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Relatório de Gerenciamento de Riscos e Capital 2013 2º Trimestre

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Relatório de Gerenciamento de Riscos e Capital

2013

2º Trimestre

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Índice 1. Introdução .................................................................................................................... 4

2. Tipos de Riscos ............................................................................................................. 4

2.1. Risco de Crédito ...................................................................................................................................... 4

2.2. Risco Operacional................................................................................................................................... 4

2.3. Risco de Mercado ................................................................................................................................... 4

2.4. Risco de Liquidez .................................................................................................................................... 5

3. Gerenciamento de Riscos ............................................................................................ 5

3.1. Políticas de Gerenciamento de Riscos ........................................................................................... 5

3.2. Metodologia de Gerenciamento de Riscos ................................................................................... 5

3.3. Estrutura de Gerenciamento de Riscos ......................................................................................... 6

4. Gerenciamento de Risco de Crédito ............................................................................ 6

4.1. Políticas de Crédito ................................................................................................................................ 6

4.2. Medição e Avaliação de Crédito........................................................................................................ 7

4.3. Aprovação do Crédito ........................................................................................................................... 8

4.4. Risco de Concentração ......................................................................................................................... 8

4.5. Monitoramento de Crédito ................................................................................................................. 8

4.6. Controle de Riscos ................................................................................................................................. 9

4.7. Gestão de Crédito ................................................................................................................................... 9

4.8. Mitigação de Crédito ........................................................................................................................... 10

4.9. Estratégia Recuperação de Crédito ............................................................................................... 11

4.10. Exposição ao Risco de Crédito ...................................................................................................... 11

4.11. Metodologia de Apuração do PR e PRE. ................................................................................... 15

5. Gerenciamento de Risco de Mercado ....................................................................... 19

5.1. Diretrizes ................................................................................................................................................. 20

5.2. A Gestão do Risco de Mercado ........................................................................................................ 21

5.3. Gestão Ativa da Carteira de Negociação e de Não Negociação .......................................... 25

5.4. Classificação na Carteira de Negociação(Trading) e de Não Negociação (Banking) 27

5.5. Metodologia de Marcação a Mercado .......................................................................................... 30

5.6. Reclassificação da Carteira de Negociação e de Não Negociação ..................................... 31

5.7. Evolução da Exposição ....................................................................................................................... 32

6. Gerenciamento de Risco de Liquidez......................................................................... 34

6.1. Princípios Gerais ................................................................................................................................... 34

6.2. Definição de Risco de Liquidez ....................................................................................................... 35

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6.3. Política e Procedimentos ................................................................................................................... 35

6.4. Estrutura, Métodos e Modelos ........................................................................................................ 35

6.5. Cenário Normal e Cenário de Stress ............................................................................................. 38

6.6. Contingência da Liquidez .................................................................................................................. 39

7. Gerenciamento de Risco Operacional ....................................................................... 40

7.1. Diretrizes ................................................................................................................................................. 41

7.2. A Gestão do Risco Operacional ....................................................................................................... 42

7.3. Mudanças e Seus Impactos no Gerenciamento do Risco Operacional ........................... 44

7.4. Reporte dos Eventos e Disponibilização das Informações ................................................. 45

7.5. Plano de Continuidade de Negócios ............................................................................................. 45

7.6. Metodologias Para Alocação De Capital ...................................................................................... 46

8. Alocação de Capital .................................................................................................... 47

9. Gerenciamento de Capital ......................................................................................... 50

9.1. Diretrizes ................................................................................................................................................. 50

9.2. O Processo de Gestão de Capital ................................................................................................... 51

9.3. O Plano de Capita.................................................................................................................................. 52

9.4. O processo de Monitoramento dos Eventos de Estresse ..................................................... 52

9.5. Responsabilidades e Estrutura Organizacional ....................................................................... 56

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1. Introdução

Uma eficiente gestão de riscos é primordial para garantir um adequado processo de governança corporativa em uma instituição financeira e essencial para um crescimento sustentável. Foi pensando nisso e para atender às melhores práticas do sistema financeiro e determinações dos órgãos reguladores e fiscalizadores, que o Banco FICSA permanentemente tem desenvolvido políticas, processos, sistemas, pessoal, infraestrutura e controles internos para a mitigação e controle de possíveis perdas advindas da exposição aos riscos inerentes às suas atividades.

De acordo com a Circular 3.477 do Banco Central do Brasil, o presente relatório tem o objetivo de apresentar, de maneira clara e transparente, informações sobre o Gerenciamento de Riscos no Banco FICSA, para melhor contribuir no seu entendimento, prezando pela transparência na gestão dos riscos e uma adequada governança, conforme recomendado pelo Comitê de Supervisão Bancária de Basiléia e Banco Central do Brasil.

A Diretoria do Banco Ficsa responsabiliza-se pelas informações divulgadas neste relatório, conforme Resolução do Bacen nro. 3.721/2009.

2. Tipos de Riscos

Relacionamos e destacamos os riscos inerentes às atividades de uma instituição financeira:

2.1. Risco de Crédito É a exposição a perdas no caso de inadimplência total ou parcial dos clientes ou das contrapartes no cumprimento de suas obrigações financeiras com o Banco. O gerenciamento de Risco de Crédito busca fornecer subsídios à definição de estratégias, além do estabelecimento de limites, abrangendo análise de exposições e tendências, bem como a eficácia da política de crédito.

2.2. Risco Operacional Consiste na possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos. Neste sentido, inclui-se o risco legal, que é associado à inadequação ou deficiência em contratos firmados pelo Banco, bem como às sanções em razão de descumprimento de dispositivos legais e às indenizações por danos a terceiros decorrentes das atividades desenvolvidas.

2.3. Risco de Mercado É o risco das variações nos preços de mercado, tais como taxas de juros, preços de ações, taxas de câmbio, preços de mercadorias (commodities) e spreads de crédito (não relacionados às alterações da classificação do crédito do credor/emissor) que

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afetam a receita do Banco ou o valor dos seus instrumentos financeiros. O objetivo do Gerenciamento de Riscos de Mercado é administrar e controlar as exposições aos Riscos do Mercado, dentro dos parâmetros aceitáveis, ao mesmo tempo em que o retorno sobre o risco é otimizado.

2.4. Risco de Liquidez

Refere-se à possibilidade de ocorrência de desequilíbrios entre ativos negociáveis e passivos exigíveis e descasamentos entre pagamentos e recebimentos, que possam afetar a capacidade de pagamento da Instituição, levando-se em consideração as diferentes moedas e prazos de liquidação de seus direitos e obrigações.

3. Gerenciamento de Riscos

3.1. Políticas de Gerenciamento de Riscos O Banco FICSA documenta em políticas, devidamente aprovadas pelo Comitê de Riscos e Diretoria, as suas diretrizes e princípios que norteiam a gestão de riscos. Os processos e controles de gestão de riscos da Instituição visam garantir a aderência à regulamentação vigente e à adoção de melhores práticas no mercado.

3.2. Metodologia de Gerenciamento de Riscos A estrutura de gerenciamento de Risco do Banco FICSA prevê:

• Sistemas para identificar, avaliar, controlar e monitorar exposição aos riscos, que devem abranger as fontes relevantes de risco e gerar relatórios tempestivos para a tomada de decisões por parte da Diretoria da Instituição. O Banco FICSA adota o mesmo conceito que é apresentado na metodologia internacional COSO, que se entende por:

Identificar – os eventos internos e externos que influenciam os riscos são identificados e classificados entre riscos e oportunidades. Essas oportunidades são canalizadas para os processos de estabelecimento de estratégias da administração ou de seus objetivos;

Avaliar – os riscos são analisados, considerando-se a sua probabilidade e o impacto como base para determinar o modo pelo qual deverão ser administrados;

Controlar – políticas e procedimentos são estabelecidos e implementados para assegurar que as respostas aos riscos sejam executadas com eficácia;

Monitorar – o monitoramento é realizado através de atividades gerenciais contínuas, avaliações independentes ou ambas as formas.

• Testes anuais de avaliação dos sistemas de riscos;

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• Identificação prévia dos riscos inerentes a novas atividades, produtos, processos e sistemas com análise prévia de sua adequação aos procedimentos e controles adotados pela Instituição;

• Realização de simulações de condições extremas de mercado (testes de estresse), cujos resultados devem ser considerados ao estabelecer ou rever políticas e limites para a adequação de capital;

• Políticas e estratégias documentadas que estabeleçam limites operacionais e procedimentos destinados a manter a exposição ao Risco de Mercado em níveis considerados aceitáveis pela Instituição.

3.3. Estrutura de Gerenciamento de Riscos A estrutura organizacional de Gerenciamento de Riscos do Banco FICSA é independente, reporta-se a Diretoria Executiva e está em conformidade com as práticas de governança corporativa e busca o cumprimento de regulamentação vigente e o alinhamento às melhores práticas de gerenciamento de riscos.

A Área de Riscos e Controles é a responsável por monitorar e controlar a exposição ao risco de forma consolidada, buscando identificar possíveis necessidades de adoção, revisão de políticas, práticas, processos e sistemas para atender a estratégia do Banco ao apetite para risco.

4. Gerenciamento de Risco de Crédito

Risco de Crédito é a possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não cumprimento, pelo tomador ou contraparte, de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados, à desvalorização de contrato de crédito decorrente da deterioração na classificação de risco do tomador, à redução de ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na renegociação e aos custos de recuperação.

O aperfeiçoamento contínuo do processo decisório, de gerenciamento e controle do Risco de Crédito, orientado pelas melhores práticas do mercado, tem permitido ao Banco FICSA utiliza metodologias baseadas em modelagem científica para análise de riscos. O capital econômico alocado do portfólio para cobertura do Risco de Crédito é determinado por modelos estatísticos, levando em consideração a qualidade e a concentração na carteira, além da classificação de crédito dos clientes que a compõem.

4.1. Políticas de Crédito Políticas e procedimentos específicos a cada produto operado pelo Banco FICSA e área de negócios são estabelecidos pelo Comitê de Crédito e Cobrança, consistente com as políticas globais do Banco FICSA, adaptadas de modo a refletir os diferentes ambientes de risco e características dos portfólios.

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Os riscos e características do portfólio de negócios do Banco FICSA estão descritos nas Políticas da Instituição, amplamente discutidas entre as áreas de negócios e Comitês de Crédito/Cobrança e Riscos, de forma que os riscos sejam conhecidos, monitorados e controlados pela área de Riscos e Controles.

A Política de Crédito é formulada com base em fatores internos, estabelecidos pelo próprio banco, e em fatores externos, conforme o comportamento do mercado onde atua e relacionados à conjuntura econômica.

Dentre os fatores internos, podemos destacar o rating dos clientes, apurados através de avançados instrumentos de análise e decisão de crédito; os índices de default; as taxas de retorno; a qualidade da carteira e o capital econômico alocado. O foco do banco tem sido crescer os ativos avaliando a relação risco x retorno, sendo as principais preocupações a qualidade da carteira de crédito e a geração de valor para o acionista, com o firme propósito de crescer e perpetuar de maneira segura e consistente.

A evolução das ferramentas de gestão quantitativa e os modelos estatísticos de gestão ativa da carteira de crédito permitem a identificação das perdas esperadas, que refletem a média estatística, e das inesperadas, que indicam a possibilidade de perda em situações adversas.

Assim, enquanto as perdas esperadas servem de base para cálculo das provisões (PDD), as perdas inesperadas, também conhecidas como Valor em Risco (VaR), são a base para calcular o capital econômico para cobrir os riscos da carteira. A apuração do capital econômico alocado permite a implantação de políticas efetivas de controle e precificação sensíveis ao risco.

4.2. Medição e Avaliação de Crédito A medição do risco tem um papel importante, juntamente com a experiência e julgamento, no gerenciamento de portfólios, sendo essencial para investimentos saudáveis e sustentáveis.

O sistema de medição é baseado nas estimativas de probabilidade de inadimplência interna do Banco com relação aos clientes ou portfólios, avaliados de acordo com uma variedade de fatores quantitativos e qualitativos. A escala de avaliação vai de 0 (zero) até 8 (oito) e os graus estão separados de A a H. Menores graus indicam uma menor probabilidade de inadimplência.

As avaliações internas não são réplicas de avaliações externas de crédito, porém, uma vez que os aspectos analisados podem ser similares, um cliente mal avaliado por agências externas provavelmente receberá uma nota similar internamente.

Modelos de mensuração de riscos são aprovados pelo Comitê de Riscos seguindo as recomendações do Comitê de Crédito e Cobrança. Ele apoia o Comitê de Riscos para que a identificação e a medição dos riscos sejam consistentes e objetivas, de forma que as decisões de controle de riscos sejam devidamente informadas e efetuadas.

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Antes da revisão pelo Comitê de Crédito e Cobrança, todos os modelos são recomendados e validados detalhadamente pela Área de Crédito.

Os modelos são reavaliados anualmente ou quando o desempenho do modelo se deteriorar de forma significativa. A parcela de capital a ser alocada para fazer frente a possíveis perdas oriundas do Risco de Crédito (PEPR) segue as regras de cálculo definidas nas Circulares 3.360 e 3.515 do BACEN. O método quantitativo utilizado na análise da carteira de crédito é a Simulação de Monte Carlo. Os critérios adotados na análise quantitativa são:

• Perda Esperada (PE) e Perda não Esperada (PNE); • VaR da carteira para a confiança de 95%; • Histograma de Distribuição; • Para o Teste de Stress é adotado um aumento de 30% na Probabilidade de default

da carteira de crédito. 4.3. Aprovação do Crédito As aprovações de crédito seguem os procedimentos e alçadas definidas em políticas específicas de cada produto/segmento, sendo que as principais exposições de crédito para contrapartes individuais, grupos de contrapartes e portfólios de exposições são revisadas ou aprovadas pelo Comitê de Crédito e Cobrança.

4.4. Risco de Concentração O Risco de Crédito de Concentração é gerenciado de acordo com limites de concentração determinados para cada contraparte (ou grupo de contrapartes) e setor de atuação. Limites adicionais de concentração são determinados para cada classe de risco no Comitê de Crédito e Cobrança com a participação obrigatória de um Diretor Executivo. 4.5. Monitoramento de Crédito A Área de Crédito monitora regularmente exposições de crédito e tendências externas que possam impactar no resultado do gerenciamento de risco.

Relatórios internos de gerenciamento de risco são apresentados nas reuniões dos Comitês de Crédito e Cobrança e de Riscos, além de informações sobre as tendências políticas e econômicas nos principais portfólios. Contas e portfólios são colocados em estado de alerta quando mostram sinais de fraqueza ou deterioração financeira, como por exemplo, violação de convênios, não cumprimento com uma obrigação ou existem problemas com relação à administração.

Tais contas e portfólios são submetidos a um processo dedicado supervisionado pelo Crédito. As contas são reavaliadas e medidas corretivas são tomadas, sendo seus resultados monitorados.

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4.6. Controle de Riscos O controle é realizado pela Área de Riscos e Controles, área segregada das unidades de negociação e da auditoria interna, conforme exigido pela regulamentação do Banco Central do Brasil.

A gestão do Risco de Crédito é responsabilidade das áreas de Crédito e Cobrança. Cabe a estas áreas aplicar políticas, procedimentos, sistemas e modelos para a identificação, avaliação, decisão, mitigação e mensuração do Risco de Crédito em todo o ciclo de crédito (pré-concessão, concessão, monitoramento, cobrança, recuperação e renovação do crédito).

A área de Riscos e Controles, para desempenhar suas funções, tem acesso completo às políticas, procedimentos, sistemas e modelos das unidades de negócio.

A governança do gerenciamento de Risco de Crédito é conduzida por meio do Comitê de Risco de Crédito, que atua primordialmente avaliando as condições competitivas de mercado, definindo o apetite para risco do Banco FICSA e revendo práticas de controle e políticas.

O controle de Risco de Crédito é conduzido por meio de limites estabelecidos e de alçadas de decisão.

No acompanhamento e controle centralizado realizados, utilizam-se, entre outros, os seguintes instrumentos:

• Análise da carteira e definição de limites de crédito envolvendo o capital econômico como medida de risco;

• Qualidade das Carteiras (visão cliente/grupo econômico, produto, ramo de atividade e segmentação);

• Concentração/Dispersão das Carteiras (maturidade/fluxo de vencimentos, ramo de atividade, moeda, concentração de crédito por cliente e grupo econômico);

• Evolução do perfil da carteira e os impactos econômicos decorrentes (PDD e capital alocado) nos diferentes segmentos do Banco;

• Controle da migração e volatilidade de ratings; • Acompanhamento dos maiores créditos com evolução de valores tomados, Provisão

e Capital Econômico Alocado; • Avaliação e controle de risco das modificações em produtos e políticas de crédito e

cobrança que impliquem mudança nos parâmetros de risco, para reporte aos Comitês de Crédito e Cobrança e Riscos.

4.7. Gestão de Crédito A Gestão de Crédito é composta pelas etapas de concessão, formalização, monitoramento e cobrança, adaptada ao perfil dos clientes e segmentos. Esse processo é operacionalizado e controlado por sistemas que possibilitam o acompanhamento contínuo da qualidade da carteira de crédito.

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O quadro abaixo demonstra resumidamente a política de crédito e a estratégia de gerenciamento de crédito no Banco FICSA, que é conduzida também de acordo com o segmento, ou seja, dividido por Financiamentos de Automóveis, Financiamentos de Motos, Financiamentos de Veículos Pesados e Crédito Pessoal com consignação em folha de pagamento para servidores públicos municipais, estaduais, federais e de autarquias:

No Banco FICSA, o processo de concessão se baseia no estabelecimento de limites máximos aos clientes, sendo as propostas de negócios submetidas à análise de acordo com as alçadas atribuídas.

Para Pessoas Físicas, o processo de decisão é feito através de aprovação tradicional, onde o gestor analisa o cliente e o negócio proposto para a tomada de decisão, de acordo com as alçadas definidas. Além disso, o processo também utiliza modelos de Credit e Behavior Score disponibilizando valores de acordo com a capacidade de pagamento e a qualidade do cliente. O monitoramento é feito através de acompanhamento da situação. Ocorrendo qualquer fato que indique mudança desfavorável, é gerado um sinal de alerta com informações internas e externas, e as condições do crédito poderão ser revistas adequando-se à nova situação do cliente. O processo de cobrança é feito em etapas, que incluem cobrança telefônica, emissão de cartas de cobrança, renegociação, notificações, protestos, entre outros.

4.8. Mitigação de Crédito Perdas potenciais de crédito são mitigadas utilizando uma variedade de ferramentas, tais como uso de garantia de crédito. A confiança que é depositada nestes instrumentos é cuidadosamente avaliada, considerando os cumprimentos legais, valor de mercado e o risco de contraparte do garantidor.

Tipos de garantia elegíveis para mitigação de risco incluem alienação de veículos e avalista.

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As políticas de mitigação de risco controlam os tipos de garantia que podem ser utilizados.

As garantias são precificadas de acordo com a política de mitigação de risco do Banco FICSA, que define a frequência de avaliação para cada tipo de garantia. A periodicidade desta precificação é determinada pela volatilidade dos preços, pela a natureza de cada ativo-objeto e pela exposição de risco.

4.9. Estratégia Recuperação de Crédito A Área de Crédito, além de monitorar regularmente o desempenho dos clientes, acompanha o comportamento da PDD, o cumprimento das metas de recuperação de ativos e o valor de liquidez dos ativos cedidos.

Nas fases iniciais de atraso, que compreendem até 30 dias, o tratamento para a cobrança dos créditos vencidos ou da degradação de garantias é realizado pela área de Cobrança e, no caso de demonstração do desejo de acordo pelo cliente, é possível regularizar ou liquidar os créditos em atraso de maneira mais rápida e eficiente.

Os créditos em atraso acima de 30 dias que não foram repactuados ou com difícil recuperação serão analisados pela área de Crédito e submetidos ao Comitê de Crédito e Cobrança para a definição de ações a serem tomadas (negociação de acordo pessoalmente junto ao cliente, notificação aos órgãos de proteção de crédito ou acionamento judicial de sócios e avalistas).

4.10. Exposição ao Risco de Crédito Apresentamos a evolução das exposições ao risco de crédito e a média nos trimestres, considerando as operações de crédito, garantias prestadas, créditos tributários, operações de TVM, compromissadas e coobrigações:

R$ mil

Jun12 Set12 Dez12 Mar13 Jun13

Total da Exposição 607.277 575.190 564.620 459.436 308.667

Média no Trimestre 601.128 578.072 577.506

533.082

431.152

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Demonstramos a evolução da exposição ao risco de crédito, segmentada por:

• Por Fator de Ponderação de Riscos (FPR):

R$ mil FPR Jun12 Set12 Dez12 Mar13 Jun13 50% - - 3.949 - -

75% 316.893 347.041 335.120 217.106 89.146

100% 18.266 18.455 26.537 15.706 14.242

150% - - 6 8 0

300% 106 100 334 - 0

TOTAL DA EXPOSIÇÃO 335.264 365.595 365.946 232.820 103.388

• Exposições por Regiões Geográficas:

R$ mil Regiões Jun12 Set12 Dez12 Mar13 Jun13 Centro Oeste 22 37 - - -

Nordeste 27 15 - - -

Norte - - - - -

Sudeste 36.347 42.154 34.143 31.844 21.326

Sul 14.730 14.735 10.833 10.203 7.024

TOTAL 51.126 56.941 44.976 42.048 28.351

Posição trimestral de 12 meses móveis - Over 90.

Contempla-se valores Vencidos + A vencer dos vencidos.

• Setor Econômico – Demonstramos a evolução da exposição do risco de crédito, por setor econômico (somente carteira própria):

R$ mil Setor Econômico Jun12 Set12 Dez12 Mar13 Jun13 Comércio 709 1.392 236 211 166

Outros serviços 16.128 15.320 14.331 13.936 13.047

Pessoa Física 344.483 377.804 373.151 335.216 147.538

TOTAL 361.321 394.516 387.718 349.363 160.751

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• Tomador – Demonstramos o percentual das exposições dos dez maiores clientes em relação ao total das operações com características de concessão de crédito (carteira própria e cedida com coobrigação):

Carteira Própria R$ mil

Jun12 Set12 Dez12 Mar13 Jun13 Total dos 10 maiores 17.773 16.385 15.826 15.598 14.953

Demais Carteira 343.549 378.131 371.891 333.765 145.798

Total Carteira de Crédito 361.322 394.516 387.718 349.363 160.751

PERCENTUAL 4,92% 4,15% 4,08% 4,46% 9,30%

Carteira Cedida com Coobrigação R$ mil

Jun12 Set12 Dez12 Mar13 Jun13 Total dos 10 maiores 736 692 619 571 524

Demais Carteira 245.220 210.445 164.573 139.711 114.745

Total Carteira de Crédito 245.955 211.137 165.192 140.282 115.269

PERCENTUAL 0,30% 0,33% 0,37% 0,41% 0,45%

• Atraso – Demonstramos o volume de operações em atraso, segregadas por faixas de prazo:

Operações Vencidas (*) R$ mil

Jun12 Set12 Dez12 Mar13 Jun13 Atraso até 60 dias 12.750 13.677 15.422 15.422 10.121

Atraso entre 61 e 90 dias 2.777 2.841 3.170 3.052 2.060

Atraso entre 91 e 180 dias 5.121 5.497 6.155 6.651 4.255

Atraso acima de 180 dias 3.885 3.858 4.872 5.508 4.022

TOTAL 24.533 25.873 29.619 30.615 20.458 (*) Apenas Parcelas Vencidas

• Operações Baixadas para Prejuízo – Demonstramos o fluxo das operações baixadas para prejuízo, por trimestre:

R$ mil Jun12 Set12 Dez12 Mar13 Jun13

Fluxo das Operações Baixadas para Prejuízo

6.739 9.261 14.501 13.618 16.400

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• Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa – Apresentamos o estoque de provisões para devedores duvidosos, por rating:

R$ mil Jun12 Set12 Dez12 Mar13 Jun13

AA

A 1.348 1.474 1.382 1.158 458

B 208 227 235 236 93

C 542 604 630 667 322

D 2.361 2.473 2.487 2.481 606

E 1.759 1.968 2.622 2.197 4.771

F 2.461 2.164 3.226 3.022 1.581

G 2.171 2.725 2.721 3.638 2.005

H 15.206 17.284 22.925 28.424 21.147

TOTAL 26.058 28.920 36.228 41.823 30.983

• Cessão de Crédito – Demonstramos o fluxo das exposições cedidas no trimestre sem coobrigação e com coobrigação:

Cedidas sem Coobrigação R$ mil

Jun12 Set12 Dez12 Mar13 Jun13 Fluxo Exposições Cedidas Sem Coobrigação para FIDCs

313.472

286.485

303.407

282.511

409.900

Cedidas com Coobrigação R$ mil

Jun12 Set12 Dez12 Mar13 Jun13 Saldo das Exposições Cedidas com retenção substancial dos riscos e benefícios – Com Coobrigação

284.515 242.861 187.543 158.652 129.899

Outros Compromissos de Crédito R$ mil

Outros compromissos de Crédito

Exposição FCC VE FC FPR Vlr EPR Vlr PEPR

Jun13 3.150 20% 630 100% 630 69 Mar13 2.862 20% 572 100% 572 63 Dez12 3.351 20% 670 100% 670 74 Set12 2.910 20% 582 100% 582 64 Jun12 2.459 20% 492 100% 492 54 Mar12 2.338 20% 467 100% 467 51 Dez11 3.150 20% 629 100% 629 69

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4.11. Metodologia de Apuração do PR e PRE. A apuração do PR e do PRE no Banco Ficsa é realizado sob a luz das legislações definidas pelo Banco Central que estão vigentes, em especial a Resolução 3.360/2007 que estabelece os procedimentos para o cálculo da Parcela de Patrimônio de Referência Exigido (PRE) referente as exposições ponderadas por fator de risco (PEPR), de que trata a resolução 3.490 de 2007.

Dessa forma temos:

Apuração do PRE

PRE = PEPR + PCAM + PJUR + PCOM + PACS + POPR + Adicional de PRE Determinado pelo BC

Onde:

PEPR = Parcela referente às exposições ponderadas pelo fator de risco a elas atribuído;

PCAM = Parcela referente ao risco das exposições em ouro, em moeda estrangeira e em operações sujeitas à variação cambial;

PJUR = Parcela referente ao risco das operações sujeitas à variação das taxas de juros e classificadas na carteira de negociação, na forma da resolução nº 3.464.

PCOM = Parcela referente ao risco das operações sujeitas às variações de preços de commodities (mercadorias).

PACS = Parcela referente ao risco das operações sujeitas à variação do preço de ações, na forma da resolução 3.464.

POPR = Parcela referente ao risco Operacional

RBAN = Capital para Cobertura do risco das operações sujeitas a variações de taxas de juros não classificadas na carteira de negociação (carteira Banking).

Apuração do PR

PR = PR Nível I +PR Nível II – Deduções

Margem do PR em relação ao PRE

Margem = PR – (PRE + RBAN)

Apuração do Limite de Imobilização

O valor do limite de imobilização equivale a 50% do PR (Patrimônio de Referência), para o limite de Imobilização temos:

LI = 0,50 * PR

Onde LI é o Limite de Imobilização.

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O valor da situação para o LI é igual ao ativo permanente menos as deduções previstas

Considera-se enquadrado quando o valor da situação for menor ou igual ao valor do limite.

Detalhamento da Parcela do PRE (Patrimônio de Referência Exigido) referente às exposições ponderadas pelo Fator de Risco (PEPR)

As contas desse grupo destinam-se a demonstração da apuração do valor da PEPR, nessas contas são informadas as exposições ponderadas por risco, resultado da aplicação dos fatores de risco, dos mitigadores e fatores de conversão.

Detalhamento da Parcela do PRE Referente às exposições ponderadas pelo Risco para Operações de Crédito

As operações de Crédito no Banco FICSA ponderam as suas operações de crédito de acordo com os critérios da resolução 3.360 de 2007. Dessa forma temos:

Fator de Ponderação (FPR) DE 75%

Utilizado para todas as operações que possuem características de varejo de acordo com a resolução 3.360. As operações que são registradas como varejos devem obedecer cumulativamente as seguintes características:

I - como contraparte, pessoa natural ou pessoa jurídica de direito privado de pequeno porte; (Redação dada pela Circular nº 3.471, de 16/10/2009.)

II - assumam a forma de instrumento financeiro destinado às contrapartes citadas no inciso I; (Redação dada pela Circular nº 3.471, de 16/10/2009.)

III - somatório das exposições correntes com uma mesma contraparte inferior a 0,2% (dois décimos por cento) do montante das exposições de varejo; e (Redação dada pela Circular nº 3.471, de 16/10/2009.)

IV - somatório das exposições correntes com uma mesma contraparte inferior a R$400.000,00 (quatrocentos mil reais). (Redação dada pela Circular nº 3.471, de 16/10/2009.)

§ 2º Devem ser considerados, para fins do disposto no § 1º: (Redação dada pela Circular nº 3.471, de 16/10/2009.)

I - como única contraparte, qualquer pessoa, natural ou jurídica, ou grupo de pessoas agindo isoladamente ou em conjunto, representando interesse econômico comum; e (Redação dada pela Circular nº 3.471, de 16/10/2009.)

II - de pequeno porte, a contraparte com receita bruta anual inferior a R$2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais). (Redação dada pela Circular nº 3.471, de 16/10/2009.)

Fator de Ponderação (FPR) de 100%

De acordo com a resolução 3.360 Art 15 deverá ser aplicado o FPR de 100% para as operações que não haja FPR específico estabelecido.

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Fator de Ponderação (FPR) de 150%

De acordo com a resolução 3.360 Art 15 – A, deverá ser aplicado o FPR de 150% para as operações de crédito e arrendamento Mercantil contratadas com pessoas naturais a partir de 6 de dezembro de 2010 ou renegociadas a partir de 11/11/2011, com exceção de:

- Crédito Rural

- Crédito Consignado

-Financiamento com prazo contratual de até sessenta meses para aquisição de veículo automotor, garantido por alienação fiduciária do veículo.

- Outras operações de crédito pessoal sem destinação específica com prazo contratual superior a sessenta meses e data de contratação ou renovação posterior a 11/11/2011.

Fator de Ponderação (FPR) de 300%

De acordo com a resolução 3.360 Art 15 – C, As exposições relativas a operações de crédito pessoal sem destinação específica, incluindo operações de crédito consignado, contratadas ou renegociadas com pessoas naturais a partir de 11/11/2011.

Sendo que o prazo contratual ao qual se refere à resolução corresponde entre o período compreendido entre a data de contratação ou renegociação da operação de crédito ou arrendamento mercantil e o vencimento contratual dessa operação.

Tratamento das Cotas de Fundo de Investimento.

As cotas de Fundo de Investimento detidas pelo Banco Ficsa tem os seus FPR’s apurados de acordo com os ativos que compõe o Fundo de investimento respeitando os FPR’s de atribuição da resolução 3.360.

Garantias Prestadas – Avais, Fianças E Coobrigações

Todos os valores representativos de garantias prestadas são apurados pelas respectivas contas Cosif’s e aplicado os FPR’s de acordo com a resolução 3.360 respeitando os acordos de compensação vigentes e também as modalidades das operações para as quais são compostas as garantias, avais, fianças e Coobrigações.

Aplicações Interfinanceiras de Liquidez

Todas as aplicações Interfinanceiras de Liquidez do Banco Ficsa são ponderadas (atribuição de FPR) de acordo com a contraparte com a qual foi realizada a operação, seguindo os parâmetros estabelecidos pela resolução 3.360, respeitando também os acordos de compensação vigentes para mitigação do Risco de Contraparte dessas operações.

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Apuração das Parcelas de Mercado para Composição do PRE

Valor Total da PCAM

Valor total de exposição da parcela referente ao risco das exposições em ouro, moeda estrangeira e em operações sujeitas à variação cambial.

Os valores calculados para a PCAM segue a resolução 3.568

Valor Total da parcela PJUR1

Exposição da parcela referente ao risco das operações sujeitas à variação de taxa de juros prefixadas denominadas em real e classificadas na carteira de negociação, inclusive instrumentos financeiros derivativos.

As exposições apuradas para PJUR1 segue a resolução 3.361.

Valor Total da parcela PJUR2

Exposição referente ao risco das operações sujeitas à variação de taxas dos cupons de moedas estrangeiras, classificadas na carteira de negociação, inclusive instrumentos financeiros derivativos.

As exposições apuradas para PJUR2 segue a resolução 3.362.

Valor Total da parcela PJUR3

Exposição referente ao risco das operações sujeitas à variação de taxas dos cupons de índices de preços, classificadas na carteira de negociação, inclusive instrumentos financeiros derivativos.

As exposições apuradas para PJUR2 segue a resolução 3.363.

Valor Total da parcela PJUR4

Exposição referente ao risco das operações sujeitas à variação de taxas dos cupons de taxas de juros, classificadas na carteira de negociação, inclusive instrumentos financeiros derivativos.

As exposições apuradas para PJUR2 segue a resolução 3.364.

Valor Total da parcela PCOM

Exposição da Parcela referente ao risco das operações sujeitas à variação de preço de commodities (mercadorias), negociados nos mercados de bolsa ou balcão organizado, inclusive instrumentos financeiros derivativos, com exceção das operações referenciadas em ouro ativo financeiro ou instrumento cambial.

As exposições apuradas para PCOM segue a resolução 3.368.

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Valor Total da parcela PACS

Exposição da parcela referente ao risco das operações sujeitas à variação do preço de ações, correspondente a soma algébrica das frações PACS relativas a cada país onde a instituição apresenta exposição desta natureza. O cálculo aplica-se também aos instrumentos financeiros derivativos referenciados em ações.

As exposições apuradas para PACS segue a resolução 3.498.

Valor Total da POPR

Corresponde ao valor total da exposição da parcela referente ao risco operacional registrado na conta correspondente, a metodologia escolhida para cálculo da POPR é a “Metodologia Padronizada Alternativa”.

Valor Total da RBAN

Capital para cobertura do risco das exposições sujeitas a variações de taxas de juros das operações não classificadas na carteira de negociação.

As exposições apuradas para RBAN segue os critérios da resolução 3.365.

5. Gerenciamento de Risco de Mercado

Define-se como Risco de Mercado a variação nos valores dos ativos e passivos causada por mudanças em preços e taxas de mercado (como juros, ações, cotações de moedas e preços de commodities) e também de mudanças na correlação (interação) entre eles e em suas volatilidades.

As principais ferramentas e medidas para gerenciamento desse risco são: o VaR, que é uma medida estatística que estima a perda potencial máxima do valor da carteira do banco em condições normais de mercado dentro de uma determinada circunstância (horizonte de tempo); e o cálculo de perdas em cenário de estresse (VaR estresse), que determina os efeitos de condições extremas de mercado (tanto positivas quanto negativas) no valor do portfólio do Banco.

O Banco FICSA também utiliza a ferramenta de Alocação de Capital para garantir que a Instituição seja capaz de absorver o impacto de perdas não esperadas, possibilitando a continuidade das atividades em cenários adversos e servindo de base para medir o retorno das operações em relação ao risco incorrido.

Entende-se como Risco de Mercado a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da flutuação nos valores de mercado de posições detidas pela Instituição financeira.

Entre os eventos de Risco de Mercado, incluem-se os riscos de:

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• Operações sujeitas à variação cambial: risco oriundo da oscilação das taxas de câmbio. Também contempla o risco de perda devido ao movimento das volatilidades das taxas de câmbio;

• Taxas de juros: risco sistemático de taxa de juros é o originário de mudanças nas taxas de juros de mercado. O risco assistemático de taxa de juros se deve a oscilações no preço, devido a fatores associados a um emissor em particular, como o rating ou indústria.

• Preços de ações: o índice é geralmente usado como elemento para o cálculo do risco sistemático de ações, através do beta das ações. Já o risco assistemático representa o movimento no preço de uma ação devido a fatores específicos à ação em questão;

• Preços de mercado (commodities): risco devido à oscilação dos preços de produtos físicos, tais como produtos agrícolas, petróleo e metais.

É consenso da Diretoria do Banco Ficsa manter as suas posições de Tesouraria “hedgeadas” e casadas, mantendo as suas exposições reduzidas e monitoradas.

5.1. Diretrizes A estrutura de gerenciamento de Risco de Mercado prevê: • Sistemas para identificar, avaliar, controlar e monitorar exposição ao risco de

mercado, que devem abranger todas as fontes relevantes de risco e gerar relatórios tempestivos para a diretoria da Instituição.

Alinhado ao conceito que é apresentado na documentação do COSO, entende-se por:

Identificar – os eventos internos e externos que influenciam o Risco de Mercado são identificados e classificados entre riscos e oportunidades. Essas oportunidades são canalizadas para os processos de estabelecimento de estratégias da administração ou de seus objetivos;

Avaliar – os riscos são analisados, considerando-se a sua probabilidade e o impacto como base para determinar o modo pelo qual deverão ser administrados;

Controlar – políticas e procedimentos são estabelecidos e implementados para assegurar que as respostas aos riscos sejam executadas com eficácia;

Monitorar – o monitoramento é realizado através de atividades gerenciais contínuas, avaliações independentes ou ambas as formas.

• Testes anuais de avaliação do sistema; • Identificação prévia dos riscos inerentes a novas atividades e produtos e análise

prévia de sua adequação aos procedimentos e controles adotados pela Instituição; • Realização de simulações de condições extremas de mercado (testes de estresse),

cujos resultados devem ser considerados ao estabelecer ou rever políticas e limites para a adequação de capital;

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• Políticas e estratégias documentadas, que estabeleçam limites operacionais e procedimentos destinados a manter a exposição ao Risco de Mercado em níveis considerados aceitáveis pela instituição.

5.2. A Gestão do Risco de Mercado O Gerenciamento de Risco de Mercado é efetuado de forma centralizada pela Área de Riscos e Controles, que mantém independência com relação às operações de Tesouraria, aplicando a política e diretrizes fixadas pelos Comitês de Riscos e Tesouraria/Caixa.

Gerenciamento de Risco é definido como qualquer atividade destinada a apontar/controlar as posições de risco do banco. Isto inclui a mensuração e o monitoramento do Risco de Mercado de forma contínua e efetiva. Desta forma, o processo de Gerenciamento de Risco deve garantir que eventuais mudanças no comportamento do mercado possam ser refletidas em, por exemplo, alterações no nível de capital ou mudanças na alocação de limites. Mensuração do Risco de Mercado O processo de Mensuração de Risco deve cumprir todas as exigências legais de cada localidade, além de utilizar metodologia pré-aprovada por órgãos reguladores, com o intuito de garantir a consistência na mensuração de risco previamente definidas pelo Comitê de Riscos.

Como importante parte do processo de Mensuração de Risco de Mercado está a disponibilização de dados para efetiva utilização na gestão. Tais informações são utilizadas para análises e gerenciamento de posições, além de servirem de fonte para possíveis alterações de processos/políticas internas de risco.

O primeiro passo é cálculo do VaR através da marcação a mercado (MTM) das posições ativas e passivas do Banco FICSA, processo que consiste na atualização diária dos valores financeiros utilizando-se das curvas e preços de mercado.

As informações são provenientes das seguintes fontes distintas: • O primeiro grupo de informações é obtido através de fontes independentes e é

utilizado para a marcação a mercado (MTM) das posições assumidas pelo Banco e também para o cálculo da volatilidade e correlações do mercado;

• As informações referentes à carteira de captação, que apura a exposição do Banco FICSA, são provenientes do sistema Matera, módulo de Renda Fixa (CDB, DPGE e TVMs de forma geral);

• As informações referentes à carteira de crédito são provenientes dos sistemas da Função Informática;

• Outra funcionalidade das curvas de juros e dos preços de ativos é sua utilização para o cálculo das volatilidades e correlações, que são os indicadores do Risco de Mercado.

O Banco FICSA também realiza testes de estresse das operações não classificadas na carteira de negociação. Diáriamente é calculado o percentual de variação do valor de

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mercado da carteira de não negociação em relação ao Patrimônio de Referência e refletido no DLO – Demonstrativo de Limites Operacionais, com utilização de choque compatível com o 1º e 99º percentis de uma distribuição histórica por fator de risco, considerando o período de observação de 5 anos. Monitoramento O Monitoramento de Risco tem como função a identificação de riscos potenciais advindos de fatores externos de mercado e/ou concentrações de risco e também garantir a conformidade do processo de gerenciamento de risco e consistência das informações distribuídas ao Banco FICSA.

A garantia do monitoramento adequado e consistente de risco assim como a preparação de relatórios para todas as áreas relevantes é de responsabilidade da Área de Riscos e Controles.

O monitoramento permanente, assim como eventuais desvios, é reportado aos envolvidos e aos Comitês de Tesouraria e de Riscos. Análise de Risco A análise quantitativa do Risco de Mercado, das operações em aberto ou de novos negócios, deve ser complementada pela análise qualitativa. A análise tem como objetivo a identificação de concentrações de risco ou tendências de risco. Sistemas de Risco O Banco FICSA utiliza o Sistema Mitra para controle e suporte à decisão do risco de mercado, legal (Basiléia II) e liquidez (middle-office), permitindo análises sob a ótica de diversos modelos com parametrizações, oferecendo uma visão integrada do risco que a Instituição está correndo com diferentes visualizações (produto, grupo, carteira, estratégia), inclusive simulações.

O Sistema Gerenciador de Risco de Mercado oferece os seguintes parâmetros:

• Cálculo do VaR: Paramétrico, Histórico, Simulação de Monte Carlo; • Cálculo do ETL, Posição MTM e Alavancagem, Risco Marginal, Incremento $ 1k,

Component VaR, Duration (Stress, Alavancada e Alavancada no stress); • Distribuição normal ou real (empírica) com parametrização do intervalo de

confiança; • Modelos de volatilidade: EWMA, Down Side, Garch, semi-VarCovar, semi-Variância

e Variância; Posição O valor de mercado pode ser dividido em: posições ativas e passivas. Esses dois valores dão uma idéia do volume de negócios, mas, não necessariamente, uma visão real do risco.

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Limites de posição podem ser estabelecidos em função de um específico tipo de instrumento ou estratégia para que sejam mantidos de acordo com os níveis desejados pela Instituição. Sistema de Gestão de Risco O Value-at-Risk (valor em risco ou VaR) de uma carteira representa a máxima perda potencial esperada para um dado intervalo de confiança e por um determinado período de tempo (holding period).

As principais vantagens da medida do VaR são:

• VaR pode se aplicado para um único portfólio dentro do conjunto de posições da instituição;

• VaR é uma medida de comparação de nível de risco entre diversos volumes de carteiras contendo diversos tipos de fontes de risco de mercado;

• VaR é uma medida de fácil interpretação. Os parâmetros empregados no cálculo do VaR podem variar de acordo com o perfil das posições que estão sendo analisadas.

Parâmetros para o Cálculo do Capital Regulatório:

É realizado de acordo com as seguintes normas do Bacen:

• Circular 3361 – PJUR1 • Circular 3362 – PJUR2 • Circular 3363 – PJUR3 • Circular 3364 – PJUR4 • Circular 3365 – RBAN (*) • Circular 3366 – PACS • Circular 3388 – Valores dos parâmetros M, s, r e K PJURS • Circular 3389 - PCAM • Circular 3498 – Alterações Risco de Mercado • Carta Circular 3309 – Metodologia da parcela PJUR1 • Carta Circular 3310 – Metodologia das parcelas PJUR[2], PJUR[3] e PJUR[4] (*) Cálculo do RBAN:

Módelo de Cálculo: VaR – Simulação Histórica holding period : 10 dias úteis Intervalo de Confiança: 99% Janela Histórica de Séries de Juros e Preços: Móvel de 756 dias úteis

Precificação: Mercado pela curva livre de risco (BMF)

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Parâmetros para Utilizados para o gerenciamento do Risco de Mercado (Gerencial)

Módelo de Cálculo: VaR Paramétrico com distribuição normal com média zero e correlação entre os ativos.

Volatilidade: EWMA – Média Móvel Exponencial holding period : 01 dia útil Intervalo de Confiança: 95% - Monocaudal Fator de Decaimento: 0,94 Janela Histórica de Séries de Juros e Preços: Móvel de 252 dias úteis

Precificação: MtM – Marcação à Mercado

Teste de Estresse (Stress Testing) O teste de estresse é uma ferramenta de controle de risco complementar ao VaR, enquanto o VaR utiliza dados históricos recentes e trabalha com um cenário de normalidade no mercado financeiro. O teste de estresse aposta em uma ruptura do padrão de comportamento das variáveis financeiras, causando perdas maiores do que as mensuradas no cálculo do VaR.

O teste de estresse consiste na geração de cenários extremos, possibilitando ao Banco FICSA projetar e quantificar a sensibilidade do resultado a esses cenários, bem como o impacto no valor de mercado da carteira.

Em complemento ao VaR, o cenário de estresse é definido para cada mês, utilizando-se:

Cenário de Stress Taxa de Juros

Para os demais produtos na carteira, utiliza-se os cenários de stress da BMF.

Diariamente a área de Riscos informa à Tesouraria e aos membros dos Comitês de Tesouraria e de Riscos, os enquadramentos das posições ao cenário de stress.

O cenário utilizado no cálculo do teste de stress deve ser definido e aprovado no mínimo anualmente em reunião do Comitê de Riscos.

BM&F Alta 1/2/3 e Baixa 1/2/3 para os 11 vértices

Cenário definido pelo Banco FICSA(*)

A – Taxas de Mercado (ETTJ - BMF) do último dia do mês de referência. B – Desvio Padrão das taxas de mercado (ETTJ - BMF), considerando o período de 31/07/2007 ao último dia do mês de referência. Fórmulas do Cenário FICSA Cenário de Alta = A + B x 30% Cenário de Baixa = A - B x 30%

Choques paralelos nas taxas de juros Deslocamento -1,00% / +1,00%

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Backtesting A eficiência do VaR é comprovada através do backtesting, onde são comparados os números de perdas ou ganhos realizados com os limites e perdas potenciais projetados do modelo. O número de violações deve ser compatível, com o nível de confiança utilizado.

O Backtesting é um elemento chave para a validação do modelo interno de Risco de Mercado adotado pela Instituição, sendo também, um requerimento das autoridades reguladoras. Como o VaR tenta prever a perda de 1 ou 10 dias caso as posições permaneçam inalteradas, é essencial calcular os ganhos/perdas usando a mesma assunção.

A análise de backtesting se compara à série temporal de VaR. A comparação da frequência de perdas que excedem o VaR com o nível de confiança estatístico adotado dá uma indicação da eficiência do modelo de VaR.

Backtesting é um pré-requisito para a utilização do modelo interno de VaR para determinação do gerenciamento de risco, sendo realizado mensalmente e visualizado através de gráfico pela área de Riscos e Controles. Os relatórios são apresentados á Tesouraria e Diretoria. Havendo variações nas carteiras maiores do que previsto pelo modelo (levando em consideração o intervalos de confiança de 95%), devem ser submetidos ao Comitê de Riscos para avaliação e/ou adequação do modelo.

É definido em Política os limites quantitativos para cada mercado, assim como os limites de VaR, estresse e stop-loss, entre outros.

5.3. Gestão Ativa da Carteira de Negociação e de Não Negociação Características Gerais dos Limites

O Risco de Mercado da carteira de negociação do Banco FICSA está sujeito ao limite de VaR calculado através do PJUR1 somado ao Risco de Mercado da carteira de não negociação, também sujeito ao limite de VaR, que é calculado utilizando-se o modelo da RBAN. Este limite é baseado no impacto no Patrimônio de Referência conforme o Modelo Padronizado de Basiléia II. • Exposição – Este limite refere-se a um limite operacional (gerencial) composto da

seguinte forma:

� Limite de posição em mercado de juros (Di´s Futuros, Títulos Públicos, privados e outros);

� Limite de posição em mercado de dólar futuro; � Limite de posição de Índice Bovespa Futuro e Ações a Vista; � Limite de posição em mercados de opções de Juros, Dólar, Ações e Ibovespa:

Cumulativos as posições spot e analisados quanto às derivadas no VaR; � Limite de VaR. � Limite de Stop Loss.

Os valores e alçadas de todos os limites de exposição são detalhados na Política de Limites de Posições.

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Descrição do Processo de Determinação dos Limites, Incluindo Responsabilidades e Periodicidade Compete ao Comitê de Comitê de Tesouraria a aprovação de limites por tipo de riscos, de acordo com o limite global também estabelecido pelo próprio Comitê. Com relação ao Risco de Mercado, cabe ao Comitê de Riscos avaliar as propostas e as revisões de limites.

As propostas de novos limites ou revisões devem ser feitas pelos membros do Comitê de Riscos e devem sempre obedecer à tolerância a risco determinada pelo Comitê de Comitê de Tesouraria.

Está prevista reunião ordinária mensal dos Comitês de Riscos e de Comitê de Tesouraria e extraordinária quando houver matéria que demande discussão imediata, como aprovação ou alteração de limite.

Descrição dos Processos de Monitoramento dos Limites das Carteiras de Negociação e não Negociação Todos os limites estabelecidos no gerenciamento de Risco de Mercado são acompanhados diariamente por área independente aos gestores das carteiras, que no Banco FICSA é representada pela Área de Riscos e Controles.

Os relatórios gerenciais de Risco de Mercado são disponibilizados às áreas envolvidas nas operações no monitoramento dos limites e Diretoria.

Diariamente a área de Riscos&Controles envia aos membros do Comitê de Riscos, Diretoria e Tesouraria as posições de riscos e o enquadramento aos respectivos limites. Há também a apresentação mensal feita aos Comitês de Riscos dessas posições.

Descrição dos Processos e Políticas de Adequação das Posições O acompanhamento dos limites de VaR e Stop Loss estabelecidos é realizado diariamente e, na eventualidade de rompimento de algum limite, as áreas que fazem a gestão das carteiras são informadas.

Quando ocorre rompimento destes limites, a área de Riscos&Controles informa imediatamente os Comitês de Tesouraria e Riscos para reavaliação das posições e definição das medidas que deverão ser tomadas.

Descrição dos Processos e Políticas de Reavaliação dos Limites das Carteiras de Negociação Os limites de VaR e Stop Loss são reavaliados semestralmente com a documentação técnica da área de Riscos e Controles extraordinariamente em reunião marcada pela Diretoria ou quando houverem algumas mudanças no cenário do mercado que possa impactar diretamente na continuidade dos negócios do Banco.

Além disso, no mínimo anualmente, a política e as diretrizes de Gerenciamento de Riscos de Mercado serão reavaliadas pelo Comitê de Riscos.

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5.4. Classificação na Carteira de Negociação (Trading) e de Não Negociação (Banking) Definição da Carteira de Negociação (Trading) A carteira de negociação, conforme estabeleceu o Banco Central do Brasil, através da Circular 3.354, consiste em todas as operações com instrumentos financeiros e mercadorias, inclusive derivativos, detidas com intenção de negociação ou destinadas a hedge de outros elementos da carteira de negociação, e que não estejam sujeitas à limitação da sua negociabilidade.

É considerado na carteira de negociação as operações detidas com intenção de negociação são aquelas destinadas a: (i) revenda; (ii) obtenção de benefício dos movimentos de preços, efetivos ou esperados; ou (iii) realização de arbitragem.

Estas operações poderão ter horizontes de curto e longo prazo, e poderão ser tratadas contabilmente como títulos negociáveis ou disponíveis para venda, a critério da Diretoria.

Na carteira de negociação poderão ser alocados os instrumentos disponíveis no mercado financeiro, incluindo, mas não se limitando a, derivativos negociados em bolsas ou no mercado de balcão, títulos de renda fixa, ações ou outros instrumentos negociados no Brasil e/ou no exterior, desde que enquadrados nas estratégias gerais, que consistem na manutenção de posições direcionais, de arbitragem e hedge.

As estratégias gerais de hedge possuem a finalidade de travar posições de risco e/ou de mitigar o descasamento de prazo e de moedas/indexadores. A efetivação da estratégia é efetuada através da utilização de instrumentos financeiros, principalmente derivativos, correlacionados à exposição original.

As operações a serem incluídas na carteira de negociação devem atender aos seguintes requisitos:

• Serem gerenciadas por uma mesa de operações e ativamente monitoradas; • Serem registradas em um dos livros da carteira de negociação; • Serem marcadas a mercado diariamente; • Ter o gerenciamento de risco de mercado diário, através do controle de VaR e Stop

Loss, sendo este último quando necessário; • Apresentar requisitos mínimos de liquidez; Definição da Carteira de Não Negociação (Banking) A Carteira de Não Negociação (Banking Book), conforme estabeleceu o Banco Central do Brasil, através da Circular 3.365, consiste de forma excludente, as operações não classificadas na Carteira de Negociação, tendo como característica principal a intenção de manter tais operações até o seu vencimento.

Para mensuração do VaR da Carteira de Não Negociação, o Banco Ficsa adota as técnicas de VaR Paramétrico, conforme especificado no item 5 desta Política.

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Entre outros aspectos, destaca-se que a técnica de VaR Paramétrico:

• inclui todas as operações sensíveis à variação nas taxas de juros e utiliza técnicas de mensuração de risco e conceitos financeiros amplamente aceitos;

• considera dados relativos a taxas, prazos, preços, opcionalidades e demais informações adequadamente especificadas;

• demanda definição de premissas adequadas para transformar posições em fluxo de caixa;

• mensura a sensibilidade a mudanças na estrutura temporal das taxas de juros, entre as diferentes estruturas de taxas e nas premissas;

• está integrado às práticas diárias de gerenciamento de risco; • permite a simulação de condições extremas de mercado (testes de estresse); e, • possibilita estimar o Patrimônio de Referência (PR) compatível com os riscos na

forma determinada no Artigo 3º da Resolução CMN 3.490/07. Risco de Mercado – Consolidado (Nível de Confiança (95%) / Janela: 10 dias úteis) Em R$ Mil Jun/2013 Exposto VaR Risco Geral 288.344 1.121 Risco de Taxas de Juros 339.730 - Risco Cambial 297 28 Risco de Renda Variável 28 - Em R$ Mil Mar/2013 Exposto VaR Risco Geral 312.473 1.320 Risco de Taxas de Juros 316.995 509 Risco Cambial 345 7 Risco de Renda Variável 27 93 Em R$ Mil Dez/2012 Exposto VaR Risco Geral 116.511 1.421 Risco de Taxas de Juros 210.796 569 Risco Cambial -208 -4 Risco de Renda Variável - - Em R$ Mil Set/2012 Exposto VaR Risco Geral 126.151 394 Risco de Taxas de Juros 255.554 407 Risco Cambial 527 2 Risco de Renda Variável -251 1 Em R$ Mil Jun/2012 Exposto VaR Risco Geral 274.890 1.237 Risco de Taxas de Juros 272.683 1.284 Risco Cambial -1.581 93 Risco de Renda Variável 63 96

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Valores Relativos a Contratos a Serem Liquidados em Sistema de Liquidação de Câmaras

R$ mil Compras a Termo a Receber

Exposição FCC VE FC FPR Vlr EPR Vlr PEPR

Jun13 1.429 0,06 86 50% 43 5 Mar13 1.587 0,06 95 50% 47 5 Dez12 3.373 0,06 202 50% 101 11 Set12 3.577 0,06 215 50% 107 12 Jun12 3.011 0,06 180 50% 90 9 Mar12 4.256 0,06 255 50% 128 14

Valores Relativos a Contratos nos quais não há a atuação de Câmaras R$ mil

Derivativos Ganho Potencial Futuro

Exposição FCC VE FC FPR Vlr EPR Vlr PEPR

Jun13 26.866 0,01 269 50% 134 15 Mar13 63.969 0,01 319 50% 159 17 Dez12 64.566 0,01 323 50% 161 18 Set12 67.586 0,01 338 50% 169 19 Jun12 36.901 0,01 184 50% 92 10 Mar12 4.901 0,01 24 50% 12 1

Operações Sujeitas a Risco de Crédito de Contraparte R$ mil Jun13 Exposição VE FC FPR Vlr EPR Vlr PEPR

Compra com Compromisso de Revenda - Títulos Públicos Federais

Depósitos Interfinanceiros

15.892 - 50% 7.946 -

R$ mil

Mar13 Exposição VE FC FPR Vlr EPR Vlr PEPR

Compra com Compromisso de Revenda - Títulos Públicos Federais

Depósitos Interfinanceiros

20.992 - 50% 10.496 -

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R$ mil Dez12 Exposição VE FC FPR Vlr EPR Vlr PEPR

Compra com Compromisso de Revenda - Títulos Públicos Federais

- - - - -

Depósitos Interfinanceiros

21.131 - 50% 10.566 1.162.230

R$ mil

Set12 Exposição VE FC FPR Vlr EPR Vlr PEPR

Compra com Compromisso de Revenda - Títulos Públicos Federais

20.999 20.999 0% 0 0

Depósitos Interfinanceiros

31.548 31.548 0% 0 0

R$ mil Jun12 Exposição VE FC FPR Vlr EPR Vlr PEPR

Vinculados a Operações Compromissadas

22.000 22.000 - - -

Recompra a Liquidar – Carteira Própria - Passivo

- - - - -

Venda Com Recompra - - - - -

Revendas a Liquidar – Posição Financiada

- - - - -

Depósitos Interfinanceiros

37.019 37.019 - - -

5.5. Metodologia de Marcação a Mercado

Estrutura de Produtos e Instrumentos Sujeitos aos Diferentes Tipos de Marcação A Marcação a Mercado é realizada para todos os produtos de Tesouraria em que as variações de taxas, preços e cotações afetam negativa ou positivamente seus valores de reversão, em detrimento do seu valor de resgate. Esses produtos compreendem Títulos Públicos e Privados, Operações de Swap e demais derivativos, referenciados em Taxas Pré-fixadas, Cupom de Índices de Preços etc. Processo de Validação dos Modelos de Marcação O processo de validação dos modelos de marcação compreende as validações realizadas na própria área de Riscos e Controles e validados pelos Auditores Independentes e pela Auditoria Interna.

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Processo de Obtenção de Preços, Taxas e Indexadores Os preços, taxas, cotações e indexadores são obtidos em diversas fontes, como Andima, BM&F e Cetip. Para os produtos em que haja a divulgação de preços para os respectivos vencimentos, utilizam-se os mesmo sem nenhum tratamento. Para os casos em que os preços ou taxas não coincidam com os vencimentos dos produtos, as informações são tratadas por meio de métodos de interpolação ou extrapolação, linear ou exponencial, conforme a característica de cada produto. Metodologias e Fórmulas do Processo de Marcação A metodologia utilizada compreende avaliar o valor presente do produto, utilizando-se, em ordem de preferência, os preços de mercado divulgados por fontes externas e, em segundo, o desconto do Valor Futuro do Produto pelas Taxas de mercado divulgadas para o vencimento do produto, obtidas pelo método de interpolação ou extrapolação, linear ou exponencial, conforme a característica do produto. Processo de Marcação A marcação da carteira de negociação é realizada exclusivamente pela área de Riscos&Controles, de acordo com o manual de marcação a mercado, utilizando-se dos sistemas legados (Função e Matera) e de riscos (Mitra). Marcação de Instrumentos de Baixa Liquidez De modo geral, o Banco FICSA evita ter instrumentos de baixa liquidez na carteira de Negociação. Caso venha surgir algum produto que apresente baixa liquidez, o mesmo será marcado pela expectativa de sua realização com base nos cenários disponibilizados por fontes externas, para o respectivo indexador do produto.

5.6. Reclassificação da Carteira de Negociação e de Não Negociação

Política de Reclassificação A reclassificação em ambos os casos pode ocorrer em casos de redução ou aumento de liquidez, mudança de estratégia operacional, exclusão de tipo de ativo e/ou instrumento por inadequação aos requisitos processuais. A reclassificação é registrada em boleto de transferência interna, sempre considerando o preço de mercado no momento da transação, o que configura apenas a transferência de saldo e não de resultado entre as carteiras. Caso ocorra reclassificação inadequada, esta deve ser reportada e referendada pelo Comitê de Riscos.

Os cenários e condições de mudança de estratégia operacional ocorrem quando da mudança de expectativas operacionais.

Inexistência de limites e/ou incorporação ao sistema de VaR, inexistência de modelo de MTM, impossibilidade de cálculo de parâmetros são cenários e condições de reclassificação motivada por inadequação aos requisitos processuais.

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Controle de Consistência das Políticas de Classificação e Reclassificação da Carteira de Negociação e de Não Negociação Processo de monitoramento e controle da classificação e reclassificação de ativos é executado e documentado através da Área de Riscos e Controles. O Comitê de Riscos é responsável pelo controle e a monitoração das reclassificações dos ativos e passivos em suas reuniões ordinárias mensais.

5.7. Evolução da Exposição Neste item demostramos a exposição financeira, de acordo com critérios da Instrução CVM nº 475/08 e exposição a instrumentos financeiros derivativos. Valor total da carteira de negociação por fator de risco de mercado relevante, segmentado entre posições C (Compradas) e V (Vendidas).

Risco de Mercado – Apenas Carteira Trading

R$ Mil

30/06/2013 CARTEIRA TOTAL MTM C V Ações no País - - Pré 24.048 - Ouro - -

R$ Mil

31/03/2013 CARTEIRA TOTAL MTM C V Ações no País - - Pré 22.091 21.915 Ouro - -

R$ Mil

31/12/2012 CARTEIRA TOTAL MTM C V Ações no País - - Pré 173 - Ouro - -

R$ Mil

30/09/2012 CARTEIRA TOTAL MTM C V Ações no País 2.751 33.954 Pré 20.494 - Ouro 2.751 33.954

R$ Mil

30/06/2012 CARTEIRA TOTAL MTM C V Ações no País 4.018 3.391 Pré 136 4.255 Ouro 54.139 54.139

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Risco de Mercado – Derivativos Totais (Inclui Banking)

R$ Mil

30/06/2013 CARTEIRA TOTAL MTM C V Ações no País - - Pré 24.048 23.925 Cupom de Dólar 21.925 -21.667 Dólar - - Cupom de IPCA - -5.376 Ouro

R$ Mil

31/03/2013 CARTEIRA TOTAL MTM C V Ações no País - - Pré 22.091 21.915 Cupom de Dólar 21.925 -21.667 Dólar Cupom de IPCA - -5.376 Ouro - -

R$ Mil

31/12/2012 CARTEIRA TOTAL MTM C V Ações no País - - Pré 316.328 -41.547 Cupom de Dólar 22.478 -22.686 Dólar 22.478 -22.686 Cupom de IPCA - -109.681 Ouro 15.017 -15.206

R$ Mil

30/09/2012 CARTEIRA TOTAL MTM C V Ações no País 664 3.657 Pré 392.859 37.636 Cupom de Dólar - 22.858 Dólar 23.385 - Cupom de IPCA - 108.443 Ouro

R$ Mil

30/06/2012 CARTEIRA TOTAL MTM C V Ações no País 3.012 - Pré 278 34.673 Cupom de Dólar 23.245 - Dólar 23.245 - Cupom de IPCA - 30.074 Ouro 54.139 54.139

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Exposição Instrumentos Financeiro Derivativos por Categoria de Fator de Risco

Dez/12 Opção Delta Gemma Vega Rho Theta OZ1XD81 0,000069 0,000086 0,001099 0,000008 -0,000037 OZ1XD85 -0,273972 0,103215 1,314931 0,000008 -0,033159 OZ1XDD1 -0,999931 0,000086 0,001099 0,000008 0,032766 OZ1XDD5 0,726028 0,103215 1,314931 0,000008 -0,061961

Set/12 Opção Delta Gemma Vega Rho Theta OZ1XD81 0,9 0,02 1,11 0,12 -0,05 OZ1XD85 0,22 0,04 1,93 0,03 -0,04 OZ1XDD1 -0,1 0,02 1,11 -0,01 -0,02 OZ1XDD5 -0,78 0,04 1,93 -0,12 -0,01

Jun/12 Opção Delta Gemma Vega Rho Theta OZ1KD80 1,00 0,00 0,00 1117,43 -0,03 OZ1KD81 1,00 0,00 0,17 1281,15 -0,03 OZ1KDDO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 OZ1KDD1 0,00 0,00 0,17 -0,17 0,00

Mar/12 Opção Delta Gemma Vega Rho Theta OZ1KD80 1,00 0 0 29,584 -0,026 OZ1KD81 0,98 0,008 0,257 33,252 -0,032 OZ1KDDO 0 0 0 0 0 OZ1KDD1 -0,02 0,008 0,257 -0,671 -0,002

6. Gerenciamento de Risco de Liquidez

6.1. Princípios Gerais O Banco FICSA possui políticas e procedimentos relacionados com o monitoramento e controle do seu capital, com a avaliação da necessidade de capital para fazer face aos riscos a que o Banco está sujeito, com o planejamento de metas e com a necessidade de capital para fazer face aos objetivos estratégicos definidos pela Alta Administração.

A Instituição possui também políticas, procedimentos, limites e sistemas de informações projetados para prover:

• Uma estrutura organizacional com áreas de responsabilidades claramente definidas; • Segregação efetiva de atribuições, linhas de comunicação e reporte igualmente

claros, com ênfase particular na independência das funções de Gerenciamento de Riscos;

• Conhecimento por parte dos administradores dos riscos e limites dentro dos quais é permitido que a Instituição opere;

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• Informações adequadas e tempestivamente disponibilizadas de forma que a administração e o quadro funcional tenham um quadro completo e preciso dos riscos que estão administrando e seu impacto potencial;

• Controles internos adequados.

6.2. Definição de Risco de Liquidez É o risco de que a Instituição não consiga cumprir com suas obrigações nos vencimentos devido à inabilidade de liquidar ativos ou obter financiamento adequado (chamado de "Risco de Liquidez de financiamento") ou que não possa rolar ou compensar facilmente exposições específicas, sem baixar significativamente os preços de mercado por causa de quedas ou quebra de mercado ("Risco de Liquidez de mercado").

6.3. Política e Procedimentos As políticas e procedimentos da Instituição devem cobrir tanto o Risco de Liquidez de Financiamento como o Risco de Liquidez de Mercado. Tais políticas e procedimentos devem estabelecer parâmetros para a posição de liquidez da Instituição e capacidade de mensurar se a Instituição está operando nesses parâmetros, gerando relatórios à administração que permitam tomar decisões sobre liquidez e monitorar os resultados dessas decisões. Adicionalmente, diretrizes e procedimentos devem ser desenvolvidos para avaliar a adequação de um plano de contingência de financiamento, nível de ativos líquidos, habilidade da Instituição para liquidar empréstimos e carteiras de investimento, linhas de financiamento e a necessidade de linhas de financiamento compromissadas. A metodologia detalhada deverá estar descrita na Política de Liquidez da Instituição. A política e estratégia de gestão de Risco de Liquidez da Instituição consistem no monitoramento diário dos seus direitos e obrigações, na análise dos cenários políticos e econômico e do ambiente interno e externo. O monitoramento e definição de estratégias são feitos através de reuniões periódicas com a participação dos membros do Comitê de Caixa, Áreas de Planejamento e Riscos/Controles para acompanhar o nível de liquidez, avaliar impactos dos cenários internos e externos, determinarem medidas para aumento de liquidez e constituir plano de contingência.

6.4. Estrutura, Métodos e Modelos Estrutura A estrutura organizacional deve possuir ferramentas e pessoas adequadas para avaliar, medir, monitorar e controlar a exposição ao Risco de Liquidez e os limites estabelecidos. Métodos e Modelos O Risco de Liquidez é monitorado por métodos e modelos alinhados às melhores práticas de mercado.

Os instrumentos de gestão adotados são:

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• Monitoramento diário do fluxo de caixa; • Projeções de liquidez de curto e médio prazo; • Estudo comportamental dos clientes de captação em CDB; • Estabelecimento de limites para liquidez mínima; • Ter à disposição mecanismos que supram eventual escassez de liquidez; • Efetuar testes de estresse (mercado e restrição de liquidez); • Plano de contingência de liquidez com estratégias e planos específicos para

gerenciar as situações de estresse; • Envio ao Banco Central do Brasil o Demonstrativo de Risco de Liquidez (DRL) até o

dia 10 (dez) do mês seguinte, utilizando como data-base o último dia de cada mês. • No Plano de Contingência de Liquidez estão definidas as ações e medidas a serem

adotadas em crise de liquidez. O Plano é acionado quando o valor observado ou a projeção da liquidez indicarem níveis inferiores ao limite estabelecido.

Conceitos Caixa Mínimo: a manutenção das reservas em limite mínimo do caixa de forma a proporcionar à instituição conforto na administração de liquidez, preservando a capacidade de pagamento de seus compromissos;

Crise de Liquidez: caracteriza se como sendo uma situaç‐ ão de caráter interno ou externo, em que a instituição tem significativa dificuldade para se adequar aos limites de liquidez, incorrendo em risco de continuidade, além de custos operacionais adicionais indesejáveis;

Plano de Contingência: constitui se num con‐ junto de ações articuladas e previamente acordadas, de caráter excepcional, visando recompor o caixa mínimo;

Administração e Gestão da Liquidez: para as operações de Tesouraria o Banco FICSA possui como política, atuar de forma conservadora dando suporte a área de Negócios e administrando os “gaps” gerados. Quanto à gestão da liquidez, procura se alocar para ‐cada tipo de produto um “funding” mais adequado, evitando, dessa forma, pressões no caixa advindas do descasamento entre as operações ativas e passivas;

Cenários de Estresse: cenários de estresse simulando impacto no caixa decorrente da variação no valor e/ou níveis de ativos e passivos em diferentes situações (resgate de depósitos, exigência de margem de garantia, perda de valor de títulos livres, etc.). Limites Diariamente, o volume de caixa apurado pela área de Riscos e Controles do Banco é comparado com os Limites de Alerta e de Caixa Mínimo Exigido e divulgados à Diretoria e área de Tesouraria. Metodologia para Apuração do Caixa Mínimo De acordo com aprovação da Diretoria, para elaboração do limite de caixa mínimo é utilizado 20% do saldo de CDB, excluindo os clientes DPGE e CDB/FGC.

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Mensalmente, para o cálculo é considerada a janela histórica dos últimos seis (6) meses (valores aplicados em CDBs) que antecedem o mês base, onde os clientes estão divididos de acordo com as seguintes classificações:

• Perfil do Cliente – classificação realizada com o objetivo de traçar o perfil de cada cliente e assim nos prepararmos para possíveis saídas não programadas.

• Clientes Estáveis – clientes que no decorrer do tempo só tiveram retiradas de

recursos nas datas programadas para vencimento. • Clientes Instáveis – clientes que resgataram valores aplicados em CDB fora do

prazo de vencimento. Dentre as classificações acima será considerada para o cálculo, a média da volatilidade dos clientes instáveis, como fator de crescimento da carteira, uma vez que estes em situações de estresse de mercado, tendem a retirar seus investimentos.

A volatilidade média encontrada para o período é exponencialmente distribuída no decorrer dos dias úteis do mês base, para assim obtermos a variação do caixa mínimo ao longo do mês.

Dessa forma temos:

Cálculo da Volatilidade:

Retorno diário = Saldo de CDB’s (t) – Saldo de CDB’s (t-1)

Retorno Médio = Média dos retornos diários para o período de análise (6 meses)

Volatilidade Diária = Retorno Médio / Saldo de CDB’s (t)

Volatilidade Ponderada = Volatilidade Diária(t) * Saldo de CDB’s em (t)

Volatilidade Média Período = Somatório Volatilidade Ponderada / Somatório dos Saldos em CDB’s(t).

Caixa mínimo no final do mês base: S� = S���. (1 + i) Crescimento exponencial diário do caixa mínimo:

S� = S���. (1 + i)���.

Onde temos: S� Saldo de caixa mínimo no final do mês S��� Saldo do dia anterior i Fator de crescimento exponencial du Dia úteis Anualmente, ou quando necessário, a Métrica para apuração do Caixa Mínimo, juntamente com esta Política, deverá ser reavaliada.

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Caixa Mínimo x Fluxo de Caixa Projetado Após a definição do Caixa Mínimo, devem ser realizadas as projeções do caixa para mês e para o período de 90 dias.

Nesta projeção são considerados todos os vencimentos e todos os itens do caixa para o período:

Produtos Passivos

• Produtos Ativos • Aportes de Capital • Tributos • Despesas Administrativas • Recuperação de Cobrança • Compensação • Conta Corrente Mensalmente, no primeiro dia do mês, é gerado gráfico confrontando o fluxo de caixa projetado (dia-a-dia) com o caixa mínimo calculado e disponibilizado á Diretoria e Tesouraria.

Limite de Alerta Além do Limite Mínimo do Caixa, foi definido também um Limite de Alerta de 115% do Caixa Mínimo. Este limite foi definido para que medidas sejam tomadas antes mesmo do caixa chegar próximo ao Limite do Caixa Mínimo definido diariamente.

6.5. Cenário Normal e Cenário de Stress A Área de Riscos e Controles elabora análises econômico-financeiras que permitem avaliar o impacto dos diferentes cenários na condição de liquidez de seus fluxos de caixa, levando em consideração, inclusive, fatores internos e externos à Instituição, com prazos de liquidação a 90 (noventa) dias.

Deve também, realizar avaliações voltadas à identificação de mecanismos e instrumentos que permitam a obtenção dos recursos necessários à reversão de posições que coloquem em risco a situação econômico-financeira da instituição, englobando as alternativas de liquidez disponíveis nos mercados financeiro e de capitais.

Quando identificado potenciais desequilíbrios nos cenários (normal e estresse), os membros dos Comitês de Riscos, Tesouraria e Caixa são imediatamente informados para a tomada de decisão. Desta forma, mensalmente a área de Riscos&Controles definirá junto ao Comitê de Riscos parâmetros de Perda, Renovação, Prazo de Renovação e Antecipação dos produtos, Empréstimos, Títulos Públicos, CDB e CDI, considerando um Cenário Normal e um Cenário de Stress. Os testes de estresse serão realizados e documentados trimestralmente.

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6.6. Contingência da Liquidez O Banco FICSA elaborou um plano de contingência para minimizar os impactos de uma crise de liquidez e que permita a manutenção de um caixa mínimo de forma a garantir o pagamento de obrigações correntes.

Este é um instrumento de gestão que estão definidas as ações e medidas a serem adotadas quando a projeção de liquidez de curto prazo indicar níveis inferiores ao limite mínimo definido.

Composição do “Colchão” de Liquidez • Títulos Públicos – LFT • Reserva • Caixa • FIDCs (Cotas) • Fundos (Cotas) Ações Foi definido pelo Banco uma sequência de ações visando à recomposição das suas disponibilidades:

1ª. Detecção de uma situação de crise de liquidez

O Limite Mínimo de Caixa é definido deve ser estimado para o mês, no primeiro dia útil, conforme item Metodologia para apuração do Caixa Mínimo, e que leva em consideração a possibilidade de resgates antecipados de passivos e necessidade de renovações de operações ativas em caso de turbulência na economia.

Além do Limite Mínimo do Caixa, foi definido também um Limite de Alerta de 115% do Caixa Mínimo.

A Área de Riscos&Controles monitora estes limites diariamente, através de relatório à Tesouraria e Diretoria.

Quando o caixa se aproxima do Limite de Alerta o Comitê de Diretoria é imediatamente acionado para a tomada de decisão, quanto à implantação das medidas retificadoras, visando recompor o caixa.

Por outro lado, quando o caixa se aproxima do Limite Mínimo definido os Comitês de Riscos, Tesouraria, de Caixa e de Diretoria são imediatamente comunicados e o Plano de Contingência acionado.

2ª. Identificação das causas de crise de liquidez

As Áreas de Riscos e Controles e Planejamento em conjunto com as áreas de negócios, são responsáveis pela execução da 2ª fase do plano de contingência, ou seja, avaliar se a deficiência de caixa se constitui em uma crise de liquidez, identificando as causas e quando possível a sua extensão.

As causas da crise de liquidez poderão ser motivadas por: descasamento de ativos/passivos, recebimento de recursos abaixo do estimado, boatos negativos a

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imagem do banco; como também poderão ter origens externas, ou seja, quebra de instituição financeira, aumento dos saques para compensar perdas em outras instituições, desconfiança dos investidores, dentre outros.

Realizado o diagnóstico da crise, a Área de Risco e Controles deve informar imediatamente aos membros do Comitê de Caixa. Comitê de Riscos e Diretoria quanto a sua extensão, propondo as ações corretivas necessárias para solução das ocorrências identificadas, os responsáveis pela sua implantação e eventuais consequências.

3ª. Definição das ações a serem aplicadas

Esta fase se constitui na tomada de decisão por parte da Diretoria, quanto à implantação das medidas retificadoras visando recompor o caixa, e o seu efetivo acompanhamento por parte da Área de Riscos e Controles. De acordo com o nível da gravidade da crise, são definidas uma sequência de ações e sua ordem gradativa de implementação.

Plano de Contingência Numa eventual necessidade de ação rápida, para minimizar situações de Risco de Liquidez, em caso de eventual escassez de recursos e agravamento de crises no mercado financeiro, os seguintes mecanismos poderão ser adotados na sequência:

• Diminuição das liberações das concessões de crédito limitadas aos recebimentos;

• Diminuição ou até interrupção das concessões de crédito, até a regularização da

liquidez;

• Cessões de Crédito com ou sem coobrigação ;

• Aumento nos níveis de taxas de captação em depósitos a prazo;

• Aumento de liquidez provida pelos Acionistas.

7. Gerenciamento de Risco Operacional

Risco Operacional é definido como a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos, segundo a Resolução 3.380/06 do Banco Central do Brasil.

A definição de Risco Operacional inclui ainda o risco legal associado à inadequação ou a deficiência em contratos firmados pela Instituição, bem como a sanções em razão de descumprimento de dispositivos legais e indenizações por danos a terceiros decorrentes das atividades desenvolvidas pela Instituição.

O termo "perda", utilizado na definição de Risco Operacional, pode ser considerado como qualquer impacto resultante de um evento de Risco Operacional que prejudique a realização de objetivos da Organização. Esse impacto pode ser a perda financeira

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direta, bem como clientes insatisfeitos, equipe desmotivada ou repercussões negativas em mídia.

Contudo, para mensuração de Risco Operacional, o termo "perda" refere-se principalmente a impacto financeiro direto, ou seja, o que afeta diretamente o resultado (Lucros e Perdas) da Organização.

O Risco Operacional está associado a:

• Causa: é a circunstância que pode levar ao evento de Risco Operacional. Todo evento tem uma ou mais causas;

• Evento: é a materialização do risco; • Consequência ou impacto: é o resultado da concretização de um evento. A

consequência ou impacto é descrito tanto em termos quantitativos (perdas monetárias), quanto qualitativos (dano reputacional, por exemplo).

7.1. Diretrizes A política de Gerenciamento de Risco Operacional contempla os aspectos voltados à gestão do Risco Operacional em consonância com as boas práticas de Governança Corporativa e as exigências do órgão regulador, de acordo com os dispositivos da Resolução BACEN nº. 3.380/06.

A Política de Gestão de Risco Operacional do Banco FICSA possui como diretrizes básicas:

Garantir: • A existência de políticas e processos voltados ao gerenciamento de Risco

Operacional; • A revisão periódica das políticas e dos processos de gerenciamento de Risco

Operacional pela Área de Riscos e Controles, com aprovação da Diretoria; • Que o lançamento de novos produtos, processos, atividades e sistemas sejam

avaliados adequadamente quanto ao Risco Operacional inerente a cada um deles; • A atuação efetiva e independente das auditorias interna e externa sobre o processo

de gerenciamento de Risco Operacional. Assegurar: • A existência de segregação de funções, atribuição de responsabilidades e delegação

de autoridades que subsidiem a administração efetiva dos riscos operacionais; • Que o Banco possua planos de contingência e continuidade de negócios que

mantenha a capacidade de operação em função de interrupção parcial ou total das atividades.

Estabelecer: • Disseminar a definição de Risco Operacional em todo o Banco, assim como critérios

e procedimentos para sua identificação, avaliação, controle, monitoração, mitigação e reporte tempestivo às áreas competentes.

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7.2. A Gestão do Risco Operacional Com o objetivo de manter a Instituição sempre alinhada com o recomendado pelas boas práticas e órgãos reguladores, o Banco FICSA tem como missão:

• Prover a estrutura de Risco Operacional com ferramentas adequadas, assegurando a efetividade no gerenciamento do risco;

• Avaliar os procedimentos e sistemas necessários à sua efetiva implementação; • Promover a disseminação da cultura de Risco Operacional no contexto global da

Instituição, mediante a utilização de mecanismos que possam propiciar o seu efetivo entendimento;

• Respaldar a alta administração com informações relevantes sobre a implementação e gestão do Risco Operacional.

Riscos e Controles Visando aumentar a eficiência na identificação de Riscos Operacionais, o Banco FICSA, além de criar a Política de Risco Operacional, estabeleceu ferramentas para a identificação, avaliação e monitoramento dos Riscos Operacionais.

Matriz de Riscos e Controles Através do mapeamento das atividades e processos existentes no Banco, a Área de Riscos e Controles, juntamente com o gestor da área, identifica os Riscos Operacionais inerentes e os controles existentes para mitigá-los.

Os riscos e controles são registrados numa matriz com a correspondente avaliação, o que possibilita identificar o perfil de risco da área, ou seja, quais os riscos inerentes aos processos da área e a qual(is) ela está mais exposta.

De acordo com a relevância da fragilidade ou deficiência identificada, são estabelecidos planos de ação para sua regularização.

Indicadores Chave de Risco São índices e métricas utilizados no gerenciamento do Risco Operacional que tem como objetivo identificar mudança no comportamento dos processos e que podem acarretar maior exposição da Instituição aos eventos de riscos mapeados. Seus critérios são definidos de acordo com as características dos processos.

Base de Dados de Eventos de Risco Operacional A captura das informações de eventos de Risco Operacional é fundamental para um processo efetivo na gestão dos riscos. A consolidação dessas informações em uma base única permite ao gestor de risco operacional conhecer os principais eventos que estão afetando a área e a Instituição, podendo ou não gerar perdas, e tomar ações corretivas e/ou preventivas para redução dessas ocorrências.

Em princípio, é possível registrar qualquer tipo de incidente. Devem ser registradas todas as informações a respeito do incidente no momento de sua ocorrência, como por exemplo, o fato, as perdas envolvidas, o impacto contábil e as consequências. Porém, é possível registrar um incidente sabendo apenas um conjunto mínimo de informações,

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as que são de caráter obrigatório. As informações adicionais poderão ser registradas posteriormente.

O registro é efetuado através do Sistema de Risco Operacional pelos seus colaboradores. Este sistema possui a divisão de todas as áreas do B Banco FICSA e tais áreas possuem as subdivisões de acordo com as atividades realizadas. O incidente deve ser registrado na área em que se enquadrar o incidente.

Ao identificar um evento de perda e de acordo com a tabela apresentada abaixo, o colaborador acessa o Sistema de Risco Operacional e segue as orientações descritas no item Procedimentos para Registro de Eventos de Risco Operacional.

Tipo Definição

Fraude Interna Risco de perda por atos realizados com a intenção de fraudar, de subtrair propriedade alheia ou de infringir regras, leis ou políticas internas, envolvendo pelo menos um funcionário da empresa.

Fraude Externa Risco de perda por atos realizados por pessoas que não pertencem à organização com a intenção de fraudar, de apropriar-se indevidamente de propriedade alheia ou de infringir leis.

Demandas Trabalhistas e Segurança deficiente no local de trabalho

Risco de perda por práticas incompatíveis com leis/acordos sobre as relações trabalhistas, a saúde e a segurança no ambiente de trabalho, de pagamentos de reclamações por danos pessoais, eventos envolvendo qualquer tipo de discriminação, incapacitação do empregado e falta de definição de responsabilidades e atribuições.

Práticas inadequadas relativas a clientes, produtos e serviços

Risco de perda por falhas não intencionais ou por negligência no cumprimento de uma obrigação profissional para clientes específicos (incluindo exigências fiduciárias e de conformidade), ou da natureza/desenho de um produto.

Danos aos Ativos Físicos próprios ou em uso pela Instituição

Risco de perda ou danos em ativos físicos em virtude de desastre natural ou outros eventos de grande relevância.

Falhas em sistemas de Tecnologia de Informação

Risco de perdas associadas à interrupção de atividades ou falhas/ineficiência da infraestrutura tecnológica.

Falhas na execução, cumprimento de prazos e gerenciamento das atividades

Risco de perda por problemas no processamento e gerenciamento de processos ou nas relações com parceiros comerciais, vendedores e fornecedores.

Aqueles que acarretam a interrupção das atividades da Instituição

Risco de perdas por falta ou interrupção nos serviços ao público que gerem perda de receita da Instituição.

Classificação dos eventos de Risco Operacional • A classificação dos eventos de Risco Operacional atende às orientações publicadas

na Resolução BACEN 3.380/06 e está em consonância com as praticadas pelo mercado e o documento “Convergência Internacional de Mensuração de Capital e de Padrões de Capital” – Basileia II, que prevê três níveis de informação:

• Nível I – Categorias de tipo de Eventos (conforme tabela acima);

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• Nível II – Detalhamento das categorias identificadas no nível I; • Nível III – Exemplos de atividades.

Como exemplo, citamos o seguinte lançamento:

• Nível I – Evento de Fraude Externa • Nível II – Furto e Fraude

• Nível III – Fraude com uso de cheques

Evento de Perda – Tipos de Perda Existem diversos tipos de perdas. Classificamos a seguir alguns tipos que podem ocorrer dentro do Banco FICSA e que auxiliam para o registro de incidentes: • PERDA EFETIVA BRUTA São perdas financeiras, decorrentes de eventos de risco operacional, ocorridas na instituição que tenham sido registradas no sistema contábil em conta de despesa.

• QUASE PERDA Perda não consumada decorrente de um evento de risco operacional em função de um controle exercido, de uma norma preventiva cumprida, de um ato defensivo ou de uma reação espontânea.

• LUCROS CESSANTES Perdas de receitas associadas aos eventos de riscos operacionais, não registradas contabilmente.

• PERDA EFETIVA LÍQUIDA É a perda efetiva bruta, deduzidos os valores recuperados em decorrência de esforço investigativo, da instituição ou de terceiros, ou de indenizações de seguros contabilizados em contas de receitas.

• PERDA ESTIMADA Valor previsto de perda, decorrente de risco operacional, que poderá tornar-se efetiva em determinado momento.

7.3. Mudanças e Seus Impactos no Gerenciamento do Risco Operacional Toda avaliação reflete o momento em que foi realizada e, considerando que os processos são sujeitos a constantes mudanças, destacamos alguns fatores que podem comprometer a Instituição e a avaliação de Risco Operacional e que merecem atenção:

• Alterações no ambiente operacional; • Pessoas novas ou pessoas com treinamento ineficiente; • Sistemas de informações novos ou “recauchutados”; • Crescimento rápido; • Tecnologia nova; • Atividades, linha ou produtos novos; • Reestruturações corporativas; • Operações no exterior; • Pronunciamentos contábeis.

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O Banco FICSA adota por política a revisão anual dos riscos relacionados às suas atividades, através do sistema de auto-avaliação de riscos. Periodicamente, os profissionais envolvidos também participam de treinamento que busca orientar os colaboradores sobre o processo de auto-avaliação de riscos.

A área de Compliance monitora regularmente a exposição das áreas, processos, sistemas e produtos aos riscos operacionais (Controles Internos), de modo que haja regularmente o reporte de informação sobre o gerenciamento de Risco Operacional à Diretoria e ao Comitê de Riscos.

Todos os testes realizados são devidamente registrados e mantidos em uma base histórica de aferição da eficácia dos controles, permitindo verificar sua evolução, bem como comprovar aos órgãos reguladores a evidência de testes periódicos.

7.4. Reporte dos Eventos e Disponibilização das Informações O processo instituído pelo Banco FICSA para informação dos eventos de Risco Operacional à Administração prevê reportes semestrais, consolidando os eventos identificados e relatando os planos de ação estabelecidos para as principais ocorrências. As informações são segregadas por área/produto e categoria de evento – Nível 1, apresentando-se também os valores e volumes dos eventos no período de referência.

As informações sobre os eventos de Risco Operacional aos Gestores também serão reportadas semestralmente e têm por objetivos: informar sobre os eventos que afetaram a área; solicitar, se for o caso, um plano de ação para diminuição das ocorrências dos eventos de perda; e disseminar a cultura de gestão dos Riscos Operacionais.

A Área de Riscos e Controles reporta o plano de ação à Diretoria e faz o follow-up junto aos Gestores para identificar se houve resultado efetivo na implementação da ação indicada pelo Gestor.

As informações de Risco Operacional serão divulgadas:

• Internamente: através da publicação da Política de Risco Operacional e a divulgação da estrutura, via GED. Essa divulgação ocorrerá com periodicidade trimestral, na ferramenta GED, e pontualmente através de circulares.

• Externamente: através da internet, no espaço dedicado no site.

7.5. Plano de Continuidade de Negócios A necessidade em se identificar e estabelecer ações que garantam a continuidade das atividades do Banco FICSA é fator determinante para o sucesso dos negócios. O plano de Continuidade de Negócios tem como objetivo principal formalizar e padronizar essas ações estabelecidas e aplicá-las nos momentos de crise, garantido que o impacto do evento seja minimizado e os processos críticos não sejam descontinuados.

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O Banco FICSA, alinhado com as práticas de referência do mercado financeiro, estabeleceu ações a serem adotadas para casos de contingência, porém entende que há necessidade de complementar os processos e estabelecer novas ações visando construir um Plano de Continuidade de Negócios consistente. Para isso, o Banco FICSA está conduzindo um projeto de reformulação que está em fase de implantação, com conclusão prevista para o ano de 2011.

7.6. Metodologias Para Alocação De Capital A parcela de capital a ser alocado pelas Instituições Financeiras para fazer frente a possíveis perdas oriundas de eventos de Risco Operacional pode ser calculada através de alguns modelos distintos. Os modelos para cálculo atualmente estabelecidos são:

• Método do Indicador Básico (BIA, Basic Indicator Approach) • Método Padronizado Alternativo (STA, Standardized Approach) • Método Padronizado Alternativo Simplificado (ASA, Alternative Standardized

Approach) • Método Avançado (AMA, Advanced Measurement Approach) A Diretoria do Banco FICSA, de acordo com o comunicado no 16.913, emitido pelo Banco Central em 20 de maio de 2008, o qual dispõe sobre a metodologia de apuração da parcela de capital para cobertura de risco operacional (Popr) de que trata a Circular 3.383, de 30 de abril de 2008, oficializou opção pelo Método Padronizado Alternativo.

Nesta abordagem, o Indicador de Exposição ao Risco Operacional (IE) corresponde, para cada período anual, à soma dos valores semestrais das receitas de intermediação financeira e das receitas com prestação de serviços, deduzidas as despesas de intermediação financeira.

O Indicador Alternativo de Exposição ao Risco Operacional (IAE) corresponde, para cada período anual, à média aritmética dos saldos semestrais das operações de crédito, de arrendamento mercantil e de outras operações com características de concessão de crédito e dos títulos e valores mobiliários não classificados na carteira de negociação, multiplicada pelo fator 0,035.

Também devem ser excluídos da composição do IE as perdas ou ganhos provenientes da alienação de títulos e valores mobiliários e instrumentos derivativos não classificados na carteira de negociação, nos termos da Circular 3.354, de 27 de junho de 2007.

A fórmula para o cálculo é:

Onde:

Z = 1,00;

t=1 POPR = Z x Σ max[(ΣIAE i,t x βi) + (Σ IE i,t x βi) ;0]

3

3

2

i=1 i=3

8

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IAEi,t = Indicador Alternativo de Exposição ao Risco Operacional, no período anual "t", apurado para as linhas de negócio "i" mencionadas no art. 4º, caput, incisos I e II;

IEi,t = Indicador de Exposição ao Risco Operacional, no período anual "t", apurado para as linhas de negócio determinadas;

βi = fator de ponderação aplicado à linha de negócio "i".

8. Alocação de Capital A adequação de capital tem por objetivos cumprir os requerimentos de capital assim como definidos no Acordo de Basiléia, manter uma base de capital sólida para sustentar o desenvolvimento dos negócios e assegurar a habilidade do grupo em prover retorno aos seus acionistas. O Novo Acordo de Basiléia, denominado Basiléia II, que trata do estabelecimento de critérios mais adequados ao nível de riscos associados às operações conduzidas pelas instituições financeiras para fins de requerimento de capital regulamentar, está estruturado em 3 pilares: Pilar 1 – Capital Mínimo Requerido: o novo conceito mantém o requerimento mínimo de 11% para os ativos ponderados pelo risco. Pilar 2 - Revisão no Processo de Supervisão: o Supervisor Bancário é o responsável por avaliar como os bancos estão estimando a adequação de suas necessidades de capital em relação aos riscos assumidos. Pilar 3 - Disciplina de mercado (Disclosure): estimula maior disciplina do mercado através do aumento da transparência dos bancos, para que os agentes de mercado sejam bem informados e possam entender melhor o perfil de risco da instituição. Nos termos da Resolução do CMN nº 3.444 de 28 de fevereiro de 2007, o Patrimônio de Referência é composto basicamente pelo somatório do capital de nível I, que compreende o capital e as reservas reconhecidas, e do capital de nível II, que contempla as reservas de reavaliação, instrumentos híbridos e dívidas subordinadas. O cálculo do capital regulatório da Instituição para a cobertura de risco se baseia na Resolução nº 3.490 do BACEN, de 29 de agosto de 2007, que dispõem sobre os critérios de apuração do Patrimônio de Referência Exigido (PRE). O PRE é composto pelas parcelas de Risco de Crédito, Risco de Mercado – composto pelos riscos das exposições em ouro, em moeda estrangeira e em operações sujeitas à variação cambial, das operações sujeitas à variação das taxas de juros, das operações sujeitas à variação do preço de commodities, das operações sujeitas à variação do preço de ações - e Risco Operacional, conforme demonstrado abaixo:

Patrimônio de Referência * 100

Patrimônio de Referência Exigido / fator F

Índice de Basileia

(Mínimo de 11% no Brasil)

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Fator F= 0,11 (para instituições financeiras e demais instituições autorizadas a

funcionar pelo Banco Central do Brasil, exceto cooperativas de crédito não filiadas a

cooperativas centrais de crédito).

O Patrimônio de Referência utilizado no cálculo do Índice de Basileia é composto pela somatória do nível I e nível II:

Nível I Nível II

Patrimônio líquido Reservas (reavaliação, contingência, lucros)

+/-Saldos das contas de resultado Instrumentos híbridos (capital, dívidas subordinadas);

Reservas, ações preferenciais, créditos tributários, ágios,

ativos diferidos, ganhos e perdas não realizadas de

tesouraria

Perdas não realizadas de tesouraria

Dessa forma, o cálculo do Patrimônio de Referência é igual à:

O cálculo do Patrimônio de Referência Exigido (PRE) é composto pela somatória das parcelas de exposições ponderadas por fator de risco (Risco de Crédito), aos fatores de Risco de Mercado e Risco Operacional.

Onde:

PEPR = parcela referente às exposições ponderadas pelo fator de ponderação de risco a elas atribuído;

PCAM = parcela referente ao risco das exposições em ouro, em moeda estrangeira e em operações sujeitas à variação cambial;

PJUR = parcela referente ao risco das operações sujeitas à variação de taxas de juros e classificadas na carteira de negociação, na forma da Resolução nº 3.464, de 26 de junho de 2007;

PCOM = parcela referente ao risco das operações sujeitas à variação do preço de mercadorias (commodities);

PACS = parcela referente ao risco das operações sujeitas à variação do preço de ações e classificadas na carteira de negociação, na forma da Resolução nº 3.464, de 2007;

POPR = parcela referente ao Risco Operacional.

O cumprimento dos limites acerca do capital regulatório é estritamente observado e seguido pela Administração e monitorado diariamente pela área de Riscos.

O Acordo de Basileia II define que o Patrimônio de Referência deve ser maior que o Patrimônio de Referência Exigido.

PR= PR Nível I + PR Nível II

PRE= PEPR + PCAM + PJUR + PCOM + PACS + POPR

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R$ mil

CAPITAL REGULATÓRIO JUN/12 SET/12 DEZ/12 MAR/13 JUN/13

Patrimônio de Referência - PR 90.778 78.823 83.863 68.923 78.121 Nível I Patrimônio Líquido 90.949 90.949 78.351 79.552 67.054 Conta de Resultado Credora - 68.615 - 47.975 122.021 Conta de Resultado Devedora - -80.588 - -62.887 -134.518 Reservas de reavaliação - - - - - Ajuste de marcação a mercado - - - - - Adicional de Provisão (Res. 2.682) - - - - - Ativo Permanente Diferido -171 -151 -132 -114 - (-)Excesso de Crédito Tributário - - - -1.374 - Nível II PR nível II - - 5.644 5.773 5.918 Ajuste de marcação a mercado - - - - - Reservas de reavaliação - - - - - Deduções do PR - - - - -

Patrimônio de Referência Exigido-PRE 67.997 68.392 66.468 66.038 42.667 Risco de Crédito 63.918 63.271 62.108 57.349 33.988 Risco de Mercado 138 934 173 349 364 Risco Operacional 3.942 4.187 4.187 8.315 8.315

RBAN – Carteira Banking 1.279 626 1.404 692 1.430

Margem de Capital (PR–PRE) 21.502 9.807 15.991 2.193 34.776

Índice de Basiléia 14,68 12,68 13,88 11,48 20,14

Índice de Basiléia Amplo (Incluindo RBAN) 14,41 12,56 13,59 11,36 19,49

Evolução do PRE R$ mil

Risco de Crédito Jun/12 Set/12 Dez/12 Mar/13 Jun/13

Produtos Operações de Crédito 28.188 30.694 29.404 25.938 11.538 Garantias Prestadas 16.179 13.060 9.380 8.726 6.483 Créditos Tributários 7.623 8.311 8.521 9.581 9.050 Operações de TVM 6.004 4.990 7.792 6.993 2.917 Outros Ativos 5.924 6.216 7.009 6.112 4.000

Total Alocado 63.918 63.271 62.108 57.349 33.988

R$ mil Risco de Mercado Jun/12 Set/12 Dez/12 Mar/13 Jun/13 Parcelas Taxas de Juros 41 48 173 112 116 Pré-fixadas - - - - - Cupom em Moeda Estrangeira - - - - - Cupom em Índice de Preços - - - - - Cupom de Taxa de Juros - - - - - Ações 97 124 - - - Commodities - - - - - Câmbio e Ouro 647 762 - - -

Total Alocado 786 934 173 112 116

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9. Gerenciamento de Capital Gestão de capital pode ser definida como o processo contínuo de:

• Monitoramento e controle do capital mantido pela instituição; • Avaliação da necessidade de capital para fazer face aos riscos a que a instituição

está sujeita; • Planejamento de metas e de necessidade de capital para fazer face aos objetivos

estratégicos da instituição.

O processo de gestão de capital do Banco FICSA será conduzido de forma prospectiva para estabelecer uma avaliação da necessidade de capital que antecipe a possibilidade de eventos ou mudanças nas condições do mercado que poderiam ter um efeito adverso nos seus negócios.

9.1. Diretrizes A política de gestão de capital contempla os aspectos voltados à implementação de estruturas de gestão de capital em consonância com as boas práticas de Governança Corporativa e as exigências do órgão regulador, de acordo com os dispositivos da Resolução 3.988 do BACEN.

A Política de gestão de capital do Banco FICSA possui como diretrizes básicas a implementação de:

• Mecanismos que possibilitem a identificação e avaliação de todos os riscos relevantes incorridos pela instituição, inclusive aqueles que não fazem parte do PRE – Patrimônio de Referência Exigido;

• Políticas e estratégias para a gestão de capital claramente documentadas, que estabeleçam mecanismos e procedimentos destinados a manter o capital compatível com os riscos incorridos pela instituição;

• Plano de capital abrangendo, no mínimo, horizonte de três anos;

• Simulações de condições extremas de mercado (testes de estresse) e avaliação de seus impactos no capital;

• Relatórios gerenciais periódicos para a alta administração da instituição contendo as conclusões sobre a adequação do capital;

• Adequado armazenamento de informações referentes ao processo de gestão de capital.

A Política de gestão de capital do Banco FICSA não prevê a implantação de um Processo Interno de Avaliação da Adequação de Capital (ICAAP), devido ao fato de a instituição não possuir ativo total superior a R$100.000.000.000,00 (cem bilhões de reais) ou ter sido autorizada a utilizar modelos internos de risco de mercado, de risco de crédito ou de risco operacional.

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9.2. O Processo de Gestão de Capital O Banco FICSA acredita que, para manter suas operações sólidas e estáveis, a proteção de capital suficiente para cobrir o nível de risco relacionado aos seus negócios é de extrema importância. Desta forma, o Banco busca administrar seu capital de forma a mantê-lo em um nível aceitável.

Para tanto, foi desenvolvido um modelo no qual as áreas responsáveis pela gestão do índice de adequabilidade de seu capital (Tesouraria), pela manutenção do Plano de Negócios (Planejamento) e a área responsável pela gestão dos riscos (Riscos&Controles), desempenhem suas respectivas funções e trabalhem em conjunto para cumprir os objetivos definidos pela instituição. Cada departamento é responsável por implantar processos ágeis e dinâmicos que viabilizem o planejamento para adequação do capital e dos limites de risco, o acompanhamento do cumprimento desses planos, a análise e a avaliação dos resultados, a implementação das contingências e dos planos de ação definidos e o fornecimento de relatórios gerenciais periódicos para a alta administração da instituição contendo as conclusões sobre a adequação do capital.

A figura apresentada a seguir exemplifica a abordagem adotada pelo Banco FICSA para gestão do seu capital:

O Banco FICSA avalia o nível de adequação de seu capital a partir de duas perspectivas: 1) a gestão da taxa de adequação de capital com base nas regras de

Gestão de Capital

Gestão da Adequabilidade do Capital (Capital Regulatório)

Gestão da Adequabilidade do Capital (Capital Econômico)

Diretoria

Comitê de Diretoria

Comitê de RiscosGestão de Riscos, Planejamento

e Tesouraria

Gestão de Riscos

Plano de Gestão do Capital

Monitoramento

Stress Tests

Limites de Risco

Monitoramento

Stress Tests

Índice de Adequabilidade do Capital

Confirmação dos Limites Atuais de Risco

(1) Definição dos Planos

Discussão/ Reporting

(2) Gestão do Processo

Discussão/ Reporting

(3) Gestão dos Resultados Atuais

Discussão/ Reporting

(4) Avaliação da Adequabilidade

(5) Reavaliação dos Resultados

Avaliação da Adequação de Capital

> Avaliação tendo por base a matriz de avaliação dos índices de adequação do capital e os volumes reais de risco> Avaliação tendo por base o resultado dos testes de estresse nos índices de adequação do capital e nos volume reais de risco

Discussão/ Reporting

Caso o capital não seja adequado ou caso seja identificado algum problema no seu monitoramento, avaliar a viabilidade de impl ementar ações corretivas, tais como revisão dos limites de risco, dos controles de risco, levantar capital adicional, etc.

Discussão/ Reporting

Revisão dos planos originai s e gestão do processo Revisão dos planos originai s e gestão do processo

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Basileia II, para cada um dos riscos (crédito, mercado e operacional) e 2) a gestão global dos riscos.

Adicionalmente, de forma a estar preparado para os riscos que possam surgir em condições imprevistas, o Banco realiza uma série de simulações de condições extremas de mercado (testes de estresse) e avaliação de seus impactos no capital, levando em conta os principais riscos que não estão incluídos no pilar 1 do capital de Basileia II (e não compõe o cálculo do PRE), tais como a concentração de risco de crédito, risco de taxa de juros na carteira banking e outros riscos.

Faz parte também da política de gestão de capital do Banco FICSA o adequado armazenamento de informações referentes ao processo de gestão de capital, de forma a suportar a administração rastrear o histórico do processo e de seus resultados.

9.3. O Plano de Capita O plano de capital adotado pelo Banco FICSA para os próximos 3 anos está alinhado ao seu planejamento estratégico e está baseado nos seguintes aspectos:

Metas e Projeções de Capital As metas e projeções de Capital são baseadas exclusivamente no Plano de Negócios da Instituição, aprovada pela Diretoria, acionistas e remetida a avaliação do Banco Central do Brasil.

Fontes de Captação

• Captação de recursos através de cessões de crédito;

• Captação de recursos através de CDB;

• Captação de recursos através de DPGE 1 e 2;

• Captação de recursos através de depósitos a prazo (FGC – Fundo Garantidor de Créditos);

• Captação externa.

• Garantias adicionais;

9.4. O processo de Monitoramento dos Eventos de Estresse O Banco FICSA estruturou sua política de forma a preventivamente avaliar o índice de adequação de seu capital em duas fases: (i) pré-alerta, que envolve o monitoramento constante de um conjunto de indicadores e do resultado de um choque sistêmico nestes indicadores e (ii) a entrada em um nível de alerta, que resulta na execução do plano de contingência definido por outras ações definidas pelos responsáveis.

O plano de contingência de capital do Banco FICSA leva em consideração, entre outros aspectos, as:

• Ameaças e oportunidades relativas ao ambiente econômico e de negócios;

• Projeções de ativos e passivos, bem como de receitas e despesas;

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• Metas de crescimento ou de participação no mercado;

• Política de distribuição de resultados (quando aplicável).

Periodicamente, os responsáveis emitem e distribuem às partes interessadas, relatórios contendo os resultados do processo de monitoramento.

Desta forma, adotou-se um conjunto de indicadores de natureza qualitativa e quantitativa a que o Banco recorre, de forma a identificar antecipadamente o impacto de situações adversas que possam impactar sua liquidez, entre eles:

• Descasamento de maturidades contratuais;

• Concentração de financiamento;

• Variação rápida / acentuada de ativos, especialmente quando financiados através de passivos extremamente voláteis;

• Crescente concentração em determinados ativos ou passivos;

• Aumento em descasamento de moedas;

• Decréscimo da maturidade média ponderada do passivo;

• Incidentes repetidos de aproximação de posições ou de quebra de limites internos / regulamentares;

• Degradação significativa das receitas e qualidade dos ativos do Banco;

• Degradação do rating Brasileiro;

• Downgrade ou perspectiva negativa do rating de crédito do Banco FICSA;

• Declínio acentuado do preço de ações ou títulos de dívida ou aumento dos custos da dívida;

• Aumento dos spreads de dívida;

• Aumento dos custos de funding;

• Aumento da exigência de contrapartes (garantias adicionais para créditos existentes ou em novas operações);

• Iminência de eliminação ou redução das linhas de crédito aprovadas junto aos Bancos parceiros;

• Dificuldades no acesso de funding;

• Dificuldade na colocação de passivo de curto prazo (por exemplo, papel comercial);

• Dificuldade na cessão de créditos (prazos, condições, taxas).

Nível de Pré-Alerta

Após um choque adverso que tenha um impacto potencial no capital do Banco é desencadeado o nível de pré-alerta, que resulta necessariamente nas seguintes ações:

• Revisão dos testes de estresse efetuados;

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• Alteração da periodicidade da reavaliação dos riscos de mercado e da estrutura de Planejamento, de forma a considerar os cenários hipotéticos que necessitem ser reavaliados;

• Aumento da periodicidade das reuniões do Comitê de Riscos e de Diretoria.

Nível de Alerta

Caso se verifique que o evento adverso irá impactar de forma relevante o capital do Banco, este passará para um nível de “Alerta”, conforme procedimentos específicos definidos para gerenciar situações de estresse.

Metodologia de Testes de Estresse A metodologia de teste de estresse aplicada tem em consideração as recomendações mais recentes do Comitê de Basileia do BIS e do Banco Central do Brasil, nas simulações de condições extremas de mercado, em especial de:

• Condições de mercado extremas e adversas com impacto na dívida soberana e nas principais variáveis macroeconômicas;

• Redução de rating da instituição ou passagem a non investment grade;

• Redução do montante de depósitos;

• Aumento das necessidades de financiamento e/ou redução das respectivas fontes;

• Aumento dos custos de funding.

Cenários Definidos Os cenários adversos assumidos determinam as medidas a serem tomadas, bem como o montante e a composição da reserva de capital. Para o cálculo dos testes de estresse foram considerados os cenários definidos no Plano de Negócios:

Estratégia e Planos para Gerenciar as Situações de Estresse O desencadeamento de um plano de contingência depende da autorização da Diretoria do Banco FICSA, com base em proposta elaborada do Comitê de Riscos e de Diretoria, suportada pelas análises e recomendações dos seus membros.

O Comitê de Riscos deverá tomar as seguintes medidas quando for iniciado o plano de contingência:

• Nomear/eleger, no âmbito da composição do Comitê de Riscos, quem são os responsáveis pela coordenação ativa do plano (Tesouraria, Planejamento e/ou Gestão de Riscos);

• Informar a Diretoria e aos envolvidos a existência de uma situação de crise e a necessidade de ativar um plano de contingência, designando os responsáveis, os seus substitutos por cada ação em particular e os seus prazos de implementação;

• Informar, caso seja necessário, as autoridades de supervisão, os auditores externos e o Comitê de Diretoria;

• Elaborar a comunicação ao mercado, aos clientes, às entidades financiadoras, imprensa e órgãos internos, quando requerido;

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• Definir preços para depósitos e crédito, emitir parecer sobre investimentos e eventualmente condicionar a atribuição de crédito a condições de montantes e prazos definidos;

• Definir prioridades de redução da alavancagem do balanço;

• Informar a Administração com a frequência necessária (com uma periodicidade mínima semanal) de todos os fatos relevantes ou que careçam de decisão em uma alçada superior aos poderes delegados para a gestão da crise;

• Decidir, em função do restabelecimento da normalidade, quando o plano de contingência deve terminar.

Entre as medidas a serem implementadas pelas áreas envolvidas, podemos destacar:

• Análise diária da liquidez do Banco e das condições dos mercados financeiros;

• Procurar aumentar a diversificação em relação às várias fontes de financiamento através de meios de financiamento alternativos. A Instituição conta com uma área responsável pelo Relacionamento com o Mercado, que tem como atividade principal a abertura e manutenção de limite de crédito com Investidores Institucionais, que podem ser utilizados para eventuais coberturas;

• Aumento nos níveis de taxas de captação em depósitos a prazo;

• Existe também a possibilidade de se negociar a carteira varejo junto a outras Instituições Financeiras, através de cessão de crédito com transferência dos recebíveis;

• Diminuição ou até interrupção das concessões de crédito, até a regularização da liquidez;

• Além destes, havendo posições de Tesouraria em derivativos, os mesmos deverão ser zerados;

• Ajuste da maturidade dos recursos captados para permitir maior estabilidade;

• Emissão de dívida, com negociação direta junto de investidores;

• Alienação de parte da carteira ou de outros ativos;

• Aumento de penalizações em reembolsos antecipados e de comissões de imobilização;

• Reuniões mensais ou em outra periodicidade para reavaliação dos riscos de mercado e da estrutura de Tesouraria e de cenários hipotéticos que necessitem ser reavaliados;

• Reuniões mensais do Comitê de Riscos;

• Otimização dos custos de funcionamento.

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Limite Mínimo de Caixa (buffer de liquidez) De forma a viabilizar certo nível de segurança para crises de liquidez de curto-prazo, o Banco FICSA pretende manter um buffer (colchão) de liquidez, constituído preferencialmente por linhas de financiamento de recursos, que permitam sustentar a ausência de capital intra-day e de curto prazo, e um conjunto de ativos líquidos que permitam aumentar esse buffer para períodos até 3 (três) meses.

Linhas de Financiamento de Recursos Em caso de dificuldade, o Banco FICSA poderá recorrer a um conjunto de linhas de financiamento de recursos em cenários adversos:

• Linhas de crédito junto a outros Bancos: eventuais linhas de crédito negociadas com Bancos e que poderão ser utilizadas em situação de crise,

• Linha de Crédito com o Banco Central: valor da linha de crédito junto ao Banco Central, que poderá ser utilizada em situação de crise.

Reserva de Ativos Líquidos

Reserva para fazer face às situações adversas, composta por ativos líquidos, entre eles:

• Disponibilidades em diversas moedas;

• Ativos elegíveis para operações de refinanciamento;

• Ativos facilmente transformáveis num curto prazo e com elevado grau de confiança;

• Ativos que possam ser transformados em liquidez para períodos superiores a 1 (hum) mês.

Esta política será revisada no mínimo anualmente, e aprovada pela Diretoria do Banco FICSA, a fim de determinar sua compatibilidade com o Plano de Negócios da instituição e com as condições de mercado.

9.5. Responsabilidades e Estrutura Organizacional De acordo com a estrutura gerencial do Banco FICSA, esses eventos estão sob responsabilidades de diferentes estruturas, conforme segue:

Tesouraria – responsável em atualizar, controlar as posições e prover de forma geral e analítica as informações de gestão de capital aos envolvidos e ao Comitê de Riscos.

Diretoria – deverá participar do Comitê de Tesouraria e seguir suas diretrizes, bem como, participar de reuniões para avaliação de medidas necessárias em caso de situação adversa de mercado.

Riscos&Controles – responsável em acompanhar, monitorar as informações de risco compiladas pela Tesouraria, de forma a assegurar que essas informações estão em consonância as normas estabelecidas pelo Bacen, executar simulação de novas operações e análise de estresse e cenários conforme estabelecido nesta Política e apresentar para apreciação nos Comitês de Tesouraria e de Riscos.

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Planejamento – responsável pela manutenção do Plano de Negócios que direciona e alimenta as informações da atual Política.

Compliance – responsável pela manutenção e atualização desta política com periodicidade mínima anual.

Comitê de Diretoria – responsável por avaliar e deliberar sobre as estratégias de gestão do capital, ponderando as origens dos recursos, os limites legais de alocação, os riscos inerentes à liquidez, à volatilidade, ao crédito e ao mercado, bem como os descasamentos de prazos, taxas, moedas e índices, propondo e acompanhando o resultado de manter ou mudar as posições dadas ou tomadas dos diversos ativos e passivos e o uso dos diversos instrumentos mitigadores de riscos.

Comitê de Riscos – responsável por analisar os tipos de riscos que a instituição está sujeita, bem como avaliar o desempenho dos principais índices de mercado, promovendo à Alta Administração uma visão global da Gestão de Riscos para auxiliá-la na tomada de decisões.