relatório de estágio licenciatura em matemática

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1 Universidade Federal do Triangulo Mineiro José Augusto Cambraia Beirigo Os primeiros desafios de um “quase professor” 2015

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Relatório de estágio supervisionado realizado no ensino médio numa escola estadual em matemática.

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    Universidade Federal do Triangulo Mineiro

    Jos Augusto Cambraia Beirigo

    Os primeiros desafios de um quase professor

    2015

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    Jos Augusto Cambraia Beirigo

    Os primeiros desafios de um quase professor

    Relatrio apresentado como requisito parcial para aprovao na disciplina de Estgio supervisionado e orientado III, sob orientao da Professora Denise Cristina Ferreira.

    2015

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    Resumo

    O presente trabalho tem por objetivo trazer os principais relatos sobre as atividades desenvolvidas na disciplina de Estgio Orientado e Supervisionado III, do curso de Licenciatura em Matemtica. O estgio foi realizado na Escola Estadual Bernardo Vasconcelos, no Ensino Mdio noturno. As observaes realizadas me ajudaram a construir minha identidade enquanto futuro professor. Neste estgio conheci um novo ambiente escolar, marcado por grandes problemas, tais como falta de estrutura fsica, ausncia de materiais, problemas com indisciplina, professores desmotivados. No entanto, vi essas dificuldades como desafios a serem superados, tal situao me motivou a conheceu melhor aquela realidade, a estudar mais e buscar alternativas. Mesmo que eu no tenha conseguido mudar o cenrio, sinto-me mais preparado para atuar enquanto professor da educao bsica. Palavras-chave: Ensino Mdio. Professor. Formao inicial.

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    Lista de Figuras

    Figura 1........................................................................................................................9

    Figura 2......................................................................................................................10

    Figura 3......................................................................................................................11

    Figura 4......................................................................................................................13

    Figura 5......................................................................................................................13

    Figura 6......................................................................................................................14

    Figura 7......................................................................................................................15

    Figura 8......................................................................................................................16

    Figura 9......................................................................................................................18

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    Sumrio

    1. Introduo...............................................................................................................6

    2. Quem sou eu?.........................................................................................................9

    3. Apresentao da escola........................................................................................13

    4. O professor...........................................................................................................14

    5. Os alunos..............................................................................................................15

    5.1. O 1 Ano do Ensino Mdio............................................................................16

    5.2. O 2 Ano do Ensino Mdio............................................................................17

    5.3. O 3 Ano do Ensino Mdio............................................................................18

    6. Concluso.............................................................................................................19

    7. Referncias Bibliogrficas.....................................................................................20

  • 6

    1. Introduo

    Nesse relatrio trarei minhas experincias durante o estgio realizado em uma

    escola da periferia de Uberaba no perodo noturno. Abordarei minhas observaes

    feitas nas salas de aula, a descrio do ambiente escolar e os desafios encontrados.

    O estgio de grande importncia para formao enquanto futuro professores,

    pois possibilita o contato com o ambiente escolar, o comportamento dos alunos e as

    atitudes dos professores em relao a eles. Nesse aspecto, segundo Gohn (2006):

    O objetivo primeiro da formao de professores no deve ser apenas o de ensinar os alunos e professoras a ensinar, e sim ensinar-lhes a continuar aprendendo em contextos escolares diversos. Isso inclui refletir sobre a prtica pedaggica, compreender os problemas de ensino, analisar os currculos escolares, reconhecer a influncia dos materiais didticos nas escolhas pedaggicas, socializar as construes e trocas as experincias de modo a avanar em direo a novas aprendizagens, num constante exerccio de uma prtica reflexiva, colaborativa e coletiva (p.112).

    Segundo o Projeto Poltico Pedaggico do curso de Licenciatura em Matemtica

    da Universidade Federal do Tringulo Mineiro, o Estgio Curricular Supervisionado

    III tem como objetivo principal, por meio de observao, construir o perfil cognitivo

    do aluno por meio de observao. Tal perfil ser norteado pelos segundos itens:

    - Como o aluno se v diante do processo ensino-aprendizagem; - O interesse demonstrado pela realizao de atividades em sala, para casa e

    outros espaos; - O nvel de compreenso de leitura e habilidade para a escrita; - O nmero de alunos e faixa etria; - Se h repetentes e como a relao destes com o grupo, com o professor e com

    o conhecimento;

    Alm disso, que ocorra tambm como parte do crescimento do aluno/professor

    aprimoramento em diversas reas de conhecimento matemtico e como

    consequncia fazer com que o aluno obtenha experincias de vida, isto , conviva

    com possveis dificuldades que poder encontrar futuramente em sala de aula onde

    ministrar suas aulas. Tambm estimular o aluno a produzir pensamentos prprios

  • 7

    daquilo que est vivenciando, tornando-o no s um aluno/professor, mas sim um

    cidado crtico e reflexivo.

    Segundo Universidade Federal do Tringulo Mineiro (2011), outros objetivos do

    Estgio so:

    I- Proporcionar ao aluno, mediante contato com o campo real do exerccio de sua profisso, aquisio de conhecimentos e desenvolvimento de habilidades tcnico-cientficas, complementando aquelas construdas no curso acadmico, visando uma melhor qualificao do futuro docente;

    II- Ampliar a experincia no campo docente, viabilizando vivncias em espaos educativos formais e no formais que podero subsidiar as futuras escolhas do estagirio em sala de aula;

    III- Garantir orientao, assessoramento tcnico-cientfico e apoio administrativo durante o desenvolvimento da atividade de estgio;

    IV- Contribuir para a formao tica, social, humana e cidad do estudante;

    V- Promover a integrao entre a Universidade e a comunidade

    Dessa forma, acredito que o estgio contribui para nossa formao, mas que

    devemos entender o verdadeiro significado do mesmo, lembrando que no devemos

    criticar o trabalho do prximo, mas sim aprender com ele um pouco mais sobre a

    vida de um professor.

    Ser um bom professor sempre foi um grande desafio. H muito tempo, os

    professores sofrem com o descaso pela educao por parte dos governantes e da

    prpria sociedade. Muita so as dificuldades encontradas pelo caminho, tais como: a

    desvalorizao da carreira do magistrio, a falta de infraestrutura adequada nas

    escolas, a ausncia das famlias no processo educativo, um modelo educacional que

    privilegia notas ao saber... Enfim, esses e tantos outros problemas fazem parte da

    rotina de um professor. Porm mais importante do que conhecer as dificuldades

    saber como super-las. Para isso, faz necessrio, acreditar que as mudanas so

    possveis; vontade e competncia para realizar as mudanas necessrias.

    Ao dizer que um professor tenha competncia, espera-se que ele tenha

    um conjunto de diversos conhecimentos e saiba aplic-los de forma adequada.

    Frequentemente ocorrem discusses sobre a importncia do conhecimento na

    prtica docente, muitos alegam que de nada adianta um professor ser um exmio

    especialista se no conhecer as metodologias adequadas de ensino, outros

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    discordam afirmando que o importante conhecimento, afinal quem sabe

    determinado contedo sabe ensin-lo. No entanto, tais situaes so indissociveis,

    pois as duas esto no mesmo patamar de importncia e se completam. A ausncia

    de uma delas prejudica o processo.

    2. Quem sou eu?

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    Meu nome Jos Augusto Cambraia Beirigo, tenho 24 anos, sou aluno

    do curso de Licenciatura em Matemtica na Universidade Federal do Tringulo

    Mineiro e neste semestre, estou cursando a disciplina de Estgio Orientado e

    Supervisionado I.

    Quanto a minha histria, nasci em Uberaba, no dia 26 de junho de 1990,

    sou filho de Jos Antonio Beirigo da Silva e Mirtes Rosa Cambraia Silva. Tenho dois

    irmos, o Jos Gustavo e o Jos Daniel. Somos uma famlia de Joss.

    Meu irmo mais velho morreu em 1997, aos 13 anos, por problemas

    numa cirurgia de garganta. Meu pai era garon, trabalhou em bares e restaurantes,

    e era proprietrio de uma pequena chcara, onde plantava verduras e cuidava de

    pequenos animais. Ele faleceu em 2003, com 46 anos. Desta forma, compe minha

    famlia, eu, meu irmo Jos Daniel, hoje com 25 anos e minha me com 62 anos.

    Minha me o meu maior referencial. Atualmente ela aposentada, mas

    trabalhou como revisora de textos na UFTM e como professora de portugus no

    municpio. Mas mesmo aposentada ainda d aulas em casa para as crianas

    Figura 1: A famlia dos Joss Jos Antnio, Jos Gustavo, Jos Daniel e Jos Augusto.

  • 10

    carentes do bairro, como distrao. Como moramos em um bairro pobre, os pais e

    avs tm muita dificuldade para ensinar as tarefas escolares, e por isso a procuram.

    Quando comeou era para ser algo espordico com apenas um aluno, no intuito

    maior de ajudar a menina que estava de recuperao. Depois de uns 2 anos, o

    trabalho ficou conhecido e hoje frequentam diariamente minha casa, cerca de 15

    crianas de 6 a 12 anos.

    Acredito que meu desejo em ser professor, tenha grande influencia da

    minha me, no entanto ela nunca me forou. Quando decidi fazer licenciatura, ela

    ficou muito orgulhosa e disse: sempre soube que um dia voc seria professor, sua

    formao iniciou quando eu ainda estava grvida. Sempre trabalhei em dois

    empregos, mas quando eu estava na escola, voc ficava muito agitado. Sem falar,

    que no dia em que voc iria nascer, antes de ir para hospital, fui at a escola para

    entregar as notas finais do semestre.

    Figura 2: Mirtes (minha me) a caminho do hospital.

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    Esse foi o inicio da minha histria, depois disso, cresci e estudei a vida

    toda em escolas pblicas. O ensino fundamental 1 (antiga 1 a 4 srie) fiz na Escola

    Estadual Miguel Laterza, depois fui para a Escola Municipal Santa Maria (onde fui

    aluno da minha prpria me por dois anos, inclusive cheguei a ficar de recuperao

    com ela!). Fiz o ensino mdio no Centro Federal de Educao Tecnolgica do

    Triangulo Mineiro CEFET (antiga agrotcnica), concomitante com o curso de

    tcnico em agropecuria. No CEFET tive a oportunidade de iniciar um projeto piloto

    de monitoria, e quando estava no 3 ano, fui monitor de matemtica para os alunos

    do 1 e 2 ano. Terminei o tcnico e o ensino mdio em 2007.

    Em fevereiro de 2008, comecei o curso superior de Tecnologia em Gesto

    Ambiental tambm no CEFET no perodo noturno. Durante o dia, trabalhei como

    responsvel tcnico de um viveiro de produo de mudas por 8 meses. At ser

    chamado em concurso estadual no Instituto Mineiro de Agropecuria. Fui morar

    sozinho em Itapagipe em virtude do concurso. Depois de 8 meses, fui transferido

    para Uberaba.

    Desde ento, conclu o curso de Gesto Ambiental, fiz duas

    especializaes, iniciei o mestrado profissional na UFOP na rea de gesto dos

    Figura 3: Meus primeiros segundos de vida.

  • 12

    recursos hdricos, mas desisti para iniciar o curso de Licenciatura em Matemtica na

    Universidade Federal do Triangulo Mineiro.

    Estou no 8 perodo, mas devido algumas dependncias, no concluirei o

    curso no tempo estimado. Tenho algumas dificuldades no curso, talvez a principal

    delas seja por ter que trabalhar durante o dia e estudar a noite. O que impossibilita

    minha participao em atividades extracurriculares e pouco tempo para estudar e

    fazer as atividades extraclasse (mas fico muito envaidecido por ser o nico aluno da

    minha turma, que trabalha e ainda no desistiu). Por maiores que sejam as

    dificuldades, acho que finalmente me encontrei no curso de licenciatura. E aqui

    estou...

    No semestre passado fiz o estgio II, onde pude conhecer a realidade dos

    alunos do ensino fundamental de uma escola rural. Agora, no estgio III, fui

    conhecer a realidade de uma escola da periferia no perodo noturno. Optei por fazer

    o estgio no noturno, pois ansiava por conhecer essa realidade. Tive muitas

    dificuldades, pois o pblico desta escola muito diferente da escola anterior. Assim,

    na sequencia, irei contar como tem sido os segundos passos (visto que os

    primeiros foram no semestre passado) de um quase professor.

  • 13

    3. Apresentao da escola.

    A Escola Estadual Bernardo Vasconcelos uma escola pblica localizada na

    periferia de Uberaba, no bairro Costa Teles. Ela grande, possui quadra coberta,

    sala dos professores, refeitrio e biblioteca. No entanto, tudo em condies

    precrias, no perodo noturno, muitos espaos no so utilizados, por exemplo, o

    laboratrio de informtica e a biblioteca ficam fechados, devido a pouca procura

    dos alunos. Caso algum necessite utilizar os espaos deve solicitar na secretaria.

    A escola influencia significativamente na vida da comunidade, ela desenvolve projetos e

    um importante referencial no bairro.

    Figura 4: Vista lateral da escola.

    Figura5: Entrada da escola.

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    4. O professor

    Durante esse perodo em que estive acompanhando as aulas, pude perceber que cada

    professor possui um modo de conduzir suas aulas, e cada tem um comportamento. O

    professor Roberto licenciado em Matemtica pela UNIBUE e leciona a 6 anos, est na

    escola a 2 anos, mas contratado por designao. Tal tipo de contratao no vincula o

    professor a escola e por vezes, o professor passa por diversas escolas em curtos perodos

    (contratos temporrios), o que pode prejudicar sua atuao.

    Ele muito calmo e por vezes, acaba perdendo o controle da turma. Ele muito

    dedicado, prepara muito bem suas aulas, mas frequentemente no consegue realizar o que

    planeja. Ele precisava ser mais rgido e buscar mais alternativas para atrair os alunos, visto

    que suas aulas seguem um padro bem tradicional, utilizando exclusivamente o quadro e

    dilogo como metodologias.

    Uma personagem importante a diretora, a professora Regina Clia. Ela mais do que

    exerce suas funes administrativas e gerencias, ele uma grande lder na escola.

    Respeitada por todos alunos. Por um lado, algo positivo, pois ela possui autoridade para

    conduzir as atividades na escola e os alunos cumprem tudo que ela determina. No entanto,

    algumas de suas aes geram o descrdito dos professores, fazendo com que os mesmos

    no sejam respeitados. Segundo alguns alunos A gente s tem medo da Tia R!.

    Figura 6: Eu e o Professor Roberto

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    5. Os alunos

    Segundo o PPC preferencial que se acompanhe turmas de diferentes anos,

    logo, acompanho os trs anos do Ensino Mdio, uma turma de 1 ano, uma turma de

    2 ano e uma turma de 3 ano. Devido a grande diferena entre as turmas, dividirei

    este item a fim de discorrer de cada turma individualmente.

    Reforo que optei por fazer o estgio no perodo noturno, para conhecer a

    realidade desses alunos. Acreditava que seriam adultos trabalhadores, que estavam

    na escola em uma busca de uma formao slida para alarem melhores empregos

    no mercado de trabalho. No entanto, a grande maioria dos alunos trabalha durante o

    dia, em servios que exigem pouca qualificao, mas ainda so muitos jovens e

    imaturos. E problemas disciplinares so recorrentes.

    Como o estgio foi feito na maior parte nas sextas-feiras e algumas quintas-

    feiras, a realidade era um pouco peculiar, diferente do resto da semana. Por sexta,

    era comum as aulas terminarem mais cedo, pois os alunos estavam inquietos e

    cansados.

    Figura 7: Professor Roberto durante a aula

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    5.1. O 1 ano do Ensino Mdio

    A srie inicial de uma nova etapa para o aluno, a partir deste ano o aluno deveria

    ser mais crtico para com a escola e consigo mesmo. Entretanto, esta seriedade no

    observada. Alunos brincando em horas inapropriadas, conversas paralelas. Mas,

    como era de se esperar, h um crescimento da mentalidade grande entre o ltimo

    ano do Ensino Fundamental e o primeiro ano do Ensino Mdio.

    A sala composta por 30 alunos, no entanto, na sexta-feira apareciam apenas

    uns 15 alunos, tais faltas fazem com que as aulas fiquem prejudicadas, pois o

    professor no consegue dar continuidade no assunto. uma turma muito difcil!

    Grande parte dos professores reclama da indisciplina. Existem uns 5 repetentes,

    uma aluna grvida e a faixa etria de 17 a 20 anos.

    So alunos que possuem muitas dificuldades em matemtica e constantemente

    reclamam que no veem sentidos nos contedos apresentados. Numa conversa que

    tive com a turma, eles falaram que no tem liberdade na escola e como trabalham o

    dia todo, o perodo da aulas, era para se divertirem e aproveitarem a juventude

    Figura 8: Alunas tirando foto, prximas ao professor.

  • 17

    deles. Ao mesmo tempo, que eles trabalham e tm certa independncia financeira,

    ainda so muito imaturos.

    No entanto, a alegria deles era contagiante, como faziam educao fsica antes

    da aula de matemtica, eles chegavam bastante agitados. Mas uma realidade

    interessante, desafiadora. Eu gostaria de ter uma turma como eles.

    5.2. O 2 ano do Ensino Mdio

    Esta sala formada por 25 alunos e segundo os professores a mais

    interessada dentre todas as turmas. Com participao de quase toda a sala em

    todas as atividades propostas. Alm disso, h uma interao muito prxima dos os

    professores com a grande maioria dos alunos. No tive contato com as notas dos

    alunos, mas pelo observado, e relatado pelos professores, a sala o melhor em

    desempenho. Entretanto, como em todas as salas, h alguns alunos que no

    realizam nenhuma das atividades indicadas.

    uma turma agitada, com muitas conversas paralelas, mas so inteligentes,

    fazem todas as atividades propotas. Segundo o professor Roberto, eles conversam

    muito, mas a turma rende.

    Fazendo uma comparao com o meu Ensino Mdio, a liberdade de

    indagao observada na escola superior a que eu tinha, mas este mecanismo

    pouco aproveitado pelos alunos durante as aulas.

    A relao professor aluno bastante harmoniosa devido ao professor j

    conhecer toda a turma desde anos anteriores. J a relao entre alunos

    igualmente boa. Nesta sala no existem rixas entre os estudantes, eles parecem

    bem convivendo juntos.

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    5.3. O 3 ano do Ensino Mdio

    Como essa turma j est finalizando o ensino mdio, eles so mais maduros, h uma

    certa diferena de comportamento. Era a turma com menos alunos, matriculados haviam 20,

    mas frequentes nas sextas-feiras apenas uns 5 alunos. uma turma muito boa, mas muito

    apticos, no se interessam por nada e parece que querem apenas concluir o ensino mdio.

    A grande maioria no pretende fazer curso superior. Falaram que faro um curso

    tcnico, pois precisam se estabilizar financeiramente de uma forma mais rpida, para ento,

    fazerem um curso superior.

    uma turma sofrida, eles querem concluir o ensino mdio, mas sentem medo da

    realidade que encontraro. Fazem as atividades propostas, mas sem muito entusiasmo.

    Figura 9: Eu apresentando minha aula.

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    6. Concluso

    O ttulo deste relatrio ilustra minhas concluses sobre as atividades

    desenvolvidas. Desta forma, acredito ter alcanado um dos objetivos da disciplina,

    que era conhecer a realidade do ensino mdio, encontrando os desafios e

    dificuldades, mas principalmente buscar alternativas para melhorar.

    Acredito que o estgio contribuiu muito em relao a minha formao enquanto

    futura professor, e nessas salas pude perceber a diversidade de opinies, comportamentos,

    pensamentos dos alunos e professores. Percebi tambm que a docncia no apenas

    transmitir o contedo.

    Ser professor , com certeza, uma grande aventura. travar inmeras

    batalhas diariamente, lutar contra o tempo, superar todos os obstculos que

    surgem pelo caminho. No sei quanto tempo levarei para me tornar professor, mas

    sei que a vontade aumenta a cada dia e junto com ela, aumenta minha

    preocupao, se de fato, estarei preparado.

  • 20

    7. Referncias Bibliogrficas

    UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRINGULO MINEIRO. Projeto Poltico

    Pedaggico do Curso de Licenciatura em Matemtica. Uberaba, 2011. 317 p.

    Disponvel em:

    http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/135

    1/462. Acesso em 15 de junho de 2015.

    GOHN, Maria da Glria. Educao no-formal, participao da sociedade civil e estruturas colegiadas nas escolas. Ensaio: aval. pol. pbl. Educ., Rio de Janeiro, v.14, n.50, p. 27-38, jan./mar. 2006