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Normas de Produção e Qualidade do Leite IN 51/2002 e 62/2011 Antonio Auro da Silva Médico Veterinário Fiscal Federal Agropecuário SISA/SFA/PI X ENEL – Encontro Nordestino do setor de Leite e Derivados 2012 Imperatriz-MA

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Page 1: Normas de Produção e Qualidade do Leite IN 51/2002 e 62/2011 Antonio Auro da Silva Médico Veterinário Fiscal Federal Agropecuário SISA/SFA/PI X ENEL –

Normas de Produção e Qualidade do Leite IN 51/2002 e 62/2011

Antonio Auro da SilvaMédico Veterinário

Fiscal Federal AgropecuárioSISA/SFA/PI

X ENEL – Encontro Nordestino do setor de Leite e Derivados 2012

Imperatriz-MA

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CONDIÇÕES DE ORDENHA

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INSTALAÇÕES

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BEBEDOURO

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LOCAL DE GUARDA

DE LATÕES

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SUJIDADES DO LEITE

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SUJIDADES NO LEITE

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ENTREGA

DO LEITE

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Histórico do PNMQL no BrasilData Fato Detalhes

1997 Proposta do PNMQL - MAPA,

EMBRAPA e Universidades.

Sugestões do uso de programas de auto-controle na

produção, coleta, processamento, distribuição e consumo.

1998 Criação do Conselho Brasileiro da

Qualidade do Leite – CBQL

Criado com o objetivo de promover pesquisa e educação

relacionadas à qualidade do leite e seus derivados.

1999 MAPA publica a consulta pública

da Portaria 56/99

RTIQs - leites A; B; C; Cru refrigerado; pasteurizado; de

cabra e coleta de leite cru refrigerado e transporte a granel.

2002 Publicação da IN 37 Institui a RBQL

2002 MAPA publica a Instrução

Normativa 51

Os RTIQs propostos na Portaria 56/99 são publicados para

vigorar a partir de julho de 2005.

2002 MAPA adquire equipamentos para

LBQL

Capacitar os laboratórios credenciados a RBQL para realizar

as análises previstas na IN 51

2005* Vigência da IN 51 nas regiões

Sudeste, Sul e Centro Oeste

Em 1º de julho de 2005

2007* Vigência da IN 51 nos Estados das

regiões Norte e Nordeste

Em 1º de julho de 2007 entrou em vigência a 1ª etapa para

atendimento de parâmetros de qualidade do leite da IN 51

2011 Instrução Normativa 62 Em 29/12/2011 – altera a IN 51

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PROTOCOLO DE AÇÕES NA ORDENHA

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• As porcentagens de produtores que se enquadrariam nas faixas estabelecidas no prazo definido para julho de 2011 eram baixas, especialmente para Contagem Bacteriana Total, sendo bastante variáveis de estado para estado.

• As faixas de produtores que se enquadram nos padrões de Células Somáticas são maiores do que as observadas para CBT, além de apresentarem menores oscilações.

• Embora o padrão de Células Somáticas não seja o principal problema, a correção desta inconformidade demanda mais tempo, mais custos e maior instrução do produtor rural, visto que se trata de sanidade da glândula mamária e que para diminuição se faz necessária a adoção de práticas corretas de manejo de ordenha, testes periódicos e tratamento adequado dos animais infectados, entre ações preventivas para diminuir a contaminação intra-rebanho.

INSTRUÇÃO NORMATIVA 51CONSIDERAÇÕES SOBRE OS DADOS DE 2008 a 2010.

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CONSIDERAÇÕES SOBRE OS DADOS 2011

• Os dados de 2011 indicam a existência de deficiências nas práticas higiênicas e de manutenção de refrigeração do leite em temperatura e tempo adequados em muitas propriedades rurais do Brasil; • Necessidade de intensificação da implantação de programas de educação continuada pelas indústriais junto aos seus fornecedores, a organização da logística de coleta do leite nas propriedades, de forma que o leite seja beneficiado no tempo máximo de 48 horas.

• Elevados valores de CCS implicam em maior perda de rendimento industrial e perda de qualidade dos produtos elaborados e especialmente com relação à segurança dos alimentos, pela presença de resíduos de medicamentos.

• Deve-se ter atenção também a este parâmetro de qualidade que, inclusive, é de mais difícil resolução do que CBT, uma vez que para isto é necessário adequar manejo de ordenha, identificar animais doentes e proceder ao tratamento adequado com descarte do leite ordenhado e demais medidas pertinentes que necessitam de orientação de médico veterinário, o que nem sempre acontece nas propriedades rurais brasileiras.

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CONSIDERAÇÕES SOBRE OS DADOS 2011

• Assim como observado nos dados referentes aos anos de 2008, 2009 e 2010, a porcentagem de produtores dentro do padrão de 750.000 cél/ml é bastante superior a porcentagem de produtores dentro do padrão para CBT, além dos resultados apresentarem menores oscilações ao longo do ano.

• Se for considerado o valor em vigor em 2011 (750.000 cél/mL), de uma maneira geral, 70 a 95% dos produtores estão com os resultados dentro do padrão.

• Porém, tendo em vista a previsão inicial de queda do padrão para 400.000 cél/ml em julho de 2011 nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste, estes índices cairiam para 30 a 50% dos produtores apenas.

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• O cadastro de produtores no SIGSIF – garantir a rastreabilidade do leite brasileiro, emitindo relatórios de qualidade do leite cru de produtores entregue nos estabelecimentos sob Inspeção Federal

Dificuldades:

• Cadastramento de produtores sem NIRF - competência do gestor estadual;Muitos assentados rurais não dispõe dos documentos exigidos (certidão do assentado, fornecida pelo INCRA ou documento do INCRA onde conste a relação dos produtores do assentamento);

• Cadastramentos errados por parte dos estabelecimentos com números inexistentes de NIRF, o que gerou quantidade considerável de lixo eletrônico no sistema.

CONSIDERAÇÕES SOBRE O CADASTRO DE PRODUTORES NO SIGSIF

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Definição de Leite – IN 62/2011

• Entende por leite, sem outra especificação, o produto oriundo da ordenha completa, ininterrupta, em condições de higiene, de vacas sadias, bem alimentadas e descansadas.

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Tabela 1 - Requisitos Físicos e Químicos

Requisitos Limites

Matéria Gorda, g /100 g Teor Original, com o mínimo de 3,0 (1)

Densidade relativa a 15/15ºC g/mL (2) 1,028 a 1,034

Acidez titulável, g ácido lático/100 mL 0,14 a 0,18

Extrato seco desengordurado, g/100g Min. 8,4

Índice Crioscópico - 0,530ºH a -0,550ºH (equiv. - 0,512ºC e a -

0,531ºC)Proteínas, g /100g mín. 2,9

Nota nº (1): é proibida a realização de padronização ou desnate na propriedade rural.Nota nº (2): dispensada a realização quando o ESD for determinado eletronicamente.

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Tab. 2. Requisitos microbiológicos, físicos, químicos, de CCS, de resíduos químicos a serem avaliados pela RB de Laboratórios de Controle da Qualidade do Leite

Índice medido (propriedade rural ou tanque comunitário)

De 01.07.08 até 31.12.11 S/SE/CODe 01.07.10 até 31.12.12 N/NE

De 01.01.12 até 30.06.14 S/SE/CODe 01.01.13 até 30.06.15 N/NE

De 01.07.14 até 30.06.16 S/SE/CODe 01.07.15 até 30.06.17 N/NE

A partir de julho 2016

A partir de julho 2017

CPP em UFC/ml (mínimo de 1 análise mensal, com Média Geom. 3 meses)

Máx. 750.000 Máx. 600.000 Máx. 300.000 Máx. 100.000

CCS em CS/ml (mínimo de 1 análise mensal, com Méd. Geom. 3 meses)

Máx. 750.000 Máx. 600.000 Máx. 500.000 Máx. 400.000

Resíduos de Antibióticos: Limites máx. previstos no PNCR - MAPA. Temp. conservação do leite: máx. 7ºC propriedade rural/tanque comunitário e 10ºC no estabelecimento processador.Composição centesimal: Índices estabelecidos na Tab. 1 do presente RTIQ

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4. Aspectos Sanitários e Zootécnicos

• Controle sistemático de parasitoses e mastites;

• Controle de brucelose (Brucella abortus) e tuberculose (Mycobacterium bovis), segundo as normas e procedimentos PNCEBT Animal;

• Proibido o envio de leite:

– Em estágio colostral;

– Estejam sendo tratadas com medicamentos passíveis de eliminação pelo leite;

• Qualquer alteração no estado de saúde dos animais, capaz de modificar a qualidade sanitária do leite, implicará condenação imediata desse leite e do conjunto a ele misturado.

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8.2. Condições Higiênico-Sanitárias Específicas para a Obtenção da Matéria-Prima

• As tetas do animal: ordenhadas com prévia lavagem com água corrente - secagem com toalhas descartáveis - início imediato da ordenha - descarte dos jatos iniciais de leite em caneca de fundo escuro ou em outro recipiente específico para essa finalidade.

• Em casos de mastite ambiental, pode-se realizar a desinfecção das tetas antes da ordenha – uso de técnica e produtos desinfetantes apropriados - secagem criteriosa das tetas antes da ordenha;

• Após a ordenha – desinfetar as tetas com produtos apropriados. Os animais devem ser mantidos em pé para que o esfíncter da teta volte a se fechar. Para isso, recomenda-se oferecer alimentação no cocho após a ordenha;

• O leite deve ser coado em recipiente apropriado e refrigerado até a temperatura fixada neste Regulamento, em até 3 h (três horas);

• Limpeza do equipamento de ordenha e de refrigeração do leite deve ser feita de acordo com instruções do fabricante, usando-se material e utensílios adequados, bem como detergentes inodoros e incolores.

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9. Obrigações da Empresa

• O cadastramento de seus fornecedores em sistema próprio do MAPA e atualizá-lo sempre que necessário.

• Manter atualizado seu Programa de Coleta a Granel, no qual constem:– Nome do produtor, volume, capacidade do refrigerador, horário e frequência de

coleta;– Rota da linha granelizada, inserida em mapa de localização;– Programa de Controle de Qualidade da matéria-prima, por conjunto de

produtores e se necessário, por produtor, observando o estabelecido nos Regulamentos Técnicos;

– A empresa deve implantar um Programa de Educação Continuada dos participantes, com eficácia demonstrada pelos resultados de análises de qualidade dos seus fornecedores realizados pela RBQL.

– Para fins de rastreamento da origem do leite, fica expressamente proibida a recepção de Leite Cru Refrigerado transportado em veículo de propriedade de pessoas físicas ou jurídicas independentes ou não vinculadas formal e comprovadamente ao Programa de Coleta a Granel dos Estabelecimentos sob Serviço de Inspeção Federal (SIF) que realizem qualquer tipo de processamento industrial ao leite, incluindo-se sua simples refrigeração.

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OBRIGADO!

Antonio Auro da Silva

Fone: (86)3301-4546

e-mail: [email protected]