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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PRÓ-REITORIA DE RECURSOS HUMANOS - PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO DEPTO. DE DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS - COORDENAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA RELATÓRIO DAS ATIVIDADES REALIZADAS NO PROJETO PILOTO DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA DOCÊNCIA NA UFRN. Elena Brutten Mª Daisy M. de Sousa ANO 2010

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

PRÓ-REITORIA DE RECURSOS HUMANOS - PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

DEPTO. DE DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS - COORDENAÇÃO

DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

RELATÓRIO DAS ATIVIDADES REALIZADAS NO PROJETO PILOTO

DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA DOCÊNCIA NA UFRN.

Elena Brutten Mª Daisy M. de Sousa

ANO

2010

Apresentação

O presente relatório tem por objetivo apresentar a experiência

desenvolvida no Projeto Piloto de Formação Continuada para Docência na

UFRN. O público alvo foi constituído de professores que ingressaram na

Instituição no período de 2009 e 2010.

Este Projeto Piloto foi desenvolvido pelo Programa de Atualização

Pedagógica - PAP, em ação conjunta com as Pró - Reitorias de Graduação e

Recursos Humanos, como parte de uma estratégia de ação para atingir as

metas institucionais do Programa de Reestruturação e Expansão das

Universidades Federais/REUNI.

Objetivos propostos pelo Projeto:

Compreender a importância da atuação didática e postura profissional

no ensino de graduação e da atualização permanente dos aspectos

didático-pedagógicos da prática docente;

Aprofundar estudos sobre a educação superior buscando alternativas

teórico-metodológicas para melhoria acadêmica do ensino de

graduação;

O trabalho apresentado a seguir mostra em dados quantitativos e

qualitativos do que foi realizado durante o ano de 2010. Na primeira

parte mostramos a relação dos docentes convocados pelo programa e

seus critérios. Na segunda parte as atividades realizadas e o que foi

sistematizado a partir da assessoria pedagógica administrada.

Este trabalho, mesmo sendo desenvolvido em caráter

exploratório, em sete meses permitiu condensar uma produção

pedagógica original e integrada à vivência e experiência de docentes

dos diversos centros da UFRN, que vem contribuir para a melhoria da

qualidade do ensino.

PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO PEDAGÓGICA – PAP

PROJETO PILOTO DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA A DOCÊNCIA DA

UFRN

1. Processo de Mobilização e Sensibilização: um convite a viagem

1º Passo:

Apresentação junto aos Diretores de Centro para explanação da

proposta do Projeto Piloto de Formação Continuada e

apresentação de um cronograma de atividades.

2º Passo:

Oficinas realizadas em cada Centro junto aos Departamentos

apresentando a proposta do Projeto Piloto de Formação

Continuada.

3º Passo:

Entrega de uma ficha ao Chefe de Departamento para o

preenchimento da disponibilidade dos docentes que fariam parte

do projeto piloto com prazo de retorno.

1.1 Retorno do quadro de disponibilidade pelos Departamentos

Solicitação de providências aos centros, junto aos departamentos,

quanto ao envio de quadros de disponibilidade, estendendo o

prazo até 30/04;

Elaboração de um quadro geral de disponibilidade;

Formação das turmas de acordo com o maior número de pessoas

disponíveis em um dos dias da semana;

Criação de um e-mail da Formação Continuada ;

Envio de e-mail aos docentes convidando-os a participar do

projeto, conforme sua disponibilidade.

1.2 Formação dos grupos de estudo

Abril e Maio: formação de quatro grupos de estudo (Total: 45

professores)

Três grupos da saúde que se reuniam na segunda à tarde, terça

pela manhã e quinta à tarde.

Um grupo composto por docentes do CCSA e CCHLA que se

reuniam na quinta pela manhã.

Junho: formação de dois grupos de estudo (Total: 36 professores)

Um grupo da saúde terça à tarde

Grupo do CCSA e CCHLA terça pela manhã

Totalizando 81 professores convidados para o Projeto Piloto.

1.3 Encontros realizados

Total de 29 (vinte e nove) encontros:

22 (vinte e dois) encontros presenciais

0 5 (cinco) encontros não-presenciais

o 2 (dois) encontros no Departamento de Odontologia

O primeiro encontro ocorreu dia 12 de abril de 2010, às 14h30, no

DDRH, sala 2

O último encontro ocorreu no dia 2 de junho de 2010, às 9h, no

DDRH, sala 2

2. Socialização dos trabalhos: a mudança da paisagem do ensino na

UFRN.

A socialização dos trabalhos ocorreu no dia 12 de agosto de

2010, no Auditório B do CCHLA.

Nesse dia foi solicitado a cada um que apresentasse para os colegas o

motivo pelo qual realizou o trabalho, problematizando sua área de

conhecimento. Assim cada docente colocou em evidencia a utilidade do

instrumento e ou sistematização do tema ou unidade de ensino de sua

disciplina. Paralelamente justificou o que significava para seu dia a dia em

sala de aula para instrumentalizar a aprendizagem dos alunos e dar uma

segurança enquanto procedimento confiável e fidedigno.

Este trabalho de socialização foi uma oportunidade impar para os

docentes conhecerem outras áreas e pensar em temas interdisciplinares de

trabalho acadêmico. Foi um momento inter-profissional de partilha

conhecendo como outras áreas dentro da Instituição desenvolvem o seu

ensino. Despertou a curiosidade dos mesmos e contou com a participação

daqueles que até então não tinham realizado sua atividade.

Cada docente problematizou, falou e ouviu sobre a problemática de

ensino superando a pratica isolada dentro da academia. Esta dinâmica

suscitou um envolvimento e motivou os que ainda não haviam feito a tarefa.

Posteriormente estes trabalhos de instrumentalização do ensino

transformaram-se em artigos sobre onde cada coloca os princípios da

construção epistêmica e os fundamentos do mesmo contemplando o Perfil

dos Cursos da UFRN e na busca de qualidade acadêmica.

Nos dias 19 e 20 de agosto de 2010 no Departamento de

Desenvolvimento de Recursos Humanos, com os que por motivos

justificados com antecedência, não puderam comparecer.

MOMENTO DE SOCIALIZAÇÃO DOS TRABALHOS

Abertura da Socialização pela Professora Drª Elena Mabel

Coordenadora e orientadora do Projeto Piloto de Formação Continuada para Docência

na UFRN.

Grupo de professores que participaram do Projeto Piloto de Formação Continuada

Proposta de Reestruturação do

Processo de Avaliação para o curso

de Odontologia da UFRN

Departamento de Medicina Integrada

Disciplina de Doenças do Sistema

Respiratório.

Departamento de Psicologia – Atividade Repensando os Instrumento de Avaliação

de Socialização de Experiência Docente. frente as Metodologias Ativas

Método de Avaliação Individual Departamento de Odontologia

de Atividade Prática

3. Docentes chamados para participarem do Projeto Piloto de

Formação continuada 2010.2

Professores admitidos em 2009 e 2010.

Cinqüenta (50) professores em agosto. Quarenta e dois (42) professores

em setembro. Totalizando 92 (noventa e dois) professores convidados

para o Projeto Piloto.

3.1 Critérios utilizados para a convocação destes professores:

- Atender aos departamentos da área tecnológica - Centro de

Tecnologia, Centro de Ciências exatas da terra e Escola de Ciências

e Tecnologia.

3.2 Docentes por departamento.

24 docentes do CCET.

DEPARTAMENTOS: Química, Estatística, Geofísica, Inf. e Matemática

aplicada, Física Teórica e Experimental, Física e Matemática.

44 docentes do CT.

DEPARTAMENTOS: Eng. Materiais, Eng. Civil, Eng. Mecânica, Eng.

Petróleo, Eng. Civil, Eng. Produção, Eng. Elétrica, Eng. Biomédica,

Arquitetura, Eng. Computação, Eng. Rede de Comunicação e Eng.

Química.

21 docentes da ECT.

- Este grande grupo teve uma segunda chamada em outubro.

3.3 Formação dos grupos de estudo.

O grupo foi dividido em três turmas, de acordo com a disponibilidade dos

docentes e flexibilizado conforme as situações de ordem Institucional.

GCT-4M – Grupo dos Centros Tecnológicos de 4ª feira pela Manhã

Departamentos: ENG. DO PETRÓLEO

ENG. DE COMUNICAÇÕES

Totalizando 02 professores.

GCT-5T – Grupo dos Centros Tecnológicos de 5ª feira pela Tarde

Departamentos: ENG. MECÂNICA

QUÍMICA

NUTRIÇÃO

ESCOLA DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA

Totalizando 08 professores.

GCT-6M – Grupo dos Centros Tecnológicos de 5ª feira pela Tarde

Departamentos: ENGENHARIA DE MATERIAIS

ENGENHARIA MECÂNICA

GEOFÍSICA

NUTRIÇÃO

ENG. DE REDES DE COMUNICAÇÕES

Totalizando 05 professores.

- Três docentes que iniciaram nas turmas do primeiro semestre estavam

concluindo nessas novas turmas. Entretanto só duas perseveraram na

entrega de seus trabalhos.

3.4 Encontros realizados:

- Foram realizados trinta (30) encontros com os 3 grupos.

- O primeiro encontro ocorreu no dia 22 de setembro de 2010, às 9h30,

na sala 2 do Departamento de Desenvolvimento de Recursos Humanos.

Local em que é desenvolvido o Projeto Piloto de Formação Continuada e

onde funciona a coordenação administrativa das atividades do PAP.

- O último encontro do ano ocorreu no dia 09 de dezembro de 2010, às

14h30, na sala 2 do Departamento de Desenvolvimento de Recursos

Humanos. Encontro que para o grupo não seria o final das atividades.

Foram dadas tarefas que deveriam ser realizadas para conclusão dos

trabalhos e seriam retornados no próximo ano.

- As atividades eram desenvolvidas em encontros presenciais e não-

presenciais.

- Seis professores não perseveraram, demos como desistentes:

4. Atividades e Reflexões dos Docentes

4.1 Por parte do Mediador

Para inicio do trabalho foram negociadas as perspectivas do trabalho

a ser desenvolvido no Programa assim como socializadas as

investigações realizados no âmbito do ensino universitário, em todos os

encontros com todos os professores convidados.

A partir daí, foram sendo desenvolvidas discussões em torno de

temáticas pertinentes do ensino superior que se voltam para a melhoria

da qualidade do mesmo na UFRN.

4.2 Dos professores convidados

De inicio trabalhamos com grupos por Centro Acadêmico, o que

possibilitou unificar por natureza de abordagens de conteúdo: ciências

sociais aplicadas, ciências da saúde e ciências exatas.

Estes responderam a um instrumento onde foram explicitadas

algumas questões referentes a caracterização do corpo docente, com

dados individuais, assim como, suas expectativas e os pontos de

dificuldades enfrentadas para o desenvolvimento do seu trabalho na

UFRN.

4.3 O instrumento utilizado

Inicialmente foi criado um questionário inspirado num modelo de

contrato de Aprendizagem e Formativo, com o objetivo de identificar de

forma imediata quais as necessidades individuais e tentar subsidiá-las,

tendo como eixo a qualidade do ensino desenvolvida. Todos

responderam, sendo que alguns docentes tiveram dificuldade para

compreender o que estava sendo solicitado devido a repetição de alguns

questionamentos. Quando sistematizados os mesmos precisaram ser

apurados qualitativamente.

O segundo instrumento colocado para o grupo convocado em

setembro, das Ciências Exatas, foi um modelo extraído de uma

publicação internacional e de um programa focado na melhoria do ensino

e aprendizagem dos professores. Este foi respondido com maior

facilidade correspondendo ao objetivo do trabalho.

As respostas apresentadas nos instrumentos, respondidas pelos

docentes, abordaram os três eixos de dificuldades identificadas:

Ensino

Produção intelectual

Articulação das atividades com pesquisa

4.4 Os temas desenvolvidos

As discussões foram abordadas em torno de assuntos que os professores

evidenciaram como temas de aperfeiçoamento para sua prática, tais como:

competências a desenvolver no aluno, Perfis Formativos, metodologias

desenvolvidas durante o processo de ensino e aprendizagem, como avaliar os

alunos, instrumentos como provas e portfólios de avaliação, como trabalhar

com turmas numerosas, como se relacionar com os alunos, dentre outros.

Inicialmente essas discussões aconteceram em grupo, com duração de

duas horas e meia, onde os professores relatavam casos do seu cotidiano

numa abordagem natural. Trocaram experiências e partilharam opiniões de

como se deve proceder perante as situações que são enfrentadas em sala de

aula com as tarefas de ensino. Os encaminhamentos foram orientados tendo

sempre como foco a questão didática.

A iniciativa de trabalhar individualmente com cada professor, se deve ao

fato de poder adequar o interesse e a disponibilidade dos mesmos, e assim,

tornar o tempo de trabalho mais produtivo para as discussões em torno do seu

fazer. Os professores colocaram suas duvidas e exprimiram dificuldades e

expectativas em torno de um novo desafio: a sua prática docente na UFRN.

O mais importante, foi o processo de apoio para dar sustento e articular alguma

questão de ensino demandada por eles através da negociação.

Os temas trabalhados consistiram em assuntos de literatura pertinentes

ao ensino superior selecionada para essa finalidade, a partir de estudos

exploratórios e explicados por meio de slides, filmes e material impresso.

O trabalho foi desenvolvido através das demandas pessoais, centrando-

se em reorganização de programas de ensino, sistematização de instrumentos

de avaliação e leituras críticas sobre o ensino desenvolvido.

Nos encontros, além de questões didáticas, naturalmente outros temas

foram abordados pelos professores que dizem respeito à situação pessoal

dentro da instituição. Sistematizamos a seguir algumas questões que achamos

fundamentais dentro desta situação no processo de socialização institucional.

4.5 Informações importantes do acontecido durante o tempo de

partilha

a) Queixas mais comuns

Os mais novos não sabem como lidar com o ambiente em sala de aula,

em alguns casos pela idade próxima dos alunos.

Salas de aulas pequenas fisicamente e muitos alunos. Climatização em

sala de aula deficiente, se passa mal pelo calor e não se consegue dar

uma aula produtiva.

Cursos puramente burocráticos como o caso de ciências contábeis sem

formação completa

Falam de suas duvidas a respeito do ensino e de suas dificuldades de

inserção nos Departamentos, que são diversas pela sua natureza e

Centros.

b) Improvisação e pressa para delegar cargos que exigem experiência

Professores novos colocados a desempenhar cargos administrativos e

de Coordenação de Curso e Chefia, estando em estágio probatório, sem

experiência e com desconhecimento da função institucional.

Vale destacarmos que o grupo de jovens professores apresentou durante

toda a duração dos encontros interesse e motivação em participar, contudo,

diferentes situações foram enfrentadas tais como: a não aceitação na Pós-

graduação de professores novos porque não eram “protegidos” por ninguém

dentro do Departamento, assim como, pouca colaboração com a geração que

estava ingressando. Em alguns casos, chegam a não colaborar com a

sistematização na implantação de novos cursos.

Afirmam a existência de superficialidade no ensino do ponto de vista

metodológico e da avaliação.

Também foi colocada a dificuldade pelos professores, em algumas áreas,

em atender a diversidade da clientela dos cursos.

c) Falta de articulação e compreensão do pedagógico em todas as

atividades de ensino desenvolvidas no Centro de tecnologia

Este grupo de docentes mostrou muita disponibilidade em participar da

discussão, contudo apresentaram evidências que desenvolvem um trabalho

pedagógico desarticulado e difícil . Trabalham com empenho e interesse, mas,

não existe consenso sobre como realizar as tarefas educativas e pedagógicas

de atender as turmas numerosas e com diferentes níveis de conhecimentos

(efeitos de uma inserção pela nova modalidade de vestibular).

Há um déficit de compreensão de como desenvolver um trabalho

consistente que esteja comprometido com o que está explicitado na proposta

do CT. Existe um mal estar presente e visível neles que está no dia a dia do

Centro por conta de desconhecimento da própria proposta formativa. A pesar

de um professor trazer a proposta de formação, esta não é conhecida nem

socializada pelo grande grupo que integra o centro, e alguns chegam com

projetos anteriores ao atual desconhecendo os mesmos e suas propostas

formativas.

Há diferentes formas de pensar o ensino proveniente de profissionais

com historias distintas: alguns advêm de instituições do sul do país e/ou da

iniciativa privada, com ampla experiência em trabalhar com gestão de tempo e

metas.

Estes grupos se encontram em níveis altíssimos de estresse causados por

exigências devido a avaliação aos alunos serem realizadas através de provas

onde cada professor elabora uma questão.

Alguns afirmam ainda, que é causado por uma competição entre pares.

Que o único momento que estão à vontade é quando estão em sala de aula. É

incentivado e praticado troca de informações sobre determinados professores e

suas aulas usando os alunos, o que se constitui uma prática que a legislação

denomina de “assedio”.

A tudo isto os professores apresentam um nível altíssimo de vivência

institucional pautada numa competição. Torna-se urgente a unificação de

critérios para se chegar a um consenso sobre como desenvolver as práticas

formativas e integradas, dentro do contexto e da proposta do Centro de

Tecnologia.

d) Desinteresse pelo didático e formativo

O CCSA apresentou um nível de comparecimento dos grupos e de

realização dos trabalhos de forma contínua, durante o período solicitado.

Contudo, alguns cursos, como o de Direito, apresentaram uma resistência de

adesão ao trabalho. Fizeram as atividades porém não chegaram até o final do

que foi proposto.

e) Interesse em melhoria

O grupo da Psicologia demonstrou muito interesse em participar e

desenvolver instrumentos que pudessem contribuir com o trabalho de

sistematização do ensino de forma motivadora. Questionamentos sobre

portfólios e demais instrumentos para trabalhar o ensino foram solicitados.

Contudo, vários professores apresentaram queixas variadas tais como:a

dificuldade de inserção e até rejeição das pessoas pelo grupo no próprio

Departamento.

f) Saúde: todo investimento nesta área é valorizado e aceito com

interesse pelos docentes.

Os docentes desenvolveram com muito empenho as atividades,

especialmente odontologia, fonoaudiologia e medicina. Cursos cujos

profissionais foram mais comprometidos com os objetivos propostos pelo

Projeto Piloto. Participaram de todas as fases do trabalho com motivação,

tanto pela forma com que socializavam os instrumentos elaborados, como pela

partilha do que produziam.

Organizaram aulas de campo e trabalhos com experiências que

pudessem sistematizar o quotidiano para melhorar o nível do aprendizado dos

alunos.

Sistematizaram algumas questões importantes sobre os protocolos da

saúde, por não existirem critérios uniformes para sistematizar as notas, e

muitas avaliações acontecem apenas de forma espontânea pela “aparência

social” do aluno. Sabemos que em temos didáticos isto é uma prática

condenável. Buscaram esclarecer como poderiam articular o ensino com a

pesquisa para subsidiar o sistema de saúde.

O curso de Educação Física apresenta problemas oriundos do

redimensionamento do próprio curso e também da defasagem de conteúdos

que são ministrados na formação dos alunos.

A proposta do trabalho de motivar e incentivar para uma melhor

organização do trabalho foi muito valorizada pelos professores.

Gostaram muito de socializar as praticas de ensino, porque estas

facilitam um olhar sobre o que é desenvolvido num âmbito particular.

g) Estresse

O nível de estresse nos docentes é presente na falta de tempo pelo

comprometimento com as diversas atividades. Apesar de percebermos que os

mesmo possuem boa vontade e motivação, sabemos que o cargo exige muito

mais para os que não se encontram inicialmente preparados.

Professores oriundos de vários cursos apresentaram sinais de doenças

de pele, ansiedade, gastrites, insônia, depressão e duvidas frente as vivencias

institucionais. Alguns são oriundos de outros Estados do país e ainda

vivenciam um período de adaptação pessoal à cidade.

Alguns docentes ainda evidenciaram e falaram que a experiência de

ingressar na UFRN é “ansiogênica”.

Conclusão

1. Existe um déficit de ÉTICA na instituição que deverá ser trabalhada

a partir da problemática enfrentada pelos professores.

Sugestão: Desenvolver formas de intervenção através do

redimensionamento das funções e das atribuições da TUTORIA

dentro da UFRN. Esta deverá ser redefinida, discutida e pontuada

como atividade de uma hierarquia acadêmica e que só alguns

docentes podem exercer.

a) Definir institucionalmente com regimento que pontue o trabalho

b) Selecionar, preparar e dar apoio continua ao corpo docente.

2. A avaliação pede um código de conduta que deve ser negociado

institucionalmente através de uma pesquisa participativa que seja

colocada on-line a disposição dos docentes para estes

responderam.

Sugestão: A sistematização do código deve indicar de forma clara

os comportamentos sociais esperados dos professores e deve

emanar da negociação com a própria comunidade. Não deve ter

uma caráter punitivo, mas de adesão voluntaria.

3. O cumprimento e de cada um, mas tem a ver com a criação de um

ambiente salutar no trabalho.

4. Sustentabilidade Institucional: muitos talentos em termos de

juventude e criatividade são podados pelos professores mais

experientes.

5. Existe uma adesão natural ao programa dos docentes que possuem

uma maior motivação para o ensino dentro da UFRN. É possível

constatar neles um vínculo de responsabilidade institucional maior

com o discente.

Sugestão

Criação de uma estrutura interna de qualidade sustentada num

apoio ao ensino com o domínio de boas praticas de ensino e

aprendizagem.