relatório de participação na i reunião amazônica de agroecologia

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RELATÓRIO DE PARTICIPAÇÃO I REUNIÃO AMAZÔNICA DE AGROECOLOGIA 11, 12, 13 e 14 de Junho de 2007 Manaus - AM Relatório que tem como objetivo apresentar as principais discussões que se estabeleceram durante a I Reunião Amazônica de Agroecologia bem como as principais contribuições para a realidade que compõe a rede de projetos PADEQ BR 163 e Xingu. Participantes/ Responsáveis: - Alexandre de Azevedo Olival (Alta Floresta, MT) - Antônio Francimar de Souza (Carlinda, MT) 2007

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Page 1: Relatório de Participação na I Reunião Amazônica de Agroecologia

RELATÓRIO DE PARTICIPAÇÃO

I REUNIÃO AMAZÔNICA DE AGROECOLOGIA

11, 12, 13 e 14 de Junho de 2007 Manaus - AM

Relatório que tem como objetivo apresentar as principais discussões que se estabeleceram durante a I Reunião Amazônica de Agroecologia bem como as principais contribuições para a realidade que compõe a rede de projetos PADEQ BR 163 e Xingu.

Participantes/ Responsáveis: - Alexandre de Azevedo Olival (Alta Floresta, MT) - Antônio Francimar de Souza (Carlinda, MT)

2007

Page 2: Relatório de Participação na I Reunião Amazônica de Agroecologia

ÍNDICE

1. APRESENTAÇÃO DO EVENTO E OBJETIVOS DA PARTICIPAÇÃO....................1

2. RESUMO DAS PRINCIPAIS FALAS/ PALESTRAS/ DEBATES DURANTE O EVENTO.......................................................................................................................1

2.1 Pesquisa e Inovação Tecnológica em Agroecologia ................................1 2.2 Agricultura familiar na Amazônia, segurança alimentar a agroecologia.2 2.3 Povos da floresta e sua contribuição para a prevenção ao aquecimento

global ...........................................................................................................3 2.4 Área protegidas na Amazônia: conservar para que e para quem?..........4

3. TRABALHOS CIENTÍFICOS APRESENTADOS E CONTRIBUIÇÕES PARA A REDE PADEQ BR 163 E XINGU..................................................................................6

4. COMENTÁRIOS FINAIS ..........................................................................................7

5. IMAGENS.................................................................................................................7

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1. APRESENTAÇÃO DO EVENTO E OBJETIVOS DA PARTICIPAÇÃO Entre os dias 11 e 14 de Junho, no auditório da Universidade Estadual do Amazonas, na cidade de Manaus, ocorreu a I Reunião Amazônica de Agroecologia. O evento foi promovido pela EMBRAPA e teve como principal objetivo aprofundar as discussões e debates sobre a agroecologia na Amazônia brasileira. Desta forma, foi dividido em palestras, mesas redondas e apresentações de trabalhos (na formal oral e em pôsteres). O projeto PÀDEQ “Centro Comunitário de Gestão Ambiental Integrada” inscreveu o trabalho sobre controle biológico da cigarrinha das pastagens desenvolvido no município de Carlinda, tendo sido aprovado para apresentação em pôster. Desta forma, com apoio do PDA, 2 representantes do projeto, um técnico (Alexandre de Azevedo Olival) e um agricultor familiar (Antônio Francimar de Souza), participaram deste evento. Além da apresentação do trabalho, a participação no evento teve como objetivo catalogar as experiências de interesse da rede PADEQ BR 163 3 Xingu. Desta forma, além da descrição das principais palestras proferidas, é apresentado neste relatório uma lista de trabalhos científicos ou relatos de casos, destacando o contato com os autores. 2. RESUMO DAS PRINCIPAIS FALAS/ PALESTRAS/ DEBATES DURANTE O EVENTO 2.1 Pesquisa e Inovação Tecnológica em Agroecologia Uma das bases de construção da agroecologia é o diálogo entre saberes. Entretanto, este debate vem sendo colocado mais como retórica do que como prática uma vez que para o saber popular e o saber científico possam se articular é preciso a criação de espaços comuns de troca, o que é extremamente raro. O reconhecimento do saber popular como conhecimento válido e fundamental para pensar o desenvolvimento local é o primeiro passo neste processo. Entretanto, muitas vezes trata-se de um reconhecimento de forma “extrativa” – retirar o conhecimento da comunidade, das populações tradicionais. O que se deve buscar, na verdade, é uma nova forma de interação entre estes saberes, uma forma na qual haja, de fato, diálogo. Quando a Agroecologia começou na década de 70 havia forte crítica frente a agricultura industrial (o termo usada era “agricultura e tecnologias alternativas”). No entanto, a perspectiva ainda era a difusão de tecnologias (mudava-se apenas o pacote preconizado). O técnico deveria levar a novidade e não construir as novidades – ainda hoje usamos o termo “transferência de tecnologia”, “difusão de conhecimentos”, “validação científica”, sendo uma herança ainda a ser superada pela academia. Esta lógica difusionista ainda está presente muitas vezes na Agroecologia. A Agroecologia se firma como ciência a partir da constatação que as agriculturas camponesa e tradicional são portadoras de uma racionalidade ecológica muito grande. O estudo desta racionalidade é o papel da Agroecologia. Assim, ao invés de falar em difusão de tecnologia, fala-se em “construção do conhecimento”: todos temos condições de produzir e transmitir conhecimentos. O conhecimento é feito a partir da inter-relação local e da relação com a natureza. Quanto mais troca, mais intercâmbio, mais relações, mais a cultura são efervescentes.

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A modernidade causou forte impacto nas culturas das populações rurais. As pessoas foram levadas a acreditar que não poderiam fazer nada pelo seu destino. Ficaram dependentes do técnico. Neste momento, perdeu-se a perspectiva de futuro. Agroecologia é revitalização cultural. Fortalecer a capacidade de pensar no futuro das comunidades rurais. Alguns pontos fundamentais:

a) Agroecologia se faz com base em diversidade. Não existem modelos, pacotes. Sem respeitar esta condição não existe agroecologia. A agroecologia tem que ser construída de baixo para cima e não de cima para baixo.

b) Dimensão ambientai: uso intensivo da biodiversidade no sistema de

produção. Baixa demanda de uso de insumos externos (aproveitamento de recursos no próprio sistema de produção, otimizando os fluxos dentro da propriedade).

c) Dimensão econômica: as estratégias econômicas são elaboradas com base

na diversidade, ao contrário de pensar o desenvolvimento na forma de “cadeias de produção”. Desta forma, tem-se a busca pelo mercado local, produção de rendas monetárias e não monetárias (autoconsumo), extrapolando a lógica capitalista tradicional.

d) Dimensão sócio-cultural: os grupos envolvidos é que estão criando suas

alternativas e estratégias econômicas. Algumas palavras chave neste sentido são: experiência empírica, intercâmbio intra e entre grupos.

e) Dimensão política: todo este processo ocorre ao mesmo tempo em que

existe um modelo hegemônico totalmente oposto (exploração dos recursos naturais e do trabalho do ser humano). Desta forma, este movimento ocorre ao mesmo tempo em que é necessário enfrentar este modelo. Deve, pois, firmar-se como uma força política na sociedade atual.

Comentários dos Participantes:

- Problemas com a atuação do Ministério da Agricultura, que se comporta como um ministério do agronegócio, preocupado em modernizar a agricultura e não em melhorar a vida do agricultor - o MDA fez uma publicação mostrando que nunca a agricultura familiar teve acesso a tantos recursos e também nunca esteve tão endividada. Deve-se compreender que estes créditos continuam vindo na forma de pacotes (são programas de investimentos em produtos específicos). Um dos fatores para reduzir esta inadimplência seria a capacitação dos próprios agricultores para o acompanhamento técnico.

- Quando pensamos em agroecologia pensamos em mudança de estilo

de vida, em padrões de consumo e de alimentação. Sem esta mudança é difícil pensar em uma real mudança na sociedade.

2.2 Agricultura familiar na Amazônia, segurança alimentar a agroecologia Apenas 11% das unidades de produção no BR são patronais. No entanto, a agricultura patronal ocupa quase 70% da área de produção no país. A produtividade da agricultura familiar é 1,3 vezes maior do que a agricultura patronal. Os financiamentos, entretanto, direcionados para a agricultura familiar representam somente 25% dos financiamentos totais.

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A economia não monetária é extremamente importante para o acesso aos alimentos na população brasileira como um todo e, principalmente, dentro da agricultura familiar. Maiores informações podem ser observadas na pesquisa de orçamentos familiares do IBGE uma vez que esta é uma relação que varia bastante de acordo com os produtos e a região a ser estudada. Já a economia monetária é importante pois nem todos os produtos e serviços necessários a vida são produzidos no ambiente comunitário. Será o somatório destas economias que dará a real dimensão deste aspecto da qualidade de vida dos moradores – muitas vezes comunidades com elevada renda monetária mas com baixa produção para autoconsumo e baixo nível de trocas poderão ter sua renda total superada por comunidades com moderada rendas monetárias e não monetárias. Comentários: - Quando o agricultor familiar se especializa, ele começa a dedicar mais

tempo de sua força de trabalho para a atividade de produção de commodities. Desta forma, poderá haver redução no tempo dedicado à produção dos alimentos básicos, podendo haver forte desestruturação social.

- Mensuração da produtividade: a produção por área e em relação ao

investimento. Além disso, não se pode esquecer de considerar os produtos direcionados para o autoconsumo – que possui valor de uso e não valor de troca.

2.3 Povos da floresta e sua contribuição para a prevenção ao aquecimento

global O conceito de desenvolvimento da década de 60 e 70 serviu de base para a expansão da agropecuária e agricultura em todo o Brasil (década de 50 e 60 no Oeste do Paraná e São Paulo: a mata era vista como uma coisa ruim, devendo ser destruída para ser plantada alguma coisa). A terra boa era a terra “limpa”. Esta era a temática das ações e das políticas de desenvolvimento e a referência de progresso. Atualmente questiona-se este paradigma e este conceito de progresso. O programa Zona Verde tem o desafio de fazer a mata, de pé, ter valor. O programa envolve a geração de emprego e renda a partir do uso inteligente da natureza, incluindo as populações tradicionais e a agricultura familiar. Colocação, na prática, de um novo estilo de desenvolvimento. As previsões sobre a Amazônia não são boas. Estima-se que até 2030 grande parte das áreas de florestas terão sido destruídas através do desmatamento ou das queimadas. Uma das estratégias é a valorização dos produtos, turismo e serviços ambientais da natureza. O grande desafio é de natureza econômica. Nos últimos 3 anos, o Amazonas reduziu em 53% sua taxa de desmatamento. Atualmente existem 17,4 milhões de hectares de áreas de preservação. Deve-se destacar que estas áreas foram criadas de maneira participativa. Ao mesmo tempo a economia do estado do AM cresceu neste período, principalmente nas áreas rurais (crescendo, em termos %, mais do que a área de Zona Franca) – estes dados mostram que crescimento econômico e proteção ambiental podem ser possíveis. Entretanto, os desafios são muitos. Estimativas apontam para um possível aumento de ate 8C na temperatura da Amazônia, havendo secas e alagamentos bastante intensos. A mudança climática prejudicará principalmente pobres e populações isoladas.

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Um dos grandes desafios do Amazonas é reconciliar a manutenção de 67 bilhões de toneladas de CO2 com a necessidade ética de melhorar a qualidade de vida das populações locais por meio de usos sustentáveis da terra. Os serviços ambientais - os serviços são “benefícios” não materiais. Envolvem principalmente: “guardar fumaça” (armazenar gás carbônico), fazer a produção de vapor d´água e a conservação da diversidade de plantas e animais. 2.4 Área protegidas na Amazônia: conservar para que e para quem?) Quando se fala em Amazônia, temos que ter em mente a magnitude desta região. Trata-se de uma região com mais de 5 milhões de km2, mais de 50% do território nacional. São 26 Km de rios navegáveis, 1/3 de água doce do planeta, 1/3 das florestas tropicais intactas, 11.248 Km de fronteira terrestre, 3 fusos horários, mais de 20 milhões de habitantes. A política de conservação no Brasil deve levar em conta diversos aspecto:

- A elevada biodiversidade implica que não basta definir áreas de proteção, mas é fundamental estipular medidas de como estas unidades serão utilizadas para o benefício das populações.

- Os crescentes riscos (avanços da “onda madeireira”): avanço da fronteira agrícola representa um risco real para a preservação da floresta.

- Necessidade de uma rede de unidades de conservação - A existência de 12 categorias de unidades de conservação: reproduz

um pouco do modelo americano de parques. - O envolvimento das 3 esferas de poder (união, estado e município). O histórico das políticas de conservação no Brasil:

- Década de 80: unidades de conservação federal. Priorizou-se a proteção integral (criação de UC em que a presença de populações tradicionais não era permitida). Foram criadas reservas biológicas, estações ecológicas, parques nacionais.

- Década de 90: os estados passam a criar unidades, adotando categorias que não estavam contempladas no modelo Federal. Não havia ainda uma política sistemática de unidades de conservação, do ponto de vista sistêmico. Priorizo-se o chamado “uso sustentável” – algumas unidades de proteção integral foram transformadas em unidades de uso sustentável (Mamirauá, por exemplo, no AM).

- Tendência para 2000: a tendência é reforçar da definição de novas categorias, fortalecendo a idéia de corredores ecológicos e a valorização da etnodiversidade e comunidades tradicionais.

O Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), aprovado em 2000 e regulamentado em 2002 apresenta algumas convergências e contradições. As principais convergências são: apela à participação social à transparência, envolvimento da população local no manejo e gestão da UC, aplicação dos recursos obtidos na própria UC, fiscalização no mapa brasileiro. No processo de definição de categoria, não é possível criar as UC nos moldes passados, de forma impositiva. É necessário o levantamento exaustivo da área, os interesses dos vários atores sociais e outros pontos. O processo participativo é premissa para este trabalho, envolvendo tanto a população que se encontra dentro quanto a população que se contra no entorno da área.

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2.5 Construção participativa do conhecimento agroecológico É importante diferenciar agroecologia da agricultura orgânica. A Agroecologia não é aplicação prática de técnicas, como a agricultura orgânica. Trata-se de um conjunto de princípios conceituais e metodológicos. Trata-se de uma ciência em construção a partir das ciências sociais e naturais. Já a agricultura ecológica é composta pelas diferentes manifestações dos princípios da agroecologia, muitas vezes empregados de forma isolada (agricultura biodinâmica, orgânica, permacultura etc.). A negação da agroecologia se dá a partir do seu entendimento apenas como um mercado de produtos sem agrotóxicos, produzidos através de tecnologia normalizada e de um desenho simplificado certificados por auditoria com preços-prêmio, para um consumidor de elite ou para a exportação. O conhecimento agroecológico é diferente de outras áreas do conhecimento uma vez que procura compreender toda a complexidade do sistema e não aspectos fragmentados. Trabalha com as diversas dimensões do desenvolvimento. Não é uma ciência neutra, mas se compromete com a sociedade – nasce com o compromisso social estabelecido. As fontes de referência para a construção do conhecimento agroecológico estão na diversidade de expressões, como as culturas indígenas, o conhecimento científico (pesquisas básica, aplicada e adaptativa), ecológico etc. Todas estas expressões devem estar articuladas, compondo assim o conhecimento agroecológica. Atualmente há falta de desenhos experimentais e formas de analisar os dados realmente inovadores e dentro da perspectiva da agroecologia. Muitas organizações estão construindo conhecimentos sem o rigor científico, o que é positivo, porém estas experiências ainda carecem de sistematização maior. Os pontos fortes do conhecimento científico são justamente sua especialização e seu rigor. Já o conhecimento popular é construído a partir da complexidade das relações. É fundamental haver o diálogo entre estes conhecimentos, mas a forma com que este diálogo vai ocorrer não é claro ainda. A participação dentro da pesquisa agroecológica: - Partir da demanda real dos agricultores - Envolvimento dos agricultores em todas as fases da pesquisa Dúvidas que ainda carecem de respostas:

a) O conhecimento agroecológico pode ser difundido na forma de uma receita? b) A metodologia científica é inimiga da pesquisa participativa? c) Como articular os resultados específicos da ciência básica com realidades

complexas? d) Pode-se aplicar o método científico, com todo seu rigor, na pesquisa

participativa: e) Os resultados da pesquisas realizadas nos centros de pesquisa são úteis de

fato para os agricultores? Os métodos mistos de pesquisa partem da premissa que todo dado é, em essência, qualitativo – os pesquisadores tradicionais transformam estas “qualidades” em números, considerando padrões estabelecidos em algum momento. São métodos que viabilizam a convergência de interesse dos agricultores e pesquisadores que têm na participação sua essência fundamental.

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3. TRABALHOS CIENTÍFICOS APRESENTADOS E CONTRIBUIÇÕES PARA A REDE PADEQ BR 163 E XINGU Abaixo são apresentadas informações sobre os principais trabalhos apresentados durante a reunião. Maiores detalhes sobre cada pesquisa poderão ser obtidos diretamente com os autores, por e-mail.

Título do trabalho Contato com autores Observações Efeito do método de manjo alternativo de pragas na produtividade do consórcio alface e coentro em sistemas agroecológicos.

[email protected] O trabalho pesquisou a utilização de diferentes estratégias para o controle de insetos e outras pragas no consórcio entre alface e coentro.

Potencialidades do ingazeiro e da glicirídia como adubos verdes em agroecossitemas.

[email protected] O trabalho descreve métodos de utilização do Inngazeiro e da Glicirídia como adubos verdes, bem como o seu benefício para a produção.

Potencial inseticida do óleo essencial de aroeira sobre a broca do café.

[email protected] O trabalho pesquisou a utilização do óleo de aroeira, que pode ser obtido em condições artesanais a partir da folha da árvore, para o controle da broca do café, obtendo redução de até 95% da praga.

Potencial inseticida do óleo essencial de raízes de Piper hispidium sobre a broca do café.

[email protected] O trabalho pesquisou a utilização do óleo de pimentas, que pode ser obtido em condições artesanais, para o controle da broca do café, obtendo redução de até 95% da praga.

Ocorrência e controle de lesmas (Omalonyx sp), praga de capim elefante em Manaus.

Sem contato. O trabalho pesquisou o efeito da cal hidratada (50g por touceira de capim com as lesmas, em intervalos de 60 dias) no controle da lesma, obtendo resultados satisfatórios.

Consórcio de pastagens de Brachiaria com Desmodium e Estilosantes em Porto Velho, RO.

[email protected] O trabalho avaliou a viabilidade e as melhorias da pastagem quando consorciada com leguminosas (que foram plantadas nos espaços “carecas” do pasto, obtendo resultados satisfatórios em termos de ganho de peso e produção dos animais.

Aspectos agroecológicos e financeiro do cupuazeiro em sistemas agroflorestais.

Sem contato. O trabalho partiu de um SAF contendo diversas espécies vegetais, como castanha, mogno, guaraná entre outros. O cucupaçu foi plantado em espaços de 6 x 6 metros sendo que sua produção estabiliozou-se com 7 anos (gerando 20 frutas/ planta e uma média de 950g/ fruto). O cupuaçu localizou-se em uma área intermediária, abaixo da castanheira e mogno, mas acima da banana, guaraná e pimenta do reino.

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4. COMENTÁRIOS FINAIS A participação no evento foi extremamente importante para a atualização nos temas relacionados à agroecologia. Além disso, observou-se que o trabalho realizado em Carlinda despertou grande interesse dos participantes, sendo constantes os questionamentos e a manifestação de agrado com os resultados. Paralelamente, a oportunidade de participação de um agricultor familiar do município de Carlinda reforçou as ações que vem ocorrendo no município. Além de uma experiência única para este agricultor, os demais moradores sentiram-se representados, em um claro processo de motivação para a continuidade das atividades. 5. IMAGENS Abaixo, algumas imagens do evento.

Agricultor de Carlinda faz apresentação sobre o trabalho de controle biológico para interessados durante a I Reunião Amazônica de Agroecologia.

Trabalho elaborado para apresentação na I Reunião Amazônica de Agroecologia.

Vista da plenária, durante uma das palestras proferidas na I Reunião Amazônica de Agroecologia.