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SB Brasil - Condições de Saúde Bucal na População Brasileira Ampliação da Amostra para o Rio Grande do Sul Relatório da Macrorregião Sul Canguçu Cristal Jaguarão Pinheiro Machado Pelotas Turuçu Lavras do Sul Porto Alegre/RS 2003 Secretaria da Saúde do Estado do Rio Grande do Sul Divisão de Atenção à Saúde Seção de Saúde Bucal

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SB Brasil - Condições de Saúde Bucal na População Brasileira

Ampliação da Amostra para o Rio Grande do Sul

Relatórioda Macrorregião Sul

CanguçuCristal

JaguarãoPinheiro Machado

PelotasTuruçu

Lavras do Sul

Porto Alegre/RS2003

Secretaria da Saúde do Estado do Rio Grande do SulDivisão de Atenção à Saúde

Seção de Saúde Bucal

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 2

Projeto SB BRASIL

SUBCOMITÊ RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO E COORDENAÇÃO DO PROJETO

Ângelo Giuseppe Roncalli – Região Nordeste Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) - [email protected] Frazão – Região SudesteFaculdade de Saúde Pública da USP - [email protected] Corrêa Ely – Região SulPontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) - [email protected] Carnevali de Araújo – Região NorteUniversidade Federal do Pará (UFPA) - [email protected] Silva – Região NorteSecretaria de Saúde de RondôniaMarcos Pascoal Pattussi – Região Centro-OesteSecretaria de Saúde do Distrito Federal - [email protected] Machado Batista – Região Centro-OesteSecretaria de Saúde do Estado de Goiás - [email protected]

Projeto SB / RSProjeto SB / RS

COMISSÃO RESPONSÁVEL PELA COORDENAÇÃO E OPERACIONALIZAÇÃO DO PROJETO NO RSHelenita Corrêa Ely – Secretaria da Saúde do RS e Pontifícia Universidade CatólicaMaria Rita de Lemos – Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul

EQUIPE TÉCNICA DA SEÇÃO DE SAÚDE BUCAL- SES/RSDanusa Queiroz de CarvalhoDébora Vieira BaratzLiliam Lemos SartoriMaria Regina Denardin VisentiniPaulo Eduardo Betega CorrêaRegis Alvimar Pieri

Administrativos:Liseane Duarte RicardoMathias Dutra Vilas SantosNathanael Guimarães Fauth

Realização Apoio

Área Técnica de Saúde Bucal

Política de Saúde Bucal SES/RS

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 3

Coordenação da Seção de Saúde Bucal do RS

Leonardo Paviani Coordenador da SSB

Coordenação da Macrorregião SulEurico Sacco

Coordenador Odontológico da 3ª CRS

Equipe de examinadores

Canguçu Denise Kunde; Nelda Münchow; Gabriela Pinto

Cristal João Henrique; Maria Anatalia; Liliane

Jaguarão Selma Machado; Ana; Marli; Airton;

Lavras do SulMiguel; Regina

Pelotas Carla Albino; Cleusa; Glaucia; Doriti; Flora; Vera; Maria das |Graças;

Daniela Silveira; Patrícia; Alex; Daniela C.;Pinheiro Machado

Iliana Elias dos SantosTuruçu

Andre Fernandes; Renata Vernetti; Maria Elizabeth Goulart

Instrutores de CalibraçãoAna Amélia Bianchi, Angela R. Lang, Antônio Cesar Fogaça,

Jeferson S. de Freitas, Julieta Gomes Tavares

Relatório Técnico

Helenita Corrêa Ely Maria Rita de Lemos

Mathias Dutra Vila Santos

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 4

Sumário

1. Introdução................................................................................................................. 6

2. Objetivos.................................................................................................................... 7

2.1. Geral................................................................................................................. 7

2.2. Específicos........................................................................................................ 7

3. Procedimentos Metodológicos................................................................................. 8

3.1. Plano Amostral.................................................................................................. 7

3.1.1. Pré-Estratificação.................................................................................. 8

3.1.2. Pós-Estratificação.................................................................................. 8

3.1.3. Sorteio dos municípios (Unidades Amostrais Primárias – UAP)........ 8

3.1.4. Idades-índices e grupos etários .......................................................... 9

3.1.5. Inferências ........................................................................................... 10

3.1.6. Tamanho da Amostra............................................................................ 10

3.1.7. Unidades de Amostragem e Elementos Amostrais .............................. 12

3.2. Examinadores................................................................................................... 12

3.2.1. Calibração............................................................................................... 12

3.3. Exames, variáveis e critérios adotados........................................................... 12

3.4. Processamento dos dados................................................................................ 13

4. Resultados.................................................................................................................. 13

4.1. Confiabilidade dos dados.................................................................................. 13

4.2. Amostra.............................................................................................................. 13

4.3. Cárie Dentária .................................................................................................. 16

4.3.1. Dentição Permanente.......................................................................... 16

4.3.2. Dentição Decídua................................................................................. 21

4.4. Necessidade de Tratamento............................................................................ 23

4.5. Doença Periodontal......................................................................................... 24

4.5.1. Índice Periodontal Comunitário (CPI)................................................ 24

4.5.2. Índice de Perda de Inserção Periodontal (PIP)................................. 26

4.6. Edentulismo...................................................................................................... 28

4.6.1. Uso de Prótese...................................................................................... 28

4.6.2. Necessidade de Prótese....................................................................... 30

4.7. Anormalidades Dentofaciais ............................................................................ 34

4.7.1. Má – Oclusão aos 5 anos.................................................................... 34

4.7.2. Oclusão aos 12 e 15 a 19 anos (Indíce de Estética Dental – DAÍ)... 34

4.8. Fluorose............................................................................................................ 37

4.9. Alterações de tecidos moles............................................................................. 38

4.10. Caracterização socioeconômica ..................................................................... 38

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 5

4.11. Acesso a serviços odontológicos................................................................... 40

4.12. Autopercepção em saúde bucal...................................................................... 41

5. Considerações Finais................................................................................................. 43

6. Bibliografia Consultada e Referências...................................................................... 44

Anexos

1. Plano Amostral Macrorregião Sul

2. Formulário de Consentimento

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 6

1. Introdução

Em 1986 o Ministério da Saúde (MS) executou o lº levantamento epidemiológico de âmbito nacional na área de saúde bucal, que foi realizado na zona urbana de 16 capitais, representativo do total das 27 existentes na ocasião. Decorridos dez anos, em 1996, foi realizado o 2º levantamento epidemiológico nas 27 capitais brasileiras, mas apenas na população de 06 a 12 anos.

No ano de 2002 o MS iniciou o amplo projeto de Levantamento Epidemiológico das Condições de Saúde Bucal da População Brasileira.

Embora estes levantamentos sejam extremamente importantes para o planejamento, administração e avaliação dos Sistemas Nacional, Estadual e Municipal de Saúde Bucal, eles não têm produzido dados representativos para o Rio Grande do Sul. Mesmo o SB 2000, apesar de sua extensão e abrangência, será representativo apenas para as diferentes regiões do país, e para o país como um todo.

Diante da ausência de dados epidemiológicos sobre as condições de saúde bucal na população do Rio Grande do Sul e considerando o Projeto do Ministério da Saúde – SB 2000 que objetiva avaliar as condições de saúde bucal na população brasileira, com amostras da população de todos os Estados, foi proposto no período de gestão da SES de 1998-2002, a ampliação desta amostra, para o Estado do Rio Grande do Sul, permitindo assim coletar dados com representatividade para as diferentes macrorregiões e para o Estado do RS com um todo.

Este projeto, identificado como “SB/RS - Condições de Saúde Bucal na População do RS” teve início em 2001, envolvendo a participação de representantes de 9 faculdades de odontologia do Estado, de entidades odontológicas e de aproximadamente 600 profissionais (cirurgiões-dentistas, auxiliares e agentes de saúde) de 95 municípios. Os dados foram consolidados e, nesta ocasião, apresenta-se os principais resultados. A amostra pesquisada torna os dados representativos por macrorregião do estado e por porte populacional das cidades envolvidas.

Além dos exames bucais realizados em crianças de 18-36 meses, 5 e 12 anos, em adultos de 15 a 19, 35 a 44 e 65 a 74 anos, foram realizadas entrevistas com o objetivo de fazer uma avaliação socioeconômica, as condições de acesso aos serviços e identificar a autopercepção em saúde bucal. As oficinas com coordenadores regionais e municipais, com instrutores de calibração e o treinamento das equipes locais ocorreram no período de outubro a dezembro de 2001. As atividades de campo se desenvolveram entre 2002 e 2003.

Este relatório apresenta os dados consolidados para a Macrorregião Sul, compondo parte do Relatório Final do Rio Grande do Sul (disponível em http://www.saude.rs.gov.br/das/saudebucal ). A análise dos resultados relativos a cada município deve ser providenciada pelo próprio município ou ser solicitada à Coordenadoria Regional de Saúde à qual se vincula o município.

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 7

2. Objetivos

2.1 Geral

Realizar levantamento das condições de saúde bucal da população do Estado do Rio Grande do Sul, produzindo informações para subsidiar o planejamento e avaliação das ações, nos diferentes níveis de gestão do SUS.

2.2 Específicos

• Estimar, para a população de 18 a 36 meses, 5, 12 anos, 15 a 19, 35 a 44 e 65 a 74 anos, a prevalência de cárie dentária.

• Identificar, na amostra de 12, 15 a 19, 35 a 44 e 65 a 74 anos, a prevalência de doença periodontal.

• Identificar, na amostra correspondente às idades de 5, 12 anos e faixa etária de 15 a 19 anos, a prevalência de oclusopatias.

• Identificar, na amostra correspondente às idades de 12 anos e faixa etária de 15 a 19 anos, a prevalência de fluorose dentária.

• Estimar as necessidades de tratamento relacionado com a cárie dentária.

• Estimar a necessidade e uso de prótese dentária nas faixas etárias de 15 a 19, 35 a 44 e 65 a 74 anos.

• Avaliar a eficácia da fluoretação das águas no controle da cárie dentária na população.

• Verificar as condições de acesso da população aos serviços de saúde.

• Avaliar a autopercepção em saúde bucal dos usuários dos sistemas de saúde.

• Subsidiar pesquisas que visem o estabelecimento de relações entre os dados encontrados e a realidade socioeconômica e demográfica da população gaúcha.

• Contribuir para o desenvolvimento da investigação epidemiológica a partir da construção de um referencial teórico-metodológico.

• Fornecer subsídios aos profissionais da área da saúde, educação, planejamento e administração, relativos à Saúde Bucal.

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 8

3. Procedimentos Metodológicos

3.1. Plano Amostral

No SB BRASIL foi aplicada uma técnica de amostragem probabilística por conglomerados em três estágios que permitirá a produção de inferências para cada uma das macrorregiões brasileiras, para cada tipo de município e para cada idade ou grupo etário.

3.1.1. Pré-Estratificação

Considerando as definições do Projeto SB BRASIL e, tratando-se de uma pesquisa de base estadual, o RS constitui a base populacional de referência para o estudo.

A primeira pré-estratificação refere-se às 7 macrorregiões (Norte, Sul, Missioneira, Metropolitana, Vales, Serra e Centro-Oeste).

Dentro de cada macrorregião, também considerando que se observam diversidades a este nível, os municípios que farão parte da amostra foram subdivididos de acordo com o número de habitantes compondo, assim, o segundo nível de pré-estratificação, o porte do município, o qual será composto por 4 (quatro) categorias, a saber:

• 1o Estrato - Até 5.000 habitantes

• 2o Estrato -De 5.001 a 10.000 habitantes

• 3o Estrato -De 10.001 a 50.000 habitantes

• 4o Estrato –Acima de 50.000 habitantes

3.1.2 Pós-Estratificação

Os dados finais permitirão uma pós-estratificação da amostra segundo algumas variáveis obtidas através de dados secundários como:

• Sexo e Grupo étnico

• Localização geográfica

• Tipo de escola

• Presença de Flúor na água de abastecimento público e anos de fluoretação da mesma.

3.1.3. Sorteio dos municípios (Unidades Amostrais Primárias - UAP)

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 9

O processo de sorteio se deu de forma ponderada, em que cada município possuía uma probabilidade associada de participar da amostra relativa à sua contribuição para o total de habitantes da região na categoria especificada.

No intuito de garantir que os municípios sorteados pelo Ministério da Saúde para compor a amostra do SB BRASIL fossem incluídas na amostra, estes municípios não fizeram parte do sorteio.

3.1.4. Idades-índice e grupos etários

A Organização Mundial da Saúde (OMS) sugere a composição da amostra em determinadas idades-índice e grupos etários os quais serão utilizados na presente pesquisa com algumas modificações. As descrições colocadas a seguir foram retiradas parcialmente da 4a edição do Manual da OMS, de 1997.

18 a 36 meses. A utilização deste grupo etário permitirá a estimativa das doenças bucais (particularmente a cárie dentária) nos bebês, um segmento da população que usualmente não é incluído em levantamentos.

5 anos. Esta idade é de interesse em relação aos níveis de doenças bucais na dentição decídua, uma vez que podem exibir mudanças em um período de tempo menor que a dentição permanente em outras idades-índice.

12 anos. Esta idade é especialmente importante, pois foi escolhida como a idade de monitoramento global da cárie para comparações internacionais e o acompanhamento das tendências da doença.

15 a 19 anos. Considerando a possibilidade de comparação com os dados de 1986 e levando-se em conta, ainda, que ao se trabalhar com faixas restritas como 15 e 18 anos dificulta-se bastante o delineamento amostral (em função da sua proporção no conjunto da população), foi definida a faixa etária de 15 a 19 anos. Caso se deseje uma análise mais apurada de cada idade em particular, pertencente a este intervalo, os dados poderão ser agregados por porte ou região ou ainda outra variável que permita este nível de análise.

35 a 44 anos. Este grupo etário é o grupo padrão para avaliação das condições de saúde bucal em adultos. O efeito total da cárie dentária, o nível de severidade do envolvimento periodontal e os efeitos gerais do tratamento prestado podem ser monitorados usando-se dados deste grupo etário.

65 a 74 anos. Este grupo etário tem se tornado mais importante com as mudanças na distribuição etária e no aumento da expectativa de vida que vem ocorrendo em muitos países. Os dados deste grupo são necessários tanto para o planejamento adequado do tratamento para os mais idosos como para o monitoramento dos efeitos gerais dos serviços odontológicos prestados a uma população.

Os indivíduos de cada grupo etário e idade-índice serão avaliados com relação às doenças bucais explicitadas anteriormente e de acordo com o Quadro1 a seguir.

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 10

Quadro 1. Problemas e idades/grupos etários a serem pesquisados

Cárie Doença Periodontal Fluorose Má-

oclusão* Prótese

Coroa Raiz AG CPI** PIP

18 a 36 meses

5 anos

12 anos

15 a 19 anos

35 a 44 anos

65 a 74 anos

* Na idade de 5 anos, será utilizado o método da OMS 3a edição** Na idade de 12 anos, o CPI será utilizado com apenas os códigos 0, 1 e 2.

3.1.5. Inferências

O delineamento proposto assegurará a produção de inferências para estimar o ataque de cárie dentária para cada uma das sete macrorregiões, para cada tipo de município e para cada idade ou grupo etário.

Para cada macrorregião serão produzidas estimativas que expressam a distribuição das doenças bucais da população a partir das quais será possível conhecer o grau de correlação entre essas estimativas e a área geográfica e estabelecer comparações com as estimativas relativas ao ano de 1986 e 1996.

3.1.6. Tamanho da amostra

Tendo em vista os objetivos do presente estudo, o levantamento das condições de saúde bucal foi realizado a partir do exame bucal em uma amostra que contemplou os 7 pólos regionais do Estado do Rio Grande do Sul, a fim de garantir a representatividade de todas as regiões do Estado.

Para isso, buscou-se compor um plano amostral em que variáveis importantes foram consideradas para efeito de pré-estratificação e outras variáveis, que também possuem influência sobre o perfil das doenças, foram analisadas em nível de pós-estratificação.

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 11

A fonte utilizada para os cálculos do tamanho da amostra foi o IBGE, ano base 1996. Devido à falta de dados dos municípios emancipados, utilizamos como base os 467 municípios do Estado do Rio Grande do Sul.

Num primeiro estágio, para determinar o número de municípios que compuseram a amostra do estudo, foi utilizada a fórmula de cálculo de tamanho de amostra aleatória simples para um nível de confiança de 95% apresentada a seguir:

Onde:

• e2: erro amostral

• N : tamanho da população

Fixando o erro amostral de 10%, o tamanho da amostra calculado foi de 95 municípios.

Num segundo estágio, foi utilizada a fórmula de cálculo do tamanho de amostra aleatória simples, apresentada a seguir, para calcular o número de indivíduos que deveriam compor a amostra de cada município selecionado no primeiro estágio.

Onde:

• z2: é o nível de confiança (95%)

• e2: erro amostral (4%)

• p: presença de cárie aos 12 anos (0,762)

• q: ausência de cárie aos 12 anos (0,238)

As estimativas relativas aos parâmetros indicados nas expressões acima foram baseadas na dissertação de mestrado de Ely (2000), onde se calculou a prevalência média de cárie aos 12 anos de idade nos seis municípios gaúchos que fizeram parte do estudo. Utilizou-se estes dados considerando-se não haver estudos epidemiológicos abrangentes e disponíveis relativos à população do RS.

A fórmula de cálculo de tamanho de amostra com nível de confiança de 95% e erro amostral de 4% para populações maiores de 10000 habitantes tende a assumir valores em torno de 430 casos. Foi adotado o critério apresentado abaixo a fim de garantir representatividade dentro de cada estrato de idade/faixa – etária.

• para municípios com mais de 200 mil habitantes, multiplicou-se por 2 o tamanho da amostra;

• para municípios de 50 mil a 200 mil habitantes, multiplicou-se por 0,5 o tamanho da amostra;

nο = 1 / e2 n= Nnο / N + nο

nο = z2 pq / e2 n= Nnο / N + nο

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 12

• para municípios de 10 mil a 50 mil habitantes, multiplicou-se por 0,1 o tamanho da amostra;

• para municípios de até 10 mil habitantes não houve correções, pois se utilizou um erro amostral de 4% o que resultou em tamanhos de amostras consideráveis.

Os resultados do plano amostral para a macrorregião Sul e seus valores por grupos de idade são apresentados no Anexo 1.

3.1.7. Unidades de Amostragem e Elementos Amostrais

As Unidades de Amostragem são definidas de acordo com o grupo etário e o porte do município, conforme descrição no Quadro 2.

Quadro 2. Locais de coleta e Unidades de Amostragem de acordo com o porte do município e o grupo etário.

Até 50.000 habitantes Mais de 50.000 habitantes

18 a 36 meses Domicílios - Quadra - Vila Domicílios – Setor Censitário / Quadra - Vila

5 anos Domicílios - Quadra - Vila Creches

12 anos Escolas Escolas

15 a 19 anos

35 a 44 anos

65 a 74 anos

Domicílios - Quadra - Vila Domicílios – Setor Censitário / Quadra - Vila

3.2. Examinadores

Em torno de 25 cirurgiões-dentistas das Secretarias de Saúde de 07 municípios desta macrorregião Sul participaram do estudo como examinadores, os quais foram capacitados para os exames epidemiológicos e liberados de suas atividades rotineiras para a execução do presente trabalho.

3.2.1 Calibração

Para assegurar uma interpretação uniforme e consistente dos critérios padronizados para a coleta dos dados foram desenvolvidas oficinas de instrução teórica e prática, num total de 20 horas, com o propósito de calibrar as equipes de campo. O processo de calibração das equipes da Macrorregião Sul ocorreu no mês de novembro de 2001, sendo coordenado por cirurgiões-dentistas instrutores de calibração, vinculados à instituições de ensino e contratados para este treinamento.

3.3. Exames, variáveis e critérios adotados

Os exames foram realizados no período de maio a julho de 2002, incluindo sábados e domingos. Foram observadas as seguintes características relativas à saúde bucal: coroa e raiz

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 13

dentária, necessidade de tratamento odontológico do elemento dentário, condição periodontal do sextante, oclusão dentária, uso e necessidade de prótese, fluorose dentária e presença de alterações de tecidos moles. Foram obtidos também dados relativos a condição socioeconômica do examinado, acesso a serviços odontológicos e autopercepção da saúde bucal.

Os critérios adotados tomaram por base a 4a edição do Oral Health Surveys - basic methods da Organização Mundial da Saúde (1997) descritos no Manual do Examinador e no Manual do Anotador, produzidos pela equipe de coordenação do Projeto SB BRASIL.

Os exames intrabucais foram realizados em unidades domiciliares, escolas e creches por equipes especialmente treinadas compostas de um cirurgião-dentista examinador e um auxiliar - anotador sob responsabilidade do primeiro. Cada equipe utilizou 20 jogos clínicos contendo instrumentos padronizados pela Organização Mundial da Saúde, devidamente esterilizados conforme as normas de biossegurança do Ministério da Saúde. Os instrumentos, cuja finalidade foi auxiliar no exame visual e táctil dos tecidos bucais, foram o espelho bucal plano e a sonda periodontal da OMS. Todos os indivíduos das idades, áreas ou instituições sorteadas para o estudo receberam informações sobre a pesquisa e na confirmação de participação, assinaram formulário específico de consentimento(Anexo 2).

3.4. Processamento dos dados

As fichas foram conferidas e os dados foram digitados numa base eletrônica construída no software SB Dados, produzido em linguagem Fox Base pelo Prof. Eymar Sampaio Lopes sob encomenda do Projeto SB BRASIL.

A consolidação das tabelas e análise dos dados foi processada pela equipe técnica da Seção de Saúde Bucal - Secretaria Estadual da Saúde.

4. Resultados

4.1. Confiabilidade dos dados

Os resultados do processo de calibração, medidos através de percentuais de concordância e coeficiente kappa, para os diferentes agravos e nas idades - índices, constam dos Relatórios de Calibração de cada equipe treinada. Estes documentos encontram-se arquivados na Secretaria Estadual da Saúde, Seção de Saúde Bucal, disponíveis para consulta. Ressalta-se que o processo de calibração não observou discrepâncias nos percentuais de concordância que inviabilizasse o estudo.

4.2. Amostra

Foram examinadas 2.936 pessoas de uma meta pré - estabelecida de 3.466 pessoas, representando 84,7% do total da amostra. Todos os 7 municípios da região selecionados participaram da pesquisa que foi realizada em espaços escolares e domicílios. Desta amostra, 300 tinham a idade entre 18-36 meses, 259 a idade de 5 anos, 390 a idade de 12 anos, 685 a idade entre 15-19 anos, 836 entre 35-44 anos e 466 entre 65-74 anos.

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 14

Nas Tabelas de 1 a 4 e no Gráfico 1, a seguir, encontra-se descrita a composição da amostra final para a Macrorregião Sul

Tabela 1 - Número e porcentagem de pessoas examinadas, segundo idade e sexo. Macrorregião Sul, RS/2002.

IDADE SEXO TOTALMASCULINO FEMININO

n % n % n %18 a 36m 154 51,33 146 48,67 300 100,00

5 135 52,12 124 47,88 259 100,0012 183 46,92 207 53,08 390 100,00

15 a 19 268 39,12 417 60,88 685 100,0035 a 44 266 31,82 570 68,18 836 100,0065 a 74 171 36,70 295 63,30 466 100,00TOTAL 1177 40,09 1759 59,91 2936 100,00

Tabela 2 - Número e porcentagem de escolares examinados, segundo idade e tipo de escola. Macrorregião Sul, RS/2002.

IDADE TIPO DE ESCOLA TOTALPÚBLICA PRIVADA

n % n % n %5 40 86,96 6 13,04 46 100

12 366 96,57 13 3,43 379 100TOTAL 406 95,53 19 4,47 425 100

Tabela 3 - Número e porcentagem de pessoas examinadas, segundo idade e grupo étnico. Macrorregião Sul, RS/2002.

IDADE GRUPO ÉTNICO TOTAL

AMARELO BRANCO INDÍGENA NEGRO PARDO

n % n % n % n % n % n %

18 a 36m 22 7,36 221 73,91 6 2,01 25 8,36 25 8,36 299 100,00

5 9 3,47 178 68,73 4 1,54 31 11,97 37 14,29 259 100,00

12 6 1,56 287 74,74 10 2,60 44 11,46 37 9,64 384 100,00

15 a 19 16 2,34 515 75,18 2 0,29 78 11,39 74 10,80 685 100,00

35 a 44 21 2,51 674 80,62 6 0,72 74 8,85 61 7,30 836 100,00

65 a 74 10 2,15 373 80,04 6 1,29 50 10,73 27 5,79 466 100,00

TOTAL 84 2,87 2248 76,75 34 1,16 302 10,31 261 8,91 2929 100,00

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 15

Gráfico 1 - Número e porcentagem de pessoas examinadas, segundo a idade e grupo étnico. Macrorregião Sul, RS/2002

Tabela 4 - Número e porcentagem de pessoas examinadas, segundo idade e realização do exame. Macrorregião Sul, RS/ 2002.

IDADE TOTAL18 a 36m 5 12 15 a 19 35 a 44 65 a 74

n % n % n % n % n % n % n %Código 1 300 98,36 259 99,62 390 100,00 685 98,85 836 98,81 466 98,73 2936 98,99Código 2 3 0,98 1 0,38 0 0,00 1 0,14 7 0,83 1 0,21 13 0,44Código 3 1 0,33 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 0,12 3 0,64 5 0,17Código 4 1 0,33 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 0,03Código 5 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 0,14 1 0,12 1 0,21 3 0,10Código 6 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00Código 7 0 0,00 0 0,00 0 0,00 6 0,87 1 0,12 1 0,21 8 0,27Código 9 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00TOTAL 305 100,00 260 100,00 390 100,00 693 100,00 846 100,00 472 100,00 2966 100,00

Legenda:1 - Exame Realizado2 - Exame não realizado por não ter sido autorizado pelo responsável3 - Exame não realizado, embora autorizado pelo responsável, porque a criança não permitiu4 - Exame não realizado, embora autorizado pelo responsável, porque a criança não foi encontrada no momento do exame5 - Exame não realizado, embora autorizado pelo responsável, em decorrência de dificuldades organizativas da equipe da pesquisa ou da instituição de saúde responsável6 - Exame não realizado, embora autorizado pelo responsável, em decorrência de dificuldades relacionadas ao local onde o exame seria feito ou à instituição que receberia a equipe7 - Exame não realizado, embora autorizado, por ausência do morador no domicílio, no dia da visita9 - Exame não realizado por outras razões

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

18 a 36m 5 12 15 a 19 35 a 44 65 a 74

nPARDONEGROINDÍGENABRANCOAMARELO

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 16

4.3. Cárie Dentária

4.3.1. Dentição Permanente

As Tabelas 05 a 11 e os gráficos 02 a 04 mostram os principais resultados relativos ao ataque de cárie dentária em dentes permanentes, avaliado pelo índice CPOD(C=cariados, P=perdidos , O=Obturados e D = Dente), em todas as faixas etárias.

Para a idade de 12 anos, a meta da OMS é de CPOD médio menor ou igual a 3 o que foi atingido nesta região do estado (CPOD=2,00). Segundo a classificação da OMS para essa idade, o dado encontrado nesta região representa uma prevalência “moderada” em relação à cárie dentária (Quadro 3). Os dentes restaurados corresponderam a 33,42% da composição do índice e os cariados importam em 57,75% do índice.

Entre os adolescentes, 15,62% estão livres de cárie e o valor médio do CPOD foi 4,93 (Quadro 3). Em 1988 o levantamento realizado pelo MS apontava para um CPOD médio de 12,7 entre adolescentes da Região Sul brasileira. Na comparação entre estes dados observa-se uma redução da ordem de 43,7% em 16 anos.

Os fatores relacionados ao declínio da ocorrência de cárie dentária em crianças e adolescentes podem estar relacionadas a maior disponibilidade de águas de abastecimento público fluoretadas e também aos dentifrícios contendo flúor. Além disso, a consolidação de programas municipais orientados à promoção da saúde bucal que surgiram com a descentralização das ações e serviços de saúde também pode ter contribuído para essa redução.

Nos grupos etários de 35-44 anos e 65-74 anos de idade, os valores médios do CPOD e sua composição foram semelhantes aos do estudo de 1988. No grupo de 35-44 anos observou-se CPOD=19,82 (CPOD= 22,5 nesta faixa etária em 1988 na Região Sul) com 67,55% da composição representada por dentes perdidos e no grupo de 65-44 anos observou-se CPOD=27,34 com 94,40%(tabela 07) da composição representada por dentes perdidos. (Quadro 3)

Quadro 3 - Prevalência de cárie dentária e média de ceod e CPOD por idade - Macrorregião Sul, RS/ 2002 .

IdadeIdade Nº ExamesNº Exames PrevalênciaPrevalênciaCPO = 0CPO = 0 CPO # 0CPO # 0 Experiência de cárieExperiência de cárie

18 a 36 meses18 a 36 meses 300300 87,00%87,00% 14,94%14,94% ceod 0,44 ceod 0,44 5 anos5 anos 259259 58,68%58,68% 70,39%70,39% ceod 1,48 ceod 1,48 12 anos12 anos 390390 44,10%44,10% 55,89%55,89% CPOD 2,00CPOD 2,0015-19 anos15-19 anos 685685 15,62%15,62% 84,37%84,37% CPOD 4,93CPOD 4,9335 a 44 anos35 a 44 anos 836836 0,35%0,35% 99,64%99,64% CPOD 19,82CPOD 19,8265 a 74 anos65 a 74 anos 466466 1,07%1,07% 98,92%98,92% CPOD 27,34CPOD 27,34

* Nesta idade, as crianças apresentam, em média, 2 dentes permanentes erupcionados (Fonte: SB 2000 – SES /RS 2002).

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 17

Tabela 5 - Número de dentes permanentes hígidos, cariados, perdidos e obturados, segundo idade. Macrorregião Sul, RS / 2002.

IDADE n Hígidos Cariado Obt/Cariado Obturado Perdido CPO5 259 240 4 0 1 0 5

12 390 9.318 451 16 261 53 78115 a 19 685 16.277 1.160 87 1.643 488 3.37835 a 44 836 9.353 1.637 162 3.578 11.193 16.57065 a 74 466 1.523 370 16 328 12.025 12.739TOTAL 2.636 36.711 3.622 281 5.811 23.759 33.473

Tabela 6 - Média dos componentes do índice CPOD segundo idade. Macrorregião Sul, RS/ 2002.

IDADE n Hígidos Cariado Obt/Cariado Obturado Perdido CPO5 259 0,93 0,02 0,00 0,00 0,00 0,0212 390 23,89 1,16 0,04 0,67 0,14 2,00

15 a 19 685 23,76 1,69 0,13 2,40 0,71 4,9335 a 44 836 11,19 1,96 0,19 4,28 13,39 19,8265 a 74 466 3,27 0,79 0,03 0,70 25,80 27,34

Tabela 7 - Composição percentual do índice CPOD, segundo idade. Macrorregião Sul, RS / 2002.

IDADE n Cariado Obt/Cariado Obturado Perdido CPO5 259 80,00 0,00 20,00 0,00 100,0012 390 57,75 2,05 33,42 6,79 100,00

15 a 19 685 34,34 2,58 48,64 14,45 100,0035 a 44 836 9,88 0,98 21,59 67,55 100,0065 a 74 466 2,90 0,13 2,57 94,40 100,00

Tabela 8 - Média de dentes CPO, desvio-padrão e intervalos de confiança de 95% para média populacional, segundo idade. Macrorregião Sul, RS / 2002.

IDADE n Média DP LI LS Mediana Mínimo Máximo5 259 0,02 0,19 0,00 0,04 0,0 0 212 390 2,00 2,54 1,75 2,25 1,0 0 14

15 a 19 685 4,93 4,37 4,60 5,26 4,0 0 2835 a 44 836 19,82 7,71 19,30 20,34 20,0 0 3265 a 74 466 27,34 7,36 26,67 28,01 32,0 0 32

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 18

Gráfico 2 - Média do ceod (5 anos) e CPOD e intervalos de confiança de 95%, segundo idade. Macrorregião Sul, RS/ 2002.

Gráfico 3 - Distribuição dos componentes do ceod (5 anos) e CPOD, segundo idade. Macrorregião Sul, RS./ 2002.

Tabela 9 - Distribuição de freqüência dos valores do índice CPOD, segundo idade. Macrorregião Sul, RS / 2002.

1,482,00

4,93

27,34

19,82

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

5 12 15 a 19 35 a 44 65 a 74

CPO-

D

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

5 12 15 a 19 35 a 44 65 a 74

CPO-

D

Perdido

Obturado

Obt/Cariado

Cariado

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 19

CPO-D

IDADE (em anos)

5 12 15 a 19 35 a 44 65 a 74

0 n 256 172 107 3 5 % 98,84 44,10 15,62 0,36 1,071 n 1 41 53 0 2 % 0,39 10,51 7,74 0,00 0,432 n 2 51 67 3 3 % 0,77 13,08 9,78 0,36 0,643 n 0 29 72 6 1 % 0,00 7,44 10,51 0,72 0,214 n 0 40 83 6 2 % 0,00 10,26 12,12 0,72 0,435 n 0 20 59 18 0 % 0,00 5,13 8,61 2,15 0,006 n 0 11 52 9 1 % 0,00 2,82 7,59 1,08 0,217 n 0 8 38 10 2 % 0,00 2,05 5,55 1,20 0,438 n 0 7 29 16 2 % 0,00 1,79 4,23 1,91 0,439 n 0 4 34 21 3 % 0,00 1,03 4,96 2,51 0,64

10 n 0 4 12 16 3 % 0,00 1,03 1,75 1,91 0,64

11 n 0 1 17 23 1 % 0,00 0,26 2,48 2,75 0,21

12 n 0 1 10 25 4 % 0,00 0,26 1,46 2,99 0,86

13 n 0 0 15 27 1 % 0,00 0,00 2,19 3,23 0,21

14 n 0 1 11 24 3 % 0,00 0,26 1,61 2,87 0,64

15 n 0 0 3 32 1 % 0,00 0,00 0,44 3,83 0,21

16 n 0 0 10 45 13 % 0,00 0,00 1,46 5,38 2,79

17 n 0 0 4 36 5 % 0,00 0,00 0,58 4,31 1,07

18 n 0 0 5 36 9 % 0,00 0,00 0,73 4,31 1,93

19 n 0 0 1 37 4 % 0,00 0,00 0,15 4,43 0,86

20 n 0 0 1 44 10 % 0,00 0,00 0,15 5,26 2,15

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 20

CPO-D

IDADE (em anos)

5 12 15 a 19 35 a 44 65 a 74

21 n 0 0 0 38 3 % 0,00 0,00 0,00 4,55 0,64

22 n 0 0 0 37 5 % 0,00 0,00 0,00 4,43 1,07

23 n 0 0 0 43 11 % 0,00 0,00 0,00 5,14 2,36

24 n 0 0 0 43 11 % 0,00 0,00 0,00 5,14 2,36

25 n 0 0 0 30 22 % 0,00 0,00 0,00 3,59 4,72

26 n 0 0 1 42 22 % 0,00 0,00 0,15 5,02 4,72

27 n 0 0 0 15 12 % 0,00 0,00 0,00 1,79 2,58

28 n 0 0 1 13 19 % 0,00 0,00 0,15 1,56 4,08

29 n 0 0 0 20 11 % 0,00 0,00 0,00 2,39 2,36

30 n 0 0 0 21 7 % 0,00 0,00 0,00 2,51 1,50

31 n 0 0 0 10 6 % 0,00 0,00 0,00 1,20 1,29

32 n 0 0 0 87 262 % 0,00 0,00 0,00 10,41 56,22

Total n 259 390 685 836 466 % 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

% 12

15 a 19

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 21

Gráfico 4 - Distribuição da freqüência dos valores do índice CPOD, segundo idade. Macrorregião Sul, RS / 2002.

4.3.2. Dentição Decídua

As Tabelas 10 a 14 e o Gráfico 05 ilustram os resultados do ataque de cárie na dentição decídua, no grupo etário de 18 a 36 meses e na idade de 5 anos.

Foi observado que 87% dos bebês estão livres de cárie (ceod=0) e que a média do índice ceod nessa faixa etária foi de 0,44. Os dentes cariados representaram 93,18% da composição do índice.

Aos 5 anos 58,68% das crianças estão livres de cárie (ceod=0),(quadro 03) e o ceod médio nesta idade corresponde a 1,48 dentes. Destes, 86,98% representam dentes cariados (componente c -tabela 12). No ano 2002, a Região Sul atingiu a meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o ano 2000 que é de 50% de crianças livres de cárie, para essa idade.

Tabela 10 - Número de dentes decíduos hígidos, cariados, perdidos e obturados, segundo idade. Macrorregião Sul , RS / 2002.

IDADE n Hígidos Cariado Obt/Cariado Obturado Perdido ceo18 a 36m 300 5.409 123 1 7 1 132

5 anos 259 4.523 334 3 40 7 384TOTAL 559 9.932 457 4 47 8 516

Tabela 11 - Média dos componentes do índice ceod segundo idade. Macrorregião Sul , RS/ 2002.

IDADE n Hígidos Cariado Obt/Cariado Obturado Perdido ceo18 a 36m 300 18,03 0,41 0,00 0,02 0,00 0,44

5 anos 259 17,46 1,29 0,01 0,15 0,03 1,48

Tabela 12 - Composição percentual do índice ceod, segundo idade. Macrorregião Sul,RS / 2002.

IDADE n Cariado Obt/Cariado Obturado Perdido ceo18 a 36m 300 93,18 0,76 5,30 0,76 100,00

5 anos 259 86,98 0,78 10,42 1,82 100,00

Tabela 13 - Média de dentes ceod, desvio-padrão e intervalos de confiança de 95% para média populacional, segundo idade. Macrorregião Sul, RS / 2002.

IDADE n Média DP LI LS Mediana Mínimo Máximo18 a 36m 300 0,44 1,48 0,27 0,61 0,0 0 11

5 anos 259 1,48 2,64 1,16 1,80 0,0 0 18

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 22

Tabela 14 - Distribuição de freqüência dos valores do índice ceod, segundo idade. Macrorregião Sul, RS / 2002.

ceo IDADE 18 a 36m 5 anos

0 n 261 152 % 87,00 58,691 n 8 28 % 2,67 10,812 n 11 22 % 3,67 8,493 n 7 18 % 2,33 6,954 n 5 11 % 1,67 4,255 n 3 10 % 1,00 3,866 n 1 2 % 0,33 0,777 n 0 4 % 0,00 1,548 n 1 5 % 0,33 1,939 n 0 2 % 0,00 0,77

10 n 1 1ceo IDADE

18 a 36m 5 anos % 0,33 0,39

11 n 2 1 % 0,67 0,39

12 n 0 0 % 0,00 0,00

13 n 0 1 % 0,00 0,39

14 n 0 1 % 0,00 0,39

15 n 0 0 % 0,00 0,00

16 n 0 0 % 0,00 0,00

17 n 0 0 % 0,00 0,00

18 n 0 1 % 0,00 0,39

19 n 0 0 % 0,00 0,00

20 n 0 0 % 0,00 0,00

Total n 300 259 % 100,00 100,00

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 23

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0 1 2 3 4 5 6 7 8 10 9 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

%

18 a 36m

5 anos

Gráfico 5 - Distribuição da freqüência dos valores do índice ceod, segundo idade. Macrorregião Sul,RS / 2002.

4.4. Necessidade de Tratamento

Diante de dificuldades verificadas na consolidação dos dados relativos à necessidade de tratamento, a análise deste item e a confecção das tabelas estão em fase de estudo, pela coordenação do SB BRASIL-MS. Posteriormente serão remetidas à Coordenação Regional de Saúde

Quadro 4 – Número e porcentagem de dentes com necessidade de tratamento para cárie dentária, segundo idade. Macrorregião Sul, RS/2002.

NECESSIDADE DE Grupo Etário

TRATAMENTO 18 a 36m 5 12 15 a 19 35 a 44 65 a 74

n % n % n % n % n % n %

Sem Necessidade

Com Necessidade

Rest. 1 Superfície 84 23,14 169 43,9 164 37,44 420 45,55 452 29,7 80 14,5

Rest. 2 ou mais Superf. 36 9,91 129 33,51 75 17,12 258 30,0 413 27,13 72 13,04

Coroa 0 0 3 0,77 3 0,7 11 1,19 22 1,44 6 1,09

Faceta Estética 0 0 2 0,52 0 0 3 0,32 6 0,40 0 0

Pulpar + Restauração 7 1,93 39 10,12 36 8,22 121 13,12 118 7,75 13 2,35

Extração

Remineraliz. Mancha Branca

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 24

Selante

Sem Informação

Total

4.5. Doença Periodontal

4.5.1. Índice Periodontal Comunitário (CPI)

As Tabelas 15 a 18 e os Gráficos 6 e 7 mostram os resultados da prevalência de doença periodontal na população da macrorregião Sul.

As alterações gengivais foram observadas em 3,47% das crianças de 5 anos, sendo mais

prevalente em crianças do sexo feminino.(tabela 15)

Tabela 15 - Prevalência de alterações gengivais aos 5 anos, por sexo. Macrorregião Sul , RS/ 2002.

SEXOAusência Presença Sem informações Total

n % n % n % n %

Masculino 122 90,37 3 2,22 10 7,41 135 100,00

Feminino 111 89,52 6 4,84 7 5,64 124 100,00

Total 233 89,96 9 3,47 17 6,55 259 100,00

Na idade dos 12 anos, 10,26% das crianças apresentaram sangramento gengival e 15,64% apresentaram cálculo dental. Entre os adolescentes de 15-19 anos foi observada uma prevalência de 11,82% com sangramento gengival e 23,65% com cálculo dental (Tabela 16).

Tabela 16 – Número e porcentagem de pessoas examinadas, segundo o maior grau de condição periodontal observado no indivíduo segundo idade. Macrorregião Sul , RS/ 2002.

CONDIÇÃO Grupo Etário

PERIODONTAL 12 15 a 19 35 a 44 65 a 74

n % n % n % n %0 (Sadios) 289 74,10 437 63,80 225 26,91 52 11,161 (Sangramento) 40 10,26 81 11,82 40 4,78 8 1,722 (Cálculo) 61 15,64 162 23,65 453 54,19 104 22,323 (Bolsa 4 a 5 mm) 0 0,00 1 0,15 30 3,59 15 3,224 (Bolsa 6 mm +) 0 0,00 0 0,00 4 0,48 5 1,07X (Excluídos) 0 0,00 4 0,58 84 10,05 282 60,52Total 390 100,00 685 100,00 836 100,00 466 100,00

Tabela 17 - Número médio e percentual de sextantes afetados por escore de CPI, segundo idade. Macrorregião Sul, RS/ 2002.

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 25

CONDIÇÃO Grupo Etário

PERIODONTAL 12 15 a 19 35 a 44 65 a 74

n % n % n % n %0 (Sadios) 5,41 90,02 5,03 83,69 2,36 39,40 0,44 7,331 (Sangramento) 0,30 5,16 0,44 7,32 0,27 4,51 0,06 1,002 (Cálculo) 0,27 4,49 0,46 7,65 1,04 17,36 0,40 6,673 (Bolsa 4 a 5 mm) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,07 1,17 0,05 0,834 (Bolsa 6 mm +) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,17 0,02 0,33X (Excluídos) 0,02 0,33 0,08 1,33 2,25 37,50 5,03 83,83Total 6,00 100,00 6,00 100,00 6,00 100,00 6,00 100,00

Gráfico 6 - Porcentagem de pessoas examinadas, segundo o maior grau de condição periodontal observado no indivíduo segundo idade. Macrorregião Sul, RS/ 2002.

Ainda que 58,97% da população adulta apresente sangramento e/ou cálculo dental, as taxas de ocorrência de bolsas rasas e profundas são baixas (3,59% e 0,48% respectivamente) tabela 16. Entre os idosos, quando se avaliam os sextantes examinados, observa-se uma prevalência de

0%

20%

40%

60%

80%

100%

12 15 a 19 35 a 44 65 a 74

X (Excluídos)4 (Bolsa 6 mm +)3 (Bolsa 4 a 5 mm)2 (Cálculo)1 (Sangramento)0 (Sadios)

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

12 15 a 19 35 a 44 65 a 74

X (Excluídos)4 (Bolsa 6 mm +)3 (Bolsa 4 a 5 mm)2 (Cálculo)1 (Sangramento)0 (Sadios)

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 26

excluídos (16,09%) e de não examinados (44,42%) o que representa uma ausência dos elementos dentários.

Gráfico 7 - Número médio de sextantes afetados por escore de CPI, segundo idade. Macrorregião Sul, RS/ 2002.

4.5.2. Índice de Perda de Inserção Periodontal (PIP)

As Tabelas 18 e 19 e osGráficos 8 e 9 mostram a prevalência de perda de inserção periodontal em adultos e idosos.

Tabela 18 – Número e porcentagem de pessoas examinadas, segundo o maior grau de perda de inserção periodontal observado no indivíduo segundo idade. Macrorregião Sul , RS/ 2002.

GRAU DE PERDA Grupo Etário

DE INSERÇÃO 35 a 44 65 a 74

n % n %0- Normal (0 a 3 mm) 428 51,20 80 17,171- 4 a 5 mm 227 27,15 65 13,952- 6 a 8 mm 74 8,85 19 4,083- 9 a 11 mm 18 2,15 13 2,794- 12 mm e mais 4 0,48 6 1,29X- Excluído 26 3,11 76 16,309- Não Examinado 59 7,06 207 44,42Total 836 100,00 466 100,00

Tabela 19 - Número médio e percentual de sextantes afetados por escore de PIP, segundo idade. Macrorregião Sul , RS / 2002.

GRAU DE PERDA Grupo Etário

DE INSERÇÃO 35 a 44 65 a 74

n % n %0- Normal (0 a 3 mm) 2,88 48,00 0,53 8,861- 4 a 5 mm 0,70 11,67 0,29 4,852- 6 a 8 mm 0,15 2,50 0,09 1,513- 9 a 11 mm 0,03 0,50 0,03 0,504- 12 mm e mais 0,01 0,17 0,02 0,33X- Excluído 1,07 17,83 1,44 23,759- Não Examinado 1,16 19,33 3,60 60,20Total 6,00 100,00 6,00 100,00

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 27

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

35 a 44 65 a 74

X- Excluído

4- 12 mm e mais

3- 9 a 11 mm

2- 6 a 8 mm

1- 4 a 5 mm

0- Normal (0 a 3 mm)

Gráfico 8 – Porcentagem de pessoas examinadas, segundo o maior grau de perdade inserção periodontal observado no indivíduo segundo idade. Macrorregião Sul ,RS / 2002.

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

35 a 44 65 a 74

X- Excluído

4- 12 mm e mais

3- 9 a 11 mm

2- 6 a 8 mm

1- 4 a 5 mm

0- Normal (0 a 3 mm)

Gráfico 9 - Número médio de sextantes afetados por escore de PIP, segundo idade. Macrorregião Sul, RS/ 2002.

4.6. Edentulismo

4.6.1. Uso de Prótese

As Tabelas 20 e 21 e os Gráficos 10 a 13 ilustram a distribuição do grau de edentulismo avaliado pelo uso de prótese na população acima de 15 anos.

Em relação ao uso de prótese dentária, 51,08% dos adultos as utilizam na arcada superior(tabela20) e 11,98% na arcada inferior(tabela 21). Entre os idosos 80,65% as utilizam na arcada superior e 54,84% na arcada inferior. É importante ressaltar que nesta região o uso de próteses na arcada inferior, especialmente entre idosos, representa uma preocupação com a

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 28

reabilitação. Os dados representam também um aumento gradativo de perdas dentárias com a idade, indicando para a necessidade de desenvolvimento de políticas de saúde que invertam esta lógica.

Tabela 20 - Número e porcentagem de indivíduos que usam prótese superior segundo tipo de prótese dentária e idade. Macrorregião Sul , RS/ 2002.

PRÓTESE 15 a 19 35 a 44 65 a 74 TOTAL

n % n % n % n %NÃO USA PRÓTESE 658 98,06 408 48,92 90 19,35 1.156 58,68USA PRÓTESE 13 1,94 426 51,08 375 80,65 814 41,32

Ponte Fixa 2 15,38 13 3,05 4 1,07 19 2,33Mais de uma Ponte Fixa 2 15,38 10 2,35 4 1,07 16 1,97Prótese Parcial Removível 7 53,85 145 34,04 24 6,40 176 21,62Uma ou mais PF e uma ou mais PPR 0 0,00 2 0,47 1 0,27 3 0,37Prótese Total 2 15,38 256 60,09 342 91,20 600 73,71

SEM INFORMAÇÃO 14 2,09 2 0,24 1 0,22 17 0,86TOTAL 671 100,00 834 100,00 465 100,00 1970 100,00

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

15 a 19 35 a 44 65 a 74

USA PRÓTESE

NÃO USA PRÓTESE

Gráfico 10 - Porcentagem de indivíduos segundo uso de prótese superior e idade. Macrorregião Sul, RS / 2002.

A análise em relação ao tipo de prótese utilizada representa uma prevalência de próteses totais (72,02%) e próteses parciais removíveis (20,56%) sendo predominante tanto em adultos (60,00%) como em idosos (82,35%).

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 29

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

15 a 19 35 a 44 65 a 74

Ponte Fixa Mais de uma Ponte FixaPrótese Parcial Removível Uma ou mais PF e uma ou mais PPRPrótese Total

Gráfico 11 - Porcentagem de indivíduos que usam prótese superior segundo tipo de prótese dentária e idade. Macrorregião Sul , RS/ 2002.

Tabela 21 - Número e porcentagem de indivíduos que usam prótese inferior segundo tipo de prótese dentária e idade. Macrorregião Sul ,RS/ 2002.

PRÓTESE 15 a 19 35 a 44 65 a 74 TOTAL

n % n % n % n %NÃO USA PRÓTESE 671 100,00 735 88,13 210 45,16 1.616 82,03USA PRÓTESE 0 0,00 100 11,98 255 54,84 355 18,01

Ponte Fixa 0 0,00 0 0,00 1 0,39 1 0,28Mais de uma Ponte Fixa 0 0,00 5 5,00 3 1,18 8 2,25Prótese Parcial Removível 0 0,00 34 34,00 39 15,29 73 20,56Uma ou mais PF e uma ou mais PPR 0 0,00 1 1,00 2 0,78 3 0,85Prótese Total 0 0,00 60 60,00 210 82,35 270 76,06

SEM INFORMAÇÃO 14 2,09 1 0,12 1 0,22 16 0,81TOTAL 671 100,00 835 100,00 465 100,00 1971 100,05

Há um menor número de pessoas que usam próteses inferiores (355) quando se compara com o uso de próteses superiores (814). No entanto a maior prevalência em relação ao tipo de prótese continua sendo o uso de próteses totais (76,06%) tanto em adultos como em idosos.

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 30

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

15 a 19 35 a 44 65 a 74

USA PRÓTESE

NÃO USA PRÓTESE

Gráfico 12 - Porcentagem de indivíduos segundo uso de prótese inferior e idade. Macrorregião Sul , RS/ 2002.

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%100%

15 a 19 35 a 44 65 a 74

Ponte Fixa Mais de uma Ponte FixaPrótese Parcial Removível Uma ou mais PF e uma ou mais PPRPrótese Total

Gráfico 13 - Porcentagem de indivíduos que usam prótese inferior segundo tipo de prótese dentária e idade. Macrorregião Sul , RS / 2002.

4.6.2. Necessidade de Prótese

As Tabelas 22 e 23 e os Gráficos 14 a 17 ilustram a distribuição do grau de edentulismo avaliado pela necessidade de prótese na população acima de 15 anos. A análise destes dados é a

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 31

expressão do edentulismo progressivo da população com a idade. Em relação à arcada superior entre os jovens (15 a 19 anos) há 48 pessoas (7,14%) que necessitam de prótese com predomínio de prótese fixa para substituição de um elemento (58,33%-tabela22); em adultos a prevalência das necessidades (36,81%) se dá especialmente para substituição de mais de um elemento (56,68%-tabela22) . Em idosos, das 100 pessoas que necessitam (21,51% dos examinados neste grupo etário), 46 pessoas são do tipo próteses totais (46%). Na avaliação da necessidade de próteses inferiores (Tabela 23) observa-se uma grande prevalência de falta de reabilitação dos espaços protéticos identificados. Dos 1970 indivíduos examinados, 957 pessoas necessitam próteses inferiores(48,58%). Os adultos apresentam a maior prevalência da necessidade (73,89%) especialmente para recuperar ausências de mais de um elemento dentário (próteses fixas, removíveis ou combinação de próteses).

Tabela 22 - Número e porcentagem de indivíduos que necessitam prótese superior segundo tipo de prótese dentária e idade. Macrorregião Sul , RS / 2002.

PRÓTESE 15 a 19 35 a 44 65 a 74 TOTAL

n % n % n % n %

NÃO NECESSITA PRÓTESE 624 92,86 527 63,19 365 78,49 1.516 76,92

NECESSITA PRÓTESE 48 7,14 307 36,81 100 21,51 455 23,08

1 Prót. Fixa ou Removível (1 elemento) 28 58,33 57 18,57 0 0,00 85 18,681 Prót. Fixa ou Removível (Mais de 1

elemento) 16 33,33 174 56,68 41 41,00 231 50,77

Combinação de Próteses 4 8,33 54 17,59 13 13,00 71 15,60Prótese Total 0 0,00 22 7,17 46 46,00 68 14,95

SEM INFORMAÇÃO 13 1,93 2 0,24 1 0,22 16 0,81

TOTAL 672 100,00 834 100,00 465 100,00 1971 100,00

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 32

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

15 a 19 35 a 44 65 a 74

NECESSITAPRÓTESE

NÃO NECESSITAPRÓTESE

Gráfico 14 - Porcentagem de indivíduos segundo necessidade de prótese superior e idade. Macrorregião Sul , RS/ 2002.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

15 a 19 35 a 44 65 a 74

Prótese TotalCombinação de Próteses1 Prót. Fixa ou Removível (Mais de 1 elemento)1 Prót. Fixa ou Removível (1 elemento)

Gráfico 15 - Porcentagem de indivíduos que necessitam prótese superior segundo tipo de prótese

dentária e idade. Macrorregião Sul, RS/ 2002.

Tabela 23 - Número e porcentagem de indivíduos que necessitam prótese inferior segundo tipo de prótese dentária e idade. Macrorregião Sul , RS/ 2002.

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 33

PRÓTESE 15 a 19 35 a 44 65 a 74 TOTAL

n % n % n % n %NÃO NECESSITA PRÓTESE 542 80,65 218 26,14 253 54,41 1.013 51,40NECESSITA PRÓTESE 129 19,23 617 73,89 211 45,47 957 48,58

1 Prót. Fixa ou Removível (1 elemento) 59 45,74 43 6,97 6 2,84 108 11,291 Prót. Fixa ou Removível (Mais de 1

elemento) 53 41,09 445 72,00 106 50,24 604 63,11

Combinação de Próteses 17 13,18 108 17,50 27 12,80 152 15,88Prótese Total 0 0,00 21 3,40 72 34,12 93 9,72

SEM INFORMAÇÃO 14 2,08 1 0,12 2 0,43 17 0,86TOTAL 671 99,85 835 100,00 464 99,78 1970 99,95

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

15 a 19 35 a 44 65 a 74

NECESSITAPRÓTESE

NÃO NECESSITAPRÓTESE

Gráfico 16 - Porcentagem de indivíduos segundo necessidade de prótese inferior e idade. Macrorregião Sul , RS / 2002.

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 34

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

15 a 19 35 a 44 65 a 74

Prótese TotalCombinação de Próteses1 Prót. Fixa ou Removível (Mais de 1 elemento)1 Prót. Fixa ou Removível (1 elemento)

Gráfico 17 - Porcentagem de indivíduos que necessitam prótese inferior segundo tipo de prótese dentária e idade. Macrorregião Sul, RS/ 2002.

4.7. Anormalidades dentofaciais

4.7.1. Má-Oclusão aos 5 anos

A Tabela 24 e o Gráfico 18 trazem os valores percentuais da presença de má-oclusão na idade de 5 anos. A presença de má oclusão moderada/severa foi identificada em 13,90% das crianças.

Tabela 24 - Número e porcentagem de indivíduos de 5 anos de acordo com a situação da oclusão. Macrorregião Sul , RS/ 2002.

CONDIÇÃO PRESENÇAn %

Normal 170 65,64Leve 33 12,74

Moderada/Severa 36 13,90Sem Informação 20 7,72

TOTAL 259 100,00

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 35

65,6%12,7%

13,9%

7,7%

Normal

Leve

Moderada/Severa

Sem Informação

Gráfico 18 - Número e porcentagem de indivíduos de 5 anos de acordo com a situação da oclusão. Macrorregião Sul , RS / 2002.

4.7.2. Oclusão aos 12 e 15 a 19 anos (Índice de Estética Dental - DAI)

As Tabelas 25 a 28 e o Gráfico 19 mostram a distribuição das anormalidades dentofaciais na idade de 12 anos e na faixa etária de 15 a 19 anos.

Aos 12 anos, 41,54% das crianças apresentam má-oclusão dentária. Destas, 51,85% foram classificadas como má-oclusão definida, 27,78% como má oclusão severa e 20,37% como muito severa/incapacitante(Tabela 25). No grupo de 15-19 anos a presença de má oclusão foi verificada em 30,22% dos adolescentes cujo grau de severidade foi assim classificado: má-oclusão definida em 49,76% dos adolescentes; má oclusão severa em 22,22% e muito severa/incapacitante em 27,05%(tabela25). Isto nos demonstra que dos 12 aos 19 anos de idade, em torno de 17,44% dos adolescentes apresentam uma situação de má-oclusão severa ou muito severa, sendo estes a prioridade para a organização dos serviços na atenção às desordens maxilo-faciais. Por outro lado, não se observam pelos dados coletados, alterações significantes no perfil da população entre os grupos destas duas idades. Isto representa a falta de acesso ao tratamento, onde os indivíduos continuam com suas necessidades acumuladas.

Tabela 25 - Número e porcentagem de examinados segundo Índice de Estética Dentária (DAI) e idade. Macrorregião Sul , RS / 2002.

IDADE 12 15 a 19

OCLUSÃO n % n %

Normal ou Discreta Alteração 228 58,46 478 69,78

Má-Oclusão 162 41,54 207 30,22

Definida 84 51,85 103 49,76

Severa 45 27,78 46 22,22

Muito Severa / Incapacitante 33 20,37 56 27,05

Sem Informação 0 0,00 2 0,97

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 36

TOTAL 390 100,00 685 100,00

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

12 15 a 19

Normal ou Discreta Alteração Definida Severa Muito Severa/Incapacitante

Gráfico 19 - Porcentagem de examinados segundo Índice de Estética Dentária (DAI) e idade. Macrorregião Sul , RS/ 2002.

Tabela 26 - Número e porcentagem de examinados segundo relação molar antero-posterior e idade. Macrorregião Sul ,RS / 2002.

IDADE 12 15 a 19

RELAÇÃO MOLAR n % n %

0 - Normal 214 54,87 398 58,10

1 - Meia Cúspide 110 28,21 198 28,91

2 - Cúspide Inteira 61 15,64 81 11,82

X - Excluído 5 1,28 8 1,17

TOTAL 390 100,00 685 100,00

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 37

Tabela 27 - Número e porcentagem de escolares de 12 anos segundo grupos de condições: dentição, espaço e oclusão. Macrorregião Sul ,RS / 2002.

CONDIÇÃO PRESENÇA AUSÊNCIA EXCLUÍDOS TOTAL

n % n % n % n %

Dentição

Perda dental superior 4 1,03 386 98,97 0 0,00 390 100,00

Perda dental inferior 4 1,03 386 98,97 0 0,00 390 100,00

Espaço

Apinhamento 165 42,31 210 53,85 15 3,84 390 100,00

Espaçamento 84 21,54 299 76,67 7 1,79 390 100,00

Diastema 77 19,74 297 76,15 16 4,11 390 100,00

Desalinhamento Maxilar 217 55,64 165 42,31 8 2,05 390 100,00

Desalinhamento Mandibular 148 37,95 227 58,20 15 3,85 390 100,00

Oclusão

Overjet Maxilar Anterior 348 89,23 40 10,26 2 0,51 390 100,00

Overjet Mandibular Anterior 10 2,56 127 32,56 253 64,88 390 100,00

Mordida Aberta Vertical Anterior 19 4,87 103 26,41 268 68,72 390 100,00

Tabela 28 - Número e porcentagem de indivíduos de 15 a 19 anos segundo grupos de condições: dentição, espaço e oclusão. Macrorregião Sul , RS / 2002.

CONDIÇÃO PRESENÇA AUSÊNCIA EXCLUÍDOS TOTAL

n % n % n % n %

Dentição

Perda dental superior 28 4,09 655 95,62 2 0,29 685 100,00

Perda dental inferior 16 2,34 667 97,37 2 0,29 685 100,00

Espaço

Apinhamento 460 67,15 210 30,66 15 2,19 685 100,00

Espaçamento 135 19,71 539 78,69 11 1,60 685 100,00

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 38

Diastema 87 12,70 582 84,96 16 2,34 685 100,00

Desalinhamento Maxilar 328 47,88 346 50,51 11 1,61 685 100,00

Desalinhamento Mandibular 284 41,46 395 57,66 6 0,88 685 100,00

Oclusão

Overjet Maxilar Anterior 570 83,21 105 15,33 10 1,46 685 100,00

Overjet Mandibular Anterior 17 2,48 466 68,03 202 29,49 685 100,00

Mordida Aberta Vertical Anterior 39 5,69 490 71,53 156 22,78 685 100,00

4.8. Fluorose

De acordo com a Tabela 29 e Gráfico 20, a presença de fluorose entre os examinados pode ser considerada baixa. 2,21% aos 12 anos e 0,91% entre os 15 e 19 anos sendo que destes não foi considerado nenhum caso como fluorose severa.

A presença de fluorose dentária (condições muito leve, leve, moderada e severa) foi identificada em municípios com flúor na água de abastecimento. Estes resultados, entretanto, são insignificantes se avaliarmos a pequena repercussão na estética e função dos dentes envolvidos e a relação custo x benefício da fluoretação.

Tabela 29 - Número e porcentagem de indivíduos segundo graus de fluorose e idade. Macrorregião Sul,RS/ 2002.

IDADE 12 15 a 19CONDIÇÃO n % n %SEM FLUOROSE 354 97,79 652 99,09

Normal 323 91,24 639 98,01Questionável 31 8,76 13 1,99

COM FLUOROSE 8 2,21 6 0,91Muito Leve 7 87,50 5 83,33Leve 1 12,50 0 0,00Moderada 0 0,00 1 16,67Severa 0 0,00 0 0,00

SEM INFORMAÇÃO 28 7,73 27 4,10TOTAL 362 100,00 658 100,00

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 39

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

12 15 a 19

Severa

Moderada

Leve

Muito Leve

Questionável

Normal

Gráfico 20 - Porcentagem de indivíduos segundo graus de fluorose e idade. Macrorregião Sul , RS/ 2002.

4.9. Alterações de tecidos moles

A maior proporção (9,87%) de alterações em tecidos moles foi observada no grupo etário de 65-74 anos, seguida pelo grupo de 35-44 anos de idade (4,43%-tabela30). A prevalência entre idosos é baixa se comparada com dados de SP 2002- onde foi verificado em torno de 12% de presença de alterações.

Tabela 30- Número e porcentagem de examinados segundo alteração de tecidos moles e idade. Macrorregião Sul , RS / 2002.

Grupo Etário Ausência % Presença % S/Informação % Total

018 a 36m 293 97,67 2 0,67 5 1,67 300

05 anos 258 99,61 1 0,39 0 0,00 259

12 anos 367 94,10 13 3,33 10 2,56 390

15 a 19 anos 668 97,52 14 2,04 3 0,44 685

35 a 44 anos 796 95,22 37 4,43 3 0,36 836

65 a 74 anos 413 88,63 46 9,87 7 1,50 466

Total 2795 95,20 113 3,85 28 0,95 2936

4.10. Caracterização Socioeconômica

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 40

Em relação à condição socioeconômica alguns dados podem ser destacados. Dos entrevistados 78,21% relatou ter casa própria (Tabela 36) e a média de moradores por domicílio foi de 3,82 (Tabela 31). A média de anos de estudo observada foi de 6 anos e 27,88% dos entrevistados (15-19; 35-44; 65-74) eram estudantes (Tabela 36). A média da renda familiar na Macrorregião Sul foi de R$ 571,16. R$ 300,00 foi a média de renda pessoal entre os grupos etários entrevistados. 25,72% dos entrevistados relatou possuir pelo menos um automóvel.

Tabela 31 - Média, desvio-padrão, intervalos de confiança de 95% e separatrizes, do número de pessoas residentes, segundo idade. Macrorregião Sul , RS/ 2002

IDADE n Média DP LI LS Mediana Mínimo Máximo

15 a 19 685 4,36 1,68 4,24 4,49 4,0 1 12

35 a 44 836 4,04 1,56 3,94 4,15 4,0 1 12

65 a 74 466 3,08 1,9 2,9 3,25 2,0 1 12

Tabela 32 - Média, desvio-padrão, intervalos de confiança de 95% e separatrizes, do número de anos de estudo, segundo idade. Macrorregião Sul , RS/ 2002.

IDADE n Média DP LI LS Mediana Mínimo Máximo

15 a 19 685 8,07 2,54 7,88 8,26 8,0 0 14

35 a 44 836 5,99 3,82 5,73 6,25 5,0 0 20

65 a 74 466 3,36 3,16 3,07 3,65 3,0 0 20

Tabela 33 - Média, desvio-padrão, intervalos de confiança de 95% e separatrizes, do número de cômodos da casa, segundo idade. Macrorregião Sul, RS / 2002.

IDADE n Média DP LI LS Mediana Mínimo Máximo

15 a 19 685 5,92 2,15 5,76 6,08 6,0 1 16

35 a 44 836 5,76 2,03 5,63 5,90 5,0 1 16

65 a 74 466 5,64 1,93 5,46 5,81 5,0 1 15

Tabela 34 - Média, desvio-padrão, intervalos de confiança de 95% e separatrizes, do número da renda familiar (em reais), segundo idade. Macrorregião Sul , RS / 2002.

IDADE n Média DP LI LS Mediana Mínimo Máximo

15 a 19 685 578,80 623,29 532,12 625,47 400,0 0 6000

35 a 44 836 599,88 809,61 545,00 654,77 400,0 0 15000

65 a 74 466 534,81 693,86 471,81 597,81 400,0 0 10000

Tabela 35 - Média, desvio-padrão, intervalos de confiança de 95% e separatrizes, do número da renda pessoal (em reais), segundo idade. Macrorregião Sul, RS / 2002.

IDADE n Média DP LI LS Mediana Mínimo Máximo

15 a 19 685 46,62 143,77 35,85 57,38 0,0 0 2000

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 41

35 a 44 836 252,61 357,28 228,39 276,83 200,0 0 400065 a 74 466 308,8 401,05 272,39 345,21 200,0 0 4000

Tabela 36 - Caracterização socioeconômica de acordo com a idade. Macrorregião Sul ,RS/ 2002.

IDADE 15 a 19 35 a 44 65 a 74 TOTAL

n % n % n % n %

CARACTERIZAÇÃO SÓCIOECONÔMICA

Estudante

Sim 477 69,64 55 6,58 22 4,72 554 27,88

Não 208 30,36 781 93,42 444 95,28 1433 72,12

Tipo de Escola

Não é estudante 187 27,30 698 83,49 381 81,76 1266 63,71

Escola Pública 470 68,61 126 15,07 78 16,74 674 33,92

Escola Privada 25 3,65 9 1,08 6 1,29 40 2,01

Outros 3 0,44 3 0,36 1 0,21 7 0,35

Moradia

Própria 518 75,62 639 76,44 397 85,19 1554 78,21

Própria em aquisição 31 4,53 33 3,95 16 3,43 80 4,03

Alugada 97 14,16 93 11,12 27 5,79 217 10,92

Cedida 35 5,11 67 8,01 22 4,72 124 6,24

Outros 4 0,58 4 0,48 4 0,86 12 0,60

Posse de automóvel

Não possui 536 78,25 553 66,15 351 75,32 1440 72,47

Possui um automóvel 133 19,42 265 31,70 113 24,25 511 25,72

Possui dois ou mais 16 2,34 18 2,15 2 0,43 36 1,81

4.11. Acesso a Serviços Odontológicos

A Tabela 37 ilustra as freqüências absolutas e percentuais para as variáveis relativas ao acesso a serviços odontológicos.

Em relação ao acesso a serviços odontológicos alguns aspectos merecem destaque:Quando perguntados se já haviam ido alguma vez na vida ao cirurgião-dentista (CD), não

houve diferenças significativas entre os grupos etários: 95,12% dos entrevistados responderam positivamente. Destes, 56,50% dos jovens visitaram o CD no último ano, situação semelhante à encontrada em 1988(MS) quando 68% das pessoas deste grupo obtiveram atenção no ano. Esse

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 42

percentual reduz na medida que avança a idade, sendo que nos idosos, a maioria (74,89%) visitou o CD há 3 anos ou mais.

Dos que acessam aos serviços de odontologia, o serviço público é o mais utilizado pelos jovens (63,50%); entre adultos e idosos as taxas de freqüência aos serviços privados (liberal ou suplementar) são respectivamente 38,04% (35 a 44 anos) e 51,29%(65 a 74 anos). Em média, 56,97% usam os serviços públicos para atendimento odontológico nesta região.

A consulta de rotina e manutenção (26,16%) e dor (25,49%) foram os motivos mais freqüentes de procura dos serviços odontológicos.

Do total da população acima de 15 anos, 86,37% dos entrevistados avaliaram como bom ou ótimo o atendimento recebido. Apenas 3,02% classificaram como ruim ou péssimo.

Quanto às orientações recebidas do CD para evitar problemas de saúde bucal o resultado mostra que os jovens são mais informados , mas em geral, 58,13% dos entrevistados havia recebido informações dos dentistas. No momento da entrevista, a maioria das pessoas julgou necessitar de algum tipo de tratamento odontológico. Os percentuais foram de 66,13% para os jovens, 76,32% para os adultos e 49,14% para os idosos.

Tabela 37 - Acesso a serviços odontológicos de acordo com a idade .Macrorregião Sul ,RS / 2002.

IDADE 15 a 19 35 a 44 65 a 74 TOTAL n % n % n % n %ACESSO A SERVIÇOSConsulta odontológica pelo Sim 629 91,82 810 96,89 451 96,78 1890 95,12 Não 56 8,18 26 3,11 15 3,22 97 4,88Tempo desde a última Nunca foi atendido 51 7,45 21 2,51 12 2,58 84 4,23 Menos de 1 ano 387 56,50 354 42,34 61 13,09 802 40,36 De 1 a 2 anos 154 22,48 193 23,09 44 9,44 391 19,68 3 ou mais anos 93 13,58 268 32,06 349 74,89 710 35,73Local do Atendimento Nunca foi atendido 51 7,45 21 2,51 11 2,36 83 4,18 Serviço Público 435 63,50 487 58,25 210 45,06 1132 56,97 Serviço Privado Liberal 99 14,45 180 21,53 180 38,63 459 23,10 Serviço Privado 93 13,58 138 16,51 59 12,66 290 14,59 Serviço Filantrópico 6 0,88 8 0,96 4 0,86 18 0,91 Outros 1 0,15 2 0,24 2 0,43 5 0,25Motivo do atendimento Nunca foi atendido 51 7,45 17 3,53 11 2,36 79 4,84 Consulta de rotina / 230 33,58 150 31,19 47 10,09 427 26,16 Dor 192 28,03 29 6,03 195 41,85 416 25,49 Sangramento gengival 18 2,63 198 41,16 14 3,00 230 14,09 Cavidades nos dentes 142 20,73 6 1,25 101 21,67 249 15,26 Feridas, caroços ou 1 0,15 81 16,84 7 1,50 89 5,45 Outros 51 7,45 0 0,00 91 19,53 142 8,70Avaliação do atendimento Nunca foi atendido 50 7,30 19 2,27 15 3,22 84 4,23 Péssimo 8 1,17 18 2,15 12 2,58 38 1,91 Ruim 7 1,02 12 1,44 3 0,64 22 1,11 Regular 56 8,18 42 5,02 29 6,22 127 6,39 Bom 449 65,55 531 63,52 322 69,10 1302 65,53 Ótimo 115 16,79 214 25,60 85 18,24 414 20,84Recebeu informações Sim 490 71,53 470 56,22 195 41,85 1155 58,13 Não 195 28,47 366 43,78 271 58,15 832 41,87

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 43

Considera que necessita Sim 453 66,13 638 76,32 229 49,14 1320 66,43 Não 232 33,87 198 23,68 237 50,86 667 33,57

4.12. Autopercepção em Saúde Bucal

A Tabela 38 ilustra as freqüências absolutas e percentuais para as variáveis relativas à percepção de saúde bucal dos entrevistados.

Quanto a autopercepção em saúde bucal, alguns aspectos podem ser destacados:52,39% dos entrevistados classificaram como boa ou ótima a sua saúde bucal, assim como

a aparência (51,53%), a mastigação (66,84%) e a fala (77,95%).

Quando perguntados se a saúde bucal afetava, de alguma maneira, o relacionamento com outras pessoas, a maioria disse que não (67,84%). O grupo dos adultos foi o que manifestou maior preocupação.

Mais de 73,33% dos entrevistados não relataram dor nos últimos 6 meses, embora a maioria reconheça que necessite de algum tipo de tratamento.

Tabela 38 - Autopercepção em Saúde Bucal de acordo com a idade. Macrorregião Sul, RS / 2002.

IDADE 15 a 19 35 a 44 65 a 74 TOTAL n % n % n % n %AUTOPERCEPÇÃO EM SAÚDE BUCAL

Como classifica sua saúde bucal

Não sabe/não informou 24 3,50 15 1,79 16 3,43 55 2,77 Péssima 17 2,48 46 5,50 13 2,79 76 3,82 Ruim 30 4,38 61 7,30 17 3,65 108 5,44 Regular 223 32,55 343 41,03 141 30,26 707 35,58 Boa 349 50,95 350 41,87 256 54,94 955 48,06 Ótima 42 6,13 21 2,51 23 4,94 86 4,33Como classifica aparência de dentes e gengivas

Não sabe/não informou 33 4,82 15 1,79 28 6,01 76 3,82 Péssima 25 3,65 37 4,43 10 2,15 72 3,62 Ruim 17 2,48 76 9,09 42 9,01 135 6,79 Regular 187 27,30 339 40,55 154 33,05 680 34,22 Boa 359 52,41 355 42,46 214 45,92 928 46,70 Ótima 64 9,34 14 1,67 18 3,86 96 4,83Como classifica a mastigação

Não sabe/não informou 13 1,90 5 0,60 13 2,79 31 1,56

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 44

Péssima 11 1,61 28 3,35 18 3,86 57 2,87 Ruim 3 0,44 65 7,78 51 10,94 119 5,99 Regular 89 12,99 233 27,87 130 27,90 452 22,75 Boa 455 66,42 460 55,02 236 50,64 1151 57,93 Ótima 114 16,64 45 5,38 18 3,86 177 8,91Como classifica a fala devido aos dentes e gengivas

Não sabe/não informou 14 2,04 18 2,15 11 2,36 43 2,16 Péssima 3 0,44 9 1,08 13 2,79 25 1,26 Ruim 4 0,58 26 3,11 36 7,73 66 3,32 Regular 61 8,91 153 18,30 90 19,31 304 15,30 Boa 450 65,69 526 62,92 288 61,80 1264 63,61 Ótima 153 22,34 104 12,44 28 6,01 285 14,34

IDADE 15 a 19 35 a 44 65 a 74 TOTALn % n % n % n %

AUTOPERCEPÇÃO EM SAÚDE BUCAL

De que forma saúde bucal afeta o relacionamento Não sabe/não informou 60 8,76 61 7,30 54 11,59 175 8,81 Não afeta 477 69,64 555 66,39 316 67,81 1348 67,84 Afeta pouco 84 12,26 117 14,00 29 6,22 230 11,58 Afeta mais ou menos 38 5,55 56 6,70 44 9,44 138 6,95 Afeta muito 26 3,80 47 5,62 23 4,94 96 4,83Quanto de dor sentiu nos últimos 6 meses Nenhuma Dor 493 71,97 599 71,65 365 78,33 1457 73,33 Pouca Dor 127 18,54 144 17,22 58 12,45 329 16,56 Média Dor 36 5,26 37 4,43 27 5,79 100 5,03 Muita Dor 29 4,23 56 6,70 16 3,43 101 5,08

5. Considerações Finais

Os resultados aqui apresentados expressam, de maneira resumida, a situação de saúde bucal, no que diz respeito aos principais problemas, para a Macrorregião Sul do RS. Diante do quadro analisado, destacam-se algumas considerações:• Ausência quase absoluta de assistência às necessidades odontológicas de bebês e crianças até

5 anos.

• Alta prevalência de cárie entre adolescentes, levando a perdas dentárias precoces.

• Diferenças constatadas na experiência de cárie entre moradores de cidades com fluoretação de água em relação às cidades sem flúor.

• A fluorose nas cidades pesquisadas não representa um risco à saúde, diante da baixa prevalência e severidade constatada.

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 45

• O edentulismo entre adultos e idosos apresenta uma alta prevalência, não tendo sido observadas mudanças positivas neste quadro, em relação aos dados levantados em 1986.

• Os dados relativos às necessidades de reabilitação protética para indivíduos acima de 35 anos apontam para a necessidade de organização de serviços especializados em Odontologia.

• A constatação das perdas dentárias progressivas com a idade, verificadas já em adolescentes, das necessidades de tratamento periodontal, da abordagem das má oclusões severas, das necessidades endodônticas, encaminham para a discussão sobre a necessária qualificação da atenção prestada nos serviços de saúde.

• A autopercepção sobre a saúde bucal, evidenciada nesta pesquisa, encaminha à reflexão sobre comunicação em saúde bucal e consciência sanitária.

• Estes dados foram obtidos da população, e para ela devem retornar em forma de comunicação pública, discussão e de ações que possibilitem mudanças do perfil epidemiológico observado.

6. Bibliografia Consultada e Referências

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• Participaram da pesquisa os seguintes Municípios: Gramado Xavier, Bom Retiro do Sul, Dois Lajeados, General Câmara, Mussum, Passo do Sobrado, Rio Pardo, Santa Cruz do Sul, São José do Herval, Teotônia, Vale do Sol aos quais expressamos nossos profundos agradecimentos e compartilhamos esse relatório.

• Participaram da elaboração deste relatório a Coordenadora da Macrorregião para o Projeto SB Brasil 2003 do Ministério da Saúde – CD Helenita Corrêa Ely, a Coordenadora do Projeto SB RS, CD Maria Rita de Lemos e os estagiários Ocyr Tubino Guedes Neto e Mathias Dutra Vila Santos, da Faculdade de Odontologia da ULBRA - Canoas.

Porto Alegre, 05 de Agosto de 2003.

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul 47

Seção de Saúde Bucal

Anexos

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Anexo 1. Plano Amostral SB/RS

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Condições de Saúde Bucal da População Brasileira. Relatório Final – Macrorregião Sul

Anexo 2. Modelo do termo de consentimento livre e esclarecido

MINISTÉRIO DA SAÚDESECRETARIA DE POLÍTICAS DE SAÚDE

DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICAÁREA TÉCNICA DE SAÚDE BUCAL

PESQUISA CIENTÍFICA

Levantamento das Condições de Saúde Bucal da População Brasileira no Ano 2000

_________, ___/___ de 20__

Prezado(a) Senhor(a),

Pedimos o favor de dedicar alguns minutos do seu tempo para ler este comunicado.

O Ministério da Saúde, as Secretarias de Saúde do Estado e do Município, e a Faculdade de Odontologia de ____________________________ estão fazendo uma pesquisa sobre as condições de saúde bucal da população brasileira. Nessa investigação científica, serão examinados os dentes e as gengivas de crianças e adultos da população do município escolhidos por sorteio. O exame é uma observação da boca, feita na própria escola, na residência ou em centros de saúde, com toda técnica, segurança e higiene, conforme normas da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde. Não representa riscos nem desconforto para quem será examinado. Os dados individuais não serão divulgados em nenhuma hipótese mas os resultados da pesquisa ajudarão muito a prevenir doenças bucais e melhorar a saúde de todos. Por isso, sua colaboração, autorizando no quadro abaixo a realização do exame, é muito importante. Esclarecemos que sua participação é decorrente de sua livre decisão após receber todas as informações que julgar necessárias. Você não será prejudicado de qualquer forma caso sua vontade seja de não colaborar até mesmo onde haja submissão à autoridade, como em quartéis ou escolas. Se quiser mais informações sobre o nosso trabalho, por favor ligue para

Dr: Telefone:

Ou então, fale pessoalmente com ele no:

Esperando contar com seu apoio, desde já agradecemos em nome de todos os que se empenham para melhorar a saúde pública em nosso Estado e no Brasil.

Atenciosamente,

A Coordenação da Pesquisa

AUTORIZAÇÃOApós ter sido informado sobre as características da pesquisa “Levantamento das Condições de Saúde Bucal da População Brasileira no Ano 2.000”, AUTORIZO a realização do exame em:

_____________________________________________________________________

Em ____ de ____________________ de 20__.

Nome do Responsável Assinatura do Responsável

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