relatório de gestão sfa/sp 2013 - agricultura.gov.br · segundo o ibge, o produto interno bruto...

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Relatório de Gestão SFA/SP 2013

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Relatrio de Gesto SFA/SP 2013

Relatrio de Gesto SFA/SP 2013

Relatrio de Gesto SFA/SP 2013

LISTA DE ABREVIAES E SIGLAS

MAPA Ministrio da Agricultura Pecuria e do Abastecimento

SFA Superintendncia Federal de Agricultura

DDA Diviso de Defesa Agropecuria

UTRA Unidade Tcnica Regional de Agricultura

SIPOA Servio de Inspeo de Produtos de Origem Animal

SIPOV Servio de Inspeo de Produtos de Origem Vegetal

SSA Servio de Sade Animal

SSV Servio de Sanidade Vegetal

SEFIP Servio de Fiscalizao de Insumos Pecurios

SEFIA Servio de Fiscalizao de Insumos Agrcolas

DPDAG Diviso de Poltica Produo e Desenvolvimento Agropecurio

SESAG Servio de Suporte Agropecurio

CDMAV Centro de Desenvolvimento Agropecurio, Mecanizao e Aviao Agrcola

UAC Unidade Armazenadora de Caf

SVA Servio de Vigilncia Agropecuria

SVA/SNT Servio de Vigilncia Agropecuria no Porto de Santos

SVA/GRU Servio de Vigilncia Agropecuria no Aeroporto Internacional de Guarulhos

SVA/VCP Servio de Vigilncia Agropecuria no Aeroporto Internacional de Viracopos

UVAGRO Unidade de Vigilncia Agropecuria

EQC Estao Quarentenria de Canania

DAD Diviso de Apoio Administrativo

FFA Fiscal Federal Agropecurio

FFA MV Fiscal Federal Agropecurio Mdico Veterinrio

FFA EA Fiscal Federal Agropecurio Engenheiro Agrnomo

LANAGRO Laboratrio Nacional Agropecurio

IN Instruo Normativa

RP Restos a Pagar

SIPLAN Sistema de Planejamento do Ministrio da Agricultura

SIAFI Sistema de Administrao Financeira

SIF Servio de Inspeo Federal

APPCC Sistema de Anlise de Perigos e Pontos Crticos de Controle

BPF Boas Prticas de Fabricao

PPHO Procedimentos Padro de Higiene Operacional

FAO Organizao das Naes Unidas para Agricultura e Alimentao

OMS Organizao Mundial de Sade

DIPOA Diviso da Inspeo de Produtos de Origem Animal

INSPANIMAL3 Inspeo e Fiscalizao de Produtos de Origem Animal

PADCLASSIF Padronizao, Classificao, Fiscalizao e Inspeo de Produtos Vegetais

Relatrio de Gesto SFA/SP 2013

IPVEGETAL Inspeo e Fiscalizao de Produtos de Origem Vegetal

FISCORGEN Fiscalizao das Atividades com Organismos Geneticamente Modificados

VIGIAGRO Vigilncia e Fiscalizao do Trnsito Internacional Agropecurio

VIGIFITO Vigilncia e Fiscalizao do Trnsito Interestadual de Vegetais, seus Produtos e Insu-

mos

ERRADMOSCA Erradicao da Mosca da Carambola

PCEVEGETAL Preveno e Controle de Pragas dos Vegetais e suas partes

VIGIZOO Vigilncia e Fiscalizao do Trnsito Interestadual de Animais, seus Produtos e insu-

mos

FEBREAFTOSA Erradicao da Febre Aftosa

PCEANIMAL Preveno, Controle e Erradicao de Doenas dos Animais

FISCGENE Fiscalizao de Material Gentico Animal

FISPROVET Fiscalizao de Produtos de Uso Veterinrio

FISFECOI Fiscalizao de Fertilizantes, Corretivos e Inoculantes

FISCALSEM Fiscalizao de Sementes e Mudas

FISAGROTOX Fiscalizao de Agrotxicos e Afins

FISCAGRIC Fiscalizao de Servios Agrcolas

FISCINAN Fiscalizao de Insumos Destinados a Alimentao Animal

RASTREAB Desenvolvimento e Monitoramento de Sistemas de Rastreabilidade Agroalimentar

DESENORG Desenvolvimento da Agricultura Orgnica

CETORGAN Aplicao de Mecanismos de Garantia da Qualidade Orgnica

FISCONTRATO Fiscalizao de Contratos de Repasse

OPERASPAE Administrao da Unidade -Secretaria de Produo e Agroenergia

MANUTSFAs Operao dos Servios Administrativos das Unidades Descentralizadas

CTNBio Comisso Tcnica Nacional de Biossegurana

OGM Organismos Geneticamente Modificados

CF Certificao Fitossanitria

SAA Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de So Paulo

CDA Coordenadoria de Defesa Agropecuria da SAA

PNSA Programa Nacional de Sanidade Avcola

PNSS Programa Nacional de Sanidade Sudea

RENASEM Registro Nacional de Sementes

SISBOV Sistema Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos

ERA Estabelecimento Rural Aprovado

UP Unidade de Produo

LI Licena de Importao

CE Comunidade Europia

RT Responsvel Tcnico pela Ao

MEGP Modelo de Excelncia e Gesto Pblica

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SIGSIF Sistema de Informaes Gerenciais do SIF

RIISPOA Regulamento de Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal

SI Certificado Sanitrio Internacional

PAFI Programa Auxiliar de Fiscalizao e Inspeo

ER Estabelecimentos Relacionados

AAAs Agentes de Atividades Agropecurias

POA Plano Operativo Anual

SDA Secretaria de Defesa Agropecuria

SIGVIG Sistema de Informaes Gerenciais do VIGIAGRO

SPIUNet Sistema de Gerenciamento dos Imveis de Uso Especial da Unio

SICASQ Sistema de Cadastro dos Agentes da Cadeia Produtiva de Vegetais, seus Produtos, Sub Produtos e Derivados para a Certificao da Segurana e Qualidade

SCDP Sistema de Concesso de Dirias e Passagens

SCVA Sistema de Controle de Veculos Automotores

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SUMRIO Introduo 07 Identificao 11 Finalidade e Competncias Institucionais da Unidade 13 Organograma Funcional 13 Macroprocessos Finalsticos 15 Macroprocessos de Apoio 15 Principais Parceiros 15 Planejamento da Unidade 17 Programao Oramentria e Financeira e Resultados alcanados 19 Informaes sobre Programas e Aes do PPA de Responsabilidade da UJ 19 Programa 2028 Defesa Agropecuria 20

INSPANIMAL 21 PADCLASSIF 33 IPVEGETAL 37 RESIDUOS 42 FISCORGEN 45 VIGIFITO 48 ERRADMOSCA 52 PCEVEGETAL 54 VIGIAGRO 57 FEBREAFTOSA 66 PCEANIMAL 71 RASTREAB 85 FISCINAN 89 FISCGENE 96 FISPROVET 98 FISFECOI 105 FISCALSEM 112 FISAGROTOX 117

Programa 2014 Agropecuria Sustentvel, Abastecimento e Comercializao 122 FISCAGRIC 122 CETORGAN 124 DESENORG 125 FISCALPEC 127 FISCONTRATO 129 OPERASPAE 131 Programa 2105 Gesto e Manuteno do MAPA MANUTSFAS

132 132

Estrutura de Governana e de Autocontrole da Gesto 138 Execuo Oramentria e Financeira da Despesa 144 Gesto de Pessoas, Terceirizao de Mo de Obra e Custos Relacionados 150 Gesto do Patrimnio Mobilirio e Imobilirio 160 Gesto da Tecnologia da Informao e Gesto do Conhecimento 166 Gesto do Uso dos Recursos Renovveis e Sustentabilidade Ambiental 168 Conformidade e Tratamento de Disposies Legais e Normativas 173 Relacionamento com a Sociedade 188 Informaes Contbeis 192 Resultados e Concluses 194 ndice das Tabelas , Grficos e Figuras 197

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As idias e as estratgias so importantes, mas o verdadeiro desafio a sua execuo

Percy Barbevick

A agricultura brasileira a grande e boa notcia do cenrio econmico. competitiva.

Moderna. E transformou-se em referncia quando se fala em produo de alimentos para o mundo. Obteve em 2013 uma safra recorde de 188,2 milhes de toneladas, 16,2% superior a de 2012, sendo capaz de abastecer o mercado interno no essencial, e contribuir com os exce-dentes para o crescimento das exportaes do setor que somaram US$ 99,97 bilhes, 4,3% acima do valor registrado no ano anterior. O Brasil hoje o segundo maior exportador mun-dial de produtos agrcolas, na forma de alimentos, fibras e biocombustveis.

Segundo o IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 2.3%, em 2013, graas contribuio do setor agropecurio que obteve um ndice de 7%, a maior taxa anual dos ltimos dezoito anos. Deve-se destacar que o agronegcio vem alcanando seguidos re-cordes de produo e produtividade, ao longo das ultimas dcadas, contribuindo para o cres-cimento econmico, gerao de supervit primrio e para o desenvolvimento dos setores in-dustrial e de servios. O supervit da balana comercial do agronegcio alcanou no mesmo perodo o expressivo valor de US$ 82,91 bilhes.

Esta relevncia do agronegcio brasileiro no mbito nacional e internacional envolve e depende no somente da interao e competncia das cadeias agroprodutivas, mas igualmente da participao governamental, do MAPA - atravs da tecnologia inovadora e transformadora da EMBRAPA, e da atuao das SFAs onde os produtos/servios finalsticos disponibilizados so imprescindveis ao desenvolvimento e manuteno das atividades do setor.

A participao expressiva do Estado de So Paulo no agronegcio nacional foi resul-tante dos seguintes grupos: sucos (87,9%); lcteos (81,2%); produtos alimentcios diversos (68,6%); complexo sucroalcooleiro (67,2%); plantas vivas e produtos de floricultura (65,8%); demais produtos de origem animal (49,8%); demais produtos de origem vegetal (49,5%); pro-dutos oleaginosos (48,9%); e produtos apcolas (30,5%). O Estado possui o maior e mais moderno sistema agroindustrial do Pas. Em termos de exportao contribui com 25 % do total exportado pelo Brasil. Na atividade produtiva conta com condies favorveis de solo, clima e gua, tendo 7,9 milhes de hectares de terra volta-dos ao agronegcio, o que representa 32% do seu territrio total de 24,8 milhes de hectares, neste cenrio de alta visibilidade e importncia que a Superintendncia Federal de Agricultura no Estado de So Paulo, SFA/SP, atua na execuo de seus macroprocessos fina-lsticos: registro, fiscalizao, inspeo, certificao, liberao de produtos e subprodutos a-gropecurios. De modo geral, a atuao da SFA/SP no tem concorrncia, no strictu sensu, como na fiscalizao do trnsito internacional, no registro e liberao de produtos de origem animal para o comrcio interestadual e internacional e na fiscalizao de bebidas alcolicas e no alcolicas e de insumos agropecurios (sementes, fertilizantes, agrotxicos, alimentos para animais, produtos veterinrios), que so consideradas aes de execuo direta e exclusiva da Unio. Outras atividades de sua competncia podem ser delegadas por meio de parcerias, convnios, contratos, acordos, protocolos de colaborao interinstitucional. Os resultados da gesto, em especial, os que tiveram maiores impactos nos objetivos da SFA/SP - qualidade de produtos e servios e a segurana alimentar - espelham caractersti-cas especiais inerentes a uma organizao de prestao de servios ao cidado sociedade.

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Vale assinalar neste aspecto a movimentao de entrada/sada nos pontos de atendimento di-reto, pessoal, como na sede central que registrou, em mdia, 110 clientes/cidados/dia.e na vigilncia agropecuria internacional no Porto de Santos que atingiu a impressionante marca de (subitem 10.1) de 252 clientes/cidado/dia, pontos que geraram respectivamente. 15.726 processos/ano e 298.856 processos ano. A SFA/SP disponibiliza outros 11 pontos para contato direto em suas unidades regionais, Para uma avaliao pontual do desempenho da SFA-SP importante, observar que, em suas unidades tcnicas, esto registrados 74.6 mil produtos e 8.5 mil estabelecimentos a-gropecurios que dependem diretamente do gerenciamento dos macroprocessos da organiza-o. Um universo de expressiva dimenso. Em 2013 - apenas para citar alguns indicadores, uma vez que os dados globais do exer-ccio constam das tabelas especficas (irem 2.2.1) das unidades - fiscalizou o abate de 653.796.214 de animais (bovinos, sunos, aves e ovinos). Inspecionou e liberou 1.836.315.897 de litros de leite. O ndice de conformidade das anlises laboratoriais desses produtos e dos processos produtivos de origem animal foi, respectivamente de 96,54%, e de 89,20% ambos superiores ao ano anterior.Na rea de insumos pecurios e agrcolas, as anli-ses laboratoriais constataram 88% de produtos dentro do padro.

No mesmo perodo, passaram pelo crivo da fiscalizao da classificao vegetal 1.929.935 toneladas de produtos. No controle de resduos e contaminantes em produtos vege-tais (amendoim, feijo e milho) a conformidade foi de 88,9 %. Os resultados das amostras de produtos vegetais em conformidade com a legislao atingiu o ndice de 88.2%%. A vigiln-cia fitossanitria registrou 142.365 fiscalizaes com vistas interceptao de pragas na im-portao- exportao. Foi de 158.992 toneladas a produo de sementes na safra 2012-2013. Com As amostras analisadas de bebidas apresentaram uma conformidade de 91%; os resulta-dos das amostras de produtos vegetais em conformidade com a legislao atingiu o ndice de 88.2%; No que se refere vigilncia internacional a SFA/SP conta com trs unidades (SVAs) instaladas no Porto de Santos e nos Aeroportos Internacionais de Guarulhos e de Viracopos. Atua ainda em entrepostos de desembarao aduaneiro (EADs) espalhados no interior do es-tado e junto rea de despacho internacional dos Correios. Cabe lembrar que segundo a legis-lao e os acordos internacionais, dos quais o Brasil signatrio, nenhum produto pode entrar ou sair do Pas sem passar pela inspeo e fiscalizao do MAPA, razo pela qual foi realiza-do, no ano em referncia, no Estado, um total de 487.392 inspees/fiscalizaes/liberaes. Outras realizaes no exerccio que igualmente tiveram impactos nos resultados na ges-to: a) esforo para manuteno do Estado como zona livre de febre aftosa com vacinao obrigatria atingindo um ndice de 98.13% de animais vacinados; execuo de aes perma-nentes para manter o Brasil na categoria de pas com risco insignificante para a encefalopatia espongiforme bovina (EEB), doena da vaca louca; vigilncia especial para evitar a dissemi-nao da doena mormo, zoonose altamente contagiosa, detectada em eqinos do Batalho da Policia Militar; desenvolvimento de um sistema para o envio gil, sem necessidade de transi-tarem em setores de anuncia conjunta, de dados sobre as importaes, permitindo a anlise de LIs e manifestao do setor competente no SISCOMEX sem a necessidade de protocolar documentos em papel.

b) aes para manter diversas reas do Estado de So Paulo livres de pragas como a mosca da carambola, principal barreira fitossanitria s exportaes da fruticultura bem como monitorar os trabalhos para evitar a entrada no Estado da praga Helicoverpa armigera,

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lagarta que causa imensos prejuzos agricultura: manuteno da regularidade de 100% dos campos de experimentos de organismos geneticamente modificados; estruturao do ser-vio de tratamento fitossanitrio para fins quarentenrios.

c) realizao de trabalhos em conjunto com as SFAs de MG e RJ sobre Indicao Ge-ogrfica e Marcas Coletivas de qualidade do Azeite dos Contrafortes da Mantiqueira; Divul-gao do selo " Brasil Certificado; acompanhamento, fiscalizao dos recursos liberados para compras de equipamentos agrcolas e tratores, no mbito do PRODESA, a 175 Prefeitu-ras Municipais. d) a mudana de estratgia na montagem do Plano de Ao de cada unidade, somada iniciativa de realizao de reunies com clientes para orientao, esclarecimentos - a respeito das no-conformidades identificadas em suas solicitaes de registros/liberaes/vistorias - j apresentam expressivos resultados de gesto em termos de transparncia e rapidez no atendi-mento

f) melhoria das instalaes da infraestrutura para melhor atender o cidado e socie-dade; adaptao de um imvel da Unio para sede do SVA-Santos; modernizao da estrutura das unidades regionais.

A expectativa da SFA/SP para 2014: a) que haja um reconhecimento maior a respeito das necessidades e requisitos do Estado de So Paulo, para que os recursos humanos, materi-ais e financeiros disponibilizados para execuo dos servios sejam compatveis com o tama-nho e as caractersticas do universo a ser trabalhado; b) que um estudo seja levado a efeito pelas instancias superiores no sentido de identificar e propor solues, adicionais s referentes ao concurso em andamento, para resolver ou minimizar a questo do gap de pessoal existente e ampliado pelas recentes aposentadorias.

Outras expectativas: a) oficializao do sistema do certificado eletrnico, j em teste nos Estados de So Paulo e do Paran, para agilizar as exportaes e eliminar papis; b) exe-cutar atividades de forma a manter as aprovaes dos sistemas de inspeo pelas autoridades sanitrias internacionais; c) alterao no decreto presidencial que dispe sobre o mximo de dirias nos servios pblicos que deveria passar de 40dias/servidor/ano para, no mnimo, 55 dirias/servidor/ano com a finalidade de dar maior cobertura s demandas do clien-te/usurio/cidado/sociedade.

Outros fatores a considerar para 2014; a) maior promoo de eventos para dissemina-o de conhecimentos, reavaliao e elaborao de procedimentos, b) adoo de novos meca-nismos para fortalecimento-integrao com as cadeias agroprodutivas. c) fortalecimento da parceria com o Comit de Clientes da SFA/SP, o seu maior canal de interlocuo com o cida-do e a sociedade; d) ampliar o uso ferramentas de TI para treinamentos distncia.

As informaes gerais sobre as aes de gesto patrimonial, gesto de pessoal, gesto oramentria e financeira - Programa 2015 do PPA Gesto e Manuteno constam no su-bitem 2.2.1. A propsito importante lembrar que a SFA/SP detm um histrico na rea da gesto da qualidade, pois integra desde 1999 o grupo de organizaes que assumiu o com-promisso pblico de melhorar e simplificar os seus processos. Para tanto, fez adeso, na po-ca, ao Programa GESPBLICA. Assumiu por 11 anos consecutivos a funo de organizao ncora desse programa no Estado de So Paulo. Em trs ciclos consecutivos do Prmio Na-cional de Gesto Pblica teve reconhecimento, recebendo os trofus em 2002 (bronze), 2003 (prata) 2004 (prata) e 2005 (pontuao prata, mas sem reconhecimento). Conquistou tambm, o Top of Mind 2005-2006, na categoria administrao pblica.

As 12 partes componentes do RG-2013 da SFA-SP foram subdividas em itens e subi-tens conforme disposto na legislao vigente. Por se tratar de rgo da administrao direta, os subitens 3.3 e 4.6, que se referem, respectivamente remunerao paga aos administrado-

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res, membros da diretoria estatutria, do conselho de administrao e do conselho fiscal e Renncias Tributrias sob a Gesto no foram abordados, pois no se aplicam organiza-o. Os subitens: 4.2 reconhecimento de passivos por insuficincia de crditos ou recur-sos, e 5.1.7 providencias adotadas nos casos de acumulao indevida de cargos, funes e empregos pblicos embora aplicveis organizao no registraram contedo no exerccio, razo pela qual deixaram de ser tratados.

Esta organizao por no ser Unidade Oramentria deixa ainda de apresentar os se-guintes itens e quadros:

item 2.2.1 em sua integra; item 2.2.2 em sua integra; referente ao item 2.2.3 os quadros A.2.2.3.2, A.2.2.3.3, A.2.2.3.4; item 4.1.1 em sua integra; referente ao item 4.1.3 os quadros A.4.1.3.1, A.4.1.3.3, A.4.1.3.4 e A.4.1.3.6.

Esclarecemos ainda que o quadro A.2.2.3.1, foi inserido vinte e cinco vezes (quantida-de de aes do PPA executadas por esta SFA), e que os itens 2.2.3.5 e 2.3, esto inseridos dentro da atuao de cada uma dessa iniciativas.

A SFA/SP optou com relao abordagem do desempenho de cada unidade, pela a-presentao das aes dos programas em formato que rene em um mesmo quadro padroniza-do pelas normas, a identificao da ao, cdigo do programa, descrio, iniciativas, execuo oramentria e financeira e meta fsica setorial. Acredita-se que desta forma fica ampliada a visibilidade da atuao de cada unidade.

O RG-2013 ora apresentado focaliza no somente os resultados das aes dos Progra-mas do PPA 2012-2015, mas destaca o desempenho da SFA/SP frente aos desafios dos ambi-entes interno e externo. Em linhas gerais traduz o aprendizado, o comprometimento, as habi-lidades e capacidades de sua equipe tcnico-administrativa no desenvolvimento de atividades de alto interesse do cidado e da sociedade.

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Identificao da Unidade Jurisdicionada

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1. Identificao e Atributos das Unidades 1.1 Identificao da unidade jurisdicionada Poder: Executivo rgo de Vinculao: Ministrio da Agricultura Pecuria e Abastecimento Nome completo da unidade e sigla

Superintendncia Federal de Agricultura no Estado de So Paulo SFA/SP

Cdigo SIORG: 2783 Cdigo LOA: no se aplica Cdigo SIAFI: 130067 Situao Ativo Natureza jurdica rgo Pblico Principal Atividade: Regulamentao e Fiscalizao das Ques-tes Econmicas na Agricultura

Cdigo CNAE: 8413

Telefone/Fax 11-3284.6544 11-3284.6044 Endereo Eletrnico: [email protected] Pgina institucional na inter-net

www.agricultura.gov.br

Endereo Postal Rua Treze de Maio, 1558 Bela Vista So Paulo/SP-CEP 01327-002

Vinculao Ministerial Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento MA-PA

Normativos de criao e alte-rao da UJ

Norma de criao: Lei Delegada n 09, de 11/10/1962; Norma que estabelece a estrutura: Decreto 7.127 de 04/03/2010 Regimento Interno: Portaria Ministerial n. 428, de 09/06/2010

Unidades gestoras relaciona-das UJ

Nome Cdigo SFA/SP/FUNCAFE 130167 PESCA 130008

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1.2. Finalidade e Competncias Institucionais da Unidade A Superintendncia Federal de Agricultura no Estado de So Paulo, SFA/SP uma unidade descentralizada do Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento, MAPA. Tem por fora de dispositivo da instncia do legislativo, a Lei 12490 de 16/09/2011 que atualiza a organizao da Presidncia da Repblica e dos Ministrios - a sua principal funda-mentao. Foi criada em decorrncia da reestruturao das Coordenadorias Regionais do Mi-nistrio da Agricultura pela Lei Delegada n 9 de 11 de outubro de 1962. subordinada dire-tamente ao Ministro de Estado da Agricultura, tendo suas atribuies atuais definidas pela Portaria Ministerial n 428 de 09 de junho de 2010. Tem como competncia executar as ativi-dades e aes de: a) defesa, inspeo, classificao e fiscalizao agropecuria; b) fomento e desenvolvimento agropecurio; c) produo agropecuria; d) administrao de pessoas e bens e de servios gerais; e) planejamento estratgico e planejamento operacional; f) programao, acompanha-mento e execuo oramentria e financeira; e) aperfeioamento da gesto. 1.3. Organograma Funcional

Superintendncia Federal de Agricultura no Estado de So Paulo SFA-SP

Francisco Sergio Ferreira Jardim

DDA Esequiel

DPDAG Gilberto

DAD Sonia

SPA Jorge

SAOD In

SSA Patrcia

SSV Mariana

SIPOA Mario

SIPOV Eliana

SEFIP Celso

SEFIA Ricardo

SQC Odemilson

SVA/GRU Marcelo

SVA/VCP Andr

SVA/SNT Daniel

SESAG Augusto

CDMAV Jos

Carlos

SECAF Rosa

SEOF Maria Jos

SCC Carlos

SGP Solange

SAG Antnio

UTRA/ SJRP

Jos Mrcio

UTRA/ ARA

William

UTRA/ BTU Jean

UTRA/ GUA

Marcelo

UTRA/ MAR

Otaviano

UTRA/ ARU Lgia

UTRA/ CPS

Ricardo

UTRA/ IPA

Miguel

UTRA/ MET

Gustavo

UTRA/ RAO

Jos Adolfo

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Superintendncia Federal de Agricultura no Estado Servio de Planejamento e Acompanhamento SPA; Seo de Apoio Operacional e Divulgao SAOD. Diviso de Defesa Agropecuria DDA; Servio de Sade Animal SSA; Servio de Sanidade Vegetal SSV Servio de Inspeo de Produtos de Origem Animal SIPOA; Servio de Inspeo de Produtos de Origem Vegetal SIPOV; Servio de Fiscalizao de Insumos Pecurios SEFIP; Servio de Fiscalizao de Insumos Agrcolas SEFIA; Diviso de Poltica, Produo e Desenvolvimento Agro-pecurio DPDAG; Servio de Suporte Agropecurio SESAG; Seo do Caf SECAF. Servio de Vigilncia Agropecuria do Aeroporto de Guarulhos SVA/GRU; Servio de Vigilncia Agropecuria do Aeroporto de Viracopos SVA/VCP;

Servio de Vigilncia Agropecuria do Aeroporto de Viracopos SVA/VCP; Servio de Vigilncia Agropecuria do Aeroporto de Guarulhos SVA/GRU; Servio de Vigilncia Agropecuria do Aeroporto de Viracopos SVA/VCP Servio de Vigilncia Agropecuria do Porto de Santos SVA/SNT; Servio Quarentenrio de Canania SQC; Centro de Desenvolvimento Agropecurio, Mecanizao e Avia-o Agrcola - CDMAV Unidades Tcnicas Regionais de Agricultura, Pecuria e Abaste-cimento - UTRA/ Diviso de Apoio Administrativo DAD; Seo de Atividades Gerais SAG; Servio de Gesto de Pessoas SGP; Servio de Execuo Oramentria e Financeira SEOF.

Competncias e atribuies das reas que compem os nveis estratgico e ttico: Os principais macroprocessos da SFA/SP registro, inspeo, fiscalizao, liberao e

certificao, da rea finalstica, e o controle patrimonial, controle de pessoal e controle ora-mentrio e financeiro, da rea de apoio, so conduzidos por trs Divises:

Diviso de Defesa Agropecuria DDA/SFA/SP, nvel estratgico: que tem sob sua res-ponsabilidade a defesa, inspeo e fiscalizao agropecuria de modo a assegurar a qualidade dos alimentos, de insumos pecurios e agrcolas (fertilizantes, sementes, agrotxicos). Sua estrutura organizacional conta com as unidades de nvel ttico:

SIPOA/DDA Competncia bsica: registro, inspeo, fiscalizao de empresas e li-berao de produtos de origem animal, SIPOV/DDA- Competncia bsica: registro, inspeo, liberao e fiscalizao de em-presas e produtos de origem vegetal (bebidas alcolicas, no alcolicas, vinagres) e classificao vegetal SEFIP/DDA, Competncia bsica: registro, inspeo, liberao e fiscalizao de em-presas e produtos de insumos pecurios (alimentao animal, produtos veterinrios, vacinas) SEFIA/DDA, Competncia bsica: registro, inspeo, liberao e fiscalizao de em-presas e produtos de insumos agrcolas (fertilizantes, sementes, agrotxicos) SSA/DDA, Competncia bsica: fiscalizao das aes de sade animal SSV/DDA, Competncia bsica: fiscalizao fitossanitria VIGIAGRO/DDA (SVA-Santos, SVA-GRU, SVA-Viracopos) Competncia bsica fiscalizao, inspeo certificao, liberao do trnsito internacional de produtos e subprodutos agropecurios nos Aeroportos de Guarulhos, Viracopos e no Porto de Santos.

Diviso de Poltica, Produo e Desenvolvimento Agropecurio, DPDAG/SFA/SP, nvel estratgico. Competncia bsica: fomento ao desenvolvimento sustentvel do agronegcio, agricultura orgnica, agricultura de baixo carbono, integrao pecuria-lavoura, registro genealgico, indicao geogrfica, zoneamento agrcola e agroenergia. constituda dos se-guintes servios e sees:

SESAG - Competncia bsica: coletar, processar e manter os dados dos sistemas de in-formaes relacionados ao desenvolvimento agropecurio; SECAF - Competncia bsica: coordenar e acompanhar as atividades executadas pelas Unidades Armazenadoras de Caf.

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CDMAV- Competncia gerenciar as aes de mecanizao e aviao agrcola, inclu-sive combate a incndios no campo.

Diviso de Apoio Administrativo, DAD/SFA/SP, nvel ttico. Competncia bsica: Con-trole das atividades de administrao em geral. A natureza das aes da DAD vinculada ao atendimento das necessidades dos servios finalsticos da SFA/SP. Os principais macropro-cessos de apoio: so: controle patrimonial, controle material, controle de pessoal e controle oramentrio e financeiro. 1.4. Macroprocessos Finalsticos Os produtos e servios finalsticos so organizados em uma estrutura baseada nos seguintes macroprocessos: registro, fiscalizao, inspeo, liberao e certificao a seguir identifica-dos: Registro de estabelecimentos e produtos da agropecuria e da agroindstria paulista que re-presentam 80% das demandas nacionais; Fiscalizao, inspeo e liberao do trnsito internacional de animais, vegetais, seus produ-tos e subprodutos (importao e exportao); Fiscalizao e inspeo higinico-sanitria-industrial de empresas que processam produtos de origem animal como carne, leite, ovos, mel e derivados destinados ao comrcio interestadual e internacional; Fiscalizao da classificao de produtos vegetais; Fiscalizao de bebidas alcolicas, no alcolicos (sucos, refrigerantes) e vinagres; Fiscalizao e fomento da rea de sementes, smen, embries, alimentos para animais, avia-o agrcola, registro genealgico. Fiscalizao e inspeo de produtos veterinrios, fertilizantes e defensivos Certificao de produtos, subprodutos e animais para o mercado internacional. (certificados zootcnicos, certificados fitossanitrios). 1.5 Macroprocessos de Apoio

Para conduo dos principais macroprocessos de apoio previstos na estrutura regimen-tal a Diviso de Apoio Administrativo conta com dois servios, quatro setores uma seo:

Servio de Gesto de Gesto de Pessoas, SGP/DAD/SFA/SP Competncia bsica: fa-zer a gesto de pessoal; Servio de Execuo Oramentria e Financeira - SEOF/DAD/SFA-SP Competncia bsica: gesto oramentria financeira; Setor de Compras e Contratos - SCC/DAD/SFA-SP: Competncia bsica: gerencia-mentos dos processos licitatrios, contratos e compras; Seo de Atividades Gerais - SAG/DAD/SFA-SP: Competncia bsica: gerenciamen-to dos setores de Manuteno Predial, Material e Patrimonial Protocolo, Transporte.

1.6 Principais Parceiros

A SFA/SP mantm para o cumprimento de sua misso, protocolos de cooperao, de-legaes, credenciamentos, instituies pblicas e privadas, e profissionais veterinrios vincu-lados direta e indiretamente aos setores da agropecuria e do agronegcio. Destacam-se como principais parceiros:

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Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de So Paulo com seus Institutos Biolgico, Agronmico, de Zootecnia e notadamente a Coordenadoria de Assistncia Tcnica Integral, CATI; Atividade: sade animal e vegetal, rastreabilidade Associaes de Criadores de Bovinos. Atividade: registro genealgico Prefeituras Municipais: Atividade: co-gerenciamento do PRODESA, Programa de Desen-volvimento da Agropecuria. Organizao das Cooperativas do Estado de So Paulo. Atividade: desenvolvimento de trabalhos para capacitao tcnica, qualidade vegetal e melhoria de laticnios voltados para produtores. Universidades Federais, Estaduais. Atividade: concesso de estgios curriculares obrigat-rios para estudantes de veterinria, agronomia, zootecnia, engenharia florestal do ltimo ano das faculdades. Profissionais de veterinria: Atividade: credenciamento para emisso de GTAs, Guia de Transporte de Animais. Comit de Clientes da SFA/SP (o primeiro comit de clientes que se tem notcia na adminis-trao pblica direta): Atividade: troca de informao, avaliao conjunta de medidas de im-pactos de novos aparatos legais, apresentao de sugesto para melhoria de processos organi-zacionais. Centro Integrado Empresa-Escola: convnio para contratao de estudantes estagirios.

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Planejamento da Unidade e Resultados Alcanados

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2. Planejamento da Unidade e Resultados Alcanados 2.1 Planejamento da Unidade

Em 2007, em razo de mudanas nos cenrios internos e externos houve uma reviso no Plano Estratgico, PE, resultando na sua 2 verso com ajustes dos requisitos e necessida-des das partes interessadas. Abrange o horizonte de 2007 a 2015 e os PPAs dos ciclos 2008-2011 (j encerrado) e 2012/2015;

O Plano Estratgico da SFA/SP foi desdobrado do Plano Estratgico do MAPA - ela-borado de forma participativa com o envolvimento de representantes do nvel estratgico das unidades centrais e dos estados para lhe conferir maior legitimidade. Ao processo de desdo-bramento, levou-se em considerao uma srie de insumos locais como requisitos das partes interessadas, anlise de cenrios interno e externo e, sobretudo foram respeitadas as compe-tncias regimentais estabelecidas na Portaria Ministerial 428/2010. Neste sentido, pode-se observar a vinculao do plano estratgico com as competncias constitucionais e regimentais (subitem 1.2) da SFA/SP.

As estratgias do MAPA esto representadas no PPA por meio de seus objetivos, pro-gramas e aes. Os objetivos setoriais coincidem com os objetivos estratgicos e contemplam os programas de responsabilidade da Unidade. Cabe SFA/SP a execuo, no Estado de So Paulo, de aes de trs programas temticos 2028 Defesa Agropecuria, 2014 Agropecuria Sustentvel, Abastecimento e Comercializao, 2105 Programa de Gesto e Manuteno do MAPA envolvendo 25 aes e 16 iniciativas do PPA, o que demonstra a vinculao do Plane-jamento Estratgico com o PPA. Os 25 objetivos estratgicos do MAPA demonstram o que imprescindvel para a organizao como um todo, incluindo suas unidades nos estados, alcanar os resultados espe-rados tendo em vista a misso institucional, a viso de futuro, o olhar do poder executivo, do agronegcio e da sociedade. Principais objetivos traados para 2013: garantir a segurana alimentar dos consumi-dores; impulsionar o desenvolvimento sustentvel do agronegcio e da agropecuria; fortale-cer a defesa agropecuria; aumentar a produo de alimentos; assegurar a qualidade de ali-mentos e bebidas; diminuir os riscos de disseminao de pragas e/ ou doenas em vegetais e animais e buscar a excelncia administrativa.

As principais aes dos programas do PPA esto descritas no subitem 2.2. Para atingir os objetivos estratgicos no que se refere a oferecer produtos sadios aos consumido-res/sociedade, impulsionar o desenvolvimento sustentvel do agronegcio e da agropecuria; fortalecer a defesa agropecuria; aumentar a produo de alimentos; assegurar a qualidade de alimentos e bebidas; diminuir os riscos de disseminao de pragas e/ ou doenas em vegetais e animais e buscar a excelncia administrativa, as estratgias que, como j foi assinalado, con-fundem-se com os prprios objetivos, esto voltadas notadamente para o cumprimento das aes das metas previstas nos POAs das unidades.

Os riscos que poderiam impedir ou prejudicar o cumprimentos dos objetivos estratgi-cos so: falha na gesto dos riscos operacionais, ocorrncias na agropecuria de pragas ou enfermidades no registradas no Pas, quebra na produo de alimentos, contingenciamento de recursos oramentrios e financeiros, no atualizao da legislao, falta de comprometi-mento das equipes e no adeso aos critrios do modelo de excelncia.

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No houve necessidade de reviso dos macroprocessos uma vez que eles so definidos a partir do disposto no Regimento Interno (Portaria 428/2010) nas competncias de cada unidade da SFA/SP.

Para o desenvolvimento dos objetivos estratgicos foi necessria, em termos de pesso-al, a adoo de medidas como treinamento e reciclagem de servidores, constituio de foras tarefas especficas para atendimento s reas onde existe gap entre a equipe de trabalho e a demanda por servios. Utilizou-se ainda o recurso do chamado cubo mgico para melhor aproveitamento da equipe de tcnica em todas as aes que demandam ao fiscal, otimizan-do de forma colegiada a fora de trabalho em fiscalizao. Em relao tecnologia, houve no exerccio maior ampliao da Rede Mapa, com instalaes de novos sistemas.

Os Objetivos da SFA/SP so comunicados s partes interessadas, que direta ou indire-tamente participaram de sua elaborao, por meio das reunies semanais (cerca de 40 reuni-es/ano) da Alta Administrao com as Chefias das unidades e dos repasses das chefias aos servidores dos respectivos servios. Tambm se utilizam como canais de divulgao os mu-rais, as edies das Semanas da Qualidade e Semanas do Conhea sua SFA/SP

Outras estratgias relevantes: buscar a economicidade; incentivar a agropecuria pau-lista a adotar ferramentas da qualidade (Boas Prticas de Fabricao, BPF, Boas Prticas A-grcolas, BPA e APPCC) garantir a satisfao dos clientes e das pessoas; realizar eventos (Semana da Qualidade, Palestras, Cursos) para disseminao de conhecimentos e incentivar a responsabilidade social dos servidores.

Anualmente so preparados em consonncia com os objetivos estratgicos, o PPA, e as iniciativas da Alta Administrao, os Planos Operativos Anuais, POAs, onde constam as propostas oramentrias a serem aprovadas e includas no oramento dos Departamentos e Divises das Secretarias Nacionais do MAPA. Os realinhamentos so realizados na eventua-lidade de cortes oramentrios, em emergncias sanitrias, quando do atraso na liberao dos recursos empenhados ou da ocorrncia de um volume de demandas no previstas (do Minist-rio Pblico, Judicirio, Ouvidoria do MAPA, e SIC).

As principais dificuldades enfrentadas pela SFA/SP para o no atingimento de metas: a) a limitao imposta pelo governo na concesso de dirias (40 dirias/servidor/ano) com-prometeu sobremaneira a execuo da programao de fiscalizao e inspeo de estabeleci-mentos e produtos; b) fora de trabalho (tcnica e administrativa) insuficiente para atender a crescente demanda por servios; c) falta de substituio dos servidores que se aposentaram, notadamente na rea meio, onde h mais de 30 anos no se registram concursos para ingresso de pessoal; contingenciamento de recursos financeiros.

Esclarecemos que Restos a pagar no provocaram reflexo na execuo das aes. Os principais resultados das aes que impactaram nos objetivos dos programas: ndi-

ce de conformidade nos processos produtivos de origem animal; ndice de conformidade de produtos de origem vegetal; manuteno de reas livres de Sigatoka Negra, Mosca de Caram-bola e Febre Aftosa, com vacinao; disseminao junto aos produtores de boas prticas agr-colas notadamente no que se refere agricultura orgnica, integrao lavoura-pecuria; agri-cultura sustentvel, fortalecimento do associativismo e cooperativismo; gesto de pessoal, patrimonial e oramentria e financeira. 2.2 Programao Oramentria e Financeira e Resultados Alcanados

2.2.1. Informaes sobre Programas do PPA de responsabilidade da SFA/SP

A SFA/SP tem sob sua responsabilidade a execuo no Estado de So Paulo de aes de trs programas do PPA 2012-2015: 1) 02028 Defesa Agropecuria; 2) 2014- Agropecuria

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Sustentvel, Abastecimento e Comercializao e 3) 2105Gesto e Manuteno da SFA/SP. A Figura 1 mostra a relao dos objetivos, iniciativas e aes vinculados a estes pro-gramas temticos. Figura 1 Relao dos objetivos, iniciativas e aes vinculados aos programas temticos

Programas Temticos Objetivos Iniciativas Aes

2028 Defesa Agropecuria

0364 - Promover a sanidade na agropecuria, mantendo a situao das zonas livres de pragas doenas visando preven-o e o controle. 0570 - Assegurar a qualidade dos alimentos e bebidas visando a oferta de alimentos seguros. 0368 - Promover a qualidade dos insumos agropecurios visando melhoria da produti-vidade e competitividade da produo agropecuria com sustentabilidade ambiental.

012H - Preveno, controle e erradicao das pragas dos vegetais. 012I - Preveno, controle e erradicao de doenas dos animais 012J - Fiscalizao do trnsito internacional de animais, vege-tais seus produtos e insumos agropecurios 013E - Modernizao da fisca-lizao de insumos agrcolas 013F- Aperfeioamento da fiscalizao de insumos pecu-rios. 013H -Modernizao dos ins-trumentos de fiscalizao de OGM. 0277 - Controle de resduos e contaminantes em produtos de origem vegetal e animal. 0278 - Fiscalizao dos produ-tos de origem animal 0279 - Fiscalizao dos produ-tos de origem vegetal 027A Classificao e fiscali-zao de produtos de origem vegetal.

2134 - Fiscalizao do Trnsito Interestadual de Vegetais 8572 Preveno e Erradica- o de Pragas dos Vegetais 4738 - Erradicao da Mosca da Carambola 4842 - Erradicao da Febre Aftosa 8592 Monitoramento de Sist. Rastreabilidade Agroalimentar 8658 - Preveno e Erradicao de Doenas dos Animais 2180 - Fiscalizao do Trnsito Internacional de Vegetais 2181 - Fiscalizao do Trnsito Internacional de Animais 2909 - Fiscalizao de Agrot xicos e Afins 2141 - Fiscalizao de Fertili-zantes e corretivos 2179 - Fiscalizao de Sementes e Mudas 2019 - Fiscalizao de Material Gentico Animal 2124 - Fiscalizao de Insumos Destinados Alimentao Animal 2140 - Fiscalizao de Produtos de Uso Veterinrio 4745 - Fiscalizao das Ativi-dades com Organismos Geneti-camente Modificados 4723 - Controle de Resduos e Contaminantes 8938 - Fiscalizao de Produtos de Origem Animal 8939 - Fiscalizao de Produtos de Origem Vegetal 4746 - Padronizao, Classif, Fiscalizao e Inspeo de Produtos Vegetais

2014 Agropecuria Susten-tvel, Abastecimento e Comercializao

0744 - Incentivar o desenvolvi-mento da agricultura orgnica e de outros sistemas sustentveis 0747 - Fortalecer o associati-vismo e o cooperativismo rural e promover a implantao e modernizao da infraestrutura de apoio produ-o agropecuria. 0750-Ampliar, diversificar e monitorar a produo de bio-massa agropecuria destinada ao suprimento energtico

02X2 - Fiscalizao dos servi-os agropecurios regulamenta-dos 02X3 - Fiscalizao e aplicao de mecanismos de controle para a garantia da qualidade orgnica 02XB - Promoo do desenvol-vimento da Agricultura Orgnica 02XL - Coordenao e fiscaliza-o da atividade agrcola. 02XH-Apoio a projetos de desenvolv. do setor agropec. 02Y6-Monitoramento das cadeias produtivas agroenergti-cas

4747 - Fiscalizao de Servios Pecurios 4720 - Aplicao de Mecanis-mos de Garantia da Qualidade Orgnica 8606 - Desenvolvimento da Agricultura Orgnica 2177 - Fiscalizao de Servios Agrcolas 2B17-Fiscalizao de contratos de repasse

2105Gesto, Manu-teno do MAPA

No definidos no PPA 4716-Operao dos Servios

Administrativos das Unidades Descentralizadas

2.3 Aes do PPA

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Programa 2028 Defesa Agropecuria

Quadro A.2.2.3.1.1 - Identificao da Ao INSPANIMAL 13

Cdigo 8938 Tipo: Atividade

Ttulo Inspeo e Fiscalizao dos Produtos de Origem Animal

Iniciativa Inspeo e Fiscalizao dos Produtos de Origem Animal

Objetivo Assegurar a qualidade dos alimentos e bebidas por meio do aprimora-mento dos mecanismos de controle de produtos e processos visando a oferta de alimentos seguros

Cdigo: 0570

Programa Defesa Agropecuria Cdigo: 2028

Unidade Ora-mentria

22101 - MINISTRIO DA AGRICULTURA, PECURIA E ABASTECIMENTO

Ao Prioritria No

Execuo Oramentria e Financeira da Ao

Dotao Despesa Restos a Pagar inscritos 2013

Programada Empenhada Liquidada Paga Processados No Proces-sados

472.700,00 393.731,00 393.731,00 366.336,73 11.945,44 15.702,53

Execuo Fsica

Descrio da Meta

Estabelecimento Inspecionado

Unidade de Medida Montante

Prevista Realizada

Unidade 638 638

Restos a Pagar No Processados Exerccios Anteriores Valor em 01/01/2013 Valor Liquidado Valor Cancelado

145.709,25 122.193,00 22.319,80 Fonte: SIPOA/SP; PPA 2012-2015; SIAFI GERENCIAL; LOA 2013

Em 2013 foi disponibilizado para as atividades deste Servio R$ 404.764,94 , tendo sido recebido de janeiro a julho 73,61% deste recurso, e o restante, 26,39%, de agosto a dezembro. Os recursos recebidos no segundo semestre vieram sob condies de gastos, na sua maioria, especificados pelo rgo central, prejudicando a execuo das atividades previstas no POA 2013. Recursos destinados ao SIPOA-SP Tabela 1

Ms Proviso Total Geral Proviso Recebida Diria - 339014

Pagamento Efetuado Diria - 339014

Total R$ 404.764,94 R$ 256.444,54 R$ 227.747,46

63,36% 88,81%

Parcial (ago-dez) R$ 106.798,04 R$ 71.875,94 R$ 70.235,13

67,30% 97,72%

Parcial Total (ago-dez)

26,39% 28,03% 30,84%

Fonte: SIAFI; SIPOA/SP

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As atividades executadas ou programadas pelo Servio de Inspeo de Produtos de Ori-gem Animal (SIPOA) nos estabelecimentos registrados ou relacionados que comercializam produtos de origem animal (carne, leite, ovos, mel e pescado), de acordo com o previsto nas Leis n 1.283/50 e 7.889/89 e no Decreto n 30.691/52, tm por objetivo contribuir para ga-rantir o nvel de proteo adequado aos consumidores, assegurando produtos com inocuidade, a qualidade e a identidade.

A tabela abaixo apresenta a quantificao de estabelecimentos inspecionados, e retrata o nmero absoluto de estabelecimentos registrados/inspecionados pelo Servio Inspeo Fe-deral (SIF). Ressaltamos que existem aproximadamente 3.300 estabelecimentos registrados no Brasil.

Quantitativo de Estabelecimentos Registrados no Servio de Inspeo Federal (SIF) Tabela 2

Categoria/Classe 2009 2010 2011 2012 2013

Matadouro-frigorfico Bovino/ Suno e outros 63 52 58 55 52

Matadouros de aves e coelhos 47 46 38 33 30

Entreposto Frigorfico 51 53 56 57 56

Entreposto de Carnes e Derivados 100 109 96 88 84

Fbrica de Conserva 126 114 114 107 107

Fbrica de Produtos No Comestveis 38 45 44 42 45

Fbrica de produtos sunos 02 02 01 01 01

Apirio ** 04 03 01 01

Entreposto de Mel e Cera de Abelhas 62 61 50 47 47

Fbrica de Produtos Gordurosos 02 07 06 05 06

Entreposto de Pescados 37 40 43 42 43

Fbrica de Conservas de Pescados 11 11 13 11 6

Barco Fbrica 01 01 0 0 0

Entreposto de ovos 51 55 43 41 41

Fbrica de Conservas de Ovos 19 16 19 16 16

Usina de Beneficiamento 25 43 39 39 36

Fbrica de Laticnios 96 81 72 73 74

Entreposto de Laticnios ** 20 17 18 19

Entreposto Usina ** 04 04 04 03

Posto de Coagulao ** 02 02 01 01

Granja Leiteira 03 03 03 03 05

Posto de Recebimento ** 01 01 0 0

Posto de Refrigerao 20 18 17 17 17

Fbrica de Coalho e coagulantes 0 0 0 0 0

Total por classificao/ categoria 754 788 739 701 690

Total geral de estabelecimentos 706 740 683 644 638 * *dados no disponveis. Fonte: SIGSIF/MAPA

Se observarmos a linha referente ao total geral de estabelecimentos, a somatria dife-rente do da linha referente ao total de estabelecimentos por classificao/ categoria. Este fato

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ocorre devido ao fato de que h estabelecimentos que abrangem mais de uma classifica-o/categoria.

Alm do registro de estabelecimentos, o SIPOA mantm tambm um cadastro de estabe-lecimentos relacionados onde so efetuadas inspees/fiscalizaes:

Quantitativo de Estabelecimentos Relacionados (ER) Tabela 3

2009 2010 2011 2012 2013

Granja Avcola 195 190 183 146 125

Estbulo leiteiro 812 2101 2093 206 220

Casa Atacadista 311 319 328 72 54

Cestas de Alimentos e Similares 39 51 58 61 41

Apirio 03 08 07 07 04

Curtume - 20 20 10 09

Total 1360 2689 2689 502 453 Fonte: SIPOA/SP

Em agosto de 2012 iniciou-se o lanamento dos dados dos Estabelecimentos Relacio-nados-ER no SIGSIF Sistema de Informaes Gerenciais do SIF, gerando nmeros mais precisos em relao ao ano de 2011, esta atualizao foi concluda no primeiro semestre de 2013. No segundo semestre de 2013 foram revisados os dados j lanados, classificando as reas de atuao especficas das Casas Atacadistas (carnes, lcteos e pescados), promovendo uma maior consistncia nas consultas on-line pelos clientes internos e externos.

Ainda, conforme a tabela acima, possvel notar que houve uma reduo drstica no nmero de estabelecimentos denominados Cestas de Alimentos e Similares devido a deter-minao contida na IN SDA n 24 de 9/09/2013 que suspendeu a obrigatoriedade de relacio-namento desta categoria no servio, desta forma houve um cancelamento dos relacionamentos dos estabelecimentos desta categoria.

O SIPOA desempenha ou gerencia outras tarefas, alm das atividades de fiscalizao/ inspeo rotineiras em estabelecimentos. O indicador previsto no PPA 2012/2015 a Taxa de conformidade dos processos produtivos de produtos de origem animal (TC pa).

Indicadores de Desempenho Tabela 4

Tipo do Indica-dor

Descrio Mnemnico Frmula do indicador

Eficcia Conformidade de anlises

laboratoriais de produtos de origem animal e gua

IQ cal = N de amostras em conformidade x 100

N total de amostras verificadas

Eficcia Achados em abate de cisticer-

cose em bovinos IQ acb =

N de achados de cisticercose em bovinos x 100

N total de bovinos abatidos

Eficcia Achados em abate de tubercu-

lose em bovinos IQ atb =

N de achados de tuberculose em bovinos x 100

N total de bovinos abatidos

Eficcia Achados em abate de cisticer-

cose em sunos IQ acs =

N de achados de cisticercose em sunos x 100 N total de sunos abatidos

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Eficcia Achados em abate de tubercu-

lose em sunos IQ ats =

N de achados de tuberculose em sunos x 100 N total de sunos abatidos

Eficcia Achados em abate de pneu-

monia em sunos IQ aps =

N de achados de pneumonia em sunos x 100 N total de sunos abatidos

Eficcia Achados em abate de ascite

em aves IQ aaa =

N de achados de ascite em aves x 100 N total de aves abatidas

Eficcia Achados em abate de aerossa-

culite em aves IQ ara =

N de achados de aerossaculite em aves x 100 N total de aves abatidas

Eficcia Supervises realizadas no ano IQ sra= N total de supervises realizadas em estabe-

lecimentos x 100 N total de supervises programadas por ano

Capacidade Processos administrativos analisados e tramitados no

ano IP paa =

N processos administrativos analisados

Ano

Capacidade Rtulos analisados e tramita-

dos no ano IP raa =

N rtulos analisados

No

Capacidade

Requerimento de Anuncia de Importao de Produtos de

Origem Animal analisados no ano

IP ria = N requerimentos analisados

Ano

Eficcia Conformidade dos processos

produtivos de produtos de origem animal

TC pa= IQ cal x 0,3 + IQ sup x 0,7

Um dos indicadores de eficcia das aes desenvolvidas so as informaes relativas s anlises fsico-qumicas e microbiolgicas dos produtos de origem animal e da gua de abastecimento utilizada pelas empresas. As amostras so coletadas por servidores do Servio de Inspeo Federal nos estabelecimentos, seguindo uma programao anual divulgada pelo SIPOA, ou diretamente no consumo, em reinspees de varejo, conforme previsto no Artigo n 848, do Decreto n 30.691/52. ndice de conformidade das anlises laboratoriais em produtos de origem animal e de gua de abastecimento IQ Cal

Tabela 5

Ano 2009 2010 2011 2012 2013

Total Conforme 47.631 68.831 81.231 86.829 71.830

IQ Cal % 96,5 97,19 96,42 96,41 96,54 Fonte: SIGSIF/MAPA,

O IQ cal demonstra a porcentagem das amostras de produtos de origem animal e de gua de abastecimento coletadas oficialmente que se apresentaram em conformidade com os padres da legislao vigente, co-validando os processos produtivos inspecionados.

No ano de 2013 foram avaliados cerca de 74.404 parmetros de amostras de Produtos de Origem Animal e de gua encaminhadas para anlise, sendo que o nmero de parmetros no conformes encontrados de acordo com a legislao vigente foi de 2.574, que representa uma taxa de 3,46%. As avaliaes das anlises laboratoriais compreendem desde o aspecto inocuidade com os patgenos causadores de Doenas Vinculadas por alimentos,fatores intrnsecos que garan-

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tem principalmente a estabilidade do produto durante sua vida de prateleira, aditivos e ingre-dientes alimentares com uso controlado, at o aspecto de combate a fraude econmica como a adio de gua em leite, aves e pescado. Zoonoses em abates de animais (IQ acb, IQ atb, IQ acs e IQ ats)

Este Servio possui equipes de Fiscais Federais Agropecurios (com formao em Medicina Veterinria), e Agentes de Inspeo Sanitria e Industrial de Produtos de Origem Animal atuando na inspeo ante e post mortem, previstas no Regulamento de Inspeo In-dustrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal RIISPOA, aprovado pelo Decreto n 30.691/52. Na atividade rotineira de todos os estabelecimentos de abate ativos no Estado de So Paulo, os animais abatidos so inspecionados sanitariamente e quanto aspectos tecnolgi-cos de obteno e transformao alm de aspectos repugnantes achados no post-mortem.

As atividades de inspeo sanitria so importantes no s para o diagnstico das do-enas relacionadas sade animal que pautam as polticas pblicas de preveno e controle sanitrios, mas, sobretudo, representam a mais efetiva barreira no controle de zoonoses e pre-servao da sade pblica. Somado ao acima descrito, a inspeo sanitria tambm verifica a existncia de microorganismos causadores de Doenas Veiculadas por Alimentos DVA (Salmonela, Clostridium botulinum, Listria e outros).

Nesse contexto o SIPOA evitou que carcaas bovinas e sunas portando cisticercose e leses de tuberculose chegassem diretamente ao consumidor. Portanto, as aes de inspeo contriburam efetivamente para promoo da sade pblica, mediante diminuio do risco da tuberculose zoontica e risco da doena humana associada ao complexo tenase-cisticercose.

Em 2013 foram abatidos mais de 563.796.214 e submetidos inspeo ante e post mortem em estabelecimentos sob SIF conforme segue:

Nmero de animais abatidos e inspecionados pelo SIF em SP Tabela 6

Espcie 2009 2010 2011 2012 2013

Bovinos 3.249.868 3.037.020 2.916.279 2.847.071 3.005.161

Sunos 1.491.758 1.648.666 1.488.237 1.511.659 1.428.664

Aves 648.978.986 670.876.964 740.464.666 639.754.593 559.348.917

Ovinos 21.308 30.273 32.146 23.865 13.472

Total 653.741.920 675.592.923 744.901.328 644.137.188 563.796.214 Fonte: SIGSIF/MAPA,

Dos animais abatidos e inspecionados, as duas principais zoonoses encontradas so as demonstradas a seguir:

Nmero de casos de cisticercose e de tuberculose bovina e suna detectadas pelo SIF em abatedouros Tabela 7

ANO N de

bovinos abatidos

N de sunos

abatidos

N de carcaas detectadas

Cisticercose Bovina

IQ acb %

Tuberculose bovina

IQ atb %

Cisticercose Suna

IQ acs %

Tuberculose Suna

IQ ats %

2009 3.249.868 1.491.758 84.659 2,605 8.226 0,253 0 0,000 16 0,001

2010 3.037.020 1.648.666 84.927 2,796 9.975 0,328 0 0,000 54 0,003

2011 2.916.679 1.488.237 79.645 2,731 6.602 0,226 9 0,001 40 0,003

2012 2.847.071 1.511.659 72.059 2,531 3.094 0,109 11 0,001 582 0,039

2013 3.005.161 1.428.664 62.676 2,08 3.184 1,105 20 0,001 406 0,028

Fonte: SIGSIF/MAPA,

Relatrio de Gesto SFA/SP 2013

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Houve diminuio no ndice IQ acb de 0,44% no ano de 2013 dos achados de cisticer-cose bovina em relao a 2012. Este resultado pode ser explicado por dois fatores principais: melhoria nas prticas agrcolas e/ou diminuio na eficcia do ato operacional de inspeo ps mortem. O SIPOA acredita que esta queda deve-se principalmente a melhoria nas prticas agrcolas uma vez que existem evidncias de que a ao de inspeo manteve as atividades num estado de normalidade.

O ndice IQ atb, que avalia os achados de tuberculose bovina, apresentou nova queda no ano de 2013. A implantao efetiva de sistema de confirmao de diagnstico de tubercu-lose por anlise laboratorial pode estar influenciando esse ndice.

Com relao ao abate de sunos, foram detectados em 2011, 9 casos de cisticercose suna em apenas um local de abate. Em 2012, 11 casos foram detectados em dois locais de abate distintos. Em 2013, 20 casos foram detectados em dois locais de abate distintos. O au-mento de casos detectados de cisticercose suna no significa necessariamente um aumento de prevalncia desta zoonose, uma vez que os casos so isolados e em um nmero muito reduzi-do em relao ao total de sunos abatidos, 20/1.428.664. No entanto, foram abertos 2 proces-sos e encaminhados ao setor de carne para comunicao aos atores sanitrios da cadeia produ-tiva.

Por meio dos dados estatsticos foram identificados os estabelecimentos que diagnosti-caram esses casos e por meio das Guias de Trnsitos Animal (GTA), que acompanharam es-ses animais at o abate, as propriedades foram localizadas. O Servio de Sade Animal SSA/DDA/SFA-SP foi acionado para desencadear a implantao de medidas preventivas no local.

No ano de 2013 houve a deteco de vinte novos casos e o mesmo procedimento foi aplicado, em que pese terem sido ocorrncias pontuais.

Outros ndices que avaliam a eficcia dos trabalhos da inspeo post mortem podem ser verificados como por exemplo: o IQ aps (que avalia o nmero de carcaas sunas portando sinais de pneumonia), o IQ aaa e IQ ara (que avaliam o nmero de carcaas de aves portando ascite e aerossaculite, respectivamente). Nmero de casos de ascite e de aerossaculite em aves e de pneumonia suna detectadas pelo SIF Tabela 8

ANO N de aves abatidas

N de sunos abatidos

N de carcaas detectadas

Ascite em Aves

IQ aaa %

Aerossaculi-te

em Aves

IQ ara %

Pneu-monia Suna

IQ aps %

2009 648.978.986 1.491.758 378.116 0,058 615.146 0,095 1.033 0,069 2010 670.876.964 1.648.666 546.596 0,081 584.540 0,087 903 0,055 2011 740.464.666 1.488.237 459.854 0,062 732.286 0,099 508 0,034 2012 639.754.593 1.511.659 483.167 0,076 546.076 0,085 1199 0,079

2013* 559.348.917 1.428.664 793.595 0,141 321.092 0,057 1988 0,139 * dados sujeitos a alterao. Fonte: SIGSIF/MAPA,

Os dados relativos ao IQ aaa demonstram um forte aumento na incidncia de ascite que vinham num patamar histrico de 0,07 e subiram para 0,141, o que pode indicar no con-formidades nas boas prticas de produo. J o indicador que mede a incidncia de aerossacu-lite (IQ ara) houve uma diminuio dos ndices.

A sazonalidade pode tornar as condenaes mais expressivas em pocas definidas do ano, levando a orientaes preventivas no campo, que sero distintas conforme a localidade.

Relatrio de Gesto SFA/SP 2013

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Durante as atividades de rotina da Inspeo Federal, esporadicamente torna-se neces-sria a ao fiscal de condenao de determinados produtos que no apresentam condies de consumo humano ou que estejam fora dos padres legais vigentes.

Antes da citada condenao, os produtos passam por uma reinspeo completa, ampa-rada pelo disposto no artigo n 878 do RIISPOA vigente, cujo resultado avaliado pelo Fiscal Federal Agropecurio que julga a destinao adequada caso a caso.

Seguem abaixo as principais causas de condenao por rea: 1) Pescado Os dados de 2013 obtidos no SIGSIF apontam uma produo de 67.292.289 kg de

pescado. Outra atividade que vem crescendo de maneira acentuada a importao de pescados

gerando uma demanda de reinspeo de produtos. No ano de 2013 a quantidade de pescado importado foi de 215.578.454 kg.

Umas das aes do setor de pescado o combate fraude por agregao de gua no peso lquido de pescado congelado. Desta forma, o SIPOA vem coletando e direcionando para anlise produtos desta natureza com a finalidade de identificar os possveis desvios e coibir prticas ilcitas ou que lesem o consumidor. A tabela a seguir apresenta os resultados dos seis ltimos anos e demonstra uma evoluo positiva das aes fiscais aplicadas:

Anlise de Desglaciamento em Pescado Congelado Tabela 9

Ano Anlises No Conformes % No Conformes

2008 24 11 45,83% 2009 41 10 24,39% 2010 104 18 17,31% 2011 102 2 1,96% 2012 114 16 14,04%

2013 115 4 3,48% Fonte: SIPOA/SP

Condenao de pescado por parasitose Tabela 10

Ano Unidades

2011 0

2012 21.419

2013 62.590 Fonte: SIGSIF/MAPA

Os dados relativos a condenao de pescados em funo da presena de parasita s fo-ram computados e lanados no SIGSIF a partir de 2012. Os parasitas de importncia zoonti-ca so: Larvas de Eustrongylides, comumente encontradas em traras (Hoplias malabaricus) sendo que a forma adulta encontrada em aves ciconiformes (Spalding et al., 1993; Barros, 2001). Alm da patologia provocada nas aves, nos peixes as larvas de Eustrongylides podem provocar fibrose ao redor dos cistos contendo as larvas e aparentemente h baixo crescimento do hospedeiro (Eiras; Rego, 1989). J em peixes marinhos as larvas de anisakdeos podem ser encontradas nas vsceras e eventualmente na musculatura, e seus hospedeiros definitivos podem ser mamferos marinhos ou aves piscvoras. Quando o homem ingere o peixe cru ou mal cozido as larvas migram para o esfago ou para a regio do crdias provocando granulo-mas eosinoflicos (Luque, 2004). Recentes estudos mostram tambm a possibilidade de into-

Relatrio de Gesto SFA/SP 2013

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xicao em humanos devido ingesto de larvas de anisakdeos mortas na musculatura do peixe (Audicana et al., 2002). Comparando os dados de 2012 e 2013 percebe-se que houve um aumento acentuado nos achados e condenao deste tipo de achado evidenciando um tra-balho de aprimoramento dos procedimentos de inspeo e condenao.

Os resultados das inspees evidenciam que uma das principais causas de condenao do pescado continuam sendo odor estranho e caracteres organolpticos imprprios, em virtude da degradao protica do pescado quando este mantido fora das condies ideais de con-servao. Grande parte destas condenaes ocorrem devido s condies inadequadas de ma-nipulao e armazenamento a bordo. Como as aes diretas na embarcaes so de compe-tncia do Ministrio da Pesca a assessoria de pescados encaminhou expediente ao Ministrio da Pesca dando cincia dos achados de inspeo.

Na colheita de dados visualizamos que os lanamentos de dados no SIGSIF no esto evidenciados de maneira uniforme o que prejudica comparaes ano a ano, desta forma a as-sessoria de pescado reforou o correto lanamento dos dados das condenaes junto ao SIG-SIF/MAPA.

2) Leite No ano de 2013 foi verificada a condenao de 1.836.315 litros de leite cru refrigerado

(0,115%), dentre os 1.586.215.897 litros declarados como recebidos no SIGSIF/MAPA con-forme segue:

Condenao de Leite realizada pela Inspeo Federal Tabela 11 Causas de condenao

de leite cru refrigerado/ quantidade em Litros

2009 2010 2011 2012 2013

Acidez 156.382 859.574 168.402 183.812 307.697

Aguagem 235.264 398.842 263.136 465.504 557.842

Impurezas - 206.678 45.233 81.914 195.334

Outras causas 514.200 529.000 554.295 490.726 775.442

Total 905.846 1.994.094 1.031.066 1.221.956 1.836.315

Total Recebido 914.532.234 1.057.371.905 1.205.115.001 1.480.809.606 1.586.215.897 Fonte: SIGSIF/MAPA,

No conformidades com suspeita de dolo ou m-f so transformadas em atos admi-nistrativos, quando no, so gerenciadas no sentido de correo de processo.

3) Mel Houve um incremento na produo de mel se comparados os dados de 2012 e 2013

de 566 toneladas que espelha uma retomada moderada dos anos anteriores. Porm, esta reto-mada veio com uma melhoria na qualidade do mel ofertado a indstria e que pode ser expli-cado por investimentos na produo e suporte tcnico, como exemplo a poltica implementada pelo SEBRAE no norte-nordeste aos pequenos produtores de mel. Condenao de Mel realizada pela Inspeo Federal Tabela 12

Causas de condenao/kg 2012 2013

Impurezas 2.355 2.190 Total produzido (kg) 7.321.115 7.984.881

4) Ovos O censo agropecurio do IBGE de 2010 apontou uma produo total de ovos de

3.246.719.000 de dzias, sendo o estado o Estado de So Paulo como responsvel pela produ-

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o de 26,7% deste montante, que equivale a 867.652.000 de dzias, contando tanto ovos para incubao e produo de aves quanto ovos para o consumo, nos diversos nveis de inspeo.

No ano de 2012 o relatrio do SIPOA apontou a entrada de 322.133.535 dzias de o-vos para consumo considerando a produo relativa aos entrepostos, no computando a pro-duo relativa as granja avcolas que tambm produzem ovos. Em 2013 foram apontadas 550.923.344 dzias de ovos para consumo, considerando a soma das duas categorias de esta-belecimento, granja avcola e entrepostos de ovos.

Desta forma, a diminuio dos ndices de condenao de ovos de 2012 de 0,45% para 2013 de 0,25% no podem ser comparados de forma direta, no sendo possvel precisar se houve melhoria nas manipulao dos ovos ou diminuio na eficcia do ato de inspeo.

Supervises realizadas no ano nos estabelecimentos (IQ sra) O SIPOA avalia o desempenho dos estabelecimentos por meio das verificaes de ro-

tina e tambm por meio dos resultados das supervises executadas. O objetivo principal das supervises verificar as condies tcnico-higinico-sanitrias dos estabelecimentos e a a-plicao dos programas de autocontroles (Boas Prticas de Fabricao - BPF, Procedimento Padro de Higiene Operacional - PPHO e Anlise de Perigos e Pontos Crticos de Controle - APPCC).

De acordo com a categoria do estabelecimento (matadouro-frigorfico, fbrica de con-servas, usina de beneficiamento, entreposto de carnes e derivados, entre outras) e sua habilita-o para exportao (Estados Unidos, Canad, MERCOSUL, entre outros), as freqncias de supervises se alteram dentro do ano. Por exemplo, na rea de carnes so atualmente exigidas 06 supervises anuais para estabelecimentos habilitados exportao para os Estados Unidos e 02 supervises anuais no mnimo para estabelecimentos habilitados para exportao para a Unio Europia.

Este Servio concluiu o processo de centralizao da programao e do controle da execuo das supervises com o objetivo de racionalizar os recursos materiais e humanos, bem como determinar quais os estabelecimentos a serem supervisionados com base em seu desempenho e risco apresentados.

As metas de execuo so calculadas pelo ndice IQ sra englobando todas as reas:

Supervises Programadas X Supervises Realizadas IQ sra Tabela 13

Ano 2009 2010 2011 2012 2013 N de supervises pro-gramadas

365 368 415 384 398

N de supervises realizadas 588 312 417 377 201

IQ sra 161 85 100 98 50,50 Fonte: SIPOA/ SP.

Quanto ao ndice de IQsra observamos que em 2013 houve uma queda para 50,50% se comparado aos anos anteriores. O segundo semestre de 2013 os recursos disponveis para dirias foram de 26,39% do recurso total, e foram direcionados para demandas especficas como acompanhamento de misses estrangeiras entre elas Unio Europia e Unio Aduanei-ra, demandas especiais como fiscalizao/inspeo, e demandas administrativas, PAD e aten-dimento a ouvidoria e rgo do sistema judicirio. Desta maneira a demanda programada de superviso estadual foi reavaliada tendo em vista o montante de recurso disponvel e o indica-dor de IQ sup que demonstrava que as fiscalizaes/inspees de rotina estava em conformi-dade.

Por meio do indicador IQ sup (conformidade nas supervises realizadas no ano), ob-serva-se o nmero total de supervises consideradas conformes em relao ao total de super-

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vises realizadas durante o ano. O IQ sup pr-requisito para a determinao da TC pa. Uma superviso considerada conforme quando no relatrio elaborado pelo FFA no foi registrada a tomada de nenhuma ao fiscal prevista no Artigo 2, da Lei n 7.889/89, sobre o estabele-cimento ou sobre os produtos de origem animal, observamos que o IQsup 2013 foi de 86,06 mantendo se dentro de um ndice histrico. Supervises Conformes X Supervises Realizadas IQ sup Tabela 14Ano 2012 2013 N de supervises conformes 315 173 N de supervises realizadas 377 201

IQ sup 83.55 86.06 Fonte: SIPOA/ SP.

O IQ sup um dos indicadores na verificao da eficcia do trabalho de campo po-rm, com a priorizao dos recursos em outras demandas j mencionadas, houve uma diminu-io do nmero de supervises, no entanto, o ndice de conformidade manteve-se equivalente aos anos anteriores, tendo em vista que o servio no abriu mo do ato de inspecio-nar/fiscalizar, como demonstrados em outros indicadores oriundos do trabalho de campo, co-leta de amostra, autos de infrao e achados de abate.

A partir do IQ cal e do IQ sup pode-se estabelecer a Taxa de Conformidade dos Pro-cessos Produtivos de Produtos de Origem Animal - TC pa, indicador este previsto no PPA 2012/2015: Taxa de Conformidade dos Processos Produtivos TC pa Tabela 15 Peso 2012 2013 IQ cal 0.3 96.41 96,54 IQ Sup 0.7 83,55 86,06

TC pa 87,41 89,20 Fonte: SIPOA/ SP.

Em 2013 a taxa foi de 89,20% houve uma melhora,mas no avaliamos se significati-va tendo em vista o menor nmeros de superviso pela reduo de recursos A meta para essa taxa de 90% para todo o Pas. Sendo assim o que contribuiu para que a TC pa% de SP fi-casse com valor menor que 90 (87,40) em 2012 foi o razovel nmero de supervises que desencadearam aes fiscais portanto, sendo classificadas como no conformes. Esta consta-tao refletiu como oportunidade de melhorias do parque industrial instalado tanto nos mbi-tos estrutural, quanto operacional e de controle de processos produtivos,apesar do desvio ser 2,60 que sobre o ponto de vista estatstico pode ser no significativo..

Anlise de Processos Administrativos outra atividade que demanda grande tempo dos Fiscais do SIPOA a que compreendem quase que a totalidade do universo das aes executadas: anlises de projetos, relatrios de supervises, relatrios de auditorias, autos de infrao de defesas administrativas,entre outros , solicitao de habilitao para exportao, reimportao e importao de produtos de origem animal, PNCR, resultados de anlises labo-ratoriais fora dos padres vigentes, registro de estabelecimentos e de produtos, processamen-tos trmicos, de relacionamento de estabelecimentos, alertas rpidos, alterao de razo social de estabelecimentos, denncia de consumidor, demandas da ouvidoria, boletim de recebimen-to de produtos de terceiros, entre outros.

Nmero de processos analisados e tramitados Tabela 16

Ano 2009 2010 2011 2012 2013

IP paa 38.445 39.852 34.977 30.694 36.271 Fonte: SIPOA/ SP.

Relatrio de Gesto SFA/SP 2013

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No ano de 2013 foram analisados 6892 rtulos conforme apresentado no quadro abai-xo, sendo que 3161 foram aprovados sem restrio, 1163 foram aprovados com restrio, 516 foram cancelados e 2052 foram reprovados.

Nmero de rtulos analisados Tabela 17

Ano 2009 2010 2011 2012 2013

IP raa 4.931 7.347 8.853 5.997 6.892 Fonte: SIGSIF/MAPA

Em 2013 houve incremento 13% da demanda por anlise de rotulagem em relao ao ano anterior e para dar agilidade de processo na avaliao este servio promoveu a descentra-lizao do ato de aprovao promovendo para tanto treinamento e padronizao dos novos avaliadores.

Outra atividade executada a anlise da anuncia de importao de produtos de ori-gem animal importados. Somente estabelecimentos habilitados exportao para o Brasil e com a rotulagem dos produtos devidamente aprovadas podem colocar seus produtos no mer-cado nacional.

Alm da importao tradicional o Servio analisa os requerimentos de reimportao, ou seja, produtos exportados pelo Brasil que retornam ao pas por algum motivo.

Cada importao ou reimportao acompanhada at o procedimento final de reinspe-o em estabelecimento registrado ou relacionado. Foi implementado o monitoramento dessas reinspees oficiais a partir de julho de 2011, cujos dados so recebidos quinzenalmente por este Servio. Foi possvel identificar que somente 33,53% dos produtos autorizados foram efetivamente importados no segundo semestre de 2011. Para o ano de 2012 este valor superou os 38% em razo da implementao continua do citado monitoramento e 2013 tivemos uma visualizao de 30,056% dos produtos autorizados foram efetivamente importados, essa taxa uma estimativa tendo em vista que no podemos precisar ainda se todas as importaes con-cretizadas foram encaminhadas e processadas ,com o desenho da nova plataforma de integra-o de dados do MAPA teremos essa visualizao com mais preciso. Outro fato que com aumento do dlar pode influenciar nessa taxa.

Mas o objetivo maior desse processo so o atendimento a demanda em tempo que no traga prejuzo ao usurio ,objetivo esse conseguido e controle das reimportao por restries sanitrias,que so feitas em conformidade faltando s visualizarmos atravs de um indicador.

Em 2013 foram analisados 18.079 requerimentos conforme o quadro abaixo:

Requerimentos de anuncia de importao analisados Tabela 18

Ano 2009 2010 2011 2012 2013

IP ria 15.299 16.881 16.763 15.978 18.079 Fonte: SIPOA/SP.

Atualmente os servidores do SIPOA e das UTRAs possuem tambm a atribuio de certificar os produtos de origem animal.

A certificao sanitria pode ser nacional ou internacional. A nacional se d por meio da emisso de Certificados Sanitrios (firmados por FFA) ou por meio da emisso de Guias de Trnsito (firmadas por AISIPOA) que garantem o livre trnsito do produto no territrio nacional. Sua contabilizao ainda no possvel pois sua emisso ainda no de forma ele-trnica.

A Certificao Sanitria Internacional se d por meio do Certificado Sanitrio Interna-cional (CSI) que exclusivamente firmado por FFA e garante que o produto a ser exportado cumpriu todas as exigncias durante a sua elaborao firmada no acordo sanitrio com o Bra-

Relatrio de Gesto SFA/SP 2013

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sil e o pas importador. Vale ressaltar que no h exportao de produtos de origem animal sem a emisso de CSI com nenhum dos mais de 200 parceiros comerciais do Brasil.

O Estado de So Paulo, no mbito do SIF, emitiu 40.153 CSIs no ano de 2013, res-pondendo por 13,42% do total emitido no Brasil (299.227), segundo dados obtidos no SIG-SIF/MAPA.

Os Fiscais Federais Agropecurios possuem a atribuio, dentre as aes fiscais pre-vistas na Lei n 7.889/89 e no Decreto n 30.691/52, de autuar os infratores da legislao vi-gente.

O SIPOA dispe de um sistema de controle dessas autuaes e o Chefe do Servio le-va em considerao o histrico dos autuados e a gravidade da infrao no momento do julga-mento das infraes para impor a penalidade.

N de Autos de Infrao, Termos de Advertncia, Autos de Multa e Cobranas Execu-tivas emitidos

Tabela 19

Ano 2009 2010 2011 2012 2013

N de Autos de Infrao 447 372 328 343 450

N de Termos de Advertncia 103 107 38 19 26

N de Autos de multa 659 492 473 431 309

N de Cobranas Executivas 508 106 120 153 8

N de Autos de infrao Cancelados 26 70 82 63 66 Fonte: SIPOA/SP.

As punies em decorrncia de infraes legislao sanitria variam desde a adver-tncia at a aplicao de multa, independente dos procedimentos de apreenso, inutilizao de produtos, suspenso ou cancelamento do registro do estabelecimento que podem ser parale-lamente adotados.

Dentro das infraes mais graves esta o comrcio clandestino de produtos de origem animal que em razo da fora de trabalho disponvel se d por meio do combate passivo, ou seja, na apurao de denncias. O ideal seria que o Servio tivesse fora de trabalho suficiente para agir de forma ativa e estratgica. No universo do comrcio clandestino a competncia tambm de outros atores como os servios de sade pblica principalmente Municipais, Esta-duais.

O SIPOA conta atualmente com uma fora de trabalho muito aqum da necessria pa-ra desempenhar todas as suas atividades, tendo em vista a quantidade de estabelecimentos registrados/relacionados e a perda contnua de servidores em processo de aposentadoria.

Pela razo exposta todas as atividades programadas dentro do Plano Operativo Anual POA, para o ano de 2013, levaram em considerao a capacidade operacional real do Servi-o. Buscou-se a mxima otimizao dos recursos humanos disponveis bem como a forma mais inteligente de tratamento dos dados recebidos para orientao das aes a serem execu-tadas. Esse fato j foi comunicado e reiterado, por diversas vezes, s instncias superiores do MAPA. Em 2012 a reiterao foi realizada sob o despacho n 70330.000021/2012-11 e em 2013 sob o n 70330.000037/2013-12; O MAPA realizou um estudo da necessidade funcional dos diversos servios que confirma o mencionados todos os anos pelos gestores estaduais do Departamentos da SDA.

A citada fora de trabalho est distribuda na Sede SFA e nas onze UTRAs distribu-das pelo Estado de So Paulo, e composta por servidores de diversos cargos com atribuies especficas definidas sendo:

Principais recursos humanos envolvidos Tabela 20

Relatrio de Gesto SFA/SP 2013

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Cargo do servidor Nmero total N ideal

Agente de Inspeo Sanitria e Industrial de Produtos de Origem Animal

462 686

Fiscal Federal Agropecurio 135 209

Agente Administrativo 08 14 Fonte: SIPOA/SP.

Desde 2011 este Servio implantou um Programa denominado PAFI (Programa Auxi-liar de Fiscalizao e Inspeo), confeccionado por seus funcionrios, visando contabilizar todas as aes de fiscalizao e inspeo nos estabelecimentos registrados ou relacionados no Estado de So Paulo, executadas pelos Agentes de Inspeo Sanitria e Industrial de Produtos de Origem Animal, com o objetivo de orientar, racionalizar e reforar as aes do Servio de Inspeo Federal. Para a citada contabilizao um indicador denominado fiscalizao foi institudo, sendo registrado o nmero de atividades relacionadas s aes de fiscalizao/ ins-peo em estabelecimentos registrados (SIF) ou relacionados (ER) no estado de So Paulo, exceto quelas j executadas em estabelecimentos que realizam atividades de abate.

No ano de 2011 o indicador do PAFI foi finalizado com o registro de 41.802 aes, si-nalizando claramente uma subestimativa inicial. A partir do fechamento da contabilizao de 2011 foi possvel identificar os estabelecimentos que no tiveram nenhuma ao sofrida regis-trada, bem como o grupo de AISIPOAs que no declararam nenhuma ao efetuada, com isso pde ocorrer a integrao da gesto administrativa das UTRAs e Regionais com a gesto da gama de tarefas que devem ser executadas de forma rotineira. Os dados do PAFI possibilitam o direcionamento das medidas adicionais de controle oficial junto aos estabelecimentos.

Em 2013 foram contabilizadas 49.637 aes, 2012 o nmero registrado foi de 45.107 aes, sendo aplicado o mesmo tratamento administrativo de 2011 aos dados computados.

Melhoria dos Diversos Processos O SIPOA continuar aprimorando a informatizao dos seus processos para obteno de

mais agilidade e transparncia nos servios ofertados a populao; Desenvolver planos de aes integrados entre os diversos setores relacionando o atendi-

mento das demandas, a qualidade tcnica do ato funcional, mantendo o foco principal da inocuidade dos POA que iro chegar aos diversos consumidores;

Os autos de infrao lanados no SICAR atualmente apontam apenas o artigo infringido, para 2014 sero lanados tambm a descrio das infraes permitindo segmentar e apri-morar as informaes obtidas;

Incutir nos setores conceitos modernos de interpretao de resultados de anlises microbi-olgicas previstos por organismos internacionais os quais o pas signatrio;

Ser incentivada nos setores de apoio do SIPOA o uso de ferramentas de gesto e qualida-de (Anlise de Anomalia, Anlise da Causa Fundamental, Tcnica dos 5 Porqus, Trata-mento de Falhas, MASP e Diagrama de Ishikawa) no sentido de transformar as no con-formidades evidenciadas na rotina dos diversos setores em oportunidades de melhoria;

Envolver as UTRAs para uma participao mais efetiva na programao e execuo do POA, sobretudo no que tange a programao relativa as inspees/fiscalizaes.

Dar continuidade aos treinamentos tcnicos com foco nas tendncias evidenciadas nos indicadores.

Padronizar os lanamentos no SIGSIF para melhor anlise das ocorrncias de campo.

Quadro A.2.2.3.1.2 - Identificao da Ao PADCLASSIF13

Relatrio de Gesto SFA/SP 2013

34

Cdigo 027 Tipo: Atividade

Ttulo Padronizao, Classificao, Fiscalizao e Inspeo de Produtos de Origem Vegetal

Iniciativa Padronizao, Classificao, Fiscalizao e Inspeo de Produtos de Origem Vegetal

Objetivo Assegurar a qualidade dos alimentos e bebidas por meio do aprimoramento dos mecanismos de controle de produtos e processos visando a oferta de alimentos seguros

Cdigo: 0570

Programa Defesa Agropecuria Cdigo: 2028

Unidade Oramentria 22101 - MINISTRIO DA AGRICULTURA, PECURIA E ABASTECIMENTO

Ao Prioritria No

Execuo Oramentria e Financeira da Ao

Dotao Despesa Restos a Pagar inscritos 2013

Programada Empenhada* Liquidada Paga Processados No Processados

180.000,00 626.441,45 613.869,96 613.183,93 686,03 12.571,49

Execuo Fsica

Descrio da Meta

Fiscalizao Realizada

Unidade de Medida Montante

Prevista Realizada

Unidade 400 441

Restos a Pagar No Processados Exerccios Anteriores Valor em 01/01/2013 Valor Liquidado Valor Cancelado

21.276,05 5.971,49 25.083,39 * R$ 478.592,46 referem-se ao contrato feito com Empresa de Classificao Vegetal Fonte: SIPOV; PPA 2012-2015; SIAFI GERENCIAL; LOA 2013

A execuo da ao oramentria 4746 regida pela Lei 9.972 de 25/05/2000 e Decre-to n 6.268 de 23/11/2007.

Para a execuo dessa atividade o SIPOV conta com 2 FFAs atuando de modo exclu-sivo na gesto do programa, alm de 20 que atuam de modo compartilhado com outras ativi-dades, resultando num equivalente tcnico em 2013 de 5,0 Fiscais Federais Agropecurios para a execuo das aes de fiscalizao, alm de 7 Agentes de Atividade Agropecuria que alm de apoiar as aes de fiscalizao, atuam junto ao Posto de Classificao Vegetal na Fazenda Ipanema/UTRA-IPA, na classificao fiscal e pericial das amostras coletadas, com um equivalente tcnico de 5,1.

Fiscalizao da Classificao Vegetal Tabela 21

ATIVIDADE Un. 2009 2010 2011 2012 2013

Produto fiscalizado T 1.471.429 1.680.771 1.910.058 1.777.869 1.920.935

Amostras coletadas N 1304 1.042 1.376 735 1.253

Estabelecimentos fiscalizados N 350 251 346 401 441

Auto de infrao N 111 154 185 169 266

Anlises Periciais N 58 56 120 66 172

Processo Relatado N 172 93 156 172 170

Multa aplicada R$ 1.304.589 511.470 1.249.062 2.190.639 1.920.575

Relatrio de Gesto SFA/SP 2013

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Empresas cadastradas de acordo com a IN 66

N 18 44 66 132 151

Cadastro de empresas prestadoras de servio de classificao vegetal

N 1 26 29 36 29

Total das despesas com ao fiscal (dirias, pedgio , transp. amostras e combustvel)

R$ 72.748,47 97.639,24 111.210,50 77.021,00 96.755,00

Fonte: SIPOV/SP

Em 2013 a meta definida foi de 400 estabelecimentos fiscalizados. Foram fiscaliza-dos 441 estabelecimentos superando a meta em 10 %

Alm deste dado, o quadro acima mostra outros parmetros para auxiliar na anlise da efetividade dos servios executados. Assim vemos que em 2013 houve um pequeno cres-cimento no nmero de empresas cadastradas pela IN 66/03 no SICASQ (Sistema de Cadastro dos Agentes da Cadeia Produtiva de Vegetais, seus Produtos, Subprodutos e Derivados para Certificao da Segurana e Qualidade - SICASQ) demandando um esforo menor que o de 2012 de fiscalizao desses estabelecimentos. Decorre disso o aumento na quantidade de a-mostras coletadas em estabelecimentos embaladores para a aferio da qualidade dos produtos colocados populao para consumo, pois na maioria dos cadastrados no SICASQ no h coleta de amostras. Adicionalmente houve um aumento no nmero de infraes apuradas e, consequentemente, de autos aplicados. O nmero de processos relatados e multas aplicadas no refletiu ainda esse aumento, pois a capacidade de relatoria, lanando mo de um conceito das cincias econmicas, inelstica.

Principais Indicadores Tabela 22

Mnemnico Unidade 2009

n=5.55 2010

n = 4,65 2011

n=4,25 2012

n=4,85 2013 n=5,0

Eficincia - Custo da Fiscalizao (ICF) Recursos financeiros despendidos / N de estabelecimentos fiscalizados

ICF R$ 207,85 389,00 321,42 145,91 219,4 Eficincia Custo da Fiscalizao Amostras (ICFa) Recurso financeiro despendido / N de estabelecimentos fiscalizados (amostras coletadas) ICFa R$ 55,79 93,70 80,82 101,08 77,2 Eficincia-Produtividade do Servio de Fiscalizao (ICOF) - N de estabelecimentos fiscalizados /N de tcnicos envolvi-dos

ICOF N 63,06 51,75 81,41 101,86 88,2 Eficincia-Produtividade do Servio de Fiscalizao Amostras (ICOFa)- N de Estabelecimentos Fiscalizados (amostras coletadas) /N de Tcnicos envolvidos

ICOFa N 228 21