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Ministério do Meio Ambiente Secretaria Executiva Projeto TAL Ambiental RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PARA REVISÃO DE MEIO TERMO PROJETO TAL AMBIENTAL Brasília, setembro de 2008. 1

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Ministério do Meio AmbienteSecretaria Executiva

Projeto TAL Ambiental

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PARA REVISÃO DE MEIO TERMO PROJETO TAL AMBIENTAL

Brasília, setembro de 2008.

1

SumárioIntrodução......................................................................................................4

I - Breve histórico e contexto institucional.................................................................5

II - Avaliação dos resultados alcançados de modo geral, por componentes e subcomponentes.7

Componente 1 - Fortalecimento do Sistema de Gerenciamento Ambiental ....................13

Componente 2 – Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade............................17

Componente 3 - Gestão de Riscos Ambientais com Substâncias Químicas Perigosas.......18

Componente 4- Gestão de Recursos Hídricos.......................................................20

Componente 5 – Inserção da sustentabilidade ambiental em setores governamentais selecionados...............................................................................................23

Subcomponente 5.1 – Controle do Desmatamento na Amazônia..............................23

Subcomponente 5.2 – Desenvolvimento ambientalmente sustentável na Amazônia.......25

Subcomponente 5.3 – Inserção da questão ambiental no setor de saneamento............26

Subcomponente 5.4 – Integração do ZEE no Planejamento Regional Territorial............29

Subcomponente 5.5 – Inserção da sustentabilidade ambiental nas políticas fiscal e financeira................................................................................................31

Subcomponente 5.6 – Melhoria da sustentabilidade ambiental no setor energético........33

Subcomponente 5.7 – Melhoria da sustentabilidade ambiental na reforma agrária.........34

Subcomponente 5.8 – Melhoria da sustentabilidade ambiental no setor do turismo........36

Componente 6 – Coordenação do projeto............................................................37

Sistema de gestão do projeto...........................................................................38

Comitê Gestor, Comitê Técnico e Unidade de Coordenação do Projeto......................38

III - Avaliação da cooperação internacional ao projeto ................................................40

Cooperação técnica com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento..........40

Cooperação técnica com a GTZ........................................................................42

IV – A participação da sociedade civil organizada......................................................45

V - Considerações finais....................................................................................45

2

Introdução

O Projeto de Assistência Técnica para a Agenda da Sustentabilidade Ambiental, TAL Ambiental, foi concebido como uma das estratégias do Governo Federal para apoiar o cumprimento de metas ambientais e reduzir riscos de implementação da Reforma Programática para a Sustentabilidade Ambiental, o SAL Ambiental1. O Programa SAL Ambiental, que também foi apoiado por importante empréstimo do Banco Mundial, contribuiu para o equilíbrio fiscal necessário à implementação de uma política ambiental integrada e transversal às demais políticas públicas federais e ao fortalecimento do Sisnama (Sistema Nacional do Meio Ambiente).

O SAL Ambiental teve por objetivo apoiar o governo brasileiro na execução de reformas quanto à abordagem dada à dimensão ambiental quando da formulação, definição e implementação das políticas setoriais, e isto foi feito por meio da priorização de metas político-institucionais dentre aquelas já estabelecidas na política governamental. Ou seja, as metas do programa compunham as estratégias já construídas pelo governo às quais seriam fortalecidas pelo mesmo. Desta forma, foi firmado um acordo entre os sete ministérios parceiros, quais sejam: o Ministério das Cidades, o Ministério da Integração Nacional, o Ministério da Fazenda, o Ministério do Desenvolvimento Agrário, por meio do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), o Ministério de Minas e Energia, o Ministério do Turismo e o próprio Ministério do Meio Ambiente e suas vinculadas, os quais se comprometeram a atingir as referidas metas.

O Projeto de Assistência Técnica para a Agenda da Sustentabilidade Ambiental foi concebido para ser executado em três anos. Iniciado no segundo semestre de 2006, estava previsto para ser encerrado em outubro de 2008. Todavia, tendo em vista que o projeto não seria concluído no tempo previsto, procedeu-se a uma avaliação conjunta entre o MMA, Comissão de Financiamentos Externos - Cofiex, Ministério da Fazenda e Banco Mundial, que evidenciou que os objetivos do projeto, de um modo geral, continuavam pertinentes e que a estrutura de gestão estava construída adequadamente para levá-lo adiante. Desse modo, definiu-se por prorrogá-lo até dezembro de 2010.

Ainda assim, razões de natureza institucional apontaram para a necessidade de avaliar com maior cautela o seu desempenho e a pertinência de cada um de seus objetivos específicos. Essa perspectiva institucional, num contexto de avanços e progressos na implementação da agenda ambiental do país, motiva a realização de uma revisão do referido projeto.

Dessa forma, o presente relatório visa a subsidiar a Revisão de Meio Termo do Projeto TAL Ambiental que se realizará em Missão com a presença dos representantes do BIRD, das instituições de cooperação GTZ e PNUD, de todos os ministérios parceiros e de representantes da sociedade civil organizada.

O relatório apresenta uma avaliação do desempenho do Projeto TAL Ambiental de um ponto de vista geral e a partir de cada um de seus componentes bem como uma avaliação do alcance das metas do SAL Ambiental. A avaliação do TAL aborda os resultados físicos e financeiros bem como uma análise das razões destes resultados, tanto em termos operacionais e gerenciais, quanto institucionais. No entanto, a avaliação do alcance das metas do SAL não será muito extensa, pois nesta revisão de meio termo cumpre mais um papel subsidiário ao entendimento do papel do projeto do que de avaliação do alcance das metas em si.

Por fim, o relatório cumpre o objetivo de subsidiar, durante a missão, o debate sobre a necessidade de ajustes nos objetivos e atividades do projeto para que o mesmo alcance com efetividade estes objetivos.

1 As denominações derivadas das siglas em inglês (TAL – Technical Assistance Loan e SAL – Structural Adjustment Loan) foram incorporadas à comunicação interna e externa do Programa e do Projeto.

3

A metodologia utilizada contou com a aplicação e análise de um questionário que foi respondido pelos diretores de cada setor do MMA e dos ministérios parceiros, de entrevistas com as instituições que cooperam com o projeto como a GTZ e o PNUD, representantes da sociedade civil, o Fórum Brasileiro de Organizações Não-Governamentais e Movimentos Sociais – FBOMS e a Rede Brasil sobre Instituições Financeiras Multilaterais, e pela análise dos dados de resultados físicos e financeiros contidos nos sistemas de informação do projeto por parte da equipe técnica e da coordenação do projeto. Houve um entendimento preliminar com o Banco Mundial de que sua manifestação avaliativa dar-se-á por ocasião da Missão.

I - Breve histórico e contexto institucional

A instituição do Programa SAL Ambiental teve por objetivo ampliar a internalização da variável ambiental no planejamento e na efetivação das políticas públicas para o desenvolvimento sustentável que, por sua vez, permitiriam melhorias na qualidade de vida da população. Teve a intenção de colaborar para a reversão da trajetória de uso não-sustentável dos recursos naturais. Para isso, e dadas às características da estrutura do Estado brasileiro, era fundamental apoiar um processo de adequação ou criação de novos instrumentos ou procedimentos de gestão pública que incorporassem o princípio da sustentabilidade ambiental de modo transversal e de qualificação das instituições governamentais e de seus servidores para a efetiva incorporação desse princípio no exercício de suas atribuições. Numa mesma medida, entendeu-se que não seriam suficientes as mudanças na estrutura de Estado se os instrumentos e processos de relação com a sociedade não fossem democratizados e ampliados.

Foram, então, estabelecidas as seguintes premissas que orientariam seu desenvolvimento:

• a busca do Desenvolvimento Sustentável, como instrumento de equilíbrio entre o crescimento econômico e as dimensões sociais, ambientais, culturais e étnicas da sociedade brasileira;

• a gestão compartilhada do meio ambiente entre as esferas federal, estadual e municipal;

• a participação da sociedade nesta gestão, ou gestão compartilhada; e

• a transversalidade como instrumento de internalização das políticas ambientais nas demais políticas públicas.

Para apoiar a promoção da agenda de sustentabilidade ambiental, foi instituído o projeto TAL Ambiental.

O projeto TAL Ambiental tem por objetivo viabilizar ações de caráter técnico que subsidiem ou fortaleçam a tomada de decisões político-institucionais, tais como a elaboração de estudos, diagnósticos, capacitação de técnicos e realização de oficinas. Suas ações constituem-se em um elo entre diferentes políticas ambientais dentro dos diferentes setores do MMA e em um meio de fortalecer o diálogo especificamente com os outros seis ministérios beneficiários para inserir a dimensão ambiental ou articular as políticas ambientais previstas com as políticas setoriais federais dos mesmos. O projeto também requer ampla participação social, a qual tem sido promovida no bojo das atividades promovidas pelo mesmo, seja por meio de sistemas de informação disponibilizados na internet seja nos processos de formulação de políticas que são apoiados, nos quais a sociedade civil, instituições governamentais e profissionais especializados são chamados a participar.

A estratégia proposta foi a focalização nas políticas e programas de curto prazo do governo brasileiro que poderiam fundamentar a realização de objetivos de longo prazo. Para tanto o projeto foi estruturado em dois tipos de componentes:

4

(a) aqueles que se encontram sob influência e controle diretos do Ministério do Meio Ambiente - fortalecimento institucional, melhor coordenação do Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama), e instrumentos flexíveis e para o controle social; e

(b) aqueles que tratam de questões cuja resolução depende em grande parte do envolvimento e da colaboração entre diversos setores do governo, ou seja, da transversalização ou inserção da questão ambiental nos demais setores.

A prestação de assistência do TAL Ambiental de um modo geral deve permitir então:

(a) desenvolver estudos prioritários, metodológicos e de proposição de procedimentos com impacto direto sobre a implementação da agenda de reforma acordada;

(b) facilitar o desenvolvimento de modelos e de capacidade institucional para melhorar a inserção das questões ambientais e a colaboração de ministérios setoriais chave, que têm um impacto sobre a agenda da sustentabilidade;

(c) melhorar os mecanismos de comunicação social de modo a assegurar a transparência e a participação pública necessárias ao controle social das políticas públicas; e

(d) melhorar a capacidade de monitoramento e avaliação de todos os ministérios beneficiários, o que permitiria ao governo avaliar o ritmo dos avanços e dos impactos da implementação da agenda de reforma para a sustentabilidade ambiental.

De um ponto de vista específico o projeto estabeleceu objetivos vinculados a seus 6 componentes e subcomponentes que são:

Componente 1- Fortalecimento do Sistema de Gerenciamento Ambiental

Componente 2 - Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade

Componente 3 - Gestão de Riscos Ambientais com Substâncias Químicas Perigosas.

Componente 4 - Gestão de Recursos Hídricos

Componente 5 - Inserção da sustentabilidade ambiental em setores governamentais selecionados

Subcomponente 5.1 - Controle do desmatamento na Amazônia

Subcomponente 5.2 - Desenvolvimento ambientalmente sustentável na Amazônia

Subcomponente 5.3 - Inserção da questão ambiental no setor de saneamento

Subcomponente 5.4 - Integração do ZEE no planejamento regional territorial

Subcomponente 5.5 - Inserção da sustentabilidade ambiental nas políticas fiscal e financeira

Subcomponente 5.6 - Melhoria da sustentabilidade ambiental no setor energético

Subcomponente 5.7 - Melhoria da sustentabilidade ambiental na reforma agrária

Subcomponente 5.8 - Melhoria da sustentabilidade ambiental no setor do turismo

Componente 6 - Coordenação do projeto

As avaliações do desempenho de cada componente e de seus objetivos específicos estão desenvolvidas na segunda parte deste relatório.

5

O relatório se propõe a analisar o desempenho do projeto até o presente momento, os fatores que influenciaram esse desempenho e que também podem ter levado ao atraso na sua execução. Adicionalmente, o mesmo aponta aspectos que podem ser melhorados na perspectiva de promover algumas reorientações, tanto em termos de objetivos quanto de ações a serem apoiadas.

II - Avaliação dos resultados alcançados de modo geral, por componentes e subcomponentes

Vamos proceder a uma avaliação do alcance dos objetivos gerais do projeto considerando-se que a prestação de assistência técnica, de um modo geral, deve promover: o desenvolvimento de estudos prioritários, metodológicos e de proposição de procedimentos com impacto direto sobre a implementação da agenda de reforma acordada; facilitar o desenvolvimento de modelos bem como de capacidades institucionais para melhorar a inserção das questões ambientais e a colaboração de outros ministérios cujas ações têm impacto sobre a agenda da sustentabilidade e, melhorar os mecanismos de comunicação social e a capacidade de monitoramento e avaliação dos ministérios beneficiários no que tange as metas político-institucionais e os impactos dessas políticas.

De modo geral o projeto contratou o desenvolvimento de 22 estudos para quatro dos sete ministérios parceiros, apoiou a realização de 04 eventos de capacitação nos quais cerca de 900 pessoas participaram e 55 oficinas para discussões temáticas com segmentos da sociedade civil, especialistas e representantes de órgãos públicos. Também editou material institucional de disseminação de políticas e elaborou um software para o Sistema de Monitoramento do SAL Ambiental e do TAL Ambiental, que permite o acompanhamento de políticas e de ações do projeto.

Cada uma das ações concluídas ou em curso ou ainda em processo licitatório é referida nos seus respectivos componentes no seguimento deste relatório.

De forma sintética destacam-se as seguintes ações já executadas com recursos do projeto: fortalecimento institucional do Ibama e do ICMBio com a capacitação dos novos servidores; elaboração de estudos e proposições de políticas específicas que detalham o modo de operação do Plano Nacional de Recursos Hídricos; apoio ao processo de articulação com os agentes públicos e sociais que atuam na formulação e na implementação de políticas na área de recursos hídricos; apoio à formulação da Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável de Povos e Comunidades Tradicionais; desenvolvimento de metodologias para planejamento municipal com ênfase na sustentabilidade ambiental; promoção do debate sobre o licenciamento ambiental de assentamentos de reforma agrária.

Neste momento podemos inferir que, de um ponto de vista geral, o projeto vem atingindo seus objetivos e parte dos resultados esperados, o que está melhor evidenciado na análise do desempenho em cada componente.

Conforme representado no Gráfico 1, o projeto executou financeiramente o montante de U$ 2,34 milhões, correspondente a R$ 4,26 milhões. Tem um valor comprometido em contratos em andamento de U$1,8 milhão ou R$ 3,34 milhões. O valor executado sobre o qual houve solicitação de reembolso corresponde a 29,5% do valor do empréstimo, e o valor total executado e o comprometido corresponde à proporção de 53% sobre o empréstimo.

Todavia, estão em curso 15 processos licitatórios que totalizam um valor estimado em U$ 1.1 milhão ou R$ 2,5 milhões, o que revela que 67% do valor do empréstimo está de algum modo comprometido.

6

Gráfico 1 - Execução financeira e valor comprometido do projeto TAL em U$ 1.000

,00

1.000,00

2.000,00

3.000,00

4.000,00

5.000,00

6.000,00

7.000,00

8.000,00

9.000,007.940,00

2.340,421.839,29

1.139,67

2.620,62

Execução Financeira em US$1.000

Programado Executado Comprometido Em licitação A Executar

No que tange aos componentes do projeto, a execução financeira deu-se como segue nas tabelas 1 e 2 e no gráfico 2:

Tabela 1 - Execução financeira e valor comprometido do projeto TAL por componente em dólar

Componentes Planejado Comprometido A executar

1 – Fortalecimento do Sistema de Gerenciamento Ambiental 942.142,02 683.040,45 39.067,63 220.033,94

2 – Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade 785.010,14 71.210,27 72.869,09 640.930,79

3 -Gestão de Riscos Ambientais com Substâncias Químicas Perigosas 966.095,94 54.120,60 583.361,12 328.614,22

4 – Gestão de recursos Hídricos 1.164.133,00 616.308,16 162.435,35 385.389,50

5 – Inserção da Sustentabilidade Ambiental e Setores governamentais 3.330.572,99 568.979,42 594.414,54 2.167.179,03

6 – Coordenação do Projeto 752.045,90 346.756,98 387.146,78 18.142,15

7.940.000,00 2.340.415,87 1.839.294,51 3.760.289,62 Fonte: SIGMA

TOTAL Executado até

ago/08

Tabela 2 - Execução financeira e valor comprometido do projeto TAL por componente em reais

Componentes Planejado Comprometido A executar

1 – Fortalecimento do Sistema de Gerenciamento Ambiental 1.878.408,74 1.280.259,62 64.461,59 533.687,53 -

2 – Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade 1.565.124,87 135.165,19 120.234,00 1.309.725,68 -

3 -Gestão de Riscos Ambientais com Substâncias Químicas Perigosas 1.926.167,20 92.532,17 962.545,85 871.089,18 -

4 – Gestão de recursos Hídricos 2.321.006,34 1.136.272,46 268.018,32 916.715,56

5 – Inserção da Sustentabilidade Ambiental e Setores governamentais 6.640.376,14 1.018.201,44 980.784,00 4.641.390,70

6 – Coordenação do Projeto 1.499.401,96 605.733,49 638.792,18 254.876,29

15.830.485,25 4.268.164,37 3.034.835,94 8.527.484,94 Fonte: SIGMA Taxa US$ 1,65

TOTAL Executado até

ago/08

7

Gráfico 2 - Execução financeira e valor comprometido do projeto TAL por componente

Informações por Componente/Subcomponente

46%

0%

2%

1%

10%

0%

30%

70%

78%

53%

6%

9%

72%

51%

0%

22%

62%

11%

0%

27%

0%

0%

14%

60%

9%

4%

2%

0%

75%

37%

18%

10%

23%

0%

0%

28%

34%

82%

6%

1%

100%

1%

0%

61%

90%

21%

30%

22%

5%

0%

17%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

6

5.8

5.7

5.6

5.5

5.4

5.3

5.2

5.1

4

3

2

1C

ompo

nent

e/S

ubco

mpo

nent

e

Executado Contratado Em Licitação Disponível

Do ponto de vista financeiro, o Componente 1 teve seu orçamento planejado originalmente no valor de US$ 840.000,00, e foi revisado em dezembro de 2007 para US$ 942.142,00. O valor realizado neste componente até agosto de 2008 foi de US$ 683.040,45 correspondentes a 72% do valor planejado. Há recursos comprometidos na ordem de US$ 40 mil.

O Componente 2 teve seu orçamento planejado em US$ 710.000,00, e foi ajustado em dezembro de 2007 para US$ 785.010,00. O valor realizado neste componente até agosto de 2008 foi de US$ 71.210,27 correspondentes a 9% do valor orçado. Todavia há dois processos licitatórios que estão em vias de serem lançados que correspondem a 51% deste valor.

O Componente 3 teve seu orçamento inicial de US$ 910.000,00, e foi revisado para US$ 966.095,00. O valor realizado até agosto de 2008 foi de US$ 54.120,60 correspondentes a 6% do

8

valor orçado. Há contratos firmados com saldo a executar de U$ 583 mil equivalentes a R$ 962.545,85 que comprometem aproximadamente 60 % do orçado.

O Componente 4 teve seu orçamento planejado originalmente em US$ 910 mil, e foi revisado para US$ 1,164 milhão. O valor realizado neste componente até o agosto de 2008 foi de US$ 616.308,16 correspondentes a 53% do valor orçado. Há contratos em execução com saldo a pagar de US$ 162 mil e dois processos licitatórios em curso que podem comprometer aproximados U$ 242 mil, o que corresponde a mais 35% do orçado.

No Componente 5 o orçamento planejado originalmente em US$ 3,230 milhões foi revisado em dezembro de 2007 para US$ 3,330 milhões. O valor realizado neste componente até agosto de 2008 foi de US$ 568.979,42 correspondentes a 17% do valor orçado. Todavia, alguns subcomponentes tem processos licitatórios concluídos com uma expectativa de contratação na ordem de US$ 595 mil ou R$ 980 mil. Do ponto de vista financeiro evidencia-se a baixa execução a qual reflete as dificuldades na articulação e na operacionalização de um projeto com grande número e diversidade de parceiros institucionais. É este Componente que agrega os apoios financeiros aos outros ministérios parceiros, mas também a vários setores da área ambiental.

O Componente 6 de coordenação geral do projeto teve seu orçamento planejado originalmente em US$ 380.000,00, e foi ampliado para US$ 752.045,00. O valor realizado neste componente até o agosto de 2008 foi de US$ 346.756,98 correspondentes a 46% do valor orçado.

Cabe especificar que deste valor 43% referem-se aos custos da cooperação com o PNUD; e 41% referem-se a gastos com publicação de editais. O custo com publicidade dos atos deve ser destacado porque já excede em 98% o estimado para este tipo de rubrica quando o projeto foi planejado e enseja uma análise a cerca dos gastos públicos com este procedimento. Dito de outro modo, trata-se de um aspecto que deve ser levado à avaliação mais acurada dos órgãos de acompanhamento e controle da gestão no que tange aos meios pelos quais se pode assegurar a publicidade e a transparência na administração pública.

Ainda que a execução física e financeira não tenha se dado plenamente, a maior parte dos ministérios mantém estreita e permanente interação com a UCP/MMA. Isso porque a gestão do projeto requer intensa e contínua comunicação entre as gerências, as áreas técnicas e as áreas administrativas de cada setor. Estas parcerias promovem mais do que a execução das atividades previstas, na medida em que pressupõem outras iniciativas co-relacionadas, potencializam a articulação e a cooperação entre os outros ministérios e o MMA. Ou seja, o projeto tem promovido a transversalidade ambiental por meio de suas iniciativas, mas o ritmo da obtenção destes resultados é insatisfatório.

O gráfico 3 expressa os resultados financeiros por setor.

9

Gráfico 3 – Execução financeira e valor comprometido do projeto TAL por setor

Do ponto de vista do Acordo de empréstimo a execução por categoria de investimento indica que os serviços de consultoria foram de mais difícil implementação conforme o gráfico 4 e as tabelas 3 e 4 indicam. Têm-se apenas 11% de pagamento de ações executadas e mais 27% do valor comprometido em contratos firmados em execução. Ainda que outros 24% estejam em processo licitatório é o resultado nesta categoria que expressa as dificuldades operacionais que o projeto enfrentou.

Existem dificuldades de levar a cabo e contratar parte dos processos iniciados. Processos que requerem permanente articulação entre os parceiros diversos em cada uma de suas fases, os serviços de consultoria são mais complexos tanto na fase da licitação quanto na execução que requer o acompanhamento da realização do serviço e também da qualidade dos produtos desenvolvidos. Visando assegurar esta qualidade, o projeto em várias situações rescindiu contratos ou aditou o tempo dos mesmos para serem concluídos adequadamente.

10

MME

MDA/INCRA

Mcidades

Mtur

IBAMA/Icmbio

SFB

ANA

MMA/SMCQ

MMA/SRHU

MMA/SBF

MMA/SEDR

MMA/SAIC

MMA/SECEX/DEMA

MMA/SECEX/DAAM

MMA/SECEX/UCP

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

87%

75%

25%

64%

15%

36%

7%

51%

18%

13%

0%

16%

100%

11%

81%

21%

53%

36%

51%

53%

49%

61%

69%

20%

2%

32%

89%

19%

5%

45%

12%

40%

10%

31%

36%

22%

27%

15%

42%

3%

11%

44%

Informações de progresso por Setor

Total Executado R$ Contratado R$ Em Licitação R$ Disponível R$

Set

or

Na categoria 2, que inclui gastos com capacitações, a realização de oficinas e consultas públicas e edição de materiais de disseminação, as licitações são mais simplificadas e a característica do gasto é seu imediato desembolso, pois finalizados os eventos, a execução financeira dá-se de pronto. Desta forma, a proporção de execução acompanhou melhor o planejamento efetuado.

Cabe registrar que no final de 2007, tendo em vista substituição de atividades planejadas no projeto, houve realocação de recursos não alocados, do contrato de empréstimo para as categorias 2 e 3 que requeriam maior aporte para serem executadas. Essa medida foi pertinente, pois naquele momento, estas duas categorias tinham previsão de ultrapassarem o valor originalmente previsto, o que veio a se confirmar.

Gráfico 4 – Execução financeira e valor comprometido do projeto TAL por categoria de investimento do Projeto TAL

1-Serviços de Consultoria 2- Treinamento 3- Bens e Serviços 5- Remuneração ao BIRD0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

11%

59% 56%

100%

27%

19%

24%

38%

23%

44%

Dados Financeiros por Categoria – US$

Executado Comprometido Em licitação A Executar

Tabela 3 - Execução financeira e valor comprometido do projeto TAL por categoria de investimento do Projeto TAL em dólar

Categoria de Investimento Previsto Comprometido A executar

1-Serviços de Consultoria 4.815.000,00 512.075,25 1.322.296,15 2.980.628,61 -

2- Treinamento 2.735.000,00 1.600.496,99 516.998,36 617.504,65 -

3- Bens e Serviços 370.150,00 207.993,64 - 162.156,36

4- não utilizada - - - -

5- Remuneração ao BIRD 19.850,00 19.850,00 - -

6: Não Alocado - - - -

7.940.000,00 2.340.415,87 1.839.294,51 3.760.289,62 Fonte: SIGMA/ Client Connection

Total Executado até

agosto/08

11

Tabela 4 - Execução financeira e valor comprometido do projeto TAL por categoria de investimento do Projeto TAL em real

Categoria de Inversão Previsto Comprometido A executar

1-Serviços de Consultoria 7.976.142,30 876.316,45 2.181.788,64 4.918.037,21

2- Treinamento 4.855.599,72 2.983.669,75 853.047,30 1.018.882,68

3- Bens e Serviços 633.487,43 365.929,43 267.558,00

4- não utilizada - -

5- Remuneração ao BIRD 42.248,74 42.248,74

6: Não Alocado - -

13.507.478,19 4.268.164,37 3.034.835,94 6.204.477,88 Fonte: SIGMA/ Client Connection Taxa US$ 1,65

Total Executado até

agosto/08

Na seqüência deste relatório, vamos analisar o desempenho de cada componente, destacando os objetivos do TAL, as metas do SAL, as ações executadas e em andamento e aspectos analíticos deste desempenho.

Componente 1 - Fortalecimento do Sistema de Gerenciamento Ambiental

DefiniçãoEste componente visa à realização de ações de fortalecimento da capacidade institucional

do MMA, Ibama e Instituto Chico Mendes de Biodiversidade - ICMBio de modo a contribuir para a gestão ambiental no âmbito do Sisnama.

Metas do SAL Ambiental

As metas político-institucionais acordadas para este componente foram: (i) Criação de comitês tripartites em todos os estados; (ii) Harmonização da legislação para os três níveis de governo em, pelo menos, 3 estados; (iii) Melhoria do Sistema Nacional de Estatísticas, com a inclusão de indicadores ambientais de monitoramento; (iv) Elaboração de um sistema de acesso ao público, inclusive acesso via internet; e (v) Implementação de uma nova estrutura institucional para o MMA e o Ibama incluindo a finalização dos processos de concurso público para o preenchimento de 300 vagas no MMA e 610 no Ibama.

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Objetivos

Os objetivos específicos deste componente são: (i) Integração da gestão ambiental entre os 3 níveis de governo, incluindo processos de licenciamento ambiental; (ii) Definição de indicadores ambientais a serem utilizados pelo sistema nacional de estatísticas; e (iii) Fortalecimento da capacidade administrativa do Ministério do Meio Ambiente.

Ações

As ações realizadas no âmbito deste componente foram:

• Realizado o encontro nacional para estabelecimento de metas de fortalecimento dos estados para a descentralização da gestão florestal estabelecida pela alteração do art. 19 do Código Florestal aprovado pela Lei nº 11.284/2006, sob coordenação do Serviço Florestal Brasileiro;

• Processo de seleção de consultoria para o estabelecimento de uma base nacional oficial e padronizada de indicadores sobre o estado do meio ambiente em diversas temáticas em andamento;

• Realizados cursos de formação para 885 novos analistas ambientais do Ibama e ICMBio. Os cursos tiveram como objetivo apresentar aos novos servidores o papel do Ibama no Sisnama, na condição de responsável pela execução das políticas ambientais, e orientá-los para o desempenho de suas atribuições. Foram realizados cursos na área de licenciamento ambiental, gestão florestal, gestão ambiental, fiscalização ambiental, conhecimentos básicos de unidades de conservação e manejo geral de fauna silvestre;

• Iniciada a elaboração de uma estratégia de capacitação em licenciamento ambiental para os servidores do Ibama na qual os cursos sobre Análise de Risco Ambiental e Avaliação de Impacto Ambiental, devem ser inseridos.

Análise dos resultados

Cabe destacar que a meta da criação das Comissões Tripartites em todas as unidades da federação foi alcançada em 2005 e que a meta de harmonização da legislação para os três níveis de governo em, pelo menos, 3 estados, foi parcialmente atingida.

A meta que trata da implementação de uma nova estrutura institucional para o MMA e o Ibama incluindo a finalização dos processos de concurso público para o preenchimento de vagas nesses 2 órgãos e ainda no ICMBio está alcançada tendo em vista a realização de concursos e nomeação de servidores temporários e efetivos ocorrida nos anos de 2006, 2007 e 2008.

Com relação ao primeiro objetivo, pode-se considerar que foi parcialmente alcançado, tendo em vista que as atividades previstas para apoiar o trabalho desenvolvido pelos OEMAs em relação à tipificação dos impactos ambientais locais foram iniciadas juntamente com outras articulações que vêm sendo feitas pela Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental, SMCQ. Para tanto, estão sendo utilizados outros aportes financeiros do MMA. Com recursos da SMCQ e do Projeto TAL, foram realizadas reuniões em quatro estados: Goiás, Ceará, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Como resultado, tem-se a elaboração, nestes estados, de lista de tipificação de empreendimentos e atividades de impactos ambientais locais. A sistematização e avaliação dessas listas está sendo realizada pela DLAA/SMCQ.

A atividade de apoio ao processo de descentralização da gestão florestal foi bastante exitosa e plenamente desenvolvida em parceria com o Serviço Florestal Brasileiro por meio do Encontro sobre Gestão Florestal Descentralizada que foi realizado em fevereiro de 2008. Esse evento contou com a participação de 33 entidades entre órgãos estaduais de meio ambiente e institutos de pesquisa.

Os principais resultados atingidos podem ser descritos como: (i) capacitação, por meio de palestras e debates, dos representantes de todos os órgãos responsáveis pela gestão florestal estadual quanto aos temas relacionados ao Portal Nacional da Gestão Florestal – PNGF; (ii) diagnóstico da situação dos Estados com relação ao uso de sistemas de informação para a gestão florestal; (iii) recomendações de grupos de trabalhos reunidos ao longo da Oficina sobre as informações que devem estar disponíveis no Portal Nacional da Gestão Florestal bem como o que

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precisa ser padronizado e o que precisa ser feito para que essas informações sejam disponibilizadas. Todas essas recomendações estão servindo de base para o desenvolvimento da estratégia de integração dos sistemas de informações dos OEMAs ao Portal Nacional da Gestão Florestal.

No que tange ao segundo objetivo, de definição de indicadores ambientais a serem utilizados pelo sistema nacional de estatísticas, importa destacar que esse processo está estruturado em três eixos: i) desenvolvimento de ferramentas de acesso à informação; ii) integração de bancos de dados e sistemas de informação; e iii) fortalecimento do processo de produção, sistematização e análise de estatísticas e indicadores ambientais de desenvolvimento sustentável. Os dois primeiros eixos são desenvolvidos pela Coordenação Geral de Tecnologia da Informação e Informática – CGTI do MMA e têm como principal abordagem o uso de ferramentas de geoprocessamento (em consonância com as diretrizes estabelecidas pelo Governo Eletrônico – E-gov), que permitam a composição de mapas interativos com informações provenientes de diferentes temáticas e sistemas de informação. O terceiro eixo, relacionado à produção de estatísticas e indicadores ambientais, é de responsabilidade do Departamento de Coordenação do Sisnama, DSIS e envolve os seguintes objetivos: (i) apoiar a inserção da dimensão ambiental nas pesquisas que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE coordena; (ii) incentivar a sistematização de um conjunto básico de indicadores de qualidade ambiental; (iii)propiciar avaliações integradas sobre o meio ambiente e a sociedade.

A estrutura do Sinima é formada pelo Comitê Gestor instituído pela Portaria no 310, de 13 de dezembro de 2004, composto por representantes do Ministério do Meio Ambiente – MMA, da Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente – Anamma, da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente – Abema, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama, da Agência Nacional de Águas – ANA, do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro – JBRJ e do Fórum Brasileiro de Organizações não-governamentais e Movimentos Sociais – FBOMS. Cabe ressaltar que todas essas ações estão sendo desenvolvidas em articulação com o IBGE, órgão responsável pela produção de estatísticas oficiais do país. Essa articulação se dá via participação de representantes do instituto em Grupo de Trabalho de caráter permanente instituído para avançar nas discussões sobre os indicadores de meio ambiente.

Entende-se que a elaboração de inventário de indicadores de qualidade ambiental – objetivo da consultoria prevista no âmbito do TAL Ambiental – é uma oportunidade para integrar trabalhos nacionais e internacionais relacionados à produção de indicadores de qualidade ambiental e sistematizá-los do ponto de vista metodológico, procedendo, também, a sua disseminação. Os resultados desse estudo deverão, ainda, servir como subsídio para o acompanhamento do estado do meio ambiente e da gestão ambiental e o estabelecimento de políticas e estratégias de atuação, tanto do setor público, como do privado e da sociedade civil. Nesse contexto, tem-se como ponto favorável para a realização da atividade a implementação do Sistema Nacional de Informações sobre o Meio Ambiente – Sinima, instrumento do Sistema Nacional de Meio Ambiente – Sisnama, voltado para a produção, geração, coleta e divulgação da informação ambiental. O estudo insere-se pois em um contexto maior, que envolve a ação continuada de construção e avaliação de indicadores ambientais e de desenvolvimento sustentável.

Ainda que de reconhecida importância, a atividade, iniciada em 2007, teve que ser cancelada em razão de desistência do consultor contratado naquele momento. Além disso, mudanças havidas no MMA, desencadearam um processo de reformulação de estratégias de trabalho, com vistas a se ter maior envolvimento das áreas do MMA e vinculadas, incluindo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio e Serviço Florestal Brasileiro – SFB, além, é claro, do IBGE, conforme já mencionado. Esse processo levou à revisão do termo de referência, o qual foi republicado no final deste primeiro semestre.

Quanto ao terceiro objetivo, fortalecimento da capacidade administrativa do IBAMA e do ICMBio, deve-se destacar que uma boa parte das atividades foram executadas com excelentes resultados.

O curso de formação para os novos analistas ambientais foi de especial importância para o aprimoramento e alinhamento de conhecimento institucional dos novos técnicos do Ibama e do Instituto Chico Mendes aprovados por concurso público realizado em 2005. O curso também propiciou a orientação da ação do servidor público baseada na ética e no compromisso com o bem comum, dentro do desenvolvimento das ações de estado próprias da Carreira de Especialista em

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Meio Ambiente. O evento contou com a participação de 95% do contingente total dos novos servidores que tomaram posse nos Institutos. Todos os setores do Ibama foram beneficiados, com a apresentação a seus novos servidores, da instituição como um todo, sua estrutura regimental e suas responsabilidades na execução das políticas públicas ambientais.

Com relação aos aspectos relacionados ao apoio técnico e administrativo prestado pelos diferentes atores envolvidos no projeto, o Ibama salientou a presteza no atendimento das suas demandas e a disponibilização de orientações técnicas por parte da equipe da UCP/TAL Ambiental, que conta com um técnico responsável para o atendimento das demandas do Ibama.

Para a realização dos dois eventos, o Ibama apontou dificuldades com relação à liberação dos recursos financeiros, que não ocorreu na data prevista e dificultou a divulgação dos cursos e a operacionalização das diárias e passagens dos participantes e como fator político institucional que contribuiu para o atraso na execução das atividades, a criação do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade, que tornou necessária uma readequação da agenda das ações.

Ainda falta executar três atividades previstas para atender a capacitação dos servidores. Uma de caráter mais geral: (i) Curso de Planejamento e Gestão Estratégica para servidores que atuam em planejamento, monitoramento e avaliação de projetos; e duas que se inserem na política de capacitação da área de licenciamento (ii) Curso de Avaliação de Impactos Ambientais e; (iii) Curso de Análise de Risco para servidores do Ibama.

Todavia, há uma definição do MMA e do Ibama de que é preciso provocar uma reformulação na política de capacitação em licenciamento ambiental a qual tenha efeitos mais concretos na qualificação e na agilização do licenciamento no país.

Desta forma, novas diretrizes estão sendo elaboradas para orientar e compor um plano de curto e médio prazo para a capacitação da área de licenciamento, que seja capaz de aportar a logística necessária, adequar os procedimentos, capacitar e motivar profundamente os servidores. Como decorrência, as atividades previstas junto ao TAL deverão ser revistas de forma a serem inseridas neste plano maior de capacitação o qual está sendo desenhado pelo Ibama, em parceria com a Diretoria de Licenciamento e Avaliação Ambiental do ministério – DLAA/MMA. O projeto pretende manter o apoio na implementação desta política.

O Ibama considera que terá plenas condições de executar, em parceria com o TAL, as ações que lhe competem e que estão previstas no seu planejamento interno.

Tanto os objetivos do TAL quanto as metas do SAL firmadas para as atividades já realizadas foram atingidos, e as demais atividades estão sendo desempenhadas com o acompanhamento das áreas técnicas. Com o curso de ambientação, houve o fortalecimento do Ibama, orientando os novos servidores para o desempenho imediato das suas atribuições nas suas respectivas unidades.

O ICMBio desenvolveu a atividade prevista com o apoio do TAL que foi o a semana da ambientação. Nesse contexto, o instituto apontou como fatores positivos para a execução dessa atividade o apoio político, institucional e operacional por parte da sua direção e como fator negativo a demora na liberação de recursos para a operacionalização de diárias e passagens.

Os impactos da semana da ambientação foram extremamente positivos na medida em que os novos analistas do ICMBio tiveram oportunidade de conhecer a estrutura do instituto, as propostas de trabalho e os gestores de outras unidades da Federação.

No tocante a consecução dos objetivos desse componente, a integração da gestão florestal nos três níveis de governo foi parcialmente atingida com o encontro sobre gestão florestal no início de 2008. A definição de indicadores ambientais a serem utilizados pelo Sistema Nacional de Estatísticas ainda não foi atingida tendo em vista que a seleção da consultoria que dará início ao alcance desse objetivo ainda não foi concluída. E o objetivo de fortalecimento da capacidade administrativa do Ministério do Meio Ambiente foi atingido e continua em progresso tendo em vista que mais cursos estão sendo promovidos com o apoio do TAL.

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Componente 2 – Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade

DefiniçãoEste componente visa apoiar ações de programas específicos dos Biomas Cerrado e Mata

Atlântica e de promoção da Lei de Florestas Públicas.

Metas do SAL Ambiental

As metas estabelecidas para o componente são: (i) Estabelecimento de regulamentação da Lei da Mata Atlântica; (ii) Definição e início da implementação do Programa Mata Atlântica; (iii) Elaboração do Programa para Conservação e Uso Sustentável do Cerrado e realização de um processo de consulta para a elaboração da Lei do Cerrado; (iv) Reformulação da taxa de reflorestamento para promover um manejo florestal mais efetivo; e (v) Aprovação da Lei de Manejo de Florestas Públicas pelo Congresso.

Objetivos

Tem como objetivos específicos apoiar: (i) Definição de uma proposta para a regulamentação da Lei da Mata Atlântica; (ii) Definição do Programa Mata Atlântica; (iii) Definição do Programa Cerrado e elaboração do Projeto de Lei do Cerrado; (iv) Definição de uma proposta para a melhoria da Taxa de Reposição Florestal (TRF); e (v) Promoção de iniciativas de esclarecimento e debates sobre o Projeto de Lei sobre Manejo de Florestas Públicas.

Ações

• Apoio à realização de encontros regionais para o detalhamento das áreas prioritárias do bioma Mata Atlântica, com participação de cientistas e de representantes da sociedade civil, sob a coordenação da Secretaria da Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente. Esse detalhamento baseou-se no Mapa de Áreas Prioritárias para a Conservação, Utilização Sustentável e Repartição de Benefícios da Biodiversidade Brasileira.

Análise dos resultados

No que se refere ao primeiro objetivo, importa informar que a Realização dos Encontros Regionais para o detalhamento das áreas Prioritárias do Bioma Mata Atlântica, já efetivada, vai cooperar para a regulamentação da Lei da Mata Atlântica que se encontra em curso.

A aprovação da Lei da Mata Atlântica pelo Congresso Nacional em Dezembro de 2006 criou as condições favoráveis para o alcance do segundo objetivo: definição do Programa Mata Atlântica que está sendo elaborado.

Quanto ao terceiro objetivo do projeto TAL Ambiental, cabe informar que a formulação do Programa Nacional de Conservação e Uso do Cerrado e do marco jurídico por ele amparado, foi elaborada no âmbito do GT do Cerrado, com recursos do Projeto de Cooperação Internacional PNUD BRA/00/021. Sendo assim, considera-se que o referido objetivo foi parcialmente concluído uma vez que somente a o Programa Cerrado foi elaborado mas a Lei do Cerrado ainda não foi aprovada.

No início de 2007, apresentou-se ao Banco Mundial uma proposta de adequação nas atividades relacionadas ao Bioma Cerrado incluindo o estudo de áreas para criação de Unidades de Conservação nos Biomas Cerrado e Pantanal, ações de apoio ao recentemente instituído GT do Carvão e elaboração do Plano de Controle e Prevenção do Desmatamento no Cerrado.

O setor responsável indicou que as modificações ocorridas no corpo de dirigentes do Ministério nos anos de 2007 e 2008 (transição de governo e mudanças nas diretorias) bem como a ausência de um planejamento objetivo voltado para as prioridades do MMA, ocasionaram atrasos na execução das atividades. Estas foram readequadas e agora estão sendo iniciadas. O

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redirecionamento de ações que estavam a cargo da SBF para o Serviço Florestal Brasileiro também gerou atrasos no andamento das atividades, uma vez que o SFB precisou de tempo para redefinir atividades e iniciar os processos licitatórios sob sua responsabilidade.

A Secretaria de Biodiversidade e Florestas apontou como fator negativo de execução a dificuldade técnica de interlocução com o ICMBio na condução da atividade sob responsabilidade conjunta. Tal dificuldade foi superada com a articulação dos diretores na definição do Termo de Referência para contratação deste trabalho.

Outro fator negativo apontado para a execução foi a alteração dos procedimentos internos de gestão do projeto (em janeiro de 2008, a responsabilidade pela condução dos processos licitatórios foi transferida do Grupo de Apoio a Projetos do MMA – GAP/MMA para o PNUD) gerando atrasos e a inclusão de novos instrumentos de gestão (ATLAS) necessitando de capacitação dos técnicos.

O excesso de trabalho a cargo de poucos técnicos também foi apontado como uma dificuldade para cumprir as tarefas a cargo desta secretaria.

A SBF apontou como oportunidade de melhoria para a capacidade de gestão do Projeto TAL Ambiental, os seguintes pontos: (i) treinamento das equipes no processo de elaboração dos Termos de Referência resultando em propostas técnicas de qualidade e que atendam às normas do Banco Mundial; (ii) Capacitação dos servidores/técnicos em processos de licitação dos métodos de aquisição e contratos de acordo com as normas e os procedimentos do Banco Mundial e legislação brasileira e; (iii) a inserção, nas pautas das reuniões do Comitê Técnico, da apresentação dos resultados alcançados pelo projeto.

Os produtos das atividades a cargo da SBF subsidiarão a tomada de decisões e a elaboração de políticas públicas. Por exemplo, é possível citar o Plano de Controle e Prevenção do Desmatamento no Cerrado, o Diagnóstico sobre o Uso de Lenha e Carvão em pólos consumidores e produtores desses insumos. Outras atividades auxiliarão diretamente a conservação da Biodiversidade, como no caso dos estudos para criação de UC no Cerrado e Pantanal.

O público alvo das atividades a cargo do Serviço Florestal e da Secretaria de Biodiversidade e Florestas é o público alvo das políticas públicas centradas nas Áreas Prioritárias para Conservação da Biodiversidade, sociedade civil, gestores públicos e também produtores e consumidores dos produtos florestais.

No que tange aos objetivos quatro e cinco, cabe resgatar que o governo apresentou na Missão de junho de 2007 justificativas para substituir as atividades relacionadas porque não se tratava mais de incidir sobre a reformulação da taxa de reposição florestal RTF, nem divulgar o Projeto de Lei sobre Manejo de Florestas Públicas, pois o mesmo foi aprovado em março de 2006 pelo Congresso Nacional e várias ações para divulgá-lo foram realizadas. Tratava-se de promover outro objetivo e ações, no caso o desenvolvimento de sistemas de informação necessários à melhoria do gerenciamento da política florestal.

Todavia a criação do SFB impôs um ritmo acelerado para que, mesmo as novas ações previstas, estejam sendo viabilizadas com apoios e aportes financeiros de outros projetos. Desta forma, as atividades não serão apoiadas diretamente pelo TAL.

Componente 3 - Gestão de Riscos Ambientais com Substâncias Químicas Perigosas.

Definição

Este componente contém ações de apoio à elaboração do inventário de fontes de poluição e áreas de risco, à definição de estratégias para a implementação do Registro Nacional de Emissões e Transferência de Contaminantes e à elaboração de um plano nacional para prevenir a ocorrência de acidentes com produtos químicos perigosos.

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Metas do SAL Ambiental

As metas definidas para esse componente são: (i) definição de estratégias para a implementação do Registro Nacional de Emissões e Transferência de Contaminantes; (ii) lançamento e início da implementação do P2R2; e (iii) definição de mecanismos para a identificação (inventário) de fontes de poluição e áreas de risco.

Objetivos

Os objetivos deste componente são: (i) Definição de estratégias para a implementação do Registro Nacional de Emissões e Transferência de Contaminantes; (ii) Definição do plano de implementação do P2R2; e (iii) Desenvolvimento de mecanismos para a identificação (inventário) de fontes de poluição e áreas de risco.

Ações

As ações realizadas no âmbito deste componente foram:

• A Empresa InterTox foi contratada para a elaboração do Plano Estratégico de Configuração, Implementação e Mecanismos de Gestão do Registro de Emissão e Transferência de Poluentes (RETP);

• O consórcio Contécnica/Lisboa da Cunha foi contratado para a concepção e capacitação em metodologia para elaboração de planos de ação de emergência federal e estaduais.

Análise dos ResultadosQuanto ao primeiro objetivo, é possível afirmar que este será atingido por meio do trabalho

de consultoria tão logo seja concluído. Já o segundo objetivo depende, além da finalização do trabalho que hora se desenvolve e de outras ações no âmbito do Programa P2R2. Porém, outras iniciativas da SMCQ vêm sendo desenvolvidas junto as OEMAS para dar agilidade à criação de Comissões Estaduais do P2R2 tais como a realização de reuniões, estabelecimento de cronograma para criação das comissões estaduais e organização de agendas estaduais reunindo órgãos com interface no tema P2R2. Como resultados, foram criadas até o momento, comissões nos estados da Bahia, Paraíba, Rio de Janeiro.

O terceiro objetivo receberá grande impulso para seu alcance quando o trabalho a ser desenvolvido para o detalhamento da metodologia de mapeamento de áreas de risco ambiental com substâncias químicas perigosas for contratado. O processo seletivo foi frustrado por razões de natureza normativa no processo licitatório e motivou a elaboração de um Termo de Referência mais objetivo. Para reformulação deste TDR o projeto apoiou a realização de duas oficinas com a participação de especialistas das Universidades Federais de São Paulo e do Rio de Janeiro na perspectiva de qualificar o conteúdo do TDR. Nesse sentido, uma reavaliação do custo estimado apontou para a supressão da elaboração do software requerido no primeiro termo de referência.

A Secretaria apontou a cooperação entre suas diretorias como fator positivo para o desempenho das atividades na área de Segurança Química. Conforme o setor, as atividades foram impulsionadas pela consciência geral da importância desse tema para o alcance das metas do SAL. No caso da Gerência de Controle da Poluição e Substâncias Químicas as metas do SAL serão atingidas exclusivamente devido à implementação do Projeto TAL.

Um fator negativo apontado pela secretaria para a execução das atividades, foi a dificuldade trazida pela obrigatoriedade da adoção dos métodos licitatórios do Banco Mundial no âmbito do projeto. Na visão do setor foram estes métodos que dificultaram o processo de seleção, tornando-o moroso o que teria inviabilizado uma das contratações, levando ao reinício da seleção após um longo processo e acarretando um grande atraso nos trabalhos.

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Os resultados e impactos dos produtos desenvolvidos no âmbito da SMCQ estão relacionados, principalmente, ao desenvolvimento de uma nova metodologia que, por si, irá possibilitar a melhoria da qualidade do trabalho dos órgãos ambientais estaduais e federal, em especial o setor de licenciamento. Os órgãos integrantes do Sisnama, de posse de produtos como o Plano de Ação Emergencial, estarão melhor preparados para analisar, avaliar e exigir medidas mais qualificadas por parte dos responsáveis pelas atividades potencialmente poluidoras. Ainda nesse caso, a sociedade, como um todo, será beneficiada uma vez que os Estados terão, ao final da referida contratação, um roteiro para cada tipologia considerada prioritária, pronto para desenvolver um Plano de Ação de Emergência Estadual para acidentes com produtos perigosos.

A SMCQ considera que, apesar do número reduzido de servidores de que dispõe para acompanhar as atividades do projeto, será capaz de desenvolver as atividades da Secretaria no âmbito do TAL. Porém, o setor salienta não poderá sofrer nenhuma perda de recursos humanos tendo em vista a complexidade das atividades que deverá desempenhar na parceria com o TAL, como, por exemplo, a análise de produtos das consultorias contratadas.

Quanto aos aspectos relacionados à Cooperação, a SMCQ considera que a Unidade de Coordenação do Projeto – UCP/TAL fornece apoio completo para a realização das atividades contribuindo para o alcance do sucesso do projeto. Já a relação com o PNUD e o BIRD pode ser melhorada uma vez que, em várias oportunidades, os setores não obtiveram respostas em tempo para os questionamentos da área técnica, especialmente sobre aspectos administrativos e andamento dos processos, o que causou atrasos nos mesmos, antes da contratação. Dificuldades relacionadas à transição do Sistema SAP R3 para o Sistema ATLAS no desempenho das atividades dos projetos de cooperação com o PNUD também foram apontadas pelo setor.

O papel do Comitê Técnico nas atividades do TAL é destacado pela SMCQ tendo em vista que essa instância operacionaliza a articulação entre as diversas Secretarias do MMA e os setores de outros ministérios que tratam de temas ambientais no nível federal. Além disso, o Comitê Técnico propiciaria a transversalidade das ações do projeto. Estas qualidades apontam para o significado do colegiado que, talvez, seja a instância mais importante do sistema de execução do Projeto TAL.

No caso deste Componente há perspectiva de atendimento da integralidade dos objetivos estabelecidos ao fim da execução das atividades previstas.

Componente 4- Gestão de Recursos Hídricos

Definição

Este componente retrata a importância da gestão e administração dos recursos hídricos, cujos estoques, cada vez mais reduzidos, dependem, além da distribuição regional dos corpos d'água, do controle do adensamento populacional e do combate à degradação de corpos d’água, provocada pela poluição agrícola, urbana e industrial. No intuito de colaborar para a solução desses impasses, foram previstas algumas atividades que poderiam contribuir para a elaboração e lançamento do Plano Nacional de Recursos Hídricos, bem como a definição de diretrizes gerais para a implementação de procedimentos de outorga e cobrança pelo uso da água.

Metas do SAL Ambiental

As metas definidas para esse componente são: i) elaboração e lançamento do Plano Nacional de Recursos Hídricos; e ii) criação de mecanismos para aumentar a implementação e aplicação da cobrança pelo uso de água.

Objetivos

Essas atividades tinham os seguintes objetivos específicos: (i) promover a participação da sociedade na implementação da Política Nacional de Recursos hídricos; (ii) fortalecer a atuação dos órgãos colegiados na gestão dos recursos hídricos; (iii) elaborar instrumentos técnicos que

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subsidiem a elaboração do Plano Nacional de Recursos Hídricos; e (iv) desenvolver critérios e metodologias para a integração dos procedimentos de outorga e cobrança pelo uso de recursos hídricos.

Ações

• Concluída a consultoria individual para o desenvolvimento das atividades de detalhamento dos Programas II e V do Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNRH);

• Concluída a consultoria individual para o detalhamento dos subprogramas IV.2 e IV.3 e apoio ao detalhamento do subprograma IV.1 que integram o Programa IV, relacionados aos assuntos transfronteiriços, previstos no âmbito do PNRH;

• Concluída a consultoria jurídica especializada em gestão de recursos hídricos e meio ambiente, para avaliação dos impactos do PNRH no âmbito das resoluções do Conselho Nacional de Recursos Hídricos;

• Concluída a consultoria individual para desenvolvimento de estratégias decorrentes do processo de implementação do PNRH, que subsidiará a elaboração dos Programas do Plano referentes ao Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos;

• Concluída a consultoria individual para o detalhamento dos Subprogramas I.1, I.3 e o detalhamento da construção lógica das inter-relações entre os programas do PNRH, realização de estudos técnicos especializados para definição de indicadores de acompanhamento da implementação do Plano Nacional de Recursos Hídricos e dos demais instrumentos de gestão;

• Concluída a consultoria individual para desenvolvimento de ações de planejamento e implementação do PNRH na área de comunicação;

• Contratação de consultor individual com o objetivo de desenvolver estudos estratégicos sobre cenários nacionais de desenvolvimento e impactos regionais que afetam a gestão de recursos hídricos. Para o detalhamento do Subprograma I.2 e acompanhamento do debate técnico referente aos Programas V, VI e VII do PNRH. Consultoria em andamento;

• Iniciada seleção de consultoria para o desenvolvimento de sistema de informações do Plano Nacional e Recursos Hídricos, junto à Secretaria Recursos Hídricos do MMA. A SDP foi enviada ás empresas;

• Produção e distribuição de vídeo institucional do PNRH;

• Publicação de quatro volumes do PNRH, de doze cadernos regionais e de cinco cadernos setoriais do PNRH: Agropecuária, Transporte Aquaviário, Indústria e Turismo, Saneamento e Energia;

• Realização de 27 Encontros Públicos Estaduais, com participação dos diversos setores envolvidos, para apresentação e devolução dos resultados do PNRH;

• Realização de 24 reuniões nas 12 Comissões Executivas Regionais (CER's), sendo duas em cada CER, e de 12 feiras ambientais com a participação de diversos setores envolvidos;

• Realização de um seminário nacional para apresentação, discussão e divulgação do resultado do PNRH, junto aos demais atores envolvidos na sua elaboração (sociedade civil, membros do SINGREH, setores usuários);

• Reiniciado o processo de contratação de consultoria pessoa jurídica para avaliar a efetividade no alcance dos objetivos da outorga conseguida pelas estratégias de gestão em prática no país, junto à Agência Nacional de Águas – ANA.

Análise dos resultados

A construção do Plano Nacional de Recursos Hídricos – PNRH fez parte das prioridades do governo Federal, particularmente do Ministério do Meio Ambiente, haja vista tratar-se de instrumento para a implementação da Política de Recursos Hídricos no Brasil. De tal sorte que o Plano foi lançado em 2006 expressando o alcance de compromissos internacionais assumidos pelo

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Brasil em atendimento às Metas do Milênio e às prerrogativas da Rio +10 relacionadas à água. Nesse sentido, as consultorias contratadas por meio do TAL Ambiental representaram um importante apoio para o detalhamento de vários sub-programas que o compõem.

É de se destacar que todo o processo de construção do PNRH envolveu uma ampla mobilização social. Esse processo que contribuiu para que o princípio da participação social fosse garantido, afetou o cronograma de trabalho junto ao Projeto. Corroboraram também para o atraso na execução das atividades relacionadas ao PNRH questões de ordem econômica, operacional e técnica, tais que a flutuação, para baixo, do câmbio e a morosidade dos procedimentos de aquisição de produtos, dependentes de aprovação pelo Comitê Técnico.

Uma vez transpostos esses obstáculos, por meio de uma melhor estruturação e maior dedicação da equipe técnica da UCP, pode-se dizer que o apoio prestado pelo TAL, além de contribuir para o alcance de um dos objetivos previstos, qual seja, a definição do Plano Nacional de Recursos Hídricos e para o cumprimento da meta relacionada à elaboração e lançamento deo PNRH, também assegurou a participação efetiva de diferentes setores da sociedade.

Outrossim, o envolvimento de equipe multidisciplinar na coordenação dos estudos de detalhamento dos programas do PNRH fez com que os documentos técnicos elaborados fossem marcados por elevada consistência técnica. Esse fato, em particular, foi ressaltado pela Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano – SRHU como tendo contribuiído para o acúmulo de conhecimento e experiência por parte da equipe técnica, o que certamente favorecerá o desenvolvimento das atividades de implementação do PNRH.

Muito embora o Sistema Nacional de Gestão Integrada de Recursos Hídricos – SINGREH não tenha sido, ainda, implementado em todo o território nacional, alguns resultados e impactos já podem ser observados. Dentre eles i) a ampliação do debate sobre as águas do país, envolvendo cerca de sete mil atores sociais; ii) a capacitação dos atores do SINGREH e a elaboração de publicações de alta qualidade técnica e de interesse, especialmente no que toca à implementação da política; iii) o já citado cumprimento de compromissos internacionais assumidos pelo Brasil (Metas do Milêncio e Acordos estabelecidos na Rio +10); iv) o estabelecimento de diretrizes e metas para a gestão integrada dos recursos hídricos; e, v) a estruturação e consolidação das Políticas Nacional e Estaduais de Recursos Hídricos; do Sistema Nacional e Estaduais de Gerenciamento de Recursos Hídricos, do Conselho Nacional de Recursos Hídricos e da própria SRHU.

O público-alvo do PNRH inclui integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos; tomadores de decisão nas três esferas de governo e a população brasileira como um todo, que tem nas mãos um documento de planejamento que propõe diretrizes, programas nacionais e metas para um horizonte de quinze anos, com interface com outros programas e planos governamentais e setoriais. Além desses, serão beneficiados com a implementação de mecanismos de outorga e cobrança pelo uso da água, os Comitês de Bacias e Agências de Águas e usuários de recursos hídricos.

Para a SRHU todas essas questões atestam a contribuição do TAL Ambiental na definição de uma política pública prioritária para o governo brasileiro, notadamente no que tange à elaboração e divulgação do Plano Nacional de Recursos Hídricos e ao fortalecimento das instituições que compõem o Sistema Nacional de Gestão Integrada de Recursos Hídricos - SINGREH, por meio do apoio à realização de estudos, reuniões de consultas e divulgação, e apoio ao Conselho Nacional de Recursos Hídricos. Entretanto, a efetividade da política depende da implementação de um sistema de gerenciamento dos recursos hídricos, o qual inclui a criação de mecanismos e a consolidação de diretrizes para outorga e cobrança pelo uso da água. Essas atividades estão em andamento e deverão ser concluídas.

Conforme a ANA, os fatores que causaram dificuldades para a execução das atividades planejadas foram: os procedimentos excessivamente burocráticos para a aquisição dos produtos, a necessidade de aprovação de Termos de Referência pelo Comitê Técnico e a necessidade de utilização das normas do Banco Mundial, para um público (Pontos Focais e equipe técnica do TAL) sem muita experiência e que contava com estrutura física insuficiente tais como sistema de monitoramento de licitações. Além disso, a flutuação, para menor, do câmbio teria resultado em significativas dificuldades para o setor.

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Os fatores positivos que contribuíram para a execução das atividades foram: a melhor estruturação da UCP e a dedicação da equipe no sentido de minimizar os impactos dos problemas apontados.

O público destinatário dos produtos a serem desenvolvidos no âmbito desse componete é composto, principalmente, de órgãos gestores estaduais, CNRH, Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos, Comitês de Bacias, Agências de Água e usuários de recursos hídricos, bem como órgãos do setor de saneamento.

A ANA considera que há condições de gerenciar os contratos para a execução dos serviços de consultoria especificados, sem maiores problemas.

Quanto aos aspectos relacionados ao apoio técnico e administrativo para a execução das ações, os setores entendem que as regras utilizadas para a contratação de consultoria não foram, ainda, suficientemente disseminadas, bem como não havia, na fase inicial do projeto, formatos padronizados para os documentos utilizados. A análise e aprovação por parte do Comitê Técnico do TAL fez supor, no primeiro momento, que o conteúdo dos termos de referência estava adequado para os procedimentos de contratação. Essa adequação não se confirmou quando do início das contratações, tornando necessárias várias modificações o que ocasionou significativos atrasos na execução.

Os objetivos do TAL e as metas do SAL serão atingidos quando as atividades forem inteiramente concluídas. A Agência Nacional de Águas considera que não haverá problemas para a execução das atividades que ainda não foram realizadas.

Componente 5 – Inserção da sustentabilidade ambiental em setores governamentais selecionados

Com o objetivo geral de promover a assistência técnica ao governo brasileiro para estabelecer um ponto de equilíbrio entre o desenvolvimento sócio-econômico e a melhoria da qualidade ambiental esse componente representa o compromisso assumido por setores governamentais selecionados na busca pela sustentabilidade ambiental. Traduz, pois, a importância dada à transversalidade, que é expressa no projeto pela definição de um componente organizado em subcomponentes, onde diferentes setores do governo estabelecem um diálogo para enfrentar alguns temas cruciais. Esses temas são: controle do desmatamento da Amazônia e o desenvolvimento sustentável da região, a integração do zoneamento ecológico-econômico ao desenvolvimento regional, a inserção de critérios ambientais no setor de saneamento e nas políticas fiscal e financeira, a melhoria da sustentabilidade ambiental nos setores de energia, reforma agrária e turismo. Para fazer face a estas preocupações estabeleceu-se uma agenda conjunta entre sete ministérios comprometidos em envidar esforços coordenados, cujos resultados qualificarão o sistema de gestão ambiental e de controle social, respondendo aos ditames da Política Nacional de Meio Ambiente.

Dessa forma, o TAL Ambiental contribui na promoção de estudos, capacitação, assistência técnica e processos de consultas públicas para questões que envolvem os Ministérios do Meio Ambiente, da Fazenda, das Cidades, da Integração Nacional, do Desenvolvimento Agrário, de Minas e Energia e do Turismo na forma dos subcomponentes que serão relatados a seguir.

Subcomponente 5.1 – Controle do Desmatamento na Amazônia

Definição

Este subcomponente visa a fortalecer os esforços do governo para controlar o desmatamento no país de modo a propiciar um enfrentamento mais planejado e estruturado das ações públicas.

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Metas do SAL Ambiental

(i) definição da titularidade de terras nas áreas críticas apontadas pelos grupos de trabalho do PPCD e da BR 163; (ii) detalhamento do ZEE para a área de influência da estrada federal BR-163; (iii) operação conjunta dos Ministérios do Meio Ambiente, da Justiça, da Defesa e do Trabalho, por meio da integração de equipamentos, logística e bases de operação como uma ação do PPCD; (iv) início do processo de regularização de titulação de terras para as áreas mais críticas apontadas pelo GTs do PPCD e da BR-163; e (v) lançamento do Plano de Ação para a região da BR-163 produzido com base no ZEE.

Objetivos

Para tanto, foram definidos, para esse subcomponente, os seguintes objetivos específicos: (i) aumentar a eficiência da fiscalização do uso do solo na área de influência da BR-163; e (ii) auxiliar na consolidação das ações integradas de fiscalização ambiental.

Ações

• Promoção do curso sobre identificação de ilícitos ambientais, trabalhistas e agrários na Amazônia Legal

Análise dos resultados

Para o alcance desses objetivos e metas, as atividades previstas no âmbito do TAL Ambiental estão relacionadas a atualização do conhecimento e do uso de ferramentas tecnológicas para detecção de desmatamento, por meio da capacitação de agentes locais e de servidores federais que atuam no âmbito do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento e de maior interação conceitual e integração institucional entre os agentes de fiscalização.

O processo de institucionalização do ZEE da BR 163 está em curso nos âmbitos federal e estadual. O Governo do estado do Pará encaminhará um projeto de lei ao poder legislativo internalizando o ZEE da BR 163 em seu sistema de planejamento e ordenamento territorial. No plano federal, o zoneamento passará a orientar as ações dos intervenientes do Plano de Desenvolvimento Sustentável da Área de Influência da BR 163, convertendo-se em uma estratégia de gestão territorial integrada pelas dimensões espacial, ambiental e socioeconômica.

Visando sua implementação em todos as escalas territoriais, serão realizados no segundo semestre de 2009, por meio do projeto, dois cursos de capacitação para uso e aplicação prática do ZEE da BR 163. Para esses eventos estão sendo mobilizados gestores públicos locais e regionais, assim como lideranças das organizações da sociedade civil. Os eventos ocorrerão nos espaços dos Centros de Capacitação Permanente para a Gestão ambiental e Territorial – CECAPS, instalados e mantidos mediante acordo de cooperação técnica entre MMA e instituições de ensino e pesquisa da Amazônia. Dois destes centros, o de Santarém e Alta Floresta, sediarão os referidos cursos, sendo que novas atividades dessa natureza poderão ser realizadas em função da demanda.

Uma outra atividade desenvolvida sob a coordenação do Ibama, apontada pelo mesmo como de grande relevância para a fiscalização ambiental, foi o curso sobre identificação de ilícitos ambientais, trabalhistas e agrários na Amazônia Legal. Esse treinamento envolveu servidores de cinco instituições que atuam no combate aos ilícitos na Amazônia Legal (Ibama, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA, Ministério do Trabalho - MTE, Departamento de Polícia Rodoviária Federal - DPRF e Departamento de Polícia Federal - DPF). Durante o evento houve a troca de experiências e o delineamento de linhas de ação conjuntas, o que representou uma boa oportunidade de maior integração e padronização dos procedimentos relativos às atividades de combate aos ilícitos ambientais por esses diferentes órgãos.

O conteúdo desenvolvido no curso focou a transversalidade das ações e a operação conjunta desses órgãos, que integram o Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento da Amazônia Legal – PPCDAM.

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Subcomponente 5.2 – Desenvolvimento ambientalmente sustentável na Amazônia

Definição

A compreensão da importância da região amazônica, considerando as dimensões biodiversidade e recursos hídricos, do respeito às populações tradicionais, e de que as desigualdades regionais e sociais devem ser enfrentadas pelo desenvolvimento sustentável, orienta as ações promovidas por esse subcomponente.

Meta do SAL Ambiental

(i) realização de consultas públicas sobre a minuta do Plano Amazônia Sustentável – PAS.

Objetivos

Nesta ótica definiu-se como objetivos específicos para esse subcomponente: (i) Realização de consultas sobre o esboço do PAS e lançamento do Programa; e (ii) inclusão das principais linhas de ação do PAS na revisão proposta do PPA 2004-2007.

Ações

As ações realizadas no âmbito deste subcomponente foram:

• Promoção de nove consultas públicas sobre o Plano Amazônia Sustentável, com participação de segmentos sociais representativos da Amazônia brasileira, nas capitais dos estados de Amazonas, Acre, Amapá, Mato Grosso, Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Eventos coordenados pela extinta Secretaria de Coordenação da Amazônia/MMA;

• Finalizada a publicação do Plano Amazônia Sustentável;

• Promoção do Seminário nacional de proposição de políticas para o desenvolvimento sustentável para comunidades tradicionais;

• Promoção de cinco oficinas regionais para a construção da Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, nas cidades de Curitiba/PR, Rio Branco/AC, Cuiabá/MT, Paulo Afonso/BA e Aracajú/SE. Os eventos foram coordenados pela extinta Secretaria de Coordenação da Amazônia/MMA

Análise dos resultadosTanto a meta do SAL, quanto o objetivo do TAL de subsidiar a elaboração da versão final

do Plano Amazônia Sustentável – PAS foram cumpridos. Já a meta de inclusão das principais linhas de ação do PAS na revisão proposta do PPA 2004-2007 não foi plenamente cumprida.

Quanto a essa meta, tendo em vista a transferência da responsabilidade de conduzir as estratégias de desenvolvimento para a Amazônia para a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República que foi designada em maio do corrente pelo Presidente Luís Inácio Lula da Silva para ampliar a articulação das ações federais na região, entende-se que a condução deste tipo de iniciativa, ainda pertinente, cabe à referida Secretaria. E, tendo-se atendidos os objetivos previstos no projeto no que diz respeito ao PAS, entende-se que o Subcomponente foi executado. Propõem-se então que parte do saldo financeiro do subcomponente seja realocado para outras iniciativas que requerem maior aporte para serem viabilizadas.

O Departamento de Articulação de Ações na Amazônia – DAAM- vinculado a Secex aponta como fatores positivos para a execução das atividades sob sua responsabilidade o empenho das equipes técnicas desse Departamento e a integração dessas equipes para facililitar a realização das tarefas.

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Como fatores negativos para a execução das atividades, foram apontados: (i) a distinção entre o “tempo político” e “tempo técnico” uma vez que o tempo maior para viabilizar uma tarefa nem sempre é considerado por ocasião da tomada de decisão política; (ii) a desarticulação com o PNUD na execução das tarefas; (iii) os procedimentos utilizados para atender a legislação na contratação de serviços são muito rigorosos e (iv) as mudanças nos dirigentes do MMA causaram uma desaceleração no andamento das atividades.

Os resultados e impactos da aplicação dos produtos gerados no âmbito da parceria com o TAL podem ser descritos como um aumento na participação da sociedade civil amazônica na elaboração das políticas públicas para aquela região bem como um fortalecimento da articulação entre o Ministério da Integração, Casa Civil da Presidência da República, governos estaduais, sociedade civil e movimentos sociais amazônicos para o desenvolvimento dessas políticas. Adicionalmente, apontou-se como impacto dos produtos mencionados, uma maior visibilidade para as estratégias de promoção do desenvolvimento sustentável da Amazônia Brasileira.

Os governos estaduais, movimentos sociais, pesquisadores da região amazônica e órgãos do governo federal que trabalham em prol da promoção do desenvolvimento, sustentável da Amazônia foram apontados como principais públicos beneficiários dos produtos do projeto.

Quanto aos fatores relacionados à cooperação, o DAAM aponta a diferença entre as rotinas de cada setor como um fator que prejudica a compreensão das dificuldades, muitas vezes específicas, de cada área. Já a relação com o PNUD teria apresentado mais dificuldades em 2008, em função das alterações internas nos procedimentos, que atrasaram o processo de execução das ações.

No que tange as ações em apoio ao desenvolvimento sustentável das comunidades tradicionais as mesmas estão agora sob responsabilidade da Secretaria Nacional de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável/MMA. As ações executadas colaboraram no arranjo intragovernamental entre vários ministéios que viabilizou a construção da Política Nacional de Desenvolvivmento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais. As oficinas previstas para serem apoiadas pelo projeto ocorrerão no final de 2009 e terão um foco na discussão com representantes das comunidades sobre a Lei de Acesso aos Recursos Genéticos, em especial no que tange a repartição de benefícios.

Subcomponente 5.3 – Inserção da questão ambiental no setor de saneamento

Definição

A redução dos níveis de poluição hídrica constitui-se em um grande desafio para a gestão de recursos hídricos no Brasil tendo como uma de suas causas o lançamento de esgotos sanitários sem tratamento nos cursos d’água. Somadas a isso, as características do processo de urbanização brasileira também tornaram as normas de ordenamento urbano insuficientes para equacionar estes problemas e promover um reordenamento à partir de critérios de sustentabilidade ambiental.

Metas do SAL Ambiental

(i) apresentação ao Congresso Nacional da proposta de lei sobre resíduos sólidos (SRHU/MMA); (ii) melhoria do sistema de certificação do Programa de Despoluição de Bacias Hidrográficas – Prodes (ANA) ; e (iii) Implementação da metodologia para Planos Diretores em 30 municípios (Mcidades).

Objetivos

São: (i) Esclarecimento do projeto de lei sobre resíduos sólidos; (ii) Melhoria do sistema utilizado para certificar a qualidade da água em projetos de tratamento de esgoto; e (iii) Desenvolvimento de uma metodologia para elaborar Planos de Gestão Municipal participativos com enfoque ambiental.

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O primeiro objetivo se relaciona com uma atividade que será realizada no âmbito da SRHU/MMA. O segundo, diz respeito a uma atividade que ocorrerá no âmbito da Agência Nacional de Águas e o terceiro, com as atividades a serem desenvolvidas em articulação com a Secretaria Nacional de Programas Urbanos do Ministério das Cidades.

Ações

As ações desenvolvidas no âmbito deste componente, foram:

• Concluída consultoria para revisão e atualização do manual de apoio a projetos de gestão ambiental urbana, junto à Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do MMA;

• Em fase de conclusão a publicação do Diagnóstico sobre a metodologia de certificação da qualidade da água no tratamento de esgoto, a partir dos padrões do PRODES;

• Concluída a consultoria de pessoa jurídica que elaborou os Planos Diretores Participativos com ênfase ambiental nos municípios de Chorozinho, Ocara, Redenção e Santana do Acaraú, no Ceará, sob coordenação do Ministério das Cidades;

• Concluída a consultoria de pessoa jurídica que mensurou e avaliou os resultados decorrentes da elaboração de Planos Diretores Participativos com ênfase ambiental nos municípios de Anápolis (GO) e Várzea Grande (MT), sob coordenação do Ministério das Cidades;

• Encontra-se em andamento consultoria de pessoa jurídica visando à elaboração de Planos Diretores Participativos com ênfase ambiental nos municípios de Felixlândia, Curvelo, Pompéu e Três Marias, em Minas Gerais, processo coordenado pelo Ministério das Cidades.

• A análise dos estudos desenvolvidos com apoio do Projeto está sendo realizada por servidores do Ministério das Cidades. A consultoria para monitoramento e acompanhamento em relação ao desenvolvimento da metodologia de Planos Diretores Participativos com ênfase ambiental em municípios selecionados foi suspensa.

Análise dos resultadosA meta do SAL Ambiental foi alcançada, haja visto que o PL de resíduos sólidos foi

apresentado ao Congresso Nacional. Como o PL está em debate no Congresso e com a sociedade brasileira, o objetivo relacionado à política em discussão, continua pertinente. Ações neste sentido precisam ser apoiadas e ampliadas. Nesse sentido, a SRHU apresentou proposta de contratação de consultoria com vistas ao fortalecimento do debate em torno do Projeto de Lei de Resíduos Sólidos, para propor estratégias de incorporação de determinados instrumentos de gestão de resíduos sólidos aplicáveis às principais cadeias produtivas. Especificamente um estudo que desenvolva a chamada Análise do Ciclo de Vida – ACV- dessas cadeias produtivas e a proposição de estruturas de logística reversa para as mesmas.

Cabe registar que com o advento do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento, uma reorientação política para ampliar a articulação entre iniciativas de ação conjunta como os consórcios públicos intermunicipais para enfrentar essa problemática, está sendo implementada. E, paralelamente aos esforços em torno da aprovação do PL, ações de fomento a estas iniciativas estão sendo desenvolvidas e devem colaborar para a intensificação e qualificação do debate sobre o mesmo.

Especificamente sobre a atividade executada que foi o Manual de Apoio a Projetos – Gestão Ambiental Urbana, é possível destacar que nele constam diretrizes para a elaboração de projetos básicos de unidades que compõem um sistema de gestão integrada de resíduos sólidos, em especial, aterros sanitários, bem como, elementos que orientam a reestruturação institucional da prestação de serviços de resíduos sólidos no sentido de adoção do modelo de consórcios intermunicipais preconizados pela Lei de Consórcios 11.107/2005 e pela Lei de Saneamento Básico 11.445/2007.

O segundo objetivo pode ser considerado parcialmente atingido, bem como a meta do SAL, haja visto que a ANA desenvolveu o diagnóstico sobre a metodologia de certificação da

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qualidade da água no tratamento de esgoto com especialistas daquela agência. Além disso o PRODES, Programa de Despoluição de Bacias Hidrográficas dispõe do Governo Federal um orçamento da ordem de 40 milhões de reais por ano. Para disseminar informações sobre o programa, está sendo concluída a publicação sobre a metodologia de certificação da qualidade da água no tratamento de esgoto, por meio do TAL Ambiental.

Quanto ao objetivo de desenvolvimento de metodologias de planejamento municipal com ênfase na sustentabilidade ambiental foi, até o momento, parcialmente atingido. Isso porque alguns estudos estão concluídos e outros em fase final de elaboração, mas falta a análise e sistematização destas metodologias. O Ministério das Cidades, neste momento, está analisando os estudos recebidos e depois da sistematização promoverá, junto com o projeto, sua disseminação.

O Ministério das Cidades apontou como fatores que influíram positivamente na execução das atividades a boa relação institucional e técnica entre os pontos focais e os membros da UCP/TAL. Além disso, os pontos focais do Mcidades possuem um bom conhecimento técnico das atividades desenvolvidades pelo TAL e, portanto, têm suficiente autonomia para o acompanhamento e a tomada de decisões de caráter técnico. Outro ponto positivo é a flexibilidade para a aceitação, por parte da UCP/TAL, de novas atividades no âmbito das ações acordadas no projeto. A disponibilização, em dezembro de 2007, de um servidor dedicado ao acompanhamento das ações do Projeto, dinamizou os procedimentos relacionados ao TAL Ambiental no Ministério.

Os fatores que influíram negativamente no andamento das ações do projeto junto àquele ministério foram: (i) o atraso na aprovação do orçamento geral da União de 2006 pelo Congresso Nacional acarretando alterações substanciais nas atividades propostas em função da desistência de municípios; (ii) a previsão orçamentária em dólares americanos ocasionou uma perda significativa de recursos; (iii) os prazos de execução não levam em conta as demoras ocorridas nas diversas fases dos procedimentos licitatórios; (iv) existiram atrasos que ocasionaram aditamentos nos contratos devido a situações não previstas no planejamento das atividades, como, por exemplo, situações adversas do ponto de vista político-administrativo nos Municípios.

Os resultados e impactos das atividades que foram apontados pelo Ministério das cidades foram a elaboração de Planos Diretores Participativos que previram de maneira mais eficiente as diretrizes, instrumentos e ações relacionadas à sustentabilidade ambiental e ao equacionamento de questões ambientais não resolvidas no âmbito municipal. Além disso, os produtos trazem insumos importantes para o aperfeiçoamento do processo de elaboração e implementação de Planos Diretores Participativos -PDPs - com ênfase na sustentabilidade ambiental.

Os públicos principais dos produtos contratados junto ao Ministério das Cidades são: as equipes técnicas, servidores, gestores e dirigentes municipais, além de lideranças comunitárias, técnicos daquele ministério e demais interessados no tema, além dos habitantes dos municípios que foram foco do trabalho.

A metodologia de Planos Diretores Participativos com ênfase na sustentabilidade ambiental com a aplicação da pesquisa qualitativa e o Seminário Nacional “Plano Diretor Participativo e Sustentabilidade Ambiental” que discutirá as experiências e os dados obtidos na pesquisa resultarão em cartilhas que orientarão a implementação de PDPs em outros municípios, ampliando assim o público beneficiário das ações.

O setor acredita que tem plenas condições de executar as atividades que ainda não foram realizadas desde que seja mantida a presença de um servidor dedicado à execução das mesmas. Quando as atividades forem concluídas os objetivos do TAL e as metas do SAL definidas para as ações a cargo do setor serão plenamente atingidos.

Quanto aos aspectos relacionados ao apoio técnico e administrativo prestado no âmbito do projeto, o Mcidades aponta como bom o suporte oferecido pela UCP/TAL Ambiental, com a ressalva de que o sistema de acompanhamento operacional dos contratos pode ainda ser melhorado. Outro ponto que apresenta deficiência é a assistência prestada pelo PNUD no que se refere aos processos licitatórios. O Mcidades apontou a necessidade de aumentar a participação dos pontos focais nas reuniões do Comitê Técnico.

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Subcomponente 5.4 – Integração do ZEE no Planejamento Regional Territorial

Definição

A integração do zoneamento ecológico-econômico no planejamento regional territorial é mais um passo, imprescindível, na consecução do desenvolvimento sustentável sendo um dos principais instrumentos de planejamento e gestão territorial previsto na Política Nacional de Meio Ambiente. Sua utilização de modo efetivo resulta na visualização do modelo de ocupação do território, gerando oportunidade de detecção dos pontos de estrangulamento e do traçado de planos de atuação com maior hierarquização das ações a serem promovidas.

Metas do SAL Ambiental

(i) integração e inclusão em mapas das principais ações e política de governo federal para as regiões Norte, Nordeste, e Centro-Oeste como contribuição para o planejamento regional e territorial (SEDR/MMA); e (ii) Programa de Revitalização da Bacia do Rio São Francisco lançado e em operação (SRHU/MMA).

Objetivos

O TAL Ambiental tem os seguintes objetivos específicos para esse subcomponente: (i) elaborar mecanismos para a integração do ZEE nos projetos regionais territoriais a ser alcançado por meio de atividade desenvolvida no âmbito da SEDR/MMA; e (ii) elaborar estudos estratégicos, visando à revitalização da bacia do Rio São Francisco, atividade desenvolvida no âmbito da SRHU/MMA.

Análise dos resultados

Os principais resultados alcançados pela SEDR no sentido de integrar o ZEE nas políticas regionais e que são complementares às atividades que serão desenvolvidas com o apoio do TAL estão apontados a seguir.

Foi finalizada a elaboração do Mapa Integrado dos ZEEs estaduais da Amazônia Legal, mediante compatibilização de legenda e categorias de uso. Esse produto continua sendo atualizado, na medida em que os estados avançam na finalização de seus respectivos ZEEs. Tanto o mapa integrado quanto outros produtos gerados estão sendo utilizados na conclusão do Macro ZEE da região, que irá propor uma estratégia de espacialização das diretrizes do PAS e de outras políticas e iniciativas de desenvolvimento sustentável em curso.

Em relação ao Nordeste, foi constituída e lançada a Rede Virtual da Caatinga, uma estratégia de integração e cooperação entre os entes federados e sociedade civil para a elaboração do ZEE da Bioma Caatinga, num primeiro momento, e que agora se expande para toda a região. Paralelamente, o MMA mantém cooperação técnica com os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Epírito Santo, Bahia, e Rio Grande do Norte com vistas a apoiar iniciativas vinculadas a projetos de ZEE.

No Centro Oeste, a realidade regional exigiu que os esforços se concentrassem na elaboração dos ZEEs estaduais. O MMA cooperou com Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, sendo que em Mato Grosso o ZEE encontra-se em fase de discussão já na Assembléia Legislativa e em Mato Grosso do Sul os trabalhos do macrozoneamento estadual estão em fase de conclusão. O estado de Goiás elaborou seu projeto e o MMA está viabilizando apoio financeiro e técnico para sua execução. Ainda na região, o MMA mediante o aporte técnico do Consórcio ZEE Brasil, está concluindo o ZEE da Região Integrada do Distrito Federal e Entorno.

Foi elaborado o ZEE da Bacia do Rio São Francisco que entra agora na fase de consultas públicas e integração e compatibilização de suas diretrizes com os ZEE dos estados da bacia.

Está sendo elaborado e compatibilizado o Zoneamento Agroecológico da cana-de-açúcar com o ZEE. O MMA está participando do ZAE da Cana, coordenado pelo MAPA e executado pela

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EMBRAPA, notadamente, no que diz respeito aos critérios de sustentabilidade adotados que incluiu, entre outras variáveis, a observância dos ZEEs quando existentes. Com relação ao processo de participação da sociedade civil na discussão do ZAE Cana, o mesmo ocorreu, no contexto de eventos e espaços colegiados. Em alguns estados, as atividades públicas para debater o ZEE, como seminários e audiências, também incluíram a agenda do ZAE Cana. A proposta de colocar à disposição dos estados consultores especialistas em planejamento e gestão territorial para atuarem junto as equipes do zoneamento não foi alcançada. Dificuldades na elaboração dos Termos de Referência, que requer a parceria com os estados, contribuíram para que apenas um processo fosse iniciado. Todavia, uma reavaliação do setor aponta para que estas consultorias não sejam efetivadas por meio do TAL e sim, que façam parte de uma outra parceria mais ampla e com maior aporte de recursos que será estabelecida com estes estados.

Quanto à promoção de estudos estratégicos visando à revitalização da bacia do Rio São Francisco, conforme registro na Ajuda Memória de junho de 2007, houve adequação no foco dos mesmos. As consultorias para sistematização de dados e informações sobre a situação da cobertura vegetal da bacia do rio São Francisco, para subsidiar a priorização de ações de recuperação e manutenção de corpos d’água receberam recente não-objeção do Banco Mundial e os processos seletivos serão iniciados. Todavia, deve-se registrar o significativo atraso na condução das definições técnicas requeridas para atender as recomendações por parte do banco. Cabe reiterar que a atividade em si é de responsabilidade compartilhada pela SBF/MMA que coordena as políticas relacionadas a proteção da cobertura vegetal e pela SRHU/MMA que coordena o Programa de Revitalização do Rio São Francisco.

A outra área temática que deve ser apoiada pelo projeto é a de saneamento ambiental da Bacia do Rio São Francisco. Estas ações estão sob responsabilidade compartilhada do Departamento de Ambiente Urbano/SRHU e do Departamento de Revitalização de Bacias/SRHU. Estas ações ainda não foram iniciadas, mas serão mantidas.

Com relação a essa temática específica, o Ministério da Integração, que possui uma inteface com a execução do Programa de Revitalização não executa as ações previstas no âmbito do TAL. A atuação efetiva do MI ocorre na execução das ações de investimento em sanemanento executadas com os recursos vinculados ao PAC. Este trabalho é realizado pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Vale do Parnaíba-CODEVASF, instituição vinculada ao MI. O programa foi priorizado no PAC desde 2007, contemplando ações voltadas para o tratamento de esgoto sanitário, tratamento de resíduos sólidos, implantação de sistemas simplificados para abastecimento de água de população rural e difusa e controle de processos erosivos. A CODEVASF/MI também vai apoiar a realização dos estudos relativos a cobertura vegetal. De modo geral, as atividades desenvolvidas pelo MI contribuirão diretamente para que a operação do programa seja efetivada.

Em termos de população beneficiada pelo mesmo, estima-se em 8 milhões de pessoas, até 2010, em toda a bacia nos 07 estados. Como decorrência, o programa demanda atividades junto à população para que possam realizar a gestão dos empreendimentos de saneamento implantados, como por exemplo, ações de capacitação para a gestão compartilhada desses empreendimentos. Além do necessário desenvolvimento institucional que, também, requer apoio para a sua implantação.

Cabe registrar que em recente trabalho de comunicação e avaliação das ações e políticas desenvolvidas pelos parceiros do programa pôde-se aferir a necessidade dos estudos que ainda serão apoiados pelo TAL Ambiental.

Nesse momento de ajustes proporcionados pela revisão de meio termo, faz-se oportuno fortalecer os entendimentos entre MMA e MI, considerando os objetivos do TAL, bem como suas atividades previstas, que tem total sinergia com as demandas ainda não atendidas pelo PAC Revitalização.

Apesar desta situação de atraso no início do desenvolvimento das ações, a meta do SAL Ambiental foi atingida, pois o Programa de Revitalização do Rio São Francisco foi lançado e está em operação com a participação dos estados, municípios e organizações da sociedade civil.

Ainda conforme entendimentos havidos no final de 2007 com o Banco Mundial, incluiu-se no planejamento operacional e de licitações do TAL, algumas atividades mais estratégicas para o desenvolvimento institucional do MMA junto ao então, recém criado Departamento de Revitalização

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de Bacias. Estas ações estão em via de serem iniciadas e receberão impulso por meio de consultoria para a elaboração das bases metodológicas de um planejamento de âmbito nacional para a política de revitalização de bacias hidrográficas. Esta inflexão nas atividades previstas indica necessidade de ajuste nos objetivos relacionados ao subcomponente.

Como pode-se observar, ainda que as atividades previstas nesse subcomponente não tenham sido iniciadas, os objetivos e metas estão sendo desenvolvidos.

Subcomponente 5.5 – Inserção da sustentabilidade ambiental nas políticas fiscal e financeira

DefiniçãoEste subcomponente busca a identificação das boas iniciativas e empreendimentos

sustentáveis, definindo os mecanismos que os destaquem daqueles que causam degradação ambiental.

Metas do SAL Ambiental(i) revisão do protocolo verde e de outros instrumentos financeiros para uso pelos bancos

federais; e (ii) elaboração de propostas que incluam a sustentabilidade ambiental na legislação e regulamentação fiscal.

ObjetivosPara tanto, foram definidos os seguintes objetivos específicos: (i) auxiliar a revisão do

Protocolo Verde e outros instrumentos financeiros para sua efetiva utilização pelos bancos oficiais de financiamento e crédito; e (ii) subsidiar a preparação de propostas elaboradas pelo Comitê Técnico para inclusão de critérios de sustentabilidade ambiental nas leis e regulamentações fiscais.

Ações

• Iniciado o processo de seleção para contratação de consultoria que visa à criação do Índice de Investimentos Ambientalmente Sustentáveis do Setor Público Federal Brasileiro;

• Contratada consultoria para a construção de uma estratégia de trabalho permanente da Rede de Produção Sustentável e articulação para ampliar os Fóruns Estaduais de produção sustentável;

• Realização de reuniões para construção da política nacional de produção sustentável.

Análise dos resultadosDestaca-se que iniciativas entre o Ministério do Meio Ambiente e da Fazenda para revisão

do Protocolo Verde foram feitas nos anos de 2006 e 2007. Todavia, somente houve um efetivo avanço com resultados formais tais como a responsabilização jurídica dos bancos oficiais na destinação dos financiamentos à produção após a avaliação do atendimento a critério ambiental por parte dos empreendedores, estabelecida por Resolução do Conselho Monetário Nacional – CMN, de fevereiro de 2008. Tal resolução define que todo o crédito rural, de bancos públicos ou privados, para a safra 2008/2009 nos 550 municípios do Bioma Amazônia terá que obedecer a critérios ambientais – licença ambiental do imóvel rural, respeito à reserva legal e comprovação de que a propriedade tem Certificado de Cadastro do Imóvel Rural (CCIR) válido.

Da mesma forma, com a assinatura do Protocolo dos Bancos pela Responsabilidade Socioambiental, no dia 01/08/2008, as instituições financeiras federais (Banco do Brasil – BB, Banco da Amazônia S. A. - Basa, Caixa Econômica Federal – CEF, BNB e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES) signatárias se comprometeram a introduzir mudanças nos procedimentos de classificação e análise de risco de projetos, na concessão de empréstimos e nas suas linhas de financiamento. Um resultado associado, decorrente da edição da

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resolução, da assinatura do Protocolo e dos debates governamentais havidos, é a sucessão de tratativas para dar objetividade aos princípios preconizados no Protocolo Verde, inclusive por meio de uma sistemática de monitoramento dos financiamentos públicos enquadrados nos referidos instrumentos.

Destaca-se ainda que parte das atividades relacionadas à meta que previa a realização de estudo sobre o Sistema de Crédito Nacional, sob responsabilidade do Ministério da Fazenda, foi executada com recursos de outras fontes e em cooperação com a FAO.

Dessa forma, a exemplo, de outros subcomponentes, no final de 2007, em entendimento com o Banco Mundial optou-se pela substituição das atividades, de forma a melhor refletir o apoio à consolidação da Política Nacional de Produção Sustentável. Na oportunidade definiu-se também que a responsabilidade da execução seria do Departamento de Economia e Meio Ambiente- DEMA do MMA, com a colaboração do Ministério da Fazenda.

Para o DEMA o início das ações foi facilitado pela agilidade na troca de informações com a UCP. O Ministério da Fazenda passou a participar mais ativamente do debate sobre as ações do projeto. Não obstante, seu envolvimento ainda pode ser mais potencializado com uma maior articulação entre os setores. Em reunião recente ficou acordada a participação do MF no acompanhamento das atividades previstas. Na oportunidade foram identificados alguns pontos de convergência entre as ações dos dois ministérios das quais se podem destacar:

• Execução da Resolução 3.545, de 29/02/2008, que estabelece exigência de documentação comprobatória de regularidade ambiental e outras condicionantes, para fins de financiamento agropecuário no Bioma Amazônia. Dentre elas a necessidade de georreferenciamento das propriedades para atestar sua regularidade ambiental o que vem sendo tratado com o Departamento de Políticas para o Combate ao Desmatamento – DPCD;

• Identificação de novas linhas de crédito para financiamento de reflorestamento: fundos constitucionais, redução de taxas de juros, etc. Essa pauta está sendo discutida com o Ministério da Integração;

• Instrumentos Econômicos – cotas de reserva florestal: elaboração de minuta de Decreto para regulamentar o tema;

• Remuneração por serviços ambientais, com a elaboração de um Projeto de Lei ou alteração dos já existentes e em tramitação. É tema que vem sendo discutido junto com a Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural do MMA.

Quanto às novas atividades previstas que estão em curso, não é possível apontar os resultados e impactos da aplicação dos produtos obtidos. Não obstante, acredita-se que com a consolidação da Política Nacional de Produção Sustentável serão atingidos, além do setor público em seus diferentes níveis, as micro e pequenas empresas e o consumidor final. Já com relação ao Índice de Investimentos Públicos Sustentáveis, os atores diretamente afetados serão os agentes tomadores de decisão. Entretanto, a depender da decisão tomada, essa poderá afetar vários outros atores públicos e privados.

Finalmente, considerando a reorientação das atividades ocorrida no final de 2007, bem como o andamento das ações previstas e o alcance das metas do SAL, acredita-se que os resultados esperados serão alcançados. Deve-se, contudo atualizar os objetivos do subcomponente para esse contexto.

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Subcomponente 5.6 – Melhoria da sustentabilidade ambiental no setor energético

Definição

Este subcomponente visa desenvolver ações que destaquem o papel estratégico do setor elétrico, com a inserção da sustentabilidade ambiental como critério para seu desenvolvimento o que requer que a dimensão seja tratada de modo transversal.

Metas do SAL Ambiental(i) Participação do MMA na implementação da área ambiental da Empresa de Pesquisa

Energética; (ii) Inclusão da reabilitação de usinas hidrelétricas antigas no Plano Decenal de Expansão do Setor Elétrico; e (iii) Criação de um plano estratégico para a conservação e o uso racional de energia, levando em consideração as lições aprendidas com o Procel – Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica.

ObjetivosForam definidos os seguintes objetivos específicos: (i) Desenvolver e validar a

metodologia de Avaliação Ambiental Estratégica para o setor hidrelétrico; (ii) Capacitar os técnicos da EPE e do MME para melhor desempenharem as funções ligadas à sustentabilidade ambiental; (iii) Analisar a viabilidade de reabilitação, repotenciação e recapacitação de hidrelétricas antigas; (iv) Realizar estudos em apoio ao desenho do plano estratégico de conservação e uso racional da energia; e (v) Desenvolver procedimentos para controle ambiental de fontes renováveis.

Ações

• Seleção de consultoria de pessoa jurídica visando à elaboração de metodologia que permita mensurar e avaliar os resultados decorrentes de ações de eficiência energética;

• Seleção de consultoria de pessoa jurídica para identificação do potencial de enquadramento de ações em eficiência energética no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL);

• Seleção de consultoria de pessoa jurídica para identificação e sugestão de incentivos fiscais que viabilizem a implementação de projetos de energias renováveis e tecnologias de eficiência energética, e

• Seleção de consultoria de pessoa jurídica para a elaboração de levantamento e análise do arcabouço legal e regulatório relativo a outras Fontes Alternativas Renováveis – FARS e seu licenciamento ambiental deverá ser reiniciado uma vez que problemas licitatórios, levaram a seu cancelamento.

Análise dos resultadosDa mesma forma que para o subcomponente anterior, algumas das atividades acima,

inicialmente estabelecidas foram revisadas e sofreram modificações. Exemplo disso é a Avaliação Ambiental Estratégica – AAE para o Setor Hidrelétrico. Esta meta não será alcançada da forma com que está disposta inicialmente e sim por meio da inserção de outro instrumento de planejamento do setor elétrico que incorpora os critérios de sustentabilidade ambiental, que é a AAI, Avaliação Ambiental Integrada de Bacias. Este instrumento já foi incorporado ao Manual de Inventário do setor elétrico; está sendo aplicado em várias bacias brasileiras e a avaliação desta nova política está sendo feita pelos ministérios envolvidos, MME e MMA. Portanto o primeiro objetivo pode ser considerado alcançado ainda que por outro meio.

Quanto ao segundo objetivo, as ações com vistas a capacitar os técnicos da Empresa de Pesquisa Energética – EPE e do MME para as funções ligadas à sustentabilidade ambiental tiveram outros aportes diretamente na EPE. A EPE contratou servidores públicos especialmente para

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atuarem na sua área ambiental e promoveu capacitações específicas para esse fim, de modo que considera-se que este objetivo foi alcançado. As ações previstas no TAL não serão mais apoiadas pelo projeto.

Da mesma forma o terceiro objetivo de análise de viabilidade de repotencialização de hidrelétricas, será alcançado por meio de trabalho a ser executado pela EPE e não com o apoio do projeto

Nesse sentido, e considerando o atual momento de revisão do projeto, cabe propor uma definição de prioridades, aportando apoio técnico e financeiro do projeto à execução das atividades ainda imprescindíveis como é o desenvolvimento dos objetivos 4 e 5.

Cabe destacar que estão em fase de finalização três dos processos licitatórios iniciados os quais requereram um tempo de desenvolvimento muito superior ao previsto. Embora as Solicitações de Manifestação de Interesse para esses estudos tenham sido publicadas entre 2006 e 2007, o empenho das equipes da UCP e do PNUD não foi suficiente para acelerar o processo de contratação, que só deverá ser concluído no segundo semestre de 2008.

O processo licitatório necessita de aperfeiçoamento no que se refere à padronização de formulários para a apresentação da documentação por parte das empresas candidatas. As empresas apresentaram suas propostas em formatos diferenciados, o que dificultou a análise das propostas. Diante dessa experiência o projeto estabeleceu procedimentos para a padronização dos formulários para envio de propostas, padrão este que vem sendo divulgado juntamente com o edital. Da mesma forma foi necessário construir uma metodologia mais objetiva para estimar os custos de consultoria de pessoa jurídica com vistas a aproximar os valores estimados da realidade de mercado. Por fim, a sistemática de articulação intra-institucional requer uma avaliação mais detalhada para identificar outros gargalos do processo e acelerar sua tramitação.

O atraso na contratação dos estudos não invalida sua necessidade em razão de serem importantes subsídios para políticas públicas, notadamente para o desenho do plano estratégico de conservação e uso racional da energia. Além disso, deverão auxiliar o processo de ampliação das atividades de eficiência energética do Estado brasileiro, bem como aprimorar os procedimentos mínimos para o licenciamento ambiental de FARS.

O processo relativo à FARS, que será reiniciado, deverá contar com um aporte adicional de recursos financeiros, tendo em vista a estimativa de custos ter sido inadequada ao método utilizado, SQC.

Subcomponente 5.7 – Melhoria da sustentabilidade ambiental na reforma agrária

DefiniçãoEsse subcomponente é de suma importância para a internalização das questões

ambientais no desenvolvimento da reforma agrária no Brasil, pois poucos são os assentamentos do Incra que possuem licenciamento ambiental.

Meta do SAL AmbientalA meta do SAL pactuada com o MDA/Incra foi o estabelecimento de procedimentos

simplificados de licenciamento ambiental dos assentamentos de reforma agrária.

ObjetivoDe forma a contribuir para a adequação ambiental dos assentamentos, inclusive conforme

determinação de um termo de ajustamento de conduta assinado por MPF, MMA, MDA, Incra e Ibama, foi estabelecido como objetivo específico para esse subcomponente a definição de procedimentos simplificados de licenciamento ambiental dos assentamentos.

Ações

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Para apoiar o cumprimento dessa meta e objetivo, estão sendo desenvolvidas as seguintes atividades:

• realização de consultas públicas regionalizadas sobre os procedimentos de licenciamento ambiental, envolvendo lideranças dos assentamentos e técnicos do setor de desenvolvimento rural e meio ambiente;

• elaboração de diagnósticos da situação ambiental, com o estabelecimento de tipologia de problemas ambientais em assentamentos nos seis biomas brasileiros e propostas de adequação ambiental para os assentamentos diagnosticados.

Análise dos resultadosO objetivo inicial das consultas públicas era promover a participação social no processo de

revisão dos procedimentos de licenciamento ambiental, previstos na Resolução Conama nº 289/2001 (já revogada). Ocorre que, em razão do atraso na contratação do empréstimo e, conseqüentemente, na disponibilização de recursos para a execução das ações previstas no projeto, a revisão foi concluída sem que as consultas tivessem sido realizadas. A nova regulamentação ficou expressa na resolução Conama nº 387/2006. Dessa forma, a atividade foi readequada, em entendimento com o BIRD, para a realização de oficinas regionalizadas sobre a revisão de procedimentos para o licenciamento ambiental dos projetos de assentamento de reforma agrária, de modo a identificar os fatores que inviabilizam ou dificultam o licenciamento ambiental e efetivar as recomendações contidas em Acórdão do TCU 2.633/2007 e previstos na Resolução 387/2006. Essas oficinas são direcionadas aos técnicos das Superintendências Regionais do Incra, dos Órgãos Estaduais de Meio Ambiente, responsáveis pela concessão das licenças e do Ibama, responsáveis pela fiscalização, além de contarem com a participação de representantes dos agricultores. As oficinas encontram-se em andamento, tendo sido realizadas as quatro primeiras em Florianópolis-SC, Rio de Janeiro/RJ, Fortaleza/CE e Maceió/AL. As demais ocorrerão conforme programação estabelecida pelo Incra e o MMA, ainda no segundo semestre deste ano.

Com relação aos diagnósticos da situação ambiental dos assentamentos e proposição, por bioma, de ações de recuperação de áreas degradadas, apenas uma das quatro consultorias individuais contratadas está desenvolvendo os trabalhos previstos, no bioma Pampa. Dos outros consultores para atuarem nos biomas Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal, dois tiveram seus contratos rescindidos e um terceiro está sob avaliação. Para os biomas Amazônia e Caatinga os editais foram publicados três vezes sem a identificação de profissionais que se qualificassem para o trabalho.

Cabe destacar que a execução dessa atividade foi prejudicada pela dificuldade de encontrar profissionais qualificados e com experiência em recuperação de áreas protegidas por lei, em cada um dos biomas. Isso se verificou pelo reduzido número de currículos recebidos, muitos dos quais sem a qualificação requerida. Todavia, como os trabalhos não foram iniciados na Amazônia e na Caatinga, procedeu-se uma avaliação da estratégia adotada. Como conseqüência, propomos que a ação seja desenvolvida por meio de uma consultoria pessoa jurídica a qual além de levantar a situação e os problemas relacionados à degradação ambiental nos assentamentos, propor um rol de medidas já testadas no país com a finalidade de recuperar o passivo ambiental dos assentamentos. Este instrumento deverá contribuir para a política de recuperação ambiental do INCRA.

Ainda como parte da atividade relacionada aos diagnósticos, foi prevista ação de capacitação dos assentados, de técnicos do INCRA regional, de extensão rural, representantes de movimentos sociais e organizações não-governamentais que atuam na implantação de projetos de assentamento envolvidos na aplicação, acompanhamento e avaliação da metodologia proposta. Essa capacitação se justifica pelo fato de que, além do licenciamento, que representa a primeira fase da regularização, faz-se necessária a implementação de medidas mitigadoras, as quais conferem maior eficácia ao processo de regularização. Além disso, a capacitação poderá facilitar a busca por alternativas econômicas aos assentados, contribuindo para o desenvolvimento efetivo do assentamento com vistas à produção sustentável.

Os maiores beneficiários das ações previstas são os próprios agricultores assentados, que, além de terem sua situação fundiária e ambiental regularizada, e acesso ao crédito rural, poderão se inserir numa perspectiva produtiva mais sustentável ambientalmente. A conclusão das atividades previstas – e o conseqüente atendimento dos objetivos e meta estabelecidos – também trará benefícios ao próprio Incra, já que a simplificação dos procedimentos para o licenciamento

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ambiental dos projetos de assentamento de reforma agrária -meta do SAL- deverá contribuir para resolver seu passivo ambiental, além de dar a oportunidade para a aplicação de créditos e a criação de novos projetos de assentamento.

Por fim, cabe registrar que o INCRA elaborou em julho deste ano, o Plano de ação ambiental que orienta as iniciativas em cada uma das superintendências regionais. E este plano está sendo disseminado de modo vinculado com a necessidade de regularização do licenciamento dos assentamentos. Ou seja, o entendimento que vigora é o de que o licenciamento tanto ou mais que o atendimento à norma em si, é um instrumento para a promoção da sustentabilidade ambiental da produção a partir do manejo e da conservação dos recursos naturais.

Ademais, o Incra ampliou seu quadro técnico para atuar na área ambiental, que conta agora com 14 servidores na Superintendência Nacional do Instituto, além de outras dezenas de servidores que atuam nas superintendências estaduais. Nesta perspectiva, verifica-se que a dimensão ambiental está sendo internalizada na formulação e implementação das políticas coordenadas pelo MDA/Incra.

Subcomponente 5.8 – Melhoria da sustentabilidade ambiental no setor do turismo

Definição

A melhoria da sustentabilidade ambiental no setor turístico se faz necessária em um país onde parte significativa da população e milhões de visitantes utilizam-se dos abundantes e belos recursos naturais como meio de lazer em praias, lagos, pantanais, estâncias minerais, dentre outras tantas formações propícias ao turismo. Ocorre, no entanto, que essa utilização muitas vezes se dá de forma degradante, quando não predatória. Esse uso intensivo dos recursos naturais está atrelado a um processo de expansão das atividades econômicas, especialmente daquelas ligadas ao setor terciário e ao lazer das populações urbanas. Daí a necessidade de ampliar a conjugação de esforços dos agentes que atuam no setor e a orientação das políticas locais de preservação dos recursos naturais, da qualidade das suas águas e das características naturais locais.

Meta do SAL Ambiental(i) estabelecimento de indicadores de monitoramento e avaliação para o Plano Nacional do

Turismo.

Objetivos O objetivo específico deste subcomponente é: (i) definição de uma proposta para

indicadores de monitoramento e avaliação da sustentabilidade para o Plano Nacional de Turismo.

AçõesA atividade prevista para ser promovida pelo TAL é a elaboração de um Plano de Ação

Integrado entre o Ministério do Turismo e o Ministério do Meio Ambiente para o desenvolvimento do turismo sustentável.

Análise dos resultadosNo contexto desta ação, houve iniciativa para a seleção de consultoria que contemplaria

uma proposta de arranjo institucional e de instrumentos necessários para a implementação da agenda ambiental. Porém o processo licitatório iniciado em 2007 teve que ser cancelado porque as duas empresas qualificadas desistiram de apresentar Proposta Técnica e Financeira. Guardando semelhança a processos ocorridos com outros setores, a morosidade no processo licitatório em razão de trâmites jurídico-administrativos, aliada à troca de dirigentes em ambos os ministérios também comprometeu o andamento da atividade.

Diante disso, decidiu-se pela revisão da atividade e a subseqüente revisão do termo de referência anteriormente elaborado.

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É necessário registrar que além das ações previstas no TAL Ambiental, o MMA desenvolve outras políticas em parceria com o Ministério do Turismo que colaboram para a internalização da dimensão ambiental no planejamento, formulação e implementação de políticas de turismo. Dentre elas cabe destacar as ações em Unidades de Conservação que podem ter uso turístico sustentável e cuja responsabilidade administrativa e de gestão ambiental é do MMA. Sabidamente, as preocupações não se esgotam na gestão das Unidades de Conservação. Há que se considerar aspectos relativos aos impactos para o ecossistema a ser protegido, bem como para as ações capazes de promover a proteção e conservação ambiental com simultânea promoção do desenvolvimento econômico e social das populações envolvidas em atividades relacionadas ao turismo.

O Ministério do Turismo está implementando uma grande política de fomento ao turismo nos estados, o Prodetur, com aporte financeiro da ordem de U$ 1 bilhão de reais tomados de empréstimo junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID. Evidentemente, um investimento desta magnitude requer políticas de salvaguardas que devem considerar a legislação ambiental nacional. Deste modo o ministério está desenvolvendo um manual normativo, de orientações programáticas e de procedimentos na área ambiental para que os investimentos no setor de turismo sejam liberados e assegurem a sustentabilidade ambiental conforme a legislação ambiental nacional. Não resta dúvida que esta iniciativa contempla as preocupações e os objetivos previstos no TAL e remete para uma avaliação da pertinência de sua aplicabilidade para outras políticas e ações inclusas no Plano Nacional de Turismo.

Da mesma forma, é preciso registrar que se encontra em execução um trabalho conduzido pela Fundação Getúlio Vargas de formulação de indicadores para o monitoramento dos resultados da atividade turística o qual pode apontar para aspectos ambientais que devem ser considerados.

Assim, entendemos que uma nova atividade pode ser desenvolvida junto ao TAL Ambiental para incrementar a sustentabilidade ambiental no setor de turismo, mas focada na área de gestão de Unidades de Conservação. Mais especificamente pretende-se focar os objetivo e a ação a ser desenvolvida com vistas a criar as condições para o alcance dos resultados do Programa de Turismo nos Parques, por meio da elaboração de um estudo do impacto ambiental e econômico da visitação nos municípios vizinhos a seis parques priorizados neste programa e com a identificação dos investimentos necessários para que o incremento no turismo se dê de modo ambientalmente sustentável. Ou seja, numa perspectiva de viabilizar as Unidades de Conservação como pólos promotores de desenvolvimento sustentável.

Sendo assim, não há que se falar ainda em resultados e impactos da ação, tão pouco em aplicação dos produtos realizados. Essa nova proposta, no entanto, requer efetiva atuação e comprometimento de ambos os ministérios, por meio da disponibilização de técnicos destacados para o acompanhamento da atividade. Dessa forma ter-se-á uma oportunidade de avançarmos na internalização da dimensão ambiental no planejamento e na implementação de políticas de turismo.

Componente 6 – Coordenação do projeto

Neste componente de coordenação que registra os objetivos de gestão e administração do projeto, também figuram dois importantes objetivos gerais do TAL Ambiental e que o diferenciam de outras iniciativas de articulação intragovernamental no âmbito federal. São os objetivos de: i) melhorar os mecanismos de comunicação social; e ii) de melhorar a capacidade de monitoramento e avaliação de todos os ministérios beneficiários, o que permitiria ao governo avaliar o ritmo dos avanços e dos impactos da implementação da agenda de reforma para a sustentabilidade ambiental.

No que tange a comunicação temos ainda que avançar. Foi construído um Plano de comunicação com a cooperação técnica da GTZ, o qual foi aprovado no Comitê Técnico do projeto. Algumas das ações previstas foram desenvolvidas e promoveram maior visibilidade numa perspectiva de divulgação do projeto, de seus objetivos e ações. Mas o principal objetivo era implementar uma nova perspectiva de comunicação interinstitucional, mais dinâmica, transversal, articuladora e promotora de informação. Este objetivo ainda não foi alcançado.

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O projeto deveria ter apoiado a ampliação da comunicação interna no MMA e entre os ministérios parceiros a partir de uma rede de troca de informações sobre o andamento e os resultados das políticas relacionadas ao mesmo que se daria tanto por meio dos integrantes do Comitê Técnico, quanto a partir de uma maior interação entre as ASCOM dos ministérios parceiros. Seriam realizadas oficinas de comunicação e a constituição de um fórum de comunicação que abordaria e disseminaria entre as assessorias os temas e as pautas de natureza “transversal”. Estas proposições requerem um acordo consensual entre os envolvidos e a definição de figuras responsáveis pela gestão das mesmas, o que não chegou a ser promovido.

Quanto à capacidade de monitoramento de políticas públicas o projeto colaborou para aumentar a capacidade intra-institucional de articular o conhecimento existente e construiu e disseminou uma metodologia para monitoramento de atividades, de resultados e impactos de políticas. Mais ainda, tornou pública a metodologia e as informações monitoradas. Todavia, o Sistema de Monitoramento do TAL e do SAL Ambiental –SMTS- ainda não está integralmente alimentado. Essa situação remete para uma avaliação das condições institucionais imprescindíveis para o pleno funcionamento de uma política de monitoramento, qual seja, a necessidade de dispor-se de uma equipe técnica permanente para dar os seguimentos que um novo sistema tem, tanto em termos de produção e alimentação das informações no sistema com regularidade e confiabilidade, quanto em termos de manutenção do software propriamente.

Ainda assim, após a realização de ajustes técnicos, o SMTS passou a funcionar de forma estável e já produz relatórios que refletem a situação das atividades e tarefas do TAL tanto do ponto de vista físico como do financeiro. Os indicadores de impacto bem como o grau de alcance das metas e variáveis das metas serão alimentados no próximo bimestre a partir do recebimento pela UCP das informações enviadas pelos setores, tarefa já agendada.

Este sistema, disponível na internet, por meio do site do TAL Ambiental no MMA, organiza as informações de avanço de políticas públicas priorizadas e as agrega num único espaço. Esta característica é que lhe dá a perspectiva de evidenciar o quanto e como a dimensão ambiental ou a sustentabilidade ambiental está se efetivando de modo transversal nas políticas setoriais geridas por outros ministérios.

Num contexto de não efetivação do segundo SAL Ambiental, o MMA pretende que este sistema continue em operação, com ajustes que atendam aos objetivos propugnados de promover a transversalidade da dimensão ambiental nas políticas públicas federais. O sistema se presta para adequações que considerem novos compromissos ou atualizações de compromissos ainda vigentes, além, é claro, de permitir visualizar os avanços nas políticas iniciadas há alguns anos atrás e que estão em andamento.

Neste componente também estão alocados recursos para o acompanhamento físico das ações apoiadas ou promovidas pelo projeto, atribuição que, deve ser fortalecida pela UCP. A coordenação avalia que as ações de acompanhamento da execução física das atividades devem ser ampliadas para aumentar a comunicação e as articulações do MMA com os ministérios parceiros e para que a internalização da dimensão e da política ambiental nas políticas setoriais seja mais efetiva e estável.

Um ponto que deve ser apresentado neste relatório como responsável pelo nível de execução do projeto é o conjunto de procedimentos para implementação das licitações. Houveram dificuldades tanto por parte dos setores parceiros como por parte da UCP e do PNUD em considerar todos os procedimentos licitatórios, principalmente no que diz respeito aos prazos e as exigências de documentos comprobatórios dos processos.

Sistema de gestão do projeto

Comitê Gestor, Comitê Técnico e Unidade de Coordenação do Projeto

O projeto instituiu um comitê de alto nível, composto por todos os sete Secretários Executivos dos Ministérios beneficiários e com a participação do Ministério do Planejamento, bem como um representante da sociedade civil organizada, para supervisionar a implementação do SAL e do TAL, denominado Comitê Gestor. O Comitê aprovou o Plano Operativo Anual e o Plano de Licitações encaminhado para não-objeção do BIRD em 2006, quando o projeto começou a ser

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implementado. O objetivo era estabelecer um debate dinâmico entre vários ministérios a cerca das questões estratégicas e mais relevantes nas agendas comuns entre os ministérios e o MMA. Todavia, o Comitê reuniu-se apenas numa oportunidade para este fim.

Cabe registrar que quando foram firmados os compromissos por cada um dos ministérios na Carta de políticas, os ministros das respectivas pastas estavam engajados nas ações específicas inclusas no Plano operacional. Neste ínterim, ocorreram mudanças no corpo de dirigentes, o que pode ter enfraquecido a comunicação intragovernamental de alto nível em relação às ações do projeto. Pois, ainda que a comunicação interministerial se dê com regularidade, nem sempre o foco no desenvolvimento do projeto foi destacado.

Neste momento, estão sendo retomados esforços pela Secretaria Executiva do MMA para qualificação desta comunicação. Todavia, a forma de contato é por meio de reuniões bilaterais nas quais não somente as agendas específicas do TAL são abordadas como as questões relacionadas a outros temas igualmente estratégicos. Houve reuniões com os secretários executivos dos ministérios parceiros nas quais se reafirmou o entendimento e a disposição a cerca de objetivos e ações de interesse comum para a promoção da sustentabilidade ambiental nestes setores e também houve entendimentos sobre as mudanças que serão propostas nesta Revisão de Meio Termo.

A UCP avalia que o objetivo de promover a articulação intragovernamental para fomentar a transversalidade ambiental está se dando satisfatoriamente por meio da articulação bilateral e de inúmeras reuniões entre os ministérios que atuam nas ações apoiadas pelo projeto.

Outra instância que compõem o sistema de gestão do projeto é o Comitê Técnico que tem por objetivo prestar apoio técnico consultivo à UCP e ao Comitê Gestor. Desta forma, o Comitê Técnico aprovou 45 Termos de Referência elaborados pelas áreas até a última reunião havida que foi em maio do corrente ano. Ademais cumpriu um papel de articulação com a gerência do projeto e de comunicação entre os ministérios. Uma das suas funções menos atendidas foi a de monitorar a implementação das ações e de seus resultados, tendo em vista que mesmo que o SMTS tivesse funcionado plenamente, não seria suficiente em si. É necessário a internalização de práticas de acompanhamento e de comunicação sobre os resultados das iniciativas e políticas. A manifestação expressa sobre os atos e fatos decorrentes da política pública deve ser freqüente. E estas práticas ainda não estão adotadas integralmente.

No que tange a aprovação dos TDRs antes do envio ao BIRD, avalia-se que o Comitê cumpriu uma função de instigar a melhoria da qualidade técnica, tanto nos aspectos de especialidade de cada setor quanto na construção metodológica e de estimativa de custos. Isto porque houve significativa melhora na qualidade dos TDRs desde o início do projeto até o presente momento. Todavia a contribuição do Comitê nos aspectos técnicos dos TDRs não foi substantiva.

O Comitê Técnico é composto por pessoas designadas como Pontos Focais. Os Pontos Focais representam um ministério ou uma secretaria nacional no âmbito do MMA ou uma das vinculadas deste.

Nestes dois anos de execução do projeto os Pontos Focais atuaram em todas as atribuições estabelecidas na qualidade de elo de ligação entre a UCP e suas pastas, quais sejam: providenciar os termos de referência, participar do julgamento das licitações, aprovar os produtos, acompanhar a execução, o monitoramento e a avaliação, solicitar a efetivação dos pagamentos, representar suas pastas nas reuniões do Comitê Técnico.

Ainda assim, na avaliação da UCP, em muitos casos, houve um descolamento das responsabilidades de natureza administrativa e institucional das de natureza de assessoria ou assistência técnica. Essa situação favoreceu um distanciamento entre os dirigentes e os Pontos Focais no que diz respeito às informações sobre o andamento e a dinâmica do projeto.

Se essa avaliação é correta, deve antes de mais nada, servir para ajustarmos nossos procedimentos e qualificarmos o nível de comunicação interna ao governo para podermos melhor implementar uma efetiva transversalidade que vai do planejamento à implementação e avaliação de políticas.

Por isso entendemos que o Comitê Técnico deve ser mantido, mas com uma avaliação sobre o perfil de seus integrantes. Todo o Ponto Focal titular deve ser de nível diretivo ou indicado pelo secretário com interação direta com os diretores e gerentes envolvidos.

E as funções de responsabilidade de gestão administrativa tais como o encaminhamento dos TDRs para abertura de processos licitatórios, a homologação de licitações, a autorização de

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pagamentos de produtos, a solicitação de viagens devem ser dos diretores responsáveis pela condução da ação. Estes devem estar sempre informados do andamento das ações e dos procedimentos a serem tomados em cada fase dos processos ou em cada situação peculiar. Os suplentes de Pontos Focais devem ser acionados por meio dos Pontos Focais titulares. É necessário que todas as comunicações oficiais dentro do governo perpassem as instâncias formais, ou seja, pelos secretários nacionais e os diretores.

Quanto a análise dos TDRs deve haver maior interação entre os ministérios que tem ações afins. E, nesta perspectiva, propõem-se articular mais a participação de especialistas ou dirigentes responsáveis que representem as áreas para colaborarem ora na formulação ora na avaliação dos TDRs e não necessariamente os Pontos Focais que em muitas oportunidades não têm conhecimento específico ou especializado na área em questão. O objetivo é relacionar os interesses inter-institucionais comuns ou afins e reunir os especialistas para aportar o maior conhecimento possível, potencializando os resultados ainda antes de um ação ser desenvolvida. Desta forma, o Comitê Técnico seria recomposto sempre que necessário com a inserção de especialistas recomendados ou de diretores de áreas correlatas ao tema em questão.

Quanto a Unidade de Coordenação do Projeto deve-se reiterar que sua composição para atender suas atribuições foi finalizada em janeiro de 2008. As condições para a gestão do projeto estão adequadas tendo em vista o tamanho da equipe, sua qualificação, bem como o espaço de trabalho que foi ampliado. Todavia, a UCP deve aprimorar sua função analítica no que tange aos Termos de Referência aportando elementos que assegurem maior qualidade e assertividade aos processos licitatórios e conseqüentemente maior possibilidade de obter-se os resultados e produtos esperados.

Considerando-se que a maior parte de seu quadro técnico é constituída de analistas ambientais integrados recentemente ao MMA, é necessário implementar o plano de capacitação de equipe que está sendo finalizado para favorecer um ambiente de construção de conhecimento, aportar maior domínio técnico especializado e uma maior capacidade de interação com o conjunto de temáticas que o projeto trabalha.

III - Avaliação da cooperação internacional ao projeto

O Projeto mantém dois acordos de cooperação técnica, um com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, o PNUD e outro com a Agência de Cooperação Técnica Alemã, a GTZ.

A seguir apresentamos uma avaliação por parte destes parceiros, PNUD e GTZ, a cerca do desenvolvimento do projeto e de seus resultados e também dos resultados da cooperação para o desenvolvimento do projeto. Deste modo seguem considerações do PNUD e da GTZ em boa medida acolhidas no posicionamento da UCP a cerca das razões que levaram aos resultados então alcançados, mas que pelo valor institucional em si, merecem ser destacadas.

Cooperação técnica com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

A cooperação internacional com o PNUD tem por objetivo apoiar administrativamente o Governo brasileiro na execução do Projeto de Assistência Técnica, enfocando as metas estabelecidas para a segunda operação do SAL Ambiental. Isto seria alcançado através da prestação de assistência administrativa na gestão dos recursos financeiros recebidos no empréstimo para assistência técnica. O PNUD deve apoiar os processos que colaboram para o trabalho do Comitê Gestor, e para o alcance dos objetivos gerais e específicos do projeto que se expressam nos denominados Resultados.

Antes de firmar o Acordo de empréstimo com o BIRD e diante de um contexto de reestruturação do seu quadro técnico de servidores, o MMA avaliou que para levar a cabo o projeto TAL Ambiental - que tem dentre suas atribuições a de fazer a execução administrativa de modo centralizado, apoiando os outros seis ministérios no planejamento das atividades, licitações e acompanhamento de resultados - seria necessário dispor de uma assessoria com conhecimento e

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experiência na condução de processos licitatórios a partir das normas do BIRD e no gerenciamento administrativo e financeiro de projetos desta natureza.

Desta forma, o processo de composição da equipe de servidores do MMA foi intermediado pela atuação da cooperação com o PNUD e da capacitação desta equipe em serviço.

A cooperação com o PNUD não tem um caráter de transferência de responsabilidade administrativa nem técnica para o mesmo, ainda que seja este que conduza parte dos processos licitatórios e firme os contratos pelo ministério. Ao contrário, pretende-se que no processo de interação, nas diversas fases de condução dos processos licitatórios, o corpo técnico da UCP apreenda o conhecimento e a experiência do PNUD e forme massa crítica institucional no MMA e junto aos ministérios parceiros.

Na avaliação sobre o projeto realizada pelo PNUD, o mesmo identificou dificuldades de operacionalização e alguns fatores motivadores das mesmas, quais sejam: i) o desenho do projeto com um grande número de parceiros para execução; ii) o grande número de ações com baixo volume de recursos financeiros; iii) muitos valores definidos para as ações estariam subestimados, o que poderia ter levado ao cancelamento de várias licitações; iv) a falta de padronização e qualidade de TDR’s; e v) a falta de articulação ou de comunicação no governo entre as áreas que tem ação no projeto, como por exemplo, os Planos diretores participativos.

O PNUD manifestou o entendimento que seria necessário uma hierarquização das ações para focar nas mais importantes. E registrou ainda que mantém boas relações com a UCP.

Quanto ao trabalho desenvolvido pelo PNUD há posicionamentos de parceiros beneficiários que apontam uma frágil participação em momentos importantes como no julgamento de SQCs e SBQCs. Já a UCP aponta que a cooperação passou por diferentes momentos.

Na primeira fase do projeto, o PNUD entendeu que não era pertinente participar das reuniões do Comitê Técnico. Sendo assim, não identificou de imediato algumas das peculiaridades do projeto e não apresentou propostas tais como modelos de TDRs, SDPs ou planilhas que orientassem os setores a estimar seus custos mais adequadamente. De modo que os primeiros TDRs e seus custos foram aprovados pelo PNUD sem que o mesmo houvesse identificado problemas na estimativa de custo, por exemplo. Esse fato foi igualmente observado com relação ao BIRD que à época não verificou erros em estimativas de custos.

Num segundo momento o PNUD apontou problemas relacionados às estimativas de custo abaixo dos preços de mercado e recomendou que a UCP elaborasse uma metodologia de estimativa de custos, bem como organizou uma capacitação na elaboração de TDRs e no julgamento de propostas técnicas e financeiras. Ocorreu que, nessa oportunidade, nem todos os Pontos Focais ou técnicos participaram da capacitação o que não resolveu o problema. Em seguida a UCP elaborou e disponibilizou na Internet (sítio do MMA/TAL Ambiental) modelos baseados na experiência dos processos (lições aprendidas) e em documentos pesquisados.

Num terceiro momento o PNUD começou a analisar as SDPs e intensificou sua comunicação e planejamento com o projeto. Este trabalho qualificou os instrumentos e a interação entre os órgãos, e deve ser mantido.

Quanto ao apoio à administração geral do projeto, a cooperação com o PNUD vem se aprimorando e se ampliou por dois fatores, um interno ao MMA, outro interno ao PNUD. No MMA houve uma recente reestruturação do setor que apoiava a administração de projetos de cooperação, o GAP, na qual o mesmo foi extinto e suas atribuições descentralizadas, isto é, transferidas para unidades de gestão por secretaria ou ás coordenações de projetos. Coincidentemente, o PNUD passou por mudanças profundas na sua dinâmica de trabalho, dentre as quais a mudança do software de gerenciamento financeiro de projetos, o Atlas, o que requereu um esforço grande de nova capacitação por parte do projeto. Este processo ainda não está concluso, na medida em que ainda não há um pleno domínio no uso desta ferramenta.

Essas modificações foram percebidas e apontadas pelos setores parceiros como dificuldades em relação à cooperação com o PNUD com destaque para: (i) as dificuldades relacionadas à alteração dos procedimentos de gestão do projeto geraram atrasos; (ii) a necessidade de capacitação dos técnicos devido à inclusão de novos instrumentos de gestão; (iii) dificuldades na obtenção de informações junto ao PNUD com relação aos aspectos administrativos e andamento dos processos, ocasionando atrasos nos mesmos, antes das contratações.

Ainda de um modo geral é necessária uma maior interação entre o PNUD e UCP com objetivo de conferir maior celeridade e assertividade nos procedimentos adotados.

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Cooperação técnica com a GTZ

A contribuição da Cooperação Técnica Alemã, através da GTZ (Gesellschaft für technische Zusammenarbeit) ao Projeto TAL, se dá em um contexto diferenciado, se comparada aos procedimentos convencionais deste instrumento. A Cooperação Técnica Alemã vêm atuando desde a década de 1990 junto ao Programa Piloto de Conservação das Florestas Tropicais Brasileiras (PPG7), através de vários de seus Subprogramas e Projetos. Entre estes, está o Projeto Monitoramento e Análise (AMA), que dedicou-se particularmente à incorporação do uso de instrumentos de monitoramento e avaliação pelos demais Subprogramas e Projetos do PPG7. Quando evidenciou-se a importância de se estabelecer mecanismos de monitoramento e comunicação para o sucesso da implementação da Agenda de Sustentabilidade Ambiental e do Projeto TAL, foi estabelecido o contato com o Projeto AMA e a Cooperação Técnica Alemã a ele associada. Foi então acordado que o Projeto TAL passaria a contar com aportes desta Cooperação, através da assessoria prestada ao Projeto AMA, nas seguintes linhas de ação:

1. Apoio à ações de monitoramento

2. Apoio à ações de comunicação

3. Desenvolvimento de capacidades

4. Apoio à gestão do projeto

A partir de 2007, a contribuição da Cooperação Técnica Alemã na Amazônia passou por uma reestruturação, em que a atuação por projetos foi convertida em um formato novo, denominado “Programa para a Proteção e Gestão Sustentável das Florestas Tropicais”, o qual é composto pelas seguintes linhas de ação:

1. Áreas protegidas e uso sustentável de recursos naturais

2. Demarcação e proteção das Terras Indígenas

3. Gestão territorial e desenvolvimento regional

Atualmente o Projeto TAL integra a Linha 1 – Áreas protegidas e gestão sustentável dos recursos naturais.

Visão da Cooperação Técnica Alemã (GTZ) sobre o Projeto TAL

Para a Cooperação Técnica Alemã, sua atuação junto ao Projeto TAL acontece em um formato sui generis. Isto porque, diferentemente da praxe, a Cooperação Técnica não participou do processo de elaboração e negociação do Projeto, e sim foi convidada a contribuir em um momento posterior, particularmente em função de sua atuação em monitoramento e avaliação no Projeto AMA. No entanto, esta cooperação foi vista como uma oportunidade interessante para a GTZ, na medida em que possibilitou a ampliação e internalização da aplicação de seus temas e produtos no âmbito do MMA e dos seus parceiros. Embora o escopo regional da sua atuação seja a Amazônia (e, em menor intensidade, a Mata Atlântica), entendeu-se que através do Projeto TAL, seriam impulsionados processos de reforma que também beneficiariam os processos de mudança e melhoria apoiados pela Cooperação Técnica em suas regiões e temas de atuação específicos.

A Agenda de Sustentabilidade Ambiental foi percebida pela Cooperação Técnica como uma iniciativa ambiciosa de avançar na transversalidade da questão ambiental no Governo Brasileiro. O Projeto TAL, como mecanismo de apoio à implementação desta agenda, representava uma iniciativa inovadora e desafiadora. No momento atual, de uma forma geral, a avaliação da GTZ é de que a Agenda de Sustentabilidade Ambiental e o Projeto TAL, como um todo, propiciaram uma série de avanços. Dada a complexidade dos temas, a multiplicidade de atores e à proposta inédita

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de articulação inter-institucional, não era de se esperar um processo homogêneo em todos os setores. Devido ao recorte das atividades apoiadas pela Cooperação Técnica, sua atuação esteve mais especificamente direcionada à UCP, sendo pequena a sua interação com a totalidade dos parceiros do projeto e, portanto, reduzida a sua capacidade de proceder a uma avaliação detalhada da evolução do conjunto das atividades desenvolvidas pelo projeto. No entanto, as seguintes observações compõem o atual quadro de avaliação geral por parte da GTZ:

A carta de compromissos políticos firmados pelos ministérios ao início da formulação da Agenda e a matriz de políticas daí derivada constituíram o alicerce inicial da implementação do projeto. No entanto, as freqüentes mudanças de quadros dirigentes e corpo técnico nos ministérios e demais órgãos envolvidos fez com que parte destes compromissos perdessem prioridade. A necessidade de reavaliar os compromissos inicialmente assumidos e repactuar as bases de atuação do Projeto se torna ainda mais evidente no contexto da não efetivação do segundo SAL.

De uma maneira geral, as mencionadas mudanças também apontam para uma redução da priorização política da transversalidade da questão ambiental nos diferentes setores do governo o que reforça a necessidade de atualização das atividades do Projeto. As mudanças no corpo técnico e de dirigentes do MMA, ocasionando alterações nas prioridades em alguns setores envolvidos, foram os fatores com maior repercussão negativa no Projeto, contribuindo significativamente não somente para muitos dos atrasos verificados na execução das atividades, como também gerando uma série de descontinuidades nos compromissos assumidos. O comitê técnico, como importante instância colegiada do Projeto, ficou particularmente prejudicado por este processo, passando por longos períodos de inoperância causados por indefinições na substituição dos pontos focais.

Quanto às atividades específicas desenvolvidas pela Cooperação Técnica, a GTZ iniciou a sua atuação no Projeto TAL em fins de 2005, com a construção do Sistema de Monitoramento do TAL e SAL Ambiental (SMTS). Em meados de 2006, foi agregada a elaboração do Plano de Comunicação do Projeto TAL. A partir de fins de 2007, a atuação da GTZ passou a se concentrar na área de apoio à gestão do projeto. Até o presente momento, a área de apoio que menos foi demandada foi a de capacitação. A avaliação da GTZ em relação a estes trabalhos pode ser resumida da seguinte maneira:

O processo de construção e operacionalização do SMTS é, sem dúvida, a contribuição de maior impacto da Cooperação Técnica no contexto do Projeto e da Agenda. Conceitualmente, a GTZ considera o desenvolvimento deste sistema de monitoramento de políticas públicas, adaptado aos contextos e às demandas da formulação de políticas ambientais brasileiras, um instrumento com grande potencial de aplicabilidade, tanto no âmbito do Projeto, quanto em outras áreas da política ambiental. Embora seja necessário levar em conta a necessidade de atualização do SMTS juntamente com as demais bases de atuação do Projeto, a GTZ acredita que o sistema possa seguir sendo utilizado pelo Projeto. A articulação e as discussões e negociações sobre conceitos, indicadores e formas e etapas de verificação dos mesmos são outra contribuição a ser considerada. No entanto, como as demais áreas do Projeto, a implementação do SMTS também sofreu os impactos das freqüentes trocas de equipes e pontos focais, de modo que a sua operacionalização ainda não alcançou inteiramente o estágio esperado.

O apoio à elaboração do Plano de Comunicação do Projeto TAL foi a segunda demanda priorizada para a Cooperação Técnica. Este plano, além de desenvolver a identidade visual do Projeto e contribuir com alguns produtos de comunicação imediatos (com destaque para a construção da homepage do Projeto), deveria impulsionar os processos de comunicação interna (entre os atores envolvidos) e externa (direcionados a vários públicos interessados) do Projeto. A construção do plano novamente implicou em um intenso processo de mobilização dos setores partícipes, fortalecendo a identidade e a troca de informações e conhecimentos sobre o Projeto, em que se destaca o envolvimento das diferentes assessorias de comunicação dos setores nas atividades de divulgação. No entanto, a proposta de aprofundamento dos processos de comunicação interna através da constituição de uma rede específica de pontos focais se mostrou demasiadamente ousada para o contexto de implementação do Projeto e ficou prejudicada pelas mudanças nos corpos técnicos. Desta forma, a implementação do plano sofreu uma paralização no segundo semestre de 2007. Considerando as mudanças políticas desde então ocorridas, a GTZ propõe uma rediscussão de suas funções e conteúdos a partir dos encaminhamentos a serem definidos no âmbito da Revisão de Meio Termo do Projeto.

Conforme mencionado, a partir de fins de 2007, a contribuição da GTZ passou a ser mais fortemente demandada no apoio à gestão do Projeto. Esta evolução se deu, por um lado, pela ampliação e consolidação da equipe da UCP e da necessidade de dar início a um processo de desenvolvimento organizacional daí derivadas. Por outro lado, a expansão desta linha de atuação

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também expressa o nível de confiança estabelecido entre a UCP e a GTZ ao longo do desenvolvimento dos trabalhos anteriores. Até o momento, as atividades desenvolvidas nesta área (apoio ao desenvolvimento da equipe, à implementação de rotinas e procedimentos e à gestão documental) e a receptividade e resposta da equipe aos mesmos são considerados muito positivos pela Cooperação Técnica. Há entendimentos iniciais com a GTZ sobre a possibilidade de expandir algumas das experiências construídas no âmbito do Projeto TAL para outras áreas do MMA.

Destaca-se novamente que a contribuição da Cooperação Técnica na área de capacitação foi pouco demandada pelo Projeto TAL. A expectativa inicial de construção de um plano de capacitação mais abrangente para o Projeto, ao qual a Cooperação Técnica poderia ter contribuído, não se concretizou, uma vez que a atuação do Projeto nesta área ficou muito concentrada na iniciativa de capacitação dos novos analistas do IBAMA / ICMBio, por um lado, e em capacitações muito específicas associadas a determinados processos de consultoria promovidos pelo Projeto. Desta forma, houve apenas uma iniciativa de capacitação efetivamente apoiada pela Cooperação Técnica, que foi a realização da Oficina sobre Cadeias de Valor da Biodiversidade, em novembro de 2006. No entanto, destaca-se que o objetivo desta iniciativa de constituir um passo inicial um processo de construção de uma política pública para esta temática foi plenamente alcançado. A seqüência deste processo, que está se dando de forma muito dinâmica e com envolvimento de um grande número de atores e instituições, tanto no nível federal quanto em diferentes regiões do país, não foi mais acompanhada pelo Projeto TAL, mas continuou contando com um acompanhamento intensivo por parte da Cooperação Técnica, a partir de suas outras linhas de atuação. Considerando que o apoio a processos de formulação de políticas públicas é um dos objetivos intrínsecos do Projeto, caberia avaliar se o Projeto TAL não poderia promover uma avaliação e sistematização dos desdobramentos desta iniciativa nascida a partir do seu apoio inicial. Além disso, a Cooperação Técnica entende que as discussões sobre uma atuação mais incisiva e consistente no desenvolvimento de capacidades devem ser retomadas a partir das reorientações a serem definidas no âmbito da Revisão de Meio Termo.

Finalmente, a Cooperação Técnica expressa a sua expectativa de avaliação e ajuste dos objetivos e atividades do Projeto TAL durante a Revisão de Meio Termo, particularmente por entender que o caminho percorrido propicia uma série de aprendizagens relevantes para o avanço das políticas ambientais no Brasil. Ao mesmo tempo, evidenciou-se necessidade de aprimorar o afinamento entre as diferentes lógicas temporais que regem estes processos, onde o ritmo da tomada de decisão política muitas vezes não pode ser acompanhado pelo ritmo da sua implementação.

Visão da UCP sobre a Cooperação Técnica Alemã

A cooperação técnica da GTZ foi fundamental para o atingimento de dois dos objetivos aqui já tratados, quais sejam o da construção do Plano e do Sistema de monitoramento e a do Plano de Comunicação, e também qualificou a organização interna e a gestão do projeto por meio da organização documental e da assessoria no planejamento estratégico e no gerenciamento. O modelo de trabalho desenvolvido revelou-se positivo para um projeto com as características do TAL, na medida em que a cada ano atualizam-se as ações a serem desenvolvidas sempre na perspectiva das linhas de ação originalmente estabelecidas. A interface com um programa de maior envergadura como o Programa para a Proteção e Gestão Sustentável das Florestas Tropicais deve fomentar a articulação do TAL junto aos outros parceiros desta cooperação e, portanto pode potencializar ou dinamizar outras iniciativas de atuação conjunta. O trabalho desenvolvido permitiu que fossem mais bem observados os aspectos da cooperação da GTZ no MMA e identificada a possibilidade de, por meio de algumas ações da cooperação com o TAL, apoiar-se ações de desenvolvimento de capacidades e de apoio a gestão mais geral para o MMA. Entende-se que a cooperação da GTZ pode e deve ser pensada para fortalecer ainda mais a capacidade institucional e organizativa do ministério nesta fase de consolidação de uma nova estrutura e novo corpo de funcionários. A capacidade criativa e metodológica do trabalho da GTZ pode estar mais explicitamente direcionada à necessidades estruturais do Ministério, tal como a capacitação dos novos analistas e a organização da política de gestão de informação, que inclui a formatação de um plano de classificação documental, de que as áreas fim não dispõem. Cabe registrar que na medida em que o projeto TAL teve prorrogação do prazo de execução, tem-se a expectativa de que a cooperação da GTZ igualmente seja viabilizada para igual período. Essas duas questões, a atuação mais geral no MMA e o prolongamento da cooperação devem ser definidos conjuntamente.

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IV – A participação da sociedade civil organizada

No início do projeto foram identificadas duas instituições não governamentais que tinham abrangência nacional e consolidada capacidade de articulação dentre as organizações que atuam na área ambiental. Também se considerou que a disposição de abordar a relação da sociedade civil com organismos de apoio multilateral como o BIRD, poderia trazer massa crítica ao projeto.

Deste modo, o MMA identificou o Fórum Brasileiro de Organizações não Governamentais e Movimentos Sociais –FBOMS- e a Rede Brasil sobre Instituições Financeiras Multilaterais para, conforme previsto na portaria nº 89, de 29 de março de 2006, representarem a sociedade civil organizada no Comitê Gestor e no Comitê Técnico do projeto.

Para a FBOMS sua participação no Comitê Técnico é ativa, mas não há uma incidência significativa no processo de tomada de decisão. Há incorporação de sugestões ou posicionamentos da organização em Termos de Referência que orientam o perfil das ações que serão desenvolvidas e na matriz de indicadores de impacto.

Todavia, entende que deveria haver mais espaço para a participação da sociedade civil, maior qualificação e acesso a informação e maior reconhecimento das contribuições da sociedade civil no processo de implementação e acompanhamento de políticas públicas. Para isso recomenda que os documentos requeridos à participação sejam enviados com maior antecedência, que as atas sejam sempre disponibilizadas registrando suas posições, que mais relatórios sejam tornados públicos por meio do site. O Fórum aponta como avanço do projeto para o controle social e a transparência de suas ações, a criação do site e o tipo de informação disponibilizado que permitem que facilmente a sociedade acompanhe as ações governamentais. Ainda que entenda poder haver maior qualificação neste meio que é a internet.

No caso da Rede Brasil, o foco de sua atuação, desde o início do projeto foi acompanhar a atuação do Banco Mundial no fomento e na implementação da política ambiental. A organização participou de muitas reuniões do Comitê Técnico, muitas vezes em situação de suplência, e esteve em reunião recentemente dialogando com a UCP sobre sua permanência ou não neste papel de representação. A Rede Brasil informou que vai avaliar a sua permanência e não apresentou considerações de caráter avaliativo para subsidiar este Relatório.

A UCP entende como desafiadora a participação da sociedade civil para um projeto com as características do TAL, na medida em que os espaços de interação com os técnicos do governo, ou seja, com servidores públicos de vários ministérios provocam de parte a parte troca de conhecimento e de pontos de vista. Entende que nessa troca, há necessidade de ajustar as temporalidades da administração pública e da demanda e do interesse social e isso requer revisão de entendimentos e de procedimentos. Não se trata de se achar meios para legitimar as políticas mas de construir oportunidades para que sociedade e estado possam se ouvir e criar sínteses criativas para enfrentar os caminhos da administração pública, muitas vezes pouco conhecidos e entendidos pela sociedade.

Há também outro aspecto positivo que é a rede que o Fórum promove na medida em que comunica o trabalho apoiado pelo TAL para um grande número de organizações não governamentais que são mais especializadas em um ou outro tema tratado. E sempre que possível, faz a devolução dessa posição mais especializada ao projeto.

De um modo geral, ainda que restem questões a serem corrigidas, principalmente em relação ao melhor uso dos instrumentos de informação das políticas à sociedade, a UCP entende como muito importante a continuidade da participação de organizações representativas da sociedade civil organizada na área ambiental junto ao projeto.

V - Considerações finais

Buscando conciliar a manifestação das diretorias que compõem o quadro dirigente e técnico parceiro do projeto, a avaliação das instituições de cooperação e dos representantes da sociedade civil organizada e o posicionamento da UCP/MMA, apontamos as principais razões que

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levaram aos resultados alcançados. Todavia, cabe registrar que muitos dos pontos elencados já foram equacionados, e hoje, a UCP encontra-se num contexto de fortalecimento do seu papel no debate estratégico conduzido pela SECEX, seja internamente na área ambiental, seja nas relações bilaterais com os outros parceiros.

Questões de natureza operacional:

• a falta de um fluxo operacional completo indicando os papéis de cada agente, com todos os procedimentos administrativos internos no MMA e na interação com o PNUD, estabelecido e conhecido por todos os parceiros, desde o início da operação do projeto; hoje equacionado;

• a falta de instrumentos que desde o início do projeto, facilitassem o processo de elaboração dos documentos requeridos para o desenvolvimento dos processos, em especial uma metodologia de estimativa de custos e a padronização de documentos para compor as licitações; hoje disponíveis;

• a falta de sistema informatizado do MMA para processar as licitações; em discussão no MMA, mas ainda não desenvolvido;

Questões relacionadas à gestão:

• a demora na constituição da equipe técnica completa para atuar nas atribuições do projeto, bem como para sua capacitação nas normas e procedimentos específicos do BIRD e do PNUD; hoje resolvida;

• um distanciamento entre os dirigentes e os Pontos Focais no que diz respeito as informações sobre o andamento e a dinâmica do projeto;

• as dificuldades encontradas pelo PNUD para implementar a cooperação com um grupo tão diversificado de parceiros e com um volume de processos bastante grande.

Questões de natureza institucional:

• o desenho do projeto que requer uma centralização administrativa para atender ampla e diversificada rede de parceiros institucionais e que requer feedbacks constantes destes em cada fase dos processos;

• a relativa demora nos tempos para tomada de conhecimento das peculiaridades do projeto por parte de novos dirigentes, quando houveram mudanças;

• as mudanças das ações a serem desenvolvidas para atender os objetivos da internalização da sustentabilidade ambiental nas políticas setoriais que requerem adequações nos processos e instrumentos de planejamento;

• a falta de técnicos nos setores parceiros que, em muitos casos, não permitiu a celeridade ou prioridade nos encaminhamentos administrativos relativos aos procedimentos licitatórios em diferentes fases.

Se estas razões estão postas de modo pertinente, cabe apontar para a necessidade de assumi-las e enfrentá-las por parte da UCP e dos parceiros, o que permitirá a melhoria do desempenho físico e financeiro e, conseqüentemente, que o projeto seja finalizado com maior efetividade.

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Propomos, então, algumas adequações em ações do projeto que são necessárias para o fortalecimento do sistema de gestão ambiental e a internalização da dimensão ambiental nas políticas setoriais referidas e, portanto, em seus objetivos.

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