relatório da glicina
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIAINSTITUTO DE QUÍMICA
CURSO: QUÍMICA INDUSTRIALPROFESSOR (A): CARLOS ALBERTO DE OLIVEIRA
DISCIPLINA: GQB042 – BIOQUÍMICA
RELATÓRIO
Aluno (a): Jéssica Guimarães BrussascoAluno (a): Jéssyca Ferreira de MedeirosAluno (a): Jorge Luiz Nascimento Alves
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Prática 5 – Titulação potenciométrica da glicina
A glicina é o mais simples dos aminoácidos, consistindo apenas em um grupo
amina e um grupo carboxila ligados ao átomo de carbono [1]. Como indicado na Figura
1.
Figura 1: Estrutura da glicina
Os aminoácidos podem agir como ácidos e bases, portanto estes são
denotados anfóteros. A titulação de um aminoácido pode ser feita a partir de deste na
forma totalmente protonada, utilizando uma solução de NaOH. No pH em que a carga
total da glicina é nula é conhecido como ponto isoelétrico (pI) [2]. A Figura 2, demonstra
o comportamento da glicina perante a adição de NaOH.
Figura 2: Comportamento da glicina perante a adição base.
De acordo com a Figura 2, em:
1) pH < pI, no qual a glicina fica carregada positivamente;
2) pH = pI, a glicina fica com carga nula;
3) pH > pI, a glicina fica carregada negativamente.
Durante a realização do experimento foi adicionado 0,4 mL de HCL
concentrado na solução de glicina, isto ocorreu para que houvesse a protonação
desta, conforme a reação abaixo.
Figura 3: Reação de protonação da glicina.
Ao longo da titulação da glicina com o NaOH, obteve-se os seguintes valores
de pH em decorrência da adição do volume de NaOH. Com indicado na Tabela 1.
Tabela 1: Valores de pH para os volumes de NaOH adicionados.
NaOH (mL ) pH NaOH (mL) pH
0 2,09 11 9,28
1 2,17 12 9,49
2 2,33 13 9,66
3 2,48 14 9,83
4 2,64 15 10,03
5 2,80 16 10,24
6 2,99 17 10,52
7 3,31 18 10,99
8 3,83 19 11,64
9 8,51 20 11,95
10 8,99
A partir dos valores de pH e volume de base adicionados foi plotado a curva de
titulação da glicina, como mostrado a seguir.
Figura 4: Curva de titulação da glicina.
De acordo com os dados da Tabela 1, é observado que no intervalo de adição
do volume de 1 à 8 mL da base houve uma pequena variação no pH. Isso ocorre
devido à formação de uma solução tampão (Figura 5).
Figura 5: Zona de tamponamento dependente do agrupamento carboxila.
Nesta zona o pK da glicina é igual é igual a 2,3. E sua carga líquida é +0,5,
como demonstrado no cálculo a seguir:
Cargalíquida=(+1 )+0
2=+0,5
Após a formação da primeira região tamponante há um variação brusca no pH.
E em seguida é observado que novamente não ocorre variações significativas de pH
ao longo da titulação, esta é decorrente da formação de uma segundo tampão, como
indicado na Figura 6.
Figura 6: Zona de tamponamento dependente do agrupamento amino.
Nesta região o pK da glicina é 9,6. E sua carga líquida é -0,5.
Cargalíquida=(−1 )+0
2=−0,5
A partir da média aritmética dos dois pKs da glicina, pode-se determinar o valor
do ponto isoelétrico, ou seja, o valor de pH onde a carga líquida é nula, desta. Como
calculado abaixo:
pI=2,3+9,62
=5,95
Neste o ponto a carga líquida da glicina é nula.
Assim, após a realização do experimento pode-se observar o comportamento
anfótero dos aminoácidos, no presente caso representados pela glicina; onde
mediante a adição de uma base forte, sua carga líquida é alterada de maneira tal que
afeta seu ponto isoelétrico.
Referência bibliográficas
[1] Disponível em: <http://www.explicatorium.com/quimica/Aminoacido_glicina.php>
Acessado: 10 de janeiro de 2014
[2] Disponível em:
<http://www.fcfar.unesp.br/alimentos/bioquimica/praticas_proteinas/
ponto_isoeletrico.htm> Acessado: 10 de janeiro de 2014