relatório de gestão das contas de 2013 do município de sintra (volume i)

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RELATÓRIO RELATÓRIO RELATÓRIO RELATÓRIO DE GESTÃO DE GESTÃO DE GESTÃO DE GESTÃO VOLUME I VOLUME I VOLUME I VOLUME I PRESTAÇÃO PRESTAÇÃO PRESTAÇÃO PRESTAÇÃO DE CONTAS 2013 DE CONTAS 2013 DE CONTAS 2013 DE CONTAS 2013

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Page 1: Relatório de Gestão das Contas de 2013 do Município de Sintra (Volume I)

RELATÓRIO RELATÓRIO RELATÓRIO RELATÓRIO DE GESTÃODE GESTÃODE GESTÃODE GESTÃO

VOLUME IVOLUME IVOLUME IVOLUME I

PRESTAÇÃO PRESTAÇÃO PRESTAÇÃO PRESTAÇÃO DE CONTAS 2013DE CONTAS 2013DE CONTAS 2013DE CONTAS 2013

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RELATÓRIO E CONTAS 2013

VOLUME I

RELATÓRIO DE GESTÃO

INTRODUÇÃO 7

RECURSOS HUMANOS 12

ANÁLISE PATRIMONIAL 13

ATIVO 13

FUNDOS PRÓPRIOS 19

PASSIVO 20

RESULTADOS DO PERÍODO

25

INDICADORES PATRIMONIAIS 30

ANÁLISE ORÇAMENTAL 32

RECEITA 33

RECEITA PRÓPRIA 34

TRANSFERÊNCIAS OBTIDAS 36

FINANCIAMENTO BANCÁRIO 37

TAXA DE EXECUÇÃO DA RECEITA 38

DESPESA 39

DESPESA POR NATUREZA ECONÓMICA – DESPESA CORRENTE E DESPESA DE CAPITAL 40

TAXA DE EXECUÇÃO DA DESPESA CORRENTE E DE CAPITAL 43

DESPESA POR NATUREZA ORÇAMENTAL – GOP E EXTRA-PLANO 44

TAXA DE EXECUÇÃO DA DESPESA GOP E EXTRA-PLANO 49

DESPESA POR CLASSIFICAÇÃO ORGÂNICA 51

PRINCIPAIS INDICADORES ORÇAMENTAIS 53

ENDIVIDAMENTO MUNICIPAL 54

EQUILÍBRIO FINANCEIRO ESTRUTURAL E CONJUNTURAL 55

CONCLUSÃO E APLICAÇÃO DE RESULTADOS 57

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VOLUME II

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

SEGURANÇA E ORDEM PÚBLICA 4

EDUCAÇÃO 10

SAÚDE 25

AÇÃO SOCIAL 28

HABITAÇÃO E SERVIÇOS COLECTIVOS 35

SERVIÇOS CULTURAIS, RECREATIVOS E RELIGIOSOS 57

ENERGIA 68

TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES 72

COMÉRCIO E TURISMO 77

SERVIÇOS GERAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 85

VOLUME III

CONTAS 2013

1. BALANÇO 5

2. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS 11

3. MAPAS DE EXECUÇÃO ORÇAMENTAL: 13

3.1. RESUMO DO ORÇAMENTO – CORRIGÍDO 17

3.2. MAPAS DE CONTROLO ORÇAMENTAL: 19

3.2.1. CONTROLO ORÇAMENTAL DA DESPESA 23

3.2.2. CONTROLO ORÇAMENTAL DA RECEITA 59

3.2.2.1. Mapa do Controlo Orçamental da Receita 59

3.2.2.2. Certificação de valores recebidos do EOEP 73

3.3. EXECUÇÃO ANUAL DAS GRANDES OPÇÕES DO PLANO: 75

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3.2.3. EXECUÇÃO DO PLANO PLURIANUAL DE INVESTIMENTOS 93

3.2.4. EXECUÇÃO DO MAPA DE ACTIVIDADES MAIS RELEVANTES 103

3.4. FLUXOS DE CAIXA E CONTAS DE ORDEM 115

3.4.1. MAPA RESUMO 119

3.4.2. FLUXOS DE CAIXA POR CLASSIFICAÇÃO ECONÓMICA 123

3.5. OPERAÇÕES DE TESOURARIA 139

VOLUME IV

ANEXO ÀS CONTAS 2013

4. ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS: 4

4.1. CARACTERIZAÇÃO DA ENTIDADE 6

4.2. NOTAS AO BALANÇO E À DEMOSTRAÇÃO DE RESULTADOS: 16

4.2.1. EXPLICAÇÃO DO ANEXO AO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS 18

4.2.2. IMOBILIZADO - ACTIVO BRUTO E AMORTIZAÇÕES 48

4.2.3. CONTAS DE ORDEM 54

4.2.3.1. Desagregação das Contas de Ordem 56

4.2.3.2. Listagem de Garantias e Cauções 60

4.2.4. Mapa DAS PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS 80

4.2.5. DEMONSTRAÇÃO DO CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E MATÉRIAS CONSUMIDAS 84

4.2.6. DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS FINANCEIROS 88

4.2.7. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS 92

4.2.8. MAPA DOS CUSTOS POR FUNÇÕES 96

4.2.9. BENS ACTIVO BRUTO 100

4.2.11. IMOBILIZADOS QUE NÃO FOI POSSÍVEL VALORIZAR 138

4.2.12. BENS DO DOMÍNIO PÚBLICO QUE NÃO SÃO OBJECTO DE AMORTIZAÇÃO 180

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4.3. NOTAS SOBRE O PROCESSO ORÇAMENTAL E RESPECTIVA EXECUÇÃO 198

4.3.1. MODIFICAÇÕES AO ORÇAMENTO 200

4.3.1.1. Modificações ao orçamento da Receita 202

4.3.1.2. Modificações ao orçamento da Despesa 214

4.3.2. MODIFICAÇÕES ÀS GRANDES OPÇÕES DO PLANO 254

4.3.2.1. Modificações ao Plano Plurianual de Investimentos 256

4.3.3. CONTRATAÇÃO ADMINISTRATIVA - SITUAÇÃO DOS CONTRATOS 270

4.3.4. TRANSFERÊNCIAS E SUBSÍDIOS 284

4.3.4.1. Transferências Correntes Despesa 286

4.3.4.2. Transferências Capital Despesa 330

4.3.4.3. Subsídios concedidos 340

4.3.4.4. Transferências Correntes Receita 346

4.3.4.5. Transferências de Capital Receita 350

4.3.4.6. Subsídios Obtidos 356

4.3.5. ENDIVIDAMENTO 364

4.3.5.1. Empréstimos 366

4.3.5.2. Outras Dívidas a Terceiros 370

VOLUME V

INSTRUÇÕES TC

5. INSTRUÇÃO N.º 1/2001 - TC

ANEXO IV - Síntese das Reconciliações Bancárias 4

ANEXO V - Mapa de Fundos de Maneio 8

ANEXO VI - Relação dos funcionários que na gerência receberam participação emolumentar e/ou custas de execuções fiscais

42

ANEXO VII - Relação dos funcionários em acumulação de funções 46

ANEXO VIII - Relação Nominal dos Responsáveis 52

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ANEXO IX - Dívidas de Terceiros 58

MANUAL DE SISTEMA DE CONTROLO INTERNO 114

VOLUME VI

CONTAS CONSOLIDADAS 2013

1. RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO 4

2. BALANÇO CONSOLIDADO 14

3. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CONSOLIDADA 20

4. MAPA DE ENDIVIDAMENTO LÍQUIDO DO GRUPO CMS 24

5. MAPA DE FLUXOS DE CAIXA CONSOLIDADO DE OPERAÇÕES FINANCEIRAS 28

6. ANEXO ÀS CONTAS CONSOLIDADAS 32

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I NT RO DUÇ ÃO

O presente relatório de gestão, referente ao exercício de 2013, apresenta-se como o primeiro de 5 volumes que

compõem a prestação de contas do Município de Sintra. Os princípios contabilísticos subjacentes à elaboração da

prestação de contas anual são os previstos no POCAL – Plano Oficial de Contas das Autarquias Locais, aprovado pelo

Decreto-lei 54-A/99, de 22 de fevereiro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-lei 84-A/2002, de 5 de Abril, sendo

as contas anuais certificadas pela sociedade de revisores oficiais de contas Amável Calhau, Ribeiro da Cunha e

Associados, SROC.

Ao longo deste documento será apresentada uma análise da situação contabilística do Município de Sintra a 31 de

dezembro de 2013, centrada nas áreas patrimonial, orçamental e de resultados, reportando os níveis de

endividamento, de equilíbrio conjuntural e estrutural e o posicionamento face aos objetivos estabelecidos por via do

orçamento de estado (OE) de 2013.

No contexto nacional, o OE 2013 caracterizou-se, em termos estratégicos, pela manutenção de uma forte disciplina

orçamental e do regime de austeridade, com reflexo direto no rendimento das famílias, nomeadamente através da

introdução de uma sobretaxa em sede de IRS de 3,5% e o aumento deste imposto face à redução do número de

escalões. Ao nível das despesas com pessoal, o corte de contratos na função pública e a continuação da redução

remuneratória e do congelamento de progressões e carreiras foram as principais medidas que permitiram a redução do

défice público. Importa destacar, ainda assim, a reposição dos subsídios de férias aos funcionários públicos e

pensionistas, após declaração de inconstitucionalidade, efetuada pelo Tribunal Constitucional, aos respetivos cortes de

subsídios.

Para compensar este desvio, e em sede de orçamento retificativo, o Governo reduziu as dotações orçamentais de todos

os ministérios, por forma a conseguir cumprir a meta de 5,5% de défice relativamente ao PIB em 2013, continuando a

proibir a assunção de compromissos superiores aos fundos disponíveis de curto prazo e o aumento do nível de dívidas

em atraso, obrigando inclusivamente à sai redução em pelo menos 10% pelo segundo ano consecutivo.

Face ao ano de 2012, os pagamentos em atraso diminuíram mil milhões de euros, refletindo os efeitos dos programas

de regularização de dívidas na Administração Central, Regional e Local.

De acordo com o Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses 2011/2012, a dívida global dos municípios já havia

descido mil milhões de euros até 2012, registando-se a primeira descida do passivo no setor autárquico desde 2006.

Neste esmo setor, OE de 2013 veio reforçar medidas com vista a um ajustamento maior do nível de endividamento,

obrigando os municípios a usar o aumento da receita de IMI, resultante do processo de reavaliação de imóveis, para

reduzir dívida em atraso, e caso não as tenham, a aplicar o acréscimo de receita junto da Agência de Gestão da

Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP).

No caso do Município de Sintra, a expectativa relativa a este processo de reavaliação de imóveis fez prever inicialmente

um crescimento da receita de IMI na ordem dos 5%. No entanto, no decorrer do segundo semestre, o valor foi revisto

em baixa, tendo a cobrança efetiva de 2013 sido inclusivamente inferior à de 2012 em mais de 3 milhões de euros.

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Não obstante este efeito negativo no resultado do exercício, os proveitos operacionais provenientes de impostos e

taxas tiveram um crescimento na ordem dos 2,5 milhões de euros face ao aumento da cobrança com o IUC (+2,3

milhões de euros) e o IMT (+2,5 milhões de euros).

Porém, uma menor distribuição de resultados dos SMAS, cujo valor extraordinário atingiu os 10 milhões de euros em

2012, ditaram uma redução do total de proveitos do Município, que atingiram os 152,8 milhões de euros em 2013, um

valor inferior ao registado no ano anterior em cerca de 4,4%.

Também os custos do exercício de 2013, no montante de 137 milhões de euros, contribuíram para a redução do

resultado do exercício, com um crescimento na ordem dos 5% (+6,5 milhões de euros), em virtude do aumento da

despesa com o pessoal, face à reposição do subsídio de férias, não obstante o cumprimento das metas impostas pelo

OE 2013, em matéria de redução do número de trabalhadores em pelo menos 2%. Mas esta situação é sobretudo o

reflexo do início das amortizações do imobilizado da extinta Cacém Polis, SA, incorporado pelo valor de 109,9 milhões

de euros, mas que no âmbito de processo de reavaliação foi revisto para os 95,7 milhões de euros. Desta forma o

resultado do ano desceu cerca de 46% e apurou-se em 15,8 milhões de euros.

De referir que à semelhança do exercício de 2012, o Município voltou a realizar transferências de equilíbrio junto do seu

setor empresarial local e da empresa intermunicipal, no montante de 8,1 milhões de euros. O resultado do exercício de

2013 volta a ser afetado pelas perdas do setor empresarial local, tendo sido reforçada a provisão para riscos e encargos,

nomeadamente pelo resultado líquido negativo de 2013 da HPEM, EEM, no montante de 1,6 milhões de euros,

procurando desta forma criar as condições que asseguravam o equilíbrio financeiro destas entidades, para as quais

estava prevista a fusão na “Sintra Património Mundial, EM, SA”, deliberação entretanto revogada no início do exercício

2014, tendo sido determinado pelos novos órgãos municipais a dissolução das empresas municipais EDUCA, EEM e

HPEM, EEM.

Em termos de execução orçamental e apesar destes encargos assumidos, o nível da despesa municipal realizada desceu

para os 150,5 milhões de euros, uma redução na ordem dos 33,3 milhões de euros, que reflete um decréscimo da

despesa corrente em 8,1 milhões de euros e da despesa de capital em 25,2 milhões de euros.

Esta última variação é ainda o efeito da devolução do empréstimo para a construção dos equipamentos escolares do 2º

e 3º ciclo, ocorrida em 2012 e que deixou de onerar o orçamento de 2013. Quanto à despesa corrente, trata-se de um

efeito semelhante no orçamento municipal, mas desta vez referente à operação de regularização da dívida acumulada

em atraso junto dos SMAS, ocorrida em 2012 e para a qual deixou de ser necessário afetar dotação nos sucessivos

orçamentos municipais.

No final, o orçamento da despesa apresentou uma taxa de execução na ordem dos 88%, tendo o nível de pagamentos

atingido os 148 milhões de euros, ou seja, 98,4% da despesa realizada.

Quanto à receita cobrada, atingiu os 171,8 milhões de euros, refletindo uma taxa de execução de 102% e

apresentando-se acima da despesa realizada em mais de 20 milhões de euros, dando origem a um saldo orçamental na

ordem dos 23,7 milhões de euros.

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Para a formação deste saldo contribuiu a não execução da despesa orçada em cerca de 11 milhões de euros,

contrariamente ao registado ao nível da receita, cuja cobrança ultrapassou em cerca de 3 milhões de euros o valor do

orçamento corrigido, estimado em 168,8 milhões de euros. Outro fator substancial para a formação de tal saldo da

gerência de 2013 é a existência de compromissos em aberto no valor de 9,8 milhões de euros, uma vez que dos cerca

de 157,8 milhões de euros de compromissos concretizados no ano ficaram por pagar 6%, mas para os quais foi

necessário demonstrar a existência de fundos disponíveis no pleno cumprimento da Lei dos Compromissos e

Pagamentos em Atraso (LCPA).

Em termos do cumprimento deste normativo legislativo, observa-se desde julho de 2012 que a Autarquia se mantém

sem pagamentos em atraso, cumprindo desde o inicio as imposições do OE 2013 nesta matéria, que obrigam à já

referida redução destes pagamentos em pelo menos 10%. Não obstante estes objetivos se centrarem na dívida vencida,

a Autarquia tem vindo a reduzir o seu nível de endividamento, basicamente formado por empréstimos de médio e

longo prazo, que no final do ano totalizavam cerca de 80 milhões de euros, dos quais 30 milhões de euros referentes ao

empréstimo da extinta Cacém Polis, SA.

Para uma melhor perceção dos resultados apresentados neste relatório importa ter presente algumas questões

essenciais, que se apresentam como os fatores excecionais que justificam as diferenças materialmente relevantes entre

saldos patrimoniais, resultados do exercício e níveis de realização da receita e da despesa orçamental, quando

comparados os valores registados entre períodos homólogos, designadamente:

• Redução do endividamento imposta pela Lei do OE 2013 – os municípios e as entidades do setor local continuam

sujeitos ao cumprimento de metas em termos da dívida em atraso há mais de 90 dias, a qual se mantem

inexistente para a Autarquia de Sintra desde julho de 2012. Mas o OE 2013 passou ainda a impor a utilização do

acréscimo da receita do IMI, resultante do processo de avaliação geral dos prédios urbanos, na redução do

endividamento de médio e longo prazo. No final deste exercício, os serviços de finanças notificaram o Município

em como não havia lugar à constituição de uma aplicação junto da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida

Pública (IGCP), por não se ter verificado qualquer acréscimo de receita deste imposto.

• A operacionalização da LCPA – a complexidade desta lei continua a criar dúvidas, nomeadamente no que respeita à

assunção parcial ou total de compromissos. Por outro lado, as penalizações a que a mesma alude impelem os

municípios a optarem pelo compromisso integral, apesar das explicações contrárias no manual de procedimentos

da Direção Geral do Orçamento (DGO), relativo à LCPA. No caso do Município de Sintra, o entendimento diverso do

Tribunal de Contas, em matéria de assunção de compromissos, implicou a assunção integral dos compromissos

associados ao financiamento dos contratos programa de 2013 das empresas municipais, tendo sido necessário

para o efeito antecipar, ainda durante o primeiro semestre do ano, fundos disponíveis na ordem dos 9,4 milhões

de euros, por forma a viabilizar quer a atividade municipal quer a do setor empresarial local.

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• Previsão da receita municipal para efeito do cálculo dos fundos disponíveis de curto prazo – no estrito

cumprimento da LCPA, o Município de Sintra tem assumido compromissos limitados à disponibilidade de receita

de curto prazo. Para esta previsão são observados critérios de prudência que não se compadecem com o cálculo

da média dos dois últimos exercícios, conforme preveem as regras do POCAL ou disponibilizam alguns sistemas de

informação, que calculam desta forma e automaticamente os fundos disponíveis para o período. Assim, as

previsões municipais têm em consideração apenas o comportamento em relação ao último período homólogo,

pois a evolução atual do mercado interno cria muitas incertezas ao nível da coleta conseguida com impostos

diretos, não tendo existido em 2013 informação, da parte dos serviços de finanças, em matéria de taxas de

incumprimento dos munícipes.

• Transferências de equilíbrio – o exercício de 2013 incorpora o efeito da realização de várias transferências ao

abrigo do art.º 40.º da Lei 50/2012, de 31 de agosto, nomeadamente para a empresa intermunicipal Tratolixo, EIM,

SA, na ordem dos 4,1 milhões de euros, através da Associação de Municípios AMTRES, sendo 2,2 milhões

referentes ao prejuízo de 2012, já registado como acréscimo de custo do Município nas contas do exercício

anterior. Este valor (2,2 milhões de euros) foi liquidado no segundo semestre de 2013 por via do encontro de

contas no âmbito da devolução do processo relativo ao IVA, ganho pela associação de municípios e que implicou a

devolução para a Autarquia da transferência de 2,4 milhões de euros. Por conta do ano 2013, foi realizada através

da AMTRES uma transferência de equilíbrio no montante de 1,9 milhões de euros. Quanto às empresas municipais

foram efetuadas as seguintes transferências de equilíbrio: 2,2 milhões de euros para a HPEM, por conta do

prejuízo de 2012; 1,8 milhões de euros para a EDUCA, por conta do prejuízo de 2008 (inclui 213 mil euros referente

ao prejuízo de 2012) e 7 mil euros para a SINTRA QUORUM, por conta do prejuízo de 2012.

• Provisões para Investimentos Financeiros - o critério contabilístico, adotado pelo Município, em matéria de

valorização dos investimentos financeiros, implica a constituição de uma provisão, sempre que o valor do capital

próprio da entidade participada seja inferior à participação do Município, por forma a que este montante fique

espelhado na contabilidade da Autarquia, na proporção da participação financeira. O reforço ou anulação desta

provisão (conta “49”) depende do comportamento dos capitais próprios da participada e tem reflexos nos custos

registados na Autarquia (aquando do reforço – conta “68”) ou nos proveitos da mesma (aquando da anulação

parcial ou total da provisão constituída – conta “79”).

• Provisão para riscos e encargos – no âmbito do regime jurídico do setor empresarial local (atual RJAEL – Lei n.º

50/2012, de 31 de agosto), a Autarquia regista no seu passivo em provisões (conta “29”), as transferências de

equilíbrio, estimadas nos termos do art.º 40.º do RJAEL e que permitem às participadas cobrir resultados antes de

impostos registados por contrapartida do custo operacional associado (conta “67”). Aquando da deliberação da

liquidação destes valores, o saldo no passivo é anulado, corrigindo os resultados do exercício anterior (conta “79”).

Paralelamente, com o efetivo pagamento revaloriza-se o nível de participação financeira (conta “41”) por forma a

que a mesma traduza, em termos líquidos, o valor da participação no capital próprio da empresa municipal. Em 31

de dezembro de 2013, o saldo nesta provisão para riscos e encargos atingia os 8 milhões de euros: 5,7 milhões de

euros relativos à HPEM, 2,1 milhões de euros para a EDUCA e 35,1 mil euros para a Sintra Quorum.

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• Correção do valor dos ativos provenientes da Cacém Polis, SA – no âmbito do processo de extinção desta empresa,

o Município assumiu em 2011 os ativos e passivos finais daquela entidade, estimados respetivamente em 112 e 83

milhões de euros. Em 2013 foi concluído processo de reavaliação deste património, no âmbito de comissão

municipal constituída para o efeito. Esta avaliação centrou-se no património de domínio privado, incorporado por

27 milhões de euros (incluindo existências), tendo sido o mesmo avaliado num montante inferior em 14 milhões

de euros. Quanto aos bens do domínio público (83 milhões de euros), optou-se por manter a sua valorização

inicial, face às dificuldades inerentes ao processo de avaliação dos mesmos. As contas de liquidação da empresa

Cacém Polis indicavam que o seu património foi objeto de subsídios ao investimento, existindo um saldo

incorporado, inerente aos ativos transferidos, no montante de 49,7 milhões de euros. Não tendo sido possível

obter a relação entre ativo vs subsidio, optou-se por imputar o valor em saldo de forma proporcional ao valor

contabilístico do investimento.

• A Assembleia Municipal aprovou em 28 de fevereiro de 2013 a fusão das empresas municipais, EDUCA, EEM,

HPEM, EEM e SINTRA QUORUM, EEM numa nova entidade que se iria designar por “Sintra Património Mundial,

EM, SA”, bem como a internalização das atividades relativas à gestão dos transportes escolares e à limpeza urbana,

competência das entidades a fundir. Em fevereiro de 2014, esta solução foi revogada e o novo executivo em

funções aprovou um novo modelo para o setor empresarial local consubstanciado na dissolução da HPEM, EEM, e

EDUCA, EEM, com respetiva internalização das atividades e transformação da SINTRA QUORUM, EEM.

• Durante o exercício em análise decorreram eleições autárquicas, tendo o novo executivo camarário tomado posse

em 23 de outubro do exercício findo. As contas agora em análise reportam-se ao ano completo do exercício de

2013.

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RECURSOS HUMANOS

No final de 2013 o Município de Sintra apresentava 2.610 colaboradores, uma redução de 3,7% em relação ao ano

anterior, ou seja, menos 99 colaboradores. Tal efeito foi sobretudo o resultado da saída de quadros operacionais (-48) e

quadros técnicos (-18) por efeitos de aposentação.

Os 2.610 colaboradores do Município são maioritariamente assistentes operacionais (59%) enquanto que os quadros

superiores representam cerca de 15% do total de colaboradores.

Quanto à estrutura orgânica municipal, esta apresentava 2 direções municipais, 8 departamentos e 7 gabinetes, dos

quais se destaca o departamento de educação com 1.143 colaboradores (44%).

2011 2012 2013 Designação 2011 2012 2013

Quadros

Superiores

di rigente, técnico s uperior e

especia l i sta informático404 402 396

(1) Trabalhadores com vínculo por tempo

indeterminado (incluí Dirigentes)2.929 2.816 2.743

Quadros Técnicos ass i s tente técnico, e técnico

informático644 605 587

(2) Trabalhadores em mobi l idade /

cedência de outras entidades11 14 11

Quadros

Operaciona isass i s tente operacional 1.640 1.597 1.549

(3) Trabalhadores em mobi l idade /

cedência noutras entidades195 165 165

outros

pol ícia/fi sca l municipal ,

gabinetes de apoio, avenças ,

outros

103 105 78 (4) Trabalhadores com contrato a termo 0 0 0

2.791 2.709 2.610(5) Outros traba lhadores (GAP e

avençados )46 44 21

Recursos humanos utilizados

(1)+(2)-(3)+(4)+(5)2.791 2.709 2.610

Total

Qualificação Profissional

DM-APM 6 DAS 370 GPR/VER 43

DJA 75 DOM 60 GAOM 10

DPM 99 DRH 95 GAM 43

SUB-TOTAL 180 DAF 147 GAIE 3

DCP 34 SMPC 19

DM-PUR 3 DCD 223 DPDM 6

DPU 29 DAH 77 SMIC 15

DUR 110 DED 1.143 SUB-TOTAL 139

SUB-TOTAL 142 SUB-TOTAL 2.149

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ANÁLISE PATRIMONIAL

No final de 2013 o ativo líquido do Município de Sintra atingiu os 717,4 milhões de euros, uma redução de 424,3 mil

euros (-0,1%).

Ao nível da estrutura do ativo verificou-se um aumento do imobilizado por conta da redução do ativo circulante, no

montante de 11 milhões de euros. Esta situação é o reflexo da avaliação dos ativos da Cacém Polis, SA, ocorrida em

2013, em que uma parte se encontrava reconhecida nas existências (17 milhões de euros) e a outra em investimentos

financeiros (10 milhões de euros) e que passaram a ser valorizadas ao nível do património privado da autarquia

(imobilizado corpóreo) mas por menos 14,2 milhões de euros, parte substancial deste ativo foi compensada pelo

acréscimo do nível de disponibilidades, as quais reforçaram o seu saldo em mais de 9,1 milhões de euros.

O passivo da autarquia atingiu os 177,1 milhões de euros, verificando-se um desagravamento de 16,7 milhões de euros

face ao ano 2012, nomeadamente ao nível da divida bancária com uma diminuição de 11 milhões de euros, situando-se

no final do exercício abaixo dos 80 milhões de euros e representando mais de 90% da divida da autarquia.

Importa ressalvar que mais de metade do passivo não representa dívida junto de terceiros, sendo constituída pelos

acréscimos e diferimentos, que ascendem a 72,5 milhões de euros e respeitam sobretudo a subsídios ao investimento,

atribuídos quer ao Município quer à Cacém Polis, SA, e cujo reconhecimento do proveito é em concordância com as

amortizações desses investimentos. Também as provisões constituídas para riscos e encargos previsionais não

assumem a natureza de divida, mas o seu valor tem vindo a crescer nomeadamente em função do risco associado aos

capitais próprios das empresas municipais. No final do ano as provisões da CMS totalizam 17,2 milhões de euros.

Os fundos próprios do Município totalizaram 540,3 milhões de euros, refletindo um acréscimo de 16,3 milhões de

euros, consequência sobretudo do resultado do exercício de 2013, que atingiu os 15,8 milhões de euros.

AT IVO

No final de 2013 o ativo líquido da Autarquia ascendeu a 717,4 milhões de euros, constatando-se uma redução de 424,3

mil euros, face ao período homólogo, que se traduziu em termos relativos numa variação negativa de 0,1%.

Unid: €

Ativo Líquido

dez-13 dez-12 Var. Var. %

Imobilizado 678.129.341 667.052.110 11.077.231 1,7%

Bens de domínio publ ico 215.527.714 223.309.991 -7.782.277 -3,5%

Imobi l i zações incorpórea s 1.712.023 2.014.639 -302.616 -15,0%

Imobi l i zações corpóreas 362.663.847 335.588.786 27.075.061 8,1%

Investi mentos Financeiros 98.225.757 106.138.695 -7.912.937 -7,5%

Circulante 39.280.596 50.782.146 -11.501.550 -22,6%

Exi s tência s 1.000.994 17.865.651 -16.864.657 -94,4%

Divida s de terceiros 5.110.704 5.095.509 15.195 0,3%

Depós itos bancários e ca ixa 26.666.171 17.571.552 9.094.619 51,8%

Acréscimos e di ferimentos 6.502.727 10.249.434 -3.746.707 -36,6%

Total 717.409.937 717.834.256 -424.319 -0,1%

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A estrutura do ativo é constituída essencialmente por imobilizado, que representa 94,5% do total do ativo,

nomeadamente imobilizado corpóreo e bens do domínio público, que no conjunto totalizam 85,3% dos ativos de

natureza fixa.

Relativamente ao ano de 2012, o aumento verificado no imobilizado em 11 milhões de euros, foi conseguido quer por

via de aquisições quer por reclassificações contabilísticas, designadamente ativos da Cacém Polis, SA, registados

anteriormente em existências, no valor de 17 milhões de euros, e que atualmente, após o processo de avaliação, foram

reconhecidos no imobilizado da Autarquia por 9 milhões de euros.

O imobilizado é constituído por imobilizações corpóreas (53,5%), bens do domínio público (31,8%) e investimentos

financeiros (14,5%). As imobilizações incorpóreas com uma expressão relativa inferior a um ponto percentual,

completam a totalidade deste agregado de ativos.

Analisando o imobilizado bruto, sem o efeito das amortizações, reintegrações e provisões, verificou-se em 2013 um

aumento de 28,6 milhões de euros, proveniente sobretudo da variação positiva das imobilizações corpóreas.

Relativamente aos bens de domínio público, o acréscimo de 3,9 milhões de euros está relacionado com a conclusão das

empreitadas de requalificação da Ribeira de Carenque, em Queluz (449,9 mil euros) e de reabilitação e pavimentação

do acesso à praia da Samarra, em São João das Lampas (153,8 mil euros) e com as empreitadas em curso,

nomeadamente: requalificação do Largo da Idanha, em Belas (239,5 mil euros), requalificação do Largo dos Desportos,

em Mira Sintra (227,5 mil euros), reabilitação da Ponte Filipina/pavimentação da Av. D. Pedro IV, em Queluz (174,2 mil

euros), reestruturação do Parque Infantil do Largo do Sabugueiro, em Rio de Mouro (146,9 mil euros) e reconstrução de

diversos muros, em Montelavar (119,6 mil euros), entre outras.

Esta rubrica regista ainda diversas variações resultantes de operações contabilísticas, que não geram aumento efetivo

de imobilizado, relativas ao desreconhecimento de bens do domínio público para domínio privado, bem como

transferências de imobilizados em curso para definitivo, decorrentes de obras concluídas no ano.

O imobilizado incorpóreo teve em 2013 aquisições de 95,3 mil euros, decorrentes do reconhecimento contabilístico do

projeto da empreitada da EB23 Visconde Juromenha (20 mil euros), do mapa de ruído do concelho de Sintra (12,8 mil

euros), projeto da empreitada da requalificação da Av. António Eanes, em Queluz (11,7 mil euros), entre outros. No

entanto, comparando com o ano anterior verificou-se na rubrica uma variação negativa de cerca de 2,4 mil euros,

consequência de operações contabilísticas, designadamente reclassificações de imobilizados registados em curso para

definitivo e transferência para as rubricas imobilizado corpóreo ou para a esfera pública (bens do domínio público).

Unid: €

dez-13 dez-12 Var. Var. %

Bens de domínio publ ico 272.461.867 268.547.778 3.914.089 1,5%

Imobi l i zações incorpóreas 2.467.133 2.469.517 -2.384 -0,1%

imobi l i zações corpóreas 409.874.468 380.152.599 29.721.869 7,8%

Investimentos financei ros 110.778.415 115.828.501 -5.050.086 -4,4%

Total 795.581.883 766.998.395 28.583.488 3,7%

Imobilizado bruto

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A variação de 29,7 milhões de euros do imobilizado corpóreo foi sobretudo devida a três factos: (I) transferência de

património para o Município de Sintra dos bens imóveis, sitos no Bairro 1.º de Maio, em Monte Abraão, e no Bairro da

Tabaqueira, em Rio de Mouro, propriedade do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, IP (IGFSS), no

montante global de 9,6 milhões de euros; (II) execução da EB 2,3 Visconde de Juromenha, em Mem Martins, no

montante de 5,1 milhões de euros; e (III) reclassificação contabilística para imobilizado corpóreo, no montante de 9

milhões de euros, de um conjunto de ativos que foram incorporados no Município, aquando da liquidação da Cacém

Polis, e registados inicialmente na rubrica de existências. De salientar, também, a expropriação da Quinta da Bela Vista,

no Cacém, no montante de 802,7 mil euros.

Estas existências foram reconhecidas na Autarquia de acordo com os valores contabilísticos da liquidação da empresa,

no entanto, de acordo com a comissão de avaliação da Autarquia, estas encontravam-se sobreavaliadas, tendo sido

sujeitas em 2013 a uma nova avaliação, por forma a corrigir esta situação. Assim, as existências contabilizadas em 17

milhões de euros, e constituídas por terrenos e edificações, foram agora reclassificadas no imobilizado do Município,

em bens do domínio privado, designadamente em terrenos (6,4 milhões de euros) e edificações (2,6 milhões de euros),

um valor inferior em 8 milhões de euros.

O processo de avaliação abrangeu também os ativos provenientes da Cacém Polis, SA, e que foram inicialmente

registados nas rubricas de investimentos financeiros, designadamente terrenos (3,6 milhões de euros) e edificações (6,4

milhões de euros), que foram reclassificados para imobilizado corpóreo e avaliados em 1,3 milhões de euros e 2,6

milhões de euros, respetivamente, registando-se desta forma perdas ao nível do imobilizado na ordem dos 6,1 milhões

de euros.

No âmbito desta operação de avaliação, os ativos da Cacém Polis, SA, incorporados no Município pelo valor de 109,9

milhões de euros, passaram a estar valorizados em 95,7 milhões de euros, ou seja encontravam-se sobreavaliados em

cerca de 14,2 milhões de euros:

Ainda relativamente aos aumentos efetivos do imobilizado corpóreo, para além dos referidos anteriormente, ou seja, a

cessão de bens imóveis da IGFSS e a execução da EB 2,3 Visconde de Juromenha verificaram-se os seguintes:

- Reabilitação do Mercado do Cacém (760,9 mil euros);

- Aquisição do edifício denominado por “Hotel Neto”, em Sintra (600 mil euros);

- Aquisição de terreno relativo à Bacia de Retenção 2, no Algueirão (419,2 mil euros);

- Reabilitação urbana camarária no Alto Forte, em Rio de Mouro (111,3 mil euros);

- Edifício do Jardim de Infância da Terrugem (87,3 mil euros);

- Reabilitação de instalações modulares em diversas escolas (84,5 mil euros);

Unid: €

Reconhecimento

inicial

Reconhecimento

após avaliaçãoDiferença

Bens do domínio públ i co 82.878.505 82.878.505 -

Imobi l izado corpóreo 12.842.778 12.842.778

Investimentos em imóveis 9.990.891 -9.990.891

Exi stências 17.003.970 -17.003.970

Total 109.873.366 95.721.283 -14.152.083

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- Recuperação de coberturas na Urbanização das Campinas (77,4 mil euros) e

- Aquisição de terreno da EB1 n.º1 de Albarraque (48,5 mil euros).

Os investimentos financeiros da Autarquia totalizaram 110,8 milhões de euros e são constituídos por duas rubricas:

partes de capital (26,6 milhões de euros), que representam as participações do Município no capital social de empresas

municipais e públicas, e investimentos em imóveis (84,2 milhões de euros), associados ao registo dos valores

correspondentes aos edifícios de propriedade municipal sob gestão de terceiros.

A variação negativa de 5 milhões de euros é justificada particularmente por dois fatores: diminuição de 10 milhões de

euros de investimentos financeiros relativos a imóveis da Cacem Polis, que em 2013 foram reclassificados em

imobilizados corpóreos por 3,9 milhões de euros, após a avaliação efetuada, e aumento de 4 milhões de euros nos

investimentos financeiros relativos a partes de capital, consequência de coberturas de prejuízos efetuadas às empresas

municipais, designadamente 2,2 milhões de euros da HPEM, EEM (prejuízo de 2012), 1,8 milhões de euros da EDUCA

(prejuízos de 2008 e 2012), EEM e 7,3 mil euros da Sintra Quorum, EEM (prejuízo de 2012).

Em termos líquidos estas participações financeiras passaram a ter um valor líquido de 19,1 milhões de euros, sendo o

montante de provisões de 7,5 milhões euros. Durante o ano, o montante provisionado foi reforçado em 2,2 milhões de

euros, designadamente ao nível das participações na HPEM, EEM (2,192 milhões de euros), na Sintra Quórum, EEM (35

mil euros) e na Sociedade Gestora Hospital Amadora Sintra, SA (3,8 mil euros).

No que concerne aos investimentos em imóveis sob gestão de terceiros, verificou-se um aumento efetivo de 501,5 mil

euros, destacando-se a imobilização do valor relativo à indemnização que o Município foi obrigado a pagar na

construção do Polidesportivo de Casal de Cambra, porque o empreiteiro reclamava o pagamento de trabalhos que o

Município não reconhecia, no montante de 371,6 mil euros.

Em termos de imobilizado líquido (imobilizado bruto deduzido de amortizações, reintegrações e provisões) verificou-se

uma variação positiva de 11 milhões de euros, o que significa que o crescimento do imobilizado bruto superou as

amortizações do exercício naquela ordem de grandeza, fazendo aumentar o ativo imobilizado.

Unid: €

Participação

financeira

(vl bruto)

Provisão a

dez-2012

Provisão a

dez-2013

Variação da

provisão

Participação

financeira

(vl liquido)

Educa, E.E.M. 12.257.465 0 0 0 12.257.465

HPEM, E.E.M. 5.849.386 3.657.137 5.849.386 2.192.249 0

Sintra Quorum, E.E.M. 2.050.854 1.625.390 1.660.532 35.142 390.322

EMES, E.M. 375.000 0 0 0 375.000

AMTRES 2.945.577 0 0 0 2.945.577

PS-Monte Lua , S.A. 1.755.000 0 0 0 1.755.000

Sa nest, S.A. 1.347.500 0 0 0 1.347.500

Outros 10.000 1.195 5.000 3.805 5.000

Total 26.590.783 5.283.722 7.514.918 2.231.196 19.075.864

Investimentos financeiros - participações finaceiras

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As existências em armazém no final do ano totalizaram 1 milhão de euros, sendo constituídas por 254,6 mil euros de

mercadorias, nomeadamente livros, e 746,4 mil euros de matérias-primas destinadas ao funcionamento dos serviços.

Em relação ao período homólogo, registou-se uma redução da rubrica de existências em cerca de 16,9 milhões de

euros, que se ficou a dever ao facto de no ano 2013 se ter procedido à transferência para as rubricas de imobilizado de

ativos da extinta Cacém Polis, S.A. (terrenos e frações), que se encontravam contabilizados nesta rubrica.

As dívidas de terceiros ascenderam a 5,1 milhões de euros, um stock de dívida semelhante ao registado no período

homólogo (+15,2 mil euros).

A divida conjunta de clientes, contribuintes e utentes totalizou 571 mil euros, verificando-se uma diminuição de 63,1

mil euros face ao ano 2012.

Unid: €

dez-13 dez-12 Var. Var. %

Bens de domínio publ ico 215.527.714 223.309.991 -7.782.277 -3,5%

Imobi l i zações incorpóreas 1.712.023 2.014.639 -302.616 -15,0%

imobi l i zações corpóreas 362.663.847 335.588.786 27.075.061 8,1%

Inves timentos financeiros 98.225.757 106.138.695 -7.912.937 -7,5%

Total 678.129.341 667.052.110 11.077.231 1,7%

Imobilizado líquido

Unid: €

dez-13 dez-12 Var. Var. %

Cl ientes , contri buintes e utentes c/c 571.011 634.148 -63.137 -10,0%

Cl ientes cobrança duvi dosa

Dívida bruta 9.467.015 10.225.042 -758.027 -7,4%

Provisões 9.324.203 10.025.600 -701.397 -7,0%

Dívida l íquida 142.812 199.442 -56.629 -28,4%

Estado e outros entes públ icos 9.999 14.398 -4.399 -30,6%

Outros devedores 4.084.822 3.945.461 139.361 3,5%

Empréstimos concedidos 302.060 302.060 0 0,0%

Total 5.110.704 5.095.509 15.195 0,3%

Dívidas de Terceiros

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No que concerne à dívida de clientes a mesma ascendeu a 382,1 mil euros, apresentando uma diminuição de 85,7 mil

euros, sendo constituída essencialmente pela dívida da EDP, no âmbito do contrato de concessão celebrado.

A rubrica relativa a contribuintes regista um valor em aberto de 179,3 mil euros, apresentando um crescimento de

cerca de 19 mil euros, sendo os valores em dívida mais relevantes provenientes da Autoridade Nacional de Segurança

Rodoviária, 37,7 mil euros, da DIGAL, 31,3 mil euros, e da GASCAN, 20,8 mil euros.

Quanto aos clientes de cobrança duvidosa da Autarquia, o nível da dívida bruta situava-se em 9,5 milhões de euros,

encontrando-se 9,3 milhões de euros provisionados. Os principais saldos dizem respeito a clientes devedores de rendas

da habitação social e a clientes devedores de taxas referentes à ocupação da via pública, com destaque para os

seguintes:

- Habitação social (diversos condóminos): 4.283.568€

- Habitação social Coopalme cooperativa: 1.244.836€;

- Lisboagás: ocupação da via pública: 477.805€;

- DIGAL: ocupação via pública: 383.259€;

- Petróleos Portugal Petrogal SA: 188.345€ (ocupação via pública);

- Salvacauto import/export: ocupação da via pública:125.895€.

Em relação à dívida de outros devedores, o saldo ascendeu a 4,1 milhões de euros e inclui:

- Dívidas da Administração Central (DREL) no âmbito de acordos de colaboração para construção de escolas: 1,5 milhões

de euros;

- Depósitos de caução relativos a processos de expropriação da Cacém Polis, S.A. que se mantêm em curso: cerca de

993,5 mil euros;

- Dívidas da Administração Central no âmbito do financiamento do projeto Polis (Museu História Natural e edifício

Pendoa e Quinta da Regaleira): 718,3 mil euros;

- Dívidas relativas a arrendamentos sociais: 522,7 mil euros;

No final de 2013 as disponibilidades situavam-se nos 26,7 milhões de euros, registando-se um aumento de 9,1 milhões

de euros. O saldo inclui cerca de 15 milhões de euros em aplicações financeiras e 2,9 milhões de euros em operações de

tesouraria. Retirando o efeito destas operações de tesouraria, o Município detinha disponibilidades no final do exercício

na ordem dos 23,8 milhões de euros.

O saldo de acréscimos e diferimentos, no montante de 6,5 milhões de euros, inclui basicamente acréscimos de

proveitos. Em relação ao período anterior verificou-se um decréscimo de 3,7 milhões de euros.

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Os acréscimos de proveitos totalizaram 6,4 milhões de euros e são constituídos por 3,5 milhões de euros referentes à

especialização de proveitos do mês de dezembro provenientes da receita de impostos, nomeadamente, IMI (1,4

milhões de euros), IUC (1,1 milhões de euros) e IMT (1 milhão de euros), bem como à especialização de receitas

provenientes de financiamento da Administração Central, no montante de 2,3 milhões de euros, no âmbito de

competências transferidas para o Município: especialização de subsídios de férias e de natal do pessoal não docente das

EB’s e JI’s (1,5 milhões de euros), refeições escolares - CAF (529,3 mil euros), prolongamento de horário – CAF (145,3

mil euros) e transportes escolares (145,6 mil euros).

Esta rubrica engloba, ainda, a especialização de 413,6 mil euros relativos a acertos de financiamento no âmbito das

execuções finais dos contratos-programa celebrados no ano de 2013: (EDUCA, EEM: 243,6 mil euros, Sintra Quorum;

EEM: 168 mil euros e HPEM, EEM: 2 mil euros).

FU NDO S PRÓ PR IOS

Os fundos próprios da autarquia totalizaram 540,3 milhões de euros no final de 2013, traduzindo-se num aumento de

16,3 milhões de euros face ao ano anterior. Esta variação está relacionada com o resultado líquido do exercício, no

montante de 15,8 milhões de euros.

A rubrica património, com uma variação de 126,9 mil euros, compreende, entre outros, a avaliações dos equipamentos

escolares JI Terrugem (87,3 mil euros), EB de Mira Sintra (36 mil euros), EB n.º 2 de Casal de Cambra (32 mil euros) e do

terreno para construção da EB n.º1 de Albarraque (48 mil euros). Em sentido inverso, existiu uma diminuição por via de

uma correção relativa à amortização da EB1 da Terrugem.

As reservas legais aumentaram cerca de 1,5 milhões de euros, efeito da transferência de 5% do resultado líquido do

exercício de 2012.

As doações tiveram um aumento de 9,9 milhões de euros, consequência sobretudo da transferência para o património

do Município, dos bens imóveis sitos no Bairro 1.º de Maio, em Monte Abraão, e no Bairro da Tabaqueira, em Rio de

Mouro, propriedade do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, IP (IGFSS), no montante global de 9,9

milhões de euros (9,6 milhões de euros em edificios e 290,4 mil euros em terrenos).

Unid: €

dez-13 dez-12 Var. Var. %

Património 317.613.175 317.486.276 126.900 0,0%

Res ervas lega i s 7.964.062 6.502.642 1.461.420 22,5%

Doações 38.379.417 28.460.874 9.918.542 34,8%

Trans ferência de ativos 15.326.367 22.418.221 -7.091.854 -31,6%

Cedências 7.288 0 7.288 -

Res ultados trans i tados 145.261.208 119.963.448 25.297.760 21,1%

Res ultado Liquido do Exercício 15.797.227 29.228.396 -13.431.169 -46,0%

Total 540.348.744 524.059.857 16.288.887 3,1%

Fundos próprios

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A rubrica reservas decorrente de transferências de ativos registou uma redução de 7,1 milhões de euros, resultante da

avaliação efetuada a ativos que foram integrados no Município, no âmbito do processo de liquidação da Cacém Polis,

SA. O reconhecimento inicial destes ativos, foi de acordo com o valor contabilístico constante das demonstrações

financeiras da empresa, no entanto estes encontravam-se sobreavaliados, tendo o Município corrigido esta situação.

Quanto aos resultados transitados, que ascenderam a 145,3 milhões de euros, verificou-se uma variação positiva de

25,3 milhões de euros (+21,1%) face ao período anterior, efeito, principalmente, da incorporação de 95% do resultado

líquido de 2012 (27,8 milhões de euros).

Ainda, ao nível dos resultados transitados, destaca-se o aumento da rubrica, por via da anulação de provisões

constituídas relativas à Quinta da Bela Vista e à divida do fornecedor DOLMEN, Engenharia Civil, Lda., na ordem dos

802,7 mil euros e 407,3 mil euros, respetivamente, assim como de correções a subvenções de imobilizado de anos

anteriores, no montante de 808,5 mil euros. Em sentido inverso, verificou-se a diminuição de 1,5 milhões de euros,

relativa ao pagamento de subsídio de férias de 2013, não especializado em 2012, no âmbito da decisão do Tribunal de

Constitucional relativa ao orçamento de estado de 2013, e, ainda, a constituição de uma provisão para diversos

processos judiciais de anos anteriores, no montante global de 3,6 milhões de euros.

O resultado do exercício atingiu os 15,8 milhões de euros, apresentando uma redução de 46% face ao resultado de

2012. De referir que o resultado do ano transato encontrava-se influenciado pela distribuição de dividendos dos SMAS,

na ordem dos 10 milhões de euros.

PA S SI VO

O passivo da Autarquia atingiu os 177,1 milhões de euros, verificando-se um desagravamento na ordem dos 16,7

milhões de euros face a dezembro de 2012, consequência sobretudo da diminuição do passivo bancário, que caiu 11

milhões de euros e de acréscimos e diferimentos, com um ajustamento de 5,6 milhões de euros.

Analisando a estrutura do passivo verifica-se que a dívida de curto prazo representa 11,2% do passivo, com os passivos

remunerados a representarem cerca de 45% do passivo total.

Unid: €

dez-13 dez-12 Var. Var. %

Provis ões 17.150.266 14.995.132 2.155.134 14,4%

Divi das a terceiros m/l prazo 67.825.493 81.602.811 -13.777.318 -16,9%

Empréstimos 67.825.493 81.602.811 -13.777.318 -16,9%

Divi das a terceiros curto prazo 19.576.814 19.049.942 526.872 2,8%

Empréstimos 11.836.913 9.112.259 2.724.654 29,9%

Fornecedores 3.461.831 3.157.879 303.952 9,6%

Estado 1.270.661 1.010.425 260.236 25,8%

Admi nis tração Autárquica 7.153 2.184.415 -2.177.262 -99,7%

Outros credores 3.000.255 3.584.963 -584.708 -16,3%

Acréscimos e di feri mentos 72.508.621 78.126.515 -5.617.894 -7,2%

Total 177.061.194 193.774.399 -16.713.206 -8,6%

Passivo

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As provisões ascenderam a 17,2 milhões de euros, um acréscimo de 2,1 milhões de euros, sendo o saldo constituído por

8,9 milhões de euros referentes a diversos processos judicias em curso e 7,8 milhões de euros para refletir perdas

potenciais nas empresas participadas pelo Município, nomeadamente HPEM, EEM, com 5,7 milhões de euros, EDUCA,

EEM, com 2,1 milhões de euros, e Sintra Quorum, EEM, com 35,1 mil euros, e ainda 345,2 mil euros referentes a um

acerto de provisão à REFER relativamente à Empreitada do Túnel de Agualva/Cacém.

Durante o ano os movimentos com maior relevância material nesta rubrica foram os seguintes:

- Constituição de provisão pela participação financeira na HPEM, EEM, em virtude da diminuição dos capitais próprios:

+3.645.609€;

- Anulação da provisão relativa à EDUCA, EEM por via da cobertura dos prejuízos de 2008 e 2012: -1.643.733€;

- Utilização da provisão relativa ao processo de indeminização do Centro Ciência Viva de Sintra: -2.225.142€;

- Anulação da provisão relativa à empreitada do túnel de Agualva-Cacém por via do pagamento: -324.403€; e

- Constituição de provisão genérica de processos judiciais:+ 3.848.419€.

As dívidas de médio e longo prazo totalizaram 67,8 milhões de euros (- 13,8 milhões de euros face a dezembro de

2012), sendo constituídas unicamente por passivo bancário.

No final de 2013 o passivo bancário ascendia a 79,7 milhões de euros, o que significa uma redução de 11,1 milhões de

euros (-12,2%). Do valor em dívida, prevê-se amortizar, em 2014, cerca de 11,8 milhões de euros.

Durante o ano o serviço da dívida foi de 12,9 milhões de euros: 11 milhões de euros de amortização de capital e 1,9

milhões de euros de encargos financeiros.

Da amortização de capital efetuada destaca-se o pagamento de 3,3 milhões de euros do empréstimo para a construção

de escolas e do Complexo Desportivo de Fitares (este valor inclui uma amortização extraordinária de 2 milhões de

euros) e, ainda, a liquidação de 2,4 milhões de euros, referente ao empréstimo do Plano de Atividades Plurianual 1999-

2001: Cine-teatro Carlos Manuel; Mercado de Agualva; Via de Cintura – Troço 9; Prolongamento da Avenida Vitorino

Nemésio; Prolongamento da Avenida Desidério Cambournac; Estrada Municipal Várzea-Fachada; e Revitalizada Ribeira

das Jardas.

Materialmente relevante é também o empréstimo relativo ao financiamento contratado pela Cacém Polis, SA, que o

Município de Sintra assumiu no âmbito do processo de integração, contratado ao sindicato bancário constituído pelo

BPI, BES e BCP, cujo valor em dívida no final de 2013 ascendia a 30,8 milhões de euros, e que se encontra excecionado

dos limites de endividamento. Este empréstimo foi contratado em 31 de dezembro de 2010 por um período de 15 anos

e tem associado um período de carência de capital de 42 meses, ou seja, com a amortização a iniciar em junho de 2014.

Evidencia-se, ainda, o empréstimo destinado à construção de escolas e aquisição da Quinta do Relógio e do Complexo

Desportivo de Fitares, contratado com a Caixa Geral de Depósitos, cujo valor em divida ascende a 15,9 milhões de

euros.

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No que se refere às dívidas de curto prazo o valor registado reflete um aumento de 526,9 mil euros em relação ao final

do ano transato, representando a dívida bancária de curto prazo cerca de 60%. As variações mais significativas

ocorreram ao nível da dívida bancária, que aumentou 2,7 milhões de euros, contrariamente à dívida junto da

administração autárquica, que diminuiu 2,2 milhões de euros e que passou a ser irrelevante.

A dívida a fornecedores (inclui fornecedores de imobilizados e em receção e conferência) totalizou 3,5 milhões de euros

no final de 2013, um aumento de 304 mil euros (+9,6%) face ao período homólogo.

No final de 2013 o prazo médio de pagamentos do Município foi de 29 dias, conforme os dados provisórios enviados

através da aplicação SIIAL em janeiro de 2014. No entanto, após efetuados todos os lançamentos relacionados com o

fecho das contas do exercício de 2013, o prazo médio de pagamentos poderá baixar para um valor que rondará os 10

dias.

Os principais valores em aberto pertenciam aos seguintes fornecedores c/c:

Unid: €

dez-13 dez-12 Var. Var. %

PER 7.985.239 8.874.542 -889.303 -10,0%

BEI 2.632.722 5.431.274 -2.798.553 -51,5%

PREDE 4.642.107 5.403.845 -761.738 -14,1%

Emprést. p/ amortiz. de emprés t. obriga c. 6.768.017 8.676.388 -1.908.371 -22,0%

Construçã o es cola s e aq. CDFi ta res 16.206.101 19.543.981 -3.337.880 -17,1%

Ca cém Pol is 30.808.647 30.808.647 - 0,0%

Outros 10.619.572 11.976.391 -1.356.819 -11,3%

Total 79.662.406 90.715.069 -11.052.663 -12,2%

Empréstimos

Unid: €

dez-13 dez-12 Var. Var. %

Fornecedores c/c 2.321.952 1.655.173 666.779 40,3%

Fornecedores - em conferência 218.813 104.101 114.712 110,2%

Fornecedores imobi l i zado 10.559 394.888 -384.328 -97,3%

Retenções fornec. imobil i zado 910.516 1.003.717 -93.201 -9,3%

Total 3.461.841 3.157.879 303.962 9,6%

Fornecedores

Unid: €

Fornecedores c/c

dez-13

SMAS 1.343.588

Tratol ixo, EIM,SA 773.684

Clece, SA 81.196

Securi tas , SA 61.794

Diversas dividas inferiores a 10 m€ 61.691

Total 2.321.952

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A dívida aos SMAS no montante de 1,3 milhões de euros, a regularizar no âmbito da distribuição dos lucros do exercício,

representa cerca de 57,9% do valor total, que em conjunto com o valor em aberto da Tratolixo, 773,7 mil euros, relativo

ao tratamento de rsu’s do mês de novembro (cujo vencimento e pagamento ocorreu em janeiro de 2014), justificam

91,2% do total da dívida.

Em relação ao período homólogo verificou-se um acréscimo em cerca de 666,8 mil euros, consequência sobretudo da

dívida à Tratolixo, que em 2012, se encontrava totalmente regularizada.

Os saldos em aberto dos fornecedores Clece (limpeza das instalações municipais) e Securitas (vigilância das instalações

municipais) correspondem à prestação de serviços do mês de dezembro de 2013, entretanto já regularizadas no mês de

janeiro de 2014.

A dívida a fornecedores de imobilizado em 2013 tem uma expressão residual, verificando-se uma diminuição no ano de

384,3 mil euros (-97,3%), sendo maioritariamente constituída pela dívida ao fornecedor Caligrafia Urbana, referente à

elaboração do projeto de especialidades do parque de Lazer do Casal de São José, cujo valor em aberto, 6 mil euros,

representa 56,2% do saldo global.

A rubrica retenções por fornecedores de imobilizado respeita às cauções efetuadas pelos empreiteiros, no âmbito dos

contratos de empreitada celebrados, por forma a garantir o cumprimento integral das suas obrigações. Os valores mais

significativos correspondem às empresas IEC – Engenharia e Construções (87,3 mil euros), Dolmen – Engenharia Civil

(83 mil euros), Planinertes (65,1 mil euros) e Construções Maurício (56,6 mil euros).

Relativamente à rubrica Estado, o saldo de 1,3 milhões de euros decorre do processamento dos vencimentos do mês de

dezembro, cujo pagamento é efetuado em janeiro do ano seguinte, de acordo com o legislado.

A dívida referente à administração autárquica diminuiu 2,2 milhões de euros, apresentando um saldo residual no final

de 2013, no montante de 7,2 mil euros, respeitante aos protocolos celebrados com as juntas de freguesia no âmbito

das cedências dos autocarros. O decréscimo verificado deve-se ao facto de em 2012 estar ainda registado a dívida à

AMTRES, no montante de 2,2 milhões de euros, resultante da cessão de créditos ao abrigo do acordo de regularização

de dívida, tendo sido totalmente regularizada até novembro de 2013, conforme determinava o plano de pagamentos.

A rubrica outros credores inclui, entre outros, o registo contabilístico dos processos de expropriação da Cacém Polis,

SA, no âmbito da integração desta empresa (993,1 mil euros), das garantias bancárias efetuadas a favor da CMS no

âmbito de contratos de empreitada (633 mil euros) e dos preparos relativos a processos de licenciamento (178,8 mil

euros). Incluí, ainda, o saldo referente a adiantamentos por conta de vendas respeitante à Quinta da Amizade, no

montante de 580 mil euros.

No final do ano, os acréscimos e diferimentos totalizaram 72,5 milhões de euros, sendo constituídos por acréscimos de

custos, no montante de 8,3 milhões de euros, e proveitos diferidos, no valor de 64,2 milhões de euros.

Os acréscimos de custos correspondem à especialização de diversos custos, ou seja, são custos cujo pagamento ainda

não ocorreu, nomeadamente o encargo com férias e subsídio de férias (5,2 milhões de euros), a faturação de dezembro

de rsu’s (884 mil euros) emitida já no mês de janeiro, o encargo relativo às transferências financeiras para as juntas de

freguesia e agrupamentos escolares (469,5 mil euros) e especialização de encargos de cobrança de receita (87 mil

euros).

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Após a análise das rubricas da administração autárquica, outros devedores (ativo) e outros credores (passivo) e ainda

acréscimos e diferimentos é possível verificar o ponto de situação com os credores “administração autárquica –

Empresas municipais e associação de municípios”, uma vez que a posição isolada do passivo não permite uma leitura

efetiva da conta-corrente relativa a estas entidades. Assim, através da análise do próximo quadro verificam-se os

seguintes saldos de conta-corrente:

Na rubrica proveitos diferidos, com um saldo de 64,2 milhões de euros, são registados os valores de financiamento

recebidos, mas cujo proveito só será reconhecido em anos futuros à medida da amortização dos investimentos

subsidiados.

O saldo refere-se maioritariamente à Cacem Polis, SA, no montante de 40,7 milhões de euros, tendo existido uma

diminuição face a 2012 na ordem dos 9 milhões de euros, relacionado com o processo de avaliação dos ativos

integrados, os mesmos encontravam-se sobreavaliados em cerca de 7,1 milhões de euros e também 1,9 relativos ao

início da amortização destes ativos.

O saldo desta rubrica inclui, ainda, os valores a reconhecer dos subsídios provenientes quer da Administração Central,

14,1 milhões de euros, quer da União Europeia, 8,4 milhões de euros, destinados ao financiamento de projetos,

destacando-se pela sua relevância material os seguintes:

- A nível nacional, a construção da EB 2,3 Visconde Juromenha (5,5 milhões de euros), a urbanização do Casal da Xutaria

(2,5 milhões de euros), o Programa Polis (1,6 milhões de euros) e o PIS – Programa de Integração se Sintra (1,5 milhões

de euros);

- A nível comunitário, as obras financiadas com saldos por reconhecer de subsídios são seguintes: Programa Polis

Centro Ciência Viva (1,5 milhões de euros), EB1 Varge de Mondar (1,3 milhões de euros), EB1 do Algueirão (954,4 mil

euros), elétrico de Sintra (972,4 mil euros), EB1/JI Agualva (434 mil euros) e o Parque Urbano Alto do Forte – Serra das

Minas (389 mil euros).

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RES ULT AD OS DO PER ÍODO

O resultado líquido no ano 2013 foi positivo em cerca de 15,8 milhões de euros. O valor obtido foi conseguido

essencialmente ao nível dos resultados operacionais (10,9 milhões de euros), seguindo-se a área extraordinária (3,6

milhões de euros). Face ao período homólogo de 2012 verificou-se um decréscimo de 13,4 milhões de euros, sendo esta

redução transversal nas três áreas, no entanto, foi ao nível dos resultados operacional e extraordinário que foi mais

acentuada.

Os resultados operacionais atingiram 10,9 milhões de euros, um decréscimo de 6,4 milhões de euros em relação ao

período de comparação. Apesar de se ter verificado um aumento dos proveitos operacionais, no montante de cerca de

2 milhões de euros, o mesmo foi insuficiente para cobrir o acréscimo dos custos operacionais (+8,4 milhões de euros).

O acréscimo verificado nos proveitos operacionais decorre dos aumentos das vendas (+ 1 milhão de euros) e dos

impostos e taxas (+2,5 milhões de euros).

A rubrica impostos e taxas compreende, essencialmente, os proveitos provenientes dos impostos diretos,

nomeadamente: 47,1 milhões de euros de IMI (-3 milhões de euros), 10,6 milhões de euros de IUC (+2,3 milhões de

euros), 11,7 milhões de euros de IMT (+2,5 milhões de euros) e 6,8 milhões de euros de derrama (+892,7 mil euros).

De destacar, ainda, nesta rubrica os proveitos relacionados com a ocupação do subsolo (1,9 milhões de euros),

publicidade (760,1 mil euros), inspeções de elevadores (625,9 mil euros) e compensação urbanística (583,8 mil euros).

No que respeita às transferências e subsídios obtidos, os valores mais significativos foram as transferências da

Administração Central, designadamente no âmbito do Fundo Financeiro de Equilíbrio (13,2 milhões de euros), do Fundo

Social Municipal (5 milhões de euros), da participação no Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (15,4

milhões de euros) e da componente de apoio escolar para as áreas de gestão do pessoal não docente afeto às escolas,

refeições escolares, transportes escolares, manutenção e conservação de escolas, prolongamento de horário e

enriquecimento curricular (19,1 milhões de euros).

As vendas e prestações de serviços na estrutura de proveitos têm um caracter residual, cerca de 1,2%. Os valores mais

significativos dizem respeito às rendas da habitação social (914 mil euros), venda de publicações nos postos de turismo

(290,8 mil euros), venda de sucata (173,8 mil euros) e multas/coima no âmbito do código da estrada (39,1 mil euros).

A variação ocorrida está relacionada com as rendas da habitação social que em 2012 foram reconhecidas como

proveitos suplementares e em 2013 contabilizaram-se na rubrica de prestação de serviços.

Unid: €

Resultados

dez-13 dez-12 Var. Var. %

Resultados Operacionais 10.932.042 17.312.951 -6.380.909 -58,4%

Resultados Financeiros 1.293.530 1.342.004 -48.474 -3,7%

Resultados Extraordinári os 3.571.655 10.573.441 -7.001.786 -196,0%

Resultados Líquidos 15.797.227 29.228.396 -13.431.169 -85,0%

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Os custos operacionais totalizaram 128,1 milhões de euros, registando um aumento de 8,4 milhões de euros face ao

mesmo período do ano anterior. Esta variação é justificada pelo acréscimo de 3 milhões de euros de custos com pessoal

e de 4,9 milhões de euros em amortizações.

O aumento dos gastos com pessoal para 42,8 milhões de euros ficou a dever-se ao efeito da remuneração dos subsídios

de férias e de Natal à totalidade dos funcionários, no âmbito da inconstitucionalidade declarada pelo Tribunal

Constitucional, ao contrário do ano 2012, cujo corte deste encargo foi efetivo e teve em consideração as restrições

impostas pela Lei do Orçamento de Estado.

Os fornecimentos e serviços externos incorridos no ano foram semelhantes ao do período homólogo no montante de

27,8 milhões de euros, sendo constituídos, maioritariamente, pelos encargos com o tratamento de rsu’s (8,8 milhões de

euros), a eletricidade (5,1 milhões de euros), encargos de cobrança de receita (1,8 milhões de euros), abastecimento de

água (1,4 milhões de euros), limpeza das instalações (1 milhão de euros), conservação e reparação de edifícios

municipais (958,1 mil euros), outsourcing de equipamento informático (623,5 mil euros) e honorários (619,1 mil euros).

A rubrica das amortizações totaliza 15,2 milhões de euros e regista no período um aumento de 4,9 milhões de euros,

consequência do início da amortização dos ativos da Cacém Polis, SA, ocorrido na sequência da avaliação dos mesmos.

As provisões ascenderam ao montante de 4,8 milhões de euros e compreendem as provisões para clientes de cobrança

duvidosa (828,9 mil euros), provisões para processos judiciais em curso (284,5 mil euros) e provisões para riscos e

encargos respeitantes à HPEM, EEM (3,5 milhões de euros) e à Sintra Quorum, EEM (35,1 mil euros).

O montante de transferências e subsídios concedidos totalizou 35,8 milhões de euros que se destinou às seguintes

entidades: AMTRES, para concretização da transferência de equilíbrio para a Tratolixo relativa ao ano de 2013 (1,9

milhões de euros), apoio financeiro às Juntas de Freguesia (7,7 milhões de euros), agrupamentos escolares (3,8 milhões

de euros), às instituições sem fins lucrativos (2,3 milhões de euros), e aos bombeiros (1,5 milhões de euros), e subsídios

correntes no âmbito de contratos programa celebrados com a HPEM, EEM (5,8 milhões de euros), a EDUCA, EEM (10,1

milhões de euros) e a Sintra Quorum, EEM (1,7 milhões de euros).

Unid: €

Proveitos Operacionais

dez-13 dez-12 Var. Var. %

Vendas 1.719.850 697.936 1.021.914 59,4%

Impostos e taxas 84.147.663 81.673.654 2.474.009 2,9%

Trabalhos própria entidade 252.442 180.514 71.927 28,5%

Proveitos suplementares 3.192 1.019.294 -1.016.102 -31829,1%

Trans ferências e subs ídios 52.799.998 53.381.207 -581.209 -1,1%

Outros provei tos e ganhos operaciona is 103.602 91.386 12.215 11,8%

Total 139.026.747 137.043.992 1.982.754 1,4%

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Os resultados financeiros foram positivos em cerca de 1,3 milhões de euros, constatando-se uma redução de 48,5 mil

euros em relação ao ano transato.

Os proveitos financeiros ascenderam a 6 milhões de euros e compreendem, essencialmente, 5,6 milhões de euros de

rendas relativos ao contrato de concessão, celebrado com EDP, e 261,5 mil euros de juros bancários provenientes de

depósitos.

Os custos financeiros totalizaram cerca de 4,7 milhões de euros, uma redução de 442,1 mil euros em relação ao

período homólogo. O valor compreende o reconhecimento de cerca de 2,2 milhões de euros relativos às participações

financeiras (HPEM, EEM: 2,2 milhões de euros, e Sintra Quorum, EEM: 35,1 mil euros), face à variação negativa

registada nos capitais próprios destas empresas. O saldo engloba, ainda, 1,8 milhões de euros de juros relativos a

empréstimos bancários, inferiores ao valor registado em 2012, em cerca de 1,2 milhões de euros, relacionado

essencialmente com a amortização do empréstimo de 25 milhões de euros para a requalificação do equipamento

escolar.

Unid: €

Custos Operacionais

dez-13 dez-12 Var. Var. %

CMVMC 1.241.257 1.235.739 5.518 0,4%

FSE 27.821.953 27.655.852 166.101 0,6%

Remunerações 34.394.036 33.115.945 1.278.090 3,7%

Encargos Socia i s 8.396.283 6.647.128 1.749.155 20,8%

Amorti za ções 15.154.620 10.304.367 4.850.253 32,0%

Provisões 4.823.317 4.590.855 232.462 4,8%

Trans ferências e subs ídios 35.778.280 35.422.738 355.542 1,0%

Outros cus tos e perdas opera ciona is 484.959 758.417 -273.458 -56,4%

Total 128.094.704 119.731.041 8.363.663 6,5%

Unid: €

Proveitos Financeiros

dez-13 dez-12 Var. Var. %

Juros bancários 261.508 812.330 -550.822 -210,6%

Rendimentos i móveis 5.628.145 5.545.598 82.547 1,5%

Rendimentos de participações capita l 19.413 67.737 -48.324 -248,9%

Outros provei tos financeiros 51.162 25.162 26.000 50,8%

Total 5.960.228 6.450.827 -490.599 -8,2%

Unid: €

Custos Financeiros

dez-13 dez-12 Var. Var. %

Juros bancários 1.825.970 3.061.122 -1.235.152 -67,6%

Amortiz. investi m. i móveis 585.253 577.669 7.584 1,3%

Provis ões apl i c. financeiras 2.231.196 1.442.142 789.053 35,4%

Outros cus tos financeiros 24.279 27.889 -3.610 -14,9%

Total 4.666.699 5.108.823 -442.124 -9,5%

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Os resultados extraordinários foram positivos em 3,6 milhões de euros, verificando-se uma diminuição em cerca de 7

milhões de euros, justificada ao nível dos proveitos extraordinários, que em 2012 contabilizavam a distribuição de

excedentes efetuada pelos SMAS (até ao ano de 2011), no valor de 10 milhões de euros.

Os proveitos extraordinários são constituídos particularmente por anulações de provisões, destacando-se neste caso a

redução de 1,6 milhões de euros de provisões relativas à EDUCA, EEM, e por outros proveitos extraordinários, que

incorporam a distribuição de excedentes dos SMAS do exercício de 2012, no montante de 1,4 milhões de euros e o

reconhecimento de subsídios ao investimento por força do início da amortização dos ativos da Cacém Polis, SA, em

cerca de 1,9 milhões de euros.

Quanto aos custos extraordinários, estes ascenderam a 4,2 milhões de euros (menos 1,5 milhões de euros face ao

período homólogo), sendo constituídos maioritariamente por transferências de capital concedidas (2,8 milhões de

euros) e por 1 milhão de euros de correções de exercícios anteriores.

As transferências de capital concedidas foram para juntas de freguesia (1,8 milhões de euros), Igrejas (125 mil euros),

Bombeiros (50 mil euros) e outras instituições sem fins lucrativos (812,3 mil euros).

Unid: €

Proveitos Extraordinários

dez-13 dez-12 Var. Var. %

Ganhos em existências 10.902 155.426 -144.525 -1325,7%

Ganhos em imobi l i zado 76.138 19.565 56.573 74,3%

Redução provisões 2.971.970 3.853.494 -881.524 -29,7%

Correcção exercícios anteriores 722.200 1.458.963 -736.763 -102,0%

Outros provei tos extraordinários 4.027.478 10.779.221 -6.751.743 -167,6%

Total 7.808.687 16.266.669 -8.457.982 -108,3%

Unid: €

Custos Extraordinários

dez-13 dez-12 Var. Var. %

Transf. capi ta l concedidas 2.760.977 3.443.623 -682.646 -24,7%

Dividas incobráveis 197.946 761.436 -563.490 -284,7%

Perdas em existências 766 103.531 -102.765 -13420,2%

Perdas em imobi l i zado 157.159 10.501 146.657 93,3%

Multa s e penal idades 2.723 1.527 1.196 43,9%

Correcções exercícios a nteriores 1.117.460 1.367.609 -250.149 -22,4%

Res ti tuições e Outros cus tos extraordinários 1 5.000 -4.999 -434682,6%

Total 4.237.032 5.693.228 -1.456.196 -34,4%

Unid: €

Transferências capital concedidas

dez-13 dez-12 Var. Var. %

Transf. p/ EM's e outras participadas 0 1.068.080 -1.068.080 -

Educa, E.M. 0 1.060.377 -1.060.377 -

Sintra Quórum, E.M. 0 6.413 -6.413 -

HPEM, E.M. 0 1.290 -1.290 -

Junta s de Fregues ia 1.754.291 1.380.291 374.000 21,3%

Bombei ros 50.000 50.000 100,0%

Agrupamentos escolares 19.429 0 19.429 100,0%

Igrejas 125.000 0 125.000 100,0%

Outras insti t. s/fins lucrativos 812.257 885.251 -885.251 -

TOTAL 2.760.977 3.333.623 -572.646 -20,7%

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No ano 2013, o resultado do exercício atingiu os 15,8 milhões de euros, verificando-se uma continuidade na obtenção

de desempenhos positivos. O resultado conseguido foi o mais baixo dos últimos quatros anos, com maior evidência na

área operacional. A justificação para este efeito reside no aumento dos gastos operacionais por via dos gastos com

pessoal, tendo em conta que em 2013 o pagamento dos subsídios de Natal e férias foi integral e à totalidade dos

funcionários, ao contrário de 2012, mas também pelas amortizações, que em 2013 contaram já com as depreciações

dos imobilizados provenientes da integração da Cacém Polis, SA.

A variação na área extraordinária está relacionada com o facto de o ano 2012 estar inflacionado pelo registo da

regularização de distribuição de excedente dos SMAS, em cerca de 10 milhões de euros.

Unid: €

Resultados

dez-13 dez-12 dez-11 dez-10

Resultados Operaci ona is 10.932.042 17.312.951 20.357.110 14.221.471

Resultados Fi nanceiros 1.293.530 1.342.004 -2.171.691 -665.938

Resultados Extraordinári os 3.571.655 10.573.441 -1.764.034 9.838.684

Resultados Líquidos 15.797.227 29.228.396 16.421.386 23.394.218

Page 30: Relatório de Gestão das Contas de 2013 do Município de Sintra (Volume I)

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INDICADORES PATRIMONIAIS

A CMS apresenta, ainda, forte capacidade para solver as suas responsabilidades de médio, longo e curto prazo, sendo

que mais de 70% dos seus ativos são financiados por fundos próprios, conseguindo atualmente através do ativo

corrente fazer uma cobertura integral do passivo exigível a curto prazo.

A estrutura do passivo mantém-se idêntica, com os compromissos assumidos de m/l prazo a representarem cerca de

84,2%.

Relativamente aos indicadores de natureza económica, verificou-se uma menor performance decorrente do aumento

das amortizações, por via do início do processo de amortização do imobilizado da Cacém Polis, SA, e do acréscimo das

provisões para riscos e encargos, face à provisão constituída referente à HPEM, EEM.

Indicadores

dez-10 dez-11 dez-12 dez-13

fundo maneio 3.496.212 € 2.174.215 € 22.524.349 € 11.371.432 €

autonomia financeira 72,0% 66,9% 73,0% 75,3%

solvabi l idade 257,5% 202,4% 270,4% 305,2%

l iquidez geral 1,07 1,03 1,80 1,41

l iquidez reduzida 1,05 0,78 1,16 1,37

cobertura do ativo imobi l i zado por capi ta is permanentes 100,6% 112,0% 103,4% 101,7%

peso ativo imobi l i zado no ativo total 91,0% 90,1% 92,9% 94,5%

dez-10 dez-11 dez-12 dez-13

pass ivo de m/l prazo / pass ivo tota l 69,8% 70,9% 85,4% 84,2%

pass ivo de c/ prazo / pass ivo tota l 30,2% 29,1% 14,6% 15,8%

dez-10 dez-11 dez-12 dez-13

cus tos financeiros / total de custos 1,4% 3,6% 3,9% 3,4%

transferências e subs ídios correntes / total de custos 31,8% 26,7% 27,1% 26,1%

fse / total de custos 11,4% 19,2% 21,2% 20,3%

dez-10 dez-11 dez-12 dez-13

EBITDA 35.490.574 € 34.068.128 € 32.208.173 € 30.909.979 €

meios l ibertos brutos 27.640.729 € 30.132.404 € 44.123.618 € 35.775.163 €

rendibi l idade dos fundos próprios 3% 3% 6% 3%

valor acrescentado bruto (VAB) 74.589.478 € 77.333.630 € 88.995.514 € 83.232.181 €

Estrutura do Passivo

Estrutura de Custos

Indicadores Económicos

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Unid: €

Indicadores ranking

Dividas totais a pagar 100.652.752 87.402.306

nº de habitantes 379.963 379.963

Dividas tota is a pagar a curto prazo 19.049.942 19.576.814

Dívidas a receber a curto prazo + Disponibi l idades 22.667.061 31.776.875

Dividas tota is a pagar - (dividas a receber + disponib.) 77.985.691 55.625.430

nº de habitantes 379.963 379.963

Resultado operaciona l N 17.312.951 10.932.042

nº de habitantes 379.963 379.963

Custos com pessoal 39.763.073 42.790.319

Custos operacionais 119.731.041 128.094.704

N o ta: Endiv idamento liquido apurado de aco rdo co m o anuário do s munic í pio s

dez-12 dez-13

Dívidas a terceiros por habitante 264,90 230,03

Liquidez 0,84 0,62

Endividamento l íquido por habitante 205,25 146,40

77.985.691 -

111.349.153-33.363.462

526.872

Díminuição dos pass ivos financeirosDívidas a insti tuições de crédito N - dívidas a

insti tuições de crédito N-1

90.715.069 -

124.121.773-33.406.704

79.662.406 -

90.715.04911.052.664

Diminuição das dívidas de curto prazo Dívidas de curto prazo N - dívidas de curto prazo N-119.049.942 -

63.640.469-44.590.527

19.576.813 -

19.049.942

Prazo médio de pagamentos Cálculo efetuado pela DGAL 25 dias 29 dias

Peso dos custo com pessoal nos

custos operaciona is0,33 0,33

55.625.432 -

77.985.691-22.360.259

Resultado operacional por habitante 45,56 28,77

Diminuição do endividamento l íquidoEndividamento l íquido N - Endividamento l íquido N-

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ANÁLISE ORÇAMENTAL

O orçamento corrigido final de 2013 do Município de Sintra situou-se nos 168,8 milhões de euros, após a 3ª revisão

orçamental e teve por base principal o nível de receita efetiva acrescido do saldo da gerência anterior.

O POCAL consagra no ponto 3.1.1 o princípio do equilíbrio orçamental para as Autarquias, o qual estabelece que o

orçamento deve prever os recursos necessários para cobrir todas as despesas, devendo as receitas correntes ser pelo

menos iguais às despesas correntes.

A execução orçamental registada no final do ano de 2013 cumpre o princípio acima mencionado, com a formação de

poupança corrente, na ordem dos 26,6 milhões de euros. Nos últimos anos e apesar de alguma oscilação a formação da

poupança corrente tem-se situado acima dos 19 milhões de euros.

Para a formação do saldo orçamental de 2013, no montante de 23,7 milhões de euros, contribuíram os seguintes

fatores:

� Constituição de compromissos em 2013, no montante de 9,8 milhões de euros, os quais não foram liquidados,

nomeadamente porque não se encontravam faturados mas para os quais foi necessária a existência de fundos

disponíveis no cumprimento da LCPA;

� Não execução da despesa prevista em cerca de 11 milhões de euros, contrariamente ao registado na receita;

� O nível de execução da receita superou em cerca de 3 milhões de euros o valor orçamentado.

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No ano de 2013, a receita cobrada (saldo da gerência anterior incluído) atingiu os 171,8 milhões de euros,

ultrapassando em cerca de 23,8 milhões de euros o nível da despesa total paga (148 milhões de euros). Se ao total da

despesa retirarmos o efeito dos passivos financeiros (11,1 milhões de euros), obtém-se 136,9 milhões de euros de

despesa efetiva paga, que face à receita cobrada resulta um saldo global positivo (superavit) de 34,8 milhões de euros.

Este saldo mantém-se positivo quando comparado quer com a despesa realizada quer com a despesa comprometida,

conseguindo-se excedentes de 32,3 milhões de euros e 25 milhões de euros, respetivamente.

RECEIT A

No final de 2013, a receita total cobrada pela CMS ascendeu a 171,8 milhões de euros (incluindo o saldo de gerência

anterior), correspondendo 98,3 milhões de euros a receitas próprias (57,2%), 59,2 milhões de euros a transferências

realizadas pela administração central (34,5%) e 14,3 milhões de euros ao saldo da gerência anterior (8,3%).

Comparativamente com o período homólogo de 2012 registou-se um decréscimo de cerca de 24,1 milhões de euros (-

12,3%) de receita cobrada, reflexo sobretudo de um menor saldo da gerência anterior, inferior em 13,9 milhões de

euros, e do nível de rendimentos de propriedade, que foram inferiores em 10,2 milhões de euros.

U nid: € U nid : €

Receita Despesa

Cobrada Comprometida Realizada Paga

1) Receita Efetiva Corrente 145.173.527 8) Despesa Efetiva Corrente 124.761.942 120.898.856 118.550.168

Impostos Diretos 76.391.307 Pessoal 43.643.420 43.637.715 43.622.288

Impostos Indiretos 4.861.456 Aquisição de Bens e Serviços 32.921.406 29.624.485 27.291.651

Taxas, Multas e Outras Penalidades 2.963.941 Juros e Outros Encargos 2.040.803 2.038.721 2.038.721

Rendimentos da Propriedade 7.167.036 Transferências Correntes 23.205.961 22.856.779 22.856.352

Transferências Correntes 51.998.364 Subsídios 22.190.901 22.120.067 22.120.067

Vendas de Bens/Serv. Correntes 1.774.147 Outras Despesas Correntes 759.452 621.089 621.089

Outras Receitas Correntes 17.275 9) Despesa Efetiva Capital 21.942.224 18.529.632 18.397.238

2) Receita Efetiva Capital 12.296.755 Aquisição de Bens de Capital 18.248.741 15.280.716 15.148.323

Vendas de Bens de Investimento 492.418 Transferências de Capital 3.693.483 3.248.916 3.248.916

Transferências Capital 7.154.104 Total de Despesa Efetiva (10)=(8+9) 146.704.166 139.428.488 136.947.407

Outras Receitas Capital 759.038 11) Ativos Financeiros 0 0 0

Reposições não abatidas nos pagamentos 3.891.195 12) Passivos Financeiros 11.052.664 11.052.664 11.052.664

3) Saldo da gerência anterior 14.282.093 Total da Despesa (13)=(10+11+12) 157.756.830 150.481.152 148.000.070

Total de Receita Efetiva (4)=(1+2+3) 171.752.375

5) Ativos Financeiros 0 Compromissos transitados p/2014 9.756.760

6) Passivos Financeiros 0 Despesa realizada por liquidar 2.481.081

Total da Receita (7)=(4+5+6) 171.752.375 Saldo Orçamental 23.752.305

Unid: €

Análise Orçamental (Receita cobrada vs Despesa)

Comprometida Realizada Paga

Receita globa l efetiva (incluindo sa ldo da gerência anterior) 171.752.375 171.752.375 171.752.375

Despesa global efetiva 146.704.166 139.428.488 136.947.407

Saldo Global (Défice/Superavit) 25.048.208 32.323.887 34.804.968

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RECEIT A PRÓP RI A

A receita própria ascendeu a 98,3 milhões de euros, registando um decréscimo de 8,3 milhões de euros (-7,8%) face ao

ano transato. Esta receita reflete, essencialmente, o resultado da cobrança de impostos diretos, 76,4 milhões de euros

(77,7%).

Analisando as várias rubricas que compõem a receita própria verificam-se, em relação ao ano 2012, acréscimos das

rubricas de impostos diretos de 2,2 milhões de euros (+3%) e do conjunto de rubricas relativas a vendas de

bens/serviços (correntes/capital) e outros de 2,9 milhões de euros (+71,2%). Em sentido contrário, registou-se uma

quebra nos impostos indiretos de 2,9 milhões de euros (-37,2%), nos rendimentos de propriedade de 10,2 milhões de

euros (-58,8%) e nas taxas, multas e outras penalidades cobrados pela Autarquia no montante de 319,6 mil euros (-

9,7%).

No ano de 2013 a cobrança de impostos diretos foi de 76,4 milhões de euros, registando-se um acréscimo de 3%,

diretamente relacionado com o aumento dos valores cobrados de IMT e IUC na ordem dos 3,3 milhões de euros

(+33,7%), e 1,8 milhões de euros (+22,2%), respetivamente. O IMT, que atingiu os 13 milhões de euros, apresenta

valores superiores aos anos de 2011 e 2012, mas aquém dos cerca de 17,6 milhões de euros registados no ano de 2010.

A derrama registou um crescimento de 739,7 mil euros (+12,3%), reforçando o crescimento já verificado no ano 2012.

Unid: €

Receita Própria

dez-10 dez-11 dez-12 dez-13 Var. Var. %

Impostos 87.432.130 83.878.905 81.912.578 81.252.763 -659.815 -0,8%

Impostos Diretos 80.253.949 71.871.241 74.177.189 76.391.307 2.214.118 3,0%

Impostos Indiretos 7.178.181 12.007.664 7.735.389 4.861.456 -2.873.933 -37,2%

Outras receitas próprias 6.334.849 12.431.788 24.734.707 17.065.050 -7.669.657 -31,0%

Taxas , Mul tas e Outras Penal i dades 2.406.755 3.789.090 3.282.484 2.963.941 -318.543 -9,7%

Rendimentos da Propri edade 869.113 3.216.552 17.400.998 7.167.036 -10.233.962 -58,8%

Vendas de Bens /Serv. (corrent./cap.) e Outros 3.058.981 5.426.146 4.051.224 6.934.073 2.882.849 71,2%

Total 93.766.978 96.310.693 106.647.285 98.317.813 -8.329.472 -7,8%

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Relativamente ao IMI, a cobrança anual atingiu os 46,5 milhões de euros, aquém dos 50 milhões de euros registados em

2012. Tendo em conta o decréscimo de 3,7 milhões de euros, conclui-se que o efeito da atualização do valor

patrimonial dos imóveis foi inferior à redução das taxas do IMI. Note-se que a cobrança de 2013 é a menor dos últimos

quatro anos.

Em relação aos impostos indiretos a sua cobrança no ano, ascendeu a 4,9 milhões de euros, verificando-se um

decréscimo de 2,9 milhões de euros (-37,2%). Este decréscimo resulta, sobretudo, da diminuição da receita com taxas

cobradas pela ocupação da via pública, no montante de 2,7 milhões de euros (-46,3%), relacionada com o facto do ano

2012 incorporar uma receita extraordinária proveniente de processos judiciais referentes a taxas de anos anteriores,

salientando-se o valor cobrado à Lisboagás, no montante de 3,2 milhões de euros.

As outras receitas próprias registaram um decréscimo de 7,7 milhões de euros (-31%) em relação ao período homólogo

de 2012. Esta diminuição está diretamente relacionada com a variação ocorrida na rubrica rendimentos de propriedade

que em 2012 incorpora a operação da distribuição de excedentes dos SMAS, no montante de 9,9 milhões de euros. O

valor de 2013 incorpora a distribuição do resultado dos SMAS de 2012, no valor de 1,4 milhões de euros.

A receita com rendas, nomeadamente a relativa ao contrato de concessão da EDP volta a ser a principal receita dentro

deste conjunto de “outras receitas próprias”.

Em relação às receitas próprias com a venda de bens de investimento, verificou-se um acréscimo na ordem dos 324,5

mil euros, sendo constituídos essencialmente pela segunda tranche relativa à alienação da Quinta da Amizade, 290 mil

euros. Mas é a rubrica reposições não abatidas nos pagamentos que ascendeu a 3,9 milhões de euros, e que

corresponde essencialmente ao reconhecimento de receita de anos anteriores que fez aumentar o grupo final em

análise das outras receitas próprias. Face ao ano anterior registou um aumento de 2,6 milhões de euros, com destaque

para o reembolso de IVA apresentado pela AMTRES, no montante de 2,3 milhões de euros, e às diferenças de execução

financeira dos contratos programas celebrados com a EDUCA, E.E.M. e Sintra Quórum, a favor do Município, no

montante de 1,2 milhões de euros e 298 mil euros, respetivamente.

Unid: €

Impostos

dez-10 dez-11 dez-12 dez-13 Var. Var. %

Impostos Diretos 80.253.949 71.871.241 74.177.189 76.391.307 2.214.118 3,0%

IMI+CA 47.482.763 48.488.507 50.146.361 46.495.657 -3.650.704 -7,3%

IUC+IMV 6.739.944 7.446.314 8.261.449 10.096.189 1.834.740 22,2%

IMT+SISA 17.633.547 10.100.710 9.757.165 13.047.763 3.290.598 33,7%

Derrama 8.397.695 5.835.709 6.011.969 6.751.699 739.730 12,3%

Impostos Indiretos 7.178.181 12.007.664 7.735.389 4.861.456 -2.873.933 -37,2%

Loteamento e Obras 696.089 607.772 287.361 345.845 58.484 20,4%

Ocupa ção da Via Públ ica 4.969.921 10.055.247 5.834.783 3.133.439 -2.701.344 -46,3%

Publ ici dade 947.653 764.390 974.688 742.974 -231.714 -23,8%

Outros 564.518 580.255 638.556 639.199 642 0,1%

Total 87.432.130 83.878.905 81.912.578 81.252.763 -659.816 -0,8%

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Quanto às taxas, multas e outras penalidades, assistiu-se a uma redução na ordem dos 319,6 mil euros, principalmente

ao nível dos juros de mora, com um valor inferior em 141,6 mil euros.

As outras receitas de capital registam um aumento de 17,7 mil euros (+2,4%), sendo constituídas basicamente pelas

taxas relativas à compensação urbanística.

TR A NS FE RÊNC IA S OBT ID A S

As transferências provenientes da administração central ascenderam a 59,2 milhões euros, um acréscimo na ordem de

3,6 milhões de euros (+6,5%) face ao ano anterior, sendo esta variação justificada pelo aumento das transferências

correntes, em 3,5 milhões de euros (+7,3%). As transferências de capital tiveram um aumento irrelevante de 74 mil

euros (+1%).

Unid: €

Outras Receitas Próprias

dez-10 dez-11 dez-12 dez-13 Var. Var. %

Taxas Multas e Outras Penalidades 2.406.755 3.789.090 3.282.484 2.963.941 -318.543 -9,7%

Mercados e Fei ras 383.547 502.714 469.225 414.396 -54.829 -11,7%

Loteamentos e Obras 685.120 448.333 340.387 342.679 2.292 0,7%

Manutenção e Inspeção de Equipamento 357.502 696.496 606.682 597.050 -9.632 -1,6%

Juros de Mora 88.681 910.934 489.714 349.183 -140.530 -28,7%

Coimas e Pena l idades por Contra-Ord. 161.597 190.256 403.311 312.241 -91.070 -22,6%

Outras 730.308 1.040.357 973.165 948.392 -24.773 -2,5%

Rendimentos de Propriedade 869.113 3.216.552 17.400.998 7.167.036 -10.233.962 -58,8%

Juros - Sociedades Financei ras 557.176 2.350.154 904.859 303.730 -601.130 -66,4%

Divid. part. lucros soc. quase-soc não fin. 119.975 724.242 67.737 20.160 -47.577 -70,2%

Rendas 135.393 123.287 6.432.677 5.308.681 -1.123.996 -17,5%

Outros 56.569 18.869 9.995.724 1.534.465 -8.461.259 -84,6%

Venda de Bens e Serviços Correntes 1.599.211 2.090.654 1.730.769 1.774.147 43.378 2,5%

Venda de Bens 417.631 774.632 514.486 574.488 60.002 11,7%

Serviços 196.594 384.679 229.173 240.653 11.481 5,0%

Rendas 984.987 931.343 987.110 959.006 -28.104 -2,8%

Outras Receitas Correntes 61.542 845.856 115.760 17.275 -98.485 -85,1%

Venda de Bens de Investimento 348.228 1.614.564 167.959 492.418 324.458 193,2%

Terrenos 331.531 1.037.636 155.943 72.418 -83.525 -53,6%

Habi tações 4.227 39.178 1.027 420.000 418.973 40807,0%

Outros 12.470 537.750 10.990 0 -10.990 -100,0%

Outras Receitas de Capital 881.018 719.377 741.289 759.038 17.749 2,4%

Indemnizações 0 0 14.460 16.918 2.458 17,0%

Compensação Urbanísti ca 881.018 719.377 726.829 737.796 10.968 1,5%

Outras 0 0 0 4.324 4.324

Reposições não Abatidas nos Pagamentos 168.981 155.694 1.295.447 3.891.195 2.595.748 200,4%

Total 6.334.849 12.431.788 24.734.707 17.065.050 -7.669.657 -31,0%

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Em termos de transferências correntes o crescimento da receita cobrada, na ordem dos 3,5 milhões de euros (+7,3%),

tem patente o aumento do FEF corrente (2,6 milhões de euros), por redução, no mesmo valor, do FEF capital. Também

a receita proveniente da rubrica outras transferências correntes registou um crescimento de 1,1 milhões de euros

(+59,1%), consequência essencialmente do acréscimo com a receita referente ao CAF (Componente de Apoio à Família),

na vertente prolongamento de horário, no montante de 522,2 mil euros (+48%), e com refeições escolares, no valor de

529,7 mil euros (+38%). Em sentido inverso, assistiu-se a uma diminuição da receita com o enriquecimento curricular do

1.º ciclo, no montante de 634,8 mil euros (-15%).

As transferências financeiras do estado destinadas à realização de despesa de capital ascenderam a 7,2 milhões de

euros, tendo crescido 74 mil euros.

A redução do FEF capital, referida anteriormente, bem como um menor financiamento ao nível da participação

comunitária em projetos foi compensada pelo aumento da cooperação técnica financeira, nomeadamente o

financiamento relativo à empreitada de construção da escola básica 2,3 Visconde Juromenha.

F I N ANC I AM EN TO B A NC ÁRI O

Para o exercício de 2013 o Município contratou um empréstimo de curto prazo para maneio de tesouraria, junto do

banco Santander Totta no valor de 8 milhões de euros. Relativamente ao ano anterior, o empréstimo contratado é

inferior em 2 milhões de euros e não teve qualquer utilização.

Unid: €

Transferências Obtidas

dez-10 dez-11 dez-12 dez-13 Var. Var. %

Transferências Correntes 49.102.000 47.439.348 48.466.035 51.998.364 3.532.329 7,3%

FEF 9.301.632 8.833.634 7.909.083 10.545.444 2.636.361 33,3%

FSM 5.887.890 5.591.649 5.009.514 5.009.514 0 0,0%

IRS 15.809.388 12.020.527 15.384.898 15.384.898 0 0,0%

Refeições e Transportes Es colares 1.064.910 1.740.594 1.476.039 1.435.540 -40.499 -2,7%

Enriquecimento Curri cular 1.º Ciclo 4.301.458 4.164.825 4.255.388 3.620.595 -634.792 -14,9%

Técnicas de ação educativa e pes soa l não docente 11.826.862 13.461.132 12.526.947 12.973.213 446.266 3,6%

Outras Trans ferências Correntes 909.860 1.626.987 1.904.166 3.029.160 1.124.994 59,1%

Transferências de Capital 7.190.542 6.384.929 7.080.031 7.154.104 74.073 1,0%

Fundo Equi l ibrio Financeiro (FEF) 6.201.090 5.889.087 5.272.722 2.636.361 -2.636.361 -50,0%

Cooperação Técnica Financeira 268.143 95.664 3.950 4.308.641 4.304.691 108979,5%

Participação Comunitária em Projetos 697.359 334.959 1.596.677 93.993 -1.502.685 -

Outras Trans ferências de Capi ta l 23.950 65.219 206.682 115.109 -91.573 -44,3%

Total 56.292.542 53.824.277 55.546.066 59.152.468 3.606.402 6,5%

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Com a publicação da Lei n.º 8/2012, de 21 de fevereiro, a contratação de um empréstimo de curto prazo tem-se

revelado essencial na primeira metade de cada exercício económico para a gestão da despesa corrente, atendendo à

sazonalidade da receita própria dos Municípios, a qual só em meados de Maio, com a cobrança da primeira tranche do

IMI, sofre um primeiro grande incremento.

TA X A DE EXEC UÇÃ O D A RE CEIT A

Para o ano de 2013 e perante uma receita orçada de 168,8 milhões de euros, que inclui o saldo da gerência anterior,

obteve-se uma cobrança de 171,8 milhões de euros, o que perfaz uma taxa de execução de 102%. Note-se que este

nível de execução, superior ao obtido nos últimos exercícios, foi conseguido sem o recurso a financiamento bancário.

Analisando a execução da receita pela sua natureza económica, apurou-se uma taxa de 101% na receita corrente,

verificando-se níveis de execução mais elevados nas rubricas com maior expressão orçamental, nomeadamente

impostos diretos mais concretamente à cobrança de IMT e IUC que ultrapassou as estimativas em cerca de 4,2 milhões

de euros.

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Quanto às receitas de capital, que representam cerca de 6,4% do valor orçado, a sua taxa de execução atingiu os 113%,

tendo todas as rubricas obtido níveis de execução superiores aos valores orçados, com destaque para as transferências

de capital, que tem subjacente a transferência relativa ao financiamento da empreitada da EB 2,3 Visconde de

Juromenha no montante de 3,2 milhões de euros, apesar da cobrança registada ter ascendido, apenas, a 2,5 milhões de

euros.

Em termos absolutos, a cobrança de receita em 2013 ultrapassou as estimativas orçamentais em cerca de 3 milhões de

euros.

DES PES A

No final de dezembro de 2013, a despesa realizada pelo Município ascendeu a 150,5 milhões de euros, representando

cerca de 89,2% do total orçamentado para o ano (168,8 milhões de euros). Em relação ao período homólogo, verificou-

se que o nível de despesa realizada foi inferior em cerca de 33,3 milhões de euros (-18,1%).

A despesa realizada atingiu 95,4% do valor comprometido (157,8 milhões de euros) e teve um nível de pagamentos

associado de 148 milhões de euros, tendo transitado para o ano de 2014 compromissos que ficaram por liquidar no

valor de 9,8 milhões de euros.

A taxa de execução foi na ordem dos 87,7% mas se considerarmos o valor realizado de despesa (150,5 milhões de

euros) então o nível de execução sobe para 98,4%.

Unid: €

Taxa de Execução da Receita

Valor Orçado Valor Cobrado Tx Exec.

Receita Corrente 143.616.035 145.173.527 101,1%

Impostos Di retos 73.583.026 76.391.307 103,8%

Impostos Indi retos 5.917.664 4.861.456 82,2%

Taxas , Multas e Outras Penal idades 3.656.989 2.963.941 81,0%

Rendimentos de Propriedade 7.267.103 7.167.036 98,6%

Transferências Correntes 50.983.063 51.998.364 102,0%

Venda de Bens e Serviços 2.123.150 1.774.147 83,6%

Outras Recei tas Correntes 85.040 17.275 20,3%

Receita de Capital 10.860.530 12.296.755 113,2%

Venda de Bens de Investimento 484.000 492.418 101,7%

Transferências de Capi ta l 5.806.681 7.154.104 123,2%

Outras Recei tas de Capi ta l 712.000 759.038 106,6%

Reposições não Abatidas Pagamentos 3.857.849 3.891.195 100,9%

Saldo Gerência Anterior 14.282.093 14.282.093 100,0%

Receita Total 168.758.658 171.752.375 101,8%

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DES PES A POR N A TUREZ A ECONÓM IC A – DE SPES A CO RRE NTE E DE SPE S A DE C A PIT AL

Do total de despesa realizada pela CMS, cerca de 120,9 milhões de euros (80,3%), respeitou a despesas correntes e 29,6

milhões de euros (19,7%) correspondeu a despesas de capital. Em relação ao período homólogo, as despesas correntes

diminuíram 8,1 milhões de euros (-6,3%), e as despesas de capital registaram um decréscimo de 25,2 milhões de euros

(-46%).

A despesa corrente realizada no ano de 2013 é composta sobretudo por encargos com o pessoal, 43,6 milhões de euros

(36,1%), aquisição de bens e serviços, 29,6 milhões de euros (24,5%) e transferências e subsídios, 45 milhões de euros

(37,2%).

A despesa com o pessoal cresceu cerca de 2,6 milhões de euros em relação ao período homólogo. O aumento é

justificado pelo efeito da remuneração dos subsídios de férias e de natal à totalidade dos funcionários, no âmbito da

inconstitucionalidade declarada pelo Tribunal Constitucional, ao contrário do ano 2012, cujo corte deste encargo foi

efetivo decorrente das restrições impostas pela Lei do Orçamento de Estado.

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As aquisições de bens e serviços totalizaram 29,6 milhões de euros e compreendem 7,9 milhões de euros de encargos

com instalações, nomeadamente consumos de eletricidade e água, 12,3 milhões de euros relativos à prestação de

serviços da Tratolixo para o tratamento de rsu’s e 1,8 milhões de euros de encargos de cobrança de receita. A

diminuição de 10,9 milhões de euros face ao ano anterior, deve-se ao facto de o ano 2012 contemplar duas situações

extraordinárias: regularização da dívida acumulada em atraso aos SMAS, no montante de 8,2 milhões de euros, e

decréscimo dos encargos de cobrança de receita em 2,3 milhões de euros, atendendo ao facto de em 2012 o Município

ter sido sujeito a uma cobrança extraordinária de encargos, relacionada com a atualização do valor patrimonial dos

imóveis (portaria n.º 106/2012, de 18 de abril).

Do total da despesa corrente realizada, 98% encontrava-se paga no final do exercício, correspondendo o valor em

dívida, basicamente, à faturação não vencida da Tratolixo.

O total da rubrica de transferências correntes ascendeu a 22,9 milhões de euros, um crescimento de 2,7 milhões de

euros (+13,4%) relativamente ao período homólogo de 2012, e incorpora, essencialmente, as transferências para as

seguintes entidades:

� AMTRES (inclui a cobertura de prejuízos para a Tratolixo, no montante de 4,2 milhões de euros e as últimas

prestações relativas ao acordo de dívida – cessão de créditos, no montante de 2,2 milhões de euros) – 6,4 milhões

de euros;

� Freguesias - 7,7 milhões de euros;

� Bombeiros – 1,5 milhões de euros;

� Estado (sobretudo agrupamentos escolares) – 3,8 milhões de euros;

� Associações s/ fins lucrativos (incluindo associações de pais) – 2,6 milhões de euros.

Os subsídios totalizaram 22,1 milhões de euros no ano de 2013 e respeitam ao apoio financeiro atribuído às empresas

municipais. Comparativamente com o período homólogo de 2012 assistiu-se a um decréscimo de 668,8 mil euros (-

2,9%), sendo a despesa constituída por:

� HPEM: os subsídios em 2013 totalizaram 8 milhões de euros, destinados ao contrato programa para a limpeza

pública em 2013, no montante de 5,7 milhões de euros, e cerca de 2,2 milhões de euros de cobertura de prejuízos

relativa ao exercício de 2010;

� EDUCA: os subsídios em 2013 totalizaram 12,2 milhões de euros, repartidos pela celebração dos contratos

programa para a gestão das EB’s/JI’s, a gestão dos refeitórios escolares, a gestão dos transportes escolares e a

gestão dos complexos desportivos, no montante global de 10,4 milhões de euros, e 1,6 milhões de euros de

cobertura de prejuízos relativa a 2008 e 213 mil euros referentes à cobertura de prejuízos do exercício de 2012;

� Sintra Quórum: os subsídios totalizaram 1,8 milhões de euros, destinados à celebração dos contratos programa para

2013, nomeadamente 1 milhão de euros para o contrato programa para o Centro Cultural Olga de Cadaval, 570 mil

euros para o Museu Arqueológico São Miguel de Odrinhas (MASMO), 108 mil euros para o Festival de Sintra, 100

mil euros para a Escola Profissional de Recuperação do Património de Sintra, 45 mil euros para a Quinta Nova da

Assunção e 7 mil euros de cobertura de prejuízos relativa a 2012.

Note-se que os valores contabilizados em subsídios, ao abrigo dos contratos programa celebrados com as empresas

municipais, revelam os valores transferidos e não as execuções financeiras dos mesmos.

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As despesas de capital ascenderam a 29,6 milhões de euros, representando 19,7% do total da despesa realizada. Em

relação ao período homólogo de 2012 verificou-se um decréscimo de 25,2 milhões de euros (-46%), relacionado

maioritariamente com a diminuição de 27,9 milhões de euros (-71,6%) de passivos financeiros. Esta redução resulta

principalmente do pagamento, em 2012, do empréstimo de 25 milhões de euros, destinado à requalificação do parque

escolar do 2º e 3º ciclo.

O investimento indireto registado através da rubrica transferências de capital atingiu os 3,2 milhões de euros,

verificando-se uma diminuição de 4,4 milhões de euros face ao ano 2012. Este decréscimo está relacionado com o facto

da legislação em vigor, nomeadamente o RJAEL não permitir a realização de transferências de capital para as empresas

municipais.

Assim, as transferências de capital incluem, basicamente, 1,7 milhões de euros para as Freguesias e 1,2 milhões de

euros para instituições sem fins lucrativos (500 mil euros na área do desporto, 455,1 mil euros na Ação Social, 125 mil

para apoio a igrejas e 50 mil euros para as associações de bombeiros).

Quanto ao investimento direto no ano (aquisições de bens de capital), atingiu os 15,3 milhões de euros, justificado

sobretudo pela empreitada de ampliação da escola básica 2,3 Visconde de Juromenha (5,2 milhões de euros), pelo

cumprimento da sentença judicial relativa à empreitada de construção do Centro de Ciência Viva (2,1 milhões de euros)

e por empreitadas diversas (2,8 milhões de euros), nomeadamente: largo dos desportos em Mira Sintra (227 mil euros)

e requalificação do túnel da Agualva (300 mil euros), entre outros. Em relação ao período homólogo de 2012 existiu um

acréscimo de 7,1 milhões de euros.

Unid: €

Despesa Realizada

dez-10 dez-11 dez-12 dez-13 Var. Var. %

Despesa Corrente

Pessoal 46.290.878 45.329.754 41.081.405 43.637.715 2.556.310 6,2%

Aquis ição de Bens e Serviços 24.021.652 33.320.990 40.492.295 29.624.485 -10.867.810 -26,8%

Juros e Outros Encargos 836.112 3.790.299 3.760.469 2.038.721 -1.721.748 -45,8%

Trans ferências Correntes 29.081.017 26.148.551 20.149.290 22.856.779 2.707.489 13,4%

Subs ídios 22.013.774 22.589.362 22.788.909 22.120.067 -668.841 -2,9%

Outras Despesas Correntes 2.463.624 933.932 772.344 621.089 -151.255 -19,6%

Total 124.707.058 132.112.888 129.044.712 120.898.856 -8.145.856 -6,3%

Unid: €

Despesa Paga

dez-10 dez-11 dez-12 dez-13 Var. Var. %

Despesa Corrente

Pessoal 46.255.384 45.289.295 41.065.997 43.622.288 2.556.290 6,2%

Aquis ição de Bens e Serviços 18.282.617 23.271.604 38.834.864 27.291.651 -11.543.213 -29,7%

Juros e Outros Encargos 836.071 3.790.258 3.760.469 2.038.721 -1.721.748 -45,8%

Trans ferências Correntes 21.231.777 25.841.715 20.149.290 22.856.352 2.707.062 13,4%

Subs ídios 20.931.397 22.241.269 22.788.909 22.120.067 -668.841 -2,9%

Outras Despesas Correntes 2.462.281 932.726 772.344 621.089 -151.255 -19,6%

Total 109.999.526 121.366.867 127.371.874 118.550.168 -8.821.705 -6,9%

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No final do ano de 2013, cerca de 100% da despesa de capital realizada encontrava-se paga.

TA X A DE EXEC UÇÃ O D A DE SPE S A COR RE NTE E DE C A PIT AL

Em 2013 o orçamento da despesa foi de 168,8 milhões de euros, apresentando um nível de despesa paga de 148

milhões de euros, o que se traduz numa taxa de execução de 87,7%.

Relativamente à execução orçamental da despesa, verificou-se que a taxa de execução da despesa corrente foi superior

à registada na despesa de capital. As diferentes taxas de execução das rubricas que compõem a despesa variam desde

os 99,1% dos passivos financeiros até 60,5% das outras despesas correntes.

Unid: €

Despesa Realizada

dez-10 dez-11 dez-12 dez-13 Var. Var. %

Despesa de Capital

Aquis ição de Bens de Capi tal 30.088.511 16.305.410 8.213.607 15.280.716 7.067.109 86,0%

Trans ferências de Capi tal 22.445.054 7.990.659 7.652.830 3.248.916 -4.403.914 -57,5%

Ativos Financei ros 545.000 0 0 0 0

Pass ivos Financei ros 16.244.800 17.725.679 38.902.681 11.052.664 -27.850.017 -71,6%

Total 69.323.366 42.021.748 54.769.118 29.582.296 -25.186.823 -46,0%

Unid: €

Despesa Paga

dez-10 dez-11 dez-12 dez-13 Var. Var. %

Despesa de Capital

Aquis ição de Bens de Capi tal 27.369.425 16.096.163 7.674.416 15.148.323 7.473.907 97,4%

Trans ferências de Capi tal 21.630.779 6.184.632 7.652.830 3.248.916 -4.403.914 -57,5%

Ativos Financei ros 545.000 0 0 0 0

Pass ivos Financei ros 16.244.800 17.725.679 38.902.681 11.052.664 -27.850.017 -71,6%

Total 65.790.005 40.006.474 54.229.927 29.449.902 -24.780.025 -45,7%

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No entanto, se atendermos aos níveis da despesa realizada a conclusão é diferente, com níveis de execução muito

próximos dos 100% em todas as rubricas.

DES PES A POR N A TUREZ A ORÇAM E NT AL – GOP E EX T RA PLA NO

Se estruturarmos a despesa nas vertentes extraplano (funcionamento + despesas de capital com amortização de

empréstimos), e GOP (grandes opções do plano), verifica-se que o decréscimo da despesa total advém da despesa

extra-plano, que em 2012 incorporava o efeito da amortização de 25 milhões de euros do empréstimo contraído para a

renovação do parque escolar, bem como a regularização da dívida aos SMAS, no montante de 8,2 milhões de euros.

No que concerne às GOP, verificou-se um acréscimo de 4,6 milhões de euros proveniente, sobretudo, da rubrica

habitação e serviços coletivos, que inclui a transferência financeira para a AMTRES para concretização da transferência

de equilibrio para a Tratolixo relativa ao ano 2012 e ao ano 2013, nos montantes de 2,3 milhões de euros e 1,9 milhões

de euros, respetivamente.

Unid: €

Taxa de Execução da Despesa

Valor OrçadoValor

ComprometidoValor Realizado Valor Pago Tx Exec.

Despesa Corrente 133.213.192 124.761.942 120.898.856 118.550.168 89,0%

Pes s oa l 45.161.942 43.643.420 43.637.715 43.622.288 96,6%

Aqui s ição de Bens e Serviços 37.207.700 32.921.406 29.624.485 27.291.651 73,3%

Juros e Outros Encargos 2.616.101 2.040.803 2.038.721 2.038.721 77,9%

Trans ferências Correntes 24.535.331 23.205.961 22.856.779 22.856.352 93,2%

Subs ídi os 22.666.341 22.190.901 22.120.067 22.120.067 97,6%

Outras Des pesas Correntes 1.025.778 759.452 621.089 621.089 60,5%

Despesa de Capital 35.545.466 32.994.888 29.582.296 29.449.902 82,9%

Aqui s ição de Bens de Capita l 20.577.421 18.248.741 15.280.716 15.148.323 73,6%

Trans ferências de Capita l 3.811.784 3.693.483 3.248.916 3.248.916 85,2%

Pas s ivos Financeiros 11.156.260 11.052.664 11.052.664 11.052.664 99,1%

Despesa Total 168.758.658 157.756.830 150.481.152 148.000.070 87,7%

dez-13

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As GOP estão organizadas de acordo com a classificação funcional das despesas, as quais segundo o POCAL, são

divididas em: Funções Gerais (Serviços Gerais da Administração Pública, Segurança e Ordem Pública e Proteção Civil);

Funções Sociais (Educação, Saúde, Ação Social, Habitação, Desporto, Proteção do Ambiente e Cultura); Funções

Económicas (Transportes e Comunicações e Comércio e Turismo) e Outras Funções (Transferências entre

Administrações, ou seja, as transferências para as Freguesias).

No final do ano de 2013, a despesa realizada com ações inscritas nas GOP atingiu os 80,1 milhões de euros, dos quais

36,1% referentes à função Habitação e Serviços Coletivos e 27,8% à Educação. Estas duas rubricas, em conjunto com as

transferências para as freguesias representam no global cerca de 75,6% da despesa total das GOP.

Ao nível da habitação e serviços coletivos a despesa realizada atingiu os 28,9 milhões de euros, dos quais 16,9 milhões

de euros referem-se ao encargo com o tratamento de resíduos sólidos urbanos e que representou cerca de 58,4% do

total de despesa realizada nesta rubrica. Este valor engloba a aquisição de serviços de tratamento de rsu’s, junto da

Tratolixo, no montante de 10,3 milhões de euros, e ainda 6,4 milhões de euros respeitantes às transferências correntes

para a AMTRES, que incluem as transferências de equilibrio para a Tratolixo, no montante de 4,2 milhões de euros e as

últimas prestações relativas ao acordo de dívida – cessão de créditos, no montante de 2,2 milhões de euros.

O encargo com a educação atingiu os 22,3 milhões de euros, um nível de despesa próximo ao registado em 2012 – uma

diminuição de 112,2 mil euros, sendo constituído por:

� Transferências para a empresa municipal EDUCA, E.E.M., na ordem dos 12,2 milhões de euros, para a celebração

dos contratos programa para a gestão das EB’s/JI’s, a gestão dos refeitórios escolares, a gestão dos transportes

escolares e a gestão dos complexos desportivos, no montante global de 10,4 milhões de euros, e para cobertura de

prejuízos relativa aos anos de 2008 e 2012, no montante de 1,6 milhões de euros e 213 mil euros, respetivamente.

� Apoio direto às escolas no montante de 4,9 milhões de euros no âmbito dos serviços auxiliares de ensino: para

atividades de enriquecimento curricular (3,2 milhões de euros), para medidas de apoio à qualidade nas escolas (554

mil euros), para a componente de apoio à família pré-escolar (500 mil euros) e medidas de ação social escolar

(443,2 mil euros).

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� Obra de construção da escola básica 2,3 Visconde de Juromenha, no montante de 5,2 milhões de euros (inclui 147,2

mil euros para aquisição de mobiliário).

Ao nível do relacionamento com as Freguesias (Outras Funções), o encargo do Município atingiu os 9,4 milhões de

euros no ano de 2013, registando-se um acréscimo de cerca de 2,2% (+198,9 mil euros) em relação ao período

homólogo de 2012. Ao abrigo de protocolos celebrados com as juntas de freguesia, o Município de Sintra atribuiu

financiamento para espaços ajardinados, no valor de 4,4 milhões de euros (transferências correntes), limpeza e

calcetamento (transferências de capital), no montante de 1,3 milhões de euros, manutenção de parques infantis, no

montante de 281,9 mil euros (transferências correntes), apoio financeiro corrente, no valor de 2,5 milhões de euros,

apoio financeiro de capital, no montante de 309 mil euros e outros apoios financeiros (transferências correntes) no

valor de 500 mil euros.

No que concerne aos transportes e comunicações o valor ascendeu a 3,9 milhões de euros, um valor similar ao

registado em 2012, e compreende as obras realizadas pelo Departamento de Obras Municipais e Departamento de

Ambiente e Serviços de Gestão Urbana, atualmente reorganizados num único serviço designado por Departamento de

Obras Municipais e Gestão do Espaço Público, quer através de empreitadas e aquisições de serviços, quer através da

administração direta. Quanto à despesa realizada no ano destacam-se os seguintes projetos: manutenção e

conservação da linha do elétrico (128,6 mil euros); beneficiação e construção de eixos rodoviários diversos (2,8 milhões

de euros); sinalização vertical e horizontal (257,2 mil euros) e aquisição ou expropriação de terrenos (557,9 mil euros).

Ao nível dos serviços culturais, recreativos e religiosos a despesa realizada ascendeu a cerca de 7,1 milhões de euros

verificando-se um acréscimo de cerca de 1,4 milhões de euros (+24,5%). Este crescimento está, essencialmente,

relacionado com o cumprimento da sentença judicial relativa à empreitada de construção do Centro de Ciência Viva

(2,1 milhões de euros). O restante valor engloba 1,7 milhões de euros relativos aos contratos programa celebrados com

a Sintra Quórum, EEM e 2 milhões de euros para atividades relacionadas com desportos e tempos livres, que, por sua

vez, compreendem o funcionamento dos complexos desportivos, geridos pela Educa, EEM (725,6 mil euros), eventos de

natureza desportiva e recreativa organizados pelo Município (977 mil euros) e apoios financeiros concedidos a

instituições sem fins lucrativos dentro da área (320,5 mil euros).

Quanto ao apoio social prestado pelo Município no ano de 2013, o encargo anual ascendeu a 1,6 milhões de euros,

uma diminuição de 337,7 mil euros, justificada, particularmente, pelo decréscimo no programa de apoio financeiro às

instituições sem fins lucrativos (PAFI) em cerca de 291,6 mil euros.

Relativamente ao comércio e turismo, a despesa realizada cifrou-se em 1,2 milhões de euros, destacando-se o

investimento realizado no Mercado do Cacém, no montante de 766,7 mil euros.

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As despesas inscritas no extraplano, inerentes ao funcionamento e amortização de empréstimos, ascenderam a 70,4

milhões de euros, o que significa um decréscimo de 38 milhões de euros (-35%) em relação ao período homólogo de

2012. Esta variação está essencialmente relacionada com a rubrica de amortização de empréstimos, a qual decresceu

cerca de 27,9 milhões de euros (-71,6%), uma vez que no ano 2012 incorporava a amortização integral do empréstimo

de 25 milhões de euros, destinado à requalificação do parque escolar do 2º e 3º ciclo.

Quanto às despesas de funcionamento (sem o efeito das amortizações do empréstimo), estas registaram uma

diminuição na ordem dos 10,1 milhões de euros, relacionada essencialmente com a redução dos encargos com as

instalações (-7,8 milhões de euros). Esta redução advém não de um menor consumo de eletricidade e água, mas sim

pelo facto do orçamento de 2012 do Município de Sintra incorporar a dívida em atraso com os SMAS, regularizada

nesse ano, no montante de 8,2 milhões de euros.

De referir também a redução verificada ao nível dos encargos de cobrança de receita (-2,3 milhões de euros),

consequência de um menor nível de cobrança de IMI, mas sobretudo pelo facto de em 2012 o Município ter sido sujeito

a uma cobrança extraordinária de encargos, relacionada com a atualização do valor patrimonial dos imóveis.

Ainda ao nível da redução da despesa, salienta-se a rubrica juros e outros encargos, que registaram uma diminuição de

1,7 milhões de euros (-45,8%). Os 2 milhões de euros registados no final do ano estão relacionados sobretudo com os

juros suportados relativos aos empréstimos de médio e longo prazo, dos quais cerca de 1,4 milhões de euros referentes

ao empréstimo recebido da Cacém Polis.

Em sentido inverso, assistiu-se a um acréscimo da rubrica com maior expressão material, despesas com pessoal, no

montante de 2,5 milhões de euros (+6,2%), em comparação com igual período homólogo de 2012, justificado pelo

efeito da remuneração dos subsídios de férias e natal à totalidade dos funcionários.

Unid: €

Despesa Realizada GOP

dez-10 dez-11 dez-12 dez-13 Var Var. %

Grandes Opções do Plano

Servi ços Gerais da Adminis traçã o Públ i ca 5.629.070 3.341.616 3.368.809 3.125.487 -243.322 -7,2%

Segurança e Ordem Públ ica 2.190.711 1.693.640 1.381.359 1.677.110 295.751 21,4%

Educaçã o 41.844.609 27.664.995 22.390.922 22.278.758 -112.164 -0,5%

Saúde 328.255 1.639.763 260.340 200.924 -59.417 -22,8%

Acção Socia l 1.736.105 2.026.138 1.949.680 1.611.946 -337.734 -17,3%

Ha bi tação e Serviços Coletivos 25.468.696 29.961.230 24.457.754 28.942.586 4.484.832 18,3%

Servi ços Culturai s Recreativos e Rel igiosos 10.818.039 4.978.758 5.683.887 7.077.148 1.393.262 24,5%

Indústria e Energia 1.591.535 756.708 1.336.376 680.002 -656.374 -49,1%

Transportes e Comunicações 13.825.723 5.747.325 3.887.616 3.937.518 49.902 1,3%

Comércio e Turi smo 121.039 183.843 1.562.976 1.189.865 -373.111 -23,9%

Outras Funções 9.213.358 10.586.882 9.152.291 9.351.220 198.929 2,2%

Total 112.767.141 88.580.899 75.432.010 80.072.565 4.640.555 6,2%

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O quadro seguinte é ilustrativo das principais variações responsáveis pela redução dos encargos do extraplano,

podendo-se constatar que, excetuando a rubrica pessoal, a redução da despesa sentida na totalidade das rubricas de

funcionamento, permitiu um ajustamento na despesa na ordem dos 37,1 milhões de euros.

Unid: €

Despesa Realizada Extra-Plano

dez-10 dez-11 dez-12 dez-13 Var Var. %

Funcionamento 65.018.483 67.828.059 69.479.139 59.355.923 -10.123.216 -14,6%

Pess oal 46.013.096 45.177.993 40.892.741 43.440.306 2.547.564 6,2%

Combustiveis e Lubri fi cantes 579.803 576.288 596.452 545.860 -50.593 -8,5%

Limpeza e Higiene 1.193.053 1.026.069 1.125.797 1.117.729 -8.068 -0,7%

Materia l de Escri tório 327.488 240.658 188.160 227.294 39.134 20,8%

Prémios , Condec., Ofertas , Art. Honori f. Dec. 112.847 99.076 66.838 36.095 -30.743 -46,0%

Encargos das Insta lações 8.389.500 11.269.074 15.636.285 7.872.806 -7.763.479 -49,7%

Conservação de Bens 329.678 471.141 460.908 41.662 -419.246 -91,0%

Locação de Edi fi cios 226.406 177.785 172.854 163.444 -9.410 -5,4%

Comunicações 681.654 865.268 466.730 326.330 -140.400 -30,1%

Seguros 166.113 214.871 105.695 345.022 239.327 226,4%

Publ icidade 191.290 96.304 76.901 64.697 -12.204 -15,9%

Vigi lância e Segurança 1.482.549 882.585 824.013 651.790 -172.223 -20,9%

Ass i s tência Técnica e Outros Trabalhos Espec. 271.655 303.016 278.987 222.379 -56.608 -20,3%

Encargos de Cobrança de Recei ta 1.747.658 1.666.206 4.060.609 1.775.349 -2.285.260 -56,3%

Juros e Outros Encargos 836.112 3.790.299 3.760.469 2.038.721 -1.721.748 -45,8%

Impostos e Taxas 1.867.051 662.520 239.587 83.107 -156.480 -65,3%

Outras 602.530 308.905 526.114 403.335 -122.779 -23,3%

Capital 16.244.800 17.725.679 38.902.681 11.052.664 -27.850.017 -71,6%

Amortização Empréstimos 16.244.800 17.725.679 38.902.681 11.052.664 -27.850.017 -71,6%

Total 81.263.283 85.553.737 108.381.820 70.408.587 -37.973.234 -35,0%

Unid: €

Evolução das Despesas de Extra Plano

Total ano 2012 108.382.000

Di mi nuição da amorti zação de empréstimo -27.850.017

Di mi nuição de juros e outros encargos fi nanceiros -1.721.748

Cres cimento das despes as com pes soal (duodécimos dos s ubs i dios de féri as e nata l ) +2.547.564

Decrés cimo dos encargos com insta lações -7.763.479

Redução dos encargos com cobrança de receitas -2.285.260

Total ano 2013 71.309.061

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TA X A DE EXEC UÇÃ O D A DE SPE S A GOP e E XT RA PLA NO

O orçamento de extraplano ascendeu a 76,2 milhões de euros em 2013, apresentando uma taxa de execução de 90,4%,

sensivelmente idêntica à do período homólogo de 2012 (menos 1%) influenciada pelas taxas de execução específicas

das rubricas materialmente mais relevantes, como seja o pessoal (96,7%) e os passivos financeiros (99,1%). No final do

ano foram pagos cerca de 68,9 milhões de euros de despesa realizada no extra plano (70,4 milhões de euros).

O orçamento afeto à GOP em 2013 totalizou 92,5 milhões de euros, tendo-se registado uma execução de 85,5%, um

valor significativamente superior aos níveis de execução de anos anteriores. As rubricas com maior peso no plano

apresentam taxas de execução na ordem dos 90%, com destaque para a educação (91,4%) e a habitação e serviços

coletivos (86%) que, em conjunto, representam 61,7% do orçamento das GOP.

Unid: € Unid: €

ExtraPlano GOP

dez-10 dez-11 dez-12 dez-13 dez-10 dez-11 dez-12 dez-13

Val or Orçado 89.086.841 116.232.574 117.291.402 76.218.965 Val or Orça do 165.733.968 122.251.135 95.151.378 92.539.694

Val or Pago 76.137.784 77.238.174 106.939.671 68.893.498 Val or Pago 99.651.747 84.135.167 74.662.129 79.106.573

Taxa Execução 85,5% 66,5% 91,2% 90,4% Taxa Execução 60,1% 68,8% 78,5% 85,5%

Unid: €

Despesa - ExtraPlano

Orçado Realizado Pago Tx Execução Desvio

Pessoal 44.905.142 43.440.306 43.424.879 96,7% 1.480.263

Aquisição de Bens e Serviços 16.932.078 13.557.746 12.058.084 71,2% 4.873.994

Encargos da s Insta lações 9.000.881 7.872.806 6.561.919 72,9% 2.438.962

Encargos de Cobra nça de Receita 2.284.095 1.775.349 1.775.349 77,7% 508.746

Vi gi lâ nci a e Segura nça 690.200 651.790 597.317 86,5% 92.883

Li mpeza e Higiene 1.210.861 1.117.729 1.036.532 85,6% 174.328

Comunicações 872.160 326.330 319.434 36,6% 552.726

Conserva ção de Bens 157.930 41.662 11.535 7,3% 146.395

Combustiveis e Lubri ficantes 841.500 545.860 545.839 64,9% 295.661

Materia l de Escri tório 293.865 227.294 227.177 77,3% 66.688

As s is tencia Técnica e Outros Tra b. Especia l iz. 382.652 222.379 206.711 54,0% 175.941

Locação de Edi ficios 212.590 163.444 163.444 76,9% 49.146

Publ i cida de 145.545 64.697 64.697 44,5% 80.848

Prémios , Condecor., Ofertas , Art. Honori f. 91.020 36.095 36.095 39,7% 54.925

Seguros 447.490 345.022 344.744 77,0% 102.746

Resta ntes Aqui s ições de Bens e Serviços 301.290 167.290 167.290 55,5% 134.000

Juros e Outros Encargos 2.616.101 2.038.721 2.038.721 77,9% 577.380

Transferências Correntes 3.800 92 92 3.708

Outras Despesas Correntes 605.583 319.059 319.059 52,7% 286.525

Impostos e Taxas 158.940 83.107 83.107 52,3% 75.833

Resta ntes Despes as Correntes 446.643 235.952 235.952 52,8% 210.691

Passivos Financeiros 11.156.260 11.052.664 11.052.664 99,1% 103.596

Emprésti mo de Médio e Longo Prazo 11.156.260 11.052.664 11.052.664 99,1% 103.596

Total 76.218.965 70.408.587 68.893.498 90,4% 7.325.467

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Despesa GOP

Orçado Realizado Pago Tx Execução Desvio

Funções Gerais 6.847.970 4.802.598 4.765.761 69,6% 2.082.209

Serviços Gerais da Administração Pública 5.088.270 3.125.487 3.088.650 60,7% 1.999.620

Racional ização dos Serviços 2.935.590 1.842.139 1.814.763 61,8% 1.120.827

Apetrechamento dos Serviços 1.529.905 904.520 895.209 58,5% 634.697

Comunicação e Imagem 622.775 378.828 378.678 60,8% 244.096

Segurança e Ordem Pública 1.759.700 1.677.110 1.677.110 95,3% 82.590

Protecção Civi l 1.700.650 1.666.427 1.666.427 98,0% 34.223

Pol ícia Municipal 59.050 10.684 10.684 18,1% 48.366

Funções Sociais 66.994.207 60.111.362 59.212.161 88,4% 7.782.046

Educação 24.317.783 22.278.758 22.224.584 91,4% 2.093.198

Ens ino não Superior 18.398.567 17.387.541 17.333.367 94,2% 1.065.199

Serviços Auxi l i a res de Ens ino 5.919.216 4.891.217 4.891.217 82,6% 1.027.999

Saúde 245.422 200.924 140.160 57,1% 105.262

Saúde Médico - Veterinária 245.422 200.924 140.160 57,1% 105.262

Acção Social 2.125.223 1.611.946 1.611.519 75,8% 513.705

Infância 122.500 1.700 1.700 1,4% 120.800

Terceira Idade 61.284 39.918 39.918 65,1% 21.367

Deficiência 52.796 24.599 24.599 46,6% 28.198

Minorias Étnicas 86.530 86.429 86.429 99,9% 101

Outras Intervenções 1.802.113 1.459.300 1.458.873 81,0% 343.239

Habitação e Serviços Coletivos 32.739.745 28.942.586 28.158.753 86,0% 4.580.992

Habi tação 682.670 409.816 409.788 60,0% 272.881

Planeamento Urbanísti co 168.450 44.787 44.787 26,6% 123.663

Urbanização 1.896.388 1.580.955 1.580.955 83,4% 315.433

Requa l i fi cação Urbana 1.674.311 453.002 453.002 27,1% 1.221.309

Saneamento 8.221.939 8.221.939 8.221.939 100,0% 0

Res íduos Sól idos 18.036.186 16.888.322 16.114.638 89,3% 1.921.548

Ambiente 567.969 467.743 466.924 82,2% 101.045

Parques e Jardins 1.491.832 876.021 866.719 58,1% 625.113

Serv.Culturais, Recreativos e Religiosos 7.566.034 7.077.148 7.077.145 93,5% 488.889

Património Histórico-Cul tura l 1.983.771 1.870.257 1.870.257 94,3% 113.515

Animação Cultura l 3.153.391 3.111.705 3.111.705 98,7% 41.686

Des portos e Tempos Livres 2.388.528 2.083.797 2.083.797 87,2% 304.731

Juventude 25.994 5.396 5.393 20,7% 20.601

Cemitérios 14.350 5.994 5.994 41,8% 8.356

Funções Económicas 9.097.209 5.807.385 5.777.430 63,5% 3.319.779

Indústria e Energia 1.326.967 680.002 680.002 51,2% 646.965

I luminação Públ i ca 1.326.967 680.002 680.002 51,2% 646.965

Transportes e Comunicações 5.847.137 3.937.518 3.923.403 67,1% 1.923.734

Rede Viária e Transportes 5.847.137 3.937.518 3.923.403 67,1% 1.923.734

Comércio e Turismo 1.923.105 1.189.865 1.174.025 61,0% 749.080

Mercados e Fei ras 1.799.080 1.110.740 1.094.900 60,9% 704.180

Turi smo 84.025 39.125 39.125 46,6% 44.900

Comércio 40.000 40.000 40.000 100,0% 0

Outras Funções 9.600.307 9.351.220 9.351.220 97,4% 249.087

Transferências entre Administrações 9.600.307 9.351.220 9.351.220 97,4% 249.087

Total 92.539.694 80.072.565 79.106.573 85,5% 13.433.121

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DES PES A POR CLA S SI FIC AÇ ÃO O RG ÂN IC A

A Administração Autárquica (constituída essencialmente pela “unidade orgânica” CMS e operações de tesouraria) teve

a seu cargo cerca de metade do orçamento global do Município, perfazendo um total de 85,5 milhões de euros, dos

quais 79,2 milhões de euros encontram-se pagos, o que traduz uma taxa de execução de 92,7%.

O montante orçado compreende 13,9 milhões de euros de operações financeiras (dotação para amortização de

empréstimos e juros), 40,8 milhões de euros referem-se a subsídios e transferências para empresas municipais,

freguesias, agrupamentos escolares, bombeiros e outras instituições sem fins lucrativos, 12,4 milhões de euros para

aquisição de serviços, basicamente para o tratamento de resíduos sólidos urbanos efetuado pela Tratolixo e 15 milhões

de euros em despesas com pessoal (vencimentos das unidades orgânicas que compõem este conjunto “administração

autárquica” e encargos sociais de todas as unidades orgânicas do município).

Alargando a análise às outras unidades orgânicas, nomeadamente ao nível de direções municipais e departamentos

apresenta-se um resumo da afetação das dotações:

� Departamento de Administração Financeira e Patrimonial: 20,4 milhões de euros de orçamento, com pagamentos

associados de 14,9 milhões de euros que incluem 6,6 milhões de euros para encargos de instalações (água e luz

afeta aos edifícios e imobilizados públicos), 1,8 milhões de euros para encargos de cobrança de receita, 1,5 milhão

de euros ao nível da informatização, 1,4 milhões de euros para aquisição/expropriação de terrenos e 2,2 milhões de

euros para despesas com o pessoal. A taxa de execução atingiu os 72,9%;

� Direção Municipal de Obras e Gestão Urbana: 26,6 milhões de euros de orçamento, com pagamentos associados de

21,1 milhões de euros, nomeadamente 2,1 milhões de euros para instalações recreativas (Centro de Ciência Viva de

Sintra), 5,2 milhões de euros em equipamentos educativos (escola básica 2,3 Visconde Juromenha) e 5,9 milhões de

euros em despesa com pessoal e 2,4 milhões de euros de diversas obras em viadutos e arruamentos. A taxa de

execução foi de 79,3%.

� Departamento de Educação: 16,8 milhões de euros de orçamento que incluem pagamentos na ordem dos 15,6

milhões de euros, destacando-se 10,5 milhões de euros relativos a despesas com pessoal, 3,2 milhões de euros para

as atividades de enriquecimento curricular, 500,5 mil euros referentes à componente de apoio à família pré-escolar,

555 mil euros nas medidas de apoio à qualidade nas escolas e 443,2 mil euros em medidas de ação social. A taxa de

execução atingiu 93,1%.

� Departamento de Cultura, Turismo, Juventude e Desporto: 4,3 milhões de euros de orçamento que incluem

pagamentos na ordem dos 4 milhões de euros, nomeadamente 442 mil euros para a animação cultural, 940,2 mil

euros em desporto e tempos livres, 34,4 mil euros nas bibliotecas, 78,4 mil euros ao nível do turismo e 2,5 milhões

de euros em despesa com pessoal. A taxa de execução atingiu os 94,1%:

� Departamento de Ação Social, Saúde e Habitação: 3,1 milhões de euros de orçamento que incluem pagamentos na

ordem dos 2,8 milhões de euros, dos quais 1,1 milhões de euros para a ação social e 213 mil euros para a gestão

social do parque habitacional e 1,5 milhões de euros em despesa com pessoal. A taxa de execução atingiu os 89,8%.

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Unid: €

Execução Despesa por Orgânica

Sigla Antiga Sigla Nova Orçado Pago Tx Execução

ADMINISTRAÇÃO AUTÁRQUICA AA AA 85.468.058 79.226.863 92,7%

As sembleia Municipa l AMS AMS 60.875 48.612 79,9%

Câmara Municipal CMS CMS 67.653.721 62.340.702 92,1%

Operações Financeiras OPF OPF 13.913.566 13.176.517 94,7%

Gab. Munic. de Auditoria e Qual idade GAQ 104.502 104.243 99,8%

Gab. de Relações Públ icas , Intern. e de Comunicação GRP GCOR 500.582 461.795 92,3%

Gab. Munic. de Apoio ao Municipe e Controlo de Proces sos GAM GAPM 698.207 619.717 88,8%

Gab. Munic. de Apoio aos Orgãos Municipa is GOM GAOM 139.439 138.267 99,2%

Div. Plano Diretor Municipal DPDM GPDM 164.229 163.627 99,6%

Serviço Municipa l de Proteção Civi l SMPC SMPC 1.930.921 1.890.368 97,9%

Class es Inativas INAC INAC 53.000 49.373 93,2%

Serviço Municipa l de Informação ao Consumidor SMIC SMIC 249.016 233.641 93,8%

DIR. MUN. ADMINISTRATIVA E DE POLÍCIA MUNICIPAL DM-APM 3.393.369 3.020.150 89,0%

Direção Municipa l DM 127.441 127.163 99,8%

Departamento de Ass untos Jurídicos e Administrativo DJA GJN 1.713.642 1.489.129 86,9%

Departamento de Pol ícia Municipa l DPM DPMF 1.552.286 1.403.858 90,4%

DIR. MUN. DE PLANEAMENTO E URBANISMO DM-PUR 2.934.437 2.617.460 89,2%

Direção Municipa l DM 83.616 77.395 92,6%

Departamento de Planeamento Urbano DPU DGT 695.550 536.947 77,2%

Departamento de Urbanis mo DUR DGT 2.155.271 2.003.118 92,9%

DIR. MUN. DE OBRAS E GESTÃO URBANA DM-OGU 26.569.162 21.077.707 79,3%

Direção Municipa l DM 82.550 82.550 100,0%

Departamento de Ambiente, Serviços e Gestão Urbana DAS DGP 11.366.590 8.639.791 76,0%

Departamento de Obras Municipa is DOM DGP 15.120.022 12.355.367 81,7%

DEP. RECURSOS HUMANOS DRH 3.986.949 3.343.736 83,9%

Departamento de Recursos Humanos DRH DRH 3.986.949 3.343.736 83,9%

DEP. ADIMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E PATRIMONIAL DAF 20.405.946 14.866.965 72,9%

Departamento de Adm. Financeira e Patrimonia l DAF DFP 19.202.652 14.020.519 73,0%

Divisão de Património Móvel e Imóvel DPIM DPIM 1.010.149 732.619 72,5%

Divisão de Licenc. das At. Económicas e Ges tão de Mercados DLGM GLAE 102.410 50.451 49,3%

Divisão de Informática, Redes e Comunicações DIRC GIRC 90.735 63.376 69,8%

DEP. CONTRATAÇÃO PÚBLICA DCP 1.583.970 1.188.076 75,0%

Departamento de Contratação Públ ica DCP GCP 1.583.970 1.188.076 75,0%

DEP. CULTURA, TURISMO, JUVENTUDE E DESPORTO DCD 4.264.825 4.013.412 94,1%

Departamento de Cul tura , Turis mo, Juventude e Desporto DCD 2.526.715 2.518.381 99,7%

Divisão de Animação Cul tural DACT DCUL 453.168 442.011 97,5%

Divisão de Bibl iot., Mus eus e Património Histórico-Cul tura l DBMP DCUL 39.498 34.441 87,2%

Divisão de Juventude e Des porto DJUD DDJU 1.122.929 940.220 83,7%

Divisão de Turis mo DTUR DTUR 122.515 78.360 64,0%

DEP. AÇÃO SOCIAL, SAÚDE E HABITAÇÃO DAH 3.123.253 2.805.252 89,8%

Departamento de Ação Social , Saúde e Habitação DAH 1.482.765 1.465.064 98,8%

Divisão de Saúde e Ação Social DSAS DSAS 1.310.598 1.127.237 86,0%

Divisão de Habitação DHAB DHSC 329.890 212.952 64,6%

DEP. EDUCAÇÃO DED 16.797.882 15.637.998 93,1%

Departamento de Educação DED DED 10.684.077 10.479.430 98,1%

Divisão de Educação DEDU DEDU 6.113.805 5.158.568 84,4%

DEP. PROSPETIVA E DESENVOLVIMENTO ESTRATÉGICO DPE 230.806 202.450 87,7%

Departamento de Pros petiva e Desenvolvimento Estratégico DPE DPEP 228.111 199.897 87,6%

Divisão de Sistemas de Informação Geográfica DSIG DPEP 2.695 2.553 94,7%

TOTAL DO ORÇAMENTO 168.758.658 148.000.070 87,7%

Nota: Despesas c/ pessoal processadas ao nível do departamento

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PR I NC IP AI S I ND IC ADO RES ORÇ A MENT AI S

Através da análise dos principais indicadores orçamentais torna-se evidente a melhoria da generalidade dos rácios

nomeadamente no que diz respeito à cobrança de receita, apresentando-se esta, pela primeira vez, com uma taxa de

execução superior a 100% e a ultrapassar mais de 100% da despesa comprometida. Esta situação é já o espelho do

cumprimento da LCPA, na medida em que os compromissos concretizados no ano tiveram sempre patentes a despesa

efetiva prevista no final do exercício.

Deste ajustamento resultam rácios de endividamento líquido que cada vez mais representam uma fração menor das

receitas cobradas, como se verifica para o ano 2013, com o índice a reduzir para menos de 50% da receita cobrada no

exercício anterior.

Indicadores Orçamentais

dez-10 dez-11 dez-12 dez-13

independência financei ra (recei ta própria cobrada /

recei ta cobrada)45,7% 50,8% 54,4% 57,2%

impostos cobrados / recei ta cobrada 42,6% 44,2% 41,8% 47,3%

recei ta cobrada / recei ta l iquida da 97,9% 97,4% 101,0% 99,4%

recei ta cobrada / recei ta orça da 80,5% 79,5% 92,2% 101,8%

despesa com pessoal paga / despesa paga 26,3% 28,1% 22,6% 29,5%

(despesa de investimento rea l i zada + trans ferências

de capi ta l real i za da) / despesa real i za da27,1% 14,0% 8,6% 12,3%

Recei ta cobrada 195.883.894 171.752.375

Des pes a comprometida 191.880.951 157.756.830

Recei ta cobrada 195.883.894 171.752.375

Des pes a paga 181.601.800 148.000.070

Divida s tota is a paga r - (dividas a receber + disponib.) 77.985.691 55.625.430

Recei tas cobrada s n-1 (imp. di retos , indi retos e taxas

+ tranf. obtidas esta do)141.492.271 140.741.129

Dívidas a instituições de crédi to 90.715.069 79.662.406

Recei tas cobrada s n-1 (imp. di retos , indi retos e taxas

+ tranf. obtidas esta do)141.492.271 140.741.129

Dívida a fornecedores (curto, médio e longo pra zo) 2.154.162 2.551.315

Recei tas cobra da s tota is n-1 189.563.883 195.883.894

Saldo primário na ótica dos

compromissos

[(Recei ta total -ativos fin.- pass ivos fin.) - (despesa

tota l - ativos fin. - pas s ivos fin.)] 45.472.745 32.323.887

Indicadores ranking orçamentais

dez-12 dez-13

Grau de execuçã o da recei ta cobrada

relativamente às despesa s

comprometida s

1,02 1,09

Índice de endividamento l íquido 0,55 0,40

Grau de execuçã o da recei ta cobrada

relativamente à despesa pa ga1,08 1,16

Peso das dívida s a insti tuições de

crédi to na s recei tas n-10,64 0,57

Peso das dívida s a fornecedores na s

recei tas n-10,01 0,01

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ENDIVIDAMENTO MUNICIPAL

Ao abrigo do previsto no artigo 98.º da Lei de Orçamento de Estado de 2013, a DGAL informou dos novos limites de

endividamento líquido, sendo que no caso do Município de Sintra foi-lhe atribuído um limite negativo de 19,9 milhões

de euros. Isto é, o Município não pode sequer ter endividamento e os seus ativos financeiros, em conjunto com os do

setor empresarial local, têm de ser superiores aos passivos financeiros, em pelo menos, cerca de 20 milhões de euros.

Assim, os limites considerados para 2013 são os seguintes:

Aplicando estes limites à realidade financeira do Município no ano de 2013, verifica-se que:

- Em relação ao limite de endividamento de curto prazo (10 milhões de euros), no ano de 2013 o Município não utilizou

qualquer empréstimo de curto prazo.

- Em relação ao limite de endividamento de médio e longo prazo (102,7 milhões de euros), a CMS utilizou 36 milhões de

euros (não inclui os empréstimos excecionados no montante de 43,7 milhões de euros) o que significa que a margem

existente era na ordem dos 66,7 milhões de euros para novos empréstimos. No entanto, de acordo com a DGAL, a CMS

durante o ano de 2013, apenas, poderia contratar 10,6 milhões de euros de empréstimos de médio e longo prazo,

conforme rateio apurado.

- No final do ano, o Município (incluindo o SEL) não regista endividamento líquido, sendo os ativos financeiros

superiores aos passivos financeiros em cerca de 71,6 milhões de euros, cumprindo-se o limite estabelecido de - 19,9

milhões de euros. Em termos particulares, a contribuição de cada entidade foi a seguinte:

- (AM) AML = - 375.657,86€ (melhorando o índice de endividamento municipal);

- (AM) AMTRES = - 2.151.991,97€ (melhorando o índice de endividamento municipal);

- (SM) SMAS = - 49.876.622,06€ (melhorando consideravelmente o índice de endividamento municipal);

- (EEM) HPEM = + 2.804.511,48€ (piorando o índice de endividamento);

- (ASU) AMES = + 152.928,47€ (piorando o índice de endividamento);

- CMS = - 22.130.911€ (excluindo os empréstimos excecionados e melhorando o índice de endividamento

Municipal).

Unid: €

Limites ao Endividamento Municipal

dez-13

Receitas Municipais 2011 (1+ 2) 102.743.647

1. Impostos Munici pais 74.176.944

IMI + CA 50.146.361

IMT+SISA 9.757.165

IUC+IMV 8.261.449

Derrama 6.011.969

2. Participa ção no FEF + IRS (MAPA XIX DO OE PARA 2013) 28.566.703

LIMITE AO ENDIVIDAMENTO DE CURTO PRAZO 10.274.365

LIMITE AO ENDIVIDAMENTO MÉDIO E LONGO PRAZO 102.743.639

LIMITE AO ENDIVIDAMENTO LÍQUIDO -19.867.027

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A análise do quadro seguinte permite evidenciar que nos últimos anos, o Município tem vindo a melhorar os seus níveis

de não endividamento, cumprindo as restrições impostas em cada novo orçamento de Estado.

EQUILIBRIO FINANCEIRO ESTRUTURAL E CONJUNTURAL

O Município de Sintra não se encontra quer em situação de desequilíbrio financeiro conjuntural quer em desequilíbrio

financeiro estrutural, conforme demonstram os indicadores dos quadros infra, efetuados com base no disposto no

Decreto-Lei 38/2008 de 7 de março.

Desequilíbrio Financeiro Conjuntural: segundo o art.º3 do decreto acima mencionado “constituem fundamentos da

necessidade de recurso a empréstimos de saneamento financeiro o preenchimento de uma das seguinte situações”:

Unid: €

Situação Municipal Face aos Limites de Endividamento

dez-13

1) Endividamento bancário de curto prazo

2) Endividamento bancário de médio e longo prazo 79.662.406

3) Endividamento l iquido do município 21.558.552

4) Empréstimos excepcionados ao l imite de endividamento 43.689.464

5) Contribuição AM, SM e SEL para o endividamento l íquido -49.446.832

6) Contribuição AM, SM e SEL para o endividamento bancário de m/l prazo

Capita l em divida de médio e longo prazo a considerar (2-4) 35.972.942

Endividamento l iquido a considerar (3-4+5) -71.577.744

Margem endividamento curto prazo 10.274.365

Margem endividamento médio longo prazo 66.770.697

Margem endividamento l íquido 51.710.717

Unid: €

Evolução da Situação Municipal Face aos Limites de Endividamento

jun-10 dez-10 jun-11 dez-11 dez-12 dez-13

Endividamento Líquido

Limite ao Endivi damento Líquido 131.831.936 131.831.936 0 0 -19.867.027 -19.867.027

Endividamento Líquido do Municípi o -27.144.655 -245.940 -24.916.269 -19.867.027 -48.118.370 -71.577.744

Endividamento de Médio e Longo Prazo

Limite ao Endivi damento de Médio e Longo Prazo 105.465.549 105.465.549 95.323.000 95.323.000 85.093.802 102.743.639

Endividamento m/l prazo (l íquido de emprés timos excepcionados ) 65.839.000 82.372.000 79.494.000 78.619.487 45.189.476 35.972.942

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Desequilíbrio Financeiro Estrutural, segundo o disposto no artigo 8.º do Decreto acima mencionado: “a situação de

desequilíbrio financeiro estrutural ou de rutura financeira pode ser declarada pela Assembleia Municipal, sob proposta

da Câmara Municipal, quando se verifique pelo menos três das seguintes situações”:

Desequilibrio Financeiro Conjuntural

Valor Obs.

a) A ultrapassagem do limite de endividamento líquido previsto no n.º 1

do artigo 37.º da LFL;-71.578 m€ Limite não ultrap.

b) A existência de dívidas a fornecedores de montante superior a 40 %

das receitas totais do ano anterior, tal como definidas no artigo 10.º da

LFL;

3% Limite não ultrap.

c) O rácio dos passivos financeiros, incluindo o valor dos passivos

excepcionados para efeitos de cálculo do endividamento líquido, em

percentagem da receita total superior a 200 %;

82% Limite não ultrap.

d) Prazo médio de pagamentos a fornecedores superior a seis meses. (…) 29 dias Limite não ultrap.

Desequilibrio financeiro Estrutural

Valor Obs.

a) Ultrapassagem do limite de endividamento a médio e longo prazos

previsto no artigo 39.º da LFL;35.973 m€ Limite não ultrap.

b) Endividamento líquido superior a 175 % das receitas previstas no n.º 1

do artigo 37.º da LFL;-71.578 m€ Limite não ultrap.

c) Existência de dívidas a fornecedores de montante superior a 50 % das

receitas totais do ano anterior;3% Limite não ultrap.

d) Rácio dos passivos financeiros, incluindo o valor dos passivos

excepcionados para efeitos de cálculo do endividamento líquido, em

percentagem da receita total superior a 300 %;

82% Limite não ultrap.

e) Prazo médio de pagamentos a fornecedores superior a seis meses; 29 dias Limite não ultrap.

f) Violação das obrigações de redução dos limites de endividamento

previstos no n.º 2 do artigo 37.º e no n.º 3 do artigo 39.º, ambos da LFL.N/A N/A

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CONCLUSÃO

Em termos orçamentais a receita total cobrada no final do ano de 2013 ascendeu a 171,8 milhões de euros, sendo

constituída por 98,3 milhões de euros de receitas próprias (57,2%), 59,2 milhões de euros de transferências realizadas

da administração central (34,5%) e 14,3 milhões de euros do saldo da gerência anterior (8,3%). A taxa de execução da

receita foi 102%, superior em 10% à registada no período homólogo de 2012, não incluindo o efeito de financiamento

bancário.

A receita corrente cobrada totalizou 145,2 milhões de euros, verificando ao nível das duas rubricas mais expressivas,

impostos diretos e transferências correntes, cobranças superiores aos valores previstos, nomeadamente 76,4 milhões

de euros (103,6%) e 52 milhões de euros (102%), respetivamente.

O acréscimo de receita dos impostos diretos está relacionado com os valores cobrados de IMT (13 milhões de euros) e

IUC (10,1 milhões de euros), que face ao ano anterior apresentam aumentos na ordem dos 3,3 milhões de euros

(+33,7%), e 1,8 milhões de euros (+22,2%), respetivamente. O IMI (46,5 milhões de euros), teve um decréscimo de 3,7

milhões de euros, concluindo-se que o efeito da atualização do valor patrimonial dos imóveis foi inferior à redução das

taxas do IMI, tendo a cobrança de 2013 sido a menor dos últimos quatro anos.

A receita de capital apresentou uma cobrança de 12,3 milhões de euros, observando-se em todas as rubricas taxas de

execução superiores aos valores previstos, incorporando essencialmente 5,2 milhões de euros do financiamento da EB

2,3 Visconde de Juromenha.

Relativamente à despesa, verificou-se um nível de realização de 150,5 milhões de euros, cerca de 95,4% do valor

comprometido (157,8 milhões de euros) e com um nível de pagamentos associados de 148 milhões de euros, o que

perfaz 9,8 milhões de euros de compromissos em aberto, ou seja compromissos que ficaram por liquidar e que

transitaram para 2014.

A taxa de execução da despesa foi na ordem dos 87,7% mas se considerarmos o valor efetivamente realizado de

despesa (150,5 milhões de euros) então o nível de execução sobe para 98,4%.

Comparativamente com o exercício anterior, a despesa diminuiu 33,3 milhões de euros (-18,1%), tendo as despesas

correntes contribuído com 8,1 milhões de euros (-6,3%), e as despesas de capital com 25,2 milhões de euros (-46%).

Ao nível da despesa corrente destaca-se a diminuição de 10,9 milhões de euros da rubrica de aquisição de serviços,

relacionada com o facto de o ano 2012 incorporar ainda a despesa relativa à divida aos SMAS regularizada naquele ano,

e o aumento de 2,6 milhões de euros da despesa com pessoal, justificado pelo efeito da remuneração dos subsídios de

férias e de natal à totalidade dos funcionários, no âmbito da inconstitucionalidade declarada pelo Tribunal

Constitucional.

Nas despesas de capital salienta-se a redução de 27,9 milhões de euros dos passivos financeiros, explicada pelo

pagamento em 2012 de um empréstimo de 25 milhões de euros, destinado à requalificação do parque escolar do 2º e

3º ciclo, e o acréscimo de 7 milhões de euros na aquisição de bens de capital, sobretudo referentes à empreitada de

ampliação da escola básica 2,3 Visconde de Juromenha (5,2 milhões de euros).

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A execução orçamental cumpre o princípio do equilíbrio para as autarquias, com a formação de poupança corrente na

ordem dos 26,6 milhões de euros e um saldo para a gerência de 2014 de 23,7 milhões de euros, os quais têm

associados 9,9 milhões de euros de compromissos de 2013, a liquidar no presente exercício e para os quais se teve de

demonstrar a existência de fundos de curto prazo, no estrito cumprimento da LCPA.

Da análise da execução orçamental constata-se um nível de despesa realizada (89% do valor orçado) consonante com a

receita cobrada (102% do valor orçado), cumprindo, assim, as imposições patentes ao nível da LCPA, concretamente:

- A execução orçamental nunca conduziu o Município para uma situação de pagamentos em atraso, sendo estes

inexistentes na Autarquia desde julho de 2012, no seguimento da operação de regularização de saldos junto dos SMAS.

- Os compromissos assumidos foram cobertos pelos fundos disponíveis de curto prazo (período de 3 meses),

constatando-se inclusivamente que o total de compromissos do ano foi inferior ao nível de receita cobrada na ordem

dos 14 milhões de euros.

Em termos patrimoniais, o ativo líquido no final de 2013 atingiu os 717,4 milhões de euros, sendo constituído

maioritariamente por ativos de natureza fixa, que representam 94,5% do total do ativo, nomeadamente imobilizado

corpóreo e bens do domínio público, que no conjunto totalizam 85,3% deste tipo de ativos.

Ao nível do imobilizado destaca-se o processo de avaliação dos ativos da Cacém Polis, SA, incorporados no Município

em existências e em investimentos em imóveis, no âmbito da liquidação da empresa, encontrando-se agora estes ativos

reconhecidos nas rubricas de imobilizado corpóreo por um valor inferior em cerca de 14,2 milhões de euros. Esta

avaliação refletiu-se também no passivo, ao nível dos subsídios ao investimento, registados em proveitos diferidos (-7,1

milhões de euros), e nos fundos próprios, designadamente nas reservas decorrentes por transferência de ativos,

relativamente aos restantes imobilizados (- 7,1 milhões de euros).

Ainda, ao nível do imobilizado salientam-se como factos relevantes em 2013 a transferência de património para o

Município de Sintra dos bens imóveis, sitos no Bairro 1.º de Maio, em Monte Abraão, e no Bairro da Tabaqueira, em Rio

de Mouro, propriedade do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Socia, IP (IGFSS), no montante global de 9,9

milhões de euros e a execução da EB 2,3 Visconde de Juromenha, em Mem Martins, no montante de 5,1 milhões de

euros.

Os fundos próprios do Município totalizaram 540,3 milhões de euros, refletindo um acréscimo de 16,3 milhões de

euros, consequência sobretudo do resultado do exercício de 2013, que atingiu os 15,6 milhões de euros. O efeito

positivo relativo ao reconhecimento da cessão para o património do Município, dos bens imóveis sitos no Bairro 1.º de

Maio, em Monte Abraão, e no Bairro da Tabaqueira, em Rio de Mouro, propriedade do Instituto de Gestão Financeira

da Segurança Socia, IP (IGFSS), no montante global de 9,9 milhões de euros, foi anulado pelo registo da diminuição

referente ao ajustamento efetuado ao imobilizado da Cacém Polis, SA, após o processo de avaliação.

O passivo da autarquia ascendeu os 177,1 milhões de euros, verificando-se um desagravamento de 16,7 milhões de

euros face ao ano 2012. Esta redução demonstra o controlo do nível de endividamento, refletido na diminuição de 11

milhões de euros da divida bancária. Expurgando das dívidas a terceiros o efeito dos passivos bancários, verifica-se,

também, uma redução, na ordem dos 2,2 milhões de euros

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Relativamente ao apuramento do endividamento liquido e bancário, e excluindo os empréstimos contratados que se

encontram excecionados, verifica-se que o Município continua com uma margem significativa face aos limites impostos

legalmente:

- O endividamento líquido municipal apresentou-se negativo em 71,6 milhões de euros, cumprindo assim o limite

imposto de -19,9 milhões de euros.

- O endividamento bancário apresentava as seguintes margens: no curto prazo 10,3 milhões de euros (não existindo

qualquer valor por amortizar desde 31/10/2013) e no médio e longo prazo 66,8 milhões de euros, tendo o Município

conseguido reduzir em cerca de 9,2 milhões de euros o nível de dívida desta natureza.

Em termos de resultados finais, o saldo da execução orçamental a transitar para a gerência seguinte ascende ao

montante de 23.752.304,63€€ e o resultado do exercício foi de 15.797.226,95€, propondo-se a seguinte aplicação dos

resultados do período:

- Reservas legais (5%): 789.861,35€

- Resultados transitados (95%): 15.007.365,60€