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RELATÓRIO DA QUINTA REUNIÃO DE TRABALHO DA MESA SETORIAL DE NEGOCIAÇÃO PERMANENTE – MSNP/MDA/INCRA/CONDSEF – 22/11/2005

A quinta reunião da Mesa Setorial de Negociação Permanente – MSNP/MDA/INCRA, contou com a participação da Bancada Governista representada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e do INCRA e com a presença de três observadores da área de Recursos Humanos do INCRA, e com os integrantes da Bancada Sindical representada pela CONDSEF/Gilberto Jorge – BSB/DF, CNASI /Parente e Juçara – BSB/DF, Rosane – RO/Norte, Maria Cleuza - GO/Centro-Oeste, José Cunha BA/Nordeste, Henrique – RS/Sul, Sérgio Antunes – ANENGI/DF, Maria Laura. – ANFICT/DF. A reunião iniciou-se às 15h com a seguinte pauta: Reposição dos dias parados na greve, reposição do recesso natalino, Regulamentação da GDARA, Diagnóstico sobre meios de melhorar as ações do INCRA e inclusão da pauta – Reestruturação do INCRA. Dando prosseguimento aos trabalhos a bancada sindical protocolou OFICIO/CONDSEF/384/2005 em resposta ao OFICIO/INCRA/SA/Nº 793/2005 onde consta a proposta do governo dos pontos elencados na pauta. O governo pediu oito dias para analisar a proposta dos trabalhadores e ficou agendada nova reunião para dia 30 de novembro, onde o governo trará a resposta ao expediente da bancada sindical com a definição final dos temas. Informamos que o conteúdo do OFICIO/CONDSEF/384/2005, entregue à bancada governista, representa o resultado final dos debates da Plenária dos Servidores do INCRA, realizada no auditório da CONDSEF, no dia 21 de novembro, com a presença dos representantes da CONDSEF, CNASI e dos Estados de GO, RS, PR, MG, MT. MS, RO, PA, CE, RN, PB, BA e do Distrito Federal, conforme convocação feita através do Comunicado/CONDSEF/ nº 064/2005. Pela ordem são estas as posições contidas no ofício da CONDSEF: 1- Reposição dos dias parados na greve: Posição do Governo – Reposição de horas não trabalhadas durante a greve, com expediente aos sábados, dias 26/11, 3/12 e 10/12, totalizando 12 horas e 1 hora de expediente a mais por dia, a partir do dia 28/11 até 16/12, totalizando 15 horas e reposição das horas faltantes, para complementar o período não trabalhado a ser cumprida a partir de 02/01/2006. Posição da Bancada sindical – Reposição dos dias parados referente apenas aos serviços afetados/prejudicados pela greve. Nesse sentido o ofício da CONDSEF segure a formação de uma Comissão para elaborar um plano de trabalho tendo em vista a execução/atualização desses serviços/metas prejudicadas pelo movimento paredista. Comentários – A proposta da bancada sindical está fundamentada no próprio Decreto 5.500/05 (anexo) do Presidente da República que determina em seu artigo 1º a adoção de plano de reposição de trabalho, sem prejuízo da remuneração. Desta forma a proposta da bancada governamental fere o princípio do Decreto, o que é uma incoerência, já que a mesma, em tese, tem por regra defender as normatizações do governo que representa.



2- Compensação do recesso de final de ano: Posição da Bancada Governamental – 1 hora diária a partir de 28/11/05 até 16/12/05, totalizando 15 horas, as demais 25 horas seriam compensadas no período de 02/01/06 a 10/03/06; Posição da bancada sindical – Remete a discussão à reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente -MNNP, dia 23/11, no MPOG, Ministro Paulo Bernardo, por se tratar de expediente que atinge a categoria dos servidores públicos federais como um todo, sendo, pois matéria de competência da Mesa Nacional. Por oportuno, informamos que essa questão foi remetida para a reunião da MNNP no dia 30/11, próxima semana. Comentários – Tal medida reflete tão somente a disposição do MPOG, com base no seu Ofício Circular encaminhado ao INCRA e demais setores da administração pública, em romper com uma tradição no serviço que é o recesso de fim de ano, evidenciando um excesso de moralismo de somenos importância. A CONDSEF agiu corretamente em pedir para sobrestar a medida adotada pelo INCRA, considerando que a questão é de abrangência geral, uma vez que contempla todo o serviço público. 3- Regulamentação da GDARA: Posição da bancada governamental – Com a publicação do Decreto de regulamentação da GDARA (Decreto 5580/05 - anexo) a bancada apresentou os critérios para procedimento das avaliações; Posição da bancada sindical – A proposta apresentada foi de constituir uma comissão paritária integrada por representantes das duas bancadas para no prazo de trinta dias efetuar uma analise minuciosa do Decreto e da Lei 11.090/05 com o propósito de identificar as distorções existentes e apresentar propostas de reformulação do Decreto, objetivando atender ao dispositivo legal e aos interesses da Instituição e de seu pessoal. Comentários – A proposta surgiu quando da análise procedida em ambos os instrumentos legais (Lei 11.090/05 e Decreto 5.580/05) e identificamos artigos da Lei não regulamentados no Decreto, como por exemplo, o artigo 20, no caso da avaliação negativa dos servidores, além de dispositivos que encerram contradições em relação ao que apresenta a citada lei. Nesta linha, entendemos a necessidade de revisão do Decreto, de modo a assegurar a GDARA a sua finalidade primordial, quer seja, a de proporcionar os meios indispensáveis à motivação dos agentes institucionais e a própria elevação de desempenho buscado para o INCRA. Tais modificações no Decreto, em vários momentos remetem para modificação da própria Lei, em razão da necessidade de se resgatar a paridade entre ativos e inativos, proposta no Plano de Carreira originariamente encaminhado pelo MDA ao MPOG, o qual, entre outras coisas, previa uma remuneração constituída tão somente de vencimento básico, segundo os padrões já estabelecidos para o próprio IBAMA, autarquia assemelhada ao INCRA. Cumpre lembrar que só aceitamos o atual Plano de Carreira, com 85% de sua remuneração constituída por gratificação produtivista, no caso a GDARA, sem contemplar os aposentados de forma mais plena, porque, naquelas circunstâncias adversas colocadas pelo MPOG, não havia outras condições, ou seja, ou nós aceitávamos a proposta ou largávamos. Entretanto, foi firmado um compromisso verbal de estarmos, INCRA/MDA e servidores, buscando, oportunamente, essas correções, no sentido de assegurar a nova Carreira uma estrutura mais compatível com a sua natureza, que não admite a coexistência com tamanhas disparidades. Isto tudo ocorreu no decorrer das duas greves que fizemos em 2004 e 2005.



4- Diagnostico acerca das iniciativas a serem adotadas visando a melhoria dos

serviços prestados por esta Autarquia: Posição da Bancada Governamental – Que ambas as bancadas apresentem pontos objetivos que tenham como meta atingir a proposta de melhoria sugerida. Posição da Bancada sindical – Entendemos que este ponto de pauta está no contexto do debate de Reestruturação do INCRA, correção das distorções salariais, programa de capacitação, enfim, temos de contextualizar a melhoria dos serviços prestados por esta Autarquia, neste conjunto de ações que deverão ser imediatamente otimizadas. Comentários – A bancada sindical tem a compreensão que qualquer discussão de melhoria nos serviços prestados por esta Autarquia está diretamente relacionada à valoração e motivação dos servidores e isto só irá acontecer na medida que a bancada governamental atuar de forma incisiva no cumprimento dos acordos efetuados com os servidores e sanear todas as pendências neles contidos. 5- Reestruturação do INCRA Posição da Bancada governamental – Foi apresentada proposta de estrutura pelo INCRA ao MPOG para avaliação e que a proposta será apresentada à bancada sindical para conhecimento. Posição da bancada sindical – Que a proposta de estrutura seja submetida à bancada sindical antes de sua promulgação. Comentários – Inicialmente a proposta da bancada do governo era de apresentar aos servidores apenas para conhecimento a proposta a ser acordada com o MPOG. Entretanto, após contra-argumentações da bancada sindical, entendeu ser pertinente a apresentação da proposta à Mesa Setorial para discussão antes de sua homologação. 6- Portaria de revogação da seleção de projetos de OSCIPS: Posição da Bancada governamental – Que a bancada sindical explicite os pontos que entende como necessários para o debate em questão. Posição da Bancada sindical - Que a Portaria fique sobrestada até que se discuta em profundidade as questões de concepção de Estado, que estão contidas em Portarias como estas, tais como: descentralização e terceirização das ações do INCRA. Comentários – A recusa da bancada governamental em sobrestar a referida portaria e manter assim a seleção dos projetos de OSCIP’s preocupa-nos, no sentido de que tal iniciativa possa estar representando na prática uma forma de agencificação do órgão reduzindo suas ações e desvalorizando os servidores, seguindo a linha de orientação da concepção do Estado mínimo. CONVOCATÓRIA: Considerando a importância da reunião da Mesa Setorial de 30.11.2005, solicitamos às Entidades Filiadas que tenham representantes na Mesa Setorial que viabilizem a participação dos mesmos na referida reunião.

BANCADA SINDICAL



DECRETO 5.580/05 – REGULAMENTAÇÃO DA GDARA

ASPECTOS QUE REPRESENTAM PREJUIZO REAL AOS SERVIDORES: Art. 4º - define um mínimo de dez pontos para avaliação mínima dos servidores. Tal dispositivo entra em contradição com a própria Lei 11.090/05 que determina um mínimo para os aposentados de trinta pontos, nos parece incoerentes dois mínimos: trinta para aposentados e dez para ativos; Art. 5º - Parágrafo Único – Está em desconformidade com a Lei 11.090/05, artigo 16, Parágrafo 6º, que determina oitenta vezes o número de servidores ativos, enquanto o Decreto trata a questão a sessenta vezes o número de servidores na ativa. Art. 7º - Ao estabelecer uma média menor ou igual a 60 pontos; quer dizer, na prática, que se alguém tiver uma 80 pontos, obrigatoriamente, outra pessoa obterá 40 pontos independente de mérito. No geral a soma total dos pontos não pode ultrapassar a média de 60 pontos. Esse critério cria um novo e revolucionário processo de avaliação negativa e altamente punitiva, ao invés de incentivar o servidor a produzir mais e melhor, acirra a competição individual, incentiva a divisão entre os servidores, abandonando a construção coletiva de trabalho. Artigo 10, Parágrafo 2º e Art. 12 – ambos definem regras para os servidores recém empossados (menos de seis meses) definindo 40 pontos como inicial, trata-se de pré-avaliação, entretanto no edital do concurso a remuneração oferecida pretende uma GDARA com pontuação mínima de 60 pontos. Art. 20 da Lei 11.090/05 – Que trata da avaliação negativa consecutiva dos servidores, não foi regulamentado no Decreto.

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