descobertas_2º trimestre 2015

12
A sua presença é indispensável. Mais informações em www.cnc.pt GALA COMEMORATIVA 3 de Junho 21h Museu do Oriente MECENAS OURO Boletim Trimestral ‘15 Abr Mai Jun VER PELA ARTE O programa Ver pela Arte, coordenado pelo Centro Nacional de Cultura, tem como primeiro objetivo a aprendizagem de música por alunos com deficiência visual. Lançado no presente ano letivo com o apoio do programa CIDADANIA ATIVA, conta com a parceria da Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO) e o apoio da Faculdade de Motricidade Humana. As aulas decorrem na Escola de Música de Nossa Senhora do Cabo, em Linda‑a‑Velha e participam crianças a partir dos 6 anos, jovens e adultos com deficiência visual. O projeto abrange Formação Musical, Cultura Musical, História da Música e Cultura das Artes, instrumento, Musicografia Braille, um Estágio coral em formato de workshop integrado na disciplina de Coro e ainda a disciplina de Desenvolvimento de competências psicomotoras para a aprendizagem da Música. 1 Sendo a música uma arte acessível a todos, esta iniciativa incita à partilha plena destes alunos com colegas de visão normal, promove competências sociais potenciadoras de uma cidadania plena e consciente e atenua desigualdades no acesso à informação e à cultura. As mais valias desta iniciativa incluem ainda a criação de uma biblioteca de partituras em braille e de um Manual de Boas Práticas nesta área. O Coro do projecto Ver pela Arte, constituído por crianças, jovens e adultos com deficiência visual na sua maioria, participará no Encontro de Coros da Escola de Música de Nossa Senhora do Cabo, que se realizará a 23 de Maio, às 17h00 no Palácio dos Aciprestes, em Linda‑a‑ Velha e ainda no espectáculo de final do ano lectivo daquela mesma Escola, no dia 9 de Junho, a partir das 21h00, no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém. DIA VASCO GRAÇA MOURA No seguimento da colaboração desenvolvida na programação de atividades na área das Letras entre o Centro Cultural de Belém e o Centro Nacional de Cultura, realiza‑se no dia 17 de maio, a partir das 15h00, no Pequeno Auditório do CCB, uma sessão dedicada à vida e obra de Vasco Graça Moura. Cidadão empenhado, polemista temível, cultor do gosto e da inteligência, Vasco Graça Moura é uma referência fundamental da cultura portuguesa contemporânea. Nos diversos domínios que cultivou foi sempre o melhor artista, o primeiro dos artífices da palavra. Disso nos darão conta Nuno Júdice, Eduardo Lourenço, Paula Morão, Helena Buescu, Maria Alzira Seixo, Rita Marnoto, José Pacheco Pereira, Francisco Faria Paulino e José Silva Peneda. Entrada gratuita. A programação conjunta de atividades na área das Letras seguirá ao longo de 2015, com dias dedicados aos CADERNOS DE POESIA – Ruy Cinatti, José Blanc de Portugal e Tomaz Kim (4 de outubro) e a EÇA DE QUEIROZ (6 de dezembro)

Upload: centro-nacional-de-cultura-cnc

Post on 08-Apr-2016

223 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Newsletter Trimestral do Centro Nacional de Cultura

TRANSCRIPT

Page 1: Descobertas_2º Trimestre 2015

A sua presença é indispensável.Mais informações em www.cnc.pt

GALA COMEMORATIVA › 3 de Junho › 21h › Museu do Oriente

MECENAS OURO

Boletim Trimestral ‘15› Abr › Mai › Jun

VER PELA ARTEO programa Ver pela Arte, coordenado pelo Centro Nacional de Cultura, tem como primeiro objetivo a aprendizagem de música por alunos com deficiência visual. Lançado no presente ano letivo com o apoio do programa CIDADANIA ATIVA, conta com a parceria da Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO) e o apoio da Faculdade de Motricidade Humana.As aulas decorrem na Escola de Música de Nossa Senhora do Cabo, em Linda ‑a ‑Velha e participam crianças a partir dos 6 anos, jovens e adultos com deficiência visual.O projeto abrange Formação Musical, Cultura Musical, História da Música e Cultura das Artes, instrumento, Musicografia Braille, um Estágio coral em formato de workshop integrado na disciplina de Coro e ainda a disciplina de Desenvolvimento de competências psicomotoras para a aprendizagem da Música.

1

Sendo a música uma arte acessível a todos, esta iniciativa incita à partilha plena destes alunos com colegas de visão normal, promove competências sociais potenciadoras de uma cidadania plena e consciente e atenua desigualdades no acesso à informação e à cultura.As mais valias desta iniciativa incluem ainda a criação de uma biblioteca de partituras em braille e de um Manual de Boas Práticas nesta área.O Coro do projecto Ver pela Arte, constituído por crianças, jovens e adultos com deficiência visual na sua maioria, participará no Encontro de Coros da Escola

de Música de Nossa Senhora do Cabo, que se realizará a 23 de Maio, às 17h00 no Palácio dos Aciprestes, em Linda‑a‑Velha e ainda no espectáculo de final do ano lectivo daquela mesma Escola, no dia 9 de Junho, a partir das 21h00, no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém.

DIA VASCO GRAÇA MOURA

No seguimento da colaboração desenvolvida na programação de atividades na área das Letras entre o Centro Cultural de Belém e o Centro Nacional de Cultura, realiza‑se no dia 17 de maio, a partir das 15h00, no Pequeno Auditório do CCB, uma sessão dedicada à vida e obra de Vasco Graça

Moura. Cidadão empenhado, polemista temível, cultor do gosto e da inteligência, Vasco Graça Moura é uma referência fundamental da cultura portuguesa contemporânea. Nos diversos domínios que cultivou foi sempre o melhor artista, o primeiro dos artífices da palavra. Disso nos darão conta Nuno Júdice, Eduardo Lourenço, Paula Morão, Helena Buescu, Maria

Alzira Seixo, Rita Marnoto, José Pacheco Pereira, Francisco Faria Paulino e José Silva Peneda. Entrada gratuita.A programação conjunta de atividades na área das Letras seguirá ao longo de 2015, com dias dedicados aos CADERNOS DE POESIA – Ruy Cinatti, José Blanc de Portugal e Tomaz Kim (4 de outubro) e a EÇA DE QUEIROZ(6 de dezembro)

Page 2: Descobertas_2º Trimestre 2015

2

NOTÍCIAS

Notícias

MECENAS PRATA ANA ‑ Aeroportos de Portugal, SA | Banco Espírito Santo | Correio da Manhã (Presslivre) | Diário de Notícias | DID ‑ Doc. Informática Desenv. | Duvídeo | Grupo Babel – Editorial Verbo, SA | Hoteis Heritage Lisboa | Imprensa Nacional ‑ Casa da Moeda | Instituto Nacional de Estatística | Jornal de Notícias Metropolitano de Lisboa | Fundação Manuel António da Mota | REN ‑ Rede Eléctrica Nacional | Tabaqueira II, SA

VIAGEM : OS PORTUGUESES AO ENCONTRO DA SUA HISTÓRIA –DO SIRIÃO AO SIÃO[ 29 de agosto a 9 de setembro 2015]Guia: Especialista em História da Cultura Portuguesa na Ásia (CEPCEP/Universidade Católica)

O Centro Nacional de Cultura celebra em 2015 os 30 anos do ciclo de viagens “Os portugueses ao encontro da sua História”. Helena Vaz da Silva foi a criadora deste projeto com o objetivo de “trazer o nosso passado para o nosso presente”. Em 2015, propomos o encontro com terras do Sirião, Arracão e Sião, viajando para Myanmar e Tailândia. Iniciaremos o percurso em Rangum, para aqui testemunhar o legado português na aldeia de Thanlyin (onde se instalou o proclamado Rei do Pegu Filipe de Brito e Nicote no séc. XVII) e nos locais do forte e da igreja portuguesa que conservam os túmulos de dois missionários. Visitaremos também locais do património birmanês como o centro histórico de Rangum, o Museu Nacional ou pagode de Shwedagon Paya. No norte da Birmânia, iremos até a atual Mrauk – u (Arracão) para conhecer o pagode de Shittaung, o bairro de Daingrihpet e os vestígios da igreja construída pelo Frei Manrique, o Museu de Rakhine, o Palácio Real e o Museu Arqueológico. Seguiremos viagem até Mandalay, antes de entrar na Tailândia. Aí ficaremos instalados em Banguecoque para visitar o edifício da Embaixada de Portugal, a primeira representação diplomática em Banguecoque, construído em terreno oferecido a Portugal pelo reino tailandês em 1820. Percorreremos também o Bairro de Santa Cruz onde, após a destruição de Ayutthaya, se instalou a comunidade cristã e onde persistem património e tradições ligadas à cultura portuguesa. Para terminar a viagem, tal como faziam os antigos comerciantes portugueses da feitoria do Sião, navegaremos rio acima até Ayutthaya (Património classificado pela UNESCO),

1915 ‑2015 COMEMORAÇÕES DO CENTENÁRIO DA REVISTA ORPHEU

Liderada por Fernando Pessoa, Mário de Sá ‑Carneiro, Almada Negreiros, Santa ‑Rita Pintor, entre outros, a revista Orpheu foi expressão do movimento modernista português, com paralelo noutras paragens da Europa. A celebração desse acontecimento editorial corresponde à celebração de um período histórico de criatividade riquíssima e de uma geração cujo legado persiste, ativo e influente, à semelhança do Centro Nacional de Cultura na ocasião da celebração dos seus 70 anos.

O CNC é um dos parceiros na colaboração com o investigador Steffen Dix e com as Edições Tinta da China na edição da antologia 1915 ‑ O ano de ORPHEU , com lançamento agendado para dia 23 de abril, na Casa Fernando Pessoa. Nos 100 anos do Orpheu, que tem na capa do nº 1 uma obra de José Pacheco, o CNC associa ‑se igualmente às iniciativas comemorativas da Biblioteca Nacional de Portugal e da Fundação EDP / Museu da Eletricidade, que inauguram, respectivamente, a exposição “Os caminhos de Orpheu”, comissariada por Richard Zenith, em Março, e “1915 – O ano de Orpheu”, comissariada por Steffen Dix (de 20 de junho a 20 de setembro). Os CTT procederam a uma emissão filatélica comemorativa do centenário da revista Orpheu, composta por dois selos e um bloco filatélico, apresentados na Biblioteca Nacional no dia 24 de março, que reproduzem as capas dos dois números da revista, e o bloco a obra Almada Negreiros lendo Orpheu 2, que integra uma coleção privada. Os selos têm uma tiragem de 300 mil exemplares e o bloco de 40 mil, sendo o design da autoria do Atelier B2.

para conhecer a antiga capital e o bairro português, Ban Portuguet, onde se destacam o campo e a igreja de São Domingos.Caso esteja interessado em receber informações e atualizações sobre esta viagem, basta enviar‑nos um email para [email protected] ou telefonar para o 213 466 722.

José Pacheco

Page 3: Descobertas_2º Trimestre 2015

CIASNOTÍ

Notícias

3ASSOCIAÇÕES APAI ‑ Associação Portuguesa de Arqueologia Industrial | ASC ‑ Amigos do São Carlos | ATL ‑ Associação de Turismo de Lisboa | Associação de Valorização do Chiado | FESPAC ‑ Federação Portuguesa das Associação e Sociedades Científicas | Fundação Passos Canavarro ‑ Arte, Ciência e Democracia | Ofícios do Património e da Reabilitação Urbana | SEDES ‑ Associação para o Desenvolvimento Económico e Social | SLP ‑ Sociedade da Língua Portuguesa

JORNAL FALADO

Neste ciclo de conversas e debates informais à volta de temas da atualidade, com entrada livre, o Centro Nacional de Cultura organiza este trimestre as seguintes sessões:

7 de abril •18h ANO EUROPEU DO PATRIMÓNIO INDUSTRIALEm colaboração com a Associação Portuguesa de Arqueologia Industrial, celebramos este ano europeu, relançando também as atividades daquela associação e a cooperação com o CNC, em antecipação da visita à Central Tejo, no dia 31 de maio.Com: Guilherme d’Oliveira Martins, Jorge Custódio, Paulo Oliveira Ramos e Pedro Aboim

14 de abril • 18h30 VAN GOGH Convida O Centro Nacional de Cultura associa‑se ao Espétaculo “O Meu Irmão. Theo e Vincent Van Gogh”, que vai estar em cena entre 8 e 18 de abril no Teatro São Luiz, com uma sessão evocativa da vida e obra do artista com a participação de António Mega Ferreira, Orlindo Pereira Gouveia e Teresa Faria

21 de setembro • 18h30 GOA: PASSADO, QUE FUTURO?A propósito do livro com o mesmo nome, editado pela Calçada das Letras, da autoria Elsa Rodrigues dos Santos e José Manuel Graça Dias, estará em debate o futuro da língua portuguesa em Goa. Ligados principalmenteà Índia e Portugal, Goa e os goeses são uma ponte entre a Ásia e a Europa com uma longa história e passado.Com: Guilherme d’Oliveira Martins, José Manuel Graça Dias e convidados

A EDUCAÇÃO ARTÍSTICA: UMA PRIORIDADE

As Artes na Educação são, há muito, consideradas um veículo privilegiado para assegurar na Escola espaços de liberdade, de manifestação da criatividade e inovação e do exercício da tolerância e solidariedade, valores incontornáveis na formação equilibrada e pró ‑ativa das crianças e jovens. À volta deste tema, sempre atual, o Centro Nacional de Cultura em parceria

com o Clube UNESCO de Educação Artística promove uma série de tertúlias/encontros com personalidades de inquestionável mérito e reconhecidos pensadores em várias áreas do conhecimento. O próximo convidado desta série é Rui Vieira Nery que apresenta a Conferência STEAM contra STEM: o debate sobre a utilidade social das Artes e das Humanidades, no dia 20 de maio às 18h30 no CNC.Entrada livre.

EDUARDO LOURENÇO, NOVO SÍTIO NA INTERNET

Estará on line a partir de Maio um novo sitio na Internet sobre a vida e a obra de Eduardo Lourenço. No endereço www.eduardolourenco.com podemos encontrar informação vária (documentos diversos, filmes, fotografias e imagens) organizada em áreas de interesse: Biografia | Bibliografia | Distinções | Textos.

Neste último separador estarão disponíveis, com actualizações periódicas, vários documentos inéditos do acervo de Eduardo Lourenço, agora na Biblioteca Nacional de Portugal. O design web é de Cecília Matos e, além da colaboração da equipa responsável pela catalogação, inventariação e pesquisa do espólio de Eduardo Lourenço, apoiaram esta iniciativa a Fundação Calouste Gulbenkian e a Fundação EDP.

Page 4: Descobertas_2º Trimestre 2015

PHILIPS apoia a Galeria do CNC

CIASNOTÍ

Notícias

BOLSAS CRIAR LUSOFONIA

Estão a desenvolver os seus projetos os bolseiros de 2014, Possidónio Cachapa, Alice Goretti Pina e Judite Fernandes. Possidónio Cachapa desloca ‑se a Cuiabá no Brasil para investigação literária, com vista à produção do Romance “Tempestade”. Alice Goretti Pina irá trabalhar em São Tomé e Príncipe sobre a tradição oral e posterior conclusão da obra “Feijão n’água, Pagá, Dêvê, ujá, Botê e outros contos para ler” e Judite Fernandes divide ‑se entre Portugal e Cabo Verde para concretizar o trabalho “Um Passo para o Sul – a poética mestiçagem dos arquipélagos atlânticos”.

DO MAR OCEANO AO MAR PORTUGUÊS UMA ROTA PARA O FUTURO

O CNC está a coordenar a produção de um volume dedicado à temática do Mar numa parceria com os CTT. “Do Mar Oceano ao Mar Português – Uma Rota para o Futuro” tem como objectivo estimular a informação e debate públicos sobre este tema prioritário e os conteúdos desenvolvidos privilegiam uma

edição de referência para o grande público, centrada sobre a herança do passado e as perspectivas para o futuro do Mar Português, contribuindo para a promoção de uma cultura do mar. Coordenação Geral do Prof. Mário Ruivo, em colaboração com os professores Álvaro Garrido (UC) e Telmo Carvalho (EurOcean)

DIA INTERNACIONAL DOS MONUMENTOS E SÍTIOS

Sob o tema Monumentos e Sítios: Conhecer, Explorar, Partilhar, realiza ‑se a 18 de abril o Dia Internacional de Monumentos e Sítios 2015, instituído pelo ICOMOS Internacional, que este ano celebra 50 anos.Neste dia promovemos duas atividades:Às 11h, no Quiosque instalado pela Rede de Bibilotecas Escolares no Largo do São Carlos, tem início uma gincana dedicada à participação das famílias: “Gincana dos Poetas”Às 15h, está marcada a partida para um peddy ‑paper sobre o tema “Do Chiado ao Orpheu passando por Pessoa”.Ambas as atividades requerem inscrição prévia no CNCToda a programação do Dia Internacional de Monumentos e Sítios está disponível em http://www.patrimoniocultural.pt

VIAGEM “A MAGNA GRÉCIA”

De 20 a 28 de junho partiremos à descoberta da Magna Grécia na companhia do Dr. Anísio Franco. Caso não se tenha já inscrito, contacte ‑nos para verificar se ainda se pode juntar ao grupo. Basta enviar um email para [email protected], ou telefonar para o 213 466 722.

III ENCONTRO DE POETAS LUSÓFONOS E CHINESESLISBOA, DE 1 A 5 DE JUNHO 2015

O Centro Nacional de Cultura, a Fundação Jorge Álvares, o Instituto Internacional de Macau e o Instituto Cultural de Macau estão a preparar o III Encontro de Poetas Lusófonos e Chineses, em Lisboa. Desde 2006 esta colaboração produziu dois Encontros em Macau (2006 e 2013) e contou já com a participação de cerca de 20 poetas portugueses e 40 poetas chineses. De cada encontro resultou um livro bilingue com poemas de cada interveniente. Chegou o momento de promover este encontro em Lisboa, contando com a participação de poetas chineses (de Macau e da China), portugueses e dos restantes países da lusofonia. Em 2015, o encontro está a ser coordenado em Portugal pelo Poeta Fernando Pinto Amaral e em Macau pelo Poeta Yao Feng.

4

Page 5: Descobertas_2º Trimestre 2015

CUR

SOS

LIVR

ES

5

Cursos Livres

[I]DESCOBRIR OS ANTEPASSADOS PELA GENEALOGIA PESQUISAR E CONTEXTUALIZAR

1. Enquadramento» O número de pesquisadores de genealogia tem aumentado exponencialmente nas últimas décadas graças à democratização desta ciência, proporcionada pela propagação das novas tecnologias de informação e consequente facilidade de acesso às fontes primárias.

» No entanto, o aumento do número de investigadores e a fácil divulgação de pesquisas particulares pode ter um efeito adverso se não houver uma atenção constante à qualidade e cientificidade dos trabalhos desenvolvidos, uma vez que também os erros e falsas presunções se podem propagar mais facilmente.

» É assim indispensável que os novos genealogistas saibam estruturar os seus trabalhos, conhecer as fontes ao seu dispor e ser capaz de as analisar criticamente de forma a produzir estudos válidos e consistentes. E é igualmente necessário que saibam interpretar correctamente os dados recolhidos e os saibam contextualizar no âmbito da estrutura social das respectivas épocas.

2. Objectivos» Adquirir as ferramentas técnicas e o conhecimento das fontes necessários para poder desenvolver pesquisas genealógicas com carácter científico em Portugal entre os séculos XVI e XX.» Compreender os elementos estruturais da organização social das diferentes épocas históricas, de forma a conseguir contextualizar os resultados das pesquisas genealógicas no âmbito da história social.

COORDENAÇÃO: Guilherme Maia de Loureiro HORÁRIO: Segundas ‑feiras; das 18h30 às 20h DURAÇÃO: 7 sessões; de 20 de abril a 1 de junho

[II]ESCRITA NO FEMININO

Tenho encontrado muitas mulheres corajosas que exploram os limites das possibilidades humanas sem uma História para as guiar. E fazem ‑no com uma extraordinária bravura que as torna vulneráveis…Gloria Steinem

Há escritores em quem reconhecemos uma “escrita feminina”, bem como escritoras em quem reconhecemos uma “escrita masculina” (…) Não existem dois polos distintos definidos pelo sexo de quem

escreve. Podemos é falar de sexo dos textos, de tendências predominantes de escrita.Isabel Allegro de Magalhães

No entanto, os textos literários expressam a diferença entre uma maneira de estar no mundo própria dos homens e outra própria das mulheres. A escrita feminina esteve silenciada durante séculos, não havendo “uma História que as guiasse”. Em Portugal, só a partir dos anos 50, com a publicação de A Sibila de Agustina, é que a narrativa ficcional feminina emergiu significativamente, dando ‑se a irrupção de escritoras “corajosas” com um conjunto de obras importantes pela quantidade e qualidade. Vamos analisar, ao longo de sete semanas, de romances escritos por mulheres que indagam a sua condição:

Calendário Privado, de Fernanda Botelho (1958)A Costa dos Murmúrios, de Lídia Jorge (1988)O Último Cais, de Helena Marques (1992)O Prenúncio das Águas ‑ Rosa Lobato de Faria (1999)Lillias Fraser, de Hélia Correia (2001)Fazes ‑me Falta, de Inês Pedrosa (2002)O Retorno, de Dulce Maria Cardoso (2011)

COORDENAÇÃO: Paula Oleiro HORÁRIO: quintas‑feiras; das 18h30 às 20h | Ciber ChiadoDURAÇÃO: 7 sessões;de 7 de maio a 18 de junho

Page 6: Descobertas_2º Trimestre 2015

Passeios de Domingo

6

[I]Ciclos Azulejos: Convento dos Cardaes Exposição Galeria RattonQuarta, 15 de abril

O Convento dos Cardaes foi fundado por D. Luísa de Távora (1609 ‑1692) para alojar religiosas da Ordem das Carmelitas Descalças e é considerado um dos mais originais exemplares artísticos desse século. A decoração do interior do Convento é de estilo barroco, assentando em quatro aspetos principais: os azulejos azuis e brancos, a talha dourada, as pinturas e os embutidos em mármore.Resistiu ao terramoto de 1755 e por essa razão constitui hoje um conjunto arquitetónico único na cidade de Lisboa que vale a pena visitar. A não perder também o património de arte sacra, raro no seu conjunto e na especificidade de cada peça, como é o caso das imagens de Nossa Senhora do Loreto, do Menino Jesus Infante ou da Dormição. Uma outra razão para a visita, são os vários espaços musealizados, únicos no país, como o Refeitório com mesas de sucupira vermelha, painéis de azulejos decorativos e pinturas do século XVII e XVIII.É o único museu de Lisboa que é habitado, pois a Associação Nossa Senhora Consoladora dos Aflitos aqui recebe e cuida de senhoras com deficiências várias.

Exposição Galeria Ratton É certo que cada pessoa olha as coisas de forma diferente, através do seu olhar próprio. José Meco tem uma forma de olhar para certas coisas na qual todos nos reconhecemos. Quando o seu olhar se pousa sobre um quadrado de cerâmica pintada, ele revela ‑nos as suas mais insuspeitadas riquezas e singularidades.Nesta exposição José Meco apresenta uma seleção pessoal de obras de diferentes artistas, produzidas pela Ratton ao longo de um quarto de século, representativas das potencialidades do azulejo, quer se trate de obras

adequadas a espaços íntimos, quer às grandes superfícies integradas em espaços públicos, que oferecem a quem os vive conjuntos de imagens capazes de se infiltrarem na memória coletiva que os distingue.Uma exposição não é apenas uma escolha de peças ou documentos, mas é também a arte de os saber apresentar e jogar com a montagem e o espaço, porque um projeto pode ser valorizado ou destruído através da forma como é posto em comunicação com o público. Neste sentido, a integração das peças escolhidas no espaço restrito e condicionado da Galeria Ratton resultou também da experiência e da capacidade de apresentação de Tiago Monte Pegado, sem o qual a presente seleção não teria resultado. GUIA: José MecoHORÁRIO: 15hDURAÇÃO: tardeLIMITE: 25 pessoasLOCAL DE ENCONTRO: Convento dos Cardaes | Rua do Século, 123

[2]Convento da Trindade, Atelier AnahoryQuarta, 29 de abril

O Convento da Santíssima Trindade, construído em meados do séc. XIII, sofreu diversos estragos ao longo dos tempos, acabando por ser parcialmente destruído em 1835 para abertura da Rua Nova da Trindade. Ocupava toda a área entre as ruas Nova da Trindade e da Oliveira e as travessas do Carmo e de João de Deus. A fachada do edifício atual encontra ‑se forrada com azulejos retirados das ruínas do Convento. No interior da cervejaria, instalada no antigo refeitório do convento, encontra ‑se um conjunto de azulejos de inspiração maçónica, da autoria de Ferreira das Tabuletas, datados de 1863. Nesta visita teremos ainda a oportunidade de conhecer o Atelier e os trabalhos de José Anahory, escultor, arquiteto e decorador, cujo espaço de

trabalho ocupa os claustros e uma antiga Capela do Convento.

GUIAS: Anísio Franco e José AnahoryHORÁRIO: 11h30DURAÇÃO: manhã LIMITE: 25 pessoas LOCAL DE ENCONTRO: Rua Nova da Trindade, 18 ‑B

[3]A Descoberta do Portugal de D. Manuel ISexta, sábado e domingo, 01 ‑03 de maio

D. Manuel I é o rei associado à fundação de um império pluricontinental – o primeiro da História que se dispersou por quatro continentes e três oceanos. No entanto, o monarca foi também um governante atento ao reino: reformou ‑o, deu ‑lhe mais unidade através de reformas como a dos pesos e medidas e a dos forais, e polvilhou‑o de monumentos que constituem um uniqum arquitetónico hoje denominado de manuelino. Nenhum outro soberano deixou marca tão intensa e tão generalizada por todo o país como o Venturoso. Nesta viagem iremos apreciar o legado d’el‑rei D. Manuel pelo Nordeste do país – uma região bem distante dos circuitos por onde o monarca viajava, mas em que se fez presente pelo patrocínio de obras grandiosas e ao mesmo tempo evocamos titulares, bispos e artistas que governaram essas terras transmontanas e beirãs em nome do rei.Principais monumentos a visitar:Lamego: Sé iniciada no tempo de D. Manuel I e Museu da cidade para ver principalmente as obras do início do século XVI.Bragança: Comparar a cidade com a imagem que nos foi deixada pelo livro de Duarte de Armas; Igreja de Santa Maria, de estrutura manuelina. Evocação dos interesses da Casa de Bragança e dos de D. Dinis, irmão de D. Jaime e conde de Lemos na Galiza.

APOIOS SITE

O CNC ESTÁ A REMODELAR O SEU SÍTIO NA INTERNET COM O APOIO

2º Trimestre 2015

Page 7: Descobertas_2º Trimestre 2015

PASSEIOS DE DOMINGOPasseios de Domingo

7

Mogadouro: Evocação da linhagem dos Távoras, senhores de Mogadouro, e visita à Igreja Matriz de estrutura manuelina.Torre de Moncorvo: Igreja maneirista com um retábulo flamengo de 1520.Freixo de Espada à Cinta: Comparar a cidade com a imagem que nos foi deixada pelo livro de Duarte de Armas; visita da Igreja matriz, iniciada no reinado de D. Manuel I e dos bairros antigos da vila.Foz Coa: Visita da igreja com portal manuelino.Marialva: Evocação do conde D. Francisco Coutinho, conde de Marialva e de Loulé, um dos nobres mais poderosos do reino, cuja filha única casou com o infante D. Fernando (filho de D. Manuel I) dando origem ao efémero ducado da Guarda.Longroiva: Castelo renovado no tempo de D. Manuel I.Pinhel: Visita do castelo, igreja da Misericórdia.Castelo Rodrigo: Visita da Igreja matriz com esculturas de tradição flamenga e do início do século XVI.Guarda: Visita da sé catedral (construída no reinado de D. Manuel I) e do centro histórico.

GUIA: João Paulo Oliveira e Costa HORÁRIO: 6h30 (partida do comboio às 7h00)DURAÇÃO: três diasLIMITE: 45 pessoas LOCAL DE ENCONTRO: Santa Apolónia – átrio junto às bilheteirasTRANSPORTE, ALOJAMENTO E 5 REFEIÇÕES

[4] Santarém Sábado, 9 de maio

No século XVI, encontram‑se ou relacionam‑se com Santarém grandes vultos da ciência náutica, das artes e das letras, como Pedro Álvares Cabral, Luís de Camões ou Fernão Lopes Castanheda.Durante o século XIX, Santarém voltou a estar ligada a alguns dos principais acontecimentos da História do nosso País. Para além de servir de palco das Guerras Penínsulares (quartel‑general das III Invasões Francesas lideradas pelo

General Massena), e sitiada pelo Duque de Wellington em 1810‑11, a urbe foi uma das cidades de primeira linha das lutas liberais. Sá da Bandeira, Passos Manuel, Braamcamp Freire são exemplos de liberais nascidos e ligados a Santarém.Pela sua projeção histórica, bem se pode dizer, com Almeida Garrett, que Santarém é “um livro de pedra em que a mais interessante e mais poética das nossas crónicas está escrita”. Quem lançar um olhar geral sobre a cidade, facilmente se apercebe da existência de dois planos altimétricos distintos: uma zona alta, organizada na área planáltica e uma zona ribeirinha, bordejada ao longo dos meandros do Tejo. É a relação entre estas duas estruturas urbanísticas que confere o cunho de originalidade a esta cidade do Ribatejo português.

GUIA: Câmara Municipal de SantarémHORÁRIO: 9h00 DURAÇÃO: dia inteiro LIMITE: 45 pessoas LOCAL DE ENCONTRO: Entrecampos (em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25) TRANSPORTE E ALMOÇO

[5]MNAA – Exposição “Azul Sobre Ouro”Quarta, 13 de maio

Talvez nem todos saibam, mas no Palácio de Santos, sede da Embaixada de França, há uma sala chamada “Sala das Porcelanas” que tem incrustada no seu teto piramidal de talha dourada, uma coleção, única no mundo, de porcelanas chinesas.Pela primeira vez, cerca de seis dezenas dos mais de 250 pratos de porcelana azul e branca saem do Palácio, dando assim, o mote para o título da exposição “Azul Sobre Ouro”. O núcleo eleito para compor esta exposição data dos séculos XVI e XVII, época marcada pela expansão do país a oriente e pelas relações de Portugal com a China.

Dá a conhecer peças datadas do tempo em que Lisboa era o principal fornecedor de porcelana da China para a Europa, a África e as Américas. Em simultâneo, a porcelana da dinastia Ming, de grande relevo no século XVI, serviu de modelo aos oleiros da capital portuguesa, os quais foram mestres na produção de faiança azul e branca.Numa parceria inédita com a Embaixada de França, o MNAA apresenta esta ilustrativa exposição que constitui uma oportunidade rara para ver de perto este conjunto de peças singular.

GUIA: Anísio FrancoHORÁRIO: 10h00 DURAÇÃO: manhã LIMITE: 25 pessoas LOCAL DE ENCONTRO: Museu Nacional de Arte Antiga – Rua das Janelas Verdes

[6]Figueira da Foz Sábado, 16 de maio

Considerada a “Rainha da Costa de Prata”, rodeada por mar, rio e serras densamente arborizadas que lhe conferem características únicas, tem no turismo um dos principais recursos económicos e conta com um dos maiores casinos de Portugal.Teve um grande incremento nos séculos XVIII e XIX devido ao movimento do porto e ao desenvolvimento da indústria de construção naval, com abertura de novas vias de comunicação e afluência de veraneantes. Foi nesta localidade que, no início do século XIX, desembarcaram as tropas inglesas que vieram auxiliar Portugal na luta contra as Invasões Francesas.Com um património histórico‑cultural muito forte e rico, destacam‑se as suas inúmeras igrejas com talhas douradas, onde o Barroco tantas vezes impera, o Museu Municipal Dr. Santos Rocha que conta com coleções de arqueologia, etnografia, pintura, escultura, cerâmica e mobiliário, o Forte de Santa Catarina,a Fortaleza de Buarcos, a Torre do

NÚCLEO PORTO

COORGANIZADORES PATROCINADOR

Page 8: Descobertas_2º Trimestre 2015

Passeios de Domingo

8

Relógio, diversos vestígios arqueológicos, e os muitos Palácios (como o Sotto‑Mayor), Parques e jardins, Palacetes e casas Senhoriais que atestam a importância turística e económica desta cidade ao longo dos anos. A Marina e o recentemente construído Centro de Artes e Espetáculo são um marco nacional na cultura e espetáculos.

GUIA: Rui Cascão (Universidade de Coimbra) e Duarte Ivo CruzHORÁRIO: 8h30 DURAÇÃO: dia inteiro LIMITE: 450 pessoas LOCAL DE ENCONTRO: Entrecampos (em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25) TRANSPORTE E ALMOÇO

[7]As Caldas de Bordalo Sábado, 23 de maio

A vida de Rafael Bordalo Pinheiro está intimamente ligada às Caldas da Rainha, onde em 1884 estabeleceu a sua fábrica de cerâmica.Aproveitando o lançamento do livro de Isabel Castanheira, As Caldas de Bordalo, o Centro Nacional de Cultura em colaboração com o Museu Bordalo Pinheiro / Câmara Municipal de Lisboa promove uma visita às Caldas da Rainha, tendo como enfoque os vestígios bordalianos. Bordalo escolheu as Caldas para fazer a sua fábrica por considerar ser esta a região do país com melhores condições de produção, onde já havia uma importante tradição barrista. Foi aqui que realizou as suas mais conhecidas obras cerâmicas, passando o seu imaginário delirante para magníficas peças de barro. Vamos passear com Bordalo e visitar alguns edifícios com azulejos da sua autoria e também os Museus onde a sua obra está guardada: O Museu Malhoa, a Casa Museu San Rafael e o Museu de Cerâmica. A visita será guiada pela própria autora e grande especialista da obra de Bordalo

Pinheiro. No dia 16 de maio tem lugar o lançamento do livro no Museu Bordalo Pinheiro, em Lisboa.

GUIAS: Isabel CastanheiraHORÁRIO: 8h30 DURAÇÃO: dia inteiro LIMITE: 45 pessoas LOCAL DE ENCONTRO: Entrecampos (em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25) TRANSPORTE E ALMOÇO

[8]Ciclo Azulejos: Academia das Ciências | Igreja das MercêsQuarta, 27 de maio

A Academia das Ciências de Lisboa é uma das mais antigas instituições científicas nacionais de existência contínua, tendo sido fundada no dia 24 de dezembro de 1779 durante o reinado de D. Maria I, sobre divisa: NISI UTILE EST QUOD FACIMUS STULTA EST GLORIA (Se não for útil o que fizermos, a glória será vã). A sua missão é contribuir para o desenvolvimento da ciência e progresso cultural do país. Em 1838, após ter estado instalada em diversos locais, e por decisão da rainha D. Maria II, a Academia mudou‑se definitivamente para as suas instalações atuais, o Convento de Jesus.A Igreja das Mercês, também designada por Igreja do Convento de Jesus foi construída em 1615, sendo o Convento inaugurado em 1632. A sua reconstrução, pós‑Terramoto, misturando os estilos barroco e maneirista (sécs. XVII‑XVIII), foi efetuada quando parte significativa da sua estrutura foi seriamente danificada. De fachada setecentista, apresenta no seu interior uma só nave com capelas laterais voltadas ao centro. O teto é decorado com estuques e as capela laterais misturam talha dourada e pinturas seiscentistas e setecentistas invocando vários santos. O interior desta igreja esconde uma das maiores obras

de azulejaria portuguesa. É uma obra ainda pouco conhecida, datada de 1714, que se encontra na “sala da irmandade”, hoje chamada “sala de passagem”. É uma sala com a abóbada completamente coberta de azulejos barrocos evocando vários santos.

GUIA: José Meco HORÁRIO: 15h00 DURAÇÃO: tarde LIMITE: 25 pessoas LOCAL DE ENCONTRO: Rua Academia das Ciências, 19

[9]Central Tejo: 30 anos de Património IndustrialDomingo, 31 de maio

A Central Tejo foi uma central termoelétrica, propriedade das Companhias Reunidas de Gás e Eletricidade (CRGE), que abasteceu de eletricidade toda a cidade e região de Lisboa. A primitiva Central Tejo, cujos edifícios já não existem, foi construída em 1909 e funcionou até 1921. Em 1914, iniciaram‑se as obras dos edifícios de caldeiras de baixa pressão e da sala de máquinas que, posteriormente, foram ampliados várias vezes. Finalmente, em 1941 teve lugar a construção do edifício das caldeiras de alta pressão, o corpo de maior envergadura da central, o qual foi ampliado em 1951, com a inclusão de mais uma caldeira. Embora tenha funcionado pela última vez em 1972, o seu encerramento oficial só aconteceu em 1975, ficando assim, um testemunho de um património arqueológico industrial de grande importância para a cidade de Lisboa. Desde 1990, que a Central Tejo está aberta como Museu da Eletricidade. “A Central Tejo é hoje um caso singular da museologia industrial em Portugal porque nela, contentor e conteúdos articulam‑se de forma cabal – o edifício está conservado, mas também a maquinaria desta termoelétrica cujo nascimento coincide com um momento

APOIOS

Page 9: Descobertas_2º Trimestre 2015

PASSEIOS DE DOMINGOPasseios de Domingo

9

muito particular da industrialização de Lisboa”, diz Jorge Custódio, professor de Arqueologia Industrial da Universidade Nova de Lisboa e guia deste nosso passeio.

GUIA: Jorge Custódio HORÁRIO: 10h00 DURAÇÃO: manhã LIMITE: 25 pessoas LOCAL DE ENCONTRO: Museu da Eletricidade – Central Tejo | Av. Brasília

[10]Ciclo azulejos: Palácio Marquês de Pombal – OeirasSábado, 6 de junho

O Palácio do Marquês de Pombal e Conde de Oeiras está situado no centro da vila, e basta observá‑lo para se ter uma ideia da imensa riqueza que Sebastião José de Carvalho e Melo possuía.Na verdade, apesar de não ter sido construído para a família real, este é um edifício de dimensões bem palacianas, com ornamentos idênticos aos de um palácio real e podemos dizer que este é hoje um dos melhores exemplares da casa senhorial portuguesa, de estilo barroco e rococó, do século XVIII.O Palácio fica situado no lugar onde anteriormente existia uma imensa quinta senhorial e os magníficos jardins de inspiração fantasiosa ajudam‑nos a perceber quão genial era a imaginação do Marquês de Pombal.Mesmo ao lado da entrada do Palácio, fica a Capela do Solar, dedicada a Nossa Senhora das Mercês, que foi desenhada pela mão do arquiteto Carlos Mardel e ficou concluída no ano de 1762. Nesta capela destacam‑se os estuques do italiano João Grossi, os três altares que foram pintados por André Gonçalves e ainda a representação da vida da Virgem.Os jardins deste palácio são representativos da arte do paisagismo em Portugal, apresentando uma conceção do século XVIII europeu,

mas mantendo a tradição das quintas de regalo portuguesas. São decorados por bustos e estátuas de mármore, muretes e as imponentes escadarias revestidas a mármore. A culminar, situa‑se também aqui a Cascata dos Poetas, com excelentes bustos de Machado de Castro, os lagares e a adega da quinta.

GUIA: José Meco HORÁRIO: 09h30 DURAÇÃO: manhã LIMITE: 45 pessoas LOCAL DE ENCONTRO: Entrecampos (em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25) TRANSPORTE

[11] TomarDomingo, 14 de junho

A propósito do manuelino, vamos de novo a Tomar onde, para além do Convento, teremos ocasião de apreciar as Igrejas de Santa Maria do Olival e de São João Batista, monumentos de referência no estilo ligado a D. Manuel I.

A Igreja de Santa Maria do Olival foi mandada reconstruir pelo cavaleiro Gualdim Pais no séc. XIII para servir de panteão da Ordem Templária. De feição românica inicial, apenas resta a porta de arco de volta perfeita da fachada norte, dando lugar ao edifício gótico atual. É uma referência na arquitetura gótica mendicante portuguesa, pela suas características. O interior de três naves é amplo e iluminado por uma grande rosácea existente na fachada. Apresenta um despojamento exterior e interior, próprio das Ordens Mendicantes.Nas capelas‑mor são de realçar os valiosos azulejos do século XVI que forram os altares. Na sacristia salienta‑se o abobadamento de clássicos florões e uma janela manuelina, de arco polilobado.Em frente, a um nível superior, encontra‑se uma torre de planta quadrangular que se julga ter tido um

túnel que ligava a Igreja ao Castelo Templário de Tomar.Este templo, considerado Monumento Nacional desde 1910, é um dos mais simbólicos edifícios da arte gótica em Portugal.

Igreja de S. João Batista/Igreja MatrizÉ um templo de estilo gótico tardio, construído por ordem de D. Manuel I sobre a anterior ermida da mesma evocação. Foi concluído no início do século XVI.A simbólica de D. Manuel – Brasão Real, Esfera Armilar e Cruz de Cristo – está presente na torre e repete‑se no púlpito e nos portais Poente e Norte.No exterior destaca‑se a Torre de três corpos, o Portal Principal e o Portal Sul, verosímil memória de um templo primitivo.A estrutura espacial das naves é enriquecida pelo púlpito de pedra lavrada e pela pintura quinhentista, expoente máximo da arte pictória portuguesa do século XVI.

Convento de CristoA construção original do Convento de Cristo, em Tomar, deve‑se também a Gualdim Pais, Grão‑Mestre da Ordem do Templo. Este edifício majestoso é famoso pela sua mistura única de estilos arquitetónicos, que refletem a sua longa e diversificada história, desde os tempos dos Cavaleiros Templários. Visto a construção dos edifícios, nos quais estão incluídos vários claustros e um enorme coro, ter sido feita no decorrer de cinco séculos, resultou numa estrondosa mistura de estilo Manuelino, com uma pitada de gótico, algumas influências mouras e, nas colunas, um toque tanto coríntio como toscano.No Convento não faltam pontos de interesse, como p.e. a sua entrada majestosa, os murais e esculturas da charola, a nave Manuelina do século XVI, os oito claustros, a janela ornada, a cruz da Ordem de Cristo e a esfera armilar, emblema de D. Manuel I e de Portugal.

Page 10: Descobertas_2º Trimestre 2015

Passeios de Domingo

10

GUIAS: João Paulo Oliveira e Costa HORÁRIO: 8h30 DURAÇÃO: dia inteiro LIMITE: 45 pessoas LOCAL DE ENCONTRO: Entrecampos (em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25) TRANSPORTE, ALMOÇO

[12]Tomar“O ano da morte de Ricardo Reis” Sábado, 20 de junho

Depois de uma longa permanência no Brasil, Ricardo Reis volta a Portugal, após a morte de Fernando Pessoa, para se autoconhecer e morrer. Como o Ortónimo não matara o heterónimo, José Saramago congemina a sua morte no ano emblemático de 1936 e na cidade labiríntica de Lisboa, uma cidade “pálida, cinzenta, silenciosa e sombria”. A vivência de Ricardo Reis vai circunscrever‑se ao Rossio e ao Bairro Alto: “Aqui é só estas trinta ruas entre o Cais do Sodré e S. Pedro de Alcântara, entre o Rossio e o Calhariz, como uma cidade interior cercada de muros invisíveis que a protegem de um invisível sítio, vivendo conjuntos os sitiados e os sitiantes” (p. 153).

GUIA: Paula Oleiro HORÁRIO: 10h00 DURAÇÃO: manhã LIMITE: 30 pessoas LOCAL DE ENCONTRO: Largo do Chiado (junto ao metro)

[13] De Volta ao Alentejo: AvisSábado, 04 de julho

A vila de Avis desempenhou um papel de destaque na História de Portugal e, apesar da passagem dos séculos, o Centro Histórico conserva na toponímia e no património edificado, as marcas de um legado cultural único, que merece ser visitado.

No conjunto do Convento – edifício imponente e majestoso classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1949 – destaca‑se a Igreja, como elemento central de culto associada à Ordem Militar de S. Bento e também a Igreja Matriz, cuja construção remonta ao século XV e tem como orago Nossa Senhora da Orada. Bem perto, encontramos o Pelourinho, datado do século XVI mas alvo de acrescentos no século XVIII e que, ao ser encimado por uma águia, dá forma à lenda da fundação da Vila. Testemunho do engenho do homem na gestão dos recursos para suprir as necessidades da vivência quotidiana, a Cisterna Municipal merece também ser visitada. Encontra‑se ainda instalado em algumas salas do Convento, nomeadamente na Sala do Capítulo e na Sala de Leitura dos Monges o Museu Municipal de Avis, atualmente designado Museu do Campo Alentejano. Este Museu nasceu após um projeto de tempos livres realizado por um grupo de jovens do concelho durante os verões de 1982‑84, no âmbito do qual procederam à recolha de peças etnográficas das várias freguesias que foram sendo armazenadas, sem qualquer contexto museológico, nas atuais salas do Museu. Até 2003 este espaço não sofreu alterações significativas mas, em 2014, depois de algumas intervenções e remodelações, o espólio do Museu passou a estar estruturado em torno da temática agrícola e do montado.

O Museu Rural da Fundação Abreu CalladoA Fundação Abreu Callado foi instituída em 1948 e tem sede em Benavila, num edifício senhorial de traça rústica alentejana, em cuja chaminé maior ostenta ainda a data de 1758, prova da longevidade de uma “casa” que tem raízes seculares. Em 2003, surgiu a oportunidade de recriar na Fundação um conjunto de “referências rurais”, através da recuperação e preservação de algum

espólio histórico que nela foi sobrevivendo.No “páteo velho” da sede da Fundação estão localizados a Loja de Vinhos, um restaurante, a Sala de Provas, salas para estágio de vinhos em garrafa, um lagar de azeite quase centenário que funciona com “capachos” de sisal e um Museu Rural, cuja organização teve como referência o ciclo das atividades agrícolas tradicionais, o fabrico do pão e o vinho.O Museu é um repositório de memórias da primeira metade do séc. XX, através de um conjunto de peças testemunhais agora recuperadas por gente da casa.

GUIA: Anísio Franco HORÁRIO: 8h30 DURAÇÃO: dia inteiro LIMITE: 45 pessoas LOCAL DE ENCONTRO: Entrecampos (em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25) TRANSPORTE E ALMOÇO

Se se inscrever num Curso em conjunto com um Passeio,

beneficie de um desconto de 10% no total*

* Não acumulável com o desconto

sénior ou jovem já aplicado nos

cursos livres

Números de telefone para contacto no dia dos Passeios:

965 271 877 | 969 082 566

Page 11: Descobertas_2º Trimestre 2015

[ S ] Sócio [ NS ] Não Sócio

2º Trimestre 2015Regras para Marcação de Passeios

• As reservas podem ser feitas pelo telefone 213 466 722 das 11.00h às 13.00h e das 14.30h às 17.00h, ou pessoalmente das 17.00h às 19.00h, nos dias 10 e 13 de abril de 2015. • A partir de 14 de abril, os sócios poderão inscrever ‑se por telefone durante a semana anterior a cada passeio, no caso de haver vagas • Os passeios são atribuídos por ordem de inscrição e os pagamentos deverão ser feitos até ao dia 15 de abril.

• Os sócios ‑participantes nos Passeios devem sempre comparecer no local de partida com antecedência, de maneira a não pôr em causa a hora de partida e os horários estabelecidos. • Se em vez de vir pessoalmente levantar as senhas para os Passeios e para os Cursos, preferir que elas sejam enviadas pelo correio, bastará que nos envie, incluída no cheque com o pagamento, a quantia de 0,75 € para despesas postais.

Caro(a) Sócio(a)

O Centro Nacional de Cultura vem chamar a atenção para as regras de marcação dos passeios, designadamente no que diz respeito aos prazos de pagamento e a confirmação da participação nas atividades. Tendo em conta a logística de organização dos Passeios, designadamente os de dia inteiro e de fim de semana, em que é necessário adiantar pagamentos junto de restaurantes e hotéis, não é possível esperar até à véspera para ter confirmação de número de participantes. Assim, seremos rigorosos na aplicação da regra da confirmação do passeio apenas com o pagamento integral (no caso dos passeios de meio dia ou de um dia) e de um sinal de 50% no ato da inscrição e o restante com 15 dias de antecedência (no caso dos passeios de fim de semana). Apenas nos passeios de meio ‑dia

poderão ser admitidos sócios sem inscrição prévia no próprio dia do passeio, ficando sempre sujeitos à existência de vagas, sendo neste caso o pagamento da senha feito no local do passeio.Os pagamentos dos passeios poderão fazer ‑se no CNC, por cheque enviado por correio, por multibanco ou por transferência bancária para o NIB 0033 0000 0002 3009 9530 5 ‑ Millennium BCP, sendo neste caso obrigatório enviar documento comprovativo por correio ou email ([email protected]).

Números de coNtacto No dia dos passeios: 965 271 877 ou 969 082 566

Tabela de Preços – Passeios e Cursos

PASSEIOS DE DOMINGOPASSEIO DATA SÓCIO JOVEM SÓCIO

[1] Ciclos Azulejos: Convento dos Cardaes e Exposição Galeria Ratton 15 abril 10 € 10 €

[2] Convento da Trindade – Atelier Anahory 29 abril 7 € 7 €

[3] A Descoberta do Portugal de D. Manuel I 1, 2 e 3 maio 295 €* 236 €*

[4] Santarém 9 maio 65 € 52 €

[5] MNAA | Exposição “Azul sobre Ouro” 13 maio 10 € 10 €

[6] Figueira da Foz 16 maio 70 € 56 €

[7] As Caldas de Bordalo 23 maio 65 € 52 €[8] Ciclos Azulejos: Academia das Ciências | Igreja das Mercês 27 maio 7 € 7 €

[9] Central Tejo: 30 anos de Património Industrial 31 maio 7 € 7 €

[10] Ciclo Azulejos: Palácio Marquês de Pombal ‑ Oeiras 6 jun 35 € 28 €

[11] Tomar 14 jun 70 € 56 €

[12] “O Ano da Morte de Ricardo Reis” 20 jun 7 € 7 €

[13] De volta ao Alentejo: Avis 4 jul 70 € 56 €

* suplemento single 55 €

CURSOS LIVRES CURSO N.º DE SESSÕES ADULTO [ S | NS ] ‹ 25 OU › 65 ANOS [ S | NS ]

[I] Descobrir os Antepassados pela Genealogia 7 | 2ª feira 105 € | 126 € 84 € | 100 €

[II] Escrita no Feminino 7 | 5ª feira 105 € | 126 € 84 € | 100 €

11

Page 12: Descobertas_2º Trimestre 2015

SERVIÇOSServiços

12

SERVIÇOSServiços

1. Café No Chiadodo almoço à ceia, no interior ou na esplanada, um café literáriotodos os dias das 10h às 2h

2. Galeria Fernando Pessoapara almoços de negócios, para apresentação de produtos,para jantares de aniversário, ou para lançamentos de livros, com ou sem “surpresa musical”, com ou sem catering.

3. Ciber ‑Chiadouma ligação ao mundo num ambiente de requinte português de segunda a sexta das 10h00 às 18h00

4. Residência de artistas“apartamentos de charme” no Chiado (mínimo 1 semana máximo 2 meses)

5. Acolhimento VIP para EstrangeirosPara Empresas e EmbaixadasServiço de visitas em Lisboa e fora de Lisboa com guia de turismo cultural especializado (francês / inglês) 6. Introdução à Língua e Cultura Portuguesa para empresários estrangeirosPrograma de cursos de língua e cultura portuguesa de curta e media duração para quadros de Empresas e Embaixadas

7. Loja Atelier 55mesmo ao lado do CNC um espaço de acolhimento para turistas, onde pode encontrar as nossas edições e peças únicas, artesanato e mobiliário português

8. GRAF – Consultas Grafológicasanálises para empresas, para admissão de pessoal análises individuais para orientação

9. Gabinete de Traduçãode e para várias línguas, rápido e com qualidade

10. Lisbon Walkspasseios a pé, para portugueses e estrangeiros, guiados em várias línguas

11. Gincanas para Criançaspara escolas e aos sábados mediante inscrição

Descobertasn.º 2, Ano VIII ‑ Nova série

DEPÓSITO LEGAL N.º: 282 473/08

N.º REGISTO ERC: 125 483

PROPRIEDADE / ADMINISTRAÇÃO / REDAÇÃO: CNC

DIRETOR: Guilherme d’Oliveira Martins

DESIGN: Atelier B2

IMPRESSÃO: Multitipo ‑ Artes Gráficas Lda, Rua Sebastião e Silva, 19, 2715 ‑311 Queluz

TIRAGEM DESTE N.º: 2.000 exemplares

PERIODICIDADE: 3x/ano (Janeiro, Abril e Outubro)

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

CNC LisboaRua António Maria Cardoso, n.º 68 | 1249 ‑101 LisboaTEL: +351 213 466 722 | FAX: +351 213 428 250E ‑MAIL: [email protected]ÁRIO DE ATENDIMENTO AO PÚBLICO: 2.ªs a 6.ªs feirasdas 10h00 às 19h00

CNC PortoPalacete Viscondes de BalsemãoPça. de Carlos Alberto, n.º 71 | 4050 ‑157 PortoTEL: +351 213 466 722 | FAX: +351 213 428 250E ‑MAIL: [email protected]

HOMEPAGE: www.cnc.ptFACEBOOK: www.facebook.com/centronacionaldeculturaTWITTER: www.twitter.com/cnculturaPORTAL E ‑CULTURA: www.e ‑cultura.pt

O CNC gostaria de entrar em contacto consigo mais vezes. Envie ‑nos do seu e ‑mail uma mensagem para [email protected] com o seu nome e número de sócio para que registemos o seu endereço eletrónico, ou devolva ‑nos este boletim por correio ou fax:

Nome:N.º sócio:Endereço eletrónico:

Rua António Maria Cardoso, 68 – 1249 ‑101 Lisboa ‑ Fax 213 428 250

O papel é um produto renovável e reciclável. Todos os papéis provenientes de florestas com gestão sustentável são ambientalmente responsáveis.