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9 MONTADOR DE ESTRUTURAS METÁLICAS Seguridad en la Edificación Montador de estructuras metálicas SEGURANÇA NA EDIFICAÇÃO Edición en Portugués Diciembre de 2009

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99MONTADOR DEESTRUTURASMETÁLICAS

Seguridad en la Edificación

Montador deestructuras metálicas

SEGURANÇANA

EDIFICAÇÃO

Edición en PortuguésDiciembre de 2009

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ÍNDICE

Introdução..............................................................................1

Apresentação.........................................................................2

Como se pode perder a saúde ..............................................2

Direitos e obrigações .............................................................3

Identificação e notificação de riscos .....................................4

Actuação em caso de acidente .............................................4

Montador de estruturas metálicas.........................................5

Riscos específicos principais ................................................6

Definição

Onde ocorrem

Porque é que ocorrem

Como se evitam

Como proteger-se:

Outros riscos e medidas preventivas ..................................11

Regulamentação específica.................................................13

Titre :

Segurança na Edificação

Montador de estruturas metálicas

1ª edição em Português. Diciembre de 2009.

Autor:José María Aizcorbe Sáez. Instituto Navarro de Salud Laboral

Coordenação e Gestão:Javier Eransus Izquierdo. Instituto Navarro de Salud LaboralEmilio Lezana Pérez. Fundación Laboral de la Construcción

Colaboração:Santiago Pangua CerrilloJuan Ángel de Luis Arza

Design de capas e desenhos:José María Aizcorbe Sáez

Traduçãowww.traduCCI.com

© GOBIERNO DE NAVARRADepartamento de SaludInstituto Navarro de Salud Laboral

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SEGURANÇA NA EDIFICAÇÃO

Montador de estruturas metálicas

Introdução

O Instituto Navarro de Salud Laboral (Instituto Navarro de Saúde no Trabalho), ciente de quea Formação é um dos pilares básicos da Prevenção e o instrumento necessário para impulsionara cultura preventiva num sector caracterizado pela sua elevada sinistralidade, editou este materialdidáctico em várias línguas com o objectivo de sensibilizar aqueles agentes do sector face aosriscos laborais dos trabalhos da edificação.

A Edificação, caracterizada pela diversidade de ofícios e trabalhos diferentes que intervêm nasua execução, apresenta umas peculiaridades diferentes às de outros sectores nos quais nãoproliferam os altos níveis de subcontratação, interferências de trabalhos e incorporação de mão-de-obra imigrante com escassa profissionalização e desconhecimento da língua.

Este material divulgativo, objecto de reedição, consta de doze monografias dedicadas adeterminados ofícios da Edificação, nas quais se tenta dar uma resposta a diversas interrogantesque o trabalhador da construção se possa fazer: como se pode perder a saúde, que direitos eobrigações assistem ao trabalhador, como se identificam e notificam os riscos e como agir em casode acidente. Segue-se-lhe uma parte específica relativa aos riscos mais importantes e as suaspossíveis consequências, na qual se tentou ilustrar graficamente os riscos específicos de cada umdos ofícios e as suas medidas de prevenção e protecção, para finalizar, a título de extracto deavaliação de riscos, com as medidas de prevenção e protecção a aplicar no controlo dos riscosgerais da actividade.

Tentou-se abordar as actividades do sector de um modo gráfico e simples, não só do ponto devista do risco da Segurança, mas também do ponto de vista higiénico e ergonómico e dacoordenação e organização do trabalho, tentando encaixar as medidas de prevenção e deprotecção ao amparo do novo normativo e da tecnologia actual.

Com a finalidade de completar a primeira edição, pretendeu-se definir os trabalhos e operaçõesde cada uma das actividades, em conjunto com os equipamentos, máquinas, meios auxiliares,materiais e produtos utilizados em cada um dos Ofícios –parâmetros que definem o procedimentode trabalho- e que devem ser objecto de Avaliação de Riscos de cada um dos Postos de Trabalho.

Com este Manual de Segurança na Edificação, o Instituto Navarro de Salud Laboral (InstitutoNavarro de Saúde no Trabalho) pretende contribuir para a formação e a consciencialização, emtermos de prevenção, dos trabalhadores das empresas e dos trabalhadores por conta própria, bemcomo do pessoal imigrante desconhecedor da língua, através do conhecimento dos riscos e dasmedidas de prevenção e protecção, necessários à aquisição de uma Cultura Preventiva nas obrasde Edificação, e poder reduzir os acidentes de trabalho e doenças profissionais nas obras daconstrução.

O autorJosé Maria Aizcorbe Sáez

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ACIDENTEDE TRABALHO

SEGURANÇA

DOENÇAPROFISSIONAL

HIGIENE INDUSTRIAL

DOENÇA PROFISSIONAL

FADIGA

INSATISFAÇÃO

DESINTERESSE

Falta de ordem e limpeza

Mau estado das máquinas

Falta de protecção colectiva

Não utilização de EPIS

Realização de actos inseguros

Uso de produtos perigosos

Exposição ao ruído e às vibrações

Exposição a poluentes

Não utilização de EPIS

Más condições de trabalho

Ritmo de trabalho acelerado

Falta de comunicação

Estilo de comando

Falta de estabilidade no trabalho

ERGONOMIAPSICO-SOCIOLOGIA

Como se pode perder a saúde no trabalhoA Organização Mundial da Saúde define a saúde como “o estado de bem-estar físico, mental e socialcompleto” e não meramente a ausência de danos ou doença.

O TRABALHO: Podemos definir os “factores de risco” como aquelas situações do trabalho que podemafectar de forma negativa a saúde dos trabalhadores.

FACTORES DE RISCO CONSEQUÊNCIAS TÉCNICA PREVENTIVA

Muitos e complexos são os factores quedesencadeiam o acidente de trabalho e a doençaprofissional e variáveis as suas consequênciassobre os trabalhadores: uns atribuíveis às causasbásicas e estruturais, e outros a factores causaisque, unidos ao desconhecimento e menosprezodo risco, são a origem da alta taxa de sinistros doSector.

Reduzir os acidentes de trabalho e as doençasprofissionais é o objectivo de todos os agentesque intervêm no Sector; um facto que não seráuma realidade até o trabalhador no ser oprotagonista do cuidado da sua própria saúde econhecedor dos riscos do seu trabalho, atravésde uma sólida formação e informação em matériade prevenção. Tudo isto sem menosprezar aresponsabilidade que as Normas atribuem aosempresários.

A presente publicação, que faz parte de umacolecção de oito Brochuras Divulgativasdedicadas à OBRA CIVIL, pretende dar aconhecer de forma gráfica e simples asnecessidades e obrigações do MONTADOR DEESTRUTURAS METÁLICAS, através doconhecimento de riscos inerentes à suaactividade, com a finalidade de aumentar o nívelde exigências dos sistemas de protecçãocolectiva por parte do trabalhador, fomentar aconduta preventiva e conseguir uma maiorconsciencialização na utilização dosequipamentos de protecção.

O Instituto Navarro de Saúde no Trabalho esperada sua leitura e reflexão uma melhoria dascondições de trabalho e uma redução da taxa deacidentes no sector da obra civil.

Apresentação

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TRABALHADORDA CONSTRUÇÃO

TRABALHADOR POR CONTAPRÓPRIA DA CONSTRUÇÃO

Direitos e obrigaçõesOs direitos dos trabalhadores:• Formação teórica e prática suficiente e adequada, centrada especialmente no posto de trabalho ou

função de cada trabalhador.

• Direito à adaptação do trabalho às habilidades e competências da pessoa.

• Disponibilização de equipamentos de protecção individual adequados ao desempenho das suasfunções

• Direito à paralisação da actividade em caso de risco grave ou eminente

• Direito à vigilância do estado da saúde em função dos riscos.

As obrigações dos trabalhadores são:• Utilizar adequadamente de acordo com a sua natureza e os riscos previsíveis, as máquinas, aparelhos,

ferramentas, substâncias perigosas, equipamentos de transporte e, em geral, qualquer outro meio como qual desenvolver a sua actividade.

• Utilizar correctamente os meios e equipamentos de protecção disponibilizados pelo empresário, deacordo com as instruções recebidas pelo mesmo.

• Não pôr fora de funcionamento e utilizar correctamente os dispositivos de segurança existentes ou quevenham a ser instalados nos meios relacionados com a sua actividade ou nos lugares de trabalho nosquais a mesma tenha lugar.

• Informar imediatamente o seu superior hierárquico directo e os trabalhadores designados para realizaractividades de protecção e de prevenção ou, em caso disso, os serviços de prevenção acerca de

qualquer situação que, na sua opinião, acarrete por motivosrazoáveis um risco para a saúde e a segurança dos trabalhadores.

• Contribuir para o cumprimento das obrigações estabelecidaspela autoridade competente, com a finalidade de proteger asegurança e a saúde dos trabalhadores no trabalho.

• Cooperar com o empresário para que este possa garantir umascondições de trabalho que sejam seguras e não acarretem riscospara a segurança e a saúde dos trabalhadores.

A si corresponde-lhe:

Velar pela sua própria segurança e saúde notrabalho e a de outras pessoas que possam

ser afectadas pela sua actividadeprofissional.

Utilizar correctamente os meios, dispositivosde segurança e equipamentos de protecção,assim como os equipamentos de protecçãoindividual quando os riscos não possam ser

evitados.

Cooperar com o empresário e informar dequalquer situação de risco para a segurança

e a saúde dos trabalhadores.

A si corresponde-lhe:

Cumprir as disposições mínimas de Segurança eSaúde estabelecidas no Real Decreto 1627/97 e na

Lei de Prevenção de Riscos no Trabalho.

Ajustar a sua actuação na obra de acordo com osdeveres de coordenação da actividade empresarial.

Utilizar correctamente os equipamentos eequipamentos de protecção individual.

Atender e cumprir as instruções do Coordenadorem matéria de Segurança e Saúde ou da DirecçãoFacultativa e do empreiteiro durante a execução da

obra e cumprir o estabelecido no Plano deSegurança e Saúde da obra.

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Identificação e notificação de riscosTodos e qualquer um dos membros de uma Empresa devem comunicar os riscos que observem nodesenvolvimento da sua actividade e, se for caso disso, propor medidas de prevenção e protecção. Anotificação pretende conhecer e actuar sobre os riscos antes de eles se materializarem em acidentes eoutros danos para a saúde dos trabalhadores.

� OBSERVAÇÃO DO RISCOAntes de iniciar os trabalhos deve proceder-se à análise dos procedimentos,equipamentos técnicos e meios auxiliares que irão ser utilizados, identificandoos riscos evitáveis e enunciando aqueles que não possam evitar-se, paraestabelecer as medidas correctoras pertinentes.

� NOTIFICAÇÃO DO RISCOSe no decurso dos trabalhos se observar a existência de algum risco, nãoidentificado anteriormente, relacionado com as instalações, máquinas,ferramentas, equipamentos ou com o lugar de trabalho, informar-se-áimediatamente a direcção da empresa. Proceder-se-á da mesma maneiraquando o risco estiver relacionado com o trabalhador, terceiros ou afectar aorganização e a falta de prevenção.

� MEDIDAS CORRECTORASDepois de identificar e notificar o risco, serão aplicadas as medidas correctoraspertinentes relativas às protecções técnicas, acções de formação e informaçãoe sobre a Organização e Planeamento dos trabalhos, antepondo sempre aprotecção colectiva sobre a individual.

� EVENTOAcidente de trabalho é qualquer evento anormal, não querido nem desejado,que se apresenta de forma inesperada e interrompe a continuidade do trabalho,podendo provocar lesões leves, graves e mortais às pessoas.

� ACTUAÇÃOOcorrido o acidente, a primeira obrigação da empresa é prestar os primeirossocorros ao acidentado e, se o tipo de lesões o exigir, organizar a transferênciado acidentado com a maior rapidez ao Centro Hospitalar mais próximo,preenchendo a declaração de acidente.

� MEDIDAS CORRECTORASDepois de prestar a assistência médica ou os primeiros socorros ao acidentado, seránecessário proceder à investigação do acidente para conhecer o que aconteceu eporque é que aconteceu, para obter as causas imediatas e as causas básicas doacidente que nos permitam estabelecer as medidas correctoras adequadas que,depois de aplicadas, impeçam no futuro a repetição do mesmo.

Actuação em caso de acidenteOs acidentes, por muito inesperados, surpreendentes ou indesejados que sejam, não surgem por geraçãoespontânea nem por acaso; correspondem sem dúvida à materialização dos riscos com os quaisconvivemos diariamente.

A investigação de acidentes é fundamental em qualquer acção preventiva desenvolvida na empresa,porque se trata de encontrar e analisar as causas que geraram os mesmos e, em consequência, adoptaras medidas necessárias para evitar a sua repetição.

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O QUE FAZ?O trabalhador dedicado à montagem de estruturas metálicas realiza os trabalhos e operações depiquetagem de pilares na obra, nivelamento de pontos, chumbagem e montagem de pilares,armações, vigas e correias, através de soldadura ou aparafusamento de chapas, perfis e tubos paraa execução de estruturas ligeiras e pesadas, assim como outras formas de estruturas tubulares efachadas envidraçadas. Além disso, realiza outro tipo de trabalhos relacionados com a caixilhariametálica: portas, janelas, cercas, redes, gelosias, caixas de luz, clarabóias, varandas e escadasmetálicas, assim como os trabalhos relacionados com a caldeiraria.

QUE PRODUTOS UTILIZA?Utiliza chapas, perfis, tubos, parafusos, rebites e elementos de caldeiraria, eléctrodos para soldar eacetileno para o oxicorte.

QUE MEIOS NECESSITA? Geralmente utiliza os equipamentos de elevação: guindaste móvel, tracteis, cordas, polias, utensíliose ferramentas de mão para aparafusar, rebitar e cravar, equipamentos de soldadura, eléctrodos eoxicorte, esmeriladora, perfuradora de disco, assim como ferramentas de aperto, fixação eimobilização.

Os equipamentos de trabalho em altura necessários para a realização destes trabalhos são:Escadotes de mão, plataformas de acesso, plataformas de trabalho móveis, andaimes tubulares eplataformas de elevação telescópicas hidráulicas, em substituição da obsoleta jaula do soldador.

QUE REQUISITOS SÃO NECESSÁRIOS?O trabalhador dedicado a esta actividade deve dispor do Certificado Profissional da ocupação deMontador de Estruturas Metálicas e informação específica dos riscos derivados do trabalho e daenvolvente, esta última disponibilizada pelo empresário, bem como da formação e da autorizaçãopara a utilização de determinadas máquinas e equipamentos, antes do início da actividade.

QUE RISCOS APRESENTA?Os riscos mais frequentes nesta actividade são os de queda a diferente nível desde a estrutura,deslocamentos através do telhado e desde os meios auxiliares, pancadas e entalamento durante amontagem dos materiais, queda de objectos, explosão e incêndio nos trabalhos de oxicorte econtactos eléctricos com alta e baixa tensão.

Além disso, este trabalhador está exposto àqueles riscos de origem física e química derivados dasoperações de soldadura e oxicorte: radiações, infravermelhos, ultravioletas e luminosos, inalação degases tóxicos e irritantes, fumos e vapores metálicos provenientes da soldadura.

Ofícios da edificação

Montador de estruturas metálicas

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1. Quedas de pessoas a diferentes níveis

Como se evitam:• Utilizando na obra plataformas elevadoras

autopropulsadas para a instalação e soldadura doselementos verticais e horizontais, após o nivelamentoprévio do terreno e a compactação do mesmo.

• Instalando redes de protecção verticais no exterior ehorizontais no interior com a incorporação de placasprotectoras para a recolha de partículas incandescentes.

• Instalando "linhas de vida" com elementos deamortecimento aos quais poder ancorar o arnês desegurança.

• Protegendo perimetralmente a superfície de trabalho einstalando placa de colaboração na execução deforjamentos.

Como proteger-se:• Utilizando calçado de segurança anti-deslizante e arnês

de segurança com dispositivo de amortecimentoancorado a um ponto fixo ou "linha de vida" previamenteinstalada.

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Riscos específicos principais

O que são:• Incluem as quedas de altura desde os elementos

estruturais, desde os meios auxiliares e equipamentosutilizados para a montagem dos perfis metálicos.

Onde ocorrem:• Na descarga, elevação e transporte de materiais.

• Na recepção, colocação, apresentação, montagem,ponteamento, soldadura eléctrica ou aparafusamento devigas, pilares, armaduras e correias.

• Nos acessos à estrutura e utilização de equipamentos emeios auxiliares.

Porque é que ocorrem:• Por não dispor ou não utilizar os meios auxiliares,

ferramentas e equipamentos de trabalho adequadospara a montagem, aparafusamento ou soldadura daestrutura.

• Por não instalar os sistemas de protecção colectiva eindividual que impeçam ou limitem a queda.

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Riscos específicos principais

2. Quedas de objectos desprendidos

Como proteger-se:• Evitando a permanência debaixo da vertical das cargas

nos níveis inferiores emoperações de elevação ecolocação das estruturas.

• Utilizando os equipamentos de protecção individualnormalizados, com marca CE e adequados ao risco.

Como se evitam:• Através da operação do guindaste por uma pessoa

especializada e com autorização, elevação e guiamentodas cargas com cordas ou cabos por duas pessoas epresença de sinalizador, no caso de ser necessário.

• Através da utilização de acessórios de elevação: ganchoscom trinco, correntes, cabos, e lingas normalizadas, comMarca CE e adequadas às cargas a suportar.

• Através da delimitação dos níveis inferiores. Utilizandocinto porta-ferramentas e amarrando-as à barquinha daplataforma.

O que são:• Incluem as quedas de ferramentas, materiais e perfis

metálicos que se desprendem da sua situação desdeníveis superiores durante o seu transporte e colocação,caindo para níveis inferiores e provocando lesões aostrabalhadores.

Onde ocorrem:• No armazenamento, transporte, elevação e colocação de

perfis metálicos, vigas e armaduras nas zonas altas daestrutura, através do guindaste.

• Nos trabalhos de "apresentação" e fixação provisória depórticos, vigas e armaduras.

Porque é que ocorrem:• Pela colocação deficiente de lingas e a fixação insegura

• das peças metálicas e guiagem das cargas sem cordasou cabos.

• Por utilizar lingas, estropos e correias deterioradas e nãoadequadas às cargas a suportar.

• Por falta de delimitação dos níveis inferiores na verticaldas cargas.

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Riscos específicos principais

Como se evitam:• Através do corte do fornecimento eléctrico, desvio ou

blindagem da linha eléctrica, e, no caso de não serpossível, respeitando a distância de segurança mínimaem função da tensão da linha sob o controlo e avigilância de uma pessoa autorizada.

• Dispondo de um quadro auxiliar próprio com Marca CE,munido dos elementos contra contactos eléctricosdirectos e indirectos, ao qual ligar os equipamentos eferramentas eléctricas portáteis.

• Utilizando grupos de soldadura com Marca CE,verificando periodicamente o estado do circuito dealimentação e o equipamento de soldadura: bornes deligação, pinças dos porta-eléctrodos, ligação à terra e obom contacto da pinça de massa à peça a soldar

Como proteger-se:• Utilizando luvas de protecção e calçado de isolamento,

e cumprindo o disposto no procedimento de trabalho.

O que são:• São os acidentes de origem eléctrica derivados da

realização de trabalhos na proximidade de linhaseléctricas de alta e baixa tensão e os originados porcontacto eléctrico directo com cabos e ligações e com ocircuito de soldadura em vácuo e contacto eléctricoindirecto com o grupo de soldadura.

Onde ocorrem:• Nos trabalhos de transporte e elevação de materiais por

meio de guindastes autopropulsados na presença delinhas eléctricas de alta tensão.

• Nos trabalhos de soldadura eléctrica com arco.

Porque é que ocorrem:• Por falta de retirada ou desvio de linha, falta de

blindagem ou por não respeitar a distância de segurançamínima.

• Por utilizar grupos sem protecção no primário e nosecundário e não realizar a ligação da estrutura à terra.

3. Contactos eléctricos com alta e baixa tensão

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Riscos específicos principais

Como se evitam:• Utilizando correctamente as garrafas na posição vertical

amarradas sobre carro, mangueiras em bom estado eprotegidas contra as faíscas, maçarico com válvulas anti-retrocesso de gás e sistema de anti-retrocesso de chamano redutor de pressão e canalizações de aço (não decobre).

• Armazenando as garrafas de gases liquefeitos à pressãode acordo com a ITC. MIEAPQ - 005, separadamente as deoxigénio e as de acetileno e protegidas do frio e do calor.

• Impedindo as operações de corte e soldaduraincompatíveis com a envolvente de trabalho e seguindosempre as instruções do procedimento de trabalho.

Como proteger-se:• Respeitando sempre as normas estabelecidas de

"proibição de fumar" ou "produzir faíscas" nos locais dearmazenamento das garrafas.

• Utilizando roupa de trabalho de lã ou algodão ignífugo,limpa de gordura e evitando sempre a limpeza da roupacom oxigénio à pressão.

O que são:• São os efeitos derivados da combustão de materiais

inflamáveis e explosão de gases comprimidos ouatmosferas explosivas com desprendimento de calor,fumos, gases e onda expansiva.

Onde ocorrem:• Nos trabalhos de soldadura e corte na proximidade de

materiais combustíveis ou inflamáveis.

• No armazenamento e manuseamento de garrafas degases liquefeitos.

Porque é que ocorrem:• Por armazenar conjuntamente garrafas de oxigénio e

acetileno em espaços fechados e carentes dearejamento.

• Por soldar, cortar materiais ou produzir faíscas nasproximidades de materiais inflamáveis.

• Por utilizar equipamentos carentes dos dispositivos desegurança ou fazer um mau uso das garrafas e dosequipamentos.

4. Explosão e incêndio

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Riscos específicos principais

Como se evitam:• Através da utilização de escudo facial protector

certificado e equipado com visor de vidro inactínico efiltros adequados, avental de couro e roupa de trabalhode lã ou algodão ignífugo.

• Através da instalação de separadores opacos deprotecção do resto dos operários, assinalando edelimitando a zona e munindo os ajudantes outrabalhadores próximos de óculos especiais com vidrosfiltrantes.

• Realizando os trabalhos de soldadura a favor do vento eseguindo sempre as instruções do procedimento detrabalho, nas quais conste a Ficha de Dados de

• Segurança dos eléctrodos utilizados.

Como proteger-se:• Utilizando escudo de protecção certificado para o rosto

e os olhos, luvas de couro de manga comprida, aventalde couro, polainas, roupa de trabalho de lã ou algodãoignífugo e calçado de segurança de isolamento, e emlugares fechados, protecção respiratório com entrega dear filtrado.

O que são:• São os riscos derivados das operações de soldadura e

oxicorte, nas quais o trabalhador está exposto aradiações infravermelhas, ultravioletas e luminosas,assim como à inalação de gases tóxicos e irritantes,fumos e vapores metálicos provenientes da soldadura.

Onde ocorrem:• Nos trabalhos de soldadura de estruturas metálicas em

edificação e construção industrial.

• Nas operações de corte e soldadura de materiaismetálicos.

Porque é que ocorrem:• Por realizar trabalhos de soldadura ou oxicorte em

ambientes fechados e carentes de arejamento.

• Por não utilizar os equipamentos adequados deprotecção individual de acordo com os tipos ecaracterísticas do revestimento dos eléctrodos utilizadosna soldadura.

5. Exposição a agentes físicos e químicos

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Outros riscos e medidas preventivas

RISCOS MEDIDAS PREVENTIVAS

Quedas depessoas ao mesmo nível

• Desimpeça os acessos e as áreas de trabalho de restose materiais que sobejem e canalize adequadamente asmangueiras e cabos de distribuição eléctrica.

• Proteja, delimite e assinale as zonas com desníveis evalas das fundações.

Quedas de objectospor colapso ouderrubamento

• Mantenha-se longe do raio de acção das máquinas eevite a permanência debaixo de cargas em suspensão.

• Utilize correntes, ganchos com trinco, lingas ou correias"normalizadas" e da resistência adequada.

• Monte e utilize os meios auxiliares e os equipamentos detrabalho de acordo com o Manual de Instruções doFabricante, após o nivelamento prévio do terreno e averificação da estabilidade das máquinasautopropulsadas e de elevação.

• Controle a estabilidade dos elementos estruturais"apresentados" e fixos provisoriamente e instale osmeios de apoio e contraventamento necessários.

Quedas deobjectos em

manuseamento

• Utilize saco porta-ferramentas e porta-eléctrodos eamarre as ferramentas nos níveis superiores.

• Delimite e impeça a passagem de trabalhadores emníveis inferiores.

Pisadassobre objectos

• Elimine os restos de materiais que sobrem e proteja oselementos metálicos pontiagudos e afiados, e utilizecalçado e luvas de protecção mecânica.

Cortes epancadas contraobjectos imóveis

• Retire da área de trabalho todos aqueles materiais eferramentas que, devido à sua natureza pontiaguda ecortante, possam provocar-lhe lesões, e mantenha aordem e a limpeza na zona de trabalho.

Pancadas e cortescom objectos ou

ferramentas

• Utilize luvas de protecção mecânica, capacete e calçadode segurança com marca CE.

• Utilize a ferramenta adequada ao trabalho e não retire aprotecção mecânica de serras radiais, máquinasferramentas para seccionar e rotaflex.

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RISCOS MEDIDAS PREVENTIVAS

Entalamentospor ou entre

objectos

• Ajude-se da ferramenta adequada e dos utensíliosnecessários para a apresentação, colocação eajustamento de peças metálicas, assim como de cabos,sirgas ou cordas, e utilize luvas de protecção mecânicae calçado de segurança.

Entalamentospor tombamento

de máquinas

• Controle o estado de nivelamento e compactação doterreno, antes de utilizar as máquinas de elevação eutilize os estabilizadores das mesmas de acordo com oManual de Instruções do Fabricante.

• Mantenha-se longe do raio da acção das máquinaselevadoras de pessoas e de materiais.

Sobre-esforços• Utiliza aparafusadora eléctrica e chaves adequadas ou a

ajuda de outras pessoas no aparafusamento final daspeças metálicas.

Exposição atemperaturas

extremas

• Suspenda os trabalhos de montagem e de soldadura emépoca de chuvas ou ventos fortes.

• Utilize roupa de trabalho adequada à estação do ano eao clima do lugar.

Contactostérmicos

• Utilize roupa de trabalho de lã ou algodão ignífugo e osEquipamentos de Protecção Individual: protectores dospés, polainas, mangas, luvas e aventais de couro, paraevitar queimaduras.

Exposiçãoa radiações

• Evite a exposição a radiações ionizantes (Raios X) nasoperações de radiografagem de soldaduras, através deblindagem ou delimitação e afastamento do local.

• Utilize os equipamentos de protecção individual paraevitar os efeitos das radiações não ionizantes, nos olhose na pele.

Incêndios

• Nunca realize trabalhos de soldadura ou oxicorte napresença de dissolventes e atmosferas explosivas nemdurante os trabalhos de pintura, envernizamento ecolagem de têxteis.

Projecção defragmentos ou

partículas

• Solicite à Empresa os Equipamentos de ProtecçãoIndividual necessários para o trabalho e utilize óculos deprotecção ocular ou escudo facial para a realização detrabalhos de soldadura, oxicorte e picagem da escóriada soldadura.

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• Lei 31/1995 de 8 de Novembro, dePrevenção de Riscos no Trabalho.

• RD 39/1997 de 17 de Janeiro, pelo qual seaprova o Regulamento dos Serviços dePrevenção

� Normativo anterior à Lei de Prevenção deRiscos no Trabalho

• Decreto 3151/1968 de 28 de Novembro, peloqual se aprova o Regulamento de LinhasEléctricas Aéreas de Alta Tensão.

• Ordem de 31 de Agosto de 1987 sobresinalização, balizamento, defesa, limpeza eacabamento de obras fixas em vias fora depovoações (Instrução 8.3-IC).

• RD 71/1992 de 31 de Janeiro, pelo qual seamplia o âmbito de aplicação do RD245/1989 de 27 de Fevereiro e seestabelecem novas especificações técnicasde determinados materiais e maquinaria deobra, e para os empilhadores automotores demanutenção, e pelo qual se transpõem àlegislação espanhola a Directiva 86/295/CEE(ROPS) e a Directiva 86/296/CEE (FOPS).

• Real Decreto 1435/1992 de 22 de Novembro,pelo qual se estipulam as disposições deaplicação da Directiva do Conselho89/392/CEE, relativa à aproximação daslegislações dos estados membro sobremáquinas.

• RDL 1/1995 de 24 de Março, pelo qual seaprova o texto reformulado da Lei do Estatutodos Trabalhadores.

� 1995• RD 56/1995 de 20 de Janeiro, pelo qual se

modifica o RD 1435/1992 de 27 deNovembro, relativo às disposições deaplicação da Directiva do Conselho89/392/CEE, sobre máquinas.

� 1996• RD 400/1996 de 1 de Março, pelo qual se

estipulam as disposições de aplicação daDirectiva do Parlamento Europeu e doConselho 94/9/CE, relativa aos aparelhos esistemas de protecção para a sua utilizaçãoem atmosferas potencialmente explosivas.

� 1997• RD 485/1997 de 14 de Abril, sobre

disposições mínimas em matéria desinalização de segurança e saúde notrabalho.

• RD 486/1997 de 14 de Abril, pelo qual seestabelecem as disposições mínimas desegurança e saúde nos locais de trabalho

• RD 487/1997 de 14 de Abril, sobredisposições mínimas de segurança e saúderelativas ao manuseamento manual de cargasque envolva riscos, em particular dorsolombares, para os trabalhadores.

• RD 664/1997 de 12 de Maio, sobre aprotecção dos trabalhadores contra os riscosrelacionados com a exposição a agentesbiológicos durante o trabalho.

• RD 665/1997 de 12 de Maio, sobre aprotecção dos trabalhadores contra os riscosrelacionados com a exposição a agentescancerígenos durante o trabalho.

• RD 773/1997 de 30 de Maio, sobre disposi-ções mínimas de segurança e saúde relativasà utilização pelos trabalhadores de equipa-mentos de protecção individual.

• RD 1215/1997 de 18 de Julho, pelo qual seestabelecem disposições mínimas de segu-rança e saúde para a utilização pelos trabal-hadores dos equipamentos de trabalho.

• RD 1389/1997 de 5 de Setembro, pelo qualse aprovam disposições mínimas destinadasa proteger a segurança e a saúde dos trabal-hadores nas actividades mineiras.

• RD 1627/1997 de 24 de Outubro, pelo qualse estabelecem as disposições mínimas desegurança e saúde nas obras de construção

� 1999• Lei 2/1999 de 17 de Março, de medidas para

a qualidade da construção.

• Lei 38/1999 de 5 de Novembro, de Ordena-mento da Edificação.

� 2000• RDL 5/2000 de 4 de Agosto, pelo qual se

aprova o texto reformulado da Lei sobre In-fracções e Multas na Ordem Social. (TRLI-SOS).

� 2001• RD 374/2001 de 6 de Abril, sobre a protecção

da saúde e segurança dos trabalhadorescontra os riscos relacionados com os agen-tes químicos durante o trabalho.

• RD 614/2001 de 8 de Junho, sobre disposi-ções mínimas para a protecção da saúde esegurança dos trabalhadores face ao riscoeléctrico.

• RD 379/2001 de 6 de Abril, pelo qual seaprova o Regulamento de armazenamento deprodutos químicos e as suas instruções téc-nicas complementares. MIE-APQ-1, MIE-APQ-2, MIE-APQ-3, MIE-APQ-4, MIE-APQ-5,MIE-APQ-6 e MIE-APQ-7.

� 2002• RD 842/2002 de 2 de Agosto, pelo qual se

aprova o Regulamento electrotécnico parabaixa tensão.

• RD 1801/2002 de 26 de Dezembro, sobre se-gurança geral dos produtos.

� 2003• Lei 54/2003 de 12 de Dezembro, de reforma

do quadro normativo da Prevenção de Riscosno Trabalho.

• RD 681/2003 de 12 de Junho, sobre a pro-tecção da saúde e a segurança dos trabalha-dores expostos aos riscos derivados deatmosferas explosivas no local de trabalho.

• RD 836/2003 de 27 de Junho, pelo qual seaprova uma nova Instrução Técnica Comple-mentar <<MIE-AEM-2>> do Regulamento deaparelhos de elevação e manutenção, refe-rente a guindastes de torre para obras ou ou-tras aplicações.

• RD 837/2003 de 27 de Junho, pelo qual seaprova o novo texto modificado da InstruçãoTécnica Complementar <<MIE-AEM-4>> doRegulamento de aparelhos de elevação emanutenção, referente a gruas móveis auto-propulsadas.

� 2004

• RD 171/2004 de 30 de Janeiro, pelo qual sedesenvolve o artigo 24 da Lei 31/1995 de 8de Novembro, de Prevenção de Riscos noTrabalho em matéria de coordenação deactividades empresariais

• RD 2177/2004 de 4 de Novembro, pelo qualse modifica o RD 1215/1997 de 18 de Julho,pelo qual se estabelecem as disposiçõesmínimas de segurança e saúde para autilização pelos trabalhadores dosequipamentos de trabalho em matéria detrabalhos temporários em altura.

� 2005

• RD 1311/2005 de 4 de Novembro, sobre aprotecção da saúde e a segurança dostrabalhadores face aos riscos derivados ouque possam derivar-se da exposição avibrações mecânicas.

� 2006

• RD 604/2006 de 19 de Maio, pelo qual semodificam o RD 39/1997 de 17 de Janeiro,pelo qual se aprova o Regulamento dosServiços de Prevenção e o RD 1627/1997 de24 de Outubro, pelo qual se estabelecemdisposições mínimas de segurança e saúdenas obras de construção.

• RD 396/2006 de 31 de Março, pelo qual seestabelecem disposições mínimas desegurança e saúde aplicáveis aos trabalhoscom risco de exposição ao amianto.

• Lei 32/2006 de 18 de Outubro, reguladora dasubcontratação no Sector da Construção.

� 2007

• RD 1109/2007 de 24 de Agosto, pelo qual sedesenvolve a Lei 32/2006 de 18 de Outubro,reguladora da subcontratação no Sector daConstrução.

• RD 306/2007 de 2 de Março, pelo qual seactualizam as quantias das multasestabelecidas no texto reformulado da Leisobre Infracções e Multas na Ordem Social,aprovado pelo Real Decreto Legislativo5/2000 de 4 de Agosto.

• Resolução de 1 de Agosto de 2007 daDirecção Geral do Trabalho, pelo qual seinscreve no registo e publica o IV AcordoColectivo Geral do Sector da Construção.

• Ordem Foral 333/2007 de 8 de Novembro, doConselheiro da Inovação, Empresa eEmprego, pela qual se estabelecem normaspara a habilitação do Livro deSubcontratação no sector da construção.

� Normas de referência

• Normas Tecnológicas da edificação: NTE-ADZ/1977; NTE-CCT/1977 e NTE-ADV/1976.

• Guia técnica para a avaliação e prevençãodos riscos relativos às obras de construção.

• Notas Técnicas de Prevenção (NTP) editadaspelo Instituto Nacional de Segurança eHigiene no Trabalho.

• Normas UNE-EN de aplicação.

Regulamentos específicos de obra civil

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