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1 CONSELHO TÉCNICO CIENTÍFICO RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DOS ANOS CURRICULARES DO CURSO DE ENFERMAGEM 1º CICLO ANO LECTIVO 2009/ 2010 FUNCHAL

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CONSELHO TÉCNICO CIENTÍFICO

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DOS ANOS CURRICULARES DO

CURSO DE ENFERMAGEM – 1º CICLO

ANO LECTIVO 2009/ 2010

FUNCHAL

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O – INTRODUÇÃO

O ano lectivo 2009 – 2010 foi planeado e desenvolvido com base no Plano de Estudos do Curso de Licenciatura (1º Ciclo) da ESESJC que se encontra em vigor.

Teve início a 15 de Setembro de 2009 e terminou a 23 de Julho de 2010, englobando 38 semanas ( mais duas semanas do que o previsto no Plano de estudos) devido à existência de seis feriados ao longo do ano. O 1º ano teve início a 28 de Setembro de 2010

O 1º semestre decorreu entre 15 de Setembro e 5 de Fevereiro e o 2º semestre entre 1 de Março 23 de Julho.

As férias de Natal tiveram lugar entre 19 de Dezembro de 2009 e 3 de Janeiro de 2010, os dias de pausa de Carnaval entre 15 e 19 de Fevereiro de 2010 e as férias da Páscoa entre 29 de Março a 9 de Abril de 2010.

1 – OS ESTUDANTES

Os estudantes inscritos nas diversas unidades curriculares dos quatro anos foram em número de 127. O número de estudantes variou entre 25 (4º ano) e 36 (2º ano) numa média de 31,75, por ano.

Quadro 1 Estudantes por ano

ANO ESTUDANTES

1º 32

2º 34

3º 36

4º 25

Os estudantes são maioritariamente do sexo feminino (84,3%) e as idades oscilam entre os 18 e os 26 anos.

2 – A EQUIPA PEDAGÓGICA

A equipa pedagógica foi constituída por 56 docentes , sendo 21 internos e 36 externos. Cada ano curricular teve como coordenador um docente (quadro 2)

Quadro 2 Docentes coordenadores por ano curricular

ANO DOCENTES COORDENADORES

1º Mª Merícia Bettencourt de Jesus

2º Mª da Luz Figueira Chaves

3º Vita Mª Basílio Rodrigues

4º Mª Clara Sales Correia Martins

As regências das Unidades Curriculares distribuíram-se pelos professores adjuntos e coordenadores, variando de 1 a 12 regências por professor(Quadro 3):

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Quadro 3 Distribuição das regências por professor

Professores Regências TOTAL

1º ano 2º ano 3º ano 4º ano

Mª Merícia Bettencourt 11 1 0 0 12

Vita Mª Basílio Rodrigues 2 0 6 1 9

Mª Clara Sales Correia 1 0 0 7 8

Mª da Luz Chaves 0 4 1 0 5

Mª Ressurreição 1 2 1 0 4

Ester Mª Nóbrega Ramos 0 1 0 3 4

Rita Figueiredo 2 2 0 0 4

Mª Liliana Gonçalves 0 0 2 0 2

Olívia de Freitas Barcelos 0 0 1 0 1

Mª Teresa Ornelas 0 1 0 0 1

3– ACTIVIDADES PEDAGÓGICAS

As actividades pedagógicas decorreram de acordo com o planeamento efectuado para cada ano curricular, com excepção da Prática Clínica VII (A Criança e o Adolescente, no 3º ano) em que, por razões de sobreposição de práticas clínicas com alunos de outra escola, houve necessidade de encurtar esta prática proporcionando aos alunos actividades alternativas.

3.1– ENSINO TEÓRICO

3.1.1 – Distribuição das Unidades Curriculares pelos docentes e carga horária Os professores internos e externos foram distribuídos pelos quatro anos curriculares, verificando-se um maior número nos dois primeiros anos ( 30 professores) em relação ao dois últimos anos curriculares. Esta diferença justifica-se pelo número elevado de unidades curriculares no ensino teórico nestes dois primeiros anos do curso (16 UC no 1º ano e 10 UC no 2º ano).

Quadro 4 Número de professores internos e externos em cada ano curricular

ANO PROFESSORES

INTERNOS PROFESSORES EXTERNOS Total

1º 16 14 30

2º 16 14 30

3º 7 4 11

4º 7 5 12

A distribuição de professores pelas unidades curriculares variou entre 1 a 12 professores. No Ensino Teórico, 44,4% das Unidades Curriculares foram leccionadas apenas por 1 a 2 professores. No entanto, verifica-se uma percentagem significativa de unidades curriculares (11,1%) com mais de sete professores, havendo mesmo 2 unidades curriculares, Enfermagem e Corporalidade (1º ano) e Patologia do Adulto e do Idoso 2 (2º ano) em que leccionaram 11 e 12 professores respectivamente.

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Quadro 5

Número de professores por unidade curricular

Professores Unidades %

1 a 2 16 44,4

3 a 4 12 33,3

5 a 6 4 11,1

7-a 8 1 2,8

9 a 10 1 2,8

11 a 12 2 5,6

Total 36 100,0

O número elevado de professores em algumas unidades curriculares está relacionado com a carga horária elevada destas UC. e com a variedade e especificidade de temas que estas unidades abrangem. Optou-se por obter o contributo de peritos da prática do tratamento e dos cuidados. A participação dos professores nestas disciplinas varia entre 4 a 49% do tempo de contacto.

3.1.2 - Metodologia/estratégias utilizadas

As estratégias pedagógicas utilizadas durante o Ensino Teórico foram diversificadas e dinâmicas, procurando desenvolver nos estudantes competências do domínio cognitivo (tal como a busca do conhecimento, a reflexão, a capacidade de análise e de síntese, o pensamento crítico, a argumentação, a criatividade,) do domínio comportamental (competências de comunicação, de trabalho de equipa, a capacidade de iniciativa, de pesquisa, o sentido de organização e planificação e a capacidade de liderança) e do domínio afectivo (desenvolvimento pessoal e relacional). As metodologias ou estratégias metodológicas mais utilizadas nas diversas unidades curriculares, no ensino teórico, durante o ano 2009/2010 estão apresentadas no quadro 6 :

Quadro 6 Metodologias de ensino/aprendizagem utilizadas no Ensino Teórico

Metodologias /estratégias

Aulas expositiva

Trabalhos de grupo ou individuais,

Leitura orientada

Discussões/ debates sobre temáticas em aula.

Discussão no Fórum do Portal Corporativo da ESESJC

Seminário

Pesquisas orientadas.

Pesquisa de informação científica em bases de

dados electrónicas

Análise de artigos científicos

Exercícios teórico-práticos

Demonstração e treino

Simulação

Dramatização,

Autoscopia,

Dinâmicas de grupo

Partilha de experiências

Visualização de filmes,

Visualização de imagens, e de exames radiológicos,

reais e laboratoriais.

Visitas de estudo

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3.2– ENSINO PRÁTICO

O Ensino Prático inclui a prática Simulada e a Prática Clínica.

3.2.1– Distribuição das Unidades Curriculares pelos docentes e carga horária

No Ensino Prático, os professores são quase exclusivamente internos, embora na Prática Clínica colaborem também os enfermeiros de referência ou tutores. O maior número de professores em Unidades Curriculares do Ensino Prático são no 2º e 3º ano (quadro 7)

Quadro 7 Distribuição dos professores pelos diversos anos curriculares, no Ensino Prático

ANO PROFESSORES Total

1º 5 5

2º 12 12

3º 15 15

4º 5 5

A distribuição de professores pelas unidades curriculares varia entre 1 a 9 professores. A maioria de UC do Ensino Prático (50%) são leccionadas por 1 a 4 professores. No entanto, 23,5% das unidades curriculares são leccionadas por mais de sete professores, sendo que duas Unidades Curriculares (11,1%) do 2º e 3º ano, Práticas Simuladas II e IV envolvem 9 professores internos (Quadros 8 e 9). Este facto deve-se à extensão, diversidade de temáticas e afectação dos docentes com perícia em cada uma delas e as temáticas e diversidade dos contextos onde as mesmas têm lugar. Deve-se também ao facto de os alunos, durante as Práticas Clínicas, serem divididos em grupos, dando origem a diversos turnos, o que exige a presença de um número maior de professores

Quadro 8 Distribuição dos professores pelas Unidades Curriculares do Ensino Prático

ANO UNIDADE CURRICULAR Professores Total

1º ano Prática Simulada I 5 5

2º ano Prática Simulada II 8 9

Prática Clínica I 4 4

Prática Simulada III 6 6

Prática Clínica II 6 6

3º ano Prática Simulada IV 9 9

Prática Clínica III 7 7

Prática Clínica IV 1 1

Prática Clínica V 3 3

Prática Clínica VI 2 2

Prática Clínica VII 7 7

Prática Clínica VIII 2 2

4º ano Prática Simulada VI 4 4

Prática Clínica IX 4 4

Prática Clínica X 5 5

Prática Clínica XI 1 1

Prática Clínica XII 2 2

6

Quadro 9

Distribuição das unidades de acordo com o número de professores

PROFESSORES UNIDADES %

1 a 2 5 27,8

3 a 4 4 22,2

5 a 6 4 22,2

7-a 8 3 16,7

9 a 10 2 11,1

Total 18 100,0

3.2.2 – Metodologia/estratégias utilizadas:

As estratégias pedagógicas utilizadas durante o Ensino Prático procuraram desenvolver nos estudantes competências do domínio cognitivo, afectivo e comportamental, mais especificamente nas áreas do saber, do saber ser e estar e do saber fazer. As metodologias ou estratégias metodológicas mais utilizadas nas diversas unidades curriculares do Ensino Prático, durante o ano 2009/2010 estão apresentadas no quadro 10.

Quadro 10 Metodologias de ensino/aprendizagem utilizadas no Ensino Prático

TIPO DE ENSINO PRÁTICO Metodologias /estratégias

PRÁTICA SIMULADA Método de resolução de Problemas face a casos tipo Discussão dirigida Simulação da prática orientada Treino de gestos Reflexão crítica Dramatização Sociodrama

PRÁTICA CLÍNICA Demonstração Prática orientada em contexto real Acompanhamento directo e diário do estudante Orientação e supervisão das práticas dos estudantes Partilha, análise e discussão das experiências/ situações vividas Elaboração e discussão de Processo de Enfermagem Elaboração de - diários reflexivos - portfólios - diagnóstico de saúde - projecto de resolução de um problema comunitário - acções educativas a grupos

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3.2.3 - Unidades de saúde que serviram de campo de estágio nas Práticas Clínicas

Ao longo do ano lectivo, os estudantes estagiaram em muitas unidades de saúde da RAM e do Continente português. O quadro 11 apresenta as instituições de saúde, onde os estudantes desenvolveram as suas práticas clínicas.

Quadro 11

Instituições / Unidades de Saúde onde os alunos desenvolveram as Práticas Clínicas

ANO UNIDADE CURRICULAR INSTITUIÇÃO UNIDADES DE SAÚDE

2º ANO Prática Clínica I Hospital Dr. João de Almada Pisos

Lar da Bela Vista

Prática Clínica II Hospital dos Marmeleiros Serviços de Medicina (5 serviços)

Pneumologia e Dermatologia (Observação)

Unidade de Cuidados Especiais(Obs.)

Hemodiálise(Observação)

Hospital Dr. Nélio de Mendonça Unidades de Cuidados Continuados

Cardiologia (Observação)

Unidade de AVC (Observação)

Hemodiálise(Observação)

3º ANO Prática Clínica III Hospital Dr. Nélio Mendonça Serviços de Cirurgia

Serviço de Ginecologia

Serviço de Neurologia

Serviço de Oftamologia

Serviço de Ortopedia

Serviço de Hemodinâmica

Serviço de Hemato-oncologia

Prática Clínica IV H. Dr. Nélio Mendonça Serviço de Urgências

C. de Saúde de Machico Serviço de Urgências

Prática Clínica V C. de S. S. João de Deus Serviço de doentes Agudos

C. de S. Câmara Pestana Serviço de doentes Agudos

Centros de Saúde

Prática Clínica VI H.l Dr. Nélio Mendonça Serviço de Obstetrícia

C. de Saúde Bom Jesus Serviço de S.Materna e Plan. familiar

Prática Clínica VII Centros de Saúde

Prática Clinica VIII Hospital Dr. Nélio Mendonça Uni. Cuid. Intensivos Neonatais ePediátricos

Serviço de urgência pediátrico

Consulta externa de Pediatria

4º ANO Prática Clínica X Centros de Saúde 12 Centros de Saúde da RAM

Prática Clínica XI Hospital dos Marmeleiros Serviço de Infecto-contagiosas

4º Piso

Hospital Dr. Nélio Mendonça Pisos 1º (nasc) 2º , 3º e 8º (nasc e poente)

Cuidados continuados

Cardiologia

Pediatria

Quartos Particulares

Neurocirurgia

Centros de Saúde 12 centros de saúde da RAM

Prática Clínica XII Centros de Saúde 4 centros de saúde

H.Dr. Nélio Mendonça

Urgência

Cardiologia/ UTIC

Hemato-oncologia

Medicina Interna 2º Piso Poente

8

Mat. Alfredo da Costa Unidade Puerperas II

Hospital de St.ª Maria Urgência Pediátrica

Unidade de Queimados

H. São Francisco Xavier Medicina IV+Unidade de AVC

H. Cruz Vermelha Cirurgia Cárdio Torácica

C. de Saúde Odivelas Cuidados Paliativos – Cacém

IPO Porto Onco -hematologialogia

3.2.4 – Visitas de estudo

Durante o ano curricular, os estudantes visitaram várias instituições de saúde da Região e do Estrangeiro, como se pode verificar no quadro 12.

Quadro 12

Instituições/serviços onde os alunos fizeram visitas de estudo

SEMESTRE

INSTITUIÇÃO SERVIÇO/INSTITUIÇÃO LOCAL

1º semestre Est. de Trat. de Águas Residuais Câmara Municipal FUNCHAL

Est. de Trat. de Resíduos Sólidos Câmara Municipal FUNCHAL

Estação de Tratamento de Águas Instituto de gestão das Águas FUNCHAL

Estação de Triagem da Madeira SANTA CRUZ

2º semestre Hospital Dr. Nélio de Mendonça Serviços de internamento, serviços de apoio e consulta externa

FUNCHAL

Hospital Dr. Nélio de Mendonça Serviço de Esterilização FUNCHAL

Centro de Saúde de St. António FUNCHAL

3º semestre Hospital Dr. João de Almada 2º e 3º andar FUNCHAL

Lar da Bela Vista (piso 0 e piso +2) FUNCHAL

Hospital Dr. Nélio de Mendonça Serviço de Cardiologia FUNCHAL

Unidade de AVC

S. de Cuid. Continuados Integrados

Hospital dos Marmeleiros Serviços de internamento, serviços de apoio e Consulta externa

FUNCHAL

Hospital dos Marmeleiros Unidade de Hemodiálise FUNCHAL

6 º SEMESTRE Centro de Reabilitação Psico-Pedagógico da Sagrada Família

FUNCHAL

Centro da Mãe FUNCHAL

7º semestre Hospital Vall d´Hebron - BARCELONA

Centre Forum Hospital Del Mar BARCELONA

Hospital Dr. João de Almada - Funchal Rede de Cuidados Continuados FUNCHAL

Lar de Idosos D.ª Olga de Brito - FUNCHAL

Hospital Dr. Nélio Mendonça Serviço de Higiene e Segurança no trabalho

FUNCHAL

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4 – AVALIAÇÃO

4.1 – METODOLOGIAS DE AVALIAÇÃO

4.1.1 – Ensino Teórico

As técnicas de avaliação utilizadas no Ensino Teórico visaram essencialmente apreciar o desenvolvimento de competências do domínio cognitivo e foram essencialmente : - Provas escritas - Trabalhos de grupo - Participação dos estudantes nas discussões - Apresentação oral de trabalhos individuais ou de grupo Nas 36 Unidades Curriculares teóricas do Curso, apenas em 3 não foi utilizada a prova escrita como forma de avaliação. Em 12 unidades curriculares a prova escrita foi utilizada como única técnica de avaliação. Nas outras unidades curriculares, em que foram utilizadas igualmente outras técnicas, o valor da prova escrita na classificação final variou entre 50 a 80%.

4.1.2 – Ensino Prático

As técnicas de avaliação utilizadas no Ensino Prático visaram apreciar as competências desenvolvidas nos domínios cognitivo, afectivo e comportamental, mais especificamente, nas áreas do saber, saber ser e estar, saber fazer e saber aprender.

Nas Práticas Simuladas, a avaliação foi realizada através de:

→ avaliação contínua da demonstração pelo estudante de competências técnico-científicas e atitudinais na resolução de problemas que ilustram situações da prática. A percentagem da avaliação contínua nas Práticas Simuladas variou entre 20 a 30% .

→Exame Prático que engloba

.- análise de uma situação,

- plano de intervenção para os problemas identificados - realização de técnicas e procedimentos de acordo com os princípios das boas práticas. - realização de uma sessão de educação - realização de uma consulta de enfermagem A percentagem do Exame Prático na classificação final variou de 70 a 100%. Para a avaliação das Práticas Simuladas utilizou-se um instrumento de avaliação que foi dado a conhecer aos estudantes na aula de introdução a essas Práticas.

Em todas as Práticas Simuladas houve uma entrevista individual final com o estudante com o objectivo de analisar e discutir a avaliação

Nas Prática Clínicas , a avaliação foi realizada através de:

→ avaliação contínua de competências técnicas, científicas, relacionais e atitudinais demonstradas perante as situações reais da prática . A percentagem desta avaliação contínua variou entre 60 a 80% nas diversas Práticas Clínicas. → avaliação de trabalhos tais como: . processo de enfermagem fundamentado,

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. diário reflexivo . portfólio. . projecto de saúde . projecto de auto-formação A percentagem destes trabalhos na classificação final, variou entre 20 a 40%. Para a avaliação das Práticas Clínicas, utilizou-se um instrumento de avaliação que foi dado a conhecer aos estudantes, aquando da Introdução à Prática Clínica .

Em todas as Práticas Clínicas, houve uma entrevista final com o estudante, em que esteve presente o enfermeiro de referência que colaborou na orientação do aluno durante a prática clínica.

4.2 – CLASSIFICAÇÃO DOS ESTUDANTES NAS UNIDADES CURRICULARES

Podemos observar através do Quadro nº1 que no ano lectivo 2009/2010 a média final dos nossos Estudantes foi de 14,9 valores, com uma taxa de aprovação de 99,1%. No Ensino Clínico verificou-se, comparativamente com os outros tipos de ensino, uma média final mais alta (15,9 valores), no entanto com uma taxa de aprovação mais baixa (98,3%). A taxa de aprovação mais alta verificou-se nas Práticas Simuladas (99,5%) seguida pelo Ensino Teórico (99,3%).

Quadro 13

Média e Taxa de aprovação dos estudantes do Curso de Licenciatura em Enfermagem no ano lectivo 2009/2010

UNIDADES CURRICULARES Média Final % Avaliados/Aprovados

Ensino Teórico 14,6 99,3

Prática Simulada 14,6 99,5

Ensino Clínico 15,9 98,3

Todas as Unidades Curriculares 14,9 99,1

4.2.1 Aproveitamento dos estudantes, por unidade curricular

Em época normal, 100% dos estudantes obtiveram aprovação em 74,1% das unidades curriculares .

Analisando o sucesso dos estudantes por ano curricular (quadro 13) , verifica-se que no 1º ano, em época normal, todos os estudantes saíram aprovados em 11 das 17 unidades curriculares que compõem o 1ºano. A unidade curricular com média mais elevada foi a Informática na Saúde e na Enfermagem (16 valores). No 2º ano, em época normal todos os estudantes saíram aprovados em 9 das 14 unidades curriculares que compõem o 2ºano. A unidade curricular com média mais elevada foi a Epidemiologia (16,5 valores). No 3º ano, na época normal, todos os estudantes saíram aprovados em 9 das 11 unidades curriculares que compõem o 3ºano. A unidade curricular com média mais elevada foi a Prática Clínica VI (16,5 valores). No 4º ano, na época normal, todos os estudantes saíram aprovados em 11 das 12 unidades curriculares que compõem o 3ºano. A unidade curricular com média mais elevada foi a Política de Saúde (19 valores). A média de notas varia entre 14,4 ( 2ºano) e 16,2 ( 4º ano) .

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Quadro 14 Resultados da classificação dos alunos nos diversos anos curriculares

Ano Unidades curriculares % Avaliados aprovados Nota média Min Máx

1º ano

Desenvolvimento Humano e saúde 100 15 7,3 17,2

História e Epistemol. da Enfermagem 100 15 12,3 17,2

Enfermagem e corporalidade 100 15,2 11,4 17,1

Enfermagem e controle da infecção 100 14,7 10,2 17,2

Prática simulada I 100 15,7 12 17,9

Farmacologia 97 14,7 4 19

Psicologia 97 13,5 11 17

Sociologia e Antropologia 100 13,7 10,7 17,7

Ética 97 15,1 12,9 17,4

Anatomia e Fisiologia 97 14,4 11,5 17,3

Microbiologia 100 13,1 10 15

Biofísica, Bioquímica 97 13,3 10,5 15,6

Nutrição 100 15,1 11,4 17,2

Desenvolvimento pessoal e profissional 100 14,1 8 17

Técnicas de pesquisa 97 14,2 10,7 16,8

Estatística 100 14,2 8,4 17,9

Informática na Saúde e Enfermagem 100 16 13,5 17,6

2º ano

Enfermagem e processos de vida 1 100 14,5 11,4 19

Enfermagem e adoecer humano 1 100 12,2 9,8 14,6

Enfermagem e adoecer humano 2 97 12,8 8,9 16,5

Enfermagem e processos de sofrimento 100 13,7 9,7 18,3

Enfermagem e comunicação 100 16,2 13,5 18,5

Diversidade cultural e enfermagem 100 14,5 10 16,4

Prática simulada I I 100 14,5 9 17,9

Prática simulada I II 97 14,5 11 17,7

Prática clínica I 94 14,9 8 17

Prática clínica II 94 14 8 16,5

Patologia Geral 100 15,2 12 18

Patologia do Adulto e Idoso 1 100 14,4 12 18

Patologia do Adulto e Idoso 2 97 13,2 9,2 16,5

Epidemiologia 100 16,5 13,4 18,9

3º ano

Enfermagem e processos de vida 2 100 11,7 9,2 14,6

Enf. e comportamento humano 100 15,5 12,3 17,7

Prática simulada IV 100 15,5 12,3 18,9

Prática simulada V 100 13,4 8 15,5

Prática clínica III 95 14,7 10 17

Prática clínica IV 97 14,8 11 16,5

Prática clínica V 100 14,5 12 16

Prática clínica VI 100 16,5 10 16

Prática clínica VII 100 15,5 13 18

Prática clínica VIII 100 14,4 10 16

Patologia da Mulher e Criança 100 14,5 12,7 16,7

4º ano

Enfermagem da Família 96 12,8 4,7 19,8

Enfermagem na Comunidade 100 16,8 15,3 18,1

Enfermagem e Educação para a Saúde 100 15,6 11,9 19,3

Prática simulada VI 100 13,9 15 17,8

Prática clínica IX 100 16,9 14,5 18

Prática clínica X 100 18,7 18,4 19,1

Prática clínica XI 100 18,2 17 20

Prática clínica XII 100 17,8 13,5 19

Direito da Saúde 100 14,6 11 17

Política de Saúde 100 19 18,8 19,2

Gestão 100 16 13,1 17,3

Formação em Enfermagem 100 14 10,3 17,2

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4.2.2 - Aprovação por ano curricular

Em média, a percentagem de alunos aprovados (total de estudantes avaliados em época normal e de recurso que saíram aprovados) diminuiu ligeiramente do 1º para o 2º ano, atingindo os 100% no 4º ano, (Gráfico 1).

Gráfico 1 Percentagem de alunos aprovados por ano curricular

4.2.3 - Notas por ano curricular A média dos estudantes manteve-se constante ao longo dos 3 primeiros anos curriculares, aumentando no último ano do curso, (Gráfico 2).

Gráfico 2

Média de notas dos estudantes por ano curricular

98,9

98,5

99,3

100

97,5

98

98,5

99

99,5

100

1º ano 2º ano 3º ano 4º ano

14,5 14,4 14,6 16,2

10,3 10,4 11,0

14,1

17,2 17,4 16,6

18,5

0

5

10

15

20

1º ano 2º ano 3º ano 4º ano

Média

Min

Máx

13

4.2.4 - Exames de recurso Em 48 das 54 unidades curriculares que compõem o curso, os estudantes podem fazer avaliação em época de recurso (disciplinas teóricas ou prática simulada).

No ano 2009-2010, há registo de exames de recurso em 12 destas unidades curriculares (25, 0%). É no 2º ano que há maior percentual de unidades curriculares com exames de recurso (Gráfico 3)

Gráfico 3 Exames de Recurso por ano curricular

As unidades curriculares com maior percentual de estudantes a fazer exame de recurso foram: Enfermagem da Família (12%); Patologia do Adulto e do Idoso 2 (9,7%) e Desenvolvimento Pessoal e Profissional (9,4%) , como se observa no Gráfico 4.

Gráfico 4 Exames de recurso por unidade curricular

Dos 23 exames de recurso realizados em 23 Unidades Curriculares, obteve-se aprovação em 87% dos mesmos.

29,4 33,3 18,2 12,5

70,6 66,7 81,8 87,5

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

1º ano 2º ano 3º ano 4º ano

sem exame de recurso

com exame de recurso

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4.3 AVALIAÇÃO DAS UNIDADES CURRICULARES E DOS DOCENTE PELOS ESTUDANTES

No fim de cada unidade curricular (antes de serem afixadas as notas), os estudantes preencheram um inquérito on-line, anónimo, de avaliação de itens relacionados com a estrutura da unidade curricular e com o desempenho de cada docente que tivesse leccionado uma carga horária superior a 6 horas.

Foi aplicada uma escala de satisfação de 0 a 100 (máximo satisfação). O resultado da avaliação dos docentes foi devolvido a cada docente por email. A média do nível de satisfação com a estrutura curricular foi de 71,8% e com o desempenho dos docentes foi de 72,5.

Quadro 15

Média da Avaliação Global dos estudantes em relação à estrutura das Unidades curriculares e ao desempenho dos docentes

Nível de satisfação dos estudantes

Média

Com a estrutura e organização das unidades curriculares

71,8

Com o desempenho dos docentes (estratégias, relação pedagógica, disponibilidade) 72,5

4.3.1 Avaliação da estrutura das unidades curriculares por ano curricular A avaliação da estrutura das unidades curriculares incluiu os itens: interesse dos conteúdos programáticos; utilidade dos conteúdos para a formação e carga horária. A pontuação obtida variou entre 45,2 (na UC Formação em Enfermagem -4º ano) e 88,7 (na UC Enfermagem e Corporalidade -1ºano) (quadro 15 e gráfico 5), com uma média de 71,6.

15

Quadro 16

Avaliação da estrutura das Unidades curriculares

Ano Unidade curricular Pont

Desenvolvimento pessoal e Profissional 58,2 História e Epistemologia da Enfermagem 82,1 Desenvolvimento Humano e Saúde 72,8 Anatomia e Fisiologia 85,2 Microbiologia 73,2 BioFísica, Bioquímica 60,3 Técnicas de pesquisa 72,1 Estatística 59,1 Nutrição 81,3 Corporalidade 88,7 Farmacologia 87,4 Ética 86,5 Controlo da Infecção 86,7 Informática 78,7 Sociologia 77,1 Prática Simulada 78,1 Psicologia 77,5

Enfermagem e Processos de Sofrimento 71,5 Patologia do Adulto e do Idoso 61,2 Enfermagem e diversidade cultural 63,0 Enfermagem e adoecer humano I 61,3 Patologia Geral 60,2 Enfermagem e Comunicação 69,3 Enfermagem e Processos de Vida I 70,0 Prática Simulada II 73,2 Prática Clínica I 68,7 Patologia do Adulto e do Idoso II 67,3 Enfermagem e adoecer humano II 63,8 Epidemiologia 59,0 Prática Simulada III 67,3 Prática clínica II 66,1

Prática Simulada IV 82,5 Prática Clínica III * Prática Clínica V 86,9 Prática Clínica IV * Prática clínica VIII (A criança doente) * Prática clínica VII ( A criança e o adolescente) 70,1 Prática clínica VI ( Mulher gestante ,parturiente e puérpera) 58,5 Prática Simulada V 57,2 Enfermagem e processos de Vida II 56,2 Patologia da mulher e da criança 66,3

Prática Clínica IX 85,0 Prática Clínica X 81,5 Enfermagem e Educação para a Saúde 68,2 Enfermagem de Família 71,3 Enfermagem da Comunidade 70,8 Prática simulada VI 69,1 Prática simulada XI 82,0 Prática Clínica XII 88,3 Gestão de cuidados e supervisão clínica 58,0 Formação em Enfermagem 45,2 Direito da Saúde 74,1 Políticas de saúde 82,0

*Sem dados disponíveis

16

Gráfico 5 - Avaliação das unidades curriculares por ano

4.3.2 – Avaliação dos Docentes por unidade curricular e ano

Avaliação dos docentes englobou: Estratégias de dinamização do interesse dos estudantes, disponibilidade dos docentes para o esclarecimento de dúvidas, disponibilização de material de apoio, utilização de MAV, relação pedagógica.

A pontuação obtida variou entre 40,6 (para os docentes da Prática Simulada V – 3º ano) e 94,7 (para os docentes da Anatomia e Fisiologia -1ºano), (quadro 15) com uma média de 71,3 (quadro 17).

--

76,8

65,9

70,5

73,0

60,0

62,0

64,0

66,0

68,0

70,0

72,0

74,0

76,0

78,0

1º ano 2º ano 3º ano 4º ano

17

Quadro 17 Avaliação do desempenho dos docentes por ano curricular

Ano Unidade curricular Pont

Anatomia e Fisiologia 94,7 Desenvolvimento Humano e Saúde 78,0 História e Epistemologia da Enfermagem 87,9 Nutrição 87,9 Microbiologia 77,6 Estatística 60,2 Desenvolvimento pessoal e Profissional 58,5 Biofísica, Bioquímica 74,8 Técnicas de pesquisa 87,9 Farmacologia 92,2 Corporalidade 92,0 Sociologia 91,2 Controlo da Infecção 88,5 Ética 85,4 Psicologia 85,4 Informática 81,5 Prática Simulada I 83,7

Patologia do Adulto e do Idoso II 55,2 Enfermagem e adoecer humano II 56,2 Epidemiologia 70,2 Prática Simulada III 65,3 Prática clínica II 59,9 Enfermagem e Processos de Sofrimento 64,8 Patologia do Adulto e do Idoso 49,1 Enfermagem e diversidade cultural 64,4 Enfermagem e adoecer humano I 54,3 Patologia Geral 58,3 Enfermagem e Comunicação 71,9 Enfermagem e Processos de Vida I 65,3 Prática Simulada II 69,3 Prática Clínica I 61,4

Enfermagem e Comportamento Humano 83,5 Prática Simulada IV 81,6 Prática Clínica V 74,6 Prática Clínica IV * Prática Clínica III * Prática clínica VIII (A criança doente) * Prática clínica VII ( A criança e o adolescente) 66,3 Prática clínica VI ( Mulher gestante ,parturiente e puérpera) 44,6 Prática Simulada V 40,6 Enfermagem e processos de Vida II 59,1 Patologia da mulher e da criança 82,8

Prática Clínica IX 78,6 Prática Clínica X 82,0 Enfermagem e Educação para a Saúde 74,1 Enfermagem de Família 74,0 Enfermagem da Comunidade 79,5 Prática simulada VI 69,2 Prática Clínica XI 82,0 Prática Clínica XII 88,3 Gestão de cuidados e supervisão clínica 58,0 Formação em Enfermagem 45,2 Direito da Saúde 74,1 Políticas de saúde 82,0

*Sem dados disponíveis

18

Gráfico 6

Avaliação dos docentes por ano

Comparando a avaliação das unidades curriculares e a avaliação dos docentes nos quatro anos curriculares (gráfico 7) observa-se uma curva muito semelhante entre as duas, o que parece significar

que estão fortemente relacionadas.

Gráfico 7

Comparação da avaliação das unidades curriculares e a avaliação dos docentes

82,8

61,8 66,6

73,9

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

1º ano 2º ano 3º ano 4º ano

82,8

61,8

66,6

73,9

76,8 65,9

70,5

73,0

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

1º ano 2º ano 3º ano 4º ano

Docentes

UC

19

O gráfico 8 compara o nível de satisfação dos estudantes em relação à estrutura das unidades curriculares e ao desempenho dos docentes no Ensino Teórico, na Prática Simulada e na Prática Clínica. Não se observa uma diferença significativa entre os três tipos de ensino, embora seja ligeiramente inferior nas práticas simuladas.

Gráfico 8

Satisfação dos estudantes (unidade curricular + docente) por tipo de ensino

4– ACTIVIDADES EXTRACURRICULARES Durante o ano lectivo os estudantes desenvolveram algumas actividades extracurriculares tais como:

- Participação em rastreios de saúde promovidos por alguns laboratórios

- Actividades de voluntariado em diversas instituições e apoio a famílias no Natal

- Cursos de curta duração (EX: Massagem)

- Sessões de Educação para a Saúde em Lares, locais de trabalho entre outros, a pedidos das

instituições

- Jogos de campo promovidos pela Associação Académica, acções

5– CONCLUSÃO A análise dos dados apresentados neste relatório permite-nos realçar os seguintes aspectos:

1 – O ano lectivo 2009-2010 do 1º ciclo do Curso de Enfermagem decorreu de acordo com o

planeamento realizado, não tendo sofrido alterações dignas de registo.

2 – O nível de sucesso dos estudantes durante este ano curricular foi bastante elevado, com uma

média de 99,1% de aprovação.

3– O nível de satisfação dos estudantes relativamente à estrutura das unidades curriculares e ao

desempenho dos docentes foi também elevado com uma média de 71,6 e 71,3, respectivamente.

4 – As estratégias de ensino aprendizagem foram dinâmicas e diversificadas, procurando o

desenvolvimento de competências ao nível dos diversos domínios (cognitivo, afectivo e

comportamental), incentivando a busca do conhecimento, desenvolvendo a capacidade de pesquisa,

de reflexão, a capacidade de análise e de síntese, o pensamento crítico, a argumentação, a

72,0

69,3

72,3

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Teóricas Prática Simulada Prática Clínica

20

criatividade, a comunicação, o trabalho de equipa, a capacidade de iniciativa, o sentido de

organização e planificação, a capacidade de liderança, o desenvolvimento pessoal e relacional.

5 – As estratégias de avaliação durante o Ensino Teórico focalizaram-se essencialmente nas

competências do domínio cognitivo, sendo a prova escrita ou frequência a técnica mais utilizada. No

Ensino Prático, as técnicas de avaliação procuraram focalizar-se nas competências desenvolvidas ao

nível dos três domínios do conhecimento, utilizando a avaliação contínua dos estudantes e a

avaliação de diversos trabalhos escritos, usando para tal instrumentos de avaliação específicos, que

são do conhecimento do estudante.

6 - A distribuição das regências por professor foi feita de forma pouco equitativa.

7 - Algumas unidades curriculares foram leccionadas por um número muito elevado de professores.

Tendo em atenção estes aspectos, em anos posteriores procurar-se-á manter o nível elevado de

sucesso e de satisfação dos estudantes, tentando no entanto

1- Distribuir as regências pelos professores coordenadores e adjuntos de forma mais equitativa.

2- Diminuir o número de docentes pelas unidades curriculares.

Pl` A Presidente do Conselho Científico

Maria Clara Sales Fernandes Correia Martins

4 de Janeiro de 2010