 172.272 kWh (2,4%) face ao ano de 2014.Os valores da Clínica CUF Alvalade foram obtidos por estimativa a partir de julho de 2015, uma vez que não foi faturado qualquer consumo após esse mês.Apesar da redução significativa de consumo de entalpia na Clínica CUF

Alvalade, valorizado em 9,5%, o Hospital CUF Descobertas foi o que mais contribuiu para esta poupança com uma redução de 94.000 kWh, embora com um peso relativo de apenas 1,5%.

HCD (89%)CCA (11%)

11%

89%

Consumos de entalpia — 2015 (%)

RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE2015

80

EN5 - Intensidade EnergéticaA Intensidade Energética da José de Mello Saúde, no ano de 2015, foi de 47,0 kgep/m2 de área útil. Para o cálculo deste indicador foram usados, como numerador os consumos de eletricidade, gás e entalpia no grupo e, como denominador, a área útil de construção climatizada de acordo com os valores calculados nos Certificados Energéticos das várias unidades.Embora sejam estabelecidos no presente relatório outras análises de rácios, a área útil é o único denominador comum a todas as unidades pelo que foi utilizado nesta análise. De referir também que apenas a energia consumida dentro da organização foi considerada.

EN6 - Redução do Consumo de EnergiaA José de Mello Saúde estabeleceu um plano para o desenvolvimento e imple-mentação de projetos de melhoria de redução dos consumos energéticos e sustentabilidade nas suas unidades. Destacam-se no ano de 2015 os seguintes projetos:

1. Hospital de BragaNo seguimento da implementação de projetos de eficiência energética com elevado retorno como o implementado no Hospital de Vila Franca de Xira (descrito no ponto 3) e que produziu resultados em 2015, deu-se continuidade à estratégia de aumento de eficiência no Hospital de Braga. As medidas aplica-das foram as seguintes: - Alteração da instalação e do sistema de fornecimento de energia para

o retorno das Águas Quentes Sanitárias - Alteração da instalação de recuperação de energia da condensação

dos chillers para potenciar o seu aproveitamento na central térmica - Intervenção sobre o sistema de Gestão Técnica Centralizada do edifício: a. Alteração dos algoritmos de funcionamento dos sistemas de transporte

de energia, com a integração de novas variáveis significativas, permitindo-lhe ter capacidade de modelação e adaptação das condições de funcionamento às necessidades operativas do sistema.

b. Instalação de um servidor para o sistema de gestão de energia assim como a ampliação da capacidade de processamento e cálculo do sistema de gestão técnica e de energia.

HCD CCA

16.000

14.000

12.000

10.000

8.000

6.000

4.000

2.000

0

Milh

ares

VARIAÇÃO NO CONSUMO DE ENTALPIA (kWh)

201320142015

RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE2015

81

c. Evolução significativa do software e hardware do sistema conferindo-lhe maior capacidade de integração de processamento das diversas variáveis de funcionamento do sistema. - Conservação da energia nos Blocos Operatórios - Alterações na transformação de água quente através da introdução de caldeiras com tecnologia de condensação que permitem recuperar a energia perdida na forma de vapor de água; - Alterações na transformação de água gelada.

O conjunto destas medidas permitiu uma redução significativa no consumo de gás – 7,7% em relação ao ano anterior –, bem como uma ligeira diminuição no consumo de eletricidade. O verdadeiro alcance das medidas, porém, apenas poderá ser conhecido no decorrer de 2016.

2. Instituto CUF PortoSendo o Instituto CUF Porto uma das unidades com os rácios energéticos mais agravados do grupo – devido a condicionantes de projeto inicial do edifício –, re-caiu sobre este edifício um plano de eficiência energética semelhante ao descrito acima. Adicionalmente, foi também revisto o sistema de extração de ar com vista ao aproveitamento da energia térmica do ar retira-do do edifício.O conjunto destas medidas permitiu uma redução significativa no consumo de gás – 24% em relação ao ano anterior –, bem como uma diminuição, também ela significativa no consumo de eletricidade: 7,2%. Dado que o projeto foi implemen-

tado durante o ano de 2015 espera-se que os consumos diminuam ainda de forma mais acentuada em 2016.

3. Hospital Vila Franca de XiraDurante o ano de 2014, e seguindo uma política de controlo sobre os consumos energéticos iniciada após a transição para o novo Hospital, foi desenvolvido um projeto no Hospital Vila Franca de Xira dedicado à eficiência energética. Apenas em 2015 foi possível aferir o alcance das medidas de eficiência energética então aplicadas: verificou-se uma redução de cerca de 22% nos consumos globais de energia em comparação ao homólogo – de referir que só o valor desta redução (3.749.294 kWh) é superior ao consumo global de energia dde unidades como o Hospital CUF Torres Vedras ou o Hospital CUF Cascais, o que demonstra a rele-vância das medidas aplicadas.

4. Novos ProjetosAs medidas aplicadas em todas as instalações supracitadas demonstram a necessidade da aposta em tecnologias adequadas ao funcionamento ótimo de cada edifício; é, porém, de vital importância que a integração de tais tecnologias comece desde logo na fase de concepção dos edifícios. Por este fato, em 2015, e com continuidade em 2016, o desenvolvimento dos projetos das futuras unidades do Grupo e expansões das existentes – como o Hospital CUF Viseu, o Hospital CUF Tejo e os novos edifícios de expansão dos hospitais CUF Desco-bertas e CUF Torres Vedras – tem levado em conta toda a experiência acumula-da nesta área para fortalecer, não só no curto, mas também no médio e longo

RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE2015

82

prazo, o compromisso do grupo José de Mello Saúde para com a sustentabilidade dos seus edifícios.

Aspeto: Água

EN8 - Total de consumo de água segmentado por fonteO consumo total de água, em 2015, nas unidades José de Mello Saúde foi de 323.716 m3.As Unidades com maior peso são o Hospital de Braga (35%), Hospital Vila Franca de Xira (15%) e Hospital CUF Descobertas (14%). Pode-se analisar no gráfico infra a variação dos consumos de água nas diversas unidades da JMS:

Análise mensal dos consumos de água — 2015(%)

35%

2%1%

15%

5%

2%

14%

12%

9%5%

HB (35%)HCP (9%)ICUF (5%)HCD (14%)HCIS (12%)HVFX (15%)HCC (5%)HCTV (2%)CCosta (1%)CCA (2%)CCB (0%)HCTV — Mafra (0%)HCC — SDR (0%)HCC — Sintra (0%)

RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE2015

83

No global, existiu um aumento de 3,9% nos consumos de água, para o qual contribuiu em grande parte, a integração do Hospital CUF Santarém e da Clínica CUF Miraflores no portfólio da José de Mello Saúde.Destaca-se pela positiva a redução dos consumos no Hospital CUF Descobertas e nas várias clínicas CUF, muito embora o gasto de água tenha aumentado ligeiramente nas unidades hospitalares, o que se relaciona com um aumento de produção generalizado, demonstrado pela evolução do indicador Dias de Internamento, que em 2015 aumentou 4,9% face a 2014.

EN9 – Fontes de água afetadas significativamente pelo consumo de águaEste indicador é considerado não aplicável no âmbito da atividade da José de Mello Saúde.

EN10 – Volume total e percentagem de água reciclada e reutilizadaOs Hospitais de Braga e Vila Franca de Xira possuem reservatórios para onde é encaminhado parte do volume de águas recolhido pela rede de recolha de águas pluviais do edifício. As mesmas são posteriormente utilizadas para rega.

HB HCP ICUF HCD HCIS HVCIS Miraflores

HVFX HCC HCC – SDR

HCC Sintra

HCTV HCTV Mafra

CCB CCosta CCA HCS Contact Center

Sede

120.000

100.000

80.000

60.000

40.000

20.000

0

VARIAÇÃO NO CONSUMO DE ÁGUA (m3)

201320142015

RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE2015

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Os volumes dos depósitos, 170m3 e 132m3 respetivamente, permitem armazenar para sensivelmente 3 dias de rega em tempo de verão.

Aspeto: Emissões

EN15 e EN16 - Emissões diretas de GEE (Âmbito 1) e Emissões indiretas de GEE (Âmbito 2)O valor global de emissões de gases com efeito de estufa da José de Mello Saúde foi de 21.108 tCO2 em 2015.

HB (37%)HCP (11%)ICUF (7%)HCD (11%)HCIS (8%)HVFX (17%)HCC (4%)HCTV (2%)CCosta (2%)CCA (1%)CCB (0%)HCTV — Mafra (0%)HCC — SDR (0%)HCC — Sintra (0%)

37%

1%2%

17%

4%

2%

11%

8%

7%11%

Emissão de CO2 — 2015 (%)

RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE2015

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Os valores das emissões indicadas foram apurados com base no total das faturas entregues pelos prestadores, sendo o coeficiente para cálculo das emissões de CO2 equivalente fornecido pelos prestadores no caso da eletricidade e, no caso de consumos de gás e entalpia, através de cálculo, utilizando o fator de emissão indicado pelos fornecedores.

Podemos analisar no gráfico em cima a contribuição de cada consumo para o total de emissões de CO2 em cada unidade.Verificou-se uma diminuição das emissões de CO2 em 11,6% face a 2014. Esta redução bastante significativa resulta dos efeitos acumulados da redução em valor absoluto dos consumos energéticos do grupo José de Mello Saúde e de um mix energético mais favorável apresentado pelos fornecedores de eletricidade.

TotalEntalpiaGásEletricidade

HB HCP ICUF HCD HCIS HVFI Miraflores

HVFXAnt.

HVFX HCC HCC – SDR

HCC Sintra

HCTV HCTVMafra

CCB CCosta CCA HCS Contact Center

Sede

16.000

14.000

12.000

10.000

8.000

6.000

4.000

2.000

0

EMISSÕES DE CO2 (TON)

RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE2015

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EN17 - Outras emissões indiretas de GEE (Âmbito 3)As deslocações em serviço são maioritariamente efetuadas em veículos da frota da José de Mello Saúde, sendo contabilizadas como emissões diretas e tendo sido consideradas não relevantes, dada a sua reduzida expressão.

EN18 – Intensidade CarbónicaA intensidade carbónica da José de Mello Saúde, no ano de 2015, foi de 77,9 kgCO2/m2 de área útil. Para o cálculo deste indicador foi usada como numerador a soma das emissões referentes à produção de eletricidade, gás e entalpia consumidos no grupo e, como denominador, a área útil de construção climatizada de acordo com os valores calculados nos Certificados Energéticos das várias unidades.

HB HCP ICUF HCD HCIS HVFI – Ant.

HVFX HCC HCC SDR

HCC Sintra

HCTV HCTV Mafra

CCB CCosta CCA Contact Center

Sede

9.000

8.000

7.000

6.000

5.000

4.000

3.000

2.000

1.000

0

201320142015

VARIAÇÃO DAS EMISSÕES DE CO2 (TON)

RELATÓRIO DE

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EN19 - Iniciativas para a redução das emissões de GEEA José de Mello Saúde desenvolveu algumas iniciativas que resultam numa redução de emissões de gases com efeito de estufa (ver resposta ao indicador EN6) no entanto não é possível estimar o total economizado com estas ações.

EN20 - Emissões de substâncias destruidoras da camada de ozono, por pesoEste indicador é considerado não aplicável no âmbito de atividade da José de Mello Saúde, dado que os processos e serviços da organização não utilizam substâncias destruidoras da camada do ozono.

EN21 - NOX, SOX e outras emissões atmosféricas significativas por tipo e pesoOs valores de SOX emitidos nas unidades da José de Mello Saúde são desprezá-veis, uma vez que o Gás Natural contém um teor de enxofre que permite assumir como nula a emissão de GEE.O valor total de emissões de NOX foi de 6.183 kg sendo considerado para este cálculo o consumo de Gás Natural nas unidades José de Mello Saúde. Assim foram estimadas as emissões de NOX utilizando o fator de conversão de 67 g/GJ, indicado pela Agência Portuguesa do Ambiente.

Emissão de NOx — 2015 (Kg)

HB (58%)HCP (3%)ICUF (7%)HCD (1%)HCIS (5%)HVFX (20%)HCC (4%)HCTV (1%)CCosta (0%)CCA (0%)CCB (0%)HCTV — Mafra (0%) HCC — SDR (0%)HCC — Sintra (0%)

58%

1%

20%

4%

3%

5%1%

7%

RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE2015

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Aspeto: Efluentes e Resíduos

EN22 - Descargas de água por qualidade e destinoAtualmente não é possível quantificar as descargas de água por qualidade e destino nas unidades da José de Mello Saúde.

EN23 - Total de resíduos por tipo e destino e método de eliminaçãoOs Resíduos Hospitalares são divididos em:

Resíduos Hospitalares Não Perigosos (Inclui o Grupo I e II) - Grupo I (Resíduos Equiparados a Urbanos) - Exemplo: Resíduos provenientes

dos serviços gerais, como gabinetes, salas de reuniões, salas de convívio, instalações sanitárias, vestiários, etc.

- Grupo II (Resíduos Hospitalares Não Perigosos) - Exemplo: Material orto- pédico: talas, gessos e ligaduras gessadas não contaminadas e sem vestígio de sangue; fraldas e resguardos não contaminados e sem vestígios de sangue, embalagens vazias de medicamentos (frascos-ampola, blisters, etc.), ou de produtos de uso clínico ou comum com exceção dos incluídos no Grupo III e IV.

Resíduos Hospitalares Perigosos (Inclui o Grupo III e IV) - Grupo III (Resíduos Hospitalares de Risco Biológico) - Exemplo: Todos os resíduos contaminados provenientes de quartos ou enfermarias de doentes infeciosos ou suspeitos, de unidades de hemodiálise, de blocos operatórios,

de salas de tratamento, de salas de autópsia e de anatomia patológica. - Grupo IV (Resíduos Hospitalares de Risco Específico) - Exemplo: Peças anatómicas identificáveis (amputações), fetos e placentas; materiais cortantes e perfurantes, produtos químicos e fármacos rejeitados, citostáticos e todo o material utilizado na sua manipulação e adminis- tração.

Resíduos por Tipo Quant. Acum. 2014 Quant. Acum. 2015

Perigosos 1.009 1.113Não Perigosos 4.503 5.451

Obs.: Unidade Medida Tonelada

Quant. Acum. 2014

Quant. Acum. 2015

6.000

4.000

2.000

0

PerigososNão Perigosos

RELATÓRIO DE

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Nota: O cálculo da produção de Resíduos Hospitalares Não Perigosos (RHNP’s) e de Resíduos Valorizáveis nas unidades da José de Mello Saúde é realizado por estimativa, uma vez que cada unidade de saúde dispõe de soluções de encami-nhamento destes resíduos diferente das restantes. Na base deste cálculo foram utilizadas as quantidades registadas pela AMBIMED nas unidades em que presta este serviço (Hospital CUF Descobertas e Hospital Vila Franca de Xira).

Resíduos por Destino Quant. Acum. 2014 Quant. Acum. 2015

Deposição 5.512 6.217Valorização 317 347

Unidade Medida Tonelada

Quant. Acum. 2014

Quant. Acum. 2015

8.000

6.000

4.000

2.000

0

DeposiçãoValorização

RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE2015

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CATEGORIA SOCIALPRÁTICAS LABORAIS

Aspeto: Emprego

LA1 Número total e as taxas de novas contratações e rotatividade de empregados por faixa etária, género e região.

2015

Entradas 1.561Saídas 1.187Empregados no Final do Período 7.055Taxa de Novas Contratações 22,1%Taxa de Saída 16,8%Taxa de Rotatividade 19,5%

EntradasFeminino 1.233Masculino 328

Região Norte 382Sul 1.179

<30 anosFeminino 634Masculino 176

30-50 anosFeminino 542Masculino 142

>50 anosFeminino 57Masculino 10

Taxa de novas contrataçõesFeminino 22,2%Masculino 21,9%<30 anos 11,5%30-50 anos 9,7%>50 anos 0,9%TOTAL 22,1%

RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE2015

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LA2 Benefícios oferecidos a empregados full-time que não são oferecidos a empregados temporários ou a tempo parcial, por unidades operacionais importantesApenas os colaboradores com contrato individual de trabalho e permanentes usufruem de seguro de saúde oferecido pela empresa. Destes excluem-se os que tem contrato com as unidades em regime de Parceria Público-Privada.

SaídasFeminino 925Masculino 262

Região Norte 446Sul 741

<30 anosFeminino 377Masculino 115

30-50 anosFeminino 451Masculino 129

>50 anosFeminino 97Masculino 18

Taxa de rotatividadeFeminino 15,3%Masculino 4,2%<30 anos 9,2%30-50 anos 9,0%>50 anos 1,3%TOTAL 19,5%

Taxa de saídaFeminino 13,1%Masculino 3,7%<30 anos 7,0%30-50 anos 8,2%>50 anos 1,6%TOTAL 16,8%

RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE2015

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LA3 Taxa de retenção e de retorno após licença de paternidade por género Aspeto: Saúde e Segurança no trabalho

LA5 Percentagem de empregados representados em comités formais de gestão, comités de segurança e saúde dos trabalhadores, que ajudem a monitorizar e aconselhar sobre programas de saúde e segurançaCada uma das unidades da José de Mello Saúde tem um representante de segurança, higiene e saúde no trabalho, porém não existem comissões formais criadas para acompanhar este tema, estando essa responsabilidade a cargo da SAGIES, empresa que presta esse serviço à José de Mello Saúde.

LA6 Tipo de lesão e as taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absentismo e número total de mortes relacionadas com o trabalho, por região e por género

Taxa de retornoFeminino 95%Masculino 94%

Taxa de retençãoNorte 86%Sul 93%

Colaboradores que regressaram ao trabalho que estiveram de licença de

paternidade / maternidade no ano de reporteFeminino 175Masculino 34

Colaboradores que regressaram após gozo de licença parental 2015Feminino 166Masculino 32

Colaboradores que regressaram ao trabalho após a licença de paternidade / maternidade

e continuam empregados após 12 meses de trabalhoFeminino 148Masculino 28

Feminino Masculino TotalTaxa de lesões Horas Taxa Horas Taxa Horas Taxa

Acidente de Trabalho 46.381 0,42% 8.210 0,27% 54.591 0,39%

RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE2015

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Pressupostos: A José de Mello Saúde calcula a taxa de lesões com base nas horas de ausência devido a acidentes de trabalho.

Fórmula: horas de ausência devido a acidente de trabalho / potencial máximo de trabalho

Taxa de Absentismo: Considerou-se que cada FTE’s corresponde a uma média de 2.080 horas ano (173,33 mês). A José de Mello Saúde considera a definição das diretrizes G4, excluindo das horas de absentismo licenças relacionadas com casamento, estudo, falecimento, licença parentalFórmula: horas de ausência de absentismo / potencial máximo de trabalhoConsideram-se apenas colaboradores contratados, permanentes, funcionários públicos e em regime misto representando um total de 7.055 dos 7.761 colabora-dores da José de Mello Saúde.

LA8 Tópicos de saúde e segurança cobertos por acordos formais com sindicatosNão existem tópicos relativos a saúde e segurança abrangidos por acordos formais com sindicatos.

Horas de absentismo (total)

Feminino Masculino

Norte 204.360 27.978 Sul 243.884 25.719

TOTAL 448.244 53.697

Tipo de AusênciaFeminino Masculino Total

Horas Taxa Horas Taxa Taxa

Acidente de Trabalho 46.381 0,42% 8.210 0,27% 0,39%Assistência Família 39.523 0,36% 2.049 0,07% 0,30%Ausência Autorizada 2.145 0,02% 536 0,02% 0,02%Ausência Injustificada 5.600 0,05% 2.017 0,07% 0,05%Ausência Justificada 3.331 0,03% 0 0,00% 0,02%Doença 344.003 3,10% 38.265 1,28% 2,71%Greve 4.176 0,04% 740 0,02% 0,03%Licença Sem Vencimento 1.730 0,02% 1.378 0,05% 0,02%Obrigações legais 766 0,01% 487 0,02% 0,01%Suspensão 589 0,01% 16 0,00% 0,00%

TOTAL 448.244 4,04% 53.697 1,79% 3,56%

RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE2015

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Aspeto: Formação e capacitação

LA9 Média de horas de formação por ano, por colaborador e por categoriaA José de Mello Saúde realizou em 2015 cerca de 115.917 horas de formação, uma média de 16,43 horas por colaborador.

Considerado as horas de formação por categoria profissional, e contabilizado a formação dos Órgões Sociais, a A José de Mello Saúde realizou em 2015 cerca de 115.988 horas

Género Nr. Colaboradores Horas Média

Feminino 5555 91.717 16,51Masculino 1500 24.200 16,13

TOTAL GERAL 7055 115.917 16,43

HorasGrupo Funcional Feminino Masculino Total

Administrativos 9.584 2.154 11.738Auxiliares 15.709 3.642 19.351Dirigentes 2.386 1.191 3.577Enfermeiros 38.981 6.715 45.696Internos 5.447 2.641 8.087Médicos 6.881 4.919 11.800Órgãos Sociais 47 24 71Serviços Gerais 1.159 384 1.544Téc. Diag. Terap. 5.512 1.531 7.044Téc. Sup. Saúde 3.319 198 3.517Téc. Superiores 2.739 826 3.565

TOTAL GERAL 91.764 24.224 115.988

RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE2015

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Pressupostos: Consideram-se apenas colaboradores contratados, permanentes, regime misto e funcionários públicos

LA11 Percentagem de funcionários que recebem, regularmente, avaliações de desempenho

HorasFormação Feminino Masculino Total

ACUF 60 0 60CCA 440 48 488CCB 192 56 248HCC 2.570 636 3.206HCTV 1.759 347 2.105HB 52.612 12.431 65.043HCIS 3.847 631 4.478HCP 3.688 763 4.451HCV 4 6 9HCS 189 39 228HVFX 17.717 6.519 24.236ICUF 506 82 588JACE 3.175 1.517 4.692JMSH 45 0 45LACE 14 40 54SAGIES 14 8 22HCD 4.933 1.104 6.037

TOTAL GERAL 91.764 24.224 115.988

HorasFormação Feminino Masculino Total

Comportamental 11.917 3.178 15.095Gestão 6.566 2.166 8.731Técnica 73.281 18.880 92.162TOTAL 91.764 24.224 115.988

Total colaboradores avaliados 4.809

GPS 268MAPPA 4.541% colaboradores avaliados 68%

RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE2015

96

Na José de Mello Saúde, 68% dos colaboradores foram avaliados segundo um dos dois sistemas existentes: 268 através do GPS (Global Performance System) destinado aos quadros de gestão e 4.541 através do MAPPA (Modelo Avaliação, Performance e Potencial Anual), num total de 4.809 colaboradores avaliados.De referir que se consideraram apenas colaboradores contratados, permanen-tes, funcionários públicos e em regime misto representando um total de 7.055 dos 7.761 colaboradores da José de Mello Saúde e que só estão sujeitos a avaliação colaboradores que tenham exercido funções por um período mínimo de 6 meses.

Aspeto: Diversidade e Igualdade de oportunidades

LA12 Composição dos órgãos de governo e discriminação de empregados por categoria, por género, faixa etária, associação a grupos minoritários e outros indicadores de diversidadeInformação sobre a composição dos órgãos sociais da José de Mello Saúde pode ser encontrada no início do Relatório, nas páginas referentes ao Governo da Sociedade.O grupo funcional mais representativo da José de Mello Saúde desempenha funções de auxiliar de ação médica, com 27% do universo de colaboradores. Enfermeiros e administrativos, são as outras áreas mais representadas com 25% e 21% respetivamente.No que respeita à composição por género, a população da José de Mello Saúde é maioritariamente feminina com 79% de colaboradoras para apenas 21% de colaboradores masculinos.

Grupo Funcional Feminino Masculino Total Geral

Administrativos 1.235 241 1.476Auxiliares 1.624 274 1.898Dirigentes 79 65 144Enfermeiros 1.457 292 1.749Internos 158 72 230Médicos 373 291 664Serviços Gerais 97 94 191Téc. Diag. Terap. 315 91 406Téc. Sup. Saúde 58 9 67Téc. Superiores 159 71 230TOTAL GERAL 5555 1500 7055

Grupo Funcional Feminino Masculino Total Geral

Administrativos 84% 16% 21%Auxiliares 86% 14% 27%Dirigentes 55% 45% 2%Enfermeiros 83% 17% 25%Internos 69% 31% 3%Médicos 56% 44% 9%Serviços Gerais 51% 49% 3%Téc. Diag. Terap. 78% 22% 6%Téc. Sup. Saúde 87% 13% 1%Téc. Superiores 69% 31% 3%TOTAL GERAL 79% 21% 100%

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Relativamente a outros indicadores de diversidade, a faixa etária mais represen-tativa está compreendida entre os 30 e os 50 anos de idade, representando 61% dos colaboradores considerados.

Pressupostos: Consideram-se apenas colaboradores contratados, permanentes, funcionários públicos e em regime misto representando um total de 7.055 dos 7.761 colabora-dores da José de Mello Saúde.

Igualdade de remuneração para homens e mulheres

LA13Rácio de salário-base e as remunerações de mulheres e homens, por categoria funcional e unidades operacionais relevantes

Grupo Profissional <30 30-50 >50 Total

Administrativos 314 993 169 1.476Auxiliares 335 1.083 480 1.898Dirigentes 2 113 29 144Enfermeiros 506 1.051 192 1.749Internos 133 97 0 230Médicos 0 423 241 664Serviços Gerais 12 130 49 191Téc. Diag. Terap. 123 231 52 406Téc. Sup. Saúde 22 38 7 67Téc. Superiores 81 137 12 230TOTAL 1528 4296 1231 7055Proporção 21,66% 60,89% 17,45%

Horas/Semana 35 36 40

Grupo Funcional Rácio Rácio Rácio

Administrativos - 1,0 1,0Auxiliares 1,0 1,1 1,0Dirigentes 0,6 0,8 0,8Enfermeiros 1,3 1,0 1,0Internos - - 1,0Médicos 1,0 0,7 0,9Serviços Gerais 0,8 1,0 0,7Téc. Diag. Terap. 0,8 1,0 1,0Téc. Sup. Saúde - - 1,0Téc. Superiores - 1,1 0,9Total Geral 0,6 0,7 0,8

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No que respeita aos rácios do salário base dos homens em relação às mulheres salienta-se a proximidade geral dos rácios, especialmente nas categorias: Auxiliares, Administrativos e Enfermeiros. No caso dos Enfermeiros, os rácios revelam vencimentos base superiores para as mulheres.No âmbito da atividade da José de Mello Saúde não se encontra identificada nenhuma diferença entre o salário base e a remuneração mensal.

Pressupostos: • Consideram-se apenas colaboradores com horários semanais de 35, 36 e 40 horas; • Consideram-se apenas colaboradores contratados, permanentes, funcionários públicos e em regime misto representando um total de 7.055 dos 7.761 colaboradores da José de Mello Saúde. • Utilizou-se para efeitos de cálculo o Vencimento Base médio por grupo funcional.

SOCIEDADE

Aspeto: Comunidades Locais

SO1 Percentagem de operações envolvidas com a comunidade local, avaliações de impacto e programas de desenvolvimentoAs unidades de grande dimensão da José de Mello Saúde (Hospitais) realizam

programas de envolvimento com as comunidades onde estão localizadas, sendo esse um dos grandes objetivos da política de sustentabilidade da José de Mello Saúde. Mais informação sobre estas iniciativas pode encontrar-se no capitulo do Desenvolvimento Social e nos websites dos Hospitais.

SO2 Operações com impactos significativos negativos reais e potenciais sobre as comunidades LocaisA José de Mello Saúde gere e presta cuidados de saúde que respeitam as melhores práticas do setor e de acordo com a legislação portuguesa. Por esse motivo, a José de Mello Saúde está convicta que as suas operações não têm potencial significativo ou impacto negativo nas comunidades locais.

Aspeto: Conformidade

SO8 Valor monetário de multas significativas ou sanções não monetárias por não conformidade com leis e regulamentosEm 2015 não se verificaram multas significativas por não conformidade com leis e regulamentos.

Aspeto: Avaliação de Fornecedores em Impactos na Sociedade

SO9 Percentagem de novos fornecedores, que foram selecionados de acordo com critérios de impacto na sociedadeEm linha com o compromisso de prestação de cuidados de saúde de excelência,

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a José de Mello Saúde seleciona os seus novos fornecedores através de critérios de qualidade e especificações técnicas do produto, trabalhando com os melhores fornecedores do mercado em que opera. Não possuindo informação que permita reportar a percentagem de fornecedores selecionados de acordo com critérios de impacto na sociedade, a José de Mello Saúde considera fundamental que estes tenham e promovam princípios de ética, transparência e respeito pela sociedade.

SO10 Impactos significativos reais e potenciais na Sociedade e na cadeia de abastecimento e ações tomadasNão se verificou potencial ou impacto negativo na sociedade e na cadeia de abastecimento da José de Mello Saúde.

RESPONSABILIDADE PELO PRODUTO

Aspeto: Saúde e Segurança do Cliente

PR1 Percentagem de categorias de produtos e serviços significativos para a qual os impactos de saúde e de segurança são avaliados e melhoradosA José de Mello Saúde gere e presta cuidados de saúde. A natureza desta ativi-dade exige que estes procedimentos estejam presentes durante todo o ciclo de vida dos seus serviços, através de um conjunto de procedimentos de práticas de segurança e medidas de autoproteção dos seus profissionais. A medição do cumprimento ou não das medidas de segurança e por tal da avaliação do impacto

é realizada por amostragem em auditoria internas de forma proativa e também pela monitorização de indicadores de performance clínica ligados à Gestão do Risco e ao Controlo de Infeção. O sistema de gestão da qualidade em funcionamento, a identificação de não conformidades espontâneas e a realização de auditorias externas ao sistema representam também avaliações sobre as práticas de segurança da organização.

PR2 Número total de incidentes de incumprimento do regulamento e código relativamente aos impactos na saúde e segurança dos produtos e serviços durante o seu ciclo de vida, discriminados por tipo de resultadoEm 2015 não se verificaram incidentes no âmbito deste indicador.

Aspecto: Rotulagem de produtos e serviços

PR3 Tipo de informação exigida na rotulagem dos produtos e serviços e percentagem de produtos e serviços significativos sujeitos a tais requisitosA atividade de prestador de cuidados de saúde não envolve “rotulagem” de produtos e serviços, no entanto a José de Mello Saúde disponibiliza um conjunto de informação acerca do seu portfólio de serviços.De destacar a aposta na digitalização da relação com o cliente, criando ferramentas, promovendo e facilitando uma maior interação dos doentes com as suas unidades de saúde (websites, página de facebook, app MyCUF).

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PR4 Número total de casos de incumprimento com os regulamentos e os códigos voluntários relativos a informações de rotulagem de produtos e serviços por tipo de resultadoEm 2015 não se verificaram incidentes no âmbito deste indicador.

PR5 Resultados de inquéritos para medir a satisfação dos clientesOs inquéritos de satisfação de clientes da CUF são anuais e avaliam áreas de atividade como o Atendimento Permanente, Consulta, Internamento, MCDT’s, Atendimento telefónico, Atendimento presencial e Faturação. A escala de avaliação é de 1 a 10, estando segmentada da seguinte forma: clientes que atribuem 10 ou 9, estão muito satisfeitos, 8 ou 7 estão satisfeitos, 6 ou 5 estão pouco satisfeitos e 4, 3, 2, 1 estão insatisfeitos. Este tipo de segmentação permitiu basear desde 2012, os objetivos (por unidade de saúde e não como um todo) na margem de clientes considerados “muito satisfeitos”.Os inquéritos são realizados por uma empresa externa e realizados via entrevista telefónica, com base num amostragem representativa do universo de cada unidade CUF.No que respeita aos inquéritos de satisfação de 2015, à semelhança do ano anterior, foi definido que o indicador a considerar seria «os clientes muito satisfeitos», como forma de avaliação da satisfação global dos clientes das unidades CUF.Assim, os índices de satisfação variam entre os 57% e os 71%:

Aspeto: Privacidade do cliente

PR8 Número total de reclamações comprovadas relativamente à violação de privacidade e perda de dados de clientesEm 2015 não se verificaram incidentes no âmbito deste indicador.

Aspeto: Conformidade

PR9 Valor monetário de multas significativas por falta de conformidade com as leis e os regulamentos relativamente ao fornecimento e uso de produtos e serviçosEm 2015 não se verificaram incidentes no âmbito deste indicador.

Unidade Satisfação Global

CCB 71%HCTV 68%HCP 68%ICUF 65%CCA 62%HCC 61%HCIS 59%HCD 57%

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GLOSSÁRIO

ACUF – Academia CUF

CCA – Clínica CUF Alvalade

CCB – Clínica CUF Belém

HB – Hospital de Braga

HCC – Hospital CUF Cascais

HCD – Hospital CUF Descobertas

HCIS – Hospital CUF Infante Santo

HCP – Hospital CUF Porto

HCS – Hospital CUF Santarém

HCTV – Hospital CUF Torres Vedras

HCV – Hospital CUF Viseu

HVFX – Hospital Vila Franca de Xira

ICUF – Instituto CUF Porto

JACE – Prestação de Serviços Administrativos e Operacionais, A.C.E.

JMSH – José de Mello Saúde S.A.

LACE – Serviços de Logística, A.C.E.

MCDT’s – Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica

SAGIES – Empresa de prestação de serviços de Segurança e Saúde no Trabalho

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VERIFICAÇÃOEXTERNA

PricewaterhouseCoopers & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda. Sede: Palácio Sottomayor, Rua Sousa Martins, 1 - 3º, 1069-316 Lisboa, Portugal Tel +351 213 599 000, Fax +351 213 599 999, www.pwc.com/pt Matriculada na Conservatória do Registo Comercial sob o NUPC 506 628 752, Capital Social Euros 314.000 PricewaterhouseCoopers & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda. pertence à rede de entidades que são membros da PricewaterhouseCoopers International Limited, cada uma das quais é uma entidade legal autónoma e independente. Inscrita na lista das Sociedades de Revisores Oficiais de Contas sob o nº 183 e na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários sob o nº 9077

Ao Conselho de Administração da José de Mello Saúde, S.A.

Verificação independente do Relatório de Sustentabilidade 2015

Introdução

Fomos solicitados pela José de Mello Saúde, S.A. (JMS), para procedermos à verificação independente do “Relatório de Sustentabilidade 2015” (Relatório). A verificação foi efetuada de acordo com as instruções e critérios definidos pela JMS, referidos e divulgados no Relatório, e com os princípios e a abrangência descritos no Âmbito.

Responsabilidades

O Conselho de Administração da JMS é responsável pela preparação do Relatório e divulgação da informação de desempenho apresentada e seus critérios de avaliação bem como pelos sistemas de controlo interno, processos de recolha, agregação, validação e relato da mesma. A nossa responsabilidade consiste na elaboração de um relatório contendo o nosso parecer sobre a adequação daquela informação baseada nos procedimentos de verificação independente que efetuámos e por referência aos termos acordados. Não assumimos qualquer responsabilidade perante qualquer outro propósito, pessoas ou organizações.

Âmbito

Os nossos procedimentos de revisão foram planeados e executados de acordo com o International Standard on Assurance Engagements 3000 (ISAE 3000), e com referência à Global Reporting Initiative, versão 4 (G4), de forma a obter um grau moderado de segurança sobre a adequação da informação constante do Relatório bem como dos sistemas e processos que lhe servem de suporte. A extensão dos nossos procedimentos é menor que a de uma auditoria e, por consequência, o nível de fiabilidade é mais baixo, consistindo em indagações e testes analíticos e algum trabalho substantivo.

Nesta verificação independente, os nossos procedimentos consistiram em:

(i) Indagações à gestão e principais responsáveis das áreas em análise para compreender o modo como está estruturado o sistema de informação e a sensibilidade dos intervenientes às matérias incluídas no relato;

(ii) Identificar a existência de processos de gestão internos conducentes à implementação de políticas económicas, ambientais e de responsabilidade social;

(iii) Verificar numa base de amostra a eficácia dos sistemas e processos de recolha, agregação, validação e relato que suportam a informação de desempenho supracitada, através de cálculos e validação de dados reportados;

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José de Mello Saúde, S.A. PwC 2

(iv) Confirmar a observância de determinadas unidades operacionais às instruções de recolha, agregação, validação e relato de informação de desempenho;

(v) Executar, numa base de amostra, alguns procedimentos de consubstanciação da informação, através de obtenção de evidência sobre informação reportada;

(vi) Comparação dos dados financeiros e económicos com os constantes do “Relatório e Contas 2015” auditados pelo auditor financeiro, para aferir sobre a validação externa da

informação reportada; (vii) Analisar o processo de definição da materialidade dos temas incluídos no Relatório, de acordo

com metodologia descrita;

(viii) Confirmar a existência de dados e informações requeridos para cumprir com a versão G4.0 da GRI, na opção ‘De Acordo – Essencial’.

Confidencialidade e Independência

Internamente, a PwC SROC rege-se por regras éticas e deontológicas de confidencialidade e independência bastante rígidas. Assim, em todos os aspetos da nossa colaboração, a Sociedade e os seus colaboradores mantêm estrita confidencialidade da informação obtida no desempenho das suas funções e completa independência face aos interesses da JMS.

Adicionalmente, desenvolvemos o nosso trabalho em alinhamento com os requisitos de independência da norma ISAE 3000, incluindo o cumprimento das políticas de independência da PwC e do código de ética do International Ethics Standards Board of Accountants (IESBA).

Conclusões

Com base no trabalho efetuado de acordo com os termos de referência e com o Âmbito, nada chegou ao nosso conhecimento que nos leve a concluir que os sistemas e processos de recolha, agregação, validação e relato da informação constante do Relatório não estão a funcionar de forma apropriada e que a informação divulgada, não esteja isenta de distorções materialmente relevantes

Tendo por base a nossa verificação do Relatório e das Diretrizes da GRI4.0, com os pressupostos incluídos no âmbito, concluímos que o Relatório inclui os dados e a informação requeridos para o cumprimento da opção ‘De Acordo – Essencial’, prevista na GRI, na sua versão G4. Lisboa, 3 de junho de 2016 PricewaterhouseCoopers & Associados, S.R.O.C., Lda. representada por

António Joaquim Brochado Correia, ROC

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