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Pecuaristas encontram na inseminação arficial a possibilidade de aumentar a produvidade ao mesmo tempo em que entregam um produto melhor ao mercado Conheça a área de Engenharia de Projetos e Processos da Camrey Alimentação saudável impulsiona produção de produtos orgânicos Informativo Agropecuário Ano I - edição 03 - Ago/Set - 2014 Mais qualidade à mesa e mais rentabilidade ao produtor

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Informativo Agropecuário Camrey - edição 03

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Page 1: Informativo agropecuário camrey edicao 03

Pecuaristas encontram na inseminação artificial a possibilidade de aumentar a produtividade ao mesmo tempo em que entregam um produto melhor ao mercado

Conheça a área de Engenharia de Projetos e Processos da Camrey

Alimentação saudável impulsiona produção de

produtos orgânicos

Informativo Agropecuário

Ano I - edição 03 - Ago/Set - 2014

Mais qualidade à mesa e mais rentabilidade ao produtor

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Informativo Agropecuário Camrey 3

O alto nível de produtividade, a garantia de uma pa-dronização no rebanho e a alta qualidade das carnes vêm incentivando, cada vez mais, os pecuaristas a utilizarem as técnicas de inseminação artificial em suas criações.

É sobre essa técnica, descoberta em 1784, mas que somente há 15 anos começou a se popularizar no Bra-sil, que você vai ler na matéria especial desta edição do Informativo Agropecuário Camrey. Você saberá como a IATF (inseminação artificial de tempo fixo) vem impul-sionando o crescimento do setor e qual a raça taurina teve mais de 2,94 milhões de doses de sêmen comer-cializadas em 2013.

Além da matéria especial, saiba como foi criada a ABPA, a nova entidade do setor de proteína animal do País. Na editoria Por Dentro da Camrey, você conhecerá o departamento de Engenharia de Projetos e Processos da empresa e saberá quais os passos na criação de um projeto frigorífico. Em Estiagem, confira como as altas temperaturas e escassez ou abundância de chuvas pode exercer influência nas culturas brasileiras.

Espero que gostem do resultado dessa edição do Informativo Agropecuário, que contou com a colabo-ração das empresas Engefril, TrasReal, D&D, Bumeran-gue, SZR e Atak.

Uma ótima leitura!

Luis Antonio Campos, diretor da Camrey

Melhoramento genético nos rebanhos

Sumário

ExpedienteO Informativo Agropecuário Camrey é um veículo de comunicação da Camrey, de distribuição gratuita, com tiragem de 3500 exemplares.

Jornalista ResponsávelLigya Aliberti - MTB: 55.519Multivias Comunicação

Projeto editorial Multivias Comunicação | www.multiviascom.com.br

Entrevistas e ReportagensGabriela Contieri Ferro

MarketingKátia de Lolo [email protected]

Projeto Gráfico e DiagramaçãoPaulo Escabin Contato e DistribuiçãoKátia de Lolo Guilherme

4 EntrevistaFrancisco Turra, presidente da ABPA

11 Feira Chapecó MercoAgro reúne profissionais das indústrias da carne e do leite

12 AgropecuáriaEstudo identifica “fungo do bem” nos frutos do café

15 NovidadeCamey lança novo site

16 Pessoas e GestãoVeja como definir uma boa meta

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EconomiaMercado de produtos orgânicos se expande no Brasil

Editorial

PeriodicidadeBimestral ColaboraçãoEngefril, TrasReal, D&D, Bumerangue, SZR e Atak

A Camrey promove um futuro sustentável utilizando

papel de reflorestamento.

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Por dentro da Camrey Conheça a área de Engenharia de Projetos e Processos

26

EstiagemInstabilidade climática afeta culturas

A Camrey não se responsabiliza pelo conteúdo de textos, artigos e anúncios enviados por terceiros. Anúncios são de total responsabilidade dos anunciantes. Todos os direitos são reservados.

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4 Informativo Agropecuário Camrey

Francisco Turra, ex-presidente executivo da Ubabef e, agora, presidente da ABPA, destaca a importância e os desafios da nova entidade

Nasce a maior associação de proteína animal do Brasil

Empresas e entidades das cadeias agroindustriais de aves, ovos e suínos de todo o Brasil estão comemorando a cria-ção da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), instituída a partir da fusão entre Ubabef (União Brasileira de Avicultura) e Abipecs (Associação Brasi-leira da Indústria Produtora e Exporta-dora de Carne Suína). A ABPA já nasce como a maior entidade representativa do setor de proteína animal do Brasil: são 132 associados (117 da Ubabef e 21 da Abipecs) e 13 Câmaras Setoriais. Na presidência da Associação está o ex-pre-sidente da Ubabef, Francisco Turra, com quem fizemos esta entrevista:

Por que foi criada a aBPa e como ela irá atuar no setor?

A ideia da nova entidade nasceu das empresas com produções em aves e suínos. A partir desse pedido, foi cria-do um grupo formado por associados e membros das diretorias da Ubabef e da Abipecs, que estudou, por mais de dois anos, a viabilidade dessa fusão e consultou a opinião dos associados. O objetivo foi construir uma entidade com representatividade ainda maior, que via-bilizasse sinergias e ampliasse o papel político-social das antigas associações. São cadeias com demandas similares em vários aspectos e que contam com modelos produtivos semelhantes e de-safios equivalentes. Em cada uma das 13 câmaras setoriais temáticas haverá gru-pos separados para tratar de questões inerentes a cada cadeia produtiva. O próprio modelo de gestão segue identi-dades próprias, com duas vice-presidên-cias: de aves, assumida pelo ex-diretor

de mercados da Ubabef, Ricardo Santin, e de suínos, comandada pelo ex-presi-dente da Abipecs, Rui Eduardo Salda-nha Vargas. Neste sentido, a ABPA nasce para dar mais força institucional à cadeia da proteína animal brasileira, seja no mercado interno, seja nas exportações.

quais os PrinciPais de-safios da associação?

Os desafios são muitos. Entre as metas traçadas para o mercado de aves, que hoje exporta para 155 países, está a abertura de mais 15 mercados no Brasil, e alcançar um total de cinco milhões de toneladas até 2020. Para suínos, a meta de ampliação é de dez mercados, frente aos 70 abertos hoje, atingindo US$ 2,5 milhões em receita no final da década. Temos também a meta de chegar a 150 associados.

que tiPos de ações fo-ram realizadas no Primei-ro mês de vida da aBPa e o que os agroPecuaristas Podem esPerar?

Foram várias as ações promovidas, em várias frentes. Buscamos a abertu-ra de novos mercados – como o Méxi-co e a Coréia, para a carne suína – e a expansão do comércio na China, Rússia e México, para a carne de frango. Tam-bém trabalhamos fortemente a promo-ção comercial da carne de frango, suína, ovos e material genético em diversas ações internacionais, como em feiras no Japão, na Coréia do Sul, no Méxi-co, em Singapura e outros importantes mercados. Durante a Copa do Mundo, promovemos uma série de iniciativas

Entrevista

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Informativo Agropecuário Camrey 5

“ A ABPA nasce para dar mais força institucional à cadeia da proteína animal brasileira, seja no mercado interno, seja nas exportações

focadas na ampliação da influência das marcas Brazilian Chicken, Brazilian Pork e Brazilian Egg junto ao público estran-geiro. Focamos a promoção da carne de frango e suína no mercado interno com ações especiais – com destaque às ações em redes sociais. E, entre outras ações, zelamos pela sanidade de nossa cadeia produtiva com campanhas de conscien-tização. O trabalho foi bem recebido pelo setor, o que vem fortalecendo mui-to nossa entidade.

como está o mercado de carne suína e quais as PersPectivas Para 2014?

Com a ocorrência de focos de PED (diarreia suína epidêmica), na América do Norte, a redução da oferta em di-versos países produtores como Canadá, México e Estados Unidos, e a complexa situação política entre os países da Euro-pa, Estados Unidos e Rússia, os embar-ques de carne suína seguem escassos no mercado internacional, o que tem pres-sionado os preços internacionais. Nesse contexto, mesmo com volumes meno-res, os embarques de carne suína vêm

alcançando receitas superiores às de 2013. Tanto no mercado interno, quanto no externo, a tendência é de mantermos um mercado enxuto. A “disputa” pela oferta entre os compradores estrangei-ros e nacionais podem influenciar nos preços de venda.

recente levantamento da aBPa mostrou que o volume das exPortações Brasileiras de carne de frango vem mantendo um ritmo Positivo em 2014. a que se deve esse momen-to das exPortações?

A abertura de novos mercados, a habilitação de mais plantas para a Chi-na e as importações por parte da Ve-nezuela tem influenciado este cenário. Com a autorização de mais 25 plantas para exportação à Rússia, totalizan-do 38 unidades, a expectativa é que o ritmo de crescimento se mantenha. O segundo semestre é, tradicionalmente, mais aquecido nos negócios internacio-nais, o que deverá favorecer o resulta-do positivo do ano.

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6 Informativo Agropecuário Camrey

Especial

É por esse motivo que a utilização da inseminação artificial na pecuária de corte cresce em grande escala no Brasil; para muitos criadores, a técnica é a chance para se destacar no setor

Mais qualidade e rentabilidade: quem não quer?

Quando o monge italiano Lázaro Spallazani, no ano de 1784, demons-trou pela primeira vez ser possível a fe-cundação de uma fêmea sem o contato com o macho, ele não poderia imaginar que a técnica de inseminação artificial, ali descoberta, iria revolucionar o cam-po da reprodução animal. Pois é o que, mais de duzentos anos depois, pode-mos notar, se considerarmos os expres-sivos números que você vai conferir nesta reportagem.

No Brasil, a primeira inseminação que se tem notícia aconteceu em 1940, porém comercialmente a técnica ga-nhou impulso a partir de 1970, quando surgiram as primeiras empresas espe-cializadas no ramo. Foi nos últimos 15 anos, porém, que a inseminação se po-pularizou no País. “A inseminação ar-tificial e, principalmente, a IATF (inse-minação artificial por tempo fixo) vêm

crescendo exponencialmente no Bra-sil”, destaca Lino Nogueira Rodrigues Filho, presidente da Asbia (Associação Brasileira de Inseminação Artificial). É o que provam os números: em 2011, a utilização de sêmen cresceu 23,55% em comparação ao ano anterior e, em 2013, foram produzidas 13 milhões de doses de sêmen. “Esse crescimento é devido ao alto nível de produtividade e à garantia de maior controle de padro-nização e organização no nascimento do bezerro”, afirma.

Nas próximas páginas, você verá em detalhes os fatores que levam esse segmento a crescer de forma contínua e sustentável na pecuária de corte, tor-nando-se cada vez mais uma alternativa para o sucesso dos negócios. Além dis-so, saberá as vantagens da IATF e como a técnica vem sendo disseminada entre os agropecuaristas.

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Informativo Agropecuário Camrey 7

uma raça comPletaO Brasil tem potencial para se tornar

líder mundial de IATF. Afinal, em 2012, o País alcançou um mercado 195% maior do que a Argentina em números absolu-tos de doses de sêmen de gado de corte comercializadas (7,4 milhões contra 2,5 milhões). O crescimento brasileiro tam-bém foi mais acelerado do que o argen-tino: entre 2002 e 2012, o Brasil cresceu 58% em relação à venda de doses de sê-men de raças de corte, contra 21% dos argentinos. “Por ter um rebanho grande o suficiente para oferecer produto em escala e potencial para aumentar o uso de genética nos animais, é possível que o Brasil passe a ser uma referência maior do que a Argentina no quesito carne de qualidade”, ressalta Rodrigues Filho.

Toda essa evolução nas técnicas de inseminação artificial tem acontecido principalmente pelo avanço na adapta-bilidade de raças taurinas às regiões de clima tropical. Além disso, os criadores encontraram na raça Angus as condições ideais de criação, com garantia de produ-ção e rentabilidade, além das caracterís-ticas de fertilidade, longevidade, preco-cidade, rusticidade, facilidade de parto e, em especial, qualidade da carne.

Luis Henrique Campana, da HR Agropecuária, de Pontalinda (SP), é um exemplo de produtor que teve sucesso assegurado ao optar pelo Angus. “Há 15 anos, meu irmão e eu decidimos focar

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

3.000.000

2011 2012 2013Nelore Nelore Mocho Red Angus Angus Brahman Brangus Braford Outras

nosso projeto na produção de carne com qualidade”, conta. “A decisão pelo Angus se mostrou extremamente acertada por vários motivos, todos ligados à genética e à espetacular aceitação da carne Angus pelo mercado consumidor”.

Dados divulgados no começo do ano pela Asbia retratam que a raça Angus (que soma variedades preta e verme-lha) vendeu 42,8% de todas as doses de raças de corte, enquanto a raça Nelore

MT

MS

SP

MG

GO

RS

PA

16,96%

16,69%

10,02%

9,61%

8,28%

7,66%

6,56%

24,22%OUTROSEstados

com maior participação em vendas

Evolução por raça

participou com 35,6% do mercado. Já a variedade preta da raça Angus comer-cializou sozinha mais doses que a raça Nelore e alcançou a marca histórica de 2,94 milhões de doses. “Em nossas pro-priedades, fazemos o cruzamento das raças Nelore e Angus, pois são raças complementares e seu cruzamento dá origem a animais de excelente desem-penho nas várias condições de criação no Brasil”, diz Campana.

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8 Informativo Agropecuário Camrey

A inseminação artificial possui um grande papel no melhoramento genéti-co e no aumento da produtividade do rebanho, entretanto o método tradicio-nal, com observação de cio, apresenta algumas limitações que diminuem o de-sempenho do rebanho, como falhas na detecção de cios.

Diante desse obstáculo, surgiu a IATF, impulsionando o crescimento do segmento no Brasil, já que a técnica ga-nhou popularidade e ampliou o volume de fêmeas prenhes via inseminação. Com a IATF, não é preciso identificar o período de cio, o que pode aumentar a produtividade em quatrocentas vezes por dia. “É uma excelente ferramenta para o aumento da lucratividade na pro-priedade e possui um custo-benefício favorável, pois permite uma insemina-ção programada e faz com que o produ-tor venda a arroba por um preço mais favorável”, diz Rodrigues Filho, desta-cando que a IATF permite que um touro forneça 32 mil doses de sêmen por ano.

fáBrica de Produção de Bezerros

Produtividade e qualidade O pecuarista Luis Henrique Cam-

pana, da HR Agropecuária, de Pon-talinda (SP), utiliza as técnicas de IATF desde 2004 e, hoje, possui uma equipe especializada em genética ani-mal, desenvolvendo melhoramento contínuo e buscando constantemente bezerros com características melho-res que as dos pais. “Já participamos de pistas de julgamento de animais e conquistamos o prêmio de terceiro melhor criador de Angus do Brasil e o de melhor criador do estado de São Paulo”, conta.

Desde 2010, o pecuarista come-çou a investir em touros, embriões e sêmen com foco na comercialização. A HR Agropecuária, sua empresa, possui touros para venda de sêmen no catálogo da CRV Lagoa, em Sertão-zinho (SP), uma das líderes do merca-do mundial de genética bovina, onde

estão cerca de 130 reprodutores de diferentes raças de corte e leite, re-presentando o que de melhor existe no Brasil em valor zootécnico.

Campana também utiliza as técni-cas de IATF na criação de gado para corte. As fazendas do pecuarista fo-ram planejadas para atender o siste-ma de cria ou de ciclo completo (cria, recria e engorda). Toda a produção é 100% para consumo interno, pois, em sociedade com o irmão, o pecuarista possui três boutiques de carnes, nas cidades de Fernandópolis (SP), Votu-poranga (SP) e Jales (SP). “Todos os animais, desde a inseminação até o abate, são acompanhados de perto por nossa equipe. Utilizamos uma tecnologia que realiza um ultrassom na carcaça do animal e nos fornece em detalhes o peso, a gordura e ou-tros aspectos. Dessa forma, podemos

estabelecer o tipo e a quantidade de ração e saber quantos dias os animais levarão para atingir o peso ideal para o abate”, explica.

A utilização da IATF na criação de gado e cuidados com sanidade, vacinação e nutrição são muito va-lorizados no mercado. “Com o An-gus, conseguimos uma carne de alta qualidade. E outra vantagem é que um meio sangue Angus (cruzamento Nelore e Angus) leva 16 meses para ser abatido, enquanto um animal co-mum levaria 30 meses. Isso provoca um giro financeiro muito bom para o pecuarista”, destaca Campana. “Fico muito feliz em perceber que os em-presários do setor estão, cada vez mais, se profissionalizando e inves-tindo nessa técnica, porque para ter sucesso é preciso ver a pecuária como um negócio”.

Luis Henrique Campana mostra os bezerros meio sangue Angus que nasceram por meio da inseminação artificial

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Informativo Agropecuário Camrey 9

Vantagens da IATF• Diminui o desperdício de sêmen, materiais e mão de obra; • Permite a utilização de sêmen de raças importadas em cruzamen-tos, que promovem a melhoria da qualidade da carne (Angus x Nelo-re) e do leite (Holandes x Gir);• Diminui o descarte e o custo de reposição de matrizes no rebanho;• Melhora o manejo das pastagens;• Promove a homogeneidade de bezerros;• Permite o controle zootécnico do rebanho;• Aumenta o número de descen-dentes de um reprodutor;• Provoca a homogeneização da carcaça, o que garante ganho de produtividade nos frigoríficos;• Produz carne de excelente sabor, principalmente devido ao marmoreio – gordura entre as fibras –, maciez e acabamento uniforme de gordura.

CapacitaçãoA Embrapa Cerrados, em Brasília (DF), desenvolve

trabalhos de melhoramento genético utilizando de for-ma maciça a técnica de inseminação artificial, especial-mente a técnica de IATF. “Durante todo o ano, expomos os produtos desta produção animal em leilões e eventos, enfatizando a necessidade da utilização de sêmen de touros provados por meio da inseminação artificial para garantir o real melhoramento do rebanho”, diz Carlos Frederico Martins, pesquisador da Embrapa Cerrados na área de reprodução animal.

Com o intuito de capacitar os produtores com as técni-cas de inseminação artificial, a instituição criou, em 2008, o CTZL (Centro de Tecnologia em Raças Zebuínas Leiteiras), um campo experimental que oferece cursos com o obje-tivo de melhorar o gado de corte e leite nacional. O curso visa ensinar os participantes sobre anatomia e fisiologia do animal, importância da interação nutrição, sanidade e genética e como escolher o sêmen dos melhores touros. “Hoje o produtor pode ter sêmen de diferentes animais, inclusive de touros europeus – mais sensíveis às altas tem-peraturas de nosso país – dentro de sua fazenda e fazer o melhoramento genético do rebanho”, destaca Martins.

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Informativo Agropecuário Camrey 11

Maior ponto de encontro dos agropecuaristas da América Latina, MercoAgro 2014 amplia seu foco de atuação para apresentar novidades da indústria do leite

Vinte anos de tradição

Feira Chapecó

Com a expectativa de reunir 650 marcas ligadas às in-dústrias da carne e do leite, a MercoAgro 2014 – 10ª Feira Internacional de Negócios, Processamento e Industrializa-ção da Carne e do Leite será realizada de 09 a 12 de setem-bro, no Parque de Exposições Tancredo Neves, em Chapecó (SC). Comemorando vinte anos, a Feira, que é realizada a cada dois anos na região com maior número de frigoríficos do Brasil, se consolidou como a mais importante exposição da indústria da carne no Brasil e na América Latina. Como a evolução constante faz parte de qualquer iniciativa de su-cesso, neste ano o evento passa a incorporar também expo-sitores da indústria do leite, atendendo à demanda de mais sinergia entre todos os setores da cadeia de processamento de proteína animal.

Organizada pela BTS Informa, maior promotora de feiras de negócios no setor de alimentos da América Latina, e pro-movida pela Acic (Associação Comercial e Industrial de Cha-pecó), a Feira concentra as principais inovações tecnológi-cas do setor. Neste ano, a exposição ocupará uma área de 15 mil metros quadrados e tem a expectativa de atrair um público de 35 mil visitantes de todo o Brasil e do exterior. “Os lançamentos são atrações importantes da Feira, mas não podemos deixar de ressaltar a programação de seminá-rios, palestras e workshops, que trazem além de negócios, conhecimento aos participantes”, afirma José Danghesi, di-retor da BTS Informa.

Paralelamente à exposição, estão programados também eventos complementares, como o X Seminário Internacio-nal de Industrialização da Carne, no Hotel Lang, no dia 10 de setembro. O tema central será Inovação, Tecnologia e Competitividade na Indústria de Carnes e uma das pales-tras, ministrada por Karina Funabashi, mestre em Biologia Molecular com ênfase em Patologia Molecular pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), irá debater sobre o uso da Biologia Molecular para análise de alimentos. “A bio-logia molecular, ao ser introduzida na área alimentícia, con-tribui de forma significativa na veracidade das análises, pois as técnicas são altamente específicas. Do ponto de vista econômico, proporcionam redução do tempo de liberação da produção, maior penetração em mercados no exterior e segurança para o consumidor”, ressalta Karina.

Vista área do Parque de Exposições que recebe a MercoAgro

10ª edição da Feira comemora vinte anos do evento em 2014

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12 Informativo Agropecuário Camrey

Ingrediente mais consumido no período da manhã pelo brasileiro – e, muitas vezes, em qualquer outro perí-odo do dia! –, o café tem grande peso na economia do nosso País. Não à toa, o Brasil é o maior produtor e exportador mundial e o segundo maior consumidor desse saboroso alimento, que fascina e delicia a todos. Devido a essa importân-cia e com a proposta de desenvolver um produto mais saudável e com menos interferência no equilíbrio do meio am-biente, a Epamig (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais) desen-volveu estudo sobre a relação entre microrganismos associados aos frutos e grãos de café e a qualidade do produ-to, identificando, entre outras coisas, que, quando o fungo Cladosporium cla-dosporioides Fres. de Vries se encontra associado aos frutos de café, ainda na planta, outros microrganismos prejudi-

Pesquisa identifica mecanismo capaz de substituir o uso de produtos químicos nos cafezais

Fungo do bem nos pés de café

Agropecuária

ciais à qualidade não se desenvolvem.A pesquisadora responsável pelo es-

tudo, Sara Maria Chalfoun, explica que o café apresenta várias floradas e que apenas um percentual de 15% da produ-ção amadurece primeiro. Portanto, o res-tante permanece na planta e fica sujeito à deterioração da qualidade. “O fungo identificado em nossa pesquisa ocorre naturalmente sobre os frutos que perma-necem na planta e exerce uma ação an-tagônica sobre os demais, preservando a qualidade dos frutos do café”, afirma.

A descoberta identificou que a anti-biose, fenômeno no qual indivíduos de uma população expelem substâncias que impedem ou inibem o desenvolvi-mento de indivíduos de outra espécie, é um dos mecanismos de atuação do

12 Informativo Agropecuário Camrey

Fungo Cladosporium cladosporioides nos frutos do café

Pesquisadora manipula o fungo Clados-porium cladosporioides em laboratório

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Informativo Agropecuário Camrey 13

Números do caféA safra de 2013, de acordo

com a Conab (Companhia Na-cional de Abastecimento), foi de 49,15 milhões de sacas de 60kg de café beneficiado (38,29 mi-lhões da espécie Arábica e 10,86 milhões da espécie Conilon). As exportações chegaram a 32 mi-lhões de sacas, com faturamento de US 5,27 bilhões.

Com uma área de 2,311 mi-lhões de hectares de cafezais plantados, concentrados nos Estados de Minas Gerais (55%) e Espírito Santo (25%), a Com-panhia estima que em 2014, o País deverá colher entre 46,53 e 50,15 milhões de sacas de café.

Cladosporium cladosporioides. “O fungo impede o desenvolvimento de outros microrganismos pela capacidade de pa-rasitá-los e de produzir metabólitos tó-xicos. Além disso, o ‘fungo do bem’ não promove fermentações típicas de outros fungos que prejudicam a qualidade final do produto”, explica Sara.

A pesquisadora acrescenta que, de 1,4 mil fungicidas – produtos que destroem fungos - registrados no País, apenas 16 são biológicos (1,1% do to-tal de defensivos). “O Cladosporium cladosporioides surge como uma nova alternativa de tratamento, pois não existe produto similar, com possibilida-de de proteger continuamente a quali-dade do café”, diz.

Outra constatação da pesquisa foi a de que as plantações que recebiam tratamentos fitossanitários – uso de defensivos agrícolas no combate de pragas – tinham a incidência do “fungo do bem” drasticamente reduzida. “Sen-timos a necessidade de desenvolver uma formulação contendo o fungo, vi-sando reintroduzi-lo ou equilibrar a sua população nas áreas cafeeiras”, diz Sara. A equipe então trabalhou no desenvol-vimento e teste de formulações com o fungo, prolongando a vida do microor-

Informativo Agropecuário Camrey 13

ganismo sob condições de armazena-mento e estabelecimento no campo. Como resultado, obteve duas formula-ções, uma em pó e outra líquida.

Sara explica que o RET (Registro Tem-porário) para a formulação em pó já foi obtido junto aos órgãos competentes. Os titulares da patente do produto são a Epamig, a UFLA (Universidade Federal de Lavras) e a Fapemig (Fundação de Amparo à Pesquisa do estado de Minas Gerais), empresas parceiras na pesqui-sa. A negociação, que se encontra em tramitação, será sob a forma de licen-ciamento e o produto estará disponível a partir da obtenção do registro defini-tivo junto aos órgãos competentes. “Po-rém, mesmo antes do lançamento do produto, já estamos orientando os pro-dutores quanto aos meios de preservar e aumentar o fungo no campo, onde ele ocorre naturalmente”, ressalta Sara.

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14 Informativo Agropecuário Camrey

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Informativo Agropecuário Camrey 15

Novidade

Mais do que um novo design e novas seções, o site da Camrey recém-lançado conta com nova dinâmica no relaciona-mento com os principais públicos da marca. A principal mudança consiste na oferta de conteúdo relevante, como se pode ver na área de apresentação dos equipamentos, que detalha os serviços que a empresa oferece aos frigoríficos de bovinos, suínos, aves e pescados, e na seção de mídia, com muita informação de interesse para quem atua no setor.

A funcionalidade do site também é ponto de destaque. Na página inicial (home), por exemplo, há um campo de busca, que permite que os internau-tas acessem diretamente a página do equipamento que estão pesquisando. Ainda na home, é possível selecionar a categoria de produto e visualizar toda a linha de equipamentos para o pro-cessamento do animal em questão. A nova plataforma também traz melho-rias na parte visual. As imagens apa-

Essas são as palavras-chave que nortearam o desenvolvimento do novo site da Camrey; lançamento é mais um passo no sentido de fortalecer o relacionamento da marca com clientes, parceiros e prospects

Funcionalidade e relevância

recem maiores e no formato galeria, o que facilita a visualização das caracte-rísticas dos produtos. “O novo site traz simplicidade e rapidez no acesso às informações dos produtos e da empre-sa, refletindo, assim, nosso apreço por uma comunicação eficiente e por inova-ções tecnológicas”, afirma a analista de marketing da Camrey, Kátia Guilherme.

O site traz também novos canais de relacionamento. Na aba Mídia, os clien-tes têm acesso às edições do Informati-vo Agropecuário Camrey – revista sobre o setor agropecuário produzida pela empresa – e também às campanhas pu-blicitárias e matérias que dão destaque à Camrey e ao segmento de frigorífico. “Com conteúdo exclusivo, oferecemos informações e dicas sobre o uso ade-quado dos equipamentos e sobre as principais novidades do setor. Dessa forma, nos fortalecemos enquanto em-presa especializada no segmento”, res-salta a analista de marketing.www.camrey.com.br

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16 Informativo Agropecuário Camrey

Especialistas dão dicas para que você faça das metas uma ferramenta para direcionar as ações da empresa e medir o sucesso do negócio

Metas: como e para quê?Ao construir uma casa, todos se

preocupam com o planejamento da obra: escolha do local e dos profissio-nais, detalhamento do orçamento e elaboração do projeto – tudo isso an-tes de a construção ser iniciada. Da mesma forma, no mundo corporativo, é preciso fazer planejamentos e criar metas antes e, principalmente, no de-correr de cada ação.

A definição de metas permite que os profissionais desenhem um cami-nho para o crescimento e, consequen-temente, para o sucesso. Quanto mais clara e objetiva for a meta, mais claro e demarcado é o caminho. “Muitas empresas são extremamente prejudi-cadas por não terem metas objetivas ou mesmo por não terem uma meta. É comum vermos empresas andando

em círculos, esperando por um milagre para chegarem ao destino desejado”, afirma Sergio Ricardo Rocha, coaching em vendas e instrutor da Abracoaching (Academia Brasileira de Coaching).

Uma boa meta deve ser específica, detalhada e possuir um tempo máximo para conclusão. Os detalhes de como concluir cada passo da meta devem re-ceber a mesma atenção, pois apenas de-finir uma meta não gera organização e nem resultados. “Algumas organizações criam uma meta geral para a empresa e outras metas menores para cada de-partamento, todas convergindo para o mesmo caminho. Essas metas menores também devem possuir subpassos bem elaborados, detalhados e anotados por escrito, pois é muito comum esquecer o ‘óbvio’, diz Rocha.

Pessoas e Gestão

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Informativo Agropecuário Camrey 17

A melhor forma de definir uma meta O aumento da concorrência, a disputa por clientes e a ineficácia de ações e decisões impensadas obrigou as empresas a

refinarem processos antes dispensáveis, como a boa definição de metas. O consultor Bruno Juliani, organizador do primeiro Conacoaching (Congresso Nacional de Coaching), no Brasil, ensina uma forma fácil e muito útil para empreendedores poderem criar metas em seus negócios: a sigla SMART (palavra em inglês que significa esperto, inteligente).

Passos para alcançar os resultados almejados• Realizar reuniões com os colaboradores, informar o planejamen-to e pedir a opinião de todos é essencial para a clareza das ações;• Fazer um balanço dos resultados alcançados a cada duas se-manas e responder a seguinte pergunta: “Alcançaremos o re-sultado final nesse ritmo?”;• Manter avisos e lembretes em lugares visíveis, como na mesa de trabalho, no quadro de anotações, no desktop do computador etc.;

• Criar um processo de bonificação e de valorização para a conclusão da meta pode ajudar no comprometimento da equipe;• Comemorar cada passo alcançado. Promover um café da manhã ou café da tarde para os colaboradores, enfei-tar o ambiente com bexigas ou colocar músicas no am-biente de trabalho servem para descontrair e promover o sentimento de comprometimento e motivação da equipe.

Especificar a meta nos mínimos detalhes: descrever números, pessoas, faturamento, porcentagens, lucrati-

vidade, valor de vendas, percentuais de clientes etc.; SMARTTer prazo: é fundamental definir uma data exata

para alcançar a meta.

Mensurável: utilizar planilhas, sistemas financeiros, indicadores e pesquisa de mercado para codificar a meta e saber se ela está na direção certa;

Alcançável: sair da zona de conforto e colocar em prática ações que têm como objetivo principal alcançar

as metas. Por exemplo, fazer investimentos, reduzir custos, contratar pessoas etc.;

Relevância: quais são as razões e as motivações para se alcançar determinada meta? A meta precisa ter os “porquês” muito bem definidos;

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Por Dentro da Camrey

Atuação da Camrey não se limita à venda de produtos; com o departamento de Engenharia de Projetos e Processos, empresa ajuda o cliente a projetar o frigorífico e a tirar ideia do papel

Equipamento é só

o começo

20 Informativo Agropecuário Camrey

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Informativo Agropecuário Camrey 21

Gerir empreendimentos e criar plantas no ramo frigorí-fico requer conhecimento, experiência e muita inovação. So-mente um departamento de Engenharia de Projetos e Proces-sos com essas características pode levar um empreendimento ao sucesso, trazendo vantagens competitivas para a empresa-cliente e redução de custos e prazos.

Com esse posicionamento, a Camrey criou, há um ano, esse setor, desenvolvendo projetos de design industrial e operacional para criação,

adequação e ampliação de frigoríficos e abatedouros de bovinos e suínos. “Para o planejamento de uma planta frigorífica, é necessário entender as

necessidades do cliente e estar a par de todos os aspectos de segurança ambiental, pessoal e patrimonial”, destaca o diretor da Camrey, Luis Antonio

Campos. “Por isso, desde o início, uma de nossas preocupações foi seguir os padrões e normas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e

também do Meio Ambiente”.O departamento conta com equipe que acompanha o projeto desde quan-

do o frigorífico está apenas no papel. “Fazemos visitas para conhecer o local onde se pretende construir o frigorífico para saber se o terreno atende às normas

de regulamentação e identificar com o empreendedor a quantidade e o tipo de animal que será abatido, entre outros fatores”, afirma.

o ProcessoPara que todo o processo seja condizente com as necessidades do cliente e aten-

da às leis e normas, a Camrey desenvolveu um fluxo que é seguido por toda a equipe do departamento de Engenharia de Projetos e Processos.

1º - Visita ao local da construção ou reforma para avaliar questões sobre terreno, meio ambiente e entender quais as características do frigorífico. Caso o cliente não pos-

sua um terreno, a Camrey faz um estudo sobre a localidade de interesse, verificando a logística e a disponibilidade de matéria-prima;

2º - Criação de layout com informações técnicas sobre o terreno e envio desse mate-rial para a aprovação do Ministério do Meio Ambiente;

3º - Com a aprovação, o terceiro passo é a criação da planta frigorífica, que irá conter todas as informações de medida, elétrica, refrigeração, equipamento e automação;

4º - Envio do projeto do frigorífico para aprovação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;

5º - Com o projeto aprovado, é iniciada a construção do frigorífico – que é de responsabilidade do cliente – e fabricação dos equipamentos. Posteriormen-

te, é feita a instalação pela equipe da Camrey. Durante todo esse processo, a Camrey acompanha cada etapa da obra e oferece todo o suporte necessário.

Segurança em sistemas frigoríficosO Brasil possui, desde 2010, uma norma da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) relacionada à segurança e à ope-ração em sistemas frigoríficos. O texto da NBR 16069 enaltece a importância do projetista, definindo suas responsabilidades e atri-buições no projeto, desde sua idealização até a operação. Confira quais são as principais exigências no quesito segurança:

Segurança Ambiental:• utilização de fluidos frigoríficos que não agridam o meio ambiente;• utilização de detectores de gases para a redução de vazamentos;• redução do inventário de fluido frigorífico para diminuir os riscos de acidentes.

Segurança Pessoal:• treinamento de operadores e usuários;• utilização de EPI (equipamentos de proteção individu-al) e EPC (equipamento de proteção coletivo).

Segurança Patrimonial:• normas sobre materiais para a fabricação dos equi-pamentos;• procedimentos de ensaios e testes;• uso de dispositivos de proteção para evitar avarias dos equipamentos.

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Confira como altas temperaturas e escassez ou abundância de chuvas irão afetar a agropecuária brasileira nos próximos anos

Impacto climático

As temperaturas acima da média deste verão, assim como a falta ou o excesso de chuvas em algumas regiões do Brasil, estão sendo apontados por especialistas em clima como as primei-ras manifestações de um processo de instabilidade climática que poderá se intensificar nas próximas décadas.

Estações meteorológicas do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), instaladas no país desde 1961, mostram que houve uma maior frequência de temperaturas máximas registradas por vários dias no trimestre janeiro-feverei-ro-março de 2014. “Associando isso à falta de chuva na maior parte do País,

tivemos um verão caracterizado como o mais quente e seco”, afirma a meteoro-logista do Inmet, Andrea Ramos.

Na região Sudeste foram registra-dos os maiores desvios de temperatu-ra. No dia 4 de janeiro, por exemplo, a sensação térmica na cidade do Rio de Janeiro chegou a 57ºC. “As temperatu-ras máximas excederam à climatologia principalmente no Sul e Sudeste, fato observado nos sucessivos recordes de temperatura registrados nas principais cidades brasileiras, principalmente em São Paulo, que teve o mês de feverei-ro como o mais quente do período de 1961 a 2014”, diz Andrea.

Estiagem

CAfé: é a cultura que mais sofrerá com as mudanças climáticas. Se hoje os prin-cipais produtores são Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo, no futuro a produção poderá migrar para Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

CAnA de AçúCAr: com o aumento das temperaturas, a área apta ao plan-tio deve dobrar. O Rio Grande do Sul pode se transformar em uma região de potencial produção e locais do Centro-Oeste podem sofrer reduções.

nova geografiaO estudo Aquecimento

Global e a nova geografia da produção agrícola no Brasil, elaborado pela Em-brapa Agropecuária e pelo Cepagri/Unicamp (Centro de Pesquisas Meteorológi-cas e Climáticas Aplicadas à Agricultura, da Universida-de Estadual de Campinas) em 2008 e atualizado em 2013, demonstrou que a atual configuração geográ-fica da produção agrícola brasileira poderá ser bem diferente em 2100. Confi-ra como algumas culturas sofrerão ou serão benefi-ciadas com os episódios de instabilidades climáticas, que deverão ser cada vez mais comuns no Brasil nas próximas décadas.

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feijão: a perda mais significativa de produção será no Nordeste, em espe-cial no Agreste e no sul do Maranhão e do Piauí e no oeste da Bahia.

Arroz: a cultura deve acentuar, no próximos anos, um movimento que já vem ocorrendo hoje de migração para o centro-norte do Mato Grosso em busca de condições mais favorá-veis de distribuição de chuvas e deve se concentrar também nas regiões Sul e Sudeste.

SojA: até 2070, a área de plantio pode ser reduzida a 60% da existen-te hoje, em decorrência do aumento da deficiência hídrica. A região Sul e o Cerrado nordestino serão as áreas mais afetadas.

Milho: O Agreste nordestino, hoje responsável pela maior parte da pro-dução regional, sofrerá uma forte redução da área de plantio. O aque-cimento deve provocar uma queda em torno de R$ 1,2 bilhão no valor da produção em 2020.

PAStAgenS: um aumento de tem-peratura pode causar a perda de até 25% da capacidade de pastoreio para bovino de corte, o que equivale a um aumento de custo de produção de 20% a 45%.

MAndioCA: as mudanças climáticas podem ser consideradas benéficas para a cultura a longo prazo, pois a área do país apta ao seu cultivo deve aumentar, elevando também o valor da produção.

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Ter uma alimentação mais saudável é o de-sejo de grande parte da população brasileira, que, cada vez mais, vem se preocupando em inserir frutas, legumes e verduras nas refei-ções diárias. Esse crescente interesse popular e o aumento no consumo desse tipo de ali-mento impulsionaram a produção de produ-tos orgânicos no País, ou seja, cultivados sem o uso de agrotóxicos e fertilizantes.

O Cadastro Nacional de Produtores Or-gânicos, do Ministério da Agricultura, lista a existência de mais de 7.500 agricultores orgânicos individuais certificados no Brasil. Segundo o IBD (Instituto Biodinâmico) – a maior certificadora da América Latina e a única certificadora brasileira de produtos orgânicos –, é possível que o Brasil já tenha mais de 700 mil hectares em produção or-gânica. “As perspectivas de crescimento no País são muito boas, principalmente entre os produtores de pequeno e médio porte, que representam 95% desse setor”, afirma o diretor executivo do IBD, Alexandre Harkaly.

Dados divulgados no final de 2013 pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário apon-tam que o mercado de produtos orgânicos se expande de 15% a 20% ao ano. Além disso, mostra que cerca de 60% da produção orgâni-ca do País é destinada à exportação, 30% dos orgânicos são vendidos no mercado brasileiro e os outros 10% são para consumo do próprio produtor. “Estima-se que as vendas com orgâ-nicos no Brasil atinjam dois bilhões de reais em 2014. Para se ter uma ideia do potencial des-se setor, hoje já existem mais de 160 feiras de produtos orgânicos no País”, destaca Harkaly.

Vendas de produtos orgânicos brasileiros devem atingir dois bilhões de reais em 2014

Alimentos orgânicos ganham o Brasil

Economia

garantia ao consumidorDe um modo geral, a produção orgânica

certificada exige a conservação do solo, a biodiversidade da fazenda e proíbe o uso de agrotóxicos e produtos químicos. “O produto orgânico deve provir de unidades de produ-ção que respeitem todas as normas, além de estar registrado nos órgãos oficiais compe-tentes”, explica o diretor executivo do IBD.

Alexandre Harkaly também ressalta alguns atrativos desse tipo de alimento. “É um produ-to de alto valor nutricional e de alta segurança alimentar porque tem rastreabilidade em toda a cadeia, desde a semente até o produto final”.

No Brasil, o produto orgânico deve trazer em sua embalagem um ou dois selos, que cer-tificam que o alimento tem procedência orgâni-ca. O selo obrigatório é o nacional, que só pode constar na embalagem depois que o produto for certificado pelo Ministério da Agricultura. O outro selo, facultativo, é o da certificadora e indica que o produto é obtido de acordo com as normas da agricultura orgânica. “Se não houvesse a certificação, qualquer um poderia colo-car o nome de orgânico, como ocorre hoje com os produtos auto deno-minados ‘naturais’, que não são regulamentados por lei e nem certifica-dos”, avalia Harkalay.

Países com mais terras dedicadas à agricultura orgânica1º - Austrália: 12 milhões de hectares;2º - Argentina: 3,6 milhões de hectares;3º - estados Unidos: 2,1 milhões de hectares;4º - China: 1,9 milhões e hectares;

5º - espanha: 1,6 milhões de hectares;6º - itália: 1,1 milhões de hectares;7º - Alemanha: 1 milhão de hectares;8º - frança: 1 milhão de hectares;9º - Canadá: 833 mil hectares;10º - Brasil: 705 mil hectares.

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Fonte: Levantamento da Federação Internacional de Agricultura Orgânica

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