relatório de gestão ufmg 2010-2014

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RELATÓRIO DE GESTÃO 20 10 14 2010-2014

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Esta publicação contém informações e dados sobre a gestão do Reitorado da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) no período de 2010 a 2014.

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  • RELATRIO DE GESTO

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    2010

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  • RELATRIO DE GESTO

    2010142010 -2014

  • 3RELATRIO DE GESTO 2010-2014 UFMG

    E Q U I P E D E G E S T O

    2 0 1 0 - 2 0 1 4

    Cllio Campolina Diniz Reitor

    Rocksane de Carvalho Norton Vice-Reitora

    Ana Lcia Pimenta Starling Chefe de Gabinete

    Maria Elizabeth de Carvalho Duarte Subchefe de Gabinete

    Antnia Vitria Soares Aranha Pr-Reitora de Graduao PROGRAD

    Walmir Matos Caminhas Pr-Reitor Adjunto de Graduao PROGRAD (a partir de 07/06/2013)

    Andr Luiz dos Santos Cabral Pr-Reitor Adjunto de Graduao PROGRAD (23/08/2010 a 16/05/2013)

    Carmela Maria Polito Braga Pr-Reitora Adjunta de Graduao - PROGRAD (22/03/2010 a 22/08/2010)

    Efignia Ferreira e Ferreira Pr-Reitora de Extenso PROEX (a partir de 23/08/2011)

    Joo Antnio de Paula Pr-Reitor de Extenso PROEX (22/03/2010 a 04/08/2011)

    Maria das Dores Pimentel Nogueira (Marizinha) Pr-Reitora Adjunta de Extenso PROEX

    Joo Antnio de Paula Pr-Reitor de Planejamento e Desenvolvimento PROPLAN (a partir de 05/08/2011)

    Maria Lcia Malard Pr-Reitora de Planejamento e Desenvolvimento PROPLAN (18/02/2011 a 04/08/2011)

    Jos Nagib Cotrin rabe Pr-Reitor de Planejamento e Desenvolvimento PROPLAN (22/03/2010 a 17/02/2011)

    Maurcio Jos Laguardia Campomori Pr-Reitor Adjunto de Planejamento e Desenvolvimento PROPLAN (a apartir de 25/08/2011)

    Maria Lcia Malard Pr-Reitora Adjunta de Planejamento e Desenvolvimento PROPLAN (22/03/2010 a 17/02/2011)

    Mrcio Benedito Baptista Pr-Reitor de Administrao PRA

    Eliane Aparecida Ferreira Pr-Reitora Adjunta de Administrao PRA

    Mrcio Ziviani Superintendente de Infraestrutura e Manuteno (SIM) (a partir de 24/10/2012)

    Jos Nagib Cotrin rabe Superintendente de Infraestrutura e Manuteno (SIM) (18/02/2011 a 04/10/2012)

    Roberto do Nascimento Rodrigues Pr-Reitor de Recursos Humanos PRORH (a partir de 01/03/2012)

    Lucas Jos Bretas dos Santos Pr-Reitor de Recursos Humanos PRORH (23/01/2010 a 29/02/2012)

    Gilmar Lima Santos Pr-Reitor Adjunto de Recursos Humanos PRORH (01/03/2012 a 13/01/2014)

    Carmem Regina Maia Pr-Reitora Adjunta de Recursos Humanos PRORH (23/03/2010 a 29/02/2012)

    Renato de Lima Santos Pr-Reitor de Pesquisa PRPQ

    Marisa Cotta Mancini Pr-Reitora Adjunta de Pesquisa PRPQ (a partir de 05/08/2011)

    Marco Aurlio Romano Pr-Reitor Adjunto de Pesquisa PRPQ (05/07/2010 a 04/08/2011)

    Rubn Dario Sinisterra Millan Pr-Reitor Adjunto de Pesquisa PRPQ (23/03/2010 a 04/07/2010)

    Ricardo Santiago Gomez Pr-Reitor de Ps-Graduao PRPG

    Andra Gazzinelli Corra de Oliveira Pr-Reitora Adjunta de Ps-Graduao PRPG

    Anilton Csar Vasconcelos Presidente da CPPD (a partir de 18/04/2012)

    Roberto do Nascimento Rodrigues Presidente da CPPD (23/03/2010 a 29/02/2012)

  • E Q U I P E D E G E S T O

    2 0 1 0 - 2 0 1 4

    Clarindo Isaas Pereira da Silva e Pdua

    Diretor de Tecnologia da Informao

    (a partir de 30/10/2012)

    Luciano de Erico

    Diretor de Tecnologia da Informao

    (26/04/2010 a 29/10/2012)

    Marcos Eustquio de Oliveira Murta

    Auditor Geral

    Simone Baccarini Nogueira

    Procuradora Geral

    Juliana Lima Salvador

    Procuradora Geral Adjunta

    (29/09/2010 a 29/04/2013)

    Valria de Ftima Raimundo

    Diretora de Divulgao e Comunicao Social

    (a partir de 20/06/2012)

    Marcelo de Freitas Assis Rocha

    Diretor de Divulgao e Comunicao Social

    (01/08/2010 a 19/06/2012)

    Nereide Lacerda Beiro

    Diretor de Divulgao e Comunicao Social

    (29/05/2009 a 31/07/2010)

    Eduardo Viana Vargas

    Diretor de Relaes Internacionais DRI

    Nilo de Oliveira Nascimento

    Diretor Adjunto de Relaes Internacionais DRI

    Luiz Guilherme Knauer

    Diretor de Assuntos Estudantis DAE

    Maria Clia Nogueira Lima

    Coordenadora de Assuntos Comunitrios CAC

    Maria do Carmo de Lacerda Peixoto

    Diretora de Avaliao Institucional

    Seme Gebara Neto

    Presidente da Fundao Mendes Pimentel (FUMP)

    Marco Aurlio Crocco Afonso

    Presidente da Fundao de Desenvolvimento da Pesquisa (FUNDEP)

  • Mensagem do Reitor e da Vice-reitora

    Introduo

    captulo 1 Graduao: expanso, incluso e manuteno da qualidade

    box 1 Avaliao institucional

    captulo 2 Ps-graduao: crescimento com qualidade

    captulo 3 Pesquisa relevante

    box 2 Parque Tecnolgico de Belo Horizonte

    captulo 4 Extenso: maior e melhor

    captulo 5 Assistncia estudantil: maior alcance e interlocuo

    captulo 6 Internacionalizao solidria e de excelncia

    captulo 7 Infraestrutura acadmica e de pesquisa compartilhada

    box 3 O IEAT e a universidade do futuro

    captulo 8 Cultura e comunicao revigoradas

    box 4 Memorial da Anistia Poltica do Brasil

    captulo 9 O futuro em construo

    box 5 O planejamento da UFMG em trs tempos

    box 6 Cooperao institucional

    captulo 10 Poltica de recursos humanos em renovao

    captulo 11 Administrao moderna

    captulo 12 Infraestrutura fsica e de informtica

    box 7 Modernizao grfica

    box 8 Procuradoria Federal junto UFMG

    captulo 13 Fundaes: apoio permanente

    captulo 14 Com transparncia: Acesso Informao e Ouvidoria

    anexo 1 Lista de siglas

    S U M R I O

    07

    08

    18

    31

    34

    52

    78

    80

    90

    100

    116

    132

    134

    161

    162

    178

    180

    182

    196

    212

    227

    228

    230

    244

    250

  • 7RELATRIO DE GESTO 2010-2014 UFMG

    com satisfao que ora apresentamos o presente relatrio. Nas pginas deste docu-mento, que sintetiza o trabalho dirio e coletivo de um conjunto amplo e diversificado de profissionais unidos em torno de um objetivo comum, cuja expresso maior a nossa

    UFMG, encontra-se muito mais do que a protocolar prestao de contas de uma gesto

    que se encerra.

    Para alm do detalhamento daquilo que foi feito e do que ficou por realizar, este relat-

    rio deve ser lido tambm como o inventrio de um dado caminho percorrido, efetuando o

    necessrio balano de uma trajetria escolhida, que teve como orientao bsica a premis-

    sa de que as universidades desempenham papel crucial no desenvolvimento da sociedade.

    E sob essa diretriz fundamental, muitos projetos foram concebidos e executados nos

    ltimos quatro anos, conjugando o aprimoramento das atividades de ensino, pesquisa e

    extenso com a ampliao da oferta de vagas, a democratizao do acesso, a revalorizao

    da cultura e maior internacionalizao da UFMG, pautada, primordialmente, pela solida-

    riedade com as naes e instituies parceiras.

    Esse aperfeioamento acadmico, cientfico e institucional que contemplou avanos e

    reconfiguraes de diversas reas, instncias e relaes internas e externas UFMG siste-

    matizado neste relatrio, que, agora, entregamos comunidade universitria, a instituies

    pblicas e sociedade em geral, com a convico de que a UFMG, partindo de um patamar

    de excelncia reconhecida, progrediu muito nos ltimos quatro anos e, mais do que isso,

    conseguiu sedimentar bases seguras e promissoras para o seu contnuo crescimento.

    Cllio Campolina Diniz

    Reitor

    Rocksane de Carvalho Norton

    Vice-reitora

  • INTRODUO

    A elaborao de um Relatrio de Gesto momento de balano, de avaliao crtica en-

    tre o planejado e o realizado. O relatrio instrumento de registro histrico e de referncia

    dos aspectos positivos e negativos para se prospectar e planejar o futuro da Universidade.

    o atendimento a uma obrigao, a de prestar contas de quatro anos de uma honrosa fun-

    o frente da Reitoria da UFMG. Este um momento de agradecimentos s diversas pes-

    soas e instituies que muito colaboraram para a execuo das tarefas que a administrao

    da Universidade exigiu. Queremos reafirmar que a Universidade , sobretudo, uma escola

    e que a perspectiva do dilogo, do compartilhamento, do respeito e valorizao da diver-

    sidade de percepes foi um valor fundamental que, coletivamente, buscamos realizar.

    Para a justa apreenso da vida da Universidade, a gesto dos ltimos quatro anos foi

    feita com grande esforo de se observar os cenrios mundial, nacional e regional e suas

    implicaes para as relaes econmicas, polticas, sociais, culturais, cientficas e tecnol-

    gicas que incidem, direta ou indiretamente, na rotina universitria.

    PANORMICA DO CAMPUS PAMPULHAFOTO: FOCA LISBOA

  • 9RELATRIO DE GESTO 2010-2014 UFMG

    Do ponto de vista mundial ou global, aps centenrios perodos de dominao do ca-

    pitalismo central (europeu e norte-americano) e da bipolaridade decorrente da Guerra

    Fria, estamos assistindo a rpidas transformaes na posio relativa dos pases e regies.

    Essas transformaes tm origem e efeito sobre os cenrios econmico, poltico e social,

    com fortes implicaes na geopoltica mundial. A crise do sistema sovitico, seguida por

    uma profunda e generalizada crise do capitalismo central, ao lado da ascenso asitica,

    no s da China, mas tambm da Coreia do Sul, da ndia e de suas vizinhanas, provo-

    cam rpida alterao nos padres produtivos e maior autonomia do capital financeiro. Es-

    sas mudanas foram potencializadas pelas modernizaes no sistema de comunicaes

    proporcionadas pela evoluo das tecnologias de informao e comunicao (TICs) com

    grandes implicaes na governana global. Essas rpidas e complexas transformaes tm

    redefinido e desafiado a vida no planeta pela emergncia ou recrudescimento de variadas

    crises, impasses e contradies que se interpenetram e que resultam em situaes crticas

    com inditos graus de complexidade, nos quais cincia e tecnologia funcionam como os

    instrumentos e ferramentas para o desenvolvimento econmico e social e, infelizmente,

    tambm como armas de dominao.

    Neste cenrio, o Brasil, pas com grande extenso territorial e abundncia de recursos

    naturais, com a quarta escala populacional do mundo, estabilidade poltico-institucional,

    base econmica heterognea, porm diversificada e com vrios nichos de modernidade, se

  • 10

    RELATRIO DE GESTO 2010-2014 UFMG

    apresenta como um novo sujeito de destaque. Apesar dessas condies, o pas ainda convive

    com gritantes nveis de desigualdades sociais e graves problemas estruturais ainda no resol-

    vidos. No que se refere aos indicadores econmicos, o Brasil participa com aproximadamen-

    te 1,5% do PIB e menos de 1% das exportaes mundiais. Um lado positivo o crescimento

    recente da produo cientfica, ocupando a 13 posio no ranking mundial. Assim, se por

    um lado o pas tem grandes oportunidades, por outro, tem enormes desafios diante do qua-

    dro de transformaes estruturais. Nesse contexto, cincia e tecnologia se destacam como os

    maiores instrumentos e mesmo como imperativos para sustentar o processo de desenvol-

    vimento econmico e social e, por consequncia, trazem grandes oportunidades e desafios

    para as universidades brasileiras. Este quadro de transformaes exige um grande esforo da

    UFMG no s para avanar na qualidade de seu sistema de ensino e pesquisa, como tambm

    para acompanhar as mudanas mundiais. Esta a razo pela qual se desenvolveu amplo

    programa de internacionalizao para a UFMG.

    Por outra parte, o Brasil, pas jovem e herdeiro de uma das estruturas sociais mais de-

    siguais, excludentes e reacionrias a mudanas, encontra-se diante de um cenrio de am-

    plos problemas estruturais que exigem, com urgncia, aes que pavimentem o caminho

    das mudanas. Para isto, educao, em todos os seus nveis, o instrumento com maior

    potencial de transformao. Novamente, a universidade tem grande responsabilidade na

    reestruturao e modernizao do sistema educacional brasileiro, em todos os nveis. Isto

    exige esforo permanente. Sem negar a busca da excelncia no ensino e na pesquisa,

    necessrio um olhar constante para outros aspectos da realidade brasileira, com vistas a

    contribuir para o desenvolvimento do pas.

    Tais questes, certo, s sero enfrentadas adequadamente mediante esforos coleti-

    vos, como resultado de intervenes conscientes de variados sujeitos, a partir da constru-

    o de uma agenda democrtica, solidria e sustentvel.

    De forma similar posio do pas no contexto mundial, as diferenas regionais e sociais

    do Brasil exigem esforo e resposta diferenciados nos planos econmico, social e poltico.

    Por um lado, o pas possui amplos espaos territoriais relativamente vazios do ponto de vista

    populacional, com grandes potencialidades econmicas, mas tambm com preocupantes

    riscos ambientais. Por outro, tem densa rede urbana e metropolitana, onde as desigualda-

    des e problemas sociais se manifestam de vrias maneiras. Essas disparidades regionais e

    sociais tm fortes implicaes negativas para as condies de vida de parcela relevante da

    populao brasileira. Assim, sem desconsiderar a posio do Brasil no contexto mundial e a

    viso de conjunto do prprio pas, h que se buscar solues diversas para os diferenciados

  • 11

    RELATRIO DE GESTO 2010-2014 UFMG

    problemas e potencialidades da economia e da sociedade brasileiras, tornando a diversidade

    um aspecto positivo e no negativo, mas agindo de forma diferenciada segundo as condies

    e as circunstncias regionais e locais. Neste cenrio, embora a busca do conhecimento cien-

    tfico tenha carter universal, h que se adaptar as condies de ensino, pesquisa e extenso

    s especificidades regionais e locais. A Universidade deve, neste enfoque, estar inserida, a um

    s tempo e de forma compatvel, nas variadas dimenses do desenvolvimento econmico,

    social e poltico do pas e de suas regies e localidades; enfim, ser universal sem perder a

    perspectiva regional e local.

    luz desses grandes desafios que se deve pensar a Universidade, reconhecendo que

    ela tem lugar importante nesse processo como instituio de ensino, pesquisa e extenso,

    como instituio que deve gerar conhecimentos novos, novas tecnologias, novas prticas

    e modos de sociabilidade, ao mesmo tempo em que lhe cabe, tambm, ser guardi das

    grandes conquistas da humanidade, de seus valores essenciais como o so a liberdade, a

    justia e a verdade.

    Alm dessas transformaes e desse conjunto instigante de desafios e novas proble-

    mticas, um balano do atual reitorado ter que incluir, necessariamente, uma avaliao

    do quanto foi possvel realizar do que foi proposto durante o processo de escolha de diri-

    gentes, em 2009. Confrontadas as propostas e o efetivamente executado, o saldo signi-

    ficativamente positivo, em vrios aspectos. Do ponto de vista acadmico, isto , de suas

    atividades de ensino, pesquisa e extenso, a UFMG melhorou e consolidou sua posio de

    destaque entre as melhores universidades do Brasil. Em 2012 e 2013, em ranking elaborado

    pelo jornal Folha de S.Paulo, a UFMG ocupou uma das trs primeiras posies no con-

    junto geral das universidades brasileiras. Nos rankings internacionais, a UFMG est entre

    as cinco melhores universidades brasileiras pelo Academic Ranking of World Universities

    (tambm conhecido como ranking de Shanghai), ao passo que, pelo QS World University

    Rankings 2013, obteve 4 estrelas em uma escala que vai de 1 a 5.

    Nossos cursos de graduao esto entre os melhores do Brasil, com ndice Geral de Cursos

    (IGC) igual a 5, a maior pontuao. Tudo isso ainda mais meritrio se for considerado que es-

    ses quatro anos tambm foram anos de consolidao do Programa de Apoio Reestruturao

    e Expanso das Universidades Federais (Reuni), que significou, para a UFMG, a criao de mais

    27 cursos, dos quais 16 com ofertas em perodo noturno, um de formao de educadores ind-

    genas (FEI) e outro de formao de educadores do campo (LECampo), baseados na pedagogia

    da alternncia. Foram criadas 1.996 novas vagas discentes nos novos cursos acrescentando-se,

    tambm, novas vagas em cursos j existentes.

  • 12

    RELATRIO DE GESTO 2010-2014 UFMG

    Entre as decises tomadas que significaram considervel aperfeioamento da gradua-

    o, est a modificao do processo seletivo discente com utilizao do Enem no processo

    seletivo de 2011 e adeso ao Sistema de Seleo Unificado (Sisu), em 2013, para ingresso a

    partir de 2014, em substituio ao vestibular. Tais medidas democratizaram efetivamente o

    acesso Universidade. A ampliao do corpo discente da UFMG se fez com compatvel ex-

    panso da poltica de assistncia estudantil, atravs da ampliao dos recursos do Progra-

    ma Nacional de Assistncia Estudantil (PNAES), que, mediante convnio, so geridos pela

    Fundao Universitria Mendes Pimentel (Fump). Registre-se, ainda, que alm das bolsas

    geridas pela Fump, a Universidade oferece diversos programas e modalidades de bolsas,

    que contemplam considervel parte de seu corpo discente. O nmero de alunos assistidos,

    em todas as modalidades, subiu de 4.413 em 2010 para 11.778 em 2013.

    Nossos cursos de ps-graduao obtiveram, na avaliao trienal 2010-2012, realizada

    em 2013, o maior percentual de excelncia entre todas as universidades brasileiras, com

    49,2% de cursos de doutorado com conceitos 6 e 7. No perodo 2010-13, recebemos 20

    grandes prmios e 19 menes honrosas de teses pela Capes.

    Nossas atividades de pesquisa, em grande medida ligadas aos nossos cursos de ps-

    graduao, esto, por isso mesmo, entre as mais qualificadas do Brasil, seja na produo

    bibliogrfica artigos, livros, teses e dissertaes , seja no que se refere produo tecno-

    lgica medida pelo nmero de patentes e contratos de transferncia de tecnologia e know-

    how. Destaca-se a conquista de vrios prmios cientficos, entre os quais Jovem Cientista,

    Finep Inovao, entre outros.

    Tambm expressivo foi o esforo de internacionalizao desenvolvido pela UFMG nes-

    ses ltimos quatro anos. Ao lado do engajamento da Universidade em programas do go-

    verno federal, como o Cincia sem Fronteiras, a UFMG desenvolveu diretamente aes

    que ampliaram a sua insero internacional, como o caso dos quatro centros de estudos

    internacionais criados: chins, latino-americano, africano e europeu, que vieram se so-

    mar ao centro de estudos indianos, j existente. O nmero de instituies internacionais

    parceiras subiu de 170 para 270 e o de convnios, de 244 para 370, cobrindo 38 pases. O

    contingente de estudantes da UFMG em programas de intercmbio no exterior subiu de

    391 para 1.274, e o de estudantes estrangeiros na UFMG cresceu de 375 para 510, entre

    2010 e 2013.

    Foi expandida a extenso universitria na UFMG, que tem lugar de destaque no cen-

    rio nacional. Desde que implantado em 2010, o MEC/PROEXT tem financiado programas

  • 13

    RELATRIO DE GESTO 2010-2014 UFMG

    e projetos de extenso das universidades brasileiras. Em todos esses anos, a UFMG tem

    estado entre as de maior nmero de projetos aprovados. Ao lado dos projetos e programas

    de extenso financiados com recursos do PROEXT, a UFMG mantm linha permanente de

    financiamento de bolsas de extenso, eventos e publicaes, alm de apoio a programas e

    projetos com recursos do seu oramento, geridos pela Pr-reitoria de Extenso (PROEX),

    mediante a avaliao de propostas feitas pela Cmara de Extenso do Conselho de Ensino,

    Pesquisa e Extenso (Cepe). Considerada em conjunto, a poltica de extenso da UFMG

    abrange todas as reas do conhecimento e todas as unidades acadmicas da Universidade,

    com 9.277 aes registradas no SIEX entre os anos de 2010 e 2013 aes estas que refle-

    tem a firme deciso da Universidade de fazer, efetivamente, indissolveis as atividades de

    ensino, pesquisa e extenso.

    , para ns, decisiva para o pleno desenvolvimento da Universidade a afirmao da cen-

    tralidade das atividades culturais. com base nesse pressuposto que o reitorado 2010-2014

    buscou apoiar, incentivar, promover, estruturar e retomar programas, projetos e eventos

    culturais. Nesse sentido, destaquem-se algumas atividades culturais desenvolvidas pela

    UFMG nesses quatro anos: a realizao de duas edies da Bienal de Artes da UFMG (2010

    e 2012); a realizao da IIIa e IVa Semanas de Msica Antiga (2011 e 2013); a consolidao

    do Campus Cultural de Tiradentes, com a inaugurao, em 2012, da restaurao do Museu

    Casa Padre Toledo e a efetivao das parcerias que vo viabilizar a instalao do Museu

    de Santanas, do Centro de Estudos e Biblioteca sobre o Sculo XVIII mineiro e do Centro

    de Pesquisa e Experimentao em Sistemas Multimodais; a efetivao do projeto de ins-

    talao do Centro de Referncia da Msica Mineira Museu Clube da Esquina; a retomada

    e reestruturao do Coral Ars Nova; o relanamento da Revista da Universidade Federal

    de Minas Gerais; a elaborao dos projetos arquitetnicos bsicos do Centro de Museus

    e Espaos Expositivos e do Centro de Artes Performticas; a parceria com SBPC/Revista

    Cincia Hoje para a elaborao do Suplemento Sobre Cultura; a elaborao da exposio e

    do catlogo-livro sobre o Acervo Artstico da UFMG (2011).

    As expanses e as modernizaes decorrentes do Reuni, da ps-graduao, das ativi-

    dades de pesquisa e extenso exigiram considervel ampliao de infraestrutura fsica e

    de pessoal docente e de tcnico-administrativos. Entre as ampliaes exigidas pelo Reuni,

    esto a construo de trs Centros de Atividades Didticas, os CADs, estando os CADs I e

    II em funcionamento e o CAD III em construo, com previso de trmino em 2014. Uma

    listagem de 59 obras de expanso da infraestrutura fsica encontra-se em parte especfica

    deste relatrio, cabendo destacar, alm dos CADs, as novas edificaes para ampliao do

    Instituto de Cincias Exatas; os novos prdios do Departamento de Qumica, da Faculdade

  • 14

    RELATRIO DE GESTO 2010-2014 UFMG

    de Educao, da Escola de Belas Artes e da Escola de Msica; uma grande reforma do Insti-

    tuto de Cincias Biolgicas, incluindo um novo telhado, a restaurao de todas as fachadas,

    a reforma dos blocos G e H e a construo de um novo edifcio para laboratrios de aulas;

    um novo prdio para abrigar o Centro de Transferncia e Inovao Tecnolgica; um novo

    edifcio para abrigar a Diretoria de Relaes Internacionais, os cinco centros de estudos in-

    ternacionais e o IEAT; um novo edifcio para abrigar os centros de computao e de comu-

    nicao da UFMG; um novo edifcio para a Faculdade de Direito, no campus da Pampulha;

    laboratrios na Escola de Veterinria e na Escola de Educao Fsica, Fisioterapia e Terapia

    Ocupacional; construo do Centro de Treinamento Esportivo; o Memorial da Anistia, en-

    tre outros. Alm da desapropriao de rea de 53 mil metros quadrados, com edificao de

    mais de 6.000 metros quadrados, para complementar o Instituto de Cincias Agrrias, em

    Montes Claros, e um conjunto de novos laboratrios no mesmo instituto. Reconhece-se o

    atraso na reforma do bloco das humanidades (Fafich, ECI, Letras), da construo de insta-

    laes adicionais para o Instituto de Geocincias e a Escola de Enfermagem, decorrentes

    da demora na elaborao dos projetos.

    Merece registro, tambm, o desempenho da Editora UFMG, que tem confirmado posi-

    o entre as melhores editoras universitrias do pas, com catlogo diversificado e atuali-

    zado, j tendo editado mais de mil ttulos. Nesse mesmo campo, na divulgao de produ-

    o acadmica da UFMG, este reitorado promoveu considervel melhoria de seu parque

    grfico, capacitando-o a produzir livros, revistas e material de divulgao com qualidade

    equivalente das melhores grficas brasileiras.

    Para melhor informar a prpria comunidade, os rgos pblicos e a sociedade em geral, foi

    feita uma ampla reorganizao do Centro de Comunicao (Cedecom), com reforma e amplia-

    o do setor de jornalismo (TV UFMG, Rdio UFMG Educativa, Boletim UFMG e Portal Web) e

    da comunicao institucional e aumento da potncia de transmisso da Rdio UFMG.

    Todas essas aes substantivas, do ponto de vista acadmico, demandaram procedi-

    mentos administrativos, projetos e planejamento. Para atender ao acrescido volume de

    obras que se fizeram necessrias, foi feita reestruturao funcional, criando-se a Superin-

    tendncia de Infraestrutura e Manuteno (SIM), responsvel pela manuteno das edifi-

    caes antigas e pelo projeto e execuo de obras novas. Manteve-se o Departamento de

    Planejamento Fsico e Projetos (DPFP) da Pr-reitoria de Planejamento e Desenvolvimen-

    to (Proplan), encarregado das atividades de planejamento fsico e territorial geral, padroni-

    zao das edificaes e modelos construtivos e elaborao dos planos diretores.

  • 15

    RELATRIO DE GESTO 2010-2014 UFMG

    Importante, tambm, nesse perodo foi a necessidade da UFMG de se enquadrar na

    legislao e controles da Controladoria Geral da Unio (CGU) e do Tribunal de Contas da

    Unio (TCU) quanto licitao de projetos e obras, restringindo-se a prtica de utilizao

    das fundaes de apoio para essas finalidades. Com efeito, pelo volume de projetos e obras

    da UFMG, a efetiva implementao, como praxe, de processos licitatrios demandou um

    relativamente longo e difcil processo de adaptao, com consequncias negativas sobre o

    andamento e gerenciamento das obras. No entanto, com a experincia adquirida, a pers-

    pectiva de que os projetos futuros podero ser iniciados e executados dentro de prazos

    adequados.

    Se houve significativos xitos nas atividades acadmicas porque as atividades meio

    planejamento, execuo, gesto, regulao funcionaram a contento e de forma compatvel.

    De sada, diga-se que no houve problemas oramentrios, uma vez que os recursos aprova-

    dos chegaram a tempo e registrou-se at mesmo ampliao considervel dos recursos para

    investimentos, permitindo ousado plano de obras e ampliao e atualizao de laboratrios

    e equipamentos. Registre-se que, pela primeira vez, a UFMG elaborou edital especfico, por

    meio das pr-reitorias de Ps-graduao e de Pesquisa, para compra de equipamento de

    grande porte para os laboratrios, tendo sido aprovada e efetivada a compra de R$ 9,6 mi-

    lhes em equipamentos, com recursos do oramento de investimento da Universidade.

    No mbito da administrao de recursos humanos, que constituem o bem maior da

    Universidade, tambm se pode registrar avanos significativos, a despeito das dificuldades

    estruturais enfrentadas pelas instituies federais de ensino superior, que deixam pouca

    margem de interveno para seus dirigentes. Em consonncia com o novo perfil da Uni-

    versidade, marcado pela excelncia de suas atividades de ensino, pesquisa e extenso, a

    UFMG intensificou as aes para melhor capacitar e adequar seu quadro de servidores

    tcnico-administrativos em educao.

    Para esta capacitao, foi ampliado no s o valor, mas tambm o nmero de bolsas

    para a realizao de cursos de graduao. Foi tambm implantado o programa de bolsas

    para a realizao de cursos de ps-graduao e apoio participao em encontros, semi-

    nrios e congressos nacionais e internacionais. Destacam-se ainda a oferta na modalidade

    a distncia do curso de Gesto de Instituies Federais de Ensino Superior (GIFES) e a

    criao de grupo de estudos para elaborar proposta de Mestrado Profissional direcionado

    formao de servidores tcnico-administrativos em educao na gesto universitria.

  • 16

    RELATRIO DE GESTO 2010-2014 UFMG

    No que se refere aos docentes, com a adeso da UFMG ao Reuni, houve expanso do

    quadro, mantendo-se a poltica implantada desde os anos 1990, de se contratar, preferen-

    cialmente, professores com ttulo de doutor. Antecipando-se ao disposto na Lei 12.772, que

    dispe sobre as carreiras do Magistrio Superior e do Ensino Bsico, Tcnico e Tecnolgico,

    a UFMG oferece curso de treinamento para os novos docentes, que inclui, alm de questes

    relacionadas didtica, informaes sobre a carreira docente e questes administrativas.

    Entretanto, tanto o marco legal quanto as polticas de carreiras e salrios do conjunto

    dos servidores (tcnico-administrativos e docentes) so definidos e subordinados admi-

    nistrao pblica federal. Essa situao tem um agravante que a existncia de importan-

    tes distores nas estruturas de cargos e salrios, distores estas que foram apontadas

    pelos dirigentes da UFMG s autoridades competentes do Ministrio da Educao (MEC),

    por diversas vezes. Ainda assim, um dos ganhos importantes desse reitorado a perma-

    nente disponibilidade para o dilogo e a negociao de questes de interesse dos servi-

    dores tcnico-administrativos e docentes no mbito de competncia da administrao

    da Universidade. Essa prtica efetiva do dilogo e a busca permanente do atendimento

    de demandas legtimas nem sempre foram capazes de evitar impasses e conflitos, o que

    no deve minimizar os aspectos positivos da experincia de relacionamento da adminis-

    trao central da Universidade com os movimentos e entidades representativas dos seus

    trabalhadores.

    Um dos pontos crticos da administrao universitria o relativo gesto dos cam-

    pi, do ponto de vista do trnsito, transporte, mobilidade, segurana, reas verdes, sanea-

    mento. Estamos cientes dos muitos problemas que temos nessas reas. Contudo, preciso

    reconhecer a existncia de melhorias como, por exemplo, a criao do Departamento de

    Gesto Ambiental (DGA), ligado Pr-reitoria de Administrao (PRA), que tem articulado

    aes no sentido da gesto dos resduos e na definio de uma poltica geral de sustenta-

    bilidade dos nossos campi. Tambm importantes so as aes de controle de acesso e mo-

    nitoramento por meio da instalao de centenas de cmeras de vdeo nos campi. Est em

    curso um estudo sobre melhoria da mobilidade no campus Pampulha, envolvendo trans-

    porte, trnsito e estacionamentos.

    Outra rea em que a administrao central da Universidade conseguiu avanar foi a dos

    processos de compras sob a responsabilidade do Departamento de Logstica e Operaes

    (DLO), tambm vinculado PRA, com a implantao do sistema centralizado de compra,

    alcanando significativos ganhos de prazos, eficincia e economicidade.

  • 17

    RELATRIO DE GESTO 2010-2014 UFMG

    No que se refere infraestrutura de informtica, sistema que atua de forma direta e

    capilar em todos os aspectos da vida acadmica e administrativa da Universidade, h que

    se destacar, entre vrios aspectos, a implantao do novo sistema acadmico, o que trouxe

    grande modernizao ao sistema de matrculas, registros escolares e relao dos profes-

    sores com a DRCA. A rea de informtica foi tambm fundamental na modernizao ad-

    ministrativa, inclusive de compras, na montagem do controle eletrnico de presena dos

    servidores e na capilaridade e flexibilidade por meio da implantao da rede sem fio.

    Tambm o planejamento foi reestruturado, por meio da incluso dos aspectos efetiva-

    mente acadmicos ao processo. Assim, ao lado da elaborao, execuo e acompanhamen-

    to do oramento, da elaborao dos planos diretores e das diretrizes gerais do planejamen-

    to fsico e das edificaes da UFMG, do atendimento s demandas e exigncias dos rgos

    de controle, atribuiu-se ao planejamento tarefas estratgicas, tais como a elaborao de

    proposta ao MEC visando preparar a UFMG para, em mdio prazo, se colocar entre as mais

    bem avaliadas universidades do mundo. Fez parte desse esforo a organizao do Frum

    de Estudos Contemporneos, que realizou quatro rodadas de seminrios abordando ques-

    tes relevantes do mundo contemporneo e seus impactos sobre a nossa Universidade. A

    partir desses seminrios, foram elaborados dois livros: Territrios da Universidade: perma-

    nncia e transformaes, lanado em 2012, e Frum de Estudos Contemporneos: coletnea

    de conferncias, a ser lanado neste ms de maro. Foi tambm realizado um conjunto de

    seminrios sob o ttulo geral de Universidade do futuro, cujos resultados sero publica-

    dos no livro Universidade do Futuro: viso da UFMG.

    Esses resultados, justo que se ressalte, devem-se ao trabalho contnuo e muitas vezes

    annimo dos nossos pesquisadores (professores e alunos) e dos servidores tcnico-admi-

    nistrativos, que realizam, no dia a dia, a vida da Universidade. Preparar a UFMG para esses

    nossos tempos turbulentos e em regio perifrica, marcada por crnicas desigualdades so-

    ciais e regionais, por precariedades materiais, no tarefa simples. Apesar disso, a UFMG,

    em seus mais de 80 anos de existncia como instituio formal, ou de 120 anos se consi-

    derada a criao da primeira faculdade, tem dado respostas particularmente expressivas,

    como resultado do trabalho cumulativo de geraes que tm construdo uma cultura ins-

    titucional slida, baseada nos melhores valores democrticos e republicanos, em decises

    tomadas por rgos colegiados representativos. Estas foram as preocupaes que guiaram

    a ao do Reitorado, gesto 2010-2014, que ora se encerra.

  • CAPTULO 1

    GRADUAO: EXPANSO, INCLUSO E MANUTENO DA

    QUALIDADEINTERIOR DO CAD IIFOTO: AUGUSTO LACERDA

  • 19

    RELATRIO DE GESTO 2010-2014 UFMG

    1 . I n t r o d u o

    Em 2007, o Governo Federal lanou o Programa de Apoio a Planos de Reestruturao e

    Expanso das Universidades Federais (Reuni) com o intuito de expandir as vagas pblicas

    federais de ensino superior para no s atender a um nmero maior de estudantes, mas,

    preferencialmente, aumentar o acesso das diversas camadas da populao, permitindo

    maior incluso social.

    A adeso da UFMG ao Reuni determinou aumento progressivo, mas significativo, do

    nmero de estudantes da Instituio, tanto de graduao quanto de ps-graduao, alm

    de ampliao do quadro de docentes, ao longo dos anos de 2008, 2009 e 2010. De 4.674 va-

    gas oferecidas no vestibular de 2007, a UFMG passou a oferecer 6.670 vagas em 2010, com

    a implantao de 27 novos cursos de graduao, 16 (59%) deles no perodo noturno, alm

    da oferta de dois cursos, j existentes, em horrio noturno, e da ampliao do nmero de

    vagas em cursos j disponveis.

    Coube gesto 2010-2014 se responsabilizar por dar sequncia ao pactuado com o Gover-

    no Federal, cumprindo as metas estabelecidas e, em particular, zelando pela qualidade dos

    novos cursos ofertados, esforando-se por manter a excelncia alcanada pela Universidade.

    Para sustentar este crescimento foram implantadas as estruturas fsicas e laboratoriais

    j previstas, sendo necessrio, tambm, fazer um redimensionamento destas instalaes,

    construir outras novas e, ainda, ampliar espaos existentes.

    A gesto 2010-2014 tambm finalizou e implantou o novo Sistema de Gesto Acadmica

    (Siga), que facilitar a operacionalizao de toda a estrutura acadmica da Instituio, tan-

    to para o estudante quanto para o servidor docente e tcnico-administrativo.

    Tambm nesta gesto, o Conselho Universitrio aprovou a utilizao do Exame Nacio-

    nal do Ensino Mdio (Enem) no processo seletivo de 2011 e, mais recentemente, ainda em

    2013, a adeso da UFMG ao Sistema de Seleo Unificada (Sisu) em substituio ao Vesti-

    bular 2014.

    Estas medidas, conjugadas com a poltica de bnus, ao pioneira implantada em

    2008, e posterior implementao da Lei de Cotas (Lei 12.711/2012), proporcionaram

  • 20

    RELATRIO DE GESTO 2010-2014 UFMG

    transformaes estruturais importantes que promoveram a democratizao do acesso

    Universidade. Esta democratizao tem propiciado mudanas paulatinas na composio

    da comunidade universitria, possibilitando a incorporao de estratos sociais e tnicos

    mais amplos.

    Para atender da melhor forma possvel as novas e crescentes demandas da Universida-

    de, a Pr-reitoria de Graduao (Prograd) foi reestruturada, sendo agora constituda por

    seis diretorias: Acadmica; de Mobilidade, Estgios e Bolsas; de Inovao e Metodologias

    de Ensino; de Educao a Distncia; Administrativa e dos CADs; de Processos Seletivos e

    Revalidao de Diplomas.

    Estes e outros itens, detalhados nas pginas seguintes, so parte do esforo deste rei-

    torado em cumprir, de forma responsvel, o que foi proposto expanso com incluso

    e qualidade , mantendo a UFMG no patamar de excelncia e de relevncia que sempre

    caracterizou suas aes.

    2 . I m p l a n t a o d o R e u n i

    Um dos grandes desafios da Pr-reitoria de Graduao na gesto 2010-2014 foi o acom-

    panhamento da implementao dos cursos criados pelo Projeto UFMG de adeso ao Pro-

    grama de Apoio a Planos de Reestruturao e Expanso das Universidades Federais (Reuni).

    A adeso ao Reuni, concretizada na gesto 2006-2010, teve por metas principais: a am-

    pliao de vagas, preferencialmente no noturno; a reduo da evaso; o incentivo mobi-

    lidade estudantil; o estabelecimento de uma relao professor-aluno adequada, e o cresci-

    mento integrado da ps-graduao, vinculando estudantes de ps-graduao s atividades

    de ensino por meio da criao de equipes docentes. O trabalho de implantao iniciado

    em 2008 cumpriu, integralmente, as metas estabelecidas, por meio de ao sistematizada,

    sincronizada e continuada realizada pela Prograd, com monitoramento da evoluo do

    nmero de vagas discentes, da qualidade dos cursos e do funcionamento das equipes do-

    centes. Durante os quatro anos da gesto 2010-2014 foi possvel, com a dedicao dessas

    mesmas equipes da Prograd, diagnosticar e corrigir rumos para a consolidao eficiente do

    projeto, garantindo uma expanso com qualidade.

  • 21

    RELATRIO DE GESTO 2010-2014 UFMG

    Com a implantao gradual dos novos cursos e turnos, a UFMG concluiu, ao final

    de 2012, o processo de implementao do Reuni. A Tabela 1 apresenta os resultados da

    expanso.

    TABELA 1 Evoluo das vagas discentes, dos cursos e do quadro docente Reuni, 2007-2012

    2007 2012

    Nmero de vagas 4.674 6.670

    Nmero de cursos 48 75

    Nmero de docentes 2.472 2.846

    Para alm da expanso que, inegavelmente, promoveu a democratizao do acesso

    UFMG, em particular pelo aumento de vagas no perodo noturno, os novos cursos amplia-

    ram as possibilidades de escolha e de trabalho interdisciplinar de discentes e docentes.

    Vale ressaltar que os novos cursos tm sido bem avaliados pelas sucessivas anlises pro-

    movidas por equipes do MEC (Grfico 1 e Box 1).

    22%

    22%

    56%

    CONCEITOS OBTIDOS NO RECONHECIMENTO

    CONCEITO 4

    0

    1000

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    5000

    6000

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    8000

    7/17/13 7/18/13 7/19/13 7/20/13 7/20/13 7/21/13 7/22/13

    PROPOSTAS EFETIVADAS POR DIA

    13 CURSOS

    CONCEITO 55 CURSOS

    CONCEITO 35 CURSOS

    GRFICO 1 - Conceitos obtidos no reconhecimento de cursos criados no Reuni

  • 22

    RELATRIO DE GESTO 2010-2014 UFMG

    GRFICO 2 - Efeito do bnus segundo critrio de cor ou raa

    0,00%

    10,00%

    20,00%

    30,00%

    40,00%

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    NEGRA/INSCRITOS NEGRA/APROVADOS BRANCA/INSCRITOS BRANCA/APROVADOS

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    2012

    BRANCOS NEGROS TOTAL

    PERCENTUAL DE CANDIDATOS

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    NEGRA/INSCRITOS NEGRA/APROVADOS BRANCA/INSCRITOS BRANCA/APROVADOS

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    2012

    BRANCOS NEGROS TOTAL

    NMERO DE CANDIDATOS APROVADOS

    3 . P o l t i c a s d e a e s a f i r m a t i v a s

    Entre as muitas iniciativas de promoo de aes afirmativas adotadas pela UFMG, a

    poltica de bnus sociorracial implementada no reitorado anterior e mantida at a promul-

    gao de Lei de Cotas (Lei 12.711/2012) foi uma importante medida propulsora da inclu-

    so social e racial conforme demonstram os grficos a seguir.

  • 23

    RELATRIO DE GESTO 2010-2014 UFMG

    GRFICO 4 - Efeito do bnus segundo critrio de tipo de escola de origem

    0,00%

    10,00%

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    PRIVADA/INSCRITOS PRIVADA/APROVADOS PBLICA/INSCRITOS PBLICA/APROVADOS

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    PRIVADA PBLICA TOTAL

    PERCENTUAL DE CANDIDATOS

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    PRIVADA/INSCRITOS PRIVADA/APROVADOS PBLICA/INSCRITOS PBLICA/APROVADOS

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    2009

    2010

    2011

    2012

    PRIVADA PBLICA TOTAL

    NMERO DE CANDIDATOS APROVADOS

    A implantao da reseva de vagas proposta pela Lei 12.711/2012 vem sendo gradual,

    como recomenda o texto da lei. No primeiro ano de adeso, foram destinados 12,5% do to-

    tal de vagas aos cotistas e, no segundo ano, 25%. Ao final da implantao, sero reservados

    50% do total de vagas de entrada na Universidade para cotistas.

    Sobre os ingressantes cotistas (anteriormente bonistas), cabe ressaltar que o desempe-

    nho escolar destes estudantes em nada difere daquele apresentado por alunos no cobertos

    GRFICO 3 - Efeito do bnus segundo critrio de tipo de escola de origem

  • 24

    RELATRIO DE GESTO 2010-2014 UFMG

    por estas polticas, conforme demonstram estudos da comisso criada pela Prograd para

    este acompanhamento Comisso de Acompanhamento da Incluso Social (CAIS).

    Tambm como estratgia de poltica afirmativa, a UFMG criou, no projeto Reuni, cursos

    de graduao especiais e regulares para populao do campo (Licenciatura do Campo) e

    para comunidades indgenas (Formao Intercultural de Educadores Indgenas). Cada um

    desses cursos oferece 35 vagas, tendo processos de ingresso especficos e modalidade pe-

    daggica especial que alterna tempos na comunidade e tempos na escola.

    Alm das polticas de acesso, a UFMG tem garantido, aos estudantes que necessitam

    de apoio, acesso a moradia, alimentao e assistncia sade, por meio de programas de

    assistncia estudantil desenvolvidos pela Fump (captulo 5). preciso lembrar, ainda, do

    ProNoturno, projeto que confere bolsas a estudantes dos cursos noturnos para que possam

    se dedicar exclusivamente s atividades acadmicas.

    Todo esse conjunto de iniciativas pretende disponibilizar, aos estudantes da UFMG,

    condies adequadas de aprendizado, que se traduzam em bom rendimento escolar e re-

    duo das taxas de reteno e de evaso.

    4 . O f i m d o v e s t i b u l a r : E n e m e S i s u

    Acompanhando a poltica do Governo Federal de democratizao do acesso e melhoria

    do sistema de ingresso nas universidades pblicas federais, a gesto 2010-2014 props, ao

    Conselho Universitrio em 2010, a adoo do Exame Nacional do Ensino Mdio na primei-

    ra etapa do vestibular. Aprovada, a proposta foi implementada com xito.

    O sucesso da iniciativa provocou a adeso em 2013 ao Sistema de Seleo Unificada

    (Sisu), que, em sua primeira edio, mostrou-se exitoso, tendo registrado a maior concor-

    rncia dos ltimos 15 anos, com 146 mil inscritos para o preenchimento de 3.535 vagas.

    A combinao Enem/Sisu, a exemplo de modelos consagrados e consolidados em

    outros pases como o SAT (Estados Unidos) e o Baccalaurat (Frana) , se confi-

    gura em instrumento que, ao dispensar o deslocamento geogrfico dos estudantes, e,

    no caso brasileiro, tambm o pagamento de inscrio para os estudantes egressos de

  • 25

    RELATRIO DE GESTO 2010-2014 UFMG

    escolas pblicas, reduz custos e democratiza as oportunidades de acesso. Por outro

    lado, sendo um sistema nacional para ingresso no ensino superior pblico, o Sisu pode

    produzir um efeito positivo sobre a educao de forma geral, com reflexos na educao

    fundamental e mdia.

    Da opo pela adeso ao Enem/Sisu, resultou o fim do vestibular convencional da

    UFMG e a reformulao de toda a estrutura da antiga Copeve, sendo constituda uma coor-

    denao de processos seletivos que se responsabiliza, entre outras selees, pelos exames

    de aptido das reas de artes e msica.

    5 . P o l t i c a s d e a p e r f e i o a m e n t o

    d i d t i c o - p e d a g g i c o

    Em consonncia com o que havia sido pactuado pelo Reuni, a gesto 2010-2014 deu

    continuidade poltica de aperfeioamento didtico-pedaggico por meio da manuten-

    o da Rede de Desenvolvimento de Prticas de Ensino Superior (GIZ) e do incentivo am-

    pliao das suas aes. Nove mil pessoas foram atendidas pelas diversas modalidades de

    atividades desenvolvidas pelo GIZ. No perodo 2010-2014, foram estruturados e concludos

    cinco PerCursos Formativos Docentes, trs PerCursos Formativos Discentes, dois PerCursos

    Formativos para os Tcnico-administrativos em Educao e oito cursos de Formao em

    Docncia de Ensino Superior.

    Como parte da poltica de aperfeioamento didtico-pedaggico foram ampliados os

    Programas de Monitoria de Graduao e o de Educao Tutorial e, em 2013, foi criado o

    Programa de Inovao e Qualidade no Ensino de Graduao. Este ltimo, tendo por objeti-

    vo o fomento a aes inovadoras no ensino de graduao, teve aprovadas, em sua primeira

    verso, 48 propostas inovadoras, apresentadas por 16 unidades acadmicas.

    Os programas de Mobilidade Acadmica Nacional e de Apoio Participao Discente

    em Eventos Acadmicos foram substancialmente ampliados, atendendo nmero cada

    vez maior de estudantes. O Grfico 4 apresenta a evoluo do programa de Mobilidade

    Acadmica Nacional.

  • 26

    RELATRIO DE GESTO 2010-2014 UFMG

    Vale destacar, ainda, neste mesmo contexto, a participao da UFMG no Programa de

    Licenciatura Internacional (PLI) e os acordos internacionais celebrados pela Diretoria de

    Relaes Internacionais/UFMG para a obteno de dupla diplomao em nvel de gra-

    duao com a cole des Ponts ParisTech para o curso de Engenharia Civil e com a cole

    Suprieur dIngnieurs em letronique et lectrique para o curso de Engenharia Eltrica.

    6 . I n o v a o d a g e s t o

    a d m i n i s t r a t i v a a c a d m i c a

    O Sistema Informatizado de Gesto Acadmica (Siga), cuja concepo foi iniciada du-

    rante a gesto 2006-2010, teve seu primeiro mdulo implantado em 2013. A eficincia do

    novo sistema foi inicialmente colocada prova no perodo de matrcula do segundo se-

    mestre de 2013, quando foi registrado nmero recorde de acessos, sem interrupes do

    sistema.

    O novo sistema, alm de promover uma modernizao necessria, possibilitou a agili-

    zao da gesto de informaes acadmicas, facilitando os procedimentos de matrculas e

    de obteno de dados.

    120 120

    156 156

    168

    2009 2010 2011 2012 2013

    BOLSAS PET

    16

    34

    71

    44

    6846

    58

    71

    44

    68

    2009/1 2010/1 2011/1 2012/1 2013/1

    BOLSAS DE MOBILIDADE ACADMICA

    ALUNOS DE OUTRAS IFES

    ALUNOS DA UFMG

    326426

    757

    479

    2010/1 2011/1 2012/1 2013/1

    ALUNOS DA GRADUAO DA UFMG EM INTERCMBIO INTERNACIONAL

    GRFICO 4 - Evoluo das bolsas de Mobilidade Acadmica

  • 27

    RELATRIO DE GESTO 2010-2014 UFMG

    7. O u t r a s a e s d a P r o g r a d

    Coordenao geral da edio 2012 do UFMG Conhecimento e Cultura, evento anual que

    objetiva divulgar e integrar as aes das reas acadmicas da UFMG.

    Coordenao geral da gesto dos Centros de Atividades Didticas. Os Centros, cons-

    trudos com recursos de infraestrutura do Reuni, foram inaugurados durante a gesto

    2010-2014. Sendo espaos de aulas compartilhados por diversas unidades, exigem es-

    trutura administrativa eficaz para a sua adequada gesto. A Prograd tem coordenado

    esta tarefa desde a abertura desses novos espaos didticos.

    Desenvolvimento em verso virtual da Mostra das Profisses, em parceria com a Direto-

    ria de Tecnologia da Informao (DTI) e Centro de Comunicao (Cedecom), possibili-

    tando, assim, o acesso de toda a populao aos contedos da mostra.

    Consolidao dos processos de reconhecimento de ttulos e de revalidao de diplo-

    mas: nos ltimos quatro anos houve aumento de 110% das solicitaes e procedimen-

    tos, em especial para o curso de medicina (Grficos 5 e 6).

    79.061,00154.770,00

    967.934,00 960.257,00

    2010 2011 2012 2013

    VALOR EM R$ DE BENEFCIOS PARA ALUNOS DA GRADUAO PARA PARTICIPAO EM EVENTOS

    104

    252

    526

    1253

    2010 2011 2012 2013

    NMERO DE PROCESSOS DE REVALIDAO DE DIPLOMAS DE GRADUAO - TODOS OS CURSOS

    104

    252

    526

    2010 2011 2012 2013

    NMERO DE PROCESSOS DE REVALIDAO DE DIPLOMAS DE GRADUAO - TODOS OS CURSOS

    1.253

    0

    153

    292

    0

    200

    400

    600

    800

    1000

    1200

    2010 2011 2012 2013

    NMERO DE PROCESSOS DE REVALIDAO DE DIPLOMAS DE GRADUAO DE MEDICINA

    17%

    42%

    33%

    8%

    ENADE 2010

    CONCEITO 5

    CONCEITO 4

    CONCEITO 2

    SEM CONCEITO

    5

    4

    12

    1.036

    GRFICO 5 - Nmero de processos de revalidao de diplomas de graduao - todos os cursos

    GRFICO 6 - Nmero de processos de revalidao de diplomas de graduao de medicina

  • 28

    RELATRIO DE GESTO 2010-2014 UFMG

    8 . E s c o l a d e E d u c a o

    B s i c a e P r o f i s s i o n a l

    Criada a partir da fuso de trs unidades Centro Pedaggico, Colgio Tcnico e Teatro

    Universitrio , a EBAP vivencia, na atualidade, avanos e desafios. Entre os avanos pode-

    mos destacar:

    A implantao da Escola de Tempo Integral no Ensino Fundamental, mais exata-

    mente no Centro Pedaggico. No Brasil, apenas cerca de 1% das escolas de ensi-

    no fundamental tem o horrio integral. Comprovadamente, esse um avano ne-

    cessrio para a superao das dificuldades de aprendizagem das nossas crianas e

    adolescentes.

    O aprimoramento do acompanhamento de estudantes com nvel mais alto de dificul-

    dade de aprendizagem no Colgio Tcnico. Importante destacar que o Colgio Tc-

    nico reintroduziu o Ensino Tcnico Integrado ao Ensino Mdio. Isso implica perma-

    nncia dos alunos nos dois turnos no Colgio, bem como grande carga de disciplinas

    e informaes.

    A implantao, juntamente com a Prograd, da modalidade de bolsas de monitoria

    Imerso Docncia. Atualmente, so 40 bolsistas das licenciaturas e da pedagogia

    que atuam nos dois colgios. Tal feito propiciou maior acompanhamento dos estu-

    dantes nos colgios, viabilizou a implantao da escola de tempo integral no Centro

    Pedaggico e tem sido um estmulo para a integrao na docncia dos nossos alunos

    de graduao.

    A manuteno do Programa de Educao de Jovens e Adultos (PROEJA), que atende

    tanto pessoas da comunidade interna como externa e conta com a participao da

    Faculdade de Educao. Esse Programa contempla toda a Educao Bsica (Ensinos

    Fundamental e Mdio). essencial na formao de educadores de jovens e adultos e

    tem relevncia social muito expressiva.

    A integrao do Colgio Tcnico ao Pronatec. Tal integrao permitiu a diversificao

    de alunos que, em sua maioria, so jovens trabalhadores, e envolve diversas unidades

    da UFMG, sob a coordenao do Coltec.

  • 29

    RELATRIO DE GESTO 2010-2014 UFMG

    9 . A e s e m a n d a m e n t o

    Em termos gerais, poderamos sintetizar os seguintes temas e aes em andamento na

    Prograd:

    Democratizaodoacessoegarantiadapermannciadosestudantesdegraduao.

    A UFMG, desde 2009, vivenciou trs processos que intensificaram a democratizao

    do acesso a seus cursos de graduao: a implantao do programa de bnus, substitu-

    do pela Lei de Cotas em 2012, o Programa Reuni, que aumentou significativamente o

    nmero de vagas, e a implantao de grande nmero de cursos noturnos. Isso acarreta

    a necessidade da ampliao da Assistncia Estudantil e o aprimoramento do acompa-

    nhamento acadmico dos estudantes, para evitar a reteno e a evaso.

    ConsolidaoeampliaodaestruturadoGIZ.Como estrutura que visa dinamizar

    os processos pedaggicos, o GIZ desempenha papel essencial na renovao e inovao

    de metodologias de ensino na graduao. Os percursos formativos para monitores de

    ps-graduao, professores e alunos da graduao so decisivos, bem como o PIQEG

    projeto voltado para a produo de inovaes pedaggicas. Os portflios dos alunos

    da graduao, que lhes permitem acompanhar e controlar o seu trajeto acadmico, tm

    constitudo importante instrumento de inovao. Porm, preciso capilarizar ainda

    mais as atividades e iniciativas do GIZ, promovendo tanto a inovao quanto a valori-

    zao da graduao.

    Implantaodainfraestruturafsica,depessoaleorganizacionaldosCADs.A adminis-

    trao de espaos compartilhados como os CADs mostrou-se uma atividade complexa.

    Encaixar horrios e espaos solicitados pelas Unidades no uma tarefa fcil. As Unida-

    des, em geral, tm suas prprias culturas, comportamentos, rotinas. A tendncia que

    queiram reproduzir isso nos CADs. Portanto, conciliar comportamentos, administrar

    conflitos, atender com presteza parte da rotina dos servidores desses espaos. Junta-

    se a isso a administrao dos equipamentos, dos limites impostos pelas licitaes para

    adquiri-los, e o nmero insuficiente de servidores para todas as tarefas exigidas.

    EducaoaDistncia.A EAD ampliou-se consideravelmente na UFMG, tanto em nme-

    ro de cursos (de graduao, especializao e aperfeioamento), quanto de polos. Tornou-

    se, tambm, uma estrutura robusta, com diversos profissionais, viagens constantes, pro-

    duo de material, relao com a Capes etc. Duas questes, em especial, chamam a aten-

    o: 1) as normas acadmicas ainda so insuficientes para abarcar os cursos EAD. Assim,

  • 30

    RELATRIO DE GESTO 2010-2014 UFMG

    questes como mudana de polo pelos alunos, implantao de programas de monitoria

    especficos, entre outras, so tratadas no varejo e de acordo com a iniciativa e mesmo boa

    vontade de gestores. H grande expectativa de que a alterao das normas contemple

    essa modalidade de curso. 2) A relao entre cursos presenciais e cursos EAD. Os alunos

    de cursos EAD podem fazer disciplinas nos cursos presenciais? Podem se beneficiar de

    programas tais como Cincia sem Fronteiras? Em que medida os cursos presenciais po-

    dem ofertar disciplinas via EAD, j que isso permitido pela LDBN?

    Formaodocente(licenciaturas). Sabemos que os problemas enfrentados pelos cur-

    sos de Licenciatura no so exclusivos da UFMG, mas refletem uma realidade nacional

    de verdadeira crise da Educao Bsica. Na verdade, poucos optam pelas Licenciaturas,

    poucos permanecem nelas e muito poucos terminam por exercer a docncia. A desvalo-

    rizao do profissional da Educao Bsica e as condies precrias de trabalho levaram

    a um limite de total falta de docentes em diversas reas. Porm, exatamente pela crise que

    se vive, preciso que a UFMG d ateno especial a esses cursos e se torne protagonista

    em nvel nacional, no sentido de contribuir para a superao dos problemas da rea.

    EscoladeEducaoBsicaeProfissional. A Escola de Educao Bsica e Profissional

    comporta trs segmentos: o Colgio Tcnico, o Centro Pedaggico e o Teatro Univer-

    sitrio. H, do ponto de vista organizacional, uma estruturao esdrxula: o Coltec,

    assim como o TU, vinculam-se diretamente SETEC (Secretaria de Educao Tecnol-

    gica do MEC). E o CP tem dilogo direto com a SESU atravs de articulao prpria dos

    Colgios de Aplicao. Isso j aponta para um risco de certa independncia da EBAP

    com relao s estruturas da Universidade. H um Regimento especfico dessa Unida-

    de, mas que precisa ser revisto. preciso, ento, institucionalizar cada vez mais essa

    Unidade, submetendo-a s deliberaes das instncias coletivas da UFMG. Alm disso,

    as Escolas necessitam com urgncia de estabilidade quanto ao nmero de docentes

    suficientes para a manuteno e ampliao das suas atividades. Durante os ltimos

    quatro anos, foi criada uma monitoria especial em parceria com a EBAP: Imerso Do-

    cncia. Isso foi essencial para que o CP se tornasse uma escola de tempo integral e para

    auxiliar na minimizao de repetncia e evaso na EBAP.

    Reviso geraldo conjuntodasNormasAcadmicas aps aprovaodonovoRegi-

    mento.Conforme j foi expresso, as nossas normas so antigas, e no refletem a nova

    realidade da UFMG. Trata-se de, com urgncia, retomar a sua discusso, iniciada mas

    no finalizada nessa gesto.

    ConsolidaodaDiretoriadeProcessosSeletivoseRevalidaodeDiplomas.A antiga

  • 31

    RELATRIO DE GESTO 2010-2014 UFMG

    Copeve contava com nmero expressivo de funcionrios, a grande maioria formada

    por terceirizados. Tinha, porm, uma fonte de recursos que lhe garantia essa ao: a

    taxa paga pelos vestibulandos. Extinto o vestibular, conta-se atualmente com reduzido

    nmero de servidores do quadro e alguns terceirizados. As atividades, porm, continu-

    am complexas e h necessidade do fortalecimento imediato da Diretoria, com o reforo

    de novos servidores do quadro efetivo.

    A Diretoria de Avaliao Institucional (DAI) foi

    criada, em 2002, vinculada ao gabinete do Reitor,

    com o objetivo de coordenar e supervisionar as aes

    de avaliao da UFMG e, tambm, realizar estudos

    inerentes avaliao institucional. A trajetria de-

    senvolvida pela Universidade desde aquela data e

    as modificaes que foram sendo introduzidas, pelo

    Ministrio da Educao, nos processos de avaliao

    e regulao da educao superior no s ampliaram,

    como tambm diversificaram a atuao da DAI. Na

    gesto 2010-2014 da Reitoria, a Diretoria de Avaliao

    Institucional consolidou a atividade na Universidade.

    Avaliao e regulao institucionais

    As atividades da Diretoria se dividem, hoje, em

    dois segmentos principais: avaliaes e atividades

    relacionadas aos processos de regulao da educa-

    o superior. No primeiro caso, esto atividades de

    avaliao institucional realizadas no mbito da Lei

    10.861, de 14 de abril de 2004, que instituiu o Sistema

    Nacional de Avaliao da Educao Superior (Sinaes)

    e exigiu a criao de Comisso Prpria de Avaliao

    (CPA) em todas as instituies de ensino superior. Na

    UFMG, a Diretoria de Avaliao Institucional preside

    a CPA, que tem o suporte administrativo da DAI para

    realizar a autoavaliao. Ambas, Diretoria e CPA par-

    ticiparam da visita de avaliao institucional externa,

    realizada em 2009, tendo a correspondente portaria

    de recredenciamento sido publicada em 12 de julho

    de 2011. Na rea da avaliao tambm se inserem as

    aes que a DAI realiza na superviso do processo

    de realizao do Enade, bem como na anlise dos re-

    sultados desse exame, divulgados anualmente. Atua,

    tambm, nas visitas de comisses de avaliao exter-

    na de cursos e no processo de acreditao no Arcu-sul.

    Responsvel pela interlocuo com os rgos do

    Ministrio da Educao no que se refere s informa-

    es utilizadas pelos processos de gesto da qualidade

    das instituies federais de ensino superior (IFES), a

    diretora assume a funo de procurador educacional

    institucional, conforme estabelecido pela Portaria

    Normativa n 40, de 2010. Nessa condio, so infor-

    mados os dados destinados a compor, anualmente,

    o Censo da Educao Superior e, tambm, aqueles

    que sero utilizados para compor o indicador aluno

    equivalente para a matriz oramentria das IFES. Na

    condio de procurador educacional institucional

    responsvel, ainda, de modo especial, pela mon-

    tagem, superviso e acompanhamento de todos os

    processos de avaliao e regulao da Universidade,

    como o do recredenciamento da Instituio e os de

    reconhecimento e renovao de reconhecimento de

    cursos.

    Todas essas so atividades de grande complexi-

    dade, mas com o agravante de que so realizadas em

    sistemas que no contam ainda com gesto unificada

    no MEC, o que implica em sobreposies de deman-

    das, tanto em termos de prazos quanto dos tipos de

    informaes solicitadas. Dificuldade maior presente

    na realizao desse trabalho reside no fato de que os

    processos de regulao so produzidos no sistema

    eMEC. Embora regulamentado pela Portaria Nor-

    mativa n 40, seu funcionamento como instrumento

    dos processos de regulao ainda se encontra em ela-

    borao. Isso significa que se realiza um trabalho de

    alto nvel de responsabilidade, mas num sistema em

    constantes mudanas. Para o enfrentamento de difi-

    culdades como essas, esto sendo conduzidas gestes

    junto SESu/MEC, tendo sido constitudo o Colgio

    de Procuradores Educacionais Institucionais das IFES,

    presidido, desde 2009, pela diretora da DAI/UFMG.

    A v a l i a o i n s t i t u c i o n a l

    BOX I

  • 32

    RELATRIO DE GESTO 2010-2014 UFMG

    Estudos e anlises

    A DAI desenvolve anlises e estudos permanen-

    tes, atividade importante para produzir informaes

    visando ao planejamento e formulao de polticas

    acadmicas. Alguns exemplos seriam as anlises dos

    resultados das avaliaes semestrais de disciplinas e

    professores feitas pelos estudantes, e dos dados re-

    lativos aos resultados da participao dos cursos da

    UFMG no Enade. Uma sntese desses estudos ser

    apresentada a seguir.

    Indicadores do Enade

    Os resultados do Exame Nacional de Desempenho

    do Estudante (Enade) so divulgados por meio de di-

    ferentes notas, com destaque para a nota Enade (re-

    sultado mdio dos estudantes de um curso) e a nota

    IDD (estimativa da contribuio do curso para a for-

    mao do estudante). A partir delas, juntamente com

    outros insumos extrados das respostas do question-

    rio preenchido pelos estudantes que participam do

    Enade, e de registros do Censo da Educao Superior,

    calculado o Conceito Preliminar de Curso (CPC), que

    uma definio preliminar da qualidade do curso.

    Como mostram as tabelas 1 e 2 relativas ao perodo

    2009-2011, os resultados obtidos pelos estudantes de

    cada grupo de cursos de graduao da UFMG nesse

    exame evidenciam a boa qualidade dos cursos que so

    oferecidos.

    TABELA 1 Distribuio percentual do conceito CPC obtido pelos cursos da UFMG no Exame Nacional de Desempenho do Estudante Enade; perodo 2009-2011

    Nveis do Conceito 2009 (%) 2010 (%) 2011 (%)

    5 41 7 13

    4 41 57 73

    3 - 21 13

    2 - - -

    1 - - -

    SC 18 14 -

    Total de cursos 10 14 30

    Fonte: MEC/INEP elaborao da DAI

    TABELA 2 Notas Enade e IDD e conceito CPC contnuo mdios, obtidos pelos cursos da UFMG no Enade

    Ano Nota Enade Nota IDD Conceito CPC Total de cursos Cursos sem conceito

    2009 4,35 3,22 4,09 17 3

    2010 3,39 3,07 3,49 14 2

    2011 3,53 2,76 3,49 30 0

    Fonte: MEC/INEP elaborao da DAI

  • 33

    RELATRIO DE GESTO 2010-2014 UFMG

    Deve ser observado que nenhum dos cursos da

    UFMG obteve CPC inferior a 3, sendo que, nos trs

    anos analisados, mais de 3/4 dos cursos avaliados ob-

    tiveram CPC 4 e 5.

    Outro indicador introduzido pelo INEP em 2008,

    com o objetivo de fornecer informaes sobre a qua-

    lidade do conjunto dos cursos de graduao e de ps-

    graduao das instituies de ensino superior, foi o

    ndice Geral de Cursos (IGC). Desde ento, o IGC da

    UFMG tem se mantido elevado, o do conceito 5, o que

    fez com que ela ocupe as primeiras posies entre as

    universidades brasileiras com conceito mais elevado.

    Avaliao semestral de disciplinas

    Outra anlise que adquiriu carter regular na DAI

    a dos resultados das avaliaes semestrais de disci-

    plinas e professores feitas pelos estudantes. Essa ava-

    liao, feita pela Internet, por ocasio da matrcula,

    no de carter obrigatrio, sendo que entre 60% e

    70% dos estudantes respondem ao questionrio que

    disponibilizado (Grfico 1).

    Os resultados no perodo 2009-2012 indicam al-

    gumas regularidades nas respostas dos estudantes.

    Quando fizeram sua autoavaliao, eles considera-

    ram que enfrentaram grau mdio de dificuldade para

    dar cumprimento disciplina/atividade avaliada,

    registro que interessante, considerando que tam-

    bm avaliaram como tendo sido bom o conheci-

    mento anterior de que dispunham para acompanhar

    a disciplina/atividade. No que se refere avaliao

    dos docentes responsveis pelas disciplinas/ativida-

    des que foram avaliadas, os resultados so bastante

    positivos. Numa escala que varia entre muito bom

    e muito ruim, entre 70% e 90% dos estudantes con-

    sideram como bons e muito bons, em todos os se-

    mestres, aspectos como: assiduidade, pontualidade,

    domnio do contedo programtico, capacidade de

    transmisso de conhecimento, relacionamento com

    os alunos e interesse em contribuir para a aprendi-

    zagem e cumprimento do programa da disciplina.

    Esses resultados revelam que, numa mdia bastante

    elevada, os alunos esto satisfeitos com os docentes

    da Universidade com os quais tiveram contato e, ao

    mesmo tempo, se consideram preparados para cum-

    prir as exigncias dos cursos.

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    100

    2004

    -1

    2005

    -1

    2006

    -1

    2007

    -1

    2008

    -1

    2009

    -1

    2010

    -1

    2010

    -2

    2011

    -1

    2011

    -2

    2012

    -1

    MXIMO UFMG MNIMO

    GRFICO 1 - Evoluo do ndice de absteno entre 2004 e 2012

  • CAPTULO 2

    PS-GRADUAO: CRESCIMENTO COM

    QUALIDADE

    DETALHE DA ESCOLA DE MSICA DA UFMGFOTO: FOCA LISBOA

  • 35

    RELATRIO DE GESTO 2010-2014 UFMG

    1 . I n t r o d u o

    As atividades de ps-graduao da UFMG tiveram avanos substanciais nos ltimos

    quatro anos, conseguindo combinar, de forma equilibrada, a expanso e a qualidade, o que

    veio reforar a projeo acadmica e cientfica da Universidade no Brasil e no exterior. Ao

    mesmo tempo em que foram criadas mais vagas e ampliado o nmero de matrculas e de

    cursos, houve tambm o aprimoramento dos programas disponveis.

    Basta verificar que, na mais recente avaliao trienal da ps-graduao brasileira, reali-

    zada pela Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (Capes), abran-

    gendo o perodo de 2010 a 2012, 31 dos 63 programas com cursos de doutorado da UFMG

    tiveram sua excelncia internacional reconhecida e receberam conceitos 6 e 7. Isso corres-

    pondeu a 49%, o maior percentual entre as universidades brasileiras.

    Ademais, pela primeira vez desde que a ps-graduao da UFMG foi criada, h mais de

    quatro dcadas, o contingente de alunos do doutorado superou o de estudantes do mestra-

    do a partir de 2012. A elevao contnua da concesso de bolsas, a melhoria e a expanso

    da infraestrutura acadmica e laboratorial e a maior cooperao com outras instituies

    nacionais e internacionais de ensino superior so outras transformaes que, somadas s

    que foram antes mencionadas, evidenciam a maturidade alcanada e a consolidao das

    atividades de ps-graduao e de pesquisa da UFMG.

    Como ser constatado nas pginas seguintes, tal desempenho foi calcado, sobretudo,

    na definio de polticas consistentes direcionadas a aprofundar o processo de interna-

    cionalizao e em estratgias desenhadas com a finalidade de implantar prioritariamente

    na UFMG uma estrutura de laboratrios multiusurios e de cunho interdisciplinar e de

    assegurar a ampliao do acesso ps-graduao. As iniciativas adotadas visaram tambm

    aumentar a oferta de cursos e de vagas em reas emergentes do conhecimento, principal-

    mente as que demonstram elevado potencial para atender as demandas prementes do pas

    e possam, alm disso, criar oportunidades efetivas de incluso social.

  • 36

    RELATRIO DE GESTO 2010-2014 UFMG

    2 . A P s - g r a d u a o s t r i c t o s e n s u : M e s t r a d o e D o u t o r a d o

    O sistema de Ps-graduao stricto sensu da UFMG constitudo atualmente por 77

    programas, sendo 63 com oferta conjunta de mestrado e doutorado e outros 14 apenas de

    mestrado, dos quais cinco so da modalidade profissional. Dos 77 programas, 16 foram

    iniciados na gesto 2010-2014. Distribudo em todas as reas do conhecimento, o siste-

    ma de ps-graduao stricto sensu tem apresentado incremento progressivo de qualidade,

    com a ampliao do nmero de cursos e programas classificados com padro de exce-

    lncia internacional (Tabela 1). Na avaliao trienal 2010-2012 realizada pela Coordena-

    o de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (Capes), essa trajetria de contnuo

    aperfeioamento das prticas de ensino e pesquisa da UFMG foi mais uma vez atestada.

    Considerando o total de programas, 53 ficaram com conceitos 5, 6 ou 7, correspondendo a

    aproximadamente 70% do conjunto global. Levando-se em conta que somente programas

    com doutorado podem atingir o conceito mximo de 6 ou 7, 31 entre 63 desses programas

    atingiram esta classificao de excelncia, o que equivaleu a 49%, um dos dois mais eleva-

    dos percentuais entre as universidades brasileiras. Cabe salientar, tambm, que 23 cursos

    ou programas apresentaram progresso de conceito entre as avaliaes trienais de 2007-

    2009 e 2010-2012, confirmando os avanos qualitativos da ps-graduao da UFMG em

    anos recentes, a despeito da queda de conceituao observada em outros sete.

    TABELA 1Programas por rea do conhecimento, nvel, ano de incio do programa/curso e conceito nas avaliaes trienais de 2007-2009 e 2010-2012

    Programas por rea do Conhecimento Nvel IncioConceito 2007-2009

    Conceito 2010-2012

    Cincias Agrrias

    Cincia Animal

    M 2007

    6 6

    D 1989

    Cincia de Alimentos

    M 1973

    5 4

    D 2002

    Produo Animal M 2014 - 4

    Produo Vegetal M 2006 3 4

    Zootecnia

    M 1969

    5 4

    D 2007

  • 37

    RELATRIO DE GESTO 2010-2014 UFMG

    Programas por rea do Conhecimento Nvel IncioConceito 2007-2009

    Conceito 2010-2012

    Cincias Biolgicas

    Bioinformtica

    M 2013

    6 6

    D 2003

    Biologia Celular

    M 1973

    5 6

    D 1978

    Biologia Vegetal

    M 2000

    5 5

    D 2000

    Bioqumica e Imunologia

    M 1968

    7 7

    D 1968

    Cincias Biolgicas: Fisiologia e Farmacologia

    M 1972

    7 7

    D 1994

    Ecologia, Conservao e Manejo da Vida Silvestre

    M 1988

    5 5

    D 1997

    Gentica

    M 1998

    6 6

    D 2003

    Inovao Biofarmacutica (Mestrado Profissional) MP 2009 5 5

    Microbiologia

    M 1971

    6 6

    D 1993

    Microbiologia Aplicada MP 2014 - 5

    Parasitologia

    M 1969

    6 6

    D 1977

    Zoologia

    M 2011

    4 4

    D 2011

    Cincias Exatas e da Terra

    Cincia da Computao

    M 1974

    7 7

    D 1991

    TABELA 1 Programas por rea do conhecimento, nvel, ano de incio do programa/curso e conceito nas avaliaes trienais de 2007-2009 e 2010-2012 (cont.)

  • 38

    RELATRIO DE GESTO 2010-2014 UFMG

    Programas por rea do Conhecimento Nvel IncioConceito 2007-2009

    Conceito 2010-2012

    Cincias Exatas e da Terra

    Estatstica

    M 1996

    5 5

    D 2005

    Fsica

    M 1968

    7 7

    D 1974

    Geologia

    M 1988

    4 4

    D 2001

    Matemtica

    M 1972

    6 5

    D 2000

    Qumica

    M 1967

    6 7

    D 1969

    Cincias Humanas

    Antropologia

    M 2006

    4 4

    D 2014

    Cincia Poltica

    M 1971

    6 7

    D 2006

    Educao - Conhecimento e Incluso Social

    M 1972

    7 7

    D 1991

    Educao e Docncia MP 2014 - 5

    Filosofia

    M 1974

    6 7

    D 1992

    Geografia

    M 1988

    5 5

    D 2003

    Histria

    M 1990

    6 6

    D 2000

    TABELA 1

    Programas por rea do conhecimento, nvel, ano de incio do programa/curso e conceito nas avaliaes trienais de 2007-2009 e 2010-2012 (cont.)

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    RELATRIO DE GESTO 2010-2014 UFMG

    Programas por rea do Conhecimento Nvel IncioConceito 2007-2009

    Conceito 2010-2012

    Cincias Humanas

    Psicologia

    M 1989

    4 5

    D 2008

    Sociologia

    M 1981

    4 5

    D 2007

    Cincias da Sade

    Anlises Clnicas e Toxicolgicas

    M 2013

    - 4

    D 2013

    Cincias Aplicadas Cirurgia e Oftalmologia

    M 1970

    4 3

    D 1976

    Cincias Aplicadas Sade do Adulto

    M 2001

    4 4

    D 2001

    Cincias da Reabilitao

    M 2002

    5 6

    D 2006

    Cincias da Sade: Infectologia e Medicina Tropical

    M 1972

    7 6

    D 1972

    Cincias da Sade: Sade Criana e Adolescente

    M 1986

    4 5

    D 1994

    Cincias do Esporte

    M 1989

    4 5

    D 2008

    Cincias Farmacuticas

    M 1996

    4 5

    D 1997

    Cincias Fonoaudiolgicas M 2013 - 3

    Enfermagem

    M 1994

    5 5

    D 2005

    TABELA 1

    Programas por rea do conhecimento, nvel, ano de incio do programa/curso e conceito nas avaliaes trienais de 2007-2009 e 2010-2012 (cont.)

  • 40

    RELATRIO DE GESTO 2010-2014 UFMG

    Programas por rea do Conhecimento Nvel IncioConceito 2007-2009

    Conceito 2010-2012

    Cincias da Sade

    Medicamentos e Assistncia Farmacutica

    M 2012

    - 4

    D 2012

    Medicina Molecular

    M 2001

    5 5

    D 2001

    Nutrio e Sade M 2014 - 3

    Odontologia

    M 1979

    6 6

    D 2004

    Odontologia em Sade Pblica MP 2014 - 4

    Patologia

    M 1973

    5 6

    D 1977

    Promoo da Sade e Preveno da Violncia MP 2011 - 3

    Sade da Mulher

    M 1970

    4 4

    D 1997

    Sade Pblica

    M 1993

    6 6

    D 2001

    Cincias Sociais Aplicadas

    Administrao

    M 1973

    6 6

    D 1995

    Arquitetura e Urbanismo

    M 1995

    5 5

    D 2009

    Cincia da Informao

    M 1976

    5 6

    D 1997

    Comunicao Social

    M 1995

    5 6

    D 2004

    TABELA 1

    Programas por rea do conhecimento, nvel, ano de incio do programa/curso e conceito nas avaliaes trienais de 2007-2009 e 2010-2012 (cont.)

  • 41

    RELATRIO DE GESTO 2010-2014 UFMG

    Programas por rea do Conhecimento Nvel IncioConceito 2007-2009

    Conceito 2010-2012

    Cincias Sociais Aplicadas

    Cincias Contbeis M 2007 4 4

    Demografia

    M 1985

    7 7

    D 1985

    Direito

    M 1979

    5 6

    D 1971

    Economia

    M 1970

    5 6

    D 2001

    Engenharias

    Cincias e Tcnicas Nucleares

    M 1968

    4 5

    D 2006

    Construo Civil M 2005 3 4

    Engenharia de Estruturas

    M 1988

    4 5

    D 2000

    Engenharia de Produo

    M 1995

    4 4

    D 2009

    Engenharia Eltrica

    M 1972

    6 7

    D 1995

    Engenharia Mecnica

    M 1972

    5 5

    D 1997

    Engenharia Metalrgica, de Materiais e de Minas

    M 1971

    7 6

    D 1983

    Engenharia Qumica

    M 1992

    4 3

    D 2006

    Geotecnia e Transportes M 2009 3 3

    TABELA 1

    Programas por rea do conhecimento, nvel, ano de incio do programa/curso e conceito nas avaliaes trienais de 2007-2009 e 2010-2012 (cont.)

  • 42

    RELATRIO DE GESTO 2010-2014 UFMG

    Programas por rea do Conhecimento Nvel IncioConceito 2007-2009

    Conceito 2010-2012

    Engenharias

    Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hdricos

    M 1972

    6 7

    D 2000

    Lingustica, Letras e Artes

    Artes

    M 1995

    5 5

    D 2006

    Estudos Lingusticos

    M 1973

    6 6

    D 1994

    Estudos Literrios

    M 1973

    7 7

    D 1984

    Msica

    M 1999

    4 4

    D 2012

    Interdisciplinar

    Ambiente Construdo e Patrimnio Sustentvel M 2007 3 3

    Anlise e Modelagem de Sistemas Ambientais M 2007 3 3

    Estudos do Lazer

    M 2007

    4 5

    D 2012

    Neurocincias

    M

    2007 4 5

    D

    Um aspecto importante a ressaltar que o aperfeioamento da ps-graduao da UFMG

    ocorreu simultaneamente sua expanso fsica, mediante a elevao expressiva do nme-

    ro de programas, de vagas e de matrculas entre 2010 e 2013 (Tabela 2). Tambm ampliou,

    paralelamente, o quadro de docentes permanentes, passando de 1.545 para 1.720 no mes-

    mo perodo. Vale observar que o crescimento da ps-graduao ocorreu principalmente

    no Doutorado, movimento este que se refletiu no fato de que, a partir de 2012, o contingen-

    te de doutorandos superou o de mestrandos pela primeira vez na histria da Universidade.

    TABELA 1

    Programas por rea do conhecimento, nvel, ano de incio do programa/curso e conceito nas avaliaes trienais de 2007-2009 e 2010-2012 (cont.)

  • 43

    RELATRIO DE GESTO 2010-2014 UFMG

    O ingresso de alunos de nacionalidade estrangeira tambm foi incrementado: subiu de

    39, em 2010, para 60 em 2011, passando a 105 em 2012 e a 109 em 2013. Adicionam-se a

    isso 70 cotutelas com universidades estrangeiras para dupla titulao, com destaque para

    a Frana. A ampliao das atividades de ps-graduao dever prosseguir, uma vez que

    seis novos cursos foram criados pelo Conselho Universitrio em 2013 e recomendados pela

    Capes, com previso de incio em 2014.

    TABELA 2Evoluo do nmero de cursos, alunos e concluses

    Nvel

    Ano

    2010 2011 2012 2013

    Cursos

    M 67 68 72 77

    D 58 61 62 63

    Alunos

    M 3.936 4.028 4.044 4.058

    D 3.439 3.836 4.163 4.407

    Concluses

    M 1.231 1.342 1.325 1.270

    D 489 524 612 693

    Em outra frente, a UFMG tem buscado participar de projetos em mbito nacional e

    internacional, contribuindo, por meio de sua rea de ps-graduao, para o avano das

    atividades de ensino e pesquisa em outras regies do pas e do exterior e em diversas insti-

    tuies universitrias brasileiras e estrangeiras, cabendo destacar as seguintes iniciativas:

    a) Cursos nacionais de Mestrado e Doutorado Interinstitucionais (Minter/Dinter

    Nacional): Cursos de carter temporrio, atendem instituies e grupos de alunos sob

    condies especiais. Esto atualmente em andamento 19 Doutorados e trs Mestrados

    Interinstitucionais, envolvendo diversas reas disciplinares e instituies dos estados

    do Amazonas, Acre, Amap, Paraba, Pernambuco, Piau, Cear, Mato Grosso, Bahia,

    alm de cinco universidades de Minas Gerais (UFLA, UFVJM, CEFET, UFV, UFSJ),

    dentre outras.

  • 44

    RELATRIO DE GESTO 2010-2014 UFMG

    b) Cursos internacionais de Mestrado e Doutorado Interinstitucionais (Minter/

    Dinter Internacional): Cooperao firmada entre a UFMG e a Universidade Onze

    de Novembro (UON), localizada em Cabinda, Angola, com o intuito de promover

    intercmbio de discentes, docentes e pesquisadores, de carter amplo em nvel de

    ps-graduao, objetivando, ainda, a constituio de um programa de mestrado em

    educao na instituio parceira. Outra iniciativa consiste no Doutorado Latino-

    Americano em Educao: Polticas Pblicas e Profisso Docente, resultante de cooperao

    internacional envolvendo a UFMG, a Universidade Pedaggica Nacional do Mxico,

    a Universidade Nacional da Colmbia, a Universidade Pedaggica Experimental

    Libertadora da Venezuela e a Universidade de La Frontera do Chile, que visa expandir,

    no continente, cursos de ps-graduao para formar doutores. Esse programa envolve

    um consrcio de universidades latino-americanas, entre as quais a UFMG, que uma

    de suas instituies-polo.

    c) MestradoProfissionalemRedeNacional: Programa induzido pela Capes, tem como

    objetivo principal a formao de professores do ensino fundamental em diferentes

    reas em todo o territrio nacional. desenvolvido na modalidade semipresencial e

    conta, para facilitar o intercmbio entre as instituies, com o apoio e experincia em

    educao a distncia da Universidade Aberta do Brasil (UAB). A UFMG participa do

    Mestrado Profissional em Letras (PROFLETRAS), ofertado por 35 Instituies de Ensino

    Superior de todas as regies do pas, com previso de abertura de 1.000 vagas anuais,

    das quais 14 na UFMG. A Universidade participa tambm do Mestrado Profissional em

    Artes (PROFARTES), que est ainda em fase de tramitao no mbito da Universidade.

    d) Associaes Temporrias: Objetiva a criao, por uma IES, de programa de ps-

    graduao em uma determinada rea, contando para isso com grupos de pesquisa

    qualificados e produtivos de outras instituies consolidadas. Atualmente so dois

    os programas na UFMG que possuem associao temporria: o Programa de Cincia

    da Computao, com a Universidade Federal de Lavras (Mestrado), e o Programa de

    Cincia Poltica, com a Universidade Estadual do Maranho (Mestrado). Ambas as

    associaes foram criadas em 2012.

  • 45

    RELATRIO DE GESTO 2010-2014 UFMG

    3 . A P s - g r a d u a o l a t o s e n s u

    H em funcionamento na UFMG, atualmente, 66 cursos de especializao, cuja

    oferta no , necessariamente, regular. Dentre os 66 cursos de especializao em anda-

    mento na UFMG, nove so a distncia, dos quais cinco so financiados pelo Ministrio

    da Educao ou Ministrio da Sade e utilizam polos vinculados Universidade Aberta

    do Brasil. Ressalta-se que a Pr-reitoria de Recursos Humanos responsvel pelo curso

    de Gesto de Instituies Federais de Educao Superior para qualificao dos funcio-

    nrios tcnico-administrativos em Educao da Universidade.

    TABELA 3 Nmero de cursos, alunos e concluses dos cursos de especializao no perodo de 2010-2013

    Ano

    2010 2011 2012 2013

    Cursos 80 79 77 66

    Alunos 7.060 6.015 6.157 5.605

    Concluses 2.132 2.080 1.937 1.509

    Entre 2010 e 2013, foram criados 18 cursos: Gesto de Resduos de Servios de Sade;

    Educao do Campo; Ensino na Educao Bsica; Inteligncia Governamental; Direito do

    Trabalho talo-Brasileiro; Gesto de Instituies Federais de Educao Superior; Fonoau-

    diologia; Gesto Pedaggica nas Escolas Tcnicas do SUS; Docncia na Educao Infantil;

    Redes Inteligentes de Energia; Soldagem; Engenharia de Sistemas; Educao em Cincias

    para Professores do Ensino Fundamental I; Farmacologia; Questo Agrria, Agroecologia e

    Agroindustrializao; Estratgia Sade da Famlia; Gramtica da Lngua Portuguesa: Refle-

    xo e Ensino; Gesto de Informao e Pessoas.

    4 . A s s e s s o r i a A c a d m i c a

    A anlise da criao e o acompanhamento dos cursos e programas da UFMG so realiza-

    dos pela Assessoria Acadmica, em permanente contato com as coordenaes e aprovados

    pela Cmara de Ps-graduao. Em 2010, houve grande nmero de anlises de mudan-

    as curriculares e dos regimentos dos cursos em razo da necessidade de adequaes s

  • 46

    RELATRIO DE GESTO 2010-2014 UFMG

    Normas Gerais de Ps-graduao (alterao no percentual de aproveitamento de crditos

    em disciplinas isoladas, alunos de transferncia de curso e de atividades acadmicas). Vale

    ressaltar que as normas de ps-graduao foram revisadas e modificadas em 2013 pela

    Cmara de ps-graduao e Assessoria Acadmica. De forma sinttica, as anlises e enca-

    minhamentos so descritos na Tabela 4.

    TABELA 4 Processos analisados pela Assessoria Acadmica no perodo de 2010 a 2013

    Assunto Total acumulado

    Criao de cursos de Mestrado/Doutorado 14

    Criao de cursos de Especializao 16

    Residncia Ps-doutoral 627

    Modificaes curriculares, criao de reas de concentrao e linhas de pesquisa

    71

    Modificao de regulamentos 68

    Novas verses curriculares (oriundas de modificaes curriculares, regulamento e criao de cursos)

    405

    Solicitao de vagas, Mestrado e Doutorado 277

    Solicitao de oferecimento de cursos de Especializao 254

    Credenciamento de docentes permanente e colaborador 3.008

    Minter e Dinter 9

    Termos de convnios internacionais 97

    TOTAL 4.846

    5 . R e s i d n c i a P s - d o u t o r a l

    A Residncia Ps-doutoral, que consiste no desenvolvimento de atividades de pesquisa

    por portador de ttulo de doutor em tempo integral, junto a um curso de ps-graduao

    da UFMG, vem crescendo ao longo dos ltimos anos. Um dado positivo a destacar o au-

    mento nos anos recentes de ps-doutorandos na UFMG de diversas nacionalidades. No

    perodo de 2010 a 2013, foram acolhidos 632 residentes, dos quais 39 estrangeiros.

  • 47

    RELATRIO DE GESTO 2010-2014 UFMG

    6 . P r o g r a m a s d e R e s i d n c i a

    M u l t i p r o f i s s i o n a l

    A Residncia Multiprofissional em Sade e a Residncia em rea Profissional da Sade

    constituem modalidades de ensino de ps-graduao lato sensu destinado s profisses

    da sade, sob a forma de cursos de especializao caracterizados por ensino em servio.

    A UFMG possui, atualmente, um Programa de Residncia Integrada Multiprofissional em

    Sade (Sade do Idoso e Sade Cardiovascular) e trs Programas de Residncia em rea

    Profissional da Sade (Programa de Residncia em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-

    Facial