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s Relatório de Gestão de Riscos e Capital 2ºTri2018

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Relatório de Gestão de Riscos e Capital

2ºTri2018

1

Sumário

A. Introdução .......................................................................................................................................................................3

B. Escopo de Consolidação e Comparação dos Balanços ......................................................................................................4

C. Governança Interna .........................................................................................................................................................7

1. Comitês ...............................................................................................................................................................................7

2. Estrutura Organizacional ....................................................................................................................................................9

3. Políticas, Normas, Procedimentos e Manuais ...................................................................................................................10

4. Fluxo Estruturado de Informações ....................................................................................................................................10 D. Gerenciamento de capital ............................................................................................................................................. 11

1. Suficiência de Capital (visão Regulatória) .........................................................................................................................11 1.1 Basileia III ..................................................................................................................................................................12

1.2 Capital Disponível (Patrimônio de Referência, Capital Nível I e Capital Principal) ...................................................12

1.3 Ativos Ponderados pelo Risco ..................................................................................................................................13

1.3.1 Ativos Ponderados de Risco de Crédito (RWACPAD) ..............................................................................................14

1.3.2 Ativos Ponderados de Risco de Mercado (RWAMPAD) ...........................................................................................14

1.3.3 Ativos Ponderados de Risco Operacional (RWAOPAD) ...........................................................................................15

1.3.4 Análise da Suficiência de Capital (Visão Regulatória) ..........................................................................................15

2. Razão de Alavancagem .....................................................................................................................................................18

3. Processo Interno de Avaliação da Adequação de Capital – ICAAP ....................................................................................18 E. Gerenciamento de Riscos .............................................................................................................................................. 19

1. Risco de Crédito .................................................................................................................................................................19 1.1 Definição...................................................................................................................................................................19

1.2 Princípios Básicos .....................................................................................................................................................19

1.3 Áreas Envolvidas .......................................................................................................................................................20

1.4 Gestão do Risco de Crédito ......................................................................................................................................21

1.4.1 Exposição Total e Média no Trimestre .................................................................................................................21

1.4.2 Exposição por Países e Região Geográfica ...........................................................................................................22

1.4.3 Exposição por Setor Econômico ...........................................................................................................................22

2.1.1 Concentração de Crédito .....................................................................................................................................23

2.1.2 Prazo a decorrer das operações ...........................................................................................................................24

2.1.3 Operações em Atraso ...........................................................................................................................................24

2.1.4 Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa ....................................................................................................25

2.2 Mitigação de Risco de Crédito ..................................................................................................................................25

2.3 Risco de Crédito da Contraparte ..............................................................................................................................27

2.3.1 Gestão do Risco de Crédito da Contraparte.........................................................................................................27

2.3.2 Derivativos de Crédito..........................................................................................................................................28

2.4 Aquisição, venda e transferência de ativos financeiros ...........................................................................................28

2.4.1 Exposições Cedidas ..............................................................................................................................................28

2.4.2 Exposições Adquiridas..........................................................................................................................................29

2.5 Securitização ............................................................................................................................................................29

2. Risco de Mercado ..............................................................................................................................................................31 2.1 Definição...................................................................................................................................................................31

2.2 Princípios Básicos .....................................................................................................................................................31

2.3 Áreas Envolvidas .......................................................................................................................................................31

2.4 Gestão do Risco de Mercado ....................................................................................................................................32

2.4.1 Segregação das Carteiras .....................................................................................................................................32

2.4.2 Medidas e Limites de Risco para Gestão e Controle ............................................................................................32

2

2.4.3 Metodologia de Mensuração de Risco .................................................................................................................33

2.4.4 Sistemas de Mensuração e Processo de Comunicação .......................................................................................34

2.4.5 Comunicação de Extrapolação de Limites e Desenquadramento de Operações ................................................34

2.4.6 Perfil da Carteira de Instrumentos Derivativos ....................................................................................................35

2.4.7 Análises de Sensibilidade .....................................................................................................................................36

3. Risco de Liquidez ...............................................................................................................................................................38 3.1 Definição...................................................................................................................................................................38

3.2 Princípios Básicos .....................................................................................................................................................38

3.3 Governança e Controle .............................................................................................................................................38

3.4 Áreas Envolvidas .......................................................................................................................................................39

3.5 Gestão do Risco de Liquidez .....................................................................................................................................39

3.5.1 Medidas e Limites de Risco para Gestão e Controle ............................................................................................39

3.5.2 Sistemas de Mensuração e Processo de Comunicação .......................................................................................41

3.5.3 Comunicação de Extrapolação de Limites e Plano de Contingência ....................................................................41

4. Risco Operacional ..............................................................................................................................................................42 4.1 Definição...................................................................................................................................................................42

4.2 Princípios Básicos .....................................................................................................................................................42

4.3 Áreas Envolvidas .......................................................................................................................................................42

4.4 Gestão do Risco Operacional ....................................................................................................................................43

4.4.1 Sistema de Mensuração e Processo de Comunicação .........................................................................................43

4.4.2 Perdas Operacionais por Categoria de Risco .......................................................................................................43

4.5 Gerenciamento de Continuidade de Negócios.........................................................................................................43

5. Risco Socioambiental ........................................................................................................................................................44

6. Risco de Participações Societárias.....................................................................................................................................45

7. Outros Riscos .....................................................................................................................................................................46 7.1 Risco de Reputação ..................................................................................................................................................46

7.2 Risco de Estratégia ...................................................................................................................................................46

7.3 Risco de Underwriting ..............................................................................................................................................46

7.4 Risco de Modelos .....................................................................................................................................................46

7.5 Risco de Conformidade ............................................................................................................................................46

F. Anexos .......................................................................................................................................................................... 48

1. Composição do Patrimônio de Referência (PR) – Anexo 1 ................................................................................................48

2. Principais Características dos Instrumentos do PR – Anexo 2 ...........................................................................................51

3. Modelo Comum de Divulgação de informações sobre a Razão de Alavancagem – Anexo 3 ............................................52

4. Informações sobre o indicador Liquidez de Curto Prazo (LCR) – Anexo 4..........................................................................53 G. Glossário ....................................................................................................................................................................... 54

3

A. Introdução

Este documento apresenta informações referentes à gestão de riscos, à apuração do montante dos ativos ponderados pelo risco (RWA 1 ) e à adequação do Patrimônio de Referência (PR) do Consolidado Prudencial do Banco Votorantim, em consonância com as exigências do Banco Central do Brasil (Bacen), por meio das Circulares nº 3.678 e nº 3.716, e em linha com o Pilar 3 das regras do Acordo de Basiléia.

Conforme Resolução nº 4.557 do Conselho Monetário Nacional (CMN), a Instituição dispõe de estruturas e políticas institucionais para o gerenciamento do risco operacional, risco de mercado, risco de crédito, risco de liquidez e gestão de capital aprovados pelo Conselho de Administração. Os princípios básicos observados na gestão e controle foram estabelecidos de acordo com a regulamentação vigente e práticas de mercado, conforme detalhado nos capítulos específicos sobre cada um destes temas apresentados no presente relatório.

A Instituição também dispõe de política formal de divulgação de informações sobre a gestão de riscos e capital aprovada pelo Conselho de Administração, conforme disposto no Art. 12 da Resolução nº 4.193 do CMN. Adicionalmente, conforme a Circular nº 3.678 do Bacen, as informações contidas neste relatório são de responsabilidade do Diretor indicado nos termos do art. 14 da Resolução nº 4.193.

O Banco Votorantim dispõe de portfólio de produtos e serviços, internamente classificados em Atacado e Varejo. No Atacado o Banco tem por objetivo crescer em empresas com faturamento anual entre R$ 300 milhões e R$ 1,5 bilhão, e para empresas com faturamento acima deste valor, o foco é rentabilizar o capital. No Varejo, o Banco é um dos líderes de mercado no financiamento ao consumo, com foco no negócio de veículos, além de relevantes posições em outros negócios complementares como cartões de crédito, corretagem de seguros e empréstimos consignados.

A seguir é apresentado um resumo dos principais indicadores de suficiência de capital na Visão Regulatória para data-base junho de 2018.

1 Risk weighted assets

A Instituição encerrou jun-18 com um Patrimônio de Referência (PR) de R$ 9,6 bilhões, apresentando aumento de R$ 109 milhões (1,2%) em relação ao trimestre anterior, devido principalmente ao aumento de Capital Complementar. O total do Capital de Nível I encerrou jun-18 em R$ 7,6 bilhões (que representa 79,7% do total do PR).

O total de Ativos Ponderados pelo Risco (RWA) encerou o período com aproximadamente R$ 59,8 bilhões, aumento de R$ 2,6 bilhões em relação ao trimestre anterior (4,6%), impactado principalmente pelo aumento do Risco de Crédito (RWACPAD) e Risco de Mercado (RWAMPAD).

Patrimônio de Referência (PR) (a) 9.576

Capita l Nível I (b) 7.633

Capital Principal (c) 6.476

Capital Complementar 1.157

Capita l Nível I I 1.944

Total de Ativos Ponderados por Risco (RWA) (d) 59.784

Risco de Crédito (RWACPAD) 51.819

Risco de Mercado (RWAMPAD) 2.326

Risco Operacional (RWAOPAD) 5.640

Capital Exigido (e) 5.156

Margem do PR em relação ao Capital Exigido (a - e) 4.420

RBAN (f) 383

Margem do PR em relação ao Capital Exigido c/

RBAN (a - e - f)4.037

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Análise da Suficiência de Capital na Visão

Regulatóriajun-18

O Índice de Basileia encerrou jun-18 em 16,0%, apresentando uma margem de capital de R$ 4,0 bilhões, calculada pela diferença entre o Patrimônio de Referência (PR) e o Capital Exigido (incluindo RBAN). Já a Razão de Alavancagem encerrou o período em 6,6%.

IB - Índice de Bas i léia (a / d) 16,0%

IN1 - Índice de Capita l Nível I (b / d) 12,8%

ICP - Índice de Capita l Principal (c / d) 10,8%

RA - Razão de Alavancagem 6,6%

Índices jun-18

Consolidado Prudencial

As informações detalhadas estão descritas no relatório, nos anexos e nas planilhas de apoio às tabelas disponíveis no site de Relações com Investidores em: www.bancovotorantim.com.br/ri

4

B. Escopo de Consolidação e Comparação dos Balanços

A gestão de riscos e de capital é realizada para o consolidado prudencial seguindo as recomendações publicadas pelo Bacen.

Neste contexto, a tabela abaixo apresenta as empresas que integram o Balanço Patrimonial Consolidado (publicado no relatório “Demonstrações Contábeis Completas” disponível no site de Relações com Investidores) e o Balanço Regulatório (Conglomerado Prudencial – documento 4060 do Bacen), utilizado na apuração do Índice de Basileia.

Ativo TotalPatrimônio

Líquido

Banco Votorantim S/A. Banco Múltiplo. 92.340 9.349 ✓   ✓  

BV Financeira S.A. – Crédito,

Financiamento e Investimento.

Sociedade de crédito,

financiamento e investimento.40.356 905 ✓   ✓  

BV Leas ing – Arrendamento

Mercanti l S/A.

Sociedade de arrendamento

mercanti l .7.984 1.017 ✓   ✓  

Votorantim Asset Management

Dis tribuidora de Títulos e

Valores Mobi l iários LTDA.

Sociedade dis tribuidora de TVM. 534 376 ✓   ✓  

FIP BVIAFundo de Investimentos e

Participações .1.069 1.069 ✓   ✓  

Votorantim Expertise

Fundo de Investimentos

Multimercado Crédito Privado

Investimento no Exterior

1.212 148 ✓   ✓  

Valores em R$ milhões.

Empresa Segmento de Atuação

Balanço

Patrimonial

Consolidado

Balanço

Regulatório

jun-18

Nota: O Banco Votorantim Securities Inc. foi extinto em 28 de dezembro de 2017, a Votorantim Securities (UK) Limited teve suas

atividades encerradas em 31 de dezembro de 2017 e a incorporaração da Votorantim – Corretora de Títulos e Valores Mobiliários LTDA

pela VAM DTVM ocorreu em 31 Janeiro de 2018.

A seguir apresenta-se o comparativo entre o Balanço Patrimonial Consolidado e o Balanço Regulatório, cujo principal objetivo

é destacar os elementos patrimoniais que compõe a apuração do Patrimônio de Referência (PR), conforme as regras

estabelecidas pela Resolução nº 4.192 do Conselho Monetário Nacional (CMN), sendo que o capítulo F (Anexo 1) divulga a

composição do PR por meio de modelo padronizado disponibilizado pela Circular nº 3.678 do Bacen.

5

Ativo – Comparativo entre Balanço Patrimonial Consolidado Publicado (Documento 4040) e Balanço Regulatório da data-

base em referência.

Ativo

Balanço

Patrimonial

Consolidado

Balanço

Regulatório 1Diferenças Justificativa

Ref.

Anexo 1

1. Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo 96.750 94.930 (1.820)

1.1.Disponibilidades 92 92 (0)

1.2. Aplicações interfinanceiras de liquidez 20.658 20.101 (557) Eliminação operações entre ligadas

1.3. TVM e Derivativos 19.959 18.769 (1.190) Eliminação operações entre ligadas

1.4. Relações Interfinanceiras 1.297 1.297 0

1.5. Relações Interdependências - - -

1.6. Operações de Crédito 41.903 41.903 0

1.7. Operações de Arrendamento Mercantil 240 - (240) Reclassificação de imobilizado de

arrendamento

1.8. Outros créditos 12.412 12.579 167

1.8.1. Créditos por Avais e Fianças - - -

1.8.2.Carteira de Câmbio 1.320 1.320 0

1.8.3. Rendas a Receber 90 90 (0)

1.8.4. Negociação e Intermediação de Valores 104 104 0

1.8.5. Outros Créditos - Diversos 11.674 11.840 166

1.8.5.1. Diversos 4.632 4.657 25

1.8.5.2. Crédito Tributário de Prejuízo Fiscal e

Base Negativa1.114 1.114 - d

1.8.5.3. Crédito Tributário de Diferenças

Temporárias (exceto PCLD)1.914 2.055 141 f

1.8.5.4. Crédito Tributário de Diferenças

Temporárias de PCLD4.014 4.014 -

1.8.6. Outros Créditos - PCLD (775) (775) -

1.9. Outros Valores e Bens 189 189 -

2. Permanente 1.404 2.545 1.141

2.1. Investimentos 1.092 1.993 901

2.1.1. Participações em Controladas 1.020 1.921 901 Reclassificação de investimento da BVEP

2.1.2. Outros Investimentos 72 72 -

2.2. Imobilizado de Uso 108 108 -

2.3. Imobilizado de Arrendamento - 240 240 Reclassificação de imobilizado de

arrendamento

2.4. Intangível 204 204 -

2.4.1. Ativos Intangíveis antes de out/13 - - - l

2.4.2. Ativos Intangíveis após out/13 204 204 - h

2.5. Diferido - - - g

Total 98.154 97.475 (679)

1 - Refere-se ao Consolidado Prudencial (Documento 4060 do Banco Central do Brasil).

Consolidado Prudencial, valores em R$ milhões.

6

Passivo – Comparativo entre Balanço Patrimonial Consolidado Publicado (Documento 4040) e Balanço Regulatório da data-

base em referência.

Passivo

Balanço

Patrimonial

Consolidado

Balanço

Regulatório 1Diferenças Justificativa

Ref.

Anexo 1

1. Passivo Circulante e Exigível a Longo Prazo 88.765 88.298 (467)

1.1. Depósitos 12.636 12.635 (1) 1

1.2. Captações no Mercado Aberto 22.124 22.124 -

1.3. Recursos de Aceites e Emissão de Títulos 26.058 26.058 -

1.4. Relações Interfinanceiras 4 4 -

1.5. Relações Interdependências 69 69 -

1.6. Obrigações por Empréstimos 1.733 1.733 -

1.7. Obrigações por Repasses 2.378 2.378 -

1.8. Derivativos 4.285 3.819 (466) Eliminação operações entre ligadas

1.9. Outras obrigações 19.478 19.478 -

1.9.1. Cobrança e Arrecadação de Tributos e

Assemelhados18 18 -

1.9.2. Carteira de Câmbio 662 662 -

1.9.3. Sociais e Estatutárias 66 66 -

1.9.4. Outras Obrigações - Fiscais e

Previdenciárias300 300 -

1.9.4.1. Fiscais e Previdenciárias 224 224 -

1.9.4.2. Obrigações Fiscais Diferidas 76 76 - e

1.9.5. Outras Obrigações - Negociação e

Intermediação de Valores222 222 -

1.9.6. Outras Obrigações - Dívidas Subordinadas 3.202 3.202 -

1.9.6.1. Instr. Eleg. ao Nível II emitidos antes da

Resolução 4.1922.733 2.733 - k

1.9.6.2. Reclassificação de PDD genérica. 469 469 -

1.9.7. Instrumentos de dívidas elegíveis a capital 3.151 3.151 - j

1.9.8. Outras Obrigações - Diversas 11.856 11.856 -

1.9.9. Credores por antecipação de VRG 1 1 -

2. Resultados de Exercícios Futuros 40 40 -

3. Patrimônio líquido 9.349 9.137 (212)

3.1. Participação Acionária de Não Controladores

(Minoritários)- - - i

3.2. Instrumentos Elegíveis ao Capital Principal 8.130 8.130 - a

3.3. Reservas de lucros 439 190 (249) Diferença de resultado e efeito da

reversão dos ajustes a mercado da BVEPb, i

3.4. Outras receitas e outras reservas 780 817 37 c

Total 98.154 97.475 (679)

1 - Refere-se ao Consolidado Prudencial (Documento 4060 do Banco Central do Brasil).

Consolidado Prudencial, valores em R$ milhões.

7

C. Governança Interna

A estrutura de governança da Instituição é composta por fóruns colegiados, formalmente organizados e com delegação de alçadas. Cada órgão de governança tem papel, escopo e composição definido em norma, que especifica todas as responsabilidades de gestão, de monitoramento e acompanhamento de riscos.

1. Comitês

A Instituição conta com comitês deliberativos de forma a garantir a adequada gestão dos riscos e do seu capital. Destacam-se o Comitê de Controles e Riscos (CCR) como o principal fórum de gerenciamento de riscos, e em um nível superior, o Comitê Executivo (ComEx), que também realiza o acompanhamento do desempenho geral dos demais fóruns e, em um nível mais estratégico, o Conselho de Administração. O corpo diretivo é responsável pela aprovação da criação, composição e atribuições de cada Comitê. Adicionalmente, nos termos da Resolução CMN 4.557/17, em janeiro de 2018 foi instituído por deliberação do Conselho de Administração, o Comitê de Riscos e Capital (CRC). Conforme determinada pela resolução, este comitê presta assessoramento ao Conselho de Administração, a quem se reporta, no desempenho das atividades relativas à gestão de riscos e capital. A primeira reunião ocorreu em fevereiro de 2018 e, em virtude da sua constituição o Comitê de Riscos e Controles, que atua no nível da administração, passou a ser denominado Comitê de Controles e Riscos (CCR).

A figura abaixo descreve a estrutura de governança vigente desde fevereiro/2018.

DiretoriaComitê Executivo

Comitê de CréditoComitê de

Controles e RiscosComitê de ALM e

TributosComitê de Gestão

de PessoasComitê de Produtos

e Tecnologia

Conselho de Administração

Comitê de Riscos e Capital

A estrutura de governança interna garante que todas as partes interessadas contribuam efetivamente no processo interno de gestão e mitigação de riscos e de avaliação da adequação de capital. Conforme detalhado abaixo, todos os órgãos têm uma atuação relevante na gestão dos riscos e do capital da Instituição.

Conselho de Administração

• Principais atribuições: fixar as diretrizes fundamentais da política geral da Sociedade, verificar e acompanhar a sua execução. Aprovar o planejamento orçamentário, os níveis de risco e a declaração do Apetite de Riscos do Conglomerado, monitorando as decisões relacionadas a risco e capital. Aprovar e alterar o plano de negócios e políticas de crédito e de risco de tesouraria, abrangendo também contratos futuros, de opções e derivativos, além de estipular a competência do Tesoureiro, do Comitê de Crédito e do próprio Conselho de Administração para aprovar operações, de acordo com o tipo de operação e valor financeiro envolvido. Aprovar as políticas, estratégias e limites de gerenciamento de riscos e de capital, os programas de testes de estresse, as políticas para a gestão de continuidade de negócios e os planos de capital, de contingência de capital e contingência de liquidez.

• Periodicidade: mensal.

• Reporte: Assembleia Geral de Acionistas

8

Comitê de Riscos e Capital – CRC

• Principais atribuições: avaliar e submeter à aprovação do Conselho de Administração: os níveis de apetite por riscos e respectivas propostas de revisão, a Declaração de Apetite de Riscos, as políticas, estratégias e limites de gerenciamento de riscos, teste de estresse, as políticas para gestão de continuidade de negócios e os planos de capital, de contingência de capital e de contingência de liquidez. Supervisionar a atuação e o desempenho do Diretor responsável pela área de Riscos e a observância dos termos da declaração de apetite a riscos pela Diretoria e pelo Banco Votorantim como um todo e atuar de forma coordenada junto ao Comitê de Auditoria.

• Periodicidade: mínimo bimestralmente.

• Reporte: Conselho de Administração.

Comitê Executivo – ComEx

• Principais atribuições: monitorar o desempenho do banco, o contexto de mercado e as projeções de resultados futuros, assim como acompanhar os temas críticos em aberto, decidir sobre temas urgentes ou que necessitam da validação da alta gestão, discutir e acompanhar periodicamente os temas abordados nos comitês de governança interna, arbitrando eventuais conflitos, assegurar o alinhamento da diretoria sobre decisões tomadas pela alta gestão e garantir preparação adequada dos assuntos a serem apresentados no Conselho de Administração.

• Periodicidade: mínimo duas vezes por mês.

• Reporte: Conselho de Administração.

Comitê de Controles e Riscos (CCR)

• Principais atribuições: recomendar ao Conselho de Administração proposta do apetite de riscos e monitorar os indicadores de riscos relevantes; avaliar e aprovar as operações que possam impactar no consumo ou base de capital; acompanhar a evolução dos índices de capital e o planejamento de capital para três anos; monitorar reservas de liquidez e caixa; deliberar sobre políticas e indicadores de Riscos, Compliance, Controles Internos e PLD; ratificar e acompanhar o teste de estresse integrado de capital; avaliar, monitorar e controlar atividades desempenhadas por Controles Internos, Compliance, Segurança da Informação, Plano de Continuidade de Negócios e Prevenção a Lavagem de Dinheiro; monitorar e controlar ações de correção para deficiências identificadas pelas auditorias Interna e Externa, órgãos reguladores e entidades de autorregulação, deliberar e acompanhar assunções de risco; aprovar relatórios de demandas regulamentares; e encaminhar propostas ao Comitê Executivo e ao Conselho de Administração no que se refere a ações para gerenciamento de riscos, capital e controles, quando necessário.

• Periodicidade: quinzenal.

• Reporte: Comitê Executivo.

Comitê de ALM e Tributos

• Principais atribuições: avaliar e propor iniciativas visando proteger e maximizar o balanço estrutural do Banco sob o ponto de vista econômico-financeiro, contábil e fiscal; avaliar descasamentos (“gaps”) dos resultados contábeis e fiscais dos veículos legais, bem como as assimetrias; realizar o acompanhamento mensal dos resultados não reconhecidos (RNR), contábeis e fiscais; acompanhar a efetividade dos programas de hedge accounting, propor e revisar periodicamente estratégias de gestão de ativos e passivos, orientar e solicitar estudos ao Grupo de Trabalho de ALM e aprovar iniciativas ou alterações relevantes nas políticas de hedge propostas por ele; analisar cenários e indicadores macroeconômicos; propor estratégias de otimização de capital do Banco; avaliar e aprovar propostas para maximizar a eficiência fiscal do Conglomerado Financeiro Votorantim, assim como reorganizações societárias; avaliar riscos fiscais que possam impactar o balanço das empresas do Conglomerado Financeiro; dentre outros.

• Periodicidade: quinzenal.

• Reporte: Comitê Executivo.

Comitê de Gestão de Pessoas

• Principais atribuições: analisar, aprovar e se necessário transmitir ao Comitê Executivo as estratégias e ações no que diz respeito a práticas de Recursos Humanos com impacto institucional em atração, desenvolvimento e retenção de talentos; estrutura organizacional que envolva mudanças nas diretorias e promoções para níveis executivos; planejamento sucessório; gestão de performance e cultura organizacional; validar as estratégias da Área de Recursos Humanos por meio do acompanhamento dos seus resultados; apoiar os processos de gestão de mudanças e fortalecimento da cultura da Organização; zelar pelo cumprimento do código de conduta da Organização; dentre outros.

9

• Periodicidade: bimestral.

• Reporte: Comitê Executivo. Comitê de Produtos e Tecnologia

• Principais atribuições: aprovar novos negócios, novos produtos ou serviços e soluções digitais; revisar periodicamente o catálogo de produtos e serviços; acompanhar o desempenho operacional de produtos e serviços; aprovar portfólio e roadmap dos projetos de TI; acompanhar indicadores da carteira de projetos, com avaliação de plano de ação para indicadores com status “em atraso” e “em atenção”; deliberar sobre repactuações, segregações e replanejamento de projetos; dentre outros.

• Periodicidade: mensal.

• Reporte: Comitê Executivo.

Comitê de Crédito

• Principais atribuições: avaliar a viabilidade de aprovação de limites e/ou operações de crédito encaminhadas pelas áreas comerciais, avaliar as negociações ou acordos para regularização de créditos problemáticos e baixa das restrições de crédito (temporárias ou definitivas) a pessoas, grupos e setores da economia.

• Periodicidade: semanal.

• Reporte: Comitê Executivo.

2. Estrutura Organizacional

Para a execução das atividades de gestão de riscos e capital, o Banco conta com áreas dedicadas que são responsáveis pelos controles consolidados de riscos e de capital. Os principais processos referentes à gestão de risco e capital estão sob responsabilidade da Diretoria Executiva de Riscos, Diretoria Executiva de Controles e Governança, e Diretoria Executiva de Processamento de Operações, Finanças e Relações com Investidores. A seguir, é apresentada a estrutura destas diretorias:

Conselho de Administração

Presidência

Diretoria Executiva de

Riscos

Diretoria Executiva de Processamento de

Operações, Finanças e Relações com Investidores

Auditoria Interna

Diretoria Executiva de

Controles e Governança

Cabe destacar que a Instituição realiza o Processo Interno de Avaliação da Adequação de Capital (ICAAP), conforme Circular nº 3.846 e Carta-Circular nº 3.841 do BACEN, e que seu respectivo relatório é aprovado pelo Conselho de Administração e abrange a descrição da estrutura de gerenciamento de riscos e gerenciamento de capital cujas informações estão refletidas neste documento. As atribuições das estruturas especializadas para o gerenciamento de riscos e gerenciamento do capital são detalhadas nos capítulos subsequentes.

Adicionalmente destaca-se a atuação da Auditoria Interna e também das áreas de Controles Internos, Compliance e Validação Independente de Modelos que tem por atribuição garantir a avaliação ampla e independente da adequação das metodologias adotadas para gestão integrada de riscos, contemplando a avaliação da governança, dos processos internos, do entorno tecnológico, do cumprimento regulatório e da modelagem.

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3. Políticas, Normas, Procedimentos e Manuais

O processo de gerenciamento de riscos e capital conta com um conjunto de documentos que estabelece as principais diretrizes que devem ser observadas nas atividades de gerenciamento de riscos.

O nível de detalhamento destes normativos está estruturado em função do objetivo de cada documento e organizado conforme a hierarquia apresentada a seguir:

Políticas Corporativas: Princípios e diretrizes fundamentais estabelecidas pelo nível máximo da hierarquia e aplicadas para toda a organização e que norteiam as demais normas, procedimentos e manuais de produtos e serviços.

Normas: Regras estabelecidas para definir as atividades e a forma como os procedimentos são organizados, aprofundando os aspectos abordados nas políticas corporativas.

Procedimentos:

Regras operacionais estabelecidas para descrever as atividades e as etapas de sua execução, detalhando os aspectos abordados nas normas.

Manuais de Produtos, Serviços, Sistemas e de Modelagens de Cálculo: Conjunto de documentos que compilam as principais características sobre a estruturação dos produtos, serviços, sistemas e metodologias de cálculos utilizados.

Estes normativos estão publicados para consulta interna no Portal Corporativo (intranet) e são revistos e atualizados em periodicidades específicas para cada tipo de documento, ou quando há mudanças significativas nos objetivos e estratégias do negócio ou no enfoque e na metodologia de gestão do risco.

4. Fluxo Estruturado de Informações

A Instituição tem como prática a comunicação de informações sobre riscos e capital por meio de reportes com periodicidades específicas aos envolvidos nos processos e Alta Administração, o que reforça o monitoramento tempestivo das informações que subsidiam as decisões corporativas.

Conselho de Administração

Comitês

Gestores de Risco, Controles e Unidades de

Negócio

.

.

.

.

.

A Instituição adota uma abordagem integrada para gestão de riscos e capital, que tem por objetivo organizar o processo

decisório e definir os mecanismos de controle dos níveis de risco aceitáveis e compatíveis com o volume de capital disponível,

em linha com a estratégia de negócio adotada. A consolidação dos riscos abrange as exposições relevantes inerentes às linhas

de negócio da Instituição, agrupados principalmente nas seguintes categorias de riscos: de mercado, de liquidez, de crédito e

operacional. Isto é feito por meio de processo estruturado que compreende o mapeamento, a apuração e a consolidação dos

valores em risco.

Os níveis de exposição a riscos e disponibilidade de capital são monitorados por meio de uma estrutura de limites, que são

incorporados nas atividades da Instituição por um processo organizado de gestão e de controle, que atribui responsabilidades

funcionais às áreas envolvidas. Adicionalmente aos processos de gestão e mitigação de riscos descritos neste documento, a

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Instituição dispõe de um framework de gestão de apetite a riscos, que consiste na declaração do nível de risco que a

Instituição está disposta a aceitar para atingir os seus objetivos, sendo monitorado por meio de indicadores e seus respectivos

limites e reportado mensalmente à Diretoria Executiva de Riscos, Comitê de Controles e Riscos (CCR) e ao Conselho de

Administração.

Destaca-se a atuação da área de Risco Integrado, que é responsável pela coordenação (processual e metodológica) do

Processo Interno de Avaliação da Adequação de Capital (ICAAP), atualização do Dashboard de apetite de riscos, matriz de

riscos materiais, acompanhamento de planos de ação e atualização de normas, coordenação do Comitê de Controles e Riscos

(CCR), e a atualização do presente documento. O envolvimento da Alta Administração se dá no acompanhamento e na

execução das ações necessárias à gestão dos riscos materiais aos quais está exposta a Instituição.

D. Gerenciamento de capital

Seguindo as regulamentações do Bacen e em consonância com as recomendações do Comitê de Supervisão Bancária de Basileia, o Banco adota as diretrizes prudenciais de gestão de capital visando uma administração eficiente e sustentável de seus recursos e colaborando para a promoção da estabilidade do Sistema Financeiro Nacional.

Em linha com as Resoluções nº 3.988 e nº 4.557 do Conselho Monetário Nacional (CMN), e Circular nº 3.846 do Bacen, a Instituição dispõe de estrutura e políticas institucionais para o gerenciamento do capital, aprovado pelo Conselho de Administração, em consonância com o Processo Interno de Avaliação da Adequação de Capital (ICAAP), contemplando os seguintes itens:

• Gestão de capital por meio de processo contínuo de planejamento, avaliação, controle e monitoramento do capital necessário para fazer frente aos riscos relevantes;

• Políticas e estratégias documentadas;

• Fóruns específicos para compor estratégias e efetuar a gestão do uso do capital;

• Plano de capital para três anos, abrangendo metas e projeções de capital, principais fontes de captação e plano de contingência de capital;

• Testes de estresse e seus impactos no capital;

• Relatórios gerenciais para a Alta Administração (diretoria e Conselho de Administração);

• Avaliação de Suficiência de Capital na Visão Regulatória e Econômica; e

• Reporte ao regulador relativos à gestão de capital, por meio do Demonstrativo de Limites Operacionais e Relatório Anual do Processo Interno de Avaliação da Adequação de Capital (ICAAP).

As funções de gerenciamento de capital são desempenhadas por unidades formalmente constituídas, com equipes tecnicamente capacitadas, sob gestão segregada, e com atribuições claramente definidas. Abaixo estão relacionadas as principais áreas envolvidas no processo de gerenciamento do capital:

• ALM – Gestão de Balanços e Gestão de Capital.

• P&C – Varejo.

• P&C – Atacado.

• P&C – Tesouraria.

• Planejamento Estratégico e Gestão de Custos.

• Capital Regulatório.

• Política de Risco de Crédito do Atacado.

• Risco Integrado.

1. Suficiência de Capital (visão Regulatória)

A gestão do capital na Instituição é realizada com o objetivo de garantir a adequação aos limites regulatórios e o estabelecimento de uma base sólida de capital que viabilize o desenvolvimento dos negócios e operações de acordo com o plano estratégico do Banco.

Visando à avaliação da suficiência de capital para fazer frente aos riscos associados e ao cumprimento dos limites operacionais regulatórios, o Banco elabora anualmente um plano de capital considerando projeções de crescimento da carteira de empréstimos e demais operações e ativos. Mensalmente após a apuração do Patrimônio de Referência (PR) e do Capital

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Exigido, são divulgados relatórios gerenciais de acompanhamento do capital alocado para riscos e os índices de capitais (Basileia, Nível I e Principal) para as áreas envolvidas.

1.1 Basileia III

As regras de requerimento de capital de Basileia III passaram a vigorar no Brasil em outubro de 2013, e estabelecem as novas definições e os novos requerimentos mínimos de capital, assim como definem quais empresas devem compor o Balanço Consolidado Prudencial a ser utilizado para apuração da base de capital e do capital exigido.

O cronograma abaixo, definido pelo Bacen, apresenta a adequação necessária para implementação, no Brasil, dos requisitos definidos em Basileia III:

Cronograma de Implementação de Basileia III 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Capital Principal 4,5% 4,5% 4,5% 4,5% 4,5% 4,5% 4,5%

Capital Nível I 5,5% 5,5% 6% 6% 6% 6% 6%

Capital Total (PR) 11% 11% 11% 9,875% 9,25% 8,625% 8%

Adicional de Capital - - - - - - -

Limite Inferior - - - 0,625% 1,25% 1,875% 2,5%

Limite Superior - - - 1,25% 2,5% 3,75% 5%

Capital Principal com Adicional (Limite Inferior) 4,5% 4,5% 4,5% 5,125% 5,75% 6,375% 7%

Capital Principal com Adicional (Limite Superior) 4,5% 4,5% 4,5% 5,75% 7% 8,25% 9,5%

Capital Nível I com Adicional (Limite Inferior) 5,5% 5,5% 6% 6,625% 7,25% 7,875% 8,5%

Capital Nível I com Adicional (Limite Superior) 5,5% 5,5% 6% 7,25% 8,5% 9,75% 11%

Capital Total com Adicional (Limite Inferior) 11% 11% 11% 10,5% 10,5% 10,5% 10,5%

Capital Total com Adicional (Limite Superior) 11% 11% 11% 11,125% 11,75% 12,375% 13%

Deduções dos Ajustes Prudenciais - 20% 40% 60% 80% 100% 100%

Nas próximas seções será apresentada a composição do Patrimônio de Referência (PR) e a composição dos Ativos Ponderados pelo Risco (RWA), sob a ótica do Balanço Consolidado Prudencial e os indicadores de capital.

1.2 Capital Disponível (Patrimônio de Referência, Capital Nível I e Capital Principal)

O Capital Disponível, classificado como Patrimônio de Referência (PR), Capital Nível I e Capital Principal é o patrimônio utilizado como base para verificação do cumprimento dos limites operacionais das instituições financeiras. O Patrimônio de Referência (PR) é obtido pela soma do Capital Nível 2 e Capital Nível 1, sendo este último obtido pela soma do Capital Principal e Capital Complementar, conforme definidos na Resolução nº 4.192 e nº 4.193 do CMN. O Capital Principal é composto pelo Patrimônio Líquido e deduções específicas.

A Instituição encerrou jun-18 com um Patrimônio de Referência de R$ 9,6 bilhões, apresentando aumento de R$ 109 milhões (1,2%) em relação ao PR do trimestre anterior, sendo que 79,7% do valor do PR é composto por Capital de Nível I. O Capital Nível I encerrou o período em R$ 7,6 bilhões, apresentando aumento de R$ 130 milhões em relação ao trimestre anterior, devido principalmente, ao aumento de Capital Complementar.

Apresentamos a baixo o detalhamento da composição do patrimônio de referência do Banco:

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Tri Ano

Patrimônio Líquido Consolidado 9.114 8.849 8.288 3,0% 10,0%

Deduções do Capita l Principal (2.638) (2.369) (2.032) 11,3% 29,8%

Capital Principal 6.476 6.479 6.255 -0,1% 3,5%

Instrumentos elegíveis a compor o Capita l Complementar 1.157 1.024 - 13,0% N/A

Deduções do Capita l Complementar - - - N/A N/A

Capital Complementar 1.157 1.024 - 13,0% N/A

Nível I (Capital Principal+Capital Complementar) 7.633 7.503 6.255 1,7% 22,0%

Instrumentos elegíveis para compor Nível I I 1.944 1.964 1.923 -1,0% 1,1%

Nível II 1.944 1.964 1.923 -1,0% 1,1%

Patrimônio de Referência (Nível I+Nível II) 9.576 9.467 8.178 1,2% 17,1%

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Composição do Patrimônio de Referência (PR) jun-18 mar-18 jun-17Variação

Informações adicionais sobre os instrumentos que compõe o PR estão disponíveis no capítulo F (Anexo 1 e Anexo 2) do presente relatório.

1.3 Ativos Ponderados pelo Risco

O RWA, conforme definido pela Resolução nº 4.193 do CMN, é composto pela soma dos ativos ponderados pelo risco referentes aos riscos de crédito, mercado e operacional:

Sendo que:

• RWACPAD: é parcela dos ativos ponderados pelo risco (RWA) referente às exposições ao risco de crédito sujeitas ao cálculo do requerimento de capital mediante abordagem padronizada (Circular nº 3.644 do Bacen);

• RWACAM: parcela dos ativos ponderados pelo risco (RWA) referente às exposições em ouro, em moeda estrangeira e em ativos sujeitos à variação cambial (Circular nº 3.641 do Bacen);

• RWAJUR: parcela dos ativos ponderados pelo risco (RWA) referente às exposições sujeitas à variação de taxas de juros classificadas na carteira de negociação (Circulares nº 3.634, nº 3.635, nº 3.636 e nº 3.637 do Bacen);

• RWACOM: parcela dos ativos ponderados pelo risco (RWA) referente às exposições sujeitas à variação dos preços de mercadorias – commodities (Circular nº 3.639 do Bacen);

• RWAACS: parcela dos ativos ponderados pelo risco (RWA) referente às exposições sujeitas à variação do preço de ações classificadas na carteira de negociação (Circular nº 3.638 do Bacen);

• RWAOPAD: parcela dos ativos ponderados pelo risco (RWA) relativa ao cálculo do capital requerido para o risco operacional mediante abordagem padronizada (Circular nº 3.640 do Bacen).

O Capital Exigido é obtido a partir das parcelas dos Ativos Ponderados pelo Risco, sendo apurado da seguinte maneira:

Capital Exigido = Fator F x RWA

Onde Fator F é igual:

2015 2016 2017 2018 2019

11% 9,875% 9,25% 8,625% 8%

Risco de Crédito Risco de Mercado

RWACAM + RWAJUR + RWACOM + RWAACS RWACPAD RWAOPAD RWA = + +

Risco Operacional

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A evolução da composição do RWA é apresentada de forma consolidada por meio da tabela abaixo:

Trimestre Ano

Total de Ativos Ponderados por Risco (RWA) 59.784 57.134 60.446 4,6% -1,1%

Risco de Crédito (RWACPAD) 51.819 50.073 53.575 3,5% -3,3%

Risco de Mercado (RWAMPAD) 2.326 1.422 1.719 63,5% 35,3%

Risco Operacional (RWAOPAD) 5.640 5.640 5.151 0,0% 9,5%

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Composição dos Ativos Ponderados pelo Risco (RWA) jun-18 mar-18 jun-17Variação

A seguir, é apresentada em detalhes a composição do RWA pelos Riscos de Crédito, Mercado e Operacional.

1.3.1 Ativos Ponderados de Risco de Crédito (RWACPAD)

A Instituição utiliza a Abordagem Padronizada, definida pela Circular nº 3.644 do Bacen, para cálculo da parcela dos ativos ponderados pelo risco (RWA) referente às exposições ao risco de crédito sujeitas ao cálculo do requerimento de capital (RWACPAD). O valor apurado para o RWACPAD é reportado mensalmente para a Alta Administração, juntamente com o quadro do Índice de Basileia.

Trimestre Ano

Risco de Crédito (RWACPAD) 51.819 50.073 53.575 3,5% -3,3%

FPR de 2% 38 25 30 52,3% 27,3%

FPR de 20% 258 229 271 12,9% -4,5%

FPR de 50% 1.208 1.369 1.407 -11,8% -14,2%

FPR de 75% 25.567 25.044 23.614 2,1% 8,3%

FPR de 85% 8.852 8.701 9.453 1,7% -6,4%

FPR de 100% 13.467 12.336 15.818 9,2% -14,9%

FPR de 150% - - - N/A N/A

FPR de 250% 1.922 1.875 1.816 2,5% 5,8%

FPR de 300% - - 688 N/A -100,0%

FPR de 1081,08%1 - - 76 N/A -100,0%

Sem Fator de Ponderação de Risco Especificado 506 493 403 2,6% 25,4%

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

(1)   Refere-se ao RWA dos ativos deduzidos da apuração do Capital Principal, conforme resolução vigente.

Composição do RWACPAD por FPR jun-18 mar-18 jun-17Variação

1.3.2 Ativos Ponderados de Risco de Mercado (RWAMPAD)

A Instituição utiliza a abordagem padronizada para o cálculo da parcela dos ativos ponderados de risco (RWA), relativa ao cálculo de capital requerido para risco de mercado (RWAMPAD). Conforme definido pela Resolução nº 4.193 do CMN, a parcela RWAMPAD consiste no somatório dos seguintes componentes: RWACAM, RWAJURS, RWACOM e RWAACS. A tabela abaixo apresenta os valores dos ativos ponderados de risco de mercado (RWAMPAD):

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Trimestre Ano

Risco de Mercado (RWAMPAD) 2.326 1.422 1.719 63,5% 35,3%

RWACAM 1.014 461 744 119,9% 36,2%

RWAJURS 1.311 961 909 36,5% 44,3%

RWAJUR [1] 494 293 228 68,5% 116,7%

RWAJUR [2] 614 414 317 48,4% 93,3%

RWAJUR [3] 204 254 363 -19,8% -44,0%

RWAJUR [4] - - - N/A N/A

RWACOM - - - N/A N/A

RWAACS 1 0 66 12,6% -99,2%

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Composição do RWAMPAD jun-18 mar-18 jun-17Variação

A tabela a seguir apresenta o valor das operações sujeitas ao risco de variação das taxas de juros da carteira bancária (RBAN):

Trimestre Ano

RBAN 383 374 269 2,4% 42,4%

1 - Operação não classificada na carteira de negociação. A partir de Mar/18 RBAN apurado pelas metodologias Delta EVE e Delta NII.

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Valor do PR requerido para cobertura da RBAN(1) jun-18 mar-18 jun-17Variação

Conforme definido pela Resolução nº 4.193 do CMN:

• RWACAM: Operações sujeitas às exposições em ouro, em moeda estrangeira e em ativos sujeitos à variação cambial;

• RWAJURS: Operações sujeitas à variação de taxas de juros, sendo: ✓ RWAJUR [1]: Variação de taxas de juros prefixadas denominadas em real; ✓ RWAJUR [2]: Variação da taxa dos cupons de moedas estrangeiras; ✓ RWAJUR [3]: Variação de taxas dos cupons de índices de preços; ✓ RWAJUR [4]: Variação de taxas dos cupons de taxas de juros.

• RWACOM: Operações sujeitas à variação dos preços de mercadorias (commodities);

• RWAACS: Operações sujeitas à variação do preço de ações;

• RBAN: Operações sujeitas à variação taxas de juros das operações não classificadas na carteira de negociação.

1.3.3 Ativos Ponderados de Risco Operacional (RWAOPAD)

A Instituição utiliza a Abordagem Padronizada Alternativa (ASA) definida pela Circular nº 3.640 do Bacen para cálculo da parcela dos ativos ponderados pelo risco (RWA), relativa ao cálculo de capital requerido para risco operacional (RWAOPAD). A tabela a seguir apresenta a abertura dos ativos ponderados de risco operacional:

Trimestre Ano

Risco Operacional (RWAOPAD)1 5.640 5.640 5.151 0,0% 9,5%

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

1 - Parcela de Risco Operacional para as empresas financeiras.

Composição do RWAOPAD jun-18 mar-18 jun-17Variação

1.3.4 Análise da Suficiência de Capital (Visão Regulatória)

A análise da suficiência de capital na visão regulatória tem como objetivo avaliar se a Instituição possui Patrimônio de Referência (capital disponível) em nível superior ao capital exigido para cobertura dos riscos de Pilar I, acrescido da exigência adicional para cobertura do risco de variação das taxas de juros da carteira bancária (RBAN) conforme a Circular nº 3.3652 do Bacen.

2 A partir de janeiro de 2019 entra em vigor, para as instituições enquadradas no segmento S2, a Circular nº 3.876 de 31 de janeiro de 2018 que dispõe sobre

novas orientações para avaliação do risco de variação das taxas de juros em instrumentos classificados na carteira bancária.

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Tri Ano

Patrimônio de Referência (PR) (a) 9.576 9.467 8.178 1,2% 17,1%

Capita l Nível I (b) 7.633 7.503 6.255 1,7% 22,0%

Capital Principal (c) 6.476 6.479 6.255 -0,1% 3,5%

Capital Complementar 1.157 1.024 - 13,0% N/A

Capita l Nível I I 1.944 1.964 1.923 -1,0% 1,1%

Total de Ativos Ponderados por Risco (RWA) (d) 59.784 57.134 60.446 4,6% -1,1%

Risco de Crédito (RWACPAD) 51.819 50.073 53.575 3,5% -3,3%

Risco de Mercado (RWAMPAD) 2.326 1.422 1.719 63,5% 35,3%

Risco Operacional (RWAOPAD) 5.640 5.640 5.151 0,0% 9,5%

Capital Exigido (e) 5.156 4.928 5.591 4,6% -7,8%

Margem do PR em relação ao Capital Exigido (a - e) 4.420 4.539 2.587 -2,6% 70,9%

RBAN (f) 383 374 269 2,4% 42,4%

Margem do PR em relação ao Capital Exigido c/ RBAN (a - e - f) 4.037 4.165 2.318 -3,1% 74,2%

Adicional de Capital Principal 1.121 1.071 756 4,6% 48,4%

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Análise da Suficiência de Capital na Visão Regulatória jun-18 mar-18 jun-17Variação

Em 2016 entrou em vigor a exigência de Adicional de Capital Principal (ACP), que é composto pelas parcelas de ACPConservação, ACPContracíclico e ACPSistêmico, definidas pela Resolução nº 4.193 do CMN, em conjunto com os Requerimentos Mínimos de Capital.

Tri Ano

ACPConservação 1.121 1.071 756 4,6% 41,8%

ACPContracícl ico - - - N/A N/A

ACPSistêmico - - - N/A N/A

Total de Adicional de Capital Principal 1.121 1.071 756 4,6% 41,8%

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Adicional de Capital Principal jun-18 mar-18 jun-17Variação

A Instituição encerrou jun-18 com um Índice de Basiléia em 16,0%, com uma margem de capital, calculada pela diferença entre o PR e o Capital Exigido, de aproximadamente R$ 4,0 bilhões (incluindo RBAN). O índice de Capital Nível I atingiu 12,8%, o que representa redução de 37 bps em relação ao trimestre anterior e 677 bps acima do limite regulamentar (6%), e também com Capital Principal suficiente para cobrir o ACP de conservação (1,875% limite inferior).

Tri Ano

IB - Índice de Bas i léia (a / d) 16,0% 16,6% 13,5% -55 bps 249 bps

IN1 - Índice de Capita l Nível I (b / d) 12,8% 13,1% 10,3% -37 bps 242 bps

ICP - Índice de Capita l Principal (c / d) 10,8% 11,3% 10,3% -51 bps 48 bps

RA - Razão de Alavancagem 6,6% 6,7% 5,0% -8 bps 160 bps

Consolidado Prudencial

Índices jun-18 mar-18 jun-17Variação

17

Abaixo a evolução anual do Índice de Basileia e Capital de Nível I sob a ótica regulatória:

8.178 8.8089.233 9.467 9.576

5.591 5.570 5.4954.928 5.156

2.3183.083

3.5754.165 4.037

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10. 000

12. 000

14. 000

16. 000

18. 000

jun-17 set-17 dez-17 mar-18 jun-18

Suficiência de Capital

Patrimônio de Referência (PR) Capital Exigido Margem(1)

(1) Margem apurada considerando o Capital Exigido para cobertura dos riscos Pilar I considerando RBAN.

10,3% 10,9% 11,4%

13,1% 12,8%

6,0%

jun/17 set/17 dez/17 mar/18 jun/18

Índice de Capital Nível I

Índice de Capital Nível I Limite Regulatório de Capital de Nível I

13,5%14,6%

15,5%16,6% 16,0%

9,25% 8,63%

jun/17 set/17 dez/17 mar/18 jun/18

Índice de Basileia

Índice de Basileia Limite Regulatório do Índice de Basiléia

18

2. Razão de Alavancagem

A partir de 1º de outubro de 2015, entrou em vigor a Circular nº 3.748, que dispõe sobre a metodologia para a apuração da

Razão de Alavancagem (RA). Esta circular está alinhada com as recomendações contidas nos documentos de Basileia III,

divulgadas com o objetivo de aperfeiçoar a capacidade de as instituições financeiras absorverem choques provenientes do

próprio sistema financeiro ou dos demais setores da economia, propiciando a manutenção da estabilidade financeira.

A Razão de Alavancagem (RA), conforme estabelecido na circular, é definida pela razão do Nível I sobre a Exposição Total da

Instituição:

Sendo que:

• Nível I: corresponde ao somatório do Capital Principal e do Capital Complementar, conforme definido na Resolução nº

4.192;

• Exposição Total: é apurada mediante a utilização de informações contábeis líquidas de provisões, adiantamentos recebidos,

rendas a apropriar e sem a dedução de nenhum tipo de mitigador, conforme definido pela Circular nº 3.748.

O limite mínimo da Razão de Alavancagem (RA) é de 3%, conforme Resolução nº 4.615 do Conselho Monetário Nacional.

Em jun-18, o indicador de Razão de Alavancagem encerrou em 6,6%. As informações detalhadas sobre o RA estão disponíveis

no Anexo 3.

Trimestre Ano

Razão de Alavancagem 6,6% 6,7% 5,0% -8 bps 160 bps

Nível I 7.633 7.503 6.255 1,7% 22,0%

Expos ição Total 115.408 112.010 124.789 3,0% -7,5%

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Composição RA jun-18 mar-18 jun-17Variação

3. Processo Interno de Avaliação da Adequação de Capital – ICAAP3

Em linha com a Resolução CMN nº 4.557, Circular Bacen nº 3.846 e Carta-Circular Bacen nº 3.841, a Instituição realiza o Processo Interno de Avaliação da Adequação de Capital (ICAAP) e seu respectivo relatório é disponibilizado ao Bacen anualmente, abrangendo o plano de capital, teste de estresse, plano de contingência de capital e gestão e avaliação da necessidade de capital frente aos riscos relevantes a que a Instituição está exposta, entre outros temas.

Conforme o relatório ICAAP da data-base 31 de dezembro de 2017, a Instituição considera estar em níveis adequados de capitalização, uma vez que tanto o capital regulatório atual, quanto as projeções de capital alinhadas às estratégias para os próximos três anos, estão aderentes aos limites regulatórios e as métricas internas.

3 Internal Capital Adequacy Assessment Process.

19

E. Gerenciamento de Riscos

O gerenciamento de riscos na Instituição é realizado para os riscos considerados relevantes pela Alta Administração (Riscos Materiais), os quais são tratados e monitorados por meio de processos específicos.

A identificação dos riscos materiais é realizada de maneira recorrente, a partir de metodologia interna específica e com a participação da área de riscos nos comitês relacionados à gestão dos negócios, tais como o Comitê Executivo e Comitê de Produtos e Tecnologia.

1. Risco de Crédito

O objetivo da gestão do risco de crédito é apoiar a Alta Administração no processo decisório, definindo estratégias e políticas, estabelecendo limites operacionais, mecanismos de mitigação de risco e procedimentos destinados a manter a exposição ao risco de crédito em níveis considerados aceitáveis pela administração da Instituição.

1.1 Definição

O risco de crédito é definido como a possibilidade de ocorrência de perdas associadas a:

a. Não cumprimento pela contraparte (o tomador de recursos, o garantidor ou o emissor de títulos ou valor mobiliário adquirido), de suas obrigações nos termos pactuados;

b. Desvalorização, redução de remunerações e ganhos esperados em instrumentos financeiros decorrentes da deterioração da qualidade creditícia da contraparte, do interveniente ou do instrumento mitigador;

c. Reestruturação de instrumentos financeiros; ou d. Custos de recuperação de exposições de ativos problemáticos.

1.2 Princípios Básicos

Em linha com a Resolução nº 4.557 do CMN, o Banco dispõe de estrutura e políticas institucionais para o gerenciamento do risco de crédito aprovados pelo Conselho de Administração. As informações acerca da estrutura de gestão de risco de crédito contidas neste documento estão alinhadas com estas políticas. Os princípios básicos observados na gestão e controle foram estabelecidos em conformidade com a regulamentação vigente e práticas de mercado, conforme segue:

• Manuais e documentos contendo a estrutura organizacional, produtos relevantes, políticas corporativas, normas e procedimentos contendo fluxos e regras relacionados aos processos de governança, negócios e suporte de crédito;

• Ambiente tecnológico englobando o ciclo de crédito com abrangência desde a admissão do risco, seu acompanhamento e monitoramento, até a reestruturação quando aplicável;

• Processo de validação cobrindo os riscos envolvidos em sistemas, acurácia dos modelos para cálculo e qualidade dos dados processados, bem como, a abrangência dos documentos;

• Estrutura de comitês e alçadas de aprovação de crédito;

• Critérios e procedimentos de seleção de clientes e prevenção à lavagem de dinheiro;

• Normas de análise, concessão e gestão de crédito;

• Procedimentos de análise, aprovação e liberação de novos produtos com risco de crédito;

• Classificação da carteira em níveis de risco, ponderando o rating dos clientes, as garantias envolvidas e atrasos das operações;

• Acompanhamento de concentrações setoriais e de grupos econômicos, bem como, monitoramento dos limites internos e regulatórios definidos dentro das políticas e normas;

• Gestão de limites e risco de crédito de contraparte de instrumentos derivativos financeiros;

• Avaliação do risco em operações de venda ou transferência de ativos;

• Procedimentos formalizados contemplando o fluxo de recuperação de créditos;

• Estabelecimento de limites para a realização de operações sujeitas ao risco de crédito, tanto em nível individual quanto em nível agregado (grupo com interesse econômico comum) e de tomadores ou contrapartes com características semelhantes;

• Controle de garantias e instrumentos de mitigação de risco de crédito;

• Monitoramento da carteira ativa de crédito por meio de indicadores com o objetivo de minimizar o risco de perdas;

20

• Realização de testes de estresse, mensurando o efeito combinado de movimentos adversos em indicadores macroeconômicos, estimando impactos financeiros afetando a inadimplência, provisões e consequentemente, o capital disponível e exigido;

• Emissão de relatórios gerenciais periódicos para a Alta Administração, com indicadores do desempenho do gerenciamento do risco em decorrência das políticas e estratégias adotadas; e

• Procedimentos documentados de exceções à política.

Adicionalmente, as atividades de gerenciamento de risco de crédito são realizadas por unidades específicas de controle, fortalecendo a atuação das mesmas com independências em relação às suas unidades de negociação.

1.3 Áreas Envolvidas As funções de gerenciamento de risco de crédito compreendem um conjunto de atividades estratégicas, táticas e operacionais que permeiam toda a ‘cadeia de negócio’, desde o desenvolvimento de produtos, a concessão de limites, gestão da carteira, informações gerenciais, cobrança e recuperação de crédito, bem como o acompanhamento da efetividade dos processos e controles utilizados. Abaixo estão relacionadas as principais áreas envolvidas no processo de gerenciamento do risco de crédito.

• Gestão de Risco de Crédito Varejo, Gestão de Risco de Fraudes e Gestão de Ciência de Dados

Tem como missão direcionar e monitorar continuamente o risco de crédito dos produtos de varejo, visando mitigar os riscos associados por meio de análises e estudos técnicos que podem resultar em políticas e monitorando indicadores de deterioração de risco de forma tempestiva. É composta por três estruturas, a saber:

• Gestão de Risco de Crédito Varejo. • Gestão de Risco de Fraudes. • Gestão e Ciência de Dados.

• Gestão de Risco de Crédito Atacado, Risco Integrado, Capital Regulatório e Risco Socioambiental

Tem como missão direcionar e monitorar continuamente o risco de crédito do segmento de Atacado, visando mitigar os riscos associados, apuração e análise da parcela dos ativos ponderados pelo risco (RWA) de risco de crédito e avaliação de aspectos socioambientais e parecer para subsídio à área de Concessão de Crédito. É composta por quatro estruturas, a saber:

• Políticas de Crédito do Atacado e MIS e PDD Atacado. • Risco Integrado. • Capital Regulatório e Infraestrutura Atacado. • Risco Socioambiental.

• Concessão de Crédito

Responsável pelo processo de análise e aprovação de crédito dos segmentos Corporate e Varejo e monitoramento recorrente das carteiras. É composta por quatro estruturas, a saber:

• Crédito CIB - Corporate & Investment Banking • Concessão de Crédito Varejo • Monitoramento de Crédito • Planejamento e Controle

• Reestruturação de Crédito & Ativos Especiais/Gestão de Portfólio de Riscos (GPR)

A área de Reestruturação de Crédito & Ativos Especiais / Gestão de Portfólio de Riscos (GPR) é responsável pela definição da estratégia, gestão e negociação de casos problemáticos do segmento Corporate do Banco Votorantim.

• Cobrança Varejo

A área de Cobrança Varejo, inserida na estrutura da Diretoria de Varejo, é responsável principalmente pela gestão de crédito inadimplentes do segmento Varejo. É composta por três estruturas, a saber:

21

• Recuperação de Crédito Varejo. • Planejamento de Cobrança Varejo. • Gestão BNDU – Bens não de Uso.

1.4 Gestão do Risco de Crédito

A Instituição realiza a gestão do risco de crédito por intermédio da adoção de instrumentos e ferramentas que permitem a identificação, mensuração, avaliação, mensuração, monitoramento, reporte e controle do risco incorrido em suas atividades nas principais etapas do risco de crédito, sendo elas a concessão de crédito, monitoramento de crédito e recuperação de crédito.

• Concessão de Crédito: O processo de concessão de crédito do segmento de Atacado é pautado por avaliações detalhadas

dos clientes que desejam renovar ou solicitar créditos ou limites para os seus negócios. No processo de admissão, a

Instituição conta com sistema para cadastro de clientes (conheça seu cliente - Know Your Client “KYC”), concessão e aprovação de propostas de limites de crédito. Na avaliação de determinada oportunidade de concessão de crédito são considerados aspectos relativos ao controle acionário e à gestão da empresa, informações econômico-financeiras, ambiente competitivo, aspectos de mercado e setor econômico, entre outros. Adicionalmente, deve ser atribuída uma

classificação de risco de crédito (rating) aos clientes, cuja validade máxima é de 12 (doze) meses, conforme Resolução nº 2682/99 do

CMN. Após a avaliação é elaborada uma apresentação de crédito, que compila os principais pontos de riscos e seus mitigantes, incluindo o risco socioambiental, que devem ser analisados pelos Comitês de Crédito. Já no segmento de Varejo, as propostas de crédito tramitam por sistema automatizado e parametrizado, suportado por modelos estatísticos, que propiciam maior agilidade e confiabilidade na tomada de decisão sobre a concessão do crédito. Para casos onde os modelos estatísticos não decidem automaticamente, a mesa de crédito realiza uma verificação mais detalhada de todos os aspectos que envolvem o contrato, com intuito de decidir o crédito.

• Monitoramento de crédito: O objetivo é realizar o monitoramento recorrente das carteiras do segmento de Atacado, capturando sinais de alerta que identifiquem, com propriedade, antecedência e de forma tempestiva, a deterioração de crédito em nível individual e agregado visando assegurar a boa qualidade do portfólio. No Varejo, a Instituição realiza o monitoramento do risco de crédito por meio de indicadores de desempenho e relatórios gerenciais da carteira de crédito.

• Cobrança: A área de cobrança compõe a Diretoria de Varejo e atua a partir da identificação de inadimplência em operações de crédito. É responsabilidade da área implementar estratégias, políticas e processos voltados à maximização da recuperação dos créditos inadimplentes.

A seguir as exposições ao risco de crédito de operações com características de concessão de crédito, conforme Circ. nº 3.644:

1.4.1 Exposição Total e Média no Trimestre

Tri Ano

Pessoa Física 35.324 35.045 32.393 1% 9%

Cons ignado 2.269 2.441 2.987 -7% -24%

Veículos e Arrendamento Mercanti l 30.337 29.938 27.194 1% 12%

Cartão de Crédito(1) 2.217 2.199 1.819 1% 22%

Outros 501 467 394 7% 27%

Pessoa Jurídica 10.764 10.145 11.568 6% -7%

Investimento 2.225 2.523 3.080 -12% -28%

Importação e Exportação 3.624 2.978 4.106 22% -12%

Capita l de Giro, Desconto de Títulos , Conta

Garantida e Cheque Empresaria l2.083 2.018 1.862 3% 12%

Crédito Rura l 188 226 368 -17% -49%

Outros 2.644 2.400 2.152 10% 23%

Avais e Fianças 3.524 3.292 3.152 7% 12%

Total da Exposição 49.612 48.482 47.114 2% 5%

Valor Médio no Trimestre 49.047 48.251 48.047 2% 2%

(1) Inclui limites

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Exposição Total e Média no Trimestre jun-18 mar-18 jun-17Variação

22

1.4.2 Exposição por Países e Região Geográfica

C entro -

OesteN o rte N o rdeste Sudeste Sul

T o tal

B rasil

Pessoa Física 3.137 977 4.230 19.821 7.158 35.324 - 35.324 35.045 32.393 1% 9%

Cons ignado - - - 2.269 - 2.269 - 2.269 2.441 2.987 -7% -24%

Veículos e Arrendamento

Mercanti l2.954 967 3.957 15.578 6.881 30.337 - 30.337 29.938 27.194 1% 12%

Cartão de Crédito1 127 - 225 1.683 183 2.217 - 2.217 2.199 1.819 1% 22%

Outros 56 10 48 291 95 501 - 501 467 394 7% 27%

Pessoa Jurídica 265 132 1.048 6.820 1.139 9.405 1.360 10.764 10.145 11.568 6% -7%

Investimento 64 100 82 1.740 239 2.225 - 2.225 2.523 3.080 -12% -28%

Importação e Exportação 103 - 783 1.686 536 3.107 517 3.624 2.978 4.106 22% -12%

Capita l de Giro, Desconto

Títulos , Conta Garantida

e Cheque Empresaria l

79 33 159 1.576 237 2.083 - 2.083 2.018 1.862 3% 12%

Crédito Rura l 3 - - 88 97 188 - 188 226 368 -17% -49%

Outros 16 - 25 1.729 31 1.801 843 2.644 2.400 2.152 10% 23%

Avais e Fiança 74 - 177 2.711 351 3.313 211 3.524 3.292 3.152 7% 12%

Total da Exposição 3.476 1.110 5.455 29.352 8.649 48.042 1.570 49.612 48.482 47.114 2% 5%

1 - Inclui limites

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Exposição por países e

regiões geográficas

jun-18

mar-18 jun-17

Variação

BrasilT o tal

Exterio r

T o tal

B rasil +

Exterio r

Tri Ano

1.4.3 Exposição por Setor Econômico

2 Pessoa Física

Consignado

Veículos e

Arrendament

o Mercantil

Cartões de

crédito1

Outros

Produtos PFTotal Tri Ano

Total 2.269 30.337 2.217 501 35.324 35.045 32.393 1% 9%

1 - Inclui limites

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Exposição Pessoa

Física

jun-18

mar-18 jun-17

Variação

23

• Jurídica e Avais e Fianças

Invest .

Impo rt .

e

Expo rt .

C ap. de

Giro , C o nta

Garantida,

T it . D esc e

C heque

Emp.

C rédito

R ural

Outro s

P ro duto s

P J

A vais e

F iançasT o tal Tri Ano

INSTITUICOES FINANCEIRAS 1 - 10 - 1.043 918 1.972 1.861 1.610 6% 22%

ACUCAR E ALCOOL 389 1.020 29 58 - 88 1.584 1.701 2.059 -7% -23%

VAREJO 11 16 386 - 245 220 878 721 832 22% 6%

AGRONEGOCIO 34 579 69 117 - 70 870 843 653 3% 33%

QUIMICO 8 653 21 - 35 78 794 695 1.256 14% -37%

TELECOMUNICACOES - 9 152 - 30 463 656 697 866 -6% -24%

MONTADORAS/AUTO-PECAS/CONCESSIONARIAS156 413 30 - 43 0 642 317 353 102% 82%

FERROVIAS 446 30 6 - - 122 605 573 652 6% -7%

MINERACAO - 19 64 - - 501 584 590 609 -1% -4%

GOVERNOS - - - - 485 - 485 414 499 17% -3%

OIL & GAS 374 35 8 - - 45 463 436 406 6% 14%

FRIGORIFICO 0 154 0 3 213 - 371 232 254 60% 46%

SERVICOS 10 9 171 - 20 120 330 338 209 -3% 58%

INDUSTRIA ALIMENT. / BEBIDAS 56 23 165 - 29 56 328 432 313 -24% 5%

INDUSTRIA 2 107 94 - 12 113 326 275 189 19% 73%

TRADING AGRO 17 167 - - - 137 322 424 153 -24% 110%

LOGISTICA 123 132 24 - 5 3 288 228 290 27% -1%

DISTRIBUICAO DE ENERGIA ELETRICA 114 9 - - - 162 286 317 274 -10% 4%

LOCADORAS 51 - 128 - 88 - 268 122 320 118% -16%

GERACAO DE ENERGIA ELETRICA 124 - 6 - - 133 263 289 519 -9% -49%

OUTROS 310 248 719 10 395 293 1.974 1.931 2.405 2% -18%

TOTAL Geral 2.225 3.624 2.083 188 2.644 3.524 14.288 13.437 14.721 6% -3%

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Exposição por setor econômico

Pessoa Jurídica e Avais e Fianças

jun-18

mar-18 jun-17

Variação

2.1.1 Concentração de Crédito

O risco de concentração de crédito é definido como a possibilidade de perdas devido a exposições significativas a uma contraparte, a um grupo de contrapartes e a setores econômicos.

A Instituição dispõe de processos de avaliação do risco de concentração de crédito para as carteiras de atacado e varejo, principalmente por meio de monitoramento das carteiras por diferentes dimensões e segmentos internos, divulgados em diversos relatórios. Além disso, o Banco dispõe de normas que limitam a exposição às contrapartes e setores econômicos, e monitora mensalmente alguns destes indicadores de risco de concentração de credito por meio do Dashboard de Apetite de Riscos.

O quadro a seguir apresenta a evolução das exposições de crédito segregadas por faixa de maiores tomadores de operações com características de concessão de crédito, em valores e percentual da exposição total, conforme definições estabelecidas pela Circular n 3.644:

Dez maiores Expos ições 3.694 7,45% 3.566 7,35% 4.397 9,33% 4% 9 bps -16% -189 bps

Cinquenta maiores Expos ições 8.721 17,58% 8.469 17,47% 9.715 20,62% 3% 11 bps -10% -304 bps

Cem maiores Expos ições 11.338 22,85% 11.021 22,73% 12.291 26,09% 3% 12 bps -8% -323 bps

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Concentração das Exposições jun-18 mar-18 jun-17Variação

Tri Ano

24

2.1.2 Prazo a decorrer das operações

• Pessoa Física

Consignado

Veículos e

Arrendament

o Mercantil

Cartões de

crédito1

Outros

Produtos PFTotal Tri Ano

Até 6 meses; 36 489 2.217 17 2.759 2.694 2.380 2% 16%

Acima de 6 meses até 1 ano; 97 1.230 - 37 1.365 1.468 1.411 -7% -3%

Acima de 1 ano até 5 anos; 1.562 28.568 - 409 30.539 30.120 27.634 1% 11%

Acima de 5 anos . 574 50 - 37 662 762 968 -13% -32%

Total 2.269 30.337 2.217 501 35.324 35.045 32.393 1% 9%

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Prazo a decorrer

Pessoa Física

jun-18

mar-18 jun-17

Variação

1 - Inclui limites

• Pessoa Jurídica e Avais e Fianças

Invest.

Importação

e

Exportação

Cap. de

Giro, Conta

Garantida,

Tit. Desc e

Cheque

Emp.

Crédito

Rural

Outros

Produtos

PJ

Avais e

FiançasTotal Tri Ano

Até 6 meses ; 195 967 280 61 2.370 648 4.521 3.399 2.975 33% 52%

Acima de 6 meses até 1 ano; 43 602 179 96 77 429 1.427 1.428 1.208 0% 18%

Acima de 1 ano até 5 anos ; 895 2.106 1.486 31 593 654 5.765 5.146 5.848 12% -1%

Acima de 5 anos . 1.092 (52) 139 - (396) 1.792 2.575 3.464 4.690 -26% -45%

Total 2.225 3.624 2.083 188 2.644 3.524 14.288 13.437 14.721 6% -3%

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Prazo a decorrer

Pessoa Jurídica e Avais e

Fianças

jun-18

mar-18 jun-17

Variação

2.1.3 Operações em Atraso

A seguir é demonstrado o montante das operações em atraso, bruto de provisões e excluídas as operações já baixadas para prejuízo, segmentado por:

• Países e regiões geográficas do Brasil

Entre 15

e 60 dias

Entre 61

e 90 dias

Entre 91 e

180 dias

Entre 181 e

360 dias

Acima

de 360Total Tri Ano

Brasil 2.589 645 984 883 140 5.242 4.857 4.777 8% 10%

Centro-Oeste 229 60 74 75 13 451 444 450 2% 0%

Norte 85 21 25 20 2 153 142 140 7% 9%

Nordeste 343 93 122 129 57 744 748 757 -1% -2%

Sudeste 1.440 363 623 527 51 3.004 2.687 2.572 12% 17%

Sul 492 108 141 131 18 890 836 858 7% 4%

Exterior - - - - - - - 105 N/A -100%

Total 2.589 645 984 883 140 5.242 4.857 4.882 8% 7%

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Montante em atraso por

países

e região geográfica

jun-18

mar-18 jun-17

Variação

25

• Setor econômico

Entre 15

e 60 dias

Entre 61

e 90 dias

Entre 91 e

180 dias

Entre 181 e

360 dias

Acima

de 360Total Tri Ano

ACUCAR E ALCOOL 125 - 86 - - 210 125 - 69% N/A

AGRONEGOCIO 22 - 1 - - 23 5 117 349% -80%

BENS DE CAPITAL 13 - 30 - - 43 30 0 46% 13816%

CONSTRUCAO CIVIL - RES/COML - - 1 - - 1 1 120 -17% -99%

EMBALAGENS - - 1 - - 1 1 3 -8% -56%

FARMACEUTICO 22 - - - - 22 - 4 N/A 450%

GERACAO DE ENERGIA ELETRICA - - 1 - - 1 48 53 -99% -99%

IMPLEMENTOS AGRICOLAS 0 - - - - 0 - - N/A N/A

INDUSTRIA - - - 1 - 1 1 - 0% N/A

INSTITUICOES FINANCEIRAS 1 0 - - - 1 1 1 22% -33%

LOGISTICA - - 1 - - 1 1 - -4% N/A

METALURGIA - - - - 40 40 40 1 0% 6310%

MONTADORAS/AUTO-PECAS/CONCESSIONARIAS 1 - - - - 1 2 - -37% N/A

SERVICOS - - - 1 - 1 1 4 -4% -69%

T.I. - 8 - - - 8 8 - -2% N/A

OUTROS - - - - - - 43 203 -100% -100%

Total PJ 184 8 120 2 40 354 307 507 15% -30%

Varejo PF 2.405 637 864 881 100 4.888 4.550 4.375 7% 12%

Total 2.589 645 984 883 140 5.242 4.857 4.882 8% 7%

Montante em atraso por setor econômico

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

jun-18

mar-18 jun-17

Variação

2.1.4 Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa

O quadro a seguir apresenta a movimentação das provisões para crédito de liquidação duvidosa e operações baixadas para prejuízo, segregadas por varejo e atacado:

Variação

Varejo Atacado Total Trimestre

Saldo inicial 2.231 1.309 3.540 3.674 -3,6%

Consti tuições / Reversões 488 152 640 400 60,0%

Baixas para prejuízo (413) (144) (557) (534) 4,3%

Saldo Final 2.306 1.317 3.623 3.540 2,3%

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Provisões para Crédito de

Liquidação Duvidosa

2º Tri 20181º Tri 2018

2.2 Mitigação de Risco de Crédito

O risco de collateral (garantias), este é definido como a possibilidade de perdas em função da deterioração do valor, da impossibilidade de execução, da falha na formalização e da falta de liquidez da garantia concedida em determinada obrigação financeira pactuada com o Conglomerado.

As funções relacionadas ao processo de mitigação compreendem um conjunto de atividades funcionais distribuídas em diversas áreas da Instituição e está intrinsecamente relacionado ao ciclo de risco de crédito no que tange ao processo de concessão, controle, gestão e monitoramento do crédito e recuperação de crédito.

O Banco Votorantim dispõe de uma estrutura de governança para o gerencialmente do risco de crédito disposto em Comitês formados por executivos que periodicamente acompanham o apetite de risco de crédito, concentrações setoriais e por grupos econômicos, limites de exposição da carteira, contingências relacionadas à gestão do risco de crédito, entre outros. Além das estratégias e regras de crédito, a Instituição dispõe de políticas relacionadas à exigibilidade, formalização e monitoramento das garantias para suportar as operações de concessão e crédito, as quais também são avaliadas por esses fóruns que são incumbidos por avaliar as metodologias de mensuração e mitigação de riscos de crédito.

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Para a carteira de varejo, o escopo contempla essencialmente as operações de financiamento de veículo, dada sua peculiaridade e relevância sobre a carteira total, e neste contexto, as garantias representam um importante mitigador de risco da operação (veículos). No processo de concessão de crédito, as garantias são avaliadas em conjunto com as demais informações necessárias à aprovação das propostas de crédito e tramitam por um processo automático de verificação e controle (formalização das garantias). Para o atacado, as garantias são avaliadas e classificadas em conjunto com as demais informações necessárias à aprovação do limite de crédito, e considera alguns fatores relevantes em sua definição, tais como: o risco representado pelo cliente/operação, a praticidade e os custos incorridos em sua constituição, liquidez, valor da garantia em relação ao valor da dívida e controle do credor sobre sua própria garantia. A tabela a seguir apresenta o valor total mitigado pelos instrumentos definidos no §3º do art. 36 da Circular nº 3.644, segmentado por tipo de mitigador e por seu respectivo FPR, conforme os Arts. 37 a 39 da Circular nº 3.644.

Tri Ano

Depós ito à vis ta e depós ito a prazo; depós ito de poupança, em ouro ou em

títulos públ icos federa is ; letras financeiras de emissão própria ; garantia do

tesouro nacional e outras garantias .

0% 34.316 28.741 31.900 19% 8%

Títulos Públ icos Federa is , conforme art. 37-A da Ci rc. 3.644/13, garantidores de

expos ições compromissadas , que não atendam ao requis i to definido no inc. I

do paragrafo 6o do art. 37 da ci rcular 3644/13.

10% - - - N/A N/A

Garantias dos países e bancos centra is ; garantias prestadas por empresas

públ icas , outras garantias . 20% - - - N/A N/A

Garantias de insti tuições financeiras ; garantias prestadas por fundos; depós ito

de títulos ; derivativos de crédito em que a insti tuição atue como contraparte

transferidora do risco e repasses de descontos em folha de pagamento de que

trata o art. 36, § 3º, inciso VIII, vinculados a operações de crédito cons ignado.

Inciso VI, do art. 39 da Circ. 3.644/13, com redação dada pela Circ. 3.714/14.

50% 1.399 1.580 2.063 -11% -32%

1 - Estão contempladas na tabela acima as seguintes garantias: títulos públicos federais utilizados como mitigador de operações compromissadas; Cash Colateral

utilizados em operações de crédito/ avais e fiança; e garantia do Tesouro Nacional para operação com o Estado do Mato Grosso.

Tipo de Mitigador1 FPR do

Mitigadorjun-18 mar-18 jun-17

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Variação

Em complemento aos mitigadores utilizados para a apuração do capital necessário de risco de crédito apresentados acima, a tabela abaixo dispõe de outras garantias consideradas nas operações do atacado:

Tri Ano

Garantias Fidejussórias 8.190 7.925 8.668 3% -6%

Al ienação de Ações 1.990 2.300 2.629 -13% -24%

Al ienação Agro / Rura l 252 177 156 42% 62%

Al ienação Bem Financiado 2.348 2.450 2.934 -4% -20%

Al ienação de Estoques de Mercadorias 438 446 599 -2% -27%

Al ienação de Imóveis 927 930 962 0% -4%

Al ienação de Máquinas e Equipamentos 526 605 777 -13% -32%

Al ienação de Veículos 52 59 74 -12% -30%

Al ienação Embarcações 7 7 7 0% 0%

Al ienação Aeronaves 103 103 103 0% 0%

Apl icações de Renda Fixa 1.725 1.728 1.588 0% 9%

Apl icações de Renda Variável 450 671 414 -33% 9%

Cessão de Dupl icatas 126 115 68 10% 85%

Hipoteca de Imóveis 1.324 1.340 1.329 -1% 0%

Hipoteca de Embarcações - 0 7 -100% -100%

Cessão de Títulos - - - N/A N/A

Penhor Agro / Rura l 239 310 331 -23% -28%

Penhor Mercanti l 148 180 292 -18% -49%

Total de Garantias 18.845 19.346 20.938 -3% -10%1 - Operações do atacado

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Garantias1 jun-18 mar-18 jun-17Variação

27

2.3 Risco de Crédito da Contraparte

O risco de crédito da contraparte é definido como a possibilidade de perdas decorrentes do não cumprimento de obrigações relativas à liquidação de operações que envolvam fluxos bilaterais, incluindo a negociação de ativos financeiros ou de derivativos.

As funções de gerenciamento do risco de crédito da contraparte são desempenhadas por unidades específicas, com atribuições definidas, conforme apresentado a seguir:

• Produtos Derivativos • Concessão de Crédito Atacado • Risco de Mercado e Liquidez • Capital Regulatório • Política de Risco de Crédito Atacado

2.3.1 Gestão do Risco de Crédito da Contraparte

A Instituição considera que o risco de crédito da contraparte está presente, principalmente, nas operações com instrumentos financeiros derivativos, operações a liquidar, operações compromissadas e empréstimos de ativos. Para as operações de derivativos, são realizados classificações e tratamentos específicos quanto a existência de contraparte central.

• Operações sem contraparte central: o processo de gestão e controle para operações de derivativos sem contraparte central é feito definindo para cada cliente limites de crédito específicos para estas operações. As políticas e normas de crédito adotadas pela Instituição são empregadas tanto na definição quanto no acompanhamento periódico desses limites.

• Operações com contraparte central: operações com contraparte central possuem cláusulas contratuais (chamadas de margens, etc.) que mitigam o risco de crédito de contraparte.

A Instituição dispõe de estruturas dedicadas à gestão de limites, com o objetivo de acompanhar o comportamento da carteira e comunicar a Alta Administração, por meio de relatórios periódicos, o nível de exposição e eventuais extrapolações de limites. O quadro a seguir apresenta os valores referentes à exposição dos contratos sujeitos ao risco de crédito da contraparte a serem liquidados em sistemas de liquidação de câmaras de compensação e de liquidação nos quais a câmara atue como contraparte central, com garantia ou sem garantia, conforme definições da Circular nº 3.644:

Trimestre Ano

Câmara Atue como Contraparte Central (Bolsa) 207 167 547 23% -62%

Câmara Não Atue como Contraparte Central (Balcão) 34.859 30.513 34.168 14% 2%

Com Garantia 31.655 26.235 29.745 21% 6%

Sem Garantia 3.204 4.277 4.423 -25% -28%

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Valores das exposições sujeitas ao

Risco de Crédito da Contrapartejun-18 mar-18 jun-17

Variação

28

O quadro a seguir apresenta o valor positivo bruto das exposições sujeitas ao risco de crédito da contraparte:

Trimestre Ano

(+) Valor Positivo Bruto Total 38.740 33.306 36.283 16% 7%

Câmara Atue como Contraparte Centra l (Bolsa) 1.072 1.027 887 4% 21%

Câmara Não Atue como Contraparte Centra l (Ba lcão) 37.668 32.280 35.395 17% 6%

Derivativos 3.258 2.239 1.588 45% 105%

Operações a Liquidar 107 14 25 685% 323%

Empréstimos de Ativos (Aluguel de ações) - - - N/A N/A

Operações Compromissadas 34.304 30.026 33.782 14% 2%

(-) Garantias 32.364 26.849 30.393 21% 6%

Garantias em condições específicas 1 31.655 26.235 29.745 21% 6%

Demais Garantias2 710 614 648 16% 10%

(-) Acordos de Compensação e Liquidação de Operações 204 140 166 45% 23%

(=) Exposição Global Líquida 6.172 6.317 5.723 -2% 8%

2 - Garantias Reais

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

1 - a) sejam mantidas ou custodiadas na própria instituição; b) tenham por finalidade exclusiva a constituição de garantia para as

operações a que se vinculem; c) estejam sujeitas à movimentação, exclusivamente, por ordem da instituição depositária; e d) estejam

imediatamente disponíveis para a instituição depositária no caso de inadimplência do devedor ou de necessidade de sua realização;

Valor positivo bruto das exposições sujeitas

ao Risco de Crédito da Contrapartejun-18 mar-18 jun-17

Variação

A partir da data-base jun-14 as informações sobre risco de crédito da contraparte são apuradas conforme base de

informações utilizadas no atendimento da Circular nº 3.644.

2.3.2 Derivativos de Crédito O quadro a seguir apresenta o valor nocional dos derivativos de crédito mantidos na carteira da Instituição, segregados por exposições de risco transferido e de risco recebido:

Trimestre Ano

Posição Ativa – Risco Recebido 98 118 298 -17% -67%

Swap´s de Crédito 98 118 298 -17% -67%

Posição Passiva – Risco Transferido - - 101 N/A -100%

Swap´s de Crédito - - 101 N/A -100%

Derivativos de Crédito Variação

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

jun-18 mar-18 jun-17

2.4 Aquisição, venda e transferência de ativos financeiros

O Banco pode vir a realizar operações de aquisição, venda ou transferência de ativos financeiros para carteiras do Atacado e do Varejo, orientado pela estratégia de crédito definida pela Instituição ou a partir da identificação de oportunidade de negócio. Estas operações, em sua natureza, podem ser realizadas com retenção ou transferência substancial dos riscos e benefícios. Sob este aspecto, o Banco dispõe de políticas que visam estabelecer critérios adequados para uma correta avaliação quanto à retenção ou transferência de riscos e benefícios em operações de aquisição, venda ou transferência de ativos financeiros e por meio destas políticas, define as condições gerais como restrições, critérios para a seleção da Instituição compradora, documentações necessárias da carteira, forma de pagamento dos contratos, dentre outros.

2.4.1 Exposições Cedidas

Em geral as operações de venda ou transferência de ativos financeiros realizados pelo Banco estão relacionadas principalmente às cessões de recebíveis de contratos de empréstimos consignados e financiamentos de veículos (adimplentes ou inadimplentes) e ativos da carteira do Atacado. Tais cessões estão alinhadas as estratégias de captação de recursos para novas operações e gestão de portfólio e são normalmente negociadas com outras instituições financeiras, securitizadoras ou fundos de investimento.

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Para a data-base jun-18 não há saldo das operações cedidas com coobrigação antes da Resolução nº 3.533. O quadro a seguir apresenta o saldo das operações cedidas, segregadas conforme o tipo de coobrigação e cessionário (pós Resolução nº 3.533):

Trimestre Ano

Com retenção substancia l dos riscos e benefícios

(com coobrigação)7.210 6.808 9.256 5,9% -22,1%

Insti tuições financeiras 7.210 6.808 9.256 5,9% -22,1%

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

1 - Para o período apresentado não há exposições nas classificações : Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC);

Securitizadoras; Sociedade de Propósito Específico (SPE); Ajuste a mercado; e Outros.

Saldo das exposições cedidas

com retenção de riscos1jun-18 mar-18 jun-17

Variação

A tabela a seguir apresenta as exposições cedidas nos últimos 12 meses, que tenham sido honradas, recompradas ou baixadas para prejuízo:

Honradas e/ou Recompradas 1.656 1.862 2.255 2.330

Baixadas para Prejuízo 90 97 107 165

Exposições cedidas que tenham sido honradas,

recompradas, ou baixadas para prejuízo2º Tri 2018 1º Tri 2018 4º Tri 2017 3º Tri 2017

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Para a data-base jun-18 não foi realizada venda de operações baixadas em prejuízo. No exercício findo de dezembro de 2017, as vendas de operações baixadas em prejuízo no Consolidado somaram R$ 323 milhões, por meio de cessão de crédito sem coobrigação a entidades não integrantes do sistema Financeiro Nacional, conforme Resolução CMN nº 2.836/2001.

2.4.2 Exposições Adquiridas

O Banco esporadicamente adquire carteiras de créditos, a depender da oportunidade de negócio. A seguir, estão demonstrados os saldos das exposições adquiridas no período, segregadas por tipo e cedente:

Cedente Tipo de exposição Riscos e Benefícios Tri Ano

Cl ientes PJ Recebíveis Com transferência 1.624 1.445 1.216 12,4% 34%

Cl ientes PJ Recebíveis Com retenção 2 3 18 -16,0% -87%

Saldo das Exposições Adquiridas

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Variaçãojun-18 mar-18 jun-17

2.5 Securitização

Conforme a Circular nº 3.648 do BACEN, o processo de securitização define-se como a utilização de um fluxo de recebimentos associado a um conjunto de ativos subjacentes para remuneração de títulos de securitização estruturados em, no mínimo, duas classes de priorização de pagamento, podendo ser classificado como tradicional ou sintético. Sob este aspecto, o Banco atua no processo de securitização no papel de contraparte originadora de títulos de securitização, dada a sua atuação de originação direta ou indireta do ativo subjacente, ou no assessoramento e coordenação da emissão dos títulos de securitização, a partir de ativos subjacentes próprios ou de terceiros. O Banco dispõe de normas internas que amparam o processo de avaliação e originação dos títulos e valores mobiliários advindos de processos de securitização, sendo as propostas das operações aprovadas nas alçadas competentes e Comitê de Crédito.

No 2º trimestre de 2018, a Instituição finalizou o processo de distribuição de duas operações de Certificado de Recebíveis Agronegócio – “CRA” no valor total de R$ 150 milhões, sendo que a totalidade dos CRA´s foi distribuída a investidores. A carteira de títulos de securitização é composta conforme abaixo:

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Tradicional ou

SintéticaTipo do Título

Tipo de ativo

subjacenteClasse Título Tri Ano

Tradicional CRI CCB2 N/A 9 37 56 -75% -83%

Tradicional CRIDebêntures dest.

imobi l iáriaN/A 138 157 73 -12% 90%

Tradicional CRIContratos de

Compra e VendaN/A 0 0 43 N/A -100%

Tradicional CRA CDCA N/A 11 11 0 -2% N/A

Tradicional CRA NCE N/A 0 0 0 -100% N/A

1 - Conceito valor mtm com ajuste prudencial

2 - CCB - Cédula de Crédito Bancário

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

VariaçãoSaldo das Exposições de Securitização1

jun-18 mar-18 jun-17

Na data-base jun-18 a parcela de RWACPAD atribuída às exposições de securitização resultou em percentual inferior a 5% do valor total da parcela de RWACPAD na mesma data base.

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2. Risco de Mercado

O controle de risco de mercado tem como objetivo apoiar a gestão do negócio, estabelecer os processos e implementar as ferramentas necessárias para avaliação e controle dos riscos de mercado, possibilitando a mensuração e acompanhamento dos níveis de apetite a risco definidos pela Alta Administração.

2.1 Definição

O risco de mercado é definido como a possibilidade de ocorrência de perdas financeiras decorrentes da flutuação nos valores de mercado de exposições detidas por uma Instituição Financeira. Estas perdas financeiras podem ser incorridas em função do impacto produzido pela variação de fatores de riscos, tais como taxas de juros, paridades cambiais, preços de ações e de commodities, entre outros.

2.2 Princípios Básicos

Em linha com a Resolução nº 4.557 do CMN, o Banco dispõe de estrutura e políticas institucionais para o gerenciamento do risco de mercado aprovados pelo Conselho de Administração. As informações acerca da estrutura de gestão de risco de mercado contidas neste documento estão alinhadas com estas políticas. Os princípios básicos observados na gestão e controle foram estabelecidos em conformidade com a regulamentação vigente e práticas de mercado, conforme segue:

• Envolvimento da Alta Administração: os comitês existentes estão estruturados com o objetivo de envolver a Alta Administração na supervisão global da tomada de riscos;

• Segregação de carteiras: para efeito da gestão e do controle consolidado do risco de mercado das exposições, as operações são segregadas em dois tipos de carteiras, conforme a sua estratégia de negócio: carteira trading (negociação) ou carteira banking (não-negociação);

• Independência de funções: segregação de funções entre as áreas responsáveis pela execução de operações e a definição de estratégias de negócio, e as áreas encarregadas pela sua contabilização, pelo controle de riscos, compliance e controles internos e auditoria;

• Definição de metodologias de precificação e cálculo de riscos: para efeito do controle de riscos são adotadas metodologias estruturadas, de utilização corporativa mandatória, baseadas em práticas de mercado e demais fatores que podem ser utilizados na marcação a modelo, de acordo com critérios prudenciais estabelecidos pelo regulador, que incluem custo de liquidação das posições, spread de risco de crédito, entre outros;

• Estabelecimento de limites: definição clara e objetiva dos limites autorizados de risco, com base nas medidas de riscos. Esta definição está estruturada com o objetivo de inserir nas atividades diárias os níveis de apetite de risco definidos pela Instituição;

• Monitoramento de limites: definição do processo de acompanhamento e reporte do nível de utilização dos limites autorizados.

2.3 Áreas Envolvidas

As funções de gerenciamento de risco de mercado compreendem um conjunto de atividades funcionais que permeiam toda a ‘cadeia de negócio’, desde o desenvolvimento de produtos, a negociação de operações, a modelagem e o controle de risco de mercado e de resultado e a formalização, contabilização e liquidação de operações, bem como o acompanhamento da efetividade dos processos e controles utilizados.

Tais funções são desempenhadas por unidades funcionais formalmente constituídas, com equipes tecnicamente capacitadas, sob gestão segregada, e com atribuições claramente definidas, conforme apresentado a seguir:

• Risco de Mercado e Liquidez.

• Tesouraria.

• Operações.

• Finanças.

32

2.4 Gestão do Risco de Mercado

2.4.1 Segregação das Carteiras

Para fins da gestão e do controle consolidado do risco de mercado das exposições, as operações são segregadas em dois tipos de carteiras, de acordo com a sua estratégia de negócio: carteira trading (negociação) ou carteira banking (não-negociação).

A carteira trading abrange todas as operações, instrumentos financeiros, mercadorias ou derivativos, detidos com a intenção de negociação, giro ou destinadas a hedging de outras operações integrantes da carteira trading, e que não estejam sujeitas à limitação da sua negociabilidade. A carteira banking abrange todas as operações não classificadas como trading.

Os principais mecanismos que são adotados pelo Banco para a segregação de carteiras são:

• A segregação de operações é feita com base na intenção das estratégias de negócio, capturadas no momento da negociação, refletindo a gestão proativa da tesouraria, podendo estas ser classificadas como trading ou banking;

• Condições para classificação trading: intenção de negociação no curto prazo (noventa dias), não ter limitação à sua negociabilidade, serem marcadas a mercado diariamente e observar enquadramento aos prazos de giro e de carregamento definidos; e

• Composição da carteira banking: inclui demais operações, instrumentos financeiros, mercadorias ou derivativos, que, por exclusão, não são detidas com a intenção exclusiva de negociação no curto prazo.

2.4.2 Medidas e Limites de Risco para Gestão e Controle

O Banco adota um conjunto de medidas objetivas para gestão e controle de riscos de mercado.

• VaR4 (Valor em Risco): busca determinar o risco decorrente de exposições de mercado, por meio da determinação da maior perda esperada dentro de um intervalo de confiança e de um horizonte de tempo;

• Teste de estresse: utilizado para estimar as oscilações potenciais de valor nos instrumentos financeiros, que ocorrem em função de movimentos extremos das variáveis de mercado (ou fatores de risco);

• Capital Regulatório de Risco de Mercado: compreende o capital regulatório apurado em decorrência das exposições das carteiras de negociação e não-negociação;

• Análises de Sensibilidade: é utilizada para estimar as oscilações potenciais de valor nos instrumentos financeiros, que ocorrem em função de choques predeterminados nos fatores de risco; e

• Análise de GAP: consiste na mensuração dos descasamentos de fluxos de caixa por fator de risco.

• sVaR (VaR estressado): O sVaR consiste numa medida complementar ao VaR Histórico, com o objetivo de simular, para a carteira atual da Instituição o impacto de períodos históricos de estresse não considerados na janela histórica de retornos do VaR.

As medidas de risco são utilizadas em conjunto com limites para a gestão do risco de mercado. Estes limites compreendem a definição dos valores máximos autorizados, em aderência às estratégias adotadas, ao leque de operações e produtos com negociação autorizada e consistentemente às premissas e metas orçamentárias. Existem três tipos de limites, conforme alçada de decisão:

• Limites Superiores: apetite a risco do Conselho de Administração, limites máximos autorizados;

• Limites Operacionais - CRC: limites internos autorizados na alçada do Comitê Controles e Riscos (CCR), sempre observando os limites Superiores.

• Limites Operacionais - CRO: limites internos autorizados na alçada do Diretor de Riscos (CRO - Chief Risk Officer), sempre observando os Limites Superiores e Operacionais - CRC.

O estabelecimento de limites tem por base o apetite de risco e é definido de tal forma a possibilitar, de forma pragmática, o cumprimento das metas de performance financeira pretendidas. Os limites e as metas são compatibilizados por ocasião da programação orçamentária. Os valores estabelecidos nos limites são atualizados e revistos, com periodicidade mínima anual, juntamente com programação orçamentária.

4 Value-at-risk

33

2.4.3 Metodologia de Mensuração de Risco

Carteira Trading

A carteira trading é composta pelas operações que o Banco possui e que estão disponíveis para negociação. Para a mensuração do risco da carteira, o Banco adota metodologia de VaR por Simulação Histórica. O quadro a seguir apresenta a exposição da carteira trading, com abertura por fator de risco, segmentando as posições compradas e vendidas:

Tri Ano

772 (728) 852 206,0% -9,4%

14.209 6.845 11.559 107,6% 22,9%

(13.437) (7.573) (10.706) -77,4% 25,5%

(221) 1.026 (318) -121,5% -30,5%

Comprado 1.490 2.777 811 -46,3% 83,7%

Vendido (1.711) (1.751) (1.129) 2,3% 51,6%

217 56 165 287,5% 31,8%

Comprado 50.723 32.268 45.419 57,2% 11,7%

Vendido (50.506) (32.212) (45.255) -56,8% 11,6%

(47) (370) (373) 87,3% -87,4%

Comprado 248 667 400 -62,8% -38,0%

Vendido (295) (1.037) (773) 71,6% -61,9%

- - 24 N/A -100,0%

Comprado - 57 801 -100,0% -100,0%

Vendido - (57) (777) 100,0% -100,0%

Mercadorias - - - N/A N/A

Comprado - - - N/A N/A

Vendido - - - N/A N/A

TJLP / TR / TBF - - - N/A N/A

Comprado - - - N/A N/A

Vendido - - - N/A N/A

Renda Variável

Comprado

Vendido

Cupom Moeda Estrangeira

Moeda Estrangeira

Inflação

Prefixado

Exposição da Carteira Trading jun-18 mar-18 jun-17Variação

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Carteira Banking

O risco de variação de taxa de juros para instrumentos classificados na carteira bancária (IRRBB) é definido como o impacto, atual ou prospectivo, de movimentos adversos das taxas de juros no capital e nos resultados da instituição financeira, para os instrumentos classificados na carteira bancária.

A carteira banking é composta pelas exposições estruturais, decorrentes da concessão e manutenção das operações de crédito, propriamente ditas, e das captações, que provêm funding para estas operações de crédito, independentemente dos prazos e moedas das operações ou de suas segmentações comerciais (varejo, middle ou corporate). Também são consideradas na carteira banking as operações destinadas a hedging do Patrimônio ou das operações de crédito ou de captação integrantes da carteira banking. Esta carteira é também conhecida como a carteira estrutural, por compreender a gestão estrutural dos descasamentos entre ativos e passivos. Até janeiro de 2018 para a mensuração do risco da carteira banking, a Instituição adotou a metodologia de VaR por Simulação Histórica e a metodologia adota os preceitos estabelecidos pelo Bacen, por meio da Circular nº 3.365, de 12/09/2007.

A Instituição utiliza premissas conservadoras para a liquidação antecipada de empréstimos e depósitos que não possuam vencimento definido:

• No caso de empréstimos, assume-se a data final de liquidação de contrato, não havendo qualquer modelagem estatística para a cenarização da antecipação do recebimento dos valores devidos;

• No caso de depósitos com liquidez diária, como é o caso das captações compromissadas, realizadas por meio de compromissos de recompra, assume-se a data a partir da qual é possível o resgate (antecipação da liquidação); e

• No caso de depósitos à vista, cujas posições não são materialmente relevantes, assume-se primeiro dia útil subsequente, à data base de cálculo, para seu vencimento.

34

A seguir apresenta-se a evolução do risco da carteira banking:

Tri Ano

383 374 269 2,4% 42,4%

(*) A partir de Mar/18 RBAN apurado pelas metodologias Delta EVE e Delta NII.

Risco de Taxa de Juros da Carteira Banking

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Risco de Taxa de Juros da Carteira Banking jun-18 mar-18 jun-17Variação

Ao longo de 2017 a Instituição realizou evoluções nas métricas de gestão do risco de IRRBB com o objetivo de se adequar as novas normas regulatórias (Resolução nº 4.557/2017 vigente para Instituições classificadas como S2 a partir de fevereiro de 2018) e aos princípios recomendados de Basiléia. Nesse contexto, a avaliação e o controle do risco de taxas de juros envolve a mensuração das seguintes métricas:

• EVE (Change in Economic Value of Equity): A abordagem de Valor Econômico calcula o efeito da variação da taxa de juros a partir da remarcação econômica dos ativos e passivos da Instituição. Esta métrica avalia o impacto no capital da instituição decorrente da venda ou liquidação hipotética de suas posições (ativos e passivos) em condições diferentes das vigentes no mercado;

• NII (Change in Net Interest Income): A abordagem de Variação de Margem de Juros tem por objetivo capturar os efeitos das variações nas receitas de intermediação da Instituição decorrentes de variações das taxas de juros.

As métricas definidas acima passaram a ser reportadas no Comitê de ALM e Tributos a partir do 2º semestre de 2017 e em fevereiro de 2018 foram incluídas no Apetite a Risco da instituição após a aprovação pelo Conselho de Administração. O modelo da RBAN foi alterado em fevereiro/2018.

2.4.4 Sistemas de Mensuração e Processo de Comunicação A Instituição adota sistemas corporativos para mensuração e controle de riscos de mercado, combinando aplicativos desenvolvidos internamente com soluções de mercado, de atestada robustez. Estes sistemas compreendem o tratamento integrado de informações, de forma sequenciada:

• A captura de preços e curvas de fontes independentes de mercado, refletindo parâmetros das condições efetivamente praticadas para negociação;

• A captura do registro das operações negociadas e de seus dados cadastrais;

• A atualização e o arquivamento contínuo destas informações em bases de dados estruturadas, com monitoramento de sua integridade e consistência contábil;

• A apuração dos valores a mercado de posições, para fins contábeis, do acompanhamento gerencial de posições e de performance financeira realizada; e

• O cálculo dos valores em risco, seguindo metodologias vigentes.

Complementarmente, a Instituição adota processo estruturado para a comunicação dos assuntos relacionados ao gerenciamento de riscos de mercado. Este processo de comunicação compreende:

• A emissão periódica de relatórios objetivos, nos quais são apresentadas as exposições e demonstrados os níveis de utilização de limites autorizados;

• A realização periódica dos fóruns colegiados de acompanhamento, em observância às alçadas decisórias e nos quais são debatidos de forma participativa os assuntos em pauta; e

• A emissão de mensagens eletrônicas específicas para reporte e monitoramento de ocorrências de extrapolação de limites ou de desenquadramento de operações, nas quais são identificadas posições e os gestores responsáveis.

2.4.5 Comunicação de Extrapolação de Limites e Desenquadramento de Operações

O procedimento adotado para o monitoramento da utilização de limites ou do desenquadramento de operações compreende duas etapas: (i) de comunicação e (ii) de re-enquadramento.

• Comunicação: Para comunicação são utilizadas mensagens padrão de ‘Alerta de Utilização’, indicando níveis pré-estabelecidos de gatilho na utilização de limites, e de ‘Extrapolação de Limite’, indicando ocorrência de exposições superiores ao risco autorizado, são encaminhadas por meio eletrônico.

35

• Re-enquadramento: Eventual extrapolação de limites ou desenquadramento de operações implica obrigatoriamente na execução de estratégias de negociação para re-enquadramento aos limites autorizados e redução dos valores utilizados. Estas estratégias são de responsabilidade dos gestores de negócio, considerando as condições do mercado, e acompanhadas no Comitê de Riscos e Controles subsequente.

2.4.6 Perfil da Carteira de Instrumentos Derivativos

O quadro a seguir apresenta a composição da carteira de instrumentos derivativos, com abertura por fator de risco, segmentando as posições por tipo de contraparte, local e se são compradas ou vendidas:

Contraparte Local C/V1 Tri Ano

C 42.684 27.933 37.470 52,8% 13,9%

V (69.754) (56.970) (64.932) 22,4% 7,4%

C 6 16 48 -62,5% -87,5%

V (3.158) (1.879) (3.958) 68,1% -20,2%

C 24.061 17.310 20.116 39,0% 19,6%

V (25.919) (19.505) (26.553) 32,9% -2,4%

C 59 72 36 -18,1% 63,8%

V (121) (74) (73) 63,5% 66,6%

(32.142) (33.097) (37.844) -2,9% -15,1%1 - C - Comprado e V - Vendido

Líquido

Sem

Contraparte

Centra l

Bras i l

Exterior

Com

Contraparte

Centra l

Bras i l

Exterior

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Fator de Risco: JUROSjun-18 mar-18 jun-17

Variação

Contraparte Local C/V1 Tri Ano

C 25.532 13.673 23.608 86,7% 8,1%

V (28.488) (15.146) (20.113) 88,1% 41,6%

C - - - N/A N/A

V - - - N/A N/A

C 15.374 12.011 11.070 28,0% 38,9%

V (10.477) (9.212) (14.769) 13,7% -29,1%

C 56 15 34 273,3% 67,0%

V (121) (74) (98) 63,5% 23,8%

1.876 1.267 (267) 48,1% -801,5%1 - C - Comprado e V - Vendido

Líquido

Sem

Contraparte

Centra l

Bras i l

Exterior

Com

Contraparte

Centra l

Bras i l

Exterior

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Fator de Risco: CÂMBIOjun-18 mar-18 jun-17

Variação

Contraparte Local C/V1 Tri Ano

C - 57 764 -100,0% -100,0%

V (48) (114) (1.021) -57,5% -95,3%

C - - - N/A N/A

V - - - N/A N/A

C - - - N/A N/A

V - - - N/A N/A

C - - - N/A N/A

V - - - N/A N/A

(48) (57) (257) -15,0% -81,1%1 - C - Comprado e V - Vendido

Líquido

Sem

Contraparte

Centra l

Bras i l

Exterior

Com

Contraparte

Centra l

Bras i l

Exterior

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Fator de Risco: AÇÕESjun-18 mar-18 jun-17

Variação

Para as datas-bases de referência a Instituição não possui exposição ao fator de risco Commodities em Derivativos.

A utilização de instrumentos derivativos é feita de forma dinâmica e em consonância com os limites autorizados e o retorno financeiro pretendido. Do perfil da carteira de derivativos, destacamos as exposições em derivativos de juros, com operações negociadas com contrapartes centrais, isto é, no mercado organizado de bolsas, no Brasil. Estas exposições são decorrentes da estratégia adotada pelo Banco para o hedge do risco de taxa de juros das carteiras estruturais.

36

2.4.7 Análises de Sensibilidade

O Banco Votorantim utiliza duas metodologias de análise de sensibilidade das suas exposições.

Análise 1 – Inicialmente, utiliza como método a aplicação de choques paralelos nas curvas dos fatores de risco mais

relevantes. Tal método tem como objetivo simular os efeitos no resultado do Conglomerado diante de cenários eventuais, os

quais consideram possíveis oscilações nas taxas de juros praticadas no mercado. Para efeito de simulação, são considerados

dois cenários eventuais, nos quais o fator de risco analisado sofreria um aumento ou uma redução da ordem de 10 pontos

base.

Analise 1 - Análise de sensibilidade para a carteira de não negociação:

+10 bps -10 bps +10 bps -10 bps

(11) 11 (11) 11

1 (1) 1 (1)

(1) 1 (5) 5

1 (1) 0 (0)

(10) 10 (15) 15 Total

Cupons de índices de preços Cupons de índices de preços

Cupons de moedas estrangeiras Cupons de moedas estrangeiras

Taxa pré-fixada Taxas pré-fixadas de juros

Cupons de taxas de juros Cupons de taxas de juros

Valores em R$ milhões.

Fatores de risco Exposiçãojun-18 jun-17

Análise 2 – São realizadas simulações que medem o efeito dos movimentos das curvas de mercado e dos preços sobre as

exposições mantidas pelo Conglomerado, tendo como objetivo estimar os efeitos no resultado diante de três cenários

específicos, conforme apresentado a seguir:

• Cenário 1 - Na construção desse cenário, as moedas e o índice IBOVESPA sofrem choques de 1,00% sobre o valor de fechamento em 29 de junho de 2018. As curvas de juros pré-fixado, de cupons de índice de preços, de cupons de moeda estrangeira e demais cupons de taxa de juros sofrem choques paralelos de 10 pontos base, ou seja, todos os valores, independente do prazo, aumentam em 0,10%.

• Cenário 2 - Cenário com choque de 25% sobre as cotações de fechamento de 29 de junho de 2018, conforme norma interna de precificação de ativos e análise econômica, consistente com as melhores práticas de mercado. As curvas de juros sofrem choques paralelos de magnitude de 25% das respectivas taxas para operações de 1 ano de 29 de junho de 2018.

• Cenário 3 - Cenário com choque de 50% sobre as cotações de fechamento de 29 de junho de 2018, conforme norma interna de precificação de ativos e análise econômica, consistente com as melhores práticas de mercado. As curvas de juros sofrem choques paralelos de magnitude de 50% das respectivas taxas para operações de 1 ano de 29 de junho de 2018.

Na análise feita para as operações classificadas na carteira banking, tem-se que a valorização ou a desvalorização em

decorrência de mudanças em taxa de juros e preços praticados no mercado, não representam impacto financeiro e contábil

significativo sobre o resultado do Conglomerado. Isto porque esta carteira é composta, majoritariamente, por operações de

créditos, captações de varejo e títulos e valores mobiliários, cujo registro contábil é realizado, principalmente, pelas taxas

pactuadas na contratação das operações. Adicionalmente, destaca-se o fato dessas carteiras apresentarem como principal

característica a classificação contábil disponível para venda e, portanto, os efeitos das oscilações em taxa de juros ou preços

são refletidos no Patrimônio Líquido e não no resultado. Há também operações atreladas naturalmente a outros instrumentos

(hedge natural), minimizando dessa forma os impactos em um cenário de estresse.

Nos quadros a seguir, encontram-se sintetizados os resultados para a Carteira de Não Negociação (Banking), composta por títulos públicos e privados e instrumentos financeiros derivativos, apresentando os valores observados no último dia útil da data-base em referência:

37

Choque Exposição Resultado

Aumento 6.579 (10)

Aumento (5.974) 0

Aumento 543 (0)

Aumento 25 0

Aumento (286) 1 TJLP Risco de variação de cupom de TJLP

Índices de preços Risco de variação de cupons de índices de preços

TR/TBF Risco de variação de cupom de TR e TBF

Taxa Prefixada Risco de variação das taxas prefixadas de juros

Cupons de moedas estrangeiras Risco de variação de cupom cambial

Consolidado Prudencial, valores em R$ milhões.

Cenário I

Fator de Risco Conceito

jun-18

Choque Exposição Resultado

Aumento 6.579 (195)

Redução (5.974) (7)

Aumento 543 (2)

Manutenção 25 -

Redução (286) (0) TJLP Risco de variação de cupom de TJLP

Índices de preços Risco de variação de cupons de índices de preços

TR/TBF Risco de variação de cupom de TR e TBF

Taxa Prefixada Risco de variação das taxas prefixadas de juros

Cupons de moedas estrangeiras Risco de variação de cupom cambial

Cenário II

Fator de Risco Conceito

jun-18

Consolidado Prudencial, valores em R$ milhões.

Choque Exposição Resultado

Aumento 6.579 (388)

Redução (5.974) (14)

Aumento 543 (5)

Manutenção 25 -

Aumento (286) (1) TJLP Risco de variação de cupom de TJLP

Índices de preços Risco de variação de cupons de índices de preços

TR/TBF Risco de variação de cupom de TR e TBF

Taxa Prefixada Risco de variação das taxas prefixadas de juros

Cupons de moedas estrangeiras Risco de variação de cupom cambial

Cenário III

Fator de Risco Conceito

jun-18

Consolidado Prudencial, valores em R$ milhões.

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3. Risco de Liquidez

A gestão do risco de liquidez visa organizar, avaliar e monitorar o risco de liquidez da Instituição, estabelecendo os processos, ferramentas e limites necessários para a geração e análise de cenários prospectivos de liquidez e o acompanhamento dos níveis de apetite aos riscos estabelecidos pela Alta Administração.

3.1 Definição

O Risco de Liquidez é definido como:

a) A possibilidade de a Instituição não ser capaz de honrar eficientemente suas obrigações esperadas e inesperadas, correntes e futuras, inclusive as decorrentes de vinculação de garantias, sem afetar suas operações diárias e sem incorrer em perdas significativas; e

b) A possibilidade de a Instituição não conseguir negociar a preço de mercado uma posição, devido ao seu tamanho elevado em relação ao volume normalmente transacionado ou em razão de alguma descontinuidade no mercado.

3.2 Princípios Básicos

Em linha com a Resolução nº 4.557 do CMN, o Banco dispõe de estrutura e políticas institucionais para o gerenciamento do risco de liquidez aprovados pelo Conselho de Administração. As informações acerca da estrutura de gestão de risco de liquidez contidas neste documento estão alinhadas com estas políticas. Os princípios básicos observados na gestão e controle foram estabelecidos em conformidade com a regulamentação vigente e práticas de mercado, conforme segue:

• Envolvimento da Alta Administração: os comitês existentes estão estruturados com o objetivo de envolver a Alta

Administração na supervisão global da tomada de riscos;

• Independência de funções: segregação de funções entre as áreas responsáveis pela execução de operações e pela

definição de estratégias de negócio, e as áreas encarregadas pela sua contabilização, pelo controle de riscos, pelo

compliance e controles internos e pela auditoria. Esta segregação está estruturada com o objetivo de garantir

independência e autonomia na condução das atribuições inerentes a cada função;

• Definição de atribuições: definição clara dos processos e do leque de atividades de cada função envolvida na gestão e

controle de riscos de liquidez. Esta definição está estruturada com o objetivo de possibilitar uma gestão operacional

organizada e eficiente;

• Monitoramento de limites: definição do processo de acompanhamento e reporte do nível de utilização dos limites

autorizados;

• Definição de metodologias para construção de cenários: são adotadas metodologias estruturadas, de utilização

corporativa mandatória, baseadas em práticas de mercado, que visam incorporar a dinâmica da contratação de novas

operações e da liquidação das carteiras existentes;

• Estabelecimento de limites: definição clara e objetiva dos limites autorizados de risco, com base em métricas de riscos,

estruturadas com o objetivo de inserir nas atividades diárias os níveis de apetite de riscos definidos pelo Conselho de

Administração;

• Plano de contingência de liquidez: definição e revisão periódica de plano estruturado para recomposição dos níveis pré-estabelecidos de caixa, com a atribuição de responsáveis e instrumentos.

3.3 Governança e Controle

O acompanhamento das atividades de gerenciamento do risco de liquidez é parte integrante das atribuições dos seguintes órgãos colegiados, com definição clara de atribuições, composição e periodicidade:

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Conselho de Administração

• Responsável por fixar as diretrizes fundamentais da política geral de Liquidez da Instituição, verificar e acompanhar a sua execução.

• Responsável por definir o Apetite a Riscos da Instituição;

• Responsável por aprovar os Limites de Risco de Liquidez e o Plano de Contingência de Liquidez. Comitê de Controles e Riscos

• Responsável por ratificar e acompanhar o apetite a risco de liquidez, monitorar o nível de caixa e deliberar estratégias para gestão, controle e contingências de liquidez.

Comitê de ALM e Tributos

• Responsável por avaliar e propor iniciativas visando proteger e maximizar o balanço estrutural do banco sob o ponto de vista econômico-financeiro, contábil e fiscal.

3.4 Áreas Envolvidas

As funções de gerenciamento de risco de liquidez compreendem um conjunto de atividades que permeiam toda a ”cadeia de negócio”, desenvolvimento de produtos, negociação e desembolso de operações, modelagem e controle do risco de liquidez e o acompanhamento da efetividade dos processos e controles utilizados.

As funções de gerenciamento de risco de liquidez são desempenhadas por unidades formalmente constituídas, com equipes tecnicamente capacitadas, sob gestão segregada, e com atribuições claramente definidas, conforme apresentado a seguir:

• Risco de Mercado e Liquidez.

• Tesouraria e Área de Captação.

• Finanças.

3.5 Gestão do Risco de Liquidez

3.5.1 Medidas e Limites de Risco para Gestão e Controle

A Instituição adota um conjunto de medidas objetivas para a gestão e controle do risco de liquidez. Os limites de liquidez são estabelecidos pelo Limite Referencial de Liquidez, o Caixa Operacional Mínimo e o Apetite a Risco para o LCR. Estes limites compreendem a definição dos valores máximos autorizados, por meio do estabelecimento de níveis mínimos de caixa e de ações contingenciais. A área de Risco de Mercado e Liquidez é responsável por monitorar diariamente o risco de liquidez e acionar os fóruns competentes em caso de aumento do risco.

Os valores estabelecidos nos limites de liquidez e no plano de contingência são atualizados e revistos periodicamente, em função da alteração significativa das condições de mercado ou da dinâmica e composição das carteiras.

Limite Referencial de Liquidez e Caixa Operacional Mínimo

• O Limite Referencial de Liquidez e o Caixa Mínimo Operacional compreendem o estabelecimento de intervalos e patamares mínimos aceitáveis, configurando limites prospectivos para cenários adversos de liquidez;

• Cenários de vencimento: compreendem a apuração do perfil futuro de liquidez, tendo por base a premissa geral de vencimento das carteiras atuais e todos os fluxos de caixa;

• Cenários orçamentários: compreendem a apuração do perfil futuro de liquidez, com premissas consistentes com o planejamento orçamentário, tendo por base a premissa geral de rolagem das carteiras atuais;

• Cenários de estresse: compreendem simulações do impacto nas carteiras decorrente de condições extremas de mercado e/ou da dinâmica e da composição das carteiras, que possam alterar de forma significativa os cenários projetados de liquidez do Banco;

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• Análises de Sensibilidade: compreendem simulações de sensibilidade no perfil futuro de liquidez em função de pequenas oscilações nas condições de mercado e/ou na dinâmica e composição das carteiras; e

• Perfil de Concentração de Captação: compreende o acompanhamento do perfil de concentração das carteiras, em termos de volumes, prazos, instrumentos, segmentos e contrapartes.

Indicador de Liquidez de Curto Prazo LCR (Liquidity Coverage Ratio)

A Circular BACEN nº 3.749 estabelece a metodologia de cálculo do indicador Liquidez de Curto Prazo (LCR). Esta circular está alinhada com as recomendações contidas nos documentos de Basileia III, divulgadas com o objetivo de evidenciar que as grandes instituições financeiras possuem recursos de alta liquidez para resistir a um cenário de estresse financeiro agudo padronizado com duração de um mês, mediante critérios pré-estabelecidos na regulamentação.

O LCR, conforme definido pela circular, é a razão entre os estoques de ativos de alta liquidez (HQLA) e o total de saídas líquidas de caixa previstas para um período de 30 dias.

• Estoque de Ativos de Alta Liquidez ou HQLA: Podem ser considerados HQLA os ativos que se mantêm líquidos nos mercados durantes períodos de estresse e que atendam requisitos mínimos definidos pela legislação, como:

✓ Sejam fácil e imediatamente convertidos em espécie, mediante nenhuma ou pouca perda em seu valor de mercado; ✓ Estejam livres de qualquer impedimento ou restrição legal, regulatória, estatutária ou contratual para sua

negociação; ✓ Apresentem baixo risco e tenham seu apreçamento fácil e certo, entre outras exigências.

• Saídas Líquidas de Caixa: São consideradas as potenciais saídas de caixa em 30 dias, sob um severo cenário estresse, e subtraídas as entradas de caixa para o mesmo período.

• O cenário de estresse padronizado considera choques idiossincráticos e de mercado definidos pela norma regulamentar como: ✓ Perda parcial das captações de varejo; ✓ Perda parcial da capacidade de captação de atacado sem colateral; ✓ Perda parcial da capacidade de captar recursos no curto prazo; ✓ Saídas adicionais de recursos, devido ao rebaixamento da classificação de risco de crédito; ✓ Aumento das volatilidades de preços, taxas ou índices que impacte a qualidade do colateral ou a exposição futura de

derivativos; ✓ Saques superiores aos esperados de linhas de crédito e liquidez concedidas; ✓ A necessidade potencial de o banco recomprar dívida ou honrar obrigações não contratuais, visando mitigar seu risco

reputacional.

A Resolução CMN nº 4.401, estabelece um cronograma de implantação do índice, a partir de outubro de 2015:

Out - 2015 2016 2017 2018 2019

LCR Mínimo 60% 70% 80% 90% 100%

No 2º trimestre de 2018, o LCR ficou em 172%, acima no mínimo regulamentar de 90% para o período, o índice reflete uma gestão conversadora da liquidez e do funding da Instituição. Informações detalhadas encontram-se disponíveis no anexo 4.

41

Tri Ano

172% 196% 185% 181% -12,4% -4,9%

11.172 11.172 11.515 11.966 0,0% -6,6%

6.496 5.692 6.236 6.618 14,1% -1,9%

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Indicador Liquidez de Curto Prazo

LCR1

Total HQLA2

Total sa ídas l íquidas de ca ixa

2º Tri 2018 1º Tri 2018 4º Tri 2017Variação

3º Tri 2017

1-Não considera linha de crédito com o Banco do Brasil.

2-Principalmente títulos públicos federais e reservas bancárias.

São considerados como HQLA primordialmente títulos públicos federais e reservas bancárias. As saídas de caixa são impactadas principalmente por captações de atacado com vencimento ou liquidez em 30 dias.

Foi considerada a média simples dos dias úteis dos meses de abril, maio e junho/2018 (63 observações). A tabela detalhada do LCR encontra-se disponível no anexo 4.

O Banco Votorantim estabeleceu o apetite a risco para o LCR, que consiste na comparação do LCR atual e da projeção do índice para os próximos 6 meses com um índice mínimo pré-estabelecido. Além disso, é importante ressaltar que o Banco possui uma linha de crédito junto ao BB desde 2009, que representa significativa reserva de liquidez e que nunca foi utilizada.

3.5.2 Sistemas de Mensuração e Processo de Comunicação

A Instituição adota sistemas corporativos para mensuração e controle de riscos de liquidez, combinando aplicativos desenvolvidos internamente com soluções de mercado, de atestada robustez. Estes sistemas operacionalizam o tratamento integrado de informações, de forma sequenciada:

• A captura do registro das operações negociadas e de seus dados cadastrais;

• A atualização e o arquivamento contínuo destas informações em bases de dados estruturadas, com monitoramento de sua integridade e consistência contábil;

• A apuração do perfil de liquidez, pelo cálculo da rolagem e do vencimento de operações, conforme as premissas dos diversos cenários em pauta.

Adicionalmente, o Banco adota processo estruturado para a comunicação dos assuntos relacionados ao gerenciamento de riscos de liquidez. Este processo de comunicação compreende:

• A emissão periódica de relatórios objetivos, nos quais são apresentados os cenários de liquidez e a evolução do perfil das carteiras de captação, bem como demonstrados os níveis de utilização de limites autorizados;

• A realização periódica dos fóruns colegiados de acompanhamento, em observância às alçadas decisórias e nos quais são debatidos de forma participativa os assuntos em pauta.

3.5.3 Comunicação de Extrapolação de Limites e Plano de Contingência

O procedimento adotado para o monitoramento dos níveis de caixa e do plano de contingência compreende duas etapas: comunicação e monitoramento.

• Comunicação: Para comunicação são apresentados os cenários e métricas de liquidez no Comitê de Controles e Riscos , onde são analisadas as variações e considerados os níveis pré-estabelecidos de acionamento do plano de contingência em caso de potencial extrapolação dos limites estabelecidos.

• Monitoramento: Eventual extrapolação de limites implica obrigatoriamente a implementação de estratégias combinadas de negócio, de gestão das carteiras de aplicação e captação, para a recomposição dos níveis de liquidez, incluindo, caso necessário, o lançamento e a adoção das ações estabelecidas previamente no plano de contingência. Estas estratégias são de responsabilidade dos gestores de negócio, considerando as condições do mercado, e acompanhadas no Comitê de Controles e Riscos.

42

4. Risco Operacional

4.1 Definição

O risco operacional é definido como a possibilidade da ocorrência de perdas resultantes de eventos externos ou de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas ou sistemas. Esta definição inclui o Risco Legal associado a inadequações ou deficiências em contratos firmados pelo Conglomerado, às sanções em razão de descumprimento de dispositivos legais e às indenizações por danos a terceiros decorrentes das atividades desenvolvidas pelo Conglomerado. Entre os eventos de risco operacional, incluem-se:

a. Fraudes internas e externas;

b. Demandas trabalhistas e segurança deficiente do local de trabalho;

c. Práticas inadequadas relativas a clientes, produtos e serviços;

d. Danos a ativos físicos próprios ou em uso pelo Conglomerado;

e. Situações que acarretem a interrupção das atividades do Conglomerado;

f. Falhas em sistemas, processos ou infraestrutura de tecnologia da informação (TI);

g. Falhas na execução, no cumprimento de prazos ou no gerenciamento das atividades pelo Conglomerado.

4.2 Princípios Básicos

Em linha com a Resolução nº 4.557 do CMN, o Banco dispõe de estrutura e políticas institucionais para o gerenciamento do risco operacional aprovados pelo Conselho de Administração. As informações acerca da estrutura de gestão de risco operacional contidas neste documento estão alinhadas com estas políticas. Os princípios básicos observados na gestão e controle foram estabelecidos em conformidade com a regulamentação vigente e práticas de mercado, conforme segue:

• Envolvimento da Alta Administração na supervisão global da tomada de riscos por intermédio dos comitês estabelecidos;

• Aculturamento do Conglomerado nos conceitos de gestão de Risco Operacional por meio de treinamento corporativo e por meio de discussões promovidas em fóruns de governança específicos;

• Captura de perdas operacionais e manutenção de base de dados estruturada com informações referentes aos eventos;

• Elaboração e avaliação de indicadores de perdas operacionais;

• Cálculo de capital alocado para risco operacional a partir de metodologias estruturadas e adequadas às exigências regulatórias.

• Mapeamento dos processos operacionais e sistêmicos, mapeamento de controles existentes e análise dos riscos inerentes e residuais;

• Análise, comunicação e implantação de planos de ação para melhoria de processos e controles para mitigação dos riscos incorridos.

4.3 Áreas Envolvidas

As funções de gerenciamento de risco operacional compreendem um conjunto de atividades que permeiam toda a ”cadeia de negócio”, desenvolvimento de produtos, negociação e desembolso de operações, modelagem e controle do risco operacional e o acompanhamento da efetividade dos processos e controles utilizados.

As funções de gerenciamento de risco operacional são desempenhadas por unidades funcionais segregadas, formalmente constituídas, formadas por equipes capacitadas e com atribuições claramente definidas, conforme apresentado a seguir:

• Risco Operacional.

• Controles Internos.

• Compliance.

• Prevenção à Lavagem de Dinheiro.

• Segurança da Informação e Continuidade de Negócios.

• Gestão de Risco de Fraudes.

• Capital Regulatório.

• Risco Integrado.

43

4.4 Gestão do Risco Operacional

4.4.1 Sistema de Mensuração e Processo de Comunicação

A avaliação dos riscos operacionais existentes nos processos da organização considera os fatores “impacto” e “vulnerabilidade”, definidos na Régua de Riscos corporativa, que os categoriza em Baixos, Médios, Altos ou Extremos.

Os riscos mapeados e classificados são submetidos à validação dos gestores dos processos, para definição do tratamento adequado: aceitar ou reduzir o risco. Caso o tratamento do risco seja reduzir, os gestores do processo são responsáveis por propor ações de mitigação.

A área de Risco Operacional elabora e divulga à Alta Administração o Relatório Anual de Risco Operacional descrevendo a estrutura de gerenciamento do risco operacional, bem como as ações realizadas no ano corrente e as planejadas para o ano seguinte visando o aprimoramento da gestão do risco operacional no Banco.

4.4.2 Perdas Operacionais por Categoria de Risco

O gráfico abaixo apresenta a distribuição das perdas operacionais desembolsadas e despesas de provisão nos anos de 2016 ao primeiro trimestre de 2018, classificadas por categoria de risco.

42%

24%20%

12%

1%

42%

23% 21%

13%

1%

47%

16%21%

14%

0%0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

3. Relações Trabalhistas 4. Clientes, Produtos,

Práticas de Negócios2. Fraude Externa 9. Execução e

Gerenciamento de

Processos

Outros

Perdas Operacionais por Categoria de Risco

2016 2017 1º Sem 2018

4.5 Gerenciamento de Continuidade de Negócios

O Banco conta com um ambiente de tecnologia de alta disponibilidade e alta capacidade de recuperação, composto pelos seguintes elementos:

• Dois datacenters hotsites, construídos pelo conceito de sala cofre pela Aceco, onde as infraestruturas para suportar os sistemas críticos são replicadas – um deles no edifício Rochaverá no Morumbi e outro no edifício BFC na Avenida Paulista;

• Sistema de armazenamento de dados em ambos os datacenters onde as bases de dados críticas são espelhadas de forma síncrona;

• Pool de servidores de aplicação e cluster de servidores de arquivos para os processos e sistemas críticos;

• Unidades de fitas em ambos os datacenters e armazenamento externo de backup;

• Acesso remoto às aplicações críticas;

• Ferramenta de acesso aos planos de contingência acessível pela Internet;

A área de Continuidade de Negócios utiliza o sistema RPX (Recovery Planner) para gestão das ocorrências de interrupção, definição dos planos de continuidade e documentação de suporte das evidências dos testes e exercícios realizados.

44

Para as empresas do segmento de varejo, o plano de continuidade compreende os sites de Terceiros, como processamento de Cartões (EDS) e atendimento ao cliente (Tivit e Contax). As diretrizes corporativas de Gestão de Continuidade de Negócios contemplam políticas, normas, procedimentos, papeis e responsabilidades visando à implementação de uma Gestão de Continuidade de Negócios e Crises efetiva na Organização, assegurando uma maior resiliência ante situações adversas.

A partir dos conceitos, princípios e diretrizes estabelecidos, o Consolidado fortalece sua estrutura de gerenciamento de riscos e sua governança corporativa, oferece maior segurança aos seus clientes e acionistas diante de imprevistos a eventuais crises e durante a recuperação até o retorno à normalidade.

A área de Segurança da Informação e Continuidade de Negócios é a estrutura responsável por coordenar as atividades de segurança da informação e continuidade de negócios no Consolidado junto às áreas de Negócio e Suporte e é, por princípio, independente no exercício de suas funções.

A aplicação da metodologia de Análise de Impacto nos Negócios (BIA – Business Impact Analysis) possibilita identificar e classificar o impacto dos processos críticos de negócios, quanto à perda financeira, riscos de imagem, reputação e legal, caso sofram algum evento que os impossibilitem a serem executados da maneira habitual. A classificação de impacto nos processos de negócios é mensurada através das análises qualitativa, que avalia risco de imagem perante os clientes, mercado e reguladores e/ou quantitativa, que avalia potenciais impactos financeiros decorrentes de indisponibilidades. Esta disciplina da continuidade de negócios viabiliza o planejamento estratégico dos planos de contingência do Consolidado Econômico-Financeiro Votorantim e a priorização dos projetos para atender às novas necessidades e/ou a adequação dos planos existentes.

5. Risco Socioambiental O risco socioambiental é definido como a possibilidade de ocorrência de perdas decorrentes de danos socioambientais

associadas às atividades e operações da Instituição, seja no relacionamento com clientes, fornecedores e nas práticas

institucionais.

Para nortear o posicionamento da Instituição quanto ao risco socioambiental, o Banco Votorantim adota Política Corporativa

de Sustentabilidade e Responsabilidade Socioambiental que trata das diretrizes de risco socioambiental nas cadeias de

negócio da Instituição. Adicionalmente, a Instituição mantém Norma de Risco Socioambiental que define as regras para as

análises de risco socioambiental nas atividades e operações do Banco Votorantim, em consonância com as normas do Banco

Central do Brasil.

Além das Políticas e Normas, a Instituição possui uma estrutura de governança para o tratamento do tema, tendo o Comitê de

Controles e Riscos (CCR) o fórum principal para acompanhamento e deliberação sobre o risco socioambiental.

A Instituição possui ainda uma estrutura de gerenciamento de risco socioambiental para a adequada identificação,

classificação, avaliação, monitoramento, mitigação e controle do risco socioambiental em suas atividades e operações,

principalmente através dos processos de análise e monitoramento socioambiental de clientes e projetos, avaliações de

garantias imobiliárias, análise socioambiental de novos produtos e avaliação de fornecedores. Os processos são realizados por

equipe especializada no tema e consiste em avaliar os aspectos socioambientais com os quais os clientes estejam envolvidos

quanto ao atendimento à legislação socioambiental, condições de trabalho, uso dos recursos naturais, gestão de resíduos,

estabelecendo seu nível de risco socioambiental para subsidiar a tomada de decisão da Instituição.

Em linha com a Política de Sustentabilidade e Responsabilidade Socioambiental da Instituição, o Banco Votorantim tornou-se

signatário dos Princípios do Equador no ano de 2016, sendo o 5º banco brasileiro a assinar o compromisso voluntário,

completando mundialmente 85 instituições. Com a assinatura, a Instituição passa a adotar uma série de diretrizes de gestão

de risco a fim de determinar, avaliar e gerir riscos sociais e ambientais em projetos financiados pelo banco apoiando a tomada

de decisão.

Em seu segmento de gestão de recursos de terceiros, a Votorantim Asset Management (VAM) é signatária do PRI (Principles

for Responsible Investment) desde 2012 e aplica elementos de ESG (Environmental, Social and Governance) nos processos de

análise e gestão de ativos, o que reforça o compromisso da Instituição com o tema socioambiental.

45

6. Risco de Participações Societárias O risco de participações societárias é definido como a possibilidade de perdas decorrentes de participações societárias (advindas de negócios estratégicos ou eventos de crédito) não classificadas na carteira de negociação em empresas que não fazem parte do escopo de consolidação e que, por motivos diversos (eventos de mercado, crédito, operacional, liquidez, gestão entre outros), podem afetar negativamente o resultado consolidado do Conglomerado. O risco é oriundo do fato de que o banco possui investimentos em empresas que (i) não possuem participação majoritária e

consequentemente, não possui predominação no controle de sua gestão ou (ii) não fazem parte do escopo de consolidação e

consequentemente, não fazem parte de atividades típicas de empresas financeiras, e que por motivos diversos (mercado,

crédito, operacional, liquidez, gestão entre outros), essa empresa pode afetar o resultado do consolidado financeiro.

Referente à política de contabilização para os investimentos em sociedades a Instituição adere às regras estabelecidas pelo Bacen, descritas nas Normas Básicas COSIF (Capítulo 11, Ativo Permanente itens 1 e 2), que possuem em seu conteúdo as regras ou métodos de avaliação dos investimentos e as metodologias aplicadas a cada situação, como por exemplo, a equivalência patrimonial e as premissas a serem adotadas aos processos contábeis. Para os demais investimentos permanentes, a Instituição utiliza o método de custo de aquisição, aplicando a regra contábil do CPC 01 “redução ao Valor Recuperável de Ativos” aprovado pelo Bacen pela Resolução nº 3.566. Este procedimento visa assegurar que os ativos não estejam registrados contabilmente por um valor superior ao que possa ser recuperado no tempo ou em uma eventual venda. Segue abaixo, o valor das participações societárias controladas não financeiras e não consolidadas, representado pela conta de investimentos registrada no ativo da Instituição:

jun-18 mar-18 jun-17 Tri Anual

BVIP - BV Inv. E Partic S.AHoldings de instituições não-

financeiras

Capita l

Fechado39 34 25 15% 56%

BVIA - BV Inv. E Gestão S.AHoldings de instituições não-

financeiras

Capita l

Fechado149 144 140 3,5% 6%

Votorantim Corretora de

Seguros S.A

Corretores e agentes de

seguros, de planos de

previdência complementar e

de saúde

Capita l

Fechado577 504 344 14% 68%

BVEP - BV

Empreendimentos e

Participações Ltda

Participação em

empreendimentos ou

incorporações imobiliárias,

serviços de consultoria e

planejamento e assessoria

empresarial

Capita l

Fechado901 885 955 1,8% -6%

Atenas SP 02

Empreendimentos

Imobi l iários Ltda (2)

Empreendimentos

imobiliários

Capita l

Fechado255 - - N/A N/A

1 – As empresas relacionadas são classificadas como de capital fechado e o valor contábil é igual ao valor justo. Para o período analisado não

ocorreram vendas ou liquidações, sem realização ou reconhecimento de ganhos e perdas.

2 - No semestre findo em 30 de junho de 2018 o Banco Votorantim recebeu por dação em pagamento, quotas da Atenas SP 02 Empreendimentos

Imobiliários. Inclui ágio na aquisição no valor de R$ 108.951.

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Participações Societárias /

InvestimentosSegmentaçãoNatureza da Atividade

Valor Contábil1 Variação

A Instituição possui outros investimentos caracterizados por incentivos fiscais (FINOR5), títulos patrimoniais (CETIP6 e CIP7), e ações e cotas (ANBIMA8). Mais detalhes sobre o tema podem ser observados conforme nota explicativa nº 13 do Relatório de Demonstrações Contábeis Consolidadas, disponível no site de Relações com Investidores (www.bancovotorantim.com.br/ri).

5 Fundos de Investimentos do Nordeste: são benefícios fiscais concedidos pelo governo federal e tem por objetivo contribuir para o desenvolvimento econômico da região Nordeste do Brasil 6 Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos 7 Câmara Interbancária de Pagamentos 8 Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro

46

Para o período analisado, o valor do requerimento de capital relativo às participações societárias não classificadas na carteira de negociação, conforme critérios apresentados acima totalizaram R$ 165,7 milhões emjun-18. Dada a baixa relevância das participações societárias não classificadas na carteira de negociação em relação ao total de ativos, o Banco não realiza a categorização de suas participações.

7. Outros Riscos

Além dos riscos materiais acima descritos, a Instituição considera relevante e possui tratamento e monitoramento específico, fazendo parte do escopo do Processo Interno de Avaliação da Adequação de Capital (ICAAP), os seguintes riscos:

7.1 Risco de Reputação

O risco de reputação é definido como a ocorrência ou possibilidade de dano à reputação do Conglomerado decorrente da percepção negativa dos clientes, acionistas, investidores, agências de rating, sociedade civil, colaboradores, sindicatos e órgãos reguladores, em relação às práticas de negócio, conduta ou condição financeira da Instituição.

A gestão do risco de reputação é realizada a partir de processos específicos contidos em diversas áreas da Instituição, os quais têm como objetivo mitigar a ocorrência de eventos que afetem a reputação, bem como atuar na contenção da disseminação desses impactos, quando da ocorrência desses eventos. Adicionalmente, a Diretoria Executiva de Riscos realiza o gerenciamento integrado do risco de reputação, por meio de avaliações e monitoramentos consolidados das ações e reportes (entre outras atividades) das áreas individuais envolvidas no processo de mitigação do risco de reputação.

7.2 Risco de Estratégia

O risco de estratégia é definido como a possibilidade de perda decorrente da utilização de uma estratégia, premissas ou política de negócios inadequada ou de falta desta, incluindo a ausência de resposta a alterações de mercado e a fatores externos ao Conglomerado.

O Objetivo do planejamento estratégico é definir as estratégias e as ambições do Consolidado Banco Votorantim para o médio e longo prazo, assegurando uma avaliação de riscos e benefícios potenciais na Instituição e baseia-se principalmente nas tendências de mercado, no ambiente competitivo, na visão regulatória e nos anseios da alta direção e acionistas do banco.

O acompanhamento dos objetivos é realizado mensalmente, e a avaliação do risco de estratégia acontece para o consolidado

através da utilização de indicadores, que buscam demonstrar se os objetivos estratégicos podem ser afetados por algum

evento relacionado ao risco de estratégia, acionando, caso necessário, as alçadas competentes para tomada de decisão.

7.3 Risco de Underwriting

O risco de underwriting é definido como a possibilidade de perdas oriundas da emissão de dívidas de terceiros em que o Conglomerado é obrigado a adquirir papéis para colocar em sua carteira ativa devido à execução de cláusulas de garantia firme. Seu processo de gestão e controle é realizado por meio de avaliações individuais de cada operação de underwriting e do monitoramento das exposições consolidadas.

7.4 Risco de Modelos

O risco de modelos é definido como o conjunto de possíveis consequências adversas decorrentes de resultados incorretos de modelos, ou de seu uso inadequado.

O controle e mitigação do risco de modelos na Instituição é realizado, principalmente, por meio de análises quanto ao poder preditivo, discriminação e estabilidade de seus modelos, processo interno de validação, independente dos processos de desenvolvimento e implantação, manutenção adequada do controle de versões dos documentos de modelagem e acompanhamento da performance dos modelos.

7.5 Risco de Conformidade

O Risco de Conformidade é definido como a não aderência do Conglomerado ao arcabouço legal, à regulamentação infralegal, às recomendações dos órgãos de supervisão, e aos códigos de ética e de conduta.

47

O gerenciamento do Risco de Conformidade é realizado de forma estruturada pela área de Compliance, que reporta à Diretoria de Controles e Governança, e tem como objetivo garantir a aplicação dos itens mencionados anteriormente, inclusive prestando suporte ao Conselho de Administração sobre as atualizações relevantes em relação a tais itens. Esta atuação é apoiada em normas corporativas específicas, produzidas conforme exigência do regulador.

48

F. Anexos

1. Composição do Patrimônio de Referência (PR) – Anexo 1

A seguir, tabela com a composição do Patrimônio de Referência e informações sobre a adequação do PR, conforme previsto

pela Circular nº 3.716 para a data-base de referência.

Número da linha

Capital Principal: instrumentos e reservas

Valor(R$mil) Valor sujeito a

tratamento transitório (R$ mil)

Referência do balanço do

conglomerado

1 Instrumentos Elegíveis ao Capital Principal 8.130.372 - a

2 Reservas de lucros 523.531 - b, c

3 Outras receitas e outras reservas 460.061 - b, c

4 Instrumentos autorizados a compor o Capital Principal antes da entrada em vigor da Resolução nº 4.192, de 2013

5 Participação de não controladores em subsidiárias integrantes do conglomerado, não dedutível do Capital Principal 1

1 - i

6 Capital Principal antes dos ajustes prudenciais 9.113.964 - -

Número da linha

Capital Principal: ajustes prudenciais Valor(R$mil) Valor sujeito a

tratamento transitório (R$ mil)

Referência do balanço do

conglomerado

7 Ajustes prudenciais relativos a apreçamento de instrumentos financeiros 457 - -

8 Ágios pagos na aquisição de investimentos com fundamento em expectativa de rentabilidade futura

108.951 - -

9 Ativos intangíveis 204.437 204.352 h

10

Créditos tributários decorrentes de prejuízos fiscais e de base negativa de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido e os originados dessa contribuição relativos a períodos de apuração encerrados até 31 de dezembro de 1998

1.113.688 1.113.688 d-e 2

11

Ajustes relativos ao valor de mercado dos instrumentos financeiros derivativos utilizados para hedge de fluxo de caixa de itens protegidos que não tenham seus ajustes de marcação a mercado registrados contabilmente

- - -

12 Diferença a menor entre o valor provisionado e a perda esperada para instituições que usam IRB

- - -

13 Ganhos resultantes de operações de securitização

14 Ganhos ou perdas advindos do impacto de mudanças no risco de crédito da instituição na avaliação a valor justo de itens do passivo

15 Ativos atuariais relacionados a fundos de pensão de benefício definido - - -

16 Ações ou outros instrumentos de emissão própria autorizados a compor o Capital Principal, adquiridos diretamente, indiretamente ou de forma sintética

- - -

17 Investimentos cruzados em instrumentos elegíveis ao Capital Principal

18

Valor agregado das participações inferiores a 10% do capital social de instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil e de instituições financeiras no exterior não consolidadas, de empresas assemelhadas a instituições financeiras não consolidadas, de sociedades seguradoras, resseguradoras, de capitalização e de entidades abertas de previdência complementar, que exceda 10% do valor do Capital Principal, desconsiderando deduções específicas

- - -

19

Participações superiores a 10% do capital social de instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil e de instituições financeiras no exterior não consolidadas, de empresas assemelhadas a instituições financeiras não consolidadas, de sociedades seguradoras, resseguradoras, de capitalização e de entidades abertas de previdência complementar

- - -

20 Mortgage servicing rights

21

Créditos tributários decorrentes de diferenças temporárias que dependam de geração de lucros ou receitas tributáveis futuras para sua realização, acima do limite de 10% do Capital Principal, desconsiderando deduções específicas

1.210.500 1.210.500 f-e 3

22 Valor que excede a 15% do Capital Principal - - -

49

23

do qual: oriundo de participações no capital social de instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil e de instituições financeiras no exterior não consolidadas, no capital de empresas assemelhadas a instituições financeiras que não sejam consolidadas, de sociedades seguradoras, resseguradoras, de capitalização e de entidades abertas de previdência complementar

- - -

24 do qual: oriundo de direitos por serviços de hipoteca

25 do qual: oriundo de créditos tributários decorrentes de diferenças temporárias que dependam de geração de lucros ou receitas tributáveis futuras para sua realização

- - -

26 Ajustes regulatórios nacionais - 108.842.163 - -

26.a Ativos permanentes diferidos - - -

26.b

Investimento em dependência, instituição financeira controlada no exterior ou entidade não financeira que componha o conglomerado, em relação às quais o Banco Central do Brasil não tenha acesso a informações, dados e documentos

- - -

26.c Instrumentos de captação elegíveis ao Capital Principal emitidos por instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou por instituição financeira no exterior, que não componha o conglomerado

- - -

26.d Aumento de capital social não autorizado - - -

26.e Excedente ao valor ajustado de Capital Principal - - -

26.f Depósito para suprir deficiência de capital - - -

26.g Montante dos ativos intangíveis constituídos antes da entrada em vigor da Resolução nº 4.192, de 2013

- - -

26.h Excesso dos recursos aplicados no Ativo Permanente -

26.i Destaque do PR -

26.j Outras diferenças residuais relativas à metodologia de apuração do Capital Principal para fins regulatórios

- 108.842.163

27 Ajustes regulatórios aplicados ao Capital Principal em função de insuficiência do Capital Complementar e de Nível II para cobrir deduções

- - -

28 Total de deduções regulatórias ao Capital Principal 2.638.034 - -

29 Capital Principal 6.475.931 - -

Número da linha

Capital Complementar: Instrumentos Valor(R$mil) Valor sujeito a

tratamento transitório (R$ mil)

Referência do balanço do

conglomerado

30 Instrumentos elegíveis ao Capital Complementar 1.156.708 - -

31 dos quais: classificados como capital social conforme as regras contábeis - - -

32 dos quais: classificados como passivo conforme as regras contábeis 1.156.708 - -

33 Instrumentos autorizados a compor o Capital Complementar antes da entrada em vigor da Resolução nº 4.192, de 2013

- - -

34 Participação de não controladores em subsidiárias integrantes do conglomerado, não dedutível do Capital Complementar

- - -

35 dos quais: instrumentos emitidos por subsidiárias antes da entrada em vigor da resolução nº 4.192, de 2013

- - -

36 Capital Complementar antes das deduções regulatórias 1.156.708,32 - -

Número da linha

Capital Complementar: Deduções Regulatórias Valor(R$mil) Valor sujeito a

tratamento transitório (R$ mil)

Referência do balanço do

conglomerado

37 Ações ou outros instrumentos de emissão própria, autorizados a compor o Capital Complementar, adquiridos diretamente, indiretamente ou de forma sintética

- - -

38 Investimentos cruzados em instrumentos elegíveis ao capital complementar

39

Valor agregado das participações inferiores a 10% do capital social de instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou de instituição financeira no exterior que não componha o conglomerado e que exceda 10% do valor do Capital Complementar

-

40 Investimentos superiores a 10% do capital social de instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou de instituição financeira no exterior, que não componha o conglomerado

-

41 Ajustes regulatórios nacionais - - -

50

41.a

Instrumentos de captação elegíveis ao Capital Complementar emitidos por instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou por instituições financeiras no exterior que não componham o conglomerado, considerando o montante inferior a 10% do valor do Capital Complementar

- - -

41.b Participação de não controladores no Capital Complementar

41.c Outras diferenças residuais relativas à metodologia de apuração do Capital Complementar para fins regulatórios

-

42 Ajustes regulatórios aplicados ao Capital Complementar em função de insuficiência do Nível II para cobrir deduções

- - -

43 Total de deduções regulatórias ao Capital Complementar - - -

44 Capital Complementar 1.156.708 - -

45 Nível I 7.632.639 - -

Número da linha

Nível II: Instrumentos Valor(R$mil) Valor sujeito a

tratamento transitório (R$ mil)

Referência do balanço do

conglomerado

46 Instrumentos elegíveis ao Nível II 1.393.972 - m

47 Instrumentos autorizados a compor o Nível II antes da entrada em vigor da Resolução nº 4.192, de 2013

549.858 - k

48 Participação de não controladores em subsidiárias integrantes do conglomerado, não dedutível do Nível II

- - -

49 dos quais: instrumentos emitidos por subsidiárias antes da entrada em vigor da Resolução nº 4.192, de 2013

- - -

50 Excesso de provisões em relação à perda esperada no IRB - - -

51 Nível II antes das deduções regulatórias 1.943.831 - -

Número da linha

Nível II: Deduções Regulatórias Valor(R$mil) Valor sujeito a

tratamento transitório (R$ mil)

Referência do balanço do

conglomerado

52 Ações ou outros instrumentos de emissão própria, autorizados a compor o Nível II, adquiridos diretamente, indiretamente ou de forma sintética

- - -

53 Investimentos cruzados em instrumentos elegíveis ao Nível II

54

Valor agregado das participações inferiores a 10% do capital social de instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou de instituições financeiras no exterior que não componham o conglomerado, que exceda 10% do valor do Nível II

-

55 Investimentos superiores a 10% do capital social de instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou de instituição financeira no exterior, que não componha o conglomerado

-

56 Ajustes regulatórios nacionais - - -

56.a Instrumentos de captação elegíveis ao Nível II emitidos por instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou por instituições financeiras no exterior, que não componham o conglomerado

- - -

56.b Participação de não controladores no Nível II -

56.c Outras diferenças residuais relativas à metodologia de apuração do Nível II para fins regulatórios

-

57 Total de deduções regulatórias ao Nível II - - -

58 Nível II 1.943.831 - -

59 Patrimônio de Referência (Nível I + Nível II) 9.576.470 - -

60 Total de ativos ponderados pelo risco 59.784.134 - -

Número da linha

Índices de Basileia e Adicional de Capital Principal %

61 Índice de Capital Principal (ICP) 10,8%

62 Índice de Nível I (IN1) 12,8%

63 Índice de Basileia (IB) 16,0%

64 Valor do total de Capital Principal demandado especificamente para a instituição (% dos RWA)

6,00%

65 do qual: adicional para conservação de capital 1,875%

66 do qual: adicional contracíclico 0,000%

51

67 do qual: adicional para instituições sistemicamente importantes em nível global (G-SIB)

68 Montante de Capital Principal alocado para suprir os valores demandados de Adicional de Capital Principal (% dos RWA)

2.241.905

Número da linha

Mínimos Nacionais %

69 Índice de Capital Principal (ICP), se diferente do estabelecido em Basileia III

70 Índice de Nível I (IN1), se diferente do estabelecido em Basileia III 6,00%

71 Índice de Basileia (IB), se diferente do estabelecido em Basileia III 8,625%

Número da linha

Valores abaixo do limite para dedução (não ponderados pelo risco) Valor(R$mil) Valor sujeito a

tratamento transitório (R$ mil)

Referência do balanço do

conglomerado

72

Valor agregado das participações inferiores a 10% do capital social de empresas assemelhadas a instituições financeiras não consolidadas, de sociedades seguradoras, resseguradoras, de capitalização e de entidades abertas de previdência complementar

-

-

73

Participações superiores a 10% do capital social de empresas assemelhadas a instituições financeiras não consolidadas, de sociedades seguradoras, resseguradoras, de capitalização e de entidades abertas de previdência complementar

-

-

74 Mortgage servicing rights

75 Créditos tributários decorrentes de diferenças temporárias, não deduzidos do Capital Principal

768.643

f-e 3

Número da linha

Limites à inclusão de provisões no Nível II Valor(R$mil)

76 Provisões genéricas elegíveis à inclusão no Nível II relativas a exposições sujeitas ao cálculo do requerimento de capital mediante abordagem padronizada

77 Limite para a inclusão de provisões genéricas no Nível II para exposições sujeitas à abordagem padronizada

78 Provisões elegíveis à inclusão no Nível II relativas a exposições sujeitas ao cálculo do requerimento de capital mediante abordagem IRB (antes da aplicação do limite)

-

79 Limite para a inclusão de provisões no Nível II para exposições sujeitas à abordagem IRB

-

Número da linha

Instrumentos autorizados a compor o PR antes da entrada em vigor da Resolução 4.192, de 2013 (aplicável entre 1º de outubro de 2013 e 1º de

janeiro de 2022) Valor(R$mil)

Valor sujeito a tratamento

transitório (R$ mil)

Referência do balanço do

conglomerado

80 Limite atual para os instrumentos autorizados a compor o Capital Principal antes da entrada em vigor da Resolução nº 4.192, de 2013

81 Valor excluído do Capital Principal devido ao limite

82 Instrumentos autorizados a compor o Capital Complementar antes da entrada em vigor da Resolução nº 4.192, de 2013

- - -

83 Valor excluído do Capital Complementar devido ao limite - - -

84 Instrumentos autorizados a compor o Nível II antes da entrada em vigor da Resolução nº 4.192, de 2013

549.858 2.732.751 k

85 Valor excluído do Nível II devido ao limite - - -

1 - Contempla o ajuste prudencial referente a participação de não controladores, conforme Art. 5º, inciso VI da Resolução nº 4.192.

2 - O valor está sujeito a aplicação de regras específicas estabelecidas no Art. 5º, inciso VIII, § 4º e § 5º da Resolução nº 4.192.

3 - O valor está sujeito a aplicação de regras específicas estabelecidas no Art. 5º, inciso VII, § 2º, § 3º e § 5º da Resolução nº 4.192.

2. Principais Características dos Instrumentos do PR – Anexo 2

O Anexo 2 está disponível no site de Relações com Investidores (www.bancovotorantim.com.br/ri), menu de Governança Corporativa – Gerenciamento de Riscos.

52

3. Modelo Comum de Divulgação de informações sobre a Razão de Alavancagem – Anexo 3

A seguir, tabela com as informações detalhadas sobre a Razão de Alavancagem prevista pela Circular nº 3.748 para a data-

base de referência.

Número

da linhaitem Valor(R$mil)

Itens contabilizados no Balanço Patrimonial (BP)

1Itens patrimoniais, exceto instrumentos financeiros derivativos, títulos e valores mobiliários recebidos

por empréstimo e revenda a liquidar em operações compromissadas73.329.033

2 Ajustes relativos aos elementos patrimoniais deduzidos na apuração do Nível I 2.713.697

3 Total das exposições contabilizadas no BP 70.615.335

Operações com Instrumentos Financeiros Derivativos

4 Valor de reposição em operações com derivativos 4.436.683

5 Ganho potencial futuro decorrente de operações com derivativos 1.982.341

6 Ajuste relativo à garantia prestada em operações com derivativos

7 Ajuste relativo à margem de garantia diária prestada 0

8Derivativos em nome de clientes em que não há obrigatoriedade contratual de reembolso em função de

falência ou inadimplemento das entidades responsáveis pelo sistema de liquidação127.377

9 Valor de referência ajustado em derivativos de crédito 98.323

10 Ajuste sob o valor de referência ajustado em derivativos de crédito 0

11 Total das exposições relativas a operações com instrumentos financeiros derivativos 6.389.970

Operações Compromissadas e de Empréstimo de Títulos e Valores Mobiliários (TVM)

12 Aplicações em operações compromissadas e de empréstimo de TVM 6.341.843

13 Ajuste relativo a recompras a liquidar e credores por empréstimo de TVM 0

14 Valor relativo ao risco de crédito da contraparte 27.961.946

15 Valor relativo ao risco de crédito da contraparte em operações de intermediação 0

16Total das exposições relativas a operações compromissadas e de empréstimo de títulos e valores mobiliários

(soma das linhas 12 a 15)34.303.789

Itens não contabilizados no Balanço Patrimonial (BP)

17 Valor de referência das operações não contabilizadas no BP 8.114.938

18 Ajuste relativo à aplicação de FCC específico às operações não contabilizadas no BP -4.015.892

19 Total das exposições não contabilizadas no Balanço Patrimonial 4.099.046

Capital e Exposição Total

20 Nível I 7.632.639

21 Exposição Total 115.408.140

Razão de Alavancagem (RA)

22 Razão de Alavancagem de Basileia III 6,6%

53

4. Informações sobre o indicador Liquidez de Curto Prazo (LCR) – Anexo 4

A seguir, tabela com as informações detalhadas sobre o LCR previsto pela Circular nº 3.749 para a data-base de referência:

Valor Valor Ponderado

Número

da linhaAtivos de Alta Liquidez (HQLA)

1 Total de Ativos de Alta Liquidez (HQLA) 11.171.887.106

Número

da linhaSaídas de Caixa - -

2 Captações de varejo, das quais: 179.181.586 34.226.036

3 Captações estáveis - -

4 Captações menos estáveis 179.181.586 34.226.036

5 Captações de atacado não colateralizadas, das quais: 10.726.967.485 5.923.532.497

6Depósitos operacionais (todas as contrapartes) e depósitos de

cooperativas filiadas- -

7 Depósitos não-operacionais (todas as contrapartes) 10.644.118.242 5.840.683.254

8 Obrigações não colateralizadas 82.849.243 82.849.243

9 Captações de atacado colateralizadas 1.570.255.170

10 Requerimentos adicionais, dos quais: 3.359.783.032 602.916.349

11 Relacionados a exposição a derivativos e a outras exigências de colateral 1.278.454.475 498.849.922

12Relacionados a perda de captação por meio de emissão de instrumentos

de dívida- -

13 Relacionados a linhas de crédito e de liquidez 2.081.328.557 104.066.428

14 Outras obrigações contratuais 1.114.446.024 1.114.446.024

15 Outras obrigações contingentes 5.930.958.064 238.091.558

16 Total de saídas de caixa 9.483.467.635

Número

da linhaEntradas de Caixa - -

17 Empréstimos colateralizados 3.701.431.991 4.236.437

18 Operações concedidas em aberto, integralmente adimplentes 2.139.224.857 1.728.183.529

19 Outras entradas de caixa 1.808.965.065 1.255.418.436

20 Total de entradas de caixa 7.649.621.912 2.987.838.402

Valor Total Ajustado (R$ mil)

21 Total HQLA 11.171.887.106

22 Total de saídas líquidas de caixa 6.495.629.233

23 LCR (%) 172%

1 - Corresponde ao saldo total referente ao item de entradas ou saídas de caixa.

2 - Corresponde ao valor após aplicação dos fatores de ponderação.

3 - Corresponde ao valor calculado após a aplicação dos fatores de ponderação e dos limites (Nível 2 e 2B e entradas de caixa).

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G. Glossário

Capital Exigido: é a representação em capital das parcelas dos Ativos Ponderados pelo Risco, apurado pela fórmula: Fator F x

RWA.

Capital Nível 1: obtido pela soma do Capital Principal e Capital Complementar, conforme definido na Resolução nº 4.192 do

CMN;

Capital Principal: composto pelo Patrimônio Líquido e deduções específicas, conforme definido na Resolução nº 4.192 do

CMN;

Comitê de Supervisão Bancária de Basileia: é um fórum para cooperação em questões de supervisão bancária, com objetivo

de aumentar e melhorar o entendimento das questões essenciais sobre a supervisão bancária ao redor do mundo;

ICAAP: Internal Capital Adequacy Assessment Process (Processo Interno de Avaliação da Adequação de Capital);

Índice de Basileia: indicador que mede a relação entre o Patrimônio de Referência (PR) e o Capital Exigido, definido pela

fórmula PR*100/ RWA;

Modelo de Behaviour Score: é um sistema que atribui pontuações a diversas variáveis de decisão de crédito para um

proponente, inclusive utilizando o histórico de compras e pagamentos dos clientes, através da aplicação de técnicas

estatísticas, objetivando identificar características que segreguem os bons dos maus créditos;

Modelo de Credit Score: é similar ao modelo de Behavior Scoring, no entanto, não considera as variáveis históricas dos

clientes na modelagem;

Patrimônio de Referência: é o valor utilizado como base para verificação do cumprimento dos limites operacionais das

instituições financeiras. O montante é obtido pela soma do Capital Nível I e do Capital Nível II, conforme definido na Resolução

nº 4.192 do CMN;

Rating: é um sistema de classificação da qualidade de crédito de um indivíduo, empresa ou país, cujo objetivo é classificar o

tomador de recursos conforme o risco de crédito atribuído a cada um.

RWA: Risk Weighted Assets (Ativos Ponderados pelo Risco).