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RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2017

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

1

ÍNDICE

Página

DESTAQUES DO ANO 3

APRESENTAÇÃO DO ORGANISMO 6

ESTRUTURA DO RELATÓRIO 7

CAPÍTULO I - NOTA INTRODUTÓRIA 8

I.1 Orientações gerais e específicas prosseguidas pelo organismo 9

CAPÍTULO II – QUAR: AUTOAVALIAÇÃO 12

II.1 QUAR | Objetivos Estratégicos e Operacionais 13

II.2 QUAR | Autoavaliação 14

II.2.1 Análise dos resultados alcançados e dos desvios verificados 14 O01 – Incentivar a criação e produção de obras cinematográficas e audiovisuais O02 - Aprofundamento da cooperação com os países de língua oficial portuguesa

O03 – Desenvolver a capacidade de Portugal para atrair produções e coproduções internacionais O04 – Promover o reconhecimento, a exposição e a comercialização dos conteúdos cinematográficos e audiovisuais nacionais no mercado global

O05 - Incentivar a exibição, difusão, promoção e divulgação das obras cinematográficas

O06 - Assegurar a gestão de recursos humanos, financeiros e patrimoniais promovendo a melhoria do controlo dos recursos O07 - Garantir a satisfação dos colaboradores e interessados na atividade do ICA

II.2.2 Apreciação, por parte dos utilizadores, da quantidade e qualidade dos serviços prestados 29

II.2.3 Avaliação do sistema de controlo interno (SCI) 30

II.2.4 Análise das causas de incumprimento de ações não executadas ou com resultados insuficientes 32

II.2.5 Desenvolvimento de medidas para um reforço positivo do desempenho 33

II.2.6 Comparação com o desempenho de serviços idênticos, no plano nacional e internacional, que possam constituir padrão de comparação

34

II.2.7 Audição de dirigentes intermédios e demais trabalhadores na autoavaliação dos serviços 34

II.2.8 Atividades desenvolvidas, previstas e não previstas no plano, com indicação dos resultados alcançados

35

II.2.9 Análise da afetação real e prevista dos recursos humanos, matérias e financeiros 44

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

2

CAPÍTULO III - AVALIAÇÃO FINAL 49

IV.1 Apreciação qualitativa e quantitativa dos resultados alcançados 50

IV.2 Menção proposta pelo dirigente máximo do serviço como resultado da autoavaliação 50

IV.3 Conclusões prospetivas fazendo referência, nomeadamente, a um plano de melhoria a implementar no ano seguinte 50

CAPÍTULO IV – QUAR: ANEXOS 51

QUAR – Mapa do GEADAP

Balanço Social

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

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DESTAQUES DO ANO

Durante o ano de 2017 manteve-se a tendência de crescimento do setor cinematográfico em Portugal,

quer no que se refere ao número de espectadores, quer no volume de receita bruta, que registaram um

aumento de 4,6% e 5,7%, respetivamente.

Depois de uma diminuição, em 2016 e face ao ano anterior, a quota de mercado nacional com base no

número de espectadores manteve-se em valores semelhantes: 2,4%, em 2016, e 2,6%, em 2017.

Foram produzidas, com o apoio do ICA, 77 obras nacionais - mais 29, em relação a 2016. Este aumento

significativo justifica-se, em parte, pela conclusão de 11 produções audiovisuais resultantes das candidaturas

às primeiras edições dos concursos de apoio ao setor audiovisual, que o ICA lançou pela primeira vez em 2014.

Os concursos de 2017 abriram com um montante total de € 18.560.839, a serem distribuídos por 23

concursos e pelo Protocolo Luso-Brasileiro e o Fundo Luso-Francês. No que se refere à afetação do montante,

foram atribuídos € 1.000.000 ao Programa de Apoio aos Novos Talentos e Primeiras Obras; € 9.230.000 ao

Programa de Apoio ao Cinema; € 3.300.000 ao Programa de Apoio ao Audiovisual e Multimédia; € 540.000 ao

Programa de Apoio à Formação de Públicos nas Escolas; € 1.170.839 ao Programa de Apoio à

Internacionalização; € 2.620.000 às Medidas de Apoio à Exibição em Festivais e Circuitos Alternativos; €

400.000 ao Fundo Luso-Francês e US$ 300.000 ao Protocolo Luso-Brasileiro.

O ICA desenvolveu, no ano a que reporta este relatório, diversas medidas para um reforço positivo do

seu desempenho, das quais se destacam a implementação do Incentivo Fiscal à Produção Cinematográfica em

Portugal; a conclusão do concurso público para a criação de um novo sistema de gestão de apoios, integrado

com todos os sistemas informáticos que o ICA gere - a plataforma eICA; a criação das contas de Instagram e

Linkedin do ICA; a integração dos sistemas de informação e gestão tendo como objetivo desenvolver a

interoperabilidade entre os vários sistemas existentes; e a comunicação de resultados de inquéritos de

satisfação (elaboração de relatório com os resultados e posterior divulgação).

O ICA acompanhou também os principais festivais internacionais de cinema, através de presença

institucional no Festival Internacional de Cinema de Locarno e no Festival de San Sebastian e ainda com um

stand promocional nos mercados do Festival Internacional de Cinema de Berlim e do Festival Internacional de

Cinema de Cannes.

Ainda a nível de promoção internacional do cinema e dos filmes portugueses, o ICA apoiou a exibição,

em Los Angeles (EUA), do filme SÃO JORGE, de Marco Martins, no âmbito da iniciativa promovida pela European

Film Promotion, para dar a conhecer os filmes europeus candidatos a uma nomeação para o Óscar de Melhor

Filme Estrangeiro.

Dos filmes portugueses premiados em 2017, destaca-se a carreira internacional de A FÁBRICA DE

NADA, de Pedro Pinho, que, após a sua estreia mundial na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cinema de

Cannes, onde foi distinguido com o Prémio FIPRESCI, tem sido exibido nos mais importantes festivais de cinema

mundiais, já com mais de 40 participações, nomeadamente no Filmfest München, em Karlovy Vary, Toronto, no

BFI London, Mar del Plata (Argentina), em Busan e na Viennale, entre outros.

Destaque ainda para 9 DEDOS, de F.J. Ossang, uma coprodução Portugal/França, que foi galardoado

no Festival de Locarno com o Leopardo de Ouro de melhor realizador. Este foi o quarto prémio consecutivo de

melhor realização atribuído no Festival de Locarno a uma produção portuguesa, depois de, em 2014, o prémio

ser entregue a Pedro Costa por CAVALO DINHEIRO, em 2015 a Andrej Zulawski por COSMOS e em 2016 a João

Pedro Rodrigues por O ORNITÓLOGO.

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

4

A curta-metragem CIDADE PEQUENA, de Diogo Costa Amarante, recebeu o Urso de Ouro para a Melhor

Curta-Metragem na Berlinale, o que significou que, pelo segundo ano consecutivo, esta importante distinção foi

atribuída a uma produção portuguesa (em 2016 foi entregue a BALADA DE UM BATRÁQUIO, de Leonor

Teles).

2017 foi um ano de intenso trabalho no plano legislativo. A 22 de fevereiro foi publicado o Decreto-Lei

n.º 22/2017, que criou um incentivo fiscal à produção cinematográfica através do aditamento do artigo 59.º -F

ao Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF), com a finalidade de promover a criação e produção cinematográficas

enquanto atividade cultural bem como reforçar sustentadamente e numa perspetiva de longo prazo a

competitividade de Portugal enquanto local de produção cinematográfica. Três produções cinematográficas

viram reconhecido provisoriamente o direito a este incentivo fiscal: O HOMEM QUE MATOU D. QUIXOTE, de

Terry Gilliam, pela produtora Ukbar Filmes, PARQUE MAYER, de António Pedro Vasconcelos, pela produtora

MGN Filmes; e NYOLA, de José Manuel Ribeiro, pela produtora Filmes da Praça. Iniciou-se, contudo, ainda

durante 2017, um processo de alteração ao referido Decreto-lei, com o objetivo de encontrar uma solução mais

atrativa e competitiva para a produção cinematográfica e audiovisual e captação de filmagens em território

nacional.

Foi igualmente desenvolvido um extenso trabalho de consulta e de recolha de contributos junto dos

agentes do setor, no sentido de elaborar uma proposta de alteração ao Decreto-Lei n.º 124/2013, de 30 de

agosto, cuja redação foi apresentada a 16 de novembro de 2017.

No que se refere às diversas iniciativas desenvolvidas pelo ICA em 2017, decorreu durante os meses de

Julho e Agosto a iniciativa Cinema Português em Movimento, realizada em parceria com poder local. Durante

dois meses uma equipa do ICA percorreu o interior do país com o cinema itinerante, exibindo longas-metragens

de produção nacional primordialmente ao ar-livre. Num total de 53 sessões, foram exibidas 10 longas-

metragens portuguesas e uma curta premiada com o Sophia na categoria de animação.

O ICA continuou a desenvolver o seu trabalho no âmbito do Plano Nacional de Cinema, que no ano

letivo 2016/2017, abrangeu um universo educativo de 190 unidades orgânicas, Agrupamentos Escolares (A/E) e

(ou) Escolas, 872 professores e 46.871 alunos, nos 18 Distritos do Continente. Das 190 unidades orgânicas, de

destacar a adesão de duas escolas portuguesas, uma em Dili-Timor e outra em Moçambique.

A Novartis e o ICA entregaram, em maio, o Prémio Curtas Esclerose Múltipla 2017 numa cerimónia no

Cinema São Jorge, onde, de um total de 22 curtas-metragens a concurso, foram premiados dois trabalhos e

entregues três menções honrosas pelo júri do concurso.

Entre 30 de abril e 23 de julho, foram exibidas, na RTP2, as 13 obras produzidas no âmbito do II

Programa CPLP Audiovisual, cuja Unidade Técnica em Portugal é constituída pelo ICA e pela RTP. Composta por

nove documentários e quatro telefilmes de ficção, a programação arrancou no dia 30 de abril, com a exibição

do telefilme moçambicano O DIA EM QUE EXPLODIU MABATA BATA, de João Luis Sol Carvalho, adaptado da obra

de Mia Couto, e encerrou a 23 de julho, com a estreia do documentário timorense A CRIANÇA ROUBADA, de

Lurdes Pires.

O ICA associou-se, ainda, à edição 2017 do LisbonWeek, com a realização de um ciclo de cinema e de

uma exposição de cartazes de filmes portugueses, em diversos locais da freguesia do Lumiar, promovendo o

Instituto na sua comunidade de vizinhança. Entre 25 de março e 2 de abril, no âmbito da parceria estabelecida,

o ICA levou a cabo dois ciclos de cinema onde foram exibidos 25 filmes portugueses. No Auditório TOBIS do ICA,

na atual sede do ICA, foi possível ver oito longas-metragens nacionais filmadas nos Estúdios da TOBIS

Portuguesa.

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

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O ICA apoiou, igualmente, a 10ª Festa do Cinema Italiano como parceiro do Fórum de

Codesenvolvimento e Criação de Projetos Cinematográficos Ítalo-Portugueses, iniciativa organizada pela

Associac ao Il Sorpasso e que contou com as parcerias do MiBACT – Direzione Generale Cinema e da ANICA. No

âmbito do acordo luso-italiano de codesenvolvimento de projetos cinematográficos, entretanto preparado,

decorreu a 7 e 8 de abril, um encontro de produtores portugueses e italianos, que teve como objetivo

proporcionar o mútuo conhecimento destas duas realidades cinematográficas e estimular a realização de

projetos luso-italianos.

Ainda no âmbito das parcerias internacionais, o Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA) e o Centre

National du Cinéma et de l’Image Animée (CNC) assinaram, em Cannes, uma convenção de renovação, por três

anos, do fundo de apoio à coprodução de obras cinematográficas luso-francesas, lançado em 2014.

Igualmente, teve lugar, em outubro, em Lisboa, o 1º encontro luso-alemão de produtores de cinema,

onde estiveram presentes mais de 30 produtores para apresentar e discutir oportunidades de cooperação entre

Portugal e Alemanha, no âmbito de projetos cinematográficos.

31 de março de 2018

O Conselho Diretivo

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

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APRESENTAÇÃO DO ORGANISMO

O ICA é um instituto público pertencente à Administração Indireta do Estado, tutelado pelo Secretário

de Estado da Cultura. É dotado de autonomia administrativa e financeira e ao longo dos anos tem sido objeto

de várias reestruturações no sentido de responder aos desafios colocados pela evolução da sociedade, do

mercado e sobretudo da generalização das novas tecnologias da informação e de comunicação, e em especial,

pelo desejo de elevar a qualidade dos seus serviços avançando na definição de modelos organizacionais mais

adaptados à realidade.

A lei orgânica do ICA foi aprovada no Decreto-lei nº 79/2012, de 27 de março, na qual foram definidas

a missão e as atribuições do ICA bem como os seus órgãos. A organização do ICA está definida nos seus

estatutos, aprovados pela Portaria nº 189/2012, de 15 de junho.

Para além da orgânica e dos estatutos, o setor do Cinema e do Audiovisual é regulado pela Lei n.º

55/2012, de 6 de setembro, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 28/2014, de 19 de maio e

regulamentada pelo Decreto-Lei n.º 124/2013, de 30 de agosto. Esta Lei implicou um alargamento das fontes

de financiamento do ICA, através da criação de uma taxa de subscrição que impende sobre os operadores de

serviço de televisão por subscrição. Mais criou um conjunto de obrigações de investimento direto por parte dos

operadores de serviços de televisão, de distribuição, de exibição e de audiovisual a pedido. No que respeita às

regras e procedimentos dos concursos de apoio financeiro do ICA é publicado anualmente o Regulamento Geral

e respetivos anexos. A regulamentação da liquidação, cobrança, pagamento e fiscalização das taxas previstas

na Lei n.º 55/2012, consta do Decreto-Lei n.º 9/2013, de 24 de janeiro.

Em termos de instrumentos de gestão de avaliação da atividade desenvolvida ao longo do ano,

continuou-se a utilizar o QUAR-Quadro de Avaliação e Responsabilização como instrumento de base de

avaliação do Instituto. Deste modo, o ICA elaborou o seu QUAR no início do ano e prosseguiu com empenho o

cumprimento dos objetivos estratégicos e operacionais a que se propôs, definidos com base nas orientações

estratégicas constantes dos planos estratégicos plurianuais e anuais publicados pelo Governo.

Em 2017 deu-se continuidade aos objetivos estratégicos do organismo, nomeadamente: contribuir para

a difusão da cultura portuguesa e da afirmação da língua portuguesa, promover as artes cinematográficas e

audiovisuais, garantir o apoio público às artes cinematográficas e promover a competitividade dos territórios

nacionais, regionais ou locais, e respetivos recursos (naturais, edificados, empresariais e laborais) para a

captação de produções cinematográficas e audiovisuais. Ainda, foram definidos como objetivos operacionais o

incentivo à criação e produção de obras cinematográficas e audiovisuais, o aprofundamento da cooperação com

os países de língua oficial portuguesa o desenvolvimento da capacidade de Portugal para atrair produções e

coproduções internacionais, a promoção do reconhecimento, da exposição e da comercialização dos conteúdos

cinematográficos e audiovisuais nacionais no mercado global, o incentivo à exibição, difusão, promoção e

divulgação das obras cinematográficas, assegurar a gestão de recursos humanos, financeiros e patrimoniais

promovendo a melhoria e o controlo dos recursos, e, finalmente, garantir a satisfação dos colaboradores e

interessados na atividade do ICA.

Na elaboração do Relatório de Atividades teve-se em consideração o grau de execução do plano de

atividades e do QUAR.

Em termos de recursos financeiros utilizados na prossecução das atividades desenvolvidas, em 2017 o

volume dos fundos do orçamento executado do ICA ascendeu a 20,539 milhões de euros (M€). Relativamente a

recursos humanos no final do ano transato, o ICA tinha 34 trabalhadores afetos ao seu mapa de pessoal e mais 2

trabalhadores da unidade de missão Europa Criativa, perfazendo um total de 36 colaboradores.

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

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ESTRUTURA DO RELATÓRIO

O relatório para além da sua obrigatoriedade legal, prevista no D.L. n.º 183/96, de 27 Setembro e na

Lei n.º 66-B/2007, de 28 de Dezembro é um instrumento de gestão de avaliação de execução do plano de

atividades, tendo como base em termos de recursos humanos e financeiros o mapa de pessoal e o orçamento

respetivamente.

Em 2017, tal como em anos anteriores, o relatório de atividades, instrumento de gestão que serve de

suporte para a avaliação do ICA está estruturado de acordo com as linhas de orientação gerais do GTCCAS -

Gabinete Técnico, Conselho Coordenador da Avaliação de Serviços o que permite uma maior transparência e

comparabilidade da informação constante do relatório possibilitando uma maior equidade e fiabilidade na

avaliação efetuada.

O relatório iniciou-se com os destaques dos acontecimentos mais importantes de 2017 e com a

apresentação do organismo. De seguida, no Capítulo I, enunciam-se os principais aspetos legais e

organizacionais que definem as orientações gerais e específicas prosseguidas pelo ICA.

No Capítulo II é efetuada a Autoavaliação do Serviço com toda a informação constante no modelo de

relatório proposto pelo Conselho Coordenador da Avaliação- CCA e no Capítulo III apresenta-se a avaliação

final. Os Anexos – QUAR, Mapa do GEADAP e Balanço Social – compõem o Capítulo IV.

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

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Capítulo I

Nota Introdutória

9 DEDOS – F.J. OSSANG O Som e a Fúria

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

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I.1. Orientações gerais e específicas prosseguidas pelo organismo

MISSÃO, VISÃO E VALORES

MISSÃO

Apoiar o desenvolvimento das atividades cinematográficas e audiovisuais, desde a criação até à divulgação e

circulação nacional e internacional das obras, potenciando o surgimento de novos valores, contribuindo para a

diversidade de oferta cultural e para a promoção da língua e da identidade nacionais.

VISÃO

Ser um organismo de excelência na promoção da cultura portuguesa no panorama cinematográfico e

audiovisual.

VALORES

7ª ARTE

AVALIAÇÃO

Avaliação contínua das decisões tomadas, das atividades desenvolvidas e dos resultados obtidos, para aferir se

o Instituto atua corretamente junto dos Stakeholders.

RIGOR

Rigor na aplicação dos fundos públicos que sustentam parcialmente a atividade do sector.

TRANSPARÊNCIA

Transparência nos critérios de atribuição dos apoios financeiros e na informação disponibilizada.

EFICÁCIA

Eficácia de atuação de molde a obter mais e melhores resultados a um custo mais baixo.

SERVIÇOS E STAKEHOLDERS

Os stakeholders, ou as partes interessadas, do ICA são as entidades beneficiárias de apoios financeiros

concedidos pelo Instituto: produtores e realizadores cinematográficos; argumentistas; autores; entidades que

tenham como atividade a exibição regular de obras cinematográficas em recintos de cinema; entidades

dedicadas à distribuição de obras cinematográficas; entidades públicas ou privadas de ensino, associações,

federações e cineclubes que sejam promotoras da atividade cinematográfica.

Para além das entidades referidas, por ser Instituto Público, e segundo a sua missão o ICA destina as

suas atividades e serviços à sociedade em geral.

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

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ESTRUTURA ORGÂNICA

A organização interna do ICA regula-se pela sua lei orgânica – aprovada pelo Decreto-Lei n.º 79/2012, de 27 de

Março, e pelos estatutos publicados pela Portaria n.º189/2012 de 15 de Junho e apresenta a seguinte estrutura:

Conselho Diretivo

Presidente

Vice-Presidente

Departamento de Gestão

€ 0

€ 300.000

€ 600.000

€ 900.000

€ 1.200.000

€ 1.500.000

2004 2005 2006 2007 2008

Departamento do Cinema

e do Audiovisual

Equipa da Qualidade Fiscal Único

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

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ATRIBUIÇÕES

São atribuições do ICA:

a) Apoiar o membro do Governo responsável pela área da cultura na definição de políticas públicas para

os setores cinematográfico e audiovisual em conformidade com a sua missão;

b) Assegurar diretamente em colaboração ou através de outras entidades a execução das políticas

cinematográficas e audiovisuais;

c) Propor programas, medidas e ações com vista a melhorar a eficácia e a eficiência das políticas

referidas na alínea anterior e a assegurar a adequação destas às evoluções dos setores abrangidos;

d) Promover uma efetiva divulgação e circulação nacional e internacional das obras, diretamente ou em

cooperação com outras entidades;

e) Assegurar a representação nacional nas instituições e órgãos internacionais nos domínios

cinematográfico e audiovisual, nomeadamente a nível da União Europeia, do Conselho da Europa, da

Cooperação Ibero-Americana e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, bem como de outras

plataformas de cooperação ou integração, sem prejuízo das atribuições próprias do Ministério dos

Negócios Estrangeiros;

f) Colaborar com as entidades competentes na elaboração de acordos internacionais no domínio

cinematográfico e audiovisual e assegurar as tarefas relativas à aplicação dos acordos existentes, bem

como estabelecer e aplicar parcerias e colaborações com instituições congéneres de outros países, sem

prejuízo das atribuições próprias do Ministério dos Negócios Estrangeiros;

g) Contribuir para um melhor conhecimento dos setores do cinema e do audiovisual, recolhendo,

tratando e divulgando informação estatística ou outra relevante, por si próprio ou em colaboração com

outras entidades vocacionadas para o efeito.

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

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Capítulo II

QUAR:AUTOAVALIAÇÃO

CIRCO – ANDRÉ RUIVO Animais

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

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II.1 QUAR | Objetivos Estratégicos e Operacionais

Tomando como referência a Missão, a Visão e os Valores adotados pelo ICA já apresentados nos pontos

anteriores, o ICA iniciou no ano de 2017 mais um ciclo de avaliação, nos termos previstos na Lei n.º66-B/2007

de 28 de Dezembro. O QUAR de 2017 foi em devida altura monitorizado e ainda sujeito a uma reformulação

aprovada pela tutela. Agora, cabe proceder à avaliação dos resultados obtidos nos indicadores de desempenho

estipulados e à consequente autoavaliação.

Os objetivos estratégicos definidos para o ano 2017 foram:

O.E. 1 – Contribuir para a difusão da cultura portuguesa e para a afirmação da língua portuguesa

O.E. 2 – Promover as artes cinematográficas e audiovisuais

O.E. 3 – Garantir o apoio público às artes cinematográficas e audiovisuais

O.E. 4 – Promover a competitividade dos territórios nacionais, regionais ou locais, e respectivos

recursos (naturais, edificados, empresariais e laborais) para a captação de produções cinematográficas

e audiovisuais

Já os objetivos operacionais foram definidos de acordo com a tipologia exigida: eficácia, eficiência e

qualidade.

Assim temos,

EFICÁCIA OO1 – Incentivar a criação e produção de obras cinematográficas e audiovisuais

OO2 – Aprofundamento da cooperação com os países de língua oficial portuguesa

OO3 - Desenvolver a capacidade de Portugal para atrair produções e coproduções internacionais

OO4 – Promover o reconhecimento, a exposição e a comercialização dos conteúdos cinematográficos e

audiovisuais nacionais no mercado global

EFICIÊNCIA OO5 – Incentivar a exibição, difusão, promoção e divulgação das obras cinematográficasOO6 – Incentivar

a exibição, difusão, promoção e divulgação das obras cinematográficas

OO6 – Assegurar a gestão de recursos humanos, financeiros e patrimoniais promovendo a melhoria do

controlo de recursos

QUALIDADE OO7 – Garantir a satisfação dos colaboradores e interessados na atividade do ICA

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

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II.2 QUAR | Autoavaliação

II.2.1 Análise dos resultados alcançados e dos desvios verificados

EFICÁCIA

O01 – Incentivar a criação e produção de obras cinematográficas e audiovisuais

Indicador 1: Nº de projectos de criação e produção

artística/cinematográfica e audiovisual apoiados

Meta: 60 obras| Tolerância: 1 obras

Resultado: 61 obras | Taxa de realização: 100

Classificação: Atingiu

A Lei n.º 55/2012, de 6 de setembro, que estabelece os princípios de ação do Estado no quadro do

fomento, desenvolvimento e proteção da arte do cinema e das atividades cinematográficas e audiovisuais,

atendeu à necessidade de definir e implementar políticas públicas que assegurem condições favoráveis à

dinamização das atividades de conceção, produção e exibição ou difusão de obras cinematográficas, bem como

de obras independentes, diversificadas e de qualidade para televisão. Neste quadro normativo, foram

estabelecidos os princípios e os objetivos que devem orientar a atuação do Estado, designadamente no apoio à

criação, produção, distribuição, exibição e difusão de obras cinematográficas, bem com aos novos talentos e à

promoção de obras cinematográficas e audiovisuais, enquanto instrumentos de expressão da diversidade

cultural, de afirmação da identidade nacional, de promoção da língua portuguesa e de valorização da imagem

de Portugal no mundo.

O indicador 1 foi alvo de revisão segundo o Despacho de S. Exa. O Senhor Secretário de Estado da

Cultura, de 2 de novembro de 2017. Na primeira versão do QUAR de 2017 do ICA este indicador continha uma

meta de 100 obras que foi reduzida para 60 na sequência de um pedido de revisão colocado pelo ICA

fundamentado pela abertura tardia dos concursos de apoio financeiro de 2017, que estavam previstos para o

início do ano de 2017, ao abrigo de nova legislação. O processo de revisão legislativo sofreu um atraso

significativo e os concursos de apoio foram apenas lançados em maio do corrente ano. Consequentemente,

também as decisões de homologação de novos apoios no âmbito dos diferentes concursos ocorreram mais tarde

que o previsto inicialmente, sendo que muitas delas apenas decorrerão em 2018.

Indicador 2: Nº de projectos de criação e produção artística/cinematográfica e audiovisual apoiados no

âmbito de programas de novos talentos e primeiras obras

Meta: 18 obras| Tolerância: 2 obras

Resultado: 16 obras | Taxa de realização: 100

Classificação: Atingiu

Com o objetivo de apoiar financeiramente a renovação da arte cinematográfica e o reconhecimento

dos novos criadores, o Estado, através do ICA, promoveu em 2017 um programa de apoio aos novos talentos e

às primeiras obras, definido no Decreto-Lei n.º 124/2013, de 30 de agosto, destinado a conceder incentivos

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

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financeiros a projetos cujos realizadores não tenham realizado qualquer projeto ou tenham sido autores de

menos de duas obras cinematográficas da categoria a que se candidatam, atribuindo um valor não inferior a

15% do total disponível para os apoios à produção nas categorias de longas-metragens de ficção, de curtas-

metragens de ficção, documentários cinematográficos e curtas-metragens de animação.

Em 2017, e nas diferentes categorias, foram homologados os apoios relativos aos 16 projetos abaixo

especificados. Já o montante total atribuído foi de € 1.757.548:

NOVOS TALENTOS E PRIMEIRAS OBRAS

PROJETO PRODUTORA REALIZADOR(A) CONCURSO

MONTANTE ATRIBUÍDO

O FIM DA TERRA KARÕ FILMES JOÃO SALAVIZA

1AS OBRAS (LM FICÇÃO)

€ 500.000,00

VERDES CAMPOS AKA AMANHÃ NÃO É HOJE

FADO FILMES GONÇALO GALVÃO TELES

1AS OBRAS (LM FICÇÃO)

€ 500.000,00

QUANTAS VEZES TEM SONHADO COMIGO? REAL FICÇÃO JÚLIA BUISEL CM FICÇÃO € 45.000,00

A TUA VEZ FILMÓGRAFO CLÁUDIO JORDÃO CM FICÇÃO € 45.000,00

O TOUCADOR BANDO À PARTE SUSANA ABREU CM FICÇÃO € 45.000,00

ANU FILMÓGRAFO LUÍS PORTO CM FICÇÃO € 45.000,00

CLARA ROSA FILMES MÓNICA BAPTISTA CM FICÇÃO € 45.000,00

NEVOEIRO NA CIDADE TERRATREME DANIEL VELOSO CM FICÇÃO € 45.000,00

HOJE NÃO HÁ MILAGRES TERRATREME VASCO SALTÃO CM FICÇÃO € 45.000,00

COMO SE FOSSE O ÚLTIMO TAKE 2000 FERRÃO KATZENSTEIN CM FICÇÃO € 45.000,00

FERRARIA O SOM E A FÚRIA BRUNO LOURENÇO CM FICÇÃO € 18.000,00

AMORES DISTANTES E PÁTRIAS IMAGINÁRIAS

PRIMEIRA IDADE

CATARINA VASCONCELOS DOCUMENTÁRIO

€ 42.000,00

BATIDA DE LISBOA TERRATREME RITA MAIA, VASCO VIANA DOCUMENTÁRIO

€ 78.000,00

O JARDIM SECRETO TAKE IT EASY BRUNO CAETANO CM ANIMAÇÃO € 89.548,20

VÉNUS DE BICICLETA HERMA FILMS GABRIEL ABRANTES CM ANIMAÇÃO € 90.000,00

MARÉ ANIMANOSTRA JOANA ROSA BRAGANÇA CM ANIMAÇÃO

€ 80.000,00

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

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Indicador 3: Nº de projetos aprovados no âmbito dos programas de cooperação europeus e ibero-

americanos

Meta: 8 projetos | Tolerância: 2 projetos

Resultado: 21 projetos| Taxa de realização: 262

Classificação: Superou

O ICA considera que as coproduções internacionais são uma componente importante da sua indústria

cinematográfica, de modo a reforçar os intercâmbios criativos entre os profissionais dos diferentes países

envolvidos, pelo que, em 2015, foi assinado em Cannes entre o CNC (Centre National du cinema et de L’image

Animée) e o ICA um aditamento à convenção que aumentou o montante disponível do fundo bilateral de apoio

à coprodução de obras cinematográficas luso-francesas em €100.000. De forma a reforçar as relações

cinematográficas entre Portugal e Brasil, o ICA também deu continuidade ao Protocolo Luso-Brasileiro, tendo

este sofrido a sua última atualização em 2014.

A procura de outras fontes de financiamento para o sector cinematográfico e audiovisual português

torna-se uma preocupação constante para o ICA. Assim, de modo a concretizar este objetivo, também é

considerado essencial conseguir a presença institucional nos fundos europeus (Eurimages) e ibero-americanos

(Ibermedia) por forma a promover o maior número de projetos possível.

Em 2017, verifica-se a superação da meta referente a este indicador como consequência do sucesso

das co-produções portuguesas no concurso ao fundo Ibermedia e pelo elevado número de coproduções luso-

francesas a merecer o apoio do fundo bilateral.

Resultados relativos aos programas de cooperação no âmbito deste indicador:

Em 4 de abril de 2014, foi assinada em Paris, entre o CNC e o ICA, na presença do Secretário de Estado

da Cultura de Portugal e da Ministra da Cultura de França, uma declaração de intenções relativa à criação, por

um período de três anos, de um fundo bilateral de apoio à coprodução de obras cinematográficas luso-

francesas. O ICA abraçou tal iniciativa no exercício da sua atribuição prevista na alínea f) do nº 2 do artigo 3º

do Decreto-Lei n.º 79/2012, de 27 de março e em aplicação dos princípios e objetivos da Lei nº 55/2012, de 6

de Setembro, alterada pela Lei nº 28/2014, de 19 de maio, designadamente os estabelecidos nas alíneas f) e j)

do nº 1 do seu artigo 3º.

Em 20 de maio de 2014, em Cannes, foi assinada entre o CNC e o ICA a Convenção relativa ao Fundo

bilateral, em cumprimento da declaração de intenções de Paris, tendo sido previsto que a dotação financeira

deste Fundo seria definida anualmente através da celebração de um aditamento à Convenção.

Em 2016 o ICA e o CNC acordaram uma dotação financeira de 800.000 € para o Fundo Luso-Francês,

atribuindo cada uma das entidades 400.000 €. Prova da vitalidade da co-produção entre Portugal e a França,

em 2017 foi atribuído apoio a 12 projetos, o que compara com 6 projetos em 2016.

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

17

FUNDO LUSO-FRANCÊS - 2017

PROJETO PRODUTORA REALIZADOR(A) TIPO

MONTANTE ATRIBUÍDO

ALASKA TERRETREME FILMES ALAIN RAOUST LM FICÇÃO € 150.000,00

ALÉM FRONTEIRAS IMAGINA PRODUÇÕES CHRISTOPHE FONSECA DOCUMENTÁRIO € 40.000,00

BUSTARENGA! CURTAS METRAGENS, CRL

ANA MARIA GOMES DOCUMENTÁRIO € 40.000,00

ÉSOPE UKBAR FILMES ATIQ RAHIMI LM FICÇÃO € 150.000,00

LÉGION ÉTRANGÈRE PRIMEIRA IDADE CÍNTIA GIL DOCUMENTÁRIO € 20.000,00

CIRCO DO AMOR CURTAS METRAGENS, CRL

MIGUEL CLARA VASCONCELOS

CM FICÇÃO € 30.000,00

LE DERNIER BAIN C.R.I.M. DAVID BONNEVILLE LM FICÇÃO € 90.000,00

DU BERCEAU AU TOMBEAU

TERRETREME FILMES JOÃO VLADIMIRO CM FICÇÃO € 30.000,00

NAYOLA FILMES DA PRAÇA JOSÉ MIGUEL RIBEIRO LM ANIMAÇÃO € 90.000,00

NUIT PERPÉTUELLE TERRETREME FILMES PEDRO PERALTA CM FICÇÃO € 30.000,00

TECHNOBOSS O SOM E A FÚRIA JOÃO NICOLAU LM FICÇÃO € 80.000,00

TRISTE BRASIL FAUX SÉRGIO TRÉFAUT DOCUMENTÁRIO € 50.000,00

No âmbito das suas competências, o ICA participa dos programas de apoio ao cinema e audiovisual da

Conferência das Autoridades Cinematográficas Iberoamericanas (CACI).

O Fundo Ibero-americano de ajuda IBERMEDIA foi criado em Novembro de 1997, sendo que se

constituiu como um fundo financeiro multilateral de fomento à atividade cinematográfica no espaço ibero-

americano.

O Fundo IBERMEDIA encontra-se, atualmente ratificado por catorze países membros e observadores da

CACI, que financiam o Programa, concedendo apoios financeiros sob a forma de empréstimos, sendo os seus

objetivos os seguintes:

- Promoção através de assistência técnica e financeira, o desenvolvimento de projetos de coprodução

apresentados por produtores independentes ibero-americanos, incluindo o aproveitamento do património

audiovisual;

- Apoio às empresas de produção ibero-americanas capazes de desenvolver os mencionados projetos;

- Fomento da integração das empresas ibero-americanas do ramo audiovisual em redes supranacionais;

- Incremento da distribuição e promoção de filmes ibero-americanos;

- Fomento da formação e do intercâmbio dos profissionais da indústria audiovisual ibero-americana.

O IBERMEDIA financia três áreas:

- Desenvolvimento: apoio projetos a montante da produção.

- Coprodução: apoio a execução de projetos de coprodução de longas-metragens de ficção e

documentários entre os países membros.

- Formação: tem como objetivo proporcionar a formação contínua dos profissionais do setor

envolvendo a gestão empresarial, novas tecnologias, escrita de guiões, técnicas de arquivo e de restauro de

material fílmico.

No ano de 2017 o IBERMEDIA apoiou 5 coproduções e 3 projetos de desenvolvimento, o que compara

com 1 coprodução e 1 projeto de desenvolvimento em 2016.

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

18

PROGRAMA IBERMEDIA - 2017

PROJETO PRODUTORA REALIZADOR(A) APOIO MONTANTE ATRIBUÍDO*

O SENTIDO DA VIDA JUMPCUT MIGUEL GONÇALVES

MENDES COPRODUÇÕES $ 100.000,00

ZACARIAS LEOPARDO JOÃO NUNO PINTO COPRODUÇÕES $ 99.000,00

JEFE FADO FILMES SERGIO BARREJÓN COPRODUÇÕES $ 80.000,00

O CLUBE DOS ANJOS UKBAR FILMES

ANGELO DEFANTI COPRODUÇÕES $ 60.000,00

522. UN GATO, UN CHINO Y MI PADRE

UKBAR FILMES

PACO R. BAÑOS COPRODUÇÕES $ 85.000,00

PROJETO PRODUTORA APOIO MONTANTE ATRIBUÍDO*

VERDES CAMPOS FADO FILMES DESENVOLVIMENTO $ 15.000,00

LIANOR ZULFILMES DESENVOLVIMENTO $ 10.000,00

LUSUS FORÇA MAIOR

DESENVOLVIMENTO $ 10.000,00

* US DOLLAR

O Eurimages é um fundo de incentivo à coprodução cinematográfica, no âmbito do Conselho da

Europa. O Fundo foi criado em 1988, sendo Portugal um dos fundadores.

Em 2017, o orçamento a aplicar em projectos de co-produção foi de € 18.386.509 provenientes de

contribuições nacionais, determinadas em função de uma chave de cálculo comum, que tem em conta fatores

como o PIB, a população, o volume de produção e de coprodução e o historial de candidaturas.

O órgão de decisão do Eurimages é o Conselho de Administração, onde cada Estado-membro está

representado, e que determina a política do Fundo. O Fundo Eurimages apoiou em 2017 uma co-produção

minoritária portuguesa, a Longa-Metragem de Ficção O Homem que Matou D. Quixote.

PROGRAMA EURIMAGES - 2017

PROJETO PRODUTORA REALIZADOR(A)

MONTANTE ATRIBUÍDO

O HOMEM QUE MATOU DOM QUIXOTE

UKBAR FILMES

TERRY GILLIAM € 243.478,00

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

19

O02 – Aprofundamento da cooperação com os países de língua oficial portuguesa

Indicador 4: Prazo para implementar o Programa Audiovisual em parceria com a CPLP (dias úteis)

Meta: 190 dias úteis | Tolerância: 22 dias úteis

Resultado: 124 dias úteis | Taxa de realização: 153

Classificação: Superou

Em Abril de 2014, no âmbito da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), foi aprovado, pelos

Ministros e Secretários de Estado da Cultura, o Plano Estratégico e Plano de Ação de Cooperação Cultural

Multilateral para o período 2014 – 2020.

Dando cumprimento aos objetivos e eixos estratégicos aí estabelecidos, foi preparado o Programa CPLP

Audiovisual - uma proposta conjunta das autoridades audiovisuais de Portugal e do Brasil - Secretaria do

Audiovisual do Ministério da Cultura do Brasil e do Instituto do Cinema e do Audiovisual de Portugal.

Depois de em 2016 ter terminado a primeira edição do programa, o ICA assumiu como objetivo para 2017 a

implementação atempada da segunda edição do programa, inscrevendo no seu QUAR uma meta para a Prazo

para implementar o II Programa Audiovisual em parceria com a CPLP. Não tendo ainda sido possível a

concretização da participação financeira por parte do Brasil, foi aprovado o II Programa CPLP Audiovisual –

Módulo DOCTV CPLP III a 28 de junho de 2017.

Nesse contexto, teve lugar a reunião - Oficina de Planeamento Executivo, em Beja, de 7 a 9 de novembro de

2017, com a participação de delegações da maioria dos países envolvidos, e da qual resultou a aprovação do

cronograma de execução, bem como a documentação de base para o lançamento do concurso Internacional de

Seleção dos Documentários.

Este concurso foi lançado em 6 de fevereiro de 2018 e encontra-se aberto até dia 6 de abril.

Indicador 5: Número de projetos aprovados no âmbito dos programas de cooperação de língua oficial

portuguesa

Meta: 5 projetos | Tolerância: 1 projeto

Resultado: 4 projetos | Taxa de realização: 100

Classificação: Atingiu

O Acordo de Coprodução Cinematográfica Luso-Brasileiro foi assinado, em 3 de fevereiro de 1981, com

o propósito de promover e desenvolver a atividade cinematográfica entre os dois países.

Ao abrigo do mesmo Acordo, e correspondendo à vontade de concretizar as relações cinematográficas

entre os dois países, a Secretaria para o Desenvolvimento do Audiovisual do Ministério da Cultura do Brasil e o

Instituto Português da Arte Cinematográfica e Audiovisual, à data designado abreviadamente por IPACA,

estabeleceram um Protocolo, assinado em Gramado, em 12 de Agosto 1994, o qual foi objeto de sucessivas

atualizações em 1996, 2007 e em 2014.

A última atualização determinou o aumento do montante disponível de apoio que se fixou em USD

600.000 destinado a cofinanciar 2 projetos minoritários portugueses e 2 projetos maioritários.

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

20

PROTOCOLO LUSO-BRASILEIRO - 2017

PROJETO PRODUTORA REALIZADOR(A) TIPO

MONTANTE ATRIBUÍDO*

DESTERRO TERRATREME MARIA CLARA ESCOBAR LM FICÇÃO $ 150.000,00

O CLUBE DOS ANJOS UKBAR FILMES ÂNGELO DEFANTI LM FICÇÃO $ 150.000,00

A CARRINHA TAKE IT EASY LAURA SEIXAS LM FICÇÃO $ 150.000,00

A TRANÇA DE INÊS DIÁLOGOS ATÓMICOS

ANTÓNIO FERREIRA LM FICÇÃO $ 150.000,00

* US DOLLAR

O03 – Desenvolver a capacidade de Portugal para atrair produções e coproduções internacionais

Indicador 6: Número de produções atraídas ao abrigo do novo regime de incentivo fiscal

Meta: 2 produções | Tolerância: 1 produção

Resultado: 3 produções | Taxa de realização: 100

Classificação: Atingiu

O Decreto-Lei n.º 22/2017, de 22 de fevereiro, criou um incentivo fiscal à produção cinematográfica

através do aditamento do artigo 59.º -F ao Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF).

Este incentivo tem por finalidade a promoção da criação e produção cinematográfica enquanto atividade

cultural bem como reforçar sustentadamente e numa perspetiva de longo prazo a competitividade de Portugal

enquanto local de produção cinematográfica, quer estimulando a atividade dos produtores e coprodutores

nacionais, quer atraindo produções estrangeiras de qualidade, de modo a aproveitar da melhor forma o

potencial dos recursos nacionais. São objetivos associados à criação deste incentivo o impacto económico local,

a valorização do território e da cultura nacionais, em termos de turismo e de imagem do país, a oferta de mais

oportunidades de viabilização de projetos à criação cinematográfica nacional e de mais oportunidades de

trabalho e de colaboração internacional às empresas produtoras e às empresas que prestam serviços de

produção e pós -produção cinematográfica.

O incentivo fiscal a atribuir traduziu-se na dedução à coleta do IRC de uma percentagem de despesas

com a produção de obras cinematográficas de longa-metragem. A particularidade do regime que se criou em

2017 reside na natureza reembolsável do crédito de imposto, na parte que excede a coleta apurada pelo

sujeito passivo. Deste modo, assegurou-se a efetividade e equidade na atribuição do incentivo, que poderá

beneficiar todas as empresas cinematográficas, independentemente de apurarem ou não coleta no ano em que

realizaram as despesas. O reconhecimento do direito ao incentivo compete ao Instituto do Cinema e do

Audiovisual, I. P. (ICA, I. P.), que, previamente à realização das despesas elegíveis por parte dos sujeitos

passivos, emitirá uma decisão de reconhecimento provisório da elegibilidade, a qual permite estimar o

montante de crédito a apurar, uma vez concluído o projeto nas condições previstas. Este mecanismo oferece

maior segurança a promotores e investidores e maior garantia de regularidade na atribuição do benefício.

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

21

Dada a relevância estratégica que o desenvolvimento da capacidade de Portugal para atrair produções

e coproduções internacionais assume para o ICA, este Instituto resolveu incluir no seu QUAR 2017 um indicador

baseado no número de produções atraídas no âmbito deste incentivo.

Em 2017, três produções cinematográficas viram reconhecido provisoriamente o direito a este

incentivo fiscal.

INCENTIVO FISCAL À PRODUÇÃO CINEMATOGRÁFICA - 2017

PROJETO PRODUTORA REALIZADOR(A) TIPO

O HOMEM QUE MATOU D. QUIXOTE UKBAR FILMES TERRY GILLIAM LM FICÇÃO

PARQUE MAYER MGN FILMES ANTÓNIO PEDRO VASCONCELOS

LM FICÇÃO

NAYOLA FILMES DA PRAÇA JOSÉ MANUEL RIBEIRO LM ANIMAÇÃO

O04 – Promover o reconhecimento, a exposição e a comercialização dos conteúdos

cinematográficos e audiovisuais nacionais no mercado global

Indicador 7: Número de mercados internacionais de cinema e de audiovisual em que o ICA garante um

expositor para a produção nacional

Meta: 3 mercados| Tolerância: 1 mercado

Resultado: 3 | Taxa de realização: 100

Classificação: Atingiu

No âmbito da Berlinale, o ICA esteve presente com um stand de 14m2 no “Martin Gropius Bau”, o

espaço principal do Mercado Europeu do Filme. O stand nacional serve de local de trabalho para os

profissionais portugueses do sector presentes no mercado. O mercado de Berlim é o primeiro grande evento

cinematográfico do ano e é onde, habitualmente, se encetam contactos e negócios que decorrem durante o

ano. É onde, por exemplo, muitos festivais internacionais vão ver filmes para as suas seleções. O stand do ICA

permite ter reuniões e encontros, promover e publicitar filmes e realizar outras atividades promocionais.

O Festival de Cinema de Cannes, que decorre anualmente durante o mês de maio, e que é o mais

importante festival de cinema do mundo, acontece em simultâneo com o Mercado Internacional do Filme

(MIF) que é, também, o mais importante mercado cinematográfico mundial. O ICA, à semelhança do que

acontece em Berlim, está também presente no MIF com um stand institucional que, numa área de 25 m2,

oferece aos produtores, distribuidores e restantes profissionais presentes em Cannes, a possibilidade de

promoverem os seus filmes e de organizarem reuniões e encontros de trabalho.

Ainda, em 2017, o ICA esteve presente pela terceira vez no MIPCOM, um mercado internacional de

formatos e conteúdos para televisão que realiza-se anualmente em Cannes.

A presença institucional do ICA no MIPCOM decorreu da estreita colaboração com os canais de

televisão generalistas nacionais e a Associação de Produtores Independentes de Televisão: RTP, SIC, TVI e a

APIT criaram, em conjunto, um espaço (stand) com o intuito de transmitir uma imagem que refletisse e nos

identificasse como país - tratou-se de um stand nacional - mas que simultaneamente, permitiu criar 5 espaços

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

22

de trabalho individuais e onde cada um dos participantes pode ter a sua própria identidade para oferta dos

seus produtos.

O ICA está ainda habitualmente presente noutros festivais internacionais tais como Veneza, San

Sebastian ou Locarno, ainda que não haja um mercado, como nos exemplos acima referidos. Estas presenças

justificam-se pela participação em reuniões internacionais que se realizam durante alguns dos festivais e pela

estreia mundial de filmes portugueses nas secções dos festivais.

Principais Festivais de Cinema de 2017 em que o ICA esteve representado:

Festival Internacional de Cinema de Berlim (Presença institucional, com stand no mercado).

COLO, de Teresa Villaverde (Competição Oficial)

JOAQUIM, de Marcelo Gomes, uma co-produção da Ukbar Filmes (Competição Oficial)

OS HUMORES ARTIFICIAIS, de Gabriel Abrantes (Berlinale Shorts)

COUP DE GRÂCE, de Salomé Lamas (Berlinale Shorts)

CIDADE PEQUENA, de Diogo Costa Amarante (Berlinale Shorts)

ALTAS CIDADES DE OSSADAS, de João Salaviza (Berlinale Shorts)

ODD É UM OCO, de Kristin Ulseth, uma co-produção com a Sparkle Animation (Short Films Generation Kplus)

SPELL REEL, de Filipa César (Forum)

VAZANTE, de Daniela Thomas, uma co-produção da Ukbar Filmes, (Panorama)

Festival Internacional de Cinema de Cannes (Presença Institucional, com stand no mercado)

A FÁBRICA DE NADA, de Pedro Pinho (Quinzena dos Realizadores)

FARPÕES, BALDIOS, de Marta Mateus (Quinzena dos Realizadores)

ÁGUA MOLE, de Laura Gonçalves e Alexandra Ramires (Xá) (Quinzena dos Realizadores)

COELHO MAU, de Carlos Conceição (Semana da Crítica)

LOS PERROS, de Marcela Saïd, coproduzida pela produtora nacional Terratreme.

-Festival Internacional de Cinema de Locarno (Presença institucional).

VERÃO DANADO, de Pedro Cabeleira, na Competição Internacional

ANTÓNIO E CATARINA, de Cristina Hanes (Pardi di Domani)

O HOMEM DE TRÁS-OS-MONTES, de Miguel Moraes Cabral (Pardi di Domani)

9 DEDOS, de F. J. Ossang e com produção nacional da O Som e a Fúria (Competição Internacional)

MILLA, de Valerie Massadian, com produção nacional da Terratreme (Cineasti Del Presente)

Festival Internacional de Cinema de Toronto

A FÁBRICA DE NADA, de Pedro Pinho, WAVELENGTHS

ÁGUA MOLE, de Xá e Laura Gonçalves, SHORT CUTS

FLORES, de Jorge Jácome WAVELENGTHS — CURTAS-METRAGENS

Festival de San Sebastian (Presença Institucional)

SPELL REEL, de Filipa César (Competição)

FLORES, de Jorge Jácome (Competição

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

23

EFICIÊNCIA

O05 – Incentivar a exibição, difusão, promoção e divulgação das obras cinematográficas

Indicador 8: Número de espetadores de obras de cinema apoiadas ou difundidas

Meta: 101000 espetadores | Tolerância: 1000 espetadores

Resultado: 329.908 espetadores | Taxa de realização: 326

Classificação: Superou

O desvio significativo do resultado deste indicador em relação à meta definida deve-se ao bom

acolhimento junto do público das várias obras apoiadas pelo ICA e estreadas em 2017. No primeiro trimestre

estreou "São Jorge" que contou com 42.249 espetadores em sala. No segundo trimestre estrearam "Jacinta" com

45.561 espetadores, "Perdidos" com 43.600 espetadores e "Fátima" com 24.379 espetadores.

No que respeita às estreias da segunda metade do ano destaca-se o filme “O Fim da Inocência” que

terminou o ano como o filme apoiado mais visto, com um resultado de 76.827 espetadores.

O desvio positivo acentuado que verificamos este ano é notório se se comparar o nº médio de

espetadores dos 10 filmes apoiados mais vistos de 2017 com os anos anteriores. Note-se que o nº médio de

espetadores das 10 obras apoiadas mais vistas em 2015 foi de 7.452 espetadores, em 2016 foi de 6.646

espetadores e em 2017 foi de 29.468 espetadores. No entanto, o desvio positivo verificado em termos do nº

médio de espetadores não é apenas resultado dos filmes nomeados acima, sendo que mesmo o 10º filme

apoiado mais visto de 2017, “A Fábrica de Nada”, contabilizou um nº de espetadores semelhante à média dos

10 filmes mais vistos de anos anteriores, 7547 espetadores.

Um outro dado que será muito relevante para explicar o desvio positivo acentuado deste indicador é o

nº de sessões de projeção dos filmes apoiados em 2017, que aumentou também muito em relação aos anos

anteriores. Em 2015, os 10 filmes apoiados mais vistos foram projetados em 5.658 sessões, em 2016 em 5.574

sessões e em 2017 em 18.725 sessões.

Na tabela seguinte apresentamos os 10 filmes apoiados mais vistos de 2017:

Nº TÍTULO TIPO REALIZADOR PRODUTOR DISTRIBUIDOR DATA

ESTREIA ESPECTADORES

RECEITA BRUTA

SESSÕES

1 O Fim da Inocência

Ficção Joaquim Leitão

Cinemate NOS Lusomundo Audiovisuais

30-11-2017 76.827 € 414.100,99 3.463

2 Jacinta Ficção Jorge Paixão da Costa

Coral Europa NOS Lusomundo Audiovisuais

13-04-2017 45.561 € 240.765,94 2.189

3 Perdidos Ficção Sérgio Graciano

Stopline Films

NOS Lusomundo Audiovisuais

18-05-2017 43.600 € 179.001,31 2.690

4 São Jorge Ficção Marco Martins

Filmes do Tejo II

NOS Lusomundo Audiovisuais

09-03-2017 42.249 € 219.095,74 2.391

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

24

Indicador 9: Nº de exibições promovidas no âmbito do Cinema Português em Movimento

Meta: 45 exibições| Tolerância: 5 exibições

Resultado: 53 exibições | Taxa de realização: 117

Classificação: Superou

Decorreu durante os meses de Julho e Agosto a iniciativa Cinema Português em Movimento realizada

pelo ICA com a parceria do poder local. Durante 2 meses uma equipa do ICA percorreu o interior do país com o

cinema itinerante exibindo longas-metragens de produção nacional primordialmente ao ar-livre. Num total de

53 sessões foram exibidas 10 longas-metragens portuguesas e uma curta premiada com o Sophia na categoria

de animação.

A iniciativa teve 2 objetivos principais, divulgar o cinema português contemporâneo e atingir as

populações mais desfavorecidas neste âmbito. Simultaneamente procurou-se valorizar-se o património natural

e arquitetónico das regiões enaltecendo o evento com a escolha dos locais mais emblemáticos. Nesta quinta

edição foram comtempladas 53 localidades de 12 concelhos, municípios estes que pertencem a um conjunto de

111 elegíveis sem cinema comercial, com exceção de Évora (Cineclube) e Foz Côa (Câmara Municipal).

Face a este panorama de desequilíbrio regional de oferta cinematográfica e à fraca difusão do cinema

português, a reação foi como seria de esperar bastante positiva. Pois apesar da contenção de custos que

pautou todo o projeto atingiu-se um total de 4.201 espetadores o que resulta numa média de 79 espetadores

por sessão. Mas para além dos resultados estatísticos é de realçar o serviço público prestado captado através

dos depoimentos de centenas de pessoas a muitas delas idosas que assistiram à sua primeira projeção de

cinema. Estas entrevistas integram uma reportagem audiovisual publicada na página do Cinema Português em

Movimento e no Youtube que pretendem retratar a realização dos eventos e o impacto dos mesmos.

Por outro lado, foi possível estabelecer um protocolo com as autarquias, criando uma base sustentável

para a continuidade do projeto envolvendo os pelouros da cultura e as comunidades locais.

Reconhecida pela Comissão Nacional dos Direitos Humanos como boa prática na área da cultura em

2016 conta atualmente mais de 21 mil espectadores nas suas 241 sessões o que resulta numa média de

aproximadamente 90 espectadores por sessão.

5 Fátima Ficção João Canijo Midas Filmes NOS Lusomundo Audiovisuais

27-04-2017 24.379 € 118.353,53 1.322

6 Peregrinação Ficção João Botelho

Ar de Filmes NOS Lusomundo Audiovisuais

01-11-2017 20.087 € 106.004,05 1.664

7 100 Metros Ficção Marcel Barrena

MGN Filmes Big Picture 2 Films

30-03-2017 16.633 € 83.274,38 1.721

8 Índice Médio de Felicidade

Ficção Joaquim Leitão

MGN Filmes Big Picture 2 Films

31-08-2017 8.967 € 43.450,65 1.405

9 A Ilha dos Cães

Ficção Jorge António

Cinemate NOS Lusomundo Audiovisuais

20-04-2017 8.826 € 40.501,90 522

10 A Fábrica de Nada

Ficção Pedro Pinho Terratreme Filmes

Terratreme 21-09-2017 7.547 € 35.487,70 336

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

25

Alentejo 11

Algarve 3

Centro 22

Norte 17

Sessões Realizadas 2017

4.435 4.144 3.859 4.853

4.201

53

44 40

51 53

2013 2014 2015 2016 2017

CPM 2013 - 2017 (total de espectadores)

Nº ESPETADORESNº Sessões

https://pt-pt.facebook.com/CinemaPortuguesEmMovimento/

https://www.youtube.com/channel/UCQJnrmfWM-C6kFQJg0qg61A/videos

OO6 - Assegurar a gestão de recursos humanos, financeiros e patrimoniais promovendo a

melhoria do controlo dos recursos

Indicador 10: Cumprimento dos prazos no que respeita à gestão de recursos humanos, financeiros,

patrimoniais, administrativos e informáticos (%)

Meta: 85%| Tolerância: 5%

Resultado: 88% | Taxa de realização: 100

Classificação: Atingiu

O cumprimento dos prazos legais de entrega do reporte de dados às varias entidades do Estado é uma

das prioridades do ICA, em consequência da exigência de controlo de gestão orçamental e de recursos humanos

por parte das Finanças e da própria tutela.

Em cada Lei do Orçamento de Estado são estipulados novos prazos a cumprir a nível do dever de

informação dos Serviços e Fundos Autónomos, onde o ICA se enquadra.

Assim, para o ano 2017 o ICA esteve sujeito a 34 prazos a cumprir ao nível da prestação de contas da

gestão, quer a nível mensal, trimestral e anual. Destes, conseguiu cumprir 29 prazos, repercutindo-se numa

taxa de realização de 100%, cumprindo assim o objetivo estipulado no início do ano.

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

26

Indicador 11: Prazo de elaboração da prestação de contas (dias úteis)

Meta: 82 dias| Tolerância: 1 dia

Resultado: 83 dias | Taxa de realização: 100

Classificação: Atingiu

A prestação de contas elaborada atempadamente tem sido outra das prioridades do ICA. Assim, o

Instituto fez todos os esforços para elaborar todos os mapas relativos à prestação de contas efetuada de acordo

com as Instruções do Tribunal de Contas n.º 1/2004 – 2ª Seção, de 2 de janeiro de 2004. Como se pode verificar

a prestação de contas foi submetida a 28 de abril no sítio do Tribunal de Contas.

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

27

QUALIDADE

O07 – Garantir a satisfação dos colaboradores e interessados na atividade do ICA

Indicador 12: Índice de satisfação dos colaboradores

Meta: 4 | Tolerância: 0,3

Resultado: 3,4 | Taxa de realização: 85

Classificação: Não Atingiu

Com o objetivo de monitorizar e avaliar a perceção que os colaboradores do ICA têm da organização e

das suas condições de trabalho, o ICA difundiu durante o mês de fevereiro de 2018 um questionário de

satisfação dos colaboradores, adaptado do modelo CAF 2013 disponibilizado na sua versão portuguesa pela

Direção-Geral da Administração e do Emprego Público. O Inquérito foi difundido garantindo a privacidade dos

respondentes, o seu tratamento foi efetuado de uma forma global, não sendo sujeito a uma análise

individualizada. No final da recolha, obteve-se uma taxa de adesão de cerca 43%, dado o preenchimento por

parte de 13 colaboradores num universo de 30 trabalhadores não dirigentes pertencentes ao Instituto.

As respostas a este Inquérito eram graduadas de 1 a 5, em que 1 correspondia a Muito Insatisfeito e 5

correspondia a Muito Satisfeito.

O resultado médio global revelou um nível de satisfação média de 3,4.

Satisfação

Média 2017

Satisfação

Média 2016

Satisfação

Média 2015

Satisfação

Média 2012

Satisfação

Média 2011

Satisfação

Média 2010

3,4 3,9 3.9 3,4 3,5 3,5

Todos os aspetos inquiridos à exceção de cinco registam uma classificação entre 2,5 e 4,5. Os quatro

aspetos que fogem negativamente a esta norma são a Forma como o sistema de avaliação do desempenho em

vigor foi implementado (2,38), a Forma como os objetivos individuais e partilhados são fixados (2,46), a Forma

como o ICA reconhece os esforços individuais (2,31), e a Forma como o ICA reconhece os esforços das equipas

(2,46), o que indica que há uma oportunidade de melhoria no que respeita à avaliação do desempenho.

Dos 60 aspetos em avaliação, 3 revelam uma graduação igual ou superior a 4 que corresponde a

satisfeito. Entre estes, destacam-se particularmente a possibilidade de conciliar a vida profissional com a vida

familiar e assuntos pessoais (4,62), a flexibilidade do horário de trabalho (4,46) e o serviço de copa (4,08), o

que revela a satisfação dos colaboradores relativamente a estes aspetos.

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

28

Indicador 13: Índice de satisfação dos clientes e interessados

Meta: 3,8 | Tolerância: 0,3

Resultado: 3,9 | Taxa de realização: 100

Classificação: Atingiu

Em 2017 o ICA voltou a medir o índice de satisfação dos clientes e cidadãos interessados nos serviços

do ICA. Em janeiro de 2018 foi disponibilizado o Inquérito de Satisfação para Cidadãos e Clientes do ICA, um

instrumento que pretende avaliar a perceção que os clientes do ICA têm da organização não apenas a um nível

global mas também particularizado de acordo com os seguintes critérios: satisfação com a imagem global do

ICA, satisfação com o envolvimento e participação dos cidadãos e clientes, satisfação com a acessibilidade do

ICA e satisfação com os produtos e serviços do ICA. Os objetivos da análise dos resultados do inquérito são a

identificação de oportunidades de melhoria e eventuais não conformidades, tal como a comparação com os

resultados dos inquéritos dos anos anteriores.

Para se proceder à análise da satisfação dos cidadãos e clientes foi elaborado um questionário de

acordo com os parâmetros do modelo CAF 2013, disponibilizado na sua versão portuguesa pela Direção-Geral da

Administração e do Emprego Público.

Este modelo foi adaptado tomando em consideração as especificidades do ICA, e um plano de questões

foi objeto de aprovação junto do Conselho Diretivo do ICA. Para a sua difusão foi utilizada a aplicação

informática Google Forms, ficando o inquérito disponível a partir de uma hiperligação cujo endereço foi

difundido através de correio eletrónico. Para tal, foi elaborada uma lista de endereços de correio eletrónico a

partir dos contactos introduzidos pelos clientes do ICA na plataforma informática de gestão dos apoios.

O Inquérito foi difundido garantindo a privacidade dos respondentes, o seu tratamento foi efetuado de

uma forma global, não sendo sujeito a uma análise individualizada. Ainda, a aplicação informática não garantia

que o mesmo sujeito introduzisse apenas uma resposta válida. No questionário havia apenas uma questão que

permitia a caracterização da amostra de acordo com a atividade principal do cliente.

No final da recolha, obteve-se uma taxa de adesão de 20%, dado o preenchimento por parte de 51

clientes num universo de 260 que foram convidados a responder ao inquérito.

Em 2017 verificou-se um índice de satisfação média de 3,9 pontos, o melhor índice de satisfação

medido no ICA desde a implementação deste tipo de Inquéritos em 2008.

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

29

II.2.2 Apreciação, por parte dos utilizadores, da quantidade e qualidade dos serviços

prestados

A melhoria contínua tem sido uma das preocupações do Instituto, pelo que se torna essencial medir o

desempenho e a satisfação dos nossos clientes, promovendo uma evolução nos serviços prestados. Assim, desde

2008 que o ICA efetua questionários de satisfação aos clientes no final de cada ano.

A análise dos resultados destes questionários, permite não só refletir acerca do grau de satisfação dos

clientes, como também proceder à identificação de oportunidades de melhoria e eventuais não conformidades

e possibilita a realização de comparações com os resultados obtidos em anos anteriores por forma a obter

conclusões pertinentes com vista a elaboração de plano de melhorias.

Na análise do resultado obtido no Indicador 13 do QUAR já abordamos os objetivos e a metodologia do

Inquérito difundido no final de 2017.

Os resultados do inquérito difundido entre os clientes e os cidadãos interessados nos serviços do ICA

por tipo de cliente em 2017 por comparação com resultados dos inquéritos temporalmente mais próximos são

os seguintes:

Questionários Recebidos em 2017

Tipo de Cliente Satisfação

Média 2017

Satisfação Média 2016

Satisfação Média 2015

29 Produtor 3,5 3,4 3,7

5 Associação /

Festival 4,1 3,7 4,1

6 Escolas 3,7 3,8 4,1

2 Exibidor 4,9 3,8 2,9

3 Distribuidor 4,3 4,4 3,6

6 Outros 4,2 4 n.a.

51 Satisfação Global 3,9 3,7 3,7

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

30

II.2.3 Avaliação do sistema de controlo interno (SCI)

Relativamente ao controlo interno destaca-se a existência de um Manual de Procedimentos interno

com avaliações e atualizações periódicas e do “Plano de Gestão de Risco de Corrupção e Infrações Conexas”

elaborado em consonância com as recomendações do Conselho de Prevenção da Corrupção.

Relativamente à monitorização do Plano de Gestão de Risco de Corrupção e Infrações Conexas foram

analisadas as seguintes medidas de prevenção por unidade orgânica:

Principais atividades Medidas de prevenção

Responsabilid

ade / unidade

orgânica

Acompanhamento e monitorização

Carta de ética da AP

Implementada. Carta Ética disponibilizada no ICAnetwork -

https://icanetwork.ica-ip.pt/Content/id=417 ; Princípios éticos

integrados também no Regulamento Interno https://icanetwork.ica-

ip.pt/Files/Documents/RegulamentoInterno_%20ICA_02_2012.pdf;

Auditorias internas e externas Realização de auditorias aos projetos

Rotatividade ou segregação de funções Implementada a segregação de funções, conforme descrito no

Manual de Procedimentos, Anexo 6 . Rotatividade prejudicada pelo

reduzido números de efetivos e pela necessidade de assegurar

conhecimentos técnicos e especialização.

Intervenção da tesouraria Implementada. Controlo através das reconcialiações bancárias

mensais

Fixação de procedimentos de verificação Implementado

Pagamentos por transferência bancária (contratos com a

indicação do NIB da entidade)

As entidades beneficiárias introduzem os NIBs por processo via

web e passa a constar da plataforma informática de gestãos dos

apoios e processos do ICA. Qualquer alteração do NIB requer

autorização do Conselho Diretivo.

Reconciliações bancárias periódicas Implementada. As reconciliações bancárias são efetuadas

mensalmente através de um automatismo

Verificação dos movimentos processados, em sede de

conferência

Implementado

Avaliação periódica e atualização dos sistemas implementados Implementado. Adaptações e atualizações dos sistemas

informáticos de contabilidade e de gestão financeira

Gestão de stocks Todos os bens são contabilizados como consumo sendo as

aquisições registadas diretamente a custo, uma vez que o nível de

aquisições não justifica os recursos necessários para a manutenção

da gestão de stocks.

Cumprimento escrupuloso do CCP Implementado. Procedimentos de aquisição seguem os

formalismos prescritos no CCP. Ver quadro anexo 5, resumo dos

procedimentos, com exceção o regime simplificado,com indicação

da publicação na BASE.

a) Gerir os recursos financeiros, administrativos,

patrimoniais e humanos do ICA,

nomeadamente, instruir os processos relativos à

cobrança da receita própria, assegurar a

execução do sistema de avaliação de

desempenho e proceder ao acompanhamento,

avaliação e controlo material e financeiro dos

projetos financiados;

b) Assegurar as funções de planeamento e

controlo de gestão;

c) Promover um sistema de gestão pela

qualidade através da adoção de princípios e

boas práticas de qualidade monitorizadas

através de indicadores de gestão por forma a

contribuir para a eficiência e qualidade dos

serviços prestados;

d) Acompanhar as medidas preconizadas pela

sociedade de informação e promover a sua

aplicação, visando alcançar objetivos de

racionalização e modernização administrativa

para a efetiva desmaterialização e simplificação

dos procedimentos;

e)Estabelecer e manter um registo de empresas

cinematográficas e audiovisuais;

f) Assegurar as demais funções que lhe sejam

cometidas pelo presidente.

DG

DEPARTAMENTO DE GESTÃO

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

31

Principais atividades Medidas de prevenção Responsabilidade

unidade orgânica Acompanhamento e monitorização

a)     Assegurar os procedimentos relativos à

concessão de apoios financeiros;

Manual de Procedimentos DCA/ Concursos Atualização dos procedimentos ligados ao processo "Gestão

de Apoios"

d) Assegurar o funcionamento do sistema de gestão

de bilheteiras, garantindo o controlo de emissões de

bilhetes e a transmissão de dados*;

e) Proceder à recolha análise, tratamento e

divulgação de informação relevante para o sector do

cinema e do audiovisual;

f) Colaborar com outras entidades interessadas nas

atividades cinematográficas e audiovisuais,

nomeadamente em matéria de fiscalização e de

salvaguarda da concorrência; g)

Assegurar as demais funções que lhe sejam

cometidas pelo presidente

Plataforma informática

específica

Fixação de procedimentos

de verificação

Atualização periódica e

atualização do sistema de

implementação

DCA/Processos Implementada a plataforma. Divulgação semanal no site do

ICA dos resultados e envio dos dados aos stakeholders.

Implementado

Divulgação periódica de newsletter e disponibilização anual

do Catálogo do cinema nacional.

Implementado.Adaptações e atualizações dos sistemas

informáticos de de gestão de apoios à nova legislação

Departamento do Cinema e do Audiovisual

Carta Ética da AP

Procedimentos

administrativos e controlo

interno: Regulamentos

Auditorias internas e

externas

Rotatividade ou segregação

de funções

DCA/Processos Implementada. Carta Ética disponibilizada no ICAnetwork;

Princípios éticos integrados também no Regulamento Interno;

Implementado.

Implementado

Articulação estreita entre o DCA e o DG, no quadro das

respetivas competências no âmbito técnico e financeiro.

Processo de execução financeira informatizado e dependente

da intervenção dos dois Departamentos, prévia à autorização

do CD para a realização do pagamento

b)     Proceder ao controlo da aplicação e execução

dos apoios atribuídos;

c)     Contribuir para a promoção das obras nacionais

nos mercados nacional e internacional;

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

32

II.2.4 Análise das causas de incumprimento de ações não executadas ou com resultados

insuficientes

Analisando os 7 objetivos operacionais e os 13 indicadores de avaliação de resultados propostos no

QUAR, foram superadas 4 metas, atingidas 8 metas e, apenas, não atingidas 1.

Das 13 metas que foram inscritas no QUAR 2017 do ICA não foi cumprida a meta prevista no indicador

12, o que pode ser justificado pelo facto da meta inscrita no indicador 12 ser bastante ambiciosa, apontando,

caso se verificasse, para o melhor índice de satisfação dos colaboradores desde que estes inquéritos de

satisfação foram implementados em 2008.

Não obstante, a inserção deste objetivo no QUAR de 2017 justificou-se enquanto meio para reforçar o

compromisso do ICA com a satisfação dos seus colaboradores, um aspeto que o ICA entende como essencial

para a concretização da missão e da visão estratégica do Instituto.

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

33

II.2.5 Desenvolvimento de medidas para um reforço positivo do desempenho

Destacamos as ações de melhoria implementadas em 2017:

Implementação do Incentivo Fiscal à Produção Cinematográfica em Portugal;

Conclusão do concurso público para a criação de um novo sistema de gestão de apoios do ICA,

integrado com todos os sistemas informáticos que o ICA gere - a plataforma eICA;

Criação das contas de Instagram e Linkedin do ICA;

Integração dos sistemas de informação e gestão do ICA tendo como objetivo desenvolver a

interoperabilidade entre os vários sistemas existentes

Comunicação de resultados de inquéritos de satisfação (Elaboração de relatório com os resultados e

posterior divulgação.

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

34

II.2.6 Comparação com o desempenho de serviços idênticos, no plano nacional e internacional,

que possam constituir padrão de comparação

O ICA mantém contacto com o desempenho de serviços idênticos no plano internacional através da

presença em organismos internacionais multilaterais onde o ICA e os seus congéneres, nomeadamente europeus

e ibero-americanos, estão presentes, tais como o Observatório Europeu do Audiovisual, a IBERMEDIA ou o

Eurimages. Também, a presença do ICA nos maiores eventos mundiais do sector como o Mercado Europeu do

Filme associado à Berlinale, o Mercado Internacional do Filme associado ao Festival de Cannes, ou o MIP

oferece ao ICA a oportunidade de acompanhar as políticas públicas desenvolvidas por organismos congéneres

em termos de financiamento de produção, programas de apoio ou a atração de produções internacionais.

Resultado também da integração do conhecimento adquirido através da comparação com o

desempenho de serviços idênticos no plano nacional e internacional, o ICA tem vindo nestes últimos anos a

implementar projetos inovadores e medidas de boas práticas, com algum destaque no panorama da

Administração Publica:

Integração dos sistemas de informação e gestão do ICA com o objetivo desenvolver a

interoperabilidade entre os vários sistemas existentes, permitindo-lhes comunicarem de uma forma

transparente e aberta, levando a uma melhoria interna significativa de todo o sistema de gestão e

contribuindo com bastante impacto no relacionamento com a sociedade, facilitando o acesso dos

cidadãos/clientes aos serviços prestados pelo ICA nas suas várias vertentes;

Sistema centralizado de dados de bilheteiras de recintos cinematográficos: o ICA desenvolveu um

sistema informático específico que centraliza todos os dados das bilheteiras de exibição

cinematográfica em Portugal com vista à sua análise, tratamento e divulgação;

Aposta na formação especializada aos seus colaboradores na área do cinema e audiovisual;

Promoção da comunicação interna (site interno de comunicação);

II.2.7 Audição de dirigentes intermédios e demais trabalhadores na autoavaliação dos serviços

A autoavaliação dos serviços é efetuada com o envolvimento não só dos dirigentes intermédios como

dos demais colaboradores do ICA.

Os objetivos do QUAR foram desdobrados em cada unidade orgânica (UO), dirigentes e trabalhadores.

Anualmente é elaborada a avaliação dos objetivos do QUAR, tendo por base a agregação dos resultados do

desempenho dos diferentes responsáveis, trabalhadores e dirigentes. No final de cada ciclo de gestão procede-

se à auscultação dos intervenientes no processo de avaliação cujos resultados são apresentados na secção II.2.1

Análise dos resultados alcançados e dos desvios verificados.

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

35

II.2.8 Atividades desenvolvidas, previstas e não previstas no plano, com indicação dos

resultados alcançados

OBRAS NACIONAIS PRODUZIDAS

Em 2017 o no número de produções de obras cinematográficas e audiovisuais nacionais cresceu

significativamente, mais de 50%, de 49 para 77 obras produzidas em Portugal, resultado da estabilização dos

apoios à produção a partir de 2014.

OBRAS NACIONAIS PRODUZIDAS – 2013/2017

CINEMA

2013 2014 2015 2016 2017

FICÇÃO 15 13 29 27 35

LONGAS-METRAGENS 8 6 17 18 20

CURTAS-METRAGENS 7 7 12 9 15

DOCUMENTÁRIO 6 10 17 12 23

LONGAS-METRAGENS 5 6 14 10 18

CURTAS-METRAGENS 1 4 3 2 5

ANIMAÇÃO 3 4 5 9 8

LONGAS-METRAGENS - - - - -

CURTAS-METRAGENS 3 4 5 9 8

TOTAL 24 27 51 48 66

AUDIOVISUAL

2013 2014 2015 2016 2017

TOTAL - - - 1 11

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

36

ACOMPANHAMENTO ESTATÌSTICO DO MERCADO CINEMATOGRÀFICO EM PORTUGAL

Em 2017 o mercado da exibição cinematográfica totalizou €81.678.415,47 de receita bruta e 15.609.634

espectadores. Nas tabelas seguintes, podemos observar a evolução mensal da receita bruta da exibição e do

número de espectadores.

RECEITA BRUTA - EVOLUÇÃO MENSAL - 2016/2017

MÊS 2016 2017

VAR.

JANEIRO € 6.903.365,77 € 6.566.658,95 -4,9%

FEVEREIRO € 6.962.847,33 € 7.653.750,40 9,9%

MARÇO € 7.177.794,01 € 6.433.088,31 -10,4%

ABRIL € 4.670.309,77 € 9.938.236,19 112,8%

MAIO € 4.522.621,76 € 5.434.761,25 20,2%

JUNHO € 5.169.049,27 € 5.369.178,36 3,9%

JULHO € 6.731.084,06 € 8.322.551,71 23,6%

AGOSTO € 9.424.938,98 € 7.614.090,30 -19,2%

SETEMBRO € 5.618.293,81 € 4.918.585,47 -12,5%

OUTUBRO € 6.314.507,99 € 4.827.928,07 -23,5%

NOVEMBRO € 5.653.535,48 € 5.131.586,03 -9,2%

DEZEMBRO € 8.091.046,56 € 9.468.000,43 17,0%

TOTAL € 77.239.394,79 € 81.678.415,47 5,7%

ESPECTADORES - EVOLUÇÃO MENSAL - 2016/2017

MÊS 2016 2017

VAR.

JANEIRO 1.301.631 1.240.647 -4,7%

FEVEREIRO 1.328.982 1.442.722 8,6%

MARÇO 1.380.973 1.222.442 -11,5%

ABRIL 882.075 1.875.626 112,6%

MAIO 947.259 1.135.070 19,8%

JUNHO 1.002.888 1.027.613 2,5%

JULHO 1.326.231 1.627.644 22,7%

AGOSTO 1.836.952 1.482.768 -19,3%

SETEMBRO 1.076.297 930.914 -13,5%

OUTUBRO 1.206.332 899.117 -25,5%

NOVEMBRO 1.075.612 962.688 -10,5%

DEZEMBRO 1.559.034 1.762.383 13,0%

TOTAL 14.924.266 15.609.634 4,6%

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

37

Quanto às estreias comerciais, em 2017 o filme VELOCIDADE FURIOSA 8 foi o mais visto neste ano, registando

784.727 espectadores e uma receita de bilheteira bruta de cerca € 4,3 milhões. Entre os filmes nacionais, O

FIM DA INOCÊNCIA foi o filme mais visto do ano com 77.198 espectadores e cerca de 415 mil euros de receita

de bilheteira bruta.

As obras nacionais exibidas em 2017 foram vistas por 408.104 espectadores, a que corresponde uma quota de

mercado de 2,61%, conforme o quadro que se apresenta abaixo.

FILMES ESTREADOS E EXIBIDOS POR ORIGEM - 2017

ORIGEM LM ESTREADAS LM EXIBIDAS

RECEITA BRUTA ESPECTADORES

EUROPA 163 544 € 8.134.013,24 1.650.197

PORTUGAL 38 151 € 1.955.120,43 408.104

EUROPA 61 195 € 1.915.863,97 372.783

COPROD. EUROPA 47 146 € 2.362.203,40 488.547

CO-PRODUÇÕES EUROPA/OUTROS

17 52 € 1.900.825,44 380.763

CO-PRODUÇÕES EUROPA 38 71 € 7.861.164,53 1.486.813

EUA 155 285 € 65.185.425,02 12.370.387

EUA 126 241 € 55.770.492,36 10.597.242

COPROD. EUA/OUTROS 29 44 € 9.414.932,66 1.773.145

OUTROS 16 86 € 497.812,68 102.237

TOTAL 372 986 € 81.678.415,47 15.609.634

PRESENÇA INSTITUCIONAL DO ICA NOS PRINCIPAIS FESTIVAIS DE CINEMA

INTERNACIONAIS

Principais Festivais de Cinema de 2017 em que o ICA esteve representado:

Festival Internacional de Cinema de Berlim (Presença institucional, com stand no mercado).

COLO, de Teresa Villaverde (Competição Oficial)

JOAQUIM, de Marcelo Gomes, uma co-produção da Ukbar Filmes (Competição Oficial)

OS HUMORES ARTIFICIAIS, de Gabriel Abrantes (Berlinale Shorts)

COUP DE GRÂCE, de Salomé Lamas (Berlinale Shorts)

CIDADE PEQUENA, de Diogo Costa Amarante (Berlinale Shorts)

ALTAS CIDADES DE OSSADAS, de João Salaviza (Berlinale Shorts)

ODD É UM OCO, de Kristin Ulseth, uma co-produção com a Sparkle Animation (Short Films Generation Kplus)

SPELL REEL, de Filipa César (Forum)

VAZANTE, de Daniela Thomas, uma co-produção da Ukbar Filmes, (Panorama)

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

38

Festival Internacional de Cinema de Cannes (Presença Institucional, com stand no mercado)

A FÁBRICA DE NADA, de Pedro Pinho (Quinzena dos Realizadores)

FARPÕES, BALDIOS, de Marta Mateus (Quinzena dos Realizadores)

ÁGUA MOLE, de Laura Gonçalves e Alexandra Ramires (Xá) (Quinzena dos Realizadores)

COELHO MAU, de Carlos Conceição (Semana da Crítica)

LOS PERROS, de Marcela Saïd, coproduzida pela produtora nacional Terratreme.

-Festival Internacional de Cinema de Locarno (Presença institucional).

VERÃO DANADO, de Pedro Cabeleira, na Competição Internacional

ANTÓNIO E CATARINA, de Cristina Hanes (Pardi di Domani)

O HOMEM DE TRÁS-OS-MONTES, de Miguel Moraes Cabral (Pardi di Domani)

9 DEDOS, de F. J. Ossang e com produção nacional da O Som e a Fúria (Competição Internacional)

MILLA, de Valerie Massadian, com produção nacional da Terratreme (Cineasti Del Presente)

Festival Internacional de Cinema de Toronto

A FÁBRICA DE NADA, de Pedro Pinho, WAVELENGTHS

ÁGUA MOLE, de Xá e Laura Gonçalves, SHORT CUTS

FLORES, de Jorge Jácome WAVELENGTHS — CURTAS-METRAGENS

Festival de San Sebastian (Presença Institucional)

SPELL REEL, de Filipa César (Competição)

FLORES, de Jorge Jácome (Competição)

PRINCIPAIS PRÉMIOS E PRESENÇAS DO CINEMA PORTUGUÊS

Das obras premiadas em 2017, destaca-se a carreira internacional de A FÁBRICA DE NADA, de Pedro

Pinho, que, após a sua estreia mundial na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cinema de Cannes, onde foi

distinguido com o Prémio FIPRESCI, tem sido exibido nos mais importantes festivais de cinema mundiais, já com

mais de 40 participações, nomeadamente no Filmfest München, em Karlovy Vary, Toronto, no BFI London, Mar

del Plata (Argentina), em Busan e na Viennale, entre outros.

Destaque ainda para 9 DEDOS, de F.J. Ossang, uma coprodução entre Portugal e França, que foi

galardoado em Locarno com o Leopardo de Ouro de melhor realizador. Este foi o quarto prémio consecutivo de

melhor realização atribuído no Festival de Locarno a uma produção portuguesa, depois de em 2014 o prémio

ser atribuído a Pedro Costa por Cavalo Dinheiro, em 2015 a Andrej Zulawski por Cosmos e em 2016 a João

Pedro Rodrigues por O Ornitólogo.

Finalmente, a curta-metragem Cidade Pequena, de Diogo Costa Amarante, recebeu o Urso de Ouro

para a Melhor Curta-Metragem na Berlinale, o que significou que, pelo segundo ano consecutivo, esta

importante distinção foi atribuída a uma produção portuguesa.

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

39

PRÉMIOS INTERNACIONAIS - DESTAQUES 2017

TIPO FILME REALIZADOR

EVENTO PAÍS PRÉMIOS / MENÇÕES

LONGAS DE FICÇÃO

9 Doigts F.J. Ossang

Festival del Film Locarno Suíça Pardo per la Miglior Regia: F. J. Ossang

A Fábrica de Nada Pedro Pinho

Filmfest München Alemanha CineVision Award

Quinzaine des Réalisateurs França Prémio FIPRESCI

Sevilla Festival de Cine Europeo

Espanha Giraldillo de Oro

Torino Film Festival Itália

Fondazione Sandretto Re Rebaudengo Prize (Prémio Especial do Júri) e Menção Honrosa (Secção Prémios Colaterais)

Milla Valerie Massadian

Festival del Film Locarno Suíça Premio speciale della giuria Ciné+ Cineasti del presente

Verão Danado Pedro Cabeleira

Festival del Film Locarno Suíça Menzione Speciale

CURTAS DE FICÇÃO

A Brief History of Princess X Gabriel Abrantes

San Francisco International Film Festival

EUA Special Jury Prize for Narrative Short

Altas Cidades de Ossadas João Salaviza

ZINEBI - Festival Internacional de Cine Documental y Cortometraje de Bilbao

Espanha Mikeldi de Ouro

Farpões, Baldios Marta Mateus

Hiroshima International Film Festival

Japão Hiroshima Grand Prix Award

Nyo vweta Nafta Ico Costa

Cinéma du Réel - Festival International de films documentaires

França Prix du Court Métrage

Internationale Kurzfilmtage Oberhausen

Alemanha

Special Mention of the Jury of the Ministry for Family, Children, Youth, Culture and Sport of North Rhine-Westphalia

CURTAS DE DOCUMENTÁRIO

António e Catarina Cristina Hanes

Festival del Film Locarno Suíça

Pardino d’oro per il miglior cortometraggio internazionale – Premio SRG SSR

CURTAS DE ANIMAÇÃO

Água Mole Laura Gonçalves, Alexandra Ramires (Xá)

ANIMANIMA - International Animation Festival

Sérvia Special Jury Award

Estilhaços José Miguel Ribeiro

ANIMA - Festival International du Film d’Animation de Bruxelles

Bélgica Prix de la Critique pour le meilleur court métrage

Festival International du Court Métrage

França Prix du meilleur film documentaire (Documentaire sur grand

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

40

écran)

Odd er et Egg Kristin Ulseth

Tribeca Film Festival EUA Best Animated Short

Surpresa Paulo Patrício

ANIMA MUNDI - Festival Internacional de Animação do Brasil

Brasil Melhor Roteiro

CURTAS EXPERIMENTAIS

Cidade Pequena Diogo Costa Amarante

BERLINALE Alemanha Goldener Bär für den Besten Kurzfilm

PROGRAMA EURIMAGES – European Cinema Support Fund

O Eurimages é um fundo de incentivo à coprodução cinematográfica, no âmbito do Conselho da Europa. O

Fundo foi criado em 1988, sendo Portugal um dos fundadores.

Compete ao Instituto do Cinema e do Audiovisual a representação do Estado Português no Fundo Eurimages.

O orçamento anual é de cerca de 25 milhões de euros, provenientes de contribuições nacionais, determinadas

em função de uma chave de cálculo comum, que tem em conta fatores como o PIB, a população, o volume de

produção e de coprodução e o historial de candidaturas.

O órgão de decisão do Eurimages é o Conselho de Administração, onde cada Estado-membro está representado,

e que determina a política do Fundo.

Processo de decisão

A tomada de decisões no âmbito do Fundo compete ao seu Comité de Direção, constituído por representantes

dos Estados-Membros. Este Comité reúne 4 vezes por ano.

As decisões de apoio financeiro a projetos incumbem igualmente ao Comité de Direção em plenária, mas

baseiam-se em propostas, e respetivas análises e votação, de um grupo interno (o Grupo de Trabalho

Coprodução, ou CPWG), cuja composição é previamente sorteada.

Os membros do CPWG analisam os projetos a concurso nas semanas que precedem cada reunião, discutem-nos,

nos dias que precedem a plenária, com os representantes dos países coprodutores e atribuem-lhes uma

classificação de 1 a 10 pontos.

Os critérios de avaliação incluem critérios artísticos (qualidade do guião e grau de desenvolvimento do projeto;

qualidade das equipas criativas) e critérios de produção (cooperação artística e técnica entre os coprodutores;

potencial de circulação (festivais, distribuição e público); financiamento (consistência e grau de financiamento

confirmado), bem como uma apreciação holística do equilíbrio entre os critérios artísticos e os de produção.

Não há qualquer consideração formal nem de facto de fatores geopolíticos ou outros, sendo todos os projetos

apreciados em função dos mesmos critérios.

PROJETOS APOIADOS COM PARTICIPAÇÃO PORTUGUESA – 2017:

com participação portuguesa minoritária: O Homem que Matou D. Quixote (longa metragem de ficção)

Realizador: Terry Gilliam

Coprodução: Portugal (Ukbar Filmes) / Espanha / França / Bélgica.

Apoio atribuído ao projeto: 243.478€

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

41

CENTRO DE INFORMAÇÃO EUROPA CRIATIVA

O programa Europa Criativa é o programa da União Europeia de apoio aos sectores cultural e criativo. O novo

programa congrega os anteriores programas Cultura, MEDIA e MEDIA Mundus (2007-2013), teve início a 1 de

janeiro de 2014 e estará em vigor até 31 de dezembro de 2020.

O programa Europa Criativa integra dois subprogramas: o subprograma MEDIA (de apoio aos sectores

cinematográfico e audiovisual) e o subprograma CULTURA (dirigido às restantes expressões artísticas). Cada um

dos subprogramas contém inúmeras e variadas linhas de financiamento orientadas para diferentes tipos de

projetos.

O Centro de Informação Europa Criativa, grupo de trabalho criado por despacho da Ministra de Estado e das

Finanças e do Secretário de Estado da Cultura do XIX Governo Constitucional a 30 de abril de 2014, tem por

objeto a difusão da informação sobre o Programa Europa Criativa junto dos profissionais dos sectores cultural e

criativo, a promoção e divulgação do acesso ao mesmo e a prestação de apoio a candidatos ou outros

interessados nas atividades do Programa.

O Centro de Informação Europa Criativa está sob a tutela do ICA, IP – Instituto do Cinema e do Audiovisual, e é

cofinanciado em 50% pela própria Comissão Europeia. No que diz respeito ao cofinanciamento nacional, o

montante é repartido, em partes iguais, pelo GEPAC – Gabinete de Estratégia, Planeamento e Avaliação

Culturais e ICA.

O novo programa está estruturado do seguinte modo:

Subprograma MEDIA destinado aos sectores do Cinema e do Audiovisual;

Subprograma CULTURA destinado ao sector cultural;

Vertente intersectorial que contemplará um mecanismo financeiro de garantia bancária, a partir de 2016 e

destinado às PME’s dos sectores cultural e criativo, no sentido de incentivar e facilitar o acesso ao

financiamento bancário, diminuindo, assim, os respetivos custos. Esta vertente intersectorial integra, ainda, o

financiamento dos prémios europeus, das capitais europeias da cultura, da Marca de Património Cultural, da

rede de Centros de Informação Europa Criativa, do Observatório Europeu do Audiovisual e de diversos estudos

que possam vir a ser realizados pela Comissão Europeia ao longo da vigência do Programa.

O enquadramento financeiro para a execução do Programa durante o período compreendido entre 1 de janeiro

de 2014 e 31 de dezembro de 2020 é de 1.462,7 milhões de euros, repartido do seguinte modo:

56 % para o subprograma MEDIA;

31 % para o subprograma CULTURA;

13 % para a vertente intersectorial.

Desde a sua criação, o Centro de Informação Europa Criativa tem vindo a cumprir os desígnios para os quais foi

criado, nomeadamente o de informar os potenciais interessados, através de sessões de esclarecimento

organizadas pelo próprio centro de informação ou a convite de outras entidades; estando representado em

eventos profissionais dos sectores, nomeadamente festivais de cinema (nacionais e internacionais),

conferências e eventos generalistas e sectoriais na área da Cultura; organizando os “Open Days”, modelo

criado pelo próprio centro que consiste em sessões de informação geograficamente descentralizadas, seguidas

de reuniões individuais com interessados.

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

42

Para além destas sessões, o CIEC reúne individualmente com inúmeros interessados, quer no sentido de

explicar detalhadamente as possibilidades de financiamento, quer no apoio concreto à apresentação de

candidaturas.

O CIEC conta com uma página na rede social Facebook e com o sítio na internet

(http://www.europacriativa.eu).

A página do Facebook do CIEC tem até ao momento 3.376 seguidores e o nosso sítio da internet obteve mais de

45.480 visitas.

A newsletter do CIEC, enviada sempre que as atividades desenvolvidas pelo CIEC ou informações relativas ao

Programa o justifiquem, possui uma rede de contactos de 3.330 entidades.

O CIEC tem igualmente disponibilizado informação sobre outros programas comunitários e demais mecanismos

de apoio à cultura, nomeadamente através de uma área específica no sítio da internet. Está prevista, para

2018, a organização de sessões de esclarecimento conjuntas com os programas Horizonte 2020 e EEAGrants,

Europa para os Cidadãos, bem como com entidades responsáveis por fundos estruturais pertinentes para o

sector.

PLANO NACIONAL DE CINEMA

O Plano Nacional de Cinema – PNC, nos termos do artigo 23º da Lei nº 55/2012, de 6 de setembro, alterada pela

Lei n.º 28/2014, de 19 de maio é um programa de literacia para o cinema junto do público escolar e de

divulgação de obras cinematográficas nacionais. No ano letivo 2013/2014 foi criado o Grupo de Projeto do PNC

com representação do Instituto do Cinema e do Audiovisual, da Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema e da

Direção Geral da Educação, o qual cessou funções em 31 de agosto de 2014. Tendo como referência o quadro

legal vigente a partir do ano letivo de 2014/2015, garantiu-se a continuidade da iniciativa, operacionalizada

por uma equipa de trabalho constituída por representantes da Direção-Geral da Educação (DGE), do Instituto

do Cinema e do Audiovisual (ICA) da Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema (CP-MC), através de uma

colaboração protocolada entre as três instituições.

Em 2016-17, deu-se continuidade ao planeamento de um conjunto de ações e atividades dinamizadas com o

objetivo de promover o acesso dos alunos da Educação Pré-Escolar, Ensino Básico e Secundário ao património

cinematográfico nacional e mundial, num quadro alargado de valorização da literacia para os media e de

promoção do conhecimento de obras cinematográficas e audiovisuais, enquanto instrumentos de expressão e

diversidade culturais, e promoção da língua e da cultura portuguesas.

Destacam-se, de entre os seus propósitos:

A implementação da literacia para o cinema junto do público escolar e de divulgação de obras

cinematográficas nacionais, nos termos do artigo 23º da Lei nº 55/2012, de 6 de setembro, alterada pela Lei n.º

28/2014, de 19 de maio;

A formação de públicos escolares para o cinema, garantindo-lhes os instrumentos básicos de «leitura» e

compreensão de obras cinematográficas e audiovisuais, despertando nos jovens o prazer para o hábito de ver

cinema ao longo da vida, bem como a valorização do cinema enquanto arte, junto das escolas e respetivas

comunidades educativas.

O PNC assume-se como um projeto inteiramente nacional. Dirige-se aos agrupamentos de escolas e escolas não

agrupadas e visa a valorização de uma cultura audiovisual junto das comunidades educativas, propondo dar

mais visibilidade à arte do cinema em contextos pedagógicos. Continuando a assumir como opções prioritárias,

nomeadamente:

Garantir a formação de docentes na área da literacia fílmica;

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

43

Viabilizar sessões de cinema gratuitas para os alunos das escolas integradas no PNC;

Aumentar a implantação do PNC no universo educativo.

No ano letivo 2016/2017, o PNC abrangeu um universo educativo de 190 unidades orgânicas, Agrupamentos

Escolares (A/E) e (ou) Escolas, 872 professores e 46.871 alunos, nos 18 Distritos do Continente. Das 190

unidades orgânicas verifica-se a adesão de duas escolas portuguesas, uma em Dili-Timor e outra em

Moçambique.

PNC 2016-2017 – TOTAIS POR DISTRITO

DISTRITO N.º TOTAL DE

A/E-ESCOLAS

N.º TOTAL DE

PROFESSORES

N.º TOTAL

DE ALUNOS

VIANA DO CASTELO 5 28 2794

BRAGA 18 86 4800

PORTO 23 114 5200

BRAGANÇA 2 12 149

VILA REAL 1 7 30

GUARDA 3 16 1775

VISEU 11 45 1804

COIMBRA 11 57 2125

CASTELO BRANCO 3 9 48

LEIRIA 19 80 5500

AVEIRO 16 92 4460

SANTARÉM 3 9 1731

LISBOA 35 156 5600

PORTALEGRE 4 10 1000

SETÚBAL 16 78 5029

ÉVORA 2 - -

BEJA 6 36 325

FARO 5 17 679

AÇORES 5 15 2000

Escola Portuguesa - Díli-Timor 1 1 50

Escola Portuguesa - Moçambique 1 4 1682

Totais 190 872 46781

Fonte: Relatório PNC 2016/2017

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

44

PRÉMIO CURTAS ESCLEROSE MÚLTIPLA

A Novartis e o ICA entregaram o Prémio Curtas Esclerose Múltipla 2017 numa cerimónia no Cinema São Jorge,

onde, de um total de 22 curtas-metragens a concurso, foram premiados dois trabalhos e entregues três

menções honrosas pelo júri do concurso.

Na categoria Escolha do Júri, o vencedor foi PERENE e o prémio Escolha do Público foi para PRESO NO MEU

PRÓPRIO CORPO. As menções honrosas do júri couberam aos filmes É A VIDA,HERA e TEMPO.

A iniciativa tem como objetivo sensibilizar a população para a esclerose múltipla, unindo a arte e a saúde,

através de trabalhos que espelhem a realidade da doença. Esta é uma doença que afeta cerca de 2.3 milhões

de pessoas a nível mundial.

As candidaturas foram avaliadas por um júri composto por Mário Gabriel Bonito, representante do ICA; Cristina

Campos, diretora geral da Novartis; Gonçalo Galvão Teles, realizador português; Teresa Tavares, atriz

portuguesa; Joaquim Pinheiro, médico neurologista; e representantes das três associações de doentes com

esclerose múltipla: Associação Nacional Esclerose Múltipla (ANEM), Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla

(SPEM) e Associação Todos com a Esclerose Múltipla (TEM).

Todas as informações sobre o Prémio e os filmes a concurso estão disponíveis em premioemcurtas.pt.

EXIBIÇÃO DAS OBRAS PRODUZIDAS NO ÂMBITO DO II PROGRAMA CPLP AUDIOVISUAL

Foram exibidas na RTP2, entre 30 de abri e 23 de julho de 2017, as 13 obras produzidas no âmbito do II

Programa CPLP Audiovisual.

Composta por nove documentários e quatro telefilmes de ficção, a programação arrancou no dia 30 de abril,

com a exibição do telefilme moçambicano O DIA EM QUE EXPLODIU MABATA BATA, de João Luis Sol Carvalho,

adaptado da obra de Mia Couto, e encerrou a 23 de julho, com a estreia do documentário timorense A CRIANÇA

ROUBADA, de Lurdes Pires.

O Programa CPLP Audiovisual – Programa de Fomento à Produção e Difusão de Conteúdos Audiovisuais da

Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, foi iniciado em 2015 e apoiou 13 projetos de produção - nove

documentários e quatro telefilmes de ficção – e quatro projetos de desenvolvimento de telefilmes de ficção,

oriundos dos diferentes Países da CPLP.

Em Portugal, os projetos selecionados foram o documentário A CASA, do realizador Rui Simões e com produção

da REAL FICÇÃO, e o telefilme de ficção O DIA EM QUE AS CARTAS PARARAM, de Cláudia Clemente, com

produção da BANDO À PARTE.

As obras resultantes dos concursos lançados em 2015 foram exibidas em todas as televisões de serviço público

dos países integrantes do Programa CPLP Audiovisual: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné

Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

EVENTOS DE PROMOÇÂO DO INCENTIVO FISCAL

No dia 11 de fevereiro de 2017, o Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA) aproveitou a Berlinale para

apresentar à comunidade cinematográfica internacional o novo incentivo fiscal à produção, a poucas semanas

da entrada em vigor.

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

45

Entre 17 e 28 de maio, o ICA aproveitou a sua presença no Festival de Cannes para lançar a marca

PICPORTUGAL, promovendo Portugal como destino de filmagens, no contexto do recentemente aprovado

incentivo fiscal à produção cinematográfica. O lançamento da marca PICPORTUGAL coincidiu com o

lançamento do novo sítio através do qual de pretende promover o Incentivo Fiscal à Produção Cinematográfica

- http://www.picportugal.com/en/ .

CATÁLOGO DA PRODUÇÂO NACIONAL

O ICA pretende dar continuidade à sua missão de apoio à atividade cinematográfica e audiovisual, bem como

acompanhar o diálogo contemporâneo e interdisciplinar entre o exercício cinematográfico e a sociedade. Face

à crescente produção nacional, cada vez com mais diversidade de oferta e exposição mediática, e que hoje é

uma referência para o público quer nacional, quer internacional, o ICA produziu em 2017, como vem sendo

hábito, um catálogo da produção cinematográfica e audiovisual nacional.

http://www.ica-ip.pt/fotos/editor2/catalogo2017/

Esta publicação é constituída por um catálogo de filmes produzidos com o apoio do ICA, que vai desde ficção,

documentário e animação. Há destaque também para filmes que iniciam o seu percurso tanto em sala como em

festivais de cinema, e ainda sobre os projetos que atualmente estão em produção. Com o objetivo de se

encontrar com o seu público, o ICA mantém esta e outras informações atualizadas no seu site www.ica-ip.pt e

no facebook.

Com esta publicação são editados igualmente mais dois cadernos: um com Estatística onde é disponibilizada a

informação sobre o mercado cinematográfico, desde a produção até à exibição, passando pela distribuição de

obras nacionais e internacionais, e um caderno de Contactos de entidades do setor.

FESTA DO CINEMA 2017

Em 2017, o ICA fomentou, em parceria com a APEC – Associação Portuguesa das Empresas Cinematográficas,

mais uma edição da Festa do Cinema, que decorreu entre os dias 22 e 24 de mai. Na 3ª Edição da Festa do

Cinema o público teve oportunidade de assistir a mais de dez mil sessões de cinema, em todo o país, com um

custo de 2,5 euros por cada sessão.

A edição de 2017 da Festa do Cinema foi apresentada no dia 15 de maio, no Cineteatro Capitólio, em Lisboa,

com a antestreia do filme PERDIDOS, de Sérgio Graciano, e com o debate "Como criar mais hábito de consumo

na sétima arte”.

LISBONWEEK

O ICA associou-se à edição 2017 do LisbonWeek, promovendo ciclos de cinema e uma exposição de cartazes de

filmes portugueses, em diversos locais da freguesia do Lumiar, numa procura de promover o Instituto na sua

comunidade de vizinhança.

Entre 25 de março e 2 de abril, no âmbito da parceria estabelecida com o LisbonWeek, o ICA promoveu dois

ciclos de cinema onde foram exibidos 25 filmes portugueses. No Auditório TOBIS do ICA, na atual sede do ICA,

foi possível ver oito longas-metragens nacionais filmadas nos Estúdios da TOBIS Portuguesa.

Para exibição no Auditório da Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro, o ICA selecionou 14 filmes de referência

cultural e reconhecimento internacional: seis longas-metragens baseadas em obras literárias de escritores

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

46

portugueses e seis recentes curtas-metragens de ficção e animação premiadas em festivais internacionais de

cinema.

No dia 25 de março, esteve ainda em exibição contínua, numa sala do Estúdio 1 da antiga TOBIS Portuguesa, o

documentário TOBIS PORTUGUESA (2010), de Manuel Mozos e Pedro Éfe.

Paralelamente, esteve patente, em diversos locais, a exposição "Passeio pelo cinema no Lumiar”, organizada

pelo ICA, com a mostra de cerca de 140 cartazes de filmes nacionais. Nas paredes do edifício do Estúdio

1/TOBIS a exposição, com cerca de 70 cartazes de obras cinematográficas apoiadas pelo ICA, incide sobre o

período 2012-2017. A exposição continuou na Praça Bernardino Machado, com uma mostra de 30 cartazes que

retratavam obras filmadas no Estúdio 1/TOBIS, desde a sua criação, em 1932. Já no Parque das Conchas foi

possível ver os cartazes de 20 obras de animação e de 15 festivais nacionais de cinema, apoiados pelo ICA.

ENCONTRO DE PRODUTORES NA 10ª FESTA DO CINEMA ITALIANO

O ICA associou-se à 10ª Festa do Cinema Italiano como parceiro do Fórum de Codesenvolvimento e Criação de

Projetos Cinematográficos Ítalo-Portugueses, iniciativa organizada pela Associac ao Il Sorpasso e que contou,

igualmente, com as parcerias do MiBACT – Direzione Generale Cinema e da ANICA.

Este encontro de produtores portugueses e italianos, que decorreu a 7 e 8 de abril, surgiu no âmbito do acordo

luso-italiano de codesenvolvimento de projetos cinematográficos, entretanto preparado, e teve como objetivo

proporcionar o mútuo conhecimento destas duas realidades cinematográficas e estimular a realização de

projetos luso-italianos.

O evento foi direcionado aos profissionais da indústria do cinema e apenas mediante convite da organização.

A Associação Il Sorpasso, em colaboração com a Lisboa Film Commission, também proporcionou aos

profissionais estrangeiros uma visita a Lisboa com o objetivo de dar a conhecer a cidade e o seu potencial para

acolher projetos cinematográficos.

A 10ª edição da Festa do Cinema Italiano decorreu em vários espaços de Lisboa, Porto, Coimbra, Almada e

Setúbal, entre 5 e 13 de abril de 2017.

CONFERÊNCIA IBERO-AMERICANA

A 25 e 26 de abril de 2017 decorreu em Lisboa a 32ª Reunião Ordinária da Conferência das Autoridades

Audiovisuais e Cinematográficas Ibero-americana (CAACI) e a 14.ª Reunião Extraordinária do Comité

Intergovernamental da IBERMEDIA.

Durante os dois dias, as autoridades cinematográficas Ibero-Americanas trataram de questões como a eleição

do próximo Secretário Executivo da Cinematografia Ibero-Americana, entre outras.

Destaque também para o facto de esta ter sido a primeira reunião após a entrada em vigor do Protocolo de

emenda ao Convénio de Integração Cinematográfica Ibero-americana, pelo que foi em Lisboa que a CAACI

reuniu, pela primeira vez, como organização internacional de pleno direito.

RENOVAÇÃO DO FUNDO LUSO-FRANCÊS

O Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA) e o Centre National du Cinéma et de l’Image Animée (CNC)

assinaram, em Cannes, uma convenção de renovação, por três anos, do fundo de apoio à coprodução de obras

cinematográficas luso-francesas, lançado em 2014.

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

47

A renovação até 2019 permite a realização de curtas e longas-metragens de ficção, animação ou de

documentários. O montante total do fundo é fixado em € 800.000 para 2017, divididos igualmente entre o ICA e

o CNC. Os apoios serão concedidos mediante decisão de seleção por parte de uma Comissão composta por

profissionais portugueses e franceses, em função, nomeadamente, da qualidade técnica e artística do projeto,

bem como do seu potencial de difusão internacional.

1º ENCONTRO LUSO-ALEMÃO DE PRODUTORES

O 1º encontro luso-alemão de produtores de cinema aconteceu na cidade de Lisboa, onde estiveram presentes

mais de 30 produtores para apresentar e discutir oportunidades de cooperação entre Portugal e Alemanha, no

âmbito de projetos cinematográficos.

No primeiro dia do Encontro, os produtores alemães foram convidados a assistir à sessão de abertura do festival

Doclisboa, com a exibição de RAMIRO, de Manuel Mozos.

No dia 20 de outubro, no Palácio Galveias, em Lisboa, foi apresentado o atual enquadramento legal para a

realização de coproduções cinematográficas entre Portugal e Alemanha, bem como as fontes de financiamento

existentes nos dois países e a que os cineastas podem recorrer para apoiar o desenvolvimento das obras

coproduzidas. Neste encontro, foram ainda apresentados trabalhos e projetos dos convidados, com o objetivo

de promover possíveis coproduções.

No dia 21 decorreu uma visita guiada por Lisboa, promovida pela Lisboa Film Commision e o Turismo de

Portugal, para dar a conhecer aos produtores germânicos o potencial da cidade como destino de filmagens.

O Encontro, uma iniciativa da Embaixada de Portugal na Alemanha/Camões em Berlim, foi promovido pelo

Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA) e pelo Filmförderungsanstalt (FFA) – congénere alemão – em

colaboração com o Doclisboa (enquadrado na secção Arché), o Turismo de Portugal, a Lisboa Film Commission e

a Embaixada da República Federal da Alemanha em Lisboa.

EXIBIÇÃO DO FILME “SÃO JORGE” EM LOS ANGELES NO ÂMBITO DA CORRIDA AOS

ÓSCARES

São Jorge, de Marco Martins, foi exibido no dia 5 de novembro de 2017 na Dick Clark Screening Room, em Los

Angeles, no âmbito da iniciativa promovida pela European Film Promotion, apoiada pelo ICA, para dar a

conhecer os filmes europeus candidatos a uma nomeação para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro.

II.2.9 Análise da afetação real e prevista dos recursos humanos, matérias e financeiros

RECURSOS HUMANOS

Em termos de Recursos Humanos apresenta-se um quadro resumo sobre a sua afetação prevista e real, bem

como os desvios encontrados:

Categoria Recursos Humanos Pontuação Planeados Realizados Desvio

Dirigentes - Direção Superior 20 40 40 0

Dirigentes - Dir. Intermédia e Chefes de equipa 16 32 32 0

Técnico Superior 12 348 324 -24

Assistente Técnico 8 16 16 0

Assistente Operacional 5 5 5 0

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

48

Estes indicadores são apresentados no QUAR e foram calculados tendo em consideração as orientações do GT-

CCA. Poderão consultar outros indicadores relevantes relativos aos recursos humanos no Capítulo IV - Balanço

Social, do presente relatório.

RECURSOS FINANCEIROS

O orçamento do ICA para 2017 previa uma despesa de €20.087.964. Com a incorporação de algum do montante

do saldo de gerência o orçamento de despesa aumentou para €23.087.964 ficando a execução nos

€20.539.211. Regista-se então uma taxa de execução de 86,4% por relação às dotações corrigidas a dezembro

de 2017, e uma taxa de execução de 98,9% por relação ao orçamento inscrito no QUAR 2017.

Recursos Financeiros Previsão Executado Desvio

Orçamento de Funcionamento

20.087.964 20.232.612 144.648

Despesas c/ Pessoal 1.374.830 1.400.947 26.117

Aquisição de bens e serviços

1.790.437 1.159.985 -630.452

Outras despesas correntes 16.198.197 17.664.344 1.466.147

Despesas restantes 500 7.336 6.836

Orçamento de Investimento

522.942 306.599 -216.343

Outros 0 0 0

TOTAL ( OF+OI+Outros) 20.766.320 20.539.211 -227.109

Unidade: Euros

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

49

Capítulo III

Avaliação Final

TOCADORA – JOANA IMAGINÁRIO Sardinha em Lata

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

50

IV.1 Apreciação qualitativa e quantitativa dos resultados alcançados

Conforme referido, dos 7 objetivos operacionais e os 13 indicadores de avaliação de resultados propostos no

QUAR, foram superadas 4 metas, atingidas 8 metas e apenas não atingidas 1. Dos cinco objetivos

identificados como os mais relevantes na definição do QUAR 2017 foram superados três e atingido um dos

objetivos:

OBJETIVOS MAIS RELEVANTES Resultado

O01 – Incentivar a criação e produção de obras cinematográficas e audiovisuais 127%

O02 – Aprofundamento da cooperação com os países de língua oficial portuguesa 110%

O04 – Promover o reconhecimento, a exposição e a comercialização dos conteúdos cinematográficos e audiovisuais nacionais no mercado global

100%

O05 – Incentivar a exibição, difusão, promoção e divulgação das obras cinematográficas 346%

O que resulta na seguinte avaliação final do organismo:

PARÂMETRO PONDERAÇÃO TAXA REALIZAÇÃO RESULTADO

EFICÁCIA 60% 117% 70,2% Superou

EFICIÊNCIA 30% 272% 81,6% Superou

QUALIDADE 10% 96% 9,6% Não Atingiu

Taxa de Realização final: 161,4 %

IV.2 Menção proposta pelo dirigente máximo do serviço como resultado da autoavaliação

Tendo em conta os resultados alcançados, onde se destaca o facto que se atingiu ou superou todos

os objetivos mais relevantes, este Instituto deverá ver o seu desempenho reconhecido e avaliado no

âmbito do artigo n.º 18 da Lei nº66-B/2007 de 28 de Dezembro, pelo que se propõe a avaliação final

de desempenho satisfatório.

IV.3 Conclusões

O ICA tenciona continuar a consolidar a sua política de qualidade e de melhoria continua, em termos de

planeamento, controlo e gestão de recursos humanos, financeiros e materiais.

Este esforço inclui a prossecução do caminho já realizado no que se refere ao alinhamento das regras e práticas

do ICA pelas normas aplicáveis e da revisão de procedimentos com vista ao seguimento das recomendações e

observações das instituições e organismos de controlo.

O ano de 2018 será um ano de desafios tendo em conta que o ICA terá de continuar a identificar oportunidades

de melhoria nos vários aspetos da sua atividade enquanto assume com confiança novas competências na

medida que este será apenas o segundo ano de execução do regime de incentivo à produção cinematográfica.

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2017

51

Capítulo IV

QUAR: ANEXOS

MADRE PAULA – RITA NUNES Vende-se Filmes / Uma Pedra no Sapato

R2

Quadro de Avaliação e Responsabilização

Promover as artes cinematográficas e audiovisuais

Garantir o apoio público às artes cinematográficas e audiovisuais

Promover a competitividade dos territórios nacionais, regionais ou locais, e respetivos recursos (naturais, edificados, empresariais e laborais) para a captação de produções cinematográficas e audiovisuais

Contribuir para a difusão da cultura portuguesa e para a afirmação da língua portuguesa

Objectivos Estratégicos

DESIGNAÇÃO META 2017 TAXA REALIZAÇÃO

Presidência do Conselho de Ministros

Instituto do Cinema e do Audiovisual, I.P.

ANO:2017

MISSÃO: O ICA, I. P., tem por missão apoiar o desenvolvimento das atividades cinematográficas e audiovisuais, desde a criação até à divulgação e circulação nacional e internacional das obras, potenciando o surgimento de novos valores, contribuido para a diversidade de oferta cultural e para a promoção da língua e da identidade nacionais.

IND6 Número de produções atraídas ao abrigo do novo regime de incentivo fiscal

2.00 1.00 4.00 100 3.0 100.0 Atingiu

OO3 3: Desenvolver a capacidade de Portugal para atrair produções e coproduções internacionais Peso: 10.0

INDICADORES 2015 2016 META 2017 Tolerância Valor Crítico PESO RESULTADO TAXA

REALIZAÇÃO CLASSIFICAÇÃO

IND4 Prazo para implementar Programa Audiovisual em parceria com a CPLP (dias úteis)

190.00 22.00 126.00 40 124.0 125.8 Superou

IND5 Número de projetos aprovados no âmbito dos programas de cooperação de língua oficial portuguesa

6.0 5.0 5.00 1.00 10.00 60 4.0 100.0 Atingiu

OO2 2: Aprofundamento da cooperação com os países de língua oficial portuguesa Peso: 20.0

INDICADORES 2015 2016 META 2017 Tolerância Valor Crítico PESO RESULTADO TAXA

REALIZAÇÃO CLASSIFICAÇÃO

IND1 Número de projetos de criação e produção artística e cinematográfica apoiados

96.0 97.0 60.00 1.00 141.00 50 61.0 100.0 Atingiu

IND3 Número de projetos aprovados no âmbito dos programas de cooperação europeus e ibero-americanos

11.0 8.0 8.00 2.00 11.00 25 21.0 208.3 Superou

IND2 Número de projetos de criação e produção artística/cinematográfica e audiovisual apoiados no âmbito de programas de novos talentos e primeiras obrasa/cinematográfica e audiovisual apoiados no âmbito de programas de novos talentos e primeiras obrasa/cinematográfica e audiovisual apoiados no âmbito de programas de novos talentos e primeiras obrasa/cinematográfica e audiovisual apoiados no âmbito de programas de novos talentos e primeiras obrasa/cinematográfica e audiovisual apoiados no âmbito de programas de novos talentos e primeiras obrasa/cinematográfica e audiovisual apoiados no âmbito de programas de novos talentos e primeiras obrasa/cinematográfica e audiovisual apoiados no âmbito de programas de novos talentos e primeiras obrasa/cinematográfica e audiovisual apoiados no âmbito de programas de novos talentos e primeiras obras

27.0 17.0 18.00 2.00 27.00 25 16.0 100.0 Atingiu

OO1 1: Incentivar a criação e produção de obras cinematográficas e audiovisuais Peso: 55.0

INDICADORES 2015 2016 META 2017 Tolerância Valor Crítico PESO RESULTADO TAXA

REALIZAÇÃO CLASSIFICAÇÃO

Eficácia Peso: 60.0

Objectivos Operacionais

R2

Quadro de Avaliação e Responsabilização

IND12 Índice de satisfação dos colaboradores 3.9 3.9 4.00 .30 4.50 50 3.4 91.9 Não Atingiu

IND13 Índice de satisfação dos clientes e interessados

3.7 3.7 3.80 .30 4.50 50 3.9 100.0 Atingiu

OO7 1: Garantir a satisfação dos colaboradores e interessados na atividade do ICA Peso: 100.0

INDICADORES 2015 2016 META 2017 Tolerância Valor Crítico PESO RESULTADO TAXA

REALIZAÇÃO CLASSIFICAÇÃO

Qualidade Peso: 10.0

IND10 Taxa de cumprimento dos prazos no que respeita à gestão de recursos humanos, financeiros e patrimoniais

83.0 89.0 85.00 5.00 100.00 50 88.0 100.0 Atingiu

IND11 Prazo para a elaboração da prestação de contas (dias úteis)

83.0 85.0 82.00 1.00 80.00 50 83.0 100.0 Atingiu

INDICADORES 2015 2016 META 2017 Tolerância Valor Crítico PESO RESULTADO TAXA

REALIZAÇÃO CLASSIFICAÇÃO

OO6 2: Assegurar a gestão de recursos humanos, financeiros e patrimoniais promovendo a melhoria e o controlo de recursos Peso: 30.0

IND8 Número de espectadores de obras de cinema apoiadas ou difundidas

120131.0 86987.0 101000.00 1000.00 120131.00 80 329908.0 399.1 Superou

IND9 Número de exbições promovidas no âmbito do Cinema Português em Movimento

40.0 51.0 45.00 5.00 51.00 20 53.0 133.3 Superou

OO5 1: Incentivar a exibição, difusão, promoção e divulgação das obras cinematográficas Peso: 70.0

INDICADORES 2015 2016 META 2017 Tolerância Valor Crítico PESO RESULTADO TAXA

REALIZAÇÃO CLASSIFICAÇÃO

Eficiência Peso: 30.0

IND7 Número de mercados internacionais de cinema e de audiovisual em que o ICA garante um expositor para a produção nacional

3.0 3.0 3.00 .00 4.00 100 3.0 100.0 Atingiu

OO4 4: Promover o reconhecimento, a exposição e a comercialização dos conteúdos cinamatográficos e audiovisuais nacionais no mercado global

Peso: 15.0

INDICADORES 2015 2016 META 2017 Tolerância Valor Crítico PESO RESULTADO TAXA

REALIZAÇÃO CLASSIFICAÇÃO

Objectivos Operacionais

Técnico Superior * 12.0 348.0 324.0 24.0

Assistente Técnico * 8.0 16.0 16.0 .0

Dirigentes - Direcção intermédia e Chefes de equipa * 16.0 32.0 32.0 .0

Assistente Operacional * 5.0 5.0 5.0 .0

Dirigentes - Direcção superior * 20.0 40.0 40.0 .0

441.0 417.0

Recursos Humanos

DESIGNAÇÃO PONTUAÇÃO PLANEADOS REALIZADOS DESVIO

Orçamento de Funcionamento 20087964 20232612 144648

Recursos Financeiros

DESIGNAÇÃO PLANEADOS (EUROS) EXECUTADOS DESVIO

35 36

Número de trabalhadores a exercer funções no serviço:

31/12/2016 31/12/2017

R2

Quadro de Avaliação e Responsabilização

Outros Valores 371179 313935 57244

PIDDAC

Outras Despesas Correntes 16198197 17664344 1466147

Aquisições de Bens e Serviços 1790437 1159985 630452

Despesas c/Pessoal 1374830 1400947 26117

TOTAL (OF + PIDDAC + Outros) 20459143 20546547

Recursos Financeiros

DESIGNAÇÃO PLANEADOS (EUROS) EXECUTADOS DESVIO

JUSTIFICAÇÃO DE DESVIOS

1: Garantir a satisfação dos colaboradores e interessados na atividade do ICA 96.0 Não Atingiu

Qualidade 9.6 Não Atingiu

2: Assegurar a gestão de recursos humanos, financeiros e patrimoniais promovendo a melhoria e o controlo de recursos 30.0 Atingiu

1: Incentivar a exibição, difusão, promoção e divulgação das obras cinematográficas 243.0 Superou

Eficiência 81.9 Superou

4: Promover o reconhecimento, a exposição e a comercialização dos conteúdos cinamatográficos e audiovisuais nacionais no mercado global

15.0 Atingiu

3: Desenvolver a capacidade de Portugal para atrair produções e coproduções internacionais 10.0 Atingiu

2: Aprofundamento da cooperação com os países de língua oficial portuguesa 22.0 Superou

1: Incentivar a criação e produção de obras cinematográficas e audiovisuais 71.0 Superou

Eficácia 70.8 Superou

Avaliação Final

NOTA EXPLICATIVA

161.400

TAXA DE REALIZAÇÃO FINAL NOTA FINAL

IND3 Número de projetos aprovados no âmbito dos programas de cooperação europeus e ibero-americanos

IND2 Número de projetos de criação e produção artística/cinematográfica e audiovisual apoiados no âmbito de programas de novos talentos e primeiras obrasa/cinematográfica e audiovisual apoiados no âmbito de programas de novos talentos e primeiras obrasa/cinematográfica e audiovisual apoiados no âmbito de programas de novos talentos e primeiras obrasa/cinematográfica e audiovisual apoiados no âmbito de programas de novos talentos e primeiras obrasa/cinematográfica e audiovisual apoiados no âmbito de programas de novos talentos e primeiras obrasa/cinematográfica e audiovisual apoiados no âmbito de programas de novos talentos e primeiras obrasa/cinematográfica e audiovisual apoiados no âmbito de programas de novos talentos e primeiras obrasa/cinematográfica e audiovisual apoiados no âmbito de programas de novos talentos e primeiras obras

IND1 Número de projetos de criação e produção artística e cinematográfica apoiados

Indicadores Justificação do Valor Crítico

R2

Quadro de Avaliação e Responsabilização

IND9 Número de exbições promovidas no âmbito do Cinema Português em Movimento

Resultados no site www.cinemaportuguesemmovimento.ica-ip.pt

IND10 Taxa de cumprimento dos prazos no que respeita à gestão de recursos humanos, financeiros e patrimoniais

Comprovativos de entrega das obrigações

IND7 Número de mercados internacionais de cinema e de audiovisual em que o ICA garante um expositor para a produção nacional

Notícia no sítio do ICA - www.ica-ip.pt

IND8 Número de espectadores de obras de cinema apoiadas ou difundidas Resultados de BoxOffice publicados em www.ica-ip.pt/pt/downloads/boxofficet/pt/downloads/boxoffice

IND12 Índice de satisfação dos colaboradores Relatório do Inquérito publicado no sítio do ICA

IND13 Índice de satisfação dos clientes e interessados Relatório do Inquérito publicado no sítio do ICA

IND11 Prazo para a elaboração da prestação de contas (dias úteis) Comprovativo de entrega da prestação de contas emitido pelo Tribunal de Contas

IND3 Número de projetos aprovados no âmbito dos programas de cooperação europeus e ibero-americanos

Comunicação da aprovação dos projetos / resultados no site / resultados no site / resultados no site / resultados no site / resultados no site / resultados no site / resultados no site / resultados no site

IND2 Número de projetos de criação e produção artística/cinematográfica e audiovisual apoiados no âmbito de programas de novos talentos e primeiras obrasa/cinematográfica e audiovisual apoiados no âmbito de programas de novos talentos e primeiras obrasa/cinematográfica e audiovisual apoiados no âmbito de programas de novos talentos e primeiras obrasa/cinematográfica e audiovisual apoiados no âmbito de programas de novos talentos e primeiras obrasa/cinematográfica e audiovisual apoiados no âmbito de programas de novos talentos e primeiras obrasa/cinematográfica e audiovisual apoiados no âmbito de programas de novos talentos e primeiras obrasa/cinematográfica e audiovisual apoiados no âmbito de programas de novos talentos e primeiras obrasa/cinematográfica e audiovisual apoiados no âmbito de programas de novos talentos e primeiras obras

Documentos de homologação dos apoios atribuídos - mapa global de apoios SAP

IND1 Número de projetos de criação e produção artística e cinematográfica apoiados

Documentos de homologação dos apoios atribuídos - mapa global de apoios SAP

IND6 Número de produções atraídas ao abrigo do novo regime de incentivo fiscal

Documentos de homologação dos apoios atribuídos

IND4 Prazo para implementar Programa Audiovisual em parceria com a CPLP (dias úteis)

Notícia no sítio da CPLP - www.cplp.org - e sítio do ICA - www.ica-ip.pt

IND5 Número de projetos aprovados no âmbito dos programas de cooperação de língua oficial portuguesa

Documentos de homologação dos apoios atribuídos - mapa global de apoios SAP

Indicadores Fonte de Verificação

IND10 Taxa de cumprimento dos prazos no que respeita à gestão de recursos humanos, financeiros e patrimoniais

IND9 Número de exbições promovidas no âmbito do Cinema Português em Movimento

IND11 Prazo para a elaboração da prestação de contas (dias úteis)

IND13 Índice de satisfação dos clientes e interessados

IND12 Índice de satisfação dos colaboradores

IND6 Número de produções atraídas ao abrigo do novo regime de incentivo fiscal

IND5 Número de projetos aprovados no âmbito dos programas de cooperação de língua oficial portuguesa

IND4 Prazo para implementar Programa Audiovisual em parceria com a CPLP (dias úteis)

IND8 Número de espectadores de obras de cinema apoiadas ou difundidas

IND7 Número de mercados internacionais de cinema e de audiovisual em que o ICA garante um expositor para a produção nacional

Indicadores Justificação do Valor Crítico

Longa-Metragem

A CANÇÃO DE LISBOA – JOSÉ COTTINELLI TELMO – 1933

BALANÇO SOCIAL

2017

BALANÇO SOCIAL

2017

2

I. NOTA INTRODUTÓRIA 3

II. ORGANIGRAMA 3

III. BALANÇO SOCIAL 3

III.1 Recursos Humanos 4

III.2 Remunerações e Encargos 11

III.3 Higiene e Segurança 12

III.4 Formação Profissional 13

III.5 Relações Profissionais 14

III.6 Painel de Indicadores de Gestão 15

IV. Notas Finais 16

BALANÇO SOCIAL

2017

3

I. NOTA INTRODUTÓRIA

Na sequência do estabelecido no Decreto-Lei n.º 190/96, de 9 de outubro, n.º 190/96, de 9 de outubro, que

regulamenta a elaboração do Balanço Social na Administração Pública, e no art.º 11º da Lei-Quadro dos

Institutos Públicos, aprovada pela Lei n.º 3/2004 de 15 de janeiro com última alteração e republicação pelo

Decreto-Lei n.º 5/2012 de 17 de janeiro, apresenta-se o Balanço Social do Instituto do Cinema e do Audiovisual,

IP (ICA, IP), reflectindo a situação dos Recursos Humanos do ICA existente em 31 de dezembro de 2014.

Os trabalhadores do ICA, regem-se pelo regime do contrato de trabalho em funções públicas desde a entrada

em vigor da Lei n.º 59/2008, de 11 de setembro e revogada pela Lei n.º 35/2014, de 20 de junho.

II. ORGANOGRAMA

Decorrente da restruturação da orgânica do governo com a tomada de posse do XIX Governo Constitucional e da

correspondente extinção do Ministério da Cultura, o ICA passou para a tutela da Presidência do Conselho de

Ministros através do Secretário de Estado da Cultura. Esta reestruturação resultou numa nova orgânica do

Instituto, aprovada pelo Decreto-Lei 79/2012, de 27 de Março de 2012 e novos estatutos aprovados pela

Portaria nº189/2012 de 15 de Junho, passando a apresentar a seguinte estrutura:

III. BALANÇO SOCIAL

Os quadros apresentados respeitam aos quadros do modelo oficial do Balanço Social, os quadros não

apresentados não são aplicáveis ao ICA ou não apresentavam valores em 2017, pelo que se considerou

desnecessária a sua apresentação.

Conselho Directivo

Presidente

Vice-Presidente

Departamento de Gestão

€ 0

€ 300.000

€ 600.000

€ 900.000

€ 1.200.000

€ 1.500.000

2004 2005 2006 2007 2008

Departamento de Cinema

e do Audiovisual

Fiscal Único

BALANÇO SOCIAL

2017

4

III.1 Recursos Humanos

Quadro 1: Contagem dos trabalhadores por grupo/cargo/carreira, segundo a modalidade de vinculação e

género

Modalidades de vinculação

D

irig

ente

Superi

or

Dir

igente

Inte

rmédio

Técnic

o

Superi

or

Ass

iste

nte

Técnic

o

Ass

iste

nte

Opera

cio

nal

Total

Cargo

político/Mandato

M 0 0 0 0 0

0

F 0 0 0 0 0

0

Total 0 0 0 0 0

0

Comissão de serviço no âmbito da LTFP

M 1 0 0 0 0

1

F 1 2 0 0 0

3

Total 2 2 0 0 0

4

CTFP por tempo indeterminado

M 0 0 10 0 1

11

F 0 0 17 2 0

19

Total 0 0 27 2 1

30

CTFP a termo resolutivo

M 0 0 1 0 0

1

F 0 0 1 0 0

1

Total 0 0 2 0 0

2

Pessoas ao serviço em 31 de Dezembro

M 1 0 11 0 1

13

F 1 2 18 2 0

23

Total 2 2 29 2 1

36

M 36%

F 64%

Trabalhadores por género

Dirigente Superior

5% Dirigente Intermédio

6%

Técnico Superior

80%

Assistente Técnico

6%

Assistente Operacional

3%

Trabalhadores por cargo/ carreira

BALANÇO SOCIAL

2017

5

Quadro 2: Contagem dos trabalhadores por grupo/cargo/carreira, segundo o escalão etário e género

Quadro 3: Contagem dos trabalhadores por grupo/cargo/carreira, segundo o nível de antiguidade na função

pública e género

Antiguidade na AP (anos)

Dir

igente

Superi

or

Dir

igente

Inte

rmédio

Técnic

o

Superi

or

Ass

iste

nte

Técnic

o

Ass

iste

nte

Opera

cio

nal

Total

Até 5

M 1 4 5 F 2 2

5-9

M

2

2 F 1

1

10-14

M

0 F 1 1

2

15-19

M

3

3 F

7 1

8

20-24

M

1

1

2 F 1

1

25-29

M

1

1 F 1 1

2

30-34

M

0 F 1

1

35-39

M

0 F

2

2

> 40

M

0 F 4

4

Total

3 2 29 2 1

36

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

25-2930-3435-3940-4445-4950-5455-5960-6465-69

N.º

Tra

balh

adore

s

Estrutura Etária

Mulheres

Homens

Estrutura Etária (anos)

Dir

igente

superi

or

Dir

igente

Inte

rmédio

Técnic

o

Superi

or

Ass

iste

nte

Técnic

o

Ass

iste

nte

Opera

cio

nal

Total

25-29 M 1 1

F 0

30-34 M

1

1

F 1

1

35-39 M

3

3

F 1 1

2

40-44 M

2

1 3

F

4

4

45-49 M 0

F 1 2 3

50-54 M 1 3 4

F 1 1

55-59 M 1

1

F 6 2

8

60-64 M

0

F 3

3

65-69 M

0

F 1

1

Total

2 2 29 2 1

36

BALANÇO SOCIAL

2017

6

Quadro 4: Contagem dos trabalhadores por grupo/cargo/carreira, segundo o nível de escolaridade e género

Habilitações Dirigente Superior

Dirigente Intermédio

Técnico Superior

Assistente Técnico

Assistente Operacional

Total

12º ano

M

1

1

F 1 2

3

Licenciatura M 1

10

11

F

2 17

19

Mestrado M

1

1

F 1

1

Total

2 2 29 2 1

36

Quadro 61: Contagem de trabalhadores portadores de deficiência por cargo/carreira, segundo escalão etário e

género

Trabalhadores portadores de deficiência

25 – 29 anos 55 - 59 anos 60 - 64 anos

M F M F M F

Total

Técnico Superior

1

1

1

3

Total

1 - 1 - 1

3

1 A numeração dos quadros respeita as orientações da DGAEP e do Decreto-Lei n.º 190/96, de 9 de outubro.

BALANÇO SOCIAL

2017

7

Quadro 7: Contagem dos trabalhadores admitidos e regressados durante o ano, por grupo/cargo/carreira e

género, segundo o modo de ocupação do posto de trabalho ou modalidade de vinculação

Modo de ocupação de posto de trabalho

Dir

igente

Superi

or

Dir

igente

Inte

rmédio

Técnic

o

Superi

or

Ass

iste

nte

Técnic

o

Ass

iste

nte

Opera

cio

nal

Total

Procedimento concursal M

0

F

1

1

Mobilidade M 1 1 F 3 3

Comissão de serviço M 0 F 2 2

Total

2 0 5 0 0

7

Quadro 9: Contagem das saídas de trabalhadores contratados, por grupo/cargo/carreira, segundo o motivo de

saída e género

Motivo de Saída dos Trabalhadores

Dir

igente

Superi

or

Dir

igente

Inte

rmédio

Técnic

o

Superi

or

Ass

iste

nte

Técnic

o

Ass

iste

nte

Opera

cio

nal

Total

Mobilidade Interna M

F

3

Total 0 0 3 0 0

3

Cedência M

F

1

Total 0 0 1 0 0

1

Comissão de serviço M

F 1 Total 00 0 1 0 0 1

Total 0 5 0 0 0 5

Quadro 12: Contagem dos trabalhadores por grupo/cargo/carreira, segundo a modalidade de horário de

trabalho e género

Horário

Dir

igente

Superi

or

Dir

igente

Inte

rmédio

Técnic

o

Superi

or

Ass

iste

nte

Técnic

o

Ass

iste

nte

Opera

cio

nal

Total

Flexível

M

9 1 10

F

16 2

18

Jornada contínua M

1

1

F

1

1

Isenção de horário M 1 1

2

F 1 2 1

4

Total 2 2 29 2 1 36

BALANÇO SOCIAL

2017

8

Quadro 13: Contagem dos trabalhadores por grupo/cargo/carreira, segundo o período normal de trabalho

(PNT) e género

Período Normal de Trabalho (PNT)

Dir

igente

Superi

or

Dir

igente

Inte

rmédio

Técnic

o

Superi

or

Ass

iste

nte

Técnic

o

Ass

iste

nte

Opera

cio

nal

Tota

l

Tempo Completo – 35h

M 11 1

12

F 2 2 17 2

23

PNT inferior – Semana de 4 dias M 0

F 1 1

Total 2 2 29 2 1

36

Quadro 15: Contagem dos dias de ausências ao trabalho durante o ano, por grupo/cargo/carreira, segundo o

motivo de ausência e género

Motivo de ausência dos trabalhadores

Dirigente Superior

Dirigente Intermédio

Técnico Superior

Assistente Técnico

Assistente Operacional

Total

Falecimento de Familiar M

0

F

1

1

Total 0 0 1 0 0

1

Doença M

62

62

F

249 41

290

Total 0 0 311 41 0

352

Assistência a Familiares M

0

F

1

1

Total 0 0 1 0 0

1

Por conta do período de férias

M

1

1

F 0

6

6

Total 0 0 7 0 0

7

Acidente em serviço M

0

F

291

291

Total 0 0 291 0 0

291

Outros M

0

F

14

14

Total 0 0 14 0 0

14

Total M 0 0 63 0 0

63

F 0 0 562 41 0

603

Total 0 0 625 41 0

666

BALANÇO SOCIAL

2017

9

Evolução das ausências nos últimos 6 anos

0 200 400 600 800 1000 1200

Doença

Acidente em serviço

Por conta do periodo de férias

Trabalhador-Estudante

Assistência a familiares

Proteção da parentalidade

Falecimento de familiar

Outros

Total

2017

2016

2015

2014

2013

2012

BALANÇO SOCIAL

2017

10

Ausências por Cargo/Carreias

Dias de

Ausência Trabalhadores

Média de dias por Trabalhador

Dirigente Superior 0 2 0

Dirigente Intermédio 0 2 0

Técnico Superior 625 29 21,55

Assistente Técnico 41 2 20,50

Assistente Operacional 0 1 0

Total 666 36 18,5

Progressão Anual da Taxa de Absentismo

III.2 Remunerações e Encargos

Quadro 17: Estrutura remuneratória, por género

A - Remunerações mensais ilíquidas (brutas)

Género/Escalão de Remunerações

Masculino Feminino Total

Até 500 € 0 0

0

501-1000 € 1 2

3

1001-1250 € 4 2

6

1251-1500 € 1 2

3

1501-1750 € 1 3

4

1751-2000 € 1 3

4

2001-2250 € 1 3

4

2251-2500 € 0 1

1

2501-2750 € 0 1

1

2751-3000 € 2 2

4

3001-3250 € 0 0

0

3251-3500 € 1 3

4

3501-3750 € 0 0

0

3751-4000 € 0 1

1

4001-4250 € 0 0

0

4251-4500 € 0 0

0

4501-4750 € 1 0

1

Total 13 23 36

B - Remunerações máximas e mínimas

Remuneração (€) Masculino Feminino

Mínima (€) 635,07 906,17

Máxima (€) 4.512,72 3.757,81

BALANÇO SOCIAL

2017

11

Quadro 18: Total dos encargos com pessoal

Encargos com Pessoal

Valor (€)

Remuneração base

1.024.144,08

Suplementos remuneratórios

56.714,30

Prestações sociais

39.023,71

Benefícios sociais

5.510,40

Outros encargos com o pessoal

251.572,79

Total

1.376.965,28

Quadro 18.1: Suplementos remuneratórios

Suplementos Remuneratórios

Valor (€)

Trabalho extraordinário (diurno)

0,00

Ajudas de custo 30.597,21

Abono para falhas

878,81

Representação 23.838,72

Secretariado 1.399,56

Outros suplementos remuneratórios 0,00

Total

56.714,30

Quadro 18.2: Encargos com prestações sociais

Prestações Sociais

Valor (€)

Subsídio de refeição 37.181,01

Acidente de trabalho e doença profissional 1.927,33

Abono de familia 1.842,70

Total

40.951,04

Quadro 18.3: Encargos com benefícios sociais

Benefícios Sociais

Valor (€)

Outros Benefícios Sociais

5.510,40

Total

5.510,40

III.3 Higiene e Segurança

Quadro 19: Número de acidentes de trabalho e de dias de trabalho perdidos com baixa, por género

ACIDENTES

Acidentes no Local de Trabalho

Acidentes In Itinere

Total

1 a 3 dias de Baixa

4 a 30 dias de Baixa

Superior a 30 dias de Baixa

Total 1 a 3 dias de Baixa

4 a 30 dias de Baixa

Superior a 30 dias de Baixa

Nº dias de

trabalho perdidos por acidentes de

trabalho ocorridos em anos

anteriores

291 - - 291

-

- - -

III.4 Formação Profissional

Quadro 27: Contagem relativa a participações em acções de formação profissional durante o ano, por tipo de

acção, segundo a duração

Duração das Ações

Menos de 30 Horas

De 30 a 59 Horas

De 60 a 119 Horas

120 Horas ou Mais

TOTAIS

Ações Internas

83

83

Ações Externas

17 7 1

25

Total

100 7 1 0

108

BALANÇO SOCIAL

2017

12

Quadro 28: Contagem relativa a participações em ações de formação durante ano por grupo/cargo/carreira,

segundo o tipo de ação

Participações em Ações de formação

Dir

igente

Superi

or

Dir

igente

Inte

rmédio

Técnic

o

Superi

or

Ass

iste

nte

Técnic

o

Ass

iste

nte

Opera

cio

nal

Tota

l

Nº Ações Internas

5 6 69 3 0

83

Nº Ações Externas

1 3 21 0 0

25

Total de Participações

6 9 90 3 0

108

Total de Participantes

2 2 27 2 0

33

Quadro 29: Contagem das horas despendidas em formação durante o ano, por grupo/cargo/carreira, segundo o

tipo de acção

Horas despendidas em ações de

formação

Dir

igente

Superi

or

Dir

igente

Inte

rmédio

Técnic

o

Superi

or

Ass

iste

nte

Técnic

o

Ass

iste

nte

Opera

cio

nal

Total

Ações Internas

6 18 207 9 0

240

Ações Externas

75 21 206 0 0

302

Total

81 39 413 9 0

542

BALANÇO SOCIAL

2017

13

Quadro 30: Despesas anuais com formação

III.5 Relações Profissionais

Quadro 31: Relações profissionais

Relações Profissionais

Número

Trabalhadores sindicalizados

4

Elementos pertencentes a Comissões de Trabalhadores

0

Total de votantes para Comissões de Trabalhadores

0

0

200

400

600

800

1000

1200

0

20

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Horas porparticipação

11 11 9 8 4,5 8,3 5

Total de horas 1139 878 517 300 1055 1046 542

Tota

l Ho

ras

Hora

s por

Part

icip

ação

€ 0 € 2.000 € 4.000 € 6.000 € 8.000 € 10.000 € 12.000 € 14.000 € 16.000 € 18.000 € 20.000

€ 0

€ 200

€ 400

€ 600

€ 800

€ 1.000

€ 1.200

€ 1.400

2012 2013 2014 2015 2016 2017

Custo Médio por Ação 738 599 1144 430 972 295

Custo Total 11.076 8.384,73 8004,8 13.754,95 18.470,80 5.303,00

Tipo de ação Valor

(euros)

Ações Internas

0

Ações Externas

5.303,00

Total

5.303,00

BALANÇO SOCIAL

2017

14

III.6 Painel de Indicadores de Gestão

Nível etário 48 anos Soma das idades/Total de recursos humanos

Leque etário 2,24 Trabalhador mais idoso/Trabalhador menos idoso

Índice de envelhecimento 36% Número de Recursos humanos com idade> 55 anos/

Total de recursos humanos

Antiguidade média da

função pública 20 anos Soma das antiguidades na função pública/Total de efetivos

Taxa de reposição 19,4% Número de admissões/Total efetivos

Taxa de absentismo 7,4% Número de dias de faltas/

Número anual de dias trabalháveis x Número total de recursos humanos

Taxa de trabalho

extraordinário 0%

Número anual de horas de trabalho extraordinário/

Total de horas trabalháveis por semana (40h) x 47

Leque salarial ilíquido2 5,3 Maior remuneração base ilíquida/Menor remuneração base ilíquida

Índice de Tecnicidade 80% Número de técnicos superiores/Total de recursos humanos

Índice de Ensino Superior 89% Número de licenciados/Total de recursos humanos

Índice de Enquadramento 11% Número de dirigentes/Total de Recursos humanos

Taxa de execução do Plano

de formação 100%

Número de ações planeadas e realizadas x 100/Total de ações

planeadas

Taxa de cobertura da

formação 91%

Número de trabalhadores participantes em pelo menos 1 ação de

formação x 100/Total de recursos humanos

Taxa de Incidência de

acidentes no local de

trabalho

2,8% Número de acidentes no local de trabalho x 100/Total de recursos

humanos

2 Não inclui remunerações dos dirigentes e os valores têm em conta as reduções remuneratórias previstas Lei n.º 75/2014, de

12 de setembro

BALANÇO SOCIAL

2017

15

IV. NOTAS FINAIS

Analisando os resultados do Balanço Social de 2017 e comparando aos obtidos em 2016, salienta-se o

seguinte:

O n.º de trabalhadores em 2017 (36) inclui 2 trabalhadores afetos à estrutura de missão autónoma

Centro de Informação Europa Criativa, pelo que relativamente ao total de efetivos que ocupam

um posto de trabalho do mapa de pessoal ICA, esse número aumenta em relação a 2016 (35).

As mulheres representam a maioria dos efetivos do ICA (63,7%).

A idade média dos funcionários do Instituto manteve-se nos 48 anos.

A média de antiguidade na função pública subiu dos 19 anos para os 20 anos.

O grau de ensino com maior representatividade continua a ser a Licenciatura, sendo que 89% dos

efetivos apresentam este grau de ensino.

O n.º de técnicos superiores em relação ao total dos recursos humanos manteve-se nos 80%.

Em termos absolutos o n.º de dias de ausência durante o ano de 2017 – 666 dias – aumentou

substancialmente relativamente a 2016 – 541,5 dias. A ausência por acidente em serviço e por

doença foram os principais motivos de ausência, ambos representando cerca de 96% do total de

ausências (44% e 52%, respectivamente).